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1. Unidade Regimento Interno Embrapa Informa o Tecnol gica SCT Delibera o no 14 de 05 12 2003 Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Delibera o n 6 de 21 11 2006 DPD Secretaria de Rela es Internacionais SRI Delibera o n 2 de 19 02 2010 Secretaria de Comunica o Secom Delibera o n 7 de 28 02 2011 106 Quadro 3 9 Unidades centrais e descentralizadas da Embrapa com atribui es relacionadas direta ou indiretamente transfer ncia de tecnologia e respectivos regimentos internos continua o Secretaria de Neg cios SNE Delibera o n 5 de 04 04 2012 Departamento de Transfer ncia de Tecnologia DTT Delibera o no 10 de 01 07 2014 Servi o de Produtos e Mercado SPM nome s ntese Delibera o n 7 de 04 04 2012 Embrapa Produtos e Mercado Secretaria de Intelig ncia e Macroestrat gia SIM Delibera o no 9 de 01 07 2014 Secretaria de Gest o e Desenvolvimento Delibera o no 8 de 01 08 2014 Institucional SGI Fonte elabora o pr pria com base em Embrapa 20144 A partir da leitura dos regimentos internos os quais est o dispon veis ao p blico em geral na internet EMBRAPA 2014d poss vel apresentar as finalidades das unidades centrais e descentralizadas que atuam com a es de transfer ncia tecnol gica bem como a intersec o e ou poss veis sombreamentos existentes entre elas Os Quadros 3 10 a 3
2. Figura 3 8 Macroprogramas carteiras de projetos de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Fonte elabora o pr pria com base em Embrapa 2014c Por sua vez a Figura 3 9 apresenta a distribui o no mbito dos seis Macroprogramas dos 1 304 projetos em execu o na programa o do Sistema Embrapa de Gest o em 2012 94 1 304 1 400 1 200 1 000 800 d s di 501 400 Sa 200 2 58 91 EM E MP1 MP2 MP3 MP4 M5 MP6 Total Figura 3 9 Total de projetos em execu o no Sistema Embrapa de Gest o em 2012 Fonte Embrapa 2013c p 42 Por meio dos Macroprogramas a empresa busca articular os agentes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria SNPA bem como programar sua atua o cient fica e tecnol gica A Embrapa faz a gest o t tica da PD amp I utilizando se dos instrumentos dos macroprogramas tais como os projetos de PD amp l as fontes de financiamento e os mecanismos para indu o de projetos espec ficos EMBRAPA 2014c Como esclarecem Bin et al 2011 no contexto dos macroprogramas a prioriza o e a sele o de projetos de PD amp l ocorrem a partir de chamadas organizadas com base na agenda estrat gica institucional Os m ritos cient fico e estrat gico s o os crit rios utilizados para a sele o do projeto Para identifica o de demandas tecnol gica e oportunidades a empresa realiza consulta aos atores externos principalmente por meio de conselhos assessores inst ncias colegiadas c
3. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA IBGE Pesquisa de Inova o 2011 Rio de Janeiro 2013 Dispon vel em http www pintec ibge gov br downloads pintec201 1 20publicacao 20completa pdf Acesso em 04 mar 2014 INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL INPI Propriedade Industrial Institui es de Pesquisa N o Acad micas Brasileiras Utiliza o do Sistema de Patentes de 1990 a 2007 Diretoria de Coopera o para o Desenvolvimento Abril 2011 INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL INPI CONFEDERA O NACIONAL DA INDUSTRIA CNI A caminho da inova o prote o e neg cios com bens de propriedade intelectual guia para o empres rio JULGMANN D de M BONETTI E A Bras lia IEL 2010 KLINE S ROSENBERG N An Overview of Innovation In LANDAU R ROSENBERG N orgs The Positive Sum Strategy Washington DC National Academy of Press 1986 LEITE J P de A A coordena o na implementa o interorganizacional de pol ticas elementos para um referencial anal tico Tese Doutorado em Desenvolvimento Econ mico Espa o e Meio Ambiente Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas 2011 356 LEITE M A de A MASSRUH S M F S EVANGELISTA S R M SOUZA K X S de Tecnologias emergentes futuro e evolu o tecnol gica das AgroTIC In MASSRUHA S M F S LEITE M A de A LUCHIARI Jr A ROMANI L A dos S ed t cnicos Tecnologias da Inf
4. NOLAN R L Managing the computer resource a stage hypothesis Communications of the ACM v 16 no 7 p 399 405 July 1978 NORTH D C Custos de transa o institui es e desempenho econ mico Tradu o de Elizabete Hart Rio de Janeiro Instituto Liberal 1990 36 p S rie Ensaios amp Artigos OCDE Manual de Oslo Diretrizes para a coleta e interpreta o de dados sobre Inova o 32 edi o OCDE 1997 Dispon vel em lt http www mct gov br upd blob 0026 26032 pdf gt Acesso em 07 ago 2014 OLIVEIRA D GAZOLLA M SCHNEIDER S Produzindo novidades na agricultura familiar agrega o de valor e agroecolocia para o desenvolvimento rural Cadernos de Ci ncia amp Tecnologia Bras lia v 28 n 1 p 17 49 jan abr 2011 PAIVA R M Moderniza o e dualismo tecnol gico na agricultura Pesquisa e Plajemaneto v 1 n 2 p 171 234 dez 1971 PEIXOTO M Avalia o da PNATER uma an lise do relat rio de auditoria do TCU Anais do 52 Congresso da SOBER Sociedade Brasileira de Economia Administra o e Sociologia Rural Sober Goi nia 27 a 30 de julho de 2014 PENROSE E T The theory of the growth of the fi rm 2nd ed New York John Wiley 1959 PENTEADO FILHO R C Diagn stico e propostas de solu es para a transfer ncia de tecnologia numa empresa p blica de pesquisa agropecu ria o caso Embrapa Revista de Ci ncias da Informa o e da Comunica o do Cetag Lisboa PT
5. com vistas ado o de uma vis o interativa entre a gera o e o uso dos conhecimentos e tecnologias geradas como sustentam Mendes 2009 e Bin et al 2013 O pr ximo conjunto de fatores end genos relacionado aos aspectos jur dicos que permeiam as parcerias institucionais a defini o da propriedade intelectual e a orienta o do Tribunal de Contas da Uni o TCU em auditar resultados de pesquisas da empresa A necessidade de articula o de parcerias da Embrapa com entes p blicos e privados permeou as diversas mudan as e a es de transfer ncia tecnol gica pelas quais a empresa passou desde a sua cria o como apresentaram Atrasas et al 2012 Segundo Penteado Filho 2010 a Embrapa buscou consolidar sua rede de relacionamentos institucionais passando a atuar na centralidade da rede como intermediadora da rela o entre os agentes do agroneg cio principalmente em parcerias voltadas para a es de P amp D Nesse sentido Contini e Andrade 2013 exemplificam v rias parcerias que a empresa celebrou com a iniciativa privada no entanto a maior parte com foco em P amp D Apesar deste esfor o a empresa encontra dificuldades em firmar parcerias especialmente em etapa posterior P amp D para a coloca o do resultado da pesquisa no mercado principalmente se envolver co titularidade de propriedade intelectual Nota se uma tens o acirrada sobre o assunto e uma discord ncia de opini es entre os especia
6. e Caracter sticas da tecnologia a tecnologia possibilita elevar produtividade e ou economizar m o de obra aumento da complexidade das solu es em TI custo da tecnologia falta de treinamento solu es de TI que n o respondem a uma realidade concreta do produtor rural f Fatores sist micos condi es dos segmentos da cadeia produtiva em que o empreendimento agr cola est inserido bem como as institui es e organiza es que lhe prov m suporte tecnol gico de informa es e financeiro Abrangem a infraestrutura f sica energia telecomunica o armazenamento b infraestrutura de ci ncia e tecnologia universidades e institutos de pesquisa p blicos e privados e educa o b sica Em se tratando de solu es em TI envolve fatores como infraestrutura de telecomunica o e internet acesso a computador tablet e ou smartphone pelo agricultor redes sociais solu es m veis 9 H outras dimens es de an lise a sugerir 378 Ap ndice III Roteiro de Entrevista Portugal Institui es de Pesquisa Ensino de Portugal Apresenta o Este instrumento objetiva levantar informa es para subsidiar a tese da estudante C ssia Mendes sobre transfer ncia de tecnologia agr cola A pesquisa desenvolvida no contexto de questionamento da efetividade da transfer ncia de tecnologias geradas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Embrapa A Embrapa criada em 1973 reconhecida pela sua c
7. es e os diferentes n veis de atividades dos entrevistados refletem a estrutura e a integra o dos n veis de gest o estrat gico t tico e operacional do Sistema Embrapa de Gest o SEG conforme Figura 0 1 09169 e1 S9 DAS Desenv Instit ooneL COMIT GESTOR DA PROGRAMA O CGP Poa O a Epa ES CIMP CIMP Ea cp O eme jeuojogisdo A PDUs BROS Planosde Gest o A Figura 0 3 Estrutura do Sistema Embrapa de Gest o SEG Fonte Embrapa 2004b 370 reas de atua o dos especialistas agricultura de precis o agricultura familiar e desenvolvimento agrometerorologia agroneg cio desenvolvimento sustent vel da agropecu ria an lises de transa es entre supermercados e produtores rurais cobertura vegetal e uso da terra cooperativismo agr cola desenvolvimento agr cola da Amaz nia desenvolvimento de hortali as resistentes doen as engenharia agr cola engenharia da produ o extens o rural e assist ncia t cnica extrativismo vegetal fisiologia vegetal fitopatologia e melhoramento vegetal hist ria agr ria do Brasil inova o tecnol gica na agricultura avalia o de impacto socioecon mico dos recursos naturais e de programas sociais e de pesquisa movimentos sociais e organiza es rurais pol ticas p blicas 371 instrumenta o e automa o agropecu ria instrumenta o para manejo de irriga o ins
8. fazendo refer ncia busca por alguns empregados por executar atividades que no sistema de avalia o individual possuem maior n vel de impacto de atividade NIA Um exemplo nesse sentido que se o empregado publicar tr s boletins de pesquisa da s rie Embrapa isso vale mais do que publicar na revista Science O racioc nio quanto de NIA eu consigo fazer com o menor esfor o Isso ocasiona uma avalia o de desempenho enviesada e que n o favorece o desenvolvimento de novas tecnologias e a inova o Al m da revis o dos indicadores foi apresentada a necessidade da Embrapa mostrar ao pesquisador novo que preciso haver um equil brio entre a dedica o ao paper ao perfil cient fico e a dedica o para se pensar na solu o de problemas do Brasil No tocante aposentadoria de empregados da Embrapa foi apontado outro aspecto o fato de empregados continuarem trabalhando na empresa ap s a aposentadoria sem a defini o de um crit rio objetivo de quem fica e quem n o fica o que restringe a renova o do quadro de pessoal O Quadro 5 10 apresenta uma s ntese dos condicionantes mencionados e Qualis um sistema de avalia o de peri dicos mantido pela Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes 238 Quadro 5 10 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional gest o de pessoas Fatores condicionantes end genos Element
9. irriga o meteorol gica A N na i AAN ADMINISTRA O i Ss x i E GEST O Controle de e as Internet ambientes J CP ga 9 Fa Pa a 9 e7 TELECOMUNICA ES Zee TO 7 7 E INTERNET E ade Figura 4 6 Classifica o das aplica es de tecnologia da informa o para agricultura Fonte Zambalde et al 2011 p 43 No primeiro grupo tecnologias de administra o e gest o est o as aplica es gen ricas como banco de dados processador de texto e planilhas eletr nicas e outras de car ter gerencial como sistemas cont beis e financeiros controle de estoque gest o de pessoas comercializa o de produtos manuten o de equipamentos controle da produ o em agroind stria e sistema de suporte a decis o No grupo de tecnologias de controle monitoramento e rob tica encontram se sensores controladores redes monitores e atuadores aplicados agricultura e zootecnia de precis o e aos processos de gest o agroindustriais sistemas de rastreabilidade tecnologias de identifica o eletr nica 154 e sistemas de informa es geogr ficas e de posicionamento No elenco do terceiro grupo tecnologias de telecomunica es e internet h possibilidade de intera o e integra o de dados culminando com a gera o combina o e difus o de informa o conhecimento como por meio de portais web de informa o com rcio eletr nico servi os de e governo e aplica es m veis ZAMBALDE ET
10. o A partir de Em 2010 cria o da Diretoria de Transfer ncia de Tecnologia e do 2010 Departamento de Transfer ncia de Tecnologia DTT este ltimo com a miss o de desenvolver metodologias e pol ticas para dar maior alcance transfer ncia dos produtos e resultados de pesquisas desenvolvidas na Embrapa para os setores produtivos Em 2012 a antiga AIT foi substitu da pela Secretaria e Neg cios SNE respons vel por coordenar a implanta o de estrat gias de neg cios a pol tica de seguran a da informa o a gest o de procedimentos de propriedade intelectual e implanta o da legisla o relativa ao processo de inova o tecnol gica da empresa Fonte elabora o pr pria com base em Bragantini 2011 com adapta es A partir de 2010 houve uma reestrutura o organizacional tendo como um dos objetivos perseguidos o fortalecimento de a es de transfer ncia Ela apresentou reflexos nas unidades centrais e descentralizadas que atuam com a es correlatas transfer ncia de tecnologia De acordo com os seus respectivos regimentos internos as unidades centrais e descentralizadas que desenvolvem a es correlatas transfer ncia tecnol gica direta ou indiretamente s o as listadas no Quadro 3 9 Quadro 3 9 Unidades centrais e descentralizadas da Embrapa com atribui es relacionadas direta ou indiretamente transfer ncia de tecnologia e respectivos regimentos internos
11. o e as envia em tempo real para a ag ncia de extens o indiana Esta ag ncia tem software que faz a an lise a partir das fotos e recomenda o procedimento a ser adotado pelo produtor Por exemplo se a infesta o for de 10 a recomenda o pulverizar apenas acima de 20 A resposta tamb m em tempo real E esse modelo tamb m est conectado com o instituto de pesquisa Por exemplo se aparece uma doen a diferente e a extens o v a velocidade de infesta o a equipe de pesquisa avisada e ent o faz uma visita propriedade do produtor rural Nesse exemplo a pesquisa representa 10 das situa es dif ceis e situa es diferentes na lavoura e quase 90 rotina resolvida pela extens o j com pesquisas anteriores Esse um modelo barato n o tem que ter carro di ria demorar v rios dias para dar resposta ao agricultor Vai ter equipes mais enxuta e eficiente e dar resposta mais r pida ao produtor rural Embrapa n o extensionista A dimens o pol tica em particular a organiza o do Estado brasileiro e a exist ncia de dois minist rios ligados ao mundo rural tamb m foi mencionada como fator relevante e que influencia a pesquisa e a transfer ncia de tecnologia 200 A exist ncia de dois minist rios protagonistas n o deveria ser um problema se a divis o se referisse apenas ao p blico clientela de cada um o Minist rio do Desenvolvimento Agr rio MDA voltado para a agricultura familiar e o M
12. o entre a velocidade da ado o da nova tecnologia a taxa de lucro do adotante e o custo de entrada Paiva 1971 condicionava a difus o tecnol gica na agricultura ao que chamou de dualismo tecnol gico ou seja uma agricultura caracterizada por um segmento tradicional e retardat rio e outro segmento moderno em crescimento O enfoque da inova o tecnol gica induzida de Hayami e Ruttan 1988 considerava os pre os relativos dos insumos como sinalizadores das dire es inovativas na agricultura Trabalhos de abordagem neo schumpeteriana dentre os quais os de Rosenberg 1979 Freeman 1982 Dosi 1982 e Nelson e Winter 2005 avan aram no sentido de eliminar as fronteiras entre difus o transfer ncia ado o e inova o tecnol gica Para esta abordagem a difus o a ado o e a inova o integram se sendo que a difus o leva a novas inova es Segundo Furtado 2006 as contribui es desta teoriza o conduziram supera o entre gera o difus o ado o e inova o pois embora n o completamente confundidos tais processos se sobrep em num cont nuo de mudan as tecnol gicas no qual o processo de aprendizagem tem um papel fundamental Com foco na agricultura e apoio te rico na corrente neo schumpeteriana Vieira Filho e Silveira 2012 trataram da import ncia da aprendizagem e da capacidade de absor o de conhecimentos como uma abordagem alternativa do crescimento agr cola A tese se situa n
13. o tecnol gica de pa ses o caso dos Estados Unidos que no final do s culo XIX conseguiram alcan ar a Inglaterra e se consolidaram na lideran a econ mica e tecnol gica em n vel mundial ap s a Primeira Guerra SBICCA E PELAEZ 2006 27 al 1988 que elucidaram melhor o conceito acerca das mudan as t cnicas Nelson 1993 e Edquist 1997 analisaram as diferen as entre os sistemas nacionais de inova o de pa ses Aqui cabe a defini o de elementos centrais mencionados sistema inova o e nacional Um sistema constitu do por um conjunto de elementos relacionados ou conectados entre si sendo capaz de formar uma unidade um complexo de elementos em intera o A inova o segundo Nelson e Rosenberg 1993 um processo no qual as firmas apreendem e introduzem novas pr ticas produtos desenhos e processos A inova o precisa ter um car ter interativo entre os diversos elementos ou atores relacionados No caso de sistema de inova o os diversos atores institutos de PD amp i universidades iniciativa privada governo rg os de financiamento e fomento correspondem os elementos do sistema cujas institui es intera es entre os elementos contribuem para o desempenho inovativo do conjunto SBICCA E PELAEZ 2006 Assim sendo um sistema de inova o composto por elementos e rela es os quais interagem na produ o difus o e utiliza o de novos conhecimentos economicamente tei
14. Box 3 3 Parceria p blico privada Embrapa e empresa incubada O Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnol gica e Transfer ncia de Tecnologia Proeta criado em 2001 visa promo o do agroneg cio mediante a transfer ncia de tecnologias por meio da incuba o de empresas 28 Um exemplo de empresa incubada na Embrapa o da Sabor Tropical graduada do Proeta Em 2012 a Embrapa Agroind stria Tropical uma das unidades de pesquisa da Embrapa e suas parceiras depositaram no Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI um pedido de patente referente tecnologia para concentra o de extrato com elevado teor de carotenoides corante a partir do res duo do ped nculo do caju O pedido de patente resultado de um trabalho de pesquisa entre os parceiros que t m como objetivo a obten o de produtos de alto valor agregado utilizando como http hotsites sct embrapa br proeta noticias incubacao graduadas embrapa agroindustria tropical sabor tropical 22 As parcerias s o com o Centro de Coopera o Internacional em Pesquisa para o Desenvolvimento Agron mico CIRAD da Fran a e o Centro Internacional de Estudos Superiores em Ci ncias Agron micas Montpellier Supagro 133 mat ria prima o res duo da produ o industrial do suco de caju O objetivo potencializar o uso do res duo baga o descartado ap s seu processamento na ind stria de sucos O processo via
15. Dicotomia entre agricultura familiar e agricultura empresarial O ns z 5 E A vis o dicot mica das pol ticas p blicas brasileiras politizada e por isto o atrapalha a aloca o e uso dos recursos E Uso de tecnologia da informa o no campo mais direcionado para os filhos do produtor rural facilita a transfer ncia de tecnologia no entanto a maioria dos estabelecimentos n o tem sucess o Uso de TI amp Realidades muito distintas no Brasil quanto infraestrutura particularmente no que se refere energia el trica e internet E Car ncia na estrutura do sistema educacional no meio rural E Elevada taxa de analfabetismo no meio rural Baixo n vel educacional restringe a compreens o das tecnologias de processo que s o complexas e correspondem a maior parte das que n o s o transferidas Elevado grau de avers o ao risco relacionado dificuldade do agricultor Educa o E para o c lculo do seu risco financeiro Desinteresse do produtor rural por certas tecnologias que aparentemente diminuem sua lucratividade em curto prazo pois ele n o consegue avaliar o ganho do sistema produtivo ao longo prazo 208 Quadro 5 4 Fatores condicionantes ex genos organiza es e outros atores da agricultura consumidores atacado varejo produtor rural fornecedores continua o Fatores condicionantes ex genos Elemento Hierarquia da cadeia produtiva Inibem Dec
16. O Quadro 5 20 sintetiza as proposi es Quadro 5 20 Perspectiva futura proposi es oportunidades e tend ncias da tecnologia da informa o aplicada agricultura Proposi es Melhorar a prospec o de demandas em TI junto ao produtor rural Aprimorar o contato direto e a conex o com usu rios finais das tecnologias da Embrapa Inform tica Agropecu ria Realizar a es diretas com produtores rurais para identificar suas demandas em termos de solu es em TI e retroalimentar a pesquisa com essas informa es E Usar na Embrapa um modelo de identifica o de demandas de projetos de pesquisa semelhante ao do usado pela Embrapii para possibilitar que a solu o tecnol gica gerada seja incorporada na agricultura Adotar na Embrapa a identifica o de demandas de pesquisas semelhante praticada pelo Agricultural Research Service ARS junto aos agentes da agricultura americana por ocasi o de seu planejamento estrat gico anual Dar a velocidade adequada os processos de transfer ncia de tecnologia principalmente quando envolver a iniciativa privada Oportunidades Tend ncias e Perspectivas E Utiliza o de t cnicas de modelagem e simula o minera o de dados e computa o de alto desempenho para tratar o grande volume de dados moleculares gerados no melhoramento gen tico com apoio da biotecnologia e da bioinform tica 284 Quadro 5 20 Perspectiva futura proposi es oportunidades e tend
17. agricultor e supermercado Figura 3 12 Esquema representativo da transfer ncia levando se em conta o tipo e o trajeto da tecnologia Fonte Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 p 14 Para as tecnologias de base f sica o caminho mais complexo no qual h a participa o de agentes que atuam como consumidores intermedi rios sementeiro ind strias de m quinas e equipamentos de fertilizantes aliment cias respons veis pela multiplica o das tecnologias para que cheguem ao consumidor final por meio de outros agentes as redes de estabelecimentos atacadistas e varejistas de distribui o supermercados e feiras J o caminho tra ado pelas tecnologias de base instrucional processual menos complexo por possibilitar que o trajeto de deslocamento da tecnologia seja menor do agente gerador a ICT agr cola at alguns consumidores finais extens o rural 122 produtores rurais pesquisadores professores t cnicos por meio de comunica o escrita e falada como esclarecem Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 Exemplos de transfer ncia de tecnologias de base f sica e instrucional processual s o relatados a seguir 3 5 Exemplos de transfer ncia de tecnologia A se o traz exemplos de casos de transfer ncia de tecnologias agr colas de dois tipos tecnologias de base f sica e de base instrucional processual conforme categoria proposta por Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 A tipologia abran
18. concebeu se que havia imperfei es de informa es e que o universo de usu rios n o era previs vel Fatores como a heterogeneidade das empresas adotantes a incerteza e as pluralidade de caracter sticas foram destacados como os que influenciaram as decis es econ micas relacionadas a nova tecnologia FURTADO 2006 No in cio da d cada de 1970 Paiva 1971 discutiu a agricultura dual caracterizada por um segmento tradicional e retardat rio e outro moderno em crescimento O dualismo tecnol gico apontava para a import ncia de fatores que v o al m do processo de ado o tecnol gica Um destes fatores era a intera o entre os diferentes participantes do processo de gera o e difus o tecnol gica objetivando possibilitar a transforma o de um conhecimento experimental em uma tecnologia superior Esta intera o transcendia a mera comunica o como no enfoque da escola difusionista apresentado na se o anterior Outro fator condicionante era a educa o como solu o do problema da agricultura atrasada o que se apresentava de dif cil solu o naquele per odo VIEIRA FILHO E SILVEIRA 2012 Para Paiva 1971 a agricultura era vista como um setor retardat rio em rela o ind stria e o progresso t cnico agr cola era visto como ex geno ao crescimento e desenvolvimento econ mico Havia na agricultura a coexist ncia de agricultores modernos e tradicionais que dava origem ao denominado dualismo tecnol gico Ta
19. es e esfor os de transfer ncia de tecnologia voltados exclusivamente para este p blico meta o que tem reavivado na empresa o debate sobre a necessidade da a o de assist ncia t cnica e extens o e de forma aparentemente localizada certa confus o entre os pap is que a empresa deveria assumir e at onde deveriam ir as atividades p s pesquisa Tamb m foi destacado que o alto grau de avers o ao risco em adotar uma tecnologia se d pela pouca capacidade do agricultor em fazer o c lculo de seu risco financeiro A import ncia da escolaridade para a transfer ncia de tecnologia est bem definida na literatura ver entre outros Alves 2001 Francisco e Pino 2002 Francisco Pino e Vegro 2005 Francisco e Caser 2007 Machado 2008 e Zambalde 305 et al 2011 que considera que o patamar m nimo de instru o necess rio para o agricultor decodificar as instru es da tecnologia vem inclusive se elevando O n vel de instru o do produtor rural tamb m fator condicionante que interfere no acesso a computador e internet Com base nos dados do Censo Agropecu rio IBGE 2006 o trabalho de Mendes Buainain e Fasiaben 2013 relata a concentra o no uso de computador e internet nos estabelecimentos onde as pessoas que os dirigem t m maior grau de instru o segundo grau completo e ensino superior Ouro fator apontado a dicotomia entre agricultura familiar e agricultura empresarial como sendo um falso
20. i melhoria da prospec o de demandas em TI junto ao produtor rural ii realiza o sistem tica de a es diretas com produtores rurais para identificar suas necessidades de solu es em TI para retroalimentar a pesquisa iii a utiliza o na Embrapa de um modelo semelhante 310 ao usado pela Embrapii para garantir que a solu o tecnol gica gerada seja incorporada na agricultura iv a ado o pela Embrapa de levantamento de demandas de pesquisas semelhante ao praticado pelo Agricultural Research Service ARS junto aos agentes da agricultura americana por ocasi o de seu planejamento estrat gico anual e quinquenal Uma das sugest es refere se necessidade de dar mais celeridade nos processos de transfer ncia de tecnologia principalmente quando envolverem a iniciativa privada Ainda do ponto de vista futuro as oportunidades tend ncias e perspectivas da TI aplicada agricultura elencadas teve como t nica a converg ncia tecnol gica como relevante fator condicionante para o avan o da transfer ncia de solu es em TI como apresentado a seguir Esta predomin ncia evidencia um alinhamento entre as falas dos especialistas e a literatura em especial nos trabalhos de Massruh Leite e Moura 2014 Crestana e Fragale 2012 e Massruh et al 2011 Como indicado pelos especialistas a tecnologia da informa o por seu car ter transversal e pervasivo integrar a nanotecnologia biotecnologia a ci ncia
21. o Tecnol gica Bras lia 2014e Dispon vel em lt www embrapa br agencia gt Acesso em 11 abr 2014f EMBRAPA O que o Agropensa Dispon vel em lt www embrapa br web apropensa sistema agropensa gt Acesso em 26 set 20149 EMBRAPA INFORM TICA AGROPECU RIA Produtos Processos e Servi os Dispon vel em lt https Avww embrapa br informatica agropecuaria produtos processos e servicos gt Acesso em 15 nov 2014 EMBRAPA INFORMATICA AGROPECU RIA Relat rio de atividades 2009 2011 Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2012 EMBRAPA INFORMATICA AGROPECU RIA Relat rio de atividades 2012 pesquisa em TI para a agricultura Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2013 FIGUEIRA SAMPAIO A S ZAMBALDE A L Impactos da tecnologia da informa o nos segmentos de produ o e processamento da cadeia produtiva do leite In XV Congresso Latino lberoamericano de Gest o de Tecnologia ALTEC Porto UTEN 2013 FORTEC F rum Nacional de Gestores de Inova o e Transfer ncia de Tecnologia Manual B sico de Acordos de Parcerias de PD amp l Aspectos Jur dicos PIMENTEL L O org EDIPUCRS Porto Alegre 2010 FRANCISCO V L F dos S CASER D V Ado o da internet em Fazendas no Estado de S o Paulo Anais do 60 Congresso Brasileiro de Agroinform tica SBlAgro 2007 S o Pedro SP Brasil 8 11 outubro 2007 Embrapa Inform tica Agropecu ria p 316 320 FRANCISCO V L F dos S MARTIN
22. por exemplo de processo de software c servi os servi os web informa o na internet disponibilizada por obra multim dia consultoria em Tl sistema de produ o informatizado treinamento e capacita o em Tl d ativos de base tecnol gica banco de dados de conte dos de ativos de base tecnol gica tais como de caracteres de germoplasta microorganismos de solos A transfer ncia destas solu es tecnol gicas baseadas em TI objeto de an lise do cap tulo seguinte Alguns das solu es tecnol gicas da Embrapa s o pass veis de prote o propriedade intelectual Com a edi o do Acordo TRIPs Agreement on Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights e a revis o parcial do marco legal brasileiro atinente aos direitos de propriedade intelectual em 1996 a Embrapa observou a necessidade de uma gest o criteriosa de seus ativos intang veis em conformidade com as novas prerrogativas legais No mesmo ano a empresa aprovou sua pol tica de gest o da propriedade intelectual que institucionaliza a prote o dos resultados de pesquisa por meio da Delibera o no 22 96 e a partir deste ano foram editadas resolu es normativas espec ficas para prote o de cultivares e obras de direito autoral A citada delibera o criou no mbito de todas as unidades de pesquisa da Embrapa o Comit Local de Propriedade Intelectual que tem por finalidades a examinar os processos ou produtos gerados pela ativida
23. Considera se invento qualquer processo m quina composi o de mat ria ou qualquer melhoria nova ou adaptada num objeto Pr revela o o pesquisador inventor entra em contato com o Escrit rio de Licenciamento de Tecnologia do MIT para discutir a inven o e receber orienta es quanto avalia o potencial prote o e divulga o do invento Revela o da inven o o processo formal de transfer ncia de tecnologia inicia se com a notifica o do pesquisador inventor por escrito ao Escrit rio de Licenciamento de Tecnologia do MIT por meio de um documento confidencial sobre a inven o e as poss veis alternativas para sua comercializa o que ser o avaliadas 15 Avalia o o Escrit rio de Licenciamento de Tecnologia realiza pesquisas em bases de patentes se aplic vel analisa o mercado e a competitividade de tecnologias similares para estudar o potencial de comercializa o da inven o A avalia o orienta a estrat gia para se focar no licenciamento da inven o para empresa j existente ou a cria o de uma nova empresa start up Prote o A prote o propriedade intelectual Pl de uma inven o tem o prop sito de incentivar uma terceira parte interessada na comercializa o da inven o A prote o competente conforme a natureza da inven o por mecanismos de propriedade industrial e ou direito autoral realizada mediante pedido depositado no Escrit rio de Patentes dos EUA e
24. De acordo com Teece 1986 o regime de apropriabilidade pode ser classificado como forte ou fraco dependendo da natureza da tecnologia e da efic cia do sistema legal em conceder e proteger os direitos de propriedade intelectual Na sua opini o como a propriedade intelectual PI interfere ou qual o papel da Pl no processo de transfer ncia de tecnologia Qual interfer ncia do tipo de regime de apropriabilidade forte ou fraco no processo de transfer ncia tecnol gica na agricultura Quais s os os mecanismos protetivos e qual o papel dos direitos de propriedade intelectual para a prote o de tecnologias da informa o Refer ncias ALVES E Nosso problema de difus o de tecnologia Revista de Pol tica Agr cola Ano XXI no 1 Jan Fev Mar 2012 GRAZIANO F Nova Embrapa Dispon vel em lt http www estadao com br noticias impresso nova embrapa 953231 0 htm gt Jornal O Estado de S o Paulo Mat ria de 20 de out 2012 Acesso em 20 dez 2012 GODINHO M M Inova o e Difus o da Inova o Conceitos e Perspectivas Fundamentais In RODRIGUES M R NEVES A GODINHO M M orgs Para uma Pol tica de Inova o em Portugal Lisboa Publica es Dom Quixote pp 27 51 2008 MALERBA F ORSENIGO L The dynamics and evolution of industries Industrial and corporate change 5 1 1996 pp 51 87 GELB E The EFITA ICT Adoption Questionnaire 1999 2011 Priority Indicators for the Future Anais
25. Embora o acesso internet seja um fator limitante foi ponderado que h outras formas de comunica o com o meio rural que precisam e podem ser ampliadas Como exemplos est o i o uso de servi os de mensagens via SMS por celular utilizados na frica para auxiliar no trabalho da extens o rural e no uso de TI na agricultura e ii a utiliza o de televis o e v deos para a es de forma o junto ao p blico agr cola o que existe no Brasil mas n o em Portugal Para uso destes instrumentos preciso que o desenvolvedor da tecnologia conhe a o contexto no qual seu usu rio est inserido H sempre maneiras de criar solu es para resolver a desafios concretos O que existe a necessidade de olhar para a agricultura como atividade empresarial e ter vis o mais empresarial seja agricultor familiar ou n o Ainda sobre os fatores que condicionam a transfer ncia de tecnologia foi mencionado que h um conjunto de desalinhamentos que interferem nesse processo SMS da sigla em ingl s Short Message Service ou servi o de mensagem curta utilizado para envio de mensagem de texto via celular 292 Os desalinhamentos de v rios tipos representam as dificuldades para ado o da tecnologia da informa o e que surgem por v rios motivos i relacionados pelo lado da explora o agr cola onde pode haver d ficit de capacidade para usar a inova o i m ltiplos agentes que influenciam a tomada de
26. Essa reaproxima o da Embrapa com os sistemas estaduais de pesquisa pode lhe dar condi o essencial para ampliar sua capacidade de interagir com todo o universo da extens o rural assist ncia t cnica cooperativas produtores rurais empresas privadas mas para isso preciso estabelecer estruturas firmes de coopera o com os sistemas estaduais de pesquisa na ess ncia uma condi o que ajudaria a TT da Embrapa Concernente s parcerias entre a Embrapa e o sistema estadual de pesquisa foram mencionados dois casos um exitoso e outro que carece de melhorias O primeiro refere se ao caso da integra o lavoura pecu ria floresta como um exemplo que a Embrapa est tratando bem e com certo n vel de aproxima o com a pesquisa estadual O segundo caso refere se melhoria de sistema leiteiro que poderia ter sido feito muito mais em conjunto mas falta maior integra o entre as institui es Considerando os fatores apresentados quanto fragilidade do SNPA e a necessidade de que ele seja repensado foi destacada uma tentativa de retomada do sistema por meio da Alian a para Inova o firmada em 2013 entre a Embrapa e o Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Consepa Ela significa o renascimento do SNPA em novas bases e mais forte e com intelig ncia estrat gica os novos tempos e os desafios do futuro exigem institui es modernas que fa am das parcer
27. Figura 3 14 P gina inicial do reposit rio Infoteca e O primeiro reposit rio denominado servi o de Informa o Tecnol gica em Agricultura Infoteca e re ne e permite acesso a informa es sobre tecnologias produzidas pela Embrapa por meio de seus centros de pesquisa Os conte dos do reposit rio est o dispon veis em forma de livros para transfer ncia de tecnologia cartilhas programas de r dio e televis o O p blico alvo da Infoteca e formado por produtores rurais extensionistas t cnicos agr colas estudantes e professores de escolas rurais cooperativas e outros segmentos da produ o agr cola Objetivando a maior facilidade em assimila o dos conte dos pelo p blico alvo a linguagem do reposit rio adaptada para possibilitar a apropria o de tecnologias geradas pela empresa O segundo o reposit rio Acesso Livre Informa o Cient fica da Embrapa Alice O reposit rio re ne organiza armazena preserva e difunde na ntegra informa es cient ficas produzidas pela empresa e editadas em obras protegidas pelo direito autoral tais como cap tulos de livros artigos em peri dicos indexados artigos em anais de congressos teses e disserta es e notas t cnicas Este servi o web utiliza 3 Revista editada mensalmente pela Embrapa dispon vel em https www embrapa br pab Dispon vel em http www infoteca cnptia embrapa br 32 Dispon vel em http www alice cnptia embrapa br 13
28. Milho e Sorgo Soja Solos Tabuleiros Costeiros Trigo Universidade Estadual de Campinas Universidade Estadual Paulista e Universidade de S o Paulo Ageitec Coordenadoras Embrapa Informa o Tecnol gica e Embrapa Inform tica Agropecu ria Diagnose Virtual Coordena o Embrapa Inform tica Agropecu ria Parcerias Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto de Pesquisa em Intelig ncia Artificial de Barcelona da Unicamp Faculdade de Engenharia Agr cola e Instituto de Computa o Unidades da Embrapa Hortali as Milho e Sorgo Soja Trigo Instrumenta o Agropecu ria 385 Amaz nia Oriental Meio Ambiente Arroz e Feij o Semi rido Acre e Tabuleiros Costeiros EE asEeN gS sa Invernada Desenvolvimento Embrapa Inform tica Agropecu ria e Embrapa Cerrados Parceiros Bellman Nutri o Animal e AgroSol Solu es em Inform tica para Agroneg cio Sisla Coordena o Embrapa Inform tica Agropecu ria Parceiros Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Embrapa Gado de Corte Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Funda o de Apoio Pesquisa Agropecu ria e Ambiental Gotas Desenvolvimento Embrapa Inform tica Agropecu ria e Embrapa Meio Ambiente Fonte Embrapa Inform tica Agropecu ria 2014 386
29. Propriedade Intelectual e ii a manuten o do Comit Local de Propriedade Intelectual CLPI nas unidades colegiado que ajuda nas orienta es atinentes ao tema a formar massa cr tica e a opinar sobre pol ticas a ele inerentes No entanto uma ressalva foi apresentada de que a prote o propriedade intelectual n o um fim em si mesmo pois muito caro o custo de pagamento das taxas de manuten o das patentes da Embrapa e os licenciamentos n o cobrem estes custos Alguns entrevistados mencionaram que suas unidades de pesquisa tiveram projetos de P amp D auditados sob uma nova perspectiva a de resultados gerados para a agricultura brasileira Isso ocorreu em resposta a uma orienta o do Tribunal de Contas da Uni o TCU de auditar o que a institui o trouxe de benef cios para a sociedade qual foi o resultado gerado para a agricultura brasileira com o uso dos recursos financeiros advindos do governo federa e revela a confusa institucionalidade que rege o setor p blico brasileiro Neste sentido alguns entrevistados ponderaram que nem todas as pesquisas da Embrapa ter o uma tecnologia final stica que algumas t m como fim o avan o do conhecimento e isso precisa ser explicado ao TCU Ademais pela natureza da atividade da Embrapa algumas pesquisas demoram anos para dar resultados cient ficos e mais ainda para que estes resultados se transformem em benef cio direto para a sociedade o caso do carbono
30. Sim N o Urbano 51 49 Computador Rural 16 84 Urbano 43 57 Acesso internet Rural 10 90 Fonte CGI 2012 Comit Gestor da internet no Brasil Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 4 3 1 Regi es do pa s Para caracterizar o produtor rural que tem acesso a estes instrumentos de TI foram utilizados os dados desagregados do Censo Agropecu rio A Tabela 4 6 ilustra o n mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet segundo as regi es do pa s As regi es Sul e Sudeste s o as que se destacam pelo maior acesso respondendo respectivamente por 9 59 e 8 11 com acesso a computador e por 3 43 e 3 95 com acesso internet respectivamente S o tamb m estas duas regi es que apresentam a maior participa o no Produto Interno Bruto PIB brasileiro Outros indicadores de moderniza o da agricultura tamb m mostram esta concentra o nas regi es Sul e Sudeste em detrimento das demais regi es DELGADO 2005 169 Tabela 4 6 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet distribu dos por regi o do Brasil segundo dados do IBGE em 2006 Tipo de N mero de estabelecimentos agropecu rios Regi es eletrodom stico Unidades Percentual utilizado aii Computador 83 330 9 59 u Acesso internet 29 795 3 43 Computador 61 859 8 11 Sudeste Acesso internet 30 144 3 95 Centro Computador 12 939 5 19 Oeste Aces
31. Z Brasil rural sai a terra entra a inova o Jornal O Estado de S o Paulo 9 julho 2013 BUAINAIN A M ALVES E SILVEIRA J M da NAVARRO Z ed t cnicos O mundo rural no Brasil do s culo 21 a forma o de um novo padr o agr rio e agr cola Bras lia DF Embrapa 2014 CABRAL P Direito Autoral d vidas e controv rsias S o Paulo Harbra 2000 CAMARGO NETO J Transfer ncia de Tecnologia na Embrapa Inform tica Agropecu ria Workshop Procisur 12 de novembro de 2014 Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2014 C RIO S A F PEREIRA F C B Inova o e desenvolvimento capitalista refer ncia hist rica e conceitual de Schumpeter e dos Neo Schumpeterianos para uma teoria econ mica din mica In Encontro Nacional de Economia Pol tica Curitiba 2002 CASTELLS M A sociedade em rede S o Paulo Paz e Terra 2007 CASTRO A C Crescimento da firma e diversifica o produtiva o caso Agroceres Tese doutorado Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas Campinas 1988 CASTRO A W V de An lise comparativa dos modelos de gera o difus o e transfer ncia de tecnologia dos institutos p blicos de pesquisa e institutos de pesquisa mistos no agroneg cio florestal da regi o Sul Tese Doutorado Escola de Administra o Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2005 CASTRO A W V de TOURINHO M M Transfer ncia de tecnologias nas organiza es
32. a P blica sim Geral Cadastro usu rio log metro sim sim sim Pc e internet sim sim sim sim sim sim tablet sim sim celular sim sim 4 Para mais informa es atinentes s implica es do uso de licenciamento de software livre para tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria ver Mendes 2006 271 Quadro 5 18 Especificidades para a transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o propriedade intelectual licenciamento dispositivos e indicadores de acesso tecnologias selecionadas continua o Solu es em Tecnologias da Informa o HL Feto 515 j DIETS a ota i Agritempo Ageitec Invernada Sisla Gotas Virtual Download E E 2 800 de Visitas ao site 1 4 milh o 1 2 milh o 4 100 e Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas Dados de indicadores de acesso conforme Embrapa Inform tica Agropecu ria 2013 Informa o n o dispon vel Concernente s formas de transfer ncia de solu es em TI e as suas especificidades as principais considera es feitas pelos entrevistados s o expostos a seguir O acompanhamento de acesso de usu rios p blico alvo das tecnologias disponibilizadas na Internet realizado por meio de indicadores de quantidades de visitas ao site e de downloads dos sistemas No entanto tais indicadores apresentam algumas limita es Uma limita o diz respeito ao fato de q
33. a assist ncia t cnica a comercializa o e a gest o de risco A iniciativa privada criou mecanismos adjacentes para garantir o financiamento ao produtor e junto com o cr dito vem assumindo um papel crescente na organiza o da comercializa o provis o de estocagem e do chamado pacote tecnol gico que inclui a indica o de sementes e a aquisi o dos demais insumos necess rios para a produ o Neste contexto j desenvolvido nos sistemas tradicionais de integra o vertical e que est se reproduzindo em outras cadeias n o integradas mas coordenadas o papel de vetor da inova o se desloca claramente dos IPP para as empresas privadas que passam a ser as interlocutoras dos IPP em substitui o aos produtores que tradicionalmente eram o foco das a es de TT Outra transforma o refere se aos reflexos da desestrutura o da extens o rural no Brasil ocorrida nas ltimas d cadas que imp s aos institutos p blicos de pesquisa a busca por novas estrat gias para transfer ncia de suas tecnologias geradas Os agricultores n o dependem apenas de cr dito rural para aquisi o de insumos equipamentos e tecnologias Necessitam tamb m de acesso a conhecimentos para implementar as inova es tecnol gicas e gerir suas atividades sendo fundamental para isso O acesso a servi os de assist ncia t cnica e extens o rural Como a maioria dos produtores rurais n o tem n vel de instru o elevado os servi os pres
34. a consolida o de um paradigma que tem que prevalecer entre agentes p blicos e privados A nfase dada lacuna da extens o para explicar os problemas de TT reflete uma vis o reducionista do processo de transfer ncia de tecnologia segundo a qual basta a integra o entre o pesquisador e o extensionista para superar a maioria dos problemas O pesquisador tem que transcender o conhecimento cient fico e tecnol gico e ir sistemicamente cadeia produtiva n o apenas se informar sobre ela por meio do extensionista Foi citado um caso da clonagem de batata doce de casca branca para ilustrar a necessidade de vis o sist mica ligada cadeia produtiva s demandas do mercado exig ncia e prefer ncias dos consumidores no entanto no estado do Rio de Janeiro onde seria comercializada a batata doce branca a prefer ncia do consumidor era pela batata doce rosada N o houve o cuidado de ir ao Ceasa e saber do gosto do consumidor Ou seja o pesquisador precisa ir mais a campo e o extensionsita precisa ser mais envolvido em projeto de pesquisa A cria o da Anater tamb m suscitou opini es positivas pois representa uma tentativa de reestruturar a assist ncia t cnica e extens o rural Mesmo os entrevistados que manifestaram vis o mais positiva em rela o Anater explicaram receios quanto concep o e sustentabilidade se a Anater tiver a mesma concep o da extinta Embrater ser um desastre Vai
35. a identifica o e atendimento de demandas em capacita o no mbito nacional e internacional para TT Contribuir para promover a intera o entre a pesquisa a TT e a assist ncia t cnica e extens o rural Coordenar o processo de neg cios de interesse corporativo Disponibilizar ao mercado os ativos pr tecnol gicos e tecnol gicos desenvolvidos pelos programas de melhoramento vegetal e animal via comercializa o e licenciamento Legenda Finalidade E Conex o E 113 Quadro 3 12 Dimens o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Embrapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o Descri o DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI SGI SCT com Gerir o processo de obten o e disponibiliza o de informa es mercadol gicas sobre os ativos pr tecnol gicos e tecnol gicos de melhoramento vegetal e animal Gerir os contratos de recursos captados pela disponibiliza o dos ativos pr tecnol gicos e tecnol gicos de melhoramento vegetal e animal Atuar com outros ativos pr tecnol gicos e tecnol gicos al m dos desenvolvidos por melhoramento vegetal e animal na Embrapa apenas sob demanda do SNE DTT ou DPD Conex o Legenda Finalidade O 114 Quadro 3 12 Dimen
36. a import ncia da inclus o deste agente no processo inovativo todavia a Escola Participativa n o inclu a os demais atores p blicos e privados potencialmente envolvidos na cria o do conhecimento e promo o da inova o agr cola como preconiza o SIA A trajet ria at aqui percorreu os marcos te ricos das escolas de pesquisa agr cola que transitaram do modelo linear para o sist mico e o participativo Como 44 evolu o de tais abordagens surgiu um enfoque atinente ao modelo de inova o denominado como a abordagem da produ o de novidades Segundo Oliveira et al 2011 este enfoque questiona a concep o de progresso t cnico como um fluxo linear e unilateral de troca de informa es entre agricultores e institui es de pesquisa cujo referencial te rico apresenta interfaces e di logos com literaturas de outras perspectivas tais como a abordagem neo schumpeteriana notadamente Nelson e Winter 2005 e elementos da Nova Economia Institucional destacando se North 1990 Neste aspecto reside uma semelhan a entre esta abordagem e a do Sistema de Inova o Agr cola SIA ambas fazem uso de referencial te rico evolucion rio O di logo com os economistas neoschumpterianos ocorre nos seguintes pontos a evolu o das condi es sociot cnicas considera se a pr exist ncia de conhecimentos e desenvolvimentos tecnol gicos acumulados cujo uso necess rio para se alcan ar a descoberta de uma inova o
37. atribui es muitas delas inter relacionadas entre si ocorrendo lacunas sobreposi es sombreamentos e indefini o de alguns pap is N o fica claro se e como ocorre a governan a institucional destas finalidades por quem e quais instrumentos s o utilizados para a coordena o entre as unidades Nota se tamb m a aus ncia de uma rea de inova o transversal que transite e coordene todos os processos a es e atores envolvidos na gera o planejamento e desenvolvimento de conhecimentos informa es produtos processos e servi os para a 143 agropecu ria brasileira N o apenas os atores internos das Unidades da Embrapa mas e principalmente os atores do sistema nacional de inova o na agricultura A gera o e a transfer ncia tecnol gica n o podem ser vistas como atos isolados do instituto de PD amp l mas sim como um ato coletivo e complexo do qual precisam participar diversos agentes com pap is complementares os quais integram o sistema nacional de inova o agr cola 144 4 TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMA O PARA A AGRICULTURA O cap tulo anterior apresentou no mbito da Embrapa a instrumentaliza o da gest o da pesquisa a estrutura organizacional a pol tica de propriedade intelectual a tipologia de solu es tecnol gicas as estrat gias e os mecanismos para a transfer ncia de suas tecnologias Tendo como pano de fundo o conte do mencionado o presente cap tulo avan
38. b processo de busca aqui s o essenciais para entender o surgimento de solu es ou inova o as rotinas as habilidades e os conhecimentos t citos existentes nas firmas c intera o e sele o a intera o entre agentes econ micos dos mercados sele o na busca de solu es para os problemas imanentes ao processo produtivo e a busca por melhor desempenho que o processo de sele o provoca possibilitam a gera o de inova es NELSON E WINTER 2005 A economia institucional contribui com dois conjuntos de no es a regras e normas as inova es seguem normas e regras estabelecidas pelo contexto s cio t cnico dominante sendo que as novidades se tornam uma inova o radical quando rompem com as normas e regras vigentes b novidades territorializadas s o novidades baseadas em economias de escopo cuja proje o dada pelos agroecossistemas localizados ou seja os conhecimentos t citos dos agricultores com base em recursos e pr ticas locais tornam os processos autocontrolados e com redu o dos custos de transa o concedendo maior competitividade do que outros formatos tecnol gicos MILONE 2009 VENTURA E MILONE 2004 12 Algumas das refer ncias te ricas desta abordagem s o os estudos desenvolvidos na Universidade de Wageningen na Holanda tais como Wiskerke e Ploeg 2004 apud Oliveira et al 2011 e Stuiver e Wiskerke 2004 apud Oliveira et al 2011 45 Apesar da tend ncia institucional de
39. blicos destinat rios As a es que antecedem s o i prote o da propriedade intelectual sendo que os mecanismos mais usados s o os registros de marca e de software ii defini o do tipo de licenciamento com licen a de uso propriet ria com c digo fonte fechado ou mediante uso de um tipo de licen a p blica geral para software livre 53 E ataie Para mais informa es sobre os modelos de licenciamento de software como propriet rio ou livre ver Mendes 2006 270 iii defini o do idioma da solu o tecnol gica As a es posteriores s o i ampliar os dispositivos dispon veis da tecnologia tornando a acess vel via internet tablet e celular ii cadastro de usu rio da tecnologia um mecanismo pouco utilizado que visa receber avalia o do uso da tecnologia iii uso de indicadores de monitoramento de acesso ao site e de download da solu o em TI O Quadro 5 18 relaciona estas a es espec ficas Quadro 5 18 Especificidades para a transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o propriedade intelectual licenciamento dispositivos e indicadores de acesso tecnologias selecionadas Solu es em Tecnologias da Informa o Especificidades BIET OR Agritempo Ageitec i Invernada Sisla Gotas Virtual registro marca sim registro software sim sim sim sim software propriet rio sim sim sim sim sim licen a de uso software livre Licen
40. cios SNE Secretaria de Intelig ncia e Macroestrat gia SIM Secretaria de Rela es Internacionais SRI Assessoria Jur dica AJU Secretaria de Comunica o Secom e Departamento de Gest o de Pessoas DGP Organiza o Estadual de Pesquisa Agropecu ria Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Consepa Instituto Agron mico do Paran IAPAR Setor P blico de Ensino Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas Unicamp Instituto de Geoci ncias da Universidade Estadual de Campinas Unicamp Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ 365 Setor Privado Centro de Estudos e Sistemas Avan ados do Recife CESAR Porto Digital Legislativo Senado Federal Institui es Internacionais de Ensino Pesquisa e Inova o Agr cola Universidade da Ge rgia Estados Unidos Escrit rio de Transfer ncia de Tecnologia Departamento de Economia Agr cola da Universidade de vora Inovisa P lo de Tecnologia e Empresas do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto Inesc da Universidade do Porto Instituto Superior de Economia e Gest o da Universidade de Lisboa Instituto Superior de Estat stica e Gest o de Informa o da Universidade Nova de Lisboa Na Figura 0 1 constam as profiss es dos especialistas e na Figura 0 2 suas titula es 366 Qu mico e engenheir
41. das fontes An lise prim rias e final secund rias A Realiza o biblio docu das gr fica entrevistas Revis o Consulta Figura 1 3 Etapas do procedimento metodol gico Fonte elabora o pr pria A Figura 1 4 mostra a estrutura dos cap tulos da tese interligados ao atendimento dos objetivos espec ficos 2 REFERENCIAL E TE RICO 1 INTRODU O Objetivo Espec fico 1 4 TRANSFER NCIA TI NO CAMPO 3 TT NA EMBRAPA Objetivo Espec fico 2 Objetivo Espec fico 3 5 CONDICIONANTES u 6 CONCLUS ES Objetivos Espec ficos 4 e 5 Figura 1 4 Estrutura da tese por cap tulos interligados ao atendimento dos objetivos espec ficos Fonte elabora o pr pria 21 A estrutura da tese composta por seis cap tulos incluindo este introdut rio e o de conclus es O segundo cap tulo apresenta o arcabou o te rico que d fundamenta o tese O referencial anal tico utilizado a abordagem microecon mica neo schumpeteriana de sistema nacional de inova o Discorre sobre os desdobramentos de marco te rico de sistema de inova o com sua aplica o na agricultura Trata de estudos seminais da difus o tecnol gica na agricultura que consideravam a inova o como ex gena ao sistema econ mico e avan a para estudos atuais de abordagem neo schumpeteriana que romperam com este entendimento e passaram a analisar a inova o como sendo end gena No que tange transfer ncia de tecnologi
42. e administra o ADM e suas respectivas estruturas para fazer com que os resultados cheguem sociedade e ao mercado 221 Esta l gica segmentada representa o modelo linear que ainda predomina na Embrapa Diante deste fato um desafio importante colocado pelos entrevistados como implementar na empresa o modelo interativo em substitui o ao linear O primeiro passo n o pensar s na Embrapa mas em outros atores da pesquisa p blica e da iniciativa privada que s o protagonistas num determinado momento A promo o de um processo interativo que busca promover a inova o no campo passa pela articula o entre diferentes atores atuando conjuntamente Caso a Embrapa atue num segmento onde a iniciativa privada est ocupando o mercado de sementes por exemplo ela precisa fazer parcerias com estes agentes para isso ser viabilizado Em determinados casos o mais importante n o ser a pesquisa mas talvez o desenvolvimento da tecnologia para um p blico espec fico a Embrapa pode ser um ator importante para dar essa liga para os diferentes segmentos S que a coopera o n o exclui a competi o Ainda as pol ticas da Embrapa n o t m a caracter stica de possibilitar parcerias de ganha ganha e um exemplo nesse sentido a defini o de propriedade intelectual mais dominante para a Embrapa Uma tentativa para retirar a empresa da l gica de atua o segmentada foi a cria o no in cio da d
43. entrevistas com especialistas O sexto cap tulo exp e as conclus es da tese 23 2 REFERENCIAL TE RICO Perseguindo o objetivo geral Investigar os fatores condicionantes end genos e ex genos Embrapa que contribuem ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias para a agricultura brasileira o cap tulo tem por finalidade apresentar o arcabou o te rico que d fundamenta o tese O cap tulo atende ao objetivo espec fico 1 qual seja Objetivo espec fico 1 Descrever os elementos do processo de transfer ncia de tecnologia com abordagem utilizada na pesquisa agr cola e no sistema nacional de inova o considerando o contexto atual de for as motrizes de mudan a da agricultura brasileira O referencial anal tico empregado a abordagem neo schumpeteriana de sistemas nacionais de inova o Esta abordagem utilizada porque ela analisa a din mica do processo de inova o enfocando o todo o sistema e n o somente as partes que o constituem Considera se nesta teoriza o que o processo inovativo abrange tanto a gera o como a difus o e transfer ncia de conhecimentos e sua transforma o em novos produtos tecnologias e processos de produ o Tendo em vista que um sistema inovativo formado por um conjunto de institui es p blicas e privadas que interagem e contribuem para a gera o e difus o de novas tecnologias este marco te rico nos auxilia no entendimento das intera es entre os
44. es Norte e Centro Oeste O n vel de instru o integra as principais vari veis determinantes da ado o de tecnologia reportadas na literatura dentre outras tais como tamanho da propriedade rea destinada atividade mercado idade sexo g nero renda anual atividade acesso informa o comportamento de ado o no passado experi ncia comportamento de risco financeiro infraestrutura e regulamenta o governamental MACHADO 2008 A condi o do produtor em rela o s terras tamb m nos ajuda a caracterizar os produtores com acesso a estes instrumentos de inform tica Tabela 4 10 176 Tabela 4 10 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet no Brasil quanto condi o do produtor em rela o terra segundo o IBGE para 2006 Tipo de o N mero de estabelecimentos agropecu rios Condi o do eletrodom stico produtor Unidades Percentual utilizado Total 183 623 4 54 Propriet rio 166 559 4 12 Assentado sem PE 1 400 0 03 titula o definitiva Computador Arrendat rio 8 687 0 21 Parceiro 1 775 0 04 Ocupante 3 695 0 09 Produtor sem rea 1 507 0 04 Total 1 87 Propriet rio 1 69 Assentado sem a 0 01 Acesso titula o definitiva internet Arrendat rio 0 11 Parceiro 0 02 Ocupante 0 03 Produtor sem rea 0 01 Fonte IBGE Censo Agropecu rio 2006 Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 Conforme demonstr
45. es as normas regras pol ticas e padr es de comportamento relacionados ao sistema de inova o iv incorpora todos os tipos de inova o tecnol gicas de produtos bens e servi os de processos organizacionais e de marketing Em rela o ao papel dos atores Roseboom 2004 classificou as principais fun es de um sistema de inova o em i fun es predominantemente de governo formula o de pol ticas regula o aloca o de recursos p blicos ii governo e demais atores relacionados inova o financiamento pesquisa e desenvolvimento transfer ncia de tecnologia capacita o de recursos humanos Para Edquist 2001 uma das quest es a ser esclarecida em termos de pol ticas refere se ao estabelecimento com clareza de quais fun es devem ser executadas pelo Estado e quais devem ser atribu das para outros agentes A Figura 2 2 apresenta o mapa te rico do sistema brasileiro de inova o Lj MAPA TE RICO DO SISTEMA BRASILEIRO 7 DE INOVA O HABITATS E SUPORTE incubadoras parques tecnol gicos NIT consultorias sistema S SEBRAE ICTs privado ICTs p blico INVESTIDORES ICTs pe EA p blico privado universidades X inst pesquisas A EMPRESAS grandes m das pequenas start ups demandas da sociedade ENTIDADES DE CLASSE Y GOVERNO A GOVERNO REGULA O federal estadual municipal a P z 2 marco regubtorio trem a GOVERNO ecentivos fiscais GOVERNO
46. es manuseio de pasto e uso Exemplos como tratores concentradas de sementes melhoradas colheitadeiras e m quinas Fontes elabora o pr pria com base em Paiva 1971 Atinente a esta teoriza o Vieira Filho e Silveira 2012 ponderam que estes fatores condicionantes variam entre os agricultores e regi es Entre os agricultores as desigualdades se alteram de acordo com a sua qualifica o e o custo de transfer ncia tecnol gica No que concerne as diferen as entre regi es elas se manifestam no n vel de produtividade nas rela es de pre o tamb m considerando se que os custos de transporte e log stica influenciam nos pre os do produto e insumos gerando desigualdades entre os agricultores e regi es no que tange ao processo de moderniza o da agricultura Uma falha do enfoque da agricultura dual foi considerar a tecnologia ex gena e n o incluir na an lise a constante busca de estrat gias diferenciadas numa competi o entre os agricultores O enfoque da inova o tecnol gica induzida de Hayami e Ruttan 1988 considerava os pre os relativos dos insumos como sinalizadores das dire es inovativas na agricultura Para estes autores a inova o t cnica objetivava economizar recursos escassos e intensificar o uso de recursos abundantes ou seja aumentar a produtividade seja da terra ou do trabalho em termos de mudan as nos pre os relativos dos insumos sendo tais mudan as induzidas por novos conhecime
47. i contemplar dois tipos de tecnologias geradas pela unidade software e servi o Web Segundo o Manual do Sistema de Gest o das Solu es Tecnol gicas da empresa o software o conjunto de programa de computador procedimentos documenta es correlatas e dados associados devidamente registrados no cat logo de software institucional e pronto para uso pelo usu rio a que se destina Por sua vez o servi o Web um sistema de informa o que fornece recursos e informa es espec ficas acess vel por meio de navegadores de internet EMBRAPA 2014c ii a diversidade de p blico alvo para os quais s o destinadas extensionista consultor rural governo estadual produtor rural fitopatologista e comunidade cient fica iii a quantidade de download e de acesso a site de cada uma que s o indicadores de monitoramento de tecnologia dispon vel na web utilizados pela Unidade Foram entrevistados pesquisadores e gestores que atuaram no desenvolvimento e na transfer ncia das citadas solu es Nas entrevistas dirigentes da Embrapa Inform tica Agropecu ria esclareceram que numa estimativa os p blicos das tecnologias geradas pela Unidade t m a seguinte composi o comunidade cient fica em torno de 70 produtor rural por volta de 20 e 10 para governos municipal estadual e federal A defini o do p blico alvo relevante pois aponta para quais destinat rios as tecnologias s o desenvolvidas interferindo nas estra
48. m ressaltaram essa concentra o entre os propriet rios em rela o s outras condi es do produtor em rela o terra Estes dados nos alertam que ainda h um longo caminho a percorrer para conferir condi es ison micas de acesso a computador e internet para o produtor rural brasileiro 178 A concentra o de uso destes instrumentos nas regi es sudeste e sul do pa s refor am as desigualdades regionais e a heterogeneidade da agricultura do Pa s A concentra o do acesso aos recursos de TI entre os produtores com maior n vel de escolaridade principalmente no que se relaciona ao acesso internet reflete uma tend ncia apontada em alguns estudos de que quanto maior o n vel de instru o do produtor maior sua capacidade de apropriar de conhecimentos e tecnologias o que pode contribuir para a exclus o digital das pessoas com baixo n vel de instru o Diante deste quadro imprescind vel ampliar o acesso do produtor rural ao computador e internet como uma das condi es para que ele possa usufruir dos benef cios do uso da tecnologia da informa o aplicada ao campo sob pena da amplia o das assimetrias entre as denominadas agricultura moderna e a atrasada Para tanto s o relevantes a es coordenadas e integradas de fomento ado o de tecnologias da informa o pelos agricultores por diversos agentes p blicos e privados como organiza es de pesquisa ensino extens o bem como pol ticas de i
49. misto de concess o de licen as de patentes de saber fazer ou de direitos de autor sobre programas de computador 57 Mais especificamente no setor rural para Castro e Tourinho 2002 al m dos aspectos contratuais da transfer ncia h dois conjuntos de fatores que precisam ser considerados para a gera o e transfer ncia de tecnologia agr cola fatores restritivos e fatores atributivos Os primeiros restritivos s o intr nsecos agricultura enquanto atividade econ mica Os segundos atributivos referem se natureza da tecnologia Dentre os fatores restritivos est o a for as prim rias de produ o agr cola como clima e solo b for as de mercado organizacionais e burocr ticas que refletem em inflexibilidade quanto ao uso dos fatores de produ o c for as econ micas e financeiras que tornam a atividade agr cola um investimento de recupera o vari vel Os fatores atributivos incluem a os adaptativos que dizem respeito s condi es de ajustamento da tecnologia ser usada como meio de produ o e ou organiza o do ambiente agr rio b os lucrativos que conferem tecnologia as condi es de retornos sociais para as transfer ncias inter regionais e internacionais c os adotivos que garantem a incorpora o da tecnologia ao sistema de produ o Considerando tais fatores para que ocorra uma transfer ncia de tecnologia efetiva imprescind vel conhecer o sistema de produ o objeto da tecno
50. n 11 jul 2010 359 POSSAS M L SALLES FILHO S SILVEIRA J M da An evolutionary approach to technological innovation in agriculture some preliminary remarks Research Policy Amsterdam v 25 no 6 p 933 945 1996 RAMOS P org Dimens es do agroneg cio brasileiro pol ticas institui es e perspectivas Nead Estudos 15 Bras lia MDA 2007 360p RIBEIRO P C C Proposi o de um m todo de avalia o de Tecnologia de Identifica o o Caso RFID nas cadeias de carne bovina no Brasil e nos EUA Tese Doutorado em Engenharia da Produ o Universidade Federal de S o Carlos S o Carlos 2009 ROCHA F E de C MACHADO M dos S OLIVEIRA FILHO E C Integra o Produto Cliente uma proposta de intera o entre a Pesquisa e Desenvolvimento PD amp l e a Transfer ncia de Tecnologia TT Documentos no 308 Embrapa Cerrados Planaltina 2012 ROGERS E M Diffusion of innovations 3ed Nova York Free Press 1983 Dispon vel em lt http teddykw2 files wordpress com 2012 07 everett m rogers diffusion of innovations pdf gt Acesso em 19 nov 2014 ROSEBOOM J Adopting an Agricultural Innovation System Perspective Implications for ASARECA s Strategy ASARECA Strategic Planning Paper N 7 August 2004 16p ROSENBERG N Tecnolog a y Economia Barcelona Gustavo Gili 1979 SABATO J El comercio de tecnologia Washington OEA 1972 SALLES FILHO S L M A Din mica Tecnol gica da
51. ncia de tecnologia da Embrapa Perspectiva Futura Elemento Proposi es T or na l E 23 5 Substituir o conceito de transfer ncia de tecnologia pelo de inova o o S i Z i sii a Internalizar na Embrapa que ela uma viabilizadora da inova o uma O indutora da inova o Fundir a es e projetos do Estado e do setor privado que sejam de interesse comum do pa s para a competitividade da agricultura Ampliar o esfor o da Embrapa para interagir com empresas privadas Atuar mais em gen tica reduzir o esfor o de desenvolver variedade e Parcerias E descobrir as fun es dos genes deixando para o setor privado o desenvolvimento de cultivar 260 Quadro 5 13 Perspectiva futura proposi es para melhoria das a es de transfer ncia de tecnologia da Embrapa continua o Perspectiva Futura Elemento Estrutura Parcerias e pessoas Proposi es E Gestar um novo modelo jur dico de parceria p blico privada em inova o e eliminar a etapa de transfer ncia pois a tecnologia seria desenvolvida com rapidez e seria incorporada a partir da demanda identificada e n o de uma oferta tecnol gica Atuar conjuntamente a Embrapa e o sistema estadual de pesquisa no desenvolvimento de tecnologias de processos agr colas Licenciar empresas privadas para divulgar difundir e transferir as tecnologias geradas pela Embrapa em mbitos territoriais definidos conjunto
52. o da pesquisa e desenvolvimento das atribui es relacionadas transfer ncia e tecnologia e promo o da inova o Embora o discurso da inova o esteja razoavelmente bem difundido na empresa na pr tica a inova o est um tanto longe de ser um consenso e parte dos pesquisadores entende que devem apenas pesquisar sem se preocupar com a apropria o dos resultados pela sociedade na forma de inova o A Embrapa carece entender em toda a sua profundidade como funciona a inova o e que o problema central n o o de transfer ncia de tecnologia mas sim de inova o que bem mais complexo Carece tamb m entender que n o atuar como indutora da inova o sozinha uma vez que para transformar resultados de pesquisa em inova o preciso considerar muitos outros fatores e os pap is e compet ncias complementares de outros atores agentes do sistema nacional de inova o na agricultura 335 Aqui cabe esclarecer que em boa parte dos casos a inova o propriamente dita feita pelos clientes da Embrapa pelos destinat rios de seus resultados de pesquisa Portanto ela n o na maioria dos casos a respons vel pela inova o mas sim uma promotora j que o inovador ser por exemplo o produtor rural ou a agroind stria que decide e incorpora as tecnologias e servi os produzidos pela Embrapa ao seu processo produtivo gest o de seu empreendimento e s suas pr ticas agropecu rias e organizaciona
53. o e a propriedade que deveriam se aproximar daquelas praticadas pela iniciativa privada que tenderiam a ser mais eficientes A falta de unidade de pensamento em geral apresentada como algo positivo fruto do ambiente democr tico e plural que deve permear principalmente espa os de pesquisa e ensino que buscam o avan o do conhecimento Ainda que assim seja e n o queremos aqui arbitrar sobre este assunto necess rio reconhecer que estas diferen as introduzem enormes dificuldades para a coordena o das a es elevam os custos de transa o e criam obst culos que em muitos casos inibem e em outros tantos inviabilizam a execu o de diretrizes da empresa Nesta mesma dire o podem se apontar as vis es sobre as empresas privadas que para muitos s o quase por defini o vil s em busca do lucro e como tal n o deveriam ser parceiras de uma empresa p blica que n o busca o lucro mas sim o bem estar da popula o em particular dos menos favorecidos Outros aceitam que as empresas privadas s o parte da engrenagem do motor da economia de mercado que n o h nada de errado em buscar o lucro desde que dentro do marco legal do pa s e que o estabelecimento de parceria p blico privada em inova o pode ser uma alternativa a ser estudada e adotada sem discrimina o sempre que seja apropriada para 338 que a Embrapa alcance sua miss o qual seja viabilizar solu es de PD amp l para a sustentabilidade da agricultur
54. o na web de rvores hiperb licas chamadas Hipereditor e Hipernavegador Estrutura e visualiza as informa es de forma hier rquica 180 Quadro 4 3 Portf lio de solu es em tecnologia da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria continua o Tecnologias BDPA www embrapa br bdpa As Bases de Dados da Pesquisa Agropecu ria cont m as listas dos acervos das bibliotecas de todos os centros de pesquisa da Embrapa Diagnose Virtual diagnose 2 cnptia embrapa br diagnose Sistema de suporte decis o para diagn stico de doen as nas culturas de milho feij o e soja a partir de informa es transmitidas pelo usu rios com acesso gratuito pela internet Infoteca e www infoteca cnptia embrapa br Site que disponibiliza gratuitamente informa es na ntegra de publica es programas de TV e r dio de autoria da Embrapa Invernada www invernada cnptia embrapa br um sistema que simula e compara op es de manejo em pecu ria de corte por meio de cen rios como pastejo exclusivo pastejo com suplementa o ou confinamento Planeja www planeja cnptia embrapa br O Sistema de Suporte ao Planejamento Agr cola Municipal Planeja possibilita a an lise integradas de dados agr colas e socioecon micos de cada Unidade de Produ o Agr cola para subs dio ao processo decis rio de gestores municipais Navpro um sistema para processamento e gera o autom tica de produtos de imagens geradas por s
55. o que hoje envolve processos extremamente burocr ticos e morosos Nesta nova forma de atua o a rea de transfer ncia de tecnologia passa a ter outras fun es uma vez que n o precisaria mais buscar usu rios para as tecnologias j desenvolvidas pois esses j ser o parceiros na 279 pesquisa desde a sua concep o A fun o da TT passaria a ser mais estrat gica voltada elabora o e acompanhamento de acordos de parceria contratos e licenciamentos e gest o da propriedade intelectual Representa um verdadeiro clamor do grupo de especialistas entrevistados a necessidade de minimizar a burocracia o engessamento e a morosidade da Embrapa em celebrar parcerias com a iniciativa privada como mencionado no relato anterior e no seguinte Dar a velocidade adequada aos processos de transfer ncia de tecnologia principalmente quando envolver a iniciativa privada imperioso e urgente Foi mencionado o exemplo do Sistema Web de Planejamento Previs o e Monitoramento da Produ o Agr cola WebAgritec j citado antes que ainda n o foi disponibilizado ao mercado ap s decorridos quase quatro anos de negocia o com potenciais parceiros privados Ocorre que j h um sistema concorrente similar surgindo no mercado pois aumentou consideravelmente a pesquisa privada em TI agr cola Este exemplo emblem tico demonstra que a demora em lan ar uma tecnologia no mercado pode acarretar sua obsolesc ncia em part
56. p blicas de pesquisa In XXXVII Congresso Latinoamericano de Escolas de Administra o CLADEA Porto Alegre 2002 CORIAT B ORSI F WEINSTEIN O Science Based Innovation Regimes and Institutional Arrangements from Science Based 1 to Science Based 2 Regimes Towards a New Science Based Regime DRUID Summer Conference on Industrial Dynamics of the New and Old Economy who is embracing whom Copenhagen Elsinore 6 8 June 2002 CGEE Centro de Gest o de Estudos Estrat gicos Estudo sobre o papel das Organiza es Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Oepas Bras lia CGEE 2006 180p CGI BR Comit Gestor da internet no Brasil Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informa o e da comunica o no Brasil 2011 S o Paulo CGI BR 2012 349 CHAVES R de Q Inovatividade no sistema brasileiro de inova o na agricultura uma an lise baseada na pol tica de coopera o internacional da Embrapa Tese doutorado Universidade Federal do Rio Grande do Sul Centro de Estudos e Pesquisas em Agroneg cios Porto Alegre 2010 CIMOLI M Heterogeneidad structural asimetr as tecnol gicas y crescimiento en Am rica Latina CEPAL 2005 CIMOLI M DOSI G Tecnologia y desarrolo algunas consideraciones sobre los recientes avances en la econom a de la innovaci n In GOMES SANCHES DE LA PUERTA Org E cambio tecnologico hacia el nuevo milenio debates e nuevas teorias Barcelona Icaria 1992 CON
57. parte dos projetos pois a Embrapa atualmente faz mais comunica o social e n o a comunica o mercadol gica preciso que a Embrapa utilize as diversas ferramentas de comunica o a comunica o cient fica a comercial a pol tica no entanto hoje a Embrapa s faz comunica o de m dia Segundo um grupo de especialistas a comunica o mercadol gica precisa ter o foco de participar de um evento uma feira ou exposi o do ponto de vista de neg cio de mercado e n o apenas para promover a divulga o institucional a Embrapa focaliza mais na imagem institucional e isso fez sentido no passado porque ela precisava divulgar a marca No entanto na comunica o mercadol gica a forma de atua o diferente e voltada para celebrar neg cios tecnol gicos Em grandes feiras como o Agrishow que ocorre no estado de S o Paulo n o h prepara o para receber um visitante para negociar vender licenciar uma tecnologia gerada pela Embrapa Pensa se a forma a trabalhar a imagem institucional mas n o a maneira de trabalhar o produto A empresa tamb m tem restri o or ament ria para realizar publicidade mercadol gica a qual necessita de pr via solicita o e autoriza o do Minist rio da Agricultura A comunica o da Embrapa para a sociedade tem uma finalidade bem mais ampla do que apenas focar na imagem institucional a import ncia da comunica o mostrar os resultados da em
58. pria com base na pol tica de propriedade intelectual da Embrapa 100 Complementarmente o Quadro 3 6 relaciona os instrumentos protetivos utilizados em algumas destas categorias Quadro 3 6 Instrumentos protetivos utilizados para produ o t cnico cient fica e obras para produ o da imagem institucional Termo de Registro Licen a Pol tica de privacidade direito no rg o de uso e condi es de uso autoral competente obras na Web produ o t cnico sim para para livros celebradas sim para todas as obras cient fica todas as registro do licen as e livro obras ISBN para e artigos publica o e s rie Embrapa ou uso por terceiros obras para sim n o para Licencia sim para todas as obras produ o da caso haja todas as mentos imagem alguma obras para institucional obra exibi o e fotografia pass vel ou e programa de de execu o TV prote o de e programa de dentro do programas r dio programa de r dio e de TV e TV s o r dio s o celebrados firmados entre a termos de Embrapa e direito terceiros autoral Fonte elabora o pr pria com base na pol tica de propriedade intelectual da Embrapa Os instrumentos protetivos utilizados variam para cada tipo de obra quais sejam 1 celebra o de termo de cess o de direito autoral entre a Embrapa e os autores 2 101 solicita o de registro da obra no rg o competente 3 elabora
59. processo ou m todo OCDE 1997 Quanto tipologia de inova es objeto de a es de transfer ncia de tecnologias segundo o Manual de Oslo elas podem ser de produtos ou de processos sendo que o termo produto usado para tanto para bens como para servi os de marketing e organizacionais como ilustra a Figura 2 7 OCDE 1997 18 A lei de inova o brasileira tamb m utiliza esta defini o prescrevendo que a inova o a introdu o de novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos processos ou servi os A cria o por sua vez definida como abrangendo a inven o modelo de utilidade desenho industrial software topografia de circuito integrado cultivar nova ou derivada e qualquer outro desenvolvimento tecnol gico que acarrete ou possa acarretar o surgimento de novo produto processo ou aperfei oamento incremental BRASIL 2004 69 PRODUTO bem ou servi o novo ou melhorado PROCESSO m todo de produ o ou distribui o novo ou melhorado MARKETING m todo design e promo o do produto NA q 2O h gt O is ORGANIZACIONAL m todo pr ticas de neg cios rela es externas parcerias Figura 2 7 Tipos de inova es Fonte elabora o pr pria a partir de OCDE 1997 p 57 61 considerada a inova o de produto a introdu o de um bem ou servi o novo ou significativamente melhorado no que concerne a su
60. prote o jur dica das bases de dados Dispon vel em lt http eur lex europa eu LexUriServ LexUriServ do uri CELEX 31996L0009 PT HTML gt Acesso em 04 out 2013 DOSI G Technological Paradigms and Technological Trajectories Research Policy 11 p 147 62 1982 DOSI G FREEMAN C NELSON R SILVERBERG G SOETE L L Technical change and economic theory London Pinter Publishers 1988 DUFUMIER M Les projets de d veloppement agricole manual d expertise Paris Karthala et CTA 1996 EDQUIST C Systems of innovation approaches technologies institutions and organizations London Pinter 1997 EDQUIST C The Systems of Innovation Approach and Innovation Policy An account of the state of the art DRUID Conference Aalborg June 12 15 2001 EMBRAPA Delibera o no 22 96 Pol tica institucional de gest o da propriedade intelectual da Embrapa Boletim de Comunica es Administrativas no 30 Bras lia 6 jul 1996 EMBRAPA Resolu o Normativa n 14 2001 Pol tica de gest o de direitos autorais Boletim de Comunica es Administrativas Bras lia DF v 27 n 14 2001 EMBRAPA A Embrapa e a pesquisa em Mato Grosso um esclarecimento Bras lia 2004a Dispon vel em lt http Anww embrapa br imprensa noticias 2000 setembro bn 2004 11 25 9561846266 gt Acesso em 6 maio 2013 EMBRAPA Manual do Sistema Embrapa de Gest o Aprovado pela Resolu o Normativa no 18 2004 de 02 09 2004 Bras l
61. que leva uns cinco anos para se conhecer seus efeitos Outro exemplo citado foi o de um livro que cont m orienta es para pensar o futuro e que pode vir a gerar v rias tecnologias final sticas A Embrapa n o uma f brica de torno a universidade n o uma f brica de torno Em fun o da natureza de sua atividade a Embrapa precisaria dialogar com o TCU que algumas orienta es n o se aplicam empresa no entanto o que se verifica que ela aceita e incorpora as exig ncias e vai ficando travada com normas intermin veis Para alguns especialistas a figura que se faz da Embrapa hoje que a empresa de uma compet ncia enorme e uma f brica de solu es e nela ainda se encontra gente vibrando que est fazendo pesquisas important ssimas No entanto a Embrapa precisa 47 mo 2 2s Foi mencionado que em raz o disto um grupo de trabalho ser designado para rever esta estrat gia na empresa mas n o foi informado quando isso ocorrer 230 mostrar ao legislador brasileiro que ela diferente e que foi criada para ser diferente e aos poucos foi ficando engessada O Quadro 5 8 sintetiza os aspectos jur dicos da dimens o institucional considerados como fatores condicionantes end genos do processo de transfer ncia de tecnologia Quadro 5 8 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional aspectos jur dicos Fatores condicionantes end genos El
62. ria localizada em Campinas SP fundada em 1985 Portanto a transfer ncia de tais solu es em TI o objeto de an lise do presente cap tulo Os cap tulos 2 e 3 forneceram ind cios de fatores condicionantes end genos e ex genos para a transfer ncia de tecnologia Os fatores s o recuperados no presente 145 cap tulo para avan ar na an lise de como interagem e se configuram entre si para promover ou inibir a transfer ncia de solu es em TI Como apresentado no cap tulo introdut rio de antem o assumimos a necessidade de abordar conjuntamente os processos de difus o transfer ncia de tecnologia inova o e de forma secund ria o de ado o em decorr ncia da sobreposi o de tais processos como postulado pela doutrina evolucion ria em especial Rosenberg 1979 Freeman 1982 Dosi 1982 e Nelson e Winter 2005 Neste cap tulo a ado o tratada secundariamente por entendermos que os relatos sobre o uso ou n o de TI no meio rural podem trazer pistas dos fatores que condicionam e interferem para a sua transfer ncia tecnol gica Compreendemos que os condicionantes de ado o s o vinculados aos de transfer ncias Ou seja a ado o em sua acep o ampla de incorpora o da nova tecnologia ao ambiente produtivo OCDE 1997 resultante de um exitoso processo de transfer ncia tecnol gica tornando a tecnologia gerada numa inova o O presente cap tulo avan a nesta an lise e perse
63. ria paulistas realizado pelo Instituto de Economia Agr cola TEA e pela Coordenadoria de Assist ncia T cnica Integrada CATI rg os da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado de S o Paulo 167 Tabela 4 4 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet no Brasil segundo IBGE para o ano de 2006 N mero de estabelecimentos agropecu rios Tipo de eletrodom stico utilizado Percentual Computador 183 623 4 54 Acesso internet 75 407 1 87 Fonte IBGE Censo Agropecu rio 2006 Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 Os dados do Censo Agropecu rio 2006 IBGE 2006 apontam para o estado de S o Paulo que 16 87 dos estabelecimentos tinham computador e que 9 48 deles tinham acesso internet Vale lembrar que n o poss vel tecer um paralelo direto entre os dados do LUPA e os dados do Censo Agropecu rio do IBGE uma vez que o primeiro tem como unidade de refer ncia a UPA que equivale ao conceito de im vel rural do Incra enquanto que o segundo tem por base o estabelecimento agropecu rio Outra fonte de informa o sobre o uso de computador e internet no Brasil a TIC Domic lios realizada desde 2005 pelo Comit Gestor da internet CGI Trata se de uma pesquisa amostral a qual analisou 25 mil domic lios em 2012 CGI 2012 O CGI considera como equipamentos de TIC televis o antena parab lica televis o por assinatura r dio telefone fixo
64. s novas tecnologias fizeram emergir um novo regime de inova o denominado Science Based 2 Os autores argumentam que estes avan os n o se enquadram mais no que Pavitt denominou de Science Based caracter stico do s culo XX A propriedade intelectual e as finan as passaram a ser faces da mesma moeda num regime de inova o que de outra natureza onde se rompeu o modelo linear de ci ncia Portanto pesquisa transfer ncia ado o n o s o compartimentos estanques s o tamb m faces de 8 uma mesma moeda a inova o Como se ver mais adiante na tese as solu es tecnol gicas geradas pela Embrapa se enquadram neste novo regime de inova o Science Based 2 Al m das modifica es do marco da propriedade intelectual das mudan as do papel da pesquisa p blica agr cola cuja nova miss o ainda n o est muito clara e encontra se perscrutada por seus institutos h tamb m a transforma o do papel do Estado brasileiro no fornecimento de cr dito rural Como indicam Buainain et al 2013 as transfer ncias de fundos p blicos do Tesouro Nacional destinados ao financiamento rural foram drasticamente reduzidas de 64 em 1995 para 0 1 em 2011 Simultaneamente redu o do Estado na oferta de cr dito rural houve o crescimento da participa o de agentes privados no financiamento da agropecu ria Eles passaram a desempenhar tamb m outros pap is estatais tradicionais como a provis o de insumos tecnol gicos
65. se complementavam para o interesse do Brasil V rios dos entrevistados concordam com a percep o de que a Embrapa n o soube fazer a transi o de um modelo com e sem concorr ncia pois o seu modelo n o de parceria um modelo de propriet ria integral Nas a es de P amp D ainda se consegue atuar de forma cooperativa e colaborativa No entanto quando se trata de transfer ncia de tecnologia mais dif cil pois o modelo mental de TT da Embrapa de ser dona propriet ria integral da tecnologia gerada Outra for a motriz das transforma es est relacionada pr pria ci ncia ao seu papel e din mica De um lado ainda que a ci ncia sempre tenha sido relevante pois mesmo as pesquisas de bases emp ricas s se generalizaram quando foram dominadas cientificamente o desenvolvimento da agricultura alcan ou um patamar que muito mais exigente em conte do cient fico em ci ncia de ponta Gen tica rob tica informa o e nanotecnologia GRIN n o s o apenas prioridades relacionadas ao futuro e j se transformaram em reas chaves que perpassam todo o processo de inova o em curso De outro lado a din mica da ci ncia se processa em rede e em equipes viabilizada pelas tecnologias da informa o e essa mudan a significativa No entanto o modelo institucional da Embrapa n o prop cio para atuar em redes O modelo n o robusto o suficiente para fazer parcerias mais complexas e nem para admitir
66. trata mais de neg cios e da prote o intelectual S o situa es diferentes e que t m um processo comum que fazer a tecnologia ser usada e apropriada no ambiente produtivo ou seja tornar se inova o Esta vis o que reflete 247 z uma divis o de trabalho aparentemente l gica e justific vel n o compartilhada por v rios entrevistados que indicam observando o hist rico das unidades que como a maioria delas n o tem uma identidade bem definida isso prejudicial porque nunca se sabe quem quem neste processo O SPM embora seja mais voltado para quest es de sementes e mudas tamb m um concorrente A empresa definiu a estrutura para TT sem fazer a discuss o sobre qual o modelo que a Embrapa quer para a TT independente de ser uma perspectiva mais social ou comercial para a partir da organizar os diferentes atores definir seus pap is e capacitar as equipes Para um grupo de entrevistados h uma sobreposi o e confus o de pap is na atual estrutura para TT Um departamento que o DTT aborda mais o lado social a SNE mais o lado de mercado e no SPM sua fun o ainda n o est muito bem definida Al m da rea jur dica que precisa aprovar as a es de transfer ncia e de propriedade intelectual H uma confus o muito grande No passado as unidades tinham mais liberdade e faziam os dep sitos de propriedade intelectual no entanto hoje centralizado em Bras lia e h um atraso e
67. voc Ss produ o de conhecimentos e transfere comunica e o outro adota E E tecnologias transversal E z A iniciativa de se implantar o A l gica segmentada ainda vigente 5 processo de produ o da que reflete o modelo linear que Embrapa P amp D TT e administra o com forte apoio entre as reas predomina na Embrapa Distanciamento entre as equipes de pesquisa e TT Vis o sist mica aportada teoricamente ao processo Embrapa de produ o pelo Agropensa e Integro Dificuldade para validar a vis o sist mica de complementariedade de compet ncias no processo de produ o O Sistema Integrado de Gest o de Desempenho da Embrapa Institucional Program tica e de Equipes Integro um novo sistema que envolve a elabora o de metas seu monitoramento e avalia o de resultados cuja implanta o e operacionaliza o na empresa teve in cio a partir de outubro de 2014 225 Quadro 5 7 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional processo de produ o Embrapa continua o Fatores condicionantes end genos Elemento Contribuem Inibem E O SEG enquanto esfor o para A Embrapa foi concebida e se transversalizar o sistema cristalizou numa l gica muito verticalizado de P amp D verticalizada Os portf lios e arranjos na g l Tens o que h nos portf lios medida em que sintonizam a entre o atendimento ao interesse m ltiplos projet
68. x a elevada taxa de analfabetismo no meio rural xi o alto grau de avers o ao risco do 333 produtor rural na aquisi o de nova tecnologia xii a cria o da Anater e o risco Embrapa decorrente da confus o de pap is de pesquisa e extens o xiii a dualidade pol tica de minist rios ligados ao mundo rural MAPA e MDA xiv a alta rotatividade de ministros da agricultura e de presidentes da Embrapa que reflete na indefini o de uma pol tica de longo prazo para promover o desenvolvimento agr cola para o pa s Os m ltiplos fatores internos e externos Embrapa demonstram a complexidade dos condicionantes que concorrentemente interferem na transfer ncia de suas tecnologias Da leitura depreende se que h alguns fatores ex genos que escapam s determina es internas da empresa por m outros n o Os que fogem s o principalmente aqueles vinculados aos condicionantes estruturais Entretanto n o se pode deixar de considerar que os determinantes da inova o em ltima an lise encontram se fora da Embrapa tais como aqueles vinculados estrutura de mercado s redes de distribui o assist ncia t cnica e prefer ncia dos consumidores Contudo outros fatores ex genos acabam se interiorizando e interferindo nas a es e decis es da empresa Fatores como a din mica da ci ncia baseada em redes colaborativas a inova o cada vez mais vinculada a um conceito de agrega o de valor financeiro ambien
69. 1 Drives de mudan a da agricultura Questionados sobre quais as for as motrizes ou drives de mudan a da agricultura que refletem nas a es de transfer ncia de tecnologia da Embrapa os entrevistados apontaram a estrutura o e complexidade das cadeias produtivas significado da inova o na agropecu ria o fortalecimento da iniciativa privada as mudan as no contexto geral que trouxeram novos atores e condicionantes din mica da PD amp l a ci ncia que se tornou em rede e feita por equipes transdisciplinares entre outras mudan as A primeira for a motriz a estrutura o e a complexidade das cadeias produtivas agr colas que impactam nas tecnologias que ser o ou n o adotadas na agricultura Dos anos 1970 at os mais recentes os sistemas agroindustriais ou cadeias produtivas foram se estruturando por tr s raz es i a crescente estrutura o de cadeias produtivas marcada pela presen a de uma rede de atores agentes econ micos e pelo aumento da complexidade introduziu um processo de diferencia o entre os produtores rurais selecionando os mais aptos e deixando para traz os que n o conseguem lidar com a complexidade ii um n mero crescente de agentes dos sistemas agroindustriais passou a produzir tamb m tecnologias e portanto a Embrapa come ou a encontrar o que alguns denominam de competidores trazendo para ela dificuldade por n o possuir a mesma agilidade e capacidade de reagir a incentivos fi
70. 2005 algumas das modalidades utilizadas para difus o ou transfer ncia de tecnologia podem ser i difus o de tecnologia em si caracterizada pela difus o da tecnologia cuja caracter stica principal difundir conhecimentos bens e servi os isentos de prote o similares a bens p blicos sua apropria o pelo p blico promovida por agentes da extens o rural assist ncia t cnica e dias de campo unidades de demonstra o cursos palestra e publica es e m dias ii licenciamento de uso o licenciamento para a explora o comercial da tecnologia e o uso da marca da institui o de PD amp l para empresas privadas mediante licita o e contrato estabelecendo pagamento de royalties sobre o valor de venda do produto comercializado iii aliena o venda a transfer ncia integral dos direitos de explora o da tecnologia mediante pagamento por meio de licita o e contrato iv incuba o de empresas o processo utilizado para promover a cria o de nova empresa de base tecnol gica para a produ o de bens e servi os a partir de tecnologias desenvolvidas pela institui o de PD amp I Sob a dimens o interna de um escrit rio de transfer ncia de tecnologia estudo do MIT 2005 apresenta dez etapas que integram o processo de transfer ncia de tecnologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts MIT na sigla em Ingl s S o elas Pesquisa as atividades de pesquisa podem resultar em descobertas e inven es
71. 2006 efetuou uma periodiza o da PD amp l agr cola com base em tr s abordagens Sistema Nacional de Pesquisa Agr cola predominante na d cada de 1980 Sistema de Informa o e Agricultura do Conhecimento utilizado na d cada de 1990 e Sistema de Inova o Agr cola mais recente As caracter sticas das tr s abordagens s o relatadas brevemente a seguir A abordagem do Sistema Nacional de Pesquisa Agr cola SNPA vigorou na d cada de 1980 com foco nos institutos de pesquisa cujo papel era organizar coordenar e executar a pesquisa agr cola A necessidade de orientar os investimentos para promover o crescimento agr cola motivou a configura o de tal sistema Havia interesse em fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento utilizando como instrumentos de pol ticas nacionais que proviam infraestrutura capacidades e mecanismos de gest o Este sistema foi estruturado considerando a pesquisa como bem p blico e com nfase no papel do Estado para fomentar a mudan a tecnol gica Isso ocasionou uma abordagem linear do processo de inova o ou seja a institui o de pesquisa gerava a tecnologia a extens o difundia e o produtor rural a adotava Tratava se de um modelo ofertista que n o levava em conta a participa o e intera o com outros atores importantes para a defini o da pesquisa SPIELMAN 2005 Tal abordagem apresentou como ponto forte a efic cia na cria o da capacidade cient fica agr cola no entanto suas l
72. 2014a Partindo dos pressupostos de que h em alguns casos dificuldades para a transfer ncia de tecnologias geradas pela Embrapa e que em se tratando de tecnologias da informa o para agricultura h a percep o de que o produtor rural utiliza pouco TI ou n o usa preciso compreender quais fatores condicionantes ex genos e end genos Embrapa contribuem e ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias para o setor produtivo e social Diante do exposto o problema investigado Quais fatores condicionantes ex genos e end genos Embrapa contribuem ou inibem para a transfer ncia de suas tecnologias para a sociedade A resposta inicial ao problema proposto ou seja a nossa hip tese que H m ltiplos e complexos fatores condicionantes que concorrentemente ora contribuem e ora inibem a transfer ncia de tecnologias geradas pela Embrapa Os condicionantes ex genos v o em maior ou menor medida se interiorizando e impactando a empresa Eles vinculam se principalmente s transforma es do padr o de acumula o da agricultura complexidade das cadeias produtivas agr colas que interferem na decis o de inovar e de ado o assun o da iniciativa privada na 15 pesquisa agr cola causando um deslocamento da institui o p blica heterogeneidade produtiva de infraestrutura e socioecon mica dos produtores rurais dualidade pol tica de minist rios ligados ao mundo rural da agricultura
73. A op o entre um dos caminhos depende de fatores como recursos humanos e financeiros dispon veis o ambiente econ mico social pol tico tecnol gico e cultural em que a empresa exerce suas atividades Os benef cios dessa transfer ncia s o apresentados no Quadro 2 7 55 Quadro 2 7 Benef cios da transfer ncia de tecnologia concedente e adquirente Concedente Receptor ou Adquirente Receber direitos royalties pela Adquirir tecnologia que Ihe permita uma melhor tecnologia transferida competitividade no mercado Utilizar se de melhoramentos feitos Atrair uma clientela gerada pela tecnologia pelo adquirente adquirida Entrar em mercados sem correr riscos Completar programas de desenvolvimento Fonte Assafim 2010 Quanto s modalidades a transfer ncia de tecnologia pode ser homog nea ou heterog nea bilateral ou unilateral p blica privada ou mista Quadro 2 8 Quadro 2 8 Modalidades de transfer ncia de tecnologia conforme a capacidade a posi o e a natureza jur dica dos agentes envolvidos no processo Quanto capacidade tecnol gica dos agentes Homog nea Heterog nea Substancial igualdade de potenciale O adquirente possui capacidade tecnol gica de capacidade tecnol gica entre os inferior quela do concedente agentes Ocorre quando transferida tecnologia de Ocorre entre empresas do mesmo empresas de pa ses industrializados para pa ses setor ou setor an logo que ocupem em desenvolvi
