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Texto da Dissertação em PDF disponível aqui

1. Anexo 5 Ernesto Garc a e Mar a del Carmen Gualdero Fonte LLONTO Pablo 2008 p 89 198 Anexo 6 O casal Per n Anexo 7 O trio peronista Per n Isabel Evita Fonte QUESADA Mar a S enz 2003 p 88 Fonte Propaganda das 62 Organizaciones Peronistas na Revista Las Bases Anexo 8 Isabel Per n Anexo 9 L pez Rega El Brujo Fonte http news bbc co uk 2 h1 7372056 stm Fonte Jornal El Aut ntico de 12 de Novembro de 1975 Anexo 11 Os cad veres pelas ruas Fonte Jornal El Aut ntico de 24 de Dezembro de 1975 200 ou e fia a RE E no LIT 7 s ES a q A a De a gt a xeo k D P RRE j a A Te y m EN fa Banon Posa Ginenez ion Anexo 14 Ej rcito Revolucionario del Pueblo em Tucum n Anexo 15 Isabel Per n e General Vilas Revista nas tropas do Operativo Independ ncia Fonte GUTMAN Daniel 2010 Sem p gina 201 BIBLIOGRAFIA DOCUMENTOS DE AN LISE E DEMAIS FONTES BIBLIOGRAFIA GERAL ABREU Alzira Alves de A participac o da imprensa na queda do Governo Goulart In FICO Carlos CASTRO Celso Martins Ism nia et al Orgs 1964 2004 40 anos do golpe Ditadura Militar e Resist ncia no Brasil Rio de Janeiro 7 Letras 2004 pp 15 25 ABREU Jo o Batista As manobras da informa o An lise da cobertura jornal stica da luta armada no Brasil 1965 1979 Rio de Janeiro Mauad 2000 AGUILA Gabriela El Partido Comunista Argentino entre la dictad
2. UCION Hs ES ER E organizaci n sindical m ao a adios sins ll SUN ll na lie lo lj ezan ea di o a Hp H t3 Podica de uno o de otro Poe Figura 2 Solicitada das 62 Organizaciones Peronistas publicada no La Naci n em 09 de agosto de 1975 17 La venta de entradas se r oefectiblemento el Los conc rtan o regras sus entradas deber n pre entar su e tados a gro caso contras o cober n presentar A ES itimo r v e so SUB COMISION DE FIESTAS ese plenario z E 5 E aa As mismo la Comisi n Directiva pes AS GA DELE los cios p prog ta Sede Central Arms 1434 C api ita pd e dia a Sabado 15 LACONABION DIRECTIVA Jf ron am Nijlo secretari guel Ovando de de Actas ctas y NI SOLICITADA yo HOY reiteramos la posici n ES del 30 de Junio de 1975 ES pos HECHOS NOS HAN DADO LA RAZON AGRUPACION NACIONAL AZUL Y BLANCA DE PIE JUNTO A ISABEL PERON Seccional Buenos Aires A T E REPRODUCIMOS LA PUBLICACION DEL 30 6 75 ASOCIACION A T TRABAJADORES DEL ESTADO SECCIONAL BUENOS ARES CARLOS aivo 107401 E NITIP AL GOBIERNO DEL PUEBLO ne E LE PONE PRECIO EEE Figura 3 Solicitada da ATE publicada no Clar n em 12 de Novembro de 1975 O segundo exemplo de Solicitada aqui exposto nos prop e um estilo mais simples tamb m publicado no Clar n em novembro de 1975 Assinada pela Asociaci n Trabajadores del Estado ATE e
3. a alguns aportes te ricos que ser o abordados nos cap tulos seguintes a fim de elucidar o desenvolvimento da pesquisa 12 A segunda parte formada pelos dois pr ximos cap tulos dedicar se as an lises sobre a viol ncia especificamente Em um primeiro prop sito ser abordada a historiograf a sobre o per odo de Mar a Estela Mart nez que trata sobre a tem tica espec fica Depois tentar se analisar a categoria de viol ncia sob a perspectiva oficial atrav s da leitura das legisla es e de um dos meios oficiais de comunica o do governo peronista o peri dico Las Bases Para um segundo momento outros sentidos dados a viol ncia ser o abordados Tendo como base as Solicitadas procurar se verificar os discursos de algumas organiza es de trabalhadores 62 Organizaciones Peronistas Confederaci n General del Trabajo Sindicato de Mec nicos y Afines del Transporte Automotor e Asociaci n de Trabajadores del Estado alguns partidos e movimentos pol ticos Partido Aut ntico Frente Antiimperialista y por el Socialismo e Partido Comunista e algumas organiza es de empres rios Confederaci n General Econ mica e Asamblea Permanente de Entidades Gremiales Empresarias ou empresas particulares principalmente de informa o Editorial Abril Asociaci n de Entidades Period sticas Argentinas Asociaci n de Editores de Diarios de Buenos Aires Asociaci n Argentina de Editores de Revistas
4. o n o estava submetida censura ou ao controle editorial como as reportagens dos jornais j que se tratava de um espa o privado e assim os discursos eram os mais variados poss veis Claro que elas respeitavam a din mica de compra e venda de propaganda e a legisla o de imprensa da poca mas n o necessariamente a pol tica do jornal As Solicitadas j haviam sido expostas como espa os de propaganda e an ncios pagos panfletos ou parte de uma imprensa escrita Entretanto a meu ver estes espa os t m particularidades que os fazem diferentes das outras categorias que lhes nomearam Na especificidade hist rica e pol tica da Argentina elas parecem me instrumentos pol ticos das organiza es que n o apenas anunciam mas tamb m noticiam expressam tentam convencer a opini o p blica analisam contextos e materialidades de forma a tentar influenciar a leitura do espa o que habitam o jornal e as manifesta es no pa s Ricardo de Titto prop e uma interessante id ia ao afirmar que as Solicitadas assim como os panfletos seriam publica es moment neas com vis es ideol gicas dos fen menos e processos que pretenderiam convencer a opini o p blica Isto porque primeiro o contexto social de crise pol tica exigia posi es ocasionando interpreta es contextuais e portanto do momento Depois porque elas se encontram em um lugar que tamb m uma publica o moment
5. publica o Una vez m s las fuerzas de la antipatria descarg su furia asesina El alentoso crimen que cost la vida del General Jorge Carceres Moni y el secuestro y frio asesinato de su se ora esposa nos demuestran que estos 5 Solicitada Ante los graves hechos de Formosa Clar n Ano 31 N 10635 p 27 7 de Outubro de 1975 Grifos no original O terceiro dia de dezembro havia sido agitado como tantos outros naquele final de ano Al m da a o de Montoneros encontraram se dois cad veres destro ados um em Tucum n e outro em San Fernando O chofer da UOM Alberto Quadrado desaparecido h alguns dias foi encontrado morto em Gar n E o SMATA mesmo com a autoriza o negada pelo Minist rio do Trabalho levantou uma greve ilegal 121 mercenarios no tienen ning n tipo de escr pulos en su decisi n de atentar contra la paz del pa s Con ese acto de barbarie nos dice que quieren empujarnos al caos apoyados ideol gicamente por quienes pretenden sacar beneficio del clima de intranquilidad que eses hechos provocan Est n demostrando sus bajos instintos al reiterar su emboscada criminal y a matar con frialdad que repugna a una indefensa mujer que debi soportar primero la tremenda tortura de ver como asesinaban a su esposo Ning n argentino que se sienta tal puede permanecer indiferente ante hechos como este Porque quienes ejecutaran e idearan estos cr menes renegaran de su condici n de seres humanos para de
6. reestrutura o econ mica e pol tica da Na o levada a cabo pelas For as Armadas Era uma id ia de classe na qual o inimigo era um marxismo com diversos bra os que poderia atingir e agregar os comunistas os socialistas os peronistas de distintas associa es e ainda os trabalhadores sindicalistas os outros empres rios e o pr prio governo Assim v se mais claramente como a luta antisubversiva defendida naquele contexto e no posterior estava intimamente ligada ao projeto econ mico e pol tico de um determinado conjunto social E neste sentido o apelo colocava se no correto espa o no jornal cujo p blico compreend los ia o La Naci n 168 ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n Op Cit 2006 pp 71 115 16 Solicitada A los empresarios del pa s La Naci n Ano 106 N 37353 p 2 28 de Novembro de 1975 176 Mesmo depois da tentativa de Isabelita de transformar seus minist rios OS empres rios da APEGE professavam sua campanha contra o governo e pela intervenc o Iniciaram uma empreitada incentivando o boicote s medidas adotadas e conclamaram uma paralisac o das atividades produtivas do pa s No dia 27 de janeiro a Assembl ia publicou no Clar n e La Naci n uma Solicitada que convocava Sr Empresario ES UD CONSCIENTE de que LA REFORMA IMPOSITIVA propuesta por el Poder Ejecutivo el AVANCE SINDICAL provocado y estimulado por una legislaci n laboral que fomenta la improductividad y la HIPE
7. Pero no saldr n con sus prop sitos El pueblo aplastar los pigmeos que quieren destruirlos Em 5 de outubro essa minoria ganharia algumas outras caracter sticas Al m do ERP e da Triple A os pigmeus seriam formados pelos militares golpistas pela imprensa golpista e liberal e trabalhadores que paralisariam a produg o por motivos duvidosos Todos eles consciente ou inconscientemente impediriam a concretiza o da Revolu o Justicialista e dissociar se iam do Movimento Peronista O que as Organiza es est o reclamando o princ pio de Verticalidade em rela o ao governo e a presidente Neste sentido advertiu que dentro do pr prio movimento dos trabalhadores que deveria apoiar as medidas governamentais sairiam express es que se confundiriam com a subvers o e o golpe A cr tica estava sendo levada neste momento principalmente aos discursos de Vict rio Calabr dirigente da Uni n Obrera Metal rgica sindicato membro das 62 Organizaciones e governador de Buenos Aires Calabr insistia em denunciar a situa o do pa s para a imprensa estrangeira condenando o governo ao seu fim sob a declara o de que daquela forma n o chegaria ao ano de 1977 Tal coloca o ocasionou o rep dio da UOM das 62 Organizaciones e a expuls o de Calabr do PJ Desde incitaciones al golpismo que algunos vienen agitando como una amenaza hasta paros de motivaciones reivindicativas muy dudosas todo
8. ltimos meses de vida Per n j n o saia de sua resid ncia com raras exce es E em um domingo dia 30 de junho de 1974 o l der justicialista j muito debilitado morre de uma parada card aca apesar das in meras tentativas de reaviv lo feitas tanto pelos m dicos quanto por seu Brujo particular Segundo Hugo Vaca Narvaja membro da Condu o Nacional dos Montoneros este movimento havia formado um pensamento cr tico em relag o Per n brigando por seu retorno e depois com seu retorno Neste sentido eles teriam ido Praga naquele dia para discutir sua pr pria hist ria ESQUIVADA Gabriela Noticias de los Montoneros La historia del diario que no pudo anunciar la revoluci n Buenos Aires Sudamericana 2010 p 226 O mesmo argumento afirmado tamb m em depoimentos do document rio Cazadores de Utop as 1995 de David Blaustein Segundo Mariano Plotkin o primeiro de maio havia sido transformado com o peronismo na d cada de 1940 quando se tornou uma festa de trabalhadores para agradecer os benef cios obtidos pela classe e renovar a alian a com o Movimento PLOTKIN Mariano Ben Op Cit 2007 77 GILLESPIE Richard Op Cit 1998 pp 186 188 75 Per n fue llorado durante toda la semana Su muerte signific el fin de un liderazgo de treinta a os sobre la pol tica argentina la conclusi n de un ciclo hist rico que dej flotando la sensaci n de haber perdido a un padre El Movimiento per
9. o de ind strias e abertura das fronteiras aos homens e mulheres de boa vontade E neste ambiente os peri dicos tornam se uma maneira pr tica e moderna para expandir as da 32 opini es sobre os assuntos que estavam na ordem daqueles dias 1 2 1 O Empr stimo de Vozes o Jornal La Naci n Foi com a proposta de discutir estes assuntos que Bartolomeu Mitre fundou o peri dico La Naci n em quatro de janeiro de 1870 na cidade de Buenos Aires Mitre foi general do Ex rcito advogado e jornalista que trabalhara no La Naci n Argentina jornal de Jos Maria Guti rrez Criou o partido Uni n C vica UC e foi presidente da Rep blica Argentina entre os anos de 1862 e 1868 Ao criar o La Naci n Mitre H um estudo de Ricardo Sidicaro sobre o La Naci n intitulado La pol tica mirada desde arriba las ideas del di rio La Naci n 1993 Para os outros dois jornais n o h estudos espec ficos sobre suas hist rias apesar da import ncia destes apenas men es em outros objetos principalmente em biografias de jornalistas e diretores dos jornais Menos ainda existe uma an lise da rela o entre os tr s 31 ULANOVSKY Carlos Paren las rotativas Historia de los grandes diarios revistas y periodistas argentinos Buenos Aires Editora Espasa 1997 pp 13 40 32 Entre estes assuntos discutia se a posi o social do ndio a instala o de ferrovias a localiza o da Capital institucional da rep blica e
10. percebida como a auto imagem daquele visto e a defini o lhe soa como uma ofensa um insulto ou uma priva o quando n o todos esses elementos associados Logo Feres Junior sintetiza o eu define o outro com tipologias de formas e rela es de desrespeito construindo pares contra conceituais assim tricos que se op em Esta oposi o cujos personagens s o alocados de acordo com o contexto e preconceitos exprime uma verdade apenas para um grupo social que a coloca ocasionando um n o reconhecimento daqueles que s o expostos Atrav s dessas constru es do outro podemos perceber que a intera o verbal e as palavras s o fen menos ideol gicos que absorvem a realidade acompanhando sua BAKHTIN Mikhail Op Cit 2006 p 292 FERES JR Jo o 4 hist ria do conceito de Latin American nos Estados Unidos Bauru EDUSC 2004 Recorrendo a Kosselleck Feres Junior coloca que esses pares de contra conceitos s o produtos de um contexto hist rico espec fico mas tamb m de uma acumula o de experi ncias de tempos hist ricos distintos transmitidas para gera es futuras FERES JR Jo o Op Cit 2004 pp 30 37 104 pr pria cria o e de seus discursos interiores ideologia e exteriores comunica o Logo se indiv duos de classes distintas e distintas vis es de mundo usam da mesma l ngua para se expressarem os sentidos de cada uma das palavras enunciadas modificam se organizando e indicando as re
11. stico sociais na d cada de 1970 estavam marcadas fundamentalmente por uma constituig o pol tica na qual os indiv duos associados a qualquer um desses tipos de maleficio social seriam a constru o simb lica do mal e deveriam ser eliminados No entanto suas formas negativizadas tratavam tamb m de disputas no mundo real pois a simples designac o do outro como subversivo e suas variantes eram capazes de moldar e aprisionar pessoas e grupos a mundos de temor e terror e justificava a guerra contra inimigos e o plano de exterm nio Por isso a proposta aqui enfrentar seus conte dos hist ricos e meios de utiliza o em discursos que significavam e re significavam seus sentidos apesar de suas subst ncias comuns E neste trabalho pretendo tamb m enredar pelo conceito oposto e complementar dessa vis o designado pela outra face da viol ncia em suas vertentes de repress o manipula o e censura Estes para a poca estudada tamb m j percorriam os espectros das pessoas que viviam escreviam ou liam tais depoimentos Marcos Novaro e Vicente Palermo sugerem nos uma divis o entre a viol ncia vivida pela sociedade argentina da d cada de 1970 em dois planos de a o com A 6 prire po diversos mundos entre eles Os mundos sugeridos haveriam legitimado a intervenc o ROMERO Luis Alberto La violencia en la historia argentina reciente un estado de la cuesti n In P ROTIN DUMON Anne
12. Dispon vel em www luchaarmada com ar O PRT ERP tratado especificamente mais adiante foi criado em 1970 investiu na luta armada e instituiu em Tucum n uma guerrilha rural a partir da Compa ia Ram n Rosa Jimenez Para mais informa es ver SANTUCHO Julio Op Cit 2005 9 CARNOVALE Vera En la mira perretista las ejecuciones del largo brazo de la justicia popular Dispon vel em http www elortiba org pdf carnovale_j pdf 7 Os documentos de trabalho s o os pronunciamentos em jornais da organiza o principalmente o Estrella Roja as obras do Centro de Estudios del C rculo Militar Argentino e o livro El terrorismo en Argentina produzido pelo Poder Executivo Nacional em 1979 59 duvidosos Isto significa mortes onde h d vidas sobre a autoria ou sua natureza devido s distintas anuncia es ou relatos O citado estudo conclui que as execu es realizadas por aquela organiza o pol tico militar correspondiam ao discurso partid rio vinculado figura identit ria do inimigo e suas defini es te rico metodol gicas O inimigo era associado estrutura de poder um inimigo de classe burguesa e seus agentes de repress o Sobre os Ju zos Revolucion rios a autora afirma que os delitos conden veis a pena de morte eram situa es espec ficas de injusti a social explora o despedir trabalhadores baixos sal rios e etc a cumplicidade com a atividade repressiva no movimento dos trabalhadores ou a
13. Los veinte a os sic que pas en Europa junto al conductor no los pas mirando a los desfiles de modas afirm Isabel Mart nez en uno de sus ltimos discursos presidenciales O terceiro casal Per n se conheceu no Panam onde o l der do Justicialismo estava exilado depois de deposto em 1955 Apesar das muitas hist rias sobre como conhecera Isabel Per n logo haveria de encantar se por esta bailarina que fazia um tour de dan a naquele pa s e que al m de dan ar sabia tocar piano cantar administrar uma casa cozinhar e desta forma transformar sua dif cil vida no ex lio em um ambiente mais agrad vel Per n em concubinato a levou junto consigo por alguns pa ses que lhe abrigaram no per odo de exilado na Venezuela viveriam em Caracas na Rep blica Dominicana estabeleceriam resid ncia na capital Santo Domingo e na Espanha ficariam 13 anos em Madrid Naquela sociedade cat lica e conservadora n o seria mais admitido que Per n vivera abertamente com uma mulher e em 15 de novembro de 1961 o general casou se pela terceira vez Desde quando vivia em Santo Domingo Isabel passara a participar silenciosamente dos interesses e negocia es pol ticas de Per n Nas reuni es n o pronunciava suas opini es ao menos publicamente mas come ou a ingressar nos ambientes pol ticos do peronismo oficial at tornar se delegada do movimento De acordo com Mar a Saenz Quesada Isabel Per n reunia algumas caracter
14. Mais diretamente o Partido Comunista acusou a guerrilha em Tucum n e as opera es militares naquela regi o que pelo terror desejariam proporcionar medo na populac o a fim de que esta acedesse a um golpe para salvar o pa s Em 27 de dezembro por exemplo ante a opera o de assalto ao Batall n 601 levada pelo PRT ERP o PC condena a a o do Ej rcito Revolucionario e abre uma proposta aos outros setores pol ticos para a constru o de um programa comum democr tico Ante los dram ticos llamamientos formulados recientemente por altos jefes de las Fuerzas Armadas de la Iglesia y otros sectores sociales para que todos asuman su responsabilidad en esta hora a ra z del frustrado golpe fascista y de los sangrientos sucesos provocados por el ataque de ultraizquierda al Batall n 601 el Partido Comunista declara que insistentemente viene reclamando una gran reuni n de sectores pol ticos y sociales civiles y militares para acordar en ella un programa m nimo y com n que permite afrontar con xito la actual grave situaci n de emergencia sin que haya encontrado eco hasta el momento Quienes se mantengan pasivos sin tomar la ofensiva pol tica que les corresponde y que las circunstancias exigen asumir n su parte de responsabilidad en el deterioro de la situaci n seguros como estamos y mediante la unidad de la clase obrera y el pueblo de civiles y militares patriotas y antiimperialistas alcanzaremos la vitor
15. a y sociedad en Am rica Latina Caracas Nueva Sociedad 1996 CALVEIRO Pilar Pol tica y o violencia Una aproximaci n a la guerrilla de los 70 Buenos Aires Grupo Editorial Norma 2005 CALVEIRO Pilar Antiguos y nuevos sentidos de la pol tica y la violencia Lucha Armada en la Argentina A o 2 N 4 p 15 2006 Dispon vel em www luchaarmada com ar CAMPIONE Daniel Los comunistas argentinos Bases para reconstruir su historia 1996 Dispon vel em www fisyp org ar CANALETTI Ricardo BARBANO Rolando Todos Mataron G nesis de la Triple A el pacto siniestro entre la Federal el gobierno y la muerte Buenos Aires Grupo Editorial Planeta 2009 CAPELATO Maria Helena Rolim Populismo latino americano em discuss o In FERREIRA Jorge Org O populismo e sua hist ria Debate e cr tica Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2001 pp 127 165 CAPELATO Maria Helena Rolim Propaganda pol tica no varguismo e peronismo caminhos metodol gicos In GUAZZELLI Cezar Augusto Barcellos PETERSEN S lvia Regina Ferraz SCHMIDT Benito Bisso et al Orgs Quest es da teoria e metodologia da hist ria Porto Alegre UFRGS 2000 pp 59 71 CARNOVALE Vera En la mira perretista las ejecuciones del largo brazo de la justicia popular Dispon vel em http www elortiba org pdf carnovale j pdf CARNOVALE Vera El concepto de enemigo en el PRT ERP discursos colectivos experiencias individuales y desplazamientos de sent
16. caracterizando as como viol ncia A subvers o aqui colocada adviria dos setores que promoviam a luta armada e daqueles que assassinavam os trabalhadores e a popula o em geral da repress o clandestina e legal No entanto as castra es provindas das atividades econ micas 6 Solicitada SMATA a los trabajadores mec nicos y a la Opini n P blica del pa s Clar n Ano 30 N 10554 p 14 14 de Julho de 1975 Solicitada Al Pueblo Argentino A los compa eros trabajadores La Naci n Ano 106 N 37349 p 4 24 de Novembro de 1975 67 Idem 128 tamb m eram apontadas como formas de viol ncia criticando os capitalistas liberais e as conseq ncias desta atividade para o setor trabalhista Em 24 de dezembro depois de haver levado adiante outra greve sem autoriza o do Minist rio do Trabalho no in cio do m s este Sindicato assinou uma Solicitada na qual apoiava o governo de Isabel Per n e conclamava unidade solidariedade e organiza o no movimento dos trabalhadores na tentativa de restabelecer o contato Isto porque a paralisa o havia sido repudiada pelos demais setores do Movimientismo e o Sindicato tornava se ileg timo naquele cen rio Isabel Per n es merecedora de nuestros mayores renunciamientos y sacrificios y nuestra responsabilidad no es solo apoyarla sino producir con trabajo fecundo y permanente nuestras mejores condiciones para que pueda cumplir con la tremenda responsabilidad de conducir los dest
17. con los cuerpos tirados en las calles con los asesinatos cometidos por diversas organizaciones con la censura y las proscripciones Las expresiones de la violencia llevadas por un lado por las guerrillas rurales y urbanas y por otro por las represiones clandestinas y legalizadas hac an parte de ese ambiente todav a democr tico e establec a las nociones de enemigos y sus enfrentamientos Leyendo los discursos publicados en las Solicitadas de los peri dicos La Naci n Clar n y La Opini n analizamos las concepciones de la violencia producida simb licamente por la escrita sus distintas interpretaciones en aquel espacio y los sentidos que las palabras que designaban la violencia tomaban forma en cada discurso PALABRAS CLAVES Argentina Violencia Peronismo Represi n VIII ABSTRACT This study examines the discourses about violence its developing and naturalization during the months from June 1975 to March 1976 in Argentina In the government of Isabelita Per n the country lived with the disappearances with arrests and kidnappings with the corpses abandoned on the streets with murders committed by several organizations with censorship and proscriptions The expressions of violence carried on the one hand by rural and urban guerrillas and on the other hand by clandestine and legalized repression were part of this democratic environment and established notions of enemies and their confrontation Reading t
18. cuos o vazio de poder o desgoverno o caos econ mico a confus o social a subvers o moral a desordem e etc Esta estrat gia de legitima o no entanto n o abordava o novo aspecto que as interven es militares na Am rica Latina daquela d cada traziam em sua bagagem Essas ditaduras finalizavam a conforma o de um sistema de autoritarismo para que constitu sse al m da ordem social uma nova ordem econ mica e pol tica De acordo com Hugo Vezzetti Si el objetivo de la dictadura de 1976 apuntaba en verdad a una verdadera refundaci n de la sociedad que extirpara toda disidencia y si en algunos destacados exponentes de esa visi n desquiciada de la Argentina y del mundo se sosten a en una fe integrista que reun a y potenciaba los fanatismos de la cruz y de la espada es claro que tal programa estaba derrotado antes de empezar Assim o objetivo era maior O Processo de Reorganiza o Nacional viria para aliar as pol ticas de repress o com a constru o de outro contexto pol tico sem espa o para o peronismo e as esquerdas e a institui o de uma economia de nova ordem Neste sentido o Processo de Reorganiza o argentino pretendia uma redu o do intervencionismo do Estado a disciplinariza o da sociedade que andava muito mobilizada e a modifica o das estruturas dos partidos pol ticos A reorganiza o era fundamentada no discurso sobre uma verdadeira democracia que s ser
19. daquele mesmo ano Para o PA a raz o seria outra reprimi los Solicitada El ataque a Bidegain Clar n Ano 31 N 10677 p 21 21 de Novembro de 1975 Solicitada El Partido Aut ntico denuncia Clar n Ano 31 N 10717 p 14 5 de Dezembro de 1975 142 No mesmo dia haviam sido detidos Raul Morales integrante da Junta Provincial e Oscar Ricardini da Junta Promotora de S n Nicol s Dias antes haviam sido encarcerados e mantidos incomunic veis Horacio Juarez de San Fernando e Hugo Gallardo de La Plata O mesmo aconteceu em La Matanza Lamas de Zamora Azul Mercedes Luj n Alberti e etc onde a pol cia e o Ex rcito prenderam e mantiveram incomunic veis diversos integrantes do Partido desprezando seus direitos individuais Una vez m s el pueblo sufre en carne propia persecuciones y c rcel Hemos cometido el m s imperdonable de los delitos levantar las banderas hist ricas de nuestro movimiento Verifica se pois mais um tipo de rejeig o viol ncia que n o fora abordado por Marina Franco apesar de a meu ver estar relacionado em dois dos grupos determinados pela autora a viol ncia como guerra e a viol ncia como subvers o Os assinantes destes comunicados negavam a viol ncia promovida pelas a es que se baseavam nos argumentos de ambos os grupos supracitados gerando uma esp cie de nega o da viol ncia como repress o Isto significa que a censura as pris es e desaparecimentos
20. daquilo que solicitam ou seja o suporte em que publicam tais discursos suas posi es econ micas e pol ticas e os desdobramentos delas as condi es gr ficas em que est o posicionadas p ginas tamanhos editora o formas de discurso e etc a historicidade do recurso utilizado e o lugar social que ele ocupa o n cleo do jornal em que se publica enquanto um espa o de sociabilidade e a maneira que ele se coloca no espa o p blico Tania de Luca prop e que trabalhar com a imprensa em nossa disciplina nos possibilita tomar diversas frentes que se dedicam desde compor uma esp cie de hist ria da imprensa at verific la como fonte de discursos e analis los Todavia segundo ela se quisermos tomar a imprensa enquanto fonte e objeto devemos encontrar um ponto de intercess o entre suas dire es diacr nica em di logo entre si e sincr nica em di logo com outros atores hist ricos e desta forma ampliar suas bases de an lise Neste caso trabalharei com tr s atores sociais de uma forma geral a imprensa em que s o publicadas as Solicitadas os agentes que assinam tais comunicados e o p blico dos jornais pesquisados Assim observamos estes tr s componentes como fontes objetos do trabalho e que formam seu universo Saindo da base material da discuss o pretende se analisar como acima brevemente mencionado os conte dos das Solicitadas Ao l las de forma ef mera percebemos que suas discuss es quela poc
21. e outros partidos pol ticos reacion rios Entretanto para os Aut nticos n o importava o quanto os outros iam tentar suprimir o movimento peronista verdadeiro pois o povo era peronista e contra o povo n o haveria mentira que pudesse venc lo por mais violenta que esta fosse Ao contr rio a viol ncia trazida pela repress o e proscri o geraria uma luta mais forte contra esses inimigos Logo o peronismo aut ntico era assentado nas Solicitadas do Partido em duas verdades o sentido nacional da classe trabalhadora e o processo de libera o nacional e social Desta forma defendeu se uma atualiza o da doutrina de Per n dentro do 9 Solicitada Por la Patria Por la Clase Trabajadora y el Pueblo Por Evita y Por Per n Recuperemos el Movimiento Peronista La Naci n Ano 106 N 37291 p 10 25 de Setembro de 1975 140 poder eliminando seus velhos v cios e os traidores e afirmou se a necessidade de um nacionalismo que fosse revolucion rio antiolig rquico e antiimperialista Hoy el falso peronismo ocupa el gobierno para defender los monopolios y enfrentar al pueblo el gobierno es antipopular y por lo tanto antiperonista Su pol tica enfrenta la mayor parte del pa s que lo apoy con m s de siete millones de votos Pero el enemigo se vuelve a equivocar El control del Gobierno y del Partido no paraliza la lucha popular La represi n y la proscripci n no acallan la
22. havia ainda outras duas contesta es a m e que entregou o menino em Ju zo teria em posse documentos de um homem inexistente e os depoimentos de Noble e das testemunhas que supostamente haviam visto a menina ser deixada na porta de sua casa estavam em desacordo e suas testemunhas declaravam n o saber de nada A menina suspeita de ser Matilde Lanuscou A fam lia Lanuscou foi assassinada na localidade de San Isidro em 3 de setembro de 1976 por um Comando do Ex rcito destinado a destruir uma casa operativa da Columna Norte dos Montoneros Na casa encontravam se os tr s filhos de Am lia B rbara Miranda e Roberto Francisco Lanuscou Roberto de seis anos B rbara de quatro anos e Matilde de seis meses Em 1984 uma testemunha declarou que havia visto a crian a menor do casal ser levada com vida pelos militares Sob a den ncia de fraude e sequestro realizou se a exuma o dos cinco corpos N o obstante quatro deles foram encontrados enquanto 6 A mulher movia se pela vingan a devido falta de pagamento dos honor rios de seu marido o advogado Emilio Janj n que cuidara da causa dos bens deixados por Roberto Noble 4 LLONTO Pablo Op Cit 2007 pp 39 65 9 O livro de Marisa Sadi aborda o caso Lanuscou sob a narrativa do desenvolvimento de sua pesquisa Nele a autora quebra determinados paradigmas estagnados pela vers o oficial sobre o operativo que resultou em tais mortes formulando hip teses sobre a referida
23. n a CGT interpretou que naquele momento o demoliberalismo capitalista tentava buscar solu es falsas e n o duradouras para a crise pois estava agindo fora do Justicialismo A solu o segundo a Confederaci n para evitar danos maiores estaria na luta pelos reais interesses da p tria o Justicialismo representado pela figura de Isabel Per n e sem a influ ncia Solicitada No al Lock out patronal Clar n Ano 31 N 10757 p 11 15 de Fevereiro de 1975 123 daquele setor do PJ Desta maneira al m de difundir sua interpretac o da id ia de Justicialismo como programa pol tico para o pa s a CGT defendia Isabel sob sua cust dia ou seja afastando os falsos peronistas dos cargos importantes do governo e no 56 colocando os no comando de suas pol ticas porque como trabajadores y peronistas tenemos la obligaci n de contribuir activa y protag nicamente a la Unidad Nacional por encima de sectores y bander as en el camino de la revoluci n en Paz para grandeza de nuestra patria y felicidad de todos sus habitantes Por ello en un acto de serena reflexi n luego del agotamiento de todas las etapas del dialogo que estamos siempre dispuestos a reanudar en bien de los objetivos nacionales y el bien estar del pueblo el Comit Central Confederal de la CGT resuelve REALIZAR UN CESE DE ACTIVIDADES POR EL TERMINO DE 48 HORAS O enfrentamento com o empresariado e o Estado pelos
24. na pol tica argentina tal constru o n o era uma novidade Como vimos seus debates pol ticos desde os anos 1950 depois da proscri o do peronismo estavam constru dos sobre estes pares contra conceituais que tratavam os discursos pol tico ideol gicos com a ess ncia da luta entre o bem e o mal e que ordenavam tal espa o pela oposi o Na d cada de 1970 e no contexto argentino estes tipos de discurso se aprofundaram e durante o governo de Isabelita tornaram se o discurso chave para explicar as disputas da poca opini o p blica e desta forma angariar um consenso sobre seus projetos para o pa s Observamos anteriormente que o sentimento de v cuos no governo na economia na sociedade construiu uma esp cie de legitimidade de origem de t tulo que possibilitou a interven o das For as Armadas no pa s QUIROGA Hugo Op Cit 2004 194 A hist ria pol tica argentina marcada pelos golpes militares legitimados no estabelecimento da ordem teve mais uma vez o argumento da subvers o como um dos mais importantes no estabelecimento do consenso da interven o porvindoura As For as Armadas e os grupos antiperonistas que apoiavam a interven o no sistema pol tico traziam neste discurso a legitima o das a es que viriam Contudo como vimos as interven es daquela poca tinham como objetivo ligar um sistema autorit rio a um sistema para um novo projeto pol tico e econ mic
25. o de sua reda o Na fase inicial La Opini n era conformado por jornalistas jovens como dizia Timerman um jardim de inf ncia com milit ncia de esquerdas ou progressistas Horacio Verbitisky militava nas Fuerzas Armadas Peronistas FAP que se integraria aos Montoneros a guerrilha mais numerosa da poca Os Alga araz tinham simpatias pela esquerda peronista Luis Guagnini vinha do trotskismo e se aproximava dos Montoneros Osvaldo Tcherkaski militou na Juventud Comunista JC e no Partido Comunista Revolucionario PCR Verbitisky tentou levar para escrever no jornal Rodolfo Walsh jornalista e escritor militante dos Montoneros que criou a Agencia de Noticias Clandestinas ANCLA mas Walsh n o aceitou o convite No entanto sua mulher Lilia Ferreira entrou na reda o para organizar seu arquivo Outros jornalistas ainda viriam da publica o da Confederaci n General del Trabajo CGT Assim o jornal possu a uma vis o bastante simp tica guerrilha e revolu o em v rios ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 p 211 212 DI TELLA Guido Op Cit 1983 pp 18 21 MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 pp 150 158 40 sentidos refletindo uma vis o compartida pelos redatores e parte do p blico entretanto n o seria a opini o de seu propriet rio O segundo momento do La Opini n de acordo Mochkofsky iniciou se em 1973 com o governo de C mpora e uma greve levantada na poca pelos jornalistas que o
26. o do poder pol tico no pa s Como realidade experimentada pela sociedade argentina a viol ncia tamb m fez parte de um universo simb lico que por hora fora traduzido em palavras analisadas NOVARO Marcos PALERMO Vicente Op Cit 2003 189 neste trabalho As palavras que produzem e reproduzem o sujeito s o capazes de dar nomes e sentidos s coisas pensadas e vividas atrav s de suas liga es entre o exterior e o interior entre o individual e o coletivo entre as rela es sociais e a ideologia Assim tudo que se fala desenvolvido na realidade e fruto de homens reais com a es e condi es materiais de vida e no dia a dia pronunciamos essas palavras formando representa es sob nossa pr pria vis o de mundo Neste sentido a reprodu o simb lica da viol ncia e mais especificamente o jogo das palavras refletiram e refrataram os embates gerados naquele contexto social Como observado nas p ginas anteriores entre junho de 1975 e mar o de 1976 a Argentina passava por crises na economia e na pol tica que sobrelevavam o sentido de vazio e que confirmavam o espa o e o tempo de disputa entre as organiza es sociais e pol ticas desejosas de estabelecer seu ideal Neste per odo vivenciaram se manifesta es de trabalhadores contra a pol tica econ mica do governo manifesta es de empres rios e paralisa es da produ o em prol de atender as demandas daquele setor e ordenar aquilo que se cham
27. p 33 e BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 pp 26 59 BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 5 LLONTO Pablo Op Cit 2007 p 136 33 Contudo sua posi o pol tica e suas id ias sobre o peronismo iriam modificar se a partir de 9 de setembro de 1973 Neste dia o grupo armado Ej rcito Revolucionario del Pueblo em sua fra o chamada de 22 de Agosto ERP 22 seq estrou o advogado Bernardo Sofovich em troca de uma Solicitada da organiza o naquele jornal Clar n diante das amea as do grupo aceitou s demandas da organiza o armada e desta forma provocou a ira do sindicalismo peronista Rejeitando o espa o aberto para a publica o de id ias contra o peronismo ortodoxo a resposta foi material A direita sindical ateou fogo na reda o do di rio e acusou os de c mplices de sequestradores Segundo o testemunho do secret rio de reda o do Clar n La publicaci n que se hizo por una cuesti n de vida o muerte suscita una violencia cr tica de Per n y un ataque de matones vinculados a sectores sindicales Ellos se equivocaron porque en lugar de ingresar por la entrada de la calle Tacuar para atacar las rotativas como era su intenci n trataron de entrar por Piedras Justo en ese momento el patrullero de una comisaria que no era la del barrio pas por ah vio lo que estaba pasando se baj un oficial armado dio la voz de alto y como respuesta un balazo le vol la gorra El
28. rias para a libera o da Na o e constru o do pa s como pot ncia A falta de experi ncia e apoio que sofria a presidenta como se observou acima tamb m foi fator favorecedor de instabilidade pol tica e da no o de vazio de poder muitas vezes conclamada por diversas organiza es como versaremos no pr ximo cap tulo Logo mesmo com seus planos de Opera es antisubversivas que foram o princ pio base de interfer ncia do pr prio governo militar que por sua vez manteve algumas das leis anteriores e foi o maior consenso dentro da institui o que realizou o golpe o governo de Isabel Per n n o conseguiu estabilidade no poder n o conseguiu acabar com a subvers o e n o conseguiu sequer terminar seu mandato 100 CAP TULO HI A VERDADE EM SEUS PLANOS AS ORGANIZACOES E AS SOLICITADAS OPINI O P BLICA c Neste cap tulo iremos analisar a verdade segundo seus enunciadores e em seus devidos planos de ac o naquela sociedade Como se desenvolveram as id ias pol ticas em um espago p blico o que se escreveu e como se escreveu numa poca determinada Sabemos que no dia a dia tudo aquilo que pronunciamos ou escutamos provoca no outro uma interpretac o valorativa Fazer se entender sugere que devemos utilizar ent o as express es e palavras corretas e saber como quando e com quem tais enuncia es daquilo pensado ser o compreendidas tal qual comunicado Para entender como os discursos da
29. vel em http www desaparecidos org nuncamas web document nacional decr2772 htm 95 Luta contra a Subvers o Nela as For as Armadas analisavam a situa o do pa s das For as consideradas amigas e inimigas assim como suas organiza es miss es e id ias naquela situa o espec fica que a argentina enfrentava Os inimigos naquele texto eram descritos com uma ideologia agressiva de guerra subversiva fundamentada no marxismo Sua filosofia era promover a guerra e a viol ncia para tomar o poder Neste sentido os outros desejavam conquistar a popula o mundial psiquicamente e para atingir tal objetivo utilizavam se de tr s tipos de estrat gias A Chinoista fundamentada em Mao Ts Tung e que propunha conquistar a sia a frica a Europa e a Am rica do Sul dadas as oportunidades a Corrente da IV Internacional com sua revolu o mundial prolet ria antiburocr tica e permanente e a Corrente da Uni o Sovi tica com base em Cuba e em suas organiza es pol tico militares que na Argentina estariam representadas qualitativa e quantitativamente pelo PRT ERP e o grupo Montoneros aparecendo este ltimo como o mais organizado acionar subversivo sob as id ias do peronismo Assim esta diretriz afirmava uma execu o imediata de medidas e a es previstas para a luta contra estes inimigos que estavam ali objetivamente apontados ERP e Montoneros mas tamb m subjetivamente colocados quaisqu
30. z 27 peronismos verticalizados e etc As direitas e s esquerdas peronistas Per n llamaba capitalismo estatal al socialismo y socialismo nacional a su proyecto de democracia integrada que en realidad era una especie de 26 SIGAL Silvia VERON Eliseo Per n o muerte los fundamentos discursivos del fen meno peronista Buenos Aires Eudeba 2004 27 As direitas peronistas s o consideradas vertentes do movimento integradas pela corrente sindical burocr tica e por grupos empresariais que de alguma forma se beneficiavam com o Pacto Social estabelecido pelo governo ou ainda por organiza es paramilitares que estimulavam o terror em nome de uma bandeira peronista J as esquerdas s o designadas como grupos apoiados na figura de Per n para legitimarem se enquanto movimento social ou partid rio utilizando se de seu discurso a fim de angariar as massas trabalhadoras mesmo n o tendo uma posi o ideol gica equivalente com a proposta de Per n 64 combinaci n del sistema republicano con el corporativo La integraci n consist a seg n sus propias palabras en extraer del Medioevo la idea de corporaci n del capitalismo liberal la idea de libertad individual y progreso t cnico del comunismo la idea de igualdad y justicia social Como un h bil vendedor ambulante Per n extra a de su maleta los t rminos m s adecuados para los o dos de su interlocutor y la coyuntura por la que se estaba atravesando De ese modo la cl sic
31. 151 daqueles que o apoiavam afirmando haver uma institucionalizac o da viol ncia Constatava que os crimes contra o povo deveriam ser respondidos com a execuc o dos inimigos com os assaltos a quart is para obtenc o de armamentos e seq estros de pessoas para angariar fundos guerrilha todas essas a es descritas em suas p ginas Acontece que estes peri dicos circulavam clandestinamente dificultando o trabalho de convencimento e restringindo o contato com a popula o Neste sentido a Frente decidiu publicar Solicitadas em duas oportunidades em 14 de agosto e 22 de outubro de 1975 importante lembrar que em 16 de agosto daquele ano houve um enfrentamento entre o ERP e o Ex rcito na regi o de Las Mesadas de Tucum n no qual morreu o j citado cabo Miguel Juar z e seis militantes do ERP enquanto em 17 de outubro o ERP emboscou um pelot o que realizava uma patrulha nas proximidades de Los Sosas Essas opera es contudo n o foram mencionadas nas Solicitadas assim como nenhuma outra a o do Ex rcito Revolucion rio de forma mais expl cita como colocado a supress o das cita es sobre a guerrilha pode ser explicada pela proibi o de fazer se alus o aos movimentos considerados subversivos Percebendo o peronismo Movimientista e oficial como entreguista e repressivo em ambas Solicitadas a FAS explicitou suas concep es sobre a democracia associando o governo e suas a es arbitrariedade e
32. 1975 h um percept vel crescimento nas publica es mantendo o at mar o de 1976 Esta evid ncia pode ser reconhecida devido ao marco que este m s proporciona na hist ria do pa s Durante junho e julho daquele ano ocorre uma s rie de manifesta es e paralisa es de trabalhadores o Rodrigazo que culminam em uma das maiores greves gerais contra um governo peronista Neste sentido as organiza es pol ticas e sociais passaram a se colocar constantemente diante daqueles fatos e escreviam todos os dias exprimindo suas opini es e exigindo a participa o e consenso popular Para ir ao ponto da discuss o do m s porvindouro onde h o cume das publica es agreguei junho de 1975 a fim de valorizar tamb m o per odo no qual as manifesta es geraram o imperativo mais intenso de mudan a Ent o aqueles documentos seriam analisados entre os meses de junho de 1975 a mar o de 1976 onde se escassa a apari o de tais Solicitadas possivelmente pela repress o do Terrorismo de Estado estabelecendo assim minha delimita o temporal No entanto me faltava ainda uma problem tica mais espec fica daqueles conte dos ou seja formular minhas quest es e meu objeto de pesquisa Apesar da tem tica e as exposi es variadas com a leitura e organiza o das Solicitadas percebi que havia um c rculo argumentativo que girava em torno da quest o da viol ncia no pa s e sua supress o A viol ncia na Argentina sempre foi objeto
33. Ano V N 1251 p 21 22 de Julho de 1975 A mesma Solicitada foi publicada em 19 de julho no di rio Clar n Idem 82 Ver Cap tulo II 136 Vale pena deter se um pouco na categoria de lealdade sugerida pela Solicitada do Partido porque ela delineia a noc o do inimigo Com o falecimento de Per n segundo o proposto pelo comunicado houve um desvirtuamento da categoria de lealdade criando se uma Verticalidade Isabel Contudo citando Per n o Partido opondo se Isabelita instituiu uma lealdade ao povo trabalhador nico herdeiro do l der E aponta que o povo seria o primeiro a sofrer com atitudes de um governo que se dizia popular mas que na verdade provocava lhe rea es de rep dio Porque es un gobierno donde el pueblo no cuenta Ese pueblo que tanto luch para crear las condiciones para el retorno de Per n Derram sangre padeci persecuciones y amarguras en las lapidas de sus sepulcros est n los nombres de muchos inmolados otros yacen no se sabe d nde pero a todos los ca dos hombres y mujeres de nuestra Patria que lucharon y murieron el Partido Peronista Aut ntico los exalta y recuerda con respecto como siempre lo hizo nuestro l der Lo que s es cierto es que ninguno luch por el retorno de Isabel Mart nez y sus amigos la lucha fue por la Vuelta de Per n y el pueblo en el poder A lealdade nesta Solicitada parece ser a categoria que conduz e articula as demais categorias Pel
34. Armadas no plano pol tico tamb m necessitam da sociedade para realizar suas id ias mesmo que esteja fazendo um uso indevido de alto grau de coer o Especificamente para o per odo estudado que culminou no golpe de 1976 Hugo Quiroga prop e que o discurso militar procurou gerar duas formas de consenso da opini o p blica para legitimar suas a es no campo pol tico A primeira forma foi a legitima o de origem de t tulo que obedeceu ao estado de necessidade da interven o pol tica A segunda foi a legitima o de exerc cio que se referia ao poder praticado com coer ncia e sem contradi es aos valores e objetivos militares governantes Este trabalho se baseia fundamentalmente sobre a primeira forma de legitimidade a legitima o de origem A estrat gia levantada pelas For as Armadas e demais grupos sociais que apoiavam a interven o no sistema pol tico foi motivada Distancia se por esta proposi o da an lise sobre as For as Armadas de Alain Rouqui que afirma para o sistema pol tico argentino aquilo que chama de partidos militares Estes grupos interviriam no sistema pela for a impondo pol ticas renegadas pela opini o p blica ROUQUI Alain El Estado militar en Am rica Latina Buenos Aires Emec Editores 1984 pp 337 344 QUIROGA Hugo Op Cit 2004 pp 35 43 50 pelas sucessivas crises durante o Terceiro Peronismo que geravam na sociedade sentimentos de v
35. Badell Suriol de Pujadas Jos Mar a Pujadas Valle Jos Mar a Pujadas Badell Mar a Jos Pujadas Mirtha Buto de Pujadas e Mariano Pujadas este ltimo membro da agrupa o Montoneros que escapou da pris o de Trelew mas foi assassinado no Massacre de 22 de agosto de 1972 foram seqiiestrados no dia 14 daquele m s em C rdoba e assassinados pela Triple A Mirtha saiu ferida do atentado mas viva e p de dar seus relatos sobre o acontecido No entanto essas explica es n o estavam descritas no comunicado promovendo interpreta es pol ticas gerais e igualando o ERP 444 Desta forma as 62 Organizaciones escreveram Son los grupos minoritarios que se han venido moviendo desde el momento mismo que el pueblo accedi al gobierno y al poder Son los mentores y ejecutores de la subversi n ap trida que quiere sumirnos en la peor dependencia en un sojuzgamiento material e ideol gico que sirva a los prop sitos de sus amos de turno Os extremos antag nicos s o unidos pois pelo dio e pelo desejo de acabar com a paz em um momento de reconstru o do verdadeiro peronismo Assim promoveriam o caos e a desordem para que n o se pudesse trabalhar pelo pa s e pelo sentimento argentino ao fim pela id ia da Pot ncia Argentina Uma reconstrug o poss vel segundo a Organiza o pela alian a com o movimento centralizado nela Para as 62 Organizaciones os fins e os meios da viol ncia destes inimigos ac
36. Buenos Aires Ediciones IPS 2007 DOCUMENTOS DE AN LISE Boletin Informativo del Partido Peronista Aut ntico Ano 1 N 2 p 5 Junho Julho de 1975 Jornal Clar n entre os meses de julho de 1975 e fevereiro de 1976 dispon vel para consulta no acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional em Buenos Aires Jornal El Aut ntico entre os meses de setembro e novembro de 1975 dispon vel para consulta no acervo do Centro de Documentaci n e Investigaci n de la Cultura de Izquierdas en Argentina Jornal La Naci n entre os meses de junho de 1975 e fevereiro de 1976 dispon vel para consulta no acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional em Buenos Aires Jornal La Opini n entre os meses de julho de 1975 e fevereiro de 1976 dispon vel para consulta no acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional em Buenos Aires Resoluciones del V Congreso del PRT El Combatiente 1973 Revista Estrella Roja entre os meses de junho de 1975 e fevereiro de 1976 dispon vel para consulta no acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional em Buenos Aires Revista Evita Montonera entre os meses de junho de 1975 e fevereiro de 1976 dispon vel para consulta no acervo do Centro de Documentaci n e Investigaci n de la Cultura de Izquierdas en Argentina 207 Revista Las Bases dos meses de junho julho e agosto de 1975 dispon vel pra consulta no acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional em Buenos Aires S TIOS ELETR NICOS CONSULTADOS http www
37. Espanha Tinha como principal fun o realizar visitas pol ticas ao pa s e levar mensagens de Per n para seus destinat rios Apesar de muita controv rsia foi indicada para o cargo de vice presidenta nas elei es que retornou com Per n presid ncia da na o e assumiu o governo quando este faleceu em 1 de julho de 1974 Era uma mulher esguia que diminu a ao longo de seu governo e se tornava cada dia mais fraca Com uma voz estridente e os cabelos arrumados de uma maneira que engrandecia sua cabe a seus gestos imitavam aos de Eva Per n querendo inevitavelmente tra ar um quase imposs vel paralelo entre ela e a Santa Evita Sua pretensiosa tentativa obviamente iria fracassar e a pequena figura ficaria para a hist ria do pa s como protagonista por uns e coadjuvante por outros de um governo conturbado com crises e sem apoio pol tico respons vel pelo crescimento da viol ncia PIRE boer 2 dando poder a personagens tem veis e in cio a um terror de Estado QUESADA Maria S ez Isabel Per n La Argentina en los a os de Mar a Estela Mart nez Buenos Aires Grupo Editorial Planeta 2003 Governou durante um ano e nove meses E neste per odo as publica es de Solicitadas tornaram se reiteradamente instrumentos de comunica o entre as organiza es o governo a sociedade e o p blico leitor dos di rios Apareciam mais e mais com o decorrer dos dias estabelecendo di logos entre si at que em julho de
38. Fraudulenta b Ortiz 1938 43 2 Democracia a Frondizi 1958 66 Prescritiva b Illia 1963 66 Regimes Democr ticos Total 18 anos Democracia com 1 Irigoyen 1916 22 Participa o Plena 2 Alvear 1922 28 3 Irigoyen 1928 30 4 Per n 1946 55 5 Per n 1952 55 6 C mpora Lastiri Per n Isabel 1973 76 Total 26 anos QUIROGA Hugo El tiempo del proceso Conflictos y coincidencias entre pol ticos y militares 1976 1983 Rosario Homo Sapiens Ediciones 2004 pp 19 23 49 Regimes 1 Uriburu 1930 32 Militares 2 Ramirez Farrel 1943 46 3 Leonardi Aramburu 1955 58 4 Guido 1963 5 Ongan a Levingston Lanusse 1966 73 6 Videla Viola Galtieri Bignono 1976 83 Total 22 anos Figura 5 Quadro retirado de Quiroga 2004 pp 37 38 Atrav s do esquema acima exposto podem se verificar no sistema pol tico argentino diversos momentos de ilegitimidade de governo que colocaram em risco o sistema democr tico do pa s e ilegalizaram no Todavia estes golpes contra a democracia devem ser analisados como frutos das disputas pelo poder que s o internos e externos institui o das For as Armadas Segundo o autor as For as Armadas parte do Estado desejam praticar pol tica e por isso entram no cen rio da competi o com as demais for as pelo poder Essas for as do Estado ou da sociedade aliam se ou confrontam se de acordo com o momento hist rico vivido Portanto as For as
39. General del Trabajo CGT como centro das decis es pol ticas e deslocou os interesses da Confederaci n General Econ mica CGE e dos empres rios margem da pasta ministerial Estes insatisfeitos decidiram boicotar muitas das decis es governamentais provocando um imenso choque de interesses No princ pio do ano de 1976 o governo de Isabel Per n tentou uma nova alian a com o empresariado e os militares nomeando Em lio Mondelli presidente do Banco Central da Rep blica Argentina ao Minist rio da Economia Desta vez as manifesta es dos trabalhadores n o foram suficientes para conter tal decis o e tampouco aqueles beneficiados se interessaram pelo pacto Assim desagradando os trabalhadores e os empres rios a situa o do pa s desestabilizou se ainda mais e o governo perdeu todas as suas bases de sustenta o Uma s rie de paralisa es de ambos os setores foram iniciadas ocasionando o desabastecimento do pa s e o desgaste pol tico do governo Essa confus o pol tica e instabilidade haviam comprometido a sa de da presidenta que em um ano retirou se duas vezes de licen a para descansar Na ltima delas Isabel pensou em renunciar mas foi impedida por seus aliados do sindicalismo Vertical que ainda a viam como a herdeira do peronismo no poder Na madrugada de 24 de mar o de 1976 Isabel Per n foi conduzida a um helic ptero no terra o da Casa Rosa e levada ao aeroporto metropolitano onde lhe informaram que as Fo
40. Inimigos Sobre Como se Tornou Legal a Guerra Antisubversiva Desde o governo de Per n podemos perceber a tentativa de estabelecer uma esp cie de legaliza o do aniquilamento de sujeitos opositores ao Movimientismo e ao peronismo ortodoxo sob o argumento de viol ncia e luta contra os inimigos A viol ncia tratar se ia nestes casos ora como um acionar de infiltrados na pol tica peronista e aqueles com ideais marxistas todos eles ditos subversivos ora como necess ria para elimina o desses sujeitos tornando se n o mais uma viol ncia no entanto uma repress o de car ter positivo Desta forma o governo de Isabelita aprofundou o discurso e a pr tica que determinavam a responsabilidade social e pol tica pela luta antisubversiva designando s For as Armadas um maior poder de a o repressora no territ rio argentino Neste espa o veremos a constitui o da legalidade da luta antisubversiva e suas maneiras de construir uma identidade protetora do mbito social e outra onde se encontra o inimigo justificado pelos mundos de Temor e de Terror SANTUCHO Julio Op Cit 2005 90 Ainda no ano 1974 seu governo haveria de assinar sua primeira lei chamada de Lei Antisubversiva Nela estabeleciam se diversas penalidades as atividades e indiv duos que promovessem a es suspeitas em todas as suas formas de manifesta es Entre tr s a oito anos de pris o seriam punido
41. Jorge Rafael Videla em 25 de maio de 1976 Dispon vel em http www nuncamas org document militar discvide htm 48 fundamentada na constitui o Segundo o autor desde os anos 1930 a popula o vem apoiando a articulag o entre governos civis e militares e desta maneira modificando os sistemas pol ticos atrav s da quebra da constituig o e do suporte da opini o p blica que justificou regimes ilegais sobrepondo os a governos legais no entanto ileg timos A legitimidade de um sistema de acordo com Quiroga significa o reconhecimento de sua legalidade ou seja o sistema leg timo quando apoiado em legisla es que o regulam Por outro lado a legitimidade de um governo diferente ela implica no apoio social que este possui para seguir adiante no poder Em democracias est veis a legitimidade de um governo varia de acordo com a situa o mas n o atinge a garantia de legalidade de seu sistema Contudo em democracias inst veis h uma confus o entre ambas as legitimidades e o apoio social ao governo pode ser t o pequeno que coloca em risco a legitimidade de seu sistema Devido as diversas democracias inst veis no pa s Quiroga prop e que a legitimidade do sistema democr tico da sociedade argentina foi por muitas vezes rompida autorizando uma ilegalidade em seu sistema O sistema pol tico argentino Diversos Regimes 1916 1983 Democracia com 1 Democracia a Justo 1932 38 Participac o Restringida
42. Mais informa es ver ARA JO Maria Paula Mem rias comparadas das esquerdas no Brasil e na Argentina o debate na luta armada Dispon vel em http Awww historal kit net maria paula araujo pdf TARCUS Horacio Notas para una cr tica de la raz n instrumental a prop sito del debate en torno de la carta de Oscar del Barco Pol ticas de la Memoria Buenos Aires N 6 7 p 18 2006 2007 10 TARCUS Horacio Op Cit 2006 2007 pp 19 20 57 Galimberti Luciano Benjamin Men ndez Jorge Rafael Videla e Emilio Eduardo 11 Massera Ning n justificativo nos vuelve inocentes No hay causas ni ideales que sirvan para eximirnos de culpa M s all de todo y de todos incluso hasta de un posible dios hay el no matar s Frente a una sociedad que asesina a millones de seres humanos mediante guerras genocidios hambrunas enfermedades y toda clase de suplicios en el fondo de cada uno se oye d bil o imperioso el no matar s En este sentido podr a reconsiderarse la llamada teor a de los dos demonios si por demonio entendemos al que mata al que tortura al que hace sufrir intencionalmente Si no existen buenos que s pueden asesinar y malos que no pueden asesinar en qu se funda el presunto derecho a matar Qu diferencia hay entre Santucho Firmenich Quieto y Galimberti por una parte y Men ndez Videla o Massera por la otra Si uno mata el otro tambi n mata Esta es la l gica criminal de la violencia
43. N Eva La raz n de mi vida Buenos Aires Buro Editor 2004 PER N Juan Domingo La comunidad Organizada Buenos Aires Quadrata 2007 PLIS STERENBERG Gustavo Monte Chingolo La mayor batalla de la guerrilla argentina Buenos Aires Planeta 2009 PLOTKIN Mariano Ben Ma ana es San Per n propaganda rituales pol ticos y educaci n en el r gimen peronista 1946 1955 Caseros Editorial de la Universidad Nacional de Tres de Febrero 2007 POZZI Pablo Hist rias del PRT ERP II Entrevistas con Humberto Tumini Buenos Aires Imago Mundi 2008 205 QUADRAT Samantha Viz O direito identidade a restitui o de crian as apropriadas nos por es das ditaduras militares do Cone Sul Revista de Hist ria S o Paulo N 22 pp 167 181 2003 QUADRAT Samantha Viz Os por es internacionais da repress o In FICO Carlos CASTRO Celso Martins Ism nia et al Orgs 1964 2004 40 anos do golpe Ditadura Militar e Resist ncia no Brasil Rio de Janeiro 7 Letras 2004 QUESADA Mar a S enz Isabel Per n La Argentina en los a os de Mar a Estela Mart nez Buenos Aires Planeta 2003 QUADRAT Samantha Viz 4 repress o sem fronteiras Persegui o pol tica e colabora o entre as ditaduras do Cone Sul 2005 223 f Disserta o Doutorado em Hist ria ICHF Universidade Federal Fluminense Niter i QUESADA Mar a S ez Isabel Per n La Argentina en los a os de Mar a Estela Mart nez Buenos Aires Grupo E
44. Novembro de 1975 171 Minist rio do Trabalho deixando margem a organiza o dos empres rios e suas opini es sobre como administrar as pol ticas econ micas Assim os novos titulares mantiveram estreita rela o com o sindicalismo vertical mas afastando se da extrema direita peronista e de alguns setores do empresariado Contudo o poder de arbitragem do governo no Pacto Social j havia sido rompido pelo modelo anterior do Minist rio de Celestino Rodrigo e esta situa o acabou por dificultar o trabalho do novo ministro Logo Cafiero decidiu aumentar os sal rios reais dos trabalhadores e corrigir os pre os de alguns bens e servi os importantes n o levando em conta a atividade industrial reduzida e os aumentos dos pre os e provocou um problema para a economia do pa s Em novembro tal situa o econ mica associava se conjuntura pol tica na qual a presidenta voltava de uma licen a de sa de e de seu retiro em C rdoba e havia deixado o senador talo Luder em exerc cio do poder Em seu regresso os sindicalistas pressionaram na para que ela reassumisse o governo e com o apoio deles decidiu continuar seu mandato Neste ambiente a CGE apontou em sua Solicitada que o governo n o estava tomando as medidas que o pa s reclamava e que com os setores trabalhistas no poder colocava se em risco a ordem do pa s Por su parte ciertos sectores laborales parecen no advertir los riesgos de una actitud que ti
45. Org Historizar el pasado vivo en Am rica Latina Dispon vel em http etica uahurtado cl historizarelpasadovivo es contenido php CALDEIRA Teresa Pires do Rio La delincuencia y los derechos individuales redefiniendo la violencia en Am rica Latina In JELIN Elisabeth HERSHBERG Eric orgs Construir la democracia derechos humanos ciudadan a y sociedad en Am rica Latina Caracas Nueva Sociedad 1996 pp 213 227 gt NOVARO Marcos PALERMO Vicente Historia Argentina La dictadura Militar 1976 1983 Del golpe de Estado a la Restauraci n Democr tica Buenos Aires Paid s 2003 Idem do Estado em 1976 e mantido o consenso sobre a necessidade das For as Armadas no poder No primeiro plano da viol ncia vivida pelos argentinos de uma forma mais abrangente os autores averiguam o Estado em um Mundo do Terror Este mundo encadeou m todos repressivos de sequestros deten es clandestinas e desapari es destinados simultaneamente aos mbitos internos e externos pol ticos e militares O Mundo do Terror separava a sociedade entre pessoas perigosas e o restante delas potenciais auxiliares na tarefa de reprimir o c rculo temido O segundo plano proposto por Novaro e Palermo composto pela vida cotidiana influenciada pelas no es de seguran a e de temor O Mundo de Seguran a era vivido pelas pessoas comuns e mantinha se pelos argumentos do Mundo do Terror mesmo afirmand
46. Siempre los asesinos tanto de un lado como del otro se declaran justos buenos y salvadores Pero si no se debe matar y se mata el que mata es un asesino el que participa es un asesino el que apoya aunque s lo sea con su simpat a es un asesino Y mientras no asumamos la responsabilidad de reconocer el crimen el crimen sigue vigente l Permito me realizar abaixo um pequeno resumo sobre os citados na Carta Mario Roberto Santucho Robi foi um dos fundadores do PRT ERP que promoveu o foco guerrilheiro na prov ncia de Tucum n Para mais informac es ver SANTUCHO Julio Los ltimos guevaristas La guerrilla marxista en la Argentina Buenos Aires Ediciones B Argentina 2005 Mario Firmenich foi um dos fundadores e parte da Conduci n Nacional dos Montoneros movimento peronista que promovia a guerrilha urbana sob fundamentos peronistas Para mais informac es ver GILLESPIE Richard Op Cit 1998 Roberto Quieto era advogado participante da Conduci n Nacional dos Montoneros Foi sequestrado em fins de 1975 na praia de San Isidro e condenado de traig o pelo Ju zo Revolucion rio Para mais informa es ver LARRAQUY Marcelo Fuimos Soldados Historia secreta de la contraofensiva montonera Buenos Aires Aguilar 2006 p 117 Rodolfo Galimberti foi membro dos Montoneros e parte da Secretaria Militar da Columna Norte Tal coluna era apreciada por sua milit ncia nas f bricas e em bairros pobres Galimberti conhecido por se
47. a guerra contra os subversivos tais reportagens expunham como se afetava queles que n o participavam daquela luta Observa se que nas Solicitadas o tema sobre a guerrilha n o aparecia Isto pode explicar se pela Lei Antisubversiva que proibia a alus o de qualquer tipo de propaganda ou promo o destes movimentos considerados subversivos Nas publica es clandestinas contudo as a es e consequ ncias da guerrilha rural e urbana eram o foco principal E sua repress o o principal inimigo Nas Solicitadas por sua vez o inimigo era quem promovia a viol ncia contra o povo E deste modo invertia se o sentido da categoria de caos o caos seria promovido pelas for as que deveriam combat lo O caos seria sua pr pria repress o E o mesmo ocorria com a pr pria categoria de subvers o Ela era questionada nos diversos meios de intera o com a sociedade enquanto seu grau de sujei o que justificava as a es contra o povo invocando la lucha contra la subversi n intervienen las fuerzas represoras en Villa Constituci n y San Lorenzo nos preguntamos a qu subversivo se persegu a cuando se ocupa militarmente la zona y se detiene a su conducci n sindical tambi n ignoramos a qu subversivo se persegu a cuando se dinamitan estaciones ferroviarias en Tucum n y secuestran y fusilan militantes peronistas firmando con el nombre de una organizaci n guerrillera Em Solicitada publicada no La Opini n e La Naci n
