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O inglês internacional e a confecção do livro didático

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1. HSILID ISIMAR Simp sio sobre o Livro Did tico Simp sio sobre Materiais A de L ngua Materna e Estrangeira e Recursos Did ticos Textos Selecionados Edi es Entrelugar ISBN 978 85 87424 15 0 Z Realiza o Apoio M P Departamento de Artes amp Design Decanato do Departamento de Letras CTCH PUC Rio Pp qr pm pote RIO pI SILID I SIMAR Simp sio sobre o Livro Did tico Simp sio sobre Materiais de Lingua Materna e Estrangeira e Recursos Did ticos Textos Selecionados Il Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos 28 29 e 30 de julho de 2008 Local Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Realiza o Departamento de Artes amp Design PUC Rio Departamento de Letras PUC Rio Apoio Decanato do CTCH PUC Rio N cleo de Estudos do Design na Leitura FAPERJ Funda o de Amparo Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Edi es Entrelugar 2010 Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro PUC Rio Reitor Pe J sus Hortal S nchez S J Vice Reitor para Assuntos Acad micos Prof Jos Ricardo Bergmann Decana do Centro de Teologia e Ci ncias Humanas Prof Maria Clara Bingemer Diretor do Departamento de Letras Prof Julio Diniz Diretor do Departamento de Letras Prof Luiz Antonio Coelho Coordenadoras do Simp sio Prof Barbara Jane Wilcox Hemais Prof Jackelin
2. 2001c Letramento escolar em tr s pr ticas Perspectivas para a multivocalidade Revista da Anpoll 11 235 262 SP Humanitas 2005 G neros do discurso e g neros textuais Quest es te ricas e aplicadas In J L Meurer et al orgs G neros Teorias m todos e debates pp 184 207 S o Paulo Par bola no prelo G neros de discurso texto como objeto de ensino de l nguas Um retorno ao trivium In Signorini org Percursos transdisciplinares de investiga o sobre l ngua gem Campinas Mercado de Letras 2006 O texto como unidade e o g nero como objeto de ensino de L ngua Portuguesa In L C Travaglia org Encontro na linguagem Estudos ling sticos e liter rios pp 51 80 Uberl ndia MG EDUFU SANTOS E M 2004 Abordagem comunicativa intercultural ACIN uma proposta para o ensinar e aprender l ngua no di logo de culturas Tese de doutorado Campinas IEL Unicamp SOUZA E SILVA N 2002 Material did tico de PLE essencialmente comunicativo sonho ou realidade T picos em portugu s l ngua estrangeira Cunha M J C e Santos P orgs Editora Universidade de Bras lia SEDYCIAS J 2002 Como implementar um programa de portugu s numa faculdade de estudos liberais problemas e estrat gias T picos em portugu s l ngua estrangeira Cunha M J C e Santos P orgs Editora Universidade de Bras lia VIDAL L 1992 Grafismo ind gena estudos de antropologia est tica Ed
3. O desdobramento dessa pesquisa procurou focar os seguintes objetivos tra ar um perfil do LD no Brasil descortinar a rela o LD professor aluno investigar se o LD utilizado na aprendizagem de ingl s como L ngua Estrangeira doravante LE se revela um objeto facilitador na vis o do aluno e do professor A leitura de trabalhos acad micos iluminou alguns questionamentos e trouxe se n o respostas pelo menos esclarecimentos no que se refere ao ensino de ingl s atrav s do LD de LE Pesquisas na rea de LD e g CORACINI KLEIMAN FREITAG MARCUSCHI CUNNINGSWORTH ELLIS entre outros permitiram uma avalia o mais profunda da dimens o pedag gica desta importante ferramenta utilizada como apoio no processo de ensino aprendizagem de LEs 2 Metodologia A metodologia de linha qualitativa e interpretativista selecionada para a consecu o dos objetivos propostos baseou se em tr s eixos a pesquisa bibliogr fica na rea de LD b entrevista piloto e question rios aplicados a professores de ingl s C question rio e entrevista com autores de course books nacional e internacional d Entrevista e question rios aplicados a 30 alunos de contextos escolares diferentes Como forma de alcan ar os objetivos alguns crit rios para a an lise dos question rios foram criados a saber 1 Crit rios para an lise question rio professor a Como o professor v o LD acess rio facilitador para ele e para o aluno um elemento
4. Caderno de Alfabetiza o LP Shenipabu Miyui Povo Kaxinaw LP e LI Comiss o Pr In dio do Acre Comiss o Pr Indio do Acre e UFMG O livro das rvores Povo Ticuna LP Editora Global Cademo de Alfabetiza o LP Comiss o Pr In dio do Acre As escolas Meb ng kre Panar e Tapaj na As escolas ind genas uma realidade em todas as aldeias que fazem parte do Programa de Forma o de Professores Ind genas Meb ng kre Panar e Tapajuna Goron priorizam o aprendizado de conhecimentos da sociedade nacional necess rios para uma conviv ncia igualit ria e ao mesmo tempo t m o papel de contribuir para a preserva o da cultura ind gena atrav s do ensino da escrita das l nguas ind genas e de outros conhecimentos tradicionais espec ficos desses povos A implementa o de uma educa o escolar realmente diferenciada bilingue e intercultural nas escolas desses povos est diretamente ligada a um conjunto de a es do Programa que desde 1997 promove um trabalho de forma o de professores ind genas publica o de materiais did ticos documenta o e registro entre outras atividades educacionais e culturais Esse programa coordenado pela FUNAI e tem o apoio de diferentes institui es MEC SECAD Secretaria de Educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade SEDUC MT Associa o Ipren re de Defesa do Povo Meb ng kre e Instituto Ropni Os materiais did ticos que destacamos para an lise fo
5. Em termos simples o graal francamente buscado pelos engenheiros e designers de interface a padroniza o entre os c digos de constru o e manuten o da informa o pela forma Uma vez que os mesmos passam agora obrigatoriamente pela porteira digital conquistas profundas foram feitas no territ rio at ent o in spito para os leigos J poss vel participar ativamente de uma nova sociedade que busca n o somente o consumo mas a troca O que antes seria um impedimento t cnico atualmente uma condi o sine qua non O digital requer uma parcela de nossa aten o que o anal gico n o considerava Se outrora ramos convidados a pedir uma chamada de longa dist ncia a uma telefonista simp tica hoje somos for ados a digitar meio milheiro de n meros para que em DTMF possamos alcan ar ou n o como na maioria dos infelizes casos um gerente de banco ou respons vel por determinado servi o n o satisfeito Com a tecnologia al m dos benef cios bvios por ela trazidos somos apresentados a uma nova pletora de problemas que precisam ser considerados e eliminados Explicando melhor a rela o entre o anal gico e o digital salientamos que s o processos mais do que distintos s o relevantemente antag nicos n o apenas em sua considera o existencial mas tamb m participada Entende se por um processo anal gico aquele que se verifica durante o pr prio processo de ocorr ncia cont nuo podendo ser compreendido mesmo em
6. Talking about homoeroticism moving away from the thematic restrictions of classroom material Thiago de Oliveira Garcia Sim es 196 O ingl s internacional e a confec o do livro did tico Intemational english and EFL materials design Nelson Mitrano Neto 210 O livro did tico de ingl s na era p s m todo por uma abordagem educacional e conscientizadora The english coursebook in the post method era towards an educational and informed approach Rog rio Tilio 224 Os recursos de educa o dist ncia e os desafios para escolas e universidades E learning facilities and the challenges to schools and universities Carlos Eduardo A Miranda Rog rio Moura Heitor Gribl 236 Reflex es a respeito do livro did tico no Brasil Reflections on the course book In Brazil F tima Cristina D ria Ramirez dos Santos PATA ANINI XX AA 44 Academic writing uma an lise de livros did ticos sob a perspectiva de g neros do discurso Academic writing an analysis of textbooks from the perspective of the concept of genre Tatiana S de Macedo Profa Dra Universidade Federal do Par tmacedo25 yahoo com br Resumo An lise sob a perspectiva de g neros do discurso Swales 1990 1998 de nove livros did ticos de escrita acad mica em l ngua inglesa para universit rios Resultados sugerem que o impacto das teorias de g nero do discurso na elabora o desses livros did ticos ainda incipiente Al m disso h
7. aldeia Metyktire de barco pelo rio Xingu As ro as familiares e coletivas ficam em volta da aldeia A natureza no entorno das aldeias bastante preservada os rios e igarap s est o limpos e com bastante peixe as matas e campo cerrado preservados e com muitos animais e frutos Os Tapaj na ganharam em 2005 o Pr mio Culturas Ind genas do Minist rio da Cultura que ajudou na grava o de hist rias e m sicas tradicionais Tapaj na com o objetivo de resgate ling stico pois a l ngua tapaj na se encontra em risco de perda Nas tr s comunidades percebemos conflitos culturais que se relacionam diretamente com a escola a escrita e o livro did tico Em geral os jovens dessas comunidades se mostram mais interessados em absorver os novos conhecimentos dos brancos do que os tradicionais Cabe lembrar que muitas pessoas mais velhas dessas comunidades n o tiveram um contato efetivo direto com a escrita Esses homens e mulheres mais velhos conscientes do risco de perdas culturais e de seus conhecimentos tradicionais procuram novas formas de transmiss o desses conhecimentos e entendem que a pr pria escola e a escrita pode e deve ser utilizada para a valoriza o e registro desses conhecimentos A fala do cacique Megaron Txucarram e sobrinho de Ropni Raoni reproduzida na ep grafe um exemplo da preocupa o dessa gera o mais velha em deixar registrado para as futuras gera es parte de seus conhecimentos Ao
8. criado n o um Design o que uma entidade em si Sendo assim a atividade pode ser descrita como um processo iniciado em requisitos abstratos na conceitua o do problema terminando na concretiza o f sica ou virtual da id ia proposta como solu o Design participativo Temos ent o que o trabalho de Design caracterizado mais por seu processo que por seus produtos Entretanto ineg vel que cada projeto tem uma solu o materializada em algo seja este um objeto um programa um sistema um jogo visual ou um simples sinal gr fico Assim em nossos projetos lidamos com diversas possibilidades de sa da acarretando vastas pesquisas com rela o ao melhor suporte f sico ou virtual ou os meios mais eficientes para se atender a uma demanda Inseridos em diversos meios sociais temos um vasto n mero de solu es poss veis para cada quest o definida levando em conta condi es de produ o custo final do objeto durabilidade entre outros e de uso forma adequada ao conte do sistema de informa es eficiente facilidade ou custo de manuten o entre outros Dessa maneira lidamos com negociamos em torno de modos de produ o requisitos do cliente para o qual o trabalho desenvolvido e efic cia na utiliza o pelo p blico final As tr s condi es trazem se tocam em um ponto comum todas devem levar em conta o contexto de uso da solu o Afinal desse contexto que s o levantados os
9. o a a caracteriza o de variedade lingu stica b a indissociabilidade entre a l ngua e seu ambiente sociocultural e c o largo espectro de varia o e imprevisibilidade encontrado no c rculo em expans o 3 Dificuldades de operacionaliza o A primeira dificuldade com que algu m se depara ao tentar algum tipo de operacionaliza o do construto com a pr pria defini o de variedade cf Hudson 1982 que com suas m ltiplas facetas torna a identifica o do que seria algum tipo de express o internacional padr o extremamente dif cil A identifica o e singulariza o de uma determinada variedade n o de forma alguma simples H pelo menos uma meia d zia de perspectivas que precisam ser levadas em considera o A Figura 3 apresenta essas perspectivas graficamente Figura 3 As m ltiplas facetas da varia o O dialeto o termo que se usa quando a varia o motivada geograficamente socioleto quando motivada socioculturalmente e etnoleto quando as diferen as s o de natureza tnica J idioleto e ecoleto trazem a quest o para o terreno mais privado este est relacionado varia o estabelecida na fam lia e aquele entre indiv duos Em seguida temos a norma padr o que uma forma de padroniza o pela e para a educa o Est associada faixa da popula o com maior grau de escolaridade e prest gio no mbito de uma determinada comunidade ling stica Finalmente h os
10. o desta tarefa tendo em vista prioridades educativas aquisi o de conhecimentos aquisi o de h bitos desenvolvimento da autonomia criatividade Uma tarefa desarticulada de um contexto desencadeador de processos mentais est fadada ao fracasso pois se constituem para o aluno como a es fragmentadas o tempo das atividades tarefas delimitar o tempo das atividades essencial a um planejamento cuja inten o seja a constru o do conhecimento A mobiliza o do aluno para a realiza o da tarefa depende do desafio que lhe proposto Atividades longas demais dispersam a concentra o dos alunos e acabam por desgastar a pr pria atividade O tempo proposto para a atividade serve inclusive de elemento auxiliar da avalia o dos processos desencadeados pelo aluno na constru o de sua aprendizagem torna se um indicador para o replanejamento Cabe esclarecer o tempo expresso em sua dimens o quantitativa n o garante a qualidade e ou efetividade na realiza o de uma tarefa estrat gias e planejamento proposi o e organiza o da tarefa os materiais did ticos por si s n o orientam a realiza o das tarefas fun o do professor oferecer paulatinamente aos alunos os esquemas de assimila o necess rios realiza o da tarefa Se as instru es n o forem precisas e ou os crit rios suficientemente explicitados os resultados ficar o comprometidos poss vel que a pr pria tarefa n o
11. o e o discurso discutindo as fun es a funcionalidade ou o funcionamento da linguagem no contexto escolar o foco na argumenta o enquanto processo recurso atividade na rela o de ensino n o tem sido comum Neste relato n o pretendemos aprofundar esta discuss o no entanto este caminho de reflex o do uso das tecnologias de informa o e comunica o na educa o ainda n o foi explorado e por isso julgamos importante socializar esta experi ncia que se por um lado n o se baseou na argumenta o como forma de constru o do conhecimento produziu de fato uma narrativa argumentativa que se revelou significativa na experi ncia dos alunos estagi rios Dentro de uma concep o ampla de conhecimento conforme Banks Leite 2007 p 110 que inclui quaisquer tipos de sentidos pr via e correntemente constru dos por indiv duos hist rica e socialmente situados para interpretar e dar forma realidade circundante podemos afirmar que os conhecimentos constitu dos pelos alunos nos v rios momentos de sua inser o no campo de est gio foram mobilizados na constru o das narrativas verbais e n o verbais constru das nas ferramentas de intera o do Teleduc di rio de bordo e portf lio pelo fato destas narrativas se constitu rem em di logos e debates sobre as a es reflex es e sentimentos dos alunos Nesse sentido podemos dizer que as narrativas que se produziram a partir de uma exig ncia inicial
12. o entre as partes realizadas pelos agentes de realiza o do livro muitas vezes o que ocorre uma esp cie de colagem com muitas informa es variadas O seu car ter fragmentado reflete se no objeto propriamente dito O livro did tico precisa de uma maior participa o de designers e ilustradores no seu processo de constru o desde a sua concep o at a sua produ o Assim a id ia de co autoria relatada por Chartier poder abrir in meras portas e janelas para o aprendizado e para a constru o de uma reflex o critica a partir de uma maneira oxigenada de ler e de ver o mundo Refer ncias ARA JO E A constru o do livro Rio de Janeiro Martins Fontes 1986 AUMONT J A Imagem 2 ed S o Paulo Papirus 1995 BRINGHURST R Fundamentos do estilo tipogr fico S o Paulo COSAC NAIFY 2005 CHARTIER R A Aventura do livro do leitor ao navegador S o Paulo UNESP 1998 org Pr ticas de leitura S o Paulo Esta o Liberdade 1996 DONDIS A D A Sintaxe da linguagem Visual S o Paulo Martins Fontes 2000 FARBIARZ J org Ler o Mundo In Os Lugares do Design na Leitura Teres polis Novas Id ias 2008 FARBIARZ J org CAVALCANTE N Linguagens das figuras figuras de linguagem ou conversando sobre ilustra o In Os Lugares do Design na Leitura Teres polis Novas Id ias 2008 Dispositivos m veis na educa o Mobile devices in education Guilherme Xavier Mestre em Desig
13. quem produz o site desenha a cadeira ou formata a marca Tal vis o parece motivada pelo ponto de contato dos outros campos com o Design necessitando simplificar a quest o ao levar em conta apenas o aspecto aplicado do trabalho da rea Desta maneira deslocando o foco do processo para o seu resultado tem se uma vis o de que o Design a forma aplicada o objeto concreto Descarta se ent o todo o processo de pesquisa visita a locais acesso a outros campos de conhecimento para o levantamento de dados pertinentes pensando n o apenas em como ou qual produto fazer mas avaliando qual o melhor m todo para solucionar um problema proposto Tomamos no entanto tal vis o como ponto de partida Se qualificam o Design e a a o do designer por seu produto este conhecido e usado por um p blico Deste modo algu m que compra uma cadeira o faz motivado por uma s rie de quest es sua forma como se integrar esteticamente ao ambiente de destino se confort vel seu material se sustentar o peso do usu rio seu valor entre outros O objeto n o mais que uma forma concretizada pelo corte e montagem de um material Formulamos ent o uma frase que abarque essa vis o A cadeira uma forma concretizada em um material Vendo apenas como produto extirpamos do artefato v rias condi es Afinal para que serve a cadeira Como us la Com que outros artefatos ou ambientes ser alocada O que seu material comunica simb
14. No terceiro onde est o dez livros est o os livros que privilegiam a abordagem da apropria o do sistema da escrita A apresenta o de cada livro feita atrav s de uma descri o onde mostrada at a capa da publica o e de uma resenha al m de uma sub se o intitulada Em sala de aula Palavras finais apesar de estarmos no in cio O livro did tico um valioso instrumento de ensino para a qualidade das interven es pedag gicas no ensino da leitura e da escrita O uso desse material na perspectiva do letramento pode enriquecer de forma significativa o aprendizado do ler e do escrever principalmente para alunos que t m nesse tipos de publica o nica forma de contato direto com a cultura escrita Mas imprescind vel ressaltar que apesar de uma boa escolha do livro did tico pelo professor ou melhor de prefer ncia por toda a equipe docente de uma escola mais importante o que se faz com esse livro em sala de aula ensinar a ler e escrever de todas as formas poss veis Formar leitores e escritores de direito e de fato Refer ncias BRASIL Guia do livro did tico 2007 alfabetiza o Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o B sica 2006 BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Ensino Fundamental Par metros Curriculares Nacionais 1 A 4 s ries L ngua Portuguesa Bras lia MEC SEF 1997 CHARAUDEAU Patrick e MAINGUENEAU Dominique
15. em sociedades grafas Desse modo o letramento tem por objetivo investigar n o somente quem alfabetizado mas tamb m quem n o alfabetizado e nesse sentido desliga se de verificar o individual e centraliza se no social Para o porte do presente trabalho consideramos que mais duas contribui es d o conta de expormos um panorama amplo mas n o superficial acerca de letramento Primeiro a reflex o de Soares 2005 21 sobre o que se acredita hodiernamente ser um individuo alfabetizado Quanto mudan a na maneira de considerar o significado do acesso leitura e escrita em nosso pa s da mera aquisi o da tecnologia do ler e do escrever inser o nas pr ticas sociais de leitura e escrita de que resultou o aparecimento do termo letramento ao lado do termo alfabetiza o um fato que sinaliza bem essa mudan a embora de maneira t mida a altera o do crit rio utilizado pelo Censo para verificar o n mero de analfabetos e alfabetizados durante muito tempo considerava se analfabeto o indiv duo incapaz de escrever o pr prio nome nas ltimas d cadas a resposta pergunta sabe ler e escrever um bilhete simples que define se o indiv duo analfabeto ou alfabetizado O pensamento da pesquisadora leva a crer que mudou se significativamente a avalia o do que de fato ler e escrever E parte se a nosso ver da diferencia o conceitual ou pelo menos metodol gica entre alfa
16. es escolares destacam as compet ncias individuais no uso e na pr tica da escrita A dicotomia entre letramento e alfabetiza o motivou muitas perquiri es Afinal o ensino escolarizado da leitura e da escrita parece ser o objeto de estudo de muitos pesquisadores Nesse sentido encontramos a contribui o de Mortatti 2004 11 E de Costa A rela o mais imediata de letramento ocorre com alfabetiza o Embora alfabetiza o n o seja pr requisito para letramento este est relacionado com a aquisi o utiliza o e fun es da leitura e escrita em sociedades letradas como habilidades e conhecimentos que precisam ser ensinados e aprendidos estando relacionado tamb m com a escolariza o e a educa o e abrangendo processos educativos que ocorrem em situa es tanto escolares quanto n o escolares 2004 25 podemos entender letramento como um conceito mais amplo do que alfabetiza o no sentido tradicional O conceito de letramento se liga ao conjunto de pr ticas de leitura e escrita que resultam de uma concep o de o qu como quando e por qu ler e escrever a concep o de letramento vai al m do saber ler e escrever pois implica saber fazer uso frequente e competente da leitura e da escrita individual ou socialmente A literatura sobre letramento farta e diversificada visto as diferen as nas abordagens para o estudo do tema como j dissemos Dois grandes
17. gravura desenho fotogr fico mecanicamente registrado pela c mera e p s fotogr fico produzidos pelo computador Nesse sentido o termo multimodal talvez fosse mais apropriado para referir se rela o entre diferentes modalidades dentro de um mesmo sistema semi tico seja o verbal oral e escrito ou visual pr fotogr fico fotogr fico e p s fotogr fico Dessa forma pensamos na possibilidade de usar tamb m o termo multissemi tico Xavier 2004 p 175 considera que a multissemiose pode ser definida como os diferentes aportes s gnicos e sensoriais numa mesma superf cie de leitura Esta defini o pode ser aceita quando trabalhamos com materiais impressos podendo tornar se question vel em contextos em que o termo superf cie n o seja o mais adequado como seria o caso de ambientes digitais que fazem uso da matriz sonora e em que as telas n o podem ser consideradas exatamente uma superf cie ou suporte de linguagens Nesse sentido sugerimos que a combina o de diferentes sistemas semi ticos durante a composi o de enunciados em um g nero discursivo seja entendida como multissemiose Contudo seria necess rio ainda compreendermos os prefixos que acompanham os termos modalidade e semiose Para isso recorremos ao diagrama de prefixos proposto por Buzato 2007 p 29 Fixidez Ess ncia Mutabilidade Rela o Homogeneidade Uni Multi Diferen a Figura 1 Rela es indicadas pelos prefixos BUZAT
18. nfase est na produ o desse g nero Atrav s da an lise da apostila verifico que n o h nenhum exerc cio que promova a consolida o ou a produ o do texto estudado A aplica o Ramos 2004 dos g neros seria importante n o s para aprimorar a express o escrita e a capacidade leitora do aluno mas tamb m para permitir que ele use seu conhecimento sobre este g nero nas atividades sociais fora da escola Caber ao professor que trabalha com as apostilas desenvolver essa ltima fase de aplica o ou seja de produ o dos g neros 10 Considera es finais Este o in cio de um trabalho de pesquisa que visa analisar o material did tico que mais tem sido elaborado nos ltimos tempos a apostila Minhas conclus es parciais s o que o autor ele precisar ser ecl tico para atender seu p blico alvo pois apesar da abordagem instrumental tentar atender as necessidades de leitura dos alunos a pedagogia de g neros tamb m pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem de leitura em ingl s A escolha de artigos de revista para a terceira s rie foi a melhor op o de aprimoramento da leitura para alunos que v o presta exame de ingresso para o vestibular pois este g nero recorrente nestes exames Percebo que o autor n o entende o ensino de g nero segundo uma abordagem linear Doz amp Schneuwly 2004 p 123 onde o estudo de textos narrativo precede o estudo de textos informativos e argumentativos
19. os est gios s o essencialmente pr ticos e requerem um constante deslocamento espacial Na universidade a forma o deste aluno foi e ainda tem sido voltada para o campo da did tica aplicada desprezando o potencial que a escola tem como institui o pol tica e espa o de intera o cultural Al m de terem por muito tempo privilegiado a did tica aplicada nos cursos de licenciatura os programas de est gios ainda tendem ora a um excesso de teoria em sala de aula o que se explicaria pelo papel da universidade como tradicional produtora do conhecimento acad mico ora a um tipo de troca entre professor e aluno baseado numa autoridade do professor crescentemente questionada Neste mbito trata se de reconhecer os recursos culturais que tanto o aluno da escola p blica quanto o aluno da universidade possuem no uso e apropria o das novas m dias e tecnologias e de torn las acess veis principalmente como instrumentos ou materiais did ticos n o baseados na materialidade ou fisicalidade dos objetos Um exemplo ilustrativo disto foi o est gio de um aluno da licenciatura em artes pl sticas numa escola p blica de Indaiatuba SP Ao perceber as dificuldades e entre a professora e alunos de arte e ao se questionar em que medida o est gio poderia ser significativo para a constru o de sua biografia profissional o aluno de licenciatura organizou sess es de interven o ou aulas a partir da coleta de v deos que unissem as tem ticas
20. saber escolar ou seja de dominarem a escrita para compreender o mundo do branco 2005 E Professores ind genas E Professores n o ind genas 77 8 008 88 Como consegii ncia desse processo de oficializa o e formaliza o da educa o escolar ind gena que vem ocorrendo efetivamente h mais de uma d cada surgem v rias reivindica es dos professores e assessores das escolas ind genas sendo a elabora o de materiais did ticos apropriados a cada realidade ind gena um desses anseios Assim torna se necess rio produzir e publicar sobretudo materiais de alfabetiza o nas l nguas ind genas mas tamb m livros de alfabetiza o matem tica sa de geografia e hist ria escritos nas l nguas ind genas como uma estrat gia pol tica ling stica e cultural consciente criando novos usos escritos para as l nguas ind genas e contribuindo para o seu fortalecimento Entretanto s o publicados tamb m livros ind genas em l ngua portuguesa e com conhecimentos dos brancos considerados importantes e necess rios pelas comunidades autoras Durante a produ o desses materiais procura se utilizar uma linguagem adequada e de acordo com a realidade regional ind gena com variantes do portugu s regional e apresentando conhecimentos t cnicos dos brancos que se fazem necess rios para o desenvolvimento pol tico da comunidade como por exemplo o aprendizado da leitura de mapas e imagens de sat li
21. 2006 acima estejam presentes Na aus ncia da marca o dos aspectos nativos do ingl s seja de que variedade for cada falante de ILF ir inconscientemente operar com base nos aspectos de sua pr pria l ngua materna ir presumir interpretar e interagir em ingl s mas dentro de um inv lucro estrangeiro e haver tantos inv lucros quantos ser o as express es sociopragm ticas envolvidas na intera o A terceira dificuldade com que nos deparamos tem a ver com o enorme espectro de varia o e imprevisibilidade encontrado no c rculo em expans o Estamos lidando com comportamento tipico da interlingua que por ser oriundo de diferentes l nguas culturas ser de dif cil normatiza o e extremamente imprevis vel Um determinado comportamento um certo desvio da norma nativa observado hoje poder n o ocorrer amanh As vari veis que ocasionam isso s o de toda ordem At o fato de um falante ficar sem usar o ingl s por um certo tempo e isso parece ser a regra se estamos tratando de ILE far com que seu comportamento seus desvios seja outro ou se passar a usar a l ngua mais intensamente com certeza ir tamb m apresentar um comportamento diferente daquele observado em um primeiro momento ILF n o l ngua nativa de ningu m e portanto n o ser usada com a fregii ncia que uma l ngua nativa usada n o sofrendo as press es que as comunidades ling sticas exercem sobre suas l nguas nativas press
22. Fundamental e que necessitam de apoio para entender de forma mais apurada como elaborar seu planejamento de atividades de leitura e escrita al m de articular conhecimentos sobre seu pr prio fazer pedag gico e assim poder refletir e analisar criticamente sua pr tica N o menos pertinente a discuss o sobre quaisquer implica es acerca da ado o e do uso dos livros did ticos em nossas escolas p blicas Esse instrumento que faz parte mesmo que se diga o contr rio do espa o escolar em v rias de suas quest es curr culo gest o planejamento avalia o desenvolvimento de projetos entre outras uma realidade da qual dif cil n o voltarmos nossa aten o e preocupa o Nessa perspectiva propomos uma an lise do Guia do Livro Did tico 2007 volume Alfabetiza o no intuito de num primeiro momento refletir sobre como as obras propostas pelo guia interpretam e traduzem as id ias sobre letramento a partir do pensamento de renomados pesquisadores do tema e posteriormente tentar comentar criticamente as atividades de ensino de l ngua materna mais especificamente atividades de aquisi o de leitura e escrita propostas por esses livros luz do que se preconiza sobre letramento em nosso pa s Letramento ou letramentos Buscando fundamenta o te rica Aventurar se em estudos sobre letramento requer al m de coragem como para estudar mais profundamente qualquer assunto relacionado ed
23. No caso do LD de LE h tamb m a cren a de que principalmente o autor nativo aquele que det m a fonte do saber em sua totalidade Acreditamos que a legitimidade do livro est justamente relacionada cren a de que ele seja o detentor da verdade a qual se encontra pronta para ser transmitida e compartilhada O papel do professor seria ent o reproduzir as id ias dos autores enquanto aos alunos caberia assimil las Obviamente sendo o contexto de sala de aula extremamente vari vel sabe se que nenhum course book ser totalmente adequado a cada situa o particular de ensino Reconhecemos que isso seria tarefa imposs vel e que por isso ele inevitavelmente exigir adapta es e interven es Como enfatiza Cunningsworth 1989 assim como n o existe o m todo perfeito tamb m n o existe o course book perfeito Contudo para que se possa adaptar reformular as atividades de um LD preciso primeiramente que o professor seja bem informado a fim de ser capaz de reconhecer o que deve ser reformulado e de identificar a compatibilidade de seus prop sitos pedag gicos com os do LD que usa ou precisa usar Ressaltamos que a inten o aqui n o subestimar o LD mas trazer tona quest es aparentemente despercebidas por v rios autores e professores envolvidos respectivamente na produ o e uso desse tipo de material O intuito n o o de culpabilizar o LD de LE certamente admite se que h livros de boa qua
24. O apelo direto ao leitor que referenciado por interm dio de uma segunda pessoa delineia o aspecto de sedu o e convencimento O tom discursivo o de querer passar fortemente uma id ia na ilus o ret rica de que todos teremos nossas cren as confirmadas se assim pensarmos N o se trata de uma narrativa mas de sucess o de quadros com texto pequeno imagem gigante o que permite a sedu o pela imagem Parece me no entanto que as a es e imagens escolhidas para configurar meninos e meninas resvala no inexato e no ultrapassado Vejamos Meninas t m p s pequenos para trope arem em cada buraquinho e serem paparicadas pelo papai para que o chul seja mais fraquinho para que possam cal ar sand lias e ficar com os pezinhos mais delicados Meninos t m p s grandes para poderem chutar a bola com mais for a e velocidade e fazer gol para que o chul seja mais forte para cal arem t nis e ficarem com os pezinhos monstruosos No movimento de exposi o de quadros cava se o fosso entre o desconstruir a ideologia e j traz la t o enraizada nas palavras que imposs vel faz lo dessa maneira H sempre uma ressalva Por exemplo j na pretensa desconstru o de estere tipos o comando certeiro PORTANTO N O SE ASSUSTEM MENINAS SE VOC S GOSTAM DE CHUTAR BOLA DEIXEM QUE A MAM E SE PREOCUPE COM ISSO N O VAI ADIANTAR NADA MESMO BRANCO 2004 p 15 E na frase Voc s podem at se casar com u
25. S o Paulo Cortez 2005 p 25 102 G nero em tr nsito narrativas brasileiras para crian as e jovens Gender in transit Brazilian narratives for children and young people Rosa Gens Doutora em Letras Vern culas Literatura Brasileira Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ rosagenseuol com br Resumo O trabalho examina publica es brasileiras recentes paradid ticas para crian as e jovens centrando preocupa es no universo de representa o de meninas e no delineamento de identidades de g nero Investiga textos que apontam para a constru o de subjetividades a partir de sua montagem discursiva procurando entrever como valores s o desafiados ou refor ados Palavras chave fic o brasileira literatura para crian as e jovens rela es de g nero Abstract The paper examines Brazilian recent books for children and young people centering concerns in the universe of representation of girls and in the delineation of identities It investigates texts that point to the construction of subjectivity analysing the discourse It aims to see how values are defied or strengthned Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Keywords Brazilian fiction literature for children and young people gender relations Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o Para Georgina Martins que ajudou a escolher Mapas e rotas O presente trabalho encontra
26. algumas quest es te rico pedag gicas O mapeamento e a an lise dos g neros em escrita acad mica abordados nos livros did ticos teve como base te rica o trabalho de Swales 1990 sobre an lise de g neros do discurso em escrita acad mica Segundo Swales ibid um texto pode ser associado a determinado g nero na medida em que apresenta organiza o ret rica e fun o t picas bem como prop sitos comunicativos compartilhados por uma dada comunidade a comunidade discursiva que o utiliza para atingir seus objetivos Swales 1990 p 58 define g nero do discurso como uma classe de eventos comunicativos cujos membros partilham prop sitos comunicativos Esses prop sitos s o reconhecidos pelos membros especialistas da comunidade discursiva e constituem a l gica subjacente ao g nero Essa base d forma estrutura esquem tica do discurso e influencia e limita as escolhas de conte do e estilo O prop sito comunicativo um aspecto crucial e um crit rio que opera para manter o escopo de um g nero conforme aqui concebido estritamente focalizado em a es ret ricas compar veis Al m do prop sito comunicativo exemplares de um g nero exibem diversos padr es de similaridade em termos de estrutura estilo conte do e audi ncia alvo Caso todas as expectativas mais prov veis sejam preenchidas o exemplar ser visto como um g nero protot pico pela comunidade discursiva que o legitima 3 Nunan 1993 observa que o tra
27. de Portugu s para falantes de lingua ind gena Como come amos a apontar anteriormente o ensino de Portugu s no contexto ind gena guarda algumas especificidades Em primeiro lugar a l ngua portuguesa para o ndio a l ngua do colonizador e assim sendo traz o ran o da viol ncia do contato e do silenciamento das l nguas ind genas Em segundo lugar aprender o portugu s significa para o ndio poder lutar pelos seus direitos O portugu s configura se assim numa l ngua instrumento arma ferramenta quase um mal necess rio Por fim deve se acrescentar ao que foi dito o fato de que a l ngua portuguesa traz um referencial cultural a saber o ocidental capitalista completamente diverso do referencial cultural e cosmol gico dos povos ind genas Estas diferen as tornam o processo de ensino aprendizagem do Portugu s no contexto ind gena extremamente complexo e desafiante Um destes desafios refere se ao tipo de material a ser elaborado para o ensino A exemplo do contexto de PLE uma pedagogia de ensino de l nguas culturalmente sens vel parece ser um bom eixo norteador para esta empreita Pensar em uma abordagem pedag gica culturalmente sens vel dentro do escopo da educa o escolar ind gena pode parecer inicialmente tarefa f cil j que a pr pria defini o de educa o escolar ind gena cont m o conceito de interculturalidade No entanto o ensino de Portugu s como segunda l ngua para diferentes povos ind genas
28. determinam o qu dito e os g neros do discurso determinam os padr es que estabelecem a maneira pela qual isso dito Esta pesquisa n o tinha por objetivo espec fico contemplar quest es relacionadas aos temas das leituras apresentadas nos livros did ticos e s reas do conhecimento abordadas em leituras e atividades de escrita Entretanto as referidas quest es acabaram por evidenciar se no decorrer da investiga o Apesar de serem apresentados contextos relacionados s Ci ncias Humanas e Letras na maioria dos livros os exerc cios e os textos apresentam como temas assuntos referentes s reas das Ci ncias Exatas e da Terra Biol gicas da Sa de e Agr rias Quando a rea de Letras contemplada geralmente isto se d por meio do discurso liter rio Raramente a Ling stica contemplada como rea de pesquisa acad mica Observa se nos livros analisados a recorr ncia de atividades de escrita que t m como ponto de partida outro texto escrito Isto a leitura premissa para qualquer atividade de escrita No ambiente acad mico no entanto sabemos que nem sempre as atividades escritas podem seguir essa regra Por exemplo h relat rios que devem ser constru dos ap s palestras e h a elabora o de textos com base em dados num ricos Atividades de laborat rio t m dentre os subs dios da escrita experimentos e grava es de resultados essas atividades envolvem a constru o de textos escritos a parti
29. es com seus conhecimentos pr vios estaremos diante da aprendizagem repetitiva memor stica ou mec nica Ausubel Robinson Novak A aprendizagem significativa requer duas condi es a o conte do deve ser significativo isto ser utiliz vel pelo aluno quando necess rio e b o aluno deve estar motivado Ademais cabe distinguir entre a memoriza o mec nica e repetitiva de escasso interesse e a memoriza o compreensiva que saud vele positiva Outro ponto relevante da aprendizagem significativa o aprender a aprender O objetivo mais ambicioso da educa o o de realizar a aprendizagem til e significativa para quem aprende atrav s de um confronte de esquemas de conhecimento que se constituem em estruturas de informa es e dados Assim o objetivo da educa o passa a ser a modifica o dos esquemas de conhecimento atrav s da revis o do enriquecimento da diferencia o da constru o e reconstru o de dados da coordena o progressiva das informa es etc sempre em conformidade com o modelo das estruturas cognitivas de Piaget Entre as quest es pr vias na formula o do Projeto Curricular est a elabora o do curr culo que poder oscilar em dois extremos a concep o centralizadora fechada em que o curr culo estabelece pr via e minuciosamente os objetivos o material did tico adotado e os m todos que os professores ir o utilizar e a concep o descentralizadora
30. es essas que permitem a padroniza o e um certo grau de previs o de tend ncia variacional O resultado ser varia o constante e total imprevisibilidade sobre como essa varia o se dar 4 A neutralidade variacional no livro did tico Dado o exposto at este ponto a quest o remanescente resolver que op es ter o produtor de material did tico sua disposi o para decidir com que padr o ling stico trabalhar Se n o se pode estabelecer um padr o ILF ent o estamos realmente lindando com um construto de dif cil operacionaliza o Poder amos argumentar que a solu o seria a neutralidade no que concerne as variantes nativas existentes Mesmo assim n o ser uma tarefa isenta de parcialidade Vejamos um exemplo de escolha lexical retirado de um material que produzi com a Prof Marise Loureiro Trata se da unidade 3 do Workbook do livro Framework Intro GOLDSTEIN 2006 denominada Children of the World O consenso era de usarmos a linguagem da forma o menos marcada poss vel principalmente em termos sociopragm ticos Tomou se o cuidado para que as fotos e ou desenhos n o fossem imediatamente associados a esta ou aquela nacionalidade e cultura de igual modo as escolhas sint ticas e lexicais deveriam ser n o marcadas A pr tica entretanto mostrou que essa n o uma tarefa f cil Fazemos escolhas a todo momento e essas escolhas refletem o que somos como somos e como representamos a realidad
31. es v o oferecer subs dios para a elabora o de um planejamento mais elaborado Em s ntese o professor esfor a se para que diariamente registre as suas impress es e observa es sobre o desempenho de cada crian a nas atividades desenvolvidas por meio de relat rios que contribui positivamente para que a cada dia tanto o professor quanto a crian a consigam atingir os objetivos propostos pela classe hospitalar Deve se considerar que o aluno da classe hospitalar n o um doente agonizante uma crian a ou adolescente numa etapa nica e intensa do desenvolvimento ps quico e cognitivo capaz de responder quando se sente enfraquecido e tamb m de dizer quando necessita de maior estimulo e novas convoca es ao desejo de saber de aprender de recuperar se e de curar se Fonseca 1999 Qualquer intema o breve ou longa introduz nas vivencias infantis o registro de afastamento ou exclus o do direito vida N o se pode desconsiderar que o ser humano aprende a todo o momento At mesmo uma curta perman ncia de poucos dias ou poucas horas no ambiente de classe hospitalar podem ser bastante relevante para o processo de desenvolvimento e o processo da aprendizagem Dispor de atendimento de classe hospitalar mesmo que por um m nimo de horas o que talvez pare a n o significar muito para uma crian a de escola regular tem grande import ncia para uma crian a hospitalizada Ela pode operar com suas expectativas e d vidas produ
32. gramaticais mostram como o autor se sente ou avalia as informa es 10 Quais s o os poss veis locais de circula o do texto Com o objetivo de que os participantes sentissem o impacto causado pelas diferentes escolhas lexicais apresentamos o seguinte texto solicitando que fizessem a pr pria escolha Na noite passada 15 pessoas TRABALHADORES mulheres e crian as CIDAD OS foram mortas ASSASSINADAS massacradas por soldados TERRORISTAS libertadores e outras 20 ficaram feridas MUTILADAS desfiguradas Durante a luta O COMBATE o massacre dezenas de edif cios CASAS lares foram destru dos O territ rio foi ocupado LIBERTADO Em seguida enfocamos a habilidade de distinguir fatos e opini es presentes nos textos Fatos s o afirma es que podem ser comprovadas Opini es referem se ao julgamento feito pelo autor aos seus valores e a cren as Rankin 1999 94 O quadro a seguir apresenta algumas marcas ling sticas que devem ser consideradas para fazer a distin o entre fatos e opini es Linguagem denotativa Linguagem Conotativa Objetividade Subjetividade Uso frequente de 3 Uso de 1 pessoa ex think we believe pessoa etc Uso frequente de Uso de modaliza o ou modalizadores verbos no presente e discursivos tais como should may seem no passado tend likely perhaps etc Uso de estat stica Presen a de intensificadores e Detalhes espec ficos qualificador
33. ncia de g neros das artes gr ficas pela vasta quantidade de figuras de objetos pessoas animais entre outros utilizadas na cole o com imagens de car ter essencialmente reprodutivo e que n o recebem enfoque multimodal No mbito da divulga o cient fica predominam os g neros escolares que se apresentam majoritariamente por meio de instru es enunciados lembretes listas e tabelas As esferas do cotidiano e do entretenimento s o priorizadas na esfera da cidadania com alta ocorr ncia de g neros orais muitas vezes apresentados atrav s de textos did ticos e de jogos variados como os de tabuleiro ou com objetivos lingu sticos HQs e bingos por sua vez mostram se raros consolidando a prec ria abordagem multimodal da obra A esfera liter ria cujos textos poderiam propiciar sob um enfoque critico confronto de olhares tamb m se encontra insatisfatoriamente representada Atribui se o mesmo tratamento perif rico aos textos de esferas jornal sticas e digitais assim como aos g neros constitutivos do universo cultural infantil tais como os encontrados em almanaques e revistas tamb m importantes para a forma o cidad Tampouco os letramentos multisemi ticos e multimidi ticos apresentam se significativamente contemplados Constata se portanto que a cole o apresenta insatisfat ria diversidade de textos sendo que os g neros prim rios recebem destaque sobrepondo se de modo pouco equilibrado aos secund
34. que s o realizados em parcerias com diferentes segmentos sociais e ou reas do saber Essas mat rias ocorrem em todos os semestres preenchendo a grade curricular do primeiro ao ltimo per odo Nos primeiros per odos t m lugar as mat rias de Projeto B sico e Il Juntando alunos de todas as habilita es projeto de produto m dia digital comunica o visual e moda tais disciplinas t m a fun o de apresentar ao graduando o processo de projeto na pr tica Nesse momento os alunos v o a campo interagem e formam parcerias com profissionais das mais diversas reas visitando locais externos ao campus A uni o efetiva entre os alunos e o grupo social em praticamente todas as fases do projeto uma das for as primordiais dessa pr tica Presente no campo o aluno de Design v junto com o parceiro as necessidades daquele cen rio o que pode ser feito para melhores as a es que se desenrolam ali Na conviv ncia ocorre a compreens o global dos atos que comp em a rotina e das compet ncias necess rias para realiz las Inserindo no ambiente o futuro designer v materiais condi es espaciais grupos atendidos e formas de atua o dos parceiros de projetos chamados de intercessores Assim essa uni o importante para ajudar a levantar quest es definir conte dos e avaliar a efetividade das solu es elaboradas O projeto nasce da observa o do contexto social identificando lacunas nas quais podemos intervir como
35. teoria e pr tica Pelotas Educat 2003 Pp 188 210 Leffa V J Ensino de L nguas On line ELO In http elo ucpel tche br 2005 Leffa V J Uma ferramenta de autoria para o professor O que e o que faz Letras de Hoje Porto Alegre v 41 n 144 p 189 214 2006 Mendes E Produ o de materiais em ple ambiente para aprender ou camisa de for a In Congresso SIPLE Anais do Ill Congresso SIPLE Bras lia UnB 2000 P 6 11 Santos J C D dos Os Pronomes Formas de Tratamento no Portugu s e a Cultura Brasileira Aquisi o de Segunda L ngua e Aquisi o de Segunda Cultura Tese de Doutorado Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2008 i A escala estrangeiros diferente da escala dos brasileiros Esse mesmo relat rio encontrado em todas as atividades da FAP do ELO Autoria participativa design de recursos pedag gicos Collective authorship design of learning resources Romulo Miyazawa Matteoni Mestrando PUC Rio matteodesigneregmail com Fernanda Nazare Batista Graduanda PUC Rio f nbatista amp yahoo com br Resumo O objetivo deste trabalho ainda em fase de desenvolvimento analisar projetos de alunos do curso de Design da PUC Rio atrav s de seus relat rios Tais projetos t m como ponto de converg ncia a intera o com o campo da Educa o e a cria o de um recurso did tico Selecionamos os projetos e organizamos suas informa es em uma base de dado
36. uma forte tend ncia em se considerar o ensino e aprendizagem da escrita acad mica como o desenvolvimento de um nico g nero o ensaio Palavras chave escrita acad mica g neros do discurso Abstract Analysis of nine textbooks for teaching and learning academic writing for university students from the perspective of the concept of genre Swales 1990 1998 The results suggest that the impact of genre analysis on these books is still emergent and that they strongly tend to approach academic writing as the development of only one genre the essay Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Key words academic writing genres Simp sio sobre o Livro Did tico de Lingua Materna e Estrangeira 1 Este artigo corresponde a um trecho de minha disserta o de mestrado realizada na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais sob a orienta o da Profa Dra HSILID ISIMAR Adriana Silvina Pagano o Curiouser and curiouser cried Alice Lewis Carroll Alice in Wonderland A experi ncia em orienta o de Trabalhos de Conclus o de Curso os quais devem ser redigidos em ingl s no curso de Licenciatura Plena em L ngua Inglesa da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Federal do Par revela que os alunos de modo geral n o est o preparados para redigir trabalhos acad micos em l ngua inglesa Al m disso muitas vezes parecem n o ter consci ncia da especificidade
37. 23 brasil tera 141 milhoes de celulares em 2008 preve teleco gt 3 Conforme mat ria do no cademo de tecnologia do Portal Terra em lt http tecnologia terra com br interna 0 011666664 El4803 00 html gt internautas brasileiros 41 milh es em junho de 2008 Apenas 22 5 da popula o E computadores de uso empresarial e dom sticos est o por perto no pa s desde 1980 ou seja com dez anos de vantagem Mesmo que a Internet tenha se estabelecido para o p blico apenas em 1992 not rio que os investimentos em telecomunica o m vel suplantaram em muito os realizados em computa o empresarial e dom stica Em pa ses populosos como China e Jap o as rela es s o ainda mais extraordin rias O agregador de m ltiplas fun es O que entendemos como computador pessoal um conceito indevido embora quisto e at certo ponto conquistado O verdadeiro computador pessoal atualmente o telefone celular Em diversas resid ncias dados investimentos particulares que giram em torno dos R 1 500 00 financiados pelas lojas de eletrodom sticos poss vel dispor de um computador de razo vel performance suficiente para expectativas de entretenimento e estudo E antes que algu m se assuste com o fato se comparados aos valores de cinco anos atr s salientamos que a entrada do pa s no rol das economias est veis e a desvaloriza o crescente da moeda americana criaram um cen rio prop cio n o apenas para a importa o de pe a
38. A Sociolinguistics Cambridge CUP 1982 JOHNSON K E Understanding communication in second language classrooms Cambridge CUP 1995 KACHRU B B Standards codification and sociolinguistic realism the English language in the outer circle In R Quirk amp H G Widdowson org English in the world Cambridge CUP 1985 p 11 30 KUO Chun Addressing the issue of teaching English as a lingua franca ELT Journal 60 213 221 2006 LEECH G N Principles of Pragmatics London Longman 1984 LOUREIRO M MITRANO NETO N Framework Intro Workbook London Richmond 2006 LYNCH T Communication in the language classroom Oxford OUP 1996 MCARTHUR T World English and World Englishes Trends tensions varieties and standards Language Teaching 34 1 1 20 2001 MITRANO NETO N Mitigation in requestive behaviour the effect of sociopragmatic variability on the planning of requests by Brazilian EFL learners PhD Thesis Department of Linguistic Science The University of Reading 1991 SEIDLHOFER B English as a lingua franca ELT Journal 59 339 41 2005 SWAN M SMITH B org Learner English Cambridge CUP 1992 Notas As tradu es nesse artigo s o todas do autor Talvez o crime de simplesmente substituir um r tulo pelo mais politicamente correto de ingl s internacional venha sendo cometido muito mais pelas editoras do que pelos professores de l ngua Ao atender demanda p blica por
39. Assim o rep dio ao omamento foi altamente valorizado a partir do pensamento predominante A forma na sua ess ncia deve antes de tudo estar comprometida com a sua funcionalidade Em linhas gerais poss vel dizer que a p s modernidade caracteriza se pela ruptura com os paradigmas modernistas que marcaram fortemente o s culo vinte A partir da d cada de oitenta apresenta se a busca de uma nova linguagem de rea o a um modelo esgotado e que n o encontrou a sua plena implanta o na sociedade de consumo e de excessos As quest es est ticas come am a aparecer evocando o desequil brio a tens o a instabilidade a falta de compromisso com a legibilidade e principalmente a necessidade voraz de express o No meio do turbilh o de transforma es a imagem principalmente a ilustra o e a fotomontagem revelam f lego diante de tantas inquieta es Cada vez mais as imagens s o utilizadas e solicitadas no processo de comunica o e na leitura do mundo Um dos grandes desafios apresentados hoje em rela o aos livros did ticos encontra se na necessidade de liberta o de certos par metros baseados no pensamento racionalista a fim de incorporar as necessidades de uma nova gera o voltada essencialmente para refer ncias imag ticas tamb m o momento de tentar buscar uma intera o com as novas tecnologias e com as novas formas de comunica o Assim um caminho poss vel de seguir pode ter como norte princ pios e objeti
40. Est gio Supervisionado Il DELART mimeo dezembro de 2007 desconstru o de vis es pr estabelecidas e valores cristalizados que julgamos importante a incorpora o das ferramentas que o ambiente colaborativo Teleduc oferece para nos ajudar a atingir estes objetivos O TelEduc um ambiente de ensino a dist ncia pelo qual se pode realizar cursos atrav s da Internet Seu desenvolvimento se d conjuntamente pelo N cleo de Inform tica Aplicada Educa o NIED e pelo Instituto de Computa o IC da Universidade Estadual de Campinas Esse ambiente colaborativo foi concebido para ter como elemento central a ferramenta que disponibiliza Atividades Isso possibilita segundo seus idealizadores a a o onde o aprendizado de conceitos em qualquer dom nio do conhecimento feito a partir da resolu o de problemas com o subs dio de diferentes materiais did ticos como textos software refer ncias na Internet dentre outros que podem ser colocadas para o aluno usando ferramentas como Material de Apoio Leituras Perguntas Frequentes etc A intensa comunica o entre os participantes do curso e ampla visibilidade dos trabalhos desenvolvidos tamb m s o pontos importantes por isso foi desenvolvido um amplo conjunto de ferramentas de comunica o como o Correio Eletr nico Grupos de Discuss o Mural Portf lio Di rio de Bordo Bate Papo al m de ferramentas de consulta s informa es geradas em um curso como a ferram
41. Keywords genres portuguese to indigenous people pedagogical material Introdu o i Ao discutir a elabora o de projetos educativos de escola Rojo 2001a aponta que este processo relaciona se diretamente capacidade de planejar no planejamento que se elegem as metas e os objetivos do ensino e que se prop em as a es para atingir estes ltimos incluindo a possibilidade de reorganiz los caso seja necess rio O planejamento na escola n o p ra na elabora o do projeto educativo Qualquer a o did tica na sala de aula pressup e a defini o sele o e organiza o dos conte dos no tempo e no espa o escolar sendo que via de regra o ensino destes conte dos implica na constru o de um modelo did tico de um dado objeto de conhecimento a modeliza o did tica Esta modeliza o assume um papel central na constru o dos planos ou programas de ensino visto que atrav s dela que se seleciona caracter sticas do objeto para serem ensinadas em conformidade com as necessidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos Rojo 2001a afirma citando Dolz Schneuwly amp de Pietro 1998 que o modelo did tico define princ pios orienta a interven o did tica e torna poss vel uma progress o entre os diferentes n veis de aprendizagem Na pr tica isto quer dizer que ao se pensar em ensinar determinado g nero discursivo por exemplo primeiramente haver um momento para a descri o do g nero
42. LE J se tornou comum encontrarmos an ncios de obras did ticas e at de escolas de ingl s que preconizam estar ensinando IINT Se adotamos ent o um determinado livro de ingl s internacional o que isso quer dizer exatamente no que tange l ngua inglesa que essa obra pretende ensinar Que escolhas teve que fazer o autor dessa obra no campo lingu stico pragm tico para que o material fosse classificado como internacional Indo mais al m ainda como essa obra se diferencia de uma outra que n o assim denominada Essas s o quest es que povoam o cotidiano de produ o do autor de livro did tico de ILE no momento Para respondermos a essas perguntas precisamos voltar e tentar entender o que seria o IINT CRYSTAL 1995 107 baseado no trabalho de KACHRU 1985 prop e que olhemos o mundo dos usu rios de ingl s sob a forma de tr s c rculos conc ntricos do c rculo interno fariam parte aqueles que usam o ingl s como l ngua materna e primeira l ngua A estariam os norte americanos os brit nicos australianos etc Segundo dados da d cada de 1990 entre 320 e 380 milh es de usu rios representando cerca de 23 do total comp em esse grupo O circulo extemo composto de usu rios que t m o ingl s como segunda l ngua ndia Cingapura etc teria entre 150 e 300 milh es de usu rios representando 18 do total O terceiro c rculo denominado circulo em expans o composto por aqueles que usam o
43. a carta acima Feito tudo isso se assina a carta Atividade 3 Debate de id ias Assistiremos em v deo ao debate realizado na Audi ncia Popular sobre a Hidrovia Tocantins Araguaia Neste encontro representantes dos ribeirinhos lideran as ind genas Karaj Kayabi Tapirap e Xavante pesquisadores dentre outras pessoas do povo falaram o que pensam sobre a constru o desta obra Quando estiver vendo o filme preste aten o em como a fala dos ind genas e como a fala dos n o ndios Depois de ver o filme quais diferen as voc identificou nas falas dos representantes ind genas e n o ind genas Pense e responda oralmente Agora de acordo com o que voc viu no debate escreva dois argumentos contra a hidrovia e dois argumentos a favor da hidrovia Vamos fazer o seguinte pegue os dois argumentos a favor da hidrovia Pense como voc pode argumentar contra estes argumentos e escreva no seu caderno Por exemplo vamos supor que algu m disse importante a constru o da hidrovia porque vai trazer empregos para a regi o devido planta o de soja Voc pode argumentar contra dizendo A hidrovia n o vai trazer empregos porque a planta o de soja mecanizada Por causa das m quinas poucas pessoas s o contratadas para trabalhar Vamos agora organizar um pequeno debate turma ser dividida em dois grupos Um grupo argumenta a favor e o outro argumenta contra Primeiro cada grupo formul
44. a frase que Copie a frase corrigindo a de acordo com o texto Transcreva do texto a frase que fala sobre Complete de acordo com o texto Quem comprou a meia azul O que ela faz todos os dias De que tipo de m sica Bruno mais gosta Assinale com um xa resposta correta H uma contradi o quanto ao uso da carne de baleia no Jap o Como isso a parece no texto 5 Globais 6 Subjetivas 7 Vale tudo 9 Meta ling sticas S o as P que levam em conta o texto como um todo e aspectos extra textuais envolvendo processos inferenciais complexos Estas P em geral t m a ver com o texto de maneira apenas superficial sendo que a resposta fica por conta do aluno e n o h como test la em sua validade S o as P que indagam sobre quest es que admitem qualquer resposta n o havendo possibilidade de se equivocar A liga o com o texto apenas um pretexto sem base alguma para a resposta Estas P exigem conhecimentos externos ao texto e s podem ser respondidas com base em conhecimentos enciclop dicos S o quest es ant podas s de c pia e s objetivas S o as P que indagam sobre quest es formais geralmente da estrutura do texto ou do l xico bem como de partes textuais Qual a moral dessa hist ria Que outro t tulo voc daria Levando se em conta o sentido global do texto pode concluir que Qual sua opini o sobre Justifique O que voc ach
45. a set of didactic material produced by an English teacher who works in a public school in Rio de Janeiro The study concentrates on genres and the teaching of reading considering the pedagogical suggestion for the implementation of genre based tasks in classroom elaborated by Ramos 2004 and the genre perspective proposed by Dolz amp Schenuwly 2004 The method follows a naturalistic approach for data collecting and analysis This paper describes the evaluation of this didactic material based on Ramos proposal 2004 and presents my understandings of the usage of this material Keywords genres didactic material ESP 1 Introdu o As l nguas naturais s o ve culos que atuam na comunica o entre os homens e suas culturas Como qualquer forma de linguagem elas viabilizam o acesso ao conhecimento e consequentemente os diferentes pensamentos sentimentos cria es humanas e a es envolvidas nas diversas atividades sociais presentes na vida di ria de qualquer indiv duo No contexto de ensino de l nguas estrangeiras as pesquisas enfatizam a import ncia de aumentar a habilidade do aluno de conhecer e usar g neros textuais os quais s o essenciais para a comunica o e consequentemente para a transmiss o de conhecimentos O estudo de g neros importante para as atividades sociais dentro e fora do ambiente escolar pois para cada atividade social distinta h um g nero que d forma aos pensamentos e as a es comunic
46. acessado apenas enquanto se est conectado no ambiente Para nossa surpresa a din mica de comunica o entre os alunos a partir do correio eletr nico do TelEduc foi bastante intensa e segundo os pr prios alunos servia preferencialmente como instrumento de comunica o para os assuntos relacionados organiza o dos trabalhos da disciplina deixando para os e mails pessoais a comunica o de outros assuntos Apresentamos abaixo uma tabela com dados extra dos do ambiente TelEduc para ilustrar a din mica virtual e o uso das ferramentas dispon veis pelos alunos em um dos cursos de forma o de professores Os dados est o em ordem decrescente em rela o ltima coluna que a somat ria do n mero de acessos ao ambiente login do n mero de acessos ferramenta Di rio de Bordo tanto para postagem quanto para leitura ou consulta de retorno dos formadores do n mero de acessos ao Portfolio e do n mero de acessos ao Correio Eletr nico do ambiente N mero de Acessos D Bordo Portfolio Correio Total 169 128 126 33 456 157 147 81 1 386 105 91 110 45 351 122 84 96 23 325 82 71 100 49 302 70 109 75 31 285 96 52 83 28 259 110 28 75 28 241 82 42 78 34 236 104 41 70 17 232 55 58 77 18 208 59 55 54 28 196 66 10 56 53 185 53 49 38 33 173 47 46 45 32 170 34 47 38 43 162 52 27 52 26 157 51 23 48 28 150 44 37 44 13 138 41 41 39 16 137 37 18 39 16 110 30 33 22 17 102 35 34 30 1 100 24 31 25 14 94 28 32 16 2 78 28 24 19
47. algo em torno de tr s horas de autonomia suficiente para alguns trabalhos n o t o vers til como um computador em termos de operacionalidade remota que por sua vez perde feio para um PDA em termos de mobilidade O celular correndo paralelamente conseguiu aproximar se do PDA e do notebook em mobilidade e do computador em conectividade E para ele migraram muitas outras fun es Pensando no dispositivo n o mais como um telefone mas como um PDA aperfei oado fazem cumpridas as premissas de Bill Gates sobre a tecnologia computacional do s culo XXI na d cada de 1980 ele preconizou que haveria um computador em cada resid ncia em um espectro de dez anos o que se verificou Na d cada de 1990 ele preconizou que tamb m em dez anos haveria um computador em cada m o o que tamb m se verificou exceto pelo fato do aparelho ficar mais tempo pr ximo da cabe a mais exatamente diante do ouvido Diz se que h mais capacidade de processamento Detalhes da entrada da TV no cotidiano nacional podem ser consultados em lt http www camarabrasileira com tv htm gt em um nico celular do que o que a NASA dispunha como necess rio para mandar o homem Lua e traz lo de volta E sumaria e conscientemente descarta se esse potencial Do sub uso de suas ferramentas Quem at bem pouco tempo atr s possu a o patrim nio de um v deo cassete compreende uma quest o de projeto que se tornou not ria quando a tecnologia passou a pendurar
48. ao inv s este ensino concebido segundo uma progress o em espiral na qual h uma diversidade textual em cada n vel de aprendizagem Dolz amp Schneuwly 2004 p 124 No entanto o g nero discursivo artigo de revista n o teve seu prop sito comunicativo valorizado As instru es focalizaram mais a interpreta o da mensagem do texto do que o ensino da apreens o e o uso do g nero em si poss vel que o ensino da produ o na fase de aplica o proporcionasse ao aluno a oportunidade de consolidar sua aprendizagem e de se apropriar do g nero em estudo no entanto essa possibilidade n o pode ser constatada somente pelo uso da apostila Acredito que refletindo sobre a elabora o e o uso desse material posso estar contribuindo para uma nova alternativa de trabalho para os profissionais que atuam no processo de ensino e aprendizagem de l nguas estrangeiras Refer ncias Bazerman C 1997 The life of genre the life in the classroom In Wendy Bishop amp Hans Ostrom eds Genre and writing Issues arguments alternatives Portsmouth NH Heinemann Brasil Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental l ngua estrangeira Secretaria de Educa o Fundamental Bras lia MEC SEF 1988 Brasil Par metros Curriculares Nacionais em A o Ensino M dio Orienta es Educacionais Complementares Bras lia MEC 2000 Carrell P 1987 A
49. aprendizagem do que com o pr prio professor Age se de tal forma como se com um LD recomend vel uma aprendizagem segura e eficiente estaria garantida Com efeito no Brasil a ado o de LDs principalmente para o ensino de LE por vezes encontra se atrelada a raz es econ micas Especialmente nas escolas p blicas onde os alunos s o provenientes de um estrato socioecon mico baixo a preocupa o com o custo do LD inevit vel Por outro lado mormente nas escolas particulares ou em cursos de l nguas os famosos course books publicados no exterior com seu design geralmente arrojado s o livros caros que atendem a uma clientela de maior poder aquisitivo e representam uma fonte de lucros Cunningsworth 1989 alerta que o custo alto e o design moderno capas bonitas bem produzidas e p ginas coloridas n o garantem a qualidade do material Esse tipo de recurso parece funcionar de modo artificioso e refor ado atrav s da influ ncia das editoras e suas estrat gias de marketing junto s escolas ou cursos de l nguas na tentativa de atrair professores e alunos Muitas vezes embora haja diversidade visual para corresponder demanda e s exig ncias do mercado os mesmos textos v o sendo reutilizados a cada nova edi o Dentre as v rias pesquisas que se voltaram mais diretamente ao conte do dos LDs e sua ideologia e g NOSELLA 1979 FARIA 1981 PRETTO 1982 RIBEIRO 1981 MARIZ 1982 dentre outros h
50. are you a man or you be a 3 woman homosexual don t think it s possible 4 Lucas But this is genetic 5 Marcos What 6 Lucas Yes it is genetic 7 Marcos No don t think so 8 Daniel I think society have a disease 9 Breno No not a disease 10 Daniel But 11 Breno No it s not a disease Observamos que Breno ap ia se em uma vis o essencialista da identidade sexual uma vez que ele classifica a sexualidade como algo que nasce com a pessoa linha 1 Breno tamb m parece n o fazer uma distin o clara entre g nero e sexualidade ao dizer que as pessoas n o escolhem seus sexos linha 2 o que compreendo como uma maneira de dizer que as pessoas n o escolhem a sua sexualidade Lucas procura engajar se na conversa o e traz o interdiscurso biol gico para sustentar sua vis o dizendo que a homossexualidade uma quest o gen tica linhas 4 e 6 Marcos prontamente refuta a id ia de Lucas linha 7 procurando desconstruir a homossexualidade como algo gen tico ou inerente biologicamente a um ser humano Daniel conceitua a quest o da homossexualidade como um fen meno social linha 8 mas ao mesmo tempo introduz novamente na conversa o o interdiscurso biol gico ao classificar a homossexualidade como uma doen a linha 8 o que prontamente refutado por Breno linhas 9 e 11 Acredito que por tratar se de um momento inicial da conversa o o
51. blico alvo visando cria o de um produto que atenda s necessidades espec ficas daquele contexto A cada trabalho de gradua o em cada interven o o aluno vai a campo e conjuga novos conjuntos de dados buscando um ferramental aplicado espec fico Em geral eles acabam atendendo a grupos em situa o social menos favorecida Nosso artigo tem como ponto de partida uma pesquisa em desenvolvimento no Grupo de Pesquisa Interdisciplinar Design e Forma o de Leitores em contextos pedag gicos e culturais que baseia se no estudo dos projetos dos alunos de Design que tiveram como produto final a cria o de recursos did ticos Mapeamos os projetos de Design para o campo da Educa o organizamos os dados relativos a tais trabalhos analisamos o processo projetual e atrav s das conclus es apresentadas pelos alunos nos relat rios e fichas resumo de projeto procuramos entender de que modo o designer pode contribuir para contextos pedag gicos e como ele interv m na cria o de materiais com fins educacionais Verificamos a partir desse levantamento de que maneiras o trabalho do designer pode intervir em situa es de ensino aprendizagem trabalhando em parceria com o educador para criar novos meios ou formas eficientes de passar conte dos alcan ar objetivos e desenvolver habilidades e compet ncias nos grupos atendidos Partindo das diversas experi ncias encontradas na forma o do banco de dados contatamos os modos de inter
52. brasileiros se depara com dificuldades muitas vezes semelhantes s demais situa es de ensino n o ind gena assim como com peculiaridades inerentes ao contexto ind gena O car ter intercultural da educa o escolar ind gena tem forte amparo legal e institucional pois tanto a legisla o quanto seus agentes ndios e n o ndios reconhecem a escola como lugar de manifesta o de confrontos inter tnicos mas compreendendo a tamb m como espa o privilegiado para a cria o de novas formas de conv vio e reflex o no campo da alteridade Lopes da Silva amp Ferreira 2001 12 O Referencial Curricular Nacional para as Escolas Ind genas tomando por base um vasto repert rio te rico pedag gico antropol gico e ling stico orienta para a interculturalidade da educa o escolar ind gena recomendando reconhecer e manter a diversidade cultural e ling stica promover uma situa o de comunica o entre experi ncias socioculturais ling sticas e hist ricas diferentes n o considerando uma cultura superior outra estimular o entendimento e o respeito entre seres humanos de identidades tnicas diferentes ainda que se reconhe a que tais rela es v m ocorrendo historicamente em contextos de desigualdade social e pol tica MEC 1998 24 Al m da interculturalidade outras caracteristicas s o fundantes da educa o escolar ind gena dentre elas seu car ter bi multi lingie e sua especificidade para cada um dos p
53. como se pode comprar algo se n o nos oferecido ou mostrado apenas a partir de um tema chamativo Paralelamente pretendi examinar a constru o discursiva que ap ia cada uma das obras ligada no o de estabelecimento de um perfil de g nero Desde o in cio houve portanto intencionalidade e a tarefa de entrar em cada livro veio marcada pelo estabelecimento desse perfil de apreens o Ressalte se que os livros v m muitas vezes acompanhados pelo r tulo de paradid ticos estabelecendo um perfil de endere amento ao mercado Sempre uma leitura ao lado uma leitura para convocando para a possibilidade de um saber a ser adquirido no caminho da apreens o de sentido da obra Nesse percurso as sinopses constantes dos cat logos permitem entrever o jogo do mercado ao enfatizarem muitas vezes os temas mas desejados no momento por curr culos e orienta es pedag gicas Inicio assim o meu trajeto do conjunto de obras lidas verifico que h muitas que s o apenas apresenta es de marcas de g nero objetivando dar ao leitor crian a ou jovem informa es Uma segunda linha usa o mote do g nero para brincar com imagens a es e palavras Uma terceira representada por narrativas que se desenvolvem e trazem em seu bojo quest es de g nero O que demarcar Come o por examinar o livro Os meninos e as meninas de Brigitte Labb e Michel Puech publicada pela editora Scipione A tradu o de Adalberto Luis de Ol
54. composta por tr s fases diferentes a apresenta o o detalhamento e a aplica o Cada uma das fases deve estar presente nas tarefas relacionadas ao ensino do texto escrito que pertence a um g nero discursivo distinto Em uma breve apresenta o das fases da proposta de aplica o de Ramos 2004 esclare o como organizei a an lise das apostilas Assim a apresenta o a fase que visa cria o de condi es para que o g nero a ser trabalhado seja observado sob uma perspectiva ampla Ramos 2004 p 118 119 Este momento da aula de leitura envolve primeiramente a conscientiza o sobre o texto A conscientiza o formaliza quest es sobre o meio de circula o do g nero seus usu rios seus produtores sua audi ncia os por qu s de sua circula o como circula a que prop sito serve e seus interesses O segundo conceito trabalhado o da familiariza o do leitor com o texto Aqui ele vai identificar o conhecimento que j tem acerca do g nero estudado Ap s esse entrar em contato com as informa es que n o tem ele passa para a segunda fase que o detalhamento O detalhamento visa estudar a organiza o ret rica do texto bem como suas caracter sticas l xico gramaticais Essa fase tem como objetivos fornecer condi es para compreens o produ o geral e detalhada dos textos explorar fun o discursiva e componente l xico gramaticais e compreender os significados entre o texto e o contexto de