74. Acep o ampla da transfer ncia de tecnologia e sem ideologias adotada nos escrit rios de TT dos Estados Unidos abrange tanto transfer ncia de qualquer conhecimento gerado pela universidade ou institui o de Aspecto pesquisa para a comunidade em geral seja esta a comunidade de conceitual pesquisa setor privado ONGs ou pessoas f sicas e tamb m as transfer ncias unidirecionais ou as bidirecionais 295 Quadro 5 21 Fatores condicionantes que interferem no processo de transfer ncia de tecnologia agr cola opini o de especialistas internacionais continua o Elemento Escrit rio Start up Smartphone tablet SMS e internet Marco Legal de TT Fatores Condicionantes Contribuem Lei Bayh Dole confere s universidades e aos centros de pesquisa americanos o direito de propriedade intelectual dos inventos realizados em seus laborat rios que foram custeados com recursos do governo autorizando o seu licenciamento para o setor privado E Escrit rios de transfer ncia de tecnologia de universidades e centros de pesquisa americanos potencializam a inser o das tecnologias geradas nestas institui es no mercado por meio de estudos de viabilidade de mercado e suporte ao lan amento mercadol gico Cria o de novas empresas a partir de tecnologias geradas pela universidade ou centro de pesquisas aumenta a possibilidade de transfer ncia de tecnologia geradas por estas
75. Contexto justificativa problema de pesquisa e hip tese 5 1 2 Objetivos 16 1 3 Metodologia e estrutura da tese 17 2 REFERENCIAL TE RICO 25 2 1 Abordagem neo schumpeteriana de sistema de inova o 26 2 2 Pesquisa agr cola e sistema de inova o na agricultura 33 2 3 Difus o e transfer ncia tecnol gica dos estudos seminais aos neo schumpeterianos 47 2 4 Transfer ncia tecnol gica conceitua o agentes e condicionantes 53 2 5 Tecnologias defini o tipologia e prote o propriedade intelectual 68 2 6 O processo de transfer ncia tecnol gica 74 2 7 Considera es a partir do referencial te rico 80 3 EMBRAPA GERA O E TRANSFER NCIA DE SOLU ES TECNOL GICAS 87 3 1 Instrumentaliza o da gest o organizacional e da pesquisa 88 3 2 Solu es tecnol gicas tipologia e prote o 96 3 3 Estrutura organizacional para transfer ncia 104 3 4 Instrumentos e estrat gias para transfer ncia tecnol gica 119 3 5 Exemplos de transfer ncia de tecnologia 123 3 5 1 Tecnologias de base f sica 125 3 5 2 Tecnologias de base instrucional processual 135 3 6 Condicionantes transfer ncia de tecnologia 139 3 7 Considera es finais do cap tulo 143 xxvii 4 TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMA O PARA A AGRICULTURA 145 4 1 Tecnologia da informa o aplicada agricultura 147 4 2 Ado o de tecnologia da informa o na agricultura condicionantes 159 4 3 Acesso a computador e in
76. Contribuem E A vis o a miss o OS objetivos e as diretrizes estabelecidos no PDE contribuem para nortear a atua o da empresa Inibem E O planejamento estrat gico epis dico de 4 em 4 anos n o capta as rupturas na agricultura em decorr ncia da velocidade das mudan as O PDE n o foi usado para consolidar vis o e empoderar os gestores Trajet ria institucional Atrajet ria institucional da Embrapa desenhada pelo contexto atual O aumento da participa o da iniciativa privada no mercado de commodities agr colas visto como uma fragilidade para a Embrapa Setores da agricultura pressionam a Embrapa em raz o da queda de sua participa o no mercado de commodities agr colas H um descompasso entre o modelo organizacional da Embrapa como empresa sementeira para uma empresa que n o mais de sementeiros Os atuais resultados de P amp D refletem decis es da trajet ria institucional pret rita e a empresa vive uma tens o na cobran a para transfer ncia de tecnologias da Embrapa entre o passado o presente e o futuro 220 Quadro 5 6 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico na Embrapa continua o Fatores condicionantes end genos Elemento Contribuem Inibem A Embrapa tornou se muito burocr tica e engessada Faltam inova es institucionais na
77. Elementos Fontes Pol ticas da Condicionantes Embrapa quando existentes Estrat gia trajet ria para Rocha Machado transfer ncia de tecnologias de e Oliveira Filho base f sica 2012 Estrat gia trajet ria para Rocha Machado transfer ncia de tecnologias de e Oliveira Filho base instrucional processual 2012 Amplitude e abrang ncia das a es Embrapa de TT da empresa 2013a Parcerias com transnacionais para Contini e coopera o t cnicas e ou Andrade 2013 Difus o e transfer ncia de tecnologia que Assafim 2010 transfer n podem envolver transmiss o de l cia direitos patrimoniais sobre bens tecnol gica imateriais protegidos P gina de Neg cios de Cultivares Embrapa Produtos e Mercado Disponibiliza o na internet de obras autorais com resultados de pesquisa Fonte elabora o pr pria Os fatores condicionantes levantados neste cap tulo Quadro 3 20 juntamente com os identificados a partir da literatura cap tulo 2 subsidiaram a elabora o de questionamentos a serem feitos aos especialistas nos temas estudados inova o agr cola transfer ncia de tecnologia e agroinform tica de dentro e de fora da Embrapa 142 Os Ap ndices Il Ill e IV apresentam respectivamente os roteiros de entrevista para especialistas do Brasil de Portugal e dos Estados Unidos 3 7 Considera es finais do cap tulo Na Embrapa nota se que apesar da evolu o na e
78. Embrapa e os processos atuais a deixam profundamente presa E A dificuldade de transformar o Estado vertical num Estrutura organizacional processo transversal se replica na Embrapa Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas Processo de produ o Embrapa Do ponto de vista t tico que reflete em aspectos operacionais a empresa tem buscado promover uma estrutura mais transversal por meio do que se denominou chamar de processo de produ o Embrapa visando sair de uma estrutura organizacional verticalizada Este aspecto foi mencionado por v rios entrevistados que atuam tanto na sede da empresa como em unidades descentralizadas como relevante para a din mica de transfer ncia de tecnologia Para alguns a empresa precisa sair de uma estrutura verticalizada e segmentada e caminhar para uma l gica de processo de produ o Embrapa que continuamente gera conhecimentos e tecnologias Este processo gera resultados de projetos e inicializa o de outros o que remete necessidade das equipes terem clareza desse fluxo de produ o da empresa para ter mais nitidez frente s demandas que podem ser atendidas agora ou daqui a um ano dois ou cinco anos bem como dos p blicos alvo a serem atendidos em m dio e longo prazo Atualmente vige na institui o uma forte l gica estanque e fragmentada em pesquisa e desenvolvimento P amp D transfer ncia de tecnologia TT
79. Embrapa e aspectos relacionados ao meio pol tico Um grupo de especialistas apontou que a falha no atual Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria SNPA come ou a ocorrer com a extens o rural desmantelada resultado do sucateamento sal rios baixos falta de plano de carreira para uma parcela dos extensionistas o que a deixou muito fragilizada Quanto ao sucateamento da extens o rural ponderou se que no in cio da cria o da Embrapa houve algum xito no modelo tradicional linear de transfer ncia de tecnologia tendo a fonte pesquisa de um lado e o receptor produtor rural de outro com a intermedia o da extens o No entanto a agricultura passou a ficar mais complexa surgiram novos desafios e a maior presen a da iniciativa privada na pesquisa agr cola exigindo da Embrapa a necessidade de desenvolver pesquisas em parcerias e neste novo contexto ter ou n o o servi o de extens o provavelmente n o resolveria o problema da transfer ncia Ademais concomitantemente a esses fatos cresceram os assentamentos da reforma agr ria e a agricultura de subsist ncia e milh es de produtores rurais ficaram e est o na berlinda A falha claramente o modelo inicial porque n o tem extens o A Embrapa tem tecnologias que podem alavancar esses produtores exclu dos tecnologicamente mas elas n o chegam a eles Ainda que recente a cria o da Anater e as fun es que ir exercer sejam neste est gio apenas c
80. FOMENTO EDUCA O a ranma patrim nio gen tico CTA FINEP BNDES GOVERNO CAPES CNPQ a id propriedade industrial etc EMBRAPII FAPs etc INFRAESTRUTURA FAPs etc l tecnologia empre mi Figura 2 2 Mapa te rico do Sistema Brasileiro de Inova o Fonte Sinisterra 2014 p 19 31 O Quadro 2 1 apresenta uma s ntese dos elementos e fun es do SNI Quadro 2 1 Sistema Nacional de Inova o elementos fun es e caracter sticas Sistema Nacional de Inova o V Elemen tos Diversidade de atores p blicos e privados institutos de PD amp I universidades iniciativa privada governo rg os de fomento Intera o entre os atores produzir difundir e usar conhecimentos S Fun es Do governo formula o de pol ticas regula o aloca o de recursos Do governo e demais atores relacionados inova o financiamento pesquisa e desenvolvimento transfer ncia de tecnologia capacita o de recursos humanos Caracter sticas lt V Supera o da vis o linear de pesquisa difus o aplica o evoluindo para uma vis o interativa de inova o Influ ncia de fatores econ micos sociais pol ticos organizacionais e institucionais para a gera o a difus o e o uso de inova es Atores p blicos e privados inovam conjuntamente As institui es normas regras pol ticas e padr es de comportamento interferem nas rela es entre os atores Abrang
81. Foram apontados dois avan os quantos s an lises das parcerias p blico privadas que envolvem quest es de propriedade intelectual foram i a cria o na rea jur dica da Apesar desta dificuldade foram citados pelos especialistas dois exemplos de co titularidade de propriedade intelectual em parceria p blico privada O primeiro o da parceria Embrapa e Monsanto por meio da qual foi desenvolvida cultivar de soja transg nica usando o germoplasma da Embrapa e a tecnologia Roundup ReadyQ de propriedade da Monsanto resistente a herbicida base de glifosato Trata se de oferecer ao agricultor brasileiro mais uma op o tecnol gica o que bom para a Embrapa e bom para a Monsanto que utiliza uma cultivar adaptada para a agricultura tropical esta parceria apresentada no Cap tulo 3 Box 3 1 No segundo exemplo a parceria Embrapa e Basf na qual houve um avan o em rela o primeira parceria citada pois ambas institui es partiram desde a concep o para a constru o da soja transg nica a Cultivance Trata se de uma parceria mais elaborada Como a propriedade intelectual ter a titularidade da a Embrapa e da Basf para se licenciar a tecnologia preciso ter a concord ncia de ambas Ent o nesta 2 parceria o desenho da transfer ncia de tecnologia via licenciamento tem sentido quando se pensa na grande massa de agricultores que precisam receber tecnologia 229 Coordenadoria de Apoio Inova o e
82. N B Inform tica na Agricultura Paulista Anais Agrosoft 99 Congresso e Mostra de Agroinform tica Juiz de Fora 1999 30 33p FRANCISCO V L F dos S PINO F A Farm Computer Usage in S o Paulo State Brazil Revista Brasileira de Agroinform tica v 4 n 2 p 81 89 2002 FRANCISCO V L F dos S PINO F A VEGRO C L R Information Technology on Coffer Farms Agr S o Paulo S o Paulo v 52 no 1 p 77 82 jan jun 2005 FRANCO C F de O Din mica da Difus o de Tecnologia no Sistema Produtivo da Agricultura Brasileira In II Simp sio Nacional sobre as Culturas do Inhame e do Taro Jo o Pessoa PB Anais Jo o Pessoa PB Emepa PB 2002 vol 2 224p 353 FREEMAN C Inova o e ciclos longos de desenvolvimento econ mico Ensaios FEE 5 1 p 5 20 Porto Alegre 1984 FREEMAN C Technology policy and economic performance lessons from Japan London Pinter Publishers 1987 FREEMAN C Unemployement and Technical Innovation A Study of Long Waves and Economic Development Londres Paris Pinter 1982 FREITAS H M R ALBANO C S Utiliza o da Tl um estudo em cooperativas agropecu rias do Rio Grande do Sul In PROTIL R M ZAMBALDE A L Org Tecnologia da informa o no agroneg cio cooperativo Curitiba PR Editora Champagnat 2008 p 184 205 FUCK M P BONACELLI M B M Atua o da EMBRAPA nos mercados de soja e milho por que manter institui es p blicas de pesquisa no Bra
83. No mbito destas mudan as nomeadamente o deslocamento do papel da pesquisa p blica agr cola pela pesquisa privada as altera es nas condi es de apropriabilidade o crescimento da participa o do agente privado no fornecimento de cr dito rural e a redu o por parte do Estado a desestrutura o da extens o rural e a recente cria o da Anater h implica es que envolvem questionamentos sobre o que um instituto p blico como a Embrapa ter para transferir e para incorporar ao setor produtivo Simultaneamente ocorre uma mudan a na orienta o de rg os de controle como o Tribunal de Contas da Uni o TCU que passam a buscar na Embrapa os resultados final sticos de suas a es de P amp DI que s o implementados na agricultura Diante deste quadro questiona se a Embrapa far transfer ncia de tecnologias no qu E mais especificamente no que concerne ao objeto desta tese quais fatores condicionantes de fora e de dentro da Embrapa precisam ser considerados para promover mais ainda a introdu o de suas tecnologias ao ambiente produtivo e social Para alguns autores como Graziano 2012 o dilema da Embrapa n o se refere perda relativa do mercado de sementes e amplia o da iniciativa privada nesta rea ou falta de dinheiro ou ao seu quadro de pessoal A ess ncia brota de seu mago qual sua fun o no mundo de hoje Quais devem ser as prioridades da nova Embrapa O autor responde que
84. P amp D da Embrapa e o transforma num produto de biotecnologia e isso precisa ser internalizado na empresa Nesse sentido foi esclarecido que na biotecnologia o custo da P amp D para desenvolver o transg nico a parte mais barata O custo maior a biosseguran a colocar no mercado passar pela Comiss o T cnica Nacional de Biosseguran a CTNBio fazer os testes de impacto ambiental e para a sa de humana Por isto se a Embrapa n o tiver parceria com setor privado para custear estas despesas n o vai conseguir desenvolver transg nico Outro entrevistado apontou que na Embrapa o problema n o o P pesquisa e o D desenvolvimento mas est no I inova o do processo de PD amp I Nessa mesma linha foi apresentada como perspectiva que a Embrapa possa atuar mais em gen tica e reduzir o esfor o de desenvolver variedade tentar descobrir 255 as fun es dos genes e trabalhar com a empresa privada A Embrapa pode pesquisar o genoma identificar as diversas especifica es do gene e a pesquisa privada pode colocar isso na cultivar ou seja o desenvolvimento da cultivar seria da empresa privada De modo a fazer isso de forma associada porque tem um componente de pesquisa de campo que enorme que leva de 8 a 10 anos A Embrapa pode entrar nessa linha para n o ter que devolver cultivar mas sim para entender a express o gen mica E o campo de pesquisa imenso a considerar os genes da biodi
85. Quadro 5 21 Fatores condicionantes que interferem no processo de transfer ncia de tecnologia agr cola opini o de especialistas internacionais continua o Fatores Condicionantes Elemento Inibem 5 O problema a solu o em TI partir de pressupostos que n o existem como o caso de se pressupor que o produtor tenha informa es para alimentar o software Dimens o da explora o agr cola fator limitante para a ado o da agricultura de precis o pois alto o custo do investimento necess rio Na explora o agr cola n o houve uma evolu o gradual de uso da Tl o Transfer ncia de solu es em TI que gerou um gap e uma barreia a transpor Baixa cobertura de internet no pa s todo limita o uso de solu es em TI para agricultura E O d ficit de capacidade para usar a inova o pelo lado da explora o agr cola dificulta a transfer ncia de tecnologia M ltiplos agentes de uma cadeia produtiva que influenciam a tomada de decis o de ado o ou n o de uma tecnologia deixam cada vez mais distante essa decis o do produtor rural amp Dificuldade de acesso a canal de distribui o da tecnologia leva a sua n o ado o pelo p blico destinat rio Desalinhamentos do processo de TT Desalinhamento entre as caracter sticas t cnicas e especifica es da tecnologia e as necessidades e prefer ncias da explora o agr cola frustra a ado o tecnol gica Elemento Contribuem
86. Rogers organiza o 1972 Esfor o e capacidade t cnica da receptora para reproduzir Baranson 1980 tecnologia pr pria a partir da que foi recebida da concedente n o apenas operacionalizar 66 Quadro 2 10 Elementos essenciais e fatores condicionantes para a transfer ncia de tecnologia continua o N veis de assimila o da TT operacional duplicativo adaptativo e inovativo Stewart 1990 Incorpora o do conhecimento racional e sistem tico desenvolvido por uma institui o por uma outra institui o Zhao e Reisman 1991 Defici ncias da tecnologia falta de cr dito escolaridade e limita o da assist ncia t cnica condicionam o acesso do produtor as novas tecnologias Alves 2001 Conhecimento do sistema de produ o objeto da tecnologia definindo o produto o produtor e as rela es sociais dominantes Castro e Tourinho 2002 Compartilhamento ou fluxo de conhecimento durante o processo de inova o podendo abranger desde a gera o da ideia at a cria o do produto Whitney e Leshner 2004 Obriga o de dar e fazer de entregar detalhes especificados da tecnologia e comunicar experi ncias Barbosa 2006 Capacidade do usu rio modificar e adaptar a tecnologia de acordo com sua necessidade ou identificar nova demanda de pesquisa Dereti 2009 Interc mbio de conhecimentos t cnicos entre dois ou mais agentes e transmiss o de dir
87. Tecnologia da informa o aplicada agricultura A tecnologia da informa o parcialmente respons vel pelas profundas transforma es nos modelos de produ o e acumula o at ent o vigentes e configuram o surgimento da denominada Sociedade da Informa o Para Castells 2007 as tecnologias da informa o abrangem o conjunto de tecnologias em microeletr nica computa o software e hardware a intemet e o desenvolvimento de aplica es Machado 2008 adiciona que as TI abarcam sistemas de gerenciamento de bancos de dados sistemas de informa o sistemas de telecomunica es redes de computadores al m de software e portais para o agroneg cio dispositivos eletr nicos para armazenamento de informa es sanit rias nutricionais e gen ticas canais de televis o e estrutura de telecomunica es como ilustra a Figura 4 1 Tecnologia da informa o Sistemas de Informa o Figura 4 1 Alguns tipos de tecnologia da informa o Fonte adaptado de Ribeiro 2009 Siglas SIG Sistema de Informa o Geogr fica SAD Sistema de Apoio Decis o SRas Sistemas de Rastreabilidade SE Sistema Especialista SIE Sistema de Informa o para Executivos ERP Enterprise Resource Planning ou Sistema de Planejamento de Recursos da Empresas WMS Warehouse Management System ou Sistema de Gerenciamento de Armaz ns 147 No contexto de mundializa o econ mica a tecnologia da informa o tr
88. a repositioning of Embrapa in the system of science technology and innovation Therefore the company must go beyond research and enhance its interactions with institutions which have market skills and reorganize to a new systemic organizational model that reflects a cross cutting governance research KEYWORDS innovation agricultural public research technology transfer Xv LISTA DE FIGURAS Figura 1 1 Representa o esquem tica mostrando a converg ncia tecnol gica a partir da explora o simult nea de tomos neur nios genes e bits aea aae aa aE ea Ea a eee ae scene aa eos iea toio antitesia 14 Figura 1 2 Classifica o da p sguisa riers ieina inn e i n i e vagere ease 17 Figura 1 3 Etapas do procedimento metodol gico seesesesssssssssssesesssssesssssesssssesesesssesesssesesesesesesssssesessseseeeseseee 21 Figura 1 4 Estrutura da tese por cap tulos interligados ao atendimento dos objetivos espec ficos 21 Figura 2 1 Modelo linear de inova o ss sesseesssssssssccessssssesecossssssseceosssesseecesssssseeccossssssseceosssssseeeesssessseeeessssee 29 Figura 2 2 Mapa te rico do Sistema Brasileiro de Inova o ssssssssesssssssseccessssssseeccsssesseeceosssssseecessssssseeeessssee 31 Figura 2 3 Dimens es de an lise do sistema de inova o ssssssssssesssssssseccessssssseccosssseseeceosssssseecessssssseeeossseee 32 Figura 2 4 Alguns instrumentos da pol tica agr
89. a unidade busca mostrar a complementariedade da TI na agricultura como em cen rios de impacto de mudan as clim ticas na busca de 14 genes de interesse relacionados com determinado fator estresse bi tico estresse abi tico e na an lise de estrutura de prote nas no uso da bioinform tica em programas de melhoramento gen tico na caracteriza o estrutural e funcional de prote nas identificadas por meio dos proteomas brasileiros com impacto para a agricultura nacional e na obten o de dados gen micos MASSRUH ET AL 2011 No que concerne especificamente transfer ncia de solu es em tecnologia da informa o para a agricultura tamb m se verifica na literatura uma restri o de incorpora o da TI no campo Segundo Gelb e Voet 2009 e Goyal e Gonzales Velosa 2012 a TI pode contribuir para o aumento da produtividade agr cola melhoria na gest o da produ o dissemina o de informa es do setor Entretanto a despeito da relev ncia e potencial da TI no campo o produtor rural usa pouco tais tecnologias em seu empreendimento agr cola e h a percep o de que a transfer ncia de tecnologias da informa o precisa ser mais efetiva No Brasil em visitas a campo pouco se v o uso de aplica es de tecnologias da informa o conforme relatam os estudos de Francisco et al 2007 Buainain 2007 Machado 2008 Teixeira et al 2008 Mendes et al 2011 Zambalde et al 2011 e Mendes Buainain e Fasiaben
90. abordado na sequ ncia 103 3 3 Estrutura organizacional para transfer ncia Desde sua cria o a Embrapa passou por diversas mudan as organizacionais objetivando a difus o e a transfer ncia de seus resultados de pesquisa As mudan as demonstram por um lado a relev ncia que as a es de transfer ncia representam para a empresa e por outro a dificuldade em conferir a funcionalidade e agilidade requerida para tais a es Atrasas et al 2012 fizeram uma periodiza o das mudan as e a es de transfer ncia tecnol gica pelas quais a empresa passou nas seguintes fases 1 de 1974 a 1988 2 de 1989 e 1998 3 a partir de 1999 Primeira fase de 1974 a 1988 Neste per odo a Embrapa definiu se como uma institui o de pesquisa aplicada tendo como principais benefici rios de seus resultados os produtores rurais O per odo apresentou intensas a es de difus o de tecnologia pela formula o dos denominados pacotes tecnol gicos A difus o tecnol gica pressupunha a intera o entre pesquisadores extensionistas produtores e rg os de pol tica agr cola visando maior agilidade para gerar e difundir tecnologias agr colas No entanto a difus o n o era vista como neg cio mesmo s vezes envolvendo venda de produtos e servi os Segunda fase de 1989 a 1998 O contexto pol tico exigiu da Embrapa uma nova forma de atua o A conjuntura da poca era de abertura comercial forma o de blocos econ micos
91. ado o do modelo linear de inova o Oliveira et al 2011 p 30 esclarecem que os agricultores reagem diferenciadamente aos est mulos e influ ncias externas que recebem e que n o podem ser vistos como meros receptores de tecnologias Numa rela o dial tica os agricultores podem acelerar modificar neutralizar resistir ou inverter as tend ncias gerais de mercantiliza o e modificar a din mica da moderniza o da agricultura Os modelos de desenvolvimento da pesquisa agr cola e de extens o aqui apresentados nas abordagens difusionista sist mica interativa e de produ o de novidades n o podem ser vistos como respons veis absolutos ou fator condicionante chave para promoverem ou n o a difus o e transfer ncia de tecnologia Faz se necess rio relativizar seu papel e incluir outros fatores condicionantes que promovem ou inibem a difus o e transfer ncia tecnol gica como ser o apresentados mais adiante neste cap tulo H limita es e cr ticas quanto ao papel das escolas de desenvolvimento da pesquisa agr cola A escola difusionista por exemplo apesar de ter sido respons vel pelo desenvolvimento tecnol gico no setor agr cola nos ltimos anos tem xito mais focado nos sistemas de produ o padronizados e simplificados e apresenta dificuldade em responder aos problemas enfrentados pela agricultura familiar Em se tratando de sistemas complexos as escolas sist mica e participativa t m maior capaci
92. agr colas amplia a miss o da Embrapa que potencialmente precisa levar em conta o consumidor mundial abre novas oportunidades de TT E A agenda internacional da Embrapa para transfer ncia de tecnologia de import ncia geoestrat gica e geopol tica no cen rio mundial Colegiados transversais Colegiados transversais tais como o Comit Gestor das Estrat gias e o Sistema Embrapa de Gest o t m potencial para transversalizar as a es de um sistema que era muito verticalizado Pessoal de Conceito de TT TT Pr atividade da equipe de TT em busca de empresas interessadas no licenciamento de tecnologias da Embrapa E Falta clareza no conceito de transfer ncia de tecnologia na Embrapa com diferentes vis es abrang ncias e interpreta es n o convergentes Dificuldade das diferentes interpreta es de TT conviverem com os diversos segmentos da agricultura brasileira familiar e empresarial 253 Quadro 5 12 Fatores condicionantes end genos dimens o transfer ncia de tecnologia continua o Elemento Inibem E Fragmenta o sobreposi o lacunas e confus o de pap is entre as unidades da estrutura organizacional que atuam com atividades E correlatas a TT E M ltiplas unidades que atuam com TT refor am uma vis o linear e gt fragmentada do processo ao inv s de ter vis o integrada S E A Embrapa tem tradi o em processo de PD amp l de gera o do
93. agroind stria assume papel fundamental na coordena o da cadeia Isso ir variar de cadeia produtiva para outra Foi convergente a opini o de outro especialista no tocante interfer ncia da dire o hier rquica das cadeias produtivas para decidir quais tecnologias ser o usadas o agricultor tornou se relativamente cada vez mais subordinado s estruturas hier rquicas das cadeias produtivas que passaram a decidir como a atividade econ mica deste agricultor se organiza tecnologicamente A decis o de adotar ou n o uma tecnologia passa a ser uma decis o que est muito distante do agricultor e cada vez mais determinada por outros participantes da cadeia produtiva A subordina o do agricultor s estruturas de poder das cadeias produtivas tem um impacto para a transfer ncia de tecnologia gerada pela Embrapa pois quando se discute como um agricultor utiliza ou n o uma tecnologia na verdade preciso considerar o aspecto de que esta decis o em muitos casos determinada por outros agentes econ micos Igualmente na mesma dire o foi mencionado o exemplo da cadeia produtiva de aves que possui seus laborat rios e pesquisadores que se tornaram independentes da pesquisa p blica Desenvolvem suas pr prias pesquisas para resolver suas demandas e definir quais tecnologias ser o usadas pelo avicultor Tamb m se verifica a subordina o do agricultor s estruturas de poder junto aos supermercados e redes v
94. agropecu ria mantendo se o interesse p blico com vista amplia o de a es conjuntas para o desenvolvimento da agricultura brasileira A estrutura organizacional juntamente com o Sistema Embrapa de Gest o e a separa o que permeia os processos de P amp D e de TT foram indicados no conjunto de condicionantes end genos do processo de produ o Embrapa Apesar da estrutura organizacional fragmentada e verticalizada a empresa tem buscado transversalizar o seu processo de produ o de informa es conhecimentos e tecnologias lan ando m o de v rios instrumentos transversais dentre os quais o Sistema Embrapa de Gest o os macroprogramas os portf lios os arranjos o Agropensa e o Integro Todavia segundo as opini es e observa es pr prias colhidas o esfor o para promover uma verticaliza o dos processos encontra resist ncia na empresa que em inst ncias relevantes mant m a l gica segmentada da estrutura organizacional Um exemplo nesse sentido a empresa possuir diversas unidades centrais e descentralizadas que atuam com temas correlatos transfer ncia de tecnologia em maior ou menor medida como explicitado na se o 3 3 no entanto sem um eixo transversal de coordena o dos respectivos pap is e atribui es Ademais no caso da TT ficou evidenciada a predomin ncia do modelo linear e a dificuldade para validar a vis o sist mica de complementariedade de compet ncias no processo de produ o O e
95. armazenar grande volumes de dados an lises de dados para orienta o de mercado e pol ticas al m de dispositivos m veis e tecnologias sociais para monitorar o mercado MASSRUH LEITE E MOURA 2014 p 22 281 Ainda na perspectiva futura o grupo de especialistas entrevistado mencionou que a tecnologia da informa o aplicada agricultura foi um macrotema inclu do no Sistema de Intelig ncia Estrat gica da Embrapa Agropensa para capturar as suas principais tend ncias nos pr ximos 20 anos Foi mencionado que a Embrapa Inform tica Agropecu ria participa da Plataforma de Tecnologias Emergentes do Procisur e poca das entrevistas segundo semestre de 2014 a unidade discutiu os desafios e oportunidades de desenvolvimento deste tema na rea de P amp D dos pa ses que participam da plataforma Al m das perspectivas futuras acima mencionadas os especialistas destacaram outras tend ncias Um delas o big data que possibilita a an lise de imensos volumes de dados agroclim ticos de recursos naturais e de uso da terra Trata se de uma tecnologia que abrange o armazenamento e processamento de alto desempenho Ap s armazenados grandes volumes de dados como de recursos h dricos ecossistemas organismos solos genomas etc poss vel entender processos globais que envolvem a natureza e a agricultura e suas influ ncias na bioesfera No setor agr cola com a an lise destes imensos volumes de dados
96. as empresas inclusive para os empreendimentos agr cola e tem sido possibilitada pela populariza o dos tablets smartphones notebooks e da tend ncia do Bring Your Own Device BYOD traga seu pr prio dispositivo No caso da agricultura como os produtores rurais est o bypassando o computador ou seja est o preferindo usar smartphones ao computador h uma oportunidade de ampliar os aplicativos m veis para atendimento do p blico agr cola Outra perspectiva futura no n vel da mol cula a utiliza o da bioinform tica e da biologia computacional que possibilitam a an lise e o desenvolvimento de aplica es relacionadas prospec o de dados gen micos e da estrutura das prote nas e seus efeitos colaterais em f rmacos Na agricultura a associa o de diversas tecnologias tais como a nanotecnologia a rob tica a agricultura de precis o e nanosensor e o drone ve culo a reo n o tripulado VANT possibilitar aplica es que capturam dados dos nanosensores e dos drones para aplica es que auxiliam o processo decis rio Um exemplo o uso destas tecnologias na interpreta o de mapas de propriedades rurais para prever a produtividade a an lise de fertilidade e para prever pragas o que j uma realidade Foi mencionada a converg ncia entre as reas de nanotecnologia biotecnologia tecnologia da informa o e ci ncia cognitiva Tanto os especialistas entrevistado
97. aus ncia de utiliza o paulatina de TI no campo remete aos condicionantes que limitam a transfer ncia e o uso de tais solu es Neste aspecto tamb m se verifica uma converg ncia entre as falas dos especialistas com a literatura Tais limitantes podem ser categorizados nos agrupamentos propostos por Souza Filho et al 2011 quais sejam i condi es socioecon micas e caracter sticas do produtor ii caracter sticas da produ o e da propriedade rural iii caracter sticas da tecnologia iv fatores sist micos Para os especialistas dentre as caracter sticas do produtor que limitam o uso de TI no campo est o i o baixo n vel de forma o da pessoa que trabalha na agricultura que reflete em sua pouca capacidade de absorver a tecnologia ii as barreiras culturais entre o grande e o pequeno produtor rural que influenciam negativamente esse uso iii a aus ncia do agricultor em fazer a gest o da informa o em tempo real de seu empreendimento agr cola resultando na falta de dados que alimentam os softwares que 308 acabam n o sendo utilizados iv o d ficit de capacidade do produtor para usar a inova o o que dificulta a transfer ncia de tecnologia As caracter sticas da produ o agr cola que limitam o uso da TI s o i a baixa capacidade financeira da unidade agr cola que implica na pouca aquisi o de tecnologia ii o grau de mercantiliza o da atividade agr cola produzir para o mercado interno
98. cada passada do Sistema Embrapa de Gest o SEG que representou um esfor o em transversalizar a a o de um sistema que era verticalizada a Embrapa foi concebida e se cristalizou numa l gica muito verticalizada de centros especializados por produto por tema e por ecorregi o E quando os alvos eram gigantescos dava se um tiro de cartucheira e acertava algum alvo ent o um sistema deste funcionava E isso projetou a Embrapa Todavia na medida em que os alvos ficaram menores difusos e outros atores como a iniciativa privada v m para o mercado ou a Embrapa tem a capacidade de mirar em alvos mais complicados em temas de maior grandeza e isso exige a o mais transversal para combinar os centros de pesquisa e coloc los num contexto mais amplo de vis o sist mica mais complexa ou a empresa vai perder conex o com o mundo real O primeiro caminho criado para sair da l gica de projetos tem ticos que se parecia com os departamentos de universidades foi a introdu o dos macroprogramas Para isso foi preciso mirar em problemas da sociedade e do mundo real e exigir que os centros de pesquisa se coloquem no contexto de sistema Por exemplo o centro de soja precisa entender o que a integra o lavoura pecu ria floresta ILPF onde soja um 222 componente muito maior Que tipo soja preciso para viabilizar um sistema de ILPF Em fun o disto o centro de soja por exemplo precisa ter vis o sist m
99. cola brasileira eeeeeeeeeeee eee cce cce cce cce ceereeeeereeeeeeennaca 34 Figura 2 5 Sistema nacional de inova o na agricultura ssssssssssseesssssssescccsssssseeccossseeseeceosssseseeeessssssseeeessssee 38 Figura 2 6 Os diferentes espa os atividades e atores de PD amp iI ee cce ec ceererrereeececeerrrrereceascecrerera 41 Figura 2 7 Tipos d Inova es c secsmsssoesiereiniasins an Cirene co e teto ate rotes iera casados Toa endninD eso dido nin aa in ro so doiir nona Ee oseo 70 Figura 2 8 Mecanismos protetivos de propriedade intelectual esssssssseeeossssssseecessssessscesssssssseeessssssseeeessssse 72 Figura 2 9 Modelo do processo de difus o e transfer ncia tecnol gica essssssssseesssssssseceosssssssecessssssseeeessssee 74 Figura 2 10 Processo de transfer ncia de tecnologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts 77 Figura 2 11 Acep o de transfer ncia de tecnologia adotada na tese sssssssssssssecossssssseccosssssssecesssessseceesssese 81 Figura 3 1 Organograma da Embrapa ssssssssseesssssssssccessssssseecossssssseceosssssseccessssssseeeessssesseceesssssseeeesssessseeeessssee 89 Figura 3 2 Centros de pesquisa da Embrapa sssssssssesesssssssssccssssssseccsssssseeccesssessseccessssessecessssssseseesssessseseessssse 89 Figura 3 3 Posicionamento estrat gico da Embrapa vis o e benef cios para o p
100. controle de um fator n o garante o sucesso de pol ticas voltadas para a transfer ncia de tecnologia Enfeixando o cap tulo como defendem Castro e Tourinho 2002 um processo de transfer ncia de tecnologia mais representativo da realidade aquele que leva em considera o um modelo interativo de inova o abrangendo n o apenas o sistema de pesquisa mas tamb m a rede complexa de n s de comunica o existentes em uma organiza o conectada internamente atividades de PD amp l de TT de marketing e de produ o mas tamb m externamente estrutura cient fica e tecnol gica e ao mercado A compreens o do funcionamento do mercado ou do sistema produtivo em que atuam os usu rios receptores da tecnologia sendo transferida passa a ser decisiva no processo de transfer ncia Nesse sentido muda se a antiga concep o do modelo linear de inova o de que os institutos de pesquisa agr cola geram a tecnologia enquanto os servi os de extens o agr cola e de assist ncia t cnica cuidam da difus o e da ado o dessas inova es tecnol gicas A desestrutura o do sistema de extens o rural do pa s nos ltimos anos for ou os institutos p blicos de PD amp l a buscar estrat gias para transfer ncia de tecnologia No novo contexto institucional os institutos p blicos de PD amp l precisam recuperar o bin mio gera o transfer ncia CASTRO E TOURINHO 2002 Este cap tulo te rico aportou elementos anal ticos dos fato
101. culo de transfer ncia de tecnologia No que tange ao campo protetivo sui generis dentre os instrumentos legais encontra se o certificado de prote o de cultivar A lei de prote o de cultivares que regulamenta a mat ria garante ao obtentor vegetal a remunera o pelo seu trabalho de al Segundo a Lei de Prote o de Cultivares do Brasil Lei no 9456 1997 artigo 3 IV a cultivar definida como sendo a variedade de qualquer g nero ou esp cie vegetal superior que seja claramente distingu vel de outras cultivares conhecidas por margem m nima de descritores por sua denomina o pr pria que seja homog nea e est vel quanto aos descritores atrav s de gera es sucessivas e seja de esp cie pass vel de uso pelo complexo agroflorestal descrita em publica o especializada dispon vel e acess vel ao p blico bem como a linhagem componente de h bridos BRASIL 1997 73 melhoramento a partir do direito exclusivo de produ o e comercializa o das novas variedades obtidas A prote o de cultivar se efetua mediante a concess o do mencionado certificado de prote o de cultivar considerando bem m vel para os efeitos de prote o Confere o direito de comercializa o de plantas ou de suas partes de reprodu o ou multiplica o vegetativa no pa s por um determinado prazo de tempo Esta lei possibilita o interc mbio de germoplasma entre diversas institui es internacionais BRASIL 1997 Como apresenta Silveir
102. da Cadeia de Valor por Multinacionais N mero de agentes Especificidade das solu es Influ ncia das demandas do agroneg cio no desenvolvimento tecnol gico das TIC Figura 4 5 Cadeia de valor e estrutura de mercado de atividades de TI para a agricultura Fonte Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 Segundo a Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 a expans o de infraestrutura em TI pode configurar um vetor inicial de dissemina o de TI no espa o rural Essa dissemina o pode se tornar um catalisador da ado o inicial da agroinform tica mesmo por parte de propriedades de pequeno e m dio porte 153 Como mostra a Figura 4 5 a vertente end gena refere se ao desenvolvimento de aplica es em TI espec ficas para a agricultura que pode contribuir para a sua expans o no campo No que tange tipologia das aplica es solu es em TI agr colas elas podem ser classificadas em tr s grupos i administra o e gest o ii controle monitoramento e rob tica e iii telecomunica es e internet Figura 4 6 CONTROLE MONITORAMENTO E ROB TICA Colheita Ve culos robotizada auto guiados ese ks a dad e A a o Tratores a PR E 4 R dio e rA colheitadeiras i sat lites r i i s Controle de B Ha KN estufas l N re Een X i OEN LTT sistema de Informa o I hardware software Telefonia fixa e m vel Controle de Esta o
103. da Cor ia do Sul e Taiwan como explicam Sbicca e Pelaez 2006 E tamb m a trajet ria oposta trilhada atualmente pelos pa ses da OCDE que lideram o ranking de desenvolvimento humano e econ mico IEDI 2011 A Embrapa busca suprir a lacuna de uma falta de vis o da ci ncia para o pa s por meio de um sistema de intelig ncia pr prio voltado para subsidiar o seu planejamento estrat gico No entanto mesmo sem entrar no mbito da avalia o desta iniciativa que transcende o escopo do presente trabalho poss vel afirmar lastreado na opini o dos especialistas e nas observa es realizadas durante a pesquisa que tal sistema ainda precisa ser devidamente internalizado pela empresa e apropriado pelas diversas inst ncias como instrumento de constru o de vis es de futuro das v rias reas Caso isso n o ocorra corre se o risco de suas orienta es e recomenda es n o serem utilizadas Neste mesmo quadro questionou se a periodicidade do planejamento estrat gico a cada quatro anos em um contexto marcado pela velocidade das inova es A demora em diagnosticar as rupturas e mudan as da agropecu ria pode deixar a Embrapa de fora de temas importantes para a agricultura brasileira Este risco real e apontado na literatura especializada tal como em Bin et al 2013 que indicam o grande intervalo entre um planejamento estrat gico e outro como um fator cr tico para seu xito A empresa poder ficar fragilzada caso
104. da Embrapa interagir com os produtores e de como se dar esta intera o no futuro Segundo um dos entrevistados Embrapa j tem pronto mais de 40 anos de pesquisa em recursos vegetais e sistemas de produ o Entretanto tem dificuldade de fazer o sistema de produ o chegar ao produtor rural porque ela n o sabe fazer isso e n o cria os mecanismos comerciais e de inova es para fazer isso ou seja fazer o sistema de produ o chegar ao produto rura Uma proposta para sanar essa dificuldade apresentada por um especialista como seu sonho de futuro com rela o s tecnologias geradas na Embrapa que cada munic pio brasileiro tenha uma empresa privada licenciada para divulgar difundir e transferir as tecnologias da Embrapa Essa empresa licenciada levaria aos produtores de cada munic pio as tecnologias prontas e j testadas e validadas por biomas no Brasil A EmbrapaTec talvez possa ser um bra o para isso caso tenha uma capilaridade muito grande mas n o conseguir fazer isso sozinha E preciso dar agilidade para as tecnologias geradas chegarem ao mercado Nesta proposta das empresas licenciadas a Embrapa seria respons vel por treinar por volta de uns 5 mil empres rios um para cada PEA EmbrapaTec refere se ao projeto de lei no 222 2008 em tr mite no Congresso Nacional Objetiva criar a Embrapa Tecnologias S A como uma subsidi ria privada da Embrapa para comercializar as tecnologias produtos e servi os desenvolvido
105. da rede de testes de valida o das cultivares e multiplicam a capacidade de transfer ncia de tecnologia da Embrapa por meio de suas redes de comercializa o das empresas produtoras de sementes como esclarecem Contini e Andrade 2013 Quadro 3 18 Parcerias p blico privadas da Embrapa com o setor sementeiro para desenvolvimento de cultivares situa o em fev 2013 Parceria Produto Cultivares In cio Principais regi es licenciadas de atua o Funda o Bahia 3 2001 Bahia Piau e Algod o Tocantins Funda o Goi s 2001 Goi s e Mato Grosso Bran 2 2002 Centro Oeste Unipasto qui ria Sudeste e Norte Guandu 1 2002 Centro Oestes Sudeste e Norte Aveia 1 2009 Sul Sulpasto Capim 1 2009 Sul Sud o Milho 6 2008 Centro Oeste Fundacao Tangui Sudeste e Nordeste Sorgo 4 2008 Bahia Piau e Tocantins 128 Quadro 3 18 Parcerias p blico privadas da Embrapa com o setor sementeiro para desenvolvimento de cultivares situa o em fev 2013 continua o Parceria Produto Cultivares In cio Principais regi es licenciadas de atua o Funda o Meridional 23 1999 SC PR SP e MS Funda o Tri ngulo 13 2000 Centro Oeste e Sudeste Centro Tecnol gico para 30 1997 GO TO BA e MA Pesquisas Agropecu rias Funda o Cerrados Soja 19 1998 Centro Oeste Sudeste e MA Funda o Bahia 18 2001 BA PI e Tocantins Fund
106. de conhecimentos entre eles objetivando que os resultados da pesquisa e desenvolvimento sejam introduzidos como novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social resultando em novos produtos processos ou servi os ou seja em inova es Trata se do processo de transforma o do resultado de PD amp I em inova o e em apropria o social visando sustentabilidade da agricultura brasileira Esta acep o ampla de transfer ncia de tecnologia TT adotada na tese emergiu a partir das an lises te ricas cap tulo 2 e emp ricas cap tulo 5 da necessidade de supera o do conceito limitado e unidirecional de TT figurando o desenvolvedor de um 4 lado usu rio de outro com ou sem a intermedia o da extens o rural Estamos definindo um conceito de TT mais amplo e ambicioso cujos elementos constitutivos s o detalhadamente explicados mais adiante no cap tulo te rico No que concerne ao conceito de inova o de acordo com o Manual de Oslo OCDE 1997 p 55 ela a implementa o de um produto bem ou servi o novo ou significativamente melhorado ou um processo ou um novo m todo de marketing ou um novo m todo organizacional nas pr ticas de neg cios na organiza o do local de trabalho ou nas rela es externas Nota se que o requisito essencial para a inova o em seus diversos tipos produto processo m todo de marketing ou organizacional que ela seja introduzida no mercado na
107. de fazer contrato de venda antecipado da produ o e em algumas cadeias produtivas mais integradas o produtor pode fazer contrato de fornecimento A avers o ao risco do produtor para a ado o de nova tecnologia minimizada conforme o seu grau de organiza o e o tipo de c rculo social cooperativa associa o sindicato que faz parte possibilitando inclusive compras coletivas de insumos e uso compartilhado de determinado equipamento Portanto o processo de TT n o se d de forma isolada no ambiente de uma propriedade rural o processo de TT 205 depende da coletividade de agricultores e outros fatores que envolvem essa organiza o da coletividade Outra evidencia de que a ado o de tecnologia n o ocorre isoladamente por ato do produtor rural foi apontada por um especialista que indicou que o grau de integra o vertical e de integra o na cadeia produtiva tamb m interfere em quem decide a ado o da tecnologia Por exemplo se o grau de integra o vertical for mais intenso e a coordena o mais eficiente na cadeia isso minimiza os riscos para o produtor e a dire o hier rquica desta cadeia que definir as tecnologias que ser o usadas Exemplo no caso de um grande frigor fico ele financia seus fornecedores garante pre o e assist ncia t cnica Na cadeia de frangos e su nos com integra o vertical tamb m haver decis o das tecnologias adotadas por parte do comando desta cadeia A
108. de munic pios estados e ou reas tem ticas Criar rea de inova o na empresa com uma Diretoria de Inova o e um Departamento de Inova o em substitui o a atual rea de TT que fragmentada e verticalizada Mudar a rela o no quadro de empregados entre apoio e pesquisa alterando para 4 pessoas de pesquisa para 1 pessoa de apoio pesquisa Atua o da Embrapa Intensificar a atua o da Embrapa em quatro pilares GRIN gen tica rob tica informa o e nanotecnologia Atuar em pesquisas em GRIN gen tica rob tica informa o e nanotecnologia aplicadas aos sistemas agroflorestais a sistema com baixa emiss o de carbono s novas cultivares e aos ativos de inova o da biodiversidade brasileira Definir os lugares reas de atua o de maior potencialidade para a pesquisa realizada pela Embrapa considerando o deslocamento de seu papel pela iniciativa privada Intensificar o acoplamento de tecnologias ou a converg ncia tecnol gica nos projetos de P amp D da Embrapa 261 Quadro 5 13 Perspectiva futura proposi es para melhoria das a es de transfer ncia de tecnologia da Embrapa continua o Perspectiva Futura Elemento Proposi es Rever os indicadores de ci ncia e tecnologia do Brasil para se considerar tamb m como transfer ncia de tecnologia os novos conhecimentos produtos ou processos incorporados pelo produtor rural n o pass
109. de seus esfor os Isto deriva de v rias raz es algumas mais estruturais e outras institucionais Por um lado a Embrapa n o foi na verdade institucionalmente empoderada para coordenar o sistema nem financeiramente nem com 302 ferramentas operacionais e legais e regras adequadas necess rias para executar esse papel Por outro lado muitas das Oepas est o estruturalmente enfraquecidas e a maioria tem dificuldades e ou n o tem condi es para responder aos desafios e ao novo ambiente da agricultura brasileira como j evidenciaram os estudos de Albuquerque e Salles Filho 1998 e CGEE 2006 A concentra o do SNPA em sua coordenadora institucional aumentou a assimetria entre a Embrapa e as Oepas Para Mendes 2009 a assimetria deve se de um lado ao fato de a Embrapa buscar para sobreviver uma agenda pr pria e valorizar sua marca como provedora de solu es para a agricultura brasileira e de outro pela dificuldade das Oepas em se adaptar s novas condi es e de responder aos desafios e se legitimar nos estados A consequ ncia a pouca governan a efetiva e o trabalho desarticulado entre estes agentes do SNPA Todavia na opini o de alguns especialistas a reaproxima o da Embrapa com os sistemas estaduais de pesquisa poderia ser mutuamente prof cua e necess ria mas em novas bases com um sentido mais transparente de parceria com espa o para apoiar as Oepas Isso ampliaria a capacidade da Embrapa e das empresas est
110. decis o um exemplo na rea da sa de h muitos agentes para decidir a ado o ou n o m dicos enfermeiros gest o hospitalar seguradoras e o sistema de sa de e na agricultura ocorre o mesmo quanto maior o grau de profissionaliza o e de hierarquia da cadeia produtiva mais distante do produtor rural fica a decis o de adotar ou n o uma tecnologia ii dificuldade de acesso a canal de distribui o iv o desalinhamento entre as caracter sticas t cnicas especifica es da inova o tecnol gica e as necessidades e prefer ncias da explora o agr cola Por outro lado ponderou se que os desalinhamentos n o podem ser vistos como restri es absolutas pois as dificuldades no uso de uma tecnologia da informa o na agricultura podem ser ultrapassadas Por exemplo pode se levar a explora o agropecu ria a superar suas limita es para ser capaz de usar a inova o e coloc la num novo patamar de melhorar sua gest o ou produ o agr cola Pode levar institui o de pesquisa a desenvolver um software ou um servi o web com caracter sticas mais amig veis mais user friendly e com solu es em TI menos complexas Um dos fatores que mais contribui ou obsta a transfer ncia de tecnologia da informa o para a agricultura refere se em pensar na ess ncia da inova o o bin mio problema solu o Para se ter uma inova o preciso haver uma tecnologia nova ou melhorada usa se a tecnolo
111. dependendo de sua introdu o ao ambiente produtivo resultam 1 Na tese usa se o recurso de negrito para destacar algumas palavras chaves 1 principalmente mas n o de forma exclusiva de investimentos p blicos e privados em a es de PD amp l na agricultura No Brasil o setor p blico iniciou tais investimentos No final do s culo XIX surgiram as primeiras escolas superiores de agricultura Em paralelo forma o de recursos humanos pelas universidades foram criados institutos especializados de pesquisa como o Instituto Agron mico de Campinas fundado em 1887 Nesta poca o governo imperial passou a preocupar se com a pesquisa agropecu ria com objetivos bem precisos de responder s demandas e equacionar problemas t cnicos que afetaram a produ o agr cola relevante para o pa s De 1918 at 1973 foram criadas v rias institui es de pesquisa agropecu ria dentre as quais a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Embrapa O setor privado por sua vez teve como marco inicial de suas atividades no Brasil as pesquisas em melhoramento vegetal de semente de milho h brido Castro 1988 esclarece que a Agroceres fundada em 1945 foi uma das primeiras empresas a se destacar neste segmento No entanto foi nos anos 1960 e 1970 que as empresas privadas nacionais ou transnacionais expandiram suas atividades de pesquisa no pa s De acordo com Fuck e Bonacelli 2009a houve tamb m uma forte participa o de i
112. difus o tecnol gica na agricultura brasileira Outros estudos como os de Bragantini 2011 e Alves 2012 discutem a necessidade de se fortalecer a transfer ncia de tecnologias da pesquisa p blica agr cola principalmente as geradas pela Embrapa como maior institui o de PD amp I do Brasil Bragantini 2011 indica o preocupante fato de que nas duas ltimas d cadas a despeito das altera es na rea de transfer ncia de tecnologia da Embrapa muitas de suas tecnologias n o chegam adequadamente ao p blico alvo Em outro trabalho Alves 2012 aborda a participa o dos estabelecimentos agr colas brasileiros no valor bruto da produ o Com base em dados do Censo Agropecu ria 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE o autor indaga qual o problema de difus o de tecnologia Segundo o Censo dos 4 4 milh es de estabelecimentos que informaram rea de produ o apenas 500 mil 11 4 produziram 86 6 do valor da produ o e os restantes 3 9 milh es 88 6 contribu ram com apenas 13 3 do valor da produ o Alves 2012 defende que o grupo de 3 9 milh es de produtores precisa ser cuidadosamente estudado para ver quantos podem superar seus problemas por meio da agricultura e da incorpora o de tecnologia Para o autor o caminho certo para a fal ncia na difus o tecnol gica o de difundir pr ticas isoladas n o integradas aos sistemas produtivos Apesar dos esfor os dos trabalhos cita
113. dilema por v rias raz es que n o cabem discutir aqui suficiente indicar o equ voco de tratar a agricultura familiar como n o empresarial ou como fora do agroneg cio contrariando todas as evid ncias de que uma parte da agricultura familiar a mais din mica e exitosa respons vel por consider vel parcela do Valor Bruto da Produ o VBP da agricultura familiar est inserida nas principais cadeias produtivas do agroneg cio desde a soja at o tabaco Segundo os especialistas a vis o dicot mica das pol ticas p blicas brasileiras politizada e atrapalha pois os recursos financeiros para a pesquisa s o perdidos quando o agricultor familiar torna se um empres rio rural Um risco da vis o dicot mica o dela se refletir como citado por alguns especialistas em fragmenta es na estrutura organizacional e nas diretrizes da Embrapa para atendimento de segmentos espec ficos da agricultura familiar e empresarial como se fossem excludentes Buainain et al 2013 apresentam que injustific vel o uso deste primarismo bin rio A agricultura precisa ser entendida numa acep o ampla como a definida por Ramos 2007 apresentada na introdu o da tese que abrange a soma total das opera es de produ o e distribui o de suprimentos agr colas as opera es produtivas nas unidades rurais o armazenamento o processamento e a distribui o dos produtos agropecu rios Reconhece se a heteroge
114. din mica tecnol gica compartilhamento e ou fluxo de conhecimento entre geradora Embrapa e usu rio potencial Transfer ncia de tecnologia tais como defini o de pol tica de transfer ncia tecnol gica an lise multicrit rio para avaliar o potencial de neg cio da tecnologia modelo de neg cio licenciamento da tecnologia procedimentos para a transfer ncia estreitamento do di logo entre pesquisador e agricultor uso de instrumentos tradicionais de divulga o Circular e Comunicado T cnico Boletins de P amp D Recomenda o T cnica papel complementar de institui es intermedi rias extens o assist ncia t cnica para a transfer ncia de tecnologia 376 e H outras dimens es de an lise a sugerir Il Fatores condicionantes ex genos Embrapa 1 Numa perspectiva presente quais fatores condicionantes externos Embrapa categorizados nas dimens es abaixo contribuem ou inibem para a transfer ncia de suas tecnologias Por qu 2 Numa perspectiva futura num horizonte de 10 anos quais fatores ex genos ser o importantes para assegurar que as tecnologias geradas pela Embrapa sejam introduzidas ao ambiente produtivo ou social Quais proposi es voc sugere para melhorar o processo de transfer ncia de tecnologia da Embrapa Dimens es de an lise a b c Drivers de mudan a for as motrizes da agricultura tais como aumento da participa o de empresas trans
115. diversos agentes para promover a gera o difus o e a transfer ncia tecnol gica O cap tulo estrutura se em sete se es Na primeira apresentado o arcabou o te rico de abordagem neo schumpeteriana sobre sistema nacional de inova o Esta teoriza o analisa a din mica do processo de inova o A segunda exp e os desdobramentos do marco te rico de sistema de inova o com sua aplica o na agricultura A terceira discorre sobre estudos seminais atinentes difus o tecnol gica com enfoque na agricultura os quais consideravam a inova o como sendo ex gena ao sistema econ mico A se o avan a para estudos atuais de abordagem neo schumpeteriana que romperam com este entendimento e passaram a analisar a inova o como sendo end gena A quarta traz a conceitua o explicita o dos agentes envolvidos e os fatores condicionantes do processo de difus o e transfer ncia 25 tecnol gica A quinta aborda a tipifica o da tecnologia os regimes de apropriabilidade e a prote o de direitos de propriedade intelectual imanente ao processo de transfer ncia tecnol gica A sexta descreve as etapas do processo de transfer ncia de tecnologia bem como os seus m todos procedimentos e ferramentas utilizados A s tima faz considera es finais do cap tulo 2 1 Abordagem neo schumpeteriana de sistema de inova o A inova o fundamental para o capitalismo introduzir mudan as t cnicas gerar dinamicidade na econ
116. do congresso EFITA European Federation of Information Technology in Agriculture Food and Environment EFITA 2012 ROGERS E M Diffusion of Innovations New York Free Press 1995 TEECE D Profiting from Technological Innovation Implications for Integration Collaboration Licensing and Public Policy Research Policy 15 6 1986 382 Ap ndice IV Roteiro de Entrevista Estados Unidos Institui es de Pesquisa Ensino dos Estados Unidos Apresenta o Este instrumento objetiva levantar informa es para subsidiar a tese da estudante C ssia Mendes sobre transfer ncia de tecnologias da Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria desenvolvida no Instituto de Economia da Unicamp Universidade Estadual de Campinas sob a orienta o do prof Dr Ant nio M rcio Buainain Esta entrevista objetiva conhecer as atividades desenvolvidas por Escrit rios de Transfer ncia de Tecnologia TTO na sigla em ingl s que atuam em universidades e ou em institui es de pesquisa dos Estados Unidos PERGUNTAS Tecnologias desenvolvidas 1 Quais as tecnologias desenvolvidas pela sua institui o de pesquisa com aplica o para o agroneg cio s o objetos de transfer ncia E por quais instrumentos formas de licenciamento 2 As tecnologias de sua institui o de pesquisa s o desenvolvidas em parcerias com empresas privadas ou p blicas de P amp D pesquisa e desenvolvimento ou outras universidades Caso posit
117. e as consultorias t cnicas prestadas Tal acep o abrange tamb m licenciamento ou comercializa o de tecnologias por meio de contrato oneroso ou gratuito que se configura uma transfer ncia unidirecional pois come a com quem gera o conhecimento e a tecnologia e termina com quem recebe e implementa e transfer ncia de processos bidirecionais via licenciamentos e troca simult nea de conhecimentos entre institui es p blicas e setor privado nos quais h um reaprendizado onde o gerador de tecnologia aprende novos conceitos ap s os produtos serem desenvolvidos baseados na tecnologia originalmente licenciada ou seja s o geradas obras derivadas da original Em rela o ao sistema nacional de inova o agr cola foi mencionado que ele um subsistema um componente importante do sistema nacional de inova o de todo Brasil Cada vez mais as tecnologias agr colas estar o ligadas a setores de outras reas tecnol gicas a exemplo as tecnologias de informa o TI cujos parceiros ser o as empresas de software as universidades e outros atores n o necessariamente ligados agricultura mas que podem ajudar a desenvolver a agricultura ou seja s o atores do sistema nacional de inova o do pa s Muitos atores v m de fora da agricultura s o das reas de TI da biotecnologia das qu micas tradicionais Os parceiros da agricultura s o cada vez mais empresas de outros setores de atividades e n o some
118. e do desenvolvimento agr rio exig ncia de compet ncias transfronteiras ao instituto de pesquisa para que os resultados de pesquisa sejam transformados em inova o Os condicionantes internos apontam para um problema de gest o organizacional sist mica e horizontal que se reflita numa governan a transversal da pesquisa Isso contribui para a falta de vis o integrada e de um modelo sist mico do processo de transfer ncia de tecnologia que promova a transversalidade e complementariedade de compet ncias entre as equipes envolvidas no processo causando fragmenta o operacional Existe uma fragilidade na intera o da Embrapa com agentes p blicos e privados em busca de converg ncia de capacidades Tais fatores externos e internos exigem da Embrapa uma redefini o de sua fun o no atual contexto agr cola brasileiro 1 2 Objetivos Os objetivos de car ter geral e espec ficos da pesquisa s o Objetivo Geral Investigar os fatores condicionantes ex genos e end genos Embrapa que contribuem ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias para a agricultura brasileira Objetivos espec ficos 1 Descrever os elementos do processo de transfer ncia de tecnologia com abordagem utilizada na pesquisa agr cola e no sistema nacional de inova o considerando o contexto atual de for as motrizes de mudan a da agricultura brasileira 2 Caracterizar as pr ticas e as pol ticas institucionais sobre transfer nci
119. e urbaniza o Para 2030 h a proje o de que cerca de 60 da popula o mundial estar em reas urbanas e que no Brasil a popula o rural diminuir por volta de 10 da total Isso traz efeitos sobre as caracter sticas da produ o que precisar ser mais automatizada e mecanizada para acomodar o envelhecimento da popula o A popula o demandar aten o aos modelos de produ o e seus impactos social ambiental econ mico e de nutri o y Nexo alimentos nutri o sa de O aumento da idade m dia das popula es e a mudan a do paradigma da cura para o da preven o de doen as demandar que os alimentos se adequem s necessidades dos consumidores alimentos biofortificados com vitaminas sais minerais e prote nas de melhor qualidade v Escassez de trabalho no campo O envelhecimento da popula o e a continuidade da migra o das reas rurais para as cidades apontam que o trabalho na agricultura se tornar cada vez mais escasso Os agricultores precisar o contar com novas alternativas de mecaniza o automa o e tecnologias de precis o que os ajudar o a superar problemas como a diminui o de m o de obra no campo y Conquista de novos mercados Para ampliar a inser o brasileira em novos mercados mundiais essencial s cadeias produtivas agropecu rias a adequa o de produtos e processos ao atendimento s exig ncias dos diferentes mercados v Expans o da
120. es e teses Foi criado o N cleo Agrosoft Softex de Juiz de Fora MG com o objetivo de promover o desenvolvimento a qualidade a promo o e a comercializa o de software para o agroneg cio Ocorreu o primeiro evento t cnico cient fico sobre o tema que lan ou o Guia Agrosoft 95 com aplica es para o agroneg cio al m de palestras artigos e curso sobre internet na agropecu ria e exposi o de softwares e servi os Foi criada a Sociedade Brasileira de Inform tica Aplicada a Agropecu ria e Agroind stria SBlAgro para fomentar os resultados e a dissemina o de conhecimento originados da pesquisa e desenvolvimento tecnol gico da inform tica aplicada a agroneg cios A SBIAgro passa a realizar congressos bienais com ampla participa o da comunidade acad mica consumidores e desenvolvedores de software e lan a a Revista Brasileira de Agroinform tica A SBlAgro passa a ser denominada Associa o Brasileira de Agroinform tica 158 Quadro 4 1 Evolu o hist rica das atividades de tecnologia da informa o aplicada agricultura no Brasil continua o S o lan ados o Guia Agrosoft 97 e o Guia Agrosoft 99 respectivamente com 146 e 160 op es de softwares para o agroneg cio Intensificam se os estudos e aplica es envolvendo agricultura e zootecnia de precis o internet e com rcio eletr nico As aplica es se multiplicaram e at d o origem a inova e
121. especialistas apontou a import ncia de se conciliar as atividades de exploration explorar reas novas e as de exploitation explorar trajet rias consolidadas e fazer melhorias incrementais Apresentaram que ambas as dimens es s o importantes pesquisa mais fundamental mais b sica e por outro lado a pesquisa aplicada e a nica forma de fazer a pesquisa aplicada ter pesquisa fundamental produzindo conhecimento novo preciso se obter um equil brio entre pesquisa fundamental e aplicada sendo que o pesquisador que atua na pesquisa fundamental necessita da percep o de como ela pode dar fruto para pesquisa aplicada para beneficiar a agricultura Al m disso esses pesquisadores de pesquisa b sica precisam estar vinculados s redes internacionais e aos outros pesquisadores de pesquisa aplicada Ainda pelo lado da oferta de tecnologias os institutos p blicos de pesquisa IPP agr cola precisam garantir que o conhecimento gerado tenha uma aplica o na agricultura O processo de transfer ncia de tecnologia uma atividade complexa Caso o seu p blico alvo seja uma grande empresa agropecu ria com estrutura de pessoal qualificado isso exigir do IPP estrat gia diversificada em rela o usada para transferir 287 tecnologia ao agricultor familiar e isso implica em visualizar o processo de transfer ncia em diferentes n veis e caracter sticas O IPP precisa ter fun o de transfer ncia de tecnologia em ma
122. fatores associados ao mercado e apropria o social do conhecimento tamb m passaram a ser considerados no desenvolvimento da pesquisa agr cola BANCO MUNDIAL 2006 Para Arnold e Bell 2001 o Sistema Nacional de Inova o na Agricultura SNIA composto por tr s segmentos i os sistemas de pesquisa e ensino na agricultura envolve a produ o de conhecimento ii institui es intermedi rias integram atores facilitadores do processo de transfer ncia de conhecimento e de tecnologias entre outros segmentos iii organiza es e atores do agroneg cio est o agentes da cadeia de valor que usufruem 36 dos resultados do segmento de sistemas de PD amp l e ensino e tamb m produzem suas inova es independentes O SNIA pode ser definido segundo o Banco Mundial 2006 como sendo uma rede de organiza es empresas e indiv duos com objetivo de gerar novos conhecimentos produtos processos e arranjos organizacionais A rede envolve institui es e pol ticas que interferem no desempenho destes atores Institutos de pesquisa integram a rede juntamente com todos os demais agentes que comp em o processo inovativo levando se em considera o a import ncia das intera es entre si Este enfoque inclui fatores que afetam a demanda e o uso de novos conhecimentos e tecnologias de forma til no ambiente produtivo O contexto institucional do Sistema Nacional de Inova o na Agricultura SNIA composto por pol ticas p blicas i
123. foi um fen meno resultante do esfor o conjunto das organiza es federais e estaduais de pesquisa assist ncia t cnica e extens o rural bem como a amplia o do cr dito rural e a participa o de produtores rurais e da agroind stria Tais avan os surgiram em dois ciclos No primeiro ocorreram a ocupa o do Cerrado os impactos socioecon micos refletidos na interioriza o do desenvolvimento aumento do ndice de desenvolvimento humano estabiliza o no abastecimento redu o do pre o da cesta b sica e aumento das exporta es agr colas J no segundo ciclo destacaram se a emerg ncia de novas ci ncias a abertura de novas rotas de intera o os produtos geneticamente modificados o bin mio biodiversidade e biof bricas a rea de sanidade animal e vegetal e a recupera o de reas degradadas Considerando a complexidade das quest es envolvidas com a transfer ncia de tecnologias da agricultura tropical opinou se que um erro reduzir o assunto da TT apenas a fatores internos Embrapa qualidade da pesquisa agropecu ria e s estrat gias de transfer ncia que s o sem d vida importantes mas que se resolve sem levar em conta pol ticas e decis es mais gerais que afetam entre outros aspectos como a informa o e o conhecimento fluem para o mundo real e provocam mudan as e inova o Ou seja a Embrapa precisa ser parte da discuss o e da decis o sobre TT e inova o mas n o c
124. genos e end genos Embrapa que contribuem ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias para a agricultura brasileira Os procedimentos metodol gicos utilizados foram a revis o bibliogr fica do marco te rico neo schumpeteriano consulta documental de pol ticas da Embrapa an lise de dados de Censo Agropecu rio e entrevistas com 57 especialistas em inova o agr cola transfer ncia de tecnologia e agroinform tica de organiza es p blicas e privadas nacionais e internacionais Os resultados apontam para um conjunto de condicionantes externos que influenciam internamente na empresa como a falta da defini o no Pa s do papel da C amp T enquanto indutora de desenvolvimento econ mico e social a din mica da ci ncia cada vez mais baseada em redes colaborativas a hierarquia de comando de cadeias produtivas agr colas que interfere na decis o da tecnologia a ser adotada a subordina o do agricultor s estruturas das cadeias produtivas o fortalecimento da iniciativa privada na pesquisa agr cola e o deslocamento da pesquisa p blica a vis o dicot mica agricultura familiar e empresarial que permeia pol ticas p blicas a heterogeneidade produtiva de infraestrutura e socioecon mica dos agricultores a elevada taxa de analfabetismo no meio rural o alto grau de avers o ao risco do produtor rural na aquisi o de nova tecnologia a aus ncia de assist ncia t cnica e extens o rural a dualidade pol tica de minist r
125. gica que decorre de pequenas ideias de pessoas que j trabalham h v rios anos no assunto o estudaram em profundidade acumularam conhecimento experi ncia e encontraram solu es que o agricultor e a ind stria podem precisar Segundo um dos entrevistados muitas solu es quase prontas para atender o agricultor resolver um problema ficam na gaveta e perdem o tempo devido burocracia aos procedimentos internos para aprovar um aporte financeiro adicional um desdobramento do projeto original A solu o apontada por muitos a descentraliza o necess rio ocorrer uma descentraliza o na aprova o de alguns projetos de PD amp l de forma a possibilitar maior agilidade para desenvolver solu es tecnol gicas para uso do mercado O tempo ir impactar na gera o e na transfer ncia da solu o tecnol gica e se demorar muito ela se tornar obsoleta antes mesmo de chegar ao mercado Al m da quest o do tempo para aprova o de projeto de PD amp l outro condicionante da transfer ncia de tecnologia a fragilidade do D desenvolvimento da P amp D uma tecnologia vista como conclu da na perspectiva do pesquisador pode estar longe da inova o quando os transferidores entram em campo para levar ao mercado muitas vezes constatam que falta valida o precisa fazer o marketing a embalagem at para valorar a tecnologia h dificuldade A Embrapa tem uma forte cultura de pesquisa mas n
126. h dificuldades para promover na empresa a l gica transversal do processo de produ o Embrapa como foi relatado por um grupo de especialistas O processo de produ o da Embrapa que abrange P amp D TT e administra o pressup e forte apoio de uma rea para a outra por m quando se remete programa o do Sistema Embrapa de Gest o n o se consegue validar essa vis o mais sist mica de complementariedade de compet ncias Uma das evid ncias nesse sentido que em reuni es do Comit Gestor da Programa o nas an lises de propostas de projetos e arranjos fica latente que em v rios casos a rea de TT n o est com a vis o de trabalhar junto com a de P amp D Ou seja predomina o modelo linear eu pesquiso passo o bast o pra quem transfere e passo o bast o pra quem comunica e assim por diante falta planejamento conjunto e n o h vis o conjunta mais adequada ao discurso e isso traz implica es para o processo de TT O problema de distanciamento entre as equipes de pesquisa e de transfer ncia de tecnologia se reflete nas pr ticas institucionais Pelo menos para alguns entrevistados permeia em unidades de pesquisa da empresa um conceito cristalizado que eu pesquisador pesquiso voc equipe TT transfere e outro usu rio adota a tecnologia Faltando a proximidade de ambos os lados pesquisa e transfer ncia para que conhe am cada etapa do processo de gera o desenvolvimento valida
127. how contrato de licen a de programa de computador contrato de licen a sobre topografias de circuitos integrados e contrato de fornecimento de tecnologia Como explica Barbosa 2006 o significado de transfer ncia de tecnologia no contexto da lei de inova o brasileira n o de cess o mas sim de contrato de saber fazer ou de know how Isso implica numa obriga o de dar e fazer de entregar detalhes especificados da tecnologia e comunicar experi ncias Na citada lei o legislador fez uma separa o entre contratos de transfer ncia de tecnologia e contratos de licenciamento Como apresentado em Fortec 2010 no mbito dos pa ses membros da Uni o Europeia a transfer ncia de tecnologia um g nero que tem entre as suas esp cies cess o licen a e saber fazer Lei no 10 973 2004 que prescreve em seus artigos 6 e 7 que as institui es de ci ncia e tecnologia podem celebrar contratos de transfer ncia de tecnologia e de licenciamento para outorga de direito de uso ou de explora o de cria o por ela desenvolvida e tamb m para obter o direito de uso ou de explora o de cria o protegida de terceiros BRASIL 2004 a Segundo o Regulamento da Uni o Europeia n 772 2004 de 27 4 2004 a transfer ncia de tecnologia pode ter por objeto um acordo a de concess o de licen a de patente b de concess o de licen a de saber fazer know how c de licen a de direitos de autor sobre programas de computador d
128. impactos econ micos maiores em rela o s inova es radicais ii desenvolvimento das habilidades t cnicas dos usu rios learning by using refere se ao treinamento dos usu rios para tecnologia iii desenvolvimento das habilidades na fabrica o de m quinas h invento que necessita de m quina especializada capaz de fabric lo iv complementaridade entre diferentes t cnicas dentro de atividades de produ o h tecnologia que depende de outra complementar para se desenvolver por completo v aperfei oamento paralelo da antiga e da nova tecnologia antiga e nova tecnologia coexistem por longos per odos pois a introdu o da nova n o elimina a anterior e vi contexto institucional as institui es entendidas como leis tradi es culturas ou modelo mental podem obstar ou facilitar o processo de difus o das inova es Para Freeman 1984 a taxa de lucro era um dos fatores condicionantes econ micos que ora atrasava ora estimulava a difus o de inova es radicais A taxa de lucro baixa estava associada aus ncia de tecnologias complementares e de mudan as organizacionais preparat rias para o processo de difus o No entanto a introdu o destas mudan as na organiza o possibilitava o aumento da taxa de lucro por meio da ado o da inova o Para este autor as mudan as sociais e organizacionais eram importantes para o processo de difus o pois os ambientes social e institucional do pa s poderiam fa
129. institui es Surgimento de solu es em Tl em smartphone e tablet contribui para facilitar ado o de TI no campo Uso de servi os de mensagens de texto via SMS por celular auxilia o trabalho da extens o rural Utiliza o de televis o e v deos contribui para a es de forma o junto ao p blico agr cola A transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o apresenta uma grande vantagem que decorre das redes globais da Internet e das facilidades de comunica o para transferir as solu es em TI os softwares rurais e os servi os Web sem a necessidade de haver agentes intermedi rios de transfer ncia 296 Quadro 5 21 Fatores condicionantes que interferem no processo de transfer ncia de tecnologia agr cola opini o de especialistas internacionais continua o Fatores Condicionantes Elemento Contribuem E Institutos p blicos de pesquisa agr cola IPP conciliando as atividades de exploration explorar reas novas e as de exploitation explorar trajet rias consolidadas e fazer melhorias incrementais atuam complementarmente para gerar tecnologia agr cola 5 Equil brio entre pesquisa fundamental e a aplicada beneficia a agricultura Atua o dos IPP com resultados aplicados PP t m estrat gias diversificadas para a transfer ncia de tecnologia de acordo com o perfil de cada p blico a ser atendido E O desalinhamento positivo induz a institui o de pesquisa a desenvol
130. isso desestimula o pesquisador Houve tamb m opini es que divergiram desta parcialmente afirmando que em rela o aos aspectos de propriedade intelectual n o h sombreamento entre a AJU e a SNE A SNE negocia as parcerias e os licenciamentos do ponto de vista da conveni ncia e da oportunidade para a administra o p blica e a AJU por sua vez analisa os aspectos legais a legalidade dos neg cios garante a institucionalidade Para que a rea jur dica n o tenha sombreamento com outras reas e apresente a mesma linguagem na empresa toda h cuidados na elabora o dos regimentos internos das Unidades para que n o haja sobreposi o de atribui es e tamb m h esfor os para manter uma comunidade virtual de boas pr ticas de gest o e uma biblioteca participativa entre os membros da AJU Todavia se reconheceu a possibilidade de um pequeno sombreamento entre a SNE e o SPM a antiga Assessoria de Inova o Tecnol gica AIT foi concebida para ter uma atua o de forma macro para orientar as unidades sobre os processos atinentes inova o e propriedade intelectual mas cometeu se o erro de deixar a AIT entrar em assuntos operacionais e n o adianta querer da sede da empresa irradiar para todas as unidades descentralizadas O poss vel sombreamento entre e o SPM e a SNE est f cil de resolver porque a SNE retomou o caminho de fazer algo que mais macro 248 enquanto o SPM tem a fun o d
131. licenciamento para uso comercial Monsanto t cnica da tecnologia Embrapa e licenciamento Processo de oferta de parentais de h bridos de Produtores de de linhagens milho e de informa o t cnica associada Semente Embrapa e incuba o de Norma do Proeta processo de incuba o de empresa incubada empresa empresas da Embrapa Fonte elabora o pr pria O primeiro exemplo de parceria estabelecida para pesquisa gera o e transfer ncia de tecnologia agr cola a mantida com a Monsanto Box 3 1 Box 3 1 Parceria p blico privada Embrapa e Monsanto A Embrapa tem parceria de coopera o t cnica com a Monsanto desde 1997 No mbito da parceria foram desenvolvidas cultivares de soja transg nica usando germoplasma da Embrapa e a tecnologia Roundup Ready da Monsanto resistente a herbicida base de glifosato Com base na Lei de Prote o de Cultivares LPC brasileira todas as cultivares transg nicas obtidas pela Embrapa s o protegidas em nome exclusivo da Embrapa A tecnologia Roundup Ready da Monsanto representada pela constru o g nica est protegida em seu nome no Brasil com fundamento na Lei de Propriedade Industrial Disso decorre que todo o germoplasma e as cultivares inclusive as transg nicas s o de propriedade exclusiva da Embrapa A Monsanto apenas licencia sua tecnologia para a Embrapa Agentes que participam desta estrat gia de licenciamento de cultivares s o a Embrapa licencia div
132. linear um fator positivo existir na Embrapa alguns colegiados transversais como o comit gestor das estrat gias que d uma unicidade uma converg ncia nas pol ticas como o SEG Sistema Embrapa de Gest o com os macroprogramas portf lios e arranjos que representa um empenho para transversalizar as a es de um sistema que eram muito verticalizadas A transversaliza o de a es de PD amp lI e de TT tamb m poder ser viabilizada no escopo do trabalho de prospec o do Agropensa Nele s o apresentados temas que embora sejam exploradas mais as a es de PD amp l todos possibilitam trabalhar com transfer ncia de tecnologia pois t m potencial de gerar resultados e tecnologias Ent o a pr xima etapa definir qual o papel da equipe da transfer ncia de tecnologia para dar continuidade ao que foi identificado no estudo prospectivo Espera se que a a o prospectiva de monitoramento de ambiente e a antenagem para a constru o de futuro interfiram muito na quest o da transfer ncia de tecnologia Isso porque ela est tanto no in cio como no final do processo numa a o c clica As equipes de TT precisam alimentar o processo de pesquisa e n o apenas receber a sa da por meio de demandas reais e potenciais A transfer ncia de tecnologia tamb m possui uma dimens o internacional A agenda internacional da Embrapa tem dois componentes i a coopera o cient fico tecnol gica de alto n
133. manter o anel de prote o da Amaz nia conter os desmatamentos investir na melhoria da qualidade do plantio direto em recupera o de pastagens degradadas para a melhoria da agricultura brasileira A integra o pecu ria lavoura floresta continua avan ando neste campo E atuar na expans o da irriga o que um tema que merece mais a aten o no Brasil Todos estes pontos abrem um enorme leque para a pesquisa da Embrapa e amplia o seu papel para bem al m do que razo vel supor que uma empresa por maior que seja possa dar conta O Quadro 5 1 sintetiza as for as motrizes ou drives de mudan a Quadro 5 1 Fatores condicionantes ex genos drives de mudan a da agricultura Drives de Mudan a da Agricultura E Estrutura o e complexidade das cadeias produtivas agr colas impacta nas tecnologias que ser o ou n o adotadas na agricultura E O papel da inova o para a agricultura brasileira Reposicionamento da pesquisa p blica e transforma es macroestruturais da agricultura brasileira Isolamento intelectual da literatura econ mica e de sociologia rural com foco agrarista e esquecendo o debate da inova o O fortalecimento da iniciativa privada na pesquisa agr cola 192 Quadro 5 1 Fatores condicionantes ex genos drives de mudan a da agricultura continua o Drives de Mudan a da Agricultura Presen a de m ltiplos agentes privados atuando na pesquisa agr cola E Papel da ci nci
134. marketing com mudan as significativas na concep o do produto ou em sua embalagem no posicionamento do produto em sua promo o ou na fixa o de pre os Os objetivos desta inova o s o a melhoria no atendimento s necessidades dos consumidores a abertura de novos mercados e ou o reposicionando do produto de uma empresa no mercado OCDE 1997 Por ltimo a inova o organizacional a implementa o de um novo m todo organizacional nas pr ticas de neg cios na organiza o do seu local de trabalho ou nas rela es externas da empresa Os objetivos desta inova o abrangem a melhoria do desempenho via redu o de custos de administra o e de suprimento aumento da produtividade do trabalho e ou o acesso a conhecimento externo n o codificado via parcerias institucionais Inova es tecnol gicas em especial de produtos e processos podem ser objetos de prote o propriedade intelectual como uma etapa do processo de difus o e transfer ncia tecnol gica Os direitos de propriedade intelectual s o um conjunto de ideias inven es e express es criativas constituindo se em ativos intang veis resultantes da atividade privada que por interesse p blico recebem status de propriedade SHERWOOD 1992 Estes direitos est o divididos em tr s campos de prote o a propriedade industrial o direito autoral e a prote o sui generis Os campos de prote o jur dica s o um conjunto de estatuto
135. melhoramento gen tico A mudan a no marco legal de propriedade intelectual apontada como uma das circunst ncias que colaborou para o crescimento da pesquisa privada em reas outrora mais dedicadas pela pesquisa p blica agr cola CONTINI E ANDRADE 2013 Todavia uma das diferen as entre ambas se evidencia na forma de uso e explora o dos ativos de propriedade intelectual enquanto as empresas privadas est o preparadas para garantir a apropriabilidade e explor los os institutos p blicos de pesquisa IPP ficam mais adstritos a apenas ter a propriedade No entanto n o basta a pesquisa p blica ter capacidade para proteger preciso vincular a prote o a uma possiblidade de uso futuro do ativo protegido ou seja necess rio conhecer negociar e atrelar a prote o a um licenciamento e incorpora o ao ambiente produtivo e social O IPP ao proteger e explorar seus ativos passaria a desenvolver conhecimentos que a pesquisa privada tamb m teria interesse por haver potencial comercial De acordo com Salles Filho e Bin 2014 a assun o da pesquisa privada em ci ncias de vida aplicadas agricultura atropelou mais de um s culo de tradi o da pesquisa p blica Segundo Coriat et al 2002 a mencionada mudan a na institucionalidade da propriedade intelectual adicionada aos avan os da biotecnologia e das tecnologias da informa o e comunica o no final do s culo XX e in cio do XXI e a dimens o financeira inerente
136. modelo mental dificulta a constru o de uma vis o integrada do processo de produ o da Embrapa e sist mica do processo inovativo Na dimens o transfer ncia de tecnologia foram destacados condicionantes end genos vinculados ao aspecto conceitual do termo transfer ncia de tecnologia a estrutura organizacional colegiados transversais e a amplia o do p blico alvo das tecnologias da Embrapa A quest o do modelo mental se traduz tamb m na falta de clareza no conceito de transfer ncia de tecnologia adotado na Embrapa As entrevistas identificaram a conviv ncia de vis es e interpreta es n o convergentes sobre o que e o que deveria ser a atividade de TT Isso remete dificuldade de di logo entre as diferentes interpreta es sobre TT e vis es tamb m divergentes sobre o papel e prioridades da Embrapa atual e futuro para apoiar o desenvolvimento dos diversos segmentos da agricultura brasileira familiar e empresarial 324 Al m da falta de clareza conceitual foi confirmada na opini o dos especialistas que est em crise a vis o convencional de transfer ncia de tecnologia como a rela o existente entre algu m que desenvolve e outro que recebe a tecnologia Esta vis o cl ssica foi apresentada por alguns autores no decorrer da tese tais como Solo e Rogers 1972 que entendiam a TT como a movimenta o da tecnologia da geradora para o usu rio Todavia o conceito de TT evoluiu e passou a incluir o compa
137. modernos IN CAMPOS S K NAVARRO Z org A pequena produ o rural e as tend ncias do desenvolvimento agr rio brasileiro ganhar tempo poss vel Bras lia CGEE 2013 SOUZA FILHO H M BUAINAIN A M SILVEIRA J M F J VINHOLIS M de M B Condicionantes da Ado o de Inova es Tecnol gicas na Agricultura Cadernos de Ci ncia amp Tecnologia Bras lia v 28 n 1 p 223 255 jan abr 2011 SOUZA J R F de Pesquisa extens o e o agricultor envolvimento participa o ou interven o O papel do profissional Revista Econ mica do Nordeste Fortaleza v 26 n 2 p 205 238 1995 SOUZA M I F MENDES C I C SANTOS A D SILVA J S V Utiliza o de obras protegidas pelo direito autoral em website de conte do a experi ncia da Embrapa Inform tica Agropecu ria In XXIII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia 361 Documenta o e Ci ncia da Informa o 2009 Bonito Mato Grosso do Sul Anais do XXIII CBBD 2009 SPIELMAN D J Innovation Systems Perspectives on Developing Country Agriculture A Critical Review ISNAR Discussion Paper 2 2005 STEWART F Technology transfer for development In Evenson R E Ranis G Science and technology policy lessons for development London Westview Press 1990 SUTZ J Estudios Sociales de la Ci ncia y de la Tecnologia em Am rica Latina exissti alguna vez uma agenda In ALBORNOz M KREIMER P GLAVICH E eds Cienc
138. n o temos portais din micos que acessam o usu rio do perfil tipo o que o Google faz Outra limita o refere se ao baixo retorno espont neo dos usu rios sobre a avalia o das tecnologias A visita ao site e o download foram considerados por alguns entrevistados como bons indicadores mas n o s o completos O ideal seria ter a palavra de quem usa o sistema A unidade solicita esse retorno dos usu rios mas nem sempre obt m Um exemplo de retorno espont neo ocorreu com o sistema Agritempo O usu rio entrou em contato com a Unidade por conta do sistema n o ter feito uma atualiza o no final de semana Como se tratava de uma pessoa que utilizada muito a tecnologia ela entrou em contato e indagou porque a quest o n o foi resolvida imediatamente somente na segunda feira A Unidade informou sobre o fator limitante da Embrapa para n o possuir suporte t cnico 24 horas mas que faz o monitoramento do sistema procurando minimizar isso A partir do fato ocorrido este usu rio se tornou um aliado e passou a participar da evolu o do Agritempo e de sua valida o uma forma de aproxima o da pesquisa com o destinat rio final Outros s o chamados para ajudar a validar a tecnologia e mant la atualizada e colada s necessidades do usu rio em geral participam representes da extens o e produtores rurais Tamb m foi mencionado que a aus ncia de cadastro de usu rio em parte dos sistemas web da Unidade como co
139. ncia de todos tipos de inova o Fonte adaptado de Chaves 2010 Surgiram estudos para analisar outros n veis de desagrega o do SNI Figura 2 3 Figura 2 3 SUPRANACIONAL ACIONA NACIONAL NACIONAL DE SISTEMAS DE SETORIAL INOVA O SETORIAL e inova o seroma mova o REGIONAL Dimens es de an lise do sistema de inova o Fonte Elabora o pr pria 32 Como apresenta a Figura 2 3 os n veis de desagrega o estudados no sistema de inova o s o supranacional como o estudo da Uni o Europeia ou da Am rica Latina mbito nacional dentro da fronteira do pa s como apresentado at aqui regional como o do vale do sil cio nos Estados Unidos setorial como o caso da agricultura SBICCA E PELAEZ 2006 A pr xima se o aborda os desdobramentos do marco te rico do sistema de inova o com sua aplica o na agricultura 2 2 Pesquisa agr cola e sistema de inova o na agricultura Para contextualizar a discuss o te rica sobre o sistema de inova o na agricultura preliminarmente faz se necess rio situar em qual espa o emp rico ela ocorre no Brasil no mbito do sistema de pesquisa agr cola O sistema de pesquisa agr cola integra o sistema de inova o na agricultura A pesquisa agropecu ria um dos instrumentos da pol tica agr cola do governo brasileiro conforme ilustra a Figura 2 4 como prescreve a lei 8 171 1991 Este
140. no campo tanta que alguns autores falam em uma nova fase de desenvolvimento agr rio brasileiro BUAINAN ALVES SILVEIRA E NAVARRO 2013 Esta fase que pode ser datada a partir do final da d cada de 1990 caracteriza se pela mudan a no padr o de acumula o da agricultura A terra que outrora especialmente antes de 1980 era a principal fonte de apropria o de riqueza no campo teve seu papel diminu do Cresce o papel dos investimentos em tecnologia uso de conhecimento aplica o de capital humano e capacidade gerencial BUAINAIN E NAVARRO 2013 A agricultura nesta tese entendida como sendo a soma total das opera es de produ o e distribui o de suprimentos agr colas as opera es de produ o nas unidades rurais o armazenamento o processamento e a distribui o dos produtos agropecu rios e itens produzidos com eles Esse conceito inclui todo o conjunto das atividades ligadas produ o vegetal e animal s atividades relacionadas ao fornecimento de insumos fertilizantes defensivos corretivos e medicamentos produ o agr cola lavouras pecu ria florestas e extrativismo ao transporte e comercializa o de produtos prim rios e processados industrializa o desses produtos e aos servi os de apoio como pesquisa desenvolvimento e inova o PD amp l e assist ncia t cnica RAMOS 2007 A gera o e transfer ncia de tecnologias agr colas que podem ou n o se tornarem inova es
141. o desenvolveu com igual nfase a atividade de Desenvolvimento o que se traduz 4 segundo v rias opini es no descompasso entre o Pe o D por isto preciso valorizar mais a finaliza o da tecnologia da perspectiva da sua inser o no mercado Embora este ponto n o tenha sido validado por todos os entrevistados vinculados Embrapa parece haver consci ncia desta debilidade uma vez que o Gestec Sistema de Gest o das Solu es Tecnol gicas da Embrapa foi criado com a inten o de fazer acompanhamento do projeto de P amp D desde o nascedouro e quando tiver um resultado a equipe de TT vai se preparar para fazer ajustes 241 necess rios E isso pressup e que equipes de P amp D e TT conversem adequadamente a inten o que elas conversem A postura e atitude dos pesquisadores tamb m interv m no processo de transfer ncia e contribui para a maior nfase em uma ou outra atividade pesquisa e ou desenvolvimento que absorve esfor os diferenciados segundo as prioridades e interesses dos pesquisadores Neste sentido um entrevistado indicou que embora o discurso da inova o esteja bem difundido na empresa na pr tica a ideologia da inova o est longe de ser um consenso e que parte dos pesquisadores entendem que devem apenas pesquisar sem se preocupar com a apropria o dos resultados pela sociedade na forma de inova o Outro apontou que os pesquisadores precisam ter a humildade d
142. o desenvolvimento de sistemas de informa o desenvolvimento de sistemas de suporte decis o desenvolvimento de sistemas web diagn stico de doen as em plantas por computador geotecnologias sensoriamento remoto geoprocessamento sistemas de informa es geogr ficas lingu stica computacional lingu stica de corpus l gica abdutiva l gica nebulosa economia criativa economia da tecnologia emprego rural estudos de mercado e de prospec o de demandas E tecnol gicas sustentabilidade ambiental E E EEE E 373 propriedade intelectual agr ria estudos econ micos sobre o desenvolvimento agr rio e indicadores de minera o de dados e de textos modelagem e simula o de sistemas modelos para apoio decis o com multicrit rios ontologias processamento de imagem processamento de l ngua natural representa o do conhecimento sensoriamento remoto sistemas especialistas t cnicas de aprendizado de m quina tecnologias da informa o aplicada agricultura terminologia computacional vis o por computador e reconhecimento de padr o visualiza o de informa o web sem ntica interfaces do Direito e da Antropologia legisla o agr cola e 374 Ap ndice II Roteiro de Entrevista Brasil Apresenta o Este instrumento objetiva levantar informa es para subsidiar a tese da estudante C ssia Mendes sobre transfer ncia de tecnologias da Embrapa desenv
143. o Brasil as macrorregi es para o ano de 2006 segundo dados do IBGE continua o N vel de instru o Tipo de da pessoa que CENTRO BRASIL NORTE SUL dirige o DESTE DESTE OESTE estabelecimento eletrodom s tico utilizado Ensino Superior Nenhum mas sabe Acesso 0 25 0 08 0 12 0 54 0 75 0 38 ler e escrever internet N o sabe ler e 0 06 0 02 0 04 0 16 0 19 0 16 escrever Fonte IBGE Censo Agropecu rio 2006 Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 Em rela o vari vel n vel de instru o do produtor os dados do Censo do IBGE mostraram como era de se esperar uma concentra o no uso de computador e internet nos estabelecimentos onde as pessoas que os dirigem t m maior grau de instru o segundo grau completo e ensino superior Este fato se observa nas diferentes dimens es territoriais analisadas Brasil e grandes Regi es Em rela o do n vel de escolaridade ficam evidenciadas as grandes diferen as regionais quanto ao acesso a computador e internet com Sul e Sudeste apresentando as maiores m dias para todos os n veis de escolaridade cujas m dias ultrapassam as dessas duas regi es A Regi o Norte foi a que apresentou a pior situa o nacional seguida pelo Nordeste O acesso internet em 2006 representava uma propor o bem menor que a presen a do computador no estabelecimento chegando a perto da metade ou mesmo menos nas regi
144. o adquirindo aprendizagem e dando passos na trajet ria cumulativa para aquisi o de novos conhecimentos Considerando este debate na vis o do Sr poss vel falar em difus o e ou em transfer ncia de tecnologia para a agricultura Tendo em vista a experi ncia de Portugal e dos pa ses que o Sr tem estudado como o Sr v esse debate H especificidades para a difus o e para a transfer ncia de tecnologia Neste contexto quais pap is cabem ao gerador da tecnologia e ao inovador que adota a tecnologia De acordo com Malerba e Orseningo 1996 os institutos de PD amp I podem atuar na exploration explorar reas novas e ou na exploitation explorar trajet rias consolidadas e 380 fazer melhorias incrementais Na sua vis o como um instituto de PD amp lI pode conciliar suas atividades de exploration e exploitation Na sua opini o como institutos de PD amp l que geram tecnologias podem suprimir eliminar a fronteira limite entre o processo de difus o e a inova o Aspectos referentes de sua institui o de origem Considerando sua institui o de origem quais resultados s o pass veis de difus o e ou transfer ncia de tecnologia para a sociedade Qual o modelo de gest o da inova o utilizado por sua institui o Quais s o os mecanismos de difus o e ou transfer ncia de tecnologia utilizados por sua institui o DIMENS O aspectos espec ficos Ado o e Transfer ncia de Tecnologia da Info
145. o agr cola fator limitante para a ado o da agricultura de precis o portanto os investimentos necess rios para o agricultor ter uma plataforma de agricultura de precis o por ex ter todo o equipamento na ceifeira no pulverizador no distribuidor de adubo um software de an lise dos dados recolhidos exige uma dimens o m dia de explora o que n o compat vel com a realidade portuguesa N s temos assistido que existem alguns agentes que adotam solu es de agricultura de precis o porque prestam servi os ou seja ou inv s de ser o agricultor que adota a agricultura de precis o s o os prestadores de servi os que v o e prestam esses servi os a v rios agricultores mas n o uma pr tica corrente e portanto existem condicionantes que limitam a ado o Outra limita o refere se evolu o gradual do uso de tecnologias da informa o nos diferentes setores econ micos Em alguns deles fora do setor prim rio houve uma progresso natural de ado o da TI inicialmente com software de contabilidade depois para outros tipos de software e foi havendo um crescimento No entanto isso n o ocorreu no setor agr cola pois a maior parte das explora es rurais externalizou esses servi os a contabilidade e a gest o para escrit rios externos Em raz o disso dentro da explora o agr cola nunca houve uma evolu o gradual do uso de Tl e portanto h um gap h um passo maior a ser dado para transpor a bar
146. o de licen a de uso em se tratando de software livre ou propriet rio 4 elabora o de pol tica de privacidade e condi es de uso de obras dispon veis na web Prote o Sui Generis O Brasil seguindo o padr o da Union for the Protection of New Varieties of Plants de 1978 UPOV para as plantas adotou se o sistema sui generis para a prote o de cultivares conforme regulamenta a Lei de Prote o de Cultivares LPC BRASIL 1997 O Quadro 3 7 apresenta o avan o da prote o de cultivares no Brasil no per odo de 1988 a 2012 com destaque para o papel da Embrapa nesta prote o Quadro 3 7 N mero acumulado de cultivares protegidas no SNPC no Brasil de 1998 2012 cultivos de maior import ncia econ mica selecionados E E Embrapa Propor o da participa o i 1998 2001 2004 2007 2010 2012a da Embrapa entre 2012a e protegidas 2012b 2012b Soja Cana de a car Milho Caf Algod o Outros Total Fonte Vieira Filho e Vieira 2013 Nota se um crescimento do n mero de cultivares protegidas de 51 para 1 708 Destacando se a cultivar de soja como cultivo de maior import ncia econ mica para o Pa s tem se um salto de 39 cultivares protegidas em 1998 para 539 em 2012 Destas tamb m em 2012 cerca de 30 158 em n meros absolutos eram de propriedade da Embrapa dentre as quais 39 transg nicas Em 2012 as cultivares de soja cana de a c
