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a recepção do livro didático de português e o processo de

1. O grupo A n o apresenta nenhuma resposta correta para essa quest o Os alunos n o conseguem expressar com exatid o o tempo de dura o dos acontecimentos Por outro lado poss vel perceber nas respostas dadas que alguns deles foram capazes de identificar marcadores temporais que justificam ou respondem a segunda parte da quest o Alguns 26 R exemplos de respostas dos alunos quest o 3 s o destacados a seguir Pergunta 3 Al Um dia Quanto tempo Ao cair da noite Alta hora da madrugada no dia duraram os seguinte acontecimentos A6 At o fim da historia narrados no A8 Duas horas depois quando todos j dormiam conto A13 Alta hora da madrugada Dulaien sugeriu Justifique sua Vamos todos para terra quero que meus homens resposta com descansem ao ar livre trechos do texto A resposta de Al traz marcas do texto que revelam a dura o dos acontecimentos ao cair da noite por exemplo mas n o indica todas as marcas A6 responde sem atentar para a comprova o com elementos do texto apresenta uma resposta l gica dentro do seu universo de compreens o a dura o dos acontecimentos at o fim da hist ria Isso parece revelar que a quest o compreendida mas compreender a quest o n o foi suficiente para respond la corretamente A8 e Al3 respondem apenas citando os marcadores de tempo O que evidencia 26 As respostas completas dos alunos a tod
2. preciso ter cuidado com as perguntas para que elas possam orientar de fato a compreens o H evid ncias nas respostas dos alunos de que a quest o tr s n o orienta adequadamente por isso foi poss vel encontrar um resultado t o baixo e recorrente nos grupos 119 Neste grupo vale a pena destacar a quest o 1 que apresenta grande n mero de c pia de trechos do texto na elabora o de respostas Nela o grupo B obteve um percentual de acerto correspondente a 66 de acerto cerca de 50 das respostas apresentam c pias Essa quest o chama a aten o pois o grupo apresenta uma vis o que parece recorrente na turma Como exemplos de respostas temos Pergunta 1 B17 Voltando a ilha do Caribe Os dois Na altura do linha do Equador desviouse da rota par grafos programada iniciais da B20 Voltando das ilhas do Caribe o pirata franc s hist ria trazem Jean Thomas Dulaien comandava seus dois elementos navios que se chavam Sem rumo e sem caracter sticos piedade de um conto B21 Voltando das ilhas do caribe o pirata frances de aventuras Jean tomas dulaien Que B22 Voltando da ilha do Caribe o pirata franc s informa es Jean Thomas Dulaien comadava seus dois do texto navios que se chamavam Sem rumo e Sem comprovam piedade essa B23 Voltando das ilhas do caribe e o pirata afirma o comantava dos navios chamato sem rumo e sem piedate B24 Voltando das ilhas do caribe o pirata Franc
3. Como seria o t tulo do artigo Como seria a linguagem utilizada no texto El Compare os tr s g neros conto de aventu O ra not cia e artigo de divulga o cient fica Quais seriam as principais diferen as entre eles com rela o linguagem e aos leitores EI Em que outro g nero voc poderia escre O ver um texto com base na imagem ao lado Quais seriam as principais caracter sticas do g nero escolhido Fonte Cole o Para viver juntos Portugu s vol 6 p 288 289 82 O cap tulo traz dois textos para leitura o conto Piratas sem piedade e a not cia Expedi o cr ter achado tesouro em ilha chilena Em seguida h a revis o dos conhecimentos lingu sticos a qual retoma classes de palavras O texto selecionado Leitura 1 apresentado em tr s p ginas FIG 4 com ilustra es gloss rio e um boxe com informa es sobre os riscos da profiss o de pirata Em seguida h a se o Estudo do texto com nove perguntas na subse o Para entender o texto e quatro na subse o O texto e o leitor Na realiza o da atividade de leitura com os alunos utilizamos um total de dez quest es pois havia a limita o de tempo e as condi es dos alunos para execu o da atividade Na rotina de sala de aula eles faziam comumente uma subse o ou parte dela dependendo da extens o da tarefa A turma n o conseguia realizar muitas quest es em uma nica aula Al m disso um
4. Dessa forma os dados s o confrontados e os resultados obtidos pelos grupos s o cruzados conforme quadro 6 a fim de perceber por exemplo as diferen as e semelhan as entre o grupo A em rela o ao grupo B em rela o ao grupo C e em rela o ao grupo D 94 QUADRO 6 Rela o de compara o entre o grupos Bo m em EN D D Fonte elaborado pela autora desta pesquisa Ou seja s o confrontados os resultados dos grupos A x B A x C A x D Depois s o comparados o grupo B em rela o aos grupos C e D B x C B x D Por fim s o comparados os resultados do grupo C em rela o ao D C x D5 De forma que os resultados gerais de todos os grupos s o comparados entre si Os demais dados coletados aulas observadas e filmadas entrevistas s docentes e question rios dos alunos foram usados para balizar as respostas obtidas e para ajudar a entender melhor as respostas dadas na atividade de leitura aplicada Portanto esses dados s o apenas descritos e comentados ao longo das an lises propostas nos pr ximos cap tulos e ou no desenvolvimento do trabalho Este cap tulo apresentou os passos metodol gicos usados na realiza o do trabalho No cap tulo a seguir apresentamos a primeira parte das an lises a atividade de leitura as respostas dos grupos A B C e D al m de coment rios de trechos de aulas filmadas 95 4 O PAPEL DA MEDIA O NA LEITURA E NAS ATIVIDADES DE COMPREENS O TEXTUAL
5. O texto segue o padr o da narrativa em seu desenvolvimento com apresenta o complica o climax e desfecho Na apresenta o h a caracteriza o dos personagens especialmente do protagonista que voltavam do Caribe em dois navios comandados pelo franc s Jean Thomas Dulaien Voltando as ilhas do Caribe o pirata franc s Na complica o ou desenvolvimento os piratas desviam se da rota e encontram com um navio tombado marinheiros mortos surge a ideia de saquear esse navio e levar todo ouro embora de Na altura da linha do Equador at grande mesa improvisada no conv s No cl max o capit o pirata depois de embebedar os marinheiros sugere que eles fossem 99 descansar ao ar livre Em seguida foge sozinho com todo o tesouro e toda comida deixando os marinheiros abandonados e sem nada de Alta hora da madrugada Dulaien sugeriu at fugia para Europa No desfecho os marinheiros acordam seguem para um porto brasileiro onde depois de tentarem saquear a cidade acabam presos de No dia seguinte at quem iria salv los A predomin ncia dos verbos no pret rito perfeito desviou se da rota programada O feixe de luz que se espalhou gritou animando seus homens marca a retroativa dos fatos narrados Esse car ter narrativo evidencia no contraste entre os par grafos narrativos e os n o narrativos em que aparecem informa es complem
6. bem prov vel que tenham morrido l pois quem iria salv los Espera se que o leitor j esteja inteirado do assunto j tenha conhecimento do que se trata para poder se quiser e se necess rio for inferir a que medidas o texto se refere De que se tratam essas medidas No que diz respeito unidade sem ntica o conto se desenvolve provavelmente no s culo XVII poca em que o personagem esteve no Brasil h uma contextualiza o do espa o Voltando das ilhas do Caribe em dois navios cujos nomes indicam parte do sentido do texto Sem rumo e Sem piedade Inclusive o ltimo nome parte do t tulo do conto O primeiro nome indica a rota tomada pelos piratas e que se confirma no texto Na altura da linha do Equador desviou se da rota programada e veio dar nas costas do Maranh o 97 Observa se ainda que o percurso do conto em an lise respeita uma sequ ncia de fatos que constitui o n cleo da met fora criada Piratas sem piedade invadem barco sem rumo roubando lhe tudo at a dignidade sem qualquer puni o dos culpados Desde a sua investidura no poder at a ltima decis o constitui o fio que marca o texto do in cio ao fim A abordagem relativa a esse aspecto pode ser vista de progressiva e de forma bastante ir nica j no primeiro par grafo uma cr tica bem apresentada Voltando das ilhas do Caribe o pirata Jean Thomas Dulaien comandava seus dois navios que se chamavam Sem rum
7. ligado ao desenvolvimento da intelig ncia pr tica Al m disso a a o planejada marca a diferen a entre o homem e o animal Essa a o planejada ou atividade humana implica vontade objetivos do sujeito e os meios para atingi los O que significa que essa atividade pode estar ligada a uma necessidade do sujeito Neste sentido o professor em sala mediador deve estar atento para que a a es sobre os objetos n o se esgotem em si mesmas e n o sejam reduzidas a mero treino de habilidades mas que sejam experi ncias significativas Outros autores e documentos oficiais tamb m discutem a no o de media o no ensino de l ngua Entre eles destacamos Kleiman 2006 os PCNs 1997 e Bortoni Ricardo 2012 Kleiman 2006 discute a no o de media o e o papel do mediador apresentado por Vygotsky 2007 e afirma que uma no o consistente teoricamente mas que se consagrou 4 Jean Piaget 1896 1980 epistem logo su o defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investiga o epistemol gica e fundou a Epistemologia Gen tica teoria do conhecimento com base no estudo da g nese psicol gica do pensamento humano Pela atenta observa o de seus filhos e de outras crian as Piaget impulsionou a Teoria Cognitiva na qual prop e a exist ncia de quatro est gios de desenvolvimento cognitivo no ser humano o est gio sens rio motor pr operacional pr operat rio operat rio concreto e operat rio formal Piaget
8. 166 Acreditamos que ap s a apresenta o deste trabalho preciso dar continuidade pesquisa e investigar outros resultados de leitura de constru o da compet ncia leitora e de recep o do livro did tico de portugu s Nesta busca cont nua e intermin vel trazemos conosco uma outra forma de dizer isso na voz do poeta maior A Palavra M gica Certa palavra dorme na sombra de um livro raro Como desencant la a senha da vida a senha do mundo Vou procur la Vou procur la a vida inteira no mundo todo Se tarda o encontro se n o a encontro n o desanimo procuro sempre Procuro sempre e minha procura ficar sendo minha palavra Carlos Drummond de Andrade in Alguma Poesia 1930 167 REFER NCIAS ANDRADE Carlos Drummond de Alguma Poesia Rio de Janeiro Record 1930 2002 ANTUNES Irand Aula de Portugu s encontro e intera o S rie Aula v 1 S o Paulo Par bola Editorial 2003 181p ANTUNES Irand An lise de textos fundamentos e pr ticas S o Paulo Par bola Editorial 2010 ANTUNES Irand Territ rio das palavras estudo do l xico em sala de aula S o Paulo Par bola Editorial 2012 175p BAKHTIN Mikhail Est tica da Cria o Verbal 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1952 1953 1997 230p BAKHTIN Mikhail Marxismo e Filosofia da Linguagem 12 ed S o Paulo Hucitec 1929 2006 193p BATISTA Ant nio Augusto Gomes Aula de Portugu
9. 8 16 7 25 0 41 7 58 3 9 25 0 25 0 75 10 16 7 66 7 83 4 16 7 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa O grupo C atinge o percentual superior a 70 de acerto em cinco quest es quatro cinco seis sete e dez Revelando com isso as habilidades de 1 identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o 2 descrever a partir da compreens o global do texto ou de parte do texto caracter sticas do personagem e inferir informa o impl cita no texto 3 fazer infer ncia e relacionar informa es 4 perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo 5 inferir o sentido ou o papel argumentativo do t tulo Por outro lado o baixo percentual de acertos ou alto de erros visto em duas quest es tr s e nove Esses percentuais revelam que o grupo C apresentou dificuldades nas quest es que exigem as habilidades de inferir informa o e justificar resposta com cita o do texto identificar e relacionar informa es demonstrar compreens o global do texto As quest es destacadas s o analisadas a seguir 122 Assim para a quest o 3 s o exemplos de respostas do grupo C Pergunta 3 C27 Com certeza tinha sido atingida a noite por forte Quanto tempo tempestade Duas horas depois quando todos duraram os dormiam um barquinho afastou se rapidamente da acontecimento
10. Cruz de malta s mbolo do cristianismo Tim o roda ou volante com que se controla utilizado em navios portugueses o leme OS RISCOS DA PROFISS O DE PIRATA A vida dos piratas era muito arriscada pois enfrentavam v rios inimigos em batalhas para conseguir grandes tesouros Muitos deles perdiam seus membros em lutas e acidentes sendo substitu dos por ganchos e pernas de pau H personagens muito famosas que representam esses piratas como Long John Silver em A ilha do tesouro e Capit o Gancho em Peter Pan 292 ANEXO B Atividade aplicada de estudo do texto retirada do livro Portugu s Para viver juntos volume 6 Estudo do texto EH Para entender o texto EH Os dois par grafos iniciais da hist ria trazem elementos ca racter sticos de um conto de aventuras Que informa es do texto comprovam essa afirma o E Que descoberta desencadeia as a es presentes no conto EJ Quanto tempo duraram os acontecimentos narrados no conto Justifique sua resposta com trechos do texto EJ O nome de um dos navios j d pistas dos caminhos que ser o percorridos nessa viagem O que podemos supor a partir do nome desse navio EJ Como Jean Thomas Dulaien caracterizado no texto D exemplo de uma atitude que demonstre o seu car ter EEE Quando avista o navio o pirata tamb m v corpos de ma rinheiros mortos Qual a rea o dele ao deparar com essa cena O que isso revela sobre seu modo de se
11. Este cap tulo apresenta em tr s se es an lises e resultados da atividade leitura aplicada aos grupos A B C e D A primeira se o traz a an lise do texto apresentado na se o de leitura e das perguntas aplicadas aos alunos analisadas juntamente com as respostas sugeridas pelo Manual do Professor MP do livro did tico O objetivo da an lise destacar as habilidades que as perguntas propostas exigem dos alunos A segunda se o descreve os resultados alcan ados pelos grupos de alunos na atividade de leitura do livro did tico Por meio de tabelas s o apresentados os percentuais de acertos e erros de cada grupo seguidos de exemplos de respostas dos alunos Na an lise desses dados procuramos compreender os efeitos das estrat gias de media o empregadas em cada grupo Ou seja a aus ncia de media o no grupo A a media o da leitura do texto no grupo B a media o na leitura das quest es no grupo C e media o na leitura do texto e na leitura das quest es no grupo D A terceira se o deste cap tulo simula um cruzamento dos percentuais gerais dos grupos A B C e D com vistas a sugerir as consequ ncias produzidas pela aus ncia e pela presen a da media o no trabalho com a leitura Ao cruzar esses dados poss vel chegar a um dos objetivos desta pesquisa que o de explicitar a rela o aluno com o livro did tico em atividades de leitura Emergem respostas para as quest es Quais as situa es m
12. Porque eu n o estava entendendo o que era pra fazer no exerc cio aluno 10 porque fala varias palavras diferentes e dificieis de intender e o texto a criatura aluno 14 A quest o da sele o lexical um entrave com o qual se deparam os alunos no momento de realizar as quest es O que j havia sido evidenciado pelas professoras Essa dificuldade pode ser uma consequ ncia do pouco espa o que estudo do l xico do vocabul rio tem ocupado no espa o escolar Sobre isso Antunes 2012 p 24 afirma que fica patente que o ensino do l xico ocupa um lugar marginal no interior de alguns programas escolares al m de quando tratado como objeto de ensino n o atinge a dimens o da textualidade ou seja n o visto como componente fundamental da constru o textual dos sentidos ANTUNES 2012 p 24 De acordo com a autora o l xico insuficientemente tratado e quando considerado visto na dimens o morfol gica e sem ntica ambas em atividades que focam palavras e frases isoladas E preciso que o trabalho com o l xico o encare como elemento da composi o do texto que concorre para produ o de sentido inten es coes o e coer ncia Outras dificuldades s o atribu das ao n o entendimento do texto como se observa nas declara es a seguir entender o texto para responder a quest o do jeito que eles falam aluno 11 Porque dificil separar um texto do outro porque cada um tem sua di
13. acha que por que eles n o entendem realmente ou por que eles t m 74 um des nimo vamos falar assim uma certa pregui a para fazer 75 P Eu acho pesa as duas coisas mas em alguns casos assim que s o alunos mais 76 dedicados voc v que n o entendeu mesmo Trechos da entrevista da professora Ana Pelo depoimento de Ana poss vel observar que ela usa o LDP com frequ ncia mas parece n o estar muito satisfeita com ele e n o acreditar muito nas propostas de atividades e na sele o textual que oferece Ela faz uso de atividades complementares com frequ ncia como deixa claro em muitos momentos da entrevista Para ela os alunos n o gostam do material contudo isso evidencia muito mais sua percep o do LDP do que realmente dos alunos Sobre suas estrat gias de media o ela busca diversificar um pouco mas n o faz muitas varia es Ela acredita que ao trazer outras atividades j caracteriza sua forma de mediar 5 2 2 A professora Rosa os alunos n o gostam de ler Rosa uma professora de aproximadamente cinquenta anos Leciona h cerca de onze anos e tem mais experi ncia com o ensino m dio Ela afirma gostar muito do trabalho prefere o ensino m dio pois para ela a maturidade dos alunos faz diferen a Rosa usa o LDP com frequ ncia mas tamb m faz uso de atividades complementares O uso do LPD para a professora uma obriga o ela v como uma imposi o 13 P Utili zo com frequ ncia at p
14. alcan ar com a ajuda de algu m O que Vygotsky 2007 passa a questionar em resumo se por pouco a crian a n o capaz de resolver o problema sozinha a solu o n o vista como um indicativo de seu desenvolvimento mental Esta verdade pertencia ao senso comum e era por ele refor ada Por mais de uma d cada mesmo os pensadores mais sagazes nunca questionaram esse fato nunca consideraram a no o de que o que a crian a consegue fazer com ajuda dos outros poderia ser de alguma maneira muito 43 mais indicativo de seu desenvolvimento mental do que o que consegue fazer sozinha VYGOTSKY 1984 2007 p 96 Apesar de este autor afirmar que essa no o de n o se valorizar o que a crian a faz com aux lio do outro como indicativo de seu desenvolvimento ser algo do passado ainda notamos no universo escolar a presen a dessa concep o o que muitas vezes se observa com os resultados de provas e atividades que os alunos precisam fazer sozinhos neste ponto questionado pelo autor ou seja na dist ncia entre o que j se sabe e o que se pode saber com algum aux lio que est o segundo n vel de desenvolvimento preconizado e chamado por Vygotsky 2007 de proximal Dessa forma a zona de desenvolvimento proximal ZDP entendida como a dist ncia entre as pr ticas que uma crian a j domina e as atividades nas quais ela ainda depende de ajuda No percurso entre esses dois pontos que conforme o autor a cri
15. apresentado como uma pessoa autorit ria d ordens aos seus homens e n o deixa que eles o contrariem Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al Dulaien que com o ouro fugia Incorreta N o caracteriza o personagem para Europo A2 Mand o Correta faz a caracteriza o aproximando se da Gostava de dar orden quem resposta sugerida desobedesece acabava no por o p o e gua A3 Ele caracterizado como um Incorreta pirata Esta resposta foge ao padr o mas n o deixa de Gosta de tesouros caracterizar o personagem A4 O que tanto encantava Dulaien Incorreta N o caracteriza o personagem era na verdade uma vis o macabra AS Que ele era bravo por chamar Parcialmente correta caracteriza sem apresentar seus amigos de molenga exemplo de atitude sugerida A6 Ele comandaval o dois navios Incorreta N o caracteriza o personagem o sem rumo o sem piedade A7 Dulaien Uma vis o macabra Incorreta N o caracteriza o personagem comandava seus dois navios A8 O pirata franc s Jean Thomas Incorreta N o caracteriza o personagem de acordo Dulaien comandava seus dois com o esperado navios A9 Seus olhos brilhavam porque Incorreta do alto da g vea de seu barco C pia de trecho aleat rio onde estavas pendurado ele j imaginava o carregamento da nau A10 12 De fazer os marujos e a terra Incorreta para ele fujir para a europa
16. como o trabalho com o livro se processa Em muitos momentos na sala de aula s o percept veis algumas rea es dos alunos Ao serem questionados sobre o livro por exemplo alguns demonstram certa avers o e aborrecimento na conviv ncia com o livro did tico Por que isso ocorre Por que o livro did tico a priori t o importante torna se um objeto indesej vel chato para uma parte do alunado Seria uma pura e inexplic vel rejei o ou a den ncia da falta de compreens o e da falta de habilidade em lidar com o material Ou ainda a repeti o de metodologia de ensino adotada no cotidiano escolar contribui para isso As quest es anteriores levam a refletir sobre a compet ncia leitora dos alunos envolvidos no processo de aprendizagem quando o livro did tico tomado como suporte principal das aulas Uma poss vel dificuldade estaria relacionada diretamente falta de profici ncia em leitura Quando a aluna em seu depoimento fala que as perguntas devem ser mais elaboradas que os textos s o grandes e que as perguntas podem confundir as pessoas provavelmente isso remete ao insucesso na leitura Outras quest es podem ser levantadas neste ponto o que especificamente leitura Como os sujeitos aprendem a ler Como a escola ensina Respostas a essas perguntas dependem das concep es de leitura e linguagem que concorrem no espa o da escola Afinal muito do que feito est atrelado s concep es muita
17. enfatizadas nas an lises as quest es mais erradas pelos alunos em cada grupo 4 2 1 Aus ncia de media o o que ocorreu com o grupo A O grupo A leu o texto e respondeu s quest es sem qualquer aux lio ou media o apenas foram indicadas as p ginas do LDP que os alunos deveriam abrir para realizar a tarefa Esse grupo representa uma situa o em que se pode dizer que n o h ensino Situa es como essa em que a leitura tratada de modo mec nico como tarefa de apenas ler silenciosamente ou em voz alta para responder a um conjunto de perguntas ainda s o frequentes na sala de aula como afirma Antunes 2003 p 27 28 A tabela 1 apresenta os percentuais de acerto e erro em cada quest o Tabela 1 Resultados do grupo A Quest o Correta Incorreta N o resultado respondeu C PC CO Total 1 7 7 23 0 15 4 46 1 53 8 2 7 7 46 1 7 7 61 5 38 5 3 84 6 15 4 4 53 8 15 4 69 2 30 8 5 15 4 30 8 46 2 53 8 6 23 0 23 0 77 0 7 23 0 23 0 46 2 53 8 8 15 4 23 0 38 5 61 5 9 7 7 15 4 23 1 76 9 10 7 7 692 76 9 23 0 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa A m dia de 70 nas respostas corretas do grupo somente foi atingida em duas quest es na quest o quatro 69 2 considerando o arredondamento do percentual e na dez 76 9 Isso significa que as habilidades evidenciadas por esse grupo foram as de 1 Identificar informa o levantar hip teses e inferir
18. es sist micas X habilidades de leitura em livro did tico 2005 145f Disserta o Mestrado em Lingu stica Faculdade de Letras Programa de P s Gradua o em Estudos Lingu sticos UFMG Belo Horizonte 2005 TRAVAGLIA L C As presen as do texto em sala de aula In II Simp sio Internacional de Ensino de L ngua Portuguesa SIELP 2012 Uberl ndia Anais do SIELP Uberl ndia EDUFU 2012 v 2 p 1 21 TRAVAGLIA L C Concep es de linguagem In TRAVAGLIA L C Gram tica e intera o uma proposta para o ensino de gram tica no 1 e 2 graus S o Paulo Cortez 1996 248p 173 VYGOTSKY L S A forma o social da mente S o Paulo Martins Fontes 7 ed 2007 1984 224p VYGOTSKY L S Pensamento e linguagem S o Paulo Martins Fontes 3 ed 1991 135p WOOD D BRUNER J ROSS G The role of tutoring in problem solving Journal of Child Psychology v 17 p 89 100 1976 174 AP NDICES AP NDICE A Termo de consentimento livre esclarecido para os pais e alunos UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO TCLE Destinado aos Pais e aos Alunos Caro pai ou respons vel O a seu sua filho a est sendo convidado a a participar da pesquisa intitulada O PROCESSO DE RECEP O DO LIVRO DID TICO DE PORTUGU S E A CONSTRU O DA COMPET NCIA LEITORA POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL sob a responsabilidade da professora Cl udia Ma
19. es separadas at mesmo paralelas sem se considerar a inter rela o de sua estrutura e desenvolvimento VYGOTSKY 1991 p 6 Assim de acordo com Vygotsky 1991 a utiliza o da linguagem que possibilita o desenvolvimento das estruturas psicol gicas superiores consci ncia da crian a A internaliza o ou interioriza o dos conte dos historicamente determinados e culturalmente organizados poss vel via linguagem uma vez que esse conte do da experi ncia hist rica do homem apesar de consolidado nas cria es materiais reflete se nas formas verbais de comunica o entre as pessoas Vygotsky 1991 toma como ponto de partida para sua discuss o o fato de que o aprendizado das crian as come a muito antes de elas frequentarem a escola Para ele qualquer situa o de aprendizado com a qual a crian a se defronta na escola tem sempre uma hist ria pr via Nesse sentido h a valoriza o do exterior das rela es sociais e experi ncias vividas pela crian a antes da aprendizagem formal escolar Em sua teoria o autor considera a exist ncia de dois n veis de desenvolvimento infantil O primeiro conhecido como real e engloba as fun es mentais que j est o completamente desenvolvidas fruto de habilidades e conhecimentos constru dos pela crian a Normalmente esse n vel representado pelo que a crian a capaz de realizar sozinha Isso contudo n o leva em considera o o que ela conseguiria fazer ou
20. escola 163 As sugest es de respostas do livro did tico no manual do professor tamb m foram problem ticas em muitos casos Houve respostas reducionistas e pouco flex veis Algumas n o eram suficientes para responder a contento a quest o proposta ex quest es 2 3 Observou se ainda que n o h no manual do professor nenhuma instru o para que outras respostas pudessem ser consideradas diferentemente das indicadas Diferentemente do senso comum que diz que os estudantes n o gostam do LDP os dados evidenciam que eles gostam dos textos e os destacam entre as prefer ncias Dos exemplos de g neros citados pelos estudantes houve hist rias em quadrinho tirinhas poemas e contos Isso revela a prefer ncia por alguns textos menos cont nuos e de leitura mais r pida Sobre o que eles julgam mais dif cil houve grande parte das repostas apontando os conhecimentos lingu sticos seguidos de compreender as quest es sobre o texto Por outro lado as docentes s o un nimes em dizer que os alunos n o gostam do LDP n o gostam de ler apresentam dificuldade com a leitura de textos extensos apresentam limita es com o l xico o vocabul rio Suas falas denunciam que os alunos chegam ao sexto ano sem terem desenvolvido as compet ncias necess rias para leitura e interpreta o de texto indicadas para esta fase Uma das docentes acredita que os alunos n o entendem por isso n o devem gostar Diante do que foi expo
21. 138 5 REPRESENTA ES SOBRE O LDP Em conversas informais entre professores muito comum ouvir afirma es como Os alunos n o gostam do livro eles acham o livro e as atividades muito chatas ou ainda os textos s o grandes e dif ceis para os alunos A fim de comprovar a pertin ncia ou n o de tais afirma es foi feito um levantamento do que alunos e professores pensam sobre o material did tico pois essas percep es podem interferir significativamente na forma como se relacionam com ele e no uso que dele fazem Assim no intuito de responder aos objetivos de apontar com depoimentos e entrevistas a opini o dos alunos sobre o livro did tico de portugu s e verificar a percep o que os professores t m do livro e suas formas de us lo este cap tulo foi elaborado para perceber as representa es que os sujeitos t m do objeto Ele est dividido em duas se es na primeira apresentam se as representa es dos alunos na segunda a vis o dos professores sobre o livro 5 1 O livro did tico de portugu s ruim O que os alunos pensam sobre o LDP Para descobrir o que os alunos pensam sobre o livro did tico foi aplicado um instrumento um question rio em que eles deviam expressar suas impress es e experi ncias com o LDP A resposta ao question rio foi volunt ria A aplica o realizou se em sala de aula no hor rio de portugu s e vinte e dois alunos participaram No intuito de otimizar
22. Assim a concep o de ensino de l ngua portuguesa passa por mudan as com a cria o de um novo sistema a partir da Lei 5692 71 De acordo com a autora essa lei estabelecia que l ngua nacional se deveria dar especial relevo como instrumento de comunica o e como express o da cultura brasileira SOARES 1998 p 57 Por essa poca a disciplina ganhou nomes diferentes como comunica o e express o nas quatro s ries iniciais e Comunica o em L ngua Portuguesa nas quatro ltimas s ries do ensino fundamental Nessa concep o h uma valoriza o da repeti o acreditando se que pela repeti o o sujeito aprende O sujeito determinado assujeitado pelo sistema caracterizado por uma esp cie de n o consci ncia KOCH 2003 p 14 O sujeito portanto um repetidor do discurso vigente A leitura nessa segunda concep o assumida como processo de decodifica o Decodificar de acordo com Kato 1986 passar do c digo escrito para o c digo oral Dessa forma ao passar letra por letra palavra por palavra acredita se que o leitor consegue se apropriar do conte do do texto lido sem dificuldades O leitor assume um papel passivo Koch 2003 p 16 ainda para explicitar essa no o afirma que o texto encarado como simples produto de Corrente te rica da lingu stica estabelecida a partir dos princ pios do Cours de Linguistique G n rale 1916 de Ferdinand de Saussure
23. Nessa linha de pensamento Cafiero 2005 tamb m entende a leitura como um processo cognitivo e social de produ o de sentido dessa forma quando algu m l um texto n o est apenas realizando uma tradu o literal daquilo que o autor do texto quer significar mas que est produzindo sentidos em um contexto concreto de comunica o a partir do material escrito que o autor fornece Nesse processo o leitor busca no texto um ponto de partida um conjunto de instru es relaciona essas instru es com as informa es que j fazem parte de seu conhecimento com o que j aprendeu em outras situa es produzindo sentidos ou construindo coer ncia para o texto CAFIERO 2005 p 17 A terceira concep o de linguagem como intera o e leitura como processo de constru o de sentido pode ser exemplificada nas atividades do LDP a seguir Exemplo 3 Leia este cartum de Santiago ieHTOU CUM PRUBL MAS PARA MANDAIRE ESTA MENSAGEM Ao RE DE P RTUGAL Tinta fresca Porto Alegre L amp PM 2004 p 3 40 1 Observe as personagens do cartum as caravelas ao fundo e o papel que uma das personagens tem nas m os a A que figura da hist ria do Brasil provavelmente corresponde a personagem que tem o papel nas m os b Quando supostamente estaria ocorrendo essa cena 2 O humor desse cartum est principalmente na fala do ndio Explique por qu CEREJA W R amp MAGALHAES T C Portugu s Linguagens 5
24. Uruguai Em termos de m dia de profici ncia em leitura o desempenho do Brasil em 2009 412 pontos est abaixo da m dia geral dos pa ses integrantes da OCDE que de 493 pontos No relat rio de primeiros resultados do SAEB Prova Brasil 2011 a m dia de profici ncia em leitura dos alunos brasileiros do nono ano do ensino fundamental de 243 pontos BRASIL 2011 tabela 3 p 5 o que os enquadra no n vel cinco numa escala de desempenho em l ngua portuguesa subdividida em nove n veis Esse baixo desempenho tamb m notado nas salas de aula onde professores deparam se com estudantes que mal conseguem soletrar algumas palavras fazer uma leitura cont nua ou seja n o leem com flu ncia e n o atribuem sentido ao que lido Al m disso eles por vezes apresentam dificuldades para identificar as ideias essenciais relacionar informa es compreender enfim estudantes apresentam dificuldades para ler e interpretar um texto A partir desse quadro este trabalho procura discutir uma parte do universo do desenvolvimento das capacidades da compet ncia leitora no mbito escolar com a utiliza o do livro did tico como um dos principais recursos materiais usado no processo de ensino aprendizagem Para isso foi realizada uma pesquisa de campo de car ter qualitativo numa escola p blica com alunos do Ensino Fundamental do sexto ano na faixa et ria compreendida entre onze e doze anos Um conceito importante nes
25. a escola deve proporcionar nesta media o constante leitura de textos aut nticos leitura interativa em duas vias motivada do todo cr tica diversificada da reconstru o do texto apoiada no texto por prazer leitura n o s das palavras e nunca desvinculada do sentido Os dados evidenciaram que os alunos que contaram com a media o mais completa grupo D conseguem se sobressair fazem menos c pias demonstram maior autonomia nas respostas ao usarem suas pr prias palavras ao responderem Conseguem ainda melhores resultados em opera es mais complexas demandadas pelas quest es infer ncia correla o de informa o compreens o global do texto Neste cap tulo analisamos os resultados da atividade de leitura aplicada aos alunos com as diferentes estrat gias de abordagem que foram a n o media o a media o do texto das perguntas e a media o completa Al m disso pudemos verificar alguns trechos de aulas de leitura que apontaram as pr ticas recorrentes no cotidiano A import ncia de que a media o evidenciada pelos dados dos grupos especialmente o grupo D permitiu observar a import ncia de um trabalho de media o que foi o mais bem sucedido entre os demais e foi tamb m o que mais contou com as estrat gias de media o No pr ximo cap tulo s o apresentadas as respostas dos alunos sobre o que pensam sobre o livro did tico e tamb m os depoimentos das docentes sobre esse recurso did tico
26. cio do texto ou seja compreender os sete primeiros par grafos 3 identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o 4 inferir informa o impl cita no texto e identificar exemplo no texto para justificar a resposta demandando para isso a compreens o global do texto 5 descrever a partir da compreens o do texto ou de parte do texto caracter sticas do personagem e inferir informa o impl cita no texto 6 fazer infer ncia a partir da compreens o global do texto 7 identificar informa o e relacionar informa es 125 8 demonstrar compreens o global do texto e a partir disso relacionar informa es e apontar uma que comprova a afirma o fazer infer ncia 9 perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo A quest o com percentual abaixo de 70 foi a tr s Como a quest o 1 atingiu 69 1 no arredondamento para a dezena mais pr xima poss vel considerar 70 ou seja um percentual razo vel de acerto A quest o 3 23 1 foi dif cil para todos os grupos como foi visto nos resultados anteriores Para a quest o 3 algumas respostas do grupo D s o Pergunta 3 D39 Com certeza tinha sido atingida noite por forte Quanto tempo tempestade duraram os D44 Menos de uma hora quando a embarca o acontecimentos afumdou Duas horas depois quando tudo j narrad
27. contando o destino desses homens Fonte Cole o Para viver juntos Portugu s vol 6 p 293 No quarto cap tulo al m de analisar o texto buscamos categorizar as perguntas segundo as habilidades que elas mobilizam e posteriormente categorizar as respostas dadas pelos alunos em termos de adequa o ou n o adequa o ou seja correta parcialmente correta ou incorreta usando como par metro inicial as respostas sugeridas no manual do professor Para a an lise do texto foram usados os crit rios propostos por Antunes 2010 detalhados no cap tulo anterior 2 3 3 que permitem considerar o texto em dois focos um em aspectos globais e outro em aspectos mais pontuais de sua constru o O primeiro foco representa o eixo de sua coer ncia universo de refer ncia unidade sem ntica progress o do tema prop sito comunicativo esquemas de composi o tipo e g nero as rela es com outros textos O segundo foco diz respeito principalmente aos aspectos mais pontuais envolvidos na constru o do texto S o fundamentais os que se relacionam diretamente constru o da 85 narra o os efeitos de sentido pretendidos pela escolha de determinada palavra ou por certos recursos morfossint ticos as marcas de ironia etc Essa an lise possibilita perceber como o texto estruturado e pode fazer entender tamb m o tipo de habilidade requerida durante uma leitura compreensiva al m de fornecer ao professor dados par
28. defici ncias Usa ainda outras estrat gias como as descritas a seguir 57 P Na maioria das vezes eu utilizo outros materiais n que possam suprir essa 58 defici ncia do livro did tico e ajudando tamb m s vezes eu coloco trabalho em 59 grupo s vezes eu coloco um aluno que tem uma facilidade maior junto com um 60 aluno que tem dificuldade n na hora de fazer a atividade no mais isso mesmo 61 E Pelas suas explica es e pela sua exposi o 62 P Tamb m H h Trechos da entrevista da professora Ana Na vis o de Ana os alunos n o gostam do LDP Para ela isso ocorre devido s dificuldades enfrentadas pelos estudantes com a leitura e compreens o dos textos e atividades Ela reafirma que a extens o dos textos um problema 64 P Olha eu acho que eles n o gostam muito n o 65 E E a voc atribuiria esse n o gostam a qu 66 P Eu acho que justamente por causa dessa dificuldade que eles t m em lidar com 67 o livro Pede Na hora que come a a unidade que vai fazer a leitura de um g nero 68 por exemplo o g nero grande o texto muito grande ent o eles ficam 69 desanimados e ler a na hora que vai fazer as atividades eles n o conseguem fazer 70 as atividades sozinhos Ent o o tempo inteiro tem que ficar pedindo ajuda Quando 71 pede para fazer a atividade em casa a maioria vem com a atividade errada Fazem s 72 por fazer mesmo 151 73 E E a voc
29. nela mas houve ocorr ncia significativa de c pias que nos chamou a aten o neste grupo A quest o 3 aquela em que todos os grupos apresentaram dificuldades para responder Como ela foi comentada no grupo anterior neste trabalho apenas s o verificados alguns exemplos de respostas deste grupo seguidos de coment rios Nessa quest o o grupo B apresentou o percentual de respostas de 8 3 de acerto e 91 7 de erro Alguns exemplos de resposta do grupo s o 118 Pergunta 3 B14 2 dias Quanto tempo Porque o pirata acharam o tesouro duraram os Bl6 Uma hora por volta do meio dia acontecimentos B17 1 dia e meio Os piratas esvasiaram com narrados no menos de uma hora Ao cair a noite duas horas conto depois quando todos ja dormiam No dia Justifique sua seguinte por volta do meio dia resposta com B25 Vamos molengas vamos ao saque trechos do Duas horas depois quando todos dormiam texto Apenas um componente desse grupo consegue responder quest o As respostas se assemelham s do grupo A quando houve identifica o de algumas das marcas de tempo e o n o acerto da dura o dos fatos O aluno B14 responde livremente sem atentar para elementos que pudessem comprovar sua resposta B16 responde citando uma dura o de tempo que ele provavelmente sup e ser e exemplifica com um marcador de tempo presente no texto por volta do meio dia Como n o percebe outras marcas lingu
30. o de recursos gr ficos exemplo letras mai sculas chamandoa aten o em um cartaz e identificarotema em umtexto simples e curto Este n vel constitu do por narrativas mais complexas e incorporam outros g neros textuais poristo ainda que algumas habilidades aqui apontadas j estejam listadas anteriormente elas se mostraram mais dif ceis neste intervalo Al m das habilidades anteriormente citadas os alunos do 5 e 9 anos 4 e 82 s ries localizam informa o expl cita Exemplo identificando dentre v rios personagens o principal e em situa es mais complexas a partir de sele o e compara ode partes do texto identificamo tema deum texto inferem informa o em texto verbal caracter sticas do personagem e n o verbal tirinha interpretam pequenas mat rias de jornal trechos de enciclop dia poemas longose prosa po tica identificam oconflitogeradore finalidade dotexto N vel 4 200 a 225 Al m de demonstrar todas as habilidades anteriores a partir de anedotas f bulas e textos com linguagem gr fica pouco usual namativos complexos po ticos informativos longos ou com informa o cient fica o salunosdo s edog anos 4g e Ba s ries identificam dentre os elementos da narrativa que cont m discurso direto o narrador observador selecionam entre informa es expl citas e impl citas as correspondentes a um personagem localizam infor
31. o do h bito de imitar um modelo sonoro 34 Tamb m nessa concep o de acordo com Koch 2003 p 16 tem se o texto como um produto l gico do pensamento representa o mental do autor nada mais cabendo ao leitor ouvinte se n o captar essa representa o mental Ao leitor atribu da uma atua o passiva diante do que lhe exposto n o lhe sendo poss vel reconhecer a historicidade da linguagem e reconstruir sua hist ria de leitura Ao ser considerado como express o do pensamento o texto passa a ser um produto acabado Essa concep o de linguagem pode ser relacionada concep o escolar de ensino de acordo com Kleiman 2000 pois ela objetiva o dom nio do c digo individualmente e encara a escrita com um conjunto de atividades para se apropriar dela Por essa concep o a aprendizagem da teoria gramatical o que asseguraria o dom nio da linguagem Ou seja pela pr tica dos exerc cios gramaticais os conte dos gramaticais seriam incorporados Na perspectiva da linguagem como express o do pensamento a leitura apenas a forma de externar o pensamento e o dom nio dela medido pela express o de uma oralidade correta Nesse sentido a leitura concebida como extra o de sentido do texto Nela a leitura em voz alta era muitas vezes utilizada como forma de avalia o Essa vis o de avalia o foi disseminada acreditando que expor oralmente leva o aluno a uma literatura de boa q
32. o na leitura Teses 3 Leitura Ensino elementar Teses Bicalho Delaine Cafiero Il Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras III T tulo CDD 372 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ESTUDOS LINGU STICOS FOLHA DE APROVA O A recep o do livro did tico de portugu s e o processo de constru o da compet ncia leitora por alunos do ensino fundamental CLAUDIA MARA DE SOUZA Tese submetida Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de P s Gradua o em ESTUDOS LINGU STICOS como requisito para obten o do grau de Doutor em ESTUDOS LINGU STICOS rea de concentra o LINGU STICA DO TEXTO E DO DISCURSO linha de pesquisa Linha A Lingu stica dos G neros e Tipos Textuais Aprovada em 07 de agosto de 2014 pela banca constitu da pelos membros ero Bicalho Orientador MG Prof a Delaing Ca Prof a orotea Frank Kersch S gt W x gt Prof a M rcia Rodrigues de Souza Mendon a UNICAMP Prof a es el UFMG rolado Prof a lia L cia P ret Dell Isola UFMG Belo Horizonte 7 de agosto de 2014 Porque dele e por ele e para ele s o todas as coisas Rm 11 36 AGRADECIMENTOS professora Delaine Cafiero pela dedica o pelas orienta es pela confian a Obrigada por me ensinar a pesquisar A fam lia pelo amor carinho apoio e compreens o durante todo o
33. o quanto estrutura e quanto ao conte do QUADRO 2 Exemplo da estrutura de an lise de quest o Quest o 1 Os dois par grafos iniciais da hist ria trazem elementos caracter sticos de um conto de aventuras Que informa es do texto comprovam essa afirma o Resposta do LD O cen rio com navios e piratas Principal ais habilidade s mobilizada s na quest o Acionar um conhecimento metalingu stico Localizar informa o An lise da quest o Fonte elaborado pela autora desta pesquisa Ap s essa an lise os percentuais de acerto e erros obtidos pelos grupos em cada quest o s o apresentados Foi adotado o procedimento descrito a seguir Para compila o das respostas os sujeitos foram nomeados numa sequ ncia por Al A2 A3 a letra corresponde ao grupo e o n mero ao aluno H alunos representando os grupos A B Ce D A numera o vai de 1 a 50 As respostas obtidas de cada grupo foram digitadas e colocadas em um quadro Quadro 3 a seguir de forma que permitisse a inser o de coment rios e classifica o das respostas As 92 respostas uma a uma foram analisadas e consideradas corretas parcialmente corretas e incorretas Al m dessas no decorrer do trabalho foi inserida outra classifica o c pia Houve ainda a op o n o respondeu em alguns casos Por op o metodol gica como par metro inicial de corre o e classifica o foram usadas as respostas dad
34. reconhecem o efeito de sentido decorrente da explora o de recursos ortogr ficos ejoumorfossint ticos identificam o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa identificam a tese e o argumento que defendem em texto com a linguagem informal inferem informa o a partirde um julgamento em textos narrativos longos inferem efeitos de ironia ou humor em narrativas curtas inferem o sentido de uma express o em texto narrativo longo e de vocabul rio complexo N vel7 275a300 Al m de demonstrar as habilidades dos n veis anteriores no 5 eno g anos g e Ba s ries os alunos inferem informa o em textonarrativolongo identificam rela o l gico discursiva marcada por locu o adverbial de lugar adv rbio de tempo ou termos comparativos em textos narrativos longos com tem tica e vocabul rio complexos Osalunos do 9 ano 82 s rie inferem informa es impl citas em textos po ticos subjetivos textos argumentativos com inten o ir nica fragmento de narrativa liter ria cl ssica vers omodemizada de f bula e hist rias emquadrinhos 219 220 N vel 8 300 a 325 Al m de demonstraras habilidades dos n veis anteriores nos eno g anos 4 e 8a s ries os alunos identificam cassuntodo texto em narrativas longas com vocabul rio complexo infereminforma es em f bulas Osalunos do 9 ano 8 gt s rie inferemo tema detextop
35. rg os de defesa do organismo Os g nglios aumen tados s o conhecidos como bub es da o nome peste bub nica Tanto o c lera como a peste s o doen as causadas por bact rias no caso do c lera transmitidas pela gua e pelos alimentos no caso da peste pela pulga do rato Mas isso s foi descoberto mais tarde no s culo XIX Durante muito tempo as epidemias provoca vam grande pavor porque n o se sabia qual era a causa delas Pensava se que eram castigo de Deus Havia tamb m a id ia de que eram conseqii ncia de miasmas O que o miasma Os anti gos denominavam miasma uma coisa que est no ar das regi es pantanosas insalubres e que resul ta em doen a A palavra mal ria vem da quer dizer maus ares O interessante que essa id ia tinha algum fundamento Hoje sabemos que a DACYR SCLIAR mal ria uma doen a que d um febr o e tremores es de frio transmitida por um mosquito Ora re gi es pantanosas t m tamb m mosquitos De modo que era um caso de atirou no que viu acer tou no que n o viu estava certo evitar tais regi es mas n o por causa dos miasmas e sim por causa dos mosquitos E o que se fazia quando ocorria uma epidemia de peste por exemplo Os ricos fechavam se nas suas casas e pal cios os pobres rezavam E os m dicos Aqui temos um m dico da Idade M dia preparado para enfrentar uma epidemia de peste UNIDADE E CI NCIA E SA DE Moacyr ScliarMarcelo Cipis Companhia
36. s Jheam Thomas Dualaim comandavan seus dois navios No momento de responder as quest es apenas um aluno pergunta se na quest o 1 para copiar uma parte dos par grafos Como a pr tica de c pia foi recorrente poss vel dizer que esse grupo compreende o texto com o aux lio da media o mas ao responder as perguntas a percep o do grupo sobre produ o de respostas ou a compreens o do que responder apenas copiar algum trecho do texto Um fator que pode ter contribu do para a c pia o fato de no enunciado da quest o estar presente a indica o dos par grafos nos quais a resposta pode ser encontrada Na maioria das respostas destacadas como exemplo B20 B22 B23 B24 os estudantes copiam o primeiro par grafo e apenas um B17 transcreve o in cio do primeiro e o in cio do segundo par grafos H evid ncias de que os estudantes do grupo B compreenderam o texto mas n o compreenderam as quest es isso os leva a responder uma quest o simplesmente copiando trechos do texto em que havia pistas para resposta Ou seja o que eles fazem reafirmar uma vis o de que responder a uma quest o sobre um texto meramente copiar uma parte dele Essa situa o tamb m foi verificada durante as filmagens das aulas quando em alguns 120 momentos os estudantes perguntaram professora se era para copiar do texto se a resposta estava no texto A para TIRAR a resposta dos d
37. teses leitoras Dessa maneira aulas de leitura desprovidas de media o refor am a vis o de linguagem como transmiss o de pensamento de sujeito passivo de recupera o do que o autor tem a dizer ou a vis o de que o sentido est no texto Quando conseguem decodificar os alunos transcrevem boa parte do texto como se isso fosse suficiente para elaborar suas respostas no falseamento da apropria o do conte do do texto Ler n o apenas decodificar mas o dado do grupo A revela que assim que os alunos est o entendendo a leitura aulas de leitura com alguma estrat gia mediadora favorecem em parte o desenvolvimento de compet ncias leitoras ora se compreende o texto ora as atividades Por m os dados 137 evidenciaram que tanto o texto quanto as perguntas da atividade de compreens o revelam elementos que dificultam a tarefa de um leitor em fase de forma o Por isso necess ria uma a o intensa que favore a o estudante na constru o de sua autonomia como leitor Ler n o apenas entender partes do texto ou as atividades sobre ele necess rio que se faculte o estabelecimento da compreens o das v rias partes do processo Os grupo Be C n o obtiveram melhores resultados pois foram assistidos em apenas uma das partes aulas de leitura com a es mediadoras favorecem a constru o das capacidades habilidades ou seja da compet ncia leitora dos estudantes Conforme destaca Antunes 2003 p 80 83
38. 184 B14 Comprovam que a aventura Parcialmente correta Identifica um dos elementos de um pirata navegando oferecidos como resposta personagens B15 Voltando das ilhas do Incorreta N o identifica os elementos apontados como Caribe desviou se resposta no Manual do Professor rapidamente B16 Quando fala que eles Incorreta N o identifica os elementos apontados como estavam voltando da ilhas do resposta no Manual do Professor Caribe com os navios sem rumo e sem piedade B17 Voltando a ilha do Caribe Incorreta N o identifica os elementos apontados como Na altura do linha do resposta no Manual do Professor Equador desviouse da rota programada BI8 N o respondeu B119 Confirmaram que e um Correta Identifica os elementos citados pelo manual do conto de aventuras por professor como resposta ter piratas barcos e tesouros B20 Voltando das ilhas do C pia cita o cen rio e personagem Caribe o pirata franc s Jean Thomas Dulaien comandava seus dois navios que se chavam Sem rumo e sem piedade B21 Voltando das ilhas do caribe C pia cita o local parte do cen rio e personagem o pirata frances Jean tomas n o faz refer ncia a navios dulaien B22 Voltando da ilha do Caribe C pia cita cen rio e personagem o pirata franc s Jean Thomas Dulaien comadava seus dois navios que se chamavam Sem rumo e Sem piedade B23 Voltando das ilhas do caribe C pia cita
39. An lise do conto Piratas sem piedade e habilidades de compreens o que as perguntas do LDP exigem ans is ra ga sl a ai Sli Gts aaa ta 95 4 2 Resultados por quest es nos grupos A B C e D erre 111 4 2 1 Aus ncia de media o o que ocorreu com o grupo A sesessssssssssesesssseressssreesssereessse 112 4 2 2 Media o na leitura do texto o caso do grupo B erre 116 4 2 3 Media o nas perguntas o caso do grupo C ii eeereererarreereanaa 121 4 2 4 Consequ ncias do ensino de leitura os dados do grupo D s sssessssssesessssrsesssereessse 124 4 3 Cruzamento entre os grupos o papel da media o no ensino de leitura 132 4 3 1 Respostas Corretas X Incorretas sa ssamsaras cairia cunseuatires dois duas an ad rea dass ear nat ires dass dneaia 135 5 REPRESENTA ES SOBRE O LDP eee 138 5 1 O livro did tico de portugu s ruim O que os alunos pensam sobre o LDP 138 5 1 1 O que mais dif cil nas atividades do LDP irei 139 5 1 2 Quem apoia a realiza o das atividades em casa ciiereeereereranis 140 5 1 3 Do que os alunos gostam no LDP assa strada A fa af aa 142 5 1 4 Do que os alunos n o gostam no LDP n e ireeeereereeeaereereaneaa 143 5 1 5 Algumas atividades consideradas dif ceis pelos alunos iiiiiiiii 145 52 OLDE na yis o dO professor surda Ae A CI UE O ia
40. B Quest o Correta Incorreta N o resultado C PC CO Total respondeu 1 8 3 8 3 50 0 66 0 25 0 8 3 2 41 6 333 74 9 16 6 8 3 3 8 3 8 3 91 7 4 50 0 25 0 75 0 25 0 5 16 7 75 91 7 8 3 6 16 6 333 83 582 41 6 7 50 0 16 6 66 6 33 3 8 25 0 25 0 50 0 50 0 9 16 7 16 7 16 7 50 0 50 0 10 25 0 66 7 91 7 8 3 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa Na tabela 2 observa se que o grupo B obteve resultado na m dia de 70 em quatro quest es as de n mero dois quatro cinco e dez Isso significa que as habilidades demonstradas por esse grupo foram 1 demonstrar compreens o global do in cio do texto ou seja compreender os primeiros par grafos necess rios elabora o da resposta 2 identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o 3 perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele 4 perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo Tamb m chama a aten o a quest o que apresenta alto ndice de respostas incorretas ou baixo ndice de acerto a quest o 3 Esses ndices evidenciam que o grupo B encontrou dificuldades na quest o que exigia as habilidades de inferir informa o e justificar resposta com cita o do texto Al m dessa outra quest o que merece ser analisada no grupo B a n mero um O grupo apresentou um percentual de 66
41. Este fato produz o efeito de minimizar em dupla dire o Por um lado os estudantes sabem que dever o responder a um conjunto mais ou menos arbitr rio de quest es e por isso podem voltar mais sua aten o para o fato de encontrar estrat gias que permitam respond las do que para compreender o texto e elaborar uma interpreta o plaus vel do mesmo Essa ocorr ncia poss vel verificar tamb m no dia a dia da sala de aula nas aulas de leitura quando comumente os alunos devem ler um texto para responder a atividades de texto Por outro lado ainda de acordo com os apontamentos da autora o modelo oferecido muito pouco til para o aluno poder utiliz lo autonomamente como meio de dirigir e autoavaliar sua leitura antes durante e depois dela Desta forma uma vez que o objetivo do ensino nas palavras de Sol 1998 p 156 o aumento da compet ncia e autonomia dos alunos para que eles aprendam a aprender necess rio um exame cauteloso do tipo de quest es que s o formuladas e as rela es que estabelecem com as respostas que sugerem Da mesma forma ed acredita se que as quest es presentes nos LDPs devem ser assim consideradas com cautela A implica o dessa rotina de responder perguntas aleat rias n o selecionadas sobre um texto o fato de que perfeitamente possivel n o compreender um texto e responder perguntas referentes ao mesmo SOL 1998 p 156 A partir dessas considera es a
42. Guia de livros did ticos est respaldada pelos Par metros Curriculares Nacionais PCNs como tamb m est em conson ncia com a teoria de leitura que a considera como um processo interativo de produ o de sentido 58 Em rela o ao LDP alguns temas e sua compreens o s o relevantes para a an lise do corpus desta pesquisa S o apresentadas portanto a seguir algumas abordagens feitas por diferentes autores sobre a linguagem o texto a compreens o nos livros Rangel 2003 p 13 20 ao falar sobre o programa nacional de livro did tico aponta para as mudan as provocadas pelo PNLD Esse programa instituiu perspectivas te ricas e metodol gicas bem definidas al m disso os princ pios e crit rios adotados na avalia o dos livros v m da orienta o pragm tica respons vel pela modifica o da vis o nas concep es de l ngua e de processo de ensino aprendizagem Para o autor essa mudan a come ou a proporcionar oportunidades para novas hip teses estimulando novas tentativas de pr ticas de ensino que levassem em conta o desenvolvimento de habilidades e compet ncias a partir de conhecimentos e experi ncias pr vias trazidos pelos alunos como sugere a perspectiva sociocognitiva interacionista Rangel 2003 esclarece que o ensino n o pode mais desconsiderar durante o processo de ensino aprendizagem toda a bagagem trazida pelo aluno bem como a mudan a na concep o de l ngua e linguagem proporcionada pelas novas
43. John Gumperz BORTONI RICARDO 2012 p 9 47 A autora retoma a teoria de Bruner 1983 para evidenciar o papel do professor como mediador nas interven es em aula de leitura Essas interven es podem ser comparadas aos scaffolding propostos anteriormente por Wood Bruner amp Ross 1976 ou seja andaimes conceituais que oferecem suporte e ind cios para ajudar o aprendiz sobre os pr ximos passos na constru o do conhecimento A defini o de agente de letramento dada por Kleiman 2006 o que acreditamos ser o papel do professor mediador ou seja aquele que um promotor das capacidades e recursos de seus alunos e de suas redes comunicativas para que participem das pr ticas sociais de letramento KLEIMAN 2006 p 82 O conceito apresentado pela autora est de acordo com o de Vygotsky isto porque ambos consideram a troca de experi ncias e conhecimentos com o outro na constru o da aprendizagem Desse modo na perspectiva de Vygotsky 2007 na linha dos PCNs 1997 e de Bortoni Ricardo 2012 neste trabalho ser o chamadas de media es as a es do professor em sala de aula para promover a constru o da aprendizagem e o seu papel de mediador entendido como aquele que atua constr i junto com os alunos o processo de ensino aprendizagem mobilizando para isto os recursos e as condi es necess rias O professor mediador ao ensinar boas estrat gias que permitam ao aprendiz avan ar no seu processo c
44. Letras 2003 320p ROJO Roxane O perfil do livro did tico de l ngua portuguesa para o ensino fundamental 5a a 8a s ries In ROJO Roxane BATISTA Ant nio Augusto G orgs Livro Did tico de L ngua Portuguesa Letramento e Cultura da Escrita Campinas SP Mercado de Letras 2003 p 69 99 ROJO Roxane Livros em sala de aula modos de usar In CARVALHO Maria Ang lica Freire de MENDON A Rosa Helena Pr ticas de Leitura e Escrita Bras lia Minist rio da Educa o 2006 p 96 101 SILVA Ezequiel Theodoro Concep es de leitura e suas consequ ncias no ensino In PERSPECTIVA Florian polis v 17 n 31 p 11 19 jan jun 1999 SILVA Ezequiel Theodoro A leitura no contexto escolar In S rie Id ias n 5 S o Paulo FDE 1988 p 63 70 Dispon vel em lt lt http www crmariocovas sp gov br pdf ideias 05 p063 070 c pdf gt gt Acesso em 23 04 2014 SMITH F Understanding reading New York Holt Rinehart and Winston 1978 SMITH F Compreendendo a leitura Uma an lise psicolingu stica da leitura e do aprender a ler Porto Alegre Artes M dicas 1989 423p SOARES M Concep es de linguagem e o ensino da L ngua Portuguesa In BASTOS N B Org L ngua Portuguesa hist ria perspectivas ensino S o Paulo Educ 1998 SOL I Estrat gias de leitura Trad Cl udia Schilling 6 ed Porto Alegre Artmed 1998 194p SOUZA Cl udia M O que provam as provas habilidades de leitura em avalia
45. P Essa descri o aqui Que diferen a que faz essa descri o pra gente na hora que t come ando o texto O qu que a gente acha da leitura R N o sei P Olha s Voc s v o responder depois no caderno isso aqui t Essas aqui L a segunda 2 Pode ler R B abre o livro na p gina 32 Pode ler R R R Mas algo ou algu m ainda resistia Letra a Sabemos que o texto se refere a algu m 05 42 interrup o da leitura tumulto P Quem quer ler Pode ler B R B Mas algo ou algu m ainda resistia A Sabemos que o texto se refere a algu m Ent o por qual motivo a narrativa apresenta essa d vida entre algu m ou alguma coisa P T Ent o voc s v o responder essa a Olha agora n a gente sabe que o texto se refere a algu m 06 55 trecho inaud vel n o foi No princ pio tamb m tava o menino nadando Voc s sabiam que tinha uma pessoa l Agora voc s v o responder por qual motivo a narrativa apresenta essa d vida entre algu m ou alguma coisa T Olha s pode ler a letra b B L a letra b da 2 R B O protagonista do jogo aponta caracter sticas detalhadas do espa o batendo se na correnteza do rio O que essa sequ ncia de imagens sugere ao leitor P Olha ent o na hora que mostra essa descri o detalhada l do rio do menino l dentro do rio n tentando se salvar o que essa sequ ncia de imagens sugere ao leitor Na hora que a gente t lendo o qu que a gente 13
