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Estudos de Administração Judiciária

1. Campanha Nacional por um Judici rio mais Forte Combate ao Trabalho Escravo entre tantas outras que poderiam ser citadas levadas a efeito pela AMB Associa o de Magistrados do Brasil e ANAMATRA Associa o Nacional de Magistrados Trabalhistas revelam uma postura ativa dos ju zes brasileiros mobilizados e preocupados com sua responsabilidade social Como se v as Associa es de Magistrados v m realizando in meras e importantes atividades relacionadas n o apenas aos interesses da Magistratura mas tamb m a temas que mobilizam a sociedade rendendo se de vez a um processo de abertura e di logo com a popula o na busca clara de aproxima o com a mesma alastrando suas atua es na defesa da solidariedade social e dos trabalhadores Todavia apenas falar em conscientiza o social n o suficiente preciso que o Julgador Trabalhista ocupe seu lugar na comunidade por meio de uma atua o pol tica respons vel reconhecendo que a administra o da Justi a um processo pol tico ao qual deve engajar se de forma efetiva por meio das lutas de suas Associa es para a democratiza o do acesso ao Poder Judici rio 76 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Imprescind vel manter se vigilante na defesa da independ ncia do Poder que exerce sem furtar se de contribuir com o debate em torno dos Direitos Sociais Conclu mos portanto que a atua o judicial n o neu
2. XII Imprensa oficial ve culo oficial de divulga o da Administra o P blica sendo para a Uni o o Di rio Oficial da Uni o e para os Estados o Distrito Federal e os Munic pios o que for definido nas respectivas leis 100 Decreto Lei n 4 657 de 01 de setembro de 1942 Lei de Introdu o ao C digo Civil Art 1 Salvo disposi o contr ria a lei come a a vigorar em todo o pa s quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada 101 Para finalizar faz se de extrema import ncia perceber se que o problema da publicidade dos atos administrativos nos termos do caput do art 37 da Constitui o da Rep blica em nada se confunde com o problema da divulga o ou propaganda dos atos e atividades do Poder P blico pelos meios de comunica o de massa tamb m chamadas em m t cnica de publicidade pelo 1 desse mesmo artigo Uma coisa a publicidade jur dica necess ria para o aperfei oamento dos atos a se dar nos termos definidos anteriormente Outra bem diferente a publicidade como propaganda dos atos de gest o administrativa e governamental A primeira como visto um dever constitucional sem o qual em regra os atos n o ser o dotados de exist ncia jur dica A segunda mera faculdade da Administra o P blica a ser exercida apenas nos casos previstos na Constitui o e dentro das expressas limita es constitucionais existentes WLASSAK Thomas O princ pio da publ
3. Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 137 No aspecto entre as solu es fundamentais ao enfrentamento da crise da atividade jurisdicional est o desenvolvimento de a es que conduzam moderniza o da gest o do Poder Judici rio mediante a incorpora o de novas tecnologias de informa o padroniza o e racionaliza o de seus procedimentos simplifica o de seus sistemas operacionais capacita o de seu pessoal implementa o de pol ticas de incentivo produtividade e desburocratiza o de sua m quina administrativa Em s ntese o caminho mais promissor reorientar o Poder Judici rio para o alcance de resultados socialmente relevantes mediante a conscientiza o das pessoas que integram os seus quadros sobre a necessidade de apresentar um grau satisfat rio de compromisso senso de responsabilidade e identifica o institucional A implementa o das solu es que pare am mais adequadas contudo n o dispensa um particular cuidado ela deve ser acompanhada de mudan a de comportamento em especial por parte do juiz na condi o de condutor da atividade jurisdicional de modo a assumir a posi o de sujeito ativo comprometido com a obten o de resultados satisfat rios capaz de superar a concep o tradicional que o v como mero espectador do desenvolvimento do processo O juiz no contexto atual orientado pelo princ pio inquisitivo deve exercer em toda a sua extens o a
4. O avan o no estudo do direito imagem como esp cie dos direitos da personalidade levou ao seu reconhecimento como instituto jur dico aut nomo por se mostrar insuficiente para motivar solu es o seu enquadramento dentre outros direitos da personalidade embora possua o direito imagem caracter sticas comuns a estes diferenciando se deles por possibilitar a relativa disponibilidade de seu uso condicionado por terceiros a t tulo gratuito ou oneroso o que n o retira de tal direito as caracter sticas de intransmissibilidade e irrenunciabilidade pois a faculdade de consentir em seu uso n o conte do do direito da personalidade mas apenas exerc cio desse direito Viu se por este trabalho que o uso n o autorizado da imagem fora das hip teses em que a lei prev a possibilidade de utiliza o sem autoriza o por si s implica em danos extrapatrimoniais morais ao titular do direito podendo tamb m constituir se em danos patrimoniais materiais sendo que o violador do direito imagem fica sujeito ao ressarcimento destes e a compensa o daqueles danos morais em raz o de que os danos morais ap s a viola o dificilmente podem ser reparados dada dificuldade de se retornar ao status quo ante Quest o intrincada e que se referiu sinteticamente neste trabalho mas que merece estudo mais aprofundado a situa o em que surge a colis o entre o direito imagem e o direito de informa o jornal stica j
5. a intensa intromiss o na vida privada das pessoas De acordo com Affornalli na Fran a h registros das primeiras jurisprud ncias sobre a prote o imagem antes mesmo que as doutrinas alem e italiana tratassem do tema Em 1858 o Tribunal de Seine proferiu decis o que deu origem constru o jurisprudencial francesa O caso versava sobre dois fot grafos que retrataram a famosa atriz Rachel em seu leito de morte As fotografias deveriam permanecer apenas com os familiares da retratada Todavia elas foram parar nas m os da pintora O Connell que as utilizou como matriz para confec o de desenhos posteriormente expostos e comercializados Provocado pela fam lia da atriz o Tribunal determinou a apreens o e destrui o do original e das c pias fotogr ficas sob o fundamento de que n o se poderia reproduzir imagem de pessoa no leito de morte sem a autoriza o da fam lia mesmo que se tratasse de pessoa c lebre O mesmo Tribunal em 1902 proferiu outra decis o relativa imagem fundamentando que n o se poderia fotografar ningu m sem o seu consentimento salvo em se tratando de pessoa que por sua fun o ou profiss o ou natureza de seu servi o ou notoriedade presente e passada suscitasse um interesse especial e sempre que disso n o lhe ocorresse nenhum preju zo No direito alem o a constru o doutrin ria iniciou com Kohle autor de dois trabalhos nos anos de 1880 e 1895 e Keissner que publicou em 1896 uma mon
6. 190 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 LAFER Celso O Significado de Rep blica Dispon vel no site Dispon vel no site http www cpdoc fgv br revista arq 57 pdf LIMA fren Paulo Porf rio de S O Moral e Direito Informa o Jornal stica Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 2106 LIMA Rui Cirne Sistema de Direito Administrativo Brasileiro Porto Alegre Editora Santa Maria 1953 LIMA S dia Maria Porto A Emenda Constitucional n 19 98 e a Administra o Gerencial no Brasil Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 475 LUISI Luis Filosofia do Direito Santo ngelo RS Sergio Ant nio Fabris Editor 1993 MEDAUAR Odete Direito Administrativo Moderno 11 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 MEIRELLES Hely Direito Administrativo Brasileiro 1 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1964 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 17 ed ver amp atual por Eurico de Andrade Azevedo D lcio Balestero Aleixo e Jos Emmanuel Burle Filho S o Paulo Revista dos Tribunais 1990 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de Direito Administrativo 22 ed S o Paulo Malheiros 2007 Desvio de poder discricionariedade e controle judicial Dispon vel no site http www direitoufba net mensagem celsocastro desviodepoder doc MONTESQUIEU O Esp rito das Leis Tradu o de Pedro Vieira da Mota 3 ed S o P
7. Acesso em 12 09 2008 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Contagem da Popula o 2007 Popula o Residente em 1 de abril de 2007 segundo os Munic pios Dispon vel em lt http w ww ibge gov br home estatistica populacao contagem2007 RS pdf gt Acesso em 12 09 2008 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGI O Resolu o Administrativa n 01 2008 Disp e sobre os crit rios de zoneamento dos Senhores Ju zes Substitutos e estabelece a substitui o autom tica Dispon vel em lt http peticao trt6 gov br 87 res admin reso0001200811788vl rtf gt Acesso em 12 09 2008 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Movimenta o Processual por Regi o Judici ria Dispon vel em lt http www tst jus br gt Acesso em 12 09 2008 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Indicadores de Desempenho Coordenadoria de Estat stica do TST 2007 Apresenta indicadores de desempenho da Justi a do Trabalho Dispon veis em lt http www tst jus br Sseest JT indicadores Indica2007 html gt Acesso em 12 09 2008 100 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 O PROCESSO DE ADMINISTRA O ESTRATEGICA EM UNIDADE JUDICIARIA DESAFIO PARA O JUIZ DO TRABALHO Ana Ilca H rter Saalfeld Ju za do Trabalho da 4 VT de Pelotas RS Quanto mais se acredita em algo mais verdadeiro se torna e n o a intelig ncia mas a vontade que imp e a verdade Miguel de Unamuno SUM RIO Introdu o 1
8. o do devedor ou credor basta para alcan ar se a concilia o que as partes opostas se aproximem e por via de transig ncia rec proca igualem o exig vel pelo credor ao poss vel pelo devedor tudo sob a prudente e cuidadosa dire o do Juiz que cuidar de preservar a dignidade de cada um dos litigantes e a melhor satisfa o do julgado Quanto ao cumprimento espont neo da senten a tanto se constitui numa nova etapa de satisfa o do julgado e que precede a execu o for ada com a utiliza o autorizada de todos os melhores e mais eficazes meios de coer o Nesta nova etapa introduzida no ordenamento processual pela Lei n 11 232 2005 com a altera o do texto processual que resultou no art 475 do CPC o pr prio devedor que administra o dever que lhe foi imposto pela senten a e se organiza para cumprir a condena o transferindo ao credor da obriga o parte de seu patrim nio tudo sem que haja interven o judicial coercitiva N o h aqui maior participa o judicial sen o a de eventual exorta o para cumprimento sob pena de san o esta representada pelo acr scimo de 10 no valor da condena o se necess ria a execu o for ada J a decis o judicial que encerra na maior parte das ocasi es o mais duro embate entre o direito alimentar e o direito impenhorabilidade dois direitos fundamentais presente que n o h no ordenamento positivo
9. o e para fechar o presente cap tulo traz se um julgado no qual materializasse a aplica o direta do princ pio da efici ncia na mensura o do desempenho de empregado A reclamada recorre da senten a proferida fls 72 75 dizendo que sociedade de economia mista cujos funcion rios regidos pela CLT n o s o Agora a efici ncia princ pio que norteia toda a atua o da Administra o P blica O voc bulo liga se id ia de a o para produzir resultado de modo r pido e preciso Associado Administra o P blica o princ pio da efici ncia determina que a Administra o deve agir de modo r pido e preciso para produzir resultados que satisfa am as necessidades da popula o Efici ncia contrap e se a lentid o a descaso a neglig ncia a omiss o caracter sticas habituais da Administra o P blica brasileira com raras exce es MEDAUAR Odete Direito Administrativo Moderno p 127 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 183 est veis n o se aplicando o art 41 da Constitui o Federal Pede a aplica o da Orienta o Jurisprudencial 229 da SDI I do TST Acrescenta que n o devida a indeniza o pois n o nula a despedida O recorrido por sua vez afirma que a despedida ou exonera o de servidor p blico ocupante de cargo ou emprego somente se apresenta legal quando devidamente motivada A reclamada sociedade de economia mista compon
10. o n o se justificando ent o a utiliza o ou reutiliza o da imagem se puder trazer algum dano pessoa retratada A n o observ ncia desses requisitos resulta na imprensa tendenciosa sensacionalista que n o atende o direito de informa o 6 LIMITA O AO DIREITO IMAGEM O exerc cio do direito pr pria imagem como todos os direitos n o absoluto e encontra limita es sendo estas de duas esp cies As primeiras decorrem da pr pria natureza de direito da personalidade que dada sua caracter stica de direito essencial n o permite a ren ncia aliena o transmiss o expropria o prescri o e nem disposi o definitiva A segunda esp cie de limita es impostas ao direito de imagem diz respeito preponder ncia do interesse p blico O artigo 20 do C digo Civil brasileiro vigente expressamente estabelece limita es oposi o contra a utiliza o da imagem a necessidade de utiliza o da imagem para a administra o da justi a ou para a manuten o da ordem p blica Ainda assim a utiliza o da imagem nessas circunst ncias deve atender a necessidade a utilidade e interesse p blico Quest es de ordem p blica autorizam a divulga o de retratos falados e da pr pria imagem de pessoas suspeitas ou envolvidas em delitos penais Na primeira hip tese n o se conhece a identidade do suspeito havendo interesse p blico na sua perfeita identifica o e puni o Na segunda
11. o de 25 de mar o de 1824 que embora tisnada pela outorga imperial consagra em seu artigo 179 uma s rie de postulados de natureza penal cuja origem iluminista n o pass vel de ser questionada Mas no C digo Criminal de 16 de dezembro de 1830 como obviamente n o poderia deixar de ser que a presen a do pensamento enciclopedista se mostra vigorosa e dominante O postulado da reserva legal que j se encontrava no inciso XI do artigo 179 da Carta Magna Imperial de 1824 o p rtico do estatuto criminal de 1830 O artigo primeiro deste c digo penal diz que n o haver crime ou delicto sem uma lei anterior que o qualifique LUISI Luis Filosofia do direito p 128 9 19 N o haver crime sem lei anterior que o defina nem pena sem pr via comina o legal 156 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Sobre ele esta disposi o impende trazer colagem a defini o cl ssica de Hely Lopes Mirelles A legalidade como princ pio de administra o CF art 37 caput significa que o administrador p blico est em toda a sua atividade funcional sujeito aos mandamentos da lei e s exig ncias do bem comum e deles n o se pode afastar ou desviar sob pena de praticar ato inv lido e expor se responsabilidade disciplinar civil e criminal conforme o caso A efic cia de toda a atividade administrativa est condicionada ao atendimento da lei O princ pio da legalidade es
12. o de fal ncia A essas funcionalidades o sistema acrescenta entre outras a respostas eletr nicas das institui es financeiras b Ordens eletr nicas de transfer ncia de valores bloqueados para conta judiciais c controle de respostas das institui es financeiras com estat sticas de inadimpl ncia d cadastro atualizado das Varas Ju zos e e comunicado de suspens o e reativa o de fal ncia 80 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A grande inova o consiste na inser o no Sistema das respostas das institui es financeiras Essas respostas antes confeccionadas manualmente e encaminhadas em papel por correio que muitas vezes demoravam trinta dias ou mais para chegarem aos autos agora ser o encaminhadas eletronicamente sem contato manual regra geral e ser o disponibilizadas aos ju zos no prazo aproximado de 48 horas ap s a emiss o da ordem Ao acessar essas respostas os magistrados poder o determinar tamb m de forma eletr nica a transfer ncia dos valores bloqueados para institui es financeiras oficiais e o desbloqueio de valores excedentes O ju zo tamb m ter acesso aos nomes das institui es financeiras que eventualmente n o tenham respondido ordem judicial com o respectivo percentual de inadimpl ncia considerando as ordens recebidas por essas institui es no ltimo ano para que possa se for o caso adotar as medidas cab veis O Sistema tamb
13. 2 VARAS DO TRABALHO E DISTRIBUI O DE CARGOS DE JU ZES DO TRABALHO TITULARES E SUBSTITUTOS Em trabalho apresentado no Encontro Regional da AMATRA IV de Passo Fundo intitulado Dois Ju zes por Vara Imperativo legal possibilidade e necessidade apresentamos aos colegas a proposi o de que dos 104 Ju zes Substitutos em atividade em setembro de 2005 apenas 85 seriam suficientes para dotar as Varas do Trabalho de maior movimento processual com dois ju zes em car ter permanente mantendo se os outros 19 como reserva destinada ao atendimento de situa es imprevistas ou de afastamentos regulamentares A preocupa o que nos animava foi assim exposta Ainda no primeiro semestre deste ano 2005 vista da dificuldade em atender sozinho s expectativas de maior celeridade na presta o jurisdicional resolvi fazer um levantamento do movimento processual das Varas do Trabalho da 4 Regi o tendo em mente que a cada nova Vara do Trabalho que criada s o criados dois cargos de Juiz do Trabalho um de Juiz Titular e outro de Juiz Substituto e que isso ocorre porque esses devem em car ter permanente ser lotados e compartilhar a jurisdi o na unidade E esse pressuposto tem base legal haja vista o teor do art 682 1 da CLT que prev a exist ncia de um Juiz do trabalho presidente atualmente titular e outro substituto na mesma localidade destaques originais Na ocasi o ressalt vamos o fato de que o 1
14. A seguir veremos algumas defini es sobre estrat gia e estrat gia empresarial 1 1 Conceitos sobre Estrat gia Conforme Serra 2004 a palavra estrat gia deriva da palavra de origem grega strategos que significa a qualidade e a habilidade do general Estrat gia diz respeito a tudo aquilo que o general fez uma explica o para a es passadas e comportamentos pretendidos Na tica de Ansoff e McDonnell 1993 estrat gia um conjunto de regras de tomada de decis o para orienta o do comportamento de uma organiza o Sob o olhar de Maximiano 2004 estrat gia consiste em decis es e a es administrativas que auxiliam a assegurar que a organiza o formula e mant m adapta es ben ficas com seu ambiente Para Quinn o padr o ou plano que integra as principais metas pol ticas e sequenciais de a es de uma organiza o em um todo coerente SERRA 2004 apud QUINN p 05 1 2 Componentes da Estrat gia Empresarial Como cita Chiavenato 1994 os tr s componentes b sicos da estrat gia empresarial s o a Ambiente s o as oportunidades visualizadas no ambiente de tarefa e mais especificamente no mercado bem como as restri es limita es conting ncias coa es e amea as b Empresa s o os recursos de que a empresa disp e capacidade e habilidades bem como seus pontos fortes e fracos compromissos e objetivos e c Adequa o entre ambos a postura que a empresa dever adotar para co
15. Em face do art 468 da Consolida o no direito brasileiro o jus variandi somente poder ser admitido dentro de limites muito estritos sob pena de se tornar letra morta essa disposi o legal viga mestra de nossa legisla o do trabalho e principal garantia do empregado contra o arb trio do empregador A n o ser portanto nos casos em que a lei expressamente o autorize a altera o das condi es de trabalho em virtude de ato do empregador n o poder ser tolerada salvo a t tulo excepcional em situa o de emerg ncia e em car ter transit rio quando a recusa do empregado em acatar a ordem que lhe dada recusa totalmente ali s injustificada importe absoluta falta de esp rito de colabora o quando para usarmos a express o marcante de Barassi a pr pria dignidade do trabalhador viesse a ser comprometida pelo seu comportamento N o h crit rios preestabelecidos que possam guiar o juiz na aprecia o de tais casos caber lhe verificar em cada hip tese se o empregador ultrapassou os limites normais do jus variandi segundo o standard jur dico ditado pelas condi es de meio e de momento Como regra geral pode se fixar que as modifica es discricion rias e unilaterais das condi es do trabalho s o vedadas ao estado Tal posi o necessariamente deve admitir exce es O contrato a trato sucessivo ao se protrair no tempo implica no enfrentamento de condi es de fato diversas daquelas que ce
16. Em www trt4 jus br Acesso em 10 dez 2008 s 12h10min 2 Ac rd o do processo 00225 2007 014 04 00 1 RO Redator FL VIA LORENA PACHECO Data 20 08 2008 Em www trt4 jus br Acesso em 10 dez 2008 s 12h17min 194 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 esse o contexto constitucional em que inserida a regra Os direitos e obriga es a que se igualam homens e mulheres apenas viabilizam a estipula o de jornada diferenciada quando houver necessidade da distin o n o podendo ser admitida a diferencia o apenas em raz o do sexo sob pena de se estimular discrimina o no trabalho entre iguais que apenas se viabiliza em raz o de ordem biol gica As nicas normas que possibilitam dar tratamento diferenciado mulher diz respeito quelas traduzidas na prote o maternidade dando mulher garantias desde a concep o o que n o o caso quando se examina apenas o intervalo previsto no art 384 da CLT para ser aplicado apenas jornada de trabalho da mulher intervalo este em prorroga o de jornada que n o encontra distin o entre homem e mulher Precedente n ERR 3886 2000 071 09 00 da SBDI 1 Dessa forma o Regional ao indeferir o pedido de horas n o violou o art 384 da CLT eis que deixou de aplic lo por entend lo derrogado pelo Texto Constitucional A mat ria contudo n o foi bem analisada pelos julgadores nos processo antes citados que preceitua o
17. administra o a integralidade daquelas abrangidas pelo princ pio da moralidade A dificuldade inicialmente ressaltada de definir se clara e previamente a extens o e o conte do do princ pio da moralidade reside principalmente nas varia es a que o ju zo tico se sujeita de acordo com as particularidades do caso concreto Tanto a aplica o direta do princ pio elemento posterior quanto a compreens o do seu conte do elemento l gico precedente necessita da concre o da hip tese para serem realizados Exemplifica se Aquisi es suntuosas agridem a moral administrativa O conceito de suntuosidade contudo somente adv m com a contextualiza o dos recursos econ micos da comunidade administrada H de se estabelecer par metros O revestimento de um pr dio p blico em m rmore em princ pio desnecess rio promo o do bem comum Em uma comunidade que tenha no turismo sua principal fonte de sustento todavia pode atend lo Conforme indica Odete Medauar Para configurar o princ pio da moralidade administrativa e operacionaliz lo parece melhor adotar o ltimo entendimento O princ pio da moralidade de dif cil tradu o verbal talvez porque seja imposs vel enquadrar em um ou mais voc bulos a ampla gama de condutas e pr ticas desvirtuadoras das verdadeiras finalidades da Administra o P blica Em geral a percep o da imoralidade administrativa ocorre no enfoque contextual ou melhor ao s
18. e em muitas situa es s o exasperantes os processos de execu o das decis es judiciais proferidas A crise a que chegou o Judici rio no Brasil pode ser categorizada por dois elementos distintos que na verdade se alimentam um do outro para formar o cen rio institucional atual Em primeiro lugar uma crise de volume que acontece porque o Judici rio recebe progressivamente uma demanda de servi os superior sua capacidade de resolu o em tempo adequado e Em segundo lugar uma crise de funcionalidade retratada precisamente na evid ncia de que o antigo modelo organizacional da institui o suas pr ticas de gest o e os modos de exercer a atividade jurisdicional at aqui praticados se tornaram incapazes de responder s expectativas sociais No ano de 2003 o Poder Judici rio do Brasil recebeu cerca de 17 milh es e quinhentos mil casos novos em todas os seus ju zos Havia na poca um total de 13 474 ju zes no pa s Os brasileiros est o presentes nas cortes demandando por direitos ou procurando suprir nos tribunais omiss es que outros organismos do Estado j n o conseguem mais atender S o disputas ou cobran as por presta es obrigacionais comerciais e civis por presta es de servi os p blicos concedidos ou privatizados nas rela es de consumo por descumprimentos massivos de regula es ligadas seguran a de trabalho obriga es trabalhistas quest es decorrentes de terceiriza
19. o nas Varas do Trabalho de modo que o zoneamento seja utilizado apenas para o atendimento em car ter excepcional e justificado de situa es imprevistas e a sim mediante portarias de designa o para deslocamento dos Ju zes Substitutos de determinada zona para o atendimento da situa o imprevista De acordo com a organiza o proposta o Juiz Substituto lotado em determinada Vara do Trabalho substituir o Juiz Titular independentemente da expedi o de portarias de designa o em todos os afastamentos e impedimentos legais cabendo aos ju zes envolvidos apenas para fins de registro e corre o de eventuais distor es comunicar Corregedoria acerca dos per odos e motivos desses afastamentos e nos casos e hip teses em que a lei assim exige mediante pr via aprova o da Corregedoria ou do rg o Especial do Tribunal Regional Em n o havendo afastamento do Juiz Titular esse e o Juiz Substituto lotado na Vara do Trabalho devem atuar em regime de aux lio m tuo compartilhando a administra o e a presta o jurisdicional na unidade judici ria de modo a manter equil brio na distribui o de tarefas entre o Juiz Titular e o Juiz Substituto funcionando este autom tica e permanentemente como Juiz Auxiliar Visualizamos com a forma de atua o proposta possibilidades extremamente ben ficas de organiza o do trabalho e at mesmo redu o dos custos decorrentes dos deslocamentos dos Ju zes Substitutos
20. p 194 18 SADEK 2008 p 17 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 39 ou n o com estat sticas de produ o n o se sentem obrigados n o encontram tempo e nem se sentem estimulados a buscar desenvolvimento intelectual mais amplo O excesso de trabalho tanto no 1 quanto no 2 grau de jurisdi o exige de ju zes e servidores extraordin ria dedica o e disp ndio e energia n o conseguindo estes profissionais distanciar se para pensar a Institui o numa perspectiva cr tica de mudan a e de aprimoramento dos servi os judici rios n o s para a atender as contempor neas demandas de massa mas tamb m pensar e come ar a construir no limiar deste s culo XXI o Judici rio que vamos legar para as gera es futuras Nesta trilha preciso proporcionar aos ju zes de primeiro e segundo grau de jurisdi o condi es que possibilitem acesso desses profissionais cultura incentivando seu desenvolvimento intelectual multidisciplinar e sua capacidade de cr tica e auto cr tica recrutando se ainda quadros com forma o compat vel com a import ncia do trabalho que exigido desta carreira de Estado Nesta perspectiva as Escolas de Forma o e Aperfei oamento de Magistrados previstas na Constitui o Federal artigos 105 par grafo nico inciso I e 111 A 2 inciso I ir o desempenhar fun o realizadora deste exig vel desenvolvimento intelectual O desenvolvimento prof
21. regras que possam ser utilizadas para a solu o de todas as quest es em especial as como da esp cie em que h clara colis o entre direitos b sicos quando as regras existem a solu o ainda que s vezes se mostre tamb m trabalhosa se resume aplica o de tais regras Quando as regras n o existem as solu es precisam ser buscadas nos princ pios mesmo porque n o h como se escuse o Juiz de decidir quando n o h a respeito expressa previs o o pr prio ordenamento lhe imp e buscar nos princ pios a solu o como se encontra disposto no artigo 4 da Lei de Introdu o do C digo Civil e tamb m no art 8 da Consolida o das Leis do Trabalho Nesta dimens o e quando h inevit vel colis o de direitos h ent o necessidade de fazer se uma pondera o de princ pios com vistas ao alcance da melhor Justi a ou seja para definir qual dos direitos fundamentais deve sobrepor se ao outro Havendo colis o de princ pios de direito material ou de direitos fundamentais h crit rios interpretativos ou princ pios de ordem processual a serem observados Entre os princ pios interpretativos se sobressai de modo especial o da razoabilidade ou proporcionalidade como instrumento h bil a manter a salvo os Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 87 direitos fundamentais entendido tal princ pio como mandamento de otimiza o
22. sociedade vive para servi la J foi percebido que existem dois perfis de Poder Judici rio um como Poder de Estado com atribui es de controle da constitucionalidade e distribui o de Justi a e outro que n o se configura propriamente como um poder mas um servi o p blico encarregado da fun o primordial de dirimir conflitos e garantir direitos A atua o de alguns integrantes do Poder Judici rio brasileiro e tamb m latino americano j externa que s o movidos pela pun o de servir sociedade atrav s de suas associa es ou de movimentos integrados por essas associa es Curso promovido pela Funda o Get lio Vargas Programa de Capacita o em Poder Judici rio na apresenta o da disciplina O juiz e a Sociedade ministrado pela professora Maria Tereza Sadek Recorde se desde logo que o Brasil conta com cerca de quinze mil 15 000 ju zes em atividade os quais conforme pesquisas encomendadas pela AMB Associa o dos Magistrados Brasileiros e ANAMATRA Associa o Nacional dos Magistrados da Justi a do Trabalho s o bastante sens veis aos problemas sociais deste pa s No atual momento em setembro de 2008 mais uma pesquisa est sendo realizada pela ANAMATRA especificamente sobre os rumos das rela es de trabalho em breve dispon vel no site www anamatra org br 2 O ASSOCIATIVISMO Em momento bem anterior os ju zes brasileiros que nas d cadas de 60 e 70 conviveram com a ditadura e
23. uma observa o que deve ser objeto de reflex o 4 EMENDA CONSTITUCIONAIL N 45 DE 2004 REFORMA CONSTITUCIONAL DO PODER JUDICI RIO AMPLIA O DA COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO A Justi a do Trabalho teve ampliada sua compet ncia com a promulga o da reforma constitucional do Poder Judici rio em 2004 mas nenhum incremento em sua estrutura foi observado Juntem se a isso suas atribui es cada vez maiores com rela o execu o de contribui es previdenci rias decorrentes da Emenda Constitucional n 20 de 1998 e cobran a de imposto de renda e se verifica um 50 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 preju zo ao seu tradicional jurisdicionado o trabalhador empregado que tem visto maior demora em suas a es antes c leres em compara o com outros ramos do Judici rio Os danos imagem da institui o s o evidentes assim como a discuss o em torno de seus custos em rela o a seus benef cios sendo esse um desafio a ser enfrentado um paradoxo o desejado aumento da compet ncia e das atribui es da Justi a do Trabalho pela falta de estrutura para sua absor o e pela pequena probabilidade que isso aconte a a afastou de seu principal jurisdicionado o trabalhador empregado Cumpre que se reflita se isso de fato um problema insol vel ou uma consequ ncia da reforma a ser administrada atrav s de atos de gest o eficientes a serem estudados 5 CONEX O ENTRE
24. AJD ABMP AMATRA IV AJUFERGS E AJURIS paralelamente ao 2 F RUM SOCIAL MUNDIAL e consolidou se com o I FMJ em Porto Alegre em 2003 o II FMJ em Buenos Aires em 2005 e o IV FMJ mais uma vez em Porto Alegre em 2005 e agora se prepara para a sua quinta edi o na cidade de Bel m do Par em janeiro de 2009 A exemplo do F rum das Autoridades Locais o FMJ foi considerado F rum especial integrante do II F rum Social Mundial O FORUM MUNDIAL DE JU ZES sempre observou a premissa de que a jurisdi o exerc cio de poder que se legitima ao garantir os direitos fundamentais sendo essencial para a constru o de um estado e de uma sociedade orientados pelos valores da democracia e respeito aos sistemas internacionais de prote o aos direitos humanos O FORUM MUNDIAL DE JU ZES que um movimento tendo como sua caracter stica mais importante ser promovido por todas as entidades de magistrados de mbito nacional e todas as entidades regionais do Estado que o abriga observando os princ pios do FORUM SOCIAL MUNDIAL defendendo a democratiza o e independ ncia dos sistemas judiciais de todos os povos Em sua primeira edi o em 2002 reuniu mais de 300 trezentos participantes para debater os seguintes temas DEMOCRATIZA O E ACESSO JUSTI A E INDEPEND NCIA E GARANTIAS DA MAGISTRATURA Convidou palestrantes de reconhecimento internacional como o indiano P Bawhghatti ex presidente da Suprema Corte Mary Robinson Comissaria
25. Dois Ju zes por Vara Imperativo legal possibilidade e necessidade In ENCONTRO REGIONAL DA AMATRA IV 2005 Passo Fundo 94 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Quanto ao quadro de ju zes do trabalho poucas as altera es desde aquela poca conquanto seja necess rio um reparo nas afirma es que fizemos Isso porque segundo poss vel verificar com maiores detalhes na p gina do Tribunal Superior do Trabalho na Internet at 1992 foram criados sistematicamente menor n mero de cargos de Ju zes Substitutos do que de Ju zes Titulares n o apenas na 4 Regi o da Justi a do Trabalho mas na maioria das regi es judici rias em que se divide a jurisdi o trabalhista As altera es no quadro de ju zes a partir de 1992 n o refletem apenas mudan as quantitativas no n mero global de magistrados do trabalho de primeiro grau mas tamb m a percep o de que menor n mero de Ju zes Substitutos do que de Ju zes Titulares n o atende a contento as demandas jurisdicionais N o obstante v lida a afirma o de que com a Lei 11 436 2006 a inferioridade num rica de cargos de Ju zes Substitutos em rela o aos cargos de Ju zes Titulares e de Varas do Trabalho foi superada atingindo se com a igualdade situa o semelhante de outras regi es do pa s que haviam sido contempladas j em 1992 e at mesmo antes disso com tal igualdade Importa ressaltar que em algumas regi es
26. Previs o legal Lei n 9 029 95 Embargos declarat rios A pr tica do racismo al m de se constituir em infra o penal grave inafian vel e imprescrit vel CF art 5 XLII gera o direito de o trabalhador discriminado buscar a repara o judicial optativamente de percep o em dobro do per odo de afastamento ou readmiss o com ressarcimento integral nos exatos termos dos artigos 1 e 4 da Lei n 9 029 95 que pro be a ado o de qualquer pr tica discriminat ria e limitativa para efeito de acesso rela o de emprego ou sua manuten o por motivo de sexo origem ra a cor estado civil situa o familiar ou idade Ademais mesmo que se entenda que este preceito legal somente seria aplic vel s situa es futuras resta claro que as empresas p blicas sociedades de economia mista e funda es mantidas pelo Poder P blico para a garantia dos princ pios de impessoalidade moralidade e legalidade somente podem demitir seus servidores mediante ato motivado sendo a pr tica do racismo demonstra o da vulnera o al m das regras constitucionais j citadas dos princ pios democr ticos aqui explicitados Estes fundamentos imp em a rejei o dos embargos que visam Nes n As R niar a Fa 70 indica o do dispositivo legal que sustenta a decis o reintegrat ria no caso A apura o desta discrep ncia entre os motivos declarados e reais passa pela contextualiza o antes referida processo no mais
27. Processo e ideologia o paradigma racionalista Rio de Janeiro Forense 2004 p 265 9 SILVA Ov dio A Baptista da Jurisdi o e execu o na tradi o romano can nica 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1997 p 93 7 SADEK Maria Tereza O Judici rio e a sociedade Programa de Capacita o em Poder Judici rio Funda o Getulio Vargas Direito Rio 2008 p 17 Material Did tico do Curso Disciplina Judici rio e Sociedade Palestra proferida pelo Juiz Federal Fausto Martins de Sanctis em evento promovido pelo centro acad mico 11 de agosto da Faculdade de Direito da Universidade de S o Paulo conforme publica o no Jornal Zero Hora de 07 08 2008 p 7 36 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 com reverbera o na m dia e em discuss es internas da magistratura qualificada como comprometida com a id ia de que para al m de interesses individuais necess rio discutir com urg ncia o modelo processual que adotamos para atender ao cidad o que s portas do judici rio bate ou precisaria bater mas assim n o faz por n o acreditar na Justi a ou simplesmente porque a ela n o tem acesso Estes s o os dados estat sticos que assombram a comunidade jur dica verdadeiramente interessada em encontrar solu o para a crise que n o mais se avizinha mas que est instalada dentro do Poder Judici rio que n o consegue ou n o estava preparado para responder satisfatoriamente as de
28. RT 1991 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 5 ed S o Paulo LTr 2006 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo 20 ed S o Paulo Atlas 2007 FREITAS Juarez Estudos de Direito Administrativo Porto Alegre Malheiros Editores Ltda 1995 GARCIA merson A Moralidade Administrativa e sua Defini o Dispon vel no site http www mp sp gov br pls portal docs PAGE DOCUMENTACAO E DIVULGACAO PUBLICACAO DIVULGACAO DOUTRINA CIVEL CIVEL 2012 PDF GASPARINI Di genes Direito Administrativo 4 ed S o Paulo Saraiva 1995 GOMES Orlando GOTTSCHALK lson Curso de Direito do Trabalho 15 ed Rio de Janeiro Forense 1999 GOZZI Gustavo Estado Contempor neo In BOBBIO Norberto MATTEUCCI Nicola PASQUINO Gianfranco Org Dicion rio de Pol tica 8 ed S o Paulo Editora UnB 1995 HEGEL Georg Wlilhelm Friedrich Princ pios da Filosofia do Direito Trad Orlando Vitorino S o Paulo Martins Fontes 2000 HIRSCHBERGER Johannes Hist ria da Filosofia na Idade M dia Trad Alexandre Correia Dispon vel no site http www consciencia org filosofia medievall9 sao tomas de aguino shtml HOLANDA Aur lio Buarque de Novo dicion rio eletr nico Aur lio vers o 5 11 S o Paulo Positivo Inform tica 2004 CD ROM KANT Immanuel Cr tica da Raz o Pr tica Trad Afonso Bertagnoli S o Paulo eBooksBrasil com 2004 Dispon vel no site http www cfh ufsc br wfil pratica doc
29. TEIXEIRA Lima Institui es de Direito do Trabalho 17 ed S o Paulo LTr 1997 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4 REGI O Dispon vel no site http www trt4 jus br Acesso em 13 jan 2009 s 15h29min WIKIP DIA a enciclop dia livre An nimo Orkut Dispon vel no site http pt wikipedia org wiki Orkut Acesso em 14 01 2009 s 20h35min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 209
30. a de paradigma no interior da magistratura distanciando a da ap tica figura Hobbesiana de Juiz para quem o problema da justi a seria uma atribui o do soberano Estudos de Maria Tereza Sadek a partir da Coleta de Opini o sobre Reforma do Judici rio realizada antes da aprova o da Emenda Constitucional 45 de 08 12 2004 mostram que magistratura individualmente considerada conhece o problema est preocupada com a morosidade e aus ncia de efic cia de suas decis es n o havendo entretanto aparentemente articula o entre estes indiv duos para busca de uma solu o No extenso rol de itens apresentados aos ju zes acerca de pontos fundamentais da reforma do judici rio houve pronunciamento majorit rio em rela o a seis temas entre eles o que reduz a possibilidade de recursos aos tribunais superiores Esta pesquisa mostrada nos estudos da cientista pol tica e pesquisadora aponta mais da metade da magistratura favor vel a proposta que reduz o n mero de recursos constituindo indicativo seguro de que o tema sim objeto de reflex o destes quadros faltando 2 SADEK 2008 p 17 8 Idem p 17 24 SILVA 2004 p 297 42 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 no entanto defini o como este not vel consenso ser traduzido em a es concretas para garantir efici ncia ao sistema judicial O tema imp e destacar a seguinte pondera o da doutrina se ainda n
31. a mesma distin o existe que entre o frui e o uti da t cnica jur dica aqu le um g zo a satisfa o de uma inclina o ste uma utiliza o o meio pelo qual o frui pode ser alcan ado A sociedade se n o capaz de um g zo o que suporia sensibilidade sem d vida capaz de um uti que quer dizer de utilizar o que sup e apenas um ordenamento social das atividades individuais os m ltiplos recursos a seu alcance riquezas morais e riquezas materiais de sorte a assegurar a cada qual com os meios de persecu o do bem privado que lhe toca como indiv duo as condi es essenciais ao bem comum que lhe interessa como membro da coletividade A utilidade p blica representa o conjunto dessas condi es indispens veis ao bem comum A pr tica de ato com desiderato diverso da promo o do bem comum como a 57 58 verificada nos casos de desvio de finalidade e de desvio de poder ofende diretamente 56 Ibidem p 43 5 5 A Lei n 4 717 de 29 de junho de 1965 na al nea e do seu artigo 2 e na al nea e do seu par grafo nico consagram expressamente o desvio de finalidade como causa de anula o do ato administrativo O princ pio informador o da finalidade foi consagrado posteriormente como de observ ncia obrigat ria pela administra o p blica ao lado do da moralidade no artigo 2 da Lei n 8 794 de 29 de janeiro de 1999 58 Ant nio Bandeira de Mello considera q
32. ainda que velados sob o manto da licitude legal n o atende ao cidad o e muito menos Justi a 1 DA IMAGEM DO JULGADOR NA SOCIEDADE 1 1 Do Juiz Isolado A distorcida vis o de que o indiv duo ao ser investido na fun o de magistrado deixa de pertencer classe dos cidad os comuns assumindo poderes at ent o desconhecidos e que magicamente passam a configurar lhe um status de semi Deus leva alguns Ju zes menos realistas ou imaturos a aceitarem e cultuarem esse novo ser que lhes renasceu a contar da investidura na fun o judicante por m como um fardo bem dif cil de carregar A prop sito dessa vis o disse Rui Barbosa Todo bom magistrado tem muito de her ico em si mesmo na pureza imaculada e na pl cida rigidez que a nada se dobre e de nada se tema sen o da outra justi a assente c em baixo na consci ncia das na es e culminante l em cima no ju zo divino Ainda sobre esse enfoque citamos Carnelutti No mais alto da escala est o juiz N o existe um of cio mais elevado que o seu nem uma dignidade mais imponente Os ju zes s o como os que pertencem a uma ordem religiosa Cada um deles tem que ser um exemplo de virtude se n o quer que os crentes percam a f A expectativa criada pelo jurisdicionado em torno deste superjuiz est fadada frustra o uma vez que ningu m foi concebido para acertar sempre em suas decis es Somente com o reconhecimento
33. como natural consequ ncia da continuidade e previsibilidade quanto ao seu funcionamento Como efeitos reflexos al m da melhoria esperada na presta o jurisdicional como um todo h benef cios indiretos relacionados redu o dos gastos com o deslocamento constante dos Ju zes Substitutos entre as diversas unidades da Regi o maior estabilidade para as Secretarias das Varas do Trabalho no que tange manuten o prolongada de procedimentos adotados pelos ju zes lotados na unidade e estes por sua vez t m maior possibilidade de adquirir ao longo do tempo conhecimento mais profundo das caracter sticas da regi o em que jurisdicionam e at mesmo das potencialidades das equipes de trabalho de que venham a dispor REFER NCIAS BASTOS M S Dois Ju zes por Vara Imperativo legal possibilidade e necessidade In ENCONTRO REGIONAL DA AMATRA IV 2005 Passo Fundo BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Senado 1988 BRASIL Constitui o 1988 Emenda Constitucional n 45 de 30 de dezembro de 2004 Altera dispositivos dos arts 5 36 52 92 93 95 98 99 102 103 104 105 107 109 111 112 114 115 125 126 127 128 129 134 e 168 da Constitui o Federal e acrescenta os arts 103 A 103 B 111 A e 130 A e d outras provid ncias Presid ncia da Rep blica Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Constituicao Emendas Emc emc45 htm gt
34. contribuem para o alcance do fim almejado e da redu o do n mero de vias utilizadas com a finalidade de ver reformadas as decis es Aqui contudo necess rio considerar que a redu o do tempo de tramita o dos processos h de atender aos limites do razo vel e assim as medidas adotadas na sua busca n o podem importar em sacrif cio a direitos elementares dos litigantes tamb m al ados a patamar constitucional como aqueles que derivam dos princ pios do devido processo legal do contradit rio e da ampla defesa Sem menosprezar os direitos processuais elementares dos litigantes as altera es na legisla o processual infraconstitucional certamente podem se orientar pela valoriza o das decis es proferidas em primeira inst ncia pela veda o ao uso de recursos meramente protelat rios pela desburocratiza o dos procedimentos e pela busca da qualidade e m xima efic cia das decis es Ainda por mais id neas que sejam a suprir as defici ncias estruturais apresentadas pelo aparelho judici rio e a conferir ao tr mite processual uma maior racionalidade e celeridade as medidas implementadas n o produzir o efeitos se os obst culos gerenciais n o forem superados Trata se aqui de seguir regra geral aplic vel a todos os n veis da administra o p blica o alcance da finalidade almejada pelo princ pio da efici ncia n o dispensa a ado o de pr ticas de gest o segundo as peculiaridades da atividade desenvolvida
35. es e last but not least reclama es por direitos prestacionais do pr prio Estado seguridade assist ncia de sa de previd ncia etc Existe ainda a cota de lit gios que se deve atribuir a outro fen meno este de natureza pol tica que diz respeito com a incapacidade dos parlamentos de produzirem normas jur dica claras capazes de serem compreendidas e cumpridas Existe por outras palavras o volume de demanda judicial decorrente da baixa carga de imperatividade da lei decorrente da ambigiidade do sistema normativo este produzido num ambiente de negocia o e transig ncia Os n meros ilustram a realidade de que falamos EXEMPLO DA CARGA DE TRABALHO DO JUIZ DE 1 GRAU NA JUSTI A COMUM Fonte CNJ Justi a em N meros 2006 Ano de 2005 Casos novos no ano Casos Carga de pendentes trabalho p juiz S o Paulo 3 966 057 11 316 304 9 587 43 Rio Grande do Sul 1 062 776 1 984 476 4 971 05 2 STF A Justi a em n meros indicadores estat sticos do poder judici rio Ano base de 2003 12 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 EXEMPLO DA CARGA DE TRABALHO DO JUIZ TRABALHISTA DE 1 GRAU Fonte TST Relat rios Ano de 2007 ANO DE 2007 CASOS TRABALHISTAS NOVOS Regi o Sudeste 930 208 Regi o Sul 281 656 Brasil 1 824 661 Ao longo dos anos em que j se anunciava claramente a tend ncia de aumento do n mero de conflito
36. lenta s em face da cadeia recursal mas tamb m em raz o da estrutura processual que escolhemos devemos creditar a in rcia influ ncias sociais pol ticas e econ micas n o certamente por barreira constitucional Pense se v g na Lei n 5 584 de 26 06 1970 que ao disciplinar normas sobre Direito Processual do Trabalho assim disp s em seu artigo 2 4 Salvo se versarem sobre mat ria constitucional nenhum recurso caber das senten as proferidas nos diss dios da al ada a que se refere o par grafo anterior considerado para esse fim o valor do sal rio m nimo data do ajuizamento da a o red Lei 7402 85 Esta Lei faz emergir algumas considera es 1 O legislador infraconstitucional pode sim dispor sobre este tema sem ofensa Constitui o 2 Se algu m em dado momento questionou a constitucionalidade deste dispositivo restritivo ao duplo de jurisdi o n o teve xito visto que a Lei citada ao menos nesta passagem est em vigor Admite se entretanto que o embate contra a Lei 5 584 70 teria sido mais 2 SADEK 2008 p 22 2 SILVA op cit p 261 2 Artigo 5 LV aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral s o assegurados o contradit rio e ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes 28 TEIXEIRA FILHO Manuel Antonio Sistema dos Recursos Trabalhistas 10 ed S o Paulo LTr 2003 p 66 Cadernos da Escola Judicial