48. a Saenz Op Cit 2003 p 105 44 JANZEN Ignacio Gonz lez La Triple A Buenos Aires Editorial Contrapunto 1986 pp 16 17 71 direita at a esquerda que negavam o nacionalismo burgu s e denunciavam o fascismo Aqueles que permaneceram com os ideais fascistas apoiaram a ditadura de 1966 e posteriormente se integraram a chamada direita peronista O primeiro atentado da Triple A foi articulado em 21 de novembro de 1973 contra o senador da UCR Hip lito Solari Yrigoyen Dias antes de uma bomba ser colocada em seu carro Yrigoyen havia votado contra o projeto de Lei de Associa es Gremiais e por isso foi acusado pelo l der sindicalista Lorenzo Miguel de inimigo p blico da classe trabalhadora organizada Neste dia Hip lito Yrigoyen recebeu um bilhete no qual se lia tr s vezes a letra A Na seguinte manh seu carro iria explodir causando lhe graves queimaduras nas pernas No hospital a v tima receberia a visita de Isabel e L pez Rega o que segundo ele lhe pareceu uma cena que ocurren en las pel culas de la mafia cuando el capo asiste a los funerales de su v ctima Isabelita como era habitual estaba en las nubles Al ver mi estado chist y dijo Que quieren estos desalmados De acordo com alguns testemunhos havia oito c lulas operativas da Triple A e cada uma delas tinha um chefe quatro homens e um apoio Todos seus membros eram respons veis pelas execu es cujas v timas eram peronistas de esquerda
49. a democracia naquele pa s acostumamo nos a ver o cinema tratando da ditadura e suas consequ ncias de forma mais ou menos pol tica mais ou menos violenta E assim transformaram na em uma das maiores tem ticas cinematogr ficas argentinas No entanto El secreto de sus ojos rompe com essa tradi o do cinema e nos traz o per odo de Isabelita O filme aborda uma Argentina pr ditatorial onde se iniciava a El secreto de sus ojos 2009 de Juan Jos Campanella 188 conviv ncia com a morte e com o medo e suas naturaliza es Um pa s onde her is e vil es coexistiam e confundiam se vil es sa am da escurid o para tornarem se her is mas n o eram retirados de sua pr pria vilania que lhes qualificava para participar daquela guerra entre o bem e o mal Her is assim vistos por si mesmo ou por seu entorno social eram designados vil es pelo outro justificando sua ca a e desaparecimento A viol ncia vivida pela sociedade argentina naquele per odo come ava a provocar a divis o social entre as pessoas perigosas e o restante delas Esta separa o explicava a guerra contra a subvers o e o Mundo de Terror movido pelo Estado que transformava todos aqueles dentro do c rculo perigoso em subversivos e os de fora em potenciais sujeitos de repress o Na vida cotidiana as pessoas viviam nos esquemas de Mundos de Seguran a e Temor que experimentavam com o
50. a hist ria de David Graiver ver GASPARINI Juan David Graiver El banquero de los montoneros Buenos Aires Editorial Norma 2007 62 MOCHKOFSKY Graciela Timerman El periodista que quiso ser parte del poder 1923 1999 Buenos Aires Sudamericana 2003 pp 264 270 35 cuidava dos tr mites da adoc o da menina abandonada alegou que uma mulher de nome Carmen Luisa havia entregado outro beb para adoc o no mesmo Juizado Coincidentemente o beb que era um menino havia sido deixado mesma ju za que cuidava de seu caso Ofelia Hejt Tomando ci ncia e sensibilizando se pela crianca Ernestina resolveria tamb m adot la Contudo muitas s o as contradi es de seu relato Em 1995 a mulher de um ex advogado de Noble Ana Elisa Feldman de Janj n denunciou La Viuda pelas irregularidades destas ado es Oferecendo como provas os registros de ado o das crian as descobriu se que nos documentos apresentados faltavam men es da maternidade da paternidade do lugar de nascimento e do n mero de registro de pessoas Naquela poca e apesar das den ncias constantes de Jaj n nenhum juiz aceitou abrir o processo contra Noble Isto se modificou com a interfer ncia da organiza o das Abuelas de Plaza de Mayo que tomaram a frente nos processos cujos querelantes s o Carlos Miranda para o caso de ado o da menina e Estela Gualdero para o caso do menino A advogada das Abuelas percebeu que al m dos documentos adulterados
51. aprofundamento se deu no governo de Isabel Per n foi o Lopezreguismo Apesar de adiante esta ser tratada com maior afinco apontaremos aqui que esta corrente com o nome de seu maior influenciador defendia os interesses da direita peronista e do empresariado nacional e internacional e agregava m todos repressivos de elimina o da dissid ncia e da esquerda peronistas O primeiro encontro entre Isabel Per n e L pez Rega deu se em 1965 em sua citada viagem ao Paraguai Isabel naquela miss o resolveu alongar sua estadia e ir a Buenos Aires Surpreendentemente pediu a organiza o de alguns atos p blicos para receb la e para reafirmar a lealdade ao seu marido principalmente com o ato de 17 de 2 SANTUCHO Julio Op Cit 2005 pp103 104 2 LANUSSE Lucas Montoneros El mito de los 12 fundadores Buenos Aires Ediciones B Argentina S A 2005 pp 184 188 65 outubro e desta forma frear o poder real que ganhava um dos l deres sindicalistas na poca Augusto Vandor assassinado anos depois No dia 10 de outubro Isabel chegou Argentina Esta visita foi marcada por muita movimenta o e extrema vigil ncia tanto por parte dos militares que queriam observar de perto o que ela viera fazer ali quanto por parte daqueles que estavam a cargo de sua seguran a e prote o Em uma de suas reuni es pol ticas L pez Rega se fez presente e Isabel Per n o chamou para uma conversa privada realizada dias depois A
52. cancha de f tbol habremos llevado doce quince mil personas reflejo del proceso de crecimiento pol tico que se dio en ese periodo Gustavo Plis Sterenberg contudo nos afirma que no mesmo VI Congresso da FAS referenciado por Tumini em entrevista Pozzi e realizado no Clube de Tiro 5 Isto Federal de Ros rio havia sido calculado cerca de 25 mil participantes demonstraria que esta Frente ganhava um status importante para o movimento e a guerrilha naquele ambiente Durante os meses analisados como anteriormente dito a Frente Antiimperialista y por el Socialismo publicou duas Solicitadas no jornal La Opini n jornal este voltado para leitores de estudantes universit rios e c rculos da classe m dia Logo publicar sob a assinatura da FAS naquele jornal cujo p blico poderia conhecer a organiza o e saber quem s o seus integrantes significava a possibilidade de entendimento de quem o assinava entre outros um Partido clandestino com um ex rcito revolucion rio Portanto era uma tentativa de quebrar a barreira da falta de publica es legalizadas para divulga o de suas id ias O PRT ERP possu a dois peri dicos quela poca Estrella Roja que trazia not cias sobre a guerrilha de Tucum n e El Combatiente que trazia an lises pol ticas sobre o momento em que se vivia El Combatiente possu a um n vel pol tico mais aprofundado que de acordo com Tumini abria espa o para uma leitura mais ampla e por isso
53. con las palabras y promesas Mesmo sendo alvo da repress o inclusive criando ligas de direitos humanos que denunciavam mortes e desaparecimentos de seus membros o PC defendeu o Gabinete e a exist ncia de setores progressistas dentro das Forgas Armadas at o ano de 1982 E esta parece ser sua maior contradic o uma vez que defendia aquela ditadura mesmo sendo reprimido por ela Neste trabalho analisaremos dois tipos de Solicitadas que foram publicadas nos jornais durante os meses estudados as do Partido Comunista seu Comit Executivo e suas ramifica es pol ticas que implicaram nas interpreta es sobre a viol ncia do pa s e aquelas da Liga por los Derechos del Hombre uma das organiza es do Partido que conjuntamente a Asemblea Permanente por los Derechos Humanos APDH lidou com a luta pelos direitos do homem no andamento da pol tica antisubversiva que iniciava se Neste sentido interpretaram se quatorze Solicitadas Treze destas foram assinadas pelo Partido cinco no Clar n e oito no La Opini n e outra da referida Liga publicado no La Opini n Observa se pois que nenhuma delas est no La Naci n jornal marcado pelo anticomunismo contudo nos outros jornais que dialogavam com setores da sociedade cujo Partido desejava uma alian a e com leitores que n o eram t o apontados pelo estado anticomunista quanto os leitores do La Naci n Nestes escritos o Partido Comunista escreveu fundamentalmente pela defesa
54. condenadas morte pela Triple A entre elas estavam o bispo de La Rioja Enrique Angelelli Julio Troxler o dirigente montonero Roberto Quieto e o intelectual marxista Silvio Frodizzi Todos eles foram assassinados no governo do Terceiro Peronismo ou na ditadura militar 52 O ex chefe da PF Miguel ngel I iguez iria ser destitu do por haver prendido Mario Firmenich Montoneros e o liberado dias depois H especula es contudo que a atitude de Per n por sua substitui o tenha sido motivada devido a sua decis o de n o reincorporar L pez Rega na PF Villar por sua vez iria n o apenas reincorpor lo na institui o como tamb m apoi lo intensamente na luta pela elimina o do inimigo Para ele a repress o deveria ter car ter internacionalista e com este intuito a Pol cia Federal argentina passaria a colaborar com as ditaduras do Cone Sul antecipando o Plano Condor e assassinando diversas pessoas que haviam pedido ex lio no pa s LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 270 293 VEZZETTI Hugo Op Cit 2002 p 64 SIGAL Silvia VER N Eliseo Op Cit 2004 pp 220 221 74 A ruptura ficaria evidente durante o famoso epis dio no Dia dos Trabalhadores daquele ano de 1974 tendo a Plaza de Mayo como palco A Tendencia Revolucionaria havia levado um n mero de aproximadamente 60 mil pessoas em um total de 100 mil para a pra a naquele 1 de maio a fim de ouvir o ent o presidente proferir seu
55. conturbado governo e a hist ria que o procedeu Mesmo que pouco abordada esta mulher tornou se a sucessora constitucional de Per n sendo inclusive chamada por alguns na poca de herdeira pol tica do peronismo Fora preparada para auxiliar na campanha pelo retorno do peronismo ao poder e na investida direita deste movimento pol tico sendo a principal confidente de seu marido em sua resid ncia Durante a decis o da chapa para concorrer presid ncia nas elei es de 1973 apesar das posi es contr rias conseguiu o apoio de algumas das correntes peronistas para compor a f rmula pol tica do Partido Justicialista e MART NEZ Tom s Eloy La novela de Per n Buenos Aires Punto de Lectura 2007 p 34 MART NEZ Tom s Eloy Santa Evita Buenos Aires Punto de Lectura 2007 53 influenciou as decis es de seu marido na formac o do gabinete presidencial quando Per n Per n sa ram vitoriosos das urnas Com o falecimento de Per n em 1 de julho de 1974 Isabel assumiu a presid ncia cujo governo tinha o objetivo de levar adiante o peronismo e dar continuidade a Revoluc o Justicialista Era ela a figura que deveria unificar o Partido e as demais organiza es peronistas entre os anos de 1974 e 1976 Portanto se ela nunca fora a protagonista da hist ria pol tica dos anos 1970 ou do peronismo desde os anos 1940 Isabel p de aparecer por entre as rvores e os personagens principais destes en
56. da imprensa enquanto uma organiza o privada cuja caracter stica vender e negociar informa o a coloca como empresa que pretendia o lucro e estaria sendo afetada com as pol ticas econ micas p s Rodrigazo Assim diziam se na tentativa de dialogar com as pol ticas do governo questionando suas posi es de forma liberal mas o que constitu a era um clima de instabilidade e ilegitimidade A Asociaci n de Entidades Period sticas Argentinas juntamente com a 179 Asociaci n de Editores de Diarios de Buenos Aires a Asociaci n Argentina de Editores de Revistas e a Asociaci n de La Prensa T cnica Argentina em 18 de agosto de 1975 publicaram no La Naci n um comunicado reclamando sobre a ag ncia oficial TELAM Esta ag ncia que desde 1968 canalizava a publicidade oficial inclusive as de 75 Alguns estudos j se debru am sobre o posicionamento de determinados peri dicos e suas participa es durante a ditadura militar argentina como j abordado em cap tulos anteriores 7 Solicitada Al Sr Ministro del Trabajo a la opini n p blica a nuestros lectores La Naci n Ano 106 N 37333 p 3 8 de Novembro de 1975 77 Idem 7 KUSHNIR Beatriz Op Cit 2004 Esta associa o AEDBA era conformada pelo grupo Clar n 179 empresas estatais segundo as associa es assinantes dos comunicados vinha acumulando uma d vida no valor de trinta bilh es de pesos argentinos Al m de n o receberem elas afirmava
57. de Per n associado a Carlo Spadone Rega como diretor geral do peri dico colocou sua filha Norma L pez para exercer o papel de diretora das rela es pol ticas e gremiais da publica o A partir do sexto n mero da revista incluiu se no conselho institucional o Movimiento Nacional Justicialista a Confederaci n General del Trabajo as 62 Organizaciones Peronistas e o Partido Justicialista Humberto Cucchetti divide a publica o em dois per odos distintos Um primeiro de sua primeira edic o at meados de 1973 no qual Las Bases tentou integrar as rela es de for a da sociedade principalmente militares jovens militantes e sindicalistas E um segundo per odo de 1973 ao seu fim em agosto de 1975 ela foi marcada pelas rela es entre o peronismo e as pol ticas de direita Para o per odo estudado Las Bases foi publicada em tr s meses junho julho e agosto de 1975 encerrando sua divulga o com o argumento de problemas econ micos para continuar o empreendimento Contudo como acima exposto neste per odo o governo sofreu com uma enorme ilegitimidade por causa das manifesta es do Rodrigazo desenredando no afastamento de L pez Rega respons vel pela revista Em seus artigos entrevistas declara es e comunicados distribu dos em 50 p ginas Las Bases procurou dedic los a feitos do governo peronista e acontecimentos que reclamariam a necessidade de uma purifica o do movimento extirpando o marxismo infil
58. de Pol cia da Prov ncia de Buenos Aires liderou o operativo que iria prender o pai de David Graiver Juan Graiver em seu apartamento na Avenida Santa F na Capital Federal Nas semanas seguintes deteve se a esposa de Juan seu outro filho Isidoro Graiver e sua respectiva mulher Lidia Papaleo e alguns empregados e secret rias do banqueiro falecido Todos eles foram interrogados e torturados em Centros Clandestinos de Deten o CCD Para al m desta opera o econ mica o jornal Clar n tamb m conectado ditadura pela suspeita de que sua diretora apropriou se de filhos de desaparecidos pol ticos Segundo Ernestina Noble em 13 de maio de 1976 ela se apresentou diante do Juizado de Menores em San Isidro para denunciar o aparecimento de um beb que havia sido deixado na porta de sua casa dentro de uma caixinha de papel o Quando Nos ltimos dias de setembro de 2010 o governo de Cristina Kirchner apresentou uma den ncia de desapropria o ileg tima da f brica Papel Prensa do Grupo Graiver ao juiz federal de La Plata Arnaldo Corazza Tal den ncia foi feita pelo secret rio de Direitos Humanos Eduardo Luis Duhalde acusando o governo ditatorial e os jornais Clar n La Naci n e o extinto La Raz n de serem respons veis por uma transa o econ mica ilegal In El Papel del Estado en la causa por Papel Prensa Pagina 12 Dispon vel em http www paginal2 com ar diario elpais 1 153596 2010 09 22 html l Para
59. de acordo com as organiza es e os meios em que se publicavam naquele contexto Isto porque todos estes argumentos estavam sendo disputados conjuntamente aos projetos pol ticos das organiza es suas ideologias e a materializa o destas propostas atrav s das lutas e ado o ou rep dio da viol ncia pol tica Uma disputa levada ao espa o p blico pelas a es promovidas e pelas palavras proferidas em diversos momentos Neste sentido a opini o p blica colocava se a par das id ias pol ticas que estavam sendo altercadas e das propostas de solu es para aquele espa o assim como as vis es e interpreta es dele Logo pode se perceber que tais tentativas de rela o destas organiza es opini o p blica eram estrat gias pol ticas desenvolvidas a fim de angariar apoio e propunham pois certa no o de responsabilidade social pelos atos e feitos cometidos poca E do mesmo modo aos adventos posteriores 187 A ONDA QUE COBRIU O PA S UM MODO DE CONCLUS O Depois de uma discuss o dentro do Minist rio de Bem Estar Social Benjam n Esp sito e Irene Men ndez Hasting tomam o elevador de sa da Um elevador pequeno e espelhado que d um tom sufocante a silenciosa e obscura cena que seguir Atr s do casal entra Isidoro G mez o assassino convicto da trama encarcerado por estuprar e matar uma mulher de 23 anos Depois de ser informante na cadeia Isidoro conseguiu por um acordo com aquele Minist
60. de bastante discuss o uma vez que um dos elementos espec ficos da hist ria pol tica do pa s E os estudos sobre a viol ncia argentina demonstram nos certo consenso sobre o in cio de seu processo de naturaliza o dado majoritariamente pelo fim do segundo governo peronista com o golpe militar em 1955 A larga bibliografia explicativa sobre a tem tica nos esclarece dois principais argumentos que justificam tal afirma o o primeiro se baseia na hip tese de que naquele per odo houve um crescimento da presen a de empresas e capitais estrangeiros modificando a economia e as rela es entre interesses O segundo traz a tona a proscri o do peronismo com o golpe militar que pro be a maior for a pol tica do pa s gerando enormes conflitos nos setores trabalhistas e pol ticos A decis o aqui de adotar a discuss o sobre a viol ncia como central nos meses assinalados foi apoiada pela import ncia deste tipo de discurso tanto na escrita dos documentos quanto no acompanhamento desta pela hist ria pol tica tendo sido no per odo um dos argumentos chaves para a intervenc o militar posterior Assim o foco generalizadamente ser verificar as Solicitadas sobre a tem tica as discuss es em torno dela e as disputas por hegemoniza o de alguns conceitos presentes nos textos dos documentos como o de subvers o repress o viol ncia terrorismo desordem marginalidade desumano e demais variantes Estas estruturas ling
61. dia chuvoso quando pela primeira vez entrei naquela Biblioteca Nacional BN em Buenos Aires Depois desse dia iria voltar v rias vezes diversificando meus pedidos e minhas leituras assim como expandindo geograficamente minhas visitas aos arquivos daquela cidade Ao Congresso fui ver os Boletins Oficiais ao Centro de Documenta o e Investiga o de Cultura de Esquerdas na Argentina CeDInCI para pesquisar peri dicos das organiza es de esquerda no pa s Mas no instante em que ingressei naquele espa o da BN ainda n o imaginava quanto tempo e energia eu iria dedicar ao tema desta disserta o que me cercou durante quase quatro anos certo que escolhemos nossos temas de estudo e o desenvolvemos ao longo do tempo que convivemos com ele e mesmo depois que o deixamos a parte de nossas prioridades eles seguem se ampliando No entanto podemos dizer tamb m que existem alguns desses temas que nos escolhem e nos perseguem damos um passo nos viramos e ali eles se encontram Apresentam se de formas diferentes a nossa vis o mesmo que esta ainda seja parcial e turva Insistem at que dizemos sim este pode ser um estudo interessante Pode se dizer que esse trabalho fruto desta casualidade que se tornou regra e assim parte de minha vida Aqui destino poucas p ginas a contar essa pequena hist ria pessoal pois acredito que ela elucidar de certa forma a pesquisa e seus meandros Em algum momento de minha trajet ria identifiq
62. discurso e dialogar com ele Os militantes levaram suas bandeiras e faixas com os nomes das organiza es que participavam e come aram a reclamar diversos ideais sob a formula o de motes Todo ritual do Dia do Trabalhador iria ser realizado Como primeira dama e vice presidenta Isabel iria coroar a rainha do Trabalho e ao iniciar este cerimonial peronista foi obrigada a escutar Evita s lo hay una e Si Evita viviera seria montonera Quando o orador da festa pediu um minuto de sil ncio em mem ria de Eva Per n e todos os mortos do Movimento os tambores e vozes nomearam cada um dos montoneros assassinados seguido de gritos de Presente Quando Per n finalmente entra no balc o da Casa Rosada para discursar a Tendencia lhe pergunta e lhe afirma Qu pasa qu pasa qu pasa general que est lleno de gorilas el gobierno popular e Vea vea vea qu manga de boludos votamos a una muerta una puta y un cornudo Diante desta situa o Per n discursou declarando guerra ao peronismo de esquerda e acusando os de falsos peronistas traidores e infiltrados renunciando enfim ao seu argumento de unidade nacional naquele que deveria ser um evento integrador de for as politica Desta forma provocou a retirada organizada dos militantes daquela pra a que sairam proferindo Aserrin aserr n es el pueblo el que se va e Si esto no es el pueblo el pueblo d nde est Nos seus
63. do di rio foi encontrado morto perto do aeroporto de Ezeiza O jornal ainda foi alvo de uma propaganda divulgada em rede de televis o pela Secretaria de Imprensa e Difus o que o acusava de protetor da guerrilha e de subversivo comparando o ao jornal MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 pp 196 199 BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 p 29 42 Noticias pertencente aos Montoneros e o El Mundo do Ej rcito Revolucionario del Pueblo ERP No m s de julho de 1975 La Opini n publica a mat ria escrita por Mart nez a mesma que o fez desentender se com Timerman e sair do jornal na qual se divulgava as atividades da Triple A e a ligac o dela com o governo e principalmente com o Ministro de Bem Estar Social L pez Rega Este foi o momento crucial de ruptura com O peronismo j que ao mesmo tempo eram deflagradas as manifesta es contra os planos econ micos de Celestino Rodrigo Depois do t rmino do Rodrigazo e a sa da de Rodrigo e Rega do governo Timerman aliou se a alguns oficiais do Ex rcito e da Marinha que estavam ganhando poder naquele cen rio Acreditando na democracia dos militares La Opini n comegou a fazer campanha pela ren ncia da presidenta e a opinar que as Forgas Armadas estavam divididas entre brandos e duros mas que eram setores brandos quem tocariam o Processo de Reorganizac o Nacional A leitura que Jacobo Timerman tem deste per odo base
64. do sil ncio e a necessidade de se auto silenciar Parecia ser o princ pio da famosa propaganda divulgada pela ditadura militar que mostrava a enfermeira com o dedo a boca pedindo sil ncio Afinal al m de matar homens era preciso tamb m matar as id ias e neste sentido o plano de repress o legal 100 QUIROGA Hugo Op Cit 2004 I O Diario de Noticias foi criado em 20 de novembro de 1973 com o objetivo de tornar se um divulgador de informa es sob outra interpreta o diferente dos jornais que circulavam na poca Apesar de nunca haver se declarado estritamente um meio de comunica o da organiza o como era El Descamisado seu pessoal fazia parte dos Montoneros Esse com a proposta de alcan ar um maior n mero na sociedade possu a diversas contendas com os membros mais altos da organiza o que desejavam um jornal mais claramente propagand stico Not cias foi fechado em 27 de agosto de 1974 Para a hist ria organiza o e membros do Di rio de Noticias ver ESQUIVADA Gabriela Op Cit 2010 10 Solicitada Ante la clausura del Aut ntico Clar n Ano 31 N 10723 p 17 8 de Janeiro de 1975 145 ou clandestino atuou concomitantemente sobre os indiv duos que produziam cultura desaparecendo com profissionais da rea e atuando com censuras sobre aquilo produzido que feria aos preceitos pol ticos econ micos e sociais almejados e restringindo pelas clausuras de alguns meios de comunicag o O auto
65. e Asociaci n de la Premsa T cnica Argentina Editorial Sarmiento e La Naci n Utilizaremos ainda em alguns pontos a compara o com outros peri dicos das organiza es supracitadas a fim de elucidar as diferen as discursivas dos distintos meios de comunica o Logo os textos publicados nos jornais El Aut ntico e Evita Montonera nos ajudaram a desenvolver um pouco da hist ria que pretendemos contar Este trabalho ser ent o um exerc cio de elabora o hist rica das esp cies de palavras chaves de interpreta o daquela sociedade Palavras que descreveram momentos sens veis para o pa s e cujos significados foram se modificando restringindo ou ampliando se de acordo com os contextos Neste sentido pretenderemos mergulhar nesta onda de lama e sangue que amea ou cobrir a Rep blica e descobrir a pluralidade simb lica da viol ncia produzida n 13 por homens vestidos de bestas e homens com roupas de her is 13 Solicitada La fuerza es el derecho de las bestias Clar n Ano 31 N 10663 p 11 06 de Novembro de 1975 e Solicitada Frente a la ola de cr menes que invaden al pa s Clar n Ano 31 N 10691 p 19 5 de Dezembro de 1975 13 CAP TULO I ABRINDO OS JORNAIS DOCUMENTOS DE AN LISE E APONTAMENTOS TE RICOS A discuss o sobre a imprensa na Argentina em per odo antecedente ao golpe militar sempre esteve carregada pelo espectro do golpe midi tico Estes tipos de trabalhos a
66. e a consci ncia pr tica destas agrupa es de trabalhadores muitas vezes acusadas por outras correntes pol ticas de estarem realizando uma guerrilha industrial possibilitariam as an lises sobre a viol ncia sob outra perspectiva O Sindicato de Mec nicos y Afines del Transporte Automotor SMATA que na d cada de 1970 era conformado por trabalhadores da IKA Renault Transax Thompson Ramco Grandes Motores Diesel de Fiat e outras empresas menores foi o n cleo decisivo do movimento dos trabalhadores na cidade de C rdoba em 1969 No ano de 1975 declarava greves e ocupava f bricas na regi o em um claro enfrentamento com governo e empres rios Defendia em seus argumentos entretanto seu car ter de luta por um verdadeiro Justicialismo amp Ver Cap tulo I deste trabalho e FRANCO Marina Op Cit 6 BALV Beba MURMIS Miguel MAR N Juan et al Lucha de calles lucha de clases Elementos para su an lisis C rdoba 1971 1969 Buenos Aires Raz n y Revoluci n CICSO 2006 pp 136 142 127 Se equivocan quienes pretenden encontrarle a esa lucha el sentido de una confrontaci n pol tica en falso de intereses sectoriales o de grupo Jam s hemos arriado las banderas del Justicialismo que constituyen nuestra raz n de ser y que hoy simbolizan nuestra profesi n de fe y de lealtad incaudicable a la memoria del Teniente General Per n Neste sentido o SMATA n o defendeu pois uma confrontac o pol tica com o pe
67. em 26 de janeiro quando foi interrogado por militares que n o sabiam o que fazer com ele Depois disso foi visto no Campo Clandestino de Deten o Campo de Mayo e mantido vivo ao que se cr at 1978 N o houve no entanto nenhuma manifesta o dos membros do Partido Aut ntico j ilegalizado por meios de Solicitadas pela apari o do advogado apesar das constantes dela es de membros seqiiestrados e presos ilegalmente Isto pode ser explicado pelo julgamento realizado pelo Tribunal Revolucion rio dos Montoneros Levando em conta a ocorr ncia de uma s rie de quedas na Organiza o depois de sua desapari o tal Tribunal condenou o por facilita o da sua pris o j que havia ido quela regi o diversas vezes com sua fam lia desarmado e por dela o de companheiros agindo com uma conduta liberal e individualista Neste contexto o PC manifestou no La Opini n sua posi o contr ria quela viol ncia apontando os nomes de suas v timas e dialogando naquele espa o com outras organiza es que divulgavam as mesmas informa es 48 Acontece que o nome de Quieto apareceu em um comunicado da Triple A em 30 de janeiro de 1974 conjuntamente aos nomes de Mario Roberto Santucho Nahuel Moreno Raimundo Ongaro Agust n Tosco Silvio Frondizi Mario Hern ndez e Gustavo Rocca entre outros formando a primeira Lista Negra de elementos que deveriam ser eliminados da vida pol tica do pa s e condenados a
68. energ a necesaria la hidra de la subversi n social m s peligrosa y digna de exterminio en tanto usurpaba las tradicionales banderas del peronismo Para otros muchos sectores de las clases medias o altas quiz s los m s recientes descubridores de sus virtudes Per n era el pacificador el l der descarnado de ambiciones el le n herb voro que antepon a el argentino al peronista capaz de encauzar los conflictos de la sociedad realizar la reconstrucci n y encaminar al pa s por la v a del crecimiento hac a la Argentina Potencia C mpora passou menos de dois meses na presid ncia at renunciar em nome do retorno de Per n ao governo Apesar de este per odo ser muito ligado a esquerda 3 MORA Y ARAUJO Manuel Las Bases estructurales del peronismo In MORA Y ARAUJO Manuel LLORENTE Ignacio Org El voto peronista Ensayos de sociolog a electoral en argentina Buenos Aires Editorial Sudamericana 1980 pp 397 440 37 ROMERO Luis Alberto Op Cit 2001 p 190 68 peronista e a juventude dela que o chamava carinhosamente de El T o e habitava alguns de seus principais gabinetes seu governo marcou tamb m a entrada de membros do Lopezreguismo e da direita peronista no poder O pr prio L pez Rega foi designado como ministro da pasta de Bem Estar Social uma das mais importantes nos governos peronistas Desde ent o Rega come ou a transformar aquele espa o em um bunker no qual se
69. ent o delegada adepta ao obscurantismo conhecia a fama de Rega por aquelas regi es Desde fins da d cada de 1950 Jos L pez Rega havia iniciado sua entrada ao mundo espiritual praticando esoterismos e ci ncias ocultas terapias com ervas medicinais fazendo viagens para a evolu o de seu esp rito e escrevendo livros sobre o plano astral Foi tornando se bastante conhecido entre seus vizinhos de Villa Urquiza e ali adotou o nome espiritual de Daniel mas ganhou o apelido na vizinhan a de El Brujo Nesta audi ncia com Isabel L pez Rega lhe falou sobre a miss o espiritual do General em voltar para o pa s e reivindicar a figura de Evita junto ao povo Relatou lhe sobre os anos 1950 em que era seguran a de seu marido e sobre as noites que velou a enferma Eva Per n atrav s das escadas que chegavam ao seu dormit rio Confessou Ihe que n o p de curar Evita porque seus poderes ainda n o estavam totalmente desenvolvidos no entanto revelou lhe que ela entrara na vida de Per n e dos peronistas para terminar a obra inacabada da falecida Assim lhe prop s fazer uma transfer ncia de esp rito e depois de uma longa conversa recebeu o convite para ser seu secret rio 33 pessoal 39 Para o peronismo esta data desde o ano de 1945 significa seu nascimento simb lico Isto porque foi nela que os trabalhadores organizados pela CGT concentraram se na Plaza de Mayo para pedir pela liberdade de Per n que ocupava en
70. es dos escritos e seus respectivos sentidos Assim os grupos trabalhados colocavam se publicamente sobre o tema da viol ncia e dialogavam entre si tornando aquele espa o uma estrat gia pol tica de convencimento e um ambiente de disputas ideol gicas Estas enuncia es eram levadas por alguns vocabul rios da poca que n o possu am sentidos especificamente hegemonizados Dentro do peronismo viam se disparidades sobre os sentidos de justi a social de lealdade de nacionalismo e seu par contra conceitual de imperialismo de autenticidade daquela proposta pol tica que colocavam em disputa as pr prias figuras de Per n Evita e Isabelita e do movimento em si de acordo com cada falante e ouvinte Fora do peronismo tamb m se disputavam alguns vocabul rios O nacionalismo o verdadeiro e o falso caminho para o pa s seguir os pares da ordem e desordem e etc No entanto todos os vocabul rios supracitados foram fundamentos ideol gicos que argumentavam os debates sobre a viol ncia no pa s Ficou nos claro que a viol ncia como qualquer outra categoria possu a um n cleo de sentido baseado em sua pr tica Isto quer dizer que todos a entendiam como uma a o naquele espa o agress es aos sujeitos v timas delas e suas consequ ncias Por m o que propomos que o sentido destas agress es modificava se de acordo com cada enunciador e suas experi ncias Mortes desaparecimen
71. es privadas dos mais variados grupos sociais e pol ticos sobre os mais variados temas contempor neos as pessoas apeladas respondiam tais solicita es falando ou silenciando agindo ou ignorando E assim conformou se a responsabilidade pelo vivido que precisa ser analisado No filme que abriu este modo de concluir os personagens de Benjam n Esp sito e Irene Men ndez acuados naquele elevador reproduziram essa percep o do tempo que se vivia no governo de Isabelita Na trama eles perceberiam que o poder estava mudando de m os e assumiram que n o podiam fazer nada O casal havia adentrado o mundo de seguran a e desta maneira assumiu a responsabilidade pelo que viveu e o que n o viveu naqueles anos 195 ANEXOS En La Plata la acci n terrorista fue dominada En los enfrentamientos habr an muerto 14 extremistas ha na versionen H Anexo 1 Jornal La Naci n de 24 03 1976 Fonte BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart n 2006 p 97 196 Anexo 2 Timerman e La Opini n Fonte MOCHKOFSKY Graciela 2003 p 144 Anexo 3 Ernestina Herrera de Noble e seus dois filhos Fonte LLONTO Pablo 2008 p 72 197 La familia Lanuscou Miranda En 1976 Roberto Lanuscou B rbara Miranda y sus hijos Roberto y B rbara fueron asesinados por la dictadura en un ataque a su casa en Acasusso Una tercera hija Matilde es buscada hoy por las Abuelas de Plaza de Mayo Anexo 4 Familia Lanuscou
72. este epis dio foi puramente militar N o se distinguiram responsabilidades ou se criticou a aventura de colocar os militantes em Comunicado do Ex rcito In Idem p 321 Idem p 363 Idem pp 88 91 Idem pp 383 391 89 uma operac o cantada nem tampouco se analisou o que aquele epis dio traria como conseq ncia pol tica para o Partido e para o Ex rcito Depois do golpe militar para os sujeitos do PRT ERP permaneceria a espera pelo risco pelo medo ou pela morte Em 19 de julho de 1976 em Villa Martelli seus membros fundadores e parte da Dire o Central do PRT Mario Roberto Santucho Robi e Benito Urteaga Mariano foram assassinados enquanto Domingo Menna sequestrado e levado ao Centro de Deten o Clandestino Campo de Mayo onde desapareceu Segundo Daniel Gutman a hist ria do ERP sempre lhe causou espanto pelo hero smo sem limites que seus combatentes vivenciaram Ao contr rio dos combatentes dos Montoneros que tinham a sa da do suic dio pela pastilha de cianureto os militantes do ERP lutavam at o ltimo minuto mesmo que submetidos a clandestinidade a amea as as torturas f sicas e psicol gicas do inimigo Mas segundo o autor o ERP n o percebeu que este tipo de posi o her ica dificilmente seria reproduzido por todos os campesinos tucumanos mesmo que eles concordassem com o discurso do Ej rcito Revolucionario e eventualmente integrassem sua luta 2 5 A Ca a aos
73. fase do Ex rcito Revolucion rio os militantes ainda orgulhosos de haverem sido escolhidos para participar da guerrilha aprendiam sobre a disciplina das organiza es armadas a praticar exerc cios com e sem armas e a marchar durante horas carregando os livros e a comida para o grupo Durante o ano de 1974 tomaram algumas pequenas cidades da regi o aumentando a percep o de vit ria que aquele ex rcito traria Ainda neste ano o PRT ERP decidiu complementar a luta da Frente Trabalhista e a luta armada pela alian a com o Ej rcito de Libertaci n Nacional Bol via Movimiento de Izquierdas Revolucionarias Chile e Tupamaros Uruguai E neste sentido advertiu que na Am rica Latina a nica estrat gia pol tica vi vel seria a uni o dos povos e o interc mbio de experi ncias e pessoas pelo territ rio El ELN ERP MIR y Tupamaros han ido comprendiendo la necesidad de unirse han ido afirmando propia experiencia su concepci n internacionalista comprendiendo que el enemigo imperialista y capitalista que est unido y organizado debemos oponerle la m s f rrea y estrecha unidad de nuestros pueblos derrotar definitivamente a la reacci n imperialista capitalista aniquilar a los ej rcitos contrarrevolucionarios expulsar el imperialismo Yanqui y Europeo del suelo latino americano e iniciar la construcci n del socialismo para llegar el d a de ma ana a la m s completa unidad latinoamericana Segundo
74. gerar lucro a seu propriet rio Possui tamb m fun es culturais por reproduzir e criar h bitos e gostos E ainda fun es jur dico institucionais j que legitima determinadas regras ticas e morais Consideramos aqui a grande imprensa dentro do sistema de mercado que objetiva o lucro e que tem um projeto pol tico a defender junto aos empres rios Neste sentido a fun o econ mica relaciona se com sua fun o pol tica pois sua autonomia sujeitada interven o do seu contexto social e econ mico e aos interesses de seus representantes em rela o ao mundo em que se encontram Segundo Beatriz Kushnir a imprensa como uma empresa de informa o se incapaz de fabric la por quest es ticas apta a reformul la e negoci la Assim saber das coisas um bem uma cota o que possibilita barganhas trocas e aquisi o de outras possess es Desta forma seleciona e contextualiza as informa es sua ideologia construindo um discurso cuja realidade est relacionada com seus objetivos ingressando em um processo produtivo que relaciona a informa o e os reconhecimentos p blicos dela De acordo com Eliseo Ver n em um plano macro da produ o da imprensa existiriam tr s no es essenciais desse sistema o tipo de discurso seu g nero e suas estrat gias O tipo de discurso a ideologia em que se escreve tem a ver com as estruturas institucionais e organizativas que suportam o meio e sua associa
75. j n o agradava a classe m dia que n o se identificava mais naqueles escritos e preferiu estabelecer o Contrato com o Clar n cuja posi o pol tica n o era nem muito peronista tampouco demasiado antiperonista Neste sentido o jornalista Ra l Burzaco afirmou que o crescimento do Clar n deveu se a conflu ncia dos diversos fatores ocorridos na poca Yo no creo tanto en la historia de que el crecimiento de Clar n fuera por los avisos clasificados rubro recibido de La Prensa Noble hizo un diario muy popular con t tulos sensacionales y una l nea muy acorde de la poca Era un diario que agradaba al peronismo porque apoyaba al desarrollo y la industria Matutino fundado em 1869 por Jos Clemente Paz era porta voz de setores conservadores e antiperonistas Permaneceu nas m os da CGT sob interven o do governo Peronista at a Revolu o Libertadora de 1955 ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 Di rio criado em 1905 com o objetivo de distanciar se dos jornais apadrinhados pelos partidos ou pelos caudillos considerado como um dos mais profissionais da poca ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 pp 25 26 Devemos lembrar que Per n nos anos 1950 criou a Comisi n Bicameral del Congreso sob comando dos deputados Jos Emilio Visca e Rodolfo Decker encarregada de censurar os meios escritos A id ia desses operativos de censura era de Evita Per n com argumento de que os meios deveriam servir ao povo e
76. l deres sociais pol ticos da oposi o sindicalistas intelectuais dirigentes juvenis jornalistas advogados artistas e etc No entanto at a morte de Per n a Triple A n o iria assinar nenhuma de suas a es e bastava para o discurso oficial culpar grupos guerrilheiros pelas a es criminosas Este procedimento se modificou quando L pez Rega passou a possuir maior poder dentro do Minist rio de Bem Estar Social possibilitando o praticar o terrorismo da organiza o impunemente e iniciando o que Janzen chama de o tempo das hienas O n mero total de v timas desta organiza o n o de comum acordo para os diversos autores que escrevem sobre o tema Fala se em um n mero entre 400 a 2000 assassinados pela Triple A em todo o territ rio argentino Entre julho e agosto de 1974 logo ap s a morte de Per n se contabilizou cerca de um assassinato a cada 19 Idem pp 21 38 4 LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 p 268 e nota 24 do Cap tulo 13 47 JANZEN Ignacio Gonz lez Op Cit 1986 pp 21 38 Em uma lista elaborada pelo Justicia Ya e atualizada pelo Proyecto Desaparecidos podem ser consultados 685 nomes com as respectivas datas dos assassinatos Dispon vel em http www desaparecidos org arg victimas listas aaa html 72 horas que tenderam a aumentar at a sa da de L pez Rega do poder e a desarticula o da 4AA Dos membros reincorporados a PF supracitados Morales foi acusado legalmente como resp
77. la Industria del Vestido Agrupaci n Justicialista de Gas del Estado Agrupaci n justicialista del A S LM R A Asociaci n de Agentes de propaganda M dica Asociaci n de Empleados de Casinos Sindicato de Empleados de Distribuidores Cinematogr ficos Solicitada Compa ero Jorge Zakour compa eros gr ficos el movimiento obrero los apoya La Opini n Ano V N 1218 p 4 10 de Junho de 1975 114 Son los pigmeos que el 12 de junio de 1974 nuestro inmortal L der el General Per n denunci ante el Pueblo como integrando la confabulaci n ap trida que pretende impedir nuestra reconstrucci n Os inimigos aqui s o declarados como aqueles que agridem o Movimento dos Trabalhadores e que j haviam sido denunciados pelo General A afirma o na Solicitadas de que os inimigos eram os mesmos ainda que trocassem de camisetas ou de nomes nos conduz as constantes acusa es de Per n sobre a confabula o contra a c P tria daqueles que se afirmavam peronistas mas vestiriam outras ideologias Permite nos ao fim a interpreta o de que os inimigos eram peronistas de esquerda e que portanto eles deveriam ser eliminados Em 9 de agosto as 62 Organizaciones Peronistas voltaram a analisar a viol ncia no pa s em uma Solicitada de duas p ginas publicadas no Clar n e no La Naci n Este comunicado um dos bons exemplos que conformam esses tipos de espa o como uma estrat gia pol tica levada pela organiza o para
78. mas essencialmente batizar publicamente a organiza o no primeiro anivers rio do Cordobazo Los Montoneros son una uni n de hombres y mujeres profundamente argentinos y peronistas dispuestos a pelear con las armas en la mano por la toma del poder para Per n y para su pueblo y la construcci n de una Argentina Justa Libre y Soberana nuestra doctrina es la doctrina justicialista de inspiraci n cristiana y nacional Derrubando o mito dos Doze Fundadores Lucas Lanusse prop e que a forma o dos Montoneros tenha sido parte e conseq ncia de um movimento maior de transforma o social na Argentina e na Am rica Latina dos anos 1960 Neste sentido para o autor o grupo havia se formado sob tr s identidades que o permeavam A primeira seria a urg ncia revolucion ria posta pela Revolu o Cubana que trouxe a validade da luta armada com especificidades latino americanas e que argumentou sua pr tica A segunda identidade foi adquirida atrav s dos movimentos revolucion rios dentro da Igreja que apresentou muitos jovens s manifesta es contra a explora o e contra a pobreza Por fim a especificidade do pa s o peronismo capaz de mostrar queles que n o defendiam tal pol tica o apoio que os trabalhadores argentinos devotavam ao justicialismo Un fen meno paralelo que comenz a darse en muchos estudiantes fue el de su conversi n al peronismo en un ambiente que tradicionalmente hab a sido uno de
79. mont n de informes de cuerpos masacrados mutilados cortadas sus manos pisados por la oruga de los carros de asalto ya en estado de putrefacci n Hab a tambi n muchas mujeres y ni os muertos a tiros Tal intervenc o no Batalh o havia sido cantada por Jes s Ram s Rainer cuja apar ncia lhe deu o apelido de O Urso El Oso Este apesar de militar desde os 27 anos nas Fuerzas Armadas Peronistas 17 de Octubre FAP 17 possu a bons amigos na direita sindical que lhe garantiram um pacto de infiltrag o com a pol cia da prov ncia de Buenos Aires quando foi capturado por ela Em novembro de 1974 as FAP 17 se dividiram e Rainer integrou se ao ERP continuando seus servigos de delac o Durante quinze meses de infiltra o o Urso entregou cerca de 50 militantes dep sitos de armas c rceres populares de Pilar e Florencio Varela um dep sito de propaganda com 4000 livros e a operac o de Monte Chingolo Depois das consequ ncias daquele epis dio o Bureau Pol tico do PRT ERP ordenou um interrogat rio com press o pol tica e psicol gica mas n o tortura f sica para n o aplicar os mesmos m todos do inimigo e igualar se a ele Admitindo certa serenidade diante da situa o de diversos mortos da organiza o os interrogadores quebraram o Oso que terminou por confirmar seu contato com os militares e suas dela es pelos quatro dias que duraram o interrogat rio A autocr tica da organiza o a
80. n a entrega do pa s ao sindicalismo Seu racioc nio no entanto era composto de uma l gica para instituir a id ia de inimigo e fundamentar a proposta de combate a ele Dizia se que os benef cios cedidos aos sindicatos burocratizados entregavam o pa s ao sindicalismo portanto aos trabalhadores Entregar o poder aos trabalhadores significava entregar o poder ao marxismo e o uso dessa palavra fundamentava uma reag o empresarial La propiedad la iniciativa y la empresa privadas est n sucumbiendo La injusticia la arbitrariedad el desorden y la corrupci n triunfan Se crean impuestos y contribuciones en beneficios de los sectores sindicales Es decir se entrega el pa s al sindicalismo continuando su camino hacia al marxismo Se or Empresario Todo lo que Ud defiende esta siendo destruido a trav s de una acci n perfectamente orquestada que aumentar en la medida en que Ud siga esperando que otro lo defienda A Solicitada seguiu afirmando ao empresariado que n o se deveria esperar uma solu o do governo pois se assim fizessem todas as propostas e feitos da ind stria argentina seriam destru das por uma ag o orquestrada da esquerda infiltrada no pa s A solu o dada pela APEGE era uma interven o das For as Armadas e dos empres rios nesse processo de entrega da Argentina ao marxismo Esta composi o era o argumento central daqueles empres rios que apoiavam a interven o A ordem era sempre associada
81. nuncamas org document militar discvide htm http www elortiba org trelew3 html http www desaparecidos org arg victimas quietos http www ruralarg org ar FILMOGRAFIA Cazadores de Utop as 1995 de David Blaustein Nietos identidad y memoria 2004 de Benjam n vila Garage Olimpo 2005 de Marco Bechis Errep 2006 de Gabriel Corvi e Gustavo de Jesus El secreto de sus ojos 2009 de Juan Jos Campanella
82. o com as rela es sociais em um ambiente de ofertas e expectativas Os g neros forma em que se disp e o escrito se aplicam a mat ria ling stica em um ambiente de competi o dos produtos portanto se o uso da informa o uma entrevista reportagem mesa redonda 24 MOTTA Luiz Gonzaga Imprensa e poder In Org Imprensa e poder S o Paulo Imprensa Oficial do Estado 2002 pp 13 31 23 KUSHNIR Beatriz C es de Guarda Jornalistas e censores do AI 5 Constitui o de 1988 S o Paulo Boitempo 2004 pp 213 217 349 352 2 Idem p 349 25 debate entre outras express es Por fim as estrat gias discursivas como se escreve podem ser utilizadas no interior de um mesmo tipo e g nero de produ o Para reconhecer uma imprensa gr fica segundo Ver n necess rio perceber que toda varia o dela mesmo com significados similares cont m uma enuncia o pr pria Tal enuncia o nos facilitaria a identifica o do tipo de leitor a que cada jornal se dirige e do tipo de jornal que cada leitor est disposto a ler Em uma situa o de competi o de mercado ou de ideologias o peri dico produz seu discurso levando em conta a vis o de um grupo de leitores que pretende destinar a produ o Consegiientemente assume a pr tica de repetir esse tipo de discurso estabelecendo um Contrato de Leitura com aqueles que os consomem Se este Contrato estabelecido no momento da produ o durante a leitura el
83. o di logo entre os setores sociais o desenvolvimento harm nico e integral nunca o marxismo E afirmaram que a obten o deste projeto s poderia dar se atrav s de apoio a m dia e pequena empresa sendo este meio a melhor defesa contra os verdadeiros intentos coletivizantes Aqui a discuss o n o gira em torno da negatividade do projeto coletivizante Ao rev s este projeto sem nenhuma d vida deveria ser combatido Todavia o que surge no exposto o debate sobre a identidade A identidade que lhes foi conferida por outros setores empresariais e caracterizada como marxista n o era 164 Neste mesmo momento e discordando com a CGE a Confederaci n Industrial Argentina CINA que era parte daquela Confedera o e formada entre outras organiza es por empres rios da Uni n Industrial Argentina lan ou Solicitadas posicionando se contra o governo e continuando o argumento da associa o com os trabalhadores sindicalizados que s ocasionaria a desordem e o excesso de poder Em uma delas dentro do espa o no jornal reservado para as an lises e not cias de economia conclamou um sacrif cio geral para modificar os mecanismos e instrumentos do governo possibilitando o jogo harm nico Solicitada Ante la grave emergencia nacional Clarin Ano 31 N 10755 p 13 12 de Fevereiro de 1976 165 Solicitada Somos nacionales La Opini n Ano V N 1425 p 8 27 de Fevereiro de 1976 174 aquela que estes e
84. objetivos P tria Justa Livre e Soberana o retorno de Per n e o socialismo nacional Logo o justicialismo montonero estava inserido no debate sobre o peronismo e era designado como socialismo nacional a destrui o do Estado capitalista e seu ex rcito e a tomada de poder pelo povo Neste desenvolvimento criou se o embate com outras correntes do peronismo e inclusive dentro da pr pria organiza o A id ia da milit ncia montonera em geral era conformada com outros grupos pol ticos pela Tendencia Revolucionaria que pretendia atuar dentro do peronismo para tentar hegemoniz lo desde esta posi o Contudo depois da sa da de C mpora do poder que os afastaram dele e principalmente com a morte de Per n assumindo Isabelita os Montoneros adotaram uma estrat gia pol tica de extremo combate contra os peronismos ortodoxo e Movimientista E como acima colocado a rec proca tamb m era verdadeira Era evidente a predile o de Per n no seu ltimo ano de mandato pelos movimentos considerados de 7 Idem p 71 78 Neste sentido seu trabalho se apresenta de forma similar ao trabalho de Daniel James quando este pensa o movimento dos trabalhadores na Argentina e sua forma o JAMES Daniel Resistencia e integraci n El peronismo y la clase trabajadora argentina 1946 1976 Buenos Aires Editorial Sudamericana 1998 O estudo de Lanusse nos exp e a forma o desses grupos e os contatos entre eles sob a teoria de co
85. obreros ganen para vivir honradamente como personas humanas y que los patrones se conformen con ganar tambi n como para mantener la industria progresar y vivir dignamente Dignamente pero no principescamente Yo sin embargo por mi manera de ser no siempre estoy en este justo punto de equilibrio Lo reconozco Casi siempre para m la justicia est un poco m s all de la mitad del camino jM s cerca de los trabajadores que de los patrones que para llegar a la nica clase que quiere Per n los obreros tienen que subir todav a un poco m s pero los patrones tienen mucho m s que bajar Lo cierto es que yo que veo en cada obrero un descamisado y a un peronista no puedo ver lo mismo si no est bien probado en un patr n Soy sectaria s No lo niego y ya lo he dicho Mi sectarismo es adem s un desagravio y una reparaci n Seus discursos e posi es possu ram duas conseqii ncias fundamentais para a formula o da identidade peronista Evita representava o movimento mais combativo contra o patronato enquanto Per n constitu a se em conciliador Ambas as formula es perduraram no imagin rio dos movimentos peronistas como vimos no cap tulo anterior facilitando a pluralidade de pensamentos e posturas dentro deste movimento 2 PER N Juan Domingo La comunidad Organizada Buenos Aires Quadrata 2007 pp 40 55 2 Idem p 55 2 SIGAL Silvia VER N Eliseo Op Cit 2004 2 WALDMANN Peter El
86. obrigac o em acusar os insensatos inimigos que arrastavam o pa s pelo sangrento caminho da guerra civil E os inimigos seriam todos aqueles que estavam contra Isabel pois mesmo considerando Per n um l der insubstitu vel ele haveria previsto e conduzido sua pr pria sucess o com sua mulher no campo pol tico o povo argentino no mbito hist rico e o sindicalismo no Movimento Peronista Mas aquele m s s havia se iniciado No mesmo dia em que a Solicitada acima foi publicada 39 membros dos Montoneros ingressaram no Regimento de Infantaria de Monte 29 R 29 em Formosa um dos mais fortes da Argentina e apropriaram se de seu armamento A resist ncia da tomada do Regimento entretanto matou 11 guerrilheiros enquanto houve 12 mortes e 18 feridos por parte do Ex rcito Depois deste epis dio as For as de Seguran a iniciaram uma opera o de limpeza que resultou em mais 47 mortes Dois dias depois as 62 Organizaciones se manifestaram sobre o acontecido El golpe que la antipatria descarg en Formosa es quiz la culminaci n de una serie de episodios cuyo nico prop sito es empujarnos al caos y abrir las obras de los aventureros que no aceptan que los argentinos vivamos en paz y continuemos en la reconstrucci n y la liberaci n nacional Nuevamente las Fuerzas Armadas fueron blanco de la agresi n de los emboscados que carecen de consciencia que viven en el odio que solo buscan saciar con
87. os trabalhadores dali possu am um alto grau combativo que a transformou em cen rio para grandes mobiliza es naquela d cada No entanto apesar de ainda permanecer nas mentes dos militantes do ERP este imagin rio j n o era t o real em meados de 1970 afinal muitos dos habitantes que viviam na prov ncia migraram ou sofreram com a fome repress o e desemprego nas pocas de crises econ micas do governo ditatorial El historiador Pablo Pozzi cree que el Partido no supo ver lo que realmente ocurr a en aquella provincia El cierre por los ingenios por parte de la dictadura de Ongan a con la consiguiente pauperizaci n y crisis del proletariado azucarero genero una combatividad surgida de la desesperaci n pero rara vez desarroll la consciencia de los obreros de la regi n A pesar de que estos expresaban su simpat a con cualquiera que se opusiera a la dictadura no existe ning n indicio que indique un desarrollo de la consciencia socialista Por el contrario excepto por algunos muy contados lugares con el Ingenio San Jos los obreros tucumanos mantuvieron en todo 5 Resoluciones del V Congreso del PRT El Combatiente 1973 86 momento su apoyo mayoritario al peronismo liderado por caudillos populistas de derecha Mesmo assim um n mero entre 40 e 50 guerrilheiros subiram pela primeira vez os midos e frios montes tucumanos e come aram seu treinamento Nesta fase qualificada por Daniel Gutman como a primeira
88. p ginas do La Naci n de 1975 o n mero delas assombrava Posicionavam se em todas as se es e em menor e maior tamanho Sem nenhum padr o a ser seguido Pareciam me demonstrar que eram instrumentos frequentemente utilizados e de import ncia para a comunica o naquela poca Sem saber muito bem sobre elas mas j bastante instigada resolvi tomar outro jornal com grande influ ncia para o mesmo m s a fim de verificar se era um caso espec fico do La Naci n ou generalizado Pedi ao bibliotec rio na poca para ver o Clar n depois lhe pediria milh es de explica es a mais atendidas com toda aten o indicando me jornais e bibliograf as para o tema Este me veio nas mesmas formas de conserva o as quinzenas originais encapadas em um livro de formato Tabl ide E l estavam as solicitadas com a mesma intensidade do anterior exemplar Como uma esp cie de obsess o pedi para observar outro jornal que me foi sugerido o La Opini n que ao final desta hist ria complementaria a tr ade pesquisada Apesar de pouco saber sobre o di rio que hoje est extinto e que possu a uma menor tiragem em comparac o aos outros vistos j havia escutado que ele tivera grande import ncia para a d cada de 1970 devido sua reformulag o no modo de fazer jornalismo seu potencial crescimento de p blico consumidor e a peculiar hist ria de seu fundador Sobre as Solicitadas minha resposta foi novamente positiva elas tamb m habita
89. pelo Partido tomaria ent o uma centralidade n o por ser o problema fundamental mas pelo que ela representava naquele contexto El problema de Argentina no es el de la violencia o no violencia sino el de Justicia social o injusticia social Y en esta Argentina de hoy no hay paz porque no hay justicia en tanto el actual gobierno busca la liberaci n ni persigue la justicia Para perpetuarse apela a diferentes formas de violencia desde la represi n a viejos y j venes luchadores peronistas pasando por el encarcelamiento de dirigentes sindicales que son representativos de sus bases hasta la traici n de un programa y de una historia peronista que el pueblo voto en 11 de marzo y que expres en la bandera del retorno del general Per n El Peronismo Aut ntico el pueblo todo quieren retomar esas banderas traicionadas ensayas muchos caminos y el ideal de justicia inspira a todos ellos En ese contexto el Partido Peronista Aut ntico se propone dar la batalla por la liberaci n en todos los planos legal constitucional y electoral Si nuestros postulados son err neos que nos lo demuestren en una confrontaci n franca y leal en los marcos del proceso institucional Ahora si se opta por coartarnos ese camino y solo se nos ofrece la represi n es posible que se produzcan una serie de situaciones fuera de nuestro control y del control del gobierno A viol ncia era uma resposta Uma resposta a um governo que castrou a possibilidade pol
90. peronismo 1943 1955 Buenos Aires Hyspanam rica 1980 p 234 4 PER N Eva La raz n de mi vida Buenos Aires Buro Editor 2004 p 64 108 A partir de ent o gerava se no pa s seu maior conflito pol tico peronistas contra antiperonistas Uma contenda que com o passar dos anos vai se delineando de forma mais evidente aos olhos daqueles que debrucam sobre a tem tica esvaziando outros movimentos de pol ticas diversas e ampliando a noc o de luta contra o inimigo e de viol ncia naquele ambiente de hostilidade Essa antinomia pol tica expressada em estigmatiza es tais como p tria antip tria imperialismo na o povo antipovo capital interior alpargatas sim livros n o cabecitas negras elites e classes m dias 3 66 peronachos gorilas zurdos fachos assim prolongada e sintetizada na pr tica cotidiana com esquemas de racioc nio que v o ser objetivados com um significado que aparecer claramente evidenciado nas estrat gias e nas pr ticas dos atores sociais e portanto assumindo significados pol ticos que transcendem a simples constata o lingi stico sociol gica ou as caracter sticas culturais E contra os peronistas foi dado o golpe de 1955 O per odo da Revolu o Libertadora 1955 1962 e da Revolu o Argentina 1966 1973 proscreveu o peronismo e suas organiza es pol ticas e trabalhistas aumentou o enfrentamento entre e intra
91. php ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n La frustraci n de un proyecto econ mico El gobierno peronista de 1973 1976 Buenos Aires Mantial 2006 ROUQU Alain El Estado militar en Am rica Latina Buenos Aires Emec Editores 1984 SADI Marisa El caso Lanouscou Columna Norte la otra historia Buenos Aires Ediciones Nuevos Tiempos 2009 SANTUCHO Julio Los ltimos guevaristas La guerrilla marxista en la Argentina Buenos Aires Ediciones B Argentina 2005 SCHVARZER Jorge Empresarios del pasado La Uni n Industrial Argentina Buenos Aires CISEA Imago Mundi 1991 SERVETTO Alicia Memorias de intolerancia pol tica las v ctimas de la Triple A Alianza Argentina Anticomunista Antiteses vol 1 N 2 jul dez de 2008 pp 447 448 SERVETTO Alicia 73 76 El gobierno peronista contra las provincias montoneras Buenos Aires Siglo XXI Editores 2010 SIDICARO Ricardo La pol tica mirada desde arriba Las ideas del diario La Naci n 1909 1989 Buenos Aires Sudamericana 1993 SIGAL Silvia VERON Eliseo Per n o muerte los fundamentos discursivos del fen meno peronista Buenos Aires Eudeba 2004 206 TARCUS Horacio Notas para una cr tica de la raz n instrumental a prop sito del debate en torno de la carta de Oscar del Barco Pol ticas de la Memoria Buenos Aires N 6 7 2006 2007 TER N Oscar La d cada del 70 La violencia de las ideas Lucha Armada en la Argentina Ano 2 N 5 20
92. poder se ia ler No se acusa a los obreros que luchan por sus reivindicaciones de guerrilla industrial Qui n puede asombrarse en consecuencia que a un Partido que ha hechos suyas las banderas de los trabajadores se lo moteje de subversivo para pretender proscribirlo Assinada por Oscar Bidegain Armando Cabo Miguel Zavala Rodr guez Andres Framini Pablo Fernadez Long Jorge Lisazo Norberto Habberger e Jorge Cepernic a Solicitada acima questionava o ato do governo que prescreveu o PA em uma medida considerada pelo Partido anticonstitucional e sem tica Isto porque al m de deixar setores populares sem uma op o pol tico eleitoral o Ministro do Interior 7 Alguns exemplos podem ser encontrados na revista Evita Montonera como as reportagens Tucum n el Ej rcito contra el pueblo no n mero 6 ou Tucum n el golpe a las fuerzas de ocupaci n n mero 7 2 Acta Constitutiva del Partido Aut ntico Junta Provincial Bolet n Informativo del Partido Peronista Aut ntico Ano 1 N 2 p 5 Junho Julho de 1975 Solicitada Otra vez las proscripciones La Opini n Ano 5 N 1382 p 20 28 de Dezembro de 1975 144 que realizou tal atividade Angel Robledo estava sendo acusado de corrup o e era o vice presidente do PJ seu principal opositor J se colocou neste texto a vis o negativa da pol tica antisubversiva levada a cabo pelo governo considerada pelo Partido como n o democr tica P
93. polic a dispara y hierre en una pierna a uno de los atacantes Antes de que se lo Ilevaran se le escuch decir estoy vivo estoy vivo av senle a Rucci y a 57 Lorenzo Miguel que estoy vivo Depois deste epis dio a pol tica do jornal estabeleceu o rompimento com o peronismo demitiu delegados sindicais e decidiu n o tratar tem ticas de grupos E 58 A y amo A considerados violentos Assim passou a fazer aliancas pol ticas e econ micas com os militares a noticiar argumentos para a interven o destas for as e quando se confirma o golpe o di rio adota em suas p ginas pol ticas um tom acinzentado reproduzindo 59 o discurso oficial Mas a vida do jornal durante a ditadura de 1976 marcada por outros acontecimentos Em dezembro de 1976 este jornal conjuntamente ao La Naci n e o La Raz n conseguiu comprar da fam lia Graiver a empresa Papel Prensa principal fabricante de papel jornal no pa s A opera o tutelada pelo Ministro de Economia Martinez de Hoz O ERP 22 reivindicava se marxista mas ao contr rio do movimento que o originou opositor expressivo do peronismo e acusador de sua posi o n o revolucion ria ele apoiava o governo de H ctor C mpora e a Frente Justicialista de Libertaci n FREJULD 5 LLONTO Pablo Op Cit 2007 pp 133 143 Sobre este epis dio Per n manifestou se contra o di rio qualificando sua atitude como irrespons vel e afirmou que o
94. por diante Os poucos jornalistas de esquerda ou outros mais progressistas que continuaram no La Opini n n o escreviam sobre pol tica Por exemplo Osvaldo Soriano escrevia sobre esportes e Tom s Eloy Mart nez do suplemento de cultura escreveria no jornal at a censura de um de seus artigos sobre a viol ncia no pa s no qual Timerman modificaria o texto retirando alguns nomes e acusando apenas a Triple A pelas ocorr ncias das a es violentas Idem pp 150 158 2 Essa discuss o tamb m foi levada ao mbito p blico atrav s de algumas Solicitadas publicadas por ambos os lados no La Naci n 5 Interessante observar que muitos dos jornalistas que fundaram o La Opini n v o fazer parte do atual jornal de centro esquerda P gina 12 o que de acordo com Mochkofsky forma um importante legado deixado por ele para o jornalismo de hoje 41 Neste sentido a subdirec o do jornal foi oferecida a Enrique Jara diretor em Buenos Aires do Latin Reuters Ele modificaria a redac o colocando em postos mais importantes alguns redatores com bons contatos militares como Mario Diament Fanor Diaz e Heriberto Kahn Timerman contrataria ainda Pablo Giussani Luis Clur Enrique Alonso Daniel Muchnik Oscar Ruiz e Julio Ramos e traria do La Naci n Jos Ign cio L pez e Eduardo Paredes Neste per odo La Opini n seguiria apoiando o peronismo pelo argumento de democracia mas passou a exigir lhe o fim da viol ncia com o aniqui
95. por su grandeza desde el puesto de lucha que cada uno tenga tanto sea un empresario un dirigente o un trabajador A primeira Solicitada selecionada descreve um atentado bomba realizado contra o domicilio de Jorge Zakour Secret rio Geral do Sindicato Gr fico Argentino Zakour havia assumido a condu o daquele sindicato logo ap s o assassinato do deputado ligado ao Peronismo de Base e ao Sindicato Gr fico Rodolfo Ortega Pe a metralhado em Buenos Aires pela Triple A em julho de 1974 O novo secret rio era ligado direita peronista e representava uma mudan a pol tica daquela organiza o O atentado a Zakour n o produziu v timas No entanto a Organiza o respondeu aquela a o afirmando o desejo de indiv duos ap tridos de entregar a Na o s bandeiras do dio e da opress o Afirmando sua condi o Vertical aquelas organiza es diziam concordar com Isabel na necessidade de penalidades aos subversivos Quienes agreden el Movimiento Obrero y sus hombres son los eternos enemigos del pueblo y del pa s aunque cambien de camisetas o de nombre Seguro de la Rep blica Argentina Sindicato de Empleados del Tabaco Sindicato de Conductores de Taxis de la Rep blica Argentina Sindicato Obreros y Empleados de la Minoridad y la Educaci n Sindicato Operadores y Distribuidores de Diarios Revistas y Afines Federaci n de Agentes Viales Provinciales de la Rep blica Argentina Federaci n Obrera Nacional de