147. o e transfer ncia da tecnologia O distanciamento entre as equipes de pesquisa e de transfer ncia traz implica es A primeira delas que a rea de TT n o participa do processo de levantamento de demandas N o se sabe quem demandou a tecnologia que passada pelo bast o para a rea de TT A segunda implica o que a equipe de TT vista como a que n o preparou uma estrat gia adequada para a transfer ncia da tecnologia mas a pergunta antecedente outra at que ponto o que est sendo gerado e produzido de fato atende uma demanda da sociedade e do mercado E a se passa a ter problema de concep o da tecnologia Apesar deste distanciamento entre as reas acredita se que 224 com a nova vis o de futuro Agropensa e com o ferramental que est sendo apresentado Integro a empresa conseguir mudar um pouco esta situa o Por outro lado foi ponderado que n o s o as ferramentas que gerar o as mudan as necess rias na Embrapa pois ferramenta meio O Quadro 5 7 sintetiza os fatores condicionantes internos relacionados ao processo de produ o Embrapa Quadro 5 7 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional processo de produ o Embrapa Fatores condicionantes end genos Elemento Contribuem Inibem A tentativa de sair da estrutura verticalizada e segmentada Predomin ncia do modelo linear para um processo Embrapa de eu pesquiso
148. o s o apropriadas para reger este tipo de rela o Por outro lado tamb m ocorre que h negociadores da empresa que se entusiasmam com o aporte financeiro do parceiro privado que s vezes m nimo frente ao vultoso volume aportado pelo governo e que mesmo assim quer ter exclusividade para comercializar os produtos que resultariam da pesquisa preciso dividir melhor o bolo Neste processo est o envolvidos o pesquisador que gostaria de ter sua tecnologia utilizada o negociador que emite um parecer e uma nota t cnica sobre a conveni ncia e a oportunidade sob a tica de m rito administrativo para a realiza o da parceria e a rea jur dica que analisa a legalidade e garante a institucionalidade da parceria O que ocorre com certa frequ ncia a discrep ncia entre os v rios participantes O pesquisador por exemplo pode ter ponto de vista e interesse caracter stico de um pesquisador com perfil mais distante do usu rio da tecnologia que resultou de suas pesquisas o negociador pensa de uma maneira mais pragm tica gostaria de ver a 227 tecnologia licenciada no mercado e o jur dico pode ser extremadamente legalista impondo tantos detalhes que o contrato fica inviabilizado Falta no caso converg ncia de modo de pensar com os tr s atores cada um aportando sua expertise pr pria para alcan ar um objetivo comum e compartilhado por todos A falta de conson ncia en
149. o seu planejamento estrat gico continue sendo espor dico e n o din mico Caso ele permane a representando apenas e principalmente um grande guarda chuva usado para validar atividades em andamento contribuindo para a manuten o do status quo do que para incorporar mudan as da agricultura brasileira e de cen rios futuros Um planejamento com estas caracter sticas acaba prendendo a Embrapa num modelo institucional ultrapassado 313 Uma op o apresentada seria a Embrapa adotar planejamentos mais curtos como o exemplo mencionado do Agricultural Research Service ARS que anualmente levanta as demandas da agricultura americana junto aos diversos agentes do setor e que tamb m possui um planejamento de m dio prazo para o per odo de 5 anos Ainda no campo do planejamento das entrevistas emergiu um elemento cr tico que se refere aos mecanismos de coordena o dispon veis para promover o alinhamento das a es em uma empresa que embora nunca tenha sido pequena atualmente tem 17 unidades centrais 46 unidades descentralizadas 9 790 empregados dos quais 2 444 pesquisadores trabalhando em uma imensa diversidade de temas At que ponto os mecanismos de coordena o dispon veis s o efetivos para alinhar interesses pessoais e vis es institucionais diferenciadas muitas vezes contradit rios quanto ao papel da Embrapa da transfer ncia de tecnologia e de suas prioridades A literatura sobre organiza o das corpo
150. para o mercado e para a sociedade Ao longo do tempo a Embrapa n o soube descrever qualificar e valorar todo o conjunto da produ o da empresa que teve influencia em frentes importantes Por exemplo o Brasil aprendeu a transformar solos pobres em solos f rteis foi capaz de tropicalizar cultivos produzir uma base de produ o sustent vel que n o tem igual no mundo a nossa agricultura avan ou em pr ticas sustent veis Em parte o passivo de entendimento sobre a transfer ncia de tecnologias da Embrapa adv m primeiro da velha quest o da agricultura familiar e depois com a quest o do assunto semente e a queda de participa o da Embrapa no mercado de commodities agr colas No entanto alguns entrevistados advertem que uma parcela importante do que a Embrapa faz n o tecnologia pass vel de forma tang vel de transfer ncia como o caso da cultivar H centros de pesquisa dedicados a gerar informa o conhecimento e melhores pr ticas agr colas que n o necessariamente ser o transformados em uma tecnologia f sica a ser transferida Ainda sobre o passivo de entendimento do papel da Embrapa ponderou se que a empresa encontra se numa armadilha que ela pr pria criou por colocar uma nfase muito grande na inova o Ela deu a impress o de que tinha solu es pr ticas para tudo na agricultura Foi comentado que isso foi necess rio pois a Embrapa foi criada num contexto que pedia este tipo de post
151. pela Embrapa sejam introduzidas ao ambiente produtivo e social Perspectivas Futuras Desenvolver na Embrapa uma tradi o de pesquisa em transfer ncia de tecnologia Valorizar o profissional que trabalha em TT investindo em sua forma o e manuten o nessa rea de conhecimento Revisar os m todos de TT Criar linhas de financiamento para as a es de TT Considerar qual ser a inser o do Brasil na nova bioeconomia Melhorar a rede de TT incluindo mais atores p blicos e privados Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 43 E i ko ch P i ds Segundo Horlings e Marsden 2011 p 6 a bioeconomia o conjunto das atividades econ micas que captam o valor latente em processos biol gicos e nos biorrecursos renov veis para produzir melhores condi es de sa de al m de crescimento e desenvolvimento sustent veis 210 5 2 Condicionantes end genos Embrapa Tal como mencionado os fatores condicionantes end genos Embrapa para a transfer ncia de tecnologia foram analisados nas perspectivas temporais presente e futura nas seguintes dimens es i institucional e organizacional ii pesquisa desenvolvimento e inova o PD amp l iii transfer ncia de tecnologia e iv perspectiva futura No entanto deve se ter claro que h fatores condicionantes externos Embrapa que influenciam e impactam os internos empresa e que nem sempre poss vel isolar uns dos outr
152. pela produ o comercializa o distribui o 6 amp 8 Tamb m s o destinat rios os diversos grupos sociais tais como produtores agr colas cooperativas e associa es rurais a comunidade cient fica de pesquisa e ensino que utiliza informa es e conhecimentos como insumos para o avan o da fronteira do conhecimento e ou para desenvolver ou aprimorar processos tecnologias e sistemas produtivos as organiza es e atores da agricultura extens o rural assist ncia t cnica integradoras da cadeia de valor agroind stria fornecedores de insumos processadoras de alimentos redes varejistas que utilizam conhecimentos tecnologias processos e ou servi os de forma direta ou indireta por meio da incorpora o aos sistemas produtivos agr colas e ao ambiente social governos federal estadual e municipal que usam resultados de pesquisa para subsidiar e desenhar pol ticas p blicas integrantes de organiza o n o governamental e consumidores finais 341 e assist ncia t cnica da inova o Trata se de um pressuposto do modelo interativo de inova o que preconiza o envolvimento e intera o de agentes p blicos e privados no processo inovativo A intera o e a complementariedade de compet ncias entre agentes p blicos e privados s o algumas das condi es para revigorar a atua o da Embrapa com efic cia ainda maior no contexto da nova fase de desenvolvimento agr rio brasileiro e das for as motrizes da agricult
153. perspectivas futuras e novas oportunidades de uso das tecnologias da informa o e comunica o TICs aplicadas agricultura segundo relatado por especialistas elas abrangem todas as etapas da cadeia produtiva agr cola pr produ o produ o e p s produ o como ilustra a Figura 5 3 PRE PRODU O PRODU O P S PRODU O ER RE E E T EE E Figura 5 3 Pipeline da cadeia de produ o agr cola Fonte Massruh Leite e Moura 2014 p 16 adaptado de Ting etal 2011 Nas entrevistas e com base em informa es complementadas pelo trabalho desenvolvido na Embrapa Inform tica Agropecu ria por Massruh Leite e Moura 2014 foram apresentadas como perspectivas e oportunidades em agroinform tica na cadeia de produ o agr cola nas fases de i pr produ o tem se a oportunidade de utilizar t cnicas de modelagem e simula o minera o de dados e computa o de alto desempenho para por exemplo tratar o grande volume de dados moleculares gerados no melhoramento gen tico com apoio da Biotecnologia e da Bioinform tica ii produ o podem se destacar as t cnicas de sensoriamento remoto sistema de informa o geogr fica para automa o das etapas de planta o e colheita avan ando para uma agricultura de previs o e rob tica iii p s produ o as TIC j est o amplamente utilizadas nas etapas de distribui o processamento e consumo computa o em nuvem para
154. proposta pode passar por altera es optou se por n o apresentar seu conte do na tese pela incerteza de aprova o de seus dispositivos 116 a vigente no entanto est desatualizada e n o reflete as mudan as estruturais que a empresa passou na rea principalmente a partir de 2010 A reestrutura o organizacional da Embrapa atinente transfer ncia de tecnologia ocorrida a partir de 2010 teve reflexos em suas unidades descentralizadas de pesquisa que passaram a contar com uma Chefia de Transfer ncia de Tecnologia As unidades descentralizadas possuem o mandato de gerar conhecimentos e tecnologias circunscritos a um produto tema ou ecorregi o em que pesquisam O Quadro 3 13 apresenta as finalidades atinentes Chefia de TT de uma unidade descentralizada a Embrapa Inform tica Agropecu ria Optou se por ela considerando que no cap tulo seguinte s o estudadas as especificidades da transfer ncia de tecnologias da informa o no mbito de sua atua o Quadro 3 13 Dimens es Planejamento de PD amp l e Difus o e Transfer ncia Tecnol gica finalidades da chefia de transfer ncia de tecnologia de unidade descentralizada e as conex es com as demais unidades Dimens o Planejamento de PD amp I Atribui es da Chefia de Transfer ncia de Conex es com as demais Unidades Tecnologias SRI Coordenar a prospec o de problemas e demandas tecnol gicas para a programa o de desenvo
155. que a Embrapa n o consegue fazer tudo sozinha A sinergia entre setor p blico e privado fundamental mas a Embrapa est patinando at hoje porque n o sabe fazer isso corretamente mas est tentando aprender Outra dimens o importante das mudan as que se manifestam como drives para a pesquisa p blica se refere ao contexto institucional que traz para a linha de frente um 191 conjunto amplo de fatores que operam como condicionantes e exig ncias e como drives e oportunidades para a pesquisa p blica e para a inova o Um destes condicionantes mencionado por v rios entrevistados a seguran a alimentar e energ tica pois o Brasil l der mundial nesse aspecto e por conta das necessidades mundiais de alimentos o Brasil vai continuar sendo fornecedor de alimentos para os pa ses Outro entrevistado se refere s mudan as clim ticas e agricultura de baixo carbono plantio direito fixa o biol gica de nitrog nio reflorestamento ou seja o plano ABC e as tecnologias verdes A evolu o e exig ncias dos mercados tamb m foram lembradas h um caminho para n s aqui do Cone Sul em dire o produ o certificada e ao pagamento por servi os ambientais e enxergo esses fatores como os drives de mudan a Ainda no contexto dos drives associados a estas mudan as no marco institucional um entrevistado pontuou que preciso conter a expans o das reas agr colas para melhorar os ambientes
156. recursos de TI crescem mais do que os investimentos Al m dos est gios de ado o de TI em setores econ micos Rogers 1983 prop s categorizar os adotantes segundo algumas caracter sticas subjetivas i inovador aventureiro vido por ideias novas ii adotante adiantado respeit vel mais integrado no sistema social local do que os inovadores iii maioria adiantada ponderado adota ideias antes da m dia dos membros de um sistema iv maioria atrasada c tico adota novas ideias ap s a m dia dos membros de um sistema v atrasado tradicional o ltimo em um sistema a adotar uma inova o Figura 4 2 Primeiros a Maioria Inicial adotar 34 13 5 Figura 4 2 Categorias de adotantes Fonte Rogers 1983 p 247 Os est gios de ado o de tecnologia da informa o e a caracteriza o dos Maiora Tardia 3 adotantes ser o recuperados mais adiante nesta tese nas an lises dos fatores end genos para a transfer ncia de TI no campo A ado o de TI no campo nos pa ses da Europa e nos Estados Unidos tem sido objeto dos estudos de Gelb e Voet 2009 e Gelb 2012 2013 que abrangem o per odo de 1999 a 2013 Estes autores efetuaram levantamento de dados junto a especialistas em agroinform tica participantes dos congressos bienais da European Federation Information Technologies in Agriculture Food and Environment EFITA Aqui cabe uma pondera o Ainda que a realidade retratada nas r
157. redu es dos custos de comunica o entre os agentes como os relacionados ao uso de celulares e ferramentas de internet dos custos de acesso a servi os como seguro e cr dito e informa o de mercado ou tecnol gica riscos relacionados a eventos clim ticos pragas e desastres naturais ii a amplia o de renda qualidade e atendimento s demandas dos consumidores de produtos agr colas No entanto para que estes benef cios sejam concretizados necess ria a ado o de solu es de TI pela agricultura Um dos trabalhos precursores sobre a ado o de TI foi desenvolvido por Nolan 1973 ao propor seis est gios de ado o de tecnologia da informa o em setores econ micos Os est gios s o i inicia o compreende a aquisi o do computador feita quando a empresa atinge um tamanho cr tico no qual alguns processos administrativos podem ser realizados de forma mecanizada ii cont gio ocorre a otimiza o do uso dos recursos 148 computacionais existentes procurando novas aplica es e o envolvimento dos empregados da empresa iii controle inicia se o controle sobre os gastos com computador pela elimina o ou remodela o de aplica es ineficientes iv integra o aumenta o uso de banco de dados e a TI passa a ser orientada para os servi os e os usu rios v administra o de dados relat rios gerenciais tornam se partes integrantes da fun o de gerenciamento vi maturidade a efici ncia no uso dos
158. relacionado com o futuro da internet baseado na computa o em nuvem O grande paradigma atual a constru o desta intelig ncia coletiva usar o conhecimento onde ele est e coloc lo disposi o de quem precisar us lo O Quadro 5 22 sintetiza as perspectivas futuras relatadas Quadro 5 22 Perspectivas para a transfer ncia solu es em tecnologias da informa o segundo os especialistas internacionais Perspectivas Cria o de redes sociais profissionais tem ticas com abordagem setorial que envolva os agentes de uma determinada cadeia produtiva para atender interesses espec ficos do agricultor 299 Quadro 5 22 Perspectivas para a transfer ncia solu es em tecnologias da informa o segundo os especialistas internacionais continua o Perspectivas Uso de inova o aberta para incentivar um processo de constru o de intelig ncia coletiva em plataformas abertas e colaborativas para promover o desenvolvimento da agricultura Avan os na fronteira do conhecimento em mobilidade uso de smartphone e realidade aumentada Refor o do uso de gest o espacial da informa o o Global Navegation System E Intensifica o do uso da rob tica com rob s auxiliando no processando imagem Amplia o do modelo de neg cio software as a service baseado na computa o em nuvem Cria o de novas empresas a partir de tecnologias geradas por universidades e centros de pesquisa 5 5 Conside
159. renda per capita A expans o da renda per capita da classe m dia mundial nos pr ximos 20 anos indica potencial de crescimento na demanda por produtos agropecu rios Espera se a altera o no perfil da dieta em dire o sua diversifica o com inclus o de produtos de origem animal frutas verduras legumes a introdu o de alimentos processados e eventualmente nutrac uticos e funcionais para os que ter o maior renda per capita 62 Quadro 2 9 For as motrizes para o sistema agroalimentar e agroindustrial horizonte 2014 2034 continua o Y Agricultura multifuncional A agricultura dever estar balizada por conceitos e m todos multifuncionais muito al m da vis o da agropecu ria dedicada produ o de alimentos fibras e energia A agropecu ria dever se nortear por vertentes tecnol gicas voltadas para consolidar sistemas de produ o limpos com balan o positivo de carbono que integrem qualitativamente a rela o campo cidade com cadeias e arranjos calcados na sustentabilidade e na inclus o produtiva Y Emerg ncia da bioeconomia O avan o da biotecnologia com dom nio da biologia sint tica e de processos metab licos de plantas animais e microrganismos possibilitar a cria o de uma nova bioeconomia Ela influenciar campos do conhecimento e possibilitar o desenvolvimento de novos produtos e processos com interfaces para a agricultura com ramos bioindustriais novo
160. s ntese Embrapa Inform tica Agropecu ria Aprovada lei que incluiu disciplina Processamento de dados na rea de Ci ncias Agr rias para institui es de ensino superior do pa s Surgem algumas das primeiras publica es relacionadas a TI no agroneg cio e Espa o no qual se desenvolve parte da pesquisa de campo desta tese como apresentado mais adiante no cap tulo 157 Quadro 4 1 Evolu o hist rica das atividades de tecnologia da informa o aplicada agricultura no Brasil continua o Per odo a partir de 1990 1994 a partir de 1997 Fatos Publicado o Guia de Software da Computeworld CWB com 58 empresas produtoras de software para o agroneg cio e aplicativos de gest o rural e veterin ria Revista Info publicou levantamento sobre programas computacionais para a agropecu ria Foi fundado o Laborat rio de Automa o Agr cola LAA da Polit cnica da Universidade de S o Paulo com o objetivo de desenvolver e aplicar tecnologia da informa o no agroneg cio A Embrapa Gado de Leite e a Universidade Federal de Juiz de Fora lan aram o Cat logo Eletr nico de programas de computador para o agroneg cio com 41 empresas e 101 programas Universidades e pesquisadores come am a se interessar mais profundamente pelo tema tecnologia da informa o na agropecu ria e agroind stria e deram inicio ao desenvolvimento de pesquisas gerando disserta
161. sicas ou qu micas UNE NH Conserva o de corpos humanos ou animais ou plantas ou partes dos 23 mesmos biocidas como desinfetantes herbicidas ou pesticidas e repelentes ey Prepara es com finalidades m dicas 21 VA Bo Alimentos produtos aliment cios ou bebidas n o alco licas seu 17 preparo ou tratamento e conserva o de alimentos ou produtos aliment cios em geral Fonte INPI 2011 Al m dessas 5 classes h mais 17 subclasses nas quais se enquadram os pedidos de patentes que refletem as m ltiplas reas de pesquisa da Embrapa o que revela compet ncias nos variados setores de demanda do agroneg cio do Brasil bem como a diversidade do pa s em termos de clima e solo INPI 2011 Direito Autoral A Embrapa gera e difunde para a sociedade diversas obras autorais Quadro 3 5 Quadro 3 5 Obras protegidas pelo direito autoralista Categorias Obras protegidas pelo direito autoral produ o t cnico obras liter rias artigos congressos e peri dicos livros cient fica s rie Embrapa boletim de pesquisa circular e comunicado t cnico etc desenvolvimento de software servi os de informa o Web base de dados tecnologias e produtos imagem de sat lite mapas de gest o ambiental e agroclimatol gico obras para produ o da programas de TV DVD v deo fotografia material did tico de imagem institucional cursos programa de r dio Prosa Rural Fonte elabora o pr
162. sociedade e utilizada nas opera es do sistema produtivo e pela sociedade Para contextualizar a pesquisa as subse es da introdu o discorrem sobre a raz o do estudo que deu origem tese justificativa a quest o a ser investigada e respondida problema de pesquisa o que se pretende alcan ar objetivos de car ter geral e espec ficos e como ser realizada a investiga o metodologia Por fim apresenta a estrutura do trabalho 1 1 Contexto justificativa problema de pesquisa e hip tese A justificativa da tese precedida por um breve contexto da agricultura brasileira contempor nea para situar o tema transfer ncia de tecnologia da pesquisa p blica agr cola na atual conjuntura Buainain Alves Silveira e Navarro 2014 sustentam que est em curso no mundo rural brasileiro uma vis vel ruptura com o passado Para estes autores o pa s est adentrando numa nova fase do desenvolvimento agr rio em um novo modo de acumula o ou padr o agr cola e agr rio tendo o capital como um fator essencial que est sendo determinante para a transforma o do mundo rural Segundo Buainain et al 2013 p 110 este padr o introduz o capital em todas as suas modalidades no centro do desenvolvimento agr cola e agr rio O papel da terra rebaixado pois a produ o e as rendas agropecu rias passam a depender crescentemente de tecnologia de investimentos em infraestrutura m quinas na qualidade da
163. tecnol gica A literatura tamb m tem avan ado na defini o e tipifica o da tecnologia bem como sobre a prote o aos direitos de propriedade intelectual imanente ao processo de transfer ncia tecnol gica assuntos abordados a seguir 2 5 Tecnologias defini o tipologia e prote o propriedade intelectual Os estudos sobre inova o principalmente os de recorte neo schumpeterianos tamb m contribu ram para o esfor o de sistematiza o de dados sobre o processo inovativo Um destes esfor os o da Organiza o para a Coopera o e Desenvolvimento Econ mico OCDE que publica manuais que auxiliam a medi o de atividades cient fica e tecnol gica bem como diretrizes para coleta e interpreta o de dados sobre inova o Dentre os manuais destaca se o de Oslo OCDE 1997 uma das principais refer ncias conceituais utilizadas para tipifica o das tecnologias 17 A OCDE uma organiza o internacional de 34 pa ses membros Apesar do Brasil n o ser membro da OCDE isso n o obsta a utiliza o de seus manuais em pesquisas nacionais sobre inova o Um exemplo disso a Pesquisa de Inova o Pintec que a partir de 2008 deixou de chamar Pesquisa de Inova o Tecnol gica desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE Segundo o IBGE 2011 utilizada como refer ncia conceitual e metodol gica da Pintec a terceira edi o do Manual OSLO OCDE 1997 68 Antes d
164. tecnologia Quanto natureza da tecnologia o grau do conhecimento t cito ou codificado refletir na facilidade ou n o da imita o O conhecimento codificado mais f cil de ser transmitido sendo mais exposto espionagem industrial O t cito por sua vez por defini o mais dif cil de transferir O regime de apropriabilidade ser forte quando a tecnologia for relativamente f cil de proteger e ser fraco quando for quase imposs vel de se proteger a tecnologia TEECE 1986 Avan ando na discuss o atinente aos instrumentos legais para prote o intelectual da tecnologia com vista a sua transfer ncia voltado para a dimens o do campo protetivo da propriedade industrial Assafim 2010 esclarece que a cria o t cnico industrial o objeto da tecnologia protegida por direitos de propriedade industrial Dentre os instrumentos de prote o est o as patentes de inven o e de modelo de utilidade desenho industrial o segredo industrial ou know how e o programa de computador este ltimo no campo protetivo autoral No que concerne marca apesar de ser instrumento fundamental para a concorr ncia econ mica e comercializa o de produtos e servi os sua fun o exercida fora do mbito da t cnica pois ela n o cont m nenhum tipo de tecnologia A marca contribui para distinguir um produto ou servi o estes que trazem incorporada a tecnologia empregada em seu processo produtivo e n o a marca mas n o ve
165. teve uma participa o marcante e perdeu e vem perdendo espa o Uma pondera o foi feita de que a Embrapa precisa ter a consci ncia que necessita manter um pouco sua participa o no mercado de soja de milho para que o setor p blico n o perca o senso de funcionamento deste mercado e para ter um ponto de equil brio e arbitragem no entanto a empresa nunca deve assumir a postura de substituir a iniciativa privada eventualmente se uma multinacional de transg nicos sufocar os produtores rurais com suas altas taxas n o vai se resolver isso com pesquisa p blica mas sim por meio de pol ticas p blicas como a interven o do Conselho Administrativo de Defesa Econ mica CADE para evitar o oligop lio que leve a perda e a press es sobre segmentos mais fr geis da cadeia produtiva Com a mudan a na trajet ria institucional pode ocorrer um descompasso entre o modelo organizacional da Embrapa como empresa sementeira para uma empresa que n o mais de sementeiros O descompasso reflete tamb m uma car ncia da Embrapa de inova es institucionais A partir de estudos prospectivos a empresa necessita refletir sobre qual modelo de gest o que precisa quais compet ncias quais processos e quais tipos de rela es institucionais necessita A inova o institucional uma consequ ncia desta reflex o como uma forma de dar base atividade final stica que a pesquisa a transfer ncia e a i
166. uma tecnologia n o se d isoladamente pelo produtor H casos em que ela ocorre coletivamente nas organiza es de produtores E h situa es em que os comandos sistemas agroindustriais SAGs estabelecem como o produtor rural se organiza tecnologicamente Em outros a rede varejista de supermercado que define o que o agricultor ir adotar de tecnologia Este condicionante levantado nas entrevistas coerente com o estudo de Zylberstajn 2014 que evidencia o exerc cio de poder de comando dos sistemas agroindustriais SAGs principalmente dos especializados como os de avicultura e suinocultura Nestes SAGs os contratos existentes entre produtores rurais e agroind stria geralmente contratos de ades o ou seja com pouco ou nenhum poder de modifica o bilateral de cl usulas determinam as tecnologias a serem usadas a escala de produ o a defini o de pre os recebidos ou pagos e outras dimens es da rela o contratual Em rela o aos fatores condicionantes ex genos para a transfer ncia de solu es em TI aplicadas agricultura a seguir s o analisadas conjuntamente as opini es de especialistas em agroinform tica nacionais e internacionais luz da literatura pois elas se complementam Dentre os fatores condicionantes que inibem a transfer ncia de solu es em tecnologia da informa o para a agricultura ressaltam se i a falta de uso gradual de TI 307 no campo e ii limitantes de uso da TI
167. universidade que elas podem ser desenvolvidas em colabora o com empresas privadas e outros centros de pesquisa Em se tratando de desenvolvimento conjunto colaborativo n o existe uma f rmula pr estabelecida quanto titularidade da propriedade intelectual N o se usa nos Estados Unidos o mesmo m todo geralmente usado no Brasil como por exemplo 30 titularidade de cada institui o Os co titulares da propriedade intelectual ret m cada um 100 do direito de usar a tecnologia da maneira que quiserem sem dar satisfa o outra parte A titularidade tamb m pode ser definida por contrato completamente a favor da empresa neste caso a universidade ou a institui o de pesquisa n o det m a titularidade ou da universidade institui o de pesquisa desta forma a empresa privada n o ret m a titularidade 288 S o regidos pela lei Bayh Dole os aspectos de prote o propriedade intelectual e transfer ncia de tecnologias de universidade e centros de pesquisa americanos cujos desenvolvimentos utilizaram fundos federais al m das leis atinentes mat ria Foi esclarecido que lei Bayh Dole confere s universidades e aos pesquisadores o direito de propriedade intelectual dos inventos realizados em seus laborat rios que foram custeados com fundos governamentais podendo licenci lo para a iniciativa privada Outra particularidade de diversas universidades e centros de pesquisas americanos a exist ncia em
168. veis e a customiza o dos conte dos Dentre os condicionantes de gest o de pessoas foram destacadas as novas contrata es de pesquisadores e a avalia o de desempenho Foi pontuado que a renova o de aproximadamente 2 3 dos pesquisadores na ltima d cada e a consequente aposentadoria de outros sem um processo de transi o entre a gera o pioneira e a nova ocasionou um v cuo de estoque de conhecimentos A esse respeito Navarro e Alves 2014 opinam que apesar da excelente forma o acad mica os novos pesquisadores contratados encontram se desvinculados do passado que constituiu a empresa e a hist ria rural do Brasil nos ltimos quarenta anos Para estes autores a Embrapa necessita investir num processo transit rio consistente entre as gera es pioneiras de pesquisadores e os contratados aproximando os das transforma es atuais da agricultura brasileira com vistas a estimular agendas de pesquisa em conformidade com a realidade produtiva agr cola do pa s Sem pretender polemizar com Navarro e Alves 2014 e sim de complementar o argumento central que se refere import ncia e necessidade de transferir a experi ncia institucional para a nova gera o o problema do v cuo tal como o vemos n o diz respeito a um eventual distanciamento dos novos pesquisadores com respeito s transforma es atuais da agricultura que por sua vez poderia explicar agendas de pesquisa com baixa ader ncia r
169. vis es de futuro cen rios e estrat gias Finalidade Ra Conex o Fonte elabora o pr pria com base nos regimentos internos das unidades citadas Legenda 110 Quadro 3 11 Dimens o Desenvolvimento de PD amp l finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica Descri o Apoiar as UDs no processo de desenvolvimento e finaliza o dos ativos pr tecnol gicos e tecnol gicos de melhoramento vegetal e animal Produzir comercializar e licenciar sementes e mudas das cultivares da Embrapa Legenda Finalidade RE Conex o Fonte elabora o pr pria com base nos regimentos internos das unidades citadas Quadro 3 12 Dimens o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Embrapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica Descri o Coordenar o gerenciamento da programa o de a es de TT e alinhamento com planos do Governo da empresa e de parceiros institucionais Coordenar o alinhamento e operacionaliza o de diretrizes para TT na carteira de projetos arranjos e portf lios do SEG Legenda Finalidade RE Conex o Es 111 Quadro 3 12 Dimens o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Emb
170. visita t cnica unidade demonstrativa e unidade de refer ncia tecnol gica Franco 2002 define alguns dos procedimentos usados com vistas difus o e transfer ncia tecnol gica Quadro 2 12 Quadro 2 12 Procedimentos para transfer ncia de tecnologia e seus objetivos Dia de campo Demonstrar em uma unidade de produ o a efici ncia de pr ticas agropecu rias bem sucedidas Normalmente o evento realizado em propriedade de um produtor rural acess vel s tecnologias ou nos experimentos de campo tanto da pesquisa como da extens o 78 Quadro 2 12 Procedimentos para transfer ncia de tecnologia e seus objetivos continua o Unidade Demonstrativa Desenvolver pr ticas de efic cia e rentabilidade em uma determinada cultura ou cria o com o objetivo de que as mesmas sejam acompanhadas avaliadas e adotadas por um grupo de produtores Unidade de Observa o Testar em condi es reais de produ o a aplicabilidade de uma ou mais pr ticas agropecu rias n o utilizadas pelos produtores rurais e nem amparadas pela pesquisa na regi o Curso Habilitar capacitar ou reciclar grupos de pessoas com interesses comuns no uso de uma tecnologia ou pr tica agropecu ria Demonstra o de Resultados Demonstrar por meio comparativo a superioridade de uma ou mais pr ticas j comprovadas sobre outra tradicionalmente adotada pelos produtores rurais R dio e Televis o Utilizar emi
171. 0 09 0 21 2 07 1 92 0 81 Pecu ria e cria o de Acesso 0 84 0 29 0 25 1 77 1 35 1 24 outros internet Rd animais Florestas 0 05 0 0 01 0 07 0 14 0 03 Pesca 0 0 0 0 0 Aquicultura 0 02 0 01 0 01 0 03 0 03 0 02 1 Adaptado pelos autores onde i Lavouras corresponde soma de lavoura tempor ria horticultura e floricultura lavoura permanente sementes mudas e outras formas de propaga o vegetal e ii Florestas corresponde soma de Produ o florestal florestas plantadas e Produ o florestal florestas nativas Fonte IBGE Censo Agropecu rio 2006 Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 Interessante ressaltar que a import ncia relativa de acesso ao computador e internet na pecu ria Tabela 4 8 coincide com a maior disponibilidade de software agroneg cio para a rea de manejo animal o que permitiria inferir que a ind stria e estrutura de presta o de servi os est o atentas a essa demanda MENDES ET AL 2011 Por outro lado tendo como base os dados estaduais do Levantamento de Unidades de Produ o Agropecu ria na agricultura paulista Francisco e Caser 2007 mostraram que no per odo de 2000 a 2006 a maior concentra o de uso de computador e acesso internet na agricultura paulista ocorreu em unidades produtoras de gr os cana de a car citros caf ou seja em atividades nas quais S o Paulo se destaca na produ o nacional 174 4 3 3 Escolaridade A Tabe
172. 012 2013 Ha O a internet e a computador 2 FT Infraestrutura local e regional de transporte e Zambalde et al 1o ne e dd D telecomunica es apoio ou influ ncia 2011 governamental organiza o de cooperativas ou associa es acesso a internet e computador Melhoria na coordena o de atividades maior Figueira Sampaio e O agilidade no fluxo de informa es redu o de erros Zambalde 2013 g F nas opera es internas maior controle das z a atividades e rapidez e seguran a nas informa es m Machado 2008 Fonte elabora o pr pria Os trabalhos citados apesar de serem adstritos a culturas espec ficas e restritos a determinado espa o geogr fico refletem parte da realidade brasileira sobre uso da TI no campo Evidenciam que h grupos de pesquisadores de institutos de pesquisa e da academia debru ando se na amplia o do entendimento sobre a introdu o da TI no ambiente rural Tais estudos corroboram a relev ncia de se avan ar no conhecimento sobre o tema principalmente atinente aos fatores condicionantes para uso da TI A infraestrutura de acesso a computadores e a internet um dos pr requisitos essenciais sine qua non 166 para que essa ado o ocorra Como apresentado no in cio do cap tulo nos estudos de Gelb 2012 2013 a infraestrutura n o foi considerada uma restri o limita o dominante no entanto para a realidade americana e europeia A realidade brasileira po
173. 12 exp em as finalidades categorizadas nas dimens es planejamento de PD amp l desenvolvimento de PD amp l e transfer ncia tecnol gica ado o e impacto dos produtos tecnologias e servi os da Embrapa Estas dimens es coincidem com as utilizadas no cap tulo anterior ao classificar os elementos anal ticos dos condicionantes end genos ao instituto de PD amp lI agr cola para difus o e a transfer ncia tecnol gica O uso das mesmas dimens es objetiva possibilitar a an lise dos fatores end genos realizada mais adiante na tese 107 Quadro 3 10 Dimens o Planejamento de PD amp l finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica Descri o Propor normas e mecanismos relativos a neg cios propriedade intelectual seguran a da informa o e a legisla o de inova o tecnol gica Gerir a propriedade intelectual seguran a da informa o e implementa o da legisla o do processo de inova o e a obten o de licen as e registros Desenvolver estrat gias e modelos de intera o p blico privada para maximizar o processo de inova o Coordenar a estrutura o de estrat gias de TT e organiza o das informa es monitorando o mercado tecnol gico e levantando demandas por conhecimentos tecnologias e a es de TT Legenda Finalidade E Conex o E 108 Quadro 3 10 Dimens o Planejamento de
174. 2010 Crestana 2010 Salles Filho et al 2012 Bin et al 2013 Gianoni 2013 e Salles Filho e Bin 2014 Em s ntese tais estudos apresentam que a abordagem de sistema de inova o pressup e a participa o de diversos atores no processo inovativo para garantir a inser o da inova o no mercado 5 5 3 Nuvem de palavras s ntese visual dos assuntos abordados Objetivando ter uma visualiza o gr fica dos principais assuntos abordados nas entrevistas sem a pretens o de ser exaustiva foi elaborada um nuvem de palavras a partir dos conte dos deste cap tulo Para a gera o da nuvem foi utilizada a ferramenta Worditout com a ajuda de especialistas em tecnologia da informa o O desenho auxilia a visualizar o n mero de ocorr ncias das palavras neste cap tulo sendo que o tamanho da palavra corresponde quantidade de sua ocorr ncia no texto 326 A Figura 5 4 apresenta a referida nuvem de palavras planejamento estrat gico propriedade intelectual ai a parceria p blico privada em inova o cadeias produtivas rumo a Inova o burocracia organizacional processo de produ o transversal agricultor Pr agricultura do futuro fatores condicionantes reposicionamento revigorar SNPA produtor rural sistema informa o pesquisador transfer ncia de tecnologia internet gest o conhecimento E tecnologia condicionantes C amp T P amp D sistema de intelig ncia modelo mental a di
175. 3 1 Parceria p blico privada Embrapa e Monsanto 130 Box 3 2 Parceria p blico privada Embrapa e Produtores de Semente 132 Box 3 3 Parceria p blico privada Embrapa e empresa incubada 133 xxiii Ageitec Agritempo Alice ARS ATER BDPA CGI CIP Coodetec Consepa CPqD CTC DPD DTT EFITA Embrapa Fortec IAPAR IBGE ICTs Infoteca e INPI IPP LPC MAPA MDA LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica Sistema de Monitoramento Agrometeorol gico Acesso Livre Informa o Cient fica da Embrapa Agricultural Research Service Assist ncia T cnica e Extens o Rural Bases de Dados da Pesquisa Agropecu ria Comit Gestor da Internet no Brasil Classifica o Internacional de Patentes Cooperativa Central de Pesquisa Agropecu ria Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunica es Centro de Tecnologia Canavieira Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Departamento de Transfer ncia de Tecnologia European Federation Information Technologies in Agriculture Food and Environment Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria F rum Nacional de Gestores de Inova o e Transfer ncia de Tecnologia Instituto Agron mico do Paran Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Institui es de Ci ncia e Tecnologia Informa o Tecnol gica em Agricultura Instituto Nacional de Propriedade Indu
176. 6 tecnologias padronizadas adotadas pela comunidade cient fica mundial sendo interoper vel com os demais sistemas de acesso aberto integrando uma rede global de informa o cient fica O p blico alvo do conte do do Alice a comunidade cient fica Al m da disponibiliza o gratuita na internet de obras de produ o t cnico cient fica a Embrapa tamb m comercializada livros por meio de sua Livraria Virtual Desenvolvimento de Tecnologias e Produtos Nesta categoria encontram se software servi os de informa o Web banco de dados disponibiliza o de imagem de sat lite e mapas agroclimatol gicos O cap tulo seguinte apresenta mais detalhadamente estas solu es em tecnologias da informa o Por ora cabe mencionar que a Embrapa tamb m difunde servi os web Um dos exemplos a Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica Ageitec Figura 3 15 EMBRAPA 20149 i Ag ncia Emb d ageltec orse Tecnol gica E O que S o 8 W Tweet 31 fin Share 2 812 105 Acessar a informa o nt a Tenha a Ag ncia Novidades da Ag ncia omnes TenhaaAg ncia SR Equipe Coordenadora f e Informa o AGEITEC Tecnol gica no seu site pin gt rvores mais recentes Cultivos rvore do Conhecimento do Eucalipto ES e Arvore do Conhecimento da Uva de Mesa Cria es e Arvore do Conhecimento do Frango de Corte Tem ti e Arvore do Conhecimento da Soja em ticas e rvore do
177. 7 Condicionantes Condicionantes End genos Ex genos institucional ou drives de mudan a organizacional abrange vis o de da agricultura futuro processo de produ o Embrapa aspectos jur dicos comunica o institutional e E mercadol gica e gest o de pessoas Sistema nacional de inova o na agricultura envolve os sistemas de pesquisa e ensino as institui es intermedi rias e as organiza es da agricultura pesquisa desenvolvimento e inova o PD amp l transfer ncia de tecnologia perspectiva futura perspectiva tututa Figura 5 1 Condicionantes end genos e ex genos e Embrapa para transfer ncia de tecnologia dimens es de an lise Fonte elabora o pr pria com base na literatura pol ticas da Embrapa e fontes citadas no texto Na sequ ncia apresentado o relato das entrevistas para posterior an lise de seu conte do luz do marco te rico aportado na tese 5 1 Condicionantes ex genos Embrapa Os fatores condicionantes ex genos Embrapa para a transfer ncia de tecnologia foram analisados nas perspectivas temporais presente e futura nas seguintes dimens es i drives de mudan a da agricultura ii sistema nacional de inova o na agricultura iii perspectiva futura A seguir relata se a perspectiva dos entrevistados sobre os condicionantes externos Embrapa que repercutem internamente em suas a es de transfer ncia de tecnologia 188 5 1
178. 7 Macrotemas chave para pesquisa desenvolvimento e inova o PD amp l segundo a l gica de cadeia produtiva agropecu ria Fonte Embrapa 2014a p 71 Para promover a gest o de a es de pesquisa desenvolvimento e inova o no mbito do Sistema Embrapa de Gest o SEG a Embrapa se organiza por meio de seis carteiras de projetos denominadas de Macroprogramas O Sistema Embrapa de Gest o SEG desde 2012 passa por ajustes para promover a evolu o do modelo de gest o de PD amp lI da empresa Dentre eles destacam se dar maior nfase em projetos em rede praticar o conceito de rede de projetos na forma de portf lios corporativos e arranjos Os Macroprogramas organizam a programa o em n veis de complexidade dos projetos e focos preferenciais Os 2 O Sistema Embrapa de Gest o para a programa o de pesquisa entre 2012 e 2016 lan ou quatorze chamadas para sele o de novos projetos As chamadas de contemplaram aten o especial para Plano ABC Agricultura de Baixa Emiss o de Carbono Criatividade e Inova o Melhoramento Gen tico Finaliza o de Tecnologias Transfer ncia de Tecnologias Desenvolvimento Institucional al m de linhas tem ticas como Biomassa e Energia Inova es para a Economia Verde Sistemas de Produ o Sustent veis e Seguran a Biol gica EMBRAPA 2013a 93 portf lios por sua vez s o um instrumento de apoio gerencial para organizar projetos afins segundo uma vis o tem
179. 9 DIMENS O Sistema nacional de inova o para agricultura A literatura apresenta uma discuss o sobre o modelo linear de inova o indu o pela demanda versus impulso pela tecnologia Em contraposi o ao modelo linear foi proposto o sistema de inova o que assume a premissa que a inova o depende tanto do desempenho individual dos atores como das intera es entre todos eles Como o Sr a v e se posiciona diante desta literatura Qual a experi ncia de Portugal quanto ao modelo linear de inova o e ou o sistema de inova o no setor agr cola Como o Sr a v esta quest o do sistema nacional de inova o SNI para agricultura poss vel falar sobre um SNI para a agricultura Caso positivo quais os elementos caracterizam um SNI para agricultura Para o Sr a o que um SNI para agricultura num pa s como o Brasil DIMENS O aspectos gerais Gest o da Inova o e da Transfer ncia de tecnologia Aspectos gerais para o pa s Na literatura h uma discuss o sobre a diferen a conceitual entre difus o aprendizagem para uso da tecnologia e transfer ncia de tecnologia incorpora o do conhecimento e adapta o tecnol gica pelo usu rio Godinho 2003 apresenta que para os pa ses mais distantes da fronteira tecnol gica s o relevantes os processos de difus o pois por meio da absor o da observa o das melhores pr ticas e sua reprodu o que estes pa ses e suas organiza es locais v
180. 99 o custo e os aspectos de infraestrutura n o foram observados como uma restri o limita o dominante Para Gelb 2012 2013 as quest es de infraestrutura parecem ter sido resolvidas em grande parte no contexto mais amplo de servi os de comunica o tanto regionais como nacionais para a realidade europeia e norte americana Um exemplo nesse sentido refere se infraestrutura de comunica o e de acesso internet dos Estados Unidade tamb m acompanhada pelo uso e propriedade de computadores por seus agricultores Como evidencia a Figura 4 3 de 2003 at 2013 ambos t m crescido alcan ando 70 de acesso a computador e mais de 65 de acesso internet em 2013 O uso nos neg cios agr colas tamb m tem aumentado ao longo deste per odo que saltou de 30 para 40 A realidade brasileira no entanto muito muito diferente Como se ver mais adiante neste cap tulo na agricultura o Brasil vive uma situa o de indig ncia tecnol gica no que tange ao acesso a computador e internet Computer Access Ownor Lease m2007 2009 2011 m2013 Used for Farm Business gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt gt o ni m2005 E D 5 D gt w p 30 40 50 60 70 80 90 Percent of Farms o Y Figura 4 3 Acesso a internet uso e propriedade de computadores pela agricultura norte america
181. AL 2011 A oferta de aplica es de TI para a agricultura foi objeto de estudo de Mendes et al 2011 O trabalho analisa o mercado brasileiro de software agr cola com a identifica o dos produtos de software dispon veis os agentes desenvolvedores com foco em empresas privadas e em unidades de pesquisa da Embrapa Foram mapeadas 162 empresas privadas desenvolvedoras e ou distribuidoras e seus 402 produtos de software Dentre as unidades da Embrapa 19 desenvolveram 68 produtos de software agr cola Neste trabalho as aplica es de TI foram categorizadas em i administra o gerenciamento ii manejo animal iii cultivo vegetal e iv controle de processo e ou de atividades rurais Dentro das categorias os produtos de software foram subdivididos em reas de aplica o considerando as caracter sticas finalidades e fun es A Tabela 4 3 apresenta o percentual de distribui o dos 402 softwares desenvolvidos por empresas privadas Tabela 4 3 Percentual de software ofertado para a agricultura desenvolvido por empresas privadas segundo as categorias propostas do total de respostas em Categorias MS rela o s categorias Administra o Gerenciamento 41 Manejo animal 20 Cultivo vegetal 14 Controle de processo e ou de atividades rurais 25 Total 100 Fonte Mendes et al 2011 p 86 No que tange s aplica es existentes nota se elevado percentual de produtos na categoria administra o gerenciamento 41
182. Agricultura Tese doutorado Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas Campinas 1998 SALLES FILHO S L M AVILA A F ALONSO J E O S Colugnati Fernando A B M Multidimensional assessment of techonology and innovation programs the impact evaluation of INCAGRO Per Research Evaluation Volume 19 Number 5 December 2010 p 361 372 12 SALLES FILHO S L M BIN A Reflex es sobre os rumos da pesquisa agr cola In In BUAINAIN A M ALVES E SILVEIRA J M da NAVARRO Z ed t cnicos O mundo rural no Brasil do s culo 21 a forma o de um novo padr o agr rio e agr cola Bras lia DF Embrapa 2014 SALLES FILHO S L M GIANONI C MENDES P J Gu a metodol gica para el diagn stico de Sistemas Nacionales de Innovaci n Agroalimentaria en Am rica Latina y el Caribe Instituto Interamericano de Cooperaci n para la Agricultura lICA San Jos 2012 SANTOS M J P Considera es iniciais sobre a prote o jur dica das bases de dados In Direito amp internet Aspectos Jur dicos Relevantes DE LLUCA N SIM O FILHO A Bauru Edipro 2000 360 S O PAULO Estado Secretaria de Agricultura e Abastecimento Coordenadoria de Assist ncia T cnica Integral LUPA 2007 2008 Instituto de Economia Agr cola Dispon vel em lt http Anww cati sp gov br projetolupa gt Acesso em 16 jul 2013 SBICCA A PELAEZ V Sistemas de inova o In PELAEZ V SZMRECS NYI T O
183. Aqui cabe uma distin o conceitual da inova o radical e da incremental A primeira um processo de desenvolvimento e introdu o de novo produto processo ou forma de organiza o da produ o e pressup e uma ruptura estrutural com o padr o tecnol gico anterior Por seu turno a inova o incremental caracteriza se pela melhoria introduzida num produto processo ou organiza o da produ o dentro de uma empresa sem que ocorra qualquer altera o na estrutura industrial LEMOS 2000 26 A destrui o criadora analisa como o capitalismo administra as estruturas existentes e principalmente como ele cria e destr i tais estruturas As mudan as t cnicas passam por saltos descont nuos e desequilibrados ocasionados pelo empurr o tecnol gico e funcionando como for as que impulsionam o desenvolvimento As mudan as t cnicas acontecem porque a atividade econ mica apresenta movimentos c clicos em que o processo de desenvolvimento n o ocorre de forma linear e cont nua mas sim por interm dio de interrup es que v o alternar situa es de crescimento e de depress o IGLIORI 2002 A partir da teoriza o de Schumpeter 1942 surgiu a abordagem neo schumpeteriana que identifica na atividade inovadora da firma o elemento central de an lise do progresso t cnico Tal abordagem emergiu no contexto do debate quanto capacita o tecnol gica das na es mais industrializadas a partir de meados da d cada d
184. Conhecimento do Tomate A EnS e rvore do Conhecimento Territ rio Mata Sul 3 Milho Safrinha gt Em destaque puus S Figura 3 15 P gina inicial da Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica Por meio deste servi o web a Embrapa permite o acesso informa o tecnol gica e ao conhecimento gerado n o apenas pela empresa mas tamb m por outras institui es de pesquisa e de ensino A Ag ncia disponibiliza obras intelectuais que versam sobre a tem tica espec fica seja um artigo um v deo ou um livro Os assuntos abordados s o de tr s categorias Sobre a cultivo vegetal como a a batata e feij o b manejo animal 33 Dispon vel em http vendasliv sct embrapa br liv4 principal do metodo iniciar 4 Dispon vel em http www agencia cnptia embrapa br 137 como ovinos de corte e su nos c tem ticos como bioma Cerrado e sistema de plantio direto Conforme esclarecem Souza et al 2009 os conte dos das diversas Ag ncias de Informa o s o constitu dos de hipertextos elaborados por especialista a partir de informa es tecnologias e conhecimentos dispon veis nas institui es p blicas de pesquisa e de ensino Esses conte dos s o redigidos em linguagem simples e objetiva contendo ilustra es como figuras gr ficos e fotografias Os hipertextos s o complementados por informa es que visam a ampliar a compreens o do conte do descrito na forma de recursos eletr nicos na ntegra como v de
185. E M A de A MOURA M F Os novos desafios e oportunidades as tecnologias da informa o e comunica o na agricultura AgroTIC In MASSRUH S M F S LEITE M A de A LUCHIARI Jr A ROMANI L A dos S ed t cnicos Tecnologias da Informa o e Comunica o e suas rela es com a agricultura Embrapa Bras lia 2014 MASSRUH S M F S SOUZA K X S de LEITE M A de A MOURA M F SARAIVA A M Tend ncias e perspectivas da Tecnologia da Informa o aplica o agricultura In MENDES C I C OLIVEIRA D R M S SANTOS A R org Estudo do Mercado Brasileiro de Software para o Agroneg cio Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2011 184 p 357 MEDRADO A R Da prote o jur dica s bases de dados In O Direito e a internet ROCHA FILHO V de O BARRETO A C H coordena o Rio de Janeiro forense Universit ria 2002 MELLO N T C NOGUEIRA E A GENNARI M de TOLEDO Y M JOHNSON B B Demandas Tecnol gicas na Agropecu ria Paulista Contribui o ao Debate Secretaria da Agricultura e Abastecimento Conselho Superior de Pesquisa Agropecu ria Imprensa Oficial 28p 1999 MENDES C I C Software livre e inova o tecnol gica uma an lise sob a perspectiva da propriedade intelectual Disserta o mestrado em Desenvolvimento Econ mico Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas 2006 297p MENDES C l C BUAINAIN A M Transfer ncia de
186. E conhecimento mas n o tem em transfer ncia de tecnologia i E Falta de converg ncia de uma vis o sist mica dos diferentes atores nos processos de PD amp l e TT Er a E 9 H Car ncia de pessoas especializadas para trabalhar com TT E Falta pol tica de valoriza o dos profissionais de transfer ncia de tecnologia o pode levar evas o um busca de trabalho mais nobre o 8 z E 4 Faltam parcerias da Embrapa com redes e programas de TV meios 9 0 de comunica o em massa que t m uma capilaridade imensa Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 2 4 Perspectiva futura Esta se o relata as proposi es dos entrevistados para melhorar o processo de transfer ncia de tecnologia da Embrapa considerando uma perspectiva futura num horizonte de 10 anos Uma quest o de fundo foi apresentada a necessidade de se substituir o conceito de TT pelo de inova o O conceito convencional de TT de modelo unidirecional que tem de um lado a fonte desenvolvedora da tecnologia e de outro o receptor e quase um consenso de que a Embrapa precisa incorporar em sua estrutura e em suas a es o conceito de inova o A inova o entendida como sendo a incorpora o do 254 conhecimento e da tecnologia ao sistema produtivo pressupondo o trabalho numa cadeia produtiva enorme que parte da rota tecnol gica e chega ao mercado com v rios agentes p blicos e privados a
187. Final que Incorpora os Resultados da Rodada Uruguai de Negocia es Comerciais Multilaterais do GATT Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 decreto antigos d1355 hntm gt Acesso em 4 out 2018 BRASIL Lei no 10 973 02 de dezembro de 2004 Lei de Inova o Dispon vel em lt http Awww planalto gov br ccivil 03 ato2004 2006 2004 Lei L10 973 htm gt Acesso em 23 maio 2018 BRASIL Lei no 8 171 de 17 de janeiro de 1991 Lei de pol tica agr cola Dispon vel em lt http Avww planalto gov br ccivil 03 leis L8171 htm gt Acesso em 19 nov 2012 BRASIL Lei no 9 456 de 25 de abril de 1997 Lei de Prote o de Cultivares Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 leis 9456 htm gt Acesso em 6 maio de 2018 BUAINAIN A M SOUZA FILHO H M de SILVEIRA J M da Inova o tecnol gica na agricultura e a agricultura familiar In LIMA D M de A WILKINSON J Org Inova es nas Tradi es da Agricultura Familiar Bras lia CNPq 2002 p 47 81 BUAINAIN A M coord Tecnologias de Gest o e Agricultura Familiar In Agricultura Familiar e Inova o Tecnol gica no Brasil caracter sticas desafios e obst culos Campinas SP Editora da Unicamp 2007 348 BUAINAIN A M ALVES E SILVEIRA J M NAVARRO Z Sete teses sobre o mundo rural brasileiro Revista de Pol tica Agr cola Ano XXII no 2 Abr Maio Jun 2013 p 105 121 BUAINAIN A M NAVARRO
188. Mansfield 1961 David 1969 Davies 1979 Paiva 1971 Hayami e Ruttan 1988 avan aram nas an lises em busca de uma melhor compreens o sobre o processo de inova o Estes trabalhos tratavam a inova o como ex gena ao sistema econ mico A abordagem neo schumpeteriana desenvolvida por autores como Rosenberg 1979 Dosi 1982 Nelson e Winter 2005 e Freeman 1984 rompeu com este entendimento e passou a analisar a inova o como sendo end gena 47 O Quadro 2 4 resume os estudos de modelos de difus o tecnol gica Quadro 2 4 Gera es dos primeiros modelos de difus o tecnol gica Modelos Epidemiol gicos anos 1950 e 1960 Autor Objetivo do estudo Condicionantes Griliches 1957 Foi o 1 autor a introduzir o estudo da difus o Descrever o processo de difus o da ado o de novas variedades de milho h brido nos Estados Unidos usando Vincula o entre a taxa de ado o e a rentabilidade tecnol gica na teoria modelo epidemiol gico da inova o econ mica tecnol gica Mansfield 1961 Mostrar que a propor o de empresas Risco do Aperfei oou e completou o que usam uma nova tecnologia uma adotante modelo epidemiol gico boa estimativa da experi ncia Novidade da propondo teoria mais completa do comportamento log stico que cresce em ritmo lento e depois acelera Autor acumulada e da informa o de que disp em Quanto mais informa o e experi ncia
189. NA Ca UNICAMP C SSIA ISABEL COSTA MENDES TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA DA EMBRAPA RUMO INOVA O Campinas 2015 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ECONOMIA C SSIA ISABEL COSTA MENDES Transfer ncia de Tecnologia da Embrapa Rumo Inova o Prof Dr Ant nio M rcio Buainain orientador Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o em Desenvolvimento Econ mico rea de concentra o Desenvolvimento Econ mico Espa o e Meio Ambiente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas para obten o do t tulo de Doutora em Desenvolvimento Econ mico rea de concentra o Desenvolvimento Econ mico Espa o e Meio Ambiente ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE VERS O FINAL DA TESE DEFENDIDA PELA ALUNA C SSIA ISABEL COSTA MENDES E ORIENTADA PELO PROF DR ANT NIO M RCIO BUAINAIN CAMPINAS 2015 Ficha catalogr fica Universidade Estadual de Campinas Biblioteca do Instituto de Economia Mirian Clavico Alves CRB 8 8708 Mendes C ssia Isabel Costa 1970 Transfer ncia de tecnologia da Embrapa rumo inova o C ssia Isabel Costa Mendes Campinas SP s n 2015 Orientador Ant nio M rcio Buainain Tese doutorado Universidade Estadual de Campinas Instituto de Economia 1 Inova es tecnol gicas 2 Agricultura 3 Transfer ncia de tecnologia Buainain Ant nio M rcio 1954 Il Universidade Estadual de Campinas Institut
190. O cap tulo atende ao objetivo espec fico 4 e parcialmente ao 5 quais sejam Objetivo espec fico 4 Analisar quais s o as especificidades da transfer ncia de tecnologias da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria Objetivo espec fico 5 Identificar e analisar os fatores condicionantes end genos e ex genos Embrapa e suas implica es para a transfer ncia de tecnologias com sustenta o te rica emp rica alinhando a literatura com as pr ticas institucionais da empresa O cap tulo estrutura se em 5 se es A primeira e a segunda e a se es relatam as falas dos especialistas sobre os fatores ex genos e end genos Embrapa que contribuem ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias A terceira exp e as especificidades dos condicionantes vinculados transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o para a agricultura A quarta retrata as opini es de especialistas internacionais consultados sobre o tema estudado E a ltima se o apresenta as an lises das entrevistas e o cruzamento da literatura A Figura 5 1 relaciona as dimens es de an lise dos grupos condicionantes e para cada um foi inclu da a perspectiva futura As entrevistas foram gravadas transcritas e seus conte dos categorizados conforme as mencionadas dimens es de an lise Figura 5 1 Recorreu se s aspas e ao it lico para transcrever as opini es e s retic ncias para mencionar apenas um trecho das falas 18
191. P amp D agr cola precisam se preparar para fazer reflex o e an lise poss veis cen rios futuros tend ncias riscos e oportunidades em espa o de tempo menor do que a periodicidade do PDE Um aspecto cr tico apontado foi que apesar do momento de planejamento estrat gico ser bom para reflex o e an lise ele nunca foi usado na Embrapa para consolidar a vis o e para empoderar os gestores na orienta o e norteamento Nesse sentido um dos entrevistados citou um exemplo de planejamento estrat gico n o espor dico o adotado pelo Agricultural Research Service ARS dos Estados Unidos O ARS trabalha de duas formas em seu planejamento estrat gico O planejamento de m dio prazo cobre o per odo de 5 anos e busca direcionar as pesquisas b sicas e atender s demandas governamentais principalmente em seguran a biol gica e alimentar J o planejamento anual elaborado com a participa o de agentes do governo da agroind stria produtores rurais e agentes de diversas cadeias produtivas tem como objetivo alinhar os projetos do ARS para o atendimento de demandas espec ficas destes agentes com solu es a curto prazo que o que o usu rio necessita Segundo o entrevistado esta forma de planejamento estrat gico impacta a rea de transfer ncia de tecnologia pois ela passa a ter outras fun es uma vez que n o precisar mais buscar usu rios para as tecnologias j desenvolvidas pois esses j ser o parceiros n
192. PD amp l finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o Descri o Identificar a demanda dos parceiros e clientes por servi os e produtos de informa o que podem ser viabilizados pela Embrapa DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI SCT 670 Subsidiar a Diretoria Executiva quanto ao modelo de gest o de PD amp II Gerir os macroprogramas de PD amp l Promover intera es e relacionamentos institucionais para ampliar a atua o da Embrapa e fortalecer sua marca Contribuir para o alinhamento entre as prioridades da Embrapa e as necessidades da sociedade do Governo e do mercado de tecnologias Promover a es de integra o das pol ticas de PD amp l comunica o e inova o tecnol gica da empresa Legenda Finalidade E 109 Conex o Es Quadro 3 10 Dimens o Planejamento de PD amp l finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o Descri o DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI SCT Com Contribuir para estabelecer conex es entre a pol tica de PD amp l da Embrapa e as pol ticas p blicas de C amp T amp l Coordenar a intera o entre agentes internos e externos Embrapa no processo de articula o alinhamento coleta organiza o e an lise de informa es para delineamento de
193. Quadro 2 6 N veis de assimila o da transfer ncia de tecnologia N veis de Descri o transfer ncia Operacional n vel b sico Capacidade de gerenciar o operar instala es de produ o projetadas e constru das por agente externo Duplicativo n vel Capacidade de expandir a produ o sem ajuda de agente intermedi rio externo Adaptativo independ ncia Capacidade de adaptar o projeto do produto e fazer a tecnol gica reengenharia do processo de produ o Inovativo projeto Capacidade para desenvolver um sistema de pr xima avan ado gera o Fonte adaptado de Stewart 1990 14 O desenvolvimento da capacidade nativa uma atividade p s transfer ncia de tecnologia quando o Pa s j pode prescindir da transfer ncia 54 Para Zhao e Reisman 1991 a incorpora o do conhecimento o elemento essencial do processo de TT Em raz o disso estes autores conceituam transfer ncia de tecnologia como sendo o processo pelo qual C amp T s o definidas pela atividade humana em que o conhecimento racional e sistem tico desenvolvido por um grupo ou institui o incorporado por outro Para estes autores a fun o da TT atuar como o principal agente de crescimento econ mico corroborando com a afirmativa de Hayami e Ruttan 1988 quanto ao papel da tecnologia para promover o desenvolvimento agr cola Whitney e Leshner 2004 apresentam a transfer ncia de tecnologia como sendo o compartilh
194. Quadro 4 5 Ativos de propriedade intelectual da Embrapa Inform tica Agropecu ria protegidos e ou licenciados continua o Instrumento Descri o M todo para sugest o de mutantes que aumentem o ndice Patentes de hidrofobicidade da superf cie de prote nas de Inibidores das enzimas poligalacturonases de fungos inven o fitopatog nicos Inibidores das enzimas alfa amilases de insetos f Ainfo Licen a Sisla de Uso l Hipervisual Licen a com royalties Gestor de conte do da Ag ncia de Informa o Embrapa incuba o de empresas Fonte Embrapa Inform tica Agropecu ria 2013 4 5 Considera es finais do cap tulo Como foi apresentado no cap tulo h ainda um longo percurso pela frente no que diz respeito ado o de TI na agricultura brasileira Para Zambalde et al 2011 o Brasil necessita evoluir muito em dire o da ado o e uso de tecnologias da informa o no setor agr cola o que passa tamb m pelo enfrentamento de quest es culturais sociais e econ micas Por parte dos institutos de pesquisa necess ria a inclus o desde a concep o dos projetos de PD amp l das demandas e caracter sticas do sistema produtivo ao qual a TI aplicada e pela necess ria adequa o dos modelos de inova o e de transfer ncia de tecnologia visando que os resultados da pesquisa sejam introduzidos ao ambiente produtivo agr cola como novos produtos processos e ou servi
195. R de A SOUZA G da S GOMES E G org A Contribui o da Embrapa para o Desenvolvimento da Agricultura Brasileira Bras lia DF Embrapa 2018 ALVES E R Nosso problema de difus o de tecnologia Revista de Pol tica Agr cola Ano XXI no 1 Jan Fev Mar 2012 ALVES E R PASTORE J Os limites da extens o rural na moderniza o da agricultura 22 jul 2013 Mimeo ARNOLD E BELL M Some new ideas about research for development In Ministry of Foreign Affairs Danida Partnerships at the leading edge A Danish view for knowledge research and development Report of the Commission on Development Related Research Funded by Danida Copenhagen 2001 ASSAFIM H M de L A Transfer ncia de Tecnologia no Brasil Aspectos Contratuais e Concorrenciais da Propriedade Industrial Rio de Janeiro Editora Lumen Juris 2010 ATRASAS A L SACOMANO J B LORENZO H C de Redes de empresas transfer ncia de tecnologia para o agroneg cio o caso Embrapa FACEF Pesquisa Desenvolvimento e Gest o V 15 n 1 p 21 33 jan fev mar abr 2012 BANCO MUNDIAL Enhancing Agricultural Innovation How to Go Beyond the Strengthening of Research Systems 2006 Dispon vel em lt https openknowledge worldbank org handle 10986 7184 gt Acesso em 19 nov 2012 BARANSON J Tecnologia e as multinacionais estrat gias da empresa num economia mundial em transforma o Rio de Janeiro Zahar 1980 BARBIERE J C Produ o e tr
196. RSTAJN D Coordena o e governan a de sistemas agroindustriais In BUAINAIN A M ALVES E SILVEIRA J M da NAVARRO Z ed t cnicos O mundo rural no Brasil do s culo 21 a forma o de um novo padr o agr rio e agr cola Bras lia DF Embrapa 2014 363 AP NDICES Ap ndice I Perfil dos Especialistas Entrevistados A amostra n o probabil stica e intencional dos especialistas entrevistados foi definida considerando o perfil de cada um principalmente em rela o aos seus trabalhos e pesquisas em temas relacionados Ci ncia Tecnologia e Inova o Sistema Nacional de Inova o na Agricultura em processos de transfer ncia de tecnologia agr cola e em aplica o de tecnologia da informa o na agricultura no mbito de sistemas produtivos A seguir s o expostas informa es de seus perfis Institui es de origem dos especialistas entrevistados Setor P blico de Pesquisa Agr cola Unidades de Pesquisa da Embrapa Centros de Temas B sicos Embrapa Inform tica Agropecu ria Embrapa Agroind stria Tropical Embrapa Instrumenta o Agropecu ria e Embrapa Monitoramento por Sat lite Centros ecorregionais Embrapa Amaz nia Oriental Embrapa Acre Centro de produto Embrapa Su nos e Aves Unidades Centrais da Embrapa Presid ncia PR Diretoria Executiva de Transfer ncia de Tecnologia DE TT Gabinete do Presidente GPR Departamento de Transfer ncia de Tecnologia DTT Secretaria de Neg
197. TIC ir o empoderar redes multifacetadas distribu das para al m de limites geogr ficos influenciando a es em mbito global Essas mudan as ter o influ ncias sobre os sistemas agroalimentar e agroindustrial no futuro em especial sobre as na es provedoras de produtos das cadeias produtivas agropecu rias inseridas nos din micos mercados internacionais como o caso do Brasil 64 Quadro 2 9 For as motrizes para o sistema agroalimentar e agroindustrial horizonte 2014 2034 continua o y Pol ticas p blicas para a agricultura e alimenta o A sociedade ganha consci ncia de que as organiza es de pesquisa e inova o t m poder de propor ou de aperfei oar pol ticas p blicas As organiza es de pesquisa e inova o tendem a ser cada vez mais mobilizadas para esse desafio assumindo posturas mais propositivas Elas ser o pressionadas a desempenhar a fun o de contribuir com informa es qualificadas para a melhoria das decis es Ordenamento territorial e planejamento da expans o sustent vel da produ o O novo c digo florestal brasileiro aponta para a necessidade de a produ o agropecu ria orientar se progressivamente de acordo com uma vis o moderna e sustent vel de expans o da capacidade produtiva do Pa s O Brasil precisar construir um arcabou o de pol ticas p blicas e estrat gias inovadoras de ordenamento territorial e de planejamento do uso sustent vel da sua ric
198. TINI E ANDRADE R P de A experi ncia da Embrapa em parcerias p blico privada In TEIXEIRA E C PROTIL R M LIMA A L R ed A contribui o da ci ncia e da tecnologia para o desenvolvimento do agroneg cio Visconde do Rio Branco Suprema 2013 655p CONVEN O de Berna relativa prote o das obras liter rias e art sticas Revis o de Paris de 24 jul 1971 CRESTANA S Consolida o do Sistema Nacional de Ci ncia Tecnologia e Inova o SNCTI O Brasil na nova geografia global Parcerias Estrat gicas Bras lia DF v 15 no 31 p 283 294 jul dez 2010 CRESTANA S FRAGALE E P A trilha da quinta pot ncia um primeiro ensaio sobre ci ncia e inova o agricultura e instrumenta o agropecu rias brasileiras Revista Eixo N 1 v 1 jan jun 2012 CRESTANA S SOUZA S F de Agricultura tropical no Brasil Cap tulo 1 In ALBUQUERQUE A C S SILVA A G da editores t cnicos Agricultura tropical quatro d cadas de inova es tecnol gicas institucionais e pol ticas Bras lia DF Embrapa Informa o Tecnol gica 2008 Volume 1 CRUVINEL P E ASSAD E D Estudo do mercado brasileiro de software para o agroneg cio cen rios prospec o e oportunidades In MENDES C l C OLIVEIRA D R M S SANTOS A R org Estudo do Mercado Brasileiro de Software para o Agroneg cio Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2011 184 p DAVID P Contribution to the Theory o
199. Tabela 4 1 H problemas com a ado o de TI na agricultura de SIM nas respostas 150 Tabela 4 2 Fatores limitantes do uso de TI pelos agricultores 150 Tabela 4 3 Percentual de software ofertado para a agricultura desenvolvido por empresas privadas segundo as categorias propostas 155 Tabela 4 4 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet no Brasil segundo IBGE para o ano de 2006 168 Tabela 4 5 Percentual de domic lios com computador e com internet no Brasil segundo CGI para o ano de 2012 169 Tabela 4 6 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet distribu dos por regi o do Brasil segundo dados do IBGE em 2006 170 Tabela 4 7 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet em rela o aos grupos de atividade econ mica no Brasil segundo dados do IBGE em 2006 171 Tabela 4 8 Percentual de estabelecimentos agropecu rios com computador e internet para o Brasil as macrorregi es para o ano de 2006 segundo dados 173 Tabela 4 9 Percentual de estabelecimentos agropecu rios com computador e internet segundo n vel de instru o do produtor para o Brasil as macrorregi es para o ano de 2006 segundo dados do IBGE 175 Tabela 4 10 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet no Brasil quanto condi o do produtor em rela o terra segundo o IBGE para 2006 177 LISTA DE BOX Box
200. a 329 governan a transversal da pesquisa Isso contribui para a falta de vis o integrada e de um modelo sist mico do processo de transfer ncia de tecnologia que promova a transversalidade e complementariedade de compet ncias entre as equipes envolvidas no processo causando fragmenta o operacional Existe uma fragilidade na intera o da Embrapa com agentes p blicos e privados em busca de converg ncia de capacidades Tais fatores externos e internos exigem da Embrapa uma redefini o de sua fun o no atual contexto agr cola brasileiro Preliminarmente compete assinalar um fato amplamente reconhecido na literatura o xito da agricultura nacional devido ao alto grau de inova o dos sistemas produtivos sustentado pela pesquisa e desenvolvimento realizados pelo Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria principalmente nas quatro ltimas d cadas Investigar fatores condicionantes para a transfer ncia de tecnologia da maior institui o p blica de pesquisa agr cola brasileira a Embrapa contribui para elucidar um pouco o entendimento sobre o que interfere para que os resultados da pesquisa cheguem aos seus destinat rios finais e se transformem em inova es Para orientar a leitura as conclus es s o esbo adas destacando se os seguintes pontos i a abordagem te rica do sistema de inova o na agricultura no mbito da transfer ncia de tecnologia agr cola ii a emaranhada teia dos fatores condicionantes interno
201. a es agr colas enquanto as pequenas enfrentam problemas relacionados a fatores sociais econ micos e t cnicos iii a falta de habilita o com rela o s pr ticas e ao uso de TI por parte de extensionistas rurais e pelas cooperativas rurais O ltimo Censo Agropecu rio tamb m evidencia alguns fatores limitantes de uso de TI no campo Os seus dados confirmam que no Brasil nos estabelecimentos agropecu rios h um baixo ndice de acesso a instrumentos que remetem ao uso de tecnologias da informa o sendo apenas 4 54 para computador e 1 87 de acesso internet IBGE 2006 309 Os dados do Censo ainda demonstraram que tanto o n vel de instru o como a condi o do produtor em rela o terra s o fatores que influenciam o acesso a computador e internet no estabelecimento agropecu rio Houve uma concentra o destes instrumentos nos estabelecimentos onde as pessoas que os dirigem t m maior grau de instru o segundo grau completo e ensino superior E igualmente concentra o entre aqueles que s o os propriet rios do estabelecimento IBGE 2006 Para Mendes Buainain e Fasiaben 2013 os dados do Censo refletem a indig ncia digital dos produtores rurais brasileiros no que tange ao acesso a computador e internet Para al m da realidade brasileira estudos comparados da Europa e dos Estados Unidos evidenciam que a ado o da TI no campo tem sido um problema permanente GELB 2012 2013 Debru aram se
202. a o de Apoio 12 1997 Nordeste e Centro Pesquisa do Corredor de Oeste Exporta o Norte Funda o Meridional Trigo 6 1999 SC PR SP e MS Triticale 1 1999 SC PR SP e MS Fonte Contini e Andrade 2013 p 585 A Embrapa mant m a P gina de Neg cios de Cultivares Figura 3 13 P gina de Neg cios d C ltivares Epa Produtos e Mercado A P gina de Neg cios de Cultivares foi criada pela Eml informa o pelo cliente interessado em adquirir la brapa Produtos e Mercado para facilitar o acesso tecnologias com a marca Embrapa Nesse ambiente poss vel encontrar a descri o resumida do produto visualizar sua imagem conhecer os pontos de comercializa o e ainda fazer o download de documentos que contenham informa es mais detalhadas sobre cada tecnologia Figura 3 13 P gina inicial do site Neg cios de Cultivares No site s o fornecidas as seguintes informa es ao cliente interessado em adquirir tecnologias com a marca Embrapa descri o do produto foto pontos de comercializa o e download com informa es detalhadas 129 Na sequ ncia detalhada a operacionaliza o de tr s parcerias p blico privadas para exemplificar o trajeto percorrido desde o desenvolvimento at a transfer ncia da tecnologia Quadro 3 19 Quadro 3 19 Parcerias p blico privadas com estrat gias variadas Parcerias Estrat gia Instrumentos Embrapa e coopera o Contrato de
203. a o elemento central de an lise do progresso t cnico que se reflete na capacita o tecnol gica das na es Entretanto em que pesem todos os avan os registrados na rea da C amp T tanto na esfera institucional com a presen a de institui es marcantes como o CNPq a Finep Fapesp e o pr prio MCTI para n o mencionar institutos de pesquisa de n vel internacional e universidades de destaque como o pr prio desenvolvimento da ci ncia na vis o dos especialistas consultados o Brasil carece de ver e conferir a import ncia devida C amp T como indutora de desenvolvimento econ mico e social Isso se reflete nas pol ticas p blicas em geral e nas de CT amp l em particular s quais falta orienta o clara e medidas pr ticas consistentes com a prioridade atribu da 312 nos planos e inten es para a inova o Esta dubiedade entre o discurso da prioridade inova o e a pr tica que marcada pela falta de orienta o clara e mecanismos concretos de a o tem desdobramentos na Embrapa que carece de vis o de futuro clara sempre buscando cumprir sua miss o mas que n o necessariamente refletem trajet rias sustent veis e desej veis No entanto a aus ncia de defini o e valoriza o da ci ncia como motor de desenvolvimento para o Brasil o caminho contr rio ao percorrido por pa ses que buscaram diminuir o hiato tecnol gico em rela o aos pa ses l deres ap s a Segunda Guerra Mundial a exemplo
204. a 2004 a prote o das novas variedades vegetais fomenta o desenvolvimento tecnol gico e econ mico do pa s na medida em que a obten o de novas cultivares protegidas contribui para o avan o da agricultura brasileira A prote o dos direitos de propriedade intelectual pode ser uma importante etapa preparat ria para o processo de transfer ncia de tecnologia A se o seguinte aborda os aspectos do processo de transfer ncia 2 6 O processo de transfer ncia tecnol gica Gomes e Atrasas 2005 abordam o processo de difus o e transfer ncia tecnol gica a partir do ponto de vista de um instituto de PD amp l agr cola Os autores explicam que este processo precisa envolver os participantes do setor agropecu rio Ele inicia se com a identifica o de uma demanda da agricultura brasileira que subsidiar o desenvolvimento de um projeto de P amp D por uma institui o de pesquisa Figura 2 9 4 PROSPEC O DE DEMANDA gt ED SEN A 4 A P S VENDA o DESENVOLVIMENTO VALIDA O TRANSFER NCIA Figura 2 9 Modelo do processo de difus o e transfer ncia tecnol gica Fonte Gomes e Atrasas 2005 74 Os resultados esperados s o produtos e ou processos competitivos que s o transferidos e ou difundidos por meios de algumas modalidades A ado o destes resultados de pesquisa produtos e ou processos pelo p blico demandante completa o ciclo da inova o Segundo Gomes e Atrasas
205. a em benef cio da sociedade brasileira A polariza o de vis es comum e tamb m dificulta a transfer ncia Raramente se considera e se avalia os instrumentos mecanismos e estrat gias em fun o de contextos e objetivos espec ficos O mais comum julgar o pr prio instrumento a parceria p blico privada serve ou n o serve boa ou ruim a propriedade intelectual em geral se aplica ou n o se aplica No entanto o que a experi ncia da pr pria empresa revela exatamente o contr rio por exemplo as parcerias p blico privadas d o resultados distintos algumas funcionaram outras n o preciso algum esfor o para compreender porque isto ocorre e a energia acaba despendida em acusar e ou defender O instrumento em quest o e n o em compreender os como e os porqu s de cada experi ncia Para entender por exemplo porque as parcerias entre a Embrapa Monsanto e Basf deram pelo menos aparentemente bons resultados e a parceira num passado recente com a Funda o Mato Grosso ficou comprometida pelo fato da Embrapa n o admitir a co titularidade dos materiais desenvolvidos com os parceiros privados naquela ocasi o E em rela o ao programa de incuba o de empresa via Proeta preciso entender porque ele n o teve o xito esperado Trata se de diferen as de contexto E se for assim quais s o os fatores determinantes Ou o desenho fino dos acordos n o foi apropriado e n o levou em conta os incentivos dos atores e
206. a para alcan ar o objetivo espec fico 3 Objetivo espec fico 3 Apresentar o surgimento e evolu o da tecnologia da informa o aplicada agricultura no Brasil e os fatores condicionantes para sua ado o no campo Dentre as solu es tecnol gicas geradas pela Embrapa por meio de suas unidades de pesquisa apresentadas no cap tulo 3 aqui fazemos um recorte tem tico e abordamos aquelas baseadas em tecnologias da informa o aplicadas agricultura Como exposto na justificativa cap tulo 1 devido amplitude e complexidade das solu es tecnol gicas geradas pela Embrapa cap tulo 3 faz se necess rio fazer um recorte para restringir a an lise e focar em algumas solu es As escolhidas foram as solu es em TI em decorr ncia de seu car ter transversal e pervasivo garantindo sua presen a em diversas solu es da Embrapa como em a produtos software obra multim dia website b processos metodologia por exemplo metodologia de processo de desenvolvimento de software c servi os servi os web informa o na internet consultoria em TI sistema de produ o informatizado treinamento e capacita o em TI d ativos de base tecnol gica banco de dados com conte dos de ativos de base tecnol gica tais como de solos de recursos naturais Na Embrapa as solu es em TI s o geradas prioritariamente mas n o de forma exclusiva por sua unidade tem tica denominada Embrapa Inform tica Agropecu
207. a Amaz nia Oriental E Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Hortali as Embrapa Arroz e Feij o A ara Embrapa Find rido Embrapa Soja aa e Embrapa Trigo Embr Embrapa Instrumenta o Embrapa Tabuleiros Agropecu ria Figura 4 7 Tela inicial do Diagnose Virtual 182 14 O Diagnose Virtual efetua o diagn stico de doen as de plantas via internet a fim de subsidiar agricultores agr nomos e t cnicos agr colas em suas decis es sobre o manejo de doen as O Sistema de Monitoramento Agrometeorol gico Agritempo disponibiliza na web informa es meteorol gicas e agrometeorol gicas de diversos munic pios e estados brasileiros Atualiza diariamente dados clim ticos temperaturas m xima e m nima e precipita o cria boletins agrometeorol gicos e balan o h drico gera mapas em tempo real para as vari veis dos boletins estiagem agr cola e climatol gica porcentagem de gua dispon vel no solo condi es de manejo de aplica o de defensivo e de colheita temperaturas di rias evapotranspira o potencial e real conforme Figura 4 8 EMBRAPA INFORM TICA AGROPECU RIA 2014 Em Destaque Monitoramento Agrometeorol gico da Regi o Sudeste Na ltima semana a regi o Sudeste registrou chuvas entre 0 e 60 mm por m em quase a sua totalidade as chuvas foram inferiores 25mm as exce es ocorreram aos arredores dos munic pios de Leopoldina Barbacena Ferros Jabotic
208. a a Tabela 4 10 predomina o acesso entre os propriet rios da terra Tanto o n vel de instru o como a condi o do produtor em rela o terra s o fatores que influenciam o acesso a computador e internet no estabelecimento agropecu rio Estes aspectos est o inseridos num grupo mais abrangente de fatores que impactam na decis o de agricultores em adotar n o adotar ou retardar a ado o de uma tecnologia Souza Filho et al 2011 agrupam tais fatores segundo a natureza das vari veis envolvidas a condi es socioecon micas e caracter sticas do produtor b 177 caracter sticas da produ o e da propriedade rural c caracter sticas da tecnologia d fatores sist micos Souza Filho et al 2011 detalham a an lise de tais fatores As condi es socioecon micas do produtor e de sua fam lia referem se s caracter sticas que podem ter papel de destaque na trajet ria da unidade de produ o tais como a experi ncia e a capacidade de obter e processar informa es a habilidade no uso de t cnicas agr colas e de m todos de gerenciamento mais sofisticados que podem contribuir para o sucesso do empreendimento No que concerne s caracter sticas da produ o verifica se qual o papel que a tecnologia exerce na determina o do desempenho econ mico financeiro do estabelecimento pois ela pode permitir elevar a produtividade do trabalho e criar elos a montante e a jusante Quanto caracter stica da tecnologia int
209. a base de recursos naturais v Redes sociais e transpar ncia radical Por meio das TICs identidades coletivas se aglutinam em redes sociais de m ltiplas naturezas e alcances As organiza es ser o pressionadas a sofisticar cada vez mais as suas rela es com a sociedade em uma poca de transpar ncia radical As press es para a conserva o de recursos naturais e as novas exig ncias quanto redu o do desmatamento para minimizar os efeitos dos gases de efeito estufa s o uma realidade O aumento da demanda por alimentos fibras e bioenergia exigir sofistica o tecnol gica para o uso mais eficiente dos recursos naturais gua solo biodiversidade e dos servi os ambientais reciclagem de res duos suprimento de gua qualidade da atmosfera necess rios produ o agropecu ria e florestal Y Mudan as clim ticas Amplia o do uso de tecnologias para reduzir as emiss es de gases de efeito estufa A principal a o centra no Plano Agricultura de Baixo Carbono ABC por meio da recupera o de pastagens degradadas integra o lavoura pecu ria floresta reflorestamento e plantio direto de qualidade uso da fixa o biol gica de nitrog nio e aproveitamento dos res duos s lidos 65 Quadro 2 9 For as motrizes para o sistema agroalimentar e agroindustrial horizonte 2014 2034 continua o ES See Um dos desafios cr ticos para agropecu ria mundial o movimento de organismos
210. a comercializa o ser o de titularidade exclusiva destes produtores O novo h brido de milho apto para comercializa o objeto de Contrato de Licenciamento das linhagens firmado entre a Embrapa e os produtores por 10 anos Fonte Embrapa 2012a 132 A estrat gia para transfer ncia de tecnologia utilizada pela Embrapa para obten o de novos h bridos a partir do cruzamento de suas linhagens parentais com as linhagens de programas de melhoramento de outras empresas uma forma da Embrapa repassar sociedade brasileira componente chave do programa de melhoramento de milho a linhagem numa forma de associa o p blico privada No segmento de milho no Brasil historicamente a iniciativa privada tem grande participa o no mercado A Embrapa desenvolve parcerias com empresas produtoras de sementes de milho de pequeno e m dio porte para que elas possam permanecer competitivas no mercado dominado por transnacionais e como forma de continuar ofertando e difundindo sementes desenvolvidas por ela A parceria tamb m tem por objetivo ganhar escala na produ o comercial da semente de milho o que poss vel com a participa o das empresas produtoras de semente Como mencionado no in cio do cap tulo a incuba o tamb m utilizada pela Embrapa para fomentar a cria o de novas empresas de base tecnol gica interessadas na comercializa o de tecnologias por ela geradas O Box 3 3 relata um caso desta natureza
211. a coordena o da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Embrapa e em conv nio com os Estados por meio das Organiza es Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Oepas o Distrito Federal os Territ rios os Munic pios entidades p blicas e privadas universidades cooperativas sindicatos funda es e associa es Diversos estudos como Arnold e Bell 2001 Roseboom 2004 Spielman 2005 Banco Mundial 2006 Mendes 2009 Chaves 2010 e Salles Filho et al 2012 buscam compreender e discutir a gera o a difus o e o uso dos conhecimentos advindos de atividades de pesquisa e desenvolvimento e o sistema de inova o na agricultura TA Embrapa como coordenadora institucional do SNPA tem encontrado dificuldades para coordenar o sistema apesar de seus esfor os Por um lado a Embrapa n o possui ferramentas operacionais e legais e regras adequadas necess rias para executar esse papel conforme apontam Mendes 2009 e Mendes Buainan e Fasiaben 2014b Por outro h uma heterogeneidade entre a Embrapa e as Oepas refletida em alguns percal os que acompanham estas ltimas Segundo os estudos de Albuquerque e Salles Filho 1998 e CGEE 2006 as limita es das Oepas referem se a restri o financeira evas o de pessoal qualificado desatualiza o da infraestrutura perda da competitividade institucional e pouca ader ncia de seus projetos din mica do mercado 34 O estudo realizado pelo Banco Mundial
212. a de um programa de transi o e uma passagem entre as duas gera es o que pode ocasionar um v cuo de estoque de conhecimentos na empresa Para outro entrevistado n o houve uma transi o entre a Embrapa do passado da gera o pioneira e a Embrapa atual dos novos pesquisadores Al m dessa preocupa o foi acrescentado outro fator ligado contrata o de quase 2 3 de pesquisadores nos ltimos dez anos uma parcela deles apresenta um perfil mais acad mico com tra os caracter sticos de universidade voltados para o trabalho individual mais competitivo e foco em produ o cient fica A predomin ncia da cultura da universidade em parte dos novos empregados deve se ao fato de que a Embrapa passou a contratar pesquisadores que j possu am titula o de doutor e de mestre em alguns casos e isso refletiu no n o aculturamento nos valores da empresa 237 O sistema de avalia o individual valoriza a produ o t cnico cient fica que torna o pesquisador um escravo da Qualis e isso prejudica a transfer ncia de tecnologia pois busca se aumentar a produ o cient fica por meio de publica es em revistas de alto n vel de impacto 1A e 1B em detrimento de se realizar experimentos de gerar tecnologias Em fun o disso foi sugerida a revis o dos indicadores de desempenho individual com vistas a promover a inova o e n o o que foi denominado de comportamento dos NIA hunters
213. a de tecnologia da Embrapa que orientam os procedimentos de suas unidades de pesquisa 16 3 Apresentar o surgimento e evolu o da tecnologia da informa o aplicada agricultura no Brasil e os fatores condicionantes para sua ado o no campo 4 Analisar quais s o as especificidades da transfer ncia de tecnologias da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria 5 Identificar e analisar os fatores condicionantes ex genos e end genos Embrapa e suas implica es para a transfer ncia de tecnologias com sustenta o te rica emp rica alinhando a literatura com as pr ticas institucionais da empresa 1 3 Metodologia e estrutura da tese A Figura 1 2 apresenta a classifica o da pesquisa Natureza aplicada Fontes prim rias entrevistas junto a 57 especialistas em inova o agr cola transfer ncia de tecnologia Eli e agroinform tica T cnicas para Fontes secund rias literatura coleta de dados pol ticas institucionais e documentos da Embrapa Censo Agropecu rio IBGE 2006 Figura 1 2 Classifica o da pesquisa PUOTCONmMU Fonte elabora o pr pria Como fonte prim ria conforme Figura 1 2 utilizou se como t cnica para coleta de dados e informa es a entrevista estruturada A pesquisa neste caso classifica se como qualitativa Optou se por esta t cnica pois ela possibilita a obten o de dados que n o se encontram em fontes documentais e que sejam relevantes e
214. a deste tipo O mesmo vale para algumas unidades que durante anos t m como fun o gerar conhecimentos espec ficos sobre determinados ecossistemas o Pantanal por exemplo conhecimentos que em algum momento s o apropriados pela sociedade seus atores sem nenhum controle da unidade geradora Outro exemplo refere se s pesquisas sobre o Plano Agricultura de Baixo Carbono que leva uns cinco anos para se conhecer os efeitos do carbono O fato que estas determina es se por um lado parecem impelir a empresa para a inova o por outro provocam fortes distor es na medida em que for am um tipo de a o que nem sempre apropriada O grupo de especialistas que abordou a dimens o da comunica o indicou como preocupante o fato de haver na sociedade brasileira um passivo de entendimento sobre qual a produ o da Embrapa a informa o o conhecimento e a tecnologia tendo como consequ ncia uma m nima visibilidade de como esta produ o contribui para solucionar problemas da agricultura Foi mencionado que a empresa se empenha mais na comunica o social em detrimento da mercadol gica e em decorr ncia disto parecem que est o dissociadas as a es de comunica o com as de transfer ncia de tecnologia Talvez seja necess ria uma qualifica o em rela o a esta aprecia o A Embrapa tem hoje grande visibilidade junto sociedade brasileira como um todo nos meios acad micos e governamentais Aparece junto com a Emb
215. a para a inova o na agricultura E Ci ncia em rede Marco institucional e exig ncias da sociedade Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 1 2 Sistema Nacional de Inova o na Agricultura O Sistema Nacional de Inova o na Agricultura SNIA esteve presente como um condicionante importante para a compreens o do processo de TT da Embrapa em todo o processo metodol gico seguido por esta tese seja na revis o de literatura seja nos testes que levaram formula o dos roteiros de entrevistas A raz o naturalmente bvia a transfer ncia de tecnologia envolve atores que fazem parte do Sistema de Inova o e compreender como este sistema interfere positiva e ou negativamente no processo relevante Aqui s o considerados os tr s grupos de agentes que comp em um SNIA proposto por Arnold e Bell 2001 i sistemas de pesquisa e ensino na agricultura produ o do conhecimento ii institui es intermedi rias assist ncia e extens o rural meio pol tico integradoras da cadeia de valor iii organiza es e outros atores da agricultura consumidores atacado varejo produtor rural e fornecedores Perguntados sobre quais os fatores condicionantes que envolvem os agentes do SNIA que contribuem ou inibem a transfer ncia de tecnologias geradas pela Embrapa v rios entrevistados opinaram sobre os pap is desempenhados pelos agentes e a atual situa o Alguns deles at que
216. a permanente 11 881 0 29 Sementes mudas e outras formas 165 0 de propaga o vegetal Pecu ria e cria o de outros Kan 33 967 0 84 animais Produ o florestal florestas 1 647 0 04 plantadas Produ o florestal florestas i 385 0 01 nativas Pesca 25 0 Aquicultura 714 0 02 Fonte IBGE Censo Agropecu rio 2006 Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 t Percentual em rela o ao total de estabelecimentos do Brasil Surpreende o destaque dos estabelecimentos cuja atividade principal a pecu ria no que se refere presen a de computador e acesso internet Isto porque na pecu ria brasileira apesar dos not veis progressos nos indicadores de produtividade ainda predominam os sistemas extensivos de produ o Isto se contrap e aos resultados apresentados por Francisco e Martin 1999 que analisaram o uso de microcomputadores na agropecu ria paulista no final da d cada de 172 1990 Esses autores relataram que a pecu ria era uma das atividades menos informatizadas com 3 das UPAs de S o Paulo possuindo computadores em contraste com cerca de 10 5 para pinus 6 9 para cana de a car e 4 2 para laranja Entretanto na an lise dos dados nacionais do Censo Agropecu rio de 2006 se considerarmos conjuntamente as atividades ligadas produ o vegetal e mais especificamente aquelas pass veis de serem enquadradas como um conjunto de lavouras somat rio de lavoura tempor ria horticultura e floricu
217. a pesquisa desde a sua concep o A fun o da TT passar a ser mais estrat gica voltada 215 elabora o e acompanhamento de acordos de parceria contratos e licenciamentos e gest o da propriedade intelectual O planejamento estrat gico primordial porque nele est inserida a vis o de futuro da empresa que por usa vez precisa refletir a vis o de futuro da agricultura brasileira O futuro o principal insumo da empresa no entanto caso a Embrapa n o consiga captar sinais fracos e fortes que est o vindo do futuro e criar capacidade de interpretar e analisar tais sinais pode haver um imenso risco para a pesquisa p blica agr cola Um dos entrevistados citou um exemplo destes sinais num estudo do in cio de 2014 realizado no Reino Unido o qual demonstrou a possibilidade de se manipular c lula trono in vitro para manipular algo que parece carne e apenas dois meses depois outro estudo revelou ser poss vel produzir cor e pele in vitro Este sinal exemplificativo indica que a Embrapa precisa se perguntar o que significa isso para Brasil que o principal exportador de carne do mundo Essa uma ruptura poss vel em quanto tempo a Embrapa precisa se preocupar com esta potencial ruptura mas o risco esperar quatro anos para fazer essa pergunta pois essas rupturas e mudan as impactam nas decis es sobre quais tecnologias a empresa ir gerar e transferir no futuro Quanto perspe
218. a pessoas do setor sistema de marketing tecnologias e de rural transfer ncia de tecnologias Predominantemente Organiza es p blicas de Todos os atores p blicos e organiza es p blicas de pesquisa universidades de privados potencialmente pesquisa e universidades ci ncias agr rias servi os envolvidos com a cria o Agentes de ci ncias agr rias de extens o produtores adapta o e uso dos diversos ONGs empres rios da tipos de conhecimentos rea rural relevantes para a produ o e inova o na agricultura Tipos Inven o e transfer ncia Ado o das tecnologias e Combina o de inova es de resulta de tecnologias inova o na produ o tecnol gicas e institucionais dos agr cola 39 Quadro 2 2 Compara o entre as abordagens de sistemas na agricultura continua o Sistema Nacional de Sistema de Informa o e Sistema de Inova o Agr cola Pesquisa Agr cola Agricultura do a partir do final Aii d cada de 1980 Conhecimento da d cada de 1990 in cio d cada de 1990 Uso da ci ncia para criar Acesso ao conhecimento Novos usos do conhecimento Da inven es agr cola para mudan as sociais e mentos er econ micas Meca Transfer ncia de Aprendizado interativo Aprendizado interativo nismo tecnologia para inova o N vel de m dio m dio alto integra o com o mercado Aloca o de recursos Consolidar a estrutura de Composi o da estrutura de a e estabe
219. abe apenas Embrapa esta decis o pois ela faz parte de uma engrenagem maior do Estado brasileiro Um dos entrevistados considera um perigo reduzir a discuss o da transfer ncia tecnol gica apenas ao ambiente de ci ncia e tecnologia das institui es de P amp D e o maior perigo achar que cabe somente Embrapa decidir onde atuar o que fazer a Embrapa como empresa p blica deveria gerar bem p blico pois ela um bra o e um instrumento do Estado para promover mudan as progressos e ajustes num contexto maior com uma base de planejamento mais sofisticado do que se tem no Brasil Para subsidiar o norteamento da atua o do pa s em C amp T torna se relevante incentivar a cria o de um processo de intelig ncia de antevis o e de modelagem de futuros poss veis A falta desta vis o maior da ci ncia como motor de desenvolvimento 213 da ci ncia inserida num processo maior gera um problema grave e leva a decis es distorcidas e descontextualizadas Lamentavelmente a academia brasileira e os centros de pesquisa recebem cr ticas porque cresceu a capacidade de gerar conhecimento mas ainda a ind stria nacional est ficando para traz e a competitividade do pa s baixa Uma quest o cr tica no Brasil hoje quem est construindo a vis o de futuro poss vel Para apoiar a forma o da vis o de futuro da Embrapa a empresa criou o Agropensa que segundo a opini o de um do