37. o caracter stica das teorias pol ticas e jur dicas que acompanham a forma o do Estado moderno da imagem do Direito como ordenamento normativo relativamente concentrado com a do Estado como aparelho para uso da for a concentrada deu lugar persistente imagem do Estado de Direito na qual as duas id ias do Direito e do Estado est o estreitamente unidas at constitu rem um corpo s Nenhuma coisa mais v lida do que a doutrina do Estado de Direito tornada doutrina oficial do Direito p blico europeu durante quase um s culo pelos juristas da Restaura o at Rep blica de Weimar para sintetizar plasticamente o processo da estatiza o do Direito e de juridifica o do Estado que acompanha a forma o do Estado moderno Dessa doutrina podem dar se duas interpreta es uma te rica e outra ideol gica Teoricamente ela exprime como j o acentuou Kelsen a exig ncia meramente cient fica de descrever o Estado como um ordenamento jur dico e ficaria ainda para provar que uma teoria n o ideol gica do Estado pudesse ser constru da sem ser como teoria jur dica Ideologicamente a doutrina referida exprime o ideal do moderno constitucionalismo ou seja o ideal do Estado limitado pelo Direito cujos poderes agem no mbito do Direito e cuja legitimidade depende do fato da sua a o se desenvolver dentro dos limites de 241414016 regras preconstitu das 14 O esp rito das leis p 162 3 15 Como ensinava Je
38. o adquirimos uma vis o l cida da necessidade de repensar a natureza da fun o jurisdicional que o conjunto de determinantes hist ricas e sociais nos imp e de modo que se possa resgatar a jurisdi o de primeiro grau com a natural e desej vel redu o de recursos inclusive e especialmente com a limita o do efeito devolutivo da apela o ent o o rem dio de que nos podemos valer ser atingirmos a causa atacando sua consegii ncia procedendo a um corte cir rgico no sistema recursal Diferentemente do que se poderia supor o duplo grau de jurisdi o n o tem lastro constitucional O que est assegurado no inciso LV do artigo 5 da Constitui o Federal o contradit rio e a ampla defesa com os recursos a ela inerentes plenamente exercit vel com redu o da cadeia recursal sem nenhuma ofensa a norma constitucional A men o ao voc bulo recurso contida na norma constitucional conforme refere Manoel Antonio Teixeira Filho N o foi utilizado pelo legislador em seu sentido t cnico e estrito como meio de impugna o aos provimentos jurisdicionais e sim como significante gen rico do complexo de medidas e meios necess rios garantia da ampla defesa da qual o contradit rio constitui esp cie O duplo grau de jurisdi o mat ria para o legislador infraconstitucional tratar e se assim n o ocorre e contentamo nos em ficar lamentando a morosidade da Justi a que certamente n o
39. parte no processo e n o compreende com justa raz o como que o seu caso nunca termina Maria Tereza Sadek comenta que As defici ncias do aparelho judicial somadas aos ritos processuais criam situa es de vantagem e ou privil gios portanto de desigualdade Assim a ampla possibilidade de recursos facultada pela legisla o favorece o r u o devedor adiando uma decis o por anos Chega a ser consensual entre os especialistas a avalia o de que ingressar em ju zo no caso de quem deve um bom neg cio seja este r u o setor p blico ou particulares Qual causa de tudo isso O que fazer Se h consenso que o excesso de recursos talvez o mais importante fator para a morosidade do Judici rio por que n o conseguimos promover nenhuma mudan a substancial nesta estrutura A pergunta talvez seja mais importante que a pr pria resposta Assegurar ao devedor como hoje ocorre a possibilidade de valer se das mais variadas artimanhas processuais notadamente atrav s do h bil manejo dos recursos deveria causar rea es contundentes por parte dos integrantes da magistratura n o se conhecendo entretanto firme atua o das associa es no plano institucional para alterar um cen rio no qual muitos empres rios chegaram a admitir que a morosidade por vezes ben fica principalmente na rea trabalhista reconheciam que litigar compensava Este cen rio entretanto vem produzindo mudan
40. pela via pr pria no caso BACEN JUD de bens dispon veis em especial dinheiro para posterior cita o por edital tudo a levar a uma crescente agiliza o nos procedimentos da execu o 3 REDIRECIONAMENTO DA EXECU O DESPERSONALIZA O ARTIGO 28 DO CDC ARTIGO 50 DO CC Neste contexto cabe considerar tamb m n o s as inova es decorrentes da tecnologia da informa o mas tamb m as inova es que o contexto legal tem consolidado ap s pr tica decorrente de constru o jurisprudencial inspirada em entendimentos doutrin rios Significativos mostram se neste panorama os artigos 28 do C digo de Defesa do Consumidor e 50 do C digo Civil no sentido da desconsidera o da personalidade jur dica nas hip teses em que em preju zo do consumidor ocorrer abuso de direito excesso de poder infra o da lei fato ou ato il cito ou viola o dos estatutos ou contrato social ou ainda fal ncia estado de insolv ncia encerramento ou Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 83 inatividade da pessoa jur dica provocados por m administra o al m de obst culo ao ressarcimento de preju zos causados aos consumidores CDC ou tamb m desvio de finalidade ou confus o patrimonial CC sem deixar de considerar que sem embargo de exclu das em si rela es de car ter trabalhista do mbito do C digo de Defesa do Consumidor art
41. percebem que o trabalho est projetado para seguir um modelo racional e mecanicista onde muitas vezes os funcion rios sequer questionam porque est o realizando determinada tarefa e qual o prop sito da atividade realizada O favorecimento aliena o e a falta de significa o do trabalho reflete na apatia com que muitos servi os cartoriais s o realizados apatia esta que sentida diretamente pelo jurisdicionado A prop sito n o se pode olvidar que a maneira autom tica como s o as tarefas realizadas e a aus ncia de objetivos organizacionais alicer ados numa estrutura autocr tica contribuem para que o funcion rio n o compreenda o que faz e nem qual o objetivo da realiza o de determinado ato o que conduz gradativamente a n veis cada vez mais altos de indiferen a e desagrega o Manter uma equipe de trabalho eficiente flex vel reflexiva e motivada n o por certo uma tarefa f cil at porque as pessoas envolvidas neste processo trazem consigo as marcas de seus primeiros relacionamentos principalmente aqueles que envolveram o grupo familiar que consoante cedi o tamb m est o embasados em padr es destrutivos e neste contexto de forma subconsciente reproduzem no ambiente de trabalho os respectivos padr es de comportamento em sua rea de atua o por isso que grande parte das empresas embora empenhadas em melhorar o ambiente de trabalho atrav s de programas de qualidade transforma se em 5 SIL
42. portanto ganharam nessa mudan a de atitudes Ju zes e sociedade 1 2 Do Juiz Cidad o O papel do magistrado em uma sociedade em constante transforma o econ mica tecnol gica pol tica e cultural muito dif cil Assim como o Direito deve acompanhar as mudan as sociais buscando adequar se aos anseios da sociedade em evolu o o Juiz deve estar atento e apto a exercer sua fun o judicante como agente ativo e atuante na solu o dos problemas e jamais como mero t cnico a servi o da lei O Juiz cidad o tido como aquele comprometido com seu dever social de prote o ao jurisdicionado seja ele autor ou r u legitima se perante a comunidade n o pelo poder da toga mas pela maneira que pauta suas atitudes Neutralidade n o pode jamais ser confundida com imparcialidade O Juiz neutro se que isso poss vel um ser ap tico a servi o exclusivo da fria letra da lei esquecendo se que existem seres humanos encarnados nos autores r us testemunhas advogados e terceiros que atuam em cada processo e que poder o ter suas vidas alteradas dependendo da forma que o direito positivo seja aplicado O juiz imparcial assegura tratamento igualit rio s partes mas reprime atos atentat rios contra a dignidade da Justi a n o se submetendo formas definitivas e conservadoras de pensamento O Judici rio em que pese n o se tratar de Poder do Estado cujos membros sejam eleitos pelo povo deve agir como rg o demo
43. probidade decoro e boa f Constitui o Federal art 14 par grafo 9 alterado pela Emenda Constitucional de Revis o n 04 de 07 de junho de 1994 Lei Complementar estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessa o a fim de proteger a probidade administrativa a moralidade para o exerc cio do mandato considerada a vida pregressa do candidato e a normalidade e legitimidade das elei es contra a influ ncia do poder econ mico ou o abuso do exerc cio de fun o cargo ou emprego na administra o direta ou indireta Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 173 pessoais ou os limites do contrato entre outros par metros Nas rela es de emprego sob exame este direito tamb m existir quanto pr tica de ato que derive em atentado moralidade administrativa Exemplo disso ser a ordem para que o empregado n o anote no registro respectivo a integralidade da sua jornada de trabalho mesmo que o excesso de trabalho seja posteriormente compensado com folga A determina o al m de afrontar o dever de registro dos fatos tocantes ao v nculo de emprego implicaria na falsifica o de meio material de prova Outro exemplo ainda mais infamante o da resili o unilateral do contrato de trabalho pelo estado calcado em motivo torpe como a discrimina o pol tica sexual ou racial Como se viu no cap tulo anterior a despedida pelo ente p blico
44. respeitando as enquanto realidade social N o deve virar as costas s condi es do brasileiro e sua realidade social onde o trabalho e a renda s o prioridades em detrimento do emprego por exemplo O judici rio trabalhista n o pode em nome de princ pios n o constitucionalizados e que focam mais o indiv duo do que o coletivo afastar se do interesse social e que deve ser sua for a motriz Retornando aula de Maria Tereza Sadek j mencionada em t pico anterior a autora apresentou observa es importantes sobre a realidade brasileira com grandes reas de exclus o e desigualdades cumulativas O pobre no Brasil n o tem acesso sa de escolaridade e civilidade Ela compara a situa o brasileira aos estados do norte europeu onde existem pobres por renda mas que n o s o exclu dos do sistema de sa de e educa o ocorrendo a exclus o pela pobreza mas n o de forma cumulativa Maria Tereza ressalta que segundo dados do IBGE a renda dos 10 mais ricos 32 vezes maior do que a dos 40 mais pobres Ainda segundo o BIRD o ndice de desigualdade social do Brasil s melhor a de quatro pa ses africanos Suazil ndia Rep blica Centro Africana Botswana e Nam bia Maria Tereza apresentou dados do IBGE com rela o distribui o da popula o por classe de rendimento e com idade superior a dez anos e n o necessariamente economicamente ativa Sem rendimento 10 8 At
45. ria A morosidade dos processos judiciais e a baixa efic cia de suas decis es retardam o desenvolvimento nacional desestimulam investimentos propiciam a inadimpl ncia geram impunidade e solapam a cren a dos cidad os no regime democr tico 2 1 Causas S o v rios os fatores causadores da crise que caracteriza o exerc cio da atividade jurisdicional a multiplicidade de fatores aponta para a natureza estrutural do problema e a import ncia de sua identifica o repousa na possibilidade de escolha de solu es mais adequadas supera o do problema Jos Carlos Barbosa Moreira em estudo envolvendo a efetividade da atividade jurisdicional realizado em 1984 j visualizava que A excessiva demora dos processos tem causas t o numerosas t o complexas ousar amos acrescentar e t o mal individuadas nos respectivos pesos pela car ncia de estat sticas judici rias que seria ambi o v querer encontrar no Eg er e 3 puro receitu rio processual rem dio definitivo para a enfermidade Entre os principais fatores se encontram i a crescente complexidade inerente atividade jurisdicional ii as defici ncias do atual modelo estrutural do sistema judici rio iii a disciplina do meio necess rio ao exerc cio da atividade jurisdicional o processo e iv os modelos de gest o utilizados ou n o utilizados pelo Poder Judici rio Na esteira do quanto ressaltado em t pico anterior o exerc cio da atividad
46. tanto importa a penhora de bens se n o garantida a execu o mediante o dep sito da import ncia em quest o ou n o nomeados quaisquer bens nomea o esta e tamb m a penhora presente a reda o do art 655 do CPC como determinada pela Lei 11 382 2006 observada a ordem preferencial estabelecida no art 655 do C digo de Processo Civil Tal ordem previa segundo a antiga reda o e prev nos termos da nova reda o em primeiro lugar dinheiro com o acr scimo agora e conforme a nova reda o de que em esp cie ou em dep sito ou aplica o em institui o financeira Neste contexto havia sempre uma insuper vel dificuldade de efetuar se a penhora segundo a ordem estabelecida no art 655 do CPC ou seja preferencialmente dinheiro seja porque n o tinha como saber o exegiiente se tal dinheiro existia e existindo onde estava depositado o dinheiro do devedor salvo que por algum meio tivesse conseguido ou conseguisse saber o n mero da conta banc ria do executado n o havia em todo caso como expedir se contra todas as casas banc rias do local de domic lio do devedor um mandado de penhora e mesmo expedido em cidades menores de regra o gerente da casa banc ria a pretexto do sigilo banc rio se encarregava de frustrar a execu o por esta via Sobravam ent o no mais das vezes para penhora os m veis em geral considerando se que para a penhora de ve culos e im veis
47. 1 ed S o Paulo LTR 1998 p 6 3 PRADA Vicente Herce de la El Derecho a la propria imagen y su incidencia en los medios de difusi n Barcelona Jos Maria Bosch Editor 1994 p 6 3 AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Ob cit p 28 29 118 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 inciso X do art 666 tratou da reprodu o de retratos ou bustos sob encomenda inaugurando a distin o entre o direito do autor e da imagem da pessoa retratada x Contudo o direito imagem ganhou prote o legislativa em 1988 com a Constitui o Federal que no seu artigo 5 incisos V reconhece o direito imagem assegurando o direito de resposta proporcional ao agravo e indeniza o por dano material moral ou imagem O mesmo artigo no seu inciso X declara a inviolabilidade da imagem das pessoas assegurando indeniza o por dano moral ou moral decorrente da sua viola o O Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei n 8 069 90 em seu artigo 17 estabelece a inviolabilidade da integridade f sica da crian a abrangendo a preserva o da sua imagem No C digo Civil vigente Lei n 10 406 2002 o artigo 20 estabelece que a publica o a exposi o ou a utiliza o da imagem de uma pessoa poder o ser proibidas a seu requerimento e sem preju zo da indeniza o que couber se lhe atingirem a honra a boa fama ou a respeitabilidade ou se destinarem a fins comerciais A dou
48. 3 2 a utiliza o dos seus dispositivos no mbito trabalhista se justifica pelo car ter tuitivo que o inspira do mesmo modo como ocorre nas rela es de trabalho em especial as de emprego Tanto est a significar que n o possuindo a empresa condi es de responder pelo d bito contra ela constitu do por via de t tulo judicial sujeitos execu o ficar o os bens de seus s cios observada quanto aos mesmos tamb m o preceito de que a constri o seja preferencialmente sobre dinheiro Tem se pois que o sistema legal vem se organizando no sentido de conferir execu o enquanto procedimento destinado a satisfazer o t tulo judicial a necess ria celeridade e efic cia 4 CONFLITO ENTRE O DIREITO ALIMENTAR E O DIREITO IMPENHORABILIDADE Nesta ribalta por outro lado n o h como ignorar se o inevit vel conflito que se estabelece entre o direito alimentar e o direito impenhorabilidade isto entre o direito do credor trabalhista e o direito da empresa ou do s cio de ver os seus bens resguardados da execu o observando se quanto ao segundo que se trata de bens particulares e que n o se confundem exceto se trate de empresa individual com os bens daquela Tal conflito j se encontra de certa forma balizado na previs o do CPC considerados os artigos 620 e 612 do texto processual onde se contrap em o modo menos gravoso para o devedor e a execu o no in
49. 80 16 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 TICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL Carmen Izabel Centena Gonzalez Desembargadora do TRT da 42 R RS Sem entusiasmo e nele incluo a c lera a humanidade n o consegue atuar S com entusiasmo por m n o se atua bem preciso ir al m dele para que o trabalho seja eficaz mas ent o em situa es de calma surgem obras que nascem dos per odos de entusiasmo Quem se entusiasma em demasia n o consegue realizar um bom trabalho quem nunca se entusiasma tampouco Konstantinos Kav fis SUM RIO Introdu o 1 tica 1 1 Conceitos de tica 1 2 Moral 1 3 tica e sua hist ria 1 3 1 Doutrinas ticas 2 Responsabilidade Social Conclus o Refer ncias INTRODU O crescente o movimento pela tica e responsabilidade social nas organiza es tanto privada quanto p blica Multiplicam se os eventos nacionais e internacionais com o objetivo de discutir conceitos pr ticas e indicadores que possam efetivamente definir uma empresa ou institui o como cidad Diante do quadro de pobreza dos s rios problemas que vivemos em termos de educa o sa de desemprego viol ncia e de a es que destroem o nosso ecossistema salutar que as organiza es assumam o seu papel e contribuam eficazmente para o desenvolvimento sustent vel e melhoria da qualidade de vida do planeta E que atrav s deste movimento e do exemplo
50. A JUSTI A DO TRABALHO E A SOCIEDADE UM CAMINHO V LIDO PARA O PARADOXO Retornando ao documento do Banco Mundial e sua cr tica Justi a do Trabalho parece urgente que se defina o papel da mesma perante a sociedade Ser ela um fator de distribui o de renda Ou ser uma forma de fortalecimento da legisla o trabalhista A Justi a do Trabalho precisa guardar alguma rela o entre o seu custo e os benef cios que decorrem de suas decis es A Justi a do Trabalho um fator inibidor do emprego e de aumento do custo Brasil O que a sociedade afinal espera desse segmento do Poder Judici rio Guilherme Guimar es Feliciano Juiz do Trabalho da 15 Regi o Campinas SP no artigo Justi a do Trabalho Nada Mais Nada Menos publicado no livro Justi a do Trabalho Compet ncia Ampliada na p gina 146 afirmou Importa agora saber que a Justi a do Trabalho n o mais ou apenas a Justi a dos empregados N o sequer mais ou apenas a Justi a dos trabalhadores Tornou se hoje mais do que ontem a Justi a do Trabalho i e a Justi a do valor trabalho em quase todas as suas dimens es juridicamente relevantes N o se presta mais a paternalismos subjetivados que favore am uma ou outra classe social seja porque com Galbraith os conceitos marxistas em torno da luta de classes perderam sentido na sociedade tecnocrata seja ainda porque com Bagolini as rela es de subordina o entre quem manda e quem
51. Administra o judici ria 2 Administra o judici ria e m todos de planejamento 3 Planejamento estrat gico em unidade judici ria Considera es finais Bibliografia INTRODU O O presente trabalho versa sobre a an lise da postura do Juiz do Trabalho envolvido na constru o de sua Unidade Judici ria solucionando conflitos internos como forma de se alcan ar a efetividade e efic cia do provimento jurisdicional destacando que o grande desafio deste Magistrado encontrar meios para que com a for a humana dispon vel haja mobiliza o e motiva o para o trabalho que apesar de rotineiro se presta s constantes vari veis de formas de otimiza o A busca crescente de solu es para a crise da Justi a um dos principais fatores que contribu ram para que ganhassem relev ncia os temas referentes Administra o aplicada ao Direito Para isto cada vez mais os operadores do Direito necessitam dos m todos e t cnicas desenvolvidas pela Administra o Com efeito para a supera o desta crise se faz indispens vel n o s o desejo comum dos operadores do Direito e do Magistrado de querer super la Sua concretiza o passa por um plano de a o Assim o desafio que posto ao Judici rio passa necessariamente por uma reforma n o s de estruturas e processos mas principalmente de mudan a na mentalidade desses operadores com intuito de que sejam adotadas pr ticas criativas que possam otimizar
52. Administrativo bem de ver que se subsume no sistema jur dico geral entendendo o como uma rede axiol gica e hierarquizada de princ pios gerais e t picos de normas e de valores jur dicos cuja fun o a de evitando ou superando antinomias dar cumprimento aos princ pios e objetivos fundamentais do Estado Democr tico de Direito assim como se encontram consubstanciados expressa ou implicitamente na Constitui o Por princ pio ou objetivo fundamental entende se o crit rio ou a diretriz basilar do sistema jur dico que se traduz numa disposi o hierarquicamente superior do ponto de vista axiol gico em rela o s normas e aos pr prios valores sendo linhas mestras de acordo com as quais se dever guiar o int rprete quando se defrontar com antinomias jur dicas Deste modo de se grifar que base deste conceito de sistema jur dico cr se na possibilidade de melhor compreender a exig ncia teleol gica e operacional do princ pio hier rquico da supremacia da Constitui o assim como na exist ncia de princ pios e objetivos em face dos quais em caso de incompatibilidades internas devem as normas infraconstitucionais guardar a fun o instrumental tendo em vista a realiza o final stica da constitui o Teoria dos Princ pios p 70 10 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro p 82 1l Estudos de Direito Administrativo p 17 8 Cadernos da Escola Judicial do
53. Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes I homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es nos termos desta Constitui o Em http www planalto gov br ccivil 03 Constituicao Constitui ao htm Acesso em 10 dez 2008 s 12h24min Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social Em http www planalto gov br ccivil 03 Constituicao Constitui ao htm Acesso em 10 dez 2008 s 12h28min 7 XVI remunera o do servi o extraordin rio superior no m nimo em cinq enta por cento do normal Em http www planalto gov br ccivil 03 Constituicao Constitui ao htm Acesso em 10 dez 2008 s 12h30min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 195 da confian a e da seguran a dos cidad os no mbito econ mico social e cultural e do n cleo essencial da exist ncia m nima inerente ao respeito pela dignidade da pessoa humana ser inconstitucional uma lei que extinga o direito a subs dio de desemprego ou pretenda alargar desproporcionadamente o tempo de servi o necess rio para a aquisi o do direito reforma cfm Ac TC 39 84 Caso do Servi o Nacional de Sa de e Ac 148 94
54. C digo Civil Art 187 Tamb m comete ato il cito o titular de um direito que ao exerc lo excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econ mico ou social pela boa f ou pelos bons costumes Exce o feita queles que com elas mantinham contrato de trabalho em momento anterior promulga o da Constitui o Federal em 05 de outubro de 1988 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 163 causa quem foi admitida por crit rios objetivos Segue se portanto que o ac rd o regional n o atentou contra a literalidade dos artigos 7 al nea d 477 e 487 da CLT e 160 do CC 1916 ao considerar nula a dispensa imotivada da reclamante Recurso de revista da reclamada n o conhecido DESPEDIDA DE EMPREGADO CONCURSADO ENTE DA ADMINISTRA O P BLICA INDIRETA NULIDADE DO ATO POR AUS NCIA DE MOTIVA O E PR VIA SUJEI O A PROCESSO ADMINISTRATIVO Em se tratando de rela es de trabalho verificadas no mbito da Administra o P blica h que se considerar a necess ria aplica o dos princ pios de direito administrativo sob pena de o enfoque exclusivamente privatista distorcer a natureza da rela o jur dica existente entre as partes Na verdade encontram se os empregados das sociedades de economia mista sujeitos a um regime jur dico h brido no qual ser o atendidas normas pr prias das empresas privadas bem como s exig ncias e limita es impostas aos r
55. DR I 13 5 94 Caso das propinas e por ltimo Ac TC 509 2002 DR I 12 2 Caso do rendimento m nimo garantido A liberdade de conforma o do legislador nas leis sociais nunca pode afirmar se sem reservas pois est sempre sujeita ao princ pio da igualdade princ pio da proibi o de discrimina es sociais e de pol ticas antisociais As eventuais modifica es destas leis devem observar os princ pios do Estado de direito vinculativos da actividade legislativa e o n cleo essencial dos direitos sociais O princ pio da proibi o de retrocesso social pode formular se assim o n cleo essencial dos direitos sociais j realizado e efetivado atrav s de medidas legislativas lei da seguran a social lei do subs dio de desemprego lei do servi o de sa de deve considerar se constitucionalmente garantido sendo inconstitucionais quaisquer medidas estaduais que sem a cria o de outros esquemas alternativos ou compensat rios se traduzem na pr tica numa anula o revoga o ou aniquila o pura e simples desse n cleo essencial A liberdade de conforma o do legislador e inerente auto reversibilidade t m como limite o n cleo essencial j realizado sobretudo quando o n cleo essencial se reconduz garantia do m nimo de exist ncia condigna inerente ao respeito pela dignidade da pessoa humana Mais a norma constitucional que preceitua a igualdade visa a igualar homens e m
56. Editores 2004 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 33 O PRINC PIO CONSTITUCIONAL DA UNICIDADE DE JURISDI O O DUPLO GRAU DE JURISDI O Iris Lima de Moraes Ju za do Trabalho da 1 VT de Gramado RS SUM RIO Introdu o 1 O Judici rio e a Sociedade Des legitima o 1 1 Interlocu o Institucional Interna e Externa apontamentos para reflex o e estudo 2 Perda da Legitima o como Poder Desvaloriza o do Juiz da base 2 1 Temas para reflex o e estudo O duplo grau de Jurisdi o A cadeia recursal A fun o revisora dos Tribunais O problema do m todo Interpreta o bin ria Certo e Errado Forma o dogm tica A necessidade de repensar ou resgatar a concep o de Juiz natural Discurso c nico Refer ncias INTRODU O Este trabalho resultado da participa o no curso de Capacita o em Poder Judici rio realizado na sede da Escola Judicial da 4 Regi o no per odo de 09 a 14 de junho de 2008 E resultado da troca de impress es com os colegas da magistratura trabalhista e analistas judici rios acerca de temas e quest es que nos interpelam no dia a dia forense efeito produzido a partir das inquietantes conclus es cient ficas recolhidas das aulas ministradas naquele curso pela cientista pol tica e pesquisadora da Universidade de S o Paulo Maria Tereza Sadek e de seu estudo denominado O Judici rio e a Sociedade Com este trabalho busca se ide
57. Essa corrente a que reconhece a responsabilidade social das organiza es de forma geral e das empresas em particular Baseia se na premissa de que as organiza es s o institui es sociais que existem com autoriza o da sociedade utilizam os recursos da sociedade e afetam a qualidade de vida da mesma Segundo Maximiano 2004 um dos principais representantes dessa corrente Andrew Carnegie que publicou um livro no qual estabeleceu os dois princ pios da responsabilidade social corporativa caridade e zelo Esses princ pios baseavam se numa vis o paternalista do papel do empres rio em rela o aos empregados e aos clientes Vejamos e Princ pio da Caridade esse princ pio diz que os indiv duos mais afortunados da sociedade devem cuidar dos menos afortunados compreendendo desempregados doentes pobres e pessoas com defici ncia f sica Esses afortunados podem ser auxiliados diretamente ou por meio de institui es como igrejas associa es n o de sua empresa e o indiv duo decide qual o valor da caridade que pretende praticar e e Princ pio do Zelo esse princ pio estabelece que as empresas e os indiv duos ricos deveriam enxergar se como deposit rios de sua propriedade Segundo Carnegie os ricos t m seu dinheiro com a confian a do restante da sociedade e podem us lo para qualquer finalidade que a sociedade julgar leg tima O papel da empresa tamb m aumentar a riqueza da sociedade por meio de investimento
58. Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 203 prote o dos direitos da personalidade Tal assertiva j estava consagrada na jurisprud ncia inclusive com a reda o da S mula 227 do STJ que asseverou a possibilidade de sofrimento de dano moral pela pessoa jur dica De outra margem certo que nem todos os direitos da personalidade por evidente inviabilidade pr tica podem ser detidos pelas pessoas jur dicas como por exemplo os atinentes integridade f sica Entretanto un nime a posi o de que elas det m direito ao nome ao segredo profissional marca e prote o sua imagem ESTEVES em excelente artigo sobre a imagem da pessoa jur dica cita coment rio do doutrinador Gustavo Tepedino sobre o artigo 52 do C digo Civil de 2002 Ainda em refer ncia ao tema em quest o destaca se a cl usula geral contida no art 52 do C digo Civil segundo a qual aplica se s pessoas jur dicas no que couber a prote o dos direitos da personalidade Andou bem o legislador em n o conferir pessoa jur dica direitos informados por valores inerentes pessoa humana Limitou se o dispositivo a permitir a aplica o por empr stimo da t cnica da tutela da personalidade e apenas no que couber prote o da pessoa jur dica Esta embora dotada de capacidade para o exerc cio de direitos n o cont m os elementos justificadores fundamento axiol gico da prote o personalidade concebida como bem jur
59. MINTZBERG Henri AHLSTRAND Bruce LAMPEL Joseph Saf ri de Estrat gia um Roteiro pela Selva do Planejamento Estrat gico Tradu o de Nivaldo Montingelli Jr Porto Alegre Bookman 2000 MOTTA Paulo Planejamento Estrat gico Programa de Capacita o em Poder Judici rio FGV PASSOS Calmon de Direito Poder Justi a e Processo Julgando os que nos Julgam Rio de Janeiro Forense 1999 SILVA Claudia Dantas Ferreira da Administra o Judici ria Planejamento Estrat gico e a Reforma do Judici rio Brasileiro In Jus Navigandi Teresina ano 10 n 976 4 mar 2006 Dispon vel em http jus2 uol com br doutrina texto asp id 8062 Acesso em 23 jul 2008 SILVA Leonardo Peter da A Administra o Judici ria e o Planejamento Estrat gico In Jus Navigandi Teresina ano 10 n 874 Dispon vel em http jus2 uol com br Acessado em 16 jul 2008 2 TEIXEIRA S lvio O Judici rio e as Propostas de um Novo Modelo In O Ne fito Dispon vel em http www neofito com br artigos art0 1 jurid185 htm Acesso em 23 jul 2008 13 PASSOS Calmon de Direito Poder Justi a e Processo Julgando os que nos Julgam Rio de Janeiro Forense 1999 p 120 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 111 TEIXEIRA S lvio O Judici rio e as Propostas de um Novo Modelo In O Ne fito Dispon vel em http www neofito com br artigos art0 1 juridl85 htm Acesso em 23 jul 2008 THEODORO J NIO
60. Nela foi disposto que Lei n 11 111 de 05 de maio de 2005 Art 7 Os documentos p blicos que contenham informa es relacionadas intimidade vida privada honra e imagem de pessoas e que sejam ou venham a ser de livre acesso poder o ser franqueados por meio de certid o ou c pia do documento que expurgue ou oculte a parte sobre a qual recai o disposto no inciso X do caput do art 5 da Constitui o Federal Par grafo nico As informa es sobre as quais recai o disposto no inciso X do caput do art 5 da Constitui o Federal ter o o seu acesso restrito pessoa diretamente interessada ou em se tratando de morto ou ausente ao seu c njuge ascendentes ou descendentes no prazo de que trata o 3 do art 23 da Lei n 8 159 de 8 de janeiro de 1991 No texto acima notamos claramente o objetivo de o legislador conciliar os princ pios supramencionadas extirpando do acesso p blico os dados referentes intimidade vida privada honra e imagem de pessoas Conforme o magist rio de Odete Medauar Outra ressalva a esse direito artigo 5 inciso XXXIII da Constitui o Federal e ao princ pio da publicidade em geral encontra se na preserva o da intimidade da vida privada da honra da imagem das pessoas declaradas inviol veis pela Constitui o no inc X do mesmo art 5 em tais casos o sigilo h de predominar sobre a publicidade para preserva o desses direitos declarados inviol veis Como exe
61. Regi o O ac rd o publicado em 19 12 2008 da lavra da Ju za Relatora Denise Maria de Barros cita integralmente a senten a da de 1 grau prolatada pelo Juiz Marcelo Gon alves de Oliveira mantida por seus pr prios fundamentos No caso mencionado o empregado motorista foi identificado como integrante da comunidade Eu odeio a COLEURB fia da puta carregada de informa es de car ter depreciativo e ofensivo sua empregadora COLEURB Coletivo Urbano Ltda Para melhor an lise da quest o transcreve se fragmento da decis o citada JUSTA CAUSA PARA RESCIS O ORKUT VERBAS RESCIS RIAS MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT INDENIZA O POR DANO MORAL O reclamante aduz que em seu contrato com a empresa que durou quase dois anos sempre trabalhou com contin ncia urbanidade e probidade tendo sido despedido de forma descabida e infundada com a falsa acusa o de que ele um simples motorista de nibus teria se cadastrado no site orkut em uma comunidade criada com o prop sito de hostilizar a empresa tendo espalhado mensagem hostil a ela em tal s tio da internet Aduz que a justa causa n o se mant m e que inadmiss vel acreditar ou fazer crer que o reclamante pessoa de poucas letras tenha aderido ao s tio em quest o e que pela regra de experi ncia trabalhando para a empresa teria divulgado mensagem contra ela em meio eletr nico Sustenta estar a reclamada agindo de m f ou induzid
62. SUM RIO Introdu o 1 A reforma do judici rio na Emenda Constitucional 45 2004 2 Varas do Trabalho e distribui o de cargos de Ju zes do Trabalho titulares e substitutos 3 Outra possibilidade de organiza o Considera es Finais Refer ncias INTRODU O Com este trabalho pretende se apresentar uma alternativa capaz de viabilizar planejamentos de m dio e longo prazo nas atividades jurisdicionais das Varas do Trabalho da 4 Regi o do ponto de vista da forma de atua o dos magistrados de primeiro grau O tema escolhido est relacionado ao prop sito do Curso de Capacita o em Poder Judici rio cuja finalidade dentre outras permitir aos magistrados em contato com profissionais de outras reas do conhecimento a obten o de uma vis o mais abrangente do poder em que atuam em seus relacionamentos internos e com a sociedade Dentre as cr ticas dirigidas ao Poder Judici rio nos meses que precederam denominada Reforma do Judici rio v rias delas diziam respeito inaptid o ou inexperi ncia dos magistrados como administradores dos respectivos rg os jurisdicionais Este trabalho mais propriamente um ensaio Uma an lise do modo como estruturado o quadro de ju zes de primeiro grau no mbito da 4 Regi o da Justi a do Trabalho segundo a vis o do autor e diante dos preceitos legais e constitucionais pertinentes prop e uma forma de trabalho que se acredita mais eficaz para a boa administra o
63. Se quisermos todos poderemos realiz lo com determina o e idealismo A mesma determina o e o mesmo idealismo que de tempos em tempos t m mudado os horizontes do mundo em que vivemos N o h como deixar de considerar que a demora excessiva no curso de um processo vulnera a garantia do devido processo legal desmoraliza o Poder Judici rio e eterniza a ang stia das partes raz o pela qual o Juiz do Trabalho e todos os envolvidos na presta o jurisdicional devem adotar uma postura mais comprometida Por fim como s ntese ao que foi exposto e convite reflex o futura citamos as palavras de Calmon de Passos que afirma somos hoje o resultado do que fomos ontem e sabemos que o nosso modo de ser amanh ser em boa parte plasmado pelo que deliberarmos neste sentido BIBLIOGRAFIA ARANTES Dela des Alves Miranda DUARTE Radson Rangel Ferreira Execu o Trabalhista C lere e Efetiva um Sonho Poss vel S o Paulo LTr 2002 CERTO Samuel C PETER J Paul Administra o Estrat gica Planejamento e Implementa o da Estrat gia Tradu o de Fl vio Deni Steffen Revis o t cnica de Alberto Henrique da Cruz Feliciano S o Paulo Makron Books 1993 CHIAVENATO Idalberto Gerenciando Pessoas o Passo Decisivo para a Administra o Participativa 3 ed S o Paulo Makron Books 1997 LUCENA Maria Diva da Salete Planejamento Estrat gico e Gest o do Desempenho para Resultados S o Paulo Atlas 2004
64. a divulga o de imagem para fins de captura de algu m deve haver mandado de pris o expedido pela autoridade judici ria perdurando a divulga o enquanto tiver validade o mandado de pris o Deve se ressaltar ainda que a a o penal p blica mesmo que em algumas circunst ncias a iniciativa seja da parte N o obstante deve se ter o cuidado especial na exibi o de fotografias ou imagens para que estas n o induzam a antecipado julgamento popular expondo desnecessariamente e sem pelo menos ind cios suficientes o sujeito a injustas situa es constrangedoras Ressalta se que mesmo em car ter jornal stico estando ausente o interesse p blico n o devem ser permitidas a publica o e veicula o de imagens mormente enquanto n o houver senten a transitada em julgado ainda que os fatos possam ser divulgados porque a imagem transmitida notabiliza o suspeito excluindo o do conv vio social e resultando em injusti a e dano caso o inqu rito policial venha a ser arquivado ou na improced ncia da a o penal O argumento de interesse p blico frequentemente invocado pelos meios de comunica o quando da invas o da esfera da privacidade das pessoas SILVA JUNIOR Alcides Leopoldo A pessoa P blica e o seu Direito de Imagem S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2002 p 60 5 ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Madrid Centro de Est dios Constitucionales 1997 p 97 124 Cadernos da Esco
65. adequada satisfa o do julgado Tal passagem do planalto para a plan cie significa ingressar na execu o o que se h de alcan ar atrav s de modos e pr ticas condizentes com a velocidade das necessidades que o benefici rio da decis o possui especial e especificamente no mbito do Direito do Trabalho e com a plena utiliza o de todos os meios ferramentas que os avan os tecnol gicos especialmente no campo da Inform tica propiciam Toda esta situa o se torna sem d vida mais cr tica e urgente quando se trata da execu o trabalhista sob cujo prisma se far o presente estudo a t tulo de Trabalho de Conclus o do CURSO DE CAPACITA O EM PODER JUDICI RIO promovido pela ESCOLA JUDICIAL DO TRT 4 Regi o em conv nio com a FUNDA O GET LIO VARGAS estudo este inspirado na disciplina INOVA O JURISDICIONAL tudo com foco no dia a dia do signat rio que no seu mister profissional administra a execu o trabalhista na 7 Vara do Trabalho de Porto Alegre RS ficando ressalvado desde j que as considera es aqui feitas s o muito mais de ordem pr tica em face de situa es concretas que se apresentam do que puramente acad mica ou seja em face de como seria se assim fosse 1 A EXECU O TRABALHISTA ARTIGO 882 DA CLT No processo do trabalho segundo a previs o da Consolida o das Leis do Trabalho uma vez n o cumprida pelo reclamado a decis o ou o acordo
66. africanos 2 O BANCO MUNDIAL E A REFORMA DO JUDICI RIO Sem preju zo do que se asseverou no cap tulo anterior n o se pode negar que o Liberalismo tenha uma influ ncia extremamente forte nas pol ticas adotadas por organismos internacionais Em especial se pode constat la por exemplo nos relat rios do Banco Mundial que conduziram recente e assim denominada nos meios de comunica o Reforma do Judici rio Pois esta mesma ideologia Liberal tem influenciado tais organismos a exigir dos pa ses em desenvolvimento a ado o de medidas voltadas a padronizar ou estandartizar para se usar um anglicismo que neste aspecto faria sentido o Poder Judici rio buscando aproxim lo tanto quanto poss vel do sistema jur dico insular ou a Common Law Este procedimento tem como objetivo garantir aos investidores empresas em especial as grandes multinacionais um tratamento o mais previs vel poss vel sob o ponto de vista do conte do das decis es judiciais O sistema jur dico Romano Germ nico fortemente alicer ado na lei mas que ainda assim outorga aos ju zes uma liberdade quase que sem limites para a sua interpreta o algo que n o serve aos investidores internacionais que pretendem acima de tudo ter ci ncia das regras do jogo de modo a poderem analisar com o maior conhecimento de dados poss vel o grau de risco de seu investimento 2 O escritor comunista e pr mio Nobel da literatura Jos Saramag
67. ao Poder Judici rio pode ser vista sob tr s ngulos a jurisdi o ao mesmo tempo poder fun o e atividade Como poder manifesta o do poder estatal conceituado como capacidade de decidir imperativamente e impor decis es Como fun o expressa o encargo que t m os rg os estatais de promover a pacifica o de conflitos interindividuais mediante a realiza o do direito justo e atrav s do processo E como atividade ela o complexo de atos do juiz no processo exercendo o poder e cumprindo a fun o que a lei lhe comete 1 CINTRA Ant nio Carlos de Araujo GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Rangel Teoria Geral do Processo 9 ed S o Paulo Malheiros Editores 1992 p 113 130 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Avaliada como atividade a jurisdi o conforme defini o largamente adotada em doutrina consiste no exerc cio da atividade do juiz na aplica o da lei mediante 1 a formula o no mbito de um processo da regra de direito destinada a reger o caso concreto que por meio dele processo tenha sido levado aprecia o do Poder Judici rio e 11 a subsegiiente imposi o coativa da regra formulada vontade das partes enquanto sob o aspecto funcional pr prio jurisdi o o seu conceito e o de atividade jurisdicional se confundem estando ambos a indicar entre as atribui es inerentes ao Estado aquela realizada com a finalidade
68. atendidos os preceitos legais e constitucionais relacionados proporcionalidade entre o n mero de magistrados e as respectivas popula es sendo l cito concluir que a maior demanda detectada pela Corregedoria Regional para divis o da regi o e distribui o de ju zes nessa propor o corresponda repercuss o das maiores concentra es populacionais na demanda processual de cada unidade ou Vara do Trabalho O questionamento ent o limita se ao porqu de haver no mbito da Regi o em certos per odos a sensa o de que a distribui o do trabalho entre os magistrados n o atende s expectativas 3 OUTRA POSSIBILIDADE DE ORGANIZA O Segundo demonstra a pr tica regional para manter em funcionamento ininterrupto a atividade jurisdicional com um quadro de magistrados limitado a Corregedoria Regional mant m consigo diversas atribui es administrativas inerentes organiza o do trabalho das Varas do Trabalho Isso por um lado permite Corregedoria maior flexibilidade na movimenta o dos Ju zes Substitutos para o atendimento de necessidades imprevistas no territ rio da Regi o o que ben fico mas por outro dificulta o planejamento para m dio ou longo prazo nas Varas do Trabalho 1 Lembre se que a 4 Regi o conta com 115 Varas do Trabalho e exatos 115 Ju zes Titulares e igual n mero de Ju zes Substitutos Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 97 Referimo nos esp
69. bases de dados O tratamento eletr nico de ordens pelo sistema possibilita a visualiza o das respostas na tela e oferece recursos teis para a tomada de decis o da autoridade judici ria A ado o da padroniza o e a automa o dos procedimentos envolvidos na restri o judicial de ve culos via RENAJUD no mbito dos Tribunais e rg os Judiciais tem como principal objetivo a redu o significativa do intervalo entre a emiss o das ordens e o seu cumprimento comparativamente tradicional pr tica de of cios em papel RENAJUD RESTRI ES JUDICIAIS DE VE CULOS AUTOMOTORES Manual do Usu rio Vers o 1 0 A conjuga o de tais inova es fez com que se passasse a utilizar um direcionamento diverso do tradicionalmente usado para o impulso da execu o em primeiro lugar preferencialmente na dic o do artigo de lei busca de numer rio via BACEN JUD com emiss o de solicita o de bloqueio contra a empresa primeiro e modo sucessivo contra os s cios e no insucesso busca de dados da empresa e s cios via INFOJUD para efeito de constri o de bens outros que n o propriamente dinheiro e sim bens im veis constantes da Declara o de Renda e ainda ve culos por via de consulta e restri o junto ao DETRAN RENAJUD As mencionadas inova es outrossim t m possibilitado ainda outra alternativa de direcionamento da execu o qual seja a prevista no art 653 do CPC ou seja o arresto
70. busca da Justi a conforme a tica da sociedade N o deve se preocupar o Judici rio com distribui o de renda n o sendo esse seu papel enquanto poder mas deve se preocupar ao decidir com a manuten o do trabalho e da renda na sociedade Quanto rela o feita entre o chamado custo Brasil e a Justi a do Trabalho a institui o precisa se comunicar com os agentes sociais demonstrando o n mero de rela es de trabalho existentes no pa s e o n mero de a es trabalhistas o que afasta de plano a rela o em apre o extremamente reduzido o n mero de demandas trabalhistas em cotejo com o n mero de rela es de emprego existentes para que isso possa afetar o custo da m o de obra no Brasil Um ltimo ponto a ser abordado diz respeito exist ncia de repeti o de demandas trabalhistas ao longo dos anos contra determinadas empresas e sempre sobre os mesmos temas com jurisprud ncia j solidificada e que n o encontra mudan a de atitude empresarial Isso retrata de certa forma o cinismo dos empregadores referido no documento do Banco Mundial e que deve ser objeto de tratamento pelo judici rio trabalhista como institui o em mudan a de comportamento voltando se para uma pol tica institucional de rela o com a sociedade acatando a respeit vel cr tica da professora Maria Tereza Sadek citada alguns par grafos acima Armando Cunha professor do curso de Capacita o em Poder Judici rio da FGV em aula
71. cesse a viola o com a comina o ou n o de multa di ria pelo descumprimento da decis o Quando a les o ao direito j estiver consumada a op o ser a de postular a tutela jurisdicional ressarcit ria reparat ria ou indenizat ria atrav s da qual o titular gt BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 100 BARBOSA lvaro Antonio do Cabo Notaroberto Direito pr pria imagem aspectos fundamentais S o Paulo Saraiva 1989 p 50 126 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 do direito violado buscar a condena o do violador ao ressarcimento dos danos materiais e morais que lhe foram causados considerando se que o direito imagem tem esse duplo conte do porque embora seu conte do seja predominantemente moral em face da possibilidade de proveito econ mico do uso poder apresentar tamb m relevante conte do patrimonial Ressalta se que para a configura o do dano imagem basta a utiliza o indevida da imagem ferindo o respectivo direito independentemente de ter ou n o ocorrido preju zo de ordem material ao titular do direito violado A repara o do dano se d atrav s de indeniza o pecuni ria sendo conveniente salientar se que o termo repara o na circunst ncia usado impropriamente de vez que na maioria dos casos a les o n o pode ser reparada dada dificuldade de retorno ao status quo ante Na realidade a indeniza o visa compensar os danos tendo a co
72. consoante a aspira o da norma e n o ao texto literal da lei Nesse sentido quando o Julgador est a servi o do cidad o j que todo poder emana do povo personifica se em um dos tr s poderes do Estado e passa a ser instrumento de realiza o da vontade deste povo proferindo decis es que visam antes de tudo restringir ou diminuir desigualdades econ micas e sociais 2 PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA UMA IMAGEM NEGATIVA DO PODER JUDICI RIO 2 1 Morosidade A sociedade brasileira clama pela c lere aprecia o de seus lit gios especialmente os de natureza alimentar como o caso daqueles que se desenrolam na Justi a do Trabalho em sua expressiva maioria Entretanto fundamental dar a conhecer popula o que o Juiz do Trabalho n o tem somente a atribui o constitucional de julgar Al m de julgador dos conflitos trabalhistas ele acumula fun es de administrador gerenciador incentivador de sua equipe representante do Poder Judici rio na comunidade em que atua e conhecedor da necessidade sempre premente de aprimoramento de saber jur dico Como administrador tem que lidar e resolver todo tipo de problemas burocr ticos necess rios ao funcionamento b sico da unidade judici ria sob sua responsabilidade em tarefas totalmente alheias ao minist rio judicante e que lhe tomam grande parte do tempo Como gerenciador deve estar apto a lidar com dificuldades de relacionamento entre seus serventu rios est