96. por uma Ramifica o Pol tica representada Oscar Bidegain Andres Framini Jorge Cepernic e Miguel Zavala Rodr gues cujos suplentes eram Alberto Mart nez Baca Felipe Gallardo Antonio Lombardich Dardo Cabo Eduardo Rafael Amati e Juan Agoti Outra Ramifica o Sindical representada por Mario Aguirre Heriberto Torres Gonzalo Chaves e Roberto Tap a cujos suplentes eram Santos Hil rio Ramallo Carlos Carreto Pedro Silva Juli n V zquez Leopoldo Duarte e Florencio Diaz Uma Ramifica o Juvenil representada por Rodolfo Galimberti Ismael Salame Ram n Puch e Claudio Siemenson cujos suplentes eram Juan Carlos Dante Gullo Guillermo Amarilla Pablo Ventura Daniel Walbin Horacio Taramasco Gustavo 133 Em uma entrevista dada por Miguel Zavala Rodr guez diretor do jornal El Aut ntico membro fundador do referido Partido e integrante do movimento Montoneros comenta se a ligac o entre o grupo armado a partir de sua ades o e apoio declarado a uma institui o legal mas a insist ncia da necessidade moment nea da viol ncia pol tica Los Montoneros nacieron en un momento donde era necesario reaccionar contra el r gimen imperante sumando sus esfuerzos a la lucha del movimiento nacional y popular es decir el peronismo En ese car cter como parte del movimiento peronista es que al construirse nuestro partido hicieron llegar su adhesi n Esa adhesi n de los montoneros al Partido Aut ntico es la de un sector de los argentin
97. proporcionava um menor medo em l lo J o Estrella Roja era um 113 POZZI Pablo Hist rias del PRT ERP II Entrevistas con Humberto Tumini Buenos Aires Imago Mundi 2008 114 dem p 101 115 PLIS STERENBERG Gustavo Op Cit 2009 p 49 150 organismo de divulga o da guerrilha noticiando suas a es e consegii ncias em suas p ginas Este ltimo foi publicado entre os anos 1970 e 1977 na Argentina e era um jornal clandestinamente distribu do em portas das f bricas e nas ruas das cidades com exce o do per odo de legalidade entre junho e setembro de 1973 Estrela Roja possu a a clara posi o de convencimento da opini o p blica em rela o ao referido Ex rcito e neste sentido refor ava a campanha de vincula o da imagem do inimigo aos agentes repressores que ora eram as For as Armadas ora o patr o e por vez o imperialismo norte americano A popula o era estimulada pois em suas mat rias n o assinadas a ingressar na luta intercontinental contra o inimigo ou apoiar queles que pegavam em armas para libert los Desta forma o guerrilheiro era exposto com a imagem do homem praticante da justi a social e detentor da moral revolucion ria Homens que haviam lutado pela liberta o da Am rica e guerrilhas exteriores criando a imagem do guerrilheiro her ico em oposi o ao vilanismo dos repressores e valorizando o emblema Vencer o morir por la Argentina Esta imagem tentava incen
98. que seu colega La Naci n tamb m haveria publicado uma Solicitada no dia anterior intitulada jArgentinos de pie na qual convocava a formac o de brigadas populares para combater a guerrilha e portanto tamb m incitava a populac o e colocava em risco o territ rio nacional Assim suas palavras sugerem que houve uma persegui o a componentes de seu jornal n o pelas motiva es expostas mas por pia E y 184 censura causando expl cito preju zo empresa onde trabalhava Si Cr nica fue clausurada y a n vivimos en una v a crucis cuyo final ignoramos si fuimos mancillados en nuestro honor y de la Empresa que representamos si se nos perjudic en cientos de miles de millones solamente nos queda reclamar el trato igualitario en la ley que garantiza la Constituci n Nacional De no obrar se en igualdad tengo todo el derecho a dudar que la clausura de Cr nica no fue motivada realmente por nuestra campa a a favor de la recuperaci n definitiva de las islas Malvinas A legitimidade de um governo passa pela construg o do consenso social por trabalhos limpos propagandas e sujos censura manipula o e repress o muitas 186 vezes feitos simultaneamente Isabel Per n legalizou pela campanha antisubversiva algumas formas arbitr rias de governar interferindo nas difus es ideol gicas no pa s pela censura A censura segundo Beatriz Kushnir possui duas vertentes de objetiv
99. reivindica es dos movimentos de trabalhadores em rela o s reformas econ micas e trabalhistas foram atendidas Promoveu se o 13 sal rio as f rias remuneradas a aposentadoria e pens o assim como indeniza es por acidente ou doen a Na economia moveu se o processo de industrializa o voltada ao mercado interno com interven o estatal baseada em pol ticas nacionalistas e em discursos antiimperialistas Colocando se na posi o mediadora Per n expunha um capitalismo que difundia o individualismo ego sta e um comunismo que anularia a individualidade do homem propondo que esses dois sistemas pol ticos seriam destruidores dos valores ticos e provocadores da viol ncia Defendia contudo tanto o materialismo quanto a luta entre classes e desta forma prop s uma terceira posi o uma comunidade organizada na qual as responsabilidades seriam efeito da liberdade humana e da justi a 17 CAPELATO Maria Helena Rolim Populismo latino americano em discuss o In FERREIRA Jorge Org O populismo e sua hist ria Debate e cr tica Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2001 pp 127 165 8 CAPELATO Maria Helena Rolim Propaganda pol tica no varguismo e peronismo caminhos metodol gicos In GUAZZELLI Cezar Augusto Barcellos PETERSEN S lvia Regina Ferraz SCHMIDT Benito Bisso et al Orgs Quest es da teoria e metodologia da hist ria Porto Alegre UFRGS 2000 pp 59 71 12 DOYON Luoise La formaci
100. responsiva aos discursos e realiza es da nova presidenta Quando Isabel Per n assume a presid ncia e resolve direcionar se para a direita peronista isola se dos sindicatos e os mobiliza contra suas pol ticas Todavia quando a presidente direciona se s demandas dos trabalhadores ela ganha seu apoio En 1975 se registr el ndice anual de huelgas m s alto de toda historia argentina y unos de los m s altos que se hayan registrado en el mundo 28 millones de jornadas hombres ca das es decir cuatro jornadas promedio por cada uno de los siete millones de asalariados que ten a la Argentina en ese momento Adem s todas esas luchas tuvieron lugar en los primeros siete meses del a o La huelga general de julio la primera que tuvo por blanco un gobierno peronista se produjo pr cticamente como reacci n espont nea de las bases ante las medidas econ micas del ministro Rodrigo A alian a de Isabel ao empresariado n o cumprindo com o sistema de Pacto Social fez com que os trabalhadores com tantas expectativas quanto ao retorno do peronismo n o fossem correspondidos e se colocassem contr rios ao governo representados na figura de Celestino Rodrigo e L pez Rega O peronismo como parte da identidade do trabalhador n o era questionado suas influ ncias que os levavam contra a base do peronismo sim 3l TORRE Juan Carlos El movimiento y el ltimo gobierno peronista 1973 1976 Dispon vel em www escenariosalternativo
101. rio ser liberto e tornar se seguran a pessoal da presidenta Isabel Per n Do outro lado da lei ele agora participava de la caza en la selva A discuss o da cena anterior volta tona naquele elevador onde n o se diz sequer uma palavra Isidoro G mez retira de dentro da cal a uma arma que exp e orgulhosamente e demonstra aos outros dois personagens que ela est carregada e pronta para ser utilizada V se o p nico nas express es de Benjamin e Irene Aquela sequ ncia de imagens ent o parece retomar a ir nica frase usada no gabinete do Minist rio que deu sentido integra o de G mez naquele ambiente pol tico e que podia ser estendida e aplicada aos outros Isidoros que viriam a seguir es un hombre inteligente y de coraje capaz de entrar en una casa y hacer lo que hay que hacer Si vamos con los buenos solamente Assim o governo estava se formando tamb m com personagens maus A maldade tornava se uma caracter stica importante para a participa o na luta contra a subvers o e era fundamental nos sujeitos que pretenderiam acabar com os inimigos A cena descrita encontra se no premiado filme argentino El secreto de sus ojos Para al m da bela hist ria de amor e a instigante trama policial este filme nos estimula a pensar o ambiente da Argentina durante o governo de Isabel Per n Muitos expectadores o confundiram como mais um filme passado na ditadura de 1976 afinal desde o retorno
102. sangre sus bajos apetitos Otra vez un cuartel ha sido castigado por los agentes de la subversi n Y otra vez tambi n las armas de nuestros soldados frenaron el intento de los terroristas e impidieron que consumaran su artero prop sito Pero esta actitud valiente rayana al hero smo tuvo su ofrenda de sangre porque un subteniente un suboficial y nueve soldados cayeron bajo el fuego del enemigo Y lo que enciende nuestra reacci n es que estas muertes 48 Solicitada Lleg la hora de la verdad Clar n Ano 31 N 10633 p 29 4 de Outubro de 1975 As 62 Organizaciones ainda se manifestariam contra Calabr e outros que se pronunciaram opondo se ao governo acusando os de traidores no jornal Clar n em duas ocasi es dias 8 e 22 de Outubro de 1975 50 GILLESPIE Richard Op Cit 1998 pp 243 245 120 estuvieron rodeadas de la alevos a con la que s lo supieron manejarse los cobardes Han asesinado empujados por el odio a j venes que estaban en la flor da la vida listos para servir a su tierra embebidos del ejemplo de nuestros pr ceres y la ense anza del honor sin par de servir a su bandera Para los criminales y sus inspiradores no puede hacer perd n El castigo debe ser firme y definitivo Quienes act an as deben ser descubiertos porque ninguna ambici n personal o electoral debe ser justificativo para ese extremismo criminal que nos llena de dolor y de verg enza Aqui os subversivos e terror
103. seu posicionamento diante dos movimentos armados de esquerda ou os movimentos de direita que realizavam uma limpeza clandestina estes ltimos quase nunca mencionados O n o aniquilamento da subvers o no pa s por parte do governo era de acordo com os discursos das empresas e de maneiras desigualmente sugeridas uma esp cie de estrat gia um plano pol tico da subvers o para colocar os trabalhadores no poder Colocar tais elementos naquele dom nio significava afastar os empres rios dele desorganizar a hierarquia ocasionar caos nas f bricas a falta de produ o ou seja desordenar tamb m a esfera social Seria a quebra econ mica e pol tica do pa s Para os empres rios em geral vivia se o medo do setor trabalhista do governo da viol ncia gerada para se levar a Argentina ao marxismo Logo a viol ncia era um estado provocado pelos atores da luta marxista a fim de provocar o medo e o caos e assim destruir o pa s S o inimigos externos que v em na Argentina Pot ncia um perigo para o mundo comunista E esses alien genas pretenderiam acabar com o desenvolvimento e o 186 caminho dela para o primeiro mundo transformando a em mais um braco da depend ncia ao comunismo internacional sob a perversa ideologia do marxismo Portanto os sentidos da viol ncia atrav s dos signos de inimigo medo subvers o terrorismo repress o censura caos desordem entre outros se tornavam distintos
104. sofridos pelo PA eram denunciados e rejeitados pela nega o da viol ncia repressiva justificados pelos argumentos da viol ncia como guerra e da viol ncia como subvers o Integrando a repress o ao Movimiento Aut ntico e a repress o de pessoas do povo o PA retratou em v rias Solicitadas epis dios espec ficos de viol ncia levadas pelos agentes de seguran a do governo Na Solicitada acima por exemplo foi reatado um epis dio ocorrido em Quilmes no qual manifestantes foram reprimidos pela pol cia Ese es un ejemplo transparente de como se fomenta el caos que se dice combatir Al que reclama por el m s elemental de los derechos que es disponer de agua potable se lo castiga en vez de satisfacer sus demandas Los impuestos que ese pueblo paga no se utilizan en comprar ca er as y efectuar las instalaciones correspondientes Como en tiempos de la colonia asistimos al espect culo de aguateros que venden el agua mientras el dinero se invierte en financiar la represi n Outros exemplos est o nas diversas reportagens sobre a repress o do Ex rcito em Tucum n publicadas nos rg o de publica o do Partido e seus movimentos integrantes Segundo o PA esta repress o atingia mais popula o que o pr prio ERP 94 Idem 2 FRANCO Marina Op Cit Solicitada El Partido Aut ntico denuncia Clar n Ano 31 N 10717 p 14 5 de Dezembro de 1975 143 que desejava combater N o justificando
105. sticas contradit rias para uma mulher da d cada de 1970 Ao mesmo tempo em que se colocava como submissa ao l der do Justicialismo ela tinha uma vida espiritual forte e amb gua e propunha ser a figura da mulher ocidental moderna que trabalhava fora do lar ingressava s universidades e liberava se sexualmente Logo em todo seu caminhar na pol tica desde os anos 1960 at apresentar se como vice presidenta e de fato governar ela desafiava as regras e mostrava se como parte desse novo universo feminino Ahora en una sociedad compleja y en muchos aspectos todav a dual la otra Evita pod a aspirar a m s a mucho m s que a su vindicativa y apasionada 25 antecesora 22 QUESADA Mar a Saenz Op Cit 2003 p 57 24 Per n ficou vi vo de sua primeira mulher Aureliana Tiz n em 1938 e depois em 1952 morre sua segunda esposa Evita 25 QUESADA Mar a Saenz Op Cit 2003 p 103 63 Ser um delegado de Per n significava trazer e levar mensagens daquele para os lideres do movimento em todo o mundo Isabelita delegada teve como primeira miss o levar uma mensagem ao ent o ditador paraguaio Alfredo Stroessner e sua presen a naquele pa s causou o alvoro o dos peronistas que ali desembarcavam para pedir apoio quela senhora Desde finais da d cada de 1960 aprofundou se na Argentina o mito de um Per n conciliador das for as pol ticas que poderia com seu retorno instituir a democracia e a justi a social
106. su diferenciaci n de los pelotones signific fin de la estructura de pelotones integrados de 1973 1974 unidades destinadas tanto al trabajo de masas como a las tareas militares Algunas milicias eran estables otras deliberadamente temporales Figura 8 Organiza o dos Montoneros em 1975 Trabalhar com essa interpreta o entretanto n o seria a melhor percep o sobre PA Com sua articula o iniciada desde 1974 pela candidatura de C mpora os Aut nticos divergiam sobre qual seria a fun o de criar se um partido que se pretendia de massas e sua sintonia com a viol ncia pol tica Por um lado os Montoneros reivindicavam no como uma ferramenta pol tica eleitoral do Movimento Peronista como um todo procurando uma substitui o para o PJ mas n o abandonando a luta armada enquanto por outro alguns membros do PA discutiam a validade das atividades da luta armada Assim os Montoneros na reportagem Hacia el Movimiento Peronista Aut ntico publicada em agosto de 1975 na revista Evita Montonera N 6 deixaram claro o que se pretendia ao aderirem ao Movimento e ao Partido Aut nticos 72 GILLESPIE Richard Op Cit 1998 p 338 132 La Continuidad del Peronismo La experiencia de treinta a os de lucha de nuestro movimiento es valios sima Lo que sucede es que el Movimiento Peronista Aut ntico tiene que incorporar nuevas funciones y tambi n retomar las organizaciones tradicionales peronistas Las ag
107. sucessores reflete no romance uma esp cie de descontentamento e desilus o Essa vis o reflexo de uma interpreta o dos anos 1970 realizada por parte da chamada pelo pr prio l der de juventud maravillosa que formou a esquerda peronista Naqueles anos essa maravilhosa juventude era representada majoritariamente pelos Montoneros Com o nome que se referenciava s rebeli es provocadas pelos ga chos argentinos que aos olhos dos oligarcas representavam um monte de ignorantes selvagens os montos os Montoneros formularam se em fins dos anos 1960 Contudo o grupo que marcou a luta antiimperialista na especificidade argentina teve sua primeira apari o p blica apenas em 29 de maio de 1970 com a chamada Operaci n Pindapoy s nove da manh daquele dia dois jovens vestidos de militares entraram no apartamento do oitavo piso na Rua Montevideo em Buenos Aires oferecendo uma cust dia ao general aposentado Pedro Eugenio Aramburu um dos l deres do golpe de 7 GILLESPIE Richard Op Cit 1998 pp 21 45 81 1955 contra Per n e presidente entre 1955 e 1958 Emilio ngel Maza e Fernando Luis Abal Medina o levariam seq estrado realizando o ju zo revolucion rio do referido general e penalizando o com a morte Este operativo tinha tr s objetivos Puni lo pela extradic o do corpo de Evita durante a ditadura e a execuc o de 27 peronistas em junho de 1956 penaliz lo pela conspira o contra o governo de Ongan a
108. tica nos planos legais institucionais e eleitorais dos verdadeiros peronistas se expressarem A viol ncia dos de baixo contra a viol ncia dos de cima seria incontrol vel em uma situac o de tamanha explorac o e repress o por parte do peronismo Ortodoxo Neste sentido e por esse discurso conseguimos nos interar um pouco mais sobre aqueles considerados subversivos pelas leis suas interpreta es e inten es sobre o outro lado da hist ria Coloca se ent o a quest o da responsabilidade social a opini o p blica diante daqueles argumentos que estavam aos seus olhos poderia decidir l los participar colocar se ou subtrair se saber e ignorar y y 108 Entrevista de Miguel Zavala Rodriguez El PPA fue invitado por la prensa extranjera Bolet n Informativo del Partido Peronista Aut ntico Ano 1 N 2 p 3 Junho Julho de 1975 10 NOVARO Marcos PALERMO Vicente Op Cit 2003 p 135 148 3 3 A Viol ncia da Viol ncia as Solicitadas da Frente Antiimperialista y por el Socialismo O outro lado dessa hist ria tamb m foi comunicado a um p blico mais amplo pela Frente Antiimperialista y por el Socialismo que assinou dentro dos documentos analisados durante o per odo apenas duas Solicitadas Mas a import ncia de seu aparecimento n o est na quantifica o contudo na pr pria exce o que nos proporciona Esta Frente Popular foi criada em 1973 durante o IV Encontro Pr F
109. voces de los monopolios imperialistas claman en todas partes por m s y m s represi n exigen que no se aumenten los salarios de los trabajadores y utilizan apocal pticas invocaciones o derramar sangre de argentinos reincidiendo la insensata amenaza de militarizar la vida nacional E essa diferen a entre as militariza es pelos seus fins fica mais clara com a associa o entre a leitura das Solicitadas e a do Estrella Roja Neste ltimo a constitui o de um Ex rcito do Povo e sua militariza o da vida da popula o eram evidentes nas mat rias sobre a guerrilha e seus objetivos assim como na instrumentaliza o da popula o em armar se e lutar contra o inimigo de classe Por qu el brazo de la justicia popular se abati sobre dos miembros de la clase explotadora Porque es ella a trav s de los grades empresarios la que financia esas siniestras organizaciones con cuyos cr menes y atentados pretende en vano sembrar el desconcierto y el temor en las filas obreras y populares Son ellos los patrones quienes pagan a los mercenarios que alquilan su brazo y su consciencia y es el gobierno reaccionario y antipopular el que los alienta en sus siniestros prop sitos en estrecha e intima colaboraci n con las Fuerzas Armadas contrarrevolucionarias y las polic as tanto federal como provinciales Recorriendo al sentimiento de odio y de repudio que late y se expresa en el coraz n de las masas despose das ante la muerte de m
110. 06 TIMERMAN Jacobo Prisioneiro sem nome cela sem n mero Rio de Janeiro CODECRI 1982 TITTO Ricardo de Voces en las calles Los volantes pol ticos en la historia argentina Buenos Aires Aguilar 2007 TORRE Juan Carlos El movimiento y el ltimo gobierno peronista 1973 1976 Dispon vel em www escenariosalternativos org ULANOVSKY Carlos Paren las rotativas Historia de los grandes diarios revistas y periodistas argentinos Buenos Aires Editora Espasa 1997 VERBITSKY Horacio Ezeiza Buenos Aires Contrapunto 1985 VER N Eliseo Prensa Gr fica y teor a de los discursos sociales producci n recepci n regulaci n In Fragmentos de un tejido Buenos Aires Gedisa 2004 pp 193 211 VER N Eliseo Cuando leer es hacer la enunciaci n en el discurso de la prensa gr fica In Fragmentos de un tejido Buenos Aires Gedisa 2004 pp 171 183 VEZZETTI Hugo Pasado y Presente Guerra dictadura y sociedad en la Argentina Buenos Aires Siglo XXI 2003 VEZZETTI Hugo Sobre la violencia revolucionaria memorias y olvidos Buenos Aires Siglo XXI 2009 VINELLI Natalia ANCLA Una experiencia de comunicaci n orientada por Rodolfo Walsh Buenos Aires Editorial La Rosa Blindada 2002 WALDMANN Peter El peronismo 1943 1955 Buenos Aires Hyspanam rica 1980 WERNER Ruth AGUIRRE Facundo Insurgencia obrera en la Argentina 1969 1976 Clasismo coordinadoras interfabriles y estrategias de La izquierda
111. 40 apesar da habitual publica o pelos Sindicatos e Organiza es de Trabalhadores 31 As do segundo peri dico Clar n foram assinadas majoritariamente por Sindicatos e Organiza es de Trabalhadores 53 seguidas de Partidos Pol ticos e Movimentos Socias 19 e Empresa e Organiza es Empresariais 15 J o terceiro jornal La Opini n possui uma maior quantidade de comunicados de Organiza es Trabalhistas 40 seguido de Empresas e Gr mios Empresariais 31 Governo Representant es 10 Empresas Organiza es Empresariais 40 n Partidos Pol ticos Movimentos La Nac Sociais 31 Sindicatos Indiv duos Organiza es Particulares de 0 Trabalhadores 19 Gr fico 1 Partidos Governo Empresas Pol ticos Representant Organiza es Movimentos es Empresariais Sociais 6 15 19 Indiv duos Particulares 7 h Sindicatos Organiza es de Trabalhadores 53 Gr fico 2 jornais em mar o daquele ano n o estavam dispon veis devido suas m s conserva es O n mero aqui explicitado n o significa a totalidade das express es apenas uma quantidade aleat ria para amostragem 21 Governo E Partidos Representant Empresas O Pol ticos es Organiza es e Movimentos 5 Empresariais E Sociais 32 EL 1696 O Indiv duos 5 Particulares A 1 Sindicatos Organiza es de Trabalhadores 40 Gr fico 3 Gr ficos elaborados
112. 997 BAKHTIN Mikhail Est tica da cria o verbal S o Paulo Martins Fontes 2006 BAKHTIN Mikhail Problemas da po tica de Dostoi vski Rio de Janeiro Forense Universit ria 2008 BALV Beba MURMIS Miguel MAR N Juan et al Lucha de calles lucha de clases Elementos para su an lisis C rdoba 1971 1969 Buenos Aires Raz n y Revoluci n CICSO 2006 BECKER Jean Jacques A opini o p blica In R MOND Ren Por uma hist ria pol tica Rio de Janeiro FGV 2003 pp 185 212 BASUALDO Victoria Derivaciones posibles de la pol mica iniciada por Oscar del Barco reflexiones para una agenda de investigaci n Pol ticas de la Memoria Buenos Aires N 6 7 p 12 2006 2007 BENJAMIN Walter Para una critica de la violencia Buenos Aires Editorial Leviat n 1995 BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Dec amos Ayer La prensa argentina bajo el proceso Buenos Aires COLIHUE 2006 BONASSO Miguel De los desaparecidos a los chicos de la guerra Revista Nueva Sociedad M xico N 76 pp 52 61 1985 202 BOURDIEU Pierre A Opini o P blica n o existe In THIOLLENT Michel org Cr tica metodol gica investigac o social e enquete oper ria S o Paulo Editora Polis 1980 CALDEIRA Teresa Pires do Rio La delincuencia y los derechos individuales redefiniendo la violencia en Am rica Latina In JELIN Elisabeth HERSHBERG Eric orgs Construir la democracia derechos humanos ciudadan
113. ABELITA Isabelita se confund a entre las cantantes y como era tan flaca con frecuencia se quedaba tapada por los rboles de la escenograf a y las panderetas de la protagonista Baseado em entrevistas com o l der justicialista na Quinta Puerta de Hierro em Madrid Thom s Eloy Mart nez escreveu um romance sobre Evita Santa Evita publicado em 1995 e outro sobre Per n La Novela de Per n publicado dez anos antes Neste ltimo o autor dedica algumas linhas a relatar o personagem de Isabel Per n contando sua vida desde os momentos de dancarina at a conviv ncia com seu marido como uma figura quase invis vel aos olhos dos expectadores Era escondida pelos personagens mais fortes de qualquer cena nos palcos Isabel era tapada pelas protagonistas mais elegantes e desenvoltas e pelos cen rios mais suntuosos que ela e na pol tica sempre vinha atr s dos verdadeiros s mbolos do Justicialismo Juan Domingo Per n e sua segunda mulher Eva Per n De fato Mar a Estela Mart nez de Per n ou Isabel Per n nome art stico pol tico utilizado depois de seu casamento nunca foi a figura central da hist ria pol tica do pa s apesar de estar rodeada de tem ticas bastante pol micas ser a primeira mulher vice e posteriormente presidenta da Argentina estar ligada ao sempre discutido peronismo e especificamente a corrente dele que se aliou a viol ncia que ascendeu no pa s durante o per odo de sua presid ncia seu
114. AKHTIN Mikhail Op Cit 2006 p 271 Idem pp 270 306 RIBEIRO Ana Paula Goulart Discurso e poder a contribui o barthesiana para os estudos da linguagem Revista Brasileira de Ci ncias da Comunica o Vol 27 N 1 pp 79 93 Jan Jun de 2004 102 nos s o apresentadas sob afirmac es ou negac es cujos nicos objetivos s o produzir verdades o contexto de Monologia A Dialogia por sua vez traria as multiplicidades de vozes e consci ncias independentes que estabeleceriam falas plenas de valor e manteriam com outras vozes do discurso uma rela o de igualdade vozes plenivalentes Neste sentido a proposta de Bakhtin era subtrair se da categoria trivial colocar se acima do bem versus mal verdadeiro e falso e admitir que cada id ia a id ia de algu m situa se em rela o a uma voz que a carrega e a um horizonte a que visa Mas aqui a quest o colocada s o os n veis e valores de cada discurso O objeto deste trabalho o di logo sobre os sentidos da viol ncia traz a tona alguns vocabul rios utilizados subvers o repress o censura desaparecimento viol ncia entre outras categorias que apesar de um n cleo comum possu am valores distintos dependendo dos grupos sociais que os utilizavam para formular em voz alta suas id ias ou aqueles que as escutavam Na pr tica viva da l ngua a forma em que as id ias s o expressas carrega um conte do de sentido ideol gico ou v
115. Ao crescer observando as dificuldades dos pais em estabelecerem se no pa s o jornalista tinha enormes expectativas de mudar sua posig o social Neste sentido iniciou uma incurs o pela pol tica e economia declarando se antiperonista por considerar o peronismo uma corrente muito pr xima ao fascismo autorit ria anti semita e que atrasaria o progresso do pa s Optou assim pelo posicionamento da Uni n C vica Radical UCR estabelecendo rela es com os j citados Frigerio e Frondizi e com Jos Gerbald que seria ministro de quatro presidentes do Terceiro Peronismo No in cio de sua carreira Timerman trabalhou como redator nos jornais La Naci n Clar n e La Raz n entre outros at ser convidado pelos militares em 1962 para criar e dirigir uma revista semanal chamada Primera Plana Esta publica o pretendia trazer as id ias de um setor legalista das For as Armadas os Azules e defensores de uma sa da democr tica para a Revolu o Libertadora Para tal empreitada Timerman contratou jornalistas jovens e destacados como Ramiro Casabellas Tom s Eloy Martinez e Juli n Delgado A revista sa a com uma tiragem de aproximadamente de 25000 exemplares custava cerca de seis vezes mais que as outras revistas e hoje apontada como um fen meno revolucion rio e original do jornalismo argentino mesmo que tenha se inspirado na Times lan ada nos Estados Unidos Paradoxalmente Primera Plana seria fechada em 1969 pel
116. Cit 1983 pp 216 227 12 1 ARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 352 353 16 Solicitada El empresariado nacional al pa s La Opini n Ano V N 1345 p 8 14 de Novembro de 1975 172 Justicialismo Propuseram que a falta de acordo entre os setores p blicos e privados dificultavam o desenvolvimento econ mico E por fim afirmaram que o Estado n o possu a pulso para promover o equil brio harm nico de interesses econ micos e sociais Nesta Solicitada os trabalhadores associados a determinados sindicatos foram considerados causas da baixa produ o devido falta de disciplina laboral que gerava conflitos amea as e agress es Assim a CGE que segundo ela havia se decidido pelo di logo reclamou sobre a atitude do governo em ditar resolu es e disposi es que aprofundaram a perturba o a paralisa o e a amea a de destruir o aparato produtivo mesmo depois de estabelecer um pacto no qual se afirmava a atitude prudente do empresariado nacional De maneira mais sutil que os demais empres rios antiperonistas como se versar a seguir os empres rios associados naquela confedera o tamb m expuseram a alian a do governo com o sindicalismo rompendo com o Pacto Social Apesar de n o questionarem a legalidade do sistema pol tico ou n o designarem um inimigo peronista os inimigos em seus escritos eram sujeitos que ocasionavam a quebra da empresa privada fazendo greves e manifesta es e desordenando
117. Deputados terceiro na linha de sucess o constitucional e genro de L pez Rega Ra l Lastiri assume a presid ncia at as novas elei es Estas se realizaram em setembro e foram disputadas pelas f rmulas Ricardo Balbin Fernando de la R a pela Uni n C vica Radical UCR Francisco Manrique Rafael Martinez Raymonda pelo Partido Democrata Progresista e Per n Per n pelo PJ No entanto escolher Isabel Per n como vice n o foi tarefa f cil As esquerdas peronistas eram contra De acordo com Marcelo Larraquy o grande dilema delas era denunciar L pez Rega pelas atrocidades cometidas sem atingir a figura do l der justicialista mas inevitavelmente atingindo a de Isabel As esquerdas encontraram a solu o na teoria do cerco Rega haveria envolvido Per n para desvi lo do caminho da revolu o e da liga o direta que ele possu a com o povo e assim continuavam contra os dois outros vil es Rega e Isabel Para as direitas por sua vez L pez Rega tornar se ia o centro de todos aqueles que desejavam neutralizar a influ ncia das esquerdas no movimento Assim Isabel ganharia o apoio deste setor para a f rmula presidencial E o pr prio Per n tendia a outra f rmula para sua candidatura compartia da id ia de levar Ricardo Balb n preterido pelas esquerdas Mas a press o sob ele realizada n o apenas por seu secret rio pessoal como tamb m por Carlos Villone Secret rio de Estado pelos sindicalistas e membros do Pa
118. Este mito fora fundado quando ele saiu do quartel para o Estado em 1940 transformando a pol tica em um lugar de conflito e Per n como o primeiro trabalhador argentino capaz de unir toda a popula o em torno da constru o da Argentina Pot ncia Desta forma o discurso peronista esvaziou o campo pol tico tornando o um projeto de P tria para todos em uma Terceira Posi o nem capitalista nem comunista No entanto esses discursos da poss vel salva o peronista continuaram efervescentes durante seu ex lio ocorrendo o que Ver n e Sigal denominaram de a presen a ausente Isto significa que os quase 18 anos nos quais o velho l der permaneceu fora do pa s tornaram as interpreta es daquilo dito t o diferentes quanto seus pr prios discursos e a media o de suas palavras t o importante quanto sua palavra aut ntica e a aparece a import ncia de Isabelita naquele cen rio pol tico Para estruturar e fazer poss vel seu retorno os discursos de Per n foram se fragmentando e abrangendo diversas opini es Desta maneira ele estendeu suas alian as pol ticas entendendo se com movimentos de distintas frentes e possibilitando a multiplica o de interpreta es e atua es sob a perspectiva dos peronismos Desde o exilo ent o Per n estimulou as correntes pol ticas a lutarem por seu retorno e pelo peronismo atrav s de promessas feitas aos sindicalistas a juventud maravillosa aos dc
119. Estela Mart nez es el final de una traici n que se consum antes El traspaso del mando es solo una formalidad La presidente Mart nez estaba all para cumplir un papel hasta que los militares dijeran basta Ese momento ha llegado El desgobierno la inoperancia su falta de autoridad y alg n rasgo de irracionalidad sellaron su inutilidad para los fines que buscan estos generales de la represi n A reportagem acima fora publicada no jornal El Aut ntico fundado para suprir o j proibido La Causa Peronista e ser o organismo oficial de divulga o impressa do Partido Aut ntico Seu primeiro n mero saiu em setembro de 1975 no qual se propunha uma publica o quinzenal com oito p ginas e cuja edi o era dirigida pelo deputado Miguel Zavala Rodr guez Mas depois de oito n meros ele foi impedido de circular baseado na Lei Antisubversiva Tal peri dico manifestava posturas muito cr ticas s pol ticas governamentais e suas aliangas com o peronismo de direita Denunciava declaradamente membros do governo pela viol ncia ocasionada relacionando a c pula do poder ao terrorismo da Triple A denominando os de uma viol ncia protegida Manifestava a impossibilidade de ac o dos indiv duos diante das proscrig es e censuras e lancava listas de presos pol ticos na poca Utilizou se diversas vezes da estrat gia imag tica principalmente quando as mat rias estavam relacionadas viol ncia e seus propagadores Ali tamb m afirm
120. Gutman o in cio da segunda etapa da Campa ia Ram n Rosa Jimenez foi caracterizado pela divis o do grupo em tr s acampamentos para ingressar nos povoados locais e fazer pol tica com a popula o Assim continuavam com o treinamento guerrilheiro intensivo e as a es de propaganda armada mas a atividade considerada mais importante era realizada ao anoitecer quando os integrantes do ERP desciam os montes para fazer trabalho pol tico distribuindo panfletos e conversando 89 com os Campesinos GUTMAN Daniel Sangre en el Monte La incre ble aventura del ERP en los cerros tucumanos Buenos Aires Sudamericana 2010 p 66 67 7 Idem pp 84 91 8 Canje de prisioneros y respeto a los combatientes Estrella Roja N 31 pp 6 10 Mar o de 1974 GUTMAN Daniel Op Cit 2010 pp 107 112 87 Desta forma o Comit do PRT ERP escreve seu regulamento para o desenvolvimento das for as guerrilheiras e prop e tr s eixos fundamentais Primeiro a necessidade de liga o com as massas atrav s de a es e organismos de publicidade Segundo a import ncia da dire o do PRT e seu v nculo com as propostas pol ticas do partido E por fim o desenvolvimento t cnico militar da guerrilha Para este ltimo ponto propunha se que as guerrilhas deveriam surgir das massas e serem parte da luta revolucion ria popular por diversos caminhos entre eles pelas reivindica es pela democracia pelas legalidades semilegalidad
121. Obreros Colchoneros y Afines Sindicato Obreros Prep sito y Estaciones de Servicio Sindicato Trabajadores de la Industria del Hielo Sindicato Obrero Estaciones de Servicio Sindicato Transporte Automotor Sindicato Argentino de Obreros Navales Sindicato Unido de Trabajadores de Neum tico Sindicato de Peluqueros y Peinadores Sindicato de Trabajadores Perfumistas Sindicato de Petroleros Privados Sindicato Unidos Portuarios Argentinos Sindicato Unificado Relojeros y Joyeros Sindicato 113 Solicitadas destas agrupa es que publicaram sobre a tem tica espec fica da viol ncia sendo oito delas no Clar n duas no La Naci n e uma no La Opini n Clarin como anteriormente observado era objetivamente o jornal que dialogava com os profissionais e com a classe m dia Nele a maioria das Solicitadas era assinada por organiza es sindicais que estabeleciam uma esp cie de conversa entre si manifestando se naquele ambiente Em 10 de junho de 1975 as 62 Organizaciones recuperaram um discurso da presidenta proferido quatro dias antes no qual Isabel Per n condenou a subvers o no territ rio nacional afirmando o esfor o do governo em erradicar a viol ncia no pa s El gobierno trabaja sin cesar por erradicar del territorio nacional a todo aquello que signifique subversi n y no se escatima ning n esfuerzo para finalizar definitivamente la violencia de todo tipo Queremos un pa s en paz y nuestra misi n de argentinos debe ser luchar
122. Operativo Indenpendencia foi a legalizag o para o exterm nio que j estava ocorrendo desde a forma o da guerrilha em Tucum n No entanto para o autor at ent o n o havia nas cidades da prov ncia um aparato repressivo com qualidade ou quantidade de membros suficientes para consolidar um combate expressivo entre pol cia e militantes Somente a partir da tentativa frustrada de uma Opera o do Ej rcito Revolucionario que se prop s tomar o Regimento de Infanter a Aerotransportadora 17 em agosto de 1974 na cidade de Catamarca que se iniciou o apoio do Ex rcito na repress o a guerrilha rural Ali o grupo da Compa ia del Monte foi surpreendido quando esperava para atacar o quartel que guardava cerca de 300 fuzis e outros armamentos pesados A troca de tiros e a fuga dos militantes dividiram o grupo Enquanto alguns deles foram presos outros foram mortos Contudo a sorte de um grupo espec fico que discutido neste epis dio Dezesseis guerrilheiros foragidos em uma montanha da regi o foram alcan ados pelos militares cujas for as j estavam refor adas para encontr los e nenhum deles saiu da com vida O Ex rcito afirmou que teriam todos sido mortos em combate O Ej rcito Revolucionario del Pueblo por sua vez lan ou uma nota dizendo que seus homens haviam sido fuzilados nesta opera o Assim como uma esp cie de repres lia a luta no territ rio aprofundou se O PRT ERP determinou que iria assassinar o m
123. RINFLACION que deteriora de forma incontenible el poder adquisitivo de trabajadores y empresarios conduce inexorablemente a la DETERIORIZACION DE LA EMPRESA PRIVADA al CIERRE DE LAS FUENTES DE TRABAJO a la DISMINUICION DE LA PRODUCCION y a la DECADENCIA MORAL Y MATERIAL DE TODOS LOS HABITANTES DEL PAIS Ao empresariado lhe foi proposto tomar consci ncia sobre um avango sindical e uma legisla o trabalhista que fomentariam a improdutividade e o dano s vidas material e moral de trabalhadores e empres rios Portanto promoveram uma interpretac o na qual a desordem agenciada pelos sindicalistas e pelo governo influenciaria a vida pessoal de indiv duos comuns e dos donos de empresas privadas que por sua vez eram aclamados a participar da assembl ia popula o dias mais tarde a APEGE se explicaria Por qu paran los empresarios Porque la crisis que padece el pa s afecta a todos A los empresarios que asisten a la destrucci n de la empresa privada fuente insustituible de trabajo A los trabajadores que sufren la permanente reducci n del poder adquisitivo de sus salarios y se ven amenazados por la desocupaci n A los profesionales que se ven obligados a optar por la desjerarquizaci n y el xodo A los consumidores que soportan el alza incontenible de los precios por la permanente desvalorizaci n de la moneda A las Fuerzas Armadas y de Seguridad que se desangran combatiendo contra la subversi n ap trida sin con
124. Reorganiza o Nacional estava no discurso sobre a luta antisubversiva e dela viera o apoio da opini o p blica A luta antisubversiva ou contra a viol ncia foi o nico argumento que uniu a sociedade e a pr pria institui o das For as Armadas Logo este trabalho escolheu priorizar os tipos de discurso que mobilizaram a opini o p blica em rela o ao reordenamento social sob a perspectiva da viol ncia Afinal se conjuntamente a outros fatores a id ia da guerra contra o inimigo foi a determinante capaz de romper com a legalidade de um sistema e legitimar outro ilegal as discuss es sobre a viol ncia no per odo de forma o sobre esta id ia s o fundamentais para perceber como ela foi constru da por aqueles homens Portanto utilizar as Solicitadas como um espa o de discuss o das organiza es sobre a tem tica uma das possibilidades de visualizar os debates sobre a viol ncia Mas tamb m de perceber os argumentos de convencimento da opini o p blica em rela o s ideologias que circulavam naqueles escritos 103 Palavras do primeiro ministro da economia do governo ditatorial Jose Alfredo Mart nez de Hoz que durante os governos peronistas da d cada de setenta presidiu o Conselho do Empresariado Argentino apoiando o plano econ mico de Rodrigo Celestino In Idem p 65 104 NOVARO Marcos PALERMO Vicente Op Cit 2006 52 CAP TULO II PER N PER N E OUTROS PER NS A VIOL NCIA NO GOVERNO DE IS
125. Sanidad Argentina Federaci n de Obreros del Tabaco Federaci n de Trabajadores de la Industria del Tanino Federaci n de Obreros y Empleados Telef nicos Federaci n de Trabajadores del Turf Federaci n de Obreros y Empleados Vitivin colas Federaci n de Obreros y Empleados de Correos y Telecomunicaciones Federaci n de Trabajadores de Edificios de Renta y Horizontal Federaci n del Personal de Vialidad Nacional Federaci n Obrera Tucumana de la Industria Azucarera Uni n de Artistas de Variedades Uni n de Trabajadores de la Industria de Calzado Uni n Obrera de Construcci n de la Rep blica Argentina Uni n Trabajadores de Entidades Desportivas y Civiles Uni n Ferroviaria Uni n Trabajadores Gastron micos Uni n Distribuidores de Granos y Anexos Uni n Obrera Ladrillera Uni n de la Industria Maderera Uni n Obrera Metal rgica de la Rep blica Argentina Sindicato Unido de Trabajadores de la Industria de Aguas Gaseosas y Afines Uni n Obrera Molinera Argentina Uni n Obreros y Empleados Municipales Uni n del Personal Civil de la Naci n Uni n Personal de Pintura y Afines Uni n Obrera Refractarios y Afines de la R A Uni n Gremial de Trabajadores Sanitarios Uni n Tranviarios Automotor Uni n Obreros Tintoreros Sombreros y Lavadores Sindicato nico Trabajadores Autom vil Club Argentinos Sindicato Unificado de Obreros Barracas de Lanas Cueros Cardas Sindicato Uni n Personal Auxiliar de Casas Particulares Sindicato
126. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE CI NCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE P S GRADUA O EM HIST RIA MARINA MARIA DE LIRA ROCHA UMA ONDA DE LAMA E SANGUE AMEACA COBRIR A REP BLICA Os discursos sobre a viol ncia no governo de Isabelita Per n junho 1975 marco 1976 Niter i 2011 MARINA MARIA DE LIRA ROCHA UMA ONDA DE LAMA E SANGUE AMEACA COBRIR A REP BLICA Os discursos sobre a viol ncia no governo de Isabelita Per n junho 1975 marco 1976 Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Hist ria da Universidade Federal Fluminense UFF como parte dos requisitos necess rios a obten o do grau de Mestre em Hist ria Social Orientador Prof Dr Norberto Ferreras Niter i 2011 Ficha Catalogr fica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoat R672 Rocha Marina Maria de Lira Uma onda de lama e sangue ameaga cobrir a Rep blica os discursos sobre a viol ncia no governo de Isabelita Per n junho 1975 marco 1976 Marina Maria de Lira Rocha 2011 207 f il Orientador Norberto Osvaldo Ferreras Disserta o Mestrado Universidade Federal Fluminense Instituto de Ci ncias Humanas e Filosofia Departamento de Hist ria 2011 Bibliografia f 201 207 1 Argentina pol tica e governo 2 Viol ncia 3 Repress o Politica I Ferreras Norberto Osvaldo II Universidade Federal Fluminense Institu
127. Yo le pregunto por qu Y me dice cosas como que el Pupi no andaba que en cualquier momento nos iba a traicionar que andaba haciendo ruido con la olla que andaba desquiciado Yo pienso que estaba muy mal que se hab a quebrado pero no vi que representara un peligro Me dice bueno entonces vas a ser vos el que le d un tiro en la frente Yo les digo que no le voy a dar un tiro en la frente a nadie y mi hermano me dice que me calle la boca Y la cosa qued ah estaba mi hermano y estaba un muchacho que est en Cuba ahora Canelo as que se hizo la ejecuci n Yo no estaba porque sal con el grupo nuevo que no sab a de esto y los llev a caminar por la sierra Cuando llegu las cosas ya hab an pasado todo segu a Creo que algunas caras hab an cambiado Y bueno tambi n se hace un juicio contra l el muchacho bancario Bernardo Groswald Ese juicio termina en un fusilamiento Estuvimos todos cuando se lo fusil Realmente me pareci una cosa incre ble Yo creo que era un crimen porque estaba destruido era como un paciente psiqui trico Creo que de alg n modo somos todos responsables porque todos est bamos en eso en hacer la revoluci n Pelos dois assassinatos o entrevistado foi condenado pris o perp tua junto com Frederico M ndez e no governo C mpora ambos seriam anistiados Neste relato Jouv assume uma responsabilidade individual atrav s de uma dimens o pessoal em que conta o ac
128. a o aos direitos humanos assassinato tortura e priva o ilegal de liberdade Para mais informa es ver www paginal2 com ar DEL BARCO Oscar Op Cit Grifos no original 58 A id ia deste trabalho no entanto ao analisar os sentidos da viol ncia ter como principio distinguir a viol ncia tanto subjetiva como materialmente Assim apesar de alguns estudos atualmente tenderem a converg ncia entre as posi es do terrorismo de Estado e da guerrilha aqui as tomaremos de formas distintas Seguindo a id ia de Pilar Calveiro propomos que a viol ncia promovida pelo Estado argentino foi indiscriminada com o objetivo de paralisar a sociedade e impor determinada pol tica A guerrilha por sua vez usou a viol ncia como uma pr tica cujo inimigo era discriminado o opositor da classe trabalhadora e o repressor Tal diferen a demonstrada por exemplo pelo estudo de Vera Carnovale no qual recupera as mortes promovidas pela guerrilha do PRT ERP listando os executados pelos Ju zos Revolucion rios entre mar o de 1972 e fevereiro de 1977 Nestes quase cinco anos a autora descreve sessenta e dois casos sem contar as mortes em combates abertos em assaltos a quart is em enfrentamentos armados ou execu es realizadas por outras organiza es Carnovale reagrupou tais mortes em tr s tipos de casos Um primeiro caracterizado pelo um alto grau de seletividade membros das For as Armadas da Pol cia Federal o
129. a 64 Neste sentido a CGE analisou no Clar n e La Opini n coment rios de outras associa es empresariais e publica es midi ticas que os acusavam de apoiar um projeto coletivizante e marxista Segundo a Confedera o estas proposi es tinham um car ter irrespons vel pois n o levava em conta o apoio de outras organiza es pol ticas e sociais representativas do pa s que tamb m fizeram parte do ajuste econ mico A trav s de expresiones de algunos grupos de activismos pol ticos minoritarios y de reflexiones o an lisis que se injertan en comentarios period sticos se pretenden calificar de colectivizante o de llevar al marxismo la pol tica econ mica nacional en cuya elaboraci n particip y que luego respald la Confederaci n Nacional Econ mica consecuente con una filosofia expresada durante casi tres d cadas para el movimiento empresario confederal A pol tica econ mica defendida para a CGE havia sido aprovada em amplas assembl ias empresariais dentro e fora da Confedera o Logo considerou tais acusa es uma afronta ao Parlamento argentino que p s o programa em vig ncia insinuando que seriam leis coletivizantes ou capazes de levar o pa s ao marxismo Por fim argumentaram que a CGE defendia a paz social a democracia as institui es republicanas a empresa privada a integra o do pa s a atividade econ mica nas fronteiras o resguardo de poder da decis o nacional
130. a Condu o Montonera 85 mostrar a todos los patriotas el camino para acabar con la explotaci n el hambre la miseria a que nuestro pueblo se ve sometido A cria o de tal Ex rcito reformulou o pr prio partido atrav s de duas frentes de ac o pol tica distintas o PRT seria um partido marxista leninista cl ssico que conduziria a luta no campo legal enquanto o PRT ERP abrangeria militantes de correntes mais amplas mesmo que estes n o fossem socialistas dispostos a lutar com armas contra o imperialismo no pa s Como parte do considerado grupo Independiente do peronismo o PRT ERP tornou se mais cr tico e combativo em rela o a este movimento e seu governo Assim resolveram intensificar suas a es contra este poder e acelerar a insurrei o das massas Seus militantes passaram ent o a realizar diversas atividades para angariar e formar uma guerrilha rural que seria instalada em Tucum n Em maio de 1974 a Compa ia Ram n Rosa Jimenez refer ncia a um dos militantes o Partido morto naquela regi o inicia suas primeiras a es para propagar o movimento junto popula o e refor ar o material para a luta atrav s de assaltos a bancos seqiiestros roubos para redistribui o tomadas de quart is ju zos revolucion rios etc Tucum n prov ncia escolhida para a luta guerrilheira era uma regi o a ucareira com in meros engenhos Foi durante os anos 1960 conhecida pelo apelido de Tucum n Rojo pois
131. a Obrigada pelo apoio Aos amores e nossas despedidas Na esperan a de novos desafios VII RESUMO O presente trabalho analisa os discursos sobre a viol ncia seu aprofundamento e naturaliza o durante os meses de junho de 1975 a marco de 1976 na Argentina No governo de Isabelita Per n o pa s convivia com os desaparecimentos de pessoas com as pris es e seq estros com os cad veres abandonados nas ruas com os assassinatos cometidos por diversas organiza es com a censura e as proscri es As express es da viol ncia levadas por um lado pelas guerrilhas rurais e urbanas e por outro pelas repress es clandestinas e legalizadas faziam parte deste ambiente ainda democr tico e estabelecia as no es de inimigos e seus enfretamentos Lendo os discursos publicados nas Solicitadas dos jornais La Naci n Clar n e La Opini n analisamos as concep es da viol ncia produzida simbolicamente pela escrita suas distintas interpreta es naquele espa o e os sentidos que as palavras que designavam a viol ncia tomavam forma em cada discurso PALAVRAS CHAVE Argentina Viol ncia Peronismo Repress o RESUMEN El presente trabajo analiza los discursos sobre la violencia su profundizaci n y naturalizaci n durante los meses entre junio del a o 1975 y marzo del 1976 en Argentina En el gobierno de Isabelita Per n el pa s conviv a con los desaparecimientos de personas con los encarcelamientos y secuestros
132. a o PA enquanto partido pol tico publicou e delatou a viol ncia dos traidores da luta popular que tentavam impedi la de fazer a revolu o Uma coopera o entre classes j n o seria poss vel em uma sociedade cuja classe burguesa estava impedindo a Libera o Social Em 21 de novembro de 1975 por exemplo o Partido afirmou sofrer amea as de proscri o e de captura de seu presidente Oscar Bidegain Diriam que policiais e 90 Idem 1 Hacia el Movimiento Peronista Aut ntico Evita Montonera Revista Oficial de Montoneros Ano 1 N 6 p 4 agosto de 1975 141 militares pretenderam prend lo sob o pretexto de haver sido encontrado em sua propriedade muni es de baixo calibre Na mesma Solicitada falariam ainda da proibig o do primeiro ato p blico do Partido e das pris es de Hugo Vaca Narvaja advogado provincial do PA e de Antonio Prieto Membro da Junta Promotora Nacional Quase simultaneamente o delegado de Chaco haveria lan ado cal nias contra o deputado do PA Jaime Dri enquanto o governador de La Rioja Carlos Menem detivera pessoas da Junta Promotora naquela prov ncia Assim relatando tais agress es ao Partido tentariam explicar opini o p blica que na realidade o que estava se concretizando era uma luta contra sua mobiliza o atuante em 95 do pa s e que procurava retomar as verdadeiras bandeiras do peronismo A viol ncia aqui n o cessaria enquanto o PA verdadeiro representante
133. a Halac Delia Castellac e Ren Ch vez cujas suplentes eram Leonor Troxler Sara Golotier de Cobacho Mar a Teresa Barardi Ana Mar a Dominga de Pe a Carmen Domingo e Am lia de Lizaso 76 El PPA fue invitado por la prensa extranjera Bolet n Informativo del Partido Peronista Aut ntico Ano 1 N 2 p 3 Junho Julho de 1975 77 S o conhecidas as discuss es levantadas por Andr s Framini sindicalista membro da Junta Promotora do PA e Antonio Lombardich membro da Junta Promotora de C rdoba negando a rela o entre o Partido e a viol ncia pol tica Por outro lado as posi es de Zavala Rodr guez e Roberto Perd a membros dos Montoneros e tamb m do PA que afirmavam a import ncia de continuar a resist ncia por ela Para mais informa es ver LADEUIX Juan Ivan Un Partido para los aut nticos peronistas Tradiciones y 134 Recolheu se um total de quinze comunicados naquele per odo assinados pelo PA Oito deles estavam no Clar n sendo quatro assinadas pelo Partido Aut ntico ou Partido Peronista Aut ntico e suas Juntas Promotoras dois de membros que pertenceram a ele um no qual o PA assina com outras organiza es pol ticas e outro que ele adere Quatro Solicitadas est o no La Naci n sendo tr s do PA ou PPA e suas Juntas Promotoras e uma de membros do movimento Enquanto tr s delas est o no La Opini n sendo duas do PA ou PPA e suas Juntas Promotoras e uma de membros do Partido interessante perceber o apar
134. a Triple A Buenos Aires Punto de Lectura 2007 p 337 7 TIMERMAN Jacobo Prisioneiro sem nome cela sem n mero Rio de Janeiro CODECRI 1982 pp 117 118 43 Timerman conformou assim uma mem ria pr pria de que seu jornal condenava o terrorismo e a viol ncia de ambos os lados tomando uma posig o aut noma em rela o ao governo e aos outros jornais A seu ver La Opini n seria favor vel democracia liberdade e coexist ncia N o estaria envolvido com nenhuma luta tampouco preocupado com sua sobreviv ncia e justamente por isso haveria tornado se uma entidade suspeita para os dois setores o das esquerdas e o militar Mas era claro que ao final de 1975 e in cio do seguinte ano o jornal tinha uma posi o Defendendo a bipolaridade dentro das For as Armadas La Opini n colocaria a necessidade da interven o delas no governo de Isabel publicando por exemplo em fevereiro de 1976 o seguinte trecho de reportagem La Fuerzas Armadas podr n verse obligadas a intervenir no para suprimir el sistema sino para regenerarlo No se tratar a de reemplazar el poder civil por el poder militar sino de reordenar el pa s y ponerlo de pie en todos los aspectos en especial el moral Pero adem s de establecer las bases adecuadas que el sistema pueda volver a funcionar en particular a partir de la creaci n de nuevos canales de expresi n partidarios y de dotar al pa s de una nueva clase dirigente de la que aparece a
135. a do pa s E assim a cren a nesta alian a e a decis o em apoiar a fra o videlista das For as Armadas que faz o Partido se confundir com o golpe perpetuaram se at os tempos da ditadura e possibilitou sua perman ncia na legalidade diferentemente de outros partidos de esquerda no mesmo per odo No entanto na medida em que se aprofundavam as a es de Seguran a Nacional e o anticomunismo o Partido Comunista percebeu a necessidade de desenvolver um trabalho pol tico dentro das For as Armadas a fim de estabelecer um setor democr tico que a seu ver andava faltando quela institui o Logo investiu em uma Uni o de Oficiais Democr ticos Argentinos batizada de Lautaro homenagem a sociedade secreta criada por San Mart n em Buenos Aires para lutar pela independ ncia e desta forma pretendia ligar as For as Armadas ao povo Em 1975 as id ias de democracia e anti golpismo que o PC tinha sobre Armas argentinas se aprofundaram e o Partido juntou esfor os para consolidar uma frente de massas Desta forma apelou aos atores que poderiam ser seus aliados os Radicais os Peronistas os Intransigentes e os Democrata Crist os atrav s do Movimento de Juventudes Pol ticas e mantiveram o v nculo com dirigentes de outras organiza es como as For as Armadas e funcion rios religiosos Neste movimento de integra o acreditava se na solu o para a crise nacional E um dia ap s o golpe o PC continuaria se manif
136. a eles seria o reflexo da sociedade Entretanto o t tulo do texto confunde a leitura deste artigo Bourdieu delineia nele as sondagens de opini o p blica n o o que seu t tulo predisp e ao leitor uma falta n o exist ncia dela uma cr tica extremamente interessante para a aplica o aos estudos que se utilizam de documentos de sondagens no que se alude s institui es e BOURDIEU Pierre A Opini o P blica n o existe In THIOLLENT Michel org Cr tica metodol gica investiga o social e enquete oper ria S o Paulo Editora Polis 1980 46 forma es de pensamento Mas n o uma an lise sobre a opini o p blica ou um questionamento de sua exist ncia Jacques Ozouf retomando esta proposta revela o valor das pesquisas de sondagens para aqueles historiadores que apetecem captar as opini es particulares de uma sociedade investigada Afirmando as preocupa es de Pierre Bourdieu o autor defende um uso prudente desses tipos de documentos analisando seus resultados a partir de uma diferencia o das opini es e dos organismos que as realizam Contudo segundo Ozouf as pesquisas d o luz a quem cala e a quem fala diante de um tema e os estados de opini es que se encontram em determinadas pocas O conceito de opini o p blica de acordo com este autor muito dif cil de ser determinado devido aos seus diversos aspectos te ricos e pluridisciplinares Especificamente no campo historiogr fic
137. a entre verdades e mentiras sobre o peronismo e a Justi a Social 3 2 O Retorno do Peronismo com o Peronismo Aut ntico os Comunicados do Partido Aut ntico A disputa pelo verdadeiro peronismo n o se restringiu contudo aos movimentos de trabalhadores Muitos foram os peronistas que se identificaram enquanto aut nticos deste movimento Entre eles e naqueles anos encontra se a hist ria do Partido Aut ntico A narrativa sobre o Partido Aut ntico PA ainda precisa ser escrita pelos historiadores que debrucam sobre o per odo Poucos s o os estudos que o mencionam ou que o tomam especificamente Aqui se tentar interpret lo adentrando uma historiografia que procurou referi lo O fato que o PA foi fundado em mar o de 1975 a partir do Movimiento Peronista Aut ntico e buscava opor se aos membros do Partido Justicialista acusando os de falso peronismo A recupera o de uma autenticidade do peronismo composta pelas id ias de Justi a Social antiimperialismo e Libera o Nacional organizada Solicitada Los hechos nos han dado la raz n Clar n Ano 31 N 10668 p 22 12 de Novembro de 1975 130 especialmente pelo que se denominava de esquerda peronista pretendia trazer uma alternativa ao Movimento Peronista caso houvesse uma sa da eleitoral para a crise que o governo transpunha Daniel James em artigo publicado no ano de 1976 elabora o conceito de peronismo da esquerda sob as vertentes de antic
138. a fam lia As quedas de membros da organiza o se multiplicavam e a Condu o Montonera a fim de preservar seus quadros recomendou que cada militante levasse consigo uma pastilha de cianureto fabricada em s rie e se auto eliminasse antes da pris o Contudo caso o suic dio glorioso n o fosse alcan ado a tempo a diretriz era manter o sil ncio e a convic o ideol gica sob qualquer circunst ncia Aqueles que n o a cumprissem seriam considerados traidores e julgados pelo Ju zo Revolucion rio GILLESPIE Richard Op Cit 1998 p 264 84 como ocorreu com Roberto Quieto N mero Tr s da Condu o seq estrado no final de 1975 na praia de San Isidro julgado respons vel pela s rie de quedas na Organiza o depois de sua desaparic o Coloca se portanto a quest o do empreendimento de caminho sem retorno proposto por Pilar Calveiro Esta esp cie de pacto realizado pelo derramamento de sangue dos pr prios militantes e demais envolvidos neste contexto que tornava dif cil a retirada da organiza o A fidelidade com os ideais com sua forma o moral e com o coletivo companheiros mortos e vivos afetou pois os princ pios ticos sobre o fim A ps 84 Assim v rios soldados perejiles morreram em combate numa Argentina que a viol ncia era instrumento pol tico da organizac o em que pertenciam e seu monop lio era disputado com a instituig o oficial co
139. a impreterivelmente tinham rela o com os fatos relatados nos peri dicos a atualidade instant nea publicada em formas de not cias Podiam se ver ali por conseguinte duas caracter sticas em seus discursos Uma que elas s o esp cies de espa os abertos para a discuss o aos olhos do p blico denotando diversas maneiras de analisar e relatar o que se acontecia no pa s Outra que t m car ter instant neo tais como seus meios de divulga o e suas discuss es giram em torno de eventos contempor neos e s o transpostas por outras discuss es e assim sucessivamente As perspectivas diferentes dos mesmos conte dos seguiam as express es ideologias das pessoas e organiza es escritoras das Solicitadas Assinavam nas extremos pol ticos que abrangiam um grande contingente entre eles Partidos Pol ticos Grupos Sociais pessoas individuais e muitos sindicatos de trabalhadores e empres rios Portanto eram opini es sobre o contexto em uma historicidade as organiza es falavam com o leitor contempor neo utilizando suas palavras para relatar os acontecimentos do presente com argumentos do passado com interpreta es e do futuro com propostas Enxerguei ali a minha possibilidade de interpretar a interse o entre a l ngua a ideologia e a hist ria E este outro sentido que aporto ao meu trabalho tentar verificar LUCA Tania Regina de A Revista do Brasil 1916 1944 Notas de Pesquisa Dispon vel em http www posh
140. a lealdade comandou se a viol ncia e por ela sofreram muitos homens E o c rculo argumentativo se completa na lealdade que se deveria ter por estes homens que lutaram e morreram para ver o povo no poder o argumento de caminho sem retorno exposto no primeiro Cap tulo deste estudo O interessante perceb la enquanto uma categoria essencial que argumenta a identidade do peronismo Movimientista e Ortodoxo mas que para este grupo possu a um sentido diferente Usam portanto as mesmas palavras que possuem sua hist ria desde princ pios do peronismo para criticar o pr prio governo peronista E ao critic lo o Partido desperoniza as pol ticas do governo que de acordo com suas explicita es era marcado pela falta de interesse pela Na o e ocupado por uma viol ncia de pura agress o sem justificativas O governo tornava se t o n o peronista que a presidente perdia inclusive seu sobrenome Em todas as cita es que se tem de Maria Estela Martinez de Per n ela tratada como Isabel Mart nez ou Maria Estela Mart nez 83 Solicitada Primero la Patria luego el movimiento despu s los hombres La Opini n Ano V N 1251 p 21 22 de Julho de 1975 Lembra se aqui que desde a escolha de Isabel para concorrer vice presid ncia a Tendencia Revolucionaria se coloca em desacordo por apoiarem uma f rmula que tivesse ou C mpora ou Ricardo Balb n como vice de Per n 137 Hoy la licencia de Mar a
141. a linha pol tica Lopezrreguista Nela exp s uma posic o na qual n o possu a o anseio de que o governo peronista fracassasse tampouco que o Partido Peronista fosse destru do Contudo no decorrer da argumentac o pediam por liberdade democr tica e di logo pol tico por investigac o da 444 pelas emerg ncias propostas pela CGT e outros partidos e organiza es sociais pela baixa de pre os dos produtos b sicos pelo castigo de contrabandistas e especuladores pelo cumprimento dos conv nios de trabalhadores pelo combate ao desemprego pela normaliza o das universidades deslegitimando o governo e o PJ E neste sentido mais uma vez retificam seu projeto pol tico La oligarquia terrateniente los grandes capitalistas y monopolios respaldados por la CIA son los beneficiarios de la falta de unidad de acci n de las fuerzas democr ticas y patri ticas La hora manda buscar lo que une no lo que desune Sobre tal s lido basamento se podr construir un verdadero gabinete de salvaci n c vico militar de amplia coalici n democr tica A unidade foi aclamada sobre o j proposto argumento de oposi o democracia versus fascismo encarnado no golpe Este ltimo estaria baseando se em uma esp cie de crise moral da sociedade mas que segundo o Partido viria arrastando se durante muito tempo com os efeitos provocados por um sistema antinacional e profundamente imoral Logo inverte se o sentido de moralidade proposta pelo gov
142. a tercera posici n justicialista que entre 1969 1972 adopt el nombre del socialismo nacional a partir del retorno a la Argentina pas a denominarse democracia integrada y por ltimo en el di logo de Per n presidente con los sindicatos y las fuerzas armadas se redujo a la expresi n de corte prusiano comunidad organizada que definitivamente dejaba de lado toda su alusi n al socialismo y la democracia De forma a facilitar a identifica o destes grupos que dialogavam com o peronismo Lucas Lanusse prop e que a discuss o sobre o movimento rondava nesta poca sob a formula o de tr s grandes expectativas os Movimientistas os Tendencistas e a Alternativa Independiente Os Movimientistas acreditavam no peronismo e no Per n revolucion rios negando as diferen as adentro do movimento Os Tendencistas reconheciam a potencialidade revolucion ria de todos os movimentos peronistas mas admitiam diferen as irreconcili veis nos objetivos estrat gicos delas Portanto toleravam uma conviv ncia t tica que posteriormente seria rompida mas reconheciam os burocratas como inimigos a classe trabalhadora hegemonizada pelo Movimientismo e Per n ilegitimamente revolucion rio Enquanto a Alternativa Independiente descartava qualquer tipo de conviv ncia com a burocracia sindical confirmando uma identidade classista e uma vis o de um Per n burgu s Uma das correntes Movimientistas criada no chamado Terceiro Peronismo cujo
