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CATEGORIAS, PARADIGMAS E PRÁTICAS DO DIREITO

1. a eeeeaaasaseaaaaaraaana 76 CAP TULO 3 DAS PR TICAS DO DIREITO DE FAM LIA FACE ADO O 82 SE O 3 1 DA ADO O PROBLEM TICAS PONTUAIS FACE PRATICA 82 9 d d Da Ado o IrreQquiar irao earasaid haaa dani aA a NAREN an Maiada AATE ER OESE aN 82 3 1 1 1 Da Ado o ESpeciicar a as ON 82 3 1 1 2 Da Ado o Brasileira snneeeennneseenreesrtrreserrnrrrrnntsrtrrnettrnnrrstntrserrrn nina 97 3 1 2 Da Ado o lnilateral ssensmessataagaloaaaio Dasdogas Dado S UE Ran aaa ancas a BELL Casaca essas ota daniaaia 109 SE O 3 2 DA ADO O E O JUDICI RIO BRASILEIRO 116 3 2 1 Dos Magistrados e a Equipe Multidisciplinar 116 3 2 2 Da Atua o do Servi o Social na Escolha do Casal 125 SE O 3 3 DA ADO O NO JUDICI RIO ni rtetreseeetesentreneaa 130 3 3 1 Do Levantamento Estat stico ssa cissa asa sorenesscndratis soniicocngon ana fes in sinta sadias caga 130 3 3 1 1 Dos Quantitativos de Ado o e ssussisasinssissssineneapssondamecesantaiicsano anal ans am maadnica 131 3 3 1 2 Do Perfil dos Adotantes e dos Adotados a 156 3 3 1 3 DOS ADTIGOS ssusspasssaess sa ieaesiaidaigapdsa dado a sio nado Dias E aeig ada droga da Lindas Dai Sesi b nai 158 3 3 1 4 Do Instituto da Ado o e seus Reflexos na Internet 159 CAP TULO 4 DOS DESAFIOS AVAN OS E OBS
2. O que situa o irregular o estado em que se encontra o menor perante a lei A situa o quer dizer estado s cio familiar isto os pap is que desempenham o menor a fam lia e a sociedade no momento de sua apresenta o autoridade competente Irregular porque sua posi o de desempenho n o est adequada frente ao contexto que se admite como regular quer dizer uma situa o n o aconselh vel a situa o irregular um status decorrente da patologia social e assim pertencente ao campo da sociologia o que abre um leque de dificuldades para a defini o jur dica do termo ciente de que as fun es desempenhadas e as qualificantes da situa o irregular do art 2 dizem respeito educa o sa de s anomias psicol gicas e sociol gicas Diversamente do acima exposto o C digo Civil n o exigia autoriza o judicial e nem que menor se encontrasse em situa o irregular para que fosse encaminhado para ado o O que justifica a manifesta o de Eunice Ferreira PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de Direito Civil 11 ed Rio de Janeiro Forense 1997 v V p 217 ess C digo de Menores art 2 Para os efeitos deste C digo considera se em situa o irregular o menor privado de condi es essenciais sua subsist ncia sa de e instru o obrigat ria ainda que eventualmente em raz o de a falta a o ou omiss o dos pais ou respons vel b mani
3. da igualdade da supremacia dos interesses dos filhos da proibi o de discrimina o entre a filia o da cidadania e da dignidade da pessoa humana Estes princ pios constitucionais fundamentais s o de vital import ncia para o 173 Como lembra Silvana Maria Carbonera a aplica o dos preceitos constitucionais deve ser feita com habilidade e ousadia n o se esquecendo da realidade CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 275 Nesse sentido a ascend ncia axiol gica sobre o texto constitucional BARCELLOS Ana Paula de A Efic cia Jur dica dos Princ pios Constitucionais Princ pio da dignidade da pessoa humana Rio de Janeiro Renovar 2002 p 74 As regras s o normas que verificados determinados pressupostos exigem pro bem ou permitem algo em termos definitivos sem qualquer exce o direito definitivo Princ pios s o normas que exigem a realiza o de algo da melhor forma poss vel de acordo com as possibilidades f cticas e jur dicas CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e teoria da Constitui o 3 ed Coimbra Almedina 1999 p 1 177 A igualdade tem a ver com a distribui o de direitos e deveres de vantagens e de encargos de benef cios e de custos inerentes perten a
4. Diferentemente para Maria Berenice Dias a ado o intuito personae ocorre quando h o desejo por parte do adotante em adotar determinado indiv duo por circunst ncias das mais variadas poss veis A temeridade quanto esta forma de ado o para Valter Kenji Ishida no sentido de incentivar a comercializa o de menores Entretanto certo que a norma permite a ado o intuito personae Cabe ainda mencionar que no processo de ado o em que haja a concord ncia dos pais estes n o figuram como partes 31 la os de confian a de parentesco de afinidade ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 91 jun 2006 Muitas vezes neste caso chamadas de ado es espec ficas ou dirigidas Em nota de rodap A prop sito Myriam de Souza Promotora de Justi a em S o Paulo 1996 p 151 154 afirma que o ECA retirou dos representantes legais do menor o direito de escolha do adotante inexiste no ECA a forma da ado o intuito personae porque o legislador conferiu ao Juiz da Inf ncia e Juventude o poder de escolha da fam lia substituta um dever de decis o acerca do destino de crian as J Pachi Juiz em S o Paulo 2002 p 153 154 entende que a vontade dos pais relativa a ado o intuito personae admiss vel JTJ 177 14 por m condicionada pr via avalia o d
5. RADUAN FILHO Miguel Filia o e Paternidade Tempor ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 2 n 5 p 60 Porto Alegre S ntese IBDFAM abr jun 2000 A vontade se revela por vezes n o mais como pura e simples mas como um elemento de um outro meio de prova o estabelecimento da filia o Isto ocorre quando ela coincide com o registro de nascimento ou com a posse do estado de filho A filia o quase sempre estabelecida pelo registro de nascimento mas tudo vai depender do conte do do ato e das indica es que ele d sobre a filia o Ora o conte do do ato depende da vontade dos pais LEITE Eduardo de Oliveira O papel da verdade biol gica e da verdade afetiva In Procria es Artificiais e o Direito S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 p 205 206 Temos que quem sabendo n o ser o pai biol gico registra como seu filho de companheira durante a vig ncia de uni o estabelece uma filia o s cio afetiva que produz os mesmos efeitos que a ado o ato irrevog vel RADUAN FILHO Miguel Filia o e Paternidade Tempor ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 2 n 5 p 61 Porto Alegre S ntese IBDFAM abr un 2000 346 347 348 349 104 o principio da prioridade absoluta da crian a Se n o bastasse o argumento acima Pontes de Miranda diz que o ato de reconhecimento irrevog vel e seu autor n o pode retirar a express o que motivou o ato do
6. Tamb m neste artigo outra pequena modifica o referente denomina o concubino o qual passou a ser denominado companheiro referindo s pessoas que vivem em uni o est vel No artigo seguinte 1 619 o CC 2002 mant m a exig ncia da diferen a m nima de idade entre adotante e adotado de dezesseis anos considerando a natureza do instituto da ado o onde pretende imitar a natureza criando uma filia o ficta por m formal O artigo 1 623 par grafo nico estabelece que as ado es de maiores de 18 anos dependem da assist ncia do Poder P blico e de senten a constitutiva n o se tendo a regulamenta o necess ria para tal fim Neste sentido a ado o do maior deixa de ser via escritura p blica onde passa tamb m a atribuir condi o de filho ao adotado desligando o de qualquer v nculo com os pais naturais nos termos do caput do artigo 1 626 do C digo Civil sendo que esta mat ria j estava definida no ECA no artigo 41 A lei tamb m regulou a ado o unilateral em que um dos c njuges ou companheiros pode adotar o filho do outro estabelecendo se os v nculos de filia o entre o adotado e o c njuge ou companheiro do adotante e os de seus respectivos parentes Observe se que na ado o unilateral pela qual a substitui o da filia o se d apenas com rela o ao pai normalmente ou m e mant m se os v nculos do adotado com o outro genitor Isto tem ocorrido com 9 o que significa d
7. pessoa da mesma comunidade ou viv ncia da mesma situa o MIRANDA Jorge Manual de direito constitucional 2 ed Coimbra Coimbra 1993 t IV p 216 E ainda em obedi ncia ao princ pio da igualdade esse sistema especial de prote o institu do pela Constitui o Federal de 1988 se caracteriza por positivar maior gama de direitos fundamentais a todas as crian as e adolescentes de modo que gozam de direitos fundamentais exclusivos em face dos adultos e direitos esses diversos dos direitos fundamentais dos adultos e aos quais se somam todos os direitos fundamentais positivados para os adultos entre esses direitos exclusivos o direito conviv ncia familiar Em nota de rodap Diversos n o apenas sob um enfoque quantitativo mas tamb m sob o aspecto qualitativo j que a Constitui o Federal deu conforma o estrutural especial aos direitos fundamentais de crian as e adolescentes criando um dever de asseguramento priorit rio deles imposto aos adultos representados no trin mio Fam lia Sociedade Estado referindo na CF 227 caput fazendo com que esses direitos fundamentais gerem obriga es essencialmente comissivas aos obrigados MACHADO Martha de Toledo A prote o constitucional de crian as e adolescentes e os direitos humanos S o Paulo PUCSP 2002 NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitu
8. O promotor de justi a Clilton Guimar es dos Santos de S o Paulo tem a seguinte opini o N o vejo qualquer obst culo legal na aceita o da ado o intuito personae entendida como aquela em que a m e escolhe a quem vai entregar o filho O argumento contra o intuito personae funda se em uma odiosa suposi o de delito esquecendo se que na ado o a vontade dos pais n o pode e n o deve ser ignorada Portanto a menos que se consiga comprovar adequadamente o que demanda a exist ncia de ind cios s lidos a ocorr ncia de comportamento delituoso capaz de comprometer a legitimidade da ado o n o pode haver obst culo sua conclus o FERREIRA M rcia Regina Porto CARVALHO S nia Regina 1 Guia de Ado o de Crian as e Adolescentes do Brasil s l Winners Editorial Funda o Orsa s d p 53 299 300 93 entregam seu filho sem interven o judicial baseados em motivos leg timos Assim havendo comprova o de parentesco ou afinidade admite se a ado o intuito personae Neste contexto h a ado o intuito personae que o ato atrav s do qual a m e biol gica determina para quem deseja entregar seu filho Trata se igualmente de tema bastante pol mico A doutrina questiona a legalidade dessa ado o e segundo Maria Isabel de Matos Rocha talvez pela imprecis o de conceitos que se costuma confundir a ado o intuito personae com a ado o pronta em geral
9. TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 22 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 Hoje mat ria constitucional 125 126 49 era reduzida Esta liberdade dos sujeitos permitia que os mesmos regulassem suas vidas evidentemente dentro do limites estabelecido em lei Alguns doutrinadores admitem que a evolu o do direito civil veio da sua publiciza o enquanto outros divergem dessa assertiva Tendo em considera o a unidade do ordenamento jur dico e a supera o da cl ssica dicotomia direito p blico e direito privado bem como diante da nova Constitui o Federal e com ela os microssistemas Estatuto da Crian a e do Adolescente not rio que o C digo Civil n o mais seja o centro das rela es de direito privado E considerando que unidade do ordenamento jur dico significa sustentar que seus princ pios superiores est o presentes em todos os recantos do tecido normativo inaceit vel a r gida contraposi o direito p blico direito privado Neste sentido a separa o do direito em p blico e privado tem de ser abandonada e 127 CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo
10. acima de 15 anos 1 adolescente Gr fico 8 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2005 por estrangeiros Paran Ado es Internacionais 2005 Faixa et ria dos adotados 0a3 4a7 8a 11 12a15 mais de 15 anos O n mero de ado es internacionais efetivadas no ano de 2006 nas Comarcas do Estado foi 39 e o n mero de crian as no total de 93 Nesse ano Imbituva Irati Ponta Grossa S o Jo o do Triunfo Subtotal TOTAL GERAL 01 01 01 01 19 46 01 01 01 03 31 86 45 Corregedoria Geral da Justi a Comiss o Estadual Judici ria de Ado o Autoridade Central estadual N MERO DE ADO ES INTERNACIONAIS POR COMARCAS ADO ES EFETIVADAS COMARCAS Almirante Tamandar Campina Gde do Sul Cascavel Corn lio Proc pio Cruzeiro do Oeste Curitiba Foz do Igua u Francisco Beltr o Gua ra Guarania u 01 01 10 01 01 10 01 01 01 01 N CRIAN AS 2006 05 02 24 03 01 21 02 01 02 03 146 temos o perfil das crian as e ou adolescentes adotados O n mero de grupo de irm os no total de 27 Total de 81 crian as e ou adolescente que foram inseridos na mesma fam lia E o n mero de crian as adolescentes sozinhas adotado 12 A faixa Guarapuava 02 02 Irati 01 02 Ivaipor 01 05 Mallet 01 03 Ponta Grossa 04 08 Santa Mariana 01 02 S o Jo o do Triunfo 01 07 TOTAL 39 93 PA SES ADO ES N CRIAN AS CANAD Almirante Tamanda
11. conta a demora dos feitos Essa demora acontece porque os Juizados da Inf ncia 9 AZAMBUJA Maria Regina Fay de Breve revis o da ado o sob a perspectiva da doutrina da prote o integral e do novo C digo Civil Dispon vel em lt http Avww tj rs gov br institu c estudos doutrina Adocao doc gt Acesso em 20 jul 2008 510 K NIG Mauri BOREKI Vinicius Os riscos da ado o fora da lei Vida e Cidadania Gazeta do Povo Curitiba 27 07 2008 p 6 1 O tempo varia conforme o caso A assistente social Maria Aparecida e a psic loga Regiane de Souza Ferreira levaram dois anos e meio para ajudar a m e de tr s crian as a largar o crack 181 e Juventude t m que primeiro esgotar todas as possibilidade de retorno da crian a fam lia em decorr ncia do direito conviv ncia familiar Entre os mitos e preconceitos que interferem na op o pela ado o n o se pode quedar a exist ncia da m e biol gica Ela que por vezes tenta e diante de tanta desestrutura desaba e entrega seu filho s vezes tardiamente Ela que na grande maioria abandonada pelo companheiro pelo Estado e carrega o peso da culpa para o resto de sua vida Ela que muitas vezes adolescente despreparada e desamparada igualmente Outras simplesmente n o querem ter seus filhos sob o enfoque de que tamb m ficariam em melhor situa o Declinam processos profundos e raz es complexas na base da aceita o ou da decis o de entregar
12. crian a tem prioridade sobre o adulto 4 2 2 Da Morosidade na Tramita o dos Processos de Ado o Critica se muito o processo jur dico administrativo da ado o impondo se a busca por uma maneira de acelerar esses processos e consequentemente evitar 4 A exist ncia do princ pio da prioridade absoluta fica esquecida no esp rito da lei Lembre se a crian a institucionalizada n o reclama n o constitui advogado n o lembrada nem pelos genitores nem pelo Estado a n o ser quando n o tem onde coloc la FREITAS L cia Maria de Paula Ado o quem em n s quer um filho Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre v 3 n 10 p 155 246 jul set 2001 Toda a estrutura jur dica no entanto mant m se arrastada morosa e pesada diante de tal situa o pouco fazendo para imprimir agilidade e seguran a no processo de ado o Continuam as longas filas as dificuldades quase intranspon veis a certeza de que sempre esta estrutura trabalhar para que os la os biol gicos prevale am sobre os afetivos trazendo uma situa o de 505 506 179 essa tens o Nas palavras de Anabel Vit ria Mendon a Souza como se todos estivessem submetidos a um exame um concurso e por Deus isso acaba dificultando a rela o entre o doar e o receber A morosidade do Poder Judici rio na tramita o dos processos de ado o n o exclusividade destes feitos atinge todas os tipos de a e
13. democr tica com vida familiar individual e solidariedade social direitos e responsabilidades m tuos nos relacionamentos co paternidade contratos vital cios de paternidade autoridade negociada sobre os filhos obriga es dos filhos para com os pais a fam lia socialmente integrada Neste modelo contempor neo est presente a pluralidade de fam lias constitu das onde existem filhos de origem biol gica ou por meio de ado o 1 MUNIZ Francisco Jos O direito de fam lia na solu o dos lit gios confer ncia proferida em 1991 no XII Congresso Brasileiro de Magistrados Apud CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 275 Tutelada em si mesma Anota Fachin Num certo paradoxo se a fam lia perdeu suas fun es p blicas e passou a ter apenas fun es privadas deixando de ser uma institui o para chegar informalidade a etapa estatut ria da prote o dos interesses dos menores crian as e adolescentes uma prova da publiciza o desse munus em diversas hip teses FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 265 Voltada para o desenvolvimento da personalidade dos seus componentes TEPEDINO
14. o Colhe se da experi ncia com muito pesar que existem conflitos de adapta o em processos que se chocam com a quest o da irrevogabilidade da ado o A irrevogabilidade uma garantia N o cabe arrependimento por parte dos pais adotivos Isto sim verdade quando se tornaram pais atrav s do instituto de 497 Recurso de Apela o 1999 0000050 1 de Camb Rel Helio Engenlharat Ac rd o 8 553 Conselho da Magistratura Ementa ADO O PERDA DO P TRIO PODER nula a senten a que ao deferir a ado o sem o consentimento dos pais decreta a perda do p trio poder ex officio In Igualdade Revista Trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba abr jun 2000 v 8 n 27 p 100 102 175 ado o estavam cientes da irrevogabilidade e tamb m n o cabe aos pais biol gicos o arrependimento como forma de exclus o da paternidade biol gica Entretanto esta inadapta o n o poderia atingir a crian a pois se trata de pessoa em desenvolvimento cabendo ao Estado proteg la A lei garante a irrevogabilidade mas n o a destitui o do poder familiar dos pais adotivos vez que n o h diferen a entre paternidade biol gica e adotiva nem pode haver discrimina o neste sentido Em tais casos em que os pais adotivos n o conseguem como muitas vezes os pais biol gicos tamb m n o conseguem harmonia na conviv ncia com a crian a n o pode o Poder Judici
15. o ainda como demonstra o do poder garantidor das limita es legalmente impostas pelo sistema Constitucional Federal ECA no ju zo de valora o para aplica o da norma A sociedade brasileira contempor nea bem plural quanto aos c digos de valores ticos que inspiram seus membros Para aqueles mais conservadores independentemente de regramento legal o ponto pareceria pac fico mas os mais liberais poderiam perfeitamente n o ver inconveni ncia em se deferir a ado o a um casal cujo filho adolescente fosse dependente do uso de entorpecente independentemente do m rito sobre a adequa o do comando do ECA 19 o que aqui se busca destacar a import ncia deste tipo de mecanismo balizador da atividade jurisdicional do Estado que na ess ncia da mesma natureza daquele ligado hierarquia imposta constitucionalmente quando da avalia o jurisdicional sobre a necessidade de se colocar crian a em fam lia substituta na garantia dos direitos fundamentais de crian as e de adolescentes o artigo 1 625 desprezou legitimidade dos motivos dos adotantes que tamb m restringe a margem de discricionariedade do aplicador da lei Um problema de outra ordem gerado pelo CC 1 625 E que como ele pretende tratar tamb m da ado o de adulto nele poderia se vislumbrar inconstitucionalidade pela equipara o injustificada entre pessoas maiores e capazes em certas situa es se poderia ver ilegi
16. o do Judici rio Isto n o quer dizer que os princ pios de garantias processuais sejam deserdados nem renegados na Justi a da Inf ncia e Juventude Sabe se que o Direito se encontra presente em toda a vida social por vezes impercept vel entretanto existem situa es em que o conflito se materializa sendo 40 O pensador italiano Primo Levi que vivenciou a dolorosa experi ncia da institucionaliza o sintetizou o efeito destrutivo da interna o atrav s do conceito de homem vazio Imagine se agora um homem ao qual junto com as pessoas amadas lhe s o levados sua casa sua roupas tudo enfim literalmente tudo o que possui ser um homem vazio condenado a sofrimento e necessidade esquecido da dignidade e discernimento j que acontece facilmente a quem perdeu tudo de perder se de si mesmo Bem por isso o inciso V preconiza o restabelecimento e a preserva o dos v nculos familiares sem d vida o objetivo maior do processo socioeducativo De acordo com o inciso VI os casos em que se mostre invi vel ou imposs vel o reatamento desses v nculos devem ser comunicados autoridade judici ria Importa mais uma vez real ar que o direito conviv ncia familiar e comunit ria um direito constitucional assegurado crian a e ao adolescente devendo ser tamb m estendido como uma garantia coletividade de jovens privados de liberdade de gozar da prote o da fam lia cuja presen a constitui fator pre
17. o dos direitos referentes vida sa de alimenta o educa o ao esporte ao lazer profissionaliza o cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comunit ria sendo que nos termos do par grafo nico al nea a do referido art 4 do ECA a garantia de prioridade compreende primazia de receber prote o e socorro em quaisquer circunst ncias GUIMARAES Giovane Serra Azul Ado o Tutela e Guarda conforme o Estatuto da Crian a e do Adolescente e o novo C digo Civil 2 ed rev e atual S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 p 42 112 113 114 45 utiliz vel como forma de transi o para a coloca o em fam lia substituta n o implicando priva o de liberdade A compet ncia do Juizado da Inf ncia e Juventude fica mantida quando houver para os menores de 18 anos e para os maiores deve ser competente a Vara de Fam lia tamb m quando houver A interpreta o do artigo 1 638 do C digo Civil deve ser em harmonia com o Estatuto da Crian a e do Adolescente para que n o afronte as garantias constitucionais auferidas aos cidad os crian as ou adolescentes como esteio da prote o integral Para Silvio de Salvo Venosa a entrada em vigor da nova legisla o civil n o altera a base do direito material prevista no ECA nem as regras de direito procedimental sendo poss vel afirmar que hoje s existe a ado o plena na forma caracterizada acima e
18. o peculiar da crian a e do adolescente como 81 Consta na obra de Valdir a manifesta o de Pedro Sampaio A ado o civil assim chamada por estar prevista no C digo Civil sofreu profundas muta es com o advento da Constitui o Federal A bem dizer tal modalidade de ado o tornou se invi vel face nova sistem tica constitucional Presentemente com a edi o do Estatuto da Crian a e do Adolescente o instituto da ado o foi novamente regido de tal maneira que n o somente o C digo de Menores foi ab rogado como tamb m as disposi es positivas do C digo Civil atinentes ao direito de adotar e ser adotado Por via de consequ ncia temos como ab rogadas as disposi es pertinentes ado o existentes no C digo Civil op cit p g 43 ao nosso ver ledo engano Todas as ado es de maiores de 18 anos s o regidas pelo que disp e o C digo Civil j que o Estatuto disp e de ado es de at 18 anos SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 274 Ado o por ascendentes Hip tese atualmente expressamente exclu da pelo ECA art 42 8 1 Situa o de parentesco todavia ainda n o devidamente esclarecida Apelo provido para anular a senten a suspendendo o procedimento de ado o e determinando a notifica o do suposto pai para se manifestar sobre a paternidade atribu da e em caso de n o assun o espont nea a extra
19. 142 143 Isto tem possibilitado as funda controv rsias na aplica o da lei mesmo na vig ncia do C digo Civil de 1916 N o se olvide que entre outras consequ ncias estranhas ao tema a edi o dos diplomas legais alinhados com o paradigma do direito do menor introduziu uma ruptura no direito de fam lia t pica do s culo XIX entre n s cristalizados do C digo Civil de 1916 cindindo o em dois NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 11 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Houve a separa o de crian as e adolescentes em duas classes distintas de pessoa quais sejam menores em situa o regular e menores em situa o irregular criou dois corpos de regras t picas do direito de fam lia no Ordenamento o primeiro deles consubstanciado nas tradicionais regras do C digo Civil cuja aplica o ficou mantida para os menores em situa o regular o segundo consubstanciado na lei menorista que sempre conteve dispositivos t picos dos institutos de direito de fam lia ado o tutela guarda poder familiar etc dispositivos estes das lei menoristas que embora mantendo em alguma medida as regras gerais do C digo Civil alteravam completamente
20. 431 A t tulo ilustrativo Art 274 No mbito do Poder Judici rio de Rond nia dever ser utilizado o Cadastro Geral Unificado Informatizado de Ado o ENCONTREI que se traduz num sistema de informa es acerca de crian as e adolescentes abrigados em condi es de serem adotados e de pretendentes ado o inscritos e habilitados no Estado Art 278 Constatada a possibilidade de ado o o juiz far a consulta ao cadastro nico para busca do s pretendente s observada a ordem de inclus o e atendida a seguinte prefer ncia pretendente s residente s na Comarca Il pretendente s residente s no Estado Ill pretendente s residente s em outros Estados IV pretendente s brasileiro s ou estrangeiro s residentes no exterior Par grafo nico A ordem de antiguidade e de prefer ncia no cadastro nico s poder ser alterada por decis o fundamentada Se o V do Cadastro Geral Unificado de Ado o Dispon vel em lt http Ayvww t ro gov br correg CAPITULO VI PDF gt Acesso em 20 jun 2008 CNJ lan a cadastro nacional Resolu o 54 que institui o cadastro nacional de ado o O Conselho Nacional de Justi a diante da miss o conferida pelo artigo 103 B da Constitui o Federal desenvolveu o Cadastro Nacional de Ado o CNA banco de dados nico e nacional composto de informa es sobre crian as e adolescentes aptos a serem adotados e pretendentes ado o O CNA um
21. COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 311 6 Em aten o ao contido no presente expediente onde s o solicitadas informa es sobre a verba reservada e valor utilizado referente a recursos or ament rios denominada equipe interprofissional em cumprimento ao disposto no artigo 150 do Estatuto da Crian a e do Adolescente temos a informar que No or amento para 2008 n o h dota o or ament ria espec fica para equipes interdisciplinares tendo em vista que as despesas com pessoal s o gen ricas e seguem a classifica o quanto sua natureza por elemento de despesa conforme previsto no Manual do Or amento II Quanto aos gastos com pessoal valor utilizado n o dispomos diretamente dessa informa o podendo pois ser consultado o Departamento Econ mico e Financeiro da Secretaria deste Tribunal de Justi a III Com rela o Forma o da Equipe Interdisciplinar informamos que 1 A Lei estadual n 11 719 97 prev em seu ANEXO Il Tabela 1 um total de 8 oito cargos de Psic logos e 38 trinta e oito cargos de Assistente Sociais no Quadro de Pessoal do Poder Judici rio vinculado Secretaria dos quais respectivamente 03 e 22 est o preenchidos 2 Por meio do Of cio 54 2008 foi enviado Assembl ia Legislativa e protocolado sob n 487 2008 um Anteprojeto de Lei propondo a cria o de um Quadro Tempor rio
22. D 43 4 83 D 39 4 38 D 41 4 60 D 31 3 48 D 26 2 92 D 19 2 13 DD 74 8 31 D 58 6 51 Por sexo EEE 452 50 73 EE 439 49 27 Por cor de cutis Negra 6 0 67 Branca Z 173 19 42 Morena clara gt 14 1 57 Morena escura 7 0 79 Amarela O 0 00 Por cor do cabelo Pretos D 20 2 24 Loiros 1 0 11 Castanho claro 13 1 46 Castanho escuro 6 0 67 Por tipo de cabelo Liso 9 1 01 Crespo 2 0 22 Ondulado 7 0 79 Por cor dos olhos Pretos 3 0 34 Castanhos 12 1 35 Verdes O 0 00 Azuis 1 0 11 Amendoados O 0 00 Por particularidades HIV positivo 9 1 01 Deficiente 4 0 45 S ndromes Org nica O 0 00 Neurol gica 2 0 22 Infecto contagiosa 1 0 11 Psiqui trica O 0 00 Legenda D at 25 B Entre 25 e 50 EB Entre 50 e 75 B Superior a 75 Gr fico 14 Estat stica Geral de Registro de Ado o na cidade de Porto Alegre de 01 01 2002 a 01 06 2008 No Estado do Rio de Janeiro a realidade estat stica ainda est ausente embora j tenha sido presente anteriormente Demonstrando as dificuldades do levantamento o Estado do Rio de Janeiro tem dispon vel apenas os dados 153 estat sticos referentes aos anos de 2002 2003 e 2004 e as informa es s o referentes aos n meros de a es de ado o procedentes e imp
23. o da perda do p trio poder que ocorreu ex oficio no mesmo processo em que teve como nico pedido a ado o violando assim o princ pio do contradit rio e do devido processo legal E continua a peti o inicial inepta importa em aus ncia de um dos pressupostos processuais especificamente um pressuposto objetivo intr nseco da rela o processual caso em que inexor vel a extin o do processo sem julgamento do m rito embora conste a seguinte ressalva Mas cabe aqui a seguinte coloca o do MP isso n o significa deva a crian a retornar de imediato ao conv vio materno nem que o pedido n o possa ser renovado agora com observ ncia de todos os requisitos legais e ao final resultar na mesma solu o encontrada pela senten a apelada mas apenas isto se for o caso ocorra dentro da lei e sem a viola o de direitos fundamentais de quaisquer dos envolvidos no processo o que sem d vida cabe ao Poder Judici rio assegurar Inacredit vel que tenha sido este o resultado do feito o qual tramitou durante anos e no final foi extinto sob o motivo de que o pedido de destitui o n o estava feito nos autos e quando emendado a inicial se limitou a fazer o pedido Esquece nosso Tribunal que a crian a est crescendo e a demora na decis o a prejudicar a ponto de ser condenada a manter se institucionalizada sem nenhuma chance de encontrar um lar substituto ou seja o tribunal desconsidera a crian a como su
24. o de c pias com remessa ao Minist rio P blico para a promo o da competente investiga o de paternidade nos termos do 4 do art 2 da Lei 8 560 92 TJSP Ap 41 638 0 1 Rel lvaro Lazzarini MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 55 Ainda sobre a mat ria leciona Jos Luiz M naco da Silva 1994 67 Antes de entrar em vigor o Estatuto discutia se ferrenhamente a possibilidade de ser levado a cabo tais ado es tendo da despontado duas posi es a respeito do assunto uma amplamente favor vel outra n o A primeira acabou vencendo nos Tribunais A verdade por m que o atual diploma dissipou essas d vidas vedando expressamente a ado o de crian as e adolescentes por seus descendentes ou irm os ISHIDA Valter Kenji Estatuto da crian a e do adolescente doutrina e jurisprud ncia S o Paulo Atlas 1998 p 90 82 35 pessoas em desenvolvimento Esta ressalva guarda conson ncia e subordina o Constitui o Federal com rela o prote o inf ncia A esse respeito assim se expressa Arnaldo Marmitt Entre n s sobretudo nas maiores cidades grande n mero de crian as e adolescentes est o sendo cuidados e sustentados pelos av s Vivem na casa destes na depend ncia destes em cuja companhia s o criados n o como neto
25. o do Minist rio P blico e por fim a decis o que dever levar em considera o a real vantagem da ado o permanecendo os la os de um genitor e incluindo o adotante Tamb m pode ocorrer a ado o unilateral mesmo quando o genitor a for conhecido entretanto antes deve ser feita a sua destitui o do poder familiar do a genitor a que n o seja o c njuge ou companheiro do adotante quando n o ocorrer a anu ncia formal em ju zo Os artigos 1 625 e seguintes n o trouxeram novidades em rela o ado o de crian a e adolescente al m do que j continha o ECA e o C digo Civil de 104 SAIJ Servi o Auxiliar da Inf ncia e Juventude 105 Ao decidir pedido de ado o o juiz deve preocupar se antes de tudo com o bem estar da crian a certificando se da satisfa o de suas necessidades psicol gicas b sicas de afeto e seguran a JC 71 134 MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 57 O ECA em seu art 43 e o C digo Civil em seu art 1 625 tratam de requisitos para o deferimento da ado o Aquele por sua vez implica limita o na margem de discricionariedade do julgado do interesse de crian as e adolescentes e difere da express o efetivo benef cio Tome se por exemplo concreto da presen a de dependente de droga no seio da fam lia dos pretendentes ado
26. o inicial de a o ordin ria de Luiz Edson Fachin imploro para que sejam ouvidas as crian as institucionalizadas Excel ncias sejam tamb m ouvidas ainda que seus sons sejam menores sussurros de inf ncias pequenos murm rios de adolesc ncia e ainda que sejam de um enquanto de um porvir de um sol a amadurecer e de uma l grima a se compor feito gua de batismo para que a vida seja maior que o luto e que o presente n o devore o futuro Portanto o direito civil contempor neo e seus novos paradigmas devem transpor as barreiras te ricas e pr ticas arcaicas existentes contribuindo efetivamente para a n o institucionaliza o das crian as na medida do poss vel bem como que sejam ouvidas as preces das crian as institucionalizadas iniciativa Na primeira etapa distribu mos mais de 200 mil cartilhas e 3 mil c pias do document rio O que o destino me mandar revelou o coordenador da campanha que tem motivos de sobra para acreditar em n meros ainda mais animadores no fim da nova etapa Dispon vel em lt http Awww amb com br mudeumdestino secao mostranoticia amp mat id 14607 gt Acesso em 20 jul 2008 Minuta de peti o inicial de a o ordin ria de investiga o do parentesco origin rio das palavras de afeto pretens o cumulada com pedido de alimento permanente de cuidado e de afei o FACHIN Luiz Edson As Intermit ncias da vida o nascimento dos n o filhos luz do C
27. reitopublico com br pdf revista dialogo juridico 01 2001 ingo sarlet pdf gt Acesso em 20 jul 2008 tem como caracter sticas b sicas a conferir uma gama maior de direitos fundamentais a crian as e adolescentes contemplando direitos fundamentais exclusivos desses sujeitos especiais b conformar estruturalmente os direitos fundamentais desses cidad os especiais de modo a gerarem obriga es eminentemente comissivas aos obrigados quais sejam os adultos representados no trin mio Fam lia Sociedade Estado referido no caput do artigo 227 da CF a ele impondo o dever de asseguramento priorit rio de todos os direitos fundamentais de crian as e adolescentes pode afirmar sob a tica principiol gica e conceptual que a necessidade de 180 18 2 182 183 62 pessoas em desenvolvimento Neste sentido que podemos afirmar que os direitos fundamentais exclusivos de crian as e adolescentes t m por objetivo a prote o de direitos de personalidade 184 185 186 velar satisfatoriamente pelas potencialidades do ser humano em forma o crian a e adolescente de interesse fundamental para a prote o da pessoa sujeito de direito Prote o jur dica no sentido de servir como um bem valor a ser incorporado na concretiza o de direitos mais espec ficos NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitu
28. seu patron mico retirado da certid o de nascimento de seu filho com o qual tamb m tinha v nculos socioafetivo at a sua morte e se isto s n o bastasse os av s paternos tamb m ser o retirados da certid o de nascimento do neto sem qualquer manifesta o no feito sem serem chamados ao processo sem preserva o de sua hist ria familiar ou seja patrim nio hist rico do adotando apagado de sua vida atingindo inclusive a sua identidade pessoal A quest o que com a morte do genitor o poder familiar se extingue nos termos da lei e o artigo 45 do ECA tem sido interpretado que com a extin o do poder familiar em decorr ncia do falecimento a genitora tem poderes para consentir ou n o a ado o N o poss vel concordar com a ado o embasa nesses termos embora outro fundamento tem sido utilizado para aceitar esta forma espec fica de ado o unilateral que a prote o integral que pauta o Estatuto e que a vontade do c njuge sobrevivente n o est sujeita a restri es especialmente a mulher que pela morte do marido j n o sofre qualquer diminui o de sua capacidade jur dica 3 1 C digo Civil art 1 626 A ado o atribui a situa o de filho ao adotado desligando o de qualquer v nculo com os pais e parentes consang neos salvo quanto aos impedimentos para o casamento Par grafo nico Se um dos c njuges ou companheiros adota o filho do outro mant m se os v n
29. 1 p 3 jan mar 2006 FIGUEIREDO Luiz Carlos de Barros Direito e Justi a O Brasil precisa de uma lei de ado o Dispon vel em lt http celepar7cta pr gov br mppr noticiamp nsf 9401e882a180c9bc03256d79004 6d022 1898d94ff9af361003256eac0061 1dcb OpenDocument gt Acesso em 18 jun 2008 578 199 mais velhas que facilite e estimule a ado o vez que elas n o podem se dar ao luxo de esperar questi nculas do jurisdiqu s para resolver as suas vidas Entretanto deixa se claro que a situa o atual em que se encontram nossas crian as e adolescentes abrigados n o pode ser atribu da exclusivamente ao ordenamento jur dico atual como foi no passado a bandeira levantada contra o C digo de Menores j que n o aplicado na sua totalidade e ess ncia Em linhas gerais o projeto abre alternativas para uma pequena parcela embora n o solucione muitas outras quest es O maior problema a falta de previs o para solucionar problemas j existentes como por exemplo em rela o ado o tardia Constata se que nesse projeto h falta de previs o da interven o da Comiss o Estadual Judici ria de Ado o CEJAs nos processos de habilita o ado o internacional em viola o s disposi es contidas na Conven o Relativa Prote o das Crian as e Coopera o em Mat ria de Ado o Internacional o que representaria um grande retrocesso Os artigos 24 inciso Ill 30 inciso Ill e 45 do
30. 78 104 fev mar 2005 SOUZA H lia Pauliv de O fim de dois sofrimentos Gazeta do Povo 27 07 2008 SOUZA Sergio Muniz de A Lei Tutelar do Menor Colet nea atualizada de leis decretos leis decretos portarias e outros atos administrativos referentes a menores Rio de Janeiro Agir 1958 STRECK Luiz Lenio Hermen utica jur dica e m crise 2 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2000 SZANIAWSKI Elimar Direitos de Personalidade e sua Tutela 2 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 53 72 dez 2002 SUBSTITUTIVO ao Projeto de Lei 6 222 05 Apensados PLs 6 485 02 806 03 890 08 1 380 03 1 645 03 2 885 04 e 3 658 04 1 756 03 2 481 03 2 579 03 4 402 04 2 680 08 2 941 04 3 597 04 e 6 596 06 Lei Nacional da Ado o Disp e sobre ado o Dispon vel em lt www camara gov br sileg prop Detalhe asp id 3394446 gt Acesso em 10 jul 2008 SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 TASCA Flori Antonio Princ pios Fundamentais do Direito Civil Brasileiro Curitiba Flamma 2005 TAVARES Jos de Farias COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo
31. LABORI obr cit n 11 LAURENT obr cit vol 4 n 202 AUDRY et RAU obr cit 556 DEMOLOMBE obr cit vol 6 ns 54 56 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 6 7 E assim como a pessoa pode ter na realidade mais de um filho n o seria razo vel que a fic o n o admitisse para o adotante mais de um filho E o sil ncio da lei significativo traduzindo o sentir da melhor doutrina a exist ncia de um filho adotivo n ao faz obst culo a uma outra ado o c digo civil alem o art 1743 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 8 9 uma consequ ncia do princ pio adoptio naturam imitatur essencial para a ilus o da paternidade ou maternidade na express o de Pondes de Miranda SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 10 o que justifica porque a ado o imita as rela es naturais entre pais e filhos n o se compreendendo que a mesma pessoa pudesse ter mais de um pai SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 17 Quase todos os nossos autores Cl vis Carvalho Santos Esp
32. Martins Ado o transnacional um estudo sociojur dico e comparativo da legisla o atual Belo Horizonte Del Rey 1998 p 97 Consentimento nem sempre volunt rio muitas vezes na sa da da pr pria maternidade 99 da pessoa interessada como se fosse a m e biol gica Neste sentido o ato de receber a crian a e registr la com se fosse filha n o legal pois a ado o se processa sempre pela via judicial Neste contexto not rio que a ado o brasileira ocorre em sua totalidade poca do nascimento da crian a oportunizando a oculta o da origem da crian a a n o lembran a da fam lia biol gica diante da tenra idade e ainda para a sociedade um engodo de gesta o virtual como se efetivamente tivesse a crian a nascida daquele n cleo familiar Entretanto as pessoas que se sujeitam a conseguir a crian a para ado o por meio desse m todo por n o se submeterem s exig ncias legais passam o resto da vida preocupadas com a situa o inst vel e arriscada a que se submeteram e com medo de no futuro a verdade vir tona N o incomum chegar aos juizados hist rias carregadas da problem tica referente s ado es brasileira com justificativas do injustific vel sob o argumento do interesse nobre culpando a demora pelo atendimento do pedido reclamando dos entraves jur dicos demonstrando receio de vir a perder a crian a n o concordando quanto ao sigilo da f
33. Orkut Dispon vel em lt http Avww orkut com br CommMsgs aspx emm 22921 O amp tid 5214589806 346400199 amp start 1 gt Acesso em 20 jul 2008 A pesquisadora Lidia Weber psic loga da UFPR em levantamento que foi apresentado por Fernando Freire estima que existe cerca de 1 milh o de crian as em institui es de abrigo no 162 sendo atendidos certo que as an lises do dois perfis s o complexos e requerem maturidade experi ncia base te rica balizados no bom senso e na prud ncia onde dever ser avaliado cada inten o As discuss es sobre o tema ado o na internet s o os mais variados alguns instrutivos outros representam meros relatos outros opinativos comparativos hist rias informativos enquetes e t picos levantados Isso demonstra que existem pessoas interessadas em adotar e interessadas no tema e at por vezes utilizando se de nomenclatura diversa da utilizada pelo Judici rio tais como ado o pacote fechado Neste sentido a busca da realidade virtual fundamental em nossos tempos para que possamos compreender como a sociedade percebe o instituto da ado o Assim certo que o tema ado o desperta grande interesse da popula o e dos setores diretamente envolvidos na prote o dos direitos da crian a e do adolescente Necess rio entretanto observ los para que possamos compreender e descobrir o desejo da sociedade bem como observar que o direito necessita caminhar com a soc
34. Rodrigo da Cunha A Fam lia na Travessia do Mil nio II CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAM LIA Anais Belo Horizonte IBDFAM OAB MG Del Rey 2000 p 220 221 31 MIRANDA Pontes Tratado de Direito Privado 4 ed Revista dos Tribunais tomo IX top 973 1 nem desdizer com fim de pedir o seu cancelamento O nico meio a alega o de nulidade anulabilidade ou inefic cia apud RADUAN FILHO Miguel Filia o e Paternidade Tempor ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 2 n 5 p 61 Porto Alegre S ntese IBDFAM abr un 2000 352 SANTOS J M de Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v V p 423 O estado de filho segundo a concep o cl ssica pode decorrer de um fato aquele decorrente da procria o como o nascimento ou de um ato jur dico como a ado o Segundo Orlando Gomes o estado de filho resulta da procria o do casamento ou extra matrimonium ou de fic o legal consistente na ado o ou na legitima o adotiva GOMES Orlando Introdu o ao direito civil 12 ed Rio de Janeiro Forense 1997 p 168 apud NOGUEIRA Jacqueline Filgueras A filia o que se constr i o reconhecimento do afeto com valor jur dico S o Paulo Mem ria Jur dica 2001 p 106 354 MADALENO Rolf Filhos do Cora o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 23 p 31 Porto Alegre S ntese abr maio 2004 Negat
35. a ju zo da autoridade judici ria sempre que houver perigo de dano irrepar vel ou de dif cil repara o A ado o internacional tratada pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente como forma de ado o especial havendo exig ncias e procedimentos pr prios utilizando crit rios diferenciados O Estatuto n o menciona a ado o do nascituro entretanto existem os que defendem a possibilidade em virtude de que a omiss o do legislador n o configura a sua n o recep o Como as novas regras da ado o t m por finalidade a prote o integral da crian a deve ser assegurado o seu desenvolvimento inclusive no per odo gestacional Certo portanto o ECA quando estabelece regras sobre o bem estar da gestante nos termos dos artigos 8 9 e 10 Vale mencionar que o instituto da ado o tem forte car ter de fic o jur dica que possibilita a cria o de v nculo parental dissonante da realidade Consta do art 45 8 2 do ECA Em se tratando de adotando menor de doze anos que possa exprimir sua vontade dever ser ouvido e sua opini o devidamente considerada Devemos ainda considerar os arts 16 Il e 28 8 1 ambos do ECA Instituiu o apagamento da origem biol gica no registro civil com o cancelamento do registro civil original do adotando Guilherme de Oliveira entende que n o se trata de fic o Por oposi o ao parentesco natural que o verdadeiro parentesco a adop o assim um
36. blicas quanto ao esclarecimento dos direitos da mulher em dar em ado o como meio poss vel e sem culpa de abandono e assim a op o de ser parturiente an nima torna se vi vel perceb vel a aus ncia de pol ticas p blicas pois n o detecta a situa o de risco ao nascituro n o evita o abandono clandestino deixando que a parturiente opte tamb m diante da impossibilidade do anonimato pelo abandono clandestino Atrav s de pol ticas p blicas acolhendo as parturientes seria poss vel evitar o abandono clandestino tornando vis vel e demonstrando a legalidade da possibilidade de dar em ado o sem culpa N o tendo cunho pejorativo de abandono a declara o de vontade da genitora manifestada judicialmente importando consequentemente pela desnecessidade de processo de destitui o do poder familiar Essa declara o poderia ser recebida junto ao procedimento de abrigamento da crian a Sendo isso o bastante ado o Necess rio que esta declara o seja recepcionada pelo Poder Judici rio em sigilo preservando o anonimato entretanto assegurando a quebra do sigilio pelo filho por motivos de sa de e busca da identidade hist rico familiar A op o em n o acolher o filho deixa de carregar todo o conte do do termo abandono deixa de ser pejorativo Isto n o abandonar isto op o de escolher liberdade e possibilidade de futuro melhor para a crian a Neste sentido o projeto traz um poss vel novo dest
37. cie de a o jur dica tra ando assim a conduta a ser tida em qualquer opera o jur dica Desse modo exprimem sentido mais relevante que o da pr pria norma ou regra jur dica Mostram se a pr pria raz o fundamental de ser das coisas jur dicas convertendo se em perfeitos axiomas Princ pios jur dicos sem d vida significam os pontos b sicos que servem de ponto de partida ou de elementos vitais do pr prio Direito Indicam o alicerce do Direito E nesta acep o n o se compreendem somente os fundamentos jur dicos legalmente institu dos mas todo axioma jur dico derivado da cultura jur dica universal Compreendem pois os fundamentos da ci ncia jur dica onde se firmaram as normas origin rias ou as leis cient ficas do Direito que tra am as no es em que se estrutura o pr prio Direito Assim nem sempre os princ pios se inscrevem nas leis Mas porque servem de base ao Direito s o tidos como preceitos fundamentais para a pr tica do Direito e prote o aos direitos SILVA de Pl cido e Vocabul rio Jur dico 11 ed Rio de Janeiro Forense 1991 v IV p 447 PRIORIDADE Do latim prioritas de prior o primeiro na ordem numeral tido na linguagem jur dica no mesmo sentido de preced ncia ou prefer ncia em certos casos advinda da anterioridade Quando h prioridade a respeito de certa pessoa ou coisa entende se perfeitamente que deve ser colocada em primeiro lugar ou atendida preferentemente ou an
38. cio Pinto de Almeida Ac rd o 13 766 2 C mara Criminal Julgado em 13 12 2001 Emenda RECURSO DE APELA O ECA ADO O PRETENDENTES ADO O N O INSCRITOS NO CADASTRO PR PRIO ART 50 CAPUT DO ECA CRIAN A IRREGULARMENTE ENTREGUE AOS REQUERENTES DOIS DIAS APOS O SEU NASCIMENTO INDEFERIMENTO DO PEDIDO COM A APREENS O DO INFANTE PARA A IMEDIATA COLOCA O EM FAM LIA SUBSTITUTA OBSERVADA A LISTA DOS CADASTROS TENRA IDADE 2 MESES DA MENINA AUS NCIA DE PREJU ZO RECURSO DESPROVIDO A exig ncia legal da pr via habilita o ado o longe de ser mera formalidade sem prop sito mas um triste exemplo da burocracia Estatal na verdade um important ssimo instrumento de garantia de direitos ou ao menos uma v lida tentativa de minimizar ao m ximo o risco de entrega de uma crian a ou adolescente a pessoa ou casal que n o esteja preparado para assumir em especial a m dio e longo prazo todos os encargos decorrentes da medida INTEGRANDO Boletim Informativo Curitiba TJPR ano VII n 26 p 7 jun 2002 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 238 Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro mediante paga ou recompensa Pena reclus o de um a quatro anos e multa Par grafo nico Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa Estatuto da Crian a e do Adolescente art 239 Promover ou auxiliar a efetiva o de ato destinado ao envio de crian a ou ado
39. das motiva es presentes nestes processos de ado o por parte de c njuge surge em decorr ncia de dificuldades enfrentadas ao longo do rompimento matrimonial Separa es mal resolvidas provocam o desejo de vingan a ou a necessidade de apagar um passado que por si s traz sentimentos e situa es que essas m es n o gostariam de ter vivenciado Ultrapassando os limites dom sticos elas buscam aux lio na Justi a para decidir a guarda dos filhos e posteriormente a destitui o do p trio poder seguida da ado o do filho pelo atual marido Em nossa cultura apesar de todas as transforma es o conceito de fam lia ainda aparece diretamente ligado fam lia nuclear constitu da por pai m e e filhos Observa se que as dificuldades vivenciadas por in meros casais no momento da separa o via de regra os fazem confundir os pap is conjugais com os parentais gerando um conflito ainda maior para todos os envolvidos BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 46 abr maio jun 2002 D demonstrou conviver tranquilamente com dois pais um biol gico e ausente e outro afetivo e presente que exerce a fun o paterna BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 45 abr maio
40. digo Civil brasileiro Rio de Janeiro Forense 2007 p 39 A compreens o da quadra de valores que norteiam o direito contempor neo da filia o pressup e a seu turno situ lo no exame cr tico que o pr prio Direito Civil est recebendo neste final de s culo O reinado secular dos dogmas que engrossaram as p ginas dos manuais cl ssicos e engessaram o Direito Civil come a a ruir Ao redor dos conceitos encastelados pelas h beis m os da l gica formal enfileiram se fatos que denunciam o outono do conformismo racional A fragmenta o do Direito de Fam lia e de resto do direito paternidade um exemplo dessa realidade E o impag vel envelhecimento do que j nasceu passado daquilo que foi parido de costas para o presente Futuro rompimento e transforma o caminham pois lado a lado na tentativa da constru o desse caminho novo ou renovado nascido do choque inevit vel entre a realidade e as categorias jur dicas ultrapassadas entre o novo que surge e o velho que declina E por a que sem demora os conceitos esbarram na vida e a vida explode em conflitos m xime na seara das rela es paterno filiais FACHIN Luiz Edson A nova Filia o crise e supera o do estabelecimento da paternidade In PEREIRA Rodrigo da Cunha Repensando o Direito de Fam lia Anais CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMILIA Belo Horizonte OBDFAM 0AB MG 1999 p 132 487 488 169 4 1 2 Dos Conflitos na Ad
41. droit civil Tome Premier Paris 1955 J antes a Assembl ia da Revolu o havia ordenado ao seu Comit de Legisla o que inclu sse a ado o no seu plano geral de leis civis a 18 de janeiro de 1792 sem que se concretizasse a ordem em uma regulamenta o positiva Mas a pr pria 26 27 19 ado o Consta que Napole o teria dito que a ado o uma imita o atrav s da qual a sociedade queria plagiar a natureza e que est nisto a origem do preconceito e o valor dos la os de sangue agregados religi o e pr pria sociedade Gustavo Ferraz de Campos M naco acredita que a Revolu o Francesa com seu ideal de igualdade fez surgir as primeiras no es de harmonia entre a qualifica o da prole Por sua vez o C digo Civil italiano de 1865 inspirado no modelo franc s tratava a ado o de forma restrita disciplinando apenas situa es como educa o alimenta o do adotado perman ncia do nome de fam lia de origem seguindo pelo nome do adotante n o admitindo a rela o de parentesco para efeitos sucess rios Modificado posteriormente passou a admitir a sua revoga o quando fosse contr ria aos bons costumes A par do que j foi mencionado Eduardo Esp ndola em 1954 chama a aten o para a aus ncia do instituto da ado o na legisla o portuguesa assim como na legisla o holandesa Somente em 1977 o C digo Civil portugu s atrav s do Decr
42. ed Anota es e adapta es ao C digo Civil por Jos Bonif cio de Andrada e Silva Rio de Janeiro Freitas Bastos 1956 p 266 SOUZA Anabel Vit ria Mendon a de Ado o Plena um instituto do amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 6 n 28 p 86 fev mar 2005 164 165 59 social A revolu o doutrin ria surgiu em rela o concep o dos princ pios Neste sentido os princ pios constitucionais passaram a oxigenar o sistema jur dico e a doutrina contempor nea n o concebeu mais os princ pios como mera fonte subsidi ria posto que os princ pios gerais de direito s o os alicerces e as vigas mestras do edif cio jur dico onde as leis s o oxigenadas pelos princ pios que as norteiam E a normatividade dos princ pios trouxe consigo a efic cia jur dica s normas constitucionais as quais deram destaque aos direitos fundamentais com carga valorativa nesta fase p s positivista que h a inser o dos princ pios jur dicos constitucionais enraizados como alicerces nos sistemas jur dicos onde se 171 deslocou dos c digos para as Constitui es Os princ pios constitucionais consubstanciam as premissas b sicas de uma dada ordem jur dica irradiando se por todo o sistema e esta a fun o dos princ pios constitucionais segundo Lu s 172 Roberto Barroso Assim os princ pios ganharam a import ncia devida espelhando 16 Nesse sentido Paulo Nader assevera
43. filha de seu tio rf de pai e m e A mo a era de belo porte e agrad vel de aspecto na morte de seus pais Mardoqueu a tinha adotado por filha Livro de Ester 2 5 7 BIBLIA SAGRADA Ed 158 revisada por Frei Jo o Jos Pedreira de Castro S o Paulo Ave Maria 2002 p 101 102 e 544 17 a t tulo de exemplo rezava Aquele a quem a natureza n o deu filhos pode adotar um para que as cerim nias f nebres n o cessem Assim a import ncia de descendentes para o culto aos mortos era imprescind vel para adorar os antepassados para reconhecer a santidade dos ascendentes os quais deviam respeit la e conserv la No s culo IV d C a fam lia estava sob a autoridade do pai que tinha direito de vida e morte sobre seus filhos bem como d los em ado o A doutrina bastante contradit ria na quest o da ado o durante a Idade M dia e pouco se escreveu sobre o tema Entretanto todos observam decl nio desuso e um longo per odo de obscuridade sob o argumento de ser o instituto contr rio ao sistema de feudos da poca Talvez a causa para a queda do instituto tenha sido o Direito Can nico sob a influ ncia do Cristianismo trazendo mudan as 2 As leis de Manu j previam para os hindus Art 543 Aquele que n o tem filho macho pode encarregar sua filha de maneira seguinte de lhe criar um filho dizendo que o filho macho que ela puser no mundo seja meu e cumpra em minha honra a cerim nia f
44. fundamentais contemporaneamente englobam toda uma vasta gama dos chamados direitos sociais E isso n o pode ser esquecido At porque in casu a efetiva o dos direitos sociais de crian as e adolescentes peculiarmente basilar ao respeito da dignidade humana dessas pessoas especiais NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 20 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Na conceitua o de Adriano de Cupis Todos os direitos na medida em que destinados a dar conte do personalidade poderiam chamar se direitos da personalidade No entanto na linguagem jur dica corrente esta designa o reservada queles direitos subjectivos cuja fun o relativamente personalidade especial constituindo o minimum necess rio e imprescind vel a seu conte do Por outras palavras existem certos direitos sem os quais a personalidade restaria uma susceptibilidade completamente irrealizada privada de todo o valor concreto direitos sem os quais todos os outros direitos subjetivos perderiam todo o interesse para o indiv duo o que equivale a dizer que se eles n o existissem a pessoa n o existiria como tal S o esses os chamados direitos essenciais com os quais se
45. gica e sociol gica venha se alastrando pelo pa s na pr tica tem sido utilizada apenas quando da homologa o pelo Judici rio em decorr ncia do tempo respeitando os princ pios de interesse da crian a e do adolescente declarando a filia o socioafetiva muitas vezes concedendo a ado o espec fica Frustrante ver que s neste sentido aplicada continuando como barreira para as ado es legais A realidade tem mostrado que as ado es irregulares em todas as suas formas continuam ocorrendo quando poderiam ser reconhecidas exceto as relacionadas com crime privilegiando o princ pio da filia o socioafetiva Essas dificuldades n o s o invis veis pois os abrigos e institui es est o cheios de hist rias reais em que n o s o observados os direitos conviv ncia familiar e o afeto restando negado a essas crian as e adolescentes a possibilidade de desde logo obterem a filia o socioafetiva A tese da inconstitucionalidade do processo de ado o judicial defendida por Belmiro Pedro Welter decorre da aplica o dos princ pios da conviv ncia fam lia da razoabilidade da proporcionalidade da cidadania da dignidade da pessoa humana 228 O que atormenta os doutrinadores saber se a vontade de ter um filho suficiente ou o nico fundamento do v nculo da filia o A verdadeira filia o esta a mais moderna tend ncia do direito internacional s pode vingar no terreno da afetividade da i
46. nero do qual s o esp cies a filia o biol gica e a filia o n o biol gica NETTO LOBO Paulo Luiz Direito ao estado de filia o e direito origem gen tica uma distin o necess ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano V n 19 p 133 156 Porto Alegre S ntese IBDFAM ago set 2008 Ado o fora da lei Todas as pr tica ilegais de ado o se encaixam Ado o espec fica ou dirigida Trata se de ado o com origem irregular ou seja com o recebimento da crian a ou adolescente para fins de cuidados por um per odo ou para ado o onde se busca mais tarde junto ao Poder Judici rio a legaliza o ajuizando assim a ado o espec fica ou dirigida A entrega de filho a terceiro para cria o mediante escrito particular papel passado com promessa de n o reclam lo por inconceb vel no nosso direito a doa o de filhos A que se apresenta como verdadeira para a sociedade embora n o o seja O v nculo jur dico difere do v nculo socioafetivo e as origens dependem de cada caso Ado o de fato Termo utilizado por L bo NETTO LOBO Paulo Luiz Direito ao estado de filia o e direito origem gen tica uma distin o necess ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano V n 19 p 133 156 Porto Alegre S ntese IBDFAM ago set 2008 Luiz Edson Fachin entende que aquele que toma o lugar dos pais pratica por assim dizer uma ado o de fato O pai jur dico tem
47. nero e Fam lia uma vis o integrada do Direito Porto Alegre Livraria do Advogado 2002 EMENT RIO DE JURISPRUD NCIA Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 36 p 130 jun jul 2006 ESP NDOLA Ruy Samuel Conceito de princ pios constitucionais elementos te ricos para uma formula o dogm tica constitucionalmente adequada S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 215 ESP NOLA Eduardo ESP NOLA FILHO Eduardo Tratado de Direito Civil Brasileiro Rio de Janeiro Freitas Bastos 1941 v X ESP NOLA Eduardo ESP NOLA FILHO Eduardo Do Sujeito dos Direitos Subjetivos e em Particular das Pessoas Naturais In Tratado de Direito Civil Brasileiro Rio de Janeiro Freitas Bastos 1941 v X p 232 356 FACHIN Luiz Edson As intermit ncias da vida o nascimento dos n o filhos luz do C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro Forense 2007 Carta Forense A pol mica do parto an nimo Dispon vel em lt http www carta forense com br Materia aspx id 2120 gt Acesso em 05 ago 2008 Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 Direito de Fam lia elementos cr ticos do direito de fam lia Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 Paternidade e ascend ncia gen tica In LEITE Eduardo de Oliveira Coord DNA como meio de prova da filia o Rio de Janeiro Forense 2002 Grandes temas da atualid
48. nola Orlando Gomes Pontes de Miranda e Washington Monteiro servem de um argumento comum para a proibi o acima argumento que os franceses anteriormente j haviam usado como na natureza s se tem um pai e uma m e assim n o se concebe que algu m tenha dois pais adotivos Em seu livro sobre ado o Curt Reichert acrescenta uma coloca o diferente a ado o por mais de uma pessoa criaria problemas no que se refere ao p trio poder e porque n o dizer problemas referentes educa o do adotando entende que a ado o por duas pessoas s proibida simult nea ou na exist ncia de ambas Ocorrendo por m a morte nada impede a ado o posterior Levi Carneiro trazido cola o por Reichert sustenta o filho leg timo pode ser adotado mesmo em vida do pai por outra pessoa com maior raz o o poder ser o adotado que j n o tenha mais pai adotivo N o h raz o de ordem geral em contr rio Vismard na legisla o francesa est mais com a verdade do instituto indo buscar a mens legis para manifestar se contr rio a essa segunda ado o mesmo porque o instituto e mant m se como imita o ou suplemento da 23 marido e mulher Constava ainda um dispositivo de ordem p blica em que deveria o tutor obriga o de prestar contas da administra o se o menor estivesse sob sua tutela quando da ado o por ele para fins de evitar fraude O nosso C digo n o faz refer ncia ao c
49. o de risco decorrente da viol ncia dom stica contra a mulher um necess rio di logo dos juizados de viol ncia dom stica e familiar contra a mulher e da vara da inf ncia e da juventude p 11 12 Dispon vel em lt http www albmp org br congresso2008 teses 103847 gt Acesso em 22 jun 2008 grifos do original PEIXINHO Manoel Messias Coord Os princ pios da Constitui o de 1988 Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de Direito Civil 11 ed Rio de Janeiro Forense 1997 v V PEREIRA Jane Reis Gon alves SILVA Fernanda Duarte Lopes Lucas da A estrutura normativa das normas constitucionais In PEIXINHO Manoel Messias Coord Os princ pios da Constitui o de 1988 Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 PEREIRA Lafayette Rodrigues Direitos de Fam lia Anota es e adapta es ao C digo Civil por SILVA Jos Bonif cio de Andrada e 5 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1956 PEREIRA Rodrigo da Cunha Org Direito de Fam lia contempor neo Belo Horizonte Del Rey 1997 A Fam lia na Travessia do Mil nio CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMILIA Anais Belo Horizonte IBDFAM OAB MG Del Rey 2000 p 212 234 Repensando o Direito de Fam lia Anais CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAM LIA Belo Horizonte OBDFAM OAB MG 1999 p 123 133 PEREIRA S rgio Gischkow O Direito de Fam lia e o Novo C digo Civil Alguns aspectos pol micos o
50. podendo portanto haver discrimina o de filia o Contr ria tese da inconstitucionalidade est o argumento de que para o nascimento da rela o paterno filial na filia o afetiva condictio sine qua non o tr mite de processo de ado o onde devem ser aferidas e confirmadas as reais vantagens ao adotando via judicial Ainda considerando que o registro livre e espont neo de filho n o necessita de comprova o gen tica Belmiro Pedro Welter defende que esse procedimento poderia se estender declara o de filho afetivo Nessa tese em que n o existe processo de ado o conseq entemente inexistir adotante e adotado N o haver discrimina o que hoje persiste Em contrapartida argumenta se que as exig ncias legais do processo de ado o judicial visam cumprir o princ pio constitucional da prote o integral e absoluta da inf ncia e da juventude o que n o ocorre quando do reconhecimento de filho biol gico 8 Welter rebate os argumentos contr rios afirmando que valorizar as normas infraconstitucio nais mais do que a Constitui o Federal acarretaria numa baixa constitucionalidade do texto constitucional Indaga se por que para o reconhecimento volunt rio da paternidade do filho biol gico n o s o exigidos os requisitos do estudo social bons antecedentes etc Por que a doutrina tem sustentado diuturnamente a introdu o do afeto no direito de fam lia mas quando
51. quest o subsiste o cr nico emperramento da m quina judici ria por falta de estrutura e de recursos indispens veis ao seu melhor desempenho A situa o de insubsist ncia da resposta estatal torna mais evidente a necessidade de busca de novas possibilidades Ainda que o procedimento escolhido in casu n o tenha sido o mais adequado quem sabe em virtude da incerteza de fazer valer a manifesta o de vontade tenham as pessoas se utilizado das ado es irregulares Sabedores talvez de que o tempo lhes permita a concretiza o da manifesta o de vontade independentemente do cadastro de ado o deixando de lado o excesso de formalismo que tende a retardar o bem da vida 28 MELLO Celso Antonio Bandeira de Conte do jur dico da igualdade 3 ed S o Paulo Malheiros 1999 p 9 10 Para H lia Pauliv de Souza o termo correto pais consang neos no lugar de biol gicos porque todos os filhos s o biol gicos de algu m mesmo os adotados SOUZA H lia Pauliv de O fim de dois sofrimentos Gazeta do Povo 27 07 2008 p 6 A afetividade constru o cultural que se d na conviv ncia sem interesses materiais Como todo princ pio ostenta fraca densidade sem ntica que se determina pela media o concretizadora do int rprete ante cada situa o real NETTO LOBO Paulo Luiz Entidades Familiares constitucionalizadas Para al m do numerus clausus Revista Brasileira de Direito de Fam lia
52. rio brasileiro considerando o importante trabalho desenvolvido pela magistratura e pela equipe multidisciplinar al m de identificar a atua o do Servi o Social na escolha do casal pretendente ado o Por fim o ltimo cap tulo apresenta os desafios avan os e obst culos ado o trazendo aspectos jur dicos e sociol gicos relevantes N o obstante os direitos da crian a e do adolescente a realidade nos mostra a fragilidade e o descaso para com nossas crian as institucionalizadas Apresentamos dados estat sticos no texto os quais foram colhidos ao longo da pesquisa de campo demonstrando a escassez de dados quantitativos acerca de ado es no Brasil 11 Pontuamos as dificuldades do tema considerando os conflitos na ado o casos e acasos Neste sentido em perspectiva jurisprudencial estudaremos algumas situa es debatidas frequentemente nos tribunais sobre ado o Ao final apresentamos os obst culos ado o considerando a insuportabilidade social do processo de ado o judicial a morosidade na tramita o dos processos de ado o os mitos e preconceitos que interferem na op o ado o indicando possibilidade ainda que restrita do livre consentimento dos genitores fundados na liberdade de express o de vontade opinando para quem desejam a entrega do filho N o obstante demonstramos que a paternidade afetiva vem sendo o suporte para o deferimento das ado es irregulares Entre as incont veis
53. s d biles contra la ley del m s fuerte que se desarrollla e impera toda vez que los derechos y garantias resultan ausentes o inefectivos Y son precisamente los ni os m s que nadie los sujetos debiles por antonom sia destinados a sucumbir en ese estado de naturaleza en el cual son abandonados a la l gica de la fuerza e del mercado Pref cio obra Infancia ley y democracia en Am rica Latina 2 ed In GARCIA MENDEZ Emilio BELLOF Mary Orgs Bogot Temis Buenos Aires Depalma 1999 Apud NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 17 18 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 195 196 197 198 199 66 adolescentes em rela o aos adultos como geradora fundante de um sistema especial de prote o A experi ncia negativa das mais diversas institui es e consequentemente sua fal ncia levou a nossa Constitui o a contemplar que os filhos sejam criados por seus pais e elevou a conviv ncia familiar a direito fundamental positivado de crian as e adolescentes instituindo que a fam lia a base da sociedade Este princ pio tamb m est em conson ncia com a conviv ncia familiar que o ECA traz de que toda a crian a ou adolescen
54. uma garantia de efic cia e o direito processual dos menores aparece como um dos instrumentos essenciais de toda a o social que nesse terreno ao mesmo tempo um dever e uma esperan a LEITE Eduardo de Oliveira A oitiva de crian as nos processos de fam lia In SILVA Reinaldo Pereira e AZEVEDO Jackson Chaves de Coords Direitos da Fam lia uma abordagem Interdisciplinar S o Paulo LTr 1999 p 36 e 50 llustra o caso J 12 anos que se revoltou ao saber que a ado o implicaria a substitui o do nome do seu pai e de seus av s biol gicos paternos pelo do seu padrasto e dos pais dele Apesar de J ter tido um pai ausente e de este ter falecido h tr s anos o menino segundo sua m e idealizava o como um her i Tamb m era forte a liga o existente entre ele e os av s paternos embora seus encontros fossem cada vez mais espor dicos Os av s tamb m se surpreenderam ao saber da possibilidade da ado o porque sempre foram muito ligados a J e viam no neto a continuidade do filho falecido Neste atendimento a motiva o que o requerente e a m e de J apresentaram para justificar o pedido de ado o foi a rebeldia do menino e a dificuldade de que o casal sentia em fazer com que J obedecesse a eles Atribu ram essa situa o ao fato de o requerente n o ser o pai do menino O casal alegou ainda que o pr prio adolescente muitas vezes confirmava isto ao dizer para o padrasto Voc n o manda em mim Voc n
55. 1 007 apud LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 8 1 LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 8 16 ado o criada pelos romanos tinha por finalidade a escolha de um sucessor dar descendentes masculinos a quem n o os tinha geralmente o adotado era adulto n o desvinculava da fam lia de origem entre outras grandes diferencia es para com a ado o de hoje no direito brasileiro Fustel de Coulanges relata em seus estudos sobre os povos romanos antigos e gregos que a ado o atendia aos anseios da ordem religiosa onde acreditavam na prote o advinda dos mortos Assim a religi o passava atrav s das gera es e a ado o se tornava solu o para que a fam lia n o se extinguisse z A ado o um instituto muito antigo A B blia Sagrada relata v rias passagens referentes ado o O C digo de Manu 200 a C e 200 d C na Lei IX 17 O dever de perpetuar o culto dom stico foi a fonte do direito de ado o entre os antigos A mesma religi o que obrigava o homem a se casar que concedia o div rcio em casos de esterilidade que substitua o marido por algum parente nos casos de impot ncia ou de morte prematura oferecia ainda fam lia um ltimo recurso como meio de fugir desgra a t o temida da sua extin o esse recurso encontramos
56. 41 Nos rg os representativos da classe o encobrimento de infra es tica uma realidade concreta BONATO Carlos Roberto O olhar externo sobre o trabalho t cnico Integrando Boletim Informativo do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a e Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude ano IX n 35 p 27 31 Curitiba jun 2004 Para Bonato Os erros mais frequentes em fun o desta falta de orienta o s o a Avalia o de provas processuais que uma parte faz contra a outra de compet ncia dos magistrados e n o dos profissionais do servi o social b Registro de acusa es de uma parte contra a outra baseadas em simples declara es o que as torna falsas c tend ncia generalizada do profissional em assumir os anseios emocionais da parte que tem o mesmo sexo devido ao envolvimento pessoal d tend ncia em propor solu es de concilia o o que da al ada dos magistrados porque somente ele tem acesso a todos os elementos e autoridade para isso e visitas de surpresa O que permite ao profissional do servi o social escolher hor rios convenientes ou inconvenientes para as partes possibilitando manipula o de relat rio f registro de falsas acusa es de abuso sexual e de agress es sem o respectivo inqu rito policial al m de n o ser compet ncia do profissional do servi o social opinar sobre a veracidade desses fatos g omiss o dos profissionais do s
57. A constru o do perfil define minimamente o tempo de espera para a chegada da crian a Eu vivi isto duas vezes ao construir meu perfil no momento da inscri o e esta semana ao preencher o formul rio que far as adapta es em rela o cadastro nacional Se no primeiro pude ter o meu tempo para definir no segundo de surpresa me deram pouco mais de meia hora e como estava sozinha a decis o tamb m foi sozinha No come o eu e meu marido pens vamos num menino entre 3 e 6 anos acabamos adotando um de 7 anos e meio Mas muito importante ter certeza do seu pr prio limite A gente aqui ouve relatos lindos como o da Paula da Erika da Thereza da Soeli Mas n o todo mundo que est pronto para encarar o desafio de uma ado o m ltipla ou especial ou HIV A Dani que est meio sumida da comunidade escreveu uma vez sobre devolu o Esse tipo de coisa acontece porque os adotantes n o est o claros emocionalmente em sua motiva o para adotar Idealizam demais a ado o como se fosse algo m gico Ter filhos n o algo m gico uma realidade di ria cheia de alegrias tristezas e frustra es tamb m seja ele filho bio ou adotado um ser humano totalmente independente com uma forma de ver o mundo nica ainda que grande parte dessa percep o leve influ ncia dos cuidadores diretos E recomend vel pensar bastante antes de dar um passo maior que as pernas ADO O UM EXEMPLO DE AMOR Comunidade do
58. Brasil o consentimento se reveste de grande interesse pr tico porque permite a confian a judicial Vislumbramos um abismo entre o mundo que idealizamos jur dico e o mundo real pois quanto maior a dist ncia entre os mundos maiores ser o as situa es de risco enfrentadas pela popula o infantil Guilherme de Oliveira j 24 Pode haver escolhas descuidadas ou negligentes dos pais biol gicos que entregam seus filhos a pessoas n o id neas ou despreparadas ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 90 jun 2006 S COSTA Tarc sio Jos Martins Ado o Internacional Aspectos Jur dicos Pol ticos e Socioculturais Integrando Boletim Informativo do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a e Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude Ano X n 38 p 16 28 Curitiba jun 2005 6 BRAUNER Maria Claudia Crespo AZAMBUJA Maria Regina Fay de A releitura da ado o sob a perspectiva da Doutrina da Prote o Integral Inf ncia e Adolesc ncia Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 5 n 18 p 38 Porto Alegre S ntese IBDFAM jun ul 2008 90 afirmara que infelizmente as boas leis n o chegam para garantir boas estat sticas e muito menos para garantir felicidade As ado es espec ficas tamb m podem ser geradas pela entrega da crian a adoles
59. Cascavel 08 13 Curitiba 18 22 Curi va 02 03 Foz do Igua u 02 02 Francisco Beltr o 01 01 Guarapuava 02 04 Irati 01 03 Ivaipor 02 03 Laranjeiras do Sul 01 02 Ponta Grossa 02 03 Rio Negro 01 04 S o Jos dos Pinhais 02 05 Uni o da Vit ria 02 04 Total 48 76 PA SES ADO ES N CRIAN AS ALEMANHA Cascavel 01 01 ESTADOS UNIDOS Antonina 01 01 Irati 01 03 Curitiba 04 05 Laranjeiras do Sul 01 02 FRAN A Curitiba 05 05 Curi va 01 02 Francisco Beltr o 01 01 HOLANDA Alt nia 01 02 Curitiba 02 04 Curi va 01 01 Ivaipor 01 02 Ponta Grossa 01 02 S o Jos dos Pinhais 01 03 IT LIA Almirante Tamandar 02 04 Cascavel 07 12 Curitiba 06 07 Foz do Igua u 01 01 Ivaipor 01 01 Guarapuava 02 04 Ponta Grossa 01 01 Rio Negro 01 04 Uni o da Vit ria 02 04 NORUEGA S o Jos dos Pinhais 01 02 142 duas ado es internacionais no ano por comarca Nota se ainda que a quantidade de crian as adotadas por casal dificilmente igual a um sendo a grande maioria entre2 es A faixa et ria das crian as adolescentes adotadas de O a 2 anos 9 crian as de 3 a 5 anos 28 crian as de 6 a 10 anos 32 crian as e acima de 10 anos 7 crian as Paran Ado es Internacionais 2003 Faixa et ria dos adotados 0a2 3a5 6a10 mais de 10 anos Gr fico 6 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2003 por estrangeiros O n mero de ado es internacionais efetivadas no ano de 2004 nas C
60. Catarina 2007 Pessoas habilitadas cadastro Em Santa Outros Estrangeiros Catarina Estados Gr fico 20 Cadastro de pessoas habilitadas ado o no Estado de Santa Catarina 2007 3 3 1 2 Do Perfil dos Adotantes e dos Adotados No Brasil o perfil dos adotantes e dos adotados foi aos poucos se modificando ao longo dos anos de acordo com a evolu o das leis Entretanto n o se pode comprovar o argumento anterior pela aus ncia de estat stica referente ao perfil dos adotantes e dos adotados Em virtude da aus ncia desses dados utilizaremos a pesquisa recentemente tabulada A percep o da popula o brasileira sobre a ado o foi levantada atrav s de pesquisa realizada pela Associa o dos Magistrados Brasileiros a qual tinha os seguintes objetivos espec ficos verificar o grau de consci ncia e envolvimento da popula o com o tema mediar o n vel de interesse versus rejei o quanto ao tema identificar fatores que afetam ou limitam a es proativas no apoio a crian as abrigadas 42 para tanto foi definido o universo representado Brasil banco de dados Popula o brasileira com telefone fixo tamanho da amostra 1 562 pessoas residentes no Brasil margem de erro 2 5 data da pesquisa 10 a 27 de abril de 2008 m todo de amostragem o m todo amostral empregado para execu o do estudo foi baseado em amostragem n o probabil stica com distribui o proporcional popula o de cada UF m