46. Portanto reafirmamos que nas pr ticas di rias de leitura na escola necess rio que a leitura seja encarada como objeto de ensino independentemente do ano ou est gio de aprendizagem em que os alunos estejam N o se pode pensar num espontane smo ao relegar os alunos pr pria sorte no sentido de realizarem a leitura e atividades sobre o texto sem qualquer interven o do professor A sistematiza o do ensino nas atividades de leitura e interpreta o de textos fundamental para a constru o da compet ncia leitora Os alunos demonstram certas habilidades quando realizam sozinhos as atividades especialmente as habilidades menos complexas H respostas surpreendentes que revelam a compreens o da atividade e do texto mas diferem daquelas apontadas nas sugest es de respostas corretas do MP poss vel dizer que os alunos ficam ref ns de suas limita es de enunciados mal elaborados e de respostas inflex veis preciso que haja interven o cont nua e sistem tica nas aulas de leitura E necess rio que o professor seja aquele que contribui para 135 a constru o da compet ncia leitora preparando bem suas aulas questionando e revendo as atividades propostas no LDP e as respostas sugeridas no MP bem como valorizando o que o aluno consegue produzir e instigando o a avan ar em seu processo de aprendizagem 4 3 1 Respostas Corretas X Incorretas Por fim ao compararmos os percentuais de respostas corretas e incor
47. UFMG Cl udia Mara de Souza O objetivo verificar at que ponto os alunos do Ensino Fundamental compreendem sozinhos as atividades de leitura e interpreta o no livro did tico de portugu s e at que ponto eles precisam de media o do professor O trabalho relevante por tentar entender como o processo de recep o do livro ocorre e de que maneira se d a constru o da compet ncia leitora por alunos do ensino fundamental dentro do ambiente escolar em situa o de aula Pretendemos analisar as respostas s atividades de leitura do livro a intera o aluno professor em aula de leitura para apontar quais as habilidades os alunos demonstram possuir e quais est o em constru o necessitando da interven o do professor Nesse sentido gostar amos de contar com a colabora o e permiss o de V S para fazermos a coleta de dados a partir do m s de Novembro de 2011 com previs o de t rmino em Abril de 2012 em uma de suas turmas A partir de sua permiss o faremos observa es de aulas grava es em v deo de aulas de leitura entrevista com V S e com seus alunos do sexto ano bem como a aplica o de uma atividade de leitura para sua turma participante Tais atividades ser o feitas no espa o da escola As entrevistas e filmagens depois de transcritas ser o guardadas e arquivadas em c digo a fim de garantir o sigilo da identidade dos informantes Al m disso informamos que V S poder a qualquer momento se recusar a partic
48. a Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da hist ria resposta n o faz refer ncia ao navio Quest o 3 Quanto tempo duraram os acontecimentos narrados no conto Justifique sua resposta com trechos do texto Resposta do LD Cerca de um dia e meio Ao cair da noite os festejos a bordo No dia seguinte por volta do meio dia ao acordar 299 Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al Um dia Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de Ao cair da noite Alta hora da 1 dia e meio madrugada no dia seguinte A2 N o respondeu A3 Durar s de acordo com que Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de os perssonagens irias 1 dia e meio resolvendo os problemas Porque quando os problemas chegar s eles tinha que resouver A4 1 dia por qu voltavam do Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de Caribe ao dia e a noite 1 dia e meio Dulaien fugiu com o ouro pra Portugal AS os narrados s o 1 2 3 4 5 6 Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de 7 13 15 16 17 paragrafos 1 dia e meio A6 At o fim da historia Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de 1 dia e meio A7 Duas horas depois quando Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de todos j dormiam 1 dia e meio No dia seguinte por volta do meio dia A8 Dua
49. ainda uma perspectiva para an lise de textos al m de apontamentos sobre o PNLD a leitura no LDP e as quest es de leitura No terceiro cap tulo apresenta se a metodologia adotada neste trabalho O cap tulo foi dividido em seis se es primeiro retomam se o objeto de pesquisa e os objetivos em seguida na segunda se o apresentam se o campo de pesquisa e os sujeitos participantes na terceira se o trata se dos procedimentos e materiais usados na quarta se o descreve se como foram realizadas as entrevistas na quinta se o explicita se como foi realizada a atividade de leitura aplicada aos alunos na sexta se o finalmente explica se como os dados coletados foram analisados No quarto cap tulo as an lises dos dados coletados s o apresentadas ou seja as an lises da atividade de leitura aplicada aos alunos Este cap tulo dividido em tr s se es na primeira s o apresentadas a an lise do texto e a an lise das quest es buscando se perceber as habilidades que elas mobilizam Na segunda apresentam se os resultados obtidos pelos grupos de trabalho A B C e D procurando se perceber os efeitos da aus ncia e da presen a de media o na realiza o de leitura e de atividades Na terceira se o feito o cruzamento dos dados obtidos ou seja dos resultados dos grupos com o objetivo de se evidenciarem esses resultados em fun o das estrat gias de abordagem adotadas para cada um No quinto cap tul
50. alto da g vea de seu barco onde estava pendurado ele j imaginava o carregamento da nau sacos e arcas abarrotados de moedas e lingotes de ouro dos quais poderia se apossar Tudo seria seu Bastava chegar nau antes que afun dasse de vez e ordenar a seus homens que cuidadosa mente a saqueassem E Dulaien estava certo O feixe de luz que se espa lhou ao se abrirem as portas dos por es do navio fez refulgir o ouro que transbordava de sacos e mais sacos e se espalhava pelo ch o Vamos molengas vamos ao saque gritou animando seus homens O lucro bom Mas fa am depressa antes que esta banheira afunde Muito experientes em pilhagens os piratas de Dulaien esvaziaram a nau em menos de uma hora Quando a embarca o afundou o Sem piedade j estava cheio de ouro conforme as ordens do capit o E agora meus caros vamos festejar Tragam para este navio toda a comida e toda a bebida que houver no Sem rumo festa hoje vai ser aqui ao lado de nos sas riquezas Mas mesmo para levar tudo capit o Temos suprimentos para toda a viagem de volta Fran a muita coisa senhor N o ouse contrariar minhas ordens se n o qui ser ser trancado no por o a p o e gua Os homens fizeram o que Dulaien mandou e logo em seguida os dois navios piratas rumaram para as pro ximidades de uma ilha Ao cair da noite os festejos a bordo mais beberam do que co
51. alunos deficientes auditivos uma psic loga que atende a um grupo de alunos uma vez por semana no turno da manh 3 2 2 Os sujeitos Os principais informantes para este trabalho foram cinquenta alunos de duas turmas de sexto ano Essa faixa et ria foi escolhida por acreditarmos que com seis anos de escolariza o em m dia os estudantes j devem idealmente ter vencido a fase da alfabetiza o e ser capazes de realizar com autonomia algumas leituras Ao chegarmos escola no final do ano de 2011 houve prontamente recep o e ades o da equipe escolar ou seja da coordenadora e da professora do sexto ano ao projeto de pesquisa Como a coleta iniciou se no fim do ano de 2011 n o foi poss vel fazer um acompanhamento mais extenso com a primeira turma 601 Em 2012 ao retornarmos escola uma nova professora do sexto ano foi apresentada e que tamb m aceitou participar do trabalho Assim foi reiniciada a coleta com outra turma de sexto ano O trabalho n o continuou com a turma anterior de 2011 pois os alunos foram redistribu dos em v rias turmas de s timo ano N o seria poss vel dessa forma acompanhar a turma como um todo O crit rio da escola a cada ano re enturmar os alunos agrupando os em turmas diferentes O objetivo disso segundo a escola manter turmas heterog neas de forma equilibrada e minimizar os poss veis problemas de indisciplina Al m dos alunos as professoras regentes de l ngua portuguesa d
52. alunos contam quando sentem dificuldades na realiza o das atividades do LDP As respostas incidiram no mbito familiar de forma predominante como se pode ver no gr fico 2 Gr fico 2 Quem ajuda em casa na realiza o de atividades do LDP Quem ajuda a fazer as atividades do LDP em casa Professor a particular malunos 17 8 3 1 1 6 Pais ou Sa Outros respons veis Irm o Tio a Vizinho a Fonte Dados sistematizados pela autora desta pesquisa A maior parte dos alunos conta com a ajuda da fam lia Os pais ou respons veis s o os principais mediadores na realiza o da tarefa seguidos pelos irm os av s e tios Esse dado evidencia a participa o familiar e a presen a de outras media es al m daquela realizada pelo professor na escola Destaca se ainda a presen a dos av s como parte importante no cen rio S o atuantes participativos e muitas vezes assumem a responsabilidade de cuidar dos netos Alguns estudantes contam com a ajuda de terceiros como vizinho e professor particular Na op o outros foram citados como exemplos primos e padrinhos Houve ainda dois alunos que apontaram que ningu m os ajuda De acordo com Vygotsky 2007 p 94 a aprendizagem e o desenvolvimento come am muito antes de a crian a chegar escola neste sentido poss vel dizer que as media es ocorrem muito al m do espa o escolar e que a fam li
53. as escolas de cada pa s participante est o preparando seus jovens para exercer o papel de cidad os na sociedade contempor nea As avalia es do Pisa acontecem a cada tr s anos e abrangem tr s reas do conhecimento Leitura Matem tica e Ci ncias havendo a cada edi o do programa maior nfase em cada uma dessas reas Fonte lt lt http portal inep gov br pisa programa internacional de avaliacao de alunos gt gt acesso em 29 04 2014 2 A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avalia o da Educa o B sica SAEB s o avalia es para diagn stico em larga escala desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira Inep MEC T m o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e question rios socioecon micos Nos testes aplicados na quarta e oitava s ries quinto e nono anos do ensino fundamental os estudantes respondem a itens quest es de l ngua portuguesa com foco em leitura e matem tica com foco na resolu o de problemas No question rio socioecon mico os estudantes fornecem informa es sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho Fonte lt lt http portal mec gov br index php option com content amp view article amp id 210 amp Itemid 324 gt gt acesso em 29 04 2014 19 classifica o no total de 65 pa ses participantes do exame atr s de M xico Col mbia e
54. aspectos relacionados aos g neros de acordo com o guia 3 3 2 2 O livro do sexto ano As duas turmas 601 usaram o volume 6 da cole o Esse volume de 304 p ginas constitu do por nove unidades que s o organizadas por g nero Romance de aventura conto popular hist ria em quadrinho not cia relato de viagem e di rio de viagem poema artigo expositivo de livro paradid tico e artigo de divulga o cient fica entrevista e por fim um cap tulo de revis o 79 FIGURA 2 Livro did tico do 6 ano Fonte Edi es SM Nesse volume houve nfase em g neros do tipo narrativo tais como romance de aventura conto popular hist ria em quadrinhos not cia etc que constitu ram a maior parte do volume Contudo encontramos diversifica o em g neros de outros tipos tais como poema artigo entrevista Todos os cap tulos apresentam uma se o de introdu o com uma imagem abordando um ou dois g neros essa imagem geralmente explorada com algumas atividades quest es intituladas Pense nisto al m disso no alto de cada p gina de introdu o h a apresenta o dos conte dos em forma de t picos O que voc vai aprender Cada cap tulo dividido em duas partes Leitura 1 e Leitura 2 Antes de cada leitura proposta h um boxe O que voc vai ler que apresenta o texto e traz informa es sobre seu autor e sobre o contexto em que foi publicado O texto para leitura seguido de um gloss
55. ativos que dialogam que se constroem e s o constru dos no texto que considerado o pr prio lugar da intera o e da constitui o dos interlocutores BAKHTIN 1929 2006 GERALDI 1984 KOCH amp ELIAS 2006 Assim os participantes desse processo dial gico no caso o leitor e o autor encontram se no texto que o lugar em que a intera o verbal se constitui Nessa perspectiva o sentido de um texto constru do na intera o texto sujeitos no caso o autor e o leitor e n o algo que preexista a essa intera o A leitura pois uma atividade interativa altamente complexa de produ o de sentidos que se realiza evidentemente com base nos elementos lingu sticos presentes na superf cie textual e na sua forma de organiza o mas requer a mobiliza o de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo Como exemplo de quest es com diferentes focos Menegassi 2009 p 6 8 apresenta Exemplo 4 Aviso Chega uma hora na vida Em que tudo o que mais quero poder ficar sozinho Sozinho para pensar Sozinho para entender Sozinho para sonhar Sozinho para tentar me encontrar ou me perder 63 ndia n o tem filho no mato Elefante n o morre sozinho Por que ser Que eu n o posso Ficar quieto no meu canto Vou pendurar um cartaz Bem em cima da minha cama SIL NCIO JOVEM CRESCENDO TELLES Carlos Queiros Sementes de sol S o Paulo Moderna 1992 Foco no autor 1 Qual o
56. cen rio e personagem e o pirata comantava dos navios chamato sem rumo e sem piedate B24 Voltando das ilhas do caribe C pia cita cen rio e personagem o pirata Franc s Jheam Thomas Dualaim comandavan seus dois navios B25 Voltando das ilhas do caribe C pia Identifica os elementos que o manual do o pirata franc s Jean professor sugere como resposta mas faz c pia literal do Thomas Dulaien comandava texto seus dois navios se chamavam Sem rumo e sem C pia do texto piedade C26 Voltados da ilhas do Caribe Incorreta N o identifica os elementos apontados como Na altura resposta no Manual do Professor Fez c pia fragmentada do texto C27 A ilha do Caribe o pirata Correta Identifica os elementos citados pelo manual do com seus navios os professor como resposta tesouros C28 Tem que ter o nome do Correta Identifica os elementos citados pelo manual do antagonista professor como resposta Tem que falar onde ele estar ex no texto fala que o antagonista Jean Thomas com seus dois barcos Sem 185 rumo e Sem piedade na altura da linha do Equador desviou se rapidamente Eu acho que isso C29 Na altura da linha do Incorreta N o identifica os elementos apontados como equador desviou se resposta no Manual do Professor rapidamente da rota programada e veio dar nas Copia o segundo e terceiro par grafos do texto costas do Maranh
57. da rela o entre os representantes pol ticos que em vez de proteger cuidar dos cidad o s o os primeiros a fraudar Sabemos entretanto que o conto por tr s dos epis dios narrados pretende fazer uma cr tica postura inadequada da lideran a pol tica do nosso passado Quanto progress o tem tica ela est atrelada ao desenrolar dos fatos Inicialmente os piratas voltando do Caribe para a Fran a desviam se da rota e chegam s costas do Maranh o Em seguida deparam se com um navio tombado e com v rios corpos de marinheiros mortos O que chama a aten o do capit o franc s contudo a possibilidade de 98 encontrar tesouros na embarca o tombada O que se confirma quando o pirata ordena a seus homens a saquear o navio o ouro que transbordava de sacos e mais sacos e se espalhava pelo ch o Depois de recolher todo o ouro os piratas voltam aos navios mas o capit o ordena que toda a comida e bebida do navio Sem rumo fossem colocadas no Sem piedade para todos festejarem a descoberta do tesouro No entanto o plano do capit o era outro Depois de embebedar a todos os piratas o capit o s brio sugere que todos fossem a terra para descansarem ao ar livre Logo que os piratas b bados dormiram o capit o voltou ao navio Sem piedade com todo ouro e toda comida fugiu para Europa Deixou os homens para tr s Estes depois que acordaram voltaram ao Sem rumo e se dirigiram ao porto bra
58. das Letrinhas i uisita a Como voc s est o vendo era uma figura bem esq esse doutor Que m scara era essa que ne O de a m scara como a dos cirurgi es Esse bico es nude ubst ncias arom ticas Sabem por qu ore s E sra t o grande o n mero de cad veres n o sepults Epp eiro nas ruas era insuport vel E essa vara na rep ia Pupa ce ervia Bem tinha uma triste utilidade A seguin GE sia este as pessoas ca am doentes nas ruas poranana TRENER s socorresse Passava uma carro a e recolhia os posan ema tirados num grande buraco o medo que as nar Eae serem enterradas vivas Essa varinha servia para cu es para ver se ainda estavam vivos AR i ici o Paulo Moacyr O livro da medicina S o r das Letrinhas 2000 p 19 21 Pad a A Eq PA EA DIAF RIA C amp PINTO M Construindo Consci ncias Portugu s 6 s rie 1 ed S o Paulo Scipione 2007 p 80 81 218 ANEXO E Escala de desempenho de l ngua portuguesa SAEB Prova Brasil DESCRI O DOS ES DAES MA DB DESANPATD 08 NA COTAS SAB Ee O Lo cb Ex Rmcementes A Prova Brasil n o utilizouitens que avaliam as habilidades abaixo deste n vel Os alunos localizados abaixo do n vel 125 requerem aten o especial pois n o demonstramhabilidades muito elementares como as de localizar informa o exemplo o personagem principal local e tempo da narrativa identificar o efeito de sentido decorrente da utiliza
59. de aula media es necess rias e novas indaga es 6 1 Teorias de leitura e ensino perspectivas Este trabalho permitiu identificar que os estudantes apresentam dificuldades na constru o da compreens o do texto e das atividades durante a recep o do livro did tico no eixo da leitura Algumas dificuldades foram pontuais no que se refere compreens o global e tamb m ao responder quest es sobre o texto que exigiam produ o de infer ncias correla o de informa es ou ainda quest es que apresentam uma estrutura diferente da interroga o direta Conhecer as teorias de leitura e de ensino pode facilitar a prepara o das aulas e as op es metodol gicas dos docentes evidente que realizar a media o fundamental para que os alunos construam com mais seguran a e consigam avan ar em seus est gios de desenvolvimento A media o pode ser realizada em sala de aula pelo professor cuja tarefa essencial durante as aulas de leitura pode ocorrer tamb m pelos pares pois os alunos s o mediadores entre si a fam lia no contexto extraescolar desempenha tamb m este papel evidente ainda que aquilo que os estudantes conseguem fazer com a ajuda de outro demonstra mais sobre o seu desenvolvimento do que o que ele consegue fazer sozinho VYGOTSKY 1991 1984 2007 A partir da teoria proposta pelo autor fica claro o papel da media o e da observa o do processo de aprendizagem numa perspectiva sociointeracionista
60. de um dos navios j d pistas dos caminhos que ser o percorridos nessa viagem O que podemos supor a partir do nome desse navio Resposta prevista pelo MP do LD Sem rumo sugere que n o h rota definida os piratas desviaram se do caminho programado e vieram parar nas costas do Maranh o Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o An lise da quest o Quanto forma a quest o do tipo aberta isto pressup e uma resposta livre Quanto ao conte do o enunciado da quest o se comp e de duas partes a primeira parte uma afirma o que apresenta a informa o incisiva de que o nome de um dos navios faz pressupor os caminhos a serem seguidos pelos personagens piratas durante a viagem no conto uma afirma o escrita na ordem direta sujeito verbo e complemento com um vocabul rio que pode n o apresentar dificuldades para o aluno A segunda parte da quest o um enunciado interrogativo que solicita a ideia ou a suposi o que se pode fazer a partir do nome do navio 105 Para responder quest o o aluno deve identificar no in cio do texto no primeiro par grafo os nomes dos navios Sem rumo e Sem piedade A partir da compreens o desses nomes apontar qual deles se refere aos caminhos tomados pelos personagens N o parece ser uma quest o dif cil especialmente porque a informa o dada pela quest o aparece log
61. delas o trabalho n o poderia ser realizado Para atingir o prop sito do trabalho e entender como na pr tica da sala de aula constru da a compet ncia leitora com aux lio do livro did tico considerando se a metodologia adotada foi 74 necess ria na constitui o do corpus uma s rie de procedimentos ou passos descritos a seguir 3 3 Procedimentos adotados e materiais Nesta se o apresentado o passo a passo adotado na escola campo no per odo de coleta dos dados 3 3 1 Procedimentos e atividades realizados Foram realizados diversos procedimentos por acreditar que eles forneceriam elementos para compreens o do objeto de pesquisa Dessa forma foram feitas i Observa o e filmagens de aulas de leitura ii Aplica o de question rio aos alunos iii Entrevista semiestruturada com as professoras iv Atividade de leitura controle Ao chegar escola no primeiro momento o prop sito foi observar como ocorriam as aulas de portugu s e ao mesmo tempo procurar aproximar da turma para evitar o estranhamento dos alunos no procedimento posterior que foi a filmagem Foram filmadas apenas as aulas de leitura em concord ncia com a professora que estabelecia os dias e hor rios que poderia ser realizado o procedimento Apenas a turma 601 2012 foi filmada pois o tempo com a turma do ano anterior foi curto uma vez que s foi poss vel fazer observa o e aplica o de atividade de leitura no m s de novemb
62. dif ceis para os estudantes que se queixam com raz o pois em algumas delas n o h clareza sobre o que deve ser feito Nas filmagens das aulas foram observados por in meras vezes os questionamentos dos alunos sobre o que deveriam fazer nas perguntas o que para fazer na n mero foi uma pergunta recorrente nas aulas Em outros momentos durante a realiza o das atividades a professora tentava mediar fazendo a explica o de cada uma das perguntas para os alunos responderem como vemos no trecho transcrito a seguir O trecho parte de uma aula de leitura com o livro did tico no momento transcrito depois da leitura oral do texto a professora P solicita que os alunos respondam as quest es 1 e 2 da atividade proposta Antes de os alunos realizarem a atividade ela pede que leiam as perguntas oralmente para ela explicar o que deve ser feito P P gina 32 Vamos l Vamos R R R Alimentadas pela chuva insist ncia as guas do rio come avam a subir e a invadir as margens carregando tudo que encontravam no caminho Barrancos despencavam e rvores eram arrancadas pela for a da correnteza Enquanto o rio se misturava ao resto como se tudo fosse uma coisa s Que impress es provoca no leitor essa descri o detalhada do espa o em que se desenvolver a a o da leitura P O que isso aqui provoca na hora que a gente l esse trecho aqui O qu que provoca O qu que voc s acham R Uma coisa muito legal
63. do livro 35 P Oh geralmente na interpreta o de texto os enunciados Eles n o conseguem 36 entender os enunciados do texto n s o muito complexos para eles complexos para 37 eles entenderem ent o eu vejo que a maioria s vezes nem tem tanta dificuldade No 38entendimento do texto s vezes tem 181 porque os textos s o muito extensos ent o assim 39 mas a gente faz a leitura e retoma a os textos para eles relembrarem mas mesmo assim 40 eles t m muita dificuldade por causa dos enunciados Os enunciados s o muito 41 complexos eu acho 42 E Ent o voc acha que mais uma quest o de vocabul rio 43 P Eu acho que sim 44 E E em rela o aos textos voc acha que a dimens o tamb m O tamanho 45 P a dimens o Eu acho que s o muitos extensos Hoje a gente est trabalhando at ni 46 prova as provas externas s o mais os textos menores ent o f cil para eles E esses 47 textos s o mui to grandes Ent o eles j n o gostam de ler o problema que eles n o 48 gostam de ler e a quando eles pegam um texto muito grande a que eles n o se 49 esfor am nem um pouquinho para entender o texto e para fazer as atividades 50 E E se pedir para reler ent o 51 P Nossa Senhora A briga na certa risos 52 E Teve um menino que falou isso comigo que se pedisse para reler um texto muito 53 grande ele n o gostava de voltar 54 P eles n o gostam de voltar 55 E E normal
64. do que s o habilidades envolvidas no processo de leitura pertinente a esta pesquisa O leitor competente pode ser considerado aquele que faz bom uso das v rias estrat gias de leitura de acordo com as necessidades com que se depara ao ler um texto Portanto para que todo e qualquer leitor seja ou se torne competente necess rio que um trabalho intenso com as estrat gias seja desenvolvido no dia a dia das aulas Usar a estrat gia adequada diante da 50 necessidade espec fica de ler um texto revela a compet ncia do leitor e tornar essa tarefa acess vel um dos pap is do professor na escola 2 3 2 Compet ncia e habilidades de leitura A pedagogia moderna trabalha o processo de ensino aprendizagem e a determina o de objetivos em planos de ensino evidenciando as compet ncias desej veis na forma o do aluno Compet ncia no contexto escolar de acordo com Moretto 2001 2010 p 19 que empresta o conceito de Philippe Perrenoud 1999 a capacidade do sujeito em mobilizar recursos cognitivos visando abordar uma situa o complexa Segundo Moretto 2010 o conceito relaciona tr s aspectos importantes O primeiro entender a compet ncia com uma capacidade do sujeito ser capaz de O segundo ligado ao verbo mobilizar que significa movimentar com for a interior o que diferente de apenas deslocar que seria transferir de um lado para o outro O terceiro est ligado palavra recursos Entre par nteses de
65. e 3 ele deve compreender o sentido que os verbos empregados no infinitivo promovem Parte se da ideia nessas quest es de que o sentido est no texto bastando ser recuperado ou extra do dele As respostas indicadas no manual do professor s o 1 Todos os verbos est o no infinitivo forma nominal que indica a a o independente de localiza o temporal e pessoal 2 O texto real a as a es o trabalho de quem cultiva a terra 3 1 estrofe debulhar recolher forjar e fartar 2 estrofe decepar recolher roubar e lambuzar Essa a pr pria sequ ncia do trabalho a colheita a prepara o do alimento a alimenta o NICOLA J amp INFANTE U Portugu s Palavras e ideias 7 s rie 6 ed S o Paulo Scipione 1991 MP p XIII As respostas revelam a nfase dada aos aspectos gramaticais que por sua vez levam no o do falar e escrever bem atreladas ao conhecimento gramatical Numa segunda concep o a linguagem considerada instrumento de comunica o a l ngua vista como um c digo ou seja um conjunto de signos que se combinam segundo regras e que capaz de transmitir uma mensagem informa es de um emissor a um receptor TRAVAGLIA 1996 p 22 H nessa concep o uma nfase aos elementos da comunica o fonte emissor c digo mensagem canal recebedor destino Nessa perspectiva linguagem entendida como uma ferramenta usada para transmitir uma mensagem uma inform
66. ele mesmo N o respondeu segunda quest o A2 Ele n o se enteresou nos Parcialmente correta Homens boiando Ele queria N o consegue caracterizar o personagem em fun o da era a carga do navio Isso morte mostra que ele muito intereseiro A3 replante Um pirata meio Incorreta megroso N o responde de acordo com o esperado A4 Ele n o estava nem ligando Parcialmente correta para aquela cena N o respondeu a segunda quest o AS de medo Incorreta N o responde de acordo com o esperado A6 Seus olhos prilav o de d Incorreta N o responde de acordo com o esperado A7 Assustado Eles ficaram com Incorreta medo N o responde de acordo com o esperado A8 Modo de medo Fica tudo Incorreta estranho A9 Ele so pensava no ouro Incorreta N o responde de acordo com o esperado A10 Que eles sofreram um ataque Incorreta N o responde de acordo com o esperado All os pirata Incorreta N o responde de acordo com o esperado A12 que eles n o tem bomdade Incorreta pela pessoa N o responde de acordo com o esperado A13 Tudo aquilo n o interessava a Incorreta ele N o responde de acordo com o esperado B14 Por que ele queria o tesouro s Incorreta para ele N o responde de acordo com o esperado B15 Rea o de quem n o liga Isso Correta revela que ele n o tem Apresenta resposta pr xima sugerida piedade B16 De nem um pingo de Correta preocupado Revela seu modo Apresenta resposta pr xima sugeri
67. estavam Incorreta transbordandando o ouro do Apesar de ser uma resposta poss vel navio B14 era acha o tesouro Incorreta N o responde quest o 203 B15 Navegar nas guas do mar e Incorreta ser esperto para que o navio Apesar de ser uma resposta poss vel com ouro n o naufragasse B16 Nenhum obstaculos Incorreta N o responde quest o B17 Ele teria que chegar a nau Incorreta antes que afundasse de vez Apesar de ser uma resposta poss vel B18 da muito vinhos pra homen Incorreta N o responde quest o B19 Ele enfrentou que ele tinha Incorreta sa do da rota Apesar de indicar uma circunst ncia dificil B20 Ele teve que enfrentar o barco Incorreta afundando corpos de Apesar de ser uma resposta poss vel marinheiros mortos B21 Correnteza Incorreta Apesar de ser uma resposta poss vel B22 nem um Incorreta N o responde quest o B23 Entra em nau entrando em Correta inundamento e trair os outros Foi al m da resposta do manual piratas B24 Nem um Incorreta B25 Deixar os seus homens bebado Correta e fugir com todo ouro A resposta aproxima se da sugerida C26 Viajar e pegar o tesolro Incorreta N o responde quest o C27 Bastava ele chegar nau antes Incorreta C pia que afundasse ordenou que Apesar de ser uma resposta poss vel seus homens pegassem o tesouro e etc C28 Viajar entrar
68. estudo do texto Piratas sem piedade ci 83 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 Hip teses de desempenho dos grupos c ii irererereeeeaniea 89 QUADRO 2 Exemplo da estrutura de an lise de quest o eee 90 QUADRO 3 Registro e an lise das respostas ssa asassentasasal dolai qe Naia Ta desde aaa do coca asa 91 QUADRO 4 Modelo de tabela com a porcentagem por quest o e 92 QUADRO 5 Modelo de tabela com a porcentagem por quest o por grupo 92 QUADRO 6 Rela o de compara o entre o grupos ci e eeeererrnas 93 QUADRO 7 Resumo das respostas das professoras entrevista c 153 TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3 TABELA 4 TABELA 5 TABELA 6 TABELA 7 TABELA 8 TABELA 9 LISTA DE TABELAS Resultados do srpa Aa ais pi TIS OR a 111 Resultados do grupo B sad at a DSI ba 116 Resultados do grupo C as ion gil TA GU essa 120 Resultados do srupo D sais assa eloa Ra LL E ines ga as n 123 Percentuais de acertos por quest es nos grupos sesssssssseessessessesesssresseseseese 125 Quest es f ceis e dificeis por OTUDOS aussi mas oia se 126 Resultado geral m dia dos percentuais obtidos pelos grupos 131 O que os alunos acham dificil asus seia pes RS RAS a La seese 138 Exemplos de atividades dif ceis para os alunos c iriie 144 LISTA DE GR FICOS GR FICO 1 Percentuais de ques
69. foram a compreens o do enunciado por outro lado apresenta menores percentuais em quest es com foco no texto Assim como ocorreu no grupo B o grupo C apresentou resultado superior ao grupo A em v rias quest es 124 4 2 4 Consequ ncias do ensino de leitura os dados do grupo D O grupo D contou com a media o da leitura colaborativa e tamb m com a media o nas perguntas Esse grupo representa uma situa o em que h ensino de leitura considerada ideal por abranger as duas etapas ou seja o aluno tem oportunidade de compreender o texto durante a aula e tamb m compreende o que as quest es est o exigindo dele na realiza o das atividades escritas O resultado do grupo pode ser visualizado na tabela 4 a seguir Tabela 4 Resultados do grupo D Quest o Correta Incorreta N o resultado C PC C Total respondeu 1 23 0 46 1 69 1 30 8 2 61 5 38 5 100 0 3 154 7 7 23 1 76 9 4 84 6 15 4 100 0 5 38 55 61 5 100 0 6 23 0 53 8 76 8 23 0 7 69 2 15 4 84 6 15 4 8 69 2 15 4 84 6 15 4 9 69 2 15 4 84 6 15 4 10 38 55 61 5 100 0 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa O grupo D conseguiu o percentual de acerto igual ou superior a 70 na maioria das quest es Essas quest es mobilizaram as habilidades que foram demonstradas pelo grupo 1 relacionar informa es metalingu sticas a informa es localizadas no texto 2 demonstrar compreens o global do in
70. grupo D apresentou desempenho superior aos grupos A Be C O grupo B apresentou na sequ ncia percentuais de acerto superiores aos grupos C e A E o grupo C resultado superior ao grupo A Na medida em que h mais media es a porcentagem de acerto nas quest es maior e quanto menos media o h menor o percentual de acerto Entre os grupos que receberam media es parciais o que foi mediado na leitura ou seja o grupo B apresenta um percentual levemente superior ao que foi mediado apenas nas quest es o grupo C Diferente das hip teses apresentadas no cap tulo anterior o grupo B troca de posi o com o grupo C demonstrando que a media o no texto favorece um pouco mais a realiza o das atividades que a media o nas apenas nas quest es Isso depender entretanto do tipo de quest es propostas na atividade sobre o texto Fica claro que a media o importante em todo e qualquer momento de uma aula de leitura em que o ensino deve ser contemplado As op es metodol gicas adotadas em sala de aula t m influ ncia direta na resposta dada pelos alunos como os dados evidenciaram As implica es pedag gicas de uso de determinada abordagem ou de outra far o com que os estudantes consigam interagir mais ou menos construir e consolidar de maneira mais ou menos eficaz a sua aprendizagem Nota se que no interior de uma aula de leitura pode se proporcionar aos estudantes a estagna o ou avan o em suas hip
71. iea aE 148 5 2 1 A professora Ana os alunos n o gostam do LDP c ii icirei 149 5 2 2 A professora Rosa os alunos n o gostam de ler irei 151 6 CONSIDERA ES FIN ES couassasopade ieofrotiisonaisaga iiatiaas Bolada drotab amadas siadas db eldi 157 6 1 Teorias de leitura e ensino perspectivas cci ie creereeeereereraaereereaneeos 158 6 2 Pr ticas de sala de aula media es necess rias e implica es siii 160 REFERENCIAS uai a a o e a o di 167 APENDICES ta eco a RN n 174 ANEXOS cin E ADO DRA PSU ia a 211 18 1 INTRODU O Ensinar a ler e escrever tarefa primordial da escola As atividades em torno da leitura e da escrita fazem parte da rotina escolar e por isso devem ser foco de aten o e de esfor os dos profissionais envolvidos professores pesquisadores etc Esse destaque deve ser dado haja vista que a leitura e a escrita s o importantes para vida por meio delas que o sujeito exige seus direitos exerce seus deveres trabalha participa da sociedade aprende e informa se ao longo da vida Ler e escrever bem s o a es que contribuem significativamente para o desenvolvimento da cidadania Para desempenhar com xito o seu papel de formar cidad os a escola deve proporcionar aos estudantes o maior contato poss vel com textos em suas diversas formas e usos O trabalho do professor fundamental nesse sentido para viabilizar o desenvolvimento de capa
72. influenciou a educa o de maneira profunda Para ele as crian as s podiam aprender o que estavam preparadas a assimilar Aos professores cabia aperfei oar o processo de descoberta dos alunos Mais informa es dispon veis em lt http revistaescola abril com br formacao jean piaget 428139 shtml page 0 gt gt acesso em 26 05 2014 45 ao longo do tempo de forma pouco funcional pois o mediador foi visto apenas como aquele que se coloca no meio entre o sujeito e o objeto de conhecimento Essa posi o garante ao mediador um papel privilegiado em rela o ao outro Dessa forma o mediador n o seria um co construtor do conhecimento como previsto no sociointeracionismo Como mediador o professor segundo a vis o de Kleiman apresentaria uma posi o neutra por n o considerar as demais vozes os demais contextos Neutra ainda em rela o s demandas pol ticas e sociais de seu exerc cio profissional e seu papel pol tico seria apagado A autora apresenta uma defini o que visa substituir ou completar o conceito de professor mediador vygotskyano a que ela chama de agente de letramento Este seria aquele que assim delineado pela autora Um agente social um mobilizador dos sistemas de conhecimentos pertinentes dos recursos das capacidades dos membros das comunidades no caso da escola seria um promotor das capacidades e recursos de seus alunos e de suas redes comunicativas para que participem das pr ticas sociais de le
73. mediante la acci n intencional mediada del docente BOLIVAR 2002 p 7 144 em rela o ao eixo da leitura Os alunos n o gostam de ler os textos do LDP As respostas foram evidenciadas no gr fico 4 a seguir Gr fico 4 De que n o gostam no LDP De que n o gosta no LDP 12 10 n E 3 6 E lt 4 2 0 A t rias da Os textos A produ o de sma Sra As perguntas reflex o Outros grandes texto ans lingu stica E Alunos 5 6 7 10 3 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa Diferentemente do esperado o gr fico 4 mostra que os textos grandes e as perguntas sobre texto n o foram os mais apontados pelos alunos como o que eles n o gostam O eixo mais votado foi o de conhecimentos lingu sticos seguido pelo eixo de produ o textual Os textos grandes aparecem em terceiro lugar como o que eles n o gostam seguido pelas perguntas Entre outros exemplos os alunos ainda citaram e de copiar as perguntas 2 grandes o contexto de produ o de ficar sem ler textos e perguntas Essas respostas confirmam a resposta dada na quest o 1 foi considerada mais dif cil a reflex o lingu stica Eles n o gostam porque consideram dif cil o que se pode pensar Por outro lado a produ o de texto n o foi considerada t o dif cil na primeira quest o do question rio mas foi apontada como o que eles n o gostam Os textos grandes s o apontados c
74. narrador de concedendo destaque a uma nova forma textual um conto expressar um conte do conhecido parece novo pela formula o que assume Quanto rela o com outros textos nota se que a intertextualidade b sica que se observa aquela comum a todos os textos ou seja cada um est em rela o intertextual com os demais textos do mesmo tipo e do mesmo g nero O conte do remete o leitor ao universo da fic o 100 caracteriza o do protagonista pirata s a es extraordin rias a perigos em espa o pouco favor vel Por fim o conto apresenta os elementos comuns da narrativa seu t tulo j produz um efeito de sentido que faz o leitor refletir Por que piratas sem piedade Na introdu o utiliza novamente locu es chamativas para nomear os barcos Sem rumo e Sem piedade para fazer com que o leitor sinta se motivado a ler o assunto abordado a contista faz uso de alguns aspectos pontuais que valem a pena serem destacados como o uso reiterado da ironia 29 66 marcado pelo uso dos it licos e algumas palavras pontuais como nas costas do Maranh o 22 66 do alto da G vea banheira afunde de volta Fran a Fugia para a Europa sem rumo 2 29 66 Sem piedade presen a de alguns modalizadores como rapidamente sorrateiramente preciso ressaltar que na an lise apresentada foram usados os crit rios sugeridos por Antunes 2010 mas conforme e
75. o Que sorte exclamou de repente Esta era a grande oportunidade que eu esperava na vida C30 Que o texto tem que ser bem Parcialmente correta Justifica a import ncia dos feito e os personages navios personagens e do cen rio mas n o os identifica aventuras e ect completamente C31 Que eles viajan para lugares Incorreta N o identifica os elementos apontados como bem distantes en ilhas resposta no Manual do Professor procurando ouro Fala um pouco do enredo C32 Fala de pirata dos 2 barcos Correta Identifica os elementos citados pelo manual do voutado da ilha da costas do professor como resposta brasil C33 Voltando das ilhas do caribe C pia cita cen rio e personagem o pirata franc s jean thomas dulaiem comandavam seus dois navios que chamava sem rumo e sem piedade C34 Voltando da ilhas do Caribe C pia cita cen rio e personagem o pirata comandava seus 2 navios Na autura da linha do Equador desviou se rapidamente da rota programada C35 Voltando do ilha do caribe Incorreta cita o local parte do cen rio mas n o com o tesouro na altura do identifica o personagem ilha do equador C36 Voltando da ilhas do Incorreta cita o local parte do cen rio mas n o caribe na altura da linha do identifica o personagem equador e veio dar nas costas do maranh o C37 Voltando das ilhas do C pia Correta cita o cen rio e personagem caribe o pirat
76. o Destaca um trecho do desfecho A8 No dia seguinte por volta do Incorreta C pia do texto indevida meio dia ao acordar os marinheiros n o tiveram outra op o A9 Ele tentava fugir com o ouro Incorreta Destaca o desfecho A10 Vamos a terra quero queles Parcialmente correta durmam ao ar livre Identifica parte da resposta All Ganasia pro dieiro Incorreta Prende se ao car ter do personagem A12 que ele foi num barco piqueno Incorreta com o ouro todo dentro Destaca parte do desfecho A13 Ele queria enganar a eles so Incorreta para Dulaien ficar com o ouro Retoma a inten o do personagem so pra ele B14 Por que ele queria o tesouro s Incorreta para ele Retoma a inten o do personagem B15 Ele parecia ao contr rio de Incorreta C pia indevida seus comandos s brio forte sem sono Duas horas depois quando todos j dormiam Dulaien com todo ouro escondido no seu navio fugia para a Europa B16 Quando ele manda os piratas Correta irem para a terra para fugir Apresenta resposta pr xima da sugerida com o ouro B17 Ele mando os piratas decerem Correta as terras e como ele era muito Apresenta resposta pr xima da sugerida mal isso descreveu que alguma coisa ele iria faze B18 n o Incorreta N o responde quest o B19 Que ele mandou os piratas Parcialmente correta pegar todas as comidas e Responde com parte da resposta sugerida bebidas por que eles ficaram bebados e ele n o B20 que
77. o da historia pelo nome interpreta o seu significado Qual no o da hist ria 194 do sem rumo C31 Sem rumo porque eles seguen Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu a chaminhos a procura de significado ilhas e eles n s escolhe para que dires o ir C32 Sem rumo e por que est o Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu perdidos n o sabem na onde significado est o indo C33 sem rumo na altura da linha do Correta a reposta uma c pia de parte do texto que equador desviou se traz a resposta rapidamente da rota programada e veio dar nas costa do maranh o C34 Um navio chamado Sem Correta identifica o nome do navio e justifica a rota rumo d a ideia que os piratas perdida n o tem caminhos exatos a serem percorridos C35 Sem rumo ele n o sabia paral Correta identifica o nome do navio e justifica o que lugar ele ia caminho C36 sem rumo quer dizer que ele Correta identifica o nome do navio e justifica a rota n o tem caminhos exatos perdida C37 Sem rumo e sem piedade Correta apesar de citar os nomes dos dois navios eles iam seguir um canho sem justifica a rota perdida rumo D38 Sem rumo Que ele n o tem Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu rumo significado D39 Sem rumo sem destino sem Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu direc o si
78. para isso A quest o mais errada foi a que apresentou problema para todos os grupos e que tem um enunciado pouco claro por n o apresentar contextualiza o e par metros para resposta As media es propostas na atividade de leitura deste trabalho foram apenas algumas das muitas possibilidades que se pode realizar com textos de forma a tornar a leitura mais atraente e funcional para os alunos Os dados demonstraram que na medida em que as media es ocorreram o desempenho dos grupos foi notadamente aumentando Ainda as habilidades mais complexas foram demonstradas paulatinamente pelos grupos que contavam com media o Outro aspecto que vale a pena ser ressaltado foram os problemas na formula o dos enunciados das quest es muitas quest es eram amb guas outras vezes vagas ou seja n o delimitavam no enunciado exatamente o que deveria ser feito ex quest o 5 Al m disso maior parte das quest es privilegiava a transcri o do texto sempre havia refer ncia a alguma parte do texto para comprova o e ou justificativa da resposta Pode se dizer que isso confirma uma pr tica persistente na escola ao longo dos anos a c pia Assim mesmo quando essa tarefa n o era necess ria muitos alunos especialmente dos grupos A B e C viam se na obriga o de copiar ao que parece por entenderem que responder adequadamente copiar Ou seja a vis o de decodifica o e de extra o de sentido do texto ainda muito presente na
79. parece vaga em sua elabora o pois para caracterizar o personagem havia v rias possibilidades de resposta Caracterizar em que termos Ainda poss vel apresentar v rios exemplos de atitudes que comprovam o car ter do personagem Por exemplo ele era sangue frio pois n o se importava ao ver corpos de marinheiros mortos era ambicioso pois queria encontrar um tesouro era grosso e mal educado pois gritava com os subordinados etc Assim a resposta sugerida no MP do LD n o representa a nica possibilidade O professor atento a isso considera mais de uma op o de resposta por m aquele que se pauta exclusivamente na sugest o de resposta 106 apresentada no MP ou n o resolve a atividade com anteced ncia poder incorrer no equivoco de penalizar o aluno Com v rias possibilidades de resposta a quest o torna se muito ampla e atingir a resposta esperada ou sugerida no MP do LD uma tarefa dif cil Quest o 6 Quando avista o navio o pirata tamb m v corpos de marinheiros mortos Qual a rea o dele ao deparar com essa cena O que isso revela sobre seu modo de ser Resposta prevista pelo MP do LD Sua rea o de completa insensibilidade o que demonstra que ele uma pessoa cruel e para quem a morte banal Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Descrever a partir da compreens o do texto ou de parte do texto caracter sticas do personagem Inferir informa o impl cita n
80. pesquisa foi investigado como os alunos compreendem as atividades propostas no eixo da leitura no livro did tico A inten o foi verificar at que ponto a realiza o dessas atividades contribui para a compreens o dos textos al m de perceber como se d a rela o aluno livro did tico com e sem a interven o do professor Procuramos ainda observar at que ponto os estudantes compreendem as atividades de leitura e interpreta o de texto o que conseguem fazer sozinhos ou n o Para atingir o proposto foi necess rio adotar recursos usados em pesquisa qualitativa quanto recursos de pesquisa quantitativa Em virtude dos objetivos e sujeitos envolvidos acreditamos que a abordagem qualitativa pelo pr prio termo qualitativo implica uma partilha densa com pessoas fatos e locais que constituem objetos de pesquisa para extrair desse conv vio os significados vis veis e latentes que somente s o percept veis a uma aten o sens vel e ap s este tiroc nio o autor interpreta e traduz em um texto zelosamente escrito com perspic cia e compet ncia cient ficas os significados patentes ou ocultos do seu objeto de pesquisa CHIZOTTI 2003 p 221 Logo a op o por uma pesquisa dessa natureza deve se preocupa o com a compreens o e interpreta o dos fen menos observados Acrescenta se ainda que os m todos qualitativos e quantitativos n o se excluem Afinal o uso dos dois 67 pode estabe
81. pois elas os conheciam melhor A inten o era na medida do poss vel formar grupos equilibrados de forma a n o prejudicar o desenvolvimento da atividade ou seja os grupos deveriam ser compostos com alunos com diferentes n veis de aprendizagem Evitando se ent o a forma o de grupos muito distintos uns dos outros Foram estabelecidos junto com a professora os seguintes crit rios para os agrupamentos a formar grupos equilibrados com a mesma quantidade de alunos que possu ssem facilidades e ou dificuldades na realiza o de tarefas evitando se assim que um grupo fosse composto apenas de alunos considerados como mais proficientes e outro grupo apenas com alunos considerados menos proficientes b agrupar os alunos usando como par metro os resultados obtidos na ltima avalia o de L ngua Portuguesa aplicada na etapa 18 Esse crit rio foi usado numa tentativa de se ter um par metro apesar de sabermos que h diferen as entre os alunos e que a avalia o formal nem sempre consegue mensurar todo potencial de um estudante No entanto esse um crit rio que a escola utiliza frequentemente para avaliar e elaborar estrat gias de a o Ressalta se ainda que o olhar observador do professor dentro da sala de aula fundamental quando se trata de desempenho dos alunos 711 Dessa forma cada um dos quatro grupos foi formado Na turma 601 2011 foram quatro grupos dois grupos com sete alunos e dois grupos com oito alu
82. possa relacion los s informa es do texto para s ent o o leitor localizar informa es e comprovar a afirma o Assim para responder o aluno deve perceber que no conto h a presen a de personagens como piratas e o cen rio no caso o navio que sugerem a apresenta o de um conto de aventura Resgatando pois uma das caracter sticas das narrativas de aventura que normalmente apresentam a es extraordin rias de personagens fict cias destemidas corajosas e que enfrentam grande perigo Sem o conhecimento desse tipo de informa o seria invi vel apontar com exatid o a resposta prevista no MP do LD Quest o 2 Que descoberta desencadeia as a es presentes no conto Resposta prevista pelo MP do LD A descoberta de um navio tombado repleto de tesouros Principal is habilidade s mobilizada s na quest o compreens o global do in cio do texto ou seja compreender os sete primeiros par grafos 102 An lise da quest o Quanto forma a quest o tamb m do tipo aberta isto pressup e uma resposta livre Quanto ao conte do o enunciado da quest o redigido na forma interrogativa e na ordem direta sujeito verbo e complemento SVO O verbo desencadear poderia representar uma dificuldade no entendimento da quest o Nesse sentido seria necess rio demonstrar a compreens o de que desencadear indicar um ponto de partida algo que d in cio ou suscita a es ou rea es A pala
83. primeiro momento autoavaliar frequentemente a pr pria compreens o e num segundo momento estabelecer um objetivo para a leitura compreendemos que o leitor que apresenta consci ncia dessas duas opera es ser capaz de dizer quando ele n o entende um texto e para qu ele l um texto As estrat gias metacognitivas ocorrem antes durante e ap s a leitura do texto Sol 1998 chama aten o para o fato de que a maior parte das atividades de leitura incide sobre a avalia o da compreens o dos alunos e n o sobre o ensino de estrat gias Desse modo para que haja sucesso na forma o do leitor precisamos considerar o ensino de estrat gias que contemplem as tr s etapas de atividade com texto antes durante e depois da leitura Como exemplos destacam se algumas estrat gias usadas antes examinar ligeiramente todo o texto examinar a estrutura do texto em busca de cabe alhos t tulos subt tulos levantar hip teses etc durante a leitura sublinhar ideias ou palavras principais criar imagens mentais de conceitos ou fatos descritos no texto parar e refletir se compreende bem ou n o o que l reler palavra frase ou par grafo quando n o os compreende etc ap s a leitura reler o texto voltar e reler os pontos mais significativos procurar recordar os pontos fundamentais sem retornar ao texto verificar se as hip teses sobre o texto foram confirmadas ou n o etc Al m de conhecer as poss veis estrat gias a compreens o
84. que ficar ajudando o tempo todo porque eles n o conseguem entender o enunciado das quest es E s vezes assim s de voc chegar e explicar o significado de uma palavra eles j conseguem resolver s vezes quest o pouca s o jeito de formular a quest o que dificulta o entendimento deles Depoimento da professora da turma 601 2011 A esse respeito Cafiero 2010 p 29 tamb m alerta O problema que em muitos casos as perguntas n o orientam a compreens o do aluno elas podem s vezes at mesmo desorient 89 lo Assim para verificar se a dificuldade de interpreta o de texto estava localizada apenas na leitura e compreens o dos enunciados que realizamos essa pr tica Afinal Um enunciado que apresente problemas em sua elabora o dificulta o processo de compreens o do aluno CRUZ 2012 p 143 A inten o foi verificar em que medida os sujeitos conseguiriam cumprir a tarefa responder s quest es com a interven o apenas das atividades e com a leitura feita individualmente e sem colabora o Portanto foi observado o efeito da media o explica o na leitura e interpreta o dos enunciados das quest es e efeito da n o interven o na leitura do texto Em uma situa o de ensino as quest es tamb m devem ser exploradas e trabalhadas no contexto de uma aula de leitura Para o grupo C que apesar de n o ter sido mediado na leitura do texto a hip tese que o desempen
85. que se desenvolveu na Europa e nos Estados Unidos da Am rica a partir dos anos 30 do s culo XX Saussure considerado o fundador do estruturalismo Ele preferia o termo sistema em vez de estrutura para definir a l ngua como um todo cujas partes se relacionam entre si e concorrem para a sua organiza o global As rela es entre as partes do sistema ou estrutura foram descritas por Saussure em termos de rela es sintagm ticas no plano do sintagma num eixo horizontal e paradigm ticas no plano da sem ntica num eixo vertical 37 codifica o de um emissor a ser decodificado pelo leitor ouvinte bastando para isso o conhecimento do c digo j que o texto uma vez codificado totalmente expl cito N o h constru o do sentido pelo leitor ele apenas o extrai do texto que j o cont m Por exemplo a atividade a seguir retirada de um livro did tico mostra esse tipo de abordagem Exemplo 2 Em um par grafo informativo h uma ideia principal e outras ideias secund rias ligadas principal As ideias secund rias podem ser uma explica o uma causa um consequ ncia exemplos ilustrativos Primeiro par grafo Releia o primeiro par grafo e responda a estas quest es a O que uma epidemia b Qual especialidade m dica se dedica a estudar as epidemias c O que a epidemiologia estuda d Quais os exemplos de estudo dessa especialidade citados pelo autor DIAF RIA C amp PINTO M Con
86. real de leitura al m de chamar a aten o para o fato de que preciso negociar o conhecimento que j se tem e o que apresentado essa nem sempre uma tarefa f cil e poss vel de se realizar sozinho Por isso outro aspecto relevante no trecho recebendo incentivo e ajuda de leitores experientes Ensinar a leitura 90 na escola requer um trabalho intenso a figura do professor leitor experiente que vai garantir durante suas interven es incentivo e ajuda para que os alunos compreendam o texto lido E em outro momento que eles compreendam tamb m as quest es de interpreta o e sejam capazes de respond las devidamente Diante dessas considera es foi proposta para o quarto grupo grupo D a leitura colaborativa e em seguida a leitura e explica o das quest es uma a uma para que os alunos respondessem Nessa abordagem foram unidas as duas abordagens anteriores usadas uma no grupo B e outra no grupo C por entender que essa seria uma situa o ideal de ensino de leitura Nesse grupo a inten o foi verificar em que medida os sujeitos conseguiriam cumprir a tarefa responder s quest es com a interven o explica o media o completa do texto e das quest es de interpreta o Ou seja foi observado o efeito da media o na leitura do texto e nas quest es Neste caso atentando para o papel do professor nas aulas de leitura intervir construir junto com os alunos a compe
87. responde baseado no final do texto quando citado que por volta do meio dia os piratas acordaram mas n o apresenta a dura o total dos fatos al m de n o comprovar a resposta com cita es do texto Na maioria das respostas do grupo C tamb m h uma aten o segunda parte da quest o que exigia apenas a c pia de trechos do texto Provavelmente a maioria dos alunos entende que responder a essa parte suficiente Tanto o grupo C quanto o B apresentam os mesmos percentuais de erros para essa quest o Mesmo com problemas de elabora o de enunciados como foi o caso da quest o 3 observa se ainda que m nimos os percentuais evidenciam que quando h media o h ensino os resultados s o maiores do que quando n o h Em compara o o grupo A sem media o n o apresentou nenhuma resposta correta para a quest o 3 123 Na quest o 9 o grupo C obteve o percentual de respostas incorretas de 75 para esta quest o algumas respostas do grupo C s o Pergunta 9 O C26 Que ele so entere ava no tesouro texto d uma C27 Ele deu bebida alcolica para os piratas fazendo com indica o de que eles ficassem bebados e isso nus da ideia que que Dulaien ele ira enganar a todos iria enganar os C28 Ele colocou toda comida no Sem rum mandou o piratas O que seus homens dormir ao ar livre demonstra isso A resposta de C26 considerada incorreta pois n o h nela elem
88. rio com palavras que podem ser desconhecidas dos estudantes Para explorar os textos apresentados a se o Estudo do Texto apresenta subse es como Para entender o texto O contexto de produ o e A linguagem do texto Al m disso para expandir as informa es ampli las e relacion las com o dia a dia h ao longo do volume alguns boxes com informa es adicionais 80 A se o Produ o de texto dividida nas partes Aquecimento em que s o retomadas as caracter sticas b sicas do g nero textual estudado Proposta s o explicitados os objetivos e feita a proposta de escrita efetivamente em Planejamento e elabora o do texto h orienta o para o passo a passo da produ o em Avalia o e reescrita do texto os estudantes s o orientados a revisar o texto e avali lo junto aos colegas em grupo em dupla com o professor etc Al m disso h dicas variadas sobre ilustra o formas de divulga o etc No volume 6 s o propostos os seguintes g neros para produ o escrita narrativa de aventuras conto popular hist ria em quadrinhos not cia relato de viagem di rio de viagem poema artigo expositivo de livro paradid tico artigo de divulga o cient fica e entrevista A se o Oralidade do volume 6 trabalha linguagem oral como conte do suas atividades se prop em a orientar a observa o e an lise de marcas orais em textos escritos como em e mail entrevista hist ria em quadrinhos entre outro
89. s Discursos e Saberes Escolares S o Paulo Martins Fontes 1997 162p BATISTA Ant nio Augusto Gomes e COSTA VAL Maria da Gra a Livros de Alfabetiza o e de Portugu s os professores e suas escolhas Belo Horizonte Ceale Aut ntica 2004 238p BEAUGRANDE R de New Foundations for a Science of Text and discourse Cognition Communication and the Freedom of Access to Knowledge and Society Norwood Ablex 1997 670p BEZERRA Maria Auxiliadora Textos Sele o Variada e Atual In DION SIO ngela BEZERRA Maria Auxiliadora org O livro did tico de portugu s Rio de Janeiro Lucerna p 35 47 2 ed 2003 p 35 47 BOL VAR C R Mediaci n de Estrategias Metacognitivas en Tareas Divergentes Y Transferencia Rec proca Investigaci n Y Postgrado v 17 n 2 p 1 20 2002 BORTONI RICARDO S M O professor pesquisador introdu o pesquisa qualitativa S o Paulo Par bola Editorial 2008 136p BORTONI RICARDO S M et al Leitura e media o pedag gica S o Paulo Par bola Editorial 2012 256p BR KLING K tia Lomba A gram tica nos LDs de 5a a 8a s ries Que rio este elo qual corre o Ganges In ROJO Roxane BATISTA Ant nio Augusto G Org Livro Did tico de L ngua Portuguesa Letramento e Cultura da Escrita Campinas SP Mercado de Letras 2003 p 211 252 168 BRASIL Minist rio da Educa o PCN Par metros curriculares nacionais L ngua Portuguesa Ensino fundamental
90. sala de aula 21 E E voc lembra assim no momento de qual assim outro autor de qual outro livro 22 voc tem feito com frequ ncia essa complementa o Tem algum livro que voc gosta 23 realmente assim de outro que n o seja este que eles usam 24 P Tem um e eu n o lembro o nome dele que ele deveria ter sido escolhido o ano passado 25 mas ele n o foi Ent o eu gosto bastante das atividades dele s que eu n o me recordo 26 dele agora 27 E Ah ent o depois eu pego com voc 28 E No geral no dia a dia quais s o as dificuldades que voc observa que os alunos 29 encontram para resolver as atividades do livro Quais seriam assim ao mesmo tempo 30 tamb m perguntando em quais conte dos leitura conhecimentos lingu sticos ou 31 produ o de texto que voc observa que a dificuldade acontece com mais 32 frequ ncia 33 P Oh Na leitura dos textos os alunos reclamam bastante porque os textos s o muito 34 grandes geralmente s o grandes E nas quest es tamb m eles t m bastante dificuldade 35 tanto queo tempo inteiro eu tenho que ficar ajudando o tempo todo porque eles n o 36 conseguem entender o enunciado das quest es E s vezes assim s de voc chegar e 37 explicar o significado de uma palavra eles j conseguem resolver s vezes quest o 38 pouca s o jeito de formular a quest o que dificulta o entendimento deles 39 E E nos demais conte dos de p