73. da efici ncia Constitui o da Rep blica art 37 caput Em plano especial ela exigida pela necessidade de obedi ncia ao princ pio da inafastabilidade do controle jurisdicional Constitui o da Rep blica art 5 inc XXXV o qual conforme defende a melhor doutrina deve ser interpretado no sentido de assegurar ao Jurisdicionado n o s o ingresso no Poder Judici rio como igualmente a obten o de uma resposta efetiva adequada e tempestiva E ainda em plano especial agora visualizada principalmente segundo contornos temporais ela exigida pela necessidade de o processo atender a uma razo vel dura o e fazer uso de meios que garantam a celeridade de sua tramita o Constitui o da Rep blica art 5 inc LXXVIII Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 133 Entretanto corrente a afirma o de que a atividade jurisdicional n o tem conseguido apresentar resultados sequer pr ximos aos n veis esperados pela sociedade A falta de capacidade de oferecer solu es em tempo h bil e dotadas de utilidade pr tica revela o fen meno conhecido por crise da atividade jurisdicional Conforme recentemente reconheceram os representantes dos tr s Poderes da Rep blica justificando a celebra o do denominado Pacto de Estado em favor de um Judici rio mais r pido e republicano Poucos problemas nacionais possuem tanto consenso no tocante aos diagn sticos quanto quest o judici
74. da justi a 1 A REFORMA DO JUDICI RIO NA EMENDA CONSTITUCIONAL N 45 2004 A Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 com a reda o que lhe deu a Emenda Constitucional 45 2004 ao estabelecer os direitos e garantias BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Senado 1988 BRASIL Constitui o 1988 Emenda Constitucional n 45 de 30 de dezembro de 2004 Altera dispositivos dos arts 5 36 52 92 93 95 98 99 102 103 104 105 107 109 111 112 114 115 125 126 127 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 91 fundamentais assegura no rol dos direitos e deveres individuais e coletivos a todos no mbito judicial e administrativo a razo vel dura o do processo e os meios que E RS garantam a celeridade de sua tramita o Essa inova o constitucional resultante do acr scimo do inciso LXXVIII ao art 5 da Constitui o pela referida Emenda Constitucional traduz essencialmente a resposta do legislador s insistentes reclama es dos atores sociais relacionadas morosidade do Poder Judici rio Havia poca intensos debates sociais e legislativos que levaram conclus o de que era necess rio promover uma Reforma do Poder Judici rio Como resultado da Reforma esse poder recebeu severas cr ticas sua forma de atua o e por consequ ncia ou em virtude desse debate a Emenda Cons
75. das vezes dificultoso quando n o imposs vel Exemplifique se com um empregado que apresenta queda de rendimento e despedido sob esta alega o Se outros trabalhadores do setor igualmente apresentaram esta queda naquele determinado per odo h indica o de causa comum que a todos tenha atingido Se outros contratos igualmente n o foram resilidos deve ser perquirida qual a discriminante utilizada pelo administrador Na resposta a esta ltima pergunta est a chave para identifica o da ofensa ao princ pio da moralidade que se consubstanciaria tanto na utiliza o da compet ncia administrativa para vaz o a sentimentos discriminat rios do agente como no desvio entre a finalidade abstratamente prevista para o ato do ato e sua real destina o Por fim arrola se igualmente a t tulo exemplificativo uma ltima aplica o do princ pio da moralidade desta feita na incorreta utiliza o do mecanismo de contrata o tempor ria de pessoal N o h portanto discricionariedade mas haver certamente arbitrariedade e imoralidade administrativa na pr tica de um ato fundado em motivo inexistente ou um motivo simulado como por exemplo ocorrer se a Administra o valer se da exce o posta no art 37 inciso IX da Constitui o Federal para contratar pessoal por tempo determinado motivada em situa o de necessidade tempor ria de excepcional interesse p blico quando inexistir necessidade tempor ria de exce
76. de criar as Escolas Judiciais estabeleceu que as promo es por merecimento ficar o subordinados fregii ncia e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfei oamento e que ser etapa obrigat ria do processo de vitaliciamento a participa o em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de forma o e aperfei oamento de magistrados Estes dois dispositivos constitucionais respectivamente a al nea c do inc Il e o inc IV ambos do art 93 estabeleceram uma mudan a de paradigma no que diz respeito atividade dos magistrados No regime anterior o juiz ap s aprovado no concurso de provas e t tulos a que se submetia n o encontraria qualquer obst culo sua ascens o na carreira sendo que a aferi o do merecimento at ent o se dava muitas vezes mais em face de sua capacidade de construir uma rede social do que de m ritos profissionais Neste quadro inexistia qualquer incentivo aos ju zes para buscar o aperfei oamento profissional ou jur dico sendo que em muitas situa es omitiam se de voltar aos bancos das universidades at como forma de evitar colocar prova seus conhecimentos vista de advogados e outros profissionais do Direito que com eles eventualmente compartilhariam as classes Com a inser o destes dois dispositivos agora os ju zes encontram na constitui o um incentivo sen o para almejarem a promo o por merecimento pelo menos para 1 Jornal O Sul de Porto Alegre
77. de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico CONCLUS O No estudo ressaltou se que o car ter modelador da Constitui o Federal n o poderia ser realizado exclusivamente por meio da utiliza o de leis espec ficas mesmo que de conte do aberto uma vez que a complexidade do plano dos fatos n o pode integralmente prevista ou contida na tipicidade estrita daquelas Mencionou se que a fim de alargar a abrang ncia das disposi es constitucionais e garantir a efic cia desta o constituinte lan ou m o da previs o de princ pios disposi es amplas que privilegiam um valor ou um bem jur dico a ser alcan ado e ou preservado n o dispondo objetivamente acerca do conte do da conduta necess ria obten o deste fim Referiu se que os princ pios constituiriam elementos informadores e interpretativos cumprindo a finalidade de integrar e harmonizar o conjunto jur dico dando coer ncia ao sistema No direito administrativo posicionar se iam como fundamentos e sustent culos da atividade estatal Ao iniciar a an lise dos princ pios em esp cie indicou se que o princ pio da legalidade originalmente foi o
78. de solucionar conflitos por meio da imediata declara o do direito Para a concep o cl ssica a atividade jurisdicional traduz atividade predominantemente t cnica restrita a declarar o direito incidente a situa es concretas trazidas a conhecimento do Poder Judici rio luz de tal concep o e pautado pela r gida separa o dos Poderes de Estado o Poder Judici rio durante bastante tempo atuou com vistas a garantir a preval ncia dos textos legais e proteger o livre exerc cio das liberdades individuais limitando se pois a decretar a vontade da lei que por sua vez expressava a ordem social desejada e ditava o modo de ser das rela es entre os indiv duos O exerc cio da atividade jurisdicional ent o n o inclu a questionamentos quanto ao acerto de medidas adotadas pelos outros Poderes que afinal assim atuavam com vistas ao desempenho de encargos que lhes eram atribu dos com exclusividade quase que irrestrita Diante das medidas editadas pelos outros Poderes a atividade jurisdicional simplesmente reproduzia a vontade nelas contida e portanto tendo em conta as escolhas realizadas pelos representantes dos outros poderes quando tanto fosse necess rio solu o de situa es concretas Acreditava se tamb m que as normas editadas pelo Poder Legislativo fossem dotadas de completude de modo a permitir a solu o da totalidade das situa es certeza e clareza de modo a n o permitir margem
79. deixar de ter similitudes com o direito imagem Com a queda do imp rio romano e posteriormente com a Idade das Trevas o direito imagem ficou esquecido O seu reaparecimento de acordo Jaqueline Sarmento Dias surge com uma decis o judicial datada de 1348 na Inglaterra medieval onde foi estabelecido um precedente relativamente intimidade direito que guarda muita afinidade com o direito imagem A evolu o desse direito ganha import ncia com o reconhecimento dos direitos humanos principalmente a partir do s culo XVII sendo que sua for a pode ser sentida com a Bill of Rights da Inglaterra e posteriormente com as revolu es francesa e americana Por m na realidade foi no final do s culo XVIII e na primeira metade do S culo XIX com o surgimento da fotografia e da reprodu o fotogr fica no cinema que a imagem ganhou extraordin ria import ncia despertando o mundo jur dico para 28 JABUR Gilberto Haddad Ob cit p 41 74 2 TOBENAS Jos Carlos Los Derechos de la personalidad Madrid Reus 1952 p 23 DE MATTIA Fabio Maria Direitos da Personalidade aspectos gerais Revista de Direito Civil V 3 1978 DIAS Jaqueline Sarmento Ob cit p 69 32 Idem p 70 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 117 ad de a 33 pr r a disciplina A difus o do retrato humano para reas geograficamente extensas e distantes passou a acarretar o que hoje tornou se lugar comum
80. designa o ao desembargador corregedor Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 93 que n o estejam substituindo o Juiz Titular da mesma localidade ou no caso da 4 Regi o do mesmo zoneamento A id ia de vincula o a uma localidade patente al m de assegurar aos jurisdicionados e ao Juiz Substituto nos termos do art 30 da Lei Complementar n 35 79 LOMAN e do inciso II do art 95 da Constitui o Federal a inamovibilidade Com a Emenda Constitucional 45 2004 mais relevante se torna essa garantia porque a par de assegurar aos ju zes a inamovibilidade assegurou aos jurisdicionados o direito dura o razo vel do processo inciso LXXVIII do art 5 da Constitui o Federal e proporcionalidade entre o n mero de ju zes e a popula o na unidade jurisdicional art 93 XIII da Constitui o Federal no primeiro artigo do cap tulo mais nobre da Carta Magna o Cap tulo I do T tulo II referente aos Direitos e Garantias Fundamentais Entendimento semelhante manifestou o colega Daniel Voltan em estudo que publicou no in cio do ano de 2004 e dentre outros aspectos ressalta a exist ncia de previs o referente inamovibilidade dos Ju zes Substitutos na Constitui o Federal na LOMAN na CLT e no Regimento Interno do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o Feita essa an lise parece n o haver dificuldade para se chegar conclus o de ser a lota o de do
81. dessa condi o humana de errar restou facilitado de uma certa forma o exerc cio da atividade jurisdicional pois ao reconhecer que errar humano foi poss vel ao Juiz perceber se como rg o de representa o comunit ria e n o apenas representante de um rg o Estatal Despindo se o magistrado 70 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 da personifica o do justo que lhe mantinha distante do mundo exterior para vestir se com a toga do aplicador e principalmente interpretador de leis iniciou se a aproxima o com a comunidade A atua o liberta da pesada carga de infalibilidade trazida pela modernidade possibilitou ao julgador buscar a realiza o da Justi a independentemente da aplica o da lei dando ou tirando efic cia a um direito dependendo da forma com que atuasse em cada caso concreto aprendendo com eventuais erros e evitando os no futuro Essa percep o fez surgir primeiro uma certa descren a da sociedade no papel do Judici rio pois perdera aquele ser inating vel no qual depositava todas suas esperan as a espera da decis o que atendendo ou n o suas reivindica es certamente seria a decis o justa por ter partido de um ser pretensamente infal vel Em contrapartida reconhecendo no Juiz um ser humano pass vel de erros o cidad o obteve coragem para questionar a presta o jurisdicional quando esta n o correspondesse s expectativas populares Ambos
82. do TRT da 4 Regi o n 02 2009 43 aguerrido fossem as for as pol ticas e econ micas do Pa s por ela atingidas O valor de al ada fixado na Lei explica a indiferen a O valor n o excedente de duas vezes o sal rio m nimo previsto na Lei citada sendo extremamente baixo n o atingiu aqueles que consideram que litigar compensa Este como not rio s o os que usufruem em excesso de justi a oficial gozando das vantagens de uma m quina lenta atravancada e burocratizada referidos nos Estudos O Judici rio e a Sociedade da cientista pol tica Maria Tereza Sadek Ulterior tentativa do legislador em reduzir a cadeia de recursal ocorreu com o Projeto de Lei n 28 de 1999 que acrescentou dispositivos Consolida o das Leis do Trabalho instituindo o procedimento sumar ssimo Este Projeto apresentava a seguinte reda o no 1 e inciso I do artigo 895 Nas reclama es sujeitas ao procedimento sumar ssimo o recurso ordin rio I somente ser cab vel por viola o literal da lei contrariedade a s mula de Jurisprud ncia uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou viola o direta da Constitui o da Rep blica n o se admitindo recurso adesivo Este inciso foi vetado pelo Presidente da Rep blica com as seguintes raz es Por derradeiro n o seria conveniente manter a regra insculpida no inciso I do 1 do art 895 que cont m severa limita o do acesso da parte ao duplo grau de jurisd
83. do art 682 da Consolida o das Leis do Trabalho faculta ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho na falta ou impedimento dos ju zes titular e substituto da mesma localidade a designa o de substituto de outra localidade a refor ar a id ia de estar o Juiz Substituto vinculado a uma localidade Sobre esse t pico naquela oportunidade afirmamos E n o se diga que h nisso qualquer confus o tendo em mente a possibilidade de divis o das Regi es da Justi a do Trabalho prevista no art 656 8 1 da CLT Nele essencialmente reitera se o princ pio da vincula o localidade O art 656 da CLT disp e apenas que poss vel a movimenta o de Ju zes Substitutos BASTOS M S Dois Ju zes por Vara Imperativo legal possibilidade e necessidade In ENCONTRO REGIONAL DA AMATRA IV 2005 Passo Fundo Por reserva entende se o juiz ou conjunto de Ju zes Substitutos disposi o da Corregedoria Regional que esta considera necess rio manter sem designa o definida em contraposi o aos ju zes ditos zoneados i aqueles que t m sua atua o determinada preponderantemente pela divis o da Regi o em circunscri es nos termos do 1 do art 656 da Consolida o das Leis do Trabalho Ou quem este indicar na aus ncia de disposi o regimental espec fica nos termos do 2 do art 656 da CLT Na 4 Regi o da Justi a do Trabalho RS h disposi o regimental espec fica atribuindo a
84. do trabalho porque equipara se ao empregador privado Se a Lei Municipal assegura o direito a progress es salariais o chefe do poder executivo local fica obrigado a dar cumprimento a tal norma enquanto n o revogada ou alterada a qual se equipara ao regulamento empresarial nesse particular e fonte de direito individual do trabalho observada a orienta o expressa na S mula n 51 do c TST Tribunal Regional da 14 Regi o RO 00546 2004 111 14 00 8 Rel Ju za Maria do Socorro Costa Miranda J 04 11 2005 Dispon vel no site www trtI4 gov br acordao Nov 05 Data04 11 00546 2004 111 141 00 8 RO pdf acessado no dia 09 nov 2008 s 09h15min TEIXEIRA FILHO Jo o de Lima Altera o das Condi es de Trabalho In Institui es de Direito do Trabalho p 533 4 158 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Prescreve o art 468 da Consolida o que nos contratos individuais de trabalho s l cita a altera o das respectivas condi es por m tuo consenso Esta regra n o sen o a aplica o no terreno do direito do trabalho do princ pio da for a obrigat ria dos contratos Mas a pr pria lei em certos casos permite sejam unilateralmente modificadas as condi es de contrato como na hip tese antes referida da transfer ncia do empregado por necessidade do servi o Confere portanto ao empregador a despeito da regra da imutabilidade contratual um certo jus variandi
85. dos integrantes da comiss o organizadora o juiz Jo o Ricardo Santos Costa foi at a cidade de Mumbai na ndia onde acontecia o IV FORUM SOCIAL MUNDIAL realizando uma oficina jur dica patrocinada pelo FMJ L foram travados contatos com ju zes e juristas destacados por sua luta na efetiva o dos direitos fundamentais como a iraniana Shirin Ebadi Pr mio Nobel da Paz e ainda ju zes ou pessoas ligadas a ONG s sobre acesso justi a Na oficina muito prestigiada foi apresentada uma explana o sobre o FMJ seguida por debates sobre a democratiza o dos sistemas judiciais efetividade das decis es Chamou a aten o observa o de um juiz da ndia que indagou como uma entidade de Ju zes fazia parte de um F rum t o progressista e que na ndia jamais uma entidade ju zes poderia participar de eventos assim porque s o submetidas pelo Tribunal O IV FORUM MUNDIAL DE JU ZES que aconteceu em Porto Alegre em de janeiro de 2005 reuniu mais de 600 pessoas e contou com as participa es importantes do soci logo portugu s Boaventura Santos do Juiz da Suprema Corte Espanhola e membro do Conselho Nacional de Justi a daquele pa s Fernando Salinas Molina e do juiz brasileiro diretor da Escola Superior da Magistratura Eugenio Facchini Neto discorrendo sobre Sistemas Judiciais e Direitos Humanos do jornalista franc s Ign cio Ramonet membro do conselho internacional do F rum Social Mundial falando sobre Liberdade de Imprensa do j
86. e rep blica Antes ele havia dito que n o h conex o l gica e racional que justifique o tratamento diferenciado e ademais n o me parece ocorrer no tratamento diferenciado afinidade com o sistema normativo vigente Para ele por fim a discrimina o fundamentou se em atributo qualidade nota intr nseca do Recorrente qual seja sua nacionalidade o que torna ileg tima a pr tica sob o ponto de vista constitucional 2 interessante ressaltar recente decis o do Pleno do Tribunal Superior do Trabalho datada de 19 de novembro de 2008 O rg o por maioria decidiu rejeitar o incidente de inconstitucionalidade do artigo 384 da CLT e determinou o retorno do processo S tima Turma para prosseguimento do feito O Tribunal entendeu que a concess o de condi es especiais mulher n o fere o princ pio da igualdade entre homens e mulheres contido no artigo 5 da Constitui o Federal A tese vencedora n o considera discriminat ria a concess o do intervalo apenas para as mulheres De outro os ministros que consideram que a norma al m E E SAS E gt 14 de discriminat ria prejudica a inser o da mulher no mercado de trabalho O que se pretende com esta interpreta o nada mais do que concretizar os preceitos constitucionais relacionados aos direitos fundamentais de primeira e segunda dimens o Busca se uma dogm tica constitucional emancipat ria voltada dignidade humana e direitos
87. e dos pr prios Julgadores sabedores que as mesmas mazelas continuar o sendo objeto de lit gios futuros Necess rio pois a constru o de uma nova Justi a do Trabalho que resgate a cidadania n o apenas das partes mas tamb m dos Ju zes reconciliando os com a sociedade por meio do abandono de velhas f rmulas e da aceita o dos limites inerentes condi o humana por m sem acomoda o ou temor pelo desafio Historicamente reservados e prolixos os magistrados brasileiros querem ampliar e melhorar sua rela o com a sociedade demonstrando essa inten o de Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 75 reduzir a dist ncia at ent o mantida atrav s de a es efetivas de suas Associa es voltadas id ia de que deve ser reconsiderada a antiga postura de somente expressar opini es atrav s de decis es nos processos Em verdade o Juiz n o pode manter se distante da realidade social sobre a qual tem o direito e o dever de opinar Justificava se outrora o sil ncio dos magistrados sobre temas pol ticos sociol gicos ou de qualquer cunho estranho ao mundo jur dico pelo temor de que sua manifesta o n o fosse traduzida com fidelidade para o p blico distorcendo as id ias expostas A seguran a da cidadania foi fortalecida quando tais temores foram enfrentados por meio de atitudes positivas de aproxima o com a imprensa comumente denominada Quarto Poder pela influ ncia que tem
88. elas a j referida e descrita na presente fundamenta o e que hostil reclamada O comportamento em que pese no meio digital n o compat vel com aquilo que se espera de um empregado dado seu dever de fidelidade ao empregador Trata se de uma das obriga es do empregado com rela o a seu empregador e que decorre do car ter fiduci rio da rela o segundo D lio Maranh o na obra Institui es de Direito do Trabalho Editora LTr que escreveu em co autoria com Arnaldo Siissekind e Segadas Vianna Segundo o autor p 248 tal dever traduz se num sentido de lealdade do empregado n o s em rela o pessoa do empregador mas ao pr prio empreendimento em que colabora casa onde trabalha O autor citando Krotoschin refere que a fidelidade tamb m express o da boa f com que deve ser executado o contrato de trabalho e se manifesta principalmente pela proibi o de difundir not cias que possam implicar dano moral ou patrimonial ao empregador e a empresa assim como de praticar atos de concorr ncia atividade econ mica por este exercida Veja se a fidelidade se manifesta pela proibi o de difundir not cias que possam implicar dano ao empregador Ora a conduta do reclamante ao incitar membros de uma comunidade virtual a tirar a empresa da cidade e ao afirmar que os funcion rios est o desanimados com tanto roubo de clara viola o a seu dever contratual de fidelidade A simples pr
89. enuncia o em separado do princ pio da impessoalidade O hist rico da administra o p blica no Brasil sempre pautado por v cios desvios e diversas outras irregularidades cuja enumera o desnecess ria todavia tornou imperativa a sua enuncia o em destacado como forma de coibir a sobreposi o do interesse pr prio do administrador ao da coletividade Aqui novamente manifesta se o car ter imperativo e modelador da Constitui o Federal A Constitui o Federal no par grafo primeiro do artigo 37 traz uma das materializa es deste princ pio Constitui o Federal Art 37 A administra o p blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios obedecer aos princ pios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia e tamb m ao seguinte 1 A publicidade dos atos programas obras servi os e campanhas dos rg os p blicos dever ter car ter educativo informativo ou de orienta o social dela n o podendo constar nomes s mbolos ou imagens que caracterizem promo o pessoal de autoridades ou servidores p blicos O par grafo demonstra a preocupa o do constituinte considerado o hist rico referido com esta esp cie de uso indevido da m quina p blica Outro reflexo pode ser encontrado na parte final do caput artigo 100 da Constitui o Federal que trata dos precat rios e pro be a designa o de
90. estaria ingressando no mercado de trabalho na hora de conseguir uma coloca o 144 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 achatar mais os seus custos de forma l cita ou il cita ter maiores condi es de triunfar deslocando se por conseguinte outros aspectos que poderiam ser perseguidos pelos empres rios como performance ou qualidade para um segundo plano N o ocioso acrescentar que em um cen rio de competitividade extrema no qual a empresa mais h bil fa a com que se retire do mercado as menos competitivas o estabelecimento de monop lio ou cartel muito mais prov vel uma vez que ou as empresas com menores viola es s o aniquiladas pela concorr ncia ou a estas se unem acertando pre os e dividindo o mercado Com preju zo para o restante da sociedade Portanto em um primeiro momento se pode asseverar que a instabilidade das rela es jur dicas n o se encontra precisamente instalada no Judici rio nada obstante ele tenha efetivamente uma parcela significativa de culpa Todavia o que estabelece um clima de inseguran a no que diz respeito s decis es judiciais repousa primeiramente em uma aus ncia do Estado fiscalizador Ou seja compete ao Estado antes de atuar atrav s do seu poder de dizer o Direito que deveria estar resguardado para os aut nticos conflitos intersubjetivos exercer uma constante vigil ncia no que diz respeito ao cumprimento das normas j e
91. exposi o do retrato ou do busto 38 CF Art 5 X s o inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o Art 20 Salvo se autorizadas ou se necess rias administra o da justi a ou manuten o da ordem p blica a divulga o de escritos a transmiss o de palavras ou a publica o a exposi o ou a utiliza o da imagem de uma pessoa poder o ser proibidas a seu requerimento e sem preju zo da indeniza o que couber se lhe atingirem a honra a boa fama ou a respeitabilidade ou se se destinarem a fins comerciais Par grafo nico Em se tratando de morto ou de ausente s o parte leg timas para requerer essa prote o o c njuge os ascendentes ou os descendentes JABUR Gilberto Haddad Ob cit 267 4 MORAES Walter Direito pr pria imagem D S o Paulo Revista dos Tribunais v 443 set 1992 p 64 65 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 119 A doutrina a jurisprud ncia e agora a legisla o s o un nimes em reconhecer que a natureza jur dica do direito imagem de direito personal ssimo H no entanto controv rsias quanto aos direitos da personalidade em que ele se situa As teorias mais importantes situam a imagem no direito de propriedade no direito intimidade no direito autoral no direito honra direito identidade pesso
92. havia tamb m transtornos de ordem documental e formal a serem superados Tal elenco de situa es aliado a tantas outras n o operava pois em favor da almejada e necess ria efetividade da execu o Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 79 2 AS NOVAS FERRAMENTAS E A EXECU O Neste espectro de situa es contr rias plena efetividade da execu o surgem no bojo do avan o de tecnologias da informa o tr s inova es que se puseram a servi o da preocupa o generalizada pela plena satisfa o do provimento judicial Tais inova es s o o BACEN JUD o INFOJUD e o RENAJUD com preced ncia do primeiro que se encontra em sua vers o 2 ap s aperfei oamentos realizados ao longo do tempo e ent o implantados Tais inova es vieram a tornar efetiva sem d vida a previs o do art 655 do CPC uma vez que a constri o judicial por via de tais ferramentas n o depende de dados que precisassem ser informados pelo pr prio devedor como tamb m por outro lado n o se rende a eventuais dificuldades que pudessem ser opostas pelo devedor sua plena utiliza o Na apresenta o do BACEN JUD 1 s o lhe destacadas as seguintes caracter sticas segundo a publica o BACEN JUD Sistema de Atendimento das Solicita es do Poder Judici rio ao Banco Central do Brasil Manual de Instru es do Usu rio ANAMATRA Com acesso pela Internet www bcb gov br judiciario o BACE
93. ju zes futuros seja no curso de gradua o seja nos de especializa o seja no pioneiro Mestrado Profissionalizante em Poder Judici rio pioneiro em forma e em conte do Por isto criamos um Centro de Justi a e Sociedade voltado para a forma o produ o de conhecimento e mobiliza o pol tica e social em favor da reforma do Judici rio Em favor de uma forma o de magistrados que dialogam com economia pol tica estat stica administra o e demais reas do saber Magistrado confessional parcial na nica parcialidade permitida E at decisiva a parcialidade em favor da democracia S o pois dois os modos de ler este Caderno Ler os textos discuti los aceit los ou n o complement los critic los aprendendo e apreendendo Ou ler no segundo modo como exerc cio exemplo e responsabiliza o de mudan a a partir da a o individual de cada um Atrav s do Curso de Capacita o em Poder Judici rio da FGV Direito Rio com o Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o tem o prazer em contribuir com esse debate trazendo a p blico as an lises e indaga es de seus alunos E dessa forma contribuir para digamos um grito de independ ncia e efici ncia do pr prio magistrado por que respons vel e respondendo aos melhores anseios do brasileiro por mais gil e melhor justi a Professor Joaquim Falc o Funda o Get lio Vargas Direito Rio 6 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o
94. jurisprud ncia como abaixo se v ADMINISTRATIVO MANDADO DE SEGURAN A INDEFERIMENTO DE AUTORIZA O PARA FUNCIONAMENTO DE CURSO SUPERIOR AUS NCIA DE MOTIVA O DO ATO ADMINISTRATIVO NULIDADE 1 A margem de liberdade de escolha da conveni ncia e oportunidade conferida Administra o P blica na pr tica de atos discricion rios n o a dispensa do dever de motiva o O ato administrativo que nega limita ou afeta direitos ou interesses do administrado deve indicar de forma expl cita clara e congruente os motivos de fato e de direito em que est fundado art 50 I e 1 da Lei 9 784 99 N o atende a tal requisito a simples invoca o da cl usula do interesse p blico ou a indica o gen rica da causa do ato RECURSO ORDIN RIO EM MANDADO DE SEGURAN A AVALIA O EM EST GIO PROBAT RIO DEVIDA MOTIVA O INOCORR NCIA AVALIA O QUADRIMESTRAL N O OBSERVADA I Acarreta a nulidade do ato de exonera o a n o observ ncia do comando legal que imp e avalia es quadrimestrais mediante relat rio circunstanciado II N o atende a exig ncia de devida motiva o imposta aos atos administrativos a indica o de conceitos jur dicos indeterminados em rela o aos quais a Administra o limitou se a conceituar o desempenho de servidor em est gio probat rio como bom regular ou ruim sem todavia apresentar os elementos que conduziram a esse conceito Recurso ordin rio provido RECURSO E
95. lio Ferreira 2005 conceitua moral como conjunto de regras de conduta consideradas como v lidas quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar quer para grupo ou pessoa determinada A moral segundo Nadas 2008 basicamente uma ordena o uma hierarquia de valores O que realmente mais importante para mim Qual o ideal quais s o as id ias que dirigem a minha vida qual o sentido que dou a ela O que eu considero positivo ou negativo para mim Afinal qual a distin o que fa o entre o bem e o mal Estas defini es ser o determinantes na minha busca da felicidade Ainda de acordo com o mesmo autor a moral sendo ordena o de valores orienta os posicionamentos que assumimos em fun o das decis es que tomamos a cada instante de nossa vida Esses posicionamentos t m papel fundamental na vida da sociedade como um todo 18 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Conforme Maximiano 2004 os valores ticos antigos convivem com os mais novos e avan ados A obedi ncia aos valores mais avan ados continua a ser op o de indiv duos e grupos uma vez que h quem prefira ficar com os valores mais atrasados As organiza es por meio de seus l deres tamb m fazem op es permitindo situ las numa escala de valores Uma das escalas dispon veis prop e tr s n veis ou est gios de valores chamados est gios de desenvolvimento moral pr convencional convencional e p s co
96. m pesquisar automaticamente no cadastro da Secretaria da Receita Federal o CPF e ou CNPJ destinat rios do bloqueio e exibir na tela o nome do seu titular para confer ncia Com essas e outras inova es espera se a redu o significativa do prazo de atendimento das ordens judiciais a padroniza o e a automa o do seu tratamento pelas institui es financeiras a minimiza o do tr mite de pap is of cios judiciais e maior seguran a sist mica tudo com o objetivo de propiciar aos cidad os a efetiva entrega da presta o jurisdicional Ao tr nsito das informa es entre o Judici rio o Banco Central e as institui es financeiras continuar sendo garantido m xima seguran a com utiliza o de sofisticada tecnologia de criptografia de dados de acordo com os padr es utilizados pelo Bacen BACEN JUD 2 0 Manual B sico Neste panorama releva considerar tamb m o que se encontrava previsto na anterior CONSOLIDA O DOS PROVIMENTOS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTI A DO TRABALHO no Cap tulo III sobre o BACEN JUD Art 53 Tratando se de execu o definitiva se o executado n o proceder ao pagamento da quantia devida nem garantir a execu o conforme disp e o artigo 880 da CLT o juiz poder de of cio ou a requerimento da parte emitir ordem judicial de bloqueio via Sistema Bacen Jud com preced ncia sobre outras modalidades de constri o judicial E bem assim na atual normatiza o Cap tulo IV D
97. mecanismo calcado na ideologia liberal que conteve o ilimitado poder estatal resguardando os direitos individuais e gerando os meios prop cios para o desenvolvimento de uma sociedade livre No campo do direito administrativo representaria em sua ess ncia como um limite formal atua o do administrador p blico O princ pio assinalaria que este somente pode agir quando a norma lhe determina ou lhe permite Nas rela es de emprego mantidas por entes 103 Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 188 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 p blicos as restri es informadas pelo princ pio somar se iam s inerentes ao exerc cio do ius variandi tornando ainda mais estreito o campo de modifica o das condi es de trabalho pelo empregador Exemplificou se que a despedida do empregado p blico somente poderia se dar ap s pr via e expressa justifica o que desse a conhecer sua adequa o aos limites impostos pelo atendimento ao bem comum Voltou se a aten o ent o para o princ pio da moralidade mencionando se que enquanto o princ pio da legalidade traria limita es claras e formais atua o do administrador o primeiro assinalaria limita es ao conte do do ato administrativo Um atuaria preponderantemente no campo formal e outro no campo material Entendeu se ser invi vel a pr via defini o dos limites concretos que dever o ser observados pelo administrador em fun
98. modo de funcionamento dos nossos tribunais a uma an lise acurada do ponto de vista da ci ncia da administra o Conforme nos ensinou h tempos S rgio Buarque de Holanda Um amor pronunciado pelas formas fixas e pelas leis gen ricas que circunscrevem a realidade complexa e dif cil dentro do mbito dos nossos desejos dos aspectos mais constantes e significativos do car ter brasileiro Essas constru es de intelig ncia representam um repouso para a imagina o compar vel exig ncia de regularidade a que o compasso musical convida o corpo do dan arino Os movimentos de mudan a nos tribunais brasileiros s o geralmente lentos e conservadores Todos v m precedidos claro daquilo que n s pretendemos que correspondam aos perfeitos e acabados atos normativos a que S rgio Buarque de Holanda referia poupando os executores da mudan a da pesada carga de criar com liberdade Esses movimentos costumam acontecer numa velocidade inversamente proporcional ao peso da mudan a que carregam quanto mais inova o contiverem mais lenta e dif cil ser a sua implanta o e mais demorada ser a sua aceita o institucional S o ainda conservadores esses movimentos porque tendem a preferir solu es emergenciais de alcance reduzido no tempo que n o agregam efici ncia e tendem a acrescentar custos elevados de implanta o Exemplo t pico a recorrente prefer ncia pelo expansionismo como solu o para problema
99. ncias cabendo magistratura papel ativo na busca desse resultado Essa uma tarefa que deve ser assumida por todos os ju zes realmente empenhados em que o mundo tenha justi a para que se possa viver em paz Mais adiante Dallari 1996 em cap tulo com o sugestivo t tulo o despertar dos ju zes afirma que em v rios pontos do Brasil j existem hoje associa es de ju zes que n o seguem o modelo das tradicionais organiza es corporativas as quais visando proteger os ju zes da contamina o pela sociedade estimulavam o isolamento e alimentavam a resist ncia a qualquer inova o Indica a atua o mais dos ju zes preocupados com a sociedade toda ao mencionar que outro exemplo merecedor de especial refer ncia o aparecimento em 1991 da Associa o Ju zes para a Democracia que pelo pr prio nome revela a recusa do modo tradicional de fazer justi a que tem sido utilizado muitas vezes para proteger com uma fachada de legalidade formal injusti as sociais essencialmente antidemocr ticas e injustas Embora tenha sido criada por iniciativa de ju zes de S o Paulo essa entidade tem car ter nacional e recebeu imediatamente a ades o de ju zes estaduais e federais de muitas partes do Brasil Isso lhe assegura o reconhecimento como entidade representativa dos ju zes brasileiros e lhe d for a para ir muito al m das manifesta es corporativas caracter sticas das tradicionais associa es de ma
100. necess rias para o cumprimento da miss o e consecu o dos objetivos organizacionais E de se ressaltar que o planejamento um processo cont nuo devendo ser revisto periodicamente a fim de que seja ajustado din mica organizacional e mantido constantemente atualizado com as condi es ambientais Por fim evidencia se a import ncia dos conhecimentos auferidos pela participante do Curso de Capacita o em Poder Judici rio considerando que todos os princ pios e m todos de Planejamento Estrat gico citados pelos mais renomados autores em rela o s empresas privadas podem ser perfeitamente adequados s especificidades do servi o p blico com plena aplica o portanto ao Poder Judici rio REFER NCIAS ANSOFF H I MACDONNELL E J Implantando a Administra o Estrat gica S o Paulo Atlas 1993 CHIAVENATO Idalberto Introdu o Teoria Geral da Administra o 7 ed Editora Campus Rio de Janeiro 2003 Administra o Teoria Processo e Pr tica 2 ed S o Paulo Makron Books 1994 COLENGHI Vitor Mature O amp M e Qualidade Total uma integra o perfeita Rio de Janeiro Qualitymark 1997 MAXIMIANO Antonio C sar Amaru Introdu o Administra o 6 ed Editora Atlas S o Paulo 2004 SERRA Fernando A Ribeiro SERRA Maria C ndida S Torres TORRES Alexandre Pavan Administra o Estrat gica Conceitos Roteiro Pr tico e Casos 1 ed Rio de Janeiro Reichmann amp Affonso
101. notadamente aqueles forjados em movimentos sociais a partir da metade do s culo XIX ideologias vaidades pessoais excessivo apego a sua parcela de poder e ao positivismo jur dico constituem fatores substanciais para o insulamento dos quadros da magistratura e enfraquecimento dos la os de compromissos com a sociedade A comunica o deficiente ou n o raro aus ncia de comunica o entre os rg os que comp em a magistratura fen meno operado mesmo no interior dos Tribunais e seus rg os fracion rios entre Turmas julgadoras no 2 grau entre ju zes de 2 grau e ju zes da base fator de deslegitima o do Poder Judici rio A maneira de pensar a jurisdi o pensar o direito tal como apresentado e ensinado na Universidade explica de certo modo a dificuldade em estabelecer comunica o institucional eficiente entre estes rg os o que se materializa desde o contato inicial entre seus integrantes especialmente quando oriundos de diferentes compet ncias materiais e funcionais compet ncia em raz o do valor e da mat ria as normas de organiza o judici ria ressalvados os casos expressos neste C digo Em geral os escritores n o divergem quando a este ponto a jurisdi o una pois decorrente da soberania do Estado A prop sito preleciona Amaral Santos As atividades jurisdicionais n o diversificam porque o conflito a compor se de natureza penal civil trabalhista eleitoral Nesse sentido se
102. o Teoria Geral da Administra o 2 ed Editora Campus p 215 FARIA Jos Eduardo O Sistema Brasileiro de Justi a Experi ncia recente e futuros desafios S o Paulo v 18 n 51 2004 Dispon vel em http www scielo br scielo php Acesso em 22 ago 2006 Sociologia Jur dica Direito e Conjuntura S o Paulo Saraiva 2008 p 75 HOLANDA S rgio Buarque de Ra zes do Brasil 26 ed Companhia das Letras 2004 p 157 158 KOTTER John P Liderando a Mudan a 18 ed Ed Campus 1997 p 57 NALINI Jos Renato O Desafio de Criar Ju zes In Recrutamento e Forma o de Magistrados no Brasil Curitiba Juru Editora 2007 p 104 NEQUETE Lenine O Poder Judici rio no Brasil a partir da Independ ncia Vol I Porto Alegre Sulina Editora 1973 p 7 PRATES Marco Aur lio Spyer BARRES Betania TANURE de Estudo O Estilo Brasileiro de Administrar In Cultura Organizacional e Cultura Brasileira S o Paulo Atlas 1997 p 61 Revista do TRT da 4 Regi o Porto Alegre HS Editora 2007 STF A Justi a em n meros indicadores estat sticos do poder judici rio Ano base de 2003 TST Dispon vel em http www tst gov br Sseest RGJT Rel2007 V T2007 4232 pdf Acesso em 16 set 2008 WHEELER Russell Judicial Administration Its Relation to Judicial Independence National Center for State Courts 1988 at 23 17 CAMPOS Celso A Organiza o Inconformista 2 ed FVG Editora 2002 p
103. o O BSC um m todo de administra o focado no equil brio organizacional e se baseia em 4 perspectivas b sicas a saber finan as clientes processos internos e aprendizagem crescimento organizacional Essas perspectivas podem ser tantas quanto organiza o necessite escolher em fun o da natureza do seu neg cio O BSC busca estrat gias e a es equilibradas em todas as reas que afetam o neg cio da organiza o como um todo permitindo que os esfor os sejam dirigidos para as reas de maior compet ncia e detectando e indicando as reas para elimina o de incompet ncias um sistema focado no comportamento e n o no controle CONCLUS O O posicionamento estrat gico da organiza o poder ser o grande diferencial e um passo decisivo para a lideran a seja qual for o seu porte seu ramo de atividades sua rea de abrang ncia e o ambiente de neg cios Com o posicionamento e a vis o estrat gica a empresa poder fixar o rumo das suas a es definir quais os seus projetos e como desenvolv los este o procedimento das organiza es vitoriosas Com um adequado planejamento estrat gico a empresa se posicionar bem melhor e aumentar seus resultados A partir da implementa o das estrat gias a organiza o vivenciar o processo de Gest o Estrat gica realizando constantes avalia es e as consegiientes mudan as 32 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 que se fizerem
104. o Conflito entre o Direito Alimentar e o Direito Impenhorabilidade Lenir einen sairia ss cedia Bb resina sas ONE TORS oe CONTOS Rr ENE CRASE SUA EEE A TORA CURE E EUA Viabilizando o Planejamento de Atividades em Varas do Trabalho Maur cio Schmidt Bastos irrreceracrereceraa ce eracaraa aee acaraa ne enacanaanres O Processo de Administra o Estrat gica em Unidade Judici ria Desafio para o Juiz do Trabalho Ana Uca H rter Saalfeld is eme aiaee eaaeo ire aa Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 17 24 34 48 57 68 78 91 Inova o Jurisdicional Direito de Imagem como Exterioriza o da Personalidade Edson Moreira Rodrigues erre eeaeeraee aeee nena rena ceeaaeerenararanes Poder Judici rio e Sociedade Contornos Contexto Atual e Crise da Atividade Jurisdicional Ricardo Fiore ssergis ires es AE CATE Ema E E EEEn Escolas Judiciais e Forma o de Ju zes na Reforma Constitucional de 2004 Jorge Alberto ArQUjO csse eaae comprasa prado ca iadon oa EEEE a ia va cardio cana dead adaga Imperativos Constitucionais e Princ pios Aplic veis Administra o P blica Uma An lise Voltada ao Direito do Trabalho Daniel Souz de NonohAy eis suis esrsaress srs datonencestgas ad gidao espiao EE E E aa Princ pio da Igualdade no mbito Trabalhista An lise do Artigo 384 da CLT Rafael da Silva Marques csss tese so osepoame sides o disease sado be pita n Es e
105. o Judici rio de vez que n o h decis o quer por parte do Executivo quer votada e aprovada no Legislativo que n o seja pass vel de aprecia o judicial levando o Judici rio ao papel de um ator pol tico com capacidade de provocar impactos significativos na elabora o e na implementa o de pol ticas p blicas 3 O USO OPORTUN STICO DO PODER JUDICI RIO EM DETRIMENTO DA CIDADANIA No artigo antes citado Maria Tereza Sadek observa que os not veis e ascendentes volumes de a es em todos os ramos e inst ncias n o refletem uma busca por direitos uma maior conscientiza o e um vigor da cidadania mas uma utiliza o oportun stica do Judici rio Assevera que s o processos cujo m vel principal ganhar tempo tirar vantagem da lentid o desse poder e protelar obriga es sendo que poucos agentes respondem por milhares de a es destacando se os executivos da Uni o Estados e Munic pios institui es e ag ncias estatais e um n mero reduzido de grande empresas Em aula ministrada em 17 10 2008 no curso da Funda o Get lio Vargas de Capacita o em Poder Judici rio em Porto Alegre RS a autora questionou no que trabalha o juiz e para que afirmando que os dados indicam que o trabalho do juiz atende interesse do poder p blico a es envolvendo ente p blico e que se trabalha muito e atende se pouco o jurisdicionado Na aula a autora afirmou que o judici rio e a sociedade t m que ter conex o e isso
106. o agem contra a lei e abusivamente presun o contr ria daquilo que legitimamente deles espera a sociedade ou o segundo grau de jurisdi o vem ampliando o raio de incid ncia ou dando interpreta o mais flex vel ao artigo 5 inciso LXIX da Constitui o Federal e Lei n 1 533 51 como se os recursos em sentido estrito e os recursos inerentes ao exerc cio da ampla defesa existentes fossem insuficientes e necess rio se mostrasse alargar ainda mais a possibilidade de ataque s decis es judiciais Transforma se o Mandado de Seguran a em instrumento capaz de coarctar ato jurisdicional notadamente aqueles exarados na base do Poder Judici rio numa subvers o de finalidade da Lei merecedora de reflex o por parte da magistratura acerca de suas causas Se n o tivermos como Na o condi es s cio culturais para decidir pela redu o da cadeia recursal busquemos estabelecer crit rios no tocante ao dep sito recursal ou pensemos na institui o de pressupostos recursais adicionais objetivos ou orientemo nos pela chamada Compet ncia Seletiva atrav s da qual a mat ria de fato ficaria restrita aprecia o da base do Poder Judici rio devolvendo se s inst ncias recursais somente mat ria de direito e temas que tenham relev ncia para todo sistema imputem se multas parte que n o tem seu recurso provido instituam se indeniza es a favor da parte que aguarda anos e anos para ter sua demanda atendida por for a de re
107. o disp em objetivamente acerca do conte do da conduta necess ria obten o deste fim Comp em o mundo jur dico como sedimento sobre o qual vicejam as regras inclusive as especificadoras de comportamentos S o elementos informadores e interpretativos cumprindo a finalidade de integrar e harmonizar o conjunto jur dico dando lhe fei es de um sistema coerente Incompreensivelmente consideram alguns que os princ pios constituem normas desprovidas de efic cia depende de punctual regulamenta o legislativa Nada mais inexato no entanto como se ver bem verdade que a sua aplica o contudo exige do int rprete um trabalho mais exaustivo do que aquele desenhado pelo racioc nio l gico subsuntivo porquanto os princ pios suscitam problemas de import ncia pondera o e valia e n o apenas de validade como as regras por forma a exigir do int rprete a atividade de concre o ou concretiza o do princ pio Para tal atividade se considera entre outros elementos que as normas jur dicas se colocam no sistema necessariamente em rela o de HOLANDA Aur lio Buarque de Novo dicion rio eletr nico Aur lio vers o 5 11 termo princ pio 150 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 conexidade e articula o ora a ponte que viabiliza tal conex o permitindo n o apenas a articula o das diferentes normas entre si mas igualmente a sua interliga o co
108. o mesmo dotado em especial no que concerne ao estabelecimento das fronteiras entre a discricionariedade e o arb trio e na corre o dos atos praticados em desvio de finalidade mediante o seu expurgo do mundo jur dico atrav s do expediente da invalida o Considerados os cinco elementos de validade do ato administrativo compet ncia finalidade forma motivo e objeto constitui a discricionariedade portanto um dever poder de pondera o ou valora o de motivos e escolha do objeto a ser exercida pelo agente vista das circunst ncias espec ficas sabendo que os demais elementos vale dizer a compet ncia a finalidade e a forma n o s o pass veis de discre o administrativa Muito embora a exaustividade com que o tema tem sido tratado os casos concretos trazem por vezes dificuldades aos que t m a fun o de controle da a o administrativa Neste campo o princ pio da moralidade mostra todo o seu vigor justamente no que concerne delimita o no caso concreto do interesse p blico espec fico motivo ou causa do exerc cio da discricionariedade N o h interesse p blico contr rio moralidade administrativa Por igual n o ser moral a conduta aparentemente discricion ria que ultrapasse as balizas demarcadas pelos princ pios da realidade e da razoabilidade que est o postos no ordenamento jur dico de forma impl cita e inafast vel Maria Sylvia Zanella Di Pietro define o alcance pr tico do p