61. Cunha Org Direito de Fam lia contempor neo Belo Horizonte Del Rey 1997 p 605 638 A ONG francesa Arca de Zoe est sendo acusada de sequestro de crian as que levaria para Fran a 103 crian as de Darfur Foi descoberto que as crian as n o eram de Darfur e sim do pa s vizinho Chade e que quase todas tinham pais ou parentes vivos Orf os de Darfur n o eram rf os e n o eram de Darfur pagaram de 2800 a 6000 por crian a para ajudar no transporte A ONG e seus parceiros falsificaram vistos forjaram documentos mentiram tentaram enganar mas foram descobertos Al m de satisfazer o desejo de casais sem filhos o objetivo humanit rio sempre aparentemente o grande mobilizador dessas ado es Em raz o do aumento da procura as crian as abandonadas ou em situa o de mis ria passam a ter seu valor financeiro aumentado Transformam se em objetos que devem ser adquiridos para satisfazer um 101 crian as n o segue os tr mites legais e devido a essas dificuldades h possibilidade de intermedia o Esta ado o lucrativa por parte de intermedi rios deve ser coibida nos termos do artigo 239 do Estatuto da Crian a e do Adolescente A finalidade da ado o n o fornecer crian as para atender aos interesses de candidatos a pais adotivos e existe uma parcela disposta a obter seu intento a qualquer pre o os que oferecem vantagens materiais aos pais biol gicos para co
62. Direitos de Fam lia e do Menor 3 ed rev e amp Belo Horizonte Del Rey 1993 O direito e a justi a do menor In Direitos de Fam lia e do Menor 3 ed rev e amp Belo Horizonte Del Rey 1993 p 319 333 TEPEDINO Gustavo A disciplina jur dica da filia o In TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Direitos de Fam lia e do Menor 3 ed rev e amp Belo Horizonte Del Rey 1998 A Tutela Jur dica da Filia o Aspectos Constitucionais e Estatut rios In PEREIRA T nia da Silva Coord Estatuto da Crian a e do Adolescente Estudos S cio Jur dicos Rio de Janeiro Renovar 1991 p 265 e ss TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 21 32 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1993 TRIBUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DE ROND NIA Dispon vel em lt http Awww tj ro gov br correg CAPITULO VI PDF gt Acesso em 20 jun 2008 222 TRIBUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DE SANTA CATARINA Relat rio de Atividades do TJSC 2007 Dispon vel em lt http Awww tj sc gov br institucional estatistico 2007 relatorio tisc 2007 pdf gt Acesso em 23 maio 2008 VARGAS Marizete M Ado o tardia Site Pais Adotivos SA Dispon vel em lt http paisadotivossa blogspot com 2007 07 artigo adoo tardia html gt Acesso em 20 mar 2008 VENOSA Silvio de Salvo Direito Civ
63. E E ATE 10 CAP TULO 1 DOS ASPECTOS HIST RICOS DA ADO O eees 12 SE O 1 1 DOS ASPECTOS HIST RICOS DA ADO O 12 1 1 1 Da Ado o na Antiguidade ssa sia EEN 12 1 1 2 Da Ado o Anterior ao Sistema C digo Civil de 1916 20 1 1 3 Da Ado o no C digo Civil de 1916 rear 21 1 1 4 Da Ado o no Estatuto da Crian a e do Adolescente 33 1 1 5 Da Ado o Plena no C digo Civil de 2002 39 CAP TULO 2 DOS PARADIGMAS E PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL 48 SE O 2 1 DOS PARADIGMAS usa sa is ao E 48 2 1 1 Do Paradigma Tradicional ao Paradigma Contempor neo 48 SE O 2 2 DA PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL FACE A ADO O 56 2 2 1 Da Constitucionaliza o do Direito de Fam lia 56 2 2 2 Dos Princ pios Constitucionais Relacionados ao Direito de Fam lia 58 SE O 2 3 DOS PRINC PIOS QUE REGEM A ADO O 63 2 3 1 Do Princ pio da Prioridade Absoluta rear 64 2 3 2 Do Princ pio do Superior Interesse da Crian a 69 SE O 2 4 DA CONSTITUCIONALIDADE E SEUS LIMITES nsise 72 2 4 1 Da Constitucionalidade ou Inconstitucionalidade do Processo de Ado o 72 2 4 2 Das Limita es do Exerc cio da Declara o de Vontade Face ao Regramento Necessidade do Cadastro de Ado o
64. Embri es Dispon vel em lt http Avww stf gov br portal constituicao artigo aspfctx1 gt Acesso em 21 jun 2008 Para Elimar A partir da populariza o das t cnicas de reprodu o assistida nos ltimos anos surgiu o grande problema que consiste no que fazer com tantos embri es produzidos mas n o aproveitados para o engravidamento da paciente Qual o destino a ser dado aos embri es n o utilizados pelas receptoras As opini es s o conflitantes fundadas em conceitos ticos religiosos e filos ficos cada qual defendendo uma maneira de solucionar o grave problema dos embri es excedentes podendo essas vertentes de opini o serem resumidas em tr s propostas a destrui o desses embri es excedentes doa o desses embri es excedentes para pesquisas cient ficas e para o emprego destes embri es na f brica de medicamentos ou armazenar os embri es nos bancos de gametas aguardando oportunidade para do los para terceiros para que estes possam utiliz los em procedimento de fertiliza o artificial heter loga SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 56 57 dez 2002 Em pa ses como a Austr lia e os Estados Unidos o descarte permitido No Brasil a Regulamenta o do Conselho Federal de Medicina n o permite o descarte A doa
65. Forense 2005 v 4 p 145 167 Grandes temas da atualidade MACHADO Martha de Toledo A prote o constitucional de crian as e adolescentes e os direitos humanos S o Paulo PUCSP 2002 MADALENO Rolf Filhos do Cora o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 23 p 31 Porto Alegre S ntese abr maio 2004 MAIDANA J dison Daltrozo O Fen meno da Paternidade Socioafetiva A Filia o e a Revolu o da Gen tica Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 24 p 57 58 jun jul 2004 218 MARC LIO Maria Luiza Hist ria social da crian a abandonada S o Paulo Hucitec 1998 MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 MARMITT Arnaldo Ado o Rio de Janeiro Aide 1993 MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e aplica o do Direito 16 ed Rio de Janeiro Forense 1996 MELLO Celso Antonio Bandeira de Conte do jur dico da igualdade 3 ed S o Paulo Malheiros 1999 Efic cia das normas constitucionais sobre justi a social Revista de Direito P blico n 57 58 p 232 256 S o Paulo RT 1981 Dispon vel em lt http www direitopublico com br pdf revista dialogo juridico 01 2001 ingo sarlet pdf gt Acesso em 20 jul 2008 MIRANDA Jorge Manual de direito constitucional 2 ed Coimbra Coimbra 1993 t IV M NACO Gustavo Fe
66. In AAJIJ Colet nea de Leis da rea da Crian a e do Adolescente Curitiba Juru 2000 e portanto n o sujeitos incid ncia da regra de revoga o da lei velha pela lei nova NERY J NIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 16 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 93 95 39 1 1 5 Da Ado o Plena no C digo Civil de 2002 Nas subse es antecedentes foi feita uma an lise resumida da legisla o que trata do instituto da ado o em ordem cronol gica desde o do seu surgimento visando esclarecer alguns dos principais pontos Agora no que se refere ao C digo Civil de 2002 o tema ser trabalhado sem percorrer todos os dispositivos legais e sem que haja uma sequ ncia l gica desses dispositivos haja vista que muitos deles por ainda se encontrarem em vigor j foram mencionados anteriormente como o caso do Estatuto da Crian a e do Adolescente O C digo Civil regula o instituto da ado o em seus artigos 1 618 a 1 629 e n o revogou expressamente o ECA n o sendo com ele incompat vel por conter a mesma no o do estatuto de servir aos interesses do adotado nos termos da pr pria Constitui o aplicando as regras do direito par
67. In FREIRE Fernando Coord Abandono e ado o contribui es para uma cultura da ado o Il Curitiba Terre des Hommes 1994 SOUZA Anabel Vit ria Mendon a Ado o Plena Um Instituto do Amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 28 p 80 fev mar 2005 514 VILLELA Jo o Baptista A desbiologiza o da paternidade Boletim IBDFAM n 11 ano 2 p 7 set out 2001 512 513 182 propaga e impera nas mais diversas f rmulas A cegueira que n o permite sociedade enxergar Muito ainda h a ser desvelado na quest o da ado o e a ci ncia deve caminhar evoluir pois a conscientiza o lenta e este tema merece especial aten o de toda a sociedade a qual n o deve se acomodar 4 2 4 Das Ado es de Embri es z O avan o tecnol gico realidade social presente e os centros de fertiliza es atuam e come am a provocar distor es diante da lacuna da lei O tema j n o mais alheio ao cotidiano das pessoas e a m dia tem seu papel disseminador embora muitas vezes apresente informa es distorcidas O futuro que parecia t o distante j est presente entretanto ao mesmo tempo continuamos vivendo sob paradigmas ultrapassados A engenharia gen tica tem surpreendido o direito 515 Citando Ripert o que muda o mundo n o s o as maiorias acomodadas mas as minorias determinadas SOUZA Anabel Vit ria Mendon a de Ado o Plena um ins
68. Judici rio onde a m e consentiu com a ado o notadamente por quest o econ mica Deste caso verdades sejam ditas onde n o h pol ticas p blicas que solucionem a quest o econ mica fome a alternativa do Judici rio a busca de fam lia substituta para aquela menina t o obediente Posto que o abrigo a solu o imediata para a fome e posteriormente a ado o ser a solu o definitiva do problema not rio que boa parcela das crian as tem origem na falta de recursos financeiros para a sua sobreviv ncia mas paradoxalmente a quest o econ mica n o configura motivo para a destitui o do poder familiar 9 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 48 A ado o irrevog vel O termo deveria ser irretrat vel impossibilidade de arrependimento por parte dos genitores e n o a ado o GUERRA Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Integrando Boletim Informativo ano VII n 25 Curitiba mar 2002 Tribunal de Justi a do Estado do Paran editorial p 2 177 SE O 4 2 DOS DESAFIOS AVAN OS E OBST CULOS ADO O 4 2 1 Da Insuportabilidade Social do Processo de Ado o Judicial Antes mesmo de se falar da insuportabilidade social do processo de ado o judicial cabe lembrar que as fam lias no af de continuar o determinismo biol gico gastam o que podem e o que n o podem em busca desta realiza o Segundo L cia Maria de Paula Freitas Caminha a passos largos
69. Lima Posteriormente foi implantado o C digo de Menores Lei 6 697 de 10 de outubro de 1979 que disciplinou o instituto da ado o em seus artigos 27 a 37 com procedimento nos artigos 107 a 109 revogando expressamente a legisla o anterior e substituindo a legitima o adotiva pela ado o plena com caracter sticas pr ximas Considerando a sistem tica do referido C digo foram implantadas duas modalidades de ado o ado o simples que acabava sendo remetida ao C digo Civil nos termos do artigo 27 e a ado o plena que insere integralmente o adotado E continua O FILHO ADOTIVO em consequ ncia da ado o est vinculado ao ADOTANTE COM ou SEM direitos sucess rios conforme n o tenha ou tenha o adotante filhos leg timos conservando ou n o o nome de sangue conservando por fim os direitos e deveres resultantes do parentesco natural com exce o do p trio poder que se transfere ao adotante O FILHO LEGITIMADO pela ado o se vincula PR PRIA FAM LIA DOS ADOTANTES com impedimentos matrimoniais adquirindo o legitimado os mesmos direitos e deveres do filho leg timo superveniente com o qual concorre cessando integralmente os direitos e obriga es oriundos da rela o de parentesco do adotado com a fam lia de origem O FILHO LEGITIMADO pela ado o em tudo equiparado ao filho leg timo ao qual em tudo se equipara aos filhos legitimados pelo casamento res
70. Paranagu 01 01 Ponta Grossa 01 02 Prudent polis 02 02 Santa Helena 01 02 S o Jos dos Pinhais 02 04 Tel maco Borba 01 03 TOTAL 37 74 PA SES ADO ES EFETIVADAS N CRIAN AS ADOL ESTADOS UNIDOS Cascavel 01 05 Curitiba 07 14 Imbituva 01 01 Paranagu 01 01 148 crian a adolescente adotada visto pela perspectiva de n mero de grupo de irm os no total de 25 totalizando 62 crian as adolescentes adotados N mero de crian as adolescentes sozinhos adotados de 74 A faixa et ria das crian as adolescentes adotados de O a 3 anos 14 crian as de 4 a 7 anos 25 crian as 8 a 11 anos 30 crian as 12 a 15 anos 4 adolescentes e acima de 15 anos 1 adolescente Paran Ado es Internacionais 2007 Faixa et ria dos adotados 30 0a3 4a7 8a 11 12a15 Mais de 15 anos Gr fico 10 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2007 por estrangeiros S o Jos dos Pinhais 01 02 Subtotal 11 23 FRAN A Curitiba 01 01 Imbituva 01 01 Prudent polis 01 01 Santa Helena 01 02 Subtotal 04 05 HOLANDA Cascavel 02 05 Curitiba 01 02 Sub total 03 07 IT LIA Almirante Tamandar 04 09 Cascavel 03 06 Curitiba 06 11 Ivaipor 01 02 Nova F tima 01 03 Ponta Grossa 01 02 Prudent polis 01 01 S o Jos dos Pinhais 01 02 Tel maco Borba 01 03 Subtotal 19 39 TOTAL GERAL 37 74 149 Por fim o Estado do Paran tem ainda tabela desde a instala o da CEJA PR em 1989 com 12 ado es e 12
71. Paula Ado o quem em n s quer um filho Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre v 3 n 10 p 155 243 jul set 2001 GATELLI Jo o Desciomar Ado o internacional procedimentos legais utilizados pelos pa ses do Mercosul Curitiba Juru 2008 GAZETA DO POVO S 35 dos brasileiros adotariam dentro da lei Curitiba 20 07 2008 Vida e cidadania p 20 GUIA Informativo da Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 2 ed Curitiba Juru 2002 GRANATO Eunice Ferreira Rodrigues Ado o doutrina e pr tica 4 tir Curitiba Juru 2008 GUEDES L dia Munhoz Mattos A crian a o Adolescente e a prioridade absoluta INTEGRADO Boletim Informativo Curitiba ano IX n 35 p 33 set 2004 GUERRA Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Integrando Boletim Informativo ano VII n 25 p 2 Curitiba Tribunal de Justi a do Estado do Paran editorial mar 2002 GUIMAR ES Giovane Serra Azul Ado o Tutela e Guarda conforme o Estatuto da Crian a e do Adolescente e o novo C digo Civil 2 ed rev e atual S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 HOSSLI Peter Ado o de embri es uma nova possibilidade de fam lia Tradu o de Ana Ban Revista Cl udia p 178 184 maio 2008 IGUALDADE Revista Trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba v 8 n 27 p 100 102 abr jun 2000 IGUALDADE Revista Trimestr
72. Prova se a filia o pelo registro de nascimento e tamb m admite provar a filia o por qualquer outro modo admiss vel em direito quando houver posse de estado de filho O reconhecimento pode ser feito pelos pais conjunta ou separadamente importante mencionar que nenhuma impugna o deve prevalecer quando se constatar a exist ncia de posse de estado da filia o consolidada na conviv ncia familiar duradoura A presun o da paternidade e da maternidade passa a ser radicada na conviv ncia dos pais durante a concep o sejam eles casados ou n o Na verifica o do projeto encontramos importante dispositivo referente s investiga es de paternidade e maternidade que podem ser biol gica ou socioafetiva valendo se de evolu o merecedora de elogios Atrav s deste inovador artigo 77 o legislador est possibilitando o resgate da hist ria pessoal que merece destaque 5 Projeto de Lei 2 285 07 art 69 As fam lias parentais se constituem entre pessoas com rela o de parentesco entre si e decorrem da comunh o de vida institu da com a finalidade de conviv ncia familiar 556 Projeto de Lei 2 285 07 art 69 1 Fam lia monoparental a entidade formada por um ascendente e seus descendentes qualquer que seja a natureza da filia o ou do parentesco 7 Projeto de Lei 2 285 07 art 69 2 Fam lia pluriparental a constitu da pela conviv ncia entre irm os bem
73. Revista dos Tribunais out dez 2002 Constitui o Federal art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es nos termos desta Constitui o NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 12 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 54 144 adotou concep o de ambig idade entre os antag nicos paradigmas No entanto percebe se avan o no sepultamento do in quo paradigma da situa o irregular Para Friedrich Engels a fam lia elemento ativo portanto n o est tica evoluindo juntamente com a sociedade enquanto que o sistema de parentesco passivo s depois de longos intervalos registram os progressos feitos pela fam lia n o ocorrendo modifica es substanciais As modifica es neste sistema de parentesco ocorrem quando j houve modifica es na fam lia Neste sentido Belmiro Pedro Welter afirma que a filia o afetiva elemento ativo n o permanece estacion
74. V cio de consentimento ou falsidade do registro sequer alegado CC art 1 604 Parentalidade socioafetiva Preval ncia da realidade socioafetiva sobre a biol gica diante da rela o formada entre pai filho ao longo de anos Declara o de vontade reconhecendo voluntariamente a paternidade que se torna irretrat vel Apela o desprovida TJRS AC 70014027544 8 C C v Rel Des Luiz Ari Azambuja Ramos j em 23 03 2006 Ement rio de Jurisprud ncia Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 36 p 130 jun jul 2006 O artigo 299 do C digo Penal tipifica semelhante conduta como crime de falsidade ideol gica e prev em seu par grafo nico a circunst ncia de o delito ter sido praticado por motivo de reconhecida nobreza quanto a pena pode o juiz deixar de aplic la Insere se assim mais uma esp cie de perd o judicial na legisla o como causa extintiva da punibilidade art 107 IX do CP MARMITT Arnaldo Ado o Rio de Janeiro Aide 1993 p 160 A quest o em exame afasta de pronto a exist ncia de eventuais v cios de consentimento foi o pr prio agente que buscou por ato volunt rio e espont neo sem a ocorr ncia de qualquer dos v cios pr prios do consentimento Impossibilitar seja aduzido torpeza em benef cio pr prio j constitui princ pio de direito e motivo suficiente para afastar a possibilidade jur dica do pedido de nega o de paternidade
75. a e do Adolescente Mas em outros dispositivos parece ter adotado posicionamento alinhado com o paradigma menorista de maneira n o absoluta expl cita CC 1 584 par n Por outras vezes adotou posicionamento antag nico com o texto constitucional do que s o exemplos paradigm ticos CC 1 734 que afronta diretamente a CF 227 caput e 8 3 VI j que estabeleceu uma ordem na hierarquia de prioridades envolvida no ponto manuten o da crian a na fam lia natural coloca o em fam lia substituta institucionaliza o da crian a que afronta diretamente o texto constitucional em raz o da positiva o do direito conviv ncia familiar NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 13 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 14 ENGELS Friedrich op cit p 30 citando L H MORGAN Systems of Consanguinity and Affinity of the Human Family Washington 1871 p 14 apud WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 116 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 Welter cit
76. a estrutura dos institutos Esta lei especial era aplic vel apenas segunda categoria de pessoas menores em situa o irregular NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 11 12 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 unificado o status jur dico de crian as e adolescentes tanto no plano constitucional como no da legisla o infraconstitucional com a consequente reunifica o material do direito de fam lia nas rela es jur dicas envolvendo crian as e adolescentes no plano infraconstitucional ficou mantida a dualidade t cnico estrutural representada pela vig ncia simult nea de dois diplomas legais ECA e C digo Civil em rela o ao tratamento de alguns institutos t picos do cl ssico direito de fam lia como poder familiar guarda tutela ado o etc embora sem sobreposi o completa do regramento espec fico a cada instituto NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 12 S o Paulo
77. a import ncia do instituto da ado o porque faz parte da natureza humana e do projeto parental a expectativa de filhos LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das Crian as In LEITE Eduardo de Oliveira Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 109 Grandes temas da atualidade S rgio Gischkow Pereira a paternidade conceito n o s gen tico ou biol gico mas psicol gico moral e s cio cultural Em grande n mero de ocasi es o v nculo biol gico n o transcende a ele mesmo e revela se completo e patol gico o fracasso da rela o de paternidade sob o prisma humano social e tico Em contrapartida m ltiplas situa es de aus ncia de liga o biol gica geram e mostram rela o afetiva Por outro lado a paternidade oriunda da ado o plenamente consciente e desejada PEREIRA S rgio Gischkow Tend ncias Modernas do Direito de Fam lia Revista dos Tribunais S o Paulo v 628 p 19 39 ago 1992 A coloca o em fam lia substituta em qualquer de suas formas guarda tutela e ado o corresponde na atualidade a uma medida de prote o art 101 inciso VIII do Estatuto da Crian a e do Adolescente aplicada quando se mostrar invi vel a manuten o da crian a junto fam lia natural BRAUNER Maria Claudia Crespo AZAMBUJA Maria Regina Fay de A releitura 264 265 266 267 8
78. aberta n o est proibida pelo sistema legal brasileiro ao contr rio ela se justifica perante o direito identidade e conhecimento das origens A ado o intuito personae e a visita dos genitores ao filho adotado exemplificam mecanismos de realiza o desse direito n o excluindo outros modos que possam ser caso a caso menos perturbadores p ex acesso do filho a informa es do processo e aos registros p blicos Uma consagra o expressa com detalhamento legal da ado o aberta a par da ado o sigilosa que coexistiria traria seguran a aos interessados e poderia incentivar ado es necess rias Por m deveriam ser fundamentadas em estudos e pesquisas interdisciplinares envolvendo necessariamente juristas e profissionais da rea de sa de que avaliassem os benef cios preju zos e dificuldades psicol gicos dos variados graus de abertura poss veis na ado o a partir da experi ncia de pessoas que j realizaram esse tipo de ado o e da avalia o dos sistemas jur dicos que consagraram esse tipo de ado o ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 104 jun 2006 A ado o aberta pr tica corrente na Am rica do Norte conforme a qual existe a possibilidade de um breve contato supervisionado entre as fam lias biol gica e adotiva de uma crian a Nota de rodap 12 FONSECA Cl udia Uma virada impr
79. abrigamento que deveria ser tempor rio acaba por se tornar definitivo para muitas crian as e ou adolescentes devido tentativa in cua de resolu o dos problemas familiares e a sua manten a na fam lia de origem Neste sentido o alerta de que este um dos motivos que mant m tantas crian as institucionalizadas mas n o liberadas para ado o e que acabam por ficar abrigada n o temporariamente mas por longos per odos sem nada estar sendo feito para solucionar a quest o O tempo n o complacente para as crian as que crescem em institui es e quanto mais ele passa menores s o as chances de elas conseguirem uma fam lia substituta Posteriormente caso seja necess rio o afastamento da crian a ou adolescente da companhia de sua fam lia o abrigamento se tornar a nica alternativa imposta crian a O resgate social deve ser apenas em situa es extremas em car ter emergencial diante de grav ssimo e iminente risco em que se 477 primeiramente se deve investir na fam lia de origem atrav s da aplica o de medidas espec ficas previstas no art 129 da Lei 8 069 90 de modo a manter o quanto poss vel a integridade familiar e preparar os pais para o exerc cio respons vel dos deveres inerentes ao p trio poder em segundo lugar ap s esgotadas as possibilidades de manuten o da crian a e ou adolescente em sua fam lia de origem deve se tentar a coloca o em fam lia substituta apen
80. ao doar seu material gen tico s cl nicas de fertiliza o ou aos bancos de gametas est o na realidade transmitindo a propriedade desse material s mencionadas entidades Os usu rios da reprodu o assistida na fertiliza o hom loga transferem a posse de seu material gen tico s entidade que desenvolvem a reprodu o assistida que se tornam deposit rias dos gametas Na transfer ncia das c lulas germinativas por meio de doa o ou mesmo se tratando somente de dep sito est o envolvidos s men e vulos que se constituem t o somente de c lulas reprodutoras N o se pode falar ainda de embri es os quais n o est o inclu dos nessa transfer ncia de posse e propriedade Com a fecunda o as c lulas germinativas deixam de ser mero material gen tico transformando se em um ser vivo que n o pode ser objeto de direito de propriedade Os embri es s o seres humanos em desenvolvimento que surgem depois de realizada a doa o de s men ou vulos ou da entrega de material gen tico pelos contratantes ao deposit rio resultantes da fecunda o das c lulas masculina e feminina constituindo se em um novo ser humano n o mais sendo apenas c lulas germinativas O material gen tico que se constitui apenas de c lulas germinativas difere dos embri es n o se confundindo com os mesmos SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n
81. cil afastar o paradigma da interven o judicial mesmo nos casos em que h consenso pois a sociedade acostumou se a endeusar a seguran a jur dica segundo Welter entretanto a fun o primordial do Poder Judici rio dirimir conflitos e n o homologar a consensualidade 294 295 296 297 92 adotante encontra se na lista de espera cadastro de ado o e de repente aparece com um beb em seus bra os H registro de casos em que sendo descoberta a simula o fraude a crian a abrigada e concedida a sua guarda e responsabilidade a parente pr ximo ou guarda e responsabilidade provis ria a quem estivesse na lista de cadastro para adotar mediante a o de ado o Quando os pais adotivos s o instados a justificar os fatos alegam muitos que a genitora somente concorda com a ado o se for para eles O que pode se justificar se existir v nculos entre os pais adotantes e os genitores A quest o z levantada o direito de a m e biol gica escolher para qual fam lia gostaria de entregar seu filho al m de em alguns casos ser relevante que sejam preservados os v nculos j existentes entre a crian a e os pretendentes ado o Surge aqui uma quest o pol mica a genitora tem direito de escolher para qual fam lia gostaria de entregar seu filho H opini es divergentes na doutrina A problem tica da limita o do exerc cio da declara o de vontade face ao regramento
82. com br gt Acesso em 26 jun 2008 PROJETO de Lei 1 756 03 Cria a Lei Nacional de Ado o Dispon vel em lt www camara gov br sileg prop Detalhe asp id 3394446 gt Acesso em 10 jul 2008 PROUST Marcel Biografia Dispon vel em lt http Avww pensador info autor Marcel Proust gt Acesso em 23 jul 2008 RADUAN FILHO Miguel Filia o e Paternidade Tempor ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 2 n 5 p 59 62 Porto Alegre S ntese IBDFAM abr jun 2000 REALE Miguel Filosofia do Direito S o Paulo Saraiva 1996 REVISTA Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 36 p 130 jun jul 2006 REVISTA Brasileira de Direito de Fam lia v 1 n 1 p 125 Porto Alegre S ntese IBDFA abr jun 1999 REVISTA Consultor Jur dico 25 mar 2004 Dispon vel em lt http conjur estadao com br static text 22496 1 gt Acesso em 06 maio 2008 ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 89 106 jun 2006 SANCHES Mario Antonio SCHUFFNER Alessandro Bio tica e Doa o de Embri es Dispon vel em lt http www stf gov br portal constituicao artigo aspfctx1 gt Acesso em 21 jun 2008 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v V C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Dire
83. crian as adotadas e em 2007 foram realizadas 37 ado es e 74 crian as adotadas demonstrando a evolu o da ado o internacional quantitativamente e especialmente quanto ao grupo de crian as acolhidas por fam lia Denota se assim a import ncia do trabalho realizado pela CEJA PR Evolu o das ado es internacionais nc 1989 1990 1991 1992 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 e ADO ES E N CRIAN AS Gr fico 11 Evolu o das ado es internacionais no Paran 1989 2007 No Estado do Rio Grande do Sul poss vel obter a estat stica de Registro de Ado o mediante acesso internet disponibilizada por per odo e por tipo de estat stica Para a presente pesquisa buscou se a estat stica de Registro de Ado o no per odo de 01 01 2002 a 01 06 2008 referente ao Estado Esta Estat stica Geral de Registro de Ado o identificou o n mero de adotados nesse per odo de 4 166 quatro mil cento e sessenta e seis e classificou por tipo de ado o dividindo a em tr s esp cies ado o mediante cadastro 187 ado o dirigida 438 e ado o n o informada 3 541 Note se que podemos concluir que a aus ncia de informa o o maior n mero que engloba as demais formas de ado o Isto pode estar mascarando os dados entretanto podemos considerar que o n mero de ado es via cadastro pequeno considerando o n mero de ado o dirigida 457 Pesquisa realizada junto a
84. da Ado o Ado o internacional e ado o do nascituro adapta o de monografia apresentada Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMERNJ Rio de Janeiro Forense 1997 p 14 15 2 WEBER Lidia Natalia Dobrianskyj Aspectos Psicol gicos da Ado o Curitiba Juru 2005 p 20 2 A Roda dos Expostos ou Enjeitados teve origem na Idade M dia na It lia O nome Roda dado por extens o casa dos expostos prov m do dispositivo de madeira onde se depositava o beb De forma cil ndrica e com uma divis ria no meio esse dispositivo era fixado no muro ou na janela da institui o No tabuleiro inferior da parte externa o expositor colocava a crian a ainda pequenina que era enjeitada girava a Roda e puxava um cord o com uma sineta para avisar vigilante ou Rodeira que um beb acabara de ser abandonado retirando se furtivamente do local sem ser reconhecido A origem desses cilindros rotat rios vinha dos trios ou dos vest bulos de mosteiros e de conventos medievais usados para outros fins como o de evitar o contato dos religiosos com o mundo exterior Na Fran a era chamada de Tour na Espanha de Torno na It lia de Ruota ou Torno e na Inglaterra de Wheel MARC LIO Maria Luiza Hist ria social da crian a abandonada S o Paulo Hucitec 1998 p 57 Entretanto existem outros autores que mencionam ser uma inven o francesa datada do s culo XVII Foram criadas as fa
85. da Crian a e do Adolescente foi necess rio atualizar diversos anacronismos constantes do C digo Civil de 1916 que segundo Nelson Nery J nior e Martha de Toledo Machado fosse para adequ los ao novo paradigma inaugurado pela Constitui o Federal no tratamento do direito de crian as e adolescentes paradigma da prote o integral fosse para atualizar a legisla o civil s demandas da sociedade em diversos pontos do chamado direito de fam lia luz da nova ordem constitucional Em verdade importante ressaltar que o Estatuto da Crian a e do Adolescente n o acabou com anomalia ou dualidade t cnico estrutural que persiste 137 A transforma o n o de pequena monta Ao inv s da l gica propriet ria em uma palavra patrimonial s o valores existenciais que porque privilegiados pela Constitui o se tornam priorit rios no mbito do direito civil Tais s o os fundamentos daquilo que se come a a delinear como a funda o de um direito civil constitucionalizado um direito civil efetivamente transformado pela normativa constitucional TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 29 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1993 Em nota de rodap continua A fragmenta o da mat ria civil stica que embora tenha sofrido regulament
86. da exist ncia de la os consang fneos biol gicos Isso na medida em que da an lise dos dispositivos do C digo Civil que cuidam da mat ria o que pretendeu o legislador foi proporcionar seguran a e estabilidade s rela es paterno filiais Neste contexto a falta de estudo devido s constantes atribui es ao senso comum sobre ado o est presente O assunto abandono de crian as adolescentes e ado o gera pol micas e muito controverso A ordem cronol gica do artigo 50 do ECA comporta flexibilidade Na verdade essas crian as ao longo da nossa hist ria s o protagonistas por direito e s o as que mais sentem e sofrem as consequ ncias perversas da incoer ncia do homem A figura da ado o brasileira quase j se tornou uma constante mas o que n o se pode conceber o estabelecimento desse parentesco por meio de procedimento escuso pelo qual simplesmente se perfilha filho alheio como pr prio Mas necess rio apontar quais seriam as consequ ncias f ticas dessa ado o brasileira levada a efeito At que ponto essa conduta perniciosa ao ordenamento jur dico como um todo se as ado es tem se efetivado na via judicial em paternidade afetiva Este o dilema que se apresenta Necessitamos de um novo olhar para as ado es pensando em paternidade afetiva para al m de dogmatismos est ticos de condicionamentos ideol gicos e poder lembrando que a crian a e o adolescente s o pessoas em con
87. de Miseric rdia de S o Paulo Exposto 3 381 escrito por Carlos da Silva Lacaz SORIMA NETO Jo o M dico deixado na roda dos expostos defende parto an nimo O Globo Online Dispon vel em lt http oglobo globo com sp mat 2007 10 04 298005807 asp gt Acesso em 05 ago 2008 585 As experi ncias do passado devem enriquecer a evolu o legal de nosso pa s e n o um apoio para o retrocesso WEINGARTNER Viviane Parto An nimo um retrocesso Nossa Via Dispon vel em lt http Awww nossavia com br comportamento parto anonimo gt Acesso em 05 ago 2008 8 f a solu o legislativa pode ser uma via simples de representar uma fal cia isto uma imagem especular invertida do real Somente situa es efetivamente alarmantes que poderiam autorizar medida t o dr stica como a do parto an nimo Antes de se editar uma lei importa amadurecer a reflex o sobre bases s lidas Por outro lado quanto aos efeitos colaterais de eventual regula o nos termos propostos algumas perguntas devem ser suscitadas a possibilidade do parto an nimo n o poderia incentivar a irresponsabilidade e reifica o do humano Uma gravidez indesejada se resolveria com a entrega de seu produto a uma unidade de sa de Quanto menos respons veis menos humanos no tornamos Limite e responsabilidade num pa s e numa sociedade fr geis sem a fun o paterna presente e exercida abrem as portas para mais uma hemorragi
88. de ado es sucessos e insucessos de desejo em adotar de tempo de espera de como conseguiu uma crian a de como conseguir um filho de filhos do cora o de problemas enfrentados durante o feito de ado o a dif cil escolha do perfil do adotado etc Necess rio colocar que ao se deparar com n mero expressivo de comunidades e membros houve dificuldade na escolha daquela que pudesse representar a maioria das 1 000 comunidades localizadas Se para n s que vivemos na poca dos acontecimentos dos quais se ocupa a internet j dif cil discernir o aut ntico do falso o real do imagin rio qual n o ser o trabalho dos historiadores no futuro Entretanto este n o um problema relativo s ao nosso tempo Esta 40 Tapscot defende a tese de que a tecnologia assumiu definitivamente a distribui o do conhecimento e a distribui o do poder for ando uma mudan a radical nas rela es entre o Estado e o cidad o Excessivamente informado e com todo o ferramental de comunica o ao alcance das m os o cidad o se torna cada vez mais consciente Dispon vel em lt http Awww warken floripa com br dissertacaorobertowarken2 pdf gt Acesso em 19 mar 2008 161 quest o se espraia ao longo da hist ria A pesquisa demonstrou que existem muitos interessados em adotar entretanto o perfil do adotante 1 e o perfil de quem est dispon vel para ser adotado n o coincide gerando desejos diferentes Outro pon
89. de outrem como seu Muitas vezes isso ocorre por mero comodismo ou desconhecimento da lei e inclusive do ato il cito cometido art 242 do C digo Penal Diante dessa possibilidade sempre que n o se identificar dolo do agente ou se concluir que este visa exclusivamente ao bem estar da crian a a tipifica o penal tem sido afastada pela jurisprud ncia desde que se visualize motiva o nobre orientada por relevantes valores sociais e morais em nota de rodap apresenta ACR 28221 2 C Crim TJSC 21 05 1996 Acr 173599 2 00 2 C Crim TJMG 06 04 2000 ACR 1199 073 9 2 C TAcrim SP 30 03 2000 Al m disso parece que na maior parte dos casos essa filia es nem chegam a ser contestadas e tudo permanece ao largo do Judici rio MAIDANA J dison Daltrozo O Fen meno da Paternidade Socioafetiva A Filia o e a Revolu o da Gen tica Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 24 p 57 58 jun jul 2004 danosa a oculta o das reais origens da crian a decorrente da ado o brasileira n o apenas porque a crian a e o adolescente t m prerrogativas de conhecer suas ra zes origens mas tamb m porque se trata de direitos fundamentais da personalidade ADO O m e biol gica que deliberadamente entregou seu filho ado o Crian a que n o conheceu outros pais que n o os da fam lia guardi e est perfeitamente integrada Arrependimento posterior ineficaz Preval ncia do int
90. desestrutura familiar ing nuo pensar que toda esta problem tica possa ser resolvida pela simples edi o de normas jur dicas generosas SIQUEIRA Liborni Ado o no Tempo e no Espa o Doutrina e Jurisprud ncia 2 ed Rio de Janeiro Forense 1992 p 20 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 101 Verificada qualquer das hip teses previstas no art 98 a autoridade competente poder determinar dentre outras as seguintes medidas encaminhamento aos pais ou respons vel mediante termo de responsabilidade II orienta o apoio e acompanhamento tempor rios Ill matr cula e frequ ncia obrigat rias em estabelecimento oficial de ensino fundamental IV inclus o em programa comunit rio ou oficial de aux lio fam lia crian a e ao adolescente V requisi o de tratamento m dico psicol gico ou psiqui trico em regime hospitalar ou ambulatorial VI inclus o em programa oficial ou comunit rio de aux lio orienta o e tratamento a alco latras e toxic manos VII abrigo em entidade VIII coloca o em fam lia substituta Par grafo nico O abrigo medida provis ria e excepcional utiliz vel como forma de transi o para a coloca o em fam lia substituta n o implicando priva o de liberdade grifos nossos 281 282 283 89 abusivo e explorador uso e tr fico de drogas conflito com a lei em raz o de cometimento de ato infracional Entretanto tudo poderia ser perf
91. do nome de seu pai no registro de nascimento e tamb m o nome dos av s paternos com a ressalva do direito da crian a em revogar o v nculo adotivo se assim desejar quando da maioridade Verifica se que atrav s da an lise jurisprudencial que tem sido atenuada a for a da presun o pater is est dando relev ncia verdade nas rela es paterno filiais este suporte que indica a verdadeira filia o atrav s do v nculo afetivo que sedimentado no dia a dia no tempo que passa Neste sentido deve prevalecer o relacionamento s cio afetivo e esse la o nenhuma comprova o de v nculo biol gico pode suplantar pois o sangue n o traz consigo a garantia do amor Assim temos efetivamente consagrado o princ pio do melhor interesse da crian a Em que pese todos os argumentos mencionados tem se ainda que considerar que a morosidade da justi a al m da burocracia mais um entrave a incentivar a busca sorrateira por um filho Al m das situa es em que a crian a entregue pela pr pria m e temos casos de subtra o remo o de crian as com o fim de coloca o em lar substituto Configura se conduta pun vel a subtra o de crian a por exemplo nas depend ncias de maternidade ou hospitais a fim de entreg la a terceiros tendo como elemento o dolo espec fico na hip tese que a vontade livre e consciente dirigida subtra o da crian a da posse de seu respons vel legal com o fim de 39
92. do outro mantendo se os v nculos de filia o entre o adotado e o c njuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes Na ado o unilateral haver substitui o da filia o apenas com rela o a um dos genitores normalmente o pai n o de ambos Outra hip tese quando h o consentimento expresso dos genitores para tal fim obedecendo ao estabelecido no artigo 45 do Estatuto da Crian a e do Adolescente Ocorre que esta forma de ado o tem sido frequente junto ao Ju zo das Varas de Inf ncia e Juventude sendo salutar e importante tal pr tica quando inexiste genitor conhecido formalmente ou este consente juntamente com a genitora Nesses casos trata se de procedimento de ado o onde s o realizados os estudos sociais elaborados pelo SAIJ manifesta o do adolescente se for o caso anu ncia do genitora manifesta o do Minist rio P blico e por fim a decis o onde permanecem os la os de um genitor e ser inclu do o adotante Outra hip tese refere se a genitor conhecido que n o concorda expressamente com o pedido de ado o Assim caber a ado o unilateral quando 3 Segundo Leila e Solange AGELL 1993 no seu artigo step paraenthood and biological parenthood competition or cooperation destaca que sem d vida esta uma decis o que deve estar relacionada ao interesse da crian a por m a dificuldade consiste justamente em saber qual dire o se deve seguir A ju za
93. dos encontros e na eleva o do afeto Devemos considerar que embora essencial de um lado garantir a regularidade e a seguran a dos procedimentos jur dicos envolvendo a crian a de outro parece indiscut vel que a morosidade fator que desprestigia a atua o das plena inseguran a para as partes envolvidas no processo FREITAS L cia Maria de Paula Ado o quem em n s quer um filho Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre ano 3 n 10 p 147 jul set 2001 SOUZA Anabel Vit ria Mendon a Ado o Plena um instituto do amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 28 p 102 fev mar 2005 Preocupante a advert ncia de Ana Maria Moreira Marchesan 1998 p 25 de que oprimir a efic cia do princ pio da prioridade absoluta condenar seus destinat rios marginalidade opress o ao descaso E fazer de um diploma que se pretende revolucion rio o Estatuto da Crian a e do Adolescente instrumento de acomoda o Apud LIBERATI Wilson Donizeti Adolescente e o ato Infracional S o Paulo Juarez de Oliveira 2002 p 45 507 508 180 institui es comprometendo a sua efic cia e efetividade Necess rio assim conciliar rapidez e compet ncia nos casos em que envolvam crian as institucionalizadas seja destituindo o poder familiar seja colocando as em fam lia substituta 4 2 3 Dos mitos e Preconceitos que Interferem na Op o pela Ado o Os mito
94. e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 58 107 108 43 Cabe mencionar que o artigo 1 624 reitera o disposto no 8 1 do artigo 1 621 do C digo Civil e nos termos do artigo 45 1 dispensando o consentimento dos pais quando provado que se trata de infante exposto ou de menor de quem os pais sejam desconhecidos estejam desaparecidos 109 110 111 111 ou tenham sido destitu dos O dif cil problema ainda n o valorizado pela doutrina diz com a exegese dos arts 1 621 1 e 1 624 ambos do C C em vigor o conflito deve se verificar entre duas interpreta es fortes a combinar os arts 1 621 e 1 624 buscando harmoniz los de tal sorte que sempre seria indispens vel a destitui o do poder familiar isto mesmo nos casos de infante exposto e pais desaparecidos b entender que o art 1 624 vai mesmo al m tornando o at sup rfluo A primeira exegese radica no argumento de que a orienta o tradicional do direito brasileiro tem sido em princ pio a de exigir consentimento dos pais ou representantes legais com o que a destitui o do poder familiar requisito indispens vel se eles se op em ado o Tem ela a vantagem de atender a uma par mia hermen utica que preconiza deva o int rprete sempre tentar harmonizar e conciliar dispositivos legais aparentemente conflitantes evitando imputar erros contradi es superfeta es ao legislador A segunda interpreta
95. em que a crian a com as caracter sticas escolhidas estiver dispon vel e sob a tutela da Vara da Inf ncia e Juventude ou seja a espera nada tem a ver com a ordem meramente cronol gica de cadastro No Juizado da Inf ncia e Juventude existem crian as institucionalizadas provenientes de v rias origens de abandono v tima de maus tratos e nem sempre pass veis de coloca o em fam lia substituta Ressalta se haver a implanta o de um cadastro nico em alguns tribunais estaduais e recentemente foi criado um cadastro nico nacional que se encontra em fase inicial de implanta o Esta uma iniciativa louv vel que deve ser divulgada n o com entusiasmo mas com esperan a de que seja poss vel descobrir a dura realidade dos abrigos nacionais e a exist ncia de cadastro de pretendentes em diversas comarcas Esta uma estat stica ainda desconhecida do mundo jur dico Na grande maioria das comarcas brasileiras quem informa nos autos sobre qual a ordem de cadastro a ser seguida o SAIJ rg o que cont m o cadastro da comarca e tamb m se manifesta sobre a possibilidade de se efetivar a pretendida ado o Tem se que aconselh vel o respeito ordem cronol gica de inscri o no cadastro mas o que deve prevalecer o interesse da crian a ou adolescente Consigne se que a habilita o ou inscri o n o implica o deferimento do pedido de ado o feito na Vara de Inf ncia e Juventude competente N o se trata
96. ent o a elabora o da hermen utica que entende ultrapassada summa divisio e reclama a incid ncia dos valores constitucionais na normativa civil stica operando uma esp cie de despatrimonializa o do direito privado em raz o da prioridade atribu da pela Constitui o pessoa humana sua dignidade sua personalidade e seu livre desenvolvimento TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 25 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 a express o de duas realidades herm ticas e opostas traduzidas pelo bin mio autoridade liberdade se transforma em distin o meramente quantitativa h institutos onde prevalente o interesse dos indiv duos estando estando presente com tudo o interesse da coletividade Os objetivos constitucionais de constru o de uma sociedade livre justa e solid ria e de erradica o da pobreza colocaram a pessoa humana isto os valores existenciais no v rtice do ordenamento jur dico brasileiro de modo que tal o valor que conforma todos os ramos do Direito TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 26 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1993 133 A crise d
97. escrito particular testamento manifesta o direta e expressa perante o juiz art 1 609 do CC exercendo os mesmos direitos da filia o gen tica H pois raz o jur dico social para agasalhar a manifesta o consensual ou judicial da paternidade e da maternidade socioafetiva nos exatos termos deferidos filia o sang nea garantindo assim a igualdade entre as filia es gen tica e sociol gica e a finalidade do instituto da ado o que a de acolher a crian a e o adolescente em uma fam lia socioafetiva natural WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 983 v 829 p 53 nov 2004 h que se observar o paradoxo dessas exig ncias tendo em vista que quando se cuida do reconhecimento de filho biol gico que se encontra em estado de vulnerabilidade social a lei n o determina a forma o de processo judicial ou o cumprimento de requisitos pessoais n o s 229 230 75 Observa se que a defesa da tese da inconstitucionalidade do processo de ado o est relacionada aus ncia de necessidade falta de objeto em virtude da paternidade afetiva Nada mais do que entender que os genitores n o t m poderes superiores diante da doutrina da prote o integral da crian a e portanto do seu direito de conviver em fam lia A tese da inconstitucionalidade dos processos de ado o faz sentido quando sup e a liberdade de qualquer um
98. estatuto aut nomo desmembrado C digo Civil at porque seria imprescind vel associar as normas de direito material com as normas especiais de direito processual N o mais poss vel tratar quest es visceralmente pessoais da vida familiar perpassadas por sentimentos valendo se das mesmas normas que regulam as quest es patrimoniais como propriedades contratos e demais obriga es Dispon vel em lt http Avww ibdfam org br artigos Estatuto das Familias pdf gt Acesso em 10 jul 2008 De acordo com as raz es fundamentais apresentada no Estatuto das Fam lias Justificativa A denomina o utilizada Estatuto das Fam lias contempla melhor a op o constitucional de prote o das variadas entidades familiares Dispon vel em lt http Avww ibdfam org br artigos Estatuto das Familias pdf gt Acesso em 10 jul 2008 552 553 554 191 fam lia parental definindo sua constitui o classificando a em fam lia monoparental e pluriparental A par da import ncia de todo o Estatuto das Fam lias interessa no momento a parte referente filia o tratada de forma igualit ria n o importando a origem consang nea ou socioafetiva ado o posse de estado de filho ou insemina o artificial heter loga Assim fundado em la os de afeto independentemente dos la os biol gicos sang neos este passar a ser reconhecido como um sentimento capaz de criar um v nculo de parentesco
99. foi acolhida pelo Decreto lei de 29 de julho de 1939 Nesse momento o instituto passou a ter novos objetivos tais como a realidade social e poder amos acrescentar para poca mais popular A evolu o continuou apesar das restri es do C digo Civil atrav s de outros institutos que t m semelhan a e caracteres afins com a ado o devido a seus efeitos portanto necess rio mencion los para melhor compreens o da incurs o conserva seus direitos e obriga es dentre as quais a obrigado a prestar alimentos aos seus pais naturais e pode deles os exigir b conserva todos os seus direitos de sucess o na sua fam lia natural cfr LAURENT obr cit n 349 AUBRY et RAU 560 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 39 P trio poder o conjunto de deveres e direitos que ao pai e na sua falta ou impedimento m e competem sobre a pessoa e os bens dos filhos menores cfr arts 380 e 392 Cfr ainda VAMPR Manual de Dir Civil vol 1 190 LAFAYETTE obr cit 12 PONTES DE MIRANDA obr cit 146 CLOVIS obr cit nota ao art 379 como feliz express o de PEREIRA BRAGA que o p trio poder um conjunto de atribui es sui generis misto de deveres que s o direitos e de direitos que s o deveres Ver De Cr tica Judici ria vol 12 p gina 241 e a neste conceito
100. garantia de que os consentimentos n o tenham sido obtidos pela press o da vulnerabilidade extrema e em troca de qualquer amparo ou vantagem Como acima exposto constituem essas ado es prontas a maioria dos pedidos de ado o trazidos s Varas da Inf ncia com a diverg ncia jurisprudencial a respeito da validade dessas situa es ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 99 jun 2006 Afinidade socioafetiva amor carinho zelo Cuidados Embora utilize o termo filho de cria o para fins doutrin rios n o se pode mais discrimin los considerando a Constitui o Federal Devemos lembrar que a filia o afetiva se corporifica naqueles casos em que mesmo n o havendo v nculo biol gico algu m educa uma crian a ou 268 269 270 271 272 273 274 87 deferida Outrossim a entrega direta a terceiros submete a crian a adolescente situa o de risco podendo se constituir em crime de tr fico e intermedia o de crian as o que repelido pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente em seus artigos 238 e 239 275 276 277 278 279 Segundo Tarc sio Jos Martins Costa n o se pode negar que muitos casais inf rteis ansiosos por um filho e sem disposi o para enfrentar os percal os de uma ado o culminam por exercer fortes press es sobre os pais biol gicos e
101. gica diretamente fam lia substituta Aus ncia de pr vio cadastramento Burla da ordem cronol gica de inscri o Relativiza o Princ pio da prote o integral da crian a 492 consulta ao Cadastro Geral N o obrigatoriedade serve apenas de apoio aos Ju zes da Inf ncia e Juventude Provimento 12 95 da Corregedoria Geral Decis o que indefere o pedido de Consulta formulada pelo Minist rio P blico Agravo n o provido Constando da fundamenta o do r ac rd o Em reiterados julgados esta egr gia C mara deixou decidido que n o se trata de requisito essencial e nem h compulsoriedade nessa consulta A finalidade do cadastro geral serve apenas de admin culo e aux lio ao Magistrado Ora em se cuidando de faculdade a aus ncia da consulta n o gera nulidade e nem tem o Minist rio P blico legitimidade para exigir o cumprimento daquela formalidade A discuss o no caso que deveria se restringir ao tema perde se em subjetivismo e invoca o de argumentos metajur dicos Se no Ju zo o cadastro n o acusa a inscri o de casais brasileiros para fins de ado o est livre o Magistrado para dar ao infante o destino que consulta os seus interesses A lei protege o adotado e n o os adotantes ou candidatos ado o A quest o da ado o como vem sendo tratada sujeita a programas ideol gicos revive os tempos do exasperado nacionalismo do petr leo nosso Nessa sua perman ncia nas profundez
102. identificam precisamente os direitos de personalidade Que a denomina o de direitos da personalidade seja reservada aos direitos essenciais justifica se plenamente pela raz o de que eles constituem a medula da personalidade Nos seus contornos mais essenciais a conceitua o de Adriano de Cupis aceita pela doutrina majorit ria como bem demonstram as extensas refer ncias feitas por ARAUJO Luiz Alberto David A prote o constitucional do transexual S o Paulo Saraiva 2000 invocando v g Orlando Gomes Maria Helena Diniz Jos Serpa de Santa Maria Arnoldo Walld Silvio Rodrigues Caio Mario da Silva Pereira Santos Cifuentes Carlos Alberto Bittar F bio Maria de Mattia Rubens Limongi Fran a e Walter Moraes NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 19 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 63 Enfim os direitos fundamentais exclusivos de crian as e adolescentes fundamental na propor o que propicia o exerc cio pleno de sua dignidade de sujeito de direito mesmo considerando o limite da incapacidade jur dica A prote o da crian a e do adolescente decorre da Constitui o Federal e vem positivada no Estatuto da Crian a e do Adolescente e ainda
103. judicial b ado o remunerat ria era a dirigida a quem tivesse salvo a vida do adotante era irrevog vel c ado o testament ria permitida ao tutor ap s 5 anos de tutela d tutela oficiosa em favor dos menores uma esp cie de ado o provis ria embora n o muito utilizadas devido suspeita de favorecimento de fraude lei civil e fiscal SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 23 N o poderia existir qualquer distin o desumana entre filhos ileg timos simples bastardos adulterinos incestuosos expostos e filhos da piedade e a Lei de 12 de Brum rio do ano Il reconheceu aos filhos naturais os mesmos direitos sucess rios dos filhos leg timos aos filhos adulterinos o direito a t tulo de alimenta o ter a parte do que mereceriam se fossem leg timos M NACO Gustavo Ferraz de Campos Direitos da crian a e ado o internacional S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 23 Dispon vel em lt http Avww fdc br Arquivos Mestrado Dissertacoes Integra ValdeciAtaideCapua pdf gt Acesso em 03 mar 2008 3 ESP NOLA Eduardo ESP NOLA FILHO Eduardo Do Sujeito dos Direitos Subjetivos e em Particular das Pessoas Naturais In Tratado de Direito Civil Brasileiro Rio de Janeiro Freitas Bastos 1941 v X p 236 28 29 20 E assim paulatinamente as legisla es de diversos pa ses foram evoluindo no sentido de da
104. jun 2002 380 381 115 Segundo Brito indica se o esfor o que deve ser feito para ser respeitada a perenidade dos v nculos de filia o e nos casos de ado o por c njuge no entanto pode se estar facilitando o contr rio al m de n o se estar contribuindo para a seguran a da identidade da crian a Ainda se for considerado que as rela es conjugais est o sendo banalizadas e de certa forma se tornando descart veis transcendem para filia es tamb m descart veis ou uma manipula o da identidade das crian as pelos adultos Qui sob o argumento da reconstitui o da fam lia nos moldes do modelo nuclear que se aceita esta forma de ado o unilateral e acaba se por deturpar o princ pio do superior interesse da crian a quando se esquece que um direito da crian a ter uma filia o definida e est vel N o se deve esquecer que a Constitui o Federal leva busca e preserva o do v nculo paternal aplica o do direito da crian a conviv ncia familiar e prote o ao patrim nio hist rico familiar entre outros como direitos fundamentais os quais n o se pode pelo subterf gio das a es por c njuges facilitar ou permitir que o contr rio se torne regra 382 Ao mesmo tempo em que n o se trata de reduzir a quest o da filia o a uma simples biologiza o tamb m n o se pode tornar o instituto da filia o t o fr gil ou incerto Podemos recordar ainda que com
105. jur dica No mesmo sentido inova o Estatuto das Fam lias no que se refere mudan a do patron mico do adotado possibilitando a escolha do adotado pela substitui o ou adi o Este um avan o significativo no projeto de lei que possibilita ao adotado o seu resgate hist rico que n o afeta a paternidade socioafetiva baseada no amor e no afeto Bem andou o Estatuto possibilitando a preserva o do patrim nio hist rico familiar embora certamente aparecer o pessoas com pensamentos diversos e imbu das de not rio sentimento ego sta 582 Isto tem sido denominado de repersonaliza o do direito 3 Projeto de Lei 2 285 07 art 83 O adotado pode optar pela substitui o ou adi o do sobrenome do adotante 198 Outra quest o se refere ao poder familiar que passa a ser chamado de autoridade parental que a afirma o do m nus considerando e respeitando o melhor interesse dos filhos e a solidariedade entre pais e filhos A terminologia referente a autoridade parental j vinha sendo defendida por alguns doutrinadores e ser contemplada nesta nova ordem vez que a nomenclatura anterior se mostrou insuficiente para a nova fam lia Destaca se assim o Projeto de Lei 2 285 2007 referente ao T tulo IV Da Filia o cap tulo Il nos artigos 78 a 86 que tratam especialmente da ado o Inicia ressaltando que a ado o deve atender sempre ao melhor interesse do adotado e ir
106. longo at a chegada do esperado filho a Eu mesma j vivi algumas transforma es Primeiro queria um beb como todo mundo A pensei que a ele poderia ter at 2 anos como a maioria Foi ent o que dei entrada na documenta o e na reuni o com AS tomei conhecimento da realidade das crian as abrigadas e fiquei tocada Abri o perfil para os 4 anos depois abri o perfil para os 6 anos e me vi visitando um abrigo pois soube que havia 2 meninas de 6 e 8 anos destitu das precisando de uma fam lia Na mesma p gina da internet h outro depoimento Escolher o perfil n o nada f cil Cada vez que eu fechava o meu sentia me excluindo crian as e isso me deixava mau Mas era preciso pensar racionalmente analisando todas as implica es a fim de que eu e a crian a pud ssemos ter um rela o saud vel sem idealiza es Por isso pesquisei bastante sobre HIV cuidados e dificuldades tamb m pesquisei sobre a educa o de crian as com problemas f sicos e ado o tardia Refleti muito conversei com outras m es e decidi abrir meu cora o para crian as de 1 a 5 anos independentemente do sexo da cor e ra a com problemas visuais cego ou HIV Mais um relato Concordo com a discuss o do t pico pensar o perfil o primeiro desafio Primeiro porque tem de ser pensado a dois no caso de ado o por casais segundo porque temos que avaliar qual o nosso desejo e de que forma poss vel realiz lo
107. mar 2006 578 Em 28 de maio de 2006 DIGI COMO Murillo Jos Projeto de Lei Nacional de Ado o n o esta a solu o Cadernos do Minist rio P blico do Paran Curitiba v 9 n 1 p 18 jan mar 2006 198 Tem se argumentado que os projetos de lei em an lise recolocam as pr ticas do C digo de Menores o qual preconizava justamente o afastamento sistem tico de crian as e adolescentes de suas fam lias naturais com sua posterior coloca o em ado o O problema do afastamento em contrapartida hoje est gerando a destitui o da paternidade tardiamente sob a luz de que poder retornar fam lia natural entretanto nada se tem feito para que o retorno se efetive n o existindo pol ticas p blicas efetivas Assim as crian as ou ficam abrigadas mesmo tendo fam lias naturais as quais necessitam ser trabalhadas ou ficam abrigadas por inexistir fam lia substituta que as receba Embora logicamente n o se possa esperar indefinidamente por uma resposta positiva por parte dos pais da crian a a crian a cresce evidente que trinta dias muito pouco para a reavalia o da adequa o das medidas de prote o Isto se justifica na busca de solucionar a demora dos feitos relativos ao abrigamento onde o Substitutivo cria em car ter sum rio 30 dias a destitui o do poder familiar ex off cio Entretanto n o cabe ao magistrado designar curador especial com fim espec fico de ingresso a uma a o de des
108. mudar a imagem de que a ado o legal dif cil e demorada A maior dificuldade o grau de exig ncia de quem vai adotar que quer escolher a idade o sexo e a cor da crian a argumentou Francisco Oliveira Neto comprovou esta realidade com estat sticas da pesquisa Percep o da Popula o Brasileira Sobre Ado o que entre outros dados mostra que 60 dos entrevistados s aceitam adotar crian as entre zero e tr s anos Quem atua na rea vive uma luta contra o tempo pois no Brasil uma crian a de tr s anos j considerada velha para a ado o nacional restando apenas a internacional Ap s a apresenta o do novo material produzido para a segunda etapa como o document rio Se essa casa fosse minha a Cartilha Passo a Passo e a Cartilha para os Profissionais de Sa de Oliveira Neto ressaltou a import ncia da divulga o para o sucesso da 483 484 485 486 168 Em que pese a verdade social diferir da verdade jur dica deve se considerar que os fatos ado es irregulares v m afrontando o Direito com ou sem o seu aval Quando chegam ao abrigo quase sempre tardiamente O Direito precisa se modificar diante do descaso que se avoluma nas institui es de abrigo sob o argumento falacioso da necessidade do contradit rio regras processuais esquecendo se do primado princ pio do superior interesse da crian a e do adolescente Finalizando adaptando parte da minuta de peti
109. multidisciplinar Neste sentido o aux lio vem muitas vezes de pessoas leigas que atuam sem o devido preparo t cnico mas de muita valia ao Magistrado diante das circunst ncias apresentadas no caso concreto Esse agente muitas vezes o nico dispon vel para auxiliar o Magistrado Assim pareceres t cnicos acabam por serem incompletos e muitas vezes inadequados quando por exemplo s o realizados pelos Conselheiros tutelares diante da aus ncia de assistente social ou psic logo no munic pio Nestes casos esta ferramenta impr pria faz as vezes daqueles profissionais realizando visitas in loco informando quanto adapta o ou inadapta o daquela crian a ou adolescente constatando se por vezes maus tratos viol ncia e irregularidades de guarda e ado es Certamente a aus ncia total seria pior Entretanto n o fica o Magistrado adstrito ao parecer por bvio O cerne do problema entretanto que muitos tem como certo que quem decide o profissional do Servi o Social e n o o magistrado Em uma vis o criteriosa observa se que existe falta de fiscaliza o adequada para avaliar a qualidade t cnica dos estudos sociais pareceres e laudos conclusivos e isto adv m da impossibilidade de se nomear um profissional assistente para avaliar quadro j deficiente de profissionais O maior problema enfrentado pelos operadores do Direito que os laudos muitas vezes s o omissos cont m id ias distor
110. n o precisam debater se as regras previstas no C digo Civil s o ou n o jur dicas BARROSO Lu s Roberto O Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas Rio de Janeiro Renovar 1990 p 69 71 Em vers o revista e atualizada em 1994 continuou escrevendo Em mbito jur dico n o h avan o maior do que o de assegurar efetividade ao texto constitucional com a realiza o concreta dos seus comandos no mundo dos fatos Da porque se devem esgotar todas as potencialidades interpretativas do texto constitucional sem ficar no aguardo dos agentes infraconstitucionais Esta tarefa exige boa dogm tica constitucional e razo vel dosagem de positivismo Para fugir do discurso vazio necess rio ir norma interpret la dissec la e aplic la BARROSO Lu s Roberto A efetividade das normas constitucionais revisitada Revista de Direito Administrativo p 30 60 Rio de Janeiro Renovar jul set 1994 Grande parte da doutrina especializada antiga e moderna encontra se coesa em torno do car ter normativo das prescri es constitucionais isto de sua juridicidade sendo prec puo seu papel na teoria das fontes do direito civil Aos que criticam tal vis o advertindo que a constitucionaliza o de todos os setores das disciplinas jur dicas geraria a hiperinterpreta o do documento constitucional deve se contra porque a uniformidade do ordenamento jur dico consiste exatamente em utilizar
111. nebre Art 544 Foi dessa maneira que outrora o pr prio Prajapati Dkacka destinou suas cinquenta filhas a lhe darem filhos para o crescimento de sua ra a Art 557 Quando um filho dotado de todas as virtudes foi dado a um homem de maneira que ser exposta esse filho ainda que sa do de uma outra fam lia deve recolher a heran a inteira a menos que haja um filho leg timo porque nesse caso s pode ter a sexta parte Art 558 Um filho dado a uma pessoa n o faz mais parte da fam lia de seu pai natural e n o deve herdar de seu patrim nio o bolo f nebre segue a fam lia e o patrim nio para aquele que deu seu filho n o h obla o f nebre feita por esse filho Art 590 O menino que um homem desejoso de ter filho que cumpra o servi o f nebre em sua honra compra ao pai ou m e chamado filho comprado que ele lhe seja igual ou n o em boas qualidades a igualdade sob a rela o da classe sendo exigida para todos esses filhos Art 593 O filho que perdeu seu pai e sua m e ou que foi abandonado por eles sem motivo e que se oferece motu proprio a algu m se diz dado por si mesmo Dispon vel em lt http Avww laneros com attachment php attachmentid 130271 amp d 1205434194 gt Acesso em 23 jul 2008 SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 2 Segundo RIES Fhilippe Hist ria social da crian a e da fam lia Rio de Janeiro Zahar 1981 p 65 apud GATELLI Jo o Descioma
112. numerus clausus Revista Brasileira de Direito de Fam lia n 12 p 46 47 jan fev mar 2002 O exame de DNA e o princ pio da dignidade da pessoa humana Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre n 1 Bras lia STJ jun 1999 NOGUEIRA Jacqueline Filgueras A filia o que se constr i o reconhecimento do afeto com valor jur dico S o Paulo Mem ria Jur dica 2001 NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 219 OLIVEIRA Euclides de Parentalidade Os operadores do Direito Frente s Quest es da Parentalidade Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano V n 20 p 150 161 out nov 2008 HIRONAKA Giselda Maria Fernandes Novaes Do Casamento In DIAS Maria Berenice PEREIRA Rodrigo da Cunha Direito de Fam lia e o novo C digo Civil Belo Horizonte Del Rey 2001 p 9 33 OLIVEIRA Neiva Fl via de P trio poder e poder familiar diferen as sociojur dicas Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre ano 3 n 10 p 12 30 jul set 2001 OS DICCIONARIOS DO POVO Propaganda de instruc o para portuguezes e brazileiros Diccion rio Latim Portuguez Etymol gico pros dico e orthogr phico 13 ed correcta e augmentada Rio de Janeiro Editora Paulo de Azevedo Lisboa Livraria Bertrand s d PATRICIO Suzane Maria Carvalho do Prado Atendimento de crian as e adolescentes em situa
113. o bem estar da crian a Em 03 de dezembro de 1986 a Assembl ia Geral das Na es Unidas adotou uma Declara o sobre os princ pios sociais e jur dicos aplic veis prote o e ao bem estar das crian as especialmente em mat ria de ado o e de substitui o familiar no plano nacional e internacional No seu artigo 5 a Declara o afirma O interesse superior da Crian a deve ser a considera o primordial em mat ria de ado o A Conven o das Na es Unidas relativa aos direitos das crian as assinada em 20 de novembro de 1989 e em vigor desde 02 de setembro de 1990 estipula no seu art 21 que o interesse superior da crian a a considera o primordial em mat ria de ado o Em 29 de maio de 1993 a d cima s tima sess o da Confer ncia de Haia de Direito Internacional Privado adotou a Conven o sobre a prote o das crian as e a coopera o em mat ria de ado o internacional que entrou em vigor em 1 de maio de 1995 Em 30 de julho de 2000 29 pa ses a tinham assinado entre os quais o Brasil LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das Crian as In LEITE Eduardo de Oliveira Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 116 Grandes temas da atualidade diversas varia es terminol gicas reveladoras sempre do soberano interesse do menor reais vantagens para o ad
114. o ato de sigilo S os menores de sete anos poder o ser legitimados por ado o pois sem esse limite de idade o instituto n o alcan aria sua finalidade Sua finalidade n o pode ser atingida com a simples ado o A legitima o adotiva irrevog vel e os direitos do legitimado n o se modificam se sobrevierem filhos ao casal que praticou o ato A ado o pode ser feita por um s dos c njuges enquanto a legitima o adotiva s se permite a um casal sem filhos Em suma os dois institutos distinguem se por tra os inconfund veis diversificados pelos prop sitos a quem visam Orlando Gomes Mem ria Justificativa do Anteprojeto de Reforma do C digo Civil 1963 MONTEIRO S nia Maria Aspectos Novos da Ado o Ado o internacional e ado o do nascituro adapta o de monografia apresentada Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMERJ Rio de Janeiro Forense 1997 p 37 62 63 28 sobre a ado o conforme afirma Cl udio Vianna de Lima A referida lei equiparou quase que inteiramente o adotado a um filho leg timo tra ando assim os ideais de ado o perseguidos pela sociedade Afirma Vianna de Lima que j se assinalou a fun o de solidariedade social da ado o cujos efeitos ben ficos e desej veis se apresentam sob m ltiplos aspectos Essa lei estava fundada na esperan a de que acolhida a legitima o adotiva no Brasil essa fosse a for a propulsora para o amparo de n
115. o avan o da Medicina na rea da gen tica e da insemina o artificial porque cada vez mais a ado o n o vista como uma op o realiza o da paternidade A ado o manteve a pecha de trilha tortuosa sofrida morosa insegura enquanto que a insemina o artificial tem atrav s das t cnicas modernas e da inexist ncia de barreiras jur dicas da n o discuss o das quest es ticas que muitas vezes a envolvem sido o caminho mas gil seguro desburocratizado para se alcan ar a paternidade Sabe se h muito que a ado o um caminho dif cil de ser trilhado por todos os envolvidos crian as adolescentes pais biol gicos pais adotivos e at pelo Estado O instituto da ado o se mostra como uma c lula que deve suscitar o interesse de toda a sociedade entretanto s tem interessado aqueles que desejam um filho Neste sentido toda a sociedade respons vel ou por sua subcultura ou por seu desleixo ou por ambos Onde est a responsabilidade dos operadores de 501 via insemina o artificial para que o cl permane a sem misturas Racioc nio dos alem es na poca hitlerista com a busca da ra a limpa ariana sem intercambiamento Pensam estes como se estivessem diante de um racioc nio bem desenvolvido que j que n o deu para casar que as pessoas supram a necessidade da paternidade ou maternidade por interm dio da produ o independente ou insemina o artificial Assim pelo menos
116. o de embri es poder ser a resposta para v rios casais com infertilidade que de outra forma teriam de adotar ou ficar sem filhos Nestes sentido o grande impasse tico passa a ser sinal de esperan a para quem deseja um filho Alerta que a abordagem destes aspectos deve ser ampla junto aos casais antes mesmo da confirma o de embri es excedentes facilitando assim decis es futuras quanto ao destino dos mesmos E necess rio ampliar as informa es pr consentimento informado de modo a favorecer a aceita o desta possibilidade pelos casais que buscam as t cnicas de reprodu o assistida e ficam com embri es excedentes que n o desejam utilizar Dispon vel em lt http www sogipa org br htmis atualidades artigos atuais bioetica embrioes asp gt Acesso em 01 jul 2008 185 humano em desenvolvimento e a personalidade de um indiv duo inicia se a partir da concep o Nas s bias palavras que motivaram o jurista Elimar Szaniawski quando afirmou n o podemos aceitar que seres humanos em desenvolvimento sejam descartados como lixo hospitalar nem nos convence sua utiliza o para a produ o de medicamentos de medicina embrion ria Sustenta ainda o autor que o ideal seria a limita o legislativa produ o excessiva de embri es com o fim de proteger o embri o de sua destrui o e dar azo ao ego smo de determinadas pessoas que se mostram insens veis ao exterm nio de dezenas de
117. o exerc cio correspondente pr tica de um conjunto de atos no interesse de outrem De outra parte mesmo que a tutela de fato guarde similaridade com a tutela irregular nesta h uma falha ou falta Na tutela de fato h aus ncia completa do procedimento ou designa o FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 274 288 289 290 291 292 91 nos de ado o Para estes casos normalmente n o h cadastro de ado o a ser deferido para o interessado em ado o e nem se sujeita lista de candidatos Assim ado es espec ficas se justificam quando as pessoas possuem uma guarda e responsabilidade de fato que se perfez no tempo e os v nculos socioafetivos amor entre os pais adotivos e filhos existem O problema que em muitos casos este tem sido um artif cio para se chegar ado o sem passar num primeiro momento pelo crivo do Judici rio As pessoas recebem o rec m nascido da genitora e depois de um tempo criando como se fosse filho aju zam as a es tanto de guarda ou diretamente de ado o espec fica As cautelas quanto a este tipo de a o por parte do Judici rio e Minist rio P blico residem na origem da hist ria na exist ncia ou n o de v nculos entre os genitores e os pais adotivos e diferentemente do caso anterior normalmente o casal 293 Existem membros
118. o no C digo Civil de 1916 da ado o no Estatuto da Crian a e do Adolescente e por fim da ado o plena no C digo Civil de 2002 Justificamos a necessidade de novos olhares quest o da ado o vez que este tema complexo e pol mico envolto em discurso est tico devendo a ado o ser repensada de forma construtiva Neste sentido necess rio analisarmos as categorias os paradigmas e as pr ticas do direito de fam lia na perspectiva de uma principiologia axiol gica de ndole constitucional Para tanto apresentamos o segundo cap tulo denominado Dos Paradigmas e PFrincipiologia Constitucional onde analisaremos os paradigmas tradicional e contempor neo a constitucionaliza o do direito de fam lia e seus princ pios os princ pios da prioridade absoluta e o princ pio do superior interesse da crian a e por fim da constitucionalidade e seus limites Deu se nfase especial constitucionalidade e seus limites onde ser tratado sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do processo de ado o bem como das limita es do exerc cio da declara o de vontade face ao regramento necessidade do cadastro de ado o O terceiro cap tulo trata das pr ticas jur dicas do direito de fam lia face ado o Este cap tulo toca o cerne da problem tica face pr tica da ado o pontuando a ado o irregular e a ado o unilateral Posto isto n o poderia ficar ausente a quest o da ado o e o Judici
119. o reparo feito por JORGE F ALVES FELIPE ao asseverar que para uma lei que veio a facilitara a ado o e ampliar o rol de pessoas aptas a adotar a restri o nos pareceu injusta Muitas vezes por omiss o dos pais os av s efetivamente assumem a crian a e a educa o dos netos como se pais fossem Ado o p g 76 MARMITT Arnaldo Ado o Rio de Janeiro Aide 1993 p 15 16 36 guarda que d o conta da solu o jur dica de problemas de crian as e adolescentes que por ventura estejam sujeitos a esse tipo de prote o Passaremos agora a destacar mais alguns pontos importantes do ECA referentes ado o tais como compet ncia judicializa o da ado o condi o de filho adotado capacidade do adotante manifesta o do adotando maior de 12 anos consentimento dos pais apela o deferimento atrelado real vantagem ado o internacional entre outros Nesse sentido competente para conhecer de pedidos de ado o de crian a e adolescente o Juiz da Vara da Inf ncia e Juventude sendo vedada a ado o por procura o visto ser exig ncia a presen a do adotante e adotado O adotando deve contar com no m ximo 18 anos data do pedido salvo se j estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes Mediante esta lei atribuiu se condi o de filho ao adotado inclusive no A que se refere sucess o sendo criada a reciprocidade entre adotado seus descendentes o adotante seus a
120. os seguintes enfrentamentos no que se refere ado o define a aplica o do Estatuto da Crian a e do Adolescente quando da ado o reafirma o princ pio de que a ado o um direito da crian a e do adolescente contempla o direito de revela o de filho adotivo com acesso documenta o dispon vel a respeito de sua fam lia natural sem gerar rela o de parentesco determina que grupos de irm os devem permanecer prioritariamente juntos inova quanto ao recebimento do patron mico possibilitando a perman ncia do anterior com adi o ou sua substitui o Embora tenha trazido as inova es j nominadas n o enfrenta na ess ncia os problemas vivenciados pela sociedade no que concerne ao instituto da ado o Entretanto para sua aplica o ser inovadora ser necess rio que atrav s deste corpo codificado sejam atribu dos valores do ordenamento jur dico o qual se 7 Projeto de Lei 2 285 07 art 268 Todos os tratados e conven es internacionais que assegurem direitos e garantias fundamentais de prote o aos integrantes da entidade familiar t m primazia na aplica o do presente Estatuto 8 Projeto de Lei 2 285 07 art 81 Tratando se de grupos de irm os devem prioritariamente ser adotados por uma mesma fam lia preservados os v nculos fraternos Par grafo nico Somente admitido o desmembramento mediante parecer t cnico indicativo da inexist ncia de la os afetivos entre os irm os ou se a