91. se da sugerida 204 D39 Ele deve que se livrar dos Correta marineiro A resposta aproxima se da sugerida D40 Distrair seus marinheiros por Parcialmente correta irso Deu Bebida a seus Aponta a a o do capit o mas n o a associa ao marinheiros para eles irem obst culo dormir D41 Ele precisou de seu Incorreta marinheiros para enfrentar o Identifica o tempo como obst culo mas n o se tempo aproxima da resposta esperada D42 Ele teve que embebedar seus Correta marinheiros para poder levar o A resposta aproxima se da sugerida tezolro D43 Abandonar os outros piratas e Parcialmente correta saquear o nau antes que ele Inverte a ordem de acontecimentos afundasse D44 Ele fes comque os seus Incorreta marinheiro fequasem Constru o confusa naufragados na inlha e porque levasem o tesouro D45 Teve que levar os marinheiros Correta para uma ilha com eles A resposta aproxima se da sugerida b bados depois que todos ja tiveram dormindo ele fugisse com o ouro D46 Ele teve que deixar os Correta marinheiros bebados para A resposta aproxima se da sugerida fugir com o ouro D47 pediu para levar comida os Correta Marinhero Bebeu e Dormiu A resposta aproxima se da sugerida ele fugiu D48 Ele teve que esperar os Correta homens carregarem os ouros A resposta aproxima se da sugerida para o Sem piedade criar uma festa levar os homens para ilha esperar e f
92. se emportou e Parcialmente correta mandou seus homens at l Caracteriza o pirata mas n o em fun o da morte Revela que ele um pirata como previsto no LD sem medo D39 Ele era sangue frio quando ele Parcialmente Correta viu os corpos ele n o se Fala apenas da rea o do personagem desesperou D40 Ele n o estva nem ligando so Correta pensava na riquesa Mal ganancioso Responde primeira e segunda quest o 200 D41 Ele ficou alegre e s penssou Parcialmente correta na riquesa Responde sobre a rea o D42 Alegri por calza do tesolro Parcialmente correta Isso revela que ele mau N o responde primeira quest o de forma esperada carater no sangue frio pelo Ld Associa a quest o ao par grafo anterior D43 Parece que ele ficou alegre Correta como se isso fosse normal E Apresenta resposta que se aproxima do esperado isso revela que ele uma pessoa cruel e sangue frio D44 Ele ficol muito alegri pois os Incorreta tesouro e ele n o si importava N o responde de acordo com o esperado com os seus esgravos D45 Sorte para ele por n o ter que Parcialmente correta lutar para pegar o que era Caracteriza o personagem sem citar a rea o dele dele Ele era sem piedade n o ligava para os outros e pensar s nele D46 Ele ficou alegre pois o ouro Parcialmente correta A primeira quest o n o foi iria ser dele isso demonstra devid
93. sentido Esse tipo de atividade foi indicada como uma possibilidade no trabalho com a leitura na primeira edi o dos Par metros Curriculares Nacionais A leitura colaborativa uma atividade em que o professor l um texto com a classe e durante a leitura questiona os alunos sobre as pistas lingu sticas que possibilitam a atribui o de determinados sentidos Trata se portanto de uma excelente estrat gia did tica para o trabalho de forma o de leitores BRASIL PCN LP MEC 1997 p 61 Como o objetivo foi verificar o uso do livro did tico essa estrat gia foi adaptada ou seja lemos juntos par grafo por par grafo seguidos de explica es e coment rios Essa abordagem foi usada com o prop sito de favorecer a leitura e a compreens o do texto Al m disso essa 88 interven o foi uma alternativa para minimizar a prov vel dificuldade imposta pela extens o do texto queixa dos alunos e apontamento das professoras pela sua estrutura ou ainda pela sele o lexical usada O texto apresenta linguagem padr o com termos a serem 22 66 29 66 39 66 ressignificados pelos leitores como por exemplo nau adernado tim o refulgir etc Assim foram feitas media es na leitura do texto e foi pedido que em seguida os alunos respondessem s quest es propostas na se o de Estudo do texto ficou estabelecido com eles que n o haveria explica o na hora de realizar as atividades Ne
94. sobre estar diante de corpos mortos boiando seria tamb m ao que parece a sua poss vel rea o diante dessa cena estar assustado ficaram com medo A10 retoma parte do texto em que descreve a embarca o tombada tinha sido atingida fazendo a suposi o de um ataque logo n o consegue tamb m expressar a resposta esperada A elabora o da resposta de A10 tenta provavelmente justificar a presen a dos corpos boiando Portanto n o responde quest o sobre a rea o do capit o e sobre o que isso demonstra As respostas dos alunos evidenciam que eles compreenderam apenas parte do que se pedia na quest o especialmente no que diz respeito rea o do personagem mesmo que n o tenham apresentado as respostas dentro do esperado Para o grupo A essa quest o n o foi f cil especialmente porque havia a necessidade de mobilizar algumas habilidades complexas como correlacionar informa es e fazer infer ncia Na quest o 9 houve 76 9 de erro nela o aluno deveria demonstrar a compreens o global do texto e fazer a infer ncia sobre a poss vel indica o dada pelo texto para a inten o do pirata O enunciado faz uma afirma o inicial e logo em seguida apresenta o questionamento Assim o aluno deveria entender essa afirma o e deduzir o que poderia indicar a inten o do personagem e localizar a informa o que responde ao texto S o exemplos de respostas desse grupo Pergunt
95. texto De acordo com o Manual do Professor do volume esta subse o tem por objetivo trabalhar as informa es expl citas e impl citas do texto as caracter sticas pr prias da constru o do g nero em quest o MP p 4 A segunda subse o O texto e o leitor apresenta mais quatro quest es n o h no manual do professor uma refer ncia a essa subse o Percebe se no entanto que ela visa levantar as impress es do aluno sobre o texto algumas infer ncias e opini o do leitor 1 21 O texto sem cortes pode ser encontrado no anexo C 84 FIGURA 5 Atividades de estudo do texto Piratas sem piedade Estudo do texto EM Para entender o texto EE Os dois par grafos iniciais da hist ria trazem elementos ca racter sticos de um conto de aventuras Que informa es UMA BANDEIRA do texto comprovam essa afirma o FAMOSA EE Que descoberta desencadeia as a es presentes no conto IEJ Quanto tempo duraram os acontecimentos narrados no conto Justifique sua resposta com trechos do texto EH O nome de um dos navios j d pistas dos caminhos que ser o percorridos nessa viagem O que podemos supor a partir do nome desse navio E Como Jean Thomas Dulaien caracterizado no texto D A bandeira do navio exemplo de uma atitude que demonstre o seu car ter Sem piedade de Dulaien E Quando avista o navio o pirata tamb m v corpos de ma foi descrita pelo prefeito de rinheiros mortos Qual a rea o dele ao
96. texts proposed in the Portuguese textbook LDP they require the active participation of the teacher so as to understand the activities as well as to understand the text The aim of this study is to investigate the extent to which elementary school students can understand on their own the reading activities and interpretation of texts from the Portuguese textbook and or the extent to which understanding occurs when there is intervention The specific objectives are to determine the extent to which students understand the activities of the book identify key questions shown by students in performing activities of reading explain the relationship pupil book with and without teacher mediation point with testimonials and interviews the students opinion about the textbook Portuguese identify and list through the answers to the activities which the reading skills students reveal and not reveal which possess at the end of the investigation The research methodology used is qualitative and quantitative Data collection is done in a public school in a municipality in Minas Gerais The research corpus is composed of observed and filmed lessons reading activities from the Portuguese textbook and answers to activities done questionnaires to the students and interviews with teachers Some classes are observed and filmed for verification of procedures and the class reactions during the performance of the activities A reading activity from the textbook is give
97. um texto e responde perguntas sobre ele necess rio que haja desenvolvimento de estrat gias momentos em que seja proporcionada a constru o de compet ncias e habilidades necess rias ao processo de constru o de sentido da leitura Assim a media o o trabalho sistem tico e ativo do professor em sala de aula ser fundamental para solucionar o problema e ajudar os estudantes a avan arem em suas hip teses e constru o de respostas na leitura a se tornarem leitores proficientes 25 Nas atividades de leitura e interpreta o realizadas na escola com o LDP parece que nem sempre as tarefas s o realizadas de forma satisfat ria Os alunos podem apresentar desinteresse pelo material por encontrarem dificuldades na compreens o de enunciados comandos ou muitas vezes n o considerar o que proposto como significativo para eles Diante dessas situa es comum o professor agir ou intervir fazendo um parafraseamento do que o livro prop e na tentativa de facilitar o trabalho do aluno Sobre isso Antunes 2003 afirma Como se sabe as aulas realizam se fundamentalmente sob a forma de exposi es orais e n o raro os textos dados para a leitura s o traduzidos para o oral pela explica o do professor a fim de que eles entendam melhor Por vezes at os enunciados das quest es de provas ou de exerc cios s o explicados oralmente num trabalho que at parece tradu o Resultado o trabalho de i
98. 0 pensa T Pode responder essas duas a gente corrige depois faz outras A 1 e 2 Transcri o de trecho de aula de leitura filmada em 02 04 2012 Na transcri o as respostas dos alunos representados pelas letras B e R Uma coisa muito legal ou N o sei demonstram que n o havia compreens o do que se perguntava Os alunos deixam claro que n o entenderam o que era para ser feito O uso da estrat gia de media o nas atividades permite que dificuldades como essa sejam amenizadas e que os sujeitos consigam produzir as respostas O que foi poss vel observar com os grupos C e D ao responderem com mais acerto que os demais grupos as quest es 4 6 e 7 Nessas quest es a compreens o do enunciado foi fundamental para o resultado superior dos grupos Sobre as habilidades envolvidas nas quest es realizadas com mais acerto pelos grupos C e D poss vel dizer que elas tamb m v o das simples s complexas e mobilizaram uma s rie de opera es tais como identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o descrever a partir da compreens o global do texto ou de parte do texto caracter sticas do personagem e inferir informa o impl cita no texto relacionar informa es A media o essencial para esse processo de constru o de conhecimento Afinal preciso ter em mente que Formar um leitor competente sup e formar algu m que compreenda o que
99. 2 CAFIERO D Leitura como processo Caderno do professor Belo Horizonte Ceale FaE UFMG 2005 68p CEREJA W R amp MAGALHAES T C Portugu s Linguagens 5 s rie S o Paulo Atual 2006 p 49 CHIZOTTI Antonio A Pesquisa Qualitativa em Ci ncias Humanas e Sociais Evolu o e Desafios In Revista Portuguesa de Educa o ano vol 16 02 p 221 236 Braga Portugal 2003 COSCARELLI C V Leitura em ambiente Multim dia e a Produ o de Infer ncias Tese Doutorado em Ling stica Faculdade de Letras UFMG Belo Horizonte 1999 COSCARELLI C V Entendendo a leitura Revista de Estudos da Linguagem Belo Horizonte UFMG v 10 n 1 p 7 27 jan jun 2002 COSCARELLI Carla V e CAFIERO Delaine Ler e ensinar a ler In COSCARELLI Carla V Leituras sobre a leitura passos e espa os na sala de aula Col A leitura em todas as reas do conhecimento v 1 Belo Horizonte Vereda 2013 192p p 8 35 169 COSTA C L MARCHETTI G SOARES J B Para Viver Juntos Portugu s 6 ano ensino fundamental 1 ed rev S o Paulo Edi es SM 2009 304p COSTA VAL M Gra a Texto textualidade e textualiza o In CECCANTINI J L T pias PEREIRA Rony F ZANCHETTA JR Juvenal Pedagogia Cidad cadernos de forma o L ngua Portuguesa v 1 S o Paulo UNESP Pr Reitoria de Gradua o 2004 p 113 128 CRUZ R M Enunciados de provas em l ngua portuguesa um foco nas respostas e nas estrat gias de leit
100. 53 p 1 25 dez 2007 KLEIMAN ngela Texto e leitor aspectos cognitivos da leitura 5 ed Campinas Pontes 1997 82p KLEIMAN ngela Oficina de leitura 10 ed Campinas Pontes 2004 102p KLEIMAN ngela As abordagens da leitura SCRIPTA Belo Horizonte v 7 n 14 p 13 22 2004 KLEIMAN ngela Processo identit rios na forma o profissional O professor como agente de letramento In BOCH Fran oise CORR A Manoel Luiz Gon alves Ensino de L ngua Representa o e Letramento col Id ias Sobre Linguagem vol 18 Campinas SP Mercado das Letras 2006 p 75 91 KOCH I G V Desvendando os segredos do texto 2 ed S o Paulo Cortez 2003 168p KOCH I G V ELIAS V M Ler e Compreender os sentidos do texto 2 ed S o Paulo Contexto 2006 216p LAJOLO Marisa Livro did tico um quase manual de usu rio Em Aberto Bras lia ano 16 n 69 jan mar 1996 Dispon vel em http emaberto inep gov br index php emaberto article viewFile 1033 935 acesso em 05 04 2011 LOIZOS P V deo filme e fotografias como documento de pesquisa In BAUER M W GASKELL G Pesquisa qualitativa com texto imagem e som um manual pr tico Petr polis Vozes 2004 516p p 137 155 LOPES ROSSI Maria Aparecida Garcia A forma o do leitor proficiente e cr tico a partir de caracter sticas espec ficas dos g neros discursivos v 14 2005 Revista Interc mbio ISSN 1806 275x Dispon vel em lt http revist
101. Bras lia MEC 1997 144p BRASIL Minist rio da Educa o Guia de livros did ticos PNLD 2008 L ngua Portuguesa Minist rio da Educa o Bras lia MEC 2007 152p Anos Finais do Ensino Fundamental BRASIL Minist rio da Educa o Guia de livros did ticos PNLD 2011 L ngua Portuguesa Minist rio da Educa o Bras lia MEC 2010 152p Anos Finais do Ensino Fundamental BRONCKART J P Atividades de linguagem textos e discursos S o Paulo EDUC 1999 353p BUNZEN C amp ROJO R O livro did tico de l ngua portuguesa com g nero do discurso autoria e estilo In COSTA VAL M da G MARCUSCHI B Livros did ticos de l ngua portuguesa Letramento e Cidadania Belo Horizonte CEALE Aut ntica 2005 CAFIERO Delaine Letramento e leitura formando leitores cr ticos In Cole o Explorando o Ensino v 19 L ngua Portuguesa Coordena o Egon de Oliveira Rangel e Roxane Helena Rodrigues Rojo Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o B sica 2010 200 p CAFIERO Delaine Boas Perguntas Mobilizam Capacidades de Leitura In Revista Educa o Guia da Alfabetiza o ed especial n 1 2010b Ed Segmento ISSN 1415 5486 p 28 43 CAFIERO Delaine A constru o da continuidade tem tica por crian as e adultos compreens o de descri es definidas e de an foras associativas 2002 Tese Doutorado em Lingu stica Instituto de Estudos e Linguagem UNICAMP Campinas 200
102. Cl udia Mara de Souza A RECEP O DO LIVRO DID TICO DE PORTUGU S E O PROCESSO DE CONSTRU O DA COMPET NCIA LEITORA POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2014 Cl udia Mara de Souza A RECEP O DO LIVRO DID TICO DE PORTUGU S E O PROCESSO DE CONSTRU O DA COMPET NCIA LEITORA POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Estudos Lingu sticos da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial obten o do t tulo de Doutora em Lingu stica Aplicada rea de Concentra o Lingu stica Aplicada Linha de Pesquisa Ensino do Portugu s Orientadora Profa Dra Delaine Cafiero Bicalho Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2014 Ficha catalogr fica elaborada pelos Bibliotec rios da Biblioteca FALE UFMG Souza Cl udia Mara de A recep o do livro did tico de portugu s e o processo de constru o da compet ncia leitora por alunos do ensino fundamental manuscrito Cl udia Mara de Souza 2014 219 f enc il tabs grafs p amp b Orientadora Delaine Cafiero Bicalho rea de concentra o Lingu stica Aplicada Linha de Pesquisa Ensino do Portugu s Tese doutorado Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras Bibliografia f 166 172 Ap ndices f 173 209 Anexos f 210 219 1 Livros did ticos Avalia o Teses 2 Compreens
103. Dulaien s pensa nele Incorreta mesmo Retoma a inten o do personagem B21 O geito dele Incorreta Prende se ao car ter do personagem B22 Falsidade mentiroso Incorreta Prende se ao car ter do personagem B23 Quando ele chamam seu Incorreta piratas de Molenga e gritou Prende se uma a o do personagem com seus homens B24 tas muita bebida para eles Incorreta Incompleta B25 E agora meus caros homens Incorreta C pia indevida vamos festejar tragam para este navio toda a comida e a bebida que houver no sem rumo C26 Que ele so entere ava no Incorreta tesouro Prende se inten o do personagem 206 C27 Ele deu bebida alcolica para Parcialmente correta os piratas fazendo com que Registra parte da resposta sugerida eles ficassem bebados e isso nus da ideia que ele ira enganar a todos C28 Ele colocou toda comida no Parcialmente correta Sem rum mandou o seus Registra parte da resposta sugerida homens dormir ao ar livre C29 Demonstra que ele estava Incorreta enteressado mesmo em seus Fixa se na inten o do personagem n o exemplifica ouros ent o mandaram dos navios piratas e arrumaram para a aproximidade da ilha C30 Pela Falta de carater e da Incorreta que o Pirata queria inganar Atenta para o car ter do personagem os seus companheiros de fiagem e etc C31 Por que seu olhos brilharan as In
104. Isso significa considerar o sujeito como um todo com seus conhecimentos adquiridos ao longo da vida e que devem portanto ser valorizados e usados num ambiente de aprendizagem Um aspecto importante que se deve ressaltar neste sentido que as vozes dos alunos devem ser percebidas E preciso ouvir o que eles t m a dizer o que sabem o que pensam o que 159 querem O di logo essencial para que se consiga identificar o quanto sabem e n o sabem O aspecto dial gico BAKHTIN 1929 2006 deve ter garantido sua realiza o no espa o da aula de leitura O ser humano mediado na e pela linguagem Durante o per odo de observa o e filmagem de aulas algo que chamou muito a aten o foi o fato de que os estudantes interagem entre si margem do que ocorre na aula e nas tentativas de intera o do professor muitas respostas e ou assuntos pertinentes discuss o da sala centro ficam abafados ou inaud veis e portanto pouco explorados Um trabalho com esses discursos paralelos seria uma poss vel investiga o a exemplo do que faz Grigoletto 1997 sobre l ngua estrangeira e materna investigando a Intera o em aula de leitura a atua o do aluno nas margens e no centro da constru o da significa o Sobre as estrat gias de ensino numa aula de leitura destaque deve ser dado s metacognitivas ou seja aquelas que os sujeitos t m consci ncia delas Sabem dizer o que fazem porque fazem est o cientes d
105. J W Linguagem e ensino exerc cios de milit ncia e divulga o Campinas Mercado de Letras 1996 152p GUIMAR ES Elo sa H R O processo de produ o escrita em livros did ticos de L ngua Portuguesa do planejamento revis o 2009 1798f Tese Doutorado em Lingu stica Faculdade de Letras Programa de P s Gradua o em Estudos Lingu sticos UFMG Belo Horizonte 2009 GUIMAR ES A M M KERSCH D F A caminho da constru o de projetos did ticos de g nero In GUIMAR ES A M M KERSCH D F Org Caminhos da constru o projetos did ticos de g nero na sala de aula de l ngua portuguesa Campinas Mercado de Letras 2012 v 1 p 21 44 170 GRIGOLETTO Marisa Intera o em aula de leitura a atua o do aluno nas margens e no centro da constru o da significa o In Trabalho de lingu stica aplicada Campinas 29 Jan Jun 1997 p 85 96 Dispon vel em lt lt http revistas iel unicamp br index php tla article view 2036 1591 gt gt acesso em 06 05 2014 IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios PNAD 2011 Rio de Janeiro 21 09 2012 Dispon vel em lt lt http w ww ibge gov br home presidencia noticias imprensa ppts 00000010135709212012 572220530659 pdf gt gt acesso em 09 12 2013 KATO M O Aprendizado da leitura S o Paulo Martins Fontes 1986 152p KLEIMAN ngela Letramento e suas implica es para o Ensino de L ngua Materna Signo Santa Cruz do Sul v 32 n
106. Mas fa am depre ssa antes pedido que esta banheira afunta B25 Vamos molengas vamos ao Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos saque fatos Duas horas depois quando Faz c pia de parte do texto em que aparece um todos dormiam marcador textual C26 Dois dias e meio No dia Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de seguinte por volta do meio 1 dia e meio dia C27 Com certeza tinha sido Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de atingida a noite por forte 1 dia e meio tempestade Duas horas depois quando todos dormiam Copia trechos do texto um barquinho afastou se rapidamente da ilha rumo ao Sem piedade era Dulaien que s com todo o ouro escondido nos por es fugia pra Europa C28 Eu acho que durou Correta aproximadamente dois dias Apesar de n o dizer a resposta prevista no LD usa Porque no texto fala Com aproximadamente e cita o trechos que justificam a certeza tinha sido atingido resposta noite Ao cair da noite Alta hora da madrugada Duas horas depois meio dia ao acordar C29 Eu acho que a palavra que Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de duraram para os acontecimentos s o Uma hora alta hora da madrugada ao cair da noite duas horas dormiam meio dia ao 1 dia e meio 191 acordar C30 Eles ficar o duas horas na Incorreta N o apon
107. N o caracteriza mas d exemplo de atitude All como o barco que ele aclasse Incorreta N o caracteriza o personagem A12 Esta era a gramde Incorreta oportunidade que eu esperava N o caracteriza o personagem nessa vida A13 Ele s de ver o ouro ele ficava Incorreta com os olhos brilhando N o caracteriza o personagem de acordo com o querendo pega lo esperado B14 o titulo piratas sem piedade Parcialmente correta porque Dulaiem era mau e Caracteriza como mau mas n o exemplifica enqual os outros adequadamente B15 Ele caracterizado como Incorreta capit o Vamos todos para Apesar de a resposta caracterizar a personagem terra Quero que meus homens descansem ao ar livre B16 Quando ele mandar os piratas Parcialmente correta irem para a terra e foge com Apenas d o exemplo sem caracterizar o personagem todo o ouro e com toda a comida B17 Ele era muito ruin N o ouse Correta caracteriza o personagem e d exemplo com contrariar minhas ordens se uma resposta pr xima sugerida n o quiser ser trancado no por o a p o e gua B18 Ruim de mal Parcialmente correta Ao cham lo de mau aproxima se de autorit rio Faltou o exemplo 196 B19 De um homem mau Parcialmente correta Ao cham lo de mau aproxima se de autorit rio Faltou o exemplo B20 N o ouse contrariar minhas Parcialmente correta ordens se n o quiser ser D e
108. No entanto a conclus o poderia ser outra e n o apenas a sugerida pela resposta do MP do LD pois a compreens o do texto permite que o leitor caracterize o pirata como por exemplo experto inteligente sagaz maldoso etc Para responder adequadamente o aluno leitor precisava compreender bem o enunciado da quest o e as informa es do texto uma pergunta para pensar e buscar SOL 1998 p 156 pois poss vel deduzir a resposta mas ao mesmo tempo exige que o leitor estabele a rela o entre diversos elementos do texto e fa a algum tipo de infer ncia Os alunos do grupo A apresentam como respostas por exemplo Pergunta 6 Al N o estava interessado so se emportava com Quando avista o ele mesmo navio o pirata tamb m A7 Assustado Eles ficaram com medo v corpos de A10 Que eles sofreram um ataque marinheiros mortos Qual a rea o dele ao deparar com essa cena O que isso revela sobre seu modo de ser 115 Al apresenta uma resposta parcialmente correta ao descrever a rea o do personagem de acordo com o texto por m do n o faz refer ncia sobre o que isso demonstra sobre o modo de ser do personagem a exemplo da reposta sugerida no MP do LD A7 e A10 registram respostas incorretas A7 provavelmente se at m informa o sobre a vis o descrita no texto como macabra e n o atenta para o desinteresse do personagem poss vel que A7 tenha exposto seu ponto de vista
109. RONCKART 1999 BEAUGRANDE 1997 COSTA VAL 2004 MARCUSCHI 2008 SOARES 1998 de leitura SMITH 1978 1989 COSCARELLI 1999 DELL ISOLA 2001 KLEIMAN 1997 2004 2007 de livro did tico BATISTA 1997 BATISTA e COSTA VAL 2004 BUNZEN e ROJO 2005 ROJO 2006 CAFIERO 2002 2010 GUIMAR ES 2009 MARCUSCHI 2001 2003 MENDON A 2009 ROJO amp BATISTA 2003 outros investigam ensino media o sequ ncias e projetos did tico VYGOTSKY 1984 1991 DOLZ amp SCHENEWLY 2004 GUIMAR ES amp KERSCH 2012 BOL VAR 2002 Essas pesquisas apontam resultados que mostram as muitas facetas que envolvem o processo de 23 aprendizagem Em uma busca no banco de teses da CAPES com a palavra chave leitura poss vel encontrar 4317 trabalhos entre os quais 3255 no mestrado acad mico 887 no doutorado e 175 no mestrado profissional Ao usar a palavra chave produ o de texto s o identificadas 1236 produ es divididas em mestrado acad mico com 920 doutorado com 296 e mestrado profissional com 20 trabalhos Ao pesquisar por livro did tico de portugu s s o encontradas 43 pesquisas 39 de mestrado acad mico e 4 de doutorado Ao procurar por leitura no livro did tico de portugu s encontram se 9 produ es de mestrado acad mico N o foi encontrada nenhuma produ o ao pesquisar por recep o do livro did tico de portugu s Isso evidencia que a investiga o de como os alunos lidam com o livro did tico ainda um campo
110. S o observadas algumas aulas e outras filmadas para verifica o dos procedimentos e rea es da turma durante a realiza o das atividades Uma atividade de leitura do livro did tico aplicada com estrat gias diferentes a quatro grupos distintos da turma O grupo A faz sozinho leitura e atividades sem nenhuma media o o grupo B realiza a leitura do texto com a media o e faz sozinho as atividades o grupo C faz sozinho leitura e realiza as atividades com media o por fim o grupo D realiza a leitura e as atividades com a media o em ambas As media es propostas foram a leitura colaborativa do texto e leitura e coment rio das quest es uma a uma As repostas atividade s o analisadas para verificar o que os alunos compreendem sozinhos e em que precisam de media o Para finalizar os alunos respondem a um question rio a fim de verificar o que pensam sobre o livro did tico de portugu s sobre as atividades realizadas sobre os textos e as professoras respondem entrevista semiestruturada para verificar suas expectativas formas de abordagem e o que pensam sobre as media es necess rias e sobre necessidades dos estudantes As an lises s o feitas luz de teorias que compreendem a linguagem como intera o a leitura como processo social e cognitivo de produ o de sentido e a interven o did tica como uso de estrat gias para mobiliza o de capacidades para um n vel ainda n o alcan ado antes Toma se como refere
111. Se o exame externo usa textos curtos ent o na escola tamb m devem ser usados textos curtos Parece n o haver a distin o entre o que a escola deve ensinar e o que avaliar Ou mesmo o que ensinar e o que avaliar interessante observar que no exame SAEB Prova Brasil a escala de desempenho de leitura para alunos de sexto ao nono ano dividida em nove n veis at o n vel quatro s o considerados textos como tirinhas f bulas e outros Somente a partir desse n vel s o considerados textos mais complexos Nesse sentido poss vel entender que pela escala somente os estudantes que est o em n veis mais avan ados que conseguem processar textos que mobilizam as habilidades mais complexas Sobre a sua pr tica de media o com o LDP Rosa usa aulas expositivas e assist ncia individual nas carteiras na hora em que as atividades s o realizadas N o h muita varia o nas formas de mediar Escala dispon vel no anexo E 153 57 P Ah geralmente eu passo de carteira em carteira tirando as d vidas deles ou retomo 58 alguma coisa que eu vejo que eles tiveram maior dificuldade eu retomo para classe 59 toda se a dificuldade for de todos se a dificuldade for de todos mas geralmente mais 60 6 indo de pausa carteira em carteira e atendendo medida do poss vel a 61 dificuldade de cada um e individualmente Trecho da entrevistada professora Rosa Rosa assim como Ana acredita que os
112. TICOS Pesquisadora Cl udia Mara de Souza Entrevista com os alunos Nome Idade Ano Turma Data 2012 1 Em geral o que voc acha dif cil nas atividades de seu livro de Portugu s Marque abaixo e coloque em ordem o que voc considerar o mais dif cil 1 2 3 Entender a leitura os textos Entender as quest es sobre os textos O tamanho dos textos Produ o de texto Reflex o lingu stica Atividades sobre reflex o lingu stica Observa es 2 Quem ajuda voc a fazer as atividades quando voc estuda em casa e tem dificuldade Pais ou respons veis Irm o Tio a Av s Vizinho a Professor a particular Outros Observa es De que voc gosta no livro did tico de Portugu s Todos os textos Alguns textos como por exemplo Produ o de texto Fazer os exerc cios sobre os textos Fazer os exerc cios sobre reflex o lingu stica Outros e a e e e o 06 De que n o gosta no livro did tico de Portugu s As perguntas Os textos grandes A produ o de texto As mat rias da reflex o lingu stica Outros a mm 5 D exemplo de uma atividade do livro did tico que voc j fez e achou dif cil Anote o n mero da p gina e da quest o e tente explicar por que foi dif cil 177 AP NDICE D Transcri o da entrevista com a professora Ana E Entrevis
113. a o utilizando de acordo com Geraldi 1984 a variedade padr o e desconsiderando se as outras variedades lingu sticas Portanto h a associa o daquela variedade tradi o gramatical especialmente no trabalho com as estruturas lingu sticas a partir do qual se v a possibilidade de desenvolver a express o oral e a escrita Nessa abordagem apesar de a l ngua ser entendida como ato social o uso desconsiderado e consequentemente os falantes e o contexto de produ o tamb m Enfatiza se o estudo do da 36 forma da l ngua Al m disso essa vertente est ligada aos elementos da comunica o em que o falante transmite uma mensagem ao ouvinte e elaborando a em c digo codifica o e a remete a outro atrav s de um canal ondas sonoras ou luminosas O outro recebe os sinais codificados e os transforma de novo em mensagem informa es a decodifica o TRAVAGLIA 1996 p 22 23 A perspectiva de linguagem como instrumento de comunica o al m de estar ligada ao Estruturalismo est tamb m ligada ao Gerativismo ou seja corrente que se preocupa com as formas abstratas da l ngua No Brasil conforme Soares 1998 depois da d cada de 1960 a escola foi aberta classe popular Essa classe trouxe para escola padr es culturais e variantes lingu sticas diferentes das encontradas at ent o Al m disso o regime militar foi estabelecido no pa s que procurava desenvolver o capitalismo
114. a media o na realiza o das quest es para o grupo C e de ambas as media es realizadas com o grupo D Na aus ncia de media o poss vel dizer que tamb m n o h ensino Aos alunos cabe o papel de ler interpretar o texto e as quest es al m de produzir as respostas dentro do esperado Isso n o t o f cil para crian as ou pr adolescentes na faixa et ria em que foi desenvolvido este trabalho Na fase em que se encontram os alunos est o em plena constru o de suas compet ncias leitora e escritora poss vel dizer que sa ram da fase de alfabetiza o e letramento inicial recentemente Em muitos casos o que se encontra entre eles bem desenvolvida ou n o a capacidade de decodifica o Cabe ent o escola a tarefa de fazer com esses estudantes avancem em suas hip teses de leitura e escrita alcan ando 7 A m dia aritm tica simples obtida dividindo se a soma das observa es pelo n mero delas Ou seja foram observadas 10 quest es e a soma do total de acertos e de erros foram divididos por 10 133 gradativamente as habilidades e compet ncias mais elaboradas Deixar os alunos sem media o seria fingir que h ensino seria tamb m privilegiar ou assumir a concep o de l ngua como transmiss o de pensamento a leitura como decodifica o Cf Geraldi 1984 Neste sentido o sujeito aprendiz ocupa uma posi o passiva o que diverge totalmente da concep o interacionista Esse tipo de sit
115. a o encontro com as teorias foram os caminhos escolhidos Compreender os fen menos que ocorrem no espa o da sala de aula instigante e conseguir fazer com que se tornem mais desafiadores e ao mesmo tempo eficazes uma meta A responsabilidade profissional a consci ncia e o anseio pelo saber s o molas propulsoras para que o exerc cio do magist rio t o duramente penalizado torne se prazeroso Neste sentido o trabalho desenvolvido buscou investigar em um eixo de ensino de portugu s a leitura na sala de aula com o uso do livro did tico O foco foram os estudantes do ensino fundamental com cerca de seis anos de escolariza o Buscamos perceber a recep o do livro did tico de portugu s e o processo de constru o da compet ncia leitora Dessa forma o objeto de investiga o foi em que medida os alunos do ensino fundamental conseguem ler e realizar sozinhos as atividades de compreens o de texto ou em que medida eles precisam da media o de outros O conceito de media o proposto por Vygotsky 1991 1984 2007 foi significativo para o referencial te rico bem como o de leitura como processo interativo de produ o de sentido SMITH 1978 1989 CAFIERO 2005 COSCARELLI amp CAFIERO 2013 DELL ISOLA 2001 o de linguagem como intera o BAKHTIN 1929 2006 1953 1997 MARCUSCHI 2006 2008 GERALDI 1984 1985 TRAVAGLIA 1996 SOARES 1998 e o de texto como evento discursivo BEAUGRANDE 1997 A metod
116. a quando presente tem um papel fundamental no desenvolvimento das capacidades dos estudantes haja vista que o componente afetivo tamb m importante na forma o do indiv duo Por outro lado poss vel questionar at que ponto a 142 fam lia pode promover a media o Est havendo aprendizagem quando a crian a faz em 2 casa Ou o para casa torna se apenas o cumprimento de um dever 5 1 3 Do que os alunos gostam no LDP De que voc gosta no livro did tico de Portugu s A quest o 3 do question rio considerando o LDP como um todo buscou identificar os eixos e atividades com os quais os alunos mais se identificaram A cren a at ent o era a de que os alunos achavam os textos chatos dif ceis muito grandes enfim que os alunos n o gostavam do LDP Por isso o que se esperava era que n o houvesse respostas significativas para o eixo de leitura mas um maior registro nos outros eixos ou outros exemplos dados pelos estudantes O gr fico 3 mostra as respostas identificadas Gr fico 3 De que gostam no LDP Do que gosta no LDP 14 12 10 s 8 c 3 lt 6 4 2 0 Fazer os Fazer os a Alguns n rie exerc cios Todos os Produ o de exerc cios textos como sobre Outros textos texto sobre os h por exemplo reflex o textos Fa lingu stica E Alunos 10 12 8 8 5 5 Fonte Dados computados pela autora
117. a 9 Al O capit o ia frente ao contr rio de seus O texto d uma comandados parecia sobrio forte e sem sono indica o de que A2 Ambis o porque ele queria tudo para ele Dulaien iria enganar os A11 Ganasia pro dieiro piratas O que A12 que ele foi num barco pigueno com o ouro todo dentro demonstra isso Al tenta responder fazendo uma transcri o de parte do texto quando o capit o comandava os piratas rumo terra e n o se apresentava b bado As respostas de A2 All e A12 n o representam a resposta correta A2 justifica as atitudes do personagem com a ambi o assim como All ao citar a gan ncia Al2 relata o momento em que o personagem foge deixando os 116 marinheiros para tr s j enganados ou seja fixa se no desfecho Ao que parece todos tentam responder segunda parte da quest o O que demonstra isso a maioria das respostas mostra justificativas para o engano cometido e n o uma indica o de que isso pudesse acontecer Os alunos parecem compreender novamente parte da quest o que remete a uma poss vel c pia de trecho do texto O enunciado da quest o n o t o claro para os alunos bem como a necessidade de mobilizar a habilidade de fazer infer ncia ap s a compreens o do texto Dessa forma poss vel dizer que a quest o foi dif cil para o grupo A que realizou toda a atividade sem nenhuma media o Os alunos do grupo A atingiram o percentual de cerca de 70 em apenas du
118. a a escolha das melhores estrat gias de abordagem do texto Nas pr ximas se es s o tratadas as entrevistas aplicadas aos participantes e a atividade de leitura proposta 3 4 Entrevistas A fim de perceber a vis o das professoras acerca da pr tica escolar do material did tico e dos alunos foi proposta a realiza o de entrevista semiestruturada s professoras As respostas obtidas durante a entrevista foram transcritas e forneceram dados para ajudar a compreender como na pr tica s o realizadas as aulas de leitura com o material did tico como os professores atuam de que forma interv m A transcri o na integra est dispon vel nos ap ndices D e E As entrevistas foram realizadas na pr pria escola em hor rios livres das professoras Foram gravadas com aux lio de MP3 Inicialmente foram feitas apenas tr s perguntas e ao desenrolar da conversa outras quest es surgiram Foi perguntado Como voc utiliza o livro did tico de Portugu s Quais as dificuldades os alunos encontram para resolver as quest es do livro Como voc realiza a media o Para verificar a percep o dos alunos sobre o livro did tico quais as facilidades e as dificuldades apontadas por eles aplicamos um question rio turma 601 2012 A turma de 2011 n o respondeu ao question rio pois essa ferramenta foi inclu da posteriormente a coleta de 2011 Essa aplica o ocorreu na pr pria sala de aula em um hor rio cedido p
119. a a n o prejudicar o planejamento dela A inten o foi proporcionar a leitura de um g nero textual conhecido pela turma por acreditar que eles responderiam melhor s atividades sobre o texto de um g nero j estudado Ou seja j cont vamos com o conhecimento pr vio do leitor sobre o g nero Relembramos que as atividades foram desenvolvidas em quatro grupos Na turma 601 de 2011 houve dois grupos com sete alunos e outros dois grupos com oito alunos Na turma 601 de 2012 foram quatro grupos com cinco alunos As respostas das duas turmas foram consideradas em conjunto na composi o do corpus A seguir explicitamos como foi feito o trabalho a abordagem do texto e das atividades em cada grupo Grupo A Nenhuma media o Neste primeiro grupo chamado de grupo A foi pedido aos alunos que fizessem a leitura do texto e respondessem em seguida as dez quest es Foi previamente dito a eles que n o haveria nossa ajuda ou interven o na resolu o das atividades Eles deveriam por si s s ler e entender o texto e fazer as atividades 87 Essa op o de atividade foi feita para representar a situa o que muitas vezes ocorre no espa o escolar e nas aulas de leitura quando o professor simplesmente pede que seja lido o texto e sejam respondidas as quest es no caderno Observa se que nessa pr tica n o h interven o n o h ensino Diferente dessa uma situa o em que o professor se coloca como mediador da aprendizag
120. a atividade muito extensa poderia gerar exaust o e n o ser produtivo para esta pesquisa ao fugir das condi es de semelhantes aula de leitura Dessa forma foram realizadas as nove quest es da subse o Para entender o texto e a primeira quest o da subse o O texto e o leitor A quest o 1 da segunda subse o foi escolhida por ser uma quest o que trabalha com o t tulo e ajuda o aluno a pensar globalmente FIGURA 4 Texto Piratas sem piedade no LD LEITURA Conto de aventura frente ao contr rio de sono miam cobertos pelas nho afastou se sorrateira com todo O QUE VOC VAI LER oltaram ao Sem sumo e procuraram o o Para n o morrer de fome e para poder Piratas sem piedade Masmorr pi o Refulgir bribar com intensidade reino Tio roda ou volante com que se contaba olme L John Silvet em A lha do tesoura e Capit o Gancho em Peter Pan ag Fonte Cole o Para viver juntos Portugu s vol 6 p 290 292 1 As quest es est o dispon veis no anexo B 20 A figura 4 apenas ilustrativa o texto est dispon vel no anexo A 83 Piratas sem piedade conta as aventuras de um pirata franc s Jean Thomas Dulaien personagem hist rica que visitou o Brasil na poca da coloniza o in cio do s culo XVIII Esse pirata estava pr ximo costa brasileira perto do estado do Maranh o com a possibilidades de roubar o ouro dos navio
121. a de textos narrativos argumentativos e po ticos de conte do complexo identificamatesee os argumentos que a defendem em textos argumentativos reconhecem o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavraouexpress o N vel 6 250 a 275 Utilizandocomo base a variedade textual j descrita neste n vel os alunosdo s edo 9 anos g e 82 s ries al m de demonstrarem as habilidades anteriores localizam caracter sticas dopersonagemem texto po tico distinguem um fatoda opini o relativa a este fato identificamuma defini o em texto expositivo estabelecem rela o causa consequ ncia entre partes e elementos dotexto N vel 6 250 a 275 inferem a finalidade dotextoa partirdo suporte inferem osentidode uma palavra ouexpress o identificam a finalidade dotexto identificam cassuntoem um poema comparam textos que tratam do mesmo tema reconhecendo diferentes formas detratara informa o interpretam texto a partir de material gr fico diverso gr ficos tabelas etc estabelecem rela es entre as partes de um texto identificando substitui es pronominais que contribuem para a coes o do texto Os alunos do 9 ano 82 s rie ainda estabelecemrela es entre partes de um texto reconhecendo o sentido de uma express oque contribui para a continuidade dotexto estabelecem rela es l gico discursivas presentes no texto marcadas por conjun es adv rbios etc
122. a desenvolveram se de forma independente por m ambos oferecem subs dios importantes para o trabalho pedag gico Ela parte da proposta de Moita Lopes 1999 apud LOPES ROSSI 2005 de associar ambas as abordagens uma vez que o processo 160 de leitura e o de forma o de um leitor proficiente s o complexos e n o se esgotam em uma nica teoria Esse um poss vel caminho mais trabalhos que concebem essa associa o de concep es te ricas sobre leitura devem ser realizados e seus resultados demonstrados 6 2 Pr ticas de sala de aula media es necess rias e implica es Durante muito tempo na realiza o desta pesquisa o conceito de media o foi discutido sem se chegar a um consenso O que media o Essa pergunta ecoou por v rios encontros e discuss es de orienta o Tamb m apareceu na qualifica o N o pretendemos aqui esgotar esse conceito Os anseios de estudantes e professores s o not rios quando se trata deste aspecto A media o vygotskyana prev a inter rela o entre sujeitos em todos os n veis a fim de que aquele que n o consegue independentemente realizar uma tarefa hoje consiga faz la amanh E isso se concretiza porque o outro entra na sua hist ria de constru o e desenvolvimento do conhecimento Sobre isso Vygotsky 2007 p 100 foi claro o aprendizado humano pressup e uma natureza social espec fica e um processo atrav s do qual as crian as penetram na vida intelectual da
123. a do livro did tico na escola acredita que um material consistente e que foi uma escolha consciente da equipe 85 P Eu acho que Todo livro quando a gente t fazendo a escolha a gente v n risos as 86 falhas de alguns Esse a a gente achou bom porque ele abordava v rios g neros 87 v rias atividades diferentes produ o de texto mas a quando vai para sala de aula eu 88 acho at porque a gente fica passa um dois tr s anos com o mesmo livro a j fica 89 cansativo at pra gente que professor n mas quando n s escolhemos n s achamos 90 0s textos interessantes as atividades dele tamb m interessantes por isso at que a 91 equipe escolheu este livro Trecho da entrevistada professora Rosa Rosa acredita mais no LDP do que Ana justifica que depois de um tempo o trabalho fica cansativo pela repeti o de uso da mesma cole o por alguns anos Sobre o uso de outras atividades ela afirma pesquis las em fontes como a internet Ela busca complementar mais as atividades do eixo de conhecimentos lingu sticos e ortografia 154 Pelo depoimento de Rosa observamos que ela acredita no uso do LDP acredita que ele tem boa sele o textual e boas atividades As dificuldades que os alunos enfrentam segundo sua perspectiva est o mais relacionadas aus ncia de uma base Os estudantes n o gostam de ler porque n o sabem chegam ao sexto ano por exemplo despreparados e sem os c
124. a franc s jean Thomas Dulaien comanvam seus dois navios D38 que ele desviou da rota Incorreta N o identifica os elementos apontados como resposta no Manual do Professor Fala um pouco do enredo D39 Na autura da linha do Incorreta N o identifica os elementos apontados como Equador desviou se resposta no Manual do Professor rapidamente da rota Fala um pouco do enredo programada e veio dar nas costas do maranh o D40 Ilhas piratas nomes Parcialmente correta Identifica boa parte dos elementos paragrafos e travess es sugeridos como resposta N o cita o navio D41 Ilhas pirata nomes Parcialmente correta Identifica boa parte dos elementos paragrafos e travess o sugeridos como resposta D42 Viagens Incorreta N o identifica os elementos apontados como 186 resposta no Manual do Professor D43 A informa o de que eles Parcialmente correta Identifica boa parte dos elementos estavam voltando de uma sugeridos como resposta N o cita o os piratas usa ilha no caribe com dois apenas eles navios chamados sem rumo e sem piedade E que depois de um desvio mudaram de rota e pararam no Brasil D44 Sem rumo e sem piedade um Incorreta N o identifica os elementos apontados como conto de aventura resposta no Manual do Professor Escrever informa o nome do g nero se encontrava no alto da p gina antes do texto D45 Os dois navios e costa do P
125. a melhor o Fundamental ou o M dio 9 P acho melhor o M dio porque os meninos t m mais maturidade para entender 10 s o mais maduros 11 E Ent o Como Voc usa com frequ ncia ou n o e como voc utiliza o livro did tico 12 de portugu s nas suas aulas 13 P Utili zo com frequ ncia at porque a cobran a n j que eles o livro 14 ganhado eles ganham os livros a gente tem deve usar utilizar o livro e mas uso 15 muitas outras atividades tamb m 16 E Complementares 17 P complementares 18 E E normalmente como voc usa Voc aproveita todas todas as quest es por 19 exemplo de uma unidade 20 P n o 21 E faz uma sele o 22 P s vezes eu seleciono porque tem tem unidade que as as atividades sobre o 23texto por exemplo s o muito extensas e fica muito cansativo muito repetitivas ent o 24 eu corto algumas 25 E Corta 26 P Corto 27 E E sobre os outros conte dos que est o na unidade tamb m voc faz alguma 28 sele o sobre a parte de produ o de texto conhecimentos lingu sticos 29 E Fa o Produ o de texto nem sempre eu utilizo at porque a gente tem o projeto 30 de que a gente tem aqui na escola de escrever de ler e escrever ent o nem sempre a 31 gente utiliza a produ o de texto do livro dos meninos 32 E E normalmente quais dificuldades que voc observa que os alunos encontram para 34 resolver as quest es
126. a o seu vai para a amar levar significado A3 Nos podemos supor que o Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu navio passava sem rumo e ia significado sem piedade A4 Que ele tem nome de alguma Incorreta N o identifica o nome do navio nem sua cidade ou pa s interpreta o em rela o hist ria A5 que n o a caminho serto Parcialmente correta Apenas faz a justificativa mas n o cita o nome do navio A6 O sem piedade porque eles Incorreta N o identifica o nome certo do navio n o tem piedade A7 Sem rumo sem parada Parcialmente correta Identifica o nome do navio mas n o justifica adequadamente A8 Sem rumo e Sem piedade Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu Talvez porque um n o sabe significado onde vai e o outro talvez Vai al m explicando o sentido do nome do outro navio porque ele n o tenha d A9 12 Que ele esta sem rumo Correta ainda que seja uma resposta r pida identifica o nome e com ele explica o que foi pedido A10 Que ele n o tem rumo Correta ainda que seja uma resposta r pida identifica o nome e com ele explica o que foi pedido All franc s jeam thomas Incorreta n o responde o que foi pedido talvez por n o ler a quest o ou n o entend la A12 que eles n o tem piedade Incorreta n o identifica o nome do navio adequado 193 A13 o primeiro Sem rumo Correta identifica o nome e co
127. a ser explorado A pesquisa com as pr ticas educacionais extremamente relevante porque contribui para a compreens o do processo de aquisi o e desenvolvimento da l ngua materna e para realiza o de pr ticas pedag gicas mais acertadas Quest es pertinentes podem ser consideradas nesse campo De que maneira realizado o trabalho com o livro did tico Quais compet ncias as atividades de leitura permitem desenvolver At que ponto as atividades do livro did tico proporcionam o desenvolvimento das compet ncias almejadas Como s o mobilizadas as capacidades dos alunos nas atividades com o LDP At que ponto as estrat gias usadas na utiliza o do LDP s o suficientes para que o aluno realize com autonomia as atividades Que rea es os alunos esbo am diante do LDP e das tarefas propostas nele O que revelam essas rea es At que ponto h uma express o de satisfa o e de autonomia do aluno no uso do LDP Esses questionamentos apontam para uma reflex o poss vel pensar que o LDP deveria atender aos anseios de alunos e professores usando uma linguagem que lhes permitisse um trabalho produtivo no dia a dia da sala de aula conforme ressalta Lajolo 1996 Todos os componentes do livro did tico devem estar em fun o da aprendizagem que ele patrocina Como um livro n o se constitui apenas de linguagem verbal preciso que todas as linguagens de que ele se vale sejam igualmente eficientes Num livro did tico t
128. a viagem de volta Fran a muita coisa senhor N o ouse contrariar minhas ordens se n o quiser ser trancado no por o a p o e gua Os homens fizeram o que Dulaien mandou e logo em seguida os dois navios piratas rumaram para as proximidades de uma ilha Ao cair da noite os festejos a bordo mais beberam do que comeram fazendo tinir as moedas de ouro sobre a tosca madeira da grande mesa improvisada no conv s Alta hora da madrugada Dulaien sugeriu 216 r Vamos todos para terra Quero que meus homens descansem ao ar livre E poss vel at que tenhamos a sorte de encontrar belas nativas Sem condi es de discutir nada os homens sairam nos botes remando lentamente O capit o pirata ia frente ao contr rio de seus comandados parecia s brio forte sem sono Duas horas depois quando todos j dormiam cobertos pelas estrelas e embalados pelo vinho um barquinho afastou se sorrateiramente da ilha rumo ao Sem piedade era Dulaien que s com todo o ouro bem escondido nos por es fugia para a Europa Passaria antes por uma ilhota qualquer das imedia es onde conseguiria tripula o mercen ria para acompanh lo at o fim da viagem No dia seguinte por volta do meio dia ao acordar os marinheiros n o tiveram outra op o Voltaram ao Sem rumo e procuraram o porto brasileiro mais pr ximo Para n o morrer de fome e para poder voltar Europa tentaram saquear a cidade mas foram presos imediat
129. actividades y para comprender el texto El objetivo de este estudio es investigar hasta qu punto los alumnos de primaria pueden entender solos las actividades de lectura y de interpretaci n de los textos propuestos en el libro de texto de portugu s y o en qu medida la comprensi n ocurre cuando hay la mediaci n del maestro Los objetivos espec ficos son determinar el grado en que los estudiantes a entender las actividades del libro identificar las cuestiones clave que se muestran por los alumnos en la realizaci n de actividades de lectura explicar la relaci n alumno libro con y sin la mediaci n del profesorado punto con testimonios y entrevistas la opini n de los estudiantes sobre el libro de texto portugu s identificar y enumerar a trav s de las respuestas a las actividades que los estudiantes habilidades de lectura revelan y no revelar que poseen al final de la investigaci n La metodologia de investigaci n utilizada es cualitativa y cuantitativa La recogida de datos se realiz en una escuela p blica de un municipio del interior de Minas Gerais El corpus de investigaci n se compone de clases observadas y grabadas en video actividades de lectura del libro de texto de portugu s y de las respuestas dadas a las actividades realizadas as como la aplicaci n de un cuestionario a los estudiantes y entrevistas a las profesoras Son observadas algunas clases y otras fueron filmadas para verificar los procedimientos y las reacciones d
130. adas como Ana e Rosa Professora Ana No final de 2011 na escola campo o contato foi feito com a professora do sexto ano turma 601 que havia sido indicada pela coordenadora de portugu s A professora Ana 30 anos graduada em Letras em uma institui o privada em cidade vizinha a Itabira Na data da entrevista ela declarou ter em m dia quatro anos de experi ncia em lecionar Portugu s Ela estava trabalhando na escola pela segunda vez por dois anos consecutivos Segundo ela havia sido aprovada em concurso p blico para professor mas n o havia ainda sido nomeada para efetiva o A distribui o de turmas na escola feita pela dire o em acordo com os professores e coordenadores de rea Comumente os professores que s o contratados n o escolhem as turmas em que ir o lecionar pois tradi o na escola que professores concursados e efetivos com mais tempo de exerc cio na profiss o e atua o na unidade escolar tenham a primazia na escolha das turmas Desta maneira foi para trabalhar com turmas n o escolhidas pelos professores efetivos que a professora Ana havia sido contratada Al m de tr s turmas do sexto ano ela tamb m lecionava para uma turma de nono ano Ana mostrou se comprometida com a educa o organizada com os planejamentos e execu es das tarefas pertinentes fun o Demonstrava bom relacionamento com os alunos e agia com autoridade mantendo a disciplina sempre que poss vel Contudo ne
131. ado do texto Parece prender se ao enunciado A12 a que eles n o tem piedade Incorreta b que eles s o piratas sem Retoma o t tulo se m fazer a conex o piedade A13 a A informa o e que fala Correta sobre um navio que n o tem Parcialmente correta d s tem maldade e de piratas Responde a letra b que tentavam enganar uns aos outros s para ficar com o ouro para eles b ao dono dos dois navios e seus companheiros os marujos B14 a antecipa que o titulo da um Incorreta significado sobre o texto Prende se ao enunciado e tenta explicar o que entende b vida de pirata muito sobre a vida de um pirata arriscada B15 a Que os piratas s o Parcialmente correta impiedosos Responde a letra b b Os piratas da hist ria N o identifica a atitude ou a o de impiedade na hist ria B16 a Que os pirata n o tinha do Parcialmente correta de nada Responde a letra b b Aos marinheiros dos navios B17 a Que a hist ria vai ter piratas Correta mals Parcialmente correta b Ao Dulaien e os piratas que Responde a letra b ele os ordenava B18 a Parcialmente correta b do home que comanda o Incorreta N o respondeu a letra a barco B19 a Que eles s o maus e n o Parcialmente correta tem d etc Responde a letra b b Refere aos homens no barco B20 a Que os piratas n o tem Parcialmente correta piedade de ningu m Responde a letra b b se refere aos piratas sem piedade B21 a Piratas que n
132. afirma Na realidade o evento designa em primeiro lugar dois processos interligados produ o e compreens o Mas esses processos se manifestam em um artefato chamado texto que n o apenas um construto emp rico e sim um evento cultural social cognitivo e lingu stico Portanto a express o evento tem aqui o objetivo de designar o aspecto tipicamente din mico do fen meno texto e sua forma de atua o MARCUSCHI 2008 p 199 Grifos do autor Isso significa que o texto tem sua materialidade mas que se relaciona com o autor quando este o produz e com o leitor quando ele o l Marcuschi 2008 continua sua discuss o esclarecendo que a defini o proposta por Beaugrande 1997 sugere que o texto n o uma simples sequ ncia de palavras escritas ou faladas mas um evento como foi definido Essa defini o defendida pelo autor envolve uma riqueza de aspectos que podem trazer as implica es diretas que ele destaca 1 o texto visto como um sistema de conex es entre v rios elementos tais como sons palavras enunciados significa es participantes contextos discursos a es etc 2 o texto constru do numa orienta o de multi sistemas ou seja envolve tanto aspectos lingu sticos quanto n o lingu sticos no seu processamento no hipertexto isso ainda mais acentuado 3 o texto um evento interativo e vai al m de um simples artefato sendo tamb m um processo numa co produ o do ponto de vista d
133. aioria s vezes nem tem tanta dificuldade No 38entendimento do texto s vezes tem porque os textos s o muito extensos ent o assim 39 mas a gente faz a leitura e retoma a os textos para eles relembrarem mas mesmo assim 40 eles t m muita dificuldade por causa dos enunciados Os enunciados s o muito 41 complexos eu acho Trecho da entrevistada professora Rosa Rosa acredita que os problemas principais s o o vocabul rio e a dimens o do texto al m disso ela acredita que os alunos n o gostam de ler e isso atrapalha muito 42 E Ent o voc acha que mais uma quest o de vocabul rio 43 P Eu acho que sim 44 E E em rela o aos textos voc acha que a dimens o tamb m O tamanho 45 P a dimens o Eu acho que s o muitos extensos Hoje a gente est trabalhando at ni 46 prova as provas externas s o mais os textos menores ent o f cil para eles E esses 47 textos s o mui to grandes Ent o eles j n o gostam de ler o problema que eles n o 48 gostam de ler e a quando eles pegam um texto muito grande a que eles n o se 49 esfor am nem um pouquinho para entender o texto e para fazer as atividades Trecho da entrevistada professora Rosa Para justificar sua percep o Rosa usa o exemplo das avalia es externas que usam textos curtos nas quest es Isso interessante de perceber pois o modelo de avalia o externa reflete na pr tica escolar e nas escolhas dos docentes
134. ais favorecem a compreens o aquelas em que o aluno compreende com a media o do texto com a media o das perguntas ou em ambas Isto em que os alunos apresentam mais dificuldades no texto Nas quest es Ou em ambos Para respondermos a essas perguntas que o cruzamento de percentuais feito usando as representa es de gr fico e tabela seguidos de an lises e coment rios 4 1An lise do conto Piratas sem piedade e habilidades de compreens o que as perguntas do LDP exigem O texto lido pelos alunos foi o conto Piratas sem piedade anexo A classificado como conto de aventura Ao seguir os crit rios elaborados por Antunes 2010 poss vel identificar que em rela o a seu universo de refer ncia o texto remete para o mundo da fic o Apesar 96 de partir de um personagem hist rico foi baseado em fatos reais pois o pirata retratado Jean Thomas Dulaien atuou no Brasil no in cio do s culo XVIII Na verdade essa alus o ao mundo ficcional apenas um pretexto para que sejam postos em quest o elementos do mundo real fatos hist ricos reais Ou seja o mundo fict cio que serve de cen rio ao acontecimento constitui uma met fora do mundo das decis es de fatos hist ricos pol ticos sociais que marcaram e mancharam a nossa hist ria O texto pode ser considerado pertencente ao dom nio discursivo da literatura afinal trata se de um conto Entretanto a julgar pelo t tulo do
135. alunos n o gostam do LDP Contudo Rosa acredita 2 que os alunos n o gostam porque n o gostam de ler n o gostam de qualquer outro livro porque t m limita es n o apresentam os conhecimentos b sicos necess rios compreens o das propostas 69 P Eu acho que n o quest o nem desse livro eu acho que eles n o gostam de livro 70 nenhum risos porque ultimamente eu acho que o problema desses meninos que eles 71 n o gostam de ler eles n o gostam de escrever Produ o de texto uma tristeza eles 72 n o gostam de escrever de jeito nenhum ent o eu n o acho que nem por causa do 73 livro porque qualquer livro eu acho que se adotar eles n o v o gostar 74 E E ah voc acha que uma dificuldade em termos de falta de base ou 75 desinteresse ou a que voc atribuiria assim essa quest o 76 P Eu acho que o desinteresse gerado por falta de base Eles est o vindo muito 78 despreparados ent o quando chegam eles n o tem interesse por nada porque eles n o 79 tem um conhecimento anterior um conhecimento pr vio ent o eles passam a n o ter 80 interesse Trecho da entrevistada professora Rosa Ou seja o n o gostar na vis o da docente n o aleat rio h a a dificuldade em manejar o material em entender suas propostas atreladas falta de conhecimentos m nimos necess rios leitura e compreens o de textos Rosa que havia participado do processo de escolh
136. am se dez turmas do fundamental formadas por duzentos e vinte e cinco alunos na faixa et ria entre seis e treze anos Na Educa o de Jovens e Adultos EJA estavam matriculados duzentos e cinquenta e nove alunos a partir de dezesseis anos que frequentam o hor rio noturno Al m das dez salas de aula a escola possui uma biblioteca sala de v deo pequena sala para estimula o e atendimento aos alunos laborat rio de inform tica e laborat rio de ci ncias 14 Por quest es de conduta tica o nome da escola ser apresentado apenas pela letra X 70 Contudo h pouco espa o externo a escola n o possui local adequado para pr tica de educa o f sica Normalmente as atividades esportivas s o realizadas em um espa o disponibilizado pela associa o comunit ria do bairro em que a escola se encontra Em virtude dessa falta de espa o externo o momento de intervalo o recreio tamb m tumultuado As demais depend ncias s o sala da dire o e vice dire o sala de coordena o secretaria sala de professores cantina e almoxarifado Assim o espa o f sico da escola n o totalmente adequado ao n mero de alunos e s demandas da comunidade escolar A equipe gerencial formada por uma diretora tr s vice diretoras uma para cada turno escolar A escola conta tamb m com duas pedagogas quatro auxiliares administrativos seis coordenadoras de disciplinas e de turmas H uma professora especialista de apoio aos