109. obedece cederam passo s rela es entre sujeitos que exercem fun es diversas embora distingam se ainda aqui entre as fun es deliberativas e as fun es executivas A nova Justi a do Trabalho habilita se doravante para a concre o hist rica dos valores ticos imanentes realidade do trabalho humano mediando os nos conflitos com a livre iniciativa capitalista e com a autonomia privada individual ou coletiva Uma Justi a para o trabalho digno em todas as suas manifesta es sociais relevantes Nem mais nem menos O magistrado foi muito feliz em seu texto ao relacionar a Justi a do Trabalho com os valores ticos do trabalho humano na qualidade de agente para a concretiza o dos mesmos Cumpre que se questione de que forma os magistrados do trabalho nos diversos graus de jurisdi o devem desvendar esses valores ticos na necess ria conex o com a sociedade Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 51 O magistrado trabalhista deve se nortear pelo conceito apresentado por Piero Calamandrei no livro Eles os Ju zes Vistos por N s os Advogados N o conhe o qualquer of cio em que mais do que no juiz se exija t o grande no o de viril dignidade esse sentimento que manda procurar na pr pria consci ncia mais do que nas ordens alheias a justifica o do modo de proceder assumindo as respectivas responsabilidades A independ ncia dos ju zes isto aquele pri
110. ou n o estar expressos em lei Nesta hip tese a inscri o no texto legal apenas formaliza apenas declara sua exist ncia mas n o lhe retira as qualidades de preced ncia e intangibilidade por ser consensual sociedade que regula bem como n o suprime sua caracter stica informadora e hermen utica Conforme mencionou Miguel Reale Como se v e salientado por Josef Esser enquanto s o princ pios eles s o eficazes independentemente do texto legal Este quando os consagra d lhes for a cogente mas n o lhes altera a subst ncia constituindo um jus pr vio e exterior a lex COSTA Judith Martins As fun es do Princ pio da Moralidade Administrativa o controle da moralidade na administra o p blica Dispon vel no site http www tce rs gov br artigos pdf principio moralidade pdf acessado no dia 07 nov 2008 s 10h42min 3 DA SILVA Jos Afonso Curso de Direito Constitucional Positivo p 84 Superando a discuss o dos ilustres mestres certo que a norma um ju zo de dever ser e que quando encerra regras de conduta do comportamento dos indiv duos em sociedade transforma se em norma jur dica O princ pio jur dico tamb m um ju zo de dever ser mas serve de grau de abstra o mais elevado do que a norma que em geral pertencente a uma mat ria Os princ pios jur dicos orientam todo o ordenamento ou todo um setor dele enquanto a norma mero preceito dele Os princ pios jur dicos t
111. paa pass eaan Ofensa ao Direito de Imagem do Empregador e Resolu o do Contrato de Trabalho por Justa Causa Julieta Pinheiro Neta rr rrecereeceeraearaaneeacana ce enncaraa ne enncaraaneenas 113 4 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 PREF CIO Assumindo Responsabilidade e Lideran a A hist ria conhecida A analogia n o No dia 24 de abril de 1821 dois dias antes de voltar a Portugal D Jo o VI chama o seu filho D Pedro e lhe diz Pedro se o Brasil se separar antes seja para ti que me h s de respeitar que para algum desses aventureiros Quase duzentos anos depois o Poder Judici rio brasileiro enfrenta situa o an loga enfrentada por D Jo o VI Hoje como ontem o Brasil passa por mobiliza es que j pr anunciam mudan as iminentes Consensos se formam Necessidades afloram O rumo fica claro O pa s aguarda As vezes se impacienta Antes era a independ ncia do Brasil de Portugal hoje a independ ncia do Judici rio Uma independ ncia que precisa mais do que o formal reconhecimento constitucional Precisa para se fortelecer que seja leg tima Leg tima quer dizer reconhecida e sentida como agilidade e experi ncia pelos cidad os A independ ncia de hoje n o dispensa a reforma da administra o da justi a Sem efici ncia e efic cia a independ ncia ser apenas formal Precisa se de uma independ ncia de p s encharcados de Brasil Diante da mudan a
112. perfil do trabalho que se produziu no ltimo s culo com caracter sticas de desarticula o e inoper ncia Os resultados inquietantes do modelo adotado para forma o do profissional da rea do direito mostram quotidianamente que preciso repensar a atividade jurisdicional sob o ponto de vista da efic cia A esse respeito Maria Tereza Sadek comenta O sistema judicial brasileiro nos moldes atuais estimula um paradoxo demandas de menos e demandas de mais Ou seja de um lado expressivos setores da popula o acham se marginalizados dos servi os judiciais utilizando se cada vez mais da justi a paralela governada pela lei do mais forte certamente menos justa com alt ssima potencialidade de desfazer todo o tecido social De outro h os que usufruem em excesso de justi a oficial gozando das vantagens de uma m quina lenta atravancada e burocratizada grifos no original Conhecido h longa data pela magistratura o inc modo e realista quadro apresentado nos estudos da Prof Maria Tereza Sadek tem feito surgir dentro do pr prio Poder notadamente no primeiro grau de jurisdi o agudas irresigna es N o sem raz o e s aparentemente isolada da base do Poder j ecoou descortinada e E e A H 8 voz dizendo que o judici rio um Poder de faz de conta e n o uma justi a atuante Manifesta es como esta pr pria nos regimes democr ticos v m surgindo inclusive 5 SILVA Ov dio A Baptista da
113. prio contrato ou indeniza o por perdas e danos No tocante imagem do nascituro o direito de autorizar a filmagem ou fotografia do feto obtida atrav s de ultra sonografia ou qualquer outro meio exclusivo da m e por estar ele no seu corpo inserido e ligado umbilicalmente ainda que se trate de ser distinto Pela nossa lei civil a personalidade civil come a com o nascimento com vida mas inequ voco que desde a concep o o nascituro j seja titular de alguns direitos da personalidade como o direito vida e integridade f sica Ainda poder importar em viola o ao direito de imagem do rec m nascido exclu do o car ter dom stico ou 4 BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 95 46 AFFORNALI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Ob cit p 58 122 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 cient fico a divulga o de fotografias filmagens ou grava o do parto a partir do nascimento com vida Por outro lado com a morte termina a exist ncia da pessoa natural art 6 do C digo Civil de 2002 e por conseqii ncia tem fim o pr prio direito de imagem Por m como assevera Paulo Jos da Costa Junior A imagem do morto entretanto poder ter uma proje o ou reflexo que atinja e envolva ou sentimentos ou interesses morais de determinados sobreviventes Em tal hip tese embora a morte da pessoa extinga a tutela jur dica da sua imagem a publicidade indiscreta da imagem do de
114. que mais parece um simples adorno agregado ao art 37 ou o extravasamento de uma aspira o dos que buliram no texto Curso de Direito Administrativo p 117 8 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 179 pelas entidades integrantes da administra o direta e indireta e no 74 inciso II onde 4 E AL E a E 483 referida a efic cia e efici ncia da gest o or ament ria financeira e patrimonial Constitui o Federal Art 70 A fiscaliza o cont bil financeira or ament ria operacional e patrimonial da Uni o e das entidades da administra o direta e indireta quanto legalidade legitimidade economicidade aplica o das subven es e ren ncia de receitas ser exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder Constitui o Federal Art 74 Os Poderes Legislativo Executivo e Judici rio manter o de forma integrada sistema de controle interno com a finalidade de II comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto efic cia e efici ncia da gest o or ament ria financeira e patrimonial nos rg os e entidades da administra o federal bem como da aplica o de recursos p blicos por entidades de direito privado 1 Os respons veis pelo controle interno ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade dela dar o ci ncia ao Tribunal de Contas da Uni o sob
115. que n o raro os meios de comunica o quando atingem esfera da intimidade pessoal de algu m argumentam que sua a o est lastreada no interesse p blico pela informa o No entanto nenhum direito absoluto e no caso concreto ap s pondera o do julgador um desses direitos dever sofrer atenua es N o obstante nenhuma informa o ainda que haja interesse jornal stico poder causar dano ao retratado j que tem ele direito preserva o da sua imagem REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Madrid Centro de Estudios Constitucionales 1997 AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Direito Pr pria Imagem 1 ed 5 tir Curitiba Juru 2007 BARBOSA lvaro Antonio do Cabo Notaroberto Direito pr pria imagem aspectos fundamentais S o Paulo Saraiva 1989 BITTAR Carlos Alberto Os Direitos da Personalidade 6 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2003 CAREJO Simon Derecho Civil Bogot Themis 1972 CIFUENTES Santos Derechos personal ssimos 2 ed Buenos Aires Astrea 1995 COSTA JUNIOR Paulo Jos da O direito de estar s tutela penal da intimidade 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 128 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 CRETELLA JUNIOR Jos Curso de Liberdades P blicas Rio de Janeiro Forense 1986 DE MATTIA Fabio Maria Direitos da Personalidade aspectos gerais Revista d
116. que outros potencializando se assim indevidamente a disputa entre os componentes da equipe que ao fim e ao cabo buscam o mesmo objetivo Constituem se assim as reuni es e conversas informais o palco apropriado para a troca de id ias para as cr ticas para as propostas para as mudan as comportamentais Acomodar as diferen as de interpreta es entre as pessoas e evitar a pujan a do conflito requer efetivamente tempo e trabalho Prescinde de a o planejada e conjunta viabilizando o potencial criativo dos funcion rios 7 ZIEMER Roberto Ob cit p 15 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 107 N o existe um s caminho e n o h raz o para subentender se que o caminho melhor seja aquele proposto pelas chefias Chiavenatto alerta que O caminho a redu o da dist ncia entre o topo e a base da estrutura organizacional e aproximar o n vel decisorial do n vel operacional Tirar a gordura intermedi ria entre o c rebro e os m sculos da organiza o As rela es de poder sofrer o uma reviravolta as rela es verticais do tipo chefe versus subordinado est o cedendo lugar para as rela es horizontais e laterais de interdepend ncia entre unidades do mesmo n vel O que est por tr s de toda essa mudan a a necessidade de administrar as pessoas mais de perto De aproxim las da alta dire o De senti las e perceb las De permitir que elas realmente tra
117. que sustentam os c digos do s culo XIX j n o mais atendem s exig ncias da civiliza o contempor nea A medida do insuficiente di logo entre os rg os que integram o Poder insufici ncia como proje o da carreira marcada por insuficiente forma o acad mica entre outros importantes fatores que n o s o alvo deste estudo percebida e manipulada pelos agentes externos ao Poder mas que a ele est o ou podem eventualmente estar submetidos Estes agentes muitas vezes margem da lei ou pertencente a complexas estruturas para al m de limites divisas e fronteiras com ramifica es em diferentes setores da vida civil leia se diferentes compet ncias inter relacionam se articulam se e sabem como extrair eficientes resultados em prol de seus objetivos notadamente atrav s de h bil e manipuladora utiliza o do caudal de instrumentos processuais existentes no ordenamento jur dico interno Escreve a cientista pol tica Maria Tereza Sadek H setores que buscam a Justi a extraindo vantagens de suas supostas ou reais defici ncias bem como dos constrangimentos de ordem legal Pesquisa conduzida pelo IDESP junto a empres rios em 1996 mostrava que embora a principal cr tica dirigida ao judici rio fosse a sua falta de agilidade esta situa o nem sempre era avaliada como prejudicial Nesta mesma linha de import ncia a necessidade de a magistratura desenvolver intelig ncia coordenada
118. reflexos espec ficos e relevantes da sobreposi o aqui tratada se d relativamente possibilidade de o estado resilir unilateralmente o contrato de trabalho A Constitui o Federal por meio do inciso I do seu artigo 7 veda a dispensa arbitr ria ou sem justa causa Constitui o Federal Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social I rela o de emprego protegida contra despedida arbitr ria ou sem justa causa nos termos de lei complementar que prever indeniza o compensat ria dentre outros direitos Sala de Cassa o Laboral da Corte Suprema de Justi a da Col mbia Rel Francisco Escobar Henriquez Luis Gonzalo Toro Correa Processo n 10969 J 26 07 1999 Dispon vel no site lt http www scare org co juridica act recursos sen laboral uv 1 pdf gt acessado no dia 09 nov 2008 s 11h55min Grifo nosso Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 161 Enquanto n o regulamentado o referido dispositivo foi limitada a prote o geral contra a despedida no Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias ao pagamento de quantia equivalente a 40 do valor total depositado pelo empregador no Fundo de Garantia por Tempo de Servi o Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 10 At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o artigo 7 I da Constitui o I fica
119. rica Latina Antigos aprendizados t m sido aprofundados Jos Fernando Ehlers de Moura tamb m integrante da comiss o organizadora do FMJ lembra conceitos centrais de organiza o do Poder Judici rio que tem se ampliado Sob o sugestivo t tulo amparo judicial recorda a regra do direito ingl s de que ningu m poderia ser processado salvo pela lei da terra art 39 da Magna Carta Posteriormente com maior significado o pensamento do direito norte americano sobre o devido processo legal Emenda Quinta Entre n s no Brasil o mesmo Juiz do Trabalho Jos Fernando Ehlers de Moura aponta o avan o de nossas Constitui es desde a de 1824 A afirma o de que todos t m a possibilidade de levar suas les es aprecia o pelo Poder Judici rio teve previs es cada vez mais claras nos nossos textos constitucionais Hoje est expl cito no artigo quinto inciso XXXV Junto ao princ pio antes reconhecido outros existem quanto garantia da liberdade individual Todos inclusive j podem e devem ser compreendidos de modo mais abrangente O mesmo estudo de Moura 2007 pondera que o juiz deve ter em mente a continuidade do processo democr tico Dito de outro modo a aplica o das leis aos casos concretos n o pode ocorrer sem a lembran a do momento imediatamente anterior de elabora o destas mesmas leis A pr pria finalidade da atividade judicial concretizar as promessas inscritas na Constitui
120. significa que a qualidade universal da a o n o reside apenas em si mas conhecida do agente isto encontra j na vontade subjetiva Como a a o exige para si um conte do particular e um fim definido e como a Ademais n o prospera em benef cio da argumenta o do requerente a alus o ao princ pio da moralidade A prop sito observo t o somente que a sua consagra o como princ pio no plano constitucional artigo 37 da Constitui o do Brasil e no plano infraconstitucional artigo 3 da Lei n 8 666 93 v g n o significa uma abertura do sistema jur dico para a introdu o nele de preceitos morais O que importa assinalar ao considerarmos a fun o do direito positivo o direito posto pelo Estado que este o p e de modo a constituir se a si pr prio enquanto suprassume a sociedade civil a ela conferindo concomitantemente a forma que a constitui 33 Nessa medida o sistema jur dico tem de recusar a invas o de si pr prio por regras estranhas a sua eticidade mesma advindas das v rias concep es morais ou religiosas presentes na sociedade civil ainda que isto n o signifique o sacrif cio de valora es ticas Ocorre no entanto que a tica do sistema jur dico a tica da legalidade E n o pode ser outra sen o esta de modo que a afirma o pela Constitui o e pela legisla o infraconstitucional do princ pio da moralidade o situa necessariamente no mbito desta tica tica da l
121. site http www direitoufba net mensagem celsocastro desviodepoder doc acessado no dia 26 out 2008 s 14h03min No mesmo sentido Rivero citado por N vea Carolina de Holanda Seresuela o desvio de poder d toutnement de pouvoir pode vir a se configurar em duas diferentes situa es A primeira reputada pelo autor como o caso mais evidente verificada quando o agente respons vel pela pr tica do ato persegue um fim estranho ao interesse geral la porsuite par lauter de lacte d um but tranger l int r t general A segunda qualificada sempre que o fim pretendido apesar de interesse geral n o aquele precisamente assinalado para o ato l but poursuivi bien que d int r t general n est p s l btu pr cis que la loi assignat lacte Droit administratif 13 ed Paris Dalloz 1983 p 321 Princ pios constitucionais da administra o p blica Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 3489 amp p 2 acessado no dia 27 out 2008 s 9hI3min 170 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 ao princ pio da moralidade quando por exemplo voltada para o benef cio do administrador ou de terceiros Tais v cios espec ficos e sobre os quais h farta produ o doutrin ria e jurisprudencial maculam o ato substancialmente invalidando o As hip teses por eles cobertas igualmente n o abarcam contudo como no antes referido caso de verifica o de preju zo
122. sua express o externa tomada no conjunto ou em partes significativas como a boca os olhos as pernas enquanto MN 26 individualizadoras da pessoa O direito de imagem reveste se de todas as caracter sticas comuns aos direitos da personalidade ou seja s o direitos inatos origin rios absolutos extrapatrimoniais intransmiss veis imprescrit veis vital cios necess rios e opon veis erga omnes Destaca se por m dos demais pelo aspecto da disponibilidade que com respeito a 2 CRETELLA JUNIOR Jos Curso de Liberdades P blicas Rio de Janeiro Forense 1986 p 17 DIAS Jaqueline Sarmento O Direito Imagem Belo Horizonte Del Rey 2000 p 65 5 Idem p 67 BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 94 BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 11 116 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 esse direito assume dimens es de relevo que permite ao titular extrair proveito econ mico do uso da sua imagem Para Gilberto Haddad Jabur os direitos da personalidade g nero da qual o direito de imagem esp cie s o inatos essenciais vital cios extrapatrimoniais relativamente indispon veis irrenunci veis intransfer veis e inalien veis inexecut veis impenhor veis e inexpropri veis imprescrit veis e opon veis erga omnes Entende o referido autor que a express o absolutos impr pria j que direitos absolutos ou irrestritos s o tecnicamente desconhecidos no mu
123. um sal rio m nimo 30 9 De um a dois sal rios m nimos 29 5 De dois a tr s sal rios m nimos 10 6 De tr s a cinco sal rios m nimos 7 4 De cinco a dez sal rios m nimos 6 3 De dez a vinte sal rios m nimos 2 2 Mais de vinte sal rios m nimos 0 8 As desigualdades dentro do Brasil s o imensas segundo a professora No Maranh o os 10 mais ricos renda a partir de R 2 097 00 tem renda 120 vezes maior do que a dos 10 mais pobres R 17 00 Em Alagoas a propor o de 54 vezes de R 34 00 para R 1 840 00 e no Rio Grande do Sul de 38 vezes de R 94 00 para R 3 586 00 Maria Tereza apresentou o ranking da mis ria medido pela FGV em 2007 onde Alagoas ficou em 1 lugar com 44 44 o Rio Grande do Sul em 18 lugar com 10 20 e Santa Catarina em 21 lugar com ndice de 4 68 A professora salientou que o voto do mais escolarizado carregado de mais informa o e do menos escolarizado baseado na necessidade Outro dado estarrecedor diz respeito ao percentual da renda dos 10 mais pobres que proveniente do trabalho Em Roraima de cada R 100 00 que o indiv duo Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 53 recebe R 12 50 vem do trabalho e o resto de bolsa fam lia e outros aux lios Em Alagoas a propor o de R 30 80 provenientes do trabalho a cada R 100 00 No Tocantins R 38 80 vem do trabalho no Rio Grande do Sul R 56 70 e em S o Paulo R 70 20 No ranking da educ
124. 02 2009 129 PODER JUDICI RIO E SOCIEDADE CONTORNOS CONTEXTO ATUAL E CRISE DA ATIVIDADE JURISDICIONAL Ricardo Fioreze Juiz do Trabalho da VT de Encantado RS SUM RIO Introdu o 1 Contornos e contexto atual da Atividade Jurisdicional 2 Crise da Atividade Jurisdicional 2 1 Causas 2 2 Solu es Conclus es Refer ncias INTRODU O O presente trabalho tem por objetivo retratar de forma breve o contexto em que atualmente se insere a atividade jurisdicional e os contornos que cercam o seu exerc cio No aspecto procura se ainda definir a atividade jurisdicional e identificar o seu mbito de exerc cio Em um segundo momento pretende se ressaltar a crise que atravessa o Poder Judici rio com reflexos diretos no exerc cio da atividade jurisdicional e identificar as causas que a originam e as solu es propostas para enfrent la 1 CONTORNOS E CONTEXTO ATUAL DA ATIVIDADE JURISDICIONAL Para alcan ar os seus objetivos o Estado moderno desenvolve atividades de natureza administrativa legislativa e jurisdicional e para tanto se organiza de forma a atribuir a cada um dos Poderes que o integram as fun es de administrar ordinariamente afeta ao Poder Executivo legislar geralmente de incumb ncia do Poder Legislativo e julgar normalmente vinculada ao Poder Judici rio Conforme Antonio Carlos de Araujo Cintra Ada Pelegrini Grinover e C ndido Rangel Dinamarco a jurisdi o como atribui o conferida
125. 03 1023 1024 1025 1032 1997 C digo de Defesa do Consumidor art 28 Lei n 6 830 80 art 4 incisos V e VI Lei 8 009 90 arts 1 3 5 Lei de Introdu o do C digo Civil art 4 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 89 Jurisprudenciais TRT 4 Agravo de Peti o Proc 00877 2003 020 04 00 4 5 Turma Rel Ju za Convocada Rejane Souza Pedra julgado em 02 10 2008 Bibliogr ficas ANAMATRA BACEN JUD Sistema de Atendimento das Solicita es do Poder Judici rio ao Banco Central do Brasil Manual de Instru es do Usu rio BACEN JUD 2 0 Manual B sico CONSOLIDA O DOS PROVIMENTOS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTI A DO TRABALHO publicada no DJ TST de 30 10 2008 RECEITA FEDERAL Coordena o Geral de Tecnologia e Seguran a da Informa o Coordena o de Sistemas de Informa o Divis o de Sistemas Corporativos Tribut rios Sistema de Informa es ao Judici rio InfoJud Manual do Usu rio RENAJUD RESTRI ES JUDICIAIS DE VE CULOS AUTOMOTORES Manual do Usu rio Vers o 1 0 SILVA Jaqueline Mielke e XAVIER Jos Tadeu Neves Curso de Processo Civil Processo de Execu o e Cumprimento de senten as Rio de Janeiro Forense 2008 90 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 VIABILIZANDO O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES EM VARAS DO TRABALHO Maur cio Schmidt Bastos Juiz do Trabalho da 22 VT de Porto Alegre RS
126. 1988 tendo esse direito sido regulamentado em parte pelo art 20 do C digo Civil de 2002 Lei n 10 406 de 10 01 2002 Como tamb m j assinalado anteriormente o direito de imagem difere em suas caracter sticas dos demais direitos da personalidade pelo aspecto da disponibilidade Essa disponibilidade permite ao titular do direito extrair proveito 4 BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 94 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 121 econ mico do uso de sua imagem ou de seus componentes mediante contratos espec ficos firmados entre os interessados Deve se mencionar que a possibilidade de se permitir o uso da imagem n o retira desse direito as caracter sticas de intransmissibilidade e irrenunciabilidade pois a faculdade de consentir em fotografar se ou permitir a transmiss o da imagem n o conte do do direito da personalidade pr pria imagem exerc cio dele Segundo Bittar o contrato adequado para a utiliza o de imagem seria o de licen a ou de concess o de uso no qual se devem explicitar necessariamente todos os elementos integrantes do ajuste de vontades fim prazos condi es remunera o possibilidade de renova o e outras objetivando evitar se eventuais d vidas Tamb m Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Affornalli entende que o contrato apropriado seria o de concess o ou permiss o figuras assemelhadas quelas do direito administrativo em que o titular do direit
127. 227 A pessoa jur dica pode sofrer dano moral 8 ESTEVES Jean Soldi Uma Perspectiva Civil Constitucional da Imagem da Pessoa Jur dica Direito Imagem In Novo C digo Civil Quest es Controvertidas Coordena o M rio Luiz Delgado e Jones Figueiredo Alves p 198 204 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Decorre do sinalagma direitos e deveres s partes empregado e empregador Ao primeiro compete a entrega da for a de trabalho e ao segundo o pagamento do sal rio Para a boa condu o das atividades o empregador possui os poderes diretivo regulamentar de fiscaliza o e disciplinar Por sua vez o empregado det m de forma inata por ser pessoa natural os direitos da personalidade como barreira lim trofe aos excessos eventualmente praticados pelo seu patr o no exerc cio dos poderes mencionados Guarda consigo ainda prote o legislativa cl usulas m nimas do pacto laboral principalmente expressas no artigo 7 da Constitui o Federal de 1988 Tamb m certo apontar com base na doutrina que o obreiro deve ser obediente diligente e fiel ao empregador Sobre o dever de fidelidade BARROS O contrato de trabalho gera direitos e obriga es n o s de cunho patrimonial mas tamb m de car ter pessoal em que se insere o aspecto tico cujo dever de fidelidade uma de suas manifesta es Esse dever a conduta humana honrada que pressup e o agir com retid o em virt
128. AR Carlos Alberto Ob cit p 7 114 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Salienta se no entanto que a grande maioria dos autores reconhece tratarem se os direitos da personalidade de direitos inatos assumindo assim postura naturalista considerando que eles existem antes e independentemente do reconhecimento pelo ordenamento positivo pois s o direitos inerentes ao pr prio homem considerado em si e em suas manifesta es ou seja s o inerentes condi o humana No que tange denomina o ou terminologia tamb m h diverg ncia doutrin ria pois diversas s o as nomenclaturas adotadas pelos autores direitos essenciais e ou fundamentais da pessoa por Adriano de Cupis e Tobefias direitos subjetivos essenciais por Gierke Ferrara e outros autores modernos direitos individuais por Kohler e Gareis direitos pessoais por Wachter e Bruns direitos da personalidade esposada por Orlando Gomes Limongi Fran a Antonio Chaves Orozimbo Nonato e Anacleto de Oliveira Faria direitos personal ssimos atribu do por Rotondi Pugliatti e Corbellini acentuado por Chiovenda e exaurido por Cifuentes Embora esta seja a denomina o considerada mais adequada por Gilberto Haddad Jabur a mais utilizada e preferencial dos autores direitos da personalidade tendo tamb m sido esta a nomenclatura adotada pelo C digo Civil Brasileiro Lei 10 406 de 10 01 2008 Quando rec
129. Antonio Sistema dos Recursos Trabalhistas 10 ed S o Paulo LTr 2003 p 67 44 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 norma constitucional Alexandre de Moraes ap s escrever que a garantia citada j estava prevista no princ pio do devido processo legal pondera que A EC n 45 04 por m trouxe poucos mecanismos processuais que possibilitem maior celeridade na tramita o dos processos e redu o da morosidade da Justi a brasileira O sistema processual judici rio necessita de altera es infraconstitucionais que privilegiem a solu o dos conflitos a distribui o da Justi a e maior seguran a jur dica afastando se de tecnicismos exagerados Subjacente ou n o ao princ pio do devido processo legal o fato que a garantia explicitada pela Emenda Constitucional n 45 2004 respondeu demanda social pela celeridade do processo materializada ao longo dos ltimos quinze anos especialmente nas diversas minirreformas processuais todas orientadas a resgatar a celeridade e efetividade processual Constitui emblema destas paulatinas mudan as na lei processual civil a atual reda o do artigo 515 do CPC em seu 3 x Em data anterior Emenda Constitucional n 45 2004 o legislador infraconstitucional atrav s da Lei n 10 352 2001 j fizera altera es no artigo 515 do C digo de Processo Civil acrescentando lhe o 3 com a seguinte reda o Nos casos de extin o do pr
130. Cadernos da o ESCOLA JUDICIAL DO TRT DA 4 REGI O n 02 2009 Estudos de Administra o Judici ria r DS Reflex es de Magistrados sobre a Gest o do Poder Judici rio TATATA AT VASA A AS AAAS DIREITO RIO HS Editora Cadernos da ESCOLA Me JUDICIAL ANO 1 N 2 2009 ESTUDOS DE ADMINISTRA O JUDICI RIA Reflex es de Magistrados sobre a Gest o no Poder Judici rio AS Editora O Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o ESTUDOS DE ADMINISTRA O JUDICI RIA Reflex es de Magistrados sobre a Gest o no Poder Judici rio Todos os direitos reservados E expressamente proibida a sua reprodu o mesmo que parcial sem a expressa autoriza o dos autores Editora o Eletr nica HS Editora Ltda Impresso no Brasil Printed in Brazil E82 Estudos de administra o judici ria reflex es de magistrados sobre a gest o do Poder Judici rio Porto Alegre HS Editora 2009 15 5x22 5 cm 209p ISSN 2176 400X Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 2 1 Direito 2 Tribunal de Justi a 3 Administra o judici ria 4 Poder Judici rio I S rie CDU 347 991 Cataloga o na publica o Leandro Augusto dos Santos Lima CRB 10 1273 AS Editora Ltda ESCOLA JUDICIAL DO TRT 4 REGI O Rua Almirante Barroso 735 conj 302 Av Praia de Belas 1432 Pr dio HI 90220 021 Porto Alegre RS 90110 904 Porto A
131. Direito do Trabalho p 604 2 Segundo informa o obtida no endere o eletr nico http pt wikipedia org wiki Orkut em 14 01 2009 s 20h35min o orkut uma rede social filiada ao Google criada em 19 de Janeiro de 2004 com o objetivo de ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos Seu nome originado no projetista chefe Orkut Biiyiikkokten engenheiro turco do Google Tais sistemas como esse adotado pelo projetista tamb m s o chamados de rede social O servi o foi designado para ajudar os usu rios a encontrar novos amigos e manter as amizades j existentes O alvo inicial do orkut era os Estados Unidos mas a maioria dos usu rios s o do Brasil e da ndia No Brasil a rede social com maior participa o de brasileiros com mais de 23 milh es de usu rios 3 e o site mais visitado Na ndia o segundo mais visitado Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 205 para que os usu rios possam dividir suas prefer ncias por segmentos culturais como literatura cinema teatro esportivos e divulgar seus h bitos pessoais Tamb m restou comum a cria o de comunidades para demonstrar rep dio a personagens televisivos e de pessoas de express o na sociedade com a seguinte express o Eu odeio seguida do nome do atingido Nesse contexto como exemplos s o tomados os fatos tratados no processo 00341 2007 662 04 00 3 julgado pelo E Tribunal Regional do Trabalho da 4
132. EFER NCIAS BOTTINI Pierpaolo Cruz A Reforma do Judici rio aspectos relevantes Revista da Escola Nacional da Magistratura Bras lia ano II n 3 p 89 99 abr 2007 CINTRA Ant nio Carlos de Araujo GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Rangel Teoria Geral do Processo 7 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1990 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Notas sobre o problema da efetividade do processo Temas de Direito Processual 3 s rie S o Paulo Saraiva 1984 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 139 ESCOLAS JUDICIAIS E FORMA O DE JU ZES NA REFORMA CONSTITUCIONAL DE 2004 Jorge Alberto Araujo Juiz do Trabalho da VT de S o Jer nimo RS SUM RIO Introdu o 1 Socialismo versus Liberalismo 2 O Banco Mundial e a Reforma do Judici rio 3 Seguran a Jur dica A quem n o interessa 4 Escola Judicial e forma o de Magistrados Do lim o limonada Conclus o Obras Consultadas INTRODU O A Reforma Constitucional de 2004 tamb m chamada de Reforma do Judici rio tendo se em conta a import ncia que se deu a esta institui o na ocasi o trouxe uma s rie de altera es no que diz respeito composi o e funcionamento do Poder Judici rio Podem se destacar no bojo destas altera es a cria o do Conselho Nacional de Justi a e das Escolas Judiciais como de extrema import ncia principalmente porque nelas se consubstancia com mais clareza a i
133. Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 47 O JUDICI RIO E A SOCIEDADE REFLEXOES SOBRE O PAPEL DA JUSTI A DO TRABALHO NO MEIO SOCIAL E A SUA PERMANENCIA COMO RAMO AUTONOMO DO PODER JUDICIARIO Marcelo Gon alves de Oliveira Juiz do Trabalho da 2 VT de Passo Fundo RS SUM RIO 1 O estudo do Banco Mundial e seu poss vel reflexo na Justi a do Trabalho 2 A import ncia do Poder Judici rio no Brasil 3 O uso oportun stico do Poder Judici rio em detrimento da cidadania 4 Emenda Constitucional n 45 de 2004 Reforma Constitucional do Poder Judici rio Amplia o da compet ncia da Justi a do Trabalho 5 Conex o entre a Justi a do Trabalho e a sociedade um caminho v lido para o paradoxo Conclus es 1 O ESTUDO DO BANCO MUNDIAL E SEU POSS VEL REFLEXO NA JUSTI A DO TRABALHO Charles Handy no livro A Era do Paradoxo afirma que precisamos de um novo modo de pensar nossos problemas e nosso futuro e essa assertiva muito apropriada quando se fala em Justi a do Trabalho e seu papel na sociedade O Banco Mundial em 30 de dezembro de 2004 apresentou um documento intitulado Fazendo com que a Justi a Conte Medindo e aprimorando o desempenho do Judici rio no Brasil Em seu sum rio executivo segundo par grafo o trabalho esclarece que o principal enfoque do estudo foi a determina o de como as principais organiza es do sistema executam o monitoramento do pr prio desempenho e com que
134. Gilberto Haddad Ob cit p 77 22 As garantias p blicas foram inclu das na Constitui o Federal Brasileira de 1988 em seu art 5 ao prescrever em seu caput que Todos s o iguais perante lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes J no inciso IV do referido artigo estabeleceu que assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo al m da indeniza o por dano material moral ou imagem Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 115 As liberdades p blicas atrelam se numa an lise perfunct ria id ia de coer o contra o Estado distinguindo se em face disso segundo Jos Cretella J nior das liberdades aa 23 privadas opon veis ao particular Como j dito anteriormente os Direitos da Personalidade visam conferir ao ser humano aquilo que lhe pr prio e tamb m s suas emana es e proje es para o mundo exterior entrando aqui a quest o do Direito Imagem objeto deste estudo 2 DIREITO DE IMAGEM Diante do extraordin rio progresso das comunica es o direito imagem passa a ocupar lugar de destaque dentre os direitos da personalidade em face dos m ltiplos aspectos que envolve no relacionamento social e nos debates doutrin rios travados para a sua exata qualifica
135. ICO EM UNIDADE JUDICI RIA Estrat gia palavra de origem militar usada para designar o caminho da vit ria em uma guerra foi agregada administra o e ao conceito de planejamento como forma de lidar com a acirrada competitividade das empresas de mercado No campo te rico o planejamento estrat gico surgiu em oposi o ao planejamento tradicional o qual se mostrou ineficiente por fixar a realidade a um nico ponto de vista Descortina se pois o planejamento estrat gico como uma constante readapta o baseada na an lise dos ambientes interno e externo em que est inserido A defini o de estrat gia est relacionada a id ia de futuro o que a Unidade Judici ria pretende ser tamb m trazendo a no o de padr o ou seja a preocupa o organizacional com a sua imagem perante a sociedade No entanto esta conquista requer ado o de novas pr ticas de planejamento controle e constante avalia o Quando tratamos da Administra o Judici ria falar em planejamento estrat gico discutir qual o rumo que esse poder deve tomar de forma coordenada e controlada para atingir aquilo que a sociedade demanda A preocupa o do Judici rio n o est na concorr ncia ou no mercado visto que sua atribui o exclusiva por for a legal mas em corresponder s expectativas dos cidad os no que diz respeito presta o jurisdicional Ocorre que aqueles que est o envolvidos com o dia a dia das Unidades Judici rias
136. Ju zes Semin rio Nova Justi a Desafios e Tend ncias Bras lia 03 08 2006 TSJ Dispon vel eletronicamente em www tsj gov Apertura de Actividades Judiciales del estado Miranda Janeiro de 2006 ZAFFARONI Eug nio Ra l Em Busca das Penas Perdidas a perda de legitimidade do sistema penal Rio de Janeiro Editora Revan 1991 p 153 154 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 67 O PODER JUDICI RIO E A SOCIEDADE Angela Rosi Almeida Chapper Ju za do Trabalho da 2 VT de Pelotas RS Urge que se reconhe a outrossim que Direito e moralidade devem caminhar lado a lado unificados gradativamente por um princ pio regulativo uma ratio comum uma intui o racional irrenunci vel a justi a Juarez Freitas SUM RIO Introdu o 1 Da imagem do julgador na sociedade 1 1 Do Juiz isolado 1 2 Do Juiz cidad o 2 Principais fatores que contribuem para uma imagem negativa do poder judici rio 2 1 Morosidade 2 2 Recursos processuais 2 3 Efetividade 3 Da busca de aproxima o com a sociedade Refer ncias INTRODU O O Poder Judici rio n o apenas um rg o do Estado Ele deve ser um rg o do Estado a servi o do cidad o Equivoca se o magistrado que se recusa an lise da lide sob o ponto de vista tico adotando como argumento o fato de ser membro de um Poder apol tico uma vez que n o se far justi a social apenas com a aplica o do direito positi
137. N JUD um gil instrumento de atendimento s solicita es oriundas dos diversos rg os do Poder Judici rio Os pedidos de informa es de saldos ordens de bloqueio desbloqueio e requisi o de extratos de contas banc rias s o enviadas diretamente ao BACEN que os retransmitir ao final do dia para todo o sistema banc rio nacional agilizando em muito o atendimento Objetiva substituir os pedidos de informa es expedidos mediante of cio pelos Ju zes do trabalho por um moderno sistema informatizado onde o Banco Central ser o repassador sem qualquer interfer ncia ao sistema banc rio das solicita es oriundas da Justi a do Trabalho J quanto ao BACEN JUD 2 0 o Manual do Usu rio registra O desenvolvimento do Sistema Bacen Jud 2 0 em substitui o ao atual decorreu da necessidade de aperfei oamento desse instrumento de colabora o entre o Poder Judici rio e o Bacen cujo projeto foi desenvolvido conjuntamente pelo Banco Central e por representantes dos Tribunais Superiores TST STJ e CJF Novas funcionalidades foram implementadas com o intuito de imprimir maior presteza e celeridade s ordens judiciais encaminhadas por esse Sistema Sistema continuar permitindo a emiss o de ordens judiciais de bloqueio desbloqueio solicita o de informa es saldos extratos e endere os de pessoas f sicas e jur dicas clientes do Sistema Financeiro Nacional SFN al m de comunica o de decreta o e extin
138. R Humberto Celeridade e Efetividade da Presta o Jurisdicional In Academia Brasileira de Direito Processual Civil Site institucional Dispon vel em http www abdpc org br artigos artigo5 1 htm Acesso em 23 jul 2008 ZIEMER Roberto Mitos organizacionais o Poder Invis vel na Vida das Empresas S o Paulo Atlas 1996 112 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 INOVA O JURISDICIONAL DIREITO DE IMAGEM COMO EXTERIORIZA AO DA PERSONALIDADE Edson Moreira Rodrigues Juiz do Trabalho da VT de Santo Angelo RS SUM RIO Introdu o 1 Direitos da Personalidade 2 Direito Imagem 3 Natureza Jur dica do Direito Imagem 4 Exerc cio do Direito pr pria Imagem 5 O Direito de Imagem e o Direito de Informa o jornal stica 6 Limita o do Direito Imagem 7 A viola o do Direito de Imagem Considera es finais Refer ncias Bibliogr ficas INTRODU O Com o desenvolvimento tecnol gico principalmente com o surgimento da fotografia e do cinema no s culo XVIII e modernamente com a comunica o via sat lite e pela Internet tornou se poss vel que um fato que aconte a em um lugar distante do planeta seja divulgado em tempo real para todo o mundo Com isso e pela necessidade de rapidez na transmiss o da informa o principalmente pelos meios televisivos passaram o ocorrer com maior frequ ncia viola es aos Direitos de Personalidade das pessoas mais especific
139. SPECIAL MANDADO DE SEGURAN A TRANSFER NCIA DE SERVIDOR P BLICO ATO DISCRICION RIO NECESSIDADE DE MOTIVA O RECURSO PROVIDO 1 Independentemente da alega o que se faz acerca de que a transfer ncia do servidor p blico para localidade mais afastada teve cunho de persegui o o cerne da quest o a ser apreciada nos autos diz respeito ao fato de o ato ter sido praticado sem a devida motiva o 2 Consoante a jurisprud ncia de vanguarda e a doutrina praticamente un ssona nesse sentido todos os atos administrativos mormente os classificados como discricion rios dependem de motiva o como requisito indispens vel de validade 3 O Recorrente n o s possui direito l quido e certo de saber o porqu da sua transfer ncia ex officio para outra localidade como a motiva o neste caso tamb m mat ria de ordem p blica relacionada pr pria submiss o a controle do ato administrativo pelo Poder Judici rio 4 Recurso provido Primeira Se o do Superior Tribunal de Justi a MS 9944 DF Rel Min Teori Albino Zavascki J 25 05 2005 Dispon vel no site lt http www stj gov br SCON jurisprudencia doc jsp livre MS 9944 amp amp b ACOR amp p true amp t amp I 1 0 amp i 2 gt acessado no dia 09 nov 2008 s 11h20min Quinta Turma do Superior Tribunal de Justi a RMS 19210 RS Rel Min Felix Fischer J 14 03 2005 Dispon vel no site lt http www stj gov br SCON jurisprudencia doc jsp livre 9 22ato adminis
140. TRT da 4 Regi o n 02 2009 153 Realizadas estas considera es preliminares impende referir que n o foi abordada aqui a classifica es dos princ pios quanto a sua origem Isto porque pouco acrescentaria ao tema restrita que est a rea de estudo aos princ pios expressamente tipificados no caput do artigo 37 da Constitui o Federal II PRINC PIO DA LEGALIDADE O princ pio da legalidade est ligado ao alvorecer do estado democr tico de direito As reformas pol ticas de matizes liberais sustentadas pela burguesia e pela ascens o do capitalismo impunham que o estado agisse dentro de limites estabelecidos por lei Ou seja um governo no qual imperasse a vontade da maioria consubstanciada em normas e n o na vontade desp tica de um soberano ou an logo Os antecedentes hist ricos do princ pio da legalidade podem ser encontrados de forma clara na carta do Jo o Sem Terra que entre outras disposi es continha as seguintes Nenhum homem livre ser detido ou sujeito pris o ou privado dos seus bens ou colocado fora da lei ou exilado ou de qualquer modo molestado e n s n o procederemos nem mandaremos proceder contra ele sen o mediante um julgamento regular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do pa s S ser o nomeados ju zes oficiais de justi a xerifes ou bailios os que conhe am a lei do reino e se disponham a observ la fielmente Todos os direitos e liberdades que con
141. US O Esse trabalho ressalta a quest o sobre a tica moral e a responsabilidade social que deve permear n o apenas as empresas e corpora es privadas mas tamb m os agentes p blicos em todas suas esferas tendo em conta n o apenas a crescente Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 21 economia num mercado que se globaliza mas a busca do bem estar social o que implica responsabilidade com o ecossistema e em ltima an lise com a dignidade da pessoa humana Parece inarred vel a conclus o de que o mundo empresarial deve conscientizar se de que a tica imprescind vel para o seu desenvolvimento e crescimento no campo dos neg cios devendo valorizar tanto os clientes na rela o adequada com o consumidor quanto seus empregados com o cumprimento das obriga es trabalhistas e sociais al m de n o descuidar da responsabilidade social com o ecossistema Certamente h muito ainda que se investir no desenvolvimento desses valores nas institui es tanto p blicas quanto privadas sendo razo vel presumir que apenas as que tenham n veis de excel ncia na rela o externa consumidor cidad o e ecossistema e interna empregador X empregado e administra o p blica X funcion rios p blicos poder o contar com espa o para crescer e desenvolver se no mundo globalizado em que vivemos Ou seja ser o indispens veis apenas as institui es socialmente respons veis interna e externamente Nas i
142. VA Leonardo Peter da A Administra o Judici ria e o Planejamento Estrat gico In Jus Navigandi Teresina ano 10 n 874 Dispon vel em http jus2 uol com br Acessado em 16 jul 2008 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 105 campos de batalha em que os mais poderosos e habilidosos imp em sobre os demais os padr es de sua fam lia disfuncional J Neste diapas o o brocardo segundo o qual problemas familiares devem ser deixados do lado de fora da Unidade Judici ria merece total desprezo porquanto banaliza a influ ncia dos aspectos subjetivos do comportamento humano na forma do desenvolvimento das tarefas Reconhecer confrontar e transformar o modo desta presta o laboral representa um grande desafio para o Magistrado porquanto al m de ser capaz de tomar decis es r pidas e eficazes voltadas efetiva o da presta o jurisdicional tem que ser um l der legitimado um entusiasta por natureza e procurar propiciar condi es de trabalho sua equipe onde haja possibilidade efetiva de realiza o pessoal e profissional alicer ada em rela es de confian a justas e democr ticas onde as decis es sejam tomadas com a participa o do grupo de forma clara e objetiva Somente com maturidade pessoal e profissional que alcan aremos a consci ncia da import ncia de trabalhar em prol da vis o compartilhada da Administra o Judici ria contando com a autonomia a sol
143. a tal como no caso de senten a da Corte Constitucional Federal alem que determinou a retirada de crucifixos das salas de aula no estado da Baviera que fortemente de tradi o crist ou seja uma regulamenta o capaz de encontrar no plano mais abstrato da coexist ncia de diversas comunidades eticamente integradas o reconhecimento racionalmente motivado de todas as partes envolvidas no conflito e que convivem em igualdade de direitos Esclarece o autor que para essa mudan a do plano da abstra o necess ria uma mudan a de perspectiva isto os envolvidos precisam deixar de lado a pergunta sobre que regula o melhor para n s a partir da concep o que consideram nossa em vez disso precisam checar sob o ponto de vista moral que regulamenta o igualmente boa para todos em vista da reivindica o priorit ria da coexist ncia sob igualdade de direitos Esse conceito esclarece a fun o do magistrado como int rprete da tica da sociedade N o interessa sociedade o entendimento do juiz sobre o que melhor conforme seus valores ticos ao julgar uma causa mas sim que ele saiba interpretar a tica social e decidir de forma igualmente boa para todos 52 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A Justi a do Trabalho deve ser sens vel s mudan as no mundo do trabalho redu o do emprego e ao surgimento de novas modalidades de trabalho
144. a o o da Common Law oriundo do direito brit nico fortemente embasado na tradi o e no costume estabelecido atrav s dos precedentes judiciais que para serem desconsiderados exigem do julgador uma grande fundamenta o justamente para demonstrar os motivos para que ocorra uma decis o distinta para um caso pretensamente igual a um anterior Tal fundamenta o via de regra ter como argumento central justamente a exist ncia de um elemento diferencial que permita o afastamento do precedente Outra preocupa o demonstrada nos relat rios do Banco Mundial diz respeito demora nos julgamentos definitivos nos tribunais que subordinam leg timos detentores de direitos a uma verdadeira via crucis judicial para lograrem hav los Esta constata o n o novidade para os pr prios ju zes e cidad os brasileiros sendo que se constata uma sobreposi o de recursos e oposi es ao tr nsito em julgado das decis es que espanta at os pr prios administradores do Poder 3 SEGURAN A JUR DICA A QUEM N O INTERESSA O mote da Reforma do Judici rio reside justamente na aquisi o de uma maior estabilidade das rela o jur dicas Mas o que seria a estabilidade das rela es jur dicas Quem tem maior poder dentro de uma rela o contratual como o fornecedor de bens ou servi os no contrato de consumo ou o empregador no contrato de trabalho pouco interesse ter na estabiliza o das rela es jur dicas A e