121. ou ileg timo com p trio poder pode ser a m e quando no exerc cio do p trio poder pode ser o tutor se o menor est sob tutela pode ser o curador se trata de um interdito H quem sustente que dispens vel o consentimento do marido porque o nosso c digo n o acolheu a ado o com o car ter essencialmente familiar de que se reveste o instituto em outras legisla es visando evitar certas disc rdias familiares que poderiam surgir sem que houvesse o consentimento SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 22 28 Conforme Estev o de Almeida ob cit n 221 apud SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 26 Contra ela se insurge JO O LU S ALVES a revoga o da ado o por acordo das partes n o condiz com os fins da institui o d lhe um car ter de simples contrato em que parecem predominar apenas os intuitos lucrativos e n o os la os morais e afetivos que deram origem ao instituto Era mais l gico e menos materialista o Direito romano C d Civ Com ao art 374 Para Carvalho Santos N o pode por m haver d vida sobre o car ter e natureza contratual da ado o de sorte que foi l gico o legislador em admitir a revoga o do contrato quando as duas partes convierem dever ser fe
122. parentesco civil entre o adotante e o adotado Assim o adotado menor ficava sujeito ao p trio poder do adotante o adotante e o adotado eram reciprocamente obrigados presta o de alimentos o filho adotivo se equiparava ao leg timo para efeitos de sucess o entretanto se concorresse com leg timos supervenientes ado o teria direito somente metade do quinh o falecendo sem descend ncia o filho adotivo se lhe sobrevivessem os pais e o adotante queles tocaria por inteiro a heran a na falta de pais embora existam outros ascendentes devolver se a heran a ao adotante podia o adotado usar o nome do adotante acrescentando o ao seu pr prio a ado o criava para o adotado a obriga o de honrar e respeitar o adotante e criava tamb m para o adotante a obriga o de tratar o adotado como se fosse filho leg timo com o mesmo carinho e desvelo Conforme Pontes de Miranda Direito de Fam lia 8 162 apud SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 32 Em suma o adotado n o entra para a fam lia do adotante Desta verdade resultam as consequ ncias seguintes a a ado o n o produz afinidade de esp cie alguma entre o c njuge do adotado e o adotante nem entre o adotado e o c njuge do adotante b por n o haver parentesco legal entre os parentes do adotante e o adotado segue 1 que o adotado n o lhes d
123. pela t mida e limitada prote o codificada no C digo Civil Neste contexto o Estatuto da Crian a e do Adolescente traz em seu bojo uma s rie de princ pios que dever o nortear o julgador quais sejam princ pio da preven o geral princ pio da preven o especial princ pio da prioridade absoluta princ pio da prote o estatal princ pio do superior interesse da crian a princ pio da indisponibilidade dos direitos do menor princ pio da escolariza o fundamental e profissionaliza o princ pio da reeduca o e reintegra o do menor princ pio da sigilosidade princ pio da respeitabilidade princ pio do contradit rio princ pio do compromisso e princ pio da gratuidade Certo que este rol de princ pios n o exaustivo existindo outros princ pios que regem o estatuto Entretanto ser o analisados os princ pios que regem a ado o princ pio da prioridade absoluta e o princ pio do superior interesse da crian a SE O 2 3 DOS PRINC PIOS QUE REGEM A ADO O Nesta se o passa se a abordar especificamente o princ pio da prioridade absoluta e o superior interesse da crian a que v o de encontro doutrina da prote o integral dos menores 187 Para Luigi Ferrajoli En nuestra tradici n jur dica derecho derechos e infancia son t rminos tendencialmente antin micos Por una parte estando los ni os privados de la capacidad de actuar siempre han sido tratados y antes de ello incluso
124. poder adotar muitas pessoas interessadas se disp em a enfrentar os rigores da lei e submetem se aos crit rios subjetivos e objetivos para satisfazer as exig ncias legais habilitam se junto ao cadastro de ado o juntando documentos comparecendo s entrevistas t cnicas SAIJ e s audi ncias e depois ficam na lista espera aguardando pelo pr prio processo de ado o Entretanto n o est a o motivo para as ado es irregulares surgirem Por motivos subjetivos pessoas realizam ado o brasileira munidos de artif cios sempre escusos atrav s dos quais recebem a crian a de forma clandestina com o consentimento da m e biol gica fazendo constar indevidamente no assento de nascimento o nome 321 322 323 documento esse de regra confi vel nas suas informa es Somente para os casos de nascimentos ocorridos em domic lio ou quaisquer outros lugares que n o os estabelecimentos de sa de ser necess rio o testemunho de duas pessoas capazes atestando a veracidade do fato que informado ao oficial registrador Ainda poss vel a obten o da DNV para os partos ocorridos em casa N o podemos esquecer que no Brasil bem perto de nossos olhos ainda temos partos realizados em casa por parteiras o que acaba por propiciar ainda mais que estas m es sejam localizadas para tal fim adotivo No Estado de S o Paulo temos uma interessante experi ncia em termos de dilig ncias tendentes ao comb
125. poder de quem estavam despoticamente submetidos NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 21 22 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 4 dever da fam lia da comunidade da sociedade em geral e do Poder P blico assegurar com absoluta prioridade a efetiva o dos direitos referentes vida sa de alimenta o educa o ao esporte ao lazer profissionaliza o cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comunit ria Par grafo nico A garantia de prioridade compreende a primazia de receber prote o e socorro em quaisquer circunst ncias b preced ncia de atendimento nos servi os p blicos ou de relev ncia p blica c prefer ncia na formula o e na execu o das pol ticas sociais p blicas d destina o privilegiada de recursos p blicos nas reas relacionadas com a prote o inf ncia e juventude Estatuto da Crian a e do Adolescente art 101 Verificada qualquer das hip teses previstas no art 98 a autoridade competente poder determinar dentre outras as seguintes medidas encaminhamento aos pais ou respons vel mediante termo de
126. ponder vel a pretens o dos recorrentes que constituem uma fam lia harm nica e feliz pois surgiu entre eles e a adotanda um v nculo intenso de afeto que somente a magia do amor explica Compreens vel que o casal n o pretendendo adotar alguma crian a n o tivesse se habilitado no cadastro pr prio mas ao conhecer aquela crian a estabelecendo com ela um relacionamento de afeto estreitando mais um v nculo tenham decidido acolh la como membro da fam lia Os apelantes n o desejam adotar uma crian a mas sim aquela crian a As rela es de fam lia devem ser sobretudo rela es de afeto e o amor o nico v nculo capaz de dar suporte e coes o a um n cleo familiar As peculiaridades do caso concreto reclamam solu o mais flex vel Recurso provido TJRS 7 C Civ AC 70000399600 Rel Des Sergio Fernando de Vasconcellos Chaves j em 16 02 2000 DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 3 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 p 399 314 31 q 97 ado o intuito personae e n o a qualquer ado o pronta segundo alerta Maria Isabel de Matos Rocha 3 1 1 2 Da Ado o Brasileira Segundo Valdir Sznick convencionou se vulgarmente chamar de ado o brasileira um sistema de ado o galega onde a ado o feita sem o apoio na lei apenas de acordo com a vontade do interessado Esta pr tica existe no Brasil de forma d
127. que parte da doutrina mais comprometida com a dignidade humana e com uma ordem jur dica justa vislumbra o instituto da ado o como mais um instrumento de justi a social em prol da cidadania de milhares de crian as e adolescentes brasileiros exclu dos que desejam viver em fam lia direito conviv ncia familiar Por outro lado as crian as continuam institucionalizadas e necessitam que sejam implementadas as medidas pol ticas preconizadas pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente Finalizando o tema da ado o embora persistente a discrimina o tem despertado o interesse n o s por parte de cientistas das mais diversas reas do conhecimento cient fico mas tamb m da sociedade em geral A quest o entretanto tem ficado somente nos conceitos abstratos esquecendo se de que esses sujeitos de direito s o pessoas em desenvolvimento e portanto merecedoras de prote o integral e priorit ria conforme determina a Constitui o Federal mas antes disso s o pessoas para quem o tempo cruel visto que cada dia que passam institucionalizadas um dia a menos de possibilidade que consigam um lar adotivo fazendo com que sofram um segundo abandono agora oficializado pelo Estado que 211 incompetente para resgatar seus la os com a fam lia natural e mais incompetente ainda em conseguir uma nova fam lia onde possa se desenvolver e aproveitar o pouco que lhes resta da sua inf ncia Assim como j foi dito a soci
128. ria e a filia o consang nea elemento passivo e s depois de longos intervalos registra progressos e se modifica radicalmente E continua A essa situa o f tica e jur dica denomina se paradigma da perfilha o 9147 biol gica que est em momento de transi o com a filia o sociol gica 144 situa o irregular de um lado da prote o integral de outro o novo C digo Civil assimilou diversas e fundamentais no es do novo Direito da Crian a e do Adolescente de que s o exemplos paradigm ticos o disposto nos arts 1 584 caput 1 596 caput ltima parte 1 628 caput primeira parte e 1 628 al m do art 1 596 que repete a CF 227 6 O que pesa o interesse superior de crian as e de adolescentes NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 12 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 E continua o autor recha ado pela Constitui o de 1988 e por toda a normativa do Direito Internacional contempor neo p s Conven o da ONU dos Direitos da Crian a de 1989 pese a for a de in rcia que o paradigma abandonado pelo nosso Ordenamento tem revelado no dia a dia da aplica o do novo Direito da Crian
129. ria de paternidade Ado o brasileira Confronto entre a verdade biol gica e a socioafetiva Tutela da dignidade da pessoa humana Proced ncia Decis o reformada 1 A a o negat ria de paternidade imprescrit vel na esteira do entendimento consagrado pela S mula 148 do STF j que a demanda versa sobre o estado de pessoa que a emana o do direito de personalidade 2 No confronto entre a verdade biol gica atestada em exame de DNA e a verdade socioafetiva decorrente da denominada ado o brasileira isto da situa o de um casal ter registrado com outro nome menor como se seu fosse e que perdura por quase quarenta anos h de prevalecer a solu o que melhor tutele a dignidade da pessoa humana 3 A paternidade socioafetiva estando baseada na tend ncia de personifica o do direito civil v a fam lia como instrumento de realiza o do ser humano aniquilar a pessoa do apelante apagando lhe todo o hist rico de vida e condi o social em raz o de aspectos formais inerentes irregular ado o brasileira n o tutelaria a dignidade humana nem faria justi a ao caso concreto mas ao contr rio por crit rios meramente formais proteger se ia as artimanhas os 353 355 105 preval ncia da verdade socioafetiva quando em conflito com a verdade biol gica Para Rolf Madaleno s o os tribunais conscientes de que as perfilha es de complac ncia ado o brasilei
130. rio fechar os olhos para esta triste realidade de inadapta o sob o manto da irrevogabilidade Certo que o termo parece equivocado o que se quer dizer que n o cabe arrependimento por parte dos pais adotivos como tamb m n o cabe aos pais biol gicos Do mesmo modo que n o se pode renunciar a um filho de sangue n o se pode faz lo em situa o de ado o A ado o irrevog vel em virtude a este efeito constitutivo e um pai e m e adotivo s podem ser destitu dos dessa posi o com a perda do poder familiar o que assegura os direitos citados para a melhor adapta o do adotado sociedade buscando evitar o m nimo de discrimina es poss veis Assim qualquer decis o envolvendo menores deve ser orientada no sentido de serem buscados os superiores interesses da crian a Evidenciado que os pais adotivos n o t m condi es de atender aos interesses do filho aplicando lhe por exemplo maus tratos e n o manifesta interesse em permanecer com a crian a a melhor solu o a destitui o do poder familiar constitu do via ado o viabilizando solu o adequada para melhor sorte do menor A destitui o tem sido utilizada para este fim quando j transitada em julgado a senten a de ado o e 8 Para ilustrar citamos o seguinte fragmento Adotamos um beb de 2 anos e desde o come o nos propusemos a receb lo incondicionalmente aceitando que pudesse ter algumas sequelas do tempo em que perman
131. rio legitimado por autoridade real ou por nomea o feita pelo pai em seu testamento nomeando o por filho ou no filho perfilhado que se chama um Direito adotivo ou arrogado A qual d vida declarou que n o era sua ten o que o filho ou neto assim legitimado ou perfilhado pudesse herdar tal terra ou terras da Coroa do Reino salvo se na legitima o por ele feita expressamente fosse declarado que as pudesse haver e herdar ou na confirma o sem embargo de seu nascimento e sem embargo da dita Ordena o SIQUEIRA Liborni Ado o no Tempo e no Espa o Doutrina e Jurisprud ncia Rio de Janeiro Forense 1992 p 17 18 Valdir cita que o douto Cl vis defendeu que o instituto de ado o era diverso do perfilhamento E citado autor define perfilha o ato pelo qual o progenitor reconhece seus filhos ileg timos O Direito vol 94 1904 p g 55 Em prol da ado o Prossegue O v nculo natural da procura o preexistente ao ato de perfilha o esta recai sobre quem realmente filho segundo as leis da biologia SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1998 p 24 34 SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 25 35 Com a vinda da fam lia rel para o Brasil e j que as cartas de perfilhamento eram expedidas pela mesa de desembargo do pa o foi criado outro Tribunal do Pa o em 180
132. s o os nossos filhos abandonados e institucionalizados caracter sticas que muitas vezes n o correspondem s desejadas pelos casais pretendentes V rios fatores s o mutuamente excludentes Anabel Vit ria Mendon a de Souza em suas conclus es disse que o cancro do desprezo pelas crian as negras ou mais velhas ou excepcionais j tomou conta dos nossos adultos A esperan a est nas pr prias crian as por meio do exemplo que os pr prios pais possam dar a despeito de suas dificuldades de foro ntimo Se nada fizerem pelo menos que n o atrapalhem com seus preconceitos Os projetos Acalanto e Mude um Destino recentemente implantados v m sendo a luz no final do t nel para as crian as institucionalizadas Como um projeto de sociedade posto que o abandono n o deveria existir Vez que o ideal dessa sociedade deve ser prevenir o abandono al m de dedicar se ado o As chances da ado o diminuem medida que a crian a cresce O brasileiro s procura as pequenas e saud veis Um exemplo est no Lar O Bom Caminho em Curitiba Em 2007 passaram por ali 70 crian as de 0 a 2 anos das quais 28 foram adotadas e sete reinseridas na fam lia No ano anterior foram 86 meninos e meninas com 42 ado es e 9 retornos familiares M dia de 50 de desabrigamento num ano e 60 no seguinte J na Acrides onde 60 dos 110 abrigados t m entre 8 e 17 anos a rotatividade bem menor Ali houve 30 reintegra es f
133. se deixa patente o car ter predominante de dever SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 42 no dizer de Rouast atribuir ao fato de ter sido implantada inicialmente pelo legislador revolucion rio e ao depois pelo primeiro C nsul esta institui o que n o possu a raiz no passado franc s encontra numerosos advers rios que concorrem sen o para aboli la ao menos para encerr la dentro das regras severas que a tornam raramente aplicada no s culo XIX Coment De la loi du 19 juin 1923 Dp p g 254 1924 SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1998 p 88 PEREIRA Lafayette Rodrigues Direitos de Fam lia Anota es e adapta es ao C digo Civil por SILVA Jos Bonif cio de Andrada e 5 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1956 p 323 Nos dias de hoje ainda n o popular poucos profissionais atuam nesta rea em entrevistas com profissionais poucos j participaram deste tipo de a o 57 58 59 60 27 hist rica do tema Trata se da Lei 883 de 21 de outubro de 1949 que disp e sobre o reconhecimento de filhos ileg timos trazendo avan os para a poca na quest o do reconhecimento Em 08 de maio de 1957 a Lei 3 133 modifica os artigos 368 369 372 374 e 377 do C digo Civil alterando a idade m nima do adotante para 30 anos o d
134. se discute a necessidade de inser o no novo C digo Civil de regras sobre beb s de proveta esses cr ticos insistem em apedrejar um sistema que se aprimora e que com a entrada em vigor da Lei 8 069 90 o ECA alcan a o seu ponto m ximo de perfei o assegurando a esses pequenos cidad os os direitos que at ent o n o 231 232 233 234 76 e um grande n mero de pessoas interessadas em paternidade afetiva cadastro de ado o Isso n o significa acabar com todos os problemas oriundos do sistema entretanto abre novos horizontes queles que ainda n o entraram no sistema A luz para os que est o por vir na busca de n o mais lotarmos nossos abrigos em decorr ncia de longos processos de destitui o e ado o onde muitos acabam crescendo institucionalizados sob o manto de que se almeja a manuten o da fam lia biol gica tratando a crian a como objeto e n o como sujeito de direito Neste sentido formando se uma fam lia que respeite a dignidade de seus membros que priorize os direitos da crian a e do adolescente como sendo sujeitos de direitos e a preval ncia das rela es de afeto entre todos Ao operador jur dico resta aplaudir como mero espectador 2 4 2 Das Limita es do Exerc cio da Declara o de Vontade Face ao Regramento Necessidade do Cadastro de Ado o bem verdade que em casos excepcionais tem a jurisprud ncia admitido a declara o de vontade Con
135. se no marco em que reprodu o assistida no Brasil teve seu grande desenvolvimento e populariza o sendo que maior parte das 130 cl nicas onde foram realizadas 6 000 tentativas de fertiliza o das quais nasceram 2 000 crian as SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 56 57 dez 2002 entender que o corpo humano n o pode ser reduzido a uma no o de mercado A quest o n o apenas jur dica tica ou moral ao contr rio profundamente pol tica e econ mica diante dessa nova ordem global que busca impor uma nica racionalidade Ser ent o que teria alguma raz o o que fez soar como aviso ao dizer em Portugal o professor Guilherme de Oliveira Os novos m todos de reprodu o humana assistida s o apenas e afinal as novas mandr goras para satisfazer os mesmos velhos anseios que suscitam eternas ang stias Enfrenta se a problema que se refere s fronteiras da ci ncia e aos eventuais limites ticos morais ou jur dicos ao desenfreado progresso cient fico Para tanto impende alavancar uma outra vis o do mundo emancipat ria e contra o dogmatismo Por isso mesmo nela h reflex o sobre a contenda para que n o se amplie o fosso que separa aqueles que portam convites ao ingresso das titularidades de direitos
136. se tornar pai afetivo de quem quer que seja desde que n o pela ilegalidade sem exig ncias cadastrais como o na paternidade biol gica respeitando assim a Constitui o Federal Qui esteja aqui o fim das tantas ado es irregulares tais como a vulgarmente chamada de ado o brasileira que tanto atormenta o nosso pa s Para sua regulariza o bastaria que essas declara es fossem feitas em cart rio como paternidade afetiva A ilegalidade deixaria de existir desde que realizadas desta forma e as homologa es do Judici rio poderiam continuar ocorrendo j que nas ado es espec ficas os la os afetivos v m sendo aceitos como prova de condi o para o deferimento Os princ pios da prioridade absoluta da crian a e o superior interesse dela estariam sendo preservados muito al m do que o nos dias atuais considerando que existe um grande n mero de crian as institucionalizadas juridicamente mas tamb m psicanaliticamente aconselh vel o reconhecimento da paternidade e da maternidade afetiva voluntariamente sem processo judicial sem traumas sem estigmas de forma livre e espont nea a efetiva o da igualdade constitucional entre as filia es biol gica e socioafetiva concedendo a toda e qualquer crian a ou adolescente a prote o do Estado que permitir a declara o afetiva livre de discrimina es formalismos morosidade e burocracia estimulando o acolhimento de filhos soc
137. seres humanos em desenvolvimento que os mesmos por sua pr pria vontade produziram sobressai o direito do embri o de viver e de nascer Preferimos impor limites s oportunidades de emprego das t cnicas de fecunda o artificial do que matar um ser humano que est se desenvolvendo e afirma categoricamente constitui se em um grave atentado ao direito geral de personalidade um delito contra o direito vida do nascituro No exterior tamb m existem grupos contr rios utiliza o dos embri es Apontam para a ado o de embri es de cl nicas de fecunda o assistida para evitar seu descarte ou uso em pesquisas O jornal The New York Times publicou que os filhos gerados a partir de embri es de cl nicas de fertiliza o vestiam camisetas com os dizeres este embri o n o foi descartado em busca de apoio para que os embri es fossem adotados Nos Estados Unidos da Am rica existe um programa 528 O embri o um indiv duo concebido que est se desenvolvendo A lei ao lhe outorgar desde a concep o os direitos do nascituro est reconhecendo que o mesmo titular de direitos em forma o SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 64 dez 2002 Solucionar o problema dos embri es excedentes atrav s de sua doa o para terceiros SZ
138. seu pr prio filho ou deixar lhe sucess o As modalidades existentes naquela poca s o in meras Para fins de exemplo no Baixo Imp rio aparece uma ado o que n o afasta o adotado da fam lia natural fazendo que o filho adquira novos direitos sem perder os antigos Consta que est mulo ao celibato CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 172 174 CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 174 Participavam os plebeus A Lei das XII T buas nasceu efetivamente dos trabalhos desenvolvidos por Terentilo Arsa o Tribuno do povo fazendo a chegar ao conhecimento do povo considerando que antes era privil gio dos nobres sendo adotada em Roma pelas cent rias entre os anos 303 e 304 nesta lei a T bua Quarta O pai ter sobre os filhos nascidos de casamento leg timo o direito de vida e de morte e o poder de vend los Se o pai vendeu o filho 3 vezes que esse filho n o recaia mais sob o poder paterno Se um filho p stumo nasceu do d cimo m s ap s a dissolu o do matrim nio que esse filho seja reputado leg timo SIQUEIRA Liborni Ado o no Tempo e no Espa o Doutrina e Jurisprud ncia 2 ed Rio de Janeiro Forense 1992 p 10 A Lei das XII T buas estabelecia que se o pai vendesse o filho tr s vezes perderia a patria potestas sobre ele si pater filium ter venum duit a patre fi
139. todo o potencial do sistema jur dico em um renovado positivismo que n o se exaure na pura e simples obedi ncia letra da lei estendendo os valores constitucionais a toda legisla o TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 28 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 52 como princ pio geral de todas as normas do sistema A quest o que embora s vezes apare a perfeita subsun o a uma norma de um caso concreto necess ria a busca pela justificativa constitucional daquele resultado hermen utico Como conseq ncia o direito civil transformado passando para regulamenta o da vida social na fam lia nas associa es nos grupos comunit rios onde quer que a personalidade humana melhor se desenvolva com dignidade Esta nova fei o do direito civil simplesmente uma s rie de regras dirigidas a disciplinar algumas das atividades da vida social id neas a satisfazer os interesses dos indiv duos e de grupos organizados Segundo Elimar Szaniawski a denomina o crise do direito civil revelou se principalmente a partir da fragmenta o da mat ria civil stica em diversos textos legais extravagantes que vieram a adquirir autonomia constituindo novas disciplinas jur dicas aut nomas Neste ponto quando da edi o do Estatuto
140. vanguarda dos pa ses latino americanos e preparou para enfrentar a quest o da inf ncia desassistida agravada pela problem tica social neste ltimo meio s culo PEREIRA T nia da Silva Inf ncia e Adolesc ncia uma vis o hist rica de sua prote o social e jur dica no Brasil In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 16 n 62 p 36 37 out dez 1992 51 52 53 25 Em continuidade ao estudo da ado o no C digo Civil de 1916 devem se ainda diferenciar as seguintes ado es previstas naquele C digo ado o inexistente nula e anulada Assim temos que a ado o inexistente se caracterizava quando n o existia a pessoa que se queria adotar ou se ela j tivesse falecido na data da escritura Por sua vez seria nula a ado o caso fossem desrespeitados os preceitos dos artigos 368 369 370 371 do C digo Civil se ao ser feita a ado o estava concebido algum filho leg timo do adotante se a ado o n o for feita por escritura p blica se o adotante for louco surdo mudo que n o possa exprimir sua vontade ou ausente declarado por ato do juiz quando n o houve consentimento da partes E por fim seria anulada a ado o se o pai tutor ou curador n o tivesse dado consentimento para a ado o do menor ou interdito ou por v cio resultante de erro dolo coa o simula o ou fraude Quanto aos efeitos da ado o ela estabelecia apenas o
141. 0 07 07 02 03 11 22 05 01 08 07 06 01 Tribunal de Justi a Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 1 SEM ADO O HABILITA O 2 SEM ADO O COMARCA MASC FEM 1 SEM 2 SEM MASC FEM APUCARANA 04 06 02 03 03 ARAPONGAS 02 08 A CHATEAU 01 01 03 01 01 C LARGO E 8 C MOUR O 02 01 20 40 01 05 CASCAVEL 02 09 14 04 06 CIANORTE E z COLOMBO CORN PROC 01 03 04 02 CTBA 12 VARA E E CTBA 22 VARA 131 134 161 182 138 151 CTBA INFRA z E E F DO IGUA E E 5 F BELTR O 05 04 10 05 02 01 GUA RA 01 01 01 02 01 04 GUARAPUAVA 04 02 18 a z z IRATI g IVAIPOR 01 05 JACAREZINHO 02 E 01 LOANDA E LONDRINA 18 20 52 50 19 17 MARING PALMAS 01 01 16 E 04 01 PARANAGU 06 09 02 PARANAVA 27 36 04 04 PATO BRANCO 02 02 12 22 03 02 136 No ano de 2006 temos que o n mero de ado es neste per odo foi de 878 tendo como perfil dos adotados por sexo masculino 454 e feminino 424 e ainda n mero de habilita es 787 448 PIRAQUARA E PONTA GROSSA 18 27 53 36 28 24 S J PINHAIS 09 10 07 19 05 05 TOLEDO 29 47 01 UMUARAMA 02 02 12 11 03 06 U VIT RIA 01 04 04 3 E WENC BRAZ 02 23 34 03 02 A TAMANDAR E E CAMB CASTRO CATANDUVA E FAZ RIO GRANDE 02 04 0
142. 002 2004 No Estado de Santa Catarina poss vel obter a estat stica de Registro de Ado o mediante acesso internet ao relat rio estat stico de 2007 produzido pela Assessoria de Planejamento que apresenta o levantamento de dados referente a pedidos de habilita o internacional 107 processos julgados ado es realizadas residentes em Santa Catarina e outros Estados 731 e estrangeiros 60 totalizando 791 Possui um cadastrado de pessoas habilitadas pretendentes ado o sendo residentes em Santa Catarina 2 057 65 e residentes em outros Estados 840 26 e estrangeiros 285 9 Total 3 182 tr s mil cento e oitenta e dois Santa Catarina 2007 Ado es realizadas por brasileiros por estrangeiros Gr fico 19 Ado es realizadas no Estado de Santa Catarina 2007 41 Perfil da Crian a Desejado pelos Pretendentes a Quanto ao sexo Feminino 888 oitocentos e oitenta e oito 28 Masculino 217 duzentos e dezessete 5 Sem prefer ncia 2 077 dois mil e setenta e sete 65 Total 3 182 tr s mil cento e oitenta e dois b Quanto idade h uma invers o no perfil desejado por estrangeiros e por brasileiros Enquanto 81 destes aceitam adotar crian as com at 3 anos 82 dos estrangeiros se habilitam para a ado o de crian as com mais de 3 anos lt http Avww tj sc gov br institucional estatistico 2007 relatorio tisc 2007 pdf gt Acesso em 23 maio 2008 156 Santa
143. 007 O parentesco resulta da consang inidade da socioafetividade ou da afinidade e o artigo 69 que trata da controv rsias e dificuldades em sua aplica o Dispon vel em lt http Avww ibdfam org br artigos Estatuto das Familias pdf gt Acesso em 10 jul 2008 O livro de Direito de Fam lia do C digo Civil de 2002 foi concebido pela Comiss o coordenada por Miguel Reale no final dos anos sessenta e in cio dos anos setenta do s culo passado antes de grandes mudan as legislativas sobre a mat ria nos pa ses ocidentais e do advento da Constitui o de 1988 A partir da Constitui o de 1988 operou se verdadeira revolu o copernicana inaugurando se paradigma familiar inteiramente remodelado segundo as mudan as operadas na sociedade brasileira fundado nos seguintes pilares comunh o de vida consolidada na afetividade igualdade de direitos e deveres entre os c njuges liberdade de constitui o desenvolvimento e extin o das entidades familiares igualdade dos filhos de origem biol gica ou socioafetiva garantia de dignidade das pessoas humanas que integram inclusive a crian a o adolescente e o idoso Dispon vel em lt http Awww ibdfam org br artigos Estatuto das Familias pdf gt Acesso em 10 jul 2008 N o era poss vel superar os problemas atrav s de uma revis o sistem tica do Livro IV da Parte Especial do C digo Civil e concluiu que mais que uma revis o seria necess rio um
144. 12 anos O tempo de perman ncia de 1 a 6 anos para 43 dos internos enquanto cerca de 25 ficam internados de 6 a 17 anos Os motivos determinantes das interna es foram neglig ncia dos pais 61 seguida de abandono 14 e agress o f sica 14 SOUZA Anabel Vit ria Mendon a de Ado o Plena um Instituto do Amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 28 fev mar 2005 p 79 80 Todavia essa hip tese extremamente dif cil de investigar pois n o existem dados centralizados Entretanto estima se que h 80 mil crian as em abrigos No Paran segundo a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e Juventude temos em torno de 4 500 crian as em abrigos 476 165 estabeleceu alguns princ pios de obrigat ria observ ncia por parte dos abrigos entidades tais como a preserva o dos v nculos familiares a integra o em fam lia substituta quando esgotados os recursos de manuten o na fam lia de origem e a prepara o gradativa para o desligamento Desta forma afirma Murillo Jos Digi como que tal sistem tica bem reflete o verdadeiro escalonamento existente Entretanto sabe se que ocorrem situa es extremas e excepcionais em que apesar de todo o arcabou o jur dico destinado a privilegiar a manuten o da crian a e do adolescente na companhia de sua fam lia de origem eles n o s o aplicados inexistindo meios para solucionar os problemas enfrentados Ocorre ent o que o
145. 19 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Pelo insucesso do sistema anterior onde se institucionalizava considerando que a natureza do homem n o cria condi es de viabilidade de todas as suas potencialidades nas institui es totais essencialmente porque a crian a n o cresce sadiamente sem a constitui o de v nculo afetivo estreito e verdadeiro com um adulto e sem o conv vio comunit rio o que extremamente dif cil de ocorrer em referidas institui es NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 23 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Se a Constitui o Federal em seu artigo 227 caput reza ser dever da fam lia da sociedade e do Estado assegurar crian a e ao adolescente com absoluta prioridade o direito conviv ncia familiar referido direito pass vel de gerar obriga es n o s para os pais mas tamb m para o Estado Administra o Judici rio Legislativo e outras pessoas Com a Constitui o a fam lia passou a ser compreendida diferentemente n o apenas por genitores e a prole mas por genitores casados ou n o os filhos provenientes de uni o est vel entre o homem e a mulher constituindo uma sociedade familiar art 2
146. 2 Do Princ pio do Superior Interesse da Crian a Tem se not cia que o princ pio do melhor interesse da crian a efetivou se em 1836 na Inglaterra embora dois outros casos julgados ainda em 1763 tenham se 212 preciso de uma vez por todas que as nossas autoridades se conscientizem de que os problemas sociais econ micos e mesmo pol ticos n o se resolvem com a feitura de leis que nunca chegam a ser aplicadas ou por serem inexeg veis ou porque s o elaboradas com o nico prop sito de se dar ao povo a impress o de que alguma coisa est sendo feita N o ser tampouco com palavras lindas e adequadas a respeito de uma quest o s ria e priorit ria t o pr prias e do agrado dos governantes que ir resolver o problema do menor que continua relegado a segundo plano e tratado como sendo de somenos import ncia NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 p 6 Pode se afirmar sem receio de que n o h observ ncia do artigo 150 do ECA entre outros de ver se que a estrutura o especial dos direitos fundamentais de crian as e de adolescentes nos seus aspectos quantitativos e qualitativo pela Constitui o Federal demanda e justifica uma tutela jurisdicional diferenciada dos direitos fundamentais de crian as e adolescentes Aplicar a lei sob o p lio da garantia da prioridade absoluta importa tempestividade
147. 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 435 329 O promotor de Justi a j dever contar com alguns ou v rios elementos indicativos de que se est diante de um caso duvidoso de ado o brasileira indica o de socorro hospitalar logo ap s o parto fora do nosoc mio a preenchimento por parte de pessoa que n o funcion ria da maternidade ou hospital b aus ncia de impress o palmar do rec m nascido e ou da impress o digital da parturiente c anota o de ndices t cnicos como o Apgar Indica o de resid ncia n o raro casais adeptos dessa pr tica perniciosa declaram endere o residencial falso H casos de indica o de logradouros ou moradias inexistentes testemunhas parentes ou pessoas pr ximas sirvam como testemunhas de que teria havido parto domiciliar h casos em que as pr prias m es biol gicas no af de entregar seus filhos para a 325 326 327 100 pais s o instados e acabam por confessar o il cito dizendo que desejam a regulariza o da situa o em que se encontram requerendo a legaliza o daquela ado o sendo esta situa o um exemplo t pico de coloca o esp ria em lar substituto A denominada ado o brasileira se d tamb m em rela o s pessoas estrangeiras e nestes casos envolvem terceiros e intermedi rios que s o sabedores das dificuldades de se enfrentar u
148. 2002 Grandes temas da atualidade Exame de DNA ou o Limite entre o Genitor e o Pai In LEITE Eduardo de Oliveira Coord DNA como meio de prova da filia o Rio de Janeiro Forense 2002 p 61 85 Grandes temas da atualidade A oitiva de crian as nos processos de fam lia In SILVA Reinaldo Pereira e AZEVEDO Jackson Chaves de Coords Direitos da Fam lia uma abordagem Interdisciplinar S o Paulo LTr 1999 p 29 51 S ntese de direito civil Direito de fam lia Curitiba JM 1997 O papel da verdade biol gica e da verdade afetiva In Procria es Artificiais e o Direito S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 p 205 206 Procria es Artificiais e o Direito S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 Temas de direito de fam lia S o Paulo Revista dos Tribunais 1994 LIBERATI Wilson Donizeti Adolescente e Ato Infracional S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 Adolescente e Ato Infracional Medida S cio Educativa Pena S o Paulo Juarez de Oliveira 2002 Ado o Internacional S o Paulo Malheiros 1995 LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 LOPES Serpa Curso de Direito Civil Rio de Janeiro Freitas Bastos 1955 v 1 MACEDO Emilisa Curi de Ado o que caminho escolher Refletir ou refletir preconceitos In Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro
149. 2008 ARA JO Ros ngela de Dispon vel em lt http Avww apase org br 13002 apraticadoestudo htm gt Acesso em 20 jun 2008 ASSOCIA O DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS Mude um Destino Campanha da AMB em favor da ado o consciente Pesquisa Percep o da Popula o Brasileira Sobre a Ado o Dispon vel em lt http Awww amb com br mudeumdestino docs pesquisa adocao pdf gt Acesso em 20 jul 2008 Mude um Destino Campanha da AMB em favor da ado o consciente Segunda Parte da Campanha Abrigos Dispon vel em lt http Avww amb com br mudeumdestino secao abrigos gt Acesso em 23 jul 2008 Mude um Destino Campanha da AMB em favor da ado o consciente Segunda Parte da Campanha Not cias Dispon vel em lt http Avww amb com br mudeumdestino secao mostranoticia amp mat id 14607 gt Acesso em 20 jul 2008 AZAMBUJA Maria Regina Fay de Alimentos grav dicos Carta Forense Dispon vel em lt http www cartaforense com br Materia aspx id 2120 gt Acesso em 05 ago 2008 Breve revis o da ado o sob a perspectiva da doutrina da prote o integral e do novo C digo Civil Dispon vel em lt http www tj rs gov br institu c estudos doutrina Adocao doc gt Acesso em 20 jul 2008 BARCELLOS Ana Paula de A Efic cia Jur dica dos Princ pios Constitucionais Princ pio da dignidade da pessoa humana Rio de Janeiro Renovar 2002 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e Aplica o da Cons
150. 218 140 Ado o simples e ado o destitui o da 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba no per odo 2002 2007 2002 2003 2004 2005 2006 2007 E Ado o simples E Ado o destitui o Gr fico 4 Ado o simples e ado o destitui o da 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba no per odo 2002 2007 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba 2002 2007 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Gr fico 5 Ado es registradas pela 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba 2002 a 2007 No mbito das ado es internacionais o Estado do Paran possui dados estat sticos junto CEJA PR a qual possui o levantamento das ado es internacionais realizadas pelo Estado De acordo com tal levantamento o n mero de ado es internacionais efetivadas no ano de 2003 nas Comarcas do Estado foi 48 e o n mero de crian as totalizou 762 Observa se que em m dia ocorreu uma ou 451 CEJA PR habilita pessoas brasileiras ou estrangeiras residentes no Exterior para a ado o de crian as e adolescentes no Estado do Paran 2 Corregedoria Geral da Justi a Comiss o Estadual Judici ria de Ado o Autoridade Central Estadual 141 N MERO DE ADO ES INTERNACIONAIS POR COMARCAS COMARCAS ADO ES EFETIVADAS N CRIAN AS 2003 Almirante Tamandar 02 04 Alt nia 01 02 Antonina 01 01
151. 26 3 e entidade familiar art 226 8 4 a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes O conceito de fam lia foi ampliado Adotou o legislador como regra a solu o natural os filhos devem permanecer com os pais biol gicos E o termo fam lia natural apenas um adjetivo utilizado para a dualidade em rela o fam lia substituta Neste sentido o art 25 traz o conceito de fam lia natural e art 28 o conceito de fam lia substituta ambos do ECA 201 202 203 204 67 jur dicas dos seres adultos porquanto titulares de direitos fundamentais especiais em rela o aos adultos Criou se assim em nosso ordenamento jur dico uma verdadeira escala de prioridade quando da perman ncia ou n o da crian a junto fam lia natural limitando severamente o mbito do ju zo de valora o a ser realizado pelo Poder 205 206 207 Nesse passo de ver que o direito fundamental conviv ncia familiar de crian as e de adolescentes cria rela es jur dicas onde figuram no outro p lo n o apenas os pais dos primeiros mas por vezes outras pessoas NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 27 S o Paulo Revista dos
152. 27 A ordem cronol gica do artigo 50 do ECA comporta flexibilidade quando dois casais em igualdade de condi es disputam a ado o de menor especialmente em caso de chamada ado o dirigida em que a m e escolhe os adotantes desde j entregando lhes o filho confiada na melhor guarda e no futuro da crian a que pretende proteger para que tenha um futuro garantido e n o venha a sofrer como ela as vicissitudes da vida madrasta para m e e para seus outros filhos Agora quer proteger a sua cria e nada impende que assim o fa a TJRS Al 598023919 RS 8 C Civ Rel Des Roque Miguel Fank j em 26 03 1998 Baseado no ac rd o 11 941 2 C mara Criminal Recurso de Apela o 856 035 de Curitiba sob a Ementa PEDIDO DE ADO O CUMULADO COM DESTITUI O DE PATRIO PODER AUSENCIA DE CAUSA DE PEDIR INEPCIA DA INICIAL RECONHECIMENTO EXTIN O DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MERITO In Igualdade Revista Trimestral do Centro 494 495 178 Genitora que recorre de decis o a qual deferiu a ado o de seu filho e por conseguinte sua destitui o e tem na sequ ncia por vota o un nime em conhecer da apela o e de of cio extinguir o processo sem julgamento do m rito Parece simples a crian a retornaria genitora diante da decis o colocada sob o argumento de que foi inepta a inicial Verifica se nos autos que n o se obedeceu o rito processual legal para a decreta
153. 3 06 04 03 MARIALVA 02 0 g PALMEIRA E E UBIRAT E 5 E Tribunal de Justi a Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 1 SEM ADO O HABILITA O 2 SEM ADO O COMARCA MASC FEM 1 SEM 2 SEM MASC FEM APUCARANA 02 05 01 ARAPONGAS A CHATEAU 02 02 04 01 E 01 CAMPO LARGO E CAMPO MOUR O 03 05 25 18 02 05 CASCAVEL 07 03 01 a 05 03 CIANORTE COLOMBO CORN PROC PIO 02 03 02 02 CTBA 12 VARA CTBA 22 VARA 128 151 175 233 168 131 CTBA INFRA A E E F DO IGUA U a E F BELTR O 01 01 03 03 02 03 GUA RA a 01 E 02 02 02 GUARAPUAVA IRATI IVAIPOR JACAREZINHO 01 LOANDA g E E LONDRINA 18 15 28 75 19 22 MARING z t r PALMAS 04 03 19 14 07 01 PARANAGU PARANAVA 02 04 21 13 04 04 137 No ano de 2007 temos que o n mero de ado es neste per odo foi de 914 tendo como perfil dos adotados por sexo masculino 457 e feminino 457 e ainda n mero de habilita es 1 221 PATO BRANCO 04 04 17 16 01 PIRAQUARA E 5 E E PONTA GROSSA 32 25 30 S J PINHAIS 14 11 08 13 14 10 TOLEDO f z i s UMUARAMA 02 02 25 15 02 UNI O DA VIT RIA r r E WENC BRAZ E 01 12 03 01 01 A TAMANDAR a a F E CAMB E z E gt E CASTRO a a CATANDUVA 01 02 04 FA
154. 5 196 Est a a justificativa para surgirem v rios projetos de lei dentre os quais destacam se o projeto de Lei Nacional de Ado o do deputado Jo o Matos e o Substitutivo apresentado pela Deputada Tet Bezerra Consigne que em decorr ncia destes projetos recentemente foi aprovada a Resolu o 54 de 29 de abril de 2008 que disp e sobre a implanta o e funcionamento do Cadastro Nacional de Ado o que certamente vai ajudar o 571 572 573 574 Projeto de Lei 1 756 03 Cria a Lei Nacional de Ado o Substitutivo esp cie de emenda que altera a proposta em seu conjunto substancial ou formalmente Recebe esse nome porque substitui o projeto O substitutivo apresentado pelo relator e tem prefer ncia na vota o mas pode ser rejeitado em favor do projeto original Substitutivo ao Projeto de Lei 6 222 05 Apensados PLs 6 485 02 806 03 890 03 1 380 08 1 645 03 2 885 04 e 3 658 04 1 756 03 2 481 09 2 579 03 4 402 04 2 680 08 2 941 04 3 597 04 e 6 596 06 Lei Nacional da Ado o Disp e sobre ado o Parecer reformulado A maior diferen a de nosso Parecer original se consubstancia na mudan a de t cnica legislativa ao inv s de a nova Lei de Ado o ser um diploma aut nomo venceu a posi o de que deveriam essas normas continuar fazendo parte do Estatuto da Crian a e do Adolescente Assim o novo Substitutivo composto de nosso texto origin rio adot
155. 6 natural Assim o recurso ado o se apresenta como uma das maneiras de se realizar o desejo de ter um filho imagin rio tornando se real A ado o espec fica ou irregular caracterizada pela entrega direta da crian a pelos pais biol gicos pai e ou m e pessoa interessada em adotar sem a presen a do Poder Judici rio no primeiro momento embora a sua assist ncia seja requisito legal para a ado o A pr tica tem mostrado que mais cedo ou mais tarde este tipo de ado o chega ao Poder Judici rio acarretando problemas muitas vezes insol veis e com consequ ncias s rias que marcam a vida de muitas pessoas A crian a ou o adolescente acolhida ao conv vio da nova fam lia que a recebe e passa a atender suas necessidades b sicas e assim com o passar do tempo surge o v nculo socioafetivo Tal pr tica pode ser confundida com a denominada ado o brasileira entretanto com ela n o deve ser confundida pois embora nesta tamb m haja a entrega da crian a adolescente aos futuros pais caracteriza a ado o brasileira o fato de os pais adotivos registrarem em cart rio a crian a como se fosse seu filho natural diferente daquela situa o 274 em que a crian a entregue apenas para cria o ou tenha a guarda de fato ou da ado o sob a perspectiva da Doutrina da Prote o Integral Inf ncia e Adolesc ncia Revista Brasileira de Direito de F
156. 6 par grafo 3 da Lei 4 655 65 Diante das diferen as demonstradas rapidamente observa se que a ado o simples e a legitima o adotiva foram institu das para finalidades diversas em nosso ordenamento jur dico Esse emaranhado de leis foram surgindo paralelamente ao C digo Civil de 1916 como muito bem definiu Vianna de Lima que lembra da exist ncia de condi es comuns entre a ado o simples tradicional ado o propriamente dita e a legitima o adotiva que exige UM MAIS do casal adotante a lei brasileira que permite a legitima o adotiva n o faz remiss o alguma aos princ pios da ado o 8 o ato civil pelo qual algu m aceita um estranho na qualidade de filho CLOVIS ob cit p g 346 no 1 apud LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 12 o ato judicial provocado por um casal leg timo excepcionalmente pelo casal desquitado e pelo vi vo que aceita um estranho na qualidade de FILHO LEGITIMO Vale dizer integrando no lar da fam lia adotante como tal LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 12 69 30 simples criando sistema inteiramente aut nomo ao estabelecer as condi es em que admitida a ado o legitimante Temos a seguir a implanta o da legitima o adotiva conforme menciona Vianna de
157. 60 refor ando as posturas preconceituosas e unilaterais por outro a internet tamb m pode estimular as mudan as sociais e a cidadania plena para um mundo mais democr tico e igualit rio Portanto o mundo virtual constitui se numa forma pela qual as pessoas colocam na rede problemas enfrentados em seu cotidiano demonstrando o que pensam como agem quando se deparam com determinado tema Enquanto busc vamos o fio condutor diferente dos tradicionais quanto ao tema ado o passamos a realizar pesquisa na internet sobre ado o e foi verificado que muitos endere os remetiam ao site de relacionamento Orkut Diante do constatado n o se pode fechar os olhos realidade posta e o levantamento de dados neste site veio integrar como ferramenta estat stica para fins de compreens o dos pesquisados e pesquisadas sobre o tema ado o Ciente entretanto de que a internet vem sendo usada de forma hegem nica mas tamb m constru o humana O procedimento quanto coleta de dados quantitativa ocorreu no per odo de mar o de 2008 a junho de 2008 Efetuando pesquisa no site de relacionamento procurando em site de busca sobre ado o e comunidades relacionadas com o tema verificou se que existem mais de 1 000 comunidades Ap s verificar este n mero consider vel de comunidades as quais pertenciam a diversos membros onde se discute o tema ado o atrav s de enquetes e f runs formado por t picos hist rias contadas
158. 79 Por particularidades 4 anos DD 284 6 82 HIV positivo 30 0 72 5 anos D 221 5 30 Deficiente 32 0 77 6 anos D 201 4 82 7 anos D 185 4 44 S ndromes 8 anos D 150 3 60 Org nica 13 0 31 9 anos D 111 2 66 Neurol gica 19 0 46 10 anos D 106 2 54 Infecto contagiosa 6 0 14 Entre 11 e 14 anos 313 7 51 Psiqui trica 6 0 14 Entre 15 e 18 anos D 217 5 21 Legenda Por sexo Abi _ S D Entre 25 e 50 EEE 139 Masculino 2005 48 13 D Entre 50 e 75 Feminino EEE 2161 51 87 superior a 75 Gr fico 12 Estat stica Geral de Registro de Ado o no Estado do Rio Grande do Sul de 01 01 2002 a 01 06 2008 Para melhor compreender a Estat stica do Rio Grande do Sul al m da anterior que abrange todo o Estado apresenta se a regional Porto Alegre no mesmo de per odo de 01 01 2002 a 01 06 2008 Esta Estat stica Geral de Registro de Ado o traz o n mero de adotados nesse per odo de 1 318 mil trezentos e dezoito e classifica o tipo de ado o dividindo em tr s ado o do cadastro 42 quarenta e duas ado o dirigida 190 cento e noventa e n o informada 1 086 151 mil e oitenta e seis Note se que podemos concluir que a aus ncia de informa o tamb m se encontra presente na mais importante regional Estat sticas de registro de ado o Perfil dos Adotantes Casal EEE 1019 77 31 Mulheres solteiras Z 141 10 70 Mulhere
159. 8 no Rio de Janeiro Com a extin o desse tribunal em 1828 conferiu essa atribui o aos ju zes de primeira inst ncia art 2 n 1 SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 25 32 33 21 10 de junho de 1850 artigo 146 Ordena es de 18 de outubro de 1852 Regimento de 31 de mar o de 1874 art 5 par grafo nico Decreto de 24 de janeiro de 1890 art 7 1 e art 8 par grafo nico Assim observa se que no Direito p trio antigo fez men o ado o apenas no esbo o tra ado por Teixeira de Freitas Carlos de Carvalho em sua nova Constitui o arts 1 635 40 Cl vis Bevil qua no Anteprojeto e Projeto do C digo Civil de 1916 e por fim o C digo Civil de 1916 Este ao disciplin lo ateve se ao C digo Civil franc s em termos acanhados com efeitos restritos condi es estritas formas complicadas e onerosas afastando o grande p blico da ado o 1 1 3 Da Ado o no C digo Civil de 1916 O C digo Civil de 1916 disciplinou o instituto da ado o nos artigos 368 a 378 colacionando os elementos pessoais da ado o bem como as condi es particulares requeridas para poder adotar A ado o era tratada como ato jur dico e portanto para ser v lida carecia ser feita por quem se encontrava no pleno gozo e exerc cio de seus direitos civis Poderia ser requerida tanto pelo homem quanto pela mulher tendo em vista
160. 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 68 69 dez 2002 MARTINS Jos de Souza O poder do atraso ensaios de sociologia da hist ria lenta S o Paulo Hucitec 1994 p 11 apud FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 253 SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 69 dez 2002 A doa o para casais inf rteis que queiram vivenciar a paternidade ou a maternidade O aceit vel o leg timo considerando o conjunto de valores 543 544 545 546 189 4 2 5 Dos Projetos de Lei 4 2 5 1 Do Projeto Estatuto das Fam lias Observa se como a sociedade din mica e se transforma a cada momento diante das novas formas de relacionamento de estruturas econ micas e pol ticas Em que pese a aus ncia de previs o legal os Tribunais lentamente passaram a recepcionar o instituto da afetividade onde a realidade social do estado de filho passou a ser amparada Neste compasso o direito de fam lia vem sofrendo importantes altera es Entre elas o C digo Civil de 2002 modificou o direito de fam lia colocando o em conson ncia com a Constitui o Federal 547 548 549 550 551 Paradigmas s o q
161. A 01 01 04 ka 04 PALMEIRA 3 E E UBIRAT z E p 46 Tribunal de Justi a Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 1 SEM ADO O HABILITA O 2 SEM ADO O COMARCA MASC FEM 1 SEM 2 SEM MASC FEM APUCARANA 02 05 01 07 07 02 ARAPONGAS 05 04 01 07 01 01 A CHATEAU 01 01 g 02 01 CAMPO LARGO CAMPO MOUR O 3 01 07 20 03 02 CASCAVEL 05 04 07 09 03 03 CIANORTE 01 09 COLOMBO i E E CORN PROC PIO 03 02 05 05 01 02 CTBA 12V E CTBA 22 V 55 54 109 148 113 119 F DO IGUA U F BELTR O 04 02 03 02 05 06 GUA RA 04 02 02 02 04 03 GUARAPUAVA E E E i E z IRATI 01 01 03 15 06 01 IVAIPOR 02 03 06 s 02 01 JACAREZINHO 02 02 05 07 LOANDA LONDRINA 23 17 52 20 16 08 MARING 01 01 12 22 01 PALMAS 05 07 22 E 03 PARANAGU 02 05 03 01 04 05 PARANAVA 04 02 22 19 04 PATO BRANCO 02 08 30 22 03 02 PIRAQUARA P GROSSA 25 52 37 11 09 135 No ano de 2005 temos que o n mero de ado es neste per odo foi de 914 tendo como perfil dos adotados por sexo masculino 439 e feminino 475 e ainda n mero de habilita es 983 447 S J PINHAIS TOLEDO UMUARAMA UNI O DA VIT RIA WENC BRAZ A TAMANDAR BANDEIRANTES CAMB CASTRO CATANDUVAS FAZ RIO GRANDE MARIALVA PALMEIRA UIRAT 02 08 02 01 01 01 08 04 01 z 02 03 01 01 20 2
162. A garantia de prioridade compreende a primazia de receber prote o e socorro em quaisquer circunst ncias b preced ncia de atendimento nos servi os p blicos e ou de relev ncia familiar e comunit ria c prefer ncia na formula o e na execu o das pol ticas sociais p blicas d destina o privilegiada de recursos p blicos nas reas relacionadas com a prote o inf ncia e juventude grifos nossos NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 p 15 69 Entretanto o que se observa que essa prioridade n o est sendo atendida da forma como foi preconizada pois a aplica o efetiva deste artigo n o vem ocorrendo tanto verdade que por exemplo nem a reserva or ament ria para tal fim tem sido feita pelos governos tanto do Poder Executivo como do Judici rio N o nos serve de consolo a exist ncia de o ordenamento garantir prote o especial da crian a e do adolescente como premissa fundamental se n o vierem assegurados instrumentos e meios jur dicos para sua efetiva o Relevante a prote o aos interesses dos infantes sobre qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado denominado de Princ pio do Superior Interesse da Crian a A jurisprud ncia tem consagrado que o interesse do menor deve prevalecer sobre qualquer outro interesse quando seu destino estiver em discuss o 2 3
163. ANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 65 dez 2002 SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 65 dez 2002 A comunidade crist evang lica americana considera o uso de c lulas tronco embrion rias como 529 530 531 assassinato de vidas que n o tiveram a oportunidade de nascer Em 1997 a ag ncia de ado o envag lica Nightline deu in cio ao programa Snowflakes N s juntamos casais e tentamos fazer a coloca o de beb s que ainda n o nasceram diz Ronald Stoddart Ele chama o processo de ado es de embri es HOSSLI Peter Ado o de embri es uma nova possibilidade de fam lia Tradu o de Ana Ban Revista Cl udia p 178 184 maio 2008 Bush levou a p blico o casal McClure que teve um filho gerado a partir da implanta o bem sucedida de um dos 13 embri es que adotaram de uma cl nica de fertiliza o assistida como resultado de sua ades o ao programa Snowflakes junto com outras 20 fam lias BRASIL 532 186 que conta com mulheres que se disp em a engravidar a partir do implante de embri es em seu tero H aproximadamente 400 mil vul
164. AVA 05 02 24 09 03 01 PATO BRANCO 01 04 15 08 02 PIRAQUARA o PONTA GROSSA 13 08 21 23 10 11 S J PINHAIS 10 12 37 TOLEDO 02 03 05 03 02 03 UMUARAMA 01 04 07 UNI O DA VIT RIA WENC BRAZ 01 09 09 A TAMANDAR CAMB CASTRO E a CATANDUVAS E 01 03 06 FAZ RIO GRANDE 01 03 01 02 MARIALVA PALMEIRA UBIRAT 3 E E Ado es no Estado do Paran no per odo de 2002 2007 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Gr fico 2 Ado es no Estado do Paran no per odo de 2002 a 2007 Habilita es ado o registradas no Estado do Paran 2002 2007 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Gr fico 3 Habilita es ado o no Estado do Paran no per odo de 2002 a 2007 139 Ap s a vis o geral das ado es realizadas pelo Estado do Paran com o fim de restringir o campo estat stico apresentamos estat stica da 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba no per odo de 2002 a 2007 Temos que a q uantidade de ado es realizadas nesse per odo de 1 308 450 Estat stica das Ado es da 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba no per odo de 2002 a 2007 Ano Ado o Simples Ado o Destitui o Ado o Internacional Total 2002 111 41 2 154 2003 142 39 19 200 2004 189 52 25 266 2005 168 41 19 228 2006 194 32 11 237 2007 176 28 14
165. Adolescente a realidade se faz por caminhos diversos destitui o que torna extinto o v nculo oriundo via ado o Lembra se que o estado de filia o que decorre da estabilidade dos la os afetivos constru dos no cotidiano pai e filho constitui fundamento essencial da atribui o de paternidade O car ter de irrevogabilidade passa a ser relativo vez que os filhos est o sujeitos ao poder familiar que pode ser extinto levando indireta revoga o da ado o Algum tempo atr s foi publicado em um supermercado de Curitiba o seguinte an ncio Doa se uma crian a com apenas dois anos de idade Come pouco obediente sem gastos Falar com Xxxxxx ou Yyyyy pelo telefone 000 0000 pela manh Urgente A crian a est passando fome O Magistrado tomando conhecimento dos fatos pronunciou se no sentido de que alguns anos de experi ncias por vezes d o a falsa impress o de que nada mais pode causar surpresa Entretanto desesperan as constituem paisagens corriqueiras a todos que se d o ao trato das quest es afetas ao Ju zo da Inf ncia e Juventude Ledo engano Quando se depara com o an ncio atrav s do qual uma m e procura doar sua filha onde a evidente aflitiva situa o vivida pela m e e sua filha esta criancinha que come pouco obediente sem gastos alberga a aus ncia de recursos m nimos necess rios sobreviv ncia mesmo sem dignidade alguma Por bvio que isso chegou s raias do
166. Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 23 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 78 33 1 1 4 Da Ado o no Estatuto da Crian a e do Adolescente Com a promulga o da Constitui o Federal de 1988 por for a do princ pio da igualdade entre os filhos que os equiparou para todos os fins a lei civil que discriminava os filhos adotivos foi banida Assim nasceram diversos direitos em decorr ncia do princ pio da isonomia entre eles o direito do adotante de herdar em qualquer situa o e o direito de postular alimentos A Constitui o de 1988 desde logo aderiu Conven o sobre os Direitos da Crian a da ONU inspirada nos enunciados da Declara o Universal dos Direitos da Crian a de 1959 assinando a em 20 de novembro de 1989 A quest o da constitucionaliza o do direito de fam lia ser objeto de cap tulo especial Na esteira da Constitui o o legislador acabou com a discrimina o distin o entre a ado o simples e a ado o plena Dois anos depois de promulgada a Constitui o j houve a positiva o dos direitos das crian as e dos adolescentes atrav s da edi o da Lei 8 069 de 13 de julho de 1990 Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA que traz em sua ess ncia a prote o especial dos interesses desses sujeitos de direito O Estatuto da Crian a e do Adolescente abrange mat rias de direito civil umas pr prias do direito de fam lia configurando um mi
167. CI RIO BRASILEIRO 3 2 1 Dos Magistrados e a Equipe Multidisciplinar A ado o readquire a sua vitalidade suscita novo interesse aos legisladores do nosso s culo depois de um longo per odo de desfavor e esquecimento A Constitui o Federal e o Estatuto da Crian a e do Adolescente bem como as mudan as no C digo Civil de 2002 e os projetos em tr mite demonstram a busca legislativa para a quest o Precisa ainda evoluir mais pois muitos operadores do direito e parte da doutrina n o absorveram as mudan as inseridas pela Constitui o Federal vinculando todo o ordenamento jur dico O Judici rio brasileiro o local onde des guam os conflitos da sociedade por vezes tardiamente como o caso de muitas crian as abandonadas ou mesmo pela pr pria demora na presta o jurisdicional Estudiosos do Direito consideram o Juiz da Inf ncia e da Juventude um agente da pr pria Justi a da Inf ncia e Juventude Um agente que conta com uma 387 equipe t cnica que o auxilia Cabe mencionar aqui que muitas vezes esses auxiliares s o confundidos com os auxiliares do juiz ou at mesmo como se fosse o pr prio Assim a priori necess rio saber quais s o os objetivos do Ju zo com plena consci ncia das atividades desenvolvidas inerentes ao rg o e exercidas pela autoridade judici ria Neste sentido tem se a atividade judicante onde a lei Como produzir senten as em tempo adequado Se
168. Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 1 SEM ADO O HABILITA O 2 SEM ADO O COMARCA MASC FEM 1 SEM 2 SEM MASC FEM APUCARANA 01 04 02 07 02 01 ARAPONGAS 04 07 04 05 04 03 ASSIS CHAT 02 01 02 03 04 C LARGO C MOUR O 02 01 18 38 05 05 CASCAVEL 12 04 06 05 06 03 CIANORTE 03 22 16 03 03 COLOMBO E E CORN LIO PROC 06 05 02 02 03 04 CTBA 1 Vara CTBA 2 Vara 76 68 90 137 109 95 CTBA INFRAT FOZ IGUA U F BELTR O 03 02 04 08 01 01 GUA RA 04 02 E 02 05 01 GUARAPUAVA 04 06 18 44 14 20 IRATI 04 04 17 06 03 IVAIPOR 02 02 22 09 01 02 JACAREZINHO e 02 38 19 03 02 LOANDA 01 LONDRINA 19 19 62 41 31 23 MARING 01 11 18 04 01 PALMAS 02 04 23 28 02 02 PARANAGU 03 04 01 01 07 13 PARANAVA gt 20 13 04 01 PATO BRANCO 08 08 23 28 09 10 PIRAQUARA E g E e E P GROSSA 09 21 19 19 13 12 S J PINHJAIS 10 14 20 03 08 10 134 No ano de 2004 temos que o n mero de ado es nesse per odo foi de 687 tendo como perfil dos adotados por sexo masculino 344 e feminino 343 e ainda n mero de habilita es 818 TOLEDO z 01 12 12 03 UMUARAMA 03 06 24 19 01 02 UNI VIT RIA 06 07 04 03 03 04 WENC BRAZ 01 03 97 16 01 01 ALM TAMANDAR BANDEIRANTE gt E s CAMB z E 5 5 CASTRO 3 L CATANDUVAS 02 02 E FAZ RIO GRANDE a E E 3 E MARIALV
169. ERES Ana Paula Ariston Barion A ado o por homossexuais fronteiras da fam lia na p s modernidade Rio de Janeiro Renovar 2006 p 95 97 Miguel Reale sustenta a aplica o concomitante dos elementos analogia e costumes REALE Miguel Filosofia do Direito S o Paulo Saraiva 1996 PEREIRA Jane Reis Gon alves SILVA Fernanda Duarte Lopes Lucas da A estrutura normativa das normas constitucionais In PEIXINHO Manoel Messias Coord Os princ pios da Constitui o de 1988 Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 p 4 5 movimento epist mico no mbito da ci ncia jur dica no qual os princ pios jur dicos percorreram o seguinte caminho metodol gico com consegu ncias no mbito do Direito Positivo da servil normatividade do Direito privado senhora juridicidade no Direito P blico grifos nossos ESPINDOLA Ruy Samuel Conceito de princ pios constitucionais elementos te ricos para uma formula o dogm tica constitucionalmente adequada S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 64 65 BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e Aplica o da Constitui o fundamentos de uma dogm tica transformadora S o Paulo Saraiva 1996 p 142 167 168 169 170 171 172 60 os valores sociais da na o tendo aplica o ampla com efeitos ilimitados 174 condicionando a interpreta o do ordenamento jur dico Ap s estas pinceladas cumpre dirigir o olhar aos princ pios constitucionais
170. Gustavo A disciplina jur dica da filia o In TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Direitos de Fam lia e do Menor 3 ed rev e amp Belo Horizonte Del Rey 1998 p 226 De forma nuclear democr tica protegida na medida em que cumpra o seu papel educacional e na qual o v nculo biol gico e a unicidade patrimonial s o aspectos secund rios TEPEDINO Gustavo A Tutela Jur dica da Filia o Aspectos Constitucionais e Estatut rios In PEREIRA T nia da Silva Coord Estatuto da Crian a e do Adolescente Estudos S cio Jur dicos Rio de Janeiro Renovar 1991 p 265 e ss 160 WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 116 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 Aspectos comuns fazem a interliga o entre elas dentre os quais pode ser destacada a prote o constitucional comum a todas Pode se observar que o engessamento do ordenamento jur dico inicialmente com o objetivo de proteger a fam lia leg tima paradoxalmente acabou abrindo espa o para a diversidade Buscando a realiza o pessoal o ordenamento foi posto em segundo plano e os sujeitos se impuseram como prioridade Formaram se novas fam lias marginais exclu das do mundo jur dico mas ainda assim se formaram A verdade social n o se ateve verdade jur dica e os fatos afrontaram e transformar
171. Instituto Jo o XXIII Esperan a Cidade dos Meninos Recanto Maria Dolores Servi o de Obras Sociais de Prudent polis APMI Associa o de Prote o Maternidade e Inf ncia de Rol ndia Associa o Casa Lar S o Jos dos Pinhais Centro Social Padre Arnaldo Jensen Desafio Jovens Vidas Para Cristo Associa o Centro Vivencial Rural Novo Caminhar Patronato Santo Ant nio N cleo Social Batista Dispon vel em lt http Avww amb com br mudeumdestino secao abrigos gt Acesso em 23 jul 2008 Em Santa Catarina temos a seguinte estat stica do TJSC Dispon vel em lt www amb com br mudeumdestino secao abrigos gt Acesso em 23 jul 2008 Entidades de Abrigo Cadastradas na CEJA Abrigo institucional 72 setenta e dois 54 Casa Lar 35 trinta e cinco 26 Projeto Fam lias Acolhedoras 20 vinte 15 Casa de Passagem 6 seis 5 Total 133 cento e trinta e tr s Crian as e adolescentes abrigados Sexo feminino 653 seiscentos e cinquenta e tr s 51 Sexo masculino 641 seiscentos e quarenta e um 49 Das 1 294 mil duzentas e noventa e quatro crian as e adolescentes que se encontram em abrigos 46 quarenta e seis por cento possui mais de 10 dez anos Estatuto da Crian a e do Adolescente art 183 O prazo m ximo e improrrog vel para a conclus o do procedimento estando o adolescente internado provisoriamente ser de quarenta e cinco dias 468 469 1
172. Janeiro Freitas Bastos 1955 v 1 p 27 124 Le Leggi Civilli nel Loro Ordine Naturale cuja obra serviu para a delimita o do conte do inserto no Code e que em seguida viria a ser adotado pelas codifica es do s c XIX Em nota de rodap esclarece Maria Celina que Code Ao contr rio do que se deduz vulgarmente n o prov m do Direito Romano aquela delimita o de conte do No Direito Romano o jus civile o direito dos cidad os era essencialmente uma no o de direito p blico O cidad o romano opunha se ao escravo e ao peregrino e os seus direitos eram no fundo privil gios de direito p blico cf R Savatier e C M Silva Pereira TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 21 32 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 As limita es eram as estritamente necess rias a permitir a conviv ncia social Neste universo jur dico as rela es do direito p blico com o direito privado apresentam se bem definidas O direito privado insere se no mbito dos direitos naturais e inatos dos indiv duos O direito p blico aquele emanado pelo Estado para a tutela de interesses gerais As duas esferas s o quase imperme veis atribuindo se ao Estado o poder de impor limites aos direitos dos indiv duos somente em raz o de exig ncias do pr prios indiv duos
173. M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 24 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 128 129 130 50 segundo Maria Celina B M Tepedino aumentam os pontos de conflu ncia entre direito p blico e o privado Assim a dicotomia direito privado e direito p blico teve modificado seu significado origin rio deixando o direito privado de ser vontade individual e o p blico de ser a subordina o do cidad o Existe ainda um fator importante que foi a ocorr ncia de um fen meno surgido a partir da denominada crise do direito civil conhecida pela designa o de constitucionaliza o do direito civil As novas constitui es passaram a tratar da organiza o do Estado dos poderes de sua organiza o e funcionamento da prote o dos cidad os mediante liberdades p blicas e garantias individuais e sociais Neste ponto a pessoa humana sua dignidade sua personalidade e seu livre desenvolvimento s o prioridades 131 N o se pode negar a exist ncia de ra zes culturais e de refer ncias legislativas que tratam ainda hoje inteiras mat rias em conformidade com a distin o direito p blico direito privado Todavia n o parecem mais aceit veis considerando a unidade do ordenamento nem a validade da summa divisio nem os crit rios cl ssicos de diferencia o Correta parece
174. MOLOMBE obr cit vol 6 n 17 Para impedir a ado o pois basta que o filho leg timo esteja concebido Decreto n 4 857 de 9 de novembro de 1939 art 39 1 V n o poder adotar quem tiver filho leg timo ou legitimado bem como quem tiver filhos de filhos falecidos netos leg timos ou legitimados n o poss vel a ado o mesmo que o filho ou filhos leg timos ou legitimados estejam ausentes sem que deles se tenha not cia cfr DEMOLOMBE obr cit MAZZONI obr cit n 324 ESTEVAO DE ALMEIDA obr cit n 201 se depois de adotar incorre o adotante em interdi o ser o caso de se dar ao adotado um tutor se menor ou reintegr lo no p trio poder de seu pai natural se o tiver ainda vivo N o nos parece que havendo o pai natural vivo possa ser dado um tutor como entendem alguns porque s se compreende que a fic o resultante de ado o produza efeitos apenas com rela o ao adotante E dado o impedimento deste desaparece a raz o de ser da fic o devendo ser aplicada a regra geral segundo a qual s ser dado tutor ao menor a n o ser em casos excepcionais quando o menor n o tiver pai ou m e capazes de exercer o p trio poder os c nones da Igreja n o se op em a que o padre possa adotar tanto assim que os la os de paternidade n o impedem como aqueles que resultam do matrim nio que o indiv duo receba as ordens sacerdotais assim que um vi vo pode ser padre cfr
175. Pedro Welter resta sem objeto a discuss o acerca da exist ncia das tr s verdades da perfilha o formal biol gica e sociol gica permanecendo apenas as filia es gen tica e socioafetiva tomando por base os princ pios da igualdade entre a perfilha o da conviv ncia em fam lia Neste sentido sendo o afeto um valor jur dico elevado a direito fundamental n o pode haver diferen a entre as paternidades sob pena de inconstitucionalidade Nesta vertente a Constitui o Federal apresenta nova possibilidade que deve ser vislumbrada por todos considerando que a finalidade da fam lia a concretiza o e a origem do amor e dos interesses afetivos entre os seus 223 A filia o formal fic o jur dica mera presun o foi banida do ordenamento jur dico brasileiro pela unidade da perfilha o e da certeza cient fica da paternidade e da maternidade com a produ o do exame de DNA Permanecem no ordenamento jur dico as filia es gen tica e socioafetiva em vista dos princ pios da igualdade entre a perfilha o da conviv ncia em fam lia e da ascens o do afeto a valor jur dico a direito fundamental WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 93 v 829 p 37 nov 2004 Em diversos quadrantes se presentifica o debate sobre a paternidade Todo ser humano tem um pai biol gico de quem herda seus caracteres gen ticos Mas tem pai qu
176. Renovar 2006 p 293 talvez haja decorrido de uma mudan a interna na pr pria estrutura do direito civil tornando alteradas desse modo suas rela es com o direito p blico os c digo civis perderam a posi o central que desfrutavam no sistema verdadeiras constitui es em que se configuravam acarretando a redu o do espa o reservado ao contrato e propriedade Al m disso a concep o de prote o da vida individual autonomia individual em sentido absoluto A evolu o do direito civil tamb m se explica como efeito da influ ncia das grandes correntes de pensamento em particular da marcada tend ncia a uma justi a social em maior propor o De um lado o florescimento da id ia moderna de Estado assumindo fun es antes deixadas iniciativa privada De outro no que se refere ao antigo conte do do direito civil a reviravolta da no o do direito subjetivo de senhoria poder da vontade a interesse juridicamente protegido e finalmente s formula es dogm ticas nas quais resulta intuitiva a sua absor o pelo direito objetivo TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 22 24 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1993 Tal p lo foi deslocado a partir da consci ncia da unidade do sistema e do respei
177. Social e Fam lia CSSF a qual dever se manifestar quanto ao m rito m rito e art 54 RICD Esclare o ainda que a proposi o passar a tramitar sujeita aprecia o do Plen rio Regime de Tramita o Ordin ria Optamos por manifestar sobre o projeto de n 3 220 08 Informa es constantes do site C mara dos Deputados Dispon vel em lt http www2 camara gov br proposicoes loadFrame html link gt lt http Avww camara gov br internet sileg prop lista asp fMode 1 amp btnPesquisar 0K amp Ano 2008 amp Numero 3220 amp sigla PL gt Acesso em 05 ago 2008 208 Ocorrer o encaminhamento da crian a para fins de ado o ap s 10 dias da data de seu nascimento Caso n o ocorra a ado o no prazo de 30 dias ser inclu da no Cadastro Nacional de Ado o Em que pese os argumentos favor veis ao projeto concordamos que se tornou frequente no Brasil sempre que um problema social existe tal como o abandono de rec m nascido o surgimento de uma nova lei como rem dio definitivo para uma dada patologia social Certamente o tema parto an nimo gera controv rsias contando com opini es a favor e contra Preferimos outro caminho n o o da dicotomia entre a favor ou contra mas o da diversidade de possibilidades Em verdade para alguns a lei trar benef cios entretanto para outros ser a desculpa para a aus ncia da responsabilidade sobre a maternidade Precisamos pesquisar mais sobre as causas de abando
178. Suplementar de T cnico Especializado em Inf ncia e Juventude do Poder Judici rio Tal cria o se d pela transforma o de 84 oitenta e quatro cargos de T cnico Judici rio do Quadro de Servidores da Secretaria do Tribunal de Justi a que conforme constam na justificativa apresentada os aludidos 84 cargos de T cnico Especializado em Inf ncia e Juventude integrar o a equipe interprofissional O anteprojeto de lei encontra se em an lise e tramita o na Comiss o de Constitui o e Justi a da Assembl ia Legislativa 3 Adicionalmente estudos s o desenvolvidos para ampliar a estrutura o de Equipes Multidisciplinares nas comarcas no que se refere aos auxiliares da justi a para as Varas de Inf ncia e Juventude e Anexos Entretanto a Lei Complementar n 101 de 04 05 2000 Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece em seus artigos 16 e 17 que a cria o e expans o da a o governamental que acarrete aumento de despesa ser o acompanhadas da estimativa do impacto or ament rio financeiro e da demonstra o da origem dos recursos para seu custeio No or amento de 2008 aprovado pela Lei Estadual n 15 750 de 27 12 2007 n o h dota o or ament ria espec fica ou disponibilidade or ament ria que comporte despesa adicional para tal fim al m das resultantes do anteprojeto de lei mencionado Informa o n 47 2008 Protocolo n 158 985 2008 128 servi os visto j ser cr nico o quadro deficit rio de equipe
179. T CULOS ADO O 164 SE O 4 1 DOS ASPECTOS JUR DICOS E SOCIOL GICOS RELEVANTES 164 4 1 1 Da Crian a Institucionalizada ssuascisaceiantoiasssizacms is ieassosugenansssaafasbass car agindsssracuiras 164 4 1 2 Dos Conflitos na Ado o Casos e Acasos ii rereaarnaaa 169 SE O 4 2 DOS DESAFIOS AVAN OS E OBST CULOS ADO O 177 4 2 1 Da Insuportabilidade Social do Processo de Ado o Judicial 177 4 2 2 Da Morosidade na Tramita o dos Processos de Ado o 178 4 2 3 Dos mitos e preconceitos que interferem na op o pela ado o 180 4 2 4 Das Ado es de Embri es Li iaasasandadascenda dean D O ERAS SRA aan 182 42 5 DOS Projetos de LO ca asteri nada a aoe daa Dana acenda Rena nda Enea niai SS 189 4 2 5 1 Do Projeto Estatuto das Fam lias rea 189 4 2 5 2 Das Normas e dos Projetos de Ado o aa 195 4 2 5 3 Do Projeto Parto An nimo assa E 201 DAS CONCLUS ES de pda a a 207 REFERENCIAS cas co car arara a ata ara a 212 10 INTRODU O Neste trabalho firmamos o prop sito de tra ar um breve apanhado sobre os pontos hist ricos da ado o discorrendo primeiramente sobre os aspectos hist ricos da ado o na Antiguidade da ado o anterior ao sistema do C digo Civil de 1916 da ado
180. Tribunais out dez 2002 NERY J NIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 27 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 No ordenamento a estrutura valorativa em forma de pir mide que vai da base ao topo numa linha de crescente excepcionalidade na medida em que a pir mide se afunila quando se discute onde a crian a deve crescer e ser criada na base est a fam lia natural no topo o abrigo da crian a em institui o de acolhimento apenas as viola es severas dos deveres do poder familiar que inviabilizem o pr prio desenvolvimento sadio da personalidade da crian a que autorizam sua retirada da casa da fam lia natural Num segundo degrau dessa estrutura piramidal valorativa quando n o poss vel a conviv ncia familiar o ordenamento prioriza a coloca o em fam lia substituta institucionaliza o como suced neo do direito de conviv ncia com os pais naturais H preocupa o do ordenamento em n o alterar o equil brio natural e sadio das fam lias de tal ordem que a ado o por ascendente e irm os ficou vedada dado o tumulto que essa situa o artificial gera nas rela es familiares especialmente sob o aspecto
181. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN Curso de P s gradua o em Direito DA ADO O CATEGORIAS PARADIGMAS E PR TICAS DO DIREITO DE FAM LIA CURITIBA 2008 SIMONE FRANZONI BOCHNIA DA ADO O CATEGORIAS PARADIGMAS E PR TICAS DO DIREITO DE FAM LIA Disserta o apresentada para aprova o no Mestrado Interinstitucional nas Areas de Concentra o de Direitos Humanos e Democracia da Universidade Federal do Paran UFPR Orientador Prof Dr Elimar Szaniawski CURITIBA 2008 TERMO DE APROVA O SIMONE FRANZONI BOCHNIA DA ADO O CATEGORIAS PARADIGMAS E PR TICAS DO DIREITO DE FAM LIA Disserta o aprovada como requisito para obten o do grau de Mestre no Curso de P s gradua o em Direito da Universidade Federal do Paran pela seguinte banca examinadora Orientador Prof Dr Elimar Szaniawski Universidade Federal do Paran Prof Dr Eduardo de Oliveira Leite Universidade Federal do Paran Prof Dr Clayton Reis Centro de Ensino Superior de Maring Curitiba 06 de outubro de 2008 Dedico esta pesquisa Ao meu pai Ildo Moretti Franzoni pelo aporte material e humano que sempre me proporcionou minha m e Ana Adinir Franzoni pela di ria educa o segura e firme de corpo e alma s minhas irm s Silvana Franzoni Ereno e Silmery Franzoni Minski pelo incentivo na carreira que abracei Ao meu amado esposo Cesar Augusto Bochnia porque juntos vencemos mais um desafio de n
182. Z RIO GRANDE 02 02 06 01 z MARIALVA a a PALMEIRA 5 E E UBIRAT E E E 449 Tribunal de Justi a Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 1 SEM ADO O HABILITA O 22 SEM ADO O COMARCA MASC FEM 1 SEM 2 SEM MASC FEM APUCARANA 05 02 06 10 04 05 ARAPONGAS E E A CHATEAU 03 E 01 01 02 01 CAMPO LARGO s e F CAMPO MOUR O 03 04 55 08 01 02 CASCAVEL 12 10 48 04 02 01 CIANORTE COLOMBO CORN PROC PIO 01 03 01 02 03 CTBA 12 VARA E 2 a CTBA 22 VARA 87 152 239 288 191 152 CTBA INFRA 3 2 a 3 a FOZ DO IGUA U A F BELTR O 01 02 05 08 05 GUA RA 01 03 03 01 03 GUARAPUAVA 08 02 41 65 04 06 IRATI 01 25 16 02 01 IVAIPOR 04 01 13 07 04 02 JACAREZINHO 01 01 20 02 01 LOANDA 01 02 01 E LONDRINA 25 11 75 71 28 26 MARING 03 PALMAS 04 02 18 09 01 05 PARANAGU E z r e 138 Os gr ficos a seguir resumem a estat stica num rica das crian as e adolescentes adotadas no Estado do Paran no per odo compreendido entre os anos de 2002 e 2007 bem como a quantidade de habilita es registradas nesse mesmo per odo Ado es no Estado do Paran no per odo de 2002 2007 por g nero O Masculino Feminino PPP PD 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Gr fico 1 Ado es no Estado do Paran no per odo de 2002 a 2007 por g nero PARAN
183. a 243 244 245 246 247 O abandono que destr i os la os da filia o tamb m um ato de pura vontade LEITE Eduardo de Oliveira O papel da verdade biol gica e da verdade afetiva In Procria es Artificiais e o Direito S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 p 205 No in cio do s culo XX quando as m es solteiras seduzidas e abandonadas ou a m e casada e infiel para ocultar a desonra abandonavam os filhos na antiga roda dos expostos mas nas ruas nas institui es nos hospitais dentro do pr prio lar O abandono de rec m nascido a exterioriza o da viol ncia a agress o ao bem jur dico vida e sa de da pessoa FAVARETTO Telma Sirlei Ferreira A mulher e o abandono de rec m nascido uma an lise transdisciplinar In ELESB O Elsita Collor Coord Pessoa G nero e Fam lia uma vis o integrada do Direito Porto Alegre Livraria do Advogado 2002 p 122 A complexidade dos aspectos sociais culturais e jur dicos que envolvem o ato de abandono de rec m nascido perpassam o fato de que a mulher que abandona o filho tamb m um sujeito abandonado pela fam lia pelo companheiro pela pr pria sociedade A falta de suportes afetivos familiares materiais psicol gicos e sociais s o determinantes irrefut veis do conflito do abandono FAVARETTO Telma Sirlei Ferreira A mulher e o abandono de rec m nascido uma an lise transdisciplinar In ELESB O Elsita Collor Coord P
184. a o aut noma continua a pertencer ao mbito do direito civil pode ser constatada pela legisla o de alimentos div rcio bem de fam lia registros p blicos crian a e adolescente SZANIAWSKI Elimar Direitos de Personalidade e sua Tutela 2 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 125 Pontos que n o guardam rela o imediata com os especiais interesses de crian as e adolescentes NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 11 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 138 139 53 em nosso ordenamento filiado ao chamado paradigma da situa o irregular Nesse sentido foi o regramento t pico do paradigma da situa o irregular o respons vel pela dualidade jur dico estrutural no direito de fam lia Necess rio lembrar que a Constitui o Federal eliminou a dualidade de classes considerando o princ pio constitucional da igualdade ou seja todas as crian as e adolescentes independentemente da situa o f tica em que estejam gozam dos mesmos direitos fundamentais constantes da Constitui o Federal e do Estatuto da Crian a Entretanto o C digo Civil de 2002 manteve a dualidade de lei 140 141
185. a o destes princ pios constitucionais atrav s das regras de interpreta o e das normas de Direito positivo Estamos diante do grande desafio de implementar a es que reflitam efetivas mudan as buscando uma orienta o objetiva que possa colocar em pr tica novos paradigmas As dificuldades cotidianas somadas aus ncia de defini o de quest es que envolvam crian as adolescentes faz com que n o se tenha encontrado par metros seguros para priorizar os interesses desses sujeitos de direito not rio 51 LIBERATI Wilson Donizeti Adolescente e Ato Infracional Medida S cio Educativa Pena S o Paulo Juarez de Oliveira 2002 p 45 209 que a lei permeia a vida das crian as e dos adolescentes e tem sua import ncia quando elas se encontram em situa o de risco Luiz Edson Fachin se refere ao princ pio como um crit rio significativo na decis o e na aplica o da lei Isso revela um modelo que a partir do reconhecimento da diversidade tutela os filhos como seres priorit rios nas rela es paterno filiais e n o mais apenas a institui o familiar em si mesma No cotidiano quando se est diante de disputas e colis es de interesses necess rio formular par metros que possam assegurar que seus interesses sejam considerados a partir dos princ pios constitucionais Destarte o instituto da ado o estabelece o parentesco civil Entretanto o v nculo filia o paternidade nem sempre decorre
186. a 01 02 Curitiba 10 20 Ponta Grossa 01 02 S o Jos dos Pinhais 01 02 SUI A Curitiba 01 02 TOTAL 49 108 144 O n mero de ado es internacionais efetivadas no ano de 2005 nas Comarcas do Estado do Paran foi 46 e o n mero de crian as no total de 86 A 454 Corregedoria Geral da Justi a Comiss o Estadual Judici ria de Ado o Autoridade Central estadual N MERO DE ADO ES INTERNACIONAIS POR COMARCAS COMARCAS ADO ES EFETIVADAS N CRIAN AS 2005 Almirante Tamandar 01 02 Cascavel 10 17 Cruzeiro do Oeste 01 02 Curitiba 18 33 Curi va 01 02 Guarapuava 04 08 Imbituva 01 01 Irati 02 03 Ponta Grossa 03 07 S o Jos dos Pinhais 03 06 Santo Antonio do 01 02 Sudoeste S o Jo o do Triunfo 01 03 TOTAL 46 86 PA SES ADO ES N CRIAN AS ALEMANHA Cascavel 01 03 Subtotal 01 03 ESTADOS UNIDOS Almirante Tamandar 01 02 Curitiba 03 08 Curi va 01 02 Guarapuava 03 07 Irati 01 02 Ponta Grossa 02 06 S o Jos dos Pinhais 01 01 Subtotal 12 28 FRAN A Cascavel 03 04 Curitiba 03 04 Guarapuava 01 01 Subtotal 07 09 HOLANDA Cascavel 02 03 Curitiba 02 05 S Jos dos Pinhais 02 05 S Ant do Sudoeste 01 02 Subtotal 07 15 IT LIA Cascavel 04 07 Cruzeiro do Oeste 01 02 Curitiba 10 16 145 faixa et ria das crian as adolescentes adotados de O a 3 anos 19 crian as de 4 a 7 anos 29 crian as 8 a 11 anos 26 crian as de 12 a 15 anos 11 adolescentes e
187. a Thomas S Kuhn transi o para um novo paradigma uma revolu o cient fica n o se caracterizando um processo cumulativo advindo da articula o do velho paradigma mas sim um redimensionamento uma relativiza o da rea de estudos a partir de novos princ pios reconstru o que altera algumas das generaliza es te ricas mais elementares do paradigma bem como de seus m todos e aplica es no per odo de transi o ter se grande coincid ncia n o obstante incompleta entre as quest es que podem ser solucionadas pelo antigo paradigma e as que podem ser resolvidas pelo novo Haver igualmente uma diferen a 145 147 55 Vem ocorrendo substitui o do predom nio material por elementos afetivos segundo Eduardo de Oliveira Leite resultando disso que o exerc cio da paternidade quer agora uma dimens o mais ampla que envolve especialmente o afetivo Eduardo de Oliveira Leite constata que houve a desencarna o da fam lia consistente na substitui o do elemento carnal ou biol gico pelo elemento psicol gico ou afetivo ou seja o que domina a evolu o da fam lia a tend ncia inexor vel de se tornar cada vez menos organizada e hierarquizada priorizando cada vez mais o sentimento e a fei o m tua A aplica o do direito n o mais puramente mec nica sendo a an lise do caso concreto ensejada por prismas diferentes e raramente pode ser resolvida atra
188. a legislativa supondo que as leis podem mudar as condi es materiais 204 benef cios aparentes ilus rios mas n o efetivos Entretanto as crian as n o podem esperar este o dilema O projeto certeiro no alvo quanto ao abandono de rec m nascido motivado pelo anonimato Entretanto alerta se que n o s por esta via que perpassam os abandonos e consequentemente os abandonos permanecer o a fazer parte do cotidiano Por outro lado cr tica deve ser feita quanto aos termos inadequados apresentados no projeto por n o apresentar meios execut rios para a efetiva o do atendimento parturiente pelo SUS Afirma o projeto proteger a crian a resc m nascida quando na verdade essa prote o j existe est na Constitui o e n o cumprida Aposta o projeto de lei que o anonimato lhe possibilitar a dignidade humana ao rec m nascido Ser No entanto o projeto visa modificar via lei quest o t o intrincada como o abandono materno Outrossim embora os casos de destitui o do poder familiar ou ado o estejam sob a gide do segredo de Justi a e do sigilo o anonimato materno n o preservado quando da feitura da certid o de nascimento Assim neste sentido o projeto de lei parto an nimo aumenta esta possibilidade de segredo tornando poss vel o anonimato tamb m em rela o quele que adotar a prole decorrente do parto an nimo De toda maneira o retorno da obriga o dos hospitais em
189. a na rela o entre o crit rio de diferencia o e a finalidade pretendida pela Constitui o a isonomia LIBERATI Wilson Donizeti Adolescente e ato infracional S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 p 47 Art 6 do ECA Na interpreta o desta Lei levar se o em conta os fins sociais a que ela se dirige as exig ncias do bem comum os direitos e deveres individuais e coletivos e a condi o peculiar da crian a e do adolescente como pessoas em desenvolvimento A prop sito dessa vulnerabilidade de crian as e adolescentes frente aos adultos e da import ncia da no o para o novo direito da crian a e do adolescente confira se Luigi Ferrajoli Resulta m s claro ahora habiendo desenrrollado estas premisas el verdadero valor transformador en la concepci n del derecho de la infancia que se materializa en las nuevas legislaciones latinoamericanas de los a os noventa La relaci n tradicional entre infancia y derecho resulta aqui doblemente reformulada En primero lugar se rechaza de plano la vieja idea seg n la crual la infancia pertenece y es justo que pertenezca a un mundo puramente natural de espont neas relaciones afectivas y tutelares sean estas familiares o extrafamiliares Por el contrario el enfoque reinvindica con fuerza para el derecho de la infancia la l gica de los derechos y sus garantias Como se sabe los derechos y las garantias constituyen siempre las leyes de los m
190. a o ser verdadeiramente fato que poder causar preju zos futuros ao adotado MARMITT Arnaldo Ado o Rio de Janeiro Aide 1993 p 295 A quarta identifica o da filia o sociol gica decorre da conhecida ado o brasileira ou simulada WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 114 147 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 Essa situa o criada pela ado o brasileira registra se o filho como se fosse pr prio ou seja nascidos daqueles pais N o se trata como pensam alguns de uma fic o mas sim de pura e simples simula o Descoberta essa ado o a consequ ncia desde logo a anula o do registro civil N o se trata de cancelamento mas sim de anula o pois o ato sequer existiu Com essa anula o extingue se todo o ato simulado SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 434 A Lei Federal 9 997 00 veio mudar radicalmente esse procedimento de registro de nascimento dispensando as testemunhas instrument rias nos registros para os casos dos nascimentos ocorridos em estabelecimentos de sa de que ser o lavrados raz o do que contiver a Declara o de Nascido Vivo DNV Guia Amarela emitida onde houver ocorrido o nascimento 317 318 319 320 98 Ocorre que para
191. a pelo procurador RT 675 174 Corol rio da total equipara o do filho adotivo ao natural MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 54 poca da Lei 8 069 90 ainda se usava o termo p trio poder que s foi modificado por poder familia com a publica o do novo C digo Civil de 2002 86 87 88 37 No ECA para se iniciar o processo de ado o necess rio o consentimento dos pais naturais exceto quando eles sejam desconhecidos ou quando forem destitu dos do poder familiar bem como a manifesta o do adotando maior de 12 anos de idade o qual dever concordar com a ado o Para o deferimento da ado o o juiz considera necess ria a real vantagem para o adotando A senten a que constitui o v nculo da ado o ser inscrita no registro civil do qual n o se fornecer certid o Assim o artigo 47 par grafo 1 do ECA estabelece que o assento de nascimento do adotado receber o nome dos adotantes como pais Cada comarca dever ter um registro de crian as e adolescentes em condi es de serem adotados e outro de pessoas interessadas na ado o O artigo 198 do ECA determina que a apela o seja recebida em seu efeito devolutivo sendo conferido o efeito suspensivo quando interposta contra senten a que deferir a ado o por estrangeiro e
192. absoluta constante da Constitui o Federal quando definiu a garantia de prioridade absoluta em seu artigo 4 par grafo nico 208 209 210 211 Paulo L cio Nogueira o princ pio da garantia priorit ria consiste na primazia de receber prote o e socorro em quaisquer circunst ncias bem como na preced ncia de atendimento nos servi os p blicos ou de relev ncia p blica assim como prefer ncia na formula o e na execu o das pol ticas p blicas e ainda destina o privilegiada de recursos p blicos nas reas relacionadas com a prote o inf ncia e juventude apesar da tenra idade enfrentam problemas profundos Mostrar o cotidiano desses meninos o objetivo do document rio O que o destino me mandar produzido pela jornalista Angelo Bastos com apoio da AMB SILVA Enid Rocha Andrade da O direito conviv ncia familiar e comunit ria os abrigos para crian as e adolescentes no Brasil Bras lia 2004 Ipea Comanda Dispon vel em lt http www amb com br mudeumdestino gt Acesso em 23 jul 2008 A mudan a do poder familiar no mbito do novo C digo Civil sintoma pois h uma crise instalada no paradigma do patriarcado tanto no meio social como no jur dico por uma quest o reflexa e compete ci ncia do direito enfrent la H uma rela o circular entre o sistema jur dico civilista do patriarcado expresso no p trio poder e a incapacidade laboral feminina
193. absoluta e o superior interesse da crian a 241 com outros princ pios constitucionais Por certo que o tema complexo e pol mico envolto em preconceitos e equ vocos 21 O princ pio da efetividade tem fundamento constitucional n o peti o de princ pio nem fato exclusivamente sociol gico ou psicol gico No que respeita aos filhos a evolu o dos valores da civiliza o ocidental levou progressiva supera o dos fatores de discrimina o entre eles Projetou se no campo jur dico constitucional a afirma o da natureza da fam lia como grupo social fundado essencialmente nos la os de afetividade tendo em vista que consagra a fam lia como unidade de rela es de afeto ap s o desaparecimento da fam lia patriarcal que desempenhava fun es procracionais econ micas religiosas e pol ticas A Constitui o abriga princ pios impl citos que decorrem naturalmente de seu sistema incluindo se o controle da constitucionalidade das leis Encontram se na Constitui o Federal brasileira algumas refer ncias cuja interpreta o sistem tica conduz ao princ pio da afetividade constitutivo dessa aguda evolu o social da fam lia especialmente a todos os filhos s o iguais independentemente de sua origem art 227 8 6 b a ado o como escolha afetiva al ou se integralmente ao plano da igualdade de direitos art 227 88 5 e 6 Se todos os filhos s o iguais independentemente de sua orige
194. adas as modifica es constante da Errata e acrescido da remunera o dos artigos necess rios a posicionar as novas normas dentro do ECA Dispon vel em lt www 2camara gov br homeagencia materias html pk 68996 gt e lt www camara gov br sileg prop Detalhe asp id 3394446 gt Acesso em 10 jul 2008 Substitutivo ao Projeto de Lei 6 222 05 Apensados PLs 6 485 02 806 03 890 03 1 380 08 1 645 03 2 885 04 e 3 658 04 1 756 03 2 481 09 2 579 03 4 402 04 2 680 08 2 941 04 3 597 04 e 6 596 06 Lei Nacional da Ado o Disp e sobre ado o Dispon vel em lt www camara gov br sileg prop Detalhe asp id 3394446 gt Acesso em 10 jul 2008 O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTI A CONSIDERANDO a prioridade das pol ticas de atendimento inf ncia e juventude preconizada pelo art 227 da Carta Constitucional as normas referentes ao instituto da ado o contidas no Estatuto da Crian a e do Adolescente e no C digo Civil que a consolida o em Banco de Dados nico e nacional de informa es sobre crian as e adolescentes a serem adotados e de pretendentes ado o viabiliza que se esgotem as buscas de habilitados residentes no Brasil antes de se deferir a sua ado o por fam lia estrangeira Art 1 O Conselho Nacional de Justi a implantar o Banco Nacional de Ado o que tem por finalidade consolidar dados de todas as comarcas das unidades da federa o referentes a crian as e a
195. ade Elementos cr ticos do direito de fam lia curso de direito civil Rio de Janeiro Renovar 1999 nova Filia o crise e supera o do estabelecimento da paternidade In PEREIRA Rodrigo da Cunha Repensando o Direito de Fam lia Anais CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMILIA Belo Horizonte OBDFAM OAB MG 1999 p 123 133 Da paternidade rela o biol gica e afetiva Belo Horizonte Del Rey 1996 SILVA Marcos Alves da CARBONERA Silvana Maria Parto sem m e uma quest o em debate Estado do Paran Publicado em 16 03 2008 e atualizado em 19 07 2008 Dispon vel em lt http www parana online com br canal direito e justica news 286664 gt Acesso em 05 ago 2008 FAVARETTO Telma Sirlei Ferreira A mulher e o abandono de rec m nascido uma an lise transdicisplinar In ELESBAO Elsita Collor Coord Pessoa G nero e Fam lia uma vis o integrada do Direito Porto Alegre Livraria do Advogado 2002 p 121 162 FERNANDES Regina de F tima Marques Registro civil das pessoas naturais conforme a legisla o civil vigente Porto Alegre Norton 2005 FERRAZ JUNIOR T rcio Sampaio Constitui o de 1988 legitimidade vig ncia e efic cia supremacia S o Paulo Atlas 1989 FERREIRA M rcia Regina Porto CARVALHO S nia Regina 1 Guia de Ado o de Crian as e Adolescentes do Brasil s 1 Winners Editorial Funda o Orsa s d FIGUEIREDO Luiz Carlos de Barros O Bra
196. ado o contribui es para uma cultura de ado o Curitiba Terre des Hommes 1991 p 67 abriu brecha no muro deste segredo e vem merecendo cr ticas de ju zes brasileiros que inclusive lhe negam aplica o sustentando que inconstitucional como tal permanecendo na pr tica o segredo mais absoluto na ado o A aplica o cautelosa do art 10 Ill do CC pode por m conciliar se com o resto dos dispositivos do art 47 do ECA bastando que desse registro original n o se forne am certid es constando a origem do ato mas apenas os dados da filia o adotiva reservando o conhecimento e acesso ao inteiro teor do registro original apenas para o adotando a pedido seu ou de seus pais se menor N o se v que a solu o gere constrangimento ou discrimina o entre os filhos pois este mecanismo da averba o usado sem maiores problemas em outras hip teses do mbito familiar como por exemplo o reconhecimento de paternidade ou maternidade mesmo adulterinos que segundo o art 1 607 do CC s o averbados no registro civil do reconhecido ROCHA Maria Isabel de Matos O filho 118 46 procedimentos de registro de ado o tornaram se uma quest o pol mica entre o procedimento de cancelar o antigo registro ou simplesmente averbar o mandado que determina o registro de nascimento do adotado Aduzem Euclides de Oliveira e Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka que o legislador retirou todas as refer n
197. ainda a quest o da necessidade do cadastro de ado o O Estatuto da Crian a e do Adolescente estabelece os crit rios para a realiza o da ado o intuito personae em seus artigos 4 19 28 9 4 43 e 166 Este tipo de procedimento ocorre quando os pais biol gicos elegem os adotantes e 28 Existe uma exacerbada tend ncia de sacralizar a lista de prefer ncia e n o admitir em hip tese nenhuma a ado o por pessoas n o inscritas E de tal intransig ncia a cega obedi ncia ordem de prefer ncia que se deixa de atender a situa es onde recomend vel deferir a ado o sem atentar listagem Pedidos de ado o que chegam s varas sob o p lio da ado o intuito personae em que se alega que os genitores supostamente teriam escolhido os adotantes por raz es de afinidade e confian a nos termos do artigo 28 2 do ECA n o se compatibilizam logicamente com ado es intermediadas e com pedidos de cita o de edital em que os adotantes dizem desconhecer endere os desses genitores A vista ou o contato pr vio dos genitores e alguma proximidade posterior a ponto de exigir presen a no processo seria o requisito m nimo para se provar o v nculo que a lei exige para uma tal ado o e para tranquilizar acerca do consentimento v lido dos genitores ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 92 jun 2006
198. al do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba v 8 n 27 p 103 108 abr jun 2000 IGUALDADE Revista Trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba v 7 n 24 p 149 155 jul set 1999 INTEGRANDO Boletim Informativo ano VII n 26 jun 2002 Curitiba Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e Juventude Se o Jur dica Jurisprud ncia ISHIDA Valter Kenji Estatuto da Crian a e do Adolescente doutrina e jurisprud ncia S o Paulo Atlas 1998 217 JORNAL HOJE Justi a inaugura o Cadastro Nacional de Ado o Dispon vel em lt http jornalhoje globo com JHoje 0 19125 VJS0 3076 20050505 91805 00 html gt Acesso em 06 maio 2008 K NIG Mauri BOREKI Vinicius Os riscos da ado o fora da lei Vida e Cidadania Gazeta do Povo Curitiba 27 07 2008 p 6 LAMENZA Francismar Um Raio X da ado o brasileira p 3 Dispon vel em lt http Awww promenino org br portals 0 docs ficheros 200410040005 15 O doc gt Acesso em 20 nov 2007 LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das Crian as In Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 101 143 Grandes temas da atualidade Coord DNA como meio de prova da filia o Rio de Janeiro Forense
199. alizar a ado o do rf o poder ter consequ ncias desastrosas tais como a aus ncia de interessados fam lia substituta que atenda integralmente aos interesses do rf o al m de ferir o artigo 101 par grafo nico do ECA o abrigo medida provis ria e excepcional de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 43 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Entretanto n o podemos pensar em inconstitucionalidade deste artigo se tivermos a dimens o que estas crian as acabam por ficar institucionalizadas at a maioridade a destitui o do poder familiar ganha contornos de excepcionalidade ainda maior do que aquele j apontado pela cl ssica doutrina do direito de fam lia em raz o do direito de conviv ncia familiar da crian a e do adolescente Apenas as faltas reiteradas e severas que comprometam o pr prio desenvolvimento satisfat rio das potencialidades da crian a e do adolescente que autorizam a decreta o judicial da perda do poder familiar o ECA cont m dispositivos de car ter nitidamente especial eis que estritamente decorrentes do sistema constitucional de prote o especial dos direitos fundamentais de crian as e adolescentes n o sujeitos pois revoga o pela lei geral ainda que posterior NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especial
200. am lia e 16 ado es em 2006 recorde da institui o KONIG Mauri BOREKI Vinicius Os riscos da ado o fora da lei Vida e Cidadania Gazeta do Povo Curitiba 27 07 2008 p 6 SOUZA Anabel Vit ria Mendon a Ado o Plena Um Instituto do Amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 28 fev mar 2005 p 102 O escopo deste projeto fazer o adulto compreender que poss vel adotar sem reservas que a complexidade acaba por ser inerente a todo relacionamento humano enfim tenta suprir a aus ncia de afeto das crian as institucionalizadas SOUZA Anabel Vit ria Mendon a Ado o Plena Um Instituto do Amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 28 fev mar 2005 p 102 A segunda fase da campanha Mude um Destino uma iniciativa da AMB pela ado o consciente e legal continua sua agenda de lan amentos pelo pa s Na ltima sexta feira dia 18 de julho foi a vez de o Rio de Janeiro receber o presidente da AMB Mozart Valadares Pires e o coordenador da campanha Francisco Oliveira Neto para apresentar os objetivos da nova etapa Se no primeiro ano a inten o da Mude um Destino era divulgar a situa o dos cerca de 80 mil crian as e adolescentes que vivem em abrigos brasileiros e incentivar o conv vio com os pais biol gicos agora a campanha foca na import ncia da ado o e a necessidade imperativa da atua o do judici rio no processo Segundo o presidente Mozart preciso
201. am lia v 5 n 18 p 35 Porto Alegre S ntese IBDFAM jun jul 2008 Segundo Tarc sio Jos Martins Costa a express o fam lia biol gica al m de melhor estabelecer a diferencia o com a fam lia substituta evitaria a d bia interpreta o porquanto fam lia natural aquela proveniente de rela es extramatrimoniais COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 47 desejo de ter um filho sem que exista a gravidez da m e pelo menos do ponto de vista biol gico pois do ponto de vista psicol gico este filho j existe primeiramente imagin rio no esp rito dos pais e o processo adotivo implica fazer a passagem entre o filho imagin rio e o filho real que assumir este papel de forma definitiva na vida do adotante BRAUNER Maria Claudia Crespo AZAMBUJA Maria Regina Fay de A releitura da ado o sob a perspectiva da Doutrina da Prote o Integral Inf ncia e Adolesc ncia Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 5 n 18 p 38 Porto Alegre S ntese IBDFAM jun jul 2003 Entregar dar doar Afinidade gen tica certeza da origem gen tica No Brasil estas situa es s o muito frequentes na origem n o raro se iniciam com buscas de adotantes ou at por intermedi rios pelos hospitais ou postos de sa de pelas igrejas ou at pelas favelas onde n o dif cil achar gestantes ou parturientes pobres sem qualquer
202. am lia biol gica confessando temor do processo de ado o enfim do desconhecido Por mais que a inten o seja nobre e n o obstante a grandeza de princ pios a que se revista est tisnado pela dissimula o e pela infra o lei Havendo den ncia ou suspeita decorrente do registro ilegal de nascimento os 324 N o se verifica essa forma esp ria de coloca o em lar alternativo na forma tardia LAMENZA Francismar Um Raio X da ado o brasileira p 3 Dispon vel em lt http Avww promenino org br portals 0 docs ficheros 200410040005 15 0 doc gt Acesso em 20 nov 2007 O direito da crian a em saber de sua origem consagrado em tratados ratificados pelo Brasil e teve t mida consagra o legal no direito identidade previsto no artigo 17 do ECA O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade f sica ps quica e moral da crian a e do adolescente abrangendo a preserva o da imagem da identidade da autonomia dos valores id ias e cren as dos espa os e objetos pessoais A revela o do segredo faz com que o sujeito fique vulner vel em seu conhecimento e por isso pass vel de manipula o Segundo Kim Schepelle as defesas do segredo ao ser revelado jamais podem ser mantidas O paradoxo do segredo que ele para ter sentido deve ser revelado Existem muitos motivos dos mais variados com mais ou menos incid ncia 328 SZNICK Valdir Ado o
203. am o Direito CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 289 290 Matrimonializadas ou n o 157 158 159 161 162 58 Reconhecida a constitucionaliza o da fam lia necess rio estabelecer espa os de conviv ncia entre as teses biologista e socioafetiva segundo Luiz Edson Fachin Neste sentido poder se ia conjecturar as esp cies de filia o socioafetiva como sendo a ado o judicial o filho de cria o a ado o brasileira e o reconhecimento volunt rio Vale ressaltar que na Constitui o Federal de 1988 n o reside sequer um dispositivo legal que privilegie a paternidade gen tica em detrimento de outra paternidade ou que tenha cobrado do registro de pessoas naturais qualquer fidelidade aos fatos da biol gica nos termos de Jo o Batista Villela Por fim segundo Anabel Vit ria Mendon a de Souza A pr pria Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil saiu na vanguarda e percebeu que a hipocrisia precisava sofrer alguma retalia o pois do contr rio seria a mera tradu o de uma inconsistente sabotagem da corrente efusivamente conservadora Destarte o direito civil cl ssico sofreu o impacto do texto constitucional consagrando a supremacia do ser sobre o ter prestigiando os direi
204. ando estabelece as situa es nas quais a crian a e o adolescente ser o considerados como estando em situa o de risco e portanto sujeitas aplica o de medidas espec ficas de prote o art 101 Configuram se situa es de risco pessoal social na inf ncia e adolesc ncia casos de abandono e neglig ncia abuso e maus tratos na fam lia e nas institui es explora o e abuso sexual trabalho 20 O Estatuto procura punir n o s aqueles que prometem ou efetivam a entrega de filho ou pupilo a terceiro mediante paga ou recompensa como tamb m aqueles que oferecem ou efetuam tais pagamentos haver assim crime bilateral se tiver ocorrido a efetiva o da promessa ou do oferecimento devendo ambos responder pelo crime NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8 069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 p 308 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 98 As medidas de prote o crian a e ao adolescente s o aplic veis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem amea ados ou violados por a o ou omiss o da sociedade ou do Estado Il por falta omiss o ou abuso dos pais ou respons vel III em raz o de sua conduta Para Liborni Siqueira de certa forma o Estatuto acolheu a doutrina de que a mis ria e os problemas sociais se resolvem por decreto Diante de um modelo econ mico onde h concentra o de rendas somada
205. angendo no aparelho judici rio os laudos t cnicos de psic logo e assistente social OLIVEIRA Euclides de Parentalidade Os operadores do Direito Frente s Quest es da Parentalidade Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano V n 20 p 160 out nov 2008 Ainda s o poucos os Juizados que podem contar com comissariado efetivo que s o funcion rios nomeados para tal finalidade Como adverte o Ministro Salvio de Figueiredo Teixeira infelizmente n o s o poucos os casos em que Ju zes omissos e sem voca o sem atentar para o relevo da fun o contemplam com a credencial pessoas que n o possuem a qualifica o necess ria do que resultam n o raras vezes as anomalias que tanto comprometem o Judici rio e em especial a imagem dos Juizados de Menores Incont veis e variados s o os exemplos a respeito TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Teixeira O direito e a justi a do menor In Direitos de Fam lia e do Menor 3 ed rev e amp Belo Horizonte Del Rey 1998 p 327 A equipe t cnica constitui a espinha dorsal da Justi a da Inf ncia e Juventude que n o ter condi es de executar plenamente suas altas fun es se n o contar com os recursos materiais e humanos necess rios Para tanto cabe ao Poder Judici rio na elabora o de sua proposta or ament ria anual prever os recursos para a manuten o da equipe interprofissional Essa equipe integrada por t cnicos especializados como assist
206. ano segundo Digi como Entretanto tem se que a atual forma estabelecida em lei n o tem o cond o de tornar o operador de direito mero homologador dos fatos quando a paternidade socioafetiva j realidade entre os envolvidos Recordemos aqueles casos de guarda de fato guarda de direito com o consentimento materno com o fim posterior de ado o isto para n o falar das ado es irregulares N o se trata de concordar com esta forma mas n o podemos deixar de considerar que a sociedade a deseja e toma rumo diverso do jur dico na busca de solu es diante da aus ncia de normas que representem o anseio social N o parece que a proibi o resolva a quest o da mera homologa o judicial Importante destacar que sob o manto da conviv ncia familiar natural da crian a e do adolescente o qual prima pelo resgate familiar para evitar um malef cio acaba condenando a eterna institucionaliza o Qui pudesse a manifesta o de vontade ser acolhida pelo Poder Judici rio o qual pudesse analis la nos termos do princ pio m e ou seja da prioridade absoluta da crian a e do adolescente e seu superior interesse Assim talvez se pudesse estar com um menor n mero de abrigados Hoje infelizmente como no passado embora por motivos diversos continuamos a condenar nossas crian as ao abrigo quase sempre sem alternativas de serem recebidas por uma fam lia substituta Entretanto a aus ncia de uma poss vel liberdade ou
207. arrancado de sua vigil ncia por outra a o criminosa e a crian a ou adolescente tempo depois vai ter na guarda de fato de terceiro mesmo que de boa f de cujo domic lio o pai biol gico esteja desaparecido A reda o do artigo de tal maneira impr pria que nem d conta de afastar essas situa es que n o s o t o raras as hip teses de seq estro de crian as para coloca o informal em fam lia substituta como s o bem freq entes as situa es de crian as de tenra idade que se perdem dos pais no gigantismo de nossas metr poles com suas complexidades NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria 44 do poder familiar sem nomea o de tutor e acrescenta a possibilidade de n o haver necessidade de consentimento quando rf o n o reclamado por qualquer parente por mais de um ano Imprescind vel firmar sobre o acr scimo realizado na parte final do artigo 1 624 do C digo Civil que s poss vel admitir tal imposi o legal se for considerada a exist ncia de crian as e adolescentes abrigados h mais de um ano em institui es casas lares e abrigos sem a devida libera o aptid o para ado o Isto porque como se sabe dependendo do caso concreto a espera de um ano para que se possa form
208. as crian as que se encontram em abrigos s o comuns os procedimentos para verifica o da exist ncia de parentes que possam se responsabilizar por elas Este procedimento visa preserva o das rela es familiares entendimento que n o deve ser desprezado nos pedidos de ado o por c njuge BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 47 abr maio jun 2002 a troca de sobrenome e de filia o n o pode ser equiparada a um brinquedo no qual ap s a montagem de um pr dio bloco sobre bloco derruba se a estrutura formada tentando se construir outra imagem com o pretexto de que esta ser mais bela ou sofisticada A rvore geneal gica da mesma forma passar por uma re arruma o ap s um vendaval familiar BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 51 abr maio jun 2002 THERY Ir ne Couple Filiation et parente aujourd hui Le Droit face aux mutations de la famille et de la vie priv e Paris Odile Jacob La documentation fran aise juin 1998 Apud BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 abr maio jun 2002 383 384 116 SE O 3 2 DA ADO O E O JUDI
209. as da terra e dos oceanos mutatis mutandis a crian a nossa ainda que aqui permane a para viver se conseguir sobreviver na marginalidade ou morrer de fome no territ rio nacional Se o Magistrado ap s o exame de cada caso sem se preocupar com teses acad micas entender que melhor para o abandonado a ado o internacional por que n o faz lo fls 104 105 Da o recurso especial manifestado pelo Minist rio P blico Estadual fundamentado na al nea a do permissivo constitucional ao entender que a pr via consulta ao cadastro central de adotantes nacional n o constitui medida obrigat ria ao Magistrado o ac rd o acabou se desviando da quest o principal que a excepcionalidade da ado o internacional E o relat rio Voto O Exmo Sr Ministro Ruy Rosado de Aguiar 3 No caso destes autos verifico que conforme informa o do il Juiz titular da Vara fl 57 em 19 11 1997 foi deferida a guarda do menor a um casal nacional habilitado posteriormente interposi o do agravo estando em curso o est gio de conviv ncia com o que o pr prio agravo e este especial perderam o objeto grifos nossos Igualdade Revista Trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba jul set 1999 v 7 n 24 p 149 155 132142023 1 Ao inv s de promover o tratamento desigual dos interessados em perfilhar crian as abandonadas o cadastro de ado o ao contr ri
210. as em ltima inst ncia e ante a inexist ncia de programas como o previsto nos artigos 260 8 2 e 277 8 3 inciso VI da Constitui o Federal que se dever falar em abrigamento DIGIACOMO Murillo Jos O conselho tutelar e a medida de abrigamento Igualdade revista trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba v 8 n 27 p 3 abr jun 2000 A pol tica empregada na solu o destes conflitos tem sido insuficiente para n o se dizer inexistente nos termos fixados pela Constitui o Federal Express o utilizada por Digi como e sua explica o em nota de rodap prefiro n o tratar a medida como abrigamento para enfatizar sua excepcionalidade e delimitar sua abrang ncia a casos de vitimiza o DIGIACOMO Murillo Jos O conselho tutelar e a medida de abrigamento Igualdade revista trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba v 8 n 27 p 9 abr jun 2000 478 479 166 encontra a crian a e o adolescente de modo a n o causar lhe um mal maior decorrente do precipitado e indevido afastamento do conv vio familiar Por bvio que n o tamb m a quest o econ mica a causa ensejadora da ado o Por outro lado a ado o surge como um meio de proteger a crian a e deve ser vista no conjunto dos v rios recursos de uma pol tica social integrada de prote o inf ncia e juventude Em prin
211. as pessoas envolvidas BRITES Cristina Maria Caderno tem tico v 1 Psicologia e Preconceito Racial Conselho Regional de Psicologia do Estado de S o Paulo Dispon vel em lt http Avww crpsp org br a acerv cadernos tematicos 1 frames fr assistencia cristina htm gt Acesso em 20 jun 2008 Excepcionalmente existe como dito alhures casos em que a habilita o ocorre nos autos de ado o Estatuto da Crian a e do Adolescente art 29 N o se deferir coloca o em fam lia substituta pessoa que revele por qualquer modo incompatibilidade com a natureza da medida ou n o ofere a ambiente familiar adequado o que n o se pode esquecer que este tipo de trabalho n o somente t cnico Nem neutro Ele envolve in meros aspectos subjetivos parciais te ricos arbitr rios pol ticos pessoais em rela o escolha da fam lia adequada para adotar uma crian a Seleciona se simplesmente percebe se no discurso e na pr tica dos Servi os de Ado o este tipo de postura aprior stica heran a de uma hist ria da ado o na humanidade das leis sobre ado o em especial o C digo de Menores em nosso pa s e de uma compreens o moralista e alienada em rela o concep o s cio hist rica da fam lia Dispon vel em lt http lidiaw sites uol com br selecaoadotivos htm gt Acesso em 20 jun 2008 427 428 429 430 128 que os interessados ser o convocados no momento
212. ate ado o brasileira com a edi o do Provimento 21 01 o registrador civil nos cinco dias ap s o registro de nascimento ocorrido fora da maternidade ou estabelecimento hospitalar fornecer ao Minist rio P blico da Comarca os dados da crian a dos pais e o endere o onde ocorreu o nascimento assim Os Cart rios t m remetido aos Promotores de Justi a da Inf ncia e Juventude as informa es necess rias para a forma o do necess rio procedimento investigat rio pelo Parquet para an lise das circunst ncias em que ocorreram os nascimentos noticiados se os elementos referentes a determinado parto domiciliar se revestirem de suspeitas aju za se um pedido de instaura o de procedimento verificat rio LAMENZA Francismar Um Raio X da ado o brasileira p 3 Dispon vel em lt http Avww promenino org br portals 0 docs ficheros 200410040005 15 0 doc gt Acesso em 20 nov 2007 Entre eles o segredo perante a sociedade e a pr pria crian a que desconhece a sua origem E segundo Francismar Lamenza Podemos caracterizar essas pessoas que realizam a ado o brasileira em dois grupamentos distintos do ponto de vista de m vel psicol gico para o ato 1 os que a odadamente realizam essa coloca o indevida por receio de figurarem na fila de interessados em ado o Com eventual demora na chamada por especifica o excessiva das caracter sticas da crian a prete
213. av s de certa conviv ncia NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8 069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 p 58 A ado o ser precedida de est gio de conviv ncia com a crian a e o adolescente pelo prazo que a autoridade judici ria fixar observadas as peculiaridades do caso artigo 46 ECA Na pr tica este prazo tem sido fixado em 3 meses Entretanto at a possibilidade de realiza o do relat rio pelo SAIJ isto tem demorado muito mais tempo A demora ainda maior se for atrav s de precat ria chegando a demorar um ano WEBER Lidia Natalia Dobrianskyi Crit rios de Sele o de Pais Adotivos em Discuss o Revista Intera o em Psicologia do Departamento de Psicologia da UFPR Paran n 01861 1998 p 1 Dispon vel em lt http lidiaw sites uol com br selecaoadotivos htm gt Acesso em 11 jun 2008 434 435 436 437 130 se refere aos candidatos ado o como tamb m n o fornece uma proposta de mudan a de atitude dessas pessoas SE O 3 3 DA ADO O NO JUDICI RIO 3 3 1 Do Levantamento Estat stico Objetivando levantar dados estat sticos referentes s a es de ado o foi realizada pesquisa de dados estat sticos existentes em alguns Tribunais de Justi a do Pa s via internet e mediante pesquisa de campo Assim a busca foi realizada nos sites dos tribunais e atrav s de coleta estat stica de ado es realizada
214. berta o CEL Centro de Atendimento Crian a e 159 Ao longo da pesquisa observa se que os rg os p blicos n o d o a devida aten o s crian as institucionalizadas desobedecendo ao princ pio da prioridade absoluta Os processos que possuem crian as abrigadas acabam por n o ter prefer ncia efetiva nos tr mites legais Deveriam ser tratados com prazos diferenciados de forma semelhante aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas 3 3 1 4 Do Instituto da Ado o e seus reflexos na internet Quando no futuro os estudiosos da hist ria pesquisarem os s culos XX e XXI deparar se o com dificuldades n o pequenas para verificar se um documento falso ou verdadeiro Um dos grandes empecilhos para tanto ser bem prov vel nossa t o conhecida internet poss vel at que o pesquisador encontre dados teis e aut nticos em meio a muita confus o nesse meio de divulga o massiva onde h de tudo A internet acaba se constituindo num espa o puramente articulado de forma o e informa o regulado por rela es de poder na medida em que diversos sites s o criados e organizados segundo princ pios ideol gicos de seus autores Se de um lado as informa es ideologicamente conservadoras e sect rias aparecem Adolescente Casa Lar APM 1 Assoc de Prote o Maternidade e Inf ncia Casa Abrigo Para so da Crian a Aldeia de Crian as Dr Davi Federmam Escola Professor Jo o Piameta
215. brigadas da quantidade de interessados com perfil divergente entre adotantes e adotados preocupa saber se n o se estaria criando mais um obst culo ado o Os conflitos existentes entre o C digo Civil e o Estatuto da Crian a e do Adolescente t m gerado controv rsias na doutrina 50 H os que continuam simplesmente aplicando o ECA enquanto outros invocam o princ pio da especializa o para uma suposta supremacia sua sobre o C digo Civil um porque desconhece as regras da LICC sobre a preval ncia da lei nova sobre a antiga quando legislam sobre a mesma mat ria dois porque o NCC lei complementar e o ECA lei ordin ria tr s porque a especialidade o instituto de ado o e n o um suposto direito da crian a e do adolescente quatro porque n o existe este ramo aut nomo do direito o novo C digo Civil s pode ser combatido se for demonstrado que o dispositivo da nova lei inconstitucional pela via do controle incidental de constitucionalidade A verdadeira solu o para o problema passa por um mau ainda maior j que elimina as hip teses de interpreta o harm nica quando pretende revogar todos os artigos do ECA que tratam da ado o FIGUEIREDO Luiz Carlos de Barros O Brasil precisa de uma Lei Nacional da Ado o Jornal O Estado do Paran de 06 06 2004 apud Integrado Boletim Informativo ano IX n 35 Tribunal de Justi a do Estado do Paran Curitiba set 2004 p 34 3
216. c pio pode se afirmar que a situa o tanto mais favor vel quanto mais cedo se inicia a liga o com a fam lia adotiva portanto da maior urg ncia fazer o diagn stico global que permita decidir se o caso em apre o deve ser encaminhado para o recurso de ado o ou para outro existente Aqui a interven o da equipe interdisciplinar muito importante S o raros os casos em que a decis o de abrir m o do filho pela genitora se d antes do parto ou logo a seguir dele o que por vezes causadora de abrigamento por descaso descuidos tais como desnutri o do beb Neste per odo em que a crian a fica neste ir e vir acaba perdendo os v nculos afetivos Jo o Seabra Diniz coloca que s vezes nos iludimos com a id ia da separa o da m e sem ter em conta que a separa o j se verificou ou que essa rela o materna se existe alguma nunca foi no seu sentido pleno mas teve apenas na melhor das hip teses alguns epis dios muito prec rios Esquecemos que nos v rios casos de crian as institucionalizadas a liga o materna e paterna n o mais ocupa o afeto ou est fortemente amea ada Neste sentido n o a ado o que causa a ruptura mas a ruptura dos deveres inerentes maternidade a ruptura dos la os afetivos que d ensejo 480 Tr s ordens de considera es considera es de ordem jur dica social e psicol gica Ser preciso decidir como orientar um determinado caso s
217. cancia Alerta ainda que no corpo do direito n o se ingresse um novo estatuto do corpo humano a t tulo de artefatos da mercantiliza o objetos de mercancia suscet vel juridicamente Tratam de pensar os avan os da engenharia gen tica demonstrando qu o pr xima est a realidade brasileira Registra se a exist ncia de uma empresa Pro Seed denominada preservando a fertilidade masculina a qual oferece 539 540 541 processo fertilizaram 20 vulos s usaram tr s Congelaram os restantes Surpreendentemente a mulher voltou a engravidar da forma tradicional O que fazer com os 17 embri es Custa 800 d lares por m s mant los congelados Assim como acontece em qualquer outra ado o passaram por um processo rigoroso A fam lia gen tica procurava pais adotivos evang licos e n s quer amos embri es evang licos Agora os embri es s o seus Fiquei pasma por ter de repente 17 bebezinhos ainda por nascer Seis embri es foram descongelados tr s n o sobreviveram ao processo os outros tr s foram implantados no tero nova tentativa no no ciclo seguinte foi bem sucedido para um dos cinco embri es descongelados Deu origem a g meos id nticos O irm o nasceu dois anos mais tarde HOSSLI Peter Ado o de Embri es Uma nova possibilidade de fam lia Tradu o de Ana Ban Revista Cl udia maio 2008 p 178 184 Os anos 90 constituem
218. cente pela genitora ou genitor pessoa interessada ou pr xima sem formalidade para que a mesma cuide e zele ou at mesmo a entrega para cria o e por vezes o pr prio abandono dizendo que ir voltar mas muitas n o voltam Diante da situa o algumas pessoas acabam por levar o caso ao Judici rio dizendo n o haver interesse na guarda por motivos pessoais por n o adapta o da crian a ou por impossibilidade financeira e nem sempre h parente pr ximo que possa por ela responsabilizar se Diante da situa o de abandono a crian a acaba por ser abrigada em institui es Essa a triste realidade de muitas crian as adolescentes que se encontram nos abrigos de nossas cidades Outra parcela diante da situa o que lhe apresentada busca o Poder Judici rio para regularizar e requerer a guarda e responsabilidade a tutela ou pede a pr pria ado o espec fica tendo como principal argumento a posse da guarda de fato Isto ocorre tanto no processo de guarda e responsabilidade como 87 OLIVEIRA Guilherme Temas de direito de fam lia Coimbra Coimbra 1999 p 275 apud BRAUNER Maria Claudia Crespo AZAMBUJA Maria Regina Fay de A releitura da ado o sob a perspectiva da Doutrina da Prote o Integral Inf ncia e Adolesc ncia Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 5 n 18 p 39 Porto Alegre S ntese IBDFAM jun jul 2008 Neste caso pode ser um vizinho amigo parente pr
219. chin disse As crian as nascidas n o s o coisas para serem entregues O parto sem m e torna o filho um mero descendente gen tico e seu nascimento ao inv s de ser abrigado num processo de ado o poder abrir os autos para uma senten a de morte Dispon vel em lt http Avww cartaforense com br Materia aspx id 2120 gt Acesso em 05 ago 2008 207 DAS CONCLUS ES A ado o tema complexo e pol mico envolto em preconceitos e equ vocos deve ser repensada de forma construtiva analisando categorias paradigmas e pr ticas do direito de fam lia na perspectiva da principiologia axiol gica de ndole constitucional Sabedores que a elabora o do conhecimento doutrin rio tem reproduzido no es defini es e caracteriza es que n o mais atendem aos anseios das minorias hipossuficientes buscou se mostrar que a realidade pr tica tem apresentado solu es nem sempre plaus veis e na contram o do direito que comodamente a servi o do status quo dominante oscila em suas manifesta es H necessidade de compatibiliza o evidente para que a Justi a n o se torne mera homologadora das a es sem alternativas para a solu o ideal de justi a O sistema de leis tem revelado pouca mobilidade para acompanhar as muta es f ticas e a guinada atrav s da aplica o dos direitos da crian a e do adolescente considerando os princ pios constitucionais os quais devem ser interpretados fornecendo seguran a ju
220. ciado em 08 11 2004 Ju za Maria Isabel de Matos Rocha 2 No segundo caso a adotanda tinha 3 anos de idade e fora entregue aos adotantes rec m nascida e a ado o foi deferida com permiss o de visita da genitora e irm os biol gicos adotanda no primeiro domingo de cada trimestre no lar 96 Nestes casos o caminho otimista a ser escolhido dever ir al m do convencional privilegiando a crian a em primeiro lugar na medida em que tutela sua dignidade considerando o aspecto afetivo entre os membros Cabe mencionar que o instituto de guarda e responsabilidade tem car ter provis rio no sentido de ser modificado a qualquer momento por requerimento judicial dos genitores ou pelos motivos elencados no ECA Em todas as hip teses levantadas necess rio sempre ter em mente o direito da crian a ou adolescente de ser adotado por quem lhe dedica os cuidados inerentes a filho em vez de priorizar as pessoas que est o inclu das no cadastro de ado o O exemplo das situa es analisados demonstra a inefici ncia do sistema do C digo Civil e do Estatuto da Crian a e do Adolescente para solucionar os conflitos que se apresentam ao Judici rio conduzindo os resultados falsas paternidades ou seja at o ponto que estes v nculos coincidem com o v nculo jur dico A ado o intuito personae um tipo de ado o pronta que vem sendo z confundido com o g nero de que esp cie por m o Estatu
221. cias que o C digo Civil fazia ao parentesco ou filia o leg tima ou ileg tima assim corrigindo o tratamento discriminat rio mas n o o fazendo em refer ncia aos adotivos Um ltimo ponto relacionado ado o refere se n o contempla o pelo C digo Civil mas imposta pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente de impedir que os ascendentes ou irm os adotem Ent o persiste a aplica o pois n o est sujeito regra de revoga o temporal e ainda devido o sistema especial de prote o dos direitos fundamentais de crian as e de adolescentes adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 95 jun 2006 Al m da d vida quando das senten as aplicando ou n o o art 10 surgiu ainda a d vida nos Cart rios de Registro P blico Houve orienta o da Consolida o Normativa Registral e Notarial cancelando o registro original do adotado e registrando o em novo assento de nascimento sem qualquer men o origem do ato No Encontro Estadual de Ju zes da Inf ncia e Juventude realizado na cidade de Bento Gon alves no m s de dezembro de 2002 foi conclu do e aprovado por unanimidade que continua em vigor o artigo 47 do ECA em virtude do princ pio constitucional de prote o crian a entendendo haver flagrante equ voco de reda o no artigo 10 incisos Il e HI do CCB devendo ser mantido o procedimento de cancelamento do registro original d
222. cidas e por vezes erroneamente conclusivo Isto certamente induz o Magistrado a decidir de acordo com a sugest o oferecida O problema disto que na pr tica esse procedimento representa a transfer ncia da responsabilidade de julgar para profissionais do Servi o Social Os relat rios apresentados s o pe as processuais fundamentais e base de muitas senten as Note se que por vezes os pareceres deixam de ser t cnico cient fico imparcial para ser um espelho do comportamento fortemente eivado de opini o pessoal Ainda observa se que existe um 7 No Paran existem 31 comarcas que possuem o SAI Servi o Auxiliar da Inf ncia entre elas temos Curitiba Foz do Igua u Guarapuava e Ponta Grossa 09 comarcas que possuem mas n o oficialmente entre elas Bandeirantes Castro Marialva e Palmeira e 115 que n o possuem SAI entre elas Arauc ria Laranjeiras do Sul Medianeira e S o Mateus do Sul Guia Informativo da Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 2 ed Curitiba Juru 2002 8 Embora a visita esteja entre as compet ncias do Conselho Tutelar 49 BONATO Carlos Roberto O olhar externo sobre o trabalho t cnico Integrando Boletim Informativo do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a e Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude ano IX n 35 p 27 31 Curitiba jun 2004 42 Terminologias utilizadas estudo social laudo social
223. coisa pertencente ao genitor As modifica es foram ocorrendo ao longo dos anos e em 1967 a Conven o Europ ia em mat ria de ado o de crian as incluiu no rol de seus artigos que a autoridade competente s pronunciar a ado o a partir da convic o de que a mesma assegurar o bem estar da crian a Em 1986 a Assembl ia Geral das Na es Unidas relativa aos direitos das crian as adotou o interesse superior da crian a Em 1989 a Conven o das Na es Unidas estipula o interesse superior da crian a como considera o primordial Ainda a Confer ncia de Haia adotou a Conven o sobre a prote o das crian as e a coopera o em mat ria de ado o internacional Hoje tanto o ordenamento p trio como as legisla es europ ias e demais conven es internacionais sobre ado o de crian as e adolescentes buscam o interesse do adotando como fundamento principal Este postulado do princ pio do 26 Trata se de precedentes conhecidos no Direito costumeiro em ingl s como Rex v Delaval e Blissets PEREIRA T nia da Silva O melhor interesse da crian a um debate interdisciplinar Rio de Janeiro Renovar 2001 p 290 Em sede internacional a Conven o em Strasbourg Fran a teve a ades o de dezesseis pa ses em 2000 A Conven o de Strasbourg assim passou a ser conhecida unificou os princ pios e as pr ticas europ ias em mat ria de ado o e no seu artigo 8 assegurar
224. como as comunh es afetivas est veis existentes entre parentes colaterais Almeja se descortinar os paradigmas parentais materno filiais e paterno filiais que podem apreender no plano jur dico a fam lia como realidade socioafetiva coerente com o tempo e o espa o do Brasil de hoje recebendo a incid ncia dos princ pios norteadores da supera o de dogmas preconceituosos Dispon vel em lt http Awww ibdfam org br artigos Estatuto das Fami lias pdf gt Acesso em 10 jul 2008 Projeto de Lei 2 285 07 art 70 Os filhos independentemente de sua origem t m os mesmos direitos e qualifica es proibidas quaisquer designa es e pr ticas discriminat rias Projeto de Lei 2 285 07 art 10 O parentesco resulta da consang inidade da socioafetividade ou da afinidade Projeto de Lei 2 285 07 art 75 O filho n o registrado ou n o reconhecido pode a qualquer tempo investigar a paternidade ou a maternidade biol gica ou socioafetiva Par grafo nico A senten a que julgar procedente a investiga o produz os mesmos efeitos do reconhecimento volunt rio 558 559 560 561 192 Art 77 admiss vel a qualquer pessoa cuja filia o seja proveniente de ado o filia o socioafetiva posse de estado ou insemina o artificial heter loga o conhecimento de seu v nculo gen tico sem gerar rela o de parentesco Par grafo nico O ascendente gen tico pode responder por subs dios
225. conhecido contrariamente 341 342 343 344 108 rela o paternidade biol gica A inten o de formar um n cleo familiar deveria ensejar a ado o do filho da companheira ado o unilateral e n o o seu indevido registro Findo o conv vio o pai busca a desconstitui o do registro por meio de a o Assim surgem as declarat rias negativas de paternidade em nossos Tribunais para anular os registro civil de nascimento sob o argumento de estar comprovada falsidade ideol gica ou ao argumento da ocorr ncia de algum dos v cios de consentimento No entanto afastada a quest o do v cio do ato jur dico a sua revoga o se inviabiliza Isto no fundo se constitui uma verdadeira ado o brasileira quando declarou ser pai e n o o era Mas neste caso a busca pela verdade real deve merecer relativa considera o ante a declara o inequ voca de vontade tendente ao reconhecimento volunt rio de filia o e considerando ainda pr pria vontade e evitam se reconhecimentos que n o correspondam realidade dado que se n o se pudesse obstar o reconhecimento qualquer um poderia reconhecer outrem FACHIN Luiz Edson Elementos Cr ticos do Direito de fam lia Rio de Janeiro Renovar 1999 p 208 210 35 FAM LIA PROCESSUAL CIVIL INDEFERIMENTO DA INICIAL EXTIN O DO PROCESSO IMPOSSIBILITANDE JUR DICA DO PEDIDO NEGATIVA DE PATERNIDADE ANULA O DE REGISTRO DE NASCIMENTO
226. crossistema O Estatuto est dividido basicamente em duas partes sendo que na primeira s o estabelecidos os direitos fundamentais mecanismos e instrumentos para a garantia da integridade f sica e mental das crian as entre eles a fam lia natural e a substitutiva guarda tutela e o objeto espec fico deste estudo a ado o A ado o por sua vez encontra se no Estatuto da Crian a e do Adolescente no t tulo Dos 79 O Brasil com o Estatuto da Crian a e do Adolescente foi o primeiro a a incluir a Conven o Internacional dos Direitos da Crian a aprovada como anotada em 1989 pela Assembl ia Geral da ONU e que lei brasileira ratificada que foi pelo Congresso Nacional e promulgada pelo Presidente da Rep blica Decreto n 99 710 de 21 de novembro de 1990 vale dizer corpo normativo que regula completamente o Direito da Crian a e do Adolescente em todos os seus aspectos mecanismo absolutamente necess rio diante da magnitude dos interesses envolvidos que reclamam tratamento de direito privado e de direito p blico de forma harm nica e sistem tica NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 14 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Ver No
227. culos de filia o entre o adotado e o c njuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes Miriam Vasconcelos de Souza tamb m se manifesta contr ria a este tipo espec fico de ado o unilateral pelos incontorn veis problemas ticos e tamb m pela falta do requisito essencial do consentimento sob os seguintes argumentos 1 o p trio poder n o um direito ilimitado 2 a crian a e o adolescente t m direito sua identidade e ao seu nome direitos indispon veis que est o acima da vontade do genitor sobrevivente 3 irrevogabilidade da ado o 4 instabilidade das rela es familiares respeito vontade do morto Apud COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 91 33 ADO O Recurso AC 1 411 790 Origem S o Paulo rg o CESP Relator Sabino Neto Data 12 03 1992 ECA 41 Menor Ado o Concess o ao segundo marido da genitora dos menores impossibilidade da ado o pelo marido da concubina recurso n o provido Ado o por um dos c njuges do filho do outro permitida conforme o disposto no art 41 2 do Estatuto da Crian a e do Adolescente N o h restri o alguma autoriza o pelo c njuge sobrevivente especialmente a mulher que pela morte do marido j n o sofre diminui o de sua capacidade jur dica revoga o do art 393 do CC COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da C
228. da concretiza o da efetiva o desse direito fundamental como no caso do reconhecimento volunt rio da paternidade afetiva desfila com manifesta hipocrisia pensamento contr rio O jurista que aceitar a constitucionaliza o do afeto h de concordar necessariamente com a igualdade entre as filia es biol gicas e socioafetiva e em decorr ncia da aplica o dos direitos e deveres dos filhos biol gicos aos sociol gicos entre os quais a possibilidade de o filho afetivo ser voluntariamente reconhecido no pr prio termo de nascimento WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 98 v 829 nov 2004 p 53 o Estado Democr tico de Direito reclama a outorga ao filho afetivo de todas as formas de rejconhecimento volunt rio e judicial da paternidade e da maternidade o direito perfilha o tem todo aquele a quem falte o pai juridicamente estabelecido Por pai jur dico entende se o biol gico e ou o afetivo em vista da igualdade constitucional entre a biologia e a afetividade pelo que a declara o do estado de filho n o t o s biol gica mas principalmente afetiva Logo os pais afetivos para obterem o registro do filho n o precisam de processo de ado o podendo ajuizar a o de investiga o de paternidade socioafetiva tendo o afeto como causa de pedir ou admitir voluntariamente a paternidade e ou a maternidade por escritura p blica
229. dainfancia com br article php3 id article 269 gt Acesso em 18 mar 2008 334 SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 440 335 E n o s por princ pio de moralidade o que faria da mercancia uma intermedia o imoral e ign bil mas sim por princ pios legais que tornam referida negocia o uma conduta anti social e um crime de natureza penal SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 439 COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 440 Os ju zes oriundos do povo devem ficar ao lado dele e ter a intelig ncia e o cora o atentos aos seus interesses e necessidades A atividade dos pret rios n o meramente intelectual e abstrata deve ter um cunho pr tico e humano MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e aplica o do Direito 16 ed Rio de Janeiro Forense 1996 p 60 Ademais a verdadeira paternidade decorre mais de amar e servir do que de fornecer o material gen tico CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 304 Nesta situa o em que se apresenta um conflito entre as verdades biol gicas verdades jur dicas e verdade socioafetiva o julgador pode l
230. das rela es de afeto entre seus membros Num terceiro degrau situa se a coloca o da crian a em fam lia substituta n o consang nea com quem n o guarda qualquer grau de parentesco ou outro la o de afinidade e por fim est a coloca o da crian a em fam lia substituta estrangeira O que o sistema decorrente da Constitui o Federal e do ECA n o quer exceto na fal ncia completa das outras alternativas que a crian a e o adolescente sejam institucionalizados ou seja que cres am e se desenvolvam em institui es de abrigo NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 31 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Aqui est o cerne da quest o as crian as n o s o institucionalizadas de forma a possibilitar a coloca o em fam lia substituta quando ocorrem problemas com a desestrutura o da fam lia natural sendo abrigadas na busca da estrutura o Que em virtude da falta de estrutura do Estado e do Judici rio pouco se consegue Entretanto o tempo passa e as crian as acabam neste dilema de serem abrigados e desabrigados at que ocorra tardiamente um processo de destitui o de poder familiar Se ocorrer Fazendo com que as c
231. das dos sentimentos mais sublimes de amor solidariedade e amizade seriam aquelas que os substituiriam na cria o de seu filho Tal fato n o geraria qualquer criminalidade pois ningu m com prop sito duvidoso exporia seu nome ao crivo do Judici rio pois 81 a busca seria leg tima e poderia ser reconhecida deferindo se a ado o aquele indicado pelos genitores independentemente dos demais tr mites A aus ncia de pol ticas p blicas tem que ser considerada como fator que motiva a decis o de entrega do filho para ado o Ainda grande parcela das crian as abrigadas cujos pais foram destitu dos do poder familiar tem a pobreza como principal motivo de seu abrigamento fato esse corroborado pelas avalia es laudos do servi o social que retratam esta realidade Manter a atual sistem tica do cadastro de ado o como nica forma legal de realizar a ado o desprezando a possibilidade de acatar a vontade emanada pelos genitores tirar deles talvez a nica possibilidade de se manifestarem dignamente protegendo a sua prole vez que o Estado pouco ou nada est fazendo para transformar a triste realidade social onde vivem Por fim o limite da vontade de adotar estaria primeiramente na liberdade dos genitores em opinar em livre consentir com a ado o e em segundo que o Poder Judici rio observasse os requisitos da ado o verificando a possibilidade de valer tanto a manifesta o de vontade dos genitores como a man
232. de o da doutrina da prote o integral institu do no artigo 227 caput da Constitui o Federal fazendo do direito conviv ncia familiar um dos direitos fundamentais que a fam lia a sociedade e o Estado t m dever de assegurar Em virtude deste direito fundamental de conviv ncia familiar o abrigamento foi relegado a ltimo plano devendo ser visto apenas como forma de solu o de problemas e excepcionalmente aplicado O artigo 101 par grafo nico do ECA estabelece que o abrigo medida provis ria e excepcional utiliz vel como forma de transi o para a coloca o em fam lia substituta E ainda para evitar o quanto poss vel a perman ncia indefinida da crian a ou adolescente na institui o o Estatuto 45 O Brasil verde e amarelo que se rende viol ncia empobrece a cada dia mas ainda se mostra refrat rio e o juiz s bate o martelo para sentenciar uma ado o quando muitas vezes as chances j s o nenhuma e a crian a passa a adolescente e depois adulto sem que em sua trajet ria tenha se encontrado com a oportunidade de receber uma nica sensa o de afeto Deflui do estudo laborado que 8 das crian as internadas tinham pais destitu dos do p trio poder Alerte se no entanto para o fato de que 69 jamais receberam visita de quaisquer de seus pais durante o lapso temporal da interna o Revelou ainda a pesquisa que 62 das crian as chegam s institui es com a idade entre 8 e
233. de modo que a tutela jurisdicional sirva no tempo como alicerce do desenvolvimento saud vel e como garantia da integridade A urg ncia reside no fato de que a crian a e o adolescente t m pressa na efetiva o de seus direitos A tutela intempestiva importa desconsiderar a condi o peculiar de pessoas em processo de desenvolvimento levando quando da prote o fora do tempo pr prio inocuidade ou redu o de sua efic cia NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 48 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 A jurisprud ncia em rela o a este tema vasta e os tribunais do pa s em seus ac rd os t m demonstrado que o interesse do menor sempre est acima do interesse de seus pais T nia Pereira desafia nos identifica o no Direito brasileiro deste princ pio por meio das regras de interpreta o e das normas de Direito positivo PEREIRA T nia da Silva O melhor interesse da crian a um debate interdisciplinar Rio de Janeiro Renovar 2001 p 153 154 213 214 215 70 tornado precedentes O instituto do parens patriae n o foi desde a origem concebido visando primazia do interesse da crian a pois essa mat ria era considerada
234. decorr ncia do tempo do tr mite dos autos acaba por efetivar situa o de fato conviv ncia ou perda do objeto Situa es semelhantes ao caso aven ado v m ocorrendo no Brasil Temos o Recurso Especial 202 295 de S o Paulo Relator Min Ruy Rosado de Aguiar com a seguinte ementa ADO O INTERNACIONAL Cadastro central de adotantes Necessidade de sua consulta A ado o por estrangeiros medida excepcional Precedente REsp 196 406 SP Situa o de fato superveniente com o deferimento da guarda do menor a casal nacional estando em curso o est gio de conviv ncia Perda do objeto Recurso especial n o conhecido 491 No corpo do ac rd o temos que merece transcri o A eg C mara Especial do Tribunal de Justi a de S o Paulo negou provimento ao agravo conforme a ementa que se segue Ado o 171 Outra ementa interessante referente ao tema do Tribunal de Justi a do Distrito Federal Rel Des Silvanio Barbosa dos Santos DJU 05 12 2006 p 118 PROCESSUAL CIVIL AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO ADO O CADASTRO DE PRETENDENTES PRINC PIO DA IGUALDADE RESPEITO PRECEDENTE COLACIONADO AUS NCIA DE VINCULA O Por outro lado os Tribunais de Justi a t m apresentado decis es flutuantes como se ver a seguir Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA Guarda e responsabilidade Indeferimento e busca e apreens o de crian a entregue pela m e biol
235. defici ncia adquirida Para fins do relat rio ainda importante saber dos interessados se aceitam crian as filhas de pais desconhecidos filhas de pais biol gicos alco latras usu rios de drogas ou aid ticos mesmo sem sequelas bem como sobre os aspectos emocionais da crian a ou provenientes de traumas rejei es anteriores v timas de estupro H ainda entre os elementos aquilatados atrav s de estudos sociais e psic logos a cargo da equipe de t cnicos que assessoram o ju zo aqueles relacionados aos princ pios morais s lidos estabilidade da fam lia harmonia respeito e outros elementos subjetivos aee Inscri o para ado o habilita o para ado o cadastro de pessoas interessadas em adotar e cadastros de pretendentes de ado o Cada Estado denomina diferentemente como vimos e tem a sua exig ncia quanto forma de in cio se pessoal ou n o 127 neste campo que atua o servi o social como sendo indispens vel realiza o pr via de estudos psicossociais contendo os dados necess rios ao Ju zo para o deferimento da habilita o Aqui necess rio pensar sobre o significado da exist ncia tica da condi o de sujeitos ticos e portanto capazes de fazer escolhas valorativas Em algumas comarcas ocorrer a visita domiciliar para fins de realiza o do parecer social quanto possibilidade de integrar o candidato ao cadastro de adotantes N o basta simplesmente juntar d
236. destina Fator importante na condu o dos trabalhos junto ao Juizado o conhecimento acerca dos fen menos causadores e consequentes da problem tica que envolve a quest o das crian as e dos adolescentes em situa o de risco em especial referente coloca o em fam lia substituta ou seja a ado o Na Justi a da Inf ncia e da Juventude existem muitas atividades an malas entre elas a fiscaliza o das entidades n o governamentais e ainda imp e as penalidades Neste contexto tem se por exemplo o direito de visita nos abrigos ou autoriza es de sa da de crian a adolescente institucionalizada em finais de semana no Natal ou feriados onde a provid ncia embora essencial s atividades Fun o jurisdicional jurisdictio declara o ou proclama o do direito lato sensu o poder de conhecer dos neg cios p blicos e resolv los dentro dos diversos c rculos de rela es da vida social e stricto sensu o poder conferido pela lei s autoridades judici rias no exerc cio de suas respectivas fun es de administrar justi a Contam que Lukman o s bio foi condenado certa vez a matar uma ovelha e tirar dela seus dois melhores componentes Tirou a l ngua e o cora o Dias depois condenaram no a matar outra ovelha e tirar dela seus piores componentes Tirou novamente a l ngua e o cora o Pediram lhe que se explicasse Respondeu Nada melhor quando forem bons e nada pior q
237. di o peculiar em desenvolvimento 2 FACHIN Luiz Edson Da Paternidade rela o biol gica e afetiva Belo Horizonte Del Rey 1996 210 A justificativa para que a sociedade continue a adotar irregularmente estaria na inexist ncia de regras uniformes na falta de controles jur dicos adequados funcionando como fator de incentivo pr tica de abusos e atos il citos Parece nos que um dos fatores pode ser a n o concord ncia da lei quanto liberdade de escolha dos genitores em rela o fam lia que iria adotar seu filho Isto abertura para o livre consentimento dos genitores fundados na liberdade na express o de vontade opinando para quem desejam a entrega de seu filho desde que n o houvesse impedimentos Ser que o vazio normativo referente possibilidade de opinar manifestando o desejo da entrega de seu filho a determinada pessoa que tem levado as ado es irregulares Parece nos que esta uma das facetas que justificam tantas ado es irregulares Certamente estas irregularidades chegariam ao Poder Judici rio antes do problema j estar efetivado quando o Judici rio tem como nica alternativa homologar a situa o f tica respeitando o v nculo j existente Por bvio que a exig ncia do processo judicial permaneceria entretanto o Judici rio analisaria as reais vantagens da ado o para o adotado se haveria riscos casos em que tomaria as devidas provid ncia em prol do menor Salienta se
238. do Coord Abandono e ado o contribui es para uma cultura de ado o Il Terre des Hommes Curitiba 1994 p 31 48 WEINGARTNER Viviane Parto An nimo um retrocesso Nossa Via Dispon vel em lt htip www nossavia com br comportamento pario anonimo gt Acesso em 05 ago 2008 WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 98 v 829 p 36 61 nov 2004 Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 111 147 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2003
239. do Minist rio P blico que entendem n o ser poss vel a ado o sem pr vio cadastro fazendo com que seja realizado em paralelo o requerimento de cadastro dos adotantes Entretanto entende se desnecess rio tal procedimento vez que pode ser realizado no pr prio processo de ado o juntando os documentos exigidos naquele feito Embora isso por vezes pare a descumprimento do regramento havendo v nculo entre o adotante e o adotado prevalece o interesse do menor Kant sustenta ainda As coisas e os fatos n o existem sem o tempo mas o tempo existe sem as coisas Tamb m o tempo a priori ou seja independente da experi ncia Algo acontece porque no decurso do tempo esse algo vem a ser Podemos conceber o tempo sem acontecimentos mas n o um acontecimento sem o tempo O tempo tamb m n o conceito porque n o existem muitos tempos o tempo como o espa o intui o COBRA Rubem Queiroz Immanuel Kant Site www Cobra pages nom br intemnet Bras lia 1997 Dispon vel em lt http Awww cobra pages nom br fmp kant html gt Acesso em junho de 2008 acerca do momento em que se instala a verdade socioafetiva o julgador deve levar em conta tr s tempos o tempo passado o presente e o futuro 1 o tempo passado a manifesta o do ideal da vontade do desejo da paternidade e da maternidade 2 o tempo presente levando se em considera o os fatos existentes quando do julgamento da demanda 3 o tempo futur
240. do povo romano hist ria externa ora consoante os marcos ess ncias da evolu o do direito privado hist ria interna Na base deste ltimo crit rio distinguem se tr s grandes per odos de desenvolvimento do direito romano o per odo chamado antigo que vai at a lei Aebutia 149 126 a C direito antigo assaz impregnado de religi o da religi o dom stica dos antigos romano o per odo intitulado cl ssico que se inicia com essa lei e flui at o fim do 13 de entrada iure na fam lia Em sentido lato ado o adoptio indica a introdu o de um estranho como filius numa fam lia por vontade do pater familias A ado o servia para transformar latinos em cidad os plebeus em patr cios ou patr cios em plebeus segundo Ebert Chamoun Tal instituto assegurava a continuidade do culto dom stico amea ado pela falta de um descendente masculino e ainda via um meio de legitimar o sucessor depois sanar os inconvenientes do parentesco artificial adgnatio alheio aos v nculos de sangue Neste sentido para o Direito Romano o instituto compreende a ado o propriamente dita adoptio e a ad roga o adrogatio V rios eram os requisitos da ad roga o no direito antigo entretanto algumas daquelas exig ncias foram sendo atenuadas reinado de Diocleciano 305 o per odo ureo da hist ria do direito romano A precis o de racioc nio aliada considera o oportuna da equidade ensejaram o aparecimen