137. amanho dos textos 2 Produ o de texto 5 Reflex o lingu stica 13 Atividades sobre reflex o lingu stica 6 Fonte Dados sistematizados pela autora desta pesquisa Nesta pergunta considerando as op es de respostas a maior parte dos alunos identificou a reflex o lingu stica como o mais dificil de entender em segundo lugar vem entender as quest es sobre os textos em seguida aparece entender a leitura os textos e a produ o de textos em terceiro Em rela o leitura objeto deste trabalho observa se que entender as quest es sobre o texto vem em segundo lugar e em terceiro entender os textos As dificuldades com as quest es s o ressaltadas pelos alunos em detrimento da compreens o textual A dificuldade dos alunos de entender as quest es pode estar relacionada a dois conjuntos de fatores como apontados por Cruz 2012 p 143 O primeiro grupo de fatores se refere a problemas do pr prio enunciado e ou do texto O outro grupo decorre das diferentes perspectivas de compreens o do texto e ou do enunciado por parte do aluno Ou seja alguns enunciados apresentam problemas que dificultam o trabalho pois n o fornecem elementos suficientes para que o aluno elabore com sucesso a resposta Por outro lado o aluno tamb m pode estar limitado por seus horizontes de compreens o pela falta de habilidades suficientes para realizar a tarefa Sobre isso Marcuschi 2008 p 231 afirma que 140 sempre que produzi
138. amente e trancafiados na mais subterr nea e escura masmorra E bem prov vel que tenham morrido l pois quem iria salv los Do livro CONTOS DE PIRATAS CORS RIOS E BANDIDOS dispon vel em lt lt http minhateca com br margareth alberico Livros Varios Autores ontos De Piratas Corsarios E Bandidos 341184 txt gt gt Acesso em 28 01 2014 14 54 217 ANEXO D Texto retirado do livro did tico Construindo Consci ncias Portugu s 6 s rie Cada vez os m dicos sabiam mais Isso n o quer dizer por m que eles conseguissem curar mais doen as Nem curavam nem evitavam As epidemias se sucediam peste c lera A prop sito voc s sabem o que uma epidemia A gente diz que h epide mia quando o n mero de casos de uma doen a ultrapassa o espe rado Mas voc s perguntar o como que a gente sabe quantos casos s o esperados Por meio de c lculos Esse o objetivo da epidemiologia Ali s a epidemiologia n o estuda s epidemias estuda a maneira como a doen a se distribui quem adoece mais homens ou mulheres mo os ou idosos em que regi es h mais doentes e assim por diante Isso vale tanto para a febre amarela como para o c ncer para os acidentes de tr nsito Mas voltando ao c lera e peste O c lera manifesta se por uma diarr ia muito forte t o forte que deixa a pessoa fraca pode at matar J a peste se caracteriza por aumento dos g nglios linf ticos que s o
139. amente respondida com alegre que ele n o tinha piedade dos outros D47 Abi o uma pessoa ruim sem Parcialmente correta corac o A segunda quest o foi respondida D48 Ele n o importou e ficou feliz Correta por que ia lucrar isso mostra Responde primeira e segunda quest o que ele era egoista e mau D49 Ele ficou feliz pois o tesouro Incorreta seria apenas dele Que era N o responde de acordo com o esperado egoista D50 ele ficou feliz porque ele iam Incorreta ficar com o ouro sozinho N o responde de acordo com o esperado Quest o 7 Desde o come o da hist ria j sabemos das inten es de Dulaien Quais eram elas Resposta no LD Apossar se dos sacos e arcos abarrotados de ouro que porventura estivessem no navio tombado Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al Ganhar algo na viagem e fugir Incorreta sem os piratas N o responde de acordo com o esperado A2 Procurar tesouros pois na Parcialmente correta verdade de ele era um Pirata N o se trata apenas de procurar mas apossar se dos tesouros A3 As inten es de Dulaien era Correta capiturar o tesouro e ir A resposta aproxima se da sugerida embora para Europa A4 Roubar o pa s e ficar com tudo Incorreta N o responde de acordo com o esperado AS de achar um tesouro Parcialmente correta N o era apenas achar mas apossar se A6 Achar sacos e arcas P
140. an a pode desenvolver mentalmente pela intera o e pela troca de experi ncias Nesse aspecto o papel do outro fundamental para aprendizagem A intera o na maioria das vezes ocorrer por meio da linguagem Ou seja pela linguagem pela troca de experi ncias pela intera o e interven o do outro ocorre a media o Em se tratando do espa o da escola primordial o papel do professor que dever conhecer seus alunos e elaborar estrat gias de media o que far o com que eles avancem de um n vel para outro do que sabem sozinhos real para o que conseguem com a ajuda do outro proximal Essa no o de media o pertinente a este trabalho visto que em sala de aula poss vel observar que os alunos ao realizarem suas tarefas conseguem resolver sozinhos algumas atividades mas em outras precisam de ajuda Por exemplo nas turmas pesquisadas na aula de leitura os alunos leem decodificam o texto e as quest es de forma independente respondem a quest es que precisam apenas de transcri o do texto e localiza o de informa o sem o aux lio do outro Contudo em alguns momentos existe a necessidade de media o do professor para por exemplo explicar o significado de algum termo ou express o ajudar em atividades que exigem correla o de informa es e constru o de infer ncia auxiliar na constru o do sentido global do texto fazendo retomadas do t tulo de fatos passagens do texto A ocorr
141. ando conjuntamente imagem e som em um filme de v deo LOIZOS 2004 p 149 Por isso as filmagens podem favorecer a investiga o e contribuir para a precis o dos dados coletados O segundo passo foi a aplica o de um instrumento de investiga o uma pequena entrevista em forma de question rio com o intuito de perceber como os alunos se sentem em rela o ao livro did tico de portugu s do que gostam do que n o gostam e quais s o algumas dificuldades encontradas na realiza o das atividades Inicialmente foi planejado aplicar uma entrevista semiestruturada aos alunos tentativa feita com a turma 601 2011 Como os elementos obtidos nessa tentativa n o foram satisfat rios reformulamos a partir deles o question rio Isso se deveu ao entendimento de que o question rio forneceria elementos mais concretos e poss veis de tabula o Desta forma o question rio foi aplicado apenas turma 601 2012 A fim de perceber a vis o das professoras sobre as aulas sobre o uso do material did tico a imagem que elas possu am dos alunos dado que isso interfere em suas op es e escolhas metodol gicas fizemos entrevistas semiestruturadas com as docentes no terceiro procedimento As perguntas iniciais s o feitas nesse tipo de entrevista e outras surgiram ao desenrolar da conversa sobre isso como apontam Ludke Andr 1986 uma entrevista semiestruturada se desenrola a partir de um esquema b sico por m n o aplicado ri
142. ao ser usado no plural o termo generaliza atribuindo esse car ter a todos os piratas A quest o pressup e que o aluno seja capaz de articular v rias informa es necess rias para responder s duas partes da quest o A parte b da quest o pode gerar um pouco de confus o pois o nico personagem a agir sem piedade foi o capit o Cabe ainda a ressalva de que no texto original o titulo Pirata sem piedade logo o t tulo foi modificado para edi o do LDP Se a pergunta fosse feita sobre o t tulo original provavelmente n o haveria tantas d vidas ao responder essa pergunta 4 2 Resultados por quest es nos grupos A B C e D Esta se o apresenta os resultados alcan ados pelos grupos A B C e D em cada uma das quest es da atividade de leitura Considerando se as diferentes estrat gias de abordagem para cada foram perseguidos os objetivos de verificar at que ponto os alunos compreendem as atividades do livro identificar as principais d vidas demonstradas pelos alunos na realiza o das atividades de leitura explicitar a rela o aluno livro com e sem media o do professor Para maior organiza o na apresenta o dos resultados e tamb m para j indicar uma primeira an lise deles a se o subdivide se em quatro partes Aus ncia de media o aborda o que ocorreu com o grupo A Media o na leitura do texto detalha os resultados do grupo B Media o nas quest es apresenta o caso do gr
143. ar e descrever at que ponto as atividades propostas nos livros did ticos no eixo de leitura e interpreta o de textos s o recebidas e compreendidas pelos estudantes O objetivo com isso o de responder At que ponto os alunos conseguem compreender sozinhos o que proposto no LDP em atividades de leitura e interpreta o textual Ou at que ponto eles necessitam da media o do professor A hip tese inicial deste trabalho a de que muitos estudantes n o conseguem compreender as quest es propostas nas atividades de leitura e interpreta o de textos em consequ ncia revelam tamb m a possibilidade de n o terem compreendido o texto Um dos prov veis dificultadores na tarefa de ler e responder o uso de enunciados complicados mal elaborados que podem dificultar a compreens o No entender de Cafiero 2010 p 29 o problema que em muitos casos as perguntas escritas n o orientam a compreens o do aluno elas podem s vezes at mesmo desorient lo Outro aspecto que merece ser destacado o que se refere ao efetivo ensino de leitura Ensinar a ler vai al m de ensinar a decodificar Decodificar grosso modo seria a simples transposi o de sinais gr ficos em sons no entanto a leitura muito mais que isso produ o constru o de sentido e envolve uma s rie de opera es mentais complexas Pensar nisso faz pensar tamb m que aula de leitura n o pode ser simplesmente um momento em que o aluno l
144. ara a inten o do pirata de enganar seus companheiros pois h v rias A quest o n o pontual n o estabelece uma refer ncia para que o aluno pudesse se pautar ao responder Al m disso a resposta sugerida no MP do LD n o d margem para que sejam consideradas outras possibilidades de respostas O grupo D se diferenciou dos demais grupos ao demonstrar um percentual superior o que pode ser evid ncia da media o realizada na leitura e na resolu o das atividades De maneira geral poss vel dizer que a maior parte das quest es privilegiava a transcri o do texto sempre havia refer ncia a alguma parte do texto para comprova o e ou justificativa da resposta O que confirma uma pr tica persistente na escola ao longo dos anos a c pia Assim mesmo quando essa tarefa n o era necess ria muitos alunos especialmente dos grupos A B e C viam se na obriga o de copiar ao que parece por entenderem que responder adequadamente copiar Isso remete a um universo de compreens o de leitura bastante limitado pois o apoio e utiliza o de conhecimentos pr vios de correla o de informa es de produ o de infer ncias restrito Ou seja a perspectiva de leitura como intera o n o totalmente contemplada pelas atividades analisadas Nesta se o foram apresentados os resultados dos quatro grupos na atividade de leitura com observa o das quest es mais erradas por eles al m das quest es com maiores po
145. arcialmente correta abarrotados de moeda de ouro N o apenas achar mas ficar com os tesouros A7 Levar o ouro para a Fran a Incorreta N o responde de acordo com o esperado A8 Na altura da linha do equador Incorreta desviou se rapidamente da N o responde de acordo com o esperado rota programada e veio dar nas costas do maranh o A9 Pegrar o ouro da nau Correta A resposta aproxima se da sugerida A10 Voutar a ilhas do caribe Incorreta N o responde de acordo com o esperado All os pirata Incorreta N o responde de acordo com o esperado 201 A12 Sem rumo e sem piedade Incorreta N o responde de acordo com o esperado A13 Pegar o ouro todo para ele e Correta n o dar a mais ningu n B14 O objetivo foi que eles eraram Incorreta o caminho N o responde de acordo com o esperado B15 Voltar as ilhas do Caribe e Incorreta conseguir muito ouro N o responde de acordo com o esperado B16 Fugir com todo o ouro Correta A resposta aproxima se da sugerida B17 As inten es de Dulaien era Correta conseguir roubar ouro A resposta aproxima se da sugerida B18 deixar no por o Incorreta N o responde de acordo com o esperado B19 As inten es era de pegar Correta ouro A resposta aproxima se da sugerida B20 Explorar os seus amigos e Correta tamb m querer pegar o ouro e Vai al m do esperado da o fora B21 Ele quer
146. arcialmente correta Identifica parte dos elementos Maranh o sugeridos como resposta N o cita o os piratas D46 O nome dos navios o lugar Correta cita o cen rio e personagem onde se passa a hist ria os Resposta mais independente usa as pr prias palavras piratas e o nome do texto D47 onde se passa a historia o Correta cita o cen rio e personagem nome do navio os piratas Resposta mais independente usa as pr prias palavras D48 Os nomes dos navios Sem Correta identifica o cen rio o capit o mas n o faz rumo e sem piedade O men o a pirata nome do capit o Jean Resposta mais independente usa as pr prias palavras Thomas Dulain e que a rota se mudou D49 Os dois Navios o sem rumo Parcialmente correta identifica parte do cen rio mas e o sem piedade n o faz refer ncia a personagem D50 Os nomes dos Navios diz Parcialmente correta identifica o cen rio e as muita informa o como O caracteristicas dos personagens por m n o os sem Rumo e os Sem Piedade identifica j diz que eles n o tem cora o Resposta mais independente usa as pr prias palavras Quest o 2 Que descoberta desencadeia as a es presentes no conto Resposta do LD A descoberta de um navio tombado repleto de tesouros Apesar de a quest o ser de localiza o o sujeito deveria compreender o par grafo em que a resposta se encontra pois h muita informa o antes de identificar o nav
147. as pucsp br index php intercambio article viewFile 3945 2595 gt acesso 05 06 2011 L DKE M ANDR M E D A Pesquisa em educa o abordagens qualitativas S o Paulo EPU 1986 99p 171 MARCUSCHI L A Compreens o de texto algumas reflex es In ngela Dion sio amp Maria Auxiliadora Bezerra org O livro did tico de portugu s Rio de Janeiro Lucerna p 48 61 2 ed 2001 2003 p 48 61 MARCUSCHI Luiz Ant nio Fen menos da linguagem reflex es sem nticas e discursivas Rio de Janeiro Lucerna 2006 168p MARCUSCHI Luiz Ant nio Produ o textual an lise de g neros e compreens o S o Paulo Par bola Editorial 2008 296p MENDON A M R S Mapas Conceituais e Compreens o de texto In DIONISIO A P HOFFNAGEL J BARROS A S M Org Um lingu sta Orienta es diversas 1 ed Recife PE Editora Universit ria da UFPE 2009 v 1 p 267 282 MENEGASSI R J P Avalia o de leitura In Leitura e ensino Maring Eduem 2005 p 15 40 MENEGASSI R J Avalia o de leitura Constru o e ordena o de perguntas In CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL 17 2009 Campinas Anais do 17 COLE Campinas SP ALB 2009 Dispon vel em http www alb com br portal html Acesso em 18 fev 2014 ISSN 2175 0939 MORETTO V P Prova um momento privilegiado de estudo n o um acerto de contas 9 edi o Rio de Janeiro Lamparina 2001 2010 192p NEVES Jos Luis Pesquisa Qualitati
148. as as quest es est o dispon veis no ap ndice F 114 que esses alunos somente entenderam a segunda parte da quest o ou seja a parte do enunciado que se refere a copiar os trechos do texto A quest o tr s foi uma quest o complexa para todos os grupos como se ver no detalhamento dos pr ximos grupos Ela parece n o oferecer claramente o contexto e os par metros para corre o tal como define Moretto 2010 Quando dizemos que uma quest o deve ser contextualizada significa que para responder o aluno deve buscar apoio no enunciado da mesma A parametriza o a indica o clara e precisa dos crit rios de corre o MORETTO 2010 p 137 148 A falta de contextualiza o no enunciado da quest o se revela na aus ncia de informa es sobre o que exatamente o aluno deveria observar quais as marcas temporais deveriam ser consideradas N o fica expl cito no enunciado com quais tipos de trechos do texto o aluno deveria justificar a resposta Esses dados ausentes seriam os indicativos da parametriza o conforme diz Moretto 2010 Portanto o enunciado da quest o pouco oferece para produ o de uma resposta satisfat ria A quest o 6 tamb m teve alto ndice de erro 77 0 no grupo A Para serem consideradas corretas segundo crit rios do MP as respostas deveriam apontar a completa insensibilidade do pirata o que leva a conclus o de que ele era uma pessoa cruel e para quem a morte banal
149. as duas turmas foram informantes secund rias pois o foco do trabalho foi o aluno Nas pr ximas se es os perfis desses informantes s o descritos 71 3 2 2 1 Os alunos As turmas foram escolhidas para realiza o das atividades a partir de indica o da professoras regentes do sexto ano e da coordenadora de rea De acordo com elas as turmas indicadas responderiam melhor proposta e s atividades de filmagem e observa o das aulas bem como entrevista question rio Assim a coleta de dados foi realizada na turma 601 11 de novembro a dezembro de 2011 e na segunda turma 601 12 de mar o a setembro de 2012 A primeira turma era composta por trinta e tr s alunos matriculados mas apenas trinta eram regularmente frequentes e participaram de todas as atividades propostas A segunda turma inicialmente era composta por vinte e quatro alunos na primeira etapa posteriormente dois alunos foram transferidos ficando com vinte e dois Em meados de abril outros dois alunos foram transferidos e duas alunas novas foram admitidas por transfer ncia Participaram de todas as atividades cerca de vinte alunos Somando se as duas turmas cinquenta alunos participaram do processo Os sujeitos participantes eram estudantes de faixa et ria entre 11 e 12 anos moradores do bairro de periferia onde est situada a escola e ou bairros circunvizinhos A maior parte oriunda de fam lias de baixa renda de trabalhadores assalariados e com n vel d
150. as entre os alunos s o fundamentais para isso pois O bom leitor tem consci ncia dos procedimentos que o ajudam ou o atrapalham na compreens o de um texto e por isso tira mais proveito dela principalmente se for capaz de potencializar o que o ajuda e de eliminar o que o atrapalha Uma forma de tomar consci ncia disso explicitar o que faz durante a leitura em tarefas de protocolo de pensar alto por exemplo ou de conversar com os colegas trocando experi ncias COSCARELLI e CAFIERO 2013 p 25 Nas quest es 4 6 e 7 os grupos C e D apresentaram os maiores percentuais de acerto Em comum ambos contaram com a media o na compreens o das perguntas Isso evidencia que mesmo com a compreens o do texto como o caso do grupo B faz se necess ria a compreens o das perguntas Algumas perguntas s o elaboradas de forma que muitos alunos n o compreendem No depoimento apresentado no in cio desta tese uma aluna ao falar das atividades de interpreta o de texto e de suas dificuldades expressava O que eu gosto menos que o livro de portugu s tem muitas coisas e os textos na maioria das vezes s o muito grandes e hum as perguntas t m que ser elaboradas mais porque as perguntas s vezes complica muito no 129 texto e confunde muito as pessoas GK 14 anos aluna do nono ano de uma escola p blica no interior de Minas Gerais Neste sentido ao inv s de ajudar algumas perguntas mostram se complexas e
151. as escolhas conforme postula Kleiman 2004 As dificuldades apresentadas pelos alunos no decorrer desta pesquisa evidenciam esta necessidade A aus ncia de estrat gias de ensino durante o per odo de observa o e filmagem de aulas torna um ponto a ser questionado no processo de ensino aprendizagem Os alunos n o conseguem avan ar em suas hip teses em suas habilidades porque est o limitados muitas vezes decodifica o Precisam portanto ser ensinados a realizar outras opera es que lhes permitam desenvolver suas capacidades na lida com o texto Sobre as teorias de leitura as concep es que partem da compreens o de leitura como decodifica o numa perspectiva estruturalista s o reducionistas como apontadas por Silva 1999 O que se v nas aulas de leitura confirma a defini o desse autor de que ler na sala de aula traduzir a escrita em fala decodificar mensagens dar respostas a sinais gr ficos seguir os passos da li o do livro did tico apreciar os cl ssicos devem ser melhor compreendidas para que n o sejam priorizadas nas salas de aula Por outro lado a concep o de leitura como intera o deve ocupar o espa o nas pr ticas educacionais e para isso devem ser entendidas com clareza pelos docentes Ainda no aspecto te rico uma proposta interessante foi feita por Lopes Rossi 2005 ao tratar da abordagem do texto na aula de leitura a autora afirma que os modelos interativista e discursivo de leitur
152. as no manual do professor do livro utilizado Para viver juntos Portugu s Consideramos corretas C as respostas que estivessem iguais ou similares s indicadas no LD procurando n o intervir ou interpretar subjetivamente as respostas dos alunos Parcialmente corretas PC foram consideradas as respostas que apresentassem parte da resposta sugerida no manual do professor parte dos elementos indicados e incorretas IN as respostas que n o estivessem de acordo com o manual A resposta c pia CO foi considerada quando houve a transcri o literal de parte do texto QUADRO 3 Registro e an lise das respostas Grupo sujeito Respostas registradas Observa es AL Fonte elaborado pela autora desta pesquisa As respostas de 2011 e 2012 foram registradas e analisadas separadamente para uma eventual compara o e depois foram reunidas para an lise Para os resultados deste trabalho foi considerado o total de participantes ou seja cinquenta alunos que responderam dez quest es 2 22 Foram dez quadros de resposta um para cada quest o Ap s esse passo foi somado o resultado de cada grupo em cada uma das op es de resposta para identificar os ndices de acerto em cada quest o uma a uma Mediante o resultado das respostas de cada grupo foram obtidas m dias e registradas em porcentagens Esse resultado foi colocado em uma tabela ilustrada pelo quadro 4 para permitir uma visualiza o mais pr
153. as quest es 4 e 10 das dez realizadas Em uma das quest es era necess rio identificar o nome do navio e dizer o que isso sugeria sobre a rota dos piratas Em outra quest o a tarefa estava focada no t tulo e nas informa es que ele apresentava sobre os personagens As duas quest es que o grupo A acertou foram quest es com m dias superiores a 70 em todos os demais grupos Foram perguntas que podem ser consideradas f ceis para a turma pelo resultado obtido A aus ncia de media o n o permitiu que o grupo mobilizasse as habilidades mais complexas exigidas nas outras quest es quer seja pela incompreens o do texto ou do enunciado das perguntas quer seja por ambas Isso significa pensando junto com Vygotsky 1984 2007 que por se tratar de aula de leitura as atividades que os alunos conseguem fazer junto ou com o aux lio de outro revelam muito mais sobre o seu desenvolvimento do que o que eles conseguem fazer sozinhos Assim o grupo A n o representa a situa o ideal de ensino e o resultado obtido pode n o revelar exatamente o potencial de desenvolvimento dos alunos desse grupo 4 2 2 Media o na leitura do texto o caso do grupo B O grupo B contou com a media o da leitura colaborativa do texto e realizou sozinho as perguntas Esse grupo representa uma situa o em que h uma estrat gia parcial de ensino O resultado do grupo pode ser visualizado na tabela 2 a seguir 117 Tabela 2 Resultados do grupo
154. as verifica em que indicadores do texto se baseia para fazer isso etc o pr prios alunos devem selecionar marcas e indicadores formular hip teses verific las construir interpreta es e saberem que isso necess rio para obter certos objetivos SOL 1998 p 117 128 Neste sentido pode se dizer que a leitura deve ser ensinada para que o aluno consiga posteriormente trilhar sozinho o caminho mas enquanto isso n o se realiza na escola essencial que ocorra seja pela media o do professor ou dos colegas como foi salientado por Vygotsky 1984 2007 Ou seja a crian a necessita da media o do outro para consolidar e dominar autonomamente as atividades e opera es cognitivas Sobre as habilidades envolvidas nas quest es realizadas com mais acerto pelos grupos B e D podemos dizer que elas s o mais complexas e que mobilizaram uma s rie de opera es mentais tais como relacionar informa es metalingu sticas a informa es localizadas no texto compreender globalmente o in cio do texto inferir o sentido ou o papel argumentativo do t tulo relacionando as informa es dele com a do texto al m de perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo Essas habilidades s o desenvolvidas ao longo do processo de constru o da compet ncia leitora e as estrat gias de ensino de leitura como leitura compartilhada as troc
155. atam da realidade brasileira como por exemplo aventuras urbanas e contempor neas lendas populares mitos universais temas do cotidiano Os eixos de leitura e produ o de textos s o destaque na cole o h muitas atividades com clareza nos objetivos com o contexto para produ o e recep o de textos portanto h v rios textos com atividades que podem proporcionar o desenvolvimento de v rias habilidades de leitura e de escrita A oralidade vista como conte do e muitas atividades chamam a aten o para as marcas dessa modalidade de linguagem nos textos escritos h ainda propostas para produ o de alguns g neros orais com orienta es detalhadas para isso Os conhecimentos lingu sticos s o abordados numa perspectiva reflexiva partindo de textos e s vezes normativa ao apresentar conceito esses conhecimentos s o sistematizados com muitas atividades e ancorados na gram tica normativa O Manual do Professor deixa claras as concep es te rico metodol gicas que adota traz orienta es para o uso da cole o com indica es e explica es para o desenvolvimento do trabalho al m de trazer sugest es para isso Ao consultar o guia do PNLD 2011 foi poss vel verificar que essa cole o foi bem avaliada destacando se pelo trabalho com a leitura e com a produ o de textos Em ambos os eixos o destaque da avalia o ficou para o tratamento dado aos g neros textuais s o muitas atividades que trabalham os
156. aut noma texto e perguntas devem ser compreendidos pelos estudantes devem ser mediados at quando forem necess rios 5 1 2 Quem apoia a realiza o das atividades em casa Quem ajuda voc a fazer as atividades quando voc estuda em casa e tem dificuldade A defini o de livro did tico proposta pelo PNLD BRASIL MEC 2008 sugere que o livro did tico seja um recurso que contenha atividades que os alunos consigam realizar sozinhos mas isso nem sempre fato Os dados desta pesquisa mostram que os estudantes precisam de interven es aux lio media o em boa parte do processo em sala de aula E quando as atividades s o realizadas em casa O que acontece As atividades quando realizadas em casa nem sempre s o compreendidas pelos alunos por isso eles recorrem a outros para ensin los A quest o 2 buscou verificar as outras media es Enunciado n o diz respeito apenas ao comando de quest es Marcuschi trata de enunciado na perspectiva bakhtiniana ou seja numa perspectiva que considera os sujeitos numa intera o dial gica unidade real da comunica o verbal Para Bakhtin O enunciado deve ser considerado acima de tudo como uma resposta a enunciados anteriores dentro de uma dada esfera a palavra resposta empregada aqui no sentido lato refuta os confirma os completa os baseia se neles sup e nos conhecidos e de um modo ou de outro conta com eles BAKHTIN 1997 p 316 141 com as quais os
157. autora apresenta uma classifica o sobre as rela es entre as perguntas e respostas que podem se suscitar a partir de um texto 65 Perguntas de resposta literal s o aquelas cuja resposta se encontra literal e diretamente no texto n o necessariamente perguntas que sejam de simples transcri o do texto mas aquelas que requerem do estudante a compreens o do texto e a elabora o da resposta Perguntas para pensar e buscar s o aquelas cuja resposta pode ser deduzida mas que exige que o leitor relacione diversos elementos do texto e realize algum tipo de infer ncia As respostas n o est o no texto exigem um trabalho de reflex o correla o de informa es para elabora o da resposta Perguntas de elabora o pessoal s o aquelas que tomam o texto como referencial mas cuja resposta n o pode ser deduzida do mesmo exigem a interven o do conhecimento e ou opini o do leitor Al m dos tipos de quest es apontados por Menegassi 2009 e Sol 1998 as atividades no LDP usadas nesta pesquisa sugerem o acr scimo de outro tipo de quest o que parece ser importante para que os alunos consigam responder efetivamente as atividades Quest es com foco no enunciado para que o aluno consiga responder tais quest es ele precisa apresentar uma compreens o do enunciado da quest o O foco da quest o parece ser ela mesma Seria semelhante proposta de Sol c 1990 com a pergunta para pensar
158. b Dulaien principal como pirata D43 a Que os piratas eram maus e Parcialmente correta identifica o capit o letra b sem piedade Incorreta b Ao Dulaien D44 a piratas sem piedade Parcialmente correta Peratas sem bo costo Responde a letra b b Dulaien e seus escravos D45 a Os piratas eram sem Parcialmente correta identifica o capit o letra b piedade faziam tudo fora da lei b A Dulaien Incorreta 210 D46 a Que os piratas s o sem Parcialmente correta piedade Responde a letra b b Ao capit o e os tripulantes D47 a Muita coisa ruis Correta identifica o capit o letra b b Jean Thomas Dulaien Incorreta D48 a Que vai ter alguma maldade Correta b Jean Thomas Dulaien Responde a letra a D49 a ele e sem piedade e ele Parcialmente correta maldoso Responde a letra a b se refere a uma pessoa mal D50 12 a Porque ele sem Piedade Correta b Piratas sem Piedade Jean Thomas Dulaiem Responde a letra a e identifica o personagem principal 211 ANEXOS ANEXO A Texto para atividade de leitura aplicada retirado do livro Portugu s Para viver juntos volume 6 LEITURA 1 Conto de aventura O QUE VOC VAI LER Na hist ria a seguir publicada em um livro de contos as personagens v o viver uma aventura em busca de fortuna A narrativa se passa no Brasil na costa do estado do Maranh o Dois navios estavam retornando Europa quan
159. cados entre si Compreender e distinguir as diferentes concep es de linguagem importante pois na escola nas pr ticas de ensino a ocorr ncia de mais de uma concep o pode ser observada As atividades de leitura e interpreta o de textos a forma como o professor as aborda marcam essas diferen as e influenciam diretamente os alunos em suas constru es de linguagem A compreens o de linguagem como um processo social de ocorr ncia num espa o historicamente situado e realizada por sujeitos tamb m hist rica e socialmente situados recente se se considerar o campo de desenvolvimento da lingu stica Bakhtin 1929 2006 um dos precursores da intera o verbal concebe a linguagem como um ato dial gico Ou seja para ele toda palavra toda enuncia o e por extens o todo o texto possui um car ter de duplicidade no qual a presen a do outro fundamental e cujo contexto social n o pode ser ignorado A verdadeira subst ncia da l ngua n o constitu da por um sistema abstrato de formas lingu sticas nem pela enuncia o monol gica isolada nem pelo ato psicofisiol gico da sua produ o mas pelo fen meno social da intera o verbal realizada atrav s da enuncia o ou das enuncia es A intera o verbal constitui assim a realidade fundamental da l ngua BAKHTIN 1929 2006 p 125 32 Assim como o autor concebemos nesta pesquisa o fen meno social de ocorr ncia da linguagem no espa o escolar Le
160. canzado antes Se toma como marco te rico a autores como Antunes 2003 2010 Bajtin 1929 2006 1952 1953 1997 Marcuschi 2002 Cafiero 2010 Dell Isola 2001 Kleiman 2004 Rojo 2003 Sol 1998 Vygotsky 1984 1991 entre otros Los resultados revelan que los estudiantes muestran m s dificultades en la realizaci n de las actividades de interpretaci n textual cuando tienen que realizarlas solos Por otro lado cuando hay ense anza de le lectura o sea mediaci n en la realizaci n de la lectura y de las actividades los resultados de los estudiantes se muestran superiores Tambi n se identifica que las actividades de lectura presentan problemas en la elaboraci n de los enunciados y que las respuestas que se sugieren en el manual del profesor del libro de texto no siempre son coherentes con los temas y o suficiente para ellos Esto hace que el trabajo del estudiante sea reh n de sus limitaciones y de las restricciones impuestas por las actividades problem ticas PALABRAS CLAVE Lectura libro de texto ensefianza aprendizaje LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 cole o Para Viver Juntos Portugu s passa asss ia ss AT Sa 76 FIGURA 2 Livro did tico do 6 ano sagas iu a E sese 78 FIGURA 3 Introdu o ao cap tulo de revis o s sessssessesessseessessesseesseesesseserssressessrssresseseese 80 FIGURA 4 Texto Piratas sem piedade no LD q assassina states aging pandas ga da 81 FIGURA 5 Atividades de
161. cias de correlacionar informa es de produzir sentidos tantos quantos forem necess rios e poss veis A leitura precisa portanto ser encarada como objeto de ensino em toda e qualquer fase ou faixa et ria que o aluno se encontre enquanto estiver na escola at que ele consiga por si com sua compet ncia leitora plena buscar seus pr prios caminhos e novas formas de aprender a ler o mundo a ler a letra a ler a palavra FREIRE 1988 E necess rio pensar em uma forma diferente de ensinar conhecer melhor as necessidades dos estudantes ouvir suas vozes conhecendo tamb m as teorias que subjazem aos materiais did ticos s propostas de ensino e s pr ticas metodol gicas al m do uso da criatividade peculiar e experi ncias inerentes pr tica construir uma realidade diferente da que se apresenta E poss vel crer na possibilidade que os depoimentos dos estudantes n o venham revelar dificuldades b sicas que denunciam a fragilidade do processo de ensino aprendizagem o que muito dif cil no livro que s o muitos textos mas s que a gente lendo a gente aprende O que eu gosto menos que o livro de portugu s tem muitas coisas e os textos na maioria das vezes s o muito grandes e hum as perguntas t m que ser elaboradas mais porque as perguntas s vezes complica muito no texto e confunde muito as pessoas Depoimento de GK 14 anos aluna do nono ano de uma escola p blica em Itabira MG
162. cidades de leitura e escrita que habilitam o sujeito como cidad o aluno Considerando isso o foco deste trabalho o ensino aprendizagem de leitura pois comumente observa se a dificuldade dos estudantes em ler e compreender Como a leitura fundamental ao desenvolvimento desse sujeito quando ele for pouco proficiente ter dificuldade ao amplo acesso ao conhecimento s informa es aprendizagem Resultados de pesquisas de testes de profici ncia em leitura como por exemplo os realizados pelo PISA e a Prova Brasil mostram que o desempenho dos brasileiros insuficiente Um exemplo disso o que revela o relat rio do PISA 2009 INEP 2012 o Brasil ocupa a 53 O Programme for International Student Assessment Pisa Programa Internacional de Avalia o de Estudantes uma iniciativa internacional de avalia o comparada aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos idade em que se pressup e o t rmino da escolaridade b sica obrigat ria na maioria dos pa ses O programa desenvolvido e coordenado pela Organiza o para Coopera o e Desenvolvimento Econ mico OCDE No Brasil o Pisa coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira Inep O objetivo do Pisa produzir indicadores que contribuam para a discuss o da qualidade da educa o nos pa ses participantes de modo a subsidiar pol ticas de melhoria do ensino b sico A avalia o procura verificar at que ponto
163. com seus companheiros o autor est generalizando que este outro qualquer o que parece estar em jogo n o exatamente o papel social desse outro mas a experi ncia que ele tem E nesse sentido embora Kleiman 2006 prefira designar agente de 46 letramento em vez de mediador o que parece que apenas uma op o terminol gica o que provavelmente resulta de teorias que ambos os autores mobilizaram Na perspectiva de Vygotsky 2007 poss vel dizer que mediador n o aquele que se coloca no meio mas aquele que agir em favor do mediado mobilizando todos os recursos poss veis para que este alcance o n vel posterior Assim para n s o conceito n o precisa ser substitu do ele foi mal interpretado ao longo dos anos Na mesma perspectiva proposta pelo autor que s o concebidos os termos media o e mediador neste trabalho Nos PCNs LP a media o tamb m considerada pelo vi s de Vygotsky 2007 Ao tratarem da aprendizagem e ensino de l ngua portuguesa os PCNs LP consideram esse processo como resultado da articula o de tr s inst ncias o aluno a l ngua e o ensino O aluno o sujeito da a o de aprender que atua sobre o objeto de conhecimento A l ngua em suas diversas modalidades dentro e fora da escola o objeto de conhecimento O terceiro elemento o ensino a pr tica educacional que organiza a media o entre o sujeito e o objeto do conhecimento O documento ressalta que Para
164. concep es de linguagem e l ngua das concep es de leitura e ensino de leitura de texto e an lise de texto Ou seja importante explicitar um referencial te rico que d sustenta o an lise dos dados coletados a fim de se compreender o universo de ensino aprendizagem da leitura especialmente por parte dos alunos ao usarem o livro did tico de portugu s O cap tulo est organizado em tr s se es na primeira s o tratadas as principais concep es de linguagem e l ngua as concep es de leitura e suas rela es com o ensino Na segunda s o abordados a leitura como intera o e a media o e ensino aprendizagem pois estes conceitos est o diretamente relacionados s escolhas e s op es metodol gicas feitas na escola que interferem na produ o de sentido apresentada pelos alunos Na terceira se o abordam se os aspectos envolvidos no processamento do texto ou seja as estrat gias e as habilidades de leitura os crit rios poss veis para an lise de um texto e a abordagem da leitura em livro did tico de l ngua portuguesa pois esse o foco da discuss o deste trabalho 2 1 Concep es de l ngua linguagem e suas rela es com o ensino Os conceitos de linguagem e l ngua s o distintos ou s o equivalentes Existem te ricos que usam distintamente linguagem e l ngua outros usam apenas um dos termos ou l ngua ou linguagem E poss vel dizer que esses conceitos se fundem quando se tem por base a
165. correntes te ricas que abandonam a vis o de sistema c digo e gram tica para entender a l ngua como intera o e discurso Assim O LDP precisar enfrentar os novos objetos did ticos do ensino de l ngua materna o discurso os padr es de letramento a l ngua oral a textualidade as diferentes gram ticas de uma mesma l ngua etc RANGEL 2003 p 19 Nessa perspectiva o PNLD amplia as possibilidades do livro did tico e desafia os autores a avan ar com os princ pios te ricos que norteiam a constitui o do livro nos seus diversos eixos leitura produ o de textos conhecimentos lingu sticos e oralidade Bezerra 2003 ao analisar a sele o de textos em LDP constata uma sele o variada e atualizada pelos autores a cada vers o Ela aponta as concep es de texto e a no o de g nero textual que subjazem s escolhas dos autores Destaca assim como Rangel 2003 que s o os conceitos de texto e g nero advindos da lingu stica que influenciam direta ou indiretamente a sele o diversificada dos textos atualmente presentes nos LDP BEZERRA 2003 p 34 Esta autora ainda alerta para a escolariza o do texto percebida na inadequada abordagem dos g neros O estudo do texto se encerra em si mesmo com os alunos cumprindo as exig ncias de um curr culo que quase nunca tem rela o com a vida n o escolar apesar de uma boa sele o textual Assim vemos que textos bem escolhidos ma
166. correta alto de seu barco e j ate A grafia estava um pouco confusa nagira imagina carregando todo o que nau C32 Que ele so queria o tesouro Incorreta Fixa se na inten o do personagem C33 quando todos durmiram Incorreta coberto pelas estrelas e Destaca parte do desfecho enbalado pelo vinho e Dulaien fugiu com todo ouro C34 Indimizade ele foi embora Incorreta N o responde quest o c35 Ele faz uma festa para enganar Incorreta os amigos Aponta para o in cio da atitude do pirata C36 tomar um ar livre Incorreta Quem ia tomar um ar livre C37 esperou todo mundo dormir e Incorreta roubou o ouro e fugio Destaca parte do desfecho D38 Dele querer que os piratas Correta bebiam e eles descansavam na Resposta aproximada da sugerida ilha D39 Que ele deu bebida para os Parcialmente correta marieiro Identifica parte da resposta sugerida D40 Dele querer que eles fossem Correta para a ilha Resposta aproximada da sugerida D41 Dele querer que eles fosse Correta para a ilha Resposta aproximada da sugerida D42 Dele querer passar doda a Incorreta comida e bebida para o sem N o responde como o esperado mas seria uma resposta piedade poss vel D43 O fato dele mandar os piratas Parcialmente correta transferir a comida para o Registra parte da resposta sugerida outro barco e o fato deles estarem bebados D44 Dele quere que os piratas Incorreta trnsportaroe uma comida de Resposta confusa um lado pa
167. correta N o identifica os elementos apontados como voutar o para ilha do caripe resposta no Manual do Professor A7 Forte tempestade mastros Incorreta Copia aleatoriamente uma parte do texto partidos etc A8 Voltando das ilhas do C pia Identifica os elementos que o manual do Caribe o pirata franc s professor sugere como resposta mas faz c pia literal do Jean Thomas Dulaien texto comandava seus dois navios Foi feita c pia literal dos dois par grafos indicados na que se chamavam Sem rumo quest o e Sem piedade Na altura da linha do equador desviou se rapidamente da rota programada e veio dar nas costas do maranh o A9 A caracteristica que fala Correta pois cita dois elementos navios parte de sobre os dois navios cen rio e piratas personagem sem rumo e sem piedade e do pirata Franc s Jeam Thomas Dulaien A10 Ao falar dos piratas em Parcialmente correta cita apenas personagem viagem All do pirata Parcialmente correta cita apenas personagem A12 Voltando das do Caribe o C pia literal de um trecho adequado pirata Franc s Jeam Thomas Dulaien comandava seus dois navios que se chamavam Sem rumo e Sem piedade Nas altura da linha do Equador A13 A caracter stica que fala Parcialmente correta cita o cen rio e o nome de um sobre os dois navios Sem rumo e Sem piedadade com o capit o franc s Jean Thomas Dulaien personagem sem identific lo como pirata
168. ct cio Isso pode ser visto por meio de pistas apresentadas pelo pr prio texto que conduzir o ao universo em que deve ser empreendida uma dessas pistas o pr prio t tulo importante nesse universo identificar o campo social discursivo no qual est inserido o texto quer seja liter rio cient fico did tico religioso pol tico entre outros Afinal a escolha desse campo discursivo vai influenciar no n vel de linguagem na forma no suporte em que o evento comunicativo se insere e vai circular Em rela o ao aspecto sem ntico a autora observa que um texto se desenvolve a partir de um tema ou de um t pico ou ainda de uma ideia central Essa unidade funciona como um fio condutor um eixo que leva cada parte a convergir para o centro tamb m esse segmento que vai levar o leitor ao prop sito finalidade pela qual ele foi constru do al m de lhe dar unidade Al m disso h a progress o do tema na medida em que s o acrescentadas novas a es fatos de forma coerente e coesa constituindo o todo do texto relevante identificar o plano de progress o do tema ou o esquema sobre o qual est fundamentado necess rio manter as expectativas do leitor dentro do tema Para isso a conex o entre as partes do texto deve existir num cont nuo formado com come o meio e fim A unidade justifica a exist ncia do texto Todo texto tem uma finalidade um objetivo ou seja um prop sito comunicativo De acordo com An
169. da de ser mal B17 Ele fica feliz e diz que teve Parcialmente correta Associa a rea o descrita no sorte par grafo anterior Isso revela que ele muito mal B18 Roubar o ouro Incorreta N o responde de acordo com o esperado B19 Bom que ele gostou De mau Parcialmente correta Associa a rea o descrita no par grafo anterior B20 Tudo isso porem n o estava C pia interessando a Dulaien seus olhos brilhavam porque do alto da gavea de seu barco onde estava pendurado ele j imaginava o carregamento da nau sacos e arcas abarrotados de moedas e lingotes de ouro B21 Ele n o ligou para os Parcialmente correta marinheiros mortos ele ligou para o navio abandonado porque nele tinha ouro N o respondeu a segunda quest o sobre o modo de ser 199 B22 Porque ali tem ouro Incorreta N o responde de acordo com o esperado B23 Que naquele navio contem Incorreta ouro Que ele quer ficar com o N o responde de acordo com o esperado ouro sozinho B24 asustado riu Incorreta N o responde de acordo com o esperado B25 Alegre ele mal Parcialmente correta Responde a segunda pergunta ao dizer que o pirata mau C26 Ele fica assustado Incorreta Ser mais bondoso N o responde de acordo com o esperado C27 Ele n o ficou com nenhum Parcialmente correta enteresse nos marinheiros N o conseguiu responder a segunda quest o mortos e isso significa q
170. das dez quest es da atividade as quest es exigiram v rias habilidades simples e complexas com focos diferenciados A media o realizada o ensino contribuiu para isso A quest o mais errada foi a que apresentou problema para todos os grupos e que tem um enunciado pouco claro por n o apresentar contextualiza o e par metros para resposta Ainda assim nela o resultado de D foi superior ao dos demais grupos Em s ntese o que poss vel perceber dos resultados por quest es nos grupos A B Ce D que o grupo A obteve um percentual de acertos mais baixo que o dos outros grupos em quase todas as quest es e s conseguiu um percentual em torno de 70 em apenas duas quest es das dez realizadas Isso evidencia que a aus ncia de media o numa aula de leitura deixa o estudante merc de suas dificuldades e das limita es impostas pelas atividades O grupo B e o grupo C apresentaram percentuais gerais muito pr ximos um do outro com m dia de 70 em quatro e cinco quest es Isso evidencia que por m nima media o que haja o resultado superior ao grupo que n o teve media o Em algumas quest es foi mais produtiva a media o no texto e em outras a media o nas perguntas O grupo D por sua vez apresenta um resultado superior a todos os demais grupos Ele atinge o percentual de 70 em praticamente nove das dez quest es propostas Esses dados podem ser visualizados na tabela 5 a seguir em que os quadros destacados rep
171. deparar com essa cena O que isso revela sobre seu modo de ser Nantes da seguinte maneira Feita com material preto e desenhos em branco Desde o come o da hist ria j sabemos das inten es de com um homem com uma Dulaien Quais eram elas espada Junto com ossos e uma ampulheta EEJ Quais foram os obst culos que ele teve de enfrentar para A original se encontra na alcan ar seu objetivo Biblioteca Nacional da Fran a EEJ O texto d uma indica o de que Dulaien iria enganar os piratas O que demonstra isso EM O texto e o leitor EE Observe o t tulo do conto Piratas sem piedade a Que informa o sobre a hist ria esse t tulo antecipa para o leitor b A quem se refere a palavra piratas presente no t tulo E Reteia Que sorte exclamou de repente N o acredito no que estou vendo Vou procurar imediatamente um bom local para lan ar ncora Esta a grande oportunidade que eu esperava na vida Os piratas em geral s o personagens conhecidas pelo leitor O que se pode supor como a grande oportunidade para a vida de um pirata IEJ O conto termina com uma pergunta a Qual seria uma poss vel resposta a essa pergunta de acordo com o que ocorreu na hist ria b Que efeito o uso desse recurso causa no leitor E J O que voc sup e que aconteceu com os demais piratas ta lt Teriam mesmo morrido nas masmorras Escreva um final para a hist ria
172. derado que o ensino de L ngua Portuguesa nos quatro ltimos anos do novo EF deve se organizar de forma a garantir ao aluno 57 l o desenvolvimento da linguagem oral e a apropria o e o desenvolvimento da linguagem escrita especialmente no que diz respeito a demandas oriundas seja de situa es e inst ncias p blicas e formais de uso da l ngua seja do pr prio processo de ensino aprendizagem escolar 2 o pleno acesso ao mundo da escrita e portanto a profici ncia em leitura e escrita no que diz respeito a g neros discursivos e tipos de texto representativos das principais fun es da escrita em diferentes esferas de atividade social a frui o est tica e a aprecia o cr tica da produ o liter ria associada l ngua portuguesa em especial a da literatura brasileira o desenvolvimento de atitudes compet ncias e habilidades envolvidas na compreens o da varia o lingu stica e no conv vio democr tico com a diversidade dialetal de forma a evitar o preconceito e valorizar as diferentes possibilidades de express o lingu stica o dom nio das normas urbanas de prest gio especialmente em sua modalidade escrita mas tamb m nas situa es orais p blicas em que seu uso socialmente requerido a pr ticas de an lise e reflex o sobre a l ngua na medida em que se revelarem pertinentes seja para a re constru o dos sentidos de textos seja para a compreens o do funcionamento da l ngua e da lingua
173. desejo da personagem do poema 2 Por que o autor do texto expressou seu desejo em forma de poema 3 Qual a inten o do autor ao expressar SIL NCIO JOVEM CRESCENDO Foco no texto 1 Destaque no poema as rimas existentes 2 Qual o sexo da personagem do poema Quais palavras do poema comprovam isto 3 Em que estrofe h verbos no infinitivo Foco no leitor 1 Qual a sua opini o sobre o jovem do poema 2 O que significa para voc ficar sozinho 3 Quais os momentos em que voc deseja ficar sozinho Foco na intera o autor texto leitor 1 Por que o t tulo do poema Aviso 2 Por que o jovem do poema quer ficar sozinho 3 Ele sempre quis ficar sozinho 4 O que ele far ao ficar quieto no seu quarto 5 Quem ler o cartaz que o jovem pendurar 6 Quando voc quer ficar sozinho 7 O que voc faz quando deseja ficar sozinho MENEGASSI 2009 p 6 8 O autor chama a aten o para o fato de que as quest es com o foco na intera o s o mais numerosas e que ajudam o leitor na constru o do significado j que h uma s rie de impl citos que devem ser considerados e constru dos na intera o com o autor Al m das quest es com diferentes focos uma classifica o que tamb m chama a aten o a apresentada por Sol 1998 p 156 A autora chama a aten o para a import ncia de formular e responder perguntas na aprendizagem da leitura pois s o atividades comuns depois da leitu
174. desta pesquisa As respostas do gr fico 3 desconstroem a expectativa inicial pois a maior parte dos alunos afirma gostar de todos os textos e ou de alguns textos Fazer os exerc cios sobre os textos e a produ o de texto v m em terceiro lugar na prefer ncia deles seguido por reflex o lingu stica e outros Como exemplos de alguns dos textos que os alunos gostam foram citados os g neros contos 1 HQ 8 tirinhas 2 poemas 2 e trava l nguas 1 A hist ria em quadrinhos destaca se 143 entre os exemplos apontados Esse g nero possivelmente agrada a faixa et ria de onze anos com a qual esta pesquisa trabalhou O g nero HQ atraente multimodal pode se ler mais rapidamente existe a identifica o com o texto narrativo a linguagem usada se aproxima do universo infantil e adolescente Apesar de afirmarem gostar de todos os textos os alunos quando marcam a op o e citam exemplos dos g neros textuais que gostam apontam para os textos mais curtos e menos cont nuos O que se pode constituir numa evid ncia da falta de habilidades em lidar com textos mais cont nuos e densos confirma a percep o das professoras de que eles n o costam de textos longos Na verdade n o se trata de n o gostar mas sim de encontrar dificuldades para processar textos que exigem a mobiliza o de mais habilidades do que aquelas necess rias leitura de uma tirinha ou HQ O fato de demonstrarem gosto pelos textos
175. do texto apresentamos um conjunto de par metros que orientam o bom leitor ao analis lo 2 3 3 An lise de texto O texto n o um produto pronto e acabado quando se considera a a o de autor e leitor Isso significa que para ser produzido e para ser entendido o texto precisa ser processado na produ o e na recep o Marcuschi 2008 p 72 afirma que o texto pode ser tido como um tecido estruturado uma entidade significativa uma entidade de comunica o e um artefato sociohist rico Ainda para este autor o texto uma esp cie de re constru o do mundo e n o uma simples refra o ou reflexo Nesse processo a atua o de autor e de leitor marcada pelas influ ncias pelas experi ncias que constituem sociohistoricamente esses sujeitos Nesse sentido evoca se o conceito de texto que foi assumido neste trabalho postulado por Beaugrande 1997 p 10 O texto um evento lingu stico em que convergem a es lingu sticas sociais e cognitivas Esse conceito necessita de uma explica o sobre o 12 Usamos o PISA como refer ncia neste trabalho por entendermos que um exame que apresenta confiabilidade internacional al m de uma atualizada concep o de leitura par metros desej veis para a profici ncia em leitura 52 que se considera evento para que n o sejam confundidos produto e processo Uma explica o com a qual compartilhamos a fornecida por Marcuschi 2005 p 198 que
176. do algo inesperado acontece e provoca modifica es nos planos dos navegantes Como costuma ocorrer em muitas das hist rias que envolvem piratas o conto Piratas sem piedade tem como base fatos reais Jean Thomas Dulaien uma personagem hist rica que atuou no Brasil no in cio do s culo XVIII No entanto n o se sabe ao certo se os fatos relatados no conto ocorreram realmente ou se s o fict cios Piratas sem piedade Voltando das ilhas do Caribe o pirata franc s Jean Thomas Dulaien coman dava seus dois navios que se chamavam Sem rumo e Sem piedade Na altura da linha do Equador desviou se rapidamente da rota progra SAE er ali mada e veio dar nas costas do Maranh o Que sorte exclamou de repente N o acredito no que estou vendo Vou procurar imediatamente um bom local para lan ar ncora Esta era a grande oportunidade que eu esperava na vida O que tanto encantava Dulaien era na verdade uma vis o macabra A poucas milhas do litoral mas fora do alcance da vista de quem estivesse em terra uma nau portuguesa com a cruz de malta estampada em suas velas estava adernada a estibordo Com certeza tinha sido atingida noite por forte tempestade seus mastros estavam partidos o velame rasgado o tim o que brado e boiando no mar nas proximidades do barco havia corpos de marinheiros mortos Tudo isso por m n o estava interessando a Dulaien seus olhos brilhavam porque do
177. do grupo de piratas A2 a Que os piratas n o tinh o Parcialmente correta Identifica os personagens da piedade de nada ou niguem quest o b fasiam de todo para coseguir o que queri o b A os Navegantes e o Dulaien A3 a da informa es de que eles Parcialmente correta identifica o capit o letra b n o tem quase nenho medo Incorreta b que n o s um pirata A mais e s o franc s Jean thomas Dulaien A4 a Que os piratas matavam e Parcialmente correta roubavam sem piedade n o Responde a letra b tinha d de ningu m b Aos marinheiros e Dulaien AS a que os piratas n o tem Parcialmente correta piedade Responde a letra b b aos marinheiros A6 a Porque eles n o tem Incorreta piedada Resposta livre a partir de seu conhecimento sobre b S o uma homes que se piratas verte isquisito e v o a procura de tesouros perdido A7 a Piratas que n o tem Parcialmente correta nenhuma piedade com os Responde a letra b outros b Os marinheiro A8 a Piratas sem d Parcialmente correta b A Jean Thomas Dulaien Identifica apenas o capit o na letra b A9 a Que os piratas n o tem Parcialmente correta piedade Responde a letra b b A todos os homens que est o no navio A10 a Que eles s o piratas sem Parcialmente correta piedade b Ao capit o e os marujus Responde a letra b 208 All a todo pirata Incorreta b o signific
178. dos ja dormiam No dia 190 seguinte por volta do meio dia B18 1 ano Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de 1 dia e meio B19 Ao cair da noite Alta hora da Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de madrugada duas horas depois 1 dia e meio No dia seguinte B20 Muito experientes em Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de pilhagens os piratas de 1 dia e meio Dulaien esvaziaram a nau em menos de uma hora B21 Vamos molengas vamos ao Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos saque gritou animado seus fatos homens O lucro bom Mas Faz c pia de parte do texto que n o justifica o que foi fa am depressa antes que esta pedido banheira afunde B22 Vamos molengas vamos ao Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos saque gritou animando fatos seus homens Lucro bom Faz c pia de parte do texto que n o justifica o que foi pedido B23 O conto Durou no maximo 2 Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos dias e algumas horas acontecimentos de acordo com a resposta do LD apesar de se aproximar Tamb m n o fez comprova es com partes do texto B24 Vamos molengas vamos ao Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos sague gritou animado seus fatos homens O lugro bom Faz c pia de parte do texto que n o justifica o que foi
179. e buscar contudo a nfase n o est no texto mas no enunciado da pergunta Neste cap tulo foram apresentadas as concep es de linguagem l ngua as correntes de leitura e ensino atreladas a essas concep es a no o de media o de estrat gias e habilidades de leitura Ainda foi apresentada uma perspectiva para an lise de textos al m de apontamentos sobre o PNLD o livro did tico e a leitura e sobre as quest es de leitura No cap tulo a seguir detalhada a metodologia de pesquisa usada neste trabalho 66 3 METODOLOGIA Neste cap tulo s o apresentados os passos metodol gicos adotados no trabalho O cap tulo descreve como foram feitas as sele es dos sujeitos dos materiais utilizados e como foram desenvolvidas as atividades de observa o e grava o de aulas de leitura bem como de aplica o de entrevistas e atividade de leitura aplicada a diferentes grupos de alunos O cap tulo est organizado da seguinte forma primeiro retomam se o objeto de pesquisa e os objetivos em seguida na segunda se o apresentam se o campo de pesquisa e os sujeitos participantes na terceira se o s o abordados os procedimentos e materiais usados na quarta se o feita a descri o de como foram realizadas as entrevistas na quinta se o explicita se como foi a atividade de leitura aplicada aos alunos na sexta se o finalmente explica se como os dados coletados foram analisados 3 1 A pesquisa Na
180. e C37 era na verdade uma vis o Incorreta D38 Saquia o navio ou uma cidade Parcialmente correta Apesar de essa resposta ser poss vel D39 Saquiar cidades Incorreta N o era inten o saquear a cidade Apesar de essa resposta ser poss vel pois piratas saqueiam cidades D40 Ele so queria pegar o tesouro Correta A resposta aproxima se da sugerida D41 Ele s queria pegar o ouro do Correta outro navio A resposta aproxima se da sugerida D42 Ele ir em busca de um dezolro Correta para saquealo A resposta aproxima se da sugerida D43 Saquear outros navios e ficar Correta 202 com todas as riquezas que conseguisse N o h referencias a outros navios no texto D44 Sagiar a sidade pretendida Incorreta Apesar de essa resposta ser poss vel pois piratas saqueiam cidades D45 Pegar ou robar o ouro que Correta encotrar e fugir sozinho para A resposta aproxima se da sugerida a sua casa D46 Achar o ouro e o pegar pare Correta ele A resposta aproxima se da sugerida D47 Achar o ouro Parcialmente correta Achar o tesouro e ficar com ele D48 Ele queria pegar todo ouro so Correta para ele e ficar rico A resposta aproxima se da sugerida D49 Pegar o tesouro e fugir Correta sozinho com o tesouro A resposta aproxima se da sugerida D50 ir atr s dos ouros e ficar com Correta ele sosinho A resposta aproxima se da sugerida Quest o 8 Quais foram os obst culos qu