143. a urbana mas essencialmente pela popula o rural que votou no peronismo com aproximadamente 17 de votos a mais desde as elei es de 1946 Isto demonstra que o peronismo al m de mobilizar as classes populares urbanas foi tamb m capaz de legitimar se a partir de um conservadorismo estrutural e de figuras pol ticas locais 6 presentes no ambiente rural No entanto durante toda a campanha para o candidato peronista H ctor C mpora sua submiss o a um Per n extremamente popular foi essencial para a vit ria A diversifica o do movimento peronista e sua integra o no lider possibilitaram que a f rmula C mpora no governo Per n no poder ganhasse Para todos Per n expresaba un sentimiento general de tipo nacionalista y popular de reacci n contra la reciente experiencia de desnacionalizaci n y privilegio Para algunos peronistas de siempre sindicalistas y pol ticos esto se encarnaba en el l der hist rico que como en 1945 traer a la antigua bonanza distribuida por el Estado protector y munificente Para otros los m s j venes los activistas de todos los pelajes Per n era el l der revolucionario del Tercer Mundo que eliminar a a los traidores de su propio movimiento y conducir a a la liberaci n nacional o social potencializando las posibilidades de su pueblo Inversamente otros encarnando el ancestral anticomunismo del movimiento ve an en Per n a quien descabezar a con toda la
144. abrindo o Operativo Isabelita iria afirmar La Argentina marcha hacia su destino de potencia Es nuestro triunfo El triunfo del pueblo La victoria de la voluntad mayoritaria de la ciudadan a que vot libremente su destino de grandeza Pero hay quienes pretenden que sigamos sometidos Es la subversi n que responde a intereses for neos La subversi n que no respeta instituciones ni personas En su acci n disolvente hoy intenta extenderse al medio rural La subversi n ataca as a todo el pueblo argentino Por ello la lucha contra la subversi n requiere la participaci n de toda la comunidad El Poder Ejecutivo Nacional fiel int rprete del mandato que le confirieron las mayor as populares ha decidido la intervenci n del Ej rcito en la lucha contra la subversi n ap trida Una vez m s las Fuerzas Armadas est n unidas e identificadas con el pueblo en la defensa de nuestro propio modo de vida Seguindo com a linha de institucionaliza o da repress o em quatro de novembro de 1975 foi publicado no Boletim Oficial o Decreto N 2770 75 que afirmava la necesidad de enfrentar la actividad de elementos subversivos que con su accionar vienen alterando la paz y la tranguilidad del pa s cuya salvaguardia es responsabilidad del gobierno y de todos los sectores de la Naci n 196 Neste decreto ficou institu do que iria se construir um Conselho de Seguran a presidido pela presidenta e integrado pelos ministros do Poder Executivo N
145. acio 79 2 4 A Alternativa Independiente o Caso do PRT ERP eres 84 2 5 A Ca a aos Inimigos Sobre Como se Tornou Legal a Guerra Antisubversiva 89 2 6 O Idioma da Verdade e do Amor a Defesa de Isabel e do Lopezreguismo na Revista Las O O O 96 2 7 A Viol ncia e o Subversivo do Peronismo Oficial eres 98 Cap tulo III A Verdade em seus Planos As Organizac es e as Solicitadas Opini o P DICA dt AAA T 3 1 Viol ncia Vertical e do Combate Os comunicados das 62 Organizaciones Peronistas Confederaci n General del Trabajo e Sindicatos Combatentes ooooooccinccnnonoconoconcconnnconncconocnoss 105 3 2 O Retorno do Peronismo com o Peronismo Aut ntico os Comunicados do Partido Autenti O ADEE BEEE PE EAER E ORE S EEIE A A E pomba a DE de ad 129 XV 3 3 A Viol ncia da Viol ncia as Solicitadas da Frente Antiimperialista y por el Socialismo husi Ea A A tt 148 3 4 Uma Estrat gia C vico Militar contra os Inimigos O Partido Comunista 156 3 5 As Armas para a Economia os Comunicados de Organiza es de Empres rios e Empresas Privadas o ea dee a e O redor Un eta 169 3 6 E na Arena da Luta entre Classes as Palavras est o Vivas Apontamentos para uma CONCISO rd bp Dena a cuia aa DEA daqui AS aa Lala 182 Conclus o A Onda que Cobriu o Pa s Um Modo de EC ONCIUS O ass aid as 201 INTRODU O Era um
146. acional e os generais comandantes das For as Armadas Este Conselho deveria dar dire es aos 1 Idem pp 103 149 104 NOVARO Marcos PALERMO Vicente Op Cit 2003 pp 69 70 195 GUTMAN Daniel Op Cit 2010 pp 151 152 1 Dispon vel em http www desaparecidos org nuncamas web document nacional decr2770 htm 94 esfor os acionais para a luta anti subversiva e executar as tarefas ordenadas pela presidenta Foi tamb m colocado a necessidade de formac o de um Conselho de Defesa presidido pelo Ministro de Defesa e integrado pelos comandantes gerais das Forcas Armadas A ele atribuiu lhe o assessoramento Isabelita na luta contra a subvers o propondo lhe medidas necess rias a serem adotadas nesta luta e auxiliar tanto na coordena o com as autoridades nacionais provinciais e municipais para a execu o destas a es quanto na condu o e planejamento da luta contra os aspectos e as a es da subvers o com a ajuda das For as Armadas de Seguran a e Policiais A Secretaria de Imprensa e Difus o a Pol cia Federal e o Servi o Penitenci rio ficariam subordinados aos Conselhos e suas decis es quanto luta contra a subvers o considerando ent o esta uma prioridade para o pa s Por fim o Minist rio de Economia deveria prover os fundos para manter tais Conselhos e suas a es Desta maneira a forma o dos Conselhos demonstra nos mais uma tentativa de formalizar a a o repressiva nos mbitos pol tico e
147. acusando alguns deles de estarem a servi o da Antip tria O fechamento de La Prensa por exemplo foi uma medida tomada de forma r pida e exemplificadora para aqueles jornais opositores do peronismo Idem p 82 4 LLONTO Pablo La Noble Ernestina El misterio de la mujer m s poderosa de Argentina Buenos Aires Punto de Encuentro 2007 Idem pp 101 102 32 As creci Con los clasificados Clar n pas a ser el diario de servicios Todo el cuentapropismo del pa s empieza a comprarlo como herramienta de di logo y para saber c mo est parado en el mercado Depois da morte de Roberto Noble Ernestina Noble procurou entender as propostas industrialistas e desenvolvimentistas do marido para seguir adiante com o projeto do jornal Durante o ano de 1969 a vi va dedicar se ia aos estudos deixando o Clar n nas m os do advogado Arturo Frondizi e do jornalista Rogelio Frigerio membros fundadores do Movimiento de Integraci n y Desarrollo MID E apenas no ano seguinte Ernestina Noble resolveu assumir sua dire o tornando se no ambiente profissional do jornalismo argentino a figura de La Directora ou La Viuda Ernestina declara ent o que seu jornal seria o instrumento do desenvolvimentismo no pa s e integra na sua equipe administrativa tr s jovens militantes deste movimento Jos Antonio Aranda Rafael Lucio Pagliaro e H ctor Magneto Nos primeiros anos da d cada de 1970 Clar n deu um salto em suas tirag
148. ada numa esp cie de disputa entre o bem e o mal no qual seu jornal seria a encarna o de uma escrita pela democracia e pelos valores humanos Em um de seus livros aquele que o lan ou mundialmente como a figura de den ncia da repress o e onde contava sua experi ncia de pris o e tortura nos Centros Clandestinos de Deten o ele afirmou que La Opini n era atacado por todos os lados porque buscava sempre a verdade Procurando uma explica o que fosse al m das no es inaceit veis de democracia liberdade toler ncia e coexist ncia tanto a esquerda quanto a direita destinavam se a concordar em algum ponto s podia haver algum comando imposto ao qual La Opini n obedecia O jornal obviamente n o escolhia o suic dio di rio um flerte d bio com a morte gratuitamente que fez de La Opini n uma entidade suspeita pois nenhum dos dois setores podia entender qual a vantagem que o jornal levava E era duro admitir que n o levava nenhuma Aos olhos de todos algo suspeito e inexplic vel acontecia e tinha que haver uma explica o Naquele mundo de incessante obsess o patol gica quem poderia admitir a exist ncia de um grupo limitado de pessoas no La Opini n no Herald de Buenos Aires e na Assembl ia Permanente de Direitos Humanos que aderissem a alguns dos sentimentos e verdades mais simples dos quais recusavam a descartar se e que eram mais fortes que o medo 6 LARRAQUY Marcelo L pez Rega El peronismo y l
149. ade dos grupos publicadores que determinou a publica o escolhas de jornais cujos consumidores podem estar mais ou menos interessados em suas lutas suas posi es e rea es aos fatos Todavia ao nos retirarmos do contexto macro do hist rico social e passarmo nos para o contexto micro do pr prio meio de divulga o ou a sincronia dele teremos de pensar a influ ncia do jornal na publica o Ou seja a forma em que se escreve no comunicado a realidade na qual se refere e para qual ele apela tamb m s o determinadas pelo contexto do meio de publica o conformada pelo tipo de jornal seus colunistas e jornalistas por sua linha editorial e por seu Contrato de Leitura 1 1 Alguns Poucos N meros A Rela o entre Solicitadas e Jornais Dos tr s peri dicos pesquisados La Naci n Clar n e La Opini n foram recuperadas quatrocentas e quarenta e seis 446 Solicitadas durante os meses de junho de 1975 a mar o de 1976 Noventa 90 delas foram recuperadas do La Naci n cem 100 estavam no Clar n e duzentas e cinq enta e seis 256 no La Opini n 2 N o foi poss vel verificar as Solicitadas do m s de junho do jornal Clar n uma vez que este estava deteriorado A averigua o terminou no ltimo dia de fevereiro de 1976 pois os exemplares de todos os 20 Constatou se que a maioria das Solicitadas publicadas no primeiro peri dico o La Naci n foi redigida por Empresas ou Gr mios Empresariais
150. adua o Carine Rocha e Leandro Felipe somos poucos mas somos bons Aquelas que me mostraram alegria afora dos port es universit rios Talita Nunes Andrea Prestes e Fernanda Nascimento Aos novos amigos do mestrado Wallace Guedes Gabriel Marinho e Natalia Guerellus voltem logo pois aqui se sente saudades Aos velhos amigos do mestrado Julia Bianchi e Giordano Bruno agrade o pela amizade t o dedicada e pelo tempo que compartimos Obrigada Comunidade Latina moradora do Rio de Janeiro que abriu suas casas e os meus olhos para suas vidas agora contadas em um maravilhoso portunhol A minha querida Pilar Cabanza pelos encontros de estudos e terapias desculpas para nos vermos sempre Sorte minha haver te conhecido Ao professor Norberto Ferreras que me recebeu nessa empreitada me mostrou caminhos e me ajudou a percorr los Obrigada pela dedica o que tornou tal escrita t o prazerosa e feliz professora Beatriz Kushnir t o incentivadora Obrigada por acreditar As professoras da Banca Samantha Viz Quadrat e Maria Paula Nascimento Ara jo que vivenciaram o meio deste trabalho e me ajudaram a achar seu fim com cr ticas elogios e sugest es para estas p ginas Ao pessoal do Programa de P s Gradua o em Hist ria da UFF principalmente aqueles da secretaria Silvana Inez Devid Roberto Hayd e que sempre presentes me ajudaram nas in meras d vidas que existiram at o ltimo segu
151. al imperialismo El compromiso tantas veces reiterado de liberar al pa s fue desvirtuado por unos pocos amigos que simulaban acompa ar al general Per n con lealdad Aqui algumas das categorias que circulavam naquela realidade est o presentes Os inimigos foram apontados como os membros daquele peronismo Movimientista e de direita A barb rie como uma extens o da viol ncia utilizada contra a esquerda peronista A na o desejada como uma na o de mandato popular onde o povo era peronista e o peronista era o trabalhador dentro da dicotomia de propriet rio de meios de produ o versus aquele que vende sua for a de trabalho Esta viol ncia pois caracterizada pelo hist rico dado repress o da esquerda peronista tendo seu g nesis no epis dio j citado do Massacre de Ezeiza No entanto para al m do vocabul rio como barb rie inimigos e na o agregam se signos do peronismo que uma das identidades do Movimento dando sentido s categorias de mandato popular libera o nacional e lealdade O mandato popular aqui estaria fundamentando uma na o socialista portanto uma na o j liberada da subjuga o estrangeira e como se viu acima com Daniel James est presente no argumento de antiimperialismo que por sua vez d sentido ao grupo do peronismo considerado de esquerda 0 Solicitada Primero la Patria luego el movimiento despu s los hombres La Opini n
152. alho do PRT ERP com organiza o interna pr pria 119 Para PRT ERP ver Cap tulo II 11 FLORES Sebasti n Levia Teor a y pr ctica del poder popular los casos de Movimiento de Izquierda Revolucionaria MIR Chile 1970 1973 y Partido Revolucionario de los trabajadores Ej rcito Revolucionario del Pueblo PRT ERP Argentina 1973 1976 2007 237 f Disserta o Mestrado em Hist ria da Am rica Universidad Santiago del Chile Santiago del Chile pp 207 216 112 ANTOGNAZZI Alicia La lucha armada en la estrategia pol tica del PRT ERP 1965 1976 Raz n y Revoluci n Dossier Cien a os de lucha socialista Buenos Aires N 3 1997 149 Entretanto segundo o militante do Ejercito Revolucion rio del Pueblo Humberto Tumini a FAS possu a outra fun o para o PRT ERP ela servia para conseguir adeptos e ao fim pass los clandestinidade e luta guerrilheira Desde sua proibi o e a pol tica de exterm nio realizada por grupos clandestinos de repress o o PRT passaria a ter problemas com sua organiza o pol tica e a FAS que nucleava setores democr ticos ao redor do Partido enriquecia este trabalho e aumentava a propaganda do trabalho clandestino A n as si uno analiza el fen meno del FAS nosotros hicimos los primeros congresos del FAS en el a o 73 y suponte vos el segundo congreso o el tercer congreso habremos llevado 500 personas una cosa as Al a o el ultimo que hicimos en Rosario en una
153. alores superiores y en vista de la situaci n de anarquia e inmoralidad que genera la fiebre subversiva y el virtual estado de guerra civil INVOCAMOS nuestro leg timo deber de defender la PATRIA art 21 de la Constituci n Nacional y por lo tanto RECLAMAMOS 1 La formaci n de BRIGADAS VOLUNTARIAS que desde su puesto de trabajo atentas a la movilizaci n y en estrecha colaboraci n con nuestras gloriosas Fuerzas Armadas enfrenta la guerrilla ap trida atea y mercenaria 2 Exigimos de quien corresponda la instrucci n direcci n y armamento necesario dado que no usamos el secuestro ni el asesinato para lograrlo 3 Pedimos en consecuencia a la autoridad pertinente la posibilidad legal que nos autorice a salir de ese letargo c mplice y entreguista y asumir plenamente nuestras responsabilidades avasalladas Naquele comunicado a campanha pela forma o de brigadas n o apenas acusou as autoridades por n o conseguirem anular a subvers o do territ rio como tamb m ofereceu o servi o de treinamento dos interessados a lutar contra a guerrilha e pela defesa da P tria Assim definiu seus inimigos como guerrilheiros sem na o sem religi o e sem moral pois sequestrariam e matariam para lograrem objetivos n o direcionados ao bem comum Para tal universo descrito o governo apesar de respons vel pela pacifica o do pa s comportava se como c mplice e entreguista Em compensa o as For as Armadas eram a ins
154. ampo p blico e com seus poss veis efeitos e permite a an lise dos discursos sobre a viol ncia de forma historicizada e plurivalente A autora defende ali que a sociedade argentina daqueles anos n o aceitava majoritariamente a viol ncia enquanto uma pr tica e um discurso pol tico e nos prop e que a radicaliza o dela n o foi consenso social Pelo contr rio Franco coloca sua constante nega o nos espa os p blicos o que terminou por convergir na necessidade das For as Armadas institu rem a ordem no pa s Analisando entrevistas em peri dicos mat rias publicadas neles e as Solicitadas a autora concebe tr s tipos de abordagens p blicas sobre a viol ncia recusada como a o 10 H registro na Comisi n Nacional de Desaparici n de Personas Conadep de aproximadamente mil den ncias de pessoas desaparecidas for osamente durante os governos justicialistas entre 1973 e 1976 No campo ling stico por exemplo Lucrecia Escudero Chauvel trouxe nos tais embates trabalhando com discursos em meios de comunica o e assinalando a plurival ncia do conceito de desaparecido produto da viol ncia na Argentina durante a ditadura de 1976 Neste sentido afirmou o embate entre quatro id ias distintas de grupos sociais que disputavam a hegemonia do conceito os militares o Estado a imprensa e as organiza es de direitos humanos Para mais informa es ver CHAUVEL Lucrecia Escudero Desaparecidos pasiones e iden
155. ance desejando seu retorno ao pa s e ao poder mas temeroso com sua volta a uma Argentina violenta e desesperan ada na qual as pessoas se apropriavam de seu nome para fazer coisas que iam de encontro aos seus ideais Um Per n que duvidava da legitimidade e da popularidade do mito de Evita argumentando que ela fora constru da por ele e muitas vezes fazia se maior que sua pr pria imagem Um Per n que se casa primeiro com uma menina ing nua a Potota depois com o mito e por fim uma jovenzinha f til que pretendia transformar se em uma nova Eva As etapas da vida pessoal de Per n parecem ser no romance reflex es de sua pr pria vida p blica e pol tica Primeiro Mart nez retrata o como um jovem ing nuo e lutador que quer transformar a Argentina em pot ncia internacional Depois o personagem se transforma em uma lideran a de um movimento at hoje influenciador da pol tica argentina Por fim sua decad ncia Per n perde o poder para outras lideran as e movimentos e transformado em um homem que n o pode ser Per n Nem mesmo Evita seria capaz de ser peronista caso observasse no que havia se transformado o General Este peronismo descrito por Thom s Eloy Mart nez portanto um peronismo cujo l der n o era o mesmo e cujas ideologias tamb m se modificaram Mesmo sendo Per n ainda aquele que alimentava a esperan a de uma grande parte da sociedade sua virada de posicionamento assim como a de seus
156. apitalismo e resist ncia da classe trabalhadora Formulado desde 1955 trabalha com a id ia de que este vi s do peronismo seria um reflexo do golpe ao governo de Per n e as diversas proscri es s organiza es de trabalhadores e peronistas naquela sociedade ideologicamente restringida entre peronismo e antiperonismo Neste sentido surgiram uni es combativas formadas por trabalhadores movimentos de peronismo revolucion rio grupos de juventude peronista e guerrilhas cuja ess ncia program tica que os uniriam enquanto um c rculo de esquerda estaria na natureza antiimperialista desses movimentos O argumento interessante uma vez que mesmo reunindo tais elementos os distingue em t picos explicativos cada um deles contextualizando os relacionando os e propondo suas negocia es com o peronismo enquanto ideologia pol tica E neste movimento que o Partido Aut ntico trazido j nos coment rios finais do pequeno inciso Propondo as quest es de inser o da coer ncia marxista nas linhas de pensamento do peronismo tornando o um movimento revolucion rio o Partido aqui analisado observado enquanto uma estrat gia pol tica que absorveu tal interpreta o em um per odo no qual se tornou evidente a n o aceita o de Isabel Per n no governo devido sua iner ncia ao c rculo de direita e a possibilidade de recria o do pensamento pol tico de Per n Reconstruindo o interior do pensamento peronista sob sua perc
157. aquel Org M dia e Poder Rio de Janeiro Maud X 2008 pp 57 79 GRIMSON Alejandro VARELA Mirta Culturas populares recepci n y pol tica Genealogias de los estudios de comunicaci n y cultura en la Argentina Dispon vel em htpp sala clacso org ar GUTMAN Daniel Sangre en el Monte La incre ble aventura del ERP en los cerros tucumanos Buenos Aires Sudamericana 2010 HOBSBAWM Eric Barb rie manual do usu rio In Sobre a hist ria S o Paulo Companhia das letras 2006 JAMES Daniel The peronist Left 1955 1975 Journal of Latin American Studies Inglaterra Vol 8 N 2 pp 273 296 1976 JAMES Daniel Resistencia e integraci n El peronismo y la clase trabajadora argentina 1946 1976 Buenos Aires Editorial Sudamericana 1998 JANZEN Ignacio Gonz les La Triple A Tucum n Editorial Contrapunto 1986 JELIN Elisabeth Los derechos humanos y la memoria de la violencia pol tica y la represi n la construcci n de un campo nuevo en las ciencias sociales Cuadernos IDES N 2 Buenos Aires 2003 JOUV H ctor La guerrilla del Che en Salta 40 a os despu s Dispon vel em http www elortiba org egp40 html KUCINSKI Bernardo Jornalistas e Revolucion rios Nos Tempos da Imprensa Alternativa S o Paulo Scritta Editorial 1991 KUCINSKI Bernardo A aventura alternativa O jornalismo de oposig o dos anos 1970 In A sindrome da antena parab lica Etica no jornalismo brasileiro S o Paulo Pers
158. aqui que os estudos deste autor e seu c rculo possuem uma linha de condu o a vis o de mundo dial gica pois segundo o pr prio Bakhtin N o se trata da teoria conte do transit rio mas do sentir a teoria BAKHTIN Mikhail Est tica da cria o verbal S o Paulo Martins Fontes 2006 p 330 Este argumento encontra se principalmente nas obras sobre a filosofia de linguagem marxista e sobre Freud BAKHTIN Mikhail Marxismo e Filosofia da Linguagem Problemas fundamentais do m todo sociol gico na Ci ncia da Linguagem S o Paulo Hucitec 1997 e BAKHTIN Mikhail Psican lise o freudismo S o Paulo Perspectiva 2001 101 Assim vinculada a materialidade e a subjetividade e mediada pelos signos organizando regulando reproduzindo expressando ou subvertendo tanto o que lhe material quanto o que lhe simb lico Neste sentido Bakhtin compreendeu a ideologia como aspectos interiores e exteriores ela se elabora na intera o social e nos sistemas individuais que s o formados por sua vez dentro da sociedade em um contexto O verdadeiro lugar da ideologia conseqiientemente seria o material social dos indiv duos organizados e as formas de comunica o entre eles Contudo as formas de comunica o propostas pelo autor rompem com os antigos esquemas de fluxo entre ouvintes e falantes Para ele toda comunica o ativa independente do lugar que ocupa pois sempre proporciona uma atividade respon
159. ar decis es pr sovi ticas Apesar de nos anos 1940 grande parte de seus militantes alterarem sua posi o pol tica e tornaram se peronistas para o Partido o golpe mais abrupto iria ser a Revolu o Cubana e suas estrat gias para a esquerda latino americana A posi o pr sovi tica do PC que denotava tais perspectivas como ultraesquerdistas ou desviacionistas analisou a Argentina no rol dos pa ses cujas condi es de desenrolar a 127 CAMPIONE Daniel Los comunistas argentinos Bases para reconstruir su historia 1996 Dispon vel em www fisyp org ar 157 revoluc o socialista n o haviam sido elaboradas e defendeu um programa democr tico antiolig rquico e antiimperialista por etapas atrav s de uma Frente Democr tica Nacional Na d cada de 1970 o PC tomou a decis o de incluir em seu programa da Frente Democr tica setores legalistas e patri ticos das Forgas Armadas organizando um Gabinete C vico Militar e alertando contra um poss vel golpe como j havia acontecido no Chile Esta converg ncia c vico militar passou a fundamentar acordos antiimperialistas antiolig rquicos e pr setores progressistas e patri ticos na qual a maior luta estaria na defesa da democracia e de encontro ao fascismo Neste sentido Jorge Rafael Videla desde quando era comandante do Ex rcito no governo de Isabel representaria para o PC a express o do setor militar que desejava normalizar a vida pol tic
160. ar se sob o modelo de autoridade m xima da figura paterna A juventude levantava a es moralizantes com fundamentos auto repressivos E os indiv duos n o falavam submetendo se aos mecanismos de controle de informa o sobre a guerra suja e a subvers o e viol ncia da censura e da autocensura 7 Idem pp 132 133 Apesar da proposta do trabalho destes autores voltar se essencialmente para uma an lise do per odo no governo militar de 1976 eles colocam em evid ncia que as atividades a favor de uma repress o contra os elementos subversivos foram iniciadas pela decis o por parte do Terceiro Peronismo em apoiar a direita do movimento Neste sentido podemos dizer que o governo de Isabel Per n marcado pela institucionaliza o e vulgarizac o da viol ncia ajudou a conformar os Mundos de Terror Seguranca e Temor demonstrando suas legitimidades diante da situac o de caos ocasionada pelos elementos subversivos Segundo Pilar Calveiro a ado o da pr tica e do discurso de viol ncia enquanto instrumento pol tico na Argentina se estrutura desde o s culo XIX e a Campanha ao Deserto Esses assentaram a viol ncia pol tica no pa s em uma estrutura autorit ria de oposi o dual e de luta contra um inimigo que mesmo reclamada por outros setores tinha seu n cleo no Estado e nas For as Armadas Desta forma o instrumento essencial para se pensar a escalada da viol ncia estaria nesta institui o e a
161. as e entend las no 2 VER N Eliseo Op Cit 2004 p 207 27 espec fico espago tentarei trazer um pouco das hist rias do La Naci n do Clar n e do La Opini n Afirmo de antem o que poucas s o as bibliograf as exclusivas sobre a hist ria e o desenvolvimento de tais meios de comunicac o impressa mas tentaremos realizar o poss vel dentro das quest es e materiais encontrados Segundo Carlos Ulanovsky a hist ria da imprensa na Argentina come a em meados do s culo XVIII onde se circulam pelo porto de Buenos Aires as primeiras gazetas manuscritas Reproduzidas em folhas de 25 por 15 cent metros elas teriam entrado pela primeira vez no pa s em 19 de junho de 1764 No entanto apenas durante a fase posterior da Revolu o de Maio de 1810 houve um crescimento da produ o destas gazetas Isto porque neste per odo foi necess rio produzir peri dicos que divulgassem a nova organiza o de poderes naquele Estado independente difundindo os conceitos de soberania igualdade e liberdade a luta pela abertura do com rcio e a institui o de determinados costumes e novas id ias jur dicas e legais No governo de Domingo Sarmiento 1868 1874 o primeiro censo nacional indicou que de uma popula o com 1 877 000 habitantes aproximadamente 60 mil deles que viviam em Buenos Aires sabiam ler e escrever A Argentina j era um pa s que contava com uma constitui o que garantia trabalho educa o liberdade cria
162. ava de guerrilha fabril aprofundamento das lutas armadas e das guerrilhas estabelecidas no pa s amplia o das for as de repress o aos ditos subversivos e inimigos da na o possibilitando o crescimento do poder das For as de Seguran a e Armadas e da viol ncia estatal e a n o condena o dos grupos armados clandestinos que ajudavam na guerra antisubversiva cometendo crimes contra todos aqueles considerados perigosos Para analisar a produ o simb lica da viol ncia trouxemos aqui o universo ling stico e a produ o de discursos nesta poca Desta forma os documentos principais utilizados foram as autodenominadas Solicitadas e seus n veis de discurso promovidos por alguns dos grupos sociais que disputavam a verdadeira interpreta o sobre o pa s suas crises e solu es na poca Com a preocupa o inicial de defini o deste corpus documental pouco analisado especificamente na historiografia argentina observamos as Solicitadas enquanto um espa o de di logo onde co existiam opini es privadas sobre determinados acontecimentos Publicadas com o objetivo de formar uma opini o p blica os escritores destes espa os preocupavam se com os contextos que existiam no meio em que se comunicavam O contexto do jornal e seus leitores e o contexto dos assinantes delas na BAKHTIN Mikhail Op Cit 1997 190 Argentina de 1975 1976 influenciavam e explicavam as palavras e enuncia
163. balhadores A CGE como colocado anteriormente alegou ser condizente com as reclama es dos empres rios contudo n o patrocinaria nem aderiria paralisa o por esta atitude prejudicar os trabalhadores e as institui es nacionais No dia seguinte as 62 Organzaciones Peronistas amea aram levar a quest o ao Minist rio do Trabalho para atestar a greve como ilegal E o pr ximo dia viria com o rep dio da Federaci n de Empleados del Comercio argumentando que esta atitude era levantada por uma oligarquia reacion ria Os protestos contra os movimentos golpistas entretanto n o foram suficientes diante do conte do do discurso e dos atos dos empres rios que n o apenas levaram adiante a paralisa o como tamb m implementaram a nova pol tica econ mica promulgada no governo ditatorial posterior Portanto o medo ao marxismo e a desordem laboral elementos fundamentais na forma o de um sujeito da subvers o nesta ideologia era divulgado pelas empresas n o peronistas Este argumento encontrava se inclusive naqueles empres rios que negociavam informa es Esta posi o retira o car ter de imparcialidade promovido por tais 17 Solicitada Ni patrocina ni adhiere al paro Clar n Ano 31 N 10757 p 11 14 de Fevereiro de 1976 173 Solicitada No al Lock out patronal Clar n Ano 31 N 10758 p 18 15 de Fevereiro de 1976 174 Solicitada Repudiamos a la oligarqu a reaccionaria Clar n An
164. boy mu aut ntico legado da acci n del Gobierno y el ES dn mirlo al como le anarqu a y la disocicito que amenassa mente a muestra Organizada se presenta como NY bajo el lema de Unidad Nacional para la Argentina Potencia Todas estas finalmente deben plasmarse cn y pordicamene i q Pareo y em una Reforma Cos miil q Figura 1 Solicitada das 62 Organizaciones Peronistas publicada no Clar n em 09 de agosto de 1975 Para entend las alguns exemplos aqui talvez nos sejam necess rios A primeira figura supra exposta nos demonstra uma Solicitada que ocupou duas p ginas do jornal Clar n p ginas 10 e 11 e que fora assinada pelas 62 Organizaciones Peronistas em 9 de agosto de 1975 V se que acima de seu t tulo ela explicita que um espa o de 16 Solicitada Ao longo de seu texto organizado em subt tulos delineia os problemas que sofrem o pa s para finalizar com as propostas desta organizac o de trabalhadores A mesma Solicitada viria a ser publicada com o mesmo conte do no jornal La Naci n naquele nove de agosto Contudo devido aos formatos diferenciados dos jornais a Solicitada que era de duas p ginas do tabl ide acima no La Naci n transforma se em uma de formato Standart Mon y dirigem la p ua DESDE EL JUAN D Pi 62 ORGANIZAC dun i pp i di dl gud ifa ii mm 7 A T nl di Cid ili da Bia a E Falat h lin Da o E a dl e E di no oo es que tenemos a los
165. ca Horas depois da opera o 6 ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n Op Cit 2006 pp 94 106 66 AGUIRRE Facundo WENER Ruth Op Cit 2007 pp 130 136 67 Ambos eram do setor legalista do Ex rcito que apoiava o peronismo contr rios ao setor encabe ado por Rafael Videla e Roberto Viola que desejava depor a presidenta 68 O dinheiro deveria ser restitu do aos cofres da Na o mas o presidente Ra l Alfons n objetivando promover a uni o entre os argentinos perdoou a d vida de Mar a Estela e n o a submeteu a nenhum tipo de processo nem por este caso tampouco pela viol ncia de seu governo LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 351 352 e 387 394 78 policial embarcavam em um avi o com destino ao Rio de Janeiro e depois a Madrid L pez Rega Rodolfo Almir n e outros cinco membros da 444 Em finais de 1975 Rega foi chamado Justiga argentina para prestar declara es sobre as ilegalidades dentro do Minist rio que comandava mas se apresentou dias depois da data marcada com uma declara o m dica Enquanto o processo contra a Triple 4 seguia L pez Rega esteve foragido Encontrado em Miami em 1986 Rega faleceu sem que tenha sido julgado Naquele momento a presidenta perdeu sua maior alian a pol tica e resolveu tentar um novo pacto com o sindicalismo burocr tico indicando para o cargo de ministro da economia Antonio Cafiero Dirigente hist rico do peronismo Cafiero posicionou a Confederaci n
166. casa a milit ncia da fam lia a den ncia da presen a dos subversivos naquela regi o o planejamento e a a o de repress o SADI Marisa El caso Lanouscou Columna Norte la otra historia Buenos Aires Ediciones Nuevos Tiempos 2009 36 no caix o do beb havia apenas um urso de pel cia rosa umas pequenas meias brancas e uma chupeta mas nenhuma resto da menina O menino por sua vez suspeito de ser filho Mar a del Carmen Gualdero sequestrada gr vida no bairro de Caballito em 8 de junho de 1976 e levada a uma depend ncia da Pol cia Federal na rua Moreno onde se perde seu paradeiro Sup e se que seu filho tenha nascido no final daquele mesmo m s em algum Centro Clandestino de Deten o O pai de Mar a del Carmen militar aposentado tentou encontrar rastros de seu destino e obteve indica es n o confirmadas de que ela passou pelo CCD Automotores Orletti O pai da crian a Ernesto Garc a j estava morto na poca assassinado em 1975 O processo para se descobrir a verdade sobre os casos destas ado es apropria es provocou em 2002 a pris o da diretora do Clar n durante dois dias No entanto ele segue h mais de 20 anos sem ainda haver sido resolvido Portanto a partir da ditadura militar que o poderio econ mico de Clar n cresce e conseq entemente sua liga o com o poder pol tico e influ ncia neste cen rio O jornal passa a creditar para si a qualifica o de que ningu m
167. centavos cada metade do pre o dos demais jornais da poca Desde os anos cinquenta come ou a fazer parte das primeiras posi es de um ranking BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 p 36 4 Idem ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 p 74 31 de jornais mais lidos do pa s assumindo o quarto lugar logo atr s do La Prensa do La Raz n e do La Naci n Para Ulanovsky algumas de suas caracter sticas o transformaram em um xito Primeiro Clar n chegava s bancas de madrugada antes de todos os outros matutinos Depois porque ele apelou basicamente para quest es locais investindo na se o de Esportes e Espet culos que eram consideradas banais e popularescas para os demais di rios A estas caracter sticas somou se sua independ ncia em rela o ao governo peronista daquelas d cadas que reconhecia sua import ncia em circula o e vendas Todavia segundo Pablo Llonto outro acontecimento foi essencial para o estabelecimento do Clar n no consumo da popula o da Capital argentina a clausura no segundo governo peronista do jornal La Prensa Este fato teve como conseqii ncia a passagem dos comunicados e do p blico da classe m dia profissional que lia tal di rio para o Clar n tornando o um produto de grande potencial de crescimento no mercado Este processo consolidou se com o retorno do di rio proibido sob influ ncia da Confederaci n General del Trabajo CGT O di rio voltou mas
168. classes e fragmentou ainda mais o movimento peronista e dos trabalhadores Lembramos aqui que neste momento foi perfilando se em torno do peronismo as j citadas correntes postulat rias colocadas por Lucas Lanusse o Movimientismo a Tendencia Revolucionaria e a Alternativa Independiente E sendo o peronismo o primeiro a dar possibilidade de participa o dos trabalhadores na pol tica do pa s os trabalhadores organizados passaram a identificar se com o Justicialismo e mobilizarem se pelas estruturas geradas nele seus sindicatos que se tornaram o instrumento pol tico da Verticalidade e criaram a base da luta Movimientista unificada pela CGT No entanto dentro do movimento dos trabalhadores peronistas tamb m havia divis es Primeiro em torno de defesas de determinados l deres sindicais como Jos Rucci secret rio da CGT e Augusto Vandor das 62 Organizaciones Peronistas Depois por uma tend ncia mais combativa em rela o s pol ticas do PJ o Peronismo de Base PB Conformado por sindicatos com penetra es marxistas como SITRAC gt DELLASOPPA Emilio Op Cit 1998 Idem p 27 27 As 62 Organizaciones Peronistas criada devido clandestinidade da CGT nos anos de governo militar ganharam uma enorme for a pol tica sob a orienta o de Vandor j citado em cap tulo anterior Este a fim de angariar aberturas s lutas dos trabalhadores associados na organiza o iniciou uma pol tica de di
169. com dados da pesquisa realizada na Biblioteca Nacional de Buenos Aires Esta quantifica o pode demonstrar a import ncia do poder aquisitivo e pol tico para manejar tal estrat gia de divulga o naquele per odo Na Argentina dos anos 1970 alguns setores sociais possu am uma maior express o pol tica e econ mica principalmente depois do retorno do peronismo ao governo e suas associa es com alguns sindicatos de trabalhadores e empres rios Por outro lado esses n meros tamb m podem determinar uma busca dessas organiza es para atingir um p blico voltado aos seus interesses abrangendo um setor espec fico da sociedade Isto quer dizer que aqueles que publicaram no La Naci n desejavam que seus leitores fossem o p blico deste jornal ocorrendo o mesmo com os compradores de espa os do Clar n e do La Opini n entretanto o inverso que se torna interessante Verificar que algumas organiza es queriam atingir um p blico fora de seu grupo social publicando Solicitadas em jornais de ideologia diferente da sua Isto n o implica que o leitor do jornal v interpretar aquilo que se almejava dizer na publica o mas ao menos posiciona uma preocupa o que tinham determinadas organiza es em atingir um p blico mais amplo ou dialogar com outras vis es de mundo Podemos ver que h uma presen a em maior ou menor grau de muitas das organiza es conflitantes desta sociedade dentro de cada jornal analisado o que nos p
170. compunham A vers o sobre essa ruptura por Timerman baseou se na id ia de que seus jornalistas estimavam a orienta o socialista do novo governo Desta forma teriam eles realizado uma greve a fim de transformar o La Opini n em um jornal mais parecido ao Le Monde expropri lo e convert lo em uma cooperativa de trabalhadores Os trabalhadores do jornal no entanto alegaram que a greve reivindicava aumento dos sal rios e que Timerman amea ou os de demiss o e clausura da publica o aprofundando o conflito entre eles Neste impasse o Minist rio do Trabalho teve de interferir com muitas audi ncias para auxiliar o acordo entre as partes no qual se acertou manter a maioria dos quadros da reda o Depois do fim da greve entretanto Timerman mudou a linha editorial do jornal passou a interferir nos textos contratar outros tipos jornalistas despedir e provocar a sa da dos jornalistas militantes por antipatia pessoal demitiu Pasquini Dur n Carlos Ulanovsky Silvia Rudni Anibal Walfish Gabriel Zadunaisky acusando os de provocar a greve durante o processo de demiss o os irm os Alga araz resolveram sair do jornal Miguel Bonasso foi fazer com Rodolfo Walsh o jornal montonero Noticias Hermenegildo S bat foi escrever no Clarin junto com Julio Nudler Osvaldo Tcherkaski foi para o La France Presse de Paris Verbitsky foi demitido sob o fr gil argumento de publica o de uma m palavra em uma de suas reda es e assim
171. con mico e cultural Pol tico no que tange a formaliza o de pol ticas antisubversivas para a Argentina Econ micas por subordinar a receita do Minist rio da Economia e seus planos econ micos s pol ticas que seriam adotadas Cultural na medida em que se preocupava com os aspectos psicol gicos e de propaganda neste acionar contra os inimigos E nos mostra tamb m um esfor o do governo em aliar se com os setores do Ex rcito tentando impedir o golpe e dando mais poder a esta institui o No mesmo dia foram assinados mais outros dois decretos O Decreto N 2771 75 integrou a participa o das For as Policiais e Penitenci rias das prov ncias atingidas pela subvers o na luta contra ela Neste sentido colocava os governos das prov ncias sob o controle operacional da luta antisubversiva assim como a necessidade destes colocarem a disposi o seus meios policiais ao Conselho de Defesa E para completar a tr ade de decretos que regeria tais Conselhos a presidenta assinou o texto do Decreto N 2772 que regulamentava a interven o das For as Armadas na execu o das opera es militares e de seguran a para aniquilar a subvers o Iniciando o planejamento do Conselho de Defesa 22 dias depois da assinatura daquela tr ade de decretos foi elaborada secretamente pelo Ex rcito uma Diretiva para a 107 108 Dispon vel em http www desaparecidos org nuncamas web document nacional decr2771 htm Dispon
172. con mico e da obrigatoriedade da fun o social das empresas Na d cada de 1970 a UIA como uma express o fabril fundida com a Confederaci n de la Industria e sob a denomina o de Confederaci n Industrial Argentina CINA aceitou a participar daquela CGE historicamente peronista No entanto logo ap s o Rodrigazo os empres rios da CINA mudaram sua opini o e passaram a ir de encontro Isabel Per n e quela entidade que os representava Assim fragmentada a Confederaci n General Econ mica lan ou quatro Solicitadas sobre a viol ncia Nelas associou a tanto ao contexto econ mico do pa s dizendo se preocupada com a fal ncia das empresas nacionais e com a quebra do Pacto Social quanto s manifesta es dos trabalhadores e dos empres rios antinacionais Em 14 de novembro de 1975 a CGE publicou uma Solicitada escrita dois dias antes Nela afirmou se consciente da complexidade da situa o do pa s que criaria desasosiego en la poblaci n enervando la vida cotidiana creando psicosis de caos lesionando las relaciones humanas desalentando las actividades productivas el crescimiento econ mico el desarrollo cultural y sobre todo la convivencia pacifica e cuja responsabilidade recairia sobre todos mas de maneira desigual Naqueles tempos como visto neste trabalho o Minist rio de Economia estava ocupado por Antonio Cafiero dirigente hist rico do peronismo nomeado para aquela pasta em 14 de agos
173. concretos en tanto y en cuanto estos hechos signifiquen los hitos de aproximaci n hacia el objetivo final Por cierto que la adhesi n impone como reciprocidad la participaci n y a medida que logremos adhesi n a los hechos podremos ir dando gradualmente participaci n Llegar el d a en que los objetivos que hoy decidimos son de las Fuerzas Armadas puedan ser asumidos plenamente por la mayor a de los argentinos a trav s de una amplia corriente de opini n cuando as sea ser el momento de la transferencia La participaci n ser plena las Fuerzas Armadas habr n cumplido con este compromiso hist rico y volver n a su funci n espec fica Compreender aderir e participar uma tr ade de consenso na qual o poder pol tico se baseia O discurso acima citado do General Jorge Rafael Videla enunciou uma das poss veis e autorit rias interpreta es dessa dimens o da opini o p blica que deveria entender aderir e participar sob a pena de ser classificado a partir dos verbos subverter abandonar e desaparecer A vers o do general pretendia com aquelas palavras afirmar que a j conhecida posi o de que a opini o p blica conseguida pelo consenso e coer o essencial na constitui o e continua o de pol ticas de Estado Analisando o caso argentino Hugo Quiroga prop e que a opini o p blica do pa s viveria em constantes altern ncias entre legitimar e deslegitimar a id ia de Na o Discurso de
174. contra o inimigo quanto na maneira de colocar se diante da responsabilidade naquele estado de guerra O citado estudo de Carnovale demonstrou nos que a pretens o das organiza es armadas nas a es consideradas terroristas tinha a especificidade de acabar com os s mbolos da injusti a social e da repress o E que tais a es eram divulgadas em meios p blicos tomando para si a responsabilidade sobre estas atividades Al m disso o n mero de v timas dos ent o chamados subversivos incompar vel ao das v timas da repress o estatal Parece claro que as mortes e o sentido de matar s o os mesmos se os consideramos na a o humana No entanto tal proposta descarta dois aspectos b sicos da problem tica o sentido hist rico da viol ncia e a vis o entre meios e fins pol ticos Estes dois pontos que hoje s o colocados de lado em algumas discuss es foram o cerne dos debates sobre as maneiras de obter o poder na d cada de 1970 e por isso mesmo n o podem ser descartados quando analisamos o per odo A realidade latino americana daquela d cada mostrou nos uma radicaliza o dos movimentos pol ticos em toda a regi o que discutia a articulac o entre a pol tica e a viol ncia O contexto mundial ajudava a materializar os argumentos dentro do territ rio uma juventude europ ia se armava os modelos de guerras anticoloniais na frica e na sia se acumulavam entravam os padr es de revoluc o chineses e cubad
175. creveu na grande imprensa As Solicitadas da Frente Antiimperialista y por el Socialismo traziam a no o de resist ncia ao peronismo entreguista e repressivo que causavam todo o caos Para a Frente vivia se em uma sociedade cujas raz es eram suficientes para uma luta contra a situa o de opress o e viol ncia Seus inimigos estavam figurados em analogias de classe e repress o citandos de forma mais clara nos peri dicos pequenos que nos comunicados da grande imprensa A viol ncia gerada dos de baixo era conseq ncia da viol ncia opressora e portanto o caos era proporcionado por sua causa pela viol ncia contra o povo O caos tamb m foi sujeito das Solicitadas do Partido Comunista Argentino A desordem em suas Solicitadas era causada por terrorismos dos extremos uma categoria que fora utilizada outrora tamb m pelas organiza es de trabalhadores e de empres rios Contudo este terrorismo do PC possu a dupla nascente um terrorismo protegido cuja viol ncia sem objetivo era promovida por setores de ultradireita n o repreendidos pelo governo e um terrorismo combatido da ultraesquerda aqui diferentemente do PA ou da FAS a ultraesqueda do PC cometia uma viol ncia que n o era combatente ou resistente e por isso mesmo era designada de terrorismo Este terrorismo era suprimido constantemente e majoritariamente pelas a es das For as Armadas separando a do governo 185 Apesar de n o ser a desordem promov
176. ctura 2007 MART NEZ Tom s Eloy Santa Evita Buenos Aires Punto de Lectura 2007 MARQUES Maria Celeste Said Silva Entre a origem e a m quina estrutural O sujeito constitutivo e inventivo nos caminhos de Mikhail Bakhtin e de Michel de Certeau 2001 394f Tese Doutorado em Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas Campinas MARX Karl ENGELS Friedrich 4 ideologia Alem Lisboa Edi es Avante 1981 MARX Karl Manuscritos econ mico filos ficos S o Paulo Martin Claret 2006 MOCHKOFSKY Graciela Timerman El periodista que quiso ser parte del poder 1923 1999 Buenos Aires Sudamericana 2003 MORA Y ARAUJO Manuel Las Bases estructurales del peronismo In MORA Y ARAUJO Manuel LLORENTE Ignacio Org El voto peronista Ensayos de sociologia electoral en argentina Buenos Aires Editorial Sudamericana 1980 pp 397 440 MOTTA Luiz Gonzaga Imprensa e poder In Org Imprensa e poder S o Paulo Imprensa Oficial do Estado 2002 pp 13 31 NOVARO Marcos PALERMO Vicente Historia Argentina La dictadura Militar 1976 1983 Del golpe de Estado a la Restauraci n Democr tica Buenos Aires Paid s 2003 OBERTI Alejandra La moral seg n los revolucionarios Pol ticas de la Memoria Buenos Aires N 5 2004 2005 OZOUF Jacques A opini o P blica Apologia das sondagens In LE GOFF Jacques NORA Pierre Hist ria Novos objetos Rio de Janeiro F Alves 1986 pp 186 198 PER
177. da democracia condenando o terrorismo dos extremos de forma igualit ria tanto da esquerda quanto da direita que usariam da luta armada como um meio de obten o de 132 poder agregando se pois aos discursos da viol ncia como extremos Lan ou se a favor de uma campanha contra a subvers o apoiando as For as Armadas em sua ala 130 Idem pp 13 14 51 Idem 132 FRANCO Marina Op Cit 159 democr tica e o governo democr tico procurando denunciar tamb m as ac es da extrema direita que proporcionariam a desordem Seus pares contra conceituais ent o s o determinados basicamente pelo sentido de democracia e patriotismo versus O fascismo e o imperialismo em suas vertentes de terrorismo e viol ncia Apoiando uma via pac fica ao socialismo e censurando a guerrilha e a repress o prop e duas perspectivas da categoria de viol ncia aquela desejosa de um golpe fascista que promovia a repress o matava censurava e prendia as oposi es e outra que se extremava esquerda que praticava uma viol ncia ileg tima e tamb m antidemocr tica contra o povo Assim o PC defendeu em todas as Solicitadas uma alian a com as For as Armadas que deveriam dar a tempo os passos necess rios para por fim ao terrorismo dos dois extremos pol ticos que tentavam roubar lhes a democracia promovendo viol ncia e discursos golpistas Segundo ele o terrorismo de qualquer classe abriria pois o caminho ao fasci
178. de los trabajadores organizados en defensa de las instituciones y para salvar la patria Clar n Ano 31 N 10668 p 22 8 de Novembro de 1975 125 da direita que se choca com o grau de consci ncia c vica e patri tica haveriam deteriorado a imagem do povo e desprezado a vontade popular Estes seriam os inimigos os personagens que estimulariam o golpe contra o governo Assim a subvers o apontada como de qualquer tipo direita ou esquerda direta ou escondida que tem c mplices como especuladores e delinq entes econ micos Todos eles orquestrados para impedir o avango da Argentina Pot ncia Em 30 de Dezembro daquele ano o Secret rio Geral da CGT Casildo Herreras publica uma Solicitada no La Naci n fazendo votos para o pr ximo ano Segundo o Secret rio em nome da organizac o os problemas enfrentados pelo pa s seriam conjuntura dos processos desenvolvidos e que s podem ser resolvidos pela organiza o do movimento Assim deveriam investir tempo em vez de sangue para ganhar a batalha pela paz Dirigindo tal mensagem aos trabalhadores pediu lhes organiza o no seio do Justicialismo aos empres rios afirmou lhes a necessidade de assumirem o interesse geral ao inv s de particulares s For as Armadas apoiou a luta constitucional contra a subvers o e a defesa dos ideais nacionais aos pol ticos que respeitassem a vontade popular e lutassem pela libera o contra a depend ncia juventude argumentou
179. denta para o povo e para a Nac o Isabelita leg tima herdeira do peronismo era defendida como amiga irm e m e Uma senhora com alto valor que faria da Argentina uma grande pot ncia 1974 EL IDIOMA DE LA VERDAD 1975 EL IDIOM A DEL AMOR gt r pr Figura 6 Exemplar do peri dico Las Bases 2 7 A viol ncia e o Subversivo do Peronismo Oficial Neste cap tulo verificamos que as an lises da repress o da ditadura de 1976 est o intimamente ligadas ao contexto de viol ncia vivido no per odo anterior principalmente em seu ano subseq ente A liga o n o dada por uma poss vel compara o entre as viol ncias estatais nestes per odos mas essencialmente pela conforma o consensual da necessidade de interven o das For as Armadas no governo de Isabel Per n Este consenso foi muitas vezes facilitado pelo pr prio governo que lhes deu maiores poderes para agir sobre o territ rio discursou a favor da 99 responsabilidade destas Forcas em atuar contra a subvers o e ao mesmo tempo financiou uma viol ncia extra oficial que promovia o terror sociedade Os discursos do governo e de suas legalizac es da viol ncia frequentemente culpavam indiv duos e grupos que estariam trazendo ideologias estrangeiras para aplicar a Argentina e assim submet la ao imperialismo dos comunistas Criavam um outro violento e subversivo enquanto suas pr prias a es de repress o eram consideradas necess
180. direitos humanos do pa s criada em 1937 pelo PC anunciaria os resultados repressivos das manifesta es Em 26 de julho escreveu uma Solicitada constando uma lista dividida por pris es com dezenas de nomes de presos pol ticos conseguidos atrav s de informa es recebidas de familiares de advogados e de filia es no interior do pa s Segundo esta Solicitada o n mero de v timas ultrapassaria aos dois mil Nunca se conocieron oficialmente los nombres de los detenidos donde est n alojados y mediante que decreto se orden su detenci n Por ello la lista es muy incompleta y los lugares de detenci n pueden variar porque los traslados se suceden diariamente Entre los detenidos hay dirigentes sindicales y trabajadores en general abogados defensores de presos pol ticos jueces ex deputados m dicos arquitectos ingenieros profesores maestros estudiantes y profesionales de distintas disciplinas Hay mujeres con peque os beb s en la c rcel de Villa Devoto y hay mujeres en Rawson Resistencia Sierra Chica San Nicol s etc Y hay una cantidad muy grande de j venes a lo largo y ancho del pa s que purgan con la c rcel sus opiniones o la defensa de sus ideales La mayor a se han pronunciado por la legalidad constitucional y contra el 137 Ver Cap tulo II 138 Solicitada Ahora hacia una gran asamblea multisectorial La Opini n Ano V N 1254 p 21 25 de Julho de 1975 A mesma Solicitada foi publicada no Clar n
181. discursos e desconsiderando Per n como revolucion rio E Per n respondia negativamente quelas demandas Em janeiro de 1974 for ou a ren ncia do governador de Buenos Aires ligado a Tendencia Oscar Bidegain sob o argumento de incapacidade de frear o intento do operativo levantado pelo Ejercito Revolucionario del Pueblo ERP para tomar o Regimento Azul do ex rcito Acusou o de n o impedir a es guerrilheiras e exigiu que seu vice governador Victorio Calabr assumisse O governo e retirasse a esquerda peronista da administra o Em 29 de janeiro do mesmo ano Per n assinou a reincorpora o de Alberto Villar s for as da Pol cia Federal e L pez Rega passou a ter contato com tal 4 CANALETTI Ricardo BARBANO Rolando Op Cit 2009 pp 242 243 5 SERVETTO Alicia Memorias de intolerancia pol tica las v ctimas de la Triple A Alianza Argentina Anticomunista Antiteses vol 1 N 2 jul dez de 2008 pp 447 448 73 organiza o do Estado aumentando as for as da repress o Villar era um oficial especializado em contra insurg ncia que havia sido principal repressor das for as peronistas e por isso retirado da pol cia no governo C mpora Em menos de tr s meses Villar tornar se ia chefe da PF reincorporaria Rega na institui o e os dois iriam ingressar na tarefa de reprimir as esquerdas Em 1 de novembro de 1974 foi assassinado com uma bomba colocada pelos Montoneros em seu autom vel que o 52 matou
182. ditorial Planeta 2003 QUIROGA Hugo El tiempo del proceso Conflictos y coincidencias entre pol ticos y militares 1976 1983 Rosario Homo Sapiens Ediciones 2004 RIBEIRO Ana Paula Goulart Discurso e poder a contribui o barthesiana para os estudos da linguagem Revista Brasileira de Ci ncias da Comunica o Vol 27 N 1 pp 79 93 Jan Jun de 2004 ROCHA Marina Maria de Lira Pelas Letras do Vazio as categorias de desaparecidos e ausentes na Argentina dos anos 1970 Revista Estudos Hist ricos Rio de Janeiro Vol 22 N 44 pp 422 438 julho dezembro de 2009 ROCHA Marina Maria de Lira Solicitando ao Pueblo Argentino Antagonismo de classes e contendas entre trabalhadores e empres rios nos comunicados da imprensa In KUSHNIR Beatriz Org Ma os na Gaveta reflex es sobre m dia Niter i EdUFF 2009 pp 123 140 ROLLEMBERG Denise A ditadura civil militar em tempo de radicaliza o e barb rie 1968 1974 In MARTINHO Francisco Carlos Palomanes Org Democracia e Ditadura no Brasil Rio de Janeiro EdUERJ 2006 pp 141 152 ROMERO Luis Alberto Breve historia contempor nea de la Argentina Buenos Aires Fondo de Cultura Econ mica de Argentina S A 2001 ROMERO Luis Alberto La violencia en la historia argentina reciente un estado de la cuesti n In PEROTIN DUMON Anne Org Historizar el pasado vivo en Am rica Latina Dispon vel em http etica uahurtado cl historizarelpasadovivo es contenido
183. do povo peronista na condu o da revolu o n o pudesse se expressar livremente Hay centenares de presos torturados y muertos de nuestras filas y de otros sectores populares Pero no podr n frenar nuestro avance ni nuestros reclamos Si el pueblo puede expresarse habr paz y justicia Si hay persecuci n y proscripciones viviremos horas dolorosas E neste m s as den ncias contra as a es de restri o ao Partido continuariam publicando se no Clar n e no La Opini n Mas no m s seguinte que o Partido lan a uma Solicitada sintetizando todas as a es ocorridas durante aquele novembro assinada por seus membros da Junta Promotora da Prov ncia de Buenos Aires a Mesa Executiva da organiza o Juan A Agote Jorge Lazaso Carlos Gonz lez Leonor Troxler Nilda Lencinas Hor cio Guti rrez Miguel Guaraycochea e Ricardo Morelio seus substitutos Juan Pagella N stor Barroca Pedro Alvarez Raul Morales Patricio Griffin Raul Alvarez e Juan C Lorges e seus advogados Praxedes Baby Molina e Diego Gaelar Relataram nesse comunicado a j referida proibi o do ato partid rio em homenagem ao dia da soberania e ao retorno do General Per n que seria realizado em 20 de novembro de 1975 no clube Hurac n de San Justo e cujo orador era Oscar Bidegain O motivo dado pela pol cia foi o n o reconhecimento do Partido na prov ncia entretanto segundo o pr prio a junta j havia sido reconhecida em 28 de outubro
184. dos sindicatos dos trabalhadores tampouco escutar suas opini es n o criticou os m todos de outras ditaduras que j aconteciam no Cone Sul e bastou lhe respaldar se na figura de Jorge Rafael Videla e nos supostos princ pios morais que trariam o Processo de Reorganiza o Nacional Sobre a tem tica da viol ncia La Naci n colocou se contr rio as atividades consideradas violentas em seus extremos abstratos publicando reportagens sobre as v timas dela e seus desaparecimentos Mas ao lermos seus textos vemos uma subvers o que amea ava as vidas dos argentinos em geral enquanto a viol ncia da 37 BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 pp 26 59 38 Idem p 36 SIDICARO Ricardo Op Cit 1993 pp 371 394 e DI TELLA Guido Per n Per n 1973 1976 Buenos Aires Editorial Sudamericana 1983 pp 18 21 30 repress o legal e clandestina atingia sempre v timas provindas de seu pr prio entorno social Logo todos os demais sujeitos reprimidos tinham a merecida punic o Apoiando a interven o militar Blaustein e Zubieta afirmam que depois do golpe La Naci n sentiu se em casa N o se tornou opaco como o Clar n nem iluminou os resqu cios democr ticos daquela sociedade como o fez La Opini n Estava acomodado em uma situa o bastante favor vel na qual os interesses daqueles com quem possu am o Contrato de Leitura estavam assegurados e o jornal seguiria normalmente na d
185. e passa a ser consumado pelo leitor que se reconhece no peri dico que l Aqui nota se um ponto essencial que a rela o da atividade comunicacional com a atividade responsiva dos envolvidos Ou seja as respostas que s o dadas pelos leitores apoio sil ncio discuss es e etc ajudam a estabelecer tal Contrato de Leitura e na dire o inversa as respostas esperadas pelo locutor quando realiza a produ o tamb m o ajudam a produzir seus discursos O conceito de Contrato implica pois que um discurso de imprensa um espa o imagin rio no qual o leitor se v diante de m ltiplos recorridos e elege um caminho com maior ou menor liberdade de interpreta o Neste caminho se depara com personagens que muitas vezes s o descritos pelo argumento dicot mico da literatura os her is e os vil es Ao ler o peri dico o leitor estabelece algum tipo de rela o com estes personagens e suas hist rias dependendo daquilo que lhe mostrado e como lhe mostrado Quando este grupo de leitores constitu do a produ o do peri dico passa a ter que formular se tamb m tendo em base este Contrato Neste sentido restringe se a interpreta es caracter sticas das pessoas que conformam o grupo consumidor e a percep o que o grupo de anunciantes tem deste peri dico para n o perd los Ante todo estamos ante fen menos de reconocimiento que por supuesto no son ni del orden de la retoma intertextual productiva n
186. e inclu a temas hist ricos revisava mitos publicava poesias 15 MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 pp 147 150 1 ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 p 208 7 MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 pp 150 158 39 psican lise hist ria em quadrinhos not cias sobre a cena musical principalmente o rock e sobre dolos do cinema e dos esportes Seu p blico alvo era uma classe m dia que iria complementar sua leitura e jovens universit rios que n o tinham op o nos jornais publicados naquela poca Desta forma circulava em Buenos Aires La Plata e C rdoba cidades consideradas p los da intelectualidade argentina com grandes express es universit rias e que assinalaram um importante crescimento da politiza o juvenil naquela d cada Com o projeto pronto Timerman come ou uma busca por financiamento Sua solu o foi o j citado banqueiro David Graiver que ao longo dos anos vinha acumulando uma fortuna com suas liga es financeiras e pol ticas O esquema combinado foi ent o que 45 da propriedade do La Opini n seriam de Timerman outros 45 de Graiver e 10 de Abrasha Rotenberg dando lhe a posi o de mediador caso houvesse algum desentendimento entre os majorit rios No entanto nos documentos oficiais do jornal Timerman possu a todo o jornal Segundo Graciela Mochkofsky este jornal sob dire o de Jacobo Timerman passou por duas fases diferentes em sua posi o ideol gica que refletiu na composi
187. e las voces populares De calle en calle de casa en casa circular la verdad As ha sido hasta ahora as seguir siendo Com outro posicionamento pol tico Andres Framini tamb m defenderia a resist ncia peronista que atrav s de sua luta contra a explora o realizada clandestinamente seguiria depois da proibi o do PA Pois para Framini ser peronista era continuar a resist ncia at que o povo estivesse no poder e que a verdadeira paz e ordem fossem recuperadas El honroso t tulo de peronista se obtuvo se obtiene y si obtendr en la lucha por la Liberaci n Nacional y Social En las horas de la Resistencia en los encuentros clandestinos en las consultas al Gral Per n en las interminables charlas en la c rcel so bamos con una Patria Liberada sin explotadores ni explotados sin yanquis que se lleven la riqueza que amasan los trabajadores No pens bamos que el sacrificios de tantos compa eros iba a ser usado para producir rodrigazos para elogiar a las multinacionales para postrarse ante los factores de poder y sumergir en el terror la inmortalidad y el caos Por eso los aut nticos peronistas continuamos luchando hoy como luch bamos ayer por una paz y un orden verdaderos los que impone el pueblo al ocupar el poder y hacer justicia Nuestra lucha fue y ser por una Patria sin par sitos de afuera ni de adentro A nuestro lado no estuvo ni estar el grupo de amigos ni el coro de los obsecuen
188. e n o assumiam a posi o tomada pela Confedera o e pelo governo negando o discurso que advertia a sua posi o coletivizante Este debate encontrava se essencialmente sob a discuss o entre duas grandes associa es de empres rios a CGE e a Asemblea Permanente de Entidades Gremiales Empresarias APEGE Fundada em agosto de 1975 em pleno per odo de Cafiero a APEGE seria uma das principais express es contra o governo peronista Chegou a organizar uma paralisa o geral de empres rios no pa s e ocasionar a retirada de 10 Solicitada Inmunidades parlamentarias para la agresi n La Opini n Ano V N 1425 p 8 27 de Fevereiro de 1976 167 Tal Assembl ia reunia entre outros os empres rios liberais da ex Uni n Industrial Argetina agrupados no Consejo Empresario Argentino na Sociedad Rural Argentina na Uni n Comercial Argentina na C mara Argentina de la Construcci n na C mara Argentina de Com rcio na Federaci n Econ mica de la Prov ncia de Buenos Aires nas Confederaciones Rurales Argentinas na C mara de Sociedades An nimas na Asociaci n de Industriales Metal rgicos de Rosario e na Copal 175 associa es inteiras da CGE cujos afiliados questionavam as pol ticas da Central empres ria Publicando quatro Solicitadas sobre o tema abordado a APEGE demonstrou se mais cr tica as pol ticas governamentais e a situag o ca tica do pa s Em novembro de 1975 a APEGE questionou no La Naci
189. ecimento das Solicitadas no La Naci n jornal cuja maioria do p blico um dos grupos sociais combatido pelo Partido fundamentalmente pelos membros dos Montoneros A explica o desta imprevis vel apari o pode ser feita tanto pela natureza comercial de tais estrat gias pol ticas que permitiam a compra de espa os de propaganda por organiza es legais apesar de acreditar em certo limite dado pela pr pria dire o do jornal Tamb m precisamos pensar no per odo democr tico que se vivia e que permitia tais tipos de exposi es como t ticas de divulga o dos projetos pol ticos E assim as disputas pelos sentidos ficam mais evidentes no espa o p blico Todas as Solicitadas publicadas pelo PA de alguma forma abordavam a viol ncia pol tica na Argentina demonstrando nos uma conviv ncia concreta que o referido Partido possu a com essa realidade seja pela ader ncia do grupo Montoneros o que ocasionou inclusive sua proibi o seja por seu potencial sofrimento de repress o legal e ilegal Em 19 de julho de 1975 logo ap s as manifesta es do Rodrigazo o Partido colocava se diante de uma viol ncia que por experi ncia pr pria advinha desde a repress o do governo de Per n e que se aprofundava com os membros que ocupavam os postos chaves do governo de Isabelita naquela poca Segundo o PA esse estava nas novedades en la organizaci n formal del Partido Peronista Aut ntico Dispon vel em http histo