241. dolescentes dispon veis para ado o ap s o tr nsito em julgado dos respectivos processos assim como dos pretendentes ado o domiciliados no Brasil e devidamente habilitados Art 2 O Banco Nacional de Ado o ficar hospedado no Conselho Nacional de Justi a assegurado o acesso aos dados nele contidos exclusivamente pelos rg os autorizados Art 3 As Corregedorias dos Tribunais de Justi a funcionar o como administradoras do sistema do respectivo Estado e ter o acesso integral aos cadastrados com a atribui o de cadastrar e liberar o acesso ao juiz competente de cada uma das comarcas bem como zelar pela correta alimenta o do sistema que dever se ultimar no prazo de 180 dias da publica o desta Resolu o Art 4 As Corregedorias Gerais da Justi a e os ju zes respons veis pela alimenta o di ria do sistema encaminhar o os dados por meio eletr nico ao Banco Nacional de Ado o Art 5 O Conselho Nacional de Justi a prestar o apoio t cnico necess rio aos Tribunais de Justi a dos Estados e do Distrito Federal para alimentar os dados no Banco Nacional de Ado o Par grafo nico Os Tribunais poder o manter os atuais sistemas de controle de ado es em utiliza o ou substitu los por outros que entendam mais adequados desde que assegurada a migra o dos dados por meio eletr nico contidos nas fichas e formul rios que integram os anexos desta Resolu o Art 6 O Conselho Nacional de Just
242. dson Fachin revela que a quest o do projeto parental transborda a liberdade de realiz lo para sob a tica dos filhos recair sobre o direito b sico de ter fam lia e crescer num ambiente digno e sadio Existindo conflitos de interesses em processos de ado o a verifica o do juiz dever ser a respeito das vantagens para o menor de forma a garantir o seu desenvolvimento nos termos do artigo 43 do Estatuto da Crian a e do Adolescente Este princ pio do superior interesse da crian a como direito fundamental constitucionalmente previsto par metro a ser respeitado necessariamente por todos Estado fam lia e comunidade Crian as In LEITE Eduardo de Oliveira Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 115 Grandes temas da atualidade De uma ou de outra forma e por vezes vacilando sobre o seu exato conte do Inicialmente vinculando se no o de necessidade da crian a a maioria dos pa ses entendeu o interesse da crian a como a melhoria de suas condi es de vida em rela o sua situa o anterior sua seguran a sua prote o aos seus cuidados educa o afei o integra o em fam lia com a qual a crian a adotada desenvolva la os afetivos o respeito de sua origem tnica religiosa cultural enfim todas as condi es de desenvolvimento de sua personalidade as vantagens de ordem moral sendo unanimemente privile
243. e o de tudo que se revelasse como o pr prio in cio e continuidade de um processo que desaguasse no indiv duo pessoa Acrescentando que tratam respectivamente dos direitos do nascituro da veda o gestante de dispor de tecidos rg os ou partes de seu corpo vivo e do ato de n o oferecer risco sa de do feto e da criminaliza o do aborto ressaltando que o bem jur dico a tutelar contra o aborto seria um organismo ou entidade pr natal sempre no interior do corpo feminino Aduziu que a lei em quest o se referiria por sua vez a embri es derivados de uma fertiliza o artificial obtida fora da rela o sexual e que o emprego das c lulas tronco embrion rias para os fins a que ela se destina n o implicaria aborto Afirmou que haveria base constitucional para um casal de adultos recorrer a t cnicas de reprodu o assistida que inclu sse a fertiliza o in vitro planejamento familiar fruto da livre decis o do casal e fundado nos princ pios da dignidade da pessoa humana e da paternidade respons vel art 226 8 7 inexistindo entretanto o dever jur dico desse casal de aproveitar todos os embri es eventualmente formados e que se revelassem geneticamente vi veis porque n o imposto por lei CF art 5 Il e incompat vel com o pr prio planejamento familiar ADI 3 510 Rel Min Carlos Brito j em 28 e 29 05 2008 Informativo 508 SANCHES Mario Antonio SCHUFFNER Alessandro Bio tica e Doa o de
244. e conclave os insignes conferencistas deixaram bem claro que o Estatuto referenciado foi editado para proteger e amparar a crian a e o adolescente e que cada caso merecia uma an lise em separado de acordo com a realidade vivida sendo at dever do magistrado deixar de aplicar qualquer dispositivo legal se vier em preju zo do menor Tenho para mim que a veda o de av s adotarem um neto nefasta aos interesses do menor tendo apenas a mesquinha preocupa o com a quest o sucess ria vez que o adotado passa a ser herdeiro dos av s quando ent o concorrer em igualdade de condi es com os filhos dos adotantes ou seja tios da crian a adotada A ado o est muito acima desta pequena quest o patrimonial sendo um ato de grandeza de quem adota e que traz enormes vantagens para adotando principalmente quando o adotando uma crian a em forma o idade onde ter um pai e poder dizer em alto e bom som meu pai ou meu pai representa muito Hoje representa exce o o n mero de pa ses cuja legisla o pro be a ado o por parentes o que refor a ainda mais o nosso entendimento que o legislador brasileiro est mais uma vez fora de sintonia com a realidade onde sempre busca o bem estar da crian a GUIMARAES Giovane Serra Azul Ado o Tutela e Guarda conforme o Estatuto da Crian a e do Adolescente e o novo C digo Civil 2 ed rev e atual S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 p 190 192 Procede assim
245. e n o sabe que pai e filho que n o sabe do pai Tem ainda filho que tem pai de cora o por m lhe carece o conhecimento das suas origens biol gicas ademais a paternidade mais do que ato de procria o fato cultural A procura pelo v nculo biol gico um meio de melhor alcan ar a dignidade humana do filho uma vez que n o existam v nculos socioafetivos suficientes para superar o dado gen tico em raz o do amor VENCELAU p 380 400 apud FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil Brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 225 Pois o afeto n o fruto da origem biol gica NETTO L BO Paulo Luiz O exame de DNA e o princ pio da dignidade da pessoa humana Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre n 1 jun 1999 Bras lia STJ Ver STJ 6 16 283 ano 1 jul 1999 CD STJ 11 2000 224 225 73 membros Neste caso em especial a paternidade s respons vel quando se funda num ato preciso de vontade Imprescind vel ent o que seja examinado o caso concreto harmonicamente com a lei considerando a especificidade que cada um requer Note se entretanto que o anacr nico processo de ado o n o tem surtido os efeitos desejados havendo premente necessidade de mudan a de paradigma no sentido de hastear as verdades biol gicas e socioafetivas com fam lia natural e leg tima Embora a igualdade entre as filia es biol
246. e obriga es e aqueles que se encontram margem da vida e da satisfa o de suas necessidades b sicas p o para alimentar se abrigo para morar e um palmo de terra que seja fonte de vida e n o disputa de morte FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil Brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2003 p 251 Desde 1988 a equipe da Pro Seed sob coordena o de Vera Beatriz Feh r Brand implantou o primeiro banco de s men do pa s preservando s men de pacientes que se submeter o a tratamentos com potencial efeito negativo sobre a espermatog nese e iniciou as atividades de recrutamento de doadores volunt rios an nimos em 1992 com libera o de s men para Insemina o IAD em 1993 Em 1993 o Banco de S men iniciou parcerias com cl nicas de todo o pais para fornecimento de s men de doadores an nimos Reprodu o Humana preserva s men de pacientes e doadores para futura insemina o artificial ou fertiliza o in vitro Registramos 980 com s men de doador an nimo Atualmente 60 dos pacientes preservam s men pr quimio radioterapia 20 pr vasectomia e 20 por indica es para tratamento de fertilidade e outras enfermidades Outras indica es s o ocupa es profissionais com exposi o a agentes perigosos que podem levar a consequ ncias para a sa de incluindo infertilidade no homem e atletas com risco de injuria testicular Dispon v
247. e se vislumbra na ado o unilateral quando o menor foi reconhecido por ambos os genitores sendo um deles falecido Alguns t m sustentado que quando a crian a foi reconhecida pelos dois genitores sendo um deles falecido n o poss vel a ado o unilateral mingua do requisito dos consentimentos exigido pelo art 45 que s abre exce o nos casos de serem desconhecidos os pais ou que tenham sido destitu dos do p trio poder dever Pode uma m e vi va no exerc cio do p trio poder renegar todo o hist rico de vida do filho seus v nculos afetivos e familiares estabelecidos com os av s tios primos e demais familiares paternos e abrir m o de um direito indispon vel do filho para alterar o seus estado de filia o e sua identidade Ser que o p trio poder pode chegar a esse limite COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 91 30 C digo Civil art 1 635 Extingue se o poder familiar pela morte dos pais ou do filho 369 111 Nessa ordem de id ias n o parece adequado que o filho possa ser adotado pelo companheiro da genitora tratando se de jurisdi o volunt ria onde por bvio n o citado o genitor pois est morto nem seus descendentes ou ascendentes para virem integrar o feito Parece que tal a o deveria ser caso de guarda e responsabilidade e n o de ado o Ressalta se que o genitor falecido ter
248. e surgir o direito do pai e do filho em terem preservado a mem ria paterna que n o pode ou n o poderia ser apagada como sendo inexistente Se n o bastasse isto h ainda os efeitos reflexos ou seja aqueles que v m atingir os familiares e pessoas ligadas ao morto ofendendo seus sentimentos que no caso n o est o sendo considerados N o se trata de impossibilidade total 374 Pai Qual pai perguntou D seis anos durante a entrevista realizada No decorrer dos encontros muito vontade ela falava meu pai meu outro pai e nomeava os pai H e pai C demonstrando saber exatamente quem eram esses homens Especificamente em rela o ao caso relatado havia um processo de ado o por parte do atual companheiro da m e de D tornando se importante compreender a motiva o que impulsionava esta demanda e avaliar se a ado o representaria um benef cio Convocado o pai biol gico n o compareceu s primeiras entrevistas agendadas por acreditar que lhe seria cobrada a pens o da filha a qual n o estava sendo paga desde que ele perdera o emprego Ao ser informado da ado o o pai biol gico de pronto surpreendeu se pois segundo ele nunca havia imaginado que seria poss vel a ado o de uma crian a que tem pai e m e Assustado questionou se al m de n o ter a guarda ainda perderia definitiva e legalmente a filha Na verdade seu contato com a menina fora interrompido depois de uma tumultuada separa o matrimonial Mes
249. eceu na institui o Mas est sendo muito mais dif cil do que esper vamos A crian a bate morde atira coisas no ch o destr i todo brinquedo que damos n o aceita limites e se tentamos impor reage agressivamente atirando o que pude em n s E nossa segunda crian a e a primeira se adaptou a n s perfeitamente claro com algumas crises de choro no come o mas com carinho tudo foi superado e hoje tudo est bem O entrosamento entre as duas crian as foi muito bom embora o mais recente agrida bastante o outro J nos afei oamos muito a ele e n o queremos de forma alguma devolver Nosso medo que esta crian a tenha algum problema mental embora sua intelig ncia seja grande temos medo de uma esquizofrenia ou outra psicopatia qualquer pois ele agressivo e muitas vezes de surpresa se agarrou em minhas pernas e mordeu at tirar sangue Nunca imaginamos uma coisa assim pois n o nossa primeira experi ncia e da primeira vez foi tudo muito m gico Nossa outra crian a meiga carinhosa Estamos perdidos sem saber o que fazer grifos nossos VARGAS Marizete M Ado o tardia Site Pais Adotivos SA Dispon vel em lt http paisadotivossa blogspot com 2007 07 artigo adoo tardia html gt Acesso em 20 mar 2008 176 antes disso tem ocorrido a improced ncia do feito com novo abrigamento da crian a Nessa perspectiva embora enfatizando a irrevogabilidade da ado o sob a gide do Estatuto da Crian a e do
250. ecidos bem revela que se trata de infante exposto que tem pais conhecidos j que a lei n o cont m palavras in teis Para Nelson Nery J nior existe clara inconstitucionalidade dessas partes do dispositivo legal sob o argumento de que com a ado o se dar extin o do poder familiar como poss vel dispensar se o consentimento dos pais e simultaneamente dispensar se a destitui o do poder familiar por senten a sem ofensa s garantias do contradit rio e da ampla defesa essas partes do dispositivo afrontam n o apenas as garantias constitucionais de que s o titulares os pais biol gicos mas tamb m o direito de filia o da crian a e seu direito fundamental de conviv ncia familiar NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 42 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 O que quer dizer exatamente pais desaparecidos Para Nelson Nery J nior S o os pais que tiveram sua aus ncia decretada Se n o h quanto tempo deve o pai ou m e estar desaparecido para que dispensa tanto seu consentimento para com a ado o como a destitui o dele do poder familiar Insere se no conceito de pai desaparecido o pai que teve seu filho seq estrado ou
251. ecurso de cinco anos ap s o casamento para que os casados pudessem adotar a diferen a de dezoito anos passou a ser dezesseis anos entre o adotante e o adotado e foi exclu da a sucess o heredit ria quando existissem filhos leg timos legitimados ou reconhecidos Ainda a inclus o do nascituro como pass vel de ado o e a dispensa do pressuposto da aus ncia de filhos buscando imprimir uma finalidade tamb m social Neste caminhar o Professor Orlando Gomes em 31 de mar o de 1963 apresentou o anteprojeto de reforma do C digo Civil quando tamb m tratou do instituto da ado o e da legitimidade adotiva A Lei 4 655 de 2 de junho de 1965 disp e sobre a legitima o adotiva e n o revoga a Lei 3 133 de 8 de maio de 1957 que alterou artigos do C digo Civil t No reconhecimento tem se um fato natural a exist ncia de um filho a que se estabelecem as garantias jur dicas Cl vis Bevilaqua e Eduardo Esp nola Ver De Direito vol 58 p gs 38 54 entre outros mencionaram suas diferen as ado o per se um ato de benefic ncia ao passo que o reconhecimento de filho um ato imposto pelo dever sendo uma obriga o quanto ao aspecto da forma a ado o s se faz por escritura p blica o reconhecimento por seu turno feito no pr prio registro de nascimento quer por escritura quer por testamento ou por simples assento no Registro Civil o reconhecimento estabelece rela es fami
252. edade tem levado ao Judici rio quest es em que a verdade n o corresponder nem verdade jur dica ou nem verdade afetiva nem sempre ser a verdade mais desej vel ou a verdade mais justa Entretanto t o importante quanto a verdade e a justi a a felicidade de todos sem discrimina o de fam lia e filia o Certo que temos um longo caminho a percorrer e muito a evoluir neste instituto t o antigo que merece olhares novos e perspectivas de mudan as para que n o mais tenhamos tantas irregularidades ocorrendo frente sociedade J foi dito que a cria o do Direito n o se d apenas com decis es de ju zes e tribunais ou com a produ o legislativa mas com impulso da constru o doutrin ria Entretanto enquanto os coment rios das leis e a elabora o do conhecimento doutrin rio evidenciarem mera reprodu o de no es defini es e caracteriza es que n o mais atendem aos anseios vivenciados pela comunidade o Direito permanecer inerte Esperamos que a sociedade e o direito saibam acolher nossos pequeninos tamb m os embri es que se encontram institucionalizados considerando os como pessoa humana em desenvolvimento e como prioridade de nossa sociedade enfim como destinat rio primeiro desta ordem 212 REFER NCIAS ADO O UM EXEMPLO DE AMOR Comunidade do Orkut Dispon vel em lt http Awww orkut com br CommMsgs aspx cmm 22921 0 amp tid 5214589806346400199 amp start 1 gt Acesso em 20 jul
253. efensores da pesquisa com c lulas tronco Eles temem que aqueles pequenos aglomerados de c lulas sejam considerados seres humanos completos E segundo Sean Tipton American Society for Reproductive Medicine Sociedade Norte Americana de Medicina Reprodutiva S poss vel adotar uma crian a e n o c lulas trata se de doa o e recep o de material gen tico n o de ado o Texto de HOSSLI Peter Ado o de Embri es Uma nova possibilidade de fam lia Tradu o Ana Ban Revista Cl udia maio 2008 p 178 184 Tentaram conceber naturalmente por dez meses devido esterilidade O casal logo come ou a buscar solu es n o recorreram ao banco de esperma pois consideravam imoral O servi o de ado o satisfaria o desejo de Heather de engravidar sentir os beb s dentro de si alimentar se bem para eles e amament los Nada disso seria poss vel na ado o regular compara ela para quem ser m e necessidade natural e a ado o de embri o uma ado o normal no est gio inicial da vida da crian a O casal doador teria de ser como eles evang licos branco e casado Durante anos um casal daquele estado acreditara ser inf rtil e resolveram adotar uma crian a Depois a mulher teve uma menina por fertiliza o in vitro No 187 A realidade brasileira n o diferente Transitando no paradoxo segundo Fachin que pode haver entre instrumentos de liberdade e artefatos da mer
254. eiro apresentam se apenas as estat sticas coletadas Atrav s de levantamento realizado pela Associa o Brasileira de Magistrados Promotores de Justi a e Defensores P blicos da Inf ncia e Juventude ABMP observa se que dos 5 561 munic pios brasileiros apenas 92 possuem varas especializadas sendo que 18 deles contam com mais de uma vara e est o localizadas nas capitais Entre as capitais que possuem vara da Inf ncia e Juventude consta S o Paulo em primeiro lugar com 15 varas seguida de 440 Coberto pelo segredo de Justi a isto um instituto que veda as estat sticas e os casos verdade de ocasi o que protege a crian a e a nova fam lia do ass dio tardio da fam lia biol gica preservando a identidade das pessoas o que torna a ado o uma gratificante experi ncia a ser vivida de forma segura saud vel e permanente SCHWEITZER Fabian Ado o Mitos e verdades Revista Bonijuris ano XIII n 457 p 15 dez 2001 Esse r pido apanhado dos dados mostra que o impacto da Constitui o e do pr prio ECA segue conforme as circunst ncias locais e cronologicamente diferentes Tal constata o n o de todo surpreendente levando em considera o a vastid o do territ rio brasileiro e sua divis o em Estados relativamente aut nomos Al m disso h Juizados de Inf ncia e Juventude nos termos de cada C digo de Organiza o Judici ria de cada Estado sob a gide dos Ju zes com poder discricion r
255. eito se decorrente desta pr tica de entrega n o houvesse problemas pontuais quanto situa o de risco em que s o colocadas as crian as ou adolescentes envolvidos O direito conviv ncia familiar uma necessidade vital da crian a adolescente Primeiramente a aus ncia de conhecimento dos pais biol gicos se apropriadas ou n o quanto s condi es dos interessados em acolher seu filho conhecimento do local em que se encontra a crian a como fator de intranquilidade e instabilidade com reflexos negativos para a pr pria crian a adolescente entrega por intermedi rio levando aus ncia total de conhecimento sobre as condi es dos interessados em acolher seu filho bem como a finalidade da ado o aqui por exemplo surge o problema do tr fico de rg os tr fico de crian as a escolha da entrega do filho ser volunt ria ou ser induzida ser a ado o o melhor para aquela crian a Nesse sentido existe em legisla es da Alb nia Col mbia Cor ia Equador ndia Indon sia Peru Pol nia e Rom nia a proibi o das ado es diretas ou independentes Cabe mencionar que em alguns pa ses existe a proibi o do consentimento da m e biol gica antes de decorrido o prazo de pelo menos seis semanas a contar da data do nascimento da crian a com o objetivo de resguardar a manifesta o da vontade de qualquer v cio que possa inquin la de nulidade entre eles Su a Portugal Reino Unido e Su cia No
256. ejam os prop sitos dos agentes Apesar disso diferente o outro lado da moeda Se a conduta irregular e contra legem verdade tamb m que ela se funda em sentimentos inspirados no amor crian a e na inten o de propiciar lhe um bem Face a este aspecto que sobrepuja o mal enraizado no ato e tendo em vista o bem estar e os interesses do menor os tribunais t m absolvido os que n o seus filhos N o se busca mais punir um ato cuja nobreza a sociedade exalta nem de endossar a falsidade e a mentira O que falta no comum dos casos a antijuridicidade ou o dolo espec fico o qual se consubstancia no objetivo de prejudicar direito de criar obriga o ou de alterar a verdade sobre fato de relev ncia jur dica Para haver injuridicidade n o chega a proibi o legal Para reconhecer se como il cito um fato n o basta que corresponda descri o da lei E necess rio mais submet lo a um ju zo de valor verificando se ele ou n o conforme os fins perseguidos pelo direito atrav s da norma penal O pleno sentido da norma penal se constitui em fun o da totalidade do sistema jur dico E exatamente esta causa justa ou seja a sublimidade e a nobreza inserta no gesto do adotante que afasta o rigor do int rprete e do aplicador da lei nos casos concretos que visam o bem estar do menor adotado MARMITT Arnaldo Ado o Rio de Janeiro Aide 1993 p 160 161 Se os extraordin rios avan os das ci ncias biom d
257. el em lt http Avww pro seed com br gt Acesso em 26 jun 2008 188 servi os de coleta de s men para ser congelado tanto de pacientes como de doadores o qual utilizado para insemina o artificial ou para fertiliza o in vitro Traz como justificativa para doa o de s men que sua solidariedade pode proporcionar a outras pessoas a mesma felicidade que seus pais sentiram quando voc nasceu A prop sito a palavra de Jos de Souza Martins revela os paradoxos da sociedade brasileira que vive a persist ncia do passado no sentido de que o passado que se esconde e s vezes se esconde mal por tr s das apar ncias do moderno Vale lembrar que a Constitui o Federal em seu artigo 227 trata da prote o especial crian a como um sistema legal unit rio garante a prote o especial aqueles que dever o nascer e consequentemente aos embri es Portanto n o cabe aos pais biol gicos que n o queiram ou n o possam ter se utilizar dos embri es excedentes e segundo Elimar s lhes resta uma nica alternativa a de do los para terceiros que inf rteis possam t los como seus filhos tal qual se praticassem uma ado o grifos nossos Portanto ecoa a voz de que a ado o de embri es o fim predeterminado que orienta as a es e os acontecimentos diante da exist ncia de embri es excedentes tendo o Direito que assumir uma fei o singular nesta perspectiva 2 Os doadores
258. em lt http Avww amb com br mudeumdestino docs pesquisa adocao pdf gt Acesso em 20 jul 2008 grifos nossos 464 Gazeta do Povo Curitiba 20 07 2008 vida e cidadania p 20 Ver estat stica no cap tulo 3 158 25 9 de R 750 00 a R 2 000 00 e 16 3 at R 750 00 Por fim colheu se dados referentes aos estado civil dos que adotariam cujos dados apresentaram os seguintes resultados 58 de casados 28 2 de solteiro e 5 5 de separado divorciado 5 0 de uni o est vel 1 7 de vi vos e 0 8 recusou a informar Em continuidade a pesquisa levantou o perfil da crian a que adotaria 18 7 de qualquer idade 1 1 acima de 12 anos 2 7 de 9 a 12 anos 3 4 de 6 a 9 anos 13 7 de 3 a 6 anos 28 2 de 6 meses a 3 anos 32 1 entre O e 6 meses Existe prefer ncia por meninas 27 0 por meninos 9 5 e n o tem prefer ncia por sexo 63 5 Em rela o cor ou ra a n o t m prefer ncia 79 6 dos entrevistados 7 6 por branca 3 8 por negra 3 1 recusou se informar 3 1 mulata e 2 8 outras Foi tamb m perguntado nesta pesquisa se o candidato adotaria uma crian a portadora de necessidades especiais A resposta foi diferente da pr tica com certeza onde 35 0 diz que n o adotaria 10 1 recusou se informar e 54 9 afirmou que adotaria 3 3 1 3 Dos Abrigos Quanto ao perfil dos adotados temos o triste n mero de 80 mil crian as vivendo em abrigos Os abrigos nacionais constam catalogados por Estado e seu n me
259. em 05 ago 2008 CANDEAS Ana Paula Lucena Silva Valores e os Judici rios Revista da Associa o dos Magistrados Brasileiros ano 7 n 13 p 25 1 semestre de 2004 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e teoria da Constitui o 3 ed Coimbra Almedina 1999 CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 273 313 CARTA FORENSE A pol mica do parto an nimo Dispon vel em lt http www cartaforense com br Materia aspx id 2120 gt Acesso em 05 ago 2008 CARVALHO Salo de Penas e garantias uma leitura do garantismo de Luigi Ferrajoli no Brasil Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 CEJA Dispon vel em lt http www tj pr gov br cgj index htm gt Acesso em 21 maio 2008 CENTRAL JUR DICA Ado o de embri es pode ser alternativa ao seu uso em pesquisas Dispon vel em lt http Auww centraljuridica com materia 837 direito medico adocao de embrioes pode ser alternativa ao seu uso em html gt Acesso em 02 jul 2008 CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 CHAVES Antonio Tr s temas pol micos em mat ria de ado o de crian as In COUTO S rgio Org Nova realidade do direito de fam lia doutrina jurisprud ncia vis o interdisciplinar e notic
260. em si que a medida pode gerar grave comprometimento nos mais elementares la os de afeto que agregam as fam lias Ser que o mo o adotado pelo irm o mais velho ap s o falecimento do pai ao se fazer homem n o se embrenhar nessa complexa situa o de m goa culpa agradecimento por entender que seu benfeitor lhe privou da possibilidade de honrar de p blico a mem ria do pai morto NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 40 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 119 120 12 a 47 Consigne se que em 10 de maio de 2002 foi sancionada a Lei 10 447 que instituiu o Dia Nacional da Ado o a ser comemorado anualmente no dia 25 de maio Encerra se este cap tulo com a defini o de Luiz Edson Fachin quando propugna Dizer da ado o no espelho jur dico como ato solene apto a estabelecer o v nculo da filia o compreender menos Apreender o mais relegar a id ia segundo a qual o adotivo vem na condi o de filho e assim aceito por algu m que lhe estranho Nada disso E na ado o que os la os de afetos se visibilizam desde logo sensorialmente superlativando a base do amor verdadeiro que nutrem entre si pais e filhos J
261. endo seus conflitos precoces CAHALI Yussef Said XIV Congresso da Associa o Brasileira dos Ju zes e Curadores de Menores Anais Vit ria 1991 p 5 apud COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 58 A partir do momento em que passou a vigorar o princ pio da prote o integral a filia o n o merece designa es discriminat rias A palavra filho n o admite qualquer adjetiva o A identidade dos v nculos de filia o divorciou se das verdades biol gicas registral e jur dica Sustenta Belmiro Welter que quem sempre foi chamado de filho de cria o ou seja aquela crian a normalmente carente que passa a conviver no seio de uma fam lia ainda que sabendo da inexist ncia de v nculo biol gico merece desfrutar de todos os direitos atinentes filia o A pejorativa complementa o de cria o est mais que na hora de ser abolida DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 3 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 p 398 307 308 309 95 filho paternidade socioafetiva Torna se corriqueiro o afastamento socioafetivo entre filhos e pais biol gicos ap s a ado o mesmo advindo de ado o intuito personae Entretanto existem decis es onde se permite a visita de genitores aos filhos adotados em geral homologat rias O problema surge quando n o h conse
262. ental A aplica o da nova legisla o muito pouco acrescentou em mat ria de ado o disciplinando o instituto de forma global aumentando o n mero de artigos e muitos j existentes no ECA Com isso os princ pios norteadores do instituto da ado o continuam sendo do ECA desde que n o conflitem com o atual C digo Civil Lei 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Conflito de Leis As leis novas quando definem o estado de pessoas aplicam se imediatamente a todos que se achem nas novas condi es previstas Assim como a lei atual admite a ado o sem exigir dos adotantes o prazo de 5 anos de casados v lida aquela celebrada ao tempo em que a lei vedava a ado o sem o preenchimento desta condi o TJRJ Ap C vel 2 995 93 Ainda Ato de Ado o lavrado sob o imp rio de legisla o anterior que n o estabelecia bices sua concretiza o com a entrada em vigor de novo texto Estatuto da Crian a e do Adolescente n o tem o cond o de prejudicar ato consolidado impedindo sua averba o TJRJ Ap C vel 590 91 1992 Por derradeiro N o h direito adquirido ao regime jur dico de um instituto de direito como o a ado o Se lei nova criando a legitima o adotiva prescreve novo regime jur dico rela o oriunda de ato adotivo peculiar aplica se lhe de imediato fazendo irrevog vel a ado o na forma do art 374 do CC enquanto esta norma se lhe aplicava a t tulo de lei ve
263. entes sociais psic logos psiquiatra e pedagogos Esses t cnicos indispens veis tamb m nas demais institui es do sistema de 410 411 412 413 414 415 122 Crian a e do Adolescente Estipulou o legislador a necessidade de disposi o de recursos or ament rios denominada equipe interprofissional o denominado setor t cnico formado por assistentes sociais e psic logos Neste sentido desenvolvem eminente trabalho ao elaborar pareceres bem como orienta o aos menores e aos seus respons veis legais A Justi a da Inf ncia e da Juventude n o ter condi es de executar as leis se n o dispuser de meios e recursos necess rios a sua instala o e funcionamento Em contrapartida o que se imp e aos t cnicos observar avaliar cada situa o vendo expurgar o vi s do sentido culpabilizante ou moralizante com a busca da neutralidade Inconteste que os Juizados de Inf ncia e Juventude n o contam com recursos materiais e nem humanos para o perfeito atendimento dos casos que ali aportam diariamente Infelizmente esta a realidade das comarcas do interior onde n o h quadro completo de profissionais t cnicos essenciais realiza o dos prote o crian a e ao adolescente est o previstos no artigo 49 das Regras M nimas das Na es Unidas devendo se submeter a uma forma o especializada cont nua com nfase nas ci ncias humanas e especialmente no trabalho de reeduca o
264. entiras no es relativas que se revelam conforme o momento e o enfoque apresentado CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 305 as verdades jur dicas biol gicas e s cio afetiva longe de serem absolutas N o se pode ignorar que as verdades jur dicas e biol gicas ou gen ticas tendem a ligar se ao modelo codificado posto que est o aptas a dar condi es de manuten o ao modelo de legitimidade existente CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 305 Levando se em conta que As rela es paterno filiais Ap s muito tempo com um modelo legal que provocou a exclus o da filia o dita ileg tima pautada num sistema de estabelecimento da verdade jur dica Outras verdades se apresentaram aos sujeitos da fam lia as interven es da tecnologia na vida do sujeito colocaram em xeque muitas verdades jur dicas uma terceira verdade vem sendo valorizada na esfera jur dica O aspecto s cio afetivo do estabelecimento da filia o baseado no comportamento das pessoas que a integram revela que talvez o aspecto aparentemen
265. erais e objetos que podem ter seu estudo destacado na dogm tica jur dico constitucional Aqui tratamos dos princ pios constitucionais fundamentais CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e teoria da Constitui o 3 ed Coimbra Almedina 1999 p 309 Isto tem sido denominada de repersonaliza o do direito Os mencionados fen menos provocaram a inser o e a afirma o do direito geral de personalidade nas Constitui es pois somente mediante a ado o de uma cl usula geral poder o os tribunais atrav s da concre o desenvolver uma jurisprud ncia atuante e din mica para a tutela de todas as modalidades de les o personalidade da pessoa humana SZANIAWSKI Elimar Direitos de Personalidade e sua Tutela 2 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 127 SZANIAWSKI Elimar Direitos de Personalidade e sua Tutela 2 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 140 A Constitui o n o um simples ide rio N o apenas uma express o de anseios de aspira es de prop sitos E a transforma o de um ide rio a convers o de anseios e aspira es em regras positivadas em comandos em preceitos obrigat rios paras todos rg os do Poder e cidad os MELLO Celso Antonio Bandeira de Efic cia das normas constitucionais sobre justi a social Revista de Direito P blico n 57 58 p 236 S o Paulo RT 1981 Dispon vel em lt http Avww di
266. eresse e bem estar da crian a especialmente quando a m e biol gica comprovadamente n o apresenta condi es de criar e educar adequadamente o menor Ado o deferida TJSP AC 45 976 0 C Esp Rel Des Yussef Cahali j em 07 10 1999 Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 1 n 1 p 125 Porto Alegre S ntese IBDFA abr un 1999 Jacqueline Filgueras Nogueira escreve na pr tica social as rela es de afeto s o mais importantes que as oriundas de consang inidade pois o entendimento majorit rio de que pais s o os que criam n o os que procriam de tal forma que se deve considerar como verdadeiro pai aquele que embora n o o seja do ponto de vista biol gico o homem que ama cria educa e alimenta uma crian a assumindo todas as fun es inerentes de pai sendo este considerado como tal por esta crian a NOGUEIRA Jacqueline Filgueras A filia o que se constr i o reconhecimento o afeto como valor jur dico S o Paulo Mem ria Jur dica 2001 p 56 Sobre o reconhecimento volunt rio e espont neo da paternidade Trata se de ato pessoal sendo tamb m em regra um ato unilateral Em determinados casos a lei estabelece duas realidades que podem turvar o car ter de unilateralidade do reconhecimento Quando se trata de um filho maior faz se necess rio auferir seu consentimento Em se tratando de filho menor poss vel depois postular o desligamento Afinal ningu m pode ser re
267. erfei oamentos e outros apontam os malef cios trazidos pelo C digo Civil Insiste que a melhor solu o seria melhorar o Estatuto sob o argumento da unicidade legislativa Os esfor os legislativos t m sido in cuos n o evoluem e se arrastam no processo legislativo intermin vel esquecendo do verdadeiro compromisso com a doutrina da prote o integral Entretanto a edi o de uma Lei Nacional de Ado o vem criando forte resist ncia por parte de rg os e entidades de Defesa dos Direitos de Crian as e Adolescentes em raz o de muitos equ vocos ideol gicos e conceituais que acabam por romper com a sistem tica da Doutrina da Prote o Integral Crian a e ao Adolescente segundo Murillo Jos Digi como Sob pena de afronta partindo do princ pio elementar que as conquistas sociais alcan adas n o admitem retrocesso leva conclus o de que qualquer iniciativa legislativa contr ria seria inconstitucional Neste sentido vale destacar que foi aprovada uma mo o por ocasi o do XXI Congresso da Associa o Brasileira dos Magistrados e Promotores de Justi a da Inf ncia e Juventude ABMP realizado em Belo Horizonte MG lt www cnj gov br index php option com content amp task view amp id 3976 amp ltemid 160 gt Acesso em 18 jun 2008 55 DIGI COMO Murillo Jos Projeto de Lei Nacional de Ado o n o esta a solu o Cadernos do Minist rio P blico do Paran Curitiba v 9 n 1 p 3 jan
268. ervi o social em entrevistar pessoas indicadas pelas partes h distor es nas declara es de fatos apresentadas pelas partes i omiss o de elaborar relat rios de entrevistas realizadas que possam ser decisivas j abuso de poder BONATO Carlos Roberto O olhar externo sobre o trabalho t cnico Integrando Boletim Informativo do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a e Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude ano IX n 35 p 27 31 Curitiba jun 2004 Ros ngela de Ara jo assim se manifesta a per cia social enquanto express o judicial do estudo social visa esclarecer situa es consideradas problem ticas e ou conflituosas no plano dos lit gios legais Dispon vel em lt http Avww apase org br 13002 apraticadoestudo htm gt Acesso em 20 jun 2008 422 423 125 das garantias asseguradas inf ncia e adolesc ncia ser o os elementos fundamentais para fazer valer a lei Assim a interdisciplinaridade traz no seu bojo certamente os melhores resultados os quais devem ser elogiados 3 2 2 Da Atua o do Servi o Social na Escolha do Casal importante lembrar que o Estatuto da Crian a e do Adolescente determina que se manter al m do registro de crian as e adolescentes em condi es de serem adotados um cadastro de pessoas interessadas em adotar sendo que o deferimento da inscri o dar se ap s pr via consulta aos rg os t cnico
269. es da realidade dos processos de ado o destitui o de poder familiar enfim da exist ncia de institui es de abrigo O Estado nada tem feito e a lei n o prioriza a crian a e o adolescente abrigados Entretanto n o basta condenar simplesmente o Estado e permanecer inerte A sociedade precisa olhar atenta aos abrigos aos feitos segredo de justi a e ver que nossas crian as est o crescendo nos abrigos certo que houve avan os mas preciso uma maior dedica o quest o da vida Certamente raz o assiste autora L cia Maria de Paula Freitas pelo menos no que se refere aquelas crian as institu das quando afirma que se fosse a ado o tamb m um caminho gil seguro desburocratizado seria ela uma op o a mais para os que pretendem estabelecer os v nculos da paternidade Fosse ela de fato com o estabelecimento de crit rios condi es e procedimentos jur dicos despidos do preconceito vista como possibilidade de realiza o plena dessa rela o de paternidade n o ter amos o entrave realiza o da ado o O medo esbarra nas desigualdades aquelas entre ricos e pobres Do ponto de vista das fam lias paup rrimas de onde saem crian as abandonadas e do outro lado daqueles que pretendem a ado o os quais certamente n o s o paup rrimos exigem perfil para os que ser o adotados E enquanto n o se resolve este dilema continuamos n s no velho paradigma e esquecemos o novo em que a
270. es dos adultos que geram direitos especiais para crian as e adolescente em face desses mesmos adultos e por vezes propiciando lhes o exerc cio de direitos de forma privilegiada crian as e adolescentes ficariam reduzidos condi o de mero objeto das rela es jur dicas entre os adultos n o se lhes outorgando a condi o plena de sujeitos de direitos Quando se afirma e assim faz quase que toda a doutrina do Direito da Crian a e do Adolescente que estes eram tratados no sistema anterior basicamente como objetos de interven o do mundo adulto n o se pretende sustentar que n o poderiam figurar como titulares de qualquer direito Ao menos h mais de dois s culos crian as e adolescentes s o titulares de determinados direitos como bem exemplifica a quest o relacionada aos direitos patrimoniais O que se pretende destacar que na sistem tica anterior eram vistos essencialmente como adultos em miniatura quando muito tinham alguns direitos de mesma natureza daqueles conferidos e g o de propriedade como as crian as e adolescentes n o podem exerc los ou fru los integralmente por serem incapazes o ordenamento designa um representante para faz lo em seu lugar Somente se ent o o fato de que crian as e adolescentes n o eram reconhecidos como sujeitos de direitos especiais em face dos adultos e transformam se eles em meros objetos de interven o do universo das rela es jur dicas entre estas outras pessoas humanas ao
271. essoa G nero e Fam lia uma vis o integrada do Direito Porto Alegre Livraria do Advogado 2002 p 122 Em outras reas do conhecimento tem como objeto de investiga o estas quest es como na sociologia psican lise antropologia filosofia e medicina Assim chamadas porque iniciadas sem avalia o pr via da idoneidade da fam lia adotante e sem garantia da lisura liberdade e amadurecimento dos consentimentos exigidos por lei 83 pelo pr prio adotado al m de outras situa es em que se configura a ado o ilegal As hist rias s o as mais diversificadas vejamos um caso concreto noticiado M e biol gica entregou o rec m nascido a uma fam lia vizinha que n o estava na fila de espera do F rum de Mar lia Maciel S o Bento do Sul Em muitos casos de ado o irregular a crian a devolvida ou rejeitada quando surge a primeira dificuldade Nesta pr tica o maior problema que a verdade que se apresenta por vezes n o corresponder verdade jur dica ou verdade afetiva nem sempre ser a verdade mais desej vel ou a verdade mais justa T o importante quanto a verdade e a justi a a seguran a jur dica e a felicidade de todos sem discrimina o de fam lia e filia o 28 PODER JUDICI RIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Resenha da Assessoria de Imprensa Dispon vel em lt www tj sc gov br resenha 0406 040616 htm gt Acesso em 23 jul 2008 Verdades e m
272. etens o resistida Trata se de terceiro interessado em que lhe reconhecido o direito de recorrer H casos em que a fam lia substituta busca a regulariza o da situa o mencionando que tem a guarda de fato da crian a Tamb m comum bater s portas do Judici rio requerendo apenas a guarda e responsabilidade da crian a quando chega em idade escolar ou para fins previdenci rios por exemplo Como o tempo passou e j foi estabelecido o v nculo o Judici rio n o v alternativa a n o ser conceder a guarda e a responsabilidade Entretanto no fundo esta guarda e responsabilidade passa a configurar uma situa o de filho de cria o velho conhecido do direito onde a crian a embora cuidada n o ter reconhecido seu direito de filho porque n o o Poder se ia aqui pensar em posse de estado de 308 Como n o se desconhece porque expressamente previsto na lei de reg ncia a perda do p trio poder s ser decretada judicialmente em procedimento contradit rio se estes estiverem de acordo com o pedido de ado o formulado por outrem inexistir lide ou pretens o resistida e a quest o passa a ter car ter meramente administrativo ou de jurisdi o volunt ria cf Ap 16 222 C Esp Rel Ney Almada j em 21 071994 Todavia entendimento diverso foi proferido Des Yussef Said Cahali que entendeu necess rio o procedimento contradit rio mesmo com a anu ncia da genitora na h
273. eto lei 496 77 positivou o instituto da ado o em sua legisla o Conven o a 25 de janeiro de 1793 deu o exemplo adotando a filha de Lepelletier Sanit Fargeau sendo que a lei de 25 germinal do ano XI regularizou as ado es que se fizeram O C digo Civil consagrou assim mais tarde a ado o com os defeitos supramencionados que mais evidentes se mostraram na guerra de 1914 1918 com a realidade dolorosa dos rf os de guerra levando a que a lei de 27 de julho de 1917 institu sse os pupilos da Na o reeditando a iniciativa supra referida da Revolu o de amparo inf ncia sem que tamb m se lan asse o legislador a um ordenamento real da ado o Adveio a lei de 19 de junho de 1923 completada pela de 23 de julho de 1925 que atendeu realidade dolorosa aludida refundindo completamente o t tulo VI do C digo Civil referente ado o Mas o decreto lei de 29 de julho de 1939 conhecido como o C digo de Fam lia transformando ainda mais o instituto da ado o no que insistiram as leis posteriores corrigiu imperfei es notadas nas experi ncias LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues Setembro 1965 p 9 a ado o ordin ria permitindo s pessoas de mais de 50 anos sem filhos e com a diferen a de mais de 15 anos do adotado altera o nome o adotado herda e apesar de ser contrato est sujeito homologa o
274. evalece a regra adoptio sequitur naturam e procura se proteger mais ainda os filhos nascidos de casamento do ad rogante A ad roga o n o mais encarada como um meio de acrescer o poder da fam lia mas por influ ncia hel nica como um expediente destinado a suprir a falta de filhos no casamento Todavia n o deve constituir 14 Por sua vez a ado o propriamente dita o ato pelo qual um alieni iuris sai de sua fam lia de origem e entra numa outra fam lia como filho ou filha neto ou neta do novo pater familias Ato de direito privado que interessava aos patres familias Assim a necessidade da adoptio s se fez sentir ap s a Lei das XII T buas Para cessar a p tria potestas imaginou se cessar sobre a pessoa adotada e faz la surgir na pessoa do adotante Naquela poca para a realiza o da ado o era necess rio o acordo entre os dois patres familias e n o havia o consentimento do adotado e era poss vel coloc lo na posi o de filho ou de neto Devido ado o sua localiza o na fam lia n o se alterava alieni iuris n o havia influ ncia sobre o patrim nio mas havia mudan a de fam lia A ado o produzia efeito somente em face do adotado vez que seus filhos permaneciam na fam lia de origem As formas romanas de ado o se mostravam peculiares vez que a ado o era um contrato entre o pai adotivo e o pai natural com o consentimento do filho havia obriga o de tratar o adotado como
275. evar em conta este aspecto para estabelecer a paternidade jur dica 336 337 338 339 102 jur dica porque o afeto e a valoriza o rec proca de seus componentes s o elementos relevantes e se concretizam diante do elemento tempo no caso concreto Assim n o havendo outras causas impeditivas para que a ado o se realize e considerando ainda o princ pio da prioridade absoluta da crian a apesar de relevar a origem ilegal dos fatos e ap s o devido procedimento legal o ju zo competente acaba por oficializar a ado o Outra quest o que merece ser colacionada refere se ao que acontece em determinadas rela es paterno filiais estabelecidas a partir da conviv ncia de um dos companheiros com o filho do outro o caso por exemplo em que a genitora ap s viver com o companheiro por anos este reconhece a paternidade do filho dela mediante declara o volunt ria e espont nea no registro civil mas falsa em 340 H tamb m um costume tolerado pela jurisprud ncia que acabou por se eleger numa nova modalidade de ado o a cnamada ado o brasileira consta o autor em nota de rodap vide ACv 5983000028 7 C C v do TJRS 18 11 1998 Acv 588403632 7 C C v do TJRS 17 03 1999 Acv 70001177088 8 C C v do TJRS 17 08 2000 Acv 49961 4 C C v do TJSC 26 03 1998 no qual o adotante ao inv s de submeter se aos rigores do processo de ado o simplesmente registra o filho
276. eve a obriga o alimentar cfr AUBRY et RAU 560 DEMOLOMBE obr cit n 134 2 que o adotado n o tem nenhum direito sucess o dos parentes do adotante tanto em linha reta como em linha colateral c a ado o n o importa na revoga o das doa es anteriores como aconteceria com a superveni ncia de filhos leg timos ou com a legitima o de um filho ileg timo SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 34 55 26 Por fim os efeitos da ado o nas rela es do adotado com sua fam lia natural n o se extinguiam exceto ao p trio poder Analisando os requisitos exigidos no C digo Civil de 1916 observa se que havia muitos obst culos para atender a realidade brasileira Note se que o movimento existente no exterior para acabar com a ado o tamb m permeou alguns civilistas no Brasil entre eles Lafayette Rodrigues Pereira seguia se agora tratar das ado es Raras vezes praticadas em Portugal ca ram entre n s as ado es em total desuso como em geral tem acontecido em toda a Europa nada mais raro do que uma Ado o Sendo pois a ado o uma institui o obsoleta seria uma verdadeira inutilidade tratar dela Em que pese os obst culos encontrados a possibilidade de conferir ao adotado em toda a for a de express o a qualidade de filho leg timo do adotante
277. everia ter sido observado Note se que toda a estrutura jur dica aplicada mant m se arrastada morosa e pesada trazendo uma situa o de plena inseguran a para as partes envolvidas no processo N o estamos num momento de aplausos mas de emerg ncia e de aprofundamento das reflex es pois o Poder Judici rio embora presente n o tem dado conta de resolver a quest o satisfatoriamente demonstrando o qu o fal vel o sistema na pr tica jur dica atual Tal absurdo jur dico fundado em regra processual quando deveria atuar efetivamente na solu o do lit gio considerando a crian a como sujeito de direito Houve sim vis o primitiva do direito inibindo que a crian a viva a plenitude da filia o fazendo com que lhe seja perpetuada a triste condi o de filho de ningu m desconsiderando por completo que pessoa em desenvolvimento Outra decis o no mesmo sentido onde se imp s a proced ncia do recurso com a anula o da decis o recorrida cassando se o decreto da perda do poder familiar da recorrente assim como se extinguindo a ado o concedida mantendo se os apelados na guarda provis ria por garantia da integridade f sica e mental da crian a Necess rio esclarecer que a crian a tinha 5 anos de idade e desde 1 ano e alguns meses convive com os apelados O que determina a verdadeira filia o n o a descend ncia gen tica mas sim os la os de afetos que s o constru dos em especial na ado
278. evido ao fato de a fam lia ser uma unidade religiosa pol tica econ mica e jurisdicional Tal instituto atendia falta de descend ncia masculina dando x continuidade ao culto dom stico e tamb m preserva o da unidade pol tico econ mica servindo mais tarde para a falta de sucess o testament ria para transmiss o da comunh o de bens da fam lia ao estranho Desaparecidas as condi es hist ricas pertinentes fam lia romana sucedeu a medieval germ nica em termos estritos na qual a ado o era mal vista estabelecendo os parentescos civis fictos em contr rio ao v nculo de sangue A pr pria Igreja n o simpatizava com a ado o em que via um meio de substituir a constitui o da fam lia leg tima pelo casamento uma possibilidade de reconhecimento obl quo de filhos adulterinos e incestuosos segundo ensina Vianna de Lima Desde a long nqua era romana a ado o vem sofrendo v rias modifica es conceituais e por isso da exist ncia de diverg ncias entre autores necessitando um estudo mais apurado para o esclarecimento desta plenitude Neste contexto a 14 A ado o realizava se ent o pela compar ncia do pai natural do pai adotivo e do adotando perante o juiz competente que em regra o governador de prov ncia O pai natural declara dar o filho em ado o em seguida redige se um ato escrito que levado a registro Assim ao passo que a ado o do sui iuris se faz princ
279. evista o fim da ado o internacional do Brasil Instituto Universit rio de Pesquisa do Rio de Janeiro Dispon vel em lt http Avww scielo br scielo php script sco arttext amp pid S0011 52582006000100003 amp 1ng gt Acesso em 11 jun 2008 Citamos a prop sito desta quest o um ac rd o do TJSC 4 C m Civ nos El 98 014073 0 da Capital Rel Alcides Aguiar j em 14 10 1999 deferindo visitas da adotanda m e e irm o g meo biol gicos e duas senten as da 1 Vara da Inf ncia e Juventude de Campo Grande MS deferindo ado es com permiss o de visitas da genitora e irm os biol gicos das adotandas 1 Num caso a genitora foi autorizada a visitar as duas filhas no ltimo domingo do m s no per odo diurno no lar dos pais adotivos devendo a genitora levar o irm ozinho biol gico da adotanda em nota de roda p Os adotantes tinham parentesco com a genitora e as adotandas j em idade escolar conheciam sua genitora e desejavam a sua visita A genitora que concordara inicialmente com a ado o em momento posterior se op s ado o Ambas as m es se queixavam de dificuldades colocadas pela outra quanto a empecilhos s visitas por m os adotantes concordavam que ap s a ado o a genitora mantivesse direito de visita E assim foi deferida a ado o mesmo contra a vontade da genitora destituindo a do poder familiar e mesmo assim mantendo seu direito de visita s filhas processo 001 02 170256 0 senten
280. express o h brida equivocada Os filhos n o s o nem poderiam ser objeto da autoridade parental Em verdade constituem um dos sujeitos da rela o derivada da autoridade parental mas n o sujeitos passivos e sim no sentido na modalidade de uma dupla realiza o de interesses do filho e dos pais Se houvesse diverg ncia o sistema constitucionalizado de fam lia adotado hoje no Brasil indica o poder de dirimir a controv rsia ao Estado atrav s do Judici rio Sulbmetidos autoridade parental est o os filhos menores O fim da menoridade implica sua extin o As caracter sticas da autoridade parental 1 E um m nus significado que transcende o interesse pessoal e o exerc cio da autoridade parental n o consiste necessariamente no atendimento do interesse privado O direito respectivo tamb m est submetido a certos limites por exemplo o respeito liberdade religiosa ou cren as 2 E irrenunci vel mas pode ser destitu do do exerc cio do direito 3 E inalien vel n o suscet vel de ser transferido 4 E imprescrit vel H circunst ncias que a autoridade parental pode ser suspensa destitu da ou extinta A ado o implica extin o da autoridade parental FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 245 247 Concordamos plenamente que O grande problema tico qu
281. f ncia e Juventude s o iniciados por meio de relat rio social e os requerentes normalmente assinam o requerimento independentemente de assist ncia de advogado e isentos de custas judiciais Assim o estudo social que realizado para fins de ado o ocorre preliminarmente quando do pedido de cadastro de ado o em forma de entrevista Na entrevista conhecido o perfil do interessado em seus aspectos sociais e psicol gicos Devem ser bastante aprofundados os questionamentos sobre a motiva o que levou o interessado a decidir sobre a ado o De acordo com a resposta pode se definir se realmente a pessoa deseja adotar para ser pai ou m e de uma crian a ou adolescente ou se deseja fazer uma substitui o de um filho falecido ou ainda se deseja uma companhia ou at para perpetuar um patrim nio familiar Nesse relat rio s o diagnosticados os reais motivos da ado o e s o abordados os aspectos relevantes sobre a crian a pretendida tais como cor sexo idade se aceitam g meos irm os Al m de outras situa es legais aborda se a quest o de crian as abrigadas que ainda n o est o destitu das do poder familiar se aceita guarda provis ria considerando que h uma possibilidade de iniciar uma vida em fam lia substituta e mais tarde transformar em ado o Tamb m questiona sobre os aspectos de sa de do adotando como exemplo crian as com defici ncia f sica e mental ou patologia cr nica portadora de v rus da imuno
282. festa impossibilidade dos pais ou respons vel para prov las Il v tima de maus tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou respons vel Ill em perigo moral devido a a encontrar se de modo habitual em ambiente contr rio aos bons costumes b explora o em atividade contr ria aos bons costumes IV privado de representa o ou assist ncia legal pela falta eventual dos pais ou respons vel V com desvio de conduta em virtude de grave inadapta o familiar ou comunit ria VI autor de infra o penal Par grafo nico Entende se por respons vel aquele que n o sendo pai ou m e exerce a qualquer t tulo vigil ncia dire o ou educa o de menor ou voluntariamente o traz em seu poder ou companhia independentemente de ato judicial grifos nossos O termo muito amplo de interpreta o extensiva exigindo in meras indaga es at hoje n o respondidas SIQUEIRA Liborni Ado o no Tempo e no Espa o Doutrina e Jurisprud ncia 2 ed Rio de Janeiro Forense 1992 p 44 46 74 75 32 Rodrigues Granato de que este dispositivo s era aplicado aos menores em situa o irregular o que leva dedu o de que todas as crian as ou adolescentes que estivessem em situa o regular poderiam ser encaminhadas para ado o de acordo com o C digo Civil independentemente de autoriza o judicial muito embora isto n o ocorresse Durante a vig ncia do C digo de Menores a
283. francesa Marie Christine George 1998 27 esclarece que tais casos t m sido frequentemente encaminhados aos tribunais de seu pa s Situa es que equipara a modos de destrui o da filia o quando interpretadas como uma tentativa de descaracteriza o da hist ria e da identidade de uma crian a A autora cita como exemplo o caso de uma menina de 11 anos prestes a ter sua identidade alterada pela quinta vez em fun o dos casamentos e separa es conjugais de sua genitora Provavelmente por tais motivos Thery 1998 p 213 explica que a ado o plena pelo c njuge em casos nos quais a crian a foi registrada por pai e m e foi contra indicada na Fran a a partir da Lei de 08 01 1993 Justifica que esta possibilidade de ado o plena contrariava o direito de a crian a preservar seus v nculos de filia o No entanto a Lei de 5 de julho de 1996 rev esta situa o considerando a poss vel em casos excepcionais quando n o h ascendentes de primeiro grau ou quando estes s o claramente desinteressados pela crian a BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 44 abr maio jun 2002 Com frequ ncia s o ajuizados in meros pedidos de ado es unilaterais geralmente formulados pelo marido ou companheiro da genitora da crian a 367 110 o genitor a for conhecido entretanto deve ser feita a destitui
284. fundamento constitucional e principiologia constitucional em face da ado o e dos seus limites Em seguida considerando que a ado o envolve um extenso arco de possibilidades de informa es de olhares de discursos e de an lises que v o sendo constitu das discute se a necessidade de uma proposta de transforma o Analisam se de forma cr tica as pr ticas do direito de fam lia face ado o atrav s de levantamento das problem ticas pontuais tais como ado es irregulares ado o e o Judici rio brasileiro Apontam se assim as necessidades de transforma o dos m todos existentes considerando o n mero de crian as institucionalizadas o excesso de burocracia que dificulta solu es mais c leres especialmente nos casos que se inspiram no amor na generosidade e na solidariedade Nesse contexto diante de quest es relativas inf ncia e juventude procurou se encontrar as justificativas coerentes que impliquem a adequada utiliza o do instituto da ado o considerando seus reflexos nos casos concretos partindo do princ pio da prioridade absoluta e do superior interesse da crian a e do adolescente Palavras chave ado o categorias paradigmas pr ticas do direito de fam lia ABSTRACT The present paper intends to reach through scientific investigation the critical and scientific strict and objective knowledge originated from social reality and consolidated in law Proceeding with critical and cons
285. giadas em rela o s vantagens de ordem econ mica LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das Crian as In LEITE Eduardo de Oliveira Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 117 Grandes temas da atualidade Infelizmente adotados s o concebidos em raz o da miserabilidade FACHIN Luiz Edson Elementos cr ticos do direito de fam lia curso de direito civil Rio de Janeiro Renovar 1999 p 42 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 43 A ado o apenas ser deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar se em motivos leg timos 219 220 221 222 72 SE O 2 4 DA CONSTITUCIONALIDADE E SEUS LIMITES 2 4 1 Da Constitucionalidade ou Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Neste t pico partiremos de forma direta quanto constitucionaliza o ou inconstitucionaliza o do processo de ado o Para tanto ser considerada a pr pria Constitui o Federal de 1988 a qual destacou em seu texto a igualdade jur dica entre os la os de sangue e os la os de afeto e apresenta novas vertentes que necessitam ser visualizadas pelos operadores de direito al m de contar com uma vis o utilitarista do processo de fam lia isto o m nimo de sacrif cio para os pais e o m ximo de benef cio para o filho princ pios da prioridade e da preval ncia absoluta Como alerta Belmiro
286. gistrados possuem afinidade com os objetivos inseridos pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente e s o estes que devem permanecer nestas Varas especializadas Curiosamente e com raras exce es o Magistrado da Inf ncia e Juventude tem sua imagem diminu da e por vezes desconsiderada e incompreendida nos meios jur dicos N o bastasse isso a participa o direta do Magistrado n o ocorre devido ao ac mulo de outras fun es judicantes O Magistrado acaba por n o encontrar tempo suficiente para dedicar se s causas que integram as fun es do Juizado de normativo que prev situa es conflituais e que norteia o juiz na escolha das alternativas que a ele se oferecem Atividade meio cartor rias as t cnicas Servi o Auxiliar da Inf ncia e Juventude psic loga assistente social comiss rio Ser analisada no pr ximo item Interdepend ncia interna trata se de coordenar os diversos servi os norteados pelos princ pios b sicos do planejamento 33 Interdepend ncia externa trata se do inter relacionamento entre o Juizado e a comunidade 391 392 118 Inf ncia e Juventude deixando por conseguinte de dar cumprimento prioridade absoluta crian a e ao adolescente Por certo que o Juiz n o um super homem Trata se de ser humano a quem o Estado confiou o dever do exerc cio da fun o jurisdicional e deve faz lo da melhor maneira poss vel No entanto deve ser eficaz e sens vel ao fim a que se
287. go em entidade VIII coloca o em fam lia substituta Par grafo nico O abrigo medida provis ria e excepcional utiliz vel como forma de transi o para a coloca o em fam lia substituta n o implicando priva o de liberdade Temos que lembrar que as crian as n o ficam congeladas esperando que algu m tome alguma provid ncia elas crescem dia a dia e quando percebemos pode ser tarde demais Lembremos que os adultos de uma maneira ou outra sempre v o em busca de seus direitos ou pelo menos daquilo que eles entendem por direito ao contr rio da crian a que permanece inerte sem a menor no o do que acontece ou do que lhe devido Sabe apenas a hist ria de seu sofrimento de suas dores de suas amarguras GUEDES L dia Munhoz Mattos A crian a o Adolescente e a prioridade absoluta In Integrado Boletim Informativo Curitiba ano IX n 35 p 33 set 2004 Trata se de direito exclusivo de crian as e adolescentes e pode ser a chave da solu o para diversos conflitos espec ficos Estatuto da Crian a e do Adolescente art 19 Toda crian a ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua fam lia natural e excepcionalmente em fam lia substituta assegurada a conviv ncia familiar e comunit ria em ambiente livre da presen a de pessoas dependentes de subst ncias entorpecentes Psicologia e Sociologia informando a aplica o do Direito com tratamento multidisciplinar abr
288. grau de personalidade s o sujeitos de direito e possuem o id ntico direito vida e de nascer A Constitui o garante a todos a igualdade perante a lei o primado direito vida e a preserva o da dignidade do ser humano Tanto o embri o inserido no tero de uma mulher da m e biol gica ou de um tero de substitui o como o embri o in vitro mesmo que congelado um ser humano vivo e possui o mesmo grau de personalidade s o conceitos que n o admitem graus nem exce es SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 66 67 dez 2002 A bio tica como disciplina que surge exatamente para avaliar o impacto do avan o tecno cient fico particularmente no mbito das bioci ncias sobre a vida humana tem desenvolvido reflex es interessantes a respeito da reprodu o assistida Esta vis o positiva e otimista da reprodu o assistida n o pode esconder os problemas e dificuldades existentes N o cabe bio tica barrar o avan o da reprodu o assistida mas necess rio indicar caminhos SOCIEDADE DE OBSTETR CIA E GINECOLOGIA DO PARANA Biot tica e Doa o de Embri es Dispon vel em lt http Avww sogipa org br htmls atualidades artigos atuais bioetica em brioes asp gt Acesso em 01 jul 2008 Um dos argumentos colocado que o reduz
289. gundo o Ministro do STJ Paulo Costa Leite o interesse maior da sociedade n o o mero acesso ao Judici rio mas sua efici ncia n o adianta garantirmos o direito de bater s portas do Judici rio temos que garantir que a decis o ser colocada em pr tica em tempo razo vel Jornal do Com rcio RJ 1 1 2002 Apud CANDEAS Ana Paula Lucena Silva Valores e os Judici rios Revista da Associa o dos Magistrados Brasileiros ano 7 n 13 p 25 1 semestre de 2004 Ou deveria contar Estatuto da Crian a e do Adolescente art 152 Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam se subsidiariamente as normas gerais previstas na legisla o pertinente A no o b sica de que os auxiliares os assistentes s o pessoas essenciais para o desenvolvimento das atividades meio do Juizado ou seja fornecem uma infra estrutura t cnica e administrativa para que o Juizado possa atingir seus objetivos Este tema ser tratado no pr ximo item comum ouvir da popula o que frequenta o Servi o Auxiliar da Inf ncia e Juventude SAIJ que ele este em audi ncia com o juiz o que nem sempre verdade A atividade judicante visa a realiza o do Direito a atua o pr tica das normas abstratas que integram o direito objetivo E evidente portanto que essa atividade se baseia no complexo 386 387 388 389 390 117 abstrata n o t o importante quanto a aplica o da lei em um caso concreto No caso concre
290. i o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 16 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 a cidadania confunde se praticamente com os direitos humanos sendo uma representa o universal do homem emancipado fazendo emergir a autonomia de cada sujeito hist rico como a luta por espa os p blicos na sociedade a partir da identidade de cada sujeito CORREA Darc sio A constru o da cidadania reflex es hist rico pol ticas Iju Uniju 1999 p 216 218 o sentido da dignidade humana alcan a assim a pr pria distin o entre Estado e Sociedade Civil ao configurar o espa o de cidadania que n o se v absorvida nem por um nem por outro mas deve ser reconhecida como um pressuposto de ambos Significa que constitucionalmente est reconhecido que o homem tem um lugar no mundo pol tico em que age FERRAZ JUNIOR T rcio Sampaio Constitui o de 1988 legitimidade vig ncia e efic cia supremacia S o Paulo Atlas 1989 p 36 Jos Joaquim Gomes Canotilho afirma que n o devemos confundir aqui princ pios constitucionais fundamentais com princ pios gerais do direito constitucional Os primeiros se 174 175 176 177 178 179 61 sistema jur dico em que est o fixadas as pilastras que sustentam o sistema Presente agora a not ria preocupa o em valorizar o sujei
291. i o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 17 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 crian as e adolescentes encontram se em situa o f tica especial e de maior vulnerabilidade ensejadora da outorga de um regime especial de salvaguardas que lhes permite construir e desenvolver suas potencialidades humanas plenamente em aten o ao primado suum cuique tribuere que decorre do princ pio da igualdade NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 17 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Nos estreitos limites desta disserta o n o cabe tratar da quest o relacionada com os direitos fundamentais da pessoa humana na Constitui o Federal e sua interface com os direitos fundamentais de crian as e adolescentes Entretanto cabe mencionar a advert ncia de Rosa Maria de Andrade Nery ao destacar que os chamados direitos fundamentais do homem n o se confundem nem se reduzem aos chamados direitos de personalidade na acep o que lhe d a doutrina civilista Evidentemente que al m dos tradicionais direitos da personalidade os direitos
292. i a as Comiss es Estaduais Judici rias de Ado o CEJAS Cejais e as Corregedorias Gerais da Justi a devem fomentar campanhas incentivando a ado o de crian as e adolescentes em abrigos e sem perspectivas de reinser o na fam lia natural Par grafo nico O Conselho Nacional de Justi a celebrar conv nio com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica SEDH para troca de dados e consultas ao Banco Nacional de Ado o BRASIL Resolu o 54 de 29 de abril de 2008 Disp e sobre a implanta o e funcionamento do Cadastro Nacional de Ado o Dispon vel em 197 Brasil a se conhecer no sentido de a partir desse cadastro nico saber exatamente quantas crian as est o abrigadas dispon veis para ado o e quantos delas conseguiram a t o almejada fam lia substituta al m de contar com o cadastro nico de pretendentes ado o Ap s a correta implanta o certamente colheremos os frutos embora no in cio ser o cadastro lento e muitos deixaram de faz lo por falta de estrutura material e humana Note se que a grande maioria dos Tribunais estaduais n o tem estat stica quanto ao n mero de ado es realizadas n mero de crian as adolescentes abrigados n mero de pessoas interessadas e cadastradas para a ado o entre outros dados estat stico tamb m em decorr ncia da falta de estrutura humana t cnicos para tal realiza o Uma parcela da doutrina admite que o ECA precisa de ap
293. i rio Rio de Janeiro COAD SC Editora Jur dica 1999 t 2 p 1 COBRA Rubem Queiroz Immanuel Kant Site www Cobra pages nom br internet Bras lia 1997 Dispon vel em lt http Avww cobra pages nom br fmp kant html gt Acesso em junho de 2008 COELHO Francisco Pereira OLIVEIRA Guilherme de Curso de Direito da Fam lia 3 ed Coimbra Coimbra 2008 v 214 CONSULTOR JUR DICO Pedrinho passa a usar nome que m e biol gica escolheu Revista Consultor Jur dico 25 mar 2004 Dispon vel em lt http conjur estadao com br static text 22496 1 gt Acesso em 06 maio 2008 C RREA Darc sio A constru o da cidadania reflex es hist rico pol ticas Iju Uniju 1999 COSTA Tarc sio Jos Martins Ado o Internacional Aspectos Jur dicos Pol ticos e Socioculturais Integrando Boletim Informativo do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a e Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude Ano X n 38 p 16 28 Curitiba jun 2005 Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 Ado o transnacional um estudo sociojur dico e comparativo da legisla o atual Belo Horizonte Del Rey 1998 COULANGES Fustel de A Cidade Antiga Estudos sobre o culto o direito as institui es da Gr cia e de Roma Trad portuguesa Jonas Camargo Leite e Eduardo Fonseca S o Paulo Hemus 1971 COUTO S rgio Org Nova
294. i que o instrumento p blico da subst ncia do ato nas ado es SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 31 Ao definir no cap tulo o objeto e a finalidade da lei o C digo de Menores de 1927 teve uma vis o correspondente aos conceitos ent o vigentes abrangendo num mesmo entendimento o menor abandonado e o menor delinquente embora pretendendo oferecer a um e a outro assist ncia e prote o No artigo 26 agrupou em oito situa es os menores abandonados com menos de 18 anos Atentando nas situa es da crian a de menos de dois anos entregue para criar fora da casa dos pais e dos menores expostos at sete anos de idade em estado de abandono j apresentou uma primeira perspectiva de integra o e acalentou o prop sito de evitar o abandono pela m e mediante conselho e ao mesmo tempo o sigilo de que devia revestir o processo de recolhimento Voltando suas vistas para os menores abandonados art 53 e ss O C digo Mello Mattos estabeleceu medidas relativas ao seu recolhimento e o seu encaminhamento a um lar seja o dos pais seja o de pessoa encarregada de sua guarda Antecedendo s grandes medidas tomadas pelos Organismos Internacionais e n o obstante os defeitos naturais em um diploma pioneiro l cito apont lo como um c digo precursor o qual colocou o Brasil na
295. iais nos lares familiares aplica o no processo de reconhecimento volunt rio da paternidade e da maternidade do princ pio da efetividade representa a mais not vel transforma o do constitucionalismo estando ligado ao fen meno da jurisdiciza o da Constitui o e ao reconhecimento de sua for a normativa A efetividade a realiza o concreta no mundo dos fatos dos comandos abstratos contidos na norma WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 98 v 829 p 51 nov 2004 Entre eles por exemplo o sequestro enfim crimes definidos por lei Nome este certamente pejorativo nossa condi o de brasileiros Ocorre que a sociedade n o evoluiu com a lei e tema em fazer ado es moda antiga que tentam sobrepor se lei e revelam n o s a cupidez de car ter de quem as pratica mas sobretudo o claro sentimento de ego smo que empurra esses meio cidad os que n o podem gerar filhos biol gicos para um sistema paralelo que criminoso SCHWEITZER Fabian Ado o mitos e verdades Revista Bonijuris ano XIII n 457 p 14 dez 2001 Sobre a quest o de crian as abandonadas A pretexto de existirem no Brasil milhares de crian as abandonadas esses interessados na paternidade adotiva t m la ado cr ticas ao sistema de justi a que processa os pedidos de ado o na forma do ordenamento jur dico vigente Exatamente no momento em que
296. icas fizeram com que a paternidade deixasse definitivamente o dom nio da cren a para entrar no da certeza n o conseguiram na mesma propor o conciliar os la os de sangue com os la os afetivos de modo a que a crian a tenha no melhor dos casos seu verdadeiro pai isto o genitor verdade do sangue se confundindo com o pai verdade do cora o As express es verdade de sangue e verdade do cora o como fundamentos do conceito de filia o foram empregadas pela primeira vez por Marie Th rese Meulders Klein em 1972 no c lebre artigo Fondements nouveaux du concept de filiation originariamente publicado nos Annals de Droit n 4 1973 p 285 a 323 e agora republicado na obra La Personne La Famille et Le Droit p 153 a 184 Bruxelles Bruylant 1999 LEITE Eduardo de Oliveira Exame de DNA ou o Limite entre o Genitor e o Pai In LEITE Eduardo de Oliveira Coord DNA como meio de prova da filia o Rio de Janeiro Forense 2002 p 82 Grandes temas da atualidade 365 109 3 1 2 Da Ado o Unilateral Voltamos ao tema ado o unilateral pela perspectiva da pr tica do direito de fam lia levantando a problem tica em decorr ncia da pr tica que se apresenta Esta modalidade vem sendo discutida em diversos pa ses a exemplo da Fran a Neste sentido recordemos que lei admite a ado o unilateral situa o em que um dos c njuges ou companheiros adota o filho
297. idade de ado o Na internet tamb m se observa o mercado de ado es e ainda que crian as e adolescentes acabaram sendo devolvidos ap s uma tentativa malsucedida muito embora a ado o seja irrevog vel Outra quest o que aparece a realidade dos chamados filhos de cria o que vivem em fam lias sem a devida regulariza o Desta realidade virtual podemos observar a voz do povo e a partir disto aprimorar este Instituto que tem a evoluir para o bem de nossa sociedade buscando uma fam lia aquele que n o tem abrigados e com isto possibilitando a maternidade e paternidade aqueles que desejam ser pais brilhantes 164 CAP TULO 4 DOS DESAFIOS AVAN OS E OBST CULOS ADO O SE O 4 1 DOS ASPECTOS JUR DICOS E SOCIOL GICOS RELEVANTES 4 1 1 Da Crian a Institucionalizada Infelizmente a institucionaliza o de crian as ainda realidade nos dias atuais e a quantidade delas continua crescendo Velhas pr ticas de abrigamento s o dif ceis de serem abolidas em especial quando decorrem de conceitos que embora equivocados e ultrapassados se encontram profundamente enraizados na nossa consci ncia social Existem ainda situa es absurdas de flagrante desrespeito Constitui o Federal que causam graves problemas e em alguns casos irrevers veis preju zos justamente sob a gide da prote o O princ pio norteador de todas as a es na rea de inf ncia e juventu
298. idade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 47 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Para Giovane Serra Azul Guimar es nenhuma dessas inova es criadas pelo mencionado art 1 624 ter aplica o permanecendo como motivos de dispensa do consentimento apenas os previstos nos arts 45 1 do novo C digo Civil ou seja quando os pais forem desconhecidos ou tenham sido destitu dos do poder familiar Com efeito o mero desaparecimento dos pais n o pode ensejar a ado o do filho sem seu consentimento Muita coisa at mesmo com motivos justific veis desconhecidos pode dar ensejo ao desaparecimento dos pais N o pois poss vel que se conceda a ado o de algu m se seus pais estiverem simplesmente desaparecidos sem que se promova previamente a destitui o do poder familiar GUIMARAES Giovane Serra Azul Ado o Tutela e Guarda conforme o Estatuto da Crian a e do Adolescente e o novo C digo Civil 2 ed rev e atual S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 p 41 Tal exig ncia fere os princ pios gerais do Estatuto da Crian a e do Adolescente no que se refere prote o integral e prioridade absoluta Em conson ncia com o art 227 da Constitui o Federal reza o art 4 do ECA que dever da fam lia da comunidade da sociedade em geral e do Poder P blico assegurar com absoluta prioridade a efetiva
299. ido n mero de embri es congelados h pelo menos tr s anos 3 219 n o seria suficiente para a realiza o de pesquisas considerando os altos investimentos Em conclus o o Tribunal por maioria julgou improcedente pedido formulado em a o direta de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador Geral da Rep blica contra o art 5 da Lei federal 11 105 2005 Lei da Biosseguran a que permite para fins de pesquisa e terapia a utiliza o de 519 520 521 522 523 524 184 A quest o que se coloca qual destino dar aos embri es excedentes Existem algumas possibilidades mant los criopreservados indefinidamente serem doados para pesquisa ou para terceiros A ado o de embri es apresenta se como alternativa para solucionar estas quest es e sanar o grande problema tico que a indefini o sobre o destino dos embri es excedentes Trataremos apenas da terceira possibilidade em virtude de o objeto do presente trabalho ser a ado o al m de se entender que o embri o um ser 525 526 527 c lulas tronco embrion rias obtidas de embri es humanos produzidos por fertiliza o in vitro e n o usados no respectivo procedimento e estabelece condi es para essa utiliza o O relator reconheceu por outro lado que o princ pio da dignidade da pessoa humana admitiria transbordamento e que no plano da legisla o infraconstitucional essa transcend ncia alcan aria a prot