181. e inclusive com a necessidade de explicar item por item de uma atividade na se o de interpreta o Ou ainda encontrava situa es em que a leitura oral feita pelo professor e algumas explica es dadas por ele pareciam tornar o texto mais plaus vel aos estudantes Isso tamb m recorrente na fala da aluna as perguntas tem que ser elaboradas mais porque as perguntas s vezes complica sic muito no texto e confunde muito as pessoas Seria quase uma tarefa de parafrasear o texto de parafrasear as perguntas O que n o se constitui em uma a o positiva e eficaz para o ensino uma vez que a tarefa de constru o da compreens o deve ser realizada pelo estudante Diante de situa es ou constata es como essas que tenho tentado construir algumas respostas acerca de qual contribui o a escola e os professores podem oferecer para melhorar o quadro cr tico e defasado de leitura e compreens o em que se encontra boa parte dos alunos Em busca de respostas realizei uma pesquisa anterior SOUZA 2005 apresentada ao Programa de P s Gradua o em Estudos Lingu sticos da Faculdade de Letras da UFMG por meio da qual foi poss vel verificar a rela o entre habilidades de leitura avaliadas em exames sist micos e habilidades de leitura desenvolvidas em atividades de livro did tico A hip tese confirmada foi a de que havia diferen as significativas entre as habilidades avaliadas e as habilidades desenvolv
182. e a o social materializadas na linguagem Ao dominar um g nero domina se uma forma de realizar linguisticamente objetivos espec ficos em situa es sociais particulares O aspecto da relev ncia informativa refere se ao grau de novas informa es que s o acrescentadas e articuladas em sua composi o ou pela forma ou pelo conte do Quanto mais novidade apresentar mais relevante ser Quanto mais previs vel for a interpreta o de um texto ele ser menos informativo exigir menos uso de habilidades interpretativas e assim despertar menos o seu interesse Interferem diretamente no grau de informatividade as raz es contextuais e a situa o sociodiscursiva De acordo com Antunes 2010 para ser considerado bom o texto deve adequar o grau de informatividade s suas circunst ncias de circula o A rela o entre os textos ou de intertextualidade est intrinsecamente presente em cada evento de linguagem Ou seja a partir do j dito que se constr i o dizer Antunes 2010 situa a intertextualidade de duas formas a intertextualidade ampla em que tudo o que se expressa pelas diferentes linguagens implicitamente remete a toda a experi ncia humana da intera o verbal faz parte portanto de uma grande corrente de discursos constru dos ao longo do tempo A outra forma a intertextualidade expl cita aquela que aparece expressa na superf cie textual Nela pode se destacar as alus es as remiss es mais ou m
183. e correta cita apenas o tesouro parte da Dulaien achou resposta n o faz refer ncia ao navio A10 Um navio que estava quase Parcialmente correta cita o navio afundado All do dizouro Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da resposta n o faz refer ncia ao navio A12 O ouro Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da resposta n o faz refer ncia ao navio A13 A poucas milhas do litoral C pia cita navio uma nau portuguesa com cruz Faz c pia do trecho do texto que caracteriza o navio de malta estampada com suas velas adernada a estibordo B14 Os piratas acharam o tesouro Correta Identifica a descoberta navio com tesouro num navio B15 A descoberta de um navio Correta Identifica a descoberta navio com tesouro cheio de ouro tombado no mar B16 A descoberta de sacos de Parcialmente correta Identifica a descoberta do ouro tesouro mas n o cita o navio B17 A de que Dulaien avistou Correta Identifica a descoberta navio com tesouro sacos de ouros no navio B18 O barco tombado que estava Correta Identifica a descoberta navio com tesouro com o ouro B19 As a es de tesouro e piratas Incorreta N o soube construir a resposta ao dizer as no conto a es de tesouro B20 N o respondeu B21 Sacos e arcas abarrotados de Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da moedas e lingotes de ouro resposta n o faz refer ncia ao navio B22 O ouro Parcialmente co
184. e educa o b sica Para maioria desses estudantes a escola constitui se na principal refer ncia de letramento e de conviv ncia As turmas caracterizaram se por serem bastante agitadas e com baixa concentra o durante as aulas Houve ao longo do periodo de observa o e registro das aulas conversas paralelas brincadeiras e desentendimentos entre alunos Todavia durante a realiza o da atividade de leitura controlada aplicada na pesquisa a maioria dos alunos foi participativa e procurou cumprir o que foi proposto No inicio da coleta os objetivos e procedimentos foram apresentados aos sujeitos participantes da pesquisa Em reuni o regular da escola com os professores houve a oportunidade de deixar os pais cientes do que seria realizado e da import ncia da contribui o de seus filhos para a pesquisa Tanto os alunos e seus pais bem como as professoras concordaram e assinaram um Termo de Livre Consentimento Esclarecido TLCE De acordo com esse documento foi garantido aos participantes o sigilo de seus nomes e imagens 15 Os termos de consentimento est o nos ap ndices A e B deste trabalho 72 3 2 2 2 As professoras As professoras foram volunt rias e aceitaram prontamente o convite para participar do trabalho Elas permitiram a observa o e filmagem das aulas sempre que necess rio estiveram dispon veis para fornecer informa es e tamb m para responder entrevista semiestruturada Elas ser o identific
185. e ele teve de enfrentar para alcan ar seu objetivo Resposta no LD Ele teve que enganar os tripulantes dos seus navios para ficar com todo o tesouro do navio portugu s Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al Enganar os piras para que sair Correta sem perceber A resposta aproxima se da sugerida A2 O barco por estava prestis a Incorreta afundar A3 Eles tevem de emfrentar Incorreta varios obistaculos como tinha Apesar de ser uma reposta poss vel que Atrave ar r pido porque se n o o navio iria afundar A4 Precisou lutar para conseguir Incorreta todo o ouro N o corresponde resposta esperada pelo MP AS tinh o genter morta emuito Incorreta mais A6 Ele tava abriu o por o e tava Incorreta cheio de ouro N o corresponde resposta esperada pelo MP apesar de mostrar uma circunst ncia dif cil A7 Mastro partido velame Incorreta C pia aleat ria rasgado tim o quebrado A8 Para n o morrer de fome e Incorreta C pia aleat ria poder voltar para a europa tentavam saquear a cidade mas foram presos imediatamente e trancafiados na mais subterr nea e escura masmora A9 Tempestade Incorreta Apesar de ser uma reposta poss vel A10 Tirar os marujos do barco e Correta fugir com todo ouro A resposta aproxima se da sugerida All o tisouro Incorreta N o responde quest o A12 ir em ilhas Incorreta A13 As guas do mar
186. e espera dos estudantes no ensino fundamental II em termos de capacidades ou habilidades que tangem a leitura deixam claro que n o basta decodificar O aluno deve conforme as orienta es do documento coordenar estrat gias de decodifica o com as de antecipa o infer ncia e verifica o utilizando procedimentos simples para resolver d vidas na compreens o Espera se que o aluno ao realizar uma leitura n o se limite decodifica o que utilize coordenadamente procedimentos necess rios para a compreens o do texto Assim se ele antecipou ou inferiu uma informa o necess rio que busque no texto pela decodifica o por exemplo pistas que confirmem ou n o a antecipa o ou a infer ncia realizada BRASIL MEC PCN LP 1997 p 86 Com a media o realizada somente na leitura das perguntas novamente a tarefa parcialmente cumprida pois o fato de compreender a quest o e caso n o tenha havido a compreens o do texto em sua totalidade deixar uma lacuna que dificilmente preenchida Ou seja sem a compreens o do texto o aluno pode novamente apenas copiar partes dele ou 134 como observado responder com mais acerto s perguntas cujo foco de entendimento tenha sido o enunciado da pr pria pergunta Quest es que demandam a compreens o global do texto n o s o as que os estudantes mediados apenas nas perguntas conseguem responder com mais sucesso Isso evidencia que mais precisa ser feito Ao re
187. e la interacci n social como g nesis del desarrollo psicol gico y aprendizaje del ni o En este sentido la mediaci n se entiende como un proceso din mico de interacciones y transacciones sociales en el aula entre el docente y el alumno en el que el educador guiado por una intenci n de trascendencia orienta y conduce el proceso de aprendizaje del estudiante en forma reflexiva y cr tica a fin de provocar en l la construcci n de aprendizajes significativos inducir la comprensi n consciente de los procesos del aprendizaje mismo y anticipar su transferencia a nuevas situaciones 161 Assim o ser humano mediado pela linguagem no que se constitui a media o semi tica e tamb m pelas trocas de experi ncias uns com os outros ou seja a media o pedag gica As no es de media o semi tica e pedag gica s o complementares e interligadas Ciente disso observamos que nas media es necess rias no espa o da sala de aula ambas devem ser contempladas ou seja as atividades e estrat gias a serem usadas pelo professor devem proporcionar a troca de experi ncias entre sujeitos e o uso da linguagem neste processo Os dados da pesquisa enfatizam que a media o deve ser cont nua nas aulas Ensinar leitura uma tarefa cotidiana do professor e as trocas entre os alunos tamb m precisam ser valorizadas A hip tese do trabalho se confirma na medida em que muitas das atividades de leitura n o foram feitas com sucesso quando os al
188. e por nada porque eles n o 79 tem um conhecimento anterior um conhecimento pr vio ent o eles passam a n o ter 80 interesse 81 E esse livro espec fico que adotado aqui na escola voc chegou a participar da 82 escolha 83 P Participei Participei 182 84 E E voc acha que ele um livro bom 85 P Eu acho que Todo livro quando a gente t fazendo a escolha a gente v n risos as 86 falhas de alguns Esse a a gente achou bom porque ele abordava v rios g neros 87 v rias atividades diferentes produ o de texto mas a quando vai para sala de aula eu 88 acho at porque a gente fica passa um dois tr s anos com o mesmo livro a j fica 89 cansativo at pra gente que professor n mas quando n s escolhemos n s achamos 90 os textos interessantes as atividades dele tamb m interessantes por isso at que a 91 equipe escolheu este livro 92 E E quando voc trabalha com as atividades complementares normalmente voc 93 busca onde essas atividades 94 P Eu busco em outros livros eu busco na internet A maioria internet porque eu acho 95 que o leque t maior n Tem v rias formas diferentes 96 E Geralmente essas atividades elas s o atividades que tratam de qual eixo por 97 exemplo Leitura gram tica 98 P Mais gram tica porque a gram tica desse livro ela bem assim ortografia e 99 gram tica porque nesse livro ela vem bem como que
189. e que os alunos n o conseguem compreender sozinhos as atividades de leitura e interpreta o de textos propostas no livro did tico de portugu s LDP eles necessitam da participa o ativa do professor tanto para compreenderem as atividades quanto para compreenderem o texto O objetivo geral investigar at que ponto os estudantes do ensino fundamental conseguem compreender sozinhos as atividades de leitura e interpreta o de textos do livro did tico de portugu s e ou at que ponto a compreens o ocorre quando h media o Os objetivos espec ficos s o verificar at que ponto os alunos compreendem as atividades do livro identificar as principais d vidas demonstradas pelos alunos na realiza o das atividades de leitura explicitar a rela o aluno livro com e sem media o do professor apontar com depoimentos e entrevistas a opini o dos alunos sobre o livro did tico de portugu s identificar e listar por meio das respostas s atividades realizadas quais as habilidades de leitura os alunos revelam e quais n o revelam possuir ao t rmino da investiga o A metodologia de pesquisa adotada qualitativa e quantitativa A coleta de dados feita em uma escola p blica em munic pio do interior de Minas Gerais O corpus de pesquisa constitu do por aulas observadas e filmadas atividades de leitura do livro did tico de portugu s e de respostas a atividades realizadas question rio aos alunos e entrevistas a professoras
190. ecisa do que ocorreu em cada grupo Como no procedimento anterior fizemos primeiro o registro das turmas de 2011 e 2012 separadamente e depois em conjunto considerando o total de participantes para o resultado da investiga o que ser apresentado 22 r x a A Os quadros com as respostas dos alunos na ntegra podem ser visualizados no ap ndice F 93 QUADRO 4 Modelo de tabela com a porcentagem por quest o Quest o Correta resultado C PC Co Total Incorreta N o respondeu VIININ ul BIN fam Fonte elaborado pela autora desta pesquisa Ap s cada tabela foi feita uma descri o e an lise do que foi poss vel observar Depois de feita contagem de uma a uma das quest es por grupo foi calculado o resultado geral a partir das porcentagens de todas as quest es em conjunto e registrado em um quadro Quadro 5 com a porcentagem geral de acerto por quest o e grupo QUADRO 5 Modelo de tabela com a porcentagem por quest o grupo Quest o A grupo 1 B C D SININ Al BIN 9 10 Fonte elaborado pela autora desta pesquisa Esses dados permitiram a compara o dos resultados obtidos entre os grupos A B C D Nesta pesquisa n o foi proposto fazer an lise estat stica Os dados num ricos s o complementares e servem de exemplos e ilustra o para as an lises qualitativas
191. efeitos impl cita e explicitamente p 49 A an lise de textos de acordo com Antunes 2010 feita com vistas a desenvolver a capacidade de perceber as propriedades as estrat gias os meios os recursos os efeitos enfim as regularidades impl citas no funcionamento da l ngua em processos comunicativos de sociedades concretas o que envolve a produ o e a circula o de todos os tipos de textos em fun o p 51 Ainda na vis o dela todos os textos devem ser analisados sem exce o Considera se para a an lise tanto os recursos que se materializam linguisticamente quanto os outros respons veis por sua funcionalidade sociointerativa Nessas an lises deve ser lembrado que o texto foco o objeto de estudo o ponto de partida e o ponto de chegada Essa an lise pode se dar pela observa o a do texto como um todo ou b de uma ou outra de suas partes em outras palavras de sua dimens o global e de seus aspectos pontuais 54 Antunes 2010 estabelece como crit rios de an lise com o foco na dimens o global do texto que representa o eixo de sua coer ncia o universo de refer ncia a unidade sem ntica a progress o do tema o prop sito comunicativo os esquemas de composi o tipo e g nero as rela es com outros textos Sobre o universo de refer ncia Antunes 2010 afirma que um texto tem como enquadramento cognitivo seres rela es caracter sticas de um mundo real ou de um mundo fi
192. el grupo durante la realizaci n de las actividades Una actividad de lectura del libro de texto es aplicada con diferentes estrategias a cuatro grupos diferentes de alumnos de una clase El grupo A hace la lectura y las actividades sin ninguna mediaci n del maestro El grupo B realiza la lectura del texto con mediaci n pero sin ella en las actividades El grupo C realiza la lectura sin mediaci n pero con mediaci n en las actividades mientras que el grupo D realiza la lectura y las actividades con mediaci n en ambos momentos Las mediaciones propuestas fueron la lectura colaborativa del texto y lectura y comentario de cada una de las preguntas Las respuestas a la actividad se analizan para comprobar qu los estudiantes comprenden ellos solos y qu necesitan en la mediaci n Por ltimo los alumnos responden un cuestionario con el fin de determinar lo que piensan sobre el libro de texto de portugu s sobre el trabajo realizado en los textos y tambi n los profesores participan en una entrevista semiestructurada para verificar sus expectativas las formas de abordaje y lo que piensan sobre las mediaciones necesarias y sobre las necesidades de los estudiantes Los an lisis se realizan con base en teor as que entienden el lenguaje como interacci n la lectura como un proceso social y cognitivo de producci n de sentido y la intervenci n did ctica como uso de estrategias para mobilizar capacidades con el fin de llegar a un n vel que no se haya al
193. ela professora regente As respostas obtidas foram computadas e tabuladas O resultado fornece dados para respostas a algumas quest es feitas neste trabalho Por exemplo os alunos n o gostam do 86 livro did tico O que eles preferem fazer O que eles acham dif cil no LDP Quais s o as atividades que gostam Al m das entrevistas e question rio outra atividade que comp s o corpus de pesquisa foi uma atividade de leitura do LDP aplicada para identificar com o uso de diferentes abordagens as respostas dos alunos e o que elas revelam Essa atividade tratada na se o a seguir 3 5 A atividade de leitura aplicada A fim de verificar como se d a leitura e compreens o de texto e atividades do livro com e sem participa o media o de outro foi aplicada turma uma mesma atividade de leitura mas com abordagem diferente para cada um dos quatro grupos formados Para aplica o da atividade cada grupo foi retirado da sala no hor rio das aulas e com permiss o dos professores O grupo era encaminhado biblioteca espa o indicado pela escola para realiza o do trabalho uma vez que n o havia outra sala dispon vel Dessa maneira as atividades foram aplicadas a um grupo por vez j que cada aluno devia realizar as atividades individualmente Tais atividades foram selecionadas no livro did tico de portugu s usado pela escola Para Viver Juntos Portugu s em consenso com professora regente de form
194. em e facilitador dela construindo junto com o aluno o conhecimento Sobre o trabalho do professor de l ngua portuguesa os PCNs destacam Para que essa media o aconte a o professor dever planejar implementar e dirigir as atividades did ticas com o objetivo de desencadear apoiar e orientar o esfor o de a o e reflex o do aluno BRASIL PCN LP MEC 1997 p 25 Nessa pr tica prevalece a concep o de leitura como decodifica o possivelmente com a cren a de que o sentido est no texto Al m disso a autoaprendizagem e ou autoinstru o predominam como op o de ensino H certo espontane smo presente ao se acreditar que basta o sujeito ser exposto ao conhecimento no caso ao texto e s atividades do LD O grupo A foi o grupo sem interven o externa os alunos realizaram sozinhos a leitura e as atividades Ou seja com esse grupo foi observado o produto da n o media o A hip tese de que o grupo demonstraria mais dificuldades na realiza o da tarefa e um ndice de acerto mais baixo que os demais grupos Grupo B Media o na leitura do texto Para o segundo grupo chamado grupo B foi proposta a leitura do texto com o aux lio da leitura colaborativa T cnica esta em que professor e alunos leem juntos um texto e em seguida s o comentadas algumas de suas partes com o intuito de perceber as pistas textuais esclarecer d vidas que possam ocorrer e colaborar tamb m no processo de constru o de
195. en o aos aspectos sem nticos discursivos o sistema de an lise fundado em formas e a aten o dirigida aos dados Quando se considera a linguagem como express o do pensamento na leitura a nfase dada ao autor o texto deve significar o que o autor quer dizer o leitor um sujeito passivo que deve decodificar e demonstrar uma leitura correta num processo de imita o repeti o H uma valoriza o da leitura oral do texto De acordo com Travaglia 2012 p 3 nessa concep o os textos aparecem em muitos livros usados na escola sobretudo nas antologias como exemplos de bons textos a serem imitados mas sem qualquer atividade prevista Os textos s o pretextos para o ensino de gram tica Ao analisar v rios livros dos mais antigos aos atuais de 1932 a 2010 o autor aponta o que era poss vel encontrar de leitura e compreens o nos livros did ticos antigos comum n o haver atividades para trabalhar a compreens o do texto j que ele ponto de partida apenas para o estudo de teoria gramatical Tamb m frequente como nica atividade de compreens o aparecer algo como Fa a a interpreta o oral do trecho acima Cf Cegalla 1964 p 27 sem qualquer pergunta ou outro elemento que possa orientar o aluno nesta interpreta o Caberia ent o ao professor conduzir algo que permitisse essa interpreta o oral As perguntas de interpreta o quando aparecem se referem muito ao que es
196. enos diretas e as mais bvias como as par frases e as cita es sobretudo as que trazem a indica o do discurso fonte O outro crit rio de an lise proposto por Antunes 2010 tem o foco nos aspectos mais pontuais envolvidos na constru o do texto s o fundamentais principalmente os que se relacionam diretamente com a constru o do texto como por exemplo as retomadas de express o referencial os segmentos em rela o de sinon mia anton mia hiperon mia e 56 paron mia o uso de d iticos pessoais espaciais e temporais e a rela o dessas express es com elementos do contexto as marcas de envolvimento do autor frente ao que dito os coment rios do enunciador sobre seu pr prio discurso efeitos de sentido pretendidos pela escolha de determinada palavra ou por certos recursos morfossint ticos gr ficos marcas de ironia os diferentes usos e correla es dos tempos e modos verbais as marcas de oralidade ou da escrita o n vel de formalidade da linguagem entre outros S o muitos os procedimentos de an lise e eles podem variar de acordo com a situa o dependendo de muitos fatores como a pr pria finalidade da an lise Neste trabalho procuramos usar os crit rios sugeridos com o cuidado de n o transform los em uma f rmula como a pr pria autora chama a aten o 2 3 4 Leitura e Livro did tico de L ngua Portuguesa Considerando que este trabalho investiga a recep o do livro did tico no eix
197. ensam as professoras os alunos afirmam gostar do LDP Isso evidencia que a vis o do n o gostar mais do professor A extens o dos textos e o vocabul rio s o dificuldades que os estudantes e as professoras apontaram O eixo de conhecimentos lingu sticos dif cil para os alunos mas n o na vis o das docentes As experi ncias com as atividades de leitura mostraram se significativas para os alunos como foi poss vel perceber nos exemplos citados como dif ceis Ler sozinho dif cil para os alunos isso marca a necessidade de media o tanto de professores em sala de aula quanto da fam lia em casa Quest es com padr o diferente da interroga o direta devem ser mais exploradas no ambiente escolar Nas intera es preciso ouvir mais o que o aluno tem a dizer pois isso favorece a escolha das estrat gias de media o No pr ximo cap tulo apresentamos as considera es finais sobre a pesquisa realizada e sobre o que os dados nos permitiram observar 157 6 CONSIDERA ES FINAIS Boa parte da motiva o para este trabalho deveu se aos anos de atua o em sala de aula e preocupa o de desempenhar com mais acerto as escolhas metodol gicas no dia a dia Al m disso pelo confronto quase di rio com as dificuldades dos estudantes e com o discurso vigente eles n o sabem e n o gostam de ler Muitas perguntas e hip teses surgiram ao longo desse tempo e a busca por respostas a investiga o a experi nci
198. entares para melhor avalia o dessas a es Os homens fizeram o que Dulaien mandou e logo em seguida os dois navios piratas rumaram para as proximidades de uma ilha Quanto ao g nero s o presentes as caracter sticas do conto uma obra de fic o h presen a de um universo de seres e acontecimentos de fic o de fantasia ou imagina o Como todos os textos de fic o o conto apresenta um narrador personagens ponto de vista e enredo uma narrativa de pequena extens o com poucos personagens e h pouca mudan a de espa o O conto tem uma estrutura fechada desenvolve uma hist ria e apenas um cl max O texto em quest o recebe a classifica o de conto de aventura as narrativas de aventura normalmente apresentam a es extraordin rias de personagens fict cias destemidas corajosas e que enfrentam grande perigo Quanto relev ncia informativa observa se que o interesse despertado pelo conto em quest o deve se sobretudo por ser uma narrativa de aventura que inclui personagens que fazem parte do imagin rio infantil piratas A relev ncia destacada pela atitude do capit o no cl max e no desfecho que inusitadamente foge sozinho deixando os demais piratas para tr s Al m disso em uma leitura mais cr tica o interesse despertado pelo conto em quest o pode residir sobretudo na abordagem metaf rica dada cr tica central aos governantes e suas leis A relev ncia remete decis o do
199. entifica a descoberta do 188 moedas de ouro tesouro mas n o cita o navio C32 A descoberta de um tesouro Parcialmente correta Identifica a descoberta do tesouro mas n o cita o navio C33 Eles encontraram o ouro Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da resposta n o faz refer ncia ao navio C34 Crus de malta estampada em Incorreta suas velas estava adernada a Apenas copia parte da caracteriza o do navio que n o estibordo foi identificado na resposta C35 Que tinha tesouros em Incorreta N o identifica o navio Fala em tesouros mas maranh o no Maranh o estado citado no texto para qual o navio do pirata foi desviado C36 O que tanto encantava Dulain Incorreta era na verdade uma vis o Apenas faz c pia de parte do texto do in cio do macabra A poucas milhas do par grafo em que o navio seria caracterizado mas n o litoral mas fora do alcance consegue copiar at a identifica o dele de vista de quem estivesse em terra C37 Que eles acharam o ouro Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da resposta n o faz refer ncia ao navio D38 que eles viram um navio Correta Identifica a descoberta navio com tesouro com v rios sacos e arcas de ouro D39 sacos arcas abarrotados de Parcialmente correta Identifica a descoberta do tesouro moedas e lingotes de ouro mas n o faz refer ncia ao nav
200. entos que indiquem o plano do pirata o aluno apenas registra a motiva o dele C27 apresenta uma resposta diferente da sugerida como correta no MP pelo manual ela seria incorreta contudo uma resposta que tamb m pode ser considerada correta pois h ind cios nela de que o personagem enganar seus companheiros C28 apresenta uma resposta parcialmente correta quando aponta a a o do pirata ao levar seus homens pra terra firme Ao responder quest o 9 o aluno deveria entender a afirma o para deduzir o que poderia indicar a inten o do personagem e apontar a informa o correspondente no texto Para ser considerada correta a resposta do aluno deveria identificar o fato de o pirata sugerir aos homens que fossem para a terra firme festejar ficassem b bados a fim de que o capit o n o encontrasse dificuldade para engan los Esse tipo de resposta exige compreens o global do texto e posterior infer ncia Como o grupo C foi mediado apenas nas quest es isso n o foi suficiente para elabora o de respostas corretas ou seja seria necess rio tamb m compreender o texto para o xito na tarefa Analisar as respostas dadas a essa quest o em todos os grupos refor a a import ncia da media o na leitura do texto para a compreens o global Somente para os grupos em que n o houve media o na leitura os grupos A e C que essa quest o foi dif cil O grupo C apresenta melhores resultados em quest es 4 6 7 cujos focos
201. enturas Que informa es do texto comprovam essa afirma o Resposta prevista pelo MP do LD O cen rio com navios e piratas 23 A atividade na integra est dispon vel no anexo B 101 Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Relacionar informa es metalingu sticas a informa es localizadas no texto An lise da quest o Quanto forma a quest o do tipo aberta isto pressup e uma resposta livre Quanto ao conte do o enunciado da quest o se comp e de duas partes a primeira uma afirma o que apresenta a informa o categ rica de que o texto apresenta elementos de um conto de aventuras sem contudo explicitar quais s o esses elementos escrita em ordem direta isto sujeito verbo complementos SVO com vocabul rio f cil que pode n o impor dificuldade ao aluno A outra parte da quest o um enunciado interrogativo que exige que o aluno localize no texto informa es que comprovem a afirma o feita Para responder quest o idealmente o aluno deve saber o que um par grafo al m de apresentar conhecimentos pr vios sobre o g nero conto de aventura deve entender os elementos que fazem parte desse g nero em sua estrutura composicional Essas informa es t m car ter metalingu stico s o conhecimentos constru dos nas aulas de portugu s e devem estar presentes na mem ria do aluno na realiza o das atividades Esses conhecimentos s o acionados para que se
202. er o texto para assunto d grafo e encontro responder a quest o do jeito que eles falam consonantal A n o compreens o do enunciado conclus o 12 p 67 at 1 A mo a que pegou a serpente as perguntas A n o compreens o do as pag 67 1 a8 enunciado 13 p 67 at 1 Porque eu n o vim na aula no dia tive que Dificuldade na leitura e ler o texto sozinho compreens o do texto Aus ncia de media o 14 p 78 contro consonantal e digrafo N o compreens o do p 31 at porque fala varias palavras diferentes e assunto d grafo e encontro ld dificieis de intender e o texto a criatura consonantal N o compreens o do l xico 15 p 80 at 1 Por que n o intendi a pergunta A n o compreens o do e2 enunciado 16 p 69 at 3 foi a quest o e 4 o texto era a mo a que A n o compreens o do 4 pegou a serpente enunciado 17 p 15 at 3 A tabela algumas eu consegui fazer maio Dificuldade em lidar com a outras foi dificiu procurar as informa es estrutura da quest o 18 p 77 lingua viva pag 77 Responder as quest es A n o compreens o do enunciado 19 p 69 at 2 Qual a diferencia h entre os dois contos Dificuldade de compreens o Porque dificil separar um texto do outro global para comparar os porque cada um tem sua difiguldade desfechos de dois textos 20 p 15 at 3 Estudo do texto n 3 Eu n o entendi do Dificuldade de compreens o texto Robson Cruso global e
203. este sentido s o distintas as estrat gias cognitivas e metacognitivas Em sala de aula essa percep o importante pois em muitos momentos os alunos demonstram saber fazer algumas atividades e em outros momentos demonstram n o saber fazer outras A consci ncia das estrat gias a serem usadas no processamento da leitura e na realiza o das atividades durante uma aula pode ajudar em muito na constru o do sentido e no processo de aprendizagem poss vel entender como Sol 1998 e Kleiman 2004 que estrat gias cognitivas s o aquelas a es inconscientes do leitor o qual ainda n o atingiu o n vel da consci ncia para 49 alcan ar algum objetivo de leitura Ou seja seriam comportamentos e pensamentos que influenciam o processo de leitura de maneira que a informa o possa ser assimilada de modo produtivo Por outro lado em acordo com as mesmas autoras as estrat gias metacognitivas s o as opera es realizadas com objetivo pr estabelecido sobre as quais temos controle s o conscientes e podem ser explicadas pelo leitor Ou seja define se como a consci ncia que o leitor tem de seu n vel de compreens o durante a realiza o da leitura e tamb m a habilidade de controle das a es cognitivas ao usar estrat gias que viabilizam a compreens o do texto Assim metacogni o significa ter conhecimento e autocontrole da cogni o Quando se entende que as estrat gias metacognitivas da leitura s o num
204. eu falo N o vem muito 100 bem explicado para os meninos Eles t m dificuldade de entender ent o sempre eu 101 trago a parte da gram tica sempre eu complemento e da ortografia tamb m 102 E Ent o timo Obrigada AP NDICE F Quadros das respostas dos alunos atividade de leitura Atividade de leitura turma 601 em 2011 e turma 601 em 2012 Quest o 1 Os dois par grafos iniciais da hist ria trazem elementos caracter sticos de um conto de aventuras Que informa es do texto comprovam essa afirma o Resposta do LD O cen rio com navios e piratas Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al Comandavam seus navios Incorreta n o cita os dois elementos expl citos o Sem rumo e Sem piedade cen rio com navios e piratas desviou se da rota programada e nas costas do maranh o A2 Abusca sasiaveem por Incorreta N o identifica os elementos apontados como aguma coisa resposta no Manual do Professor A3 o titolo do texto que Incorreta N o identifica os elementos apontados como informa essa afirma o resposta no Manual do Professor A4 Voltando das ilhas do Incorreta N o identifica os elementos apontados como Caribe e resposta no Manual do Professor veio dar nas costas do maranh o AS pelo titulo piratas sem Incorreta Identifica apenas os personagens que piedade comp em o conto A6 Eu entender que os piratas In
205. falta de base de prepara o anterior Media o Principal media o Usa outros Aulas expositivas e assist ncia materiais individual nas carteiras na hora Faz atividades em grupo em em que as atividades s o duplas um aluno com dificuldade realizadas com outro que n o apresenta Al m Explica es coletivas e disso faz exposi es explica es individuais coletivas e individuais Alunos X LDP Os alunos n o gostam do LDP Os alunos n o gostam de livro nenhum n o gostam de ler Fonte Dados sistematizados pela autora desta pesquisa Ana e Rosa foram divergentes em alguns pontos e convergentes em outros como se observa no quadro anterior Ambas acreditam que os alunos t m dificuldades em lidar com textos 155 extensos e que apresentam dificuldades com os enunciados das atividades Para elas n o h muita escolha preciso usar o LDP de forma impositiva ou talvez como nica op o em muitos momentos A vis o de Ana a de que os alunos n o gostam do LDP para Rosa eles n o gostam de ler e n o entendem por isso n o gostam de qualquer outro livro As media es usadas em sala n o s o muito diversificadas por ambas Normalmente quando existem problemas no ensino da leitura uma tend ncia buscar culpados o sistema o aluno o professor Pensar assim conduz a algumas conclus es precipitadas e err neas os professores erram e os alunos s o incapazes de aprender Sobre
206. figuldade aluno 19 Eu n o entendi do texto Robson Cruso aluno 20 Um aluno atribui sua dificuldade ao fato de ter que ler o texto sozinho ou seja aus ncia da media o Porque eu n o vim na aula no dia tive que ler o texto sozinho aluno 15 Ler o texto sozinho foi dif cil e dificultou a realiza o das atividades A pergunta a ser respondida Qual o problema de Sia no come o da hist ria LDP p 67 at 1 remete capacidade de compreens o global do texto N o compreender o texto globalmente dificulta a elabora o das respostas Um aspecto que chama a aten o nos exemplos dados pelos alunos diz respeito s quest es que fogem ao padr o comum do tipo de pergunta de interroga o direta e com previs o de respostas discursivas Essas foram citadas como dif ceis Ou seja quest es em que os alunos deveriam completar tabelas ou quadros foram apontadas como complicadas p 15 at 3 p 31 at 2 p 33 at 1 Como exemplo destaca se a seguir uma atividade apontada pelos estudantes como dif cil de responder 148 2 0 garoto do jogo enfrentou muitos perigos Copie e preencha a tabela a seguir em seu caderno informando como ele agiu para super los Ele arrastado pela correnteza em dire o a uma cachoeira Uma fera faminta o amea a Ele precisa fugir antes que a fera acorde Fonte Para Viver Juntos Portugu s v 6 p 31 at 2 Para essas quest es alguns a
207. gem BRASIL GUIA DO PNLD 2011 2010 p 20 Percebemos que de acordo com as orienta es do Guia do PNLD as pr ticas de uso da linguagem devem ser privilegiadas nas propostas dos livros did ticos Por outro lado as pr ticas de reflex o sobre a l ngua e a linguagem e a descri o gramatical devem se exercer sobre os textos e discursos medida que forem necess rias e significativas para a produ o dos sentidos dos textos H para o trabalho espec fico com o texto na leitura produ o e elabora o de conhecimentos lingu sticos a afirma o da necessidade fundamental de se diversificarem as estrat gias assim como a m xima amplitude em rela o aos v rios aspectos envolvidos Em rela o leitura o guia do PNLD 2011 destaca que as atividades de explora o do texto devem ter como objetivo a forma o do leitor e o desenvolvimento da profici ncia em leitura Para isso o esperado que as atividades sejam capazes de Encararem a leitura como uma situa o de interlocu o leitor autor texto socialmente contextualizada respeitarem as conven es e os modos de ler pr prios dos diferentes g neros tanto liter rios quanto n o liter rios desenvolverem estrat gias e capacidades de leitura tanto as relacionadas aos g neros propostos quanto as inerentes ao n vel de profici ncia que se pretende levar o aluno a atingir BRASIL GUIA DO PNLD 2011 2010 p 22 A linha te rica apresentada no
208. gidamente permitindo que o entrevistador fa a as necess rias adapta es LUDKE ANDRE 1986 p 34 17 O instrumento aplicado dispon vel no ap ndice C 76 No quarto procedimento a fim de verificar como se d a leitura e compreens o de texto e atividades do livro com e sem media o e ajuda do professor foi aplicada uma atividade de controle pela pesquisadora O texto e atividades foram selecionados no livro did tico usado pela escola e indicado pela professora e s o descritos na pr xima se o A proposta foi verificar como a recep o do livro did tico pelos alunos ou seja identificar e descrever at que ponto as atividades propostas nos livros did ticos no eixo de leitura e interpreta o de textos s o recebidas e compreendidas pelos estudantes por isso as atividades foram feitas a partir dele Os alunos leram o conto Piratas sem piedade e responderam a dez quest es da se o de Estudo do texto COSTA MARCHETTI amp SOARES 2009 p 293 O texto e atividades s o descritos na se o seguinte 3 3 2 em que tratamos dos materiais e procedimentos usados Para atender s diferentes formas de abordagem propostas na atividade da pesquisa a turma foi dividida em quatro grupos que fizeram a mesma atividade do livro did tico mas com diferentes estrat gias de aplica o totalizando quatro formas distintas de tratar o texto e as atividades Pedimos s professoras regentes que agrupassem os alunos
209. gnificado D40 Sem rumo gt Que eles n o Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu seguiram sua rota significado D41 Sem rumo porque eles n o Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu seguiram a rota significado D42 O navio sem rumo por causa Parcialmente correta Identifica o nome do navio mas do final n o justifica satisfatoriamente D43 Que eles irao navegar sem Correta Identifica o nome do navio associando o ao rumo caminho D44 Sem rumo Parcialmente correta Identifica o nome do navio mas n o justifica a resposta D45 Sem rumo Viajam sem rumo Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu fora da lei significado D46 Que os piratas n o tinham Correta identifica pelo nome de um dos navios a rota rumos para seguir perdida D47 que os piratas n o v o Correta identifica o nome e justifica a rota perdida conseguir voltar sem rumo D48 O navio se chama sem rumo Correta identifica o nome do navio e tenta explicar o isso quer dizer que ele muda a termo rota facilmente D49 Que eles n o tinha lugar para Correta identifica o nome do navio e a rota seguida ir ia sem rumo D50 Sem Rumo eles poderiam ir Correta identifica o nome do navio e a rota a ser para cauqueer lugar seguida 195 Quest o 5 Como Jean Thomas Dulaien caracterizado no texto D exemplo de uma atitude que demonstre o seu c ar ter Resposta no LD Ele
210. go utilizado A leitura uma atividade que exige do leitor o foco no texto em sua linearidade uma vez que tudo est dito no texto Cabe ao leitor o 62 reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto apenas De acordo com o autor s o exemplos de quest es para essa concep o Retire do texto a frase que expressa a ideia de Em qual parte do texto pode se encontrar uma refer ncia a Procure no texto as palavras que se referem a Outra concep o destacada aquela cujo foco o leitor Nela o leitor o foco central da leitura pois ele atribui significado ao texto a partir dos conhecimentos pr vios que possui Assim a significa o de um texto se d sempre por for a do leitor e de seus conhecimentos ou seja valem as informa es que o leitor trouxer para o texto Por estar centrada no leitor essa concep o aceita diferentes compreens es de um texto porque h diferentes leitores com diferentes conhecimentos pr vios Os aspectos sociais em volta do leitor s o desconsiderados e h grande import ncia dada s adivinha es que ele produz S o exemplos de perguntas de leitura desta concep o Na sua opini o Comente sobre O final do texto feliz ou triste Justifique sua resposta Explique em poucas palavras o que A partir da leitura da f bula a que conclus o voc chega sobre a moral da hist ria Com o foco na intera o autor e leitor s o sujeitos
211. gosto muito do livro de portugu s porque ele tem coisas interessantes e porque a gente pode aprender muitas coisas de portugu s e a gente pode usar at a vida inteira o que muito dif cil no livro que s o muitos textos mas s que a gente lendo a gente aprende O que eu gosto menos que o livro de portugu s tem muitas coisas e os textos na maioria das vezes s o muito grandes e hum as perguntas t m que ser elaboradas mais porque as perguntas s vezes complica muito no texto e confunde muito as pessoas Depoimento de GK 14 anos aluna do nono ano de uma escola p blica do interior de Minas Gerais A aluna de certa forma enfatiza a import ncia do livro porque a gente pode aprender muitas coisas de portugu s e a gente pode usar at a vida inteira por outro lado fica tamb m expl cito o que ela considera dificuldade o que muito dif cil no livro que s o muitos textos Em seguida h refer ncia extens o do texto e dificuldade em entender as quest es que para ela deveriam ser mais elaboradas Isso leva suposi o que a estudante ressente se de informa es para compreender as propostas e que as quest es poderiam ser formuladas de outra maneira para promover a compreens o Refletir sobre situa es como essa provoca inquieta o v rios questionamentos sobre o ensino de leitura sobre o uso de livro did tico e sobre como se d a recep o pelos estudantes des
212. heta A original se encontra na Biblioteca Nacional da Fran a 293 215 ANEXO C Conto Pirata sem piedade sem adapta es PIRATA SEM PIEDADE A hist ria narrada a seguir passa se no litoral norte do Brasil na costa do Estado do Maranh o Trata se de um epis dio envolvendo o cors rio franc s Jean Thomas Dulaien que junto com outro cors rio franc s Jean Fran ois Duclerc atuou no Brasil no in cio do s culo XVIII O texto da jornalista cr tica e editora de livros para crian as e jovens Suely Mendes Braz o Ela se baseou em um relato ver dico que aparece no livro Pirates et flibustiers Piratas e flibusteiros de Hubert Jules Dechamps As ilustra es s o do artista gr fico Jayme Le o nascido no Estado de Pernambuco e atualmente membro da equipe de ilustradores da Editora tica Voltando das ilhas do Caribe o pirata franc s Jean Thomas Dulaien comandava seus dois navios que se chamavam Sem rumo e Sem piedade Na altura da linha do Equador desviou se rapidamente da rota programada e veio dar nas costas do Maranh o Que sorte exclamou de repente Acho que o diabo me ajudou N o acredito no que estou vendo Vou procurar imediatamente um bom local para lan ar ncora Esta era a grande oportunidade que eu esperava na vida O que tanto encantava Dulaien era na verdade uma vis o macabra A poucas milhas do litoral mas fora do alcance da vista de quem estivesse em ter
213. ho seria superior ao grupo A igual e ou inferior ao grupo B e inferior ao grupo D Grupo D Media o na leitura do texto e nas quest es Ensinar a ler tarefa da escola que para cumprir com xito o seu trabalho deve entender o que a leitura e qual a melhor forma de tratar os diferentes e m ltiplos g neros que circulam dentro e fora de suas depend ncias Deve tamb m considerar os diferentes leitores em forma o com os quais lida Ciente de que a leitura um processo complexo de produ o de sentido que envolve a mobiliza o de diversas capacidades entender que isso implica o uso de diversas estrat gias durante o seu processamento Voltando aos PCNSs ao tratar sobre o aprendizado inicial da leitura constatamos que Para aprender a ler portanto preciso interagir com a diversidade de textos escritos testemunhar a utiliza o que o j leitores fazem deles e participar de atos de leitura de fato preciso negociar o conhecimento que j se tem e o que apresentado pelo texto o que est atr s e diante dos olhos recebendo incentivo e ajuda de leitores experientes BRASIL PCN LP MEC 1997 p 56 Essa afirma o ainda que tratando do aprendizado inicial da leitura pode ser aplicada em outros n veis quando os estudantes leitores j conseguem decodificar mas continuam aprendizes em nossas aulas de leitura Ela destaca pontos importantes como a necessidade da presen a de variados g neros e da experi ncia
214. i a de que os alunos muitas vezes fizeram c pias para registrar as respostas O n mero de quest es com acerto satisfat rio foi menor que o pr ximo grupo C todavia no percentual geral esse grupo tem um ndice superior A compreens o global do texto favorece o registro de respostas mais independentes ou seja o estudante usa suas pr prias palavras ao responder 162 Os alunos que foram mediados apenas nas quest es grupo C foram bem sucedidos em cinco quest es que mobilizam as habilidades de identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o descrever a partir da compreens o global do texto ou de parte do texto caracter sticas do personagem e inferir informa o impl cita no texto fazer infer ncia relacionar informa es perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo Observa se que este grupo obteve melhor resultado em quest es cujo foco foram os enunciados o que se deve em boa parte media o realizada Esse grupo tamb m apresentou c pias como respostas Contudo no desempenho geral o grupo C ficou um pouco abaixo do grupo B Os alunos que contaram com a media o tanto no texto quanto nas quest es grupo D realizaram com sucesso nove das dez quest es da atividade as quest es exigiram v rias habilidades simples e complexas com focos diferenciados A media o realizada e ou o ensino contribuiu
215. ia achar o ouro Parcialmente correta N o apenas achar mas ficar com o ouro B22 Pegar o ouro e deixar seus Correta tripulantes na ilha A resposta aproxima se da sugerida B23 Faver um maldade com o Incorreta outros piratas N o responde de acordo com o esperado B24 Encontra o tesouro perdido Parcialmente correta Encontrar o tesouro e ficar com ele B25 Ficar com todo o ouro Correta C26 Buscar o tesolro Parcialmente correta N o se trata apenas de buscar mas apossar se dos tesouros C27 Ele queria encontrar todo o Parcialmente correta N o apenas encontrar mas ficar tesouro com o tesouro C28 De roubar todo o ouro que Correta tinha no barco que iria A resposta aproxima se da sugerida afundar C29 De robar todo ouro que o Incorreta Jean Tlomas tem n o s os N o responde de acordo com o esperado ouros mas os seus estrumentos que o ajudava C30 Era pegar muito ouro e prata Correta para ficar rico A resposta aproxima se da sugerida C31 Era pegar o ouro e leva Correta enbora A resposta aproxima se da sugerida C32 Buscou o tesouro Parcialmente correta N o se trata apenas de buscar mas apossar se dos tesouros C33 Dulaien queria o ouro Correta A resposta aproxima se da sugerida C34 Achar os tesouros Parcialmente correta Achar o tesouro e ficar com ele C35 Acha o tesouro Parcialmente correta Achar o tesouro e ficar com ele C36 Acrar tesouros Parcialmente correta Achar o tesouro e ficar com el
216. idas pelo livro did tico isto que as habilidades avaliadas nem sempre eram desenvolvidas pelos livros did ticos Isso de alguma forma justificaria o baixo desempenho dos alunos em resultados de avalia es sist micas No LD havia presen a em larga escala de atividades que procuram desenvolver a habilidade de localizar informa es em contrapartida os exames analisados avaliam habilidades de leitura variadas e complexas pouco ou nada desenvolvidas na escola pelo LD Outras quest es mostraram se relevantes e apontaram algumas lacunas na pesquisa Por exemplo havia habilidades em que os estudantes demonstraram relativa profici ncia e que n o eram habilidades ensinadas nas atividades do LD O que de certa maneira apontava para outras media es De alguma outra forma a compet ncia leitora estava sendo constru da para al m das atividades de interpreta o textual propostas pelo livro did tico Surgiram desde ent o algumas quest es que s o contempladas nesta pesquisa At que ponto um ensino sistem tico de leitura contribui ou n o para o desenvolvimento da compet ncia 7 Disserta o de mestrado defendida em 2005 intitulada O que provam as provas habilidades de leitura em avalia es sist micas X habilidades de leitura em livro did tico Trabalho este orientado pelas professoras doutoras Carla Coscarelli e Delaine Cafiero 28 leitora do estudante Quando n o h media o do professor e ou outro
217. iferentes escolas estaduais e particulares da cidade al m disso possui experi ncia em trabalho administrativo pois foi funcion ria de um escrit rio de contabilidade por v rios anos Na poca da pesquisa lecionava em duas escolas de manh e tarde ministrava l ngua portuguesa para o ensino fundamental e m dio Rosa estudou em Itabira graduou se em Letras em uma institui o privada na cidade Na escola X trabalhou por diversas vezes como professora com contrato tempor rio poca da pesquisa estava com um contrato para todo o ano de 2012 Tamb m havia sido aprovada no concurso p blico para professor mas n o havia sido classificada para efetiva o Assim como ocorreu com Ana Rosa foi para escola a fim de trabalhar com turmas que estavam sem professor de portugu s e n o coube a ela a escolha das turmas e dos anos aos quais lecionaria A professora mostrou se sol cita e sempre disposta a colaborar com a coleta de dados uma pessoa curiosa aberta s sugest es e propostas da coordena o de rea No dia a dia revelou boa intera o e relacionamento com os alunos Todavia nem sempre conseguia organiza o envolvimento e participa o de todos nas atividades A turma mostrava se muito agitada falante e n o participava sempre das propostas Ambas as professoras contribu ram de forma significativa para a realiza o desta pesquisa permitindo que o trabalho fosse feito em suas turmas Sem a contribui o
218. inda n o alcan aram de forma efetiva o profissional que est na frente de atua o Ao analisar algumas pr ticas recorrentes dentro da escola um trabalho que merece destaque e que de certa forma sintetiza as perspectivas ou concep es de ensino foi o proposto por Silva 1999 De acordo com o autor h concep es de leitura concorrentes no espa o escolar que ele chama de redutoras ou seja s o aquelas para as quais ler traduzir a escrita em fala decodificar mensagens dar respostas a sinais gr ficos seguir os passos da li o do livro did tico apreciar os cl ssicos Dentre as concep es redutoras a que se refere a sequ ncia do LDP Silva 1999 explica da seguinte forma 41 Com a utiliza o inocente de livros did ticos os professores criam um tipo de concep o que nada mais do que uma fotografia padronizada da sequ ncia dos exerc cios contidos na li o De fato uma observa o mais atenciosa vai mostrar que na maioria dos casos a li o de leitura estruturada a partir do seguinte 1 leitura do texto silenciosamente e ou em voz alta 2 sublinhamento de palavras desconhecidas 3 verifica o do vocabul rio 4 question rio de compreens o interpreta o 5 gram tica e 6 reda o Essa sequ ncia padr o utilizada redundantemente no contexto escolar acaba por produzir uma id ia completamente distorcida e err nea do processo de leitura fazendo com que leitor em forma
219. io D40 Eles descobriram um navio e Correta Identifica a descoberta navio com tesouro al m pessoas mortas e la tamb m de pessoas mortas tinha uma coisa muito valiosa um grande tesouro D41 Eles descubriram um navio e Correta Identifica a descoberta navio com tesouro al m pessoas morta e um tesouro de pessoas mortas D42 H descoberta feita pelos Correta Identifica a descoberta navio com tesouro piratas foi um navio pirata abandonado que provavelmente tinha um tezouro D43 A descoberta do navio Correta Identifica a descoberta navio com tesouro portugu s que estava tombado e com muito ouro para ser saqueado D44 O barco naufracado que tinha Correta Identifica a descoberta navio com tesouro o oro dentro varios sacos D45 A descoberta foi de um Parcialmente correta Identifica a descoberta do tesouro que estava tombado tesouro de pessoas mortas mas esquece se de citar o perto dos piratas mortos navio D46 A descoberta de uma Parcialmente correta cita o navio embarca o abandonada D47 O tezouro que ele viu no outro Correta cita o tesouro no navio nau D48 A descoberta de uma nau Parcialmente correta cita o navio portuguesa abandonada D49 Ele descobriu um navio Correta cita o navio o tesouro abandonado foi quando teve a Vai al m antecipando a a o seguinte ideia de entrar no Navio abandonado e quando abriu o por o encontrou ouro e ai co locou no sem rumo D50 O ouro que deu o in cio
220. io al m disso deveria correlacionar com as informa es do par grafo posterior em que finalmente fala se em tesouro S o sete par grafos envolvendo a reposta para essa quest o Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al A descoberta de sacos e arcas Parcialmente correta N o cita que foi um navio repleto cheios de moedas de tesouro A2 Um barco cheio de ouro Correta Identifica a descoberta navio com tesouro A3 A descoberta que desencadeia Parcialmente correta Identifica a descoberta do tesouro as A es presentes no conto n o do navio que o continha o tesouro glardado A4 Dulaien que s com todo o Incorreta Copia aleatoriamente parte do texto ou bem escondido no por o fugio para a Europa A5 do capit o mudar a rota Incorreta Copia aleatoriamente parte do texto A6 Eles descobriu as costa do Incorreta N o identifica a descoberta do navio com maranh o tesouro mas fala do desvio da rota A7 Ele avistou uma ilha Incorreta N o identifica a descoberta do navio com tesouro mas fala de parte do enredo A8 Sem condi es de discutir Incorreta N o identifica a descoberta do navio com 187 nada os homens sa ram nos botes remando lentamente tesouros Faz c pia de um par grafo do texto ao que parece aleatoriamente A9 A descoberta foi o ouro que Parcialment
221. ipar caso n o sinta o desejo de fornecer as informa es solicitadas nos procedimentos adotados Caso surja qualquer d vida ou problema V S poder entrar em contato conosco pesquisadoras respons veis pela pesquisa Doutoranda Cl udia Mara de Souza Telefone 3831 6892 e mail smclaudia vhotmail com Orientadora Delaine Cafiero Bicalho Telefone 31 3441 6045 e e mail delainecafierobicalho yyahoo com br ou solicitar informa es sobre a pesquisa no Comit de tica em Pesquisa COEP Av Antonio Carlos 6627 Unidade Administrativa II 2 andar sala 2005 Telefax 031 3409 4592 E mail coep dprpq ufmg br Assim se V S se sentir suficientemente esclarecida solicitamos a gentileza de assinar sua concord ncia no espa o abaixo Eu RG confirmo estar esclarecida sobre a pesquisa sobre os procedimentos utilizados do sigilo das informa es e que posso a qualquer momento retirar meu consentimento declaro ainda ter recebido um c pia do presente termo Sendo assim concordo em participar como informante da pesquisa e autorizo a realiza o dos procedimentos descritos Itabira de de 2011 Assinatura da professora regente Delaine Cafiero Bicalho Cl udia Mara de Souza Orientadora de Pesquisa FALE UFMG Pesquisadora Respons vel Orientanda da FALE UFMG 176 AP NDICE C Question rio aplicado aos alunos UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS POSLIN PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ESTUDO LINGU S
222. ise 3 2 Campo e Sujeitos da Pesquisa Nesta se o feita a apresenta o e descri o dos sujeitos participantes da pesquisa bem como do local que ela foi desenvolvida 3 2 1 A escola campo A descri o a seguir est de acordo com o Projeto Pol tico Pedag gico da escola pesquisada tamb m est de acordo com informa es obtidas com a equipe gerencial da institui o A escola X situada em um bairro da periferia de Itabira no munic pio de Itabira foi criada em 1985 pelo Decreto n 24 543 Esta institui o est vinculada 24 Superintend ncia Regional de Ensino e Secretaria Municipal de Educa o do Munic pio Inicialmente a escola come ou a funcionar com uma denomina o somente ap s a participa o da comunidade o nome de um l der comunit rio foi escolhido para oficializar o estabelecimento de ensino que passou a se chamar X Em 1998 por meio da Resolu o n 9297 98 a escola passou a ser municipal com atendimento do pr escolar 4 s ries No ano de 2000 a escola foi regulamentada oficialmente para atender da 1 8 s ries do Ensino Fundamental e um Projeto de Acelera o para Jovens e Adultos Na poca da coleta de dados a escola atendia a setecentos e sessenta e cinco alunos No turno da manh somavam se dez turmas do Ensino Fundamental II formadas por duzentos e oitenta e um alunos cuja faixa et ria versa entre onze e dezesseis anos No turno da tarde totalizar
223. isso Coscarelli e Cafiero 2013 p 11 afirmam que 1 O professor n o ensina errado s o as teorias que possui que o orientam mas a teorias mudam ampliam se e nem sempre as contribui es de um novo olhar te rico s o incorporadas a sua pr tica 2 o aluno n o incapaz precisa aprender a lidar com um processo que pode ser ensinado por meio de estrat gias COSCARELLI e CAFIERO 2013 p 11 Assim poss vel dizer que o professor tamb m precisa ser ensinado as teorias precisam chegar e ele de forma que se tornem capazes de transp las para pr tica di ria aperfei oando a E preciso al m disso ter um olhar diferente para as necessidades dos alunos preciso O ouvi los e identificar suas dificuldades efetivas Os dados mostraram que o problema n o o que eles n o gostam de ler que n o gostam dos textos ou at mesmo do LDP Dessa forma poss vel partilhar o que afirma Silva 1988 Tenho afirmado que as pr ticas de leitura escolar n o nascem do acaso e nem do autoritarismo ao n vel da tarefa mas sim de uma programa o envolvente e devidamente planejada que incorpore no seu trajeto de execu o as necessidades as inquieta es e os desejos dos alunos leitores Simplesmente mandar o aluno ler bem diferente do que envolv lo significativa e democraticamente nas situa es de leitura a partir de temas culminantes SILVA 1988 p 66 Ou seja a pr tica escolar de ensino e a op
224. ite os festejos a bordo No dia seguinte por volta do meio dia ao acordar Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Inferir informa o Justificar resposta com cita o do texto Para isso seria tamb m necess rio demonstrar conhecimento metalingu stico dos marcadores temporais para conseguir apontar o tempo total previsto na resposta An lise da quest o Quanto forma a quest o do tipo aberta Quanto ao conte do o enunciado da quest o se comp e de duas partes a primeira parte uma interroga o direta com uma invers o entre sujeito acontecimentos narrados no conto e o verbo duraram A segunda parte um enunciado constru do no modo imperativo afirmativo e na ordem direta O vocabul rio usado na quest o parece n o impor dificuldades para o aluno Estruturalmente a quest o parece n o apresentar problemas contudo n o se trata de uma simples quest o de infer ncia pois se observa uma generaliza o presente com o uso da express o os acontecimentos Outra observa o que essa tarefa torna se complicada pois o texto como apresentado no livro parece n o oferecer elementos suficientes para a elabora o da resposta Essa hip tese pode ser levantada quando se observa que h cortes feitos no texto publicado no LD Para respond la o aluno ainda deve calcular a partir das marcas temporais presentes no texto o tempo que durou a narrativa demonstrando po
225. itua es ou ideias do meio social determinam como ser realizado o enunciado As condi es sociais interferem diretamente na produ o da express o do sujeito O social interfere portanto no individual O indiv duo enuncia com finalidades espec ficas com objetivos determinados num processo dial gico A perspectiva proposta por Bakhtin 2006 10 O texto para atividade do exemplo 2 est dispon vel no anexo D 38 a que os Par metros Curriculares Nacionais assumem A linguagem uma forma de a o interindividual orientada por uma finalidade espec fica um processo de interlocu o que se realiza nas pr ticas sociais existentes BRASIL PCN LP MEC 1997 p 23 24 Aprender uma l ngua n o simplesmente aprender palavras mas inclusive seus significados culturais os modos pelos quais os indiv duos se apropriam e interpretam a realidade e a si mesmos Nessa concep o o ensino de l ngua portuguesa preocupa se n o apenas em propiciar ao aluno o conhecimento da gram tica da l ngua mas se preocupa com o desenvolvimento da capacidade de reflex o de esp rito cr tico sobre o mundo sobre sua realidade e a compreens o e uso efetivo da l ngua como instrumento de intera o social Se a intera o se realiza por meio do texto se o texto o lugar de intera o fundamental que a reflex o sobre a l ngua exista mediante a compreens o an lise a interpreta o e a produ o de textos por meio de