145. a o das Leis do Trabalho em 1 de maio de 1943 quando o conceito de imagem atributo n o estava difundido na comunidade jur dica principalmente menos para as pessoas jur dicas tampouco se falava em mundo virtual De qualquer forma o empregado n o agiu de forma leal vilipendiando a imagem do seu empregador Nesse contexto sugere se a interpreta o do dispositivo aludido no par grafo anterior entendendo se inclu da a prote o ao direito de imagem do empregador na express o boa fama e de forma espec fica para o caso tratado da imagem atributo da pessoa jur dica Por fim em resposta pergunta efetuada no in cio do presente t pico afirma se que constitui falta do empregado apta a gerar a resolu o do contrato de trabalho por justa causa a cria o ou a participa o de comunidade no site de relacionamento pessoal Orkut que denigra e atinja a imagem atributo do empregador ainda que pessoa jur dica CONCLUS O No estudo desenvolvido restou inconteste a afirma o hist rica dos direitos da personalidade calcada principalmente na valoriza o do princ pio da dignidade humana Nessa esteira a tese adotada pela maioria dos doutrinadores de que seriam inatos pessoa natural Dentre os direitos da personalidade foi dado destaque prote o imagem com relevo s seguintes subdivis es imagem retrato e imagem atributo Partindo da premissa de que o conceito desta ltima abrange a reuni o de carac
146. a o em 76 pa ses em 2006 o Brasil estava no 72 lugar A chance de uma crian a brasileira concluir a 6 s rie na idade certa no Brasil de 67 contra 90 no Chile por exemplo Esse o Brasil que entrega suas demandas ao judici rio trabalhista um pa s carente de trabalho ao seu povo e carente de educa o que proporcione melhores oportunidades aos seus cidad os As decis es da Justi a do Trabalho devem estar conectadas com a necessidade do brasileiro cooperando com a cria o de trabalho e renda e reconhecendo nesse contexto e tica os direitos assegurados nas normas legais Essa parece ser a linha a ser seguida pelo TST e pelos Tribunais Regionais onde a uniformiza o de julgados mais poss vel de vez que a tarefa se mostra dif cil no primeiro grau pela forma o de mentalidade individualista dos magistrados Maria Tereza ressaltou em sua aula que a estrutura do judici rio em geral n o estimula uma pol tica institucional mas sim a individualidade e que ocorre aus ncia de atua o coletiva da institui o no que parece estar certa pelas a es at aqui desenvolvidas A cr tica v lida e merece a devida reflex o Respondendo aos questionamentos feitos no in cio desse t pico n o cabe a nenhum ramo do Judici rio se preocupar com rela o de custo e benef cio com rela o a sua estrutura e s suas decis es Cabe ao judici rio a solu o dos conflitos sociais que s o a ele trazidos sempre na
147. a a erro por terceiro Pede a revers o da justa causa com pagamento das verbas rescis rias indeniza o por dano moral e multas dos artigos 467 e 477 da CLT A reclamada sustenta que em 28 02 2007 tomou conhecimento de que o reclamante era membro da comunidade EU ODEIO A COLEURB FIA DA PUTA mantida pela rede de relacionamento pessoal denominada Orkut com com servi os prestados pela Google Brasil Internet Ltda sendo que a descri o da referida comunidade a que segue pra quem odeia aquela empresa filha da puta que tem coragem de cobrar R 1 60 de passagem de nibus numa cidade como Passo Fundo onde n o se anda mais que 5Km dentro de um nibus Ainda investe muito do nosso dinheiro em lobby e propaganda fls 108 Aduz que a comunidade que conta com 130 membros palco de discuss es extremamente ofensivas a ela e suas s cias com informa es carregadas de conte do difamat rio calunioso depreciativo e ofensivo Refere que al m de fazer parte da comunidade o reclamante tamb m lan ou coment rio pr prio fls 112 abuso trabalho na coleurb mas estou junto com vcs aqui na empresa uma descrimina a para os funcion rios regime de quartel s pensam em dar mais trabalho aumentar a tarifa comprar im veis na cidade e regia s pra saberem elas tem em Passo Fundo mais de 2 Dispon vel no site http www trt4 jus br portal portal trt4 consultas consultaRapida ConsultaProcessual Window nropr
148. a constitui a mais corriqueira viola o do princ pio da impessoalidade Entende se por nepotismo a concess o por agentes p blicos valendo se das fun es por eles exercidas de favores ajudas e privil gios de cunho p blico bem assim em favorec los tanto nas designa es de cargo e fun o p blica nas contrata es de obras servi os e compras como nas concess es permiss es autoriza es aliena es e loca es da administra o como acontece de forma constante em todos os n veis e todas as esferas administrativos V PRINC PIO DA EFICI NCIA O princ pio da efici ncia assim como o da impessoalidade impl cito atividade administrativa jungida que est persecu o do bem comum Decorre de aplica o l gica e como tal tem exist ncia independente da sua expressa em norma O princ pio informa n o serem tolerados os desperd cios de meios e os retardos na consecu o dos fins estatais em vista de conduta imperita negligente imprudente ou dolosa do administrador A doutrina fixou h longo tempo sua exist ncia como se pode perceber na primeira edi o da paradigm tica obra Direito Administrativo Brasileiro de Hely Lopes Meirelles publicada no ano de 1967 Os requisitos do servi o p blico ou de utilidade p blica s o sintetizados modernamente em cinco princ pios que a Administra o deve ter sempre presentes para exigi los de quem os preste o princ pio da perman ncia imp e co
149. a dos ju zes como garantia dos cidad os postulando um respeito irrestrito pessoa humana e seus direitos fundamentais entendendo que com isso se contribui para o fortalecimento e manuten o da democracia e da governabilidade no mbito Ibero americano Atualmente a Rede Ibero americana de Ju zes trabalha monitorando casos do sistema interamericano de direitos humanos com o objetivo de apoiar casos nos quais tenham sido desrespeitadas as garantias judiciais das v timas especialmente no que concerne independ ncia judicial A Rede Ibero americana interveio como amicus curiae na demanda proposta por uma ju za chilena perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos assim como j interveio em casos de desrespeitos a independ ncia judicial na Nicar gua e na Argentina A RIJ confeccionou um Manual de Direitos Humanos para ju zes da Regi o que deve ser distribu do no Brasil sob os ausp cios da AMB e mant m um conv nio com a Universidade Central de Santiago do Chile para prepara o de alunos da mesma para o Sistema Interamericano de Direitos Humanos Ainda como resultado dos contatos mantidos com ju zes de outros pa ses em especial da Am rica Latina nos eventos do FMJ os ju zes do trabalho do continente concretizaram outro antigo projeto o de cria o da ASSOCIA O LATINO AMERICANA DE JU ZES DO TRABALHO entidade fundada em 28 de setembro de 2008 que promoveu em abril deste ano o II Congresso Internacion
150. a pelos c njuges ou pelos pais ou filhos propriet rios e nele residentes ressalvadas as hip teses como previstas na pr pria lei para tudo presente a defini o legal no sentido de que considera se resid ncia um nico im vel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente N o h por m como se ignore quanto ao im vel assim caracterizado as exce es impenhorabilidade estabelecidas nos termos do art 3 inciso I da mesma Lei no que pertinente com a execu o trabalhista em especial o que diz respeito aos cr ditos dos empregados da pr pria resid ncia e correspondentes contribui es devidas Previd ncia Social Assim quando se trata de execu o por cr ditos deferidos empregada dom stica o im vel que como regra se faz impenhor vel se encontra excepcionado da regra da impenhorabilidade porquanto se trata como a Lei contempla de cr ditos de trabalhadores da pr pria resid ncia e das respectivas contribui es previdenci rias As exce es impenhorabilidade nos termos da mencionada Lei n o se restringem execu o trabalhista existindo tamb m para a execu o de alimentos e para efeito da fian a concedida para fins locat cios como expressamente mencionado na Lei 8009 90 6 COMO EQUACIONAR O CONFLITO Diante de tal oceano em que navega a execu o trabalhista e em face do inevit vel conflito que se estabelece entre o direito alimentar do emp
151. abelecendo limites e resolvendo conflitos internos exigindo dedica o e compet ncia nas tarefas desempenhadas procurando agir com justi a nas cr ticas e elogios e colocando se como exemplo na busca de qualidade dos servi os prestados Isso porque somente agindo de forma equilibrada ter o respeito dos membros de sua equipe muitas vezes desmotivados por lidarem diariamente com processos onde s o demandadas parcelas adicionais ao sal rio como horas extras ou sal rio substitui o trabalhando eles pr prios sem receber tais benef cios Na qualidade de representante do Poder Judici rio em sua comarca o Juiz deve participar de Encontros Semin rios Palestras e toda uma s rie de eventos ligados esfera jur dica onde se n o obrigat ria sua presen a ser notada sua aus ncia especialmente em cidades pequenas O relacionamento com os operadores de Direito e principalmente com as partes deve ser pautado pela educa o pela cortesia e civilidade pois o magistrado que n o respeita os advogados tratando os sem a 72 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 distin o que o of cio da advocacia merece ou que ignora as partes impedindo as de externarem suas expectativas no momento apropriado n o est cumprindo a fun o p blica de pacifica o social que se espera do Poder que representa Agir com seguran a e sem intimida o mas sendo capaz de rever pontos de vista de forma se
152. ade da exist ncia de documentos formais e escritos consubstanciadores de direitos e garantias individuais dos cidad os e regras de organiza o do Estado destacou sobremaneira a import ncia da liberdade de manifesta o do pensamento Ainda que a hist ria registre algumas tentativas de resguardo do direito liberdade de imprensa notadamente na Inglaterra somente a partir das constitui es francesa e norte americana que a tutela da opini o elevada ao plano de prote o dos textos constitucionais LIMA fren Paulo Porf rio de S O Moral e Direito Informa o Jornal stica Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 2106 acessado no dia 05 out 2008 s 10h22min 184 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 42 Regi o n 02 2009 cidad o consubstanciado no incisos XIV e estendido no caso de rg os p blicos pelos incisos XXIII e XXXIV letra b do artigo 5 e pelo inciso II do par grafo 3 do artigo 37 todas da Constitui o Federal Constitui o Federal Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes XIV assegurado a todos o acesso informa o e resguardado o sigilo da fonte quando necess rio ao exerc cio profissional XXXIII tod
153. administra o da justi a cursos de forma o rela es do juiz com a sociedade Temas j associados ao novo Judici rio Assim como D Jo o VI conseguiu perceber que a mudan a j havia se iniciado e que n o haveria volta atr s e como bem apontaram Paulo Bonavides e Roberto Amaral de tolo ele n o tinha nada esses magistrados que aqui compartilham os seus estudos tamb m t m essa vis o estrat gica e de vanguarda S que diferentemente de D Jo o VI n o se afastam da mudan a a enfrentam N o esperam que outros a fa am Tomam a iniciativa E ao enfrentarem os desafios e tomarem a iniciativa mostram para a sociedade e para os que tiverem o prazer de ler este Caderno muito mais do que os seus posicionamentos Eles compartilham os seus anseios e esperan as de um Judici rio mais pr ximo sociedade e mais eficiente Eles se exp em E ao faz lo nos demonstram como o pr prio Judici rio est preocupado e atento ao seu futuro Este segundo n mero do Caderno da Escola Judicial traz a coragem de seus autores em enfrentar as discuss es sobre a Reforma do Judici rio Reforma que ainda n o est pronta mas que j conseguiu mobilizar a sociedade e j entrou para a agenda do pa s A FGV Direito Rio desde seu in cio entendeu que a forma o do magistrado era uma de suas tarefas e desafio Um ensino jur dico preocupado com a justi a na sociedade n o pode se restringir a formar apenas advogados H que formar
154. administradas segundo um contrato de gest o o dirigente escolhido pelo Ministro segundo crit rios rigorosamente profissionais mas n o necessariamente de dentro do Estado ter ampla liberdade para administrar os recursos humanos materiais e financeiros colocados sua disposi o desde que atinja os objetivos qualitativos e quantitativos indicadores de desempenho previamente acordados 6 4 Objetivos para os Servi os N o exclusivos Transferir para o setor publico n o estatal estes servi os atrav s de um programa de publiciza o transformando as atuais funda es p blicas em organiza es sociais ou seja em entidades de direito privado sem fins lucrativos que tenham autoriza o espec fica do poder legislativo para celebrar contrato de gest o com o poder executivo e assim ter direito a dota o or ament ria Uni o Federal Minist rio da Administra o Federal e da Reforma do Estado Plano diretor de reforma do estado Dispon vel no site http Awww planejamento gov br gestao conteudo publicacoes plano diretor portugues objetivos htmGlobais acessado no dia 08 nov 2008 s 14h39min 87 Historicamente os pensadores liberais defenderam contra o Estado duas liberdades naturais Na poca do capitalismo nascente lutaram a favor da liberdade econ mica o Estado n o deveria se intrometer no livre jogo do mercado que sob determinados aspectos era visto como um Estado natural ou melhor como uma socieda
155. ais em que ela concretamente se insira Assim se o homem sempre membro de uma comunidade de um grupo de uma classe o que ele em dignidade e valor n o se reduz a esses modos de exist ncia comunit ria ou social Ser por isso inv lido e inadmiss vel o sacrif cio desse valor e dignidade pessoal a benef cio simplesmente da comunidade do grupo da classe Por outras palavras o sujeito portador do valor absoluto n o a comunidade ou a classe mas o homem pessoal embora existencial e socialmente em comunidade e na classe Vale lembrar ainda que a Constitui o Federal de 1988 em seu artigo primeiro proclama que a Rep blica Federativa do Brasil tem como um dos seus fundamentos a dignidade da pessoa humana art 1 ID BITTAR Carlos Alberto Os Direitos da Personalidade p 1 Artigo 12 do C digo Civil de 2002 Pode se exigir que cesse a amea a ou a les o a direito da personalidade e reclamar perdas e danos sem preju zo de outras san es previstas em lei Cita se por entend la did tica e adequada a classifica o propugnada por Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho GAGLIANO Pablo Stolze amp PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil p 157 que os divide de acordo com a prote o a vida e integridade f sica corpo vivo cad ver voz b integridade ps quica e cria es intelectuais liberdade cria es intelectuais privacidade segredo c integridade moral ho
156. al m de maior comprometimento de todos os envolvidos no que diz respeito ao bom funcionamento das unidades pelas quais s o respons veis Assim que segundo nosso entendimento cabe aos magistrados envolvidos programarem seus per odos de afastamento com os olhos voltados 14 Como exemplificativamente os que implicam afastamento para fora da comarca em que jurisdicionam 98 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 presta o jurisdicional e s necessidades da unidade em que atuam evitando ou postergando para per odo mais adequado os afastamentos para os quais h razo vel margem de previsibilidade Tal forma de organiza o conquanto muito simples e n o adotada na 4 Regi o da Justi a do Trabalho tem similares em outros ramos do Judici rio e at mesmo em outras regi es da Justi a do Trabalho como se constata exemplificativamente na 6 Regi o da Justi a do Trabalho com jurisdi o no Estado de Pernambuco na qual de acordo com a Resolu o Administrativa 01 2008 diversas unidades judici rias funcionam em regime semelhante A solu o adotada naquele Tribunal n o ignora a necessidade de reserva de certo n mero de Ju zes Substitutos disposi o da administra o do Tribunal para o atendimento dos afastamentos dos Ju zes Titulares em circunst ncias excepcionais e que certamente tamb m na 4 Regi o se faz necess ria Os crit rios para lota o ou simples zonea
157. al patrim nio moral da pessoa e tamb m como uma categoria aut noma Praticamente at a ter a parte do s culo XIX havia uma tend ncia da doutrina em considerar qualquer categoria nova de direitos como sendo fruto da propriedade instituto sobre o qual se tinha seguran a e dom nio te rico e o direito da imagem foi assim considerado Alguns tribunais franceses tomaram decis es com base nessa teoria com fundamento na propriedade que a pessoa detinha sobre sua imagem decorrente da respectiva propriedade sobre o corpo o que levaria a publica o de um retrato sem consentimento do representado a ser considerada um atentado a esse direito real Ao se referir a um desses julgados Luis M Farinas Mationi sustenta o equ voco dos julgadores porque a imagem seria um direito incorp reo extrapatrimonial e n o real Ademais o direito imagem n o possui as caracter sticas de disponibilidade e de transmissibilidade como os direitos de propriedade Na teoria que tenta explicar o direito imagem atrav s do direito intimidade que ainda adotada pelos direitos italiano e norte americano tem se a imagem como uma express o da privacidade da intimidade A cr tica que fazem aos adeptos a essa teoria que enquanto o direito intimidade visa tutelar seu titular contra a intromiss o em sua vida privada o direito imagem atenta para a fixa o da imagem por qualquer meio sua divulga o e publica o e ainda faculta a expl
158. al dos Ju zes do Trabalho Latino americanos na cidade de Manaus A nova entidade tem como princ pios assim como o FMJ a defesa da independ ncia e democratiza o do Poder Judici rio e a efetividade dos direitos sociais inclu dos tamb m entre os direitos fundamentais Defende a atua o dos os ju zes do trabalho no sentido da preserva o da tutela estatal ao trabalhador hipossuficiente opondo se firmemente desregulamenta o flexibiliza o precariza o do trabalho a signat ria integra o conselho consultivo e fiscal da ALJT 6 MAGISTRADOS COMPROMETIDOS COM A DIGNIDADE HUMANA A constru o de um novo modelo de magistratura constitui um grande desafio Demanda determina o coragem e desprendimento Para ser democr tica e independente a magistratura precisa ser transparente nas suas a es lutar pela amplia o do acesso Justi a principalmente assegurar a plena independ ncia judicial Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 65 A transforma o do Judici rio a transi o para um modelo de Judici rio que possa efetivamente servir cidadania a partir da constru o de um novo modelo de magistratura este o papel do associativismo dos ju zes E n o pode haver d vida de que a a o da magistratura apoiada numa estrutura organizacional consolidada e em um projeto espec fico com o objetivo de transforma o da sociedade vem avan ando em alguns pa ses da Am
159. amente ao seu Direito Imagem No Brasil esse direito somente veio a ser positivado com a Constitui o Federal de 1988 Anteriormente o Direito Imagem das pessoas era tutelado apenas por constru es jurisprudenciais fundamentadas principalmente no direito comparado e nos princ pios gerais de direito Em face da garantia constitucional o C digo Civil brasileiro que entrou em vigor no ano de 2003 passou a regulamentar a mat ria ainda que de forma parcial estabelecendo em seu artigo 20 restri es ao uso da imagem das pessoas somente permitindo a sua publica o exposi o ou utiliza o mediante autoriza o exceto quando necess rias administra o da justi a e manuten o da ordem p blica Neste trabalho embora de forma sint tica dada limita o estabelecida pela Funda o Get lio Vargas FGV quanto ao n mero de folhas faz se uma abordagem sobre a evolu o dos Direitos da Personalidade g nero da qual o Direito Imagem esp cie apresentando conceitos caracter sticas natureza jur dica e a forma de exerc cio desse direito Mostra se tamb m a solu o para os casos de colis o entre os direitos de imagem e os de informa o jornal stica ambos garantidos constitucionalmente Demonstra se ainda que o direito imagem n o absoluto e Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 113 sofre limita es e que da sua viola o ocorre sempre um dano ao titul
160. an dez 2001 Dispon vel em http bdjur stj gov br dspace handle 2011 363 148 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 IMPERATIVOS CONSTITUCIONAIS E PRINC PIOS APLICAVEIS A ADMINISTRA O PUBLICA UMA AN LISE VOLTADA AO DIREITO DO TRABALHO Daniel Souza de Nonohay Juiz do Trabalho da VT de Santa Vit ria do Palmar RS SUM RIO Introdu o I Princ pios Jur dicos II Princ pio da Legalidade IL1 Jus variandi 1 2 Resili o unilateral do contrato de trabalho pelo Estado II Princ pio da Moralidade IV Princ pio da Impessoalidade V Princ pio da Efici ncia VI Princ pio da Publicidade Conclus o Refer ncias INTRODU O O modelo institucional contido na Constitui o Federal determina uma grande participa o do Poder Judici rio na vida pol tica e social da Rep blica Federativa do Brasil As minudentes disposi es da referida Carta que abarca direitos e garantias de primeira liberdades e garantias individuais de segunda liberdades sociais como o direito de greve e o direito ao sal rio m nimo e de terceira gera o regulando interesses difusos e coletivos espec ficos como o direito ao meio ambiente saud vel o direito dos consumidores o direito das crian as etc traduzem o sentimento do constituinte que saindo de um per odo de ditadura procurou moldar por meio da Lei Maior uma nova sociedade democr tica justa e igualit ria Esta cren a na profunda
161. an Jacques Rousseau Por qualquer via que se remonte ao princ pio chega se sempre mesma conclus o a saber o pacto social estabelece entre os cidad os uma tal igualdade que eles se comprometem todos nas mesmas condi es e devem todos gozar dos mesmos direitos Enquanto os s ditos s estiverem submetidos a tais conven es n o obedecem a ningu m mas somente pr pria vontade e perguntar at onde se estendem os direitos respectivos do soberano e dos cidad os perguntar at que ponto estes podem comprometer se consigo mesmos cada um perante todos e todos perante cada um V se por a que o poder soberano por mais absoluto sagrado e inviol vel que seja n o passa nem pode passar dos limites das conven es gerais Quando digo que o objeto das leis sempre geral por isso entendo que a Lei considerada os s ditos como corpo e as a es como abstratas e jamais um homem como indiv duo e uma a o particular Baseando se nessa id ia v se logo que n o se deve mais perguntar a quem cabe fazer as leis pois s o atos de vontade geral nem se o pr ncipe est acima das leis visto que membro do Estado Do contrato social p 49 50 e 54 5 6 Direito In BOBBIO Norberto MATTEUCCI Nicola PASQUINO Gianfranco Org Dicion rio de Pol tica p 353 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 155 Fundado no princ pio da legalidade p de o estado democr tico
162. ar de ordem moral e em alguns casos tamb m patrimonial Esses danos devem ser reparados ou compensados pelo violador sob a forma de pec nia Assim o estudo do tema embora sucinto possibilita ao leitor ter uma no o clara sobre Direitos da Personalidade e em especial do Direito Imagem 1 DIREITOS DA PERSONALIDADE Para se adentrar no campo do direito imagem faz se necess rio que se incursione antes ainda que brevemente pelos Direitos da Personalidade De acordo com Santos Cifuentes os direitos da personalidade s o direitos subjetivos privados inatos e vital cios que t m por objeto manifesta es interiores da pessoa e que por serem inerentes extrapatrimoniais e necess rios n o admitem a transmiss o nem disposi o absoluta e radical Franceso Ferrara entende que os referidos direitos s o aqueles que garantem o gozo de n s mesmos asseguram ao indiv duo o gozo sobre a sua pessoa a atua o das pr prias for as f sicas e espirituais J Sim n Carrejo sustenta que os direitos da personalidade preservam os mais ntimos e imprescind veis interesses da pessoa Sem eles a personalidade ficaria incompleta e o indiv duo submetido incerteza quanto a seus bens jur dicos fundamentais apresentando ent o a seguinte defini o Os direitos da personalidade s o os direitos subjetivos de car ter privado e n o patrimonial primordiais e absolutos atrav s dos quais o ordenamento reconhec
163. arente conflito que se afirmava entre os Poderes Judici rio e Executivo no Brasil num momento em que o ltimo sob a chefia do ent o Presidente Fernando Henrique Cardoso iniciava a implementa o de um programa de reformas Esse estudo chegou a afirmar que em boa parte da Am rica Latina a combina o de um sistema legal extremamente formalista com o papel pouco expressivo dos ju zes gerou uma burocracia judicial fechada em si mesma e que desenvolveu uma tend ncia de n o envolvimento com a evolu o das sociedades DA Ee pu 6 latino americanas nas esferas pol ticas sociais e econ micas Jos Eduardo Faria aborda a incompatibilidade estrutural entre a arquitetura sobre a qual se formou o Judici rio no Brasil e a realidade socioecon mica sobre a qual tem de atuar nos dias de hoje assinalando Em termos hist ricos desde seus prim rdios no Brasil colonial como institui o de fei es inquisit rias forjada pelo Estado portugu s a partir das NEQUETE Lenine O poder judici rio no Brasil a partir da Independ ncia Vol I Porto Alegre Sulina Editora 1973 p 7 BALLARD Megan J The clash between local courts and global economics The Politics of Judicial Reform in Brazil 17 Berkeley J Int I L 230 at 239 40 Tradu o do autor Hoje podemos afirmar que a observa o da pesquisadora norte americana n o mais se sust m em face das tantas mudan as que ocorreram ao longo dos anos recentes n o s a p
164. artigo 5 cabe a e I da CF 88 que todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza Esta norma deve ser lida em conjunto com a do artigo 7 cabe a da CF 88 que estabelece que os dirietos dos trabalhadores visam melhoria de sua condi o social Ora se aos direitos previstos no artigo 7 da CF 88 se adicionam outros que visem melhoria da condi o social dos trabalhadores n o se pode permitir a supress o do intervalo de quinze minutos para a mulher por se tratar de norma mais ben fica que a do inciso XVI do artigo 7 da Constitui o Como n o se pode tolerar a supress o deste intervalo para a mulher e como homens e mulheres s o iguais perante a lei artigo 5 I da CF 88 evidente que ao homem se aplica este intervalo de quinze minutos Registro que a Constitui o brasileira consagra o princ pio do n o retrocesso social As conquistas no campo social n o podem ser suprimidas sob pena de inconstitucionalidade Neste sentido versa Gomes Canotilho consoante segue A proibi o de retrocesso social nada pode fazer contra as recess es e crises econ micas reversibilidade f tica mas o princ pio em an lise limita a reversibilidade dos direitos adquiridos ex seguran a social subs dio de desemprego presta es de sa de em clara viola o do princ pio da protec o RR 5910 2002 015 09 00 DJ 03 10 2008 Em www tst jus br Acesso em 10 dez 2008 s 13h58min 5
165. artir das reformas constitucionais e das altera es da legisla o infraconstitucional C digo Civil Leis Processuais etc mas tamb m da tomada de consci ncia da magistratura nacional e da c pula do Judici rio Brasileiro sobre a necessidade de adotar uma vis o pr ativa a respeito da gest o institucional Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 9 ra zes culturais da Contra Reforma com seus prazos inst ncias e recursos o Judici rio sempre foi organizado como um burocratizado sistema de procedimentos escritos 7 Da concluir este autor que a funcionalidade do Judici rio no Brasil nessa conforma o s pode coexistir com aquela realidade na qual se trabalhava para o atendimento das demandas mediante a resolu o de conflitos basicamente interindividuais nos quais a interven o judicial ocorre ap s a viola o de um direito substantivo e sua iniciativa fica a cargo dos lesados Nas palavras do autor A litig ncia judicial versaria sobre eventos passados As a es judiciais seriam um processo em grande parte controlado pelas partes a quem caberia a responsabilidade de definir as principais quest es submetidas a ju zo 2 CR NICA DE UMA CRISE ANUNCIADA No momento que a realidade mudou trazendo novas exig ncias o modelo formalista entrou numa esp cie de colapso A crise do sistema judici rio brasileiro remonta pelo menos ao in cio da d cada de 90 A cultura de imobilism
166. as para resultados eficazes na presta o jurisdicional ao mesmo tempo em que a institui o absorveria aos poucos a cultura de fazer planejamento e organizar o futuro 1 UMA LONGA HIST RIA DE ISOLAMENTO E BUROCRACIA PARA ENTENDER E SUPERAR Desde os prim rdios tivemos uma intrincada e inexpugn vel organiza o judicial quer no primeiro grau e mais ainda na inst ncia de apela o Na chegada de D Jo o VI em 1808 t nhamos as Rela es da Bahia e do Rio de Janeiro corregedores de comarca ouvidores gerais ouvidores de comarca provedores contadores ju zes ordin rios e de rf os eleitos ju zes de fora e mais um sem n mero de designa es de fun es que faziam algum papel judicial conforme relata Lenine Nequete no seu estudo O Poder Judici rio no Brasil a partir da Independ ncia An lises sobre inefici ncias do sistema de Justi a brasileiro apontam com frequ ncia para o problema da confusa conforma o estrutural e o isolamento hist rico da magistratura como causas das dificuldades enfrentadas pelo Judici rio e pelos seus tribunais para alcan ar resultados desejados Em pocas mais recentes logo depois da promulga o da Constitui o de 1988 os tribunais brasileiros foram postos em questionamento aberto sobre o seu modo de funcionamento e sobre os resultados que estavam produzindo Um estudo acad mico divulgado no ano de 1999 pelo Berkeley Journal of International Law analisou um ap
167. assim para despedir qualquer empregado cujo liame se originou em 5 a ES 39 E Ria regra ap s aprova o do trabalhador em concurso p blico deve justificar o ato discriminando os seus motivos A aus ncia de motiva o levar seguindo se a linha como j mencionado anteriormente invalidade da despedida Configurada ter o empregado direito a retornar ao emprego e a perceber os valores que deixou de auferir no curso do seu afastamento Vejamos algumas decis es prolatadas acerca do tema RECURSO DE REVISTA SERVIDOR CELETISTA APROVA O EM CONCURSO P BLICO ENTIDADE DE DIREITO P BLICO NECESSIDADE DE MOTIVA O DO ATO DE DISPENSA A pessoa jur dica de direito p blico est jungida aos princ pios de legalidade impessoalidade e da moralidade insculpidos no artigo 37 da CF 1988 os quais restringem o direito potestativo inerente ao empregador privado Com efeito o Estado n o se equipara ao empregador comum quando contrata pelo regime da CLT porquanto a rela o jur dica estabelecida com o servidor p blico celetista sofre o impacto de uma gama de princ pios e regras aplic veis Administra o P blica Nesse passo levando em conta que a reclamante foi admitida mediante pr via aprova o em concurso p blico n o razo vel conceber que a reclamada pudesse usar de crit rios subjetivos discricion rios para demitir sem justa 31 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho p 1150 1 se
168. ata da defini o e avalia o do comportamento de pessoas e organiza es A tica lida com o que pode ser diferente do que da aprova o ou reprova o do comportamento observado em rela o ao comportamento ideal O comportamento ideal definido por meio de um c digo de conduta ou c digo de tica impl cito ou expl cito Na vis o de Nadas 2008 tica a a o E a maneira de p r em pr tica os valores morais E um sistema de balizamento ou de codifica o para ser usado na tomada de decis es E a forma de traduzir a moral em atos A tica seria ent o uma esp cie de teoria sobre a pr tica moral uma reflex o te rica que analisa e critica os fundamentos e princ pios que regem um determinado sistema moral RODRIGUEZ 2005 De acordo com Queiroz et al 2005 a tica uma caracter stica inerente a toda a o humana e por esta raz o um elemento vital na produ o da realidade social Todo homem possui um senso tico uma esp cie de consci ncia moral estando constantemente avaliando e julgando suas a es para saber se s o boas ou m s certas ou erradas justas ou injustas Para Reale 1999 apud OUVIRES 2006 afirma que a tica a ci ncia normativa dos comportamentos humanos Moreira 1999 define tica como o estudo geral do que bom ou mal para ele um dos objetivos da tica busca de justificativa para as regras propostas pela moral 1 2 Moral No dicion rio de Aur
169. ata fun o das associa es de ju zes provavelmente n o tenha sido compreendida por muitos Mais recentemente se tem visto que a simples defesa dos Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 59 interesses corporativos insuficiente Antes desde tempo bem ultrapassado viu se que a confraterniza o ainda que mais relevante do que possa parecer ao primeiro exame apenas um pr requisito O bom conv vio depende sim inicialmente de aprendizados diretamente voltados a este fim Por outro lado tem como condi o o bom funcionamento da institui o como um todo no caso o Poder Judici rio e a pr pria sociedade No Brasil por bvio nem todos os debates atuais est o com as solu es j vis veis N o pode imaginar que a grandiosidade dos avan os em termos de acesso ao Judici rio por grandes camadas da popula o j tenha se esgotado Numerosos setores mais empobrecidos ainda nem come aram suas jornadas de busca do Poder Judici rio Apenas como ilustra o enumerem se as dificuldades de organiza o da moradia para milh es de brasileiros e os atrasos nas rela es familiares ainda com altos ndices de viol ncia dom stica com ndices alarmantes relativamente inf ncia Por certo muitos debates que ocorrem em outros Pa ses s o semelhantes aos nossos Mesmo a todavia aqui frequentemente a urg ncia das solu es imensamente maior Mencione se o descumprimento das m
170. atus de diretivas materiais permanentes e vinculam positivamente todos os rg os aos quais se atribui o dever de concretiz los inclusive os rg os encarregados do exerc cio da atividade jurisdicional 132 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Em um contexto de primado dos princ pios e regras constitucionais a eles acabaram se sujeitando todos os Poderes de Estado inclusive o Executivo e o Legislativo tamb m mais recentemente quanto ao conte do dos atos administrativos e das leis por cujos processos de execu o e elabora o eles s o respons veis O juiz ent o assume tamb m a condi o de respons vel por impor o respeito aos direitos fundamentais conforme eleitos em princ pios e regras constitucionais ao administrador p blico e ao legislador porquanto se inclui na sua fun o a possibilidade de reconhecer a invalidade de atos emanados dos Poderes Executivo e Legislativo quando n o respeitarem os direitos fundamentais a confirmar a id ia hoje tranq ila de que a atividade jurisdicional igualmente envolve a avalia o valorativa sobre o ato normativo e a lei de modo que ao juiz incumbe na aplica o desta optar por significados compat veis com os princ pios e normas constitucionais e com os direitos fundamentais nestes estabelecidos No exerc cio da atividade jurisdicional o juiz hoje assume a condi o de t pico agente estatal a quem cabe tal como aos demais agentes p bl
171. aulo Saraiva 1994 O Esp rito das Leis Trad Fernando Henrique Cardoso e Le ncio Martins Rodrigues 2 ed Bras lia UnB 1995 MORAES Alexandre de Direito Constitucional 11 ed S o Paulo Atlas 2002 ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS Declara o Universal dos Direitos Humanos Resolu o 217 A II da Assembl ia Geral de 10 de dezembro de 1948 Dispon vel no site http www unhchr ch udhr lang por htm REALE Miguel Li es Preliminares de Direito 26 ed S o Paulo Saraiva 2002 p 307 RIVERA Juan Ant nio O que S crates diria a Woody Allen S o Paulo Editora Planeta do Brasil 2004 ROUSSEAU Jean Jaques Do Contrato Social Trad Lourdes Santos Machado S o Paulo Nova Cultural 1987 SCHAMA Simon Cidad os uma cr nica da Revolu o Francesa Trad Hildegard Feist S o Paulo Companhia das letras 1989 SERESUELA N vea Carolina de Holanda Princ pios Constitucionais da Administra o P blica Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 3489 amp p 2 SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 7 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1991 SOUSA SEGUNDO Lino Osvaldo Serra A axiologia do conceito de Moralidade Administrativa tendo por base sua posi o no Sistema Jur dico Brasileiro Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 339 SUSSEKIND Arnaldo MARANH O D lio VIANNA Segadas TEIXEIRA Lima Institui es de Dire
172. balhem com o cora o e com a intelig ncia e n o apenas com os m sculos e com os h bitos Em verdade estando a aten o centrada implementa o de novas id ias e na realiza o de pr ticas inusitadas surge a possibilidade de que os funcion rios repensem a forma de realizar as pr prias tarefas que a princ pio poderiam parecer rotineiras lembrando sempre que a hist ria de um processo nunca igual a outra O processo de pensar estrategicamente tamb m auxilia as pessoas a adotarem um comportamento comprometido na busca da efetiva o da presta o jurisdicional Somente com a coletiviza o das id ias problemas e conhecimento ser poss vel o apoio a legitima o a participa o e a agrega o das pessoas na busca da solu o dos conflitos E n o poss vel pensar estrategicamente sem observar a premissa de que n o se separa a organiza o e o ambiente Em verdade funcionamos melhor quando podemos conceber coisas como certas ao menos por algum tempo E este um papel importante da estrat gia nas organiza es ela resolve as grandes quest es para que as pessoas possam cuidar dos pequenos detalhes Certo assim que apesar de o conceito de estrat gia estar baseado em estabilidade grande parte da caminhada est focalizada em cima de mudan as e de motiva o O gerenciamento destas mudan as contudo de dif cil implemento porquanto implica em modifica o do pensamento da
173. bases_datos_tc doc php coleccion tc amp id SENTENCIA 1987 0207 Acesso em 08 jul 2008 s 18h03min 196 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 sem raz o que justifique esta discrimina o O sexo por si n o pode ser justificativa para diferen a de trato pois que a Constitui o daquele pa s em seu artigo 14 preceitua a igualdade Segue parte do ac rd o l chamado de sentencia Este Tribunal ha declarado en forma reiterada que existe una discriminaci n cuando dos casos sustancialmente iguales son ratados de manera diferente sin raz n bastante que justifique esa iferencia de trato El sexo en si mismo no puede ser motivo de trato desigual ya que la igualdad entre ambos sexos est reconocida presamente por el art 14 de la Constituci n La Sentencia impugnada no niega este principio pero afirma que en este supuesto concurre una causa que justifica la diferencia de trato ya que se entiende que la mujer por sus condiciones f sicas aconseja y hasta impone en el ejercicio de las funciones de Auxiliar de Vuelo una presencia atractiva que normalmente demanda el personal receptor de estos servicios y por tanto unas peculiaridades que no son exigibles al hombre y que estando en funci n de la edad aconsejan posibilitar la anticipaci n del cese de la mujer en tal servicio Este argumento que es el nico que contiene la Sentencia del T C T para revocar la dictada por la Magistratura
174. bjetivos A aus ncia destas metas e objetivos far com que a organiza o fique deriva e consequentemente n o obtenha sucesso No intuito de entender melhor sobre Planejamento Estrat gico e suas ferramentas procurou se estudar e pesquisar acerca do tema buscando subsidiar considera es importantes Para isso o trabalho ora apresentado est constitu do da seguinte forma No cap tulo 1 apresenta importantes conceitos referentes Estrat gia e seus componentes J no cap tulo 2 s o abordadas importantes defini es sobre o Planejamento Estrat gico seu processo formal n veis de planejamento e as ferramentas de gest o mais utilizadas Por fim elaborou se as considera es finais do trabalho 1 ESTRAT GIA A presente sess o abordar o conceito de estrat gia e seus componentes Para Chiavenato 1994 as empresas precisam continuamente realocar reajustar e reconciliar seus recursos dispon veis com seus objetivos e oportunidades 24 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Com a acelera o das mudan as no ambiente de tarefa da empresa ocorre uma press o exigindo capacidade de antecipar as mudan as bem como a capacidade de reagir com flexibilidade visando a aproveitar novas oportunidades que possam surgir no ambiente de tarefa da empresa Portanto a elabora o e execu o de estrat gias adequadas s o fundamentais para guiar a organiza o ao seu objetivo proposto
175. blemas morais e at entre os fil sofos conhecidos como pr socr ticos encontramos reflex es de car ter tico quando buscavam entender as raz es do comportamento humano Muitos fil sofos desde a Antigiiidade t m participado da constru o de sistemas de valores A seguir s o consideradas algumas delas a S crates considerou o problema tico individual como o problema filos fico central e a tica como sendo a disciplina em torno da qual deveriam girar todas as reflex es filos ficas Para ele ningu m pratica voluntariamente o mal b Arist teles sua tica definida em termos dos fins do ser humano Os fins das pessoas s o n o apenas seus objetivos de curto prazo e seus projetos de vida As pessoas t m um fim intr nseco que a felicidade A raz o e a virtude s o os meios para alcan ar a felicidade que uma propriedade da alma A tica de Arist teles est ligada a suas concep es pol ticas Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 19 c Plat o Sua metaf sica era a do dualismo entre o mundo sens vel e o mundo das id ias permanentes eternas perfeitas e imut veis que constitu am a verdadeira realidade e tendo como cume a id ia do bem divindade art fice do mundo A tica de Plat o est relacionada intimamente com sua filosofia pol tica porque para ele a polis o terreno pr prio para a vida moral Assim ele buscou um estado ideal um estado modelo ut pic
176. bro de 1948 Artigo 19 Todo o indiv duo tem direito liberdade de opini o e de express o o que implica o direito de n o ser inquietado pelas suas opini es e o de procurar receber e difundir sem considera o de fronteiras informa es e id ias por qualquer meio de express o Dispon vel no site http www unhchr ch udhr lang por htm acessado no dia 06 out 2008 s 10h52min Promulgada no dia 05 de outubro de 1988 7 A Lei n 8 159 de 08 de janeiro de 1991 fixa os prazos e condi es para o acesso a dados constantes dos arquivos de entes p blicos Art 22 assegurado o direito de acesso pleno aos documentos p blicos Art 23 Decreto fixar as categorias de sigilo que dever o ser obedecidas pelos rg os p blicos na classifica o dos documentos por eles produzidos 1 Os documentos cuja divulga o ponha em risco a seguran a da sociedade e do Estado bem como aqueles necess rios ao resguardo da inviolabilidade da intimidade da vida privada da honra e da imagem das pessoas s o originariamente sigilosos 2 O acesso aos documentos sigilosos referentes seguran a da sociedade e do Estado ser restrito por um prazo m ximo de 30 trinta anos a contar da data de sua produ o podendo esse prazo ser prorrogado por uma nica vez por igual per odo 3 O acesso aos documentos sigilosos referentes honra e imagem das pessoas ser restrito por um prazo m ximo de 100 cem anos a contar
177. bunais Regionais do Trabalho e com Varas do Trabalho se sustentar e n o sucumbir na redistribui o das atuais aloca es or ament rias referida no estudo do Banco Mundial com a supress o do TST e dos TRT s e a vincula o dos Ministros dos Desembargadores dos Ju zes e das Varas do Trabalho a outro sistema existente como o da Justi a Federal para uma melhor adequa o dos recursos administrativos 2 A IMPORT NCIA DO PODER JUDICI RIO NO BRASIL Maria Tereza Sadek em texto elaborado para a disciplina O Judici rio e a Sociedade do Programa de Capacita o em Poder Judici rio da Funda o Get lio Vargas p gina 3 leciona que a inser o do Judici rio na sociedade est condicionada pelo arranjo institucional democr tico esclarecendo que h pelo menos dois modelos distintos de democracia constitucional e republicana ou como preferem alguns analistas o arranjo consociativo e o majorit rio Segue a autora afirmando que a cada um desses modelos corresponde um perfil do Judici rio em um se trata de um poder de Estado com atribui es de controle da constitucionalidade e de distribui o de Justi a e no outro n o se configura propriamente como um poder mas um servi o p blico encarregado de uma fun o primordial de dirimir conflitos e garantir direitos Ela tamb m vincula a extens o da atua o do Judici rio ao grau de constitucionaliza o da vida social classificando os textos constitucionais
178. ca se ao inv s com rela o pessoa uma altera o da reserva da qual ela estava provida e portanto uma modifica o de car ter moral Afirma se ademais para acrescentar justificativas n o inclus o do direito em destaque dentre aqueles integridade f sica que o objeto da tutela ora em quest o n o ao corpo vivo mas a imagem da pessoa percebida socialmente seja pela exposi o correta do seu aspecto f sico sua fisionomia seja pela exterioriza o de seus tra os de comportamento no mbito social Da a distin o entre imagem retrato e imagem atributo ambas tuteladas pelo direito imagem assim definidas por COELHO A imagem retrato a representa o do corpo da pessoa por pelo menos uma das partes que a identifica o rosto visto de frente por exemplo ao passo que a imagem atributo o conjunto de caracter sticas associadas a determinada pessoa pelos seus conhecidos ou sendo famosa pelo imagin rio popular 7 GAGLIANO Pablo Stolze amp PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil p 183 8 FARIAS Edilson Pereira Colis o de Direitos A Honra a Intimidade a Vida Privada e a Imagem Versus a Liberdade de Express o e Informa o p 149 DE CUPIS Adriano Os Direitos da Personalidade p 140 10 Resguardo tradu o para a palavra italiana riservatezza no original utilizada na edi o brasileira para obra conceituado por DE CUPIS ob cit p 139 como send
179. casos ou de pessoas nas dota es or ament rias e nos cr ditos adicionais abertos para este fim Busca na legisla o infraconstitucional permite indicar ainda men o indireta ao princ pio no inciso II do par grafo nico do artigo segundo da Lei n 9 784 de 29 de janeiro de 1999 Lei n 9 784 99 Art 2 A Administra o P blica obedecer dentre outros aos princ pios da legalidade finalidade motiva o razoabilidade proporcionalidade moralidade ampla defesa contradit rio seguran a jur dica interesse p blico e efici ncia Par grafo nico Nos processos administrativos ser o observados entre outros os crit rios de III objetividade no atendimento do interesse p blico vedada a promo o pessoal de agentes ou autoridades No campo do Direito do Trabalho o principal reflexo da aplica o deste princ pio materializa se na necessidade de pr via aprova o do candidato em concurso de provas e t tulos para validamente poder ser estabelecida rela o de emprego com o estado Mais um reflexo diz com a veda o gen rica ao favorecimento de alguns empregados em detrimento de outros com base em crit rios puramente subjetivos como por exemplo no caso de nepotismo 78 Reda o dada ao caput pela Emenda Constitucional n 19 de 04 de junho de 1998 178 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A pr tica do nepotismo na administra o p blic