300. iedade pois de nada adianta ter leis excelentes que na pr tica acabam sem fun o Isto tudo para que tenhamos uma sociedade mais justa e humana Hist rias de amor e decep o das mais variadas encontram se dispon veis na internet e estas lam rias de ado o demonstram a complexidade deste instituto t o sublime que atravessa a vida de tantas pessoas A sociedade discute via internet o assunto ado o com a maior naturalidade e despojamento Aponta as frustra es e alegrias na busca de um filho e relata hist rias de amor de solidariedade de concretiza es Apresenta a disparidade entre a crian a desejada Pa s sendo que a maioria aguarda a reintegra o familiar De acordo com os dados 90 das ado es s o ilegais 23 das ado es legais s o inter raciais e 14 das crian as adotadas tem mais de dois anos de idade WEBER Lidia Natalia Dobrianskyj KOSSOBUDZKI L cia Helena Milazzo Abandono e institucionaliza o de crian as no Paran In FREIRE Fernando Coord Abandono e ado o contribui es para uma cultura de ado o Il Terre des Hommes Curitiba 1994 p 31 Ado o pacote fechado o nome que se d ao pedido de ado o encaminhado ao juiz quando voc j conhece a crian a e quer adot la Esta pr tica aceita por poucos magistrados e promotores O que voc acha dela E por qu Criado por Tiago 279 votos a favor 26 contra 35 indecisos 340 votos no total respos
301. ifesta o de vontade dos pretendentes ado o considerando as reais vantagens da crian a ou do adolescente S assim estariam preenchidos os requisitos mesmo sem utiliza o do cadastro de ado o vez que este n o deveria estar em primeiro lugar ou ser obst culo para a concre o da ado o Na verdade entre a universalidade do direito e as liberdades singulares a rela o permanece abstrata e diante da abstra o toma rumo diverso do esperado aguardando a legitima o futura de hist rias de vidas e de cidadania 22 A interveni ncia do Estado no sentido de garantir um m nimo de direitos que todo ser humano deve ter direitos assegurados n o s na Constitui o Federal mas tamb m em diferentes tratados e protocolos internacionais dos quais o Brasil signat rio Ou ainda segundo LORIA 1999 o espa o de intera o e interlocu o entre o Estado e a sociedade civil na defini o e regulamenta o de a es a m dio e longo prazos que afetam a vida da popula o com efeitos prolongados na din mica de constru o de valores organiza o estrutura e modos de perceber e estar no mundo Assim diante da inefici ncia de pol ticas p blicas voltadas para a promo o social do sujeito o atendimento fam lia pobre vem se revestindo de cunho assistencial e tutelar Como define LORIA 1999 estas seriam atividades de repercuss o p blica p 70 ou seja interven es que visam unicamente a respos
302. igo de Direito Can nico refere se ao instituto da ado o em seus arts 110 877 8 3 e 1 094 C n 110 Os filhos que tenham sido adotados de acordo com a lei civil s o 23 18 nos estratos sociais mais deficit rios aparecendo a Rodas dos Enjeitados onde deixavam as crian as anonimamente Nessa poca aconteciam infantic dios abortos nascimentos clandestinos e abandono de crian as oriundas de nascimento de filho ileg timo decorrentes da forte reprova o religiosa e social Na Idade Moderna segundo Valdir Sznick o instituto encontrado em tr s legisla es no C digo promulgado por Christian V na Dinamarca em 1683 nos projetos do C digo Prussiano 1751 promulgado como lei em 1794 regulamentando a ado o nos artigos 666 a 716 e no Codex Maximilianus da Bav ria 1756 Posteriormente o C digo Napole nico trouxe quatro esp cies de considerados filhos daquele ou daqueles que os adotaram Da prova e do registro de batismo C n 877 8 3 Tratando se de filho adotivo inscrevam se os nomes dos adotantes como tamb m ao mesmo se assim se faz no registro civil da regi o os dos pais naturais de acordo com os 88 1 e 2 atendendo se s prescri es da Confer ncia dos Bispos N o consta portanto refer ncia situa o anterior do menor desaparecendo quaisquer dados dos livros de batizados e de outros documentos eclesi sticos MONTEIRO S nia Maria Aspectos Novos
303. il Direito de Fam lia S o Paulo Atlas 2008 VERONESE Josiane Rose Petry Filia o adotiva In PEREIRA Rodrigo da Cunha Org Direito de Fam lia contempor neo Belo Horizonte Del Rey 1997 p 605 638 VIANNA Guaraci de Campos Poder Normativo da Justi a da Inf ncia e Juventude p 1 Dispon vel em lt http sisnet aduaneiras com br lex doutrinas arquivos 291107 pdf gt Acesso em 11 jun 2008 VIEIRA Jos Ribas A no o dos Princ pios no Direito P blico do Estado Democr tico In PEIXINHO Manoel Messias Coord Os princ pios da Constitui o de 1988 Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 VILLELA Jo o Baptista A desbiologiza o da paternidade Boletim IBDFAM n 11 ano 2 p 7 set out 2001 WEBER Lidia Natalia Dobrianskyi Crit rios de Sele o de Pais Adotivos em Discuss o Revista Intera o em Psicologia do Departamento de Psicologia da UFPR Paran n 01861 1998 p 1 Dispon vel em lt http idiaw sites uol com br selecaoadotivos htm gt Acesso em 11 jun 2008 Os filhos de ningu m abandono e institucionaliza o de crian as no Brasil Revista Conjuntura Social Rio de Janeiro jul 2000 n 4 p 30 36 Dispon vel em lt htip lidiaw sites uol com br filhosdeninguem htm gt Acesso em 23 jul 2008 Aspectos Psicol gicos da Ado o Curitiba Juru 2005 KOSSOBUDZKI L cia Helena Milazzo Abandono e institucionaliza o de crian as no Paran In FREIRE Fernan
304. ino aqueles que seriam abandonados clandestinamente Outra quest o no projeto que merece aten o o termo utilizado certid o provis ria que nos parece inadequado e discriminat rio A certid o expedida 58 As cr ticas neste sentido s o o projeto tamb m n o traz nenhuma solu o nova para amparar as m es vulner veis e sem condi es de criar seus filhos eis que por meio da atual legisla o estas mulheres j det m o amparo legal Portanto se a mulher estiver em condi es de escolher ficar com o filho ou dar para ado o hoje ela j pode faz lo licitamente mas acaso a mulher esteja em prec rias condi es ps quicas p s parto ela n o estar em condi es de fazer uma escolha e por isso a exist ncia da nova lei em nada mudar seu comportamento psic tico Dispon vel em lt http Anww cartaforense com br Materia aspx id 2120 gt Acesso em 05 ago 2008 206 anteriormente ap s a ado o deveria ser cancelada nos termos do Estatuto da Crian a e do Adolescente e n o torn la definitiva a posteriori Por fim n o se pode proibir ao filho o pleno acesso s informa es quanto sua filia o mesmo que se possibilite o anonimato da parturiente para os fins sociais que se destina o projeto de lei Assim mesmo que n o se estabele a uma rela o paterno filial o rec m nascido precisa ter garantias m nimas de atendimento de seus direitos enquanto sujeito de direito 589 luiz Edson Fa
305. io juntamente com o aval ou rep dio dos membros do Minist rio P blico tornando a pol tica de ado o distinta entre os Estados Tribunais bem como de cidades comarcas 441 132 Fortaleza com cinco e Porto Alegre com quatro O levantamento informa ainda que a capital do pa s possui apenas uma vara especializada No Paran h duas varas especializadas na Capital No interior onde existe localizam se nas chamadas grandes cidades Cascavel Londrina Guarapuava entre outras e ressalta se quase sempre agregada a outras varas como por exemplo a Vara de Fam lia Registro P blico e Acidente de trabalho No Estado do Paran o levantamento feito no tocante ado o realizado pela Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude considera a ado o realizada anualmente pelas Comarcas Cabe mencionar que muitas Comarcas acabam por n o realizar a estat stica tornando dif cil a conclus o do relat rio pela Assessoria Esta estat stica realizada mediante relat rio anual da Assessoria onde se considera o n mero de adotados por sexo n mero de habilita es realizadas entre outros dados que n o interessam para o presente estudo Entretanto nesta estat stica n o h levantamento sobre as formas de ado o Para o presente estudo buscou se a estat stica de Registro de Ado o no per odo anual de 2002 a 2007 referente ao Estado do Paran Esta Estat stica Geral de Registro de Ado o ide
306. ip tese do pedido de ado o ISHIDA Valter Kenji Estatuto da Crian a e do Adolescente doutrina e jurisprud ncia S o Paulo Atlas 1998 p 282 283 A guarda obriga a presta o de assist ncia material moral e educacional crian a ou adolescente conferindo a seu detentor o direito de opor se a terceiro inclusive aos pais 8 1 Do artigo 33 guarda destina se regularizar a posse de fato podendo ser deferida liminar ou incidentalmente nos procedimentos de tutela e ado o exceto no de ado o por estrangeiros Assiste raz o Jos de Farias Tavares ao opor reparos express o posse de fato mas de uma guarda de fato ou seja uma situa o de fato em que algu m vem cuidando de uma crian a ou adolescente sem que para tanto tenha obedecido s formalidades previstas em lei TAVARES Jos de Farias COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 59 Para Yussef Said Cahali Valoriza se e estimula se a guarda agora independentemente da situa o jur dica do menor como modalidade mais simples e corriqueira de coloca o em fam lia substituta ao lado da tutela e da ado o modalidades mais complexas e menos usisis sic dessa coloca o Acalenta se a esperan a de que o menor descurado ou desprezado no ambiente dom stico encontrar na fam lia substituta o carinho e o amparo adequados para o normal desenvolvimento de sua personalidade venc
307. ipis auctoritate e dos alieni iuris processa se imp rio magistratus Desaparecem todos os expedientes usados outrora para chegar ao resultado da ado o Quantos aos efeitos Justiniano distingue dois tipos de ado o adoptio plena e adoptio minus plena A adoptio minus plena ocorre sempre que o filho dado em ado o a um exraneus isto a um n o ascendente O filho n o sai da fam lia leg tima onde conserva seus direitos sucess rios mas considerado filius adoptivus do adotante e se este morre intestado adquire direito a heran a salvo se for deserdado aos bens do adotado n o tem direito o adotante n o gera a p tria potestas e por essa raz o facultado s mulheres adotar ad solacium amissorum liberorum Em ambos os casos o adotado permanece em sua fam lia natural conservando os direitos sucess rios como cognado Procura Justiniano reduzir os perigos que corriam esses direitos do adotado no direito cl ssico sujeitos a desaparecer se a sua emancipa o por parte do adotante ocorresse ap s a morte do pai natural Assim sendo se no segundo caso quem superava o adotado na ordem da dela o heredit ria deixa de existir a adoptio plena perde sua raz o de ser e se transforma em minus plena CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 178 15 PLANIOL RIPERT Trait Pratique de Droit Civil Fran ais 2 ed Paris 1952 Tomo II p 864 n
308. isseminada e seu nome foi eleito pela jurisprud ncia no entender de Maria Berenice Dias A problem tica do Brasil n o de hoje vez que muitas pessoas acreditam que mais f cil e r pido adotar uma crian a recebendo a da pr pria m e biol gica e registrando a como se sua fosse nascida da uni o dos pais adotantes Mas por bvio que n o o embora na pr tica isto se converta em verdade atrav s da fraude Mesmo com as guias amarelas que vieram para dificultar tal pr tica ainda persiste em assombrar 6 A ado o brasileira se d quando o interessado ou o casal adota filhos alheios como seus em geral pequenos e em maternidades ou orfanatos registrando os como se fossem filhos naturais seus SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 438 Este modo de agir existe em grande n mero em nossa imensa p tria tendo sido visto sempre com bons olhos Entretanto na atualidade perdeu sua ratio essendi em face da simplifica o do instituto de ado o e dos relevantes efeitos que ela enseja E uma realidade que se convencionou chamar de ado o brasileira e que n o se justifica mais Hoje atrav s da ado o simplificada e plena tem se meio mais eficaz e mais apropriado para adotar uma crian a sem os riscos traumas e percal os de algu m erradamente registrado como filho sang neo que na mente dos agentes nunc
309. ita da mesma forma que o contrato por escritura p blica o ato que dissolver a ado o deve ser averbado no registro de nascimento decreto n 18 542 de 1928 art 100 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 27 Trata se de revoga o unilateral O adotado pode n o concordar com ela mas desligado do v nculo da ado o em virtude de uma senten a judicial a atentado contra a vida do adotante b ofensa f sica inj ria grave ou cal nia contra a sua pessoa c recusa de alimentos quando necess rios se os puder prestar o adotado art 1183 por analogia SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 28 29 45 46 48 49 24 aos seus herdeiros o direito de prosseguir a demanda N o mencionava a lei o prazo espec fico para a revoga o sendo utilizados os artigos 177 e 179 do C digo Civil 30 anos A revoga o n o produzia efeito algum quanto ao passado atingindo apenas o futuro al m de n o poder prejudicar direitos adquiridos de terceiros Posteriormente no ano de 1927 surgiu o primeiro C digo de Menores conhecido como C digo Mello Mattos quando o menor passou a ter uma legisla o especial No ano seguinte a ado o passou a ser realizada por escritura p blica e averbada nos te
310. ito de Fam lia SCHWEITZER Fabian Ado o mitos e verdades Revista Bonijuris ano XIII n 457 p 14 15 dez 2001 SILVA de Pl cido e Vocabul rio Jur dico 11 ed Rio de Janeiro Forense 1991 v le IV SILVA Enid Rocha Andrade da O direito conviv ncia familiar e comunit ria os abrigos para crian as e adolescentes no Brasil Bras lia 2004 Ipea Comanda Dispon vel em lt htip Awww amb com br mudeumdestino gt Acesso em 23 jul 2008 SILVA Reinaldo Pereira e AZEV DO Jackson Chaves de Coords Direitos da Fam lia uma abordagem Interdisciplinar S o Paulo LTr 1999 SILVA J NIOR En zio de Deus Ado o por casais homossexuais Revista Brasileira de Direito de Fam lia S ntese ano VII n 30 p 157 158 jun jul 2005 221 SIQUEIRA Liborni Ado o no Tempo e no Espa o Doutrina e Jurisprud ncia 2 ed Rio de Janeiro Forense 1992 SOCIEDADE DE OBSTETR CIA E GINECOLOGIA DO PARAN Biot tica e Doa o de Embri es Dispon vel em lt http www sogipa org br ntmls atualidades artigos atuais bioetica _ embrioes asp gt Acesso em 01 jul 2008 SORIMA NETO Jo o M dico deixado na roda dos expostos defende parto an nimo O Globo Online Dispon vel em lt http oglobo globo com sp mat 2007 10 04 298005807 asp gt Acesso em 05 ago 2008 SOUZA Anabel Vit ria Mendon a de Ado o Plena um instituto do amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 6 n 28 p
311. izer harmonia respeito aos princ pios morais s lidos Portanto subjetivos ao qual n o se vincula o ju zo Muito embora hoje n o mais seja utilizada a palavra concubinato significado pejorativo de am sia amasiamento ou abarregamento Outrossim o legislador j valeu se do voc bulo companheiro para designar o concubino no art 165 I e Il do pr prio ECA Trata se de crit rio subjetivo A ado o Diferen a de idade entre o adotante e o adotando que n o alcan a os dezesseis anos mas apenas quinze anos e seis meses art 42 8 3 do ECA Irrelev ncia Interpreta o da lei que deve ser feita em favor dos interesses do menor arts 5 da LICC e 6 da Lei 8 069 90 MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 56 A lei contempla a chamada ado o unilateral em que a substitui o da filia o se d apenas na linha paterna ou materna 100 101 102 103 41 frequ ncia junto s varas de inf ncia e juventude tendo relevante import ncia pr tica vez que quando inexiste genitor conhecido formalmente o procedimento de ado o unilateral ser muito simples embora obede a aos mesmos tr mites da ado o quais sejam estudos sociais elaborados pelo SAIJ manifesta o do adolescente se for o caso anu ncia do a genitor a conforme o caso manifesta
312. jeito de direito e sim como mero objeto A dificuldade demonstrada neste feito presente em muitos casos de ado o onde a Justi a ao inv s de produzir resultados efetivos para o bem estar da crian a e do adolescente protegendo o perquire a busca do contradit rio mesmo apontando de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba abr jun 2000 v 8 n 27 p 103 108 Ser que o Brasil vai efetivamente se alinhar s novas tend ncias perfeitamente aceitas por outros pa ses e garantidoras do efetivo reconhecimento do menor como pessoa de direito e verdadeiro cidad o n o s sujeito de obriga es mas e especialmente titular de direitos direito felicidade direito dignidade direito ao amor LEITE Eduardo de Oliveira A oitiva de crian as nos processos de fam lia In SILVA Reinaldo Pereira e AZEVEDO Jackson Chaves de Coords Direitos da Fam lia uma abordagem Interdisciplinar S o Paulo LTr 1999 p 51 174 sua decis o posterior Por que ent o considerando a crian a como prioridade absoluta e o superior interesse da crian a e do adolescente n o decidem em favor dela Ser que a decis o de extin o do feito trouxe resultado efetivo para algu m Ou apenas perpetuou o problema entre a fam lia substituta e a fam lia biol gica fazendo as continuarem a litigar esquecendo que antes das regras processuais temos os princ pios do interesse da crian a o qual d
313. l com o ordenamento jur dico al m de acarretar consequ ncias m ltiplas para a crian a e o adolescente considerando ser pessoa em condi o peculiar de desenvolvimento As consequ ncias s o as mais graves e delet rias advindas dessa irregularidade 381 Coment rios ao artigo 237 do ECA Subtrair crian a ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou por ordem judicial com o fim de coloca o em lar substituto Pena reclus o de dois a seis anos e multa Este ltimo elemento subjetivo do injusto n o integra o crime de subtra o de incapazes CP art 129 COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 437 32 JORNAL HOJE Justi a inaugura o Cadastro Nacional de Ado o Dispon vel em lt http jornalhoje globo com JHoje 0 19125 VJS0 3076 20050505 91805 00 html gt Acesso em 06 maio 2008 A decis o do Juiz Paulo Eduardo Nori Mortari da Vara de Registros P blicos atendeu ao pedido apresentado pelo adolescente de cancelar o registro feito em Go nia por Vilma Martins Costa O nome foi escolhido pela m e biol gica Pedrinho pediu ao juiz para acrescentar Junior no nome Conseguiu TJDF Processo 2003 01 1 098588 3 CONSULTOR JUR DICO Pedrinho passa a usar nome que m e biol gica escolheu Revista Consultor Jur dico 25 mar 2004 Dispon vel em lt http conjur estadao com br static te
314. l judici ria de ado o que fornecer o respectivo laudo de habilita o para instruir o processo competente Par grafo nico Competir comiss o manter registro centralizado de interessados estrangeiros em ado o Com os olhos voltados para essa perspectiva temos as CEJAs Comiss es Estaduais Judici rias de Ado o no entanto n o s o todos os Estados que implantaram A CEJA PR Comiss o Estadual Judici ria de Ado o do Paran foi institu da no Paran pelo Decreto Judici rio 21 89 O Poder Judici rio Estadual ciente de sua responsabilidade para com as crian as e adolescentes em estado de abandono vem lhe emprestando decisivo apoio garantindo sua consolida o e efici ncia cada vez maior de modo que possa ela cumprir com sua pioneira miss o Em perfeita conson ncia com o esp rito do que estabelece o art 227 da Constitui o Federal e art 52 do Estatuto da Crian a e do Adolescente busca a CEJA colocar a salvo nossas crian as e adolescentes adot veis internacionalmente da neglig ncia discrimina o explora o viol ncia crueldade e opress o O pretendente estrangeiro ado o com os dados e informa es id neas fornecidas no pa s de origem requer sua habilita o perante a CEJA Dispon vel em lt http Awww tj pr gov br cgj index htm gt Acesso em 21 maio 2008 Sobre o tema implanta o das CEJAs ver VERONESE Josiane Rose Petry Filia o adotiva In PEREIRA Rodrigo da
315. lescente para o exterior com inobserv ncia das formalidades legais ou com o fito de obter lucro Pena reclus o de quatro a seis anos e multa Em muitos casos saem procura de uma crian a nas creches orfanatos e outras institui es de amparo ou se utilizam de servi os de terceiros Nestas circunst ncias normalmente o intermediador n o recebe qualquer recompensa pois seu intuito o de atender ao desejo do solicitante ajudando o a ter um filho COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 438 88 Para Paulo L cio Nogueira o legislador tipificou essa modalidade de crime devido s not cias de que as m es solteiras recebiam import ncias em dinheiro para fazer doa es de seus filhos rec m nascidos o que n o deixava de ser aut ntica venda ou neg cio envolvendo menores por pais sem escr pulos muitas vezes sob a intermedia o de advogados ambiciosos A Lei 8 069 de 13 de julho de 1990 traz a prote o integral como novo paradigma no atendimento da crian a e do adolescente Prev na parte geral os direitos assegurados crian a e ao adolescente e a preven o da ocorr ncia de amea a ou viola o dos direitos da crian a e do adolescente art 70 Na parte especial arts 86 e ss disp e sobre a pol tica de atendimento e as entidades destinadas para tanto Importante neste momento o artigo 98 Lei 8 069 90 qu
316. lha o conte do da rela o jur dico parental foi alcan ado e modificado pela aplica o adotiva a tornou irrevog vel E pois nula a escritura dissolut ria ulterior sem que a nenhuma das partes valha alega o de direito adquirido ou de ato jur dico perfeito TJSP Ag Instr 176 494 1 7 e 176 567 1 0 1993 GUIMAR ES Giovane Serra Azul Ado o Tutela e Guarda conforme o Estatuto da Crian a e do Adolescente e o novo C digo Civil 2 ed rev e atual S o Paulo Juarez de Oliveira 2003 p 195 196 8 O Projeto de Lei 6 960 2002 o qual propunha altera o dos artigos 1 618 a 1 629 e 2 045 do CC e a revoga o expressa de todos os artigos do ECA que tratam da ado o defendendo um nico diploma sobre o tema ado o Arquivado em 17 03 2008 Dispon vel em lt http Awww camara gov br internet sileg prop lista asp fMode 1 amp btnPesquisar OK amp Ano 2002 amp Numero 6960 amp sigla PL gt Acesso em 23 jul 2008 40 O primeiro artigo do Cap tulo IV da ado o o 1 618 do CC 2002 e altera o ECA vez que s a pessoa maior de dezoito anos pode adotar o que antes era 21 anos nos termos do artigo 42 do ECA inovando neste sentido e harmonizando com a maioridade civil Assim a nova idade m nima para adotar estabelecida revoga o ECA neste aspecto Cabe mencionar que para um casal se habilitar ado o basta que um dos c njuges tenha idade superior a 18 anos e a comprova o da estabilidade da fam lia
317. liares gerais ao passo que a ado o o faz somente entre adotante e adotado ado o simples a ado o sempre volunt ria coa o erro e outros v cios anulam o ato o reconhecimento n o s ato unilateral mas nem sempre o volunt rio pois pode emanar de senten a judicial como cumprimento de um dever levando e compelindo o pai ao reconhecimento ex vi sententia SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 74 Artigo 372 da Lei 3 133 57 N o se pode adotar sem o consentimento do adotado ou de seu representante legal se for incapaz ou nascituro No livro de Direito de Fam lia n 4 referente filia o Ado o A ado o mantida com as disposi es que alteram o c digo civil Lei 3 133 para facilit la Introduziram se n o obstante pequenas altera es Exigiu se por exemplo para a sua validade a homologa o judicial com vistas maior seguran a e para lhe dar cunho mais solene Por exig ncia t cnica distinguiu se da revoga o a dissolu o do v nculo Determinou se que seja pessoalmente ouvido o adotando menor que tenha mais de doze anos de idade art 238 par grafo nico e Legitimidade Adotiva com o objeto de favorecer o amparo familiar das crian as de pais desconhecidos Aos legitimados por ado o conferir se o os mesmos direitos do filho leg timo Entre os sistemas de legitima o preferiu se o que cerca
318. lius liber esto O pai que pretendia dar o seu filho em ado o devia ent o vende lo a um estranho ou para evitar o recurso a este ao pr prio adotante tr s vezes cada emancipa o era feita com um pactum fiduciae por for a do qual o adquirente se obrigava a libertar o filho e coloc lo in mancipio do alienante Assim cessava a p tria potestas de quem dava em ado o Reivindicava o filho adotado como se fosse seu pr prio filho vindicatio filii do terceiro ou do pai que o tinha in mancipio o qual n o opunha a contravindicatio O pretor ent o intervinha e adjudicava o alieni iuris como filius ao novo paterfamilias A ado o fazia se pois imp rio magistratus isto em Roma pela autoridade do pretor e nas prov ncias onde tamb m era poss vel pela do governador CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 175 CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 176 Neste caso dependia do consentimento de seu filho pois este se tornaria pai do adotado e que teria como heres suus 15 Justiniano reformou o instituto da ado o nos moldes das institui es Orientais Observa se que com a ado o houve uma abertura pol tica Neste sentido a concep o primitiva de ado o do Direito Romano na admiss o de um estranho fam lia concedendo lhe a condi o de filho leg timo ocorre d
319. m porque a Constitui o afastou qualquer interesse ou valor que n o seja o da comunh o do amor ou do interesse afetivo como fundamento da rela o entre pai e filho A fortiori se n o h qualquer distin o entre filhos biol gicos e filhos adotivos porque a Constitui o os concebe como filhos do amor do afeto constru do no dia a dia seja os que a natureza deu seja os que foram livremente escolhidos NETTO LOBO Paulo Luiz Entidades Familiares constitucionalizadas Para al m do numerus clausus Revista Brasileira de Direito de Fam lia n 12 p 46 47 jan fev mar 2002 80 O sistema de leis e sua aplica o t m revelado pouca mobilidade nesta quest o do livre consentimento dos genitores Os contr rios a esta quest o defendem que as pessoas o fariam por com rcio mas quanto a isto continuaria a puni o j prevista em leis Argumentam ainda que nesses casos n o h como ter livre consentimento ou seja como exercer a declara o de vontade por serem pessoas oriundas de classe econ mica baixa Quanto a isso seria inconstitucional subtrair o direito de manifesta o de vontade com base na sua classe social A prote o aos hipossuficentes n o deve gerar discrimina o de classes A situa o geraria um grande desafio de implementar a es que refletissem efetivas mudan as com a aceita o do livre exerc cio da manifesta o de vontade para fins de ado o sem culpa sem receios e sem med
320. m lia modificando portanto a constitui o pol tica da cidade Por essa raz o exigia a interven o do povo e dos pont fices Procediam estes a um inqu rito pr vio o qual se favor vel autorizava a convoca o pelo pont fex maximus dos com cios por c rias Os pont fices perguntavam ao ad rogante se queria ter o ad rogado como filho e a este e ao povo se consentiam Antes de ingressar na nova fam lia o ad rogado renunciava perante os com cios ao seu antigo culto detestation sacrorum com altera es na poca p s cl ssica Na parte oriental do Imp rio a ad roga o realizava se por um contrato no qual o ad rogante se obrigava a tratar o ad rogado como se fosse filho educando o e reservando lhe parte da sucess o Esse contrato avesso a certos princ pios jur dicos como a proibi o do pacto de sucess o futura podia entretanto ser eficaz se lhe fosse aposta uma estipula o de pena CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 170 171 foram estabelecidos pelos pont fices O ad rogante devia ser um paterfamilias sem herdeiro masculino Era indispens vel o consentimento do ad rogado que n o podia ser mulher nem imp bere porquanto ambos tinham acesso aos com cios somente podia ser realizada em Roma no direito imperial era dominada pela id ia de que a ado o imita a natureza No direito pretoriano segundo Ebert pr
321. m situa o de pen ria especialmente sobre m e solteiras que desejam desfazer se do filho por n o reunir condi es psicol gicas e materiais para cri lo e educ lo adolescente por mera op o denominando filho de cria o abrigando o em um lar princ pio da conviv ncia em fam lia tendo por fundamento o amor entre seus integrantes uma fam lia cujo nico v nculo probat rio o afeto E dizer quando uma pessoa constante e publicamente tratou um filho como seu quando o apresentou como tal em sua fam lia e na sociedade quando na qualidade de pai proveu sempre suas necessidades sua manuten o e sua educa o imposs vel n o dizer que o reconheceu WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do processo de ado o judicial Revista dos Tribunais ano 93 v 829 p 42 nov 2004 A concess o da guarda provis ria ou definitiva n o faz coisa julgada podendo ser modificada no interesse exclusivo do menor e desde que n o tenham sido cumpridas as obriga es pelo seu guardi o RT 637 52 628 106 596 262 NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8 069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 p 42 Sobre o assunto julgado da Vara de Inf ncia e Juventude da comarca de Cascavel Rel Juiz Designado Jos Maur cio Pinto de Almeida Recurso de Apela o 1003 507 8 da Vara da Inf ncia e Juventude da Comarca de Cascavel Relator Juiz Designado Jos Maur
322. m cadastro de ado o internacional hoje sob a gide das Corregedorias de Justi a conduzido pela CEJA Esse tipo de ado o tamb m muito comum em outros pa ses Para Valdir Sznick o envio de 330 331 332 333 ado o brasileira servem como testemunhas Exist ncia de registro judicial de pedido de inscri o em cadastro de adotantes com pedido de desist ncia do cadastro com argumento de tentativa de fertiliza o artificial Perfil social do pais uma mulher de classe m dia por exemplo deu luz em casa sem submeter o filho aos necess rios cuidados m dico hospitalares logo em seguida algo bastante incomum na atualidade combina o de fatores esses elementos v m concatenados fazendo com que um se evidencie com a exposi o de seu correspondente LAMENZA Francismar Um Raio X da ado o brasileira p 3 Dispon vel em lt http Avww promenino org br portals 0 docs ficheros 200410040005 15 O0 doc gt Acesso em 20 nov 2007 Express o utilizado por Francismar Lamenza servir se do direito leg timo de algu m de adotar para obter lucro ou mesmo montar verdadeiros escrit rios de ado o SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1998 p 439 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 52 A ado o internacional poder ser condicionada a estudo pr vio e an lise de uma comiss o estadua
323. ma de 15 28 24 01 00 Total 168 175 01 03 Esses dados n o correspondem a todos os atos processuais do Cart rio mas aos processos julgados procedentes ou improcedentes oriundos do livro de Registro de Senten as Obs Dados trimestrais cumulativos pertinentes ao e ou at 4 trimestre 154 comparativamente ao ano anterior Enquanto que no ano seguinte de 2004 h um ligeiro acr scimo subindo para 384 as a es procedentes e 4 a es improcedentes Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2003 H0 a 2 anos E3 a5 anos O6 a 8 anos 09 a 11 anos E 12 a14 anos E Acima de 15 anos Gr fico 16 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2008 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2004 B0 a 2 anos E3 a5 anos O6 a 8 anos O9 a11 anos E 12 a14 anos B Acima de 15 anos Gr fico 17 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2004 480 chttp Avww tj rj gov br infan ju ivara infan ju htmgtopo ADO O gt Acesso em 02 jul 2008 Procedentes Improcedentes Extintos Idade E Masculino Feminino Masculino Feminino 0a2 45 65 00 02 3a5 30 49 01 00 6a8 34 38 00 01 9a11 22 28 00 00 12a 14 17 15 00 00 Acima de 15 23 18 00 00 Total 171 213 01 03 155 A es de ado es procedentes e improcedentes Rio de Janeiro 2002 2004 Procedentes Improcedentes Gr fico 18 A es de ado es procedentes improcedentes Rio de Janeiro 2
324. mais antigo da literatura cient fica de um embri o congelado por 18 anos e que gerou um beb saud vel nos EUA Entretanto depois de tr s anos h uma queda na qualidade desses embri es Existem dois grupos principais de embri es que s o congelados os de bom potencial reprodutivo com 30 a 40 de chance que sobraram do tratamento de pacientes que conseguiram engravidar e os de baixo potencial menos de 10 resultado de tratamentos em que a paciente n o engravidou Perin acredita que o primeiro grupo talvez possa ser doado a casais com dificuldades de reprodu o e sem condi es de arcar com os custos de um tratamento Mesmo assim o casal doador precisa autorizar este uso assim como ocorre para o uso em pesquisas Dos mais de mil casais que tratamos nenhum autorizou a doa o de seus embri es para casais inf rteis A maioria dos casais 60 tratados na Diason opta pela destrui o dos embri es e o restante 40 preferem a doa o para pesquisa Dispon vel em lt http www centraljuridica com materia 837 direito medico adocao de embrioes pode ser alternativa ao seu uso em html gt Acesso em 02 jul 2008 HOSSLI Peter Ado o de embri es uma nova possibilidade de fam lia Tradu o de Ana Ban Revista Cl udia p 178 184 maio 2008 M todo que o vulo humano fecundado pelo espermatoz ide fora do corpo da mulher e depois implantado no tero Ado es de embri es O termo incomoda muitos d
325. manifesta o de vontade n o tem sido a causa impeditiva para que crian as tenham desrespeitados os seus direitos N o se trata aqui de concordar com a comercializa o de crian as em virtude da car ncia econ mica dos genitores Entretanto o Estado n o est cuidando como deveria das pol ticas p blicas as quais amenizariam certamente o n mero de abrigados Mais do que qualquer complemento ou altera o proveniente dos projetos em quest o o que se necessita do cumprimento fazer com que a sistem tica contida seja eficaz Todos temos o dever tico de contribuir para o aperfei oamento e n o podemos ficar no discurso cr tico e jur dico enquanto as Institui es est o superlotadas de crian as e adolescentes espera de que uma luz adentre os abrigos 99 DIGI COMO Murillo Jos Projeto de Lei Nacional de Ado o n o esta a solu o Cadernos do Minist rio P blico do Paran Curitiba v 9 n 1 p 9 jan mar 2006 201 Sabemos que as crian as n o ficam paradas no tempo elas crescem e n o h muitas vezes nem estrutura para possibilitar o retorno fam lia de origem e nem sua coloca o em fam lia substituta O tempo passou a conviv ncia familiar n o ocorreu a crian a cresceu sem nada e agora Que resposta n s damos a elas Nenhuma Para a crian a o culpado o sistema as garantias constitucionais O magistrado e todo aquele que deveria zelar por sua integridade e felicidade considera
326. me human life TIME MAGAZINE Latin American Edition v 151 n 13 p 43 april 6 1998 apud FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 250 Tradu o livre um velho debate entre maridos e mulheres quantas crian as deveriam ter Mas Steven e Maureen Kass da cidade de Amityville Nova lorque traz um novo problema eles estavam com esta pergunta cinco anos antes do div rcio A fam lia Kasse tinha cinco embri es congelados produzidos durante seus dias de casados tentando produzir um beb de proveta Maureen que tem quarenta anos e n o m e gostaria de usar os embri es para ter um filho Steven 38 anos est decidido que n o quer ter filhos com sua ex esposa Ele est buscando doar os embri es para pesquisa Suas brigas terminam na corte de Nova lorque que escutara os 516 517 518 183 Houve um grande avan o em mat ria de regulamenta o da atividade de fertiliza o artificial do ser humano em decorr ncia do Projeto de Lei 90 99 no Brasil na vis o de Elimar Szaniawski O debate est longe de ser encerrado no que se refere aos embri es excedentes pois a quest o est relacionada ao cerne de um debate tico e pol tico cheio de controv rsias e aus ncia de determinadas respostas A bio tica promove o debate e a an lise cr tica das posturas assumidas considerando o necess rio res
327. medida atender aos seus interesses 59 Caso de destitui o de mais de um membro da fam lia corriqueiro E muitas vezes n o ocorrem simultaneamente pois novos fatos levam destitui o de outro membro N o porque foi destitu do de um filho que ser o de todos destitu dos Lembre se cada caso um caso 195 pretende transformar efetivamente a partir das realidades das rela es privadas e sua pr tica no mbito judicial Assim o projeto Estatuto das Fam lias poderia ter ido al m diante do fato consumado de que a crian a e o adolescente merecem prioridade absoluta de atendimento dando mais um impulso por meio de edifica o para a problem tica da crian a e do adolescente abandonados e institucionalizados 4 2 5 2 Das Normas e dos Projetos de Ado o Os projetos em an lise albergam o prop sito de versar inova es sobre a mat ria em comento Inicialmente consigne se que embora o Estatuto da Crian a e do Adolescente tenha recentemente completado 18 anos sua implanta o quanto as pol ticas p blicas espec ficas e priorit rias destinadas ao atendimento da crian a e do adolescente continuam ausentes e medidas de abrigo continuam sendo a nica solu o para os problemas familiares em preju zo direto ao exerc cio do direito conviv ncia familiar Neste sentido necess ria cautelosa reflex o Sabe se que em face da quantidade de processos em tr mite bem como da quantidade de crian as a
328. mento de reflex o pois os dez anos de vig ncia dessa importante lei n o foi o tempo suficiente para que ela fosse totalmente x aplicada Ressaltamos que a prote o integral crian a e ao adolescente consagrada pelo ECA n o ser viabilizada se n o houver tamb m um cuidado especial de suas fam lias que n o podem ser olvidadas pelas pol ticas p blica A Lei 8 069 90 em conson ncia com o sistema constitucional especial de prote o aos direitos fundamentais de crian as e adolescentes trata se de lei especial em rela o ao C digo Civil Embora aparentemente existam obst culos para os procedimentos de ado o em nosso pa s esta lei imp e a observ ncia de regras importantes quanto s crian as e adolescentes Fam lia natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes DIAS Maria Berenice Dias Uni o homossexual o preconceito amp a Justi a Porto Alegre Livraria do Advogado 2001 p 110 SHARP Anna apud CHAVES Antonio Tr s temas pol micos em mat ria de ado o de crian as In COUTO S rgio Org Nova realidade do direito de fam lia doutrina jurisprud ncia vis o interdisciplinar e notici rio Rio de Janeiro COAD SC Editora Jur dica 1999 t 2 p 1 apud PERES Ana Paula Ariston Barion Ado o por Homossexuais Fronteiras da Fam lia na p s modernidade Rio de Janeiro Renovar 2006 p 84 FONTOURA Os ris Antonio de Jesus Apresenta o
329. mo desempregado e sem cumprir os deveres previstos no art 22 era evidente o afeto o v nculo existente entre pai e filha e uma hist ria que os unia Casos como esse t m sido comuns BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 44 abr maio jun 2002 113 mas certamente bem restrita ao caso concreto Entretanto na pr tica n o tem sido tratada com o devido zelo Neste caso exemplificado de falecimento a crian a nem sempre ouvida posto que o artigo 168 do ECA coloca como sempre que poss vel e o artigo 45 2 disp e que s ouvido quando se tratar de adotando maior de doze anos de idade quando ser necess rio tamb m seu consentimento Diante da n o ouvida da crian a em regra cabe ao laudo t cnico observar o motivo a finalidade do pedido da ado o que na maioria somente relata as condi es em que se encontra a crian a ou adolescente Por vezes os motivos parecem ser fr geis para a propositura da a o Por bvio numa an lise ai apesar de sabermos que os menores de idade devem ser ouvidos devemos reconhecer que eles ainda n o possuem par metros para compreender as implica es legais e emocionais desse feito no futuro E extremamente preocupante a suposi o de que qualquer que seja a sua idade estas crian as se encontrem em condi es de responder pelos seus a
330. mosas Rodas dos Enjeitados ou dos Expostos geralmente na entrada de um asilo cuidado por religiosos onde a pessoa depositava o beb que enjeitava O abandono de beb s por meio da Roda era considerado um mal menor se comparado ao infantic dio Mas se dizia que o abandono em institui es era um infantic dio oficial ao longo do prazo pois a maioria das crian as n o sobrevivia No final do s culo 19 as Rodas praticamente desapareceram da Europa enquanto no Brasil elas foram criadas a partir do s culo 18 e durante um s culo e meio foram praticamente a nica a o de prote o crian a abandonada As Rodas existiram at 1950 em nosso pa s Segundo Weber O abandono de crian as foi permitido e tolerado desde tempos imemoriais WEBER Lidia Natalia Dobrianskyj Os filhos de ningu m abandono e institucionaliza o de crian as no Brasil Revista Conjuntura Social Rio de Janeiro n 4 p 30 36 jul 2000 Dispon vel em lt http lidiaw sites uol com br filhosdeninguem htm gt Acesso em 23 jul 2008 Temos que A inst ncias de Napole o a imperatriz Josefina era est ril prop cia a Revolu o volta aos institutos do direito antigo incluiu se a ado o no C digo Civil franc s definindo ent o o imperador o instituto como uma imita o pela qual a sociedade procura arremedar a natureza consoante MAZEAUD ob cit p 1 057 n 1 032 HENRI Leon et MAZEAUD Jean Le ons de
331. mparado com os hospitais e o pr prio Juizado Deste dado podemos observar que as pessoas n o buscam uma m e que queira doar a crian a Entretanto demonstrando que as pesquisas podem ter diversas interpreta es favor veis ou desfavor veis s quest es a not cia publicada recentemente com a seguinte manchete s 35 dos brasileiros adotariam dentro da lei no m nimo tendenciosa at porque a procura por rg os competentes n o est a significar fora da lei e sim o meio pelo qual iniciaria a quest o da ado o A pesquisa apresentou ainda o perfil dos que adotariam quanto ao sexo 15 5 feminino e 59 4 o masculino este dado corrobora o que observado na efetiva o das ado es Quanto faixa et ria dos pretendentes h 30 1 entre 25 a 29 anos 23 8 entre 30 a 39 anos 20 5 entre 40 a 49 anos e 25 5 de 50 ou mais A renda familiar mensal tamb m foi levantada 20 1 recusou informar 0 8 n o possui rendimentos 7 9 mais de R 7 500 00 5 0 de R 6 000 00 a 7 500 00 7 9 entre R 4 000 00 e 6 000 00 15 9 de R 2 000 00 a 4 000 00 Se possuem filhos Possuem 78 2 e 21 8 n o possuem Se possuem filhos adotivos Com 95 3 os que n o possuem filhos adotivos e 3 9 possuem 1 filho adotivo 0 6 2 filhos 0 1 3 filhos 0 1 4 filhos Possui filhos de cria o Quantos N o possuem 95 1 3 3 possuem 1 filho 1 3 possuem 2 filhos 0 2 possuem 3 filhos e 0 1 possuem mais de 5 filhos Dispon vel
332. mudan as que se d o na contemporaneidade abordaremos a controvertida quest o da ado o de embri es considerando que o embri o ser humano em desenvolvimento Nesta esteira de desafios e avan os apresentamos os projetos de lei em tr mite Estatuto das Fam lias e dos Projetos de Ado o apontando vantagens e desvantagens e a necessidade de estarem harmonizados aos ditames constitucionais 12 CAP TULO 1 DOS ASPECTOS HIST RICOS DA ADO O SE O 1 1 DOS ASPECTOS HIST RICOS DA ADO O 1 1 1 Da Ado o na Antiguidade A ado o tema complexo e envolto em preconceitos deve ser repensada de forma construtiva Pensando neste aspecto a ado o n o foge regra e necess ria a recorda o do tempo antigo Assim a import ncia deste primeiro cap tulo que segue o pensamento de Proust quando diz que A verdadeira viagem de descoberta consiste n o em procurar novas paisagens mas em ter novos olhos e com esta proposta que trazemos os aspectos hist ricos da ado o Entretanto n o ser objeto do presente cap tulo desenvolver um estudo amplo e completo sobre a hist ria do direito de ado o Nosso objetivo ser trazer a este estudo considera es significativas para a melhor compreens o do tema e neste diapas o emprestamos as palavras do escritor Bartolomeo Dusi quando ele escreveu Comparando se o conceito hodierno do instituto da ado o com o conceito que dele fizera os romanos no
333. n 12 p 46 47 jan fev mar 2002 239 240 79 O paradoxo entre o direito vigente e a realidade existente no confronto entre o conservadorismo social e a emerg ncia de novos valores coloca os operadores do Direito diante de um verdadeiro dilema para atender s necessidades de implementar os direitos observando a Conven o Internacional dos Direitos da Crian a ratificada pelo Decreto 99 710 90 que em seu artigo 3 determina a todos os tribunais autoridade administrativa ou rg o legislativo considerarem primordialmente o interesse maior da crian a seguindo a doutrina da prote o integral adotada pela Constitui o Federal Assim crian as e adolescentes n o devem ser discriminados em decorr ncia da paternidade devendo ser protegidos em raz o de serem pessoas em condi o peculiar de desenvolvimento Neste sentido n o seria a hora de ser ampliada a possibilidade de os pais biol gicos n o s decidirem sobre a entrega de seu filho para ado o como tamb m de poderem se assim desejarem decidir entregar esse filho a uma fam lia por eles escolhida fato que liberaria o Poder Judici rio a se dedicar s outras crian as que continuam dependentes de prote o e da tutela do Estado Argumento que avan a no sentido da concretiza o da Constitui o pois confere uma unidade diante da realidade hist rica fazendo concorrer com os princ pios informativos do direito de fam lia especialmente o da prioridade
334. ndentes e os irm os do adotando Projeto de Lei 2 285 07 art 85 A ado o obedece a processo judicial 1 A ado o pode ser motivadamente impugnada pelos pais 2 E indispens vel a concord ncia do adotando 194 integrantes da entidade familiar tem como primazia na aplica o do presente Estatuto das Fam lias N o se poderia deixar de mencionar a import ncia da determina o de que existindo grupo de irm os devem prioritariamente ser adotado por mesma fam lia preservando assim os v nculos fraternos Esse regramento acaba com as diverg ncias jurisprudenciais vez que elege o deferimento da ado o aquela fam lia que deseja e receba o grupo de irm os Neste contexto h outra possibilidade que tamb m pode ser percept vel no que concerne a este artigo Nos casos em que depois de ocorrida a primeira ado o mais tarde surge outro irm o cujos pais tamb m foram destitu dos do poder familiar e assim na medida do poss vel a segunda ado o seja deferida primeira fam lia mantendo se os v nculos fraternos Acalento ao nosso cora o trouxe referido artigo diante de muitas ado es terem sido deferidas separando irm os quando poderiam ter sido adotados conjuntamente as vezes sob o manto do respeito ao cadastro de ado o Assim ap s estes breves coment rios tem se que em linhas gerais o projeto acaba com o conflito trazido pelo C digo Civil e dentre outros propicia
335. ndida geralmente branca rec m nascida e do sexo feminino poderia haver o medo de envelhecimento dos interessados com profundo distanciamento em rela o faixa et ria do adotado quebra da m stica de gera o natural no seio familiar ou frustra o decorrente de situa o n o resolvida mito do tempo perdido que poderia ser aproveitado com uma crian a j inserida na fam lia 2 os que recorrem ado o brasileira com temor de recusa do Poder Judici rio ou do Minist rio P blico em aceitar o perfil dos interessados H pessoas que t m inseguran a em suas atitudes imaginando que o juiz de Direito ou o Promotor de Justi a possa criar bices coloca o adotiva com argumentos variados falta de recursos financeiros anomalias ps quicas inadequa o para os cuidados de uma crian a etc LAMENZA Francismar Um Raio X da ado o brasileira p 3 Dispon vel em lt http Avww promenino org br portals 0 docs ficheros 200410040005 15 O doc gt Acesso em 20 nov 2007 A doutrina convencionou como ado o brasileira que nada mais que receber crian a ou adolescente no seio familiar sem as observ ncias das formalidades legais Tarc sio Jos Martins Costa coloca que o expediente conhecido entre n s como ado o brasileira que consiste no falso registro de nascimento do filho de outro como pr prio tem sido comumente utilizado por casais COSTA Tarc sio Jos
336. ndo tratar se de pessoa em desenvolvimento Necess rio harmonizar os ditames constitucionais o respeito e a efetiva o do Estatuto da Crian a e do Adolescente com as devidas implementa es das pol ticas p blicas para enfim termos a possibilidade de socorrer nossas crian as 4 2 5 3 Do Projeto Parto An nimo Iniciamos a manifesta o sobre o projeto parto an nimo lembrando as palavras do Professor Eduardo Leite Tudo ou quase tudo em direito de fam lia gira em torno das no es de conjugabilidade e filia o porque em torno destes dois eixos fundamentais que praticamente se esgotam as rela es familiares Neste contexto o abandono de rec m nascidos uma realidade brasileira sendo crescente o n mero de rec m nascidos abandonados em condi es indignas e subumanas A Justificativa para a possibilidade do parto an nimo est diante desta situa o concreta sendo necess ria medida p blica a ser realizada pelo Poder P blico posto que a criminaliza o do fato n o suficiente para evitar o abandono O anonimato tem sido a causa para tantos abandonos clandestinos em decorr ncia do temor pela criminaliza o colocando os infantes em maior risco e perigo iminente 58 E continua Todo o dilema da filia o herdado pela cultura ocidental e que remonta s indaga es romanas esgota se neste ponto tormentoso como ter certeza da paternidade se ela incerta pater incertu
337. necess rios manuten o do descendente salvo em caso de insemina o artificial heter loga Finda assim o mito do segredo frente filia o adotiva o qual pode ser revelado caso deseje o filho adotivo Lembre se que a personalidade humana complexa e em especial seus atributos Deixa claro que apenas pessoal e satisfativa a busca sobre a filia o que n o for proveniente da paternidade biol gica e desejando o legislador que referido conhecimento possa possibilitar ao indiv duo a utiliza o da liberdade n o dificultando nem mesmo impedido o seu livre acesso informa o possibilitando qui o seu livre desenvolvimento a fim de alcan ar a auto realiza o como ser humano Existe aqui inegavelmente a tend ncia da constitucionaliza o de alguns direitos de personalidade a fim de melhor assegurar a prote o das pessoas com a positiva o desses direitos Considerando que o ser humano possui necessidade de ser identificado e aqui constituindo se o direito identidade pessoal a partir de sua apar ncia f sica de sua hist ria pessoal de sua reputa o de seu nome familiar de seu pseud nimo de sua identidade gen tica referido artigo contempla em respeito ao princ pio da dignidade humana o direito de personalidade especial Vis vel portanto a preocupa o em valorizar o sujeito como ser humano e em salvaguardar sua dignidade colocando o indiv duo como centro como principal destinat rio da ordem
338. nho para realizar a ado o com seguran a e for a para fugir da ado o irregular ou ilegal Em que pese o enaltecimento feito atua o das Varas da Inf ncia e Juventude nos cursos preparat rios Lidia Natalia Dobrianskyi Weber faz severas cr ticas ao processo de sele o dos pais adotivos argumentando que no trabalho desenvolvido pelos t cnicos dos Juizados da Inf ncia e Juventude nem sempre se leva em conta a possibilidade de mudan a e aprendizagem do ser humano no que A apela o ser entretanto recebida t o somente no seu efeito devolutivo por se tratar de senten a indeferit ria de habilita o que n o configura hip tese que possa acarretar dano irrepar vel ECA art 198 VI COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 107 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 167 A autoridade judici ria de of cio ou a requerimento das partes ou do Minist rio P blico determinar a realiza o de estudo social ou se poss vel per cia por equipe interprofissional decidindo sobre a concess o de guarda provis ria bem como no caso de ado o sobre o est gio de conviv ncia A exig ncia do est gio de conviv ncia perfeitamente defens vel e aconselh vel j que se destina a propiciar certo conv vio entre adotante e adotando para despertar la os de afetividade que devem existir entre ambos e s se consolidam atr
339. no direito da ado o Adotar um filho era portanto velar pela continuidade da religi o dom stica pela conserva o do fogo sagrado pela n o cessa o das ofertas f nebres pelo repouso dos manes dos ancestrais A ado o tendo apenas sua raz o de ser na necessidade de evitar a extin o de um culto s era permitida a quem n o tinha filhos Quando algu m adotava um filho precisava inici lo nos segredos do culto introduzi lo na religi o dom stica aproxim lo de seus penates A ado o tamb m se realizava por uma cerim nia sagrada que parece ter sido muito semelhante que assinalava o nascimento do filho o filho adotivo renunciava ao culto da religi o de sua fam lia o v nculo de parentesco do nascimento estava quebrado o v nculo do culto substitu ra o parentesco A ado o correspondia como correlativo emancipa o COULANGES Fustel de A Cidade Antiga Estudos sobre o culto o direito as institui es da Gr cia e de Roma Trad portuguesa Jonas Camargo Leite e Eduardo Fonseca S o Paulo Hemus 1971 p 44 es A ado o foi regulada por diversos sistemas jur dicos desde os antigos entre eles o Direito Romano j mencionado o C digo de Manu e o C digo de Hamurabi Entretanto h grande controv rsia em rela o ao per odo da hist ria datas e interpreta es do passado merecendo estudo pr prio Para S nia Maria Monteiro C digos como o Manu e de Ham
340. nos precisamos evoluir nas questi culas apresentadas no projeto que possuem falhas san veis antes de avaliarmos as quest es favor ou contra al m de observar as consequ ncias secund rias dr sticas que podem surgir Nada adianta 583 FACHIN Luiz Edson SILVA Marcos Alves da CARBONERA Silvana Maria Parto sem m e uma quest o em debate Estado do Paran Publicado em 16 03 2008 e atualizado em 19 07 2008 Dispon vel em lt http Avww parana online com br canal direito e justica news 286664 gt Acesso em 05 ago 2008 584 O m dico Renato Costa Monteiro de 81 anos afirma que o parto an nimo pode ser uma alternativa s m es que n o t m condi es de criar os filhos essa pr tica que permite que a m e d luz e entregue o beb para ado o no hospital sem se identificar evitaria casos dram ticos como o da mulher em Minas Gerais que jogou a filha num c rrego ou da crian a abandonada num balde em Itapecerica da Serra na Grande S o Paulo O abandono oficial de crian as que no Brasil existiu com a roda dos expostos a ltima a ser desativada foi da Santa Casa de Miseric rdia de S o Paulo salvou a vida dele pr prio Monteiro foi uma das 5 696 crian as abandonadas na roda do hospital paulista Fui deixado na roda em 29 de julho de 1925 Meus pais adotivos me pegaram no hospital em 10 de novembro de 1926 com 15 meses de vida Sua vida virou um livro A Roda da Santa Casa
341. nseguir o seu consentimento os que pagam altas somas a intermedi rios para obter uma crian a adot vel e os que se prestam enfim a toda sorte de falcatruas e falsidades para conseguir a crian a desejada O procedimento de ado o brasileira acaba sendo estimulado pelo bom senso das autoridades na pr tica porque pela passagem dos anos a descoberta acaba sendo tardia fazendo com que permane a o status quo para n o ser a crian a a maior prejudicada dessa hist ria nefasta Prud ncia e cautela devem inspirar os ju zes e ao Minist rio P blico deve ser dada oportunidade de atuar com rigor na fiscaliza o do cumprimento da lei buscando os reais interesses das partes envolvidas e salvaguardando os direitos da crian a Quando o fato vem tona tardiamente ou a localiza o da crian a tardia a conviv ncia da crian a com os pais estar consolidada dificultando a ruptura de relacionamento Neste caso os la os afetivos recebem a inequ voca tutela mercado em crescimento Existem consumidores que pagam bem intermedi rios que fazem uso de qualquer m todo ilegal e imoral para cumprir seu bem remunerado papel e crian as que escapam da mis ria e do sofrimento A equa o seria perfeita se o objeto de transa o n o fosse um ser humano Trata se de ado o internacional ilegal Isso tr fico de crian as sob um manto pseudo humanit rio MONTEIRO Lauro Dispon vel em lt www observatorio
342. nso entre as partes havendo decis es divergentes em nossos tribunais 310 311 312 313 N o h previs o expressa da posse de estado de filho em nosso ordenamento jur dico A jurisprud ncia dominante fundamenta se para estabelecimento da paternidade na verdade biol gica em oposi o presun o de paternidade jur dica pater is est Para Jacqueline Filgueras Nogueira A presen a da posse de estado de filho indica o reconhecimento de uma verdadeira rela o paterno filial Atrav s dessa no o verifica se o real tratamento afetivo que uma pessoa defere a uma crian a concedendo a ela atos de amor e carinho repetidos todos os dias durante algum espa o de tempo NOGUEIRA Jacqueline Filgueras A filia o que se constr i o reconhecimento do afeto como valor jur dico S o Paulo Mem ria Jur dica 2001 p 56 Conforme conclus o da pesquisa em Campo Grande Mesmo assim muitas vezes persiste algum v nculo e ocorrem visitas com ou sem o aval com ou sem disposi o expressa permissiva na senten a de ado o Pessoas como essas e muitas outras que realizar o ado es nessas circunst ncias para pessoas conhecidas beneficiar se iam por raz es de seguran a jur dica se os ju zes decidissem sim a respeito dessa quest o ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 95 jun 2006 A ado o
343. nte quando s o nobres os fins colimados Donde a observa o de MARTY RAYNAUD ob cit p g 1 008 no 785 de que a legitima o adotiva embora n o seja legitima o no sentido tradicional do termo pelos seus efeitos se aproxima acentuadamente mais da legitima o do que da ado o e por isso que se pode sustentar que merece o seu nome De toda a sorte a denomina o da lei 4 655 que se examina que n o se revela feliz legitimidade adotiva LEGITIMA O d melhor id ia do efeito de tornar leg timo que se empresta a esta esp cie particular de ado o Legitimidade qualidade do que leg timo express o por demais gen rica sem mesmo um sentido espec fico em Direito como a LEGITIMA O e que pode dar a entender que se cuidaria apenas da REGULARIDADE DA ADO O quando se reporta a um efeito emprestado modalidade de ado o que nomeia LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 10 amp LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 10 Outra cr tica recebida uma vez que legitimidade o status do filho concebido na const ncia do casamento sem o recurso a qualquer fic o jur dica PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de Direito Civil 11 ed Rio de Janeiro Forense 1997 v V p 208 67 29 A lei de 1965 inovado
344. ntensidade das rela es que unem pais e filhos independente da origem biol gica gen tica O papel da afetividade da vontade manifesta pelo casal nos obriga a raciocinar a filia o em termos diversos dos at hoje repetidos pelo mundo jur dico Abre nos horizontes mais amplos daqueles meramente estabelecidos pelo esquema r gido e por vezes pouco humano das f rmulas infal veis LEITE Eduardo de Oliveira Temas de direito de fam lia S o Paulo Revista dos Tribunais 1994 p 121 122 Para Welter a mudan a de paradigma evitaria a prolifera o dos seguintes problemas a fragmenta o da comunica o entre Conselho Tutelar Minist rio P blico e Poder Judici rio b morosidade na tramita o dos processos de ado o c car ncia de laudos interdisciplinares d a dificuldade de encontrar advogados defensores p blicos ou estagi rios no sentido de promover a defesa dos direitos da crian a e do adolescente que se encontram em institui o de abrigo e a discrimina o entre os filhos biol gicos e socioafetivo f a insuportabilidade social do processo de ado o judicial pois degradante para a sociedade saber que uma parcela de suas crian as vive no abandono WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 93 v 829 p 48 nov 2004 227 74 da igualdade entre as perfilha es e da unidade da Constitui o Federal n o
345. ntificou o n mero de adotados nesse per odo de 4 594 No ano de 2002 o n mero de ado es foi de 336 tendo como perfil dos adotados por sexo masculino 163 e feminino 173 e ainda n mero de habilita es 466 2 Dispon vel em lt http Awww tj pr gov br noticia noticia mostra asp idnoticia 2341 gt Acesso em 21 jul 2008 443 Nos termos do C digo de Organiza o e Judici ria do Estado do Paran 444 Tribunal de Justi a Corregedoria Geral da Justi a Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude 1 SEM ADO O 1 SEM e 2 SEM 2 SEM ADO O COMARCA gt MASC FEM HABILITA O MASC FEM APUCARANA 03 06 11 04 03 ARAPONGAS 01 05 9 02 09 ASSIS CHAT 04 01 03 02 C MOUR O 01 02 CASCAVEL 04 06 09 05 14 CIANORTE 02 04 11 02 03 CORNELIO PROC 03 04 05 02 01 F BELTR O 07 09 08 04 03 GUA RA 05 04 02 04 IRATI 03 04 05 02 IVAIPOR 04 01 JACAREZINHO 01 58 02 133 No ano de 2003 temos que o n mero de ado es neste per odo foi de 865 tendo como perfil dos adotados por sexo masculino 435 e feminino 430 e ainda n mero de habilita es 1 061 LOANDA 02 01 LONDRINA 26 25 119 20 08 MARING 06 02 29 PALMAS 02 03 42 03 02 PATO BRANCO 03 01 33 PARANGU 06 08 02 PARANAVA g 19 E 5 P GROSSA 09 13 16 E S J PINHJAIS 02 02 04 07 TOLEDO 03 02 38 06 06 UMUARAMA 02 04 47 04 02 445 Tribunal de Justi a
346. o 2 Mediante negat ria de paternidade sob o argumento da n o paternidade biol gica Portanto a desconstitui o do ato de reconhecimento estaria sujeita ao reconhecimento da exist ncia de v cio n o levando em considera o a paternidade biol gica 78 de vontade ora ineficaz D vida n o padece que ao se cumprir uma lei todos os abrangidos por ela h o de receber tratamento parificado sendo certo que ao pr prio ditame legal interdito deferir disciplinas diversas para situa es equivalentes As ado es prontas ou espec ficas caso em que os genitores entregam seus filhos a uma determinada fam lia sem os tr mites legais exigidos bem como a chamada ado o brasileira em que o casal faz o registro de nascimento em cart rio de uma crian a de outrem como se filho biol gico seu fosse s o modalidades que ainda s o culturalmente praticadas em nosso pa s Diante desse fato e mesmo sabedor que a lei n o permite que os pais biol gicos se arroguem ao direito de escolher a fam lia em que seu filho ir ser colocado em ado o o Poder Judici rio tem se rendido homologa o dessas situa es Isto porque n o poderia julgar diferente sob pena de atingir exclusivamente aquele em que a lei determina a sua prote o qual seja a pr pria crian a visto que quando uma situa o como essa chega aos juizados j existe a adapta o da crian a ao lar adotivo Afora as dificuldades inerentes
347. o a melhor ou seja o art 1 624 vai al m do art 1 621 arrola os seguintes argumentos a art 1 621 1 n o exaustivo b O instituto da ado o de extrema relev ncia social e valorativa as interpreta es devem ser no sentido de prestigi lo de foment lo de incentiv lo de refor lo de facilit lo c princ pio do direito de fam lia moderno levar em conta o interesse das crian as mesmo que em detrimento do interesse dos pais d V rias decis es de nossos tribunais j v m deixando de lado o interesse dos pais ou representantes legais quando se trata de permitir se concretize a ado o e o art 1 624 repete a hip tese de destitui o do p trio poder refor ando a inutilidade do art 1 621 1 Em tese necess rio o esfor o para evitar a incoer ncia a antinomia a falha legislativa Mas nem sempre poss vel prestigiar esta regra hermen utica que como toda a diretriz jur dica n o pode ser dogmatizada absolutizada PEREIRA S rgio Gischkow O Direito de Fam lia e o Novo C digo Civil Alguns aspectos pol micos ou inovadores Revista dos Tribunais ano 93 v 823 p 88 89 maio 2004 Anote se quando primeira das situa es que a toda evid ncia a norma legal sob exame est se referindo ao infante exposto que tem pais conhecidos A pr pria inclus o da cl usula no dispositivo seguida da hip tese de menores cujos pais sejam conh
348. o o Casos e Acasos Partindo do estudo de alguns processos de ado o citam se fragmentos do processo senten a e jurisprud ncia que serviram de suporte ou explica o para o deferimento ou n o da ado o O primeiro caso a ser analisado trata de ado o peculiar em que tr s crian as foram colocadas em fam lia substituta atrav s de ado o internacional Ocorre que a primeira ado o devido idade das crian as s angariou coloca o em fam lia substituta estrangeira em decorr ncia de aus ncia de fam lia brasileira habilitada que desejasse adot los Passados alguns anos a genitora da crian a teve destitu do o poder familiar de duas filhas diante da impossibilidade de permanecer com crian as Foi comunicado o ocorrido aos pais adotivos estrangeiros mediante of cio indagando se desejavam adotar as irm s de seus filhos A resposta veio positiva Entretanto em respeito ao cadastro de ado o o juiz achou por bem entregar mediante guarda provis ria a crian a fam lia brasileira na ordem do cadastro Houve interposi o de agravo pelo casal estrangeiro aduzindo que o filho mais velho guarda lembran as das irm s e que devem ser considerados outros crit rios para a escolha da fam lia biol gica Consta que as crian as 4 e 2 anos encontram se inseridas de forma provis ria desde 30 de setembro de 2005 com um casal brasileiro A decis o justificou a unanimidade em face do tempo decorrid
349. o o meu pai BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 46 abr maio jun 2002 376 377 114 superficial n o h nada de estranho a ser detectado que levasse ao indeferimento o que se perde certamente sua hist ria familiar Neste sentido question vel a motiva o nestes processos que muitas vezes deveriam ser resolvidos com o instituto de guarda e responsabilidade Outras hip teses ocorrem que tamb m merecem nossa aten o e t m sido comum no meio jur dico quando o endere o do pai ausente incompleto ou n o fornecido pelo adotante e pela genitora sendo realizada a cita o por edital n o ocorrendo por bvio a sua localiza o por parte da Justi a N o se est aqui a falar dos casos em que houve abandono mas sim pensar no v nculo paterno que existe e muitas vezes percept vel na fala das crian as 378 Cabe muitas vezes equipe multidisciplinar o dever de realizar um laudo t cnico adequado e n o meramente por simples formalidade ser persistente no rastreamento do pai que poder vir a ser destitu do do poder familiar e ainda devem estar atentos para n o compactuar com rivalidades e sentimentos hostis que poder o provocar dificuldades de diferentes ordens na constru o da subjetividade da crian a em uma sociedade marcada por indefini es incer
350. o a paternidade e a maternidade reclamam imensa responsabilidade dos pais da sociedade e do Estado art 227 da CF pelo que n o se concebe que a algu m seja atribu da uma filia o sem que seja avistado um futuro de dignidade para o filho Al m do exame dessas circunst ncias f ticas dever o ser levados em considera o os seguintes aspectos a o carinho o desvelo ambiente tranquilo que possa propiciar crian a desenvolvimento sadio f sico e moral com seguran a e equil brio emocional dos pais b a habitualidade de dar amor orienta o comida abrigo vestu rio assist ncia m dica escola relacionamento na comunidade e la os religiosos c a boa forma o moral social psicol gica a busca da sa de mental ou a preserva o da sua estrutura emocional d tratamento respeito e digno e a idade circunst ncias em que vive a crian a ou seu bem estar e concep es educativas dos pais f examinar o grau de conflito entre as partes promovendo di logo entre os pais biol gicos e afetivos g sa de sentimentos do filho necessidade de estabilidade disponibilidade educativa e afetiva equil brio psicol gico moralidade da vida condi es materiais presen a de av s WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 93 v 829 p 46 nov 2004 At que ponto este crivo necess rio A justificativa est nas situa es de risco extremamente dif
351. o filho para ado o segundo Jo o Seabra Diniz como conjunto das circunst ncias da vida da m e as condi es em que nasceu o filho a rela o que tem ou n o tem com o pai da crian a os seus projetos para o futuro e as possibilidades reais de os realizar Importa que sobressaia a conquista de adeptos da teoria de que a solidariedade salva e o ego smo mata Segundo Anabel Vit ria Mendon a de Souza Amar os advindos do pr prio sangue f cil mas vale dizer amar o estranho poss vel tanto que poss vel esquecer esse detalhe Jo o Baptista Villela enfocou A paternidade adotiva n o uma paternidade de segunda classe Ao contr rio suplanta em origem a de proced ncia biol gica pelo seu maior teor de autodetermina o N o ser mesmo demais afirmar que a ado o prefigura a paternidade do futuro por excel ncia enraizada no exerc cio da liberdade E a experi ncia da vida nos d conta de outro modo que pais biol gicos nem sempre queriam ser pais entretanto pais adotivos desejam ser pais N o esque amos que nenhum arranjo familiar pode ser garantia de indubit vel estrutura o Anabel Vit ria Mendon a de Souza disse O desamor se para ent o conseguir reaver os filhos de 6 9 e 11 K NIG Mauri BOREKI Vinicius Os riscos da ado o fora da lei Vida e Cidadania Gazeta do Povo Curitiba 27 07 2008 p 6 DINIZ Jo o Seabra A ado o notas para uma vis o global
352. o gratuitamente em todos os postos de sa de e hospitais da rede p blica Assim surgem todas as garantias de sigilo s podendo ser quedado pelo nascido e mediante ordem judicial O projeto argumenta que deve prevalecer o direito vida e n o deve portanto preponderar o direito identidade do nascituro al m de possibilitar a ado o assegurando a potencial chance de conviv ncia familiar Neste sentido justifica que o parto an nimo encontra respaldo jur dico na Constitui o Federal ao assegurar a dignidade humana o direito vida e a prote o especial crian a Determina o projeto de lei que a unidade de sa de onde ocorrer o nascimento dever no prazo m ximo de 24 horas informar o fato ao Juizado da Inf ncia e Juventude por meio de formul rio pr prio Em continuidade designa a lei a compet ncia do Juizado da Inf ncia e Juventude para receber a crian a advinda do parto an nimo fixado no local do nascimento 2 Em 11 de fevereiro do corrente ano foi proposto o Projeto de Lei 2 747 2008 que institui o parto an nimo como forma de prevenir o abandono de rec m nascido Em 19 de fevereiro foi proposto o Projeto de Lei 2 834 2008 que institui o parto an nimo Em 09 de abril foi proposto outro projeto sob n 3 220 2008 o qual possui a seguinte ementa regula o direito ao parto an nimo e d outras provid ncias Referidos projetos foram apensados e desde 05 de maio encontram se na Comiss o de Seguridade
353. o n o tem impedido que este exerc cio de vontade continue sendo pr tica normal mesmo sendo proibida por lei Assim sabe se que as ado es irregulares continuam ocorrendo e s o muitas vezes motivadas pela quest o de aus ncia de liberdade de escolha ou por quest es decorrentes da burocracia que o instituto carrega com a finalidade de prote o das crian as e dos adolescentes Certo que n o pode haver discrimina o quanto filia o Entretanto ela existe considerando que para aquela crian a ou adolescente que permanece no seio familiar biol gico o Estado em nada se apresenta exceto quando ocorre a necessidade de interven o tal como a destitui o Neste sentido a discrimina o ocorre para aquela crian a ou adolescente fora do seio familiar biol gico onde o Estado interv m na escolha de quem deva ser pai ou m e afetivo n o permitindo a utiliza o da declara o de vontade tanto do pai afetivo desejo de ser pai ou do pai biol gico desejo de escolher quem deva ser pai afetivo de seu filho Desse modo para o pai que se diz biol gico a manifesta o de vontade tem sido considerada v lida n o cabendo arrependimento n o podendo desconstituir a paternidade jur dica Por outro lado ao pai afetivo se imp e o cadastro de ado o e ao pai biol gico n o lhe permite a manifesta o de vontade quanto escolha de quem deva ser pai afetivo de seu filho Conclui se portanto ora v lida a declara
354. o onde a perman ncia da crian a durante o tr mite da a o representaria menor risco 489 Embasado em decis o semelhante a esta S admiss vel a ado o internacional quando existirem os seguintes requisitos cadastro da adotante estrangeira em ju zo determinado e aus ncia de casais nacionais com id ntico interesse ac rd o da 1 C mara C vel do Tribunal de Justi a de Santa Catarina relator Des Francisco Oliveira Filho na Apela o 37 155 julgada em 10 03 1992 FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 241 49 ECA AGRAVO DE INSTRUMENTO EST GIO DE CONVIV NCIA GUARDA PROVIS RIA DEFERIDA A CASAL NACIONAL COM VISTAS A FUTURA ADO O INSURGENCIA DE CASAL ESTRANGEIRO QUE ADOTOU IRM OS UNILATERAIS DAS ADOTANDAS AUS NCIA DE V NCULO AFETIVO RELEVANTE ENTRE OS IRM OS EXISTENCIA DE OUTROS IRM OS COM PARADEIRO IGNORADO AUS NCIA DE COMPROMETIMENTO AO DESENVOLVIMENTO PSICO AFETIVO DAS ADOTANDAS ESTATUTO DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE QUE PRIORIZA DE FORMA EXPRESSA A COLOCA O EM FAMILIA SUBSTITUTA NACIONAL RECURSO DESPROVIDO TJPR Segredo de Justi a 170 devendo ficar sob a guarda provis ria da fam lia brasileira considerando que o Estatuto prioriza a fam lia substituta nacional como estabelece o artigo 31 do ECA Cr tica deve ser feita ao nosso Tribunal pelo qual
355. o possibilita a qualquer cidad o em condi es igualit rias postular a ado o de infantes em situa es tais 2 N o h nenhuma ofensa a preceito constitucional exigir inscri o dos interessados em adotar em banco de dados espec fico 3 A medida judicial que oferta a guarda provis ria aos moradores da casa em cuja porta foi abandonada a crian a leva em conta a prov vel liga o ou conhecimento existente entre a m e que abandona e aqueles que recebem o rebento nessas condi es 4 A assertiva de que o relator deve render homenagem aos precedentes da corte qual est vinculado somente tem aplica o quando se cuidar de quest o remansosamente decidida descartando se o precedente colacionado mormente se ele trata de caso dessemelhante 5 Recurso desprovido TJDFT AGI 20060020074664 Rel Des Silv nio Barbosa dos Santos DJU 05 12 2006 p 118 172 Artigo 6 do ECA e 5 da LICC Deferimento Recurso provido Em aten o aos superiores interesses da crian a que se sobrep em a qualquer outro recomend vel o deferimento da guarda provis ria em favor daqueles em cujo lar se encontre integrada desde os primeiros dias de vida e com os quais se ache afetivamente vinculada A obrigatoriedade de se seguir a ordem cronol gica de inser o para se proceder a entrega de crian a ou adolescente tem por objetivo conseguir se uma fam lia para a crian a em situa o de risco social cabendo ao Juiz verificar no
356. o um avan o significativo haver obrigatoriamente quando o direito civil passar a ser absorvido pela comunidade jur dica respeitando os princ pios jur dicos constitucionais SE O 2 2 DA PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL FACE A ADO O 2 2 1 Da Constitucionaliza o do Direito de Fam lia Os atuais contornos jur dicos de fam lia passam a ser objeto de uma preocupante realidade com diversas formas de apreens o jur dica do mesmo fen meno Desde a Constitui o de 1988 a interpreta o do direito de fam lia foi modificada devendo ser interpretada sob uma tica garantista deixando de lado a ontologia da coisa Necess rio desobjetivar a Constitui o e isto s ser poss vel com a supera o do paradigma metaf sico que prejdomina o imagin rio dos juristas gt Francisco Jos Ferreira Muniz alerta sobre a necessidade de adequa o da legisla o ordin ria aos novos princ pios constitucionais de igualdade da fam lia afirmando que estavam revogadas todas as disposi es legais contr rias invocando a 151 TASCA Flori Antonio Princ pios Fundamentais do Direito Civil Brasileiro Curitiba Flamma 2005 p 39 Em verdade O direito passa a ser um sistema tico aberto tendo como centro o ser humano o primeiro de seus valores SZANIAWSKI Elimar Direitos de Personalidade e sua Tutela 2 ed rev atual e amp S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 126 A teoria ga
357. o adotado e lavratura de novo assento de nascimento FERNANDES Regina de F tima Marques Registro civil das pessoas naturais conforme a legisla o civil vigente Porto Alegre Norton 2005 p 108 C digo Civil art 1 521 N o podem casar omissis Il omissis Ill o adotante com quem foi c njuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante IV omissis V o adotado com o filho do adotante VI omissis VII omissis Analisando que permaneceu com tratamento espec fico nos incisos Ill e V do artigo 1 521 do novo C digo Civil quando na realidade s o simplesmente filhos igualados aos naturais ainda que decorrentes de vincula o civil Por isso n o era preciso dizer que o adotante n o pode casar se com quem foi c njuge do adotado pois se configura na hip tese afinidade na linha reta que j tem previs o impeditiva no inciso Il do mesmo dispositivo legal Tamb m desnecess ria a men o a impedimentos entre o adotado e o filho do adotante pela curial raz o de que s o simplesmente irm os por isso enquadr veis no inciso IV OLIVEIRA Euclides de HIRONAKA Giselda Maria Fernandes Novaes Do Casamento In DIAS Maria Berenice PEREIRA Rodrigo da Cunha Direito de Fam lia e o novo C digo Civil Belo Horizonte Del Rey 2001 p 24 a ado o por ascendentes sempre importa situa o de artificialidade nefasta pelo potencial de desagrega o das fam lias que traz