55. constru o de conhecimento em sala de aula Por Posi es v 18 n 3 54 set dez 2007 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN Reflex es a respeito do livro did tico no Brasil Reflections on the course book in Brazil F tima Cristina D ria Ramirez dos Santos Mestra e Especialista em Ling stica Aplicada ao Ensino de Ingl s como LE UFF fatimaramirez uol com br Resumo Sendo o livro did tico a ferramenta principal de trabalho do professor no Brasil Freitag 1993 este artigo vem propor uma discuss o acerca da trajet ria e do papel deste material pedag gico bem como das expectativas em torno dele principalmente no que tange ao ensino de ingl s como LE Palavras chaves livro did tico ensino l ngua estrangeira Abstract Taking into account that the course book represents the Brazilian teacher s main tool at work this article proposes a discussion about the role of this pedagogical material as well as the expectations toward it mainly as far as the teaching of English as a foreign language is concerned Keywords course book teaching foreign language 1 Introdu o O artigo em pauta pretende discutir de forma breve os dados produzidos a partir de um desdobramento de uma pesquisa de mestrado na rea de Ling stica Aplicada UFF fev 2004 a respeito da leitura no livro did tico doravante LD
56. conversas com os n o ndios Na primeira parte da atividade retoma se o uso de porque e al m disso Espera se que o professor elabore oralmente em conjunto com os alunos outros exemplos com estas constru es Posteriormente o pequeno debate sugerido visa a fazer com que os alunos coloquem se na posi o contra ou a favor e comecem a desenvolver argumentos convincentes um momento tamb m de uso do portugu s oral que continuar na avalia o conjunta dos argumentos feita ao fim da atividade na qual se espera que as falhas e for as dos argumentos sejam levantados Na segunda atividade objetivamos fazer com que o aluno atente para parte da organiza o de uma carta de reclama o cabe alho local data destinat rio forma de tratamento de uma autoridade n o ndia motivo da reclama o pedidos feitos argumentos que sustentem os pedidos finaliza o Em primeiro lugar a expectativa estimular o exerc cio da oralidade fazendo os alunos pensar e falar sobre os contextos em que s o feitos pedidos e reclama es entre os Tapirap Em seguida com a leitura e estudo da carta de reclama o espera se discutir algumas diferen as entre o contexto ind gena e o n o ndio como por exemplo a diferen a de tratamento de autoridades e al m disso identificar com os alunos algumas partes constituintes da carta de reclama o Optamos por n o incluir uma produ o escrita para finalizar esta atividad
57. da discuss o dos t picos p blico alvo objetivos contexto conte do recursos metodologia abordagem S o relatadas as atividades da oficina e as informa es obtidas atrav s de um question rio que orientou a discuss o a partir dos dados advindos das realidades dos participantes Por fim avalia se positivamente a realiza o dessa atividade no evento II SILID SIMAR Palavras chave material did tico ensino de l nguas avalia o sele o Abstract The reported workshop proposed and provided teachers reflection on didactic materials and coursebooks evaluation and selection for language teaching through the discussion about target students objectives teaching context content resources methodology and approach The workshop activities are reported as well as the information obtained through a questionnaire which guided the discussion with data from the participants own teaching contexts At the end the workshop is positively evaluated as an activity of II SILID SIMAR Key words didactic materials language teaching evaluation selection A proposta Ao propor a realiza o da oficina Avalia o e sele o de livros e materiais did ticos para o ensino de l nguas realizada no II SILID SIMAR tive como objetivo proporcionar a reflex o de professores de l ngua materna e ou estrangeira a respeito da avalia o sele o de livros did ticos e outros materiais para o ensino de l nguas Considera
58. de pap is afirma a tal docilidade que seria inerente ao feminino As obras aqui comentadas unem se pelo selo de paradid tico e em um painel de situa o exibem preocupa es com pap is de estabelecimento de g nero A partir de suas sinopses pode se visualizar o encadeamento de sentido pelo superficial pelo chamariz do tema As editoras fazem seus an ncios a partir da percep o tem tica fortemente marcada nas sinopses tentando chegar s diretrizes dos par metros curriculares nacionais S o esses livros que est o nas m os de crian as e jovens e formam leitores e mais do que isso sinalizam para condutas comportamentos e pensares Alguns deles estimulam por vezes reflex es potencializam atos de ser outros param na simples exposi o outros ainda deixam perceber preconceitos e fossiliza es Muitos trazem representa es de meninas agarradas domesticidade e ao espa o privado definidas pela tecnologia de g nero e engendradas nas rela es sociais em que parece n o haver espa o para mudan as e escolhas Outras deixam entrever modula es e deslizamentos levando ao menos a uma desestabiliza o das condutas fossilizadas Ser poss vel reemoldurar ou at mesmo viver sem molduras e enquadramentos Se n o que seja afian ada pelo menos a possibilidade de desnaturalizar as marcas de g nero mostrando o que elas apresentam de for ado e est tico e como s o vendidas aparentemente fazendo parte da nature
59. de Portugu s como LE Nobre de Mello e outros 2002 Souza e Silva 2002 Sedycias 2002 Mendes 2002 Almeida Filho 2002 exalta se a import ncia dos aspectos culturais e interculturais os quais n o podem ser desvinculados do ensino Aventa se uma abordagem denominada abordagem comunicativa culturalmente sens vel que orientaria atividades organizadas de acordo com ambientes comunicativos estruturados em reas de uso culturais e interculturais Nesta esteira os materiais did ticos produzidos devem possibilitar o desenvolvimento integrado da leitura compreens o escrita e fala no portugu s Isto seria poss vel atrav s de materiais que tragam textos orais e escritos verbais jornais revistas textos acad micos e n o verbais charges fotos e que fa am o aprendiz ler compreender discutir e emitir posicionamentos al m de quebrar estere tipos criados em torno da cultura do outro Ressalta se que este modelo de ensino culturalmente sens vel visa a facilitar o reconhecimento da diferen a da compreens o da toler ncia ao inv s de estimular compara es negativas e etnoc ntricas bem como atribui es de valor s diferentes culturas envolvidas no processo no caso a cultura do aprendiz e a cultura da l ngua aprendida Elaborar materiais did ticos e planos de ensino que considerem estes fatores o desafio dos profissionais envolvidos neste processo O planejamento e a produ o de material did tico para o ensino
60. de que os alunos escrevessem e postassem periodicamente sua trajet ria nos campo de est gio propiciou a cria o do que chamamos de elo de confian a entre alunos professor e formador Chamamos de elo de confian a a constitui o de um fluxo de leitura e escrita uma corrente de cumplicidade pedag gica que permite contemplar e refletir a multiplicidade das experi ncias e das viv ncias que se configuram no campo de est gio sem que se perca com isso o foco da forma o de profissionais da educa o e da forma o de docentes Isso permite o uso das ferramentas para al m do controle das atividades de est gio Mais do que a supera o da perspectiva de controle o elo de confian a este fluxo de leitura e escrita constitui um di logo e um debate sa mos do terreno do campo l gico do conhecimento que enfatiza e prioriza o falso e o verdadeiro e adentramos no terreno da ordem do veross mil Esta distin o comentada por Banks Leite 2007 p 112 Esta distin o importante porque a argumenta o considerada com um das facetas do racioc nio ao lado de provar e calcular Grize 1992 O c lculo est associado demonstra o de uma sequ ncia de proposi es nas quais cada uma implica a seguinte ou seja a demonstra o o desenvolvimento de um c lculo enquanto a argumenta o diz respeito a enunciados e definida como uma atividade discursiva que visa a intervir sobre as id ias o
61. de terceiros pagando por eles ou n o sugeriu cautela em se investir apenas nesse aspecto da telefonia m vel Ferramentas no mercado s o muitas Servi os por outro lado s o restritos pois dependem de estrutura de revis o constante a diferen a da flecha para a espada De volta a sua condi o original a presta o de servi os se mostra uma realidade de capitaliza o mais duradoura pois fideliza o cliente interessado Como vimos anteriormente o envio de mensagens de texto o SMS corresponde a um belo quinh o da receita das operadoras Fa amos uma conta simples multiplicando centavos pelo n mero de usu rios e teremos milh es ao final do m s O mesmo pensamento pode ser aplicado s ferramentas mas apenas uma nica vez No caso dos servi os os ganhos t m a dura o do contrato Pois isso as operadoras brigam por contratos e n o por compradores Se ferramentas podem ser adquiridas e instaladas de sites que n o os da operadora os servi os por ela dispon veis n o Qualquer novidade pode ser convertida em servi os e por conseguinte cobrado Cobra se duplamente por interurbanos cobra se por chamadas recebidas cobra se por salvaguardar agendas em servidores cobra se por avisar que algu m ligou quando o telefone estava desligado Teria sido esse o mundo perfeito para as operadoras n o fosse a converg ncia midi tica ser um jogo de muitos participantes A tecnologia de Voz sobre IP ou Voip mudou radicalment
62. destinado merenda escolar Ambos s o alimentos cada um a seu modo e devem ter padr es r gidos de qualidade Edital PNLD 1997 Ora bem verdade que em educa o v rios aspectos s o priorit rios entre esses a merenda escolar n o pode ser ignorada No entanto sob a perspectiva controladora do PNLD o valor metaf rico atribu do ao LD n o de um refor o alimentar a fim de nutrir o aluno mas de um produto rent vel venda e fabricado de acordo com as exig ncias de um grupo de pessoas especialistas do MEC pouco representativas Devido a sua complexidade o car ter mercadol gico do LD ser mais bem discutido na pr xima subse o Souza 1999 destaca que o PNLD de car ter normativo contraria a no o de cidadania liberdade autonomia e igualdade no universo educacional brasileiro Nele a participa o do professor praticamente inexistente O professor definido enquanto mais uma pe a alheia ao processo como um todo fora das discuss es sobre a necessidade de mudan as no sistema educacional O professor apresentado paradoxalmente como um agente sem voz a atua o efetiva do professor silenciada e ele passa a ser mais um item da lista de problemas a serem solucionados ibidem p 60 Desse modo o professor destitu do de sua capacidade de autonomia criticidade sendo visto ora como v tima desvalorizado ora como r u culpado Segundo Batista 1998 pouco
63. deve se mais uma vez sublinhar extremamente importante do ponto de vista pol tico j que o ingl s de hoje n o uma l ngua s dos angl fonos nativos mas se tornou quase que um patrim nio da humanidade Ap s a era estruturalista notadamente a chomskyana em que o falante nativo exercia o papel do todo poderoso dono da l ngua de par metro avaliat rio para o que seria aceit vel ou n o pela pr pria natureza das teorias e metodologias lingu sticas e pedag gicas utilizadas passamos a enxergar sob uma nova perspectiva Perspectiva essa que conclama os usu rios n o nativos da l ngua que como assinalado anteriormente s o a grande maioria a terem voz Isto sem d vida de um significado pol tico sem par As dificuldades no entanto surgem no campo da an lise e aplica o ling sticas Se n o se consegue operacionalizar o construto ent o voltamos quest o inicial dessa discuss o como poder o os produtores de materiais did ticos se valerem dele em seu trabalho Cabe neste ponto ressaltar que pesquisas t m sido realizadas com o objetivo de tentar possibilitar tal operacionaliza o Vale citar aqui o trabalho de SEIDLHOFER 2005 coordenadora do projeto VOICE da Universidade de Viena que vem tentando compilar um corpus de ingl s como l ngua franca ILF na rea l xico gramatical A pesquisadora e sua equipe estabelecem uma distin o entre ILF e IINT ou ingl s global embora reconhe a que n o
64. diatipos que se referem linguagem especializada Na verdade estamos lidando com um continuum de varia o que vai se delineando segundo os v rios letos A singulariza o de um padr o internacional n o seria nada f cil j que o ingl s falado pela grande maioria vai variar por todo esse conjunto de perspectivas e ainda sofrer a influ ncia e pelo menos uma outra l ngua tamb m afeita a toda essa variabilidade A segunda dificuldade nos conduz ao campo da Pragm tica Ling stica pois n o parecem ser a morfossintaxe e nem mesmo a fonologia os maiores problemas a se enfrentar no processo de intera o entre falantes que n o compartilham inteiramente um determinado c digo quando se vai al m da frase al m mesmo do discurso em dire o Sociopragm tica que os problemas de inteligibilidade se acentuam s vezes de forma irremedi vel A t tulo de exemplifica o podemos citar o caso do humor que via de regra depende de profunda familiaridade sociocultural da l ngua cultura alvo para que produza o efeito esperado Por isso t o complicado se traduzirem piadas de uma l ngua para outra A quest o que se imp e ent o a seguinte em contexto de ILF como que essa rea ser processada por falantes que n o compartilham expectativas socioculturais falantes que est o muitas vezes inconscientemente operando com base em premissas completamente diferentes Qual portanto seria a fei o de ILF o
65. dispon veis a serem utilizados e por isso deve ser tratado luz de uma vis o cr tica e reflexiva O presente artigo apresenta uma an lise de livros did ticos para o ensino e aprendizagem de escrita acad mica em l ngua inglesa a partir da abordagem de g neros do discurso em escrita acad mica observada em cada um dos livros analisados com vistas a evidenciar em que medida as teorias de g neros do discurso t m tido impacto sobre a produ o de materiais nas ltimas d cadas Corpus e Metodologia de pesquisa O corpus deste trabalho constitui se de nove livros did ticos desenvolvidos para o ensino e aprendizagem de escrita acad mica em l ngua inglesa Os referidos livros foram escolhidos por estarem dispon veis no mercado e por terem sido publicados ou reimpressos a partir da d cada de 1990 per odo relativamente recente em que a abordagem comunicativa para o ensino de l nguas j se encontra consolidada e que novas abordagens para o ensino de l nguas como a abordagem voltada para uma perspectiva discursiva come am a encontrar um maior espa o nas discuss es sobre ensino e aprendizagem Nesse sentido pode se considerar a d cada de 1990 como um momento de intensa discuss o sobre o conceito de g nero do discurso fato esse que nos levou ao desejo de examinar em que medida as reflex es te ricas d o suporte aos materiais dispon veis no mercado Os livros did ticos analisados s o os seguintes md Landscape
66. dissociadas das especifidades dos g neros Sim N o Apresenta textos aut nticos n o Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim modificados para fins pedag gicos Sim N o Demonstra preocupa es com a N o Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim audi ncia do material a ser escrito Sim N o Apresenta conte dos program ticos de forma a linear segiencial gradativo b modular integrando lingua gem tem tica ou situacional em geral conte do que apresenta maior Modu C cli Modu Linear Modu Linear Linear Modu Linear flexibilidade lar co e lar lar lar c c clico trabalha o mesmo t pico Linear mais de uma vez com diferentes n veis de complexidade d formato de est ria narrativa que se desenrola ao longo do livro Apresenta a realiza o pedag gica Produ Pro Produ Produ Pro Pro Pro Pro Produ em to cesso to to cesso cesso cesso cesso to trabalho centrado no produto ou no processo da escrita QUADRO 1 Os livros e seus n meros s o os seguintes 1 Landscapes and language English for American academic discourse 2 Study writing a course in written English for academic and professional purposes 3 New directions an integrated approach to reading writing and critical thinking 4 Academic writing course study skills in English 5 Bridges to academic writing 6 Academic writing exploring processes
67. diversas ferramentas conjuntamente em um mesmo dispositivo O que era confabulado entre os projetistas como sendo recurso mostrou se pin culo de uma cultura ao obsoletismo Em ingl s o termo feature freak sintetiza a prerrogativa comercial de transformar qualquer produto em uma rvore de natal apinhada de capacidades O usu rio por sua vez ignora solenemente boa parte das disposi es adicionais E n o os podemos culpar pela decep o de pagar a mais por um produto nenhuma das tais fun es lhes diziam respeito al m daquela pela qual o aparelho foi comprado em primeiro lugar Desse modo comum ainda que na raridade de se encontrar ainda um v deo cassete funcionando a olhos vistos depararmo nos com um display piscando 00 00 no setor que deveria compreender um rel gio O rel gio intrinsecamente envolvido pelo dispositivo de grava o agendada pelo mecanismo quando n o o fazendo figuraria como um marcador de tempo Mas ajustar o dito rel gio n o tarefa das mais f ceis ou demanda um tempo que poucos tem a pachorra de perder o que justifica deix lo exatamente como est in cuo N o h necessidade de um rel gio se muitos outros ali s objetivamente pensados como tal j se encontram na casa Pois al m dos ostentados nas paredes ainda temos o que acompanha o forno de microondas o do r dio rel gio o da TV quando ligada e em alguns casos o presente no aparelho de som Como atualmente a maioria dos apar
68. dos diferentes g neros do discurso e da especificidade do discurso cient fico bem como dos caminhos que devem ser trilhados para que seus textos realizem se no papel Esse despreparo demanda que medidas sejam tomadas para que o processo de ensino e aprendizagem da produ o escrita instrumentalize o aluno para a escrita acad mica Segundo Meurer 2000 e Motta Roth 2000 um modelo de ensino e aprendizagem baseado em g neros do discurso pode motivar o aluno para o estudo da l ngua estrangeira bem como da l ngua materna na medida em que o leva a reconhecer como os textos com os quais trabalhar ao longo de seu curso s o constru dos partindo para isso do conhecimento das conven es que envolvem a produ o de textos acad micos e das rela es entre discurso e comunidade Refor a se assim a vis o da educa o como um instrumento de constru o da cidadania uma vez que ao estudar de maneira cr tica e reflexiva a organiza o ret rica de textos acad micos o aluno tem a oportunidade de construir o significado dos textos que l e de produzir seus pr prios trabalhos Isto pode levar a uma participa o ativa na comunidade acad mica na qual est inserido bem como em outras das quais deseje participar contribuindo para que as rela es de poder da comunidade comecem a modificar se Motta Roth 2000 O livro did tico no contexto atual de ensino e aprendizagem de l ngua estrangeira doravante LE um dos materiais
69. e combina es seletivas ponto linha forma dire o tom cor textura escala dimens o escala e movimento etc Ao mesmo tempo queremos instrumentaliz los com ferramentas tecnol gicas que permitam alterar tratar e criar imagens ensin los a escolher fontes adequadas aos acentos das suas l nguas etc mostrando aos professores como montamos os livros A id ia seria mesclar nossos conhecimentos de linguagem visual e as t cnicas que usamos para montar os livros com os conhecimentos da linguagem visual ind gena Para finalizar destacamos que a cada novo livro que nos convidam a montar graficamente fica mais claro o cuidado que devemos ter em todo o processo de cria o desses materiais Como designers tentamos n o agir de forma etnoc ntrica impondo padr es ou regras do nosso estilo ou est tica na constru o gr fica desses livros Como professoras sonhamos com o dia em que o item editora o ou design gr fico nos cr ditos desses livros ter tamb m assim como a autoria e as ilustra es nomes de representantes ind genas Esse o nosso maior desafio e ser a nossa maior conquista Refer ncias CAVALCANTI Ricardo Presente de branco presente de grego Escolas e escrita em comunidades ind genas do Brasil Central Disserta o de Mestrado Museu Naciona UFRJ 1999 CEDEFES Centro de Documenta o Eloy Ferreira Reflex es sobre as obras lan adas pelo MEC Dispon vel em lt http www cedefes org br
70. educa o ling stica leve em conta hoje e os multiletramentos ou letramentos m ltiplos tamb m de maneira tica e democr tica deixando de ignorar ou apagar os letramentos das culturas locais de seus agentes professores alunos comunidade escolar e colocando os em contato com os letramentos valorizados universais e institucionais como diria Souza Santos 2005 assumindo seu papel cosmopolita e os letramentos multissemi ticos exigidos pelos textos contempor neos ampliando a no o de letramento para o campo da imagem da m sica das outras semioses que n o somente a escrita o conhecimentos de outros meios semi ticos est ficando cada vez mais necess rio no uso da linguagem tendo em vista os avan os tecnol gicos as cores as imagens os sons o design etc que est o dispon veis na tela do computador e em muitos materiais impressos que t m transformado o letramento tradicional da letra livro em um tipo de letramento insuficiente para dar conta dos letramentos necess rios para agir na vida contempor nea MOITA LOPES e ROJO 2004 p 38 e os letramentos cr ticos e protagonistas requeridos para o trato tico dos discursos em uma sociedade saturada de textos e que n o pode lidar com eles de maneira instant nea amorfa e alienada Essas m ltiplas exig ncias que o mundo contempor neo coloca para a escola v o multiplicar enormemente as pr ticas e textos que nela devem circular e ser abordadas os O let
71. ela Desta forma essa pesquisa estabelece meu lugar no mundo isto sou uma professora que reflete sobre o seu cotidiano na sala de aula e as transforma es na sociedade em que vivo Denzin amp Lincoln 2006 definem a pesquisa qualitativa como uma atividade situada que localiza o observador no mundo portanto pretendo assumir o papel de observador que interage com seu observado e considera sua participa o no processo de ensino e aprendizagem Ao buscar informa es diretas da sala de aula evito o distanciamento entre pesquisador e pesquisado t o comum em pesquisas acad micas A pesquisa qualitativa tamb m se caracteriza pela utiliza o de um conjunto de pr ticas materiais e interpretativas que d o visibilidade ao mundo Denzin amp Lincoln 2006 Assim adotei pr ticas que funcionam como um aux lio na an lise das a es na aula de leitura isto no uso de apostilas no ensino de leitura em ingl s Al m de selecionar crit rios para an lise do material did tico em estudo Ramos 2004 uso as entrevistas com o autor do material investigado e as conversas com os professores para compreender os significados que os participantes da pr tica pedag gica atribuem ao uso de apostilas na aula de leitura em ingl s 7 Contexto de pesquisa O livro did tico ainda um dos principais recursos did ticos na sala de aula Na aula de l ngua inglesa essa realidade tem se transformado nos ltimos anos Observo que no est
72. em que se vive atentando se para os embates culturais e para a diferen a que nos constitui e tornando claro um projeto tico na sala de aula MOITA LOPES 2005 p 66 Refer ncias BERENBLUM A A inven o da palavra oficial identidade l ngua nacional e escola em tempos de globaliza o Belo Horizonte Aut ntica 2003 BUNZEN C S e R H R ROJO Livro did tico de L ngua Portuguesa como g nero do discurso autoria e estilo In M G COSTA VAL e B MARCUSCHI orgs Livros did ticos de L ngua Portuguesa Letramento e cidadania BH Aut ntica CEALE 2006 p 73 118 BUZATO M El K Entre a Fronteira e a Periferia linguagem e letramento na inclus o digital Tese Doutorado em Ling stica Aplicada Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP Campinas 2007 CESAR A L e M C CAVALCANTI Do singular para o multifacetado o conceito de l ngua como caleidosc pio In M C CAVALCANTI e S M BORTONI orgs Transculturalidade linguagem e educa o Campinas Mercado de Letras 2007 p 45 66 CHARTIER R Do livro leitura In org Pr ticas de leitura S o Paulo Esta o Liberdade 1996 p 77 105 EVANS J Ed Literacy moves on Portmouth Heinemann 2005 GIROUX H A Praticando Estudos Culturais nas Faculdades de Educa o In T T da SILVA org Alien genas na sala de aula Uma introdu o aos estudos culturais em educa o Rio de Janeiro Vozes 1995 p 85 103 MAHER T M A e
73. ensino aprendizagem de escrita acad mica em ingl s sob a perspectiva de g neros do discurso 2003 123f Disserta o Mestrado em Estudos Ling sticos Faculdade de Letras Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2003 MARCUSCHI L A G neros textuais defini o e funcionalidade In DION SIO A P MACHADO A R BEZERRA M A Org G neros textuais amp ensino Rio de Janeiro Lucerna 2002 p 19 36 MARTIN J R ROTHERY J What a functional approach to the writing task can show teachers about sood writing In COUTURE Barbara Ed Functional approaches to writing research perspectives Norwood Ablex 1986 p 241 265 MEURER J L O conhecimento de g neros textuais e a forma o do profissional da linguagem In FORTKAMP M B M TOMITCH L M B Org Aspectos da ling stica aplicada estudos em homenagem ao professor Hil rio In cio Bohn Florian polis Insular 2000 p 149 166 MILLER C R Genre as social action Quarterly Journal of Speech n 70 p 151 167 maio 1984 MOTTA ROTH D G neros discursivos no ensino de l nguas para fins acad micos In FORTKAMP M B M TOMITCH L M B Org Aspectos da ling stica aplicada estudos em homenagem ao professor Hil rio In cio Bohn Florian polis Insular 2000 p 167 184 SELIGER H SHOHAMY E Second language research methods Oxford Oxford University Press 1989 SILVA R C da O uso do texto liter ri
74. especificamente no ensino m dio os PCNs afirmam que o objetivo primordial do professor de l ngua estrangeira deve ser o de tornar poss vel a seu aluno atribuir significados meta ltima do ato de linguagem PCN Ensino M dio 2000 93 Eles garantem que para que o aprendizado da l ngua estrangeira atinja objetivos tais como produ o e acesso informa o autonomia do aprendiz e intera o social o foco do aprendizado deve estar na fun o comunicativa com nfase especial na leitura e na compreens o de textos verbais orais e escritos PCN Ensino M dio 2000 93 O argumento que o texto dos PCNs quer defender que o ensino da l ngua estrangeira por meio da leitura e da compreens o de textos verbais orais e escritos leva o aprendiz a desenvolver sua habilidade de comunica o em diferentes situa es da vida cotidiana Em decorr ncia disso a possibilidade de comunica o em situa es distintas leva a necessidade de aprender a es comunicativas espec ficas que se ajustem a esses momentos peculiares A abordagem instrumental ESP no ensino de leitura em ingl s consegue atender a diferentes motiva es e utilidades de leitura dos alunos No contexto instrumental o ensino da habilidade de compreens o leitora pode ser direcionado para uma rea espec fica relevante atendendo uma necessidade acad mica profissional ou ocupacional Em alguns contextos internacionais onde se aplica a abordagem instrumental a nfase
75. exclus o que ignora as diferentes narrativas hist rias e vozes de grupos cultural e politicamente subordinados Assim sendo o autor afirma ser necess rio pensar o modo como democratizar as escolas para que estas d em a chance de os grupos mal representados ou n o representados no curr culo produzirem suas pr prias auto imagens e contarem suas hist rias Algo bem distinto do que vem sendo observado como estrat gia pedag gica e curricular na maior parte das escolas Lembrando que vivemos em um pa s de grande diversidade tnica e cultural em que os estere tipos regionais sociais tnicos e culturais acabam sendo a principal marca dessa pluralidade torna se imprescind vel o aprofundamento nos estudos das minorias n o s ling sticas mas tamb m socioculturais para que esta situa o comece a se modificar Ali s para que se efetive tal modifica o faz se significativa uma mudan a na rela o do indiv duo com o seu entorno A partir da educa o do entorno e juntamente com a conscientiza o dos grupos minorit rios que quest es de l ngua e cultura podem ser melhor compreendidas Maher 2007 p 268 nos chama aten o para a urg ncia de educa o do entorno a fim de se efetivar uma conviv ncia respeitosa tanto no que se refere s especificidades culturais quanto s ling sticas de grupos minorit rios A autora aponta para a indispensabilidade de aprendermos a destotalizar o outro ou seja enquant
76. faz necess rio que esse material trabalhe explicitamente as estruturas gen ricas de modo a desenvolver uma consci ncia ret rica Swales 1990 no aluno que o instrumentalize para a constru o de seus textos e para a compreens o interpreta o dos textos produzidos por sua comunidade discursiva Consideramos que ao estudar criticamente a organiza o ret rica de textos acad micos o aluno poder construir o significado dos textos que l e poder ser instrumentalizado para produzir seus pr prios trabalhos Com exce o do livro did tico de Swales e Feak cuja defini o de g nero do discurso contempla sua dimens o comunicativa dentro de uma comunidade discursiva um n mero significativo de autores aborda g nero como uma categoria textual desvinculada da no o de a o social Em outras palavras o g nero do discurso na maioria das vezes tratado como se o texto no qual ele se manifesta um relat rio de pesquisa escrito por exemplo n o fosse parte de uma rede de rela es sociais que envolvem interesses valores rela es de poder Considerando se que o g nero do discurso uma pr tica social que tamb m inclui as manifesta es escritas acreditamos que a quest o da escrita como pr tica discursiva precisa ser trabalhada criticamente na academia Os di logos que ocorrem na comunidade discursiva no caso a acad mica cient fica poder o incluir a voz do aluno futuro membro atuante na medida em que es
77. ferramenta de apoio pr tica pedag gica para o informante 1 e ser para o informante 11 o apoio pedag gico em si Instrumento 05 ocorr ncias de apoio pr tica pedag gica N o o nico instrumento Instrumento principal para atingir objetivos pedag gicos Instrumento facilitador do trabalho do professor Instrumento de aux lio para o aluno Ferramenta 05 ocorr ncias de apoio pr tica pedag gica De organiza o e planejamento De ensino a ser aplicada no sistema ensino aprendizagem Ferramenta um guia de trabalho Ferramenta a mais Suporte 06 ocorr ncias para o professor Para a aula Suporte quando necess rio Suporte com exerc cios gramaticais por exemplo Suporte para tarefas diversas que promovam autonomia e motiva o Suporte Apoio 05 ocorr ncias ferramenta de apoio pr tica pedag gica Apoio pedag gico Apoio para planejamento Material de apoio Material de apoio Recurso 04 ocorr ncias recurso rico de apoio pr tica pedag gica Primeiro recurso a ser escolhido Fonte de recursos para prepara o de materiais Possibilidade de recursos para utiliza o em sala de aula Participa o na escolha de livros materiais did ticos Eis os resultados da tabula o das respostas resposta referente a essa participa o Sim 16 ocorr ncias sendo 04 como coordenadores N o 06 ocorr ncias 03 porque feita a escolha pela coordena o 01 porque n o foi convidado e 01
78. fortalecer a fun o e o sentido da imagem no contexto do livro e em rela o ao seu conte do Por exemplo a utiliza o de reprodu es de obras de arte associadas ao texto po tico pode ser mais explorada ao associar quest es est ticas ligadas hist ria da arte Muitas informa es sociais e culturais s o extra das sobre o momento na qual a obra est inserida Uma rea bastante utilizada para acompanhar textos de livros did ticos a ilustra o Trata se de um pr tica que possui muitas possibilidades Ela feita sob encomenda para acompanhar um determinado conte do Ela pode elucidar complementar e at sugerir uma narrativa em paralelo ao texto Muitas s o as possibilidades que um desenho pode abrir para a constru o de sentidos A rela o entre texto e imagem um dos aspectos mais ricos no livro did tico e que merece ser investigado e explorado em toda a sua potencialidade O termo ilustra o descrito no Dicion rio Novo Aur lio como imagem ou figura de qualquer natureza com que se orna ou elucida o texto dos livros folhetos e peri dicos A defini o destaca o sentido de subordina o da imagem pelo texto No entanto a ilustra o pode ser aut noma e tamb m equilibrada no sentido de complementar as informa es narrativas como no caso da ilustra o revelando outras qualidades de uma composi o e afirmando que mesmo como enfeite a imagem conta um pouco de sua poca de sua t cni
79. fundamental de ensinar a LE b Segue fielmente o livro ou livre para intervir sempre que necess rio 2 Crit rios para an lise question rio aluno a Como o aluno v o LD acess rio facilitador para ele aprender um elemento fundamental na aprendizagem de LE 3 Crit rios para an lise question rio autor a O que o LD para o autor e por que ele existe b O que o autor espera do professor ao utilizar o seu material Embora por vezes dados num ricos sejam considerados nesta investiga o h que se enfatizar que a an lise dos resultados estar muito mais atrelada interpreta o dos dados revelados pelos n meros do que aos n meros especificamente Nesse sentido compartilho da vis o de Reichardt e Cook cf NUNAN 1992 que aspectos quantitativos e qualitativos s o mutuamente dependentes 3 O LD no Brasil avan os e entraves O LD pode ser considerado uma consegii ncia natural do desenvolvimento da imprensa o que contribuiu para a educa o de um n mero maior de pessoas Santom 1998 afirma que as caracter sticas b sicas que definem os LDs s o primeiro o livro como recurso escrito e editado para uso exclusivo do estudante segundo a finalidade de serem utilizados nas escolas terceiro a fun o de apoio ao corpo docente De fato com o passar do tempo o LD tornou se um elemento b sico de refer ncia tanto para o professor quanto para o aluno De acordo com Freitag 1993 a hist ria do LD no Bras
80. haja ainda um consenso terminol gico Segundo a pesquisadora p 339 quando o ingl s escolhido como meio de comunica o entre pessoas que s o falantes nativas de l nguas e culturas distintas o termo preferido ingl s como l ngua franca Um dos objetivos do projeto VOICE acumular dados suficientes sobre o ILF para que decis es na rea do ensino de l nguas sejam tomadas com maior embasamento e rigor emp ricos Mesmo com base na pequena amostragem que o projeto VOICE publicou em seu site nota se no entanto que os padr es observados confundem se com o comportamento estrat gico observado na interl ngua com o uso nativo que foge norma por exemplo a aus ncia da desin ncia s marcadora da terceira pessoa do singular dos verbos no presente e o uso de um nico question tag este ltimo comum no ingl s brit nico nativo tamb m ou parecem claramente refletir a influ ncia da l ngua materna do falante por exemplo atribuir forma plural a palavras que n o s o cont veis information advice e o uso indiscriminado dos relativos who e which etc n o seria a velha transfer ncia ou interfer ncia interling stica At que ponto portanto o que se est registrando n o seria uma fatia de um processo em andamento Parece que a pesquisa e a literatura sobre as estrat gias da comunica o BIALYSTOK 1990 sobre a estrutura interativa do aprendiz na comunica o em sala de aula JOHN
81. imagens a escolha da tipografia e da rela o estabelecida entre texto e imagens s o alguns dos aspectos que formam uma cara para o objeto livro Estrutura do livro Antes de tudo podemos falar sobre a embalagem do livro ou a sua capa inclu ndo a contracapa e a lombada Concebida inicialmente como uma prote o ao miolo do livro a capa funciona por exemplo como uma cortina de teatro que anuncia o in cio de uma pe a Trata se de um ritual de passagem para uma viagem guiada pelos ventos da leitura Em rela o parte interna do livro podemos divid la em tr s grandes grupos o pr textual o textuale o p s textual A parte pr textual que antecede o texto propriamente dito cont m em geral a folha de rosto o falso rosto os cr ditos as dedicat rias as ep grafes e os agradecimentos A parte textual pode ser dividida em cap tulos sub cap tulos ou ter um texto cont nuo A parte p s textual engloba todas as informa es complementares ao livro tais como ap ndice gloss rio anexos bibliografia refer ncias notas cita es etc Atualmente muitos livros apresentam outras alternativas para esta divis o Assim a distribui o das informa es torna se mais flexivel e criativa O padr o estabelecido serve mais como uma refer ncia do que como uma f rmula Em rela o quest o gr fica ligada ao texto a escolha tipogr fica o tipo de letra o tamanho corpo fundamental tanto pela q
82. interior paulista A quest o central do estudo recai na categoriza o dos g neros predominantes no material em foco e de suas respectivas esferas e mbitos de circula o com o prop sito de avaliar seu impacto metodol gico frente s perspectivas te ricas explicitadas A obra analisada tem como princ pio organizador t picos ling sticos e fun es de linguagem distanciando se do trabalho orientado por temas ou g neros portanto O tratamento metodol gico revela uma abordagem comunicacional frente linguagem que faz uso de di logos do cotidiano com o objetivo de trabalhar fun es ling sticas e l xico Nessa perspectiva n o s o privilegiadas pr ticas situadas ou quest es que abarcam m ltiplos letramentos linguagens e culturas Na cole o evidencia se a preponder ncia de textos relacionados ao dom nio das artes em detrimento dos g neros que circulam nos mbitos da divulga o cient fica e da cidadania No campo art stico destacam se g neros da tradi o oral como rimas e letras de can es que embora apresentadas em diferentes ritmos s o compreendidas como didatizadas por se voltarem prioritariamente para o ensino de fun es ling sticas e itens lexicais No dom nio das artes do corpo percebe se o destaque dos movimentos f sicos e da dan a acompanhados pelas atividades de colorir e de desenhar al m de trabalhos manuais que se destacam nas artes pl sticas Verifica se ainda a alta incid
83. ltimo contato que o aluno tem com a l ngua inglesa antes de aplicar seus conhecimentos de leitura em ingl s fora do contexto escolar Essa escolha teve como base o fato do material apostilado ter como p blico alvo alunos do ensino m dio que pretendem se preparar para o exame do vestibular Segundo o autor do material este volume foi organizado por tema Independentemente do tema abordado na apostila da terceira s rie e como mencionado analisarei os textos que comp em todas as unidades com base na proposta de aplica o de g neros discursivos de Ramos 2004 por que constatei a ocorr ncia de tarefas cujo foco est no ensino de leitura com nfase em g neros discursivos Ademais Ramos 2004 me oferece a possibilidade de entender como o g nero artigo est sendo ensinado na apostila As primeiras perguntas direcionadas aos alunos leitores versam sobre o meio de circula o do texto e sobre os participantes que est o interagindo no evento comunicativo em quest o Ele tamb m frequentemente requer que o aluno identifique o prop sito comunicativo do texto estudado Estas tarefas est o relacionadas fase que Ramos 2004 denomina de apresenta o No detalhamento as tarefas da apostila oferecem explica es sobre itens gramaticais contidos nos textos as quais s o seguidas por quadros resumos sobre o ponto gramatical em quest o Apesar de esse espa o ser reservado ao estudo da estrutura do texto h poucos exerc cios de gram
84. mesmo tempo publicar um livro semelhante ao que o branco faz com qualidade gr fica bom papel colorido e pedagogicamente interessante com metodologias linguagem e conte dos que produzam uma identifica o ling stica e cultural representa usar a mesma forma e linguagem para se fazer respeitado pelo branco e despertar nas novas gera es interesse pelo que pr prio de seu povo Al m disso ao elaborar um livro em l ngua portuguesa essas comunidades est o indiretamente dizendo aos n o ndios que em geral desprezam ou desconhecem seus conhecimentos tradicionais que querem ser respeitados e valorizados Embora o processo de aquisi o da escrita de cada um desses povos seja diferente entre si porque se relaciona com a hist ria do contato de cada povo com o n o ndio podemos dizer que de uma maneira geral esses livros did ticos ind genas assumem um duplo papel pedag gico registrar e ensinar s suas crian as e jovens conhecimentos pr prios tradicionalmente ensinados pela via oral atrav s da forma escrita e quando publicados em l ngua portuguesa esses livros pretendem ensinar ao n o ndio que respeite e valorize os conhecimentos desses povos Os livros did ticos Os livros foram produzidos por uma equipe multidisciplinar linguistas soci logos antrop logas pedagogas educadoras designers onde os professores ind genas s o autores das pesquisas transcri es e vers es em l ngua portuguesa e ind
85. na produ o oral dos alunos embora de maneira estruturale mec nica preciso que fique claro que a import ncia de se comunicar em uma l ngua propiciar a inclus o do aprendiz em um mundo globalizado em que o conhecimento de uma l ngua estrangeira pode significar maior acesso ao conhecimento e consequentemente a oportunidades pessoais e profissionais Para isso importante ressaltar que al m de desenvolver compet ncias e habilidades o ensino de l nguas deve discutir t picos relevantes para a vida social e para o mundo p s moderno al m de promover a leitura cr tica e o letramento cr tico BRASIL 2006 Vivemos na era p s m todo BROWN 2007 KUMARAVADIVELU 2001 RICHARDS amp RODGERS 2001 caracterizada pela pluralidade metodol gica Ap s muito tempo buscando o m todo ou a abordagem ideal chegamos era da abordagem consciente informed approach BROWN 2007 O que importa hoje em dia n o mais a ado o de um m todo ou abordagem nicos mas de uma abordagem ecl tica informada por decis es conscientes e bem fundamentadas O ensino de ingl s e a nova ordem mundial Se a educa o quer fazer pensar ou talvez pensar para transformar o mundo de modo a se poder agir politicamente crucial que todo professor e na verdade todo cidad o entenda o mundo em que vive e portanto os processos sociais pol ticos econ micos tecnol gicos e culturais que estamos vivenciando N o se pode tran
86. narrativas orais Via de regra estes textos circulam somente neste espa o n o conseguindo transpor as paredes da escola embora todos os Tapirap saibam ler e escrever Ali s uma dificuldade dos professores de l ngua Tapirap ensinar seus alunos a escreverem textos na l ngua ind gena que n o sejam somente os da ordem do narrar ou descrever No que se refere ao ensino de portugu s como segunda l ngua pode se afirmar ser mais tranquilo pensar no ensino de g neros da ordem do narrar descrever relatar e mesmo expor pois estes parecem estar mais pr ximos do contexto ind gena N o estamos dizendo que neste contexto n o h argumenta o Ao contr rio Queremos salientar que o que torna o ensino de g neros do agrupamento argumentar mais melindroso por assim dizer a gritante diferen a de vis o de mundo entre n o ndios e ind genas que determina posicionamentos diversos frente a situa es que exigiriam argumenta o s lida direta e contundente No caso Tapirap por exemplo uma diferen a reside no fato de que os indiv duos deste povo assumem uma posi o denominada por Wagley 1988 evita o pela qual n o faz parte da etiqueta interacional Tapirap o choque verbal direto com outro indiv duo em assuntos que envolvem a discuss o de problemas sociais controversos exceto nas discuss es feitas na tak ra casa cerimonial na qual os homens se re nem todas as noites e onde permitido um debate mai
87. new index p conteudo materias index amp secao 7 amp tema amp materia 4913 gt Acesso em 28 ago 2008 HENDEL Richard O design do livro S o Paulo Ateli Editorial 2003 NOGUEIRA Jos Francisco Sarmento Etnodesign e Cultura Brasileira mem ria resgate e identidade Dispon vel em lt http www neppi org anais textos pdf etnodesign cultura brasileira pdf gt Acesso em 21 ago 2008 NOGUEIRA Jos Francisco Sarmento Etnodesign um estudo do grafismo das cestarias dos M by Guarani de Paraty Mirim RJ Dispon vel em lt http www maxwell lambda ele puc rio br cgi bin PRG 0599 EXE 7049 1 PDF NrOcoSis 20001 amp CdLinPrg pt gt Acesso em 21 ago 2008 PAGLIARO H AZEVEDO M M e SANTOS R V Orgs Demografia dos povos ind genas no Brasil Rio de Janeiro Editora Fiocruz e Associa o Brasileira de Estudos Populacionais Abep 2005 192 p ginas WEBER Ingrid Um copo de cultura os Huni Kuin Kaxinaw do rio Humait e a escola EDUFAC Rio Branco 2006 Dados do Censo IBGE 2000 Sobre as pol micas e discuss es sobre os censos ind genas no Brasil ver http www socioambiental org pib index html 2 Para aprofundamento e cr ticas sobre os termos utilizados ver Mariana PALADINO Mariana Educa o escolar ind gena no Brasil contempor neo entre a Revitaliza o cultural e a Desintegra o do modo de ser Tradicional Disserta o de Mestrado Museu Nacional UFRJ 2001 3 A maior parte
88. o consideramos que a escrita seja parte essencial para o ser cidad o No mundo n o ndio este artefato tem sido considerado necess rio para o ser cidad o Por m a rec proca no contexto ind gena n o verdadeira 7 Patrolar um termo regional que significa conserto das estradas de terra Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o G neros de discurso nos LD de L nguas multiculturalismo multimodalidade e letramentos Speech genres in school language textbooks multiculturalism multimodality and literacy Roxane Rojo Doutora IEL UNICAM rrojo mac com Cl udia Hilsdorf Rocha Doutoranda IEL UNICAMP claudiahrochae gmail com Heitor Gribl Mestrando IEL UNICAMP heitor g gmail com Fernanda Costa Garcia Mestranda IEL UNICAMP fertilac yahoo com br Resumo Este artigo congrega trabalhos que analisam nos livros did ticos de l nguas LDL e em sua abordagem aspectos relativos aos letramentos m ltiplos multimodalidade dos textos e ao multiculturalismo em livros destinados a l ngua materna e estrangeira Palavras Chave livros did ticos de l nguas g neros do discurso letramentos Abstract This article brings together texts which focus on several aspects concerning multiple literacies multimodality and multiculturalism in school books of Portuguese as first language and English as a foreign
89. o do termo homoeroticism Ainda durante a an lise dos dados utilizarei a palavra homossexual em vez de homoer tico porque mais pr xima semanticamente de homosexuals termo em ingl s amplamente utilizado pelos alunos as durante a discuss o Tendo esclarecido esses pontos procurarei estabelecer uma breve rela o hist rica entre sexualidade e educa o no pr ximo item 2 2 Educa o e sexualidade A identidade como aponta Bauman 2004 uma quest o bastante recente Pela natureza fluida e fragmentada das identidades o que potencializado no mundo contempor neo atrav s do contato com as alteridades a preocupa o com a fluidez das identidades sociais uma quest o bastante atual patente a falta de materiais did ticos que contemplem temas transversais entre eles a sexualidade fazendo com que o espa o institucional de ensino se torne muitas vezes inadequado em rela o s quest es contempor neas Acredito que seja importante preocuparmo nos com a quest o das identidades tamb m dentro de nossas salas de aula Foucault 2003 e Louro 1997 apontam para a import ncia da institui o pedag gica em rela o quest o da sexualidade Como aponta Foucault 2003 p 32 a partir do s culo XVIII o sexo das crian as e dos adolescentes passou a ser um importante foco em torno do qual se dispuseram in meros dispositivos institucionais e estrat gias discursivas No entanto enquanto o ambiente
90. o ou cooperara o de seus participantes 2 Para outros detalhes do projeto consulte lt http onlyplanet nokia com gt Assim observando o foco de projetos para dispositivos m veis voltados para a did tica apresenta grande potencial A enorme base de usu rios e as facilidades operacionais dos aparelhos convidam a empreendimentos inusitados e ao mesmo tempo muito necess rios Propostas como o OLPC One Laptop per Child embora louv veis por diluir tecnologia entre as camadas mais necessitadas de democratiza o digital esbarram prioritariamente na subven o de grandes somas de dinheiro para compra de equipamentos e treinamento de professores Enquanto isso os celulares presentes nas salas de aula apenas tocam Refer ncias HANSON Matt The End of Celluloid Film futures in the digital age RotoVision 2004 HUIZINGA Johan Homo ludens o jogo como elemento da cultura Editora Perspectiva S o Paulo 2001 ROSA Jorge Martins No reino da ilus o A experi ncia l dica das novas tecnologias Vega 2000 L VY Pierre As tecnologias da intelig ncia O futuro do pensamento na era da inform tica Rio de Janeiro Ed 34 1993 MCLUHAN Marshall Os meios de comunica o como extens es do homem S o Paulo Editora Cultrix 1974 SENA Gildeon e MOURA Juliana Jogos eletr nicos e Educa o Novas formas de aprender In Game Cultura Dispon vel em Game Cultura lt http www gamecultura com br index php opt
91. obtidos com os question rios Sobre rea de atua o Como dito anteriormente 21 participantes retornaram os question rios iniciais sendo 01 participante Coordenador Pedag gico atuante no Ensino Fundamental e 20 professores de L ngua Estrangeira ou profissionais envolvidos com ensino de L ngua Estrangeira Destes vinte 01 se declarou estar atuando como editora de material atualmente e 03 trabalham tamb m com Portugu s como L ngua Materna Sobre contextos de atua o Muitos dos participantes da oficina atuam em mais de um contexto principalmente aqueles que lecionam na Educa o B sica e em Cursos de Idiomas Os n meros abaixo representam ent o quantos participantes dos 21 atuam em determinado contexto de ensino Ensino Fundamental 10 participantes Ensino M dio 10 participantes Ensino Superior 05 participantes Curso de Idiomas 07 participantes Educa o Infantil 01 participante N o leciona atualmente 01 participante As representa es do Livro Did tico Transcrevo aqui as palavras chaves das respostas que os participantes deram pergunta O que o livro did tico representa para voc como professor A an lise das respostas permitiu agrup las de acordo com a palavra n cleo do sintagma em que tal representa o se expressa As express es mostram que essas palavras tamb m s o usadas em sintagmas modificadores Assim por exemplo o livro did tico pode representar um instrumento
92. pedag gica especifica ao campo de atua o da classe hospitalar O perfil pedag gico educacional do professor de classe hospitalar de acordo com Fonseca 2003 deve ser adequado realidade hospitalar na qual atua destacando sempre as potencialidades do aluno motivando e facilitando a inclus o da crian a no contexto escolar hospitalar Fonseca 2003 25 acrescenta o professor esta l para estimul las atrav s do uso de seu conhecimento das necessidades curriculares de cada crian a Assim sem abandonar os conte dos acumulados pela humanidade e flexibilizando os conte dos escolares a classe hospitalar vai de lineando a sua trajet ria Planejando o dia a dia da Classe Hospitalar Do ponto de vista do hor rio de funcionamento geralmente as classes hospitalares funcionam na parte da tarde para n o interferir na rotina m dico hospitalar que na parte da manha e mais intensa Por m independentemente do hor rio de funcionamento da classe hospitalar uma serie de acontecimentos mescla se com a rotina de atividades da classe como nos exemplos relatados por Fonseca 2003 a necessidade do aluno de se ausentar da classe para fazer exames m dicos ou a chegada de visitas tanto para a crian a quanto para a classe hospitalar Essas interfer ncias poderiam prejudicar o processo da mesma porem para o atendimento pedag gico hospitalar essas interfer ncias fazem parte da rotina da classe hospitalar As atividades da classe hosp
93. performativos Beatriz em tr nsito de escolas de vida de aprendizado vai pouco a pouco construindo sentidos e liga es Sem porto seguro A incerteza move os discursos e no tr nsito da busca e da passagem que se confere a subjetividade enquanto constru o Termino este mapeamento com O maravilhoso livro das meninas Ao v lo na vitrine de uma livraria imaginei que fosse uma reedi o Que nada Trata se de uma publica o com cara de almanaque retro vintage Sucedeu aO livro perigoso para garotos da Record E resgata receitas truques brincadeiras num movimento que seria louv vel se n o fosse acompanhado de direcionamento certeiro Circunscreve a mulher mais uma vez ao lugar do dom stico refor ando o que Bordieu denomina viol ncia simb lica em rela o esfera do feminino Do maravilhoso livro das meninas cito apenas um trecho A grande diferen a entre meninos e meninas que os garotos gostam de fazer coisas dirigir carros jogar bola brincar comer soltar pum etc enquanto as garotas gostam de sentir coisas amor amizade felicidade entusiasmo etc As meninas s o mais emocionais que os meninos claro que n o se trata de uma regra absoluta Embora haja a ressalva a n o se tratar de uma regra absoluta permanece a id ia de um universo feminino ligado a uma poss vel ess ncia de mulher As polaridades continuam e tendem a ser preservadas pois a reprodu o
94. por sua vez doar o seus aparelhos a outros indiv duos Da a percep o de que a tecnologia aproxima as classes sociais em um mesmo patamar de relacionamento Caso contr rio basta esperar alguns meses As ferramentas agregadas aos celulares dizem respeito a sua condi o personalista como dito acima fazendo deste uma esp cie de confidente No entanto ao se aproximar da expectativa computacional novas ferramentas se mostraram necess rias A exemplo da conectividade recente de notebooks e PDAs os celulares se viram tamb m esposados da ubiquidade da Internet pela navega o WAP ou Wireless Application Protocol Assim o celular que at ent o encaminhava mensagens por uma ferramenta interna poderia contar com ferramentas externas para a mesma fun o Ou melhor poderiam se conectar a sites com potencialidade de envio de e mails permitindo a n o cobran a de SMS mesmo que s custas do pagamento da transfer ncia de dados pelo WAP Em tempo embora conte com milh es de usu rios o envio de dados entre celulares ainda mais caro que o envio de dados entre o telesc pio Hubble e a NASA Na verdade quatro vezes e meio mais caro o que nos faz pensar que antes de novas ferramentas os celulares precisam contar com novos servi os A rela o dicot mica entre ferramentas e servi os Antes de prosseguir conv m diferirmos ferramentas de servi os A palavra ferramenta ali s pode ser respons vel por uma compreens
95. porque entrou na institui o depois da sele o do material A maioria dos informantes afirma ter participado ativamente de avalia o e sele o de livros e materiais did ticos sendo essa uma atividade que parece fazer parte das atribui es de professores ou coordenadores Dois participantes afirmaram que escolhem em um contexto e n o em outro e 01 participante editora de material n o respondeu Pode ser depreendido tamb m com base nos relatos dos participantes que no Ensino Fundamental e M dio em se tratando de l ngua estrangeira aquele professor muitas vezes o nico da disciplina naquela escola e raramente existe uma equipe de professores de l ngua estrangeira fazendo com que essa escolha n o seja individual Tamb m revelado que nos cursos de idiomas raramente os professores t m voz na escolha do material adotado o qual como se conhece produzido pelo estabelecimento ou escolhido por um coordenador ou equipe de coordena o s vezes o franqueador O que observado na sele o do material Transcrevo a seguir os aspectos que os informantes apontaram como importantes e ent o observados na sele o de livros e materiais did ticos para uso em sala de aula Como j mencionei h uma semelhan a evidente entre as id ias que guiaram o planejamento dessa oficina o que dito na bibliografia consultada e os aspectos apontados pelos participantes Entretanto as quest es pr ticas Cunningswort
96. problemas a serem solucionados e as informa es que possibilitar o a constru o de uma resposta E nesse contexto que tal resposta se mostrar eficaz ou n o trazendo assim em sua experimenta o novos dados para o apuro da solu o O Design participativo ou Design Social uma proposta metodol gica que valoriza as formas de intera o entre o profissional e o contexto no qual ele deseja intervir Atrav s do processo de observa o participante o designer vivencia as experi ncias do grupo ao qual pretende atender definindo suas condi es de projeto a partir do cruzamento de dados objetivos colhidos em outras fontes de pesquisa de dados reais colecionados a partir da imers o no campo e da parceria firmada com um agente do grupo atendido Tal metodologia pressup e a constru o de um conhecimento mais global acerca do grupo social pesquisado baseando na experimenta o e na multiplicidade de pontos de vista cruzando empiria e teoria O designer torna se assim com mais clareza um agente de transforma o social tomando o contexto e as trocas com um intercessor como ponto de partida para a constru o de solu es para intervir naquele meio Tamb m conhecido como Design em Parceria esse modelo de atua o tem como consegii ncia o desenvolvimento de trabalhos mais direcionados criados exclusivamente para os usos de um dado coletivo e criado a partir da imers o naquela comunidade espec fica Esta abordagem possibilit
97. produ o de textos escritos feitas de maneira aut noma para o sujeito letrado grifo nosso No pertinente aos crit rios relativos natureza do material textual explicitado que o livro did tico pode ser o nico instrumento de acesso ao mundo da escrita para muitos alunos E destacado que o Livro Did tico de alfabetiza o respeitado o n vel de ensino a que se destina ofere a ao aprendiz uma amostra de qualidade e o mais poss vel representativa dos textos em circula o social Nos crit rios relativos ao trabalho com o texto considerado fundamental a diversidade de estrat gias assim como a m xima amplitude em rela o aos v rios aspectos desenvolvidos Na leitura exposto que as atividades de explora o do texto t m como objetivo o desenvolvimento da profici ncia em leitura Em produ o dito que as propostas de produ o de texto escrito devem visar ao desenvolvimento da profici ncia em escrita No que se refere aos conhecimentos ling sticos colocado que se deve subsidiar as demais atividades leitura e produ o relacion los a situa es de uso considerar e repeitar as variedades regionais e sociais da l ngua e estimular a reflex o e propiciar a constru o dos conceitos abordados Tamb m s o levados em considera o crit rios relativos ao trabalho com a linguagem oral considerada o instrumento por meio do qual se efetivar o tanto a intera o professor
98. que circulam numa mesma esfera permitem pensar em agrupamentos de g neros para o ensino Rojo 1999 4 citando Dolz amp Schneuwly 1996 aponta cinco poss veis agrupamentos de g nero os quais transcrevemos abaixo AGRUPAMENTO DA ORDEM DO RELATAR ligado ao dom nio social da comunica o votado documenta o e memoriza o das a es humanas exigindo uma representa o pelo discurso de experi ncias vividas situadas no tempo relatos de experi ncia vivida di rios ntimos di rios de viagem not cias biografias relato hist rico etc AGRUPAMENTO DA ORDEM DO NARRAR ligado ao dom nio social da cultura liter ria ficcional caracteriza se pela mimesis da a o atrav s da cria o da intriga no dom nio do veross mel contos de fadas f bulas lendas fic o cient fica narrativa de enigma romance etc AGRUPAMENTO DA ORDEM DO ARGUMENTAR ligado ao dom nio social da comunica o votado discuss o de problemas sociais controversos exige a sustenta o refuta o e negocia o de tomadas de posi o di logo argumentativo carta de reclama o debate regrado editorial ensaio argumentativo etc AGRUPAMENTO DA ORDEM DO EXPOR ligado ao dom nio social da comunica o votado transmiss o e constru o de saberes exige a apresenta o textual de diferentes formas dos saberes texto expositivo confer ncias semin rios resenhas artigos etc AGRUPAMENTO DA ORDEM DO DESCREVER A
99. que ensinar o aluno a reconhecer a estrutura de um texto a sua forma a melhor forma de ajud lo a compreender o texto em foco Bhatia 1993 Swales 1990 apud Hyon 1996 H te ricos que apostam na nfase do contexto situacional isto acad mico ou profissional em que o g nero ocorre Miller 1984 Schryer 1993 Bazerman 1988 ao passo que outros educadores e profissionais acreditam na uni o de forma fun o e contexto social para ensinar g neros pedag gicos em escolas prim rias e secund rias Martin 1989 Christie 1991 Em cada uma das abordagens a execu o de um modelo did tico baseado em g nero acrescenta novo valor pr tica de sala de aula No ESP o trabalho de alguns especialistas tem contribu do para a aplica o do g nero no ambiente pedag gico Segundo Hyon 1996 Bhatia 1993 representa um exemplo dessa abordagem pois produziu material did tico no programa EBT que foi usado em duas universidades em Cingapura Muitos alunos come am a desenvolver sua habilidade de leitura e escrita baseando se em g neros pedag gicos isto g neros produzidos em ambientes acad micos e escolares Johns 1997 A autora credita ao livro did tico a responsabilidade pela presen a de textos na sala de aula Em muitas salas de aula o livro did tico a fonte principal de leitura a nica janela direcionada para valores e pr ticas de uma disciplina Johns 1997 p 46 Contudo o uso exclusivo do liv
100. rios Vale salientar que embora g neros mais complexos possam consensualmente oferecer certas dificuldades a alunos muito jovens admite se em contrapartida em vista da hoje reconhecida capacidade de pensamento cr tico e ativo da crian a EVANS 2005 a import ncia de g neros de natureza variada serem desenvolvidos desde o in cio da educa o formal em LI a partir de letramentos auto gerados conhecimentos j adquiridos e g neros j apropriados ou em apropria o na l ngua materna visando ao desenvolvimento s cio cultural cognitivo e lingu stico do aluno Em suma observa se que a abordagem estritamente comunicacional monocultural e monol gica da obra mostra se contraproducente por distanciar se do trabalho com textos que transcendam a esfera escolar e por inviabilizar pr ticas que levem ao uso significativo da LI em mbitos diversos ao confronto de vis es e compreens o de como as linguagens funcionam na sociedade contempor nea A an lise indica portanto que n o h no material analisado ind cios de um trabalho direcionado forma o cidad Evidencia se assim a urg ncia de que os LD de ingl s para o EF sofram transforma es a fim de efetivamente viabilizarem a constru o de letramentos m ltiplos e cr ticos j que o que est em jogo n o aprender uma LE para adquirir um pacote da cultura da LE aquela que existe na lojinha de um aeroporto mas para se dar conta do mundo multicultural
101. sala de aula Por outro lado como observamos no in cio pode auxiliar na aprendizagem do conte do que foi dado em uma aula presencial No nosso caso essas atividades t m despertado o interesse dos alunos j que os professores as apresentam em sala de aula sinalizando a import ncia do contato com a l ngua durante o per odo de desembarque e mostrando que essa uma das diferentes possibilidades que podem ser usadas por eles Por serem mais l dicas essas atividades se tornam interessantes al m de serem feitas durante um momento de descontra o do aluno no computador que n o necessariamente precisar estar conectado internet O feedback recebido pelos alunos que realizaram as atividades entre outras que n o foram apresentadas neste trabalho foi positivo Alguns pontos ainda precisam ser aperfei oados como a inclus o de dicas e explica es j que precisamos ter em mente que o aluno estar sozinho durante a realiza o das atividades A produ o dessas atividades ainda est em processo de elabora o e aperfei oamento Al m dessas atividades que trabalham l ngua e cultura textos m sicas e v deos estamos produzindo tamb m atividades voltadas tanto para o portugu s t cnico quanto para o ingl s t cnico com o uso de vocabul rio espec fico e textos documentos e v deos offshore Refer ncias Leffa V J Como produzir materiais para o ensino de l nguas In org Produ o de materiais de ensino
102. segunda considera o levantada pela autora diz respeito necessidade de se elaborar de fato pol ticas de educa o ling stica escolar editorial etc que considerem a l ngua como um tra o cultural subvertendo se a ordem que privilegia as pedagogias tradicionais em detrimento das pedagogias culturalmente sens veis Por fim o terceiro aspecto destacado aquele proveniente de pesquisadores e educadores que defendem por variados motivos um ensino de l nguas separado da cultura ou seja o foco do ensino deveria ser o sistema ling stico Em outras palavras o desenvolvimento das habilidades e compet ncias ling sticas dos alunos depender tamb m da compreens o que estes conseguir o ter a respeito dos aspectos culturais O uso desej vel da l ngua determinado por vari veis culturais sociais pol ticas e econ micas Isso observado mesmo com a l ngua materna Para us la o falante desenvolve estrat gias de uso que s o determinadas por estas vari veis portanto o dom nio da estrutura do sistema ling stico n o garantir que o aluno tenha tr nsito livre nas rela es interculturais De acordo com Oliveira Santos 2004 110 115 para lidar com a perspectiva de ensino de l ngua cultura necess rio pensar no conceito interculturalidade como modo de incentivar a intercomunica o entre mundos ling stico culturais diferentes Citando Fennes amp Hapgood 1997 a autora recomenda que a
103. ser tarifado pelo servi o de envio das mesmas N o nos assustemos os correios fazem a mesm ssima coisa desde tempos imemoriais Al m do envio da mensagem pela qual pagamos necess ria a compra do envelope que a proteger Mas quais s o esses novos envelopes que nos dispositivos n o os podemos perceber tangivelmente A virtualidade do processo nos permite reflex es e o momento de observar as mudan as uma vez comprado o dispositivo a operadora ignora seu uso al m do al al que ela pode monitorar Nada impede que algu m compre um sistema para us lo como calculadora cron metro ou m quina fotogr fica apenas Afinal essas e outras ferramentas existem unicamente como aplica es de arquivos presentes no aparelho e na melhor das proje es podem ser adquiridas por downloads de portais de relacionamento com o cliente mediante tarifas muito baixas se comparadas com softwares de igual fun o para outros sistemas como computadores e PDAs E exatamente esse pensamento que percorreu as operadoras no entendimento de onde viriam seus dividendos aqueles que a telefonia fixa jamais consegui alcan ar viriam da possibilidade de lucrar com softwares a serem instalados e n o apenas do fornecimento de acesso Parecia um mercado promissor mesmo micro tarifando downloads em centavos a base de usu rios que estatisticamente fariam uso dos arquivos seria ainda imensa No entanto a possibilidade de aquisi o dos mesmos aplicativos
104. situa o Para o detalhamento Ramos 2006 sugere perguntas tais como qual a atividade social desenvolvida Do que trata o texto conte do Quem fala escreve o texto significados interpessoais Quais s o os movimentos e passos do texto estruturas textuais Qual o papel da l ngua auxiliar ou constituir Qual o tipo de intera o dial gica ou monol gica Qual o meio falado ou escrito e Qual o canal usado f nico visual e gr fico A ltima fase da proposta a da aplica o na qual se espera que o aprendizado se torne s lido e que o aluno apropri se desse g nero Divide se em dois momentos primeiro por meio da consolida o da id ia Essa consolida o do g nero feita atrav s de atividades diversas com o mesmo No segundo momento pela apropria o ou seja pela transfer ncia do g nero para situa o da vida real Sendo assim usarei as tr s categorias de an lise apresenta o detalhamento e aplica o proposta pela pesquisadora referida para verificar a exist ncia de a es isto exerc cios tarefas ou atividades que incentivem o ensino de leitura considerando a no o de g nero Observarei tamb m se h a es que recorram abordagem instrumental para o ensino da compreens o de textos escritos tais como uso de estrat gias de leitura 9 An lise de dados A apostila escolhida para an lise foi a apostila usada nas turmas de terceira s rie pois este o
105. termo nos referidos livros QUADRO 2 A presen a do termo g nero do discurso nos livros analisados O termo g nero Menciona o termo Termo s usado s para fazer refer ncia aos do discurso g nero do discurso textos contidos no livro Livros Sim N o 1 Landscapes and Sim texto est ria ensaio relat rio language 2 Study writing N o tipo de texto tipos de escrita texto tipo de publica o 3 New directions Sim discurso ensaio artigo estudo de caso est ria etc 4 Academic writing course Sim ensaio texto o que se segue the following study skills in English passagem carta uma descri o etc 5 Bridges to academic N o tipos de trabalhos acad micos texto writing composi o entrevista artigo de jornal resumo conto etc 6 Academic writing N o tipos de escrita composi o ensaio tarefa exploring processes and escrita relat rio pesquisa de opini o textos strategies artigos etc 7 A writer s workbook N o tipo de sele o de leitura sele o de escrita jornal stica tipos de escrita ensaio texto est ria etc 8 Guidelines Sim em forma de carta pessoal em um formato criativo por exemplo um estudo de caso ensaio conto leitura escolhida etc 9 Academic writing for Sim passagem texto tipo de texto artigo graduate students cient fico resumo acad mico etc Como poss vel observa
106. tica e vocabul rio Os poucos exerc cios com foco no ensino da estrutura do texto s o bastante concisos e nem sempre fazem o aluno refletir sobre os passos do texto Bhatia 2004 isto sobre a disposi o das partes que comp em o g nero artigo As tarefas da apostila tamb m n o facilitam o aprendizado dos itens lexicais e gramaticais t picos deste g nero fazendo com que o texto sirva para o ensino de itens gramaticais escolhidos aleatoriamente Acredito que o autor das apostilas n o trabalha a fase de detalhamento por que n o est muito seguro em rela o no o de g neros e como aplic la na aula de leitura Apresento esta opini o ap s pedir gentilmente que ele explicasse a aus ncia das tarefas relacionadas ao estudo das formas l xico gramaticais do g nero em seu material A organiza o textual explorada em algumas tarefas contudo tarefas sobre os movimento e passos do texto n o s o desenvolvidas a ponto de conduzir o aluno a refletir sobre a estrutura textual do g nero que est estudando Este exerc cio prop e observa o da organiza o textual mas a sua nfase est no treino da compreens o leitora A terceira fase da proposta de Ramos 2004 chamada de aplica o n o foi encontra nas atividades da terceira apostila Nesta fase o aluno passaria por duas etapas distintas a consolida o e a apropria o Na primeira o aluno enfoca o g nero estudado como um todo j na segunda a
107. tico Encorajo uma discuss o aberta durante a qual os alunos ora respaldam ora refutam cren as enraizadas no senso comum A an lise mostra que o engajamento discursivo independe dos t picos impostos pelo livro Palavras Chave sexualidade identidades discurso Abstract My aim is to investigate how advanced level student of ESL deal with the issue of homoeroticism which is usually silenced in the classroom material As a teacher encourage an open discussion about this issue in which students both reinforce and refute common shared beliefs The analysis shows that discursive engagement is not solely dependent on activities proposed by the classroom material Keywords sexuality identities discourse O homoerotismo em quest o movendo se para al m das fronteiras tem ticas do livro did tico 1 Introdu o O mundo contempor neo marcado pela reflexividade e pelo contato com outros diferentes Estamos expostos ao contato com as alteridades de diversas maneiras seja atrav s m dia pelo contato direto face a face no dia a dia em ambientes institucionais e n o institucionais no seio familiar etc Constru mo nos e somos constru dos atrav s dos outros Enquanto espa o institucional a sala de aula potencializa a possibilidade de que os alunos as estejam expostos s alteridades e possam negociar significados com outros diferentes Como sugere Louro 1997 a multiplicidade compreende diferentes vis es de mundo po
108. um movimento inicial a homossexualidade foi tratada como uma caracter stica biol gica inata a alguns indiv duos Ao longo da intera o novos pap is discursivos foram negociados para a constru o do homossexualismo chegando se ao consenso de que a sociedade tem um peso importante na constru o das identidades Por fim o interdiscurso psicol gico foi trazido discuss o talvez procurando mais uma vez tratar a quest o da homossexualidade sobre um ponto de vista cientificista Isso demonstra que algumas cren as s o dif ceis de ser quebradas e podem mostrar se recorrentes durante a intera o A an lise mostra ainda que para que ocorra engajamento discursivo em rela o a um determinado tema n o necess rio que o t pico seja imposto pelo livro did tico A negocia o de sentidos durante o evento analisado no presente estudo ocorreu de forma espont nea e independente do material did tico Os dados mostram que atrav s da intera o os alunos t m a oportunidade de re construir suas identidades sociais o que pode abrir espa o para a poss vel desestabiliza o de algumas cren as sedimentadas No entanto para que reais movimentos de desestabiliza o possam ocorrer necess rio que o contato com as diferen as seja continuamente encorajado e quest es relevantes ao mundo social dos alunos sejam trazidas sala de aula pelo professor Esse mais um desafio que se apresenta a n s educadores neste novo mil n
109. uma rela o de tratamento mais individual ainda em ambiente virtual reconhecendo os pontos de vista diferenciados que cada aluno apresenta em suas postagens mesmo em situa es em que mais de um aluno vivencie a mesma experi ncia Cabe portanto aos formadores estabelecer com os alunos um v nculo de comprometimento revelado tanto pela atualiza o das leituras pela frequ ncia das postagens quanto pela qualidade dos encaminhamentos que dado como retorno aos alunos no decorrer do processo de constru o da reflex o acerca da atividade docente em forma o Dessa forma o di logo respons vel por estabelecer grande parte do que chamamos anteriormente de elo de confian a dado pelo m tuo compromisso de alunos e formadores para atingirem os objetivos propostos em uma dada disciplina Durante a elabora o das postagens narrativas os alunos apresentam em seus relatos alguns elementos que n o estariam ligados necessariamente aos fatos ocorridos no campo de est gio s o elementos que revelam um pouco de sua subjetividade suas ansiedades e vontades seus medos e incertezas suas surpresas frustantes ou bem sucedidas ou em outras palavras as dimens es que os alunos conferem s narrativas em sua rela o experi ncia de forma o docente Em alguns casos as dimens es podem estar presentes desde as primeiras postagens dos alunos e acreditamos que o acompanhamento desde o in cio dessas dimens es podem garant