220. abordagem a Pesquisa Agr cola Participativa ou somente escola participativa O estreitamento do di logo cont nuo entre pesquisador e agricultor foi um dos pilares da escola participativa desde a identifica o do problema at a defini o da agenda da pesquisa no desenvolvimento e na dissemina o da tecnologia A passagem do agricultor de objeto para sujeito da pesquisa como preconizada a escola participativa encontrava desafios a serem superados Chambers 1993 relaciona estes desafios s a es de tr s agentes a agricultor precisava ter oportunidade de fazer sua pr pria an lise no processo de pesquisa e extens o para isso era necess rio o desenvolvimento de novos m todos pelos institutos de PD amp l e extens o que propiciassem a participa o do produtor b pesquisadores e extensionistas necessitavam adotar novos comportamentos e atitudes no sentido de propiciar ao agricultor o direito de decidir pela tecnologia e forma de uso c institui es de pesquisa careciam de reorienta o de suas atividades com vistas a dar suporte aos m todos participativos para agricultores Nesta abordagem era relevante a experi ncia acumulada pelos agricultores na implementa o de programas de pesquisa Aqui verifica se a inclus o de um agente demandante relevante para a cria o desenvolvimento e uso de conhecimentos e tecnologias o agricultor O Sistema de Inova o Agr cola SIA apresentado antes cita
221. acumulada sobre uma determinada inova o a sua ado o menos arriscada odelos Probit anos 1970 e 1980 Objetivo do estudo nova tecnologia Rentabilidade da nova tecnologia Investimento requerido Condicionantes David 1969 Prop s o modelo Este autor prop s o modelo de difus o de equipamentos no qual a popula o Heterogeneidade das empresas Probit buscava superar de empresas heterog nea sendo este adotantes algumas limita es dos o principal elemento que explica a modelos epidemiol gicos velocidade da difus o Davies 1979 Mostrar que ao se considerar Incerteza Introduziu a incerteza no popula es heterog neas de adotantes Popula es c lculo do retorno e sup s h uma pluralidade de caracter sticas heterog neas uma popula o heterog nea que influ ncia as decis es econ micas relacionadas a nova tecnologia Fonte elabora o pr pria a partir de Furtado 2006 48 Pluralidade de caracter sticas Os primeiros estudos das d cadas de 1950 e 1960 Griliches 1957 Mansfield 1961 buscavam identificar os fatores condicionantes econ micos que determinavam a velocidade da difus o das inova es Fatores como o risco do adotante a novidade e a rentabilidade da nova tecnologia e o investimento requerido foram apontados como condicionantes do processo de difus o A partir da d cada de 1970 com os trabalhos de David 1969 e Davies 1979
222. ado 38 As intera es entre os atores dos tr s segmentos ocorrem por meio de normas legais de contratos de licenciamento e de direitos de propriedade intelectual de fluxos financeiros advindos de fundos p blicos e privados determina o de padr es t cnicos e pol ticas nacionais coordenadas normalmente pelo setor p blico e fluxos tecnol gicos e cient ficos HALL 2005 O enfoque do sistema de inova o aplicado agricultura considera um contexto mais amplo de mudan a institucional n o previsto nas duas outras abordagens citadas do SNPA e do SIAC Este contexto segundo analisa o Banco Mundial 2006 deve considerar n o apenas o sistema nacional de pesquisa para aumentar o fornecimento de conhecimento e de tecnologias mas sim a melhoria da capacidade de inova o em todo o setor agr cola O Quadro 2 2 sintetiza as tr s abordagens apresentadas Quadro 2 2 Compara o entre as abordagens de sistemas na agricultura Sistema Nacional de Sistema de Informa o e Sistema de Inova o Agr cola actas Pesquisa Agr cola Agricultura do a partir do final d cada de 1980 Conhecimento da d cada de 1990 in cio d cada de 1990 Ampliar a capacidade de Fortalecer a comunica o Fortalecer a capacidade de planejamento da pesquisa e a transfer ncia de inova o e criar novidades por agr cola de conhecimentos e servi os meio da produ o agr cola e Prop sito desenvolvimento de par
223. ado pela falta de apoio e precariedade do financiamento na maioria dos Estados Mas tamb m se observou que o ente mais forte federal muitas vezes tratora os demais mais fr geis preciso que o ente federal entenda que assim como existem pol ticas de apoio e financiamento aos estados nas reas de educa o sa de e seguran a deve existir apoio para a pesquisa agropecu ria pois seu custo elevado e de dif cil manuten o Frequentemente as Oepas perdem seus servidores para as organiza es federais como Embrapa universidades federais e o MAPA pois n o h como competir em n vel salarial com essas organiza es Um condicionante inibidor da transfer ncia de tecnologia que a Embrapa est praticamente sozinha na rede nacional de pesquisa agr cola Tem as universidades 195 federais mas sua atua o local A rede nacional de pesquisa e de transfer ncia est na m o da Embrapa e n o sua miss o fazer extens o rural Ent o quando se olha a cadeia de produ o do conhecimento e a cadeia de produ o agr cola nota se que h um hiato pelo caminho que de uma d cada ou mais que gera um problema N o vai dar certo gerar conhecimento num lugar e incorporar conhecimento em outro sem contar com a assist ncia t cnica e a extens o rural Para que a Embrapa possa refor ar a transfer ncia de suas tecnologias preciso colocar como diretriz a integra o com os sistemas estaduais de pesquisa
224. ado t cnico cient fico do projeto de PD amp l mesmo que n o tenha um produto final resulta no avan o na fronteira do conhecimento Parceria entre a Embrapa e a iniciativa privada desde a concep o do projeto de P amp D que resultou em dep sito conjunto de patente inspira a boa pr tica de gest o da pesquisa O modelo de gest o compartilhada de projetos de P amp D entre a Embrapa e a iniciativa privada contribui para definir em quais casos a lideran a deve ser da Embrapa como institui o de pesquisa e em outros das empresas privadas que entendem mais de mercado A expertise de empresa privada para finaliza o do produto auxilia a sua coloca o no mercado e se complementa com a expertise t cnico cient fica da Embrapa para a gera o do produto Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 245 5 2 3 Transfer ncia de tecnologia Esta subse o relata as opini es dos especialistas sobre a estrutura organizacional e as a es desenvolvidas para promover a transfer ncia tecnol gica enfatizando fatores condicionantes que contribuem e ou que inibem este processo Preliminarmente faz se necess rio apresentar uma quest o de fundo o entendimento conceitual de transfer ncia de tecnologia por parte dos entrevistados que reflete nas pr ticas da Embrapa sobre o tema A vis o ou vis es sobre TT comp em o modelo mental e por si s um fator relevant
225. aduais para interagir com a extens o rural assist ncia t cnica cooperativas produtores rurais e empresas privadas Uma tentativa recente nesse sentido foi a Alian a para Inova o firmada entre a Embrapa e o Consepa que apresenta bases para a retomada do SNPA Quanto ao papel da extens o rural foi pontuado que a intermedia o da extens o rural entre a institui o de pesquisa e o produtor rural teve algum xito por ocasi o da cria o da Embrapa quando prevalecia o modelo linear de transfer ncia de tecnologia No entanto esse fato mudou por um lado em raz o do desmantelamento e sucateamento da extens o rural no Brasil e por outro em virtude da agricultura ter se tornado mais complexa e com maior presen a da iniciativa privada na pesquisa agr cola Tamb m h de se considerar que n o pode ser imputada extens o rural toda a responsabilidade pelos problemas de transfer ncia de tecnologia da pesquisa p blica Nesse sentido argumentam Alves e Pastore 2013 para os quais a precariedade dos servi os de extens o rural n o constitui a causa das dificuldades da tecnologia chegar at uma parcela de propriedades rurais do pa s Segundo os autores o retardamento da agricultura tradicional deve se principalmente i em rela o aos pequenos produtores dificuldade para ado o de novas tecnologias em decorr ncia de seu baixo n vel de 303 educa o ao menor acesso s pol ticas de garantia de pre
226. af e as de grande tamanho Os maiores acessos foram por not cias do setor cota o de pre os e an lise do mercado agr cola A pesquisa concluiu que os ndices de acesso para assist ncia t cnica e extens o rural v m apresentando crescimento A ado o da TI na cafeicultura de S o Paulo foi analisada por Francisco Pino e Vegro 2005 por interm dio de um modelo logit O estudo mostrou que as chances de ado o eram maiores na regi o mais din mica da cafeicultura estadual a Alta Mogiana e seguida pelas regi es da Baixa Mogiana e Sudoeste Centro Os autores demonstraram que a renova o da cafeicultura tamb m se relaciona com essa utiliza o o que representado pelo percentual da rea com plantas novas sobre o total e pela crescente densidade de cultivo Fatores coadjuvantes de ado o foram a qualidade de emprego de cooperativas associa es e sindicatos a estrat gia comercial o n vel de escolaridade e o tamanho da explora o 161 O conjunto de trabalhos citados com foco na agricultura paulista Francisco e Martin 1999 Francisco e Pino 2002 Francisco Pino e Vegro 2005 e Francisco e Caser 2007 apresentam ind cios dos seguintes fatores condicionantes ado o de TI tamanho da propriedade predom nio em propriedade de grande porte e empresarial n vel de instru o do propriet rio Como fatores coadjuvantes estes autores apontaram a qualidade de emprego de cooperativas associa es e sind
227. agmenta o um equ voco sendo que na verdade o objetivo a inser o da tecnologia na agricultura e no mercado independente do perfil A fragmenta o das a es de TT na estrutura organizacional com m ltiplas unidades que atuam com o tema foi um dos fatores internos indicado por v rios entrevistados Dentre as unidades que atuam direta ou indiretamente com TT encontram se as nove mencionadas a seguir o Departamento de Transfer ncia de Tecnologias DTT a Secretaria de Neg cios SNE a Embrapa Produtos e Mercados SPM a Secretaria de Rela es Internacionais SRI a Embrapa Informa o Tecnol gica SCT a Secretaria de Comunica o Secom a Secretaria de Intelig ncia e Macroestrat gia SIM a Secretaria de Gest o e Desenvolvimento Institucional SGI e o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento DPD Para os entrevistados tal estrutura ainda que possa envolver a es complementares pode gerar sombreamentos lacunas e pouca clareza dos respectivos pap is na opini o da maioria dos entrevistados mais atrapalha do que ajuda a promover a TT Acaba ocorrendo um pouco de tudo entre estas nove unidades sombreamento lacuna e complementariedade Quando h v rias unidades que tratam de a es de TT uma vai cuidar mais da quest o da transfer ncia para um p blico mais social e a capacita o dos agentes multiplicadores que um pouco a fun o que o DTT est assumindo Outra unidade a SNE
228. al eeeeeeeeeeen eee eee cce c ce cc ecc cceceeeeeererereeeeereneeeeeceeeeeeeeeeeeeecacad 182 Figura 4 8 P gina inicial do Sistema de Monitoramento Agrometeorol gico ssssssssssssseecosssssssecesssssssseeesse 183 xvii Figura 5 1 Condicionantes end genos e ex genos e Embrapa para transfer ncia de tecnologia dimens es de ANANISC ss csssuss ossos Secr A Tosa UES USOU UR a SS Ss ENS S SUS Sa DEAN SUG UNE SS SS sub E SUS USE SST I SUES VS o seda T 188 Figura 5 2 Formas de transfer ncia de tecnologias usadas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria 269 Figura 5 3 Pipeline da cadeia de produ o agr cola ssssssssseeesssssssecesssssssseccssssesesccessssssseccosssssssecesssssssseeesse 281 Figura 5 4 Nuvem de palavras de assuntos abordados nas entrevistas com especialistas 327 Figura 0 1 Profiss es dos especialistas entrevistados n mero de ocorr ncias sssssssssesssesssesssssseessesssesse 367 Figura 0 2 Titula o dos especialistas entrevistados n mero de ocorr ncias Figura 0 3 Estrutura do Sistema Embrapa de Gest o SEG sssssssssessesssesssessoessesssessseeseessessseeesesseesseessesseesse xviii LISTA DE QUADROS Quadro 1 1 Instrumentos para coleta de dados entrevista estruturada junto a especialistas 19 Quadro 2 1 Sistema Nacional de Inova o elementos fun es e caracter sticas 32 Qua
229. al Casa da Moeda 2006 GODINHO M M Inova o e Difus o da Inova o Conceitos e Perspectivas Fundamentais In RODRIGUES M R NEVES A GODINHO M M orgs Para uma Pol tica de Inova o em Portugal Lisboa Publica es Dom Quixote pp 27 51 2008 GOMES G C ATRASAS A L Diretrizes para transfer ncia de tecnologia modelo de incuba o de empresas S rie Documentos no 2 Embrapa Informa o Tecnol gica Bras lia 2005 GONZALEZ M An lise das restri es de acesso a dados de esp cies amea adas previstas em pol ticas de cole es biol gicas cient ficas brasileiras luz do direito ambiental e da ci ncia da informa o Ci ncia da Informa o vol 39 no 1 Bras lia Jan Abr 2010 GOYAL A E GONZALES VELOSA C Improving Agricultural Productivity and Market Efficiency in Latin America an the Caribbean How ICTs can Make a Difference LCSSD Occasional Paper Series on Food Prices World Bank LAC March 2012 GRAZIANO E Nova Embrapa Dispon vel em lt http Awww estadao com br noticias impresso nova embrapa 953231 0 ntm gt Jornal O Estado de S o Paulo Mat ria de 20 de out 2012 Acesso em 20 dez 2012 GRILICHES Z Hibrid corn an exploration in the economics of technological change Econometrica v 25 no 5 p 501 522 out 1957 HALL A J Capacity development for agricultural biotechnology in developing countries an innovation systems view of what is and how to develop
230. am o uso ou n o da TI no espa o rural tema abordado na se o seguinte 4 2 Ado o de tecnologia da informa o na agricultura condicionantes Nos setores econ micos a ado o da TI n o se efetivou de forma homog nea Ao longo das ltimas d cadas os setores de servi o com rcio e ind stria promoveram um 159 ambiente prop cio para a sua dissemina o mais r pida do que no setor agr cola A agricultura por sua vez ainda que de forma mais lenta e menos intensiva em rela o aos demais setores tamb m iniciou o seu processo de ado o de novas tecnologias da informa o ZAMBALDE ET AL 2011 Trabalhos sobre ado o de TI no meio rural brasileiro tais como Vale e Rezende 1999 Francisco e Martin 1999 Francisco e Pino 2002 Freitas e Albano 2003 Zambalde et al 2003 Francisco Pino e Vegro 2005 e Francisco e Caser 2007 Machado 2008 Zambalde et al 2011 Mendes et al 2011 e Figueira Sampaio e Zambalde 2013 fornecem ind cios dos fatores que interferem na decis o do produtor para usar ou n o estas tecnologias Fatores demogr ficos como idade do propriet rio escolaridade e atividades exercidas fora da propriedade s o citados como influenciadores na ado o da inform tica e internet Vale e Rezende 1999 observaram esses fatores na agricultura mineira e constataram que 49 dos produtores que usaram estas tecnologias tinham at 40 anos e 73 o n vel superior Os
231. amento ou o fluxo de conhecimentos durante o processo de inova o que pode abranger tanto as etapas iniciais de gera o da ideia at a etapa final para a cria o do produto Dereti 2009 por sua vez esclarece que transferir tecnologia envolve vari veis t cnicas e econ micas e uma conjun o dos fatores sociais ambientais o diagn stico da situa o anterior e dos impactos posteriores ado o da mesma Uma tecnologia pode ser considerada transferida quando o usu rio que a incorporou tornar se capaz de modific la e adapt la de acordo com sua necessidade ou ainda pode identificar nova demanda de pesquisa impulsionando a sucess o tecnol gica como ensina Vasconcellos 2008 Outro conceito de transfer ncia de tecnologia apresentado por Assafim 2010 com foco nos agentes envolvidos no processo Para este autor transfer ncia de tecnologia o interc mbio ou a transmiss o de conhecimentos t cnicos entre dois ou mais agentes Pressup e de um lado um controlador da tecnologia concedente e de outro um dependente receptor ou adquirente que precisa da tecnologia Neste conceito o requisito essencial haver interc mbio ou transmiss o de conhecimentos t cnicos entre dois ou mais agentes Assafim 2010 complementa que s o dois os caminhos para que uma empresa possa ter tecnologia adequada para seus processos produtivos Obt la por meios pr prios com atividades de PD amp l internas ou adquiri la de terceiros
232. amplia o da contribui o da empresa Segundo o plano gerencial a Embrapa tem sido penalizada pela fragilidade do sistema de Assist ncia T cnica e Extens o Rural ATER no Brasil O trabalho de Alves 2012 alerta a grande dist ncia no Brasil entre os produtores que incorporaram a tecnologia ao sistema de produ o e os milh es de produtores que n o conseguiram faz lo Diante desta realidade a Embrapa precisa contribuir para que a transfer ncia de tecnologia seja efetiva e que as solu es tecnol gicas cheguem aos produtores Para elabora o desta se o buscou se fontes secund rias de estudos desenvolvidos sobre a Embrapa como os de Gomes e Atrasas 2005 Rocha et al 2012 Alves 2012 Graziano 2012 Atrasas et al 2012 e Contini e Andrade 2013 Dentre das modalidades utilizadas pela Embrapa para que as solu es tecnol gicas cheguem ao campo segundo Gomes e Atrasas 2005 est o 7 Sistema de produ o segundo Dufumier 1996 definido como sendo uma combina o dos recursos dispon veis no tempo e no espa o com a finalidade de obter produ es vegetais e animais podendo ser entendido tamb m como uma combina o coerente de v rios subsistemas produtivos 119 a a difus o de tecnologia refere se a bens e servi os geralmente sem prote o intelectual A apropria o destes bens e servi o promovida com a intermedia o de agentes de extens o rural e assist ncia t cnica Os instrum
233. ansfer ncia de tecnologia S o Paulo tica 1990 BARBOSA D B Direito da Inova o Rio de Janeiro Lumen Juris 2006 347 BELL G HEY T SZALAY A Beyond the data deluge Science V 323 no 5919 p 1297 1298 Mar 2009 Dispon vel em lt https www sciencemag org content 323 5919 1297 summary gt Acesso em 8 abr 2014 BIN A GIANONNI C MENDES P J V RIO C SALLES FILHO S L M CAPANEMA L M Organization of Research and Innovation a Comparative Study of Public Agricultural Research Institutions Journal of Technology Management amp Innovation v 8 p 209 218 2018 BIN A GIANONNI C MENDES P J V SALLES FILHO S L M CAPANEMA L M Organiza o da Pesquisa e Inova o um estudo comparativo de institui es p blicas de pesquisa agr cola In XIV Congreso Latino Iberoamericano de Gesti n Tecnol gica ALTEC Innovaci n para el crecimento sostenible en el marco del Bicentenario 2011 Lima Peru BRAGANTINI C A transfer ncia de tecnologia na Embrapa uma analise e propostas de mudan as conceituais e metodol gicas com nfase em geotecnologias Cadernos de Ci ncia amp Tecnologia Bras lia v 28 n 2 p 553 575 maio ago 2011 BRASIL Lei no 9 279 de 14 de maio de 1996 Lei de Propriedade Industrial Dispon vel em lt http Anww planalto gov br ccivil 03 leis 9279 htm gt Acesso em 23 maio 2018 BRASIL Decreto 1 355 de 30 de dezembro de 1994 Promulga a Ata
234. ansitou rapidamente de fator de vantagem competitiva para os inovadores pioneiros para condi o b sica da concorr ncia A TI permeia os processos produtivos das empresas e est presente em v rios sistemas de produ o interfere e influencia na opera o das organiza es e nos seus resultados econ mico financeiros e atua como viabilizadora de neg cios em qualquer setor econ mico A acelera o da difus o da TI considerada a inven o mais importante na rea da comunica o desde a introdu o da imprensa de tipos m veis por Gutemberg em 1436 contribuiu para a passagem para uma nova fase de desenvolvimento econ mico e social denominada de economia baseada no conhecimento sociedade em rede ou economia digital GODINHO 2006 Segundo alguns autores como Gelb e Voet 2009 e Goyal e Gonzales Velosa 2012 a economia digital aplicada ao campo pode trazer alguns benef cios Para Gelb e Voet 2009 a ado o de TI pode contribuir para aumentar a produtividade sendo que o alcance dos benef cios agr colas e econ micos com o uso de TI bem amplo e inclui uma melhor gest o da produ o e da propriedade rural a dissemina o de importantes informa es do setor melhoria no planejamento monitoramento e acompanhamento de produ o integrada e o acesso aos mais recentes resultados de pesquisa na rea J para Goyal e Gonzales Velosa 2012 entre os benef cios esperados com o uso de TI no campo est o i as
235. ao produtor rural em se tratando de solu es em tecnologia da informa o n o trivial e n o pode se limitar s a es realizadas no momento da concep o dos projetos para embas los e requer uma atividade continuada que capte possibilidades mudan as e oportunidades que nesta rea ocorrem com uma velocidade muito elevada o que um problema para organiza es com baixa flexibilidade e lentas para responder ao movimento da realidade Uma proposta apresentada foi a rea de transfer ncia de tecnologia das unidades realizarem de forma sistem tica a es diretas com produtores 278 rurais para identificar suas demandas em termos de solu es em TI e retroalimentar a pesquisa com essas informa es Outra proposi o apresentada sobre identifica o de demandas para as pesquisas em TI para a agricultura de se conceber um modelo semelhante ao da Empresa Brasileira para Pesquisa e Inova o Industrial Embrapii A Embrapii tem a proposta de atuar como um catalizador uma liga entre as demandas empresariais e a infraestrutura tecnol gica O especialista entrevistado que atuou como consultor da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova o Industrial Embrapii esclareceu que o modelo da empresa o de receber demanda da rea industrial e incentivar institui es de C amp T a se candidatam a resolver esse problema sendo que h maior ocorr ncia de demandas relacionadas TI e biotecnol
236. apesar do Brasil ter 6 da produ o cient fica em ci ncias agr rias na Web of Science o pa s tem menos de 0 1 de patentes depositadas no Escrit rio de Marcas e Patentes dos Estados Unidos Este dado chama a aten o de que n o fica claro quem est se apropriando dos resultados dos 6 de publica es cient ficas E isso indica que a pesquisa necessita de mais inova o ou seja de que os resultados da pesquisa sejam transformados em uso em apropria o social A observa o de Salles Filho e Bin 2014 condizente com o levantamento sobre o uso do sistema patent rio pelas institui es de pesquisas n o acad micas no Brasil no per odo de 1990 a 2007 realizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI 2011 Os resultados do estudo alertam que apesar da Embrapa figurar como l der no dep sito de pedidos de patentes no per odo analisado a soma de todos os dep sitos da empresa e de outras Institui es de Ci ncia e Tecnologia ICTs analisadas representa apenas cerca de 0 62 dos dep sitos de residentes e t o somente 0 21 do total geral dos dep sitos realizados no per odo N o se discute a discrep ncia entre as publica es e as patentes registradas nos EUA o que suscita sem d vida a necessidade de conhecer melhor as causas e promover de forma mais efetiva a inova o No entanto preciso examinar estes indicadores com cautela pois as publica es cient ficas n o est o por si s correlaci
237. ar a ter mandato em extens o rural Tal preocupa o tamb m externada por Navarro e Alves 2014 Ainda sobre a cria o da Anater chama a aten o a necessidade de se conceber um novo sistema de assist ncia t cnica e extens o rural utilizando se as facilidades de comunica o proporcionadas pela tecnologia da informa o TI Inclusive foi mencionado o exemplo na ndia de uso de celular barato que em tempo real conecta produtor rural extens o e pesquisa Na fala dos especialistas em agroinform tica foi exemplificado que do ponto de vista do avan o tecnol gico no Brasil tamb m j poss vel identificar sintomas de doen as de plantas a partir das fotos E essa identifica o pode estar interligada extens o rural em tempo real para orientar o produtor e recomendar pulveriza o ou n o No entanto ainda n o foi poss vel chegar at a extens o por falta de estrutura desta para operacionalizar o sistema O fator condicionante ex geno relacionado ao sistema pol tico refere se exist ncia de dois Minist rios da Agricultura e do Desenvolvimento Agr rio ligados aos 304 assuntos rurais brasileiros que pode se refletir s vezes em diretrizes opostas e em crescentes press es pol ticas que recaem sobre a Embrapa no sentido de atender demandas diversas envolvendo o meio rural Como ponderado pelos especialistas isso pode vincular a transfer ncia de tecnologia da Embrapa a uma agenda pol tica Para Nav
238. ar e algod o aparecem como os principais mercados de prote o sendo 539 102 protegidas em soja 110 em cana de a car e 60 algod o O milho segue como o quarto cultivo em n mero de cultivares com 51 protegidas e tamb m o com maior participa o da Embrapa com 86 3 Em algod o a empresa p blica participa com 46 7 em cultivares protegidas sendo que na classifica o outros hortali as flores frutas e gr os de menor import ncia em termos de valor produtivo ela possui mais de um quarto 36 4 da prote o em outras variedades VIEIRA FILHO E VIEIRA 2013 Em rela o ao impacto social das cultivares geradas pela Embrapa para os agricultores que as adotaram segundo divulgado no Balan o Social da empresa EMBRAPA 2013 foram verificados como indicadores expressivos o aumento da gera o de renda no estabelecimento 5 e a seguran a alimentar 10 evidenciando a contribui o da pesquisa p blica para os produtores rurais Figura 3 10 1 14 4 N 3 13 3 11 10 6 8 Figura 3 10 Impacto social das cultivares da Embrapa segundo dados do Balan o Social 2013 Fonte Embrapa 2013 Com as solu es tecnol gicas pass veis de prote o dos direitos de propriedade intelectual devidamente protegidas a pr xima etapa refere se promo o de a es de transfer ncia de tecnologia Isso ocorre por meio de rg os da estrutura organizacional instrumentos e estrat gias para este fim assunto
239. ara tomar a decis o do manejo mais adequado Sob o aspecto de complementa o das tecnologias foi citada a necessidade da Embrapa intensificar sua atua o em quatro pilares a nanotecnologia a biotecnologia as tecnologias da informa o e as ci ncias cognitivas Os tr s primeiros pilares est o mais 257 engendrados na empresa mas as ci ncias cognitivas ainda n o e est o relacionadas percep o comunica o e transfer ncia de tecnologia a Embrapa precisa de profissionais mais ligados ao intuitivo e n o s racional necessita de comunicadores soci logos e economistas preparados para atuar em ci ncia cognitiva Na mesma linha foi apresentado que o que se espera para o futuro da Embrapa que ela esteja ligada s quatro letras do GRIN gen tica rob tica informa o e nanotecnologia e tamb m ci ncia cognitiva que est presente no sistema de informa o na nanotecnologia e na gen tica Ent o no futuro a Embrapa precisar continuar fazendo os sistemas de produ o mas agregando valor ao sistema de produ o por meio da jun o da gen tica rob tica informa o e nanotecnologia Vamos pensar no GRIN aplicado aos sistemas agroflorestais a sistema com baixa emiss o de carbono s novas cultivares e aos ativos de inova o da biodiversidade brasileira e isso a agricultura do futuro e isso que a Embrapa tem que olhar Uma reflex o importante remete dificuldade
240. arejistas H uma tend ncia de que os supermercados definam qual tecnologia agr cola ser adotada Isso ocorre porque estas redes possuem grande 206 capacidade de compra e determinam o que querem de tal hortali a ou tal fruta Um exemplo citado neste sentido foi o da Tesco multinacional varejista brit nica que determinava o que o agricultor do Qu nia seu fornecedor deveria plantar e qual tecnologia usar E no Brasil ocorre o mesmo conforme pesquisas de Souza Filho e Bonfim 2013 Um fator limitante para o produtor rural adotar a tecnologia a disponibilidade de cr dito apontado por v rios entrevistados que abordaram o tema para a tecnologia que embute um custo na ado o o produtor precisar recorrer ao cr dito rural Em se tratando da agricultura familiar n o comum o agricultor fazer investimento com recursos pr prios mas sim com recursos do Pronaf Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Quanto aos fornecedores de insumos principalmente da iniciativa privada foi apontado que a concorr ncia no segmento inibe a transfer ncia de tecnologia da pesquisa p blica A concorr ncia existente entre os diversos fornecedores ofertantes de tecnologias faz com que algumas boas tecnologias geradas pela pesquisa p blica sejam deixadas para tr s apenas porque outras chegaram primeiro ou foram melhor vendidas pelos seus obtentores Isso se observa principalmente no mercado de sement
241. arro e Alves 2014 este fator remete ao desafio da Embrapa se manter estritamente no campo t cnico e da ci ncia Segundo os autores os particularismos partid rios e os interesses pol ticos caso interfiram nos rumos da empresa representar o um freio no futuro da pesquisa agr cola Do grupo de condicionantes ex genos relacionados s organiza es e outros atores da agricultura produtor rural atacado varejo fornecedores e consumidores merecem relevo o n vel de instru o do produtor rural a vis o dicot mica entre agricultura familiar e agricultura empresarial e a hierarquia das cadeias produtivas O n vel de instru o do produtor foi apontado como um fator limitante para a transfer ncia e ado o de tecnologia De fato em especial entre os pequenos produtores familiares a taxa de analfabetismo elevada e em que pesem os progressos registrados no per odo recente a estrutura do sistema educacional no meio rural ainda muito deficiente O baixo n vel educacional dificulta a compreens o das tecnologias de processo que s o complexas e correspondem a maior parte das que n o s o transferidas Tamb m exige um esfor o mais consider vel para transferir a tecnologia com base em metodologias com as quais a Embrapa e seu corpo t cnico mais voltado para a pesquisa tem pouca familiaridade Por outro lado esta falta de habilidade para lidar com o ambiente dos pequenos produtores acaba se refletindo em baixa efic cia das a
242. articipa o no sistema deveria coordenar A an lise do funcionamento do sistema levou alguns pesquisadores entrevistados a um questionamento abrangente do sistema todo o SNPA deveria ser repensado quando o SNPA foi criado existiam algumas poucas Oepas e universidades que atuavam em agr rias no Brasil al m da Embrapa Desde ent o houve uma multiplica o de universidades p blicas e privadas al m de outras organiza es atuantes em pesquisa agropecu ria No entanto ao tentar envolver todo mundo o sistema se perdeu Al m da necessidade do SNPA ser repensado a coordena o do sistema carece ser melhorada A Embrapa precisa reassumir seu papel como organizadora e gestora do sistema e nesse caso ter que abrir m o em muitas situa es de ser concorrente com o pr prio sistema No princ pio a Embrapa era uma grande mantenedora do sistema disponibilizando recursos financeiros e humanos para as Oepas por exemplo Com o crescimento da pr pria Embrapa a mesma passou a consumir todos os recursos fazendo com que diversas Oepas fechassem por total falta de condi es de que seus estados fizessem a manuten o da pesquisa agropecu ria com recursos pr prios 194 convergente a opini o de outros especialistas no que concerne Embrapa ser em alguns casos concorrente com o pr prio SNPA Nesse sentido foi apresentada uma cr tica quanto voracidade da Embrapa na obten o de recursos financeiros para sua
243. as Caracter stica da tecnologia Souza Filho et al 2011 Compartilhamento ou fluxo de conhecimento Whitney e Leshner da gera o da ideia at a cria o do 2004 produto Din mica cient fica versus din mica Salles Filho et al 2012 tecnol gica Governan a das parcerias PD amp I An lise multicrit rio da tecnologia Martins et al 2011 Difus o e Regimes de apropriabilidade forte e fraco Teece 1986 transfer n Transmiss o de direitos patrimoniais sobre Assafim 2010 cia bens imateriais protegidos tecnol gica Defini o de instrumentos e difus o e TT Franco 2002 Defini o de um processo de difus o e TT Gomes e Atrasas 2005 Di logo entre pesquisador e agricultor Souza 1995 Fonte elabora o pr pria 83 Quadro 2 14 Elementos anal ticos dos condicionantes ex genos ao instituto de PD amp I agr cola para difus o e a transfer ncia tecnol gica Fatores condicionantes ex genos Dimens es Fatores Elementos Condicionantes Atribui es e pap is dos diversos agentes no Autores Salles Filho et al Sistema de processo inovativo 2012 Inova o na Procedimentos e pr ticas institucionaliza o de Agricultura regras comportamentos e pol ticas institui es Gianoni 2013 relacionados ao processo de desenvolvimento Mendes 2009 cient fico tecnol gico e inova o Desenvolvimento de habilidades t cnicas dos Rose
244. as marketing vendas suporte treinamento e outras atividades Receitas As receitas recebidas pelo MIT das empresas licenciadas s o distribu das aos inventores e aos departamentos centros e ao Fundo Geral MIT para financiar mais pesquisas e educa o 76 A Figura 2 10 ilustra as etapas Pesquisa Pr revela o Avalia o Prote o mi Marketing Empresa Cria o Existente Start up S Licenciamento o Comercializa o Receitas tm Reinveste em Pesquisa e Educa o Figura 2 10 Processo de transfer ncia de tecnologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts Fonte MIT 2005 p 5 H alguns pontos semelhantes e outros diferentes entre os processos de TT apresentados nos estudos de Gomes e Atrasas 2005 e do MIT 2005 Em ambos h etapas de pesquisa desenvolvimento prote o difus o ou transfer ncia de tecnologia Mas para chegar at a transfer ncia os caminhos percorridos se diferenciam No caso do MIT fica evidente que desde o in cio da notifica o da inven o pelo pesquisador inventor ao escrit rio de licenciamento j realizada uma avalia o do potencial de mercado da tecnologia protegida a sua propriedade intelectual e estudada a melhor 77 forma de licenciamento Tamb m realizada pesquisa em bases de patentes para se verificar se h tecnologia similar j protegida bem como ver a competitividade do mercado A estrat gia de TT indicar qual o caminho que tem
245. as s o abordados conceitua o agentes envolvidos fatores condicionantes etapas do processo tipifica o da tecnologia regimes de apropriabilidade prote o aos direitos de propriedade intelectual m todos procedimentos e ferramentas para a transfer ncia A partir do marco te rico poss vel identificar os elementos dos fatores condicionantes ex genos e end genos transfer ncia de tecnologia agr cola O terceiro cap tulo discorre sobre os principais instrumentos institucionais que norteiam a gest o organizacional e as a es de pesquisa desenvolvimento e inova o da Embrapa e de suas unidades o Sistema Embrapa de Gest o e os Planos Diretores da Embrapa e os de suas Unidades Apresenta a tipologia das solu es tecnol gicas e os mecanismos de prote o dos direitos de propriedade intelectual utilizados Analisa a estrutura organizacional voltada transfer ncia de tecnologia os mecanismos usados para disponibilizar as tecnologias geradas Traz exemplos de transfer ncia de tecnologias de base f sica e de base instrucional processual Por fim sintetiza os fatores condicionantes end genos da transfer ncia de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Inicialmente de car ter mais geral o quarto cap tulo trata dos est gios para ado o de Tecnologia da Informa o TI bem como da categoriza o de adotantes De car ter mais espec fico avan a para relatar dados sobre o uso TI no setor agr cola em pa ses eur
246. as caracter sticas funcionais ou usos previstos O termo produto abrange tanto bens como servi os Entre os melhoramentos incluem se especifica es t cnicas componentes materiais softwares incorporados facilidade de uso ou caracter sticas funcionais Para a gera o de inova es de produtos podem ser usado tanto conhecimento ou tecnologias novas bem como pode incluir novos usos ou combina es para conhecimentos ou tecnologias existentes OCDE 1997 Por seu turno a inova o de processo definida como sendo a implementa o de um m todo de produ o ou distribui o novo ou significativamente melhorado Dentre estas inova es inserem se mudan as significativas em t cnicas equipamentos e ou softwares Os objetivos da inova o de processo a redu o de custos de produ o ou distribui o a melhoria da qualidade e ou a produ o de produtos novos ou significativamente melhorados Tal inova o pode envolver mudan as substanciais nos equipamentos e nos softwares utilizados em empresas orientadas para servi os ou nos procedimentos e nas t cnicas que s o empregados para os servi os de distribui o A implementa o de tecnologias da informa o novas ou melhoradas considerada uma 70 inova o de processo caso ela tenha por finalidade a melhoria da efici ncia e ou da qualidade de uma atividade auxiliar de suporte OCDE 1997 J a inova o de marketing a implementa o de um novo m todo de
247. as de pesquisa e ensino institui es intermedi rias e organiza es da agricultura raz o pela qual se optou por agrupar as respostas nestas dimens es Para o 2 grupo os condicionantes end genos as dimens es de an lise escolhidas foram i institucional e organizacional ii pesquisa desenvolvimento e inova o PD amp l iii transfer ncia de tecnologia TT iv perspectiva futura Aceita se que o corte adotado n o seja consensual e tenha uma certa dose de liberdade determinada pelos objetivos gerais da tese Haveria sem d vidas outras alternativas de agrupamento dos fatores Um dos entrevistados argumentou que os fatores institucional e organizacional abrangem tamb m a PD amp l e a TT Ainda que se compreenda que os fatores institucional e organizacional tomados em sentido abrangente podem incluir as dimens es de PD amp l e de TT optou se por tratar os condicionantes em tr s dimens es distintas institucional organizacional PD amp l e TT por serem as mesmas constantes do Plano Diretor da Embrapa PDE e por refletirem a estrutura organizacional da empresa com algumas nuances facilitando assim por parte dos entrevistados pertencentes ao quadro da empresa o entendimento dos fatores condicionantes nestas dimens es A escolha tamb m buscou evidenciar a segmenta o existente na empresa e como isso se reflete para contribuir ou inibir as a es de transfer ncia de tecnologias o que se discu
248. as em inova o e ou transfer ncia de tecnologia agr cola PERGUNTAS Fatores condicionantes end genos Embrapa 1 Numa perspectiva presente em sua opini o quais s o os fatores condicionantes internos Embrapa categorizados nas dimens es abaixo que hoje contribuem ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias Por qu 375 2 Numa perspectiva futura num horizonte de 10 anos quais fatores end genos ser o importantes para assegurar que as tecnologias geradas pela Embrapa sejam introduzidas ao ambiente produtivo ou social Quais proposi es voc sugere para melhorar o processo de transfer ncia de tecnologia da Embrapa Dimens es de an lise a b c d Modelo de gest o institucional tais como entraves burocr ticos sistemas de avalia o de unidades e de pessoas estrutura organizacional com m ltiplas unidades que atuam com a es de transfer ncia tecnol gica h sombreamento complementariedade e ou lacuna Planejamento de Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp I tais como conhecimento pelo pesquisador do sistema produtivo no qual a tecnologia se insere sistema de gest o da PD amp l defini o da propriedade intelectual celebra o de parcerias com institui es p blicas e ou privadas para coopera o t cnica Desenvolvimento de PD amp l tais como modelo de desenvolvimento da PD amp l governan a das parcerias de PD amp l din mica cient fica versus
249. as equipes que geram tecnologia e das que trabalham em difus o 209 Outro fator que precisa ser considerado numa perspectiva futura a revis o dos m todos de TT e a cria o de linhas de financiamento para TT Com a car ncia de assist ncia t cnica os m todos de TT precisam ser mais refinados do que a mera aplica o de ferramentas extensionistas como dias de campo palestras e semin rios Para que isso aconte a ser o necess rias equipes multidisciplinares e estudos para a aplica o de m todos complexos H que melhorar a rede de TT incluindo mais atores p blicos e privados como cooperativas ONGs e Emateres Ainda h que se criar linhas espec ficas de financiamento para as a es de transfer ncia de tecnologia Numa linha de racioc nio voltada mais ao ambiente macro institucional foi citada a import ncia do Brasil definir sua inser o em novas reas de conhecimento como o caso da chamada nova bioeconomia Apesar da imensa biodiversidade do Brasil pouco se fala em bioeconomia e esse fato preocupante pois o pa s precisa se dar conta que o mundo est rodando numa velocidade grande e que aqueles pa ses que conseguirem criar mecanismos para rodar numa velocidade parecida v o pular para frente na inova o tecnol gica O Quadro 5 5 sintetiza a perspectiva futura com as proposi es dos especialistas Quadro 5 5 Perspectiva futura proposi es para assegurar que as tecnologias geradas
250. as inst ncias da empresa que possuem mandatos e atribui es relacionados transfer ncia tecnol gica Uma vez que os resultados da pesquisa sejam eles consubstanciados em produtos ou processos tecnol gicos servi os e ativos de base tecnol gica encontram se PD as amp syi x x S s je S o denominadas unidades centrais as unidades administrativas da empresa localizadas no edif cio sede em Bras lia DF S o descentralizadas as unidades de pesquisa e servi os distribu das nas regi es do Brasil 87 num est gio pass vel para transfer ncia passa se para a utiliza o de instrumentos e mecanismos para a coloca o destes no mercado tema abordado na quarta se o Alguns exemplos de transfer ncia de tecnologias de base f sica e de base instrucional processual s o relatados na quinta se o A sexta apresenta os fatores condicionantes end genos Embrapa para a transfer ncia tecnol gica com base na literatura e nas pr ticas institucionais da empresa Por ltimo a s tima faz considera es finais do cap tulo 3 1 Instrumentaliza o da gest o organizacional e da pesquisa A Embrapa foi criada com natureza jur dica de empresa p blica de direito privado a qual era vista como uma forma de n o estar sujeita s limita es da administra o p blica direta Previa se que tivesse autonomia para captar e manejar recursos humanos e financeiros No entanto a empresa ao longo de sua exist ncia foi s
251. ase tecnol gica e seus PD amp l respectivos objetos de entrega Governan a das parcerias de PD amp I Salles Filho et al 2012 i 140 Quadro 3 20 Fatores condicionantes end genos da Embrapa para a transfer ncia de tecnologia continua o Dimens es Fatores Elementos Fontes Pol ticas da Condicionantes Embrapa quando existentes M ltiplas unidades da Embrapa Embrapa atuam com a es de transfer ncia 2014e tecnol gica intersec o e ou poss veis sombreamentos existentes entre elas Instrumentos de divulga o Penteado Filho Circular e Comunicado T cnico 2010 Boletins de Pesquisa e Desenvolvimento etc Governan a institucional da Embrapa Difus o e transfer ncia de tecnologia 2014 transfer n Inexist ncia de pol tica de cia transfer ncia de tecnologia tecnol gica Conex o entre as finalidades da Delibera o chefia de TT das unidades 23 2011 descentralizadas e as atribui es Embrapa com as demais unidades com 2011a mandatos atinentes transfer ncia de tecnologia Instrumentos e estrat gias para TT difus o comercializa o e incuba o Gomes e Atrasas 2005 M todos procedimentos e ferramentas para TT Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 141 Quadro 3 20 Fatores condicionantes end genos da Embrapa para a transfer ncia de tecnologia continua o Dimens es Fatores
252. at lites da s rie NOAA Nationl Oceanic and Atmosferic Administration Produtos divulgados no site do sistema Agritempo Sabiaa www embrapa br sabiia O Sistema Aberto e Integrado de Informa o em Agricultura Sabiia uma ferramenta de busca de conte dos da pesquisa cient fica em agricultura e reas afins tais como publica es cient ficas de diversas institui es 181 Quadro 4 3 Portf lio de solu es em tecnologia da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria continua o Tecnologias Sisla www sisla imasul ms gov br O Sistema Interativo de Suporte ao Licenciamento Ambiental Sisla um sistema de informa o geogr fica para a web com emiss o de relat rio do entorno de um determinado empreendimento referente a vari veis limitantes como declividade reas protegidas e reas ind genas Sistemas de Produ o sistemadeproducao cnptia embrapa br Site que oferece informa es sobre os principais sistemas de produ o e cultivo pesquisados pela Embrapa incluindo gr os frutas e hortali as Gotas https respositorio agrolive gov br Sistema que auxilia os agricultores a obterem par metros para dar suporte avalia o quantitativa qualitativa e espacial da deposi o de gotas de pulveriza o Fonte Embrapa Inform tica Agropecu ria 2012 2013 Dentre estas solu es a t tulo de exemplifica o detalhamos os servi os web Diagnose Virtual guia 4 7 e o Agritempo D
253. atubas Guarda Mor e Montes Claros no Estado de Minas Gerais e de Aracruz e Gua ui no Estado do Esp rito Santo presentando precipita o acumulade entre 35 e 60 mm Quanto umidade do solo os maiores teores ocorreram nos arredores de Perdizes Novo Cruzeiro Ub Juiz de Fora Caratinga Formoso Janu ria Una Ibia Guarda Mor Presidente Olegario Jo o Pinheiro Aragua Indian polis Prata Extrema Estiva Muria e Rio Vermelho em Minas Gerais de S o Paulo S o Jos dos Campos Ita Avar Pedregulho Jos Bonif cio e Arealva em S o Paulo na regi o oeste e norte do Rio de Janeiro da regi o sul sudoeste oeste nordeste e sudeste do Esp rito Santo com acumulados entre 30 e 75 mm nas demais reas da regi o sudeste o acumulado de O a 25 mm Com rela o estiagem agr cola a maior parte do Sudeste apresenta entre 0 e 40 dias de estiagem agr cola j nas proximidades do Vale do Ribeira Santa Cruz do Rio Pardo Boa Esperan a do Sul Bebedouro Batatais e Acesso Aos Prod Casa Branca em S o Paulo de Crist lia Iting Jequitinhonha e Manhua u em Minas Gerais e Quissam no Rio de Janeiro h de 50 a 160 dias sem chuvas maiores que 10 mm ACESSE O ESTUDO Not cias ES GO MA MG Figura 4 8 P gina inicial do Sistema de Monitoramento Agrometeorol gico Uma das formas da unidade mensurar o grau de difus o transfer ncia destes produtos de software e servi os web no setor agr cola brasileiro p
254. autores observaram que 60 dos produtores agr colas que utilizavam a internet em Mato Grosso Mato Grosso do Sul e na Regi o Sudeste tinham entre 30 e 50 anos Na agricultura paulista Francisco e Martin 1999 estudaram a rela o entre o uso de computadores com o tamanho das Unidades de Produ o Agropecu rias UPAs o n vel de instru o do propriet rio regi o agr cola e atividade agropecu ria explorada no per odo de 1995 a 1996 Neste estudo verificou se que apesar de em apenas 3 7 das UPAs os propriet rios utilizarem o computador nas atividades agropecu rias estes cultivavam cerca de 19 7 da rea rural do Estado Identificou se que a concentra o no uso de computador ocorreu nas culturas de produ o de gr os cana de a car e citrus No tocante ao n vel de instru o 56 dos que utilizavam o computador possu am n vel superior O trabalho tamb m diagnosticou uma associa o direta entre o uso de computadores e a utiliza o de t cnicas de manejo agr cola Avan ando no trabalho de Francisco e Martin 1999 Francisco e Pino 2002 analisaram o impacto do uso de computadores na agricultura em S o Paulo por interm dio de um levantamento amostral no per odo de novembro de 2000 e junho de 2001 Foram utilizados dados do Levantamento Censit rio de Unidades de Produ o Agropecu ria 1995 96 realizado pelo Instituto de Economia Agr cola IEA e pela 160 Coordenadoria de Assist ncia T cnica Integrada Cat
255. aze lo entre os agentes p blicos e privados e impactar negativamente na transforma o do resultado de pesquisa em inova o Em rela o orienta o do Tribunal de Contas da Uni o TCU em auditar o que a Embrapa trouxe de benef cios para a sociedade ou seja quais foram os resultados gerados com recursos p blicos para a agricultura indica uma confusa institucionalidade que rege o setor p blico brasileiro Cabe uma pondera o no tocante a tal orienta o Reconhece se que a orienta o do TCU em geral bem vinda uma vez que o objetivo ltimo de uma empresa como a Embrapa produzir benef cios para a sociedade Entretanto n o nada trivial e muitas vezes mesmo imposs vel fazer uma avalia o imediata relacionando o uso dos recursos financeiros advindos do governo e resultados para a agricultura brasileira Ainda mais dif cil quando se isola uma parte do todo seja uma unidade descentralizada um programa ou uma pesquisa e a ela se aplica como par metro indicador do objetivo do todo no caso a Embrapa Por exemplo um programa particular pode estar voltado para desenvolver conhecimento relevante que em algum momento ser utilizado em benef cio da sociedade e poder ou n o devido incerteza inerente pesquisa cient fica e ao processo de inova o gerar benef cios para a sociedade em geral e para a agricultura em particular Como aplicar tal orienta o do TCU a um 318 program
256. biliza a obten o de um extrato concentrado e purificado de carotenoides que um produto de alto valor agregado para a ind stria aliment cia resultando em um corante natural usando o caju O baga o de caju res duo da ind stria de suco tinha com destino final o descarte Com a tecnologia corante natural este baga o reaproveitado viabilizando o aproveitamento integral a mat ria prima O baga o do caju pode ser usado para a produ o de corante natural gra as a sua alta concentra o de carotenoides pigmentos naturais que variam entre as cores vermelha laranja e amarela Fonte Embrapa 2012b Mendes e Buainain 2013 esclarecem que a Embrapa utiliza a incuba o de empresa como uma das estrat gias para a transfer ncia de tecnologia por alguns motivos a possibilitar o desenvolvimento da pesquisa desde o seu in cio em parceria com a empresa privada neste exemplo com a empresa Sabor Tropical que participou do processo de desenvolvimento da tecnologia b realizar testes e avalia es da tecnologia em escala maior que a laboratorial comprovando a viabilidade da tecnologia para o mercado c licenciar a tecnologia para empresa privada respons vel pela produ o e inser o da tecnologia no mercado Considerando o marco te rico do cap tulo 2 pode se inferir na parceria entre a Embrapa e a Monsanto que ocorre um interc mbio de conhecimentos para a gera o de uma nova cultivar Foi celebrado um contrato d
257. blico alvo 91 Figura 3 4 Desafios cient ficos e tecnol gicos da Embrapa cccceccec ecc c cc cc eeeeeereeererererecenenenaca 91 Figura 3 5 Desafios organizacionais e institucionais da Embrapa sssssssssseessssssssccossssssesceosseseseeeessssssseeeessssse 91 Figura 3 6 Planos governamentais e institucionais que norteiam as a es iniciativas e projetos de PD amp II da Aal IET E EET ETT TE Da Cena sanass Tan Ta Con SED ass TAN ra sEnaSo ate NC ED assa sas saia Taco sasabi dean ca s 92 Figura 3 7 Macrotemas chave para pesquisa desenvolvimento e inova o PD amp I segundo a l gica de cadeia produtiva agropecu ria a E a ae e a a dt nas BhE E dente E a a aa iroa aa ais Ee aio saans 93 Figura 3 8 Macroprogramas carteiras de projetos de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa 94 Figura 3 9 Total de projetos em execu o no Sistema Embrapa de Gest o em 2012 eccc 95 Figura 3 10 Impacto social das cultivares da Embrapa segundo dados do Balan o Social 2013 103 Figura 3 11 Processos do deslocamento da tecnologia s sessssssssseeeossssssseccssssssssccessssssseceosssesssecesssssssseeesse 121 Figura 3 12 Esquema representativo da transfer ncia levando se em conta o tipo e o trajeto da tecnologia 122 Figura 3 13 P gina inicial do site Neg cios de Cultivares ssssss
258. blico de extens o rural e assist ncia t cnica para a grande maioria dos agricultores surgiu a tentativa de sua reestrutura o por meio da Ag ncia Nacional de Assist ncia T cnica e Extens o Rural Anater Todavia Navarro e Alves 2014 entendem que a cria o da Anater traz um desafio para a Embrapa decorrente da confus o entre inova o pesquisa agr cola e transfer ncia de tecnologia aos agricultores Com a previs o da Embrapa ocupar parte na dire o da ag ncia pode ocorrer um induzimento para que a empresa assuma tarefas relacionadas a assist ncia t cnica Segundo os autores assist ncia t cnica e pesquisa agropecu ria s o complementares e exigem especializa es diferenciadas de cada um dos agentes que exercem esses pap is O Decreto no 8 252 de 26 de maio de 2014 instituiu a Anater Segundo Peixoto 2014 as reivindica es para reestruturar o sistema p blico de extens o rural baseiam se na constata o da insufici ncia ou inexist ncia de tais servi os para uma parcela significativa de agricultores al m da lentid o incapacidade financeira e gerencial do Estado para promover a universaliza o do acesso aos servi os de extens o rural aos produtores de pequeno e m dio porte 10 No contexto desta ruptura atual da agricultura brasileira brevemente aqui relatada de forma n o exaustiva emerge e se situa a quest o da transfer ncia de tecnologias geradas pela pesquisa p blica agr cola
259. brange a produ o agr cola organiza o da produ o comercializa o distribui o m o de obra 323 organiza o sindical forma de processamento da produ o estocagem transporte mercado promo o e venda do produto Tamb m foi comentado pelos especialistas que na empresa prevalece o modelo mental de que o trabalho da pesquisa termina no paper e da Embrapa figurar como propriet ria integral da propriedade intelectual Este fator remete ao conceito de modelo mental do processo cognitivo dos indiv duos que integram uma institui o A estrutura cognitiva do indiv duo se d pela sua intera o com o ambiente organizacional LEITE 2011 sendo que os modelos mentais s o uma representa o interna que o sistema cognitivo do indiv duo cria para interpretar o ambiente Em nosso estudo de caso o ambiente organizacional o da Embrapa O que se verifica com a predomin ncia do modelo mental da import ncia do paper e da Embrapa como propriet ria integral a influ ncia da dimens o mental das organiza es para a constru o de vis es valores e cren as compartilhados entre os indiv duos DEQUECH 2009 Essa influ ncia ir impactar na valoriza o da produ o cient fica em detrimento da produ o tecnol gica no modelo mental de separa o entre P amp D e TT gest o da pesquisa e da transfer ncia de tecnologia e na fragmenta o e segmenta o da estrutura da empresa Por fim esse
260. cada como forte ou fraca dependendo da natureza da tecnologia e da efic cia do sistema legal em conceder e proteger os direitos de propriedade intelectual i forte quando dif cil replicar a inova o tecnol gica e o sistema de PI proporciona barreiras legais imita o ii fraca quando a tecnologia f cil de imitar e os ativos complementares tais como marketing manufatura suporte p s transfer ncia e o estabelecimento de parcerias institucionais tornam se cr ticos e necess rios TEECE 1986 As dimens es mais importantes no regime de apropriabilidade s o a natureza da tecnologia e a efic cia dos mecanismos legais de prote o Quadro 2 11 x Quadro 2 11 Dimens es do regime de apropriabilidade o Patentes o Produto o Direitos autorais o Processo o Segredo industrial o T cito o Codificado Fonte Teece 1986 p 287 N 2 No que tange aos instrumentos legais o autor argumenta que a patente n o confere apropriabilidade perfeita embora possa atribuir uma prote o consider vel para produtos qu micos A patente ineficaz para a prote o de inova es de processos pois s o elevados os custos para defender a validade e os requisitos legais desta patente Em setores nos quais a inova o est inserida em processos o mecanismo de prote o via segredo industrial uma alternativa no lugar da patente desde que a empresa possa colocar o seu produto no mercado e ainda manter o segredo da
261. cia na Embrapa que verifique que tal produto foi desenvolvido mas n o foi colocado no mercado preciso ter uma equipe de TT para fazer o plano de marketing 242 definir o modelo de neg cio da tecnologia e isso conjuntamente com a pesquisa para que possamos aprender juntos como fazer Entretanto foi ponderado que para muitos pesquisadores importante que seus projetos tenham a perspectiva de desenvolvimento de um produto final que chegue ao agricultor e ou agroind stria O medo do fracasso apontado acima real e aqui tamb m se manifesta a disson ncia entre o discurso da inova o e a compreens o da realidade da inova o como cercada de riscos e incertezas Em contextos inovadores n o acertar no alvo n o emplacar o produto n o visto como fracasso Fracasso n o tentar e n o h um inovador de sucesso que n o tenha fracassado muitas vezes at acertar Isto significa que caso n o chegue a ter um produto h de se considerar que houve aprendizado t cnico cient fico o que representa um avan o na fronteira do conhecimento No entanto esta cultura n o parece bem desenvolvida e sedimentada na empresa o que provavelmente inibe alguns pesquisadores a se lan ar com mais nfase na esfera do desenvolvimento e da rela o direta com o mercado Do ponto de vista operacional um caso interessante de gest o de P amp D objeto de parceria entre a Embrapa e a iniciativa privada de
262. cimento MAPA Minist rio da Ci ncia Tecnologia e Inova o MCTI Painel Brasileiro de Mudan as Clim ticas Secretaria de Assuntos Estrat gicos da Presid ncia da Rep blica Sociedade Brasileira de Fruticultura Superintend ncia do Desenvolvimento da Amaz nia SUDAM Fun es e n veis estrat gico t tico e operacional desempenhadas pelos especialistas entrevistados da Embrapa Embrapa Sede N veis Fun es Alta dire o da empresa presid ncia diretoria executiva assessores da no dire o rg os colegiados e transversais representantes do Comit Estrat gico Gestor das Estrat gias Comit Assessor Externo da Embrapa e de Macroprogramas do Sistema Embrapa de Gest o T tico Representantes do Comit Gestor da Programa o CGP Comit Gestor de Seguran a da Informa o Chefias de departamentos e de secretarias da sede Operacional Supervis es das chefias de departamentos e secretarias 369 C ECCERE To IEE N veis Fun es Estrat gico Alta dire o das unidades chefes gerais e chefes adjuntos de PD amp I e de transfer ncia de tecnologia L deres de projetos de PD amp I supervisores de transfer ncia de tecnologia e T tico de propriedade intelectual membros de Comit T cnico Interno CTI e do Comit Local de Propriedade Intelectual CLPI Operacional Pesquisadores e analistas que atuam em processos de PD amp l e de transfer ncia de tecnologia As fun
263. cinco grupos de tecnologias i insumos qu micos ii insumos mec nicos implementos equipamentos el tricos e eletr nicos iii insumos biol gicos gen tica e melhoramento vegetal e animal iv pr ticas agr colas forma de produ o agr cola v tecnologias transversais baseadas no acesso e uso de informa o gest o da produ o e de comercializa o SALLES FILHO E BIN 2014 Com a amplia o da presen a do setor privado os pap is da pesquisa p blica n o s o mais os que foram nos ltimos 50 anos tanto nos Estados Unidos como no Brasil para citar apenas dois exemplos significativos No pa s norte americano um dos sinais que mostra esta mudan a refere se ao aumento dos esfor os privados em pesquisa agr cola corroborado pela amplia o do investimento privado em insumos biol gicos que passou de 5 nos anos 1980 para mais de 50 no in cio dos anos 2000 Esta mudan a importante considerando que a gen tica e a gera o de variedades que antes significavam uma divis o de tarefas entre a pesquisa p blica e a pesquisa privada agr cola j n o o s o mais atualmente Por seu turno o Brasil vem acompanhando esta mudan a Uma evid ncia neste sentido o aumento da participa o de empresas de sementes em mercados de soja milho cana de a car e algod o por exemplo que outrora eram dominados pela pesquisa p blica Como consequ ncia h a redu o da participa o de cultivares geradas pe
264. cnica IBGE 2006 4 3 2 Grupo de atividade econ mica No que tange ao grupo de atividade econ mica os dados da Tabela 4 7 apresentam que predomina acesso a estes instrumentos pelo produtor que trabalha com pecu ria e cria o de outros animais Tabela 4 7 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet em rela o aos grupos de atividade econ mica no Brasil segundo dados do IBGE em 2006 Tipo de N mero de estabelecimentos eletrodo um agropecu rios Ns Grupos de atividade econ mica m stico Re Unidades Percentual utilizado Total 183 623 4 54 Lavoura tempor ria 53 493 1 32 Horticultura e floricultura 12 011 0 3 Lavoura permanente 26 265 0 65 Sementes mudas e outras formas 305 0 01 de propaga o vegetal Pecu ria e cria o de outros Computador dio 85 861 2 12 animais Produ o florestal florestas 3 324 0 08 plantadas Produ o florestal florestas 873 0 02 nativas Pesca 78 0 Aquicultura 1 413 0 03 171 Tabela 4 7 N mero de estabelecimentos agropecu rios com computador e acesso internet em rela o aos grupos de atividade econ mica no Brasil segundo dados do IBGE em 2006 continua o Tipo de N mero de estabelecimentos eletrodo o e agropecu rios Ras Grupos de atividade econ mica m stico m Unidades Percentual utilizado Total 75 407 1 87 Lavoura tempor ria 21 303 0 53 Acesso Horticultura e floricultura 5 320 0 13 internet Lavour
265. cnologia em geral e em particular de algumas tecnologias a empresa busca por meio de parcerias aumentar a oferta de tecnologias transg nicas para atender a agenda estrat gica para o Estado brasileiro tanto em tecnologias de interesse social para milh es de agricultores como em tecnologias de interesse comercial Foi esclarecido que n o h institui o p blica de pesquisa agr cola que sozinha desenvolva transg nico Foram mencionadas institui es similares Embrapa dos Estados Unidos da Fran a e da Austr lia que n o possuem transg nico no mercado Para tanto um dos caminhos vi vel gerar o transg nico em parceria com a iniciativa privada considerando os altos custos para as fases posteriores pesquisa em laborat rio at a chegada ao mercado consumidor e que a Embrapa dificilmente poderia arcar com eles As parcerias entre a Embrapa a Monsanto e a Basf s o exemplos de que a parceria p blico privada desde que bem negociada poss vel e salutar porque a Embrapa n o tem condi o de fazer ajustes finais no produto para o mercado No entanto o programa de incuba o de empresa denominado Proeta n o foi t o exitoso a Embrapa errou pois foram levadas ao programa tecnologias que n o estavam acabadas que estavam na fase de pesquisa Sendo que o correto seria ter incubado uma empresa nascente j na fase de valida o das tecnologias para viabilizar sua introdu o ao mercado
266. cognitiva e a pr pria TI rumo agricultura do futuro Nesse caminho prev se a associa o da nanotecnologia rob tica agricultura de precis o e nanosensor para auxiliar na predi o da produtividade na an lise de fertilidade e prever pragas Foram ressaltadas as tend ncias de amplia o do uso da bioinform tica e da biologia computacional para an lise e desenvolvimento de aplica es relacionadas prospec o de dados gen micos e da estrutura das prote nas A utiliza o de t cnicas de modelagem e simula o minera o de dados e computa o de alto desempenho para tratar o grande volume de dados moleculares gerados no melhoramento gen tico com apoio da biotecnologia e da bioinform tica Quanto ao aspecto da mobilidade da Tl espera se que haja tanto uma populariza o de uso de dispositivos m veis no campo e das tecnologias sociais para monitorar o mercado agr cola como tamb m um aumento da oferta de aplicativos de m veis Nesse sentido tamb m se prev a cria o de plataformas sociais colaborativas na agricultura para v rios dispositivos visando fomentar novos modelos de produ o e de financiamento para os empreendimentos rurais A internet das coisas foi mencionada tanto por especialistas nacionais como internacionais de institui es p blicas e privadas como uma tend ncia relevante para a 311 pr xima d cada A internet das coisas possibilitar sua associa o com a tecnologia de ident
267. commodities agr colas e a consequente diminui o de presen a da Embrapa neste mercado conforme citado por alguns entrevistados Tal fato um dos exemplos de que a trajet ria institucional e o papel de institui es como a Embrapa s o mut veis as institui es nascem e cumprem pap is que s o mut veis pois num segundo momento n o preciso mais cumprir ao pap is iniciais Em fun o disso n o faz sentido hoje a Embrapa operar com o mesmo papel para o qual foi criada nos anos 1970 Ela cumpriu um papel importante nos anos 1980 e 1990 e agora tem que exercer outros pap is Num passado recente era importante a Embrapa desempenhar o papel de ofertador l der principal de variedades no mercado quando n o existia o setor privado ofertando de forma gil No presente n o faz mais nenhum sentido a Embrapa fazer esfor o para manter 70 do mercado de soja ou 30 de milho ou algod o H uma percep o pobre de trajet ria de que as institui es tem que desenhar e cumprir sempre a mesma trajet ria Na verdade o desenho da trajet ria precisa estar muito conectado com o momento presente com as circunst ncias e o papel que uma institui o como a Embrapa tem que cumprir no contexto atual Hoje muito mais importante a Embrapa atuar como provedora de variabilidade gen tica como uma antecipadora de riscos e desafios e se preparar para esses riscos e desafios que vem do futuro do que ficar tentando competir c
268. considerando seu car ter transversal Nela encontram se softwares com funcionalidades em administra o rural gerenciamento de 155 insumos manuten o de m quinas e equipamentos Dentre os softwares para controle de processos e ou atividades rurais que somam 25 est o os aplicados rastreabilidade Essa oferta devida principalmente ao tamanho do rebanho bovino do Brasil e s exig ncias do mercado consumidor externo a Europa principalmente para controle sanit rio e imposi o de regras de rastreabilidade na produ o Na categoria manejo animal destacam se solu es para rebanhos de bovinos corte e leite e para aves ovinos bubalinos e caprinos A oferta de solu es para a categoria cultivo vegetal proporcional relev ncia da cultura para a agricultura nacional sendo que maior nas reas de aplica o em cana de a car soja milho MENDES et al 2011 Dentre as reas atuais de aplica es de TI na agricultura destacam se i c lculos complexos possibilitam o gerenciar e processar grandes conjuntos de dados modelagem e simula o processamento e visualiza o de imagens que contribuem para o melhoramento de cultivos vegetais e cria es animais para bioinform tica agrometeorologia ii aplica es geoespaciais para processar e visualizar dados e informa es relacionados geografia e ao espa o o planejamento do uso de terra e recursos h dricos utiliza o dos recursos naturais forneciment
269. cos e lhe aben oas a produ o Coroas o ano com a tua bondade as tuas veredas emanam fartura Destilam sobre as pastagens do deserto E de alegria revestes as colinas Os campos cobrem se de rebanhos e os vales vestem se de espigas Salmos 65 9 13 Dedico o tamb m a Vilson de Almeida in memorian Dorothy Yansen de Almeida e Luciana de Almeida semeadores da Preciosa Semente da Palavra de Deus AGRADECIMENTOS A lavoura requer cuidados di rios do lavrador e do Criador para que possa germinar crescer florescer e frutificar Igualmente eu tive a incomensur vel alegria de receber cuidados de pessoas especiais que dedicaram carinho virtudes tempo compet ncias e aten o cultivando minha vida no transcorrer do plantio do doutorado A Primeira Pessoa a quem agrade o o meu Senhor e Salvador Jesus o Cristo A cada manh seu cuidado me fez saltar muralhas intelectuais lan ando luz e entendimento sobre o tema estudado Agrade o aos meus pais Manuel in memorian e Teresa e a minha tia Gracinda pelo amor e por acreditaram em mim Agrade o a coopera o essencial de dona Dorothy e Luciana sem as quais nenhuma letra seria escrita Seus frutos de compaix o s pessoas reflexo das virtudes do Criador me alcan aram Agrade o ao Nicolas que nasceu no comecinho da planta o do doutorado A cada dia tenho a alegria indiz vel de ver voc crescer e desabrochar Brincar com voc ao final de
270. cotomia PD amp I VIS O rurais parceria agr cola swa Embrapa intera o mercado agricultura empresa INOVA O ada a processo lu es planejamento em ii pesquisa x GRIN deslocamento IPP trajet ria institucional institui es modelo sist mico tecnologias da informa o mess iniciativa Privada desenvolvimento Agropecuaria compet ncias transfronteiras Figura 5 4 Nuvem de palavras de assuntos abordados nas entrevistas com especialistas Fonte elabora o pr pria 327 6 CONCLUS ES Recorrendo analogia o ato de elaborar uma tese semelhante ao de montar um quebra cabe a progressivo O objetivo agrupar as v rias pe as dispersas para vislumbrar a imagem do desenho que vai se ampliando na medida em que se avan a na tarefa Durante a montagem do quebra cabe a utilizam se m todos diversos m ltiplos pensadores e jogadores que colaboram para a constru o da obra A elabora o desta tese o quebra cabe a teve como objetivo geral investigar os fatores condicionantes ex genos e end genos Embrapa que contribuem ou inibem a transfer ncia de suas tecnologias para a agricultura brasileira Para ponderar e agrupar os elementos do objeto de an lise as pe as do quebra cabe a se lan ou m o de procedimentos metodol gicos diversos e complementares de fontes prim rias e secund rias com sustenta o te rica e emp rica com vistas a responder a quest o su
271. ctiva temporal da pesquisa agr cola h uma tens o existente na cobran a Embrapa entre o passado o presente e o futuro Esta tens o relevante porque faz surgir um dilema para a transfer ncia de tecnologia que se refere ao fato de que os atuais resultados de pesquisa refletem as decis es da empresa no passado e ao mesmo tempo tais resultados podem n o corresponder a uma cobran a atual para resolver um problema da agricultura pois a empresa talvez n o ter uma solu o imediata para uma demanda haja vista que os resultados oferecidos v m do passado h uma press o para se construir o futuro e a vis o de futuro da empresa Esta tens o n o apenas da Embrapa mas de qualquer organiza o p blica ou privada no contexto do atual mundo din mico mut vel e de rupturas No entanto ela maior para a Embrapa por ela ser muito vis vel e ter se consolidado com a vis o de que pode pesquisar quase tudo e isso tem um peso Para lidar com esta tens o a empresa precisa ter o entendimento de que muitas demandas solicitadas n o podem ser atendidas e ter a capacidade de comunicar isso usando meios e formas criativas de comunica o A tens o de cobran a Embrapa entre o passado o presente e o futuro tamb m pode ser exemplificada num fato externo que interfere no posicionamento estrat gico da 216 empresa Este fato o aumento da participa o da iniciativa privada no mercado de
272. da difus o concebida como parte integrante do processo de inova o Nesta corrente doutrin ria a inova o entendida n o como um ato isolado mas sim dentro de um contexto do qual participa uma pluralidade de atores sendo ela resultante de conjunto de fatores internos e externos Furtado 2006 Para essa corrente alguns condicionantes que contribuem para entender a difus o e a inova o no mbito do processo inovativo s o i intera o de usu rios e fornecedores ii mecanismos de apropriabilidade iii desenvolvimento de habilidades t cnicas dos usu rios iv mudan a social e organizacional v taxa de lucro e expectativas de retornos econ micos vi aprendizagem tecnol gica A seguir tais condicionantes s o detalhados a partir dos postulados de seus respectivos autores Rosenberg 1979 trouxe importantes contribui es para a teoriza o sobre o assunto primeiro por criticar a barreira neocl ssica entre inova o considerada ex gena e a difus o entendida como end gena ao sistema econ mico e segundo por superar 51 as fronteiras limites entre difus o e inova o O autor aproxima a inova o da difus o e introduz o conceito de inova o incremental representada por aperfei oamentos Dentre alguns dos fatores condicionantes do processo de inova o que envolvem fornecedores e usu rios Rosenberg 1979 aponta i aperfei oamento dos inventos as inova es incrementais em muitos casos trazem
273. da h uma remunera o para seu autor H um enorme potencial nas plataformas abertas e colaborativas para promover o desenvolvimento da agricultura As perspectivas de avan os na fronteira do conhecimento em agroinform tica est o relacionadas mobilidade realidade aumentada ao refor o do uso de gest o espacial da informa o ex o Global Navegation System a TI como forma de potenciar a intelig ncia coletiva o uso de smartphone e a rob tica com rob s auxiliando no processando imagem O modelo de neg cio em TI absolutamente crucial para o sucesso na rea de TT No passado o modelo de TT do software para os consumidores finais incluindo as pequenas e m dias empresas era vender o pacote com o software cuja utiliza o ficava inteiramente a cargo do usu rio que buscava capacita o em cursos especiais consultorias etc Este modelo pressup e uma estrat gia de TT baseada no marketing agressivo em pre os qualidade do produto dentre outros No modelo do software as a service software como servi o que tem possibilidade de expans o as empresas de TI assumem o papel de gestoras da plataforma computacional o agricultor e ou o empres rio agr cola s o os clientes de um determinado servi o acessando o quando e onde quiser mas n o precisar o gerir a plataforma O agricultor n o necessita ter nenhum software instalado em sua propriedade pois n o carece de atualiza o Este modelo de neg cio est
274. dade de desenvolver solu es tecnol gicas para os agricultores no entanto elas apresentam limita es A escola sist mica apresenta uma tend ncia de valorar muito a agricultura em detrimento da problem tica vivida pela popula o rural A participativa por sua vez criticada por n o garantir a efic cia dos m todos que garantam a efetiva coopera o do produtor rural bem como por substituir a inova o pela rotina Nesse sentido o trabalho de Mendes e Buainain 2012 tamb m buscou ponderar o papel das escolas Estes autores relataram comparativamente dois estudos de casos de difus o e transfer ncia de tecnologia No primeiro o modelo de pesquisa agr cola adotado foi o da escola difusionista O in cio da gera o de tecnologia ocorreu com a identifica o do problema de pesquisa pela institui o de PD amp l agr cola a qual ap s seu desenvolvimento envidou esfor os para a sua transfer ncia e ado o pelos agricultores No segundo caso predominou o modelo de pesquisa da escola participativa caracterizado pelo cont nuo di logo entre agricultores e pesquisadores desde a 46 identifica o do problema at as etapas de desenvolvimento dissemina o e ado o da tecnologia considerando se em todos estes momentos como relevante a experi ncia acumulada pelos agricultores Apesar de uso de diferentes modelos de pesquisa agr cola os autores conclu ram que em ambos casos a difus o e a transfer ncia foram efica
275. dade deveria ser revista para se considerar o que a ci ncia gera para a agricultura em termos de indicadores de C amp T pois h especificidades diferente em rela o a concep o da ind stria da patente do licenciamento Esse um desafio conceitual que passa pela universidade de se construir com uma forma de contabilizar a inova o feita na agricultura o que refletiria na melhoria dos indicadores de transfer ncia de tecnologia da pesquisa p bica agr cola Nesse sentido est o abarcadas algumas tecnologias de processos n o pass veis de prote o intelectual A Embrapa e o sistema estadual de pesquisa est o perdendo a luta de tecnologia de produtos o que era de se esperar porque o setor privado muito agressivo neste ponto no melhoramento gen tico e na utiliza o de produtos e est ficando para o setor p blico desenvolver as tecnologias de processos que s o necess rias e privilegiam o enfoque sist mico mas n o tem royalties de propriedade intelectual pois algumas n o podem ser protegidas um processo difuso e n s da institui o p blica de pesquisa temos que valorizar mais as tecnologias de processos Um exemplo a tecnologia de processo da integra o lavoura pecu ria e floresta que tem sido um caso exitoso para a pesquisa p blica O Quadro 5 13 sintetiza as proposi es apresentadas pelos entrevistados Quadro 5 13 Perspectiva futura proposi es para melhoria das a es de transfer
276. de de pesquisa da empresa isoladamente ou em parceria em qualquer das formas de registro de direitos autorais registro de software patente de inven o patente de modelo de utilidade registro de desenho industrial registro de marcas registro de indica es geogr ficas e prote o de cultivares 97 e b atuar consultivamente e assessorar a dire o do centro de pesquisa no estabelecimento de normas relativas propriedade intelectual O Quadro 3 3 apresenta resultados de pesquisa da Embrapa e seus respectivos mecanismos de prote o de acordo com o campo protetivo ao qual est o vinculados Quadro 3 3 Instrumentos protetivos para prote o de tecnologias produtos e processos Desenvolvimento de tecnologia produto e processo Propriedade Direito Autoral Prote o Industrial sui generis POEN Loto Registro Dep sito Registro de Registro de obras Registro de cultivar de de software autorais SNPC marca patente Biblioteca INPI INPI Nacional de pesquisa pass veis de prote o intelectual software SIM SIM base de dados SIM servi os de informa o Web SIM SIM ex Agritempo Ag ncia metodologia cient fica SIM quando atender os requisitos de patenteamento imagem de sat lite SIM m quina e equipamento SIM mapa agroclimatol gico para SIM gest o ambiental cultivar SIM SIM processos biotecnol gico SIM agroindustrial de prote na de engen
277. de produ o aos sistemas agroflorestais aos sistemas com baixa emiss o de carbono s novas cultivares e aos ativos de inova o da biodiversidade brasileira Conclui se que se espera que a Embrapa opere mais como provedora de variabilidade gen tica antecipadora de riscos e desafios que v m do futuro ao inv s de tentar competir com o setor produtivo 343 Dentre os diversos fatores condicionantes para a transfer ncia de suas tecnologias aqui expostos quais seriam aqueles em que a empresa poderia atuar prioritariamente para caminhar para a Embrapa do futuro Em s ntese conclu mos que h dois fatores centrais vinculados s pessoas e organiza o o modelo mental e a gest o organizacional O modelo mental que permeia a empresa marcado como vimos pela aus ncia de consensos em modos de pensar temas b sicos sobre a Embrapa e pela presen a e conviv ncia desarm nica entre v rios modelos mentais traz desdobramentos em diversos condicionantes internos importantes que impactam diretamente a miss o e o papel da Embrapa Condicionantes tais como a falta de clareza e a coexist ncia de vis es divergentes sobre a atividade de transfer ncia de tecnologia a separa o entre a gest o da pesquisa e a da transfer ncia a fragmenta o e segmenta o da estrutura organizacional o entendimento de que a pesquisa termina na publica o a Embrapa como propriet ria integral da tecnologia gerada o v cuo de estoque d
278. decorre das redes globais da Internet e das facilidades de comunica o que se consegue transferir as solu es em TI os softwares rurais e os servi os Web sem a necessidade de haver agentes de transfer ncia Agora em muitas situa es as solu es em TI necessitam de alguma adapta o customiza o a casos 9 A AUTIM congrega mais de 3 500 profissionais vinculados a 350 universidades e centros de pesquisas em v rios pa ses oferece apoio sobre mecanismos de transfer ncia de tecnologia e treinamentos MARQUES 2012 289 concretos E quando n o h esse apoio de transfer ncia e para a adapta o e uso em casos concretos o processo de transfer ncia de tecnologia n o acontece com facilidade Em rela o utiliza o de TI pelos agricultores preciso examinar com aten o para identificar as verdadeiras raz es que explicam a ado o e que dificultam a incorpora o da Tl preciso ter cuidado com as generaliza es porque n o se pode dizer que h problemas generalizados dos agricultores n o usarem TI Em Portugal por exemplo quando h uma solu o de TI com efetividade e que satisfaz uma necessidade objetiva dos agricultores eles a usam O que acontece muitas vezes que existem barreiras transfer ncia das tecnologias que n o se consegue ultrapassar a partida Por exemplo os desenvolvedores de solu es em TI fazem tudo o que necess rio para uma tecnologia funcionar no entanto n
279. dem o SNIA i sistemas de pesquisa e ensino na agricultura produ o do conhecimento ii institui es intermedi rias assist ncia t cnica e extens o rural sistema pol tico e integradoras da cadeia de valor e iii demais agentes da cadeia de valor produtor rural atacado varejo fornecedores e consumidores Na esteira desta teoriza o e da mudan a conceitual uma das conclus es da tese a necessidade de se suplantar o ultrapassado conceito unidirecional de transfer ncia de tecnologia desenvolvedor usu rio Est superado o conceito linear do processo de transfer ncia de tecnologia como um fio condutor que transporta um el tron e conecta as partes Este trabalho prop s logo na sua introdu o um conceito de TT mais aberto e 331 ambicioso que visa incluir no processo de transfer ncia a finalidade de transformar resultados de pesquisa em inova o Para tanto entendemos a transfer ncia de tecnologia como sendo o processo interativo entre m ltiplos agentes da pesquisa ensino extens o fomento segmentos da agricultura e da sociedade p blicos e ou privados com vistas ao interc mbio e o fluxo de conhecimentos entre eles objetivando que os resultados da pesquisa e desenvolvimento sejam introduzidos como novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social resultando em novos produtos processos ou servi os ou seja em inova es A an lise da tese confirma a validade desta reflex o i
280. dio da Embrapa Figura 3 16 Tela inicial do programa de r dio Prosa Rural A Embrapa autoriza terceiros a transmitirem os programas de TV e de r dio por meio de licenciamentos para exibi o A pol tica de uso destes programas de r dio e de TV a mesma adotada para obras disponibilizadas na internet 3 6 Condicionantes transfer ncia de tecnologia Apesar dos esfor os envidados pela Embrapa aqui apresentados para transferir seus resultados de pesquisa h um problema de transfer ncia de suas tecnologias tal como foi indicado nos trabalhos Alves 2012 e Graziano 2012 na introdu o da tese Retomando as falas destes autores Alves mencionou que a fal ncia na difus o o de difundir pr ticas isoladas enquanto Graziano 2012 ao questionar o papel da Embrapa no atual contexto do desenvolvimento agr cola e de qual deve ser sua prioridade respondeu que na difus o do conhecimento tecnol gico que mora o xis da quest o na agropecu ria nacional Estas falas nos remetem ao problema investigado na tese quais fatores condicionantes end genos e ex genos Embrapa contribuem ou inibem para a transfer ncia de suas tecnologias para a sociedade Entretanto cabe uma pondera o este cap tulo at aqui foi baseado principalmente em fontes oficiais da Embrapa relat rios anuais regimentos internos de unidades pol ticas institucionais e normas A partir da se o seguinte e nos cap tulos posteriores o
281. do Um dos caminhos para isso a cria o de redes sociais profissionais tem ticas Para tanto necess ria uma abordagem setorial caso a caso que envolva todos os agentes de uma determinada cadeia produtiva de modo que os v rios atores trabalhem em rede investigadores acad micos produtores rurais transformadores empres rios Com a cria o desse espa o gera se discuss o e h quem utilize a tecnologia Trata se de um trabalho integrado aqueles produtores rurais que s o os primeiros a adotar uma tecnologia s o os l deres inovadores podem influenciar outros que ser o seguidores ocorrendo uma curva em S de difus o da tecnologia No entanto o que acontece muitas vezes em Portugal que h uma incapacidade generalizada de trabalhar em rede e de tirar partido do conhecimento anterior N o h tradicionalmente um trabalho de consolida o do conhecimento anterior S o realidades distantes no Google poss vel encontrar v rias informa es do Brasil sobre determinada cultura mas n o encontro de Portugal Em Portugal n o h uma partilha e disponibiliza o da informa o Tamb m foi comentado que os problemas e as dificuldades para a transfer ncia de tecnologia agr cola da pesquisa p blica tanto para a realidade brasileira como para a portuguesa n o possuem uma nica resposta A resolu o de qualquer quest o hoje passa por resolver pequenos constrangimentos que eles todos junto
282. do entendimento do objeto estudado Especialistas com atua o em trabalhos e pesquisas com temas relacionados inova o agr cola transfer ncia de tecnologia e agroinform tica No Ap ndice encontra se o perfil dos especialistas Pelo exposto neste cap tulo adota se na tese uma acep o ampla de transfer ncia de tecnologia Portanto entende se por transfer ncia de tecnologia o processo interativo entre m ltiplos agentes da pesquisa ensino extens o fomento segmentos da agricultura e da sociedade p blicos e ou privados com vistas ao interc mbio e fluxo de conhecimentos entre eles objetivando que os resultados da pesquisa e desenvolvimento sejam introduzidos como novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social resultando em novos produtos processos ou servi os ou seja em inova es Trata se de uma defini o de TT mais abrangente que emerge da necessidade de supera o do conceito limitado e unidirecional de TT figurando o desenvolvedor de um lado usu rio de outro com ou sem a intermedia o da extens o rural A Figura 2 11 ilustra esta defini o de TT adotada na tese 80 pesquisa ensino extens o fomento atores da agricultura sociedade agentes concep o desenvolvimento e promover implementa o p blicos e m ltiplos interc mbio e privados agentes fluxo de conhecimentos a x PROCESSO INTERATIVO py ambiente produtivo ZNOVOS e ou socia
283. do processo de inova o A implica o desta ruptura que a inova o at ent o vista como um ato isolado de um agente passou a ser entendida em um amplo contexto do qual participam diversos atores p blicos e privados e como sendo o resultado de um conjunto de fatores Com essa evolu o ocorreu uma mudan a conceitual no processo de transfer ncia de tecnologia Antes compreendido apenas como uma a o de difus o meramente de comunica o entre emissor e receptor desenvolvedor e usu rio passou a ser percebido como sendo um processo din mico que requer uma conjuga o de atores p blicos e privados e de fatores sociais econ micos culturais ambientais e sist micos que necessitam interagir entre si para a eficaz incorpora o da inova o Nota se que esta acep o mais ampla insere o processo de transfer ncia de tecnologia na inova o entendida como a introdu o de novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos processos ou servi os A an lise do arcabou o conceitual do sistema nacional de inova o na agricultura SNIA ofereceu pistas de que a transfer ncia tecnol gica n o pode ser tratada isoladamente apenas em um segmento seja no sistema de pesquisa que gera a tecnologia ou somente como atribui o dos atores intermedi rios facilitadores da transfer ncia entretanto precisa ser vista num contexto amplo de intera o entre os tr s segmentos que compreen
284. dos eles n o estudaram no contexto do sistema nacional de inova o na agricultura SNIA quais s o os fatores condicionantes ex genos e end genos a um instituto p blico de pesquisa IPP agr cola que contribuem ou inibem para a transfer ncia de suas tecnologias N o discutiram tamb m qual o 12 papel de um IPP no mbito do SNIA e como suas intera es com m ltiplos agentes p blicos e privados podem fomentar ou n o a inova o no campo A tese n o tem a pretens o de exaurir a discuss o sobre o problema dos 3 9 milh es de produtores rurais que pouco contribu ram para a produ o e que por certo tiveram acesso limitado ou nenhum s tecnologias at mesmo porque seus problemas podem estar vinculados a quest es estruturais que devem ser objeto de pol ticas de Estado e fogem ao escopo deste trabalho Assim sendo para fins desta pesquisa de doutorado num primeiro momento objetiva se esbo ar um quadro mais geral sobre os fatores condicionantes externos e internos Embrapa para a transfer ncia de suas tecnologias para num segundo momento realizar um recorte para analisar quais s o as especificidades para promover a transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o TI aplicadas agricultura geradas pela Embrapa Neste trabalho a TI entendida como sendo um conjunto de tecnologias que t m como base a inform tica computadores e softwares a microeletr nica dispositivos
285. dos CLPIs Erros de concep o e execu o de in Nova orienta o do TCU q programas como no caso da incuba o p para auditar nos projetos Q de empresa S de P amp D resultados o ND Contradi es com regras impostas de fora N final sticos para a Z E para dentro e que n o levam em conta as p sociedade refor a o foco o o especificidades da empresa E para a tecnologia 2 E A Embrapa n o pode ser auditada pelo acabada TCU como uma empresa de torno Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas Comunica o institucional e mercadol gica Um gargalo apontado para a empresa promover a es de transfer ncia de tecnologia foi a comunica o institucional e mercadol gica Foi relatada a necessidade das a es de transfer ncia de tecnologias estarem aliadas s de comunica o para se conseguir efetivamente levar os resultados sociedade A m xima que persiste junto a algumas equipes de comunica o e de TT eu pesquiso voc transfere e ele comunica n o reflete o fato de que as a es n o podem estar dissociadas Cabe ressaltar que este aspecto j foi mencionado antes na dimens o do processo de produ o Embrapa e aqui retorna em uma dimens o diferente a da comunica o 232 Desde o in cio do projeto de P amp D deve se prever as formas de comunica o de como os resultados chegar o sociedade No entanto n o o que ocorre em
286. dro 2 2 Compara o entre as abordagens de sistemas na agricultura 39 Quadro 2 3 Comparativo das escolas de pesquisa agr cola e extens o 42 Quadro 2 4 Gera es dos primeiros modelos de difus o tecnol gica 48 Quadro 2 5 T cnicas da agricultura para introdu o tecnol gica conforme Paiva 1971 50 Quadro 2 6 N veis de assimila o da transfer ncia de tecnologia 54 Quadro 2 7 Benef cios da transfer ncia de tecnologia concedente e adquirente 56 Quadro 2 8 Modalidades de transfer ncia de tecnologia conforme a capacidade a posi o e a natureza jur dica dos agentes envolvidos no processo 56 Quadro 2 9 For as motrizes para o sistema agroalimentar e agroindustrial horizonte 2014 2034 62 Quadro 2 10 Elementos essenciais e fatores condicionantes para a transfer ncia de tecnologia 66 Quadro 2 11 Dimens es do regime de apropriabilidade 72 Quadro 2 12 Procedimentos para transfer ncia de tecnologia e seus objetivos 78 Quadro 2 13 Elementos anal ticos dos condicionantes end genos ao instituto de PD amp I agr cola para difus o e a transfer ncia tecnol gica 83 Quadro 2 14 Elementos anal ticos dos condicionantes ex genos ao instituto de PD amp l agr cola para difus o e a transfer ncia tecnol gica 84 Quadro 3 1 Instrumentos institucionais norteadores da gest o da Embrapa 90 Quadro 3 2 Solu es tecnol gicas da Embrapa produtos processos servi os e ativos de base tecnol gica e seus respectivos objet
287. dutor rural b as grandes e m dias organiza es utilizam a tecnologia de forma intensiva e demandam inova es enquanto as pequenas organiza es enfrentam problemas relacionados a fatores sociais econ micos e t cnicos c os setores do governo de apoio cooperativo e os extensionistas n o se encontram totalmente habilitados com rela o s pr ticas e ao uso de tecnologias da informa o Um dos fatores que contribu ram para o avan o tecnol gico da TI rural foi a forma o de uma massa cr tica de profissionais especializados em pesquisa desenvolvimento e inova o na rea Isso ocorreu com a cria o de institui es de ensino pesquisa e fomento em agroinform tica O Quadro 4 1 sintetiza os principais fatos que contribu ram para o advento de institui es e de atividades de ensino pesquisa e fomento na rea Quadro 4 1 Evolu o hist rica das atividades de tecnologia da informa o aplicada agricultura no Brasil Per odo Fatos Inser o do tema tecnologia de informa o no agroneg cio brasileiro IELE Cria o do Centro de Inform tica Ciagri da Escola Superior de Agricultura 1985 Luiz de Queiroz ESALQ da Universidade de S o Paulo USP Cria o da Embrapa Instrumenta o Agropecu ria Cria o do N cleo Tecnol gico para Inform tica Agropecu ria NTIA da Embrapa o qual passou a ser denominado de Centro Nacional de Pesquisa Tecnol gica em Inform tica Agropecu ria em 1993 cujo nome
288. duzida da explora o rural e baixa capacidade de investimento o que interfere de fato outro fator Existem dois tipos de agriculturas distintas i a agricultura empresarial que bem evolu da e usa a Tl e h in meros casos de estabelecimentos em Portugal que usam agricultura de precis o solu es m veis monitoriza o e ii a explora o familiar na 290 qual h um problema de uso de solu es em Tl e que necessita de mais a es de transfer ncia para chegar a uma utiliza o mais intensa Em Portugal com a extin o da extens o rural as organiza es de produtores mant m equipes t cnicas que apoiam o agricultor e buscam gerir os processos burocr ticos da atividade agr cola mas que tamb m desenvolvem servi os suportados de TI H as duas realidades sempre presentes A esse respeito foi afirmado que h alguns preconceitos de que agricultura n o usa TI que n o s o verdadeiros Um exemplo de Portugal na produ o de leite que existem in meras pequenas explora es de leite com incorpora o de TI rob s de ordenhas monitoriza o de silos gest o da alimenta o e existe h anos o agricultor viu as tecnologias dispon veis no mercado e as adotou Entretanto h fatores condicionantes que limitam a transfer ncia e o uso de tecnologias da informa o na agricultura Um exemplo o da agricultura de precis o Em Portugal j se chegou conclus o que a dimens o da explora
289. e networks role of agricultural production chains on producer s decisions regarding adoption of alternative technology subordination of farmers to supply chains strategies strengthening of private enterprises in agricultural research and displacement of public research polarization of public policies between family and commercial agriculture heterogeneity of Brazilian agriculture regarding production infrastructure and socioeconomic indicators high rate of illiteracy in rural areas high degree of risk aversion of farmers lack of technical assistance and rural extension services political division between two ministries linked to the rural sector high turnover of agricultural Ministers which reflects on the uncertainty of a long term agricultural policy The results point to a set of endogenous factors such as Embrapa s fragmented and rigid organizational structure prevalence of a linear view regarding that difficults the systemic vision and complementarity sporadic strategic planning lacking of plurality in the intelligence system institutional trajectory of the company limited autonomy of decentralized units difficulties in establishing partnerships with private enterprises limited focus of social communication targeted to markets emphasis on scientific results rather than on technology itself technological and mental model which favors research and publications rather than its technological products The results indicate the need for
290. e 1970 Dentre os fatos hist ricos que intensificaram as discuss es sobre o assunto est o i o baixo crescimento econ mico nos pa ses industriais avan ados no in cio da d cada de 1970 e por outro lado o desenvolvimento do Jap o com grande poder econ mico e tecnol gico ii a acelera o do progresso t cnico em alguns pa ses em desenvolvimento como a Cor ia do Sul e Taiwan que conseguiram diminuir o hiato tecnol gico em rela o aos pa ses l deres ap s a Segunda Guerra Mundial SBICCA E PELAEZ 2006 A abordagem neo schumpeteriana passou a tratar a inova o sob o enfoque de sistemas enfatizando a import ncia das a es coordenadas de diversos atores institutos de PD amp l universidades iniciativa privada governo rg os de financiamento e fomento para promoverem o desempenho tecnol gico dos pa ses Dentre os autores que apresentam o quadro anal tico de sistemas de inova o destacam se Lundvall 1985 que descreveu o sistema de inova o num primeiro momento sem adicionar o termo nacional e mais tarde em sua obra Lundvall 1992 enfatizou a aprendizagem na an lise do sistema inovativo Freeman 1987 que incorporou o termo nacional na an lise dos sistemas inovativos e estabeleceu um nexo causal entre as diferentes taxas de crescimento da economia e a rela o com a inova o tecnol gica entre pa ses Dosi et Outro fato hist rico anterior relacionado ao processo de capacita
291. e Difus o e Transfer ncia Tecnol gica finalidades da chefia de transfer ncia de tecnologia de unidade descentralizada e as conex es com as demais unidades 117 Quadro 3 14 M todos procedimentos e ferramentas para transfer ncia de tecnologias 120 Quadro 3 15 Destaques de a es de transfer ncia de tecnologias da Embrapa 123 xix Quadro 3 16 A es complementares da estrat gia de transfer ncia de tecnologia e de constru o de conhecimentos da Embrapa 124 Quadro 3 17 Principais parceiros institucionais da Embrapa 126 Quadro 3 18 Parcerias p blico privadas da Embrapa com o setor sementeiro para desenvolvimento de cultivares situa o em fev 2013 128 Quadro 3 19 Parcerias p blico privadas com estrat gias variadas 130 Quadro 3 20 Fatores condicionantes end genos da Embrapa para a transfer ncia de tecnologia 140 Quadro 4 1 Evolu o hist rica das atividades de tecnologia da informa o aplicada agricultura no Brasil 157 Quadro 4 2 Fatores condicionantes ex genos ado o de TI na agricultura 165 Quadro 4 3 Portf lio de solu es em tecnologia da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria 180 Quadro 4 4 Monitoramento da quantidade de visita e de download a tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria dispon veis via web dados de 2012 184 Quadro 4 5 Ativos de propriedade intelectual da Embrapa Inform tica Agropecu ria protegidos e ou licenciados 184 Q
292. e apresentar os tipos de tecnologias de acordo com a OCDE 1997 cumpre definir alguns termos iniciais Primeiro a palavra tecnologia que segundo Sabato 1972 p 15 definida como sendo o conjunto ordenado de conhecimentos cient ficos ou emp ricos utilizados na produ o de bens ou servi os na atividade econ mica organizada A tecnologia a express o material de um processo que se manifesta por meio de instrumentos m quinas dentre outros cuja finalidade melhorar a vida humana Em geral o voc bulo tem dimens o instrumental de possibilitar o aumento de produtividade e competitividade Segundo Vargas 1994 a tecnologia o estudo ou tratado das aplica es de m todos teorias experi ncias e conclus es das ci ncias ao conhecimento dos materiais e processos utilizados pela t cnica Zawislak 1995 avan a no conceito de tecnologia apresentando que ela o resultado de um estoque de conhecimento cuja aplica o pode requerer a teoria princ pios abstratos as leis cient ficas e as observa es emp ricas Recuperando o conceito apresentado na introdu o da tese a inova o a implementa o de um produto bem ou servi o novo ou significativamente melhorado ou um processo ou um novo m todo de marketing ou um novo m todo organizacional nas pr ticas de neg cios na organiza o do local de trabalho ou nas rela es externas Seu requisito primordial a introdu o no mercado do novo produto