358. o de infra o poder o ser usadas f rmulas impressas especificando se a natureza e as circunst ncias da infra o 2 Sempre que poss vel verifica o da infra o seguir se a lavratura do auto certificando se em caso contr rio dos motivos do retardamento O Magistrado autoriza a sa da da crian a do abrigo motivada por uma aproxima o com a fam lia natural ou com uma fam lia substituta com base nos artigos 3 4 92 I e II 94 V e VI todos do ECA 395 396 397 398 399 119 da Vara da Inf ncia e Juventude est o impl citas na lei Ainda no Ju zo da Inf ncia vi vel e imprescind vel a instaura o na pr tica at mesmo de of cio de procedimentos verificat rios ou investiga o judicial preliminar para apura o de ocorr ncia de amea a ou viola o dos direitos da crian a e do adolescente Para exemplificar cita se o caso em que h mera suspeita de maus tratos Com a in rcia do Conselho Tutelar ou sua inefici ncia cabe procedimento verificat rio at mesmo de of cio e tamb m se h abandono de filho deve se apurar a causa bem como se existem outras crian as filho em situa o de risco N o se trata de a o entretanto antes de ser iniciada a a o pr pria o juiz pode determinar o abrigamento da crian a adolescente oportunizando inclusive o contradit rio e a ampla defesa n o importando o modo procedimental pelo qual levada aprecia
359. o de microssistema NERY JUNIOR Nelson C digo Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 7 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2001 p 442 443 80 34 Direitos Fundamentais T tulo Il no Cap tulo Ill Do Direito conviv ncia familiar na Subsec o IV Da Ado o nos artigos 39 a 52 O cuidado e o zelo com que o legislador tratou a mat ria de ado o vis vel at numericamente A Lei 8 069 90 submeteu a ado o a um regime dicot mico ou seja permaneceu a ado o simples referida no C digo Civil de 1916 todavia elevou a ado o plena onde houve derroga o de alguns de seus dispositivos que eram incompat veis al m de releitura necess ria de outros Nota se que o legislador foi minucioso chegando a ponto de ser criticado pelo excesso em alguns casos o que acabaria em choque com o princ pio do interesse da crian a em decorr ncia do tempo O Estatuto da Crian a e do Adolescente trouxe nova regulamenta o ao instituto de ado o tendo aplicabilidade imediata aos pedidos n o deferidos inclusive quanto proibi o de ado o por ascendente o que preceitua neste sentido o artigo 42 8 1 do ECA Contudo a mesma lei em seu artigo 6 abre uma ressalva ao recomendar que na interpreta o desta lei levar se o em conta os fins sociais a que se dirige as exig ncias do bem comum os direitos e deveres individuais e coletivos e a condi
360. o direito civil que culminou com o advento dos fen menos da constitucionaliza o e da repersonaliza o do direito civil foi decisiva Estes fen menos embora viessem se desenvolvendo paulatinamente durante o transcurso do s culo XX passaram a ter maior relev ncia a partir do t rmino da Segunda Guerra Mundial ocorrendo em quase todo o mundo um profundo processo de transforma o econ mico social vindo esta muta o a abalar sensivelmente as velhas estruturas e o sistema jur dico idealizado pelos pandectistas e pelos codificadores do direito civil dos s culos XIX e XX que haviam concebido o c digo como um direito permanente A codifica o do direito civil sistematizada segundo pensamento do s culo XX cristalizava todas as categorias jur dicas destinadas a tutelar a vida e as rela es humanas o que permitia na tica de seus idealizadores sua perpetuidade Nesse passo verificou se que o sistema jur dico desenvolvido pela codifica o civil segundo o pensamento cl ssico n o mais respondia s necessidades do homem Deste modo deixou o direito civil de ser o ponto nuclear da ordem jur dica dos povos vindo a ocupar seu lugar a Constitui o que passou a ditar princ pios e regras que constituem e regulam as rela es sociais eliminando assim as lacunas deixadas pelo direito civil cl ssico SZANIAWSKI Elimar Direitos de Personalidade e sua Tutela 2 ed rev atual e ampl S o Paulo Re
361. o do poder familiar do genitor a que n o o c njuge ou companheiro do adotante podendo ocorrer a anu ncia formal em ju zo Tudo em harmonia e salutar Entretanto deve se apontar para o problema que vem ocorrendo com a pr tica onde tem sido feita ado o unilateral para os casos em que a genitora tem novo companheiro e o genitor pessoa falecida Como dito alhures tem ocorrido o pedido de ado o unilateral pelo companheiro adotante para a ado o do filho de falecido com a concord ncia e perman ncia do patron mico materno sob o argumento simples de que o novo companheiro deseja assumir ou assume as responsabilidades do adotando Note se que o poder familiar do genitor foi extinto em decorr ncia de sua morte nos termos do artigo 1 635 do C digo Civil possibilitando a ado o e atrav s dela ser atribu da condi o de filho ao adotado desligando o de qualquer v nculo com o pai e seus demais parentes consang neos 388 O exerc cio da autoridade parental diz respeito rela o que h entre pais e filhos N o se confunde com a guarda regra materna no incompreens vel senso incomum a guarda paterna A autoridade parental revela um conjunto de circunst ncias que v o informar as caracter sticas do exerc cio desses direitos e a assun o de correspectivos deveres N o se trata de poder nem propriamente de fun o N o h rela o de subordina o E mais que um direito dever
362. o liga se finalidade de trazer para o mundo jur dico uma verdade social Diante do caso concreto restar ao juiz o mister de julgar a ocorr ncia ou n o de posse de estado revelando quem efetivamente s o os pais TJRS Ap C v 70007016710 8 C m C v Rel Des Rui Portanova j em 13 11 2003 Dispon vel em lt http Awww ibdfam org br artigos amp artigo 424 gt Acesso em 10 jul 2008 Uma de suas formas a posse do estado de filho que a exterioriza o da condi o filial seja por levar o nome seja por ser aceito como tal pela sociedade com visibilidade not ria e p blica Liga se ao princ pio da apar ncia que corresponde a uma situa o que se associa a um direito ou estado e que d seguran a jur dica imprimindo um car ter de seriedade rela o aparente Isso ainda ocorre com o estado de filho afetivo que al m do nome que n o decisivo ressalta o tratamento e a reputa o eis que a pessoa amparada cuidada e atendida pelo indigitado pai como se filho fosse GUIMARAES Jana na Rosa Filhos de Cria o o valor jur dico do afeto na entidade familiar Dispon vel em lt http jusvi com artigos 31451 gt Acesso em 10 jul 2008 Durante a tramita o do projeto do C digo Civil no Congresso Nacional ap s a Constitui o de 1988 o Senado Federal promoveu esfor o herc leo para adaptar o texto antes dela elaborado a suas diretrizes Todavia o esfor o resultou fr
363. o princ pio da prioridade absoluta da crian a n o foi atendido O tempo em todos os processos de ado o passa a ser cruel e consequentemente o v nculo entre os irm os no que se refere ao hist rico familiar deveria ter sido mantido No que se refere ao agravo de instrumento tardiamente julgado pelo Tribunal manteve a decis o de permanecer a concess o da guarda provis ria e consequentemente o deferimento do pedido de ado o pelo casal brasileiro habilitado O que se questiona neste caso sobre a preval ncia do cadastro de ado o em detrimento do direito da crian a de conviver com um de seus familiares biol gicos v nculo hist rico familiar importante N o deveria ser discutido neste caso a quest o do direito de prefer ncia entre casal estrangeiro e casal brasileiro Aqui deveria ter sido preservado que os irm os grupos de irm os fossem adotados pela mesma fam lia independentemente de nacionalidade evidente que o v nculo socioafetivo entre os irm os era pequeno em decorr ncia do afastamento das crian as talvez at simb lico mas existia e eram acrescidos dos v nculos biol gicos A decis o do Tribunal por m condenou a ambos perda desses la os para sempre baseado na equivocada interpreta o A boa jurisprud ncia escassa e incipiente sobre o tema pois as decis es encontradas t m demonstrando que o tribunal acaba n o proferindo decis o na ess ncia da quest o saindo pela tangente em
364. o seu lugar ocupado pelo pai de fato FACHIN Luiz Edson Da paternidade rela o biol gica e afetiva Belo Horizonte Del Rey 1996 p 124 citando RICHER Danielle L s enfants qui ne sont p s l s miens d veloppements r cents em droit familial Qu bec Yvon Blais 1992 p 169 Filha o eudemonista no reconhecimento volunt rio e judicial da paternidade e da maternidade Quem comparece no Cart rio de Registro Civil de forma livre e espont nea solicitando o registro de algu m como seu filho n o necessita de qualquer comprova o gen tica WELTER Belmiro Pedro Inconstitucionalidade do Processo de Ado o Judicial Revista dos Tribunais ano 93 v 829 p 42 nov 2004 Muitas ado es se iniciam com a entrega das crian as a pessoas n o cadastradas para adotar ado es prontas termo utilizado por Brito e Ayres BRITO Leila Maria Torraca de AYRES Lygia Santa Maria Destitui o do poder familiar e d vidas sobre a filia o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano 6 n 26 p 129 143 Porto Alegre S ntese IBDFAM out nov 2004 A ado o direta ou independente a que n o considera a presen a do Poder Judici rio relevante e realiza a ado o independentemente da lei ou de senten a que a confirme Tamb m conhecida como simulada em alguns tribunais Pejorativamente o chamado jeitinho brasileiro se expressando neste campo onde a Justi a burlada e a crian a regist
365. o site do Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul lt http i ti rs gov br ji site jij gt site lt wwv main main p cornerid 2390 amp p currcornerid 856 amp p language pib amp p edit 0 amp p full 1 amp p cornertype item amp p iscornerlink 1 gt Acesso em 02 jul 2008 150 Estat sticas de registro de ado o Perfil dos Adotantes Por cor de cutis Casal EEE 3363 80 72 Negra 60 1 44 Mulheres solteiras TD 304 7 30 Branca EEE 1444 34 66 Homens solteiros D 182 4 37 Morena clara D 186 4 46 Mulheres separadas D 152 3 65 Morena escura 57 1 37 Companheiro da m e biol gica D 76 1 82 Homens separados 43 1 03 Por cor do cabelo Mulheres vi vas 28 0 67 Pretos D 216 5 18 Companheira do pai biol gico 14 0 34 Loiros 42 1 01 Homens vi vos 4 0 10 Castanho claro ED 354 8 50 Castanho escuro D 269 6 46 Amarela 5 0 12 Tipo de ado o Ado o do Cadastro D 187 4 49 Por tipo de cabelo Ado o Dirigida ED 438 10 51 Liso ED 490 11 76 N o informada EEE 3541 85 00 Crespo D 129 3 10 Ondulado D 146 3 50 Perfil dos Adotados Por cor dos olhos N mero de adotados 4166 Pretos D 157 3 77 Castanhos ED 502 12 05 Verdes 10 0 24 Azuis 34 0 82 Amendoados gt 25 0 60 Por idade Menos de um anos 785 18 84 1 ano ED 549 13 18 2 anos Z 377 9 05 3 anos DD 283 6
366. o um norteador importante para a modifica o das legisla es pertinentes O referido princ pio utilizado para a solu o de conflitos de interesse entre uma crian a e outra pessoa Em linhas gerais o interesse da crian a sobrep e aos de outras pessoas e ou institui es Os direitos fundamentais da inf ncia est o consolidados no artigo 227 da Constitui o Federal sendo dever da fam lia da sociedade e do Estado assegur los a toda e qualquer crian a adolescente com prioridade absoluta Esse princ pio n o se confunde com outros direitos assegurados ou protegidos Considerando ainda que os princ pios gerais de direito s o dotados de validade positiva e n o se reportam a um fato espec fico e atuam como indicadores de valores como interpretar este princ pio quando na pr tica hodierna misturam se a es que refletem permanentemente as profundas diferen as ideol gicas presentes nas referidas doutrinas jur dicas Como compreend lo e traduzi lo em face da orienta o constitucional do Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei 8 069 90 e a pr tica Entretanto o princ pio do melhor interesse envolve uma id ia vaga mas essencial necess rio redefinir seus par metros assim como fixar as diretrizes em face dos demais princ pios legais A aplica o destes princ pios enfrenta in meras dificuldades Ao aplicar este princ pio h de se considerar sua base constitucional e legal e identific lo A identific
367. ocial dentro dos recursos existentes e das normas legais em vigor tendo em conta as vantagens e inconvenientes previs veis para o desenvolvimento global da crian a e a possibilidade de estabelecimento e consolida o de uma rela o afetiva adequada com a fam lia adotante DINIZ Jo o Sabra A ado o Notas para uma vis o global In FREIRE Fernando Coord Abandono e Ado o contribui es para uma cultura da ado o Terre des Hommes Curitiba 1991 p 68 A ignor ncia sobre a possibilidade da ado o a exist ncia de dificuldades pessoais ou mesmo de preconceitos estes com muita frequ ncia dependentes do seu meio ambiente onde uma solu o desse g nero vista como altamente conden vel impedem em geral a tomada de uma decis o precoce por parte da m e Por isso importante insistir na necessidade de fazer precocemente um diagn stico rigoroso da situa o para evitar perdas de tempo no caso de se tratar de um caso a encaminhar para a ado o DINIZ Jo o Sabra A ado o Notas para uma vis o global In FREIRE Fernando Abandono e Ado o contribui es para uma cultura da ado o Terre des Hommes Curitiba 1991 p 69 481 167 ado o A ado o n o deve ser a solu o para as crian as abandonadas entretanto tem sido a nica alternativa embora em passos lentos Sabe se que o Brasil um pa s de t pica miscigena o de negros pardos ndios e brancos e estes
368. ocumentos demonstrando em tese ter condi es de adotar Faz se necess rio ser pessoa id nea com condi es financeiras para sustentar o infante Por fim a inscri o no registro de adotantes atrav s de procedimento pr prio poder ou n o ser deferida Ser indeferida se o interessado n o satisfazer os requisitos legais ou se estiver presente qualquer das hip teses previstas no artigo 29 ou seja se o interessado revelar por qualquer modo incompatibilidade com a natureza da medida ou n o oferecer ambiente familiar adequado A escolha do casal se dar entre os casais habilitados para ado o e segue um cadastro por comarca E nesta hora a import ncia do parecer t cnico para que o cadastro seja efetivo e concretize a ado o pois deve conter al m das informa es sobre o adotante tamb m as informa es referentes escolha dos interessados Imprescind vel tamb m avisar que esta escolha ser respeitada e 46 Deve ser transparente e levar em considera o as condi es dos sujeitos ticos envolvidos O que significa recusar a falsa neutralidade da atua o profissional pois ao elaborar um parecer os profissionais n o s o apenas t cnicos mas sujeitos ticos que fazem escolhas valorativas ao elaborar uma an lise sobre uma dada situa o e ao emitir um parecer O profissional tenha consci ncia de que est oferecendo elementos para subsidiar uma decis o que ir interferir na vida d
369. omarcas do Estado foram 49 e o n mero de crian as no total de 108 A faixa SU A Curitiba 01 01 Foz do Igua u 01 01 TOTAL 48 76 453 Corregedoria Geral da Justi a Comiss o Estadual Judici ria de Ado o Autoridade Central estadual N MERO DE ADO ES INTERNACIONAIS POR COMARCAS COMARCAS ADO ES EFETIVADAS N CRIAN AS 2004 Almirante Tamandar 02 02 Cascavel 08 16 Corn lio Proc pio 01 03 Curitiba 23 48 Curi va 01 02 Faxinal 01 03 Francisco Beltr o 01 03 Guarapuava 02 05 Ipor 01 06 Irati 01 03 Laranjeiras do Sul 01 02 Ponta Grossa 05 11 S o Jos dos Pinhais 02 04 Total 49 108 143 et ria das crian as adolescentes adotadas de O a 2 anos 9 crian as de 3 a 5 anos 35 crian as de 6 a 10 anos 51 crian as e acima de 10 anos 13 crian as Paran Ado es Internacionais 2004 Faixa et ria dos adotados 0a2 3a5 6a 10 mais de 10 anos Gr fico 7 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2004 por estrangeiros PA SES ADO ES N CRIAN AS ESTADOS UNIDOS Almirante Tamandar 02 02 Cascavel 02 04 Curitiba 06 16 Faxinal 01 03 Guarapuava 02 05 Ipor 01 06 Irati 01 03 Ponta Grossa 01 03 S o Jos dos Pinhais 01 02 FRAN A Cascavel 01 03 Curitiba 04 05 Ponta Grossa 01 01 HOLANDA Cascavel 01 03 Curitiba 02 05 Francisco Beltr o 01 03 Laranjeiras do Sul 01 02 Ponta Grossa 02 05 IT LIA Cascavel 04 06 Corn lio Proc pio 01 03 Curi v
370. onal 1952 p g 154 e seguintes e o anteprojeto de C digo Civil elaborado pelo professor ORLANDO GOMES cujos artigos 246 247 e 248 do Cap tulo VI do T tulo IV do livro Il disciplinam a legitima o adotiva p gina 13 e nota 47 da p gina 77 explica Publicada no Di rio Oficial de 3 de junho de 1965 retificada em parte m nima e sem maior relev ncia pela publica o de 15 de junho de 1965 contendo a disposi o contr ria a que se refere o artigo 1 da Lei de Introdu o do C digo Civil n 4 657 de 4 de setembro de 1942 esta lei entrou em vigor na data de sua publica o considerando se lei nova a retifica o referida artigo 1 par grafo 4 da Lei de Introdu o Nada havia na mat ria anteriormente donde cair no vazio a revoga o das disposi es em contr rio a das lei em 4655 em apre o LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 13 e 77 71 31 na fam lia do adotante rompendo os v nculos biol gicos No C digo de Menores aparece o car ter assistencialista voltado ao menor em situa o irregular muito embora considerasse a crian a e o adolescente como objeto da rela o jur dica Para melhor compreender a evolu o legislativa relevante em rela o aos direitos das crian as e dos adolescentes importante saber o que vem a ser a situa o irregular que se encontra no artigo 2 do C digo de Menores
371. onsentimento do adotando quando maior por pressup lo essencial validade da ado o limitando se a prever os meios pelos quais se deveria manifestar o consentimento do adotando quando incapaz No que se referia ao adotado ele tinha direito de optar entre a conserva o de sua ado o ou pelo seu desligamento no caso de entender n o lhe convir no prazo de um ano a contar da data da concess o de sua maioridade ou interdi o mediante notifica o A dissolu o do v nculo da ado o ocorria quando s duas partes convinha ou quando o adotado cometia ingratid o O direito de revogar era personal ssimo ou seja s o adotante poderia ajuizar a a o cabendo apenas natureza SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 104 105 A maioria das legisla es n o permite a um c njuge adotar algu m como filho sem o consentimento do outro O nosso C digo silencia a respeito assim procedendo quis o legislador dispensar esse consentimento N o duvidamos que em face do C digo seja essa a doutrina exata mas conv m frisar n o merece louvores a lei ao aceitar tal doutrina pois a nenhum c njuge devia ser l cito adotar um filho sem o consentimento do outro SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 18 19 essa pessoa pode ser o pai leg timo
372. ontagiosa 3 0 23 0 15 Neurol gica 9 Psiqui trica 2 Legenda D at 25 B Entre 25 e 50 B Entre 50 e 75 B Superior a 75 Gr fico 13 Estat stica Geral de Registro de Ado o na Regional de Porto Alegre de 01 01 2002 a 01 06 2008 Se considerarmos apenas a comarca de Porto Alegre no per odo de 01 01 2002 a 01 06 2008 temos que a quantidade de adotados nesse per odo de 891 oitocentos e noventa e uma crian as divididas por tr s tipos ado o do 152 cadastro 27 vinte e sete ado o dirigida 105 cento e cinco e n o informada 759 setecentos e cinquenta e nove Casal Mulheres solteiras Mulheres separadas Homens solteiros Companheiro da m e biol gica Mulheres vi vas Homens separados Companheira do pai biol gico Ado o do Cadastro Ado o Dirigida N o informada Menos de um anos 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos Entre 11 e 14 anos Entre 15 e 18 anos Masculino Feminino Estat sticas de registro de ado o Perfil dos Adotantes E 691 77 55 ED 107 12 01 D 41 4 60 D 28 3 14 8 0 90 8 0 90 6 0 67 2 0 22 Tipo de ado o D 27 3 03 105 11 78 EE 759 85 19 Perfil dos Adotados N mero de adotados 891 Por idade 160 17 96 114 12 79 D 80 8 98 D 64 7 18 D 65 7 30
373. optando Portugal Justos motivos e vantagens para o adotado B lgica e Luxemburgo interesse do adotado Espanha Fran a Gr cia Noruega e Su cia bem estar ou bem da crian a Alemanha Inglaterra Austria Dinamarca Finl ndia Irlanda Su a superior interesse da crian a Espanha e It lia interesse manifesto da crian a Pa ses Baixos Na Am rica Latina vantagens para o adotado Chile e Rep blica Dominicana justos motivos que ofere am vantagens para o adotado Rep blica Dominicana Conveniente para o adotado Peru benef cio do menor adotado Argentina Ley 19 134 com as modifica es das Leis 23 264 e 23 515 e Uruguai reais vantagens para o adotando Brasil Estatuto da Crian a e do Adolescente LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das 217 218 11 superior interesse da crian a important ssimo considerando que a ado o s se justifica partindo do interesse maior das crian as a serem adotadas Os sistemas jur dicos buscaram definir o conceito de interesse da crian a mas n o conseguiram obter o exato conte do parecendo at redundante acabando por definir como melhoria de suas condi es de vida econ mica Entretanto a id ia do interesse soberano maior da crian a em detrimento de qualquer outro interesse ou conveni ncia precisa ainda ser absorvido pela sociedade Luiz E
374. os Necess rio por m enfrentar o que est posto quando a sociedade n o se curva aos bloqueios que n o representam sua vontade tornando se todos ref ns da imposi o legal que sequer tem gerado condena o aos que a desrespeitam e nem poderia gerar puni o crian a e ao adolescente o qual se objetiva proteger Qui a alternativa para que a sociedade n o mais adote irregularmente seja a possibilidade de ser v lida a declara o de vontade com aceita o pelo Poder Judici rio considerando o melhor interesse da crian a e do adolescente Neste sentido as pessoas interessadas manifestariam sua vontade perante o Judici rio o qual poderia observar qualquer situa o de risco para a crian a Assim os controles jur dicos aumentariam significativamente pois o Poder Judici rio observaria a quest o desde logo n o ficando a desd m do futuro Por conseguinte o limite tem que ser superado e a declara o de vontade deve ser considerada e at estimulada para fins de evitar ado es irregulares excetuando se os casos de impedimentos e desvantagens quanto ado o considerando a supremacia do interesse da crian a e do adolescente Outro fato o reconhecimento do dever social da fam lia em proteger a crian a pessoa em desenvolvimento Assim sendo se os genitores pudessem escolher as pessoas a quem entregariam seu filho para ado o sentir se iam muito mais aliviados por terem certeza de que essas pessoas imbu
375. os fertilizados congelados s nos Estados Unidos s o sobras de fertiliza es in vitro posto que normal fertilizar mais vulos do que o n mero necess rio para o procedimento As experi ncias no sentido de adotar embri es t m dado conta de resolver dois problemas embri es congelados por tempo indeterminado e impossibilidade de ter filho 533 534 535 536 537 538 MEDICINA Ado o de embri es pode ser alternativa ao seu uso em pesquisas lt http Awww brasilmedicina com br noticias pgnoticias det asp AreaSelect 2 amp Codigo 991 gt Acesso em 02 jul 2008 A id ia tamb m defendida por Liliam Pi ero E a bi loga molecular da Universidade Federal de S o Paulo UNIFESP no sentido de que os embri es congelados por mais de tr s anos que est o liberados para o uso em pesquisa t m condi es de gerar beb s saud veis ao contr rio do que muitos cientistas t m dito CENTRAL JUR DICA Ado o de embri es pode ser alternativa ao seu uso em pesquisas Dispon vel em lt http Awww centraljuridica com materia 837 direito medico adocao de embrioes pode ser alternativa ao seu uso em html gt Acesso em 02 jul 2008 Segundo o m dico de reprodu o assistida Paulo Marcelo Perin da cl nica de reprodu o assistida Diagn stico Sonogr fico Dason n o est claro qual o limite de tempo que um embri o pode ficar congelado para gerar um beb saud vel O relato
376. os pretensos adotantes O mesmo afirma Digi como 2001 na falta de familiares interessados em assumir o encargo dever o ser chamados pela ordem de inscri o pessoas ou casais regularmente registrados como manda a lei no cadastro pr prio de pretendentes ado o mantido pelo Ju zo a quo n o devendo ser reconhecido aos pais qualquer direito em indicar a pessoa ou casal com que seus filhos ir o permanecer Entende se por ado o pronta a solicita o de ado o que aporta aos Juizados da Inf ncia e da Juventude na qual os autores da a o j possuem de fato a guarda da crian a que desejam adotar Tal condi o tamb m descrita por MARIANO 2003 como ado o direta e por LOBO 2003 como ado o de fato como a modalidade mais frequente de coloca o em fam lias substitutas BRITO Leila Maria Torraca de AYRES Lygia Santa Maria Destitui o do poder familiar e d vidas sobre a filia o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano 6 n 26 p 135 Porto Alegre S ntese IBDFAM out nov 2004 houverem aderido expressamente ao pedido de coloca o em fam lia substituta o que sup e que os genitores biol gicos podem concordar com a coloca o para determinada pessoa ou fam lia ISHIDA Valter Kenji Estatuto da Crian a e do Adolescente doutrina e jurisprud ncia S o Paulo Atlas 1998 p 276 302 303 304 305 94 n o existe lide ou pr
377. ossas crian as levando a uma assist ncia mais perfeita Todavia criticou se a denomina o legitima o adotiva como muito pouco feliz Planiol Ripert e impr pria Mazeaud Ela trouxe in meros benef cios para o menor cujos pais fossem desconhecidos desaparecidos falecidos ou sendo filho natural fosse reconhecido pela m e N o se pode deixar de considerar que a Lei 4 655 65 foi uma inova o marcante do ordenamento jur dico brasileiro haja vista que a partir dela nascia a possibilidade de melhorar o v nculo parental entre adotante e adotado desligando o da fam lia de origem em que pese as severas cr ticas recebidas E continua Completa se agora o quadro da FAMILIA ADOTIVA aderindo o Direito brasileiro forma especial de ado o que denomina legitimidade Adotiva adaptando a lei francesa decreto lei de 29 de julho de 1939 com as altera es da lei de 8 de agosto de 1941 da ordenan a de 23 de dezembro de 1958 e da lei de 21 de dezembro de 1960 LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 7 amp egitima o o meio jur dico de POR CASAMENTO ULTERIOR tornar leg timos os filhos que n o o eram por n o terem sido gerados em justas n pcias CLOVIS BEVILAQUA ob cit p g 318 1 UM EFEITO QUE A LEI ATRIBUE AO CASAMENTO Mas isto n o impede que a lei tamb m atribua este efeito ado o morme
378. ossas vidas Aos meus filhos Eduardo e Mateus por todas as raz es de vida A Deus agrade o por sempre estar ao meu lado Ao meu sogro Des Edvino Bochnia pelo apoio inconteste Aos meus amigos do Curso de Mestrado estudiosos do Direito pelo companheirismo Ao orientador Doutor Elimar Szaniawski um jurista cujo conhecimento foi fundamental para a elabora o desta disserta o RESUMO O presente trabalho tem o intuito de buscar atrav s do exerc cio da investiga o cient fica o conhecimento cient fico e cr tico rigoroso e objetivo nascendo na realidade social e se consolidando nas leis Procedendo se a uma an lise cr tica e construtiva para repensar a ado o considerando categorias paradigmas e pr ticas do direito de fam lia numa principiologia axiol gica de ndole constitucional sobre os aspectos abordados visando contribuir de alguma forma para a sociedade e o direito Primeiramente faz se um retrospecto da hist ria da ado o a fim de se entender a evolu o do instituto tendo em vista ser um tema complexo e envolto em preconceitos Para tanto s o consideradas as diversas teorias experi ncias tratamentos e enfoques peculiares que por vezes produzem resultados inesperados devendo ser repensados de forma construtiva Nesse momento considerando que a perspectiva de uma principiologia axiol gica de ndole constitucional est presente volta se ao paradigma tradicional e contempor neo ao
379. p 23 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Confus o esta que levou nas legisla es menoristas identifica o jur dica da crian a carente com adolescente autor de crime criando se a no o jur dica de inf ncia desviante ou no nosso ordenamento menor em situa o irregular a dualidade da legisla o pr pria da doutrina da situa o irregular um corpo de regras para a inf ncia tida por normal outro corpo de regras para a inf ncia desviante e seu corol rio de aus ncia de sistema de garantias para este segundo grupo acabou por levar retirada arbitr ria de expressivo n mero de crian as de tenra idade da companhia de seus familiares para coloca o em ado o sem que tivesse havido viola o dos deveres inerentes ao poder familiar mas apenas em fun o da car ncia econ mica das fam lias como referido por Ol mpio SOTTO MAIOR NETO Ol mpio de S artigo resultante da palestra Destitui o do p trio poder e coloca o em lar substituto Uma abordagem cr tica proferida no Encontro Nacional de Promotores de Justi a Curadores de Menores realizado em S o Paulo em agosto de 1989 publicado pelo Minist rio P blico de S o Paulo apud NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de
380. parentesco legal criado semelhan a daquele N o quer isto dizer por m que se trate de uma fic o da lei O que acontece que a adop o assenta em outra verdade uma verdade afectiva e sociol gica distinta da verdade biol gica em que se funda o parentesco COELHO Francisco Pereira OLIVEIRA Guilherme de Curso de Direito da Fam lia 3 ed Coimbra Coimbra 2008 v p 50 90 91 38 biol gica Para Maria Berenice Dias o artigo 28 do ECA define a fam lia substituta como fez com a fam lia natural enquanto que o artigo 29 do ECA disp e que n o se deferir a coloca o em fam lia substituta a pessoa que revele por qualquer modo incompatibilidade com a natureza da medida ou que n o ofere a ambiente familiar adequado Antonio Chaves menciona que n o foi por acaso que o Estatuto referiu se fam lia substituta conceito este que deflui da no o constitucional de n cleo familiar e que cabe ao juiz a responsabilidade pela escolha do local em que vai viver a crian a ou adolescente tutelado pelo Estado enquanto aguarda a defini o de sua ado o Finalizando foram estas as coloca es m nimas necess rias sobre o Estatuto da Crian a e do Adolescente muito embora sabedores da import ncia deste Esta lei h muito est em vigor e imprescind vel conhecer objetivos O Des Os ris Antonio de Jesus Fontoura na comemora o dos dez anos de vig ncia do Estatuto disse que o mo
381. parte do sangue corre nas veias e tudo fica em casa Decerto que as pessoas singulares ou os casais que preferem a f rmula propiciada pela ci ncia n o devem e n o podem ser discriminadas E escolha e deve ser respeitada As crian as de proveta as provenientes das denominadas barrigas de aluguel enfim todas devem merecer tanto o nosso respeito quanto a adotada ou as que foram concebidas pela forma natural Cidadania segundo o ilustre Rodrigo da Cunha Pereira deve sempre significar a n o exclus o SOUZA Anabel Vit ria Mendon a de Ado o Plena Um Instituto do Amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano Vl n 28 p 86 fev mar 2005 FREITAS L cia Maria de Paula Ado o quem em n s quer um filho Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre v 3 n 10 p 147 jul set 2001 M es abandonadas filhos abandonados como se soasse para n s que o Brasil abandonou o Brasil S uma sociedade efetivamente insuspeita de neglig ncia embasada nos ideais de fraternidade e responsabilidade pode se auto resgatar Quanto mais for poss vel descortinar o instituto mais compreens vel ser ao homem comum e aos pr prios envolvidos no processo SOUZA Anabel Vit ria Mendon a de Ado o Plena Um Instituto do Amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 28 p 80 fev mar 2005 50 N 503 178 Direito que nesta mat ria poucos se dedicam ficando inertes mesmo conhecedor
382. peito diversidade cultural e religiosa O Procurador geral Cl udio Fonteles prop s a o no Supremo Tribunal Federal alegando inconstitucionalidade do artigo 5 da Lei de Biosseguran a que permite o uso de embri es produzidos por fertiliza o in vitro para pesquisa julgada recentemente improcedente argumentos depoimentos esta semana Os expertes legais advogados esperam uma decis o hist rica que ir repercutir nacionalmente ardentemente na contestada pergunta quem s o os fertilizados tecidos congelados que t m o potencial de se transformar em vida De autoria do Senador L cio Alc ntara SZANIAWSKI Elimar O embri o excedente o primado direito vida e de nascer an lise do art 9 do Projeto de Lei do Senado n 90 99 Revista do Instituto dos Advogados do Paran IAP n 31 p 53 dez 2002 a melhor doutrina se posiciona no sentido de considerar que o embri o um indiv duo concebido que est se desenvolvendo N o se pode discriminar n o podem criar categorias de pessoas em desenvolvimento dividindo as em um embri o inserido no tero de mulher e em um embri o que est se desenvolvendo in vitro considerando o primeiro embri o uma pessoa e o segundo n o N o pode a lei garantir a um embri o a vida plena punindo penalmente aquele que interromper seu desenvolvimento e de outro lado autorizar legalmente a faculdade de matar o outro embri o Ambos os embri es possuem o mesmo
383. pensados mucho m s como objetos que como sujetos del derecho Por outra parte el derecho de menores ha estado siempre concebido en nuestra cultura jur dica como un derecho menor ajeno al horizonte te rico del jurista y escasamente compatible con las avanzadas formas jur dicas del drecho de los adultos En los or genes de esta exclusi n de los ni os del horizonte del derecho se encontra uno paradojo vinculado a la r gida separaci n entre esfera p blica y esfera privada que se genera con el nascimiento del derecho moderno Producto de esta separaci n los derechos de liberdad de los individuos machos y adultos se han consolidado en el viejo Estado liberal como una garantia de inmunidad del derecho a la esfera privada esfera a la cual los menores e las mujeres resultan ajenos al derecho y en cambio sometidos al poder absoluto paterno y conyugal consecuencia l gica de las libertades civile del padre patr n Apud MACHADO Martha de Toledo A prote o constitucional de crian as e adolescentes e os direitos humanos S o Paulo PUCSP 2002 188 Decorrente da menoridade civil 64 2 3 1 Do Princ pio da Prioridade Absoluta O princ pio constitucional da absoluta prioridade foi fixado no artigo 3 da Conven o das Na es Unidas sobre os direitos da crian a A Constitui o Federal de 1988 em seu artigo 227 materializou o princ pio da prioridade absoluta o qual prev o atendimen
384. pode pretender a desconstitui o do v nculo pretens o essa que se confunde com pedido de revoga o Veda o dos artigos 104 do C digo Civil e 1 da Lei 8 560 92 Recurso desprovido TJRS Apela o C vel 70003997624 relatada pelos Des Sergio Fernando de Vasconcellos Chaves a 7 C mara C vel MADALENO Rolf Filhos do Cora o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 23 p 31 32 Porto Alegre S ntese abr maio 2004 Quanto o termo filia o socioafetiva com acento e h fen ou sem h fen Gramaticalmente o termo correto s cio afetiva com acento e h fen Contudo a interpreta o sincr nica recomenda o uso do termo filia o socioafetiva sem acento e sem h fen por v rias raz es a primeira o h fen causa ruptura gr fica retirando a identidade do termo estando ainda apegado id ia de cis o cartesiana a segunda socioafetivo d a entender unidade de filia o isto igualdade entre filhos biol gicos e sociol gicos cujo pensamento est se enraizando no plen rio jur dico e social n o s brasileiro mas em v rios pa ses a terceira socioafetivo denota a exist ncia de um pai e n o o pai biol gico j que para a filia o modernamente n o importa tanto a biologia mas sim a afetividade a quarta a grafia socioafetivo d a id ia de sagrado que pertence ao esp rito que n o pertence apenas perfilha o biol gica a qual ali s tamb m deve ser afeti
385. ponderante COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 184 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 70 dever de todos prevenir a ocorr ncia de amea a ou viola o dos direitos da crian a e do adolescente E o art 73 do Estatuto da Crian a e do Adolescente A inobserv ncia das normas de preven o importar em responsabilidade da pessoa f sica ou jur dica nos termos da Lei Estatuto da Crian a e do Adolescente art 13 Os casos de suspeita ou confirma o de maus tratos contra a crian a ou adolescente ser o obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade sem preju zo de outras provid ncias legais Como bvio o Conselho Tutelar n o tem car ter jurisdicional porquanto a jurisdi o prerrogativa constitucional exclusiva e indeleg vel do Poder Judici rio Sua fun o exclusivamente administrativa ou seja executiva tendo por finalidade zelar pelo cumprimento dos direitos da crian a e do adolescente assegurados na Constitui o Federal e no Estatuto COSTA Tarc sio Jos Martins Estatuto da Crian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 276 A praxe judici ria institucionalizou o chamado pedido de provid ncias ou procedimento verificat rio como sendo o meio pelo qual se verifica a necessidade de aplica o de medidas apenas um meio de se instr
386. pontuado o artigo 28 do ECA reconhece a fam lia substituta ao lado da fam lia biol gica ou 283 Para que um argumento seja verdadeiramente v lido cientificamente falando fundamental que traga provas f ticas que ultrapassem nossas presun es ou nossas opini es preconcebidas e nossas prefer ncias ideol gicas sobre qual seria a pol tica mais desej vel Ela suscet vel de contribuir aos debates p blicos esclarecendo as causas os mecanismos e os efeitos dos meios de a o que se podem explorar com maior efic cia LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das Crian as In LEITE Eduardo de Oliveira Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 103 Grandes temas da atualidade H tempos n o muito remotos escondia se o fato da ado o era vergonhoso n o poder ter filhos do ventre servia ela para legitimar filhos e ainda n o se falava em filhos do cora o LEITE Eduardo de Oliveira Ado o por Homossexuais e o Interesse das Crian as In LEITE Eduardo de Oliveira Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 101 143 Grandes temas da atualidade um casal que n o pode ter filhos adota ispo facto e ipso iure deixa de ser casal e adentra em um novo estado jur dico o familiar S o os filhos que garantem a um projeto comum do casal o acesso fam lia Da
387. por conseguinte o mesmo se d com o inverso ou seja a capacidade laboral feminina interfere na conforma o do relacionamento familiar a an lise dessa interfer ncia circular somente se dar corretamente se intermediada pela perspectiva da igualdade constitucional com base na afirma o da diferen a e perspectiva pelo conceito de g nero OLIVEIRA Neiva Fl via de P trio poder e poder familiar diferen as sociojur dicas Revista Brasileira de Direito de Fam lia Porto Alegre ano 3 n 10 p 29 jul set 2001 Dizemos quase porque o interesse do adotante remanesce tutelado juridicamente quando est em harmonia com o direito de conviv ncia familiar da crian a NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 32 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 4 dever da fam lia da comunidade da sociedade em geral e do Poder P blico assegurar com absoluta prioridade a efetiva o dos direitos referentes vida sa de alimenta o educa o ao esporte ao lazer profissionaliza o cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comunit ria Par grafo nico
388. portunidade para contestar o pedido instaurando procedimento contradit rio n o podendo ex officio ser destitu da do p trio poder RT 671 80 A retrata o posterior senten a ineficaz ado o pedido processado nos termos do que disp e o art 166 do ECA Genitora que ap s a senten a retrata anterior concord ncia com a medida Inefic cia da retrata o Recurso n o provido TJSP AP 27 336 0 0 Rel Nigro Concei o MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 58 Embora o ECA n o exija expressamente a cita o dos pais em pedido de ado o tamb m n o a pro be Se a ado o pode ser concedida com a concord ncia destes ou do representante legal do menor nada obsta cita o da progenitora nico ascendente conhecido para que se manifeste sobre o pedido pois a sua concord ncia no caso dispensar o ajuizamento do pedido de destitui o realizando se a ado o nos termos do art 45 e seus par grafos Por outro lado manifestando se contrariamente justifica se o pedido de destitui o do p trio poder que poder ser formulado nos pr prios autos de ado o TJSP AI 20 673 0 7 Rel Nigro Concei o MAR URA Jurandir Norberto CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrrido de Estatuto da Crian a e do Adolescente Anotado 3 ed rev
389. presente substitutivo versam sobre os pais poderem consentir com a ado o de seus filhos para pessoas ou casais estrangeiros independentemente de cadastro possibilitando a negocia o de seus filhos como mero objeto segundo alguns doutrinadores Ao nosso ver a possibilidade de consentir deve ser restritiva quanto aos casais estrangeiros e poderia o consentimento ter conota o de manifesta o de declara o de vontade dos genitores que poderia ser investigada quanto ilicitude ou n o do fato se houvesse crime n o poderia ser homologado por bvio bem como necess rio do mesmo modo que a ado o continuasse a ser mediante processo judicial sem significar o direto deferimento evitando assim o abrigamento da crian a e tamb m n o significando desrespeito aos cadastrados se assim representasse a real vantagem ao adotando Lembre se que as altera es devem beneficiar e ter em perspectiva o aprimoramento dos mecanismos e n o romper com a orienta o jur dico constitucional nem com as normas e princ pios A sistem tica estabelecida pelo Substitutivo favorece abertamente a simples homologa o judicial de verdadeiros atos de disposi o dos pais em rela o a seus filhos Assim facilita a entrega das crian as a pessoas n o habilitadas ou cadastradas ado o fazendo da Justi a da Inf ncia e Juventude um mero agente 200 chancelado de toda sorte de acordo esp rio envolvendo a vida de um ser hum
390. pressa BERLIER a ado o n o concebida sen o como uma consola o de n o ter filhos sendo justo pois que s seja permitida quando o adotante tiver atingido a uma idade que fa a supor que o casamento n o lhe daria mais filho SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 6 37 40 22 legitimada n o se opondo quantidade de filhos a serem adotados Outro requisito era a diferen a de dezoito anos entre o adotante e o adotado e a regra geral era de que ningu m poderia ser adotado por duas pessoas salvo se fossem 41 42 43 44 Porque se tiver prole j n o subsistir para o adotante o motivo da ado o havendo risco de essa paternidade fict cia acarretar desaven as na fam lia leg tima A superveni ncia de filhos leg timos posteriormente ado o n o prejudicar a validade desta Se se provar por m que o filho superveniente pelo fato do nascimento estava concebido no momento da ado o o ato nulo Ocorre a nulidade quando a o nascimento do filho superveniente for posterior a 300 dias no m ximo data da ado o b nas a vivo e vi vel pois os filhos que nas am mortos ou vivos mas n o vi veis s se podem considerar para tal efeito como se n o tivessem existido Pontes de Miranda obr cit 159 Cfr Quanto letra a RICCI p g 191 AUBRY et RAU obr cit DE
391. que o Direito deve ser uma express o da vontade social e assim a legisla o deve apenas assimilar os valores positivos que a sociedade estima e vive NADER Paulo Introdu o ao Estudo do Direito Rio de Janeiro Forense 1998 p 21 VIEIRA Jos Ribas A no o dos Princ pios no Direito P blico do Estado Democr tico In PEIXINHO Manoel Messias Coord Os princ pios da Constitui o de 1988 Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 p 125 Os princ pios gerais de direito passaram por diversas fases at a fase atual A fase jusnaturalista caracteriza se por ser a mais antiga e tradicional os princ pios t m grau zero de normatividade habitando esfera abstrata Segundo essa corrente os princ pios seriam axiomas jur dicos ou normas estabelecidas pela reta raz o Bonavides um conjunto de verdades objetivas derivadas da lei divina e humana A segunda fase da teoriza o dos princ pios denominada positivista que os princ pios s o inseridos nos C digos sendo concebidos como fonte normativa subsidi ria a fim de suprir lacunas essa concep o tamb m chamada hist rica sustenta que os princ pios s o extra dos do ordenamento jur dico positivo por um processo de generaliza o sucessiva das regras particulares Esse movimento de transforma o normativa dos princ pios d origem ao pensamento jur dico contempor neo denominado de p s positivismo P
392. que a filia o tanto materna quanto paterna e ainda deveria o adotante ter pelo menos cinquenta anos sem prole leg tima ou 3 Pensamento diverso de Valdir Sznick quando cita e nesse ressurgimento os franceses estiveram frente n o por m do Brasil que com o C digo de 1916 gra as Cl vis Bevilaqua deu ao instituto para sua poca uma codifica o altura e sem entraves que a legisla o francesa havia criado SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1998 p 89 Limitada aos maiores de 50 anos sem prole leg tima ou legitimada conspirou se contra o xito da ado o e s relativamente recente com a lei 3 133 de 8 de maio de 1957 se veio a ensejar maior aplica o ao instituto baixando se para 30 anos o limite m nimo de idade para o adotante de 18 anos para 16 anos a diferen a m nima de idade entre adotante e adotado de par com preceitos outros que d o maior emprego lei na esp cie 383 Lei 3 071 de 1 de janeiro de 1916 3 SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia O que se explica porque a ado o um meio supletivo de obter filhos e n o um modo normal de constituir fam lia Antes dos 50 anos a pessoa que ambicionar ter prole deve casar se Depois dessa idade os casamentos n o s o para desejar como exp e o douto CLOVIS Ou como se ex
393. r 01 05 Subtotal 01 05 ESTADOS UNIDOS Cascavel 02 06 Curitiba 05 13 Foz do Igua u 01 02 Irati 01 02 Ivaipor 01 05 S o Jo o do Triunfo 01 07 Subtotal 11 35 FRAN A Cascavel 01 03 Guarania u 01 03 Subtotal 02 06 HOLANDA Cascavel 01 03 Mallet 01 03 Santa Mariana 01 02 Subtotal 03 08 IT LIA Campina Gde do Sul 01 02 Cascavel 06 12 Corn lio Proc pio 01 03 Cruzeiro do Oeste 01 01 Curitiba 04 07 Francisco Beltr o 01 01 Gua ra 01 02 Guarapuava 02 02 Ponta Grossa 04 08 Subtotal 21 38 LUXEMBURGO Curitiba 01 01 Subtotal 01 01 TOTAL GERAL 39 93 147 et ria das crian as adolescentes adotados de O a 3 anos 7 crian as de 4 a 7 anos 32 crian as de 8 a 11 anos 43 crian as de 12 a 15 anos 11 adolescentes Paran Ado es Internacionais 2006 Faixa et ria dos adotados 0a3 4a7 8a 11 12a 15 Gr fico 9 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2006 por estrangeiros O n mero de ado es internacionais efetivadas no ano de 2007 nas Comarcas do Estado foi 37 e o n mero de crian as no total de 74 O perfil da 458 Corregedoria Geral da Justi a Comiss o Estadual Judici ria de Ado o Autoridade Central estadual N MERO DE ADO ES INTERNACIONAIS POR COMARCAS COMARCAS ADO ES EFETIVADAS N CRIAN AS 2007 Almirante Tamandar 04 09 Cascavel 07 18 Curitiba 14 25 Imbituva 02 03 Ivaipor 01 02 Nova F tima 01 03
394. r Ado o internacional procedimentos legais utilizados pelos pa ses do Mercosul Curitiba Juru 2003 p 116 a Igreja entende que a ado o um concorrente um rival do matrim nio papa Nicolau l Inter eos non arbiramus esse quallibet posse conjugale connubium quando quidem nec itere os qui adoptione filii sunt veneranda eleges Romae matrimonium contrahi permittunt tradu o livre Autores que examinaram o assunto observam que o instituto existiu entre os cat licos com o nome de afilia o e tinha fins religiosos como se v no Edito de Mil o de 313 d C A Igreja era uma grande fam lia na qual ela Igreja era a m e mater dos crist os e estes entre si eram irm os frates em Cristo O direito can nico reconhecia a ado o como instituto leg timo para transmitir a heran a que era tamb m leg tima E a Igreja aceitava essas ado es que eram a adoptio in hereditatem romana aplicada Igreja com o nome de ad filiatio Como o instituto era um meio de se transmitir a heran a ou parte dela n o tinha como bvio reflexos no p trio poder A ado o n o foi prevista na legisla o can nica sendo de um lado pouco tolerada de outro como instituto que possibilitava Igreja o acesso de bens para as obras pias e de miseric rdia SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1993 p 14 15 No entanto o C d
395. r dica e o fim social a que se destina En sio de Deus Silva J nior escreveu A cria o do Direito n o se d apenas com decis es de ju zes e tribunais ou com a produ o legislativa mas com o impulso da constru o doutrin ria ou seja com os estudos dos pesquisadores do ramo jur dico cient fico do saber Importante ressaltar que a partir da Constitui o de 1988 a doutrina jur dica da prote o integral passou a vigorar e pela qual a crian a adolescente em qualquer situa o deve ser protegida e seus direitos garantidos al m de terem reconhecidas prerrogativas id nticas s dos adultos As crian as adolescentes devem ser protegidas em raz o de serem pessoas em condi o peculiar de desenvolvimento Note se que a prote o com prioridade absoluta n o mais obriga o exclusiva da fam lia e do Estado um dever social O princ pio da absoluta prioridade uma garantia e um v nculo normativo id neo para assegurar a efetividade aos direitos subjetivos um princ pio jur dico 0 SILVA J NIOR En zio de Deus Ado o por casais homossexuais S ntese RBDF ano VII n 30 p 157 158 jun jul 2005 208 garantista na formula o pragm tica por situar se como um limite discrimina o das autoridades O princ pio do melhor interesse da crian a considerando a orienta o constitucional e infraconstitucional adotada pelo sistema jur dico brasileiro tem representad
396. r mais prote o ao menor encaminhado para ado o o que como visto anteriormente n o era tradi o nas primeiras tentativas de implanta o desse instituto Foi este o modelo de ado o com mais ou menos especificidade 1 1 2 Da Ado o Anterior ao Sistema C digo Civil de 1916 No Brasil as Ordena es Filipinas vigoraram at a poca da independ ncia e nelas se t m refer ncias mediante fragmentos ao instituto quando menciona sobre o adotivo Esse instituto adquiriu o nome inicialmente de perfilhamento tendo como objetivo tornar herdeiro na sucess o o filho tido quer como esp rio quer como adulterino Valdir Sznick afirma que a nossa primeira legisla o que se refere ado o a Lei de 1828 As demais leis que trataram da ado o nesse per odo foram sempre incidentais Dentre elas temos Lei de 30 de novembro de 1841 38 Regimento de id Apenas men o sobre outras legisla es n o se trata de estudo sobre legisla o comparada pois temos de um lado diplomas de larga influ ncia que n o foram citados e outras legisla es mais recentes tais como de Israel Luxemburgo e Portugal que mereceriam estudo pr prio As Ordena es Filipinas nasceram em 1603 e o artigo sobre a ado o est no segundo Livro das Ordena es del Rei Felipe o Primeiro no T tulo XXXV 8 12 3 d vida que assim prescreve Se a dita lei haveria lugar no filho ou neto natural ou esp
397. r nos termos do artigo 1 621 do CC 2002 para que seja poss vel a ado o ou seja ambos dever o estar de acordo Contudo se um deles for falecido ou desconhecido ou tenha sido destitu do do poder familiar evidentemente a anu ncia ser apenas do remanescente Tal anu ncia pode todavia ser revogada at a publica o da senten a do feito de ado o ou destitui o Entretanto caso n o haja a anu ncia dos genitores ser poss vel a ado o uma vez destitu do o poder familiar desde que estejam presentes os motivos ensejadores da perda do poder familiar pedido de ado o num caso tal Por que na ado o entre pessoas maiores e capazes ela s admitida quando constitua efetivo benef cio para o adotando O que significa esse efetivo benef cio para o adotando na ado o entre pessoas maiores e capazes NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 30 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 como a ado o se perfaz com o consentimento dos pais a retra o at a senten a obriga a instaura o de procedimento contradit rio Nesse sentido se a m e do adotando concorda com a ado o e posteriormente se retrata impositivo que se lhe d o
398. ra s o frequentes e at suportadas por uma esp cie de tradi o popular A lei n o autoriza a ningu m vindicar estado contr rio ao que resulta do registro de nascimento Para ilustrar apresenta se resumidamente mais um caso julgado pela 3 Vara de Fam lia e Sucess es de Porto Alegre 356 357 358 o autor viveu em concubinato com a m e do menor de 1993 a 1995 tendo este nascido em 1991 Assim claro est que entre autor e r u inexiste v nculo biol gico O autor ante seu esp rito altru stico registra o filho de sua companheira como seu afirmando ser a pedido dela e de ter sido at mesmo coagido embora n o tenha produzido qualquer prova de tal alega o Manifestou se o r u que a il citos e as negligencias utilizadas em benef cio do pr prio apelado Tribunal de Justi a do Estado do Paran Apela o C vel 108 417 9 Rel Des Acc cio Cambi j em 12 12 2001 DJPR 04 02 2002 O Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul tamb m conduziu seus julgados na esteira da paternidade socioafetiva Pedido de desconstitui o do v nculo de paternidade Declara o falsa no registro de filia o Desconstitui o do registro p blico Impossibilidade Paternidade socioafetiva Se o autor reconheceu formalmente o filho da sua esposa nascido antes do matrim nio sendo sabedor da inexist ncia do liame biol gico mas deixando evidenciada a situa o de paternidade socioafetiva n o
399. ra para a poca cria duas modalidades de ado o distinguindo as como ado o simples ou propriamente dita e legitima o adotiva A ado o simples um ato contratual realizado mediante escritura p blica enquanto que a legitima o adotiva um ato judicial realizado mediante senten a constitutiva A primeira revog vel como visto alhures e a segunda irrevog vel nos termos do artigo 7 da lei em foco Na ado o simples o parentesco se limita s pessoas do adotante e do adotado ressalvados os impedimentos matrimoniais Pela legitima o adotiva feita a sua inscri o no Registro Civil cessam os v nculos da filia o anterior do adotado salvo os impedimentos matrimoniais podendo o parentesco resultante da legitima o adotiva se estender fam lia dos legitimantes se os seus ascendentes aderirem ado o A ado o simples admite adotantes com filhos leg timos legitimados ou reconhecidos em contrapartida a legitima o s permitida para casais sem filhos e para vi vos e desquitados excepcionalmente A forma o do nome na ado o simples facultativa enquanto que na legitima o adotiva a lei confere automaticamente o nome do legitimante podendo modificar inclusive o prenome Na ado o simples o ato averbado no Registro Civil art 39 par grafo 1 V do Decreto 4 857 de 9 de novembro de 1939 Lei de Registro P blico e na legitima o adotiva inscrita no mesmo Registro art
400. rada como filho natural Para Paulo Luiz Netto L bo na experi ncia brasileira a ado o de fato em que muitas vezes se converte a guarda os filhos de cria o e a chamada ado o brasileira NETTO LOBO Paulo Luiz Direito ao estado de filia o e direito origem gen tica uma distin o necess ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia v V n 19 p 139 Porto Alegre S ntese IBDFAM ago set 2008 85 n o se trata de categorias nem classifica o nem de tipo de ado es Trata se sim de ado es ilegais diante das condi es que surgiram e neste sentido aparecem termos diversificados na doutrina e na jurisprud ncia muitas vezes decorrente da pr tica Um dado certo preciso ser considerada a realidade e o argumento verdadeiramente v lido visto as pesquisas levadas a efeitos serem demais veementes para que se negue veracidade dos fatos ou se negligencie o rigor dos resultados muitas pessoas acreditam n o ter dificuldade em adotar uma crian a recebendo a da pr pria m e biol gica ou pais biol gicos na medida de seu desejo sem alarde e assim compactuam com a lei do segredo Certamente a ado o um instituto que se estabelece a partir de uma rela o volunt ria com fins a formar uma fam lia onde o afeto e a valoriza o s o elementos importantes pois a paternidade n o s gen tica ou biol gica mas psicol gica moral e sociocultural Conforme j
401. rantista apresenta se como um saber cr tico e questionador como instrumento de defesa radical e intransigente dos direitos humanos e da democracia contra todas as deforma es do direito e do Estado presentes nos modelos genocidas e totalit rios do pampenalismo contempor neo CARVALHO Salo de Penas e garantias uma leitura do garantismo de Luigi Ferrajoli no Brasil Rio de Janeiro Lumen Juris 2001 p 83 porque n o s o os objetos que explicam o mundo e sim este o instrumento que possibilita o acontecer da explicita o dos objetos eliminando o car ter de ferramenta da Constitui o a Constitui o n o ferramenta WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 114 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 STRECK Luiz Lenio Hermen utica jur dica e m crise 2 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2000 p 287 152 153 154 155 57 todos para a necessidade de promover um direito judicial dos princ pios constitucionais do direito de fam lia Neste sentido a doutrina aponta completa substitui o da fam lia institui o pela fam lia instrumento onde se desloca a prote o do Estado para a fam lia funcionalizada para a forma o e desenvolvimento da personalidade de seus componentes Belmiro Pedro Welter afirma que a fam lia
402. re Procurador de Justi a Paulo Roberto Alves de Camargo transcrito nos Embargos Infringentes n 270 974 1 7 0 de S o Jos do Rio Preto Ementa Ado o Pedido de reconhecimento formulado por maior de idade ap s a morte do pretenso adotante Impossibilidade da Concess o se inexiste escritura p blica Inaplicabilidade da Lei 8 069 90 Dispon vel em lt http Awww mp pr gov br cpca telas ca igualdade 19 4 5 2 html gt Data do acesso 05 jul 2008 236 77 Portanto o cadastro um meio h bil para se verificar se as pessoas interessadas em adotar possuem aptid es para tal desiderato o que verificado atrav s de pesquisa social Quando deferida a inscri o da pessoa interessada em adotar ela torna se apta a iniciar o procedimento adentrando a lista cadastral Aguardando a posteriori a possibilidade de receber a crian a ou o adolescente que se encontra liberada para coloca o em fam lia substituta em decorr ncia da pr pria entrega espont nea de seus genitores ou por destitui o do poder familiar nos termos do perfil do adotando exposto na habilita o imprescind vel que se fa a uma reflex o de olhos n o vendados sobre a limita o do exerc cio da declara o de vontade face ao regramento da necessidade do cadastro de ado o A manuten o da impossibilidade do exerc cio da declara o de vontade dos genitores para fim de escolha dos futuros pais de seu filho tem gerado dissabores e por cert
403. realidade do direito de fam lia doutrina jurisprud ncia vis o interdisciplinar e notici rio Rio de Janeiro COAD SC Editora Jur dica 1999 t 2 DIAS Maria Berenice Manual de Direito das Fam lias 3 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 Uni o homossexual o preconceito amp a Justi a Porto Alegre Livraria do Advogado 2001 Projeto de Lei Nacional de ado o n o esta a solu o Cadernos do Minist rio P blico do Paran Curitiba v 9 n 1 p 1 41 jan mar 2006 PEREIRA Rodrigo da Cunha Direito de Fam lia e o novo C digo Civil Belo Horizonte Del Rey 2001 DIGI COMO Murillo Jos O conselho tutelar e a medida de abrigamento Igualdade revista trimestral do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Crian a e do Adolescente Curitiba v 8 n 27 p 1 12 abr jun 2000 Projeto de Lei Nacional de Ado o n o esta a solu o Cadernos do Minist rio P blico do Paran Curitiba v 9 n 1 p 1 21 jan mar 2006 DINIZ Jo o Seabra A ado o notas para uma vis o global In FREIRE Fernando Org Abandono e Ado o contribui es para uma cultura da ado o Terre des Hommes Curitiba 1991 p 67 83 A ado o notas para uma vis o global In FREIRE Fernando Coord Abandono e ado o contribui es para uma cultura da ado o Il Curitiba Terre des Hommes 1994 p 67 88 ELESB O Elsita Collor Coord Pessoa G
404. recolher as crian as e manter o sigilo temer ria devendo haver controle quanto ao n mero de parturientes e demais dados Preferimos o caminho de que a manifesta o de vontade livre sem constrangimento e mantendo o anonimato permane a ao controle do Judici rio sem burocracia de um povo isto mais uma transforma o a partir da elite dominante FACHIN Luiz Edson SILVA Marcos Alves da CARBONERA Silvana Maria Parto sem m e uma quest o em debate Estado do Paran Publicado em 16 03 2008 e atualizado em 19 07 2008 Dispon vel em lt http Awww parana online com br canal direito e justica news 286664 gt Acesso em 05 ago 2008 Para um problema complexo como o abandono materno uma solu o simplista para n o dizer ing nua apresentada sociedade brasileira AZAMBUJA Maria Regina Fay de Alimentos grav dicos Carta Forense Dispon vel em lt http Avww cartaforense com br Materia aspx id 2120 gt Acesso em 05 ago 2008 587 205 Vale lembrar que a mulher passa a dispor a seu favor o parto an nimo como meio de decidir se ela cuidar ou n o de seu descendente O que necessitamos entender e respeitar o desejo de n o acolher o filho gerado e possibilit la sem constrangimento sem julgamento sem imposi o e com atendimento interdisciplinar dar em ado o mesmo antes de seu nascimento via declara o de vontade Not rio por outro lado que h aus ncia de pol ticas p
405. reconhecimento Carvalho Santos por sua vez afirma que a irrevogabilidade a regra por importar o reconhecimento em confiss o Atrelado ao tema temos a no o de posse do estado de filho a qual n o se estabelece com o nascimento mas num ato de vontade que se sedimenta no terreno da afetividade colocando em xeque tanto a verdade jur dica quanto a certeza cient fica no estabelecimento da filia o Neste sentido existem ac rd os onde h 350 A doutrina jur dica da prote o integral passou a vigorar em nosso pa s a partir da Constitui o Federal de 1988 a popula o infanto juvenil em qualquer situa o deve ser protegida e seus direitos garantidos al m de terem reconhecidas prerrogativas id nticas s dos adultos A prote o com prioridade absoluta n o mais obriga o exclusiva da fam lia e do Estado um dever social As crian as e os adolescentes devem ser protegidos em raz o de serem pessoas em condi o peculiar de desenvolvimento Ser sujeito de direitos significa para a popula o infanto juvenil deixar de ser tratada como objeto passivo passando a ser como os adultos titular de direitos juridicamente protegidos A doutrina e a jurisprud ncia reconhecem crian a e ao adolescente a titularidade de direitos de personalidade PEREIRA T nia da Silva O princ pio do melhor interesse da crian a da teoria pr tica In PEREIRA
406. relat rio social per cia social 124 corporativismo muito acentuado nos Conselhos Regionais dos profissionais 421 422 citados e no Judici rio Ainda n o h roteiro cient fico uniforme adotado pelos profissionais do Servi o Social O Servi o Auxiliar da Inf ncia e Juventude desenvolve seu trabalho com crit rios pessoais de seus componentes n o havendo padr es estabelecidos pelo Poder Judici rio ou pelos Conselhos Regionais N o se poderia deixar de consignar que os Servi os Auxiliares da Inf ncia e Juventude est o lotados de encaminhamentos para relat rios ficando os autos espera da realiza o do parecer os quais s o realizados em tempo nfimo baseados em visitas de uma hora quando as partes n o s o convidadas a comparecer junto ao SAIJ para a entrevista not rio que os Magistrados e a equipe interprofissional devem trabalhar em conjunto para que atrav s do parecer t cnico haja a possibilidade de se efetivar a prioridade absoluta da crian a e do adolescente atrav s do rg o chamado Servi o Auxiliar da Inf ncia e Juventude A efic cia social da lei depende da capacidade dos agentes envolvidos com a defesa da crian a e adolescente de se mobilizarem e buscarem os mecanismos de viabiliza o das pol ticas previstas no diploma legal Neste sentido agentes e instrumentos articulados e harmonizados para prote o vigil ncia e responsabiliza o a fim de realizarem a efic cia plena
407. responsabilidade Il orienta o apoio e acompanhamento tempor rios III matr cula e frequ ncia obrigat rias em estabelecimento 407 408 409 121 agilizando sobretudo as a es que visem destitui o do poder familiar para 411 garantir o direito conviv ncia familiar posto que na impossibilidade de conviv ncia junto fam lia biol gica que seja garantido o direito fam lia substituta Neste sentido o artigo 19 do ECA deve ser aplicado de maneira cada vez mais eficiente possibilitando s nossas crian as e adolescentes serem felizes Certo que para o normal funcionamento do Ju zo deve se formar um corpo t cnico composto de assistentes sociais psic logos e at mesmo 414 comiss rios a fim de diagnosticar os casos nas reas espec ficas e permitir a escolha da medida mais acertada Em quase todos os procedimentos de coloca o em fam lia substituta h o dever legal de colher antes o parecer t cnico Esta equipe interprofissional formada pelo Judici rio nos termos do artigo 150 do Estatuto da oficial de ensino fundamental IV inclus o em programa comunit rio ou oficial de aux lio fam lia crian a e ao adolescente V requisi o de tratamento m dico psicol gico ou psiqui trico em regime hospitalar ou ambulatorial VI inclus o em programa oficial ou comunit rio de aux lio orienta o e tratamento a alco latras e toxic manos VII abri
408. resumiria no trabalho de verificar se os fatos correspondem aos modelos abstratos fixados pelo legislador Tais t cnicas de aplica o do direito instrumentos hermen uticos obrigat rios apresentam se ainda refor ados pela possibilidade que o ordenamento concede ao Juiz de considerar insubsistentes normas ordin rias contr rias ao texto maior atrav s do mecanismo do controle difuso de constitucionalidade Cabe ao Magistrado a opera o de controle e verifica o do respeito supremacia do documento constitucional A aplica o direta das normas constitucionais nas rela es interprivadas tem sido realizada pela doutrina e pela jurisprud ncia TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 30 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1993 KUHN Thomas S A estrutura das revolu es cient ficas 5 ed S o Paulo Perspectiva 2000 p 116 e 122 apud WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 128 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 149 150 56 jur dico abstrato e ideol gico submetido a uma alquimia constitucional modificando conforme os valores existenciais consagrados na Constitui o Federal De fat
409. revog vel Esclarece de pronto que a ado o de crian as e adolescentes regida por lei especial respeitando por bvio o Estatuto da Crian a e do Adolescente O artigo 79 que atribui a situa o de filho ao adotado desligando o do v nculo biol gico salvo quanto aos impedimentos acrescenta al m do casamento a uni o est vel Em seu par grafo nico refere se manuten o dos v nculos de filia o em rela o ao c njuge ou companheiro O legislador repete desnecessariamente a quest o da proibi o j existente no ECA quanto ado o por ascendente e acrescenta a proibi o de ado o de irm o do adotante Justifica a proibi o posto que aos av s cabem em decorr ncia do pr prio parentesco zelar e cuidar de seus entes e n o adot los N o se pense que n o se deva mais permanecer a proibi o dos av s adotarem diante desta assertiva o que se quer dizer que em virtude de permanecer a regra colocada pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente n o havia necessidade de reafirm la Cumpre ainda destacar que o Estatuto das Fam lias reafirma que a ado o deve ser realizada via processo judicial podendo ser impugnada pelos genitores e deve ter a concord ncia do adotando E com base nos tratados e conven es internacionais que assegurem direitos e garantias fundamentais de prote o aos 4 Do Dep S rgio Barradas Carneiro seo Projeto de Lei 2 285 07 art 80 N o podem adotar os asce
410. ria Celina art 5 da LICC dispositivo que regulando a aplica o das normas jur dicas serve de porta de entrada para os valores constitucionais na legisla o civil ao determinar que na aplica o da lei o Juiz atender aos fins sociais e s exig ncias do bem comum As finalidades sociais da norma e exig ncias do bem comum foram j delimitadas pelo legislador constituinte quando da elabora o do Texto Constitucional Do que resulta que a teor do disposto a interpreta o das normas jur dicas ainda que importe sempre na sua recria o pelo Juiz n o resta submetida ao livre arb trio do Magistrado ou dependente de sua exclusiva bagagem tico cultural encontrando se definitivamente vinculada aos valores primordiais do ordenamento jur dico Ampliando ainda a import ncia dos princ pios constitucionais na interpreta o e aplica o do direito pode se afirmar que a leitura da legisla o infraconstitucional deve ser feita sob a tica dos valores constitucionais Assim mesmo em presen a de aparentemente perfeita subsun o a uma norma de um caso concreto necess rio buscar a justificativa constitucional daquele resultado hermen utica TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 26 29 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 Do mesmo modo que os civilistas
411. rian a e do Adolescente Comentado Belo Horizonte Del Rey 2004 p 92 372 112 N o se pode deixar de alertar que com a ado o unilateral ser cancelado o registro original da crian a a qual receber nova certid o de nascimento com novo sobrenome o nome do pai e dos av s paternos alterados e a partir da a crian a estar legalmente desligada de qualquer v nculo com o pai biol gico e parentes paternos exceto para os impedimentos matrimoniais perdendo inclusive o direito heran a proveniente destes Esta situa o concreta implica mudan a na identidade da crian a assim como a ruptura de v nculos com a linhagem paterna Por bvio que este assunto merecedor de questionamentos envolvendo a discuss o de at que ponto se pode afirmar que o princ pio da prioridade absoluta da crian a n o est sendo atingido quando abruptamente nega se lhe a sua identidade seu patrim nio hist rico familiar para quem sabe satisfazer o adotante e a genitora num dado momento Para Tarc sio Costa a ado o nestes termos deve ser examinada com muita cautela devendo verificar caso a caso e se a ado o representa efetivamente reais vantagens para o adotando Recordam se casos em que a fatalidade da vida retira este pai do conv vio com o filho e que este certamente n o gostaria de ver retirado da certid o de nascimento de seu filho o seu nome ou seja ser apagada de sua mem ria a sua exist ncia Aqui parec
412. rian as cres am na institui o tornando o sistema falido porque n o se recuperou a fam lia natural e a crian a acabou por crescer na institui o A busca pela preserva o da fam lia natural acaba por n o respeitar a prioridade absoluta referente ao peculiar desenvolvimento da crian a Consequentemente embora o sistema n o deseje para as crian as institucionalizadas de forma provis ria a institucionaliza o acaba se tornando definitiva Isto corriqueiro em nosso sistema e o tempo cruel para fins de ado o em um pa s que deseja adotar beb s Isto demonstr vel com o n mero de crian as e adolescentes abrigados pelo pa s Tanto verdade que a Associa o dos Magistrados Brasileiros lan ou campanha MUDE UM DESTINO em 2007 em favor das crian as que vivem em abrigos A campanha quer dar n o apenas uma fam lia aos abrigados por meio da ado o ou da reinser o familiar mas levar o pa s a abrir os olhos para um drama silencioso e oculto No Brasil 80 mil crian as vivem em abrigos S o meninos e meninas que 68 Judici rio quando da destitui o do poder familiar e coloca o em fam lia substituta Por conseguinte a ado o visa quase que exclusivamente atender ao interesse de conviv ncia familiar da crian a e do adolescente quando se tornou imposs vel a conviv ncia familiar Por sua vez o Estatuto da Crian a e do Adolescente materializou o princ pio da prioridade
413. rmos do artigo 110 do Decreto 8 542 1928 em que n o se admitia condi o e nem termo Destacando se pela assist ncia aos menores de 18 anos o C digo de Menores de 1927 representou uma iniciativa precursora dentro da legisla o brasileira 5 A dissolu o irrevog vel de forma que as mesmas pessoas n o poder o mais no futuro estabelecer um novo v nculo CURTI FORRER obr cit nota ao art 269 O nosso C digo n o prev a hip tese n o sendo l cito que se acolha essa doutrina por isso que importaria em restringir direitos o que defeso em falta de texto expresso de lei SANTOS J M Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado 7 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1961 v VI Direito de Fam lia p 29 Lan ada assim a semente poderia o primeiro Juiz de Menores brasileiro Jos C ndido de Albuquerque Melo Matos ver coroada sua obra de magistrado e jurista com a consolida o das leis de assist ncia e prote o a menores baixada pelo Decreto n 17 943 A de 12 de outubro de 1927 Estava definitivamente aberto o caminho para o tratamento diferenciado do menor em nosso Direito Positivo SOUZA Sergio Muniz de A Lei Tutelar Do Menor Colet nea atualizada de leis decretos leis decretos portarias e outros atos administrativos referentes a menores Rio de Janeiro Agir 1958 p 13 14 Exig ncia que est de acordo com o dispositivo no art 134 n onde se estatu
414. ro pequeno para comportar essas 80 mil crian as No Estado do Paran h 39 abrigos no Estado do Rio Grande do Sul 42 no Estado de Santa Catarina 3758 486 As rela es dos abrigos podem ser localizados juntos ao site da Associa o dos Magistrados Brasileiros escolhendo se o Estado lt www amb com br mudeumdestino secao abrigos gt Acesso em 23 jul 2008 487 Grupo Soma Abrigo do Menor Casa do Bom Menino de Arapongas APMI Associa o de Prote o Maternidade e a Inf ncia de Camb Lar Infantil Marilia Barbosa Associa o de Pais dos Amigos do Recanto da Crian a Centro de Assist ncia e Orienta o ao Menor Assist ncia e Promo o Social Ex rcito da Salva o APROSES Associa o Cristianismo Decidido de Assist ncia Social Funda o Educacional Meninos e Meninas de Rua Profeta Elias Instituto de A o Social do Paran IASP Pequeno Cotolengo do Paran Dom Orione Funda o do Bem Estar do Menor de Guarapuava APMI Associa o de Prote o Maternidade e Inf ncia de Ivaipor APMI Associa o de Prote o Maternidade e Inf ncia de Jardim Servi o de Obras Sociais de Laranjeiras do Sul Casa de Maria Casa do Bom Samaritano Instituto de Promo o Social de Londrina Casa do Caminho Lar An lia Franco de Londrina Minist rio Evang lico Pr Vida N cleo Evang lico de Londrina Projeto Casa Abrigo Casa 1 Projeto Casa Abrigo Casa 2 Comunidade Evang lica de Li
415. rocedentes considerando a idade e o sexo do adotado Como procedentes temos 150 a es em que os adotados tinham at dois anos 56 a es em que os adotados tinham de 3 a 5 anos 66 a es em que os adotados tinham de 6 a 8 anos 44 a es em que os adotados tinham de 9 a 11 anos 49 a es em que os adotados tinham de 12 a 14 anos 62 a es em que os adotados tinham acima de 15 anos num total de 427 a es procedentes Como improcedentes houve apenas tr s casos no ano de 2002 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2002 T0 a 2 anos E3 a5 anos O6 a 8 anos O9 a 11 anos E 12 a14 anos E Acima de 15 anos Gr fico 15 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2002 No ano de 2003 o n mero de a es procedentes foi no total de 343 e improcedentes quatro casos Observe que dobrou o n mero de adotados nesse ano 458 Obs Dados trimestrais cumulativos pertinentes ao e ou at 4 trimestre Obs Dados informados at novembro do ano de 2002 Servi o de Estat stica da 1 VIJ dados extra dos do livro de registro de senten as cart rio lt http Avww tj rj gov br infan ju lvara infan ju htmitopo gt Acesso em 02 jul 2008 49 lt http www tj rj gov br infan_ju 1vara infan_ju htm topo ADO O gt Procedentes Improcedentes Extintos Idade Er TB Masculino Feminino Masculino Feminino 0a2 52 66 0 01 3a5 31 42 0 00 6a8 22 20 0 01 9a11 19 11 0 01 12a 14 16 12 0 00 Aci
416. rosity and solidarity In this content facing questions related to childhood and youth we tried to find coherent justifications that imply the adequate use of the institute of adoption considering its consequences on concrete cases based on the principle of absolute priority and the superior interest of the child and the adolescent Keywords adoption categories paradigms Family law Practices LISTA DE GR FICOS Gr fico 1 Ado es no Estado do Paran no per odo de 2002 a 2007 por g nero Gr fico 2 Ado es no Estado do Paran no per odo de 2002 a 2007 Gr fico 3 Habilita es ado o no Estado do Paran no per odo de 2002 a 2007 Gr fico 4 Ado o simples e ado o destitui o da 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba no per odo 2002 2007 Gr fico 5 Ado es registradas pela 2 Vara da Inf ncia e Juventude e Ado o da Comarca de Curitiba 2002 42007 0 ssapaaastaamansa a assada pala era da a ii a aa aj rea states dadas Gr fico 6 Faixa et ria dos adotados no Paran em 20083 por estrangeiros Gr fico 7 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2004 por estrangeiros Gr fico 8 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2005 por estrangeiros Gr fico 9 Faixa et ria dos adotados no Paran em 2006 por estrangeiros Gr fico 10 Faixa et ria dos adotado