110. unanimidade que a ideologia contida no LD serve para consolidar a hegemonia da classe dominante por ser ideol gico alheio realidade FREITAG op cit p 86 Em outras palavras acredita se que a pol tica capitalista e sua ideologia subjacente parecem moldar o LD selecionando temas textos e atividades que por vezes colaboram para um escamoteamento da realidade atual e seus conflitos Faria 1996 afirma que especialmente no ensino de LE os LDs representam uma maneira de se implementar m todos e suas ideologias os quais nem sempre s o explicitados pelo autor enquanto que a pr tica de sala de aula tende a se moldar aos par metros desse material N o se pode esquecer contudo que o professor parte integrante e importante desse cen rio quando n o suficientemente consciente ele pode vir a tornar se o grande mediador da ideologia subjacente ao LD seja ela qual for O professor de LE deve estar atento para o fato de que apesar de ser um produto o LD n o se limita apenas ao conte do de cada p gina mas envolve uma combina o de ordem ideol gica e econ mica 3 20 LD de LE e o Processo De Ensino Aprendizagem A import ncia do LD em sala de aula est fundamentada no fato de muitas vezes ele ser o nico recurso facilmente acess vel a alunos e professores Certamente muitos professores procuram encontrar legitimidade e apoio para suas aulas neste material Constantemente vemos professores em in
111. usavam a escrita alfab tica antrop logos mission rios etc e que deste modo podiam facultar aos Tapirap o acesso a objetos escritos e a discursos orais mediados por essa escrita Neste momento para os Tapirap a escrita alfab tica parece significar coisa de branco e eles n o t m n o v em raz o para sua inser o no seu meio No segundo momento os Tapirap d o se conta de que o portugu s oral falado nas audi ncias com as autoridades n o era o que eles ouviam falavam no contexto e arredores da aldeia e ficam mais a par da import ncia que os n o ndios atribuem escrita embora talvez j desconfiassem ao observar que algumas a es importantes s o tomadas via escrita no mundo n o ndio Entendendo que deveriam aprender a escrever alfabeticamente e a usar a modalidade oral de portugu s formal das autoridades com as quais falavam que os Tapirap reivindicam a escola ou seja reivindicam especificamente o letramento escolar Consoante Rojo 2001c citada anteriormente pr ticas letradas diferentes desenvolvem capacidades diferentes e est o associadas a momentos hist ricos situados Neste sentido ao reivindicar o letramento escolar num momento hist rico decisivo para a sobreviv ncia do seu povo os Tapirap est o buscando desenvolver as capacidades ling stico discursivas relacionadas ao falar e escrever o portugu s das autoridades O aprendizado destas capacidades envolve n o s aprender a le
112. view of written text as communicative interaction In Research in Reading in English as a Second Language Editors Julia Frank McNeil Juana E Hopkins e Helen J Kornblum Washignton D C TESOL Denzin Norman K amp Lincoln Yvonna S 2006 2003 A disciplina e a pr tica da pesquisa qualitative In Denzin Norman K Lincoln Yvonna S orgs O Planejamento da Pesquisa Qualitativa 15 41 Porto Alegre ARTMED Dolz J amp Schneuwly B 1997 Os G neros Escolares Das pr ticas de linguagem aos objetos de ensino In G neros Orais e Escritos na escola Mercado das Letras Hyon S 1996 Genre in Tree Traditions Implications for ESL In TESOL QUARTELY vol 30 no 4 Winter Johns Anne M 1997 Pedagogical Genres In Am M Johns Text Role and Context Developing Academic Literacies Cambridge Cambridge university Press Nuttall C 1996 Teaching Reading Skills in a Foreign Language Macmillan Heinemann Oxford Ramos R C G 2004 G neros Textuais Uma Proposta de Aplica o em Cursos de Ingl s Para Fins Espec ficos In The Especialist Centro de Pesquisas Recursos e informa o em Leitura da Pontif cia Universidade Cat lica de s o Paulo CEPRIL V 1 n 1 1980 S o Paulo EDUC Smith F 1981 Reading Cambridge CUP Sousa A C W 2008 G neros Textuais em Materiais Did ticos de Ingl s Professores Produzindo na Escola P blica Niter i UFF Wallace C 1992 Reading Language Teachin
113. 0 71 21 12 26 7 66 26 16 18 4 64 22 4 13 19 58 M dia 64 48 55 23 189 Diante desses n meros cabe nos refletir Que din mica se estabelece em um curso dist ncia Quais rela es podem ser destacadas entre as din micas virtual e presencia Como seria poss vel avaliar o aproveitamento dos participantes nessa nova din mica As respostas n o s o simples de serem encontradas mas acreditamos que estamos diante de um novo modelo de din mica de aula bastante diferente dos modelos expositivos e de pergunta resposta avalia o a constru o do conhecimento n o depende apenas dos formadores mas do engajamento de todos os participantes com os compromissos assumidos para o cumprimento dos objetivos da disciplina Os ambientes colaborativos nos coloca diante de um novo panorama que ainda precisa ser explorado e refletido buscando n o apenas adaptar modelos de ensino s novas tecnologias mas sobretudo descobrir novas din micas de funcionamento para as atividades de ensino aprendizagem Refer ncias BANKS LEITE L O discurso argumentativo em aula de Hist ria topoi estere tipos e constru o de conhecimento In SMOLKA Ana Luiza B org Dossi Linguagem e constru o de conhecimento em sala de aula Pro Posi es v 18 n 3 54 p 112 set dez 2007 SMOLKA A L B Aprender conhecer raciocinar compreender enunciar a argumenta o nas rela es de ensino In SMOLKA Ana Luiza B org Dossi Linguagem e
114. 25 obras aprovadas ainda est o em fase de produ o ou impress o Embora o MEC tenha sido o respons vel pela impress o e editora o dessas ltimas publica es v rias institui es colaboram indiretamente no financiamento desses livros atrav s de apoio humano e material para os cursos de forma o de professores oficinas de elabora o de material did tico que s o atualmente de responsabilidade das secretarias estaduais mas que contam com o apoio at hoje da FUNAI e de algumas poucas secretarias municipais de educa o MEC SECAD Secretaria de Educa o Continuada Alfabetiza o e Diversidade CAPEMA Comiss o Nacional de Apoio Produ o de Material Did tico Indigena FUNAI D gt Materiais did ticos lt a SEDUCS ind genas t ONGs Organismos internacionais UNESCO PNUD Norad Rainforest PPG7 KfW e recursos governamentais PDPI MINC Lei Rouanet entre outros As organiza es n o governamentais que atuam junto aos povos ind genas tamb m s o as principais institui es que colaboram e n o de hoje com a produ o de materiais did ticos ind genas Elas s o inclusive respons veis pelas primeiras publica es nacionais Destacamos alguns desses primeiros materiais sendo que dois deles s o de f cil acesso ao p blico n o ind gena pois podem ser comprados em livrarias S o eles Shenipabu Myui Editora da UFMG e O Livro das rvores Editora Global
115. 996 O ingl s internacional e a confec o do livro did tico International english and EFL materials design Nelson Mitrano Neto PhD Universidade Federal Fluminense mitrano mac com Resumo Este trabalho pretende examinar as implica es da ado o do conceito de uma norma padr o internacional para o ingl s no que tange confec o do livro did tico para o ensino do ingl s l ngua estrangeira Palavras chave Ingl s Internacional padr o conte do lingu stico pragm tico livro did tico de ingl s Abstract This paper aims to discuss the implications that the adoption of the concept of a standard international variety of English might have to EFL materials design Keywords Standard International English linguistic pragmatic contents EFL materials design Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira ISILID ISIMAR AN 1 Introdu o Perhaps the crime of simply replacing one label with the more politically correct one of international English has been committed less by language teachers than by publishing companies In response to public demand for textbooks which are less nationally or culturally based and more global in their approach I am not convinced that they did not simply rename their How to speak the Queen s English textbooks Global Speak Perhaps this term international English is more
116. 999 CESNIK F S BELTRAME P A Globaliza o da cultura Barueri Manole 2005 CHOULIARAKI L FAIRCLOUGH N Discourse in late modernity rethinking Critical Discourse Analysis Edinburgh Edinburgh University Press 1999 DEBORD G A sociedade do espet culo Rio de Janeiro Contraponto 1997 FREITAG B COSTA W F MOTTA V O livro did tico em quest o 3 ed S o Paulo Cortez 1997 FRIDMAN M Vertigens p s modernas configura es institucionais contempor neas Rio de Janeiro Relume Dumar 2000 GRIGOLETTO M Se es de leitura no livro did tico de l ngua estrangeira lugar de interpreta o In CORACINI M J Org Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico S o Paulo Pontes 1999 p 79 91 HALL S 1992 A identidade cultural na p s modernidade 8 ed Rio de Janeiro DP amp A 2003 HALLIDAY M A K HASAN R Language context and text aspects of language in a social semiotic perspective Oxford Oxford University Press 1989 HYMES D On communicative competence In PRIDE J HOLMES J Eds Sociolinguistics Harmondsworth Penguin Books KRAMSCH C Language and culture Oxford Oxford University Press 1998 KRAMSCH C CAIN A MURPHY LEJEUNE E Why Should Language Teachers Teach Culture Language culture and curriculum Clevedon 9 1 p 99 107 1996 KRAMSCH C Context and culture in language teaching Oxford Oxford University Press 1993 K
117. C J F Ed Writing the nature development and teaching of written communication Volume 2 Writing process development and communication New Jersey Lawrence Erlbaum Associates 1981 p 177 188 HAMP LYONS L HEASLEY B Study writing a course in written English for academic and professional purposes Cambridge Cambridge University Press 1987 HYON S Genre in three traditions implications for ESL TESOL Quarterly v 30 n 4 1996 CD ROM TESOL Quarterly Digital volumes 1 30 1967 1996 p 693 722 JOHNSON K JOHNSON H Ed Encyclopedic dictionary of applied linguistics Great Britain Blackwell Publishers 1998 JOLLY D BOLITHO R A Framework for materials writing In TOMLINSON B Ed Materials development in language teaching Cambridge Cambridge University Press 1998 p 90 115 KAY H DUDLEY EVANS T Genre what teachers think TESOL Quarterly v 52 n 4 1998 CD ROM TESOL Quarterly Digital volumes 1 30 1967 1996 p 308 314 KRESS G Learning to write 2 ed Great Britain Routledge 1994 Linguistic processes in sociocultural practice Hong Kong Oxford University Press 1985 LARSEN FREEMAN D LONG M H An introduction to second language acquisition London Oxford University Press 1997 LEKI I Academic writing exploring processes and strategies New York Cambridge University Press 1995 MACEDO T S Academic writing estudo de livros did ticos para o
118. CD ROM jogos eletr nicos via intemet infogr ficos artefatos que ajudam a criar diferentes intera es em sala de aula entre outros dificulta a cria o de categorias relativas aos produtos gerados na intera o com os educadores Entretanto vendo o Design como processo propomos uma classifica o relativa a alguns eixos que influiram a defini o das quest es levantadas em cada trabalho p blicos atendidos minorias turmas de educa o especial deficientes visuais auditivos turmas de educa o de jovens e adultos classes de ensino infantil fundamental e m dio quest es acerca dos lugares do Design no ambiente de aula an lise da presen a da produ o do designer em classe e proposi o de novas possibilidades de interven o educa o na contemporaneidade proposi o de novas possibilidades de abordagem para materiais de leitura e did ticos O banco de dados permite uma consulta r pida s possibilidades de trabalho e abordagens de quest es educacionais pelo vi s de nossa rea Nele a cole o de trabalhos torna vis vel que atrav s da produ o de recursos informativos de artefatos que mudem a intera o e uso do espa o de aula de novos meios de experimentar os conte dos e de materiais de apoio para a pr tica pedag gica o designer e o educador podem modificar a experi ncia pedag gica Por trabalhar quest es que se apresentam nas pr ticas de um grupo estudado sem uma id ia de solu o preconce
119. Dicion rio de An lise do Discurso S o Paulo Contexto 2004 COSTA S R Intera o Alfabetiza o e Letramento uma proposta de para alfabetizar letrando In MELLO M C de e RIBEIRO A E do A orgs Letramento significados e tend ncias Rio de Janeiro Wak 2004 HOUAISS Ant nio e VILLAR Mauro de Salles Dicion rio Houaiss da Lingua Portuguesa Rio de Janeiro Objetiva 2001 JUNG N M Letramento uma concep o de leitura e escrita como pr tica social In BAGNO M et al Pr ticas de letramento no ensino leitura escrita e discurso S o Paulo UEPG 2007 p 79 106 KATO M A No mundo da escrita uma perspectiva psicolingi stica 7 ed S o Paulo tica 2005 KLEIMAN A B org Os significados do letramento uma perspectiva sobre a pr tica social da escrita Campinas Mercado de Letras 1995 MARCUSCHI L A Da fala para a escrita atividades de retextualiza o S o Paulo Cortez 2005 MORTATTI M do R L Educa o e letramento S o Paulo UNESP 2004 SOARES M Letramento um tema em tr s g neros Belo Horizonte Aut ntica 2005 TFOUNI L V Letramento e alfabetiza o S o Paulo Cortez 2004 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de Lingua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN Material did tico ind gena desafios e conquistas Design process of indigenous textbooks conquests and complexities Janu ria P
120. ES ligado ao dom nio social da comunica o votado s instru es e prescri es exige a regula o m tua de comportamentos instru es de uso instru es de montagem receitas regulamentos regras de jogo etc Segundo Rojo 1999 citada anteriormente os agrupamentos de g nero permitem uma progress o did tica em espiral na medida em que todos os agrupamentos apontados acima podem ser trabalhados em todas as s ries variando se a complexidade e profundidade no decorrer do processo de ensino aprendizagem e permitindo idas e vindas ao mesmo g nero numa mesma s rie Aproximando esta discuss o ao contexto ind gena poder amos dizer que poss vel pensar em uma proposta de ensino de g neros tanto para o ensino de l ngua ind gena como para o ensino de portugu s como segunda l ngua Ousamos dizer que os agrupamentos de g nero acima s o universais podendo ser estendidos a qualquer l ngua desde que adaptados aos contextos sociais espec ficos e s suas necessidades Varia es seriam percebidas no caso com rela o aos g neros escritos Em comunidades de inser o recente da escrita caso dos Tapirap a maior parte dos g neros escritos desconhecida principalmente na l ngua Tapirap visto que n o h circula o produ o dos mesmos nas esferas de atividade da aldeia G neros escritos na l ngua ind gena s o objetos constru dos criados na pela escola haja vista a transcri o dos mitos e outras
121. MEC 1998 pg 33 As necessidades especiais revelam que tipos de estrat gias s o necess rias para permitir que todos os alunos inclusive as pessoas com defici ncia participem integralmente das oportunidades educacionais dentro de uma programa o t o normal quanto poss vel Algumas dessas estrat gias compreendem a es que s o implementadas pelas instancias pol tico administrativos superiores S o chamadas de Adapta es Curriculares de Grande Porte Outras compreendem modifica es menores de compet ncia especifica do professor Elas constituem pequenos ajustes nas a es planejadas a serem desenvolvidas na sala de aula A essas ent o se denomina Adapta es Curriculares de Pequeno Porte Tanto nas Adapta es de grande porte como as de pequeno porte observa se pontos em comum Organizativas relativas aos objetivos e conte dos avaliativas nos procedimentos did ticos e nas atividades e na temporalidade As Classes Hospitalares X Adapta es Curriculares O hospital como espa o educativo e promotor da cidadania Do ponto de vista do ambiente Fonseca 2003 admite o hospital como um ambiente bastante impessoal Qualquer pessoa que se hospitaliza tanto crian a quanto adulto sente se como se tivesse perdido a identidade e passa a ser um numero de leito ou a uma enfermidade Essa ruptura ainda que tempor ria com o mundo externo provoca uma s rie de sensa es que oscilam desde a fragilidade ao abandono Como co
122. O 2007 p 29 A come ar pelo prefixo uni do latim unire unir formar um s combinado com os termos modalidade ou semiose ter amos na verdade uma ilus o de unicidade causada por um olhar atento apenas a um dos aspectos presentes na linguagem seja verbal ou imag tica ignorando que por exemplo a mancha do texto impresso tamb m poderia ser apreendida como imagem Considerar neste caso a unimodalidade ou a unissemiose de um g nero seria n o levar em conta por exemplo que a organiza o da p gina pode trazer sentidos ao leitor que est diante dela seja para l la ou para v la Mesmo assim o termo unissemiose pode ser utilizado quando for verificada a abordagem de apenas uma das semioses de um texto g nero seja verbal ou visual ou quando os textos parte as interfer ncias que recebam do projeto gr fico editorial adotado para a composi o da mise en page Chartier 1996 forem produzidos em seu suporte original a partir de uma nica semiose O prefixo multi do latim multus mais de um muitos combinado com os termos modalidade ou semiose pressup e a diversidade de modos ou de sistemas s gnicos respectivamente que um g nero apresenta mantendo ainda a ess ncia das partes que o comp em O termo multissemiose pode ser utilizado para classificar os g neros que apresentam diferentes semioses por exemplo a verbal na modalidade escrita e a visual em suas diferentes modalidades sem que ofere am con
123. Por fim a seq ncia did tica encerra se com uma produ o de uma carta de reclama o para o presidente da rep blica O objetivo de certa forma sintetizar o que foi feito nas atividades anteriores Espera se que ao chegar neste momento o aluno esteja um pouco mais seguro na elabora o de argumentos e que atente s caracter sticas apontadas para a constru o de uma carta de reclama o uma autoridade n o ndia Este tamb m ser um trabalho lento tendo em vista que 1 os alunos estar o escrevendo em uma segunda l ngua 2 um momento de avalia o em que d vidas surgir o quanto a elabora o de argumentos e com rela o pr pria organiza o do texto 3 leituras re leituras e corre es ser o feitas ao longo do processo A oportunidade de escrever para um sujeito real o presidente e sobre um problema real a invas o da terra Tapirap pela hidrovia e ainda de enviar a carta torna a atividade mais que um exerc cio de sala de aula um momento de constru o e exerc cio da cidadania pelos alunos Tapirap em conson ncia com os objetivos do ensino de g neros apontados anteriormente e com os objetivos da proposta curricular que embasa o ensino na escola Tapirap guisa de conclus o A segi ncia did tica sugerida acima certamente n o exaure todas as possibilidades de trabalho com os g neros nela abordados e isto o pretendido considerando se uma progress o de ensino em espiral No entanto
124. Portanto o Design est no processo sendo o produto apenas a concretiza o de um planejamento em que levado em conta o que se quer produzir a quem se quer atender a que fun o visa atender e que t cnicas est o dispon veis para tal produ o Assim diz Rita Couto Mais do que ter voca o interdisciplinar o Design tem natureza de interdisciplina tecnol gica uma disciplina que tem base elementos disponibilizados pelo conhecimento cient fico emp rico e intuitivo uma tecnologia que utiliza na sua pr tica conhecimento de outros campos de saber o que explica sua voca o inter disciplinar Couto 1997 De fato Miller 2004 em Definition of Design trabalha em torno da id ia de que Design o processo de pensamento compreendendo a cria o de uma entidade No artigo ele afirma ao desconstruir a senten a que Design um processo de planejamento que visa conceitua o das possibilidades constru o e sele o de op es tendo como resultado a cria o de algo para responder a uma quest o Esta entidade criada pode ser um objeto um evento uma id ia uma rela o como rela o de procedimentos ou estabelecendo rela es humanas Na constru o da senten a em que baseia seu texto Miller traz o processo como protagonista do fazer Design Mas o autor tamb m destaca que Design n o produto produto apenas a sa da do Design Ent o o que
125. RAMSCH C The cultural discourse of foreign language textbooks In SINGERMAN A Ed Toward a new integration of language and culture Middlebury VT Northeast Conference on the Teaching of Foreign Languages 1988 p 63 88 KRESS G van LEEUWEN T Multimodal discourse the modes and media of contemporary communication London Arnold Routledge 2001 KRESS G van LEEUWEN T Reading images the grammar of visual design London New York Routledge 1996 KUMARAVADIVELU B Toward a postmethod pedagogy TESOL Quarterly 35 p 537 560 2001 MOITA LOPES L P A nova ordem mundial os Par metros Curriculares Nacionais e o ensino de ingl s no Brasil a base intelectual para uma a o pol tica In BARBARA L ROCHA R C G Orgs Reflex o e a es no ensino aprendizagem de l nguas Campinas Mercado de Letras 2003 p 29 57 PERUCHI 1 CORACINI M J O discurso da cultura e a quest o da identidade em livros did ticos de franc s como l ngua estrangeira In CORACINI M J Org Identidade e discurso des construindo subjetividades Campinas Argo Unicamp 2003 p 363 385 RICHARDS J RODGERS T Approaches and methods in language teaching 2 ed Cambridge Cambridge University Press 2001 SANTOS M Por uma outra globaliza o do pensamento nico consci ncia universal Rio de Janeiro Record 2000 TILIO R O livro did tico de ingl s em uma abordagem s cio discursiva culturas identidad
126. SON 1995 LYNCH 1996 j amplamente demonstraram esses e outros processos e portanto j sabemos mais ou menos que fei o ter o ILF cf SWAN amp SMITH 1992 De qualquer maneira a quest o principal parece permanecer n o ser o leque de varia o t o extenso que nenhum novo padr o realmente emergir do corpus Embora o projeto assinale que contam com uma amostragem que inclui falantes de 50 l nguas diferentes mas em sua grande maioria europ ias parece que uma amostragem representativa deveria incluir um maior n mero de l nguas pertencentes a uma maior variedade de fam lias lingu sticas j que se estima haver cerca de tr s milidiomas no mundo Em ltima an lise o conceito de ILF retira do falante nativo o papel abalizador e o passa para um falante nativo de uma outra l ngua A consequ ncia imediata para o produtor de materiais e para o processo de ensino a perda de par metros em termos de padr es ling sticos operacionaliz veis j que visto desse ngulo o alcance dos par metros de ILF potencialmente infinito Al m disso h uma s rie de quest es levantadas acerca do ensino com base em dados registrados em corpora que dado o escopo deste artigo n o ser o discriminados aqui Recomenda se a leitura de COOK 1999 que apresenta uma an lise cr tica s lida e bem embasada a esse respeito A seguir passaremos a discutir tr s reas que muito bem exemplificam essa dificuldade de operacionaliza
127. a o do profissional em ambientes educacionais Nessas situa es vivenciando o cotidiano para o qual seu produto ser desenvolvido vimos que a intera o entre Design e Educa o s tende a enriquecer a experi ncia de ensino desenvolvendo materiais reformando o espa o de aula refinando o tratamento formal do conte do ou trabalhando a estimula o sensorial a partir de novos meios O designer produz artefatos que se inserem no tecido social Suas cria es ganham relev ncia no uso pelo homem gerando novos valores na intera o com outros objetos No desenvolvimento de seu trabalho ele conjuga elementos simb licos da comunidade qual visa atingir os decodificando e reorganizando na forma de diferentes objetos Deste modo prop e novas significa es para as unidades conjugadas Os conceitos desenvolvidos em produtos recebem sentido no uso social sendo a atribu dos a eles fun es e valores As tecnologias avan am e as t cnicas de produ o se aprimoram criando novas possibilidades de manipular mat ria e informa o Embora tais avan os tornem gera es inteiras de artefatos obsoletas por vezes vemos produtos aparentemente ultrapassados receberem novos usos ressignificando se e mudando seu posicionamento e atribui es junto aos grupos sociais Como designers ao gerar elementos que se integrar o malha cultural entendemos que interagindo com outros objetos nosso trabalho se modificar Por tudo isso m
128. a 1 argumento e depois mostra para o resto da turma Depois disso cada grupo se re ne e formula outro argumento contra o que o outro grupo argumentou O assunto do debate Voc contra ou a favor do aluguel do pasto aqui da rea Tapirap para n o ndios Ao final do debate vamos avaliar os argumentos e discutir como podemos melhor los Atividade 4 Escrevendo uma carta de reclama o Nesta parte do nosso estudo vamos escrever uma carta de reclama o ao Presidente da Rep blica sobre a constru o da Hidrovia Tocantins Araguaia O presidente a maior autoridade dos n o ndios por isso ao escrevermos uma carta para ele temos que mostrar respeito Como que come amos a escrever uma carta para uma autoridade Reveja na atividade 2 Nesta carta vamos reclamar e vamos pedir provid ncias do presidente Lembre se voc vai argumentar e tentar convencer o presidente do seu ponto de vista No final voc mostrar respeito novamente e vai assinar a carta Por enquanto este um treino Depois o professor vai corrigir e vai te ajudar a melhorar sua argumenta o se for preciso Por ltimo n s vamos enviar a carta ao presidente Como dissemos anteriormente as quatro atividades apresentadas formam um esqueleto do que poderia ser um trabalho com g neros do agrupamento argumentar Na primeira atividade o objetivo chamar a aten o dos alunos para os debates que podem ocorrer no cotidiano e principalmente nas
129. a de diferenciar o produto de sua concorr ncia tenaz as empresas respons veis por sua constru o encheram no de possibilidades outras que n o o mero al al a que foi destinado como desdobramento do telefone fixo O pr prio termo telefone fixo est com os dias contados bem como todos os cabos telef nicos que os alimentam de pulsos el tricos Em virtude do processo de miniaturiza o de seus componentes os aparelhos receberam uma constela o de subsistemas que traduzem no o que normalmente seria considerado um PDA ou Personal Digital Assistant dispositivo inaugurado pelo CASIO PF 3000 em 1983 como substituto das anal gicas agendas telef nicas de papel calend rios bloquinho de anota es rel gio despertador calculadoras enfim tudo o que normalmente o moderno homem de neg cios carregaria balan ando em sua pasta 007 Com sua evolu o paralela aos celulares e computadores notebook os PDA tamb m chamados Palms em homenagem ao Palm Top original marca esposada pelos seus entusiastas conveniaram a possibilidade da mobilidade suprema com a computa o uma vez que seus softwares se tornaram tamb m mais profundos Objetivos alcan ados mediante o entendimento do que um assistente pessoal um PDA original de um per odo anterior ao florescer da telefonia m vel no entanto n o t o vers til como um notebook em termos de performance O notebook de ent o salvo sua mobilidade e efici ncia de consumo el trico
130. a do Do seu ponto de vista a atitude do menino diante da velha senhora foi correta De que passagem do texto voc mais gostou Se voc pudesse fazer uma cirurgia para modificar o funcionamento de seu corpo que rg o voc operaria Justifique sua resposta Voc concorda com o autor D um exemplo de pleonasmo vicioso N o havia pleonasmo no texto e isso n o fora explicitado na li o Caxambu fica onde O texto n o falava de Caxambu Quantos par grafos tem o texto Qual o t tulo do texto Quantos versos tem o poema Numere os par grafos do texto V ao dicion rio e copie os significados da palavra Esses tipos de exerc cios segundo o autor n o s o significativos para o aluno pois n o criam oportunidades para treinar o racioc nio o pensamento cr tico as habilidades argumentativas e incentivar a forma o de opini o Logo tais exerc cios constituem a evid ncia mais clara da perspectiva impositiva da escola Ali os textos d o a impress o de serem monossem nticos e os sentidos nicos Marcuschi Ibidem 52 4 Contextualiza o da Pesquisa O tivro did tico constitui uma refer ncia organizadora do curr culo escolar e did tico pedag gico para muitos professores no contexto brasileiro o que nos possibilita um olhar mais investigativo e questionador sobre a apresenta o desse material enquanto recurso pedag gico Assim nossa an lise vai privile
131. a l ngua ensinada verdade que para um melhor entendimento do uso de uma l ngua estrangeira um certo conhecimento das culturas desta l ngua se faz necess rio Isso n o significa que o indiv duo precise ser bicultural ou seja conhecer as culturas da l ngua estrangeira t o bem quanto as culturas da sua pr pria l ngua Basta que haja um conhecimento e debate da cultura estrangeira e n o um processo de acultura o Na verdade a proposta de ensino de l ngua e cultura n o se trata de uma proposta de biculturalismo mas de interculturalismo como as culturas podem se entrela ar de uma forma relevante para o aprendiz da l ngua estrangeira O ensino de cultura ou melhor a abordagem de temas culturais juntamente com o ensino de l ngua estrangeira n o deve ser tratado como uma disputa entre culturas mas conforme j mencionado como uma possibilidade de debate discuss o e reflex o sobre temas da realidade social dos individuos e do mundo mundo este em que esses indiv duos est o inseridos Acredito que a rela o entre l ngua e cultura no ensino de l ngua estrangeira deva ser encarada como um compromisso pol tico promovendo a reflex o a cerca de quest es como etnocentrismo diferen as entre culturas interculturalidade apropria o de fatos culturais transculturalidade transposi o cultural entre outras Segundo Fridman 2000 a sociedade p s moderna atual caracteriza se por uma forte reflexividade o qu
132. a o ensino seja um trabalho de conscientiza o das diferen as ling stico culturais a partir de uma variedade nativa e como essas diferen as afetam a produ o do usu rio de ILF como bem expressa KUO 2006 219 cf GUMPERZ 1979 O que parece mais urgente para preparar os aprendizes com os mais variados etos socioculturais para interagir entre si em ingl s um trabalho de conscientiza o de suas diferen as interculturais Erling 2000 15 parece concordar quando argumenta que precisamos incentivar a conscientiza o acerca do ingl s padr o nativo e encorajar os aprendizes a pensar sobre quem d forma promove e guarda o ingl s internacional Refer ncias BIALYSTOK E Communication strategies A psychological analysis of second language use Oxford Blackwell 1990 COOK G The uses of reality a reply to Ronald Carter ELT Journal 52 57 63 1998 CRYSTAL D The English language Harmondsworth Penguin 1988 ERLING E J International global world English is a consensus possible Department of Theoretical and Applied Linguistics The University of Edinburgh Freie Universitat Berlin 2000 GOLDSTEIN B Framework Intro London Richmond 2006 GRADDOL D English next London The British Council 2007 GREENBAUM S The Oxford English grammar OUP 1996 GUMPERZ J J JUPP T ROBERTS C Crosstalk Gr Bretanha National Centre for Industrial Language Teaching 1979 HUDSON R
133. a o professor que elabora a atividade mas fundamentais para facilitar o aprendizado do aluno Entre algumas atividades poss veis aqui podemos destacar o uso de figuras gr ficos instrumentos de medi o e c digos para que sejam interpretados pelo aluno A figura 3 mostra uma atividade elaborada para o n vel intermedi rio de profici ncia Usamos um texto que aborda alguns estere tipos negativos do brasileiro de forma ir nica e com o aux lio do dicion rio da pr pria ferramenta algumas palavras podem ser explicadas ve e testehtm Multiple INFERNO NACIONAL A historinha abaixo transcrita surgiu no folclore de Belo O ficou triste a o nonar Figura 3 Atividade texto No ambiente do aluno inserimos o texto Inferno Nacional de Stanislaw Ponte Preta que dever ser previamente lido para come ar a atividade No ambiente do professor encontramos as perguntas elaboradas sobre o texto Neste mesmo ambiente o aluno receber um feedback caso a resposta seja correta ou errada e uma dica caso seja necess ria uso do bot o importante que o professor esteja atento na elabora o das respostas para que evite ambig idades Outro ponto importante a linguagem usada que precisa ser bem clara a fim de que o aluno se concentre no conte do e n o na compreens o da pergunta Considera es Finais Uma atividade produzida por uma ferramenta de autoria n o substitui a intera o professor aluno em
134. a referida sequ ncia parece contribuir no sentido de que o aluno Tapirap desenvolva aprimore sua argumenta o familiarize se com algumas condi es de produ o de um debate e de uma carta de reclama o assim como com os procedimentos necess rios para tal e por fim parece possibilitar ao aluno tomar consci ncia de algumas diferen as entre ndios e n o ndios no que se refere argumenta o e ao tratamento de autoridades Al m disso sugere procedimentos de planejamento aos professores de portugu s como segunda l ngua em contextos ind genas Deste modo consideramos que esta segii ncia did tica com forte apoio na realidade ind gena tende a capacitar o aluno Tapirap ao exerc cio da cidadania por fornecer subs dios para que ele argumente em favor dos seus direitos Por estes motivos e pelos outros j expostos no decorrer do artigo acreditamos que o ensino de g neros por agrupamento pode ser muito produtivo nas aulas de portugu s no contexto Tapirap e por isso mais que elaborar uma proposta de sequ ncia did tica conforme apresentamos acima necess rio construir uma progress o curricular para o ensino de 5 a 8 s ries abarcando n o s os g neros da ordem do argumentar mas tamb m os das outras ordens relatar expor narrar descrever Contudo seria necess rio testar a proposta de segii ncia did tica acima e quem sabe elaborar e testar outras com os demais agrupamentos a fim de se obter element
135. a regi o Neste trecho primeiro temos a opini o Somos contra a constru o da usina hidrel trica de Serra da Mesa Depois temos um argumento porque ela invadir muitas terras ind genas prejudicando estes povos Para ligar o argumento opini o usou se a palavra porque Por ltimo temos mais um argumento Al m disso o alagamento provocar a morte e o desaparecimento de muitos bichos que s vivem nessa regi o Para juntar este argumento com o que foi dito antes come amos com al m disso Pensando ainda na constru o desta hidrel trica vamos fazer juntos oralmente outros exemplos de argumentos usando porque al m disso Agora pense na seguinte situa o A dire o da escola decidiu mudar o t rmino das aulas de 17 h para 18 h com o intuito de aumentar o n mero de horas das aulas de portugu s Por m os times de futebol formados pelos alunos para a disputa das olimp adas ind genas t m somente este hor rio para o treino H pessoas que concordam com o diretor mas h alunos que n o concordam No nosso exerc cio formaremos dois grupos Um dever argumentar contra a mudan a de hor rio e outro argumentar a favor Depois cada grupo apresentar oralmente seus argumentos turma Por ltimo a pr pria turma avaliar quais foram os melhores argumentos Este pequeno debate um treino para voc elaborar argumentos Sempre quando h opini es diferente
136. a um projeto pr ximo do usu rio do produto com uma produ o direcionada a um usu rio real conhecido em suas min cias e n o a um usu rio padr o simulado Pode se inferir que tais pesquisas direcionam se a grupos pequenos tendo como base estudos qualitativos No levantamento e sele o dos trabalhos para o banco de dados grande parte dos projetos era feito com base nessa metodologia Desta forma muitos projetos caracterizaram se por atender grupos espec ficos minorias pouco atendidas como locais para a educa o de deficientes auditivos deficientes visuais turmas de educa o de jovens e adultos ou creches voltadas para a popula o de baixa renda Analisando os vimos a abrang ncia de atendimento do trabalho conjunto de designers e educadores atendendo a grupos minorit rios planejando solu es de diversas formas e meios tendo como fruto a cria o de sistemas visuais informacionais produtos l dicos reutiliza o de materiais de sala de aula e jogos coletivos individuais e eletr nicos entre outros O banco de dados O Design visto como um campo h brido do conhecimento isto ele um corpo de conhecimentos que sua a o baseada na interdisciplinaridade Essa abrang ncia gera resultados muito diversos e ricos tanto para o meio acad mico onde a teoria se desenvolve quanto para o meio social onde seus produtos s o aplicados Desta forma o curso de Design estrutura se em torno das disciplinas de projeto
137. abelece antecipadamente os limites para o percurso dos corredores J no segundo o curr culo n o definido antecipadamente mas constru do por aqueles que o percorrem com as condi es que t m para percorr lo Esse segundo caso remete a pensar o curr culo como processo como historicidade como movimento como produ o participada Embora possamos projetar o seu fim n o podemos saber antecipadamente se ele ser alcan ado O curr culo percurso de busca que deve ser sempre questionado e reavaliado Procurando analisar o curr culo de uma forma mais objetiva e pratica percebemos que ele e de suma import ncia para a organiza o da a o pedag gica Para Sacrist n 2000 pg 15 Quando definimos curr culo estamos descrevendo a concretiza o das fun es da pr pria escola e a forma particular de enfoc las num momento hist rico e social determinado para um n vel ou modalidade de educa o numa trama institucional etc O curr culo ent o um meio pelo qual a escola se organiza prop e os seus caminhos e a orienta o para a pratica pedag gica em si Segundo Sacrist n 2000 n o podemos pensar numa escola sem pensar em seu curr culo e em seus objetivos Todavia este autor n o est propondo isso apenas de forma burocr tica e mec nica mas percebendo todo o contexto em que isto ocorre e as consequ ncias na pratica pedag gica e na forma o do educando As fun es que o curr culo cum
138. aberta onde essas tarefas competem exclusivamente ao professor ou a uma equipe de professores descri o manique sta de Wickens C sar Coll dar prefer ncia concep o aberta de elabora o curricular posto que ela apresenta uma maior flexibilidade o que permite ao professor ser capaz de mudar suas estrat gias no decorrer do processo educativo mudando o plano curricular de acordo com as necessidades vigentes Essas no es de concep es curriculares est o intimamente ligas na educa o para todos que se almeja conquistar Em ultima est ncia viabiliza a sua concretiza o Ver as necessidades especiais dos alunos atendidas no mbito da escola regular requer dos sistemas de ensino n o apenas as suas atitudes e expectativas mas tamb m que se organizem para a constru o de uma escola que de conta dessas especificidades Adapta es Curriculares Pensar em adequa o curricular significa considerar o contexto das escolas levando se em conta as necessidades e potencialidades dos seus alunos e os valores que orientam a pratica pedag gica Para os alunos que apresentam necessidades especiais esses fatores tem um significado muito importante O que s o as adapta es curriculares As adapta es curriculares s o estrat gias educativas para facilitar o processo de ensino aprendizagem em alguns alunos com necessidades educativas especificas Estas estrat gias pretendem a partir de modifica es mais ou menos exten
139. acteriza o dos professores nfases abordagem interdisciplinaridade objetivos do ensino Ainda necess rio considerar o professor seu papel sua profici ncia flu ncia liberdade de atua o abordagem de ensinar e Por fim merece destaque ainda nessa se o as formas como pode acontecer a avalia o de materiais did ticos tamb m discutidas na oficina ora relatada Para Leffa 2003 essa avalia o pode ser informal em que um professor prepara um material aplica o analisa sua aplica o e se necess rio reformula o para utiliza o em outro contexto Neste caso muitas vezes O processo feito pelo professor sem interfer ncia de outro profissional ou outra 1 0 uso de retic ncias indica que o entendimento do perfil dos alunos do contexto escolar do contexto de ensino de l ngua e do perfil do professor n o se esgota nos itens arrolados nos par nteses Ao contr rio outros elementos n o citados aqui podem ser considerados caso sejam pertinentes inst ncia Uma avalia o formal por outro lado envolve outras pessoas consultores por exemplo e instrumentos de registro e avalia o entrevistas question rios pilotagem Acredito que as discuss es da oficina podem ter contribu do para que os professores participantes tenham atitudes mais conscientes em ambas as formas de avalia o As informa es obtidas atrav s do question rio Seguem as informa es reveladas pela tabula o dos dados
140. adapta es curriculares no mbito das classes hospitalares Critical analysis of school curriculum adaptations in the hospital classes context Tyara Carvalho de Oliveira Am lia Escotto do Amaral Ribeiro A tecnologia como aliada s aulas presenciais de PE em contexto Offshore Associating technology with mandatory PE classes in an offshore context Jane Cristina Duarte dos Santos Autoria participativa design de recursos pedag gicos Collective authorship design of learning resources Romulo Miyazawa Matteoni Fernanda Nazare Batista Avalia o e sele o de livros materiais did ticos para o ensino de l nguas relato de uma oficina Coursebooks didactic materials evaluation and selection for language teaching a workshop report Renato Caixeta da Silva Buscando informa es nas entrelinhas o uso de marcas ling sticas na constru o de leitores reflexivos em l ngua inglesa Searching for information between the lines the use of linguistic markers in the construction of reflective readers in english Angela Cristina de Oliveira Corte Cynthia Regina Fischer Design gr fico do livro did tico Graphic design of the school textbook Nathalia S Cavalcante Dispositivos m veis na educa o Mobile devices in education Guilherme Xavier Gabriel Batista Natalia Pavanelli 89 114 126 136 146 156 173 185 Ensino de g neros do agrupamento argumentar nas aulas de portugu
141. ado do Rio de Janeiro v rias institui es de ensino tais como o col gio Pedro Il o Cefeteq o Cefet algumas escolas municipais e col gios estaduais n o t m adotado livro did tico para a aula de ingl s mas sim produzido seu pr prio material did tico que elaborado por um professor ou por uma equipe de professores O material usado no col gio estadual onde trabalho foi elaborado por um dos professores da equipe e tem sido usado nas aulas de leitura em ingl s O autor come ou a elabora o do material no ano de 1992 quando ele e outros membros da equipe decidiram deixar de adotar livros e criaram uma apostila para ser utilizada nas turmas de terceira s rie do ensino m dio na poca segundo grau 8 Crit rios para an lise do material A no o de g nero discursivo que permeia este trabalho a que considera g nero como um instrumento que viabiliza a a o discursiva do sujeito locutor enunciador numa dada situa o definida por par metros Dolz amp Schneuwly 2004 Para entender como os g neros s o ensinados neste material utilizo a proposta de aplica o de g neros discursivos na aula de leitura elaborada por Ramos 2004 quel tem como embasamento os estudos de Halliday 1994 e oferece categorias de an lise pr prias para este estudo Em sua proposta Ramos 2004 fundamenta seu plano nos estudos de Halliday e Hasan 1989 Esta contribui o para o planejamento de cursos com base em g neros discursivos
142. ador de est gio formador PED Programa de Est gio Did tico para alunos de p s gradua o da Universidade2 e alunos fundamentada em narrativas verbais e n o verbais as quais propiciam uma nova postura de supervis o de est gio que re configura tempos e espa os educativos 3 Uma primeira reflex o sobre os aspectos pedag gicos de forma o de professores que emergem das narrativas constru das pelos alunos estagi rios atrav s das ferramentas de intera o do ambiente colaborativo Teleduc 1 A proposta de est gio das licenciaturas da Faculdade de Educa o da Unicamp e o ambiente colaborativo Teleduc O est gio de licenciatura na Faculdade de Educa o tende re ne alunos de diversos cursos humanas exatas e biol gicas e prop e a estes a forma o de grupos heterog neos que devem elaborar um plano e a o a ser desenvolvido no campo de est gio Procurou se desta forma superar a perspectiva de observa o e reg ncia e o isolamento do estagi rio em sala de aula Poder amos resumir o papel do est gio na forma o do professor em tr s objetivos 1 Dar corporifica o a professores que tenham como preocupa o acad mica tanto no seu campo espec fico de conhecimento como educa o e que tenham profundo respeito por aqueles que atuam nas diversas e multifacetadas a es educativas que acontecem diariamente no Brasil ainda que a eles dirijam cr ticas e proposi es outras 2 Ser um momento de descon
143. agentes transformadores valorizando esses aspectos que o Design da PUC Rio se prop e atuar no meio seguindo a linha chamada de Design Participativo Diante desse panorama iniciamos um levantamento dentro do universo de projetos dos alunos da gradua o de Design da PUC Rio Nosso objetivo era obter trabalhos que tivessem como resultado objetos de ensino aprendizagem Nossa busca come ou por meio de arquivos digitais acessando relat rios de desenvolvimento e principalmente pelas fichas resumo Ao final do projeto os alunos preenchem uma ficha com as principais informa es do trabalho desenvolvido durante o per odo S o informa es substanciais para que consigamos compreender como o projeto foi feito entre as informa es disponibilizadas a temos o nome do projeto o nome da institui o dos grupos uma pequena descri o do projeto qual produto foi desenvolvido entre outras Essas fichas s o entregues aos professores de projeto e encaminhadas ao Laborat rio de Pedagogia do Design onde s o arquivadas conforme o ano e o semestre Al m das fichas s o entregues os relat rios Este procedimento vem sofrendo algumas modifica es em rela o ao suporte Em 2008 ambos ser o entregues em um modelo digitalizado e em outro impresso A metodologia definida para o levantamento delimitou como per odo de pesquisa os trabalhos gerados do ano 2000 at o primeiro semestre de 2008 Percorremos todas as habilita es conte
144. al tipo de sujeito espera se formar Partindo deste projeto a proposta curricular dever ser feita nela constando os objetivos do ensino a defini o dos conte dos a metodologia assim como a forma de avalia o Embora n o tenhamos feito acima uma an lise profunda do projeto educacional Tapirap pode se dizer que o objetivo primordial deste projeto formar o cidad o Tapirap para que ele atue dentro e fora da aldeia Neste sentido que os conte dos s o definidos de modo a se incorporar ao m ximo a realidade Tapirap vida cotidiana na aldeia lutas por direitos festas etc dentro de uma metodologia que prev um aprendizado cont nuo que n o se restringe as paredes da escola e que por conseqii ncia prev uma avalia o processual continuada e n o por notas Al m do pressuposto da aprendizagem cont nua a avalia o processual visa a n o separar pela repet ncia os grupos et rios que definem o conv vio social na aldeia Uma faceta da forma o do cidad o Tapirap a aprendizagem da l ngua portuguesa como segunda l ngua N o vamos retomar aqui o que foi dito no in cio deste artigo sobre a import ncia a especificidade e os cuidados relativos ao ensino desta l ngua em contexto ind gena Interessa nos neste momento partindo de nossa experi ncia como professora de portugu s na escola Tapirap fazer uma breve reflex o sobre quais objetos de conhecimento poderiam ser ensinados nestas aulas de por
145. aluno e aluno aluno quanto o processo de ensino aprendizagem O manual do professor tamb m avaliado segundo crit rio espec fico onde considerado um valioso instrumento did tico O ltimo crit rio considerado relativo aos aspectos gr fico editoriais segundo os quais um livro dedicado ao ensino aprendizagem de L ngua Portuguesa precisa ser leg vel e bem ilustrado O Guia tamb m exp e os objetivos centrais do ensino de L ngua Portuguesa nos quatro ciclos do Ensino Fundamental De acordo com esses objetivos o aluno deve prioritariamente apropriar se e desenvolver se na linguagem oral e escrita nas maneiras mais complexas e variadas poss veis dominar a norma culta sem desconsiderar as variedades ling sticas e praticar a an lise e reflex o sobre a l ngua na compreens o e produ o de textos orais ou escritos Na se o O perfil dos livros de alfabetiza o recomendados neste Guia chama se a aten o para o fato de que entre as obras recomendadas em mais da metade existem propostas que apresentam lacunas ou ressalvas e que estas est o destacadas nas resenhas como aspectos que exigir o maior aten o e complementa o do trabalho por parte do professor Tamb m exposto que os livros de alfabetiza o recomendados t m um perfil que pode ser caracterizado por dois eixos o primeiro referente l gica de organiza o da estrutura das obras o segundo referente aborda
146. am argumentar de igual para igual com os n o ndios na luta por seus direitos parece ser necess rio que o agrupamento argumentar de g neros seja priorizado no ensino de portugu s como segunda l ngua o que n o implicaria evidentemente excluir os outros agrupamentos O ensino de g neros deste agrupamento obviamente exige mais do professor uma vez que este se incumbir do desafio de expor as diferen as das vis es de mundo ind gena e n o ind gena sem exaltar uma em detrimento da outra N o obstante estas diferen as precisam ser mostradas pois a partir do conhecimento das mesmas que os ind genas poder o avaliar e se for o caso adequar alguns aspectos de sua intera o com o mundo n o ndio com vistas a obterem maior sucesso nas suas reivindica es Elaborando uma seqgii ncia did tica para o ensino de g neros do agrupamento argumentar no cen rio Tapirap Nosso trabalho com a l ngua portuguesa na aldeia embora seja um trabalho comprometido com a realidade social Tapirap e esteja obtendo sucesso na medida em que a maior parte dos alunos Tapirap escreve e l bem em portugu s tem algumas falhas Uma delas que a exemplo do ensino de portugu s como l ngua materna feito em parte das escolas n o ndias temos focalizado o ensino a partir de textos Uma tipologia que quase sempre reserva os textos descritivos e narrativos para a 5 e 6 s ries e os expositivos e argumentativos para a 7 e 8 s rie
147. amados sequ ncias did ticas est o associados referida abordagem de ensino do professor Esta abordagem pode estar inserida num dos dois grandes alinhamentos contempor neos de abordagem a abordagem formal ou gramatical ou a abordagem significativa ou comunicativa O planejamento de unidades a produ o de materiais e o modo de avaliar associados s atitudes e pap is desempenhados e assumidos na sala de aula constituem se em pistas da abordagem do professor Esta abordagem for a que orienta e caracteriza o processo de ensino de uma l ngua revela concep es sobre linguagem l ngua estrangeira sobre aprender l nguas e ensinar uma nova l ngua e forma se tamb m na tens o com outras for as tais como a abordagem de terceiros colegas autores de livros did ticos superiores etc os filtros afetivos dos alunos em contato com os filtros do professor a cultura de aprender dos alunos que influem no processo de ensinar e aprender outra l ngua Especificamente sobre o material did tico para o ensino de l nguas tamb m a falta de tempo remunerado do professor para elabor lo um complicador Deste modo o livro did tico assume um papel importante nas aulas de l nguas por economizar o tempo do professor no que diz respeito a organizar e pensar em seqii ncias de ensino O papel do livro did tico seria al m de ajudar professor e aprendiz a realizarem sua tarefa segundo Morita 1998 propor atividades funcionais e estruturai
148. amos o quadro abaixo que traz resultados de uma pesquisa sobre inten o de votos para exemplifica o de tendenciosidade Ao interpretar os dados podemos construir um texto tendencioso ao afirmar que Jos o candidato mais popular ou ainda 59 dos eleitores n o est o a favor de Jos decorrente de um recorte distorcido da realidade Na segunda etapa da oficina solicitamos aos participantes que relessem o texto selecionado visando pr tica das habilidades apresentadas Para um melhor gerenciamento da atividade os participantes foram divididos em pequenos grupos e cada grupo trabalhou com uma habilidade espec fica buscando marcas ling sticas pertinentes no texto Foi interessante observar que nessa segunda leitura os participantes perceberam informa es relevantes que n o haviam considerado anteriormente preenchendo lacunas e posicionando se de forma mais cr tica percebendo inclusive alguns vieses presentes no texto Considera es Finais Retomamos a quest o central da oficina o professor pode e deve auxiliar o aluno leitor no processo de aprendizagem de leitura chamando sua aten o para alguns aspectos relevantes e necess rios para uma postura reflexiva Embora a oficina tenha enfocado a leitura de um texto em l ngua inglesa o conte do desenvolvido pode ser aplicado ao processo de leitura em qualquer l ngua inclusive em l ngua materna Temos consci ncia de que a mudan a de comportamentos ou de i
149. and strategies 7 A writer s workbook an interactive writing text 8 Guidelines a cross cultural reading writing text 9 Academic writing for graduate students a course for nonnative speakers of English Como podemos observar no QUADRO 1 dos nove livros analisados cinco mencionam explicitamente o termo g nero do discurso e seis apresentam atividades que trabalham g neros diversos Os nove livros analisados apresentam leituras representativas de diversos g neros do discurso entretanto essas leituras n o coincidem necessariamente com a explicita o da organiza o ret rica desses g neros Apenas um dos tivros n o aborda a quest o das escolhas l xico gramaticais interessante observar que em apenas um dos oito livros que trabalham essas escolhas isso feito de acordo com as especificidades dos diferentes g neros do discurso nos demais livros as escolhas s o trabalhadas de maneira geral interessante tamb m observar que oito livros isto 88 8 desenvolvem atividades de constru o do ensaio O nico livro que n o trabalha o ensaio Academic writing for graduate students a course for nonnative speakers of English O referido livro aborda a constru o do artigo cient fico e de textos representativos de g neros do discurso a ele relacionados como o resumo acad mico por exemplo preciso que se observe que os alunos de Letras ao longo do seu curso precisam de instrumentos para desenvolver diverso
150. aniza o textual quanto s escolhas l xico gramaticais uma op o que parece n o ser partilhada pelos autores dos livros analisados nesta pesquisa Essa quest o pode estar relacionada vis o de cada autor a sobre o que seja o ensino e aprendizagem de escrita acad mica Swales e Feak no livro did tico Academic writing for graduate students analisado nesta pesquisa declaram que seu livro foi planejado para alunos de p s gradua o cuja l ngua materna n o seja o ingl s e que n o estejam cursando disciplinas nas quais o ensaio fa a parte da tradi o do ensino da escrita Essa negativa pode evidenciar uma rea o forte presen a do ensaio como g nero privilegiado em determinadas percep es do que seja a escrita acad mica Cumpre lembrar todavia que o livro de Swales e Feak destina se a alunos de cursos de p s gradua o Nesses cursos devido s atividades de pesquisa e de divulga o das mesmas a demanda pelo dom nio de diversos outros g neros do discurso al m do ensaio ostensiva Por essa raz o n o se poderia cogitar um livro did tico que contemplasse apenas o ensaio Segundo Kress 1994 os textos cient ficos da sociedade ocidental n o possuem suas caracter sticas espec ficas por acaso j que essas caracter sticas est o ligadas a um construto social sobre a ci ncia o qual possui ramifica es ideol gicas tecnol gicas econ micas e pol ticas p 125 Para o referido autor possib
151. apoiada nas teorias ling sticas discursivas enunciativas assim como na experi ncia e uso dos usu rios deste g nero Posteriormente avalia se a compreens o deste g nero por parte dos aprendizes e verifica se o que eles s o capazes de produzir neste g nero A partir da compara o destes dois momentos que se seleciona quais caracter sticas e qual modo de funcionamento do g nero dever ser ensinado De acordo com Rojo 2001a 5 o resultado desta sele o num planejamento compor os objetivos de ensino e os indicadores de aprendizagem visados e organizar o tempo e o material escolar componentes do projeto ou programa de ensino sequ ncia did tica Cabe ressaltar ainda com Rojo 2001a que este planejamento embora sendo de grande import ncia para o ensino aprendizagem muitas vezes relegado a segundo plano n o por falta de vontade do professor mas pela falta de tempo remunerado para que ele se dedique a esta atividade A sele o do qu e do como ensinar uma discuss o que perpassa tamb m o ensino de outras l nguas No caso do contexto por n s focalizado a saber o ensino de Portugu s para falantes de l ngua Tapirap as sequ ncias did ticas demandam ainda um outro tipo de cuidado relativo ao fato de que o portugu s uma l ngua majorit ria Dependendo do modo como ensinado o portugu s ao contr rio de beneficiar pode causar preju zos aos povos ind genas dentre eles contribuir
152. ar de uma rea que trabalha a cada projeto em novos cen rios mediando informa es de diversos outros campos comunicando para p blicos variados e agindo de m ltiplas formas a interdisciplinaridade requisito da pr pria pr tica Tal requisito toma a defini o do pr prio campo algo contradit rio A multiplicidade de vis es sobre o lugar do Design entre profissionais da rea e a tentativa de aproxim lo ora da arte ora da ci ncia comprova a dificuldade em lidar com sua indetermina o peculiar Os designers t m sido lentos em explicitar a peculiar indetermina o do seu campo de atua o Como consegl ncia cada uma das reas de conhecimento que se relaciona com o Design tem a tend ncia de olhar esta disciplina como uma vers o aplicada de seus pr prios conhecimentos m todos e princ pios Elas v m no Design uma demonstra o pr tica dos seus pr prios princ pios Isto explica a estranha e recorrente situa o na qual Design visto alternadamente como ci ncia natural aplicada ci ncia social aplicada ou arte aplicada Couto 1997 Como definir ent o um campo de limites indeterminados ou din micos cuja principal caracter stica justamente sua voca o interdisciplinar Tal contradi o leva muitas vezes a uma vis o turva por parte de atores de outros campos Muitos confundem o campo do Design com o produto do trabalho de um designer Assim n o incomum que se diga que o designer
153. arte de diferentes classes sociais g neros etnias e nenhum deles posiciona se abertamente como estando homoer tico As aulas s o realizadas duas vezes por semana durante um per odo de duas horas por dia A quest o do homoerotismo n o contemplada pelo material did tico utilizado nas aulas o livro Interchange Third Edition 3B No entanto essa quest o j havia sido levantada algumas vezes em sala de aula por parte dos alunos as antes da discuss o observada nesse estudo Observando o interesse dos alunos as nesse ponto julguei necess rio promover um estudo para identificar quais cren as fazem parte do repert rio de sentido dos alunos Para tanto decidi promover uma atividade de discuss o livre baseada nesse tema Embora a comunica o em sala de aula seja tradicionalmente marcada pelo controle por parte do professor desde o in cio das aulas os alunos as foram encorajados a trazerem suas contribui es para as aulas de maneira livre e avaliarem as contribui es dos demais colegas Focalizo nesse estudo uma discuss o livre de aproximadamente uma hora empreendida pelos alunos no dia 30 de outubro de 2006 A li o tratava do assunto Movies e durante a primeira hora de aula segui o conte do program tico proposto pelo livro Ap s esse per odo propus aos alunos que iniciassem uma discuss o livre sobre o tema homosexuality quest o n o contemplada no material did tico em nenhum n vel do curso Posicionei me
154. as al m das escolhas estilos criatividade e varia o que realizamos para moldar nossa fala ou escrita em uma situa o comunicativa pois falar n o portanto apenas atualizar um c digo gramatical num vazio mas moldar o nosso dizer s formas de um g nero no interior de uma atividade Faraco apud Marcuschi 2005 23 Ainda segundo Marcuschi 2002 21 os g neros textuais n o se caracterizam nem se definem por aspectos formais sejam eles estruturais ou ling sticos e sim por aspectos s cio comunicativos e funcionais Assim sendo o autor prioriza a organiza o e as a es sociais preconizadas pelos g neros assim como seus atos ret ricos praticados De acordo com o autor 2005 n o h a preocupa o em classificar os g neros textuais como formas puras nem catalog los de maneira r gida principalmente em superestruturas can nicas e deterministas Ibidem 19 Esse aspecto deve se ao fato de que existe uma variedade significativa de g neros circulando entre n s Assim Marcuschi Ibidem 21 afirma que as dimens es geralmente adotadas para a identifica o e an lise dos g neros s o s cio comunicativas e referem se fun o e organiza o ao conte do e meio de circula o aos atores sociais envolvidos e atividades discursivas implicadas ao enquadre s cio hist rico e atos ret ricos praticados Marcuschi 2002 ainda aponta os g neros textuais como fen menos hist ricos com
155. as palavras design na leitura A leitura pode ser potencializada a partir de diversos suportes al m do livro propriamente dito A leitura percorre tanto o universo fabular texto assim como o ambiente ic nico imagens Assim a imagem gr fica revela se como possibilidade de leitura associada ao texto podendo complement lo suplement lo neg lo ou prescindir dele A imagem capaz de assumir diferentes fun es segundo a sua aplica o Observa se que algumas m dias al m de oferecerem diferentes modos de linguagem apropriam se de um complexo jogo de m tuo di logo entre elas Experi ncia que interpretada pela subjetividade do receptor A partir desse ponto de vista poss vel refletir sobre um lugar do design na leitura FARBIARZ 2008 A id ia de autoria revisada por Roger Chartier basicamente no que se refere ao universo editorial CHARTIER 1998 Segundo o pesquisador diversos agentes atuam como autores no processo de produ o editorial e de recep o do livro escritores ilustradores tradutores revisores editores designers etc Assim os autores da realidade da leitura s o os agentes mediadores oriundos de diferentes reas de conhecimento Podemos ent o estabelecer uma parceria de leitores editores designers produtores gr ficos construindo uma autoria participativa Trata se de uma teia estabelecida por uma rela o de trocas e de participa o conjunta O livro para existir n o precisa ape
156. as s o problemas enfrentados pelos rg os respons veis IBGE FUNAI FUNASA ISA e por pesquisadores PAGLIARO H AZEVEDO M M et al 2005 10 000 9 100 9 000 8 000 7 00011 6 000 W 90007 3 998 4 000 3 00011 2 00041 1 000 1999 2002 2005 1999 2002 2005 Ainda analisando os dados sobre as escolas ind genas percebemos mudan as tamb m na origem tnica dos professores atuantes Embora tenha havido um aumento no n mero de professores n o indigenas 153 professores a mais esse aumento proporcionalmente foi muito pequeno se comparado ao n mero de professores ind genas 4 949 professores ind genas a mais Isso demonstra uma participa o maior das popula es ind genas no seu pr prio processo escolar Cabe lembrar que a realidade indigena brasileira muito diversificada e possui comunidades com muito pouco tempo de contato com a sociedade envolvente e que ainda n o sentem necessidade de formar seus pr prios professores ou elaborar livros e por isso preferem que as atividades escolares sejam realizadas por n o ndios Esse processo de apropria o da escola por parte das comunidades se d de diferentes formas e significados e v m sendo estudado por pesquisadores como WEBER 2006 CAVALCANTI 1999 PALADINO 2001 entre outros Mas independente dos contextos as sociedades ind genas percebem prontamente a necessidade de dominarem o
157. ativas pelas quais interagimos Bazerman 1997 Este trabalho ainda em fase de pesquisa tem como objetivo entender o uso de apostilas no ensino de leitura em ingl s e a composi o deste recurso did tico que tem sido muito usado por professores nos ltimos anos A finalidade verificar o que o autor entende por aula de leitura e como ele elabora seu material did tico dedicado mesma Assim a pesquisa averigua se o autor segue a pedagogia de aplica o de g neros discursivos na elabora o do material did tico para a aula de leitura 2 O ensino de leitura em l ngua inglesa na rede p blica EFL amp ESP No Brasil os alunos que se dedicam a aprendizagem da l ngua inglesa n o t m um ambiente prop cio para intera o nesse idioma fora do mbito escolar o que claramente caracteriza esse contexto de ensino como sendo de ensino de ingl s como l ngua estrangeira Brown 1994 Como reconhece o documento oficial do Minist rio da Educa o e Cultura a grande maioria da popula o escolar vive em um estado de monoling ismo PCN 1998 ensino fundamental pg 65 No entanto al m do car ter formativo do ensino desse idioma como LE o processo de ensino e aprendizagem do ingl s muitas vezes tenta atender aos prop sitos espec ficos relacionados ao uso dessa l ngua Os diversos contextos institucionais criam um n mero infinito de prop sitos para o ensino da l ngua inglesa Na rede p blica de ensino mais
158. balho centrado no produto da aprendizagem tem como foco o conhecimento e habilidades que o aluno deve obter como resultado da instru o enquanto que o trabalho centrado no processo focaliza as experi ncias que fazem parte da aprendizagem como um todo Nossa tradu o de a class of communicative events the members of which share some set of communicative purposes These purposes are recognized by the expert members of the parent discourse community and thereby constitute the rationale of the genre This rationale shapes the schematic structure of the discourse and influences and constrains choice of content and style Communicative purpose is both a privileged criterion and one that operates to keep the scope of a genre as here conceived narrowly focused on comparable O trabalho de Swales na rea da an lise do discurso especificamente os estudos voltados para a an lise de g neros do discurso em escrita acad mica representa um marco para o ensino da escrita voltada para os interesses da comunidade acad mica Em seu trabalho sobre an lise de g neros em escrita acad mica Swales 1990 confere especial aten o aos g neros ligados produ o cient fica derivada de pesquisas diversas O artigo cient fico destacado pelo autor pois segundo ele esse g nero possui uma rela o din mica com os outros g neros p blicos assim definidos por Swales 1990 uma vez que ser o apresentados comunidade Os g neros do dis
159. bem para coordenar atividades e compartilhar significados com vistas a seus prop sitos pr ticos 4 Para complementar a vis o de Marcuschi mencionamos Bazerman 2005 31 ao afirmar que a defini o de g neros como apenas um conjunto de tra os textuais ignora o papel dos individuos no uso e na constru o de sentidos Ignora as diferen as de percep o e compreens o o uso criativo da comunica o para satisfazer novas necessidades percebidas em novas circunst ncias e a mudan a no modo de compreender o g nero com o decorrer do tempo 5 Dizer que os g neros s o hist ricos equivale a admitir que eles surgem em determinados momentos na Hist ria da Humanidade Marcuschi 2004 15 Refer ncias BAZERMAN C G neros textuais tipifica o e intera o DIONISIO A P HOFFNAGEL J C orgs Tradu o e adapta o de Judith Chambliss Hoffnagel S o Paulo Cortez 2005 o G nero ag ncia e escrita HOFFNAGEL J C DIONISIO A P orgs Tradu o e adapta o de Judith Chambliss Hoffnagel S o Paulo Cortez 2006 JURADO S ROJO R A leitura no ensino m dio o que dizem os documentos oficiais e o que se faz In BUNZEN C MENDON A M orgs Portugu s no ensino m dio e forma o de professor S o Paulo Par bola 2006 MARCUSCHI L A G neros textuais defini o e funcionalidade In DIONISIO A P MACHADO A R BEZERRA M A orgs G neros textuais e ensino Rio de Janeir
160. betiza o e letramento para originar uma nova categoria para aquelas habilidades N o obstante o que se l nos Par metros Curriculares Nacionais 1997 23 orienta o que deveria ser conhecida por todos os professores e profissionais da educa o do nosso pa s parece ir ao encontro do que a maioria dos estudiosos brasileiros pensa a respeito do ler e escrever Letramento aqui entendido como produto da participa o em pr ticas sociais que usam a escrita como sistema simb lico e tecnologia S o pr ticas discursivas que precisam da escrita para torn las significativas ainda que s vezes n o envolvam as atividades espec ficas de ler ou escrever Dessa concep o decorre o entendimento de que nas sociedades urbanas modernas n o existe grau zero de letramento pois nelas imposs vel n o participar de alguma forma de algumas pr ticas Assim encerramos essa se o do trabalho Na pr xima partiremos para a an lise do documento ao qual nos propomos estudar Analisando o documento para aprender mais sobre leitura e escrita O Guia do livro did tico 2007 volume alfabetiza o uma publica o da Secretaria de Educa o B sica rg o do Minist rio da Educa o Seu objetivo naquele ano era apresentar os livros que estavam disposi o para serem avaliados por professores de todo o Brasil par a ado o em turmas do primeiro ano do Ensino Fundamental No documento constam descri es de quare
161. bida o profissional encontra diversas formas de estar presente nos ambientes de ensino aprendizagem Pensando numa did tica n o funcionalista que n o considera apenas um modelo de atua o mas entende que seu desenvolvimento deve ser aplicado a diferentes turmas e nelas diferentes indiv duos e em m ltiplos contextos o educador pode fazer uso de projetos aplicados de Design Trabalhos conjuntos podem gerar materiais de apoio que ajudem a trabalhar conte dos program ticos em conex o com o cotidiano dos alunos A parceria pode assim desenvolver solu es ideais pr ximas do grupo de trabalho pensando a diversidade expressa nas v rias experi ncias educativas Seguindo o entendimento de que compet ncias permitem mobilizar conhecimentos a fim de se enfrentar uma determinada situa o Perrenoud 1999 a intera o do Design com o campo da Educa o possibilita novas abordagens dos conte dos e novas formas de fixar os saberes atrav s de novas experi ncias Atrav s da modifica o do espa o de ensino da proposi o de novos materiais ou interferindo na pr tica pedag gica por meio de artefatos singulares o designer permite ao educador ampliar o repert rio de ferramentas a seu dispor aumentando as possibilidades de trabalhar conhecimentos e fix los pelo uso possibilitando at mesmo modificar a experi ncia de sala de aula e a rela o entre os indiv duos ali presentes Desse modo entre designer e educador pode ocor
162. bolso um saca rolha Julieta um pl stico bolha Julieta contou que nasceu em Xique xique Romeu em Concei o do Ibitipoca Romeu voava numa patrulha Julieta de salto agulha CAMARGO 2007 sp Mesmo quando os elementos apresentados pertencem ao conjunto de diferen as do quadro homem x mulher n o se exp em como pertencentes esfera comum Jogam com a brincadeira e com a possibilidade de deslizamento de caracter sticas estereotipadas de g nero Observe se Julieta fazia sum Romeu bolerinhos de tric Julieta comprou um Ford Bigode Romeu duas mam e sacode CAMARGO 2007 sp Assim terminam por dissolver as polaridades usuais em discursos de confronto entre homens e mulheres embora mantenham uma estrutura de compara o e altern ncia O final do texto o de liga o pois cria se dentro do non sense do enredo o doce Romeu e Julieta Sigo em frente e encontro Alice no espelho de Laura Bergallo em que o leitor se v face a uma narrativa em terceira pessoa focada na protagonista Alice com um narradora comentadora que dialoga com planos de significado Alice ainda se lembra do pai recitando esses versos que ficam bem no come o do livro Alice atrav s do espelho Para ser sincera n o sei se ela se lembra das palavras exatas ou mais ou menos exatas ou se gostaria de lembrar No come o da hist ria a gente que escreve ainda n o conhece muito bem a personagem porque ela vai se mostrando aos pou
163. bre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira ISILID ISIMAR o An lise critica das adapta es curriculares no mbito das classes hospitalares Critical analysis of school curriculum adaptations in the hospital classes context Tyara Carvalho de Oliveira Especialista em Educa o Inclusiva UCAM RJ e Pesquisadora volunt ria do programa de P s Gradua o da FEBF UERJ tyara oliveira gmail com Prof Dra Am lia Escotto do Amaral Ribeiro Professora do Curso de Gradua o e P s Gradua o da FEBF UERJ amearQig com br Resumo O trabalho pretende analisar as estrat gias de adapta o dos materiais did tico pedag gicos em ambiente hospitalar denominado de Classes Escolas Hospitalares Palavras chaves Curr culo Adapta es Curriculares Classe Hospitalar Abstract The work research intends to analyze the didactic and pedagogic materials adaptation strategies in hospital context which is called Hospital School Classes Keywords School curriculum curriculum adaptations Hospital Classes Esse estudo pretende analisar as estrat gias de adapta o curricular no ambiente hospitalar denominado de Classe Escola Hospitalar Toma se como base para essa analise os documentos publicados pelo MEC SEESP chamados de Adapta es Curriculares Estrat gias para a educa o de alunos com necessidades especiais MEC 1998 Projeto Escola Viva Adapta es de Grande Porte Cartilha 05 e Pro