180. cedemos e que reconhecemos enquanto for nosso o reino ser o igualmente reconhecidos por todos cl rigos e leigos queles que deles dependerem O princ pio da legalidade assim e originalmente foi a represa que conteve o antes ilimitado poder estatal resguardando os direitos individuais e gerando os meios no coral prop cios para o desenvolvimento de uma sociedade livre Segundo Montesquieu 12 Qutorgada por Jo o sem Terra em 15 de Junho de 1215 e confirmada seis vezes por Henrique III tr s vezes por Eduardo I catorze vezes por Eduardo M seis vezes por Ricardo II seis vezes por Henrique IV uma vez por Henrique V e uma vez por Henrique VI Reis da Inglaterra WIKIP DIA a enciclop dia livre An nimo Carta Magna de Jo o Sem Terra Dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Carta Magna de Jo C3 A30 Sem Terra gt acessado no dia 10 nov 2008 s 8h15min 13 Note se que os revolucion rios franceses do s culo XVII inicialmente tentavam apenas limitar o poder do rei submetendo o lei desde o ano de 1750 o tom da resist ncia parlamentar pol cia real fora de irada veem ncia Quanto mais desesperadamente a coroa buscava rem dios para seu compromisso financeiro em taxas impostas a privilegiados e n o privilegiados mais os parlamentos se enfureciam E sua beliger ncia era muito mais que um acesso de mau humor coletivo Representava um esfor o coletivo para substituir o ilimitado absolutismo de L
181. cio consistente de administra o judici ria de modo a prover condi es para o funcionamento ideal do devido processo e para a efetividade da presta o jurisdicional o melhor rem dio contra a irresist vel tenta o que os outros Poderes t m de influir no Judici rio Se o sistema judicial n o se mostrar eficiente a sua import ncia fica reduzida e CARRINGTON Paul D et al Justice on Appeal In law as architecture form should follow function St Paul Minnesota 1976 p 1 2 WHEELER Russell Judicial Administration Its Relation to Judicial Independence National Center for State Courts 1988 p 23 Este autor observa que o tema da efici ncia aparece nos escritos federalistas como uma preocupa o dos mentores da democracia norte americana Fortalecendo a Justi a pela efici ncia queriam eles evitar o predom nio de fac es locais nas col nias de um lado e a opress o de um poder central de governo de outro lado Para isso precisavam na sua vis o de um Judici rio organizado e independente capaz de decidir com imparcialidade os conflitos de interesse Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 7 as suas institui es tendem a se tornar excessivamente dependentes da vontade pol tica dos agentes dos outros poderes No Brasil poss vel dizer sem risco de erro que a m xima intuitiva do professor norte americano n o teria resson ncia se submet ssemos a organiza o e o
182. cionalistas e populistas um discurso maliciosamente escorregadio que evita o jarg o marxista e impede o povo de identificar a esquerda brasileira com a revolu o neocomunista continental At observadores estrangeiros qualificados mas que desconhecem os documentos internos do PT e do Foro de S o Paulo como por exemplo lvaro Vargas Llosa Otto Reich e o pr prio subsecret rio Tom Shannon se deixaram enganar por essa falsa apar ncia imaginando o esquerdismo brasileiro como populista em vez de comunista Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 141 Em verdade isso j poderia ter sido vislumbrado no manejo do regime socialista cubano no qual a liberdade de express o inclusive ainda tolhida dos cidad os e 1A 2 3 cuja pena de morte por dissid ncia com o regime aplicada sem reservas De outra banda tamb m a filosofia Liberal d mostras de contradi o ao se verificar que no pa s que seria o seu exemplo mais acabado os Estados Unidos os direitos e garantias fundamentais em especial de estrangeiros mas n o raro de nacionais s o simplesmente ignorados em honra a um conceito por demais subjetivo de seguran a nacional que pode implicar desde a viola o de privacidade e intimidade com a abertura clandestina de bagagens em aeroportos at puro preconceito racial como a deporta o de indiv duos de determinadas etnias ou nacionalidades como rabes latino americanos ou
183. clu dos no rol dos listados no inciso IV do art 649 do CPC seja porque protegidos por outra forma de impenhorabilidade como por exemplo o que diz respeito poupan a at o limite de 40 sal rios m nimos relevando observar que na forma da exata reda o do texto legal valores que Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 85 excedem a 40 sal rios m nimos estar o sem d vida sujeito penhora quando se tratar exata e propriamente de uma caderneta de poupan a do devedor ou ent o o somat rio de tantas quantas o mesmo tiver n o se incluindo outrossim em tal conceito outras aplica es financeiras pena de assim n o se entendendo ver se desvirtuada a finalidade da norma legal Outra hip tese significativa de impenhorabilidade a que diz com im veis seja pela situa o dos im veis na ordem preferencial de penhora seja pelo significado patrimonial do bem este que de regra n o de f cil obten o pelo seu detentor e por isso mesmo n o pode lhe ser de f cil despojamento O im vel que se encontra ao abrigo da impenhorabilidade o que se encontra contemplado na Lei 8009 90 considerados em especial os arts 1 e 5 ou seja o im vel residencial pr prio do casal ou da entidade familiar n o sendo h bil a responder por qualquer tipo de d vida civil comercial fiscal previdenci ria ou de qualquer outra natureza tenha ela sido contra d
184. co A diretriz da publicidade uma das mais expressivas conquistas imantadas no Estado Democr tico de Direito permitindo ao povo fiscalizar queles que exercem gi DA Za es A x o poder pol tico sendo seu fundamento f cil perceber o direito informa o do l Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o ROps 00103 2006 103 04 00 9 Rel Francisco Rossal de Ara jo J 12 07 2006 Dispon vel no site http www trt4 gov br acessado no dia 08 out 2008 s 19h38min 2 A express o atos administrativos aqui utilizada em acep o ampla Importante relembrar que a palavra rep blica vem do latim res publica literalmente o bem p blico chamando portanto a etimologia da palavra a aten o para a coisa p blica a coisa comum LAFER Celso O Significado de Rep blica Dispon vel no site Dispon vel no site http www cpdoc fgv br revista arq 57 pdf acessado no dia 05 out 2008 s 10h09min J a palavra publicar deriva do latim publicarei significando tornar p blico manifesto not rio vulgarizar HOLANDA Aur lio Buarque de Novo dicion rio eletr nico Aur lio vers o 5 11 termo publicar O valor liberdade no ano de 1789 assumiu a posi o de um dos trip s da revolu o que institu ra a Rep blica Francesa De fato o movimento constitucionalista que nos derradeiros dec nios do s culo XVII e in cio do s culo seguinte levantou a bandeira da necessid
185. cola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 73 da causa em raz o do contato direto com as partes e testemunhas que lhe possibilitam uma vis o imposs vel de ser percebida apenas pelo exame do que est escrito nos autos Quarto proporcionar aos magistrados cursos constantes de aprimoramento e aperfei oamento de seus conhecimentos dando lhes condi es de exercer com qualidade sua fun o judicante Quinto estabelecer crit rios objetivos para promo es por merecimento dando seguran a e tranquilidade ao julgador no exerc cio da presta o jurisdicional Por derradeiro proporcionar a atua o de um Juiz Auxiliar em conjunto com o Juiz Titular na unidade judici ria dividindo responsabilidades e agilizando o andamento dos processos Tais propostas n o s o complexas e se implementadas podem constituir se em marco inicial para resolver o problema da lentid o da Justi a tornando mais eficiente a presta o jurisdicional 2 2 Recursos Processuais Toda decis o judicial contr ria aos interesses da parte vencida pode ser reexaminada pelo rg o superior de jurisdi o com a interposi o do recurso adequado previsto legalmente dado o Princ pio do Duplo Grau de Jurisdi o que permite a possibilidade de revis o de decis es proferidas pelo rg o jurisdicional a quo pela inst ncia superior Assim disp e o artigo 5 inciso LV da Constitui o Federal Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem di
186. com as demais carreiras Estado notadamente aquelas integrantes do Minist rio P blico do Trabalho Delegacias Regionais do Trabalho Minist rio P blico Federal Minist rio P blico Estadual Pol cia Federal Procuradores da Fazenda Nacional Tribunal de Contas do Estado e da Uni o preservada a fun o Constitucional de cada uma como base do Estado Democr tico de Direito Registra se recente iniciativa da Procuradoria Geral Federal de estabelecer eficiente comunica o entre os diversos rg os p blicos Justi a do Trabalho Justi a Estadual Minist rio P blico do Trabalho Minist rio P blico Estadual Delegacia Regional do Trabalho Pol cia Civil entre outros em mbito nacional apoiada no artigo 7 incisos XXII e XXVIII da Constitui o Federal e artigo 120 da Lei n 8 213 91 solicitando informa es sobre a es indenizat rias decorrentes de acidente do trabalho para fins de eventual a o regressiva preciso avan ar com vistas a desenvolver trabalho de intelig ncia coordenada entre estes agentes seja atrav s de iniciativas das associa es das Escolas Judiciais e outras inst ncias republicanas do Poder Judici rio especialmente aquelas cuja raz o de ser levar cultura e conhecimento para o interior da magistratura O desenvolvimento profissional encontra certo obst culos de ordem subjetiva e objetiva Ju zes atingidos por sobrecarga de trabalho preocupados com justa raz o 1 SILVA op cit
187. como mais ou menos gen ricos e mais ou menos detalhistas sendo que os primeiros tendem a Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 49 limitar a margem de situa es pass veis de recursos e de interven o do Judici rio enquanto que os segundos por detalhistas ampliam os limites pass veis de recurso e de interven o do Judici rio Dessas informa es observa se que o Brasil uma democracia consociativa ou constitucional com uma constitui o detalhista sendo o Judici rio um poder e extremamente forte de vez que segundo a autora ocorre grande capacidade das cortes judiciais produzirem impactos sobre o processo de decis o pol tica por meio do controle da constitucionalidade Em artigo intitulado Poder Judici rio Conserva o e Mudan as publicado no livro Vinte Anos de Constitui o Maria Tereza Sadek observa que no regime militar o Judici rio n o gozava de independ ncia nem de autonomia n o se tratando de fato de um poder independente sendo que a partir da Constitui o de 1988 isso mudou com a implanta o de um modelo de presidencialismo com efetiva separa o e independ ncia entre os poderes cabendo ao Judici rio o controle da constitucionalidade tendo sido ainda constitucionalizados direitos individuais e supra individuais e ampliada a rela o de mat rias que n o podem ser objeto de decis o pol tica Ressalta a autora a posi o de destaque a qual foi al ado
188. consegi ncias para o entendimento dos problemas e para elabora o de programas para solucion los No par grafo trinta e oito nas conclus es e recomenda es o estudo refere que n o uma solu o fact vel o aumento de apoio or ament rio ao Poder Judici rio indicando que existe espa o para a redistribui o das atuais aloca es No mesmo par grafo existe refer ncia de que uma das alternativas para a intitulada Crise no Judici rio seria aumentar a sua efici ncia Aumentar a efici ncia sem aumento de recurso or ament rio significa gest o dos recursos existentes distribuindo os de forma a atacar os setores do sistema judici rio com maiores car ncias Ao tratar das inevit veis decis es pol ticas par grafo cingiienta o estudo refere que o Brasil naquele momento gastava uma maior porcentagem de 48 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 seu or amento p blico com o seu sistema de justi a do que a maioria dos pa ses do mundo No cap tulo III do documento que trata do que dizem os dados sobre o desempenho do setor nos par grafos 277 e 278 referida sobre a crise na Justi a do Trabalho que n o diz respeito solu o das demandas propostas mas sim de seu papel na sociedade qual a finalidade de seu sistema Existe refer ncia s cr ticas feitas por advogados trabalhistas de que o custo do sistema alto se comparado com o retorno dado s partes e por outros segmentos
189. contrapartida contudo a exposi o s ria dos argumentos oriundos das diversas linhas e posi es poss veis Neste sentido a Escola Judicial do TRT da 4 Regi o parece estar tomando um rumo positivo H contudo ainda falhas a serem sanadas como por exemplo a dificuldade de que os resultados dos estudos oportunizados sejam divulgados dentro da pr pria institui o o que n o se dir para o p blico externo o que pode aparentar um desvio na sua finalidade Contudo sabemos que a experi ncia incipiente e como tal sujeita a erros e acertos o que conduzir ao aperfei oamento da pr pria institui o OBRAS CONSULTADAS CARVALHO Olavo de Por que o brasileiro vota na esquerda Zero Hora 1 set 2006 Dispon vel em http www olavodecarvalho org semana 060901zh html DAVID Ren Os grandes sistemas do direito contempor neo S o Paulo Martins Fontes 1986 MESSICK Richard SHUKER Nan PACE Nicholas OSTROM Brian Redu o das demoras na justi a cinco li es dos Estados Unidos World Bank 1999 Dispon vel em http tinyurl com 5607h3 ROWAT Malcom MALIK Waleed H DAKOLIAS Maria Judicial Reform in Latin America and Caribbean Procedings of a World Bank Conference World Bank technical paper no 280 Dispon vel em http tinyurl com 5jbulB8 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo A Reforma do Judici rio e a forma o dos Magistrados Revista da Academia Brasileira de Letras Jur dicas v 17 n 19 20 p 71 81 j
190. cr tico no sentido de permitir e incentivar a aproxima o de seus integrantes com o seio da comunidade em que atuam de forma a que as decis es que deles emanarem sejam reflexos das expectativas desta sociedade em rela o a esse Poder buscando o respeito dignidade e valoriza o do trabalho do homem Deve o Juiz exigir do jurisdicionado uma conduta honrada solid ria ntegra e honesta penalizando atitudes eivadas de m f Em contrapartida o cidad o deve exigir do Juiz o respeito aos direitos sociais uma postura comprometida com a an lise justa do processo e uma interpreta o tica do lit gio A preval ncia de preceitos valorizadores da dignidade humana n o pode ser tida como uma atitude protecionista ao hipossuficiente ou contr ria norma positiva Em verdade o artigo 1 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 71 da Constitui o Federal permeia como princ pios fundamentais implementa o da ordem social democr tica a cidadania a dignidade da pessoa humana os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa O par grafo nico do mesmo artigo exp e Todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos desta Constitui o Constitui o Federal artigo 1 Desta forma o Juiz trabalhista que d nfase ao valor social do trabalho e dignidade da pessoa humana est resguardando a seguran a do direito e decidindo
191. cursos procrastinat rios da parte contr ria Busquemos portanto solu es para fortalecer a id ia de que somos construtores de nossas Institui es de nossa cidadania de nossa Hist ria enfim REFER NCIAS CALAMANDREI P ero A crise da justi a Belo Horizonte L der 2003 CAPPELETTI Mauro Ju zes irrespons veis Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 1989 LAMARCA Antonio O livro da compet ncia S o Paulo Revista dos Tribunais 1979 SADEK Maria Tereza O Judici rio e a sociedade Programa de Capacita o em Poder Judici rio Funda o Get lio Vargas Direito Rio 2008 p 17 Material Did tico do Curso Disciplina Judici rio e Sociedade De acordo com dados obtidos no N cleo de Estat stica Gest o Estrat gica e Apoio a Comiss es 2007 e 567 at a data de 31 08 2008 46 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 SANTOS Boaventura de Souza Introdu o a uma ci ncia p s moderna 2 ed Porto Afrontamento 1990 p 170 SILVA Ov dio A Baptista da Processo e ideologia o paradigma racionalista Rio de Janeiro Forense 2004 Jurisdi o e execu o na tradi o romano can nica 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1997 p 199 TEIXEIRA FILHO Manuel Antonio Sistema dos recursos trabalhistas 10 ed S o Paulo LTr 2003 VIANA Luiz Werneck et al A judicializa o da pol tica e das rela es sociais no Brasil Rio de Janeiro Revan 1999 Cadernos da
192. d noticia 8788 amp p cod area noticia ASCS Acesso em 10 dez 2008 s 14h08min 15 CL VE Cl merson Merlin A efic cia dos Direitos Fundamentais Sociais In Revista de Direito Constitucional 198 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A que se prop e portanto esta ltima igualando em direitos homens e mulheres a fim de que antes de prestar trabalho extraordin rio tenham eles direito ao descanso de pelo menos quinze minutos sob pena de pagamento em caso de supress o destes minutos como extras analogia ao disposto no artigo 71 par grafo quarto da CLT CONCLUS O Conclui se este breve esbo o aduzindo que a norma do artigo 384 da CLT n o inconstitucional Mais que ela se estende em raz o do que disp e o artigo 5 I aos homens quando da presta o de trabalho extraordin rio Esta interpreta o a que se coaduna com a nova ordem constitucional datada de 1988 Como aduz Jean Paul Sartre em A n usea est na hora de olhar se o novo com os olhos do novo Ou seja interpretar se a CLT tendo por norte a Constitui o Federal e seus princ pios e valores e n o a Constitui o pela CLT considerando aquela revogada quando se confronta com esta FONTES DE PESQUISA CANOTILHO J J Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 7 ed Lisboa Almedina 2003 CLEVE Cl merson Merlin A efic cia dos Direitos Fundamentais Sociais In Revista de Direito C
193. da n o sendo claros ao menos para os ocidentais m dios os meios como ocorreu essa transla o de propriedade Outra confus o que se estabelece no que diz respeito a tais ideologias apenas p de ser percebida com a derrocada do regime socialista na Uni o Sovi tica e ascens o dos partidos ditos de esquerda na Am rica Latina Muitas das bandeiras que foram levantadas pelos partidos socialistas no curso dos regimes ditatoriais de direita latino americanos embora se demonstrassem verdadeiramente simp ticas aos cidad os partid rios de ideais democr ticos como de garantia de direitos humanos fundamentais ou de ecologia n o se encontravam verdadeiramente entranhadas nos programas partid rios consoante se pode verificar posteriormente na pr tica de tais partidos no poder A podemos relacionar dentre outras a democracia ecologia defesa de direitos humanos etc que encontravam nas manifesta es dos partidos socialistas defensores ferrenhos no seio da sociedade brasileira nada obstante defendessem com igual nimo os regimes socialistas totalit rios de pa ses como Alb nia China Cuba e Uni o Sovi tica O controvertido fil sofo Olavo de CARVALHO 2006 assevera em artigo na Zero Hora o esquerdismo usa uma linguagem nas suas discuss es internas outra para falar com o povo e s na primeira delas assume sua verdadeira identidade ideol gica Na outra ele dilui sua imagem em generalidades moralistas na
194. da a unos l mites radicados en los derechos del trabajador su honor y su dignidad Precisamente en el anterior marco de restricciones es que ha sido reflexionado el cambio de lugar de ejecuci n del contrato laboral movilidad geogr fica em el evento de su disposici n por parte del empleador y a partir de all se h pregonado en diversas pocas que el mismo no puede ser fruto de la arbitrariedad y el capricho del empleador sino que debe obedecer a razones objetivas y v lidas bien de ndole t cnicas operativas organizativas o administrativas que lo hagan ineludible o al menos justificable Empero trat ndose del Estado empleador como en el presente caso deja consignado la Sala que la figura del ius variandi que se estudia debe ser abordada en perspectiva de las categor as necesidad del servicio y buen servicio p blico pues si el traslado del servidor estatal como expresi n de aquella est concernido con la satisfacci n de la primera y la realizaci n del segundo como valor de la administraci n p blica ello es suficiente para justificarlo por tener impl citas las razones objetivas que la doctrina y la jurisprudencia han reconocido deben existir para que la movilidad geogr fica en la prestaci n de la labor sea procedente claro est con el obligatorio respeto de los derechos objetivos del trabajador a conservar las condiciones del empleo II 2 Resili o unilateral do contrato de trabalho pelo Estado Outro dos
195. da data de sua produ o A Lei n 11 111 de 05 de maio de 2005 regulamenta a parte final do inciso XXXIII do artigo 5 da Constitui o Federal J o Decreto n 4 553 de 27 de dezembro de 2002 regulamenta a salvaguarda de dados informa es documentos e materiais sigilosos de interesse da seguran a da sociedade e do Estado no mbito da Administra o P blica Federal 98 A regra pois que a publicidade somente poder ser excepcionada quando o interesse p blico assim determinar prevalecendo esse em detrimento do princ pio da publicidade MORAES Alexandre Direito Constitucional p 285 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 185 Um dos reflexos do direito informa o mencione se por demasia est plasmado na garantia de liberdade de imprensa que se constituiu no meio pelo qual aquela ap s processada distribui se popula o Art 220 A manifesta o do pensamento a cria o a express o e a informa o sob qualquer forma processo ou ve culo n o sofrer o qualquer restri o observado o disposto nesta Constitui o 1 Nenhuma lei conter dispositivo que possa constituir embara o plena liberdade de informa o jornal stica em qualquer ve culo de comunica o social observado o disposto no artigo 5 IV V X XII e XIV 3 2 vedada toda e qualquer censura de natureza pol tica ideol gica e art stica O princ pio possui natur
196. da e objetiva eliminando os atos in teis e impedindo por consegii ncia o duplo trabalho O passo inicial portanto em busca da racionaliza o dos expedientes refletir e analisar cada ato praticado Por que feito assim H mesmo necessidade de se fazer isso Existe um modo mais eficiente de se atingir o mesmo resultado Onde queremos chegar Obviamente o Magistrado que tem a vontade de imprimir mudan as com vistas a tornar os servi os judici rios mais eficientes ao decidir se pela op o de conceber um plano para a sua gest o v se diante de um desafio Para super lo faz uso de sua experi ncia pessoal No entanto depende n o s do plano em si mas da vontade dos servidores em concretiz lo que tenham motiva o e interesse em agregar esfor os para o seu sucesso E chegada a hora de rever rotinas procedimentos h bitos consolidados durante d cadas atrav s de gera es mais antigas tirar o mofo e inovar O Magistrado deve Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 109 condensar v rios despachos em um nico texto de forma inteligente permitindo que o processo siga livremente sem necessidade de sua interven o a todo momento De todo o exposto e como destacado em v rias oportunidades n o h como alcan ar a efetividade da presta o jurisdicional com uma equipe desmotivada uma equipe que n o acredite que ela seja o diferencial que ela seja a melhor e porque ela exist
197. de civil fundamentada em contratos entre particulares Aceitava se o Estado somente na figura de guardi o deixando total liberdade laissez faire laissez passer na composi o dos conflitos entre empregados e empregadores ao poder contratual das partes nos conflitos entre as diferentes empresas no mbito nacional assim como no supranacional ao poder de supera o da concorr ncia que sempre recompensa o melhor Muitos pensadores liberais por m sempre aceitaram uma dose mais ou menos elevada de conflitos e viol ncia no mbito do Estado justamente a fim de ampliar o espa o do arb trio ou da liberdade natural do homem nunca por m renunciaram interven o em ltima inst ncia do Governo como poder de julgamento entre as partes em luta media o nas quest es trabalhistas protecionismo leis contra os monop lios ou como rg o defensor das posi es mais fracas salvaguarda dos direitos civis reforma do direito de fam lia dando particular aten o aos menores e situa o da mulher luta contra as drogas pesadas MATEUCCI Nicola Verbete Liberalismo In BOBBIO Norberto MATTEUCCI Nicola PASQUINO Gianfranco Org Dicion rio de pol tica p 693 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 181 state e do socialismo acarretou o rep dio inser o e atua o do Estado principalmente pelos meios midi ticos Fixou se o preconceito advindo do contraste entre a ef
198. de Trabajo es con toda evidencia inaceptable Pueden existir sin duda actividades laborales en que la presencia f sica tenga una importancia decisiva pero no es este el caso de los Auxiliares de Vuelo cuya funci n consiste en prestar determinados servicios que competen por igual a los Auxiliares masculinos y femeninos Basta con recordar sobre este punto que como se ha dicho una vez entrada en vigor la Constituci n el V Convenio de Empresa suprimi para el futuro la distinci n aqu examinada Y siendo ste como tambi n se ha se alado el nico razonamiento que contiene la Sentencia del T C T para fundamentar su fallo debe concluirse que dicha Sentencia vulnera el art 14 de la Constituci n por lo cual procede declarar su nulidad A lo dicho no cabe oponer como hace Iberia en sus alegaciones que se trata de una aplicaci n retroactiva de la Constituci n pues lo que realmente se invoca no es el Convenio V de 1976 sino el Convenio VII posterior a la entrada en vigor de la Norma suprema que en su anexo 2 apartado D n m 2 reconoci la subsistencia del derecho al retiro anticipado de las Auxiliares de Vuelo femeninos y no de los Auxiliares de Vuelo masculinos ingresados en el grupo con anterioridad al 31 de diciembre de 1979 3 La demanda solicita adem s de esa declaraci n de nulidad el reconocimiento del derecho de los recurrentes a optar por el retiro anticipado en iguales condiciones que el ostentado por las Auxil
199. de d vida quanto ao seu alcance e incid ncia coer ncia de modo a manter a l gica do sistema que passavam a compor e imutabilidade de modo a se manterem no tempo com a mesma capacidade de solucionar as situa es verificadas no momento em que editadas e atividade jurisdicional n o se reconhecia legitimidade para criar o direito nem dada a caracter stica de certeza pretensamente nsita s normas emanadas do Poder Legislativo a possibilidade de aplic las com temperamentos recomendados por eventuais peculiaridades inerentes a cada caso concreto Tamb m fruto dessa limita o ao Poder Judici rio n o se reconhecia legitimidade para dispor sobre pol tica e administra o judici rias aspectos que conquanto n o diretamente vinculados ao exerc cio da fun o jurisdicional dele s o indissoci veis porque indispens veis boa consecu o da sua finalidade e mais sequer igualmente cabia exercer o controle das atividades desenvolvidas pelos Poderes Executivo e Legislativo No contexto atual contudo o exerc cio da atividade jurisdicional n o mais balizado por tais limites 2 Por todos Ibid p 113 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 131 Por for a da evolu o pol tica e social verificada nas ltimas d cadas consagrou se a id ia de que ao Poder Judici rio cabe ultimar o programa normativo contido na lei a ponto de o pr prio processo legislativo pr
200. de direito desenvolver se incorporando novas facetas e conquistas como os direitos sociais A atual estrutura daquele para Gustavo Gozzi composta por 1 Estrutura formal do sistema jur dico garantia das liberdades fundamentais com a aplica o da lei geral abstrata por parte de ju zes independentes 2 Estrutura material do sistema jur dico liberdade de concorr ncia no mercado reconhecida no com rcio aos sujeitos da propriedade 3 Estrutura social do sistema jur dico a quest o social e as pol ticas reformistas de integra o da classe trabalhadora 4 Estrutura pol tica do sistema jur dico separa o e distribui o do poder F Neumann 1973 N o h como dissociar o princ pio da legalidade da pr pria raz o de ser do pr prio motivo de exist ncia de uma norma fundante N o obstante seja portanto um princ pio impl cito a qualquer constitui o ocidental contempor nea foi ele declarado expressamente no inciso II do artigo 5 da nossa Constitui o que disp e ningu m ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sen o em virtude de lei Seus efeitos irradiam se em menor ou maior grau por todo o texto da Constitui o Uma das suas principais consegii ncias diz se ilustrativamente pode ser encontrada no inciso XXXIX do referido artigo que consubstancia o brocardo latino nullum crimen nulla poena sine lege Outra sua expressa refer ncia no caput do artigo 37 da Constitu
201. de que ele possui impactos negativos sobre o n vel de emprego e sobre o Custo Brasil Os consultores do Banco Mundial descrevem a Justi a do Trabalho como um tipo de seguro desemprego adicional ou um ve culo de distribui o de renda de menor import ncia segundo o estudo que refere que caso o papel do sistema judici rio trabalhista seja esse seria o caso de a sociedade refletir e buscar uma outra forma com melhor custo benef cio para tanto Outra op o de papel da Justi a do Trabalho apontada pelo estudo seria o fortalecimento das leis trabalhistas mas questiona se isso acontece observando o cinismo de empregadores e de terceiros com rela o a ela o que demonstra que o efeito desejado n o acontece podendo haver forma melhor de se chegar at ele O estudo alerta sobre a necessidade de se saber o que est acontecendo na Justi a do Trabalho com rela o s suas decis es quanto isso custa e quais os efeitos para o futuro como um ponto de partida para a solu o da crise de tal sistema Nesse quadro a Justi a do Trabalho deve estar atenta ao ensinamento de Maquiavel na obra O Pr ncipe Feliz o pr ncipe que ajusta seu modo de proceder aos tempos e infeliz aquele cujo proceder n o se ajusta aos tempos l gico que sempre existir o demandas judiciais envolvendo o Direito do Trabalho e que elas dever o ser resolvidas mas ser que o sistema atual com um Tribunal Superior do Trabalho com Tri
202. de ser exigido do estado a especifica o do valor do sal rio pago aos seus empregados Nesta hip tese indicou se que a solu o deve ser dada pela pondera o valorando se o interesse prevalente p blico ou privado e encontrando se solu o que n o destrua integralmente qualquer dos dois REFER NCIAS ALMEIDA Edvaldo Nilo Repensando os princ pios princ pios constitucionais sociais trabalhistas e a mudan a dos paradigmas dos princ pios espec ficos do direito do trabalho Dispon vel em http www unifacs br revistajuridica edicao fevereiro2005 discente disc12 doc VILA Humberto Teoria dos Princ pios 4 ed S o Paulo Malheiros Editores 2005 BECCARIA Cesare Dos Delitos e das Penas Trad Torrieri Guimar es S o Paulo Hemus 1983 BOBBIO Norberto Direito In BOBBIO Norberto MATTEUCCI Nicola PASQUINO Gianfranco Org Dicion rio de Pol tica 8 ed S o Paulo Editora UnB 1995 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 7 ed Coimbra Edi es Almedina 2003 CIRNE LIMA Ruy Princ pios de Direito Administrativo 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1987 COSTA Judith Martins As fun es do princ pio da moralidade administrativa o controle da moralidade na administra o p blica Dispon vel no site http www tce rs gov br artigos pdf principio moralidade pdf DA SILVA Jos Afonso Curso de Direito Constitucional Positivo 7 ed S o Paulo
203. dico objeto de situa es existenciais Assim que o texto do art 52 parece reconhecer que os direitos da personalidade constituem uma categoria voltada para a defesa e para a promo o da pessoa humana Tanto assim que n o assegura s pessoas Jur dicas os direitos subjetivos da personalidade admitindo t o somente a extens o da t cnica dos direitos da personalidade para a prote o da pessoa jur dica Vale ressaltar que o artigo 5 X da Constitui o Federal de 1988 ao preceituar a inviolabilidade da imagem n o a restringe s pessoas naturais utilizando genericamente o voc bulo pessoas dentre as quais pelo acima explanado devem figurar as jur dicas Ademais o inciso V do citado artigo conforme apontado anteriormente pr prio da imagem atributo n o apresenta qualquer restri o do direito de resposta Neste diapas o afirma se a o direito imagem atributo s pessoas jur dicas n o adquirido imediatamente com o arquivamento na Junta Comercial mas conquistado com o bom andamento de suas atividades negociais A partir dessa premissa passa se ao pr ximo item do presente escrito HI ESTUDO DE CASO DE RESOLU O DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA DECORRENTE DE OFENSA IMAGEM DO EMPREGADOR O contrato de trabalho um pacto sinalagm tico de execu o continuada consensual personal ssimo em rela o ao empregado oneroso e requer a subordina o jur dica do obreiro 17 STJ S mula
204. dida em cada localidade Entretanto n o necess rio muito esfor o para concluir que a rela o entre o n mero de ju zes e a popula o n o tem a uniformidade expressa nos relat rios estat sticos do E Tribunal Superior do Trabalho segundo os quais com dados de dezembro de 2007 havia 2 51 magistrados para cada cem mil habitantes no Estado do Rio Grande do Sul Em Porto Alegre considerados os dados censit rios do IBGE publicados em 05 10 2007 para uma popula o de 1 420 667 um milh o quatrocentos e TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Indicadores de Desempenho Coordenadoria de Estat stica do TST 2007 Apresenta indicadores de desempenho da Justi a do Trabalho Dispon veis em lt http www tst jus br Sseest JT indicadores Indica2007 html gt Acesso em 12 09 2008 2 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Contagem da Popula o 2007 Popula o Residente em 1 de abril de 2007 segundo os Munic pios Dispon vel em lt http www ibge gov br home estatistica populacao contagem2007 RS pdf gt Acesso em 12 09 2008 96 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 vinte mil seiscentos e sessenta e sete habitantes a rela o entre o n mero de ju zes para cada cem mil habitantes n o a mesma existente na jurisdi o das Varas do Trabalho localizadas nos Munic pios de Novo Hamburgo e Canoas cujas popula es estimadas na mesma poca no mbito das respectivas jur
205. dispensa sem justa causa e sem qualquer outro fator que seja tido como relevante do ponto de vista socioecon mico Qual a natureza jur dica dessa declara o de vontade empresarial que por si somente tem a aptid o de colocar t rmino ao contrato de emprego Nos moldes prevalecentes no Direito do pa s tal declara o de vontade tem natureza potestativa recept cia e constitutiva com efeitos imediatos t o logo recebida pela parte adversa efeitos ex nunc trata se de direito potestativo o qual corresponde quele cujo exerc cio visa modifica o ou extin o de certa rela o jur dica limitando se a contraparte a sofrer as consegii ncias do exerc cio do direito pelo seu titular Direito potestativo o ponto m ximo de afirma o da centralidade do indiv duo na ordem jur dica Efetivamente ele constitui aquela prerrogativa ou vantagem que se exerce e se afirma independentemente da vontade dos que h o de suportar suas consegii ncias jur dicas Sendo potestativo o direito estaria o empregador privado consegiientemente desobrigado de justificar o exerc cio daquele observados os par metros da boa f objetiva que pautam qualquer contrato Esta liberalidade contrasta relativamente administra o p blica com a necessidade de explicita o dos motivos do ato que resile unilateralmente o contrato de trabalho em moldes id nticos aos tecidos quanto ao exerc cio do ius variandi O estado
206. diz que a fun o jurisdicional sempre id ntica Entretanto por motivos de ordem pr tica resultantes do princ pio da divis o do trabalho costuma se distinguir as atividades jurisdicionais segundo v rios crit rios fala se a respeito de esp cies de Jurisdi o LAMARCA Antonio O livro da compet ncia S o Paulo Revista dos Tribunais 1979 p 22 3 Simultaneamente havemos de renunciar ao sonho iluminista de transformar o direito numa ci ncia abstrata e formal constru da com puros conceitos com voca o como todo conceito para a eternidade Esta rejuvenescedora imers o do Direito no mundo real dar lhe condi es de conviver com o individual aproximando o da Hist ria pois o processo cuja import ncia cada vez mais significativa tem como objeto precisamente um peda o da hist ria humana SILVA Ov dio A Baptista da Processo e ideologia o paradigma racionalista Rio de Janeiro Forense 2004 p 265 4 Foi a emerg ncia de novos detentores de direitos especialmente o movimento oper rio em meados do s culo passado que deu fim rigorosa separa o entre o Estado e a sociedade civil nos termos da t pica liberal da liberdade negativa O Direito do Trabalho nascido dos xitos daquele movimento conferiu car ter p blico a rela es da esfera privada consistindo em um coroamento de d cadas de luta do sindicalismo apoiado por amplos setores da sociedade civil de fins do s culo XIX e com
207. dministra o de um lado o prefixo ad a implicar aqui na a o qual aposto adequa o ou tend ncia a um fim e d outro lado o tema min da raiz mi indicativo de diminui o e comparativamente de subordina o ou subalternidade do qual procedem as vozes minor e minister A etimologia bem advertia Rudolf Von Jhering a guardi das antigu ssimas concep es populares Aquelas duas nota es que a linguagem fixou singularizam atrav s dos tempos a no o ele administra o Em t das as pocas elementar no conceito da administra o a id ia de adequa o ou tend ncia a um fim De outra parte essa fidelidade a um fim pr pria daqueles que cumprem ordens alheias como o inferior minor e o criado minister j que para stes ater se ao fim designado n o simples faculdade sens vel a raz es de oportunidade ou conveni ncia dever Sobre as defini es e distin es de bem comum e utilidade p blica igualmente falou o mestre Que utilidade p blica Tal como a concebemos a express o org nica do bem comum a defini o d ste quanto aos meios e processos capazes de realiz lo O bem comum mais do que a simples multiplica o aritm tica pelo n mero dos indiv duos na coletividade do bem de cada qual rro inexcus vel seria com efeito atender se em tal caso somente aos indiv duos e s rela es d stes entre si deixando se
208. do respeito m ximo a todo direito fundamental em situa o de conflito com outro s na medida do jur dico e faticamente poss vel segundo conceitua o exposta por W S Guerra Filho e mencionado em Curso de Processo Civil Processo de Execu o e Cumprimento de Senten as ao final citado como bibliografia do presente estudo Tal princ pio da razoabilidade ou proporcionalidade se desdobra basicamente em tr s sub princ pios segundo a mesma obra e segundo refer ncias feitas em palestra de CLAUDIO PEREIRA DE SOUZA NETO no Curso de Interpreta o Constitucional recentemente realizado por iniciativa da ESCOLA JUDICIAL do TRT 4 REGI O a da proporcionalidade em sentido estrito b da adequa o c da necessidade O sub princ pio da proporcionalidade em sentido estrito que o que mais se confunde com a pondera o importa sempre considerar o peso abstrato dos princ pios de direito material envolvidos e o grau de interfer ncia por ocasi o da opera o em cada um dos princ pios observado igualmente o grau de confiabilidade das premissas emp ricas consideradas Neste contexto n o h como se ignore tamb m que antes de operar se com o sub princ pio da proporcionalidade em sentido estrito isto antes de ponderar se princ pios se h sempre de jogar com a coer ncia em termos de primeiro buscar a realiza o simult nea dos princ pios envolvidos efetivando a suma harmoniza o de pr
209. do a administra o p blica indireta estando os seus empregados sujeitos ao regime celetista ou seja ocupando emprego p blico Diante dessas informa es constata se que o art 41 da Constitui o Federal n o aplic vel ao caso em tela pois destinado aos servidores p blicos categoria diversa dos empregados p blicos Nesse sentido a Orienta o Jurisprudencial 229 da SDI I do TST que aplicada neste caso Deve se ressaltar que o procedimento da reclamada n o foi arbitr rio mas sim baseado em uma avalia o realizada com crit rios objetivos fl 66 O procedimento da reclamada est apoiado no princ pio da efici ncia art 37 da Constitui o j que o autor n o correspondeu s expectativas da administra o p blica indireta Diante do exposto d se provimento ao recurso ordin rio da reclamada para absolv la da condena o que lhe foi imposta Custas processuais revertidas ao reclamante de cujo recolhimento dispensado de of cio VI PRINC PIO DA PUBLICIDADE O princ pio da publicidade informa que a administra o p blica deve em regra disponibilizar meios para que o conjunto dos cidad os conhe a sua estrutura interna sua forma de funcionamento o teor e os reflexos dos atos administrativos O trato da coisa p blica imp e ao administrador o agir transparente permitindo o controle pelo conjunto da sociedade da adequa o da sua conduta e por extens o da conduta do ente p bli
210. do das Na es Unidas para os Direitos Humanos o festejado Juiz espanhol Baltazar Garzon a ju za Maria do C u Monteiro da Guin Bisssau o juiz argentino Rodolfo Capon Fillas o tamb m espanhol Perfecto Ibanez entre outros destaques O juiz indiano foi o escolhido para falar na abertura do evento sobre o acesso justi a porque sob sua a lideran a desenvolveu se significativa jurisprud ncia de direitos humanos em seu pa s a partir das decis es em a es civis p blicas que beneficiaram grandes setores de exclu dos Destacou se o conferencista tamb m na rea de direitos das mulheres tendo sido o principal apoiador de tr s oficinas judiciais para mulheres ju zas e que tratavam da aplica o das normas do direito internacional dos direitos humanos das mulheres no mbito dom stico Presidiu o Tribunal Popular de Viol ncia contra as Mulheres durante o Congresso de Direitos Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 61 Humanos na ustria Preocupado com o acesso Justi a pelas classes desfavorecidas ampliou a doutrina da legitimidade de a o perante a Suprema Corte e construiu um programa de assist ncia legal aos necessitados Tem sido um defensor da causa dos trabalhadores a ponto de suas decis es sobre trabalho informal e infantil terem resultado em leis posteriores ou projetos de governo que melhoraram as condi es sociais e econ micas daqueles O desembargador Sudbrack 2006 c
211. do dia 06 de agosto de 2006 no Caderno Colunistas 1 Conforme ali s o que j determina a Constitui o Federal na primeira parte do inc IX do art 93 12 Considerando se como profissional o relativo ao desempenho da atividade de administra o e jur dico o atinente aos conhecimentos de Direito sem deixar de admitir a essencialidade de ambos e a necessidade de que ambos sejam o melhor poss vel no membro do Poder Judici rio que a contar da sua posse deve aplicar da melhor forma os seus conhecimentos jur dicos mas sempre necessitando ter uma boa apreens o acerca da administra o n o apenas de suas unidades judici rias mas do processo em si como meio para a solu o dos conflitos intersubjetivos bem como dos pr prios conflitos de forma a chegar a uma solu o que n o seja meramente formal procedente ou improcedente mas que satisfa a ambas as partes por se alicer ar no conte do do arcabou o legislativo existente 146 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 n o permitir que atrav s desta forma de acesso s inst ncias superiores ju zes com menor tempo de servi o cheguem antes s c pulas do Poder Ademais imperioso se destacar que se inverteu por igual uma l gica que infelizmente preponderava nos pr prios tribunais a que vinculados os ju zes de inst ncias inferiores a que apregoava que os magistrados n o poderiam se afastar da jurisdi o para buscar o seu aperfei oame
212. dor trabalhista nunca se olvidando de que a renova o das formas de perceber o trabalho facilita o desenvolvimento de novos caminhos Veja se assim que a administra o estrat gica definida como um processo cont nuo e iterativo que visa manter uma organiza o como um conjunto 3 o apropriadamente integrado a seu ambiente Entendemos que a transforma o e a SILVA Claudia Dantas Ferreira da Administra o Judici ria Planejamento Estrat gico e a Reforma do Judici rio Brasileiro In Jus Navigandi Teresina ano 10 n 976 4 mar 2006 Dispon vel em http jus2 uol com br doutrina texto asp id 8062 Acesso em 23 jul 2008 CERTO Samuel C PETER J Paul Administra o Estrat gica Planejamento e Implementa o da Estrat gia Tradu o de Fl vio Deni Steffen Revis o t cnica de Alberto Henrique da Cruz Feliciano S o Paulo Makron Books 1993 p 6 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 103 moderniza o do sistema judici rio passam necessariamente pela concep o de um plano ainda que impl cito mas consciente e objetivo encabe ado pelo Juiz titular de cada Unidade Judici ria Obviamente que este plano resultado de diferentes concep es sobre o Direito e sobre o modo adequado e eficaz da presta o jurisdicional sendo muitas as vozes que se levantam propondo caminhos diversos Por m para concretiza o deste plano h que se a
213. dos desconectados de raz es pessoais Em situa es que dizem respeito a interesses coletivos ou difusos a impessoalidade significa a exig ncia de pondera o equilibrada de todos os interesses envolvidos para que n o se editem decis es movidas por preconceitos ou radicalismos de qualquer tipo 71 COSTA Judith Martins As fun es do princ pio da moralidade administrativa o controle da moralidade na administra o p blica Dispon vel no site http Awww tce rs gov br artigos pdf principio moralidade pdf acessado no dia 27 out 2008 s 10h42min 7 Curso de Direito Administrativo p 110 3 Direito Administrativo Moderno p 124 176 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A segunda se d sob o ponto de vista do funcionamento interno da administra o Neste ngulo informa n o ser permitido ao administrador colocar o seu interesse acima dos interesses dos administrados utilizando do cargo como meio para a promo o e para o favorecimento pessoal Conforme o claro ensinamento de Montesquieu a experi ncia eterna mostra que todo o homem que tem poder tentado a abusar dele vai at onde encontra limites Quem diria A pr pria virtude tem necessidade de limites O substrato de ambas as vis es que o ato administrativo sempre praticado em nome do Estado devendo considerar os objetivos deste e n o daquele quem exerce a compet ncia administrativa H portanto coincid ncia en
214. dos regimes de trabalho especialmente ao t rmino das sucessivas gest es da Administra o do Regional inviabilizando assim a organiza o de suas pautas de audi ncias e demais afastamentos program veis CONSIDERA ES FINAIS poss vel estabelecer forma mais eficiente de distribui o do trabalho nas unidades judici rias de primeiro grau mediante a lota o permanente de Ju zes do 5 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6 REGI O Resolu o Administrativa n 01 2008 Disp e sobre os crit rios de zoneamento dos Senhores Ju zes Substitutos e estabelece a substitui o autom tica Dispon vel em lt http peticao trt6 gov br 87 res admin reso0001200811788v1 rtf gt Acesso em 12 09 2008 16 Denominada na 6 Regi o de Reserva T cnica Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 99 Trabalho Substitutos nas Varas do Trabalho de maior demanda processual mantendo se ao mesmo tempo certo n mero de Ju zes Substitutos disposi o da Administra o do Tribunal Regional para o atendimento s necessidades imprevistas que surgem e continuar o a surgir na Regi o A lota o dos Ju zes Substitutos em car ter permanente nas Varas do Trabalho em regime de aux lio al m de atribuir aos respectivos titulares e substitutos a responsabilidade pelo bom desempenho da unidade em que jurisdicionam tamb m viabiliza maior comprometimento dos magistrados envolvidos no desempenho pessoal e da unidade
215. dos seus l deres contribuam para resgatar a tica no relacionamento humano nos neg cios e no servi o p blico Verifica se assim uma tend ncia que come a a se concretizar em fatos que podem ensejar alguma esperan a e otimismo no futuro a partir da consci ncia tanto dos l deres pol ticos e agentes p blicos quanto dos dirigentes e profissionais de empresas que prezam a tica em suas rela es chegando nos cidad os que querem consumir com a certeza de que est o contribuindo com uma boa causa e esperam que os poderes p blicos tenham como op o pol tica o respeito aos princ pios ticos que devem nortear a presta o do servi o p blico Assim ao iniciar um trabalho que envolve tica como objeto de estudo importante estruturar a pesquisa como segue Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 17 Inicialmente apresento os conceitos de tica e moral bem como a sua evolu o hist rica para no cap tulo seguinte tratar da responsabilidade social e suas doutrinas e finalmente no terceiro e ltimo cap tulo tecer as considera es finais sobre o tema 1 TICA Neste cap tulo s o elencados com base na literatura dispon vel e como suporte te rico quest o a ser tratada abordagens referentes aos conceitos de tica e moral na vis o de diversos autores e sua hist ria 1 1 Conceitos de tica Conforme Maximiano 2004 a tica a disciplina ou campo do conhecimento que tr