190. efesa deste setor 1 2 2 Os Efeitos da Corneta o Jornal Clar n O Clarin um di rio publicado para a Capital e Grande Buenos Aires fundado por Roberto Noble em 1945 e assumido por sua mulher Ernestina Herrera de Noble com o falecimento do marido em 1969 Roberto Noble foi um jornalista dissidente do socialismo da d cada de 1920 e criador do socialismo independente Nos anos 1930 participou do governo conservador de Manuel Fresco como Ministro do Interior e ao final desta d cada abandonou a atividade pol tica passando a dedicar se a escrita realizada em jornais como o La Naci n e Cr tica Ao criar o di rio Clar n Noble teve o objetivo de apoiar algumas id ias econ micas para a transforma o do pa s Assumindo uma postura desenvolvimentista o jornalista em quest o defendia a passagem do modelo agr cola exportador para o urbano industrial E assim em seu primeiro editorial estavam as seguintes afirma es Clarin no tiene vinculaciones ni compromisos con ninguna de las agrupaciones pol ticas tradicionales Desde que es y ser un diario informativo e independiente no podr a tenerlas El nico y exclusivo compromiso que contrae es con la Naci n y consiste en reflejar exacta y objetivamente los hechos de la vida colectiva analizarlos juzgarlos a la luz de la verdad y de las conveniencias nacionales Clarin sa a com 20 p ginas em uma tiragem inicial de 150000 exemplares que custavam cerca de cinco
191. elato ao pessoal tamb m t m uma dimens o problem tica j que se esquece do contexto vivido nos anos 1970 sabido que as For as Armadas utilizavam de uma perspectiva de aniquilamento total do considerado inimigo sem identific lo e praticava formas de Para mais informa es ver PLIS STERENBERG Gustavo Monte Chingolo La mayor batalla de la guerrilla argentina Buenos Aires Planeta 2009 60 eliminac o desumanas Em uma entrevista dada por Videla no dia 25 de agosto de 1998 por exemplo o general afirma que No no se pod a fusilar Pongamos un n mero pongamos cinco mil La sociedad argentina no se hubiera bancado los fusilamentos ayer dos en Buenos Aires hoy seis en C rdoba ma ana cuatro en Rosario y as hasta cinco mil No hab a otra manera Todos estuvimos de acuerdo en eso Y el que no estuvo de acuerdo se fue Dar a conocer donde est n los restos Pero que es lo que podemos se alar El mar el R o de la Plata el Riachuelo Se pens en su momento dar a conocer las listas Pero luego se plante si se dan por muertos enseguida vienen las preguntas que no se pueden responder qui n mato d nde c mo Os n meros e os discursos retificam o proposto jogo assim trico de pol cia e ladr o Os n meros acusam a disparidade cujo nivelamento imposs vel de se estabelecer Os discursos por sua vez demonstram o posicionamento desigual tanto nos m todos utilizados na guerra
192. em bandas fascistas de repress o mas tomando medidas pol ticas sociais e econ micas Desta forma criticava a pol tica de repress o do governo de Isabel 133 Solicitada La unidad salvar a la democracia y la democracia salvar a la naci n La Opini n Ano V N 1340 p 10 8 de Novembro de 1975 A mesma Solicitada encontra se no jornal Clar n de 8 de Novembro de 1975 160 Nessa mesma Solicitada o Partido continuou o argumento advertindo sobre o desejo das oligarquias e dos monop lios de tomar o poder por um golpe Nadie ignora que existen turbios personajes que sue an con un ba o de sangre a lo Pinochet Pediu para que seus leitores n o se enganassem com a justificativa levada at eles a viol ncia gerada no pa s pois esta seria o efeito n o a causa para uma interven o Nos seus comunicados a percep o de unidade era evidente principalmente quando se trata do apoio do Partido dado s For as Armadas por um lado e Confederaci n General del Trabajo por outro Em 6 de julho de 1975 em plena finaliza o do Rodrigazo com as greves gerais convocadas pela CGT o PC escreveu apoiando a proposta do sindicalismo de conv nios coletivos e repudiando a pol tica econ mica propiciada pelo Fundo Monet rio Internacional atrav s de L pez Rega e Celestino Rodrigo Ruth Werner e Facundo Aguirre v em nesta Solicitada um afastamento do PC s propostas do sindicalismo burocr tico articulado ao ativis
193. em P tria Antip tria Depend ncia Independ ncia Opress o Liberdade Verdadeiro Falso Inimigo Companheiro Caos Ordem Subvers o Oposic o Terrorismo Luta Peronismo Antiperonismo Viol ncia Repress o Viol ncia Resist ncia Trazemos ent o a responsabilidade pela comunica o Uma responsabilidade que percebida pelos locutores e interlocutores e que possibilita a seus participantes de configurar seus enunciados escolhendo os conscientemente reagindo de maneiras diferentes e dando lhes valores distintos a cada um deles Procuraremos assim perceber as causas e consequ ncias em pronunciar se naquela realidade o que se escreveu nas Solicitadas como se escreveu e as poss veis interpreta es daquilo escrito 3 1 Viol ncia Vertical e do Combate Os comunicados das 62 Organizaciones Peronistas Confederaci n General del Trabajo e Sindicatos Combatentes O movimento dos trabalhadores organizou se na Argentina durante o in cio do s culo XX mas apenas a partir dos anos 1930 os sindicatos multiplicaram se e dividiram se por ramos ocupacionais Todos eles foram centralizados na Uni n Sindical Argentina e na Confederaci n General del Trabajo CGT na qual predominava um ativismo socialista e comunista o peronismo contudo que marca a luta do sindicalismo de forma mais peculiar no pa s Isto porque deu ao sindicalismo combatente premissas de justiga social e harmonia entre classes complexificando as e
194. em 24 de Julho de 1975 162 terrorismo Parad jicamente no se sabe de ning n miembro de las Tres A ar 139 que se halle detenido A constitui o de um grupo heterog neo com milit ncias distintas e casos de pris es com motiva es tamb m diferentes formulada em uma mesma lista cuja finalidade seria denunciar suas pris es e pedir a reapari o destas pessoas com vida Esta forma o partida de uma organiza o de direitos humanos compreens vel n o apenas pelo objetivo da publica o saber informa es e pressionar pelo aparecimento como tamb m pela resposta percep o da pr pria repress o que atingiu diversos indiv duos enquadrando os como inimigos e subversivos sen o iguais no castigo merecido ao menos iguais no sentido da pris o Os desaparecidos em sua maioria segundo a Liga eram v timas de um terrorismo que lutavam contra e s poderiam ser entendidos quando constitu dos por esta oposi o Logo a realidade sobre a apari o pode ser entendida como deriva o de uma realidade maior de contendas pela exposi o do oponente pol tico Esta vis o parece retirar se daquela unidade promovida pelo PC gerando uma esp cie de contradi o interna Isto porque se agregamos as Solicitadas assinadas por todas as organiza es do Partido vemos que os membros defendidos pelo PC em diversas Solicitadas estavam realizando opera es ilegais de pris es seqiiestros e desa
195. ene el reparto de lo que no se produce al descenso de los niveles de productividad a la proliferaci n de conflictos de las plantas fabriles al ausentismo a la perturbaci n normal de la disciplina del trabajo a la tolerancia a la amenaza y la agresi n Es necesario que las autoridades con sus mecanismos institucionales establezcan el orden indispensable Assentou os problemas sob determinados pontos Primeiro a disputa no cen rio pol tico entre os tr s sistemas que n o se entendiam o Comunismo o Capitalismo e o 16 Na Solicitada Que defienden los empresarios de la capital publicada no La Opini n em 4 de julho de 1975 a CGE apontava La Confederaci n General Econ mica de la Capital Federal cumpliendo con el mandato de sus c maras adheridas expresados en sucesivas reuniones plenarias referido a la preocupaci n que inspira la situaci n econ mica del pa s consideran 1 Que las medidas adoptadas en materia cambiaria financiera de comercio exterior y sobre tarifas y precios generaran inquietud en el empresariado nacional 3 Que como resultado de esas decisiones se afecta la subsistencia de las empresas nacionales en especial aquella de peque a y mediana dimensi n en tanto se establecen normas de excepci n para las empresas multinacionales 4 Que esta situaci n puede provocar una cesaci n masiva de pagos y la siguiente quiebra de innumerables empresas de capital argentino 1 DI TELLA Guido Op
196. ens publicando em m dia 360 mil exemplares di rios e aproximando se de uma das maiores tiragens do pa s 500 mil exemplares por dia compartidos entre La Raz n e Cr nica Segundo Blaustein e Zubieta a singularidade deste jornal foi exatamente esta evolu o pol tica e social que ao longo do tempo permitiu lhe uma constru o ideol gica pr pria e uma acumula o do enorme poder econ mico visto na atualidade Mesmo influenciado pelo MID um movimento antiperonista Clar n mostrou se complacente ao peronismo durante seu terceiro momento principalmente em rela o ao governo C mpora e aos meses iniciais da presid ncia de Per n Com esta posi o o jornal possu a um discurso oscilante e ao longo do tempo diversificava seus leitores e atravessava grande parte da sociedade argentina Mesmo com o crescimento do La Opini n que abrira uma concorr ncia e j publicava cerca de 100 mil exemplares di rios em 1973 Clar n continuava sendo o jornal preferido dos ambientes profissionais ra 53 e da classe m dia 48 ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 p 96 Idem pp 214 215 5 LLONTO Pablo Op Cit 2007 pp 123 124 O Grupo Clar n possui a maior operadora de televis o a cabo da Am rica Latina a Cable Visi n propriet ria da revista esportiva Ol do peri dico La Raz n do Canal 13 de televis o aberta na Argentina do canal de not cias TN e das r dios Mitre e FM 100 entre outras propriedades Idem
197. entaneamente as demandas do povo enterrando o em cemit rios Assim a viol ncia foi ligada ao projeto pol tico e econ mico do governo e a nica maneira de cess la estaria na reestrutura o da sociedade sob o peronismo do grupo Neste sentido o PA prop e naquela Solicitada quase 30 pol ticas para assegurar as bandeiras da Justi a Social da Libera o Econ mica e da Soberania Pol tica Entre elas a ren ncia imediata da presidenta para a recupera o da Na o o fim da legisla o antisubversiva a libera o dos presos pol ticos estudantis e trabalhadores a liberdade de imprensa e informa o a liberdade de a o pol tica a investiga o da Triple A a extradi o e processo de L pez Rega e a investiga o de delinquentes econ micos Esmiu ando este comunicado vemos a presen a da dicotomia entre a viol ncia leg tima e ileg tima Leg tima quando promovida com inten es de liberdade em seu sentido pol tico econ mico e cultural liberar presos pol ticos imprensa e informa o o pr prio povo atrav s da Justi a Social e etc todos considerados subversivos por uma 8 Solicitada Antes que sea demasiado tarde Clar n Ano 30 N 10592 p 18 24 de Agosto de 1975 139 legisla o que n o adequada a realidade do pa s Ileg tima quando todas essas a es eram praticadas contra os verdadeiros peronistas pelos falsos peronistas que estavam no poder investigando membr
198. ente sobre os direitos humanos seguindo as posi es que tais discuss es tomavam na agenda mundial 1 2 Desembrulhando o Peixe os Jornais La Naci n Clar n e La Opini n Muitas vezes a imprensa foi utilizada como fonte para trabalhos hist ricos por sua quantidade de informa es publicadas sobre determinadas pocas considerando suas perspectivas e posi es culturais econ micas e pol ticas Outras vezes foi tratada Antagonismo de classes e contendas entre trabalhadores e empres rios nos comunicados da imprensa In KUSHNIR Beatriz Org Op Cit 2009 pp 123 140 Sobre as Solicitadas referentes aos desaparecidos daquele per odo ver ROCHA Marina Maria de Lira Pelas Letras do Vazio as categorias de desaparecidos e ausentes na Argentina dos anos 1970 Revista Estudos Hist ricos Rio de Janeiro Vol 22 N 44 pp 422 438 julho dezembro de 2009 2 BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 24 como objeto dos estudos por simbolizar uma forca pol tica e econ mica da regi o estudada em contextos espec ficos A imprensa pode ser considerada um instrumento comunicacional que possui elementos e fun es pol ticas econ micas culturais e jur dico institucionais Ela o instrumento que engloba func es pol ticas pois legitima ou resiste ao poder Quando uma empresa comercial ela instrumento com fun es econ micas que estimula o consumo atrav s de seus an ncios e tem como objetivo
199. ep o o PA teria personificado em si a autenticidade do movimento como o pr prio nome j divulgava Mas a quest o fundamental perceber o que este Partido significava para a sociedade naquele contexto pol tico e entender seus meios modos de comunica o com ela O que mais evidente nas pesquisas que o mencionam e nas an lises documentais E 71 a sua ligac o com o movimento peronista Montoneros 7 JAMES Daniel The peronist Left 1955 1975 Journal of Latin American Studies Inglaterra Vol 8 N 2 pp 273 296 1976 7 Ver Cap tulo II deste trabalho 131 De acordo com Richard Gillespie o PA teria sido a alternativa do movimento para uma poss vel sa da pol tica eleitoral crise que se aprofundava no ano de 1975 Os Montoneros que j n o tinham esperan a de modificar o Partido Justicialista por dentro teriam criado e apresentado tal Partido como leg timo herdeiro do peronismo 3 A27 MONTONEROS Pelotones Milicias MOVIMIENTO PERONISTA AUTENTICO Agrupaciones RAMA RAMA SINDICAL RAMA POLITICA RAMA FEMENINA JUVENIL Partido Agrupaci n Juventud c 1 Bloque Peronista Evita Peronista Sindical Aut ntico del Juventud Peronismo Universitaria Aut ntico Peronista Uni n de Estudiantes Secundarios Nora La introducci n de la especializaci n a fines de 1974 con el es tablecimiento de milicias y
200. er com id ias consideradas subversivas dando subvers o um sentido amplo A luta antisubversiva dar se ia segundo a proposta do texto com o auxilio das chamadas For as Amigas a Armada a For a A rea e o Conselho de Defesa propondo ent o a dicotomia entre o eu e o outro que constr i as identidades naquele documento As For as Amigas dividiriam pois o territ rio do pa s em zonas de opera o por prioridades Primeiro Tucum n depois Capital Federal e La Plata C rdoba e Ros rio Santa F respectivamente Neste sentido o Ex rcito poderia operar ofensivamente contra a subvers o tendo a responsabilidade prim ria pela luta pelo esfor o de Intelig ncia e pela erradica o da subvers o numa dimens o nacional e internacional Operaria tamb m em uma press o constante com opera es materiais e psicol gicas pretendendo diminuir o acionar subversivo at o final do ano e transformando as organiza es subversivas em problema policial a ser aniquilado at 1977 Nesta Diretiva do Conselho de Defesa fica clara a id ia de inimigo caracterizando os essencialmente como marxistas mesmo que posicionados em alguns 1 Dispon vel em http www desaparecidos org nuncamas web document militar 175 htm 96 movimentos do peronismo E mais uma vez prop em se a es em diversos planos de ac o expandindo a repress o aos mbitos pol tico econ mico e cultural Em 12 do m s seguinte autori
201. er com uma vis o da sociedade e afirmando que emprestariam suas vozes aos dirigentes argentinos A partir de ent o La Naci n reconhecido por sua continuidade de p blico que um grupo social seleto funcion rios judiciais homens de empresas pol ticos latifundi rios membros das For as Armadas gente da Igreja e progressistas liberais Cada diario tiene un mercado proprio s lo el de Clar n atraviesa transversalmente a la sociedad y el p blico de La Naci n en un sentido un tanto exacerbado ser a el de un club selecto que se sabe dominador Assim durante a administra o do chamado Terceiro Peronismo o jornal preocupava se em discorrer sobre as posi es do governo em rela o viol ncia e as constantes manifesta es dos distintos setores sociais No governo de Isabel Per n o di rio duvidava da capacidade da presidenta de reverter situa o ca tica do pa s e assim colocava se como portador de uma verdade econ mica e contr rio ao poder pol tico Como tantos outros que naquele per odo expunham a debilidade do governo o jornal utilizou se de discursos para atac lo sem nenhum receio de retalia o uma vez que j havia se estabelecido na sociedade como importante formador e divulgador de opini o Neste sentido soube silenciar e se colocar exprimiu as preocupa es das For as Armadas em instituir a ordem no pa s n o falou sobre alguns casos n o quis saber de documentos
202. eria tamb m o dono Reuniu se ent o com Verbitsky e os irm os g meos Julio e Juan Carlos Alga araz e explicou lhes que o novo di rio seria inspirado no Le Monde da Fran a N o teria fotografias os textos viriam com an lises os t tulos seriam inteligentes e a linguagem sem eufemismos Seu nome La Opini n tamb m seria uma c pia est tica do Le Monde escrito em letras g ticas Seria um peri dico di rio com exce o da segunda feira para reduzir os gastos tanto da produ o do jornal que suprimiria o suplemento dedicado aos esportes quanto na contrata o de rep rteres especializados na tem tica Em seu lan amento publicit rio iria afirmar que Se inaugura la era del diario selectivo que no intenta ocuparse de todos los temas superficialmente sino de los fundamentales en profundidad que no se desespera por combatir en todos los frentes con la radio la televisi n y las 76 revistas Contudo apesar dessas analogias comparado ao Le Monde franc s La Opini n era um di rio moderado e tipicamente liberal Diria seu dono que a orienta o ideol gica do jornal seria de direita em economia capitalista liberal centro no mbito pol tico desenvolvimentista e de esquerda para as quest es culturais trazendo as inova es e as novidades dessa ind stria O jornal publicava inclusive um suplemento dominical sob dire o de Juan Gelman e capas de Hermenegildo S bat dedicado cultura qu
203. erno Ao mesmo tempo em que condenou as a es imorais do governo fora desenvolvido nesta mesma Solicitada a condena o da viol ncia pol tica levantada pelos grupos armados de esquerda quando exp e a condena o das opera es em 142 Formosa no dia 5 de outubro de 1975 A Solicitada divulgava de forma negativa esta a o guerrilheira sem citar diretamente o movimento que a organizou mas fazendo 143 dela uma agressora do povo 140 Solicitada Frente al nuevo gabinete La Opini n Ano V N 1272 p 10 19 de Agosto de 1975 141 Solicitada Cerrar el paso al terror y al fascismo La Opini n Ano V N 1315 p 15 8 de Outubro de 1975 A mesma Solicitada foi publicada no jornal Clar n em 8 de Outubro de 1975 142 Os feitos de Formosa encontram se relatados neste Cap tulo no item 3 1 143 Observa se que os membros do Partido Aut ntico n o lan aram uma Solicitada que mencionassem tais feitos daquele m s de Outubro 164 Basta de asesinos monstruosos a cargo de bandas derechistas presumiblemente parapoliciales Ni la denominada guerrilla ni la desenfrenada y sanguinaria acci n de las bandas derechistas resuelven ning n problema los agravan Lo pone en evidencia una vez m s el ataque provocativo a un cuartel en Formosa donde perdieron la vida hijos del pueblo con trajes de soldado El terrorismo de cualquier signo abre al camino al fascismo que es lo que pretende se instale en el pa s la siniestra CIA
204. erno peronista L pez Rega j vivia com o casal Per n era seu Ministro de Bem Estar Social e colocou Carlos Villone na secretaria privada A partir da confirmou uma linha pol tica dentro do movimento peronista que levava seu nome o Lopezreguismo Nela seus aliados mantinham rela es de clientelismo nas quais o aparato do Estado estava dispon vel para aqueles que se juntassem na luta contra seus inimigos Em finais de 1973 Rega j havia organizado um grupo paramilitar para eliminar seus opositores pol ticos denominado de Alianza Anticomunista Argentina AAA Triple A Suas a es eram caracterizadas pelos seqiiestros realizados por homens uniformizados ou com credenciais policiais pelas explos es de v timas e lugares considerados casas operativas da subvers o e pelos assassinatos de militantes das esquerdas cujos corpos apareciam em terrenos baldios ou nos matagais perto de Ezeiza Segundo Ignacio Janzen alguns pressupostos da concep o ideol gica deste grupo foram formados pela influ ncia do fascismo que teve sua express o m xima no pa s na d cada de 1960 com o movimento Tacuara Determinados militantes do Tacuara tinham rela es com franquistas membros da extrema direita italiana e franceses atuantes na Arg lia Anticomunista e orientado pela rea o cat lica seus membros ao longo do tempo se espalharam entre outros movimentos desde a extrema LUNA F lix Op Cit 2003 p 102 QUESADA Mar
205. eronistas Logo estes inimigos eram combatidos com um grau de repress o maior que seu pr prio poder b lico evidenciando o jogo de pol cia e ladr o e por formas legais ou clandestinas de repress o Estas formas de repress o por sua vez mesmo usando um alto grau de viol ncia para a pr tica da aniquila o da subvers o n o era vista pelo grupo enunciador como viol ncia mas sim como prote o e ordenamento Tamb m parte do Movimientismo os trabalhadores Verticalizados com suas diverg ncias espec ficas abordadas no terceiro Cap tulo deste trabalho usavam dos princ pios de lealdade ao peronismo para construir a sua id ia de inimigo Os inimigos eram analisados usando a f rmula proposta pelo estudo de Marina Franco de nega o da Viol ncia dos Extremos Esta proposi o admite que a viol ncia renegada por suas consequ ncias era realizada por sujeitos ultras Isto quer dizer que grupos de extrema direita e extrema esquerda eram acusados de promover essas atividades caracterizadas como criminais b rbaras delingientes ap tridas demon acas antinacionais antiperonistas e etc Percebeu se que a disposi o em caracterizar os inimigos fora uma das pr ticas de colocar se a si mesmo na oposi o e construir uma imagem positiva perante a opini o p blica Neste sentido deu se uma constitui o do eu em um centro pol tico fundamentado no justicialismo como acima exposto mas
206. errilhas teriam investido erroneamente neste sentimento de guerra ao inv s de relacionar se com os movimentos populares com as pessoas nas ruas Os pontos b sicos para a revis o sobre a viol ncia na argentina estavam pois postos Para al m da viol ncia do Estado podia se questionar agora a viol ncia pol tica o erro t tico das condu es dos movimentos o esquecimento de investir nos movimentos de base e as quest es de responsabilidades dos ex rcitos revolucion rios por suas escolhas principalmente ao que se refere viol ncia como estrat gia pol tica A partir das reflex es propostas na entrevista surgiu uma s rie de estudos e respostas em rela o viol ncia pol tica no pa s A mais debatida talvez tenha sido aquela desenvolvida pelo fil sofo Oscar del Barco Ex militante professor da Universidade de C rdoba e criador da revista pol tica Pasado y Presente Del Barco escreve em 2004 uma carta na qual apela ao sentimento moral da morte recuperando o relato de H ctor Jouv de forma sens vel e assumindo sua responsabilidade pelos assassinatos gerais e de dois seres humanos com nome e sobrenome Al leer c mo Jouv relata suscinta y claramente el asesinato de Adolfo Rotblat al que llamaban Pupi y de Bernardo Groswald tuve la sensaci n de que hab an matado a mi hijo y que quien lloraba preguntando por qu c mo y d nde lo hab an matado era yo mismo En ese momento me di cuenta clara de
207. es e ilegalidades pelos caminhos pac ficos e violentos armados e n o armados Acontece que para esta poca o governo de Isabel Per n j havia lan ado o Operativo Independencia que ser abordado no pr ximo t pico deste trabalho A partir de ent o a guerrilha rural do PRT ERP come ou a ser combatida legal e incessantemente e no final de 1975 a guerrilha que jamais havia obtido o controle do territ rio provincial estava desarticulada suas baixas cresciam e a unidade do Partido em torno de for as democr ticas pela Frente Antiimperialista y por el Socialismo e o Movimiento Social de Base tornavam se inoper veis devido a repress o En los ltimos meses empezamos a recibir un reflujo de masas Las huelgas y movilizaciones se fueron reduciendo La represi n hizo cada vez m s dura A r 91 Eso dificulta enormemente las c lulas del Partido en la ciudad Em uma ltima tentativa de reunir as for as o ERP em 23 e 24 de dezembro de 1975 tentou uma interven o no quartel de Monte Chingolo e o controle da zona sul de Buenos Aires que possu a mais de dois milh es de habitantes A opera o no Batalh o Dep sito de Arsenales 601 Coronel Domingo Viejobueno hoje Parque Industrial Tecnol gico de Quilmes resultou em 40 mortes de militantes cinco de militares e uma POS A Y quantidade n o determinada de vizinhos da regi o El Comando General del Ej rcito informa que hoy 23 de diciembre de 1975
208. esarrollo MPA Movimiento Peronista Aut ntico PA Partido Aut ntico PPA Partido Peronista Aut ntico PB Peronismo de Base PCR Partido Comunista Revolucionario PRT Partido Revolucionario de los Trabajadores RH Robos y Hurtos SMATA Sindicato de M canicos y Afines del Automotor SUPE Sindicato de Empleados Publicos UBA Universidad de Buenos Aires UC Uni n C vica UCR Uni n C vica Radical UOM Uni n Obrera Metal rgica XI LISTA DE FIGURAS GR FICOS E ANEXOS FIGURA 1 Solicitada das 62 Organizaciones Peronistas publicada no Clar n em 09 de agosto de 1975 p 15 FIGURA 2 Solicitada das 62 Organizaciones Peronistas publicada no La Naci n em 09 de agosto de 1975 p 16 FIGURA 3 Solicitada da ATE publicada no Clar n em 12 de novembro de 1975 p 17 FIGURA 4 Solicitada da Vanguardia Comunista publicada no La Opini n em 25 de setembro de 1975 p 18 FIGURA 5 Quadro retirado de Quiroga 2004 pp 37 38 pp 48 49 FIGURA 6 Exemplar do peri dico Las Bases p 98 FIGURA 7 Quadro dos setores produtivos em conflito p 111 FIGURA 8 Organiza o dos Montoneros em 1975 p 131 GR FICOS 1 2 3 Gr ficos elaborados com dados da pesquisa realizada na Biblioteca Nacional de Buenos Aires pp 20 21 GR FICO 4 N meros de Solicitadas por m s elaborado a partir de dados da pesquisa realizada na Biblioteca Nacional de Buenos Aires p 22 GR FICO 5 N me
209. esmo n mero de pessoas mortas pelo contingente inimigo Esta resposta desenfreada do ERP sob o argumento de que o Ex rcito deveria respeitar a vida de seus homens terminou com o tr gico epis dio de assassinato do Capit o Humberto Viola em 1 de dezembro de 1974 Naquele dia o ERP metralhou o carro do militar no qual tamb m estavam suas duas filhas menores 19 GUTMAN Daniel Op Cit 2010 p 152 12 Idem pp 107 126 93 Mar a Cristina de 3 anos que morreu no atentado e Mar a Fernanda de 5 anos que sobreviveu apesar dos graves ferimentos A partir de ent o o Ex rcito se preparou para o contra ataque E neste sentido o Operativo Independencia marcou a institucionaliza o da estrat gia de acabar com as fontes de subvers o em Tucum n atrav s da destrui o massiva dos grupos operativos guerrilheiros e constituindo os primeiros Centros Clandestinos de Deten o naquela regi o Acusavam os subversivos de serem inimigos de toda a Argentina e dos argentinos uma vez que possu am uma ideologia de fora do pa s e que desejavam a submiss o dele s grandes pot ncias Era o discurso do imperialismo usado pelos grupos de esquerda mas invertido Desta forma justificou os assassinatos de militantes pol ticos sindicalistas e universit rios possuidores de uma rela o direta indireta ou desprovidos de rela o com a determinada guerrilha ampliando a no o do inimigo Em comunicado
210. eso coordinado adem s con una alevosa campa a gorila de cierta prensa amarilla y liberal forman parte de una nica intenci n del enemigo impedir de cualquier modo y a cualquier precio a concretizaci n de la Revoluci n Justicialista Aliados conscientes o inconscientes de los planes del enemigo personas o grupos min sculos operan como factores de disociaci n del peronismo y sirven a la provocaci n Culminando toda esa maniobra en contra del pueblo se pretende vulnerar el principio de la verticalidad herramienta indispensable para la 46 Idem 47 A UOM lan ou uma Solicitada sobre o tema intitulada Lleg la hora de hablar en claro no jornal Clar n em 5 de Outubro de 1975 119 unidad de acci n de un movimiento multitudinario atacando a quien es hoy destinataria del mismo la compa era Isabel Per n en su doble condici n de presidente de los argentinos y jefa del peronismo En esa l nea se describen las recientes declaraciones p blicas muy bien utilizadas por el aparado propagand stico del imperialismo y la oligarqu a de Victorio Calabr que m s bien parece parte de una proclama subversiva y golpista de los sectores de la reacci n antes que la expresi n cabal de los sentimientos de un pueblo a quien aquel debiera representar sin desviaciones ni excesos de ambici n personal Como a express o do sindicalismo justicialista as 62 Organizaciones diziam se com um sentimento de
211. estando a favor dos militares 128 AGUILA Gabriela El Partido Comunista Argentino entre la dictadura y la transici n democr tica 1976 1986 Revista de Historia Actual Espanha N 6 2009 12 CASOLA Natalia Las ra ces hist ricas de la convergencia c vico militar en el Partido Comunista Argentino y su accionar en v speras del ltimo golpe militar Anales del II Encuentro Internacional Teor a y Pr ctica Pol tica en Am rica Latina Nuevas Derechas e Izquierdas en el Escenario Regional Mar del Plata 2010 158 Ayer 24 de marzo las fuerzas armadas depusieron a la Presidente Mar a Estela Mart nez reemplaz ndola por una Junta Militar integrada por los comandantes de las tres armas No fue un suceso inesperado La situaci n hab a llegado a un l mite extremo que agravia a la naci n y compromete su futuro En v speras de los dram ticos sucesos del 24 bandas fascistas impunes asolaron con sus cr menes el pa s La muerte rondaba calles y caminos f bricas universidades hospitales penetraba en la intimidad de los hogares Nunca se hab a visto en nuestro pa s nada tan cruel El Partido Comunista est convencido de que no ha sido el golpe del 24 el m todo m s id neo para resolver la profunda crisis pol tica y econ mica cultural y moral Pero estamos ante una nueva realidad Estamos ante el caso de juzgar los hechos como ellos son Nos atendremos a los hechos y a nuestra forma de juzgarlos si confrontaci n
212. esteve calada na clandestinidade atrav s de escritos desenvolvidos por suas Frentes e Partidos Pol ticos legalizados O movimento Montoneros por exemplo como integrante do Partido Aut ntico parte da Tendencia Revolucionaria enunciou seu sentido de viol ncia criando o v nculo entre a pol tica desenvolvida pelo governo de Isabelita e o aut ntico peronismo que seria a sua interpreta o Naqueles argumentos a viol ncia era descrita enquanto pr tica de censura de pris es mortes e desaparecimentos de militantes da esquerda em geral e de membros do PA em particular Assim aqueles que a promoviam eram todos os inimigos opositores do Partido trabalhadores burocratas que apoiavam o governo e o Lopezreguismo empres rios antinacionais o governo de Isabel Per n e suas pol ticas antisubversivas pol ticos que a ajudavam nesta tarefa que tomava os inimigos errados repressores e etc O mesmo sentido de viol ncia foi caracterizado por uma Frente pol tica na qual o Ej rcito Revolucionario del Pueblo era um dos fundadores e principal componente A Frente Antiimperialista e por el Socialismo mesmo que fundamentada em outra ideologia e cr tica ao peronismo Alternativa Independente definiu o sentido da viol ncia como promovida pelo peronismo entreguista e repressivo e pelas For as Armadas que lutavam contra o povo 9 LANUSSE Lucas Op Cit 2005 7 Idem 193 Interessante observar que em a
213. etc Idem 28 admitiu haver criado uma esp cie de jornal propaganda um projeto que estabelecia uma afinidade entre a cria o do Estado e as rela es entre o poder e a imprensa Cuando funda La Naci n lo que Mitre pretende es tener un diario que contribuyera a consolidar la organizaci n nacional Para cumplir en los papeles aquellos que ya ten an expresado como jefe militar y como presidente Y aunque no siempre dirigi el diario su influencia fue considerable en especial acerca de los sentimientos e intereses bonaerenses At hoje pertencente fam lia Mitre La Naci n concebido como um jornal que favorece um poder econ mico e que desde sua funda o se proclama a voz l cida das classes dominantes argentinas No entanto analisando os editoriais deste di rio e suas id ias pol ticas Ricardo Sidicaro aponta um rompimento nas express es do La Naci n que o qualificaria sob dois per odos distintos de 1870 a 1909 e de 1909 em diante O primeiro per odo do matutino de acordo com Sidicaro haveria sido marcado por for as de combate pol tico de posi o partid ria Apesar de encontrarmos jornalistas de diversas correntes naquela reda o Bartolomeu Mitre tinha o claro objetivo com aquele pequeno jornal cuja tiragem inicial era de mil exemplares de ensinar aos cidad os argentinos a pensar seu presente Neste sentido desde sua funda o at o ano de 1901 La Naci n iria sofrer com cinco cla
214. eu Abramo 1998 pp 177 198 KUSHNIR Beatriz C es de Guarda Jornalistas e censores do Al 5 Constitui o de 1988 S o Paulo Boitempo 2004 LADEUIX Juan Ivan Un Partido para los aut nticos peronistas Tradiciones y novedades en la organizaci n formal del Partido Peronista Aut ntico Dispon vel em http historiapolitica com datos biblioteca vj ladeuix pdf 204 LANUSSE Lucas Montoneros El mito de los 12 fundadores Buenos Aires Ediciones B Argentina S A 2005 LARRAQUY Marcelo Fuimos Soldados Historia secreta de la contraofensiva montonera Buenos Aires Aguilar 2006 LARRAQUY Marcelo L pez Rega El Peronismo y la Triple A Buenos Aires Punto de Lectura Argentina S A 2007 LLONTO Pablo La vergiienza de todos el dedo en la llaga del mundial 78 Buenos Aires Asociaci n Madres de Plaza de Mayo 2005 LLONTO Pablo La Noble Ernestina El misterio de la mujer m s poderosa de Argentina Buenos Aires Punto de Encuentro 2007 LUCA Tania Regina de A Revista do Brasil 1916 1944 Notas de Pesquisa Dispon vel em http www poshistoria ufpr br fonteshist Tania_Luca pdf LUNA F lix Los Gobiernos Peronistas Desde el primer gobierno de Per n hasta la presidencia de Isabel 1945 1976 Buenos Aires Grupo Editorial Planeta Argentina 2003 MART NEZ Tom s Eloy La pasi n seg n Trelew Buenos Aires Punto de Lectura 2007 MART NEZ Tom s Eloy La novela de Per n Buenos Aires Punto de Le
215. exemplo onde se descreve uma jovem gr vida assassinada bombas destruindo casas e sindicatos de trabalhadores uma fam lia assassinada por ter um filho militante Utilizar estas imagens mesmo que mais amenas do que as publicadas no meio de divulgac o oficial do ERP no qual se desenvolvia melhor a crueldade do inimigo era uma estrat gia de mostrar a realidade vivida por aquela organiza o e mobilizar a popula o para seus anseios pol ticos Portanto as Solicitadas assinadas pela Frente Antiimperialista y por el Socialismo seriam capazes de trazer ao espa o p blico den ncias sobre a viol ncia que estaria por tr s da repress o oficial sob uma tentativa de proteger se dela Tamb m trouxeram superf cie a possibilidade de express o legalizada de uma organiza o clandestina a fim de expandir suas ideologias e a es intentando provocar alguma rea o favor vel na opini o p blica e angariando adeptos para sua luta pol tica 3 4 Uma Estrat gia C vico Militar contra os Inimigos O Partido Comunista O Partido Comunista Argentino criado em 1917 considerado uma das organiza es mais dur veis do s culo XX naquele pa s Seus primeiros anos de exist ncia foram marcados pelo in cio da luta com trabalhadores anarquistas e socialistas adentrando o contexto argentino atrav s de discuss es abertas em torno dos acontecimentos mundiais e nacionais Depois de 1928 sua trajet ria iria modificar se e o PC passou a tom
216. expondo a necessidade de uma frente de massas para combat las una banda de irresponsables aventureros que solo tienen o dos para escuchar los mandatos del imperialismo norteamericano La economia est en bancarrota Los trabajadores se ven disminuir el poder adquisitivo de los salarios los peque os productores y comerciantes viven bajo las amenazas de la quiebra los estudiantes perseguidos en una universidad limitacionista y oscurantista Los cr menes y asesinatos se multiplicaron las triples A continuaron gozando de impunidad y sus c rceles siguieron llenando de patriotas que resisten al gobierno y engrosan las filas honrosas y suicidas de los presos pol ticos Defendeu que a viol ncia dos monop lios imperialistas era indiscriminada irrespons vel e injusta pois n o promoveria nada al m do que repress o queda do bem estar social dos trabalhadores militariza o da vida das pessoas e a quebra com a legalidade democr tica Percebe se que o argumento da viol ncia explicitava priva o de liberdades e a materializa o da viol ncia pelos assassinatos pris es censuras de 120 Ver Viol ncia Vertical e do Combate neste cap tulo 121 Solicitada Declaraci n del Frente Antiimperialista y por el Socialismo La Opini n Ano V N 1269 p 8 14 de Agosto de 1975 152 informa o e restri es econ micas permitindo nos adentrar ao universo vivencial de tal organiza o e da classe a quem desejava
217. fines Asociaci n Obrera Textil Asociaci n de Viajantes de Comercio Asociaci n del Personal Jer rquico de Comunicaciones Sindicato Bs As Asociaci n Gremial de Universidad de Ciencias M dicas Confederaci n Central de Empleados de Comercio Confederaci n de Obreros y Empleados Municipales Confederaci n de Obreros y Emulados de la Industria Aceitera Federaci n de Trabajadores de la Industria de Alimentaci n Federaci n Nacional de Trabajadores Camioneros Obreros del Transporte Automotor de Cargas Federaci n Gremial del Personal de la Industria de la Carne Federaci n Obreros del Caucho Federaci n Obrera Ceramista Federaci n Obreros Carriceros Federaci n de Trabajadores de la Industria del Cuero Federaci n de Vendedores de Diarios y Revistas de la R A Federaci n de Trabajadores de la Industria Fideera Federaci n de la Industria de Fibrocementeros Federaci n de Trabajadores Jaboneros Federaci n Argentina de Trabajadores de Luz y Fuerza Federaci n de Obreros Mosa stas Federaci n de Trabajadores de Obras Sanitarias de la Naci n Federaci n del Personal de Panaderos Federaci n de Obreros y Empleados de la Industria Papelera Federaci n de Obreros Pasteleros Confiteros Pizzeros Alfajoreros Federaci n Sindicatos Unidos Petroleros del Estado Federaci n de Trabajadores de Prensa Federaci n de Trabajadores de la Industria Qu mica Federaci n de Trabajadores Rurales y Estibadores Federaci n de Trabajadores de la
218. gil su figura tiene en la voz el bronce que escupi PER N En sus labios lleva la paz al humilde y al pueblo le entrega su gran coraz n Navega en las barcas de la tempestad por una Argentina m s libre y feliz para que la Patria sin bajezas ni odios destierre maldades por un porvenir Se ora t fuiste la dulce elegida el faro del pueblo que espera con fe Dios te ampare tu eres entre las mujeres la Samaritana la amiga la hermana nuestra madrecita como Evita fue Tus l grimas tienen el sabor amargo que nos da el dolor es como el arado fecunda en el llanto la espiga dorada del pan del amor Tienes la arrogancia y la altivez riojana Por tus venas corren esa sangre hispana temblada en la fraga de la hidalgu a y valor Por eso tu pueblo como un mar brav o golpea en la roca de tu admiraci n y en su voz te grita Mezclando los nombres de PER N Y EVITA premiando tu lucha con una canci n 110 111 Legislaci n Policial de la Provincia de Buenos Aires Buenos Aires Editorial Universidad 1975 Las bases p 23 97 Abriremos aqui um pequeno espa o para analisar algumas id ias do Lopezreguismo e sua defesa ao governo de Isabel na Revista Las Bases Esta Revista foi o rg o oficial do Movimento Nacional Justicialista e era editada pelo Editorial Codex Seu primeiro n mero apareceu em 23 de novembro de 1971 com uma periodicidade proposta a ser quinzenal Havia sido planejada por L pez Rega ent o secret rio pessoal
219. governaria com o Clarin na oposi o Acontece que a recente contenda iniciada em 2008 entre o governo de Cristina Kirchner e o setor agropecu rio iria modificar o cen rio da rela o entre imprensa e poder pol tico Vale lembrar que o Grupo Clar n seus principais acionistas e seu vice presidente H ctor Magnetto possuem propriedades agropecu rias Assim a posi o governamental em rela o ao gado argentino gerou uma rea o de guerra contra o casal Kirchner dentro daquele jornal que apelava para den ncias tanto de suas atitudes pol ticas quanto para posturas pessoais Cristina em resposta teve a oportunidade de voltar ao caso dos filhos adotados e de denunciar Noble de pensar em tirar lhe a concess o do Canal 13 e acusar os donos do Grupo Clarin de atividades econ micas ilegais Neste sentido iniciou se a discuss o sobre democratiza o da informa o investiga o das transa es da Papel Prensa as Idem p 118 67 LLONTO Pablo Op Cit 2007 p 78 Idem pp 39 65 Idem 2 Idem p 21 37 fus es de empresas de comunica o os exames de DNA de Marcela e Felipe e etc A E 71 quest es h muito silenciadas 1 2 3 Timerman e o Jornal La Opini n O terceiro jornal suporte da pesquisa o La Opini n fundado em 1971 pelo jornalista ucraniano Jacobo Timerman Timerman era um imigrante judeu que havia chegado Argentina com seus pais aos cinco anos de idade
220. guardava armamentos pesados e conversava se sobre planos de elimina o dos inimigos Juan Ram n Morales El Gaucho se converteu em chefe de seguran a do Ministro de Bem Estar Social Morales era um homem da antiga divis o da Pol cia Federal chamada de Robos y Hurtos RH que ficou conhecida nos anos 1950 pelo n vel de repress o e viol ncia e pelos neg cios il citos de contrabando Seus membros quando n o assassinados foram colocados em disponibilidade por viola o dos deveres do funcionalismo p blico ou por encobrir tais a es Morales neste contexto havia sido chefe de uma brigada do casal Evita e Per n em 1947 e desde finais da d cada de 1950 ganhava destaque na luta contra a delingii ncia dentro da PF inclusive sendo premiado em 1963 como o policial do ano Ali conheceu Alberto Villar e L pez Rega respectivamente oficial e cabo da institui o policial que iriam coloc lo novamente na ativa durante os anos 1970 Junto a ele tamb m iria se readmitir Rodolfo Eduardo Almir n El Pibe outro membro retirado da RH Ao serem reincorporados Almir n e Morales foram a ponta do grupo armado constantemente visto nos corredores do Minist rio de Bem Estar Social E a partir de ent o as reincorpora es de policiais passados a inatividade por causa de envolvimentos com a es ilegais dentro da corpora o tornaram se frequentes Um dos epis dios que ilustra o breve per odo do governo C mpora e que
221. he speeches published in Solicitadas in the newspapers La Naci n La Opini n and Clar n it analyzes the concepts of violence produced symbolically in writings their different interpretations and meanings that the words designating the violence took shape in every speech KEYWORDS Argentina Violence Peronism Repression LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AAA Triple A Alianza Anticomunista Argentina ANCLA Agencia de Noticias Clandestinas APDH Asemblea Permanente de Derechos Humanos ATE Asociaci n Trabajadores del Estado BN Biblioteca Nacional de Buenos Aires CCD Centro Clandestino de Denten o CeDInCI Centro de Documentaci n e Investigaci n de la Cultura de Izquierdas en la Argentina CGE Confederaci n General Econ mica CGT Confederaci n General del Trabajo CGT de la Argentina Confederaci n General del Trabajo de la Argentina CN Condug o Nacional dos Montoneros CoNaDeP Comisi n Nacional de Desaparici n de Personas EGP Ej rcito Guerrillero del Pueblo ERP Ej rcito Revolucionario del Pueblo ERP 22 Ej rcito Revolucionario del Pueblo 22 de Agosto ESMA Escuela Suprior de Mec nica de la Armada FAP Fuerzas Armadas Peronistas FAP 17 Fuerzas Armadas Peronistas 17 de Octubre FAR Fuerzas Armadas Revolucionarias FREJULI Frente Justicialista de Liberaci n Nacional GAN Gran Acuerdo Nacional JC Juventud Comunista MID Movimiento de Integraci n y D
222. i del orden del consumo dominado por el imaginario de la creaci n como ocurre en el 37 A A y Ta o s VERON Eliseo Prensa Gr fica y teor a de los discursos sociales producci n recepci n regulaci n In Fragmentos de un tejido Buenos Aires Gedisa 2004 pp 193 211 28 Idem e VER N Eliseo Cuando leer es hacer la enunciaci n en el discurso de la prensa gr fica In Fragmentos de un tejido Buenos Aires Gedisa 2004 pp 171 183 26 caso de la literatura sino que implican por el contrario un horizonte de expectativas de los consumos del orden de la repetici n El lector fiel a un t tulo de prensa lo es porque sabe precisamente de antemano qu tipo de discurso va a encontrar en l Ao analisarmos as Solicitadas as no es de Contrato de Leitura e de sua produ o s o extremamente importantes Pois elas nos remetem a reflex es sobre causas e consequ ncias de se publicar comunicados em lugares comuns ou desiguais ao seu pr prio pensamento tanto para os solicitadores quanto para os produtores do jornal Isto quer dizer que por um lado esta perspectiva importante para perceber por que determinadas organiza es s o capazes de publicar em jornais que n o administram as informa es sob o mesmo fundamento atingindo a um p blico diferente do habitual mesmo que correndo o risco de n o ser devidamente entendidas Ou ao contr rio para olhar aquelas que publicam em jornais cu
223. ia devolvida caso a luta antisubversiva chegasse ao fim a ordem econ mica adequada estivesse estabelecida e os partidos pol ticos reordenados para retomar o poder que lhes cabiam Quase oito anos no governo as For as Armadas propuseram transformar e interferir na economia no sindicalismo na educa o nas rela es exteriores nos partidos pol ticos no poder judici rio no parlamento nas universidades nos meios de comunica o nas for as de seguran a incorporando ao projeto pol tico empres rios figuras religiosas e a pr pria popula o El cambio propuesto era muy profundo no bastaba un simple proceso de ordenamiento sino que hab a que transformar normas y marcos 10 Idem pp 67 74 19 VEZZETTI Hugo Pasado y Presente Guerra dictadura y sociedad en la Argentina Buenos Aires Siglo XXI 2003 p 71 19 QUIROGA Hugo Op Cit 2004 pp 83 98 51 institucionales administrativos y empresariales pol ticas m todos h bitos y hasta la misma mentalidad de los agentes econ micos privados y p blicos J foi apontado que o regime tinha como princ pios modificar a estrutura econ mica e pol tica quebrando as movimenta es sociais existentes no pa s despolitizando a sociedade e acabando com o desgoverno provocado pelo pr prio poder pol tico e pelas reivindica es sociais Marcos Novaro e Vicente Palermo afirmam contudo que a aut ntica legitimidade de origem do Processo de
224. ia en la lucha por la democracia y la liberaci n Interessante perceber como o Partido colocou a responsabilidade social daquelas circunst ncias negando a passividade diante da luta pela democracia e pela libera o da na o argentina V se que por suas id ias o Partido punha se em oposi o a duas correntes a direita que enfrentava de forma mais material e expl cita atrav s da repress o anticomunista e a esquerda que utilizava da luta armada para realizar a revolu o contradizendo a proposta de revolu o por etapas Este embate tornou se o fundamento das arg ic es sobre a viol ncia O ataque verbalizado era direcionado para 144 Solicitada Cerrar el paso al terror y al fascismo La Opini n Ano V N 1315 p 15 8 de Outubro de 1975 145 Solicitada Proposici n Comunista La Opini n Ano V N 1381 p 9 27 de Dezembro de 1975 Grifos no original 165 aqueles inimigos que os amea avam de diversas maneiras questionando a forma de atuac o do PC ou desejando extirpar o comunismo da sociedade argentina Una ola de fango y sangre amenaza cubrir la Rep blica Tucum n es un bal n de ensayo Los asesinos no identificados que obran impunemente ya est n extendiendo su m todo a otras partes del pa s 11 muertos en menos de 48 horas en Tucum n 9 en C rdoba Utilizan de m todos diab licos como el de hacer volar una camioneta con siete personas dentro Locales de diversos partidos entre ellos 3 de l
225. icante de uma viol ncia protegida inumanos torturadores desconhecedores dos direitos humanos e opositores da democracia Esses estimulavam a viol ncia mesmo que estivessem argumentando estar contra ela Desta forma a FAS condenava as atitudes do governo e daqueles que o apoiavam nessa luta contra uma suposta subvers o que de acordo com ela seriam os grupos que lutavam pela pacifica o pela liberdade e pela justi a para o povo La Pacificaci n Nacional no se pueden condenar la violencia sin analizar sus causas sub yacientes Por eso expresamos la convicci n que ya es patrimonio de la consciencia popular de que solo el respecto a los derechos humanos y democr ticos y la vigencia plena de las libertades ciudadanas constituyen el insoslayable camino de la pacificaci n Todo el espejismo represivo en el que se crea como posible salida sobre la base de desconocer los derechos humanos y negar la democracia es la derrota segura de quien lo intenten Comenzaron reprimiendo a unos y terminaron reprimiendo a todos y por ella tendr n la respuesta de todos La reflexi n sobre los caminos a seguir ha de pesar todas estas situaciones Ning n argentino cualquiera sea su condici n ha de seguir por lo desfiladero suicida a que pretenden conducirnos los mentores de la represi n EN EL PAIS NO HAY OTROS ENEMIGOS DE LA PAZ QUE LOS QUE ESTAN CONTRA LA LIBERTAD Y LA JUSTICIA PARA EL PUEBLO Assim n
226. icas diversas da ordem do trabalho do c rculo de produ o e consumo no pa s de cr ticas a na r 22 r pol ticas espec ficas entre outros Designadamente sobre o conte do que se trabalha a 22 Sobre as Solicitadas referentes s contendas entre sindicatos de trabalhadores e associa es do empresariado foi publicado o artigo ROCHA Marina Maria de Lira Solicitando ao Pueblo Argentino 23 viol ncia e ent o foram consideradas aqueles escritos que faziam objetivamente alus es dos termos como subvers o repress o desaparecimentos aus ncias censuras assassinatos mortes em confronto entre outras que se referem pr tica verificou se no conjunto inicial 193 Solicitadas portanto cerca de 40 da totalidade Entre elas 56 foram publicadas no Clar n 45 no La Naci n e 92 comunicados sobre a tem tica no La Opini n Solicitadas La Opini n 92 Gr fico 5 n meros de Solicitadas por jornal sobre o tema da viol ncia Ap s o golpe parece l gico que as Solicitadas quase que desapare am devido repress o do governo Assinar tais comunicados era assinar sua senten a de culpa em colocar se politicamente e desta forma esperar pelas consequ ncias quase sempre aplicadas sem indulg ncia Raramente publicavam se Solicitadas que traziam opini es favor veis aos militares sem as surpreendentes disputas ideol gicas do per odo anterior As Solicitadas voltariam em 1977 com quest es essencialm
227. icas pelas organiza es consideradas legais em maior ou menor grau Nossos objetos fontes s o as Solicitadas Elas eram publicadas em jornais de car ter mercadol gico que sobrevivem da renda de publicidade e de seus consumidores e tinham coordena o e assinatura de diversas organiza es Esses comunicados dentro dos peri dicos s o separados dos demais textos por uma margem O estudo de Pablo Llonto um dos exemplos entre outros no qual o autor trata da cumplicidade da imprensa ao governo militar abordando os casos de Gente y Actualidad Carta Pol tica Clar n e o Editorial Abril durante a Copa do Mundo de Futebol do ano de 1978 Segundo Llonto a imprensa argentina deste per odo e o futebol foram os instrumentos chaves de convencimento da popula o para o apoio ao governo atrav s da desinforma o da sociedade LLONTO Pablo La vergiienza de todos el dedo en la llaga del mundial 78 Buenos Aires Asociaci n Madres de Plaza de Mayo 2005 5 FERRERAS Norberto O golpe da Gente A Revista Gente e a cria o do Golpe de Estado de 1976 In KUSHNIR Beatriz Org Ma os na Gaveta reflex es sobre m dia Niter i EdUFF 2009 pp 107 122 14 que o regula e est o sob a autodenomina o de Solicitadas destinando se normalmente a algum interlocutor espec fico Por conseguinte s o espa os comprados obtidos por rela es pol ticas ou rela es de for a sempre assinados coletiva ou individualmente Sua obten
228. ida apenas pelo governo seria papel exclusivo dele solucion la Mas a presidenta segundo o PC n o possu a o punho forte para combat lo e portanto sozinha n o era capaz de transformar a situa o Com isso as For as Armadas eram defendidas nos comunicados e postas como v timas da viol ncia promovida pelos terroristas conjecturando uma tentativa de alian a com este setor mesmo considerando o um setor n o t o democr tico como deveria s lo E a unidade era o argumento central do Partido Desta forma ele tentava dialogar sobre a situa o do caos com demais grupos principalmente sindicatos de trabalhadores por consider los base para o sistema pol tico e as For as Armadas nas quais se creditavam a luta contra a guerrilha esta sim a verdadeira subvers o e a esperan a de resolu o das crises sem a imposi o de outro golpe militar Apesar de posicionar se por uma sa da democr tica segundo o PC o governo de Isabel Per n n o estava sendo capaz de assegurar a pacifica o sendo muitas vezes conivente ou at mesmo parte do banho de sangue que se derramava no pa s Banho este que tamb m fora divulgado pelas organiza es de empres rios e empresas privadas em suas Solicitadas e que do mesmo modo reclamava uma a o mais ativa do poder pol tico tornando o respons vel pela situa o Entretanto para os empres rios n o peronistas a responsabilidade do governo n o cumprida n o era apenas por
229. ido Dispon vel em www hola pro br CASOLA Natalia Las ra ces hist ricas de la convergencia c vico militar en el Partido Comunista Argentino y su accionar en v speras del ltimo golpe militar Anales del II Encuentro Internacional Teor a y Pr ctica Pol tica en Am rica Latina Nuevas Derechas e Izquierdas en el Escenario Regional Mar del Plata 2010 CHAUVEL Lucrecia Escudero Desaparecidos pasiones e identidades discursivas en la prensa argentina 1976 1983 Revista Galaxia S o Paulo N 3 vol 2 pp 73 92 2002 CIRIZA Alejandra AGUERO Eva Rodr guez Militancia pol tica y subjetividad La moral del PRT ERP Pol ticas de la Memoria Buenos Aires N 5 2004 2005 CUCCHETTI Humberto Redes sociales y ret rica revolucionaria una aproximaci n en la revista Las Bases 1971 1975 Dispon vel em http nuevomundo revues org 43252 DEL BARCO Oscar Carta de Oscar Del Barco Dispon vel em http www elinterpretador net 15CartadeOscarDelBarco htm DELLASOPPA Emilio 4o inimigo nem justi a viol ncia pol tica na Argentina 1943 1983 S o Paulo HUCITEC 1998 DI TELLA Guido Per n Per n 1973 1976 Buenos Aires Editorial Sudamericana 1983 DI TELLA Torcuato S Per n y los sindicatos El inicio de una relaci n conflictiva Buenos Aires Ariel 2003 DOYON Luoise La formaci n del sindicalismo peronista In TORRE Juan Carlos Los a os peronistas 1943 1955 Buenos Aires Editorial Sudamerica
230. ilitantes revolucionarios de honestos luchadores populares de activistas sindicales o de trabajadores combativos el Comit Ejecutivo del Partido Revolucionario de los Trabajadores direcci n pol tica del ERP tom una grave determinaci n la de responder a cada crimen consumado en las filas del pueblo con la ejecuci n de empresarios uncionarios del gobierno bur cratas sindicales oficiales de las Fuerzas Armadas y de las polic as y jueces No editorial do in cio do ano de 1975 o PRT ERP falou sobre a decis o de aplicar a Justi a Revolucion ria queles que levavam frente a repress o e a explora o da classe trabalhadora Tratou nessas linhas da execu o do diretor geral e do gerente pessoal da F brica MILUZ S A localizada em Villa Martelli na prov ncia de Buenos Aires colocando os como inimigos do povo No entanto a maneira como esta tem tica foi colocada no peri dico apesar da mesma concep o do conte do teve uma forma 124 Idem 125 Responder al terror con la justicia revolucionaria Estrella Roja rgano del Ej rcito Revolucionario del Pueblo N 47 p 2 13 de Janeiro de 1975 155 mais agressiva sendo ali permitida uma divulgac o sem nenhum tipo de restrig o argumentativa ou simb lica Assim descreveu se de forma mais expl cita a dicotomia entre a viol ncia leg tima e ileg tima entre aquela justa e a aplicac o do terror O inimigo foi denominado como torturador apartado da luta revolucio
231. imo de greve patrim nio dos trabalhadores chamariam o empresariado a uma paralisa o para o pr ximo dia Afirmando n o poderem obrigar os negociantes ou donos de f bricas abrirem seus neg cios denunciaram nos por criarem uma situa o ainda mais dram tica no pa s cuja finalidade era destituir o poder de Isabel e dos trabalhadores Queremos saber qu los une en realidad un comun comando que parece haber llegado a creer que una dictadura genocidio resolveria sus problemas gt Assim retomaram a dicotomia entre trabalhadores e patr es justificando a luta trabalhista e acusando aqueles que n o pretendiam a harmonia entre classes Os inimigos aqui ganharam outra forma conjecturando as ideologias e as experi ncias daqueles gr mios associados A mesma interpreta o era feita pela Confederaci n General del Trabajo em suas cinco Solicitadas analisadas sobre o tema uma no La Opini n e duas em cada demais jornais Entretanto a maneira de expressar se naqueles comunicados pode ser percebida como menos carregada nas emo es e nas for as de oposi o A quest o principal da CGT parecia estar na defesa do Justicialismo e da verdade que ele propunha Logo a maior batalha era entre esta verdade levantada pelos trabalhadores peronistas da CGT e a mentira contada pelos inimigos Em 5 de julho de 1975 por exemplo os inimigos dos trabalhadores eram Celestino Rodrigo e L pez Rega Citando Per
232. inos de la Patria Propagou ent o o peronismo e a constru o de uma sociedade com princ pios humanos promulgando lutas por melhorias de condi es de vida e a constru o de uma nova sociedade mais justa Afirmando a participa o hist rica do movimento reafirmou a necessidade de garantias de sua participa o no governo popular Esta percep o do governo era uma concep o da ideologia peronista que com a cr tica ao capitalismo e as experi ncias de luta na regi o tornavam o SMATA um sindicato de enfrentamento Al m disso a defesa por Isabel e pelo Partido Justicialista aumentava a possibilidade da presen a daquele movimento nas decis es pol ticas Neste sentido a defesa de Isabel poderia ser uma defesa da decis o eleitoral pelo peronismo no governo mesmo que este estivesse sob outras representa es Ou seja poder se ia dizer que seria mais f cil a a o dos trabalhadores peronistas se os peronistas estivessem no poder A Asociaci n de Trabajadores del Estado tamb m iria escrever quela poca sobre o que defendiam no governo de Isabel Esta Associa o cujo n mero de afiliados era de oito mil em 12 mil trabalhadores do Estado afirmou Defendemos su pol tica en materia de constituci n de viviendas de reivindicaci n de los jubilados del acceso de la mujer en todos los rdenes de la vida social de instrumentaci n del plan nacional de salud de surgimiento de un hombre nuevo a trav s del deporte de
233. iol ncia e desordem de acordo com cada locutor que legitima suas a es Na realidade n o s o palavras o que pronunciamos ou escutamos mas verdades ou mentiras coisas boas ou m s importantes ou triviais agrad veis ou desagrad veis etc A palavra est sempre carregada de um conte do ou sentido ideol gico ou vivencial assim que compreendemos as palavras e somente reagimos quelas que despertam em n s resson ncias ideol gicas ou concernentes vida Na discuss o sobre a viol ncia no pa s alguns signos e palavras estavam constantemente presentes nos enunciados de variadas organiza es sociais A preocupa o ali era definir quem era o inimigo o que era a p tria quem provocava o BAKHTIN Mikhail Op Cit 1997 pp 31 47 5 Idem p 95 105 caos qual era a ac o criminal quem seriam os b rbaros as bestas os delinq entes os desumanos o que seria a mentira naquela generalizada confus o Ainda mais operava se com os sentidos de morte seqiiestro censura guerra messianismo terrorismo elimina o subvers o e golpe Foi este vocabul rio utilizado na elabora o de enunciados para denotar a conjuntura que se vivia em busca de legitimidades Entretanto determinar o outro que n o se encontrava como tal era estabelecer se na identidade contr ria E neste sentido escrevia se diretamente ou de maneira sugestionada atrav s de pares contra conceituais que dizem mais sobre si que sobre outr
234. iol ncia responsiva aos atos b rbaros e com finalidade de salvar a P tria a necessidade de repress o onde todos estariam dispostos a dar o melhor de cada um nesta convocat ria que nos faz a P tria outra determinada pela inst ncia da agress o dos subversivos mercen rios que buscam a contra revolu o que querem nos submeter intranq ilidade e por fim uma viol ncia que atinge a popula o em geral marcando o sofrimento pelas atitudes de indiv duos sem consci ncia Apesar destas abordagens a Organizac o n o explicitou ou explicou a proced ncia e a causa dos casos violentos exemplificados naquela Solicitada propondo a igualdade entre eles mais que a diferencia o das mortes ocorridas A nica men o a desigualdade das a es foi na afirma o de que elas pareciam movidas por atores distintos Solicitada Otra vez se usa la violencia para detener el esfuerzo argentino Clar n Ano 30 N 10558 p 12 20 de Agosto de 1975 Grifos no original 117 O cabo Miguel Juarez foi morto em Tucum n durante um enfrentamento entre o Ex rcito e o Ej rcito Revolucion rio del Pueblo em 16 de agosto no qual seis militantes tamb m morreram O capit o Miguel Keller faleceu em 18 de agosto durante um assalto do mesmo Ex rcito Revolucion rio ao clube Tiro Federal na capital onde os militantes roubaram 73 fuzis entre outros armamentos A fam lia Pujadas por sua vez composta de Josefa
235. is que pregava uma integrac o entre as classes trabalhadora e patronal Entretanto no novo contexto mundial onde se sentiam os impactos da crise da desvaloriza o dos pre os de mat rias primas e do aumento dos produtos importados valorizaram se os interesses dos trabalhadores Verticalizados dos empres rios e da direita peronista reestruturando o citado Pacto Social e frustrando muitas das expectativas sobre o retorno do peronismo ao poder A proposta do governo de Mar a Estela possu a cinco objetivos b sicos o esfor o para acabar com a subvers o atrav s de grupos paramilitares e das For as Armadas eliminar a esquerda na educa o acabar com as pol ticas antiempresariais invocando a disciplina industrial para atrair o investimento dos capitais estrangeiro e privado submeter o sindicalismo ao governo e obter o apoio pol tico das For as Armadas Influenciando a presidenta na montagem do aparato pol tico dos sindicatos ortodoxos e de alguns setores militares L pez Rega acaba por indicar Isabel Per n tamb m um ministro para a pasta de economia O indicado seria Celestino Rodrigo Secret rio de seguran a social no Minist rio de Bem Estar Social Rodrigo era aliado aos setores liberais e criou um plano econ mico que acompanhou o plano de repress o j estabelecido Neste sentido interpretou os problemas econ micos do pa s pela id ia de que a viol ncia provocada pelos subversivos tendia a afastar os i
236. ista e Agrupaci n Evita que trabalhariam com as demandas respectivamente dos trabalhadores universit rios e mulheres O PA seria nesta estrutura uma express o pol tico eleitoral do conjunto no qual os Montoneros apoiando o Movimiento Peronista Aut ntico tamb m fariam parte como um bra o da pol tica levada pela luta armada A revista Evita Montonera era uma divulga o oficial da organiza o pol tico militar Montoneros cujos editoriais advinham diretamente da Condu o Nacional do Movimento sob responsabilidade de Rodolfo Walsh A revista apareceu em princ pios de 1975 sendo editada mensalmente apesar dos enormes atrasos e distribu da clandestinamente entre os anos 1975 e 1979 Em seu primeiro ano teve oito n meros publicados com uma tiragem de 69000 exemplares cujo alcance de circula o atingia apenas o c rculo dos militantes da organiza o Evita Montonera delatava a viol ncia dos militares condenando as s respostas populares atrav s de suas a es anti repressivas e s condena es realizadas pela Justi a Popular Todas as a es eram retratadas na revista sequestros assaltos a quart is assassinatos e etc assim como seus resultados In ESQUIVADA Gabriela Op Cit 2010 74 Hacia el Movimiento Peronista Aut ntico Evita Montonera Revista Oficial de Montoneros Ano 1 N 6 p 5 Agosto de 1975 Grifos no original 15 O pr prio PA possu a ramifica es Seu conselho superior era conformado
237. istas foram descritos como membros da guerrilha urbana que atacavam os quart is das For as Armadas tirando a vida de jovens que se ofereceriam heroicamente para servir ao pa s Neste sentido defenderiam o castigo e a puni o destes feitos criminais que empurravam o pa s ao caos e das pessoas que os cometiam negando a P tria Deus e a Revolu o Justicialista todos eles em um mesmo plano de valor Assim solidarizavam se com o Ex rcito por terem sido eles mesmos v timas da viol ncia ac o assassina do mesmo grupo inimigos do povo com falsos fins ideol gicos Delatam que o objetivo destes grupos era o de derramar sangue e submeter Argentina ideol gica e economicamente n o realizando a verdadeira revolu o social Enquanto falavam destes outros sujeitos constru am se em oposi o Os outros eram mercen rios contra a P tria aventureiros agressivos agentes da subvers o terroristas assassinos e criminosos O n s da Organiza o era a v tima os amigos do povo valentes personagens principais atores para a transforma o social no pa s era o her i Em 5 de dezembro daquele ano as 62 Organizaciones retomariam o tema da subvers o adjetivando a de delinquente Desta forma caracterizariam o sequestro e assassinato do General e ex Chefe da Pol cia Federal Jorge Carceres de Moni e sua esposa Beatriz Sasia n no Paran pelos Montoneros realizado dois dias antes da