293. e caracterizando por uma estrutura r gida limitando sua agilidade gerencial Houve uma redu o na din mica das institui es de ci ncia e tecnologia do setor p blico em raz o da profus o de algumas leis Como resultado a Embrapa entrou no s culo XXI desprovida de suas caracter sticas de flexibilidade e agilidade CRESTANA E SOUZA 2008 Um dos reflexos desta rigidez pode ser constatado em sua estrutura organizacional fortemente hierarquizada A Embrapa possui tr s inst ncias diretivas o Conselho de Administra o a Presid ncia e a Diretoria Executiva Esta ltima dividida em Diretorias de PD amp I Transfer ncia de Tecnologia e de Administra o e Finan as A Embrapa foi estruturada num modelo institucional baseado em centros nacionais de pesquisa e de servi os divididos em unidades ecorregionais de produtos de temas b sicos e de servi os As unidades da Embrapa t m o mandato institucional de desenvolver solu es tecnol gicas em suas respectivas reas de atua o visando ao cumprimento da miss o da empresa A Figura 3 1 apresenta o organograma da empresa e a Figura 3 2 o modelo institucional dos centros nacionais da Embrapa 2 Crestana e Souza 2008 citam como exemplo leis como a de licita o e do sistema integrado de administra o de recursos humanos Siape 88 Conselho de Administra o Diretoria Executiva DE DE DE DE Pesquisa e Transfer ncia de Administra o e Desenvolv
294. e conhecimentos na empresa em decorr ncia da falta de transi o entre a gera o pioneira e a gera o de novos pesquisadores a predomin ncia da cultura da universidade do trabalho individual mais competitivo e do foco em produ o cient fica em parte dos novos contratados e o n o aculturamento nos valores da institui o Estes desdobramentos da presen a de modelos mentais conflitantes remetem ao desafio mais complexo da empresa a sua autotransforma o E na Embrapa assim como em outra grande organiza o transformar o modelo mental das pessoas representa uma das maiores dificuldades Promover uma mudan a no modelo mental para que se incentive n o a unanimidade mas um modo de pensar convergente sobre quest es b sicas como o papel da empresa seus objetivos e alcance para viabilizar a atua o em sincronia das pessoas que mesmo tendo pontos de vista pr prios trabalhem em conjunto norteadas pelas diretrizes e metas da empresa definidas e legitimadas segundo suas pr prias regras de governan a A mudan a no modelo mental est tamb m adstrita a outro desafio da empresa o de adotar um novo modelo de gest o organizacional sist mico e horizontal que se reflita numa governan a transversal da pesquisa Um modelo organizacional que busque de forma estruturante uma conex o com o ambiente externo com a sociedade e com o que est ocorrendo no mundo para trabalhar no contexto de redes num processo 344 cont n
295. e executar a negocia o de cultivares Haver um grupo de estudo para rever as atribui es da SNE e do SPM Al m de sombreamento entre as unidades que tratam de a es de TT h uma lacuna na estrutura organizacional que comprometo o esfor o de fazer chegar ao produtor a tecnologia gerada pela Embrapa a falta de uma rea de inova o que pudesse organizar de forma transversal os processos da Embrapa que fomentariam a promo o da inova o A fragmenta o em v rios departamentos causa confus o nas unidades descentralizadas Outro impacto da confus o estrutural a burocracia que ela gera o que conspira contra a empresa Foi indagado quantas pessoas das unidades centrais conhecem a realidade das unidades descentralizadas Isso pode ter como consequ ncia que as equipes de algumas unidades centrais trabalhem muito no modelo te rico Cada hora aparece um modelo novo que na pr tica pode encontrar dificuldades e n o funcionar Tem um sombreamento muito forte Nas unidades descentralizadas as equipes de TT s o pequenas o empregado precisa ser multifuncional o que diferente da sede onde h v rias coordenadorias para diversos assuntos especializados No entanto foram mencionados in meros casos de esfor os conjuntos entre unidades descentralizadas com a participa o de unidades centrais para colocar uma tecnologia no mercado Sempre envolve e requer aprendizado uma vez que as unidades t m experi nc
296. e para explicar a din mica da rea de inova o Um especialista opinou que est em crise a vis o cl ssica e convencional de transfer ncia de tecnologia como a rela o existente entre algu m que desenvolve e outro que recebe a tecnologia Outro indicou que ultrapassada a vis o de que algu m na torre de marfim desenvolve o conhecimento e depois v como levar at o usu rio final O agricultor ou o consumidor Segundo afirmou a Embrapa por ocasi o de sua cria o atuava com o chamado modelo circular que tinha o problema a pesquisa o produtor rural e fechava o c rculo No entanto ao longo dos anos houve uma mudan a no modelo de transfer ncia de tecnologia para atender n o apenas o produtor rural mas a empresa partiu para olhar tamb m a agroind stria o mercado e a sociedade brasileira ou seja ampliou muito seu p blico alvo Este movimento de amplia o do p blico alvo ocorreu em fun o das mudan as na pr pria sociedade incluindo a democratiza o e evolu o dos mercados dos agentes da for a crescente das organiza es n o governamentais Nesse processo a empresa teve que se abrir considerar tamb m o consumidor final que passou a ter peso como ator social cuja presen a e atua o se manifesta n o apenas no mercado como comprador mas tamb m institucionalmente por meio da legisla o e das institui es de prote o dos consumidores Um exemplo mencionado sobre a imp
297. e pesquisa com o objeto de avalia o de efici ncia do gene e da constru o g nica da soja resistente ao herbicida base de glifosato As cultivares de soja transg nicas resultantes da pesquisa usando germoplasma da Embrapa e contendo a tecnologia Roundup Ready da Monsanto foram objeto de um licenciamento da tecnologia Monsanto para a Embrapa Com a empresa incubada a tecnologia foi gerada conjuntamente entre as partes O objetivo ganhar escala com a comercializa o da tecnologia realizada pela empresa incubada Nesta parceria ocorre o interc mbio de conhecimentos a partir da ideia inicial at a cria o final do produto A utiliza o de incuba o de empresa possibilita o desenvolvimento da pesquisa desde o seu princ pio juntamente com a empresa privada 134 bem como a realiza o de testes e avalia es da tecnologia em escala maior que a laboratorial Tamb m viabiliza o licenciamento da tecnologia para empresa privada respons vel pela produ o e inser o da tecnologia no mercado Na parceria com as empresas produtoras de semente de milho h uma transfer ncia de tecnologia por meio da concess o de uma licen a empresa parceira para multiplica o e comercializa o de sementes da nova cultivar A articula o entre a Embrapa e as empresas sementeiras envolve interc mbio de informa es t cnicas associadas s linhagens de h bridos de milho Este mecanismo de transfer ncia de tecnologia uma for
298. e saber que as tecnologias t m limita es e que os produtos de ICT Institui o de Ci ncia e Tecnologia n o s o produtos totalmente acabados no entanto parte se do pressuposto que as tecnologias t m base cient fica correta mas se pode questionar ser que elas s o boas mesmo para o mercado A natureza da tecnologia outro fator indicado como relevante Algumas tecnologias s o transferidas apropriadas para pela sociedade por meio da pr pria difus o do conhecimento uma vez que n o est o plasmadas em objetos f sicos e est o mais pr ximas a ensinamentos E nem toda tecnologia de base f sica chega ao mercado Isto pode ocorrer por v rias raz es desde falhas na pr pria tecnologia problemas na esfera da transfer ncia dificuldades para transform la em inova o associadas ao contexto como a falta de uma rede de servi os t cnicos que d suporte ao inovador Mas isto tamb m pode ocorrer por que a tecnologia desenvolvida uma tecnologia de pr prateleira e n o h esfor o para sua transfer ncia para a sociedade Isso ocorre porque o pesquisador fez o projeto atendeu aos resultados propostos como publica es e at pode haver repercuss o em sua progress o salarial por m se o produto final ser ou n o usado implementado como uma inova o n o refletir no sal rio do pesquisador e s vezes falta um esfor o dele em tentar colocar o produto no mercado E parece n o haver uma inst n
299. e se encontra em outro pa s e isso gera uma nuvem clara escura na rea internacional E a entra outra dificuldade a de lidar com a agenda internacional A agenda de coopera o cient fico tecnol gica via Labex chamado de caminho da estrat gia internacional excelente para se pensar em antenagem e parcerias at para potencializar as compet ncias da empresa e essencial porque traz uma nova perspectiva para o pa s e isso tem reflexo nas a es de transfer ncia de tecnologia Um aspecto operacional da transfer ncia de tecnologia foi mencionado a partir de uma experi ncia de um entrevistado ao licenciar um hardware um sensor que pode ser usado manualmente ou em diferentes tipos de equipamentos Esta experi ncia foi marcada pela pr atividade da equipe de transfer ncia que convidou seis empresas privadas que atuam no segmento para participarem da rodada de neg cios com vistas ao licenciamento sem exclusividade Foi elaborada uma carta explicando a tecnologia suas funcionalidades e as vantagens em rela o a produtos similares do mercado Das seis empresas tr s de interessaram pelo produto e ao final uma delas foi licenciada e o comercializa o produto at hoje desde 2000 Outro aspecto operacional citado foi o custo envolvido no licenciamento importante a Embrapa n o cobrar taxa de licen a muito alta porque a empesa quando licencia o produto na maioria das vezes n o se tem dinhei
300. e transfer ncia de tecnologias Como exemplo pode se citar a parceria com a Unimilho Uni o dos Produtores de Sementes de Milho em 1989 que estabelecia uma franquia para uso da gen tica BR de milho h brido da Embrapa Outro exemplo a parceria em soja com a Funda o Mato Grosso composta por produtores de soja deste estado estabelecida em 1993 Essa ltima parceria se expandiu para algod o posteriormente conforme relatam Contini e Andrade 2013 Esta estrat gia da Embrapa com parceiros privados tem sido objeto de an lise de trabalhos de Fuck e Bonacelli 2006 2007 2009a 2009b Todavia como apontam Fuck e Bonacelli 2009a as parcerias da Embrapa com institui es de maior porte como era o caso da Unimilho e da Funda o Mato Grosso ficavam comprometidas pelo fato da Embrapa n o admitir a co titularidade dos materiais desenvolvidos com os parceiros privados Em decorr ncia disso foi rompida a parceria 127 com a Funda o Mato Grosso que n o aceitou a regula o da Embrapa quanto titularidade e divis o dos royalties Quanto ao segmento de milho com a desestrutura o da Unimilho outras articula es semelhantes foram propostas com a expans o do modelo de parcerias com associa es de empresas e produtores de sementes conforme mostra o Quadro 3 18 Estas parcerias preveem tanto a participa o do setor privado no custeio parcial das fases finais de programas de melhoramento como tamb m a amplia o
301. ealidade produtiva agr cola do pa s O ponto central se refere falta de um entendimento compartilhado sobre o papel da Embrapa seu alcance e suas limita es e n o necessariamente ao diagn stico das transforma es em curso As diferentes agendas no limite cada pesquisador tem a sua agenda seriam portanto mais um reflexo dos distintos modelos mentais que disputam a hegemonia na empresa do que de diagn sticos sobre a realidade atual Para um grupo de especialistas a avalia o de desempenho individual usada na Embrapa valoriza mais os esfor os de publica es cient ficas em detrimento da gera o de tecnologias ou seja promovendo a l gica cient fica versus a l gica tecnol gica 321 Segundo Salles Filho e Bin 2014 este um fato observ vel e recorrente em algumas organiza es de pesquisa e ensino Houve uma expans o de publica es de artigos cient ficos em todas as reas do conhecimento chegando a dois milh es de artigos por ano somente na Web of Science Institutos de pesquisa inclusive agr cola como a Embrapa que s o orientados por miss o tamb m seguiram esta tend ncia principalmente pela facilidade de seus pesquisadores alavancarem recursos de fontes de financiamento para a pesquisa por meio da amplia o de suas publica es cient ficas Para estes autores n o se questiona a import ncia da excel ncia cient fica e da exist ncia de financiamento para pesquisa No entanto ponderam que
302. ecisa se aproximar do produtor rural e que do contr rio eles n o entendem a linguagem do cientista mas precisa tomar cuidado para o pesquisador n o ser o extensonista Cabe ressaltar que quem avaliar se a pesquisa boa ou ruim n o a popula o ribeirinha mas sim os pares do pesquisador que entendem o que est sendo pesquisado No entanto se um pesquisador que est alocado numa atividade de extens o ele precisa ter habilidade de comunica o e principalmente a equipe da transfer ncia precisa ter habilidade de comunica o com os diversificados p blicos Para que o pesquisador conhe a melhor a cadeia produtiva para a qual est gerando a pesquisa preciso ocorrer uma mudan a cultural na empresa uma mudan a no modelo mental de alguns pesquisadores que acham que o seu trabalho termina no artigo na publica o mas o correto pensar que o trabalho do pesquisador come a no paper pois o dif cil transformar conhecimento em tecnologia O Quadro 5 11 sintetiza os fatores end genos atinentes pesquisa desenvolvimento e inova o Quadro 5 11 Fatores condicionantes end genos dimens o Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp l Fatores condicionantes end genos Elemento Inibem E Os portf lios e arranjos trouxeram mais complexidade e burocracia para a gest o da PD amp l E As mudan as no sistema de gest o t m como consequ ncia o abandono de sistemas informatizados a e
303. ef cios para o p blico alvo Fonte V PDE 2008 2011 2023 Embrapa 2008 p 20 Prospectar a Atingir um novo patamar tecnol gico competitivo em agroenergia e biocombust veis Garantir a competitividade e sustentabilidade da agricultura brasileira biodiversidade para o desenvolvimento de produtos diferenciados e com alto valor agregado para explora o de novos segmentos de mercado Intensificar o desenvolvimento de tecnologias para o uso sustent vel dos biomas e integra o produtiva das regi es brasileiras Figura 3 4 Desafios cient ficos e tecnol gicos da Embrapa Fonte V PDE 2008 2011 2023 Embrapa 2008 p 20 Expandir a atua o Internacional em suporte ao desenvolvimento do agroneg cio brasileiro e transfer ncia de tecnologia Consolidar um Armpler a modelo institucional Atrair para aumentar e organizacional de desenvolver e asinergia e a capacidade t cnicos e e velocidade da inova o e a gest o gil e flex vel reter talentos com autonomia para associa es e gerenciais pera tecnologia atua o em redes Promover a gest o e prote o do conhecimento transfer ncia de Ampliar e diversificar as fontes de financiamento para PD amp I Figura 3 5 Desafios organizacionais e institucionais da Embrapa Fonte V PDE 2008 2011 2023 Embrapa 2008 p 20 Contribuir para o avan o da fronteira do conhecimento e incorporar tecnologias emerg
304. eiros para suas pesquisas s vezes em detrimento da aloca o equ nime junto aos projetos da Oepas Desestrutura do SNPA E Hiato entre a cadeia de produ o do conhecimento da pesquisa agr cola e a cadeia de produ o agr cola A pesquisa agropecu ria tem um custo elevado os Estados t m dificuldades para mant la e necessitam de apoio e investimentos do governo federal E As QOepas n o t m como competir com organiza es federais frequentemente perdem seus servidores que buscam melhores condi es Oepas de remunera o e trabalho E Desaten o dos governos estaduais pela gest o das organiza es estaduais de pesquisa agropecu ria que enfraquece o setor Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 197 Institui es intermedi rias Em rela o aos fatores condicionantes da transfer ncia de tecnologias da Embrapa que dizem respeito ao segundo grupo de agentes que integram o SNIA as institui es intermedi rias assist ncia t cnica e extens o rural meio pol tico integradoras da cadeia de valor conforme proposto por Arnold e Bell 2001 os entrevistados apontaram como relevantes os seguintes o desmantelamento da extens o rural as tens es e tenta es no sentido de a Embrapa assumir este vazio institucional e a falta de clareza sobre o ou os modelos de extens o rural adequados para contribuir para a transfer ncia de tecnologias geradas pela
305. eitos patrimoniais sobre bens imateriais protegidos juridicamente Assafim 2010 Expans o da demanda mundial por alimentos implica em maiores exig ncias por produtos aliment cios certificados Cruvinel e Assad 2011 Fatores condicionantes da ado o tecnol gica socioecon micos caracter sticas do produtor da produ o e da tecnologia fatores sist micos Souza Filho et al 2011 Imensa dualidade que caracteriza a transfer ncia tecnol gica na agricultura brasileira aprofundando o processo bifronte do desenvolvimento agr rio Alves e Silva 2013 e Buainain et al 2013 67 Quadro 2 10 Elementos essenciais e fatores condicionantes para a transfer ncia de tecnologia continua o Gera o e difus o tecnol gica diferenciada para distintos produtos Buainain et al e regi es brasileiras refor a a heterogeneidade entre produtores 2013 rurais O poder de comando de sistemas agroindustriais SAGs define Zylberstajn 2014 qual tecnologia ser ou n o adotada pelos produtores rurais que participam de determinado SAG For as motrizes da agricultura que atuam em escala local Embrapa 2014a nacional e global que de maneira direta ou indireta induzem mudan as nos agroecossistemas Fonte elabora o pr pria com base nos trabalhos citados O referencial te rico apresentado contribui para melhor entendimento dos elementos da difus o e transfer ncia
306. ela o no quadro de empregados entre apoio e pesquisa Hoje a empresa tem quatro pessoas de apoio pesquisa para uma pessoa de pesquisa Ou seja s o por volta de 2 mil pesquisadores para uns 10 mil empregados Tem que mudar para 4 pessoas de pesquisa para uma pessoa de apoio Precisamos ter mais pesquisadores porque nossa empresa de intelig ncia Uma perspectiva futura que pode contribuir para a revis o do que se considera ou n o transfer ncia de tecnologia refere se aos indicadores de ci ncia e tecnologia do Brasil O pa s n o leva em conta a transfer ncia realizada sem prote o propriedade intelectual ou seja o que n o passa pela prote o via mecanismos da propriedade industrial direito autoral ou prote o sui generis n o contabilizado como tecnologia transferida pelas pesquisas oficiais do governo tal como a Pintec Pesquisa de Inova o Tecnol gica Todavia h um acervo de inova o gerada pela Embrapa que n o pass vel de prote o por meio dos mecanismos de propriedade intelectual e importante conseguir computar essa quantidade pois o pa s estaria melhor em termos de indicadores de C amp T A Embrapa gera novos conhecimentos produtos ou processos que est o sendo incorporados pelo produtor rural mas nem sempre s o pass veis de prote o intelectual Nesses casos a Embrapa faz transfer ncia de conhecimentos e de 259 tecnologias sem prote o E esta contabili
307. eletr nicos sistemas embarcados de identifica o controle e monitoramento e as telecomunica es internet televis o telefonia e sat lites IBGE 2009 O recorte tem tico justifica se por algumas raz es Considerando a amplitude e complexidade das solu es tecnol gicas desenvolvidas pela Embrapa tarefa herc lea tratar da transfer ncia de todo o seu portf lio de tecnologias Deste modo optou se por analisar numa primeira etapa o quadro geral do processo de transfer ncia da Embrapa o que poder permitir realizar algumas ila es no tocante a tal processo na empresa e na etapa seguinte estudar as especificidades da transfer ncia de solu es em tecnologia da informa o Outra raz o do recorte deve se ao car ter transversal e pervasivo da TI que a torna um insumo tecnol gico e produtivo presente em um amplo conjunto de atividades A TI est presente em distintas solu es tecnol gicas e com potencial de m ltiplas aplica es Como elucidam Diegues Roselino e Garcia 2013 devido a sua transversalidade e pervasividade a TI encontra se dispersa nos setores econ micos e na agricultura n o poderia ser diferente A tecnologia da informa o tamb m possibilita a converg ncia tecnol gica entre bits genes tomos mol culas e neur nios Como ensinam Crestana e Fragale 2012 o 13 avan o tecnol gico possibilitou o ser humano manipular a mat ria e a vida gerando novos materiais plantas an
308. em parte viabilizadas pela pr pria Embrapa a empresa n o fez a transi o de um ambiente no qual era o principal agente da pesquisa agr cola para outro no qual n o tem mais s a Embrapa para gerar tecnologia agr cola mas sim m ltiplos agentes O modelo anterior que com todas as dificuldades foi respons vel por sentar uma das bases de sucesso da agricultura brasileira era quase 100 p blico Havia um acoplamento com universidades p blicas as Oepas e a extens o rural para a pesquisa agr cola Era um modelo p blico 100 Neste modelo inicial era clara a divis o de tarefas pesquisa b sica com universidade 190 pesquisa tecnol gica e aplicada com a Embrapa e a pesquisa adaptativa com a pesquisa estadual Mas desapareceram praticamente as Oepas e a extens o rural e a agenda de P amp D da Embrapa ficou solit ria Embora se continue falando muito no Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria tendo como refer ncia o modelo inicial na pr tica o SNPA se desmoronou e a coordena o que cabia Embrapa passou a ficar fragilizada por n o ter mais a extens o e nem os demais parceiros A Embrapa come ou a ter a concorr ncia da iniciativa privada e n o soube lidar com isso pois a Embrapa foi criada para n o ter concorr ncia Ela foi criada numa fase que o Brasil precisava romper com a inseguran a alimentar e gerar excedentes para exportar e naquele contexto as v rias agriculturas a familiar e a empresarial
309. ema Web de Planejamento Previs o e Monitoramento da Produ o Agr cola foi citado como exemplo da dificuldade de parceria com o setor 274 privado Ap s quatro anos de negocia o com potenciais parceiros o sistema n o foi disponibilizado ao mercado por quest es burocr ticas envolvendo ambas partes A negocia o do WebAgritec durante quatro anos evidencia o engessamento da empresa com normas intermin veis com pol ticas institucionais e marco regulat rio que n o conferem o dinamismo que ela necessita Foi relatado outro exemplo do engessamento em normas Atualmente com mensagens autom ticas via celular poss vel criar alertas importantes para o agricultor como agroclimatol gicos ou seja formas de relacionamento entre o pesquisador o produto final da Embrapa e seu p blico alvo No entanto essa possibilidade inibida pelo engessamento das normas que dificulta este relacionamento E isso dificulta que haja uma conex o entre o trabalho realizado pelo pesquisador a tecnologia gerada e o usu rio final Por outro lado um grupo de especialistas enxerga as parcerias institucionais como fator condicionante que contribui tanto para a gera o como para a transfer ncia da tecnologia Para este grupo um dos objetivos da parceria a contribui o de especialistas do dom nio da rea do conhecimento a qual se insere o software ou servi o web A contribui o ocorre em tr s est
310. emento Contribuem Inibem Aus ncia de um novo modelo jur dico E A a o da AJU no sentido para parceria p blico privada em de fomentar a TT e inova o o orientar a aplica o da Morosidade jur dica a Embrapa tem um E legisla o nas parcerias timing diferente da iniciativa privada E celebradas z 2 E A Embrapa n o aprendeu a atuar em um F E Aprendizado a partir de ambiente de concorr ncia que vem se parcerias p blico privadas sobrepondo ao contexto no qual cresceu em biotecnologia com a sem ou com baixa concorr ncia Monsanto e a Basf E O modelo da Embrapa n o de parceria mas de propriet ria integral o Parcerias bem definidas A Embrapa tem dificuldade em parceria o para fins tamb m bem que envolve co titularidade da a definidos que permitem propriedade intelectual exemplo a E negocia o transparente ruptura da parceria com a Funda o Mato sobre a titularidade da Grosso propriedade intelectual 231 Quadro 5 8 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional aspectos jur dicos continua o Fatores condicionantes end genos Elemento Contribuem Inibem d Cria o da Coordenadoria E o q E K Descompasso entre a lei e a inova o 5 de Apoio Inova o e o o Custo elevado de manuten o das taxas O Propriedade Intelectual de patentes da Embrapa licenciamentos na AJU e a manuten o a n o os cobrem e
311. enos e ex genos Embrapa que interferem nas a es de transfer ncia de tecnologia listados nos Quadros 5 19 e 5 20 evidenciando uma converg ncia de opini o entre os especialistas h outros fatores espec ficos quando se trata de transferir solu es em tecnologia da informa o TI aplicadas agricultura tema desenvolvido a seguir A partir do portf lio de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria foram selecionadas seis delas que representam 40 do total para analisar as especificidades para a transfer ncia de solu es em TI Quadro 5 16 Quadro 5 16 Solu es em tecnologias da informa o aplicadas agricultura desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria tecnologias selecionadas Servi o Web Objetivo P blico alvo Agritempo E um sistema de monitoramento de produtor rural Sistema de informa es meteorol gicas e extensionista Monitoramento agrometeorol gicas de munic pios e consultor rural Agrometeorol gico estados brasileiros e orienta o zoneamento governo agr cola 266 Quadro 5 16 Solu es em tecnologias da informa o aplicadas agricultura desenvolvidas pela Embrapa continua o Servi o Web Ageitec Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica Diagnose Virtual Sistema para diagn stico de doen as de plantas Software Invernada Sistema de apoio ao planejamento da produ o de bovinos de corte Sisla Sistema Interativ
312. ensa frente e avan a para o mercado Deve se ainda destacar que o marco legal ao qual a empresa est submetida determinado com base em l gicas gerais pautadas pela tentativa de coibir o uso indevido do recurso p blico que pouco se relaciona com as exig ncias de uma empresa de P amp D O descompasso entre a lei e as exig ncias legais particulares do processo de inova o vigentes na Embrapa se traduz em um timing jur dico bastante discrepante do praticado pela iniciativa privada O timing foi apresentado por v rios entrevistados como um fator restritivo para as a es de transfer ncia de tecnologia que necessitam de celebra o de instrumento jur dicos Sobre este aspecto destacou se que a iniciativa privada pode dispor de seus bens com base no direito de propriedade ela tem o direito de usar fruir e dispor de seus bens enquanto a Embrapa n o pode dispor do bem p blico pois ela recebe dinheiro p blico da sociedade e fica sujeita a disposi es legais como na rea de prote o propriedade intelectual que dificultam parcerias e atua o agressiva nos mercados de elevado dinamismo tecnol gico e inovativo O marco jur dico a temporalidade e restri es legais decorrentes se refletem nas parcerias as vezes a an lise de contratos de parceria p blico privada mais demorada em fun o de sua complexidade Mas s vezes a demora que at inviabiliza contratos deve se ao excesso de regras que n
313. ental de cooperativas ou associa es Segundo estudo de Mendes et al 2011 um fator limitante para a ado o de TI na agricultura o fato do agricultor desconhecer os potenciais benef cios da inform tica e n o estar preparado para utiliz la O produtor ainda encontra muitas dificuldades em 163 entender quest es b sicas relacionadas inform tica e n o h uma cultura em rela o gest o empresarial Tamb m foram indicados pelos autores pontos desfavor veis ao uso de TI pelo produtor rural como fatores culturais e falta de preparo para gerir sua propriedade com uma vis o de neg cios Figueira Sampaio e Zambalde 2013 buscaram identificar no setor leiteiro os impactos da TI para a organiza o os indiv duos e o trabalho por meio da pesquisa junto produtores de leite na regi o sul de Minas Gerais As evid ncias apontaram que TI proporcionou coordena o nas atividades possibilitou maior agilidade no fluxo de informa es e redu o de erros nas opera es internas maior controle das atividades e rapidez e seguran a nas informa es No entanto os autores constataram uma falta de conhecimento dos segmentos de produ o prim ria e processamento e transforma o em rela o aos potenciais benef cios de uso da TI para a cadeia produtiva como um todo Uma pesquisa mais abrangente desenvolvida pela Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 buscou mensurar o grau de informatiza o na agricultu
314. entes Fortalecer a comunica o institucional e mercadol gica para atuar estrategicamente diante dos desafios da sociedade da informa o Prescreve tamb m quais s o as suas diretrizes e objetivos estrat gicos os quais se desdobram em estrat gias associadas ou seja linhas de a o iniciativas e execu o de projetos de PD amp l relevantes que indicam como a Embrapa procura alcan ar cada objetivo 91 Do V PDE cabe destacar a miss o da empresa base da sua raz o de ser e da identidade institucional viabilizar solu es de pesquisa desenvolvimento e inova o para a sustentabilidade da agricultura em benef cio da sociedade brasileira Dela destacam se dois elementos importantes as solu es entendidas pela empresa como sendo a introdu o de novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social que resultem em novos produtos processos ou servi os V se que o mesmo entendimento do Manual de Oslo OCDE 1997 apresentado no cap tulo 2 Nesse sentido a empresa compreende que a transfer ncia de tecnologia faz parte do processo de inova o pelo menos em tese o que confere aplicabilidade efetiva s tecnologias geradas segundo disp e o V PDE O outro elemento o benefici rio das solu es a sociedade brasileira o que remete magnitude de sua miss o EMBRAPA 2008 p 18 O citado plano estrat gico o principal documento balizador para a elabora o dos Planos Di
315. entos utilizados s o dias de campo unidades de demonstra o ou observa o cursos palestras publica es e m dias impressas e ou digitais b a comercializa o de tecnologia abrange i o licenciamento de uso por meio da transfer ncia da explora o comercial de patentes desenhos industriais direitos autorais e uso de marca para empresas privadas mediante processo licitat rio e celebra o de contrato ii aliena o de tecnologia transfer ncia integral dos direitos de explora o da patente de forma onerosa tamb m efetuada por licita o e assinatura de contrato iii outras modalidades venda de servi os tecnol gicos e transmiss o de conhecimentos por meio de consultorias e assessorias onerosamente c incuba o de empresas arranjo institucional entre a Embrapa incubadora de empresas e empreendedor interessado em explorar tecnologia gerada pela Embrapa O Quadro 3 14 elenca os m todos procedimentos e ferramentas para a transfer ncia de tecnologias utilizados pela Embrapa Quadro 3 14 M todos procedimentos e ferramentas para transfer ncia de tecnologias M todos Procedimentos e Ferramentas incuba o de empresa eventos em geral dia de campo curso capacita o continuada treino e workshop semin rio feira vitrine tecnol gica visita unidade de observa o com visita t cnica unidade demonstrativa unidade desenvolvimento participativo do de refer ncia tecnol gica e contrato de produt
316. eposit rios institucionais como o Infoteca e e o Alice o primeiro direcionado principalmente para o agricultor e o segundo voltado para a comunidade cient fica ii servi o Web por meio da Ageitec que permite o acesso informa o tecnol gica e ao conhecimento gerado pela Embrapa e por outras institui es de pesquisa e de ensino agr cola iii rede social Agrosustent vel com mais de 70 mil seguidores iv p gina de neg cios de cultivares v a revista Pesquisa Agropecu ria Brasileira PAB e outras publica es t cnico cient ficas vi programas de TV e r dio dispon veis tamb m na web entre outras a es de comunica o No que concerne ao ltimo item como sustentado por Franco 2002 os institutos p blicos de pesquisa agr cola precisam ampliar o uso de r dio e TV para a divulga o em massa de suas atividades e resultados de pesquisa Todavia a despeito desses esfor os da Embrapa os relatos apontam para a necessidade da empresa avan ar mais na disponibiliza o de instrumentos de 320 comunica o social e mercadol gica diferenciados para atender p blicos com perfis diversificados com linguagem e conte dos adequados a cada um Comunicar por meio de m ltiplas plataformas levando em considera o o contexto atual caracterizado por p blicos variados dispositivos que t m se miniaturizado a exemplo do tablet e do smartphone a mobilidade do usu rio que passa a exigir tamb m solu es m
317. ercados preciso ter claro que a coopera o na qual se engajam as empresas para explorar possibilidades de benef cios comuns n o exclui a competi o que pode inclusive ser bastante intensa em particular na esfera da tecnologia avan ada comum empresas rivais fazerem licenciamentos cruzados de tecnologias vitais para viabilizar os produtos da outra A dificuldade que a Embrapa n o parece ter claro nem o modo de coopera o nem o de competi o e tende a confundir os dois modos o que reduz tanto o potencial de coopera o em especial com empresas privadas como a efetividade da competi o No caso da coopera o a Embrapa parece apresentar dificuldade de estabelecer parcerias e jogos do tipo ganha ganha talvez reflexo da cultura de se relacionar com empresas estaduais de P amp D numa articula o mais vertical de cima para baixo do que em uma parceria horizontal entre iguais O pr prio exemplo das regras de propriedade intelectual PI ilustra esta dificuldade na medida em que em algumas ocasi es busca se atribuir a PI de forma dominante Embrapa sem possivelmente levar em conta outras vari veis que interferem na transforma o do ativo em inova o como os custos envolvidos para inser o do produto no mercado ap s a fase de P amp D 98 Nesse sentido o exemplo mais marcante o do iPhone que carrega in meras patentes da Samsung que disputa com a Apple o mercado de celulares e tablets O se
318. eressa apontar se ela possibilita ter como os efeitos esperados a eleva o da produtividade e a economia de m o de obra que correspondem s principais necessidades dos agricultores familiares Quanto aos fatores sist micos analisam se as condi es dos segmentos da cadeia produtiva em que a explora o agr cola est inserida bem como as institui es e organiza es que lhe prov m suporte tecnol gico de informa es e financeiro A infraestrutura f sica energia telecomunica o armazenamento a infraestrutura de ci ncia e tecnologia institutos de pesquisa universidades e servi os de educa o b sica s o de fundamental import ncia no sentido de gerar externalidades positivas para a es de ado o de tecnologia Embora se admita que alguns dados referentes a uso de computador e internet relativos a 2006 estejam obsoletos dada a velocidade de propaga o desses instrumentos admite se que quest es de fundo subsistem e ainda s o respons veis pela desigualdade no acesso tecnologia da informa o ao longo do territ rio nacional Entre elas est o o n vel de instru o dos produtores sua condi o em rela o s terras o grau de dinamismo das diferentes atividades econ micas entre outras vari veis Os resultados evidenciaram a concentra o da posse de computador e do uso de internet nas regi es Sul e Sudeste do Brasil bem como entre os produtores que possu am maior n vel de escolaridade Tamb
319. ersas empresas produtoras de semente b Empresas produtoras de sementes licenciadas recebem da Embrapa o material vegetal avan ado para que sob supervis o desta efetuem os testes de valor de 130 cultivo e uso necess rios para registrar a semente comercial ajudam a desenvolver e a multiplicar cultivares e sementes de soja assinam com a Monsanto contrato de licenciamento para uso comercial da tecnologia Monsanto e pagam taxa tecnol gica pagam royalties Embrapa pelo uso da cultivar protegida em seu nome multiplicam semente b sica a ser vendida aos agricultores Monsanto recebe das empresas produtoras de sementes uma taxa tecnol gica pelo uso de sua tecnologia protegida com amparo na Lei de Propriedade Industrial brasileira agricultores compram sementes das empresas produtoras de sementes podem guardar gr os para uso pr prio em novos plantios conforme LPC Fonte Embrapa 2004a Dentre as raz es para a Embrapa utilizar esta estrat gia para transfer ncia de tecnologia destacam se cinco A primeira a necessidade da Embrapa buscar parcerias com empresas transnacionais que detenham tecnologia de interesse do pa s para desenvolvimento de alternativas tecnol gicas para o agricultor brasileiro no entanto desde que seja garantido o controle do material gen tico A segunda refere se participa o de empresas produtoras de sementes A Embrapa entende que essa participa o confere maior capilaridade as
320. es melhoradas mais recentemente e as tecnologias de produto associadas chamada moderniza o da agricultura como m quinas agroqu micos e fertilizantes normalmente exploradas pelas grandes empresas e multinacionais Esta vis o de que a concorr ncia entre os fornecedores privados limita a transfer ncia de tecnologias geradas pelo sistema p blico um reconhecimento da dificuldade que tal sistema tem para participar de mercados com outros competidores e remetem aos argumentos j arrolados acima sobre as poss veis raz es para isto desde a maior rigidez burocr tica timing incompat vel com o das empresas privadas e exig ncias dos mercados objetivos conflitantes no interior da empresa dentre outros A mudan a de perfil produtivo agr cola foi mencionada como um fator ex geno que impacta internamente a gest o institucional e organizacional da Embrapa em suas a es de TT Um exemplo neste sentido a mudan a geogr fica de algumas produ es agropecu rias e o n o acompanhamento da localiza o geogr fica de algumas de suas Unidades 207 O Quadro 5 4 sintetiza os fatores condicionantes transfer ncia de tecnologias da Embrapa vinculados s organiza es e outros atores da agricultura Quadro 5 4 Fatores condicionantes ex genos organiza es e outros atores da agricultura consumidores atacado varejo produtor rural fornecedores Fatores condicionantes ex genos Elemento Inibem o E
321. es tecnol gicos disponibilizando os na prateleira para os consumidores finais ou seja extensionistas e ou agricultores O in cio e o fim do desenvolvimento da tecnologia ocorriam na institui o de pesquisa n o partindo das necessidades dos agricultores segundo Souza 1995 Um dos resultados deste modelo de difus o foi a n o incorpora o da tecnologia gerada pelos agricultores A escola difusionista passou a ser vista como uma abordagem tecnicista fazendo surgir nos anos 1970 a Escola Sist mica A escola sist mica preconizava uma estrutura integradora entre pesquisa e extens o fazendo com que os pesquisadores estivessem familiarizados com a realidade dos extensionistas treinando os na aplica o de novas tecnologias Este aspecto por um lado demonstrou uma das principais diferen as da Escola Sist mica com a Difusionista pois esta ltima adotava um modelo descentralizado de difus o de tecnologia Por 43 outro lado h uma semelhan a com a abordagem do Sistema de Informa o e Agricultura do Conhecimento citado tamb m no in cio da se o o qual tem como prop sito fortalecer a comunica o e a transfer ncia de conhecimentos e tecnologias entre institui es de pesquisa servi os de extens o e produtores rurais com a finalidade de promover o acesso tecnologia Para incrementar o avan o da Escola Sist mica e considerando que os problemas enfrentados pelos pequenos produtores permanecem surgiu outra
322. espostas seja de pa ses europeus os A listae o perfil dos especialistas em agroinform tica que responderam os question rios est o em Gelb 2012 p 10 149 estudos podem indicar fatores condicionantes ado o da TI no campo que nos auxiliar nas an lises sobre a realidade brasileira levando se em conta as especificidades do nosso Pa s Para Gelb 2012 h uma clara tend ncia de que ado o da TI na agricultura reconhecida pela maioria dos participantes da confer ncia EFITA como um problema permanente Tabela 4 1 Tabela 4 1 H problemas com a ado o de TI na agricultura de SIM nas respostas Montpellier Debrecen Villa Real Glasgow Wageningen Prague Tourino 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 72 0 12 5 96 7 94 4 90 3 90 0 78 9 Fonte Gelb 2012 2013 A Tabela 4 2 apresenta os fatores que limitam o uso de TI Tabela 4 2 Fatores limitantes do uso de TI pelos agricultores EEEO Inabilidade Aspectos de Custo Falta de em usar TI infraestrutura treinamento Bonn 1999 22 4 18 9 17 6 8 6 Montpellier 29 3 32 3 16 9 2001 Debrecen 5 9 19 6 39 2 35 3 2003 Villa Real 45 0 35 0 23 0 16 7 2005 Glasgow 12 5 28 6 42 2 17 9 2007 Wageningen 45 2 23 8 29 0 58 0 2009 Prague 2011 lt 45 0 0 0 lt 25 0 gt 65 0 Tourino 56 1 21 0 19 3 54 3 2013 Fonte Gelb 2012 2013 As interpreta es das tend ncias apresentadas na Tabela 4 2 s o desde 19
323. estri o limita o crescente e significativamente influente Gelb 2012 pondera que dentro dos limites de precis o das respostas estes fatores limitantes podem indicar que uma das causas refere se ao aumento das complexidades da TI desde 1999 Para Gelb e Voet 2009 a identifica o de problemas espec ficos de ado o em TI pode levar benef cios significativos para os formuladores de pol ticas p blicas institui es de pesquisa extens o rural ensino que atuam com tecnologia da informa o rural 152 No Brasil a ado o de TI na agricultura ocorre a partir de duas grandes vertentes A primeira denominada ex gena relaciona se dissemina o de solu es de TI de outros setores econ micos no setor agr cola Esta vertente divide se em dois blocos a dissemina o da infraestrutura b sica de Tl e a posterior ado o de solu es em TI de gerenciamento empresarial A segunda vertente de car ter end geno diz respeito ao desenvolvimento de aplica es solu es em TI espec ficas para a agricultura Isso se deve ao esfor o de empresas em desenvolver solu es de Tl e sofistica o de m quinas e equipamentos que requerem o uso de eletr nica embarcada A Figura 4 5 ilustra estas duas grandes for as simult neas de expans o da TI na agricultura nacional que ao atuarem constroem a cadeia de valor de TI agr cola conforme estudo da Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 Controle Global
324. f Diffusion Stanford Center for Research in Economic Growth Memorandum no 71 Stanford University Press 1969 DAVIES S The Diffusion of Process Innovations Cambridge Cambridge University Press 1979 DAVISON M J HUGENHOLTZ B Calend rios de campeonatos de futebol corridas de cavalo e subprodutos A Corte Europeia de Justi a disciplina a prote o jur dica da base de dados In RODRIGUES JR E B POLIDO F org Propriedade Intelectual novos paradigmas internacionais conflitos e desafios Rio de Janeiro Elsevier 2007 350 DELGADO G C A quest o agr ria no Brasil 1950 2003 In JACCOUD L Org Quest o Social e Pol ticas Sociais no Brasil Contempor neo Bras lia DF Ipea 2005 p 51 90 DEQUECH D Institutions social norms and decision theoretic norms Journal of Economic Behavior and Organization Volume 72 Issue 1 Out 2009 p 70 78 DERETI R M Transfer ncia e valida o de tecnologias agropecu rias a partir de institui es de pesquisa Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente n 19 p 29 40 jan jun 2009 Editora UFPR DIEGUES A C ROSELINO J E GARCIA R A ubiquidade das atividades de software e servi os de TI discuss es metodol gicas e uma an lise qualitativa do caso brasileiro Revista Iberoamericana de Ciencia Tecnologia y Sociedad En L nea v 8 p 177 198 2018 DIRETIVA Diretiva 96 9 CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de Mar o de 1996 relativa
325. ferenciados para atender p blicos com perfis diversificados com conte dos e linguagem adequados a cada um foi uma forma apontada de como comunicar sociedade o que a Embrapa faz Ve culos tradicionais de comunica o tais como a circular t cnica e o comunicado t cnico t m alcance restrito e s o mais direcionados para o p blico t cnico cient fico preciso usar mais a comunica o digita N o se tem como mensurar a presen a da Embrapa em plataformas sociais O que se convencionou chamar de redes sociais E questiona se o que significa a empresa ter mais de 70 mil seguidores em sua rede a Agrosustent vel E que garantia se tem que eles est o internalizando a informa o A Embrapa n o tem essa garantia por m se ficar fora destas redes como fechar os olhos s mudan as que est o ocorrendo na forma de comunica o em massa A comunica o digital tem seu impacto isso indiscut vel O mundo digital veio pra ficar no entanto n o vai acabar o dia de campo tradicional que ocorre no espa o f sico H necessidade da empresa criar indicadores para mensurar o alcance e objetivos da comunica o digital e disponibilizar instrumentos diversos para atender p blicos com perfis diversificados O Quadro 5 9 sintetiza os fatores condicionantes que contribuem ou inibem as a es de transfer ncia de tecnologias da Embrapa na dimens o comunica o institucional e mercadol gica 48 p 7 Dispon ve
326. gas Converg ncia entre as reas de nanotecnologia biotecnologia tecnologia da informa o e ci ncia cognitiva que possibilitar um salto qualitativo nas transforma es da agricultura A Tl por seu car ter transversal e pervasivo integrar a nanotecnologia biotecnologia a ci ncia cognitiva e a pr pria TI rumo agricultura do futuro Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 285 5 4 A opini o de especialistas internacionais Esta se o tem por objetivo relatar a opini o de especialistas internacionais de Portugal e dos Estados Unidos quanto aos fatores condicionantes que contribuem ou inibem o processo de transfer ncia de tecnologia oriunda da pesquisa agr cola Os especialistas teceram coment rios de ordem conceitual relacionados defini o de transfer ncia de tecnologia e ao sistema nacional de inova o agr cola Foi indicado que nos Estados Unidos h uma acep o ampla do conceito de TT que envolve qualquer transfer ncia de conhecimento gerado pela universidade ou institui o de pesquisa para a comunidade em geral por qualquer meio ou modo seja esta a comunidade de pesquisa setor privado ONGs ou pessoas f sicas Transfer ncia de tecnologia n o depende apenas de a o contratual s o consideradas transfer ncia de tecnologia as publica es t cnico cient ficas a educa o ao n vel de p s gradua o e p s doutorado as defesas de disserta o e tese
327. ge tamb m os conte dos das solu es tecnol gicas desenvolvidas pela Embrapa Antes de apresenta los objetivando ilustrar a amplitude e abrang ncia das a es de TT o Quadro 3 15 com base no relat rio de atividades mais recente dispon vel Embrapa 2013a traz o elenco de destaques de tais a es Quadro 3 15 Destaques de a es de transfer ncia de tecnologias da Embrapa A es de TT Objetivo Parcerias Benefici rios Plano ABC Plano Recupera o de MAPA MT MS GO Setorial pastagens degradadas TO RS PR de Mitiga o e de sistema plantio direto SC SP MG PA Adapta o s integra o RO BA E PI Mudan as Lavoura Pecu ria Floresta Clim ticas etc Fixa o Biol gica de Nitrog nio etc Rede de Fomento Incentivar a ado o de Coop Agroind Propriedades a ILPF integra o tecnologias de ILPF Cocamar rurais Lavoura Pecu ria John Deere de pequeno Floresta Syngenta m dio e grande Seeds e Fund porte Eliseu Alves 123 Quadro 3 15 Destaques de a es de transfer ncia de tecnologias da Embrapa continua o A es de TT Objetivo Parcerias Benefici rios Rede de TT Prevenir n o Munic pios da de Sistemas Produtivos e controlar o mencionadas Opera o Arco Sustent veis desmatamento em reas Verde cr ticas na Amaz nia da Amaz nia Legal Opera o Xingu Promover a integra o n o Onze munic pios das pol ticas p blicas nas mencionadas rea
328. gia e os fatores sist micos Os fatores internos Embrapa t m como dimens es de an lise o modelo de gest o institucional o planejamento de a es de Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp l o desenvolvimento de a es de PD amp lI e o processo de transfer ncia tecnol gica A an lise dos fatores condicionantes realizada em duas perspectivas temporais presente e futura Deve se explicitar deste j que a op o de estruturar os fatores condicionantes externos e internos Embrapa n o foi determinada e baseada exclusivamente na literatura cient fica mas levou em conta tamb m o objetivo expl cito e compromisso da autora com a realiza o de uma tese que refletisse diretamente a realidade da Embrapa e principalmente que pudesse dialogar com tal realidade Toma se como ponto de partida que a an lise da tese refere se transfer ncia de solu es de pesquisa desenvolvimento e inova o geradas pela Embrapa para a sustentabilidade da agricultura tendo como destinat ria a sociedade brasileira Neste trabalho mesmo reconhecendo como ser evidenciado adiante no cap tulo te rico que nem sempre as fronteiras entre difus o transfer ncia e inova o s o claras adota se como defini o de transfer ncia de tecnologia o processo interativo entre m ltiplos agentes da pesquisa ensino extens o fomento segmentos da agricultura e da sociedade p blicos e ou privados com vistas ao interc mbio e fluxo
329. gia para propor novas solu es para problemas para os quais n o existiam solu es Precisa haver esse encontro que obriga a ter uma fluidez de conhecimento e informa o grande entre as institui es de investiga o e o mercado agr cola esse o desafio fundamental para converter tecnologia em inova o criar condi es para que se fa a essa ponte entre investiga o e agricultura haja contato movimento e troca de informa o Foi mencionado que para haver transfer ncia de tecnologia preciso haver uma percep o um entendimento partilhado do lado de quem produz a tecnologia do que inova o e essa percep o s se pode construir de forma partilhada com o mercado 59 Es a PA 5 RA Express o utilizada na rea de tecnologia da informa o que tem a acep o de f cil de usar que seja amig vel ao usu rio 293 usu rio E h diferen as significativas entre esses dois mundos por um lado as institui es de pesquisa e ensino e do outro a agricultura a agroind stria o mercado consumidor H culturas incentivos e referenciais diferentes H uma assimetria de conhecimento grande dos dois lados com forte conhecimento da tecnologia de um lado e de outro forte conhecimento do mercado Isso se resolve com a cria o de estruturas capacitadas para ajudar a fazer esta ponte pessoas e organiza es que conhecem os dois lados e t m um terreno neutro comum e merecedoras de confian a de ambos
330. gios do processo de desenvolvimento da solu o em TI i na concep o em conformidade com demandas dos p blicos destinat rios ii no desenvolvimento principalmente para valida o da tecnologia iii na transfer ncia para a disponibiliza o da tecnologia para o usu rio Algumas vezes o pr prio parceiro institucional representa um p blico destinat rio como por exemplo no caso do Sisla desenvolvido a princ pio para atender demanda do governo do estado do Mato Grosso do Sul Foi mencionado como um importante benef cio das parcerias a conflu ncia de reas do conhecimento que confere uma vis o abrangente do sistema de produ o no qual a tecnologia ser inserida A converg ncia de reas do conhecimento a sinergia entre a nanotecnologia biotecnologia a tecnologia da informa o e a ci ncia cognitiva s o importantes para a atua o da Unidade em particular para antever essas vertentes de expans o e evolu o tecnol gica Foram citados exemplos de como a Unidade busca atuar nesta dire o Primeiro aliando a bioinform tica biotecnologia com a tecnologia da 275 informa o Segundo no desenvolvimento de sistema de gest o que utiliza intelig ncia computacional e a ci ncia cognitiva possibilitando trazer parcela da cogni o do pesquisador para dentro de um sistema computacional como o exemplo do sistema Diagnose Virtual No caso do sistema Diagnose Virtual foi relatada uma evolu o do sis
331. glifosato e resist ncia a insetos Coopera o para o melhoramento gen tico n o comercial de linhagem de algod o contendo o evento mon 88913 ou combina o de eventos mon 88913 e mon 15985 por meio do uso de germoplasma da Embrapa e da tecnologia Monsanto Basf Coopera o t cnica em pesquisa agropecu ria para definir planejar coordenar e executar estudos levantamentos pesquisas planos e programas destinados ao aprofundamento do conhecimento t cnico cient fico e para gera o de tecnologias valida o e desenvolvimento de tecnologias produtos e processos de interesse comum atividades de transfer ncia de tecnologias e a es de desenvolvimento social sustent vel Basf e Abrasem Associa o Brasileira de Sementes e Mudas Externar o prop sito de conjuga o de esfor os para o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes Basf e Tropical Melhoramento em Gen tica Contrato de direitos de autor licenciamento para licen a de direitos de propriedade intelectual da tecnologia Cultivance para a Tropical Melhoramento em Gen tica para continuidade de desenvolvimento de cultivares de soja Cultivance bem como a venda ou distribui o de sementes do obtentor sob esta marca registrada Abrange Associa o Brasileira dos Produtores de Gr os n o GM Coopera o t cnica para definir planejar coordenar e executar estudos levantamentos planos programas e atividades destinado
332. gue quatro finalidades Contextualizar o uso da tecnologia da informa o na discuss o mais ampla da transfer ncia de tecnologia e apresentar o surgimento e evolu o da TI aplicada agricultura no Brasil Relatar algumas evid ncias emp ricas de uso de TI na agricultura nacional Discutir os fatores condicionantes para ado o da TI no campo e apresentar as especificidades da transfer ncia de tecnologias da informa o Para tanto estrutura se em 5 se es A primeira trata de aspectos gerais atinentes aos est gios para ado o de Tl e da categoriza o de adotantes Com foco no Brasil relata o come o da expans o de infraestrutura em TI rural bem como o surgimento de solu es de TI aplicadas agricultura e o advento de institui es e de atividades de pesquisa ensino e fomento em agroinform tica A segunda se o a partir de relatos de visita a campo apresenta fatores condicionantes para a ado o de TI na agricultura brasileira A terceira com base no Censo Agropecu rio de 2006 do IBGE mostra o retrato de acesso a instrumentos que lembram o uso de TI computador e internet nos estabelecimentos agr colas Adiante na quarta se o s o listadas algumas das solu es A Agroinform tica a aplica o das tecnologias da informa o e comunica o na agricultura 146 em tecnologia da informa o desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria A quinta apresenta as considera es finais 4 1
333. haria de prote nas desenho de drogas agrodefensores de gen mica funcional Fonte elabora o pr pria com base na pol tica de propriedade intelectual da Embrapa 98 Nos itens seguintes s o detalhados alguns resultados de pesquisa da Embrapa pass veis de prote o categorizados pelos campos protetivos da propriedade intelectual propriedade industrial direito autoral e prote o sui generis e os mecanismos protetivos e os instrumentos de licenciamento destes resultados Enfoque maior conferido ao direito autoral por abranger obras autorais de tecnologias da informa o em especial software banco de dados e servi os de informa o web mais relacionadas a um dos objetivos espec ficos da tese qual seja a transfer ncia de tecnologias da informa o para a agricultura Propriedade Industrial Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI 2011 ajuda a caracterizar os pedidos de patente que a Embrapa tem efetuado nos ltimos anos O trabalho levantou o uso do sistema patent rio pelas institui es de pesquisas n o acad micas no Brasil de 1990 a 2007 Foram analisados os pedidos depositados de Patentes de Inven o PI e de Modelo de Utilidade MU junto ao INPI Aqui destacamos dois resultados atinentes Embrapa que contribuem para nosso entendimento sobre as atividades patent rias da empresa O primeiro refere se ao ranking dos depositantes de
334. hidrel trica esferas de governo dos de Belo Monte munic pios alvo no Par Projetos de Inclus o Construir solu es MDS 14 Territ rios da Produtiva e Projetos voltadas ao p blico do MDA e Cidadania Transversais Plano Brasil Sem agentes priorizados pelo Mis ria BSM ATER Governo no semi rido Fonte Embrapa 2013a 1 Minist rio da Agricultura Pecu ria e Abastecimento MAPA 2 Funda o de Apoio Pesquisa e ao Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico Eliseu Alves 3 Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS 4 Minist rio do Desenvolvimento Agr rio MDA 3 Assist ncia T cnica e Extens o Rural ATER O Quadro 3 16 apresenta a es complementares da estrat gia de TT Quadro 3 16 A es complementares da estrat gia de transfer ncia de tecnologia e de constru o de conhecimentos da Embrapa A es Disponibiliza o de publica es Detalhamento 303 4 mil publica es cartilhas folders e comunicados t cnicos Disponibiliza o de minibibliotecas 218 minibibliotecas disponibilizadas Programa de r dio Prosa Rural parceiros 192 programas do Prosa Rural e capacitados 75 radialistas 124 Quadro 3 16 A es complementares da estrat gia de transfer ncia de tecnologia e de constru o de conhecimentos da Embrapa continua o Produ o de v deos S rie de v deos produzidos com tecnologias de conviv ncia com a seca e docu
335. i rg os da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado paulista Francisco e Pino 2002 p 82 demonstraram que no per odo de quatro ou cinco anos houve acr scimo de 89 na ado o dessa tecnologia entre os propriet rios rurais e por outro lado em sete meses aumentou 47 a aquisi o de um computador e 82 o acesso internet Verificou se uma concentra o do n mero de computadores em propriedades de grande porte e empresariais inclusive entre os propriet rios de n vel superior de escolaridade e os que n o residem na propriedade rural Quanto aos objetivos da utiliza o os mais comuns foram a contabilidade agr cola administra o rural na cria o de gado na colheita e gest o de m quinas A internet por sua vez foi usada para obten o de not cias do setor agr cola acessar dados do mercado agropecu rio adquirir informa es para extens o rural e ajuda t cnica para o com rcio eletr nico da agroind stria Francisco e Caser 2007 avan aram na an lise sobre os n veis de uso de computador e acesso internet no rural paulista por meio de informa es e do levantamento de campo As conclus es apontaram para a amplia o significativa no per odo de 2000 a 2006 principalmente para internet onde em 17 das UPAs os propriet rios que cultivavam cerca de 33 da rea rural de S o Paulo acessaram a internet A maior concentra o ocorreu em unidades produtoras de gr os cana de a car citros c
336. ia Embrapa 2004b 351 EMBRAPA Secretaria de Gest o e Estrat gia V Plano Diretor da Embrapa 2008 201 1 2023 Bras lia DF Embrapa 2008 44 p EMBRAPA Delibera o no 23 de 28 de fevereiro de 2011 Aprova o Regimento Interno da Embrapa Inform tica Agropecu ria Boletim de Comunica es Administrativas no 7 de 12 04 2011 Bras lia 2011a EMBRAPA Assessoria Jur dica Direito autoral e a Embrapa d vidas frequentes esclarecimentos sobre leis e normas e como aplic las Cole o Orienta es Jur dicas 3 Bras lia DF Embrapa Informa o Tecnol gica 2011b EMBRAPA Processo de oferta de parentais de h bridos de milho e de informa o t cnica associada Embrapa Transfer ncia de Tecnologia Bras lia 2012a Dispon vel em lt http snt sede embrapa br publico usuarios uploads licitacao Edital HY C3 ADbrido Mil ho 20chancelado 20pela 20AJU 20jan 2012 20final pdf gt Acesso em 6 maio 2013 EMBRAPA Embrapa CIRAD Supagro e Sabor Tropical depositam patente para corante natural base de caju Not cias da Embrapa 28 05 2012b Dispon vel em lt http hotsites sct embrapa br proeta noticias embrapa cirad e sabor tropical depositam patente para corante natural a base de caju gt Acesso em 6 maio 2018 EMBRAPA Balan o Social da Embrapa 2013 Dispon vel em lt http bs sede embrapa br 2013 impacto html gt Acesso em 02 mar 2015 EMBRAPA Relat rio de Atividades da Embrapa 2012 Secretaria de Co
337. ia y Sociedad em Am rica Latina Colecc on Ciencia Tecnologia y Sociedade Universidad de Quilmes Buenos Aires 1996 TARALLI C Coopera o empresa universidade instituto de pesquisa nos anos 90 avalia o e perspectivas ANPEI p 3 12 jul 1996 Edi o Especial TEECE D Profiting from Technological Innovation Implications for Integration Collaboration Licensing and Public Policy Research Policy 15 6 1986 TEIXEIRA S R LIMA JUNIOR A C S MENDES C C Indicadores t cnico econ mico financeiros b sicos para administra o de propriedade leiteira In V Simp sio de Excel ncia em Gest o e Tecnologia 2008 Resende RJ Anais do V Simp sio de Excel ncia em Gest o e Tecnologia Resende RJ Editora da Associa o Educacional Dom Bosco p 1 12 TING K C ABDELZAHER T ALLEYNE A RODRIGUEZ L Information technology and agriculture global challenges and opportunities The Bridge Washington D C v 41 n p 6 13 2011 Dispon vel em lt https INww nae edu Publications Bridge 52548 52559 aspx gt Acesso em 23 fev 2015 UNITED STATES Computational Science ensuring America s competitiveness Presidentes s Information Technology Advisory Committee National Coordination Office for Information Technology Research Development Arlington VA 2005 USDA United States Departament of Agriculture Farm Computer Usage and Ownership United States Departament of Agriculture 2013 Di
338. iagnose Virtual EIA Diagnose Virtual Diagnose Virtual um programa de computador software que realiza o diagn stico de doen as on line ou seja via internet Esse software possui uma infra estrutura nica na rea de sanidade para diagn stico de doen as de plantas via internet a fim de subsidiar os agricultores agr nomos e t cnicos agr colas em suas decis es sobre o manejo de doen as Visa possibilitar o uso racional de agrot xicos o que ajuda a evitar mais danos sa de e ao meio ambiente al m de reduzir os custos da produ o Trata se de um sistema inteligente ou seja que capaz de responder a um conjunto de quest es solicitadas pelos usu rios em rela o ao seu problema na lavoura Para tal o sistema possui dois m dulos 1 M dulo especialista neste m dulo os fitopatologistas cientistas que estudam as doen as dos vegetais t m a responsabilidade de fornecer ao sistema uma base de conhecimento sobre doen as de uma determinada cultura desordens sintomas exames tratamentos est gios fenol gicos n veis de severidade e condi es ambientais temperatura umidade 2 M dulo produtor os produtores rurais fornecem as informa es sobre os sintomas encontrados em sua cultura e obt m como resultado a indica o das prov veis desordens e as medidas de controle vi veis Acesso ao M dulo Produtor Unidades da Embrapa integrantes do projeto Embrapa Inform tica Eq Agropecu ria Embrap
339. ias da informa o aplicadas agricultura tecnologias selecionadas da Embrapa Inform tica Agropecu ria Servi o Web Agritempo Institui es coordenadoras Embrapa Inform tica Agropecu ria e Centro de Pesquisas Meteorol gicas e Clim ticas Aplicadas Agricultura Parcerias Ag ncia Nacional de guas Ag ncia Nacional de Energia El trica Ag ncia Paulista de Tecnologia dos Agroneg cios Canal Rural Centro de Desenvolvimento do Vale do Paranapanema Centro Integrado de Meteorologia e Recursos H dricos de Santa Catarina Centro de Previs o de Tempo e Estudos Clim ticos Companhia Energ tica de Minas Gerais Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxup Departamento de guas e Energia El trica Empresa de Pesquisa Agropecu ria e Extens o Rural de Santa Catarina Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Funda o Estadual de Pesquisa Agropecu ria Grupo RBS Instituto Agron mico de Campinas Instituto Agron mico do Paran Instituto de Astronomia Geof sica e Ci ncias Atmosf ricas Instituto Florestal Instituto Nacional de Meteorologia Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto Tecnol gico do Estado de Pernambuco Instituto Tecnol gico SIMEPAR Instituto de Zootecnia Minist rio da Ci ncia Tecnologia e Inova o Secretaria de Estado do Meio Ambiente SOMAR Meteorologia Unidades da Embrapa Agroind stria Tropical Agropecu ria Oeste Algod o Arroz e Feij o Cerrados Clima Temperado
340. ias e se encontram em n veis diferentes no que se refere transfer ncia de tecnologia E o apoio da AJU e da SNE tamb m aparece como fator importante para ajudar a encontrar o caminho e ter xito nas negocia es O coment rio foi complementado com a informa o de que h tamb m um bom apoio em dep sitos de patentes via comit local de propriedade intelectual CLPI Outro fator que inibe a transfer ncia o fato de que a Embrapa tem tradi o em processo de P amp D de gera o do conhecimento mas isso n o ocorre em transfer ncia de tecnologia Estruturalmente isso foi composto nos ltimos anos com uma diretoria e um departamento de transfer ncia e nas unidades h uma estrutura em paralelo de transfer ncia Os entrevistados apontaram pr s e contras na iniciativa da Embrapa em estabelecer uma estrutura para tratar de TT positivo porque mostra que a empresa tem uma aten o para TT e tamb m porque ela tenta estabelecer uma pol tica de transfer ncia de tecnologia No entanto este esfor o pode ser negativo por refor ar 249 uma vis o linear do processo ao inv s de ter vis o mais integrada dos atores tem a pesquisa o desenvolvimento e a transfer ncia e essa vis o linear muito prejudicial Enquanto n o tiver uma converg ncia e uma vis o mais sist mica dos diferentes atores no processo considerando ci ncia tecnologia e inova o n o vai funcionar Apesar da vis o
341. ias sua base de sustenta o A nova parceria Embrapa e Consepa abre caminho para que as institui es estaduais de pesquisa possam participar de projetos de inova o com foco no mercado de tecnologias podendo gerar produtos e processos inovadores para os setores agroalimentar e agroindustrial Com esse novo arranjo ser facilitada a participa o dos pesquisadores das institui es envolvidas em redes de coopera o cient fica e tecnol gica opinou um especialista 196 O Quadro 5 2 sintetiza os condicionantes ex genos Embrapa vinculados aos sistemas de pesquisa e ensino na agricultura Quadro 5 2 Fatores condicionantes ex genos sistemas de pesquisa e ensino na agricultura Fatores Condicionantes Ex genos Elemento Contribuem E Reaproxima o da Embrapa com os sistemas estaduais de pesquisa lhe d condi o para ampliar sua capacidade de interagir com a extens o rural assist ncia t cnica cooperativas produtores rurais e empresas privadas Embrapa e Oepas Alian a para Inova o firmada entre a Embrapa e o Consepa apresenta bases para a retomada do SNPA Elemento Inibem E O SNPA se perdeu ao tentar envolver todas as universidades p blicas e privadas e outras organiza es atuantes em pesquisa agropecu ria e precisa ser repensado E A Embrapa est praticamente sozinha rede pesquisa agr cola Voracidade da Embrapa na obten o de recursos financ
342. ica o e marketing mas muitos t m forma o em ci ncias biol gicas qu mica entre outras e nunca trabalharam no setor Falta ainda pol tica espec fica de valoriza o dos profissionais que trabalham na rea o que leva muitos a fugir do setor e buscar trabalho mais nobre como pesquisador Outro fator apresentado foi que preciso colocar na cabe a do pesquisador que a tecnologia de informa o e comunica o TIC fundamental no processo de transfer ncia de tecnologia Para isso tamb m preciso que a Embrapa estabele a parcerias com redes e programas de TV de comunica o em massa tais como o Canal Rural Globo Rural Band Terra Viva etc e use esses meios de comunica o que t m uma capilaridade imensa S o 45 milh es de antenas parab licas s no Canal Rural Nem se compara ao Conex o Ci ncia programa de TV feito em parceria entre a Embrapa e a EBC Servi os veiculado na TV NBR O Quadro 5 12 sintetiza os fatores condicionantes internos Embrapa relacionados dimens o transfer ncia de tecnologia 252 Quadro 5 12 Fatores condicionantes end genos dimens o transfer ncia de tecnologia Elemento P blico alvo Transfer ncia de Tecnologia Contribuem Amplia o do p blico alvo da Embrapa amplia oportunidades de atua o embora carregue o risco de dispers o do foco Redimensionamento do papel da agricultura brasileira como grande exportadora de produtos
343. ica mais complexa e n o ficar apenas focado no produto O Sistema Embrapa de Gest o SEG e os macroprogramas foram um rito de passagem para o que a empresa est vivendo atualmente com os portf lios e arranjos A institui o n o vislumbra mais o desafio que pode ser tratado por projeto mas come a a modelar arranjos e sintonia entre m ltiplos projetos de P amp D com uma governan a definida para solucionar um problema de grande complexidade como por exemplo o da agricultura e a mudan a de clima tema no qual h hoje mais de 400 pesquisadores envolvidos pesquisando o assunto desde m ltiplos ngulos A automa o na agricultura e a integra o alimento nutri o sa de s o outros exemplos se a empresa ficar olhando apenas na perspectiva de sanidade recursos gen ticos e melhoramento n o d essa liga esta integra o e a empresa n o responder aos grandes desafios da agricultura A nova sistem tica do SEG via arranjos e portf lios tamb m est vinculada vis o de futuro da empresa A constru o da vis o de futuro necess ria para a empresa ter capacidade de dizer de forma objetiva s suas unidades de pesquisa e equipes quais s o as trajet rias priorit rias e principais da Embrapa embasado num sistema de conhecimento que o que se espera do Agropensa No entanto ela poder perder foco inclusive tendo este mecanismo caso daqui a pouca comece a fazer portf lios para atender inte
344. icas associadas geradas pela sua unidade de pesquisa denominada Embrapa Milho e Sorgo S o selecionados produtores de sementes que celebrar o contratos de licenciamento com a Embrapa para a utiliza o dessas linhagens na obten o de novos h bridos de milho O objetivo da parceria estabelecer as condi es para a transfer ncia pela Embrapa de parentais de h bridos de milho ou seja de linhagens para os produtoras de semente efetuarem os cruzamentos com linhagens ou h bridos de sua propriedade e a realiza o dos testes para avalia o dos cruzamentos resultantes visando a gera o de novos h bridos de milho Os novos h bridos s o obtidos a partir do cruzamento das linhagens parentais da Embrapa que ser o licenciadas por meio do edital com linhagens de programas de melhoramento de outras empresas Para celebra o da parceria assinado um Acordo de Transfer ncia de Parentais de H bridos de Milho e de Informa o T cnica Associada Ser o objeto de licenciamento os parentais de h brido de milho componentes dos h bridos de milho obtidos em decorr ncia do referido Acordo O Acordo estabelece que a propriedade intelectual das linhagens e da informa o t cnica transferida de propriedade exclusiva da Embrapa No entanto os novos h bridos de milho obtidos a partir do cruzamento das linhagens parentais da Embrapa com as linhagens de programas de melhoramento dos produtores de sementes de milho e aprovados par
345. icatos a estrat gia comercial e o tamanho da explora o agr cola Os estudos tamb m apontaram a concentra o no uso nas culturas de produ o de gr os cana de a car e citrus e caf esta ltima com chance de ado o maior na regi o mais din mica da cafeicultura estadual a Alta Mogiana e seguida pelas regi es da Baixa Mogiana e Sudoeste Centro As finalidades de uso de computador e internet foram tanto para a gest o como para a produ o agr cola O uso de TI no cooperativismo agr cola tamb m foi objeto de algumas pesquisas Zambalde et al 2003 e Freitas e Albano 2003 Em trabalho com 21 cooperativas de caf do Estado de Minas Gerais Zambalde et al 2003 estudaram o uso e impacto da tecnologia da informa o no cooperatismo relatando experi ncias para auxiliar as organiza es a monitorar organizar e captar as informa es vitais para sua melhor administra o interna e adequado posicionamento estrat gico A pesquisa concluiu que nas cooperativas i a TI geralmente utilizada como instrumento para conquista e ou concentra o de poder ii a rela o entre o aumento de competitividade depende da abrang ncia e adequa o do seu uso em v rios n veis da organiza o operacional administra o e estrat gico iii o uso da TI facilita e amplia o controle sobre estoques processos e pessoas cooperadas Na mesma linha tem tica Freitas e Albano 2003 pesquisaram 55 cooperativas agropecu rias do Rio G
346. icular em um setor como o de TI no qual a velocidade da inova o elevada Perde se com a demora anos de pesquisa esfor os individuais e institucionais recursos p blicos Perde se principalmente a possibilidade de desempenhar o papel para o qual a Embrapa foi criada e debilita se desta forma sua legitimidade que tem sido junto com seus pesquisadores um dos seus principais ativos para manter o financiamento p blico mesmo em per odos de dificuldades Ainda quando falta de celeridade nos processos de transfer ncia de tecnologia foi citada a disponibilidade de um software desenvolvido pela Embrapa Inform tica Agropecu ria que tem capilaridade municipal mas que n o chega aos munic pios ou chega apenas lentamente E nesse caso o problema da celeridade n o pode ser atribu do apenas e talvez nem principalmente burocracia mas sim a outras dificuldades possivelmente mais associadas TT e neste caso ao imenso n mero de munic pios brasileiros mais de 5 500 que impedem a Embrapa dar celeridade devida distribui o dos produtos de inform tica que em 2 ou 3 anos ficam obsoletos Al m disso atrelado ao software preciso a Unidade dar manuten o ao sistema e conferir agilidade para coloc lo no mercado No entanto o sistema n o chega ao mercado por 280 excesso de precau o o princ pio da precau o ao extremo n o combina com pesquisa pois pesquisa precisa de ousadia Quanto s
347. icultura foram 4 ministros em 4 anos e de presidentes da Embrapa foram 3 presidentes em 6 anos Isso impacta negativamente na elabora o de uma pol tica de desenvolvimento agr cola para o pa s Pesquisa a o de m dio e longo prazo Como se vai fortalecer a pesquisa agr cola com essa rotatividade O Quadro 5 3 sintetiza os fatores condicionantes ex genos Embrapa para a transfer ncia de suas tecnologias da Embrapa vinculados s institui es intermedi rias da agricultura 201 Quadro 5 3 Fatores condicionantes ex genos institui es intermedi rias assist ncia t cnica e extens o rural meio pol tico integradoras da cadeia de valor Elemento Extens o Rural e Anater J e Fatores condicionantes ex genos Inibem Desmantelamento e sucateamento da extens o rural no Brasil O servi o de extens o n o resolve o problema da transfer ncia de tecnologia em raz o da complexidade da agricultura e da participa o da iniciativa privada na pesquisa agr cola A concep o da Anater reflete o modelo linear superado e n o responde falta de integra o entre a pesquisa e a extens o A previs o de um dos diretores da Embrapa tamb m atuar na dire o da Anater desvia o foco da Embrapa que pesquisa agr cola que passa a ter mandato em extens o rural tamb m Aspecto social Cresceram os assentamentos da reforma agr ria e a agricultura de subsist ncia e milh es de produtores ru
348. idade de uma cultivar por exemplo para chegar at o atendimento das demandas do consumidor final e do sistema produtivo no qual o resultado da pesquisa se insere O alargamento do p blico alvo exige da institui o de P amp D uma an lise criteriosa da cadeia produtiva como um todo para que a pesquisa venha a atender as promissoras demandas do sistema produtivo segundo Castro e Tourinho 2002 Numa perspectiva futura a seguir s o apresentadas as proposi es sugeridas pelos especialistas que v o em dire o para que Embrapa intensifique sua atua o rumo inova o agr cola 325 Foram propostas sugest es para a Embrapa desenvolver uma tradi o de pesquisa tamb m na rea de transfer ncia de tecnologia Para tanto a empresa precisa valorizar o profissional que trabalha em TT investindo em sua forma o e na manuten o e avan o desta rea de conhecimento Criar linhas de financiamento para as a es de TT e n o somente prever um plano de a o PA ao final do projeto de P amp D para a es de transfer ncia Por ltimo prop s se melhorar a rede de m ltiplas institui es de transfer ncia de tecnologia com vistas intera o maior entre atores p blicos e privados do sistema de inova o As proposi es no sentido de ampliar a intera o da Embrapa com os demais agentes do sistema nacional de inova o na agricultura s o convergentes com estudos sobre o tema tais como os do Banco Mundial 2006 Chaves
349. ifica o por radiofrequ ncia para uso em produtos de origem animal e vegetal Prev se a amplia o do uso de t cnicas de sensoriamento remoto e sistema de informa o geogr fica para automa o das etapas de planta o e colheita avan ando para uma agricultura de previs o e rob tica No contexto destes avan os tecnol gicos e da e science h a previs o de aumento da utiliza o de big data para an lise de imensos volumes de dados agroclim ticos de recursos naturais e de uso da terra entre outros E tamb m de amplia o do uso da computa o em nuvem an lises de dados para orienta o de mercado e pol ticas nas etapas de distribui o processamento e consumo de produtos agr colas A se o seguinte analisa os fatores condicionantes de dentro da Embrapa que interferem na transfer ncia de suas tecnologias 5 5 2 Desdobramentos dos condicionantes end genos Embrapa Na exposi o dos condicionantes end genos da dimens o institucional e organizacional vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico na Embrapa os especialistas destacaram como fatores a serem levados em conta i o papel da C amp T para o pa s e como isso impacta a Embrapa ii o sistema de intelig ncia e planejamento estrat gico da Embrapa iii trajet ria institucional e presen a da iniciativa privada na pesquisa agr cola iv estrutura organizacional Como postulou Schumpeter 1942 a atividade inovadora da firm
350. igia ent o 1 3 investido pela Embrapii 1 3 pela empresa privada demandante e 1 3 pela ICT que desenvolver a solu o para o problema Uma vez a solu o conclu da ser introduzida na ind stria como uma inova o A sugest o para que a Embrapa tenha um modelo pr ximo a isso Para anto ela poderia chamar os seus grandes clientes e concorrentes poss veis e ver o que est sendo demandado da Embrapa e a partir disto estabelecer projetos estrat gicos para obter recursos externos e por outro lado a Embrapa poderia desenvolver projetos que j ter o clientes garantidos e a solu o tecnol gica gerada poderia ser disponibilizada para a sociedade e se conclui o ciclo da inova o em benef cio da agricultura Um modelo an logo a esse o adotado pelo Agricultural Research Service ARS dos Estados Unidos apresentado anteriormente na tese na se o 5 2 1 o qual se sugere que a Embrapa poderia seguir Trata se do modelo de identificar demandas para suas pesquisas junto aos diversos agentes da agricultura americana as quais subsidiar o os planejamentos estrat gicos de longo prazo 5 anos e o de curto prazo anual do ARS Foi alertado que se a Embrapa na rea de TI e em outras em que atua n o realizar pesquisas aplicadas voltadas ao atendimento das demandas da sociedade poder perder sua relev ncia junto a sociedade Para isso preciso criar mecanismos que facilitem a parceria com agentes privados
351. imais e por conseguinte novos sistemas de produ o como ilustra a Figura 1 1 Figura 1 1 Representa o esquem tica mostrando a converg ncia tecnol gica a partir da explora o simult nea de tomos neur nios genes e bits Fonte Crestana e Fragale 2012 p 14 Al m disso a tecnologia da informa o foi considerada como o terceiro pilar da investiga o cient fica juntamente com a teoria e a experimenta o permitindo aos cientistas construir e simular modelos de fen menos complexos UNITED STATES 2005 O imenso volume de dados gerados pelas simula es de modelos e em experimentos cient ficos fez emergir a e science definida como sendo um conjunto de t cnicas e tecnologias para desenvolver uma ci ncia baseada na computa o e em grande volume de dados BELL ET AL 2009 Para Massruh et al 2011 brotam da e science novos desafios tecnol gicos que envolvem a realiza o captura an lise modelagem e visualiza o cient fica com o objetivo de auxiliar os processos decis rios tanto de pesquisadores como dos formuladores de pol ticas p blicas Adicionalmente outra raz o refere se complementariedade da tecnologia da informa o com campos de estudos da agricultura Como exemplo pode se citar as atividades de pesquisa da Embrapa Inform tica Agropecu ria uma unidade tem tica da Embrapa com mandato institucional de desenvolver solu es em TI aplicadas agricultura Por meio de suas pesquisas
352. imento Tecnologia Finan as Unidades Centrais UC ASP GPR Legenda AUD Assessoria de Auditoria Intema AJU Assessoria Juridica ASP Assessoria Parlamentar CAN Conselho Assessor Nacional CF Conselho Fiscal DAF Departamento de Administra o Financeira DAP Departamento de Administra o do Parque Esta o Biol gica DGP Departamento de Gest o de Pessoas DPS Departamento de Patrim nio e Suprimentos DPD Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento OTI Departamento de Tecnologia da Informa o OTT Departamento de Transfer ncia de Tecnologia GPR Gabinete do Presidente OUV Ouvidoria SECOM Secretaria de Comunica o SGI Secretaria de Gest o e Desenvolvimento Institucional SIM Secretaria de Intelig ncia e Macroestrat gia SNE Secretaria de Neg cios SRI Secretaria de Rela es Intemacionais Figura 3 1 Organograma da Embrapa Fonte Embrapa 2014b B Ecorregionais F Produtos Temas B sicos Figura 3 2 Centros de pesquisa da Embrapa Fonte Embrapa 2014b E Servi o 89 Dentre os principais instrumentos institucionais que norteiam a gest o organizacional institucional e as a es de pesquisa desenvolvimento e inova o da Embrapa e de suas unidades destacam se o Plano Diretor da Embrapa PDE os Planos Diretores das Unidades PDU e Sistema Embrapa de Gest o SEG Integrante do SEG h tamb m o Comit Gestor das Estrat gias rg o c
353. imita es s o v rias a pesquisa cient fica n o vinculada aos usu rios potenciais da tecnologia e n o h intera o com outros atores do setor agr cola como resultado da pouca intera o os resultados da pesquisa n o necessariamente refletem uma necessidade dos usu rios a abordagem pouca adequada para responder s r pidas mudan as das condi es de mercado e para fornecer aos produtores rurais tecnologias emergentes em nichos de mercados de alto valor BANCO MUNDIAL 2006 Nos anos 1990 houve o entendimento de que al m dos institutos de pesquisa havia a necessidade de adicionar outros agentes para garantir o acesso aos conhecimentos e tecnologias geradas pela atividade de PD amp I Deste entendimento surgiu a abordagem do Sistema de Informa o e Agricultura do Conhecimento SIAC O SIAC era composto por um conjunto de organiza es e ou pessoas do setor agr cola bem como suas intera es que objetivam gerar transformar integrar difundir e utilizar conhecimento e informa o para contribuir com a solu o de problemas e fomentar a 35 inova o agr cola no pa s Segundo esta abordagem a pesquisa n o era o nico mecanismo para gera o ou acesso ao conhecimento Este enfoque passou a estabelecer a integra o das atividades relacionadas gera o e difus o do conhecimento Ele possibilitou maior nfase aos elos entre a pesquisa a educa o e a extens o rural e identifica o de demandas do
354. inist rio da Agricultura Pecu ria e Abastecimento MAPA para a m dia e grande agricultura O problema est nos direcionamentos e nos conflitos entre os dois minist rios com discursos e pr ticas que se op em como se a agricultura familiar e a agricultura patronal fossem segmentadas e advers rias Tais direcionamentos muitas vezes profundamente contradit rios permeiam a Embrapa e interferem tanto em decis es de P amp D como nas a es de transfer ncia de tecnologia evidente que a Empresa por sua pr pria natureza p blica deve estar aberta as demandas do governo e da sociedade mas cabe indagar os limites para o acatamento destas demandas e para as consequ ncias sobre a pr pria empresa quando elas partem de direcionamentos contradit rios Outro entrevistado indicou que este corte entre agricultura familiar e empresarial se reflete nas a es de departamentos respons veis pela transfer ncia tecnol gica e na celebra o de neg cios tecnol gicos da Embrapa Isso pode atrelar a transfer ncia de tecnologia da empresa a ficar vinculada a uma agenda pol tica e a promover a dicotomia entre agricultura familiar e agroneg cio Sobre este aspecto foi ponderado que tal dicotomia um falso dilema porque parte da agricultura familiar est dentro da agricultura empresarial e vice versa h uma rea de sombreamento entre as duas Outro aspecto pol tico pontuado foi a alta rotatividade de ministros da agr
355. integrada entre os processos de TT e PD amp I Falta de converg ncia de uma vis o sist mica dos diferentes atores no processo de P amp Dle TT considerando ci ncia tecnologia e inova o Tecnologias desenvolvidas e testadas apenas em condi es experimentais n o observando as necessidades reais do produtor e que precisam de adapta o ao meio produtivo Car ncia de pessoas especializadas para trabalhar com transfer ncia de tecnologia Falta pol tica de valoriza o dos profissionais de transfer ncia de tecnologia A Embrapa est dando aten o para a es de TT por meio da cria o de estrutura organizacional para atuar neste tema Pr atividade da equipe de TT em busca de empresas interessadas no licenciamento de tecnologias da Embrapa 265 Quadro 5 15 Fatores comuns condicionantes end genos Embrapa para transfer ncia de tecnologias continua o g Substituir o conceito de transfer ncia de tecnologia pelo de inova o Ampliar o esfor o da Embrapa para interagir de forma prof cua com as empresas privadas E Intensificar a converg ncia tecnol gica nos projetos de P amp D da Embrapa E Intensificar a atua o da Embrapa em quatro pilares a nanotecnologia a biotecnologia as tecnologias da informa o e as ci ncias cognitivas Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 3 2 Fatores condicionantes espec ficos Al m de fatores condicionantes comuns end g
356. ionamento e desenvolvimento de compet ncias e habilidades imanentes gest o aos empregados interessados em se aprimorar nesta rea agricultura se tornou complexa a Embrapa se tornou complexa no entanto a empresa continua sendo administrada por pessoas que foram transformadas ao longo do tempo em gestores mas algumas n o foram formadas para serem l deres Nesta esteira de proposi o futura foi sugerido prover as chefias de TT das unidades descentralizadas com pessoal com perfil de negociadores aptos a lidar com 256 aspectos mercadol gicos e que haja abertura de se buscar compet ncias em outras reas para se preparar para enfrentar as transforma es que ocorreram ao longo do per odo na agricultura brasileira que a transformaram num ambiente t o complexo Ainda sobre a perspectiva futura e o papel da Embrapa como promotora da inova o opinou se sobre a necessidade de um debate amplo na empresa para definir o local da pesquisa p blica atualmente para a Embrapa se reposicionar no atual contexto da pesquisa agr cola precisar de uma mudan a radical considerando que o Brasil est na emin ncia de se tornar o maior produtor de alimento do mundo em 10 anos o Brasil deixa os Estados Unidos pra traz Analisando os cen rios futuros dois pontos foram destacados O primeiro o deslocamento do papel da pesquisa p blica pelo setor privado Nas agriculturas mundiais que se desenvolveram as inst
357. ios o se h impacto no empreendimento agr cola e na produ o 277 Quadro 5 19 Especificidades da transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o para a agricultura continua o Elemento Especificidades E Especialistas do dom nio contribuem para o estruturar solu o em TI de acordo com as demandas do p blico destinat rio o integrar diversas reas do conhecimento Parcerias o conferir vis o abrangente do sistema de produ o no qual a tecnologia ser inserida Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 3 3 Perspectivas futuras Na perspectiva temporal futura o grupo de especialistas apresentou proposi es para melhorar o processo de transfer ncia de tecnologia da informa o aplicada agricultura bem como as tend ncias para a pr xima d cada de avan os em agroinform tica a seguir relatadas Uma proposi o de melhoria refere se necessidade da Embrapa melhorar sua prospec o de demandas junto ao produtor rural o usu rio final de uma parcela das tecnologias da Embrapa A prospec o em alt ssimo n vel feita com a participa o da academia institutos de pesquisa comunidade cient fica de modo geral No entanto a Embrapa quase n o tem contato direto e conex o com usu rios finais de suas tecnologias como os produtores rurais e isso precisa ser melhorado Contudo foi ponderado que para realizar a prospec o de demandas junto
358. ios ligados ao mundo rural a alta rotatividade de dirigentes da agricultura que reflete na indefini o de uma pol tica agr cola de longo prazo Os resultados indicam como condicionantes internos Embrapa a sua estrutura organizacional fragmentada e r gida a preval ncia da vis o linear que dificulta a vis o sist mica e de complementaridade o planejamento estrat gico espor dico o sistema de intelig ncia que carece de pluralidade a trajet ria institucional da empresa que necessita ser alinhada ao contexto das mudan as da agricultura a pouca autonomia das unidades descentralizadas as dificuldades em celebrar parcerias com a iniciativa privada a comunica o social pouco direcionada ao mercado a valoriza o da produ o cient fica em detrimento da tecnol gica e o modelo mental de que o trabalho da pesquisa termina na publica o As conclus es assinalam a necessidade da Embrapa se reposicionar no sistema de ci ncia tecnologia e inova o Para tanto a empresa necessita operar com compet ncias que v o al m da pesquisa intensificar suas intera es com institui es que det m compet ncias de mercado n o associadas apenas C amp T e P amp D e engendrar um modelo organizacional sist mico e horizontal que se reflita numa governan a transversal da pesquisa PALAVRAS CHAVES inova o pesquisa p blica agr cola transfer ncia de tecnologia xiii ABSTRACT The contribution of the Brazilian Agricultural Resea
359. is No exerc cio de sua fun o a Embrapa se orienta e segue rumo inova o que ocorrer na outra ponta na sociedade no empreendimento agr cola na agroind stria enfim no ambiente produtivo e social O processo de inova o suplanta o de transfer ncia de tecnologia Um de seus objetivos buscar transformar resultados de pesquisa em inova o ou seja em novo ou melhorado processo produto ou servi o em uso na agricultura Depreende se que a Embrapa carece substituir o conceito de TT pelo de inova o No entanto n o apenas com a mudan a de siglas de nomes de departamentos realoca o de pessoas e desenhos de novas estruturas organizacionais e regimentos internos mas sim por meio de profundas mudan as nos modelos mentais e na gest o organizacional Este ponto retomado no final das conclus es Para tanto seria necess rio internalizar que a inova o um processo de risco interativo continuado que pode envolver grandes solu es tecnol gicas que d o visibilidade para a empresa perante a opini o p blica um stakeholder chave para garantir sua sustentabilidade mas que no dia a dia envolve tamb m pequenas solu es que podem at passar despercebidas e nem chegar m dia mas que t m grande import ncia para os produtores que tamb m s o stakeholders relevantes da empresa Neste contexto preciso interiorizar a compreens o de que a Embrapa apenas uma das partes agentes d
360. is o de adotar uma tecnologia n o se d isoladamente pelo produtor h casos em que ela ocorre coletivamente nas organiza es de produtores Grau de integra o vertical da cadeia produtiva interfere em quem decide a ado o da tecnologia geralmente se d no comando da hierarquia Subordina o do agricultor s estruturas hier rquicas das cadeias produtivas que passam a decidir como a sua atividade econ mica se organiza tecnologicamente Rede varejista de supermercado define o que o agricultor ir adotar de tecnologia Disponibilidade de cr dito rural para o produtor fator limitante para se adotar a tecnologia Concorr ncia entre os diversos fornecedores de tecnologias principalmente de empresas multinacionais deslocam boas tecnologias da pesquisa p blica Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 1 3 Perspectiva futura No que concerne perspectiva temporal futura segundo a opini o de um grupo de especialistas os fatores a serem levados em conta s o principalmente dois Primeiro deve se desenvolver uma tradi o de pesquisa em TT e segundo imprescind vel que haja uma valoriza o do profissional que trabalha no setor com investimento na forma o e manuten o dessas pessoas nessa rea de conhecimento Embora a TT apare a sempre como uma prioridade este o primeiro setor a ser cortado quando faltam recursos Existe pouca sintonia entre o tamanho d
361. istados se refere a este ponto ao isolamento intelectual que se manteve na literatura econ mica e de sociologia rural com um foco agrarista que se esqueceu do grande debate que se chama inova o o que tamb m se refletiu na Embrapa Tanto a literatura como as contribui es da comunidade cient fica n o ajudaram pois mantiveram o foco agrarista e n o na inova o Um drive de mudan a da agricultura brasileira o fortalecimento da iniciativa privada A partir do momento em que o agroneg cio come ou a ser importante para o Brasil viabilizando o Centro Oeste e os Cerrados a hegemonia da Embrapa foi desaparecendo pois surgiram agentes privados que investiram em pesquisa agr cola e na gera o de tecnologia a tal ponto que atualmente em soja milho e algod o e na cadeia animal estes agentes andam praticamente sozinhos sem necessitar da pesquisa p blica Para um grupo de entrevistados o fato do setor privado ter aumentado sua participa o no mercado de sementes com a consequente diminui o da Embrapa no mesmo embora tenha sido interpretado com temor por alguns pares da pesquisa agr cola pondera se que na verdade trata se de um indicador de xito da empresa A agricultura brasileira se modernizou e agentes privados passaram a produzir sementes e isso de tornou fonte de lucro o que foi poss vel e originado nos programas de melhoramento gen tico da Embrapa Neste contexto de profundas mudan as
362. it Journal of Internacional Development Chichester v 17 n 5 p 611 630 2005 355 HAYAMI Y RUTTAN V W Desenvolvimento Agr cola Teoria e Experi ncia Internacionais Tradutores Maria Vittoria von Bulow e Joachim S W von Bulow EMBRAPA Departamento de Publica es Bras lia 1988 edi o original de 1971 HORLINGS l MARSDEN T Rumo ao desenvolvimento espacial sustent vel Explorando as implica es da nova bioeconomia no setor agroalimentar e na inova o regional Tradu o de Regina Beatriz Vargas Sociologias Porto Alegre ano 13 no 27 maio ago 2011 p 142 178 IGLIORI D C Economia dos Clusters Industrias e Desenvolvimento S o Paulo FAPESP 2002 INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Investimentos em Ci ncia Tecnologia e Inova o na OCDE e nos BRICS Dispon vel em lt http Auww iedi org br cartas carta iedi n 450 investimentos em ciencia tecnologia e inovacao na ocde e nos nos brics html gt Acesso em 12 jan 2015 IEDI 2011 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA IBGE Censo Agropecu rio 2006 IBGE Rio de Janeiro 2006 Dispon vel em lt http www sidra ibge gov br bda acervo acervo2 asp e v amp p CA amp z t amp o 11 gt Acesso em 3 abr 2018 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA IBGE O setor de tecnologia da informa o e comunica o no Brasil 2003 2006 Estudos e pesquisas informa o econ mica Rio de Janeiro n 11 2009
363. itui es e definir estrat gias para a es de comunica o e de TT Legenda Finalidade Da Conex o Fonte elabora o pr pria com base nos regimentos internos das unidades citadas O que pode se aferir das atribui es das unidades que atuam com temas correlatos transfer ncia tecnol gica que elas possuem um extenso e complexo elenco de fun es muitas delas inter relacionadas entre si O que se questiona como ocorre a governan a institucional destas finalidades por quem e quais instrumentos s o utilizados para a coordena o No que tange governan a institucional da transfer ncia de tecnologia o regimento interno do Departamento de Transfer ncia de Tecnologia por meio da Delibera o no 10 de 01 07 2014 prescreve que responsabilidade desta unidade a coordena o articula o orienta o e avalia o das diretrizes e estrat gias da Embrapa relativas transfer ncia de tecnologia e s a es de capacita o corporativa nessa rea EMBRAPA 2014f No entanto n o est o claros quais os instrumentos utilizados para esta coordena o j que atualmente a Embrapa n o possui uma pol tica de transfer ncia de tecnologia aprovada A pol tica de comunica o e neg cios de 1998 2 Encontra se em discuss o uma proposta de pol tica de transfer ncia de tecnol gica ltima vers o datada de junho de 2012 no entanto sem previs o de data para entrar em vigor Como a
364. itui es p blicas de pesquisa agr cola foram descoladas de seus pap is mas n o foram eliminadas porque sempre existir um tipo de pesquisa que s a institui o p blica faz s vezes porque de longo tempo de matura o ou porque a iniciativa privada n o tem interesse Ent o quais s o as reas que a Embrapa deve se dedicar A Embrapa hoje deveria fazer um esfor o enorme para definir seus lugares com maior potencialidade que s a pesquisa p blica vai fazer O segundo ponto que a Embrapa necessita ampliar seu esfor o para interagir de forma prof cua com as empresas privadas Como afirmou um especialista cada vez mais uma parte da intensifica o tecnol gica da agricultura n o ofertada pela Embrapa mas pelo agente privado e isso traz implica es para a miss o da Embrapa Ainda do ponto de vista futuro al m da necessidade de intera o entre institui es preciso haver uma conex o entre diversas tecnologias o que um especialista chamou de intensifica o do acoplamento de tecnologias ou da converg ncia tecnol gica Como exemplo citou o manejo integrado de pragas A solu o do manejo integrado s ir se viabilizar se utilizar os drones ve culo a reo n o tripulado e remotamente pilotado por meios eletr nicos e computacionais N o d para chegar numa planta o de soja e contar quanto bigatos saem do p da soja Ser preciso voar com o drone e avaliar digitalmente os dados p