226. jeto do autor a seu projeto did tico Na coleta de dados em escola campo nesta pesquisa o LDP considerado um recurso did tico um material de apoio Batista e Costa Val 2004 em outra via de pesquisa tratam da recep o do LD por parte dos professores e como esses fazem suas escolhas Segundo os autores padr es de prefer ncia revelam assim a exist ncia de um desacordo no que diz respeito defini o de um livro e de um curr culo de qualidade entre as escolhas dos docentes e a classifica o das obras pela avalia o ministerial BATISTA amp COSTA VAL 2004 p 23 Esses autores apontam um problema ao que parece os professores escolhem livros que n o s o os mais bem classificados na avalia o do MEC Essa classifica o foi feita at a edi o do 2004 do programa e posteriormente foi retirada Contudo ao que parece os professores ainda escolhem alguns t tulos que apresentam ressalvas J Marcuschi 2003 p 48 61 faz algumas reflex es sobre a compreens o do texto no livro did tico aborda a no o de l ngua subjacente aos livros de LP e aponta tamb m as habilidades desenvolvidas nos LDPs Ele chama a aten o para a necessidade de se rever a abordagem dada compreens o textual nos manuais did ticos parece razo vel admitir que se adotarmos uma estrat gia adequada no tratamento da compreens o de texto em sala de aula estaremos contribuindo para a forma o de um cidad o
227. l que possa aprender a ler tamb m o que n o est escrito identificando elementos impl citos que estabele a rela es entre o texto que l e outros textos j lidos que saiba que v rios sentidos podem ser atribu dos a um texto que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localiza o de elementos discursivos PCN LP 1997 p 41 Isso significa que deve haver ensino de estrat gias diversificadas e o desenvolvimento de habilidades simples e complexas que capacitem o aluno a tornar se aut nomo Deixar o aluno sozinho a decodificar e copiar n o o suficiente para que ele avance E preciso enfatizar que a media o o ensino deve existir em todo o tempo 131 As quest es 3 e 9 alguns problemas Nas quest es 3 e 9 quase todos os grupos alcan aram resultados baixos O grupo D foi o que obteve maior percentual de acerto em ambas seguido pelos grupos B e C Na quest o 9 o grupo D foi o nico com percentual superior a 70 de acerto A duas quest es apresentam enunciados que n o favorecem a produ o de respostas pelos grupos mesmo com a media o A quest o 3 n o fornece elementos suficientes para que o aluno consiga a partir da leitura do texto identificar e calcular a dura o dos acontecimentos narrados Ou seja existem a aus ncia de contextualiza o e falta de parametriza o MORETTO 2010 Pela mesma forma a quest o 9 se equivoca quando aponta que existe uma indica o p
228. la mesma alerta com o cuidado de n o imprimir esse trabalho uma esp cie de f rmula como se todo texto seguisse rigidamente um padr o absolutamente est vel e fosse independente de suas condi es de produ o e circula o ANTUNES 2010 p 62 Outras e distintas an lises portanto seriam poss veis Ainda a despeito das an lises apresentamos a seguir as perguntas analisadas A atividade de leitura aplicada aos alunos do sexto ano do ensino fundamental foi composta de dez quest es da se o de compreens o de texto sobre conto de aventura Piratas sem piedade do livro Para viver juntos Portugu s volume 6 p 290 293 A proposta foi apresentada aos alunos no pr prio LD em tr s p ginas seguido de um quadro com o gloss rio e um quadro com coment rios sobre profiss o pirata ver anexo A As perguntas ou quest es figuram na se o Estudo do texto nove na subse o Para entender o texto e uma na subse o O texto e o leitor Ao todo ent o os alunos responderam a dez quest es A seguir em cada uma delas s o destacados o enunciado a resposta indicada no manual do professor MP a principal habilidade de leitura mobilizada e uma an lise que categoriza a quest o e busca identificar o que est sendo exigido do aluno e o que este deve fazer ou saber para respond la Quest o 1 Os dois par grafos iniciais da hist ria trazem elementos caracter sticos de um conto de av
229. la que os sujeitos agem comunicam estabelecem v nculos interlocu o se posicionam criticam a realidade da qual fazem parte Nesse processo de intera o verbal a leitura uma realiza o importante e na escola que ocorre sua sistematiza o Enfim este trabalho parte da concep o de linguagem e leitura como pr tica social Nesse sentido na pr xima subse o a leitura abordada na perspectiva da intera o 2 2 Compreender a leitura como intera o A compreens o a an lise e a interpreta o textual destacam se como processo na terceira concep o de linguagem Alguns autores e documentos oficiais que orientam a pr tica escolar como os PCNs compartilham desta vis o como poss vel ver a seguir A leitura um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de constru o de significado do texto a partir de seus objetivos do seu conhecimento sobre o assunto sobre o autor de tudo o que sabe sobre a l ngua caracter sticas do g nero do portador do sistema de escrita etc BRASIL PCN LP MEC 1997 p 53 No conceito apresentando pelos PCNSs ao leitor cabe um trabalho intenso e ativo o sentido do texto n o est pronto precisa ser elaborado constru do Nessa constru o o leitor deve ter objetivo para leitura deve associar seus conhecimentos anteriores no processamento da leitura Ou seja o processo da leitura come a muito antes do contato com o texto Cf FREIRE 1988 Sobre o
230. lecer liga es entre descobertas obtidas por diferentes fontes ilustr las e torn las mais compreens veis Combinar t cnicas quantitativas e qualitativas torna uma pesquisa mais forte e reduz os problemas de ado o exclusiva de um desses grupos NEVES 1996 p 2 Para a constitui o do corpus do trabalho os dados foram coletados em uma escola campo situada em rea perif rica na cidade de Itabira Essa escola foi escolhida por situar se em uma regi o que conhecemos de perto por atuarmos nela h alguns anos por nos inquietarmos com os problemas nela encontrados Com esta pesquisa pretendemos encontrar algumas respostas a essas inquieta es Por se tratar de uma pesquisa que envolve pessoas o projeto foi submetido aprova o pelo Comit de tica em Pesquisa COEP sob a inscri o CAAE 0466 0 203 000 11 A aprova o para realiza o da pesquisa foi concedida em 1 de novembro de 2011 O corpus foi constitu do por 1 Aulas observadas e filmadas oito aulas de observa o e dezoito aulas filmadas numa turma de sexto ano no per odo de mar o a setembro de 2012 2 Entrevistas semiestruturadas a duas professoras de portugu s do sexto ano uma de 2011 e outra de 2012 3 Question rio entrevista aplicado a vinte e dois alunos da turma 601 de 2012 Na se o a seguir 4 2 feito um detalhamento dos sujeitos que participaram desta pesquisa 4 Respostas de cinquenta alunos atividade de
231. leitura do LDP aplicada para controle Os diferentes dados coletados s o analisados e comparados com o objetivo de fornecer respostas aos questionamentos feitos na pesquisa de modo a confirmar ou refutar as hip teses levantadas Entendemos que os variados elementos ou instrumentos que comp em o corpus auxiliam na compreens o do objeto proposto e ajudam na constru o das an lises Bortoni Ricardo 2008 chama esse entrecruzamento de informa es dadas por diferentes instrumentos de triangula o Para autora A triangula o um recurso de an lise que 13 O bairro em que se situa a escola em que realizamos a pesquisa apresenta uma popula o que se assemelha maioria da popula o descrita nos dados do IBGE PNAD 2011 64 3 da popula o recebem at dois sal rios m nimos por m s moram em domic lios particulares permanentes 61 mais de 90 possuem alguns bens dur veis como fog o geladeira televis o quase todos possuem telefone celular ou fixo 99 6 e alguns possuem computador 37 9 IBGE 2012 68 permite comparar dados de diferentes tipos com o objetivo de confirmar ou desconfirmar uma asser o BORTONI RICARDO 2008 p 61 Desse modo buscamos a partir dos dados atingir os objetivos descritos na pr xima subse o 3 1 1 Objetivos Para verificar a hip tese inicial de que os alunos nem sempre compreendem sozinhos as atividades de leitura no livro did tico de portugu s e para responder ao
232. livro em que est publicado Contos de piratas cors rios e bandidos o texto poderia ser inserido no dom nio pedag gico mais especificamente no Campo da Hist ria no que tange a seus aspectos pol ticos sociais Na altura da linha do Equador desviou se rapidamente da rota programada e veio dar nas costas do Maranh o A poca da publica o deste 1992 foi um per odo de grandes revela es sociopol ticas no Brasil corrup o fraudes na pol tica envolvendo o at ent o presidente Jos Sarney natural este do Maranh o O texto em virtude da adequa o s exig ncias discursivas do g nero e do suporte em que veiculado apresenta o linguagem formal Os destinat rios previstos s o inicialmente crian as e pr adolescentes que apresentam certo n vel de letramento que lhes permita ler contos mas poderia ser lido tamb m por leitores adultos que perceberiam provavelmente a cr tica pol tica impl cita A sele o lexical os tipos de argumentos os impl citos bem como a linguagem utilizada mostram um texto mais distante de um leitor pouco informado Por conseguinte espera se que este seja capaz de entender as nuances pr prias desse tipo de texto e seja capaz de interagir com ele e por meio dele Por exemplo ao citar que Sem condi es de discutir nada os homens sa ram nos botes remando lentamente O capit o pirata ia frente contr rio de seus comandados parecia s brio forte sem sono E
233. lunos explicam Por causa da tabela de perguntas Porque eu n o estava entendendo o que era pra fazer no exerc cio A tabela algumas eu consegui fazer maio outras foi dificiu procurar as informa es Isso evidencia tamb m que a mudan a de estrutura composicional da quest o outro poss vel entrave com o qual os alunos se deparam O trabalho com a leitura deve diversificar as formas de abordagem da interpreta o do texto assim como diferentes g neros devem ser estudados diferentes formas de perguntar devem ser exploradas Nesta se o pelas respostas obtidas no question rio observa se que os alunos n o demonstram avers o ao LDP e s suas atividades de modo geral como aponta o senso comum entre muitos professores Boa parte deles aprecia os textos e as atividades de compreens o Os textos extensos n o s o t o apreciados como as HQs e os poemas mas n o se constituem no que eles menos gostam O eixo de conhecimentos lingu sticos o menos apreciado pelo grupo informante A fam lia atua como o mediador mais pr ximo na realiza o das atividades do LDP em casa Os exemplos de atividades mais dif ceis foram atividades de leitura talvez por se constitu rem em mais significativas que as demais quest es com formatos diferentes e de compreens o global foram destacadas entre as mais dif ceis pelos estudantes A seguir a representa o que o professor tem do LDP ser focalizada 5 2 O LDP na vis o d
234. m ele explica o que foi porque ele n o rumo paral pedido percorrer e sem piedade porque n o tem d so maldade B14 sem rumo porque os piratas Parcialmente correta Identifica o nome do navio mas n o para de navega n o justifica adequadamente B15 Podemos supor que esse navio Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu n o tem rumo para seguir significado B16 Que um navio n o tem dire o Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu que o sem rumo e um que significado n o tem piedade de nada que Vai al m explicando o sentido do nome do outro navio o sem piedada B17 Eles se desviaram da linha do Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu Equador que se notifica no significado sem rumo e o Dulaien era Vai al m explicando o sentido do nome do outro navio muito mal que notifica o sem piedade B18 Sem rumo e sem piedade Parcialmente correta Apenas cita o nome dos navios n o os correlaciona informa o pedida B19 Um e sem nome e o outro e Parcialmente correta sem rumo Apenas cita o nome dos navios um equivocadamente n o os correlaciona informa o pedida B20 Na altura da linha do equador Incorreta N o identifica o nome certo do navio desviou se rapidamente da Comprova a informa o copiando trecho que mostra o Rota programada e veio dar desvio de rota nas costas do maranh o B21 Sem piedade o nume explica Incorreta n o identifica o nome do navi
235. m mais ele e texto Incorreta legal e os piratas no de piedade dos com panhero b Se referem ao Jean thoma C31 a aventura nortes Parcialmente correta b os piratas do navios Responde a letra b C32 a piratas que quer matar sem Incorreta piedade etc Responde ao que parece o que entende sobre piratas b e varios C33 12 a os piratas maus Parcialmente correta identifica o capit o letra b b Dulaien Incorreta C34 12 a Os piratas n o tem piedade Parcialmente correta identifica o capit o letra b sem d Incorreta b A Jean C35 a Os piratas n o v o ter Parcialmente correta identifica o capit o letra b piedade Incorreta b O Dulaim C36 a Pirata que n o tem dor Correta b A todos os ajundandes de Apresenta resposta pr xima indicada dulem C37 a que o pirats n o tem do Parcialmente correta identifica o capit o letra b mem piedade Incorreta b Dulaien D38 a Que o pirata Dulaien n o Correta tinha piedade Apresenta resposta pr xima indicada b Dulaien e seus escravos D39 a piratas sem piedade Parcialmente correta b se refere a eles os piratas Responde a letra b D40 a Que eles n o tenham d Parcialmente correta b Os marinheiros a todos Responde a letra b D41 a Que os pirata n o tinham Parcialmente correta piedade Responde a letra b b aos marinheiros D42 a Que tem muitas sacanagens Correta inrola o e fingimento Responde a letra a e identifica apenas o personagem
236. m sempre conseguia a ades o e participa o de todos nas atividades Trabalhava de manh em Itabira voltava cidade vizinha onde mora tarde e noite frequentava um curso t cnico em seguran a do trabalho Pensava em mudar de profiss o se tivesse oportunidade por isso estava estudando Apesar de gostar de lecionar dizia estar um pouco decepcionada com as condi es de trabalho do professor na atualidade e com a educa o de forma geral 16 a y E Elm A Os nomes adotados para as professoras Ana e Rosa s o codinomes para garantir o sigilo da identidade dos informantes 73 Professora Rosa No in cio de 2012 no retorno escola para prosseguir com a pesquisa foi feito o contato com a coordena o e o pedido para continuar o trabalho com uma turma de sexto ano visto que os alunos do ano anterior haviam sido distribu dos em v rias turmas diferentes impossibilitando nos de acompanhar o grupo como um todo A coordenadora apresentou a professora Rosa que lecionava para tr s turmas de sexto ano e uma turma de s timo Rosa n o fez obje o ao trabalho concordou com a realiza o das atividades em sua turma Junto com a coordenadora ambas indicaram a turma 601 para a realiza o das atividades Na entrevista a professora Rosa n o declara sua idade mas provavelmente est na faixa et ria entre quarenta e cinco e cinquenta anos Ela possui experi ncia aproximadamente de doze anos como professora Trabalhou em d
237. m sorte mal Parcialmente correta Caracteriza com o mau Incorreta D38 Ele era um pirata sem piedade Parcialmente correta com o sangue frio e sem Apesar de caracterizar o personagem medo D39 Ele era grosso sem Parcialmente correta educac o falava alto com seu A descri o aproxima se de autorit rio empregados D40 Ele era mandao irritado mal Parcialmente correta educado Caracteriza mas n o exemplifica uma atitude D41 Ele era mad o irritado mal Parcialmente correta educado e sem educa o Caracteriza mas n o exemplifica uma atitude D42 Ele era ambisioso mau carat Correta mand o e arrogante Caracteriza o personagem e d exemplo com uma Deixou seus empregados resposta pr xima sugerida bebados sem comida gua e sem dinheiro abandonados em uma ilha dezerta D43 Ele era um pirata sangue frio Incorreta E nem ligou quando viu os Apesar de caracterizar a personagem e dar exemplo piratas do navio portugues mortos D44 Ele era um pira sem bom Parcialmente correta costo muito imquinorante e Caracteriza mas n o d exemplo de atitude ruim e muito mal D45 Resmung o mal doso chef o Correta e etc Caracteriza o personagem e d exemplo com uma Vamos molengas vamos ao resposta pr xima sugerida saque gritou Dulaien D46 Ele fugia com todo ouro e Incorreta deixou os marinheiros na ilha D exemplo de atitude sem comida D47 uma pessoa ruim Ex Deixou Parcialmente correta Ma
238. ma o em texto informativo com estrutura e vocabul rio complexos inferema informa o que provoca efeitode humornotexto interpretam texto verbal cujo significado constru do como apoio de imagens inferindo informa o identificam o significadode uma express o emtexto informativo inferem o sentido de uma express o metaf rica e o efeito de sentido de uma onomatop ia interpretam hist ria em quadrinho a partir de infer ncias sobre a fala da personagem identificando odesfechodo conflito estabelecem rela es entre as partes de um texto identificando substitui es pronominais que contribuempara a coes odo texto Al m das habilidades anteriores os alunos do s eg anos 47 e87 s ries identificam cefeito de sentido decorrente dousoda pontua o retic ncias inferemafinalidade do texto distinguem um fato da opini o relativa a este fato numa narrativa com narrador personagem distinguemo sentidometaf ricodo literal deuma express o reconhecem efeitos deironia ouhumor em textos variados identificam a rela o l gico discursiva marcada por locu o adverbial ou conjun ocomparativa interpretam texto com apoio de material gr fico localizama informa o principal Osalunos do 9 ano neste n vel ainda inferemo sentidode umapalavra ou express o estabelecemrela o causajconsequ nciaentre partes e elementos do texto identificamo tem
239. mais cr tico e capaz diante dos textos que ele recebe para seu uso na vida di ria bom convencer se de que usamos a l ngua n o propriamente para exercitar as cordas vocais e sim dar a entender o que pensamos ou ent o o para entender o que os outros pensam Enfim nos uso di rio da l ngua a compreens o um aspecto t o central que em torno dela se d o grandes e acalorados debates Vale a pena exercit la com cuidado desde cedo MARCUSCHI 2003 p 61 E evidente diante da posi o do autor o car ter interativo e social da l ngua que deve ser levado em considera o nas propostas do LDP Assim poss vel pensar que n o basta uma variedade de textos atuais e atividades mas necess rio pensar que a forma como s o propostas as atividades deve ser cuidadosamente pensada Neste sentido ao apresentar o texto seguido de atividades h que se pensar que tais atividades devem atender aos prop sitos do pleno desenvolvimento da leitura e compreens o textual Por 61 isso na subse o a seguir tratamos de como podem ser as quest es de interpreta o textual o tipo de abordagem que fazem 2 3 4 1 As quest es de leitura no LDP De forma geral os livros did ticos de portugu s apresentam no eixo de leitura textos e quest es sobre o texto Essas quest es podem revelar as concep es te ricas sobre a leitura que foram constru das ao longo dos anos e que comumente s o objeto de estudo da lingu stica e da ling
240. mente como voc realiza a media o assim na sala h A sua 56 interven o como ela se d naturalmente 57 P Ah geralmente eu passo de carteira em carteira tirando as d vidas deles ou retomo 58 alguma coisa que eu vejo que eles tiveram maior dificuldade eu retomo para classe 59 toda se a dificuldade for de todos se a dificuldade for de todos mas geralmente mais 60 6 indo de pausa carteira em carteira e atendendo medida do poss vel a 61 dificuldade de cada um e individualmente 62 E E quando tem uma dificuldade que coletiva a voc j faz uma exposi o 67 P j fa o uma exposi o da dificuldade 68 E E no dia a dia voc acha que os meninos gostam ou n o do livro 69 P Eu acho que n o quest o nem desse livro eu acho que eles n o gostam de livro 70 nenhum risos porque ultimamente eu acho que o problema desses meninos que eles 71 n o gostam de ler eles n o gostam de escrever Produ o de texto uma tristeza eles 72 n o gostam de escrever de jeito nenhum ent o eu n o acho que nem por causa do 73 livro porque qualquer livro eu acho que se adotar eles n o v o gostar 74 E E ah voc acha que uma dificuldade em termos de falta de base ou 75 desinteresse ou a que voc atribuiria assim essa quest o 76 P Eu acho que o desinteresse gerado por falta de base Eles est o vindo muito 78 despreparados ent o quando chegam eles n o tem interess
241. meram fazendo tinir as moedas de ouro sobre a tosca madeira da grande mesa improvisada no conv s Alta hora da madrugada Dulaien sugeriu Vamos todos para terra Quero que meus homens descansem ao ar livre 212 213 LEITURA 1 Conto de aventura Sem condi es de discutir nada os homens sa ram nos botes remando lentamente O capit o pirata ia frente ao contr rio de seus comandados parecia s brio forte sem sono Duas horas depois quando todos j dormiam cobertos pelas estrelas e embalados pelo vinho um barquinho afastou se sorrateira mente da ilha rumo ao Sem piedade era Dulaien que s com todo o ouro bem escondido nos por es fugia para a Europa No dia seguinte por volta do meio dia ao acordar os marinhei ros n o tiveram outra op o Voltaram ao Sem rumo e procuraram o porto brasileiro mais pr ximo Para n o morrer de fome e para poder voltar Europa tentaram saquear a cidade mas foram presos ime diatamente e trancafiados na mais subterr nea e escura masmorra E bem prov vel que tenham morrido l pois quem iria salv los Suely Mendes Braz o Contos de piratas cors rios e bandidos S o Paulo tica 1992 p 21 24 GLOSS RIO Adernado inclinado tombado Masmorra pris o Conv s piso ou pavimento de um navio Refulgir brilhar com intensidade especialmente aquele em c u aberto resplandecer
242. mo que algumas dessas palavras estejam presentes no gloss rio elas s o poss veis dificultadores na compreens o No quinto par grafo o personagem sup e que h um tesouro no navio tombado no entanto ainda n o se confirma essa possibilidade No sexto par grafo o personagem ambiciona o poss vel tesouro que s confirma sua exist ncia no s timo par grafo quando o ouro efetivamente encontrado como se l no trecho O feixe de luz que se espalhou ao se abrirem as portas dos por es do navio fez refulgir o ouro que transbordava de sacos e mais sacos 103 Al m disso no processo de resolu o da quest o 2 o aluno deveria ter claro o que s o a es no texto Ou seja para compreender a quest o e respond la toda a trama do conto a partir da descoberta apontada deveria ser compreendida como as a es o saque ao navio a mudan a da carga de um navio para ou outro a festa o embebedamento dos marinheiros o descanso em terra a fuga do capit o H portanto muitas informa es nos par grafos para serem relacionadas a fim de responder quest o Ao que parece a resposta sugerida no MP do LD pressup e que o aluno fa a rela o de v rias informa es e construa uma resposta satisfat ria Quest o 3 Quanto tempo duraram os acontecimentos narrados no conto Justifique sua resposta com trechos do texto Resposta prevista pelo MP do LD Cerca de um dia e meio Ao cair da no
243. mos algum enunciado desejamos que ele seja compreendido mas nunca exercemos total controle sobre o entendimento que esse enunciado possa vir a ter Isto se deve pr pria natureza da linguagem que n o transparente nem funciona como fotografia da realidade Em segundo lugar a interpreta o dos enunciados sempre fruto de um trabalho e n o uma simples extra o de informa es objetivas Como o trabalho conjunto e n o unilateral pois compreender uma atividade colaborativa que se d na intera o entre leitor texto autor ou ouvinte texto falante podem ocorrer desencontros A compreens o tamb m um exerc cio de conviv ncia sociocultural MARCUSCHI 2008 p 231 Logo ao se deparar com algum enunciado e l lo o leitor usa estrat gias para o processo de compreens o do texto Ao realizar esse processo ele mobiliza diversos tipos de conhecimentos que podem lev lo a diferentes n veis de compreens o e at mesmo a desencontros A dificuldade apontada pelos estudantes leg tima e deve ser considerada em situa es de ensino em sala de aula Quando se observam os dados do cap tulo anterior poss vel verificar que para responder s quest es os alunos quando compreendem o texto grupo B obt m um percentual levemente superior aos alunos do grupo C grupo mediado nas perguntas Assim um intenso trabalho de media o deve ser realizado at que o estudante consiga desempenhar as tarefas de forma
244. mundo cren as etc Al m da perspectiva te rica do profissional a forma como o professor interage com seus alunos importante e mostra sua pr tica educativa Nesse sentido essa intera o nos remete a um conceito pertinente a este trabalho que a media o Na pr xima subse o trataremos desse assunto ou seja abordaremos em que se constitui a media o da aprendizagem 2 2 1 Media o e ensino aprendizagem Para que o ensino e a aprendizagem possam se realizar no espa o da sala de aula as inter rela es entre professor aluno aluno aluno interferem diretamente no processamento da leitura por isso um dos conceitos pertinentes a esta pesquisa o de media o 42 Vygotsky 1991 especifica a media o e a origem das fun es mentais mediante o conceito de internaliza o ou seja o mecanismo por meio do qual uma atividade externa se torna uma atividade interna Partindo dessa vis o a linguagem e a consci ncia deixam de ser encaradas como faculdades naturais humanas para se estabelecerem em produtos de a o conjunta dos homens desenvolvidos ao longo da hist ria O autor destaca o papel da linguagem para a compreens o do ser humano social e hist rico Segundo ele A fun o primordial da fala a comunica o o interc mbio social Quando o estudo da linguagem se baseava na an lise em elementos tamb m esta fun o foi dissociada da fun o intelectual da fala Ambas foram tratadas como fun
245. n cio no d cimo par grafo quando ao tramar o golpe o capit o sugere uma festa e ordena aos homens que transfiram toda comida e bebida para um dos navios o Sem Piedade Nesse ponto j poss vel dizer que h uma pista dos planos e inten es do capit o Em seguida no d cimo quarto e d cimo quinto par grafos ap s os piratas estarem b bados o capit o sugere um descanso em terra firme nesse ponto tamb m j seria poss vel imaginar que algo aconteceria No d cimo sexto par grafo h a informa o de que o capit o n o estava b bado como os demais homens isso tamb m sinaliza para um acontecimento Assim observamos que n o foi apenas uma indica o mas v rias pistas sinalizaram no texto que Dulaien iria enganar seus subordinados E poss vel dizer que pela forma como foi 110 redigida a quest o pode confundir o aluno e n o favorecer a elabora o da resposta igual sugerida Quest o 10 Observe o t tulo do conto Piratas sem piedade a Que informa o sobre a hist ria esse t tulo antecipa para o leitor b A quem se refere a palavra piratas presente no t tulo Resposta prevista pelo MP do LD a O car ter cruel da personagem principal e a atitude que ele ter b No conto apenas Dulaien age sem piedade O plural generaliza a palavra e fala das personagens piratas em geral como se todas fossem sem piedade Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Inferir o sentido
246. n to four different groups in the class with different strategies Group A performs reading activities alone with no intervention Group B performs the reading of the text with intervention and does the activities alone group C performs the reading alone and does the activities with intervention Finally group D performs the reading and the activities both with intervention The proposed interventions were collaborative text reading reading and review of the questions one by one The answers to the activity are analyzed to determine what students can understand on their own and at which point they need mediation Finally students respond to a questionnaire in order to assess what they think about the Portuguese textbook about the activities done on the texts and teachers respond to the semi structured interview to verify their expectations the approaches and what they think about the students needs and the necessary interventions The analysis is done in the light of theories that understand language as interaction reading as a social and cognitive process of meaning production and the didactic intervention as the use of strategies for mobilizing capabilities to a level not yet achieved The theoretical references are the authors Antunes 2003 2010 Bakhtin 1929 2006 1952 1953 1997 Marcuschi 2002 Cafiero 2010 Del Isola 2001 Kleiman 2004 Rojo 2003 Sol 1998 Vygotsky 1984 1991 among others The results concerning analy
247. na perspectiva de decodifica o e de ensino como transmiss o de conhecimento O efeito c pia por parte dos alunos demonstra a percep o de que eles compartilham que responder copiar transcrever partes do texto isso implicaria dizer que para eles o sentido est pronto no texto Por outro lado a media o o ensino da leitura favorece a constru o da compet ncia leitora e marca a compreens o da perspectiva te rica da leitura como produ o de sentido e do ensino como processo de constru o de conhecimento Os alunos n o rejeitam o LDP eles apresentam limita es de habilidades que ainda est o em constru o ao lidar sozinhos com o material aus ncia de estrat gias de ensino que desenvolvam estrat gias de leitura contribui para as dificuldades e at mesmo para o desinteresse pelos textos e propostas presentes no LDP Os alunos gostam dos textos mas demonstram certa dificuldade em lidar com os mais extensos O que em parte produto de habilidades ainda n o desenvolvidas e da falta de estrat gias metodol gicas mais eficazes que tornem o processo mais interessante e din mico N o basta portanto fazer leitura individual e silenciosa ou quando muito leitura oral em que cada um l um par grafo Essas estrat gias n o s o suficientes para desenvolver a leitura fluente e com sentido Os alunos queixam se dos enunciados das atividades que tamb m precisam ser abordad
248. ncia dessas demandas dos alunos torna necess rio evocar o conceito de media o pertinente obra de Vygotsky 2007 O termo media o entendido como o elo 44 intermedi rio entre o sujeito e o meio mas para al m disso ele engloba todas a interven es feitas em favor do sujeito para a constru o do conhecimento Na proposta de Vygotsky quando realizada por outros a media o conhecida como pedag gica e quando proporcionada pela linguagem passa a ser chamada de semi tica Apesar dessa separa o entre a no o de media o pedag gica e de media o semi tica esses conceitos s o inter relacionados e s o separados apenas por quest es did ticas n o s o portanto independentes ou excludentes Como o conceito de media o remete ao conceito de interven o sabemos que n o qualquer interven o que promove o desenvolvimento do sujeito e a consequente aprendizagem A interven o eficaz deve proporcionar trocas do sujeito com o objeto de conhecimento deve possibilitar lhe a a o sobre o objeto qualquer que seja sua natureza Assim explorar sua natureza f sica e estabelecer rela es entre objetos de mesma natureza como comparar ordenar classificar levantar hip teses etc Ainda que essa seja uma das bases da teoria piagetiana Vygotsky 2007 tamb m destaca a necessidade da a o para o desenvolvimento intelectual pois segundo ele o desenvolvimento da intelig ncia abstrata est profundamente
249. ncial te rico autores como Antunes 2003 2010 Bakhtin 1929 2006 1952 1953 1997 Marcuschi 2002 Cafiero 2010 DellIsola 2001 Kleiman 2004 Rojo 2003 Sol 1998 Vygotsky 1984 1991 entre outros Os resultados revelam que os alunos demonstram mais dificuldades na realiza o das atividades de interpreta o textual quando t m que realiz las sozinhos Por outro lado quando h ensino de leitura ou seja quando h media o na realiza o da leitura e das atividades o resultado dos alunos mostra se superior Al m disso identifica se tamb m que as atividades de leitura apresentam problemas de elabora o de enunciado e as repostas sugeridas no manual do professor do livro did tico nem sempre s o condizentes com as quest es e ou suficientes para elas Isso dificulta o trabalho do aluno que fica ref m de suas limita es e de restri es impostas pelas atividades problem ticas PALAVRAS CHAVE leitura livro did tico ensino aprendizagem ABSTRACT This study assesses the reception process of the Portuguese textbook by elementary school II students in Reading It attempts to answer the following questions to what extent do students understand their own activities in reading and interpretation of texts in Portuguese textbooks To what extent do they need the teacher s intervention to understand the tasks The initial hypothesis is that students fail to understand their reading activities and interpretation of
250. no o de 31 intera o A l ngua um sistema um objeto concreto que n o est pronto acabado mas passa por modifica es cognitiva hist rica e socialmente MARCUSCHI 2008 p 61 por meio desse objeto l ngua que as pessoas se comunicam A l ngua objeto constru do e manejado pelas pessoas transforma se em linguagem quando colocada em movimento em funcionamento ou seja no uso Usa se a linguagem para agir no mundo sobre o outro com o outro Assim entende se que a linguagem a capacidade do ser humano para interagir de forma criativa inovadora A linguagem a capacidade que ele possui para produzir desenvolver e compreender a l ngua e outras manifesta es como por exemplo a pintura a m sica a dan a as artes etc DelPIsola 2013 p 41 lembra que a linguagem verbal destaca se entre as diversas modalidades de linguagem por sua enorme criatividade como capacidade do homem de se comunicar por meio de um sistema de signos vocais a que ela chama de l ngua A autora ressalta ainda que a linguagem verbal atividade cultural caracterizada por seu funcionamento simb lico por sua organiza o articulada e pela produ o de discursos a partir de determinados conte dos Assim compreende se que cada vez que se usa a l ngua cria se produz se algo nesse processo de produ o de realiza o l ngua e linguagem se fundem Assim poss vel dizer que linguagem e l ngua s o conceitos distintos mas imbri
251. no barco dos Correta cristianismos com o perigo A resposta aproxima se da sugerida dele afundar levar uma hora pra tirar seu ouro deixar os seus homens dormindo e fugir C29 Viajar entrar no barcodo Incorreta cristianismo com o perigo N o corresponde resposta sugerida mas revela uma deles morrerem interpreta o do aluno C30 Eram viagar enfrenta sol e Incorreta chuva pelo mar para chegar al N o corresponde resposta sugerida mas revela uma sel destino interpreta o do aluno C31 Ele ter que viajar para lugares Incorreta bem distantes enfrentar varias N o corresponde resposta sugerida mas revela uma tempestade varia ondas etc interpreta o do aluno C32 e v rios Incorreta N o responde quest o C33 Eles teve que passar por Incorreta outros navios N o corresponde resposta sugerida mas revela uma interpreta o do aluno C34 Barreiras eve que esperar os Correta marinheiros durmirem para A resposta aproxima se da sugerida pegar o tesouro C35 Ele teve que travar uma Incorreta batalha com outros navios Acr scimo de ideia Extrapola o C36 Barreiras Incorreta N o responde apenas d o sin nimo de obst culo C37 foi atimgido por uma grande Incorreta tempestade N o corresponde resposta sugerida mas revela uma interpreta o do aluno D38 Ele teve que levar seus Correta marinheiros na ilha espera eles dormi e ir para o navio sem piedade A resposta aproxima
252. nos num total de trinta participantes Na turma 601 2012 foram quatro grupos com cinco alunos num total de vinte sujeitos Ao todo cinquenta alunos realizaram a atividade 3 3 2 O material usado Nesta se o apresentado material usado durante a pesquisa na coleta de dados e na aplica o da atividade 3 3 2 1A cole o did tica A escola utiliza uma cole o de livro did tico de portugu s aprovada pelo Programa Nacional de Livro Did tico PNLD para o tri nio de 2011 2013 Portanto na poca da pesquisa eram o primeiro e o segundo anos de uso da cole o Para viver juntos Portugu s da editora Edi es SM de autoria de Cibele Lopresti Costa Greta Marchetti e Jairo J Batista Soares FIGURA 1 Cole o Para Viver Juntos Portugu s Fonte Edi es SM Destinada aos alunos do 6 ao 9 ano do ensino fundamental a cole o formada por quatro volumes Nos volumes h oito cap tulos organizados por g neros textuais No final de cada volume h tamb m um cap tulo de revis o que busca retomar os g neros e conhecimentos lingu sticos estudados no ano Os volumes prop em al m disso se o de projeto para ser desenvolvido em grupo e para estimular a pesquisa debates produ o de relat rios etc H ainda a Caixa de Ferramentas que desenvolve t cnicas de estudo 78 H variedade de g neros que comp em a colet nea de textos da cole o Os temas s o diversificados e tr
253. nterpreta o requerido dentro dos padr es da escrita formal fica adiado ANTUNES 2003 p 76 evidente que a aula de leitura n o para o professor dizer o que expresso pelo texto mas para que o professor desenvolva estrat gias de leitura SOL 1998 que capacitem o aluno a produzir sentido na leitura a pensar sobre o texto a inferir informa es a relacionar dados etc Assim o papel do professor promover o ensino desenvolver formas de abordagem efetivas que garantam o processamento do texto na leitura Dieb 2013 p 41 ao considerar a leitura na sala de aula pontua que o trabalho do professor deve proporcionar o desenvolvimento de habilidades que lidam com aspectos lingu sticos textuais de compreens o bem como proporcionar a intera o com leitores mais experientes Ele afirma que o trabalho do docente com o ensino de leitura deve auxiliar o aluno no estabelecimento de conex es Tomar o ensino aprendizagem da leitura como objeto de pesquisa neste trabalho relevante porque pode ajudar a responder quest es que foram sendo constru das ao longo de minha vida acad mica e profissional H anos sou professora na rede p blica de ensino Durante muito tempo trabalhei com s ries iniciais e alfabetiza o Ainda trabalho com as s ries finais do ensino fundamental fui professora por algum tempo no ensino m dio e h poucos anos atuo tamb m no ensino superior Ao longo desse tempo muitas quest es pertinen
254. o s o apresentados e analisados o question rio respondido pelos alunos e as entrevistas das professoras das turmas para se perceber o que eles pensam do material did tico ou seja suas representa es acerca do LDP No sexto cap tulo s o feitas as considera es finais sobre a pesquisa 30 2 LINGUAGEM LEITURA E ENSINO O ensino de l ngua portuguesa nas escolas enfrenta a realidade de alunos que apresentam dificuldades no processamento e na produ o de texto Ensinar a ler e a escrever desafio com que se deparam os profissionais no dia a dia A dificuldade dos estudantes pode estar ligada concep o de ensino de leitura que a escola apresenta Para muitos ensinar leitura ensinar a decodificar e responder a quest es de interpreta o fazer transcri o do texto para outros ensinar leitura ensinar a ler em voz alta com corre o de pron ncia ou ainda responder a quest es de interpreta o realizar atividades que evidenciam os aspectos estruturais da l ngua Nessa vis o saber portugu s saber gram tica No entanto ensinar a ler ensinar estrat gias que proporcionem a constru o de sentido num processo de intera o Conceber a linguagem e a leitura de diferentes maneiras implica posturas diferentes de ensinar de entender o sujeito da aprendizagem Diante disso para compreens o e an lise do objeto de estudo proposto importante retomar alguns conceitos e teorias que tratam das
255. o tico inferema finalidade de texto informativo identificam a opini odo autorem textoinformativo comvocabul riocomplexo diferenciam as partes principais das secund rias de um texto interpretam tabela a partir da compara o entre informa es inferemo sentimento do personagem em hist ria em quadrinhos estabelecem rela o entre a tese eos argumentos oferecidos para sustent la identificam a tese de um texto argumentativo identificam o conflito gerador do enredo reconhecem o efeito de sentido decorrente do uso da pontua o e de outras nota es Fonte lt http download inep gov br educacao basica prova brasil saeb escala 2011 escala desempen ho portugues fundamental pdf gt gt acesso em 06 05 2014
256. o adequado que ele n o teve Piedade dos marinheiros dele B22 Sem rumo nao tem rumo Correta ainda que seja uma resposta r pida identifica o nome e com ele explica o que foi pedido B23 12 Que os piratas v o ficar sem Correta explica identificando o nome do navio mesmo rumo por causa do seu capitao sem fazer refer ncia a ele B24 Sem rumo ele na tinha lugar Correta identifica o nome do navio e o relaciona a para ir e o sem pietade n o rota tinha nem uma dor B25 sem piedade por que o Duliem Incorreta n o identifica o nome do navio vai passar por tudo sem do e adequadamente piedade C26 Pode supor que a viagem vai Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu ser sem rumo e sem piedade significado Cita tamb m o nome do outro navio C27 Sem rumo eles n o tem lugar Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu fixo para parar significado C28 Eu acho que o Sem rumo gt Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu porque ele expressava que eles significado estavam sem rumo por onde ir C29 Sem rumo O navio sem Parcialmente Correta Identifica o nome do navio e rumo j ispressava que o interpreta o seu significado pirata era aqueles piratas que Vai al m explicando o sentido do nome do outro navio gostam de roubar Sem piedade gt que tem d de nada C30 O nome do navio era sem Parcialmente Correta Identifica o nome do navio e rumo da jada pra ter uma noc
257. o de ensino Leitura nesta se o s o tratados os aspectos que se referem a esse material S o relevantes na discuss o o PNLD livro did tico de L ngua Portuguesa e ensino aprendizagem da leitura Desde que foi institu do o Programa Nacional do Livro Did tico PNLD tem contado com a discuss o e a an lise de v rios especialistas de diversas reas O programa foi planejado e executado pelo Minist rio da Educa o MEC com o objetivo imediato de prover a escola p blica de ensino fundamental de livros did ticos de qualidade capazes de subsidiar o ensino e a aprendizagem de diferentes disciplinas Na rea de L ngua Portuguesa o Centro de Alfabetiza o Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais CEALE UFMG tem sido a institui o respons vel por assessorar a organiza o e particularmente a execu o de todo o processo avaliat rio RANGEL 2006 As principais finalidades hoje do PNLD s o a avalia o aquisi o e distribui o universal e gratuita de livros did ticos para o ensino p blico brasileiro BATISTA e COSTA VAL 2004 p 10 O PNLD 2011 destaca algumas orienta es para o ensino aprendizagem de l ngua portuguesa no segundo segmento do novo ensino fundamental passa a se constituir de nove anos em vez de oito Seguindo as orienta es expressas pelas diretrizes e par metros curriculares oficiais o programa apresentou uma avalia o das cole es de livros did ticos nela consi
258. o de sentido Compreender esses aspectos fundamental pois acreditamos que a forma como o texto e as atividades s o tratados numa aula de leitura interfere diretamente na resposta produzida pelo aluno E o que verificamos nesta pesquisa pertinente tratar desse t pico pois quando o aluno produz resposta para quest es de leitura ele precisa ter boas estrat gias para construir essa resposta e se ele tem estrat gias eficazes ele se revela um leitor competente Ent o importante discutir o que pode ser chamado de estrat gia e de leitor competente No ensino aprendizagem necess rio entender que as estrat gias de leitura s o opera es regulares para abordar o texto KLEIMAN 2004 p 49 ou seja s o ferramentas usadas para constru o da compreens o em situa es de leitura Essas ferramentas caracterizam se por serem planos flex veis que os leitores fazem uso adaptados s distintas situa es e podem variar conforme o texto objetivos contexto O leitor faz escolhas entre as v rias op es para agir na constru o da compreens o do texto Nesta mesma perspectiva Sol 1998 p 70 define estrat gias como procedimentos de car ter elevado que envolvem a presen a de objetivos e o planejamento de a es para atingi los e tamb m a sua avalia o o que permite seu replanejamento Fala se em estrat gias ao se considerarem as a es e escolha dos leitores na obten o de metas ou objetivos desejados e n
259. o e Sem piedade Segundo o conto com essa atitude pode se entender como o governo deixa clara a situa o do pa s merc de qualquer corrupto Essa indigna o pode ser notada do segundo ao d cimo quinto par grafos por meio de palavras locu es e modalizadores que identificam e qualificam o comportamento da lideran a criticada bem como a sequ ncia dos fatos at o desfecho final da hist ria Esta era a grande oportunidade que estava esperando Tudo seria seu Bastava chegar nau antes que afundasse de vez e ordenar a seus homens que cuidadosamente a saqueassem Vamos molengas vamos ao saque Gritou animando seus homens Mas fa am depressa 2 antes que a banheira afunde o capit o ia frente ao contr rio de seus comandados parecia s brio forte e sem sono Duas horas quando todos j dormiam cobertos pelas estrelas e embalados pelo vinho um barquinho afastou se sorrateiramente da ilha rumo ao Sem piedade era Dulaien que s com todo o ouro bem escondido nos port es fugia para a Europa bem prov vel que tenham morrido l pois quem iria salv los O texto como todos os contos parece ser apenas uma narrativa curta quando comparada em termos de extens o a um romance por exemplo sem outro grande prop sito que n o contar um fato ou relatar uma trama que tem como atores personagens fict cios numa representa o metaf rica
260. o jeito de formular a quest o que 39 dificulta o entendimento deles Trechos da entrevista da professora Ana Diferentemente dos alunos ela acredita que eles n o t m muitos problemas com os conhecimentos gramaticais especialmente com as atividades que segundo ela eles realizam sem dificuldades Para este eixo ela usa muitas atividades complementares 44 P De conhecimento lingu stico eu at acho que nem tanto apesar de que eu acho 43 que em quest o de naquela parte em que eles v m explicando a mat ria que 44 vem trazendo conceito explica o do qu que eles est o tratando deixa a desejar um 45 pouquinho ent o por isso voc tem que buscar complementa o fora mas na 46 quest o dos exerc cios eles n o t m muita dificuldade com rela o ao conhecimento 47 gram tico n o Mas em rela o produ o de texto deste livro principalmente eles 48 t m uma dificuldade enorme porque o tempo inteiro o texto o livro primeiro pede 49 que os alunos fa am tipo um planejamento do texto e eles n o conseguem 50 entender isso Trechos da entrevista da professora Ana Outra dificuldade que ela aponta a produ o de texto e a n o compreens o dos alunos de que necess rio planejar o texto antes de produzi lo Sobre a media o que ela realiza nas aulas com o LDP para ajudar aos alunos quando eles t m d vidas Ana reafirma o uso de outras atividades porque acredita que o livro apresenta
261. o no in cio do texto Entretanto o uso da palavra caminhos no enunciado pode gerar alguma confus o pois o nome do navio Sem rumo n o sugere caminhos mas a aus ncia deles Quest o 5 Como Jean Thomas Dulaien caracterizado no texto D exemplo de uma atitude que demonstre o seu car ter Resposta prevista pelo MP do LD Ele apresentado como uma pessoa autorit ria d ordens aos seus homens e n o deixa que eles o contrariem Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Inferir informa o impl cita no texto e identificar exemplo no texto para justificar a resposta demandando para isso a compreens o global do texto An lise da quest o Quanto forma a quest o do tipo aberta Quanto ao conte do o enunciado da quest o se comp e de duas partes a primeira parte uma interroga o escrita na forma direta com sujeito verbo e complemento A segunda parte uma ora o imperativa tamb m escrita na ordem direta Os termos caracterizado e car ter poderiam impor alguma dificuldade compreens o do aluno Para responder quest o 5 o aluno deve compreender o sentido da quest o ou seja saber o significado dos termos caracterizado car ter e atitude Al m disso de acordo com a resposta indicada no MP do LD o uso de Como no enunciado faz com que o aluno deva inferir em que termos o personagem deveria ser caracterizado A quest o
262. o pense que ler oralizar o texto fazer vocabul rio responder perguntas aprender gram tica e depois redigir invariavelmente SILVA 1999 p 14 A descri o dada por Silva 1999 retrata em boa medida o que ainda existe no espa o de uma sala de aula com a utiliza o do LDP quando n o se tem a perspectiva interativa do processo Isso pode resultar apesar das cont nuas melhorias observadas nos LDs pelas sucessivas edi es do PNLD uma vis o distorcida das concep es de leitura Silva 1999 considera em seus apontamentos a concep o interacionista de leitura diferente da exemplificada com o uso do LD Ler sempre uma pr tica social de intera o com signos permitindo a produ o de sentido s atrav s da compreens o interpreta o desses signos SILVA 1999 p 16 assim o autor destaca que cabe entender que ler interagir produzir sentidos compreender e interpretar poss vel dizer que ler na perspectiva interacionista um processo amplo de constru o de sentido de intera o com signos sim mas para al m deles um processo de constru o pela troca pela interlocu o com o outro com o mundo Entender as perspectivas distintas de linguagem express o do pensamento leitura como instrumento de comunica o e intera o importante porque toda pr tica educativa toda op o metodol gica marcada tamb m por concep es de linguagem e por conseguinte por ideologia vis o de
263. o por metodologias devem ser constantemente repensadas Os estudantes devem ser envolvidos devem ser desafiados e devem ter suas necessidades atendidas Aulas interessantes din micas desafiadoras podem fazer isso Media es efetivas devem ser realizadas com vistas a esse objetivo Silva 1988 ainda continua Concebo a metodologia de ensino e a did tica como campos abertos dinamizados pela imagina o criadora sensibilidade e perspic cia do professor O conhecimento e o estudo de metodologias j sistematizadas tecnicamente podem sem d vida colaborar na orienta o pedag gica da 156 leitura mas n o devem ser tomadas como prescri es dogm ticas deterministas e fechadas isto porque n o s o as crian as que devem se adequar aos m todos mas os m todos se adequarem s necessidades reais das crian as SILVA 1988 66 67 Aos docentes al m de serem proporcionadas forma es cont nuas deve ser incentivado o uso do potencial criativo do dinamismo do envolvimento da dedica o que normalmente possuem e n o se deve perder de vista o foco principal do processo os alunos Este cap tulo buscou demonstrar as perspectivas de alunos e professores sobre o mesmo objeto o livro did tico Pelas respostas obtidas foi poss vel identificar como esses sujeitos percebem o objeto que usado rotineiramente em sala de aula A percep o que demonstram pode interferir na forma como o utilizam Diferentemente do que p
264. o professor As duas professoras regentes responderam a uma entrevista semiestruturada que foi gravada em udio A entrevista foi realizada nas depend ncias da escola e em hor rio livre das docentes Pelas respostas dadas pelas profissionais procuramos perceber a vis o delas acerca do material das aulas e da rela o aluno LDP Para in cio da conversa foram apresentadas tr s perguntas 1 Como voc utiliza o Livro Did tico de Portugu s 149 2 Quais as dificuldades os alunos encontram para resolver as quest es do livro 3 Como voc realiza a media o As entrevistas transcritas na integra est o dispon veis nos ap ndices D e E As entrevistas foram realizadas na escola em hor rios livres das docentes Elas est o identificadas com os codinomes de Ana e Rosa 5 2 1 A professora Ana os alunos n o gostam do LDP Ana uma professora de trinta anos de idade jovem e na poca da entrevista possu a experi ncia de quatro anos lecionando Portugu s para o ensino fundamental Ana mostrava se pessoa din mica organizada e firme com a disciplina da turma Revelou n o estar muito satisfeita com a carreira do magist rio Por isso frequentava um curso noturno e pretendia mudar de profiss o Quando questionada sobre o uso do livro did tico ela revelou usar com frequ ncia em suas aulas Entretanto em sua perspectiva o LDP n o atendia totalmente as suas necessidades e as dos alunos Isso a fazia buscar outras ati
265. o sentido na leitura que por vezes leva a estruturas diversas 4 o texto comp e se de elementos que s o multifuncionais um som pode ser um fonema mas tamb m uma entoa o uma palavra pode ser um item lexical mas um ato de fala MARCUSCHI 2008 p 199 Grifos do autor Dessa maneira ao se agir na e pela linguagem lida se mais do que com um conjunto de regras lida se com um conjunto de sistemas e subsistemas que permitem a intera o oral ou por escrito escolhendo e especificando sentidos mediante a es com escolhas lingu sticas Uma quest o que se coloca diante dessa entidade significativa desse evento lingu stico chamado texto como ele deve ser analisado Para responder a esse questionamento interessante a proposta elaborada por Antunes 2010 De acordo com a autora analisar pressup e separar elementos de um conjunto mas em um texto nada separ vel totalmente Tudo est interligado entrela ado e de forma interdependente Ainda que o texto permita um tipo de an lise focalizada em um ou outro aspecto particular o foco da compreens o do entendimento deve se dar na dimens o global do texto Afinal para ela no 53 texto nada absolutamente particular porque cada unidade constitui um elo do sentido amplo expresso no todo A autora justifica a an lise de um texto ao dizer que nele preciso garantir uma sequ ncia da qual resulte a unidade a coer ncia lingu stica e pragm tica p
266. o sentido ou o papel argumentativo do t tulo relacionando as informa es dele com as do texto na quest o quatro 4 O percentual de 70 foi considerado como m dia porque muitas escolas usam esse valor como indicativo de m dia para aprova o 2 Como o percentual do grupo na quest o quatro foi superior a 69 consideramos o arredondamento decimal para a dezena mais pr xima no caso 70 113 2 Perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo na quest o dez Houve um alto ndice de respostas incorretas especialmente nas quest es tr s seis e nove Isso sugere que as quest es mais dif ceis para o grupo A foram as que exigiram as habilidades de demonstrar compreens o global do texto relacionar informa es inferir informa o e identificar exemplo no texto para justificar a resposta S o exatamente as quest es mais erradas que podem trazer pistas sobre as dificuldades dos alunos na realiza o da tarefa de leitura Na quest o 3 O percentual de respostas incorretas atingiu 84 6 al m de que 15 4 dos alunos n o responderam A expectativa de resposta oferecida no MP do LD era de que o aluno acertasse o c lculo de um dia e meio de dura o que pudesse ser comprovado pelos marcadores temporais tais como Ao cair da noite os festejos a bordo no dia seguinte por volta do meio dia ao acordar
267. o tamb m s vezes eu coloco trabalho em grupo 57 s vezes eu coloco um aluno que tem uma facilidade maior junto com um aluno que tem 58 dificuldade n na hora de fazer a atividade no mais isso mesmo 59 E Pelas suas explica es e pela sua exposi o 60 P Tamb m H h 61 E E qual assim a percep o que voc acha que eles t m do livro Os meninos 62 P Olha eu acho que eles n o gostam muito n o 63 E E a voc atribuiria esse n o gostam a qu 64 P Euacho que justamente por causa dessa dificuldade que eles t m em lidar com o 65 livro Pede Na hora que come a a unidade que vai fazer a leitura de um g nero por 66 exemplo o g nero grande o texto muito grande ent o eles ficam desanimados e ler 67 a na hora que vai fazer as atividades eles n o conseguem fazer as atividades sozinhos 68 Ent o o tempo inteiro tem que ficar pedindo ajuda Quando pede para fazer a atividade 69 em casa a maioria vem com a atividade errada Fazem s por fazer mesmo 70 71 72 73 74 75 76 e 78 79 80 81 83 84 85 86 87 88 179 E E a voc acha que por que eles n o entendem realmente ou por que eles t m um des nimo vamos falar assim uma certa pregui a para fazer P Eu acho pesa as duas coisas mas em alguns casos assim que s o alunos mais dedicados voc v que n o entendeu mesmo E Agora em rela o turma 601 qu que
268. o tem do Parcialmente correta generaliza letra b b Aos piratas Incorreta B22 a que eles n o tem dor d Parcialmente correta identifica apenas o capit o na de matar letra b b ao Jean Tomas Dulaien Incorreta B23 a Que um pirata n o vai ter Correta piedade com os outros piratas Parcialmente correta b Ao Jean Thomas Dulaien Responde a letra a B24 a Que eles n o tinha pietade Parcialmente correta identifica apenas o capit o letra de niguem b b Aou Joan thomas dulain Incorreta B25 a Pirata que n o tem dor Correta identifica o capit o letra b b Ao Dualaien Incorreta C26 a Que vai ter muita briga Parcialmente correta b Os piratas de Dalaien Responde a letra b C27 a Que uma hist ria de pirata Parcialmente correta ou seja contendo tesouros barcos piratas e etc Identifica o pirata na letra b 209 b Ao Jean Thomas Dulaien pelo fato dele ter passado a perna nos outros piratas C28 a Que os piratas n o tem e Incorreta n o v o ter piedade de nada Responde de forma generalizada e n o responde a letra nem ninguem b C29 a Que uma coisa ruim vai Correta acontecer coisa ruim na Parcialmente correta hist ria Responde a letra b b Se refere aos piratas Jean Thomas Dulaien ent o aos dois piratas C30 a Por que o titulo parece Parcialmente correta identifica o capit o letra b assustar a ge
269. o tempo de aplica o e favorecer tamb m a tabula o dos dados foram oferecidas algumas op es de respostas para que os estudantes fizessem suas escolhas Os exemplos de respostas foram elaborados a partir de respostas obtidas em depoimentos no projeto piloto realizado com a turma de 2011 As perguntas feitas aos alunos s o apresentadas nesta se o Com elas o objetivo foi identificar o que os alunos pensam sobre o material de que gostam de que n o gostam quem os ajuda com as atividades em casa e exemplos de atividades consideradas dif ceis Cada pergunta constitui uma subse o para melhor visualiza o dos dados foram feitas tabelas e gr ficos que demonstram os percentuais de respostas seguidas de coment rios e ou an lises 28 P P x k pi Question rio dispon vel no ap ndice C 139 5 1 1 O que mais dif cil nas atividades do LDP Em geral o que voc acha dif cil nas atividades de seu livro de Portugu s Marque abaixo e coloque em ordem o que voc considerar o mais dif cil 1 29 3 Nesta pergunta 1 partindo da suposi o de que os alunos consideram o livro dif cil buscamos identificar de maneira geral quais s o as atividades e ou eixos de ensino eles consideram mais complexos de entender As respostas s o demonstradas a seguir na tabela 8 Tabela 8 O que os alunos acham dif cil no LDP Resposta N Entender a leitura os textos 5 Entender as quest es sobre os textos 11 O t
270. o texto An lise da quest o Quanto forma a quest o seis do tipo aberta isto pressup e resposta livre Quanto ao conte do a quest o composta por tr s partes A primeira parte possui uma estrutura afirmativa baseada nas informa es do texto O enunciado dessa parte apresenta uma estrutura invertida com a ora o adverbial deslocada para o in cio do per odo A segunda parte uma interroga o direta elaborada tamb m na ordem direta O que notado na terceira parte interroga o e ordem diretas O vocabul rio empregado no enunciado pode n o impor dificuldade para o aluno contudo o verbo deparar precisa ser compreendido bem como o substantivo rea o Al m disso observamos o emprego dos pronomes demonstrativos essa e isso com fun o anaf rica na segunda e terceira partes A recupera o dos termos a que esses pronomes fazem refer ncia tamb m essencial para que haja compreens o do enunciado Para responder quest o o aluno deve portanto entender o sentido da quest o fazendo as recupera es necess rias e demonstrar compreens o do texto A informa o pode ser depreendida do final do quarto par grafo e in cio do quinto e n o aparece explicitamente com os mesmos termos usados no enunciado da quest o como podemos ver no trecho e boiando no mar nas proximidades do barco havia corpos de marinheiros mortos 107 Tudo isso por m n o estava interes