164. ca o PONTIF CIA UNIVERSIDADE CAT LICA DO RIO DE JANEIRO O ensino da disciplina de projeto b sico sob o enfoque do design social 1991 74 f Disserta o Mestrado Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro Departamento de Educa o GARCIA CANCLINI Nestor Culturas h bridas estrat gias para entrar e sair da modernidade 3 ed S o Paulo Ed USP 1998 385p KRIPPENDORFF Klaus On the Essential Contexts of Artifacts or on the Proposition that Design is making sense of things In MARGOLIN Victor BUCHANAN Richard The Idea of design a design issues reader Cambridge Mass The MIT Press c1995 285 p MILLER William R The Definition of Design http static userland com rack4 gems wrmdesign DefinitionOfDesign1 doc PERRENOUD Philippe Construir as compet ncias desde a escola 1999 Porto Alegre Editora Artes M dicas Sul Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o Avalia o e sele o de livros materiais did ticos para o ensino de l nguas relato de uma oficina Coursebooks didactic materials evaluation and selection for language teaching a workshop report Renato Caixeta da Silva CEFET MG PUC Rio Resumo A oficina relatada prop s e proporcionou uma reflex o de professores a respeito da avalia o sele o de livros e materiais did ticos para ensino de l nguas atrav s
165. ca de suas escolhas formais O ornamento revela elementos est ticos e perceptivos precisam ser lidos Tanto o olhar como a leitura em rela o as imagens est o em permanente processo de transforma o na atualidade As imagens v em utilizando m ltiplas formas para a produ o de sentido das coisas Assim as imagens possuem cada vez mais espa o no mundo diante de tantos avan os tecnol gicos importante que seja pensada a qualidade dessas imagens na medida em que a quantidade pode inicialmente despertar um encantamento A qualidade alerta para o desencadeamento de uma reflex o critica Muitas vezes a profus o excessiva de imagens impede uma rela o mais profunda com o seu conte do A ilustra o afirmar se cada vez mais como uma rea capaz de tocar a imagina o assim como outras possibilidades de entendimento por parte dos observadores Os desenhos podem amplificar uma dimens o paralela quando associados as palavras Eles podem sugerir uma narrativa simult nea ao texto As narrativas visuais apresentam algumas lacunas que podem ser preenchidas pelo leitor observador Enfim o papel da ilustra o abriga o encontro do ornamento e da descri o Ilustrar diferente de traduzir Trata se da constru o de uma narrativa visual paralela ao texto A imagem possibilita uma leitura pela interpreta o e pela valoriza o da express o A ilustra o ao encontrar se com o texto possibilita o estabelecendo de um dialogo din mic
166. ca e diferenciada Por diferenciada entende se curr culos calend rios conte dos e metodologias pr prias A partir de ent o as escolas ind genas passam a desenvolver projetos pol ticos pedag gicos pr prios de acordo com a realidade de cada aldeia ou povo A educa o escolar ind gena brasileira atualmente representada segundo dados do MEC por 174 mil alunos e 10 200 professores divididos em 2 422 escolas sendo 1 113 estaduais e 1 286 municipais Alunos ind genas por n vel de ensino 11 862 7 1 8 583 D Educa o Infantil 11 4 749 E Ensino Fundamental S ries Iniciais 24 251 15 O Ensino Fundamental Quatro ltimas s ries O Ensino M dio 104 573 64 D Educa o de Jovens e Adultos Total de alunos 164 018 Alunos ind genas por Regi o 4 773 3 9 722 6 ESA D Sudeste 15 E Sul O Centro Oeste O Nordeste 86 434 37 751 E Norte 53 23 Ao compararmos os dados dos censos escolares ind gena de 1999 e 2005 percebemos que o n mero de alunos quase duplicou enquanto que o n mero de professores aumentou mais de duas vezes num intervalo de apenas seis anos Temos que levar em conta que o censo de 1999 foi o primeiro censo escolar ind gena brasileiro a ser elaborado pelo MEC e que as dificuldades de acesso a algumas aldeias e mesmo a coleta precisa de dados nos censos demogr ficos e escolares ind gen
167. cana cabia toda a responsabilidade de orientar as editoras brasileiras no processo de compra de direitos autorais americanos bem como a ilustra o elabora o e editora o dos LDs nacionais nos moldes americanos Este modelo americano de LD foi mantido pelo Governo pois acreditava se que ele asseguraria maior participa o no desenvolvimento t cnico e econ mico do pa s e o silenciamento das vozes cr ticas e das lideran as politizadas ibidem p 26 A Portaria n 409 de 24 de junho de 1980 conferiu s Secretarias de Educa o sem qualquer participa o dos professores a responsabilidade pela sele o e indica o de tivros a serem distribu dos pela FENAME Funda o Nacional de Material Escolar idealizadora do Programa do LD criado em 1971 LEON 2001 A partir de 1996 os dirigentes da FAE Funda o de Assist ncia ao Estudante passaram a desempenhar um papel importante na media o entre os estabelecimentos de ensino envolvidos no Programa do LD por meio de negocia es diretas com as editoras Para os editores de LDs essa negocia o resultou em um grande favorecimento aos seus interesses proporcionando a amplia o de seus neg cios Dessa maneira empres rios tornaram se aliados dos dirigentes do setor educacional Em 1997 foi criado o PNLD Programa Nacional do Livro Did tico em conjunto com os Guias do Livro Did tico cujo objetivo seria contribuir para o aperfei oamento do LD fazendo c
168. cesso mais at do que valores de cidadania e realiza o pessoal e profissional em reas outras que n o aquelas socialmente vis veis Diversos livros did ticos tamb m apontam para uma outra rela o de poder o poder da internet e o poder de estar conectado ela o que leva a uma democratiza o do conhecimento e ao acesso a diferentes discursos muitos deles em ingl s Textos e exerc cios s o muitas vezes emoldurados por telas de computador como que retirados da rede mundial de computadores Embora alguns realmente o sejam a maioria recebe a moldura apenas para dar uma apar ncia p s moderna a algo tradicional Trata se de um elemento de staging BROWN amp YULE 1983 usado com o objetivo de chamar a aten o do aluno para o alinhamento da aprendizagem de ingl s atrav s daquele livro com a internet Dessa forma os livros parecem querer mostrar ao aluno a relev ncia de se aprender ingl s a l ngua da tecnologia da internet dos computadores Aprender ingl s n o apenas um passo na dire o de mas tamb m uma condi o para fazer parte do mundo p s moderno Muitos textos e exerc cios podem ser transformados e diagramados como uma tela de computador pelo livro um exerc cio estrutural de preencher lacunas por exemplo se torna um moderno software um texto se torna uma p gina da intemet etc Considera es finais Na sociedade p s moderna o ensino de l ngua estrangeira atrav s da abordagem consciente fr
169. cia did tica partindo da proposta de ensino de g neros do discurso do agrupamento argumentar Alertamos que esta sequ ncia did tica uma proposta inicial um esqueleto e que dever passar por mais revis es e aprimoramentos Relembramos que uma proposta para ensino de portugu s como segunda l ngua para o contexto espec fico da escola Tapirap Retomando o que j apontamos anteriormente um programa de ensino voltado ao ensino de g neros deve ter como objetivo n o s a apropria o de g neros mas tamb m a apropria o de certos procedimentos e a constru o de certas capacidades que podem ser trabalhados numa progress o em espiral Barbosa 2001 Rojo 1999 2004 No caso da segii ncia que sugeriremos abaixo pensada para alunos da 7 s rie espera se que os g neros debate de id ias e carta de reclama o sejam minimamente apropriados assim como alguns procedimentos para a participa o em um debate e para a elabora o de uma carta de reclama o Al m disso a expectativa o desenvolvimento e aprimoramento da argumenta o Deste modo os objetivos gerais da referida sequ ncia s o 1 Identificar argumentos 2 Identificar diferen as entre ind genas e n o ind genas com rela o argumenta o e ao tratamento das autoridades 3 Elaborar argumentos convincentes para defender um determinado ponto de vista 4 Debate familiarizar se com sua estrutura compreender em que contexto p
170. com a sa de a preocupa o com 0 trabalho a consci ncia do perigo de uma sociedade que privilegia o consumo em detrimento das rela es entre as pessoas o respeito aos direitos humanos aqui inclu dos os culturais e os ling sticos a preserva o do meio ambiente a percep o do corpo como fonte de prazer a consci ncia da pluralidade de express o da sexualidade humana a mudan a no papel que a mulher desempenha na sociedade a organiza o pol tica das minorias tnicas povos minorit rios em um pa s e n o tnicas por exemplo idosos portadores de necessidades especiais homossexuais falantes de uma variedade n o hegem nica BRASIL 1998 p 44 Vale lembrar que o ensino de l ngua estrangeira um espa o privilegiado para a abordagem dos temas transversais uma vez que trata do uso da linguagem No ensino de l ngua estrangeira o mundo constru do falando se e escrevendo se sobre ele Sendo o foco do ensino a linguagem qualquer assunto pode ser utilizado para pratic la podendo se fazer uso inclusive da interdisciplinaridade Al m disso o ensino de l ngua estrangeira fornece os meios para os aprendizes se distanciarem desses temas ao examin los por meio de discursos constru dos em outros contextos sociais de modo a poderem pensar sobre eles criticamente no meio social em que vivem BRASIL 1998 p 43 O discurso dos PCN relaciona se diretamente com as teorias de discur
171. com o qual quer interagir e sobre o qual quer agir seja na universidade ou na escola Finalmente no ambiente colaborativo os recursos e materiais de apoio tais como bate papo di rio de bordo portf lios invent rios da unidade escolar e de pr ticas pedag gicas f runs de discuss o portf lios perfis individuais e o Plano de A o contribuem para dilatar no tempo e no espa o o processo de forma o do aluno da licenciatura realocando o efetivamente para fora da sala de aula presencial tradicional Este fato coloca em evid ncia as novas formas de intera o entre a pr pria universidade a sociedade e as institui es tanto no que diz respeito ao seu papel p blico como institui o de ensino pesquisa e extens o como em rela o s novas estrat gias de atua o e intera o que ela precisa desenvolver com outros agentes ou inst ncias de socializa o e intera o e coopera o 3 Constru o de narrativas verbais e n o verbais em experi ncias de est gio no TelEduc Pretendemos agora circunscrever a produ o das narrativas verbais e n o verbais que se concretizam principalmente atrav s do di rio de bordo e do portf lio para demonstrar que a produ o destas narrativas colabora com a reflex o das rela es entre aprendizagem conhecimento e significa o no campo do estudo da argumenta o As narrativas foram constru das pela din mica de postagens constantes e peri dicas dos alunos no di rio de b
172. como observador durante a maior parte do tempo tomando notas por m tamb m participei da intera o em alguns momentos fazendo perguntas diretas a alguns alunos Para investigar o trabalho realizado utilizei como metodologia de pesquisa a pesquisa a o que consiste em um processo de reflex o empreendido pelos participantes de uma pr tica social sobre a mesma Moita Lopes amp Freire 1998 p 145 Durante todo o processo de investiga o preocupei me em observar e refletir sobre minha pr tica social como professor de ingl s como l ngua estrangeira e de que maneira os significados negociados em sala de aula poderiam ser teis para o mundo social dos alunos as O material de pesquisa utilizado para tanto foram notas de campo e grava es em udio Os dados dos quais farei uso neste estudo foram gerados em uma aula no dia 30 de outubro de 2006 O trabalho com os dados envolveu sele o transcri o e an lise Os nomes dos alunos as mencionados no estudo foram modificados por quest es ticas a fim de preservar suas identidades 4 An lise dos dados Para a an lise selecionei tr s segmentos da atividade compreendendo diferentes posicionamentos dos alunos a respeito da homossexualidade Inicio com o primeiro segmento ap s aproximadamente 5 minutos de conversa o Segmento 1 1 Breno I think its not a lt human gt choice think people born with their 2 sex People don t choose their sex Are you
173. conte dos que garantam o preparo do paciente aluno para o ingresso retorno vida escolar organiza o de procedimentos did ticos din micos que tornem o ato de aprender um ato de prazer e a promo o da necessidade do ingresso reingresso escola O autor mencionado acima reconhece o espa o hospitalar escolar como espa o interdisciplinar que se organiza a partir da avalia o das possibilidades do seu pr prio espa o enquanto espa o de vincula o entre sa de e educa o Para isso organiza e atualiza um arquivo com dados sobre legisla o educacional situa o do aluno relat rios sobre o acompanhamento da aprendizagem do aluno registro de bitos e outros relevantes para as atividades da classe hospitalar Estabelece ainda crit rios para acompanhamento e avalia o do trabalho a ser realizado assim como crit rios de promo o de atividades de est gio em parceria com ag ncias oficiais de ensino Em termos da estrutura o do curr culo cabe destacar que este pode ser organizado em oficinas pedag gicas estabelecendo prioridades a partir da amplia o do espa o educativo e do oferecimento de situa es l dicas dentro e fora da enfermaria No que diz respeito s especificidades das classes hospitalares Barros 1999 chama a aten o para a rotatividade permanente que lhe peculiar Esta acrescida de outras como o ambiente em si n o parece ser suficientemente motivador para a aprendiza
174. contemporaneidade Sendo assim torna se imprescind vel pensarmos que a igualdade n o tem como ser alcan ada exclusivamente atrav s da igualdade de acesso a um curr culo hegem nico A igualdade depende sim de efetivas modifica es do curr culo existente bem como de reformula es nos livros did ticos para que se garanta um ensino democr tico aos alunos provenientes dos mais diversos grupos sociais Assim em nossa disserta o de mestrado analisaremos os textos que comp em as colet neas de LDP de 3 e 4 ciclos de EF Il a partir da perspectiva da multiculturalidade examinando a presen a da pluralidade cultural bem como a fregii ncia e o modo com que a trabalhada Letramentos m ltiplos e cr ticos em material did tico de ingl s para o EF I Na sociedade atual polemicamente caracterizada como globalizada densamente semiotizada e marcada por desigualdades profundas o ingl s entendido como l ngua franca e tido como uma commodity RAJAGOPALAN 2005 ou um dos bens simb licos mais valorizados em nosso pa s MOITA LOPES 2005 pode assumir papel fundamental na transforma o social Para tanto essencial que o ensino de l ngua inglesa LI oriente se por uma perspectiva cr tica com vistas constru o de letramentos m ltiplos e participa o ativa do indiv duo na alta modernidade O compromisso com a constru o da cidadania de forma tica e protagonista MOITA LOPES e ROJO 2004 por meio da apr
175. cos a cada ato que pratica ou frase que fiz O m todo de constru o da personagem permite que o leitor sinta se um pouco criador junto ao narrador E vai sendo conduzido pela hist ria de Alice 15 anos morando com a m e e a av saudosa do pai e com problemas de aceita o do pr prio corpo As ilustra es de Edith Derdick alternam a figura de Alice protagonista de Alice no pa s do espelho assim como a narrativa de Laura Bergallo vale se da matriz de Lewis Caroll O universo adolescente pleno de revistas de papel brilhante muito coloridas BERGALLO p 19 e de desejos apresentado O maior desejo de Alice ser magra E por ele debate se ao longo da narrativa A aus ncia do pai e a da m e s o um prato feito para leva la bulimia e anorexia O texto portanto exp e determinados problemas da adolesc ncia e ao unir se fantasia atrav s de epis dio de passagem de Alice para um plano outro o do espelho revela possibilidades de reagenciar a vida Vem acompanhado de um suplemento Quer saber elucidativo da anorexia Nele especificamente enfocada a figura de meninas mostrando a quase exclusividade do dist rbio Em contrapartida mostra se o culto aos m sculos ideal dos anos 50 principalmente como Problema de Menino A seguinte apresenta o aparece no cat logo da editora Para enfrentar seus problemas que passam pela aus ncia do pai e pelo descaso da m e Alice come a a se autodest
176. cultural ao mundo dos neg cios e a outros modos de se conceber a vida humana BRASIL 1998 p 65 Os objetivos s o orientados para a sensibiliza o do aluno em rela o L ngua Estrangeira pelos seguintes focos o mundo multiling e e multicultural em que vive a compreens o global escrita e oral o empenho na negocia o do significado e n o na corre o Entender a pluralidade cultural importante n o apenas para o aluno perceber que nenhuma cultura uniforme o que acaba levando aos estere tipos como tamb m para levantar um questionamento cr tico sobre o papel que a l ngua estrangeira desempenha na sociedade O conhecimento de uma l ngua estrangeira pode ajudar no desenvolvimento individual e nacional uma vez que contribui para a compreens o m tua promo o de rela es pol ticas e comerciais e desenvolvimento de recursos humanos BRASIL 1998 Dentro de uma perspectiva pragm tica preciso reconhecer cada sociedade como parte de uma economia global e que importante que se considere como preparar os jovens para responderem s exig ncias do novo mundo BRASIL 1998 p 38 E para pertencer e ter chances de sucesso nesse novo mundo o aluno precisa ter acesso ao conhecimento em v rios n veis sendo o conhecimento de l nguas estrangeiras um deles Devido a sua import ncia na sociedade atual principalmente no caso do ingl s uma esp cie de l ngua franca no mundo moderno talve
177. curso segundo Swales 1993 relacionam se uns com os outros de forma simbi tica uma vez que n o raramente alimentam se mutuamente de suas caracter sticas formando um sistema de g neros O autor ibid observa que os g neros do discurso que fazem parte do referido sistema parecem competir entre si pelas aten es da comunidade cient fica em um estado de tens o din mica Esses g neros s o os mecanismos que a comunidade decide legitimar como forma de estabelecer o di logo entre seus membros Swales 1990 acredita que o aluno precisa desenvolver mais do que uma consci ncia dos efeitos e das estruturas ret ricas que tendem a repetir se em textos de um mesmo g nero caracterizando o Al m dessas habilidades necess rio que o aluno desenvolva a capacidade de analisar textos acad micos criticamente percebendo a forma como o autor lida com as estruturas textuais de modo que o texto seja aceito pela comunidade acad mica como representativo de um determinado g nero Ao ter consci ncia desses caminhos o aluno ter mais chances de compreender os textos que l e de produzir seus pr prios Para o referido autor essa capacidade de analisar textos criticamente observando se os movimentos ret ricos utilizados para a sua escritura por ele denominada consci ncia ret rica Swales ibid p 213 possibilta a participa o ativa do aluno em sua comunidade discursiva a qual segundo o autor caracteriza se por alguns objetivos com
178. da constatada necessidade que o professor de ingl s no Brasil tem do LD ainda que as experi ncias de sala de aula e in meras pesquisas demonstrem que o LD tem deixado a desejar na sua fun o de facilitador no processo de ensino aprendizagem a melhor op o n o parece ser a de bani lo Tamb m n o se pode ficar passivo diante dessa quest o necess rio agir no sentido de descobrir uma forma de a o junto a autores editoras escolas professores Perini apud Abreu 1995 p 113 pesquisando participando de debates simp sios e congressos como o SILID que poderemos nos capacitar melhor no sentido de procurar alternativas para usarmos e abusarmos do LD e assim interferir beneficamente no processo de ensino aprendizagem de LE no Brasil Refer ncias Bibliogr ficas ABREU M Leituras no Brasil antologia comemorativa pelo 10 Cole Campinas SP Mercado de Letras 1995 ALMEIDA FILHO J C P de et al A representa o do professor no livro did tico nacional de l ngua estrangeira moderno no primeiro grau Trabalhos em Ling stica Aplicada 17 67 68 jan jun 1991 BATISTA A G Um objeto vari vel e inst vel textos impressos e livros did ticos Minas Gerais Ceale 1998 BOM NY H M B A pol tica do Livro Did tico S o Paulo Summus Editora 1984 CASTRO J A O Processo do gasto p blico do LD Bras lia IPEA 1996 COHEN L amp MANION L Research Methods in Education Londo
179. de aprendizagem e de ensinar a presen a ou n o de alternativas s atividades propostas e de que tipo elas s o as explica es de aspectos culturais presentes no livro material a previs o de dificuldades de aprendizagem a exist ncia de chave de exerc cios a considera o das id ias do professor usu rio as contribui es para motivar os alunos guia para avalia es a presen a ou n o de atividades extras Os autores tamb m consideram importante a preocupa o na avalia o e sele o de livros materiais did ticos para ensino de l nguas com alguns aspectos os quais Cunningsworth 1995 classifica como considera es pr ticas S o quest es relacionadas ao pre o durabilidade acesso atualiza o necessidade de equipamento especial No que se refere situa o de ensino aprendizagem os autores de modo geral enfatizam que esta deve ser analisada para determinar ou guiar a avalia o de livros e materiais did ticos A considera o desta situa o implica em observar principalmente o perfil do aluno a quem se destina o livro ou material escolhido idade sexo n vel s cio econ mico conhecimento ling stico conhecimento de mundo expectativas de aprendizagem atitudes Tamb m preciso considerar o contexto escolar escola p blica ou particular n vel de ensino disponibilidade de recursos quantidade de alunos tumos e como acontece o ensino de l ngua ali n mero de aulas car
180. de de instrumentaliz lo para ensinar a l ngua na rede mundial de computadores Isso automaticamente amplia a a o do professor para muito al m das quatro paredes da sala de aula toma o presente na Educa o a Dist ncia O aqui e agora transforma se de certa maneira em todo lugar e a qualquer hora Podemos perceber que poss vel preparar atividades relacionadas a determinado conte do de uma aula e disponibiliz lo no laborat rio da escola na intranet da institui o ou mesmo envi lo por e mail N o defendemos aqui a substitui o do professor mas sim a amplia o da sua a o por meio da tecnologia A estrutura b sica de uma FAP inclui normalmente o ambiente do professor e o ambiente do aluno No ambiente do professor as atividades s o elaboradas possibilitando a ele a escolha do conte do que ser apresentado ao aluno a maneira como ser apresentado os tipos de feedbacks que ser o oferecidos e as ajudas no desempenho do aluno por meio de dicas ou pistas Por outro lado o ambiente do aluno o local onde a atividade elaborada pelo professor ser apresentada ao aluno Entre algumas FAPs mais conhecidas temos o Author Plus o Hot Potatoes entre v rias outras O ELO Ensino de Linguas On line A FAP usada por n s no programa de portugu s para estrangeiros offshore o Ensino de L nguas On line O ELO uma ferramenta de autoria desenvolvida dentro do projeto de Ensino de L nguas Online da Uni
181. de de realizar atividades cotidianas de sua realidade social Por m apesar da problem tica de sa de a crian a hospitalizada tem interesses desejos e necessidades como qualquer crian a saud vel Ainda sobre a legitimidade da Classe Hospitalar parece oportuno acrescentar com Fonseca 2002 um l cus especifico da Educa o que objetiva atender pedag gico educacionalmente s necessidades do desenvolvimento ps quico e cognitivo de crian as e jovens que dadas suas condi es especiais de sa de estejam hospitalizados e impedidos de partilhar das experi ncias s cio intuitivas de sua fam lia sua escola e de seu grupo social A partir do exposto enfatiza se que o atendimento pedag gico educacional hospitalar contribui para o reingresso da crian a hospitalizada para sua escola de origem ou para o seu encaminhamento a matr cula ap s a alta uma vez que muitas delas mesmo em idade escolar n o frequentam a escola Ortiz 2000 lista procedimentos para viabilizar atrav s das classes hospitalares a qualidade social que se almeja para a educa o S o eles diagn stico da situa o educacional no interior do hospital caracteriza o da demanda em termos da heterogeneidade dos grupos n vel de escolaridade dos alunos seria o aprendizagem estrutura o administrativo pedag gica indispens vel condi o do processo educativo sistematiza o de uma proposta curricular espec fica com habilidades e
182. de municipal da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro Nessa perspectiva verificamos a necessidade e a pertin ncia da utiliza o do livro did tico no quotidiano das turmas desse segmento N o obstante o livro did tico muitas e muitas vezes representa o nico contato dos alunos com o mundo escrito das letras das palavras dos textos da literatura O tivro did tico para crian as oriundas das classes populares e alunas das redes p blicas torna se um material valioso para sua forma o cultural sendo um instrumento de apoio pedag gico que possibilita uma poss vel inser o no mundo letrado O termo letramento est presente no cen rio educacional brasileiro desde meados da d cada de oitenta atrav s principalmente das contribui es de duas reas do conhecimento Educa o e Ling stica A polissemia sugerida por esse voc bulo conduz a ilimitadas compreens es acerca do que letramento de como pode ser estar inserido no espa o escolar se um m todo uma ideologia uma pr tica uma postura entre outras possibilidades A dicotomia entre alfabetiza o e letramento tamb m recorrente na literatura sobre quest es de ensino e aprendizagem de leitura e escrita At onde letramento sin nimo de alfabetiza o Em algum momento isso acontece Em qual momento Enfim a import ncia de estudos como o nosso apresenta se com urg ncia principalmente para docentes que atuam com as s ries anos iniciais do Ensino
183. de presencial de educa o a experi ncia de utiliza o de ambientes colaborativos no trabalho de supervis o de est gios nos possibilitou reflex es relevantes para pensar o que em termo de lei segundo o Decreto Presidencial 5 662 de 19 de dezembro de 2005 caracteriza a modalidade de educa o dist ncia como modalidade educacional na qual a media o did tico pedag gica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utiliza o de meios e tecnologias de informa o e comunica o com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos 1 Apresentaremos a descri o e reflex o de tr s dimens es importantes que emergiram da experi ncia de trabalho com o ambiente colaborativo 1 A possibilidade de abertura para reconstru o da rela o institucional universidade escola atrav s da utiliza o pelos alunos de licenciatura de instrumentos de pesquisa qualitativa a partir de texto som e imagem por meio do ambiente colaborativo do Teleduc 1 Decreto Presidencial N 5 662 de dezembro de 2005 que regulamenta o art 80 da Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional Capitulo Art 1 Dispon vel http www planalto gov br ccivil 03 Ato2004 2006 2005 Decreto D5622 htm Acessado em 08 09 2008 2 O surgimento e o fortalecimento no ambiente colaborativo Teleduc de uma intera o entre professor orient
184. de recursos de rg os federais MEC e FUNAI e em menor escala de recursos estaduais SEDUCS Com exce o dos livros Mebeng kre Kaben capa azul editorado por T nia Anaya do Atlas Hist rico e Geogr fico e do livro de Portugu s editorados por Morena T Santos O livrode sa de capa verde foi editorado pelas autoras com a participa o de Morena Santos Desde 2005 trabalhamos com design gr fico de livros ind genas de diferentes povos Al m dos tr s povos citados com quem trabalhamos mais intensamente produzimos um livro did tico Matses Mayoruna e h um projeto em desenvolvimento para montar um livro junto com professores Tapirap Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN O ensino de g neros discursivos no livro did tico de ingl s uma avalia o te rico pr tica The teaching of discursive genres in English textbooks a theoretical practice evaluation Marcus de Souza Ara jo Mestre Faculdade de Estudos Avan ados do Par FEAPA marcusaraujo interconect com br Resumo O presente artigo objetiva analisar um livro did tico de ingl s do Ensino M dio selecionado por duas escolas particulares na cidade de Bel m do Par focalizando o trabalho com g neros discursivos Marcuschi 2002 2003a 2003b 2004 2005 Para isso identificaremos os g neros escolhidos e os tipos de atividades apresentadas
185. dica h grandes expectativas quanto ao uso de um LD para o ensino de ingl s Todos desejam um livro ideal ou seja um recurso pedag gico que esteja cada vez mais pr ximo da perfei o Por isso professores pais e alunos querem confiar nele acreditando que o LD seja obra de especialistas altamente capacitados ou at mesmo infal veis 3 40 LD Visto Como Facilitador Do Processo De Ensino A pesquisa evidenciou que n o raro nem um fato isolado o descontentamento de professores e alunos em rela o a este material did tico A rela o com o LD ao mesmo tempo tensa e nebulosa uma vez que gera um movimento de a o e rea o nem sempre muito equilibrado como do tipo ame o ou deixe o Apesar de num primeiro momento os investigados terem reconhecido sua depend ncia do LD e sinalizado grandes expectativas para nossa surpresa v rios s o categ ricos em apontar inconsist ncias nos LDs o que refor a a cren a de que o LD n o perfeito Os recortes a seguir ilustram algumas opini es S1 acho que a maioria dos livros enfatiza muito a repeti o a resposta pronta gostaria que os LDs trabalhassem com textos interessantes saindo assim da mesmice S3 Queria que o livro fosse o meu grande apoio Mas at para estudar para as provas se estudo s por ele me perco Al m de confuso ele chato e traz sempre as mesmas coisas S5 Esperava que o LD nos mostrasse os erros mais freq en
186. discussing about 43 why some people is homosexual or bisexual or 44 Todos COCO 45 Karina Bisexual 46 Gabriel Psychologists explain it 47 Professor What 48 Breno Psychologists 49 Gabriel When a child is educated for be a man a woman a girl play with 50 dolls with house 51 Daniel But have a daughter she s eleven year old She plays football 52 Karina Yes of course 53 Daniel My daughter will be a sapat o 54 Todos VOC 55 Karina It can be no problem People are different O terceiro segmento se inicia com Gabriel expondo sua vis o sobre homossexualismo afastando se de uma vis o essencialista da sexualidade assumindo uma vis o pautada na sociedade ao dizer que homossexualismo resultado de um processo educacional linha 34 Nesse momento interfiro na intera o questionando diretamente a fala de Gabriel fazendo com que este reflita sobre o que prop s Quando questionado o que pensa sobre o homossexualismo Gabriel mant m um longo sil ncio o que acaba fazendo com que os outros alunos riam de seu desconforto Gabriel tem dificuldades para conseguir encontrar as palavras linha 42 gaguejando e finalmente reconhecendo que n o sabe o que dizer Acredito que esse seja um momento de uma poss vel desestabiliza o de cren as uma vez que ao ser encorajado a refletir sobre o que havia dito provavelmente baseado no senso comum Gabriel mostrou se desconfort vel e tev
187. div duo consegue produzir no contexto escolar exemplares de diversos g neros do discurso de modo a ter acesso dial tico s informa es veiculadas em sua comunidade e a fazer se ouvir por essa comunidade Kay e Dudley Evans 1998 acreditam que alguns educadores temem que o acesso a esses mecanismos ou seja ao ensino e aprendizagem de g neros do discurso leve ao cerceamento da criatividade do aluno especialmente se esses g neros forem trabalhados por meio de f rmulas rigidamente estruturadas Sobre essa quest o Williams e Colomb 1993 explicitam que ao inv s de restringir a criatividade do aluno o ensino e aprendizagem de formas protot picas de diversos g neros do discurso poder possibilitar a esse aluno a oportunidade de aprender a criar textos que extrapolem essas formas Evidencia se assim a exist ncia de opini es por vezes conflitantes em rela o abordagem de an lise de g neros do discurso para o ensino de l ngua Consideramos que uma poss vel solu o seria a de se considerar o processo de ensino e aprendizagem baseado em g neros do discurso como uma a o educativa e n o como mera reprodu o de modelos Nessa abordagem seria enfocado n o apenas o produto de variedades espec ficas de g neros do discurso mas tamb m o processo de conhecer e tomar parte das a es que envolvem esses g neros Discuss o e an lise dos dados No QUADRO 1 s o apresentados dados compilados com base nos t picos de int
188. do ensino continua quase exclusivamente na gram tica e no vocabul rio enquanto em outros est em uma nica habilidade como a leitura Ou ainda em outro cen rio o foco do ensino est no estudo de um g nero como disserta o Johns 1997 O grupo de estudo sobre g neros da Puc de S o Paulo afirma que a aplica o do ESP na aula de leitura pode ajudar alunos a dominarem fun es e conven es ling sticas de textos espec ficos acad micos ou profissionais de sua rea de atua o Ramos 2004 observa as bases de um curso na Abordagem Instrumental est o calcadas em um levantamento inicial de necessidades dos alunos objetivando estruturar cursos que promovam o desempenho de tarefas ling sticas espec ficas em contextos de atua o espec ficos 3 Abordagem de leitura A no o de leitura que chama minha aten o aquela que enfatiza prop sitos aut nticos para leitura ou seja aquela cujos prop sitos n o est o relacionados ao ensino de l ngua mas a compreens o de textos que fazem parte do cotidiano do leitor Neste contexto leitura engloba o entendimento de textos tais como an ncios artigos de jornais e revistas entre outros g neros discursivos O leitor aqui est interessado no significado da mensagem que o autor quer expressar o tipo de leitura representado pelo par compreens o entendimento Nuttall 1996 O ato de decodificar as letras e palavras do texto isto o modelo d
189. do hip hop e do grafitti a autores considerados mestres da arte como Beethoven A experi ncia de mostrar e discutir a Nona Sinfonia de Beethoven tocada por uma banda de Hip Hop com os alunos da escola p blica foi parcialmente narrada e registrada pelo aluno da licenciatura no ambiente colaborativo o qual funcionou como um hospedeiro das investiga es e experimentos realizados no campo de est gio Anteriormente a universidade enfatizava o conhecimento acad mico enquanto a escola a produ o de um conhecimento escolar o que ainda hoje provoca rupturas e falta de articula o efetiva ou de di logo sincero entre os dois tipos de institui o Ainda que a escola e a universidade tenham que enfrentar a quest o da presen a dos alunos como uma presen a em tr nsito j que eles est o passando por ali e que a cada ano toda esta popula o se renova nas duas institui es o estabelecimento da presen a do aluno da licenciatura no acompanhamento das aulas dentro das unidades escolares parece provocar um atrito de gera es e de culturas organizacionais e institucionais o qual se cristaliza e se torna vis vel principalmente na intera o entre o professor da rede e o aluno do curso de licenciatura Neste texto consideramos esta dif cil rela o entre os dois atores como uma consegii ncia do que chamamos de opacidade institucional Mas como esta opacidade institucional falta de di logo se instala Ela opera principalmente pela exi
190. do livro Pois ent o voc tem em m os um livro com valiosas dicas que podem fazer o melhor de cada menina vir tona Altas ajudas com certeza FLORENCE 2005 A obra pertence cole o Altas ansiedades e faz parte da linha editorial da Rocco denominada Jovens leitores Outras cole es merecem ser observadas no panorama da mesma editora a rosa choque e a azulradical Referenciais de cores ainda delimitam meninas e meninos embora na sinopse que apresenta o conte do das cole es haja um convite para o outro lado ler para que possa entender melhor o antigo oposto Mas voltemos ao texto de Stella Florence As dicas se apresentam em blocos de sentido acompanhadas de pequenas narrativas e de exemplos que visam a ancorar a o leitora em um porto seguro de sentido Dentro da visada que se prop e a obra interessante rompendo com determinados estere tipos ligados ao feminino e chegando a se impor ainda que superficialmente como possibilidade de problematiza o ver por exemplo o bloco feminilidade Voc pode tudo querida voc pode absolutamente tudo o que desejar p 140 O tom de conversa torna a sintonia ntima com cl max ao final do texto Quem sabe a gente nesse mundo sem fim n o se encontra um dia Um beijo de sua amiga Stella Familiaridade contato proximidade permitem a cria o de uma sintonia desej vel para o tratamento de subjetividades Cabe aqui ci
191. do o texto est em l ngua estrangeira poss vel evidenciar claramente esse comportamento No imagin rio do aluno prevalece a falsa concep o de sua incapacidade de avaliar um texto em uma l ngua sobre a qual ainda n o tem s lido dom nio ling stico Al m disso h ainda sua relut ncia em avaliar artigos publicados por especialistas em revistas especializadas conforme estudos anteriores Figueiredo 1994 1994 O texto acad mico principalmente tende a ser visto como objetivo imparcial e inquestion vel pelo leitor aluno Consideramos assim ser necess rio desenvolver atividades tarefas Nunan 2004 visando uma postura mais reflexiva dos alunos ao lerem textos em l ngua inglesa isto atividades tarefas que levassem constru o de leitores aut nomos e reflexivos conscientes de seus pr prios atos e objetivos de leitura Achamos contudo pertinente esclarecer que n o acreditamos na dicotomia frequentemente mencionada entre leitura e leitura cr tica Em nossa opini o o ato de ler pressup e reflex o j que a leitura entendida como um ato comunicativo o que implica intera o entre o autor e o leitor mediante o texto escrito processo que se d dentro de um contexto s cio hist rico Corte 1998 5 Em outras palavras nessa concep o a leitura tanto uma pr tica individual na qual o leitor toma decis es influenciado por diversos fatores quanto uma pr tica social determinada por regras e c
192. duca o do entorno para a interculturalidade e o pluriling ismo In A KLEIMAN e M C CAVALCANTI orgs Ling stica aplicada suas faces e interfaces Campinas Mercado de Letras 2007 p 255 270 MOITA LOPES L P Ensino de ingl s como espa o de embates culturais e de pol ticas da diferen a In T GIMENEZ C M JORD O e V ANDREOTTI orgs Perspectivas Educacionais e o Ensino de Ingl s na Escola P blica Pelotas EDUCAT 2005 p 49 67 MOITA LOPES L P e R H R ROJO Linguagens C digos e suas Tecnologias In Brasil MEC SEB DPEM Orienta es Curriculares de Ensino M dio Bras lia DF MEC SEB DPEM 2004 p 14 56 RAJAGOPALAN K O grande desafio aprender a dominar a l ngua inglesa sem ser dominado pro ela In T GIMENEZ C M JORD O e V ANDREOTTI orgs Perspectivas Educacionais e o Ensino de Ingl s na Escola P blica Pelotas EDUCAT 2005 p 37 48 ROJO R H R e A A G BATISTA orgs Livro did tico de L ngua Portuguesa letramento e cultura da escrita Campinas Mercado de Letras 2003 SANTAELLA L Matrizes da linguagem e pensamento Sonora Visual Verbal 3 ed S o Paulo Iluminuras FAPESP 2001 SANTAELLA L e N TH W Imagem cogni o semi tica m dia 4 ed S o Paulo Iluminuras 2005 SILVA org Alien genas na sala de aula Petr polis Editora Vozes 2005 SOUZA SANTOS B de Os processos da globaliza o In _ org A globaliza o e as Ci ncias Sociais
193. e como seria de praxe em algumas segii ncias did ticas elaboradas para n o ndios primeiramente porque a atividade ficaria longa uma vez que envolve discuss o de algumas diferen as entre o mundo Tapirap e o mundo n o ndio leitura e compreens o bem como identifica o dos argumentos e das partes que formam a referida carta Em segundo lugar porque com vistas a uma progress o dentro desta sequ ncia did tica os alunos teriam a oportunidade de escrever uma carta na atividade 4 utilizando se dos conhecimentos adquiridos na atividade 2 Por sua vez ao assistir o v deo na atividade tr s com lideran as ind genas e n o ind genas argumentando sobre o mesmo assunto o objetivo fazer com que o aluno perceba as diferen as na argumenta o de ndios e n o ndios Nesta atividade o professor dever apontar as diferen as e discuti las com os alunos Outra meta desta atividade fazer com que os alunos reconhe am os argumentos favor veis e contr rios ao assunto do v deo e treinem a elabora o de contra argumentos O pequeno debate que finaliza a atividade tr s objetiva desafiar os alunos a argumentarem oralmente sobre um assunto controverso da realidade deles A avalia o final dos argumentos de ambos os lados pretende fazer com que os aprendizes aprimorem sua argumenta o N o necess rio afirmar que o papel do professor essencial neste processo de tomar consci ncia do teor dos argumentos e de melhor los
194. e decodifica o bottom up e o ato de compreender a mensagem que o autor de um texto quer transmitir ou seja o modelo psicoling stico top down s o as propostas de modelo interacional de leitura mais comumente identificadas pelos estudiosos de leitura Para Nuttall 1996 esses dois modelos de leitura s o complementares e usados inconscientemente pelos leitores Diferentemente da vis o bottom up de leitura a vis o top down se caracteriza pela leitura como um processo ativo no qual o leitor visto como processador ativo de informa o que prev e prova ou experimenta partes do textual real Carrell 1987 Nesta vis o n o se destaca apenas o papel do leitor como um participante no processo de leitura onde ele faz previs es e processa informa es mas toda sua experi ncia anterior e todo seu conhecimento de fundo assumem papel potencial nesse processo Acreditava se que o modelo psicoling stico poderia ser um substituto do modelo de decodifica o mas pesquisas sobre leitura Carrell p g 24 1987 enfatizam que a leitura eficiente requer ambas as estrat gias top down e bottom up operando interativamente Esta parece ser uma asser o defendida por alguns te ricos da leitura Smith 1978 Carrell 1987 Nuttall 1996 Wallace 1992 visto que na maioria das defini es sobre o ato de ler cabe ao leitor recorrer a esses dois modelos de leitura para compreender um texto A identifica o do g nero discursivo a que o t
195. e objetiva Tal cat logo tem como fun o organizar os trabalhos para consulta e compreens o r pida das solu es desenvolvidas para situa es de ensino O Banco de Dados apresenta 53 trabalhos que abordam solu es para a a o do corpo docente em sala de aula e em outras atividades que nem sempre s o did ticas mas contemplam situa es educativas ou desenvolvimento de compet ncias para a apreens o de conte dos Durante a organiza o dos trabalhos foi realizado na PUC Rio o 1 SIMAR Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Participamos como apresentadores e organizadores da Sala Design amp Educa o onde pudemos expor alguns projetos selecionados englobando diversos materiais e suportes No local ficaram expostos 11 produtos com o objetivo de proporcionar aos visitantes e interessados a experimenta o e o teste de suas qualidades Na apresenta o que realizamos buscamos avaliar como as compet ncias do designer podem promover a qualidade do ensino como um todo Contemplando os princ pios pedag gicos nos envolvemos em atividades da observa o de planejamento desenvolvimento e realiza o Nossa participa o como agentes transformadores e fomentadores serve ainda mais para ressaltar a import ncia desse trabalho Estando envolvidos em muitos meios ao designer torna se necess ria uma reflex o relacionada aos usos e s tarefas que nos s o direcionadas Tal reflex o nos leva a crer que desenvolver estr
196. e Lima Farbiarz Apoio Decanato do CTCH PUC Rio NEL N cleo de Estudos do Design na Leitura FAPERJ PA AS i XX AA ON Comit Cient fico Adriana Mesquita Rigueira Alexandre Farbiarz B rbara J ane Hemais Beatriz de Castro Barreto Clarissa Rolim Bastos F tima Cristina D ria R dos Santos Luiza Novaes Jackeline Lima Farbiarz Maria das Gra as Dias Pereira Nathalia S Cavalcante Patr cia Almeida de Rezende Ricardo Artur Pereira de Carvalho Rita Maria de Souza Couto Rog rio T lio Solange Coelho Vereza Tania Maria de Frota Mattos Mazzillo Comiss o Organizadora Adriana Mesquita Rigueira Alexandre Farbiarz Ana Paula Beato Canato Barbara J ane Necyk Clarissa Rollin Pinheiro Bastos Cristina Helena Evelyn T Teixeira rica J uliana Rocha Estrella F tima Cristina D ria R dos Santos Gabriel Batista Isabela Gomes Bustamante M rcia Lobianco Vicente Amorim M rcia Oliv Novellino Patr cia Castro Ferreira Ricardo Artur Pereira de Carvalho Romulo Matteoni Vera Lucia Grade Selvatici Violeta de San Tiago D B Quental Secretaria Digerlaine Ten rio Emanuelle de Souza Fonseca Esther Oliveira Allyson Felipe da Silva Gomes Sum rio 42 72 78 Academic writing uma an lise de livros did ticos sob a perspectiva de g neros do discurso Academic writing an analysis of textbooks from the perspective of the concept of genre Tatiana S de Macedo An lise critica das
197. e a no o do celular como nico dispositivo capaz de realizar al al de modo port til Se a voz digitalizada pode ser codificada e enviada entre pontos espec ficos softwares gratuitos podem realizar a mesma fun o Dotando PDAs com tais softwares e acesso a Internet temos um telefone m vel que dispensa uso de operadoras Como foi necess rios rever as ferramentas ser necess rio rever os servi os pois quase todos podem ser emulados por meio dos softwares Em um mundo pluralizado e cada vez mais conectado a no o de ferramenta gratuita municiando servi o pago parece uma vertente atrativa A Internet se estabeleceu exatamente da mesma forma e em breve apresentar seu bilhon simo usu rio N o de se estranhar que na converg ncia digital as solu es sejam partilhadas uma vez que as tecnologias se aproximam tanto umas das outras O iPhone novidade da Apple lan ado em 2007 visto como um precursor da mutabilidade esperada para os dispositivos de telefonia m veis N o mais baseado majoritariamente em interfaces f sicas dispondo quase apenas de uma tela sens vel a m ltiplos toques e um bot o para ligar e desligar o dispositivo agrega ferramentas que podem ser adquiridas o produzidas por kits de programa o distribu dos gratuitamente pela empresa de Steve Jobs A unifica o de ferramentas demanda produ o de ferramentas e a abertura do conhecimento para produzi las uma necessidade Enquanto isso prop
198. e ao nosso redor por interm dio de nossa vis o sociocultural As Figuras 4 e 5 mostram duas atividades que complementam o trabalho estrutural da unidade 3 Foram elaboradas para praticar os possessivos demonstrativos e o verbo have A fam lia da atividade uma fam lia com conex es em v rias partes do mundo e omitido o lugar onde estariam a n o ser pelo termo Woodlawn que poderia ser um bairro ou uma cidade de qualquer pa s angl fono A ilustra o em tese tamb m n o marca em que pa s a fam lia estaria mas marca a classe social Seja qual for a escolha inevit vel que se marque alguma caracter stica isto algum tipo de leto Na verdade o pr prio texto traz nas entrelinhas uma s rie de significados em termos de classe social a escola a hist ria da pr pria fam lia os empregos etc O que precisa ser ressaltado aqui que apesar de toda vigil ncia o termo foreign national foi utilizado na atividade 3 Figura 5 Isso basta para marcar a escolha como brit nica j que foreigner naquela cultura pragmaticamente despreferida tem conota o um tanto negativa e alien marca a escolha como norte americana O que se tenta demonstrar aqui que apesar de estarmos lindando com as variedades padr o nativas do ingl s mesmo assim n o escapamos marca o sociopragm tica Com isso podemos imaginar como seria se estiv ssemos lidando com ILF Que termo usar amos Que conota es seriam tidas pe
199. e desmatamento nos limites oeste e norte da terra ind gena e perigo constante de queimadas e de contamina o e assoreamento dos rios A l ngua Panar utilizada por todos na aldeia As crian as aprendem primeiro a l ngua ind gena com seus pais em suas casas e quando jovens aprendem o portugu s Muitos homens e mulheres Panar falam tamb m a l ngua Meb ng kre de seus parentes e vizinhos Os Tapaj na Goron A comunidade Tapaj na vem trabalhando pelo fortalecimento de sua l ngua e cultura Moram nas aldeias Metyktire e Krem r junto com o povo Meb ng kre com uma popula o maior na primeira aldeia de aproximadamente 50 pessoas Os Tapaj na se encontram em uma situa o delicada do ponto de vista cultural porque durante o contato com os n o ndios tiveram grande diminui o populacional Atualmente h casamentos entre Tapaj na e Meb ng kre o que dificulta a divis o dos Tapaj na para uma aldeia separada As duas aldeias ficam na Terra Ind gena Kap t Jarina localizada no estado do Mato Grosso embora a aldeia Krem r fique perto da divisa com o Par em uma rea de serra e cerrado com as ro as e igarap s no entorno da aldeia As casas de madeira e com cobertura de palha formam um c rculo em que no centro tem a Casa dos Homens tamb m de madeira e palha A aldeia Metyktire fica na margem esquerda do rio Xingu pr ximo cachoeira Von Martius rodeada de igarap s e mata amaz nica O principal acesso
200. e dificuldades para sustentar suas id ias Gabriel procura trazer o interdiscurso da psicologia linhas 46 e 48 para validar sua opini o e novamente procura na educa o uma explica o para o homossexualismo linhas 49 e 50 Daniel decide engajar se ativamente na discuss o mais uma vez e traz sua experi ncia pr pria para questionar os argumentos de Gabriel Daniel diz que sua filha joga futebol linha 51 um esporte notadamente masculino aparentemente demonstrando preocupa o em sua filha ser estereotipada como homossexual por praticar esse esporte Karina exp e sua vis o e refuta a id ia do estere tipo da jogadora de futebol como homossexual reconhecendo que as pessoas s o diferentes linha 55 Esse segmento mostra que o contato com as diferen as pode fazer com que pequenos movimentos de desestabiliza o de cren as ocorram 5 Conclus es O presente estudo procurou mostrar as diferentes cren as que os alunos trazem consigo ao tratar da homossexualidade A an lise dos dados mostrou que os alunos constroem as identidades sociais ora de maneira essencializada ora de maneiras menos essencializadas A homossexualidade ao longo da intera o foi tratada a partir de tr s pontos de vista Inicialmente o interdiscurso biol gico foi adotado por m prontamente recusado pelos demais participantes da intera o A primeira cren a que os alunos expuseram de que as identidades s o fixas e essencializadas uma vez que em
201. e diversos aspectos de sua realidade a crian a a patologia os pais os profissionais da sa de o professor e com a realidade fora do hospital contato com a escola de origem da crian a adequa es para a inser o da crian a com necessidades especiais na escola regular encaminhamento de matricula na escola regular quando da alta hospitalar para as crian as que nunca frequentaram a escola Legitimidade do atendimento pedag gico hospitalar O estar hospitalizado por si s j caracteriza a crian a e ou adolescente como portador de necessidades especiais independentemente que essa necessidade seja tempor ria ou permanente Ent o a classe hospitalar n o inviabiliza os conceitos de integra o e normaliza o Estar hospitalizado n o exclus o A crian a e ou adolescente um cidad o que tem o direito ao atendimento de suas necessidades e interesses mesmo quando esta doente As classes hospitalares atendem hoje crian as e adolescentes com diversas enfermidades como por exemplo o c ncer a AIDS a pneumonia doen as cong nitas e os transplantes E contingente de crian as e adolescentes hospitalizados tem aumento consideravelmente e isso tem feito com que se busquem novas formas de organiza o do espa o hospitalar de modo a tornar a perman ncia dessa clientela o menos traum tica poss vel A id ia que normalmente se tem da crian a hospitalizada a de que a sua condi o requer repouso pois sua doen a a impe
202. e m o dupla cabe agora analisar o papel da cultura no processo de ensino e aprendizagem de l nguas KRAMSCH 1998 1993 1988 Visto que l ngua e cultura est o diretamente interligadas conforme j explicitado anteriormente n o dif cil perceber que n o se pode ensinar l ngua sem abordar cultura Essa rela o motivo de grande debate na rea de ensino de l ngua estrangeira Muito tem sido dito a respeito do ensino de cultura estrangeira no ensino de l ngua estrangeira H mesmo quem acredite ser poss vel o ensino de uma l ngua sem a abordagem das respectivas culturas inerentes l ngua Isso porque essas pessoas acreditam que a cultura ensinada possa substituir a cultura do aprendiz o que certamente n o pode acontecer N o se pode anular a cultura do aprendiz Nenhuma cultura melhor que outra s o apenas diferentes Tratar da cultura da l ngua ensinada de grande import ncia para o entendimento desta mas n o se pode jamais menosprezar a cultura do aprendiz Ao contr rio deve se procurar inserir sempre que poss vel a realidade da l ngua ensinada cultura estrangeira na realidade do aprendiz cultura do aprendiz O objetivo de tal rela o promover a reflex o por parte dos alunos A grande fun o do ensino seja em que rea for levar os alunos a pensar e refletir N o se ensina uma cultura estrangeira por ela ser melhor que a cultura interna ensina se cultura estrangeira para facilitar a apr
203. e se quase exclusividade de seu uso como material did tico em todas as disciplinas No caso do LD de LE geralmente importado a situa o se agrava ainda mais Muitas vezes n o se disp e nem de biblioteca nas escolas e ent o recorrer a outros materiais de pesquisa se torna quase invi vel Se alunos e professores limitam se a usar unicamente um LD isto provavelmente acarretar uma depend ncia desse material por ambas as partes Em suma fazendo se uma retrospectiva quem parece ter sido o maior benefici rio de sua trajet ria no Brasil o setor livreiro o qual vem expandindo seus neg cios atrav s de uma pol tica quase sempre controladora A pol tica atrelada trajet ria do LD que inclui in meras comiss es e decretos fragment rios parece ainda ser incapaz de constituir uma pol tica integrada voltada para as desej veis transforma es sociais que nossa escola exige 3 1 Aspectos Pol ticos Econ micos e Ideol gicos do LD Uma vez que o LD n o pode ser estudado de forma isolada pois pressup e um mapeamento das estruturas de poder de determinada sociedade faremos uma breve discuss o da quest o da pol tica econ mica e ideologia que subjazem a ele Longe de ser um agregado o LD parece influenciar n o s o funcionamento do sistema educacional mas tamb m o mercado editorial Ressalto que ser o considerados aqui apenas os fatos mais relevantes como base para o estudo proposto Embora sejam pouco discutido
204. e significa que as capacidades reflexivas dos atores sociais est o mais desenvolvidas do que nunca e a utiliza o dos recursos do conhecimento com o reconhecimento do uso da linguagem na constitui o das atividades concretas da vida uma das dessa reflexividade FRIDMAN 2000 No ensino de ingl s crucial criar o espa o p blico em que as pessoas possam discursar n o apenas para tomar decis es mas para produzir cultura e at mesmo criar e recriar suas pr prias identidades CALHOUN 2001 p 223 Vis o de mundo e contexto cultural A vis o de mundo de um livro did tico pode influenciar diretamente a constru o de identidades dos alunos que utilizam o material atrav s do mundo retratado pelo livro que o aluno se reconhece ou n o como parte integrante desse mundo e v se capaz de agir ou n o nele e sobre ele As escolhas l xico gramaticais presentes nos livros did ticos de ingl s nos levam a constatar qual o mundo neles criado ou seja como o campo representado atrav s das escolhas dos t picos abordados nos livros A partir da identifica o e classifica o dos t picos proponho sua categoriza o em oito grandes grupos de acordo com a sua fun o na representa o de mundo criada pelos diferentes livros e t picos includentes que possibiltam a inser o do aluno no mundo que est sendo criado e t picos excludentes que afastam o aluno desse mundo e t picos tradicionais com assun
205. e t m que lidar Este trabalho pretende portanto trazer baila uma dessas dificuldades para que a nossa compreens o da obra did tica venha a contar com mais essa perspectiva Como recorte para a presente discuss o levaremos o foco at um dos elementos que nessa nossa era p s moderna conforme a denomina GRADDOL 2007 vem in meras vezes sendo posta em segundo plano em discuss es acerca da elabora o do livro did tico a linguagem propriamente dita Em outras palavras seja qual for a abordagem adotada sejam quais forem os procedimentos metodol gicos o material did tico para o ensino de LE tem um mesmo recheio o conte do ling stico Vamos ent o afunilar o foco para atingir a esfera da Pragm tica Ling stica e relacionar o conte do pragm tico ao que temos ultimamente chamado de ingl s internacional INT O que incluir ou excluir que escolhas fazer que l ngua afinal de contas devemos ou queremos ensinar se adotamos o IINT como par metro ling stico Essa a quest o central desta discuss o N o queremos abordar aqui a quest o estrutural ou ling stico pragm tica de forma particularizada como itens curriculares e sim como a matriz ling stica que d ponto obra Para tanto conduziremos a discuss o para a rea espec fica do ingl s como l ngua estrangeira ILE embora o questionamento a seguir aplique se guardadas as devidas propor es a outros contextos de ensino de
206. e tamb m ser esse apoio ou refor ar a id ia de suporte dependendo do que observado nele Se neste manual h informa es a respeito da abordagem e da metodologia de ensinar alternativas s atividades propostas as explica es de aspectos culturais presentes no livro material a previs o de dificuldades de aprendizagem chave de respostas o perfil de professor usu rio guia para avalia es e atividades extras ele um suporte para a pr tica pedag gica fonte de informa es e atividades com o qual o professor pode contar O fato de v rios elementos terem sido marcados demonstra que para os informantes esses elementos podem ajudar na avalia o e sele o de materiais livros did ticos Como mencionei na discuss o em plen ria chegou se conclus o de que cada um desses elementos tem sua import ncia mas n o pode isoladamente determinar a escolha de um livro material As respostas aos question rios expressas em momento anterior a essa discuss o parecem confirmar o que foi exposto e ajudam a mostrar que os professores se preocupam com o processo de sele o de livros ou materiais did ticos para suas aulas levando em conta v rias fontes de informa o e diferentes vis es de colegas do autor ao consultarem ndice de conte do livros de exerc cio e do professor texto de apresenta o da editora na consulta a cat logos textos de quarta capa e conversas com representantes por exemplo C
207. e textos em g neros variados parece estar associada falta de um planejamento pedag gico dos LDs que guie conscientemente o processo de ensino de leitura em g neros textuais o que expressa uma desconsidera o por uma forma o mais organizada e consciente do aluno leitor do ensino m dio Certamente o trabalho com g neros textuais pode tornar nossos alunos mais motivados e nossas aulas mais significativas uma maneira do aluno se familiarizar e conhecer outros g neros que circulam em situa es da vida real Ramos 2004 Com rela o as atividades de compreens o textual h a predomin ncia de atividades que conduzem o aluno a apenas localizar e copiar de maneira mecanizada a informa o factual explicita no texto O livro did tico n o proporciona atividades de leitura em que o aluno possa interpretar e refletir sobre o conte do Se assim fosse o aluno poderia estar mais consciente para a re constru o de significados tornando a leitura uma atividade social Portanto como conclus o deste trabalho podemos afirmar que o livro did tico selecionado para este estudo n o aponta novos caminhos para melhorar as suas atividades de compreens o escrita e nem apresenta uma proposta diferenciada e adequada de instrumentaliza o dos g neros textuais em contextos s cio comunicativos Acreditamos que um trabalho com o g nero de maneira mais sistem tica seria selecionar poucos g neros considerando os interesses do aluno e da
208. e thoughtful researcher teaching the research process to middle school Libraries Unlimited 1999 SCOTT M Lendo nas entrelinhas Cadernos PUC 16 S o Paulo EDUC 1983 TOMLINSON B Materials development in language teaching Cambridge Cambridge University Press 1998 WILLIAMS M amp BURDEN R L Psychology for Language Teachers a social constructist approach Cambridge Cambridge University Press 1997 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira ISILID ISIMAR o Design gr fico do livro did tico Graphic design of the school textbook Nathalia S Cavalcante Mestre em Design PUC Rio nathalia sa cavalcante egmail com Resumo O artigo busca refletir sobre o lugar do design na leitura destacando a atua o do design em todo o processo de cria o e de produ o do livro did tico Trata se da valoriza o do design como pr tica e como pensamento diante dos desafios relacionados leitura na atualidade Palavras Chave design gr fico ilustra o livro did tico Abstract The article aims at reflecting upon the role of design in reading highlighting the performance of design in the process of creation and production of school textbooks It involves the value of design as a practice and thought in the challenges related to reading in the world today Keywords graphic design illustration school textbook Primeir
209. e worldwide but with particular reference to the norms of American English British English and increasingly Australian English and other varieties vi we may hope that the new national standards will take their place as constituents of an Intemational Standard English preserving the essential unity of English as an international language yi http www univie ac at voice index php x when English is chosen as the means of communication among people from different first language background across linguacultural boundaries the preferred term is English as a lingua franca X http www univie ac at voice documents oald_elf_page_r92 pdf Os termos Sociopragm tica e Pragmalingi stica ser o empregados segundo proposta de LEECH 1984 X some time ago an Italian friend of mine made the following discovery in Britain you need four thank yous to buy a bus ticket The bus conductor comes up and says the first thank you meaning I m here The passenger hands over the money with another thank you I can see you here is the money Another thank you from the conductor that is the correct money the deal is struck here is your ticket The passenger takes the ticket saying the final thank you You can total up to six thank yous if you do not hand over the correct money and need change from the conductor it ft has largely overlooked aspects of language such as literacy
210. eeman e Long 1997 dos m todos de pesquisa na Abordagem Qualitativa Neste artigo ser possivel observar 1 2 3 O conceito de g nero do discurso que est explicitado ou que pode ser depreendido dentre os pressupostos te ricos apresentados pelos autores dos livros analisados A defini o de escrita acad mica dos autores dos livros analisados A maneira como os g neros do discurso em escrita acad mica s o trabalhados nos livros Em uma primeira etapa os g neros do discurso em escrita acad mica trabalhados em cada livro did tico foram mapeados e analisados 2 M todo da descri o focalizada focused description conforme a tradu o de Silva 1998 p 43 Posteriormente foi realizado o mapeamento dos conte dos program ticos dos livros did ticos Esse mapeamento originou se de observa es de Jolly e Bolitho 1998 sobre passos que devem ser observados pelo autor de um livro ao estruturar a constru o do mesmo a a investiga o da rela o entre o material did tico e a necessidade do p blico alvo no caso desta pesquisa alunos universit rios que precisam trabalhar com g neros em escrita acad mica e b a realiza o pedag gica trabalho centrado no produto ou no processo da escrita Antes de apresentar nossa an lise veremos a seguir algumas considera es te ricas sobre o ensino e aprendizagem de g neros do discurso em escrita acad mica em l ngua inglesa O g nero do discurso
211. eenchimento dessa lacuna Leffa 2006 e 2003 Sendo assim nosso trabalho tem por objetivo apresentar algumas atividades elaboradas a partir da Ferramenta de Autoria do Professor ELO desenvolvida dentro do projeto de Ensino de L nguas Online da UCPel tais como cloze m ltipla escolha e jogo da mem ria a fim de tentarmos preencher a falta das aulas no per odo de desembarque dos alunos Buscamos apresentar por meio dessas atividades diferentes possibilidades unindo l ngua e cultura e tamb m dar continuidade aos estudos de portugu s realizados durante o embarque A Tecnologia como Poss vel Solu o Uma Ferramenta de Autoria um programa de computador usado para a produ o de arquivos digitais texto escrito imagem som e v deo No caso de produ o de materiais did ticos costuma se chamar de FAP isto Ferramenta de Autoria do Professor Encontramos tr s aspectos importantes que justificam um maior interesse pelas FAPs i a potencialidade n o explorada do computador ii a necessidade de capacita o do professor e iii o baixo custo do equipamento importante lembrarmos que a tecnologia sozinha nada pode fazer fundamental que haja por parte do professor interesse em capacitar se e integrar se s novas tecnologias visto que o dom nio de uma FAP permite ao professor completar o que apresentado em sala de aula Segundo Leffa 2006 p 5 uma ferramenta de autoria para o professor tem a potencialida
212. eitor poder fazer infer ncias e perceber algumas pressuposi es tais como o dono do estabelecimento n o vende fiado ele n o quer ser importunado com esse tipo de solicita o ele provavelmente tem recebido a solicita o com muita frequ ncia pois resolveu colocar o aviso as pessoas que frequentam o estabelecimento n o pertencem a uma classe social privilegiada j que tendem a solicitar a compra de mercadorias para pagamento posterior o estabelecimento de pequeno porte j que n o vemos este tipo de aviso em grandes redes de supermercado ou farm cias entre outras poss veis Para compreender a id ia subentendida na mensagem h necessidade de perceber a fun o social da linguagem isto sua fun o comunicativa Com o objetivo de elucidar a import ncia dessa percep o para a constru o do sentido do texto apresentamos aos participantes da oficina um conjunto de diferentes enunciados para que identificassem a fun o comunicativa Desejamos mostrar que nem sempre ela aparece de forma expl cita Como ilustra o para o presente relato reproduzimos a fala de uma m e dirigida filha Em rela o festa de sua amiga s tenho uma coisa a dizer o hor rio muito tarde Para que a comunica o seja efetiva a filha ter que compreender que a m e n o est fazendo um coment rio sobre a festa mas sim proibindo seu comparecimento Passaremos a seguir a discutir a habilidade de estabelecer o ponto de v
213. ele o o que se considera e observa e a que elementos o professor recorre para proceder escolha de livros e materiais Primeiramente tal instrumento foi respondido pelos participantes individualmente para que naquele momento pudessem refletir sobre sua pr tica profissional mais especificamente sobre a sele o e avalia o de livros did ticos para o ensino de l nguas O segundo passo foi uma discuss o em grupo das respostas que cada professor apresentou comparando as suas atua es pr ticas e seus pensamentos a respeito do tema Numa discuss o em plen ria os participantes tiveram a oportunidade de conhecer outras opini es e experi ncias em diversos contextos Ao final da sess o solicitei que os participantes caso pudessem ou desejassem retornassem o question rio respondido para que os dados ali contidos pudessem fazer parte deste artigo Vinte e um question rios foram entregues e os dados ali contidos s o apresentados mais adiante PUC Rio Departamento de Letras II SILID SIMAR julho 2008 Renato Caixeta da Silva Oficina Avalia o e sele o de livros e materiais did ticos para o ensino de l nguas rea de atua o l ngua materna l ngua estrangeira Contexto Ensino Fundamental Ensino M dio Ensino Superior Curso de idiomas escola p blica escola privada O que o livro did tico representa para voc como professor Voc participa ativamente da avalia o e
214. elhos tocadores de DVD n o permitem grava o n o disp e de rel gio Em contrapartida tocam tamb m arquivos MP3 mostram fotos e tamb m v deos outros que n o os presentes no disco vers til Foi se o tempo que as coisas faziam unicamente aquilo que lhes fora denominado Mesmo a geladeira j conta com acesso a Internet e se conecta com o supermercado na falta de algum alimento Embora pare a fic o cient fica toda nossa casa interligada por uma rede el trica em breve estar interligada por uma rede informativa O celular fruto do mesmo pensamento agregador conta com suas obsolesc ncias de maneira ainda mais radical N o h escolha caso eu n o se apete a um dispositivo com tantas fun es Posso ainda adquirir uma cafeteira que s fa a caf ou mesmo uma vitrola que apenas toque meus velhos discos de vinil mas os dispositivos m veis apresentam novos e irrevers veis modelos multifuncionais a cada m s em um surto tecnol gico que explica parte de sua acessibilidade o interesse torna sua produ o mais competitiva Mesmo havendo uma espiral de participa o social que vai da novidade m xima a tecnologia mais primeva em simult neo vemos que o descarte do aparelho mais not rio que o de outro dispositivo semelhante Mesmo a inform tica que experimenta saltos qualitativos a cada quatro anos n o encontra par na renova o dos dispositivos H um mercado paralelo para que os modelos usados atinjam novos donos que
215. enciam o universo da adolesc ncia e que perseguem o mesmo tema dos livro que comentamos anteriormente a vis o do corpo roupas quest es identit rias relacionamento com meninos teias familiares Agora opta se pelo conto e as meninas inventadas aparecem em pleno di logo ou atrav s de um discurso espec fico do di rio As a es e rea es da faixa et ria s o finamente captadas pela autora que as reconstr i em textos que se movem em reflex es Preconceitos sexo atitudes frente ao mundo percorrem as narrativas em que se d voz a quem est na passagem e n o se ordena ou impera a partir do adulto Ana Let cia Leal ao dar a palavra s adolescentes instaura a possibilidade de tornar a perspectiva din mica e n o mais fixa Essa angula o encontra se tamb m em Beatriz em tr nsito de Elo Elisabete Bocheco Sintoniza a primeira pessoa e nesse jogo capta a aten o dos leitores A intera o leitor narrativa mais frequente em narrativas em primeira pessoa que deixam uma possibilidade maior de ades o Referenciais poss veis de constitui o do universo adolescente plasmam a narrativa fundamentada em um eu que se forma e se fazem linguagem Assim comparecem o padrasto que bate na melhor amiga da protagonista e denunciado a perda da m e o abandono pelo pai as d vidas e aproxima es com o afeto Plena de recorr ncias liter rias a narrativa expande as no es de ser mulher e ser adolescente em efeitos
216. endizagem da l ngua estrangeira KRAMSCH 1996 1993 1988 na medida em que a reflex o acerca da cultura n o apenas leva o aluno a entender melhor os porqu s de certos aspectos do uso da l ngua como tamb m a entender melhor suas pr prias culturas comparando e contrastando a cultura ensinada com suas culturas vividas A express o correta portanto a meu ver n o seria ensino de cultura mas debate sobre cultura pois o objetivo de tal pr tica n o a imposi o de id ias e sim a troca de id ias gerando uma reflex o no mbito social Segundo Alptekin amp Alptekin 1990 p 22 23 em geral o ensino de ingl s como l ngua estrangeira importante para a cultura estrangeira porque abre portas para o mundo da tecnologia de ponta e do desenvolvimento industrial No entanto as normas culturais e os valores dos pa ses de l ngua inglesa que s o levados com os dados t cnicos e equipamentos s o frequentemente considerados estranhas e inaceit veis caracter sticas da cultura ensinada e n o necessariamente por raz es chovinistas Na verdade estando do lado receptor de um fluxo unilateral de informa es vindas de centros Anglo Americanos o pa s estrangeiro corre o risco de ter a sua pr pria cultura totalmente submersa Ao se ensinar uma l ngua estrangeira n o se pode desprezar a cultura do aprendiz Ela t o importante quanto a cultura da l ngua ensinada Ou melhor ela at mais importante do que a cultura d
217. endizagem de LI na educa o formal acarreta para a escola o desafio de transcender vis es estruturalistas e comunicativas que t m prevalecido no ensino e na produ o de materiais did ticos de ingl s visando a imprimir nesse contexto caracter sticas s cio historicamente orientadas que permitam tratar de modo situado quest es ideol gicas culturais e identit rias que permeiam toda pr tica lingu stica Apesar da natureza facultativa do ensino de LI nas s ries iniciais do Ensino Fundamental EF brasileiro presenciamos sua consolida o no setor privado e sua crescente por m irregular expans o no setor p blico Seu car ter optativo at o momento implica a aus ncia de bases m nimas comuns de refer ncia pol tica e teoricamente sustentadas o que enfraquece o processo e intensifica desigualdades permitindo nos caracterizar sua concretiza o em mbito nacional como excludente A situa o agrava se diante da inexist ncia de um Programa Nacional de Livro Did tico espec fico j que essa iniciativa reconhecidamente contribui para a constitui o e distribui o de letramentos na escola Orientado pela teoria de g neros sob perspectivas ticas cr ticas e protagonistas este trabalho apresenta a an lise de uma cole o did tica de ingl s para o EF composta por quatro volumes publicada por uma editora nacional e adotada como instrumento de apoio ao ensino de LI implantado na rede municipal de uma cidade do
218. enta Intermap e Acessos A figura abaixo exemplifica o ambiente colaborativo Teleduc Chamamos aten o para as ferramentas acima citadas que se encontram na coluna esquerda da figura EL894A Pr t Ens Port Est Supervisionado Il Din mica do Curso Alterar Din mica do Curso importar Din mica Faculdade de Educa o Unicamp EL894 Pr tica de Ensino de Portugu s e Est gio Supervisionado II Professor Carlos Eduardo Albuquerque Miranda Programa de Est gio Docente Heitor Gribl 1 semestre 2008 noturno Esta disciplina tem como objetivos possibilitar que os estudantes d em continuidade s atividades da EL784 com o trabalho profissional em inst ncias educativas especialmente a escolar Busca colocar em discuss o os diferentes e imbricados aspectos da pr tica docente a partir das diferentes experi ncias constru das no est gio atual e anterior tanto no mbito das disciplinas que comp em os curr culos escolares como em outras dimens es espa os e pr ticas do ambiente escolar O trabalho dos estudantes dever ser realizado em campos de est gio que foram previamente selecionados como tamb m conveniados com a universidade Deve se priorizar o trabalho em equipes e em parceria com o corpo pedag gico da institui o escolhida Condi es para realiza o do est gio Local escolas da educa o b sica Grupo 2 ou 3 alunos Total de horas de trabalho no campo de est gio 45 horas Total de ho