365. ivo como s o definidos os direitos de propriedade intelectual titularidade recebimento de royalties 3 No caso de software base de dados ou servi os Web gerados pela sua institui o de pesquisa quais partes ou fases s o desenvolvidas pela universidade ex c digo fonte interface gr fica manual do usu rio 4 Quais as formas mecanismos de transfer ncia s o utilizadas para software base de dados ou servi os web desenvolvidos pela sua institui o de pesquisa 5 Como protegida a propriedade intelectual de software base de dados ou servi os web desenvolvidos pela sua institui o de pesquisa 383 Atividades do Escrit rio de Transfer ncia de Tecnologia na sigla em ingl s TTO Technology Transfer Office 6 Qual o fluxo das atividades do processo de transfer ncia de tecnologia de sua institui o de pesquisa 7 Como o TTO interage coma rea de P amp D pesquisa e desenvolvimento sua institui o de pesquisa 8 Quais as principais tend ncias de modelos de neg cios para a transfer ncia de tecnologias geradas sua institui o de pesquisa 9 Qual o impacto e a aplica o da lei Bayh Dole nas atividades do TTO de sua institui o de pesquisa 10 Quais os principais drivers de mudan a for as motrizes do agroneg cio mundial que sua institui o de pesquisa eventualmente acompanha 384 Ap ndice V Parcerias institucionais para desenvolvimento das solu es em tecnolog
366. iz Bonacelli S rgio Queiroz Andr Furtado e S rgio Salles Filho e iii da Faculdade de Ci ncias Aplicadas Ester Dal Poz Agrade o dedicada competente e ilustre banca examinadora tanto da qualifica o como da defesa pelo esmero e acuidade nas orienta es Ant nio Buainain Ana C lia Castro Bastiaan Reydon Beatriz Bonacelli Eduardo Assad Jos Maria da Silveira e S lvio Crestana Agrade o Embrapa que o motivo e a inspira o para esta tese H 25 anos com honra levo em meu sobrenome C ssia da Embrapa a marca de excel ncia desta empresa que cultiva suas pesquisas pelo Brasil Integrar sua equipe a minha maior recompensa Estendo o agradecimento institucional aos dirigentes da Embrapa poca da tese que em v rios momentos me ajudaram a elucidar o objeto de an lise Maur cio Lopes Kleber Sampaio Silvia Massruh e Jo o Camargo Uma das alegrias na trajet ria do trabalho foi encontrar pessoas comprometidas e entusiasmadas com a pesquisa agr cola brasileira Pessoas como Adonai Calbo Alfredo Homma Eduardo Assad Eliseu Alves Francisco Reifschneider Florindo Dalberto Lucas Leite Paulo Cruvinel e Rafael Fuentes Agrade o a voc s pelos enriquecedores esclarecimentos sobre o tema estudado Aos profs Fracalanza e Bastiaan agrade o por proverem recursos financeiros para minhas pesquisas de campo E ao prof Gori pela super ajuda em assuntos de estat stica Agrade o profa Ana C
367. l produtos resultados E PD amp I implementados como novidades ou aperfei oamentos processos ou servi os inova es Figura 2 11 Acep o de transfer ncia de tecnologia adotada na tese Fonte elabora o pr pria A defini o de transfer ncia tecnol gica parte do pressuposto conceitual dos trabalhos evolucionistas Rosenberg 1979 Freeman 1982 Dosi 1982 e Nelson e Winter 2005 que eliminaram as fronteiras entre difus o transfer ncia inova o e ado o tecnol gica os quais propuseram que gera o difus o ado o e inova o embora n o confundidos s o processos que se sobrep em e integram se O referencial aportado atinente aos fatores condicionantes da transfer ncia tecnol gica aponta a import ncia de se considerar que tais fatores interagem entre si ora para facilitar e ora para obstar a ado o de uma tecnologia pelo produtor rural As escolas de produ o agr cola est o inseridas dentre os fatores sist micos que podem contribuir para a ado o de tecnologias no ambiente agr cola Como alertam Souza Filho et al 2011 os fatores que influenciam a decis o de agricultores em adotar n o adotar ou retardar a ado o de uma tecnologia condi es 81 socioecon micas caracter sticas do produtor da produ o da propriedade rural e da tecnologia e fatores sist micos interagem entre si ou para inibir e ou para promover a ado o da tecnologia O entendimento e
368. l no o do tempo esfor o e complexidade das a es envolvidas para alcan ar os resultados que s o hoje apontados como base do sucesso e do papel que a Embrapa desempenhou na conquista dos cerrados O resultado que a empresa vista n o apenas como uma provedora de solu es tecnol gicas para o setor agropecu rio mas como provedora de solu es imediatas para os problemas de hoje E como mencionado por alguns dos entrevistados a empresa por muitas raz es que n o cabem analisar aqui at porque n o foram objeto da tese tem ca do na armadilha de acreditar que pode mesmo desempenhar este papel e tem aceitado sem os devidos filtros um conjunto de demandas que podem estar acima e ou fora de sua miss o As observa es dos especialistas sobre comunica o institucional e mercadol gica est o convergentes com o estudo realizado por Penteado Filho 2010 Para este autor a utiliza o pela Embrapa de instrumentos tradicionais para divulga o de seus resultados de pesquisa como Circulares T cnicas Boletins de P amp D Comunicados T cnicos Recomenda es Instru es T cnicas e Comunica es de Pesquisa em Andamento dificulta a assimila o destes resultados junto a uma significativa parcela dos p blicos destinat rios das pesquisas da empresa Por outro lado a Embrapa tem procurado disseminar seus resultados de pesquisa para diversos p blicos benefici rios Para tanto a empresa mant m i r
369. l no endere o www agrosustentavel com br 235 Quadro 5 9 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional comunica o institucional e mercadol gica Fatores condicionantes end genos Elemento Contribuem E H conhecimentos gerados pela Embrapa que s o a base para g S importantes pol ticas p blicas agr colas exemplos Programa E 5 Agricultura de Baixa Carbono e o zoneamento agr cola de risco O 3 a a clim tico E A Embrapa possui 70 mil seguidores em sua rede Agrosustent vel G 8 comunica o digital X Elemento Inibem E As a es de comunica o e de transfer ncia de tecnologia s o dissociadas 5 E A Embrapa atualmente faz mais comunica o social focalizando a 8 8 imagem institucional do que a comunica o mercadol gica vo g 2 E H um passivo de entendimento na sociedade sobre qual a produ o Q r E S q da Embrapa mais nobre da Embrapa a informa o e o conhecimento 2 9 E e gerados o E A Embrapa criou uma armadilha ao colocar nfase grande na inova o e dar a impress o de que tinha solu es pr ticas para tudo na agricultura E H uma visibilidade m nima de como a informa o e o conhecimento gerados na Embrapa ajudam a solucionar problemas da agricultura N o h garantia de que os seguidores da Embrapa nas redes sociais v T E 9 das quais participa internalizam a informa o disponibilizada 4 Fonte elabora o pr p
370. la 4 9 apresenta o n vel de instru o do respons vel pelo estabelecimento Tabela 4 9 Percentual de estabelecimentos agropecu rios com computador e internet segundo n vel de instru o do produtor para o Brasil as macrorregi es para o ano de 2006 segundo dados do IBGE N vel de instru o Tipo de eletrodom s tico utilizado Computador Acesso internet da pessoa que NOR SU CENTRO BRASIL NORTE SUL dirige o DESTE DESTE OESTE estabelecimento Total 4 54 1 31 1 16 8 11 9 59 5 19 Alfabetiza o de 1 26 0 31 0 38 2 18 4 41 1 28 adultos Ensino fundamental incompleto 1 3 6 0 78 0 83 4 53 6 7 2 66 grau Ensino fundamental 8 29 2 19 2 36 10 08 14 77 5 67 completo 1 grau Ensino m dio ou 2 16 7 7 26 8 5 20 74 25 32 12 19 grau completo Ensino Superior 32 32 20 16 26 58 35 92 39 49 21 07 Nenhum mas sabe 0 95 0 48 0 49 1 74 3 1 46 ler e escrever N o sabe ler e 0 24 0 2 0 17 0 55 0 89 0 66 escrever Total 1 87 0 4 0 49 3 95 3 43 2 1 Alfabetiza o de 0 31 0 07 0 09 0 62 1 03 0 27 adultos Ensino fundamental incompleto 1 1 03 0 18 0 24 1 59 1 74 0 82 grau Ensino fundamental 3 05 0 58 0 91 4 19 5 04 2 completo 1 grau Ensino m dio ou 2 8 02 2 54 4 03 10 95 11 56 5 27 grau completo 175 Tabela 4 9 Percentual de estabelecimentos agropecu rios com computador e internet segundo n vel de instru o do produtor para
371. la pesquisa p blica na produ o agr cola nacional Mais de 85 da soja produzida no Brasil adv m SA amplia o da participa o do setor privado na economia mundial uma realidade n o apenas na agricultura Estudo conduzido por Vitali et al 2011 evidenciou que um grupo de 1 318 empresas transnacionais forma o n cleo da economia mundial O estudo chegou neste grupo a partir da an lise das rela es de redes complexas e interconex es de 43 mil empresas transnacionais As conclus es indicam que as 1 318 empresas sendo a maioria bancos det m o controle de 60 de todas as vendas realizadas no mundo Elas t m um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global o controle de estrutura desta rede afeta a concorr ncia e a estababilidade financeira mundial 7 de material gen tico da pesquisa privada no entanto de acordo com Salles Filho e Bin 2014 h menos de 15 anos ocorria o inverso Aqui cabe uma pondera o Como ser apresentado no cap tulo cinco da tese h o entendimento por parte de alguns pesquisadores da pesquisa p blica agr cola que o fato da Embrapa ter diminu do sua participa o no mercado de sementes o que foi visto com temor por alguns pares na verdade uma medida de sucesso Isso porque a agricultura brasileira se modernizou diferentes agentes privados come aram a produzir semente que se tornou fonte de lucro e foi a Embrapa que deu origem a esse processo com seus programas de
372. lecimento de pesquisa e de C T amp l e mecanismos de incentivo ia prioridades transfer ncia de tecnologia ao desenvolvimento econ mico Foco para Infraestrutura e Comunica o entre os Intera o entre os agentes fortale desenvolvimento de agentes desenvolvimento institucional cimento recursos humanos apoio s intera es aprendizado das e inova o cria o de ambiente capaci para inova o dades Fonte Banco Mundial 2006 Um dos segmentos do SIA destacado na tese o de sistema de pesquisa para a agricultura do setor p blico com nfase no papel do maior instituto de PD amp I agr cola do Brasil a Embrapa como apresentado mais adiante no trabalho Em suma a abordagem do Sistema Nacional de Pesquisa Agr cola tem como eixo central a articula o para a gera o de conhecimento J a do Sistema de Informa o e Agricultura do Conhecimento expande sua an lise al m da gera o e focaliza tamb m a difus o de conhecimento O Sistema de Inova o na Agricultura integra a gera o a difus o e o uso do conhecimento ROSEBOOM 2004 A trajet ria das tr s abordagens iniciou se na centralidade do papel dos institutos p blicos de pesquisa agr cola caminhou 40 para a vis o de sistema de pesquisa e de transfer ncia de tecnologia e evoluiu para constru o de um sistema de inova o Para Salles Filho Gianoni e Mendes 2012 a abordagem de sistema de inova o parte do pressuposto de que no p
373. lectual Foi mencionado que a Embrapa tem pleno xito quando propriet ria integral da tecnologia como o exemplo de cultivares licenciadas pelo antigo SNT unidade sucedida pela Embrapa Produtos e Mercados que tinha por volta de 1 200 contratos de licenciamento Neste caso a Embrapa desenvolvia a cultivar o modo de enxertar ensinava os licenciados 3 H universidades p blicas que j regulamentaram a Lei de Inova o por meio de suas ag ncias de inova o Um exemplo neste sentido o da Universidade Federal de S o Carlos UFSCar que definiu que os royalties recebidos dos licenciamentos s o distribu dos na propor o de 1 3 para o pesquisador inventor 1 3 para a universidade e 1 3 para o grupo da pesquisa Isso um incentivo importante para o pesquisador Outro exemplo o da Ag ncia Inova da Universidade Estadual de Campinas Unicamp a qual alinhada Lei de Inova o busca identificar oportunidades e promover atividades de est mulo inova o e ao empreendedorismo ampliando o impacto do ensino pesquisa e extens o em favor do desenvolvimento socioecon mico sustentado 228 padronizava e recebia royalties Este tipo de parceria relatado no Cap tulo 3 Box 3 2 Mas quando outros parceiros est o envolvidos h dificuldades na defini o de co titularidade de propriedade intelectual entre diversas institui es parceiras As parcerias foram consideradas chaves para a transfer ncia de te
374. lhar no projeto por conta desta mudan a do agricultor familiar que virou empres rio rural Isso precisa ser visto como um avan o salutar para a agricultura brasileira A condi o socioecon mica do produtor rural tamb m reflete na gest o do seu estabelecimento o que uma quest o da administra o do empreendimento agr cola e faz muita diferen a para a transfer ncia de tecnologia os par metros socioecon micos s o essenciais para se levar em conta e tornar o processo de transfer ncia adequado Nesse sentido a pesquisa p blica estadual tem se defrontado com um dilema quanto ao uso de tecnologia da informa o Muitas vezes quem se envolve com TI s o os filhos do produtor rural No entanto no Sul do Brasil temos um problema na agricultura familiar aproximadamente mais de 85 dos estabelecimentos n o tem sucess o H menos interesse dos jovens pela agricultura T nhamos que estudar como melhorar as oportunidades para sucess o geracional na agricultura familiar e na empresarial Ainda sobre o uso de tecnologia da informa o aplicada agricultura foi ponderado que apesar de haver alguma evolu o de sua utiliza o por uma parcela de produtores e por seus filhos h de se considerar as realidades muito distintas no Brasil quanto infraestrutura pois h regi o que n o tem acesso nem energia el trica Foi convergente a opini o de um grupo de entrevistados sobre a import ncia das carac
375. lia Castro e ao prof Renato Boschi coordenadores do Instituto Nacional de Ci ncia e Tecnologia em Pol ticas P blicas Estrat gias e Desenvolvimento INCT PPED pelo apoio financeiro para a pesquisa de campo Obrigada pesquisadora e amiga zelosa Ana Maria Carneiro pela leitura paciente desde o projeto de pesquisa at a tese Pela disponibilidade de tempo aten o e relevante colabora o para discutir aspectos distintos da tese agrade o a Ana Tereza Ana Valente Ant nio Rocha X Carla Costa Cristina Bastos Cristina Criscuolo D bora Drucker Edilson Fragale Eduardo Galas Eduardo Peixoto El sio Contini Felipa Sacadura Francisco Assis Franco Martins Gennaro Gama Jo o Claro Jo o Villa Leandro Oliveira Luciana Alvim Luis Barioni Manuel Godinho Marcus Peixoto Martha Bambini Miguel Castro Miguel Rocha Nadia Bassi Ot vio Balsadi Paule Mendes Renato Cruz Renato Manzini Robinson Cipriano S rgio Salles Vitor Oliveira Waldyr Stumpf e Zander Navarro Pela nobre disposi o em ajudar agrade o ao Cristiano Stupp e Fernanda Moura pela gera o da nuvem de palavras Aos meus colegas de caminhada dos Institutos de Economia e de Geoci ncias agrade o as discuss es em diversos est gios de nossos trabalhos Armando Fornazier Bruno Miyamoto Cristina Fachini Erc lio Santos Fernando Mesquita Lima J nior Luziene Miguel Ricardo Firetti Rita Kalabis Thomaz Fronzaglia e T lio Chiarini Aos esmerad ssi
376. linear de inova o Fonte Arnold and Bell 2001 Na segunda vis o nota se uma amplia o da defini o de sistema nacional de inova o Para Edquist 2001 neste sistema importantes fatores como econ micos 29 sociais pol ticos organizacionais e institucionais influenciam o desenvolvimento a difus o e o uso de inova es O sistema de inova o foi proposto para contrapor o modelo linear com a premissa que a inova o depende tanto do desempenho individual dos atores como tamb m da performance das intera es entre todos eles Portanto a intera o entre os atores um fator chave para o bom xito deste modelo BANCO MUNDIAL 2006 A inova o passa a ser entendida n o mais como um processo linear da pesquisa b sica para a aplicada e para o desenvolvimento e implementa o na produ o mas sim como um processo de rela es interativas que envolve a ci ncia a tecnologia o aprendizado a produ o a pol tica e a demanda Gera o e difus o da tecnologia est o inseridas num contexto completo do sistema se sobrep em e fundem se para incentivar ou obstar os processos de aprendizagem e de inova o SBICCA E PELAEZ 2006 Como a aprendizagem est intrinsicamente relacionada capacidade de inovar ela fator relevante para a acumula o da capacidade tecnol gica das firmas A aprendizagem segundo Cimoli e Dosi 1992 pode ocorrer i com investimento em pesquisa e desenvolviment
377. listas entrevistados reveladora tanto da instabilidade institucional referente a este assunto como da fun o que o entrevistado ocupa na estrutura da empresa Aqueles que atuam na empresa em fun es estrat gicas e t ticas reconhecem um descompasso entre o marco legal ao qual a Embrapa se submete e precisa cumprir e 317 a promo o da inova o no entanto entendem que a condu o das quest es jur dicas para celebra o de parcerias p blico privadas est adequada Estes at reconhecem que s vezes a an lise das parcerias mais demorada em fun o de sua complexidade Entretanto os entrevistados em fun es operacionais que figuram na outra ponta na tentativa de viabilizar a es conjuntas de P amp D e de TT com a iniciativa privada t m opini o oposta Para eles h uma recorr ncia consider vel de pareceres jur dicos negativos quando se trata de parceria p blico privada e de licenciamento de direitos de propriedade intelectual Como apresentam alguns autores Lundvall 1992 Freeeman 1987 Nelson e Rosenberg 1993 em s ntese um sistema de inova o formado por um conjunto de institui es cujas intera es determinam o desempenho inovador para a produ o difus o e uso de novos conhecimentos economicamente teis Todavia o que se observa na citada tens o que os percal os para a celebra o de parcerias p blico privadas na Embrapa podem comprometer a intera o e parecem f
378. logia definindo o produto o produtor e as rela es sociais dominantes O sistema de produ o numa concep o ampla abrange al m do processo de produ o agr cola a organiza o da produ o a comercializa o a distribui o a natureza do produto agr cola a m o de obra a organiza o sindical o n vel tecnol gico o tamanho da terra a forma de processamento da produ o a estocagem o transporte o mercado a promo o e a venda do produto CASTRO E TOURINHO 2002 Para estes autores a an lise criteriosa da cadeia produtiva como um todo possibilita que a pesquisa agr cola venha a atender a promissoras demandas do sistema produtivo crucial no processo de difus o e transfer ncia tecnol gica a compreens o do funcionamento do mercado em que atuam os usu rios da tecnologia sendo que a maior parte dos casos n o exitosos de transfer ncia ocorre n o pela inadequa o da solu o tecnol gica mas pela aus ncia de an lise das condi es e mecanismos de funcionamento do mercado CASTRO E TOURINHO 2002 Al m da necess ria compreens o do funcionamento do mercado Alves 2001 apresenta tr s fatores b sicos de entraves para a difus o e transfer ncia de tecnologia a rentabilidade o capital e a escolaridade 58 No que concerne a rentabilidade a exig ncia que a tecnologia nova precisa ser mais rent vel do que a substitu da sendo que a avalia o realizada dentro do sistema de produ o con
379. longos per odos de trabalho na tese foi como o orvalho da manh Seu sorriso remete insond vel grandeza do Criador Mestre professor doutor amigo conselheiro escritor parceiro de publica es e de projetos de pesquisa e at orientador acad mico Ant nio M rcio Buainain H mais de uma d cada voc abrilhanta minha vida acad mica e profissional com seu not vel saber em economia agr cola Obrigada por seu esmero apurad ssimo ao orientar me nas incont veis d vidas Agrade o sua paci ncia indiz vel diante de tantas limita es minhas Caso muito eventual e remotamente este trabalho apresente alguma contribui o para a literatura ser t o somente resultante da tentativa de refletir Prof Buainain as suas compet ncias nestas p ginas Maria do Carmo Ramos Fasiaben amiga de alegrias sofrimentos e percal os que vivenciamos nesta caminhada Agrade o por emprestar me sua compet ncia e experi ncia nas an lises dos dados do Censo Agropecu rio E por debru ar se em meus escritos e nas muitas d vidas do doutorado sempre com uma palavra de nimo e incentivo Aos meus professores agrade o pela dedica o e discuss es te ricas Voc s honram a sublime miss o de ser mestre e contribuem para consolida o da Unicamp como institui o de excel ncia no ensino i do Instituto de Economia IE Ant nio Buainain Bastiaan Reydon e Jos Maria da Silveira ii do Instituto de Geoci ncias IG Beatr
380. ltim dia Produto Ra a Tipo biotecnol gico Ra o S men Software Vacina Metodologia Processo agroindustrial Processo pr tica agropecu ria An lise Sistema de Produ o Mapeamento Treinamento levantamento Zoneamento capacita o Servi o Web Consultoria Ativos de base tecnol gica Banco de Banco de extratos Banco de Banco de caracteres compostos ou subst ncias germoplasma microrganismos Fonte Embrapa 20144 2 Para acesso ao gloss rio de defini es das solu es tecnol gicas da empresa ver Embrapa 2014d 96 Segundo esta tipologia denomina se solu o tecnol gica o conjunto de conhecimentos t cnicos testados e validados que assumem o sentido de utilidade para a sociedade Abrange o conjunto de Produtos Processos Servi os e Ativos de Base Tecnol gica da Embrapa em atendimento s demandas produtivas e tecnol gicas da sociedade ou p blico a que se destinam Por sua vez os objetos de entrega s o as solu es tecnol gicas da Embrapa que foram subdivididas em grupos que por sua vez foram subdivididos em categorias Seguindo se essa estrutura as solu es tecnol gicas est o organizadas conforme o seu grupo e sua categoria EMBRAPA 2014c p 24 No que concerne aos resultados de pesquisa na rea de tecnologia da informa o TI para agricultura pode se inferir que as solu es tecnol gicas abrangem a produtos software obra multim dia por exemplo website b processo metodologia
381. ltura lavoura permanente sementes mudas e outras formas de propaga o vegetal os percentuais de uso de computador e internet se aproximam aos da pecu ria com vantagem para o conjunto de lavouras Este fato ocorre no caso do Brasil das regi es sudeste e sul e do estado de S o Paulo Tabela 4 8 J nos casos das regi es Norte Nordeste e Centro Oeste predominam os estabelecimentos que t m computador e que utilizam a internet no grupo de atividade econ mica pecu ria e cria o de outros animais Tabela 4 8 Percentual de estabelecimentos agropecu rios com computador e internet para o Brasil as macrorregi es para o ano de 2006 segundo dados Grandes Tipo de rupos de diria pin BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL RR utilizado econ mica REE 1 Total 4 54 1 31 1 16 8 11 9 59 5 19 Lavouras 2 28 0 34 0 52 4 16 5 22 1 76 Pecu ria e cria o de Computador duas 2 12 0 91 0 6 3 76 4 02 3 34 animais Florestas 0 1 0 04 0 02 0 13 0 29 0 05 Pesca 0 0 0 0 0 0 Aquicultura 0 03 0 02 0 02 0 05 0 06 0 04 173 Tabela 4 8 Percentual de estabelecimentos agropecu rios com computador e internet para o Brasil as macrorregi es para o ano de 2006 segundo dados continua o Grandes Tipo de rupos de E ae CENTRO eletrodom stico atividade BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL OESTE utilizado econ mica 1 Total 1 87 0 4 0 49 3 95 3 43 2 1 Lavouras 0 95
382. lvimento e transfer ncia da unidade Propor agenda de demanda tecnol gica a ser atendida pelas reas de PD amp l e de TT Apoiar a avalia o ex ante das tecnologias produtos e servi os propostos nos projetos de PD amp I Coordenar a articula o e defini o das parcerias para realiza o de projetos de TT 117 Quadro 3 13 Dimens es Planejamento de PD amp I e Difus o e Transfer ncia Tecnol gica finalidades da chefia de transfer ncia de tecnologia de unidade descentralizada e as conex es com as demais unidades continua o Dimens o Planejamento de PD amp I Atribui es da Chefia de Transfer ncia de Conex es com as demais Unidades Tecnologias DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI COM Coordenar a negocia o e o planejamento dos planos de TT para cumprimento dos contratos e conv nios firmados pela UD Dimens o Difus o e Transfer ncia Tecnol gica Atribui es da Chefia de Transfer ncia de Conex es com as demais Unidades Tecnologias DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI COM Coordenar a avalia o das tecnologias produtos e servi os gerados pela unidade e seu n vel de ado o Viabilizar a transfer ncia de tecnologias produtos e servi os para o setor produtivo aplicando as pol ticas de comunica o neg cios tecnol gicos e de informa o da Embrapa Coordenar o processo de p
383. m granja agroind stria armazenamento processamento de produtos p s colheita sistemas de apoio decis o e agricultura de precis o As aplica es em TI foram utilizadas de forma pioneira por setores como a pecu ria de carne e leite avicultura suinocultura a car e lcool e por cooperativas de caf e latic nios O aumento de complexidade no desenvolvimento de aplica es em TI tamb m apresenta reflexos no avan o de pesquisas em TI para a agropecu ria como indicado no cap tulo O uso da Web sem ntica a incorpora o da bioinform tica em melhoramento gen tico a busca e sequenciamento de genes a an lise da estrutura da prote na s o alguns exemplos da transversalidade da TI em diversas reas do conhecimento humano 42 Mendes et al 2011 esclarecem que n o foi exaustivo o levantamento de solu es em TI ofertadas no mercado brasileiro 186 5 CONDICIONANTES TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA AGR COLA O presente cap tulo apresenta a ordena o do material emp rico coletado por meio de entrevistas realizadas com especialistas em inova o agr cola transfer ncia de tecnologia e em agroinform tica O material foi organizado buscando se articular as falas dos diferentes especialistas para promover um di logo com eles os especialistas e entre elas de maneira a aproximar respostas semelhantes e complementares e confrontar as divergentes para identificar concord ncias diverg ncias ou recorr ncias
384. m peri dicos os livros e a s rie de publica o Embrapa boletim de pesquisa documento circular e comunicado t cnico 135 Para difus o da produ o t cnico cient fica na Web a Embrapa mant m a Revista PAB Pesquisa Agropecu ria Brasileira e tamb m dois reposit rios institucionais para divulga o gratuita das pesquisas geradas 1 Infoteca e voltada principalmente para o agricultor Figura 3 14 e 2 Alice direcionado para a comunidade cient fica Q infoteca e Bi Infoteca e Visualizar o n Tipo Data de Envio Autor Titulo Informa o Tecnol gica em Agricultura O servi o Informa o Tecnol gica em Agricultura Infoteca e re ne e permite acesso a informa es sobre tecnologias produzidas pela Empr Assunto Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Embrapa as quais se relacionam s reas de atua o de seus demais centros de pesquisa Suas cole s o formadas por conte dos editados na pr pria institui o em forma de cartilhas livros para transfer ncia de tecnologia programas de r dio e televis o com linguagem adaptada de modo que produtores rurais extensionistas t cnicos agr colas estudantes e professores de escolas rur cooperativas e outros segmentos da produ o agr cola possam assimil los com maior facilidade e assim apropriarem se de tecnologias gerad rvi os pela Embrapa Hiperb lica Cr ditos Busca Simples Busca Avan ada Estat sticas Buscar
385. ma do instituto de PD amp l permitir que suas linhagens de milho h brido possam ser combinadas com outros h bridos das empresas produtoras de sementes Como resultado espera se que ocorram ganhos de escala para a produ o comercial destas sementes por meio das empresas sementeiras ou produtoras de sementes O relato das tr s parcerias evidencia a relev ncia da intera o entre m ltiplos agentes p blicos e privados tal como preconiza o sistema de inova o apresentado no cap tulo 2 de forma a fortalecer e fomentar a ado o de resultados da pesquisa e sua efetiva incorpora o ao ambiente produtivo agr cola 3 5 2 Tecnologias de base instrucional processual Para a transfer ncia de tecnologias de base instrucional processual tais como informa es t cnicas ou cient ficas disponibilizadas por meio de portais eletr nicos a Embrapa utiliza principalmente obras protegidas pelo direito autoral categorizadas em 1 produ o t cnico cient fica 2 desenvolvimento de tecnologias e produtos e 3 obras para produ o da imagem institucional No in cio do cap tulo discorremos sobre como a Embrapa protege a propriedade intelectual destas obras Nesta se o expomos estas obras denominadas como tecnologias de base instrucional processual Produ o t cnico cient fica Nesta categoria s o inclu das as obras liter rias de car ter t cnico ou cient fico principalmente artigos publicados em anais de congresso e
386. mais potencial para inser o da tecnologia no mercado via empresa j existente ou a cria o de uma nova empresa start up com seu apoio institucional O resultado final a retroalimenta o de novas pesquisas e atividades de educa o por meio do recebimento de royalties e receitas Por outro lado no exemplo apresentado por Gomes e Atrasas 2005 h pelo menos quatro estrat gias para a tecnologia chegar ao mercado e que v o desde a difus o em si da tecnologia a t tulo gratuito at o licenciamento oneroso a aliena o ou transfer ncia integral dos direitos de explora o da tecnologia e tamb m a cria o de novas empresas de start up ou a incuba o de empresas Ambos os casos Gomes e Atrasas 2005 e MIT 2005 n o apresentam evid ncias da efetividade da difus o e transfer ncia tecnol gica apenas o modelo conceitual do processo de difus o e TT Alguns m todos e procedimentos utilizados para que as tecnologias cheguem at o seu destinat rio final s o classificados por Rocha et al 2012 Dentre os m todos se inserem contratos de integra o entre produtores e ind stria incuba o de empresa capacita o treinamento unidade de observa o com desenvolvimento participativo do produto pesquisa participativa Os procedimentos ou ferramentas de difus o e transfer ncia s o contrato de licenciamento pacote tecnol gico eventos como curso workshop semin rio feira dia de campo vitrine
387. mar em tempo real a doen a da planta no entanto a extens o n o est preparada 276 Quadro 5 19 Especificidades da transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o para a agricultura continua o Elemento Especificidades 70 comunidade cient fica o apropria o imediata dos conhecimentos e tecnologias dela decorrentes via licenciamento e ou disponibiliza o na Internet ex bancos de dados ferramentas computacionais Diagnose Virtual 20 produtor rural extensionistas consultores rurais o disponibiliza o da tecnologia na Internet ex Invernada Gotas Estrat gias para transfer ncia E Ageitec Agritempo Diagnose Virtual E 10 governos o disponibiliza o da tecnologia na Internet ex Agritempo o licenciamento de uso da tecnologia Ex Sisla monitoramento de uso das tecnologias quantidades de o visita ao site N o download L pa o registro de usu rio See 5 o licenciamento gej ma E E n mero de visita ao site e quantidade de download s o indicadores que necessitam ser melhorados preciso criar indicador de impacto de uso das tecnologias no empreendimento e na produ o agr cola E Dificuldade de obter dos usu rios sua avalia o das tecnologias o Ro 8 disponibilizadas na internet o 2 O S o o se est o sendo usadas gt 5 lt o o para quais finalidades o se atendem s necessidades dos usu r
388. marco legal estabeleceu os objetivos as compet ncias institucionais as a es e os instrumentos relativos s atividades agropecu rias agroindustriais e de planejamento das atividades pesqueira e florestal Dentre os objetivos da pol tica encontram se o de promover e estimular o desenvolvimento da ci ncia e da tecnologia agr cola p blica e privada em especial aquelas voltadas para a utiliza o dos fatores de produ o internos BRASIL 1991 Este trabalho n o tem por objetivo discutir a pol tica agr cola brasileira nem entrar na discuss o se h ou n o e ou se efetiva tal pol tica de governo como debatido em Buainain et al 2013 Interessa situar a discuss o da pesquisa agr cola num panorama maior no mbito do sistema de inova o e da pol tica agr cola e nesta ltima como sendo um dos instrumentos para incentivar o desenvolvimento da ci ncia e da tecnologia para a agricultura 10 A Lei 8 171 de 17 de janeiro de 1991 disp e sobre a pol tica agr cola brasileira BRASIL 1991 33 planejamento agr cola seguro pesquisa agr cola agr cola Pol tica Agr cola assist ncia cr dito t cnica e rural extens o rural informa o agr cola Figura 2 4 Alguns instrumentos da pol tica agr cola brasileira Fonte elabora o pr pria com base na lei 8 171 1991 No mbito da pesquisa agr cola a citada lei formalizou a cria o do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria SNPA sob
389. ment rio sobre as a es da Embrapa nos Territ rios do Semi rido Lan amento de Portal frica de divulga o de tecnologias e equipamentos Portal na web brasileiros para o continente africano realizado em parceria com a Abimag Fonte Embrapa 2013a Cabe tamb m registrar que no per odo de 1972 a 2011 a Embrapa averbou no Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI na categoria de licenciada contratos de transfer ncia de tecnologia Neles a Embrapa figura como licenciada de tecnologias fornecidas por institui es internacionais de pesquisa agr cola As finalidades destes contratos s o prestar servi os de assist ncia t cnica e cient fica ou fornecer tecnologia Embrapa Para atendimento aos objetivos da tese interessa nos analisar os casos de transfer ncia tecnol gica nos quais a Embrapa figura como geradora e fornecedora da tecnologia tais como os exemplificados a seguir 3 5 1 Tecnologias de base f sica Para potencializar a es de transfer ncia de tecnologias de base f sica a Embrapa procura ampliar parcerias p blico privadas O Quadro 3 17 relaciona algumas das principais parcerias institucionais mantidas pela Embrapa 125 Quadro 3 17 Principais parceiros institucionais da Embrapa Empresa Caracter sticas da Parceria Monsanto do Brasil Acordo de coopera o para pesquisa e desenvolvimento gen tico e teste de novas variedades de soja Intacta RR2 PRO com toler ncia ao
390. mento posi o similar em n vel tecnol gico e em recursos de PD amp l Quanto posi o ocupada pelos agentes Bilateral Unilateral Os agentes transferem e adquirem Qualquer das partes se limita a transmitir ou a tecnologia adquirir tecnologia Opera es entre duas empresas Caso t pico da transfer ncia feita por institui es quando cada uma delas transmite p blicas de PD amp I dedicadas produ o de uma tecnologia e ao mesmo tempo tecnologia recebe outra em contrapartida Quadro 2 8 Modalidades de transfer ncia de tecnologia conforme a capacidade a posi o e a natureza jur dica dos agentes envolvidos no processo continua o Quanto natureza jur dica dos agentes P blica Privada Mista Concedente e adquirente Os agentes s o Somente uma das partes um s o organismos ou particulares e ente p blico entidades de direito submetidos ao direito p blico privado Fonte Assafim 2010 A modalidade de transfer ncia de tecnologia escolhida e os benef cios esperados pelos agentes envolvidos s o instrumentalizados por um contrato Assafim 2010 define contrato de transfer ncia de tecnologia como sendo aquele por meio do qual um concedente transmite a um adquirente direitos patrimoniais sobre bens imateriais protegidos juridicamente impondo limites ao seu exerc cio Para este autor as modalidades de contratos de TT s o contrato de licen a de patente contrato de licen a de know
391. mos empregados do Instituto de Economia muit ssimo obrigada pelo apoio na jornada F tima Dias Andr a V nia Pedro Biffi Orlando Furlan Giovana Mar al Lurdinha Marinete e Marcelo Messias Agrade o o apoio e esclarecimentos dos embrapianos Marcos Dias Alessandra Vilardi e Ang lica Leite Agrade o o incentivo e colabora o dos professores da Metrocamp Francis Irineu e Antonino Spalletta Agrade o as ora es constantes das queridas irm s Aurora Fel cio e Rosana Camargo Agrade o o apoio incentivo e torcida de Zambeli Eleni Ov deo Adolfo Maia Alessandra Souza Fernando M ximo Laurimar e Virg nia Duarte A todos voc s muit ssimo obrigada C ssia xi RESUMO A contribui o da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Embrapa para a evolu o da produ o e da produtividade agr cola no Brasil ineg vel No per odo mais recente face s profundas transforma es estruturais que marcaram o setor o Brasil e a economia mundial a empresa tem sido pressionada e questionada a demonstrar que seu trabalho tem impactos positivos para a agricultura Essa realidade trouxe a necessidade de refletir sobre a miss o dos institutos p blicos de pesquisa agr cola sobre o papel e o alcance da transfer ncia de tecnologia para garantir que os resultados da pesquisa alcancem seus potenciais benefici rios A tese se situa neste contexto e teve como objetivo geral investigar os fatores condicionantes ex
392. munica o da Embrapa SECOM Bras lia 2013a EMBRAPA Cat logo de Produtos e Servi os Bras lia 2013b Dispon vel em lt http Awww catalogosnt cnptia embrapa br catalogo20 index html gt Acesso em 16 jul 20183 EMBRAPA Vis o 2014 2034 o futuro do desenvolvimento tecnol gico da agricultura brasileira Bras lia DF Embrapa 2014a 194 p EMBRAPA Organograma da Embrapa Bras lia 2014b Dispon vel em lt http Awww embrapa br a embrapa Organograma Embrapa gt Acesso em 14 abr 2014b EMBRAPA Acesso Informa o Lista de Projetos e Macroprogramas Bras lia 2014c Dispon vel em lt http hotsites sct embrapa br acessoainformacao acoes e programas lista dos projetos gt Acesso em 01 abr 2014 EMBRAPA Manual do Sistema de Gest o das Solu es Tecnol gicas da Embrapa Departamento de Transfer ncia de Tecnologia Coordenadoria de Informa o e Estrat gias Bras lia 2014c 32p EMBRAPA Acesso Informa o Regimentos Internos das Unidades Centrais e Descentralizadas da Embrapa Dispon vel em 352 lt http hotsites sct embrapa br acessoainformacao institucional institucional regimentos re gimentos das unidades centralizadas gt Acesso em 27 mar 2014d EMBRAPA Delibera o no 10 de 01 07 2014 Regimento Interno do Departamento de Transfer ncia de Tecnologia DTT Boletim de Comunica es Administrativas no 31 de 01 07 2014 Bras lia 2014e EMBRAPA Ag ncia Embrapa de Informa
393. na per odo 2003 2013 Fonte USDA 2013 37 S o reconhecidas as enormes diferen as social econ mica estrutural e cultural entre Brasil e Estados Unidos A apresenta o dos dados norte americanos serve para evidenciar como o Brasil est distante de proporcionar condi es b sicas de infraestrutura m nima aos agricultores brasileiros iniciando pelo acesso a internet e computador como se ver mais adiante neste cap tulo 151 Conforme ilustra a Figura 4 4 Gelb 2012 concluiu que foi de 10 anos o atraso na ado o da internet na rea rural nos Estados Unidos usando a categoriza o de adotantes proposta por Rogers 1983 apresentada antes nesta se o N Adoption delay D i 10 years for internet Figura 4 4 Difus o da ado o da internet na agricultura dos Estados Unidos Fonte Gelb 2012 com base em USDA 2013 e Rogers 1983 Os custos parecem ser um fator limitante relativamente baixo Talvez uma tend ncia futura seja supor que os custos das inova es em TI ser o compensados por menores custos de produ o e maior efici ncia de equipamentos sistemas comunica es e da capacidade das pessoas envolvidos com o desenvolvimento de solu es em TI por exemplo a automa o No entanto um fator limitante maior em rela o ao custo e a infraestrutura refere se falta de melhora da capacidade do agricultor em utilizar a TI Complementarmente a falta de treinamento uma r
394. na difus o do conhecimento tecnol gico que mora o xis da quest o na agropecu ria nacional No ambiente de acirrada concorr ncia que chegou de forma impactante na pesquisa agr cola como apontado acima a pesquisa p blica passa a ser cobrada n o apenas para gerar solu es em PD amp l para a agricultura mas sim que tais resultados sejam engendrados e adotados ao ambiente produtivo e social Diante do desafio para ampliar a transfer ncia de tecnologias geradas pela pesquisa p blica agr cola alguns estudos como os de Castro 2005 Machado 2008 Dereti 2009 Penteado Filho 2010 Atrasas et al 2012 Alves 2012 e Alves e Silva 2013 analisaram o processo de transfer ncia tecnol gica de institutos p blicos agr colas 11 Castro 2005 comparou os modelos de gera o e transfer ncia de tecnologia entre institutos p blicos e institutos mistos de PD amp l com recorte para o setor florestal Machado 2008 retratou a ado o de tecnologia da informa o na pecu ria de corte Dereti 2009 abordou a quest o da transfer ncia com nfase no processo de valida o tecnol gica Penteado Filho 2010 tratou da dimens o da comunica o social e das redes de computadores Atrasas et al 2012 por sua vez discutiram a transfer ncia tecnol gica sob a tica das redes de empresas p blicas e privadas que as integram E os trabalhos de Alves 2012 e Alves e Silva 2013 averiguaram as quest es que permeiam a
395. nacionais na pesquisa agr cola brasileira a agricultura pressionada na dire o da multifuncionalidade inser o brasileira nos ambientes globais de pesquisa e inova o seguran a biol gica e defesa agropecu ria Sistema nacional de inova o na agricultura entendido como sendo composto por tr s segmentos a os sistemas de pesquisa e ensino na agricultura envolvem a produ o de conhecimento b institui es intermedi rias atores facilitadores do processo de transfer ncia de tecnologias como servi os de assist ncia t cnica e extens o rural iii organiza es e outros atores do agroneg cio agentes da cadeia de valor que usufruem dos resultados do segmento de sistemas de PD amp I e ensino e tamb m produzem suas inova es independentes Condi es socioecon micas e culturais do usu rio como idade g nero grau de instru o renda anual acesso informa o capacidade de absor o da tecnologia experi ncia comportamento ao risco financeiro inabilidade em 377 usar solu es em tecnologias da informa o TI aus ncia de evolu o gradual de uso de TI no campo necessidade do agricultor olhar a agricultura como atividade empresarial desconhecimento do agricultor de potenciais benef cios da inform tica d Caracter sticas da produ o agr cola tais como tamanho da produ o agropecu ria regi o agr cola e atividade explorada comercializa o para o mercado interno e ou externo
396. nanceiros e econ micos como tem as empresas privadas iii a crescente complexidade na forma organizacional da agricultura brasileira trouxe o tema da inova o que na Embrapa gera uma confus o pois inova o n o sin nimo de difus o ou transfer ncia de tecnologia O tema da inova o muito maior e se tornou mais amplo porque a agricultura se organiza de uma maneira mais complexa e envolve mais atores come a a envolver governo firmas a montante e a jusante participantes das cadeias produtivas e o processo de transforma o da agricultura passa a ser decidido nas cidades e n o no campo A diferen a entre a inova o como entende la e interpreta la teoricamente um debate que n o chegou Embrapa pois a empresa ficou presa no passado e se limitou a discutir como se difunde ou transfere a tecnologia No entanto n o mais essa a quest o o que se precisa entender na Embrapa o que significa inova o na agropecu ria e inclusive as diferentes teorias de inova o 189 O escasso debate sobre a inova o na Embrapa reflete de certo modo a aus ncia de reflex es sobre a inova o na agricultura brasileira que ficaram praticamente paradas desde os trabalhos de Salles Filho 1993 Possas Salles Filho e Silveira 1996 Buainain Souza Filho e Silveira 2002 e Lima e Wilkinson 2002 com poucas contribui es novas como as de Vieira Filho e Silveira 2012 e Vieira Filho 2013 Um dos entrev
397. nberg 1979 usu rios learning by using Escolaridade Falta de cr dito Alves 2001 Capacidade do usu rio modificar e adaptar a Dereti 2009 tecnologia de acordo com sua necessidade ou identificar nova demanda de pesquisa Esfor o e capacidade t cnica do usu rio para Baranson 1980 reproduzir tecnologia pr pria a partir da que foi Condi es recebida da concedente n o apenas s cio operacionalizar economicas Incorpora o do conhecimento racional e Zhao e Reisman co usuario sistem tico desenvolvido por uma institui o por 1991 ga uma outra institui o tecnologia N veis de assimila o da difus o e ou transfer ncia pelo usu rio final operacional duplicativo adaptativo e inovativo Stewart 1990 Perfil social econ mico e cultural do usu rio produtor rural e outros Experi ncia e capacidade de obter e processar informa es Habilidade no uso de t cnicas agr colas e de m todos de gerenciamento mais sofisticados Souza Filho et al 2011 84 Quadro 2 14 Elementos anal ticos dos condicionantes ex genos ao instituto de PD amp I Dimens es agr cola para difus o e a transfer ncia tecnol gica continua o Fatores condicionantes ex genos Fatores Elementos Condicionantes Taxa de lucro Tecnologias complementares Autores Freeman 1984 Defici ncias da tecnologia Alves 2001 Expectativa de retorno econ mico Dosi 1982 Ca
398. ncias da tecnologia da informa o aplicada agricultura continua o Oportunidades Tend ncias e Perspectivas E Uso de t cnicas de sensoriamento remoto sistema de informa o geogr fica para automa o das etapas de planta o e colheita avan ando para uma agricultura de previs o e rob tica Amplia o do uso da computa o em nuvem an lises de dados para orienta o de mercado e pol ticas nas etapas de distribui o processamento e consumo de produtos agr colas Populariza o do uso de dispositivos m veis e tecnologias sociais Amplia o do uso de big data para an lise de imensos volumes de dados agroclim ticos de recursos naturais e de uso da terra Associa o entre a internet das coisas e a tecnologia de identifica o por radiofrequ ncia para uso em produtos de origem animal e vegetal Cria o de plataformas sociais colaborativas na agricultura para fomentar novos modelos de produ o e de financiamento para os empreendimentos agr colas Aumento da oferta de aplicativos de TI m veis para p blico agr cola Amplia o do uso da bioinform tica e a biologia computacional na an lise e o desenvolvimento de aplica es relacionadas prospec o de dados gen micos e da estrutura das prote nas Associa o de diversas tecnologias nanotecnologia rob tica agricultura de precis o nanosensor e drone para auxiliar na predi o da produtividade na an lise de fertilidade e prever pra
399. nclus o digital que faciltem o acesso tecnologia da informa o pelas popula es mais exclu das O quadro apenas uma reprodu o da conhecida marginaliza o que foi historicamente submetido o espa o rural no Brasil carente de investimentos em infraestrutura de desenvolvimento e na provis o de servi os sociais b sicos Dada a import ncia do setor agr cola se a agricultura brasileira n o tiver condi es para se capacitar absorver e utilizar inova es em geral e tecnologias da informa o mais especificamente isso poder comprometer a competitividade din mica do setor A Embrapa tem procurado disponibilizar solu es em TI para agricultura principalmente por meio de sua unidade tem tica a Embrapa Inform tica Agropecu ria assunto abordado na se o seguinte 4 4 Solu es em tecnologia da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria Como apresentado no cap tulo anterior considerando a tipologia das solu es tecnol gicas geradas pela Embrapa no que tange s de tecnologia da informa o para agricultura elas abrangem a produtos software banco de dados b processo 179 metodologia de desenvolvimento de software por exemplo c servi os servi os web obra multim dia site informa o na internet consultoria em TI sistema de produ o informatizado treinamento e capacita o em Tl d ativos de base tecnol gica banco de dados de conte dos de ativos de base tec
400. ncorr ncia o que acontece por exemplo com as exig ncias do mercado externo no que tange seguran a alimentar e rastreabilidade da carne brasileira Como apresentam Cruvinel e Assad 2011 a expans o da demanda mundial por alimentos implica em maiores exig ncias do mercado consumidor por produtos aliment cios certificados O mercado europeu por exemplo um dos principais destinos da carne nacional possui leis severas em rela o seguran a alimentar e rastreabilidade Al m do gado de corte a rastreabilidade tem sido requerida crescentemente para o mel o leite o caf a soja e o vinho Em outro trabalho de Souza Filho et al 2011 os fatores condicionantes para a ado o tecnol gica rural s o agrupados segundo a natureza das vari veis envolvidas e que relacionam se com as decis es de adotar ou n o uma nova tecnologia i condi es socioecon micas e caracter sticas do produtor ii caracter sticas da produ o e da propriedade rural iii caracter sticas da tecnologia iv fatores sist micos Explicando tais fatores Souza Filho et al 2011 esclarecem 59 As condi es socioecon micas do produtor e de sua fam lia referem se s caracter sticas que podem ter papel de destaque na trajet ria da unidade de produ o tais como a experi ncia e a capacidade de obter e processar informa es a habilidade no uso de t cnicas agr colas e de m todos de gerenciamento mais sofisticados que podem contribuir pa
401. ndar o da agricultura modelos de produ o que levem em conta os impactos social ambiental econ micos e de nutri o bem como novas alternativas tecnol gicas para aumento da produtividade e supera o da diminui o de m o de obra no campo Na vereda da agricultura do futuro as for as motrizes apontam para vertentes tecnol gicas que consolidem sistemas de produ o limpos com balan o positivo de carbono baseados na sustentabilidade avan os na biologia sint tica a exig ncia de maior efici ncia no uso da gua pela agropecu ria a atua o num novo ciclo de desenvolvimento de energia rupturas tecnol gicas com a fabrica o aditiva impress o 342 3D e a rob tica o aumento da demanda por alimentos fibras e bioenergia com uso mais eficiente dos recursos naturais e servi os ambientais Ainda na trilha da agricultura do futuro tend ncias apontam para a amplia o do uso de tecnologias da informa o e comunica o tais como modelagem e simula o minera o de dados e computa o de alto desempenho para tratar o grande volume de dados moleculares de melhoramento gen tico t cnicas de sensoriamento remoto sistema de informa o geogr fica para automa o das etapas de planta o e colheita avan ando para uma agricultura de precis o e rob tica computa o em nuvem para an lises de dados e orienta o de mercado e pol ticas nas etapas de distribui o processamento e consumo de produtos agr colas a
402. ndes et al E benef cios da inform tica n o est preparado para 2011 E utilizar TI fatores culturais 2 Falta de conhecimento potenciais benef cios de uso Figueira Sampaio e 2 da TI Zambalde 2013 E Inabilidade do produtor rural em usar TI Zambalde et al E 2011 O Propriedades de grande porte e empresariais Francisco e Pino 2002 Tamanho da propriedade rea destinada atividade agr cola Machado 2008 Tamanho da propriedade rea de produ o Zambalde et al 2011 Segmentos demandantes de TI complexo canavieiro e os setores com presen a de grandes propriedades e grupos empresarias com avan adas t cnicas de produ o e comercializa o para o exterior 165 ABDI 2012 Quadro 4 2 Fatores condicionantes ex genos ado o de TI na agricultura continua o Problemas enfrentados para aquisi o de tecnologia Freitas e Albano Benef cios no avan o de pr tica gerencial S lt e n o ao treinamento 2003 5 Aumento das complexidades da TI custo da Gelb e Voet 2009 m 9 tecnologia falta e treinamento Gelb 2012 2013 Q m Incapacidade do desenvolvedor de TI em colocar no Zambalde et al q a mercado as fun es que respondem a uma realidade 2011 concreta do produtor rural Infraestrutura regulamenta o governamental Machado 2008 din mica do mercado a a Aspectos de infraestrutura telecomunica o acesso Gelb 2
403. ndi o de acesso s tecnologias deve se resist ncia que eles t m em preencher cadastros considerando isso a unidade solicita apenas o feedback espont neo e aguarda a pessoa entrar em contato se manifestar e dizer como a tecnologia pode ser melhorada A falta de cadastro com dados tais como nome e mail institui o objetivo de quem est fazendo download do software deve se ao fato de que o cadastro n o muito usual no mundo virtual pois pode inibir o internauta de baixa lo 273 Apesar desta restri o h ferramentas computacionais como o Log metro que auxiliam a apresentar um retrato de perfil do internauta que acessa o site ou baixa um software Nesse sentido alguns entrevistados relataram que a partir da identifica o do IP da m quina na sigla em ingl s Internet Protocol ou Protocolo de Internet que usado para comunica o entre duas ou mais m quinas em rede o Log metro gera relat rio do internauta com sua geolocaliza o data e hora de acesso por quantos minutos visitou o site quais as p ginas mais acessadas e a partir disso sugere a visita de outras p ginas similares dentro do site No entanto embora o Log metro esteja dispon vel ele pouco utilizado nas solu es de TI e quando usado seus milhares de dados de registros s o pouco utilizados ou at n o o s o nas an lises de acesso Todavia foi ponderado que o Log metro representa um avan o mas chego
404. ndicionantes ex genos transfer ncia tecnol gica 301 5 5 2 Desdobramentos dos condicionantes end genos Embrapa 312 5 5 3 Nuvem de palavras s ntese visual dos assuntos abordados 326 6 CONCLUS ES 329 REFER NCIAS 347 AP NDICES 365 Ap ndice Perfil dos Especialistas Entrevistados 365 Ap ndice II Roteiro de Entrevista Brasil 375 Ap ndice Ill Roteiro de Entrevista Portugal 379 Ap ndice IV Roteiro de Entrevista Estados Unidos 383 Ap ndice V Parcerias institucionais para desenvolvimento das solu es em tecnologias da informa o aplicadas agricultura tecnologias selecionadas da Embrapa Inform tica Agropecu ria 385 xxix 1 INTRODU O Alimentar a humanidade desafio incomensur vel desde a cria o do mundo Desafio para o qual a ci ncia e a tecnologia buscam dar sua contribui o por meio de a es de pesquisa e desenvolvimento que resultem em novos produtos processos e servi os baseados cada vez mais no aumento sustent vel da produtividade total dos fatores envolvidos na produ o agropecu ria A agricultura al m de ser provedora de alimentos e fibras tamb m produtora de energia No Brasil sempre desempenhou papel estrat gico na ocupa o territorial gera o de renda postos de trabalho e divisas Ao longo de toda a hist ria o crescimento da produ o agr cola contou com a utiliza o de inova es tecnol gicas Contemporaneamente a import ncia das inova es
405. ndo a import ncia da inova o para o crescimento da produ o agr cola ii alta taxa de retorno da pesquisa agropecu ria para o Brasil e iii elevada participa o da Embrapa nos mercados de sementes para os ramos mais din micos da agropecu ria Ora com a expans o das empresas privadas esta participa o come ou a cair criando tens es no interior da empresa para responder a esta queda O citado deslocamento parece ser um dos fatores mais cr ticos que tem o cond o de interferir na relev ncia dos futuros resultados de pesquisas da Embrapa Espera se que diversas fontes como antenagem internacional sistema de intelig ncia estudos prospectivos an lises socioecon micas abertura aos stakeholders conselhos cient ficos e similares entre outras auxiliem a discuss o e a reflex o profunda na empresa para definir seu planejamento estrat gico e elaborar sua agenda de prioridades que reflitam seu novo posicionamento na agricultura nacional 63 RSE PS R no Apenas para indicar a linha de racioc nio pode se mencionar o impacto da transi o geracional entre novos e antigos pesquisadores indicado por v rios entrevistados ou o crescimento exponencial da empresa em uma d cada 315 Para Navarro e Alves 2014 seria insensato para a pesquisa p blica agr cola concorrer diretamente com os agentes privados mas um caminho vi vel pode ser o da intera o virtuosa entre a Embrapa e empresas privadas ligadas
406. neidade de usu rios destinat rios finais de tecnologias geradas pela Embrapa Conforme ensina Cimoli 2005 ela pode ser estrutural ligada s desigualdades est ticas como disponibilidade de gua para irriga o infraestrutura para venda da safra e acesso s tecnologias em geral e produtiva 61 Para um debate mais completo sobre o assunto ver Buainain et al 2007 306 caracterizada pelas profundas diferen as dos resultados econ micos dos estabelecimentos agr colas tais como a renda e o n vel de produ o No entanto como pondera Vieira Filho 2013 da jun o das heterogeneidades estrutural e produtiva emerge uma mais profunda que a socioecon mica que se manifesta nos d ficits de renda capital humano cultural n vel educacional etc Assim sendo cabe institui o geradora de pesquisa agr cola estar ciente das heterogeneidades existentes entre os diversificados p blicos destinat rios de seus resultados de pesquisa Considerar que o seu objetivo a inser o da tecnologia na agricultura no mercado na sociedade brasileira independente do perfil do produtor Outro condicionante que chama a aten o o fato de que o comando de hierarquia de algumas cadeias produtivas que decide qual tecnologia ser ou n o adotada pelo produtor rural que delas participa Isso ocorre porque o grau de integra o vertical da cadeia produtiva interfere em quem determina a ado o da tecnologia Ou seja a decis o de usar
407. nicial sobre o processo de transfer ncia de tecnologia como sendo um processo interativo entre diversos agentes Nesse sentido o marco te rico do SNIA ratifica a relev ncia da intera o entre os diversos segmentos que o comp em de modo que a transfer ncia tecnol gica n o seja tratada somente por um segmento o de pesquisa por exemplo E tamb m o exame emp rico aponta que a intera o entre v rios atores possibilita uma vis o sist mica na estrat gia de transfer ncia de tecnologia e o conhecimento da realidade das cadeias produtivas Passando da teoriza o para os aspectos pr ticos e para os fatores condicionantes end genos Embrapa depreende se que a pouca clareza conceitual sobre o assunto implica na conviv ncia nem sempre harm nica entre diferentes vis es e abrang ncias sobre o tema na empresa As distintas interpreta es trazem como consequ ncia o falso dilema entre agricultura familiar e agroneg cio vinculando a es institucionais a direcionamentos enviesados Este e os demais fatores end genos Embrapa v o se configurando e tomando a forma de uma emaranhada teia De t o complexa a teia por vezes dificulta todo o trajeto a ser percorrido para que os resultados da pesquisa cheguem agricultura seja em forma de informa o conhecimento subs dios para pol ticas p blicas ou como produtos processos servi os ou ativos de base tecnol gica Tais fatores internos interconectam se em movime
408. no mbito dos sistemas produtivos agr colas h tamb m que se considerar o papel Sistemas Agroindustriais SAGs na decis o de quais tecnologias ser o ou n o adotadas pelos produtores rurais que integram determinado SAG Segundo Zylberstajn 2014 o exerc cio de poder em especial dos sistemas agroindustriais especializados como os de avicultura e suinocultura se evidencia por parte das integradoras nos termos de contratos de ades o o comando da hierarquia dos SAGs que definir quais tecnologias ser o utilizadas pelos produtores rurais qual a escala de produ o a defini o de pre os recebidos ou pagos e diferentes dimens es dos contratos existentes entre produtores rurais e agroind stria Al m dos fatores at aqui mencionados a serem considerados para a gera o e transfer ncia de tecnologia agr cola os institutos de pesquisa agr cola necessitam estar antenados s for as motrizes da agricultura que atuam em escala local nacional e global As for as motrizes ou drivers s o os fatores naturais ou humanos que de maneira direta ou indireta induzem mudan as nos agroecossistemas EMBRAPA 2014a Conforme estudo do Sistema de Intelig ncia Estrat gica da Embrapa Agropensa as principais for as motrizes da agricultura para o horizonte de 2014 2034 s o as relacionadas no Quadro 2 9 61 Quadro 2 9 For as motrizes para o sistema agroalimentar e agroindustrial horizonte 2014 2034 v Popula o
409. no assunto Gelb e Voet 2009 e Gelb 2012 2013 ao analisarem a realidade europeia e norte americana no per odo de 1999 a 2013 Os resultados apontaram quatro principais fatores que limitam o uso de TI pelos agricultores em maior ou menor grau de acordo com as especificidades de cada pa s S o eles i aspectos de infraestrutura ii custo iii inabilidade em usar TI iv falta de treinamento Nota se que estes fatores tamb m foram indicados para a realidade brasileira no entanto com um hiato consider vel entre o Brasil e os pa ses mencionados Enquanto no Brasil os dados de acesso a computador e internet s o p fios nos Estados Unidos houve um crescimento de uso destes instrumentos no per odo de 2003 a 2013 chegando a 70 computador e a 65 internet Os custos que s o um fator limitante relativamente baixo para aqueles pa ses continuam sendo uma barreira entrada para a aquisi o de tecnologias pelo menos por parte de agricultores brasileiros com pequena renda Uma tend ncia verificada tanto para a realidade europeia e americana como para a brasileira refere se pouca capacidade do agricultor em utilizar a TI e a aus ncia de treinamento como restri es ao uso de TI no campo As sugest es apontadas pelos especialistas para as a es de transfer ncia de solu es de TI no campo referem se aproxima o entre a institui o de pesquisa e o usu rio dos resultados da pesquisa Nesse sentido as sugest es remetem
410. no campo vinculados s caracter sticas do produtor rural da produ o agr cola e da tecnologia e aos fatores sist micos No referencial te rico mencionado o trabalho pioneiro de Nolan 1973 sobre os seis est gios de ado o de tecnologia da informa o em setores econ micos inicia o cont gio controle integra o administra o de dados e maturidade No entanto na agricultura n o houve um est gio gradual de uso da Tl Este fator condicionante ficou evidenciado tanto nas falas dos especialistas como nos estudos da Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 e de Zambalde et al 2011 Os entrevistados relataram que na explora o agr cola n o ocorreu uma evolu o progressiva de utiliza o da TI o que gerou uma lacuna e uma barreira a transpor Por sua vez o trabalho da Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 apontou que a ado o de TI na agricultura ocorreu primeiramente por meio da dissemina o de solu es de TI de outros setores econ micos para o setor agr cola sem nenhuma especializa o Somente num segundo momento houve o desenvolvimento de aplica es espec ficas para a agricultura No mesmo sentido Zambalde et al 2011 indicaram que no Brasil de 2001 2010 as aplica es de TI agr cola se multiplicaram dando origem a inova es e novos modelos de neg cios Contudo apesar desse aumento n o se verificou no mesmo per odo a amplia o de uso de TI no campo A
411. nol gica de solos por exemplo A Embrapa Inform tica Agropecu ria uma das unidades da Embrapa com mandato institucional de viabilizar solu es de pesquisa desenvolvimento e inova o em tecnologia de informa o para a sustentabilidade da agricultura em benef cio da sociedade brasileira EMBRAPA 2011a Seu portf lio de tecnologias encontra se no Quadro 4 3 Quadro 4 3 Portf lio de solu es em tecnologia da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria Tecnologias Ageitec Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica www embrapa br agencia Sistema com informa es sobre sistemas produtivos de culturas e outros temas relativos a agropecu ria nacional Agritempo www agritempo gov br O Sistema de Monitoramento Agrometeorol gico um site com informa es agrometeorol gicas do Pa s atualizado diariamente Permite o acesso gratuito a dados de previs o de tempo zoneamento agr cola de diversas culturas Ainfo www ainfo cnptia embrapa br Sistema informatizado para gest o de acervos impressos e digitais de bibliotecas Alice www embrapa br alice O Reposit rio de Acesso Livre Informa o cient fica da Embrapa Alice um servi o coordenado pela Embrapa Informa o Tecnol gica que re ne organiza e dissemina a produ o t cnico cient fica dos pesquisadores da empresa rvore Hiperb lica um conjunto de ferramentas computacionais para cria o edi o e navega
412. nomic Research 2012 Dispon vel em lt http departments agri huji ac il economics gelb efita 2012 pdf gt lt gt Acesso em 10 abr 2014 GELB E The EFITA Bonn Turino Conferences 1999 2013 ICT Adoption Questionnaire update Proceedings European Federation Information Technologies in Agriculture Foof and Environment EFITA 2013 Dispon vel lt lt http www informatique 354 agricole org gazette Efita Documents ICT 201999 20 202013 20Questionnaire 20summary 20withy 200ssiach 20 20updated 20 3 pdf gt Acesso em 10 abr 2014 GELB E VOET H ICT Adoption Trends in Agriculture A summary of the EFITA ICT Adoption Questionnaires 1999 2009 Proceedings European Federation Information Technologies in Agriculture Foof and Environment EFITA 2009 Dispon vel lt http departments agri huji ac il economics voet gelb pdf gt em Acesso em 10 abr 2014 GIANONI C Dos sistemas nacionais de pesquisa agr colas aos sistemas nacionais de inova o agr cola a inser o dos institutos nacionais de pesquisa agropecu ria Tese doutorado em Pol tica Cient fica e Tecnol gica Instituto de Geoci ncias Universidade Estadual de Campinas 2018 GODINHO M M Conhecimento Produtividade Estruturas de Custo e Deslocaliza o Industrial onde se situam as vantagens competitivas das economias interm dias In CASTELLS M CARDOSO G A Sociedade em Rede Do Conhecimento Ac o Pol tica Lisboa Imprensa Nacion
413. nova o E o que ocorre hoje o contr rio h a sensa o de que a Embrapa est profundamente presa num conjunto de instrumentos e processos que deixa a empresa burocr tica e que n o contribuem para a sustentabilidade e o desenvolvimento da Embrapa Os instrumentos de gest o da Embrapa s o da d cada de 1990 em geral e vem se fazendo remendos sem chegar a ter uma ruptura preciso ocorrer uma ruptura em determinados instrumentos e criar algumas inova es institucionais que deixem a empresa mais leve e menos burocr tica O descompasso do modelo organizacional um dos reflexos da imensa dificuldade de transformar o Estado vertical num processo transversal de planejamento horizontal para construir trajet rias E os passivos que se acumulam na 218 Embrapa n o deixam nem o di logo acontecer a incapacidade da empresa de fazer escolhas Alguns passivos s o mais s rios e precisam ser tratados primeiro Uma das maiores pragas a praga do Estado vertical que se replica nas institui es como a Embrapa que montam suas estruturas verticalizadas A estrutura verticalzada e muito segmentada caracter stica citada com frequ ncia nas entrevistas demonstrada mais adiante neste cap tulo ao tratar da estrutura organizacional para transfer ncia de tecnologia O Quadro 5 6 sintetiza os fatores condicionantes internos da dimens o institucional e organizacional que na opini o dos entrevistados contribuem pa
414. nso comum indicaria que sem o licenciamento o iPhone n o seria vi vel e que portanto a a o da Samsung parece irracional No entanto o mesmo vale para os celulares da Samsung muitos dos quais n o funcionariam sem tecnologias licenciadas pela Apple 337 Quando se toma a no o de modelo mental como a dimens o mental das organiza es para a constru o de valores e cren as compartilhados entre os indiv duos percebe se que dentro da Embrapa algumas reas chaves n o est o institucionalmente maduras e ou consolidadas no sentido de n o terem desenvolvido uma vis o compartilhada e que isto gera um conjunto de dificuldades A multiplicidade de vis es sobre o papel da propriedade intelectual por exemplo ilustra este ponto argumento Para alguns sendo a Embrapa uma empresa p blica deveria se dedicar produ o de bens p blicos distribu dos gratuitamente sem nus para a sociedade que j a financia outros pensam que exatamente por sua natureza jur dica com obriga es de zelar pelo uso de recursos governamentais a propriedade intelectual um imperativo para proteger os ativos gerados com tais recursos da apropria o indevida por parte do setor privado que poderia comercializ los Isto n o exclui a possibilidade de distribuir o bem segundo a pol tica da empresa Outros consideram que o fato de ser uma empresa p blica s deveria afetar suas prioridades objetivos estrat gicos mas n o a gest
415. nstitui es regras normas e pr ticas e atitudes que condicionam a maneira como organiza es interagem dentro de cada um dos tr s segmentos do SNIA Os produtores agr colas podem desempenhar dois pap is o primeiro como produtor e consumidor de produtos rurais e o segundo como consumidor de conhecimento e ou informa o Atores que influenciam o SNIA tamb m integram o sistema por meio das conex es com os setores da ind stria e do com rcio as pol ticas de C T amp l e o sistema pol tico nacional CHAVES 2010 O Sistema Nacional de Inova o na Agricultura representado na Figura 2 5 37 Institui es regras normas pr ticas que condicionam a maneira como as organiza es interagem dentro de cada segmento do Sistema de Inova o Sistemas de Institui es Organiza es e Pesquisa e Ensino Intermedi rias Atores da na Agricultura Agricultura Produtores agr colas Agroind strias Fornecedores Sistema de Ensino na Agricultura P s gradua o Superior N vel m dio Processadoras distribuidoras redes de atacado e varejo Consumidores Pol ticas e investimentos em inova o Pol ticas e agr cola conex o com setores da investimentos economia e com pol ticas de ci ncia agr colas conex o tecnologia e inova o C T amp l com sistema pol tico Figura 2 5 Sistema nacional de inova o na agricultura Fonte Arnold e Bell 2001 adapt
416. nstitui es de pesquisa vinculadas a produtores rurais como a Cooperativa Central de Pesquisa Agropecu ria Coodetec a Funda o Mato Grosso e o Centro de Tecnologia Canavieira CTC Segundo Contini e Andrade 2013 a partir da aprova o de leis de propriedade intelectual e o desenvolvimento do mercado de sementes em escala mundial o setor privado intensificou suas a es em pesquisa agr cola Nesse sentido Fuck e Bonacelli 2007 afirmam que a participa o do setor privado nas pesquisas de biotecnologia agr cola mostra uma tend ncia de amplia o de sua presen a em segmentos espec ficos como detalhado mais a diante nesta introdu o A difus o de tecnologias agr colas geradas tanto pelo setor p blico como pelo setor privado tem sido objeto de an lise de diversos estudos tais como os seminais de Griliches 1957 Mansfield 1961 Paiva 1971 e Hayami e Ruttan 1988 O trabalho 2 E FREE A zia y Para informa es adicionais do investimento p blico em a es de pesquisa e desenvolvimento na agricultura brasileira e a cria o de institui es de PD amp I ver Contini e Andrade 2013 Os estudos citados nestes par grafos introdut rios s o detalhados no cap tulo te rico da tese 2 cl ssico de Griliches 1957 que se apoia em modelos epidemiol gicos aborda a introdu o do milho h brido nos Estados Unidos O modelo epidemiol gico foi aprimorado por Mansfield 1961 que explicitou a rela
417. nte da agricultura 286 Foi apontada a relev ncia de identificar no mbito do sistema de inova o na agricultura quais os fatores condicionadores para transfer ncia de tecnologia pelo lado da demanda os usu rios e pelo lado da oferta os geradores Tecnologias com diferentes caracter sticas ter o fatores condicionadores e limita es diversas para a sua transfer ncia Pelo lado da demanda da tecnologia os demandantes s o segmentados e diversificados e os fatores condicionantes variam muito de acordo com o perfil de cada demandante Os perfis est o associados por exemplo ao grau de mercantiliza o das atividades agr colas produzir para o mercado interno ou externo o que determinar diferentes barreiras para a transfer ncia de tecnologias As barreiras culturais podem ser importantes e se diferenciam entre o grande e o pequeno produtor rural O n vel de forma o das pessoas que trabalham na agricultura com forma o de ensino m dio ou superior e o n vel de qualifica o da for a de trabalho influenciam na capacidade de absorver a tecnologia A capacidade financeira das unidades agr colas tamb m influencia no acesso a tecnologia porque adquirir tecnologias requer investimentos e capacidade financeira A tecnologia poupadora de m o de obra intensiva em capital e implica que o agricultor disponha do capita Pelo lado da oferta de tecnologia pelas institui es p blicas de pesquisa agr cola o grupo de
418. ntes Externamente h fatores que v o se endogeneizando e integrando se emaranhada teia e influenciam os fatores end genos Condicionantes ex genos tais como i a falta da defini o no pa s do papel da C amp T como indutora de desenvolvimento econ mico e social ii a din mica da ci ncia cada vez mais baseada em redes colaborativas de conex es de equipes transdisciplinares agentes p blicos privados e do terceiro setor permeadas por retroalimenta es e interatividade iii a inova o vinculada a um conceito amplo de agrega o de valor n o apenas financeiro mas associado ao valor ambiental social e de capital humano iv a estrutura o e complexidade das cadeias produtivas agr colas e suas hierarquias de comando que interferem na decis o de qual tecnologia ser ou n o adotada v a subordina o do agricultor s estruturas das cadeias produtivas vi o fortalecimento da atua o da iniciativa privada na pesquisa agr cola causando um deslocamento da pesquisa p blica vii a vis o dicot mica agricultura familiar e empresarial que permeia algumas pol ticas p blicas por vezes ideol gicas vii a heterogeneidade produtiva e socioecon mica dos produtores rurais ix a debilidade de infraestrutura no espa o rural tais como em transporte energia el trica telecomunica o acesso internet servi os sociais b sicos condi es para armazenamento e escoamento da produ o agr cola
419. nto a qualifica o dos produtores conhecimentos t cnicos capacidade gerencial acesso ao financiamento como o pre o dos insumos ou fatores de produ o explicavam as distor es entre os agricultores e as regi es Em Paiva 1971 os fatores condicionantes para o processo de moderniza o da agricultura eram a produtividade o pre o relativo dos insumos tanto os modernos como os tradicionais a qualifica o dos agricultores o custo de transfer ncia tecnologia os Mais adiante neste cap tulo apresentada uma ruptura conceitual a partir da leitura neo schumpeteriana a qual defende que o progresso t cnico end geno 49 mecanismos de autocontrole e o desenvolvimento do setor n o agr cola e as exorta es A introdu o tecnol gica tinha como objetivo o aumento da produtividade e a redu o do custo e produ o Para este autor havia tr s tipos de t cnicas que poderiam possibilitar o alcance deste objetivo como mostra a Quadro 2 5 Quadro 2 5 T cnicas da agricultura para introdu o tecnol gica conforme Paiva 1971 Crescimento do Aumento da Maior retorno rendimento l quido LLL O EC GR redu o do custo Tich Aumentar a produtividade Ter baixo disp ndio de Aumentar a produtividade cnicas sem redu o de custos capital fixo e elevado com redu o do custo permitiam no marginais custeio Insumos de grande Fertilizantes T cnicas de plantio disp ndio de capital fixo defensivos ra
420. ntos contradit rios e tensos com for as inibidoras e for as propulsoras Dentre os condicionantes que comp em a teia da empresa est o i a j mencionada pluralidade de entendimento ou pouca clareza conceitual do processo de transfer ncia de tecnologia por vezes promovendo uma 332 dicotomia improdutiva sobre quais p blicos ser o atendidos ii a estrutura organizacional r gida e fragmentada iii o processo de produ o da Embrapa caracterizado pela aus ncia de transversalidade efetiva iv a preval ncia da vis o linear que dificulta o estabelecimento de vis o sist mica e de complementaridade de compet ncias entre as equipes e unidades centrais e descentralizadas v o planejamento estrat gico espor dico vi o sistema de intelig ncia que carece de pluralidade e de ser melhor internalizado vii a trajet ria institucional da empresa que necessita ser alinhada ao contexto das mudan as da agricultura brasileira viii a pouca autonomia para as unidades descentralizadas ix as dificuldades em celebrar parcerias institucionais principalmente na defini o de propriedade intelectual x o modelo jur dico engessado xi a comunica o social pouco ou nem um pouco direcionada ao mercado xii os sistemas de avalia o que incentivam a competi o entre pessoas xiii a valoriza o da produ o cient fica em detrimento da tecnol gica e xiv o modelo mental que manifesta se em v rios condiciona
421. ntos nos setores p blico e privado 50 Para este enfoque h dois tipos de tecnologias uma mec nica que reduz o uso do fator trabalho e outra biol gica que poupadora do fator terra A din mica da inova o induzida considerava que o processo de difus o e ado o tecnol gica dos agricultores envolvia o fornecimento de insumos modernos e a gera o de conhecimentos e tecnologias por institui es de pesquisa p blicas e privadas Para estes autores a mudan a t cnica na agricultura era totalmente induzida por meio de uma dimens o de oferta ex gena para o processo e uma dimens o de demanda end gena e consideravam que a mudan a t cnica era reflexo do avan o da ci ncia e da tecnologia Vieira Filho e Silveira 2012 arrazoam que a mudan a t cnica pode at ser influenciada pela altera o dos pre os relativos por m a substitui o de um insumo t cnico pelo fator escasso n o ocorre sem mudan as institucionais A abordagem de Hayami e Ruttan 1988 falha em considerar a tecnologia como sendo ex gena assim tamb m como postulado por Paiva 1971 A abordagem neo schumpeteriana sobre a difus o tecnol gica critica a barreira estabelecida pelos estudos tais como os de Paiva 1971 e Hayami e Ruttan 1988 que consideravam a inova o como ex gena ao sistema econ mico Para este enfoque a inova o end gena O eixo conceitual que permeia a abordagem neo schumpeteriana da difus o tecnol gica o
422. nvolvidos O Proeta procurou incubar empresas de base tecnol gica e ser um promotor de start up mas n o logrou muitos resultados exitosos Aqui cabe uma reflex o no Brasil a cria o de novas start ups um ponto que mereceria ser trazido com maior prioridade para as agendas de desenvolvimento A polariza o de vis es tamb m remete a outra tens o clara que se observa na empresa entre centraliza o e descentraliza o Ouviu se com insistente frequ ncia que as unidades precisam ter maior liberdade para decidir seu programa sobre a dificuldade para coordenar e executar os projetos estrat gicos da Empresa decididos de forma participativa Esta quest o transcende os limites da presente investiga o mas Um exemplo exitoso nesse sentido do Massachusetts Institute of Technology MIT que desde 1984 a partir de suas tecnologias desenvolvidas promoveu a cria o de mais de 300 novas empresas das quais 80 sobreviveram 339 evidente que esta tens o um dos pontos nevr lgicos do funcionamento da empresa e que as vis es refletem a mesma realidade vista por atores que t m localiza o posicionamento e responsabilidades distintas na estrutura organizacional nas esferas estrat gica t tica e operacional Aqueles que est o na dire o sentem falta de mecanismos de coordena o eficazes que permitam impelir as a es institucionais e pessoais no sentido de convergirem para os objetivos estrat gic
423. o PD amp l ii por processos informais de acumula o de conhecimento tecnol gico dentro das firmas e iii pela difus o de informa o servi os especializados e mobilidade de m o de obra O processo de difus o de novas tecnologias relevante neste contexto com estrat gias empresariais variadas para promover um processo de aprendizagem decorrente do ac mulo de conhecimentos e capacidades tecnol gicas que envolvem as firmas as institui es e o ambiente em que operam As inova es s o advindas de v rios fatores inter relacionados que se diferenciam de acordo com a estrutura e o tipo da firma dos setores da regi o e do pa s em quest o A ideia da inova o pressup e a combina o entre pesquisa b sica teorias descobertas e aplicada testes e adapta es desenvolvimento e sua integra o com as condi es econ micas presentes em cada espa o DOSI ET AL 1988 Al m da aprendizagem como relevante para o sistema de inova o Roseboom 2004 e Edquist 2001 apresentam outras caracter sticas do sistema de inova o i a interdepend ncia e a n o linearidade do processo inovativo superando a vis o linear de pesquisa difus o aplica o evoluindo para uma vis o interativa ii os atores p blicos e privados n o inovam isoladamente mas por meio de intera es entre si iii a 30 import ncia que as institui es assume no contexto de rela es entre os atores entendendo por institui
424. o Sistema de Suporte ao Planejamento Agr cola Municipal Planeja como mencionado no cap tulo anterior 269 Dentre estas formas de transfer ncia de tecnologia destacamos as que s o utilizadas nas seis tecnologias selecionadas conforme Quadro 5 17 Quadro 5 17 Formas de transfer ncia de tecnologia usadas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria tecnologias selecionadas Agritempo Servi o web dispon vel na internet e para dispositivos m veis celular e tablet a t tulo gratuito Ageitec Servi o web dispon vel na internet a t tulo gratuito Diagnose Virtual Servi o web dispon vel na internet mediante cadastro Invernada Software dispon vel na internet em formato execut vel no modelo propriet rio para download gratuito Sisla Software licenciado como software propriet rio mediante licen a de uso Gotas Software licenciado como software livre dispon vel na Rede Agrolivre e Aplicativo APP gratuito para dispositivos m veis celular e tablet em sistema operacional Android dispon vel na loja virtual Google Play Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas software propriet rio com c digo fonte fechado software livre com c digo fonte aberto Segundo o grupo de especialistas entrevistados al m das formas de transfer ncia h a es espec ficas que permeiam a transfer ncia de solu es em TI em dois momentos antes e depois da disponibiliza o para os p
425. o de Economia Ill T tulo Informa es para Bibli Digital T tulo em outro idioma Embrapa technology transfer towards innovation Palavras chave em ingl s Technological innovations Agriculture Technology transfer rea de concentra o Desenvolvimento Econ mico Espa o e Meio Ambiente Titula o Doutora em Desenvolvimento Econ mico Banca examinadora Ant nio M rcio Buainain Orientador Bastiaan Philip Reydon Maria Beatriz Machado Bonacelli S lvio Crestana Eduardo Delgado Assad Data de defesa 12 02 2015 Programa de P s Gradua o Desenvolvimento Econ mico UNICAMP TESE DE DOUTORADO C SSIA ISABEL COSTA MENDES Transfer ncia de Tecnologia da Embrapa Rumo Inova o Defendida em 12 02 2015 COMISS O JULGADORA e o Jogue 5 Croft Dr ANT NIO M RCIO B AINAIN Instituto de Economia UNICAMP Cuy yi adia r w aAA Prof Dr MARIA BEATRI MACHADO BONACELLI Instituto de Geoci ncias UNICAMP Pr f D SILVIO CR Ea Embrapa Instrumenta o Agropecu ria Embrapa Inform tica Agropecu ria DEDICAT RIA Dedico este trabalho e a minha vida ao Agricultor o Criador do Universo Eu Jesus sou a Videira Verdadeira e meu Pai o Agricultor Jo o 15 1 Senhor Deus Todo Poderoso Tu cuidas da terra e a regas Tu a enriqueces abundantemente os seus ribeiros s o fartos de gua preparas o trigo rega lhe os sulcos aplanas as leivas Tu a amoleces com chuvis
426. o de Suporte ao Licenciamento Ambiental Gotas Auxilia a deposi o de gotas de pulveriza o Inform tica Agropecu ria Objetivo E um sistema web que possibilita a organiza o armazenamento divulga o e acesso informa o tecnol gica e aos conhecimentos gerados pela Embrapa e outras institui es de pesquisa sobre os produtos e temas do neg cio agr cola um sistema que realiza o diagn stico de doen as de plantas via internet e subsidia os agricultores agr nomos e t cnicos agr colas em suas decis es sobre o manejo de doen as Objetivo Apoiar o planejamento de produ o de bovinos de corte Permite simular e comparar op es de manejo por meio de cen rios como pastejo exclusivo pastejo com suplementa o ou confinamento Dar suporte por meio de georreferenciamento execu o de servi os t cnicos de licenciamento ambiental de propriedade e empreendimentos Auxiliar agricultores a obter par metros para avalia o quantitativa qualitativa e espacial da deposi o de gotas de pulveriza o Fonte Embrapa Inform tica Agropecu ria 2014 267 tecnologias selecionadas P blico alvo produtor rural extensionista consultor rural institui o de pesquisa e ensino fitopatologistas produtor rural agr nomos e t cnicos agr colas P blico alvo pecuaristas de bovinos governos estaduais produtor rural Para a sele o foram considerados alguns crit rios
427. o de futuro muito clara a Embrapa tenta resgatar isso com o Agropensa e com isso o seu papel como institui o relevante e que interfere nas trajet rias e nas decis es No entanto apesar da tentativa seu papel atual est reduzido em rela o ao que foi no passado A Embrapa n o est se organizando para trabalhar numa perspectiva mais aberta mais interativa Ela trabalha para manter sua hegemonia por m ela s ser hegem nica em algumas situa es mas n o em todas Preocupa parte dos 214 entrevistados o fato de que a Embrapa atua em v rias vertentes Ela precisa fazer escolhas e ter prioridades As prioridades estrat gias de atua o e diretrizes organizacionais da empresa s o estabelecidas no PDE elaborado para o per odo de quatro anos o qual refer ncia para a elabora o e alinhamento dos Planos Diretores das Unidades PDU A Embrapa encontrava se em novembro 2014 em seu 6 ciclo de planejamento Foi observado entretanto que a empresa estava sem plano diretor desde 2011 j que o ltimo referia se ao per odo de 2008 2011 Alguns entrevistados questionaram a periodicidade deste planejamento argumentando que ele n o pode ser epis dico ou seja ocorrer somente de quatro em quatro anos considerando que as rupturas na agricultura ocorrem em prazos mais curtos e a velocidade das mudan as n o permite o planejamento epis dico Por esta raz o a Embrapa e as institui es de
428. o pesquisa participativa licenciamento Fonte adaptado de Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 Como apresentado no cap tulo anterior Solo e Rogers 1972 definiram a transfer ncia de tecnologia como sendo a movimenta o da tecnologia de um lugar gerador para outro usu rio Seguindo estes autores Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 delinearam o processo de transfer ncia de tecnologia no contexto da Embrapa partindo do entendimento de que a transfer ncia compreende o deslocamento da tecnologia O macroprocesso da inova o conforme a Figura 3 11 envolve os principais processos de PD amp I gera o da tecnologia e de TT disponibiliza o ado o e 120 resultados nos quais o cliente figura como elemento de ancoragem da inova o tecnol gica Para Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 h uma diferencia o nos processos em raz o do tipo de tecnologia a tecnologias de base f sica produtos como cultivares a gera o tem finalidade comercial geralmente e s o desenvolvidas por projetos experimentais b tecnologias de base processual instrucional informa es t cnicas ou cient ficas por exemplo portais eletr nicos sobre sistemas produtivos agr cola s o desenvolvidas para dissemina o da informa o por interm dio de projetos de desenvolvimento rural rea Processo Subprocesso Gera o da Pesquisa b sica PD amp lI tecnologia Pesquisa aplicada Desenvolvimento de pr
429. o Inibem A aposentadoria sem programa de transi o ocasionou v cuo de estoque de conhecimentos E Perfil mais acad mico dos novos pesquisadores sem um processo de transi o entre a gera o pioneira e a nova a Falta equil brio entre o perfil cient fico voltado para a publica o de papers e o perfil mais pragm tico voltado para encontrar Novas contrata es solu es diretas para os desafios nacionais da agricultura Falta crit rio objetivo para definir quem continua tralhando na empresa ap s a aposentadoria restringe a renova o do quadro Aposen tadoria de empregados Alguns empregados direcionam esfor os para publica es em detrimento da gera o de tecnologias E Predomina a l gica da produ o cient fica em detrimento da produ o tecnol gica Os NIA hunters promovem uma avalia o de desempeno enviesada e que n o favorece o desenvolvimento de novas tecnologias e a inova o Tend ncia de alocar empregado com baixo desempenho para Avalia o de desempenho individual E atuar na rea de difus o Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 2 2 Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp I Os aspectos da gest o da PD amp I que influenciam a transfer ncia de tecnologias para a sociedade foram abordados por um grupo de especialistas A burocracia um fator sempre presente em geral como negativo e fortemente co
430. o conseguem observar os pequenos pormenores quando se quer colocar a tecnologia no final da linha para o agricultor utilizar e o principal constrangimento que a maior parte da solu o em TI desenvolvida pressup e que o agricultor vai ter que introduzir os dados locais de sua explora o agr cola tais como solo clima contabilidade e esse o problema na maior parte dos casos a explora o agr cola n o tem na sua atividade normal a gest o da informa o bem desenvolvida O agricultor n o faz a gest o da informa o em tempo real n o h dados que alimentam os softwares que acabam n o sendo usados Isso j ocorreu inclusive em grandes explora es agr colas O problema montante de gest o da informa o que implica que ainda necess rio haver um esfor o para saber as dificuldades do produtor rural para que as solu es em TI alcancem seus objetivos H pessoas de todas as idades que usam redes sociais e navegadores da internet inclusive aposentados e ningu m lhes deu forma o alguma Ent o o problema n o da tecnologia mas o problema a tecnologia partir de pressupostos que n o existem como o caso de se pressupor que o produtor tenha informa es para alimentar o software A transfer ncia de solu es em TI no campo restringida por v rios fatores apontados pelos entrevistados apesar de se propagar que tais fatores est o relacionados ao n vel de forma o baixo do agricultor dimens o re
431. o contexto das discuss es sobre a amplia o da import ncia da inova o tecnol gica para a produtividade agr cola e das reflex es sobre o papel dos institutos p blicos de pesquisa agropecu ria Tais institutos pressionados pelos governos para apresentar resultados tang veis buscam fortalecer a es de transfer ncia de tecnologias por eles geradas para o setor produtivo impactando desta forma a produ o e a produtividade Assim sendo a tese tem como objetivo geral investigar os fatores condicionantes ex genos e end genos que contribuem ou inibem a transfer ncia de tecnologias geradas pelo maior instituto p blico de pesquisa agr cola do Brasil a Embrapa para a sociedade f Os modelos epidemiol gicos integram o arcabou o conceitual adotado pelos primeiros autores do p s Guerra Denominavam se epidemiol gicos por terem sido inicialmente aplicados para descrever o cont gio de uma determinada popula o por uma epidemia FURTADO 2006 3 Entende se por fatores condicionantes as circunst ncias ou condi es que contribuem ou inibem o processo de transfer ncia tecnol gica Os fatores externos Embrapa analisados abrangem os drivers de mudan a for as motrizes da agricultura contempor nea mundial e nacional o sistema nacional de inova o na agricultura as condi es socioecon micas e culturais do usu rio da tecnologia as caracter sticas da produ o agr cola as caracter sticas da tecnolo
432. o de insumos agr colas iii sistemas de suporte decis o baseados em rob tica permitem adicionar aos dados as experi ncias de especialistas para contribuir em reas como busca sem ntica de informa o e dados iv TI embarcada em equipamentos e processos agr colas aumenta a efici ncia de equipamentos e processos em agricultura de precis o uso de r dio frequ ncia RFID internet sem fio e telefonia celular para identifica o a rastreabilidade e a preserva o da identidade dos produtos ZAMBALDE ET AL 2011 Nota se que as aplica es em TI avan aram de simples controles administrativos de pessoas financeira e equipamentos para sistemas mais complexos como os de suporte decis o baseados em rob tica rastreabilidade agricultura de precis o e geoespaciais Zambalde et al 2011 esclarecem que no per odo 2001 2010 as aplica es de TI agr cola se multiplicaram dando origem a inova es e novos modelos de neg cios No cerne das inova es e aplica es de TI agr cola est o relacionamento entre os geradores do conhecimento e como efetuam a difus o e transfer ncia de informa o e conhecimento e outros agentes sejam extensionistas apoio cooperativo produtores rurais e governo 156 Entretanto mesmo com o evidente avan o tecnol gico situa o de ado o em TI continua a mesma a h aplica es de TI que n o atendem s caracter sticas da produ o do empreendimento agr cola e ou do pro
433. o mercado 41 O caminho percorrido at aqui apresentou abordagens sobre sistemas de inova o na agricultura sendo a pesquisa agr cola um dos componentes deste sistema Paralelamente ao desenvolvimento das mencionadas abordagens surgiram teoriza es sobre o modelo de desenvolvimento de pesquisa agr cola e de extens o as denominadas Escolas Difusionista Interativa e Participativa Uma retrospectiva das escolas de pesquisa e extens o de 1950 a 1990 foi realizada por Souza 1995 demonstrando que o agricultor ao longo desse per odo passou gradualmente de objeto das a es para sujeito da pesquisa no entanto sem encontrar espa o para fazer sua an lise pr pria O Quadro 2 3 faz uma compara o das caracter sticas pressupostos agentes e limita es das referidas escolas Quadro 2 3 Comparativo das escolas de pesquisa agr cola e extens o Difusionista Sist mica Participativa 1950 e 1960 1970 1980 Desenvolvimento do processo Intera o entre as Estreitamento do 8 cient fico usando conhecimento atividades de pesquisa e di logo cont nuo E existente e novo para a extens o para solucionar entre pesquisador e E gera o de tecnologia no os problemas agricultor do in cio S entanto sem considerar o principalmente do ao fim do projeto de conhecimento do agricultor pequeno produtor rural PD amp l O in cio da gera o de A ado o da inova o O agricultor o tecnologia ocorre com a poderia
434. o o baixo n mero de patentes depositadas pela Embrapa fator j mencionado acima Outro ponto relacionado a isso a fragilidade da rela o entre os modelos de centros de pesquisa da Embrapa unidades de produtos ecorregionais de temas b sicos e de servi os e nas parcerias entre as unidades Ampliar as a es de uma agenda de projetos estruturantes que incentive desde a concep o uma interatividade melhor estabelecida na rela o dos diferentes centros poderia potencializar o D Desenvolvimento que a Embrapa preconiza na medida em que se promoveria uma am lgama combinando e complementando as compet ncias Al m da fragilidade do D de desenvolvimento tamb m h pontos cr ticos na gest o de a es de PD amp l Segundo Bin et al 2013 eles residem na capacidade da Embrapa garantir a continuidade na identifica o de demandas para elaborar projeto de PD amp l entre os intervalos do planejamento estrat gico da empresa e no envolvimento de atores externos na identifica o de demandas tecnol gicas que nem sempre efetivo O envolvimento com atores externos relevante principalmente por conta da complexidade que envolve o sistema de produ o agr cola a qual precisa ser considerada pela institui o de pesquisa que tenha por finalidade para transformar seus resultados em inova o implementada no referido sistema de produ o Como esclarecem Castro e Tourinho 2002 o sistema de produ o complexo pois a
435. o privadas bem como pela aplica o da lei Bayh Dole que assegurou s institui es de pesquisa norte americanas o direito de patentear descobertas feitas com investimentos federais em pesquisas e licenci las para empresas privadas Um dos exemplos o TTO da Universidade da Ge rgia No total foram entrevistados 57 especialistas o que representa uma amostra n o probabil stica e intencional Dentre os quais 22 por volta de 38 s o do ambiente externo Embrapa e 35 em torno de 62 s o empregados da empresa Os especialistas foram divididos em tr s grupos de especializa o de acordo com seus perfis havendo em alguns casos sobreposi o entre os grupos pois h entrevistados que atuam em mais de uma rea de especializa o Na medida do poss vel tentou se ouvir representantes de alguns setores que integram o Sistema Nacional de Inova o na Agricultura de institui es p blicas de pesquisa e ensino setor privado e legislativo e tamb m institui es internacionais de pesquisa e ensino Em rela o aos especialistas que trabalham na Embrapa procurou se em contemplar fun es diversificadas exercidas por eles na estrutura organizacional da sede da empresa e das unidades de pesquisa em n veis estrat gico t tico e operacional possibilitando uma vis o complementar a partir de suas experi ncias conforme descrito no Ap ndice As etapas da metodologia s o apresentadas na Figura 1 8 20 Cruzamento
436. o processo inovativo e tem capacidade e potencial para viabilizar e induzir processos de inova o relevantes para a agricultura e desenvolvimento do Brasil mas que na maioria dos casos o resultado final a inova o depende de decis es e contextos externos empresa sobre os quais ela atua apenas de forma indireta por meio da informa o persuas o comprovando as vantagens contribuindo para a formata o de pol ticas p blicas pr inova o dentre outros 336 A Embrapa n o det m sozinha todas as compet ncias necess rias para promover a inova o uma vez que h compet ncias transfronteiras ao instituto de pesquisa que precisam ser consideradas para que os resultados de pesquisa sejam transformados em inova o Em decorr ncia disso a empresa necessita intensificar suas intera es com institui es que possuem compet ncias de mercado que n o estejam associadas apenas C amp T e P amp D Do exposto decorre que para viabilizar o processo inovativo necess rio agregar compet ncias que v o al m das de pesquisa e desenvolvimento realizadas na Embrapa Para se completar o ciclo da PD amp lI que se enfeixa no Inova o a Embrapa necessita celebrar prof cuas parcerias p blico privadas em inova o com o setor privado para complementar suas compet ncias t cnico cient ficas e os recursos de que disp e Tais parcerias caracterizam se pelo bin mio coopera o competi o pois no espa o dos m