417. rraz de Campos Direitos da crian a e ado o internacional S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 MONTEIRO Lauro Dispon vel em lt www observatoriodainfancia com br article php3 id article 269 gt Acesso em 18 mar 2008 MONTEIRO S nia Maria Aspectos Novos da Ado o Ado o internacional e ado o do nascituro adapta o de monografia apresentada Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMERJ Rio de Janeiro Forense 1997 NADER Paulo Introdu o ao Estudo do Direito Rio de Janeiro Forense 1998 NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 9 49 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 Coords Revista de Direito Privado n 14 p 111 147 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2003 NERY J NIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p 9 49 S o Paulo Revista dos Tribunais out dez 2002 NETTO L BO Paulo Luiz Direito ao estado de filia o e direito origem gen tica uma distin o necess ria Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano V n 19 p 133 156 Porto Alegre S ntese IBDFAM ago set 2008 Entidades Familiares constitucionalizadas Para al m do
418. rt valora a no o de posse de estado de filho e a relev ncia do interesse do menor do qual importante se faz ressaltar partes de seu pronunciamento O v nculo biol gico n o existe mas isso autoriza a nega o de v nculo adotivo ou afetivo de paternidade criado por pessoa maior e capaz com o objetivo de usar a crian a enquanto era do seu interesse Ao reconhecer assumiu o p trio poder e com ele todos os encargos decorrentes agora para se livrar do encargo material de prover o sustento da crian a pretende arrepender se sem qualquer preocupa o com os danos morais e ps quicos que possa causar com sua atitude crian a que nada tem a ver com a sua libera o anterior A filia o foi constitu da pelo autor e como a Constitui o Federal n o permite a discrimina o de filho de qualquer natureza art 227 8 6 o pagamento de pens o aliment cia consequ ncia l gica ao reconhecimento da paternidade J n o sem atraso que se percebe que a verdadeira paternidade n o pode se circunscrever apenas na busca de uma precisa informa o biol gica mas no balanceamento da busca da base biol gica da filia o com o sentido s cio afetivo da paternidade NOGUEIRA Jacqueline Filgueras A filia o que se constr i o reconhecimento do afeto com valor jur dico S o Paulo Mem ria Jur dica 2001 p 188 NOGUEIRA Jacqueline Filgueras A filia o que se constr i o reconhecimento do afe
419. s enquanto a m e sempre certa mater semper certa est LEITE Eduardo de Oliveira Exame de DNA ou o Limite entre o Genitor e o Pai In LEITE Eduardo de Oliveira DNA como meio de prova da filia o Rio de Janeiro Forense 2002 p 61 63 Grandes temas da Atualidade 581 J adotado em pa ses como Fran a Luxemburgo It lia B lgica Holanda ustria e v rios Estados dos Estados Unidos o parto an nimo surge como uma solu o ao abandono tr gico de rec m nascidos Dispon vel em lt http Avww ibdfam org br observatorio amp proposicoes amp p 11 gt Acesso em 10 jul 2008 202 Surge no Brasil o projeto que adota o direito ao parto an nimo onde assegurada mulher durante o per odo de gravidez ou at o dia em que deixar a unidade ap s o parto a possibilidade de n o assumir a maternidade da crian a que gerou nos termos do Projeto de Lei 3 220 08 O parto an nimo o direito da m e em permanecer desconhecida sem qualquer imputa o civil ou penal na entrega da crian a para ado o podendo realizar todos os cuidados m dicos antes durante ou ap s o parto O que se pretende n o esconder a maternidade socialmente rejeitada mas garantir liberdade mulher de ser ou n o m e do filho que gerou evitando as situa es de risco a que os rec m nascidos s o muitas vezes expostos Neste sentido a mulher que desejar manter seu anonimato ter direito realiza o de pr natal e de part
420. s Entretanto deveria ser aplicado o princ pio da prioridade absoluta nas quest es em que houvesse crian as institucionalizadas Assim todos os feitos em que houve crian as abrigadas deveriam ter prefer ncia em rela o aos demais feitos que tramitassem naquela determinada vara Isso por m n o ocorre As crian as institucionalizadas n o t m direito voz seus sussurros n o chegam ao F rum Os anos passam e ficam ao largo do Poder Judici rio Em alguns casos nem se sabe quantas est o abrigadas nem h quanto tempo Tudo est atrasado Este problema do sistema e n o culpa das classes envolvidas tais como Magistrado Minist rio P blico advogados assistente social e cartor rios O sistema gera crian as institu das certo que menos hoje do que antigamente mas gera Certo que as dificuldades apresentadas s o excludentes das possibilidades E n o sejamos hip critas as possibilidades s o poucas muito poucas aqueles que n o possuem conviv ncia familiar A conscientiza o deste princ pio lenta e n o vem sendo aplicada no sentido de prefer ncia mas relevante n o se acomodar e deixar o tempo passar Sabe se que o amor se constr i inclusive com os filhos de sangue O que se deve considerar que diante de um fato consumado a crian a dever merecer o resgate de sua vida o mais r pido poss vel por meio da edifica o de um novo cen rio que dever se pautar no exerc cio da toler ncia na busca
421. s mas como verdadeiros filhos O drama social acentuado no particular fazendo com que os filhos passem para a guarda do sogro ou da sogra que os sustentam e educam dentro da maior naturalidade A jurisprud ncia via com bons olhos esta situa o e sem dificuldades concedia a ado o aos av s A lei neste aspecto parece n o sintonizar perfeitamente com os interesses e os anseios de grande parcela do mundo juvenil Certo entretanto que a oficializa o da ado o por ascendentes seria desnecess ria para a prote o de crian as e adolescentes visto j serem protegidos pelos av s ou irm os e ainda devido exist ncia de outros institutos tutela e 83 84 Decidiu o Juiz em Goi nia 29 de novembro de 1994 Des Gon alo Teixeira e Silva Relator ADCOAS 146038 95 Os requerentes pretendem com este pedido regularizar uma situa o de fato existente uma vez que o menor adotando os tem como pais e eles t m o menor como filho entendo que n o pode obstar o acolhimento do pedido uma vez que em casos como os tais o objetivo o bem estar da crian a e as vantagens que advir o para o adotando O legislador ao inserir no Estatuto citado a veda o de av s adotarem neto demonstrou sua total insensibilidade e total dist ncia da realidade se preocupando apenas com a quest o sucess ria n o se importando com as vantagens que um ato de tal magnitude poder representar para uma crian a Naquel
422. s ap s a promulga o do C digo Civil de 2002 Observou se que alguns Tribunais possuem dados estat sticos que s o apresentados via relat rio anuais e encontram se dispon veis nas p ginas de internet outros n o informatizados e outros n o possuem levantamento de dados estat sticos Necess rio reparar que n o existe um padr o nos dados coletados nos diversos tribunais a suas respectivas comarcas e consequentemente os relat rios apresentam contextos bem diversos Em que pese as diferen as de dados estat sticos importante a leitura como proposta de reflex o e debate sobre tema ado o 438 A Internet pode ser considerada a mais sofisticada rede de comunica es que a tecnologia humana j p de conceber at o presente momento n o s pelo seu car ter global Nascida inicialmente para fins militares ela passou a ser o elo entre as comunidades cient ficas na ltima d cada e posteriormente passou ao dom nio p blico proporcionando troca de informa es e encontros virtuais entre pessoas localizadas nos mais remotos lugares do nosso planeta tal qual uma enorme teia ao redor da Terra Este instrumento fant stico o mais novo espa o de comunica o criado pela humanidade Entendido por muitos como mundo virtual apresenta gigantescas comunidades residenciais e de neg cios atrav s dos chamados portais Dispon vel em lt http Avww warken floripa com br dissertacaorobertowarken2 pdf gt Ace
423. s do Juizado ouvido o Minist rio P blico devendo ainda preencher os requisitos legais estabelecidos no artigo 50 1 e 2 da Lei 8 069 90 Assim o cadastro para habilita o em ado o inicia se quando o interessado decide procurar os meios legais para concretiz la sendo o primeiro passo a busca de informa o junto Vara da Inf ncia e Juventude mais pr xima de sua resid ncia apresentando a documenta o de identidade certid o de casamento se for o caso comprovante de endere o atestados de sanidade f sica e 424 resultado positivo da intera o Psicologia e Justi a agindo sobre um n cleo familiar com hist rico de viol ncia Nesse texto al m de apontar o conhecimento sobre as repercuss es da viol ncia conjuga sobre todo o sistema familiar gostar amos de poder contribuir de duas formas um primeiro aspecto diz respeito ao atendimento terap utico sob obriga o e um segundo aspecto se refere interface entre Psicologia e Justi a Com rela o ao primeiro ponto buscamos colocar em pr tica a possibilidade de a Psicologia procurar compreender e explicar as a es humanas juntamente com o Direito com suas preocupa es sobre como regular e prever determinados tipos de comportamento buscando estabelecer um contrato social de conviv ncia humana SELOSSE 1989 1997 Com rela o parceria entre Justi a e Psicologia esse estudo de caso permitiu nos compreender melhor a interface existen
424. s e os preconceitos que interferem na op o da ado o podem ser concentrados em dois grandes grupos um de ordem cultural e outro de ordem estrutural do Poder Judici rio Assim por quest o cultural a ado o sempre foi vista no pa s como algo vergonhoso proibido que deveria ser feito em sigilo absoluto ou seja s escondidas Quest es vivenciadas quanto ao contar e ao n o contar idade enfim evitar o contato dos filhos adotivos com os pais biol gicos Neste sentido o mito do segredo Por ordem estrutural do Poder Judici rio em decorr ncia da insufici ncia no atendimento da demanda judicante h demora na concretiza o das ado es advinda de fatores internos e externos Tamb m contribui para esta quest o a omiss o do Judici rio Segundo S rgio Luiz Kreuz muitos ju zes preferiram simplesmente homologar as ado es informais j consolidadas que davam menos trabalho ou permitiam aos adotantes registrar o filho alheio como pr prio Em consegu ncia dessa omiss o m dicos enfermeiros religiosos e os abrigos sentiram se autorizados a encaminhar crian as para fam lias interessadas em adotar muitas vezes sem qualquer crit rio Ainda muitos acreditam que o Judici rio inacess vel burocr tico e oneroso Quanto quest o da onerosidade decorre da falta de informa o pois processo gratuito No que se refere ao inacess vel e burocr tico verdade e isso n o pode ser negado levando se em
425. s no Paran em 2007 por estrangeiros Gr fico 11 Evolu o das ado es internacionais no Paran 1989 2007 Gr fico 12 Estat stica Geral de Registro de Ado o no Estado do Rio Grande do Sul de 01 01 2002 0 01 06 2008 ss aut puma iania cugas na ande a a as OLD a RESTO DO da SUNT e Gr fico 13 Estat stica Geral de Registro de Ado o na Regional de Porto Alegre de 01 01 2002 a 01 06 2008 errar renan ne errenanaceeean aa ceeaeamernenennos Gr fico 14 Estat stica Geral de Registro de Ado o na cidade de Porto Alegre de 01 01 2002 a 01 06 2008 errar eerenearerenaaa ce rea aaa ceeeaaaernenennos Gr fico 15 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2002 Gr fico 16 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2008 Gr fico 17 Ado es efetivadas no Estado do Rio de Janeiro em 2004 Gr fico 18 A es de ado es procedentes improcedentes Rio de Janeiro 2002 2004 E EE A nad Di E Gr fico 19 Ado es realizadas no Estado de Santa Catarina 2007 Gr fico 20 Cadastro de pessoas habilitadas ado o no Estado de Santa Catarina 2007 age asss ne uno aa SS EE 138 139 139 140 140 142 143 145 147 148 149 150 151 152 153 154 154 155 155 SUM RIO INTRODU O sra EE EE A DU A A e A a
426. s pgnoticias det asp AreaSelect 2 amp Codigo 991 gt Acesso em 02 jul 2008 BRAUNER Maria Claudia Crespo AZAMBUJA Maria Regina Fay de A releitura da ado o sob a perspectiva da Doutrina da Prote o Integral Inf ncia e Adolesc ncia Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 5 n 18 p 35 Porto Alegre S ntese IBDFAM jun jul 2008 BRITES Cristina Maria Caderno tem tico v 1 Psicologia e Preconceito Racial Conselho Regional de Psicologia do Estado de S o Paulo Dispon vel em lt http Awww crpsp org br a acerv cadernos tematicos 1 frames fr assistencia cristina htm gt Acesso em 20 jun 2008 BRITO Leila Maria Torraca de AYRES Lygia Santa Maria Destitui o do poder familiar e d vidas sobre a filia o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano 6 n 26 p 129 143 Porto Alegre S ntese IBDFAM out nov 2004 DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 42 52 abr maio jun 2002 CADASTRO Nacional de Ado o Guia do Usu rio Dispon vel em lt http Awww cnj gov br images imprensa cartilha cadastro nacional de adocao 07 pdf gt Acesso em 18 jun 2008 C MARA DOS DEPUTADOS Dispon vel em lt http Awww2 camara gov br proposicoes loadFrame html link gt lt http Awww camara gov br internet sileg prop lista asp fMode 1 amp bt nPesquisar 0K amp Ano 2008 amp Numero 3220 amp sigla PL gt Acesso
427. s pol ticas p blicas eram direcionadas para a institucionaliza o das crian as marginalizadas o que tamb m ocorria em decorr ncia de confus o conceitual ou seja as crian as oriundas de fam lias pobres eram vistas como potenciais futuros infratores e antes mesmo de cometerem qualquer delito eram tiradas de suas fam lias e colocadas em lares adotivos a fim de cessar o risco O C digo de Menores foi expressamente revogado pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei 8 069 de 13 de julho de 1990 em seu artigo 267 Aquele C digo embora tenha trazido alguns avan os ao instituto da ado o n o atendia suficientemente aos interesses do menor e passou o Estatuto fixar princ pios institucionais e org nicos referentes crian a e ao adolescente Na se o seguinte trata se da ado o no Estatuto da Crian a e do Adolescente 8 GRANATO Eunice Ferreira Rodrigues Ado o doutrina e pr tica Curitiba Juru 2008 p 207 7 Crian as marginalizadas da frui o das riquezas socialmente constru das sob a justificativa de que estariam mais bem assistidas nas casas de recolhimento do que no seio de suas fam lias pobres NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12
428. s separadas D 59 4 48 Homens solteiros D 57 4 32 Mulheres vi vas 13 0 99 Companheiro da m e biol gica 11 0 83 Homens separados 11 0 83 Companheira do pai biol gico 7 0 53 Tipo de ado o Ado o do Cadastro D 42 3 19 Ado o Dirigida ED 190 14 42 N o informada EEE 1086 82 40 Perfil dos Adotados N mero de adotados 1318 Por idade Menos de um anos ED 192 14 57 1 ano TD 147 11 15 2 anos Z 122 9 26 3 anos ED 100 7 59 4 anos DD 102 7 74 5 anos D 79 5 99 6 anos D 62 4 70 7 anos D 68 5 16 8 anos D 57 4 32 9 anos D 38 2 88 10 anos D 41 3 11 Entre 11 e 14 anos Z 125 9 48 Entre 15 e 18 anos D 88 6 68 Por sexo Masculino EEE 642 48 71 Feminino EEE 676 51 29 Por cor de cutis Negra D 26 1 97 Branca EEB 336 25 49 Morena clara 19 1 44 Morena escura 14 1 06 Amarela O 0 00 Por cor do cabelo Pretos D 57 4 32 Loiros 6 0 46 Castanho claro D 51 3 87 Castanho escuro D 48 3 64 Por tipo de cabelo Liso DD 83 6 30 Crespo D 26 1 97 Ondulado 15 1 14 Por cor dos olhos Pretos D 34 2 58 Castanhos DD 77 5 84 Verdes 1 0 08 Azuis 5 0 38 Amendoados 3 0 23 Por particularidades HIV positivo 11 0 83 Deficiente gt 12 0 91 S ndromes Org nica O 0 00 0 68 Infecto c
429. salvados tr s pontos 1 A VINCULA A O REMANESCENTE com a fam lia de origem quanto a impedimentos matrimoniais 2 O DIREITO SUCESSORIO reduzido metade da heran a cab vel a cada filho leg timo superveniente 3 LIMITA O DO PARENTESCO quanto aos ascendentes dos adotantes facultativa a ades o dos mesmos ado o legitimante sem d vida rec proca de alimentos e sem sucess o heredit ria necess ria de parte a parte faltando a ades o LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 12 13 Que foi resultante do substitutivo de n 562 E 55 ao anteprojeto Albergaria Di rio Oficial de 4 de junho de 1965 p gina 5 324 com refer ncia Mensagem PR 6 600 65 do Presidente da Rep blica ao Senado LIMA Cl udio Vianna de Legitima o Adotiva Lei n 4 655 de 2 de junho de 1965 M S Rodrigues set 1965 p 13 72 Conhecem se tr s anteprojetos de lei um de autoria do deputado JAEDER ALBERGARIA de n 562 A 55 publicado no Arquivo Judici rio vol XCIX fasc culo no 2 de agosto de 1956 p g 41 outro de iniciativa do Executivo atrav s da Comiss o presidida pelo Snr Ministro da Justi a e da qual foi relator o Dr EUDORO MAGALHAES ent o Curador de Menores no Distrito Federal anteprojeto que tomou o n mero 1 000 56 conforme a publica o Servi o Social do Ju zo de Menores vols V e VI 1949 1950 Rio Imprensa Naci
430. scendentes descendentes e colaterais at 4 grau Com a ado o h o desligamento por completo da fam lia de origem exceto para fins matrimoniais A ado o passa a ser irrevog vel e nem mesmo com a morte dos adotantes se restabelece o poder familiar dos pais naturais Outra importante modifica o do Estatuto da Crian a e do Adolescente se refere capacidade do adotante que exige agora que a idade m nima para pleitear a ado o seja 21 anos de idade independentemente do estado civil o que nas diversas leis anteriores exigiam idades de 50 anos depois 30 anos O Estatuto fixa ainda que a diferen a de idade entre o adotante e o adotado deve ser de pelo menos 16 anos 8 Compete Justi a da Inf ncia e da Juventude conhecer de pedidos de ado o de crian as e adolescentes nos termos do artigo 148 Ill do ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente artigo 39 A ado o de crian a e de adolescente reger se segundo o disposto nesta Lei Par grafo nico E vedada a ado o por procura o N o obstante o interesse do Poder Judici rio de que menores em situa o irregular adquiram pais adotivos fica vedada pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente a ado o por procura o uma vez que os adotantes ainda que estrangeiros tem que ter o m nimo de contato com a crian a a ser adotada isto um reduzido est gio de conviv ncia para que n o ocorra arrependimento futuro quanto quela escolhid
431. seu cadastro aquele que melhor se adapte s necessidades do adotando independente da ordem de inser o Vale tamb m ressaltar a decis o do Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul onde coloca que a ordem cronol gica do artigo 50 do Estatuto da Crian a e do Adolescente comporta flexibilidade considerando que a chamada ado o dirigida onde m e escolhe os adotantes desde j entregando lhes o filho est protegendo e assegurando o seu futuro e nada impede que assim o fa a Concorda se que n o havendo impedimentos para a ado o a escolha da m e poderia permanecer n o necessariamente como um direito de declara o de vontade mas como respeito express o de vontade a quem n o pode permanecer zelando pelo seu filho Outro caso que merece ser analisado e demonstra as dificuldades encontradas nos feitos de ado o onde especificamente os operadores do direito esquecem que est o tratando de crian as que crescem na incerteza dos adultos e perecem no processualismo exacerbado Ora a demora judici ria as t cnicas judici rias impr prias acabam por embasar situa es de dif cil compreens o aos pais adotivos aos filhos adotivos e aos genitores sen o vejamos os fragmentos do ac rd o 493 Agravo de Instrumento 171 419 6 de Guarapuava Rel Juiz Convocado Mario Helton Jorge ac 4617 72 C mara C vel 06 09 2005 In Caderno do Minist rio P blico do Paran v 9 n 1 jan mar Curitiba 2006 p
432. siderar a declara o de vontade como o desejo da paternidade n o suficiente para quem quer adotar visto a parte interessada estar limitada tamb m ao respeito do cadastro da ado o Primeiramente o Estatuto da Crian a e do Adolescente determina que o casal pretendente ado o seja previamente cadastrado na forma do artigo 50 desfrutavam SCHWEITZER Fabian Ado o mitos e verdades Revista Bonijuris ano XIII n 457 p 14 dez 2001 2 CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 305 A motiva o respeit vel centra se no fato de haver o indigitado adotante autorizado perante o Registro Civil em 11 08 1947 a inclus o do nome D no assento de nascimento da autora nascida em 21 05 1947 f Afora isso tem se nos autos fort ssimas provas documental e oral a desvendar o elevado grau de afetividade e carinho que eles o casal que a criou por ela nutriam que al m de ministrar lhe refinada educa o patrocinando inclusive seus estudos universit rios O aludido casal n o s permitiu como ainda a estimulou a apresentar lhe e frequentar a sociedade local como verdadeira D patron mico que tamb m lhe foi emprestado ao nome pelo var o quando da lavratura de seu assento de nascimento Trecho de Parecer do ilust
433. sil precisa de uma Lei Nacional da Ado o Jornal O Estado do Paran de 06 06 2004 Integrado Boletim Informativo ano IX n 35 p 34 35 Tribunal de Justi a do Estado do Paran Curitiba set 2004 Direito e Justi a O Brasil precisa de uma lei de ado o Dispon vel em lt htip celepar7cta pr gov br mppr noticiamp nsf 9401e882a180c9bc03256d790046d022 189 8d94ff9af36f003256eac0061 1dcb OpenDocument gt Acesso em 18 jun 2008 FONSECA Cl udia Uma virada imprevista o fim da ado o internacional do Brasil Instituto Universit rio de Pesquisa do Rio de Janeiro Dispon vel em lt http www scielo br 216 scielo php script sco arttext amp pid S0011 52582006000100003 amp 1ng gt Acesso em 11 jun 2008 FONTOURA Os ris Antonio de Jesus Apresenta o In AAJIJ Colet nea de Leis da rea da Crian a e do Adolescente Curitiba Juru 2000 FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 16 n 62 p 36 37 out dez 1992 FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 21 32 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1998 FREIRE Fernando Org Abandono e ado o contribui es para uma cultura de ado o Curitiba Terre des Hommes 1991 Coord Abandono e ado o contribui es para uma cultura da ado o Il Curitiba Terre des Hommes 1994 FREITAS L cia Maria de
434. sistema de informa es hospedado nos servidores do CNJ que consolida os dados de todas as Varas da Inf ncia e da Juventude referentes a crian as e adolescentes em condi es de serem adotados e a pretendentes habilitados ado o O CNA acessado no endere o eletr nico www cnj gov br cna os dados contidos no CNA ser permitido apenas aos rg os autorizados Cadastro Nacional de Ado o Guia do Usu rio Dispon vel em lt http Avww cnj gov br images imprensa cartilha cadastro nacional de adocao 07 pdf gt Acesso em 18 jun 2008 432 129 aqui de processo contencioso mas de mera inscri o pr via para futura ado o Do indeferimento cabe apela o Importante mencionar ainda quanto atua o do servi o social nos processos de ado o Quer a requerimento das partes quer de of cio o magistrado determinar a realiza o de per cia social por equipe interprofissional nos termos do artigo 167 do ECA para fins de verifica o quanto adapta o do adotante e adotando no chamado est gio de conviv ncia O est gio de conviv ncia poder ser dispensado se o adotando j estiver em companhia do adotante onde j foi realizado estudo social Por derradeiro em algumas comarcas existe um curso preparat rio para a ado o em que se trabalha a quest o refletindo os motivos e as ang stias no feito de ado o e ainda para entender que a Vara de Inf ncia e Juventude o melhor cami
435. sso em 19 mar 2008 Nos espa os virtualizados podemos encontrar setores destinados a dep sito de informa es especializadas sob a forma de s tios sites Sites esses que podem ter v rias p ginas homepages 439 131 3 3 1 1 Dos Quantitativos de Ado o Primeiramente as dificuldades no levantamento estat stico s o muitas Entre elas o segredo de justi a um dos motivos alegados para que n o se permita realiz las e acrescido a isso a falta de realiza o das estat sticas por parte das Comarcas que acabam por n o informar os dados solicitados pelos Tribunais A aus ncia de informa o tem como principal motivo a falta de tempo e de profissionais aptos para desenvolver este trabalho considerando que existe ac mulo de fun es e carga de trabalho excessiva priorizando o atendimento crian a Este material estat stico localizado junto aos tribunais dos Estados ou via internet nos fornece uma vis o gr fica de evolu o do instituto da ado o em determinados Estados Com o cadastro nacional nico certamente a estat stica ter novo perfil possibilitando o levantamento dos dados mais precisos Cabe mencionar que os dados recebidos n o fecham inteiramente com as estat sticas de crian as abrigadas n meros de ado es realizadas em comarcas coletadas diretamente nos juizados bem como h aus ncia de dados em algumas comarcas Assim para perceber o instituto de ado o no cen rio brasil
436. ta do internauta Mais do que nunca a FAVOR Somos habilitados e embora n o tenhamos escolhido o sexo da crian a eu tinha uma ligeira prefer ncia por menino Mas conhecemos uma menininha em um institui o e estamos verdadeiramente apaixonados e sem termos muito o q fazer apenas v la sempre que poss vel muito triste isso Nosso sentimento REAL de que nossa filha j existe tem rosto tem nome e n o pode estar conosco recebendo o nosso amor em tempo integral Estamos com o cora o em peda os Relatos da comunidade ADO O UM EXEMPLO DE AMOR com 40 202 membros 474 163 e a crian a existente que muitas vezes o adotante sequer tem acesso informa o daquele que talvez poderia ser o filho t o desejado mostrando a dist ncia entre o pretendente e o menor a ser adotado E acima de tudo mostra n o haver compreens o por parte da popula o quanto ao tempo de espera para se efetuar a ado o Considerando para tanto o n mero de abrigados e que muitos poderiam ter sido adotados dentro do perfil desejado se os processos de destitui o n o fossem t o demorados O paradoxo que se apresenta na medida em que aumentamos a busca pela reestrutura o da fam lia biol gica para a n o retirada da crian a do conv vio familiar diminu mos as possibilidades de ado o em decorr ncia do tempo e com isto inviabilizamos as ado es Retiramos das crian as institucionalizadas as esperan as pela possibil
437. tas de impacto p blico a situa es de crise recursos que se afastam substancialmente do conceito de pol ticas p blicas BRITO Leila Maria Torraca de AYRES Lygia Santa Maria Destitui o do poder familiar e d vidas sobre a filia o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano 6 n 26 p 136 137 Porto Alegre S ntese IBDFAM out nov 2004 82 CAP TULO 3 DAS PR TICAS DO DIREITO DE FAM LIA FACE ADO O SE O 3 1 DA ADO O PROBLEM TICAS PONTUAIS FACE PRATICA 3 1 1 Da Ado o Irregular 3 1 1 1 Da Ado o Espec fica Embora na modernidade novos costumes tenham sido incorporados institui o fam lia principalmente em rela o sua diversidade de constitui o fatos sociais como abandono de rec m nascido continuam ocorrendo Na realidade da vida as ado es convivem e se misturam com hist rias repletas de abandonos rejei es nega es salvamentos de vidas esterilidades expectativas e idealiza es rompimentos e uni es afetos e desafetos familiares e n o familiares no es estas pouco afetas ao Direito Neste contexto o Direito al m de atuar nas quest es caracteristicamente definidas em lei muitas vezes depara se com quest es relacionadas problem tica criada em decorr ncia de comportamento que sequer s o previstos no ordenamento Exemplo disso a ado o irregular de qualquer origem muitas vezes denunciad
438. te sentido que a Constitui o Federal tratou de compensar a desigualdade com busca na igualdade n o ferindo de forma alguma o princ pio da igualdade porque leva em considera o a condi o especial a condi o peculiar da crian a e do adolescente como pessoas em desenvolvimento A condi o peculiar da crian a e do adolescente se refere fragilidade natural desses sujeitos de direito por estarem em crescimento Faticamente aparece a vulnerabilidade de crian as e constitucional que o princ pio da absoluta prioridade no atendimento aos direitos da crian a e do adolescente se faz parit rio com os direitos dos demais cidad os a crian a e o adolescente em sua peculiar condi o de desenvolvimento requerem um tratamento jur dico especial LIBERATI Wilson Donizeti Adolescente e ato infracional S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 p 46 Crian a e adolescente a uniformidade do direito n o significa todavia que n o haja distin es no tratamento jur dico No mesmo sentido Luiz Edson Fachin H um res duo diferenciador sem que implique uma ofensa ao princ pio da igualdade porque distinguir n o significa discriminar FACHIN Luiz Edson Elementos cr ticos do direito de fam lia curso de direito civil Rio de Janeiro Renovar 1999 p 201 por isso que a Constitui o prop e esse ajustamento proporcional de situa es desiguais visando igualdade que basead
439. te entre o Contexto Terap utico e o Contexto Jur dico como tamb m as possibilidades e os limites de uma atua o conjunta e complementar dos dois contextos Embora sejam de origens epistemol gicas t o distintas essas duas reas interagem entre si com o mesmo objetivo ou seja o de intervir de forma efetiva para cessar a viol ncia na fam lia Enfatizamos o contexto da Terapia Familiar como uma possibilidade no avan o de uma vis o compreensiva da viol ncia na fam lia permitindo assim que seus membros interajam de uma forma diferente daquela que permite a presen a da viol ncia Dessa forma tornam se claras as possibilidades e os limites de um trabalho conjunto entre a Justi a e a Terapia Familiar ou seja estas podem se aproximar para se complementar e ampliar os trabalhos desenvolvidos por ambas sem que interfiram diretamente nas decis es de cada uma PATRICIO Suzane Maria Carvalho do Prado Atendimento de crian as e adolescentes em situa o de risco decorrente da viol ncia dom stica contra a mulher um necess rio di logo dos juizados de viol ncia dom stica e familiar contra a mulher e da vara da inf ncia e da juventude p 11 12 Dispon vel em lt http Avww abmp org br congresso2008 teses 103847 gt Acesso em 22 jun 2008 grifos do original 126 mental atestado de antecedentes criminais e comprovantes de rendimentos fotos e assinando requerimento Neste sentido os procedimentos na Vara de In
440. te mais incerto o afeto em muitos casos o mais h bil para revelar quem efetivamente s o os pais A incerteza presente na posse de estado de filho questiona fortemente a certeza da tecnologia CARBONERA Silvana Maria O papel jur dico do afeto nas rela es de fam lia In FACHIN Luiz Edson Coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Brasileiro Contempor neo 2 tir Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2006 p 304 A seguran a jur dica nada mais do que por meio do direito garantir ao cidad o aquilo que ele almeja que a tranquilidade de que seus direitos ser o respeitados e garantidos pelo Estado A seguran a jur dica depende da aplica o ou melhor da obrigatoriedade do Direito Miguel Reale discorrendo acerca da obrigatoriedade ou a vig ncia do Direito afirma que a id ia de justi a liga se intimamente id ia de ordem No pr prio conceito de justi a inerente uma ordem que n o pode deixar de ser reconhecida como valor mais urgente o que est na raiz da escala axiol gica mas degrau indispens vel a qualquer aperfei oamento tico REALE Miguel Filosofia do Direito S o Paulo Saraiva 1996 Na tradi o do direito de fam lia brasileiro o conflito entre a filia o biol gica e a filia o socioafetiva sempre se resolveu em benef cio da primeira Em verdade apenas recentemente a segunda passou a ser cogitada seriamente pelos juristas como categoria pr pria merecedora de constr
441. te tem o direito de ser criado e educado no seio de sua fam lia e excepcionalmente em fam lia substituta Nesse passo a doutrina da prote o integral faz reconhecer que a crian a e o adolescente em decorr ncia da particular condi o de pessoa em desenvolvimento s o sujeitos de direitos e n o mera interven o das rela es 209 porque a distingue crian as e adolescentes de outros grupos de seres humanos simplesmente diversos da no o do homo m dio b autoriza e opera a aparente quebra do princ pio da igualdade porque s o portadores de uma desigualdade inerente intr nseca o ordenamento confere lhes tratamento mais abrangente como forma de equilibrar a desigualdade de fato e atingir a igualdade jur dica material e n o meramente formal por meio de processo de especifica o do gen rico no qual se realiza o respeito m xima suum cuique trivere como referiu Bobbio ao tratar especificamente da fase contempor nea de desenvolvimento dos direitos humanos marcada pela especifica o dos direitos de certos grupos de pessoas como as crian as e adolescentes os portadores de defici ncia f sica etc NERY JUNIOR Nelson MACHADO Martha de Toledo O Estatuto da Crian a e do Adolescente e o Novo C digo Civil Luz da Constitui o Federal princ pio da especialidade e direito intertemporal In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 12 p
442. tempo do direito cl ssico tem se um espl ndido exemplo de como um instituto jur dico adaptando se s condi es de meio no qual destinado a operar possa vir a conforme transformar se substancialmente no seu conte do e na sua forma o veremos a seguir A ado o era consentida no Direito Romano como sendo a primeira forma Valentin Louis Georges Eug ne Marcel Proust 10 de julho de 1871 18 de novembro de 1992 foi um intelectual franc s um escritor de romances e ensaios e cr tico liter rio conhecido sobretudo pela sua obra Em busca do tempo perdido A la recherche du temps perdu Era filho de um m dico famoso cat lico Sua m e era judia Marcel Proust foi educado na cultura cat lica Dispon vel em lt http Awww pensador info autor Marcel Proust gt Acesso em 23 jul 2008 Della Filiazione 1924 p gina 876 apud SZNICK Valdir Ado o 2 ed ampl S o Paulo Universit ria de Direito 1998 Direito Romano o conjunto de normas jur dicas que regeram o povo romano desde o per odo da funda o da cidade verificada segundo a tradi o no s culo VIII at a morte de Justiniano imperador do Oriente em 565 d C O direito que vigorou no imp rio romano do Oriente a partir d sse evento at a queda de Constantinopla em 1453 denomina se direito bizantino ou romano hel nico Costuma se dividir o estudo do direito romano ora de acordo com as fases da hist ria pol tica
443. tes que qualquer outra Est na acep o de prefer ncia Mas se tida no sentido de preced ncia entende se justamente a antecipa o com que o ato se pratica e se formaliza de modo que se apresente em primeiro lugar SILVA de Pl cido e Vocabul rio Jur dico 11 ed Rio de Janeiro Forense 1991 v IV p 448 ABSOLUTA Qualificativo usado em Direito para significar um ato ou um estado que se apresenta de modo irrestrito Tamb m indica a plenitude de um direito atribu do a uma pessoa ao qual n o se pode contestar ou o poder que a esta se confere para agir em determinado ato SILVA de Pl cido e Vocabul rio Jur dico 11 ed Rio de Janeiro Forense 1991 v p 14 Proposto de forma superficial esse princ pio poderia sugerir e implicar um desn vel de tratamento e de garantia de direitos proposto pela Constitui o ao mesmo tempo em que assegura que todos s o iguais perante a lei E justamente com fundamento neste dispositivo 190 19 a 19 N 19 w 194 65 igualdade de todos muito pelo contr rio h sim o respeito pela diferen a entre os sujeitos de direito pois elas s o a pr pria exig ncia da igualdade A igualdade por sua vez consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na propor o que se desigualam No caso em tela not ria a diferen a de condi es entre crian a e adolescente e os demais sujeitos de direito nes
444. tezas e transforma es 39 ENGEDRE PAPAGEORGIOU LEGENDRE 1990 p 11 chama a aten o para o dado de que a humaniza o n o ocorre apenas pela produ o da carne humana p 11 mas pela necessidade de instituir a vida ou o ser humano na cultura Define assim que a montagem institucional de lugares na corrente geneal gica n o pode ser alterada por meio de pedidos que desconhecem tais limites com riscos de anula o do sujeito e dos processos de identifica o O autor considera tamb m que o sobrenome que confere uma inscri o de uma linhagem Neste sentido destaca que a institui o da filia o n o pode ficar merc de vontades pessoais Contribuindo com este entendimento LEGENDRE 1992 prop e que se pense no Direito Civil a partir da import ncia deste para a civiliza o e humaniza o do ser j que os respectivos procedimentos jur dicos devem manter estreita correla o com as fun es do nascer e do fazer viver O sujeito em sua dimens o simb lica Prop e ainda a considera o de que a fam lia funda o sujeito enquanto ser social na medida em que possibilita o acesso do indiv duo cultura BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 49 abr maio jun 2002 uma an lise aprofundada dos casos encaminhados permitiu a observa o de que grande parte
445. timidade na ado o entre pessoas maiores e capazes quando o interesse do adotando concretamente sobrepujasse o interesse do adotante como na paradigm tica situa o de pessoa idosa e hipossuficiente com pretens o de adotar aventureiro jovem Note se que a extin o da ado o como neg cio jur dico j que ela se dar t o somente pela prola o de senten a constitutiva trouxe luz toda essa nova ordem de considera es mesmo quando se trate de ado o entre maiores e capazes tome se um caso evidentemente leg timo ante os valores do ordenamento jur dico em que o interesse do adotante tem preval ncia numa certa tica sobre o interesse do adotado suponha se que homem de meia idade rico e solteiro pretenda ser adotado por homem j idoso com quem tem justa d vida de gratid o para honr lo e ampar lo na sua eventual falta Qual o motivo do indeferimento do 106 42 1916 Desnecess rio portanto mencion los neste momento visto o conte do j ter sido analisado anteriormente No caso de ado o p stuma h peculiaridade com rela o aos efeitos da senten a que retroagir o data do bito do adotante coincidindo portanto com a abertura da sucess o No que se refere permiss o para adotar por estrangeiros o artigo 1 629 determina que o estrangeiro obede a s condi es que forem estabelecidas em lei e entre elas est o ECA Estando os pais em pleno exerc cio do poder familiar dever o anui
446. titui o do poder familiar Deve se lembrar que a ado o se constitui numa medida de prote o n o sendo admitida que a medida seja direcionada a atender os interesses dos adultos adotantes fazendo com que as crian as e adolescentes sejam tratadas como meros objetos esquecendo que elas pr prias s o titulares do direito conviv ncia familiar que se pretende resgatar Neste contexto n o se deve esquecer que as crian as que se encontram abrigadas n o t m sido respeitadas no seu direito conviv ncia familiar o qual se constitui um dos direitos fundamentais expressamente assegurado a todas as crian as e adolescentes pela Constitui o Federal nem t m sido diligenciada sua coloca o em fam lia substituta Figueiredo afirmou que as crian as que se encontram arquivadas nos abrigos precisam de uma lei gil principalmente as 7 A edi o de uma Lei especial impregnada repito ainda que inadvertidamente de ran o menorista na verdade apenas faria contribuir para agravar a situa o de hoje existente em nosso abrigos sem a previs o de qualquer estimulo ado o de crian as com idade superior a 03 tr s anos e adolescentes integrantes de grupos de irm os afro descendentes e com alguma esp cie de defici ncia DIGIACOMO Murillo Jos Projeto de Lei Nacional de Ado o n o esta a solu o Cadernos do Minist rio P blico do Paran Curitiba v 9 n
447. titui o fundamentos de uma dogm tica transformadora S o Paulo Saraiva 1996 A efetividade das normas constitucionais revisitada Revista de Direito Administrativo p 30 60 Rio de Janeiro Renovar jul set 1994 O Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas Rio de Janeiro Renovar 1990 B BLIA SAGRADA Ed 153 revisada por Frei Jo o Jos Pedreira de Castro S o Paulo Ave Maria 2002 BONATO Carlos Roberto O olhar externo sobre o trabalho t cnico Integrando Boletim Informativo do Tribunal de Justi a do Estado do Paran Corregedoria Geral da Justi a e Assessoria de Apoio aos Juizados da Inf ncia e da Juventude ano IX n 35 p 27 31 Curitiba jun 2004 BRASIL Projeto de Lei 6 960 02 Dispon vel em lt http www camara gov br internet sileg prop lista asp fMode 1 amp btnPesquisar 0K amp Ano 2002 amp Numero 6960 amp sigla gt Acesso em 23 jul 2008 BRASIL Projeto de Lei 2 285 07 Dispon vel em lt http Avww ibdfam org br artigos Estatuto das Familias pdf gt Acesso em 23 jul 2008 BRASIL Resolu o 54 de 29 de abril de 2008 Disp e sobre a implanta o e funcionamento do Cadastro Nacional de Ado o Dispon vel em lt www cnj gov br index php option com content amp task view amp id 3976 amp ltemid 160 gt Acesso em 18 jun 2008 213 BRASIL MEDICINA Ado o de embri es pode ser alternativa ao seu uso em pesquisas lt http www brasilmedicina com br noticia
448. tituto do amor Revista Brasileira de Direito de Fam lia v 6 n 28 p 86 fev mar 2005 Evoluir significa desbravar conceber a despeito dos receios Esse fato recoloca o sentido e o lugar do jur dico Descobre se ent o que a esfera jur dica vital no debate da bio tica e que a crise de valores passa pelo jur dico e por isso mesmo o Direito n o pode ser uma evid ncia ao qual se adapta ou se acostuma FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia Elementos cr ticos luz do novo C digo Civil brasileiro Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 249 A disputa judicial bizarra deixa de ser hipot tica A imagina o cede passo realidade It s an old debate among husbands and wives how many children to have But Steven and Maureen Kass of Amityville New York bring something new to the issue they re wrestling with the question five years after their divorce The Kasses have five frozen embryos made from their married days of trying to conceive by invitro fertilization Maureen who is 40 and childless wants to use them to have children Steven 38 is adamant that he doesn t want kids with his ex wife He is seeking to donate the embryos to research Their fight has ended up in New York s highest court which hears arguments this week Legal experts expect a landmark decision that will reverberate nationally on the hotly contested question of just who controls frozen fertilized tissue that has the potential to beco
449. to que muitas crian as embora abrigadas n o est o aptas a serem adotadas e crescem nas institui es Nem o desejo dos adotantes e nem dos adotados vem 471 472 473 N o existe em termos cient ficos aquilo que se poderia designar por perfil do pai e da m e ideais A preocupa o de escolher a fam lia ideal ou a melhor fam lia poss vel para um determinado caso uma posi o modificadora que facilmente se pode tornar mistificadora Isso n o quer dizer por m que n o se devam estudar atentamente as situa es de modo a poder verificar se existem ou n o contra indica es O que importa identificar e precisar bem luz de crit rios previamente estabelecidos Essas contra indica es podem ser apenas relativas vale dizer aquilo que sabemos sobre determinados adotantes desaconselha que lhes seja entregue uma determinada crian a podendo no entanto encarar se a hip tese de escolha de outra crian a que n o levante os mesmos problemas DINIZ Jo o Seabra A ado o notas para uma vis o global In FREIRE Fernando Org Abandono e ado o contribui es para uma cultura de ado o Curitiba Terre des Hommes 1991 Relatos da comunidade ADO O UM EXEMPLO DE AMOR com 40 202 membros Escolha do perfil Viv ncias A gesta o card aca tem algumas fases n Uma das mais importantes a escolha do perfil Certamente esse vai sofrendo altera es ao longo do processo que
450. to hierarquia das fontes normativas para a Constitui o base nica dos princ pios fundamentais do ordenamento A unidade do ordenamento caracter stica reconhecidamente essencial da estrutura e da fun o do sistema jur dico Ela decorre da exist ncia pressuposta da norma fundamental grundonorm fator determinador de validade de toda a ordem jur dica e abrange a intolerabilidade de antinomias entre as m ltiplas proposi es normativas constituindo se assim em um sistema A rela o entre a norma fundamental e a Constitui o quanto quest o do fundamento de validade do ordenamento tamb m l gica configur vel atrav s do mecanismo do silogismo jur dico possibilita que se considere o documento constitucional como conjunto de normas objetivamente v lidas e concomitantemente coloca o como a inst ncia a que fi dada a legitimidade para revalidar a ordem jur dica TEPEDINO Maria Celina B M A caminho de um Direito Civil Constitucional In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 17 v 65 p 24 S o Paulo Revista dos Tribunais jul set 1993 os valores propugnados pela Constitui o Os princ pios e valores constitucionais devem se estender a todas as normas do ordenamento sob pena de se admitir a concep o de um mondo in frammenti logicamente incompat vel com a id ia de sistema unit rio TEPEDINO Maria Celina B
451. to que se identificam as situa es problema da crian a adolescente referente s situa es de risco em que s o envolvidas e neste caso o que agora interessa referente fam lia substituta institu da pela ado o Neste sentido importante que o Magistrado n o esteja afastado do contexto social onde est inserida a crian a adolescente n o podendo atuar de modo mecanicista Lembre se que o Juiz um agente com fun es sociais Al m da atividade judicante cabe tamb m a atividade meio no que se refere s atribui es do Magistrado para que efetivamente sejam harm nicas as atividades administrativas e t cnicas que est o presentes junto ao Ju zo da Inf ncia e Juventude Por ltimo a atividade de interdepend ncia interna e externa A realidade bate porta do Judici rio e os recursos e equipamentos n o s o suficientes para o atendimento da problem tica exposta referente as crian as adolescentes que por exemplo encontram se abrigados levando muitas vezes utiliza o de recursos disponibilizados aquela comunidade O perfil dedicado do Magistrado muito importante na condu o dos trabalhos junto ao Juizado da Inf ncia e Juventude A base para se obter resultados aceit veis apresentados pelo Poder Judici rio atrav s de esfor os incans veis na solu o de problemas consiste em visualizar uma possibilidade de afeto de igualdade onde o desamor e a discrimina o est o presentes Alguns ma
452. to aos direitos das crian as e adolescentes de forma diferenciada e privilegiada Os termos absoluta e prioridade inseridos na Constitui o Federal desempenham forte significado a princ pio constitucional consagrado obrigando primazia do atendimento contra todos Vale ressaltar que n o h desrespeito 189 todas as a es relativas s crian as levadas a efeito por institui es p blicas ou privadas de bem estar social tribunais autoridades administrativas ou rg os legislativos devem considerar primordialmente com preval ncia o interesse superior da crian a FERREIRA FILHO Manoel Gon alves 1999 p 111 apud LIBERATI Wilson Donizeti Adolescente e ato infracional S o Paulo Juarez de Oliveira 2008 p 47 dever da fam lia da sociedade e do Estado assegurar crian a e ao adolescente com absoluta prioridade o direito vida sa de alimenta o educa o ao lazer profissionaliza o cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comunit ria al m de coloc los a salvo de toda forma de neglig ncia discrimina o explora o viol ncia crueldade e opress o PRINC PIOS No sentido jur dico quer significar as normas elementares ou os requisitos primordiais institu dos como base como alicerce de alguma coisa E assim princ pios revelam o conjunto de regras ou preceitos que se fixaram para servir de norma a toda esp
453. to com valor jur dico S o Paulo Mem ria Jur dica 2001 p 190 360 107 coloca o em lar substituto Not cias ganham destaque nos jornais e na internet sobre casos como o de dois jovens sequestrados quando ainda eram beb s em maternidade de Bras lia e Goi nia os quais foram criados pela sequestradora que simulou inclusive o parto Ela foi condenada a mais de 15 anos de pris o por fraude de documentos p blicos e pelo sequestro do menino Pedrinho e de Aparecida Fernanda os quais foram registrados por ela com outros nomes N o h como apagar da lembran a desses jovens toda a sua hist ria e a verdade biol gica agora conhecida ter que ser constitu da em uma nova verdade sociol gica n o a verdade vivenciada anteriormente em busca da paz familiar Diante do exposto curial que um dos caminhos para evitar as ado es irregulares em quaisquer das formas aludidas passa pela colabora o da comunidade atrav s de den ncias al m das vigil ncias em hospitais maternidades e cart rios de registro de nascimento Por fim n o fechamos os olhos para a figura da vulgarmente denominada ado o brasileira ado o ilegal irregular ado es diretas e independentes visto que elas continuam sendo uma constante em determinados meios comunit rios acostumados a entregar crian as umas s outras para criar sem qualquer crit rio Esta forma de ado o perniciosa inaceit vel nos dias atuais e incompat ve
454. to como ser humano colocando o no centro como destinat rio primeiro da ordem jur dica Necess rio desenvolvermos algumas considera es sobre a import ncia do princ pio da dignidade da pessoa humana do qual irradiam todos os direitos fundamentais do ser humano o qual est consagrado na Constitui o A dignidade da pessoa humana nasce junto com o pr prio indiv duo Segundo Elimar Szaniawski dif cil um conceito que expresse todo o seu significado O conceito de dignidade fluido multifacet rio e multidisciplinar e tem sido confundido com o pr prio conceito de personalidade Tem sido definida como um atributo da pessoa humana o fundamento primeiro e a finalidade ltima de toda a atua o estatal e mesmo particular o n cleo essencial dos direitos humanos Assim delimitada est a premissa b sica da superioridade hier rquica dos princ pios e valores fundamentais da Constitui o Federal sobre a legisla o infraconstitucional n o sendo esta um simples ideal A Constitui o Federal instituiu um sistema especial de prote o aos direitos fundamentais de crian as e adolescentes por se acharem na peculiar condi o de traduzem em normas fundamentais ou normas matrizes que explicitam as valora es pol ticas fundamentais do legislador constituinte Ao passo que os princ pios gerais do direito constitucional formam o tema de uma teoria geral do direito constitucional envolvendo conceitos g
455. to da Crian a e do Adolescente d tratamento diferenciado concedendo apenas fundamento jur dico adotivo conforme processo n 001 003 061412 1 sentenciado em 13 10 2005 Ju za Maria Isabel de Matos Rocha ROCHA Maria Isabel de Matos O filho adotivo tem direito visita de seus pais biol gicos Revista dos Tribunais ano 95 v 848 p 98 jun 2006 Afinal a op o pelo otimismo e paci ncia nos torna capazes e nos faz descobrir que a parceria amor e ci ncia tem grande poder realizador MACEDO Emilisa Curi de Ado o que caminho escolher Refletir ou refletir preconceitos In Coord Ado o Aspectos jur dicos e metajur dicos Rio de Janeiro Forense 2005 v 4 p 166 Grandes temas da atualidade Ado o Crian a abandonada Observ ncia do procedimento regular Pr via inscri o no cadastro pr prio Possibilidade jur dica do pedido Embora da maior utilidade o cadastro de pessoas interessadas em adotar e de crian as e adolescentes dispon veis para ado o pois facilita a apura o dos requisitos legais permitindo o exame quanto compatibilidade entre os interessados em raz o do suporte multidisciplinar garantindo tamb m celeridade s ado es a pr via inscri o no cadastro oficial n o constitui condi o sine qua non O artigo 50 do ECA n o autoriza a conclus o de que seja juridicamente imposs vel o pedido formulado por quem n o esteja previamente habilitado Mostra se
456. to da ci ncia do direito cujos princ pios os primeiros jurisconsultos generalizam e sistematizam e finalmente o denominado direito p s cl ssico o per odo de decad ncia CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 15 16 a palavra ado o deriva do latim adoptio que significa dar seu pr prio nome a p r um nome em e tem na linguagem popular o sentido de acolher algu m LIBERATI Wilson Donizeti Ado o Internacional S o Paulo Malheiros 1995 p 13 Filho Os Diccionarios do Povo Propaganda de instruc o para portuguezes e brazileiros Diccion rio Latim Portuguez Etymol gico pros dico e orthogr phico 13 ed correcta e augmentada Rio de Janeiro Editora Paulo de Azevedo Lisboa Livraria Bertrand n 6 p 335 pai de fam lia Os Diccionarios do Povo Propaganda de instruc o para portuguezes e brazileiros Diccion rio Latim Portuguez Etymol gico pros dico e orthogr phico 13 ed correcta e augmentada Rio de Janeiro Editora Paulo de Azevedo Lisboa Livraria Bertrand n 6 p 561 CHAMOUN Ebert Institui es de Direito Romano 4 ed rev e aum S o Paulo Forense 1962 p 170 A adoptio era a passagem de um alieni iuris de uma fam lia par outra a adrogatio era a ado o de um paterfamilias que entrava na fam lia do adotante com todos os membros da sua pr pria fam lia A ad roga o acarretava o desaparecimento de uma fa
457. todo de coleta da informa o telepesquisa checagem eletr nica A t tulo ilustrativo no Paran a composi o da amostra foi de 86 no Rio Grande do Sul de 79 em Santa Catarina de 68 em S o Paulo de 226 no Rio de Janeiro de 156 em Minas Gerais de 13 no Amazonas 67 e na Bahia de 78 escolhidos aleatoriamente na tabela Dispon vel em lt http Awww amb com br mudeumdestino docs pesquisa adocao pdf gt Acesso em 20 jul 2008 157 Nessa pesquisa o perfil dos entrevistados leva ao seguinte paralelo o n mero de filhos adotivos e o n mero de filhos de cria o se equiparam qual seja 3 9 e 3 3 respectivamente demonstrando que somente na metade dos casos o Judici rio teria atuado sendo que os demais permanecem fora da seara do Direito sem prote o aqueles que s o considerados filhos de cria o Outro dado interessante referente ado o foi levantado com o seguinte questionamento onde o senhor procuraria uma crian a para adotar Dentre os entrevistados temos as seguintes respostas 37 4 em hospitais maternidades 35 nas Varas da Inf ncia Juiz 28 7 nos abrigos 4 2 uma m e que queira doar a crian a 0 8 entre amigos conhecidos fam lia 0 7 assistente social 0 7 rg os competentes 2 n o soube avaliar Com isso observa se o desconhecimento das pessoas interessadas em adotar bem como que o n mero mencionado referente a busca de uma m e que queira doar a crian a pequeno co
458. tos e escolhas sem influ ncia dos adultos o menor de idade poder experimentar sentimentos de deslealdade qualquer que seja a sua escolha Caso concorde com o feito sentir se desleal em rela o ao pai discordando pode sentir se igualmente desleal m e e ao padrasto os quais possu am boas inten es quando decidiram dar entrada ao processo de ado o cita a seguir LEGENDRE a crian a n o pode decidir quem ela quer ser ou ainda ser autofundada BRITO Leila Maria Torraca de DIUANA Solange Ado o por c njuge reais vantagens quando Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano IV n 13 p 49 abr maio jun 2002 Quando a oitiva decorre de uma imposi o legal a pr pria lei fixa uma idade que o limiar da obriga o Na Holanda essa idade m nima de 12 anos contra 14 anos na Alemanha Na Gr cia a oitiva obrigat ria mas conforme a maturidade da crian a abrindo ao juiz uma larga margem de aprecia o casu stica Reconhecer o direito de palavra a uma crian a em um processo que lhe concerne um meio t cnico e tico de lhe assegurar o direito de conquistar progressivamente seu espa o de liberdade Esse direito aparece n o como um direito de exce o derrogando um direito comum que ainda serve de refer ncia mas como um direito especial que constitui o direito comum da mat ria e que conv m acentuar o particularismo e a unidade Esse particularismo
459. tos humanos e fixando preceitos para a prote o da pessoa 2 2 2 Dos Princ pios Constitucionais Relacionados ao Direito de Fam lia Inicialmente coube ao Direito identificar as transforma es sociais e normatiz las a fim de tornar o ordenamento jur dico coerente com a realidade 163 A constitucionaliza o do direito de fam lia est clara e estampada na supera o do modelo patriarcal codificado e nas estrutura es de novos paradigmas para a fam lia na constitucionaliza o Ambival ncia e equil brio s o a chave para um enigma ainda a decifrar A luz das transforma es contempor neas em busca da verdadeira paternidade jur dica o encontro entre a verdade jur dica e a verdade sociol gica para uma base ambivalente no sistema de filia o FACHIN Luiz Edson Paternidade e ascend ncia gen tica In LEITE Eduardo de Oliveira Coord DNA como meio de prova da filia o Rio de Janeiro Forense 2002 p 172 Grandes temas da atualidade A posse do estado de filho induz virtualmente e portanto supre a prova do nascimento a da paternidade e da maternidade 450 A posse do estado de filho principalmente constitu da por tr s fatos Nominatio quando o filho tem o apelido do pai Tractatus quando tratado de filho pelo pai e pela m e e por eles educado Reputatio quando tido e havido por filho na fam lia e pelos vizinhos PEREIRA Lafayette Rodrigues Direitos de fam lia 5
460. tructive analysis to rethink adoption considering categories paradigms and practice of Family Law based on axiological principles of a constitutional nature over the boarded aspects aiming the contribution to society and law First a retrospect of the history of adoption is presented so as to understand the institute s evolution for it is a complex theme filled with prejudice For this matter diverse theories peculiar experiences treatments and peculiar approaches are considered which sometimes produce unexpected results and for that they must be thought over in a constructive way At this moment considering that the axiological principles of a constitutional nature are present we go back to the traditional and contemporary paradigm to the constitutional fundamental and constitutional principles toward adoption and its limits Moreover having in mind that adoption involves a whole array of possibilities information books speeches and analyses that are built the necessity of a transformation proposal is discussed The practice of Family Law toward adoption is critically analyzed through the screening of punctual problems such as irregular adoptions adoption and the Brazilian Judiciary System This way the transformation necessities of the existing methods are pointed out considering the number of institutionalized children the excess of bureaucracy makes it difficult to find faster solutions especially in cases inspired by love gene
461. u o adequada A verdade biol gica converteu se na verdade real da filia o em decorr ncia de fatores hist ricos religiosos e ideol gicos que estiveram no cerne da concep o hegem nica da fam lia patriarcal e matrimonializada e da delimita o estabelecida pelo requisito 249 250 251 252 253 84 Este terceiro cap tulo ado o problem ticas pontuais em face pr tica traz tona a quest o da ado o ilegal espec fica ou irregular de fato pronta diretas ou independentes clandestinas bem como a ado o brasileira Na doutrina poucos tem discutido sobre a problem tica dessas ado es O objetivo deste cap tulo ser caracterizar e diferenciar esses termos demonstrando quando ocorre a ado o espec fica ou irregular e vulgarmente denominada ado o brasileira e as suas consequ ncias no meio jur dico e social deixando claro que 254 255 256 257 258 259 260 261 262 da legitimidade Ao mesmo tempo em que o direito de fam lia sofreu t o intensas transforma es em seu n cleo estrutural consolidou se a refinada elabora o dos direitos da personalidade nas ltimas d cadas voltados tutela do que cada pessoa humana tem de mais seu como atributos inatos e inerentes O estado de filia o desligou se da origem biol gica e de seu consect rio a legitimidade o estado de filia o g
462. u inovadores Revista dos Tribunais ano 98 v 823 p 87 97 maio 2004 Tend ncias Modernas do Direito de Fam lia Revista dos Tribunais S o Paulo v 628 p 19 39 ago 1992 PEREIRA T nia da Silva O melhor interesse da crian a um debate interdisciplinar Rio de Janeiro Renovar 2001 O princ pio do melhor interesse da crian a da teoria pr tica In PEREIRA Rodrigo da Cunha A Fam lia na Travessia do Mil nio CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAM LIA Anais Belo Horizonte IBDFAM OAB MG Del Rey 2000 p 212 234 Inf ncia e Adolesc ncia uma vis o hist rica de sua prote o social e jur dica no Brasil Ir In FRAN A R Limongi Coord Revista de Direito Civil Imobili rio Agr rio e Empresarial ano 16 n 62 p 36 37 out dez 1992 220 Coord Estatuto da Crian a e do Adolescente Estudos S cio Jur dicos Rio de Janeiro Renovar 1991 PERES Ana Paula Ariston Barion A ado o por homossexuais fronteiras da fam lia na p s modernidade Rio de Janeiro Renovar 2006 p 95 97 PODER JUDICI RIO DO ESTADO DO PARAN Informativo Judici rio Dispon vel em lt http Avww t pr gov br noticia noticia mostra asp idnoticia 2341 gt Acesso em 21 jul 2008 PODER JUDICI RIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Resenha da Assessoria de Imprensa Dispon vel em lt www tj sc gov br resenha 0406 040616 htm gt Acesso em 23 jul 2008 PRO SEED Dispon vel em lt http Anww pro seed
463. uando forem ruins VIANNA Guaraci de Campos Poder Normativo da Justi a da Inf ncia e Juventude p 1 Dispon vel em lt http sisnet aduaneiras com br lex doutrinas arquivos 291107 pdf gt Acesso em 11 jun 2008 Com raras exce es s o poucos os ju zes que se prontificam a trabalhar na assist ncia aos menores desenvolvendo um trabalho especial com cria o de casas de recolhimento creches abrigos e constru o de outros estabelecimentos em preju zo de outros servi os o que nem sempre do agrado geral NOGUEIRA Paulo L cio Estatuto da Crian a e do Adolescente comentado Lei 8 069 de 13 de Julho de 1990 S o Paulo Saraiva 1991 p 218 Estatuto da Crian a e do Adolescente art 95 As entidades governamentais e n o governamentais referidas no art 90 ser o fiscalizadas pelo Judici rio pelo Minist rio P blico e pelos Conselhos Tutelares E o procedimento para apura o de irregularidades encontra se disciplinado nos arts 191 a 193 do Estatuto da Crian a e do Adolescente Estatuto da Crian a e do Adolescente art 194 O procedimento para imposi o de penalidade administrativa por infra o s normas de prote o crian a e ao adolescente ter in cio por representa o do Minist rio P blico ou do Conselho Tutelar ou auto de infra o elaborado por servidor efetivo ou volunt rio credenciado e assinado por duas testemunhas se poss vel 8 1 No procedimento iniciado com o aut
464. uebrados a partir do momento em que nos deparamos com outra realidade social Passou se a visualizar os v nculos familiares diversos onde os la os de amor e afetividade imperam PENS O FILHA DE CRIA O DE MILITAR DIVIS O DO BENEF CIO Comprovado mediante justifica o judicial condi o de filha de cria o do instituidor militar e sendo esta equiparada a filha adotiva a apelante faz jus ao recebimento da pens o em igualdade de condi es com sua m e TRF 2 Regi o Ap C v 910210227 7 RJ Ac rd o COAD 61938 12 Turma Rel Ju za Lana Regueira Publ em 18 03 1999 PENS O M E DE CRIA O DEFERIMENTO O artigo 147 III da Lei Complementar 180 78 ao se referir a pais n o tem apenas um sentido biol gico Restrito portanto expres o contida na lei encerra um sentido final stico Abarca a palavra pais sem d vida alguma tamb m aqueles que criaram como se filho fosse o servidor falecido Afinal a m e n o s quem deu luz mas sim quem cria uma crian a como se filho fosse E saben a popular TJSP Ap C v 133 401 5 4 Ac rd o COAD 108 382 5 C m de Direito P blico Rel Des Alberto Gentil j em 04 09 2003 FILHO DE CRIA O ADO O SOCIOAFETIVIDADE No que tange filia o para que uma situa o de fato seja considerada como realidade social socioafetividade necess rio que esteja efetivamente consolidada A posse do estado de filh
465. umentalizar a jurisdi o 40 a 402 403 404 405 120 necess rio recorrer ao Poder Judici rio em busca da solu o Neste sentido considerando a Constitui o e o Estatuto da Crian a e do Adolescente de se crer que as crian as e os adolescentes s o sujeitos de direito com prioridade absoluta S com movimento constante para a erradica o da mis ria e da viol ncia poder se ia assegurar prioridade absoluta aos nossos infantes e jovens eles sim as maiores v timas do descaso do abandono e da viol ncia em todas as suas formas S o os operadores do direito que atrav s de sua participa o efetiva nesse processo fazem valer os preceitos constantes do ECA por meio de a es din micas e eficientes que visem garantir os direitos previstos no Estatuto seja cobrando do Poder P blico competente que cumpra com as suas obriga es seja promovendo a es que visem garantir a aplica o das medidas de prote o previstas no artigo 101 do Estatuto 08 A fun o de julgar dirimir conflitos t o antiga como a pr pria sociedade J se exercia a fun o com fulcro nas regras perenes do direito natural ou no mero bom senso O exemplo salom nico da disputa de uma crian a por duas pessoas que se diziam m e j tradicional Caso n o se concebesse que essas peculiaridades da forma o human stica da crian a e do adolescente tivessem conte do distinto daquelas relativas s potencialidad
466. urabi estabeleciam regras sobre essas situa es jur dicas reconhecidas por institutos dos quais o mais difundido foi a ado o Por m foi no Direito Romano que o instituto da ado o efetivamente sistematizou se MONTEIRO S nia Maria Aspectos Novos da Ado o Ado o internacional e ado o do nascituro adapta o de monografia apresentada Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMERJ Rio de Janeiro Forense 1997 p 12 Para Granato o C digo de Hamurabi introduzido pelo rei da Babil nia 1750 1685 de quem recebeu o nome traz uma vis o da sociedade da poca Apresenta duzentos e oitenta dispositivos dos quais nove se referem ado o arts 185 a 193 e apresenta a indissolubilidade da rela o da ado o verbis se algu m d seu nome a uma crian a e a cria como filho este adotado n o poder mais ser reclamado GRANATO Eunice Ferreira Rodrigues Ado o doutrina e pr tica 4 tir Curitiba Juru 2008 p 33 34 a filha do fara desceu ao rio para se banhar Ela viu uma cesta no meio dos juncos e mandou uma de suas criadas busc la Abriu a e viu dentro o menino Quando o menino cresceu ela o conduziu filha do fara que o adotou como seu filho e deu lhe o nome de Mois s porque disse ela eu o salvei das guas Exodo 2 5 10 Ora havia em Susa a capital um judeu chamado Mardoqueu filho de Jair Era o tutor de Edissa isto Ester
467. ustifica se este nosso primeiro cap tulo para situar historicamente o instituto da ado o no tempo e sua evolu o em busca de novas expectativas para o futuro 122 FACHIN Luiz Edson Direito de Fam lia elementos cr ticos do direito de fam lia Rio de Janeiro S o Paulo Renovar 2008 p 238 48 CAP TULO 2 DOS PARADIGMAS E PRINCIPIOLOGIA CONSTITUCIONAL SE O 2 1 DOS PARADIGMAS 2 1 1 Do Paradigma Tradicional ao Paradigma Contempor neo Inicialmente existe dificuldade de formar um conceito acerca de no o de direito civil diante das controv rsias em torno de uma unidade conceitual compreensiva de suas genu nas fun es Entende se segundo Maria Celina B M Tepedino tradicionalmente por direito civil aquele que se formulou no C digo de Napole o em virtude da sistematiza o operada por Jean Domat quem primeiro separou das leis civis as leis p blicas A par disso o direito civil passou a ser identificado com o pr prio C digo Civil que regulava as rela es entre pessoas privadas seu estado sua capacidade sua fam lia e sua propriedade consagrando se como o reino da liberdade individual Presente neste sentido a defesa da posi o do indiv duo frente ao Estado diante dos poderes que asseguravam referida liberdade Assim o C digo Civil apresentava contornos liberais onde a interven o estatal na esfera particular 123 LOPES Serpa Curso de Direito Civil Rio de
468. ustrante pois n o se poderia adaptar institutos que apenas faziam sentido como express o do paradigma familiar anterior nova realidade exigente de princ pios categorias e institutos jur dicos diferentes A doutrina especializada demonstrou saciedade a inadequa o da aparente nova roupagem normativa que tem gerado intensas 190 embora tenha deixando muitas lacunas e diverg ncias permitindo in meras interpreta es Neste cotejo encontra se em tr mite o Projeto de Lei 2 285 07 Estatuto das Fam lias elaborado pelo Instituto Brasileiro de Direito de Fam lia e apresentado ao Congresso Nacional O Estatuto das Fam lias servir para sanar os defeitos e omiss es do C digo Civil brasileiro at porque revoga toda a parte de mat ria de fam lia tratada na codifica o O tema central do Estatuto da Fam lia o reconhecimento das in meras formas de entidades familiares existentes em nossa realidade Assim nas disposi es gerais este estatuto regula os direitos e deveres no mbito das entidades familiares Garante expressamente que o direito fam lia direito fundamental de todos Elege os princ pios fundamentais para a interpreta o e aplica o a dignidade da pessoa humana a solidariedade familiar a igualdade de g neros de filhos e das entidades familiares a conviv ncia familiar o melhor interesse da crian a e do adolescente e a afetividade Destaca se o artigo 10 do Projeto 2 285 2
469. v s da simples aplica o de um artigo de lei ou da mera argumenta o de l gica formal Nesse sentido a norma constitucional tem a fun o de dar valor norma ordin ria aplic vel ao caso concreto e tamb m de modificar os institutos tradicionais considerando seus valores e princ pios Assim o direito de fam lia sob gide da constitucionaliza o tem permitido pessoa humana realizar se ntima e afetivamente O paradigma da perfilha o biol gica est em transforma o com a constitucionaliza o da filia o socioafetiva tornando se uma revolu o cient fica Segundo Thomas Kuhn Toda a passagem para um novo paradigma uma revolu o cient fica Assim o direito civil que era comprometido com um sujeito decisiva no tocante aos modos de solucionar os problemas Completada a transi o os cientistas ter o modificado a sua concep o na rea de estudos de seus m todos e de seus objetivos KUHN Thomas S A estrutura das revolu es cient ficas 5 ed S o Paulo Perspectiva 2000 p 116 e 122 apud WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 p 128 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 148 LEITE Eduardo de Oliveira S ntese de direito civil Direito de fam lia Curitiba JM 1997 p 19 citando Jean Carbonnier Flexible Droit p 187 209 Que se
470. va a quinta ao aplicar a grafia socioafetivo estar se aplicando um interpreta o origin ria do contexto social a sexta a conven o da gram tica no caso do termo s cio afetivo causa cis o do social do esp rito da alma do sacro pelo que para se manter a unidade da perfilha o biol gica e sociol gica que reclama o tratamento de pai sem discrimina o entre biol gico ou sociol gico deve ser empregada apenas a express o filia o socioafetiva WELTER Belmiro Pedro Igualdade entre a Filia o biol gica e socioafetiva In NERY JUNIOR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade Coords Revista de Direito Privado n 14 S o Paulo Revista dos Tribunais abr jun 2008 MADALENO Rolf Filhos do Cora o Revista Brasileira de Direito de Fam lia ano VI n 23 p 35 Porto Alegre S ntese abr maio 2004 C digo Civil art 1 604 Ningu m pode vindicar estado contr rio ao que resulta do registro de nascimento salvo provando se erro ou falsidade do registro Sobre o tema ressalta se que embora este dispositivo legal excepcione a possibilidade de anula o por erro ou por falsidade n o se pode admitir a alega o de falsidade do registro levada a efeito pelo autor do delito 106 paternidade foi assumida livremente e sem coa o em comum acordo com sua m e Desta forma o pedido foi julgado improcedente declarando a exist ncia de v nculo de paternidade filia o e ainda a manten a
471. vista dos Tribunais 2005 p 124 125 132 51 atribu das pela Constitui o na qual as normas ordin rias devem ser interpretadas considerando as prioridades impostas de modo harm nico Segundo Lu s Roberto Barroso as normas constitucionais como esp cie do g nero normas jur dica conservam os atributos ess ncias destas dentre as quais a imperatividade Nesta seara as normas constitucionais s o dotadas de supremacia sendo as principais normas do sistema n o podendo ser contraditadas por qualquer regra jur dica e passaram a ser entendidas como fundamento de toda a disciplina infraconstitucional 134 135 136 Negar tal atitude hermen utica significa admitir um ordenamento assistem tico inorg nico e fragmentado no qual cada n cleo legislativo responderia a tecido axiol gico pr prio desprovido da unidade normativa traduzindo se em manifesto desrespeito ao princ pio da legalidade constitucional Em nota de rodap esclarece utilizando J Afonso da Silva que o princ pio da legalidade um princ pio basilar do Estado Democr tico de Direito E da ess ncia do seu conceito subordinar se Constitui o e fundar se na legalidade democr tica Sujeita se como todo Estado de Direito ao imp rio da lei mas da lei que realize o princ pio da igualdade e da Justi a n o pela sua generalidade mas pela busca da igualiza o da condi es dos socialmente desiguais E continua Ma
472. ximo ou mero conhecido Essas crian as adolescentes ficam abrigados em fun o da situa o de risco em que se encontram atrav s de procedimento verificat rio Ap s o tr mite do procedimento verificat rio ou ainda no seu curso o Minist rio P blico poder propor a o de destitui o do poder familiar Nesse per odo a grande maioria ficar abrigada at ficar apta para ser adotada E o tempo costuma ser cruel com estas crian as e adolescente Muitas chegam tardiamente para fins de ado o tendo em vista a idade posto que o perfil desejado quase sempre diferente do perfil das crian as abrigadas Temos no Brasil cerca de 80 mil crian as e adolescentes que vivem em abrigos Dispon vel em lt http Avww tj pr gov br noticia noticia mostra asp idnoticia 2284 gt Acesso em 18 jun 2008 Este requerimento normalmente feito pelo Servi o Auxiliar da Inf ncia e Juventude independentemente de advogado Guarda de fato ou tutela de fato Cabe esclarecer o que vem a ser tutela de fato e tutela irregular Anota Fachin H tutela irregular quando o in cio do encargo n o se consumou por uma falha ou falta Um exemplo se d quando iniciado o procedimento de designa o do tutor o indicado chamado pelo juiz para prestar uma garantia e n o o faz Mesmo assim inicia se na pr tica a tutela do menor N o se confunde com a tutela de fato Embora se assemelhe gest o de neg cio a tutela ainda que de fato mais que
473. xt 22496 1 gt Acesso em 06 maio 2008 363 108 Parecem inexistentes por vezes diante da perman ncia muitas vezes do conv vio da crian a com dito pai m e adotivo mas as san es civis e penais existem Acerca de tal aspecto cumpre citar a manifesta o de Francismar Lamenza sobre a import ncia do combate ado o brasileira n o apenas para que a verdade dos fatos venha tona e se consolide de modo a propiciar uma garantia dos direitos fundamentais do jovem mas tamb m para que sejam efetivadas condi es regulares para que aquele ser humano em desenvolvimento peculiar cres a ciente de suas ra zes abolindo se os traumas psicol gicos irremov veis que poder o surgir com a revela o ainda que tardia dessa situa o Por fim a crian a n o pode ser reduzida a mero objeto de consumo Cada caso deve ser julgado e os crit rios de justi a dever o basear se no bem estar da crian a nas condi es de tempo dos pais envolvidos e suas concep es educativas Certamente ser esta a decis o mais adequada pois os v nculos de sangue s o profundos mas os v nculos do afeto podem ser mais vez que fruto de uma escolha Ningu m escolhe o filho biol gico mas o filho adotivo um ato de consci ncia 384 Trata se de norma em vigor que procura coibir os registros falsos e que na verdade n o se justificam mais na atual sistem tica da ado o por mais nobres e bem intencionados que s
474. xtinguindo a ado o existente no C digo Civil de 1916 respeitando o preceito constitucional da igualdade de filia o Tamb m chamada de ado o irrestrita Em outras palavras atualmente s h uma ado o a qual gera todos os efeitos da ado o plena Outra quest o que o C digo Civil de 2002 em seu artigo 10 inciso Ill n o determina mais o cancelamento do registro original onde consta a origem biol gica mas manda averbar nele o ato de ado o A partir da vig ncia do diploma civil os 115 C digo Civil art 1 638 Perder por ato judicial o poder familiar o pai ou a m e que castigar imoderadamente o filho II deixar o filho em abandono III praticar atos contr rios moral e aos bons costumes IV Incidir reiteradamente nas faltas previstas no artigo antecedente 8 VENOSA Silvio de Salvo Direito Civil Direito de Fam lia S o Paulo Atlas 2003 p 348 349 117 Conceituando ado o A ado o como inser o num ambiente familiar de forma definitiva e com aquisi o de v nculo jur dico pr prio da filia o segundo as normas legais em vigor de uma crian a cujos pais morreram ou s o desconhecidos ou n o sendo esse o caso n o podem ou n o querem assumir o desempenho das suas fun es parentais ou s o pela autoridade competente considerados indignos para tal DINIZ Jo o Seabra A ado o notas para uma vis o global In FREIRE Fernando Org Abandono e

CATEGORIAS, PARADIGMAS E PRÁTICAS DO DIREITO

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