271. ois textos lidos anteriormente A A resposta a gente RETIRA do texto Perguntas dos alunos identificadas nas aulas filmadas em 21 03 e 09 05 2012 respectivamente Esses trechos revelam que muitas vezes a ideia de compreens o demonstrada pelos 39 6 estudantes apenas copiar tirar retirar trechos do texto para responder alguma quest o Em rela o compreens o ser considerada como c pia Marcuschi 2001 2003 ap s analisar v rios livros did ticos de portugu s na se o de compreens o e constatar a presen a de 70 de perguntas de c pias alerta A compreens o considerada na maioria dos casos como uma simples e natural atividade de decodifica o de um conte do objetivamente inscrito no texto ou uma atividade de c pia Compreender o texto resume se no geral a uma atividade de extra o de conte dos MARCUSCHI 2001 2003 p 51 Com quest es desse tipo e com a falta de clareza quanto ao que deve ser feito em atividades de compreens o perde se a oportunidade de trabalhar o racioc nio o pensamento cr tico as habilidades argumentativas e a forma o de opini o O autor afirma que os exerc cios de compreens o nos LDP constituem a evid ncia mais clara da perspectiva impositiva da escola Ou seja h a impress o de que os textos s o ali monossem nticos e os sentidos nicos Essa vis o foi difundida e ainda parece prevalecer na escola Isso se percebe quando os alun
272. oite por forte 1 dia e meio tempestade D40 2 dias Com certeza tinha sido Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de atingida noite por forte 1 dia e meio tempestade Ao cair da noite os festejos a bordo Duas horas depois D41 2 dias A nau em menos de Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de uma hora e com certesa tinha 1 dia e meio sido atingida a noite por forte tempestade D42 Em minha opini o acho que Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de seria 2 dias 1 dia e meio D43 Foram mais ou menos dois ou Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de tres dias 1 dia e meio Alta hora da madrugada Dulaien sugeriu No dia seguinte ao meio dia ao acordar os marinheiros n o tiveram outra opc o D44 Menos de uma hora quando a Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de embarca o afumdou Duas 1 dia e meio horas depois quando tudo j dormiam cobertos pelas estrelas No dia seguinte por volta do meio dia D45 Em menos de uma hora ao Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de cair da noite alta hora da madrugada duas horas depois cobertos pelas estrelas por vota da meia noite 1 dia e meio 192 D46 Durou um a dois dias Alta Correta aproxima se bastante da sugest o de resposta hora da madrugada No dia do LD e cita as express es temporais presentes no texto seguinte por
273. ologia usada foi a qualitativa quantitativa e a coleta de dados foi realizada em uma escola p blica no interior de Minas com alunos de duas turmas do sexto ano do ensino fundamental no final de 2011 e de mar o a setembro de 2012 Um total de cinquenta estudantes participou da investiga o Foram observadas e filmadas algumas aulas de leitura aplicada uma atividade de leitura do livro did tico al m disso foram entrevistadas as professoras e aos alunos aplicado um question rio Os dados foram analisados luz de teorias da Lingu stica e apontaram para alguns resultados pertinentes s hip teses 158 poss vel dizer que os resultados e as discuss es feitos nos cap tulos anteriores ao mesmo tempo em que sugerem respostas aos questionamentos realizados ao longo desta pesquisa sugerem tamb m outras quest es Uma delas refere se necessidade de mais investiga es sobre a leitura no contexto escolar e a atua o do mediador outra diz respeito ao ensino de estrat gias de ensino e diversifica o de abordagens do texto e das atividades Neste sentido este cap tulo apresenta considera es sobre as perspectivas te ricas sobre as pr ticas que envolvem o movimento da sala de aula e sobre a pesquisa no que diz respeito s perguntas a serem esclarecidas em trabalhos posteriores O cap tulo est organizado em duas se es A primeira trata de teorias de leitura e ensino e suas perspectivas a segunda as pr ticas de sala
274. omo o que eles n o gostam em terceiro lugar assim como no depoimento apresentado no in cio desta pesquisa N o gostam por que s o textos mais densos Demorados para ler Isso n o fica claro pelos dados obtidos No entanto poss vel inferir que as capacidades e ou habilidades exigidas numa leitura de textos mais extensos est o em desenvolvimento como a capacidade de recuperar informa es inferir identificar a 145 ideia principal demonstrar a compreens o global correlacionar informa es etc Por n o serem habilidades plenamente desenvolvidas pode ser um fator que ocasiona limita es no processamento do texto na constru o da compreens o gerando dificuldade e acarretando o desest mulo leitura 5 1 5 Algumas atividades consideradas dif ceis pelos alunos D exemplo de uma atividade do livro did tico que voc j fez e achou dif cil Anote o n mero da p gina e da quest o e tente explicar por que foi dif cil A quest o 5 foi feita para confirmar as informa es anteriores especialmente no que tange as dificuldades apresentadas pelos alunos no uso do LDP Nela os estudantes tiveram a oportunidade de apontar os exemplos e dizer por que consideraram a atividade complexa Tabela 9 Exemplos de atividades dif ceis para os alunos continua Exemplos Coment rio do aluno O que dificulta 1 p 33 at 1 Eu n o entendi o que queria dizer o A n o compreens o do en
275. one 3831 6892 e mail smclaudia vhotmail com Orientadora Delaine Cafiero Bicalho Telefone 31 3441 6045 e e mail delainecafierobicalho dy yahoo com br ou solicitar informa es sobre a pesquisa no Comit de tica em Pesquisa COEP Av Antonio Carlos 6627 Unidade Administrativa II 2 andar sala 2005 Telefax 031 3409 4592 E mail coep dprpq ufmg br Assim se voc se sentir suficientemente esclarecido solicito a gentileza de assinar sua concord ncia no espa o abaixo Eu confirmo estar esclarecido sobre a pesquisa e concordo que meu filho a da Turma 601 dela participe Assinatura do Respons vel RG Data 2011 Assinatura do Aluno participante Delaine Cafiero Bicalho Cl udia Mara de Souza Orientadora de Pesquisa FALE UFMG Pesquisadora Respons vel Orientanda da FALE UFMG 175 AP NDICE B Termo de consentimento livre esclarecido do professor UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO TCLE Destinado Professora Regente Cara professora Queremos convid la a participar da pesquisa intitulada O PROCESSO DE RECEP O DO LIVRO DID TICO DE PORTUGU S E A CONSTRU O DA COMPET NCIA LEITORA POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Esta pesquisa orientada pela professora Delaine Cafiero Bicalho da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e executada pela doutoranda em Estudos Lingu sticos pela FALE
276. onhecimentos necess rios que lhes possibilitem ler com independ ncia e resolver autonomamente algumas atividades Dessa forma Rosa reafirma o quadro com que muitos educadores se deparam hoje S o m ltiplas as causas do desinteresse das dificuldades dos alunos No quadro a seguir apresentado um resumo das respostas das docentes seguido de algumas reflex es QUADRO 7 Resumo das respostas das professoras entrevista Quest o Ana Rosa Utiliza o do LDP Usa com frequ ncia mas n o Usa com frequ ncia e acredita acredita que o LDP atende s necessidades dela e dos alunos completamente por isso lan a m o de atividades complementares que isso uma obriga o pois h cobran a N o usa o LDP na ntegra seleciona textos e atividades a serem trabalhados N o usa as propostas de produ o do LDP Dificuldades dos alunos Ler e compreender textos especialmente os mais extensos Dificuldade com vocabul rio Produ o de texto dificuldade de entender as propostas de planejamento do texto Conhecimentos lingu sticos pois n o entendem a abordagem do LDP por isso necess rio trazer outro material Eles n o gostam do LDP pelas dificuldades que encontram A compreens o das atividades de leitura dos enunciados das quest es A extens o do texto como elemento dificultador textos grandes s o dif ceis para os alunos Os alunos n o gostam de ler Desinteresse gerado pela
277. onstru o da aprendizagem esperado que o professor como mediador continue ensinando leitura nos anos posteriores n o apenas nos anos iniciais de escolariza o por isso na se o a seguir tratamos de estrat gias e habilidades de leitura e de an lise de texto 2 3 Ensino de leitura estrat gias habilidades e an lise de texto Abordam se nesta se o os aspectos envolvidos no processamento do texto por entendermos que s o aspectos relevantes quando se pensa na intera o e desenvolvimento de uma aula de leitura e interpreta o de textos Entender as estrat gias de leitura crucial para a realiza o de uma media o mais eficaz no processo ensino aprendizagem Assim s o apresentadas as estrat gias e as habilidades de leitura envolvidas no processamento do texto al m disso s o apresentados os crit rios poss veis para an lise efetiva de um texto e a perspectiva e abordagem da leitura em livro did tico de l ngua portuguesa 48 2 3 1 Estrat gias de leitura Ao entender que estrat gia a o consciente ou n o de escolha do sujeito em fun o de seus objetivos e que habilidade saber fazer saber realizar algo espec fico procuramos nesta se o evidenciar as estrat gias de leitura a partir dos postulados de Sol 1998 e Kleiman 2000 na tentativa de abordar diferentes formas de trabalhar com ensino da leitura S o consideradas ainda as habilidades de leitura envolvidas no processo de produ
278. onstru da a partir do cl max e desfecho da narrativa necess rio ent o compreender as atitudes do capit o pirata ao longo do texto a ordem para o saque do tesouro todo suprimento colocado em apenas um navio a festa oferecida aos marinheiros com muita bebida para embriag los a comemora o em terra firme e por fim compreender tamb m a fuga no final A resposta sugerida no MP do LD pressup e portanto que o aluno demonstre a compreens o global e estabele a rela es entre partes do texto No entanto chama a aten o o enunciado da quest o em que aparece a palavra no plural inten es e na resposta sugerida como correta no MP do LD citada apenas uma inten o Apossar se dos sacos e arcos abarrotados de 108 ouro Isso deve ser observado pelo professor ao corrigir a atividade nem sempre a resposta do manual completa A resposta sugerida no Manual do professor pressup e que o aluno para responder quest o seja capaz de identificar e compreender as informa es espec ficas do texto de recobrar as an foras utilizadas tanto no enunciado da quest o quanto no texto e de elaborar uma resposta interpretativa Quest o 8 Quais foram os obst culos que ele teve de enfrentar para alcan ar seu objetivo Resposta prevista pelo MP do LD Ele teve que enganar os tripulantes dos seus navios para ficar com todo o tesouro do navio portugu s Principal is habilidade s mobilizada s na
279. orit ria quando j era altas horas da madrugada ele mandou seu empregados homens ir dormir ao ar livre para fugir com todo o ouro C29 Como pirata Ele era sem Incorreta chapeu tinha olhos normais Apesar de na resposta caracterizar fisicamente o perna normal bra os normal e personagem ele era certo de tudo Caracteriza fisicamente o personagem prov vel que use as ilustra es para isso C30 Elera o Pirata e o seu car ter Incorreta era de uma pesoa muito Apesar de caracterizar o personagem rasuavel isto que eu intendi N o cita exemplo de atitude C31 Ele era os chefes dos piratas Correta que mandava todos iren caracteriza o personagem e d exemplo com uma trabalhar E uma caracter sticas resposta pr xima sugerida de era mandar nos outros piratas C32 Comandava seu 2 navios Incorreta N o caracteriza o personagem C33 Dulaien com todo o ouro bem Incorreta escondido nos por es fugia D exemplo de atitude para a Europa C34 12 Era mau porque roubou os Parcialmente correta Mau aproxima se de autorit rio 197 marinheiros e fugiu com tudo sem deixar nada para os outros D exemplo de atitude C35 Ele foi corajoso e sortudo de Incorreta entra pro barco afundando Apesar de caracterizar o personagem C36 Ao contrario de seu Incorreta comandos parecia sonbrio Apesar de caracterizar o personagem forte sem sono C37 ele te
280. orque a cobran a n j que eles o livro 14 ganhado eles ganham os livros a gente tem deve usar utilizar o livro e mas uso 15 muitas outras atividades tamb m Trecho da entrevistada professora Rosa Rosa afirma n o usar o LDP na ntegra faz adapta es sele es de atividades e conte dos pois segundo sua perspectiva algumas dessas atividades s o extensas e tornam se cansativas para os alunos 22 P s vezes eu seleciono porque tem tem unidade que as as atividades sobre o 23texto por exemplo s o muito extensas e fica muito cansativo muito repetitivas ent o 24 eu corto algumas Trecho da entrevistada professora Rosa Sobre as atividades de produ o de texto ela diz que n o segue a proposta do livro pois a escola tem um projeto de ler e escrever e de tempos em tempos os alunos produziam textos para atender demanda do projeto Quando indagada sobre sua vis o das dificuldades dos alunos com o LDP Rosa observa como principal dificuldade a compreens o das atividades de leitura dos enunciados al m de 152 ela tamb m apontar a extens o do texto como elemento dificultador Diferentemente de Ana Rosa acredita que os alunos compreendem os textos 35 P Oh geralmente na interpreta o de texto os enunciados Eles n o conseguem 36 entender os enunciados do texto n s o muito complexos para eles complexos para 37 eles entenderem ent o eu vejo que a m
281. os de forma a permitir a constru o de seus sentidos H no entanto aqueles que precisam ser melhor formulados ou seja preciso deixar claros os par metros de corre o e apresentar informa es suficientes para a produ o de resposta isto serem contextualizados devidamente 165 percep o que o professor tem sobre o livro did tico interfere na sua forma de utiliz lo em sala de aula Ao acreditar que o aluno n o gosta das aulas com o material pouco se investe em diversifica o de estrat gias para us lo A op o em boa parte do tempo trazer materiais complementares retirados de outros livros e ou de sites Dessa forma n o se assume o LDP como parte integrante do projeto did tico pedag gico do docente Outro aspecto a ser ressaltado que para usar as propostas do LDP s vezes preciso estar alinhado com as teorias recentes sobre linguagem desprovido disso o docente lan a m o daquilo que domina e acredita estar ensinando mediando adequadamente Por fim em que medida os alunos precisam de media o Entendemos que em todo o tempo a media o necess ria at que lhes seja poss vel ir das habilidades mais simples s mais complexas de forma independente e aut noma at que sejam formados como leitores cr ticos At que sejam capazes de testar e validar ou n o suas hip teses que sejam capazes de buscar alternativas diante de um problema de construir conhecimento de fazer infer n
282. os entendem que basta copiar para responder mesmo que se possa reconhecer que atualmente os LDs tenham melhorado pelas sucessivas avalia es do PNLD O grupo B conseguiu o percentual acima de 70 em quatro quest es duas a mais que o grupo A Como esse grupo foi mediado na leitura do texto houve melhor aproveitamento em quest es que exigem a compreens o global do texto e mobilizam habilidades como identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo relacionar informa es metalingu sticas a informa es localizadas no texto e fazer infer ncia a partir da compreens o global do texto Quest es que t m o foco no texto portanto foram mais acertadas pelo grupo B 121 4 2 3 Media o nas perguntas o caso do grupo C O grupo C realizou a leitura do texto sozinho e contou com a media o nas perguntas Esse grupo tamb m representa uma situa o em que h uma estrat gia parcial de ensino Depois de responder s quest es o resultado do grupo pode ser visualizado na tabela 3 a seguir Tabela 3 Resultados do grupo C Quest o Correta Incorreta N o resultado C PC CO Total respondeu 1 25 0 83 25 0 583 41 7 2 58 3 58 3 41 7 3 8 3 8 3 91 7 4 83 3 16 6 100 0 5 16 7 58 3 75 0 25 0 6 16 6 50 0 83 74 9 25 0 7 33 3 50 0 83 3 16 7
283. os no dormiam cobertos pelas estrelas No dia seguinte conto por volta do meio dia Justifique sua D48 Aproximadamente um dia e meio resposta com Com certeza tinha sido atingido a note uma trechos do tempestade texto Au cair da noite os festejos a bordo Alta hora da madrugada Duas horas depois No dia seguinte ao meio dia D50 No mascimo durou dois dias O aluno D39 n o responde adequadamente apenas identifica uma marca temporal provavelmente o aluno entende que bastava copiar um trecho que respondesse segunda parte da quest o D44 cita v rios exemplos de marcadores temporais e n o indica a dura o dos fatos tamb m atenta apenas para segunda parte da quest o D48 apresenta a resposta correta de acordo com a indicada no MP do LD ou seja consegue dizer a dura o dos fatos e cita marcadores temporais para justificar D50 apresenta resposta parcialmente correta pois se aproxima da dura o indicada como resposta mas n o faz cita o de trechos do texto que comprovem sua resposta A maioria das respostas do grupo D revela a tentativa de responder s duas partes da quest o al m disso as respostas aparecem elaboradas com as pr prias palavras e menos presas ao texto Essa quest o n o f cil para a maioria dos alunos ela a que mais apresenta repostas erradas em toda a atividade de estudo do texto Isso foi evidente em todos os grupos 126 O grupo D apresentou resultado satisfat rio em nove
284. ou o papel argumentativo do t tulo relacionando as informa es dele com a do texto al m disso perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo An lise da quest o A d cima quest o aberta e composta por tr s segmentos A primeira parte uma ora o injuntiva escrita no modo imperativo que pressup e uma atitude do leitor A segunda parte uma frase interrogativa escrita na ordem direta e a terceira tamb m uma frase interrogativa na ordem direta O vocabul rio empregado na quest o parece n o impor dificuldades para a leitura do aluno Contudo o verbo usado na terceira parte refere se poderia ser desconhecido de alguns Para responder quest o o aluno deve demonstrar compreens o global do texto haja vista que a quest o aparece apenas ap s a leitura do texto e pede que haja rela o entre as informa es do t tulo e informa es do texto Se a primeira parte da quest o letra a fosse feita antes da leitura do texto ela seria provavelmente uma quest o de antecipa o e elabora o de hip teses mas colocada posteriormente leitura do texto passa a ser uma quest o de constata o de informa o e compreens o global A segunda parte da quest o tamb m exige que aluno demonstre compreens o do texto para apontar o personagem o 111 capit o Dulaien como aquele que age sem piedade inferindo que
285. para lidar com o a estrutura da quest o um quadro com informa es sobre os personagens 21 p 15 at 4 Eu n o entendi por que tinha muitas A n o compreens o do palavras dif ceis de entende 15 o exerc cio enunciado do l xico numero 4 22 N o respondeu Fonte Dados sistematizados pela autora desta pesquisa 146 E interessante perceber que apesar de na quest o anterior os alunos evidenciarem que n o gostam do eixo de reflex o lingu stica e na primeira quest o esse eixo ser apontado como mais dificil na tabela 9 os exemplos destacados s o atividades de leitura na maioria dos casos Quinze alunos destacam exemplos de atividades de leitura e sete atividades de reflex o lingu stica como exemplos de dificuldades As atividades de reflex o lingu stica apontadas referem se ao ltimo conte do estudado pela turma encontros consonantais e d grafos o outro diz respeito varia o lingu stica No caso das atividades de leitura as tentativas de explica o dos alunos sugerem que eles t m consci ncia do processo pelo qual passam Suas dificuldades s o claramente expostas Muitas delas foram atribu das ao n o entendimento do enunciado e ou s palavras dificeis presentes na quest o Isso fica explicito nas declara es de alguns como por exemplo Eu n o entendi o que queria dizer o enuciado da quest o aluno 1 eu n o entendir que costumes aluno 8 147
286. pelos latinos pela Idade M dia e pela Moderna tendo rompimento efetivo apenas no in cio do s culo XX com Saussure De acordo com a autora ela considerada a primeira vis o de linguagem uma vez que nasceu a partir dos estudos de Dion sio de Tr cia s culo II a C respons vel pela elabora o da primeira gram tica ocidental e pela no o de certo e errado no uso da l ngua Outro autor Travaglia 1996 destaca que para essa concep o as pessoas n o se expressam por bem porque n o pensam A express o se constr i no interior da mente sendo sua exterioriza o apenas uma tradu o A enuncia o um ato monol gico individual que n o afetado pelo outro nem pelas circunst ncias que constituem a situa o social em que a enuncia o acontece TRAVAGLIA 1996 p 21 Ao conceber a linguagem como express o do pensamento n o se considera a influ ncia e participa o do outro nem da situa o social na constru o do enunciado O enunciado processado interiormente como um ato monol gico individual em oposi o ao dialogismo da concep o interacionista Assim a organiza o do pensamento segue regras que visam ao 33 falar e escrever bem As regras que regem a organiza o s o estabelecidas nas gram ticas tradicionais e ou normativas e o texto liter rio tomado como modelo de texto adequado Nessa concep o a leitura est ligada ao behaviorismo dessa forma h pouca at
287. perado pela resposta do MP 109 Da forma como est elaborada a quest o n o favorece a produ o da resposta sugerida E uma quest o dif cil nesse sentido E importante observar que existe a necessidade de flexibilizar a resposta e n o ser taxativo O professor atento dever perceber isso e n o se pautar exclusivamente pela sugest o encontrada no MP do LD Quest o 9 O texto d uma indica o de que Dulaien iria enganar os piratas O que demonstra isso Resposta prevista pelo MP do LD Ele sugeriu aos homens que festejassem em terra firme para n o encontrar dificuldade para enganar os tripulantes completamente b bados Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Demonstrar compreens o global do texto e a partir disso relacionar informa es e apontar uma que comprova a afirma o Fazer infer ncia An lise da quest o A quest o nove do tipo aberta constitu da por duas partes uma afirma o e outra interroga o A primeira parte redigida em ordem direta e pontua uma informa o pertinente ao texto A segunda parte tamb m escrita na ordem direta sugere que o aluno identifique uma informa o para comprovar a afirma o apresentada na primeira parte da quest o Para responder quest o o aluno deve demonstrar compreens o global do texto deve compreender que as a es do pirata foram feitas com o objetivo expresso enganar os demais piratas Esse desenrolar de a es tem i
288. processo Voc s s o minha base meu sustento professora Carla Coscarelli pela leitura e aprova o do projeto de pesquisa e pelo incentivo s professoras M rcia Mendon a e Sueli Coelho pelas contribui es e leitura atenta durante o exame de qualifica o Aos professores e funcion rios do Poslin pela aten o e contribui es na forma o Ao minist rio IBC em especial aos supervisores Agape pelos bons pensamentos pelas ora es e pelo apoio constante Aos colegas da EM Jos Gomes Vieira e da FUNCESI pela torcida em especial a Aracele Ros ngela e Viviane pelo apoio e contribui es preciosas Secretaria Municipal de Educa o pela concess o da licen a sem a qual a realiza o deste projeto seria muito dif cil Aparecida pela leitura atenta e revis o do texto A Deus por tudo o aprendizado humano pressup e uma natureza social espec fica e um processo atrav s do qual as crian as penetram na vida intelectual daqueles que as cercam L S Vygotsky RESUMO Esta pesquisa verifica o processo de recep o do livro did tico de portugu s por alunos do ensino fundamental II no eixo da Leitura Busca se responder s seguintes quest es at que ponto os alunos compreendem sozinhos as atividades de leitura e interpreta o no livro did tico de portugu s At que ponto eles precisam da media o do professor para compreender as tarefas A hip tese inicial a d
289. que a media o aconte a o professor dever planejar implementar e dirigir as atividades did ticas com o objetivo de desencadear apoiar e orientar o esfor o de a o e reflex o do aluno BRASIL PCN LP MEC 1997 p 29 Podemos considerar nesse sentido que toda a o do professor em favor da constru o da aprendizagem do aluno suas interven es durante a aula tais como explica es questionamentos leituras colaborativas assist ncia individual realiza o de atividades em grupo exposi es etc constituem estrat gias mediadoras da aprendizagem Al m disso a atua o dos pares em sala de aula aluno aluno mediadora da aprendizagem pelas trocas de experi ncias pela linguagem Nessa linha de pensamento Bortoni Ricardo 2012 ao investigar a intera o professor aluno em eventos de leitura nos quais o professor agia para a compreens o que o aluno tinha do texto chama a media o realizada de andaimes De acordo com a autora Andaime um termo metaf rico introduzido por Bruner 1983 que se refere assist ncia vis vel ou aud vel que um membro mais experiente de uma cultura presta a um aprendiz em qualquer ambiente social ainda que o termo seja mais empregado no mbito do discurso de sala de aula Dois conceitos b sicos subjacentes no o de andaime s o a zona de desenvolvimento proximal ZDP de Vygotsky retomada por Jerome Bruner e as pistas de contextualiza o como propostas por
290. queles que as cercam preciso haver conviv ncia troca de experi ncias di logo E como o aprendizado possui uma natureza social todo tipo de conhecimento e experi ncias dos interlocutores colocam se a favor da constru o do saber e por isso mesmo devem ser levados em conta no processo de ensino aprendizagem Sobre a media o destaca se o pensamento de Bol var 2002 p 5 que reafirma a posi o de Vygotsky 1979 A media o um construto psicol gico central na teoria do construtivismo sociocultural de Vygotsky 1979 Com o uso da constru o de media o destacou a import ncia da intera o social como a g nese do desenvolvimento psicol gico e da aprendizagem da crian a Neste sentido a media o entendida como um processo din mico de intera es sociais e transa es em sala de aula entre professor e aluno onde o professor guiado por uma inten o de transcend ncia dirige e conduz o processo de aprendizagem dos alunos reflexiva e criticamente a fim de fazer com que a constru o de aprendizagens significativas induzir compreens o consciente dos processos de aprendizagem em si e antecipar sua transfer ncia para novas situa es BOL VAR 2002 p 5 Tradu o nossa 2 La mediaci n es un constructo psicol gico central en la teor a del constructivismo sociocultural de Vygotsky 1979 Con la utilizaci n del constructo de la mediaci n se ha puesto de manifiesto la importancia d
291. quest o Identificar informa o e relacionar informa es An lise da quest o A quest o oito uma quest o aberta Elaborada na ordem direta e na forma de interroga o Para identificar o referente do pronome ele o aluno deve associar a quest o anterior para perceber que se trata de Dulaien o capit o O termo obst culo poderia tamb m impor alguma dificuldade de compreens o de vocabul rio A resposta sugerida no MP do LD apresenta um obst culo apenas Para responder quest o o aluno deve idealmente entender seu enunciado Deve pois compreender o que significa obst culos deve perceber que ele usado na quest o refere se ao capit o e deve ter claro qual era o objetivo do personagem O que significa demonstrar a compreens o do texto como um todo Notamos que a pergunta usa o termo no plural obst culos demandando mais de uma possibilidade de referentes como resposta O capit o e marinheiros enfrentaram mais de um obst culo ao longo do texto por exemplo o desvio da rota prevista o encontro com o navio tombado e retirada do tesouro o saque antes do afundamento o transporte da carga de um navio para o outro Assim n o foi apenas um obst culo mas v rios o que abre a possibilidade para mais de um registro de resposta Notamos que a pergunta vaga na elabora o isso pode confundir o aluno na realiza o da atividade e fazer com que ele n o responda exatamente como es
292. r Desde o come o da hist ria j sabemos das inten es de Dulaien Quais eram elas EJ Quais foram os obst culos que ele teve de enfrentar para alcan ar seu objetivo EEJ O texto d uma indica o de que Dulaien iria enganar os piratas O que demonstra isso EH O texto e o leitor ER Observe o t tulo do conto Piratas sem piedade a Que informa o sobre a hist ria esse t tulo antecipa para o leitor b A quem se refere a palavra piratas presente no t tulo E Releia Que sorte exclamou de repente N o acredito no que estou vendo Vou procurar imediatamente um bom local para lan ar ncora Esta a grande oportunidade que eu esperava na vida Os piratas em geral s o personagens conhecidas pelo leitor O que se pode supor como a grande oportunidade para a vida de um pirata EJ O conto termina com uma pergunta a Qual seria uma poss vel resposta a essa pergunta de acordo com o que ocorreu na hist ria b Que efeito o uso desse recurso causa no leitor EI O que voc sup e que aconteceu com os demais piratas Sa Teriam mesmo morrido nas masmorras Escreva um final para a hist ria contando o destino desses homens UMA BANDEIRA FAMOSA A bandeira do navio Sem piedade de Dulaien foi descrita pelo prefeito de Nantes da seguinte maneira Feita com material preto e desenhos em branco com um homem com uma espada junto com ossos e uma ampul
293. r e compreender implicam a exist ncia do outro e s o processos que associam diversos conhecimentos constru dos pelo s sujeito s hist rico s envolvido s Quando lemos lemos porque algu m escreveu Quando escrevemos o fazemos para que algu m leia A realiza o dessas atividades n o ocorre isoladamente mas se d na intera o Na escola nem sempre isso considerado Nem sempre claro para os estudantes que h o outro nesse processo de uso da l ngua na linguagem Por n o compreender isso parece que a tarefa de aprender a manejar os recursos que a linguagem p e disposi o torna se dif cil Por que o aluno l quando ele l para qu l de quem l s o apontamentos nem sempre muito claros para esse sujeito que est aprendendo Diante dessa situa o encontrada na escola cabe relembrar Geraldi 1984 1985 que pontua as diferentes concep es de linguagem Ao estudar as concep es propostas por Bakhtin Volochinov o referido autor passa a trat las respectivamente linguagem como express o do pensamento linguagem como instrumento de comunica o e linguagem como forma de intera o Nesta se o s o abordadas essas tr s concep es por entender que elas concorrem no espa o da sala de aula talvez pela abordagem do professor ou pela concep o do livro did tico A concep o de linguagem como express o do pensamento baseada segundo Perfeito 2007 na tradi o gramatical grega passando
294. ra uma nau portuguesa com a cruz de malta estampada em suas velas estava adernada a estibordo Com certeza tinha sido atingida noite por forte tempestade seus mastros estavam partidos o velame rasgado o tim o quebrado e boiando no mar nas proximidades do barco havia corpos de marinheiros mortos Tudo isso por m n o estava interessando a Dulaien seus olhos brilhavam porque do alto da g vea de seu barco onde estava pendurado ele j imaginava o carregamento da nau sacos e arcas abarrotados de moedas e lingotes de ouro dos quais poderia se apossar Tudo seria seu Bastava chegar nau antes que afundasse de vez e ordenar a seus homens que cuidadosamente a saqueassem E Dulaien estava certo O feixe de luz que se espalhou ao se abrirem as portas dos por es do navio fez refulgir o ouro que transbordava de sacos e mais sacos e se espalhava pelo ch o Vamos molengas vamos ao saque gritou animando seus homens O lucro bom Mas fa am depressa antes que esta banheira afunde Muito experientes em pilhagens os piratas de Dulaien esvaziaram a nau em menos de uma hora Quando a embarca o afundou o Sem piedade j estava cheio de ouro conforme as ordens do capit o E agora meus caros vamos festejar Tragam para este navio toda a comida e toda a bebida que houver no Sem rumo A festa hoje vai ser aqui ao lado de nossas riquezas Mas mesmo para levar tudo capit o Temos suprimentos para toda
295. ra de Souza aluna do programa de p s gradua o da Faculdade de Letras da UFMG curso Doutorado em Estudos Lingu sticos O objetivo da pesquisa verificar at que ponto os alunos do Ensino Fundamental compreendem sozinhos as atividades de leitura e interpreta o no livro did tico de portugu s e at que ponto eles precisam de media o do professor Para isso observarei algumas aulas de leitura gravarei outras recolherei algumas atividades realizadas em sala de aula para an lise e entrevistarei os alunos A inten o contribuir para que seu filho e os colegas consigam compreender melhor as atividades propostas no livro did tico de portugu s Seu filho n o obrigado a participar da pesquisa As respostas s atividades e entrevista n o se relacionam avalia o da disciplina de Portugu s Dessa forma a participa o volunt ria e n o tem v nculo com as notas da escola Ser o utilizados dados fornecidos espontaneamente nas entrevistas e nas atividades de leitura Seu filho livre tamb m para desistir de participar da pesquisa em qualquer momento que quiser sem nenhum preju zo Asseguro ainda que ao divulgar algum dado da pesquisa o nome dos participantes n o ser utilizado garantindo portanto o sigilo e a preserva o da identidade dos alunos Caso surja qualquer d vida ou problema voc poder entrar em contato conosco pesquisadoras respons veis pela pesquisa Doutoranda Cl udia Mara de Souza Telef
296. ra de um texto e tamb m presentes nos guias did ticos e nos materiais de trabalho dos alunos De acordo com Sol 1998 embora apare a como uma atividade de ensino geralmente usada apenas para avaliar para checar o que os alunos compreenderam ou recordam de um determinado texto SOL 1998 p 155 Sol 1998 ainda trata do que uma pergunta pertinente para ela uma pergunta pertinente aquela que coerente com o objetivo perseguido durante a leitura Como exemplo ela cita 64 que diante de um texto expositivo de tipo causal pretende se que os alunos possam estabelecer suas ideias principais As perguntas pertinentes ser o aquelas que levem a determinar o tema do texto os fen menos considerados como causa ou antecedente de determinados fatos e os pr prios fatos como efeito No caso de se resumir uma narra o ser o pertinentes as perguntas que permitam para al m de identificar os personagens e o cen rio estabelecer o n cleo do argumento o problema a a o e a resolu o A proposta de Sol 1998 antecede a de Antunes 2010 mas poss vel dizer que ambas sugerem an lises semelhantes de um texto Sol 1998 levanta a quest o de que diversas pesquisas por ela observadas atribuem as dificuldades dos estudantes para centrar se nos aspectos importantes do texto s perguntas que em geral s o formuladas depois da leitura focalizam indistintamente aspectos de detalhe e o pr prio n cleo
297. ra o outro D45 Ele ia dar uma festa com Incorreta N o responde como o esperado mas seria um muita bebida e comida exemplo poss vel D46 Ele deixou todos bebados Parcialmente correta mais n o bebeu nada Faz refer ncia ao fato de estarem b bados D47 Emganou os Marinheiro Incorreta Prende se ao desfecho D48 O capit o ia a frente Au Incorreta contrario dos homens ele esta C pia indevida 207 sobrio forte e sem sono D49 Ele iria na frente ao contrario Incorreta dos homem q iria pois n o C pia indevida estava bebado e homem estavam D50 ele os embebedou para os Parcialmente correta roubar Faz refer ncia ao fato de estarem b bados Essa quest o pareceu dificil houve pouco acerto e um percentual alto de erro Quest o 10 Observe o t tulo do conto Piratas sem piedade a Que informa o sobre a hist ria esse t tulo antecipa para o leitor b A quem se refere a palavra piratas presente no t tulo Resposta no LD a O car ter cruel da personagem principal e a atitude que ele ter b No conto apenas Dulaien age sem piedade O plural generaliza a palavra e fala das personagens piratas em geral como se todas fossem sem piedade Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al a Que os piratas n o tem Parcialmente correta Identifica os personagens na piedade no caso do e pena de pergunta b algu m b
298. rc cios O trabalho do professor pode de 33 66 certa forma ser facilitado amenizado caso fa a uso do livro constantemente Br klin 9 ka 3 2003 destaca o papel do LD na atua o do professor de acordo com ela o livro did tico por um lado constitui se refer ncia organizadora do curr culo escolar selecionando conte dos determinando sua progress o determinando estrat gias de trabalho e metodologia de ensino por outro lado mostra se como refer ncia te rica fundamental indispens vel e por vezes nica na tematiza o dos conhecimentos e in forma o do professor sobre os O Programa Nacional do Livro Did tico um programa do Governo Federal que avalia e distribui livros did ticos para todos os alunos de escolas p blicas no pa s O Programa Nacional do Livro Did tico PNLD o mais antigo dos programas voltados distribui o de obras did ticas aos estudantes da rede p blica de ensino brasileira e iniciou se com outra denomina o em 1929 http portal mec gov br index php option com content amp view article amp id 1239 amp Itemid 668 Acesso 02 05 2011 22 aspectos da l ngua e da linguagem envolvidos em seu trabalho BR KLING 2003 p 212 O livro did tico em sala de aula ou deveria ser apenas um recurso auxiliar de ensino Nas m os do professor esse recurso ganharia a forma e a utilidade adequadas ganharia vida na din mica da aula No entanto quando
299. rcentagens de acerto em comum destacando se as mais f ceis e as mais dif ceis por grupo Na se o a 132 seguir prop e se a apresenta o do cruzamento desses resultados para serem observados os efeitos das estrat gias de media o empregadas 4 3 Cruzamento entre os grupos o papel da media o no ensino de leitura Nessa se o o cruzamento dos resultados gerais dos grupos A B C e D apresentado com o objetivo de mostrar as consequ ncias da presen a e da aus ncia da media o na aula de leitura Para isso foram usados tabelas e gr fico com os percentuais e as diferen as entre os grupos em seguida apontados os dados significativos por quest o Os dados da tabela 77 referem se aos resultados em percentuais globais de acerto alcan ados pelos grupos A B C e D obtidos pela m dia aritm tica simples como se pode ver a seguir Tabela 7 Resultado geral m dia dos percentuais obtidos pelos grupos Grupo Correta Incorreta N o Categoria C PC CO Total respondeu A 13 8 26 1 3 8 43 7 65 3 1 5 B 25 8 30 0 7 5 63 2 34 9 1 7 C 23 3 34 1 3 3 60 8 39 2 0 0 D 49 2 31 5 1 5 822 17 8 0 0 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa Na tabela 7 observa se que o grupo A apresenta um percentual de acerto de 43 7 o grupo B 63 2 o grupo C 60 8 e o grupo D 82 2 Esses resultados refletem os efeitos da aus ncia de media o para o grupo A da media o na leitura do texto para o grupo B d
300. regentes e por indica o delas uma vez que at a data de realiza o da atividade os estudantes haviam feito muitas leituras narrativas como contos Assim dada a nfase narra o e por acreditar que as habilidades de leitura relacionadas ao conto seriam do dom nio dos sujeitos optamos pela leitura e atividades do texto Piratas sem piedade um conto de aventura A imagem de um mapa uma b ssola e algumas moedas FIG 3 abre o cap tulo Essa imagem explorada por quatro quest es da se o Pense nisto fazendo a prepara o para o que ser estudado do cap tulo Ao final da p gina aparece um boxe com o conte do que ser abordado Neste cap tulo voc vai rever dois g neros que foram trabalhados durante o ano o conto de aventura e a not cia FIGURA 3 Introdu o ao cap tulo de revis o Pense nisto E Observe a imagem ao lado a Que objetos voc consegue identificar b Qual a fun o de cada um deles E Suponha que voc tenha de escrever um tex to sobre esses objetos a Se fosse um conto de aventuras Que personagens poderiam fazer parte da hist ria Onde ela poderia ocorrer Em que tempo se passaria essa hist ria b Se fosse uma not cia Como seria o t tulo da not cia Que informa es poderiam aparecer no texto Que outras imagens poderiam acompa nhar essa not cia c Se fosse um artigo de divulga o cient fica
301. resentam as quest es com acertos iguais e ou superiores a 70 Tabela 5 Percentuais de acertos por quest o nos grupos Quest o A B C D grupo 1 46 1 66 0 58 3 69 1 2 61 5 74 9 58 3 100 0 3 8 3 8 3 23 1 4 69 2 75 0 100 0 100 0 5 46 2 91 7 75 0 100 0 6 23 0 58 2 74 9 76 8 7 46 2 66 6 83 3 84 6 8 38 5 50 0 41 7 84 6 9 23 1 50 0 25 0 84 6 10 76 9 91 7 83 4 100 0 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa Uma reflex o sobre os dados apresentados pela tabela 5 leva pergunta Em que os alunos t m mais dificuldade Na leitura do texto ou das perguntas Quando os dados s o comparados poss vel identificar as quest es mais f ceis e as mais dificeis para cada grupo 127 o que houve de comum e de diferente entre eles em fun o da media o realizada A tabela 6 a seguir apresenta um resumo das ocorr ncias identificadas Tabela 6 Quest es f ceis e dif ceis por grupo Grupos quest es F CIL DIF CIL A 4 10 3 6 9 B 2 4 5 10 3 C 4 5 6 7 10 3 9 D 1 2 4 5 6 7 8 9 10 3 Fonte Dados sistematizados pela autora desta pesquisa Nas quest es 1 2 5 e 10 os grupos B e D foram os que apresentaram maiores porcentagens de acerto o que houve de comum entre ambos foi a media o na leitura do texto Isso aponta para a evid ncia de que a compreens o global com a media o na leitura favoreceu elabora o das respostas Os focos das quatro quest es s o o pr prio texto o enredo Como os doi
302. retas observa se o distanciamento proporcional entre os grupos como se pode visualizar no gr fico 1 a seguir Gr fico 1 Percentuais de quest es corretas X incorretas Corretas X Incorretas 90 80 70 60 50 em Total corretas 40 mmmemincorretas 30 Percentual de acertos 20 10 Fonte Dados computados pela autora desta pesquisa O gr fico 1 demonstra o desempenho dos grupos A B Ce D ao compararmos os ndices totais de respostas corretas e incorretas O eixo vertical apresenta os percentuais e o horizontal os grupos em sequ ncia O grupo A atingiu o ponto mais alto de respostas incorretas e o mais baixo de respostas corretas Esse grupo n o foi mediado na realiza o da leitura e atividades propostas O grupo B e o grupo C apresentaram percentuais muito pr ximos de acertos cerca de 60 e tamb m de respostas incorretas cerca de 35 a 39 O desempenho de ambos foi insuficiente se considerarmos o percentual m dio de 70 Esses grupos ao contarem com as media es parciais apresentam resultados medianos o que evidencia que algo mais precisa ser feito quando se trata de ensino de leitura 136 O grupo D atingiu o ponto mais alto de respostas corretas e o mais baixo de repostas incorretas em posi o inversa ao grupo A H uma curva crescente de A para D quando as repostas s o corretas e uma curva decrescente de A para D quando as respostas s o incorretas O
303. retendida Por vezes uma palavra que est no in cio do primeiro par grafo d mostras da dire o argumentativa assumida e dessa forma condiciona o sentido de outra que usada posteriormente no texto ANTUNES 2010 p 47 Na perspectiva de Antunes 2010 analisar um texto procurar descobrir entre outros pontos seu esquema de composi o sua orienta o tem tica seu prop sito comunicativo procurar identificar suas partes constituintes as fun es pretendidas para cada uma delas as rela es que guardam entre si e com elementos da situa o os efeitos de sentido decorrentes de escolhas lexicais e de recursos sint ticos Al m disso procurar descobrir o conjunto de suas irregularidades daquilo que costuma ocorrer na sua produ o e circula o apesar da imensa diversidade de g neros prop sitos formatos suportes em que eles podem acontecer ANTUNES 2010 p 49 A autora acrescenta que analisar tais regularidades pressup e levantamento de expectativas e estabelecimento de par metros sobre a constru o e funcionamento dos textos O conhecimento de modelos ou g neros indispens vel para isso Conhecer essas regularidades propostas por Antunes 2010 ir al m de perguntar sobre o que diz o outro al m disso perguntar como dito o que dito com que recursos lexicais e gramaticais com que estrat gias discursivas quando e por que dito para quem e para provocar que
304. ro did tico passou por in meras transforma es em compara o aos usados h dez quinze anos No depoimento apresentado no in cio deste cap tulo a aluna esbo ou em poucas palavras o que pensava do conte do e da forma como ele trabalhado al m do recurso usado Eu gosto muito do livro de portugu s porque ele tem coisas interessantes e porque a gente pode aprender muitas coisas de portugu s e a gente pode usar at a vida inteira o que muito dif cil no livro que s o muitos textos mas s que a gente lendo a gente aprende Essas palavras mostram que existe a valoriza o das aulas e do material no entanto a recep o ou a apropria o e o manejo do material s o claramente apontados como dificuldade Al m disso elas podem revelar que falhas existem no processo e isso me faz pensar na atua o do professor na media o que ele estabelece entre aluno e livro Ou ainda a interven o que terceiros como pais irm os respons veis exercem quando alguma tarefa feita em casa O outro aspecto observado ao longo dos anos como professora a dificuldade e ou desinteresse demonstrados em rela o extens o dos textos Isso poderia ser apenas des nimo ou realmente dificuldade No depoimento a reclama o expressa O que eu gosto menos que o livro de portugu s tem muitas coisas e os textos na maioria das vezes s o muito grandes 27 Em muitas aulas nos diferentes anos deparava m
305. ro e in cio de dezembro de 2011 Os dados foram coletados na turma de 2012 no per odo de mar o a setembro de 2012 Foram oito aulas observadas e dezoito aulas filmadas Com a filmagem buscamos registrar como se desenvolviam as aulas de leitura como eram as rea es dos alunos durante as aulas al m de poder registrar suas necessidades e intera o com o material did tico Essas filmagens ajudam a responder algumas perguntas feitas no projeto e atingir alguns dos objetivos propostos Com esses elementos poss vel por exemplo fazer a descri o do desenvolvimento de aula de leitura com e sem a media o do professor identificar e apontar 75 as rea es demonstradas pelos alunos durante a leitura e durante as aulas Al m disso ajudam a perceber detalhes que poderiam passar despercebidos com a simples observa o O uso do recurso de filmagem um aux lio importante como aponta Loizos 2004 a imagem com ou sem acompanhamento de som oferece um registro restrito mas poderoso das a es temporais e dos acontecimentos reais concretos materiais LOIZOS 2004 p 137 Ainda para o autor o v deo tem uma fun o bvia de registro de dados sempre que algum conjunto de a es humanas complexo e dif cil de ser descrito compreensivamente por um nico observador enquanto ele se desenrola n o existem limites bvios para amplitude de a es e narra es humanas que possam ser registrados empreg
306. rodu o de textos e conhecimentos lingu sticos voc 40 observa que eles tamb m demonstram dificuldades 41 P De conhecimento lingu stico eu at acho que nem tanto apesar de que eu acho que 42 em quest o de naquela parte em que eles v m explicando a mat ria que vem trazendo 43 conceito explica o do qu que eles est o tratando deixa a desejar um pouquinho ent o 44 por isso voc tem que buscar complementa o fora mas na quest o dos exerc cios eles 45 n o t m muita dificuldade com rela o ao conhecimento gram tico n o Mas em rela o 46 produ o de texto deste livro principalmente eles t m uma dificuldade enorme porque o 47 tempo inteiro o texto o livro primeiro pede que os alunos fa am tipo um planejamento 48 do texto e eles n o conseguem entender isso Ent o muitas vezes eles chegam com o 49 texto pronto s com o planejamento eles n o conseguem entender que eles t m que fazer 50 o planejamento primeiro para depois fazer a produ o de texto Eles t m dificuldade nisso 51 E Ent o as maiores dificuldades s o nas interpreta es de texto e na produ o 52 P Sim e na produ o 53 E Ok E a nesse caso como que normalmente voc realiza a media o a interven o 54 para que eles consigam h aprender e resolver as atividades 55 P Na maioria das vezes eu utilizo outros materiais n que possam suprir essa 56 defici ncia do livro did tico e ajudand
307. rreta cita apenas o tesouro parte da resposta n o faz refer ncia ao navio B23 Que jean Thomas Dulaien o Correta cita apenas o navio e o tesouro capit o pirata vai achar muitos Vai al m e antecipa o final da hist ria ouros em outro nau mais velho em risco de afundar e vai trair os outros piratas B24 Os ouro Parcialmente correta cita apenas o tesouro parte da resposta n o faz refer ncia ao navio B25 O que tanto encantava Dulaien Incorreta N o identifica a descoberta do navio era na verdade uma vis o Faz transcri o de parte do texto macabra C26 Eles descobriram o tesolro Parcialmente correta Identifica a descoberta do tesouro mas n o cita o navio C27 Eles acharam sacos e arcas Parcialmente correta Identifica a descoberta do tesouro cheios de moedas e lingotes mas n o cita o navio de ouro C28 Com as moedas e lingotes de Parcialmente correta Correta Identifica a descoberta do ouro dos quais Jean Thomas tesouro mas n o cita o navio se apossou Usa alguns termos do texto C29 Eles descobriram que Dulaien Incorreta N o soube elaborar a resposta confundiu se Estava com sacos e arcas com alguns termos que copiou do texto abarrotados de moedas e lingotes de ouro dos quais poderiam se apostar C30 Eles des cobrir o as costa do Incorreta N o identifica a descoberta do navio com maranh o a cidade e muito tesouro tinheiro C31 Eles descobriram milh es de Parcialmente correta Id
308. rtanto conhecimento metalingu stico desses marcadores As marcas temporais presentes no texto s o 104 em sequ ncia em menos de uma hora Ao cair da noite Alta hora da madrugada Duas horas depois No dia seguinte por volta do meio dia Ao observar essas marcas temporais o aluno deve perceber num primeiro momento a indica o constante no d cimo terceiro par grafo Ao cair da noite A partir disso supor j ter passado um dia e associar esta informa o presente no d cimo s timo par grafo No dia seguinte por volta do meio dia Outra possibilidade seria se fixar apenas nessa ltima marca temporal e inferir que havia se passado um dia e meio como indica a resposta no MP do LD Essa tarefa n o f cil porque da forma como a hist ria se inicia no primeiro par grafo Voltando das ilhas do Caribe o pirata franc s Jean Thomas Dulaien comandava seus dois navios poss vel imaginar que uma viagem dessas tenha uma longa dura o e n o apenas um dia e meio Desse modo a quest o da forma como est elaborada n o favorece a produ o de resposta pelo aluno Outros elementos poderiam ser indicados como por exemplo a observa o de determinado par grafo ou trecho do texto como tamb m a observa o de determinados marcadores uma quest o que deixa a desejar quanto contextualiza o e quanto ao par metro de resposta MORETTO 2010 Quest o 4 O nome
309. s As atividades de produ o de g neros orais s o seguidas de instru es de planejamento e indica o de aspectos da constitui o dos g neros No volume foram propostos os g neros relato de hist ria familiar parlenda adivinha e exposi o oral A se o de conhecimentos lingu sticos chamada de Reflex o lingu stica traz diversos conte dos com diversas atividades apoiadas em textos No volume 6 ao longo dos nove cap tulos s o tratados os conte dos linguagem verbal e n o verbal conceito de l ngua texto e produ o de sentidos letra e fonema varia o lingu stica encontro consonantal e d grafo substantivos adjetivo s laba t nica e acentua o artigo numeral determina o e indetermina o interjei o pronomes pessoais e de tratamento pessoas do discurso coes o textual verbos acentua o o verbo na constru o da argumenta o verbo formas nominais o gerundismo emprego do g e do j O ltimo cap tulo do livro destinado revis o Nele h o objetivo de retomar conhecimentos lingu sticos e caracter sticas dos g neros estudados ao longo do ano No cap tulo de revis o do volume 6 s o retomados os g neros conto e not cia para leitura e as classes de palavras para conhecimentos lingu sticos 81 3 3 2 3 A unidade e atividades de leitura Foi escolhido para leitura dos alunos um texto do cap tulo de revis o A escolha foi feita em concord ncia com as professoras
310. s rie S o Paulo Atual 2006 p 49 A atividade exemplificada anteriormente concebe a leitura como processo A atividade la e 1b consideram os conhecimentos pr vios do leitor necess rios elabora o da resposta Al m do conhecimento hist rico o estudante deve demonstrar conhecimentos atuais tecnol gicos revelados pela palavra provedor usada pelo ndio Para responder quest o 2 o aluno deve perceber a ironia presente no texto o efeito provocado pela palavra usada Al m disso o texto multimodal a imagem e o texto devem ser percebidos na constru o do sentido A terceira concep o a que acreditamos ser a ideal al m de ser a mais recente a ser praticada nas escolas pois sua abordagem promove a reflex o e o pensamento cr tico Adotar essa concep o pressup e uma interlocu o envolvida a todo um contexto sociocultural que deve ser considerado no desenvolvimento de m ltiplas habilidades Apesar de a perspectiva interativa ser mais abrangente a realidade tem se mostrado diferente no interior da escola pois parece que muitos educadores n o a conhecem de forma suficiente a ponto de alterar a forma de ensinar Isso se evidencia quando se encontram atividades cuja forma de abordagem remete primeira ou segunda concep o N o o caso de julgar o trabalho desses educadores como errado Isso ocorre muito provavelmente pelo desconhecimento de teorias atuais produzidas nas universidades que a
311. s com abordagens inadequadas podem n o favorecer a 59 aprendizagem da leitura escrita e an lise lingu stica BEZERRA 2003 p 47 O tipo de abordagem apontada como problem tica por Bezerra 2003 tamb m pode ser considerada um poss vel dificultador na leitura e interpreta o de textos e atividades e se relaciona com o apontamento de Cafiero 2010 acerca de enunciados mal formulados e sua interfer ncia na produ o de sentido no desenvolvimento de capacidades de leitura Para Cafiero 2010 boas perguntas mobilizam capacidades de leitura Na tentativa de caracterizar o livro did tico Bunzen e Rojo 2005 defendem o livro como um g nero do discurso Para tais autores o livro did tico um objeto complexo e multifacetado Dessa forma deve ser encarado como um g nero discursivo historicamente datado que vem atender a interesses de uma esfera de produ o e de circula o a partir dos quais se constroem os temas formas de composi o e estilo pr prio Em outro texto Rojo 2006 p 99 estabelece a distin o sobre os modos de utiliza o do LD de acordo com a autora o livro pode ser usado como um suporte de texto recurso ou como um g nero do discurso dependendo da forma de apropria o que feita dele A forma como o LD visto interfere tanto na escolha quanto no uso em sala de aula Isso significa que quando considerado apenas um acervo de texto um arquivo de textos na vis o de suporte pos
312. s horas depois quando Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de todos j dormiam 1 dia e meio A9 Alta hora da madrugada Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos Dulaiem sugeriu vamos fatos todos para terra Fez transcri o do texto A10 N o respondeu All 1 hora Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos A12 No dia seguimte por volta de Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos meio dia ao a cordar os fatos marinheiros n o tiveram outra Apesar disso consegue identificar alguns marcadores opss o temporais presentes no texto A13 Alta hora da madrugada Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos Dulaien sugeriu fatos Vamos todos para terra Faz c pia de parte do texto com a presen a dos quero que meus homens marcadores temporais descansem ao ar livre B14 2 dias Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de Porque o pirata acharam o 1 dia e meio tesouro B15 Menos de uma hora ao cair da Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de noite alta hora da madrugada 1 dia e meio duas horas depois por volta do meio dia B16 Uma hora por volta do meio Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de dia 1 dia e meio B17 l1 dia e meio Os piratas Correta Identifica o tempo e faz as cita es esvasiaram com menos de justificando uma hora Ao cair a noite duas horas depois quando to
313. s ilha rumo ao Sem piedade era Dulaien que s com narrados no todo o ouro escondido nos por es fugia pra conto Europa Justifique sua C28 Eu acho que durou aproximadamente dois dias resposta com Porque no texto fala Com certeza tinha sido trechos do atingido noite Ao cair da noite Alta hora da texto madrugada Duas horas depois meio dia ao acordar C29 Eu acho que a palavra que duraram para os acontecimentos s o Uma hora alta hora da madrugada ao cair da noite duas horas dormiam meio dia ao acordar C33 O tempo durado e ate meio dia O grupo C n o foge muito ao padr o dos grupos anteriores pois apresenta alto ndice de respostas incorretas e a cita o de express es que se referem ao tempo H entretanto registro de respostas parcialmente corretas nesse grupo como o caso de C28 As respostas de C27 e C29 demonstram a identifica o de elementos do texto que fazem refer ncia ao tempo mas n o conseguem apontar o tempo de dura o das a es ou seja respondem segunda parte da quest o como tamb m ocorreu nos grupos anteriores C28 apresenta uma resposta correta quando diz que durou aproximadamente dois dias e comprova com os trechos do texto n o consegue ser preciso como a resposta indicada no MP do LD mas se aproxima pois n o taxativo em dizer que foram dois dias Provavelmente porque entendeu o que foi perguntado que o aluno consegue dar essa resposta C33
314. s outros grupos A e C n o contaram com media es durante a leitura do texto ou seja n o foram mediados na constru o da compreens o do texto o resultado foi inferior Sobre a compreens o global poss vel dizer que ela envolve a capacidade de produzir um uma s ntese Para fazer isso de acordo com Sol 1998 p 116 o leitor deve conseguir diferenciar o que o essencial e o que pode em algum momento ser considerado secund rio O leitor que compreende efetivamente o que l correlaciona informa es faz previs es elabora hip teses confirma as ou as descarta de acordo com o texto e com suas experi ncias e conhecimentos Para fazer todas essas opera es o ensino a media o textual deve ser proporcionada ao aluno numa aula de leitura pois muitas vezes a s rie de opera es envolvidas complexa para um leitor em forma o Dessa maneira o uso da media o de leitura compartilhada permitiu aos grupos B e D construir conjuntamente a compreens o do texto e ao mesmo tempo controlar as interpreta es poss veis e responder com mais xito s quest es cujo foco era o texto Como diz Sol 1998 Ler um procedimento e se consegue ter acesso ao dom nio dos procedimentos atrav s da sua exercita o compreensiva Por esse motivo n o suficiente embora seja necess rio que alunos e alunas assistam ao processo mediante o qual seu professor lhes mostra como constr i suas previs es como
315. s portugueses No texto o pirata comandante e seus subordinados se deparam com um navio tombado e repleto de tesouros Ap s recolher todo tesouro encontrado o pirata engana seus subordinados embriagando os Em seguida foge sozinho com todo tesouro recolhido e com toda comida que havia no navio O texto foi escrito por Suely Mendes Braz o editora e autora de livros para crian as e adolescentes A extens o do texto ao que parece um dificultador para leitura e compreens o dos alunos O texto foi adaptado com alguns cortes para ser colocado no livro Os cortes tamb m poderiam prejudicar a compreens o do todo Outra altera o observada no texto foi o t tulo que no original traz o termo piratas escrito no singular Pirata sem piedade Para percebermos as adapta es e os cortes foi comparado o texto apresentado no livro com o texto original isso ser mais detalhado no cap tulo de an lise A cr nica apresentada no LD segue os padr es de textos encontrados em livros did ticos ou seja textos integrais e ou que tenham unidade de sentido preservada Os cortes segundo as orienta es do PNLD n o devem prejudicar a compreens o global do texto o que parece ter ocorrido com a cr nica analisada Houve J dali js 21 cortes mas que n o chegaram a interferir diretamente na compreens o do todo Em seguida o texto explorado na se o estudo do texto FIG 5 S o nove quest es na subse o Para entender o