437. o qu mico Matem tico Jornalista e comunica o social Graduado em Ci ncias Ge grafo F sico Engenheiro zootecnista Engenheiro Eletr nico el trico m Da Embrapa Engenheiro E Externos Embrapa Engenheiro florestal E Internacionais Economista Cientista social Cientista da computa o Analista de Sistemas Agr nomo e engenheiro agr nomo Advogado Administrador Figura 0 1 Profiss es dos especialistas entrevistados n mero de ocorr ncias Fonte dados da pesquisa 25 20 15 E Da Embrapa E Externos Embrapa E Internacionais Figura 0 2 Titula o dos especialistas entrevistados n mero de ocorr ncias Fonte dados da pesquisa 367 Institui es nacionais e internacionais com participa o dos especialistas EEEE EEB E EB E entrevistados dire o comit s comiss es e grupos de trabalho Institui es Internacionais Academia Hassan Il de Ci ncia e Tecnologia do Marrocos Banco Interamericano de Desenvolvimento BID Banco Mundial Consultative Group on International Agricultural Research CGIAR European Association of Agricultural Economists European Federation for Information Technology in Agriculture Food and the Environment EFITA Information Systems da International Commission of Agricultural Engineering CIGR Instituto Interamericano para Coopera o para Agricultura IICA International Association of Agricultural Economics International Center f
438. o teve como consequ ncia o acirramento do debate sobre a melhor forma da ci ncia e da tecnologia promoverem a inova o No centro da discuss o est o duas vis es distintas a vis o linear que defendia que a pesquisa cient fica era o principal motor da inova o para cria o de novos conhecimentos e tecnologias que podem ser transferidas e adaptadas para diferentes situa es b refor ava a import ncia da pesquisa e reconhecia a inova o como um processo interativo envolvendo a intera o de indiv duos e organiza es que possuem diferentes tipos de conhecimentos levando se em conta os fatores social pol tico institucional e organizacional BANCO MUNDIAL 2006 Na primeira vis o do modelo linear de inova o Figura 2 1 acreditava se que a ci ncia b sica levava ci ncia aplicada que tinha como consequ ncia a inova o e a gera o de riqueza para os pa ses Partia se da premissa que para se obter maior desenvolvimento econ mico dever se ia financiar mais a ci ncia Tamb m pela perspectiva linear desenvolveu se um modelo no qual as for as do mercado para a inova o passaram a ser consideradas bem como sua demanda Neste modelo as institui es de pesquisa eram vistas trabalhando isoladamente BANCO MUNDIAL 2006 Ci ncia Impulsionando Science Push Ci ncia sica Mercado Demandando Market Pull Necessidades Desenvolvimento gt Produ o venda do Mercado Figura 2 1 Modelo
439. ol gica In cio anos Cria o do Departamento de Difus o de Tecnologia DDT extinto em 1970 1990 Meados Cria o do Servi o de Produ o de Sementes B sicas SPSB uma anos estrutura separada dos Centros Nacionais geradores das cultivares por 1980 meio do qual a Embrapa come ou a se aproximar de seu p blico alvo Meados At 1997 a gest o da pesquisa e da difus o de tecnologias estava sob a anos responsabilidade do Departamento de Pesquisa e Difus o de Tecnologias 1990 DPD Em 1997 foi criado o Departamento de Transfer ncia e Comercializa o de Tecnologias com enfoque no modelo linear science push Em 1999 ocorreu a transforma o do Servi o de Produ o de Semente B sica em Servi o de Neg cios para Transfer ncia de Tecnologias SNT A partir de 2012 passou a denominar se Servi os de Produtos e Mercado SPM Meados Em 2007 foi criada a Assessoria de Inova o Tecnol gica AIT com a anos 2000 miss o de promover a articula o e o acompanhamento dos processos de negocia o com grupos de interesse em produtos inovadores bem como articular parcerias e a es institucionais visando potencializar a produ o cient fica e tecnol gica nas unidades de pesquisa com foco na gera o adapta o e transfer ncia de tecnologias inovadoras extinta em 2012 105 Quadro 3 8 Evolu o da estrutura institucional de transfer ncia de tecnologia na Embrapa continua
440. ola tecnologia da informa o aplicada Roteiro de Entrevista Estados agricultura ou agroinform tica e ou inova o Unidos Ap ndice IV agr cola Fonte elabora o pr pria Os especialistas de Portugal e dos Estados Unidos selecionados s o vinculados s institui es de pesquisa e ou ensino com vasta atua o em transfer ncia de tecnologia A maioria das entrevistas foi realizada pessoalmente e algumas via internet utilizando Skype e e mail Cabe justificar a raz o da escolha de especialistas provenientes destes pa ses A sele o de Portugal deve se ao fato do pa s integrar a European Federation Information Technologies in Agriculture Food and Environment EFITA por meio da Associa o Portuguesa para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informa o e Comunica o na Agricultura APDTICA Institui es de pesquisa e de ensino portuguesas t m forte tradi o de atua o em agroinform tica e transfer ncia de tecnologia dentre as quais se 19 destacam o P lo de Tecnologia e Empresas do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa lnovisa e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto Inesc da Universidade do Porto Por sua vez os Estados Unidos foram escolhidos pela vasta experi ncia dos escrit rios de transfer ncia de tecnologia Technology Transfer Office TTO provenientes de universidades e centros de pesquisas em licenciamentos e parcerias p blic
441. olegiado consultivo que assessora a diretoria executiva no monitoramento do foco estrat gico da empresa O planejamento estrat gico da empresa est consubstanciado no V Plano Diretor da Embrapa PDE para o per odo 2008 2011 2023 O horizonte da estrat gia alcan a o ano de 2023 quando a empresa comemorar 50 anos de sua cria o Nota se que desde 2011 a empresa est sem PDE Apenas em 2014 houve uma retomada de a es para a elabora o de seu novo plano diretor Na formula o do V PDE foi realizado um alinhamento com os Planos Governamentais relacionados com a agricultura notadamente o Plano Plurianual do Governo Federal 2008 2011 o Plano Estrat gico 2015 e o Plano Nacional de Agroenergia 2006 2011 elaborados pelo Minist rio da Agricultura Pecu ria e Abastecimento e o Plano de A o 2007 2010 organizado pelo Minist rio da Ci ncia e Tecnologia e Inova o EMBRAPA 2008 Quadro 3 1 Quadro 3 1 Instrumentos institucionais norteadores da gest o da Embrapa Instrumentos Descri o V Plano Diretor da Estabelece miss o valores vis o diretrizes objetivos Embrapa PDE estrat gicos a es e iniciativas da Embrapa para per odo 2008 2011 2023 cumprimento de sua miss o Sistema Embrapa de Estrutura a gest o das a es de PD amp I da Embrapa por meio Gest o SEG de seis carteiras de projetos os Macroprogramas Comit Gestor das rg o colegiado consultivo integrante do SEG assessora a Estrat gia
442. olvida no Instituto de Economia da Unicamp sob a orienta o do prof Dr Ant nio M rcio Buainain Na tese entende se por transfer ncia de tecnologia o processo interativo entre m ltiplos agentes da pesquisa ensino extens o fomento e segmentos da sociedade p blicos e ou privados com vistas ao interc mbio e fluxo de conhecimentos entre eles objetivando que solu es em P amp D para sustentabilidade da agricultura sejam introduzidas como novidade ou aperfei oamento no ambiente produtivo ou social resultando em novos produtos processos ou servi os A Embrapa reconhecida por sua contribui o para o desenvolvimento da agricultura brasileira no entanto tem sido questionada pelas dificuldades em transferir algumas de suas tecnologias Em fun o disso pretende se investigar Quais fatores condicionantes end genos e ex genos Embrapa contribuem ou inibem para que as tecnologias por ela geradas representem uma inova o para a agricultura E especificamente para a transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o aplicadas agricultura desenvolvidas pela Embrapa A an lise da literatura uma das fontes da pesquisa revelou alguns fatores internos e externos Embrapa como os exemplos categorizados nas dimens es listadas a seguir Esta entrevista objetiva ser outra fonte complementar de investiga o possibilitando lan ar luz pesquisa por meio de informa es e conhecimentos de especialist
443. om o setor produtivo Tamb m compartilhou desta opini o outro entrevistado ao argumentar que no mercado de cultivares em especial em soja milho e algod o onde a Embrapa atuou pioneiramente mas teve uma queda de participa o uma forma dela se reposicionar estrategicamente manter o material gen tico e licenci lo para o setor privado assim a empresa estar cumprindo seu papel Outra possiblidade de posicionamento estrat gico que n o necessariamente contradiz a anterior a Embrapa caminhar para a diversifica o da pesquisa e atua o em nichos Um exemplo neste sentido o da Embrapa Instrumenta o Agropecu ria que encontrou um nicho de mercado de atua o que o setor privado n o est interessado como o caso da l ngua eletr nica Esta unidade sobrevive em um ambiente altamente competitivo na regi o de S o Carlos por conta das universidades onde h uma nata de pesquisadores Na mesma linha de argumenta o foi relatado que em raz o dos temas em que esta unidade atua como intelig ncia artificial mecatr nica 217 fot nica ela encontra menos dificuldade em inserir suas tecnologias e conhecimentos gerados no ambiente produtivo e social Em alguns casos a avalia o negativa relacionada transfer ncia de tecnologia decorreria mais da dificuldade da empresa se reposicionar do que de um problema real o caso de alguns mercados de cultivares nos quais a Embrapa j
444. om representantes externos que atuam nos n veis estrat gico e operacional das unidades No entanto a atualiza o da agenda institucional bem como a consulta aos atores externos t m se relevado fr geis A fragilidade na gest o de a es de PD amp l reflete se em tr s pontos cr ticos i na capacidade de garantir a continuidade na identifica o de demandas para elaborar projeto de PD amp l entre os intervalos do planejamento estrat gico da Embrapa ii no envolvimento nem sempre t o efetivo dos atores externos na identifica o de demandas tecnol gicas iii na sele o de projetos de PD amp l com base nas prioridades identificadas BIN ET AL 2013 Estes pontos indicam um importante condicionante end geno para a transfer ncia de tecnologia a gest o da PD amp I 95 3 2 Solu es tecnol gicas tipologia e prote o Na Embrapa os seus resultados de pesquisas pass veis de transfer ncia tecnol gica s o categorizados como sendo a produtos b processos c servi os d ativos de base tecnol gica Quadro 3 2 Quadro 3 2 Solu es tecnol gicas da Embrapa produtos processos servi os e ativos de base tecnol gica e seus respectivos objetos de entrega Agente de Bioproduto formula es Fertilizante M quina controle cong neres Corretivo equipamento biol gico Agrot xico Bebida Corante Cultivar Embri o Estirpe cepa Alimento Implemento Inoculante Linhagem Animal Medicamento Microrganismo Mu
445. omia e promover vantagens competitivas para as empresas por interm dio do ingresso de um novo bem ou novo m todo de produ o ou pela abertura de um novo mercado SCHUMPETER 1942 Schumpeter 1942 destacou as inova es como sendo o impulso fundamental que mant m em funcionamento a m quina capitalista e for a din mica capaz de promover o desenvolvimento econ mico Este autor considerava como inova es os novos bens de consumo novos m todos de produ o ou transporte os novos mercados e as novas formas de organiza o industrial criadas pela empresa capitalista Por meio da distin o entre inven o inova o e difus o Schumpeter 1942 proporcionou a primeira tentativa de defini o de mudan a tecnol gica apontando a inova o como resultante do car ter das institui es econ micas e sociais A mudan a destas institui es em resposta s inova es implica num relacionamento end geno entre sociedade e inova o O desenvolvimento econ mico a partir das mudan as t cnicas gerado pela ruptura do fluxo em determinado momento e pelo incentivo ao in cio de um novo ciclo contido na inova o tecnol gica C RIO E PEREIRA 2002 Para Schumpeter 1942 os ciclos econ micos est o submetidos a uma l gica de destrui o criadora engendrada na inova o posto que a estrutura econ mica constantemente modificada atrav s da substitui o de antigos produtos e h bitos de consumo por novos f
446. omo uma especula o no conjunto das entrevistas ficou evidente que ela reflete a ideia do modelo linear de que um desenvolve pesquisa e outro usu rio final recebe e que esta concep o muito limitada porque pressup e a atua o do agente intermedi rio extens o e ningu m quer ser agente intermedi rio ser apenas rota 198 de passagem de uma tecnologia ou conhecimento e dif cil de justificar e dar import ncia a esse intermedi rio Neste sentido convergiram as opini es de que a vis o linear deve ser superada e que preciso caminhar para uma vis o sist mica na estrat gia de transfer ncia de tecnologia Na concep o da Anater n o houve proposta de sanar problemas hist ricos de falta de integra o entre a pesquisa e a extens o Tem um modelo ultrapassado do processo linear de transfer ncia de tecnologia gera o de um lado e extens o de outro No entanto o processo de TT muito mais complexo e depende de outros fatores Em raz o disso n o d para ficar apegado vis o linear de que a ado o de tecnologia a panaceia dos problemas do desenvolvimento rural O desenvolvimento da tecnologia um dos aspectos fundamentais para o desenvolvimento rural mas n o garantia de sucesso pois h outros fatores que interferem preciso pensar no desenvolvimento tecnol gico sob os aspectos do economicamente vi vel ambientalmente seguro e socialmente justo A vis o sist mica
447. onadas com as patentes No caso do Brasil necess rio examinar as reas espec ficas das publica es cient ficas inclusive para esclarecer se for o caso a d vida relacionada a quem est se apropriando dos resultados dos 6 de publica es cient ficas de brasileiros A nfase que se tem dado a esta discrep ncia envolve um risco reduzir o incentivo para as publica es cient ficas que t m sido apontadas em muitos casos como 322 uma distor o sem obter nenhum outro ganho na esfera da inova o Pelo menos no caso da Embrapa preciso examinar com cautela este assunto que foi explicitado por muitos entrevistados como um vi s dos novos pesquisadores talvez indesej vel At que ponto a busca de publica es pode ser de fato responsabilizada por eventuais problemas de TT A atual pesquisa n o encontrou elementos suficientes para apontar este vi s como um condicionante negativo para a empresa A nfase cient fica versus a tecnol gica tamb m est vinculada fragilidade do D de desenvolvimento da P amp D como ficou evidenciada na opini o de um grupo de especialistas ao comentar os condicionantes end genos vinculados dimens o PD amp l A mencionada fragilidade no D desenvolvimento da PD amp I est vinculada a pouca valoriza o da etapa de finaliza o da tecnologia na perspectiva de sua inser o no mercado Como um dos indicativos da insuficiente nfase no desenvolvimento de tecnologia foi citad
448. onantes end genos dimens o transfer ncia de tecnologia 253 Quadro 5 13 Perspectiva futura proposi es para melhoria das a es de transfer ncia de tecnologia da Embrapa 260 Quadro 5 14 Fatores comuns condicionantes ex genos Embrapa para transfer ncia de tecnologias 263 Quadro 5 15 Fatores comuns condicionantes end genos Embrapa para transfer ncia de tecnologias 264 Quadro 5 16 Solu es em tecnologias da informa o aplicadas agricultura desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria tecnologias selecionadas 266 Quadro 5 17 Formas de transfer ncia de tecnologia usadas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria tecnologias selecionadas 270 Quadro 5 18 Especificidades para a transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o propriedade intelectual licenciamento dispositivos e indicadores de acesso tecnologias selecionadas 271 Quadro 5 19 Especificidades da transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o para a agricultura 276 Quadro 5 20 Perspectiva futura proposi es oportunidades e tend ncias da tecnologia da informa o aplicada agricultura 284 XX Quadro 5 21 Fatores condicionantes que interferem no processo de transfer ncia de tecnologia agr cola opini o de especialistas internacionais 294 Quadro 5 22 Perspectivas para a transfer ncia solu es em tecnologias da informa o segundo os especialistas internacionais 299 xxi LISTA DE TABELAS
449. ontribui o para o desenvolvimento da agricultura no pa s no entanto muitas vezes questionada por dificuldades que tem para transferir e difundir tecnologias geradas em seus laborat rios que permanecem nas prateleiras n o se transformam em inova es e n o alcan am os agricultores em particular os de menor porte Em fun o disso pretende se responder seguinte pergunta Quais fatores condicionantes end genos e ex genos contribuem ou inibem para que as tecnologias geradas pela Embrapa representem uma inova o para a agricultura e especificamente para a transfer ncia de tecnologias da informa o Nosso pressuposto inicial que a efic cia da transfer ncia de tecnologia pode ser alcan ada mediante a supera o de barreiras existentes nos modelos de transfer ncia de tecnologias da informa o e pela inser o de elementos facilitadores que potencializam a incorpora o da tecnologia no ambiente produtivo agr cola No mbito da entrevista nosso interesse conhecer experi ncias internacionais que podem contribuir para an lise e compara o de modelos de gest o da inova o e de transfer ncia de tecnologias utilizados pela Embrapa e por institui es que atuam com pesquisa agr cola e ou em tecnologia da informa o aplicada agricultura As dimens es investigadas s o o sistema nacional de inova o para agricultura a gest o da inova o e da transfer ncia de tecnologias e propriedade intelectual 37
450. opeus nos Estados Unidos e no Brasil Mostra o come o da expans o de infraestrutura brasileira em TI rural o surgimento e evolu o de solu es de TI aplicadas a agricultura e o advento de institui es de pesquisa ensino e fomento em TI agr cola Apresenta fatores condicionantes para a ado o de TI na agricultura brasileira mostrando o retrato de acesso a computador e internet nos estabelecimentos rurais nacionais com 22 base em dados do Censo Agropecu rio de 2006 do IBGE Elenca algumas das solu es em tecnologia da informa o desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria e problematiza sobre como mensurar a efic cia de ado o das referidas solu es Este cap tulo tamb m ajuda a identificar fatores condicionantes ex genos e end genos transfer ncia de tecnologia mais especificamente quanto s solu es em TI O quinto cap tulo relata as entrevistas realizadas com especialistas nacionais e internacionais em inova o agr cola transfer ncia de tecnologia e em agroinform tica S o apresentadas as especificidades dos fatores condicionantes para a transfer ncia de solu es em TI Por ltimo o cap tulo faz a an lise e o cruzamento de quatro fontes de pesquisa da tese i o marco te rico sobre o tema estudado ii pol ticas e pr ticas da Embrapa para a transfer ncia de suas tecnologias iii literatura e estudos emp ricos sobre transfer ncia de solu es em TI aplicadas agricultura e iv
451. or Land Policy Studies and Training International Food Policy Institute International Political Science Association Estados Unidos Organiza o das Na es Unidas para a Alimenta o e Agricultura FAO Programa Cooperativo de Investicaci n Desarrollo e Innovaci n Agr cola para los Tr picos Suramericanos Procitr picos Programa Cooperativo para el Desarrollo Tecnol gico Agroalimentario y Agroindustrial del Cono Sur Procisur Utrecht University ma i World Economic Forum Institui es Nacionais Associa o Brasileira de Agroinform tica SBIAgro Associa o do Desenvolvimento Tecnol gico de Londrina Banco da Amaz nia Banco Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social BNDES C mara dos Deputados Centro de Gest o e Estudos Estrat gicos CGEE 368 Institui es Nacionais Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais CNPEM Companhia Nacional de Abastecimento Conab Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior Capes Financiadora de Estudos e Projetos Finep Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de Minas Gerais Fapemig Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de S o Paulo Fapesp Funda o Get lio Vargas FGV Instituto Nacional de Ci ncia e Tecnologia em Pol ticas P blicas Estrat gias e Desenvolvimento INCT PPED Minist rio da Agricultura Pecu ria e Abaste
452. or meio de monitoramento da quantidade de visitas e de downloads dos sites dispon veis via web Quadro 4 4 id Dispon vel em http diagnose2 cnptia embrapa br diagnose 183 Quadro 4 4 Monitoramento da quantidade de visita e de download a tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria dispon veis via web dados de 2012 Site Quantidade de ALET Co visita e de download Sistemas de produ o 1 8 milh o Agritempo 1 4 milh o Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica 1 2 milh o Invernada 4 100 visitas 2 800 downloads Infoteca e 1 milh o de downloads Base de dados Alice publica es t cnico cient ficas 990 downloads Fonte Embrapa Inform tica Agropecu ria 2013 No que tange prote o dos ativos de propriedade intelectual da unidade os instrumentos utilizados s o elencados no Quadro 4 5 Quadro 4 5 Ativos de propriedade intelectual da Embrapa Inform tica Agropecu ria protegidos e ou licenciados Instrumento Descri o E invent rio WebAgritec Registro de Siran Sistema de Simula o e Reprodu o Animal software Ainfo BD Pragas Wiki Pragas Sisla Registro de marca WebAgritec Identifica o de alvos terap uticos para desenho Patentes computacional de drogas contra bact rias dotadas da de prote na PilT inven o Marcador de maciez de carne de gado nelore participa o em projeto com a Embrapa Pecu ria Sudeste 184
453. orma o e Comunica o e suas rela es com a agricultura Embrapa Bras lia 2014 LEMOS C Inova o na era do conhecimento Bras lia CGEE Parcerias Estrat gicas no 8 maio 2000 p 157 179 LIMA D M de A WILKINSON J Org Inova es nas Tradi es da Agricultura Familiar Bras lia CNPq 2002 p 47 81 LUNDVALL B A National Innovation Systems Towards a Theory of Innovation and Interactive Learning London Pinter Publishers 1992 LUNDVALL B A Product innovation and user producer interaction alborg alborg University Press 1985 MACHADO J G C F Ado o da Tecnologia da Informa o na Pecu ria de Corte Tese Doutorado em Engenharia da Produ o Universidade Federal de S o Carlos UFSCar S o Carlos 2008 MANSFIELD E Technical change and the rate of imitation Econometrica Outubro p 741 66 1961 MARCONI M de A LAKATOS E M Fundamentos de Metodologia Cient fica 7 ed S o Paulo Atlas 2010 MARQUES F Muito al m das patentes escrit rios de transfer ncia de tecnologias de grandes universidades ampliam seu papel e estreitam a coopera o com empresas Pesquisa Fapesp n 197 Julho 2012 MARTINS F M BELARMINO L C SLUSZZ T MONTICELLI C J MIELE M SANDI A J Modelo multicrit rio para avalia o do potencial de neg cios tecnol gicos na agricultura Cadernos de Ci ncia amp Tecnologia v 28 p 189 222 2011 MASSRUH S M F S LEIT
454. ort ncia do consumidor foi o desenvolvimento de uma cultivar de trigo altamente produtiva mas que a farinha n o era aceita pelo consumidor pois ela n o dava o ponto na massa Isso obrigou a Embrapa a olhar para o consumidor final A falta de clareza do conceito de transfer ncia de tecnologia TT sem d vida um fator que inibe a TT pois h na empresa diferentes vis es perspectivas abrang ncias e diversas interpreta es que nem sempre s o convergentes Al m da falta 246 z de clareza considerar que a transfer ncia um processo que envolve a pesquisa extens o rural e produtor rural linearmente denota um processo historicamente equivocado de vis o unidirecional do fluxo de conhecimento e de informa o Como se a Embrapa fosse a detentora do conhecimento e o agricultor um mero receptor Este fator remete a outro que inibe fortemente a TT a dificuldade destas diferentes interpreta es e de seus atores de conviverem com os diversos segmentos da agricultura brasileira Como se a transfer ncia tecnol gica estivesse associada apenas a um segmento espec fico ou seja se for voltada agricultura familiar n o atenderia os m dios e grandes produtores rurais Como se fossem excludentes isso forma uma fragmenta o na Embrapa que se reflete nas unidades que atuam com o tema h um segmento mais voltado ao perfil do pequeno produtor e o outra para o agroneg cio No entanto esta fr
455. os A agricultura iniciou a ado o de tecnologias da informa o de forma mais lenta em rela o aos demais setores econ micos No entanto a partir da d cada de 1980 o tema foi inserido com impulso no espa o rural brasileiro Foram criadas institui es de pesquisa de ensino e de apoio dedicadas ao estudo e ao desenvolvimento de aplica es de TI para o ambiente agr cola 185 As aplica es de software em n meros absolutos saltaram de 146 em 1997 para 402 em 2011 conforme levantamentos do Guia Agrosoftt 97 e de Mendes et al 2011 Estes dados apontam um crescimento de mais de 275 na oferta de solu es em TI aplicadas para agricultura num per odo de quase 15 anos Tanto a oferta como o uso de software na agropecu ria brasileira s o maiores na produ o animal do que no cultivo vegetal Ao longo deste per odo as aplica es em TI tornaram se mais sofisticadas A princ pio a TI se limitava ao uso em sistemas de administra o e gerenciamento cont bil gest o de pessoas de estoques de produ o e para instrumenta o eletroeletr nica As solu es tornaram se mais complexas como as aplicadas rastreabilidade da pecu ria de corte para a produ o do zoneamento agr cola de riscos clim ticos eletr nica embarcada em m quinas e implementos tratores colhedoras pulverizadoras sistemas de irriga o rob tica aplicada colheita e poda de frutas controle do crescimento animal controle de ambiente e
456. os Em outra posi o as unidades que recebem outro tipo de demanda e press o gostariam de ter maior liberdade para decidir e responder aos stakeholders locais que em ltima an lise validam o seu desempenho e o pesquisador por que n o gostaria de ter liberdade para escolher sua pesquisa de acordo com sua capacita o prefer ncias e objetivos pessoais Como conciliar estes pontos de vista v lidos para cada stakeholder por m potencialmente conflitantes e paralisadores para a empresa O maior ou menor grau de centraliza o tamb m impacta nos aspectos do timing e da burocracia conspirando contra a agilidade necess ria para a transfer ncia de tecnologia e para a inova o Ocorre que a inova o n o se esgota com o lan amento do produto processo servi o inovador ao contr rio o lan amento apenas o ponto de partida e a sustentabilidade da inova o depender de atualiza es inova es incrementais que praticamente n o cessam poss vel incorporar a continuidade da atividade de P amp D no projeto original mas na pr tica as necessidades e oportunidades de aprimoramento s ficar o claras quando a inova o for efetivada e responder s demandas oportunidades de aperfei oamento exige recursos tempo etc que pelas regras atuais precisar o estar definidos em um novo projeto que pode demorar um tempo incompat vel com a realidade Mais uma vez se coloca aqui a tens o entre centraliza o e de
457. os Esta interse o fica bem evidenciada em relatos de alguns especialistas conforme apresentado na sequ ncia 5 2 1 Institucional e organizacional As entrevistas indicaram os principais aspectos da dimens o institucional e organizacional que condicionam a transfer ncia de tecnologia quais sejam vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico processo de produ o Embrapa aspectos jur dicos comunica o institucional e mercadol gica e gest o de pessoas Tais aspectos emergiram a partir das entrevistas Vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico da Embrapa Vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico s o na opini o geral chaves para compreender a din mica e alcance da transfer ncia de tecnologia gerada pela empresa Os principais mecanismos instrumentos norteadores do futuro da empresa s o o Plano Diretor da Embrapa PDE e o Sistema de Intelig ncia Estrat gica da Embrapa Agropensa O PDE refere se ao planejamento estrat gico que estabelece a vis o de futuro miss o objetivos e diretrizes organizacionais da empresa e em 2014 encontrava se em elabora o o 6 ciclo de planejamento O Agropensa por sua vez um sistema de intelig ncia estrat gica relativamente novo que busca produzir e difundir conhecimentos e informa es em apoio formula o de estrat gicas de PD amp l para a empresa e institui es parceiras Embrapa 2014h 211 Para alguns entrevi
458. os programas de r dio texto HTML pdf doc e planilhas eletr nicas A Ag ncia de Informa o Embrapa difere dos reposit rios Alice e Infoteca e retro citados em dois aspectos a suas obras autorais textuais s o adaptadas para uma linguagem mais acess vel para o p blico alvo produtores rurais profissionais de assist ncia t cnica consumidores finais e agentes envolvidos na cadeia produtiva daquele produto espec fico b as obras autorais s o de titularidade e autoria e n o apenas da Embrapa mas tamb m de outras institui es de pesquisa e ensino Produ o da imagem institucional Os programas de r dio e TV v deo e fotografia s o as obras inseridas na categoria de produ o da imagem institucional O programa de r dio Prosa Rural distribu do gratuitamente para r dios de todo o Brasil e veicula mat rias sobre tecnologias e produtos de baixo custo e de f cil ado o desenvolvidos pela Embrapa Figura 3 16 Por seu turno o Dia de Campo na TV disponibiliza resultados dos trabalhos desenvolvidos Embrapa em linguagem de f cil compreens o para um p blico diversificado como agricultores t cnicos estudantes donas de casa empres rios e interessados nas tecnologias geradas ou adaptadas pela empresa e parceiros As reportagens destacam algumas novidades sobre a agropecu ria meio ambiente manejo vegetal e animal biotecnologia agroind stria agricultura familiar e agroenergia 138 O programa de ra
459. os de P amp D com o de um pesquisador e os da governan a definida para empresa e de grupos de solucionar problemas pesquisadores complexos Sistema Embrapa de Gest o As pol ticas da Embrapa dificultam parcerias do tipo ganha ganha Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas Aspectos jur dicos De pronto poss vel afirmar a import ncia dos aspectos jur dicos para o processo de transfer ncia de tecnologia da Embrapa embora tenham sido divergentes as opini es dos entrevistados sobre as quest es que permeiam tal processo O pr prio papel da rea jur dica da Embrapa objeto de diferen as Para alguns caberia rea jur dica fomentar a transfer ncia de tecnologia orientar a aplica o da legisla o dar conformidade e viabilizar a atua o da Embrapa de acordo com a conformidade legal Para outros ela teria um papel mais neutro de n o criar obst culos De qualquer maneira a maioria dos entrevistados parece concordar com a dificuldade da rea jur dica acompanhar a din mica da rea de P amp D a rea jur dica nunca acompanhar a rea de P amp D pois h um descompasso entre o marco legal ao qual a Embrapa se submete e precisa respeitar e a promo o da inova o Em raz o disto a Embrapa n o consegue acompanhar a din mica da inova o pois o marco legal 226 sempre tem determinadas condi es restritivas e a inova o por sua vez ousa p
460. os de entrega 96 Quadro 3 3 Instrumentos protetivos para prote o de tecnologias produtos e processos 98 Quadro 3 4 Pedidos patent rios da Embrapa de acordo com a Classifica o Internacional de Patentes CIP no per odo de 1990 a 2007 em n meros absolutos 100 Quadro 3 5 Obras protegidas pelo direito autoralista 100 Quadro 3 6 Instrumentos protetivos utilizados para produ o t cnico cient fica e obras para produ o da imagem institucional 101 Quadro 3 7 N mero acumulado de cultivares protegidas no SNPC no Brasil de 1998 2012 cultivos de maior import ncia econ mica selecionados 102 Quadro 3 8 Evolu o da estrutura institucional de transfer ncia de tecnologia na Embrapa 105 Quadro 3 9 Unidades centrais e descentralizadas da Embrapa com atribui es relacionadas direta ou indiretamente transfer ncia de tecnologia e respectivos regimentos internos 106 Quadro 3 10 Dimens o Planejamento de PD amp finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica 108 Quadro 3 11 Dimens o Desenvolvimento de PD amp I finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica 111 Quadro 3 12 Dimens o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Embrapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica 111 Quadro 3 13 Dimens es Planejamento de PD amp l
461. os de safra dificuldade em formular sistemas de produ o eficientes e em raz o disto necessitarem que os servi os de pesquisa e de extens o rural entreguem esses sistemas prontos para as suas realidades ii em rela o aos grandes produtores o f cil acesso s tecnologias modernas e por terem capacidade de desenharem seus sistemas de produ o A cria o da Anater uma tentativa de reestruturar o sistema p blico de extens o rural e assist ncia t cnica Como afirmou Peixoto 2014 o surgimento da Anater resultante da constata o da insufici ncia de servi os de extens o rural para grande parcela dos agricultores al m da lentid o do Estado para promover a universaliza o do acesso a tais servi os aos produtores rurais de pequeno e m dio porte Embora a cria o da Anater possa apontar para uma poss vel melhoria nos servi os de extens o e assist ncia t cnica ela foi vista com certa cautela por parte dos entrevistados A ressalva refere se concep o da ag ncia n o prever uma proposta para sanar problemas hist ricos de falta de integra o entre a pesquisa e a extens o rural Esta lacuna n o ser suprida segundo a opini o de especialistas somente com a previs o de um dos diretores da Embrapa atuar concomitantemente na dire o da Anater Pelo contr rio essa possibilidade tem sido vista com preocupa o pois pode desviar o foco e a miss o da Embrapa que a pesquisa agr cola que pass
462. ot tipos Disponibi M todo de transfer ncia liza o Log stica de acesso Prote o intelectual V Y v v Valida o da tecnologia Y V v m Ado o Avalia o do uso da tecnologia para os produtos gerados na ICT TT v Avalia o do estado da arte baseado no ponto de vista do cliente para os produtos o E o DD 6 n o gerados na ICT maz m Resultados v Avalia o das consequ ncias do uso impactos sociais econ micos ambientais e desenvolvimento local para os produtos gerados na ICT Figura 3 11 Processos do deslocamento da tecnologia Fonte Rocha Machado e Oliveira Filho 2012 p 11 Os autores esclarecem que no primeiro tipo as tecnologias s o direcionadas para o processo de ado o enquanto no segundo para o de apropria o do conhecimento A diferen a entre os tipos de tecnologia interfere em tr s pontos a trajet ria da transfer ncia os agentes respons veis pelo deslocamento da tecnologia e o seu p blico 121 alvo S o dois caminhos percorridos pelas tecnologias geradas por uma ICT agr cola conforme demonstra a Figura 3 12 Consumidor Intermedi rio Sementeiro ind strias de Tecnologias si qui i tos de base f sica m quinas equipamentos Embrapa gera fertilizantes e aliment cias tecnologias Tecnologias Comercializa o de base instrucional Consumidor Final Extens o rural revenda de produtos agr colas
463. ou esp cies invasoras ex ticas de uma regi o para outra Forte nfase em inova o tecnol gica fator cr tico para o atendimento diversidade de demandas de pa ses importadores como o Brasil e alinhamento aos r gidos padr es de conformidade que se consolidam em mbito internacional Fonte Embrapa 2014a adaptado As for as motrizes relacionadas no Quadro 2 9 d o sinais para o direcionamento de pol ticas p blicas e para a es de agentes p blicos e privados Elas indicam rumos para se estabelecer prioridades e estrat gias nas a es de P amp D transfer ncia de tecnologia e inova o agr cola O elenco de tais for as motrizes tamb m foi utilizado para subsidiar a elabora o dos roteiros de entrevista com especialistas em inova o agr cola transfer ncia de tecnologia e em agroinform tica conforme Ap ndices Il a IV Todos os trabalhos citados aqui confirmam a relev ncia de se avan ar nos estudos sobre o tema e apresentam fatores condicionantes que ora obstam e ora facilitam a transfer ncia tecnol gica resumidos no Quadro 2 10 Quadro 2 10 Elementos essenciais e fatores condicionantes para a transfer ncia de tecnologia Elementos e condicionantes Trabalhos ordem cronol gica Fases da transfer ncia de tecnologia internacional transfer ncia Hayami e Ruttan de material de planejamento e de capacidade 1988 Movimenta o de tecnologia de uma organiza o para outra Solo e
464. ou externo que interfere nos diferentes perfis de agricultores No que tange s caracter sticas da tecnologia os limitantes s o i o problema a montante de gest o da informa o o qual implica que necess rio haver um esfor o para saber as dificuldades do produtor rural para que as solu es em TI alcancem seus objetivos ii a solu o em TI agr cola partir de pressupostos que n o existem como o caso de achar que o produtor tenha informa es para alimentar o software iii o alto o custo do investimento necess rio para aquisi o da tecnologia como o caso de instrumentos usados na agricultura de precis o iv o desalinhamento entre as caracter sticas t cnicas e especifica es da tecnologia e as prefer ncias da explora o agr cola o que frustra a ado o tecnol gica Dentre os fatores sist micos destacam se i a baixa cobertura de internet no campo ii m ltiplos agentes de uma cadeia produtiva agr cola que influenciam a tomada de decis o sobre a ado o ou n o de uma tecnologia iii a dificuldade de acesso ao canal de distribui o da tecnologia leva a sua n o ado o pelo p blico destinat rio Fatores semelhantes tamb m foram observados por Zambalde et al 2011 Para estes autores os limitantes de uso da TI est o vinculados i s aplica es de TI que n o atendem s caracter sticas da produ o agr cola e ou do produtor rural ii ao uso concentrado de TI em grandes e m dias organiz
465. pedidos de patente no per odo em quest o A Embrapa figura como l der com 24 81 dos dep sitos efetuados pelas institui es de pesquisa acompanhada pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunica es CPqD em 2 lugar e em 3 pelo Instituto de Pesquisas Tecnol gicas do Estado de S o Paulo Apesar da lideran a da Embrapa merece nota o fato de que pouco expressiva a quantidade de dep sitos de pedidos de patente das institui es de pesquisa n o acad micas no per odo estudado em rela o ao total geral de dep sitos efetuados no Instituto Os dep sitos destas Institui es de Ci ncia e Tecnologia ICTs representam cerca de 0 62 dos dep sitos de residentes e apenas 0 21 do total geral dos dep sitos realizados nos anos analisados INPI 2011 Outro resultado diz respeito classifica o do objeto do pedido patent rio de acordo com a Classifica o Internacional de Patentes CIP o que pode ajudar a listar as atividades tecnol gicas desenvolvidas pela Embrapa no per odo examinado Com base na CIP as concentra es tecnol gicas ajudam a visualizar os setores que a Embrapa est pesquisando Quadro 3 4 99 Quadro 3 4 Pedidos patent rios da Embrapa de acordo com a Classifica o Internacional de Patentes CIP no per odo de 1990 a 2007 em n meros absolutos Classe Descri o 0441 Microorganismos ou enzimas 54 eUT Investiga o e an lise de materiais 35 por suas propriedades f
466. precisar de carro di ria o carro pode atolar no brejo vai demorar 199 uma semana para o extensionista chegar ao produtor rural Como vai operar com estas regras vigentes no setor p blico carregadas de burocracia para autorizar uma viagem liberar uma di ria E os recursos para operar estar o dispon veis ou em janeiro e fevereiro tradicionais meses de contingenciamento do or amento os carros estar o parados por falta de verbas enquanto os agricultores enxergam a ro a desandar sem contar com a assist ncia prometida Do conjunto das entrevistas poss vel concluir que o atual contexto da agricultura exige a concep o de um novo sistema de assist ncia t cnica e extens o rural que se baseie e utilize as facilidades de comunica o proporcionadas pela tecnologia da informa o TI A revolu o tecnol gica possibilitada pelo uso da TI modificou a maneira de fazer pesquisa e extens o Atualmente a pesquisa agr cola passa por uma mudan a de paradigma e quem viabilizou isso foi principalmente a tecnologia da informa o e comunica o e n o d pra repetir a forma do passado de se fazer assist ncia t cnica e extens o Nesse sentido foi exemplificado que o modelo de extens o usado na ndia para atender o pequeno produtor de uso de celular barato ou gratuito O agricultor previamente orientado pela extens o faz a foto da folha da planta coleta umas 20 imagens em locais diferentes na produ
467. presa que s o conhecimento informa o e tamb m produtos E mostrar que h muitos conhecimentos gerados pela Embrapa que s o a base para importantes pol ticas p blicas na rea agr cola o que n o est sendo comunicado eficazmente a sociedade Os exemplos neste sentido s o i o zoneamento de risco clim tico que foi conhecimento que se cristalizou como pol tica p blica e ii o Programa Agricultura de Baixo Carbono que um entrevistado classificou como sendo a ci ncia traduzida em pol tica p blica S o resultados de pesquisa de longa gera o que produziram impactos relevantes para a sociedade ainda n o inteiramente contabilizados o zoneamento de risco clim tico representou um avan o tremendo para a agricultura brasileira certamente de imenso impacto e pouco reconhecido na sociedade porque n o algo que se coloca no balc o e distribui ou vende Ele moralizou e viabilizou o sistema de cr dito e seguro rural A comunica o tem um papel importante para eliminar o passivo de 233 entendimento na sociedade sobre a produ o da Embrapa inclusive junto aos formadores de opini o E tamb m para disseminar qual a produ o mais nobre da Embrapa a informa o e o conhecimento Estes dois ativos podem estar muitas vezes cristalizados na forma de cultivar nos processos e nas m quinas mas o mais nobre e mais importante informa o e o conhecimento que fluem nas mais variadas formas
468. produ o animal 34 referiam se ao gerenciamento de rebanho bovino representando 44 do total Machado 2008 avan ou no estudo sobre o uso e a difus o da TI na pecu ria de corte descrevendo os recursos procedimentos e a es necess rias para o funcionamento da mesma segmentando os empreendimentos rurais a partir do n vel tecnol gico Dentre as conclus es foi destacado como benef cios o avan o na pr tica gerencial a partir da ado o da TI e de modo geral os processos foram aprimorados e facilitados com reflexos em v rias reas da unidade produtiva tais como recursos humanos e imagem do empreendimento no mercado Machado 2008 ainda apontou as principais vari veis determinantes da ado o de tecnologia s o tamanho da propriedade rea destinada a atividade mercado idade sexo g nero renda anual grau de instru o atividade acesso informa o comportamento de ado o no passado experi ncia comportamento de risco financeiro infraestrutura e regulamenta o governamental Alguns destes fatores e outros novos s o indicados por Zambalde et al 2011 como determinantes para ado o e uso da tecnologia da informa o no agroneg cio tamanho da propriedade rea de produ o din mica do mercado retorno financeiro ou renda idade sexo e grau de instru o experi ncia anterior com tecnologia infraestrutura local e regional de transporte e telecomunica es e apoio ou influ ncia governam
469. produtor rural por novas tecnologias CHAVES 2010 A aten o atribu da din mica de dissemina o e difus o de conhecimentos e informa es foi uma das contribui es do SIAC Este sistema passou a enfatizar os fluxos de informa es entre os v rios agentes que o integravam como pesquisadores extensionistas educadores e produtores rurais Essa din mica preencheu a lacuna que dificultava a troca de informa es entre os geradores de tecnologias e os usu rios finais SPIELMAN 2005 No entanto tal abordagem apresentou algumas limita es Uma delas refere se ao fato de que mesmo sendo menos linear do que a perspectiva de sistema nacional de pesquisa agr cola tal enfoque era restrito para conduzir an lises para al m do papel das institui es p blicas de pesquisa ensino e de extens o rural Outra limita o que n o considerava os fatores que influenciam a capacidade de inova o como a heterogeneidade dos agentes e os pap is do mercado e das pol ticas MENDES 2009 Considerando as limita es das abordagens do SNPA e do SIAC o foco de an lise sobre sistema de pesquisa agr cola se ampliou e evoluiu incluindo a dimens o da inova o Surgiu a abordagem de Sistema de Inova o na Agricultura SIA Sua proposta era abranger todos os fatores e agentes p blicos e privados envolvidos com a demanda gera o difus o transfer ncia e uso de conhecimentos e tecnologias gerados com PD amp l Neste enfoque
470. publica es em detrimento da gera o de tecnologias Renova o dos pesquisadores com perfil mais acad mico sem um processo de transi o entre a gera o pioneira e a nova E Os NIA hunters promovem uma avalia o de desempeno enviesada 264 Quadro 5 15 Fatores comuns condicionantes end genos Embrapa para transfer ncia de tecnologias continua o Pesquisa Desenvolvimento e Inova o Os portf lios e arranjos trouxeram mais complexidade e burocracia para a gest o da PD amp l E Fragilidade no D desenvolvimento do PD amp l na perspectiva do pesquisador a tecnologia est conclu da mas para TT falta sua finaliza o para chegar ao mercado Valoriza se pouco a etapa de finaliza o da tecnologia na perspectiva de sua inser o no mercado Aus ncia de inst ncia na Embrapa de verifica o efetiva de que tal produto foi desenvolvido e se foi colocado no mercado Prevalece o modelo mental de que o trabalho da pesquisa termina no paper Transfer ncia de tecnologia a Falta de clareza do conceito de transfer ncia de tecnologia na Embrapa com diferentes vis es abrang ncias e interpreta es n o convergentes Fragmenta o sobreposi o lacunas e confus o de pap is entre as unidades da estrutura organizacional que atuam com transfer ncia de tecnologia M ltiplas unidades que atuam com TT refor am uma vis o linear do processo ao inv s de ter vis o mais
471. quando apropriado aos escrit rios estrangeiros de PI Marketing S o identificadas empresas candidatas para levar a tecnologia ao mercado considerando as suas experi ncias recursos e redes de contatos A estrat gia pode envolver parceria com uma empresa j existente ou a forma o de uma start up Cria o de start up ou parceria com empresa existente se a estrat gia mais adequada para comercializa o da tecnologia for a cria o de uma empresa start up O Escrit rio de Licenciamento de Tecnologia orienta os empreendedores nas atividades de cria o planejamento e financiamento Caso a estrat gia seja comercializar via uma empresa existente o escrit rio seleciona potenciais licenciados e identifica objetivos e interesses comuns entre as partes e estabelece o plano para comercializar a tecnologia Licenciamento Preservando os direitos de propriedade do MIT firmado um acordo de licen a entre este Instituto e terceiro para fins financeiros e outros O acordo pode ser celebrado tanto com uma nova empresa start up como uma empresa j estabelecida s vezes utilizado outro acordo que permite por um tempo limitado que um terceiro avalie a tecnologia e seu potencial de mercado antes do licenciamento Comercializa o A empresa licenciada continuar os avan os da tecnologia mediante novos investimentos empresariais para desenvolvimento do produto ou servi o Esta etapa implica em mais desenvolvimento aprova es regulat ri
472. r m muito diferente e reflete a indig ncia digital dos produtores rurais no que tange ao acesso a computador e internet como retrata a se o seguinte 4 3 Acesso a computador e internet na agricultura brasileira Esta se o apresenta o retrato do acesso a instrumentos que lembram o uso de TI computador e internet com base no Censo Agropecu rio de 2006 O Censo Agropecu rio de 2006 inovou sua pesquisa ao incluir no rol de eletrodom sticos utilizados nos estabelecimentos agropecu rios o uso de computador e de internet No Brasil algumas pesquisas em reas de menor abrang ncia geogr fica tamb m buscaram levantar estes dados como o caso do Levantamento Censit rio de Unidades de Produ o Agropecu ria LUPA e da TIC Domic lios e do Comit Gestor da internet CGI Note se que a posse do computador n o pode ser interpretada de maneira autom tica como proxy da TI uma vez que o mesmo tende a ser utilizado para muitas outras fun es no mbito da fam lia Mas ainda que aceit ssemos os computadores como boa proxy da TI o Censo confirma a indig ncia mencionada anteriormente do total de estabelecimentos agropecu rios pesquisados apenas 4 54 t m computador e 1 87 t m acesso internet no Brasil conforme mostra a Tabela 4 4 Ou seja mesmo muito baixo o ndice de acesso a estes instrumentos que remetem ao uso de tecnologias da informa o Trata se do Censo das Unidades de Produ o Agropecu
473. r ncia de tecnologias Condicionantes end genos Embrapa Vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico na Embrapa Car ncia na Embrapa de inova es institucionais e os processos atuais a deixam profundamente presa e burocr tica Processo de produ o Embrapa Predomina o modelo linear Distanciamento entre as equipes de pesquisa e transfer ncia de tecnologia E A reade TT n o participa do levantamento de demandas e vista como a que n o preparou estrat gia adequada para colocar no mercado a tecnologia N o se consegue validar a vis o sist mica de complementariedade de compet ncias As pol ticas da Embrapa n o possibilitam parcerias de ganha ganha como o caso da defini o da propriedade intelectual mais dominante para a empresa A Embrapa foi concebida e se cristalizou numa l gica muito verticalizada Aspectos jur dicos Morosidade jur dica a Embrapa tem um timing diferente da iniciativa privada E A Embrapa tem dificuldade em parceria que envolve co titularidade de PI Comunica o institucional e mercadol gica A es de comunica o e de transfer ncia de tecnologia dissociadas refletidas na m xima que diz eu pesquiso voc transfere e ele comunica E A Embrapa atualmente faz mais comunica o social focalizando a imagem institucional e n o a comunica o mercadol gica Gest o de pessoas E Alguns pesquisadores direcionam esfor os para
474. r sistemicamente cadeia produtiva Tecnologia da informa o mudou a maneira de se fazer pesquisa e extens o e por conta disto a pesquisa agr cola passa por uma mudan a de paradigma E positiva a tentativa de reestrutura o da assist ncia t cnica e extens o rural por meio da cria o da Anater Organiza es e outros atores da agricultura consumidores atacado varejo produtor rural fornecedores 5 Uso de tecnologia da informa o no campo envolve mais os filhos do produtor rural no entanto a maioria dos estabelecimentos n o tem sucess o Realidades muito distintas no Brasil quanto infraestrutura particularmente quanto ao acesso energia el trica e internet E N vel educacional do produtor rural Car ncia na estrutura do sistema educacional no meio rural E Elevada taxa de analfabetismo no meio rural Perspectiva futura proposi es para assegurar que as tecnologias geradas pela Embrapa sejam introduzidas ao ambiente produtivo e social Desenvolver na Embrapa uma tradi o de pesquisa em transfer ncia de tecnologia Valorizar o profissional que trabalha em TT investindo em sua forma o e manuten o nessa rea de conhecimento 5 Revisar os m todos de TT Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas Os fatores condicionantes end genos comuns est o relacionados no Quadro 5 15 263 Quadro 5 15 Fatores comuns condicionantes end genos Embrapa para transfe
475. ra es atribui grande relev ncia aos mecanismos de coordena o tanto no mbito administrativo como no financeiro Uma importante mudan a na agricultura que impacta na Embrapa o aumento da participa o da iniciativa privada na pesquisa agr cola conforme apontado por um grupo de especialistas Tal mudan a foi objeto de an lise de autores como Fuck e Bonacelli 2007 que apontaram a crescente tend ncia da presen a do setor privado na biotecnologia agr cola Igualmente Salles Filho e Bin 2014 discutem a amplia o da entrada de grandes empresas transnacionais na agricultura principalmente em insumos qu micos mec nicos e biol gicos pr ticas agr colas e em tecnologias transversais Navarro e Alves 2014 do mesmo modo alertaram para o fato de que h uma tend ncia mundial da participa o de agentes privados atuando em sistemas agroindustriais e na produ o de tecnologias para os produtores rurais Tal mudan a ocasionou o deslocamento de papel da pesquisa p blica agr cola pela pesquisa privada Esse que ainda n o foi devidamente processado pelas v rias reas de Embrapa e nem mesmo pela opini o p blica gerando incompreens es que podem ser perigosas como comentaremos a seguir um reflexo das trajet rias das institui es p blicas e privadas que s o mut veis e respondem tanto aos condicionantes internos a explora o de suas compet ncias end genas nos termos de Penrose 1959 62 Dado
476. ra es finais do cap tulo e an lises luz da literatura Esta se o realiza a an lise e o cruzamento de quatro fontes de pesquisa da tese i o marco te rico sobre o tema estudado cap tulo 2 ii as pol ticas e pr ticas da Embrapa para a transfer ncia de suas tecnologias cap tulo 3 iii a literatura e estudos emp ricos sobre transfer ncia de tecnologias da informa o aplicadas agricultura cap tulo 4 e iv as entrevistas com especialistas conforme se es anteriores deste cap tulo 5 Preliminarmente cabem dois esclarecimentos O primeiro refere se simbiose existente entre os fatores condicionantes ex genos e end genos Embrapa que interferem no processo de transfer ncia de suas tecnologias Nas se es precedentes na medida do poss vel os relatos dos especialistas foram categorizados em dois conjuntos de fatores os de fora e os de dentro da Embrapa No entanto h uma clara correla o entre ambos o que tamb m fica evidente nas an lises realizadas a seguir O segundo esclarecimento quanto ao alcance das considera es aqui expostas N o se tem a pretens o de fazer an lises generalizadas para toda a Embrapa e muito 300 menos de exaurir o estudo de t o complexo tema transfer ncia de tecnologia da pesquisa p blica agr cola As aprecia es est o adstritas s fontes de levantamento de dados e informa es que se teve acesso no transcorrer da pesquisa de doutoramento com destaq
477. ra a tecnologia e a inova o ganharam import ncia para promover o crescimento da produ o agr cola como explicam Silveira 2014 e Buainain e Navarro 2013 No entanto de acordo com Salles Filho e Bin 2014 a literatura econ mica e de sociologia rural no Brasil esqueceu o debate da inova o dando maior nfase s discuss es agr rias com foco agrarista O que tamb m se refletiu na Embrapa pois segundo os especialistas entrevistados em parte a empresa se limitou a discutir como se transfere a tecnologia deixando de considerar o 301 cerne da quest o como o resultado de pesquisa se transforma em inova o em uso produtivo e social na agricultura No contexto de amplia o da import ncia da inova o para a produ o agr cola a ci ncia cada vez mais realizada por meio de redes transdisciplinares que agregam m ltiplas reas do conhecimento e compet ncias Todavia o modelo institucional da Embrapa n o se apresenta robusto o suficiente para fazer parcerias mais complexas e se integrar de forma mais org nica harm nica e efetiva a estas redes em que pese sua participa o em um grande n mero delas Considerando este pano de fundo transforma es da agricultura aumento da import ncia da inova o e a ci ncia em rede os especialistas entrevistados indicaram alguns condicionantes ex genos Embrapa que interferem na transfer ncia de suas tecnologias Dos fatores vinculados aos sistemas de pe
478. ra alcan ar o objetivo espec fico 2 qual seja Objetivo espec fico 2 Caracterizar as pr ticas e as pol ticas institucionais sobre transfer ncia de tecnologia da Embrapa que orientam os procedimentos de suas unidades de pesquisa A an lise que se faz no mbito das atividades desenvolvidas na estrutura da Embrapa A finalidade do cap tulo identificar os elementos anal ticos dos fatores condicionantes end genos da transfer ncia de tecnologias geradas pela Embrapa O cap tulo est organizado em sete se es A primeira discorre sobre os principais instrumentos institucionais que norteiam a gest o organizacional institucional e as a es de pesquisa desenvolvimento e inova o da Embrapa e de suas unidades o Plano Diretor da Embrapa PDE o Sistema Embrapa de Gest o e os Planos Diretores das Unidades A segunda se o apresenta a tipologia dos resultados dos projetos de PD amp l as solu es tecnol gicas bem como os mecanismos utilizados para a prote o dos direitos de propriedade intelectual das tecnologias geradas Ap s a gera o dos resultados alguns dos quais pass veis de prote o propriedade intelectual e outros n o a pr xima etapa a de transfer ncia destes resultados Para isso a Embrapa conta com uma estrutura organizacional tanto em suas unidades centrais como nas descentralizadas para a transfer ncia de tecnologia Este o assunto tratado na terceira se o para descrever
479. ra brasileira Os resultados indicaram que os polos agropecu rios demandantes de TI s o a Regi o da Alta Mogiana Paulista a Regi o do Norte do Paran e Sul de S o Paulo a Regi o do Sul de Minas e Sul Goiano a Regi o da fronteira agr cola Mato Grossense e a Regi o do Oeste Catarinense No que tange aos principais segmentos demandantes de TI segundo o estudo destacam se o complexo canavieiro e os setores com a presen a de grandes grupos empresarias com avan adas t cnica de produ o gest o e comercializa o e vinculados ao com rcio exterior Com base nos estudos mencionados nesta e na primeira se o pode se resumir os fatores condicionantes ex genos ado o de TI no campo conforme os listados no Quadro 4 2 164 Quadro 4 2 Fatores condicionantes ex genos ado o de TI na agricultura Dimens es Fatores Condicionantes Autores Fatores demogr ficos como idade do propriet rio Vale e Rezende escolaridade e atividades exercidas fora da 1999 propriedade Propriet rio de n vel superior de escolaridade Francisco e Pino 2002 Idade g nero grau de instru o renda anual Machado 2008 acesso informa o comportamento de ado o no passado experi ncia comportamento de risco financeiro Idade g nero grau de instru o experi ncia anterior Zambalde et al g com tecnologia retorno financeiro ou renda 2011 o Desconhecimento do agricultor de potenciais Me
480. ra o sucesso do empreendimento No que concerne s caracter sticas da produ o verifica se qual o papel que a tecnologia possui na determina o do desempenho econ mico financeiro do estabelecimento pois ela pode permitir elevar a produtividade do trabalho e criar elos a montante e a jusante Quanto caracter stica da tecnologia interessa apontar se ela possibilita ter como efeitos esperados a eleva o da produtividade e a economia de m o de obra que correspondem s principais necessidades dos agricultores familiares Quanto aos fatores sist micos analisam se as condi es dos segmentos da cadeia produtiva em que a explora o agr cola est inserida bem como as institui es e organiza es que lhe prov m suporte tecnol gico de informa es e financeiro A infraestrutura f sica energia telecomunica o armazenamento a infraestrutura de ci ncia e tecnologia institutos de pesquisa tal como a Embrapa e universidades e servi os de educa o b sica s o de fundamental import ncia no sentido de gerar externalidades positivas para a es de ado o de tecnologia Alves e Silva 2013 abordam que h uma imensa dualidade que caracteriza a transfer ncia tecnol gica na agricultura brasileira Para estes autores a dualidade manifesta na dicotomia entre um agroneg cio pujante e por milh es de propriedades rurais de pequena produ o que ficaram margem do progresso tecnol gico Como consequ ncia o me
481. ra ou inibem a transfer ncia de tecnologias geradas na empresa Quadro 5 6 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico na Embrapa Fatores condicionantes end genos Elemento Contribuem Inibem E O Estado brasileiro n o tem uma vis o clara da C amp T Avan os como indutora de desenvolvimento econ mico e K cient ficos e social Esta lacuna impacta na elabora o do Plano 5 tecnol gicos Diretor da Embrapa E promovidos Falta orienta o clara sobre a ci ncia que o Brasil z pela revolu o precisa para produzir progresso se reflete da agricultura negativamente na Embrapa tropical Falta ao Brasil capacidade de formula o orienta o e norteamento estrat gico f O Agropensa A Embrapa carece de vis o de futuro clara e procura E sistema de manter sua hegemonia intelig ncia O Agropensa est end geno e parece ser mais do E subsidia a mesmo faltando arriscar e trazer temas novos que elabora o da precisam entrar na agenda da Embrapa 5 vis o da Dificuldade para captar sinais do futuro pode colocar a Embrapa em risco a pesquisa agr cola 219 Quadro 5 6 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico na Embrapa continua o Fatores condicionantes end genos Elemento Planejamento estrat gico
482. racter s Oportunidades da nova tecnologia Nelson e Winter tica da Apropriabilidade do ganho econ mico 2005 tecnologia A tecnologia possibilita ou n o ter como efeito a Souza Filho et al eleva o da produtividade e a economia de m o 2011 de obra Est gio da evolu o tecnol gica indica riscos envolvidos Contexto institucional Rosenberg 1979 Limita o da assist ncia t cnica Alves 2001 Mudan a social e organizacional Freeman 1984 Fatores Condi es dos segmentos da cadeia produtiva Souza Filho et al sist micos Infraestrutura de ci ncia e tecnologia 2011 Servi os de educa o b sica Fonte elabora o pr pria Tais fatores condicionantes end genos e ex genos s o recuperados na pesquisa de campo parte emp rica da tese apresentada mais adiante para analisar como eles se manifestam no mbito das a es de gera o desenvolvimento e transfer ncia de tecnologia agr cola com foco na atua o de um instituto p blico de PD amp l a Embrapa 85 3 EMBRAPA GERA O E TRANSFER NCIA DE SOLU ES TECNOL GICAS O caminho percorrido at aqui discorreu sobre o marco te rico que d sustenta o tese apresentando a abordagem neo schumpeteriana de sistema de inova o e o papel da pesquisa agr cola no mbito do sistema de inova o na agricultura Tendo como pano de fundo esta fundamenta o te rica o presente cap tulo de car ter emp rico avan a pa
483. raer como caso de sucesso sempre que se menciona a inova o e a pol tica de CT amp l a tal ponto de inspirar a cria o da j citada Embrapii utilizada como vitrine em visitas de miss es internacionais ao Brasil e no cen rio internacional vista como um exemplo a ser seguido Esta constata o que pode ser confirmada com simples busca no notici rio brasileiro e nas refer ncias feitas Embrapa na literatura especializada indica que n o se trata de d ficit de visibilidade da marca Embrapa e sim de como a sociedade percebe a Embrapa As pr prias entrevistas realizadas d o subs dios para responder esta quest o a sociedade e o pr prio governo percebem a Embrapa como provedora de solu es tecnol gicas para a agricultura como uma institui o que resolve problemas do setor por meio da inova o Mais ainda nem a sociedade nem o governo e muito menos os stakeholders que levam demandas diariamente e pressionam a Embrapa pelos canais pol ticos para 64 Na pr tica a Embrapa apenas inspirou e foi utilizada como justificativa para a cria o da Embrapii cuja concep o e estrutura t m pouco ou nada a ver com a forma de atua o da Embrapa A Embrapii uma Organiza o Social crida em 2013 e opera por meio de Contrato de Gest o assinado com o Minist rio da Ci ncia Tecnologia e Inova o MCTI Mais informa es em www embrapii org br 319 que seus pedidos demandas sejam atendidos t m a rea
484. rais est o exclu dos tecnologicamente Modelo linear Vis o linear limitada e ultrapassada O modelo linear a pesquisa desenvolve a extens o transfere e o usu rio adota limitado porque pressup e a atua o da extens o como agente intermedi rio Faltam incentivos para que a a o dos intermedi rios possa ser efetiva ningu m quer ser apenas rota de passagem de uma tecnologia ou conhecimento Falta uma vis o sist mica na estrat gia de transfer ncia de tecnologia que leve em conta a intera o entre os agentes e a realidade das cadeias produtivas 202 Quadro 5 3 Fatores condicionantes ex genos institui es intermedi rias assist ncia t cnica e extens o rural meio pol tico integradoras da cadeia de valor continua o Fatores condicionantes ex genos Elemento Inibem E A exist ncia de dois minist rios ligados ao mundo rural o MDA e o MAPA repercute nas a es de transfer ncia de tecnologia da Embrapa e cria um falso dilema entre agricultura familiar e empresarial E Direcionamentos contradit rios provenientes dos dois minist rios Debilidade de mecanismo institucional de filtro das demandas de natureza pol tica Rotatividade de ministros da agricultura e de presidentes da Embrapa Aspecto pol tico impacta negativamente a elabora o de uma pol tica de desenvolvimento agr cola para o pa s Fonte elabora o pr pria com base nas entrevista
485. rande do Sul e o uso de TI em suas atividades Constataram que a utiliza o ainda voltada s aplica es tradicionais e opera es internas para automatizar processos A ado o da internet ainda incipiente no uso voltado para as atividades fins As organiza es na sua maioria n o possuem setor de TI n o havendo preocupa o com a qualifica o de seus profissionais os problemas enfrentados est o relacionados aquisi o de tecnologia e n o ao treinamento produtividade e a preocupa o com a integra o da tecnologia estrat gia e cultura da cooperativa e que as maiores organiza es denotam mais import ncia TI em compara o s de menor porte 162 O uso das tecnologias da informa o na formula o de um conhecimento aprofundado sobre o territ rio brasileiro analisando a produ o do zoneamento agr cola de riscos clim ticos a partir de bases t cnico cient ficas modernas foi tema de trabalho de Biudes 2005 que analisou a cultura da soja O trabalho inferiu que o zoneamento agr cola de riscos clim ticos instrumentalizado com a TI trouxe seguran a razo vel a um ambiente marcado por incertezas e exposto s intemp ries clim ticas O trabalho de Machado 2008 analisou a utiliza o de TI na cadeia bovina Segundo Machado 2008 o uso de software na agropecu ria brasileira maior na produ o animal do que no cultivo vegetal e cita que em 2004 dos 77 softwares existentes na rea de
486. rapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o Descri o DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI SGI SCT Coordenar as a es de mobiliza o e articula o de atores de transforma o tecnol gica e social p blicos e privados para construir redes de inova o agropecu ria e consolidar a programa o de TT Coordenar a realiza o de estudos e m todos para operacionalizar processos de articula o programa o e organiza o da informa o e estrat gias de TT Promover a es de articula o e apoio s organiza es p blicas e privadas estaduais e municipais de pesquisa agr cola e de assist ncia t cnica e extens o rural Planejar coordenar e acompanhar programas de capacita o corporativa com foco na transfer ncia de tecnologia Legenda Finalidade A Conex o E 112 Quadro 3 12 Dimens o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Embrapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o Descri o DTT SNE SPM SE DPD SIM SRI SGI SCT 001 Identificar e adaptar metodologias de ensino aprendizagem e avalia o das a es de capacita o para constru o do conhecimento e apropria o de tecnologias Coordenar em parcerias com as UDs
487. rcado de produtos e servi os tecnol gicos no Brasil consolidou se e ampliou se viabilizando a exist ncia de op es tecnol gicas e assegurando a oferta de insumos e equipamentos que garantem o ganho da produtividade Entretanto como alertam Buainain et al 2013 a gera o e a difus o tecnol gica s o diferenciadas para distintos produtos e regi es brasileiras o que refor a a heterogeneidade entre produtores grandes e pequenos e sistemas produtivos 60 H ainda de se destacar que esta heterogeneidade pode ser de dois tipos De acordo com Cimoli 2005 ela pode ser estrutural vinculada s desigualdades est ticas como disponibilidade de gua para irriga o infraestrutura para venda da safra e acesso as tecnologias em geral E heterogeneidade produtiva caracterizada pelas profundas diferen as dos resultados econ micos dos estabelecimentos agr colas tais como a renda e o n vel de produ o Vieira Filho 2013 explica que os aspectos estruturais condicionam a heterogeneidade produtiva no entanto nem sempre o contr rio ocorre pois as disparidades produtivas n o necessariamente representam uma heterogeneidade estrutural O fato que estas duas heterogeneidades formam uma terceira a social ou socioecon mica mais profunda e talvez dif cil de corrigir porque est enraizada no pr prio produtor no desenvolvimento humano e se manifesta nos d ficits de renda capital humano cultural n vel educacional etc E
488. rch Corporation Embrapa to the development of production and agricultural productivity in Brazil is well known and undeniable In recent year doubts have been raised regarding the company current contribution to Brazilian rural producers notably to small family farmers Moreover in the wake of deep structural changes in agricultural markets the company has been under pressure to deliver positive results to the immediate benefit of Brazilian agriculture This reality has brought the need to reflect about the mission of public agricultural research institutes and particularly on the role and scope of technology transfer to ensure research results reach its potential beneficiaries The thesis deals with this issue and aimed to investigate the factors endogenous and exogenous to Embrapa which conditions either contributing to or inhibiting the transfer of its technologies for Brazilian agriculture The methodological procedures used were literature review of the neo Schumpeterian theoretical framework review of Embrapa s policy documents Agricultural Census data analysis as well interviews with fifty seven experts in agricultural innovation technology transfer and agro informatics public and private national and international organizations Some exogenous factors are endogeneized and do exert influence on Embrapa s activities the dubious role of S amp T in the country development strategy production of science increasingly based on collaborativ
489. redu o da interven o do Estado no setor rural privatiza o de tecnologias por empresas multinacionais em especial na biotecnologia e de desestrutura o do Sistema Brasileiro de Assist ncia T cnica e Extens o Rural Sibrater A Embrapa foi demandada para desempenhar o papel das organiza es estatuais de pesquisa assist ncia t cnica e extens o rural Al m de tra ar um novo perfil de solu es tecnol gicas foi necess rio entender o novo contexto por meio de a es de prospec o tecnol gica articula o de novas parcerias e promo o de transfer ncia de tecnologia 104 Terceira fase a partir de 1999 J com uma vis o de neg cio a Embrapa buscou agilizar a transfer ncia de tecnologia e evidenciar a complementaridade de pap is dos diversos agentes dentre os quais os pesquisadores produtores extensionistas ag ncias de governo associa es civis e agroind strias No entanto as a es de transfer ncia eram consideradas como parte inerente ao processo de PD amp l constituindo se apenas em uma de suas etapas Avan ando na explicita o das mudan as estruturais da organiza o Bragantini 2011 apontou a evolu o dos rg os respons veis pela difus o e transfer ncia de tecnologia na Embrapa desde sua cria o at tempo mais recente Quadro 3 8 Quadro 3 8 Evolu o da estrutura institucional de transfer ncia de tecnologia na Embrapa Per odo rg os de Difus o e de Transfer ncia Tecn
490. reira de n o 291 se usar Tl e agora passar a usar no entanto numa realidade de tecnologias mais avan adas A aus ncia de evolu o gradual de uso de TI na rea rural segundo os especialistas tamb m ocorreu devido a outro fator limitante a dificuldade de se colocar no mercado as fun es que respondiam a uma realidade concreta da explora o agr cola No entanto no atual contexto come am a aparecer solu es que s o adotadas mais rapidamente porque hoje em dia j n o estranho um agricultor ter um smartphone ou um tablet e aparecem aplica es para esses dispositivos e o agricultor n o precisa ir ao escrit rio usar o computador ele pode estar no terreno na explora o e acessar o smartphone e identificar uma doen a da planta ver quem vende o produto e acho que a pr pria evolu o da tecnologia pode resolver esse problema agora se a evolu o ocorrer mais depressa ou mais devagar n o se sabe Foi mencionado como fator que limita o uso de TI no campo a pouca cobertura de internet no pa s todo no caso de Portugal O exemplo dado nesse sentido foi que um dos especialistas desenvolveu projeto na rea da realidade aumentada que muito promissor pois permite sobrepor informa o virtual em cima de informa o real possibilitando ofertar solu es mais apelativas e mais teis ao produtor no entanto isso leva ao limitante da cobertura de internet na rea rural que deficit ria
491. res condicionantes end genos e ex genos ao instituto de PD amp lI agr cola do processo de transfer ncia tecnol gica resumidos nos Quadros 2 13 e 2 14 A an lise precisa abranger qual a inter rela o de cada um dos fatores condicionantes para a transfer ncia tecnol gica tanto os end genos que atuam no mbito da fronteira do instituto de PD amp l quanto os ex genos que se verificam al m do limite de sua atua o no entanto que interferem para o xito ou n o da efetividade da inova o agr cola 82 Quadro 2 13 Elementos anal ticos dos condicionantes end genos ao instituto de PD amp I agr cola para difus o e a transfer ncia tecnol gica Fatores condicionantes end genos Dimens es Fatores Elementos Condicionantes Autores Entendimento do papel da ICT agr cola no Salles Filho et al 2012 Planeja Sistema de Inova o Agr cola mento de Conhecimento do sistema produtivo objeto Castro e Tourinho 2002 PD amp l da tecnologia O sistema de gest o da PD amp l Salles Filho et al 2012 Modelo de desenvolvimento da PD amp I Souza 1995 Interc mbio de conhecimentos t cnicos entre Assafim 2010 dois ou mais agentes Complementaridade entre diferentes t cnicas Rosenberg 1979 dentro de atividades de produ o Desenvolvi Aperfei oamento paralelo da antiga e da mento da nova tecnologia PD amp l Aperfei oamento dos inventos tecnologi
492. resses de um pesquisador A organiza o n o pode se afastar da responsabilidade de dizer com clareza para sua for a de trabalho e para o seu processo de produ o o que fundamental fazer do contr rio a agricultura vai perder competitividade e n s da Embrapa vamos enfrentar grandes problemas Com o Agropensa a empresa busca fortalecer a capacidade de construir vis o de comunicar e trazer as pessoas para constru o desta vis o Espera se que com ele seja poss vel dizer as unidades da Embrapa para suas equipes e seus operadores o que se espera deles e isso pode mover a empresa para muito al m das estruturas como sendo mais importantes do que a agenda da empresa Al m disso h expectativas de que o Agropensa tamb m apresente impactos ao processo de produ o da Embrapa na medida em que o processo de produ o Embrapa muito mais do que P amp D por P amp D transfer ncia por transfer ncia e administra o por administra o Na verdade esses s o meios para a empresa realizar sua vis o subsidiada a partir de estudos do Agropensa e 223 operar o seu papel operar o seu processo de produ o e o seu pipeline de maneira mais planejada A empresa carece de refer ncias da vis o de futuro e dos comandos que a fa am sair um pouco dos compartimentos e fazer com que os compartimentos se insiram nesta l gica do processo de produ o e do pipeline da Embrapa No entanto apesar dos esfor os acima relatados
493. retores das Unidades PDU e tamb m norteia as a es de PD amp lI da empresa por meio do Sistema Embrapa de Gest o SEG A Figura 3 6 representa a hierarquia dos mencionados documentos Plano Diretor da Unidade Sistema Embrapa de Gest o Plano Diretor da Embrapa Planos Governamentais Plano Plurianual do Governo Federal Plano Estrat gico Plano Nacional de Agroenergia Figura 3 6 Planos governamentais e institucionais que norteiam as a es iniciativas e projetos de PD amp II da Embrapa Fonte elabora o pr pria com base em Embrapa 2008 Para subsidiar a elabora o do planejamento estrat gico da Embrapa subsidiar a estrat gia de PD amp I da empresa e de seus parceiros institucionais bem como para captar 92 sinais que cristalizam potenciais oportunidades desafios e riscos para a agricultura brasileira foi criado o Sistema de Intelig ncia Estrat gica Agropensa O Agropensa organizou estudos prospectivos por uma perspectiva de cadeia produtiva conforme Figura 3 7 Automa o Seguran a Novas ci ncias agricultura de DE paaano a biotecnologia precis o e tecnologia nanotecnologia da informa o e na cadeia geotecnologia comunica o produtiva Recursos Seguran a dos naturais e Sistemas de alimentos mudan as produ o nutri o e clim ticas sa de Tecnologia agroindustrial da biomassa e qu mica verde Mercados pol ticas e desenvolvimento rural Figura 3
494. rg Economia da Inova o Tecnol gica S o Paulo Hucitec 2006 SCHUMPETER J A Capitalismo Socialismo e Democracia Rio de Janeiro Zahar 1984 Original 1942 SHERWOOD R M Propriedade Intelectual e Desenvolvimento Econ mico S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 1992 SILVEIRA J M da Agricultura brasileira o papel da inova o tecnol gica In BUAINAIN A M ALVES E SILVEIRA J M da NAVARRO Z ed t cnicos O mundo rural no Brasil do s culo 21 a forma o de um novo padr o agr rio e agr cola Bras lia DF Embrapa 2014 SILVEIRA J M F J Biotecnologia e recursos gen ticos desafios e oportunidades para o Brasil Organizado por Jos Maria Ferreira Jardim da Silveira e Maria Ester Dal Poz Ana Lucia Assad Campinas Instituto de Economia FINEP 2004 REESCREVER ESTA REFERENCIA SINISTERRA R D Os NITs Instrumento de Aproxima o e Coopera o entre a Academia e a Empresa Contexto na Inova o Aberta Congresso da ABIPTI 2014 Associa o Brasileira das Institui es de Pesquisa Dispon vel em lt http www abipti org br congresso2014 download Open Innovation Ruben Sinisterra pd f gt Acesso em 29 out 2014 SOLO R A ROGERS E M Indicing technological change for economic growth and development East Lansing MI Michigan State University Press 1972 SOUZA FILHO H M de BONFIM R M Oportunidades e desafios para a inser o de pequenos produtores em mercados
495. rgalo educacional que muito importante neste processo de TT Al m da condi o socioecon mica e do n vel educacional do produtor rural tamb m interfere na transfer ncia de tecnologia o desinteresse por certas tecnologias que aparentemente diminuem a lucratividade do produtor tas como a pr tica de aduba o verde ou o uso de plantas de cobertura e mesmo a rota o de culturas nesses casos o produtor n o consegue avaliar o ganho do sistema no longo prazo apenas o lucro moment neo no uso das lavouras de mercado Mesmo que a sucess o de culturas e a monocultura signifigquem um empobrecimento do solo e o fortalecimento de pragas e doen as no m dio e longo prazo com consequente preju zo a posterior Na mesma dire o opinou se que a capacidade de absor o da tecnologia pelo produtor rural uma consequ ncia do conjunto de fatores como o grau de instru o a complexidade da tecnologia e a experi ncia anterior em adotar tecnologias Como afirmou o entrevistado a experi ncia item importante e ela condicionar menor ou maior resist ncia ou avers o ao risco No entanto a dificuldade que o produtor tem de decidir em adotar a tecnologia se d pela incapacidade de fazer o c lculo do risco financeiro para a ado o O fato de ter alta produtividade n o significa lucro porque depende do pre o do produto no mercado H sazonalidade de pre o Isso condiciona o acesso informa o que e produtor tem
496. ria com base nas entrevistas com especialistas 236 Gest o de pessoas Como apresentado nas dimens es anteriores a articula o entre as pessoas e as equipes que atuam no que se denominou chamar de processo de produ o Embrapa que envolve P amp D TT e administra o constitui se fator condicionante essencial da TT A gest o das pessoas que atuam neste processo seus perfis e motiva es frente aos desafios organizacionais da empresa foram objeto de considera o dos especialistas A gest o de pessoas relevante porque interfere positiva ou negativamente na qualifica o da equipe de transfer ncia de tecnologia No sentido negativo apontou se uma tend ncia que havia em algumas unidades de alocar empregado com baixo desempenho que n o dava certo em outros setores para trabalhar na antiga rea de difus o o que refletiu em pessoas pouco qualificadas para atuar nesta atividade Esta tend ncia tamb m foi confirmada por v rios especialistas entrevistados tanto pelos que trabalham na Embrapa sede como nas unidades descentralizadas Um mencionou que houve muita deforma o a unidade pegava o mau pesquisador e o colocava na difus o no passado isso era realidade em alguns centros da Embrapa Um fator preocupante quanto ao quadro de empregados da empresa refere se aposentadoria que ocorreu nos ltimos anos e a renova o de quase 2 3 dos pesquisadores Esta renova o n o foi acompanhad
497. rma o para agricultura Segundo um estudo da European Federation of Information Technology in Agriculture Food and Environment Efita elaborado por Gelb 2012 no per odo de 1999 a 2011 alguns dos tipos de tecnologias da informa o TI utilizadas na agricultura por pa ses europeus foram sistemas de apoio decis o sistema de informa o gerencial agricultura de precis o controle de processos modelos de produ o e com rcio eletr nico Considerando estes tipos de TI quais s o as tecnologias mais difundidas em seu pa s na agricultura E por onde elas se inserem ou seja por quais elos da cadeia produtiva elas adentram Como a infraestrutura em Portugal para acesso de tecnologias da informa o no campo Qual a realidade de uso de tecnologias da informa o no campo em Portugal Quais os fatores condicionantes que afetam o uso ou n o de tecnologias da informa o no campo Em sua opini o quais fatores condicionantes limitam a utiliza o de tecnologias da informa o por parte dos agricultores brasileiros Quais s o as consequ ncias para os agricultores n o utilizarem tecnologias da informa o Como minimizar as desigualdades no acesso s tecnologias da informa o para os agricultores objetivando melhorar seus meios de subsist ncia rural 381 Como quebrar as barreiras para o acesso de TI para as pessoas definidas pela Rogers 1995 como retardat rios DIMENS O 3 Propriedade Intelectual
498. ro subvencionado e precisa gastar bastante principal com custo de pessoal para colocar o produto final no Um exemplo de agenda internacional de transfer ncia de tecnologia o do Programa de Aquisi o de Alimentos da frica PAA frica Trata se de programa apoiado pelo governo federal para refor ar a parceria do Brasil com pa ses africanos nos temas da agricultura e luta contra a fome A Embrapa atua no programa por meio de a es de transfer ncia de tecnologias adaptadas agricultura familiar e no aumento da capacidade de produ o de alimentos dos agricultores daqueles pa ses 251 z mercado Normalmente a empresa que absorve essa tecnologia uma start up ou empresa de pequeno porte e n o tem capacidade de pagamento Caso a tecnologia tenha sucesso a empresa paga royalties para a Embrapa a partir de seu faturamento Um aspecto operacional igualmente relevante que certas tecnologias carecem de correta adapta o ao meio produtivo tendo sido desenvolvidas e testadas apenas em condi es experimentais n o observando as necessidades reais do produtor Neste aspecto percebe se uma car ncia grande de pessoas especializadas para trabalhar com transfer ncia de tecnologia Na maioria das organiza es e mesmo na Embrapa se observa que pesquisadores de reas diversas assumem o cargo e a fun o de difusor Os conhecimentos necess rios para trabalhar na rea envolvem ci ncias humanas comun
499. rocesso inovativo n o basta considerar apenas os atores que desenvolvem a es de PD amp l e de ci ncia e tecnologia C amp T A inova o seja ela tecnol gica ou n o necessita que estes atores de P amp D e C amp T e outros estejam envolvidos na produ o comercializa o propriedade intelectual distribui o e assist ncia t cnica A Figura 2 6 ilustra os diferentes espa os e atua o de agentes de pesquisa desenvolvimento e inova o na agricultura Comercializa o Pesquisa b sica Propriedade Intelectua A O Assist ncia t cnica Produ o Distribui o Figura 2 6 Os diferentes espa os atividades e atores de PD amp I Fonte Salles Filho et al 2010 Nesse sentido Gianoni 2013 explica que o conceito de inova o o novo bem processo ou servi o em uso produtivo pela sociedade Isso traz como consequ ncia que os agentes envolvidos na inova o n o s o apenas os vinculados s atividades de P amp D O modelo interativo de inova o pressup e a exist ncia de outras compet ncias n o associadas C amp T e P amp D que precisam ser consideradas para se completar o processo inovativo Tais compet ncias foram denominadas por Teece 1986 como ativos complementares que abrangem as capacidades para a explora o comercial da inova o as atividades de martketing de manufatura e de assist ncia t cnica ap s a coloca o da inova o n
500. ropria o direta das informa es e conhecimentos disponibilizados na internet o que precisa ser feito o acompanhamento do acesso e saber se as pessoas est o gostando ou n o das tecnologias e isso sim tem sido uma dificuldade para a Unidade As tecnologias destinadas aos governos tais como o Sisla e o Agritempo por volta de uns 10 s o disponibilizadas por diversos meios O Sisla foi desenvolvido para o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul Imasul Ele pode ser adaptado para qualquer estado ou regi o do Brasil Sua disponibiliza o para o governo estadual ocorre por meio de licen a de uso e de conv nio de coopera o t cnica e financeira O Agritempo ferramenta que orienta o zoneamento agr cola disponibilizado gratuitamente na Internet A Figura 5 2 apresenta as formas para transfer ncia de solu es em TI utilizadas pela unidade Demandadas Cursos de Capacita o Tecnologia he Interc mbio de conhecimento Feiras Servi o Web E Contrato de s An lise do transfer ncia Eventos Sociedade Potencial de Tecnologia Mercadol gico Software Livre Com Editai exclusividade itais Licenciamentos P blicos eei Sem exclusividade Figura 5 2 Formas de transfer ncia de tecnologias usadas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria Fonte Camargo Neto 2014 2 Al m destas tecnologias destinadas a governos tamb m integra o portf lio da Embrapa Inform tica Agropecu ria
501. rote o da propriedade intelectual das inova es tecnol gicas geradas ou adaptadas pela UD Fonte elabora o pr pria com base no regimento interno da Embrapa Inform tica Agropecu ria EMBRAPA 2011a Nota se a conex o entre as finalidades da chefia de TT e as atribui es com das demais unidades com mandatos atinentes transfer ncia de tecnologia Estas inst ncias 118 administrativas e de pesquisa promovem a transfer ncia tecnol gica por meio de modos e instrumentos espec ficos abordados na se o seguinte 3 4 Instrumentos e estrat gias para transfer ncia tecnol gica Esta se o relata os esfor os da Embrapa para que os conhecimentos e tecnologias que gera alcancem o usu rio final Na Embrapa inexistem a pol tica de transfer ncia de tecnologia e o delineamento de seu processo Como mencionado anteriormente h uma vers o da pol tica em discuss o desde 2011 mas sem previs o de entrar em vigor A vigente Pol tica de Comunica o de Neg cios de 1998 encontra se bem desatualizada e n o reflete os atuais prop sitos e a configura o da estrutura de transfer ncia Cabe mencionar que um instrumento de gest o existente nesta rea o Plano Gerencial da Presid ncia sendo um de seus projetos A Embrapa e a Moderniza o da Transfer ncia Tecnol gica no Brasil Este instrumento busca a modelagem e implanta o de um novo sistema de transfer ncia tecnol gica para o campo com
502. rrelacionado com a complexidade dos processos em parte inerente pr pria 239 realidade e em muitos casos apontada como desnecess ria e produto da pr pria burocracia que cria rotinas pra complicar e dominar e n o para simplificar como deveria ss ser No caso espec fico da gest o de PD amp l na Embrapa apontou se que a implementa o dos portf lios e arranjos trouxe maior complexidade ao Sistema Embrapa de Gest o No entanto n o deveria ser assim porque as unidades de pesquisa precisam ter liberdade maior para desenvolver seus projetos de pesquisa o que implica ter tamb m maior responsabilidade sobre os resultados obtidos ki Para alguns os mecanismos de gest o de PD amp I introduzidos h mais de uma d cada aproximaram a Embrapa de uma ag ncia de fomento tendo de um lado a sede funcionando como um CNPquez o e do outro lado as unidades descentralizadas que participam dos editais e submetem suas propostas de projetos A introdu o dos portf lios e arranjos criou um novo n vel de burocracia pesada que impacta na execu o de um projeto de PD amp l e no resultado final Se um pesquisador tiver um problema que poderia ser resolvido em meses provavelmente n o conseguir resolver em menos de um ano e meio quase imposs vel colocar um projeto pequeno no Macro Programa 3 por exemplo em menos de 1 ano de trabalho um absurdo porque s vezes a resposta mais r pida do q
503. rtilhamento e fluxo de conhecimentos entre diversos agentes durante o processo de inova o abrangendo etapas iniciais de gera o da ideia at a cria o do produto como apresentado por Whitney e Leshner 2004 Dereti 2009 e Assafim 2010 Nesse sentido a abordagem neo schumpeteriana postula que a difus o tecnol gica concebida como parte integrante do processo de inova o Ou seja a inova o entendida n o como um ato isolado da institui o de pesquisa mas sim num contexto amplo do qual participa uma pluralidade de atores FURTADO 2006 A pouca clareza de um entendimento da transfer ncia de tecnologia como integrante de um contexto mais amplo do processo inovativo refletida na fragmenta o sobreposi o lacunas e confus o de pap is entre as diversas unidades da estrutura organizacional da Embrapa que atuam direta ou indiretamente com TT Isso evidencia uma falta de converg ncia de uma vis o sist mica dos diferentes atores nos processos de pesquisa e de transfer ncia As m ltiplas unidades que atuam com TT refor am uma vis o linear do processo ao inv s de ter vis o integrada como preconiza a abordagem de sistema de inova o Ao longo de sua trajet ria a Embrapa teve seu p blico alvo ampliado pela necessidade de considerar tamb m o consumidor final a agroind stria o mercado e a sociedade brasileira Isso traz como consequ ncia ir al m do resultado de pesquisa laboratorial de produtiv
504. s v Inser o brasileira nos ambientes globais de pesquisa e inova o A sofistica o tecnol gica que emerge em diferentes pa ses exige que as organiza es de pesquisa e inova o tenham uma vis o agu ada do futuro da inova o agropecu ria e construam parcerias e alian as que ultrapassam nossas fronteiras Essa estrat gia essencial para manter a efici ncia e a competitividade das cadeias agropecu rias brasileiras no futuro Y Nexo gua energia alimentos Existem interconex es indissoci veis entre a gua a energia e os alimentos O setor agropecu rio o maior usu rio dos recursos h dricos do Pa s Um grande desafio futuro ser a busca da maior efici ncia no uso da gua pela agropecu ria Por outro lado o crescimento e o desenvolvimento de modo mais amplo demandam energia Essa demanda pode atuar favoravelmente sobre um novo ciclo de desenvolvimento do setor sucroeneg tico nacional Entretanto na aus ncia de inova es relevantes e de grande impacto o setor sucroenerg tico nacional dever sofrer dificuldades frente ao crescimento de fontes energ ticas baratas como o g s de xisto nos Estados Unidos 63 Quadro 2 9 For as motrizes para o sistema agroalimentar e agroindustrial horizonte 2014 2034 continua o Y Depend ncia de insumos importados O setor agr cola ser de modo crescente pressionado para aumentar a efici ncia de uso de fertilizantes e agroqu micos no
505. s Embrapa iii a endogeneiza o de fatores ex genos que se integram teia iv o deslocamento do papel da pesquisa p blica pela iniciativa privada v a inser o do tema inova o no modelo organizacional da empresa vi a necessidade de compet ncias transfronteiras ao instituto de pesquisa e de complementariedade com agentes p blicos e privados vii o modelo mental que permeia a empresa viii parcerias p blico privadas em inova o ix tens o na empresa entre centraliza o e descentraliza o x a multiplicidade dos resultados de pesquisas a heterogeneidade de seus destinat rios e a busca por estrat gias eficazes de transfer ncia tecnol gica xi a nova fase de desenvolvimento agr rio brasileiro e as for as motrizes da agricultura xii a exig ncia de novo reposicionamento da Embrapa no sistema de ci ncia tecnologia e inova o para revigorar sua capacidade com efic cia ainda maior xiii a Embrapa enquanto indutora da inova o rumo inova o O marco conceitual evidenciou a evolu o do entendimento sobre o tema transfer ncia de tecnologia no princ pio tratado apenas como difus o Os estudos 330 seminais sobre difus o tecnol gica a exemplo dos modelos epidemiol gicos preconizavam a inova o como sendo ex gena ao sistema econ mico A teoriza o neo schumpeteriana rompeu com esse pressuposto e passou a considerar a difus o tecnol gica como sendo end gena e parte integrante
506. s que resolvem aquele problema Ainda na linha de perspectiva futura da TI agr cola foi mencionado o sistema de inova o aberta Nesse sentido h alguns exemplos paradigm ticos como a iniciativa global de dados abertos Os governos de v rios pa ses est o colocando para acesso livre os dados de base dos institutos nacionais de estat sticas dos bancos centrais da geografia Ou seja dados que s o criados com recursos dos contribuintes e qualquer pessoa ou institui o pode usar esses dados para criar novos servi os novas fun es e produtos Outro exemplo em intelig ncia coletiva de experi ncias dos Estados Unidos 6 A curva de difus o da tecnologia em S foi proposta por Rogers 1983 que categorizou os adotantes de uma inova o em cinco grupos com base no tempo que levam para sua ado o inovadores adotante inicial maioria inicial maioria tardia e retardat rio A maior parte das inova es apresenta uma curva de ado o em forma de S com poucos usu rios na fase inicial aumento de adotantes na fase de crescimento at sua estabiliza o na fase de maturidade e por ltimo a redu o de adotantes na fase de decl nio da inova o conforme apresentado no Cap tulo 4 Figura 4 2 298 com o uso de plataformas abertas Nelas s o colocados desafios que qualquer pessoa pode responder garantindo se a prote o propriedade intelectual sendo que a resposta submetida a um j ri e se for a escolhi
507. s Em algumas institui es de ensino e pesquisa esse o papel exercido por escrit rios de transfer ncia de tecnologia O Quadro 5 21 sintetiza os fatores condicionantes apresentados pelos especialistas internacionais Quadro 5 21 Fatores condicionantes que interferem no processo de transfer ncia de tecnologia agr cola opini o de especialistas internacionais Fatores Condicionantes Elemento Inibem Barreiras transfer ncia de tecnologias est o vinculadas ao grau de D a mercantiliza o da atividade agr cola produzir para o mercado interno ou E E externo e interferem nos diferentes perfis de agricultores S gt Barreiras culturais s o diferentes entre o grande e o pequeno produtor rural a S e influenciam negativamente a ado o de tecnologia S E Baixo n vel de forma o da pessoa que trabalha na agricultura influencia E 8 negativamente a sua capacidade de absorver a tecnologia m E Baixa capacidade financeira da unidade agr cola implica na baixa aquisi o de tecnologia O agricultor n o faz a gest o da informa o em tempo real n o sistematiza as informa es necess rias para alimentar os softwares que acabam n o sendo usados H um problema a montante de gest o da informa o que implica que ainda necess rio haver um esfor o para saber as dificuldades do Transfer ncia de solu es em TI produtor rural para que as solu es em TI alcancem seus objetivos 294
508. s LUNDVALL 1992 Freeman 1987 define um sistema de inova o como sendo a rede de rela es de institui es do setor p blico e privado cujas atividades e intera es modificam e difundem as novas tecnologias Para Nelson e Rosenberg 1993 o sistema de inova o formado por um conjunto de institui es cujas intera es determinam o desempenho inovador das empresas Nota se que os elementos comuns na defini o destes autores Lundvall 1992 Freeman 1987 e Rosenberg 1993 s o as institui es sendo p blicas ou privadas e a sua intera o prof cua com o objetivo central de produzir difundir e usar novos conhecimentos Em conformidade com esta abordagem a inova o vista como sendo um fen meno fundamental e inerente economia nacional e competitividade das firmas O sistema de inova o compreendido como um processo que conta com a participa o de atores e institui es cujas intera es geram importantes informa es sobre os caminhos percorridos para o desenvolvimento O nacional de sistemas nacionais de inova o refere se aos limites geogr ficos do sistema O conjunto de atores p blicos e privados que interagem 28 entre si compartilham da mesma cultura hist ria institui es pol ticas e sociais LUNDVALL 1992 As fronteiras nacionais delimitam os sistemas de inova o focando os setores de atividades e as tecnologias A abordagem dos sistemas nacionais de inova
509. s ao desenvolvimento do mercado de cultivares de soja n o geneticamente modificada com recomenda o de uso para o estado do Mato Grosso 126 Quadro 3 17 Principais parceiros institucionais da Embrapa continua o Empresa Caracter sticas da Parceria Coopera o t cnica para desenvolvimento adapta o e divulga o Agrisinos do de modelos t cnicos expertise e know how que contribuam para o Brasil desenvolvimento de uma agricultura sustent vel e competitiva de Fertilizantes escala industrial e de alto desempenho por meio da utiliza o de Biol gicos produtos e tecnologias da Agrinos do Brasil e de suas empresas coligadas Acordo de confidencialidade internacional para determinar poss veis Du Pont E I Du colabora es futuras o que poder requerer s partes divulgar uma Pont de Nemours para a outra informa es que possuem relacionadas a e Cia melhoramento gen tico de cana de a car incluindo solu es gen ticas e qu micas para a prote o da cultura e seu melhoramento Remessa de amostra de componente do patrim nio gen tico para fins de pesquisa cient fica sem potencial econ mico Embrapa que Syngenta Seeds i e EaI O dever ser utilizado nos projetos estudos de resist ncia de cultivares aos pat genos e experimentos laboratoriais Fonte Contini e Andrade 2013 p 583 Parcerias com o setor sementeiro uma das estrat gias para Embrapa potencializar suas a es d