219. entadas pelo livro material did tico analisado se elas s o apresentadas de maneira integrada ou isoladas se h adequa o das atividades e habilidades ao n vel est gio dos alunos e aos seus interesses se s o aut nticas naquilo que proposto e se os textos propostos para desenvolvimento das habilidades s o tamb m aut nticos e ainda se s o propostas de modo a permitir mais controle ou liberdade ao professor e ao aluno Os t picos apresentados no tivro ou material did tico tamb m merecem aten o Nas publica es consultadas s o mencionadas a adequa o dos t picos aos interesses dos alunos e da situa o de aprendizagem a variedade apresentada no livro material a contribui o para a conscientiza o e o enriquecimento dos alunos e a representatividade de diferentes grupos sociais g neros ra as nacionalidades profiss es etc Outro aspecto a ser considerado a metodologia levando se em conta a sua adequa o situa o de ensino aprendizagem o papel do professor o papel do aprendiz as t cnicas de apresenta o e pr tica do conte do a integra o ou separa o das habilidades a integra o com outras disciplinas e a explora o de estrat gias de aprendizagem autonomia O tivro do professor um elemento a que as publica es mencionadas tamb m se referem sendo pertinente encontrar ali informa es sobre o papel do professor previsto na concep o do livro material os estilos
220. ento ou o que significa ser o primeiro isto ser a identidade que serve de refer ncia ou ainda permitir analisar as formas atrav s das quais tal classifica o se faz presente nas pr ticas sociais e culturais de qualquer grupo LOURO p 46 Na constru o discursiva da inf ncia e adolesc ncia nos textos em foco est o presentes rela es de g nero que levam a pensar em hierarquias estrat gias de domina o e desigualdades Atrav s da consci ncia tra am se os caminhos que permitem a distin o entre a opress o e a resist ncia entre a domina o e o agenciamento Efeitos de g nero inven o de outras possibilidades identificat rias delineamentos e sombreados adv m da s leitura s dessa incurs o nos paradid ticos Refer ncias BERGALLO Laura Alice no espelho S o Paulo SM 2005 BOCHECO Eloi Elisabete Bocheco Beatriz em tr nsito Porto Alegre Nova Prova 2005 BOURDIEU Pierre A domina o masculina Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1999 BRANCO Sandra Por que os meninos t m p s grandes e meninas t m p s pequenos S o Paulo Cortez 2004 BUTLER Judith Problemas de g nero feminismo e subvers o de identidade Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2003 CAMARGO Maria Am lia Romeu suspira Julieta espirra Ilustra es de Silvana Rando S o Paulo Girafinha 2007 DANTAS Cristiane Vic S o Paulo SM 2007 DAVIDSON Rosemary amp VINE Sarah O maravilhoso livr
221. entos do que seria o INT e seus desdobramentos MCARTHUR 2001 4 demonstra claramente tais diverg ncias Citando CRYSTAL 1988 o IINT seria a l ngua inglesa normalmente mas n o necessariamente em sua forma padr o quando usada ensinada e estudada como l ngua franca mundo afora ou quando tomada como um todo e usada em contraponto ao ingl s americano brit nico sul africano etc Portanto o IINT seria composto de qualquer express o ling stica que fa a contraponto que usada no circulo interno na medida em que desempenha a fun o de l ngua franca Ainda citando CRYSTAL 1988 demonstra que ao especular sobre a forma que a quest o tomaria no s culo XXI Crystal fala da possibilidade de uma norma internacional dif cil precisar como ser o ingl s internacional do s culo XXI mas prov vel que haja bastante normatiza o No decorrer do tempo talvez tenhamos que dominar duas normas do ingl s uma que nos dar a identidade nacional e local e uma outra que nos colocar em contato com o resto do mundo Na verdade talvez seja necess rio que nos tornemos bil ng es em nossa pr pria l ngua Embora sugira cf original em ingl s nota 2 a possibilidade de dificuldade de normatiza o CRYSTAL antev a coexist ncia de dois tipos de norma uma nativa e outra oriunda dos outros c rculos Portanto o IINT contaria com uma variante padr o interessante ressaltar que no mesmo trabalho a
222. entretanto n o s o dicot micas N o h uma polaridade em que um t pico esteja localizado em um extremo ou outro Trata se de um cont nuo em que um mesmo t pico pode reunir caracter sticas dos dois extremos embora tendendo mais para um dos lados Al m disso as categorias n o s o excludentes mas interrelacionadas de maneira que um mesmo t pico pode pertencer a diversas categorias A partir dos t picos abordados os livros did ticos podem ser classificados segundo a representa o que fazem do mundo A inaturalidade FREITAG et al 1997 banaliza o e unidimensionaliza o BONAZZI amp ECO 1980 dos t picos corroboram para o apagamento dos problemas e conflitos do mundo tornando o uma Disneyl ndia pedag gica FREITAG et al 1997 Por outro lado t picos naturais relevantes e multidimensionais possibilitam uma retrata o do mundo mais pr xima da realidade p s moderna globalizada plural com sujeitos heterog neos fragmentados e contradit rios o mundo real Quanto constru o de identidades de projeto esta se torna mais f cil no mundo globalizado e real mundo do qual o aluno faz parte Em um mundo alheio realidade do aluno GRIGOLETTO 1999 seja ele uma Disneyl ndia pedag gica ou um mundo segmentado em que as realidades apresentadas s o quase que exclusivamente a americana e a europ ia o aluno ao n o se reconhecer como parte dessa realidade encontra pouco espa o para manifesta
223. er que estas regras que diferenciam as variadas esferas de atividade humana Nestas esferas que ocorrem as pr ticas sociais nas quais se visualiza o embate entre os atores sociais que disputam entre si poder pol tico econ mico simb lico Barbosa 2001 33 exemplifica esta correla o entre esfera de atividade e esfera de utiliza o da l ngua citando a defesa de uma tese Para que esta ltima seja aceita na academia uma condi o estar escrita no padr o do discurso acad mico Isto no entanto n o garantia de aceita o do trabalho como tese Em fun o do grau de hierarquia entre os agentes sociais envolvidos numa defesa de tese a banca examinadora que decidir se o trabalho digno ou n o de ser chamado tese Esta banca al m de ler o referido trabalho dever arg ir o proponente que por sua vez n o poder deixar de responder respeitosamente com propriedade e com uma linguagem que esteja de acordo com o evento defesa de tese s quest es que lhe forem formuladas Barbosa 2001 33 explica este processo dizendo que estar inserido numa esfera de atividade implica em se ter que fazer determinadas coisas pr prias das posi es institu das em nome dos interesses em jogo em cada esfera De acordo com a autora nas referidas esferas as regras sup em restri es que variam em fun o do grau de hierarquia entre os agentes sociais que nelas atuam assim como em fun o das finalidades e inte
224. er suficiente forma o de cidad os cr ticos uma educa o que se limite a trabalhar com conte dos da cultura dominante ou que aborde a desigualdade reduzida exclusivamente din mica de classe Contudo vis vel que a id ia iluminista de escola homogeneizadora continua sendo uma forte tend ncia da escola atual que explica em parte a exist ncia de pr ticas que na tentativa de nivelar cultural e ling isticamente os alunos portadores de capitais culturais diferentes ao que a escola pretende transmitir acabam por conden los ao sil ncio ou no pior dos casos ao fracasso ou ao abandono escolar BERENBLUM 2003 p 104 Assim acabamos tendo que nos remeter a outra quest o interligada a dos curr culos Segundo Silva 2007 p 14 o ponto principal que se apresenta como pano de fundo para qualquer teoria do curr culo saber qual conhecimento deve ser ensinado O curr culo resulta de uma sele o de conhecimentos e saberes por isso mesmo busca justificar por que alguns conhecimentos s o selecionados enquanto outros ficam de fora Mas juntamente com a preocupa o do que selecionar h de se considerar tamb m que objetivos o curr culo tem em rela o forma o que ele pode proporcionar ou seja de que modo o curr culo busca transformar as pessoas que ter o seus aprendizados por ele pautados SILVA 2007 pp 14 15 Segundo Giroux 1995 p 92 o que tem acontecido a transmiss o de uma cultura de
225. ereira Mello Antrop loga UNICAMP janumello gmail com Ingrid Lemos Costa Artista Pl stica UNICAMP ingridlemos gmail com Resumo A publica o de material did tico de autoria ind gena em l ngua materna biling e l ngua ind gena e portugu s e l ngua portuguesa uma realidade brasileira Esses livros s o impressos com o objetivo de colaborar na constru o de uma educa o escolar ind gena intercultural e diferenciada como prev a legisla o brasileira com curr culo calend rio e projetos pol ticos pedag gicos pr prios Apresentamos aqui um relato do trabalho de design gr fico inserido no contexto de uma equipe multidisciplinar suas caracter sticas e singularidades durante a produ o de materiais did ticos produzidos pelos povos ind genas Meb ng kre Panar e Tapaj na da regi o da bacia do rio Xingu nos estados do Mato Grosso e Par Palavras chave livro did tico educa o escolar ind gena etnodesign Abstract This study discusses the design processes involved in the development of textbooks by indigenous communities Meb ng kre Panar Tapajuna Central Brazil with non indigenous assistance The study demonstrates that indigenous design styles are different from non indigenous design It should be encouraged since these materials may help indigenous people to promote their language and culture Keywords textbooks indigenous style ethnic design A gente tem que escrever livr
226. eresse desta pesquisa observados nos nove livros analisados Alguns desses t picos faziam parte do foco de pesquisa inicial como o caso da men o expl cita ao g nero do discurso Outros t picos evidenciaram se medida que a an lise avan ava como a realiza o pedag gica e a presen a do ensaio como g nero protot pico no contexto da escrita acad mica QUADRO 1 S ntese de aspectos observados nos livros did ticos para o ensino aprendizagem de escrita acad mica 1 2 3 4 5 6 7 8 9 T picos Menciona o termo g nero do Sim N o Sim Sim N o N o N o Sim Sim discurso Sim N o i Apresenta atividades que trabalham N o Sim Sim Sim N o Sim N o Sim Sim g neros diversos como relat rios cartas e outros Sim N o Demonstra as diferen as na N o N o N o N o N o N o N o N o Sim organiza o ret rica dos diversos g neros do discurso de maneira expl cita Sim N o Apresenta sele es de leituras Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim representativas de diversos g neros do discurso Sim N o Apresenta atividades que trabalham Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim N o o Ensaio Sim N o Trabalha as escolhas l xico N o N o N o N o N o N o N o N o Sim gramaticais luz das especificidades dos diferentes g neros do discurso Sim N o Trabalha as escolhas l xico Sim Sim Sim Sim Sim N o Sim Sim N o gramaticais de maneira geral
227. erial vai constantemente de encontro a seus prop sitos pedag gicos ele exigir do docente atribulado com in meras turmas um frequente e desgastante malabarismo 4 Considera es Finais Salientam os que devido ao escopo do artigo e dos desdobramentos do tema n o foi poss vel discutir todos os dados produzidos ao longo da pesquisa Desta forma procurou se aqui apresentar um breve panorama do estudo realizado Ao triangular os dados da pesquisa bibliogr fica com as respostas aos question rios e entrevistas aplicados p de se explorar melhor a rela o autor LD professor aluno P de se perceber que o LD continua a ser a principal fonte de material did tico no ensino de LE no Brasil mas que simultaneamente professores reconhecem falhas nesse recurso Notou se que as inconsist ncias apontadas pelos professores e alunos investigados se somaram ao que foi observado na pesquisa bibliogr fica A an lise revela que essas inconsist ncias impedem que o LD facilite o processo de ensino aprendizagem da LE Parece inexistir uma intera o significativa n o s entre o aprendiz e o livro mas tamb m entre o editor autor e o professor O LD corre assim o risco de deixar de cumprir fielmente o seu papel de facilitador do processo de ensino aprendizagem Principalmente para o professor que sente a necessidade de reformular atividades propostas pelo LD este por vezes deixa de representar um apoio um aux lio confi vel Diante
228. ero ou seja iremos privilegiar esta ou aquela variante nativa ou n o Acrescentamos que uma variante ILF perderia muito se n o completamente da sua cor sociopragm tica e possivelmente seria como um pidgin com objetivos meramente utilit rios Dessa forma estaria sempre em posi o inferior s variantes nativas Reconhecemos que um trabalho de compila o como o que o projeto VOICE est desenvolvendo tem seu valor mas achamos que seus efeitos venham a ser sentidos na pesquisa e n o no ensino Os padr es determinados n o parecem ser muito diferentes do que j se sabe a respeito do ILF por estudos nas reas de estrat gias da comunica o e intera o em sala de aula e outras por exemplo estudos realizados no mbito de projetos que pretendem determinar a efic cia do trabalho pedag gico com foco na forma Assim sem a possibilidade de estabelecimento de padr es mais definitivos dos que j dispomos n o cremos que tal compila o possa ser operacionalizada com vistas ao ensino Ser entretanto um valioso banco de dados para a pesquisa na rea geral de linguagem do aprendiz com seus desdobramentos estrat gias de comunica o intera o etc Votando s perguntas iniciais deste trabalho o conceito de IINT por n o se prestar operacionaliza o parece n o dar conta delas ou seja autores e produtores de livro did tico ficam sem respostas Acreditamos por m que mais importante do que um padr o ILF par
229. es termos que expressam que podem ser valores variando em uma escala de bom verificados para p ssimo tais como finest worst Informa o em nota Situa es hipot ticas com o uso do se de rodap Por fim enfocaremos a quinta habilidade a percep o de tendenciosidade entendida como a apresenta o de uma realidade distorcida em geral com apenas um ponto de vista Beyer 1995 Rankin 1999 Rankin 1999 95 traz algumas sugest es para verificar a presen a de tendenciosidade 1 Identifique o t pico central do texto 2 Estabele a os poss veis pontos de vista presentes 3 Identifique se h apela o ao sentimento e s emo es do leitor tais como exageros estere tipos opini es colocadas como fatos etc 4 Analise os tipos de analogia e met foras presentes no texto e suas respectivas conota es 5 Analise a presen a exagerada de generaliza es H muitos marcadores de generaliza o all every most etc Aparecem frases como Everybody knows Nobody could All people 6 Verifique o equil brio das diferentes informa es apresentadas At que ponto todos os lados s o considerados Os outros pontos de vista s o totalmente explorados Que informa es relevantes s o omitidas H desequil brio na apresenta o das informa es 7 Decida se o autor tendencioso com base nas informa es apreendidas Em caso afirmativo julgue a extens o da tendenciosidade do autor Mostr
230. es Curriculares Estrat gias para a Educa o de alunos com Necessidades educacionais especiais Bras lia 1998 COLL C sar Psicologia e Curr culo S o Paulo Atica 1987 FONSECA E S Classe Hospitalar a o sistem tica na aten o s necessidades pedag gico educacionais de crian as e adolescentes hospitalizados in Temas sobre Desenvolvimento v 8 n 44 p 32 37 1999 FONSECA E S Atendimento Escolar no Ambiente Hospitalar S o Paulo Memnon 2003 ORTIZ Leodi Concei o Meireles Construindo classe hospitalar relato de uma pratica educativa em clinica pedi trica Revista reflex o e A o v 8 n 1 p 93 100 jan jun 2000 SACRIST N J Gimeno O Curr culo uma reflex o sobre a pratica Porto Alegre Artemed 2000 SILVA Tomas Tadeu da Silva Documentos de identidade uma introdu o as teorias do curr culo Autentica 1999 A tecnologia como aliada s aulas presenciais de PE em contexto Offshore Associating technology with mandatory PE classes in an offshore context Jane Cristina Duarte dos Santos Doutora Wordmagic janecdsegmail com Resumo Nosso objetivo apresentar algumas atividades elaboradas a partir da Ferramenta de Autoria do Professor ELO desenvolvida dentro do projeto de Ensino de L nguas Online da UCPel tais como cloze m ltipla escolha e jogo da mem ria a fim de tentarmos preencher a falta das aulas no per odo de desembarque dos alunos Buscamos apresentar por mei
231. es a representa o no papel atrav s de ilustra es e textos algo novo que surgiu com o contato e a escolariza o suas representa es est o mais focadas na pintura corporal cestaria e em outros objetos e formas Representar em livro as hist rias t cnicas e conhecimentos que s o transmitidos pela fala pela mem ria pelo corpo em contextos sociais espec ficos ao mesmo tempo uma mudan a significativa nos padr es de transmiss o de conhecimento e uma maneira de preserva o da cultura Al m disso muitas escolas ind genas assim como muitas escolas rurais brasileiras s o multi seriadas assim os livros did ticos ind genas refletem essa pr tica ou seja s o por caracter stica multi seriados e trazem conte dos que podem ser trabalhados em diferentes etapas do aprendizado escolar Nesse contexto de demanda de elabora o de livros de autoria ind gena foram publicados nos ltimos dois anos com recursos do MEC CAPEMA Comiss o Nacional de Apoio Produ o de Material Did tico Ind gena diferentes livros em que os pr prios professores e ou alunos ind genas s o autores De acordo com informa es do MEC publicadas no site do CEDEFES Centro de Documenta o Eloy Ferreira da Silva de 2005 a 2008 dos 65 livros elaborados por professores e comunidades ind genas produzidos e distribu dos pelo pr prio rg o 23 s o em l nguas maternas e 11 bil ngues uma l ngua ind gena e o portugu s Outras
232. es e p s modernidade Tese de doutorado Rio de Janeiro PUC Rio Departamento de Letras 2006 Disponivel em http www maxwell lambda ele puc rio br cgi bin db2www PRG_0490 D2W INPUT CdLinPrg pt Acesso em 12 08 2007 UNSWORTH L Teaching multiliteracies across the curriculum changing contexts of text and image in classroom practice Buckingham Philadelphia Open University Press 2001 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN Os recursos de educa o dist ncia e os desafios para escolas e universidades E learning facilities and the challenges to schools and universities Carlos Eduardo A Miranda Doutor UNICAMP ceamiranda g mail com Rog rio Moura Doutor UNICAMP rogermou unicamp br Heitor Gribl Mestrando UNICAMP heitor g gmail com Resumo Produ o de narrativas verbais e n o verbais e de relatos de viv ncias atrav s do ambiente colaborativo Teleduc para promover a transi o do aluno estagi rio da condi o de observador para a de ator como forma de superar a opacidade institucional entre a universidade e a escola Palavras Chave forma o de professores educa o a dist ncia narrativas verbais e n o verbais Abstract Production of verbal and non verbal narratives through a colaborative e learning environment in order to improve the student s ability of being an actor and as a way to su
233. es verificadas em seu contexto espec fico de atua o Usamos a defini o de Tomlinson 1998 2 que considera a elabora o de material did tico como toda e qualquer atividade ou atitude por parte dos escritores professores e alunos que suscitem input ling stico bem como o uso desse input para maximizar a probabilidade de interioriza o em linhas gerais refere se a toda informa o e experi ncia que promovem a aprendizagem ling stica Dentro dessa vis o destacamos que o processo de ensino aprendizagem assume uma natureza din mica de intera o entre professor aluno e tarefas sendo a aprendizagem decorrente das intera es vivenciadas Williams and Burden 1997 43 Usaremos o conceito de tarefa pedag gica de Nunan 2004 4 entendida como todo trabalho desenvolvido em sala de aula que leve os alunos a compreender manipular produzir ou interagir com a l ngua alvo enquanto sua aten o est focalizada no significado em vez da manipula o de formas lingu sticas Como base em toda a problem tica exposta nossa oficina teve como objetivo enfocar algumas habilidades de leitura e marcas ling sticas relativas a elas que podem levar ao desenvolvimento de uma postura reflexiva Como segundo objetivo foi solicitada a leitura de um texto em l ngua inglesa para que os participantes tivessem a oportunidade de praticar a busca tais marcas e ent o posicionar se criticamente perante o texto lido Desenvolvi
234. esenvolvida por Marcuschi 2003b que geralmente s o encontradas em livros did ticos ver quadro 2 Essa tipologia mostra as variedades de perguntas textuais que segundo o autor Ilbidem 53 servem para indicar alguns aspectos interessantes da pr tica escolar quanto ao fen meno da compreens o O autor considera que os exerc cios de leitura do livro did tico s o s vezes em grande quantidade comprometendo a natureza dos mesmos Assim Marcuschi Ibidem 51 identifica pelo menos quatro problemas b sicos detectados nesses exerc cios a a compreens o considerada na maioria dos casos como uma simples e natural atividade de decodifica o de um conte do objetivamente inscrito no texto ou uma atividade de c pia Compreender texto resume se no geral a uma atividade de extra o de conte dos b as quest es t picas de compreens o v m misturadas com uma s rie de outras que nada t m a ver com o assunto Esta simples mistura j atesta a falta de no o do tipo de atividade c comum os exerc cios de compreens o nada terem a ver com o texto ao qual se referem sendo apenas indaga es gen ricas que podem ser respondidas com qualquer dado e d os exerc cios de compreens o raramente levam a reflex es cr ticas sobre o texto e n o permitem expans o ou constru o de sentido o que sugere a no o de que compreender identificar conte dos Esquece se a ironia a an lise de inten es a m
235. esse caso obviamente as ilustra es s o variadas ilustrando a diversidade proposta No entanto aqueles que fazem as escolhas destas ilustra es esquecem que mesmo n o estando em foco a diversidade continua existindo Portanto ao retratar situa es cotidianas as ilustra es deveriam incluir pessoas de diferentes faixas et rias etnias sexualidades classes sociais etc afinal n o isso o que ocorre no mundo real Os livros acabam portanto perpetuando a id ia de que n o existe diferen a no cotidiano s o todos jovens brancos heterossexuais e de classe m dia E felizes Ningu m vive conflitos No entanto a vida real cheia de conflitos mas o livro did tico n o apresenta conflitos Outros padr es que fogem chamada normalidade s surgem quando o foco do livro a diferen a N o se trata de afirmar que os livros n o representam tal diversidade em momento algum a representa o existe em alguns poucos momentos por m bastante pequena Al m disso grande parte das pessoas retratadas principalmente nos livros iniciantes s o celebridades Mas por que os livros optam por retratar essas pessoas se elas n o representam a maioria da popula o Acabam assim contribuindo para a cria o de uma imagem de que o sucesso est ligado necessariamente m dia Trata se da sociedade do espet culo DEBORD 1997 em que a visibilidade midi tica se torna o elemento mais importante para se obter su
236. estrado PUC RJ 1993 SANTOM J T Globaliza o e interdisciplinaridade S o Paulo Artmed Editora 1998 SILVA E T Livro Did tico do ritual de passagem ultrapassagem Em Aberto Bras lia n 69 p 10 14 1996 SOUZA D M Gestos de Censura In Coracini M J Interpreta o Autoria e Legitima o do Livro Did tico Campinas SP Pontes 1999 TORRES R M Melhorar a qualidade da educa o b sica As estrat gias do Banco Mundial In DE TOMMASI L WARDE M J HADDAD S Org O Banco Mundial e as Pol ticas Educacionais 3ed S o Paulo Cortez 2000 Projeto gr fico e diagrama o Ricardo Artur Pereira de Carvalho Arte Barbara Jane Necyk Site http www letras puc rio br 2silid Romulo Matteoni SILID ISIMAR Simp sio sobre o Livro Did tico Simp sio so de Lingua Materna e Estrangeira e Recursos Did ticos
237. et fora e outros aspectos relevantes nos processos de compreens o Vejamos no quadro sin tico elaborado por Marcuschi 2003b 53 54 os tipos de perguntas encontrados nos exerc cios de compreens o em livros did ticos e suas defini es com alguns exemplos que serviram de guia para categorizar nossa pesquisa Tipos de perguntas 1 Acor do cavalo branco de Napole o 2 C pias 3 Objetivas 4 Inferenciais Explicita o S o P n o muito frequentes e de perspic cia m nima auto respondidas pela pr pria formula o Assemelham se s indaga es do tipo Qual a cor do cavalo branco de Napole o S o as P que sugerem atividades mec nicas de transcri o de frases ou palavras Verbos frequentes aqui s o copie retire aponte indique transcreva complete assinale identifique etc S o as P que indagam sobre conte dos objetivamente inscritos no texto o que quem quando como onde numa atividade de pura decodifica o A resposta acha se centrada exclusivamente no texto Estas P s o as mais complexas exigem conhecimentos textuais e outros sejam pessoais contextuais enciclo p dicos bem como regras inferenciais e an lise cr tica para busca de respostas Quadro 2 Tipologias das perguntas de compreens o Ligue L lian N o preciso falar sobre o que aconteceu Mam e Mam e desculpe eu menti para voc Copie a fala do trabalhador Retire do texto
238. exto a ser lido pertence uma forma de leitura pr via do referido texto Ao reconhecer o g nero discursivo o leitor j se prepara para leitura Ele ativa conhecimentos esquem ticos e tra a expectativas em rela o ao texto pois essa leitura pr via com a finalidade de entender os significados do texto pode ser bastante til j que pode ser o primeiro passo para se compreender inten o do autor Para o autor do material que o motivo deste trabalho leitura a habilidade ling stica que mais se faz presente no dia a dia do homem comum brasileiro Ele defende a vis o de que atrav s da leitura o aluno capaz de obter informa es relevantes as suas necessidades permanentes e moment neas Ele tamb m observa que a leitura de textos em l ngua inglesa sempre ter papel importante na vida desse aluno 4 Aplica o de g neros textuais no ensino de leitura Nos ltimos anos o conceito de g nero tem sido estudado pelos te ricos ligados ao ensino de l nguas De acordo com Hyon 1996 pesquisas que analisam as formas e fun es dos g neros t m se tornado cada vez mais populares e se divido em diferentes abordagens A aplica o dessas pesquisas afeta a aula de leitura e por isso cabe verificar a efic cia dessas abordagens para a pedagogia baseada em g neros A aplicabilidade dos g neros discursivos nas tarefas da sala de aula inclusive na aula de leitura um tema controvertido Alguns pesquisadores pensam
239. fessor inclu mos uma m sica que o aluno podia ouvir enquanto realizava a atividade No quadro embaixo dos dois ambientes encontramos uma caixa que ser usada para digitar as palavras correspondentes a cada espa o Depois digitada o aluno clica em ok para saber se a cidade ou ponto tur stico est correta fundamental esclarecermos que o n mero de asteriscos n o corresponde ao n mero de letras Os bot es gt e lt indicam seguir ou voltar a p gina O bot o lt indica que o aluno pode voltar para o in cio da atividade ou no caso do bot o gt ir para o fim da atividade O bot o usado para dar a resposta caso o aluno n o consiga decifr la No fim da atividade o aluno encontra um relat rio de desempenho mostrando a percentagem de acertos Nessa etapa ele escolhe se deseja enviar o relat rio para o professor e ou para mais pessoas 3 M ltipla Escolha A M ltipla Escolha embora muito criticada ainda usada tanto para aferi o de conhecimento quanto para a aprendizagem de novos conte dos Em termos de aprendizagem ela permite estabelecer distin es finas entre reas pr ximas do conhecimento que muitas vezes podem passar desapercebidas para o aluno O sistema ELO permite que o aluno tenha um feedback espec fico para cada alternativa dada em cada quest o formulada Al m disso poss vel tamb m inserir uma ajuda geral para cada quest o Notamos que s o exig ncias par
240. frente a qualquer defini o que se apresente como capaz de reger a pratica curricular ou simplesmente de racionaliz la Sacrist n 2000 apud Grundy 1987 afirma que O curr culo n o um conceito mas uma constru o cultural Isto n o se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de exist ncia fora e previamente experi ncia humana antes um modo de organizar uma serie de praticas educativas 2000 pg 14 Cabe destacar que o curr culo para ser efetivo precisa de uma dimens o de visibilidade que permita a proposi o de experi ncias de aprendizagem significativas De acordo com Silva 1999 a palavra curriculo vem do latim Curriculum que significa pista de corrida um percurso a ser realizado Tin 2008 faz uma analogia com esse termo ao sugerir que visualizemos uma pista de corrida Observamos que ela tem um come o um fim e um certo contorno Colocando corredores nela constatamos que s o diferentes as condi es que cada um realiza esse percurso Alguns aceitam e acham f cil o percurso Outros o acham dif cil e podem percorr lo at certo trecho ou nem iniciar o percurso Terceiros podem reinventar o percurso torn lo diferente Uns percorrem mais rapidamente outros mais lentamente Enfim as condi es para cada um dos corredores s o bem diversas independentemente do percurso j definido No primeiro caso quando a pista est vazia o curr culo formal e est
241. g A Scheme for Teacher Education Eds C N Candlin amp H G Widdowson Oxford OUP Wolcott H F 1994 Description analysis and interpretation In Transforming Qualitative Data 9 54 Thousand Oaks SAGE publications Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de Lingua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN Letramento nos livros did ticos de alfabetiza o novas possibilidades de leitura e escrita Literacy in schoolbooks new possibilities of reading and writing JU Robson Barbosa Cavalcanti mestrando UERJ robsonbcavalcanti amp hotmail com Resumo Nosso trabalho pretende analisar a publica o do governo federal intitulada Guia do Livro Did tico 2007 volume Alfabetiza o As perquiri es do estudo t m por objetivo investigar a s influ ncia s das id ias sobre letramento constantes ou n o nos livros de alfabetiza o que s o propostos para ado o nas escolas p blicas brasileiras Palavras Chave letramento alfabetiza o livro did tico Abstract Our search intends to analyse the government publication entitled Schoolbook Guide 2007 volume Literacy The searches about the study aim to investigate the influence of the ideas about the social use of reading and writing constant or not in the literacy books that are proposed to the public schools in Brazil Keywords literacy literacies schoolbook Esse trabalho faz pa
242. g idade do tempo que o estagi rio passa na escola p blica ou seja dois semestres de apenas 60 horas Isto muito pouco se comparado jornada tanto de professores da rede p blica como de alunos que cursam o Ensino Fundamental ou M dio A presen a do estagi rio se caracteriza portanto por uma efemeridade esvaindo se rapidamente Os instrumentos de pesquisa e de interven o no campo de est gio potencializados pelo pr prio ambiente colaborativo virtual contribuem para tornar significativa e efetiva esta passagem do estagi rio pelo campo escola p blica neste ponto que o est gio converte se ent o em problema de pesquisa e ao mesmo tempo pode ser considerado um processo de constru o da identidade profissional do professor que se forma nos cursos de licenciatura das universidades Por um lado este estagi rio a poder agir em mais de uma frente n o somente na sala de aula mas lidando com todas as inst ncias seja no n vel da coordena o dire o ou doc ncia incluindo os funcion rios Por meio de ferramentas de pesquisa qualitativa com texto imagem e som e tamb m com a produ o de invent rios da unidade escolar de pr ticas pedag gicas e aplica o de entrevistas ele a poder por meio do Rapport demonstrar interesse e colabora o adquirindo novos conhecimentos dos ritos de intera o entre os sujeitos na escola Isto conferir a ele a um poder simb lico de colaborador e ator no espa o da e
243. gem a turma sempre um grupo aberto onde entram e saem pacientes O n mero de alunos sempre flutuante a turma marcada pela heterogeneidade em todos os aspectos idade seria o escolar aproveitamento o trabalho caracteriza se pela diversifica o das atividades dado o seu car ter individualizado e individualizante a classe hospitalar n o pode ser vista como sala de aula A prioridade ser sempre a sa de o stresse da hospitaliza o aliado ansiedade e afastamento do lar s o fatores intervenientes da aprendizagem o curriculo precisa ser flexibilizado para poder atender s especificidades do atendimento O perfil do professor para a classe hospitalar Os estudos concernentes forma o do professor para atuar na classe hospitalar t m por princ pio o seu papel mediador entre a crian a e o hospital Ortiz 2003 destaca que indispens vel ao professor ter conhecimento das patologias mais freq entes na unidade hospitalar em que atua para saber dos limites cl nicos do paciente aluno Para a crian a ou adolescente hospitalizado o contato com o professor e com a classe hospitalar que serve como uma oportunidade de liga o com os padr es da vida cotidiana e com a vida em casa e na escola Por conseq ncia um dos desafios da forma o de professores para as classes hospitalares refere se necessidade de um preparo pedag gico mais consistente ligado a uma orienta o
244. gem metodol gica adotada para a apropria o do sistema de escrita alfab tico ortogr fico e as pr ticas de letramento No t pico A l gica de organiza o adotada nos livros de alfabetiza o posto que continuam evidenciando certa uniformiza o j constatada em avalia es anteriores Prevalece o crit rio de estrutura o por unidades tem ticas nas quais alguns temas recorrentes e pertinentes aos interesses infantis s o tomados como n cleo para a explora o de atividades relacionadas aos conte dos do ensino da l ngua escrita para alfabetiza o e ou letramento bem como para a explora o de atividades complementares ou extraclasse Em As abordagens metodol gicas adotadas nas propostas de alfabetiza o tem se que No que tange abordagem metodol gica adotada para o ensino dos diferentes componentes da alfabetiza o e do letramento foram identificadas semelhan as e diferen as entre as diversas obras apresentadas para a escolha do a professor a Mais frente percebemos a influ ncia de quest es que valorizam a presen a do contexto social nas atividades desenvolvidas na escola atrav s de textos que no entender geral circulam socialmente dito que as obras que s o recomendadas no Guia que estamos analisando apresentam de forma geral sele o textual caracterizada pela presen a de textos significativos de diferentes tipos e g neros que favorecem a reflex o sobre os v rios con
245. gena e tamb m das imagens Apesar de n o trabalharem diretamente na montagem gr fica no computador tinham voz ativa no processo de cria o art stica e diagrama o dos mesmos tanto durante as revis es dos bonecos como antes ao escolherem as imagens que comporiam cada cap tulo ou unidade e as capas e contracapas A escolha desses livros e n o outros para an lise foi influenciada pela facilidade de acesso visto que as autoras t m familiaridade com o processo de produ o dessas publica es tendo participado ora como colaboradoras ou organizadoras ora como respons veis pelo design gr fico destes Durante a montagem dos livros sempre houve uma preocupa o em assessorar a comunidade para que se produzisse livros que servisse aos prop sitos desses tr s povos que s o os autores dos materiais e t m prefer ncias est ticas e visuais diferentes das nossas O processo de produ o do livro era sempre longo Os livros iam e voltavam das aldeias com sugest es de mudan a s vezes eram trocadas ou inseridas novas ilustra es outras vezes mais conte do era adicionado ou ent o algo era eliminado Em todas s vezes sem exce o a revis o da l ngua ind gena era a maior preocupa o da equipe e dos pr prios professores Por isso o cuidado e aten o na aplica o correta da acentua o das palavras era visto como uma caracter stica fundamental para o bom desempenho e a avalia o do trabalho do designer Segue abai
246. giar o livro did tico que potencialmente est servindo de material did tico para o ensino e aprendizagem de leitura em l ngua inglesa em duas escolas na cidade de Bel m Par do Ensino M dio O livro did tico selecionado para nossa pesquisa Ingl s Doorway 2004 um tivro constitu do de volume nico com 21 unidades a ser utilizado nas tr s s ries do Ensino M dio em que h uma preocupa o clara com a compreens o de leitura Cada unidade do LD composta por dois textos totalizando 42 textos Observamos tamb m uma preocupa o com o vestibular raz o pela qual o LD apresenta quest es extra das dos principais vestibulares de universidades federais estaduais e particulares de diversas regi es do pa s Essas quest es s o apresentadas sempre ao final de um grupo de sete unidades Observemos a seguir a justificativa do autor do LD ao propor um livro para o desenvolvimento da habilidade de leitura e sua justificativa para incluir quest es de vestibulares a maioria dos vestibulares e concursos atuais tem seu foco na leitura Mas essa leitura n o pode ser superficial preciso saber ler com certa profundidade com compet ncia para que consiga responder s perguntas formuladas Ingl s Doorway 2004 12 Manual do Professor Parece nos que a preocupa o primordial do livro n o est em formar leitores que possam construir sentido com consci ncia em uma situa o de comunica o mas como o pr prio trec
247. gl s permite acesso aos discursos em ingl s que circulam no planeta esses discursos podem ser refor ados ou desconstru dos no processo de ensino e aprendizagem Moita Lopes 2003 destaca ainda 3 aspectos dos Par metros Curriculares Nacionais PCN de l ngua estrangeira que refor am o uso do ingl s na vida contempor nea para construir novos discursos anti hegem nicos 1 a constru o de uma base discursiva em que o aluno se envolva na constru o do significado Dessa forma aprender uma l ngua deve ser entendido como aprender a se engajar criticamente nos significados produzidos na l ngua reconhecer posicionamentos discursivos e saber que poss vel construir novos significados para alterar esses posicionamentos que s vezes s o de exclus o 2 o desenvolvimento da consci ncia cr tica em rela o linguagem O uso da linguagem envolve escolhas de possibilidades de significados atrav s dos quais agimos no mundo e o constitu mos O professor pode ensinar o aluno a faz lo 3 o foco nos temas transversais ou seja em quest es que permeiam a vida social contempor nea tica trabalho pluralidade cultural meio ambiente sexualidade consumo e sa de Professores e alunos podem enfocar pr ticas sociais vividas fora da escola j que ao usar a linguagem as pessoas constroem significados acerca destes temas transversais construindo a si mesmas e o mundo social a sua volta O ensino de ingl s pode ainda mostrar c
248. gura como um avan o ainda bastante conservador na dire o dos multiletramentos 2 Multimodalidade e multissemiose em materiais impressos Pesquisas recentes t m apontado para discuss es acerca da rela o entre as modalidades verbais e outras manifesta es de linguagem sobretudo a visual em materiais impressos ou em meios digitais A essa rela o tem se denominado multimodalidade traduzido do ingl s multimodality Entretanto h que se refletir acerca do termo multimodalidade de modo a compreend lo melhor uma vez que h um certo desgaste do termo sendo preciso reconhecer suas limita es Primeiramente buscamos separ lo do prefixo multi para compreender mais precisamente as no es te ricas advindas da semi tica que envolvem o termo modalidade Na semi tica o termo modalidade utilizado para denominar as manifesta es de diferentes qualidades de percep o sensorial a verbal a visual e a sonora Como exemplo tomemos o caso das modalidades visuais a pintura a fotografia e a imagem produzida digitalmente constituem tr s modalidades diferentes Os paradigmas de produ o da imagem neste caso s o classificados de acordo com sua materialidade buscando compreender os instrumentos utilizados para sua produ o e sua influ ncia sobre os efeitos de sentido durante o processo de interpreta o Segundo Santaella e N th 1999 as modalidades visuais s o distribu das pelo paradigma pr fotogr fico pintura
249. h 1995 s o pouco apontadas e prevalece ainda o conte do a ser trabalhado no livro ou no materialem avalia o Conte do organiza o e tratamento 10 ocorr ncias Alunos p blico alvo e necessidades 09 ocorr ncias Abordagem filosofia metodologia 09 ocorr ncias Design formata o e imagens 09 ocorr ncias Outros recursos materiais de udio e v deo 07 ocorr ncias Pre o 04 ocorr ncias Essas respostas parecem confirmar as id ias de suporte ferramenta e apoio evidenciadas anteriormente pois o livro material aquele que traz o que se quer ou se deve ensinar suporte ou a ferramenta que o professor tem para ensinar o que pretende ou precisa ou nele em que se ap ia para ministrar o conte do A id ia de apoio tamb m pode estar relacionada vontade dos professores de irem ao encontro das necessidades dos seus alunos na avalia o e sele o de material livro e no fato de o pr prio material livro trazer consigo outros recursos de udio e v deo Neste caso ele o livro tamb m pode ser o suporte desses outros materiais e de imagens Seguindo o mesmo raciocinio o livro did tico parece ser visto como a ferramenta para que seja implantada uma metodologia ou uma abordagem ou filosofia de ensino aprendizagem e a id ia de ferramenta se assemelha id ia de instrumento sendo a ferramenta um instrumento de ajuda para se realizar uma tarefa Da mesma forma parece me pertinente afirmar q
250. ho mostra o vestibular e os concursos constituem a proposta central em que os alunos s o treinados a trabalhar com atividades bastante artificiais e mec nicas para apenas conseguir a aprova o nesses exames Esse livro produzido no Brasile foi indicado por uma professora de uma escola particular na cidade de Bel m PA Conv m observar que nossa preocupa o b sica neste trabalho n o apenas verificar o resultado que o LD possa apresentar em termos do tratamento de pr ticas educativas de compreens o de leitura da L ngua Inglesa a partir de uma abordagem de g nero textual mas tamb m contribuir para o professor de l ngua estrangeira me lhor compreender as concep es de linguagem subjacentes s v rias propostas do livro did tico de ingl s 5 An lise dos dados 5 1 A sele o dos g neros de texto O LD n o apresenta uma grande diversidade de g neros textuais o que a nosso ver n o propicia uma boa experi ncia para a pr tica de leitura em LE S o apresentados apenas poema biografia entrevista reportagem artigo carta pessoal anedota relato de experi ncia de vida pessoal receita culin ria e resenha de filme No caso dos g neros predominam os textos integrais e mesmo os fragmentos de textos mant m uma unidade de sentido coerente Podemos apontar que o g nero textual artigo te rico o mais privilegiado com uma incid ncia de 59 constituindo a grande parte dos textos escolhidos pelo autor d
251. i dar as aulas que l nguas ser o utitizadas na escola a partir das decis es tomadas coletivamente a respeito destas quest es que se construir o referido projeto pedag gico que determinar por sua vez o tipo de ensino de l nguas a ser ministrado aos alunos ind genas Desta forma parece ser necess rio que se construa um projeto pedag gico cr tico e culturalmente sens vel que faculte um ensino de l nguas nas aldeias tamb m culturalmente sens vel Feito este planejamento inicial que se poder planejar e elaborar as sequ ncias did ticas para o ensino de Portugu s como segunda l ngua Projeto pedag gico e letramento escolar no contexto Tapirap De acordo com Dias de Paula 2001 29 46 os Tapirap conhecem a escrita desde o in cio do s culo XX atrav s das visitas dos primeiros antrop logos dos mission rios dominicanos que realizavam as desobrigas anuais e atrav s dos agentes do SPI Servi o de Prote o ao ndio Posteriormente mantiveram um contato mais est vel com a escrita a partir de 1952 quando as Irm zinhas de Jesus passaram a morar com eles na aldeia No entanto de acordo com a autora embora mostrassem curiosidade pela escrita os Tapirap n o manifestaram desejo de apropriar se dela at fins da d cada de 60 e in cio da de 70 Foi neste per odo que o Governo Federal autorizou a empresas colonizadoras paulistas o loteamento para a venda da rea Tapirap Em meio desapropria o e i
252. id tico de espanhol contendo atividades de uma unidade deste livro Ap s discuss o cada grupo apresentou aquilo que percebia como importante naquele elemento para o processo de avalia o sele o de material did tico Mais especificamente solicitei lhes que observassem como aquela amostra contribu a para melhor conhecimento do material em quest o tendo em mente o p blico alvo objetivos de ensino contexto conte do do material outros recursos disponibilizados metodologia e abordagem adotadas Ao final esses t picos foram tratados mais sistematicamente com base na bibliografia consultada Posso dizer de antem o que quest es referentes aos t picos permearam v rios momentos das discuss es em plen ria e esta oficina serviu tamb m como conscientiza o de que um nico aspecto n o pode ou n o deve por si s determinar a sele o de livros e materiais did ticos Ao contr rio parece me ter sido claro que essa sele o envolve a considera o de aspectos pedag gicos est ticos econ micos culturais e sociais Os t picos abordados na oficina Apresento a seguir uma s ntese dos t picos e das quest es abordadas com e pelos participantes tanto nos momentos de discuss o em plen ria como no ltimo momento acima relatado com uma apresenta o mais sistem tica Estas s o quest es tamb m abordadas por Cunningsworth 1995 no livro Choosing your Coursebook publica o espec fica sobre o assunto e prese
253. il resume se a uma s rie de decretos leis e medidas governamentais a partir de 1930 de forma aparentemente desordenada e sem a corre o ou cr tica de outros setores da sociedade p 11 Se por um lado temos programas recentes eg Programa Nacional do Livro Did tico por outro o Decreto lei que regulamenta ainda hoje a pol tica do LD data de dezembro de 1945 O nascimento e a defini o de uma pol tica governamental para o LD estiveram em seu primeiro momento atrelados Comiss o Nacional do LD CNLD criada atrav s do Decreto lei n 1 006 de 30 de dezembro de 1938 Esta tinha como fun o julgar os LDs que poderiam ser produzidos ou importados Entretanto como destaca Bom ny 1984 essa comiss o exerceu mais a fun o de um controle pol tico ideol gico do que uma real fun o did tica No lugar da CNLD na d cada de 60 surgiu a Comiss o do Livro T cnico e LD COLTED Em 6 de janeiro de 1967 um conv nio foi firmado entre o MEC SNEL USAID Minist rio da Educa o Sindicato Nacional de Editores de Livros e Ag ncia Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional a fim de disponibilizar aos alunos brasileiros um n mero maior de livros No entanto esse controle do mercado livreiro feito pela USAID n o foi bem vindo j que garantia por sua vez o controle tamb m ideol gico de uma fatia substancial do processo educacional brasileiro FREITAG 1993 p 14 A essa ag ncia ameri
254. ilidade de produzir para grandes p blicos nesse contexto que s o realizados os trabalhos que constituem o banco de dados Dentro dessa sele o aparecem diversos produtos como solu es para as quest es levantadas jogos de tabuleiro infogr ficos jogos eletr nicos CD ROM fantoches fantasias entre outros Com tal variedade de objetos contemplando desde diferentes materiais e formas a suportes apresentados de formas inesperadas constatamos as dificuldades em agrupar e categorizar os trabalhos Essa variedade decorre da exclusividade com que s o desenvolvidos os produtos n o sendo nos primeiros ciclos direcionados produ o massiva mas produzidos para determinado local ou grupo social Como consequ ncia dessa personaliza o encontramos objetos com caracter sticas e usos pr prios Essa abordagem diferenciada reafirma o prop sito do Design na PUC como participativo e objetivando a inclus o Participativo pois os alunos est o em contato direto e trocando informa es em praticamente todas as etapas com o grupo social com o qual se envolveu Inclus o no sentido de se contemplar grupos minorit rios e situa es que ocorrem margem do sistema tradicional e da educa o formal como por exemplo o desenvolvimento de material did tico e paradid tico para crian as surdas O resultado desse levantamento e sele o de projetos foi um banco de dados contendo informa es sobre cada projeto de uma maneira simples
255. ilitar ao aluno o acesso ao conhecimento desse fato significa reconhecer o significativo potencial ideol gico e social que o ensino aprendizagem de g neros do discurso possui interessante observar que a autora de um dos livros analisados nesta pesquisa Academic writing exploring processes and strategies declara que a escrita acad mica caracteriza se pelo tom objetivo neutro e calmo Isto revela uma vis o de escrita cient fica qual se atribuem qualidades projetadas por um discurso da ci ncia enquanto conhecimento imparcial apol tico e n o relacionado subjetividade Com o objetivo de desmistificar essa id ia do que seja o discurso cient fico diversos estudiosos como Threadgold 1989 defendem que o tratamento dado aos estudos de g neros do discurso n o deve estar dissociado da an lise do contexto social e do momento hist rico no qual esses g neros manifestam se Dessa forma segundo Threadgold ibid pode se perceber a n o neutralidade dos discursos incluindo o cient fico na medida em que esses discursos representam e reproduzem interesses e cren as gt A data corresponde ao ano em que o site lt http flor trix net agatha genero htm gt foi acessado O texto de Furlanetto foi extra do de um trabalho anterior da autora G nero discursivo tipo textual e expressividade de 1995 Kress 1985 considera que os discursos que carregam os significados da institui o onde s o constru dos e reproduzidos
256. infantil Um apanhado din mico das diferen as entre meninos e meninas come ando pelas caracter sticas f sicas e estendendo se at as diferen as de educa o preconceito e tradi o A obra discute as qualidades que os adultos esperam dos meninos como coragem e for a e das meninas como delicadeza e sensibilidade Mas sobretudo ajuda o leitor a compreender que os pap is sociais n o podem ser t o r gidos Claro que a obra diretiva Claro que faz parte de uma esfera de leitura pedag gico condutiva qual a literatura infantil est estreitamente ligada No entanto por n o tentar vender se como literatura afinal trata se de uma cole o informativa traz a possibilidade de faz lo Torna se tamb m interessante como o afeto aparece ao final do texto mostrando como apaixonar se aproxima meninos e meninas Este um movimento de aproxima o pelo sentir ou de entendimento pelo afeto que pode ser encontrado em muitas das obras que apresentam delineamento de g nero Tal procedimento aparece tamb m na obra de Stella Florence autora brasileira nascida em 1967 cuja escrita solta leve e interessante Mas vamos observar onde nos levar o esse adjetivos ao contemplarmos um seus livros Ser menina tudo de bom Dicas para melhorar a auto estima das adolescentes A linguagem f cil permeada por express es do jarg o adolescente e o convite para a leitora se torna irresist vel ao visualizarmos na orelha
257. ingl s como l ngua estrangeira representaria 60 do total com mais de 1 bilh o de usu rios cf Figura 1 Embora a distribui o de frequ ncia possa ter mudado na ltima d cada a rela o percentual permanece mais ou menos a mesma com a grande maioria de usu rios sendo de falantes de ingl s l ngua estrangeira Figura 1 Distribui o de usu rios de ingl s por c rculo O C rculo Interno C rculo Externo O C rculo em Expans o O IINT seria justamente o resultado do contato entre os usos ling sticos que cada c rculo estabelece Na verdade fala se da possibilidade de uma norma internacional composta portanto pelas normas de cada c rculo cf Figura 2 Essa proposta por mais atraente que seja e o do ponto de vista pol tico encontra resist ncia no que tange teoria ling stica o que acaba por atingir o n vel do ensino de l nguas especialmente no que diz respeito produ o de material did tico Figura 2 Padr o Internacional 2 Ingl s Internacional haveria uma norma internacional Afinal o que ingl s internacional Quando recorremos literatura notamos que h uma boa dose de diverg ncia e at mesmo contradi es nas defini es e consequentemente no teor das propostas Nesta se o faremos apenas uma brev ssima demonstra o de qu o complexa a tarefa de se tentar definir e identificar o IINT Ao fazer um apanhado de v rias defini es e entendim
258. institucional pedag gico foi constru do em torno do sexo das crian as e adolescentes houve e de certa maneira ainda h um grande esfor o para silenciar a quest o da sexualidade em sala de aula Louro 1997 aponta especificamente para o ocultamento ou a nega o dos as homossexuais e do homoerotismo pela escola Esse ocultamento enquanto uma forma de exercer poder e disciplina fabrica sujeitos e funciona como um modo de opress o Segundo Louro 1997 p 68 a nega o dos as homossexuais no espa o legitimado da sala de aula acaba por confin los s goza es e aos insultos Dessa forma como indica a autora op cit p 68 jovens gays e l sbicas s podem se reconhecer como desviantes indesejados ou rid culos 3 Contexto e metodologia de pesquisa O contexto de minha pesquisa uma de minhas turmas no projeto CLAC Cursos de L nguas Abertos Comunidade O projeto CLAC um n cleo de forma o de professores que mant m suas atividades intramuros na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro e extramuros em um n cleo de ensino na comunidade da Mar uma comunidade carente nos arredores da Cidade Universit ria na Ilha do Fund o onde se localiza a Faculdade de Letras da UFRJ O grupo observado composto por 12 alunos as do projeto aprendizes de ingl s como l ngua estrangeira em n vel avan ado com idades variando entre 17 e 40 anos Os alunos fazem p
259. io Refer ncias BAUMAN Z Identidade entrevista a Benedetto Vecchi Trad Carlos Alberto Medeiros Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 2004 FABRICIO B F Intera o em contexto educacional um novo referencial para a sala de aula de l ngua estrangeira Rio de Janeiro UFRJ Faculdade de Letras 1996 222 fl Disserta o de Mestrado no Curso Interdisciplinar de Ling stica Aplicada FOUCAULT M Hist ria da Sexualidade A vontade de saber Rio de Janeiro Ed Graal 2003 LOURO G L A constru o escolar das diferen as In LOURO G L G nero sexualidade e educa o uma perspectiva pr estruturalista Petr polis Vozes 1997 p 57 87 MOITA LOPES L P Identidades Fragmentadas a constru o discursiva de ra a g nero e sexualidade em sala de aula Campinas SP Mercado das Letras 2002 MOITA LOPES L P amp FREIRE A M F Looking Back into an action research Project teaching learning to reflect on the language classroom The Especialist S o Paulo 19 2 1998 p 145 167 Anexo 1 Conven es de transcri o utilizadas pausa de meio segundo pausa de um segundo senten a final com entona o ascendente parada repentina lt palavra gt pron ncia incorreta fala justaposta engatamento de dois enunciados indicando que n o h pausa entre eles sublinhado nfase palavra fala mais suavizada coment rio coment rios do observador Ve risadas Adaptado de Fabr cio 1
260. ion com content amp task view amp i d 438 amp Itemid 9 gt Acessado em 01 11 2008 TAVARES Marcus Tadeu de Souza Jogos eletr nicos educa o e M dia In Comunidades Virtuais Dispon vel em lt www comunidadesvirtuais pro br seminario2 trabalhos marcostavares pdf Acessado em 05 10 2008 TURKLE Sherry Life on the Screen New York Touchstone Book 1995 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN Ensino de g neros do agrupamento argumentar nas aulas de portugu s como segunda l ngua na escola ind gena Tapirap uma proposta em constru o Teaching argumentative genres in Portuguese in second language classes to Tapirap indigenous people Maria Gorete Neto Doutoranda PPGLA IEL UNICAMP mariagorete_neto yahoo com br Resumo Este artigo discute a ado o do ensino de g neros por agrupamento no contexto de ensino de l ngua portuguesa como segunda l ngua na escola indigena Tapirap e apresenta uma proposta de seq ncia did tica para o ensino de g neros do agrupamento argumentar para posterior testagem discuss o e aprofundamento Palavras chave argumentar portugu s para ind genas seq ncia did tica Abstract This study discusses the genres teaching in Portuguese classes as second language in the Tapirap indigenous school We propose a pedagogical material to teach argumentative genres
261. iona se dentro da perspectiva cr tica de ensino aprendizagem de l nguas e cita Pennycook 1998 90 ao afirmar que o que est por tr s do pesquisador na rea de ensino aprendizagem de l nguas postura cr tica e responsabilidade pol tica que levam em considera o o princ pio de que estamos imersos em ambientes sociais culturais hist ricos e pol ticos especificos Para a autora o ensino aprendizagem de uma l ngua como tra o cultural est inserido nessa perspectiva cr tica e pol tica do educador ou seja entendendo se o processo de ensino aprendizagem como uma postura pol tica entende se tamb m que tanto aluno quanto professor est o inseridos em contextos particulares cujas configura es comp em suas vis es de mundo Oliveira Santos citada anteriormente clara ao afirmar que para a rea de ensino de l nguas a perspectiva intercultural essencial se se quer um ensino cr tico e pol tico No entanto a abordagem intercultural no ensino de l nguas demanda algumas considera es A primeira delas a pr pria concep o de cultura em que frequentemente a cultura abordada como um conjunto de caracter sticas estanques Cr se que cultura indument ria acess rios e outras superficialidades e deixa se de lado o que de fato cultura para determinado povo Por essa perspectiva h a celebra o de diacr ticos culturais estereotipados e a perpetua o do conceito de cultura como algo imut vel Uma
262. ir boas reflex es acerca do hist rico escolar desses alunos estagi rios revelado muitas vezes pela compara o entre as posi es de pertencimento das esferas de atividades de aluno de aluno estagi rio e durante a forma o do posicionamento de professor estagi rio A partir das dimens es portanto poss vel acompanhar o que poder amos chamar de processo de amadurecimento por falta de outro termo que pudesse ser mais adequado constantemente avaliado pelos formadores como indicador dos diferentes n veis de aprecia o valorativa que esses alunos apresentam diante da atividade docente Nesse sentido a partir dos enunciados dos alunos e das interven es argumentativas dos formadores poss vel elaborar reflex es acerca de id ias opini es atitudes sentimentos ou comportamentos conforme discutido anteriormente em uma atividade de interven o discursiva Se por um lado o di logo estabelecido entre formadores e alunos respons vel por oferecer encaminhamentos mais voltados pr tica e realiza o dos objetivos da disciplina por outro lado no mbito das dimens es poss vel orientar os alunos sob a forma de aconselhamentos para que sejam capazes de refletir os poss veis conflitos que se apresentam na rela o entre a posi o de alunos estagi rios e a de professores estagi rios Finalmente para discutirmos a quest o da din mica das disciplinas em ambientes colaborativos virtuais preciso levar
263. is social do uso do ler e e escrever parece estar tamb m no entendimento de Jung 2007 90 o conceito de letramento surgiu para resgatar a id ia pluralista de aquisi o e uso da leitura e escrita na sociedade ou seja as pessoas usam a leitura e escrita em diferentes dom nios sociais com diferentes objetivos interagem de forma diferenciada com o texto escrito enfim somente um conceito em termos de eventos e pr ticas sociais capaz de abarcar toda a dinamicidade que envolve um evento no qual um texto escrito constitui parte essencial para fazer sentido da situa o A partir de uma matriz digamos s cio hist rica muitos outros pesquisadores desenvolvem seus estudos Nessa vertente citamos como exemplo Tfouni 2004 9 que orienta seus trabalhos no sentido de defender que A alfabetiza o refere se aquisi o da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para leitura escrita e as chamadas pr ticas de linguagem Isso levado a efeito em geral por meio do processo de escolariza o e portanto da instru o formal A alfabetiza o pertence assim ao mbito do individual O letramento por sua vez focaliza os aspectos s cio hist ricos da aquisi o da escrita Entre outros casos procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando aditam um sistema de escritura de maneira restrita ou generalizada procura ainda saber quais pr ticas psicossociais substituem as pr ticas etradas
264. is a man who wants to be a woman 31 Daniel another thing is a man who wants to have sex with another man 32 Breno Ok the situation is not homosexuals 33 But religion or the rules of societies say that it s a bad thing Our society dont have the culture to accept homosexuals Even so there are a lot of homosexuals O segmento inicia se com Daniel considerando o papel da sociedade na constru o identit ria dos homossexuais linha 11 Essa uma vis o menos essencializada das identidades e contrasta com a vis o inicial de sexualidade como uma caracter stica biol gica inata como exposto no segmento 1 Daniel promove ainda uma separa o entre travestismo e homossexualidade linhas 12 e 14 A fala de Daniel compreende o atravessamento entre g nero e sexualidade caracter stico do travestismo a man who wants to be a woman linha 14 Dessa maneira o travestismo constru do como uma forma de alargamento das fronteiras entre g nero e sexualidade pautado em uma transforma o f sico biol gica do corpo atrav s das falas you get breasts linha 12 e long hair linha 14 Na intera o parece claro que essa transforma o biol gica faz com que os participantes negociem o travestismo como um fen meno separado do homossexualismo Daniel menciona ainda o homossexualismo como uma quest o cultural linha 15 Aqui parece claro que o discurso inicial de Daniel tratando a sexualidade como uma d
265. ista durante a leitura Ponto de vista refere se posi o da qual uma pessoa faz recortes da realidade isto a posi o em que se coloca para observar e avaliar algo Rankin 1999 93 Muitos fatores influenciam o ponto de vista entre eles idade sexo n vel s cio econ mico educa o personalidade hist rico familiar cultura cren as experi ncias etc Com o objetivo de identificar um determinado ponto de vista o leitor deve observar o contexto comunicativo do texto recuperando o tempo e espa o a fun o social de seus participantes a inten o comunicativa e seus prov veis locais de circula o Da mesma forma deve avaliar as escolhas l xico gramaticais e discursivas feitas pelo autor para identificar seu sistema de valores que influencia na constru o do sentido Algumas quest es ajudam a estabelecer o ponto de vista entre elas 1 Qual o assunto principal do texto 2 Qual a poss vel fun o social do autor 3 Para quem o autor possivelmente escreve 4 H marcas no texto que possibilitam perceber seu contexto hist rico isto o espa o e tempo em que o texto foi produzido 5 Qual a fun o comunicativa da mensagem 6 Que aspectos do assunto o autor enfatiza h repeti o da mesma informa o 7 Que aspectos o autor ignora ou menciona apenas brevemente 8 Que pressuposi es podem ser feitas com base nas informa es apresentadas 9 Que palavras e express es aspectos l xico
266. isuais do Livro Did tico uma leitura Disserta o de Mestrado PUC RJ 2001 MACHADO N J Sobre livros did ticos quatro pontos Em Aberto Bras lia n 69 p 28 36 1996 MARCUSCHI L A Exerc cios de compreens o ou copia o nos manuais de ensino da l ngua Em Aberto Bras lia n 69 p 46 65 1996 Compreens o de Texto algumas reflex es In DIONISIO A P amp BEZERRA M A O Livro Did tico de Portugu s m ltiplos olhares Rio de Janeiro Ed Lucerna 2001 MEC Guia dos livros did ticos 5 a 8 S ries PNLD 2000 2001 Bras lia Minist rio da Educa o e do Desporto 1999 In lt http www mec gov br gt Acesso em 30 mar 2002 MEC Programa nacional do livro did tico Bras lia Minist rio da Educa o Documento vers o 1997 In lt http wmww mec gov br gt Acesso em 30 mar 2002 MOITA LOPES L P Pesquisa interpretativista em Ling stica Aplicada a linguagem como condi o e solu o In D E L T A v 10 no 2 p 329 335 1994 Oficina de Ling stica Aplicada A natureza social e educacional dos processos de ensino aprendizagem de l nguas Campinas SP Mercado de Letras 1996 NUNAN D Research Methods in Language Learning Cambridge Cambridge University Press 1992 OLIVEIRA J B A et al A Pol tica do livro did tico S o Paulo Summus 1984 POLTRONIERI S Ma A Leitura autorizada o uso do livro did tico no cotidiano escolar Disserta o de M
267. italar precisam ter come o meio e fim e o professor precisa estar ciente que cada dia de trabalho se constr i com um planejamento bem estruturado e flex vel Sobre as organiza es das aprendizagens parece oportuno citar as contribui es de C sar Coll 2000 e A caracter stica individual independentemente da condi o atual da crian a est sujeita a evolu o desde que as situa es de ensino e aprendizagem oferecidos tenham sentido e significado A capacidade de aprender em determinada circunstancia de contexto e vida depende essencialmente do tipo de ajuda pedag gica oferecida A individualiza o do ensino refere se intensidade da ajuda pedag gica e ao ajuste desta as caracter sticas e necessidade dos alunos 3 Situa es de aprendizagens efetivas respeitam e estimulam os esquemas de conhecimento utilizados pelo aluno 3 Toda e qualquer inten o educativa decorre de uma determinada concep o de ensino e de aprendizagem e tem implica es diretas na sele o das metodologias e das atividades de aprendizagens Uma aprendizagem significativa implica que a aprendizagem se organize muito mais em torno de conceitos teorias e procedimentos do que em conte dos fechados em si mesmos Em outras palavras a respeito da organiza o das atividades alguns pontos merecem destaque neste contexto a finalidade educativa pretendida com a realiza o da tarefa h que se ter presente qual o objetivo da proposi
268. iveira e as ilustra es s o de Jacques Azam Obra port til que pertence cole o Filosofia para crian as formada por pequenas narrativas introduzem informa es colocando em dois conjuntos inicialmente meninos e meninas para depois deslocar rbitas e estere tipos O texto trilha o caminho do narrar para estabelecer um contato um come o com o que vem depois Vale se de exemplos do mundo animal e de situa es que exibem pap is fixos para depois redimension los assim com o bloco Mulher bombeira homem bab em que a partir de defini es do dicion rio s o questionadas liga es de profiss es a homens e mulheres O projeto gr fico cuidadoso demonstra a integra o entre ilustra o texto As narrativas que antecedem as reflex es e que s o elas mesmas pontos de pensar acham se marcadas por um tra o irregular em vermelho esquerda e exibidas com um tipo e tamanho de letra diferente do restante do texto chamando aten o para a sua intensidade As ilustra es trabalham com a comicidade e ajudam a enfatizar determinadas situa es e pensamentos Desde a capa chamativa em cor laranja com o desconserto do t tulo e a ilustra o em que uma menina e uma menina observam a si mesmos no que diz respeito genit lia a atitude de curiosidade e de vontade de descobrir Ao acessar o site da Editora Scipione encontro as seguintes informa es associadas ao r tulo de literatura informativa
269. izagem da compreens o escrita Nosso foco de interesse voltou se para uma abordagem de ensino baseada em g nero textual apoiada nas atividades de compreens o de leitura O texto que se segue apresenta cinco se es Na primeira delas discorremos sobre a no o de g nero textual sob o ponto de vista de Marcuschi 2002 2003a 2003b 2004 2005 Na segunda discutimos os tipos de tipologias proposta por Marcuschi 2003b para an lise da compreens o escrita em livro did tico Na terceira se o contextualizamos a pesquisa a saber apresentamos o livro did tico que fez parte de nosso trabalho e os objetivos para na quarta se o discutirmos os dados referentes s an lises do livro did tico selecionado Na ltima se o procuramos apresentar nossas reflex es sobre o livro did tico pesquisado em rela o aprendizagem de leitura em l ngua inglesa 2 A concep o de g nero do texto Marcuschi 2002 2003a 2003b 2004 2005 define g nero textual como um instrumento din mico em nossas pr ticas de comunica o sociais e culturais do dia a dia Nessa perspectiva o autor tamb m enfatiza o g nero como um evento textual flex vel e vari vel que se manifesta na esfera de nossa atividade verbal tanto na oralidade como na escrita de maneira multimodal j que nossa comunica o se efetua atrav s de algum g nero Marcuschi 2005 discute as restri es e padroniza es impostas pelos g neros nas rela es human
270. ja adequada ao contexto de ensino Refer ncias Bibliogr ficas ALMEIDA FILHO Jos Carlos Paes Dimens es Comunicativas no Ensino de L nguas Campinas Pontes 1993 Escolha e produ o de material did tico para um ensino comunicativo de l nguas In Contexturas ensino cr tico de L ngua Inglesa 2 APLIESP Campinas 1994 p 43 52 BOHN Hil rio Avalia o de materiais In BOHN H amp VANDRESEN P org T picos de Ling stica Aplicada Florian polis Editora da UFSC 1988 2 N o desconsidero aqui que nem sempre o mesmo autor do livro seja tamb m autor do livro de exerc cio e livro do professor Tem sido comum recentemente que esses livros sejam produzidos por outros autores configurando uma produ o em equipe comandada pela editora Ressalto ent o ao papel cada vez maior do editor sobre o trabalho dos autores CERROLAZA Matilde amp CERROLAZA scar Como trabajar con libros de texto Madrid Escelsa 1999 CORACINI Maria Jos org Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico Campinas Pontes 1999 CUNNINGSWORTH Alan Choosing your Coursebook Oxford Heinemann 1995 DION SIO Angela amp BEZERRA Maria Auxiliadora orgs O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares Rio de Janeiro Editora Lucerna 2 edi o 2003 KITAO K amp KITAO S K Selecting and developing teaching leaming materials In The Internet TESL Journal voL IV n 4 Apri
271. jeto Escola Viva Adapta es de Pequeno Porte Cartilha 06 MEC 2000 A realiza o desse estudo justifica se medida que se observa uma lacuna em termos de an lises que se ocupem com a explicita o das interfaces entre o fazer pedag gico e a sele o de estrat gias de adapta o dos materiais did tico pedag gicos no contexto das adapta es curriculares em ambiente pedag gico hospitalar A an lise de observa es e relatos de professores que atuam em classes hospitalares indica um certo desconhecimento acerca dos procedimento para eleger estrat gias de adapta es curriculares no atendimento pedag gico hospitalar em especial quando se trata dos materiais did tico pedag gicos Assim parte se de uma retomada conceitual sobre curr culo e de como este tem sido percebido contextos hospitalares Conceito de Curr culo Considera se importante destacar a import ncia de uma compreens o mais aprofundada sobre curr culo de modo a minimizarem se equ vocos recorrentes dentre os quais a confus o entre curr culo e elenco de disciplinas e conte dos escolares Esse equ voco pode ser verificado inclusive nas classes hospitalares quando tomam se as atividades em especial as l dicas como foco do trabalho pedag gico Nesse sentido curr culo um conceito poliss mico que implica v rios aspectos did ticos pol ticos administrativos econ micos cren as valores etc Ent o necess rio certo cuidado inicial
272. l 1997 Dispon vel em http iteslj org Articles Kitao Materials html acessado em 29 08 2007 LEFFA Vilson J Como produzir materiais para o ensino de l nguas In LEFFA Vilson J Org Produ o de materiais de ensino pr tica e pr tica 2 ed Pelotas EDUCAT 2008 p 15 41 Dispon velem www leffa pro br Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o Buscando informa es nas entrelinhas o uso de marcas lingu sticas na constru o de leitores reflexivos em l ngua inglesa Searching for information between the lines the use of linguistic markers in the construction of reflective readers in english Angela Cristina de Oliveira Corte Doutora em Educa o CL FFLCH USP cortekauerduol com br Cynthia Regina Fischer Doutora em Ling stica Aplicada CEFETSP FECAP GEALIN PUCSP fichercr uol com br Resumo O objetivo desta oficina foi levar seus participantes percep o de algumas marcas ling sticas que podem ser usadas para uma leitura mais reflexiva Foram abordados o processo de infer ncia a percep o de pressuposi es o estabelecimento de ponto de vista a distin o entre fatos e opini es e a percep o de tendenciosidade Palavras Chave ensino aprendizagem leitura reflex o Abstract The aim of this workshop was to guide its participants to use some linguistic markers present in texts so
273. language as well Keywords school language textbooks speech genres literacy G neros de discurso nos ld de l nguas multiculturalismo multimodalidade e letramentos Este artigo congrega trabalhos que analisam nos livros did ticos de l nguas LDL e em sua abordagem aspectos relativos aos letramentos m ltiplos multimodalidade dos textos e ao multiculturalismo em livros destinados a l ngua materna e estrangeira nos EF le Il Na primeira parte correlacionamos os letramentos m ltiplos variedade de g neros de diferentes esferas e mbitos presentes nos livros did ticos de L ngua Portuguesa LDP Na segunda intentamos distinguir multimodalidade e multissemiose na busca de crit rios de an lise de textos multimodais e multissemi ticos que integram as colet neas de LDP de EF Il Na terceira parte enfatizamos a necessidade de se analisar numa perspectiva multicultural o modo com que a pluralidade cultural trabalhada nos LDP E finalmente na ltima parte analisamos um material did tico destinado ao ensino de ingl s como LE para alunos de EF levando em conta perspectivas ticas e protagonistas 1 As colet neas de textos nos LDP letramentos m ltiplos Um dos objetivos principais da escola hoje possibilitar que seus alunos participem das v rias pr ticas sociais que se utilizam da leitura e da escrita letramentos na vida da cidade de maneira tica cr tica e democr tica Para faz lo preciso que