238. istoria ufpr br fonteshist Tania Luca pdf a maneira encontrada por aqueles atores de se falar sobre a contemporaneidade de um pa s com muitos problemas a partir de um lugar determinado Quais eram as palavras e os sentidos dados a elas por aqueles que viviam o momento Como se colocavam a um p blico de maneira a serem compreendidos em suas acep es No entanto com a imensa quantidade de Solicitadas encontradas apenas naqueles tr s jornais e as possibilidades tem ticas de conte do tornavam se quase imposs veis as an lises da totalidade delas no per odo proposto para a realiza o dessa a o Assim o consequente caminho foi delimitar temporalmente e verificar os temas mais recorrentes no momento escolhido O certo era que eu queria chegar ditadura militar de 1976 Acreditei que o per odo final do governo de Maria Estela Mart nez de Per n trazia os argumentos de convencimento para uma poss vel interven o naquele governo democr tica ou n o e transformei tal cren a em hip tese At os ltimos cinco anos Mar a Estela havia sido quase que ignorada pela historiografia argentina que a considerava em seus estudos uma esp cie de salto do ltimo governo de Per n 1974 ao golpe militar de 24 de mar o de 1976 Terceira mulher do General Per n que desde a poca de carreira art stica era tamb m chamada de Isabel ou Isabelita iniciou sua carreira pol tica como delegada do peronismo quando o l der estava exilado na
239. ivencial ocasionando rea es tamb m baseadas em ideologias e viv ncias Logo uma palavra ou ora o possui tantos poss veis sentidos quantos contextos poss veis pois at uma mudan a em sua acentua o na hora de pronunci la pode modificar os sentidos Desta forma as palavras ora es enunciadas possuem dupla determina o procedem de um locutor e dirigem se a um interlocutor Bakhtin prop e que a palavra a intermedi ria na rela o entre o que fala e com quem se fala ela a ponte entre o eu e O outro Toda palavra serve de express o a um em relac o ao outro Atrav s da palavra defino me em relag o ao outro isto em ltima an lise em relac o coletividade A palavra uma esp cie de ponte lan ada entre mim e os outros Se ela se ap ia sobre mim numa extremidade na outra ap ia se sobre meu interlocutor A palavra o territ rio comum do locutor e do interlocutor Partindo desta percep o e da que N o enfiamos as palavras n o vamos de uma palavra a outra mas como se complet ssemos com as devidas palavras a BAKHTIN Mikhail Problemas da po tica de Dostoi vski Rio de Janeiro Forense Universit ria 2008 7 TODOROV Tzvetan Introdu o In BAKHTIN Mikhail Op Cit 2006 pp 20 21 BAKHTIN Mikhail Op Cit 1997 pp 90 109 Idem p 113 103 totalidade este trabalho tenta entender esta rela o entre o eu e o outro Consideramos impo
240. jo p blico conformado pelo mesmo grupo econ mico social que os publicadores fazendo com que a mensagem ideol gica por tr s das palavras seja compreendida da mesma maneira como fora disposta E mais ainda nesta conforma o de Contrato existe a posi o dos produtores da imprensa gr fica que publicam aquelas Solicitadas interpretando a realidade de forma distinta ou igual conduta de seu produto Qual seria a motiva o deles para publicarem tais express es em seu produto O que nos indicado para responder essa quest o primeiramente seria a fun o econ mica do jornal que possibilita tais brechas Os atos de compra do espa o de propaganda e jornal pelo consumidor ou rejei o dela d o efeitos a sua conduta Se ambos continuam realizando a a o a contradi o n o lhes configura um problema afinal tais produtos s o jornais de informa o em um per odo democr tico que sobrevivem do financiamento dos espa os para a publicidade e do consumo dos peri dicos Mas outra possibilidade de contestar tal pergunta tamb m est na fun o pol tica do peri dico Isto quer dizer que os discursos das Solicitadas tamb m poderiam auxiliar as interpreta es das leituras do pr prio jornal seja pela afirma o de seus discursos ou em alguns casos por sua pr pria nega o Para ajudar nos a analisar mais profundamente este contexto micro da produ o dos peri dicos que foram suportes para a publica o das Solicitad
241. junto com sua mulher Es conocida la afirmaci n del viejo caudillo que consideraba al terrorismo urbano como un problema policial con lo cual no s lo conoc a la dimensi n pol tica del problema sino lo que era m s grave relegaba completamente su propia responsabilidad en el crecimiento de la violencia y el apoyo al terrorismo Pero la verdad lo m s inquietante era el criterio mismo de lo que se defin a como policial para el jefe del justicialismo En efecto en la medida en que Per n pon a su propia astucia por encima de las leyes y de los resguardos institucionales favorec a claramente tanto los med os legales como los ilegales en la represi n de quienes discut an su autoridad E muitos outros acontecimentos marcam a mudan a de discurso e a o de Per n quando assume a presid ncia delineando seu rompimento com a esquerda Em um cl ssico discurso feito por exemplo aos dirigentes da Juventud Peronista JP que estavam reunidos para negocia es no dia 7 de fevereiro em sua casa de Olivos munic pio de Vicente L pez Per n afirmou Los venimos viendo Tengo todos los documentos y adem s los he estudiado Bueno esos son cualquier cosa menos justicialistas Entonces qu hacen en el justicialismo Porque si yo fuera comunista me voy al Partido Comunista y no me quedo ni en el Partido ni en el Movimiento Justicialista No dia posterior a reincorpora o a imprensa divulga uma lista de pessoas
242. la es sociais Os discursos sobre a viol ncia ser o elaborados neste trabalho em um contexto espec fico e carregando outras hist rias sobre suas designa es Todos eles corroboram uma determinada ideologia que formulada a partir de grupos sociais e da realidade por eles experimentadas individual e coletivamente Mas eles tamb m expressam a no o do outro que se confronta com o eu os limites das rela es de reconhecimento e desrespeito S o os pares contra conceituais assim tricos presentes ou conformados a partir de outros enunciados predispostos que conversam entre si e pretendem reconhecer ou n o o outro Toda palavra e enunciado portanto ser o vistos aqui como uma express o em rela o ao outro e a sua auto imagem em a es de respeito desrespeito ligadas a ideologias e grupos sociais que disputam simbolicamente quilo que no mundo material j era disputado E se grupos sociais distintos que possuem a mesma l ngua usam signos iguais para expressarem ideologias diversas ent o estes criam significa es dial ticas para as palavras Neste sentido o uso dos signos e palavras remete se sempre ao campo da atividade ideol gica cujas orienta es para a realidade e fun es na vida social estruturam a maneira de refratar o que se pensa E assim conforma se o contexto da disputa Uma disputa pela interpreta o da verdade e da mentira do que um projeto de recupera o social e o que pura e simples v
243. la afirmaci n de la soberan a nacional en pol tica internacional de proyecci n econ mica mediante la creaci n de nuevas industrias de contenci n de los intereses 68 Solicitada SMATA al pa s La Naci n Ano 106 N 37382 p 15 24 de Dezembro de 1975 129 supranacionales de afirmaci n de la soberan a del pueblo a trav s del ejercicio del voto libre y secreto del sostenimiento de la unidad continental Contudo no mesmo comunicado expunha suas cr ticas Estas se conformariam principalmente pela falta de combate aos falsos ap stolos que pretendiam impor a ditadura pela viol ncia conformavam se seus inimigos A viol ncia era descrita como o m todo dos inimigos da p tria para dividir o movimento dos trabalhadores e impedir a verdadeira revolu o Para estes trabalhadores da ATE os inimigos parecem ser mais bem delineados ao menos em rela o aos inimigos do sindicalismo Vertical eram majoritariamente inimigos de classe Eles haviam sido parte do governo refere se Rega e Rodrigo e foram combatidos atrav s de manifesta es protestos e greves dos trabalhadores Portanto v se que a tem tica da viol ncia abordada pelas organiza es de trabalhadores tinha a necessidade de estabelecer os inimigos sob a premissa principal de colocar se enquanto condutora dos movimentos peronista e dos trabalhadores e integrante de um governo popular Assim era a viol ncia causa e consequ ncia da eterna contend
244. la presidenta e todo seu gabinete o Ministro do Interior e interino Ministro da Justi a Alberto L Rocamora o Ministro da Educa o Oscar Ivanissevich o Ministro de Rela es Exteriores e Culto Alberto J Vignes o Ministro de Defesa Adolfo M Savino o Misnistro de Bem Estar Social Jos L pez Rega o Ministro de Economia Alfredo G mez Morales e o Ministro do Trabalho Ricardo Otero tal decreto coordenava as a es de repress o no territ rio de Tucum n apontando para esta prov ncia a urg ncia da erradica o das atividades e dos sujeitos subversivos Marcado com a letra S de Secreto aquele texto iria juntar os respectivos mbitos dos minist rios supracitados para dar ao Ex rcito o comando de opera es 38 Lei 20840 de Setembro de 1974 Dispon vel em http www infoleg gov ar infolegInternet anexos 70000 74999 73268 norma htm 91 militares a fim de neutralizar ou aniquilar o acionar da guerrilha em Tucum n Ao Minist rio do Interior cabia colocar se disposi o para a realiza o das opera es Sob o controle do Comando Geral do Ex rcito e da Pol cia Federal este deveria solicitar ao Poder Executivo e provincial de Tucum n via Minist rio de Defesa o pessoal e os meios policiais necess rios para o emprego nas opera es Ao Minist rio de Defesa ocupou se adotar medidas para que os Comandos Gerais da Armada e das For as A reas fossem capazes de dar o apoio necess rio aos servi os req
245. la se utiliza de recursos imag ticos que chamam a aten o logo no cabe alho do texto onde desenhou se de um lado Eva e Per n enquanto de outro Isabel Per n figura esta apropriada da campanha pol tica da chapa Per n Per n das elei es de 1973 Apesar do curto texto o interessante que esta Solicitada est a para reiterar outra Solicitada publicada em 30 de julho de 1975 Destarte este um caso expl cito de di logo entre os espa os isto quer dizer especificamente que as Solicitadas dialogavam entre si remetendo se uma s outras seja como respostas ou como reafirma es 18 WILDE Wilde HURLINGHAM Hu pr at DEB NR t cara d TI BANFIELD Banlield HELIOS El Palomar C CaA Sican AVENIDA Vte L pez a AUTOCINE ALIFORNIA Be Es HOY CALIFORNIA eccar RIO DE LA PLATA a as e mem se Pacho O Donnell Dir H Urquijo 23hs Prem O PAYRO S Martin 766 tel 32 5922 15 40 meno SOLICITADA NO A LA PENA DE MUERTE CONTRA EL PUEBLO ESPA OL La opini n p blica mundial se opone al nuevo crinven de la dictadura espa ola Ya han sido condenados a muerte once patriotas del E f A y del F R A P Frente Revolucionario Antifascista y Patriota mientras prosi guen los procesos arbitrarlos y se incrementa la represi n contra el heroico pueblo espa ol y el Partido Comunista da Espa a marxista leninista Para impedir este nuevo crimen convocamos a todas las fuerzas pol ticas sindicales campesi
246. lamados como minoria pigmeus seriam os mesmos produzir o caos o terrorismo provocado para desestabilizar o pa s O jornal Clar n um dia antes havia publicado a not cia dos enfrentamentos cujas conseqii ncias foram relatadas Em setembro do mesmo ano publicaria o esclarecimento do assassinato de Keller 4 Para mais informa es sobre o massacre de Trelew ver MART NEZ Tom s Eloy La pasi n seg n Trelew Buenos Aires Punto de Lectura 2007 Est dispon vel o documento do Departamento de Estado estadunidense no qual a Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires informa o assassinato da Fam lia relacionando o a Direita Peronista e a Triple A Dispon vel em http www elortiba org trelew3 html 45 Solicitada Otra vez se usa la violencia para detener el esfuerzo argentino Clar n Ano 30 N 10558 p 12 20 de Agosto de 1975 118 Posiblemente en eses hechos tan disimiles e inexplicables est la explicaci n de la nueva escalada de la violencia desatada en los ltimos d as Porque los extremos presuntivamente antag nicos se han unido para descargar su odio y para quebrar la paz que debe imperar en esas horas de decisiones Hay como decimos una confabulaci n destinada a destruir al pa s y vencer al sentimiento argentino Venga de derecha o de izquierda el fin es el mismo Los personeros del caos buscan por todos los medios que no podamos trabajar en tranquilidad en esa tremenda tarea que nos espera
247. lamento da guerrilha e a puni o de L pez Rega Este posicionamento tamb m possu a a conveni ncia de identifica o de seu p blico e de alguns empres rios como o pr prio Graiver nomeado por Per n como assessor do Banco Central ou Jos Gerbald que era Ministro de Fazenda e Finan as Entretanto quando assumiu Isabelita apoiada principalmente por Rega o inimigo n mero um do La Opini n o jornal entrou em guerra com o governo associando o sempre a viol ncia e acusando o de liga o com a Triple A e de inefici ncia para acabar com as sucessivas crises Descrevia o pa s como um verdadeiro festival marcado a fuego por bombazos y clausuras con colegas ya asesinados por la Triple A y colegas clandestinos y otros que hablan y publican palabras sobre el miedo desde su ex lio Lan ou se desta forma em uma campanha para expuls los do poder tornando se um dos principais inimigos do governo e do bando lopezreguista E nessa situa o o governo tomou a mesma posi o de rejei o em rela o ao La Opini n Durante o per odo de presid ncia de Isabel Per n v rios jornalistas da reda o foram amea ados pela Triple A e alguns deles tornaram se realmente v timas dela Tomas Eloy Mart nez iria se auto exilar em Caracas entre os anos de 1975 e 1983 devido s amea as feitas pela AAA e a conjuntura posterior da ditadura Em 18 de maio de 1975 o jornalista Jorge Money que escrevia na se o de economia
248. lhes o n o isolamento com o povo e Igreja pediu lhes a pr tica de sua cristandade E neste ambiente de pedidos e esperan as o secret rio falou sobre a viol ncia apelando aos praticantes dela Tambi n queremos dirigirnos a quienes practican la violencia A quienes han elegido un m todo repudiado por el pueblo y llenan de luto y dolor el pa s asesinando o haci ndose matar Los trabajadores no somos neutrales Los trabajadores estamos claramente enfrentados a toda forma de atentar contra la convivencia de derramar sangre de desconocer la voluntad del pueblo pretendiendo suplirlo como protagonista de la historia y apartarse de los cauces institucionales Desde la trinchera adversa en ocasi n de iniciar un nuevo a o le reiteramos el llamado a la reflexi n para que conozca la inutilidad de una acci n convertida en suicidio colectivo y que en estas festividades lleno de amargura a tantos hogares para que adopten la noble rebeld a ante los ide logos que vienen utiliz ndolos como carne de ca n y permitan que los argentinos vivamos plenamente en paz A viol ncia aqui foi repudiada por toda a popula o pois envolveria o pa s de luto e dor por aqueles que foram v timas dela argumento este colocado por Marina Solicitada Mensaje al pueblo argentino La Naci n Ano 106 N 37384 p 11 30 de Dezembro de 1975 126 Franco sobre o rep dio da viol ncia em seus extremos Afirmou se a conviv ncia
249. lho s o colocadas como cartas ou telegramas publicados que fazem algum pedido dentro daquele espa o In BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Dec amos Ayer La prensa argentina bajo el proceso Buenos Aires COLIHUE 2006 p 72 15 contexto social e com o leitor deste contexto mas tamb m com o contexto do di rio em que publicam No entanto ao dialogar com tantas variantes seu discurso n o poderia ser marcado somente pelas propagandas de id ias de uma forma apelativa ou apaixonada e distribu las ao p blico como afirma o autor Mesmo havendo Solicitadas menos elaboradas o objetivo da maioria delas parecia ser o de convencer seus leitores sobre o projeto pol tico que defende Os textos das Solicitadas divulgavam ideologias dando import ncia aos artif cios explicativos s informa es sobre a atualidade s perspectivas de acontecimentos s propostas de futuros econ micos e pol ticos e neste caminho se desenvolviam utilizando se curtos ou longos espacos dos jornais VA NO PODEMOS PERMANECER NI DISTANCIADOS y ENFRENTADOS LA LUCHA ENTRE LOS HOMBRES Dri TERMINAR SI QUEREMOS SUBSISTIR EN EL FUTURO e pa il ii non em SEGURO Y CONT a do corte src Ee A PROCISO PROPUESTAS esperan de uma parte importante de ese pushin los partida cuya minido ou ganar la slovci n poro temas um Feromonas proponen teia ej Reafirmar los pestulados b sicos constituyen
250. livro de grande repercuss o Prisionero sin nombre celda sin n mero que primeiro saiu em ingl s e depois em espanhol numa editora venezuelana Este livro lhe daria maior reconhecimento internacional e alguns pr mios que despertaram a revolta de muitos jornalistas argentinos Em 1984 retornou Argentina e come ou a escrever no La Raz n cuja proposta de reformula o e moderniza o o levaria a quase fal ncia obrigando o a ser vendido ao Grupo Clar n Mas a principal luta de Timerman depois da volta ao pa s era para receber do governo uma indeniza o pela expropria o de seu di rio Nesta a o paga com a restitui o dos bens da fam lia Graiver Timerman levaria quatro milh es de d lares e aos 63 anos mudaria sua posi o social construiria uma mans o em Punta 5 92 del Este e se dedicaria a escrever livros Idem pp 263 270 l Idem pp 263 301 Idem pp 305 457 45 1 3 A la Opini n P blica Argentina Escritas para Convencer De acordo com o que se delineou acima as Solicitadas e os peri dicos aqui pesquisados nos confirmam a premissa de que os assuntos contempor neos eram discutidos n o apenas nas mat rias publicadas como tamb m em outros espa os dentro daquele universo Atrav s das Solicitadas podemos perceber no contexto micro as posi es que tomavam organiza es pol ticas e sociais sobre o contexto macro e as maneiras que as tornavam p blicas Logo pa
251. logo com aquele governo dos anos 1960 contrariando o car ter combativo favor vel ao retorno de Per n e polarizando o movimento Ele iria morrer em 30 de junho de 1969 assassinado na sede da Uni n Obrera Metal rgica uma das formadoras das 62 Organizaciones em Buenos Aires 109 SITRAM ou por peronistas combativos como CGT de la Argentina o PB e seu l der Agost n Tosco criticavam a burocracia sindical e posicionavam se por uma luta mais enf tica contra empres rios Logo mesmo promovidos unificados e estimulados por Per n os sindicatos ao longo da hist ria do pa s tamb m ganharam vida independente e legitimidade pr pria Daniel James prop e que as formas espec ficas de subjetividade s o promovidas sob dois eixos b sicos a ideologia formal e as experi ncias que forjam a consci ncia pr tica Permeado e mediado por estas experi ncias o sujeito trabalhador argentino constituiu seu discurso baseado em premissas do peronismo oficial de justiga social e harmonia e simultaneamente em ideologias contra hegem nicas devido s experi ncias anarco sindicalistas e marxistas dadas desde sua funda o e no decorrer dos anos de mobiliza es Assim apesar de ter sido o Movimientismo que marcou determinantemente os maiores sindicatos nas d cadas de 1960 e 1970 os trabalhadores foram tamb m influenciados pelas tr s correntes que definiam o peronismo naquela situa o gerando uma competi o pela verdadeira interp
252. los principales bastiones antiperonistas Al salir la pol tica de las universidades los estudiantes se encontraron con los obreros peronistas muchos vieron en ellos al sujeto de la revoluci n y comenzaron a identificarse con el Movimiento Por otra parte Per n de cuyo gobierno comenzaba a rescatarse la lucha por la justicia social y la soberan a nacional Idem pp 119 142 15 LANUSSE Lucas Op Cit 2005 p 207 16 O mito dos 12 fundadores refere se a doze pessoas que teriam elaborado te rica e praticamente o movimento em seu princ pio a teoria que fundamenta por exemplo o j citado livro de refer ncia sobre o tema Soldados de Per n Los Montoneros Para mais informac es ver LANUSSE Lucas Op Cit 2005 82 fue descubierto como modelo y mentor espiritual por aquellos que eran a n ni os cuando el l der exilado estaba en el poder Os Montoneros segundo Lanusse teriam sido formados ent o pela conflu ncia de v rias experi ncias em diferentes prov ncias do pa s e pelas din micas que marcaram aquela d cada Os Grupos Origin rios Grupo Fundador Grupo C rdoba Grupo Santa F Grupo Sabino e Compa ia Camilo Torres que tinham contatos entre seus c rculos formularam um projeto pol tico antiimperialista e socialista que usaria como m todo a t tica de guerrilha especificamente a urbana Em seus comunicados publicados entre 1970 e 1971 a organiza o propunha tr s
253. m conduzir Al m disso a organiza o escreveu sobre uma viol ncia do inimigo que atingiria desde trabalhadores a comerciantes de estudantes a pequenos produtores De alguma forma inverteu a responsabilidade pela viol ncia e em oposi o ao que era posto confirmou sua luta determinando a legitimidade de combater o inimigo que impedia a revolu o Diante deste c rculo criminal de repress o e explora o Triple 4 governo For as Armadas e empres rios e a situa o ca tica no pa s a FAS era a luz na escurid o era a Frente que atrav s da unidade de mobiliza es pretendia recuperar a liberdade democr tica os sal rios justos a derroga o da legisla o repressiva a liberdade pol tica e a seguran a da popula o Esa unidad no es m s que la continuaci n y cristalizaci n de la que se dio en las movilizaciones de masas y nica manera que tiene nuestra Patria de lograr la pacificaci n y nuestro pueblo de avanzar por los senderos democr ticos La pol tica de los sectores reaccionarios agudizante las contradicciones sociales ha puesto a la orden del d a la necesaria discusi n acerca del pa s que queremos los argentinos acerca de los fundamentos m ganos del Estado Las caracter sticas propias de las horas son la participaci n activa de las masas en la vida pol tica del pa s sus ansias de ser escuchadas sus firmes intenciones de profundizar en la discusi n de los pilares b sicos de la
254. m do mais profundo armazenamento O primeiro jornal aberto foi uma publicac o de 1975 Creio que a primeira quinzena de julho de 1975 Em minhas m os as p ginas amareladas eram iluminadas por uma luz individual e fraca para aquele dia no subsolo do edif cio Algumas se recusavam a acender enquanto outras piscavam dando nos a altern ncia entre o claro e o escuro Todo o clima dram tico se complementava por umas p ginas preenchidas de trag dias econ micas e pol ticas antecedentes do golpe militar de 1976 que eram desenroladas pelas adjetivadas reportagens e an lises de opini o Tudo parecia um grande caos Foi ent o que me deparei com o que iria se conformar em meu corpus documental Alguns espa os dentro daquele jornal tomaram minha curiosidade Eram an lises publicadas separadamente dos textos do La Naci n como se fossem esp cies de propaganda Estes espa os eram auto designados como Solicitadas e assinados por personagens coletivos ou individuais Alguns dos que firmavam tais publica es eu conhecia superficialmente organiza es de trabalhadores alguns partidos mais influentes da realidade argentina ou membros hist ricos do peronismo Outros s viria a conhec los depois de sugerir me tal empreitada Impressionante era a quantidade de Solicitadas que vinham naquele di rio Eu j as havia visto em publica es atuais daquele pa s mas de uma maneira mais amena e menos recorrente No entanto ao virar as
255. m que o governo havia aumentado o pre o 180 Desta do papel de jornal levando as a uma situa o economicamente alarmante forma estes rg os muitos quase centen rios estavam em perigo de desaparecimento e poderiam prejudicar os trabalhadores e os leitores que os acompanham Este exemplo exp e nos a vincula o entre a negocia o e divulga o de informa o e demais processos das empresas privadas Aqueles assinantes escreveram popula o enquanto empresas apelando a como tais e aproximando o governo peronista de uma baderna comunista que levaria a Argentina fal ncia E seu argumento quase amea a o p blico atrav s de um perigo de quebra de empresas consideradas importantes por elas mesmas e de desabastecimento da popula o Por outro lado o argumento destas empresas sobre a tem tica tamb m se apresentavam pela viol ncia material advinda tanto do poder oficial atrav s das aplica es de leis que permitiam as clausuras de peri dicos ou pris es de jornalistas como da viol ncia produzida pelas organiza es clandestinas de direita e esquerda que tomavam como v timas os espa os dessas produ es e seus atores H ctor Ricardo Garc a presidente do Editorial Sarmiento editora do jornal Cr nica S assinou uma Solicitada em 28 de outubro de 1975 Seu jornal havia sido fechado sob alega o de estar desenvolvendo uma sediciosa campanha que colocava em risco a defesa do te
256. ma parte desta entrevista a que mais repercutiu no contexto atual das an lises sobre a viol ncia no pa s De forma ousada Jouv relatou na entrevista os Ju zos Revolucion rios realizados pelo EGP 7 A entrevista foi originalmente publicada na Revista cordobesa La Intemperie em 2004 e est dispon vel na Revista Eletr nica El Interpretador n mero 15 de junho de 2005 54 descrevendo os e estabelecendo as consegii ncias desses atos para a organiza o e a sociedade A narrativa aprofunda se no caso dos ju zos de Adolfo Rotblat El Pupi e Bernardo Groswald dois militantes do EGP El Pupi era um menino de 21 anos que foi perdendo suas for as f sicas ao longo dos deslocamentos da coluna Groswald era um rapaz da cidade banc rio que usava culos e tinha os p s planos o que lhe dificultava na caminhada Nenhum dos dois havia rompido com o c digo de seguran a do grupo n o eram desertores nem covardes tampouco homossexuais O primeiro seria morto por causa de sua debilidade que estava comprometendo sua sa de e assim ganharia seu tiro de miseric rdia O segundo estava desajustado guerrilha e devia desertar mas para desertores a penalidade era a morte Iba a llegar m s gente de C rdoba y hab a que esperarlos en la zona Justo ese d a se hace el ju cio a Pupi Adolfo Rotblat un ju cio en el que yo no particip Cuando llegamos Masetti que era el jefe nos comunica que lo iban a fusilar
257. mbos os casos a viol ncia vinha do outro O que foi considerado na poca como motivos para a repress o Ou seja a viol ncia dos movimentos que integravam o PA e a FAS e seus respectivos sujeitos subversivos n o era para os mesmos viol ncia contudo resist ncia Assim suas lutas eram positivas enquanto a viol ncia era a pr tica do outro O eu dos dois movimentos supracitados segundo os pr prios n o promoviam a es violentas apenas respostas justas a elas O outro extremo pol tico representado por empres rios antinacionais e For as Armadas em setores golpistas tamb m lan ou campanhas de convencimento pelos peri dicos estudados Denunciando a viol ncia pelo medo social e a desordem do pa s estes setores aplicaram a culpa nos alien genas marxistas que viriam instituir uma pol tica n o argentina ao pa s atrav s da for a nos trabalhadores que com suas guerrilhas fabris paralisa es e greves estavam quebrando as empresas e a economia nacional e no governo que n o dava fim ao caos institu do gerando ainda mais viol ncia Neste sentido propomos que tais vocabul rios os ajudavam a construir se perante a opini o p blica Ou seja eles conformavam uma identidade para si em rela o ao outro dividindo os entre her is e vil es entre bons e maus entre verdadeiros e falsos O sentido de oposi o na constru o de um inimigo foi fundamental para o estabelecimento de legitimidades Mas
258. medo ou o afastamento desta guerra entre os personagens opostos Nas p ginas anteriores deste trabalho exp s se a viol ncia desenvolvida nos ltimos meses do governo de Isabel Per n Este desenvolvimento ocorreu em dois universos complementares primeiro na pr tica que habilitava sua naturaliza o e materializava as disputas entre sujeitos e grupos ideol gicos e depois nas discuss es que geravam argumentos favor veis ou negativos a sua utiliza o criando simbolicamente os mundos supracitados com seus respectivos habitantes Na pr tica o per odo nos proporciona a visualiza o de pris es por motiva es pol ticas de censuras aos meios de comunica o de mortes e desaparecimentos do in cio de Centros Clandestinos de Deten o de interven es em cidades e prov ncias de restri es dentro do ambiente estudantil e trabalhador e etc Uma pr tica amparada tanto pelos meios legais atrav s de uma legisla o que fora elaborada para atender as atividades repressoras quanto pelos meios clandestinos Na clandestinidade a pr tica era movida por um lado pelos grupos paramilitares que institu am uma esp cie de poder paralelo para eliminar os mesmos inimigos da pr tica legalizada de viol ncia e por outro pelos grupos guerrilheiros de diferentes correntes pol ticas que com um n vel inferior de belicosidade lutavam no campo armado para a derrubada de Isabel Per n e sua banda Lopezreguista e a obten
259. mento prov m de uma disputa pol tica em torno dos projetos e interpreta es da especificidade que marca a classe trabalhadora no pa s A lealdade ao peronismo era tamb m linha interpretativa nos comunicados destes movimentos uma vez que marcara suas conforma es e recuperava a no o de verdade peronista No entanto a lealdade para as organiza es analisadas tinha diferentes sentidos Em um mbito generalizado defendiam o peronismo e logo a continuidade dele no governo um governo influenciado pelos trabalhadores Mas fragmentando os percebe se que cada uma dessas organiza es defendia uma lealdade para si na qual a unidade fosse dirigida por e para seu pr prio projeto e movimento A lealdade ao peronismo foi tamb m utilizada para argumentar as preocupa es do Partido Aut ntico nos seus enunciados sobre a viol ncia no pa s Pela dicotomia do verdadeiro e falso o PA descrevia a oposi o ao Partido Justicialista e ao governo peronista que para ele de peronismo s possu a o nome fazendo inclusive um mau uso dele e por isso devendo abster se de utiliz lo como se viu nas cita es referidas a Isabel Per n Portanto o verdadeiro peronismo era um peronismo aut ntico um peronismo dos princ pios interpretados por um movimento pol tico que em alguma parte apoiava a luta armada e era apoiado por ela Desta forma tamb m enunciou o sentido da palavra inimigo definindo a como os trabalhadores burocratas pol
260. mesmo caminho de intimidar o povo abrindo espa o para o golpe e o fascismo Em 23 de janeiro de 1976 a Juventude daquele Partido assinou uma Solicitada escrita alguns dias antes em 19 de janeiro e publicada no La Opini n Nela propunha sua concep o de viol ncia construindo imagens que os leitores visualizariam pelos relatos Descrevia assassinatos explos es de lugares seq estros e pris es como m todos diab licos que atingiam seus militantes e o povo em geral Neste sentido assumia o discurso da luta entre bem e mal entre her is e vil es 46 Solicitada Frente a la ola de cr menes que invaden al pa s Clar n Ano 31 N 10691 p 19 5 de Dezembro de 1975 166 Las hienas fascistas se ensa an hoy particularmente con la ciudadan a cordobesa A la larga lista de secuestrados a los pocos d as se agrega hoy el secuestro del joven dirigente obrero del sindicato de Luz y Fuerza de C rdoba y miembro del Comit Central del PC Alberto Cafaratti cuya aparici n inmediata exigimos Este hecho se sum a los recientes cobardes asesinatos de tres obreros de la heroica Villa Constituci n a la desaparici n de los militantes comunistas y dirigentes estudiantiles tucumanos Juan Carlos Bustamante y Jos Blas Vega as como el asesinato de tres trabajadores de la empresa platense propulsora Sider rgica el secuestro de Roberto Quieto y otros La escalada terrorista conmueven al pa s los comunistas que repudiamos el te
261. metodol gicas para el estudio de los conflictos obreros Revista del Instituto de Investigaciones Gino Germani Buenos Aires Maio 2002 p 42 112 de enfrentamento com o empresariado e o Estado Logo a Verticalidade no governo peronista da d cada de 1970 pode ser considerada uma Verticalidade cr tica pois a poca e as experi ncias vividas por aquela classe j permitiam tais adequa es Esta proposi o pode ser verificada nas Solicitadas das organiza es de trabalhadores sobre a viol ncia entre os meses de junho de 1975 e mar o de 1976 Para tal an lise prop s se trabalhar com quatro influentes organiza es de trabalhadores na poca a CGT e as 62 Organizaciones Peronistas como um todo apesar de haverem Solicitadas de Sindicatos filiados a elas de maneira individual e por outro lado as Solicitadas de organiza es consideradas combativas como o Sindicato de M canicos y Afines del Automotor SMATA e a Asociaci n Trabajadores del Estado ATE As 62 Organizaciones Peronistas em poca do governo de Isabel eram e 35 conformadas por 90 organiza es de trabalhadores Foram selecionadas onze JAMES Daniel Op Cit 1998 pp 131 132 Asociaci n Minera Argentina Asociaci n Argentina de Aeronavegantes Asociaci n Trabajadores del Estado Asociaci n Frigor ficos y Mercado Nacional de Haciendas Asociaci n Trabajadores de la Industria Lechera Asociaci n Argentina de Tel grafos y Radiotel grafos y A
262. mo combativo dos trabalhadores por persistirem na proposi o de Gabinete C vico Militar e na eventual defesa do governo de Isabel Per n Aqui entretanto v se o contr rio O que se percebe uma tentativa de amplia o das bases democr ticas naquele momento uma vez que o PC colocou se a favor da luta dos trabalhadores em seu momento de convuls o dela relacionando a as For as Armadas e defendendo sua ideologia Considera tambi n que el restablecimiento de la unidad pueblo fuerzas armadas es necesidad imperiosa El hecho de que las fuerzas armadas se rehusaran a reprimir la actual lucha obrero popular crea condiciones mejores para lograr ese objetivo patri tico Tal unidad ser solida y verdadera si se funda en la democracia en la lucha contra la dependencia por la liberaci n y en la justicia social Observa se que diferentemente de outros setores sociais o Partido Comunista interpretou que as For as Armadas apoiaram a luta dos trabalhadores pois n o interferiram em seus movimentos No entanto continuou a Solicitada afirmando que para uma unidade s lida e verdadeira as mesmas for as povo trabalhadores e Armas deveriam objetivar um fundamento democr tico e patri tico comuns 134 WERNER Ruth AGUIRRE Facundo Op Cit 2007 pp 147 148 135 Solicitada El PC apoya la decisi n de la CGT y reclama la formaci n de un gabinete c vico militar de amplia coalici n democr tica La Opini n Ano V N 1239
263. monstrar que no son m s que bestias Frente a la decisi n de la inmensa mayor a del pueblo se alzan esas minor as de la delincuencia subversiva que pretende someternos a sangre y fuego Los mercenarios y quienes los mandan as como aquellos que de una forma u otra pretenden justificarlos para crear confusi n deben merecer el repudio un nime de todos los hombres y mujeres de la Patria Ali toda a condic o humana que poderia existir no inimigo foi retirada Os outros eram b rbaros bestas e delingientes que realizariam tais feitos mercenariamente a mando do exterior submetendo o pa s ao sangue e ao fogo a fim de criar uma confus o repudiada pelos argentinos Os inimigos eram a encarna o da maldade o extremo negativo m ximo que um homem poderia alcan ar Por outro lado as 62 Organizaciones publicavam seus anseios de fazer uma revolu o em paz e pelo di logo Constru ram se pois sob a vis o dos pares de contra conceitos com uma identidade pr pria fundamentada na humanidade e na tranquilidade Este comunicado havia sido publicado em um di rio cujo p blico estava extremamente comovido com os atos informados naqueles dias La Naci n e em outro que abrangia um p blico mais amplo Clar n Assim conversaram com o leitor daqueles peri dicos condenando a a o subversiva e apoiando a repress o barbaridade posicionando se diante daquela situa o As Solicitadas das 62 O
264. morte LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 276 278 H pedidos de Fran ois Miterrand secret rio do PS franc s Sartre Simone de Beauvoir Paco Iba ez Michel Combre George Mantaron Jean Marie Domenach George Moustak Giselli Halimi Laurent Schwartz Georges Casallis Pierre Villar Alain Touraine e Ren Salanne Dispon vel em http www desaparecidos org arg victimas quietos Para mais informa es sobre Roberto Quieto e seu sequestro ver LARRAQUY Marcelo Op Cit 2006 pp 117 118 e GILLESPIE Richard Op Cit 1998 pp 264 272 168 No Clar n por sua vez o di logo estava com os setores das organiza es trabalhistas que propunham sa das integradoras para a crise e com setores empresariais que apoiavam os golpistas das Forgas Armadas Logo o foco estava na condena o da viol ncia como um todo sem a espec fica denomina o Em 11 de fevereiro por exemplo foi encontrada uma das ltimas tentativas do PC de conclamar uma Assembl ia Multisetorial para formar o Gabinete C vico Militar Alertavam nela sobre o futuro sangrento que o pa s estava se encaminhando e reclamavam a responsabilidade civil e militar para modific lo La salud del pa s el bien estar del pueblo la democracia y la independencia nacional exigen una soluci n democr tica concertada entre todos los patriotas civiles y militares para asegurar un futuro venturoso para el pa s e impedir un ba o de sangre y odio entre los arge
265. mpres rios se percebiam Segundo a CGE tais pronunciamentos finalizariam destruir a confedera o os princ pios e programas nacionais E de certa forma tinham raz o pois dentro do grupo que pretendiam organizar esta imagem era uma imagem que os destitu a de reconhecimento Cinco p ginas depois no mesmo La Opini n a Confederac o respondia a outras coloca es Um pedido dos deputados do Movimiento de Integraci n y Desarollo e do Grupo de Trabajo fra o da Frente Justicialista de Liberaci n Nacional reclamou perante a Assembl ia Legislativa no dia anterior a inabilidade da presidente Ali a defesa anterior se complementava acusando os extremos pol ticos de ativistas desrespeitadores da vontade da maioria da popula o Son los agentes de la divisi n Se infiltraran en las entidades empresarias para tratar de controlarlas o dividirlas Hoy mismo contin an su acci n disociadora en el campo empresario Son los agentes de los monopolios internacionales Son los agentes de la recesi n de la desocupaci n del subconsumo que van unidos a la ruina de la empresa privada nacional y la dependencia del exterior Os inimigos foram determinados como agentes que promoveriam divis o na classe Aqueles que desejariam a subjuga o econ mica da Na o a recess o o desemprego o subconsumo a fal ncia da empresa privada nacional e a depend ncia exterior Logo os inimigos eram os empres rios e pol ticos qu
266. n ria que provocava o medo atrav s de crimes legais e ilegais contra as massas argentinas Contudo com a FAS adentrava os caminhos da legalidade e agrupava diversas organiza es pol ticas tentando ampliar as suas for as de luta com falas em meios legais de comunicac o sua maneira de colocar se n o poderia incitar a viol ncia j que colocava em risco sua pr pria vida pol tica Assim a viol ncia era associada a uma das categorias ali utilizadas e de grande valor a democracia que tinha um sentido pr prio dado pela Frente No La Opini n a concepc o de democracia da FAS articulada com a viol ncia relacionava o governo aqueles que faziam parte dele e suas a es repressivas arbitrariedade ao n o democr tico Denunciando suas ac es sob a categoria de crime desumaniza o e barb rie a Frente se inclu a na parte reprimida da popula o e naqueles reprimidos e aqueles que lutavam pela democracia eram os her is na contenda contra os vil es La democracia plena Las Tres A y las bandas asesinas que se pens quedar an en el triste recuerdo de lo que nunca debi existir en el pa s pese el escandaloso retiro de su ex jefe contin an gozando de impunidad mientras esparcen su sa a criminal por toda la Rep blica No hay democracia en un pa s donde hay una violencia protegida No hay democracia donde un delegado obrero no puede reclamar por las reivindicaciones salariales y laborales sin ser salvajemente a
267. n del sindicalismo peronista In TORRE Juan Carlos Los a os peronistas 1943 1955 Buenos Aires Editorial Sudamericana 2002 Vol 8 pp 372 376 107 fundamentada no consenso e assim elaborar se ia uma democracia harm nica e equilibrada Nuestra comunidad tender a ser de hombres y no de bestias Nuestra disciplina tiende a ser conocimiento busca ser cultura Nuestra libertad coexistencia de las libertades que procede de una tica para que el bien general se halle siempre vivo presente indeclinable El progreso social no debe mendigar ni asesinar sino realizarse por la consciencia plena de su inexorabilidad La n usea est desterrada en este mundo que podr parecer ideal pero que es en nosotros un convencimiento de cosa realizable Esta comunidad que persigue fines espirituales y materiales que tiende a superarse que anhela mejorar y ser m s justa m s buena y m s feliz en la que el individuo puede realizarse y realizarla simult neamente Nesse cen rio social e pol tico a extens o da cidadania significava um processo de socializa o que firmava um di logo entre povo e governo mas que na pr tica era uma desequilibrada conversa E para a realizac o deste efeito a figura de Eva Per n como l der dos trabalhadores liberou o General para ser o rbitro imparcial entre as classes enquanto ela poderia tomar partido na disputa entre as for as Desta forma Evita afirmava Que los
268. n elegido ese momento para volver la agresi n artera que cost la vida del Capit n MIGUEL ALBERTO KELLER un oficial de nuestro Ej rcito que ofreci la vida al eterno enemigo de la nacionalidad Por eso tambi n cay el Cabo Primero MIGUEL DARDO JUAREZ que haciendo honor a su condici n de soldado argentino lucho sin claudicaciones encarando la muerte en la batalla contra la guerrilla asesina que quiere empujarnos al caos y al enfrentamiento fratricida Y aunque parezca impulsada por m viles distintos esta acci n criminal produjo en C rdoba los asesinatos de la familia PUJADAS Dois aspectos desta Solicitada s o aqui recuperados O contexto de agosto de 1975 j delineava o retorno do Pacto entre o Movimento dos Trabalhadores e a presidenta depois do Rodrigazo no qual a CGT tinha um representante no Minist rio da Economia Antonio Cafiero e na Secretaria de Programa o Econ mica Guido di Tella enquanto as 62 Organizaciones no Minist rio do Trabalho dirigido por Carlos Ruckauf Desta forma a Organiza o prop s um ambiente de recupera o da posi o dos sindicatos no governo e portanto a necessidade de um esfor o maior dos trabalhadores para a recupera o do pa s Mas principalmente neste comunicado viu se a caracteriza o da viol ncia plurivalente na qual o fundamento era aniquilar aqueles que promoviam qualquer viol ncia desumana Houve neste espaco tr s sentidos de viol ncia abordados uma v
269. na 2002 Vol 8 pp 359 403 ESQUIVADA Gabriela Noticias de los Montoneros La historia del diario que no pudo anunciar la revoluci n Buenos Aires Sudamericana 2010 203 FERES JR Jo o A hist ria do conceito de Latin American nos Estados Unidos Bauru EDUSC 2004 FERRERAS Norberto O golpe da Gente A Revista Gente e a cria o do Golpe de Estado de 1976 In KUSHNIR Beatriz Org Ma os na Gaveta reflex es sobre m dia Niter i EdUFF 2009 pp 107 122 FLORES Sebasti n Levia Teoria y pr ctica del poder popular los casos de Movimiento de Izquierda Revolucionaria MIR Chile 1970 1973 y Partido Revolucionario de los trabajadores Ej rcito Revolucionario del Pueblo PRT ERP Argentina 1973 1976 2007 237 f Disserta o Mestrado em Hist ria da Am rica Universidad Santiago del Chile Santiago del Chile FRANCO Marina Notas para una historia de la violencia en la Argentina una mirada desde los discursos del per odo 1973 1976 Nuevos Mundos Mundos Nuevos Dispon vel em http nuevomundo revues org index43062 html GABETTA Carlos Todos somos subversivos Buenos Aires Bruguera 1983 GASPARINI Juan David Graiver El banquero de los montoneros Buenos Aires Editorial Norma 2007 GILLESPIE Richard Soldados de Per n Los Montoneros Buenos Aires Grijalbo S A 1998 GOMES Itania Maria Mota O que popular no jornalismo popular In COUTINHO Eduardo Granja FREIRE FILHO Jo o PAIVA R
270. nalisam nas em suas poss veis contribui es e rep dios ao imperativo de que as For as Armadas deveriam interferir no terceiro governo peronista e desta forma estabelecer a ordem e ensinar a democracia aos argentinos Assim pela forma da transmiss o de informa es ou o sil ncio sobre elas quando conhecidas estabeleceram uma esp cie de hierarquia de responsabilidades da m dia naquele processo No entanto neste estudo que iniciamos a imprensa ser trabalhada n o apenas como um ator da sociedade mas tamb m como um meio de divulga o de outros atores sociais Portanto abriremos um pouco mais esse campo de an lises atrav s de nossos documentos capazes de permitir que os leitores da poca vissem os acontecimentos sob distintas vis es de mundo e ainda os comparassem com aquilo que era publicado no mesmo jornal que liam O desafio deste estudo ent o ser tratar a imprensa em duas frentes o momento hist rico de sua publica o e o referido objeto fonte Sabe se que o per odo anterior ao golpe de 1976 na Argentina dava possibilidade aos sujeitos de manifestarem se ou n o diante dos fatos sabidos ao menos com menores implica es do que o per odo porvindouro Apesar de j haver no governo de Isabelita determinadas regras para as publica es e os jornalistas e de existir meios clandestinos de repress o como veremos no decorrer dessas p ginas o per odo democr tico permitia a manifesta o de id ias pol t
271. nas e intelectuales a sumarse al clamor mun dial en repudio a las condenas a muerte y las invitamos a la acci n unitaria _ Llamamos al Poder Ejecutivo Nacional y a ambas C maras del Con greso de la Naci n para que exijan ante el gobierno franquista que no ejecute esos asesinatos QUE TODAS LAS FUERZAS PATRIOTAS Y ANTIFASCISTAS ARGENTINAS SE PRONUNCIEN CON URGENCIA e SOLIDARIDAD CON LOS CONDENADOS A MUERTE EN ESPA A AISLEMOS A LA AGONIZANTE DICTADURA FRANQUISTA Figura 4 Solicitada da Vanguardia Comunista publicada no La Opini n em 25 de setembro de 1975 A quarta e ltima figura exemplifica outra Solicitada de pequeno f lego publicada pela Vanguardia Comunista O que ela acrescenta de novo neste universo no qual estamos conhecendo as sua publica o no espa o do jornal La Opini n destinado ao suplemento de cultura Logo em meios a publicidades de pecas de teatro e filmes que passariam em cinemas o leitor teria acesso a uma publicac o contra o governo franquista e a decretac o da pena de morte na Espanha Isto importante para verificarmos que as Solicitadas n o tinham um espa o espec fico para serem publicadas Podiam estar em quaisquer p ginas desde aquelas que descreviam a economia ou a pol tica at cultura esportes ou classificados independente das tem ticas e suas abordagens Apesar dos poucos exemplos aqui colocados pode se perceber que os textos formatos e editora es das Solicitadas s o
272. ncia Considerado uma resposta desproporcional ao que a guerrilha representava no territ rio o Operativo mobilizou cerca de cinco mil homens no campo militar para lutar contra uma centena de A Gs A o 100 guerrilheiros possibilitando um verdadeiro massacre na regi o Todas las unidades de la V Brigada fueron convocadas para el Operativo el Regimiento 19 de Infanter a la Compa a de Comunicaciones 5 y la Compa ia de Arsenales 5 de Tucum n el Regimiento 20 de Infanter a de 2 Dispon vel em http www desaparecidos org nuncamas web document decreto_261_75 htm 100 NOVARO Marcos PALERMO Vicente Op Cit 2003 pp 69 70 92 Monta a y el Grupo de artiller a 5 de Jujuy el de Infanter a de Monte 28 de Tartagal y el Destacamento de Explotaci n de Caballer a Blindada 105 la Compa ia de Ingenieros 5 y la Compa a de Sanidad 5 de Salta El dise o inicial contempl la instalaci n de tres fuerzas de tareas en el sur de la provincia Aconquija en Santa Luc a Rayo en el Ingenio Fronterita cerca de Famaill y Cha i en Los Sosa a cinco kil metros de Monteros La capital quedo a cargo de la fuerza de tareas San Miguel apoyada por las polic as federal y provincial Y hacia el Mollar en el departamento de Taf parti el escuadr n San Juan de Gendarmer a El Comando T ctico se estableci en Famaill al mando del nuevo jefe de la V Brigada de Infanter a el general Adel Vilas Daniel Gutman afirma que o
273. ndo as primeiras jornadas de greves contra um governo peronista que culminou em uma greve geral Era o Rodrigazo ocorrido entre junho e julho de 1975 As manifesta es do Rodrigazo conseguiram expulsar Rodrigo do Minist rio de Economia L pez Rega do poder e do pa s e finalizou a pol tica adotada que durou um pouco mais de um m s naquele ano Meses antes Jorge Felipe Sosa Molina chefe do Regimento de Explosivos do Ex rcito e Vicente Damasco respons vel pela Secretaria da Presid ncia j haviam apresentado uma den ncia contra a Triple 4 originando uma investiga o contra tal organiza o Mas apenas em julho de 1975 em meio s manifesta es suas a es tornaram se p blicas principalmente com uma mat ria que sa ra no jornal La Opini n escrita por Heriberto Kahn A Cruzada Justicialista tamb m foi alvo de investiga es neste per odo Criada em finais de 1973 por L pez Rega ela tinha o prop sito de ajudar os setores desprotegidos No entanto durante o per odo de Mar a Estela empres rios realizavam doa es inclusive competindo entre si para conseguirem regalias do governo O referido fundo tamb m fora utilizado pela presidenta para saldar d vidas pessoais pagando o que devia em ju zo s irm s de Evita quando elas foram reconhecidas como herdeiras de Per n Em 19 de julho a Pol cia Federal dirigiu se Quinta de Olivos para desmantelar aquela patota chamada na poca de Brigada Tr gi
274. ndo e a ltima p gina VI CAPES pelo financiamento que me permitiu os deslocamentos e tornar este trabalho realidade Aos amigos do outro lado da fronteira A Florencia linda Flor amiga del alma e familia Martorelli que cresceu nesses anos a Acompanho de longe suas alegrias Bem Vindo Lulo A todos do Augur especialmente Mathias Giovanni Jackie Hoyos Juan Currea Karen Ch a Lucia Gambetta Laura Naranjo Cheng Rong e Sergio Rizzo Formamos uma maravilhosa fam lia quando a dist ncia nos deixou sozinhos Lindo ter voc s por perto Obrigada pelo carinho e por sempre aguardarem meu retorno ao lar Ao pessoal da Biblioteca Nacional de Buenos Aires que me ajudou a desvendar um pouco de seu pa s Marco Xicartz pelos longos discursos e jantares que sempre resultaram em desfalques na sua estante de livros recebidos como presentes com imensa gratid o A tantos que conheci pelos caminhos acad micos brasileiro e argentino pelos aceites em semin rios e as discuss es promovidas naqueles espa os que tanto me ajudaram a desenvolver essa escrita Christian Dodaro Gustavo Guevara Vera Carnovale e todos do Semin rio Problemas Latinoamericanos pelos avisos de acontecimentos no mundo das universidades argentinas e os debates ali propiciados Aos primeiros leitores deste texto que possu am outras vis es e muitas opini es Pedro Capra Jussara Benassuly e meus pais Quem disse que opini o de pais n o cont
275. nea e desta forma dialoga n o apenas com um te A legisla o no ano de 1975 como ver se mais adiante definia algumas infra es para peri dicos e jornalistas principalmente no que se referia a publicar not cias ou propagandas de elementos considerados subversivos Suas penalidades poderiam chegar a pris es ou proibi es da circula o de meios de comunica o como aconteceu com alguns peri dicos da poca 17 A no o das Solicitadas como espa os de propaganda fora elaborada em trabalho de Richard Gillespie em uma pequena nota esclarecedora dos documentos usados como exemplifica es e elabora o de seu texto GILLESPIE Richard Soldados de Per n Los Montoneros Buenos Aires Grijalbo S A 1998 p 267 Ricardo de Titto re ne em livro o que chama de documentos panflet rios e ali coloca as Solicitadas Para ele elas t m a caracter stica de serem apelativas e apaixonadas moment neas e de mobilizar seus leitores como uma esp cie de volante Afirma que elas recorrerem a pol micas vis es argumentos e programas de fen menos e processos que pretenderam ser massivos Para mais informa es ver TITTO Ricardo de Voces en las calles Los volantes pol ticos en la historia argentina Buenos Aires Aguilar 2007 12 Em livro de compila o sobre imprensa sob o Processo de Reorganiza o Nacional Eduardo Blaustein e Mart Zubieta exp em as Solicitadas como parte da imprensa escrita Naquele traba
276. negativa com o derramamento de sangue que os levaria a um suic dio coletivo tanto no que tangia a morte de muitas pessoas quanto na morte do pa s em m os de uma ideologia que n o desejaria a paz Clamou se aos trabalhadores para lutarem contra tais a es A id ia aqui parece ter sido a de agregar a luta contra a viol ncia na organiza o do movimento trabalhista delineado pela CGT Lembramos que era este grupo um dos que mais publicavam comunicados dentro dos peri dicos averiguados demonstrando seu poder econ mico e pol tico para aquele contexto Entretanto muitos outros movimentos de trabalhadores se manifestaram em Solicitadas quela poca Assim como compara o e exemplifica o propomos verificar as Solicitadas dos movimentos considerados combativos As agrupa es deste tipo eram principalmente o Sindicato de Mec nicos y Afines del Automotor SMATA tradicionalmente peronista o Sindicato de Empleados Publicos SUPE parte da esquerda peronista Luz y Fuerza integrante das 62 Organizaciones Peronistas onde coexistiam se peronistas comunistas e radicais entre outras ideologias pol ticas Uni n Transvi rios Automotor UTA tradicionalmente peronista defensora de Augusto Vandor Asociaci n Trabajadores del Estado ATE peronista de esquerda Uni n Ferrovi ria UF e Uni n Obrera Metal rgica UOM setor das 62 Organizaciones Peronistas As realidades experimentadas
277. nflu ncia entre grupos mbitos e c rculos Os grupos pol tico militares estariam conformados por militantes que integravam aparatos armados clandestinos e viam se enquanto ex rcito popular na vanguarda da revolu o Assim eram experi ncias fechadas dentro de normas da clandestinidade Os c rculos eram militantes mais pr ximos do aparato clandestino de organiza es pol ticas estudantis sindicais ou de bairro Em geral acordavam com a luta armada e tinham a inten o de incorpor la O mbito por sua vez seria composto por organiza es de superf cies nas diferentes frentes 0 V se o caso por exemplo da Columna Norte de Montoneros Dissid ncia da Condu o Nacional do movimento com um n vel de enfrentamento alt ssimo inclusive cogitou em algum momento dar um golpe para tomar a condu o para si estes dissidentes exigiam descentraliza o principalmente de recursos econ micos para a luta armada mas tamb m propunham um di logo com demais correntes do peronismo SADI Marisa Op Cit 2009 Cap tulo I 83 direita ou Movimientistas rompendo principalmente com os argumentos da Juventud Peronista e dos Montoneros O que se percebe ent o que o cerne do conflito e da fragmentac o do peronismo n o est no desaparecimento de um integrador de for as como podem pensar alguns analisadores do per odo mas na pr pria construc o ideol gica dos peronismos O que verdadeiro o aprofundamento destes conflito
278. ngustiosamente necesitado Com a ditadura portanto La Opini n passou a descrever os valores democr ticos de seus militares em compara o as outras ditaduras latino americanas A ditadura argentina segundo o jornal era uma ditadura que confortava o argentino da classe m dia e lhes passava seguran a Sobre a viol ncia levada clandestinamente o jornal propunha que a disputa interna da institui o militar estava causando tais empreendimentos mas isso n o colocava em cheque a necessidade das For as Armadas no poder os brandos versus os duros n o anulavam o sentido de recuperar a Na o No entanto mesmo que o jornal apoiasse os brandos ele tamb m discursou sobre os duros e a pol tica de viol ncia levada a cabo no pa s E neste sentido La Opini n come ou a tornar se inoportuno para aquele governo e com seis anos de circula o em 1977 foi colocado um interventor em sua reda o existindo sob a interfer ncia da ditadura militar at 1982 O desaparecimento de David Graiver foi mais um inconveniente para o di rio A partir da confirma o de sua morte Timerman tentava recuperar as a es do banqueiro com sua fam lia e ao mesmo tempo assistia a venda da empresa Papel Prensa e o 8 Mat ria de Heriberto Kahn reproduzida em MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 pp 227 228 89 Idem 44 sequestro de toda a fam lia Graiver como anteriormente exposto A sa da encontrada foi realizar
279. nos remete ao crescimento da viol ncia desde dentro das institui es governamentais o Masacre de Ezeiza Naquele aeroporto em 20 de junho de 1973 preparou se a festa de recep o do velho l der que chegava da Espanha para seu pa s A responsabilidade de organiz la estava nas m os de cinco pessoas Jos Rucci Lorenzo Miguel Juan Manuel Abal Medina Norma Kennedy e Jorge Manuel Osinde O grupo decidiu que cada ramifica o do movimento sindical feminina pol tica e juvenil organizaria sua manifesta o de forma aut noma 38 CANALETTI Ricardo BARBANO Rolando Todos Mataron G nesis de la Triple A el pacto siniestro entre la Federal el gobierno y la muerte Buenos Aires Grupo Editorial Planeta 2009 pp 31 36 e 83 90 69 V rias correntes do Movimento Peronista estavam presentes para a comemorac o com suas respectivas bandeiras e motes Acontece que a direita do Movimento apareceu armada no aeroporto e iniciou um tiroteio em direc o aos militantes de esquerda matando 13 pessoas e ferindo outros 365 Diante da situa o Per n resolveu desembarcar na base militar de Mor n e no dia seguinte pronunciou se contra a viol ncia no pa s n o acusando a direita peronista como respons vel pelo massacre e tomando sua posi o contra a esquerda Somos lo que dicen las 20 Verdades Justicialistas y nada m s que eso Em 13 de julho daquale ano C mpora renuncia a seu cargo governamental e o presidente da C mara de
280. nsolidando ent o a proposta de que n o haveria volta 2 4 A Alternativa Independiente o Caso do PRT ERP Refletir sobre o Partido Revolucionario de los Trabajadores Ej rcito Revolucionario del Pueblo PRT ERP conjeturar sobre as guerrilhas rurais e as id ias de liberta o pela guerra popular que surgem como estrat gias singularidade do territ rio latino americano O referido Partido foi formado em 1965 por uma jun o entre o movimento indoamericanista Frente Revolucionario Indoamericanista Popular FRIP e a corrente trotskista Palabra Obrera Em 1970 no V Congresso do PRT esta jun o sofre sua primeira fissura devido discord ncia sobre os meios de promo o da revolu o socialista A corrente La Verdad PRT LV defendia uma luta pol tica no campo legal Em contraposi o a ala do El Combatiente PRT EC considerava a necessidade da ado o do modelo estrat gico de luta armada no pa s instituindo um Ej rcito Revolucionario para contestar a viol ncia capitalista A corrente El Combatiente naquele congresso decidiu formar o Ej rcito Revolucionario del Pueblo com o objetivo de despertar la consciencia popular y 2 LARRAQUY Marcelo Op Cit 2006 pp 117 118 3 CALVEIRO Pilar Pol tica y o violencia Una aproximaci n a La guerrilla de los 70 Buenos Aires Grupo Editorial Norma 2005 Perejiles palavra em espanhol que significa salsa alus o aos militantes que n o faziam parte d
281. ntinos Ninguna soluci n a espaldas del pueblo O que se discutia naquele contexto era a validade da conclama o de uma paralisa o dos empres rios a greve empresarial Quando o PC se colocou com este comunicado adentrou a discuss o presente em v rias Solicitadas de outros setores sociais Sua posi o foi oposta quela conclama o de parar a produ o mas o que ressaltou nela foi que gerar uma instabilidade facilitaria setores antidemocr ticos de agir no pa s E desta maneira instituir a viol ncia contra os trabalhadores De certa forma e dist ncia daqueles acontecimentos dentro de sua contradi o o PC mostrava opini o p blica que sua pol tica n o analisava muito bem aquele contexto Todas as Solicitadas afirmavam a viol ncia e os anseios de um golpe civil militar No entanto o pr prio Partido n o conseguiu fazer uma autocr tica e ampliar seus discursos mantendo os pelas acusa es contra os inimigos fascistas e acreditando que a luta democr tica seria capaz de derrubar os setores por eles considerados terroristas Mas se pensamos que o pr prio Partido tinha como pol tica democratizar as Forcas Armadas al m de denunciar constantemente a viol ncia e a ilegalidade da repress o como p de insistir no argumento de democracia das Armas argentinas e na necessidade do Gabinete C vico Militar naquele momento O que salta aos olhos sobre o sentido de viol ncia dado pelo PC em seus discurs
282. nvestidores e atrair especuladores para a Argentina Por outro lado a fim de reverter a situa o n o apenas justificou a repress o aplicada como tamb m interferiu em alguns pontos b sicos e caracter sticos da pol tica econ mica peronista O novo ministro interveio nos balan os 2 Sobre as prov ncias que sofreram interven es no Terceiro Peronismo ver SERVETTO Alicia 73 76 El gobierno peronista contra las provincias montoneras Buenos Aires Siglo XXI Editores 2010 amp ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n La frustraci n de un proyecto econ mico El gobierno peronista de 1973 1976 Buenos Aires Mantial 2006 pp 15 36 DI TELLA Guido Op Cit 1983 pp 125 127 77 salariais na antiga parit ria que equilibrava pregos e sal rios na contenc o do d ficit fiscal no reajuste de pregos e tarifas e na ampliac o do mercado expandindo o investimento estrangeiro para como discursava engrandecer a Nag o A fim de dar uma r pida resposta crise afinal o Mercado Comum Europeu havia proibido a importac o de carnes os EUA tomavam medidas protecionistas para seu mercado e os lucros do empresariado argentino despencavam a pol tica de Celestino Rodrigo fora aplicada atrav s de choques e de quebras do compromisso entre as classes Com essas transforma es os trabalhadores come aram o embate contra esta pol tica em C rdoba e na Grande Buenos Aires criando as Coordenadoras de F bricas e inicia
283. o portanto aliando as pol ticas de repress o com a supress o do peronismo e a economia liberal Para tal fim o principal discurso e o nico argumento que mobilizava e agrupava diversos grupos sociais era a necessidade de estabelecer a ordem e a paz na Argentina Logo a id ia de luta contra um inimigo sintetizava as discuss es sobre a viol ncia e assim era desenvolvido por todas as correntes pol ticas da poca Pela hist ria do pa s pelo aprofundamento da viol ncia naquele contexto e pelo aumento do poder s for as de repress o o discurso do empresariado apoiando as For as Armadas foi o mais palat vel opini o p blica enquanto os discursos das outras organiza es pareciam reafirmar a desordem Desta forma o argumento da viol ncia e dos inimigos subversivos foi essencial na legitima o do golpe de 1976 O importante aqui chamar a aten o para a responsabilidade pela hist ria vivida naquela poca Era poss vel saber o que acontecia no pa s em menor ou maior grau dependendo de qual mundo escolhia se habitar A opini o p blica ao abrir os peri dicos colocava os olhos n o apenas nas mesmas p ginas dram ticas que traziam cada jornal analisado que meus olhos perceberam Tamb m via as Solicitadas que a faziam participar das discuss es enquanto um leitor que responde As Solicitadas que apelavam opini o p blica para participar Entre as tr gicas an lises dos jornais e as opini
284. o ele afirma que a hist ria das opini es p bicas vem sendo recuperada do descr dito que lhe era conferido pelo elitismo no qual a Hist ria Pol tica se baseava e pela defici ncia de documenta o para elabor la Segundo Jean Jacques Becker a retomada de tal hist ria foi realizada sob duas perspectivas pela Hist ria das Mentalidades que trouxe uma opini o p blica de forma est tica onde se analisou costumes e h bitos e pela Micro Hist ria na qual a opini o p blica din mica foi mostrada por rea es populares a acontecimentos Becker reconhece a import ncia das pesquisas de opini o da imprensa dos testemunhos dos resultados eleitorais das entrevistas orais e dos question rios para a escrita da hist ria que se trabalhados na dupla face qualitativa e quantitativa podem auxiliar na an lise de influ ncia da opini o p blica ao longo prazo forma es de convic es ideol gicas e ao curto tempo as propagandas O autor define ent o que a opini o p blica seria a soma das opini es privadas que mesmo sem raz o possibilita ou impede os acontecimentos influenciando a realidade Portanto ter a opini o p blica a seu favor quando se aspira fazer pol tica essencial para a consolida o do projeto pretendido e do mesmo modo construir estrat gias para convenc la uma atividade leg tima e necess ria para atingir os objetivos Neste sentido as Solicitadas podem ser concebidas como estrat gias pol