216. dotar uma ideologia compartilhada consensual e comprometida por todos os funcion rios daquela Unidade porquanto nenhuma a o isolada capaz de dar uma resposta efetiva ao problema e isto dentro da administra o judici ria nem sempre poss vel porquanto esta conta com recursos humanos muito diferentes do mundo empresarial Essa consci ncia se traduz nas palavras de Humberto Theodoro J nior E preciso que os juristas tenham a humildade e a sabedoria de reconhecer que a moderniza o x gt a x 4 e aperfei oamento da Justi a n o tarefa que eles sozinhos possam executar Diante evidente incapacidade do sistema de responder s aspira es da sociedade cresce a mobiliza o na busca de uma efetiva solu o para a quest o da Justi a E nesse contexto que ganha espa o e import ncia o tema da Administra o Judici ria 2 ADMINISTRA O JUDICI RIA E M TODOS DE PLANEJAMENTO A necessidade de moderniza o do Judici rio e a busca crescente por solu es fizeram com que teorias e metodologias de planejamento passassem a ser paulatinamente incorporadas administra o de diversos rg os As mudan as levaram ao reconhecimento do planejamento mais especificamente do planejamento estrat gico como ferramenta capaz de ditar pol ticas judici rias que apresentem solu es para os atuais problemas do sistema judici rio De fato uma aplica o direta de m todos empresariais realidade dos Tribunais aprese
217. e Assim o Juiz daquela Unidade n o pode se olvidar jamais da constante an lise do contexto e da import ncia do reconhecimento do desempenho humano como fator impulsionador do sucesso da atividade jurisdicional CONSIDERA ES FINAIS A busca da Justi a ideal que seria aquela de boa qualidade justa econ mica e c lere passa pela racionalidade dos expedientes forenses preciso que a racionalidade esteja presente em cada decis o judicial e em cada tarefa executada pela Secretaria E neste processo de busca de solu es observamos degraus que devem amparar um planejamento estrat gico e assim a quest o transforma se de problema em oportunidade de mudan a pois possibilita o alcance de um plano de a o consensual e vi vel que agrega as vantagens do compromisso simb lico que os formuladores do plano assumem em rela o a ele e de uma mudan a de cultura organizacional Cada ato processual deve buscar obter o m ximo de resultados concretos com o m nimo de recursos dispon veis jamais se olvidando de que estamos falando do compromisso com a reflex o interna a reflex o institucional enfim com a auto avalia o quem somos por que estamos aqui como trabalhamos quais s o nossas for as e nossas fraquezas onde estamos bem e onde estamos falhando antecipando a a o cr tica ou seja a auto cr tica construtiva e reguladora antes que essa cr tica venha do mercado abrindo assim a perspectiva do reconheci
218. e jurisdicional vem sendo exigido em rela o a todos os setores da sociedade alguns deles h pouco tempo alheios ao controle jurisdicional Como conseqgii ncia dos ju zes vem sendo exigido o exame de mat rias novas muitas delas oriundas da r pida evolu o tecnol gica e das rela es sociais e atua o ativa voltada a corrigir a es e suprir omiss es verificadas em atividades pr prias a outros agentes p blicos O resultado dessa combina o o crescimento do n mero de demandas e o consegiiente aumento do tempo necess rio solu o dos processos MOREIRA Jos Carlos Barbosa Notas sobre o problema da efetividade do processo Temas de Direito Processual 3 s rie S o Paulo Saraiva 1984 p 31 Jos Carlos Barbosa Moreira em obra indicada em nota anterior ao apontar alguns desses fatores salientava que Entra a em jogo longa s rie de quest es falhas na organiza o judici ria defici ncias na forma o profissional de ju zes e advogados precariedade das condi es sob as quais se realiza a atividade judicial na maior parte do pa s uso arraigado de m todos de trabalho obsoletos e irracionais escasso aproveitamento de recursos tecnol gicos 134 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A excessiva litigiosidade por sua vez revela dois outros fatores que tamb m contribuem para o agravamento do problema Em sociedades de massa os conflitos tendem a se multip
219. e o do XX O Welfare portanto antes de ser de Estado quando atualizou o diagn stico weberiano sobre a tend ncia racionaliza o e burocratiza o no mundo moderno foi a express o de um movimento a que n o faltou o carisma da utopia origin rio da sociedade civil e com uma leg tima pretens o universalista dada a centralidade do tema do trabalho na organiza o industrial Ao lado disso o Direito do Trabalho infiltrou no campo do direito um argumento de justi a presen a bizarra na concep o ortodoxa do contratualismo liberal A cria o desse direito novo envolver assim uma revis o dos pressupostos que informavam a ordem liberal conferindo a ela um vi s igualit rio por meio da publiciza o da esfera privada cuja forma ser a da economia program tica dos anos 30 do que exemplo o New Deal p 15 A infiltra o da Justi a no campo do Direito tal como percebido por Habermas indica a rigor que com a recep o do Direito do Trabalho pela ordem liberal a dissocia o entre as esferas do p blico e do privado cedeu lugar chamada publiciza o da esfera privada p 16 Nesse sentido o Welfare State propriamente dito que j nasce sobre a base da legisla o protetora do trabalho e ordenadora do associativismo sindical ir consistir em um tipo de interven o do legislativo que recondiciona a antinomia entre o direito p blico e o privado pondo a pr pria economia al m do mercado de t
220. e Direito Civil v 3 1978 DIAS Jaqueline Sarmento O Direito Imagem Belo Horizonte Del Rey 2000 FERRARA Francesco Tratatto di dirito civile italiano Roma Athenaeum 1921 FRAN A Rubens Limongi Direitos da Personalidade Coordenadas Fundamentais S o Paulo RT 567 9 FURAST Pedro Augusto Normas T cnicas para o Trabalho Cient fico Elabora o e Formata o Explicita o das Normas da ABNT 14 ed Porto Alegre s n 2006 JABUR Gilberto Haddad Liberdade de Pensamento e Direito Vida Privada Conflitos entre Direitos da Personalidade S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2000 MATIONE Luiz M Farians El derecho a la intimidad Madrid Editorial Trivium SA 1996 MORAES Walter Direito pr pria imagem I S o Paulo Revista dos Tribunais v 443 set 1992 PRADA Vicente Herce de la El Derecho a la propria imagem y su incidencia en los medios de difusi n Barcelona Jos Maria Bosch Editor 1994 SILVA JUNIOR Alcides Leopoldo A pessoa P blica e o seu Direito de Imagem S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2002 STOFFEL Roque A colis o entre direitos de personalidade e direito informa o crit rios de solu o S o Leopoldo Editora Unisinos 2000 TORRES Patr cia Almeida Direito Pr pria Imagem 1 ed S o Paulo RTR 1998 TOBENAS Jos Carlos Los Derechos de la personalidad Madrid Reus 1952 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n
221. e acordo com os objetivos e planos de cada unidade 2 3 N veis de Planejamento Na vis o de Chiavenato 1994 o planejamento organizacional pode ser dividido em n veis distintos estrat gico t tico e operacional 2 3 1 Planejamento Estrat gico De acordo com Serra 2004 o planejamento estrat gico torna se uma parte da tarefa di ria do executivo Passa a envolver mais pessoas do que apenas os l deres da organiza o O planejamento estrat gico o processo pelo qual procura se determinar como a organiza o deve atuar em rela o ao ambiente a partir da defini o dos seus objetivos e as estrat gias para alcan los Serra 2004 ainda explica que estrat gia e planejamento t m significados distintos mas devem coexistir A estrat gia correlaciona se com a s ntese das tend ncias do ramo em que a empresa atua e com a procura de um modo de se obter a vantagem competitiva J o planejamento depende da an lise dos objetivos pr determinados e das a es a se implementar Segundo Chiavenato 1994 um conjunto de tomada deliberada e sistem tica de decis es envolvendo empreendimentos que afetam ou deveriam afetar toda a empresa 2 por longos per odos de tempo Apresenta prazos longos de tempo abrangente e desenvolvido nos n veis hier rquicos elevados da empresa O planejamento estrat gico exige as seguintes etapas a Determina o dos objetivos empresariais b An lise ambiental externa c An lis
222. e ambiental interna d Formula o de alternativas estrat gicas e escolha da estrat gica empresarial e Elabora o do planejamento estrat gico e f Implementa o por meios de planos t ticos e planos operacionais A partir dos conceitos apresentados pelos autores citados podemos constatar que o planejamento estrat gico de determinada organiza o est intimamente ligado defini o do seu neg cio miss o princ pios ambiente e vis o da empresa Bem como os objetivos estrat gicos que a empresa possui e a estrat gia que ela utilizar para alcan ar estes objetivos A seguir veremos segundo diversos autores a import ncia da defini o do neg cio miss o princ pios ambiente vis o e objetivos estrat gicos Neg cio De acordo com Serra 2004 definir o neg cio da empresa explicar o mbito de atua o da empresa Na defini o do neg cio deve ser indicado que mercado atende Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 27 tipo de cliente ou em potencial A defini o do neg cio implica conhecer os clientes quem s o e onde est o os nossos clientes no futuro quem ser o e a quais necessidades os produtos ou servi os satisfazem Para a empresa uma correta defini o de neg cios traz os seguintes benef cios a Orienta a empresa a focar se no seu diferencial competitivo o que a faz ser atraente aos olhos dos clientes em rela o concorr ncia b Orienta o
223. e considerar o contexto em que a decis o foi ou ser tomada A decis o de regra destoa do contexto e do conjunto de regras de conduta extra das da disciplina geral norteadora da Administra o Exemplo em momento de crise financeira numa poca de redu o de mordomias num per odo de agravamento de problemas sociais configura imoralidade efetuar gastos com aquisi o de autom veis de luxo para servir autoridades mesmo que tal aquisi o se revista de legalidade Enfim a moralidade que deve revestir o ato administrativo n o distinta da que deve revestir qualquer delegat rio de poder pol tico sendo antes que uma moral pr pria e interna da administra o uma moral informada pelos valores entre eles a justi a e honestidade reinantes no meio social bvio que h o de se formar valores internos administra o os quais todavia se distintos so obrar o em conflito aos valores sociais Por certo a finalidade ponto essencial mensura o da adequa o moral dos atos administrativos por bvio n o lhe sendo subjacente finalidade p blica ser ele ilegal por desvio de finalidade Mas consoante podemos inferir o crit rio n o mostra sufici ncia quando tratamos de legitimidade que aqui tamb m se quer considerada como pressuposto de validade do ato administrativo O agente se evade do fim legal extraviasse da finalidade cab vel em face da lei Em suma falseia deliberadamente ou n o com intuito
224. e e tutela os interesses b sicos e inerentes pessoa considerada em si mesma O festejado e saudoso jurista p trio Carlos Alberto Bittar que se auto situa entre os naturalistas entende que os direitos da personalidade devem ser compreendidos como os direitos pr prios da pessoa em si ou origin rios e os referentes s suas proje es para o mundo exterior a pessoa como ente moral ou social em seu relacionamento com a sociedade gt Bittar salienta que os direitos da personalidade constituem direitos inatos cabendo ao Estado apenas reconhec los e sancion los em um outro plano do direito positivo dotando os de prote o pr pria Alguns autores de orienta o puramente positivista dentre os quais citam se o espanhol Jos Carlos Tebefias e o italiano Adriano De Cup s entendem que apenas os direitos reconhecidos pelo Estado devam ser inclu dos entre os direitos da personalidade sendo para eles inconceb vel a exist ncia de direitos inatos que n o nas am a partir do ordenamento jur dico CIFUENTES Santos Derechos personal ssimos 2 ed amp Buenos Aires Astrea 1995 p 200 FERRARA Francesco Tratatto di dirito civile italiano Roma Athenaeum 1921 V 1 p 389 3 CARREJO Sim n Derecho Civil Bogot Themis 1972 t 1 p 299 300 Idem ibidem 5 BITTAR Carlos Alberto Os Direitos da Personalidade 6 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2003 p 10 Idem ibidem 7 Apud BITT
225. e efetiva modifica o do mundo real por meio de disposi es normativas bem compreendida uma cren a no imp rio da lei O mundo real contudo e obviamente n o pode ser integralmente contido previsto e manipulado em norma objetivas As leis em sentido estrito n o amorda am a din mica e amplitude do plano dos fatos tentativa de supera o desta dificuldade a previs o expressa e ou impl cita no correr do texto da Carta Constitucional de diversos princ pios Tais princ pios possuem entre suas diversas fun es as de suprimir as lacunas normativas existentes e de integrar o sistema legal superando conflitos entre leis e entre os valores por ela representados S o exatamente os princ pios que na nova ordem constitucional pautam a redefini o da atua o do Estado e da sua m quina administrativa possuindo import ncia superior s normas que cont m comandos simples de restri o ou imposi o de a o a este Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 149 A amplitude e a preponder ncia concedida aos princ pios constitucionais no direito administrativo neste novo modelo de Estado permitem extravasar os limites da antes preponderante legalidade estrita e consegiientemente permite o controle social e judicial da atividade administrativa com base em novos paradigmas Esta amplia o dos mecanismos de controle somada amplia o das fun es atribu das ao Estado como r
226. e ferem o direito de imagem de pessoas comuns e p blicas sendo que o pr prio dispositivo constitucional que veda a lei de constituir embara os plena liberdade de informa o jornal stica restringe a em detrimento do direito individual de imagem e outros direitos fundamentais da pessoa Em caso de colis o de direitos garantidos constitucionalmente n o se deve atribuir primazia absoluta a um ou a outro mas assegurar a aplica o das normas g doa qu as 48 conflitantes ainda que no caso concreto um dos direitos sofra atenua es A liberdade de divulga o da imagem baseia se no interesse p blico da informa o mas encontra barreira no direito de preserva o da imagem do retratado se lhe atingirem a honra a boa fama ou a respeitabilidade Se n o houver car ter COSTA JUNIOR Paulo Jos da O direito de estar s tutela penal da intimidade 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1995 p 55 48 STOFFEL Roque A colis o entre direitos de personalidade e direito informa o crit rios de solu o S o Leopoldo Editora Unisinos 2000 p 38 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 123 informativo interesse p blico na obten o da informa o e respeito ao decoro reputa o e vida privada do retratado vedada a divulga o por qualquer de suas formas Se n o houver car ter jornal stico estar ausente o interesse p blico na obten o da informa
227. ecialmente s situa es como o planejamento de afastamentos para f rias congressos cursos de aperfei oamento exerc cio de fun es de representa o em associa es de magistrados convoca es de Ju zes Titulares para substitui o de Desembargadores no exerc cio de fun es administrativas ou por afastamentos que os impe am de exercer as atribui es jurisdicionais bem como a outros afastamentos legais previs veis como os das ju zas gestantes e por doen a Al m disso cria entraves ou dificuldades para o funcionamento das Secretarias das Varas quando em sucessivas substitui es diferentes Ju zes s o designados para atendimento de uma mesma unidade o que implica constante adequa o das secretarias ou dos ju zes que se sucedem a diferentes entendimentos quanto interpreta o de normas legais notadamente as relacionadas aos procedimentos adotados na tramita o dos processos Esses afastamentos de acordo com a legisla o em vigor devem ser e s o autorizados pelo rg o Especial do E Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o ou por delega o deste pr pria Corregedoria e em regra implicam deslocamento de Ju zes Substitutos n o zoneados para a Vara do Trabalho do Juiz Titular afastado ou convocado O que se prop e que a par da manuten o da divis o regional em zonas de atua o dos Ju zes Substitutos a fixa o dos Ju zes Substitutos se d concomitantemente em regime de lota
228. eg cios 2 ed S o Paulo Editora Saraiva 2005 REALE Miguel Li es Preliminares de Direito S o Paulo Editora Saraiva 1999 RODRIGUEZ Y RODRIGUEZ Martius Vicente tica e Responsabilidade Social nas Empresas 2 ed Rio de Janeiro Editora Campus 2005 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 23 PLANEJAMENTO ESTRAT GICO FERRAMENTAS DE GESTAO ESTRATEGICA Denise Pacheco Desembargadora do TRT da 42 R RS SUM RIO Introdu o 1 Estrat gia 1 1 Conceitos sobre Estrat gia 1 2 Componentes da Estrat gia Empresarial 2 Planejamento 2 1 Conceitos de Planejamento 2 2 Processo Formal de Planejamento 2 3 N veis de Planejamento 2 3 1 Planejamento Estrat gico 2 3 2 Planejamento T tico 2 3 3 Planejamento Operacional 2 4 Ferramentas de Gest o Conclus o Refer ncias INTRODU O Concebido como ferramenta derivada da estrat gia militar desenvolvida na Segunda Guerra Mundial o Planejamento Estrat gico pressup e um intenso conhecimento do organismo da empresa e das influ ncias por ele recebidas das mudan as do ambiente nos aspectos pol ticos econ micos sociais e tecnol gicos visando mant la sempre em condi es de competi o com a concorr ncia fundamental para a pr pria sobreviv ncia da organiza o que o planejamento estrat gico seja executado de uma forma l gica e estudada A empresa deve ter uma vis o clara coerente e instigante das suas metas e o
229. egalidade que n o pode ser ultrapassada sob pena de dissolu o do pr prio sistema Assim compreenderemos facilmente esteja confinado o questionamento da moralidade da Administra o nos lindes do desvio de poder ou de finalidade Qualquer questionamento para al m desses limites estar sendo postulado no quadro da legalidade pura e simples Essa circunst ncia que explica e justifica a men o a um e a outro a ambos os princ pios na Constitui o e na legisla o infraconstitucional Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal ADI n 3026 06 Rel Min Eros Grau v u j 08 06 2006 Di rio oficial da Uni o de 29 09 2006 p 31 4 Direito Constitucional p 283 No mesmo sentido Justifica se j que um ato poder encontrar se intrinsecamente em conformidade com a lei mas apresentar se informado por caracteres externos em disson ncia da moralidade administrativa vale dizer dos ditames de justi a dignidade honestidade lealdade e boa f que devem reger a atividade estatal GARCIA merson A moralidade administrativa e sua defini o Dispon vel no site http www mp sp gov br pls portal docs PAGE DOCUMENTACAO E DIVULGACAO PUBLICACAO DIVULGACAO DOUTRINA CIVEL CIVEL 2012 PDF acessado no dia 26 out 2008 s 11h01min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 167 abstra o nada de semelhante comporta surge a quest o o que o dever Para respondermos dispomos de apenas doi
230. eiro Forense Universit ria 1995 CHAVES Antonio Direito Pr pria Imagem Revista de Informa o Legislativa Abril e Junho Bras lia Senado Federal Divis o de Edi es T cnicas 1972 COELHO F bio Ulhoa Direito Imagem In DELGADO M rio Luiz ALVES Jones Figueiredo Org Novo C digo Civil Quest es Controvertidas 6 V S o Paulo Editora M todo 2007 CUPIS Adriano de Os Direitos da Personalidade Campinas Romana 2004 DINIZ Maria Helena Curso de Direito Civil Brasileiro 7 V 16 ed S o Paulo Saraiva 2002 ESTEVES Jean Soldi Uma Perspectiva Civil Constitucional da Imagem da Pessoa Jur dica In DELGADO M rio Luiz ALVES Jones Figueiredo Org Novo C digo Civil Quest es Controvertidas 6 V S o Paulo Editora M todo 2007 FARIAS Edilsom Pereira de Colis o de Direitos A honra a intimidade a vida privada e a imagem versus a liberdade de express o e informa o 2 ed Porto Alegre S rgio Antonio Fabris Editor 2000 GAGLIANO Pablo Stolze PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo Curso de Direito Civil V 1 5 ed S o Paulo Saraiva 2004 SOUZA Carlos Affonso Pereira Inova o Jurisdicional Programa de Capacita o em Poder Judici rio Funda o Get lio Vargas Rio de Janeiro SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTI A S mula 227 Dispon vel no site http www st jus br Acessado em 14 jan 2009 s 14h10min SUSSEKIND Arnaldo MARANH O D lio VIANNA Segadas
231. elsocastro desviodepoder doc acessado em 06 nov 2008 s 17h04min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 157 equivalente como regra geral ao seu suced neo privado n o podendo invocar sua natureza p blica para aviltar qualquer direito assegurado ao empregado Tal posi o prevalente na jurisprud ncia conforme exemplificam os julgados abaixo ENTE P BLICO HORAS EXTRAS SUPRESS O APLICA O DA S MULA 291 DO TST Possibilidade de aplica o do entendimento preconizado na S mula n 291 TST porquanto a Administra o P blica quando contrata pelo regime empregat cio equipara se ao empregador comum Devido portanto o pagamento de indeniza o correspondente ao valor de um m s das horas suprimidas para cada ano ou fra o igual ou superior a seis meses de presta o de servi o acima da jornada normal conforme preconiza a S mula 291 do TST EMBARGOS ESTABILIDADE DE OCUPANTE DE EMPREGO P BLICO REGIDO PELA CLT O disposto no artigo 41 da Constitui o da Rep blica inaplic vel aos empregados p blicos os celetistas uma vez que toda a sistem tica da Se o II do Cap tulo VII do T tulo III da Constitui o da Rep blica se fundava at a Emenda n 19 98 na exist ncia de um regime jur dico nico hoje a Administra o p blica pode celebrar contrato de trabalho pelo regime da CLT e celebra E quando o faz sujeita a rela o de emprego s mesmas condi es es
232. em col quio com os Ju zes do Trabalho da 4 Regi o na sede da AMATRA IV que ent o referia que as empresas atrasavam a ado o de medidas s vezes at simples que impediriam as enxurradas de a es partindo de um c lculo em que verificavam que estas seriam mais dispendiosas que os pr prios processos principalmente em se considerando que j estavam devidamente instrumentalizadas para lhes fazer frente Os documentos atinentes a tais constata es constam de relat rios do Conselho Nacional de Justi a no entanto paradoxalmente o servi o de documenta o de tal rg o n o os disponibiliza atrav s da Internet ou atrav s de consulta tendo o autor insistentemente os solicitado durante a elabora o deste trabalho sempre no entanto sem sucesso Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 143 No lugar contudo de adotar referido procedimento a empresa faz mais ou menos o seguinte racioc nio 1 Decidindo se acolher a sugest o do advogado a empresa ter com certeza um gasto adicional de 10 por cada um de seus trabalhadores 2 No entanto ao se abster desta provid ncia ela deixa de efetuar este gasto o que lhe representar portanto um lucro equivalente ao que deixaria de gastar 3 A probabilidade de seus empregados virem a vindicar este direito judicialmente no curso do contrato de trabalho s o nfimas principalmente diante do fato de que no Brasil n o il cito despedir o trabalhado
233. em esquecimento que essas rela es sup em j de alguma forma a exist ncia da sociedade rro maior por m seria referir se sociedade mesma a no o de bem comum A sociedade e os fins desta s o meramente meios para que o homem realize o pr prio fim 5 HAURIOU Pr cis l metaire de droit admionistratif p 455 in GARCIA merson A moralidade administrativa e sua defini o Dispon vel no site http www mp sp gov br pls portal docs PAGE DOCUMENTACAO E DIVULGACAO PUBLICACAO DIVULGACAO DOUTRINA CIVEL CIVEL 2012 PDF acessado no dia 26 out 2008 s 11h01min 55 Sistema de direito administrativo brasileiro p 18 9 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 169 A unidade social apenas a unidade da ordem e n o a dos organismos naturais Sujeito por conseguinte a que o bem comum se proponha s mente pode ser o homem o indiv duo na sociedade enquanto componente dela ou seja enquanto parte do todo interessado como tal na conserva o d ste sua vez e ainda como consequ ncia a distin o entre o bem individual e o bem comum s mente pode estar em que o primeiro vai referido ao indiv duo s bre si ao passo que o ltimo se lhe refere enquanto parte do todo cuja conserva o lhe um bem em si mesma alia est ratio boni communis et boni singularis sicut alia est ratio totius et partis Entre o bem e o til de outro lado entre o bem comum e a utilidade p blica
234. eminente da reforma do judici rio que a sociedade demanda o Judici rio isto o magistrado e seus l deres podem adotar duas estrat gias excludentes A primeira negar a pr emin ncia da reforma e agir como se ela n o existisse Ser contra Resistir A segunda aceitar sua inevitabilidade participar de seu processo E lider lo Adotada a primeira estrat gia o poder Judici rio corre o risco de ser surpreendido como foi Napole o quando planejava invadir e conquistar Portugal Ao n o participar das discuss es com a sociedade ou ao discutir a reforma somente internamente o Judici rio n o produzir eco social e o resultado n o ser partilhado pela sociedade N o encontrar o o rei Esta estrat gia autof gica Optando se pela segunda estrat gia h o aumento n o s da legitimidade do Judici rio mas tamb m o enriquecimento do pr prio debate que contar com a participa o e experi ncia de um de seus atores mais importantes Ganham todos sociedade e magistrados Este foi o caminho escolhido pelos magistrados trabalhistas que aqui apresentam os seus trabalhos Eles se debru aram sobre os principais temas debatidos sobre a reforma da Justi a Temas que enfrentam no exerc cio de suas profiss es Temas que vivenciam diariamente S o temas como moderniza o do Judici rio planejamento Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 5 estrat gico tica e responsabilidade social
235. encontrem outras op es que auxiliem a empresa a enfrentar o per odo de crise sem demiss es CONCLUS ES A poca de mudan as de transforma es amplas no quadro social e de incertezas A Justi a do Trabalho est inserida nesse contexto e tem o desafio de se justificar como ramo aut nomo do poder judici rio sem acr scimo em sua estrutura apenas redistribuindo suas aloca es or ament rias conforme observa o do Banco Mundial O caminho da justificativa a inequ voca demonstra o sociedade de que essa estrutura aut noma se faz necess ria por sua utilidade e racionalidade no uso de recursos e isso pode ser feito atrav s da conex o das suas decis es com a tica social o compromisso com o coletivo e n o com o indiv duo com a devida divulga o dessas decis es de forma tal a criar o convencimento dos agentes sociais sobre seu acerto evitando assim as demandas patol gicas repeti o de a es sobre o mesmo tema o que lhe dar legitimidade para subsistir 56 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 O JUIZ E A SOCIEDADE Maria Madalena Telesca Ju za do Trabalho da 22 VT de Porto Alegre RS SUM RIO 1 O perfil do juiz 2 O associativismo 3 A fun o social do juiz no futuro 4 O f rum mundial de ju zes 5 Desdobramentos do f rum mundial de ju zes 6 Magistrados comprometidos com a dignidade humana Refer ncias 1 O PERFIL DO JUIZ O juiz pertence
236. er um processo de estabelecimento de um estado futuro desejado J Maximiano 2004 define planejamento como o processo pelo qual acontecimentos futuros ser o antecipados de maneira que as a es sejam implementadas para atingir os objetivos organizacionais 2 2 Processo Formal de Planejamento Conforme Chiavenato 2003 a import ncia do planejamento formal nas organiza es tem crescido bastante Na primeira metade deste s culo a maior parte dos processos de planejamento era desestruturada e fragmentada e o planejamento formal era restrito apenas s poucas e grandes empresas da poca Embora os processos formais de planejamento tenham se difundido apenas nos ltimos trinta anos grande n mero de pequenas empresas conduzidas por empreendedores agressivos e com senso de oportunidade vem dando destaque ao processo de planejamento formal Segundo o mesmo autor o processo formal de planejamento apresenta seis etapas a serem seguidas como veremos a seguir a An lise situacional nesta etapa os planejadores devem colher interpretar e sintetizar todas as informa es relevantes para a quest o do planejamento em foco Deve se fazer uma an lise situacional abrangente dos eventos passados juntamente com um quadro da situa o atual e tentar prever tend ncias futuras O resultado desse passo a identifica o e o diagn stico de hip teses que ajudaram na gera o dos objetivos b Objetivos e planos alternativos deve se enfa
237. eresses do empres rio Jamais atingir igualmente a velocidade de execu o de tarefas verificada numa organiza o privada com uma estrutura de comando e subordina o desburocratizada O Estado n o existe por raz es meramente econ micas Sua atividade n o visa produ o de excedentes maximiza o da diferen a entre custos e receitas ao lucro por meio da mais valia Visa isto sim conforme j v rias vezes referido a utilidade comum o bem estar social Esta finalidade o ponto de partida para a an lise da observ ncia ao princ pio da efici ncia no campo do direito administrativo Somente em um segundo momento esta an lise deve compreender os meios materiais e humanos disposi o do administrador para atingir este desiderato Quando compostos estes dois campos podem ser estabelecidas as condutas legais e morais que pode o administrador adotar para respeitados os limites lhe impostos pelos recursos e processos de que disp e atingir o resultado almejado Dentre estas condutas exige o princ pio a so 8 elei o daquela que se apresente mais eficaz 88 Lei n 8 666 de 21 de junho de 1993 9 Efici ncia n o um conceito jur dico mas econ mico N o qualifica normas qualifica atividades Numa id ia muito geral efici ncia significa fazer acontecer com racionalidade o que implica medir os custos que a satisfa o das necessidades p blicas importam em rela o ao grau de utilidade alca
238. esen a do reclamante como membro da comunidade j determina a aus ncia de lealdade empregadora Wagner D Giglio na obra Justa Causa Editora LTr p 253 assim leciona Finalmente as ofensas boa fama da empresa encontram fundamento no dever de lealdade dos empregados que t m por obriga o cooperar para o bom nome da empregadora prejudicado pelas ofensas N o seria poss vel manter um empregado detrator que colaborasse para difamar a empresa Trata se com efeito de justa causa para rescis o do contrato de trabalho conforme art 482 k da CLT combinado com a letra a do mesmo artigo Foi ofensa grave da honra e da boa fama da empregadora com inten o de provocar dano patrimonial ato de improbidade A linguagem empregada pelo reclamante no seu coment rio j transcrito poderia caracterizar mau procedimento mas como foi ofensiva da honra e boa fama determinou seu enquadramento em outra falta grave Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 207 N o h d vida que no caso em destaque embora n o seja utilizado esse conceito na minuciosa decis o a imagem atributo do empregador foi desrespeitada pelo seu pr prio empregado levando correta resolu o do contrato de trabalho por pr tica de justa causa Concorda se com o enquadramento no artigo 482 k da CLT por pr tica de ato lesivo da honra e da boa fama contra o empregador Recorda se o in cio de vig ncia da Consolid
239. esma quando a consideramos como pr tica a priori Agora convenhamos este princ pio da moralidade precisamente pela universalidade legislativa que o torna fundamento determinante formal da vontade independente de todas as diferen as subjetivas da mesma declarando o a raz o ao mesmo tempo lei para todos os seres racionais conquanto tenham uma vontade ou seja uma faculdade capaz de determinar a sua pr pria causalidade mediante a representa o de regras e consegiientemente enquanto capazes de produzir a es segundo princ pios e portanto tamb m conformes com princ pios pr ticos a priori dado que s estes apresentam aquela necessidade que a raz o exige em todos os princ pios Cr tica da raz o pr tica Dispon vel no site http www cfh ufsc br wfil pratica doc acessado no dia 25 out 2008 s 16h27min La locuzione latina Non omne quod licet honestum est in italiano non tutto quanto giuridicamente permesso moralmente onesto esprime un principio di diritto risalente al giureconsulto romano Paolo Essa ricavata da un frammento tratto dal libro 62 del commentario Ad edictum del giurista romano e raccolto dai compilatori giustinianei nel Digesto 50 17 144 Il frammento contiene un elemento di limitazione alla considerazione assolutistica del diritto insinuando il dubbio che non sia sempre quelPars boni et aequi che i giuristi presentano come perfetta WIKIP DIA a enciclop dia livre An nimo N
240. estar em constante muta o Por m a presta o jurisdicional ainda que rotineira pode sempre ser readequada e aperfei oada ainda mais no processo de execu o onde s o freq entes os contratempos e situa es ins litas em que os envolvidos devem estar atentos para que o conflito n o se eternize com a determina o da realiza o de atos absolutamente infundados e que nada frutificar o para a resolu o da controv rsia N o mais poss vel que o Magistrado e os funcion rios se comportem como meros espectadores da cena judici ria T m eles a obriga o legal de tomar as r deas do destino processual acelerando e racionalizando os procedimentos impedindo atitudes meramente procrastinat rias raz o pela qual entendemos que neste ambiente de trabalho n o h lugar para a divis o de talentos mas h para a soma de todos os talentos com reparti o dos conhecimentos e habilidades como forma de alcan ar o progresso nas rela es Ali s necess rio refor ar a id ia de que o empenho em conjunto conduz certeza do sucesso e que o desempenho profissional de um refletir decisivamente no trabalho do outro como em uma corrida de bast o nunca se olvidando de que os conflitos que se escondem atr s dos relacionamentos humanos muitas vezes est o amparados em falsa id ia de poder e de conhecimento No momento em que a informa o n o distribu da cria se o entendimento de que uns s o mais amigos do rei do
241. estrat gia f Energiza a empresa g aquilo que se deseja ser e h desafiadora Objetivos Estrat gicos Para Chiavenato 2003 os objetivos estrat gicos s o resultados que a empresa deve alcan ar em prazo determinado para concretizar sua vis o no ambiente atual e futuro Al m disso os objetivos ajudam a orienta o e a formula o de estrat gias para alcan los Os objetivos estrat gicos apresentam as seguintes caracter sticas a Ser desafiantes por m vi veis b Ter prazo definido c Ser mensur veis d Ser coerentes entre si E trazem os seguintes benef cios a Detalham e quantificam a vis o b Orientam o processo decis rio c Fundamentam a avalia o do desempenho d Atraem e mant m talentos e Levantam uma bandeira f Orientam a formula o de estrat gias 2 3 2 Planejamento T tico Para Serra 2004 o planejamento t tico traduz os objetivos e planos estrat gicos amplos em objetivos e planos que s o relevantes para uma parte espec fica da organiza o Os planos t ticos focalizam as principais a es que uma unidade deve empreender para realizar sua parte do plano estrat gico Segundo Chiavenato 2003 o planejamento t tico o conjunto de tomada deliberada e sistem tica de decis es envolvendo empreendimentos mais limitados prazos curtos e reas menos amplas e n veis baixos de hierarquia da organiza o Apresenta as seguintes etapas a O planejamento um processo per
242. eza Sadek e de Armando Cunha seguem no mesmo sentido da necess ria conex o entre o Judici rio e a sociedade Ora se as raz es de decidir da senten a devem considerar a tica social refletindo o pensamento da sociedade sobre um dado tema essas raz es devem ser amplamente divulgadas e debatidas com os agentes sociais envolvidos como empres rios trabalhadores sindicatos e agentes p blicos para que novas demandas sobre o mesmo tema n o mais sejam necess rias pela eventual mudan a da pol tica empresarial ou pelo reconhecimento social de que tal pol tica correta Comportamentos sociais devem ser mudados por convencimento por argumenta o e n o pela coer o salvo casos extremos Recentemente passamos por uma crise econ mica global provocando demiss es em massa em muitas empresas o que causou preocupa o sociedade que entende ser necess ria negocia o e discuss o sobre o tema antes da despedida de trabalhadores O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas SP concedeu liminar em 27 de fevereiro de 2009 em a o de diss dio coletivo ajuizada pelo sindicato dos Metal rgicos de S o Jos dos Campos suspendendo mais de 4 2 mil demiss es levadas a efeito por uma empresa determinando ainda a apresenta o de balan os patrimoniais e demonstra es cont beis que justificassem os desligamentos A empresa por seu lado afirma que as dispensas foram feitas rigorosamente de acordo com as normas legais e
243. eza instrumental decorrente do fato de n o ser poss vel o exerc cio do controle da administra o apenas por seu manejo A concretiza o da fiscaliza o depender sempre da agrega o dos ditames de um ou mais dos princ pios anteriormente analisados princ pio da legalidade da moralidade da impessoalidade e da efici ncia No campo pr tico a publicidade dos atos dever se dar na forma escrita em vista do princ pio da seguran a jur dica e por meio da imprensa oficial di rios oficiais ou similares Os atos estatais incluindo os de natureza legislativa ingressam no plano da validade a partir da sua publica o Frise se para evitar quaisquer problemas conceituais que o princ pio em comento n o se confunde com a forma obrigat ria que an ncios e propagandas dos entes p blicos em respeito aos princ pios da moralidade legalidade e impessoalidade devem adotar ao serem veiculados nos meios de comunica o Tal forma est disposta no par grafo primeiro do artigo 37 da Constitui o Federal Constitui o Federal Art 37 1 A publicidade dos atos programas obras servi os e campanhas dos rg os p blicos dever ter car ter educativo informativo ou de orienta o social dela n o podendo constar nomes s mbolos ou imagens que caracterizem promo o pessoal de autoridades ou servidores p blicos Lei 8 666 de 21 de junho de 1993 Art 6 Para os fins desta Lei considera se
244. fandamentais em detrimento a uma dogm tica da raz o do estado j superada que se pautava pela preval ncia da lei em detrimento aos princ pios e valores constitucionais Segundo Cl ve h duas formas de se interpretar os preceitos constitucionais O primeiro indiferente e insens vel aos instrumentos que vieram para transformar a nova ordem constitucional chama se dogm tica da raz o do Estado O segundo que tem como norte principalmente estudar o direito constitucional luz da dignidade da pessoa humana conhecido como dogm tica constitucional Emancipat ria 2 RE 161 243 6 DF Rel Ministro Carlos Velloso Em www stf jus br 3 Processo IIN RR 1540 2005 046 12 00 5 Decis o por maioria rejeitar o incidente de inconstitucionalidade do art 384 da CLT devendo os presentes autos retornar 7 Turma desta Corte para prosseguir no julgamento do recurso de revista Ficaram vencidos os Exmos Srs Ministros Aloysio Corr a da Veiga Maria Cristina Peduzzi Simpliciano Fernandes Renato de Lacerda Paiva Dora Maria da Costa Pedro Paulo Manus Caputo Bastos Maur cio Godinho Delgado Vantuil Abdala Milton de Moura Fran a Carlos Alberto Reis de Paula e Rider de Brito Justificar o voto vencido os Exmos Srs Ministros Aloysio Corr a da Veiga e Caputo Bastos Em www tst jus br Acesso em 10 dez 2008 s 14h04min 14 Ac rd o n o dispon vel Informa es de http ext02 tst gov br pIs no01 no noticias Exibe Noticia p co
245. funto poder refletir se em outras pessoas ligadas pessoa e mem ria do morto De se acrescentar que o C digo Civil Brasileiro em vigor nos par grafos nicos dos artigos 12 e 30 Cap tulo dos Direitos da Personalidade reconhece expressamente a legitimidade concorrente do c njuge com qualquer parente em linha reta ou colateral at o quarto grau do morto para exigir que cesse a amea a ou a les o a direito da personalidade e reclamar perdas e danos bem como do c njuge com os ascendentes ou os descendentes para requerer a proibi o da transmiss o da palavra ou a publica o a exposi o ou a utiliza o da imagem do morto que lhe atinjam a honra a boa fama ou a respeitabilidade ou se tiverem fins comerciais Os herdeiros podem ainda ceder o direito de utiliza o econ mica da imagem do morto Por m a cess o do direito patrimonial n o retira dos herdeiros a legitimidade para a defesa do direito moral do finado 5 O DIREITO DE IMAGEM E A INFORMA O JORNAL STICA Com a liberdade de informa o jornal stica prevista no artigo 220 1 da Constitui o Federal satisfaz se o direito coletivo informa o art 5 XIV CF A imprensa independente imprescind vel ao regime democr tico Por m n o raro em face de interesses pol tico ideol gicos pessoais ou meramente financeiros de dirigentes de empresas de informa es ou mesmo do despreparo de jornalistas ocorrem abusos ou distor es qu
246. g o promotor e assegurador dos direitos individuais e sociais previstos na Constitui o Federal resultou em uma grande zona de interc mbio e interfer ncia entre os Poderes Executivo e Judici rio Estes interc mbios e interfer ncias s o operados e ou solvidos principalmente por meio da utiliza o de princ pios gerais ou princ pios consubstanciados em normas individuais Deter se este trabalho no estudo de pequena parte deste contexto Inicialmente perquirir se acerca do conceito de princ pios jur dicos das suas fun es e das suas formas de aplica o Ap s tratar se especificamente dos cinco princ pios expressamente indicados com balizadores da atividade estatal no caput do artigo 37 da Constitui o Federal O exame dos princ pios da legalidade da impessoalidade da moralidade da publicidade e da efici ncia trar quando cab vel e no contexto do Direito do Trabalho ao qual est vinculado este Curso reflexos pr ticos de aplica o Deseja se uma boa leitura I PRINC PIOS JUR DICOS O termo princ pio origin rio do latim principiu possui entre outros significados os de origem de algo de uma a o ou de um conhecimento e de na dedu o a proposi o que lhe serve de base ainda que de modo provis rio e cuja verdade n o questionada J os princ pios jur dicos s o disposi es gen ricas que privilegiam um valor ou um bem jur dico a ser alcan ado e ou preservado N
247. g os da Administra o P blica Portanto n o se justifica a dispensa do autor promovida pela r sem qualquer motiva o conforme afirmou sobretudo considerando o fato de ter se submetido presta o e aprova o em concurso p blico no que impende concluir que para sua despedida h tamb m a necessidade sujeit lo a procedimento administrativo ou inqu rito judicial visando a averigua o de motivos suficientes a ensejar seu desligamento da empresa HI PRINC PIO DA MORALIDADE N o objeto deste estudo a tentativa de defini o da moral N o se far ainda uma descri o da evolu o do seu conceito no curso da hist ria abordagem que exigiria por bvio um tratado que em nada se assemelha aos limites deste estudo Algumas considera es iniciais contudo s o imperiosas aclarando se conceitos m nimos que permitam um pacto sem ntico acerca de alguns conceitos que ser o empregados no correr deste texto Primeiro impende dissociar o estudo da moral como fen meno filos fico do seu conte do que constitui um fen meno social O primeiro embora de suma import ncia para qualquer teoria s ria sobre o comportamento humano e consequentemente para a teoria geral do direito pouca import ncia pr tica tem para o acima mencionado limitado campo abarcado por este paper J sobre o segundo necess rias s o breves considera es S h sentido em nela se falar como um produto da conviv ncia humana Co
248. gistrados Essas iniciativas inovadoras abrem caminho para a valoriza o do Poder Judici rio Sendo mais do que simples guardi o e executor de meras formalidades legais assegurando os direitos de todos e n o os privil gios de alguns ele ser realmente til na implanta o e preserva o de uma sociedade democr tica E da vir naturalmente a autoridade dos ju zes No mesmo sentido das afirma es do professor Dallari 1996 o Juiz do Trabalho Coutinho 2006 ex presidente da ANAMATRA Associa o Nacional dos Magistrados da Justi a do Trabalho e atual presidente da Associa o Latino americana de Ju zes do Trabalho afirma que desde muito tempo deixou a ANAMATRA de ser uma entidade preocupada apenas com as quest es internas da magistratura Elas s o importantes evidentemente mas n o podem ocupar de maneira absoluta a agenda de quem se prop e ser mais uma legitima representante da sociedade civil brasileira Al m do mais incorreria a ANAMATRA em grave equ voco se presa ao mundo particular dos ju zes fechasse os olhos para o cen rio das conflagra es econ micas e pol ticas respons veis pelo funcionamento da totalidade do sistema Definitivamente a ANAMATRA dos ju zes do trabalho tamb m pertence ao povo brasileiro H anos mudou o seu perfil para cumprir uma miss o que transcende ao espectro meramente corporativo agindo concretamente em defesa das causas nobres da sociedade civil brasileira A ex
249. heres sejam tratados pela norma jur dica de forma igual salvo em casos perfeitamente justificados Suprimir um direito laboral da mulher quinze minutos de intervalo antes do in cio do trabalho extraordin rio por n o recep o ou revoga o de norma legal em raz o do que disp e o artigo 5 I da CF 88 n o parece ser o melhor caminho quando a norma constitucional trabalhista expressa em aduzir que os dirietos constantes do artigo 7 s o m nimos De outro lado n o estender o benef cio ao trabalhador homem acaba por discriminar a mulher no mercado de trabalho e termina por trazer desigualdade em um campo que n o se justifica Ora o trabalho extra penoso para todo e qualquer trabalhador N o mais penoso para a mulher que para o homem Se os dois devem laborar oito horas todo trabalho excedente a este limite extraordin rio deve ter trato semelhante E por esta raz o que se busca tecer algumas raz es sobre o tema H cita es de decis es jurisprudenciais de tribunais brasileiros e do Tribunal Constitucional espanhol bem como de alguma doutrina constitucional O tema pol mico Seguem as raz es AN LISE CONSTITUCIONAL DO DISPOSTO NO ARTIGO 384 DA CLT O artigo 384 da CLT preceitua que antes de iniciar a jornada extraordin ria ter a mulher direito a um intervalo de quinze minutos para descanso Art 384 Em caso de prorroga o do hor rio normal ser obrigat rio um descanso de 15 quinze minuto
250. hido e epigrafado se insere no mbito da disciplina INOVA O JURISDICIONAL e se prop e a estudar como as novas ferramentas colocadas disposi o do Judici rio contribuem para a efetividade da execu o trabalhista e ao mesmo tempo em que medida s o respons veis pelo acirramento do conflito entre o direito alimentar e o direito impenhorabilidade em tudo buscando alternativas de supera o da antinomia A efetividade da execu o em termos de entrega da presta o jurisdicional consubstanciada no t tulo decorrente da senten a tem sido uma preocupa o constante do Judici rio e nem sempre alcan ada com a necess ria presteza As normas definidas nos c nones processuais tradicionais e as pr ticas que se criaram a partir de tais textos deixaram h muito de corresponder premente necessidade de transformar se o provimento judicial conferido ao credor em algo til e direta e imediatamente para ele dispon vel O s provimento judicial resultante da fase de conhecimento em si n o passa de um trof u entregue pelo Poder Judici rio ao vencedor de determinada a o necess rio para que se complete a presta o jurisdicional que se passe do planalto da norma jur dica dimens o superior para a plan cie dimens o inferior da 78 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 concretiza o do direito conferido ao jurisdicionado atrav s da plena e