274. lidade entretanto necess rio atentarmos para o real papel desse recurso pedag gico 3 3 Expectativas Quanto ao LD A cren a de que o LD um recurso indispens vel donde emerge o maior insumo para a aprendizagem parece envolver a todos N o somente professores mas tamb m alunos de ingl s como LE quando questionados sobre o que esperam do LD para o ensino de ingl s reafirmam a import ncia desse recurso pedag gico e as expectativas que t m em rela o a ele extratos de algumas respostas aos question rios e entrevistas aplicados a professores e alunos P1 Ele um apoio muito til Serve como uma segii ncia a ser seguida P2 Considero muito importante a ado o de um LD no ensino da l ngua inglesa Jamais saberia ensinar ingl s sem nenhum livro P5 O livro tem de alcan ar todos os objetivos a que se prop e P6 O livro deve ser o bra o direito do professor e um excelente aux lio para o aluno S1 Ele deve apresentar tudo aquilo que o professor n o tem tempo de planejar e que o aluno precisa de forma confi vel e criativa S2 O LD toda a base s lida que um indiv duo recebe em uma LE S3 O LD o material mais acess vel ao desenvolvimento do idioma e portanto s espero dele literalmente tudo S4 As respostas para as atividades devem levar o aluno a pensar e exercitar sua mente em ingl s grifos meus Ao que tudo in
275. livros menos nacional e culturalmente marcados e mais globais na abordagem eu n o estou convencida de que eles n o tenham simplesmente renomeado os livros do tipo How to speak the Queen s English por Global Speak Talvez o termo ingl s internacional seja mais uma t cnica marqueteira do que uma realidade ling stica ias a TE F H v rios termos que t m sido usados nas duas ltimas d cadas cf Erling 2000 para uma discuss o dessa terminologia Neste trabalho n o vamos entrar diretamente nessa quest o e usaremos ingl s internacional e ingl s como l ngua franca de forma sin nima f Essas propor es s o confirmadas no trabalho mais recente de GRADDOL 2007 N The English language usually but not necessarily in its standard form either when used taught and studied as a Lingua Franca throughout the world or when taken as whole and used in contrast with American English British English South African English etc It is difficult to predict the shape of International English in the twenty first century But it seems likely that more rather than less standardization will result We may in due course all need to be in control of two standard Englishes the one which gives us our national and local identity and the other which puts us in touch with the rest of the human race In effect we may all need to become bilingual in our own language Yi The sum total of all standard English usag
276. los usu rios de ILF Children of the world Bianguage focus Possessive adjectives 1 Use this that these or those to fill in the gaps 1 Em Paul his is my i iii a tis father David washing his car bos am and 2 s his dog ES over there Ls O 3 is my mother s cat and 4 m s Philip my IP friend He s a college student 5 are my bike and roller skates 6 m MY grandfather from New Zealand reading the newspaper and 7 are his glasses Figura 4 Escolha lexical Use have affirmative negative interrogative or short answers and the possessives to complete Paul s interview FOREIGN NATIONALS IN WOODLAWN a Paul gives an interview to a local Jouanaust What s 6 husband s name school magazine about his family P O ame s Stephen JOURNALIST And 8 any children Journaust Hello Paul Tell me about 1 your Paur Yes they 9 They 10 two family daughters but they 11 any sons Paur Well I 2 have at JOURNALIST What are 12 daughters originally from At names JournaLisT Oh see How Paul Pat and Sue But they live in Saudi Arabia JournaLisT Oh really That s interesting You 2 brothers One of certainly 13 a big family Thank you very much for 14 name interview Paul You re welcome Figura 5 Escolha lexical 5 Considera es finais Neste trabalho tent
277. m ingl s consideram que a figura do professor que produz seu pr prio material did tico se faz presente nas lacunas deixadas pelo livro did tico Observo que algumas vezes o material did tico produzido por professores criado para preencher as falhas deixadas pelo livro did tico Na realidade por n o considerar a diversidade de contextos de regi es de valores e culturais do Brasil o livro did tico n o atinge a grande parte da popula o brasileira Contrariamente o professor que produz seu material conhece seu p blico alvo e suas necessidades locais por isso ele capaz de transformar necessidades globais adaptando as realidade local Diferentemente do livro did tico publicado por editoras o material did tico como exemplo as apostilas n o s tem o objetivo de fornecer exerc cios e funcionar como um manual que ap ia a aula do professor mas tamb m como fonte de novos conhecimentos que n o anulam outros recursos did ticos nem tem a pretens o de deter todo o conte do sobre a disciplina Atualmente apostilas n o t m sido criadas com a finalidade de suprir falhas deixadas pelos livros ou outros recursos did ticos ao contr rio elas s o elaboradas com o objetivo de ocupar lugar pr prio no cen rio escolar 6 Metodologia de pesquisa A minha pesquisa de cunho qualitativo pois uma atividade que analisa e tenta alcan ar entendimentos sobre minha pr tica pedag gica e construir inteligibilidade sobre
278. m pezinho em que n o h direcionamento para um ou outro conjunto englobado no voc s mas a marca da toler ncia pode ser entrevista no at que embora se ligue aos outros foca se nos pezinhos O projeto gr fico do livro interessante desde o tamanho apresentado at o trabalho com a textura do papel linho ou da tela Observe se a imagem da capa que exibe elementos marcados na caracteriza o de meninos e meninas cal a saia cabelo curto cabelo comprido embora o formato do corpo seja semelhante Os p s percorrem o texto em todas as p ginas exibe se um caminho de continuidade Ao final exibe se uma moral que vem com jeito de met fora AFINAL N O S O AS PEGADAS QUE MARCAM O NOSSO CAMINHO E O NOSSO CAMINHO N O GUIADO PELA NOSSA CABE A ENT O O QUE VALE MESMO A NOSSA CABE A QUE ABRIGA OS NOSSOS PENSAMENTOS E ID IAS BRANCO 2004 p 15 O texto assim pontuado por m scaras duplos de atitude de rosto e de corpo e termina por solidificar perfis de masculino e feminino em seu trajeto de p s e sentidos J em Romeu suspira Julieta espirra de Mara Am lia Camargo encontramos a apresenta o de diferen as como cria o de uma linha t nue para a confec o do enredo Entretanto aqui as diferen as n o s o as usualmente enfocadas S o contextuais e parecem funcionar mais como uma brincadeira sonora do que pelo vi s da apreens o de sentido Assim Romeu tirou do
279. ma avalia o apreciativa dos autores e editores em rela o aos seus interlocutores e ao pr prio ensino de l ngua materna para determinado n vel de ensino BUNZEN e ROJO 2005 p 87 Desse modo entendemos que o LDP deva ser analisado como um g nero do discurso ou seja quando os autores e editores de LDP selecionam negociam determinados objetos de ensino e elaboram um livro did tico com cap tulos e ou unidades did ticas para ensin los eles est o no nosso entender 1 Tomamos como base o entendimento de C sar e Cavalcanti 2007 p 45 que consideram sociedades comunidades ou grupos minorit rios as popula es que est o distantes das fontes de poder hegem nico embora algumas vezes sejam numericamente majorit rias em rela o sociedade ou grupos dominantes produzindo um enunciado em um g nero do discurso cuja fun o social re a presentar para cada gera o de professores e estudantes o que oficialmente reconhecido e autorizado como forma de conhecimento sobre a l ngua gem e sobre as formas de ensino aprendizagem BUNZEN e ROJO 2005 p 87 Portanto pensando o LDP como o resultado de um trabalho coletivo hist rico calcado no interior de uma determinada cultura que por vezes comp e se a partir de m ltiplas culturas que se entrecruzam ou n o faz se indispens vela aten o para as quest es t o atuais de um tratamento adequado da tem tica da pluralidade cultural no contexto da
280. mado como pretexto para o estudo gramatical e do vocabul rio sem qualquer rela o aos seus usos para compreender a produ o de sentidos constitu dos pelo texto Dessa forma o LD deixa margem os aspectos s cio comunicativo e funcional do g nero Marcuschi 2002 como ferramenta interpretativa e construtiva Bazerman 2006 para a constru o de significado nas atividades de leitura Ainda encontramos no LD tipos de perguntas em que o aluno n o necessita ler o texto ou apenas realizar uma leitura superficial para realizar as atividades propostas S o as atividades do tipo vale tudo e global com 4 76 e 2 03 respectivamente 6 Finalizando Em vista dos resultados apresentados podemos interpretar que falta uma distribui o uniforme dos g neros textuais no LD Ingl s Doorway ocorrendo um maior n mero de textos em g neros do discurso jornal stico artigo e reportagem Esse fator expressa assim um desequil brio acentuado na disponibiliza o de um trabalho sistem tico com g neros Dessa forma uma maior variedade de g neros textuais conduziria o olhar do professor e do aluno para um trabalho com a significa o do texto de forma mais progressiva para o ensino e aprendizagem de leitura em LE Como assinala Marcuschi 2005 19 que quando ensinamos a operar com um g nero ensinamos um modo de atua o s cio discursiva numa cultural De qualquer forma a falta de um planejamento da distribui o d
281. magens constru das ao longo do tempo leva tempo A pr tica constante faz se necess ria para que as habilidades mencionadas sejam desenvolvidas de forma cognitiva e metacognitiva Referencias Bibliogr ficas AEBERSOLD J A amp FIELD M L From reader to reading teacher Cambridge Cambridge University Press 1997 BEYER B K Critical Thinking New York McGraw Hill 1995 CORTE A C O Professor e constru o do leitor a import ncia da forma o docente em leitura 1998 Tese de Doutorado Faculdade de Educa o Universidade de S o Paulo S o Paulo FIGUEIREDO C A Critical Reading of Scientific Text In Vilson L Leffa ed Autonomy in Language Learning Porto Alegre RS Editora Universidade UFRGS 1994 a FIGUEIREDO C A Aspects of Awareness Raising in Reading Courses In Leila Barbara and Mike Scott eds Reflection in Language Learning UK Multilingual Matters Ltd 1994 b GRELLET F Developing Reading Skills Cambridge Cambridge University Press 1981 HOLMES John Leslie Studying in two languages study summaries in the classroom 1996 Doctoral Thesis Lancaster University UK NUNAN D Task based language teaching Cambridge Cambridge University Press 2004 PAUL R amp ELDER L Critical thinking distinguishing between inferences and assumptions s d Dispon vel em lt www criicalthinking org articles ct distinguishing inferencs cfm gt Capturado em 20 07 08 RANKIN V Th
282. mb m maior perigo do discurso nico o discurso global que atravessa o mundo em tempo real tornando as massas mais facilmente manipul veis e fazendo se acreditar internacionalmente MOITA LOPES 2003 p 35 A globaliza o segue a l gica neoliberal de um capitalismo global que transforma tudo em mercadorias e as pessoas em clientes MOITA LOPES 2003 p 36 Dessa forma o papel do professor de ingl s extrapola o simples ensinar o idioma preciso mostrar ao aluno o que ele pode fazer com o conhecimento do idioma a partir do qual ele pode entender melhor o mundo globalizado em que vive e partir para transform lo Afinal para transformar o mundo necess rio entend lo MOITA LOPES 2003 p 40 Moita Lopes 2003 enumera dois pontos principais que encerram a import ncia do ingl s na nova ordem mundial 1 os discursos em ingl s podem permitir maior acesso aos mais diferentes tipos de conhecimento no mundo globalizado contempor neo e 2 estes mesmos discursos globalizados que n o s o nicos mas se pretendem podem difundir uma ideologia hegem nica e alcan ar e influenciar rapidamente grande parte da popula o em escala global beneficiando a parcela da popula o a quem tal discurso interessa preciso ent o construir uma outra globaliza o SANTOS 2000 poss vel usar o ensino de ingl s para produzir discursos contra a hegemonia desconstruindo significados hegem nicos O ensino de in
283. mento da Oficina Iniciamos nossa oficina solicitando aos participantes que lessem um texto em ingl s extra do da revista Newsweek com a finalidade de coment lo e avali lo Em seguida apresentamos algumas habilidades que segundo a literatura consultada Grellet 1981 Scott 1983 Beyer 1995 Rankin 1999 entre outros tendem a favorecer o desenvolvimento do pensamento cr tico Entre elas destacamos cinco o processo de infer ncia a percep o de pressuposi es o estabelecimento de ponto de vista a distin o entre fatos e opini es e por ltimo a percep o de tendenciosidade Comentaremos agora cada uma delas O processo de infer ncia refere se ao preenchimento pelo leitor das lacunas presentes no texto Com base em seu conhecimento pr vio ele percebe informa es n o dadas explicitamente e tira conclus es plaus veis a fim de chegar s id ias contidas nas entrelinhas que contribuem para a constru o do sentido do texto A percep o de pressuposi es por sua vez diz respeito a suposi es assumidas como verdadeiras geralmente uma id ia previamente apreendida que n o questionada e faz parte de nosso sistema de valores Assumimos que nossas cren as s o verdadeiras e fazemos uso dessas suposi es para interpretar o mundo ao nosso redor Paul amp Elder s d Para exemplificar mostramos o seguinte enunciado extra do de uma placa afixada em um mercado Fiado s amanh Ao ler o aviso o l
284. mentos espec ficos compreender o universo visual de outras culturas Nesses casos o etnodesigner deve tanto criar algo novo e aut ntico como tamb m se comportar como um pesquisador um antrop logo que identifica tra os gostos cores estranhos aos seus e compreende e incorpora os significados dessas escolhas est ticas Assim temos como resultado desse desenvolvimento de design tnico novas formas de representa o ilustra o texto ind gena Por isso preciso analisar com mais cuidado a est tica constru da nesses livros did ticos buscando similaridades e contrapontos com a nossa est tica e o nosso design de livros pensando numa est tica ind gena ou numa est tica Meb ng kre est tica Tapaj na ou est tica Panar assim por diante Observar com cuidado os aspectos visuais de cada uma dessas est ticas nos livros de cada etnia seus signos representativos a organiza o das p ginas a escolha das imagens cores e fontes entre outros aspectos Mas h ainda novos desafios Pretendemos lecionar ainda esse ano para esses professores ind genas autores durante a 13 etapa do curso do Programa de Forma o Meb ng kre Panar e Tapajuna um m dulo de inicia o ao design e editora o de livros tentando ensinar elementos b sicos da comunica o visual que constituem a subst ncia essencial daquilo que vemos e que s o a mat ria prima de toda informa o visual em termos de op es
285. meros eventos cient fico acad micos interessados no lan amento de novos LDs Segundo Almeida Filho 1991 o LD de LE atrai o professor porque funciona como uma refer ncia confi vel para ele fornecendo lhe par metros reconhecidos pela escola em n vel do que se pode ensinar ou n o ou at mesmo funciona como um guia do planejamento a ser cumprido o que lhe poupa tempo Simultaneamente ele tamb m motiva e atrai os alunos atrav s de seus modernos e coloridos layouts Na educa o brasileira o LD tem uma tradi o t o forte que muitas vezes a op o por ele independe da vontade e da decis o dos professores at mesmo pais de alunos esperam ou at mesmo exigem a ado o de um LD Essa tradi o envolve tamb m o LD de LE Professores de LE no Brasil principalmente nas escolas de l nguas raramente t m a oportunidade de escolher o LD de sua prefer ncia Tamb m em escolas regulares e universidades particulares o LD de LE geralmente imposto e n o escolhido No entanto salvo exce es professores no Brasil costumam n o somente usar um LD mas tamb m apreci lo como a mais pura fonte do saber Independente do livro did tico adotado ou da disciplina abordada o que se constata que o livro did tico constitui um elo importante na corrente do discurso da compet ncia o lugar do saber definido pronto acabado correto e dessa forma fonte ltima e s vezes nica de refer ncia SOUZA 1999 p 27
286. mos em conta sua t o recente emerg ncia nas pr ticas escolares muitas vezes implementados de maneira intuitiva a partir de experi ncias presenciais O modelo de din mica de aula expositiva para os conte dos seguida do trin mio pergunta resposta avalia o n o poderia ser transposto para um ambiente virtual a n o ser que o consideremos apenas como um banco de dados ou uma lousa virtual Acreditamos que o ambiente colaborativo pode e deve ser muito mais explorado que apenas isso Conforme dito anteriormente o TelEduc foi planejado para ser um ambiente com atividades e avalia es provavelmente buscando manter as din micas presenciais de sala de aula enquanto nossa experi ncia foi bastante diferenciada ao explorar outras ferramentas do ambiente bastante semelhantes aos blogs nos Di rios de Bordo e nos Portf lios 4 A principal diferen a destas ferramentas est nos recursos dispon veis para postagens de diferentes tipos de linguagem enquanto no di rio de bordo poss vel apenas registrar texto verbal escrito tanto em postagens de alunos quanto de formadores no portf lio h espa o para registro de texto verbal e de publica o de anexos de diferentes tipos imagens v deos arquivos de texto planilhas etc limitados pelo tamanho em megabytes dos arquivos Al m disso o ambiente colaborativo disponibiliza aos participantes a possibilidade de comunica o via correio eletr nico semelhante ao e mail embora seja
287. mos verificar na atividade o ambiente do professor em que os comandos s o dados e o ambiente do aluno em que a atividade ser realizada Abaixo das figuras encontramos a percentagem de acerto do aluno Essa atividade para ser realizada com alunos do n vel b sico 2 Cloze O Cloze normalmente uma das atividades mais tradicionais para avalia o e ensino da compreens o de leitura tanto em l ngua materna quanto em l ngua estrangeira Ele consiste em retirar algumas palavras de um texto e solicitar que o leitor recupere essas palavras Leffa 2006 p 11 afirma que a efici ncia da atividade est em lacunar o texto nos locais adequados de modo que o aluno tenha condi es de encontrar as palavras certas usando as restri es sint ticas w g cidades2 htm Cloze mo ESPBISIBIRBEE sem nticas e mesmo discursivas Entre algumas atividades podemos explorar defini es quest es gramaticais descri es de personagens di logos e palavras chave Na figura 2 estamos recuperando as cidades e pontos tur sticos vistos na atividade anterior Da mesma forma que a atividade anterior esta atividade tamb m para ser realizada com n vel b sico de profici ncia Figura 2 atividade Cidades 2 Aqui verificamos que o aluno ter que ler o texto dado sobre turismo no Brasil e preencher as lacunas com os nomes das cidades e pontos tur sticos vistos na atividade do Jogo da Mem ria No ambiente do pro
288. mplando todos os graus de projeto desde o ciclo b sico at as pr ticas mais avan adas dos projetos de conclus o As disciplinas de projeto na PUC s o divididas em duas etapas Na primeira os projetos s o orientados s quest es sociais voltadas para a comunidade tendo como campo de pesquisa preferencialmente institui es p blicas que atendam a comunidade Nesses trabalhos h o acompanhamento dos professores de projeto e intercessores pessoa que serve como contato entre o graduando e o grupo social que externa sua vis o sobre as condi es em que exerce sua fun o e sobre os objetivos do trabalho ali desenvolvido Nesse momento os alunos est o em contato direto com aquela realidade observando as atividades que est o sendo oferecidas naquele ambiente Durante essas observa es s o geradas alternativas entre as quais selecionado um partido que ser desenvolvido como objeto final A sele o do partido envolve a participa o de tr s agentes que s o os professores o intercessor e o aluno pesquisador Dessa forma o projeto gerado dentro do m todo de Design participativo No ciclo avan ado os projetos s o desenvolvidos a partir de uma proposta feita pelo professor Essa proposta direcionada a um cliente hipot tico Al m disso existe um requisito no que diz respeito ao detalhamento do produto gerado como material dimens es modelagem em 3D especifica es t cnicas Desse modo os alunos vivenciam a possib
289. n PUC Rio guilhermexavierebr inter net Gabriel Batista Mestrando em Design PUC Rio gabiru designegmail com Natalia Pavanelli Bacharelanda em Design PUC Rio nataliapavanelliegmail com Resumo O artigo tem por objetivo apresentar o cen rio atual das aplica es sociais dos dispositivos m veis de comunica o e promover propostas de investiga o para o uso de celualres como dispositivos de apoio ao ensino aprendizagem Palavras Chave tecnologia educa o dispositivos m veis Abstract The article aims to present the current scenario of social applications of mobile devices for communication and promote research proposals for the use of cell phones as devices capable to support teaching and learning Keywords technology education mobile devices Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira ISILID ISIMAR Das tecnologias vindouras O que se concebe para os pr ximos anos ser uma cada vez maior aproxima o entre diferentes dispositivos eletr nicos e suas fun es espec ficas O que se entende por converg ncia midi tica portanto a agrega o final o fato de se poder usufruir determinada tecnologia de comunica o e comunh o independente do suporte originalmente proposto para ela a cria o de uma infra estrutura comum e partilhada que visa integra o entre produtos e servi os convenientes a informa o
290. n amp New York Routledge 1989 CORACINI M J R F org O Jogo Discursivo na Aula de Leitura S o Paulo Pontes 1995 O Livro Did tico de L ngua Estrangeira e a Constru o de Ilus es In CORACINI M J R F Interpreta o Autoria e Legitima o do Livro Did tico Campinas SP Pontes 1999 CUNNINGSWORTH A Evaluating and Selecting EFL Teaching Materials London Heinemann 1989 CYPRIANO A P T M S Praticamos o que pregamos Disserta o de Mestrado UFF RJ 2003 ELLIS R The empirical evaluation of language teaching materials ELT Journal 51 1 36 42 1997 FARIA A L G de Ideologia no Livro Did tico S o Paulo Cortez 1996 FAULKNER D et al Methodology Handbook Milton Keynes The Open University 1991 FREITAG B et al O Livro Did tico em Quest o S o Paulo Cortez 1993 GONSALVES E Conversas sobre Inicia o Pesquisa Cient fica Campinas SP Editora Al inea 2001 GRIGOLETTO M Leitura e Funcionamento Discursivo do Livro Did tico In Coracini M J Interpreta o Autoria e Legitima o do Livro Did tico Campinas SP Pontes 1999 KLEIMAN A Leitura e Interdisciplinaridade tecendo redes nos projetos da escola Campinas SP Mercado de Letras 1999 Leitura ensino e pesquisa Campinas SP Pontes 2001 LAJOLO M Livro Did tico um quase manual de usu rio Em Aberto Bras lia v 69 p 3 9 1996 LEON M P Aspectos V
291. nais de prospec o de id ias A preocupa o com a variedade e variabilidade de aplicativos e servi os se torna cada mais um diferencial no mercado pois consumidores buscam na inova o de aparelhos e seus recursos processos que atendam s demandas comunicativas e informativas do cotidiano Em 2007 a empresa procurou a PUC Rio para uma parceria e em conjunto com o Departamento de Artes e Design realizou uma etapa do projeto denominado Only Planet no qual outros pa ses tamb m colaboraram simultaneamente Durante a realiza o da proposta alunos do curso de design pesquisaram sobre a cultura de seu pr prio pa s a fim de listar algumas das necessidades identific veis no cotidiano da sua sociedade A partir do levantamento de dados os alunos criariam projetos cujo intento era suprir tais necessidades de maneira criativa fazendo uso de um aplicativo servi o voltado para os dispositivos m velis da empresa Entre os projetos houve um realizado por estudantes chineses direcionado ao universo did tico de idiomas exemplo da China uma das grandes demandas do pa s o dom nio da l ngua inglesa por ser o idioma franco entre as rela es comerciais e sociais do mundo atual Com isso em mente estudantes fizeram o projeto de uma aplica o de curso de idioma por interm dio de um jogo eletr nico A proposta era a realiza o de um jogo multiplayer em que a rede de contatos do usu rio pudesse acessar o sistema para competi
292. nalisando as defini es dispon veis para o IINT padr o MCARTHUR 2001 4 demonstra que em um dos seus sentidos o IINT seria a soma de todo o uso padr o do ingl s mundo afora mas com refer ncias espec ficas s normas do ingl s americano ingl s brit nico e cada vez mais do australiano e de outras variedades Desta forma estabelece se um contato mais estreito entre as variedades nativas e as n o nativas Ao analisarmos o que diz GREENBAUM 1996 apud McARTHUR 2001 4 a quest o se complexifica sobremaneira j que ele fala em novos padr es nacionais se incorporando aos j existentes na forma o do IINT Pode se esperar que novos padr es nacionais venham a se tornar parte de um ingl s padr o internacional preservando a unidade essencial do ingl s como l ngua internacional Se quando diz novos padr es nacionais o autor se refere como parece dar a entender inclus o de padr es do c rculo em expans o a pergunta bvia como poderemos falar em padr es nacionais se estamos lidando com o uso ling stico em n vel de interl ngua Essa entretanto apenas uma das dificuldades que se observa no que tange possibilidade de operacionaliza o do IINT Na verdade o problema parece estar justamente a Estamos lidando com um construto te rico que n o parece se prestar operacionaliza o pelo menos no estado de teoriza o em que se encontra Como construto interessante e
293. nas do texto mas de todos os agentes que fazem o objeto O design gr fico texto e imagem est presente no longo processo de comunica o humana A imagem pode ser considerada como um elemento de leitura inserido em uma din mica interdisciplinar de aquisi o de conhecimento e de troca entre criador e p blico Por esse vi s designers e ilustradores assumem de forma consciente o papel de agentes produtivos da leitura pela via de v rios suportes Livro objeto gr fico O livro visto na sociedade como uma esp cie de um objeto sagrado ou seja algo emblem tico que representa o saber O livro did tico sofre com esta vis o na medida em que estabelecida uma rela o distanciada com o aluno leitor Em busca de um processo de aproxima o os livros did ticos hoje possuem uma quantidade muito grande de imagens No entanto as imagens s o muitas vezes utilizadas de forma gratuita ou sem explorar plenamente a sua potencialidade O livro antes de mais nada um objeto gr fico inserido em um contexto s cio cultural Ele possui algum tipo de identidade expressa tanto pelas caracter sticas relacionadas forma assim como fun o Um dos fatores que caracterizam essa identidade concentra se no projeto gr fico Assim as escolhas e as determina es que ser o seguidas ao longo do texto perpassam todas as p ginas na tentativa de se estabelecer uma unidade visual Decis es relacionadas a diagrama o do texto ao uso das
294. ndo a import ncia desse ato para o exerc cio da profiss o docente com base em Bohn 1988 Almeida Filho 1993 e 1994 Cunningsworth 1995 Kitao amp Kitao 1997 Cerrolaza e Cerrolaza 1999 Dion sio amp Bezerra 2001 Leffa 2003 e principalmente nas experi ncias dos participantes pretendia se discutir os v rios aspectos a serem considerados e crit rios a serem adotados pelo professor para uma sele o de materiais mais objetiva e menos intuitiva Para tanto foram levantadas quest es referentes ao p blico a que o material se destina objetivos e contexto de ensino conte do do material recursos disponibilizados metodologia e abordagem Houve tamb m reflex es sobre a primazia do livro did tico no ensino de l nguas frente aos demais materiais e recursos did ticos Coracini 1999 trazendo tona as id ias dos participantes profissionais sobre o papel desse livro em seus contextos de trabalho e a recep o que t m de textos elaborados por editores a respeito de livros did ticos As atividades da oficina Com a inten o de promover a express o mais espont nea das id ias a respeito do livro did tico e de outros materiais por parte dos professores participantes elaborei o question rio abaixo As perguntas referem se ao contexto de atua o de cada professor representa o que ele tem do livro did tico sua participa o na escolha e avalia o de livros e materiais did ticos e como feita essa s
295. nforme mat ria inglesa dispon vel em lt http www2 le ac uk ebulletin news press releases 2000 2009 2008 05 nparticle 2008 05 12 4476906328 gt seriam r pidas verifica es matem ticas Se a indiferencia o se estabelece novas competitividades se mostram necess rias Fotografia digital se tornou como r dio e capacidade de reprodu o de arquivos MP3 sin nimo de diferencia o entre dispositivos Mesmo n o havendo cabos inclusos ou outro procedimento que fizessem a passagem de fotos e m sicas do celular ao computador e vice versa tais dispositivos eram preferidos Muitos de seus usu rios sequer dispunham de computador o que enfatiza o car ter estatut rio da situa o ferramental atrelada pre o do produto Al m de apresentar ferramentas b sicas o sistema deve ser capaz de lidar com a flexibilidade do c digo nele protocolado al m de beneficiar se de um acesso permitido mediante contrata o mensal Eis o motivo de alguns dispositivos custarem atualmente t o pouco no final das contas a operadora respons vel por parte de seu financiamento com a certeza do oferecimento de sub servi os abaixo do servi o principal que a permiss o do al al Assim sendo mesmo que o dispositivo seja dotado de in meras ferramentas seu uso confiado ao servi o que permite Por exemplo uma ferramenta de cria o envio e recep o de mensagens de texto est embutida no pre o original e ainda assim o seu usu rio
296. no LD para avaliar a compreens o escrita Palavras Chave livro did tico g neros discursivos compreens o escrita Abstract The purpose of this paper is to analyze one English textbook on high school level that was used in private schools in Bel m Based on Marcuschi s theoretical approach 2002 2003a 2003b 2004 2005 this study focuses on discursive genres For this we examine genres and the types of activities present in English textbook for evaluating written comprehension activity Keywords textbooks discursive genres written comprehension activity 1 Introdu o O livro did tico de l ngua inglesa tem ocupado nas pr ticas educativas escolares brasileiras um importante espa o de refer ncia para professores e alunos do Ensino M dio A tese subjacente a de que a pr tica docente se organiza a partir do conte do apresentado pelo livro Esse material assume um papel de sujeito ativo que conduz o professor a selecionar o conte do de forma linear e sequencial definindo tamb m a maneira de o professor desenvolver as atividades did ticas e a metodologia de ensino O livro did tico ent o assume por vezes o lugar do professor constituindo se refer ncia organizadora do curr culo escolar al m de anular a voz do professor Este trabalho ent o tem como objetivo analisar um livro did tico de l ngua inglesa como l ngua estrangeira do Ensino M dio produzido no Brasil para o ensino e aprend
297. nodesign desenvolve se atualmente como uma proposta de resgatar processos e tecnologias pr prias de grupos tnicos brasileiros A produ o desses grupos muito contribui para a constru o do universo simb lico e da identidade em nosso pa s pois grande parte desses produtos integra o cotidiano da popula o nacional Para ele o design uma potente ferramenta para o resgate da mem ria de um povo Claro est que o termo design aqui utilizado em sua original acep o hist rica e etimol gica design ou des gnio corresponde a o inten o de se fazer algo Para Jan Tschichold in HENDEL 2003 5 o trabalho de um designer de livro difere essencialmente do de um artista gr fico Este est buscando constantemente novos meios de express o levado ao extremo pelo desejo de ter um estilo pessoal Um designer de livro deve ser um servidor leal e fiel da palavra impressa O objetivo do artista gr fico a auto express o ao ponto que o designer de tivro respons vel consciente de suas obriga es destitu do dessa ambi o No caso do etnodesign ou o design de livros ind genas o papel do designer destacar o outro a cultura e o trabalho das etnias Suas capacidades imag ticas visuais e manuais estar o a servi o de algo que tenha a cara do outro e n o um estilo pessoal A proposta do etnodesign dentro das pesquisas de design poder permitir ao designer com seu olhar e seus conheci
298. nsegu ncia altera se o pr prio estado de sa de Ainda sobre este ponto Ortiz 2005 ratifica que para a crian a ocorre uma situa o ca tica implicando mudan as subjetivas em sua vida cotidiana Compreender os desdobramentos deste fato que ela n o conhece e por isso teme implica dentre outras coisas incorporar em seu universo de conhecimentos o n o familiar o assustador o desconhecido A classe hospitalar como direito Um grande avan o tem sido observado na legisla o brasileira em termos das garantias dos direitos de cidadania A repercuss o desse avan o se faz notar em m ltiplos segmentos e setores da sociedade Em termos do acesso educa o escolar o direito de manter e dar continuidade s aprendizagens desenvolvidas pela escola estende se ao contexto hospitalar Programas e legisla o especifica garantem e reconhecem o direito da continuidade de escolariza o de crian as e adolescentes hospitalizados Denomina se essa modalidade de atendimento educacional de classe hospitalar e a sua finalidade atender pedag gico educacionalmente as necessidades cognitivas e ps quicas de crian as e adolescentes que se encontram impossibilitados de frequentar a escola e de partilhar as experi ncias s cio intelectivas do seu grupo social A interna o hospitalar n o impede de que novos conhecimentos sejam adquiridos pela crian a e adolescente Buscando adequar se ao que prev a legisla o em vigor o MEC atrav
299. nta e sete livros did ticos Uma equipe respons vel pelo PNLD 2007 apreciou as obras tendo como referenciais os Par metros Curriculares Nacionais PCN e a Defini o de Princ pios e Crit rios para a Avalia o de Livros Did ticos para o PNLD 2007 elaborada pelo CEALE UFMG Centro de Alfabetiza o Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais Foram estabelecidos crit rios a partir de princ pios considerados bastante gerais relacionados aos objetivos de L ngua Portuguesa decorrentes das quatro grandes eixos de ensino da rea de 1 a 4 s ries apropria o do sistema de escrita alfab tico leitura produ o de textos linguagem oral e conhecimentos ling sticos relativos ao texto ao g nero e ao discurso Nem todos os livros submetidos avalia o daquela equipe foram considerados aptos a serem analisados pelos professores de todo o pa s e foram eliminados do processo Os crit rios eliminat rios foram corre o de conceitos e informa es b sicas coer ncia e adequa o metodol gicas e preceitos ticos S o considerados crit rios classificat rios na avalia o dos livros Quanto aos crit rios relativos ao processo de alfabetiza o exposto que um dos momentos cruciais no processo de etramento grifo nosso dos alunos o da constru o do conhecimento sobre o sistema alfa b tico ortogr fico da l ngua materna que abre as portas da leitura e da
300. ntes em outras publica es que tratam da sele o e avalia o de materiais did ticos para o ensino de l nguas por exemplo Bohn 1988 Cerrolaza amp Cerrolaza 1999 Almeida Filho 1999 Leffa 2003 A recorr ncia delas ou de algumas delas nas diversas publica es fez me eleg las para apresenta o na oficina No que se refere aos objetivos e a abordagem do material ou livro did tico em avalia o os autores de modo geral recomendam que sejam observadas a correspond ncia entre objetivos e programa de ensino com as necessidades dos alunos a adequa o do livro material situa o de ensino aprendizagem a abrang ncia e flexibilidade permitidas com rela o aos objetivos de ensino O segundo aspecto refere se ao design e organiza o e enfatizam se elementos tais como componentes do pacote de materiais organiza o e segi ncia do conte do grada o de conte do correspond ncia deste com o programa de curso presen a de atividades de revis o sess es especiais ilustra es e lay out Com rela o ao conte do ling stico importante ter em mente a adequa o com o n vel est gio dos alunos com as necessidades dos alunos a presen a e o tratamento de itens gramaticais vocabul rio pron ncia estrutura o e conven es discursivas variedades ling sticas Quanto s habilidades compreens o oral express o oral leitura e escrita pertinente atentar se para quais delas s o apres
301. ntido dos alunos as e de que maneira essas cren as s o negociadas na intera o sem que os alunos tenham o apoio sist mico do livro did tico Para tanto observo uma atividade de conversa o livre cujo t pico principal a homossexualidade O trabalho est dividido da seguinte forma na se o 2 apresento meu referencial te rico sobre o discurso e as identidades sociais focalizando a rela o entre g nero e sexualidade no item 2 1 e a rela o entre educa o e sexualidade na se o 2 2 na se o 3 discorro a respeito do meu contexto de pesquisa e da minha metodologia de pesquisa na se o 4 empreendo uma an lise dos dados selecionados para essa pesquisa e apresento na se o 5 minhas conclus es Dessa forma explicito na pr xima se o minha vis o sobre o discurso e sobre as identidades sociais 2 Discurso e identidades sociais Compreendo o discurso como uma constru o social uma forma de agir no mundo MOITA LOPES 2002 Como bem aponta o autor op cit ao nos engajarmos discursivamente em um processo de negocia o de significados estamos situados social cultural institucional e historicamente Nossas vis es de mundo e formas de a o s o sempre realizadas a partir de um determinado contexto e posicionamento Dessa forma o significado constru do pelos participantes do discurso e ao nos envolvermos nesse processo de constru o de significados nos constru mos e os outros a no
302. nvas o de seu territ rio e tendo que reivindicar seus direitos junto s autoridades n o ndias os Tapirap sentiram se em desvantagem por n o terem dom nio suficiente do portugu s oral e por n o saberem o que os documentos dos brancos diziam e tampouco o que significavam os mapas que estes apresentavam Pediram s Irm zinhas que trouxessem professores que pudessem ensinar o portugu s escrito e falado assim como a linguagem dos mapas para as lideran as Foi assim que um casal de professores foi morar na aldeia para dar in cio alfabetiza o dos Tapirap Apoiados na pedagogia freireana estes professores quiseram aprender antes a l ngua ind gena para que pudessem propor um ensino biling e mais de acordo com a realidade Tapirap No entanto coerentes com os motivos que os levaram a pedir a escola e incr dulos quanto ao fato de dois n o ndios quererem aprender a l ngua deles e sobretudo assustados com o tempo que isto demandaria os Tapirap n o aceitaram esta proposta e exigiram que eles come assem a escola com ensino em portugu s Deste modo inicialmente a escola Tapirap com ensino monoling e em portugu s atendeu s faixas et rias envolvidas na luta pela terra Neste nterim foi se discutindo com as lideran as e a comunidade um projeto pol tico pedag gico de escola para atender de crian as a adultos que fosse bil ngie e que considerasse a realidade Tapirap Quando dizemos realidade Tapirap no
303. o A imagem pode desempenhar diversas fun es em rela o ao seu campo de a o Ela pode ser representativa quando est ligada a realidade pode ser descritiva pode narrar pela caracteriza o de personagens e de seus tempos fazendo em seu percurso com que a imagem simb lica caminhe em parceria com a express o CAVALCANTE 2008 Considera es finais Esse ltimo t pico do artigo n o exatamente uma parte de conclus es mas sim uma abertura para indaga es e para reflex es Em primeiro lugar existe uma necessidade significativa de se pensar sobre o papel do design gr fico na constru o do livro did tico N o apenas no que diz respeito as quest es de ordem formal mas tamb m em rela o as escolhas que criam um di logo entre forma fun o e recep o Um dos pontos principais a ser analisado concentra se no leitor Para que haja uma aproxima o com as pr ticas de leituras contempor neas preciso ouvir esse leitor por meio por exemplo de experimenta es Para a realiza o de uma pr tica de troca faz se necess rio um certo despojamento dos conceitos adquiridos e uma capacidade de abertura para exercitar a alteridade Outro ponto a ser pensado diz respeito ao pr prio processo de constru o do livro did tico Na maioria das vezes a press o do tempo e alguns limites operacionais promovem um processo de divis o de trabalho sem integra o entre as partes Mesmo que o objetivo seja estabelecer uma rela
304. o Lucerna 2002 quest o do suporte dos g neros textuais Mimeo 2003a Compreens o de texto algumas reflex es In DIONISIO A P BEZERRA M A orgs O livro did tico de portugu s m tiplos olhares Rio de Janeiro Lucerna 2003b G neros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital In MARCUSCHI L A XAVIER A C orgs Hipertexto e g neros digitais Rio de Janeiro Lucerna 2004 G neros textuais configura o dinamicidade e circula o In KARWOSKI A M GAYDECZKA B BRITO K S orgs G neros textuais reflex es e ensino Palmas e Uni o da Vit ria PR Kaygangue 2005 RAMOS R C G G neros textuais uma proposta de aplica o em cursos de ingl s para fins espec ficos The ESPecialist 25 2 107 129 2004 Livro did tico LIBERATO W Ingl s Doorway S o Paulo FTD 2004 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN O homoerotismo em quest o movendo se para al m das fronteiras tem ticas do livro did tico Talking about homoeroticism moving away from the thematic restrictions of classroom material Thiago de Oliveira Garcia Sim es Bacharel e Licenciado em Letras Portugu s Ingl s UFRJ thiagosimoes84 hotmail com Resumo Procuro investigar de que maneira alunos avan ados de ILE abordam a quest o do homoerotismo tema silenciado no livro did
305. o ensino aprendizagem de l ngua materna artigo apresentado no GEGE DIAS DE PAULA E 2002 Os Tapirap e a escrita ind cios de uma rela o singular Disserta o de mestrado PPGLL Universidade Federal de Goi s DOLZ J amp B SCHNEUWLY 1996 Genres et progression en expression orale et crite El ments de r flexions propos d une exp rience romande Enjeux 1996 31 49 Traduzido para o portugu s em R H R Rojo amp G S Cordeiro orgs trads 2004 G neros Orais e Escritos na Escola Tradu o de trabalhos de Schneuwly amp Dolz Campinas Mercado de Letras DOLZ J B SCHNEUWLY amp J F DE PIETRO 1998 R cit d laboration d une s quence Le d bat publique IN J DOLZ amp B SCHNEUWLY eds Pour un Enseignement de lOral Iniciation aux genres formels l cole Paris ESF Editeur 1998 Traduzido para o portugu s em R H R Rojo amp G S Cordeiro orgs trads 2004 G neros Orais e Escritos na Escola Tradu o de trabalhos de Schneuwly amp Dolz Campinas Mercado de Letras GNERRE M 1998 Linguagem escrita e poder S o Paulo Martins Fontes KLEIMAN A B 1999 O projeto coletivo nas redes em constru o Leitura e interdisciplinaridade tecendo redes nos projetos de escola Campinas SP Mercado de Letras LEITE Y SOARES M F E SOUZA T C 1985 O papel do aluno na alfabetiza o de grupos ind genas a realidade psicol gica das descri es ling sticas Boletim d
306. o tomarmos a cultura do outro de forma un voca deixaremos de lado as diferen as intraculturais tamb m existentes A educa o do entorno se faz portanto imprescind vel para que todos tomem consci ncia de que operamos com representa es sobre o outro e que as representa es que se faz das culturas e dos falares minorit rios n o s o nunca verdades objetivas ou neutras mas sim constru es discursivas MAHER 2007 p 268 Diante disso podemos pensar os livros did ticos como ferramentas fundamentais para a educa o do entorno No que concerne ao retrato do LDP no Brasil Rojo e Batista 2003 p 16 destacam a baixa representatividade de outros contextos regionais e culturais que n o os de contextos urbanos e sulistas Al m disso as variedades ling sticas tamb m n o se encontram devidamente representadas nos textos selecionados dos LDP sendo que pode ser observada uma decidida prefer ncia por textos representativos da variedade padr o norma culta e l ngua escrita Isso se traduz por um descaso na indica o diversificada de g neros que exijam variedades e registros ling sticos diferenciados isto uma centraliza o na l ngua culta norma padr o escrita apenas 14 das cole es avaliadas trazem propostas relativamente diversificadas ROJO e BATISTA 2003 p 18 Nessa perspectiva temos que enquanto determinados objetos de ensino e n o outros s o selecionados e organizados no LDP feita u
307. o Museu Nacional Antropologia n 53 Rio de Janeiro LOPES DA SILVA A amp FERREIRA M K L 2001 Pr ticas Pedag gicas na escola ind gena S o Paulo Mari Fapesp Global MENDES E 2002 Aprender l ngua aprendendo a cultura uma proposta para o ensino de portugu s l ngua estrangeira T picos em portugu s l ngua estrangeira Cunha M J C e Santos P orgs Editora Universidade de Bras lia MORITA M 1998 Re Pensando sobre o material did tico de PLE Silveira R C P org Portugu s l ngua estrangeira perspectivas S o Paulo Cortez NOBRE DE MELLO A C M R E SANTOS D T ALMEIDA P M C 2002 Leitura em PLE reflex es T picos em portugu s l ngua estrangeira Cunha M J C e Santos P orgs Editora Universidade de Bras lia ROJO R H 1999 Elaborando uma Progress o Did tica de G neros Aspectos ling stico enunciativos envolvidos no agrupamento de g neros relatar Interc mbio 8 pp 101 118 SP LAEL PUC SP 2001a Modeliza o did tica e planejamento Duas pr ticas esquecidas do professor Kleiman A B org A Forma o do Professor Perspectivas da Ling stica Aplicada Campinas Mercado de Letras 2001 2001b Modos de Transposi o dos PCNs s Pr ticas de Sala de Aula Progress o curricular e projetos Praticando os PCNs dos par metros curriculares nacionais pr tica de sala de aula Rojo R H R org Campinas Mercado de Letras 2001
308. o da colet nea Para tanto s o aqui analisadas as colet neas de e 43 cole es 172 volumes de LDP de 1 a 4 s ries EF PNLD 2007 que est o em sala de aula at fim de 2009 e que apresentam intercalados no discurso autoral um conjunto de 12 361 textos em variados g neros m dia de 72 textos por volume e e 34 cole es 136 volumes de LDP de 5 a 8 s ries EF II PNLD 2008 que est o em sala de aula at fim de 2010 e que apresentam intercalados no discurso autoral um conjunto de 15 823 textos em variados g neros m dia de 116 textos por volume Os textos que comp em as colet neas foram categorizados por g nero esfera de produ o e mbitos de atua o cidad que agrupam v rias esferas da tradi o esferas da tradi o oral e religiosa da cidadania esferas cotidiana jornal stica publicit ria burocr tica jur dica digital e pol tica escolar cientifica esferas acad mica de divulga o cient fica e escolar das artes verbais esferas liter ria das artes dram ticas e musicais e das artes da imagem esferas das artes gr ficas pl sticas e visuais Foram obtidos os seguintes resultados mbitos PNLD2007 Ambitos PNLD2008 B da Tradi o B da Tradi o E da Cidadania E da Cidadania E Escolar Cient fica E Escolar Cient fica E das Artes E das Artes E N o identificado E N o identificado Gr fico 1 Textos por mbitos 1 a 4 s ries Gr fico 2 Textos por mbit
309. o das meninas S o Paulo Globo 2008 FLORENCE Stella Ser menina tudo de bom Rio de Janeiro Record 2007 LABB Brigitte amp PUECH Michel Os meninos e as meninas S o Paulo Scipione 2005 LEAL Ana Let cia Meninas inventadas Rio de Janeiro Bom Texto 2006 LOURO Guacira Lopes et al Corpo g nero e sexualidade Petr polis Vozes 2003 http www cortezeditora com br http www scipione com br capturado em 20 06 2008 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o G neros textuais em apostilas no ensino de leitura em ingl s Text genres in didactic materials for reading classes Jacqueline Gomes Vicente Mestranda PUC RIO jacquevicentee bol com br Resumo Este artigo analisa o material did tico produzido por um professor da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro O estudo concentra se nos g neros textuais e no ensino de leitura dentro da perspectiva de g nero proposta por Schneuwly amp Dolz 2004 A metodologia segue uma abordagem natural stica de coleta e an lise de dados Este trabalho descreve o processo de an lise dos dados a partir da proposta de aplica o de g neros de Ramos 2004 e apresenta meu entendimento sobre o uso deste material did tico na aula de leitura Palavras Chave g neros textuais material did tico Abordagem instrumental Abstract This article analyzes
310. o de ensino aprendizagem no contexto ind gena tamb m se pretende intercultural e dial gico e a sala de aula tamb m um espa o privilegiado para o reconhecimento de si mesmo e para a constru o da alteridade No entanto o tr nsito do professor entre saber ocidental e saber ind gena nem sempre t o livre quando se deseja Podemos observar alguns obst culos a esse fluxo cont nuo em dire o interculturalidade O primeiro deles o fato de que o ensino de segunda l ngua se d em um contexto notadamente marcado por uma rela o de conflito ling stico e por uma concep o ainda disseminada de que o ndio deve ser integrado sociedade ocidental De acordo com essa concep o que tamb m pode ser interpretada como uma forte pol tica ling stica a favor da ideologia dominante o ndio precisa ter acesso aos conhecimentos universais todos eles constru dos dentro da cosmologia ocidental branca e europ ia O caminho para esse ensino de m o nica o professor ou o construtor da pol tica ling stica que ampara a a o do professor n o se preocupa em ser um pesquisador da bagagem cultural do aluno nem em ajudar o aluno a fazer emergir esse saber a fim de compar lo com o que est sendo ensinado em sala de aula Nesse processo observamos a quebra de um dos princ pios da pedagogia intercultural a rela o dial gica entre culturas Outro obst culo decorrente deste a aus ncia do professor pesquisado
311. o dessas atividades diferentes g neros textuais unindo l ngua e cultura e tamb m dar continuidade aos estudos de portugu s realizados durante o embarque Palavras Chave tecnologia portugu s para estrangeiros ELO Abstract Our objective is to present some activities based on Professor ELO s authoring tool developed inside the online language teaching of UCPEL such as cloze multiple choice and memory game in order to try to fill in the absence of classes during the student s time off We want to present through these activities different kinds of text linking language and culture and also continue the studies of Portuguese during their time onboard Keywords tecnology Portuguese for foreigners ELO Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o Introdu o Ao pesquisarmos sobre a diferen a entre o ensino de segunda l ngua e l ngua estrangeira apreendemos de muitos textos sobre o aprendizado de l nguas que segunda l ngua pode ser considerada como qualquer l ngua aprendida depois da l ngua materna em qualquer est gio da sua vida em outro pa s em um ambiente de imers o A l ngua estrangeira a aprendizagem de uma l ngua no pa s de origem do aprendiz longe da cultura dessa l ngua Quando enfocamos o ambiente offshore o aprendizado de l nguas se torna um pouco diferente Embora muitas vezes a plataforma es
312. o inexata de que h uma rela o pois do contr rio de um canivete su o os celulares como dispositivos n o contam com extens es pr ticas em sua estrutura salvo espelhos lanternas e entradas para fones de ouvido o que n o do mister dessa proposta anal tica Todas as suas ferramentas est o encarceradas digitalmente nos componentes que o resumem como uma esp cie de tocador de interfaces o que os distanciam em muito dos telefones dom sticos Doravante consideraremos um celular como um sistema complexo e n o mais apenas como um aparelho assim compreenderemos melhor por que as ferramentas devem ser acompanhadas por servi os e ao mais isoladas como sufici ncias de si mesmas Normalmente o sistema conta em conson ncia com seu modelo de instrumentos de otimiza o de uso que chamamos ferramentas Evolutivamente as agrega es de tais ferramentas como subsistemas visavam dar ao modelo competitividade comercial al m de justificaram seu pre o final de aquisi o Quanto mais ou melhores ferramentas mais caros os aparelhos No entanto uma vez enclausuradas no aparelho as ferramentas n o se diferenciavam em fun o apenas em uso Uma calculadora uma ferramenta de realiza o de c lculos simples e dificilmente far coisas al m Para isso ela deveria se transformar em um software de produ o de planilhas eletr nicas de outro modo ocupando mais espa o de mem ria do dispositivo e atabalhoando o que Co
313. o livro J o g nero reportagem constitui 20 dos textos Essas porcentagens parecem nos apontar para o fato de que neste n vel de ensino o aluno mais exposto a textos do dom nio jornal stico A nfase recai neste caso na leitura de relatos que est o articulados com a informa o e a opini o Intuitivamente compreendemos que esses dados de incid ncia revelam que a tradi o jornal stica est presente de forma muito contundente no processo de leitura de l ngua inglesa como uma forma de expor o aluno a not cias dos fatos e atualiz los para assuntos gerais recorrentes al m de serem os g neros mais recorrentes em exames de vestibulares A biografia aparece tamb m com uma presen a de 11 em rela o ao total dos textos selecionados pelo LD Os demais g neros poema entrevista carta pessoal anedota relato de experi ncia vivida pessoal e resenha de filme s o a minoria dos textos com uma incid ncia de apenas 10 A abordagem de g nero textual foi assim constatada na terminologia utilizada no livro did tico para o aluno identificar apenas o g nero Parece nos que a nova terminologia utilizada pelo LD pouco acrescentou ao ensino de leitura em ingl s Apesar de colocar o aluno leitor em contato com uma variedade de textos que promovem uma melhor oportunidade para a compreens o escrita o LD pouco apresentou proposta inovadora de atividades que possam melhor sensibilizar o aluno para a aprendizagem de compreens o te
314. o no livro did tico de ingl s elaborado a partir da abordagem comunicativa 1998 106f Disserta o Mestrado em Estudos Ling sticos Faculdade de Letras Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte SMOKE T A writer s workbook an interactive writing text New York Cambridge University Press 1996 SPACK R Guidelines a cross cultural reading writing text New York St Martin s Press 1996 STRAUCH A O Bridges to academic writing Cambridge Cambridge University Press 1997 SWALES J M Genre analysis English in academic and research settings Glasgow Cambridge University Press 1990 Genre and engagement Revue Belge de Philologie et d Histoire v 71 n 3 p 687 698 1993 _ Other floors other voices a textography of a small university building Mahwah N J Lawrence Erlbaum Associates Publishers 1998 SWALES J M FEAK C B Academic writing for graduate students a course for nonnative speakers of English USA University of Michigan Press 1994 THREADGOLD T Talking about genre ideologies and incompatible discourses Cultural Studies v 3 n 1 p 101 127 1989 WIDDOWSON H G Linguistics Hong Kong Oxford University Press 1996 WILLIAMS J M COLOMB G G The case for explicit teaching why what you dont know won t help you Research in the teaching of English v 27 n 3 p 252 264 out 1993 Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio so
315. o se reduz ao car ter reivindicat rio Ela tem se configurado como mais um espa o de circula o cria o recria o da cultura Tapirap al m de ser tamb m espa o de valoriza o da l ngua Tapirap Em fun o de tudo isto pode ser afirmado que o projeto pedag gico desta escola em cont nua constru o conforme apontamos com Kleiman 1999 anteriormente um projeto coletivo colaborativo e protagonista visto que envolveu e envolve diretamente a comunidade ind gena interessada um projeto que visa sobretudo a que os Tapirap tenham condi es de se fortalecerem tnica e culturalmente e de se posicionarem frente ao mundo n o ndio Fizemos esta digress o sobre a implanta o da escola Tapirap para mostrar tamb m que o letramento em meio a este povo n o se deu com a escola Rojo 2001c 1 4 ao refletir sobre as concep es de letramento aponta que este entendido como conjunto de pr ticas sociais que envolvem a escrita em contextos espec ficos com objetivos especificos tem significados distintos conforme varie o contexto e n o estabelece dicotomias como por exemplo oral escrito Outra considera o importante que o letramento escolar afigura se como uma e n o nica possibilidade de letramento Levando isto em considera o pode se dizer que os letramentos Tapirap t m pelo menos dois momentos distintos Um deles seria aquele no qual eles tinham contato com outros indiv duos que
316. o uma fam lia de textos com caracter sticas bem semelhantes e como artefatos culturais constru dos historicamente pelo ser humano Ibidem 30 A partir das concep es expostas o autor tamb m aponta a diferen a entre g nero textual e tipo textual afirmando haver uma confus o inclusive em alguns livros did ticos em que os conceitos e a distin o nem sempre s o claros Para discutirmos mais detalhadamente a quest o de distin o entre as duas no es apresentaremos um quadro ver quadro 1 proposto por Marcuschi 2002 23 para melhor visualizar a diferen a entre ambos Quadro 1 Diferen a entre g nero textual e tipo textual TIPOS TEXTUAIS 1 construtos te ricos definidos por propriedades ling sticas intr nsecas 2 constituem sequ ncias ling sticas ou sequ ncias de enunciados e n o s o textos emp ricos 3 sua nomea o abrange um conjunto limitado de categorias te ricas determinadas por aspectos lexicais sint ticos rela es l gicas tempo verbal 4 designa es te ricas dos tipos narra o argumenta o descri o injun o e exposi o G NEROS TEXTUA IS 1 realiza es ling sticas concretas definidas por propriedades s cio comunicativas 2 constituem textos empiricamente realizados cumprindo fun es em situa es comunicativas 3 sua nomea o abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designa es concretas determinadas pelo canal e
317. ode ocorrer um debate 5 Carta de reclama o compreender sua estrutura compreender em que contexto pode ser escrita uma carta de reclama o escrever cartas de reclama o com boa argumenta o Ao esbo armos esta sequ ncia did tica estamos partindo do pressuposto que ela estar inserida numa proposta de ensino de g neros do agrupamento argumentar que abarque as 4 ltimas s ries do ensino fundamental na aldeia a saber 5 6 7 e 8 Sendo assim as atividades est o sendo pensadas como sendo continuidade de um trabalho dentro do que se espera de uma progress o curricular em espiral ou seja uma progress o que preveja idas e vindas ao objeto que est sendo ensinado Al m disso prev se um tempo de trabalho um pouco mais expandido neste caso algo em torno de 8 a 10 semanas ou seja um tempo que esteja mais pr ximo ao ritmo da aldeia que n o atropele o aluno Este tempo de ensino deve permitir que o aluno ind gena observe seu objeto de estudo A observa o e a repeti o s o dois aspectos b sicos da pedagogia ind gena que n o podem ser solapados nas aulas de portugu s Com isto queremos dizer que numa mesma atividade idas e vindas s o constantes e necess rias tanto nas explica es como nos exerc cios No que tange escolha da s rie isto n o se deveu a nenhum motivo espec fico Podemos dizer no entanto que nesta s rie os alunos Tapirap come am a se sentir um pouco mais seguros e po
318. oen a linha 8 foi abandonado durante a intera o assumindo uma posi o menos essencializada pautada na sociedade Nesse momento Lucas afasta se de uma identidade homossexual linha 17 mas interrompido por Breno linha 18 que n o concorda com a quest o do homossexualismo como uma constru o social linhas 18 e 20 O embate entre as opini es de Daniel e Breno faz com que os demais alunos se manifestem ao mesmo tempo Nesse momento me parece que um pequeno movimento de desestabiliza o pode ser detectado uma vez que opini es bastante divergentes est o sendo negociadas e causaram alguma esp cie de inc modo aos demais alunos fazendo com que todos falassem ao mesmo tempo Daniel assume novamente um ponto de destaque na discuss o mencionando a pr tica homossexual nas comunidades ind genas brasileiras linhas 22 e 23 Daniel afasta a constru o da homossexualidade como algo biol gico atrav s da fala They have not diseases linha 26 mas parece atravessar a quest o do g nero e da sexualidade como performances linhas 26 e 27 atrav s das falas They are men they have sons and daughters but they make sex with another man A quest o do g nero e da sexualidade parece mais uma vez intercruzada uma vez que os homens t m uma performance masculina t m filhos e filhas o que demonstra uma identidade heterossexual mas tamb m aderem pr tica homossexual A pr tica homossexual ent o constru da c
319. of a marketing technique than a linguistic reality Elizabeth Erling 2000 13 Quando se discute o livro did tico de l ngua estrangeira LE do ponto de vista te rico o que tem sido abordado via de regra o papel que desempenha em um contexto pedag gico S o levantadas quest es relacionadas abordagem pedag gica que a obra reflete aos procedimentos pedag gicos que acompanham esta ou aquela tend ncia metodol gica e sua operacionaliza o no n vel da pr tica Abordam se ainda frequentemente quest es discursivas tanto no plano textual propriamente dito quanto em outros n veis tais como representa es socioculturais e de natureza visual e as poss veis rela es entre essas representa es J avan amos na realidade at a seara da virtualiza o as nossas preocupa es chegaram ao mundo digital Essas s o quest es de extrema relev ncia e import ncia para um melhor entendimento do livro did tico e do lugar que ocupa no processo de aprendizagem de LE No entanto o que parece n o ser muito explorado o processo de confec o desse material que principalmente no contexto de LE vem se mostrando cada vez mais imprescind vel para que se alcance o sucesso almejado Pouco tem se falado desse processo no que se refere s dificuldades que autores e produtores de materiais did ticos encontram frente variedade de tend ncias te rico metodol gicas advindas de uma s rie de disciplinas acad micas com qu
320. olicamente sua cor sua forma confort vel luxuosa Sem pensar no processo de projeto da cadeira imposs vel formular respostas para esse conjunto de quest es Afinal para encontrar tais respostas deve se pensar n o apenas no material mas com que finalidade ele foi escolhido Deve se pensar al m Deve se pensar o que tal material comunicar ao p blico alvo que valores expressar a quem visitar o espa o onde ser colocada a cadeira Se ser adequada ao uso espec fico confort vel para o usu rio ou robusta para um uso mais intenso Atentando para outra parte da cadeia de produ o pode se pensar no que o produtor demandou uma linha de cadeiras barata ou de alto valor trazendo ent o novos requisitos para a escolha de material que ainda pode ser influenciada pelo custo raridade dificuldade de reaproveitamento ou de manipula o todas quest es relativas a sua concretiza o Lan ando um olhar detalhado sobre a hipot tica cadeira v se a complexidade de um trabalho direcionado de Design Isolar o processo pelo qual foi desenvolvido um objeto significa despi lo justamente das motiva es que o fizeram tal como A cadeira fruto de um trabalho intelectual n o apenas est tico uma vez que se tornar parte do discurso do usu rio ou ergon mico mas de negocia es entre expectativas e possibilidades de uma s rie de atores na cadeia fabrica o transporte armazenadores varejistas consumidores
321. om que ele passasse a ser entendido como um instrumento auxiliar de ensino aprendizagem e n o o nico recurso Entretanto os crit rios escolhidos pelo MEC ao normatizar LDs novamente n o levaram em conta a experi ncia de professores mas a ilus o de que os conceitos apresentados no LD podem ser facilmente categorizados como falsos e verdadeiros Normas foram criadas por especialistas da rea na tentativa de se categorizar LDs como recomend veis ou n o de acordo com o que traz de verdadeiro ou n o Uma das condi es estabelecidas para um LD ser considerado recomend vel seria a de ao transmitir verdades apresentar um conte do claro sem ambig idades transparente e sem qualquer preconceito ou erro Esta preocupa o com verdades parece refletir uma vis o equivocada uma vez que a completude de sentidos est menos no livro do que em seu leitor Como resultado dessa pol tica controladora adotada pelo MEC editoras passaram a readaptar seus LDs de acordo com as exig ncias dos cat logos desse programa e assim moldaram se a uma lista de crit rios de controle de qualidade Essa pol tica parece preocupar se apenas com o aspecto mercadol gico do LD ou seja o livro como um produto de consumo meramente Esse tratamento pode ser detectado nas pr prias palavras do documento do MEC sobre o PNLD nesse sentido propomos o mesmo patamar tico de discuss o sobre o livro did tico que
322. omo algo negociado socialmente atrav s das fala It s a normal thing for indian societies in Brazil linhas 27 e 28 Daniel mais uma vez separa o homossexualismo nesse momento negociado como um fen meno social do travestismo linhas 28 e 29 Daniel menciona ainda a import ncia da religi o como instrumento de classifica o e separa o dos homossexuais enquanto mais uma vez frisa a import ncia da sociedade na constru o das identidades linha 31 o que prontamente corroborado por Breno linha 32 Nesse segmento parece claro que a id ia de homossexualismo como uma caracter stica biol gica foi apagada favorecendo a uma vis o menos essencialista do homossexualismo como uma constru o social Os participantes da intera o negociam o homossexualismo sob diferentes concep es conforme o contato com os outros durante a intera o O pr ximo segmento selecionado ocorre ap s aproximadamente 50 minutos de conversa o Segmento 3 34 Gabriel think it s the education not a act from God 35 Professor So if a child was raised to be heterosexual and this child becomes 36 a homosexual is it a problem of the parents 37 Gabriel Not its not a problem If you think homosexuality is wrong 38 it s a problem of the parents 39 Professor What do you think Is it right or wrong 40 Gabriel iei nd ear 41 Todos COCO 42 Gabriel 1 1 don t know what to say 1 I m
323. omo os temas transversais s o abordados nos discursos em ingl s e propor uma transposi o e problematiza o para o espa o social dos alunos N o se trata de julgar ou comparar mas de pensar criticamente as diferen as preciso propor uma reflex o com base em diferentes contextos O discurso dos Par metros Curriculares Nacionais Condizente com esta percep o da fun o do processo de ensino e aprendizagem de uma l ngua estrangeira e visando construir uma escola voltada para a forma o de cidad os BRASIL 1998 p 5 o governo brasileiro elaborou na d cada de 1990 os Par metros Curriculares Nacionais PCN Os PCN consideram a aprendizagem de uma l ngua estrangeira uma possibilidade de aumentar a autopercep o do aluno como ser humano e como cidad o BRASIL 1998 p 15 pois a aprendizagem de uma l ngua estrangeira permite um distanciamento n o s de sua pr pria cultura como tamb m da cultura da l ngua estrangeira que n o a sua Esse afastamento propicia uma maior vis o cr tica do mundo entendendo melhor n o apenas o outro como tamb m a si pr prio O ensino da l ngua estrangeira deve promover o desenvolvimento de capacidades em fun o das necessidades sociais intelectuais profissionais e interesses e desejos dos alunos promover uma reflex o sobre a fun o social da l ngua estrangeira no pa s e dar acesso ci ncia e tecnologia modernas comunica o inter
324. omovidos tamb m a emissores bastando para isso a conveni ncia de novos c digos e dispositivos A democratiza o da comunica o em massa j madura com a Internet convidada por outras m dias at ent o compreendidas como frias nas palavras de Marshall McLuhan Para que isso pudesse acontecer toda a estrutura de produ o precisou e ainda precisa em alguns casos ser revista O impacto n o pequeno conv m notar S no caso da televis o em sua produ o e emiss o ruir pilares que hoje completam 59 anos desde a primeira transmiss o por Chateubriand em 1955 De l para c a sistematiza o e cristaliza o dos procedimentos necess rios para ger ncia de um mercado poderoso fazem com que alguma novidades sejam vistas com receio Um primeiro susto com a promiscuidade de seus not rios anunciantes com a Internet no final da d cada de 1990 salvos pelo subsequente estouro da bolha revelou finalmente um concorrente altura Depois de vencer o r dio pela aten o do p blico tanto que o termo audi ncia ficou como res duo acreditava se que o reinado nos lares brasileiros seria inabal vel E hoje vemos que n o H uma nova guerra por audi ncia no ar um embate tit nico movimentando bilh es de d lares N o apenas entre emissoras e produtoras em passagem do anal gico para o digital competindo entre si e com o conte do inexoravelmente digitalda WWW mas tamb m entre empresas de telefonia
325. onclus o A realiza o da oficina parece ter cumprido o objetivo inicial expresso na proposta para o evento ou seja proporcionar a reflex o por parte dos profissionais participantes acerca da avalia o e sele o de materiais did ticos Creio que os participantes atrav s das atividades propostas e desenvolvidas tiveram a chance de se posicionarem expressarem a respeito de sua pr tica comparando tamb m com as pr ticas de outros profissionais Desta forma acredito que a oficina tenha contribu do para uma vis o mais criteriosa e cr tica no que tange esta avalia o sele o em seus contextos de trabalhos Acredito que as atividades desenvolvidas incluindo o question rio serviram aos prop sitos imaginados no planejamento da oficina contribuindo para evidenciar informa es sobre as pr ticas pedag gicas e suscitar discuss es dos itens levados em conta Assim a oficina parece ter servido tanto para fins de desenvolvimento profissional quanto para fins de pesquisa acad mica revelando aos participantes a import ncia de uma avalia o sele o mais sistem tica e criteriosa e mostrando para o meio acad mico como esses profissionais realizam esse processo e o papel dos livros materiais did ticos em suas pr ticas Estes dados podem e devem ser reinterpretados e novos dados obtidos para que sejam propostas alternativas de avalia o e escolha de materiais did ticos de modo a contribuir para uma sele o que se
326. onven es estabelecidas por uma determinada comunidade Portanto ao ler um texto o leitor deve n o s ter dom nio de habilidades cognitivas e metacognitivas mas tamb m ser capaz de perceber os diversos elementos presentes nesse ato comunicativo via texto escrito e saber adequar se ao contexto interacional participando de forma efetiva para que a compreens o ocorra Corte 1998 27 28 Levantamos assim uma quest o central como auxiliar o leitor aluno a desenvolver uma postura cr tica durante a leitura O desenvolvimento do pensamento cr tico tem sido amplamente estudado Scott 1983 Beyer 1995 Rankin 1999 entre outros Entre as diferentes sugest es para seu desenvolvimento a capacidade de fazer questionamentos aparece com frequ ncia Semelhantemente os autores sugerem que o professor tem um papel fundamental na constru o da reflex o Aebersold e Field 1997 95 parecem enfocar esse aspecto quando afirmam que os professores de leitura s o respons veis por auxiliar seus alunos a usarem toda estrat gia poss vel e habilidade dispon vel durante o ato de ler Para isso eles devem conhecer o processo de leitura o m ximo poss vel Percebemos que o professor tamb m tem um papel reflexivo na medida em que aut nomo e respons vel pelas decis es tomadas em sua pr tica docente O professor aut nomo aquele com a capacidade de elaborar seu pr prio material did tico ou de adapt lo conforme as necessidad
327. oradores O processo inicial de reconhecimento do campo dura pelo menos um semestre e num segundo momento este estagi rio precisa consolidar a proposi o de uma plano de a o que caracterize sua as fases de colabora o observa o e interven o no campo O in cio da aplica o do Plano de A o pelo aluno de licenciatura marca a passagem definitiva de uma fase de planejamento das estrat gias para o momento da a o As sess es de atendimento do professor da universidade e do monitor de gradua o tornam se importantes aliadas j que trata se a da reconstru o da pr pria id ia da presen a O aluno faz se presente construindo narrativas visuais textuais e sonoras que comprovem a sua presen a no campo de est gio enquanto o professor supervisor de est gio na universidade por meio de f runs de discuss o bate papos disponibiliza o de materiais para leitura e avalia o de materiais tamb m consolida sua presen a Auxiliar o aluno a construir as narrativas visuais textuais e sonoras desta sua passagem pela escola p blica contribui para faz lo pensar a escola como uma laborat rio de forma o e constru o do conhecimento que substitui a id ia de um conhecimento que est em algum lugar fixo materiale im vel e que precisa ser transmitido ou conduzido a algu m na universidade ou na escola Este processo torna o aluno da licenciatura co respons vel pela constru o do conhecimento que ele observa