285. o 30 N 10547 p 19 5 de Julho de 1975 Idem Grifos no original 58 JAMES Daniel Op Cit 1998 pp 131 139 124 As organiza es trabalhistas peronistas associadas Central utilizavam se de um discurso no qual ser trabalhador argentino igualava se ao ser peronista e defender o Justicialismo em oposi o ao capitalismo e ao comunismo que enganavam a verdadeira luta pela justi a social mesma condu o defendia pelas 62 Organizaciones Desta forma sendo Isabel uma v tima da influ ncia dos falsos peronistas e nica leg tima herdeira do poder peronista devia ser pois defendida contra os ataques que queriam deslegitimar seu governo e dividir o movimento Ent o segundo a CGT aqueles contr rios aos trabalhadores sindicalizados estavam indo tamb m de encontro ao povo Estes elementos deveriam ser aniquilados e punidos eram os inimigos no padr o de conflito entre peronistas versus antiperonistas Para Dellasoppa a consequ ncia deste padr o na Argentina causou a crise de legitimidade do governo pois o confronto direto entre estes setores incorporou recursos de coer o e aniquilamento definitivos utilizados posteriormente pelas For as Armadas em seu sistema de guerra contra subvers o Depois das jornadas de junho e julho a CGT volta a ser representada no Minist rio da Economia e a ser novamente uma das principais aliadas da presidente Com a nova equipe econ mica e o restabelecimento do di log
286. o 31 N 10763 p 3 20 de Fevereiro de 1976 178 empresas no desenrolar pr prio de suas hist rias auto relatadas quando exp em suas posturas pol ticas dentro de uma classe O Editorial Abril por exemplo publicou uma Solicitada no La Naci n em novembro de 1975 na qual explicou a paralisa o de suas atividades Seu discurso era baseado no sofrimento de amea as por parte de um grupo terrorista de extrema direita que haveria realizado uma chantagem criminal obtendo o auto ex lio dos diretores de seu seman rio de opini o Panorama e o fechamento desta publica o Mas a narrativa continuava passada esta crise pessoas dos setores pseudogremiais de extrema esquerda estariam estimulando seus trabalhadores a pararem a produ o provocando terrorismo industrial e crises nas vendas De 45 ms 176 publica es apenas 23 continuavam a venda naquelas semanas Que debe ocurrir entonces para que se comprenda que editorial Abril al igual que cientos de empresas del pa s se encuentra inmersa en una suerte de terrorismo industrial que solo busca la destrucci n de nuestras instituciones y de nuestro modo de vida mediante el m s artero caos social Solo esperamos que se nos escuche antes que sea irremediablemente tarde Por parte dessas empresas de informa o existiriam em seus comunicados dois aspectos essenciais ao discurso Primeiro o argumento econ mico associado viol ncia A vis o
287. o com o Sindicalismo Movimientista decretou se uma tr gua de 180 dias entre as greves e as demiss es e assim passou a defender de forma mais enf tica o governo que eram eles mesmos En estos d as ha arreciado la campa a que no dudamos en denunciar como orquestada que desde mbitos aparentemente distintos busca empecinadamente deteriorar la imagen del Gobierno del Pueblo y quebrar el proceso de institucionalizaci n del pa s dif cil pero edificante luego de largos a os de desaciertos y irrepresentatividad El total desprecio por la soberan a popular libremente expresada en las urnas y el irrespectuoso y repudiable ensa amiento con la figura de la se ora Presidente de la Rep blica Mar a Estela Mart nez de Per n constituyen los signos distintivos de esta maniobra que podr contar con lo respaldo de los diarios de la oligarqu a voceros de pretensiones imperialistas de derecha o de izquierda pero que choca con el alto grado de consciencia c vica y el patriotismo de las grandes mayor as nacionales A referida Solicitada publicada no Clar n em novembro de 1975 criticava as declara es feitas pelo l der da Uni n C vica Radical Ricardo Balb n e Benjamin Rattenbach que contando com di rios da oligarquia vozes diretas da esquerda e gt 5 DELLASOPPA Emilio Op Cit 1998 ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n Op Cit 2006 pp 100 106 Solicitada Estado de movilizaci n
288. o era a viol ncia enquanto meio que era conden vel mas seus fins A viol ncia ileg tima estava naqueles praticantes que teriam como objetivo silenciar as massas Enquanto a verdadeira pacifica o era apresentada com a conclus o da luta contra a explora o e a concretiza o da revolu o social O discurso do terrorismo foi assim tamb m invertido o terror seria praticado pelos que se afirmavam protetores da sociedade e os contingentes reprimidos sindicalistas comunistas e guerrilheiros eram as v timas desse derramamento ileg timo de sangue interessante tamb m recuperar aqui a quest o da militariza o da vida nacional e como ela foi representada por esse grupo pol tico Sendo a FAS composta prioritariamente por um Ex rcito Revolucion rio essa experi ncia foi presente no dia a dia da organiza o e transposta para seus comunicados acusando a legisla o repressiva e seus agentes de tentar organizar a sociedade maneira militar No entanto este discurso n o queria dizer sobre o estabelecimento de um Ex rcito que lutasse pelo povo 123 Solicitada Sin democracia no habr pacificaci n La Opini n Ano V N 1326 p 21 22 de Outubro de 1975 Grifos no original 154 todavia sobre as quest es de moral e costumes daquela organizac o do Estado que responderia sob os fundamentos dos monop lios exteriores a fim de estabelecer uma ordem que lhes conviessem Las voces oscuras de la reacci n las
289. o pa s Assim a categoria de caos parece ser a que conduz suas an lises claramente advindas de uma vis o classista da situa o Interessante observar que as Solicitadas assinadas pelos empres rios em sua maioria encontram se no La Naci n Mas neste jornal a tem tica publicada era fundamentalmente id ias econ micas Para o discurso sobre a viol ncia que posicionava um determinado grupo de trabalhadores enquanto o setor social desordenador do pa s a CGE publicava no La Opini n e no Clarin por estarem desta forma dialogando com demais organiza es Em 27 de fevereiro de 1976 a CGE publicaria outras tr s Solicitadas sobre o caos argentino Entretanto aqui o contexto j era outro o governo tentava reaver suas alian as com as For as Armadas e os empres rios colocando no terceiro dia daquele m s Emilio Mondelli presidente do Banco Central no comando do gabinete de economia e no Minist rio do Trabalho Miguel Unamuno Ambos defendiam uma pol tica econ mica na qual o Estado pouco interferiria na agenda econ mica De qualquer forma a pretens o do governo iria falhar e ele seguiria sendo alvo de cr ticas dos demais empres rios ansiosos por reaver o poder pol tico A CGE uma exce o pois com sua postura pol tica modificaria o sentido de suas Solicitadas 173 trocando a acusac o pela defesa da nova estrutura intentando estabilizar se naquele governo atrav s de acordos com Isabel Per n e os sindicalist
290. o presidente Juan Carlos Ongan a devido s ofensas que esta fazia ao seu governo Dois anos depois frustrado com o projeto azulista Timerman sai da revista que ajudou a criar Em 1965 come a a publicar outra revista a Confirmado cujos textos 7 Para este caso espec fico a Justi a determinou a realiza o dos exames de DNA e compara o com os dos pais suspeitos mas n o com todo o banco de dados dos desaparecidos Idem p 17 37 12 MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 Idem pp 41 80 e para revista Primera Plana ver ULANOSVSKY Carlos Op Cit 1997 pp 149 150 74 MOCHKOFSKY Graciela Op Cit 2003 pp 80 143 e ULANOSVSKY Carlos Op Cit 1997 pp 193 194 38 criticavam o governo militar Essa postura aumentou a repress o sob o jornalista que por precau o foi se auto exilar em Mendonza Naquela cidade o periodista foi mentor do jornal El Diario que reunindo jornalistas locais e correspondentes sa a s bancas com 80000 exemplares di rios Entre os mais conhecidos que ali escreviam estavam Horacio Verbitsky Paco Urondo Milton Roberts e Carlos Ulanosvky Ao lancar o jornal Timerman retorna Buenos Aires e seu novo empreendimento mendoncino n o duraria muito tempo mais El Diario diminu ra suas vendas ao n mero de 5000 exemplares e fechou em 1970 Ainda naquele ano come ou a trabalhar no projeto de um novo jornal a ser publicado para o mercado portenho no qual al m de dirigir s
291. o seu afastamento e as diferen as entre eles para n o tornarem se v timas Nele articulou se o perigo da como o popular com a incurs o do marxismo da teologia da liberta o ou do peronismo revolucion rio em suas mais variadas vertentes no qual o inimigo era intenso e impreciso e podia contaminar ou manifestar se das formas mais abstratas pela falta de moral nos sonhos dos indiv duos nas falas subversivas entre outras sinistras apari es E foi nesta cria o da seguran a que a sociedade passou a aceitar certos graus viol ncia e que a repress o das For as Armadas se apoiou pregoando a recupera o das institui es e da democracia Os autores chamam a aten o contudo de que isso era realizado de maneira amb gua concentrando a invisibilidade e a visibilidade o oficial e o clandestino o exemplificador e o vergonhoso Assim as pessoas conviviam com os confusos quebra cabe as de epis dios que eram noticiados vers es sobre eles declara es oficiais interpreta es de terceiros informa es de primeira m o rumores e mentiras Por outro lado Novaro e Palermo estabelecem outro mundo que atingiu toda sociedade o Mundo de Temor Ele seria um espa o de sil ncio em suas diversas formas de obt lo Os trabalhadores atrav s das baixas salariais desemprego e inseguran a calavam se e restitu am se na ordem do patr o manda e trabalhador obedece As fam lias voltavam a fix
292. omover a percep o entre as diverg ncias e converg ncias sobre as an lises contextuais da viol ncia na Argentina Percebeu se que o movimento dos trabalhadores escreveu sob dois argumentos essenciais a constitui o de um inimigo e a quest o da lealdade O primeiro denotava a 19 Comunicado La subversi n y la libertad de prensa La Naci n Ano 106 N 37324 p 1 29 de Outubro de 1975 183 transitoriedade adquirida pela experi ncia dos movimentos analisados entre os opositores da classe e queles que estavam nela contudo n o estavam conscientes sobre O que passou e qual o futuro do coletivo Assim para as 62 Organizaciones Peronistas o inimigo advinha das ultras esquerda e direita eram empres rios e imprensa golpistas e tamb m trabalhadores acusados de subvers o e greves que destruiriam a unidade que desejavam Todos eles cometeriam a es criminais mercen rias contra a p tria que os tornavam b rbaros bestas delinqiientes e desumanos Nesta mesma linha a CGT expunha inimigos que provinham de um demoliberalismo capitalista do antinacionalismo do antiperonismo das guerrilhas e das a es criminais da direita extremada Para o SMATA por sua vez cuja luta pol tica tinha outra hist ria o inimigo era um opositor de classe que deveria ser combatido pelas greves e participa o dos trabalhadores contra as a es deste empres rio argentino que desejava entregar o pa s ao imperialismo O segundo argu
293. onista hab a quedado partido en dos los ortodoxos y los revolucionarios y la conducci n y el ejercicio del gobierno reca a en la viuda La muerte de Per n tambi n era el anticipo de otras muertes Em 5 de julho Mar a Estela assumiu o poder e convocou uma reuni o de gabinete na Quinta Presidencial de Olivos Ali informou sua decis o de manter L pez Rega como secret rio privado da Presid ncia apesar dos rumores sobre suas atividades ilegais o poss vel esconderijo de armas que havia se tornado o Minist rio de Bem Estar Social e sobre o suposto envolvimento afetivo que ele manteria com a vi va Esta decis o permitiu o crescimento pol tico de Rega no pa s que supervisionava a presidenta e por vezes controlava suas a es com intromiss es nas reuni es de gabinete e com seus conselhos pol ticos Aceitando a recomenda o de L pez Rega Isabelita indica para desempenhar a fun o de secret rio de Imprensa e Difus o Jos Mar a Villone Sob sua administra o as interven es nas reda es dos jornais e nos canais de televis o foram sistem ticas e a censura se estendeu por todo o pa s fechando por decretos di rios e revistas que ofendiam a moral ou produziam discursos ideol gicos Em 22 de julho de 1974 por exemplo esta secretaria estatizou tr s canais privados de televis o em Buenos Aires e dois no interior Ela tamb m passou a permitir que os grupos lopezreguistas imprimissem livremente panfle
294. ons vel pelos assassinatos do deputado Rodolfo Ortega Pe a morto com trinta disparos entre as ruas Carlos Pelegrini e Arenales em Buenos Aires do advogado de presos pol ticos Alfredo Curutchet morto em San Isidro do ex subchefe da pol cia bonaerense Julio Troxler morto em Barracas de Silvio Frondizi e Luis Mendiburu do jornalista Pedro Barraza e seu amigo Carlos Laham al m de participar das mortes de Daniel Banfi Luis Lastr nica e Guillermo Jabif e do atentado a casa do ex reitor da Universidad de Buenos Aires Ra l Laguzzi no qual morreu um beb de cinco meses Almir n por sua vez foi acusado tamb m pelas mortes de Pe a Curutchet Troxler Frondizi Mendiburu Barraza Laham Lastr nica al m do crime contra o padre Carlos Mugica Mauricio Borghi e Carlos Betemps e outros atentados Segundo um dos membros dos Montoneros En Buenos Aires comenzaron a caer una cantidad hubo como 2000 muertos entre el 74 y 75 por la Triple A El afiliado era pr cticamente boleta asesinado en ese momento Era como ponerse en manifiesto frente a la polic a Hab a muchos riesgos Neste per odo as esquerdas de forma geral comegaram a entender os caminhos que o peronismo oficial estava percorrendo e a posig o em que o l der justicialista colocava se De forma mais ou menos enf tica estes movimentos passaram ent o a realizar uma oposi o quela proposta do peronismo ortodoxo investindo na luta armada modificando os
295. ontecimento mas tamb m nos sugere a responsabilidade coletiva dos JOUV H ctor Op Cit H ctor J C mpora foi eleito presidente em 1973 na primeira elei o fruto do Gran Acuerdo Nacional GAN que encerrou o per odo de ditadura Cumprindo um dos compromissos assumido pelo Justicialismo e demais coaliz es pol ticas declarou como uma das primeiras medidas de seu governo a anistia dos presos pol ticos ROMERO Luis Alberto Breve historia contempor nea de la Argentina Buenos Aires Fondo de Cultura Econ mica de Argentina S A 2001 e LUNA F lix Los Gobiernos Peronistas Desde el primer gobierno de Per n hasta la presidencia de Isabel 1945 1976 Buenos Aires Grupo Editorial Planeta Argentina 2003 55 membros dos grupos armados pelos assassinatos daqueles que desistiam da luta e tornavam se ameacas pela possibilidade de delac o Individual no que se admite em pegar em uma arma e atirar acabando com a vida de um homem Coletiva na medida em que apesar de n o se participar diretamente da ac o ou at mesmo discordar dela segue se com os ju zos a favor de manter todo o grupo Adotando este argumento Jouv nos afirma que pelos anos 1970 j havia declarado que a escolha pela viol ncia pol tica era uma op o inv lida Segundo ele era imposs vel a vit ria dos ex rcitos revolucion rios contra as Forcas de Seguranca que transformava tal guerra em um jogo de pol cia e ladr o Al m disso as gu
296. or fim declamaria o principio de n o matar como fundador da comunidade humana Neste sentido de acordo com Tarcus Del Barco exporia um ponto singular que o ato de matar como danoso subjetividade do ser humano tanto da v tima quanto do torturador ou do guerrilheiro Entretanto o tipo de an lise que traz Del Barco uma an lise de sorte ntima que apela para a consci ncia individual Horacio Tarcus nos chama a aten o para o mbito macro que lhe falta referida Carta no qual n o se pode ignorar o papel da viol ncia dentro da hist ria como aquela que em distintas formas oprime pelos sistemas e pelas nega es Assim pode se reconhecer o argumento da legitimidade ou o direito de contestar a viol ncia com viol ncia como se afirmava verticalmente de baixo para cima com a devida aten o em suas assimetrias E a moraliza o da morte humana na interpreta o de Del Barco sobre a viol ncia revolucion ria principalmente em algumas cita es da Carta permite nos a iguala o das tend ncias opostas Ele chega a convergir pelos assassinados praticados indiv duos como Roberto Santucho Mario Firmenich Roberto Quieto Rodolfo 7 A teoria dos Dois Dem nios foi uma doutrina oficial e discurso p blico estatal do governo Alfons n 1983 1989 que promoveu a reconcilia o nacional e o perd o ao genoc dio Ela implicou na condena o das viol ncias extremadas entre a esquerda e a direita
297. or isso essa Solicitada prop s que as a es em todo o territ rio argentino eram injustas e tomavam em conta os inimigos errados Neste sentido propuseram que os subversivos do peronismo oficial combatidos por ele eram os verdadeiros peronistas que enfrentavam a sua arbitrariedade A legalidade da repress o fora colocada como um jogo sujo imperialista e antipopular e assim a pr pria legalidade estava sendo discutida o PA considerava a legisla o ileg tima e a tratava como ilegal E retomando Quiroga a instabilidade do governo questionada pelos setores sociais confundiu legitimidades e legalidades e possibilitou a reprova o o pr prio sistema Da mesma forma Miguel Zavala Rodr guez analisou em outro comunicado a proibi o de circula o do jornal El Aut ntico Comparou nela o fechamento do jornal e de outros meios de comunica o populares s pol ticas de governo de ditaduras militares Zavala Rodr guez citou que tais pr ticas de censura de informa o j haviam alcan ado 24 exemplares dos quais eles mesmos foram v timas com a proibi o de tr s seman rios El Descamisado La Causa Peronista e El Peronista e de um di rio Not cias Rodr guez exp s ainda que muitos jornalistas haviam sido v timas de censura oficial ou da autocensura e do terror ilegal que agredia os trabalhadores de imprensa Assim delineou mais uma forma de revela o da viol ncia naquele contexto a imposi o
298. organizaci n social Esto sano estado de deliberaci n del Pueblo no puede ser ignorado por los partidos pol ticos y el Gobierno debemos acabar para siempre con la posici n de negar participaci n de las bases en las discusiones de los problemas nacionales Los acuerdos en las espaldas del pueblo se vuelvan inestables por ignorar la voz y opiniones de los m s interesados en la superaci n de la crisis nacional Por todo lo arriba sefialado el Frente Antiimperialista y por el Socialismo FAS convoca a todas las fuerzas pol ticas y sociales e verificar esfuerzos en la luchas por las libertades democr ticas libertad a los presos pol ticos y gremiales derogaci n de la legislaci n represiva eliminaci n de las Tres A y de todo lopezreguismo de derecha y por el congelamiento de lo costo de vida y por dignos salarios como nica manera de lograr la pacificaci n del pais Logo descreveu a invers o da responsabilidade pelo estabelecimento do caos e da crise nacional culpabilizando o outro pelos acontecimentos negativos no pa s que reprimiria o nico sujeito de transforma o da realidade o povo Neste sentido a verdadeira pacifica o estaria no poder popular cuja representa o era a Frente Antiimperialista y por el Socialismo 22 Idem 153 A id ia de inimigo era aqui tamb m se articulava como categoria essencial O outro pol tico foi representado atrav s de express es como bandas assassinas prat
299. orma o da Frente Antiimperialista realizado na cidade de Villa Luj n em Tucum n Era composta pelos movimentos Frente Revolucionaria Peronista Ej rcito Liberaci n Nacional Partido Intransigente Partido Comunista Marxista Leninista Partido Socialista de los Trabajadores Pol tica Obrera Peronismo de Base Grupo Espartaco Orientaci n Socialista El Obrero e Partido Revolucionario de los Trabajadores Ej rcito Revolucionario del Pueblo PRT ERP Seu conte do program tico possu a como linhas argumentativas o antiimperialismo a democracia poder popular e o socialismo Propunha fundamentalmente o rompimento dos compromissos e pactos econ micos pol ticos e militares feitos com o imp rio norte americano e acabar com a OEA substituindo a por um novo organismo latino americano Com o passar do tempo as diferen as entre os integrantes da FAS e a obten o de sua lideran a pelos militantes do PRT ERP transformaram na em uma ferramenta pol tica do pr prio Partido Apesar de ter sido um acionar menos conhecido como tamb m foi o caso de outra Frente criada pelo PRT o Movimiento Social de Base de 1974 a FAS era uma estrutura legal da milit ncia e uma op o para a poss vel sa da democr tica para a crise Dentro desta conforma o a FAS era portanto uma constru o legal uma maneira de fazer pol tica de alian as com pequenos grupos e pessoas da estrutura na legalidade Uma ferramenta de trab
300. os constatadas pelo grau de sua viol ncia uma preventiva e outra repressora A censura do governo peronista era ainda uma viol ncia repressora acusando brechas autorit rias no governo democr tico que negava censurar mas que interferia naquilo que era publicado e era conivente a viol ncia aplicada contra a imprensa e seus membros Desta forma o presidente do Editorial Sarmiento reclamou sobre a interfer ncia em sua publica o como uma viol ncia aplicada desigualmente e que carregava em suas Solicitada Solo reclamo justicia La Naci n Ano 106 N 37323 p 8 28 de Outubro de 1975 85 Solicitada Solo reclamo justicia La Naci n Ano 106 N 37323 p 8 28 de Outubro de 1975 Grifos no original 86 ROLLEMBERG Denise A ditadura civil militar em tempo de radicaliza o e barb rie 1968 1974 In MARTINHO Francisco Carlos Palomanes Org Democracia e Ditadura no Brasil Rio de Janeiro EdUERJ 2006 pp 141 152 87 KUSHNIR Beatriz Op Cit 2004 pp 69 131 88 O ministro do Interior Antonio Ben tez declarou em agosto de 1975 que o governo s haveria proibido algumas publica es GILLESPIE Richard Op Cit 1998 p 235 181 costas o pretexto de agir pela paz nacional Acusou implicitamente o governo de restri es aos meios de comunica o e de parcialidade nestas restri es De qualquer forma o jornal La Naci n havia escrito no dia anterior as seguintes palavras A todos los que creen en v
301. os as novas esquerdas emergiram se nas lutas armadas o catolicismo tomava posi o diante da 12 NOVARO Marcos PALERMO Vicente Op Cit 2003 p 107 61 pobreza e formava sacerdotes do Terceiro Mundo a experi ncia chilena apresentava um socialismo por vias pac ficas e assim por diante Neste sentido n o importando a posi o favor vel ou contr ria a discuss o sobre a pr tica da viol ncia e suas poss veis alternativas para obten o do poder precisam ser mais que julgadas entendidas dentro de seu tempo Marina Franco por exemplo no estudo citado h algumas p ginas atr s nos prop s uma viol ncia rejeitada pela sociedade que por sua vez admitiria o uso da pr pria viol ncia para estabelecer a ordem na Argentina Por outro lado vemos organiza es que tomam a pr xis da viol ncia com o desejo de transformar a realidade opressora Ent o o que se percebe o dever de fazer as posi es pol ticas sobre a viol ncia dentro de suas representa es e dos debates que elas suscitaram Sus actos de los j venes que participaron de la pol tica de hace treinta a os resultan incomprensibles o incluso demenciales a n para ellos mismos si se pretende analizar desde los referentes de sentido actualmente predominantes Es necesario tender un puente entre nuestra mirada actual y la de entonces no hay una verdadera y otra falsa sino se trata de construcciones diferentes que corresponden a moment
302. os y nosotros estamos dispuestos a aceptar la adhesi n de todos los argentinos que luchan y son consecuentes con las banderas de la liberaci n nacional porque el peronismo Aut ntico pretende construirse en la expresi n pol tico electoral del conjunto de nuestro movimiento Portanto consideramos o PA como um Partido formado por pessoas que se retiraram do PJ por encontrarem nele e naquele momento uma ferramenta pol tica antiperonista ortodoxa e membros de outros grupos e c rculos como os Montoneros que mesmo na clandestinidade pretendiam participar de uma sa da democr tica para o governo de Isabel e convocar novas elei es Contudo n o perdemos de vista a conhecida tens o entre ambos los viejos versus la orga evidente o peso pol tico do citado grupo armado diante daquela realidade e sua integra o no Partido que influenciou tanto a formula o de ideologias quanto os objetivos pol ticos dentro daquela organiza o No entanto o apadrinhamento ao PA e foi duplamente limitado Primeiro pela oposic o feita por alguns velhos dirigentes peronistas forma de luta dos Montoneros uma luta armada que n o poderia persistir no Partido E em direg o oposta a posic o dos dirigentes montoneros em ver o PA como uma das ferramentas para o movimento mas n o o representante do movimento 77 peronista como um todo Machetti E outra Ramificac o Feminina representada por Suzana Sanz de Llorente Dian
303. os da contra revolu o militar gorila e liberal En el otro extremo la ultraizquierda intensific las acciones del terrorismo armado sirviendo objetivamente como siempre ocurre a los prop sitos de la contrarrevoluci n gorila y liberal Poco importa que en algunos casos hayan asumido expectativas electoralistas pues su falta de representatividad los obliga a confiar en definitiva solo en las salidas mesi nicas E a solu o proposta pelas 62 Organizaciones era a mesma discursada por Per n o di logo para se conseguir a paz e a Terceira Posi o para sair da crise Apoiou se ent o a tarefa das For as Armadas para reconstruir a paz da Na o mas subordinada ao poder pol tico e um movimento peronista agrupado no Justicialismo e no princ pio de Verticalidade ao governo Em 20 de agosto novas a es de uma viol ncia antinacional foram descritas pela Organiza o O assassinato do capit o Miguel Alberto Keller do cabo Miguel Dardo Juarez e da fam lia Pujadas tornaram se exemplos da necessidade de recrudescer a luta contra a subvers o realizada por Isabel Per n 9 Idem Idem 116 esos mercenarios que buscan la contrarrevoluci n que tratan de sumirnos en la intranquilidad descargan sus golpes justo en el momento en que los argentinos volvemos a hacer flamear nuestras banderas de fe y esperanza dispuestos a dar lo mejor de cada uno ante esta convocatoria que nos hace la Patria Por eso ha
304. os distintos del poder y de las resistencias Reconstruir la historia de un militante desaparecido desde la normalidad de una vida plena injustamente truncada desconoce precisamente lo que fue su intenci n no ser un sujeto normal buen alumno y ahorrador sino un revolucionario con una vida sacrificada de renuncia de la plenitud personal para obtener un fin superior y colectivo Esto es lo que a sus ojos resaltar a la injusticia de su asesinato Para escrever sobre os olhares a prop sito da viol ncia trarei nas pr ximas p ginas os usos dela nos embates materiais e nos discursos e suas representa es Ao pensar em toda esta discuss o colocar nos emos neste debate percebendo a acepc o da viol ncia nos seus contextos E para tal feito este cap tulo dedicar se ao per odo do governo de Isabelita indo h alguns anos antes e depois para percorrer o desenvolvimento das atividades consideradas violentas nos planos materiais e simb licos 2 2 Per n Per n e os Peronismos Ortodoxos Verticales ou Movimientistas 22 ARA JO Maria Paula Esquerdas juventude e radicalidade na Am rica Latina nos anos 1960 e 1970 In FICO Carlos et al Ditadura e Democracia na Am rica Latina Balanco hist rico e perspectivas Rio de Janeiro Editora FGV 2008 pp 247 273 21 FRANCO Marina Op Cit 22 CALVEIRO Pilar Op Cit 2006 62 S que algunos creen que no aprend nada pero se equivocan
305. os do governo e inimigos econ micos e acabando com a repress o aos ditos subversivos Esta confus o ocasionada pelo governo entre verdadeiro e falso her i e vil o constantemente colocada em todos os lugares que o PA se manifesta Mas determinando a veracidade o Partido apontava que os aut nticos peronistas estariam sempre na resist ncia pois El movimiento peronista no es una estructura pol tica que se puede proscribir suspender encarcelar o matar El movimiento peronista son los trabajadores y el pueblo con una identidad pol tica com n organizados para alcanzar la Liberaci n Nacional y Social El enemigo sabe que mientras no excluya esa identidad pol tica no hay posibilidades de detener la lucha popular Por eso destruir el movimiento fue siempre su objetivo principal O Movimiento Peronista Aut ntico era pois em sua pr pria concep o a organiza o dos trabalhadores e do povo que lutava pela Libera o Nacional e Social E por isso uma identidade pol tica t o combatida pelo inimigo que desejava a depend ncia do pa s e de sua popula o Logo constr i se a identidade do inimigo membros das for as repressoras as For as Armadas que se encobriam em tarefas antipopulares baixo um governo que se dizia popular e apoiadores do falso peronismo o governo e seus aliados o Vandorismo inimigo da classe trabalhadora os setores pol ticos reacion rios do PJ que s pensavam em ocupar cargos
306. os mais variados poss veis Nenhuma regra espec fica determinava como elas deveriam ser escritas ou qual lugar em que deveriam ser publicadas Ao contr rio os documentos nos demonstram que a varia o era um componente desta fonte objeto 19 Neste sentido seus textos deveriam ganhar visibilidade n o importando a estrat gia Assim alguns investiam no tamanho enquanto outros no formato para chamar a atenc o do leitor No entanto n o se pode afirmar que haja uma regularidade de leitura delas somente determinar as suas formas de publicac o Para o per odo o constante aparecimento destes espa os nos jornais indica nos ao menos a import ncia delas em alguma forma naqueles debates anteriores ao golpe de Estado A leitura das Solicitadas autoriza aos pesquisadores analis las com uma determinada neutralidade em rela o ao seu conte do e linha editorial do jornal onde se publica uma vez que s o opini es privadas Esta neutralidade entretanto n o pode ser total j que a exist ncia de Solicitadas dentro de um jornal tamb m implica que este meio parte do contexto e ator naquela realidade a ser analisada Portanto quando se pensa na Solicitada dentro de uma realidade macro da sociedade ou a anacronia desta fonte objeto implica nos a pensar na organiza o publicadora e nas suas id ias ali divulgadas relacionando as com suas experi ncias e projetos pol ticos Assim pode se discorrer sobre a responsabilid
307. os nuestros en Tucum n fueron dinamitados Secuestros cotidianos y multiplicaci n de los presos sin causa Judicial Los grav simos hechos que mencionamos nada tienen que ver con la lucha antiguerrillera que requiere prioritariamente medidas democr ticas de car cter pol tico econ mico y social que son las que brillan por su ausencia tambi n poco tiene nada que ver con la aut ntica lucha antiimperialista Hasta cu ndo A quienes amparan a los criminales de las 3 A y de otras formaciones similares A d nde lleva esta barbarie desenfrenada de la ultra derecha y de la ultra izquierda Es evidente que se quiere por el terror intimidar al pueblo y paralizar la acci n democr tica a fin de abrir paso al golpe y al fascismo Desta forma o Partido Comunista fala sobre um terrorismo protegido que se orientava contra os trabalhadores e os partidos pol ticos denominando lhes de poder sindical e guerrilha industrial Este terrorismo protegido com os mais profundos desejos de um golpe no Estado confundia propositalmente quem era o inimigo e como deveria combat lo As a es antiguerrilheiras levantadas pelo governo tamb m foram criticadas nesta Solicitada por n o desenvolverem propostas democr ticas nos mbitos econ micos pol ticos e sociais e desta maneira apenas provocava medo na popula o Por outro lado a guerrilha que dizia promover uma aut ntica luta antiimperialista de acordo com o PC seguia o
308. os publicados nos jornais portanto a integridade da f rmula de unidade 15 Solicitada Emergencia Nacional y Multisectorial La Opini n Ano V N 1419 p 10 11 de Fevereiro de 1976 169 Primeiro em uma constitui o onde os dois elementos extremos seriam causadores dela e portanto apoiando uma luta antiguerrilheira por um lado e por outro antiperonista no que tange a oposi o ao governo e suas express es de repress o legal ou clandestina Depois pela tentativa de unidade de diversos setores quando descreve as v timas da viol ncia como os soldados o povo os militantes da libera o nacional e social e assim por diante E por fim quando elabora o sentido de inimigo vinculando o ao fascismo a antidemocracia e ao imperialismo tornando estes os adjetivos b sicos para caracteriz los e n o os delimitando pontualmente como fora realizado por outros agentes pol ticos 3 5 As Armas para a Economia os Comunicados de Organiza es de Empres rios e Empresas Privadas As organiza es de empres rios e empresas privadas orquestraram naquela poca a maior campanha nas Solicitadas contra o governo peronista enfatizando a destrui o da produ o e a situa o inst vel do pa s com muitas greves e viol ncia que dificultava o desenvolvimento econ mico A afirma o de uma repress o contra a desordem da guerrilha e dos trabalhadores n o confirmava o apoio deste setor s pol tica
309. ossibilita visualizar as disputas materiais naqueles discursos e as maneiras de contato 21 No Cap tulo III destinado a an lise dos conte dos das Solicitadas veremos alguns casos espec ficos 22 com distintas vertentes sociais Assim houve Solicitadas de m ltiplos tipos ideol gicos em todos os jornais pesquisados inclusive em alguns casos se repetindo em cada um deles SOLICITADAS POR M S Gr fico 4 N meros de Solicitadas por m s elaborado a partir de dados da pesquisa realizada na Biblioteca Nacional de Buenos Aires Como se verifica no gr fico acima s 33 Solicitadas publicadas no m s de junho foram adicionadas mais 50 publica es deste tipo durante o seguinte m s Essas mantiveram um n mero relativamente est vel at dezembro de 1975 decaindo deste m s em diante A quantidade crescente das Solicitadas na grande imprensa durante o per odo analisado aponta que o momento entre o Rodrigazo e o golpe militar foi um dos per odos fundamentais para se publicar essas estrat gias de divulga o j que se viviam grandes disputas pol ticas Isto pode ser explicado pela favor vel recep o da opini o p blica em rela o a um discurso que afirmava a sa da e um futuro melhor naquele momento que a sociedade estava em crise e desta maneira as Solicitadas tornar se iam mais um meio de comunica o e conex o com a opini o p blica As tem ticas que motivaram e empreenderam os escritos s o de caracter st
310. ostarse junto a los braseros Otras empezaron a calentar la comida de los chicos La casa entera qued suspendida en ese abismo que hay entre la indiferencia y el estallido hasta que uno de los campesinos se alzo por fin y dijo sereno irrefutable Ese hombre no puede ser Per n No puede ser aprobaron las mujeres Cuando Per n se entere de lo que est pasando volver dijo el campesino En la pantalla el general dibuj una ltima sonrisa melanc lica Zamora le dio la espalda y ech su mirada entre el bullicio de las criaturas para que descansara un rato El d a m s corto del a o entr en la eternidad como se dec a entonces Lleg a su fin Zamora se puso de pie Aunque vuelva es demasiado tarde Ya nunca m s seremos como ramos O romance de Mart nez sobre Per n nos permite identificar as m ltiplas faces do peronismo e de seu sujeito protagonista durante os anos setenta Esta hist ria contada em seu livro gira em torno da biografia relatada por Per n ao seu secret rio pessoal L pez Rega desde a sua inf ncia at a sua ascens o militar e o estabelecimento de sua figura como grande lideran a da Na o O autor nos conta nas entrelinhas sobre a idealiza o por parte da popula o de um Per n constru da e destru da pelo pr prio protagonista 7 QUESADA Mar a Saenz Op Cit 2003 p 443 12 MART NEZ Tom s Eloy La novela 2007 pp 450 451 80 Per n passa quase todo o rom
311. ou ser justa a resposta popular Em algumas opini es vinculava se a necessidade de tomar o referido Partido como um meio legalizado de peronistas insatisfeitos com a pol tica do PJ e que queriam uma sa da tamb m democr tica Em outras dizia se que qualquer meio de romper com o poder dos peronistas ap crifos era uma luta v lida para os aut nticos peronistas Em agosto daquele mesmo ano o PA lan ou outra Solicitada em dois jornais Clar n e La Naci n Nela o Partido analisou a crise pol tica argumentando um vazio de poder e total desacerto do Partido Justicialista que enganava o povo e transformava o em v tima de um governo antipopular Explicitou a viol ncia que tentaria quebrar e dividir o movimento e que advinha desde a matan a promovida pelo inimigo em Ezeiza Esta viol ncia segundo o PA desviaria a aten o de libera o do governo popular pelo medo a viol ncia ganhava os adjetivos de antipopular e imperialista 5 Por qu los peronistas convocamos el Movimiento Peronista Aut ntico El Aut ntico Expresi n del Peronismo Aut ntico para la liberaci n Nacional y Social Ano 1 N 1 p 8 17 de setembro de 1975 6 Os exemplares est o dispon veis no Centro de Documentaci n e Investigaci n de la Cultura de Izquierdas en Argentina CeDInCD 7 GILLESPIE Richard Op Cit 1998 pp 234 238 252 263 138 Los aut nticos peronistas interpretamos los deseos del Pueblo de vivir pac ficamente
312. p 12 6 de Julho de 1975 136 Como se ver mais a frente esta proposi o de n o interfer ncia contradita por outra organiza o do pr prio partido 161 No mesmo peri dico alguns dias depois quando j solucionadas as manifesta es e j ocorrido o afastamento daqueles ministros o referido partido voltou a escrever desta vez em ambos os jornais sobre a vit ria dos movimentos que segundo ele s foi poss vel pela unidade Uma unidade realizada entre a CGT a cidade o campo as f bricas as universidades as For as Armadas os parlamentaristas as organiza es sociais e culturais que se pronunciaram contra aqueles ocupantes do poder contra a Triple A contra os planos econ micos contra a miss o de Ivanissevich demonstrando os a falta de apoio popular que todos eles possuiriam Contudo para o PC as vit rias seriam parciais caso n o houvesse uma modifica o pol tica no todo Neste sentido conclamaram uma assembl ia multi setorial para formular uma nova pol tica para o pa s fundamentada em solu es nacionais e na cria o do tal Gabinete C vico Militar Este comunicado foi direcionado especificamente a CGT a Uni n C vica Radical ao Partido Intransigente aos Revolucion rios e Democrata Crist os e aos Demoprogressistas que como colocado acima eram os principais atores da desejada unidade Por outro lado nestes mesmos dias a Liga por los Derechos del Hombre primeira organiza o de
313. parecimentos A sa da tomada para solucionar este impasse foi identificar e nomear os terroristas como membros da Triple A e dos setores golpistas das For as Armadas Neste per odo no qual a discuss o sobre a viol ncia legal e clandestina era efervescente e a consolida o de um inimigo p blico parecia ser essencial para a pol tica ficou evidente a associa o dos verdadeiros terroristas aos membros do governo e do aparato policial nessas organiza es deslegitimando a pr pria democracia vivida Verifica se por exemplo na cita o acima a refer ncia aos membros da Triple 4 como os verdadeiros promotores do terror um terror protegido pelo governo Mas o que se interpreta da Solicitada ainda mais amplo As pris es consideradas sem fundamento ou ilegais pela Liga por los Derechos del Hombre eram realizadas pelo governo uma vez que as pessoas relatadas estavam em c rceres p blicas Para al m a Solicitada colocava as diferencia es no trato da repress o entre membros da esquerda e da direita afirmando um n o balanceamento entre a repress o 1 Solicitada Lo que el pueblo espera ahora La Opini n Ano V N 1255 p 7 26 de Julho de 1975 163 desses movimentos e portanto caracterizando a viol ncia oficial como aquela majoritariamente praticada contra os indiv duos ou grupos opositores pol ticos Em 19 de agosto o PC publicaria um comunicado nos dois jornais pesquisados sobre a mudanca do gabinete e d
314. procedimento deveria ter sido ir pol cia para denunciar os sequestradores ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 pp 221 222 7 ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 p 222 58 LLONTO Pablo Op Cit 2007 pp 133 143 BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 34 foi realizada rapidamente e a compra se deu por um valor muito inferior ao que ela valia Cabe nos dizer que a familia Graiver passava naquele momento por uma situa o bastante peculiar Em seis de agosto daquele ano David Graiver morreu em um acidente de avi o com destino a Acapulco que fora mal explicado e at hoje questionado O banqueiro e empres rio possu a liga es com o grupo armado Montoneros guardando lhes em seus cofres o dinheiro de seq estros realizados pela organiza o somando um total de US 16 825 000 Grande parte deste dinheiro foi obtida com os resgates de Juan e Jorge Born diretores e acion rios da empresa Bunge amp Born seq estrados em 19 de setembro de 1974 e de Henrich Franz Metz diretor da Mercedes Benz seq estrado em 23 de outubro de 1975 Neste contexto a vi va de Graiver L dia Papaleo passou a padecer com a iliquidez do Grupo Graiver cujos bens foram apropriados pelo governo militar Assim Papeleo foi convencida venda da empresa para o La Naci n Clar n e La Raz n que ao compr la ganharam outro motivo para apoiar o Processo de Reorganiza o Em 8 de mar o de 1977 o General Ram n Camps Chefe
315. que suas aprecia es sobre a realidade fossem compreendidas pelos leitores dos jornais Analisando problema por problema da Argentina no estilo de t picos esta Organiza o publicou o mesmo comunicado em peri dicos com distintos p blicos por vezes antag nicos expandindo seus poss veis leitores Na divulga o ela afirmou sua consci ncia sobre a import ncia de ades o e consenso social para a realiza o de determinadas politicas justificando sua pr pria estrat gia sabemos que lo nico que no puede sacrificarse en ninguna circunstancia es la felicidad de un pueblo cuya adhesi n y consenso por otra parte es imprescindible para afrontar cualquier empresa Neste comunicado a viol ncia do pa s o fio condutor das an lises pol ticas e econ micas ali postas O maior neg cio dos inimigos da Na o seria conduzi los ao imperialismo atrav s de forgas reacion rias do monop lio e da depend ncia A falsa revolu o teria dupla face uma ultradireita que sabotava economicamente o pa s e uma ultraesquerda que com infantilismo pol tico e guerrilha provocava ideol gica e armadamente a fal ncia argentina A solug o exposta portanto era a da Terceira Posi o e defesa do Justicialismo gerenciado pela presidente mas influenciado pelo Movimento dos Trabalhadores 37 Idem 38 Solicitada Ya no podemos permanecer ni distanciados ni enfrentados La lucha entre los hombres debe terminar si queremos
316. que yo por haber apoyado las actividades de ese grupo era tan responsable como los que lo hab an asesinado Pero no se trata s lo de asumirme como responsable en general sino de asumirme como responsable de un asesinato de dos seres humanos que tienen nombre y apellido todo ese grupo y todos los que de alguna manera lo apoyamos ya sea desde dentro o desde fuera somos responsables del asesinato del Pupi y de Bernardo DEL BARCO Oscar Carta de Oscar Del Barco Dispon vel em http www elinterpretador net 15CartadeOscarDelBarco htm 56 Esta carta representou uma mudan a do foco no debate anterior sobre a viol ncia que se ditava na den ncia do Terrorismo de Estado no estabelecimento dos ju zos contra os torturadores e na invalidac o da Teoria dos Dois Dem nios Estas formas de ver o passado da viol ncia no pa s suprimia a responsabilidade da esquerda argentina na sua hist ria posterior e o comprometimento que algumas organiza es tiveram com a luta armada Segundo Horacio Tarcus a carta de Del Barco traria cinco propostas b sicas para se pensar a tem tica 1 Ela colocaria a responsabilidade pol tica e moral individual e do grupo militante 2 Traria tona a responsabilidade dos grupos armados pelos assassinatos nas d cadas de 1960 e 1970 3 Desenvolveria o compromisso entre defender o socialismo real e o encargo por seus assassinatos em massa 4 Ela descobriria uma igualdade tica e moral em assassinar 5 E p
317. r as Armadas iriam tomar as r deas pol ticas De l enviaram na prov ncia de Neuqu n e posteriormente a San Vicente onde permaneceu em pris o domiciliar at 1981 quando se exilou na Espanha Ela foi acusada pelo governo CANALETTI Ricardo BARBANO Rolando Op Cit 2009 pp 247 248 7 Antes de Cafiero Pedro Bonanni havia assumido a pasta mas com 21 dias no comando renunciou a 79 ditatorial de maneira um tanto quanto ir nica por uso indevido do patrim nio p blico e exerc cio abusivo de poder Gracias a mi fe pude soportar esos cinco injustos a os dijo Isabel antes de ser liberada No guardo rencores cada uno debe pagar en la vida el precio de lo que representa Soy una humilde mujer con un destino que Dios quiso proporcionarme S lo una humilde mujer que se hubiera sabido su destino se hubiera preparado mejor Em Madrid Isabel Per n levou uma vida bastante pacata quase sem pronuncia es ou apari es p blicas H alguns anos o governo argentino pediu sua extradi o que lhe foi negada sob alega o de que os crimes cometidos pela ex presidenta estavam proscritos Isabelita uma senhora de oitenta anos segue vivendo na quinta espanhola Puerta de Hierro onde come ara toda esta hist ria 2 3 Outros Per ns o caso dos Montoneros El desencanto cay sobre la gente como una enfermedad instant nea Una de las mujeres se apart llorando del televisor y fue a rec
318. r da Solicitada finalizou a perguntando se qual tradig o democr tica institui es e legalidades que este governo t o desejado pelo povo representaria En aquella hist rica campa a no se propuso como programa una nueva desnacionalizaci n de la econom a ni el elogio de las multinacionales ni leyes represivas ni 4000 presos pol ticos ni grupos terroristas protegidos ni una inflaci n de m s de 300 anual ni la ca da acelerada del salario real hasta los ndices m s bajos de los ltimos 10 a os ni la corrupci n administrativa ni la subordinaci n al Fondo Monetario Internacional en lo financiero y a la Junta Interamericana de Defensa en lo geopol tico y lo militar ni el impuesto al trabajo que acaba de sancionar el Senado y que termina de hundir econ micamente la mayor parte de la clase media y a vastos sectores de la clase obrera que pasan a ser contribuyentes cuando es evidente que no tienen capacidad tributaria O que questionava aqui era a legalidade do governo j que este n o havia sido o projeto votado pela popula o Mas principalmente questionava sua legitimidade pois quem governava para o PA era L pez Rega e sua banda fascista mesmo que j se encontrassem fora do governo No fragmento acima vemos o signo do terrorismo associado aos membros integrantes da repress o clandestina que para o PA era protegida pelo governo e fazia parte dele Desta forma explicitava sociedade sua posi o do q
319. ra este trabalho os conceitos de opini o p blica e privada s o conceitos chaves que ajudam a entender os nossos objetos documentos Isto porque as opini es nas Solicitadas s o consideradas privadas no entanto dirigidas ao p blico em geral a fim de conform las em uma opini o p blica Pierre Bourdieu j havia condenado a utiliza o do termo opini o p blica por tom la como uma refer ncia s sondagens s pesquisas de opini o Em A opini o p blica n o existe o autor criticou tais pesquisas considerando as inventivas de uma abordagem de opini o p blica mas que n o reproduziriam as posi es formuladas na sociedade simplificando as e falseando as enquanto opini es Ao construir seu argumento Bourdieu formula cr ticas a tr s postulados dessas pesquisas Primeiro coloca que a produ o das pesquisas de opini o pressup e que todos tenham opini o sobre um assunto Depois verifica que estas pesquisas igualam as opini es retirando as no es de superioridades de valores de uma opini o em rela o outra Por fim critica a hip tese de que haja um consenso sobre os problemas que devam ser questionados naquelas investiga es Neste sentido o autor prop e que as pesquisas de opini o t m mais rela o com os institutos que as elaboram e aqueles que as encomendam do que com a opini o p blica em si Isto porque as pesquisas de opini o delimitam quilo que estes grupos consideram importante o que par
320. ra vez na Argentina CALVEIRO Pilar Antiguos y nuevos sentidos de la pol tica y la violencia Lucha Armada en la Argentina A o 2 N 4 p 15 2006 Dispon vel em www luchaarmada com ar 10 hist rico e express o objetiva e subjetiva da luta pelo poder E o ano 1975 foi estimado como um dos mais violentos da hist ria da Argentina em democracia Logo a id ia deste trabalho percorrer os antecedentes do golpe e verificar aquela designa o quando se encontrava ainda em debate na sociedade analis los no pr prio campo de batalha Ou seja perceber como a viol ncia de uma forma mais ampla logo atrav s de diversas percep es colocadas por aqueles que assinavam as Solicitadas era disputada no campo da pr tica e do discurso pol tico Desta forma pode se ampliar a no o de responsabilidade social pelo desfecho dessas contendas Alguns poucos e recentes estudos j apontaram an lises sobre posi es ling stico sociol gicas onde id ias interpreta es e a es s o disputadas nos ambientes de desencontros antes de tornarem se hegem nicas no discurso do poder Sobre a tem tica pontual da viol ncia entre os anos de 1973 e 1976 o recente trabalho de Marina Franco nos serviu como base para esta pesquisa Elucidando os discursos a ordem simb lica e o universo imagin rio dentro das rela es sociais este estudo aborda tal objeto a partir da a o pol tica da circula o das id ias em um c
321. rebeld a popular Frente a la traici n los peronistas estamos resistiendo de nuevo Nos venimos organizando somos el pueblo Estamos seguros de ganar Est n nuestros militantes obreros organizados en agrupaciones del Peronismo Aut ntico nuestra heroica juventud organizada nuestras mujeres se organizan y r pidamente se est n construyendo el Partido Peronista Aut ntico Lucharemos en el terreno que se d Cuanto m s larga sea la resistencia peor ser la derrota del enemigo A rebeldia popular era uma rebeldia her ica E como vimos para alguns membros do PA qualquer terreno de ag o era v lido para organiz la O argumento da luta entre classes que fundamentou o pensamento do Partido e foi exposto em toda e qualquer de suas publica es era expl cito para aqueles ligados aos Montoneros Desde que naci el peronismo adentro vivieron juntos dos tipos de proyectos pol ticos Por un lado proyectos que intentaban ser la voz de los trabajadores industriales y rurales Por otro lado proyectos pol ticos de distintos sectores de la burgues a que intentaban valerse de esa fuerza masiva para imponer sus propios intereses de clase Segundo eles Per n sugeria uma terceira posig o de cooperac o entre classes Este caminho entretanto impediu o pr prio processo revolucion rio O movimento ent o deveria ser respons vel por organizar os trabalhadores para que erguessem a luta pela Libera o Nacional Da mesma form
322. redos que nos s o contados not rio que ela nunca teve a capacidade de manter o poder personalista caracter stico do movimento que o General havia criado pois sua pessoa gerava enormes diverg ncias dentro e fora do peronismo E neste sentido Isabel dividiu o poder com figuras chaves naquele momento que a apoiavam em um determinado projeto oficial Uma tentativa de manter o governo em m os direitas do peronismo tentativa essa levada de forma violenta e que fora frustrada terminando com o Golpe em marco de 1976 2 1 Sobre alguns sentidos dados a viol ncia da d cada de 1970 na Argentina A viol ncia argentina da d cada de 1970 vem sendo recuperada pelos recentes estudos daquele pa s procurando entend la criticamente e a partir de v rios procedentes que v o desde o territ rio do Estado at as quest es sobre a viol ncia pol tica e revolucion ria Esta nova perspectiva foi iniciada a partir do testemunho dado por H ctor Jouv sobre uma das primeiras guerrilhas foquistas argentinas levantada no norte do pa s Salta pelo Ej rcito Guerrillero del Pueblo EGP entre os anos de 1963 e 1964 cujo primeiro comandante era Che Guevara e o segundo que liderava o grupo no pa s Jorge Massetti A narrativa pessoal do guerrilheiro do EGP retrata experi ncias e estrat gias da luta armada revisitando as quest es de viol ncia e pol tica de legitimidades destas de maneiras de luta e resist ncia na poca No entanto u
323. res foram se aproximando mais do peronismo e de Per n at que em 1971 o presidente em exerc cio General Ongan a inicia uma negocia o para a sa da da ditadura atrav s do que se colocou como Gran Acuerdo Nacional GAN Neste acordo o Partido Justicialista ganhou a concess o das For as Armadas em participar das pr ximas elei es que seriam realizadas em mar o de 1973 contanto que Per n n o fosse candidato Tom s Eloy Mart nez no romance sobre Evita descreve uma Isabel bastante ciumenta em rela o aquele cad ver Tal sentimento provinha tanto da express o que era o s mbolo de Eva Per n para o pa s e para o Movimento quanto da presen a do corpo dela em sua casa que desviava a aten o do l der prendendo o por horas na habita o em que este se encontrava MARTINEZ Tom s Eloy Santa Evita 2007 LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 166 182 ROMERO Luis Alberto Op Cit 2001 pp 175 185 67 Aceitando o GAN a f rmula lan ada pelos peronistas naquelas elei es para competir com os militares foi a da Frente Justicialista de Liberaci n Nacional FREJULD Nela aliaram se ao PJ v rios outros partidos entre eles o Movimiento Integraci n y Desarrollo MID o Partido Popular Cristiano e uma parte dos socialistas e dos conservadores populares Um estudo sociol gico da d cada de 1970 apontou que a vit ria do FREJULI naquelas elei es n o foi assegurada apenas por uma popula o trabalhador
324. responsabilidade direta de torturas e assassinatos dos militantes do campo popular em geral e do PRT ERP em particular Pela via argumentativa proposta na Carta de Del Barco que exemplifica assassinatos de membros da pr pria organiza o em que se militava certamente sensibilizando o leitor em rela o a matar um homem dentro de seu pr prio coletivo Carnovale coloca um n mero de quatro indiv duos mortos pela justi a popular da organiza o trabalhada Em fins de 1974 fora executado um membro n o identificado acusado de infiltra o na organiza o em C rdoba Em 17 de janeiro de 1975 Eliseo Pascual Besuco foi acusado de ser colaborador do Ex rcito e executado em Tucum n Em 14 de mar o de 1976 foi divulgado pelo Estrella Roja o ju zo de Miguel Angel Pozo integrante do PRT ERP considerado traidor E o caso mais conhecido o de Jes s Rainer El Oso que em 13 de janeiro de 1976 foi acusado de trai o por delatar militantes e informar os preparativos do assalto ao quartel de Monte Chingolo opera o fracassada devido delac o Neste sentido algumas conclus es da carta de Del Barco devem ser recuperadas criticamente Primeiro a id ia de promover um nivelamento igualit rio entre as viol ncias praticadas analisando suas mortes em um sentido abstrato inclusive justificando uma poss vel recupera o da Teoria dos Dois Dem nios Depois a linha argumentativa desenvolvida pelo autor de levar o r
325. reta o e forma de luta de seu movimento No in cio dos anos 1970 as organiza es sindicais puderam retomar as participa es pol ticas que lhes foram castradas A volta do peronismo ao poder recolocou a Lei de Associa es Profissionais permitindo agrupa es de trabalhadores entre reas mesmo que criando maiores dificuldades para a cria o de novos sindicatos como a diminui o da concorr ncia daqueles j existentes e a permiss o aos sindicatos oficializados pelo Minist rio do Trabalho de realizarem manifesta es p blicas Os trabalhadores associados por sua vez ganharam prote es contra a demiss o e em processos trabalhistas al m de lhes serem permitidas as atividades sindicais em hor rios de trabalho O retorno de Per n ao governo trouxe tamb m a expectativa para os trabalhadores de participa o nas pol ticas de assist ncia e de apaziguamento da crise social Assim a luta por influ ncia aumentaria e Per n teve de mostrar seu apoio aos 2 DI TELLA Guido Op Cit 1983 pp 57 61 JAMES Daniel Resistencia e integraci n El peronismo y la clase trabajadora argentina 1946 1976 Buenos Aires Editorial Sudamericana 1998 pp 131 135 DI TELLA Guido Op Cit 1983 pp 184 186 110 Movimientistas e Verticalizados oferecendo s tend ncias combativas a clandestinidade Enl e a repress o Com a morte de Per n o mito conciliador sai da cena pol tica conformando uma maior atividade
326. rganizaciones sobre a viol ncia muito carregadas de emo es e fortes descri es para ela eram tamb m reflexos da posi o governamental e da tentativa frustrada de oprimir as a es que descreviam Tentavam estabelecer uma alian a com os setores militares contendo a onda golpista naquela institui o O governo havia depositado no final daquele ano o comando do Ex rcito nas m os de Jorge Rafael Videla e aumentado seu poder para reprimir as organiza es armadas Solicitada La delincuencia subversiva sigue atacando el pueblo y la patria La Naci n Ano 106 N 37360 p 11 5 de Dezembro de 1975 A mesma Solicitada foi publicada no Clar n em 5 de Dezembro de 1975 ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n Op Cit 2006 pp 100 106 122 Contudo ao reafirmar o governo de Isabel as Solicitadas deste tipo poderiam projetar outra forma de interpreta o Tais comunicados convocando a sociedade a renegar uma subvers o ap trida focalizada em sua maioria nas esquerdas pol ticas inimigas da Argentina poderiam justificar tamb m a necessidade de uma interven o pelas For as Armadas As teses mobilizadoras contra a subvers o estavam sujeitas a leituras que estabeleciam impreterivelmente a no o do caos Isto n o significa que a posi o dicot mica do inimigo tenha sido rejeitada Em 15 de fevereiro no Clar n as 62 Organizaciones iriam condenar o gorilismo dos patr es que tomando o sin n
327. riapolitica com datos biblioteca vj ladeuix pdf 78 Primeiro nome adotado pela organiza o pol tica at ser proibido por j haver sido registrado por outra organiza o Em dezembro de 1975 o Partido foi proibido sob o pretexto de que o grupo Montoneros havia auxiliado o Ej rcito Revolucionario del Pueblo na tentativa de assalto ao dep sito de arsenal do quartel de Monte Chingolo Em diversas manifesta es o Partido e o grupo Montoneros negaram a participa o e inclusive consideraram na um erro t tico do referido Ex rcito 135 m os de sindicalistas ambiciosos que expulsavam a juventude e os leais funcion rios e aceitavam a depend ncia de pr imperialistas e dos burocratas do PJ Assinada pelos membros da Junta Promotora Nacional Oscar Bidegain Buenos Aires Jorge Cepernic Santa Cruz Andres Framini Capital Federal Antonio Lombardich C rdoba Miguel Zavala Rodr guez Buenos Aires Alberto Martinez Baca Mendonza Ismael Salame Tucum n Norberto Habberger Buenos Aires Gerardo Bavio Salta Armando Cabo Buenos Aires Dante Viel Capital Federal Arnaldo Lizaso Buenos Aires Felipe Gallardo Chaco e Mario Aguirre Santa F ela explicitou En 20 de junio de 1973 centenares de compa eros inmolados en Ezeiza fueron el anticipo de la barbarie desatada en la Argentina por los enemigos de la naci n que buscaban suplantar el mandato popular por la sumisi n de los argentinos
328. ro tiempo GALEANO Eduardo Las venas abiertas de Am rica Latina Buenos Aires Cat logos 2007 p 23 Mensagem gravada em fita por uma guerrilheira para seu filho In NIETOS Identidad y memoria 2005 de Daniel Cabezas IntroduciO ri ic 1 Cap tulo I Abrindo os Jornais Documentos de An lise e Apontamentos Te ricos 13 1 1 Alguns Poucos N meros a Rela o entre Solicitadas e Jornais oooonnccnnconncnoncnoconoconanconannons 19 1 2 Desembrulhando o Peixe os Jornais La Naci n Clar n e La Opini n oonoonccnnicinnicnnncinnnccos 23 1 2 1 O Empr stimo de Vozes o Jornal La Naci n oooonccinncnnnccnonnconnnonanonnncnono cana nonnnconacnns 27 1 2 2 Os Efeitos da Corneta O Jornal Cl aid OT TO ES 30 1 2 3 Timerman e o Jornal La Opinion asas ss 37 1 3 A la Opini n P blica Argentina Escritas para Convencer sssse creeeren 45 1 4 Compreens o Ades o e Participa o a Opini o P blica Argentina antes do Golpe de a id 47 Cap tulo II Per n Per n e Outros Per ns a Viol ncia no Governo de Isabelita eeosssooeeessss00000 52 2 1 Sobre Alguns Sentidos dados a Viol ncia da D cada de 1970 na Argentina 53 2 2 Per n Per n e os Peronismos Ortodoxos Verticales ou Movimientistas e 61 2 3 Outros Per ns o Caso dos MOntoneros ooooocoococinnnnnononanconncconaconononnnonn nono DE Ea DEREI D DEI DE a n
329. ronismo mas uma de cunho econ mico contra este peronismo oficial que haveria reatado os lagos com o setor do empresariado liberal e prejudicado os trabalhadores Logo n o foi o peronismo colocado como alvo das manifesta es at porque Per n era invocado a todo o momento como figura essencial na luta pela justiga social mas a forma liberal do capitalismo que promovia o constrangimento econ mico dos trabalhadores Em outro momento esse confronto com o empresariado teve maior potencialidade Em fins de novembro de 1975 o SMATA defendeu uma paralisa o em todo o pa s pela defesa do governo popular e contra a viol ncia assassina e a subvers o armada e econ mica Por la defensa integral de su gremio el SMATA por la defensa de la Rep blica y sus instituciones por la soberan a del pueblo y su voluntad mayoritaria por la defensa del Gobierno popular y por realizaci n efectiva y concreta de la revoluci n en paz que anhelan todos los argentinos contra la violencia asesina y contra la subversi n armada y econ mica por ello se resuelve disponer para el d a 26 de noviembre de 1975 un cese de actividades en todo lo territorio de la Rep blica Ao mesmo tempo em que propagavam Isabel como peronista promulgavam lutas por melhorias de condi es dos trabalhadores e criticavam atitudes do governo como as interven es nos sindicatos expuls o de trabalhadores da CGT e a repress o com pris es e desaparecimentos f sicos deles
330. ros de Solicitadas por jornal sobre o tema da viol ncia p 23 ANEXO 1 Jornal La Naci n de 24 03 1976 p 195 ANEXO 2 Timerman e La Opini n p 196 ANEXO 3 Ernestina Herrera de Noble e seus dois filhos p 72 ANEXO 4 Fam lia Lanuscou p 197 ANEXO 5 Ernesto Garc a e Mar a del Carmen Gualdero p 197 ANEXO 6 O casal Per n p 198 ANEXO 7 O trio peronista Per n Isabel Evita p 198 ANEXO 8 Isabel Per n p 198 ANEXO 9 L pez Rega El Brujo p 198 ANEXO 10 Triple 4 p 199 ANEXO 11 Os cad veres pelas ruas p 199 XII viendo a Remedios la bella que le decia adi s con la mano entre el deslumbrante aleteo de las s banas que sub an con ella que abandonaban con ella el aire de los escarabajos y las dalias y pasaban con ella a trav s del aire donde terminaban las cuatro de la tarde y se perdieron con ella para siempre en los altos aires donde no podian alcanzarla ni los m s altos p jaros de la memoria A minha av que voou em uma triste primavera M RQUEZ Gabriel Garc a Cien a os de soledad Espanha Asociaci n de Academias de Lengua Espa ola 2007 p 272 Sum rio XIII Cuando Alexander von Humboldt investig las costumbres de los antiguos habitantes indigenas de las mesetas de Bogot supo que los indios llamaban quihica a las v ctimas de las ceremonias rituales Quihica significa puerta la muerte de cada elegido abr a un nuevo ciclo de cien
331. rrit rio nacional e de fazer apologia ao retorno do territ rio das Malvinas ao pa s Sua proibi o de impress o distribui o e circula o havia sido baseada no artigo 22 da Constitui o Nacional que decretava que o povo n o delibera nem 183 governa sen o por representantes e autoridades Os representantes do jornal foram 18 No Brasil durante o governo de Goulart o aumento de pregos do papel de jornal auxiliou a aproximag o entre a imprensa e o poder Na Argentina entretanto foi motivo de afastamento entre ambos j que havia uma prioridade nas vendas para o Editorial Abril Para Imprensa brasileira ver ABREU Alzira Alves de A participa o da imprensa na queda do Governo Goulart In FICO Carlos CASTRO Celso Martins Ism nia et al Orgs 1964 2004 40 anos do golpe Ditadura Militar e Resist ncia no Brasil Rio de Janeiro 7 Letras 2004 pp 15 25 Para imprensa argentina ver BLAUSTEIN Eduardo ZUBIETA Mart Op Cit 2006 18 Solicitada La prensa argentina ante una grave situaci n La Naci n Ano 106 N 37254 p 1 18 de Agosto de 1975 182 Peri dico lan ado em 1963 tinha uma tiragem de 800 mil exemplares di rios no ano de 1975 183 Dispon vel em http www senado gov ar 180 acusados de tomarem para si o direito de falar pelo povo arriscando a integridade do territ rio Garc a em seu comunicado defendeu um trato igualit rio entre os peri dicos do pa s Afirmou