316. s questionamentos que neste trabalho s o feitos s o estabelecidos os objetivos a seguir 3 1 1 1 Objetivo geral Investigar at que ponto os estudantes do ensino fundamental conseguem compreender sozinhos as atividades de leitura e interpreta o de textos do livro did tico de portugu s e ou at que ponto a compreens o ocorre quando h media o Ou seja investiga se o processo de recep o do livro did tico de portugu s e a constru o da compet ncia leitora por alunos do ensino fundamental 3 1 1 2 Objetivos espec ficos Para atingir o que foi proposto tamb m foram objetivos desta pesquisa verificar at que ponto os alunos compreendem as atividades do livro identificar as principais d vidas demonstradas pelos alunos na realiza o das atividades de leitura explicitar a rela o aluno livro com e sem media o do professor apontar com depoimentos e entrevistas a opini o dos alunos sobre o livro did tico de portugu s identificar e listar por meio das respostas s atividades realizadas quais as habilidades de leitura os alunos revelam e quais n o revelam possuir ao t rmino da investiga o Habilidades como por exemplo fazer infer ncias relacionar ideias localizar informa es reconhecer efeitos de sentido entre outras 69 Para compreens o e an lise do corpus feita a seguir a descri o do campo dos sujeitos dos materiais dos procedimentos adotados e formas de an l
317. s vezes antigas Outras concep es atuais emergem e norteiam outras pr ticas e abordagens de atividades No cap tulo de referencial te rico deste trabalho s o abordadas algumas das concep es que subsidiam o processo de ensino aprendizagem Assim podemos dizer que esta pesquisa justifica se pela tentativa de tornar mais evidentes as rela es entre livro did tico estudantes e leitura ainda por promover uma reflex o sobre a necessidade de se conhecer melhor o processo de leitura e de seu ensino O conhecimento da leitura como processo de constru o de sentido que envolve cogni o e tamb m o aspecto social contribui para a percep o de que existem outras possibilidades de ensinar ou propiciar o seu desenvolvimento em sala de aula O processo de aprendizagem e de apropria o da leitura pode seguir rumos que com clareza de conceitos apontam quais devem ser as melhores estrat gias para o seu desenvolvimento 29 1 2 Organiza o do trabalho Este trabalho est organizado em seis cap tulos na introdu o s o apresentados o objeto de pesquisa a justificativa e a organiza o do texto O segundo cap tulo traz o referencial te rico que subsidiou a pesquisa com os conceitos pertinentes ao trabalho Assim nele s o tratadas as concep es de linguagem l ngua as correntes de leitura e ensino atreladas a essas concep es a no o de media o de estrat gias e habilidades de leitura Apresenta se
318. sa complementa o O livro portanto recurso did tico muito usado Os conte dos presentes nele as estrat gias de abordagem e interven o da aprendizagem podem ser estabelecidos por ele Diante das possibilidades de uso e aplica o do livro como entend lo O que um LD Para muitos trata se de um material de apoio de pesquisa um recurso extra para as atividades di rias na escola para outros um material essencial principal que fundamenta as pr ticas O Programa Nacional do Livro Did tico PNLD refere se aos livros como obras elaboradas para serem utilizadas no processo de ensino aprendizagem escolar tendo em vista um uso tanto coletivo em sala de aula sob a dire o do professor quanto individual em casa Esses materiais devem organizar se em rela o a um programa curricular de acordo com uma progress o de conte dos definida em termo de s rie ano ou ciclo BRASIL MEC 2007 Edital PNLD 2008 p 2 Pela defini o do PNLD o livro vai idealmente ocupar um espa o na vida do aluno dentro e fora da escola Muitos alunos e professores disp em dele como fonte nica de trabalho em sala de aula se n o o nico material de ensino aprendizagem o mais importante em grande parte das escolas brasileiras BEZERRA 2003 p 33 Esses livros trazem uma sequ ncia de conte dos program ticos nos manuais do professor h sugest es de planejamentos e de abordagem metodol gica al m de respostas aos exe
319. sando a Dulaien seus olhos brilhavam porque necess rio que o aluno compreenda o quarto par grafo para fazer a conex o dele como in cio do quinto A informa o expressa por Tudo isso outra an fora deve ser identificada como o navio destru do e corpos de marinheiros mortos boiando Deve depois de identificada a informa o inferir a rea o do personagem que deve ser deduzida a partir do trecho n o estava interessando a Dulaien A partir dessa conclus o o aluno ainda deve inferir o que a atitude do personagem denota ou demonstra sobre o seu modo de ser ou seja sua frieza sua insensibilidade Quest o 7 Desde o come o da hist ria j sabemos das inten es de Dulaien Quais eram elas Resposta prevista pelo MP do LD Apossar se dos sacos e arcos abarrotados de ouro que porventura estivessem no navio tombado Principal is habilidade s mobilizada s na quest o Fazer infer ncia a partir da compreens o global do texto An lise da quest o A quest o quanto forma direta Quanto ao conte do composta de duas partes uma afirmativa redigida em ordem direta A segunda parte uma interroga o O vocabul rio empregado na quest o parece n o impor dificuldades aos alunos Para responder quest o o aluno deve demonstrar uma compreens o global do texto pois a primeira parte do enunciado dela faz refer ncia ao in cio da hist ria e a resposta deve ser c
320. se recurso did tico e das atividades nele propostas O depoimento da aluna revela que o trabalho com livro did tico n o t o simples revela ainda que h nele recursos que podem ser utilizados de forma eficaz e outros nem tanto Mostra que h elementos que tornam a realiza o das atividades menos aut nomas e mais dependentes de media es Isto para que o aluno realize as leituras e as atividades propostas no livro necess rio que haja muitas vezes a ajuda de algu m que explique que oriente que o ajude a construir o conhecimento Essa interven o media o na escola feita pelo professor e pode muitas vezes ser feita por outros alunos Nas pr ticas docentes muito comum observar o uso do livro did tico de l ngua portuguesa LDP como direcionador das aulas como planejamento Ou seja o livro usado por muitos profissionais no lugar do programa e do plano de aula E muitas vezes na aus ncia de um programa oficial de ensino o livro acaba desempenhando esse papel O manual assim deixa 21 de ser apenas um instrumento de apoio e passa a ser o suporte que orienta as pr ticas did ticas Ao ser usado dessa forma o livro did tico LD torna se o plano di rio a ser executado e suas atividades os passos did ticos a serem seguidos Outra pr tica comumente observada que mesmo quando existe a necessidade de atividades complementares boa parte dos profissionais busca em outros livros did ticos es
321. sentido esse documento tamb m acrescenta 39 N o se trata simplesmente de extrair informa o da escrita decodificando a letra por letra palavra por palavra Trata se de uma atividade que implica necessariamente compreens o na qual os sentidos come am a ser constru dos antes da leitura propriamente dita BRASIL PCN LP MEC 1997 p 53 A leitura e a compreens o deixam de ser vistas como decodifica o e passam a ser encaradas como um processo de constru o intenso ativo e complexo A decodifica o apenas um dos procedimentos que o leitor usar nesse processo Outra posi o associada concep o de linguagem como intera o a de Kleiman 2004 que afirma A concep o hoje predominante nos estudos de leitura a de leitura como pr tica social que na Lingu stica Aplicada subsidiada teoricamente pelos estudos do letramento Nessa perspectiva os usos da leitura est o ligados situa o s o determinados pelas hist rias dos participantes pelas caracter sticas da institui o em que se encontram pelo grau de formalidade ou informalidade da situa o pelo objetivo da atividade de leitura diferindo segundo o grupo social Tudo isso real a a diferen a e a multiplicidade dos discursos que envolvem e constituem os sujeitos e que determinam esses diferentes modos de ler KLEIMAN 2004 p 14 Kleiman 2004 concebe a leitura como processamento cognitivo sem desconsiderar o aspecto social envolvido
322. significativo para o processo de aprendizagem da leitura Bol var 2002 destaca que pesquisas recentes sobre a aprendizagem enfatizam a import ncia de aspectos cognitivos e afetivos na constru o da aprendizagem Pesquisas recentes sobre a aprendizagem formal t m destacado a import ncia dos processos cognitivos e afetivos do sujeito na compreens o e interioriza o de novos conhecimentos consci ncia e regula o desses processos e conhecimentos a o intencional mediadas pelo professor BOLIVAR 2002 p 7 Tradu o nossa O fator afetivo um dos determinantes na aprendizagem e pode se dizer ent o que os alunos investigados t m a seu favor o gosto pelos textos o que n o seria uma barreira para efetiva aprendizagem dos estudantes Fica evidente que a dificuldade encontrada n o est ligada ao afetivo mas muito possivelmente ao n o desenvolvimento da compet ncia leitora plena 5 1 4 Do que os alunos n o gostam no LDP De que n o gosta no livro did tico de Portugu s A quest o 4 assim como a anterior sugeriu a no o de que os estudantes n o gostam do LDP e encontram dificuldades para ler por isso a expectativa era encontrar respostas significativas 3 La investigaci n reciente sobre el aprendizaje formal ha destacado la importancia de los procesos cognitivos y afectivos del sujeto en la comprensi n e internalizaci n de los nuevos conocimientos y la concientizaci n y regulaci n de esos procesos y saberes
323. sileiro mais pr ximo Finalizando o conto como os marinheiros estavam sem provis es tentaram saquear a cidade e foram presos numa masmorra subterr nea Quanto ao prop sito comunicativo o texto pertence ao dom nio liter rio e por isso tem a finalidade de encantar de distrair de proporcionar a frui o ou seja n o tem necessariamente um prop sito informativo ou expositivo sobre um determinado assunto qualquer O conto Piratas sem piedade apresenta um car ter expressivo de aventura despertando as emo es de quem o l Quando lido sob outra perspectiva pode tamb m ensejar o aspecto cr tico ou seja despertar nos leitores um posicionamento em rela o ao assunto agu ando lhes o esp rito cr tico e a consci ncia de mudan a frente a algumas quest es da vida neste conto o posicionamento equivocado do governo que precisa ser confrontado Quanto aos esquemas de composi o do texto conforme seu tipo e g nero Do tipo narrativo o texto se desenvolve numa sequ ncia de fatos possivelmente imagin rios h um espa o pr ximo s costas do Maranh o em dois navios Os personagens envolvidos s o piratas franceses sob o comando do capit o Jean Thomas Dulaien O texto narrado em 3 pessoa por um narrador observador O tempo cronol gico h presen a dos marcadores temporais 29 como nos trechos Alta hora da madrugada Duas horas depois No dia seguinte por 2 volta do meio dia
324. sis reveal that students have more difficulties in performing activities of textual interpretation when they have to do them alone On the other hand when there is a reading instruction or when there s intervention in the reading and activities students performance is superior Furthermore it is also noted that the reading activities present problems in their instructions and the answers suggested in the teacher s manual of the textbook are not always consistent with the questions and or sufficient for them which makes their work more difficult The student becomes hostage to his own limitations and constraints imposed by problematic activities from the textbook KEYWORDS Reading textbook teaching learning RESUMEN Este estudio eval a el proceso de recepci n del libro de texto de portugu s por los estudiantes del n vel de Primaria II sexto a noveno a o escolar en el eje de Lectura Se trata de responder a las siguientes preguntas Hasta qu punto los estudiantes entienden sin ayuda de otros las actividades de lectura e interpretaci n presentes en los libros de texto de portugu s Hasta qu punto necesitan la mediaci n del profesor para entender las tareas La hip tesis de partida es que los estudiantes no pueden entender por s solos las actividades de lectura e interpretaci n de los textos propuestos en el libro de texto de Portugu s LTP por lo que requieren la participaci n activa del maestro para comprender las
325. so retirar desse ou de outro arquivo qualquer como quiser e de acordo apenas com meu projeto de ensino se houver os textos imagens necess rios para dar suporte a meu projeto naquele momento N o preciso me preocupar com a compatibilidade desses arquivos com meu projeto de ensino Preciso apenas ter condi es log sticas de reprodu o desses textos imagens ROJO 2006 p 99 Segundo Rojo 2006 essa perspectiva de livro como suporte muito comum nas escolas por parte do professor Uma consequ ncia desse uso do LD um n mero elevado de c pia de quest es ou instru es na lousa nessas aulas o que ocupa grande parte do tempo escolar que poderia ser destinado a outras propostas Por outro lado se o livro considerado como discurso do autor num g nero did tico significa considerar o projeto desse autor no que diz respeito sele o dos conte dos assim como no que tange metodologia de ensino adotada e em seguida comparar seu pr prio projeto de ensino situado com o projeto do autor para ver se s o compat veis E a s o necess rios crit rios tanto para adotar um livro para os pr ximos tr s anos naquela comunidade escolar quanto para selecionar textos e atividades ROJO 2006 p 99 60 Ao usar o livro como g nero as formas de abordagem a escolha de outros textos e materiais de apoio e pesquisa seguem uma metodologia mais clara Ao encarar o livro como g nero o professor incorpora o pro
326. sse grupo a inten o foi verificar em que medida os sujeitos conseguiriam cumprir a tarefa responder s quest es com a interven o externa com a ajuda apenas da leitura do texto Ou seja foi observado o efeito da media o da leitura colaborativa na compreens o do texto e da n o media o na realiza o das quest es Diferentemente do grupo A para esse grupo houve media o na leitura ou seja houve ensino de estrat gia o que poderia representar compreens o do texto A hip tese de que o grupo B apresentaria um desempenho superior ao grupo A superior ou igual ao grupo C e inferior ao grupo D Grupo C Media o na realiza o das quest es No terceiro grupo grupo C foi proposta a leitura individual e silenciosa ou seja uma leitura sem o aux lio ou interven o e em seguida foram explicadas uma a uma as quest es para que os alunos pudessem responder Nessa pr tica procuramos diminuir as dificuldades impostas pelos enunciados das quest es Muitos professores acreditam que os alunos n o conseguem responder s quest es porque n o conhecem o significado das palavras presentes nos enunciados outras vezes porque os enunciados n o apresentam uma elabora o adequada Isso se evidencia por exemplo na fala da professora Ana durante a entrevista ao ser questionada sobre o que dificuldade para os alunos E nas quest es tamb m eles t m bastante dificuldade tanto que o tempo inteiro eu tenho
327. staca se o termo cognitivo pois a compet ncia exige al m dos recursos da cogni o ou seja al m do conhecimento intelectual exige recursos do dom nio emocional Por fim o conceito de compet ncia est ligado sua finalidade abordar e resolver situa es complexas Desse modo o termo compet ncia remete a um conjunto mais amplo de habilidades gerais em que est o inseridas as habilidades mais espec ficas Ou ainda seria a mobiliza o de um conjunto de habilidades para realizar uma determinada fun o Cabe ent o definir o que s o habilidades De maneira geral podemos associar o termo habilidade ao saber fazer algo espec fico Conforme Coscarelli 2002 s o consideradas habilidades as demandas f sicas ou cognitivas que uma atividade exige do indiv duo Ler um livro por exemplo exige que o leitor saiba manusear o livro seja capaz de reconhecer os voc bulos e com eles construir estruturas sint ticas construir sentidos prov veis perceber o tema central ou o enredo do que est lendo identificar o narrador fazer infer ncias de diversos tipos entre outras No processamento da leitura s o necess rias v rias habilidades para que o leitor proficiente construa o significado Muitas e importantes habilidades de leitura s o verificadas em exames que avaliam a profici ncia em leitura e que s o bons par metros apesar claro de tamb m 51 apresentarem falhas Pode se dizer a partir dos post
328. sticas de tempo n o tem como ser preciso na indica o do tempo decorrido B17 responde corretamente de acordo com a resposta do MP do LD al m de citar adequadamente os trechos com os marcadores temporais previstos B25 responde apenas com cita o de marcas temporais presentes no texto sem contudo apresentar a resposta para dura o dos acontecimentos provavelmente n o entendeu o que foi pedido se ateve apenas que era para indicar tempo A maioria das respostas apresentadas pelo grupo atentou para segunda parte da quest o e para isso bastava fazer c pia de trechos do texto Novamente a frequ ncia de respostas que focam na transcri o do texto um dado significativo tamb m no grupo B Para responder corretamente de acordo com o previsto no MP o aluno deveria concluir que os acontecimentos duraram um dia e meio comprovando suas respostas com transcri o dos marcadores temporais Embora esse grupo tenha contado com a media o na leitura do texto esse fato n o favoreceu a elabora o da resposta esperada O resultado do grupo nesta quest o bastante similar aos dos demais grupos da pesquisa Foi recorrente portanto o baixo percentual de acertos A quest o sem a devida contextualiza o e com a aus ncia de par metros de corre o dificulta mais do que elucida para os alunos Quest es com problemas de elabora o no enunciado podem confundir mais o aluno do que ajud lo como alerta Cafiero 2010 p 39
329. sto e observado ao longo do trabalho poss vel concluir que Os estudantes s o cerceados pelas formas e m todos impostos no dia a dia da escola produtos muitas vezes de teorias sobre leitura e sobre as formas de ensinar Os estudantes s o limitados pelo n o desenvolvimento de compet ncias e ou habilidades necess rias e diversificadas ao longo do processo de escolariza o falta de media o em aulas de leitura compromete significativamente a aquisi o e desenvolvimento de compet ncias necess rias ao processamento da leitura e a produ o de sentido A media o parcial feita apenas com a leitura do texto pode ajudar significativamente na constru o da compet ncia de compreens o global do texto mas favorece pouco as habilidades necess rias ao cumprimento da tarefa de responder perguntas sobre o texto O estudante fica em muitos casos limitado ao trabalho de c pia de partes do texto para isso 164 A media o parcial feita apenas com a explica o das quest es dos exerc cios de interpreta o de texto do LDP favorece a compreens o dos enunciados e a produ o de respostas que demandam localiza o de informa es e transcri o de partes do texto mas n o garante a compreens o do texto pois muitas vezes o estudante apenas copiar trechos do texto para responder Tanto a n o media o quanto as media es parciais acabam por contribuir para uma compreens o da leitura
330. struindo Consci ncias Portugu s 6 s rie S o Paulo Scipione 2007 p 82 Basta ao aluno encontrar as respostas no primeiro par grafo e copi las a Epidemia uma doen a que acomete a um tempo um n mero de pessoas que ultrapassa o esperado previsto b a epidemiologia c A epidemiologia estuda epidemias e a maneira como a doen a se distribui d Quem adoece mais em que regi es h mais doentes etc DIAF RIA C amp PINTO M Construindo Consci ncias Portugu s 6 s rie S o Paulo Scipione 2007 p 82 Na atividade exemplo 2 h preocupa o com os aspectos estruturais conforme enfatiza a concep o de linguagem como instrumento de comunica o Na terceira concep o a linguagem concebida como intera o De acordo com Bakhtin Volochinov 1929 2006 a l ngua se constitui em um processo ininterrupto que se realiza na intera o verbal social entre interlocutores n o sendo um sistema est vel de formas id nticas Nessa perspectiva os sujeitos s o agentes sociais e por meio de di logos entre os indiv duos que trocas de experi ncias e conhecimentos ocorrem Nessa vis o poss vel dizer que o texto concebido como espa o de intera o por meio dele autor e leitor exercem seus pap is na constru o do sentido do texto Nesse sentido a a o desempenhada pelos interlocutores n o feita apenas pelo exerc cio mental e repassada pelo sujeito ao meio social Mas s
331. t identific vel na superf cie do texto representando antes um exerc cio de compreens o literal do mesmo o que faz que com frequ ncia haja junto com as perguntas de compreens o exerc cios de vocabul rio TRAVAGLIA 2012 p 15 A concep o de linguagem como express o do pensamento no Brasil norteou muitos professores na d cada de 1960 na realiza o de um trabalho voltado ao ensino de conceitos normativos objetivando o dom nio da metalinguagem com o processo de ensino centrado na transmiss o de conhecimentos De acordo com Soares 1998 nessa poca o ensino de portugu s concebia a l ngua como um sistema ou seja o ensino de leitura centrava se em textos liter rios e no reconhecimento de normas e de regras de funcionamento da l ngua Ainda nessa poca os alunos que frequentavam a escola eram aqueles pertencentes s classes privilegiadas da sociedade e que de certa forma j dominavam a l ngua padr o Behaviorismo tamb m conhecida como Teoria comportamentalista tinha como objeto de investiga o o comportamento Por ela acreditava se que o estado mental e tend ncias de comportamento s o equivalentes Para aprender o sujeito deveria receber est mulos A l ngua era vista como um processo mec nico e a crian a s aprende a falar quando recebe um est mulo O sujeito devia realizar a tarefa de internalizar padr es regulares de correspond ncia entre som e soletra o assim a linguagem seria a forma
332. t es corretas X incorretas imeteitess 134 GR FICO 2 Quem ajuda em casa na realiza o das atividades do LDP 140 GR FICO 3 De que gostam no LDP teens 141 GR FICO 4 De que n o gostam no LDP aereas 143 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PCN Par metros Curriculares Nacionais PCN LP Par metro Curricular Nacional de L ngua Portuguesa LD Livro did tico LDP Livro did tico de L ngua Portuguesa MP Manual do professor SUM RIO INTRODU O rata se ts pane ea bn e arado 18 E PObjeto de Pesquisa e a a do A COEN A E ah 19 1 2 Organiza o do trabalhon oea a a E E E E E Ei 29 2 LINGUAGEM LEITURA E ENSINO iiooneoenssenssseessseesseossssessesssressersssresssresseesssresse 30 2 1 Concep es de l ngua linguagem e suas rela es com o ensino s ssssssssssseressssereessseee 30 2 2 Compreender a leitura como INtera O sss meeer ei aieri iei iei Eie i e aiak 38 2 2 1 Media o e ensino aprendizagem ssssessesssesesssseressseretssseresssseressssreesssereessseressssree 41 2 3 Ensino de leitura estrat gias habilidades e an lise de texto snnsnonssseesseeseeeesseessseese 47 24d Estratco ias de leit ta sisine a iennige n Aarh SAE AAA AASA TA ga de Desde ans Tea sda 48 2 3 2 Compet ncia e habilidades de leitura 00nnnssnoseessnesessseeeesssertessseressssreesssereessseressssree 50 23S Analise de TORO eae Dia Eua O na Ds E a ea E 51 2 3 4 Leitura e Li
333. t ncia leitora Por se tratar de um grupo que representa a situa o ideal de ensino de leitura em que h media o na leitura do texto e tamb m na realiza o das atividades a hip tese que o grupo D apresentaria desempenho e ndice de acertos superiores aos demais grupos Os quatro grupos e as hip teses de resultados podem ser assim visualizados QUADRO 1 Hip teses de desempenho dos grupos media o Fonte formulado pela autora desta pesquisa 91 No quadro 1 a pir mide representa o desempenho em que a base o n vel mais baixo a ser alcan ado por um grupo e o topo o n vel mais alto Assim o grupo A que n o conta com nenhum tipo de media o apresentaria o desempenho inferior aos demais grupos seguido pelo grupo B mediado na leitura e pelo grupo C mediado nas quest es O grupo D por sua vez apresentaria o maior resultado por contar com a media o na leitura e na realiza o das quest es As respostas obtidas dos diferentes alunos nos diferentes grupos constitu ram a principal parte do corpus da pesquisa e foram analisadas conforme descrevemos na pr xima se o 3 6 Como os dados foram analisados Para a an lise dos dados as quest es foram registradas logo abaixo de cada uma foram inseridas as respostas oferecidas no manual do professor Em seguida foi feita a descri o da opera o mental necess ria para realiza o da atividade al m de uma an lise do enunciado da quest
334. tadora P Professora 1 E Bom dia Ana Obrigada pela sua colabora o P Bom dia E Eu gostaria que voc falasse de voc primeiro que se apresentasse que me dissesse tamb m quanto tempo de experi ncia P Meu nome Ana eu tenho 30 anos e tem mais ou menos quatro anos que eu 2 3 4 5 6 leciono s com Portugu s 7 E Que timo ee na sua pr tica di ria como voc utiliza o livro did tico de 8 Portugu s 9 P O livro did tico eu utilizo sempre com aux lio de algum outro material porque na 10 maioria das vezes ele n o oferece suporte suficiente que possa esclarecer as 11 d vidas dos alunos e que possa oferecer conheci aquele tipo de conhecimento que a 12 gente busca fornecer para os alunos N o tudo que voc encontra no livro did tico 13 ent o alguma coisa voc tem que complementar 14 E E a no caso essa complementa o voc faz com que esp cie assim com que tipo 15 de material Onde voc busca esses materiais complementares 16 P Geralmente s o em alguns outros livros porque assim eu n o gosto se seguir o livro 17 did tico todo do ano e tem alguns outros livros que tem algumas atividades mais 18 interessantes ent o eu tiro Xerox e passo em forma de apostila para os alunos ou ent o 19 s vezes alguma avalia o que eu acho interessante alguma algum outro texto que eu 20 acho interessante eu trago para a gente discutir na
335. te trabalho o de compet ncia de acordo com Perrenoud 1999 ou seja a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situa o apoiada em conhecimentos mas sem limitar se a eles Outro conceito pertinente o de compet ncia leitora apresentado pelo documento oficial da OCDE PISA 2001 que afirma A capacidade leitora consiste na compreens o o emprego e a reflex o pessoal a partir de textos escritos com o fim de alcan ar metas pr prias desenvolver o conhecimento e o potencial pessoal e de participar na sociedade Assim por compet ncia leitora entende se a mobiliza o eficaz de um conjunto de capacidades e habilidades envolvidas no processamento da leitura 1 1 Objeto de Pesquisa Pensar na pr tica escolar nas formas de abordagem no processo de ensino aprendizagem e especialmente nos sujeitos envolvidos desperta o nosso interesse e nos remete a um universo complexo Para os que lidam diretamente com o meio educacional desvendar seus caminhos As escalas dos dois exames s o diferentes e apresentam n veis diferentes tamb m 20 pode proporcionar uma atua o substancialmente significativa al m de contribuir para um desempenho consciente O depoimento de uma aluna do Ensino Fundamental sobre o que os alunos pensam sobre o livro did tico pode ser exemplo da rela o que muitos alunos t m com esse material e ao mesmo tempo mostra as dificuldades que eles revelam em lidar com ele Eu
336. tes ao ensino e aprendizagem de l ngua foram e continuam presentes em minha pr tica por exemplo o processo de ensino e aprendizagem de l ngua materna muitas vezes complexo pode ser facilitado por um profissional mais bem preparado O que pensam os alunos durante a 6 E E UA 5 Uso neste trecho a primeira pessoa do singular por se tratar de uma experi ncia pessoal 26 aprendizagem As rea es de interesse ou desinteresse durante as aulas especialmente as de leitura revelam facilidade e ou dificuldade em lidar com os textos e propostas de atividades Essas quest es e muitas outras sempre serviram de motiva o para tentar entender em que medida a din mica da sala de aula pode ser constru da de modo a favorecer uma pr tica mais acertada Algumas ocorr ncias foram motivadoras para essa busca por exemplo incomoda me bastante a aus ncia de interesse quando textos de livros did ticos s o considerados dif ceis por serem extensos Al m disso quando diante de quest es de interpreta o alguns estudantes parecem n o saber o que fazer enquanto outros o fazem sem questionamentos O que realmente ocorre na perspectiva dos alunos nem sempre poss vel perceber A escola muda muito de ano a ano Com mais frequ ncia mudam os alunos os interesses a disciplina a valoriza o dada ao conhecimento Ou seria pertinente pensar que a escola n o acompanha na mesma velocidade a mudan a ocorrida na sociedade O pr prio liv
337. tomado de forma nica e isolada sem a media o do professor o livro nas m os do aluno passa a funcionar como uma ferramenta de autoinstru o Muitas pr ticas escolares cotidianas denunciam que os alunos realizam sozinhos as suas atividades sem a devida orienta o como se o livro por si pudesse fazer o estudante aprender Isso pode de alguma forma constituir se um dificultador do processo de aprendizagem Sabe se no entanto que por mais que haja atividades a serem realizadas de forma independente pelo estudante o livro n o produzido para fins autoinstrucionais O aluno desafiado em sala de aula e fora dela em casa a realizar atividades de leitura interpreta o produ o de textos de conhecimentos lingu sticos e gramaticais Na tarefa rotineira que envolve o LDP nas aulas e nas atividades para casa o aluno pode ou n o contar com a presen a com a ajuda de outra pessoa na realiza o delas Em sala o contato e interven o do professor devem ser constantes em casa nem sempre h algu m que acompanhe as atividades dos alunos que possa orient los na realiza o delas Nesse contexto poss vel perguntar De que maneira o aluno responde ou realiza as atividades propostas no livro did tico Que diferen as existem quando ele trabalha sozinho e com interven o de outra pessoa Pesquisas no campo da lingu stica e da educa o t m tratado de texto discurso enunciado enuncia o BAKHTIN 1953 1997 B
338. tornar ao pensamento de Vygotsky 2007 destaca se a necessidade de colabora o para que o que o sujeito n o sabe fazer sozinho no momento com ajuda de outro pode conseguir e posteriormente conseguir realizar com independ ncia Os PCNs tamb m refor am essa ideia ao fazerem men o ao que se deve observar no ensino de l ngua portuguesa Por isso as atividades de aprendizagem de L ngua Portuguesa ganham muito quando se realizam num contexto de coopera o No processo de aprendizagem aquilo que num dado momento um aluno consegue realizar apenas com ajuda posteriormente poder faz lo com autonomia Da a import ncia de uma pr tica educativa fundamentalmente apoiada na intera o grupal que apesar de s se materializar no trabalho em grupo n o significa necessariamente a mesma coisa BRASIL MEC PCN LP 1997 p 62 Observa se a o destaque dado pelo documento oficial media o ou coopera o decorrente de um ambiente interativo em que a interlocu o as trocas de experi ncias s o essenciais para o processo Isso se realiza durante uma aula em que o aluno ensinado Ou seja quando as interven es as ajudas os aux lios o uso de estrat gias variadas existem no espa o da aula de leitura Conjuntamente alunos e professor desenvolvem o processo de constru o da compet ncia leitora Neste sentido tanto media o durante a leitura do texto quanto na realiza o das atividades s o necess rias
339. tou a resposta indicada pelo LD de moite de festa e otras outras 1 dia e meio horas pelo mar C31 durou duas horas na noite de Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de festa 1 dia e meio C32 a autas horas da madrugada 2 Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de horas depois no dia seguinte 1 dia e meio ao meio dia C33 O tempo durado e ate meio Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos dia fatos de acordo com a sugest o do LD e n o justificou com trechos do texto C34 2 dias uma noite e 2 horas Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos de acordo com a sugest o do LD e n o justificou com trechos do texto C35 Durou dois dias Incorreta apesar de se aproximar n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos de acordo com a sugest o do LD e n o justificou com trechos do texto C36 dois dias e uma noite Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos de acordo com a sugest o do LD e n o justificou com trechos do texto C37 Alta hora da madrugada Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos de acordo com a sugest o do LD apenas copiou express o presente no texto D38 Com certeza tinha sido Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de atigida noite por forte 1 dia e meio tempestade Ao cair a noite D39 Com certeza tinha sido Incorreta N o apontou a resposta indicada pelo LD de atingida n
340. tramento as pr ticas de uso da escrita situadas das diversas institui es KLEIMAN 2006 p 82 83 Pela perspectiva de Kleiman 2006 todos os sujeitos envolvidos s o mediadores entre si e n o apenas o professor desempenharia essa fun o de mediador E essa a atua o do outro no processo de aprendizagem que esta prevista em Vygotsky ao afirmar que o aprendizado humano pressup e uma natureza social espec fica e um processo atrav s do qual as crian as penetram na vida intelectual daquelas que as cercam VIGOTSKY 2007 p 100 Essa posi o reafirmada em sua obra Propomos que um aspecto essencial do aprendizado o fato de ele criar a zona de desenvolvimento proximal ou seja o aprendizado desperta v rios processos internos de desenvolvimento que s o capazes de operar somente quando a crian a interage com pessoas em seu ambiente e quando em opera o com seus companheiros Uma vez internalizados esses processos tornam se parte das aquisi es do desenvolvimento independente da crian a VYGOTSKY 1984 2007 p 103 O autor portanto destaca a import ncia da intera o com o outro em situa o espec fica de conv vio social em que o ensino e aprendizagem ocorrer o mas n o restringe esse papel figura de adulto ou do professor Ao afirmar que os processos internos de desenvolvimento s o despertados no aprendizado da crian a quando ela interage com pessoas em seu ambiente e quando em opera o
341. tunes 2010 esse prop sito parte de qualquer atividade de linguagem por exemplo expor convencer persuadir relatar um fato dar not cia etc Para que haja entendimento do texto preciso que esse prop sito seja identificado Nenhum texto isento de inten es que podem ser expl citas ou n o H portanto no texto pistas como elementos verbais e n o verbais que s o usados para marcar tais inten es Quando o leitor as reconhece o trabalho da compreens o facilitado Em rela o aos esquemas de composi o tipos e g neros os textos obedecem a padr es regulares de organiza o em virtude do tipo e principalmente do g nero que materializam 55 As a es de linguagem obedecem a modelos estabelecidos lingu stica e socialmente De acordo com Marcuschi 2008 p 155 tipo textual caracteriza se muito mais como sequ ncias lingu sticas sequ ncias ret ricas do que como textos materializados a rigor seriam modos textuais Em geral abrangem cerca de meia d zia de categorias conhecidas como narra o argumenta o exposi o descri o injun o Por outro lado os g neros s o entidades emp ricas em situa es comunicativas e se expressam em designa es diversas como telefonema serm o carta pessoal reportagem editorial receita culin ria hor scopo entrevista etc Sem contudo esquecer se de que eles n o s o formas r gidas modelos estanques mas formas culturais e cognitivas d
342. u stica aplicada Tais concep es coexistem no espa o escolar e podem ser presentes nas atividades de leitura propostas em LD Neste sentido destacam se as concep es de leitura cujo foco est a no autor b no texto c no leitor d na intera o autor texto leitor Menegassi 2009 destaca essas concep es e apresenta alguns exemplos de quest es que exemplificam as concep es abordadas Retomam se a seguir esse autor e seus exemplos juntamente com Sol 1998 pois na an lise das atividades do LD em estudo foi preciso identificar os tipos de quest es tratadas De acordo com Menegassi 2009 p 2 na concep o cujo foco o autor o texto visto como produto l gico do pensamento como uma representa o mental do autor que vai para o papel E a leitura compreendida como atividade de capta o das ideias do autor sem que sejam consideradas as experi ncias e os conhecimentos do leitor O foco de aten o pois o autor e suas inten es e o sentido est centrado no autor bastando t o somente ao leitor captar essas inten es comum encontrarmos nos materiais did ticos quest es como por exemplo O que o autor quis dizer com Segundo o autor Para o autor do texto Quando o foco est no texto Menegassi 2009 p 3 destaca que o texto visto como simples produto da codifica o de um emissor no caso o autor a ser codificado pelo leitor bastando a este o conhecimento do c di
343. u aproxima se de autorit rio os seu outos piratas na ilha D exemplo de atitude D48 Ele falou N o ouse contrariar Parcialmente correta min has ordens se n o quiser D exemplo de atitude ser trancado no por o a p o e gua D49 q ele era sem piedade pois os Parcialmente correta marinheiros ajudou a eles e D exemplo de atitude Al m disso baseia se no t tulo depois ele fugiu levando todo do texto para caracterizar o personagem o tesouro D50 Sem Piedade e sem caracter Parcialmente correta ele traio seus Parceiros s Para ficar com o tesouro sozinhos D exemplo de atitude Al m disso baseia se no t tulo do texto para caracterizar o personagem Obs A quest o parece vaga em sua elabora o para caracterizar o personagem havia v rias possibilidades de resposta Caracterizar em termo de qu Assim como era possivel dar v rios exemplos Assim a resposta prevista n o seria a nica possibilidade Quest o 6 Quando avista o navio o pirata tamb m v corpos de marinheiros mortos Qual a rea o dele ao deparar com essa cena O que isso revela sobre seu modo de ser Resposta no LD Sua rea o de completa insensibilidade o que demonstra que ele uma pessoa cruel e para quem a morte banal Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al N o estava interessado so se Parcialmente correta emportava com
344. ua o se assemelha que Antunes 2003 chama a aten o que pode ser com frequ ncia na escola e n o promove a intera o o encontro segundo a autora uma atividade de leitura centrada nas habilidades mec nicas de decodifica o da escrita sem dirigir contudo a aquisi o de tais habilidades para a dimens o da intera o verbal quase sempre nessas circunst ncias n o h leitura porque n o h encontro com ningu m do outro lado do texto ANTUNES 2003 p 27 Com a media o realizada apenas na leitura do texto a tarefa parcialmente cumprida poder se ia esperar que ler o texto e compreend lo efetivamente pela media o realizada seria o suficiente para que as quest es fossem respondidas a contento Todavia na constru o da compet ncia leitora est envolvido o processo de compreens o dos enunciados das perguntas e da elabora o ou produ o de respostas Haja vista que muitas quest es encerram em si complexidades de escolhas lexicais de estrutura o e ou de mobiliza o de v rias habilidades e capacidades ao mesmo tempo Ocorr ncias como simples transcri o de partes do texto s o frequentes o que tamb m corrobora a concep o de leitura como decodifica o Neste caso o sujeito parcialmente passivo ao realizar as atividades simplesmente copiando partes do texto Isso tamb m n o condiz com o que esperado para a fase em que os alunos se encontram Os PCNs ao apontarem o que s
345. ualidade O que interessa o falar corretamente falar bem nem sempre garantindo a compreens o do texto Menegassi 2005 afirma que a pr tica de leitura oral uma tradi o da sala de aula que usada como forma de avalia o da leitura do aluno No exemplo a seguir retirado de um livro did tico poss vel observar esse tipo de abordagem de atividades que prioriza os aspectos gramaticais em detrimento do sentido na proposta de trabalho com o texto Exemplo 1 Cio da terra Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do p o E se fartar de p o Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a do ura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra a prop cia esta o E fecundar o ch o Milton Nascimento e Chico Buarque de Holanda 35 Vamos trabalhar o texto 1 Todos os verbos do texto encontram se na mesma forma Em que forma est o 2 Voc percebe alguma rela o entre o conte do do texto e os verbos na forma em que est o Explique 3 Aponte a sequ ncia em que aparecem os verbos nas duas primeiras estrofes Essa sequ ncia tem algum sentido Em caso afirmativo qual NICOLA J amp INFANTE U Portugu s Palavras e ideias 7 s rie 6 ed S o Paulo Scipione 1991 p 71 72 No exemplo 1 para responder as perguntas o aluno deve demonstrar conhecimento metalingu stico da classe gramatical verbo Nas quest es 2
346. uciado da quest o enunciado 2 p 75 at Por causa que perdi as duas aulas sobre a Desconhecimento do 1 2e3 mat ria assunto e dificuldade em p 15 3 Por causa da tabela de perguntas lidar com a estrutura da quest o 3 p 47 at 7b Eu n o entendi a pergunta porque eu achei A n o compreens o do ela dif cil e eu n o consegui achar a enunciado resposta da Hist ria em quadrinho 4 p 79 at 1 Eu achava que era dif cil a p g 79 ex 1 a Desconhecimento do a3 3 digrafo e consonatal quando eu le v assunto d grafo e encontro que n o era dificil consonantal 5 p 68 at la O texto leitor Exerc cio 1 letra A do geito A n o compreens o do que a pergunta esta escrita enunciado 6 p 54 at l Porque eu n o entendi a pergunta indica A n o compreens o do sobre a narrativa do texto a m e da gua enunciado 7 p 79 at 1 Eu n o entendi nada ate que eu Le a pag N o compreens o do 2e3 78 n 2 n o entendi assunto d grafo e encontro p 78 at 2 consonantal 8 p 67 at 2a Texto a mo a que pegou a serpente eu n o N o compreens o do l xico entendir que costumes 9 p 33 at 1 porque eu n o estava conseguindo Dificuldade com a leitura terpreta identifica o de elementos da narrativa 10 p 31 at 2 Porque eu n o estava entendendo o que era A n o compreens o do pra fazer no exerc cio enunciado 11 p 79 Eu achei dificil e consanotal e d grafo e A n o compreens o do p 67 tamb m pag 67 entend
347. udo precisa estar em fun o da situa o coletiva da sala de aula para com ele se aprenderem conte dos valores e atitudes espec ficos sendo que se espera que a aprendizagem n o se processe apenas pela leitura das informa es que o livro fornece mas tamb m pela realiza o das atividades que ele sugere LAJOLO 1996 O banco de teses da capes disponibiliza trabalhos apresentados a partir de 2010 O acesso pode ser feito pelo endere o eletr nico lt lt http capesdw capes gov br login url success capesdw gt gt Nossa consulta foi realizada em 28 04 2014 24 Lajolo destaca a import ncia de o livro ser um recurso que auxilie e promova a aprendizagem de ser um material integrado s pr ticas tanto pelo conte do oferecido quanto pelas atividades proporcionadas A linguagem do livro deve na percep o da autora ser eficiente O que se pode inferir da que a linguagem deve ser acess vel ao aluno e por ele compreendida Contudo a pr tica de sala de aula tem revelado um cen rio diferente o da n o compreens o por parte de muitos estudantes Diante disso o que se investiga nesta pesquisa como os alunos compreendem as atividades propostas no eixo da leitura no livro did tico A inten o verificar at que ponto a realiza o dessas atividades contribui para a compreens o dos textos e al m disso perceber como se d a rela o aluno livro did tico com e sem a atua o do mediador Procuramos identific
348. ue ele e com que ira alcassa C28 Ele nem se intereseu foi logo Correta querendo saber do ouro isso Apresenta resposta pr xima sugerida mostra que ele tem um mal carater C29 Ele nem se enteressou foi Correta logo querendo saber do ouro Apresenta resposta pr xima sugerida isso mostra que ele tem um mal carater C30 Ele vicou nor mal do mesmo Parcialmente correta jeito quetava dai j da para N o respondeu a segunda quest o peseber o modo dele ser e como ele C31 Ele n o estava nen ligando Parcialmente correta pelos corpos ao redor dobarco N o respondeu segunda quest o e n o tinha nen um pares di medo C32 Eles foram trancados nas Incorreta masmorras demonstra que o N o identifica o trecho a que se refere a quest o capit o e n o e n o tem piedade C33 tudo isso por m n o estava C pia Parcialmente correta interessando a dulaien seus olhos brilhavam porque do alto da g vea de seu barco C34 Ele n o estava interessado Parcialmente correta Respondeu a primeira quest o sobre a rea o do personagem C35 Ele foi mal Parcialmente correta Respondeu a segunda quest o sobre o modo de ser do personagem C36 m por que ele estava normal Incorreta N o responde de acordo com o esperado e de intercado C37 ele n o estava intera ao mais Parcialmente correta seus olho brilhavam porque Responde sobre a rea o do personagem estava pemdurado onde o barco esta D38 Ele n o
349. ugir sosinho D49 Ele embebedou os homens Correta fazendo q eles iam para a ilha A resposta aproxima se da sugerida e quando durmisem podese levar o tesouro D50 ele fez a festa para embebedar Correta eles e depois ele ordenou para que todos v o prara ilha dormir para que ele fuja A resposta aproxima se da sugerida Quest o 9 O texto d uma indica o de que Dulaien iria enganar os piratas O que demonstra isso Resposta no LD Ele sugeriu aos homens que festejassem em terra firme para n o encontrar dificuldade para enganar os tripulantes completamente b bados Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al O capit o ia frente ao Incorreta C pia indevida contr rio de seus comandados parecia sobrio forte e sem sono A2 Ambis o porque ele queria Incorreta tudo para ele Se prende ao car ter do capit o A3 Demonstra ato de imofragio Incorreta de inconsequinte e etc Resposta sem sentido A4 O capit o pirata ia frente ao Incorreta 205 contr rio de seus comandos parecia s brio forte sem sono C pia do texto indevida AS o modo dele falarar Incorreta N o consegue responder quest o A6 Ele queria ingaanar os piratas Incorreta e ia ficar com o ouro todo Repete parte do enunciado da quest o A7 Dulaien que s com todo o Incorreta ouro bem escondido na por
350. ulados do PISA 2000 OECD 2001 que um leitor proficiente deve apresentar habilidades que v o desde recuperar informa o interpretar at refletir sobre a leitura Essas tr s grandes habilidades poderiam ser desdobradas em outras menores Dessa forma temos as habilidades de recupera o localizar informa es expl citas no texto localizar e reconhecer as rela es entre as v rias informa es presentes no texto Como habilidades de interpreta o temos reconhecer o tema ou ideia principal do texto demonstrar uma compreens o global do texto integrar v rias partes de um texto compreendendo as rela es de sentido entre elas interpretar os v rios sentidos da linguagem em uma parte do texto ex o sentido provocado pelo uso de uma determinada palavra express o ou frase levando se em conta o texto como um todo E por fim temos as habilidades de reflex o construir conex o entre uma informa o expressa no texto e aquelas j conhecidas construir compara o ou v rias conex es entre o texto e outros conhecimentos da experi ncia pessoal avaliar criticamente um texto ou uma determinada parte ou caracter stica dele refletir sobre o conte do do texto Uma das habilidades envolvidas na leitura a de an lise do texto do seu todo e de suas partes O entendimento do todo e das partes de que o texto feito ajuda tanto no processo de produ o como no de compreens o De modo a considerar aspectos relevantes na an lise
351. unos trabalharam sozinhos ou foram parcialmente assistidos A partir dos objetivos propostos no trabalho foi poss vel constatar que a media o favorece significativamente a leitura a compreens o do texto e a realiza o das atividades propostas em uma se o de leitura Quando n o mediados grupo A os alunos conseguiram realizar com sucesso apenas duas quest es das dez que haviam sido propostas na atividade aplicada Essas quest es contudo foram acertadas por todos os demais grupos As mais erradas pelo grupo s o as que mobilizaram habilidades como demonstrar compreens o global do texto relacionar informa es inferir informa o impl cita no texto e identificar exemplo no texto para justificar a resposta A c pia foi comum neste grupo no registro de respostas Os alunos que contaram com a media o na leitura do texto grupo B obtiveram bom resultado em quatro quest es que mobilizam as habilidades de identificar a informa o e levantar hip teses sobre essa informa o perceber a inten o do uso de determinado termo recuperar o referente dele e inferir a generaliza o imposta pelo plural do termo relacionar informa es metalingu sticas a informa es localizadas no texto e fazer infer ncia a partir da compreens o global do texto Esse grupo obteve melhor resultado em quest es cujo foco era o texto ou seja sua compreens o global isso se deve estrat gia de media o realizada Uma constata o fo
352. upo C Consequ ncias do ensino da leitura apresenta os dados do grupo D Al m da evid ncia do n mero representado em tabelas os exemplos de respostas dadas pelos alunos s o tamb m indicativos de como os alunos de cada grupo agiram diante da atividade de leitura do livro did tico A hip tese no in cio desta pesquisa era a de que o grupo A por n o receber nenhum tipo de media o demonstrasse mais dificuldade na realiza o de atividades do que os outros grupos e isso poderia ser evidenciado nas respostas dadas pelos alunos desse grupo Al m disso esperava se que o grupo D aquele que recebeu media o durante a leitura do texto e na execu o das perguntas conseguisse demonstrar maior porcentagem de acerto nas quest es e maior compreens o do que os outros grupos A expectativa para o grupo B aquele que recebeu a media o durante a leitura do texto era a de que ele demonstrasse maior porcentagem de acerto do que os grupos A e C Acredit vamos que o aluno capaz de compreender o texto pudesse responder a qualquer pergunta sobre ele Para o grupo C que recebeu media o na leitura das perguntas esper vamos uma porcentagem maior de acertos 112 do que o grupo A e menor do que os grupos B e D pois o fato de entender as perguntas sem supostamente ter compreendido o texto pudesse ocasionar dificuldades para a elabora o das respostas Assim nas se es a seguir s o apresentados os resultados desses grupos e
353. ura dos alunos 2012 189f Disserta o de Mestrado Faculdade de Letras da UFMG Belo Horizonte 2012 DELLVISOLA Regina L cia P ret Leitura infer ncia e contexto sociocultural Belo Horizonte Formato editorial 2001 248p DELL ISOLA Regina L cia P ret Aula de Portugu s Par metros e perspectivas Col Proleitura v 6 Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2013 156p DIAF RIA C amp PINTO M Construindo Consci ncias Portugu s 6 s rie 1 ed S o Paulo Scipione 2007 p 82 DIEB Messias A leitura na sala de aula In COSCARELLI Carla V Leituras sobre a leitura passos e espa os na sala de aula Col A leitura em todas as reas do conhecimento v 1 Belo Horizonte Vereda 2013 192p p 36 59 DOLZ Joaquim SCHNEUWLY Bernard G neros orais e escritos na escola Tradu o e organiza o Roxane Rojo e Gla s Sales Campinas SP Mercado das Letras 2004 320p FREIRE Paulo A import ncia do ato de ler em tr s artigos que se completam 22 ed S o Paulo Cortez 1988 80p GERALDI J W Concep es de linguagem e ensino de portugu s In GERALDI J W Org O texto na sala de aula leitura e produ o Cascavel Assoeste 1984 p 41 49 GERALDI J W Concep es de linguagem e ensino de portugu s In S O PAULO Estado Secretaria da Educa o Coordenadoria de Estudos e Normas Pedag gicas O ensino de l ngua portuguesa S o Paulo SE CENP 1985 L ngua Portuguesa I GERALDI
354. va Caracter sticas Usos e Possibilidades In Caderno de Pesquisas em Administra o v 1 n 3 S o Paulo 1996 p 1 5 NICOLA J amp INFANTE U Portugu s Palavras e ideias 7 s rie 6 ed S o Paulo Scipione 1991 p 71 72 OECD Manual for the PISA database OECD 2001 OECD amp UNESCO Programme for International Student Assessment OECD amp UNESCO 2001 PERFEITO A M Concep es de linguagem e an lise ling stica diagn stico para propostas de interven o In ABRAH O M H V GIL G RAUBER A S Org CONGRESSO LATINO AMERICANO SOBRE FORMA O DE PROFESSORES DE L NGUAS 1 2006 Florian polis Anais Florian polis Universidade Federal de Santa Catarina 2007 p 824 836 PERRENOUD P Avalia o da excel ncia regula o das aprendizagens entre duas l gicas Porto Alegre Artes M dicas Sul 1999 184p RANGEL Egon Livro Did tico de L ngua Portuguesa O Retorno do Recalcado In DION SIO Angela BEZERRA Maria Auxiliadora org O livro did tico de portugu s Rio de Janeiro Lucerna p 13 20 2 ed 2003 172 RANGEL Egon Material adequado escolha qualificada uso cr tico In CARVALHO Maria Ang lica Freire de MENDON A Rosa Helena Pr ticas de Leitura e Escrita Bras lia Minist rio da Educa o 2006 p 103 107 ROJO Roxane BATISTA Ant nio Augusto G orgs Livro Did tico de L ngua Portuguesa Letramento e Cultura da Escrita Campinas SP Mercado de
355. vidades para complementar suas aulas 9 P O livro did tico eu utilizo sempre com aux lio de algum outro material porque na 10 maioria das vezes ele n o oferece suporte suficiente que possa esclarecer as 1l d vidas dos alunos e que possa oferecer conheci aquele tipo de conhecimento 12 que a gente busca fornecer para os alunos N o tudo que voc encontra no livro 13 did tico ent o alguma coisa voc tem que complementar Trechos da entrevista da professora Ana Para complementa o de atividades Ana fazia busca em outros livros did ticos acreditando que eles pudessem oferecer atividades e textos mais interessantes pesquisava tamb m na Internet Sobre as principais dificuldades dos alunos Ana acredita que eles precisam de mais ajuda na leitura e interpreta o de texto Segundo ela a dificuldades dos alunos est concentrada na dificuldade de ler textos grandes e compreender algumas palavras 33 P Oh Na leitura dos textos os alunos reclamam bastante porque os textos s o 34 muito grandes geralmente s o grandes E nas quest es tamb m eles t m bastante 35 dificuldade tanto que o tempo inteiro eu tenho que ficar ajudando o tempo todo 36 porque eles n o conseguem entender o enunciado das quest es E s vezes assim 37 s de voc chegar e explicar o significado de uma palavra eles j conseguem 38 resolver 150 s vezes quest o pouca s
356. voc qual que a leitura que voc faz dessa turma Qual que a percep o a imagem que voc tem desses meninos num todo P A turma uma turma de alunos assim que tudo o que voc desenvolve com eles prop e para eles eles desenvolvem n uma turma que tem um n vel de de profici ncia mais alto mais alto que as demais e assim falante por ser uma turma cheia mas acontece que uma turma assim que tem as melhores notas uma turma de alunos que demonstram mais interesse que tem mais preocupa o que questionam mais ent o mais ou menos isso E E quais os aspectos esses seriam a maior parte de aspectos positivos e os aspectos negativos dessa turma al m dessa quest o de serem falantes se voc tivesse que apontar mais uns dois ou tr s aspectos negativos o que voc diria deles P Eu diria a indisciplina de alguns alunos que atrapalham o restante da turma E Ok Ana obrigada P De nada 180 AP NDICE E Transcri o da entrevista com a professora Rosa E entrevistadora P professora 1 E Eu gostaria que voc se apresentasse e falasse um pouco da sua experi ncia como 2 professora 4 P T meu nome Rosa eu trabalho j h doze anos com l ngua portuguesa 5 gosto muito de trabalhar com isso e assim a experi ncia boa porque eu trabalhei 6 muito tempo com o Ensino M dio e h pouco tempo que eu trabalho mais com o 7 Fundamental 8 E E voc ach
357. volta do meio que comprovam a resposta dia D47 2 dia e Meio Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos de acordo com a sugest o do LD e n o justifica com trechos do texto D48 Aproximadamente um dia e Correta infere a partir das marcas temporais o tempo meio da hist ria e cita trechos do texto que justificam a Com certeza tinha sido resposta atingido a note uma tempestade Au cair da noite os festejos a bordo Alta hora da madrugada Duas horas depois No dia seguinte ao meio dia D49 dois dias e meio Incorreta n o conseguiu estabelecer a dura o dos fatos de acordo com a sugest o do LD e n o justifica com trechos do texto D50 No mascimo durou dois dias Parcialmente correta a aproxima se bastante da sugest o de resposta do LD mas n o justifica a resposta com trechos do texto Quest o 4 O nome de um dos navios j d pistas dos caminhos que ser o percorridos nessa viagem O que podemos supor a partir do nome desse navio Resposta do LD Sem rumo sugere que n o h rota definida os piratas desviaram se do caminho programado e vieram parar nas costas do Maranh o Grupo sujeito Repostas registradas Observa es Al Que n o tem rumo a viagem Correta Identifica o nome do navio e interpreta o seu vai pra onte quiser significado Sem rumo A2 Sem rumo sem dire o Correta Identifica o nome do navio e interpret
358. vra descoberta presente na quest o n o expl cita no texto para responder quest o necess rio que o aluno demonstre compreens o dos sete par grafos iniciais do texto No terceiro par grafo do texto h a primeira pista para constru o dessa resposta quando o capit o pirata exclama Que sorte exclamou de repente N o acredito no que estou vendo Vou procurar imediatamente um bom local para lan ar ncora Esta era a grande oportunidade que eu esperava na vida Para responder ent o necess rio que o aluno associe o conte do do par grafo destacado a um conhecimento pr vio do que um pirata como ele caracterizado quais s o seus anseios s s ef ATS 29 3 e que tipo de atitudes normalmente demonstra para inferir o que sorte ou a grande oportunidade a que se referia o personagem No quarto par grafo para entender que descoberta refere se a um navio tombado o aluno tamb m deve compreender o sentido do trecho O que tanto encantava Dulaien era uma nau portuguesa com a cruz de malta estampada em suas velas estava adernada a estibordo Seria preciso entender que navio a nau portuguesa com a cruz de malta As palavras adernada e estibordo s o espec ficas do campo sem ntico da navega o e podem ser pouco usuais no universo dos alunos Pela mesma forma nau e cruz de malta podem n o ser usuais no universo deles Mes
359. vro did tico de L ngua Portuguesa c ii ererreeeereereranas 56 2 3 4 1 As quest es de leitura no LDP usasse ssa as doa e asa Dig sad 61 3 METODOLOGIA asas reason CG a CU A A a e 66 ILA pesquisar RR ain A GER COR GUS TESS la SS O AR a PR 66 DA EO AE rei a A AR ce Ped LG a a D 68 3 1 1 l Obj tivo Geral credo eo di dl a a E RD CD a RR R 68 DA Obj tivos ESPEC ICOS srs iraan ion Anda RE aa E SD A 68 3 2 Campo e Sujeitos da Pesquisas saessissairo puros Ia EL ET COR DE 69 Disco la CAMPO tios mattos SA SI So ou tida Rs 8 a a OR de 69 DDD O SUCO SO quo cia dd a Ud LR A 70 3 2 2V Osal NO S SR DR RN CRASE DADE DRA UNREAD RR e URNA SRD RA 71 IAIA NA A e Se a dd AE E E EAE E E a da 12 3 3 Procedimentos adotados e materiais ssnssssseeessseeeesssertesssrreesssrtesssereessseressssrressserees 74 3 3 1 Procedimentos e atividades TealizadosS sjsasiao aero ssa Ennaai Mion an Dad deal a a a aa 74 33 20 material usad ssa usa ia asi notada EE 71 Ss 1A cole o did tica sents e E EE E E A E A E A ES TI 3 3 2 2 O livro do sexto ano E RO E RR 78 3 3 2 3 A unidade e atividades de leitura soonenssneeeesseeoesssereesssetesssrresssereesssrressssrressserees 81 3 5 A atividade de leitura aplicada srt as ag bd atas Laa sata Roda 86 3 6 Como os dados foram analisados rear r eras r aeee rea a aerea anna 91 4 O PAPEL DA MEDIA O NA LEITURA E NAS ATIVIDADES DE COMPREENS O TEXT UAL assassina Sa LR ES US a 95 4 1
360. xemplo de atitude autorit ria trancado no por o a p o e Faltou caracterizar o personagem gua B21 Mau Parcialmente correta Caracteriza mas n o exemplifica B22 No final do texto que ele deixa Incorreta seus tripulantes na ilha D exemplo de atitude B23 O Jean Thomas Durlaien Incorreta deixou se homens bebado so D exemplo de atitude para ficar com o ouro que os piratas e ele encontraram B24 No final do texto Incorreta B25 Um barquinho afastou se Incorreta sorrateiramente a ilha rumo D exemplo de atitude ao sem piedade Era o Daulien que s com todo o todo ouro C26 O capit o dos piratas Vamos Parcialmente correta todos para terra Quero que Apesar da resposta caracterizar o personagem e dar um meus homens descasem ao ar exemplo de uma atitude que o classifica como liver autorit rio C27 Ele era o capit o e comandava Correta seus homens Ele n o foi uma Ao cham lo de mau aproxima se de autorit rio pessoa muito boa porque D exemplo de atitude ordenou seus homens para pegar todo o ouro e fez uma festa contendo bebida alcolica e seus homens ficaram bebados e foram descansar em uma ilha Nesse momento o capit o pegou todo ouro e fugio pra Europa C28 Ele era sem car ter por roubar Parcialmente correta sacos e arcas abarrotados de Ao cham lo de sem car ter aproxima se de moedas e lingotes de oro de autorit rio um barco e foram festejar D exemplo de atitude aut

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