328. ordo e no portf lio Nas postagens cada aluno disponibilizava para os professores os formadores e para os pr prios colegas a es reflex es e sentimentos em rela o ao seu campo de est gio Essas postagens eram constantemente comentadas pelo professor pelos formadores e pelos pr prios colegas Desta forma ao longo do per odo letivo as postagens transformavam se em di logos assincr nicos entre os sujeitos envolvidos na disciplina Os di logos tanto contribu ram para um melhor aproveitamento das supervis es presenciais quanto para a constru o de conhecimentos que envolvem a especificidade dos objetivos do est gio justamente por se caracterizarem por di logos argumentativos em que alunos estagi rios professor orientador supervis es de est gio e formador agu aram nesta din mica de constru o narrativa a partir do registro de reflex es sentimentos express es para construir nas postagens os significados e os sentidos das a es A argumenta o como constru o de conhecimento um campo de pesquisa relativamente recente Os estudos sobre constru o do conhecimento sobre como o conhecimento vai fazendo sentido nos n veis individual e coletivo enfocam os processos de ensino aprendizagem as intera es o discurso a escrita e a produ o de textos com objetivo de compreender o que acontece nos espa os institucionais de educa o Segundo Smolka 2007 p 32 Se muitos estudos t m enfocado a intera
329. oria das vezes n o haver harmonia entre tais marca es Na verdade ainda em rela o ao uso sociopragm tico de thank you na Gr Bretanha muito comum estrangeiros brasileiros notadamente se irritarem com a frequ ncia com que surge nas intera es T m a tend ncia de associar esse uso a um comportamento estereotipado por exemplo de que os brit nicos seriam esnobes e excessivamente formais sem se darem conta de que est o lidando com um marcador de natureza sociopragm tica que desempenha uma s rie de fun es e ao faz lo carrega consigo significados comunicativos reais Temos a um prato cheio para a gera o de conflitos de toda ordem e quebra do fluxo comunicativo Mesmo no campo da Pragmaling stica as incompreens es e os conflitos podem ocorrer com bastante frequ ncia A literatura especializada est repleta de exemplos e g GUMPERZ et al 1979 e o que a seguir apresentamos foi retirado dos dados de pesquisa de MITRANO NETO 1991 Ao discorrer sobre uma s rie de entrevistas cujo objetivo era determinar reas de conflito s cio ou pragmaling stico entre falantes nativos de ingl s brit nico e estrangeiros vivendo na Inglaterra por um curto per odo o pesquisador registra um evento particularmente interessante ocorrido entre uma indonesiana doutoranda em microbiologia na Universidade de Reading e seu orientador A pr pria doutoranda quem relata que em determinada ocasi o seu orientador lhe p
330. ormas mais causais e secund rias algum tipo de informa o est presente tenha ela ou n o recebido uma configura o art stica ou seja ela representa o de uma produ o casual Em qualquer n vel de avalia o sempre inconstante do que constitui arte aplicada ou belas artes toda forma visual conceb vel tem uma capacidade incompar vel de informar o observador sobre si mesma e seu pr prio mundo ou ainda sobre outros tempos e lugares distantes e desconhecidos Essa a caracter stica mais exclusiva e inestim vel de uma vasta gama de formatos visuais aparentemente dissociados Na b kam n m tem kadjy amim akati dji N pr m k m g akati ba yry n mry 6j bi ga im akamr re ari k m aga g ari kukr ba kam ajte puru kam kar ro m an Nhym pr k m g akati ga kam goj b kam t an Be nhym arym pr m k m g dj m kubyt k ba t an Nhym arym akati makt kubyt k nhym t amr b n m kute kub nh myjja akre mari k t kam nhym bep ajbirti n m arym kub nh myjja akre ma N kam arym myjja akre o ba Unidade sobre a marca o do tempo calend rio do Livro de Matem tica Meb ng kre Ser ent o que estar atento a esses detalhes al m de muitos outros que n o descrevemos aqui e encarar as imagens desses livros com um valor diferente estar colaborando para o que muitos autores chamam de etnodesign Afinal o que o etnodesign Para NOGUEIRA no Brasil o et
331. os 5 a 8 s ries Como se v h uma semelhan a bastante grande dos LDP destinados aos EF e EF Il no que tange aos mbitos privilegiados na sele o dos textos e g neros que as comp em Ocorre apenas a diminui o de textos da tradi o oral mais selecionados para 1 a 4 s ries Os mbitos das artes e da cidadania s o privilegiados na sele o dos textos e g neros com grande destaque para as esferas liter ria principalmente poemas e narrativas de aventura e das artes gr ficas principalmente HQ e tiras no mbito das artes e das esferas jornal stica reportagens e not cias jornalismo de informa o e publicit ria an ncios e classificados no mbito da cidadania Entretenimento gt Artes visuais Pol tica Artes pl sticas Digital f Artes gr ficas 2 PNLD2008 8 PNLD2007 PNLD2008 Artes musicais Eag E PNLD2007 Jur dica Burocr tica fso Artes dram ticas Publicit ria Liter ria Jornal stica Cotidiana Gr fico 3 Esferas no mbito da cidadania Gr fico 4 Esferas no mbito das artes Os resultados mostram que no que se refere aos letramentos m ltiplos parece estar havendo uma passagem do letramento escolar tradicional po tica ret rica para uma multiplicidade maior de letramentos ainda t mida quanto a linguagens e m dias e pautada nas esferas da virada pragm tica jornalismo publicidade Esse movimento se confi
332. os que possam embasar uma discuss o a ser feita com os professores Tapirap a respeito da ado o ou n o dos g neros do discurso como objetos de ensino nas aulas de l ngua portuguesa como segunda l ngua A reflex o e discuss o que este trabalho exige tamb m poder facultar por um lado a que se estenda a proposta de ensino de g neros para o ensino da l ngua Tapirap e por outro poder ensejar a pesquisa sobre os g neros pr prios do contexto Tapirap Refer ncias ALMEIDA FILHO J C P 2002 L ngua al m da cultura ou al m de cultura l ngua Aspectos do ensino da interculturalidade T picos em portugu s l ngua estrangeira Cunha M J C e Santos P orgs Editora Universidade de Bras lia org 1997 Par metros Atuais para o Ensino de Portugu s L ngua Estrangeira Campinas SP Pontes 1993 Dimens es comunicativas no ensino de l nguas Campinas Pontes BARBOSA J P 2001 Trabalhando com os g neros do discurso uma perspectiva enunciativa para o ensino de l ngua portuguesa Tese de doutorado LAEL PUCSP 2005 Carta de solicita o e carta de reclama o Cole o trabalhando com os g neros do discurso argumentar S o Paulo FTD BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secret ria de Educa o Fundamental 1998 Referencial Curricular Nacional Para as Escolas Ind genas Brasil BUNZEN C 2003 O ensino de g neros em tr s tradi es implica es para
333. os sobre todas as coisas que s o importantes para os adultos para os jovens e principalmente para as crian as Assim quando elas crescerem v o continuar lutando pelas coisas que s o importantes defendendo o nosso territ rio conservando a nossa cultura e os nossos conhecimentos Isso vai ser bom para todos no futuro Por qu Porque tem muitos brancos que n o est o respeitando as nossas terras floresta animais limites rios peixes etc Megaron Txucarram e lideran a Meb ng kre H hoje no Brasil cerca de 220 povos ind genas num total aproximado de 500 mil pessoas que falam 180 l nguas diferentes e vivem em 628 terras ind genas Embora representem aproximadamente menos de 1 da popula o nacional as popula es ind genas brasileiras crescem em alguns casos tr s vezes mais que a m dia nacional mesmo tendo sofrido durante s culos com a diminui o demogr fica e alguns povos ainda hoje apresentem perigo de extin o Em 1998 foi elaborado o Referencial Curricular Nacional para Escolas Ind genas RCNEI cumprindo o que determinava em 1996 a Lei de Diretrizes de Bases da Educa o Brasileira e mais amplamente os preceitos da Constitui o de 1988 regulamentar e orientar a escolariza o ind gena garantindo s comunidades ind genas dentre outros direitos o de alfabetizar seus alunos na l ngua materna Assim a educa o escolar ind gena passa a ser oficialmente biling e intercultural espec fi
334. osta correta em testes de m ltipla escolha Os dados nos apontam ainda para um tipo de atividade de compreens o bastante recorrente em Ingl s Doorway as perguntas tipo imposs vel com 52 38 de ocorr ncia S o perguntas que n o exigem do aluno recorrer ao texto para respond las pois basta usar seu conhecimento enciclop dico para fornecer a resposta solicitada Como podemos observar s o tipos de atividades que n o exploram o texto de forma mais sistem tica e comunicativa pois n o conduzem para uma dire o que possa fortalecer a forma o de um leitor cr tico Acreditamos que esses tipos de atividades ocupam um espa o desnecess rio nas se es destinadas interpreta o pois apresentam uma preocupa o superficial com a leitura Outro movimento do LD relativo ainda as atividades de compreens o o de trazer agrupadas na se o dedicada interpreta o atividades do tipo estrutural e metaling stica com uma ocorr ncia de 50 e 42 85 respectivamente A primeira aborda atividades totalmente prescritivas sem nenhuma rela o com o texto N o h uma preocupa o do LD em contextualizar as estruturas ling sticas como forma de instrumentalizar o aluno para uma pr tica de leitura mais eficiente Logo n o presenciamos no LD em estudo um planejamento das atividades para o estudo de organiza o do texto g nero e do l xico de forma sistem tica e contextualizada O texto g nero ent o to
335. ostas de usos dessas ferramentas gerando servi os para fins de colabora o m ltipla como previsto para a Internet do futuro se delineiam E sobre esse ponto fundamental o uso de ferramentas e servi os para o ensino aprendizagem falaremos a seguir Reflex o sobre aplica o de dispositivos m veis como instrumento de uso did tico Com a multifuncionalidade que o dispositivo m vel vem adquirindo nos ltimos anos as empresas j n o se restringem a pensar apenas no design do aparelho f sico O que antes era um simples telefone m vel hoje se tomou um objeto com diversas fun es e servi os Com isso as empresas se voltaram para o desenvolvimento de novos aparelhos e novos aplicativos que os acompanhe para melhor atender os consumidores que a cada instante transformam o dispositivo m vel em um aparelho mais presente no cotidiano Diversos aplicativos v m sendo desenvolvidos com as mais variadas inten es Assim sendo j existe um pensamento objetivo voltado para seu uso na Educa o A did tica j se aplica a muitos jogos tais como Jogos Did ticos um CD desenvolvido pela Virtuos o que permite uma nova abertura para o mundo do dispositivo m vel Segundo uma pesquisa feita por Marcus Tadeu de Souza os jogos eletr nicos conquistaram um extenso espa o no cotidiano de crian as jovens e adultos j que movimentaram em 2005 mais de US 27 bilh es Isso ocorre porque o jogo segundo Johan Huizinga 2001 possui carac
336. ostra se importante mapear o campo de possibilidades de cada produ o compreendendo que o trabalho n o eterno mas tem uma vida e deve abrir oportunidades de intera o com o homem Cabe dizer que mapear a din mica significativa de um artefato no tempo n o garante uma nica apreens o dele pelo usu rio mas a aten o s possibilidades que se abrem no desenvolvimento de cada projeto Sendo assim o designer um gerenciador de projetos Em nossos trabalhos definimos problemas e levantamos quest es relativas ao contexto em que ser aplicado o produto Buscamos em outros campos de conhecimento ou no conv vio com o ambiente de destino do projeto e com os futuros usu rios informa es para o desenvolvimento da solu o pesquisamos modos de concretiz la e planejamos e desenhamos de acordo com os requisitos e restri es levantados na defini o do problema a ser respondido Nos associamos a outros parceiros no desenvolvimento das solu es negociando com o cliente com o usu rio e com os meios de produ o que tornar o vi vel um dado objeto Podemos afirmar que a pr tica do Design uma pr tica de cunho social baseada no desenvolvimento de novas associa es a cada mudan a de cen rio desde o levantamento de dados para definir melhor o campo onde se est atuando at a defini o de objetivos aos quais a solu o deve alcan ar O projeto se alimenta do meio para trabalhar o meio ocorre em parceria para materializa
337. ou se determinar se haveria a possibilidade da exist ncia de uma norma padr o para o ingl s usado como l ngua estrangeira ou l ngua franca e como essa poss vel norma afetaria o processo de confec o de material did tico para o ensino do ingl s l ngua estrangeira Argumentamos que h muitas dificuldades tanto de ordem te rica quanto pr tica para se definir e operacionalizar o que seria uma variedade padr o para ILF Supondo se que pud ssemos estabelecer tal variante isto teria que ser feito de forma arbitr ria privilegiando se esta ou aquela variante j que o espectro de varia o por demais extenso e imprevis vel Sendo assim que vantagens teriamos do ponto de vista ling stico em rela o s normas padr o nativas A vantagem parece s existir do ponto de vista pol tico O reconhecimento de que o ILF precisa ter a sua voz sem d vida de extrema import ncia tanto para os usu rios de ILF como para os usu rios de variantes nativas pois trata se de um processo de tamanhas propor es que por mais resist ncia que haja ser sempre uma via de m o dupla Demonstramos ainda a impossibilidade de se lidar com uma variante neutralizada no processo de confec o de material did tico principalmente no que tange Pragm tica mesmo quando se trabalha com o par metro nativo j que escolhas precisam ser feitas e v o recair sobre algum uso pragm tico seja ele qual for Com isso voltamos estaca z
338. ouro para mud la ARNT et al 1998 O contato espor dico com os v rus dos brancos devido s obras da estrada Cuiab Santar m quase dizimou os Panar sua popula o quase desapareceu E por causa dessa trag dia um outro avi o s que agora da For a A rea Brasileira levou os sobreviventes da regi o do rio Peixoto de Azevedo para o Parque Ind gena do Xingu 250 km a oeste de onde os Panar viviam tradicionalmente Os Panar tamb m s o conhecidos por outros nomes que outros povos lhe deram Krenakore Kreen Akrore Kreen Akarore Krenhacore Krenakarore Kranhac rore Kayap do Sul ou ndios Gigantes este ltimo nome foi como ficou mais conhecido na m dia na poca do contato em 1977 Atualmente os Panar contabilizam aproximadamente 300 pessoas A comunidade ainda se divide socialmente em quatro cl s de acordo com suas tradi es A nica aldeia Panar est localizada na margem do rio N s potiti rio Iriri A Terra Ind gena Panar preservada com vegeta o tipicamente amaz nica Perto da aldeia tem uma grande lagoa que a popula o utiliza para pescaria e tamb m possu uma regi o de cerrado ao norte A terra faz divisa a leste com a terra ind gena Mekragnotire do povo Meb ng kre e por isso n o sofre com invas es de pescadores madeireiros e garimpeiros O seu limite oeste est pr ximo da BR 163 ou seja h perto da estrada in meras fazendas de gado e tamb m cidades provocando grand
339. ovos ind genas do Brasil A multiplicidade de realidades ind genas impossibilita generaliza es de ordem pedag gica conte dos disciplinares materiais did ticos curr culos etc al m daquelas sugeridas pelo Referencial Quando pensamos portanto em educa o escolar ind gena devemos sempre estender e entender esse conceito para um povo ind gena espec fico Ao focarmos o ensino de l nguas para esses povos e mais especificamente o ensino de Portugu s como segunda l ngua tamb m partimos do pressuposto de um ensino que se quer intercultural e que conceba a l ngua como algo mais do que um sistema estruturado Como sugere Oliveira Santos 2004 110 para se lidar com a perspectiva de ensino de l ngua cultura necess rio pensar no conceito interculturalidade como modo de incentivar a intercomunica o entre mundos ling stico culturais diferentes Essa afirma o feita para o ensino de Portugu s LE L2 em contexto ocidental encontra eco na proposta do Referencial exposta acima Como j referido anteriormente a pedagogia de l nguas tem se preocupado nas ltimas d cadas com uma mudan a no paradigma do ensino de LE L2 e observado a ado o por parte de te ricos e professores da concep o de l ngua como tra o cultural e da aprendizagem como uma rela o dial gica entre culturas Oliveira Santos 2004 Ao elaborar o modelo Abordagem Comunicativa Intercultural ACIN Oliveira Santos 2004 posic
340. para o exterm nio das l nguas ind genas Levando se em considera o este alerta e o exposto anteriormente na primeira parte deste trabalho fazemos um levantamento te rico n o exaustivo focado na produ o e planejamento de materiais did ticos para o ensino de Portugu s como l ngua estrangeira doravante PLE tentando listar diferen as e pontos de converg ncia na produ o planejamento de materiais em portugu s voltados ao contexto ind gena Na segunda parte tentamos refletir sobre a possibilidade de se assumir g neros para o ensino de portugu s como segunda l ngua na escola Tapirap Por fim faremos uma proposta de sequ ncia did tica para o ensino de g neros do agrupamento argumentar nas aulas de l ngua portuguesa na escola Tapirap O planejamento de ensino e a produ o de material did tico em PLE Em suas reflex es sobre o ensino de ingl s e portugu s como l ngua estrangeira para falantes de espanhol Almeida Filho 1993 1997 afirma que aprender uma outra l ngua est muito al m de adquirir regras da lingua alvo O aprendiz deve saber interagir socialmente nesta outra l ngua neste sentido que o papel do professor se torna essencial uma vez que sua abordagem de ensino poder influenciar neste processo de aprendizagem do aluno Almeida Filho 1997 explica que o planejamento de unidades de ensino e a produ o e escolha de materiais para ensinar uma outra l ngua que poderiam tamb m ser ch
341. pel formativo proposto para o curr culo escolar o objetivo de refletir sobre a fun o social da l ngua estrangeira no pa s e sobre as limita es impostas pelas condi es de aprendizagem Na rede p blica de ensino essas limita es s o diversas dentre elas a falta de material did tico voltada para o ensino de l ngua estrangeira Este fato chama aten o visto que o governo federal atrav s do Programa Nacional do Livro did tico PNLD distribui livros did ticos de v rias disciplinas mas se eximi da responsabilidade de fazer o mesmo com rela o ao ensino de l ngua estrangeira Devido representa o do livro did tico no ambiente escolar o qual tratado quase como um livro sagrado as disciplinas cujos professores recebem esse recurso did tico s o consideradas mais importantes e de maior valor Esse mito se desfaz quando o livro chega sala de aula e n o consegue abranger as particularidades de todos os grupos A partir da se conclui que nem toda produ o did tica selecionada por especialistas consegue dar conta da necessidade de todas as escolas do Brasil A aus ncia do livro did tico na aula de l ngua estrangeira a coloca em posi o discrepante em rela o s outras disciplinas Alguns acreditam que a falta de livro desvaloriza o ensino do ingl s nas escolas p blicas j outros v em na sua aus ncia uma chance de desenvolver seu pr prio trabalho Estes ltimos 1 Minha tradu o direta do original e
342. pini es atitudes sentimentos ou comportamentos de algu m ou de um grupo de pessoas Podemos dizer ent o que a forma o de professores ganha com este uso espec fico das tecnologias de informa o e comunica o um car ter compartilhado e colaborativo Para qualificar tanto as novas formas de intera o entre universidade a sociedade e as institui es quanto o foco na argumenta o da constru o conhecimento a partir da constitui o de que chamamos de elo de confian a apresentaremos a seguir tr s aspectos importantes no acompanhamento dos alunos nos seus respectivos campos de est gio 4 Reflex o da constru o de narrativas de est gio docente em ambiente TelEduc Conforme dito anteriormente a exposi o dos fatos vivenciados nos campos de est gio pelos alunos a partir de relatos narrativos postados no TelEduc possibilita aos formadores a compreens o do processo de passagem do aluno estagi rio para o de professor estagi rio Esse processo ocorre durante as orienta es que s o dadas em cada postagem pelos formadores possibilitando o que chamamos de di logo que vai al m de uma rela o entre interlocutores mas de uma interven o que encaminha as reflex es dos alunos estagi rios para a reflex o de quest es pedag gicas durante a constru o da posi o de professores estagi rios ou conforme discutido anteriormente o papel de atores no campo de est gio O di logo assim caracterizado por
343. pr tica social e cultural do texto na sociedade para cada s rie do Ensino M dio Dessa forma teriamos um trabalho mais organizado e aprofundado com cada g nero em vez de apresentar uma diversidade de g neros e um trabalho de compreens o textual pautado na tradi o escolar como apresentado no LD desta pesquisa Logo estar amos inserindo nosso aluno leitor em uma pr tica de atividade de compreens o leitora de maneira mais significativa e comunicativa e trabalhando o g nero como um instrumento din mico em suas pr ticas de dom nios discursivos culturais e sociais Notas 1 Marcuschi chama a aten o para o suporte de g neros textuais Todo g nero necessita de um suporte para circular na sociedade Assim suporte de um g nero uma superf cie f sica em formato espec fico que suporta fixa e mostra um texto Marcuschi 2003a 7 Como exemplo o autor menciona o livro did tico revista semanal mensal revista cient fica boletins e anais r dio televis o telefone quadro de avisos outdoor encarte folder luminosos dentre outros 2 Jurado amp Rojo 2006 41 definem g neros discursivos multimodais como os g neros que fazem recurso a diferentes linguagens verbal imagem est tica imagem em movimento diagrama o som etc 3 Bazerman 2005 31 concorda com Marcuschi ao mostrar que os g neros emergem nos processos sociais em que pessoas tentam compreender umas s outras suficientemente
344. pre como express o do projeto de cultura e socializa o s o realizadas atrav s de seus conte dos de seu formato e das praticas que cria em torno de si Tudo isso se produz ao mesmo tempo conte dos culturais ou intelectuais e formativos c digos pedag gicos e a es praticas atrav s dos quais se expressam e modelam conte dos e formas Sacrist n 2000 pg 16 Assim para determinar os conte dos os c digos pedag gicos e as a es em nossos curr culos Sacrist n 2000 diz que devemos perceber o que queremos que crian as e adultos queremos formar qual o papel do professor e da escola neste processo sem nos esquecermos de que o curr culo possui seu papelsocial pol tico e ideol gico Para Coll 1987 curr culo entendemos o curr culo como o projeto que preside as atividades educativas escolares define suas inten es e proporciona guias de a o adequadas e teis para os professores que s o diretamente respons veis pela sua execu o Para isto o curr culo proporciona informa es concretas sobre o que ensinar quando ensinar como ensinar e quando como e o que avaliar Ainda segundo o autor enquanto projeto o curr culo um guia para orientar a pratica pedag gica Porem o curr culo n o pode ser s uma serie de inten es princ pios e orienta es gerais que na maioria das vezes est o fora do contexto das salas de aula Que papel desempenha o curr culo nas atividades ed
345. que entram na arena manifesta A converg ncia midi tica parece portanto como um Tratado de Genebra bem vinda e disposta a tra ar novas distribui es territoriais Em termos de telefonia as conquistas nacionais recentes foram mais abruptas Desde a instala o das bases operacionais no pa s ainda imperial de 1879 chegada da telefonia m vel pela extinta TELERJ de 1990 temos mais de um s culo Mas da instaura o da tecnologia anal gica dos celulares de primeira gera o 1G aos ltimos e multimidi ticos recursos digitais da terceira gera o 3G n o se passaram mais que 14 anos Antes de se tornar debutante o aparelho celular chegou ao n mero massivo de 65 605 milh es de unidades em uso Quatro anos depois at os fogos do reveillon passado eram 141 milh es de unidades em uso segundo dados de empresas especializadas Tamanha capacita o n o tem precedentes em nenhuma outra plataforma de comunica o Mesmo o computador pessoal t o celebrado e repleto de recursos est presente no Brasil em cerca de 40 milh es de unidades H portanto tr s celulares e meio tocando e enviando mensagens SMS para cada computador ligado que curiosamente reflete o n mero aproximado de Conforme salientado em mat ria dispon vel em lt http www triangulomineiro com noticia aspx catNot 55 amp id 6479 amp nomeCatNot Atualidad es gt 2 Conforme dados dispon veis no Portal UOL lt http idgnow uol com br telecom 2008 01
346. que considere a cultura do povo envolvido No que diz respeito constru o de projetos Kleiman 1999 afirma que o projetar implica em querer fazer alguma coisa e envolve atores No caso da escola o projeto pedag gico a concretiza o de um trabalho coletivo que envolve tanto os professores e outros profissionais da escola como os alunos e a comunidade de maneira protagonista O projeto pedag gico deve possibilitar e facilitar a constru o de conhecimentos e sentidos atendendo ao mesmo tempo aos anseios dos envolvidos no processo de ensino aprendizagem Neste sentido deve ser um projeto pedag gico interdisciplinar colaborativo que permite fazer da sala de aula um local para a comunica o de informa es para o estabelecimento de rela es sociais e para a express o da identidade e de atitudes e que permite quebrar a dicotomia entre oral escrito a dist ncia entre aluno professor escola comunidade conhecimento acad mico conhecimento popular dentre outros A constru o deste projeto implica em planejamento como apontado por Rojo 2001a Ao pensarmos nas escolas ind genas a constru o deste projeto pedag gico implica em primeiramente estabelecer se qual o significado da escola para o povo ind gena envolvido Est o no bojo da discuss o de um projeto pedag gico para uma escola ind gena quest es como a que servir a escola na aldeia que tipo de escola o povo ind gena almeja como ser o ensino quem va
347. r do professor que concebe a sala de aula de ensino de L2 como espa o para uma pesquisa etnogr fica e para a execu o de uma educa o para a mudan a Outro complicador o fato de que o saber ind gena ainda pouqu ssimo conhecido pois muito pouco foi divulgado em l ngua portuguesa Seu acesso restrito a antrop logos e ling istas e portanto se o professor de LP L2 n o um desses pesquisadores ele precisar partir do princ pio gen rico da diferen a absoluta entre a l ngua cultura do aluno e l ngua cultura alvo construindo quase que cegamente seu planejamento e sua pr tica Por fim como referido anteriormente mas n o menos importante a diferen a entre a concep o ocidental de mundo do professor e a cosmologia ind gena Categoriza es e classifica es s o constru das com base na cultura e culturas t o diferentes levam a categoriza es distintas Assim o ensino de segunda l ngua para popula es ind genas pode vir a ser mais eficaz se partirmos da perspectiva intercultural A especificidade das cosmologias ind genas n o permite ao professor utilizar planejamentos ou materiais de portugu s LE L2 elaborados para culturas ocidentais Al m disso o uso de materiais para outros povos ind genas tamb m deve ser muito bem avaliado devido multiplicidade de contextos ind genas Esta diversidade exige que cada escola ind gena tenha seu pr prio projeto pedag gico com curr culo especifico
348. r escrever e falar numa segunda l ngua mas tamb m conhecer a vis o de mundo do outro e visa a minimizar de certa forma a assimetria de poder existente entre ind genas e n o ind genas Tal aprendizagem para este povo tem um lugar espec fico a escola e demanda atividades de apropria o espec fica Lahire 1993 citado por Rojo 2001c Cabe por fim dizer que buscar na escola um espa o para aprendizagem de capacidades ling stico discursivas n o significa considerar o indiv duo escolarizado mais esclarecido e com mais capacidade de racioc nio incorrendo em um dos mitos do letramento Acreditamos que os Tapirap n o est o mitificando a escrita ao reivindicar o letramento escolar O que eles buscam na verdade como mostrar o seu racioc nio e o seu esclarecimento usando as estrat gias discursivas e ling sticas do n o ndio Proposta curricular e sele o de objetos de ensino para o ensino de portugu s como segunda l ngua na escola Tapirap De acordo com Barbosa 2001 108 as pr ticas pedag gicas de uma escola devem estar apoiadas numa proposta curricular que seja decorrente de um projeto educacional discutido e referendado pela comunidade interessada Reiterando o que dissemos anteriormente com Rojo 2001a o planejamento deste projeto educacional de grande import ncia pois nele est o embutidas a concep o de educa o de ensino aprendizagem de curr culo e principalmente a no o de qu
349. r os textos representativos dos diversos g neros do discurso s o geralmente denominados tipos de texto escrita ou texto ao inv s de termos correspondentes aos diversos g neros como o conto e o artigo de jornal dentre outros H livros que utilizam ora um termo vago como leitura escolhida ora um mais espec fico como conto H o caso do livro Academic writing course study skills in English que em mais de duas vezes apresenta o seguinte comando de quest o Leia o que se segue com aten o Read the following carefully evitando qualquer men o categoria que poderia classificar o texto Com exce o do livro Academic writing for graduate students os livros analisados n o abordam as caracter sticas dos diversos g neros que mencionam Parece que h um descompasso entre as pesquisas recentes sobre g neros do discurso e a vis o dos autores dos livros did ticos analisados sobre o papel do g nero na abordagem da escrita acad mica Essas pesquisas trabalham a quest o dos g neros do discurso luz das especificidades das comunidades discursivas nas quais est o inseridos Conforme observa Furlanetto 2003 ao referir se a dados de sua pesquisa sobre livros did ticos de l ngua portuguesa apesar dos estudos realizados os livros did ticos pouco ou nada incorporam dos resultados das pesquisas O ensino expl cito de conven es da comunidade acad mica as quais t m repercuss o tanto no que se refere org
350. r s vez mais que uma vitrola Logo apenas os mais ricos poderiam dispor de um aparelho Rapidamente o aparelho ficou associado ao poder aquisitivo de o t lo Um ano depois da instala o da televis o no pa s em uma S o Paulo com 3 5 milh es de Conforme mat ria do Jornal Folha de S o Paulo dispon vel em lt http www1 folha uol com br folha informatica ult124U416776 shtml gt Maiores detalhes em lt http www pnud org br saneamento reportagens index php id01 2635 amp lay san gt habitantes apenas 375 televisores existiam Em 1990 uma linha de celular custava mais de atuais R 1 000 00 Visto inicialmente como sup rfluo ou brinquedo de rico mostrou se til e hoje pode ser obtido gratuitamente como brinde pela certeza da conta paga Associado ao status da posse de um aparato de complexidade praticamente alien gena o custo dilu do em milh es de aparelhos permite que a participa o tecnol gica Assim como o ocidente de meados do s culo XX inspirava se no avi o a jato em seus materiais e formas fruto do seu tempo hist rico hoje somos embevecidos por iPhones e iPods que aglomerados s o prop sito consciente das novas participa es que ajustam em um mesmo corpo m ltiplas fun es O uso do celular n o se restringe ao seu prop sito original O pr prio termo telefone m vel j cai por terra assim como microcomputador pessoal n o respeita mais sua concep o aplicativa e p blico final Como form
351. r sua voz dif cil falar sobre algo desconhecido como tamb m pode ser dif cil para alguns alunos admitir esse desconhecimento Uma poss vel conseqgii ncia pode ser a aceita o de identidades legitimadoras ou a constru o de identidades forjadas em que o aluno busca reconhecimento em um mundo que n o o seu Com base em Tilio 2006 algumas considera es s o feitas a seguir Alguns livros did ticos em alguns momentos demonstram uma preocupa o com a pluralidade cultural uma demanda do mundo p s moderno ao tentarem abrir espa o para diferentes pa ses e povos No entanto muitas vezes estes livros tratam quest es culturais de forma n o cr tica sem problematiza es muitas vezes de forma etnoc ntrica e at mesmo folcl rica A cultura ainda entendida como folcloriza o pela retrata o de comidas t picas esportes t picos costumes hist rias particulares etc e portanto como preexistente ao sujeito como cultura do cotidiano de h bitos sociais e como cultura tur stica das belas paisagens da retrata o de um pa s que se mostra perfeito PERUCHI amp CORACINI 2003 p 381 Existe uma tend ncia a se reduzir o mundo a Estados Unidos e Europa O espa o para outras culturas quando existe bastante simplista limitando se a mencionar algumas caracter sticas culturais na maioria das vezes estereotipantes A pluralidade cultural a que os livros se prop em resume
352. r de dados de observa o exigindo compreens o oral e interpreta o de dados Atividades como essas n o s o contempladas nos livros analisados nesta pesquisa Academic writing for graduate students a course for nonnative speakers of English que n o trabalha o ensaio privilegia tal qual os demais livros analisados alguns g neros em escrita acad mica em detrimento de outros A diferen a como j foi assinalado parece estar na preocupa o dos autores em desenvolver no aluno o que Swales 1990 denomina uma consci ncia ret rica das estruturas e conven es que tendem a ser recorrentes em textos associados a determinados g neros do discurso em escrita acad mica Na medida em que diversos livros did ticos aqui analisados n o incorporam uma no o clara de g nero percebe se um descompasso entre as pesquisas te ricas no campo da an lise de g neros do discurso e sua vincula o com as metodologias de ensino mais especificamente a elabora o de materiais de ensino e aprendizagem de l nguas estrangeiras H ainda uma forte predomin ncia nos textos selecionados de g neros do discurso liter rio e uma tend ncia a definir se g nero do discurso em fun o desse discurso Considera es finais motivo de preocupa o a utiliza o de um material did tico que n o contemple os diversos g neros do discurso em escrita acad mica com os quais os alunos dever o lidar ao longo de seu curso Entendemos que se
353. r isso ficam menos t midos para se expressarem oralmente em portugu s Feitas estas considera es apresentamos abaixo uma unidade de ensino que prev 4 atividades distintas concentrando se nos g neros debate e carta de reclama o tendo como fio condutor a argumenta o e sem perder de vista o cotejo n o t o incisivo mas suficiente para os objetivos iniciais que propusemos dos mundos ind gena e n o ind gena Exemplo de seqii ncia did tica Unidade Argumentando em diferentes ocasi es Atividade 1 O debate de id ias Nas conversas com os amigos familiares ou gente de fora da aldeia sempre falamos de v rios assuntos Muitas vezes h assuntos em que a gente n o concorda com a opini o do outro Nessas horas podemos usar argumentos para convencer a outra pessoa do nosso ponto de vista e ela tamb m poder fazer o mesmo para nos convencer que o pensamento dela o melhor Chamamos isso de debate de id ias Aqui na aldeia Tapirap este tipo de debate ocorre nas reuni es da tak ra Mas entre os n o ndios esse debate ocorre com mais frequ ncia Nesta atividade vamos observar um pouco este tipo de debate Antes vamos relembrar como podemos construir argumentos Observe Somos contra a constru o da usina hidrel trica de Serra da Mesa porque ela invadir muitas terras ind genas prejudicando estes povos Al m disso o alagamento provocar a morte e o desaparecimento de muitos bichos que s vivem ness
354. r solu es para ambientes diversos Ele tem um final e uma finalidade tem concretude e prop sito sendo fruto da conjuga o de conhecimentos informa es e repert rios colecionados a partir da inser o no cen rio para o qual se direciona Sendo assim a experi ncia do designer a cada processo projetual pode ser chamada de autoria participativa produto de negocia o e defini o de par metros de um meio para a gera o de um discurso de uma resposta Por nossa experi ncia na cataloga o de projetos gerados dentro da faculdade vimos que a uni o entre Design e Educa o interativa causando mudan as na atua o dos profissionais dos campos e proporcionando uma nova forma de olhar as pr prias pr ticas A troca entre educadores e designers traz como fruto o uso de novos materiais novas solu es bem como novos usos para antigos materiais em objetos de ensino aprendizagem criando novas intera es e possibilidades dentro da sala de aula Design no mundo O designer um profissional que atua no mundo pelo mundo Posicionar o corpo de conhecimentos que ancora sua pr tica de fundamental import ncia para definir o cen rio que encontra de in cio Definir esse ponto de partida serve para mapear os pontos de contato com outros campos e esclarecer a interfer ncia que o campo promove na sociedade Caracterizar o Design como campo no entanto esbarra em condi es inerentes sua pr pria condi o Por se trat
355. ram elaborados durante os acompanhamentos pedag gicos s aldeias e as etapas intensivas dos cursos do Programa de Forma o dos tr s povos brevemente descritos a seguir Embora distintos esses tr s povos fazem parte de uma mesma fam lia ling stica Fam lia Lingu stica J Tronco Ling stico Macro j e possuem semelhan as antropol gicas no que se refere sua organiza o social proximidade territorial regi o da bacia do rio Xingu no norte do Mato Grosso e sul do Par Os Meb ng kre Atualmente seis aldeias da etnia Meb ng kre fazem parte do Projeto de Forma o de Professores Localizadas nas Terras Ind genas Kap t Jarina e Mekragnotire tais aldeias somam um total de aproximadamente 3 mil pessoas Alguns homens que trabalham na Administra o Regional da FUNAI ou no Instituto Raoni associa o ind gena moram com suas fam lias na cidade de Colider MT Conhecidos pelos n o ndios como Kayap ou Txukarram e este ltimo era como os antigos inimigos Yudj Juruna os chamavam a autodenomina o Meb ng kre que quer dizer os homens do buraco lugar d gua As aldeias Meb ng kre s o relativamente grandes para o padr o amaz nico e variam de 60 a 900 pessoas sempre redondas e descampadas no centro onde fica a casa dos homens Cada fam lia tem sua ro a onde plantam mandioca e grande variedade de legumes e frutas batata doce car inhame mam o abacaxi banana melancia Atr s das ca
356. ramento escolar tal como o conhecemos voltado principalmente para as pr ticas de leitura e escrita de textos em g neros escolares anota es resumos resenhas ensaios disserta es descri es narra es e relatos exerc cios instru es question rios dentre outros e para alguns poucos g neros escolarizados advindos de outras esferas liter ria jornal stica publicit ria n o ser suficiente para atingir tais metas Ser necess rio ampliar e democratizar tanto as pr ticas e eventos de letramentos que t m lugar na escola como o universo de textos que nela circula na esteira dessas necessidades que o presente artigo se justifica Para boa parte da popula o brasileira com acesso escola a partir das colet neas de textos dos LD que os eventos de letramento em diferentes esferas de comunica o poder o ter lugar de se esperar na alta modernidade que as colet neas dos LDP n o se atenham mais exclusivamente a textos da esfera liter ria e que possibilitem pr ticas de letramento de esferas diversificadas de circula o dos discursos por meio da leitura de textos em g neros tamb m variados Esta expectativa que suporta as duas quest es de pesquisa que se busca responder nesta parte e Quais g neros e esferas s o privilegiados na escolha autoral editorial para compor as colet neas de textos dos LDP EF le EF II e Que letramentos se possibilita desenvolver com estas escolhas para a composi
357. ras de supervis o de est gio conforme escala a ser apresentada Exig ncias Situa o regularizada junto ao SAE escolha de campo previamente selecionado disponibilidade de horas para presen a no campo e na universidade Organiza o do trabalho no semestre A disciplina realiza se em parte sob a forma de est gio em campo previamente mapeado e em parte na universidade sob a forma de encontros de orienta o E PR ER SI P E CS PER ES EO E E VOTRE 5 Importante destacar que nos apropriamos do Teleduc subvertendo sua l gica instrucional e transformando o que podem ser consideradas ferramentas complementares de ensino em instrumentos centrais para o desenvolvimento da disciplina do est gio e o acompanhamento dos alunos nos campos seu campo de est gio Ou seja as ferramentas que possibilitam a comunica o e intera o entre formadores e alunos entre alunos e alunos e entre grupos de alunos formadores e alunos de outros grupos e a ferramentas que d o visibilidade s a es e a produ o dos sujeitos envolvidos no est gio 2 Reconstru o do di logo institucional entre universidade e escola por meio do ambiente colaborativo TELEDUC A Faculdade de Educa o da Unicamp coordena parte importante dos Est gios Supervisionados para todos os alunos da universidade Com uma carga hor ria total de 180 horas divididas em 2 semestres com 30 horas em sala de aula e 60 horas no campo de est gio escolas e outros espa os
358. referenciais acerca da quest o s o os estudos das professoras Magda Soares e Angela Kleiman A partir da necessidade de encontrar defini o para o termo letramento exp e se que a primeira Soares 2005 18 defende que letramento o resultado da a o de ensinar ou de aprender a ler e escrever o estado ou a condi o que adquire um grupo social ou um indiv duo como consequ ncia de ter se apropriado da escrita A segunda Kleiman 1995 19 acredita que podemos definir hoje o letramento como um conjunto de pr ticas sociais que usam a escrita enquanto sistema simb lico e enquanto tecnologia em contextos espec ficos Num contexto mais ling stico podemos identificar os escritos de Marcuschi 2005 15 sobre o tema Brian V Street 1995 2 sugere que se use essa express o no plural j que o que temos s o diferentes pr ticas de letramentos e n o o letramento no singular O pr prio t tulo do livro de Street Letramentos Sociais Social Literacies uma tentativa do autor de frisar a natureza social do letramento e o car ter m ltiplo das pr ticas de letramento De fato Street defende a posi o de que n o se pode confundir as diversas manifesta es sociais do letramento com a escrita como tal pois esta n o passaria de uma das formas de letramento ou seja O letramento pedag gico A aparente preocupa o com o ensino da leitura e da escrita no mbito escolar numa orienta o ma
359. register style and various aesthetic concerns and has made no reference to language s social functions such as to project self image to establish self identity and to develop personal voice V O workbook foi elaborado em conjunto com a Prof Marise Loureiro mas a unidade 3 de minha autoria ad 5 argumenta o de Erling 2000 11 sobre a neutralidade no IINT por mais desej vel que seja a neutralidade do ponto de vista t cnico h muitos outros fatores a serem considerados Yi what seems to be more urgently needed in preparing learners from widely different L1 backgrounds to interact with each other in English is to raise consciousness of intercultural understanding xvii we also need to encourage awareness about standard English and encourage learners to think about who designs promotes and guards intemational English Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR AN O livro did tico de ingl s na era p s m todo por uma abordagem educacional e conscientizadora The english coursebook in the post method era towards an educational and informed approach Rog rio Tilio Doutor UFF rogeriotilio gmail com Resumo Entendendo o ensino de l ngua estrangeira como parte de um processo educacional que procura formar cidad os conscientes e cr ticos este trabalho visa discutir o papel do livro did tico de ingl s no mundo a
360. rejudicando muitas pessoas que ficaram isoladas sem ter como comprar mantimentos rem dios ou manter qualquer contato com a cidade Uma crian a vitima de mal ria faleceu por falta de recursos Apesar de termos pedido que a prefeitura consertasse as pontes e as estradas at hoje ningu m tomou nenhuma provid ncia Algumas pontes n s mesmos consertamos em mutir o mas esta uma obriga o da prefeitura Agora as chuvas v o come ar de novo e as estradas e pontes que continuam estragadas v o piorar mais ainda N o queremos novamente ficar sem condi es de ir e vir direito de qualquer cidad o honesto brasileiro N o podemos deixar nossas crian as morrerem pela irresponsabilidade do poder p blico desta cidade Pagamos nossos impostos com muito sacrif cio e por isso solicitamos Prefeitura de S o F lix que 1 conserte as pontes 2 patrole as estradas antes da chegada do inverno e 3 fa a a manuten o das mesmas Respeitosa mente Francisco dos Anjos Representante da Associa o dos Pequenos Produtores Rurais de Jacar Valente Na carta que n s acabamos de ler vemos uma lideran a n o ndia de uma comunidade fazendo reclama es e pedidos para uma autoridade n o ndia Quando os n o ndios querem reclamar ou fazer um pedido para uma autoridade n o fazem somente atrav s da fala ou linguagem oral Eles escrevem uma carta A carta um documento uma prova que a autoridade foi avisada do que e
361. representantes desse povo principalmente professores e lideran as v m tentando valorizar e registrar seu uso Infelizmente a defini o ling stica tapaj na s foi feita muito recente e ainda assim n o foi totalmente conclu da Mesmo assim devido ao risco irrevers vel de perda ling stica a equipe do Programa de Forma o resolveu imprimir dois livros que podem colaborar com essa valoriza o da l ngua tapaj na O livro de alfabetiza o na l ngua tapaj na capa azul composto de pequenas frases sobre assuntos selecionados pelos professores e no final por listas de palavras com nomes de animais p ssaros cobras peixes etc TAPAJ NA NH TA KAR N KUN Tapaj na Goron nh t ro takhre Bais RO TUJAR J NA ITHA VANIA I I IKII UKUU i RM A Ed ds um Mio Matem tica Tapaj na Texto Tapaj na Livro monolingiie em Portugu s Aprender a l ngua portuguesa representa para essas comunidades compreender melhor a sociedade nacional Esse livro que se baseia no ensino primeiramente do portugu s oral possu v rias atividades para praticar di logos em que se utiliza a l ngua portuguesa no cotidiano de um jovem ou crian a ind gena dessa regi o Alguns exemplos de di logos s o interessantes quando chega um enfermeiro n o ndio na aldeia quando chega o comprador de artesanato na aldeia quando v o para a cidade fazer tratamento de sa de e pedem informa es sobre lugares co
362. rer um casamento de compet ncias para adaptar conte dos e desenvolver compet ncias A autoria participativa portanto ocorreria como um processo interativo entre professores em classe e designers necess rio no entanto trabalhar com a clareza dos limites das compet ncias de cada profissional desenvolvendo assim uma rela o de soma Entendendo a necessidade de intera o entre os campos trabalhando a complementaridade entre os conhecimentos de ambos fica a certeza de que a intera o aberta modificar olhares e ampliar possibilidades em ambientes antes limitados gerando frutos que descortinar o novos horizontes para os profissionais das duas reas Notas 1 A frase original por William R Miller Design is the thought process comprising the creation of an entity Traduzido por Romulo Matteoni Refer ncias CHARTIER Roger Os desafios da escrita Trad Fulvia M L Moretto S o Paulo Editora UNESP 2002 COUTO R M de S NEVES M A C M PONTIF CIA UNIVERSIDADE CAT LICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Educa o PONTIF CIA UNIVERSIDADE CAT LICA DO RIO DE JANEIRO Movimento interdisciplinar de designers brasileiros em busca de educa o avan ada 1997 246f Tese Doutorado Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro Departamento de Educa o COUTO Rita Maria de Souza NEVES Maria Apparecida Campos Mamede PONTIF CIA UNIVERSIDADE CAT LICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Edu
363. resse por esse neologismo Utilizado inicialmente pelos Pelo medievalistas o termo literacy designa um conjunto de conhecimentos e de pr ticas individuais e coletivas que em um dado per odo difunde se em uma sociedade dominada at aquele momento pela orality transformando a progressivamente Clanchy 1993 Ademais a dif cil quest o da avalia o do grau de letramento de uma sociedade suscitou numerosos debates entre os especialistas em Antig idade grega e romana Harris 1989 que se sabe a primeira vez que o termo letramento apareceu no Brasil foi em 1986 atrav s do livro de Mary Kato No mundo da escrita uma perspectiva psicolingii stica segundo orienta nos Kleiman 1995 17 Numa se o intitulada Vocabul rio cr tico Kato 2005 140 define letramento como processo ou efeito da aprendizagem da leitura e da escritura Desde ent o muitos estudiosos principalmente provenientes das reas educacional e ling stica debru aram se sobre o letramento E sob as mais diversas perspectivas abordagens pol tico social s cio hist rica pedag gica e metodol gica entre outras orientaram pesquisas pelo Brasil afora Entre eles encontramos o entender de Kleiman 1995 15 sobre o assunto O conceito de letramento come ou a ser usado nos meios acad micos numa tentativa de separar os estudos sobre o impacto social da escrita Kleiman 1991 dos estudos sobre a alfabetiza o cujas conota
364. resses em jogo Estes aspectos que determinam os tipos de intera o verbal e o que se pode falar em cada esfera de atividade Barbosa 2001 43 diz ainda que cada evento discursivo sup e uma ado o consciente ou n o adequada ou n o de g nero Essa ado o determinada pela intera o de diversos elementos dentre eles a esfera de atividades em que se d a enuncia o a situa o material em que se realiza o objetivo do enunciador sua vontade enunciativa seu sistema de cren as e valores necessidades de uma tem tica o conjunto de participantes da intera o a rela o entre os participantes e a representa o que os interlocutores t m da situa o de si mesmos e do s outro s posi es sociais e institucionais hierarquia grau de familiaridade dom nio da tem tica etc Os elementos acima podem facilitar a sele o de g neros para o ensino e eventualmente serem abordados no estudo de g neros ainda que n o exaustivamente o que possibilitar ao aprendiz mais clareza na compreens o e produ o de textos orais e escritos Ainda com rela o sele o dos g neros a serem ensinados esta uma tarefa complexa Em parte isto se deve ao fato de haver uma enorme diversidade e variedade de g neros assim como n veis de complexidade tamb m diversos Conforme apontam Rojo 1999 e Barbosa 2001 as diferen as de complexidade por um lado e as semelhan as de fam lia por outro entre g neros
365. ries In ROSSNER R BOLITHO R Eds Currents of Change in English Language Teaching Oxford Oxford University Press 1990 p 21 27 BONAZZI M ECO U Mentiras que parecem verdades S o Paulo Summus 1980 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria De Educa o B sica Orienta es curriculares para o ensino m dio Volume 1 Linguagens c digos e suas tecnologias Bras lia 2006 Dispon vel em http portal mec gov br seb arquivos pdf book volume 01 intemet pdf Acesso em 11 01 2008 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Fundamental Par metros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental l ngua estrangeira Bras lia 1998 Dispon vel em http portal mec gov br seb arquivos pdf pcn estrangeira pdf Acesso em 11 01 2008 BROWN H D Teaching by principles an integrated approach 3 ed London Longman 2007 BROWN G YULE G Discourse analysis Cambridge Cambridge University Press 1983 CALHOUN C Multiculturalismo e nacionalismo ou por que sentir se em casa n o substitui o espa o p blico In MENDES C SOARES L E Eds Pluralismo cultural identidade e globaliza o Rio de Janeiro Record 2001 p 200 228 CANALE M SWAIN M Theoretical bases of communicative approaches to second language teaching and testing Applied linguistics Oxford v 1 n 1 p 1 25 1980 CASTELLS M O poder da identidade S o Paulo Paz e Terra 1
366. rigina Como o pr prio Swales 1993 observa as v rias comunidades discursivas imp em se no grupo social interagem com ele e contribuem para esse grupo social como um todo Green e Morgan 1981 explicitam que cada g nero possui caracter sticas textuais espec ficas as quais segundo autores como Freedman e Medway 1994 Fairclough 1995 Widdowson 1996 e Johnson e Johnson 1998 s o conven es relativamente est veis e aceitas pelo grupo no qual esses g neros est o inseridos O falante pode ou n o estar ciente desses g neros afirmam Martin e Rothery 1986 Da mesma forma Williams e Colomb 1993 acreditam que se por um lado o conhecimento que o aluno universit rio possui acad mico por outro lado sua escrita pode n o ser adequada comunica o acad mica Em outras palavras poss vel que falte a esse aluno o conhecimento dos mecanismos da escrita em sua rea de estudo profiss o Segundo Hyon 1996 um dos principais modelos instrucionais em escrita acad mica o modelo australiano visa ao empoderamento do indiv duo com recursos ling sticos para seu sucesso social p 701 Isto ocorre por meio do acesso ao conhecimento sobre a estrutura e a fun o dos g neros em escrita mais relevantes para a inser o social Esse empoderamento isto essa instrumentaliza o do indiv duo com recursos que permitam que ele tenha acesso ao discurso daqueles que det m poder realiza se na medida em que o in
367. ro did tico na sala de aula traz consequ ncias negativas como a cren a por parte dos alunos que todo discurso aut nomo e livre de motiva es O g nero discursivo deixou de ser um instrumento de comunica o pelo qual a escola opera e passou a ser objeto de estudos nas aulas e com isso as quest es relativas forma de aplicar a no o de g nero na aula de leitura aumentaram Segundo Dolz e Schneuwly 1997 quanto mais precisa a defini o das dimens es ensin veis de um g nero mais ela facilitar a apropria o deste como instrumento e possibilitar o desenvolvimento de capacidades de linguagem diversas que a ele est o associadas p 89 Essa a vis o que quero enfocar na an lise dos meus dados pois os g neros t m sido aplicados na pr tica pedag gica para ensinar leitura e escrita e como podemos observar as formas de comunica o se transformam em formas de linguagem espec ficas Dolz e Schneuwly 1997 Dolz e Schneuwly 1998 apud Machado e Crist v o 2006 afirmam que a constru o de um modelo did tico do g nero depende dos estudos sobre o g nero isto da an lise das capacidades e das dificuldades dos alunos diante de textos pertencentes a um g nero das experi ncias de ensino aprendizagem desse g nero e da pr tica pedag gica baseada no ensino de g neros 5 Material did tico e ensino leitura Segundo os PCNs 1998 no ensino fundamental o ensino de l ngua estrangeira tem al m do pa
368. rocurou para pedir que usasse um dado material do laborat rio mais de uma vez antes de jog lo fora Como o orientador usou estrat gias de pedido que segundo ela pareciam lhe dar a op o de jogar o material fora a doutoranda n o mudou os procedimentos at que ele um dia zangado deixou claro que se tratava de uma ordem e n o uma op o o que surpreendeu sobremaneira a doutoranda Ela menciona que ele teria dito coisas como Perhaps you d like to reuse Talvez voc quisesse reutilizar Why don t you Por que voc n o etc o que para a doutoranda eram maneiras estrat gias de se dar alguma medida de op o ao interlocutor KUO 2006 215 argumenta que a ado o do conceito de ILF est intrinsecamente relacionada instrumentalidade da comunica o e que se tem desprezado uma s rie de outros aspectos da linguagem tais como letramento registro estilo e est tica De igual modo n o se tem atentado para a fun es sociais da l ngua projetar auto imagem estabelecer auto identidade e desenvolver voz pessoal i Mesmo que encaremos o ILF como meramente instrumental e portanto visando inteligibilidade n o cremos que possa haver comunica o e inteligibilidade a n o ser em n veis extremamente simples e a n o precisamos muitas vezes sequer da linguagem verbal gestos bastam sem que outros aspectos al m dos relacionados inteligibilidade dentre eles os mencionados por KUO
369. rpass the lack of institutional transparency among schools and universities Keywords Teacher Trainning e learning verbal and non verbal narratives Os recursos de educa o dist ncia e os desafios para escolas e universidades Introdu o O que pretendemos apresentar neste texto s o algumas reflex es sobre a utiliza o do ambiente colaborativo Teleduc destinado educa o a dist ncia e ao apoio ao ensino presencial em disciplinas de est gio supervisionado de forma o de professores da Faculdade de Educa o da Unicamp Nossa reflex o abrange uma breve apresenta o da proposta de est gio das licenciaturas da Faculdade de Educa o que neste momento passa por um processo de reformula o dos cursos de licenciatura na Unicamp processo esse que tem propiciado uma oportunidade de constru o e experimenta o de metodologias e formas de acompanhamento do est gio Podemos dizer que as concep es de forma o de professores na Faculdade de Educa o da Unicamp nas diversas reas do conhecimento se apresentam no bojo de uma efervescente reflex o e que uma das quest es em pauta a utiliza o das tecnologias de informa o e comunica o na educa o que propiciam formas assincr nicas e n o presenciais de rela o entre professor aluno e conhecimento e entre ensino aprendizagem e conte do Embora os cursos de licenciatura e as disciplinas de est gios da Faculdade de Educa o perten am a modalida
370. rpretar a representa o espacial no papel na forma dos mapas uma compet ncia importante que a escola pode ajudar a desenvolver e que poder contribuir para a defesa do territ rio pois sofrem com invas es nos seus limites e fronteiras e dos direitos desses povos Atlas Hist rico e Geogr fico Livro de S ude As imagens ot n owamajkrut n kubi Myj n kuten m t akren ip j Exerc cio de subtra o do livro de Matem tica Meb ng kre Durante a montagem desses livros percebemos uma forma diferente no valor dado s imagens e desenhos que os comp em Na nossa sociedade o espa o da escrita sempre destacado apesar das imagens terem sua import ncia o texto sempre mais valorizado enquanto que nos originais e nos livros ind genas as imagens parecem ter o mesmo peso dos textos Ou seja as imagens n o s o meramente ilustrativas ao que dizem os textos n o d o apenas exemplos e est o subordinadas Elas comp em um conjunto com o texto e n o h uma hierarquia ou destaque maior para o que est escrito Assim as imagens e desenhos s o narrativos contam hist rias e por esse motivo procuramos sempre destac las considerando as partes t o importantes quanto os textos Segundo DONDIS 2007 184 e 228 a linguagem verbal um meio de express o e comunica o sendo portanto um sistema paralelo ao da comunica o visual Assim no universo dos meios de comunica o visual inclusive as f
371. rreio banco hospital quando precisar falar no r dio etc Al m disso o livro tem atividades de m sica e l dicas Livro de Portugu s Livros multil ngiies Meb ng kre Panar Tapaj na e Portugu s Esses dois livros trazem conte dos da sociedade nacional que s o necess rios para a prote o dos territ rios e para a garantia de melhores condi es de sa de das comunidades Trazem tamb m conhecimentos espec ficos de cada comunidade sobre esses assuntos doen as tradicionais territ rios tradicionais etc O tivro de sa de capa verde traz no es b sicas sobre a origem e o tratamento de doen as do branco doen as sexuais alimentares etc Al m disso traz tamb m informa es sobre os alimentos dos brancos e os cuidados nutricionais necess rios ao consumi los Ao mesmo tempo o livro explica as restri es alimentares sociais tradicionais alimentos que crian as pequenas n o podem comer alimentos que gr vidas n o podem comer alimentos que pessoas com parentes doentes n o devem comer etc O Atlas Geogr fico e Hist rico capa marrom permite que os professores ind genas alunos e comunidade tenham maior contato com imagens de sat lite e cartografias da sua regi o O livro mostra que grande parte do territ rio tradicionalmente ocupado por essas sociedades n o foi inclu do no processo de demarca o que n o incluiu aldeias antigas e locais hist ricos importantes Saber ler e inte
372. rtanto importante voltarmos a nossa aten o ao que discutido em sala de aula e de que maneira os significados s o negociados entre os alunos as Assim acredito que estaremos trilhamos um caminho para que melhor possamos compreender nossa pr tica social como professores e que tipo de alunos as estamos ajudando a formar Ecoando Louro 1997 p 64 concordo que indispens vel questionar n o apenas o que ensinamos mas o modo como ensinamos e que sentidos nossos as alunos as d o ao que aprendem As aulas de l ngua estrangeira s o tradicionalmente marcadas pelo controle sist mico e pelo silenciamento de temas transversais que fa am parte do mundo social dos alunos as Segundo uma abordagem tradicional em sala de aula o professor visto como fonte nica de poder tendo em m os a tarefa de controlar e organizar toda a intera o FABR CIO 1996 Os assuntos tratados em sala de aula t m geralmente pouca relev ncia pr tica n o abordando e problematizando quest es de import ncia social como a quest o da sexualidade etnia g nero meio ambiente etc Em particular como aponta Louro 1997 o homoerotismo uma quest o geralmente evitada em sala de aula O objetivo do presente estudo identificar de que maneira os alunos as abordam a quest o das identidades sociais em sala de aula focalizando a quest o da sexualidade Procuro observar quais cren as em rela o sexualidade fazem parte do repert rio de se
373. rte de uma s rie de estudos que fazem parte de nossa trajet ria como aluno do Programa de P s gradua o em Educa o Cultura e Comunica o na Faculdade de Educa o da Baixada Fluminense da Universidade do Estado do Rio de Janeiro sob a orienta o da Professora Am lia Escotto do Amaral Ribeiro Nesse curso no qual estamos em fase de elabora o de disserta o estamos perquirindo especificidades do letramento A conviv ncia com crian as jovens a adultos que n o usufruem da leitura e da escrita parecendo que vivem num mundo parte chama nos a aten o desde que come amos nossa carreira como docente de s ries anos iniciais do Ensino Fundamental Como pessoas que passam mais de tr s anos na escola no caso de crian as e s vezes mais de cinco anos no caso de adolescentes tendo cursado inclusive a Educa o Infantil n o conseguem dominar habilidades b sicas de leitura e escrita O que e escola fez O que a escola deixou de fazer Onde n s professores falhamos Ali s nesses casos a falha do professor Ou da fam lia da gest o do pr prio aluno Essas quest es aliadas convic o de que o dom nio da leitura e da escrita s o requisitos fundamentais para o exerc cio da cidadania motivaram todos os nossos estudos acerca de letramento Como j dissemos atuamos como professor dos anos s ries iniciais do Ensino Fundamental e concomitantemente como coordenador pedag gico de uma escola da re
374. ruir num processo de anorexia e bulimia Mesclando a hist ria de Alice com a de Afice no pa s do espelho de Lewis Carroll a autora retrata de modo sens vel um drama cada vez mais presente em nosso cotidiano Tamb m em Vic de Cristiane Dantas encontramos a personagem principal que d nome ao livro e ondas de exclus o da adolesc ncia Tudo porque VIC n o ligava nem para televis o nem para cinema nunca teve curiosidade nem de folhear uma revista teen n o sa a noite e quem comprava suas roupas era a governanta mesmo assim s quando sua m e esbarrava com ela no corredor da casa tipo uma ou duas vezes por ano e notava suas camisetas furadas esbei adas e desbotadas Ou seja sem saber nada sobre modas e modismos ela era uma exclu da E o pior de tudo Vic ainda era boca virgem a nica BV da turma Provavelmente a nica BV da escola inteira incluindo o pr escolar Exclu da era pouco Vic era a exclu da das exclu das de todas as exclu das do universo DANTAS p 11 As complica es do cotidiano da menina que adora literatura g tica d o o tom da trama e ao final Vic deixa de ser BV Os conflitos da adolesc ncia s o mostrados com efic cia e a constru o ret rica delineia o perfil de subjetividade da protagonista Outras s o as din micas discursivas encontradas no livro Meninas inventadas de Ana Let cia Leal 1970 da Editora Bom Texto Nele encontramos pequenas cr nicas que refer
375. s Como aponta Rojo 2004 2 este enfoque apresenta problemas para o ensino ainda que 1 tome o texto como a o interativa entre leitor autor supondo que o primeiro seja capaz de fazer infer ncias e de recuperar as inten es do autor atrav s de pistas constantes no texto e 2 tente ensinar ao aluno a atingir via gram tica de textos seus objetivos Por um lado o ensino da gram tica de textos faz com que o ensino se detenha na forma fragmentos do texto modelos gram tica em detrimento do significado global do texto Isto pode facilitar a n o intera o de fato com o texto e fazer com que o aluno entenda este estudo como busca linear de informa es al m de faz lo perder de vista o contexto de produ o do texto Por outro lado imposs vel afirmar que um texto pertence a uma s classifica o uma vez que diferentes tipos textuais podem ser usados na composi o de um texto Outra falha decorrente desta proposta de trabalho a dificuldade em se trabalhar com textos orais uma vez que o ensino acaba ficando muito centrado na escrita Tais falhas nos fazem acreditar que o ensino focado nos g neros de discurso seria mais eficaz para formar os alunos Tapirap tanto no que tange apropria o ling stica do portugu s como ao maior conhecimento da vis o de mundo n o ndia conforme expusemos no item anterior Neste sentido que visando melhorar nossa atua o como professora esbo aremos uma sequ n
376. s alunos t m muita dificuldade em conceituar a quest o da homossexualidade O interdiscurso biol gico trazido por dois participantes da intera o mas prontamente rejeitado pelos demais participantes Inicialmente as cren as levantadas s o de que a homossexualidade uma quest o biol gica e inata a alguns seres humanos uma vis o notadamente essencialista das identidades O segundo segmento selecionado para an lise se deus ap s aproximadamente 25 minutos de conversa o Segmento 2 11 Daniel 12 13 Breno 14 Daniel 15 If you are a homosexual you are oprimated by the society One thing is a man but another thing you want to be like a woman You get breasts Ok long hair It s another thing Ok a man who wants to be a woman 16 Breno But homosexualism for me its cultural 17 Lucas Ok 18 Breno I m not homosexual but You re talking that the society decide if a man will be homosexual or 19 Daniel not 20 Breno Olhando para Daniel 21 Todos Yes yes 22 Daniel Oh my God not 23 Todos falando ao mesmo tempo 24 Breno Even here in Brazil the indian society there are a lot of men that 25 Lucas lt practice gt homosexuality Did you know this 26 Daniel No 27 Yes 28 They have not diseases They are men they have sons and daughters 29 but they make sex with another man It s a normal thing for indian 30 Lucas societies in Brazil One thing
377. s em qualquer sentido simples ser seus autores Falar uma l ngua n o significa apenas expressar nossos pensamentos mais interiores e originais significa tamb m ativar a imensa gama de significados que j est o embutidos em nossa l ngua e em nossos sistemas culturais HALL 1992 2003 p 40 Uma cultura n o existe independente de determinada sociedade Mesmo no contexto globalizado atual em que valores culturais podem estar acess veis para diferentes sociedades uma cultura s passa a existir quando adquire significados particulares a uma determinada sociedade em que est inserida Na verdade n o h uma mesma cultura compartilhada por diversas sociedades pois ao ser transposta esta suposta mesma cultura transformada e reconfigurada adquirindo novos e diferentes significados em cada sociedade em que se insere O que h na verdade uma transposi o cultural CESNIK amp BELTRAME 2005 em que novos valores culturais s o criados com base em outros valores conhecidos em outra sociedade Cultura e ensino de l ngua estrangeira A rela o existente entre l ngua e cultura indiscut vel Segundo Kramsch 1998 p 129 diferentes l nguas oferecem diferentes formas de perceber e expressar o mundo ao nosso redor levando assim seus usu rios a conceberem o mundo de formas diferentes Constatada a exist ncia e a relev ncia da interface l ngua e cultura que se influenciam mutuamemte como em uma via d
378. s gram tica estudos de temas de interesse dos aprendizes etc sem deixar de lado as regras sociais de uso da l ngua Este material deve ainda ser male vel e ajust vel de modo a permitir e encorajar mudan as e altera es por parte do professor Assim o material configurar se ia como um apoio ao professor e ao aluno e n o como o foco da aula Particularmente com rela o ao material usado para o ensino de Portugu s como l ngua estrangeira no caso os livros did ticos um levantamento realizado por Morita 1998 indicou que os materiais produzidos nas d cadas de 50 a 80 s o sobretudo de base estruturalista ou seja focalizam a gram tica como parte essencial do ensino sem se deterem nas situa es de uso da l ngua Somente a partir de 1980 surgem materiais que contemplam a faceta socioling stica do ensino de Portugu s Posteriormente face poss vel constitui o do Mercosul surgem materiais espec ficos para o ensino de Portugu s para falantes de Espanhol Tamb m a partir deste per odo de acordo com a autora um grande passo dado na abordagem de ensino de Portugu s como l ngua estrangeira Este avan o manifesta se nos materiais que trazem textos de compreens o da linguagem oral com atividades espec ficas para este fim assim como elementos culturais relevantes da sociedade brasileira visando tornar a sala de aula um espa o social concreto com realidade pr pria Em estudos mais recentes sobre o ensino
379. s acirrado As estrat gias de solu o de problemas entre indiv duos na aldeia s o outras como a fofoca por exemplo Se algu m quer reclamar de uma pessoa lan a a conversa na aldeia de modo que em algum momento ela chegue aos ouvidos do reclamado que por sua vez ir refutar ou n o via fofoca a reclama o feita Outra diferen a que pode complicar o ensino de g neros do agrupamento argumentar referente tomada de turno numa conversa entre Tapirap n o se assalta o turno de quem est falando fato que sempre ocorre no meio n o ndio Para al m de limita es associadas ao manejo ling stico do portugu s em fun o de tais diferen as culturais que os ind genas se v em prejudicados na intera o argumentativa com os n o ndios Logo o ensino de g neros do agrupamento argumentar em portugu s envolve sobretudo o ensino da vis o de mundo n o ndia Acreditamos que a op o por ensino de g neros que viabilizar uma maior aproxima o destes alunos a esta vis o de mundo visto que como apontamos anteriormente este ensino permite ao aprendiz ter mais clareza quanto aos pap is sociais atribu dos a ele e seu interlocutor quanto aos objetivos a serem atingidos com a enuncia o assim como quanto s estrat gias mais adequadas para este intento e quanto ao jogo de poder estabelecido dentre outros Por fim tendo em vista as considera es acima e a forma o de cidad os Tapirap que poss
380. s and language English for academic discourse Cambridge University Press 1998 de Kay Lynch Cutchin Gail Price Rottweiler e Ajanta Dutt Study writing a course in written English for academic and professional purposes Cambridge University Press 1997 de Liz Hamp Lyons e Ben Heasley New directions an integrated approach to reading writing and critical thinking Cambridge University Press 1998 de Peter S Gardner Academic writing course study skills in English Longman 1999 de R R Jordan Bridges to Academic Writing Cambridge University Press 1998 de Ann O Strauch Academic writing exploring processes and strategies Cambridge University Press 1998 de Ilona Leki A writers workbook an interactive writing text Cambridge University Press 1998 de Trudy Smoke Guidelines a cross cultural reading writing text Cambridge University Press University Press 1998 de Ruth Spack Academic writing for graduate students a course for nonnative speakers of English The University of Michigan Press 1997 de John M Swales e Christine B Feak Esta pesquisa foi realizada fundamentalmente luz do paradigma qualitativo Larsen Freeman e Long 1997 e Seliger e Shohamy 1989 A investiga o de um aspecto espec fico dos livros did ticos a saber o tratamento dado aos g neros do discurso demandou como m todo de pesquisa a descri o focalizada focused description segundo a classifica o de Larsen Fr
381. s autores brasileiros especialistas na quest o educacional d o import ncia quest o da historicidade do LD Excetuando se alguns autores Arroyo 1968 Franco 1980 Bom ny 1984 Oliveira 1985 e Oliveira 1986 1961 que de forma fragmentada discutiram o tema n o existem estudos sistem ticos sobre o surgimento do LD no Brasil O que se pode perceber que sucessivamente foram criados e desativados in meros comit s comiss es e programas relacionados an lise e produ o dos LDs no Brasil parece n o haver uma mem ria das pol ticas p blicas desenvolvidas em rela o ao LD no minist rio competente repetindo se iniciativas recriando se com cada governo novas comiss es e institui es INL FENAME FAE renomeando se pol ticos e refazendo se decretos sem considera o do que j havia sido criado pensado e concretizado anteriormente FREITAG 1993 p 19 grifos no original Vale lembrar que o LD tamb m faz parte do quotidiano escolar em outros pa ses MIALARET amp VIAL 1981 apud FREITAG Por m o tratamento que este material pedag gico recebe em pa ses como Alemanha URSS EUA e M xico difere do tratamento dispensado no Brasil A diferen a essencial consiste no fato de que em outros pa ses o LD se constitui em um dos instrumentos de trabalho Costuma se recorrer muito mais a outros materiais inclusive aos dispon veis nas bibliotecas Com efeito um dos problemas do uso do LD no Brasil refer
382. s com a finalidade de entender de que forma o design atua nessa rea Palavras Chave Design recursos pedag gicos parceria Abstract The main goal of this work still being developed is to evaluate the projects made by the graduates from the Design course of PUC Rio through their reports These researches have as common ground the partnership between Design and Education professionals and the design of a learning resource We selected the graduates works and organized the information collected in a database intended to help understand the ways designers can act in this field Simp sio sobre Materiais e Recursos Did ticos Keywords Design learning resources partnership Simp sio sobre o Livro Did tico de L ngua Materna e Estrangeira HSILID ISIMAR o Introdu o Quest es abertas O Design pode ser definido como um campo de conhecimento interdisciplinar que trabalha na media o entre homem e mundo seja projetando suportes f sicos e virtuais que o ajudem na intera o com o ambiente seja formatando meios gr ficos que viabilizem uma recep o eficiente das informa es Desta forma o profissional da rea interage com diversos campos de conhecimento para trocar informa es e projetar solu es eficientes para os grupos atendidos O ensino do Design na PUC Rio se estabelece a partir do conceito do Design Participativo Este conceito consiste em buscar a aproxima o entre o futuro designer e o p