510. s o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Embrapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o SNE SPM Descri o Apoiar e avaliar as a es de comunica o das UCs e UDs para favorecer o entendimento das demandas sociais e do mercado e aprimorar o relacionamento da Embrapa com os p blicos de interesse a sociedade Apoiar o SNT atual SPM nas a es de neg cios tecnol gicos Promover o aprimoramento metodol gico e a realiza o de estudos sobre a ado o e os impactos dos produtos tecnologias e servi os da Embrapa Coordenar e apoiar a es voltadas produ o e difus o de conhecimento e informa es estrat gicas para as cadeias produtivas Legenda Finalidade m DTT SE SIM SRI SGI SCT Conex o F 115 Quadro 3 12 Dimens o Transfer ncia Tecnol gica Ado o e Impacto dos Produtos Tecnologias e Servi os da Embrapa finalidades origin rias das unidades e as conex es atinentes transfer ncia tecnol gica continua o Descri o DTT SNE SPM SE 020 DPD SIM SRI SGI SCT Coordenar o processo de disponibiliza o de informa es cient ficas tecnol gicas e socioecon micas geradas pela Embrapa Executar em parceria com SNPA e outras inst
511. s pesquisas s vezes em detrimento da aloca o equ nime junto aos projetos da Oepas Antes dos anos 1990 o papel coordenador da Embrapa era mais intenso apesar de ter certo grau de imposi o existia uma verdadeira coordena o do SNPA No entanto a partir dos anos 1990 e da redemocratiza o do pa s a quest o da disputa pelos recursos de pesquisa colocou a Embrapa noutra posi o Ela deixou de ser coordenadora do sistema para ser uma gestora prim ria dos recursos naturais para a pesquisa agropecu ria Desde ent o a Embrapa tem sido voraz no uso de recursos de pesquisa agropecu ria e isso somado ao fato de haver certa desaten o dos governos estaduais pela gest o das organiza es estaduais de pesquisa agropecu ria vem enfraquecendo o setor Esta cr tica foi considerada por outro entrevistado como parcialmente correta porque as Oepas tiveram sua import ncia reduzida nos estados onde n o se conseguiu aprovar a carreira do pesquisador cient fico sendo correspondente a do professor universit rio causando um desprest gio Por outro lado a Embrapa tem uma marca forte e acaba abalando o parceiro e isso muito delicado preciso que a Embrapa tenha um bom modelo de comunica o e anuncie que o resultado da pesquisa de uma parceria e n o somente dela O apoio e o financiamento da pesquisa agropecu ria nos estados foram apontados como fatores relevantes para o funcionamento do sistema De um l
512. s com especialistas Organiza es e outros atores da agricultura S o relacionadas a seguir as respostas sobre os fatores condicionantes transfer ncia de tecnologias da Embrapa que dizem respeito ao terceiro grupo de agentes que integram o SNIA organiza es e outros atores da agricultura produtor rural atacado varejo fornecedores e consumidores de acordo com Arnold e Bell 2001 Como mencionado anteriormente h uma dicotomia entre agricultura familiar e agricultura empresarial que quase um falso dilema porque parte da agricultura familiar est dentro da agricultura empresarial e vice versa Tem uma rea de sombreamento entre as duas e isso reflete as condi es socioecon micas do usu rio das tecnologias agr colas seja o agricultor familiar ou empresarial a pesquisa p blica tem que dar aten o s pequenas escalas e agricultura familiar como tal mas n o pode se acorrentar a isso Foi citado um exemplo de projeto de pesquisa junto agricultura familiar No decorrer da execu o do projeto perde se o p blico alvo porque o agricultor familiar sai da classifica o como familiar pois quando d tudo certo no empreendimento dele este 203 produtor acaba se tornando um empres rio rural E a gente da pesquisa considera isso muito bom mas a vis o dicot mica das pol ticas p blicas brasileiras atrapalha porque muito politizada e s vezes se perde os recursos financeiros para traba
513. s como tamb m Leite et al 2014 esperam que esta conflu ncia produza um salto qualitativo nas transforma es da agricultura Com a aplica o da ci ncia cognitiva por exemplo ser poss vel que os computadores exibam capacidades sensoriais de tato vis o audi o e paladar e como interpretar Na agricultura por exemplo pela foto de uma fruta pode se verificar se ela estar pronta para consumo Sensores inteligentes poder o A tend ncia do BYOD incentiva os empregados a levarem seus pr prios dispositivos pessoais para uso no trabalho de forma profissional Em 2014 a Embrapa Instrumenta o Agropecu ria apresentou em feiras agr colas um ve culo a reo n o tripulado que pode ser usado por produtores na gest o da lavoura facilitando o levantamento de falhas de plantio plantas invasoras e a localiza o de doen as 283 detectar sons e vibra es em diferentes frequ ncias e poder prever quando haver queda de rvore ou se haver tempestade ou deslizamento Segundo um grupo de especialistas a tecnologia da informa o por seu car ter transversal e pervasivo integrar tudo isso para uma agricultura do futuro a TI o eixo de integra o comum em todas estas reas E a Embrapa Inform tica Agropecu ria por sua vez ter o papel de atuar como uma das unidades integradoras no contexto da converg ncia entre a nanotecnologia biotecnologia tecnologia da informa o e ci ncia cognitiva
514. s diretoria executiva em estrat gias quanto pesquisa desenvolvimento inova o transfer ncia de tecnologia comunica o e gest o institucional Plano Diretor da Unidade Alinhado ao PDE o Plano de cada unidade prescreve PDU miss o valores vis o diretrizes objetivos estrat gicos a es e iniciativas atinentes a sua rea de atua o Fonte elabora o pr pria 90 O V PDE a b ssola das a es da empresa prescrevendo sua miss o valores vis o desafios cient ficos tecnol gicos organizacionais e institucionais e benef cios previstos para o p blico alvo Figuras 3 3 a 3 5 Ser um dos l deres mundiais na gera o de conhecimento tecnologia e inova o para a produ o sustent vel de alimentos fibras e agroenergia Produ o sustent vel nos biomas conserva o Redu o dos valora o valoriza o desequil brios entre as e uso eficiente dos regi es do Pa s recursos naturais e da biodiversidade Consolida o do Amplia o cont nua Brasil como l der da competitividade da mundial na produ o agricultura com foco dealimentos fibras e na agrega o de valor agroenergia aos produtos Alimentos seguros e seguran a alimentar Inser o sodal e econ mica da agricultura familiar das comunidades tradicionais e dos pequenos e m dios empreendimentos oNYy 021 qNd AA ETRIFENTEY Figura 3 3 Posicionamento estrat gico da Embrapa vis o e ben
515. s e a novos modelos de neg cios como redes sociais o e business o ensino a dist ncia e a minera o de dados intensifica o do uso de internet e tecnologias m veis A Embrapa Inform tica Agropecu ria lan a estudo sobre o mercado de software agropecu rio com mapeamento de 162 empresas privadas desenvolvedoras e ou distribuidoras e seus 402 produtos de software Fonte elabora o pr pria com base em Zambalde et al 2011 A Embrapa por meio de suas unidades de pesquisa citadas no Quadro 4 1 faz parte da hist ria da agroinform tica no Brasil A organiza o entende que precisa atuar na vanguarda da pesquisa agr cola e considera que a TI pode se configurar como uma das vertentes de inova o da agricultura nacional No entanto apesar dos esfor os para consolidar atividades de agroinform tica no Brasil por meio de institui es criadas que procuraram fomentar a ado o de TI bem como do empenho de organiza es privadas e p blicas para aumentar a oferta de solu es em TI para agricultura h uma baixa taxa de ado o destas tecnologias no setor agr cola No Pa s em visitas ao campo pouco se v o uso destas aplica es conforme relatam estudos de Francisco e Martin 1999 Francisco e Pino 2002 Francisco Pino e Vegro 2005 Francisco e Caser 2007 Buainain 2007 Machado 2008 e Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2012 Isso remete a alguns fatores que condicion
516. s e leis que regulamentam a propriedade intelectual A Figura 2 8 apresenta os mecanismos protetivos dos direitos de propriedade intelectual 19 Para mais informa es sobre os campos protetivos da propriedade intelectual ver Mendes 2006 cap tulo 1 Os mecanismos de prote o propriedade intelectual s o particulares a cada Pa s signat rio do Acordo Trips Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Com rcio Numa vis o ampla Trips abrange mecanismos jur dicos de prote o tais como patentes marcas desenhos industriais indica es geogr ficas direitos autorais topografias circuitos integrados e informa es confidenciais O Acordo prescreve que todos os membros da Organiza o Mundial do Com rcio protejam a propriedade intelectual em conformidade com a Conven o de Paris e os acordos internacionais correlatos 71 Direito de Autor Direito Autoral Direitos Conexos Programa de Computador Patente Propriedade Industrial Desenho Industrial Indica o Geogr fica Segredo Industrial amp Repress o Concorr ncia Desleal q p Q no g U Ke ES c3 D Q 2 A Topografia de Circuito Integrado Prote o Sui Generis Conhecimento Tradicional Figura 2 8 Mecanismos protetivos de propriedade intelectual Fonte INPI E CNI 2010 Quanto apropriabilidade dos direitos de propriedade intelectual ela pode ser classifi
517. s entrevistados precisa permear toda a organiza o como uma unidade distribu da com uma rede de operadores que faz parte da constru o da trajet ria institucional e que parte do diagn stico e da formula o pois caso isso n o ocorra o Agropensa n o se consolidar na empresa e n o cumprir o papel para o qual foi criado Na ausculta das entrevistas ficou evidenciado que h opini es divergentes no tocante ao Agropensa Para alguns entrevistados o Agropensa tem um conceito muito bom com potencial timo mas por enquanto est end geno e parece ser mais do mesmo Falta arriscar e trazer temas que s o novos e que se n o entrarem na agenda da Embrapa ela n o conseguir acompanha los Para outros h algumas perguntas a serem respondidas pelo referido sistema de intelig ncia tais como o que est surgindo na agricultura atualmente quais as compet ncias a Embrapa precisa desenvolver que parcerias necessita para estar no jogo No quesito compet ncias foi opinado de que esse ainda um gargalo a Embrapa n o tem todas as compet ncias necess rias para elaborar estudos prospectivos e n o precisa fazer isso sozinha pois h f runs nacionais e internacionais que fazem tais estudos O que a empresa precisa se inserir neste contexto fazer as interpreta es e alimentar suas estrat gias Ainda sobre o Agropensa foi mencionado que por n o ter atualmente uma vis
518. s envolvidos e estudo dos fatores condicionantes da transfer ncia tecnol gica Um dos livros cl ssicos sobre o tema a obra de Hayami e Ruttan 1988 publicado orginalmente em 1971 Estes autores que estudaram a perspectiva da transfer ncia de tecnologia para a agricultura entre pa ses apresentam que h tr s fases de transfer ncia internacional de tecnologia a a transfer ncia de material b a transfer ncia de planejamento e c a transfer ncia de capacidade A primeira caracteriza se pela transfer ncia ou importa o simples de materiais novos como plantas sementes animais m quinas e t cnicas associadas a estes materiais N o ocorre a adapta o local de forma ordenada e sistem tica sendo que h um processo de tentativas e erros por parte dos agricultores para aclimatiza o de plantas e animais e adapta o local da tecnologia Na segunda fase ocorre a transfer ncia de planos f rmulas livros A finalidade adquirir novos materiais vegetais ou equipamentos para melhoramento ou para copiar planos de equipamentos ao inv s de uso direto na produ o J na terceira fase h transfer ncia de conhecimentos e capacidades cient ficas que permitem a produ o de tecnologia adaptada localidade seguindo a tecnologia prot tipo importada Passam a ser criadas localmente variedades de plantas e animais adaptadas s condi es de clima e solo Os esquemas de m quinas importadas s o modificados para satisfa
519. s na empresa explorar o uso de marcas e de direitos de propriedade intelectual e aplicar parcela dos recursos arrecadados para investimento e custeio em atividades de pesquisa V rios especialistas entrevistados foram questionados sobre a EmbrapaTec suas perspectivas de atua o e finalidades no entanto mencionaram apenas que o projeto encontra se em andamento no Poder Legislativo 258 munic pio brasileiro o que mais vi vel do que treinar por volta de uns 5 milh es de agricultores Al m disso a Embrapa poder receber royalties de cada um destes empres rios licenciados Cabe uma ressalva de que tal proposta emerge em uma entrevista livre e que neste sentido n o deve ser levada ao p da letra uma vez que se sabe que um grande n mero de munic pios brasileiros n o tem condi es nem de assegurar os servi os mais b sicos para a popula o outros n o t m agricultura e por isto nos dois casos n o se justificaria e nem se viabilizaria economicamente a atua o da empresa privada respons vel pelo licenciamento da tecnologia No caso o importante o n cleo central da ideia transferir a TT para empresas privadas previamente licenciadas e qualificadas para desempenhar as fun es mediante contrato de desempenho que poderia ser monitorado e desfeito caso a empresa n o estivesse correspondendo e alcan ando as metas previamente definidas Tamb m foi apresentada como uma proposta para a Embrapa do futuro a mudan a da r
520. s referentes a mar o de 2015 314 como ao contexto externo As mudan as gerais na economia brasileira e nos marcos institucionais a partir da d cada de 1990 redefiniu a inser o do setor privado como provedor de tecnologia para a agricultura que entrou com mais for a em reas que estavam at ent o praticamente entregues ao setor p blico A Embrapa manteve sua trajet ria de crescimento pautada pela vis o de ocupar espa os vazios criar compet ncia onde n o havia seja por meio da instala o de novos centros de pesquisa seja pela cria o de programas para responder a demandas espec ficas Estes processos de transforma o estrutural e de expans o da Embrapa coincidem no tempo com o pr prio auge da Embrapa amplamente reconhecida pelo papel chave na viabiliza o do moderno agroneg cio brasileiro e na constru o da nova agricultura tropical Em meio a este processo possivelmente tenha faltado Embrapa uma compreens o mais profunda das transforma es que estavam em curso tanto as end genas como no mercado com a presen a agressiva de empresas privadas Estas mudan as nas condi es de alguns mercados relevantes t m reflexos sobre a imagem da empresa e em particular sobre a rea de TT A import ncia da Embrapa para a moderniza o da agricultura brasileira era inquestionada e se refletia em tr s indicadores i evolu o da Produtividade Total de Fatores medidos por Gasques et al 2010 demonstra
521. s sistemas de produ o Ser necess rio produzir mais com um dado n vel de insumo ou produzir a mesma quantidade com um menor n vel de uso de insumo A tecnologia desempenhar papel cada vez mais relevante tanto para aumentar a efici ncia no uso desses insumos como para desenvolver alternativas que substituam eficientemente insumos base de recursos n o renov veis y Rupturas nos processos de fabrica o e o impacto da automa o Rupturas tecnol gicas como a fabrica o aditiva impress o 3D e a rob tica t m o potencial de mudar padr es de trabalho no futuro Essas tecnologias potencialmente melhorar o a produtividade a qualidade e o padr o dos produtos Na agropecu ria as novas tecnologias v o estimular novas vertentes de agrega o de valor e de fabrica o com grandes possibilidades de aumento de competitividade do setor agroindustrial Y Agricultura na era da big data A big data traz a possibilidade de gerar medir coletar e armazenar grandes volumes de dados que s o a mat ria prima do conhecimento Tecnologias emergentes ajudam as organiza es a extrair valor desses grandes conjuntos de dados Na agropecu ria a era big data ir impactar o melhoramento gen tico a previs o de clima a agricultura de precis o o entendimento da din mica dos mercados entre outros aspectos v Produ o de alimentos num mundo multipolar O mundo paulatinamente se torna mais multipolar As
522. scentraliza o controle e agilidade que certamente afetam todo o processo de transfer ncia de tecnologia Ao colocar grande nfase na inova o sem estar necessariamente preparada para enfrentar o conjunto de desafios da derivados a Embrapa caiu numa armadilha que ela pr pria criou dar a impress o de que tinha solu es pr ticas para tudo na agricultura E passou a ser pressionada e cobrada por isto e n o pelo conjunto de produtos processos servi os e ativos de base tecnol gica conforme o elenco diversificado de resultados de pesquisa da empresa apresentado na tese que presta para a sociedade Atrelada a essa armadilha h novas informa es e conhecimentos gerados pela empresa que 340 apesar de serem incorporados por parte dos produtores rurais nem sempre s o pass veis de prote o propriedade intelectual Em fun o disso eles n o t m sido computados como indicadores de C amp T A possibilidade de se conseguir comput los resultaria em melhores indicadores de C amp T tanto para a Embrapa como para o pa s A variedade de resultados de pesquisa da Embrapa remete multiplicidade de seus destinat rios Numa acep o ampla espera se que a sociedade brasileira seja a benefici ria final das pesquisas da institui o p blica Os m ltiplos destinat rios trazem em seu mago a diversidade de seus objetivos no acesso dos resultados da pesquisa suas diferentes capacidades de apropriarem se destes e a he
523. scitada M ltiplos pensadores colaboraram nesta etapa para a montagem da obra autores da literatura aportada no trabalho especialistas entrevistados orientador professores da banca examinadora da qualifica o e da defesa professores das disciplinas cursadas no doutorado e a autora da tese Das an lises dos cap tulos precedentes e pelas conclus es a seguir delineadas infere se que a hip tese inicial da tese foi confirmada qual seja H m ltiplos e complexos fatores condicionantes que concorrentemente ora contribuem e ora inibem a transfer ncia de tecnologias geradas pela Embrapa Os condicionantes ex genos v o em maior ou menor medida se interiorizando e impactando a empresa Eles vinculam se principalmente s transforma es do padr o de acumula o da agricultura complexidade das cadeias produtivas agr colas que interferem na decis o de inovar e de ado o assun o da iniciativa privada na pesquisa agr cola causando um deslocamento da institui o p blica heterogeneidade produtiva de infraestrutura e socioecon mica dos produtores rurais dualidade pol tica de minist rios ligados ao mundo rural da agricultura e do desenvolvimento agr rio exig ncia de compet ncias transfronteiras ao instituto de pesquisa para que os resultados de pesquisa sejam transformados em inova o Os condicionantes internos apontam para um problema de gest o organizacional sist mica e horizontal que se reflita num
524. sde a concep o do projeto de pesquisa foi apontado como exemplo que poderia inspirar boa pr tica de gest o da pesquisa Trata se de uma coopera o t cnica que culminou no dep sito conjunto de patente pela Embrapa e uma empresa privada O contrato de coopera o t cnica foi elaborado conjuntamente e ao longo do projeto surgiram ideias pra resolver problemas pr ticos e conseguiu se depositar um pedido de patente um exemplo de parceria entre a Embrapa e a ind stria desde o in cio do projeto Este modelo de gest o compartilhada desde a concep o nem sempre responde necessidade em alguns casos a lideran a deve ser da pr pria Embrapa como institui o de pesquisa e em outros das empresas privadas que entendem mais de mercado Neste sentido o entrevistado que usou o exemplo da gest o compartilhada apontou um outro exemplo de prot tipo de tecnologia que necessita de mais desenvolvimento para que seja finalizada e colocada no mercado Neste caso o desenvolvimento do produto deveria ser de lideran a da empresa privada que tem expertise para isso Outro aspecto importante refere se ao conhecimento ou desconhecimento da realidade do produtor rural pela equipe de pesquisa Sobre isso um entrevistado mencionou que essa divis o feita com mais frequ ncia em centros de pesquisa do 243 Norte do pa s porque l eles t m que trabalhar com popula o mais ribeirinha do interior e acham que o pesquisador pr
525. ser poss vel utilizar t cnicas de intelig ncia artificial modelagem e simula o para se obter conhecimento de todos os elos das cadeias produtivas e de suas vari veis biof sicas econ micas sociais e ambientais Como exemplos de aplica es nesta rea foram citadas a simula o de crescimento de plantas e de experimentos e a predi o da produ o at o armazenamento e distribui o dos produtos Mencionou se que o big data tamb m confere suporte para a denominada Internet das Coisas tecnologia que conecta a internet junto a in meros dispositivos fixos ou m veis com perspectivas de uso na agricultura Neste caso pode se aliar a conex o dos dispositivos internet com a tecnologia de identifica o por radiofrequ ncia tanto em produto animal como vegetal Essa identifica o pode ajudar no controle de estoque e distribui o de produto agr cola rastreando sua origem e contribuindo para a seguran a alimentar A outra tend ncia citada refere se s plataformas sociais que possibilitam tornar as solu es em TI colaborativas inclusive na agricultura Podem ser gerados novos modelos de produ o e de financiamento para os empreendimentos agr colas por meio 282 do uso de plataformas sociais que viabilizam relacionamentos entre os diversos agentes da cadeia produtiva e suas transa es A mobilidade outra tend ncia que tem se consolidado como um pilar fundamental de inova o para
526. ser garantida sujeito maior da e identifica o do problema de pelo uso de m todos de a o de disseminar 9 pesquisa seguindo se as fases pesquisa operacional e os resultados da 7 das pesquisas b sica e estat stico modelos pesquisa aplicada com vistas a atender a matem ticos complexos necessidade do adotante em e computadores potencial 42 Quadro 2 3 Comparativo das escolas de pesquisa agr cola e extens o continua o Difusionista Sist mica Participativa 1950 e 1960 1970 1980 Institui es de PD amp l e de Institui es de PD amp l e de Institui es de a extens o rural extens o rural e o PD amp l e de extens o E agricultor rural e o agricultor T Abordagem tecnicista Os problemas N o garantia a x e pouca incorpora o da enfrentados pelos participa o efetiva E tecnologia gerada pelos pequenos produtores dos agricultores e E agricultores permaneceram nfase exacerbada A no m todo Fonte elabora o pr pria a partir de Souza 1995 Da mesma forma que imperava o modelo ofertista no Sistema Nacional de Pesquisa Agr cola SNPA apontado no in cio desta se o na escola difusionista o modelo ofertista de tecnologia tamb m se mostrava recorrente A inova o era entregue extens o rural para difus o junto aos produtores no entanto sem nenhum dos dois terem participado do processo de gera o A institui o de pesquisa produzia pacot
527. sfor o para transversalizar e verticalizar os processos coerente com a literatura em especial como apontam os estudos de Arnold and Bell 2001 Edquist 2001 Roseboom 2004 Banco Mundial 2006 e Sbicca e Pelaez 2006 Tais trabalhos abordam a relev ncia de se superar a vis o linear do processo inovativo no mbito de institui es de pesquisa como a Embrapa transpondo a linearidade pesquisa difus o aplica o e evoluindo para uma vis o interativa A separa o entre P amp D e TT gest o da pesquisa e da transfer ncia de tecnologia outro fator condicionante cr tico resultante da fragmenta o e segmenta o da estrutura da empresa um ponto nefr lgico do modelo organizacional que traz como consequ ncia a reprodu o do modelo linear de inova o que preconiza 316 um distanciamento nas a es de gerar transferir e usar implementar os resultados da pesquisa Esta separa o demonstra que a inova o enquanto estrutura mental ainda n o est integrada totalmente aos esfor os de pesquisa da Embrapa sendo tratada como uma etapa posterior pesquisa Os fatores cr ticos indicados interferem na competitividade de institui es p blicas de pesquisa agr cola que dependem da capacidade de efetuarem a transi o de uma organiza o de P amp D para uma organiza o de PD amp I o que implica e exige superar o modelo linear de pesquisa predominante na escola difusionista de acordo com Souza 1995
528. siderando se os riscos inerentes inova o O capital tanto de custeio como de investimento geralmente requerido para a ado o de nova tecnologia Em se tratando de tecnologia de custo pequeno como sementes complementarmente haver necessidade de utilizar fertilizante agrot xico m quinas e equipamentos para que seja realizado o seu potencial inovativo encerrando a necessidade de capital para custeio e investimento No entanto em se tratando do pequeno produtor ele dificilmente disp e de recursos pr prios para financiar sua eleva o a patamar tecnol gico superior e precisar de cr dito cuja oferta permeada por restri es de recursos e de taxas de juros que por vezes o deixam margem do progresso Por ltimo o fator escolaridade refere se ao n vel de instru o necess rio para o agricultor decodificar as instru es da tecnologia No entanto a maioria dos produtores rurais n o tem esse n vel de instru o e dependem dos servi os de assist ncia t cnica ou da extens o rural Aqui aparece novamente o fator capital como fator restritivo para o agricultor pagar pela assist ncia t cnica e por outro lado h a fragilidade da extens o rural que foi desmantelada no pa s ALVES 2001 No entanto cabe uma ressalva quanto s afirma es de Alves 2001 Hoje a nova tecnologia precisa ser adotada mesmo sendo at menos rent vel em alguns casos Isso pode ocorrer tanto por raz es legais como em fun o da co
529. significativos como ensinam Marconi e Lakatos 2010 p 181 Uma condi o favor vel entrevista garantir ao entrevistado o segredo de suas confidencias e de sua identidade em raz o disso optou se por n o divulgar os nomes dos especialistas entrevistados apenas apresentar seus perfis b sicos que constam do Ap ndice l Para a entrevista estruturada foi elaborado um roteiro de perguntas estabelecido a partir da literatura das pol ticas da Embrapa de consultas pr vias com especialistas da Embrapa e de fora e das sugest es feitas pelos participantes do exame de qualifica o 17 os professores doutores i da Embrapa S lvio Crestana iii da Unicamp Ant nio M rcio Buainain Jos Maria da Silveira e Maria Beatriz Bonacelli e iii da Universidade Federal do Rio de Janeiro Ana C lia Castro Em cada grupo de perguntas os fatores foram categorizados em dimens es de an lise O 1 grupo de perguntas dos condicionantes ex genos Embrapa foi categorizado com base na literatura aportada no referencial te rico da tese em especial na proposta sobre o Sistema Nacional de Inova o na Agricultura SNIA de Arnold e Bell 2001 e no estudo de Souza Filho et al 2011 que se debru ou sobre a ado o tecnol gica no meio rural e nas considera es colhidas no exame de qualifica o No entanto a partir dos relatos notou se maior recorr ncia sobre assuntos relacionados aos tr s segmentos do SNIA sistem
530. sil Informa es Econ micas Instituto de Economia Agr cola v 36 p 7 17 2006 FUCK M P BONACELLI M B A Pesquisa P blica e a Ind stria Sementeira nos Segmentos de Sementes de Soja e Milho H brido no Brasil Revista Brasileira de Inova o Rio de Janeiro RJ 6 1 p 87 121 janeiro junho 2007 FUCK M P BONACELLI M B M Sementes geneticamente modificadas in seguran a e racionalidade na ado o de transg nicos no Brasil e na Argentina CTS Ciencia Tecnologia y Sociedad v 12 p 9 30 2009a FUCK M P BONACELLI M B M Institutions and technological learning public private linkages in agricultural research in Brazil and Argentina Journal Of Technology Management And Innovation v 4 p 33 43 2009b FURTADO A T Difus o Tecnol gica um debate superado In PELAEZ V SZMRECSANYI T Org Economia da Inova o Tecnol gica ted S o Paulo Hucitec 2006 p 168 192 GASQUES J G BASTOS E T BACCHI M R P VALDES C Produtividade Total dos Fatores e Transforma es da Agricultura Brasileira An lise dos Dados dos Censos Agropecu rios In GASQUES J G VIEIRA FILHO J E R NAVARRO Z org A Agricultura Brasileira desempenho desafios e perspectivas Bras lia IPEA 2010 298 p GELB E The EFITA ICT Adoption Questionnaire 1999 2011 Priority Indicators for the Future Samuel Neaman Institute for National Policy Research Hebrew University Center for Agricultural Eco
531. so internet 5 244 2 1 Computador 4 284 1 31 Norte Acesso internet 1 295 0 4 Computador 21 211 1 16 Nordeste Acesso internet 8 929 0 49 Fonte IBGE Censo Agropecu rio 2006 Elabora o Mendes Buainain e Fasiaben 2013 Corroboram com esta afirma o Souza Filho et al 2011 a partir da an lise de dados do Censo Agropecu rio 2006 Segundo estes autores 36 dos estabelecimentos agropecu rios nacionais usam aduba o e 16 fazem aplica o de calc rio e ou outro corretivo de pH do solo Das propriedades rurais 69 t m acesso energia el trica facilitando o uso de t cnicas mais avan adas de irriga o Quanto orienta o t cnica um dos meios de acesso informa o e novas tecnologias 22 dos estabelecimentos agropecu rios mencionaram ter recebido assist ncia t cnica ocasionalmente ou regularmente Todavia as diferen as entre as regi es brasileiras s o evidentes Por exemplo para os indicadores uso de aduba o aplica o de corretivo de pH de solo e uso de servi os de orienta o t cnica as regi es Sul 72 39 e 48 dos estabelecimentos rurais daquela regi o respectivamente e Sudeste 53 31 e 31 respectivamente apresentam o maior n mero de estabelecimentos agropecu rios com acesso a esses itens Por outro lado na regi o 170 Nordeste 20 dos estabelecimentos rurais utilizam aduba o apenas 3 usam algum corretivo de pH de solo e 8 recebem orienta o t
532. spon vel em lt http usda01 library cornell edu usda current FarmComp FarmComp 08 20 2013 pdf gt Acesso em 10 abr 2014 VARGAS M Para uma Filosofia da Tecnologia S o Paulo Alfa mega 1994 288p VASCONCELLOS R R de Barreiras e Facilitadores na Transfer ncia de Tecnologia para o Setor Espacial Estudo de Caso de Programas de Parcerias das Ag ncias Espaciais do Brasil AEB e dos EUA NASA Tese de doutorado S o Paulo Universidade de S o Paulo 2008 362 VENTURA F MILONE P Novelty as redefinition of farm boundaries In PLOEG J D van der WISKERKE J S C Ed Seeds of transition essays on novelty production niches and regimes in agriculture Assen Van Gorcumm 2004 p 57 89 VIEIRA FILHO J E R Grupos de efici ncia tecnol gica e desigualdade produtiva na agricultura brasileira IN ALVES E R de A SOUZA G da S GOMES E G org A Contribui o da Embrapa para o Desenvolvimento da Agricultura Brasileira Bras lia DF Embrapa 2013 VIEIRA FILHO J E R SILVEIRA J M J da Mudan a tecnol gica na agricultura uma revis o cr tica da literatura e o papel das economias de aprendizado Revista de Economia e Sociologia Rural Vol 50 no 4 Bras lia p 1 16 Out Dez 2012 VIEIRA FILHO J E R VIEIRA A C P A pesquisa agr cola no Brasil um panorama das inova es e o sistema de propriedade intelectual Bel m Anais 51 Congresso da Sociedade Brasileira de Economia Admini
533. squisa e ensino na agricultura destacam se os assuntos sobre a estrutura do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria SNPA o papel de coordena o da Embrapa no citado sistema e sua rela o com as Organiza es Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Oepas Quanto estrutura do SNPA os especialistas argumentaram que o sistema se perdeu ao tentar envolver todas as universidades p blicas e privadas e outras organiza es atuantes em pesquisa agropecu ria e que ele necessita ser repensado Houve tamb m certa desaten o dos governos estaduais na gest o das Oepas o que ocasionou fragilidade por parte algumas delas A Embrapa passou a figurar praticamente sozinha na rede nacional de pesquisa agr cola Por outro lado se verificou uma voracidade da Embrapa na obten o de recursos financeiros para suas pesquisas s vezes em detrimento da aloca o equ nime junto aos projetos da Oepas O conjunto destes fatores contribuiu para haver um hiato de uma d cada entre a cadeia de produ o do conhecimento da pesquisa agr cola e a cadeia de produ o agr cola O relato dos especialistas sobre a rela o da Embrapa com as Oepas encontra converg ncia nos trabalhos de Mendes Buainain e Fasiaben 2014b e Mendes 2009 sobre a heterogeneidade existente entre estes dois agentes no mbito do SNPA Estes autores sustentam que a Embrapa como coordenadora institucional tem dificuldades para coordenar o sistema apesar
534. ssa para chegar aos milhares dos pequenos produtores A transfer ncia diferenciada tendo em conta que os grandes produtores t m centenas de engenheiros dispon veis e mobiliz veis no mercado e alguns at possuem unidade de pesquisa A intera o com estes grandes produtores diferente da que ocorre com os pequenos produtores Os grandes produtores geralmente t m capacidade de dar retorno relevante ao IPP quanto s tecnologias de ponta no entanto esse o feedback do pequeno produtor ser menor T m se atividades de transfer ncia diferenciadas sendo que no topo da pir mide da transfer ncia est o como usu rios os grandes produtores que tamb m s o inovadores E na base est o os pequenos produtores que limitadamente em algumas situa es t m capacidade de subsidiar uma inova o incremental Em rela o s especificidades do processo de transfer ncia tecnol gica agr cola foi mencionado o exemplo da Universidade da Ge rgia nos Estados Unidos que possui mais de 3 000 mil pesquisadores Naquela institui o s o desenvolvidas para a agricultura plantas geneticamente modificadas cultivares software agr cola tecnologias para identifica o e controle de pat genos instrumentos agr colas prote o de alimentos descontamina o de alimentos marcas registradas de produtos e de servi os agr colas produtos de alimenta o animal e m todos de diagn stico Uma particularidade das pesquisas desta
535. ssoras r dio e TV de alcance em massa para informar motivar e divulgar as atividades e resultados de pesquisa e extens o rural Fonte Franco 2002 adaptado No que concerne s estrat gias m todos e procedimentos a serem utilizados para a transfer ncia de tecnologia Martins et al 2011 ponderam que cada produto tecnol gico tem caracter sticas intr nsecas e envolve diferentes graus de complexidade que precisam ser considerados na defini o de estrat gias para transfer ncia O processo de transfer ncia n o pode estar fundamentado em um crit rio isolado pois h v rios 79 fatores condicionantes associados efici ncia na apropria o dos novos conhecimentos a serem incorporados no processo produtivo 2 7 Considera es a partir do referencial te rico z A abordagem do Sistema de Inova o na Agricultura SIA utilizada para compatibiliza o do quadro de an lise apresentado mais adiante na tese O uso desta abordagem te rica torna se relevante para estudar os fatores condicionantes da difus o transfer ncia tecnol gica e inova o na agricultura Possibilita discutir os atores que integram o sistema inovativo bem como suas intera es e pap is na busca de maior capacidade de inovar num ambiente de cont nuas mudan as e acirrada concorr ncia capitalista O arcabou o contribui para tra ar o perfil dos especialistas entrevistados como fontes prim rias com vistas amplia o
536. ssssssessssssssscessssssseccessssssseecosssssssecesssssssseeesse 129 Figura 3 14 P gina inicial do reposit rio Infoteca e ss sssseesessssssseccosssssssecessssssseccessssssseccosssesssecesssssssseeesse 136 Figura 3 15 P gina inicial da Ag ncia Embrapa de Informa o Tecnol gica ssesesssessssescosssessesccsssssssseeesse 137 Figura 3 16 Tela inicial do programa de r dio Prosa Rural sssssssssesessssssssecessssssssccossssssseecossssssseeessssssseeeesse 139 Figura 4 1 Alguns tipos de tecnologia da informa o cccecece eee ecc ecc c cc cer cc eceeeeeeererereeeeereneeeeeneecacaca 147 Figura 4 2 Categorias deadotantes ss cssscesesacosssssaisteascachsssisaioicenca ansss Ta aiconsasson dna oceanos sat ase Ta dan sa ssa saia setaso sse saias 149 Figura 4 3 Acesso a internet uso e propriedade de computadores pela agricultura norte americana per odo pdala AETA a p Ee d E E EE deiotopidsdpn ice teto re nddcsa sto odedensa E E E sos ado c sta no cube sas A 151 Figura 4 4 Difus o da ado o da internet na agricultura dos Estados Unidos ssssssssssssescosssssssscesssssssseeesse 152 Figura 4 5 Cadeia de valor e estrutura de mercado de atividades de TI para a agricultura 153 Figura 4 6 Classifica o das aplica es de tecnologia da informa o para agricultura cceecceccceeeeeeeee 154 Figura 4 7 Tela inicial do Diagnose Virtu
537. stados este um dos campos onde o externo afeta de forma direta o interno na medida em que a defini o de uma vis o maior da ci ncia como motor de desenvolvimento para o pa s precisa anteceder e subsidiar a formula o da vis o de futuro e do planejamento estrat gico da empresa via PDE No entanto como ficou evidenciado nas entrevistas h dificuldade no pa s de se construir vis o de futuro por n o se ter essa cultura de construir e perseguir a vis o falta uma orienta o clara para dois componentes cr ticos que afetam diretamente a Embrapa a as pol ticas b e a ci ncia que o pa s precisa para produzir progresso Entende se que a ci ncia sozinha n o resolve os problemas de desenvolvimento e que preciso complement la com pol ticas p blicas que facilitem e viabilizem a transforma o do conhecimento cient fico em inova o Da emergem os questionamentos sobre quais capacidades e compet ncias o Brasil precisa para enfrentar os desafios que a vis o de futuro imp e Para ter inova o preciso ter setor produtivo ind stria agricultura e servi os que demandem e efetivem a incorpora o de tecnologias preciso ter os mecanismos de encorajamento do investimento privado e nem sempre estes mecanismos e as condi es gerais s o claras para o setor produtivo Nesse sentido o Brasil carece de produzir uma vis o para orientar as pol ticas e a ci ncia o que se reflete em baixa capacidade de form
538. stionaram se h um sistema de inova o agr cola ou apenas um sistema de pesquisa no Brasil Seguindo o roteiro metodol gico adotado busca se organizar os relatos dos entrevistados que para tanto foram categorizadas nos tr s grupos do SNIA 193 Sistemas de pesquisa e ensino Neste item est o agrupadas as respostas atinentes aos fatores condicionantes transfer ncia de tecnologias da Embrapa que dizem respeito ao primeiro grupo de agentes que integram o SNIA atores dos sistemas de pesquisa e ensino na agricultura produ o do conhecimento Como apresentado no cap tulo 2 da tese o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria SNPA est te rica e legalmente sob a coordena o Embrapa em conv nio com as Organiza es Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Oepas os Estados o Distrito Federal os Territ rios os Munic pios entidades p blicas e privadas universidades cooperativas sindicatos funda es e associa es Um dos primeiros fatores ex genos Embrapa e que tamb m interfere endogenamente na empresa para a transfer ncia de suas tecnologias refere se ao papel coordenador que ela possui junto ao SNPA que implica certas contradi es uma vez que atua ou deveria atuar como coordenadora mas ao mesmo tempo se coloca como parceria de algumas eventualmente em detrimento de outras e tamb m em muitas circunst ncias como concorrente direta das organiza es com as quais deveria cooperar e cuja p
539. stra o e Sociologia Rural Bras lia Sober 2013 VITALI S GLATTFELDER J B BATTISTON S The network of global corporate control PLoS ONE Volume 6 Issue 10 e2599 October 2011 Dispon vel em lt http Awww plosone org article fetchObject action uri info 3Adoi 2F10 1371 2Fjournal pone 0025995 amp representation PDF gt Acesso em 03 jan 2015 WHITNEY P LESHNER R The transition from research to operations in Earth observation the case of NASA and NOAA in the US Space Policy 20 p 207 215 2004 ZAMBALDE A L BORNSTEIN C T KUBRUSLY L S Impactos da Tecnologia da informa o no agroneg cio cooperativo In PROTIL R X ZAMBALDE A L org Tecnologia da Informa o no Agroneg cio Cooperativo Curitiba Champagnat Lavras Sociedade Brasileira de Informa o Aplicada Agropecu ria e Agroind stria 2008 ZAMBALDE A L SCHNEIDER H LOPES M A PAGLIS C M BANBINI M D Tecnologia da Informa o no Agroneg cio In MENDES C l C OLIVEIRA D R M S SANTOS A R org Estudo do Mercado Brasileiro de Software para o Agroneg cio Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2011 184 p ZAWISLAK P A A rela o entre conhecimento e desenvolvimento ess ncia do progresso t cnico Porto Alegre An lise v 6 no 1 125 149 1995 ZHAO L REISMAN A Toward meta research on technology transfer IEEE Transactions on Engineering Management v 39 n 1 p 13 21 Feb 1991 ZYLBE
540. strial Instituto P blico de Pesquisa Lei de Prote o de Cultivares Minist rio da Agricultura Pecu ria e Abastecimento Minist rio do Desenvolvimento Agr rio MDS MIT MU OCDE Oepas OMC PD amp I PDE PDU PI PIB Sabiia Secom SIA Sisla SNE SNPA SNPC SPM SRI TI Trips TT Unimilho UPOV USDA Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate Fome Instituto de Tecnologia de Massachusetts Patente de Modelo de Utilidade Organiza o para Coopera o Econ mica e Desenvolvimento Organiza es Estaduais de Pesquisa Agropecu ria Organiza o Mundial do Com rcio Pesquisa desenvolvimento e inova o Plano Diretor da Embrapa Plano Diretor da Unidade Patente de Inven o Produto Interno Bruto Sistema Aberto e Integrado de Informa o em Agricultura Secretaria de Comunica o Sistema de Inova o na Agricultura Sistema Interativo de Suporte ao Licenciamento Ambiental Secretaria de Neg cios Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria Sistema Nacional de Prote o de Cultivares Servi o de Produtos e Mercado nome s ntese Embrapa Produtos e Mercado Secretaria de Rela es Internacionais Tecnologia da informa o Agreement on Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights Transfer ncia de tecnologia Uni o dos Produtores de Sementes de Milho Union for the Protection of New Varieties of Plants United States Departament of Agriculture xxvi SUM RIO 1 INTRODU O 1 1 1
541. strutura dos rg os respons veis pela difus o e transfer ncia tecnol gica e das mudan as nas nomenclaturas ela quase a mesma da d cada de 1970 carecendo ser modernizada para atender aos avan os da agricultura Uma evid ncia neste sentido refere se aos principais instrumentos utilizados pela Embrapa para divulga o de seus resultados de pesquisa Eles ainda s o as Circulares T cnicas os Boletins de Pesquisa e Desenvolvimento os Comunicados T cnicos as Recomenda es Instru es T cnicas e as Comunica es de Pesquisa em Andamento instrumentos de dif cil assimila o e inser o entre os produtores rurais PENTEADO FILHO 2010 Para este autor a Embrapa buscou consolidar seus relacionamentos com diversos parceiros institucionais por meio a estrutura o de redes de relacionamento passando a atuar na centralidade da rede como intermediadora da rela o entre os agentes do agroneg cio Destacaram se no per odo as parcerias em melhoramento gen tico com agentes p blicos e privados Todavia houve pouca modifica o nas a es de transfer ncia tecnol gica de processos produtos conhecimentos e presta o de servi os em raz o da falta de instrumentos e procedimentos adequados mesmo com a atual reestrutura o organizacional da rea ocorrida em 2014 O que pode se aferir das finalidades das unidades que atuam com temas correlatos a transfer ncia tecnol gica que elas possuem um extenso e complexo elenco de
542. sua estrutura organizacional escrit rios de transfer ncia de tecnologia com a fun o de estudar a viabilidade de mercado para tecnologias geradas nestas institui es bem como dar suporte ao seu lan amento no mercado Foi indicado que nestes escrit rios a tend ncia de modelos de neg cios para a transfer ncia de tecnologias geradas por universidades ou centros de pequis americanos refere se co exist ncia entre licenciamentos geralmente onerosos e a forma o de novas empresas A cria o de novas empresas tem se acelerado ultimamente Este relato corroborado com o estudo da Associa o de Gestores de Tecnologias das Universidades AUTM divulgado pela Fapesp conforme Marques 2012 que afirma que o crescimento do n mero de inven es nas universidades e centros de pesquisas americanos acompanhado pelo avan o de licenciamento e cria o de start ups Um exemplo neste sentido que desde 1984 j foram criadas mais de 300 empresas a partir de tecnologias desenvolvidas pelo Massachusetts Institute of Technology MIT sendo que 80 delas sobreviveram Em rela o s especificidades do processo de transfer ncia de solu es em tecnologias a informa o TI para a agricultura a principal se refere ao papel da intermedia o Em Portugal durante muitos anos havia t cnicos de extens o rural que davam apoio TT no mundo rural Hoje no caso das tecnologias da informa o uma grande vantagem que
543. suas a es fazendo com que a cultivar de soja transg nica esteja dispon vel para o agricultor em diversos pontos do pa s o que seria oneroso manter uma infraestrutura pr pria A terceira diz respeito estrat gia de prote o A prote o exclusiva garante Embrapa autonomia para decidir o qu e onde produzir quanto produzir e quem dever produzir Isso garante tamb m empresa zelar pelo germoplasma que um patrim nio estrat gico da sociedade brasileira Esse germoplasma um instrumento fundamental de negocia o pois sob dom nio de uma institui o p blica permite dar suporte e fortalecer a ind stria nacional de sementes contribuindo para sua maior competitividade A quarta raz o que a parceria firmada entre Embrapa e Monsanto n o impede que a primeira mantenha programa de melhoramento da soja convencional e acordos de pesquisa com outras empresas de biotecnologia visando criar alternativas para os produtores A quinta raz o o respaldo conferido pela Lei de Prote o de Cultivares que assegura ao agricultor guardar sementes para uso pr prio em novos plantios 131 Outro exemplo de parceria p blico privada com os produtores de semente Box 3 2 Box 3 2 Parceria p blico privada Embrapa e Produtores de Semente A Embrapa disponibiliza por oferta p blica aos produtores de sementes de milho que podem ser pessoas f sicas ou jur dicas parentais de h bridos de milho e as informa es t cn
544. t gias e modos de transfer ncia Com rela o aos 70 de tecnologias dedicadas aos pares da comunidade cient fica pesquisadores de dentro da Embrapa e das demais institui es de pesquisa agr cola e tamb m as de ensino nota se que o pesquisador se apropria mais facilmente delas do que o produtor rural Neste caso n o h nenhum departamento da Embrapa intermediando o processo de identifica o da demanda da tecnologia porque o pr prio pesquisador que gera a demanda e ele mesmo que se apropria dos conhecimentos e tecnologias dela decorrentes No entanto para atender a esse p blico h um fator condicionante interno em rela o ao planejamento de PD amp l que se refere necessidade de buscar os ltimos desenvolvimentos em TI e procurar antever o futuro de forma que a unidade esteja preparada para atender demanda de seus pares em geral mais sofisticada e tamb m a atualiza o em avan os tecnol gicos 268 J para as tecnologias destinadas ao produtor rural por volta de 20 elas s o disponibilizadas gratuitamente na internet tais como a Ageitec e o Agritempo Tais tecnologias foram desenvolvidas com foco na transfer ncia imediata via interne O que a Unidade procura fazer o monitoramento de uso destas tecnologias por meio de indicadores de visitas ao site e n mero de download Segundo foi informado n o h grandes empecilhos em termos de arcabou o legal ou de normas da Embrapa para a ap
545. tados pela assist ncia t cnica ou da extens o rural funcionam como facilitadores do processo de transfer ncia e tecnol gica z Contudo Alves e Pastore 2013 ponderam que n o correto atribuir precariedade dos servi os de extens o rural os problemas de transfer ncia de tecnologia e do atraso da agricultura na maioria das propriedades rurais do pa s Os autores argumentam que h uma s rie de fatores que explica o retardamento da agricultura tradicional dentre eles i o baixo n vel de educa o entre os pequenos produtores como um empecilho para a ado o de novas tecnologias ii as pol ticas de garantia de pre os de safra serem menos acess veis aos pequenos produtores iii os grandes produtores terem acesso s tecnologias modernas via extens o rural particular e ou p blica e conseguirem desenhar sistemas de produ o iv por outro lado os pequenos produtores n o sabem formular sistemas de produ o eficientes com base em tecnologia moderna e necessitam que a pesquisa e a extens o rural entreguem esses sistemas para as suas realidades espec ficas Segundo Alves e Pastore 2013 aos quais nos alinhamos por raz es que ser o evidenciadas ao longo da tese para tornar a extens o rural uma atividade eficiente entre os pequenos produtores h de se ajustar os m todos de trabalho da pesquisa e da extens o e as pol ticas agr colas Da constata o da insufici ncia ou inexist ncia de um sistema p
546. tal social e de capital humano e o fortalecimento da atua o da iniciativa privada na pesquisa agr cola Estes fatores ex genos v o aos poucos se endogeneizando direta ou indiretamente e influenciam o processo de transfer ncia de tecnologia Da emerge a import ncia e o papel das decis es internas da Embrapa de como ela ir analisar e tratar tais condicionantes ex genos isto quando eles s o percebidos pela empresa e captados por meio de canais diversos de antenagem com o ambiente externo e o quanto eles impactam internamente Portanto com a ressalva dos fatores estruturais aos quais a Embrapa tem nenhuma ou pouca inger ncia os demais fatores evocam da empresa um processo decis rio Um exemplo emblem tico nesse sentido refere se ao aumento da atua o da iniciativa privada na pesquisa agr cola que influencia diretamente a institui o de pesquisa p blica O setor privado aumentou sua presen a e consolidou sua entrada em a Alguns exemplos s o as heterogeneidades produtiva e socioecon mica dos produtores a debilidade de infraestrutura no espa o rural a elevada taxa de analfabetismo a hierarquia de comando das cadeias produtivas agr colas e a subordina o dos produtores rurais a ela 334 insumos qu micos mec nicos e biol gicos em pr ticas agr colas e em tecnologias transversais Houve inegavelmente um deslocamento do papel da pesquisa p blica pela iniciativa privada acarretando
547. te mais adiante na tese A partir das an lises dentro de cada dimens o emergiram subcategorias dos conte dos recorrentes nos relatos 18 Utilizou se um software de minera o de texto o Maxqda para auxiliar no agrupamento das dimens es de an lise e posterior aprecia o de seus conte dos Foram entrevistados especialistas do Brasil de Portugal e dos Estados Unidos Para os especialistas do Brasil o roteiro de perguntas continha dois grupos de perguntas considerando as dimens es temporais presente e futura daqui a 10 anos quais sejam i fatores condicionantes externos Embrapa que influenciam ora contribuindo e ora inibindo a transfer ncia de tecnologias geradas pela empresa ii fatores condicionantes internos da Embrapa que interferem na transfer ncia de tecnologia Ou seja o objetivo era conhecer a opini o dos especialistas sobre os fatores que no presente interferem no processo de transfer ncia de tecnologia e uma vis o sobre o que ser importante no futuro Os instrumentos de entrevista est o listados no Quadro 1 1 Quadro 1 1 Instrumentos para coleta de dados entrevista estruturada junto a especialistas Instrumento Objetivo Roteiro de Entrevista Brasil Entrevistar especialistas dos ambientes externo e Ap ndice ll interno Embrapa do Brasil de Portugal e dos Roteiro de Entrevista Portugal Estados Unidos que atuam em transfer ncia de Ap ndice III tecnologia agr c
548. tecnologia agr cola a experi ncia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu ria Embrapa com parceria p blico privada XV Congresso da Associa o Latino Ibero Americana de Gest o de Tecnologia Altec Porto 27 a 31 de outubro de 2013 MENDES C l C BUAINAIN A M FASIABEN M do C R Acesso ao computador e internet na agricultura brasileira uma an lise a partir do Censo Agropecu rio Anais do 51 Congresso da SOBER Sociedade Brasileira de Economia Administra o e Sociologia Rural Bel m 21 a 24 de julho de 2013 Universidade Federal do Par 2018 MENDES C l C BUAINAIN A M FASIABEN M do C R Uso de Computador e Internet nos Estabelecimentos Agropecu rios Brasileiros In MASSRUHA S M F S LEITE M A de A LUCHIARI Jr A ROMANI L A dos S ed t cnicos Tecnologias da Informa o e Comunica o e suas rela es com a agricultura Embrapa Bras lia 2014a MENDES C l C BUAINAIN A M FASIABEN M do C R O Sistema Nacional de Pesquisa Agropecu ria e a Coopera o entre as Institui es P blicas de Pesquisa Anais do 52 Congresso da SOBER Sociedade Brasileira de Economia Administra o e Sociologia Rural Sober Goi nia 27 a 30 de julho de 2014b MENDES C l C BUAINAIN A M Transfer ncia de Tecnologia evolu o do conceito abordagem te rica e pr tica das escolas de pesquisa agr cola Anais do 50 Congresso da SOBER Sociedade Brasileira de Economia Adminis
549. telefone celular console de jogo videogame computador de mesa desktop computador port til notebook computador de m o palm top No presente trabalho ser o tomados da TIC Domic lios os dados referentes a computador e ao uso da internet de modo a tecer compara es de suas ocorr ncias nas reas rurais e urbanas do Brasil A TIC Domic lios analisou a partir de 2009 separadamente os dados quanto ao uso de TICs obtidos em munic pios urbanos e rurais Cabe esclarecer que o domic lio rural nem sempre implica em uma propriedade agropecu ria A pesquisa mais recente CGI 2012 evidencia a disparidade envolvendo a posse de computadores em reas No estado de S o Paulo enquanto o Censo Agropecu rio de 2006 do IBGE apontava 227 622 estabelecimentos agropecu rios o LUPA 2007 2008 enumerava 324 601 UPAs Fontes www ibge gov br e www cati sp gov br acesso em 01 abr 2013 168 urbanas e rurais descrita na Tabela 4 5 Nas duas pesquisas fica evidente a necessidade de aumentar o acesso ao computador e internet na rea rural Este quadro apenas uma reprodu o da conhecida marginaliza o que foi historicamente submetido o espa o rural no Brasil carente de investimentos em infraestrutura de desenvolvimento e na provis o de servi os sociais b sicos Tabela 4 5 Percentual de domic lios com computador e com internet no Brasil segundo CGI para o ano de 2012 Tipo de eletrodom stico utilizado Per metro
550. tema realizada em conjunto com a rede de pesquisadores fitopatologistas que possibilita identificar automaticamente alguns sintomas de doen as de plantas a partir das fotos Essa identifica o pode estar interligada extens o rural em tempo real para orientar o produtor a recomendar pulveriza o ou n o No entanto ainda n o foi poss vel chegar at a extens o mas do ponto de vista de pesquisa j existe essa tecnologia semelhante utilizada na ndia citada anteriormente por outro especialista O Quadro 5 19 sumariza as especificidades apresentadas na se o Quadro 5 19 Especificidades da transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o para a agricultura Elemento Especificidades E 70 comunidade cient fica o pesquisadores de dentro da Embrapa e das demais institui es de pesquisa agr cola e de ensino 20 produtor rural o Com ou sem a intermedia o de extensionistas rurais E 10 governos o municipal estadual e federal P blico destinat rio o visam ao subs dio a pol ticas p blicas percentuais estimados pela dire o da Embrapa Inform tica Agropecu ria necessidade de buscar os ltimos desenvolvimentos em tecnologia da informa o E procurar antever o futuro para atender demanda do p blico alvo das tecnologias da unidade A es de PD amp I E evolu o da pesquisa em TI n o acompanhada s vezes pela extens o rural ex o Diagnose Virtual pode infor
551. ter sticas do produtor e seu n vel de instru o para a transfer ncia de tecnologia A maior parte das tecnologias de processo n o s o transferidas pela pesquisa p blica agr cola Isso ocorre por um lado pela limita o de acesso assist ncia t cnica como pontuado no item anterior e por outro lado por demandar um grau elevado de conhecimento do produtor rural Nas palavras de um dos entrevistados o produtor tem que ter um n vel educacional mais elevado para compreender determinadas tecnologias como manejo integrado de pragas e manejo de solos Outro exemplo nesse sentido trabalhar sistemas de produ o integrados como Integra o Lavoura Pecu ria e Floresta ILPF demanda alta especializa o para compreender as intera es entre as atividades e seguir o plano de rota o de culturas e manejo das reas 204 Igualmente o grau de instru o foi considerado um fator cr tico para a transfer ncia de tecnologia principalmente porque no futuro haver uma car ncia gritante na estrutura do sistema educacional no meio rural considerando o n mero de escolas rurais est o sendo fechadas muito mais elevada a taxa de analfabetismo no ensino rural do que no meio urbano Isso um fator crescentemente limitante para determinadas categorias de produtores preciso pensar em TT n o s para o grande produtor mas para o produtor familiar no entanto n o se v disposi o do governo federal para atuar no ga
552. ternet na agricultura brasileira 167 4 3 1 Regi es do pa s 169 4 3 2 Grupo de atividade econ mica 171 4 3 3 Escolaridade 175 4 4 Solu es em tecnologia da informa o geradas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria 179 4 5 Considera es finais do cap tulo 185 5 CONDICIONANTES TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA AGR COLA 187 5 1 Condicionantes ex genos Embrapa 188 5 1 1 Drives de mudan a da agricultura 189 5 1 2 Sistema Nacional de Inova o na Agricultura 193 Sistemas de pesquisa e ensino 194 Institui es intermedi rias 198 Organiza es e outros atores da agricultura 203 5 1 3 Perspectiva futura 209 5 2 Condicionantes end genos Embrapa 211 5 2 1 Institucional e organizacional 211 Vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico da Embrapa 211 Processo de produ o Embrapa 221 Aspectos jur dicos 226 Comunica o institucional e mercadol gica 232 Gest o de pessoas 237 5 2 2 Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp I 239 5 2 3 Transfer ncia de tecnologia 246 5 2 4 Perspectiva futura 254 5 3 Especificidades para a transfer ncia de tecnologia da informa o aplicada agricultura 262 5 3 1 Fatores condicionantes comuns 262 5 3 2 Fatores condicionantes espec ficos 266 5 3 3 Perspectivas futuras 278 5 4 A opini o de especialistas internacionais 286 5 5 Considera es finais do cap tulo e an lises luz da literatura 300 xxviii 5 5 1 Implica es dos co
553. terogeneidade estrutural produtiva e socioecon mica existente entre eles Ao se considerar destinat rios heterog neos h uma pluralidade de caracter sticas que influ ncia as decis es relacionadas implementa o ou n o no ambiente produtivo e social dos resultados da pesquisa Como exemplificado na tese no comando da hierarquia de alguns sistemas agroindustriais decidida qual tecnologia ser usada pelo produtor rural Neste caso ocorre uma subordina o do agricultor s estruturas hier rquicas das cadeias produtivas que passam a decidir como a sua atividade econ mica se organiza tecnologicamente Em se tratando da comunidade cient fica como usu ria dos resultados da pesquisa a apropria o dos conhecimentos ocorre facilmente Entretanto considerando os produtores grandes e pequenos e seus sistemas produtivos a transfer ncia tecnol gica ser diferenciada para distintos produtos e regi es brasileiras refor ando a heterogeneidade existente entre eles Todos estes fatores precisam ser levados em conta pela institui o p blica de pesquisa para que ela possa empreender diferentes e eficazes estrat gias e modelos de transfer ncia tecnol gica para atender a heterogeneidade de usu rios finais de seus resultados Para que a inova o seja efetiva isto que haja uso produtivo e social do resultado de pesquisa preciso que participem do processo inovativo tanto os agentes de P amp D bem como os agentes respons veis
554. terra al m de investimentos em recursos ambientais e no treinamento do capital humano No contexto deste novo padr o destacamos algumas mudan as que trazem em sua esteira implica es para a transfer ncia de tecnologias geradas pela pesquisa p blica agr cola Uma das mudan as refere se amplia o da import ncia da tecnologia para o crescimento da produ o agr cola como mencionado antes nesta introdu o Na atual fase do desenvolvimento agr cola nacional evidencia se que a ado o de novas tecnologias no campo possibilitou uma evolu o da produ o e da produtividade agr cola e total dos fatores que pouco dependeu da expans o da fronteira agr cola De fato o uso de conhecimentos inova o e tecnologias explica parte do crescimento da produ o agr cola tal como ratificado por Gasques et al 2010 A terra vem perdendo sua influ ncia e em contrapartida a tecnologia aumenta sua import ncia como sustentam Buainain Alves Silveira e Navarro 2014 A diminui o da import ncia da terra e a eleva o do papel central da tecnologia para o crescimento da produ o agr cola tamb m s o confirmados pela evolu o da produtividade total dos fatores PTF Segundo Gasques et al 2010 a an lise da PTF da agricultura brasileira para o per odo de 1970 a 2006 demonstra o crescimento da produtividade de forma cont nua Os autores argumentam que a maior parte do crescimento do produto ocorreu em virtude do aumen
555. tica para direcionar promover e acompanhar a obten o dos resultados alinhados aos objetivos estrat gicos prescritos no PDE E os arranjos s o um conjunto de projetos convergentes complementares e organizados para fazer frente a desafios priorit rios em determinado tema preferencialmente a partir da vis o conjunta de mais de uma Unidade da empresa No tocante ao financiamento da pesquisa em 2012 os recursos do Tesouro Nacional financiaram aproximadamente 65 da carteira de projetos e 35 foram financiados por outras fontes de recursos EMBRAPA 2013a A Figura 3 8 ilustra os seis Macroprogramas Grandes Desafios Nacionais projetos complexos em grandes redes envolvendo volume expressivo de recursos multi instituicionais Competitividade e Sustentabilidade Setorial projetos em redes menores ou equipes envolvendo volume menos expressivo de recursos Desenvolvimento Tecnol gico Incremental modelo mais simples de projeto contempla a finaliza o adapta o e ou a inova o tecnol gica Transfer ncia de Tecnologia e Comunica o articula o intra e interinstitucional para ampliar a efetividade da TT e da comunica o Desenvolvimento Institucional consolidar e atualizar os instrumentos de gest o estrat gica PDE Agenda MGE e PDUs Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Sustentabilidade do Meio Rural iniciativas de desenvolvimento sustent vel da agricultura familiar e comunidades tradicionais
556. to de produtividade sendo que o desempenho da PTF nas ltimas d cadas foi not vel e criou bases s lidas para o crescimento de um padr o sustent vel por ser poupador de terra Todavia o acesso aos insumos tecnol gicos n o ocorre com isonomia na agricultura Segundo Buainain et al 2013 a concentra o da produ o agr cola e o aumento do impacto da tecnologia para produtividade sugerem o aprofundamento de um processo bifronte de duas faces de desenvolvimento agr rio brasileiro ocasionando uma polariza o De um lado a grande produ o agr cola representada por produtores preparados para extrair o m ximo da incorpora o das inova es tecnol gicas e amplia o de suas atividades e de de outro a maioria das pequenas produ es agr colas de menor renda que s o empurrados contra a parede no ambiente concorrencial acirrado Simultaneamente ao aumento da produtividade agr cola principalmente pela incorpora o de tecnologias ocorre outra mudan a no mundo rural um deslocamento de papel da pesquisa p blica agr cola pela maior presen a da pesquisa privada Como j citado nesta introdu o Fuck e Bonacelli 2007 relataram a crescente tend ncia da participa o do setor privado na biotecnologia agr cola no entanto n o se restringindo apenas a este segmento O setor privado n o apenas aumentou sua atua o na pesquisa agr cola como tamb m consolidou a entrada de grandes empresas transnacionais em
557. tra o an lise de redes em an lise econ mica custos de produ o desenvolvimento de produtos industriais desenvolvimento econ mico institucional da agricultura regional territorial local da desenvolvimento rural economia agr ria e dos Economia administra o e finan as administra o p blica economia coopera o universidade empresa S E empreendedorismo d empreendedorismo e desenvolvimento de J neg cios nos setores desenvolvimento agr cola alimentar florestal paisagista e desenvolvimento ambiental gest o da din mica da agricultura inova o d E gest o da informa o e E economia do conhecimento d E gest o da inova o recursos naturais a agr cola economia agr cola e agr ria 372 Comunica o assessoria de imprensa comunica o comunica o e neg cios comunica o interna comunica o organizacional comunica o para o meio rural comunica o social divulga o cient fica jornalismo cient fico jornalismo regional Direito direito civil E direito de EEE EE k EE gest o de pessoas e gest o do conhecimento M gest o e dire o de J ci ncia tecnologia e inova o agropecu ria e agroindustrial gest o no agroneg cio a marketing cultural marketing rural rural melhoria de processos an lise formal de conceitos bancos de dados bases de dados ambientais ci ncia da computa
558. tra o e Sociologia Rural Vit ria 22 a 25 de julho de 2012 MENDES C l C OLIVEIRA D R M dos S SANTOS A R dos org Estudo do Mercado Brasileiro de Software para o Agroneg cio Embrapa Inform tica Agropecu ria Campinas 2011 MENDES P J V Organiza o da PD amp lI agr cola no Brasil evolu o experi ncias e perspectivas de um sistema de inova o para a agricultura Tese Doutorado Instituto de Geoci ncias Universidade Estadual de Campinas Campinas 2009 MILONE P Agriculture in transition a neo institutional analisis Assen Van Gorcun 2009 358 MIT MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY An Inventor s Guide to Technology Transfer ate the Massachusetts Institute of Technology MIT Technology Licensing Office May 2005 Dispon vel em lt http Aweb mit edu tloAvww downloads pdf inventors guide pdf gt Acesso em 18 jul 2013 NAVARRO Z ALVES E Os novos desafios da Embrapa O Estado de S o Paulo 20 de agosto 2014 NELSON R R National innovation systems a comparative analysis Oxford Oxford University Press 1993 NELSON R R ROSENBERG N Technical Innovation and National Systems In National Systems of Innovation A Comparative Analysis Nelson R R ed Oxford University Press Oxford 1998 NELSON R R WINTER S G Uma teoria evolucion ria da mudan a econ mica Tradu o de Cl udia Heller Campinas Editora da Unicamp 2005 631 p Cl ssicos da Inova o
559. tre os pesquisadores negociadores e advogados foi mencionada em repetidas entrevistas Para alguns a rea jur dica da Embrapa carece de um conhecimento da realidade do que uma negocia o pois uma parte dos pareceres jur dicos emitida sem entender o contexto e o seu impacto para a empresa Esta car ncia deve se principalmente falta de forma o de equipes jur dicas em temas correlatos inova o e transfer ncia e por isto normalmente os pareceres s o negativos quando se busca uma maneira de resolver quest es de parcerias p blico privadas e de licenciamentos Outros atribuem a dificuldade aos determinantes mais gerais que pautam a rea jur dica de uma empresa p blica considerando que neste campo o Jur dico da Embrapa tem margem de manobra limitada e que as eventuais irregularidades recaem sobre os respons veis pela rea e os dirigentes da empresa e n o nos pesquisadores que por vezes desconhecem as regras e leis que devem ser observadas Mas neste campo para alguns n o h como isentar a empresa de responsabilidade h uma amarra jur dica na empresa que reflete nas a es de transfer ncia e um dos exemplos que a Lei de Inova o ap s 10 anos de sua aprova o ainda n o foi regulamentada internamente e h muitos percal os em fun o disso A empresa tamb m encontra particulares percal os na celebra o de parcerias que envolvem divis o de direitos da propriedade inte
560. trumenta o para rela es h dricas manejo sistemas de produ o e qualidade do leite m todos e t cnicas para zoneamento mitiga o vulnerabilidade e adapta o moderniza o da agricultura cr dito rural e pre o da terra mudan as clim ticas e impactos na agricultura nutri o e alimenta o de bovinos de leite plantas daninhas plantas invasoras processos de democratiza o em regi es rurais produ o animal e intera es com as mudan as clim ticas progresso t cnico na agricultura uso e cobertura das terras zoneamento agr cola de riscos clim ticos zoneamento e planejamento ambiental participa o social socioeconomia sociologia dos processos sociais rurais teorias sociol gica e democr ticas territorialidade e constru o social de mercado incuba o de empresas inova o e transfer ncia de tecnologia inova o tecnol gica e coopera o universidade empresa negocia es de licenciamento de tecnologias organiza o da informa o e do conhecimento para transfer ncia de tecnologia planejamento e gest o da CT amp I pol tica agr cola ci ncia e tecnologia promo o tecnol gica propriedade intelectual e inova o tecnol gica na agricultura prospec o tecnol gica prospec o articula o e avalia o tecnol gica sistema nacional de inova o tend ncias tecnol gicas transfer ncia de tecnologia agr cola planejamento estrat gico Adminis
561. tuando em parceria O conceito convencional de TT pressup e que preciso conectar as partes irrigar ter um fio condutor de um el tron no entanto numa perspectiva futura o conceito necessita ser totalmente revisto para se adequar nova realidade da agricultura brasileira com a maior presen a da iniciativa privada na pesquisa agr cola na medida em que os atores v o se aproximando e esse um fato da sociedade moderna n o s fisicamente mas pela tecnologia da informa o que permite que estejam conectados ficam mais pr ximos o mercado consumidor e o desenvolvedor da tecnologia E ambos n o podem estar longe um do outro uma vis o antiga de Estado separado do setor privado dois mundos distintos separados claro que h responsabilidade diferentes e pap is distintos para cada um deles Estado e setor privado mas falta fundir a es e projetos que s o de interesse comum do pa s E essa agenda competitiva da agricultura brasileira que passa pela infraestrutura pela log stica e pela tecnologia precisar ser cada vez mais desenvolvida em parceria para promover a inova o A Embrapa n o uma empresa de inova o mas sim uma viabilizadora da inova o uma indutora da inova o Quem est tratando da inova o o parceiro da Embrapa pois o prot tipo ainda n o inova o a inova o se faz na empresa privada que pega o sequenciamento do genoma a partir de
562. u o momento de se caminhar para uma pesquisa mais qualitativa e identificar quem s o as pessoas e como est o usando as tecnologias da unidade Al m dos fatores limitantes apresentados de igual modo como exposto na se o anterior a dificuldade de parceria entre a Embrapa e a iniciativa privada para fins de transfer ncia de tecnologia aparece como relevante Essa transfer ncia fica mais complicada porque dentro da Embrapa h uma lentid o nos processos de negocia o e celebra o de contratos A parceria recorrente para a etapa de desenvolvimento da tecnologia conforme registrado no Ap ndice V no entanto segundo os entrevistados ela rarefeita quando se trata de transferir a tecnologia principalmente quando o agente do setor privado A celebra o de parcerias institucionais para o desenvolvimento da tecnologia um fator condicionante importante para a gera o da solu o tecnol gica No entanto por outro lado torna latente a baixa participa o da iniciativa privada nestas parcerias Das seis tecnologias selecionadas e em dezenas de institui es parceiras h pouqu ssimas organiza es da iniciativa privada Como apontado por alguns especialistas espera se que a iniciativa privada tenha capilaridade e intensifique a transfer ncia de tecnologias no mercado atuando de forma complementar Embrapa mas essa realidade rara no mbito das tecnologias selecionadas O caso do WebAgritec Sist
563. uadro 5 1 Fatores condicionantes ex genos drives de mudan a da agricultura 192 Quadro 5 2 Fatores condicionantes ex genos sistemas de pesquisa e ensino na agricultura 197 Quadro 5 3 Fatores condicionantes ex genos institui es intermedi rias assist ncia t cnica e extens o rural meio pol tico integradoras da cadeia de valor 202 Quadro 5 4 Fatores condicionantes ex genos organiza es e outros atores da agricultura consumidores atacado varejo produtor rural fornecedores 208 Quadro 5 5 Perspectiva futura proposi es para assegurar que as tecnologias geradas pela Embrapa sejam introduzidas ao ambiente produtivo e social 210 Quadro 5 6 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional vis o de futuro posicionamento e planejamento estrat gico na Embrapa 219 Quadro 5 7 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional processo de produ o Embrapa 225 Quadro 5 8 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional aspectos jur dicos 231 Quadro 5 9 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional comunica o institucional e mercadol gica 236 Quadro 5 10 Fatores condicionantes end genos dimens o institucional e organizacional gest o de pessoas239 Quadro 5 11 Fatores condicionantes end genos dimens o Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp I 244 Quadro 5 12 Fatores condici
564. ue baixar n o significa usar a tecnologia A a o do internauta baixar uma solu o em TI de website da Embrapa n o quer dizer que ele a usou e que ajudou a impactar seu neg cio agr cola e a incrementar sua renda De fato o download n o significa que a pessoa est aplicando o software principalmente quando ele gratuito pois se fosse pago seria uma m trica mais real considerando o investimento financeiro e a tend ncia de que pessoa paga pelo software que tem interesse em usar Em raz o disso h a necessidade de se criar indicadores mais completos para apurar uma efetiva ado o ou n o da tecnologia Nesse sentido foi mencionada uma necessidade de se conhecer o impacto de se baixar o software ou acessar o website Para isso preciso conversar com quem acessa e ver o que faz com isso poss vel identificar os acessos ir atr s destas pessoas e fazer uma amostragem Com uns 10 desta amostra se saber o impacto que isso tem seja cient fico ou de transfer ncia de tecnologia Por exemplo se a pessoa est acessando o 272 Agritempo pode se perguntar Qual o impacto de seu uso Melhorou sua vida est planejando melhor est orientando melhor o seu pessoal sua m o de obra do empreendimento agr cola est mais bem qualificada com as informa es e conhecimentos disponibilizados pela Embrapa Esse seria o principal indicador o impacto no empreendimento e na produ o agr cola Porque
565. ue o tempo para tr mite da proposta do projeto e esta deveria ser autorizada pela chefia da unidade Outro fator relacionado gest o de PD amp l e burocracia a estabilidade instabilidade das regras e procedimentos Nos ltimos 14 anos a Embrapa mudou tr s vezes de sistema de pesquisa saiu do Programa Nacional de Pesquisa PNP para o Sistema Embrapa de Planejamento SEP depois para o Sistema Embrapa de Gest o SEG e agora para os portf lios e arranjos que continua sendo o SEG No entanto o problema n o a mudan a mas o que vem junto com ela abandona se um sistema informatizado de gest o e cria se outro a exemplo do Sinsep Siger SIDE Ideare e Integro e isso n o tem fim Quanto mais do tempo til do pesquisador ser usado para preencher os dados do Integro pergunta um entrevistado Leva um m s ou mais no Ideare enquanto que no CNPq coloca se os dados de um projeto em uma semana Porque o TCU cobra isso da Embrapa e o CNPq tem formato de relat rio livre Uma carta consulta de projeto da Embrapa tem por volta de 150 p ginas Para ser gil a carta consulta deveria ter duas p ginas preciso tamb m ter agilidade no julgamento das propostas de projetos 240 O que parece estar por tr s desta realidade uma falta de compreens o do um projeto de pesquisa e de como os recursos financeiros s o importantes para que estes projetos flores am Falta de compreens o do que uma solu o tecnol
566. ue para o referencial te rico a consulta documental de pol ticas da Embrapa e os relatos de especialistas entrevistados Em decorr ncia disso reconhece se que tais fontes podem apresentar limita es de modo que as an lises e ila es s o particularizadas e n o s o pass veis de generaliza o sem as devidas pondera es 5 5 1 Implica es dos condicionantes ex genos transfer ncia tecnol gica Dos fatores condicionantes ex genos os drives de mudan a mencionados pelos entrevistados podem ser agrupados em tr s assuntos as transforma es macroestruturais da agricultura brasileira o papel da inova o na agricultura e a ci ncia que se tornou cada vez mais em rede As transforma es macroestruturais da agricultura brasileira promoveram uma estrutura o e maior complexidade das cadeias produtivas agr colas impactando nas tecnologias que ser o ou n o adotadas Tamb m tiveram como consequ ncia o fortalecimento da iniciativa privada na pesquisa agr cola o que fez com que a hegemonia da Embrapa come asse a se dissolver ocorrendo um deslocamento do papel da pesquisa p blica agr cola Buainain Alves Silveira e Navarro 2014 sustentam que est ocorrendo uma ruptura com o passado e que a agricultura brasileira move se em eixos definidos por um novo padr o agr cola e agr rio que tem o capital em todas as suas modalidades como um fator essencial e determinante Na esteira das transforma es da agricultu
567. ula o de pol ticas O pa s mais reage do que planeja concluiu um dos entrevistados A baixa capacidade de formula o evidenciada pelo pequeno n mero de think tanks que o Brasil tem Think Tanks s o organiza es que atuam no campo de grupos de interesse produzindo e difundindo conhecimentos sobre assuntos estrat gicos para o pa s Nos pa ses l deres em inova o s o pe as importantes na constru o de estrat gias orienta o das pol ticas p blicas avalia es de resultados constru o de vis o de futuro e do pr prio futuro No Brasil se faz diagn sticos de boa qualidade no entanto o pa s p ssimo para colocar em pr tica o diagn stico para a constru o de mudan as e para reflex o sobre elas O pa s rarefeito em capacidade de an lise de formula o e de norteamento O posicionamento estrat gico da Embrapa e a forma como a informa o o conhecimento e a tecnologia s o gerados na empresa precisam ser vistos numa perspectiva ampla de como o Estado brasileiro percebe a ci ncia e a tecnologia enquanto indutores e motores de mudan a e desenvolvimento para a na o 212 Foi ponderado que apesar desta lacuna no Estado brasileiro quanto ao papel da ci ncia h um relevante fato que contribui para a transfer ncia de tecnologia gerada pela pesquisa p blica agr cola os avan os cient ficos e tecnol gicos promovidos pela revolu o da agricultura tropical Foi mencionado que este
568. uma mudan a na inser o da Embrapa no sistema nacional de inova o da agricultura Trata se portanto de um fator ex geno que traz implica es para a Embrapa exigindo de seus dirigentes um processo decis rio que leve em conta esta nova realidade da agricultura e que conduza reflex o de qual ser a atua o da empresa frente a tal fato No entanto caso tais fatores ex genos passem despercebidos pela empresa ou ela n o tenha capacidade de interpretar e analisa los isso poder acarretar riscos para a institui o de pesquisa p blica agr cola e para a transfer ncia de tecnologias por ela geradas Como a empresa trata entende analisa percebe ou n o percebe os fatores ex genos e end genos que interferem na transfer ncia de suas tecnologias est diretamente vinculado ao modelo de gest o praticado na empresa O atual modelo de gest o fragmentado e pouco ou nada sist mico indica como o tema inova o entrou na empresa Primeiro como um assunto tema de preocupa o e debate depois se criou uma Assessoria de Inova o Tecnol gica extinta mais adiante e na sequ ncia por ocasi o da reestrutura o da rea de transfer ncia de tecnologia o tema ficou meio lusco fusco nas atribui es de diversas unidades da estrutura organizacional segmentada ocorrendo uma pulveriza o de responsabilidades Entretanto nas muitas mudan as da estrutura organizacional uma caracter stica permaneceu a separa
569. umento do uso de big data para an lise de imensos volumes de dados agroclim ticos de recursos naturais e de uso da terra associa o entre a internet das coisas e a tecnologia de identifica o por radiofrequ ncia para uso em produtos de origem animal e vegetal cria o de plataformas sociais colaborativas na agricultura avan o na oferta de aplicativos m veis uso da bioinform tica e a biologia computacional na an lise e o desenvolvimento de aplica es de prospec o de dados gen micos e da estrutura das prote nas e a associa o de diversas tecnologias para auxiliar na predi o da produtividade na an lise de fertilidade e prever pragas Diante das transforma es presentes que caracterizam a nova fase de desenvolvimento agr rio e das previs es futuras de for as motrizes aqui esbo adas n o exaustivamente conclui se que a Embrapa do futuro precisa de um novo reposicionamento no sistema de ci ncia tecnologia e inova o o que impacta diretamente em quais tecnologias a empresa produzir para a sociedade N o se pretende especular com o futuro da empresa mas esbo ar conclus es a partir das an lises da pesquisa realizada Com esta pondera o em vista conclui se que se espera que a Embrapa do futuro esteja fortemente vinculada s a es de P amp D que atuem na converg ncia tecnol gica entre gen tica rob tica tecnologia da informa o e nanotecnologia GRIN Atue na aplica o do GRIN aos sistemas
570. uo de intera o prof cua entre agentes do sistema nacional de inova o na agricultura visando converg ncia e complementariedade de capacidades Espera se que as profundas mudan as no modelo mental e na gest o organizacional possam contribuir para a Embrapa se autotransformar se reinventar e se reposicionar dentro do sistema de ci ncia tecnologia e inova o A Embrapa um dos importantes agentes que integra o sistema e como tal promove a inova o no campo por meio de suas a es de pesquisa e desenvolvimento Acreditamos que a enorme compet ncia instalada na empresa a qualifica para conduzir esta reinven o e consolidar seu papel de indutora da inova o na agricultura de nossa p tria amada Brasil 345 REFER NCIAS AG NCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL TIC agroneg cio oportunidades de desenvolvimento tecnol gico em tecnologias de informa o e comunica o para o agroneg cio Campinas 2012 40 p Relat rio de acompanhamento setorial ALBUQUERQUE R H P L SALLES FILHO S L M Determinantes das reformas institucionais novos modelos organizacionais e as responsabilidades do SNPA Campinas Geopi DPCT SSE Embrapa 1998 Relat rio final de pesquisa ALVES E R A Agricultura familiar prioridade da Embrapa Embrapa Informa es Tecnol gicas Bras lia 2001 55 p ALVES E R A SILVA R C Qual o problema de Transfer ncia de tecnologia do Brasil e da Embrapa IN ALVES E
571. ura de dimens es nacional e mundial O mundo rural brasileiro est passando por transforma es e rupturas com o passado caracterizadas pela mudan a no padr o de acumula o da agricultura tendo o capital como um fator essencial A produ o agropecu ria passou a exigir crescentemente investimentos em tecnologia uso de conhecimento aplica o de capital humano e capacidade gerencial Tais transforma es intensificam a polariza o entre a grande produ o agr cola e a maioria das pequenas produ es gerando um aprofundamento de um processo bifronte Como n o h isonomia no acesso aos insumos tecnol gicos o aumento do impacto da tecnologia para produtividade beneficia os produtores mais preparados para extrair o m ximo da incorpora o das inova es tecnol gicas e desfavorece aqueles que n o t m capacidade de apropria o Vinculadas s transforma es no mundo rural emergem as for as motrizes que induzem mudan as nos agroecossistemas As previs es futuras para meados de 2030 indicam dentre outras a amplia o da popula o urbana a migra o das reas rurais para as cidades reduzindo a m o de obra no campo e o aumento da idade m dia das pessoas A preven o de doen as tomar o lugar do paradigma da cura e vir acompanhada com a expans o da renda per capita da classe m dia mundial com altera o no perfil da dieta em dire o sua diversifica o Tais fatores demogr ficos dema
572. ura e ela se consolidou nesta l gica e havia no in cio da empresa o conceito de pacotes tecnol gicos a locomotiva limpa trilho e a Embrapa removeu as grandes limita es da agricultura brasileira No entanto ao longo do tempo na medida em que se t m outros atores privados o que alguns chamam de competidores mas n o s o e o setor privado ganhou capacidade e ocupou espa o a Embrapa ainda continuou gerando conhecimentos informa o e tecnologias Portanto um perigo reduzir o papel da Embrapa apenas diminui o de sua participa o no mercado de cultivar e competi o com multinacionais Comete se um erro de reduzir a produ o de uma organiza o como a Embrapa e de todo o sistema nacional de pesquisa 234 agropecu ria a uma vis o muito parcial e muito rasteira do que o potencial da pesquisa agr cola e inova o do Brasil Esse um desafio como a Embrapa desmitifica e trabalha com isso e a comunica o tem um papel importante neste contexto H uma visibilidade m nima de como a informa o e o conhecimento gerados na Embrapa fluem para a sociedade e ajudam a solucionar problemas tais como o zoneamento da cana de a car o programa ABC Agricultura de Baixo Carbono S o exemplos de ci ncia traduzida em pol tica p blica mas poucos sabem que isso ci ncia traduzida em pol tica p blica Como comunicar isso sociedade um desafio Disponibilizar instrumentos de comunica o di
573. utras fontes ser o adicionadas internas e externas para tentar desenhar um quadro com mais elementos que mostre os percal os da transfer ncia de tecnologias 139 Estas fontes poder o dar ind cios de quais fatores condicionantes end genos e ex genos operam para dificultar e ou contribuir para a transfer ncia e qual a interdepend ncia entre eles A partir do levantamento dos condicionantes com base na literatura cap tulo 2 e nas pr ticas e pol ticas institucionais da Embrapa cap tulo 3 o Quadro 3 20 apresenta fatores condicionantes end genos da Embrapa para a transfer ncia de tecnologia Quadro 3 20 Fatores condicionantes end genos da Embrapa para a transfer ncia de tecnologia Dimens es Fatores Elementos Fontes Pol ticas da Condicionantes Embrapa quando existentes Plano Diretor da Embrapa PDE Bin et al 2013 Embrapa 2008 Gest o da PD amp l Sistema Embrapa Souza 1995 de Gest o SEG Comit Gestor Bin et al 2013 das Estrat gias Macroprogramas e Planeja l a d Modelo de desenvolvimento da Bi PD amp I Plano Diretor da Unidades Bin et al 2013 Exist ncia de pol tica de gest o da Teece 1986 Embrapa 1996 propriedade intelectual Estrutura o de redes de Penteado Filho relacionamento 2010 i Ampla e complexa variedade de Souza Filho et solu es tecnol gicas produtos al 2011 Planeja processos servi os e ativos de mento de b
574. veis de Indicadores C amp T prote o intelectual Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas 5 3 Especificidades para a transfer ncia de tecnologia da informa o aplicada agricultura Nesta se o s o expostas algumas especificidades para a transfer ncia de solu es em tecnologias da informa o TI aplicadas agricultura com base na experi ncia de uma unidade descentralizada da Embrapa a Embrapa Inform tica Agropecu ria apresentada no cap tulo 4 5 3 1 Fatores condicionantes comuns Antes de relatar tais particularidades cabe destacar que h um conjunto de fatores condicionantes comuns que igualmente interferem para a transfer ncia de solu es em TI desenvolvidas pela Embrapa Inform tica Agropecu ria O que era de se esperar pois os fatores comuns refletem a cultura organizacional as pol ticas e as pr ticas de transfer ncia de tecnologias da Embrapa que est o presentes em toda empresa tanto em suas unidades centrais como nas descentralizadas O Quadro 5 14 relaciona os fatores comuns dos condicionantes ex genos 262 Quadro 5 14 Fatores comuns condicionantes ex genos Embrapa para transfer ncia de tecnologias Condicionantes ex genos Embrapa Institui es intermedi rias assist ncia e extens o rural meio pol tico integradoras da cadeia de valor Necessidade do pesquisador transcender o conhecimento cient fico e tecnol gico e i
575. vel via Labex laborat rio virtual da Embrapa no exterior e consultorias e ii a transfer ncia de tecnologia Atualmente a demanda sobre a Embrapa n o s de pesquisa mas a demanda e maior para transfer ncia de tecnologia para pa ses da frica por exemplo a Embrapa tem uma agenda humanit ria e uma comercial as duas de import ncia geoestrat gica e geopol tica no cen rio mundial E outra agenda de interesse para o Brasil humanit ria e a outra de interesse comercial importante porque pode turbinar a agricultura brasileira e de valor grande porque a empresa tem um pacote tecnol gico em sementes em gen tica animal em forrageiras em implementos em plantio direito e em usar tecnologias mais sustent veis na agricultura Estes s o exemplos do potencial da 250 transfer ncia de tecnologias da Embrapa inclusive fora do Brasil numa agenda internacional A atua o internacional da empresa se reflete na amplia o de seu p blico alvo que passou a abranger n o apenas o consumidor final mas tamb m o consumidor internacional Na medida em que a Embrapa coloca como p blico final n o s o consumidor nacional mas tamb m o consumidor mundial considerando que o Brasil grande exportador de produtos agr colas e gra as a Deus por isso ent o a responsabilidade da Embrapa passa a ser enorme Sua miss o passa a ser ampliada para transferir tecnologia para a agroind stria qu
576. ver um software ou um servi o web com caracter sticas mais user friendly e menos complexas E A ess ncia da transfer ncia atuar no bin mio problema solu o a ponte Alinhamentos positivos entre investiga o e agricultura Fonte elabora o pr pria com base nas entrevistas com especialistas Em uma perspectiva futura as redes sociais na agricultura foram apontadas como um eixo chave para a transfer ncia solu es em tecnologias da informa o no futuro Nesse sentido argumentou se que o Brasil um timo exemplo do que acreditamos que seja o futuro as redes sociais s o um sucesso inquestion vel As pessoas na vida particular usam rede social As grandes empresas utilizam plataformas como wikis blogs e tecnologias colaborativas para compartilhar os conhecimentos e para sustentar o processo de inova o desenvolver novos produtos e gerar novas ideias Porque n o se usa a mesma abordagem para criar comunidades redes virtuais tem ticas no setor agr cola O que acontece que h uma tend ncia para generalizar e tratar como igual o que diferente Os interesses do agricultor s o espec ficos por exemplo um suinocultor tem interesse muito particular n o est interessado em ter acesso a uma plataforma global de agricultura e o que acontece muitas vezes que quem desenvolve 297 TI quer ter solu o grande um portal agr cola e isso n o resolve n o h agricultor que queira saber tudo de tu
577. versidade do Brasil que n o conhecemos Para que isso possa ocorrer foi mencionada a necessidade da Embrapa gestar num novo modelo jur dico de parceria p blico privada em inova o desde a concep o do projeto de P amp D a empresa atualmente n o tem parceria p blico privada em inova o mas apenas tem um agente que desenvolve uma tecnologia de um lado e outro agente que a usa do outro lado E no modelo proposto seria eliminada a etapa de transfer ncia porque a tecnologia seria desenvolvida com rapidez e seria incorporada a partir da demanda identificada e n o de uma oferta tecnol gica um gargalo hoje na empresa o modelo da oferta o modelo ofertista No que concerne estrutura organizacional foi proposta a cria o uma grande rea de inova o na empresa com uma Diretoria de Inova o e um Departamento de Inova o que organizariam internamente todos os processos e a es com vistas a fomentar que as tecnologias geradas na Embrapa se transformassem em inova o ou seja fossem introduzidas no ambiente produtivo e social Ponderou se que a atual estrutura organizacional para transfer ncia de tecnologia fragmentada e verticalizada n o oferece clareza do processo de inova o da empresa nem para os empregados e nem para parceiros institucionais Al m de se reestruturar a rea de TT houve a proposi o de cria o de uma carreira de gest o na Embrapa possibilitando o direc
578. vorecer a mudan a organizacional e social induzindo a inova o tecnol gica A taxa de lucro e as expectativas de retorno econ mico s o condicionantes apontadas por Dosi 1982 e Nelson e Winter 2005 como fatores centrais que incentivam os agentes a investirem numa nova tecnologia Estas expectativas dependiam tanto das oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias com pelas condi es de apropriabilidade dos ganhos econ micos com a venda das tecnologias Em s ntese as contribui es evolucion rias direcionam para a supera o da fronteira entre a gera o e a difus o tecnol gica Ambos processos gera o e difus o integram se num continuo de mudan as tecnol gicas no qual a aprendizagem assume 52 papel fundamental Nesta abordagem a difus o passa a entendida numa acep o ampla como sendo a ado o de tecnologia gerada fora da firma e por ela engendrada o que origina um continuo processo de mudan as que permite a firma dominar a tecnologia FURTADO 2006 2 4 Transfer ncia tecnol gica conceitua o agentes e condicionantes Al m dos estudos seminais e os de abordagem neo schumpeteriana que trataram da inova o outros trabalhos tais como os de Solo e Rogers 1972 Hayami e Ruttan 1988 Barbiere 1990 Stewart 1990 Zhao e Reisman 1991 Castro e Tourinho 2002 Dereti 2009 e Assafim 2010 entre diversos citados nesta se o avan aram na conceitua o explicita o dos agente
579. xemplo do Sinsep Siger SIDE Ideadre e a cria o de outros como o Integro acarretando em aumento do tempo til do pesquisador para preenchimento dos dados 5 O modelo de atua o da Embrapa assemelhado ao de uma ag ncia Gest o da PD amp l de fomento um CNPgz o E A centraliza o do processo de aprova o de alguns projetos de PD amp l impacta no tempo de gera o de tecnologia com risco de chegar obsoleta ao mercado 244 Quadro 5 11 Fatores condicionantes end genos dimens o Pesquisa Desenvolvimento e Inova o PD amp l continua o Fatores condicionantes end genos Elemento Gest o da PD amp il Inibem Fragilidade no D desenvolvimento do PD amp l na perspectiva do pesquisador a tecnologia est conclu da mas para TT falta sua finaliza o para chegar ao mercado Descompasso entre o Pe o D a Embrapa tem forte cultura de pesquisa mas n o desenvolveu com igual nfase a atividade de desenvolvimento Pequena valoriza o da etapa de finaliza o da tecnologia na perspectiva de sua inser o no mercado Modelo mental Elemento Avan o do conhecimento e gest o compartilhada H pouca nfase de desenvolvimento de tecnologia e um indicativo disto o baixo n mero de patentes depositadas pela Embrapa Prevalece o modelo mental de que o trabalho da pesquisa termina no paper dif cil transformar conhecimento em tecnologia Contribuem O aprendiz
580. zer a disponibilidade de fatores da economia 53 r Para Hayami e Ruttan 1988 crucial para o desenvolvimento agr cola a transfer ncia de tecnologia S o vitais para o progresso dos pa ses em desenvolvimento tanto a transfer ncia de conhecimentos como o desenvolvimento da capacidade nativa para gerar tecnologias agr colas adaptadas ecologicamente e vi veis economicamente Passando da perspectiva internacional para a organizacional h o trabalho de Solo e Rogers 1972 Para estes autores o elemento caracter stico da TT a movimenta o da tecnologia de um lugar para outro ou seja de uma organiza o para outra de uma universidade para uma organiza o N o apenas a movimenta o da tecnologia necess ria mas tamb m imprescind vel que a empresa receptora efetue esfor o para desenvolver tecnologia pr pria a partir da que foi recebida da concedente ainda que seja uma adapta o Nesse sentido Baranson 1980 exp e que elemento essencial a transfer ncia de capacidade t cnica para reproduzir a tecnologia o que difere da mera operacionaliza o da tecnologia Da mesma forma Barbiere 1990 afirma que n o se configura a TT quando a receptora apenas aprendeu a usar a tecnologia neste caso ocorre a difus o de t cnicas ou m todos produtivos O uso da tecnologia o n vel b sico operacional da TT e um dos est gios para sua assimila o O Quadro 2 6 mostra os n veis de assimila o de TT
581. zes considerando que os produtores rurais passaram a usar as novas tecnologias geradas pelo instituto de PD amp i apresentando algumas especificidades para cada um deles No primeiro caso a introdu o da inova o tecnol gica foi mais favor vel junto aos agricultores em virtude do contexto pol tico cultural e socioecon mico no qual os agricultores estavam inseridos Por sua vez no segundo caso a ado o da tecnologia foi facilitada pela organiza o dos produtores rurais por meio de cooperativa A ado o da nova tecnologia entre outros resultados possibilitou a diversifica o dos neg cios aumento da gera o de emprego e renda e redesenho de imagem empresarial da cooperativa de produtores rurais na regi o em que atuavam N o se pode fazer generaliza es e nem polarizar a discuss o na defesa de um modelo ideal de desenvolvimento da pesquisa e extens o O que h de se considerar a exist ncia de fatores condicionantes que contribuem para a ado o ou n o de uma tecnologia pelo produtor rural As escolas de desenvolvimento da pesquisa agr cola est o inseridas dentre estes fatores mais especificamente nos fatores sist micos como ser o citados mais adiante neste cap tulo 2 3 Difus o e transfer ncia tecnol gica dos estudos seminais aos neo schumpeterianos O estudo seminal sobre difus o tecnol gica com enfoque na agricultura foi o do precursor Griliches 1957 Estudos posteriores como os de

- Alice

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