332. rrorismo como m todo de acci n pol tica se alamos que la oligarqu a y el imperialismo los monopolios la CIA intentan por medio de la intensificaci n del terror reforzar su ofensiva desprestigiar el orden institucional y crear condiciones para conquistar mediante un golpe de Estado fascista el poder pol tico Alguns pontos interessantes constam em tal Solicitada Primeiro a diferencia o do argumento dentro da materialidade da publica o O discurso do terrorismo dentro do peri dico La Opini n e tomado pelas ramifica es do Partido em dois momentos falam sobre a viol ncia no pa s provinda da luta contra a subvers o oficial ou clandestina colocando se como v timas dela a repress o que atingia os membros da esquerda Isto pode se interpretar pelo ambiente de id ias que conformavam o La Opini n e que aumentavam as possibilidades de entend los j que os discursos delineavam tal ideologia Al m disso quem assinou tais posi es eram envolvidos no contexto da repress o os militantes do PC na sua Juventude ou na milit ncia pelos Direitos Humanos O mesmo n o acontece no Clar n no qual a preocupa o geral parece ser a de atingir uma unidade pol tica e n o identificar tal diferencia o mesmo quando o golpe estava nitidamente sendo convocado Logo no Clarin as Solicitadas em geral s o integradoras dentro do argumento de viol ncia principalmente com determinados setores sociais nitidamen
333. rtante perceber qual palavra foi usada para designar o outro e quais foram suas coloca es emocionais seus ju zos de valores e o extra emocional enunciado Jo o Feres Junior por exemplo demonstrou em um de seus trabalhos como se definiria a diferen a entre o eu e o outro A partir de uma ou v rias formas de desrespeito ou reconhecimento o autor analisou o caso da utiliza o do termo Latin Americans nos EUA que evidenciaria a identifica o de grupos afirmando uma maneira verdadeira de viver e diferenciando o her i do vil o Desta forma descreveu tr s maneiras de desrespeitar e outras tr s de reconhecer as formas de desrespeitos variam entre os maus tratos f sicos a priva o de direitos ou rebaixamento das pessoas a n veis inferiores e a deprecia o da vida do outro tanto individual quanto em grupo Em oposi o as formas positivas de reconhecimento seriam a integridade corporal o reconhecimento do outro como membro de uma comunidade e o respeito por seu estilo de vida O autor coloca que para desrespeitar discursivamente existem instrumentos de inferioriza o e exclus o conformados por pares de contra conceitos assim tricos um conceito positivo que designa o grupo que nomeia e outro negativo que justamente a sua invers o sem ntica A assimetria entre os conceitos que elaboram os instrumentos de desrespeito define a rela o como um contraste ou seja a imagem dada por aquele que v n o
334. rtido Justicialista convenceram no a aceitar a estrat gia de levar sua esposa ao cargo E com 62 dos votos venceram as elei es de setembro de 1973 VERBITSKY Horacio Ezeiza Buenos Aires Contrapunto 1985 LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 246 269 Idem pp 246 269 70 De todos los sectores sociales de todas las posiciones pol ticas de todos los grupos econ micos se desprendieron vastos n cleos que se sumaron a las fuerzas que tradicionalmente apoyaron al exilado caudillo Cada uno esper de l lo que deseaba unos una pol tica social como la de sus primeros gobiernos otros una econom a desarrollista o una pol tica econ mica nacionalista y aut rquica o un gobierno de orden o una pol tica socialista o una restauraci n cristiana y occidental cualquier cosa dentro del repertorio de la indecisi n argentina Pero todos ellos coincidieron en una abdicaci n no s lo democr tica sino tambi n republicana La voz de orden o mejor el grito fue Todo el poder a Per n Vencer as elei es significou para Isabel uma mudan a em sua posi o pol tica no pa s Mar a Saenz fazendo uma analogia com o jogo de xadrez descreve a como uma dama que terminou livre para mover se e tornou se pe a fundamental para aquele cen rio pol tico O apoio que deu a direita peronista abrindo lhe a porta da frente ao poder foi essencial para a hist ria que segue Em menos de tr s meses de gov
335. rupaciones JTP JP Agrupaci n Evita se organizaron en las ramas del Movimiento Ante la traici n del lopezrreguismo y el vandorismo estas agrupaciones conducidas por Montoneros asumen el pasaje a la Resistencia Desde ellas que mantuvieron la llama de la lucha peronista se comienzan a reconstruir las ramas del Movimientos Peronista Aut ntico El Partido Peronista Aut ntico Qu tiene que ver con el MPA El Partido Peronista Aut ntico no es una rama del MPA no es una rama pol tica porque todas las ramas apuntan la organizaci n pol tica del pueblo El PPA es la expresi n pol tica electoral del conjunto del movimiento Qu quiere decir las ramas del MPA Las ramas son la organizaci n pol tica para conducir cada uno de los sectores del movimiento hacia cada uno de los objetivos que se fijando de acuerdo a la relaci n entre las fuerzas del pueblo y las del enemigo imperialista El PPA no es una rama pol tica pero en la actual situaci n y por largo tiempo se constituye en una herramienta important sima para no dejar ning n resquicio a la acci n del enemigo ya que lo enfrenta en el plano legal e institucional Por eso mismo se convierte en una propuesta de poder para las masas y en una forma de contribuir a las organizaciones de m s amplio niveles de consciencia del pueblo As ramifica es do movimento seriam ent o para os Montoneros as agrupa es Juventud de los Trabajadores Peronistas Juventud Peron
336. s Solicitadas foram elaborados utilizaremos a teoria bakhtiniana de di logo Esta teoria tem como pressuposto que a produ o dos discursos tem liga es dial ticas com a express o interior e exterior do indiv duo com o sujeito pessoal e o coletivo com a realidade social e a ideologia e neste sentido a palavra produz e reproduz o sujeito seus pensamentos a sociedade e o contexto hist rico que vive Assim toda palavra seria viva e habitaria a arena da luta entre classes Adepto teoria marxista Mikhail Bakhtin retratou a no o de que os discursos seja ele verbal ou interior ideol gico s o produtos sociais que se desenvolvem na realidade frutos de homens reais com a es e condi es materiais de vida Desta forma as maneiras de se escrever Solicitadas ser o vistas como uma express o material dos discursos ideol gicos de cada organiza o A ideologia concebida por Bakhtin como um conjunto de reflexos e interpreta es da realidade natural e social Ela tem lugar na consci ncia humana e se expressa em palavras ou signos criados nas rela es hist rico materiais dos homens A teoria do c rculo de Mikhail Bakhtin constantemente visitada sob um olhar fragmentado Estabelecer est gios em sua obra no entanto significa negar seu desenvolvimento reformula es e autocr ticas sempre presentes em pensadores cujo tempo e conjuntura apresentaram possibilidades para tais a es Assim prop e se
337. s com a inexist ncia da voz do pr prio l der uma vez que ele j n o estava para legitimar os movimentos em seu entorno Neste sentido a esquerda peronista substituiu a suposta Verticalidade da conduc o do movimento de Per n recolocando a lealdade aos trabalhadores peronistas n o aceitando Isabel Per n como herdeira pol tica E para os Montoneros a centralizac o da conduc o do movimento logicamente deveria estar neles Em setembro de 1974 a Conduc o Nacional CN do movimento decide passar O grupo a clandestinidade realizando uma auto exclus o do sistema pol tico Essa nova estrat gia advinha da j falta de participac o no governo de Isabelita apontando o como antipopular e antiperonista e a inclina o da CN estrutura de luta armada para obten o do poder Desde 1975 e o aumento da repress o e da luta antisubversiva seus militantes passaram a conviver mais com a morte que com a possibilidade de sobreviver E diante do golpe militar de 1976 os Montoneros optaram por qualific lo como uma investida generalizada sobre a popula o e adotaram a estrat gia de a o ativa para consolidar e preparar o terreno da ofensiva popular De acordo com Richard Gillespie neste per odo comegaram os obst culos para o recrutamento de militantes devido falta de perspectiva em curto prazo da revolu o a disciplina profissional do guerrilheiro e ao constante perigo que tal atividade proporcionava aos seus membros e a su
338. s cria es de inimigos vari veis de acordo com a estrutura pol tica que governava permitindo a imposi o de diversos golpes j no s culo XX em 1930 1943 1955 1962 1966 e 1976 Por outro lado nos anos 1960 em um per odo de esgotamento da democracia surge no cen rio pol tico a luta armada como resposta a estrutura ilegal que se vivia no pa s Na Argentina como afirma Calveiro a guerrilha estrat gica associou se com os movimentos peronistas diversificando as pr prias mobiliza es expandindo as possibilidades para fora do foquismo e possibilitando que o peronismo fosse a porta de acesso de muitos movimentos para a pol tica Isto significou tamb m que aqueles fora do c rculo ideol gico do peronismo se marginalizaram politicamente estabelecendo uma maior luta clandestina e consequentemente uma maior viol ncia Desde a se estabeleceu socialmente que toda ac o violenta seria considerada terrorista e assim justificou se o sentido de desaparecer Nos anos 1970 quando o peronismo oficial rompeu com os movimentos de esquerda a luta contra a subvers o foi acelerada e realizada por meios legais e clandestinos Portanto durante esta d cada pode se perceber uma mudan a nos padr es do conflito real e do conflito pela significa o da viol ncia enquanto um processo O Terceiro Peronismo 1973 1976 designa um per odo hist rico no qual este movimento pol tico lideran a do governo pela tercei
339. s governamentais mas sim um apoio s For as Armadas como respons veis por tal empreendimento de recupera o da na o Na Argentina grupos de empres rios elite dominante e tradicional e propriet rios de diversos ramos formaram no final do s culo XIX a Uni n Industrial Argentina UIA um instrumento pol tico que os representaram em atividades p blicas Mesmo com a exist ncia de um grupo que integrava os propriet rios do 153 9 mbito agropecu rio a Sociedad Rural Argentina SRA cujo objetivo era velar pelo patrim nio rural e desenvolver suas riquezas naturais a funda o da UIA foi realizada por cerca de 600 pessoas que desejavam um maior ingresso em seus neg cios e poder social Na mesma poca outras associa es menores estavam sendo formadas de acordo com seus ramos de atividades at que em 1945 Per n prop s um projeto para integr las em uma Central nica a Confederaci n General Econ mica CGE Este 15 Dispon vel em http www ruralarg org ar 154 SCHVARZER Jorge Empresarios del pasado La Uni n Industrial Argentina Buenos Aires CISEA Imago Mundi 1991 pp 21 33 170 projeto mal recebido pelos empres rios ligados a UIA provocou um racha naquela Uni o empresarial baseado na contenda que marcou o pa s nos anos seguintes peronistas versus antiperonistas gt Ainda assim em 1952 a CGE foi implantada com uma moderada intervenc o do Estado e pela defesa do nacionalismo e
340. s na Puerta de Hierro ia aprofundando se cada dia mais Isabelita mostrava seu g nio temperamental Rega passava a intrometer se nos assuntos pol ticos e pessoais do casal e Per n colocava se complacente a esta situa o E quando o l der desagradava aos dois outros habitantes da Quinta era punido com a solid o e passava seus dias de puni o sem que lhe fosse dirigida nenhuma palavra As atividades e a influ ncia pol tica de L pez Rega come aram a aumentar nesta poca Em princ pios de 1970 ele j seria nomeado para algumas viagens pol ticas e algum tempo depois se tornou respons vel pela publica o do peri dico Las Bases o organismo oficial de divulga o do movimento Enquanto isso no pa s as manifesta es em prol do retorno do peronismo cresciam assim como a id ia de que o Justicialismo poderia responder e apaziguar o descontrole pol tico resultado de uma ditadura repressiva e de uma crise econ mica reflexo da crise mundial A ditadura sofre em 1969 uma grande mobiliza o dos trabalhadores em C rdoba Fruto de um novo ativismo social aqueles conflitos foram al m das propostas salariais Ali se lutou por melhores condi es de trabalho por sistemas de incentivo classifica es e categorias As manifesta es urbanas foram manifesta es de rua nas quais os estudantes e trabalhadores n o sindicalizados tamb m se agregaram conformando o que se chamou de Cordobazo As mobiliza es popula
341. s org 2 SANTUCHO Julio Op Cit 2005 p 190 111 Estatales excluido Transporte Productivos y no productivos Metal rgicos metalmec nicos Astilleros Agroindustria activ extractivas alimentaci n const Transporte e industria del Transporte Textiles vestido resto manufacturas Qu micos petroqu micos Laboratorios vidrio cer mica Gr ficos y periodistas Comercio servicios urbanos CGT y Regionales Otros y Organiz politico sindicales y o Combinaci nes de gremios Figura 7 Quadro dos setores produtivos em conflito A tabela acima nos demonstra que o per odo de Isabel Per n associado a L pez Rega foi onde se encontrou o maior n mero de conflitos de trabalhadores seguido de sua presid ncia sem o apoio do Ministro At julho de 1975 houve um conflito maior promovido pelos setores estatais desempregados e metal rgicos metal mec nico e trabalhadores de estaleiros enquanto a partir de julho houve um maior combate dos empregados estatais e sindicatos gr ficos e periodistas De acordo com Daniel James as greves e paralisa es sempre tiveram um car ter de solidariedade e uni o dos trabalhadores sobre uma determinada luta Contudo durante o per odo da Revolu o Argentina elas ganharam a caracter stica 33 ARISTIZABAL Zulema IZAGUIRRE In s Las luchas obreras 1973 1976 Los alineamientos de la clase obrera durante el gobierno peronista Nuevas consideraciones te rico
342. s todos que tentassem alterassem ou suprimissem a ordem institucional ou a paz social da Na o Seis anos de c rcere para aqueles que divulgassem propagandeassem ou difundissem condutas de doutrinamento p blico ou apologias ao delito por meio de impress o edi o reprodu o transmiss o de material impresso ou gravado de comunica es ou imagens ditas subversivas Cinco anos para aqueles jornalistas e diretores de peri dicos que publicassem informa es causadoras de desordem ou usassem nomes e informa es n o autorizadas sobre organiza es guerrilheiras e ainda para aqueles que possu ssem ins gnias distintivos ou uniformes ileg timos das For as Armadas e de Seguran a Os lugares onde fossem levados a cabo estas atividades deveriam ser fechados inclusive preventivamente Neste sentido a Lei Antisubversiva estava intimamente ligada institui o de uma ordem em nome da Na o onde os inimigos poderiam se manifestar de variadas maneiras Embora n o fosse indicado quem eram os subversivos ficariam ali expl citos especificamente quais seriam os atos de subvers o E desta forma a lei seria a primeira institucionaliza o n o apenas das atividades consideradas perigosas mas tamb m de censura de conte dos e circula o de informa es contr rias ao governo Em 5 de fevereiro de 1975 o Decreto N 261 75 rompe com as quest es subjetivas da repress o e tenta estruturar sua materialidade Assinado pe
343. sesinado Recientemente cegaron la vida de un pol tico y abogado radical rosarino una pareja de m dicos en C rdoba a una joven embarazada en la Federaci n Juvenil Comunista y asesinaron con bombas destruyendo y saqueando domicilios y sedes gremiales como la casa del Maestro en Rosario y sembrando cad veres por todo el pa s No hay democracia cuando la prensa la cultura y el arte se deben ejercer bajo amenazas constantes y atentados No hay democracia cuando toda una familia es asesinada por haber tenido un hijo guerrillero hace tres a os No hay democracia cuando miles de argentinos est n privados de su libertad sin que juez alguno haya determinado sus condenas y padeciendo los sistemas carcelarios m s inhumanos y las torturas m s crueles que se tenga conocimiento en nuestra historia 126 Solicitada Sin democracia no habr pacificaci n La Opini n Ano V N 1326 p 21 22 de Outubro de 1975 156 Desta maneira questionou qual democracia se viveria em um ambiente onde expressar se pol tica e livremente n o era poss vel A FAS tal como o Partido Aut ntico proporcionou uma leitura onde se confundiam legalidades e legitimidades tomando o governo como ileg timo devido suas a es consideradas ilegais Sua viol ncia nas duas Solicitadas aparece sob a forma de a es poder se ia dizer que sua viol ncia era descrita violentamente Podemos observar em seus escritos as descri es de imagens como no trecho acima por
344. siendo aproximadamente las 19 45 un grupo numeroso de elementos subversivos intent realizar el copamiento del Batall n Dep sito de Arsenales 601 Domingo Viejobueno La guardia de la unidad rechaz inmediatamente el ataque Efectivos de la guarnici n Buenos Aires y policiales se desplazan a la zona de acci n para operar el apoyo del batall n Reglamentos para las unidades del ERP Estrella Roja rgano del Ej rcito Revolucionario N 57 pp 15 16 28 de Julho de 1975 Parte da conversa que Julio Santucho teve com seu irm o Mario Roberto em 31 de dezembro de 1975 SANTUCHO Julio Op Cit 2005 pp 199 200 Para mais informa es sobre a opera o ver PLIS STERENBERG Gustavo Op Cit 2009 88 e arsenales Efectivos del Ej rcito realizan operaciones en la zona para evitar la huida de los delincuentes Se requiere a la poblaci n que se abstenga de transitar en la zona comprendida entre Avellaneda Lan s Lomas de Zamora y La Plata A repress o aquela ac o segundo os soldados do ex rcito que participaram dela foi realizada sanguinariamente Os corpos dos militantes e demais v timas no dia posterior foram alocados em um galp o e mostrados como trof us daquela vit ria contra a subvers o ao Comandante do Ex rcito o General Jorge Rafael Videla Os familiares dos ali assassinados lan aram posteriormente um comunicado que afirmava que no cemit rio de Alvellaneda se ha encontrado con un
345. siva mesmo que em graus diferentes O ouvinte ao perceber e compreender o significado ling stico do discurso ocupa simultaneamente em rela o a ele uma ativa posi o responsiva concorda ou discorda dele total ou parcialmente completa o aplica o prepara se para us lo etc essa posi o responsiva do ouvinte se forma ao longo de todo o processo de audi o e compreens o desde seu in cio s vezes literalmente a partir da primeira palavra do falante A atividade responsiva ent o d se em formas de a o sil ncio efeito retardado sob contesta es em discursos ou comportamentos subsegiientes Segundo Bakhtin toda compreens o da fala e do enunciado viva e de natureza responsiva tornando o ouvinte obrigatoriamente tamb m falante Mas ao mesmo tempo tamb m o falante est coordenado pela a o responsiva esperando uma compreens o ativa de seu enunciado e respondendo ao ouvinte e aqueles falantes precedentes Assim como coloca Ana Paula Ribeiro o tempo todo se faz eco de palavras textos ou sons j produzidos Nossas falas s o apenas mais uma das vozes presentes coordenadas pelo enunciado que por sua vez est elaborado em margem de negocia es dentro da heterogeneidade do discurso do sujeito dando sentido ao mundo Devemos lembrar que o projeto bakhtiniano que percorre toda a sua obra o Dialogismo De acordo com Bakhtin estamos acostumados a um mundo onde as id ias B
346. smo que seria o desejo dos imperialistas para o pa s Especulan con la posibilidad de confundir y arrastrar una vez m s a sectores democr ticos y patri ticos de las Fuerzas Armadas y confundir tambi n a amplios sectores de las capas medias de la poblaci n para ap rtalas as sea moment neamente del sendero democr tico El Partido Comunista se pronuncia resueltamente por la soluci n democr tica de la crisis contra el golpe de Estado Ese posibilitar a el desfreno del terror por parte de las Tres A y otras bandas fascistas y podr a llevar al pa s al borde del abismo de la guerra civil El Partido ha condenado el terrorismo individual o de grupo como m todo de lucha para lograr las transformaciones progresistas necesarias Objetivamente la acci n al margen de las masas en vez de ayudar a restablecer plenamente el r gimen democr tico lleva agua al molino de la reacci n extrema Advierte al mismo tiempo que el problema de la violencia se resolver por v a de medidas pol ticas sociales e econ micas y no por la v a de la transformaci n de las Fuerzas Armadas en fuerzas de represi n Neste sentido o terrorismo m todo de luta que aparta as massas das transforma es desejadas e logo da democracia s resultaria em rea es ainda mais violentas Para o PC o problema da viol ncia no pa s que estava beira de uma guerra civil n o se resolveria confundindo e transformando as Forgas Armadas
347. somos una estructura pol tica que fundamenta su accionar en la plena vigencia de los principios democr ticos reconocemos como columna vertebral a los trabajadores Luchamos para alcanzar la unidad nacional para que el acuerdo entre todos los sectores populares permita encarar las dificultades que impiden alcanzar la Patria Socialmente Justa Econ micamente Libre y Pol ticamente Soberana Es el gobierno quien tiene la responsabilidad de pacificaci n Lo lograr si procede con justicia con represi n y exterminio tal vez consiga la paz de los cementerios Despu s la violencia renacer de nuevo En un sistema afianzado en la justicia social la violencia no tiene sustento y desaparece de forma natural A viol ncia para o Partido Aut ntico era natural do sistema capitalista que colocava trabalhadores contra propriet rios de meios de produ o As a es de viol ncia portanto n o vinham daqueles que lutavam pela libera o do povo mas daqueles que se tomavam contra ele exterminando os que desejavam justi a social O PA punha se ent o em defesa de uma libera o econ mica rompendo com a depend ncia e modificando a estrutural social e pol tica para realmente conseguir a paz E a maior responsabilidade de pacifica o estaria segundo o Partido nas m os do governo que ao inv s de proceder com justi a social como havia prometido em campanha andava utilizando se de meios repressivos e de exterm nio que calariam mom
348. subsistir en el futuro Clar n Ano 30 N 10578 pp 10 11 9 de Agosto de 1975 A mesma Solicitada foi publicada no La Naci n em 9 de Agosto de 1975 115 interessante que as 62 Organizaciones aportaram na escrita a concepc o de terrorismo econ mico e social Esta concep o uma contraposi o a id ia levantada por alguns setores pol ticos que acusavam o proletariado de conduzir uma guerrilha fabril ou uma subvers o nas f bricas atrav s de suas manifesta es iniciadas com as jornadas de junho julho de 1975 Invertendo tal discurso o terrorismo ali descrito era caracterizado pela ofensiva da ultradireita desejosa de pauperizar a classe trabalhadora e dar o golpe contra o peronismo En el ejercicio de este verdadero terrorismo econ mico y social se percibe ya la amenaza de quienes parecieron pretender el desencadenamiento de nuevas aventuras golpistas Ignorando la ense anza de la historia y marchando a contramano de la voluntad popular Assim o terrorismo seria polarizado entre os internacionalismos opressores a viol ncia fora abordada pela Organiza o como ocasionada por aqueles que promoveriam o terrorismo econ mico social defendendo o imperialismo capitalista e o terrorismo armado defendendo uma esquerda internacional Este ltimo tipo tentaria segundo a Organiza o adentrar a pol tica eleitoral do pa s e conseguiria promover um messianismo que justificava os prop sit
349. t o os cargos de Ministro do Trabalho e Previs o Ministro da Guerra e vice presidente e que havia sido obrigado a renunci los Em seu discurso de despedida Per n demonstrou o rito de passagem que iria cumprir saindo do quartel e tornando se um cidad o argentino trabalhador e o melhor representante desta classe PLOTKIN Mariano Ben Ma ana es San Per n propaganda rituales pol ticos y educaci n en el r gimen peronista 1946 1955 Caseros Editorial de la Universidad Nacional de Tres de Febrero 2007 Cap tulo 3 1 de Mayo y 17 de Octubre el origen de dos rituales 3 LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 pp 149 165 2 Idem pp 78 92 33 Quando o cad ver de Evita foi levado desde Mil o resid ncia de Per n em Madrid durante o ano de 1971 L pez Rega convenceu Isabel Per n de que seria interessante mant lo na casa para ajud la na aquisi o do esp rito de Eva Segundo Larraquy ela recostava se ao lado da defunta embalsamada para que seu secret rio realizasse os rituais m gicos Idem p 197 e nota 12 do cap tulo 10 66 Depois da ronda pol tica que tardou nove meses Isabel retornou Espanha e foi recebida com aprovac o de seu marido que a declarou como mais um soldado de Per n e m e de todos os peronistas L pez Rega por sua vez mostrou se empenhado em sua tarefa de ajudar no retorno de Per n Argentina e em aproximar se dele Segundo Larraquy a conviv ncia entre os tr
350. ta maneira as acusa es de censura levantadas contra o governo foram justificadas E o senhor Hector Gracia nada mais declarou sobre o tema Neste sentido tentou se demonstrar o car ter de divulga o das id ias dos empres rios Em sua maioria e em suas diverg ncias procuravam estabelecer uma opini o a favor de seus projetos pol ticos que retirassem aquele governo peronista ou as medidas adotadas pela presidenta conformando uma sociedade economicamente favor vel s empresas privadas A defesa pela luta anti subversiva ent o era aquela que reprimisse todos os focos considerados marxistas ou coletivizantes desde suas a es pol ticas e econ micas at suas experi ncias culturais Logo os inimigos estavam realizando guerrilhas em seus campos rurais urbanos e fabris nos coletivos que enquadrava inclusive o pr prio governo E a nica solu o real para o caos era encontrada no comandado das Armas argentinas cujo fim era o de subtrair os indiv duos causadores da desordem dos cen rios supracitados 3 6 E na Arena da Luta entre Classes as Palavras est o Vivas Apontamentos para uma Conclus o Observaram se acima algumas organiza es que falaram sobre a viol ncia por um espa o p blico conferindo lhe um lugar de discuss o ideol gica Foram analisados comunicados de organiza es trabalhistas partidos e frentes pol ticas e organiza es empresariais das mais diversas conforma es a fim de pr
351. tamb m com outros adjetivos amigos peronistas humanos nacionais v timas consequentes e assim por diante Incapazes de promover as a es que os outros realizavam O mesmo argumento da viol ncia extremada foi levantado pelo Partido Comunista O PC condenou a viol ncia dos extremos pol ticos apesar de diferenciando seus graus e atores e permitindo evidenciar sua proposta de forma o de uma Frente Democr tica com aux lio das For as Armadas FRANCO Marina Op Cit 192 Para tal fim definiu a extrema direita ora como protegida do governo ora como setores golpistas do empresariado e For as Armadas Ou seja a extrema direita aqui era apontada de forma espec fica como a banda Lopezreguista que reprimia ilegalmente os subversivos chamados pelo PC de guerrilheiros referindo se aos movimentos armados tamb m condenados pelo Partido ou demais v timas tratando de si ou de outros Partidos legalizados na poca e aqueles que falavam em defesa de um golpe Como extrema esquerda o PC decidiu enfrentar se com os grupos pol ticos que escolheram a op o armada e desta forma contrapor a sua id ia de Revolu o por etapas Logo estes extremados provocariam a viol ncia e o caos auxiliando a constru o da legitimidade de interven o dos setores golpistas Do outro lado da hist ria estes extremos tamb m se expuseram Pelas Solicitadas p de romper seu sil ncio uma esquerda que
352. tar con la sincera y efectiva colaboraci n de los poderes p blicos Al Pa s porque todos los argentinos son v ctimas de un proceso que conduce inexorablemente a la disgregaci n y el caos 16 DE FEBRERO DIA DE PROTESTA NACIONAL 17 Solicitada Destruicci n de la empresa privada Clar n Ano 31 N 10742 p 13 27 de Janeiro de 1976 Grifos no original 171 Solicitada Por qu paran los empresarios La Opini n Ano V N 1416 p 7 7 de Fevereiro de 1976 Grifos no original 177 Nesta simples Solicitada publicada no La Opini n em 7 de fevereiro para explicar se opini o p blica a Assembl ia conseguia reunir sinteticamente os principais argumentos para a defesa da paralisa o de acordo com os setores empres rios trabalhadores profissionais consumidores For as Armadas e de Seguran a e aos argentinos em geral todos que deveriam agregar se nesta luta O fundamento b sico eram os erros do governo quanto pol tica econ mica e antisubversiva que desvalorizavam moral e economicamente o pa s conduzindo o ao caos Diante do apelo dos empres rios da APEGE e o apoio de outras entidades empresariais a paralisa o algumas outras organiza es do empresariado e dos trabalhadores come aram a debater tal posi o publicamente Muitos deles alegavam a necessidade de harmonia para acabar com a crise em vez de romper com o Pacto Social Outros encontravam inimigos dentro das polariza es entre empres rios e tra
353. te a CGT e as For as Armadas O jornal possibilita essa leitura por ter uma proposta mais abrangente e menos pol mica portanto tamb m um espa o integrador de p blicos e de publicadores Ent o tem se nos diferentes espa os uma esp cie de di logo com outras organiza es No La Opini n poder se ia dialogar sobre a tem tica da repress o de 147 Solicitada Ante la grave emergencia opina la Juventud Comunista La Opini n Ano V N 1403 p 9 23 de Janeiro de 1976 167 outra maneira e com outras organiza es ou indiv duos que reclamavam da viol ncia gerada pelo Estado atrav s das For as Armadas e da Triple A Um exemplo disto est no seqiiestro de Roberto Quieto e a Solicitada da Juventude Comunista O advogado em quest o era o n mero tr s da Condu o dos Montoneros e havia sido sequestrado no final do ano de 1975 em San Isidro por membros da Pol cia Federal e do Ex rcito vestidos de civis que alegavam a legalidade de tal opera o Tomando consci ncia do sequestro entidades e indiv duos nacionais e internacionais iniciaram uma busca pelo advogado tentando legalizar sua situa o e manifestando se atrav s de diversas Solicitadas nos jornais pesquisados por todo o m s de janeiro de 1976 Nelas denunciava se a pris o a nega o do pedido de Habeas Corpus o sil ncio das autoridades e a ilegalidade desta a o De acordo com um telegrama da Embaixada dos Estados Unidos Roberto Quieto continuava vivo
354. tes Logo o Partido Aut ntico demonstrou ao p blico os sentidos da viol ncia em sua materialidade censura pris es desaparecimentos mortes agress es e etc e em seu simbolismo o que seria verdade ou mentira quem seriam os her is ou vil es naquele embate pol tico Neste marco a clandestinidade tornar se ia resist ncia e a subvers o teria duplo sentido um signo positivo de luta contra a ordem vigente que traria toda a hist ria do peronismo e os sacrif cios para liberar a P tria enquanto outro negativo destinado aos causadores da desordem e da repress o contra os movimentos populares 105 Entrevista de Miguel Zavala Rodriguez El PPA fue invitado por la prensa extranjera Bolet n Informativo del Partido Peronista Aut ntico Ano 1 N 2 p 3 Junho Julho de 1975 106 Solicitada Ante la clausura del Aut ntico Clar n Ano 31 N 0723 p 17 8 de Janeiro de 1975 107 Solicitada A los trabajadores y compa eros de la resistencia Clar n Ano 31 N 10743 p 17 28 de Janeiro de 1976 147 Defendeu sua posig o de n o subversivo segundo as leis formuladas pelo governo contudo um revolucion rio e condutor das bandeiras dos trabalhadores E isso para o Partido n o possu a o sentido de terrorismo ou subvers o A id ia era inverter a no o acusando Isabel Per n como representante de um governo autorit rio e limitador que promoveria a inseguranga que dizia combater O tema recorrente da viol ncia colocado
355. ticas de convencimento da opini o p blica utilizadas pelas organiza es que as assinavam OZOUF Jacques A opini o P blica Apologia das sondagens In LE GOFF Jacques NORA Pierre Hist ria Novos objetos Rio de Janeiro F Alves 1986 pp 186 198 BECKER Jean Jacques A opini o p blica In R MOND Ren Por uma hist ria pol tica Rio de Janeiro FGV 2003 pp 185 212 47 Pode se compreend las enquanto opini es privadas em exposi o p blica que desejavam obter o apoio de sua opini o e assim fundamentar seus projetos para a sociedade argentina naquela poca Desta forma elas s o reprodu es de palavras da poca e das quest es que rondavam os grupos sociais Geravam discuss es estimulavam manifesta es subjetivas e materiais e acarretavam confirma es formula es re significa es ou transforma es das opini es dos homens sobre suas realidades 1 4 Compreens o Ades o e Participa o a Opini o P blica Argentina antes do Golpe de 1976 Por eso s lo requerimos en estos primeros momentos comprensi n Comprensi n hacia la actitud asumida por las Fuerzas Armadas comprensi n hacia el objetivo final trazado comprensi n hacia el curso de una acci n elegida para el logro de ese objetivo Habiendo comprensi n es posible que podamos concretar hechos reales y es en funci n de esos hechos que reci n podremos pedir adhesi n Adhesi n no a las personas sino a los hechos
356. ticos pr imperialistas os empres rios delinquentes econ micos o governo e o Partido Justicialista E estes inimigos eram os que 184 promoviam a desordem e o caos atrav s da viol ncia aplicada contra os trabalhadores os verdadeiros peronistas e uma esquerda que lutava contra a opress o A viol ncia descrita em seus comunicados advinha das atividades de censura aprova o de leis denominadas antisubversivas repress o a estes setores ocasionando sequestros pris es mortes e desaparecimentos de militantes e pessoas comuns e pelo campo econ mico com demiss es cortes salariais viol ncia contra trabalhadores e entregas ao imperialismo estadunidense Logo a luta pelo poder armada ou n o era justificada e as demais a es contra este estado de viol ncia n o seria subvers o em um sentido negativo sen o resist ncia invertendo o sentido dado pela grande m dia pelo governo e demais setores possuidores de poderes pol ticos e econ micos no pa s Em acep o positiva a subvers o n o foi abordada sen o em peri dicos de cunho pol tico das organiza es que formavam o PA Nelas a subvers o era a express o da contravers o de uma ordem pol tica vigente do Justicialismo de Isabel Per n e seus associados e outros representantes pol ticos considerados reacion rios A mesma invers o do sentido de subvers o observada em outro movimento com diferente posi o ideol gica e que poucos comunicados es
357. tidades discursivas en la prensa argentina 1976 1983 Revista Galaxia S o Paulo N 3 vol 2 pp 73 92 2002 12 FRANCO Marina Notas para una historia de la violencia en la Argentina una mirada desde los discursos del per odo 1973 1976 Nuevos Mundos Mundos Nuevos Dispon vel em http nuevomundo revues org index43062 html 11 A primeira abordagem era a viol ncia dos dois extremos ou seja a negac o da viol ncia e a acusac o de sua pr tica pelas duas pontas divergentes do sistema pol tico a extrema direita e a extrema esquerda Nos discursos sobre a viol ncia dos extremos impugnados por diversas posi es pol ticas e denunciados por tantas outras percebiam 33 66 se express es como terrorismo de qualquer signo extremismos de ambos os lados escalada terrorista terrorismo de ambos os signos entre outros O segundo tipo de abordagem foi conferido viol ncia subversiva aquela que demarcava as posi es entre a esquerda subversiva e a direita repressiva Nesta l gica a repress o teria um car ter positivo uma vez que reagia para frear as a es das organiza es armadas clandestinas Portanto o discurso era que a viol ncia advinha da subvers o e justificava a es de contraguerrilha O ltimo tipo de discurso abordado por Marina Franco a viol ncia como guerra a id ia de antisubvers o Este argumento discorria sobre a luta antisubversiva le
358. titui o independente que estaria levantando a verdadeira luta contra a subvers o e por isso deveria ser apoiada Diante destas contendas o Minist rio do Interior manifestou se no dia 29 de outubro publicando e divulgando em diversos meios de comunica o um chamado de aten o aos donos dos rg os de comunica o de massa Naquele comunicado afirmava se a liberdade de informa o No entanto dizia se inflex vel nas ado es de medidas previstas por leis que preveniriam o desvirtuamento e a distor o da informa o principalmente no que tange a quest o da subvers o e suas transgress es a partir de divulga es falsas ou tendenciosas Orientou que estes meios de comunica o fossem mais cuidadosos e evitassem a a o psicol gica contr ria s a es pol ticas e do 182 Solicitada Argentinos de Pie La Naci n Ano 106 N 37322 p 10 27 de Outubro de 1975 Grifos no original 182 governo perante a opini o p blica levando a a pensamentos antinacionais e em contra valores espirituais ou de estilo de vida dos argentinos Portanto segundo o governo os respons veis pela divulga o de informa es n o vinculados aos partidos ou movimento pol ticos logo considerados neutros deveriam ter em conta sua grande participa o na forma o de opini o p blica Assim eles precisariam repensar sua posi o na conforma o das estrat gias de noticiar o contexto em que se encontrava o pa s Des
359. tivar o ingresso na luta armada mesmo que nem sempre possibilitasse uma compreens o da pol tica proposta pelo Partido Revolucionario de los Trabajadores H por exemplo publica es ao estilo passo a passo e figuras explicativas que ensinavam a popula o a construir coquet is molotovs ou armamentos de variados portes sem explica es da luta coletiva e valorizando a es individuais Em algumas de suas reportagens descreviam se opera es do ERP realizadas com sucesso e as distribui es dos materiais apropriados pelos guerrilheiros confirmando a proposta de humanidade do Ex rcito Revolucion rio Tal id ia era reafirmada ainda pelas publica es de cartas na se o Cartas desde el Monte que enalteciam a vida guerrilheira com relatos de indiv duos que lutavam na guerrilha tucumana ou moradores da regi o agradecendo pela exist ncia dela O peri dico ainda tratava da id ia de que Ao terror se respondia com terror e assim propagava o car ter contra revolucion rio do governo peronista dos militares e 6 POZZI Pablo Op Cit 2008 pp 114 115 117 Os exemplares aqui trabalhados tratam se da edi o feita posteriormente pela INFOBAE e que se encontram na Biblioteca Nacional de Buenos Aires 15 Este apontamento j havia sido realizado pelos citados trabalhos de Vera Carnovale CARNOVALE Vera El concepto de enemigo Op Cit CARNOVALE Vera En la mira perretista Op Cit 119 POZZI Pablo Op Cit
360. to de 1975 A presidenta assessorada pelo l der Lorenzo Miguel e pela ortodoxia sindical havia colocado Cafiero naquele gabinete e Carlos Ruckalf no 155 Idem pp 83 99 156 ROUGIER Marcelo FISZBEIN Mart n Op Cit 2006 pp 54 60 157 SCHVARZER Jorge Op Cit 1991 pp 209 238 158 Na poca tal Confederag o era conformada pela Confederaci n de la Producci n Confederaci n Industrial Argentina Confederaci n del Comercio Confederaci n Econ mica de la Provincia de Buenos Aires Confederaci n General Econ mica de la Capital Federal Federaci n Econ mica de Catamarca Confederaci n General Econ mica de C rdoba Federaci n Econ mica de Corrientes Federaci n Econ mica del Chaco Confederaci n General Econ mica de Chubut Confederaci n Econ mica de Entre R os Federaci n Econ mica de Formosa Confederaci n General Econ mica de Jujuy Federaci n Econ mica de La Pampa Confederaci n Econ mica de La Rioja Federaci n Econ mica de Mendoza Confederaci n Econ mica de Misiones Confederaci n Econ mica de R o Negro Confederaci n General Econ mica de Salta Federaci n Econ mica de San Juan Confederaci n General Econ mica de San Luis Confederaci n General Econ mica de Santa Cruz Confederaci n General Econ mica de Santa Fe Confederaci n General Econ mica de Santiago del Estero e Federaci n Econ mica de Tucum n 15 Solicitada El empresariado nacional al pa s La Naci n Ano V N 1345 p 8 14 de
361. to de Ci ncias Humanas e Filosofia III T tulo FOLHA DE APROVA O UMA ONDA DE LAMA E SANGUE AMEA A COBRIR A REP BLICA Os discursos sobre a viol ncia no governo de Isabelita Per n junho 1975 mar o 1976 Marina Maria de Lira Rocha Disserta o submetida ao corpo docente do Programa de P s Gradua o em Hist ria da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos necess rios obten o do grau de mestre BANCA EXAMINADORA Prof Dr Norberto Ferreras UFF Orientador Prof Dr Samantha Viz Quadrat UFF Prof Dr Maria Paula Nascimento Ara jo UFRJ SUPLENTE Prof Dr Denise Rollemberg Cruz UFF Niter i 2011 AGRADECIMENTOS Dedico um primeiro agradecimento sem tamanho minha fam lia que com tantas idas e vindas tantas separa es me fez conviver com este tema minha m e Iracilda brava companheira de todos os dias Ao meu pai Rafael que me abriu in meras portas minha irm B rbara e primas Helena e Luisa pelos dias e noites de conv vio Aos meus av s que tanto me inspiraram com suas hist rias de vida contadas nas intensas reuni es familiares Deste lado da fronteira Aos amigos que desde a inf ncia me acompanharam D bora Accorsi e Antonio K Valo Vivemos tantas experi ncias juntos desde o jardim de inf ncia Quem diria que ir amos crescer assim O tempo passou meus queridos amigos e n s sobrevivemos juntos Aos amigos da gr
362. to ochenta y cinco lunas Cuando yo te escrib esto llevar a yo tu a mi vientre pero igual te sent amos Tu papa tu mama ojal que los conozca y lo tenga siempre Porque uno sabe que luchamos por el pueblo y no tenemos garant as Es un hombre como pocos Un amor que no se puede medir Dentro de l est bamos nuestro pueblo tu y yo Ojal que posamos te llevar por las manos reir con tus caritas nos preocuparnos con tu llanto desvelarnos por la noche para colgarlo en nuestros brazos Porque vos es el fruto de nuestro amor que es infinito Si lo pierdes cuando sea peque ito l igual va estar presente en mis recuerdos Ojal sea como l con eses ojos que muestran la calma con una boca que dame amor cari o y comprensi n con un coraz n que siente y que sufre por los dem s Si lo pierdo la mitad de mi vida se va a morir Si yo tengo que cair solo pido a la causa que me permita generarte y que puedas nascer As que tengas un compa ero que lo acompa es a su angustia Y si te quedas solito sin tu papa y tu mama nuestros amigos te cuidar n te dar n y te ensa ar n a luchar Quiero que sea sencillo y que alg n d a te enamore por una chica honesta que la quiera como yo a papa y papa a m Sabes que sos la esperanza de la nueva sociedad de un sistema justo Si nos pierdes a los dos te dejamos como herencia amor un espiritu de lucha y un camino preparado para que puedas mirar la revoluci n y el pueblo contento Hasta ot
363. tos sequestros pris es censuras guerrilhas proscri es subvers es desordens e etc eram diferentes em cada um daqueles escritos e para cada um daqueles sujeitos Os discursos do Peronismo Oficial usavam o argumento do imperialismo para criar o sentido de viol ncia O imperialismo comunista criava a viol ncia da subvers o Nos planos das palavras este peronismo parte do Movimientismo acusava as guerrilhas peronista ou n o de estarem utilizando se da viol ncia para levar o pa s ao caos e desta forma conduzi lo ao comunismo Contudo a viol ncia tamb m poderia vir de grupos golpistas membros de um imperialismo capitalista que desejavam ocasionar uma desordem e prejudicar o coletivo a fim de obter o poder atrav s de um golpe Devemos lembrar que o peronismo em sua f rmula hist rica de Terceira Posi o considerava o comunismo uma supress o do indiv duo na sociedade enquanto LANUSSE Lucas Op Cit 2005 191 o capitalismo uma forma impositiva dos interesses individuais e consumistas Assim defendia uma Justiga Social que equilibrava os dois sistemas e o Pacto Social que ajustava os interesses entre as classes Mas nos discursos daquele grupo no contexto estudado que tentava uma aproxima o com o empresariado e as For as Armadas os principais inimigos ainda eram os comunistas um grupo muito maior que o que lhe denominava e que englobava pessoas que se identificavam inclusive como p
364. tos para atos p blicos e mobiliza es Em setembro de 1974 o ministro da Educa o Oscar Ivanissevich come a as interven es nas universidades colocando figuras tradicionalmente fascistas para conter aquelas f bricas de marxistas Esse foi o caso por exemplo do interventor da Universidade de Buenos Aires UBA Alberto Olttalagano ex militante da Alianza Libertadora Nacionalista que em seu discurso de posse afirmara O con Cristo o contra Cristo O con el Justicialismo o con el Marxismo A mesma id ia de acabar com a dissid ncia do Movimento em nome da P tria da Igreja do Ex rcito da Argentina Pot ncia e de sua purifica o justificou a continua o das pol ticas de interven es provinciais iniciadas no governo de Juan D LARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 p 294 Idem pp 294 301 Idem pp 301 302 e nota 4 do Cap tulo 15 6 Idem p 308 76 Per n Como j colocado Per n havia deposto Oscar Bidegain em Buenos Aires e Obreg n Cano em C rdoba O parlamento interveio em Mendonza cujo governador era Mart nez Baca e Isabel Per n em Santa Cruz e Salta retirando do poder Jorge Cepernic e Miguel Ragone respectivamente Neste sentido Isabel preocupou se em seguir o caminho da direita peronista favorecendo a classe empresarial e rompendo com a famosa pol tica de Pacto Social iniciada nos anos 1940 O Pacto Social era o s mbolo de um poss vel di logo travado entre as classes socia
365. trabalhadores n o se daria mais apenas pelo di logo apesar deste tamb m ser um dos objetivos que tentariam recuperar para estabelecer negocia es Mas o enfrentamento iria dar se tamb m pela greve cuja finalidade era repudiar o poder que tentava desnacionalizar a economia e interromper a libera o da p tria e do povo O novo sentido dado para a greve descrito por Daniel James estava presente os trabalhadores da CGT resolveram encarar o Estado personificado nos ministros L pez Rega e Celestino Rodrigo e apoiado pelos empres rios liberais De acordo com James o discurso do peronismo oficial um discurso que tem duas premissas b sicas o Justicialismo e o Pacto Social Os trabalhadores contudo a partir de suas experi ncias e suas pr ticas apropriaram se dessas premissas valorizando se em rela o ao empresariado defendendo sua autonomia e modificando o sentido de greve que tornava poss vel sua utiliza o durante um governo cujo imagin rio era o de representar os pr prios trabalhadores Tomando os pares contra conceituais de peronistas e antiperonistas patri ticos e antinacionais a CGT expunha seus argumentos naquele momento de institui o de uma nova pol tica depois da crise Neste sentido o empres rio n o entendia as propostas do Pacto Social e tornava se antinacional e antiperonista Solicitada Los trabajadores defendemos el pensamiento de Per n que es defender la patria y a nosotros mismos Clar n An
366. trado nele Assim remetia se a casos tr gicos e sangrentos que justificavam a luta contra a subvers o A viol ncia deste modo era tratada como uma a o incutida pelos marxistas dentro de um movimento aut ntico do peronismo representado pelo poder oficial nico capaz de conformar um pa s com justi a social Por isso o governo com ajuda das 112 Os exemplares encontram se na Biblioteca Nacional de Buenos Aires com exce o dos n meros 133 e 151 da revista que estavam danificados 113 TARRAQUY Marcelo Op Cit 2007 114 CUCCHETTI Humberto Redes sociales y ret rica revolucionaria una aproximaci n en la revista Las Bases 1971 1975 Dispon vel em http nuevomundo revues org 43252 98 Forcas Armadas e dos verdadeiros trabalhadores a base do peronismo necessitava operar contra tais subversivos da ordem E assim o peri dico legitimava as legisla es antisubversivas A pauta principal dos tr s n meros analisados seria evidentemente enaltecer a presidenta e dar lhe apoio Saiam em todos os n meros poesias sobre Isabel fotografias da presidenta propagandas de seu governo e a extrema ligac o entre ela Per n e Evita configurando uma esp cie de tr ade peronista na qual Isabelita era a representante na Terra dos dois fundadores j falecidos Neste sentido os textos publicados na revista tinham car ter especialmente emocional e apelativo que buscavam estabelecer um consenso sobre uma presi
367. u Provincial de grupos paraestatais ou infiltrados em Servi o de Intelig ncia empres rios pessoas da alta hierarquia em empresas traidores colaboradores ou sindicalistas Um segundo grupo de mortes estaria conformado por aquelas que o ERP assumiu a responsabilidade mas n o seriam planejadas portanto n o era o objetivo da a o mat las E a n o intencionalidade era advertida na divulga o Um terceiro grupo qualificado pela autora seria composto de casos 13 Os trabalhos de Hugo Vezzetti por exemplo prop em recuperar a viol ncia das organiza es armadas argentinas lan ando teses psicol gicas sobre as v timas do messianismo dos anos 1970 Vezzetti iguala os sentidos da viol ncia definindo a como seq estros torturas bombardeios e crimes ou seja as pr xis cuja finalidade seria impor um pensamento pol tico sem determinar quais seriam essas ideologias e o contexto social por tr s delas Desta forma passa a tratar da tem tica da viol ncia revolucion ria sob a perspectiva do sacrif cio de uma suposta tradi o ao sangue e paix o do combatente onde as mortes eram cultivadas enquanto hero smo e as outras v timas seriam insignificantes VEZZETTI Hugo Op Cit 2003 e VEZZETTI Hugo Sobre la violencia revolucionaria memorias y olvidos Buenos Aires Siglo XXI 2009 CALVEIRO Pilar Antiguos y nuevos sentidos de la pol tica y la violencia Lucha Armada en la Argentina A o 2 N 4 pp 16 17 2006
368. ue seria o terror contra o que eles deveriam lutar Um terror que causaria mortes de militantes peronistas presos pol ticos censura e clausura de meios de informa o tentativas de silenciar verdades pol ticas subordina o econ mica e deprecia o do povo O pa s estaria em uma guerra injusta e cujo objetivo seria aprofundar a depend ncia e a explora o dos trabalhadores objetivos esses desonestos e reacion rios contra a felicidade Em outro momento Zavala Rodr guez defendeu aquilo que complementaria seu pensamento anterior O Partido segundo ele lutava por uma libera o Nacional e Social e tinha objetivos que n o eram m sticos nem idealistas mas corretos e poss veis A luta armada apesar de meio n o era a determinante para a libera o que se 103 ANSALDI Waldo El silencio es salud La dictadura contra la pol tica In QUIROGA Hugo TCACH C sar Comp Argentina 1976 2006 Entre la sombra de la dictadura y el futuro de la democracia Rosario Homo Sapiens Ediciones 2006 p 113 19 Solicitada Ante la clausura del Aut ntico Clar n Ano 31 N 10723 p 17 8 de Janeiro de 1975 146 105 encontrava no apoio popular o elemento decisivo seria o pr prio homem Logo tudo o que o pa s passava seria moment neo pois os homens peronistas verdadeiros resistiriam dentro de seu movimento Es posible callar la voz de un rgano de prensa pero es una quimera pretender el silencio total d
369. uei me na concep o de ser latino americana Digo de entender me como parte da Am rica Latina Um pouco antes do crescimento das pesquisas sobre o tema e dos olhares sobre a regi o andei em viagens e deparei me com pessoas cujas hist rias penetravam as minhas Encontrei me com tal identidade e percebi me nela Neste processo de conhecimento e autoconhecimento e aproveitando a oportunidade de poder circular pela regi o principalmente o Cone Sul onde os la os familiares e afetivos me permitiam tais experi ncias resolvi descobrir tamb m alguns lugares destinados a guardar documentos e bibliografias a guardar as mem rias e as hist rias da Nuestra Am rica Foi assim que cheguei a Biblioteca Nacional Argentina em Buenos Aires Naquele dia acinzentado fui pela primeira vez na parte destinada a conservar seus jornais Decidi naquele instante pedir um exemplar escolhido de forma fortuita para folhe lo Talvez n o t o por acaso assim Havia escolhido o jornal La Naci n um dos poucos que conhecia de forma superficial naquele tempo Defini que seria ele o primeiro a ser apreciado por olhos ainda crus Seus volumes quinzenais eram guardados naquela Hemeroteca em grandes livros de formato Standart envoltos em capas duras Eles vinham aos seus pesquisadores agrupando os n meros originais subindo desde um por o por um elevador cujo barulho ecoava em toda a sala Se me permitem dizer um por o de um subsolo livros que vinha
370. ueridos pelo Comando Geral do Ex rcito Ao Minist rio de Bem Estar Social coube lhe desenvolver conjuntamente ao Minist rio de Defesa as opera es de a o c vica necess rias para a popula o afetada pelas opera es militares A Secretaria de Imprensa e Difus o da Presid ncia trataria de desenvolver opera es psicol gicas requeridas pelo Minist rio de Defesa de propaganda e convencimento sobre as Opera es Ao seu final o texto do Decreto colocou a disposi o das opera es a quantia de 40 000 000 de pesos argentinos Assim o Decreto permitia desenvolver a es naquela prov ncia contra elementos e atividades subversivas que ali se encarnavam essencialmente nos guerrilheiros e militantes do PRT ERP e suas bases de opera es naquele ambiente rural Mas que na realidade se estendeu para os demais habitantes da prov ncia e posteriormente ao pa s inteiro As a es possuiriam tr s frentes distintas centralizadas pelo Comando Geral do Ex rcito a es armadas fundamentadas pela mentalidade de guerra antisubversiva a es psicol gicas atrav s de propagandas que seriam veiculadas pela Secretaria de Imprensa e Difus o n o esquecendo que o Ministro de Educa o tamb m assinou tal decreto e a es consideradas c vicas ou de apoio popula o que vivia na prov ncia com a finalidade de conseguir seu respectivo apoio Esta legisla o ficou conhecida como Operativo Independe
371. uma redivis o secreta das ac es para n o compromet los com o governo excluindo os Graiver e repartindo as com Abrasha Rotenberg Mas o cerco foi se fechando em torno de Timerman Em 1 de abril de 1977 foi sequestrado o gerente t cnico do di rio Eduardo Saj n que morreu de ataque do cora o quando estava sob tortura em algum Centro Clandestino de Deten o em Buenos Aires Em 14 de abril o subdiretor do jornal Enrique Jara foi sequestrado a caminho de sua casa e obrigado a passar pela resid ncia de Timerman para busc lo Era outra opera o do general Ram n Camps respons vel tamb m pelo sequestro da fam lia Graiver sob o argumento de que La Opini n disseminava a subvers o era ligado a David Graiver e empregava periodistas marxistas Ambos passaram pelos CCDs Campo de Mayo Puesto Vasco perto de Quilmes e Coti Martinez Interrogados e torturados diversas vezes eles suportariam tamb m um interrogat rio coletivo que al m dos dois estavam presentes Ramiro de Casabellas e Lidia Papeleo A posterior hist ria de Timerman abordar se de forma breve apenas para n o deixar aqui uma lacuna Sua pris o foi denunciada internacionalmente constantemente interpelada como clandestina e debatida nos meios militares como uma opera o problem tica para a pr pria Junta Em 1980 Timerman foi liberado e seguiu para o ex lio em Israel e depois para os Estados Unidos Neste per odo de ex lio lan a seu
372. ura y la transici n democr tica 1976 1986 Revista de Historia Actual Espanha N 6 2009 ANSALDI Waldo El silencio es salud La dictadura contra la pol tica In QUIROGA Hugo TCACH C sar Comp Argentina 1976 2006 Entre la sombra de la dictadura y el futuro de la democracia Rosario Homo Sapiens Ediciones 2006 ANTOGNAZZI Alicia La lucha armada en la estrategia pol tica del PRT ERP 1965 1976 Raz n y Revoluci n Dossier Cien a os de lucha socialista Buenos Aires N 3 1997 ARA JO Maria Paula Esquerdas juventude e radicalidade na Am rica Latina nos anos 1960 e 1970 In FICO Carlos et al Ditadura e Democracia na Am rica Latina Balan o hist rico e perspectivas Rio de Janeiro Editora FGV 2008 pp 247 273 ARA JO Maria Paula Mem rias comparadas das esquerdas no Brasil e na Argentina o debate na luta armada Dispon vel em http www historal kit net maria paula araujo pdf ARENDT Hannah Sobre a viol ncia Rio de Janeiro Relume Dumar 1994 ARISTIZABAL Zulema IZAGUIRRE In s Las luchas obreras 1973 1976 Los alineamientos de la clase obrera durante el gobierno peronista Nuevas consideraciones te rico metodol gicas para el estudio de los conflictos obreros Revista del Instituto de Investigaciones Gino Germani Buenos Aires Maio 2002 BAKHTIN Mikhail Marxismo e Filosofia da Linguagem Problemas fundamentais do m todo sociol gico na Ci ncia da Linguagem S o Paulo Hucitec 1
373. us desvios da Conduci n Nacional seus neg cios com a familia Born as rela es com repressores da ESMA e posteriormente pela participa o na corrup o menemista Para mais informa es ver SADI Marisa Op Cit 2009 Cap tulo I Luciano Benjamin Men ndez foi comadante do Terceiro Corpo do Ex rcito Argentino entre os anos de 1975 e 1979 Era respons vel por todos os Campos Clandestinos de Deten o das prov ncias de Jujuy Salta Catamarca La Rioja San Juan Mendonza San Luis C rdoba Santiago del Estero e Tucum n denunciado em cerca de 800 causas por dirigir e supervisionar torturas e fuzilamentos principalmente no CCD La Perla Condenado tr s vezes a pris o perp tua os ju zos das causas em que r u seguem naquelas prov ncias Para mais informa es ver www paginal2 com ar Jorge Rafael Videla foi comandante chefe do Ex rcito Argentino e ex ditador em exerc cio da presid ncia entre os anos 1976 e 1981 Foi condenado pris o perp tua por homic dios qualificados priva o ilegal de liberdade tortura roubo falsidade ideol gica segiiestro extors o subtra o de menores e torturas seguidas de mortes Para mais informa es ver www paginal2 com ar Emilio Eduardo Massera fazia parte da Junta Militar que governou a Argentina entre os anos de 1976 e 1978 Foi respons vel pelo Centro Clandestino de Deten o Escuela Superior de Mec nica de la Armada ESMA Foi condenado pris o perp tua por viol
374. usuras impostas por distintos governos Em setembro de 1874 Domingo Sarmiento o fechou sob o argumento da a o revolucion ria realizada pelo diretor do jornal Um ano e meio mais tarde o presidente que o sucedeu Nicol s Alvellaneda o interrompeu por uma semana por causa de seus editoriais Pelo apoio do La Naci n Revolu o de 1890 o di rio foi enclausurado duas vezes no governo de Ju rez Celman E em meados de 1901 o presidente Julio Rocca o fechou por um dia devido s cr ticas levantadas pelo jornal economia pol tica levada a cabo pelo governo Com a morte de Bartolomeu Mitre em 1906 e de seu sucessor Emilio Mitre o sobrinho Luis Mitre assumiu a dire o do jornal propondo uma modifica o em sua estrutura e afastando o da identifica o direta que possu a com a Uni n C vica e aos 33 Entrevista de Ulanovsky com Jos Claudio Escribano secret rio geral de reda o do jornal em 1996 Idem p 20 3 SIDICARO Ricardo La pol tica mirada desde arriba Las ideas del diario La Naci n 1909 1989 Buenos Aires Sudamericana 1993 35 Ulanosvski cita por exemplo Juan B Justo que era socialista Alberto Ghrialdo anarquista e Emilio Mitre homem de id ias progressistas e renovadoras ULANOVSKY Carlos Op Cit 1997 p 27 Idem p 16 29 seus candidatos Em 1909 reestruturou o para que este expusesse um pensamento pol tico vinculado ao conjunto da classe dirigente em geral tomando a posi o de escrev
375. vada pelas For as Armadas e pelo governo justicialista em seus diversos empreendimentos Desta maneira ele citava os decretos as leis as opera es as comiss es de investiga o e etc Deste modo a an lise de Franco nos traz uma vis o da viol ncia que pode ser vari vel de acordo com a caracter stica dos discursos que preenche Conden la significava passar a responsabilidade de sua pr tica a todos os atores da poca e por conseguinte o consentimento social para sua conten o Esta varia o no entanto abordou os discursos sem desenvolver distintamente aqueles que os pronunciam O que pretendo dizer que mesmo na condena o os argumentos dos grupos que falavam devem ser levados em conta pois s o argumentos de determinados sujeitos que agem na sociedade e exp em se ao p blico Neste estudo de Franco ainda preliminar o que h uma esp cie de lacuna das diferentes vis es sobre categoria nos discurso e suas conex es aos preceitos ideol gicos daqueles que os elaboraram para a exposi o p blica Contudo ao trazer este debate se come a a pensar o tema que intentaremos desenvolver pelas seguintes p ginas O trabalho assim ser dividido em duas partes de acordo com suas propostas Para a primeira pretende se percorrer sobre a materialidade das Solicitadas e seus sentidos e desta maneira entender um pouco sobre os documentos analisados e suas significa es para a sociedade quela poca Tamb m recorrer se
376. vam aquela publica o Posteriormente em conversas informais ficaria evidente que tais espa os s o e eram comprados ou obtidos por rela es pol ticas com os donos dos jornais objetivando influenciar um determinado pensamento da sociedade Contudo eu tinha ali minhas primeiras perguntas o que eram realmente aqueles comunicados de opini es e o que eles representavam naquele contexto Aqui estes questionamentos continuam presentes e tentarei respond los levando em conta os discursos levantados e a materialidade deles e de meus documentos J havia visto em estudos anteriores que alguns pesquisadores usavam as Solicitadas para recompor o universo pol tico de determinadas organiza es No entanto me pareceu uma lacuna n o haver pesquisas que elaborassem as pr prias como um corpo documental em suas especificidades colocando lhes um olhar focalizado Logo o que aqui procurarei realizar tom las como fonte e objeto de estudo Consider las nesta forma bivalente significa n o apenas question las como um instrumento pol tico das organiza es que as escreveram problematizando seus discursos entretanto tamb m perceb las em suas quest es materiais Isto implica em tentar interpret las sob algumas bases que posteriormente chamei as de dois contextos O contexto hist rico vivido pelas organiza es publicadoras e suas rela es com o presente em que publicam e o discurso sobre ele E outro contexto material
377. xperi ncias dos trabalhadores e abrindo passo para a articula o com a demanda de outros setores sociais l Para pesquisa de sindicatos por ocupa es ver DI TELLA Torcuato S Per n y los sindicatos El inicio de una relaci n conflictiva Buenos Aires Ariel 2003 pp 139 146 106 Desde os primeiros anos do governo de Per n na d cada de 1940 a pol tica realizada com os trabalhadores foi a de negocia o e di logo com o empresariado Maria Helena Capelato trata esta pol tica peronista como uma nova f rmula de cultura pol tica autorit ria que se baseia na interven o do Estado e conjuntamente no atendimento de reivindica es sociais pol ticas e subjetivas que oferecia popula o uma determinada dignidade Apesar desta n o ser a nica forma de apresentar o peronismo e sua rela o com os trabalhadores muito debatido pela historiografia argentina a an lise de Capelato traz uma via dupla entre o poder estatal e o poder popular na qual permite que a popula o possua a possibilidade de a o mesmo que restringida Neste sentido a autora trata de uma transforma o da cidadania que integrava o indiv duo em um coletivo trabalhador possuidor de direitos cedidos por sua vez pelo governo sob a representa o do Justicialismo Como retribui o exigia lhes uma gratid o fundamentada na lealdade o que possibilitava certa restri o de suas liberdades Logo nos primeiros anos de governo peronista as
378. za se a Lei N 9102 que reformulava a legisla o policial de Buenos Aires com tr s cap tulos interessantes para esta an lise O Cap tulo N mero Cinco d a dire o geral de seguran a para a pol cia que ficaria respons vel por assessorar e ditar em r dio e telecomunica es a preven o e repress o de feitos anti sociais para assegurar a ordem p blica a seguran a das pessoas e dos bens assim como o acatamento de leis regulamentos e ordens O Cap tulo N mero Seis asseguraria pol cia uma atua o de vigil ncia registrando e qualificando pessoas ou coletivos suspeitos de dedicarem se a atividades il citas Por fim o N mero Sete afirmava poderes ao Chefe de Pol cia para produzir servi os de Intelig ncia de mat ria informativa com fun es espec ficas e secretas V se em todas as relatadas legisla es a institucionaliza o de uma viol ncia repressora dos movimentos divergentes do poder institu do que para tais governantes era considerada necess ria para reordenar o pa s e pacific lo Desta forma promoveram se a es de Intelig ncia militar cultural de censura de exterm nio numa declarada guerra contra a subvers o e seus elementos promotores 2 6 O idioma da Verdade e do Amor a Defesa de Isabel e do Lopezreguismo na Revista Las Bases Se ora tu eres el faro del Pueblo Esta es la poes a dedicada por Homero C rpena a la Se ora Presidente de la Naci n Diminuta y fr

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