383. s como para o incentivo ao uso Com o fim da reserva de mercado durante o satisfatoriamente breve governo Collor e embora o setor empresarial nacional tenha experimentado deprecia o e revis o institucional a possibilidade de facilita o de importa es criou comparativos e aqueceu a concorr ncia O momento permitiu assim o in cio da inform tica empresarial e dom stica no pa s em considera o massiva e n o apenas como curiosidade de um ou outro abastado Como salientado o computador pessoal n o estritamente pessoal ele partilhado por uma fam lia E embora haja o disp ndio com m ltiplos aparelhos televisores totalizando 162 9 milh es de aparelhos sintonizados em futebol jornal e novela com o computador isso n o se verifica Tal qual liquidificador batedeira fog o e geladeira apenas um computador mostra se suficiente O que n o se verifica com o aparelho de telefone celular Salvo rar ssimas exce es cada indiv duo possui o seu intransfer vel Mesmo nas camadas de menor poder aquisitivo a percep o do dispositivo como mediador particular entre di logos facilmente percebida Tanto que o fato de um mesmo indiv duo apresentar diversos aparelhos o aproxima do n mero de televisores adquiridos o que enfatiza a rela o de afeto estatut rio que o mesmo alcan ou socialmente Em 1950 um aparelho de televis o custava algo em torno de Cr 9 000 00 nove mil cruzeiros para quem n o lembra do sinal ou seja t
384. s como segunda l ngua na escola ind gena Tapirap uma proposta em constru o Teaching argumentative genres in Portuguese in second language classes to Tapirap indigenous people Maria Gorete Neto G neros de discurso nos LD de L nguas multiculturalismo multimodalidade e letramentos Speech genres in school language textbooks multiculturalism multimodality and literacy Roxane Rojo Cl udia Hilsdorf Rocha Heitor Gribl Fernanda Costa Garcia G nero em tr nsito narrativas brasileiras para crian as e jovens Gender in transit Brazilian narratives for children and young people Rosa Gens G neros textuais em apostilas no ensino de leitura em ingl s Text genres in didactic materials for reading classes Jacqueline Gomes Vicente Letramento nos livros did ticos de alfabetiza o novas possibilidades de leitura e escrita Literacy in schoolbooks new possibilities of reading and writing MO Robson Barbosa Cavalcanti Material did tico ind gena desafios e conquistas Design process of indigenous textbooks conquests and complexities Janu ria Pereira Mello Ingrid Lemos Costa O ensino de g neros discursivos no livro did tico de ingl s uma avalia o te rico pr tica The teaching of discursive genres in English textbooks a theoretical practice evaluation Marcus de Souza Ara jo O homoerotismo em quest o movendo se para al m das fronteiras tem ticas do livro did tico
385. s da Secretaria de Educa o Especial procedeu revis o em sua documenta o no que tange as estrat gias e orienta es para o trabalho pedag gico para as pessoas com necessidades especiais Fonseca 2003 A partir dessa revis o a rea de atendimento pedag gico hospitalar e o atendimento domiciliar passaram a dispor de uma publica o que regulamenta essas modalidades de atendimento que se denomina Classe Hospitalar e Atendimento pedag gico domiciliar estrat gias e orienta es MEC SEESP 2002 Esse documento visa a estruturar e promover a oferta do atendimento pedag gico em ambientes hospitalares e domiciliares de forma a assegurar o acesso educa o b sica e aten o s necessidades educacionais especiais No que diz respeito Cidade do Rio de Janeiro a proposta educacional denominada MULTIEDUCA AO SME 1996 contempla aspectos relativos a caracter sticas presentes no cotidiano da classe hospitalar Dentre estes destacam se o tempo de aprender o tempo do aluno A intera o entre as crian as e t o importante quanto a media o do professor nas atividades desenvolvidas e a sala de aula tem o tamanho do mundo e no caso da sala de aula da escola hospitalar serve de mediadora possibilidade da crian a de plugar se com o mundo fora do hospital Fonseca 2003 pg 13 Assim a pratica pedag gica educacional da classe hospitalar segundo Fonseca 2003 e elaborada com base nas interliga es d
386. s de transforma o de uma m dia para outra Atualmente a transemi tica um termo utilizado em estudos acerca da tradu o ou adapta o de livros liter rios para obras audio visuais cinematogr ficas Santaella 2001 p 380 n o chega a utilizar o termo transemi tica mas sugere reflex es que poder o ser aprofundados em trabalhos futuros sobretudo naqueles que buscarem refletir acerca das tradu es ou transposi es de uma m dias diferentes Segundo a autora o potencial tradutor de uma m dia pela outra tamb m cria constela es bastante curiosas Que estatuto l gico semi tico tem por exemplo o texto de uma pe a de teatro shakespeariano ao ser traduzido para o cinema para ser gravado em v deo e assistido em casa Assim os textos que comp em as colet neas de LDP poder o ser analisados em nossa disserta o de mestrado a partir da investiga o do papel das semioses uni multi inter trans em suas modalidades uni multi inter trans na composi o da forma textual respons vel por efeitos de sentido que podem ou n o ser abordados nos encaminhamentos de leitura dados pelos autores de LDP 3 Multiculturalismo nos LDP Muito tem se falado da necessidade de um aprofundamento de tem ticas multiculturais por parte da educa o escolar Parece que ap s anos e anos de ensino tradicional chegou enfim o momento de questionar o silenciamento de in meras vozes neste processo N o demonstra s
387. s investem tempo e dinheiro preocupando se em conciliar os interesses de editoras professores alunos e seus pais Da mesma maneira que professores e alunos criam muitas expectativas em tomo dos LDs os autores esperam que estes fa am bom uso deste material Um dos entrevistados desabafa Os professores se esquecem que criamos os livros para eles e seus alunos Eles poderiam se esfor ar mais para conhecer melhor nossa proposta e como aplic la na pr tica N s autores desenvolvemos metodologias e t cnicas para aplica o da teoria na pr tica Todavia eles admitiram que no processo final de produ o seus livros nem sempre conseguem refletir aquilo que idealizaram por primeiro Ao ser questionado acerca do papel do LD na aprendizagem de LE um dos autores A3 conta que a princ pio pensava que o LD n o devia existir O professor devia ser bom o bastante para que ele pr prio pudesse buscar materiais pesquisar eu tinha essa ilus o mas eu comecei a perceber o seguinte ruim com ele pior sem ele porque o professor hoje n o tem tempo Ele tem que preparar aula todo dia Ele n o tem condi o eu acho que o LD ele d um apoio com um LD criativo ele vai se tornar criativo mas se ele for mec nico ele n o ajuda o professor As afirma es do autor refletem o que os dados dos respondentes desse estudo evidenciaram ou seja O uso de um LD pode e deve auxiliar o professor mas se este mat
388. s na rea de an lise de LD seus aspectos econ micos e pol ticos n o podem ser ignorados Castro 1996 observa que os LDs podem ser considerados como um meio de reproduzir o que considerado cultura valiosa pelas classes e grupos sociais que controlam as esferas de poder por m tamb m significam uma grande fonte de lucros financeiros para as editoras e at mesmo para escolas de l nguas no caso do LD de LE Conforme Cypriano 2003 para o Banco Mundial a qualidade da educa o est vinculada a fatores que determinam a efetividade da aprendizagem Dentre esses fatores est a produ o de LDs O banco recomenda proporcionar livros did ticos vistos como a express o operativa do curr culo e contando com eles como compensadores dos baixos n veis de forma o docente TORRES 2000 p 135 Por vezes evidencia se a supremacia do LD sobre o pr prio professor as escolas nos pa ses de baixa e m dia renda poderiam economizar custos utilizando menos professores e alocando os recursos destinados aos professores a outros insumos que melhoram o rendimento tais como livros did ticos BM 1995 apud TORRES 2000 p 167 Dessa forma pode se deduzir que o LD al m de ser considerado mais importante que o professor e poder at mesmo assumir o lugar deste parece tamb m ser reconhecido como o grande respons vel pela efetividade da aprendizagem Em suma conta se mais com o LD no processo de ensino
389. s sobre um assunto pode ocorrer um debate em que cada um vai defender a sua opini o assim que acontece por exemplo quando as lideran as v o a Bras lia para tratar da demarca o da terra Os l deres ind genas n o podem apenas falar que n o concordam com as autoridades n o ndias eles t m que mostrar por que n o concordam E fazem isso com argumentos Atividade 2 Carta de reclama o A carta de reclama o no mundo do branco serve para mostrar que voc n o est gostando de uma determinada situa o e para pedir que a situa o seja resolvida Antes de lermos a carta abaixo pense Como s o feitas as reclama es de um Tapirap para o outro Como s o feitos os pedidos na aldeia Se algu m por exemplo vai pedir alguma coisa ao cacique que uma autoridade na aldeia como ela faz Imagine a seguinte situa o um homem precisa de ajuda para derrubar sua ro a Ent o ele pede ao cacique que chame os outros homens para o mutir o Como este homem faz o pedido Tente escrever o pedido em portugu s Agora leia a carta Exmo Sr Benedito da Silva Prefeito de S o F lix do Araguaia S o F lix 14 de setembro de 1999 Desde o ano passado n s aqui da gleba Jacar Valente temos sofrido com as estradas e pontes estragadas que ligam nossa comunidade a S o F lix No ltimo inverno as chuvas deixaram nossas estradas com in meros atoleiros e buracos Al m disso as enchentes levaram muitas pontes p
390. s textos representativos de uma significativa variedade de g neros do discurso em escrita acad mica como artigos cient ficos relat rios resenhas al m de ensaios Nesse contexto a utiliza o de recursos pedag gicos como os materiais did ticos espec ficos para o ensino e aprendizagem de escrita acad mica poderia ser til O ensino da escrita acad mica entretanto n o pode limitar se ao ensino de regras de estrutura o textual uma vez que os diversos g neros do discurso constituem se em pr ticas sociais Esses materiais did ticos devem tamb m viabilizar o desenvolvimento da atitude cr tica e reflexiva do aluno em rela o aos textos produzidos por ele e pelos demais membros de sua comunidade A an lise revela a ambigi idade no uso do conceito de g nero do discurso e mesmo a aus ncia desse conceito H autores dos livros did ticos analisados que citam como exemplos de g neros do discurso tanto o artigo cient fico quanto a narrativa por exemplo Isto gera problemas terminol gicos e revela diferentes teorias de suporte Te ricos como Marcuschi 2002 consideram a narra o uma seqii ncia tipol gica um tipo de texto e o artigo cient fico um g nero Segundo Swales 1990 a narrativa um pr g nero Grabe 2002 por sua vez considera a narrativa um macro g nero e classifica o artigo cient fico tal qual Marcuschi 2002 Veremos a seguir no QUADRO 2 de forma integrada um panorama da utiliza o do
391. s vezes o choque cultural inevit vel e vem acompanhado de estere tipos e preconceitos Santos 2008 sempre muito importante buscarmos atividades que procurem unir o aprendizado de uma l ngua e da cultura do pa s onde esta l ngua falada Apresentar pontos tur sticos normalmente muito atraente nas aulas de portugu s para estrangeiros No entanto sempre que poss vel interessante acrescentarmos atividades que sinalizem marcas culturais a fim de tentarmos minimizar os estere tipos e os preconceitos A seguir apresentaremos tr s atividades que j foram realizadas por alunos estrangeiros em per odo de desembarque 1 Jogo da Mem ria A associa o consiste em encontrar pares de itens pertencentes a duas listas diferentes e ligados entre si por algum crit rio Os itens podem ser palavras frases figuras sons e inclusive pequenas anima es cf Leffa 2006 p 14 Entre alguns crit rios adotados podemos utilizar a semelhan a oposi es causa efeito parte todo pergunta resposta e tradu o No ELO a associa o feita por meio do jogo da mem ria em que o aluno vai virando as cartas at encontrar todos os pares Na figura 1 verificamos o uso de figuras para que a associa o seja feita com o nome correspondente em Foz do Igua u Gramado Rio Cristo Redentor hm sk A Rio de Janeiro i dr fr cidades htm Sweet Memories DE Figura 1 Atividade Cidades Pode
392. sas as fam lias plantam outras frutas manga lim o laranja e ervas medicinais A divis o sexual das tarefas clara Os homens preparam as ro as O plantio feito por homens e mulheres mas apenas as mulheres colhem os produtos e preparam os alimentos Os homens ca am pescam coletam mel e frutas rem dios tradicionais e uma grande variedade de materiais da mata que s o usados para a feitura de ferramentas de trabalho armas arco flecha e borduna para ca a e pesca adornos palha e penas para a confec o de v rios tipos de artesanatos para comercializa o cestos e cocares As mulheres e crian as tamb m coletam frutas na mata e as mulheres confeccionam pulseiras e colares de mi anga para uso e comercializa o A l ngua Meb ng kre possui diferen as dialetais que marcam as divis es ancestrais entre os diferentes subgrupos Meb ng kre Metyktire Mekragnotire Gortire Xikrin etc A l ngua fortemente usada no universo privado os pais s falam com seus filhos em meb ng kre e no universo p blico sendo utilizada na escola como a l ngua de instru o dos conte dos de ensino Os Panar Quando viram um avi o pela primeira vez sobrevoando a aldeia Sons rasan em 1967 os Panar chamaram de paky akriti falsa estrela cadente Eles correram pegaram seus arcos e atiraram no invasor mas ningu m conseguiu acertar Tal qual estrela cadente o avi o entrou na vida dos Panar como um ag
393. sas realizadas sobre o curr culo formal ser uma resposta diversidade individual independentemente da origem dessas diferen as hist rico pessoal hist rico educativo motiva o e interesses ritmo e estilo de aprendizagem Por um lado trata se de uma estrat gia de planejamento e de atua o docente para responder s necessidades de cada aluno Mas ao mesmo tempo trata se de um produto j que uma programa o que cont m objetivos conte dos e avalia es diferentes para uns alunos e inclusive organiza es escolares especificas orienta es metodol gicas e materiais adequados N o se trata de um novo curr culo mas um curriculo din mico flexivel pass vel de amplia o para que atenda a todos os educandos Nessas circunst ncias as adapta es curriculares implicam a planifica o pedag gica e a a es docentes fundamentadas nos seguintes crit rios O que o aluno deve aprender Como e quando aprender Que formas de organiza o do ensino s o mais eficientes para o processo de aprendizagem Como e quando avaliar o aluno MEC 1998 pg 33 Para que os alunos com necessidades especiais possam participar integramente de um ambiente rico de oportunidades educacionais alguns aspectos precisam ser considerados A prepara o e a dedica o da equipe educacional e dos professores O apoio adequado e recursos especializados quando forem necess rios As adapta es curriculares e de acesso ao curr culo
394. scola Esta foi por exemplo a experi ncia de alunas do curso de licenciatura em dan a da Unicamp no primeiro semestre de 2008 no PRODECAD UNICAMP no qual as alunas n o somente alimentaram fartamente o ambiente colaborativo com as suas experi ncias dentro do campo de est gio mas tamb m compuseram e aplicaram um plano de a o completo por vezes experimentando procedimentos ou abordagens com os alunos desta unidade a partir da confian a conquistada com a coordena o e com os docentes O atendimento e acompanhamento do trabalho destes as alunos as pode ser feito pelo professor da universidade supervisor ou orientador de est gio numa primeira fase por meio de bate papos f runs e leitura de materiais e atribui o de n veis de relev ncia dos materiais postados pelos mesmos no ambiente colaborativo Caso esta fase de intera o interlocu o e troca de id ias funcione bem poss vel tamb m discutir a aplica o de jogos din micas e mesmo de worskshops ou oficinas que n o precisam se restringir sala de aula mas que podem envolver a escola toda Estas discuss es da forma densidade tempo e espa o das interven es dos alunos da licenciatura na escola p blica constituem um verdadeiro exerc cio de reflex o que pode ser compartilhado pelo aluno a com todos os alunos de turma Al m disso os professores coordenadores diretores e alunos da escola p blica podem ser inseridos no ambiente colaborativo como colab
395. se em geral a tratar alguns aspectos referentes a outros pa ses de forma superficial e insuficiente reduzindo esses pa ses e a diversidade inerente a cada um deles ao que eles t m de tur stico ou de cotidiano Nesse ltimo caso sugere se implicitamente uma homogeneiza o dos habitantes desses pa ses a chamada Cultura Nacional Observamos que os aspectos culturais s o determinados pelo livro did tico como um conjunto de fatos hist ricos relevantes para a cria o de uma identidade nacional conjunto de pr ticas sociais cotidianas que levam ao conhecimento do aluno n o s o modo pelo qual os povos vivem seu dia a dia mas tamb m como esperam que o aluno de comporte socialmente quando ou se estiver em contato com membros desses povos n o importando em nenhum momento a sua origem as culturas que o constituem PERUCHI amp CORACINI 2003 p 378 Refer ncias multiculturais normalmente dizem respeito a outras culturas em que a primeira l ngua tamb m o ingl s especialmente Austr lia e Canad Estas escolhas parecem disfar ar uma preocupa o com a diversidade cultural e com o n o etnocentrismo Outro recurso semi tico para criar uma representa o de mundo s o as ilustra es representando pessoas KRESS amp VAN LEUWEN 2001 1996 UNSWORTH 2001 Ilustra es s contemplam pessoas de diferentes nacionalidades etnias e idades quando o assunto em quest o a diversidade cultural N
396. se ainda em movimento de composi o j que envolve observa es a partir de corpus dinamicamente escolhido H algum tempo venho observando e trabalhando com obras que se destinam a referendar comportamentos de perfis de g nero Comecei com J lia Lopes de Almeida e seus manuais publicados ao in cio do s culo XX e passei por v rias obras do final do s culo que ocupavam espa o privilegiado nas livrarias E v m ocupando cada vez mais Agora volto me para textos que exploram a tem tica de delineamento de g nero Meta e risco que se misturam pois escolher tecer panoramas mapear sempre atitude de aventura Foi assim que durante dois meses vasculhei livrarias irrompi em sites folheei cat logos reais e virtuais E li muito Dessa maratona ap s limpezas e descartes resultou uma lista de cerca de vinte obras publicadas de 2001 at o momento e delas pincei nove que aqui ser o comentadas Trabalhar com literatura destinada a crian as e jovens leva a pensar tamb m em novas ordens de escolha imposs vel acompanhar todas as publica es na rea tamanha a quantidade de novas obras que chegam ao mercado Al m desse fator o caminho para o encontro com livros para crian as e jovens por vezes n o o das livrarias mas sim o do cat logo das editoras em papel ou na Internet E o das sinopses que por vezes tentam vender apenas o observ vel em uma primeira camada Vias tortuosas e imprecisas que levam a pensar em
397. se aluno tiver instrumentos para participar das discuss es Conhecimentos sobre os g neros do discurso s o alguns desses instrumentos N o se trata de classificar os livros aqui analisados como bons ou maus mas como adequados ou inadequados aos objetivos de um Curso que entenda escrita acad mica como um espa o em que uma pluralidade de g neros do discurso devam ser estudados e praticados Refer ncias CUTCHIN K L ROTTWEILER G P DUTT A Landscapes and language English for American academic discourse New York St Martin s Press 1998 FAIRCLOUGH N Discourse and social change Cambridge Polity Press 1995 FREEDMAN A MEDWAY P Introduction new views of genre and their implications for education In FREEDMAN A MEDWAY P Ed Learning and teaching genre USA Boynton Cook Heinemann 1994 p 1 22 FURLANETTO M M Produzindo textos g neros ou tipos Dispon vel em lt http flor trix net agatha genero htm gt Acesso em 05 abr 2003 GARDNER P S New directions an integrated approach to reading writing and critical thinking New York Cambridge University Press 1996 GRABE W Narrative and expository macro genres In JOHNS A M Ed Genre in the classroom multiple perspectives Mahwah N J Lawrence Erlbaum 2002 p 249 267 GREEN G M MORGAN J L Writing ability as a function of the appreciation of differences between oral and written communication In FREDERIKSEN C H DOMINI
398. seja realizada ou realizada de modo a n o evidenciar exatamente o que se pretendia inicialmente Um outro ponto a destacar diz respeito s interven es que o professor faz durante a realiza o da tarefa Dosar essa interven o uma habilidade a ser desenvolvida As sequ ncias de aprendizagem precisam ser planejadas criteriosamente de modo a garantir que a aula seja percebida pelo aluno como um todo e n o como um conjunto de atividades isoladas Ribeiro 2004 pg 7 8 Ainda sobre esta quest o Fonseca 2003 destaca os procedimentos quanto o planejamento do dia a dia da classe hospitalar Primeiramente o professor deve ler o prontu rio medico para tomar conhecimento da patologia da crian a e das condi es de sa de da mesma Tamb m as informa es dadas pela crian a e seu acompanhante sobre as experi ncias escolares devem ser consideradas Os primeiros contatos da crian a com a classe hospitalar feita com a m e ou com seu acompanhante pois a crian a costuma ficar temerosa com o ambiente que ainda n o conhece A m e ou o acompanhante servira como mediador entre a crian a e o professor Tamb m de grande import ncia segundo Fonseca 2003 uma visita s enfermarias antes do inicio das aulas mais ou menos uma semana antes na classe hospitalar para verificar quais crian as ir o estar de alta hospitalar a faixa et ria as crian as que s o portadoras de necessidades aparentes etc pois essas informa
399. sele o do material did tico em seu contexto de ensino Como ou por que n o O que voc observa ao avaliar e escolher um material did tico livro did tico ou outro material para ser usado em sala de aula Voc recorre a algum ou alguns dos elementos abaixo para proceder escolha de um material did tico Que papel esse elemento desempenha na escolha e avalia o do material cat logo da editora Conversa com representante da editora Conversa com o autor Conversa com os colegas sobre o material textos da quarta capa do livro textos de apresenta o do livro manual do professor Fig 1 Question rio inicial respondido pelos participantes da oficina Seguiu se discuss o dos itens contidos no question rio uma atividade em que os professores em grupo receberam diferentes elementos que podem contribuir para a avalia o e a sele o de livros e materiais did ticos Esses elementos diversos e referentes a diferentes livros did ticos foram um texto de apresenta o contido na p gina inicial de um livro de portugu s como l ngua materna um manual do professor de um livro de ingl s a quarta capa deste mesmo livro de ingl s duas p ginas de cat logos de editoras diferentes e consequentemente referentes a livros distintos um para p blico brasileiro e outro para p blico internacional o ndice de conte do de um livro de espanhol como l ngua estrangeira p ginas de um livro d
400. sentido freireano do termo querendo nos referir aos conte dos ensinados em sala de aula que devem ser ministrados na l ngua local e abarcar os assuntos de interesse da comunidade assim como os acontecimentos da aldeia o calend rio diferenciado que prev as festas Tapirap a poca das ca adas e colheitas o ritmo de aula e intera o professor aluno tamb m diferenciado dentre outros Conforme Dias de Paula 2001 vide tamb m Leite e outros 1985 toda esta discuss o possibilitou tamb m que as lideran as adquirissem mais desenvoltura no portugu s oral Atualmente o ensino da escola Tapirap bil ngiie e atende alunos do pr ao segundo grau Os professores s o ind genas com exce o do professor de l ngua portuguesa Todas as decis es referentes escola desde escolha de professores distribui o de aulas destino de verbas dentre outros assuntos s o discutidos com a comunidade em reuni es que levam horas a fio uma tentativa de que a gest o da escola seja de fato Tapirap Mas apesar de mais de 30 anos da implanta o da escola na aldeia os motivos iniciais que impulsionaram a reivindica o Tapirap permanecem em parte Embora a rea ind gena esteja demarcada a terra continua invadida Al m disso acrescente se a luta pela terra demanda a qual a escola tem papel significativo a luta pela sa de assim como a luta pelo respeito a outros direitos dos cidad os ind genas Obviamente a escola na aldeia n
401. sformar o que n o se entende Sem a compreens o do que se vive n o h vida pol tica MOITA LOPES 2003 p 31 O papel da aprendizagem de l nguas especialmente o ingl s fundamental no contexto da nova ordem mundial em que o discurso dominante globalizado est dispon vel em sua maioria em ingl s Dada a centralidade do discurso na vida social hoje CHOULIARAKI amp FAIRCLOUGH 1999 SANTOS 2000 em que nada de importante se faz sem discurso SANTOS 2000 p 74 os professores de ingl s t m duas op es 1 contribuir para a sua pr pria marginaliza o ignorando o papel pol tico e social do professor de l nguas ou 2 aproveitar se que trabalham com a linguagem para se engajarem em quest es pol ticas e sociais MOITA LOPES 2003 No contexto dessa nova ordem mundial a globaliza o uma faca de dois gumes Por um lado a globaliza o d acesso aos discursos da diversidade e da diferen a colaborando para a constru o de um mundo cada vez mais multicultural A chegada de informa o atrav s da inform tica eletr nica cibern tica SANTOS 2000 e m dia permite uma maior interconectividade facilitando a exposi o a novos discursos o que torna o conhecimento mais democr tico Al m disso o letramento computacional que d acesso a diversos desses discursos um tipo de conhecimento prestigiado pelo mercado de trabalho contempor neo globalizado MOITA LOPES 2003 Por outro lado h ta
402. so linguagem e ensino e aprendizagem que orientam este trabalho Acredito portanto que o discurso do livro did tico deva estar condizente com estas teorias colaborando para a constru o do conhecimento do aluno e de sua conscientiza o social A rela o entre l ngua e cultura Uma outra quest o ligada ao ensino e aprendizagem de uma l ngua estrangeira a rela o entre l ngua e cultura neste processo Tradicionalmente h uma tend ncia a se associar a aprendizagem de uma l ngua apreens o do esp rito da na o que fala a l ngua ABBUD 1998 Embora tal afirma o n o seja desprez vel precisa ser problematizada No contexto da globaliza o que caracteriza a nova ordem mundial uma l ngua n o propriedade exclusiva de uma nica na o Embora certamente haja rela es entre uma l ngua e seus usu rios pois a l ngua um dos sistemas semi ticos que formam a cultura HALLIDAY amp HASAN 1989 preciso lembrar que o conceito de cultura um conceito complexo plural A l ngua uma forma de express o cultural Dessa forma fica dif cil ensinar uma l ngua estrangeira sem discutir algumas de suas mais expressivas atribui es culturais N s podemos utilizar a l ngua para produzir significados apenas nos posicionando no interior das regras da lingua e dos sistemas de significado de nossa cultura A l ngua um sistema social e n o um sistema individual Ela preexiste a n s N o podemo
403. ssa volta MOITA LOPES 2002 p 196 Para a an lise fundamento me em uma an lise critica do discurso observando as escolhas ling sticas dos participantes a fim de construir e negociar sentidos na intera o Procuro observar quais cren as est o em jogo e de que maneira os participantes constroem discursivamente as identidades suas e dos outros Entendo que as identidades sociais s o constru das social e discursivamente De acordo com Moita Lopes 2002 p 32 nossas identidades sociais s o constru das por meio de nossas pr ticas discursivas com o outro A constru o das identidades sociais est sempre em processo atrav s de um constante reposicionamento na pr tica discursiva constru mos com o outro quem somos e o mundo em que vivemos Nossas identidades portanto s o m ltiplas fragmentadas complexas e contradit rias As identidades assim nunca s o fixas e est o sempre sujeitas a mudan as O processo de constru o das identidades est intimamente ligado no o de alteridade Atrav s do discurso posicionamo nos construindo a n s mesmos e aos outros a nossa volta Tal forma de a o sempre direcionada para um outro algu m o que torna importante o reconhecimento do outro para construirmos a n s mesmos Uma importante no o de identidade presente nesse estudo a identidade sexual Entretanto julgo necess rio estabelecer uma diferencia o entre sexualidade e g nero o que explici
404. ssim como todos os outros processos de aprendizagem o processo de aprendizagem intercultural necessita de orienta o e monitora o constantes assim como a avalia o de todo o desenvolvimento do processo Tamb m observa que a abordagem intercultural antes de ser um exerc cio de constru o te rica deve obedecer a um criterioso processo de planejamento e estrutura o o qual envolve desde o estabelecimento dos princ pios norteadores da a o pedag gica at o planejamento de cursos sele o e reprodu o de materiais did ticos e elabora o de estrat gias de monitoramento e avalia o sempre tendo em vista qual o p blico ao qual se destina a a o pedag gica em contexto ou contextos e sob que condi es Dentro da Abordagem Comunicativa Intercultural ACIN a interculturalidade entendida como um esfor o uma a o integradora capaz de suscitar comportamentos e atitudes comprometidas com princ pios orientados para o respeito ao outro s diferen as diversidade cultural que caracteriza todo processo de ensino aprendizagem seja ele de l ngua ou de qualquer outro conte do escolar o esfor o para a promo o da intera o da integra o e coopera o entre os indiv duos de diferentes mundos culturais Oliveira Santos 2004 154 155 Retomando o di logo entre a discuss o levantada por Oliveira Santos e o ensino de PLE na educa o escolar ind gena podemos reconhecer que o process
405. stava acontecendo Como a carta para uma autoridade h um jeito para come ar Veja o cabe alho da carta acima Exmo Sr Benedito da Silva Prefeito de S o F lix do Araguaia Primeiramente aparece uma abreviatura Exmo Sr que significa excelent ssimo senhor Usamos esta abreviatura para mostrarmos que temos respeito para com a autoridade Em seguida colocamos o nome da autoridade e o cargo que ela ocupa se ela presidente se diretor se governador etc Responda oralmente Para qual autoridade est sendo enviada esta carta Como se mostra respeito para as autoridades Tapirap na fala com presentes Continuando a entender a carta de reclama o depois que fizemos essa primeira parte colocamos o local e a data e s depois come amos a escrever a carta No desenvolvimento da carta vamos colocar as reclama es e os pedidos Mas neste tipo de carta n o d s para pedir Temos que convencer a autoridade de que o pedido importante Quando queremos convencer algu m usamos argumentos Leia a carta e responda Quais s o as reclama es feitas pela lideran a n o ndia Quais s o os pedidos que est o sendo feitos nesta carta Quais s o os argumentos usados para fortalecer os pedidos feitos Depois que se escreveu os pedidos e se argumentou hora de fechar a carta De novo voc vai mostrar respeito para com a autoridade Por isso voc vai usar respeitosamente Olhe de novo
406. stilo conte do composi o e fun o 4 exemplos de g neros telefonemas serm o carta comercial carta pessoal romance bilhete aula expositiva reuni o de condom nio hor scopo receita culin ria bula de rem dio lista de compras card pio instru es de uso outdoor inqu rito policial resenha edital de concurso piada conversa o espont nea confer ncia carta eletr nica bate papo virtual aulas virtuais etc Marcuschi afirma que a express o tipo de texto usada equivocadamente no nosso dia a dia Assim quando elencamos textos como bula de rem dio carta pessoal hor scopo resumo de artigo resenha de livro dentre outros estamos nos referindo a g neros textuais e n o a tipos de texto pois estes constituem modos discursivos organizados no formato de sequ ncias estruturais sistem ticas que entram na composi o de um g nero textual Marcuschi 2003b 4 Cabe ressaltar que o g nero textual pode se constituir de uma varia o tipol gica A t tulo de ilustra o Marcuschi 2002 25 27 analisa o g nero textual carta pessoal entre amigos em que se observa as sequ ncias tipol gicas predominantes de descri o e exposi o comuns nesse g nero Com isso Marcuschi Ilbidem 27 nos mostra a heterogeneidade tipol gica nos g neros textuais 3 Tipologia dos exerc cios de compreens o de textos Nesta se o adotaremos uma tipologia de atividades de compreens o escrita d
407. stru o de muitos dos mitos preconceitos e generaliza es acerca das institui es e a es educativas 3 Criar as mais diversas e amplas possibilidades para que as diferen as postas nos alunos em seu tornar se professores se corporifiquem neles e na turma com mais tranquilidade justamente por conta da amplia o do entendimento do que vem a ser o of cio do professor 3 Justamente pelo est gio envolver aquisi o e mobiliza o de conhecimentos acad micos e cient ficos reflex o de posturas e comportamentos compreens o de realidades m ltiplas e distintas e mudan as e 2 Programa de Est gio Docente PED tem com o objetivo de aperfei oar para o exerc cio da doc ncia os estudantes de p s gradua o da Universidade que queiram voluntariamente participar do programa Esta s poder ocorrer junto Gradua o e sob a orienta o e responsabilidade de um docente da UNICAMP portador do t tulo de doutor Conforme RESOLU O GR N 34 de 21 08 2007 Dispon vel http www pg unicamp br resolucoes 2007 RESOL3407 htm Acessado em 08 09 2008 3 OLIVEIRA JUNIOR Wencesl o Machado Qual o papel do est gio na forma o do professor Aula ministrada em Concurso P blico de Provas e T tulos para Provimento de 01 Cargo de Professor Doutor MS 3 em RTP na rea de Educa o e Cultura nas Disciplinas EL 766 Pr tica de Ensino de Geografia e Est gio Supervisionado e EL 856 Pr tica de Ensino de Geografia e
408. sua parcela mais fragmentada suave e sutil podendo se apresentar desvanecido sem contudo perder sua autonomia Era assim com a televis o anal gica o sinal poderia ser mal recebido pela antena pendurada no telhado a mocinha da novela poderia aparecer duplicada com seu pr prio fantasma mas a imagem era reconhec vel e atendida N veis progressivos de qualidade poderiam ser considerados em diferentes momentos de ajuste De outro modo no processo digital de codifica o transmiss o e decodifica o a situa o mais obtusa ou a imagem recebida como um todo por pacotes de zeros e uns para assim atingir o circuito ou ao inv s de chuviscos caracter sticos ter amos a aus ncia completa do sinal O benef cio do processo justamente esse preceito de qualidade Ou a imagem da mocinha perfeita em cada poro e ruga nos atinge id ntica a sua elabora o inicial ou n o atinge por defeito no fluxo de dados O termo fluxo de dados no ambiente anal gico pode ser percebido metaforicamente como um rio ou se o acompanha ou se aguarda a margem Em par no momento digital o mesmo fluxo se aproximaria de um lago represado e alimentado por muitos e muitos rios que o enchem em benef cio de alguma estrat gia Dada a condi o codificada do digital o que antes seria um fluxo constante passa a ser um fluxo medido e portanto orientado Com isso a orienta o perde seu car ter un voco e ganha uma platina dial gica Receptores s o pr
409. tar Judith Butler o g nero n o um substantivo mas tampouco um conjunto de atributos flutuantes pois vimos que seu efeito substantivo performativamente produzido e imposto pelas pr ticas reguladoras da coer ncia de g nero BUTLER 2003 p 48 Com essas performances trabalham os textos visando na maior parte das vezes a mant las em outras a iluminar a sua n o naturalidade Na performance do discurso transita o g nero Portanto entre o oral o c nico o escrito move se o texto O tom c mico constante principalmente nas marcas da linguagem n o acho legal curtir cinema entre outras e nas situa es padronizadas pela autora Sigo em frente e entro em Por que meninos t m p s grandes e meninas t m p s pequenos livro publicado pela Cortez em 2004 Observo antes a sinopse do cat logo uma hist ria em que se faz um questionamento sobre a identidade e lugar dos p s no mundo Ser que p s delicados s o sempre das meninas e p s grandes s o sempre dos meninos Os p s revelam quem somos Ou o que queremos ser Sandra Branco professora universit ria de p s gradua o e este seu livro de estr ia na literatura infantil Elma Neves mora na Para ba e est se revelando uma talentosa artista Ao tomar metonimicamente o humano a autora se permite come ar pela separa o dos conjuntos meninos e meninas para depois em meio sucess o de quadros exibir a id ia de jun o
410. te ou do uso de aparelhos cartogr ficos para controle dos seus territ rios Outras raz es justificam a utiliza o da l ngua portuguesa nos livros ind genas como por exemplo o fato de v rios povos ind genas n o falarem mais suas l nguas tradicionais e o portugu s ser primeira l ngua desses povos Al m disso o portugu s tamb m aparece nos livros did ticos porque aprender a l ngua franca estrangeira exig ncia da comunidade e atribu do por esta como papel da escola Geralmente os livros did ticos ind genas s o publicados com recursos exclusivamente p blicos sem intermedia o de editoras comerciais e com proibi o a comercializa o Al m disso grande parte deles apenas em l ngua ind gena dificultando ainda mais o acesso desses livros a um p blico mais amplo se tornando restrito ao universo n o ind gena por n o poderem ser vendidos em livrarias Ao pensarmos em material did tico ind gena precisamos levar em conta que esses livros bem diferente dos nossos livros did ticos n o representam apenas conte dos selecionados para uma determinada s rie ou etapa escolar pois trazem consigo uma rela o com a escrita e com o mundo letrado diferente Para n s o livro um objeto ancestral sabemos a sua hist ria convivemos com eles desde a mais tenra idade e o reconhecemos como objeto portador de saberes As popula es tradicionalmente orais n o t m o livro como objeto ancestral Para el
411. teja no pa s cuja l ngua os alunos est o estudando notamos que ao contr rio de uma segunda l ngua eles estudam uma l ngua estrangeira No caso da L ngua Portuguesa apesar de as plataformas estarem no Brasil normalmente na Bacia de Campos a l ngua principal falada nesse ambiente o ingl s Os alunos estrangeiros n o percebem muitas vezes a import ncia do portugu s para a comunica o com os brasileiros A Wordmagic possui um curso de idiomas offshore que tem como objetivo superar as barreiras de comunica o entre brasileiros e estrangeiros que trabalham nas embarca es da ind stria brasileira de leo e g s Esse programa utiliza livro did tico atual CDs de m sicas DVDs e materiais extras segundo as necessidades dos alunos Al m disso dois professores trabalham alternadamente seguindo a escala de trabalho dos brasileiros ou seja 14 dias Uma das grandes dificuldades encontradas pelos professores no caso do programa de portugu s para estrangeiros dar continuidade ao trabalho realizado em sala de aula quando os alunos desembarcam e ficam 24 dias sem estudar e por vezes sem vivenciar a l ngua que est o aprendendo Criar um material voltado para esses alunos bastante desafiador j que quando retornam ao trabalho o aprendizado se encontra prejudicado e necess rio rever quase todo o conte do j trabalhado Por outro lado a tecnologia tem nos proporcionado recursos que auxiliam na tentativa de pr
412. ter sticas atrativas para o ser humano como a liberdade da a o que apresenta e a fuga da realidade que promove Assim sendo tal como a m quina fotogr fica e o MP3 player se fundiram com o telefone celular vi vel torn lo um dispositivo apto a receber jogos eletr nicos criando se um contexto para inserir atividades did ticas a fim de contribuir para o aprendizado Mesmo com diversos novos consoles e jogos sendo lan ados a cada ano incluindo port teis como o Nintendo DS e Sony PSP h ainda espa o para dispositivos de telefonia m vel na sua popular const ncia juvenil O fato n o pode sofrer a ignor ncia e rea o de mestres mas a sua inteligente co opta o para outros benef cios Para isso designers e educadores precisam se empenhar em encontrar alternativas vi veis para novas e interessantes aplica es para os aparelhos Tornar o jogo eletr nico atrativo e ao mesmo tempo capaz de proporcionar conhecimento uma tarefa rdua mas que uma parceria entre pensadores das formas e das interfaces e promotores de conhecimento formal viriam a realizar Afinal aplicar a um objeto do cotidiano um servi o que proporciona conte do did tico de modo absorvente pode ser de grande ajuda para a Educa o em pa ses em desenvolvimento e cuja base tecnol gica est associada a sua representa o social de ampla difus o Neste novo contexto empresas como a Nokia j ampliam sua rea de pesquisa por meio de projetos internacio
413. tes dos estudantes brasileiros que estudam ingl s mas n o isso que vejo P5 Muitas atividades e temas s o apresentados de uma maneira que mais dificulta do que ajuda a aprendizagem Ser que os autores n o percebem o que alunos brasileiros precisam P8 Muitos alunos ficam indiferentes ou detestam as atividades que o livro traz principalmente as de leitura e escrita P10 Ele n o atende minhas expectativas As atividades por vezes s o chatas ou bvias demais e n o estimulam o racioc nio do aluno P12 O livro que sou obrigada a usar n o corresponde s minhas expectativas e necessidades grifos meus Ainda em termos gerais todos os professores respondentes sinalizaram que os LDs de que se valem constantemente requerem adapta es e reformula es Principalmente no que se refere s habilidades de leitura e escrita eles admitiram que as modifica es s o bastante frequentes o que gera desconfortos para o professor Concomitantemente autores entrevistados revelaram que s o conscientes das imperfei es de seus LDs Eles salientaram que h uma cren a por parte dos professores brasileiros de que principalmente os autores nativos da LE s o detentores da verdade quando isso n o poss vel Os autores reafirmaram a necessidade da participa o dos professores na elabora o e escolha de LDs haja vista a complexidade que envolve a cria o de um LD Na cria o desse material ele
414. textos de circula o da escrita e sobre as rela es entre a fala e a escrita As diferen as entre os livros apresentados ao professorado brasileiro atuante nas classes de alfabetiza o tamb m s o apontadas Essas diferen as s o identificadas a partir dos princ pios metodol gicos constantes nos livros Foram identificados inclusive os princ pios metodol gicos que d o origem a essa diferencia o a busca de reflex o sobre o objeto de ensino busca de contextualiza o das atividades de ensino em situa es de uso especifica aposta na viv ncia e transmiss o de conhecimentos que posteriormente ser o aplicados ou repetidos pelos alunos em atividades propostas Segundo o exposto no Guia acredita se que em fun o da rela o entre os princ pios metodol gicos e dos modelos de trabalho diferenciados resultantes que se diferenciam os livros did ticos de alfabetiza o Por fim explicitado que o conte do do Guia est categorizado em tr s blocos a partir do princ pio do equil brio da aten o dada nas obras aos diversos objetos da alfabetiza o e do letramento Do primeiro bloco constitu do por vinte e um livros fazem parte os livros que abordam de forma desigual os diferentes componentes da alfabetiza o e do letramento No segundo encontramos dezesseis livros que abordam de forma equilibrada os diferentes componentes da alfabetiza o e do letramento
415. that they could develop reflective reading skills It focused on making inferences identifying presuppositions establishing viewpoints distinguishing facts from opinions and perceiving bias in texts Keywords teaching learning reading reflection Introdu o Com a globaliza o e advento da internet o acesso a informa es tornou se imensur vel Hoje obtemos not cias sobre acontecimentos no outro extremo global logo ap s a ocorr ncia acessamos bibliotecas virtuais que viabilizam pesquisas jamais imaginadas A produ o e divulga o do conhecimento ocorrem em grande velocidade O paradigma da sociedade atual refor a o uso constante da informa o para construir e compartilhar conhecimentos Por outro lado a grande oferta e disponibilidade de informa es tanto impressas como on line contribuem para a necessidade de uma sele o mais criteriosa dessas informa es Em nosso contexto profissional atuando como professoras de ingl s instrumental para fins de leitura de textos acad micos essa quest o torna se mais s ria quando levamos em conta a tend ncia de muitos alunos em considerar o texto publicado como autoridade isenta de questionamentos ou cr ticas Figueiredo 1994 1994b Holmes 1996 postura essa que n o compat vel com o modelo profissional e acad mico esperado no s culo 21 que demanda atitudes flex veis e criticidade requisitos necess rios para a resolu o de problemas no cotidiano Quan
416. to no pr ximo item 2 1 G nero e sexualidade Um dos princ pios norteadores desse estudo a quest o da rela o entre g nero e sexualidade Como aponta Louro 1997 as divis es de g nero etnia e sexualidade s o constru es sociais negociadas em um dado contexto situado s cio historicamente Enquanto g nero e sexualidade s o id ias geralmente correlacionadas preciso esclarecer que n o as compreendo como sin nimos Meu objetivo nesse estudo n o problematizar a id ia do binarismo masculino feminino em rela o quest o do g nero por m julgo importante esclarecer que n o me atrelo a esse binarismo uma vez que acredito existirem m ltiplas e complicadas combina es de g nero LOURO 1997 p 65 Da mesma forma com rela o sexualidade n o me prendo a um binarismo que compreenda apenas heteronormatividade e homoerotismo Assim como a quest o do g nero a sexualidade tamb m uma id ia permeada por diversas rela es de poder e exercida de diversas maneiras sendo portanto imposs vel de ser dicotomizada Procuro por vezes utilizar o termo homoerotismo ao longo desse trabalho a fim de me afastar da estigma patol gica que o termo homossexualidade carregou semanticamente por v rios anos gra as a uma classifica o impr pria por parte da psicologia Ao tratar essa quest o com os alunos no entanto utilizo o termo em ingl s homosexuality para que n o haja uma m interpreta
417. tos atemporais e t picos p s modernos que tratam de assuntos da contemporaneidade e t picos globalizados preocupados com a integra o de diferentes contextos globais e t picos localizados preocupados apenas com quest es setoriais que parecem n o atingir o mbito da globaliza o e t picos descontextualizados tratados de forma gen rica como se v lidos para qualquer situa o e t picos contextualizados inseridos em contextos culturais ou situacionais e t picos etnocentristas que induzem id ia de que determinadas culturas sejam superiores s demais e t picos multiculturais que reconhecem a pluralidade cultural e suas diferen as inerentes e t picos estereotipadores que na tentativa de reconhecer a diversidade atribuem identidades essencialistas a determinados grupos e t picos diferenciadores que tratam de diferen as que co existem sem se preocupar com a atribui o de identidades uniformes e t picos conscientizadores com o intuito de educar o aluno e o cidad o muitas vezes com foco nos temas transversais apontados pelos PCN e t picos alienantes sem qualquer preocupa o com a prepara o do aluno para o mundo e t picos legitimadores de identidades atrav s da difus o de identidades socialmente aceitas e t picos que permitem a constru o de identidades de projeto atrav s da resist ncia e sugest o de alternativas s identidades legitimadoras CASTELLS 1999 As categorias acima
418. tual caracterizado pela fragmenta o p s moderna e pela globaliza o econ mica cultural e tecnol gica Considerando se que al m disso vivemos na sociedade do espet culo como o livro did tico de ingl s se constitui e constitu do nesta realidade Palavras Chave livro did tico conscientiza o contemporaneidade Abstract Understanding foreign language teaching as part of an educational process which aims to develop critical citizens this paper discusses the role of the EFL coursebook in the current world which is characterized by post modern fragmentation and economic cultural and technological globalization Considering still the fact that we live in the society of the spectacle how does the EFL coursebook constitute reality and is constituted in it Keywords coursebook awareness contemporaneity O ensino de ingl s na era p s m todo Ainda hoje prega se o uso da abordagem comunicativa BROWN 2007 RICHARDS amp RODGERS 2001 como a forma mais eficiente e moderna de se ensinar um idioma N o se pode negar que a principal fun o do conhecimento de uma l ngua sim sua utiliza o para a comunica o No entanto diversas institui es e livros did ticos deturpam a id ia de comunicativo advinda do conceito de compet ncia comunicativa HYMES 1972 CANALE amp SWAIN 1980 e utilizam esta terminologia para disfar ar metodologias estruturalistas e comportamentalistas uma vez que focam
419. tudo uma abordagem de inter rela o semi tica na constru o dos sentidos do g nero discursivo O termo tamb m pode ser adotado quando os g neros apresentados nas cole es did ticas parte as interfer ncias que recebam do projeto gr fico editorial adotado para a composi o da mise en page forem produzidos em seu suporte original a partir de mais de uma semiose O prefixo inter do latim inter entre combinado com os termos modalidade ou semiose permite nos refletir acerca da rela o entre os elementos que constituem um texto em um g nero A intermodalidade pode ser compreendida como a interrela o entre as modalidades de um mesmo sistema s gnico sob a forma de intertexto ou interdiscurso As rela es poss veis de intermodalidade podem ocorrer no n vel tem tico intertextualidade tem tica ou no n vel discursivo interdiscursividade no caso de par dias ou releituras De maneira semelhante a intersemiose pode ser encontrada em g neros que estabelecem rela es entre diferentes sistemas s gnicos advindos das matrizes verbal visual e sonora ao explorarem rela es de intertexto e interdiscurso em diferentes semioses Em rela o ao prefixo trans do latim al m de atrav s para tr s em troca de ou ao rev s poderia ser brevemente delineado como sendo a transposi o das fronteiras existentes entre as modalidades ou entre as semioses na composi o de um texto em um g nero provavelmente em situa e
420. tugu s tendo em vista a forma o de cidad os Tapirap Duas considera es iniciais devem ser feitas A primeira que a inicia o cultura da escrita atrav s da aprendizagem de t cnicas embora necess ria n o suficiente para o transitar se nela vide Rojo 2004 4 e a segunda a constata o de que na sociedade atual n o poss vel ser um cidad o sem conhecer textos orais ou escritos Neste sentido se o ensino de portugu s na escola Tapirap pretende formar cidad os dever garantir tanto a aprendizagem das referidas t cnicas assim como o conhecimento dos textos em circula o Estudos concementes ao ensino de portugu s como l ngua matema Rojo 2004 2005 Barbosa 2001 Bunzen 2003 e outros sugerem que estes objetivos podem ser mais bem alcan ados elegendo se g neros do discurso como objetos de ensino Os g neros do discurso seriam formas t picas e est veis estabilidade n o absoluta de enunciados encontrados em uma determinada esfera de utiliza o da l ngua relacionada a uma esfera de atividade humana Bakhtin 1952 53 1979 279 citado por Barbosa 2001 22 Todas as esferas de atividade humana s o atravessadas por esferas de utiliza o da l ngua que elaboram seus pr prios g neros do discurso As esferas de atividade despontam como o l cus em que atores sociais historicamente determinados atuam ainda que n o obrigatoriamente mediante determinadas regras espec ficas Poderia se diz
421. u de um padr o de ingl s internacional j que seria constitu do por uma multiplicidade de tend ncias sociopragm ticas Um outro exemplo bastante ilustrativo o seguinte trecho de um livro came saw and I didn t understand sobre as impress es de um italiano que visita a Gr Bretanha retirado de uma mat ria cr tica publicada no The Sunday Times em 18 08 1991 H algum tempo um amigo italiano fez a seguinte descoberta na Gr Bretanha uma pessoa precisa de quatro obrigados para comprar uma passagem de nibus O trocador diz o primeiro obrigado ao se aproximar do passageiro como se dissesse eu estou aqui O passageiro ent o entrega o dinheiro da passagem dizendo o segundo obrigado que significa eu o estou vendo aqui est o dinheiro da passagem Observa se a seguir mais um outro obrigado da parte do trocador com o significado de o dinheiro est certo fechamos neg cio aqui est sua passagem O passageiro pega a passagem dizendo o ltimo obrigado Na verdade pode haver at seis obrigados se o passageiro n o tiver dinheiro trocado e precisar de troco e Thank you obrigado um item lexical que no mbito do etos sociocultural brit nico marcado sociopragmaticamente para funcionar dentro daquele contexto Os usu rios de ILF ou IINT v o sem d vida trazer consigo as marca es de seus respectivos contextos socioculturais e na grande mai
422. uca o nesse pa s disposi o para ler muito e crit rio para analisar v rias categorias que se apresentam como fundamentais para entender fen menos de ensino e aprendizagem de leitura e escrita Tudo isso porque o entendimento acerca de letramento encontra se num momento bastante poliss mico Faremos nessa se o do trabalho um giro inicialna literatura espec fica sobre o tema para explorar essa realidade O dicion rio foi umas das primeiras fontes as quais recorremos para tentar entender esse pol mico voc bulo Consultamos uma obra n o espec fica bem gen rica e uma outra espec fica da an lise do discurso No Houaiss 2001 1747 encontramos letramento s m 1 ant representa o da linguagem falada por meio de sinais escrita 2 PED m q ALFABETIZA O processo 3 d c 1980 PED conjunto de pr ticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito o ETIM letrar letra ar mento nas acp PED por infl do ing literacy ver liter e em Charaudeau 2004 299 letramento Criado a partir do ingl s literacy o termo litt ratie em portugu s letramento foi inicialmente empregado por alguns pesquisadores quebequenses antes de ser amplamente difundido na ocasi o da publica o de relat rios internacionais da Unesco e sobretudo da OCDE Organiza o para Coopera o e Desenvolvimento Econ mico 1995 e 1997 A origem erudita anglo sax nica permite apreciar o inte
423. ucativas escolares Qual sua principal fun o A primeira fun o do curr culo sua raz o de ser a de explicitar claramente o projeto o objetivo as inten es e o plano de a o que preside as atividades educativas escolares Os componentes do curr culo podem agrupar se em quatro categorias Proporcionar informa es sobre o que ensinar Proporcionar informa es sobre quando ensinar Proporcionar informa es sobre como ensinar Proporcionar informa es sobre o que como e quando avaliar O Projeto Curricular deve ser planejado para que as atividades de aprendizagem selecionadas sejam de acordo com o funcionamento da organiza o mental do aluno Essa organiza o toma se como base a psicologia gen tica de Jean Piaget e seus colaboradores Deve se levar em conta o que o aluno capaz de aprender sozinho e o que necessita da ajuda do professor Vygotsky chama essa distancia entre esses dois pontos de zona de desenvolvimento proximal O ensino eficaz aquele que considera o que j significativo para o aluno respeitando o n vel de desenvolvimento do mesmo n o o deixando jamais acomodar mas sempre o fazendo progredir em dire o a novas zonas de desenvolvimento proximal Se o novo material de aprendizagem se relacionar de forma substantiva e n o arbitr ria com o que o aluno j sabe estaremos diante da aprendizagem significativa Se ao contr rio o aluno se limitar a memorizar sem estabelecer rela
424. ue as id ias de suporte apoio e recurso se assemelham pois atrav s de um recurso de ensino que se procura apoio pr tica pedag gica ao o planejamento e a execu o desta um suporte de conte do e atividades uma fonte de outros recursos materiais Elementos que utilizados para a escolha de materiais livros did ticos Os n meros a seguir indicam quantos informantes marcaram cada um dos elementos apresentados portanto poderiam ser marcados todos os itens da lista que os professores realmente utilizam na escolha de livros materiais did ticos Conversas com colegas 19 ocorr ncias Manual do Professor 19 ocorr ncias Cat logo da Editora 16 ocorr ncias Quadro de conte do 16 ocorr ncias Livro de exerc cios 14 ocorr ncias Textos de Apresenta o 13 ocorr ncias Material de udio e v deo 12 ocorr ncias Conversa com representantes de editoras 12 ocorr ncias Texto da Quarta Capa 11 ocorr ncias Pilotagem 10 ocorr ncias Consulta Coordena o Pedag gica 10 ocorr ncias Conversa com autor 04 ocorr ncias interessante notar que a maioria dos elementos apresentados aos participantes usada por 50 ou mais deles e merecem destaque os dois primeiros itens A conversa com os colegas remete me procura de um apoio talvez n o o livro como apoio pr tica pedag gica mas uma opini o de outro profissional usu rio do livro material que ap ie a escolha Ao mesmo tempo o livro do professor pod
425. uest o da legibilidade letras vis veis quanto leiturabilidade a leitura fluente Segundo Bringhurst a escolha tipogr fica eficaz aquela capaz de estar associada a um projeto gr fico invis vel Ou seja quando a leitura trang ila e corre como uma barco em um rio de guas calmas o projeto gr fico as formas das letras a rela o entre espa os e vazios torna se impercept vel Para o designer esse pode ser o maior desafio e o objetivo para um projeto voltado para a leitura Paradigmas Est ticos O livro acompanhou os movimentos est ticos que marcaram a hist ria da comunica o e da arte humana O s culo XX e XXI apresentam muitos aspectos de transforma es relativas linguagem gr fica As bases das primeiras escolas de design est o enraizadas no movimento modernista O conte do est tico foi constru do a partir de transforma es sociais e culturas que marcaram os ltimos tempos A cren a em um mundo mais igualit rio e justo fomentou a busca de um equil brio formal com bases na racionalidade A teoria da Gestalt muito utilizada desde de ent o estuda fen menos da percep o e utiliza alguns conceitos na busca de uma boa forma Trata se de um ideal de estabilidade continuidade harmonia unicidade e equil brio traduzido em escolhas formais com bases na limpeza visual na geometriza o das formas e no requinte minimalista Um dos mantras do modernismo foi o lema menos mais
426. uns Swales 1998 e mecanismos espec ficos de intercomunica o entre seus membros Os membros de uma determinada comunidade discursiva possuem um conhecimento espec fico que relevante em termos de conte do e de constru o discursiva e buscam n o somente a transmiss o de informa es mas tamb m discuss es e debates sobre as mesmas Essa troca de informa es realiza se por meio de um ou mais g neros do discurso e de elementos l xico gramaticais caracter sticos dessa comunidade discursiva A instrumentaliza o do aluno para a produ o de textos acad micos parte de uma a o social na medida em que o capacita a dialogar em sua comunidade acad mica Dessa forma o processo de ensino e aprendizagem de escrita acad mica baseado no trabalho com g neros do discurso precisa levar em conta a rela o g nero do discurso a o social Miller 1984 p 163 acredita que o g nero do discurso um meio ret rico no qual inten es rhetorical action In addition to purpose exemplars of a genre exhibit various patterns of similarity in terms of structure style content and intended audience If all high probability expectations are realized the exemplar will be viewed as prototypical by the parent discourse community Swales 1990 p 58 particulares e exig ncias sociais s o mediadas A autora observa ainda que o g nero sendo a o adquire significado a partir da situa o e do contexto social no qual se o
427. usp S o Paulo WAGLEY C 1988 L grimas de Boas Vindas Os ndios Tapirap do Brasil Central Itatiaia Editora da Universidade de S o Paulo Belo Horizonte Notas Este artigo in dito orientado por Roxane Rojo foi apresentado ao PPGLA IEL Unicamp como requisito parcial para qualifica o fora de rea Faremos um breve relato sobre a escola Tapirap posteriormente 3A elabora o deste item foi fruto da discuss o realizada com a colega L lian Abram Santos durante uma disciplina cursada na PPGLA IEL UNICAMP Estas freiras vieram morar com os Tapirap a fim de cuidar da sa de deles e elevar sua auto estima com o objetivo ltimo de reverter a iminente extin o deste povo que na poca da sua chegada contava com 47 pessoas Atualmente a popula o Tapirap conta com aproximadamente 660 indiv duos Uma outra discuss o que foge ao escopo deste trabalho refere se a situa o de agrafia comumente atribu da aos povos ind genas e outros povos de tradi o oral H estudos que questionam a supremacia da escrita alfab tica e que consideram os grafismos ind genas por exemplo como um sistema de escrita visto que estes enquanto recurso semi tico permitem comunicar classificar e assim significar socialmente Logo a defini o do que escrita como sendo somente a alfab tica estaria apoiada em crit rios etnoc ntricos sobre este assunto vide Vidal 1992 Gnerre 1998 Devemos esclarecer que n
428. uto da era p s m todo assume um papel fundamental na forma o do aluno como cidad o do mundo globalizado Atrav s do ensino de l ngua estrangeira pode se discutir e problematizar quest es culturais e temas transversais Tais quest es podem consistir insumo para a an lise de livros did ticos As representa es que os livros did ticos fazem do mundo podem ser observadas principalmente a partir dos t picos que estes abordam O t pico refere se ao assunto utilizado pelo livro para a abordagem de um determinado conte do seja ele pragm tico lexical ou gramatical Mesmo aspectos formais da l ngua como gram tica e l xico podem ser abordados de maneiras diferenciadas de forma descontextualizada ou inclu dos em contextos comunicativos que lhes atribuam significado e relev ncia para o aluno Dessa forma mesmo que v rios livros did ticos de um mesmo n vel abordem o mesmo conte do o que certamente ocorre os livros nunca s o iguais Os t picos escolhidos para a abordagem do conte do t m o poder de estabelecer a vis o de mundo do livro pois interferem diretamente nos contextos culturais e nas representa es do mundo que s o disponibilizados aos usu rios do livro did tico Refer ncias ABBUD S Cultura culturas e ensino de l nguas estrangeiras Revista interfaces Rio de Janeiro ano 4 n 5 p 45 56 out 1998 ALPTEKIN C ALPTEKIN M The question of culture EFL teaching in non English speaking count
429. uturas e entregar solu es aparentemente desej veis seja nosso papel No entanto hora de incorporar nossa pr tica condutas respons veis formas que incluam os indiv duos expandindo nossas capacidades e empregando as em um bem maior Design e educa o Atuando em ambientes e pr ticas educacionais A sele o de projetos para o banco de dados nos mostrou uma diversidade de modos de inser o do designer em cen rios educacionais A metodologia da disciplinas de curso possibilitam diferentes abordagens dos cen rios levantando quest es por pontos de vista variados As mat rias de Projeto B sico atrav s do Design participativo levam os alunos a uma abordagem antropol gica baseada na imers o e explora o do campo pesquisado Nesses trabalhos a interfer ncia junto ao grupo estudado ocorre a partir da parceria com um intercessor atrav s de solu es elaboradas em conjunto Em disciplinas mais avan adas realizadas mais pr ximas do final do curso comum o levantamento de quest es mais abrangentes e pesquisas baseadas mais em teoria que em empiria Tal mudan a de enfoque colabora para a variedade nos produtos criados e nos resultados dos trabalhos executados em conjunto com o campo da educa o Partindo da an lise do cat logo organizado podemos ver grande quantidade de vari veis influindo no direcionamento dos trabalhos Vimos que a diversidade de artefatos produzidos jogos de tabuleiro jogos eletr nicos em
430. versidade Cat lica de Pelotas Leffa 2005 Essa ferramenta produz atividades em seis m dulos diferentes do n vel mais autom tico como menos trabalho para o professor ao n vel mais elaborado que requer uma maior interven o Entre os m dulos que est o no n vel autom tico encontramos a recupera o de texto eclipse a reordena o o cloze e a associa o No n vel mais elaborado est o a m ltipla escolha e a atividade dial gica Para um maior esclarecimento importante destacarmos o fato de que os m dulos podem ser usados para trabalhar l nguas estrangeiras l ngua materna ou qualquer disciplina te rica com nfase na leitura ou no desenvolvimento de conceitos Al m disso esta FAP possui dicion rios de ingl s espanhol e portugu s que podem ser inseridos nas atividades As Atividades Um dos aspectos mais importantes do processo comunicativo o aprendizado de outra cultura a supera o de barreiras pessoais presentes no contato entre duas culturas e o relacionamento entre aquisi o de cultura e aquisi o de segunda l ngua Sendo assim entendemos que ensinar uma l ngua trabalhar naturalmente a cultura desta l ngua tamb m Quando trabalhamos com portugu s para estrangeiros sabemos que mais complicado do que aprender a l ngua portuguesa com todas as suas regras gramaticais compreender a cultura brasileira diferente das diversas outras culturas que encontramos em nossa sala de aula Muita
431. vos de funcionalidade do livro did tico e ao mesmo tempo desenvolver uma forma que contemple a explos o de linguagens e express es da atualidade Crit rios de escolha de imagens Em rela o aos livros did ticos os textos possuem uma forte preocupa o com a utiliza o de imagens O departamento de iconografia das editoras escolhe imagens consulta a possibilidade de utiliza o e os direitos autorias As fotografias e ilustra es podem ser solicitadas tamb m pelo departamento de arte respons vel pela edi o gr fica dos livros S o utilizadas fotografias e ilustra es caricatura colagem fotomontagens cartoons j existentes ou elaborados por ilustradores especificamente para os textos dos livros pedido da editora Tamb m s o usadas reprodu es de arte infogr ficos tabelas e vinhetas Uma quest o importante em rela o as imagens nos livros did ticos diz respeito aos crit rios de escolha e da plena utiliza o segundo a extra o do seu potencial Em primeiro lugar as imagens devem ajudar na compreens o do texto e n o apenas ser considerada como um enfeite para aliviar o peso das massas de textos A imagem n o deve existir para distrair ou entreter o leitor aluno A imagem ajuda em significar em contar em refor ar e em despertar significados associados direta ou indiretamente ao texto Outro aspecto fundamental que a pr pria imagem pode gerar conte dos e conhecimentos poss vel por essa via
432. xo uma breve descri o de cada publica o abordada Livros monoli ngijes em Meb ng kre S o dois os livros exclusivamente em l ngua meb ng kre O livro de Leitura e Alfabetiza o que traz nas suas p ginas na forma de uma moldura dos textos ou de um fundo diferentes pinturas corporais tradicionais desse povo J o livro de Matemt tica apresenta a etnomatem tica meb ng kre tradiconais nomes dos n meros tradicionais forma de contar dividir agrupar medir etc e uma apresenta o da l gica ocidental da matem tica sistema decimal multiplica o etc M b ng kre kab n pi k mB ja kwy ujar Meb ng kre nh myjja akre pi k E l CILLILIIA Matem tica Meb ng kre Alfabetiza o Meb ng kre Livros monol ngiies em Panar Pelo Programa de Forma o foram elaborados dois livros did ticos exclusivamente na l ngua panar O primeiro para aprendizagem de texto e gram tica panar capa amarela e o segundo para ensino de matem tica para as turmas iniciais alfabetiza o matem tica capa vermelha Os Panar possuem um outro livro publicado pelo Instituto Socioambiental ISA quando os professores participavam do curso de forma o oferecido por essa institui o e se destina alfabetiza o em l ngua materna Matem tica Panar Texto e Gram tica Panar Livros monol ngiies em Tapaj na Apesar das dificuldades na manuten o da l ngua tapaj na
433. xtual em ingl s atrav s de uma abordagem de g nero textual 5 2 As atividades de compreens o de leitura do livro did tico Em rela o as atividades de compreens o textual verificamos que o LD n o apresenta novidade O aluno convidado a realizar atividades totalmente mec nicas em que ele apenas localiza e copia a informa o solicitada pelo livro Por essa raz o as perguntas tipo c pia e objetiva s o predominantes em todo o livro totalizando 100 das atividades o que indica que estes dois tipos de atividades est o presentes em todas as unidades Temos assim um percentual muito alto de tipos de atividades que n o exploram quaisquer caracter sticas de leitura da organiza o interna do texto seus aspectos discursivos e ling sticos discursivos e compreens o em se es reservadas especialmente para a investiga o dos efeitos de sentido do texto S o atividades de leitura em que o aluno apenas localiza e copia as informa es do texto como j previa Marcuschi 2003b em sua tipologia de leitura Por essa raz o as atividades n o constroem dimens es reflexivas para uma compreens o mais significativa do texto n o permitindo ao aluno desenvolver sua compet ncia em leitura Nesse contexto o LD proporciona uma pseudoleitura o aluno faz de conta que busca uma significa o no texto depois de traduzir do ingl s para o portugu s a informa o do texto em exerc cios de wh questions ou de identificar a resp
434. z seja preciso deixar de lado o estere tipo do ingl s como a l ngua do colonizador afinal este apenas um dos estere tipos representativos da pluralidade da l ngua e us la em benef cio pr prio apropriando se de modo cr tico das vantagens que ela pode trazer O acesso a essa l ngua tendo em vista sua posi o no mercados internacional de l nguas estrangeiras por assim dizer representa para o aluno a possibilidade de se transformar em cidad o ligado comunidade global ao mesmo tempo que pode compreender com mais clareza seu v nculo como cidad o em seu espa o social mais imediato BRASIL 1998 p 49 A import ncia do ingl s no mundo contempor neo pelos motivos de natureza pol tico econ mica n o deixa d vida sobre a necessidade de aprend lo Esses mesmos fatores de natureza sociopol tica devem orientar o trabalho do professor BRASIL 1998 p 50 Por m este acesso a uma l ngua hegem nica deve ser encarado de forma cr tica sem incorporar o discurso hegem nico mas se utilizando dele para questionar o porqu de sua hegemonia e quais suas implicaturas A apropria o do ingl s como l ngua hegem nica pode contribuir at mesmo para a contesta o dessa hegemonia produzindo contra discursos de resist ncia Quanto ao tratamento dos chamados temas transversais ao ensino alguns que podem tamb m ser relacionados com os t picos abordados nos livros did ticos de ingl s s o a preocupa o
435. za do humano Dentro dessa perspectiva n o se pode esquecer que a forma o liter ria de crian as e adolescentes acontece por interm dio principalmente de textos de fic o Por meio deles leitoras e leitores t m acesso a universos conhecidos e desconhecidos v em se frente a her is e vil es entram em contato com cotidianos em que ser menina ou menino aparece como uma pr figura o muitas vezes Do mapeamento de obras empreendido neste trabalho restou um tra ado ziguezagueante n o retil neo que provoca o movimento de pensar a produ o para crian as e jovens nesse in cio do s culo E tamb m permite refletir sobre o que pode ser demarcado em quest es de g nero Nesse quadro leg vel organizam se movimentos travessias negocia es de sentido e matiza se a complexidade da constru o do sujeito E do mapa fica uma certeza alojar se em discursos est ticos n o ir levar a mudan as e a ultrapassagens Nas palavras de Guacira Lopes Louro Uma estrat gia mais desestabilizadora ir colocar em discuss o esse tipo de representa o Problematizar por exemplo o fato de as mulheres serem denominadas de o segundo sexo uma afirmativa que via de regra consensual e indiscut vel e levar a analisar as narrativas religiosas hist ricas cient ficas e psicol gicas que institu ram esse lugar para o feminino Tornar poss vel discutir o que implica numa sequ ncia qualquer ser o segundo elem
436. zir conceitos e produtos subjetivos de forma positiva tanto para a vida escolar como para a vida pessoal desvinculando se mesmo que momentaneamente do conte do penoso ou de dano ps quico que a doen a ou a hospitaliza o podem provocar Considera es Finais Ap s as leituras e analises realizadas ao longo desse estudo pode se perceber que existem ainda muitas duvidas por parte dos educadores sobre como programar as estrat gias de adapta o curricular no atendimento pedag gico hospitalar Atribui se a esse fato a falta desse conte do na disciplina de Educa o Especial nos Cursos de Forma o de Professores Porem sem duvida esses resultados ainda s o parciais No entanto s o qualitativamente significativos para chamar a aten o para a necessidade de desdobramento aprofundamento desta investiga o especialmente no que se refere aos procedimentos e orienta es did ticos pedag gicas para os professores que atuam em classes hospitalares Refer ncias BARROS Alessandra Santana A pratica pedag gica em uma enfermaria pedi trica contribui es da classe hospitalar inclus o desse alunado Revista Brasileira de Educa o n 12 set out nov dez 1999 BRASIL Minist rio da Educa o Projeto Escola Viva Adapta es de Grande Porte Bras lia 2000 BRASIL Minist rio da Educa o Projeto Escola Viva Adapta es de Pequeno Porte Bras lia 2000 BRASIL Minist rio de Educa o Adapta

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