251. i o m xime que j se est restringindo o acesso ao Tribunal Superior do Trabalho O texto deste veto embora sucinto mostra a dist ncia entre aquilo que cabe no discurso e como reagimos quanto somos provocados a colocar a ret rica em pr tica Sim todos sustentam que preciso reduzir a infind vel teia recursal na qual estamos enredados mas quando somos chamados solu o julgamos que n o conveniente mudar N o conveniente para quem Manoel Antonio Teixeira Filho pondera que oportuno dizer que os princ pios nucleares informadores do processo do trabalho est o a alvitrar que aproveitando se a experi ncia vitoriosa da Lei n 5 584 70 sejam ampliados de lege ferenda os casos de irrecorribilidade das senten as de primeiro grau ressalvando se sempre o envolvimento de ofensa Constitui o com o que poder o ser obstados em larga medida os prop sitos ami de percebidos de retardar a forma o da Coisa Julgada e que ficam t o a gosto daqueles que se comprazem em fazer mau uso dos institutos que o processo lhes coloca ao alcance A reda o do inciso LXXVIII do artigo 5 da Constitui o acrescentada pela Emenda Constitucional n 45 de 9 de dezembro de 2004 proclama que A todos no mbito judicial e administrativo s o assegurados a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o Em coment rios sobre esta 2 TEIXEIRA FILHO Manuel
252. i o Federal em uma inova o do constituinte origin rio demonstra seu interesse em uma observ ncia estrita do conjunto normativo pelo administrador p blico Chamar se este desdobramento espec fico para os fins deste estudo de princ pio de legalidade estrita 17 Estado Contempor neo In BOBBIO Norberto MATTEUCCI Nicola PASQUINO Gianfranco Org Dicion rio de Pol tica p 401 18 A primeira conseq ncia que se tira desses princ pios que apenas as leis podem indicar as penas de cada delito e que o direito de estabelecer leis penais n o pode ser sen o da pessoa do legislador que representa toda a sociedade ligada por um contrato social A segunda consegii ncia a de que o soberano representando a sociedade mesma apenas pode fazer leis gerais s quais todos devem obedi ncia n o da sua compet ncia contudo julgar se algu m violou tais leis BECCARIA Cesare Dos Delitos e das Penas p 16 O Direito Penal que se inaugura com os c digos franceses de 1790 e 1810 com o C digo da Baviera de 1813 tem nas suas ra zes as concep es jusnaturalistas e contratualistas do iluminismo E a propriamente nossa legisla o penal pioneira inspirada nesses c digos e nas proclamadas e ardorosas convic es liberais da maioria dos deputados e senadores das primeiras legislaturas do parlamento brasileiro tem como filosofia inspiradora sem d vidas o iluminismo Isto se evidencia desde logo na Constitui
253. ia Guadalupe Piragibe da Liga es Melindrosas uma reflex o a respeito da Sociologia aplicada ao Direito Rio de Janeiro Ides Letra Capital 2002 FREITAS Juarez A Substancial Inconstitucionalidade da Lei Injusta Rio de Janeiro Vozes co edi o com a Editora da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul 1989 FRIEDE R Reis 4 Legitima o e o Preceito tico da Magistratura Revista do Instituto dos Magistrados do Brasil Rio de Janeiro n 02 p 10 1996 INFORMATIVO ANAMATRA Bras lia n 89 p 12 2006 REALE Miguel Uma Nova tica para o Juiz S o Paulo Revista dos Tribunais 1994 VON IHERING Rudolf A luta pelo Direito Tradu o de Pietro Nasseti S o Paulo Martin Claret 2002 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 77 INOVA O JURISDICIONAL NO CAMPO DO DIREITO E DO PROCESSO DO TRABALHO NOVAS FERRAMENTAS PARA EFETIVIDADE DA EXECU O TRABALHISTA COMO SUPERAR O CONFLITO ENTRE O DIREITO ALIMENTAR E O DIREITO A IMPENHORABILIDADE Lenir Heinen Juiz do Trabalho da 72 VT de Porto Alegre RS SUM RIO Introdu o 1 A execu o trabalhista Artigo 882 da CLT 2 As novas ferramentas e a execu o 3 Redirecionamento da execu o Despersonaliza o Artigo 28 do CDC Artigo 50 do CC 4 Conflito entre o direito alimentar e o direito impenhorabilidade 5 Impenhorabilidade 6 Como equacionar o conflito Refer ncias INTRODU O O tema escol
254. ial o questionamento do papel do juiz partir de dentro da magistratura do local em que se encontra e a necessidade de que assuma uma posi o de questionar sua pr pria pr tica evitando a tend ncia de tornar se mero aplicador da lei e de se esconder atr s da lei como se fosse um biombo Ressaltou ainda a necessidade de reflex o por parte do juiz sobre o alcance da lei sobre as implica es que a lei tem dentro de sua letra no sentido de trazer rendimentos para a sociedade Sustentou ainda que um dos pontos mais sens veis a ser tocado pelo FMJ a independ ncia do Poder Judici rio em rela o ao governo Lembrando que atualmente quem dita normas da sociedade o mercado mundial afirmou que o juiz tem que entender o contexto em que vive para poder tomar decis es coerentes O tema central escolhido MEIO AMBIENTE INDENPENDENCIA DO PODER JUDICI RIO E DIREITOS HUMANOS Confirmadas a presen a de palestrantes destacados como Giancarlo Capaldo Procurador da Rep blica em Roma Juan Guzman Juiz aposentado do Chile personagem importante na hist ria da ditadura do Chile Vito Monetti Presidente da Associa o dos Magistrados Europeus para a Democracia e Liberdades Maria Esther Martinez Quinteiro Membro da Anistia Internacional e Doutora da Universidade de Salamanca Espanha e da Universidade da Sorbonne entre outros Espera se que as discuss es em plen rio e fora dele resultem em avan os no envolvimento da magistratura de t
255. iares de Vuelo femeninas destaquei Registro apenas para acrescentar que tamb m o direito comparado fonte integrativa em processos perante a justi a do trabalho consoante art 8 cabe a da CLT H Art 8 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico Em http www planalto gov br ccivil 03 Decreto Lei Del5452 htm Acesso em 10 dez 2008 s 12h31min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 197 Por fim o Supremo Tribunal Federal em processo envolvendo trabalhador brasileiro e a empresa Air France entendeu em voto da lavra do Eminente Ministro Carlos Velloso reformando decis o do Tribunal Superior do Trabalho que a norma da empresa n o pode aplicar se a trabalhador franc s que exerce suas atividades no Brasil e n o ser estendida aos brasileiros No voto o relator aduz que porque n o ocorrentes os fatores que justificariam o tratamento diferenciado tem se que foram tratados desigualmente o que ofensivo ao princ pio ison mico que a Constitui o consagra e que inerente ao regime democr tico
256. ias ocorreram oficinas cerca de quatrocentas dentre as quais as jur dicas organizadas por mais de vinte associa es de diversos segmentos do campo jur dico inclusive de ju zes a signat ria participou da organiza o de tais oficinas bem das quatro edi es do FMJ sendo coordenadora da comiss o organizadora da segunda edi o No contexto acima descrito com a convic o de que um mundo melhor exige ju zes independentes justos e comprometidos com a redu o das desigualdades 60 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 sociais na data antes referida de janeiro de 2001 um grupo de ju zes vinculados Associa o de Ju zes para a Democracia reuniu se durante o I FORUM SOCIAL MUNDIAL sendo convidadas outras entidades de ju zes e formou se a comiss o organizadora do I F rum Mundial de Ju zes integrada por representantes da AJD Associa o Ju zes para a Democracia AJURIS Associa o dos Ju zes do Rio Grande do Sul AMATRA IV Associa o dos Magistrados do Trabalho no Rio Grande do Sul ANAMATRA Associa o dos Magistrados do Trabalho AJUFE Associa o dos Ju zes Federais e AMB Associa o dos Magistrados Brasileiros O evento buscou identificar a magistratura de todos os pa ses com a luta por um Poder Judici rio democr tico e pela inclus o social O projeto quase um sonho coletivo concretizou se com o I FORUM MUNDIAL DE JU ZES evento promovido pela ANAMATRA AMB AJUFE
257. ic cia privada e a inefic cia p blica id ia gravada no discurso pol tico e econ mico contempor neo Este matiz ideol gico hodierno e simplista aparentemente confirmado pela efetiva inefic cia da m quina estatal que no mais das vezes n o consegue se justificar como promotora do bem comum O modelo de pensamento acima esbo ado deve ser explicitado e compreendido mas por tacanho n o deve ser acolhido sem severas ressalvas A m quina estatal jamais atingir a efici ncia de uma empresa Entre outras peculiaridades est a primeira sujeita a processo de decis o pol tico geradas em meio converg ncias e diverg ncias de tend ncias variadas correntes ideol gicas conflitos entre segmentos e todo o mais que comp e o caldeir o social Este processo sujeita se a negocia es contemporiza es elei es pr vias e consultas populares inclusive informais para obten o da opini o p blica J seus processos de execu o s o lentos e formais como por exemplo o procedimento licitat rio V rias a es administrativas dependem de coordena o entre poderes em uma demonstra o pr tica dos reflexos da teoria dos freios e contrapesos de Montesquieu e ou da a o conjunta de rg os p blicos diversos Este intrincado sistema embora possa ser depurado jamais atingir a celeridade e flexibilidade da cadeia de decis o verificada em uma empresa jungida que est ao fim somente aos des gnios e int
258. icidade Dispon vel no site lt http jus2 uol com br doutrina texto asp id 3425 gt acessado no dia 06 out 2008 s 10h32min 186 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 42 Regi o n 02 2009 O princ pio da publicidade contudo pode confrontar outros princ pios de igual ou superior magnitude como o princ pio de inviolabilidade da intimidade e da vida privada previsto no inciso X do artigo 5 da Constitui o Federal Constitui o Federal Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes X s o inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o Tal hip tese ocorrer por exemplo quando os dados solicitados pelo administrado forem referentes a elementos espec ficos do contrato de trabalho como o valor do sal rio Conforme analisado em ponto anterior deste cap tulo a resolu o do confronto entre princ pios se d mediante a pondera o visando sempre evitar o aniquilamento dos valores de um pelos valores sobre os quais se funda o outro A Lei n 11 111 de 05 de maio de 2005 regulamentou a parte final do inciso XXXIII do caput do art 5 da Constitui o Federal
259. icos o dever de concretizar os mandamentos constitucionais a exigir lhe postura ativa inclusive quanto a aspectos vinculados gest o de pol ticas p blicas Enfim n o mais existem setores alheios possibilidade de submiss o atividade jurisdicional 2 CRISE DA ATIVIDADE JURISDICIONAL A sociedade atual espera que o Poder Judici rio ao exercer a atividade jurisdicional apresente capacidade de solucionar os conflitos levados ao seu conhecimento n o s em tempo h bil como tamb m com resultados teis parte a quem se reconhe a assistir a raz o jur dica Sintetizada a id ia pode se afirmar que o anseio da sociedade atual de efetividade da atividade jurisdicional E n o poderia ser diferente Primeiro porque a atividade jurisdicional constitui esp cie de servi o p blico e este deve ser prestado em aten o a n veis satisfat rios de efici ncia E segundo porque o exerc cio da atividade jurisdicional em medida quase que total monopolizado pelo Estado da resultando como corol rio a necessidade de os seus rg os atuarem com vistas pronta e adequada solu o segundo as peculiaridades das situa es conflituosas trazidas ao seu conhecimento O desejo social pela efetividade da atividade jurisdicional de tal envergadura que acabou elevado a patamar constitucional Em plano geral pode se afirmar que a efetividade da atividade jurisdicional imposta pela necessidade de obedi ncia ao princ pio
260. idariedade e a capacidade de trabalho em equipe de forma comprometida onde todos saibam executar todas as tarefas das mais elementares como a simples juntada de peti es expedi o de notifica es at a elabora o de minutas de despacho de forma que ao fim e ao cabo das atividades todos possam reconhecer e valorizar o trabalho individualizado de cada membro da equipe Ali s a equipe de trabalho que d a vida Unidade Judici ria e ela precisa ser vista como um conjunto de pessoas com objetivos definidos com sentimento de prop sito e forma espec fica de pensar e agir Saber o que se quer e como se quer chegar estimando ao menos qual o caminho exato a ser percorrido porquanto um trabalho met dico e racional traduz um sentimento de rumo E saber para onde queremos ir j a metade do caminho Quando um processo chega porta da Vara do Trabalho com a Distribui o ele j deve ter em vista o caminho de volta ou seja para o Arquivo de forma definitiva ou pela inexist ncia da d vida cobrada com a declara o de improced ncia da reclama o ou pela extin o do feito ap s a devida execu o ou por qualquer outro motivo pois sempre persistir a indaga o quanto a impossibilidade concreta de definir o que seja mais doloroso deixar de receber o que nosso por direito ou ser demandado por algo que n o devemos Ao administrarmos uma Unidade Judici ria jamais poderemos esquecer que nenhum dano se
261. imento r pido demanda de uma determinada comunidade como quando da mobiliza o de qualquer meio de transporte por mais dispendioso que seja para remover pessoas de rea sujeita enchente O elemento econ mico pode ser sobrepujado ainda por outros como no caso de incremento de despesa oriundo de altera es no trajeto projetado de uma estrada para preserva o do meio ambiente ou de comunidades ind genas A transposi o deste princ pio para o campo do Direito do Trabalho se d prioritariamente na an lise do comportamento das partes componentes da rela o N o se admite que a atua o do empregador p blico ou do seu empregado sejam pautadas pela inefic cia No campo pr tico em vista da subordina o e fiscaliza o a qual sujeito resta f cil concluir que o princ pio incide com especial rigor sobre a avalia o de desempenho do empregado N o se pode admitir a perpetua o indiscriminada de rela o de emprego do estado com trabalhador que n o desempenhe com efic cia as tarefas lhe atribu das 2 Se no campo do direito privado esta avalia o subjetiva sujeitando se a julgamento do empregador que pode at mesmo resilir unilateralmente o contrato de trabalho caso n o satisfeito com o desempenho do empregado no campo do direito administrativo objetiva O empregador deve passar por mensura es peri dicas do seu desempenho observados crit rios pr vios fixos e claros Como ilustra
262. ina em que se prega a propriedade do Estado sobre os meios de produ o ao passo que o Liberalismo defende a m nima participa o do Estado outorgando se inclusive a regula o das rela es sociais sociedade ou ao mercado Ambas se sustentam na corrup o que afirmar ser inerente ao ser humano sendo que o Liberalismo atribui esta corrup o aos agentes p blicos que ocupariam seus cargos com o intuito de se locupletar ao passo que os socialistas referem que os detentores dos meios de produ o ou os capitalistas se apropriariam do valor agregado aos produtos atrav s do trabalho dos prolet rios Todavia nem uma nem outra teoria s o capazes de apresentar respostas satisfat rias para as suas pr prias fragilidades sendo certo que a derrocada do Socialismo nas na es do Leste Europeu tampouco confirma a preval ncia da doutrina Liberal uma vez que pa ses importantes que se dizem favor veis economia de mercado t m uma forte interven o estatal como se pode verificar do protecionismo estadunidense em rela o sua economia agr cola ou os pesados tributos que incidem sobre a renda nos pa ses n rdicos Tampouco se pode considerar que os pa ses do Leste Europeu tenham de fato tido um aut ntico Socialismo o que se depreende por exemplo do surpreendente n mero de milion rios e bilion rios que emergiram da R ssia t o pronto os meios de produ o que pertenceriam ao Estado passaram a iniciativa priva
263. inc pios o que se alcan aria sem d vida com a modalidade da concilia o acima apontada Quando por m frustrada tal suma opera o de considerar se ainda par metros de pondera o no sentido de tomar em conta que quanto maior a desigualdade entre as partes envolvidas maior deve ser a prote o conferida pelo ordenamento jur dico ao que est em desvantagem no plano de rela es e de que ao rev s quanto menor a desigualdade no mesmo plano de rela es maior seja a liberdade de contrata o o que no processo do trabalho assume particular significado porquanto se est lidar ao mesmo tempo com simples empregados a sal rio m nimo e em outra extremidade com altos executivos de empresa multinacionais sem deixar de considerar neste contexto os atletas de futebol profissional estes que se verdade que det m alta remunera o nem sempre contam com as necess rias condi es intelectuais para beneficiar se de uma maior autonomia na contrata o n o esquecendo que por isso e de regra tanto delegam a procuradores personal Na utiliza o da proporcionalidade em sentido estrito h sempre um balan o entre meios e fins considerado o peso abstrato de cada um dos direitos fundamentais envolvidos na opera o de modo a ver se superado o impasse estabelecido Os sub princ pios da adequa o e da necessidade dizem respeito a situa es f ticas envolvendo a adequa o a
264. io se d justamente 74 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 pela cren a na efetividade de sua presta o jurisdicional e pelo f cil acesso s informa es sobre os direitos trabalhistas atrav s dos sindicatos das categorias profissionais jornais televis o internet e outros meios de comunica o que d o ao trabalhador condi es de buscar repara es antes sequer cogitadas Outros os pessimistas atribuem tais n meros gigantescos de processos a julgar ao mero interesse na procrastina o dos feitos pelos devedores para os quais dever em ju zo tornou se um bom neg cio medida em que as demandas judiciais se prolongam no tempo e os juros incidentes sobre o cr dito final s o menores do que os de uma caderneta de poupan a H portanto uma invers o de valores porque o cidad o que busca o Judici rio sente se desvalorizado em rela o ao mau pagador e esse sentimento atinge n o apenas sua dignidade mas em cheio a credibilidade do Poder Judici rio A imagem passada sociedade a de que a Justi a cara lenta e conivente com aqueles que resistem ao cumprimento de suas obriga es sem nenhum respeito tica ou ao cidad o Nessa situa o o Juiz premido pela enorme quantidade de demandas sociais tenta solucionar o processo o mais r pido poss vel buscando minorar as cr ticas da sociedade ao trabalho que desenvolve Para tanto consome toda sua energia na an lise do
265. iplinar as chamadas despedidas imotivadas ou arbitr rias tentativa v e malograda Era sem d vida uma nova forma de restringir o poder potestativo do empregador impondo lhe condi es e limites adequados A Constitui o de 1988 protegendo a rela o de emprego contra a despedida arbitr ria subordina por m o princ pio Lei Complementar a ser promulgada pelo Congresso A despedida continua a ser uma prerrogativa do empregador que fica obrigado a pagar ao empregado 40 do saldo da conta vinculada no FGTS at promulga o da Lei Complementar Muita incompreens o surgiu na Constituinte em torno da discuss o da mat ria A ala conservadora supondo trata se da aboli o do poder patronal de despedir quando na realidade se trata de mais uma simples limita o do poder potestativo de rescindir o contrato A resili o unilateral do contrato de trabalho resulta de uma declara o de vontade da respectiva parte com poderes para colocar fim ao pacto empregat cio no Brasil conforme j reiteradamente exposto tem prevalecido h d cadas a ampla possibilidade jur dica da simples ruptura do contrato por ato estritamente arbitr rio do empregador em s ntese a den ncia vazia do Resili o unilateral do contrato de trabalho 3 GOMES Orlando GOTTSCAHLK lson Curso de Direito do Trabalho p 377 162 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 contrato de emprego a
266. is ju zes em cada Vara do Trabalho mais do que uma necessidade ou possibilidade um imperativo legal Todavia quando nela se fala ouvem se na 4 Regi o os mais diversos argumentos contr rios O mais frequente o da insufici ncia quantitativa de ju zes o mais desarrazoado No exato momento em que escrevo a p gina web do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o informa com dados de 26 09 2005 a exist ncia de 104 Ju zes do Trabalho Substitutos e 101 Ju zes do Trabalho Titulares At o final deste ano com a instala o das varas do trabalho criadas pela Lei 10 770 03 a Regi o contar com 115 Varas do Trabalho 115 Ju zes Titulares e 114 Ju zes Substitutos H projeto de lei em tramita o que prev a cria o de mais um cargo de Juiz do Trabalho Substituto para a Vara do Trabalho de S o Gabriel v nota 1 O quadro da resultante se n o o ideal afigura se como o mais favor vel j visto na Regi o ao menos desde o ano de 1993 ano de ingresso do autor na magistratura trabalhista E de fato a Lei 11 436 de 28 de dezembro de 2006 ao criar cargos e fun es no quadro de pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o confirmando a expectativa igualou o n mero de cargos de Ju zes Titulares e Substitutos ao n mero de Varas do Trabalho da 4 Regi o que hoje conta com 115 Varas do Trabalho 115 Ju zes do Trabalho Titulares e 115 Ju zes do Trabalho Substitutos 7 BASTOS M S
267. isdi es eram de 271 144 duzentos e setenta e um mil cento e quarenta e quatro e 347 049 trezentos e quarenta e sete mil e quarenta e nove habitantes contando o Munic pio de Porto Alegre com trinta 30 Varas do Trabalho rela o de 2 11 Varas do Trabalho por cem mil habitantes e os Munic pios de Novo Hamburgo e Canoas com cinco 5 e tr s 3 Varas do Trabalho e iguais n meros de cargos de Ju zes do Trabalho Titulares resultando em 1 84 e 0 86 Varas do Trabalho por cem mil habitantes Para resolver essa equa o a Corregedoria Regional tem adotado como permite o 1 do art 656 da Consolida o das Leis do Trabalho a divis o da regi o em circunscri es ou zonas Assim que editou considerado o per odo de 2001 em diante as portarias 01 2001 distribuindo 75 Ju zes do Trabalho Substitutos em 28 Circunscri es 14 2002 distribuindo 89 Ju zes do Trabalho Substitutos em 35 Circunscri es 08 2004 distribuindo 90 Ju zes do Trabalho Substitutos em 37 Circunscri es 38 2005 distribuindo 96 Ju zes Substitutos em 36 Circunscri es 32 2006 distribuindo 100 Ju zes Substitutos em 37 Circunscri es 79 2007 distribuindo 108 Ju zes Substitutos em 37 Circunscri es com apenas sete Ju zes do Trabalho Substitutos disposi o da Corregedoria Regional para o atendimento de imprevistos A an lise dessas portarias e dados estat sticos da 4 Regi o leva conclus o de que de um modo geral t m sido
268. issional dos assessores cujo trabalho tanto no primeiro quanto no segundo grau de jurisdi o qualifica se como imprescind vel demanda igualmente reflex o no que diz respeito ao recrutamento aperfei oamento e condi es de trabalho que a administra o dos servi os judici rios lhes proporciona O ambiente democr tico e de valoriza o da fun o institucional de cada um bom terreno para ouvir a experi ncia deste especial segmento de profissionais do Poder Judici rio 2 PERDA DA LEGITIMA O COMO PODER DESVALORIZA O DO JUIZ DA BASE 2 1 Temas para reflex o e estudo O duplo grau de Jurisdi o A cadeia recursal A fun o revisora dos Tribunais O problema do m todo Interpreta o bin ria Certo e Errado Forma o dogm tica A necessidade de repensar ou resgatar a concep o de Juiz natural Discurso c nico A fun o revisora dos Tribunais ideal e democraticamente necess ria transformou o primeiro grau de jurisdi o a partir da maneira como praticada simples inst ncia de passagem Ouve se n o raro em audi ncia n o mais somente nos corredores forenses que o caso vem sendo decidido pelas Cortes Superiores assim ou de tal forma e que portanto melhor instruir e aguardar a posi o do Tribunal Irrecus vel que esta forma de pensar e exercer a pr xis forense reduz a efic cia da senten a e sua potencialidade como instrumento de r pida solu o dos conflitos Mais pe
269. istrativo p 7 MEIRELLES Hely Direito Administrativo Brasileiro 17 ed p 83 HAURIOU Pr cis l metaire de droit admionistratif p 127 e seg in MEIRELLES Hely Direito Administrativo Brasileiro 1 ed p 58 5 Ibidem 168 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 42 Regi o n 02 2009 da fun o administrativa determinado muito menos pela lei que pela moralidade administrativa A moralidade administrava parte assim de conceitos afetos moral geral tais como a honestidade a probidade etc agregando lhe tra os espec ficos oriundos da pr xis e das particularidades do servi o p blico O principal destes tra os seria a cogente necessidade de observ ncia finalidade da Administra o qual seja a busca do bem comum Nesse ponto imperiosa se faz uma pequena digress o acerca da raz o de existir da administra o p blica no magist rio irrepreens vel de Ruy Cirne Lima Que administra o Merkl oferece nos resposta pergunta delineando nos um conceito amplo de administra o no qual esta caracterizada como a forma de atividade humana que obediente a um plano de ordem preestabelecida se prop e a realiza o de um fim determinado O elemento teleol gico ou final stico n o sem d vida o nico a sinalar especificamente essa forma ele atividade Mas n o h negar que constitui a nota principal dentre quantas comp em o conceito da administra o Conjugam se na palavra a
270. itivo legal observa se que legislador vinculou a obriga o de pagamento de indeniza o pela les o ao direito imagem pr tica de ato il cito que atinja a honra a boa fama ou a respeitabilidade do sujeito indevidamente exposto Ao faz lo distanciou se do esfor o doutrin rio de garantir autonomia do direito imagem do direito honra excluindo se as hip teses de repara o para as arbitr rias e n o autorizadas divulga es de imagens sem que haja necessariamente atentado honra da pessoa exposta Feitas essas breves e basilares considera es passa se ao pr ximo t pico com o debate sobre a possibilidade de extens o do direito imagem pessoa jur dica II DIREITO IMAGEM E PESSOA JUR DICA No item anterior em sucinto hist rico apontou se o reconhecimento dos direitos da personalidade como inatos pessoa natural sendo o princ pio da dignidade da pessoa humana o seu ponto de sustenta o A quest o ora formulada se a despeito da assertiva anterior h possibilidade de extens o da prote o s pessoas jur dicas Ap s discuss o acirrada na doutrina o C digo Civil de 2002 com a reda o do artigo 52 foi claro ao fixar Aplica se s pessoas jur dicas no que couber a 14 SOUZA Carlos Affonso Pereira Inova o Jurisdicional Programa de Capacita o em Poder Judici rio p 53 5 F bio Ulhoa Coelho afirma que o artigo n o deve ser interpretado restritivamente e que mesmo
271. ito do Trabalho 17 ed S o Paulo LTr 1997 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 191 VIANA Severino Coelho Impessoalidade na Administra o P blica Dispon vel no site http www pgj pb gov br site ceaf impessoalidade na admin doc WLASSAK Thomas O Princ pio da Publicidade Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 3425 WIKIP DIA a enciclop dia livre An nimo Carta Magna de Jo o sem Terra Dispon vel em http pt wikipedia org wiki Press oC3 A30 social sobre o Regime Militar de 1964HDiste ns C3 430 lenta 2C gradual e segura WIKIP DIA a enciclop dia livre An nimo Non omne quod licet honestum est Dispon vel no site http it wikipedia org wiki Non omne quod licet honestum est 192 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 PRINC PIO DA IGUALDADE NO MBITO TRABALHISTA ANALISE DO ARTIGO 384 DA CLT Rafael da Silva Marques Juiz do Trabalho Substituto RS SUM RIO Introdu o An lise Constitucional do disposto no artigo 384 da CLT Conclus o Fontes de Pesquisa INTRODU O O que se prop e com este breve ensaio chamar a aten o para um tema que vem sendo tratado de forma equivocada pela doutrina e jurisprud ncia nacionais a quest o de constitucionalidade do artigo 384 da CLT e sua extens o aos homens trabalhadores A era dos direitos exige a concretiza o de direitos Exige que homens e mul
272. ito pretendido por se constituir em crime e gerar direito tamb m indeniza o pelo dano moral da proveniente O ac rd o que consubstancia o julgamento de embargos de declara o opostos contra o julgado transcrito ainda mais exemplificativo amp Jus resistentiae Por isso que ligado ao cumprimento de uma obriga o contratual o dever de obedi ncia do empregado vai at onde vai o contrato Seria atentat ria da liberdade humana a obedi ncia fora dos limites tra ados pela destina o econ mica da presta o de trabalho A personalidade do empregado n o se anula com o contrato de trabalho raz o pela qual lhe reconhecido certo jus resistentiae no que respeita s determina es do empregador Assim pode ele legitimamente recusar se ao cumprimento de uma ordem por exemplo que o coloque em grave risco que fuja natureza do trabalho contratado que o humilhe ou diminua moralmente que seja il cita ilegal ou de execu o extraordinariamente dif cil MARANH O D lio Institui es de Direito do Trabalho p 251 Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o RO 1595 95 Rel Ant nio Carlos Facioli Chedid J 16 09 96 Dispon vel no site http www2 trt12 gov br acordaos 1996 07501a10000 08320 1996 pdf acessado no dia 20 out 2008 s 16h29min 174 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Despedida discriminat ria Racismo Direito reintegra o
273. ivis o de Sistemas Corporativos Tribut rios Sistema de Informa es ao Judici rio InfoJud Manual do Usu rio Trata se aliada primeira das inova es antes mencionadas tamb m de ferramenta de extrema utilidade para a agiliza o da execu o por via do fornecimento de informa es cadastrais e de c pias de declara es de renda em especial dos s cios executados que antes precisavam ser solicitadas por meio papel Receita Federal e que agora s o obtidas diretamente pelo Juiz da execu o sem delongas Nesta seqi ncia de inova es em termos de ferramentas o RENAJUD apresenta se da seguinte maneira 82 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 O sistema RENAJUD uma ferramenta eletr nica que interliga o Judici rio e o Departamento Nacional de Tr nsito DENATRAN possibilitando a efetiva o de ordens judiciais de restri o de ve culos cadastrados no registro Nacional de Ve culos Automotores RENAVAM em tempo real Ele foi desenvolvido mediante acordo de Coopera o T cnica entre o Conselho Nacional de Justi a o Minist rio das Cidades e o Minist rio da Justi a Por meio deste novo sistema os magistrados e servidores do Judici rio procedem inser o e retirada de restri es judiciais de ve culos na Base ndice Nacional BIN do sistema RENAVAM e estas informa es s o repassadas aos DETRANSs onde est o registrados os ve culos para registro em suas
274. jurisdicional Se bastante claro que a fun o do juiz seja a de julgar tamb m certo que as mudan as sociais e econ micas o desenvolvimento das reflex es te ricas da sociologia da ci ncia pol tica e da antropologia do direito modificaram sensivelmente a concep o do que seja a fun o do juiz na sociedade acrescendo fun o de julgar o reconhecimento de seu papel pol tico de seu papel enquanto agente propulsor de mudan as e tamb m de seu papel enquanto administrador Neste contexto medida que os problemas do sistema judici rio foram se agravando principalmente aqueles relacionados s quest es de morosidade na presta o jurisdicional e de credibilidade do sistema junto sociedade foi necess rio que a administra o dos rg os judiciais fosse focalizada 2 A Administra o uma rea do conhecimento pela qual o administrador identifica a problem tica dimensiona recursos planeja sua aplica o e desenvolve estrat gias para a sua solu o No entanto entendemos que a administra o judici ria deve ser efetivada em conjunto com a equipe de trabalho H pois necessidade desta equipe de trabalho com sensibilidade criatividade e muita for a de vontade buscar novas formas de atua o visando minimizar os preju zos da morosidade e da inefici ncia j que a natureza alimentar do cr dito exeq endo justifica a abrang ncia dos meios execut rios com a condu o processual que privilegia o cre
275. l do TRT da 4 Regi o n 02 2009 147 Neste quadro podemos exemplificar novamente com o pr prio TRT da 4 Regi o que ultimamente tem promovido e patrocinado cursos diversos oportunizando aos ju zes conhecimentos verdadeiramente amplos da especializa o ao mestrado em reas que v o dos Direitos Humanos forma o de magistrados oportunizando que o pluralismo se amplie mas tamb m que se alicerce em fundamentos s lidos decorrentes do estudo s rio e aprofundado CONCLUS O A cria o das escolas judiciais se encontra inserida no bojo da reforma do Judici rio advindo de um projeto macro encetado pelo Banco Mundial com fortes influ ncias do pensamento Liberal e destinado a enquadrar o Judici rio n o s terceiro mundista mas mundial em um pensamento nico Gra as todavia democracia que respira nosso pa s isso foi absorvido atrav s de um processo legislativo leg timo e portanto n o sequer republicano que se resista N o h d vidas que o regime anterior n o favorecia que os magistrados buscassem um aperfei oamento sendo que no momento em que estamos isso de uma import ncia capital para a evolu o da institui o Assim a boa administra o dos cursos de forma o dos magistrados fundamental para que se proporcione uma atmosfera favor vel evolu o do pensamento jur dico nos tribunais desde que garantidas a pluralidade de pensamento e a sua livre express o exigindo se em
276. la o de objetivos para justificar a raz o de sua exist ncia a empresa precisa alcan ar resultados consistentes Somente uma defini o clara da miss o da empresa possibilita ter objetivos claros e real sticos e e Ajuda a aumentar a produtividade muitas empresas que atingiram os limites do downsizing e da reengenharia descobriram que umas das poucas maneiras que ainda restaram para conseguir mais dos funcion rios ajudando os a encontrar um prop sito Para definir a miss o da sua empresa responda as perguntas abaixo a O que faz a empresa 28 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 b Como ela faz c Onde ela faz d Com qual responsabilidade social Princ pios e Valores Na tica de Serra 2004 uma empresa decide quais ser o seus princ pios e valores Os princ pios de uma empresa n o devem mudar para reagir a efeitos externos Segundo o mesmo autor os princ pios s ser o teis se forem efetivamente praticados por todos da empresa sendo eles em n mero reduzido e redigidos de forma clara e concisa An lise do Ambiente Externo e Interno Conforme Serra 2004 as empresas s o afetadas por fatores externos que independem dela e que podem interferir em seu desempenho e funcionamento Para a empresa j constitu da e que tenha definido seu neg cio miss o e princ pios deve ficar atenta ao meio em que est inserida analisando o ambiente com fregii ncia avaliando pe
277. la Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 N o deve ser admitida tamb m a divulga o de imagens quando da soltura de algu m por cumprimento de pena pois isso consistiria em bice sua reintegra o social H evidente interesse de ordem p blica na divulga o de fotografias e filmes de pessoas desaparecidas Por m como alerta Affornalli a invoca o de interesse p blico como forma de afastar o direito imagem deve ser visto com muita cautela porque os danos advindos de uso leviano da imagem sob invoca o de tal argumento dificilmente poder o ser reparados ainda que possam ser parcialmente compensados Salienta ainda a referida autora mencionando aula proferida por Silmara Juny de Abreu Chinelato e Almeida que se deve fazer diferencia o entre interesse p blico e interesse do p blico significando essa ltima express o toda a forma de intromiss o desnecess ria na vida alheia particular sobretudo na de personalidades art sticas e pol ticas visadas As pessoas not rias e p blicas t m naturalmente sua circunscri o privada diminu das em face do reconhecimento ou proje o que alcan aram perante o p blico ou determinada comunidade Como anota Gilberto Haddad Jabur a impossibilidade de vetar as intrus es em sua esfera ntima cresce ou diminui na mesma propor o do aumento ou diminui o de sua determinada proje o Determinada porque n o basta estar diante de uma pessoa fam
278. la sua efic cia produtiva s o indirectas e prospectivas S a concep o pragm tica da ci ncia permite romper com a circularidade da teoria BRASIL Constitui o do Brasil Interpretada e Legisla o Constitucional 7 ed atual EC n 55 07 S o Paulo Atlas 2007 p 403 3 SANTOS Boaventura de Souza Introdu o a uma ci ncia p s moderna 2 ed Porto Afrontamento 1990 p 170 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 45 Os exemplos recolhidos da legisla o nacional mostram avan os e recuos em torno do tema Se de um lado o veto ao inciso I do 1 do art 895 da CLT simboliza a manuten o do status quo de outro a inser o do 3 no artigo 515 do C digo de Processo Civil expressa e d sentido real a necessidade de assegurar se razo vel dura o do processo uma das express es do princ pio constitucional do devido processo legal Neste ltimo exemplo promove se ruptura de um modelo processual tecnicista e burocratizado passando a protagonistas os princ pios da celeridade e da efetividade processual Da realidade forense recolhe se que o Mandado de Seguran a vem sendo largamente utilizado como se recurso fosse sendo not vel v g no E Tribunal do Trabalho da 4 Regi o o n mero desta a o constitucional t pica impetrada contra atos dos ju zes de primeiro grau de jurisdi o o que provoca a seguinte indaga o ou os ju zes do primeiro grau de jurisdi
279. las partes prola o de decis es pelos ju zes e ao cumprimento de decis es pelos auxiliares do BOTTINI Pierpaolo Cruz A Reforma do Judici rio aspectos relevantes Revista da Escola Nacional da Magistratura Bras lia ano I n 3 p 89 99 abr 2007 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 135 Juiz mas tamb m e em muitos casos principalmente aos per odos em que os autos aguardam a ado o de provid ncias subsegiientes como a realiza o de audi ncias a certifica o do decurso de prazos e a confec o dos expedientes necess rios ao cumprimento de decis es S o as conhecidas etapas mortas do processo per odos em que a sua tramita o paralisada pela simples circunst ncia de n o ser praticado de imediato o ato necess rio sua continuidade A aus ncia de racionalidade no desempenho da atividade jurisdicional conduz o que pior ao surgimento de outras etapas mortas do processo nas quais tamb m podem ser inclu dos os per odos em que a tramita o do processo n o paralisada e a despeito de aparentarem situa o de normalidade em realidade s o per odos consumidos com a realiza o de dilig ncias in teis como a produ o de provas desnecess rias o excesso de contradit rio e a desnecess ria conclus o dos autos ao juiz n o raro apoiadas em praxes viciosas e injustific veis que se perpetuam no tempo por mero esp rito conservador 2 2 Solu e
280. legre RS Fone Fax 51 3346 9222 Fone 51 3255 2683 3255 2684 e mail hseditora O hseditora com br e mail escola Otrt4 jus br www hseditora com br www trt4 jus br SUM RIO PREF CIO aeee EEE ET Aprendendo a Fazer o Futuro Breves Notas de um Percurso dos Tribunais Brasileiros no Caminho da Moderniza o Flavio Portinho Sirangelo erre eraeeeaeea cera nenaceeaarerenereranas tica e Responsabilidade Social Carmen Izabel Centena Gonzalez ccctiterrererenenenenenanenenenenanaeaeaeneneneneneaeaeats Planejamento Estrat gico Ferramentas de Gest o Estrat gica Denise Pachet seram aene e ane paS af e vo vitae USE GS sa adiada deentas sad O Princ pio Constitucional da Unicidade de Jurisdi o O Duplo Grau de Jurisdi o Iris Limade More Ssi ese erit amava ara da ea SECR ga O acao E sa Dea Ena O Judici rio e a Sociedade Reflex es sobre o Papel da Justi a do Trabalho no Meio Social e a sua Perman ncia como Ramo Aut nomo do Poder Judici rio Marcelo Gon alves de Oliveira eeeererereeaeeeeeeerereraceaea O Juiz e a Sociedade Maria Madalena Telesca eseseaenerenenenenenenenenenenenenenenenenessaanananananananaas O Poder Judici rio e a Sociedade Angela Rosi Almeida Chapper ee ereeeaeea rena rerareeaeeaneaaanas Inova o Jurisdicional no Campo do Direito e do Processo do Trabalho Novas Ferramentas para Efetividade da Execu o Trabalhista Como Superar
281. lexo da doutrina do Estado m nimo a ponto de se tornar fluente o uso da express o neo liberalismo em refer ncia a esse momento A ado o de tal 180 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 O fundamento para inser o da efici ncia decorreu da aplica o de uma l gica privada de elementos provindos da competi o de mercado e focados na redu o dos custos e na exacerba o dos resultados lucros por meio principalmente da implanta o de processos de produ o eficazes A preval ncia da cultura liberal e a decad ncia do seu desdobramento no welfare pol tica consequ ncia a uma s rie de fatores dentre os quais destacamos a influ ncia das Institui es financeiras internacionais Dentro desse panorama que adv m de uma nova filosofia decorrente de novos acontecimentos e de novas condi es econ micas sociais e hist ricas n o refletidas pelo constituinte de 1988 foi editada a Emenda Constitucional n 19 98 que veio instrumentalizar as mudan as que se apontavam como necess rias remo o de obst culos da Carta de 1988 implanta o plena dos postulados da Administra o Gerencial LIMA S dia Maria Porto A Emenda Constitucional n 19 98 e a administra o gerencial no Brasil Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 475 acessado no dia 08 nov 2008 s 15h40min 36 Os fundamentos te ricos que justificaram as reformas ad
282. licar mas a despeito de muitos deles apresentarem conte do igual ou semelhante a sugerir a necessidade de tratamento coletivo capaz de conduzir a solu es uniformes permanecem sendo submetidos a tratamento jurisdicional individualizado E ainda insignificante a busca de solu es amig veis para os conflitos por meio de m todos que dispensem o exerc cio da atividade jurisdicional Em termos estruturais o aparelho judici rio muito em raz o da falta de autonomia financeira apresenta defici ncias que tamb m comprometem o bom desempenho da atividade jurisdicional como por exemplo i o reduzido n mero de ju zes motivado n o raro pela dificuldade de preenchimento dos cargos existentes e servidores e ii as parcas condi es materiais dispon veis aos rg os judici rios em virtude do que ainda reduzido o aproveitamento de recursos tecnol gicos que fazem parte do cotidiano da sociedade como aqueles ligados rea de inform tica Aliada ao crescente aumento do n mero e da complexidade das demandas e precariedade da estrutura material do Poder Judici rio a disciplina processual tamb m contribui para o agravamento dos problemas enfrentados pela atividade jurisdicional Conquanto consider veis venham sendo os esfor os desenvolvidos nos ltimos tempos especialmente no dom nio legislativo visando a disciplin lo de modo a assegurar resultados socialmente justos e teis o processo judici rio ainda e
283. limitada a prote o nele referida ao aumento para quatro vezes da porcentagem prevista no artigo 6 caput e 1 da Lei n 5 107 de 13 de setembro de 1966 II fica vedada a dispensa arbitr ria ou sem justa causa a do empregado eleito para cargo de dire o de comiss es internas de preven o de acidentes desde o registro de sua candidatura at um ano ap s o final de seu mandato b da empregada gestante desde a confirma o da gravidez at cinco meses ap s o parto O ato unilateral de extin o do contrato de trabalho seja ela a prazo determinado ou indeterminado definido pela doutrina em vista principalmente das disposi es constantes no Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias como um direito potestativo do empregador Vejamos as li es de Orlando Gomes lson Gottschalk e Maur cio Godinho Delgado A despedida licenciement licenziamento entlassung despido pode se dar sem justa causa ou com justa causa merecendo as duas modalidades disciplina jur dica distinta Mesmo no contrato por tempo determinado em que um termo preestabelecido deveria impor s partes uma vincula o real reconhece se hoje a dispensa da interven o judicial Com as restri es e condi es acima referidas o empregador possui portanto o direito de promover por iniciativa pr pria a rescis o unilateral independentemente de recorrer autoridade judici ria Entre n s intentou se disc
284. luorescentes usadas no mbito do TRT empresa Brasil Recicle Ltda especializada para esse fim para fins de descontamina o e destino final e Descarte dos res duos ambulatoriais e dos leos 22 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 e Coleta seletiva de res duos no mbito da Secretaria de Apoio Administrativo com recipientes individuais para pl sticos e vidros e Disciplinamento sobre o uso de papel impress o frente e verso dos documentos e utiliza o de papel reciclado nos impressos Ademais para propiciar a divulga o do trabalho de artistas locais foi criado o Espa o Cultural no pr dio sede do Tribunal e no pr dio das Varas do Trabalho da Capital REFER NCIAS BOM J NIOR Dem trio Luiz Pedro As Empresas Cumprem com a Responsabilidade Social Dispon vel eletronicamente www rh com br ler php cod 3659 Acesso em agosto de 2008 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda Novo Dicion rio Aur lio Revista e Ampliada Rio de Janeiro Editora Nova Fronteira 2005 MAXIMIANO Ant nio C sar Amaru Teoria Geral da Administra o da revolu o urbana revolu o digital S o Paulo Editora Atlas 2004 MOREIRA Joaquim Manh es A tica Empresarial no Brasil S o Paulo Pioneira 1999 NADAS Peter tica e Responsabilidade Social Dispon vel eletronicamente www mapadaterra wordpress com Acesso em agosto de 2008 QUEIROZ Adele et al tica e Responsabilidade Social nos N
285. m os mandamentos constitucionais formada justamente pelos princ pios jur dicos em raz o de sua especial dimens o e capacidade de expans o no ordenamento Na doutrina constitucional os princ pios eram distinguidos das normas e relegados intangibilidade posi o que lhes suprimia grande parte da efic cia Notemos o ensinamento de Jos Afonso de Souza onde se v impl cito o car ter et reo atribu do aos princ pios somente afastado quando consagrados expressamente em lei As normas s o preceitos que tutelam situa es subjetivas de vantagem ou de v nculo ou seja reconhecem por um lado a pessoas ou a entidades a faculdade de realizar certos interesses por ato pr prio ou exigindo a o ou absten o de outrem e por outro lado vinculam pessoas ou entidades obriga o de submeter se s exig ncias de realizar uma presta o a o ou absten o em favor de outrem Os princ pios s o ordena es que se irradiam e imantam os sistemas de normas s o como observam Gomes Canotilho e Vital Moreira n cleos de condensa es nos quais confluem valores e bens constitucionais Mas como disseram os mesmos autores os princ pios que come am por ser a base de normas jur dicas podem estar positivamente incorporados transformando se em normas princ pio e constituindo preceitos b sicos da organiza o constitucional Os princ pios contudo s o normas de consenso que podem
286. mandas sociais de seu tempo N o se apercebeu preso que estava ao mundo abstrato das normas processuais que o papel criativo law making dos ju zes a sua responsabilidade poder pelo desenvolvimento do direito 24 cresceu enormemente no curso do nosso s culo e especialmente nos dec nios seguintes a segunda guerra mundial conforme observa Mauro Cappeletti N o se defende a chamada assun o pelo Poder Judici rio das atribui es concernentes ao Welfare State mas percep o do Direito do mundo real onde est o as pessoas que clamam pela realiza o de direitos e deveres fundamentais Este repensar da pr tica judicial necessariamente coloca em linha de debate a desmedida valoriza o do processo civil nos bancos acad micos O demasiado apego ao direito processual fez com que se pensasse fosse ele a figura mais proeminente no cen rio dos estudos jur dicos impedindo pelo v u da ret rica processualista se enxergasse o direito material o direito das pessoas que na urg ncia de suas demandas de cidad os n o est o com fundadas raz es interessadas na teia processual h bil e diuturnamente constru da nos autos dos processos ensejando esta realidade que algu m em data recente dissesse que a justi a que se produz no Brasil uma justi a que nunca acaba A experi ncia em outras ordens jur dicas pode ao menos dar uma id ia de que outro mundo poss vel no que conce
287. manente e cont nuo b sempre voltado para o futuro c Preocupa se com racionalidade da tomada de decis es d Seleciona determinado curso de a o e Sist mico f Iterativo g uma t cnica de aloca o de recursos de forma antecipada estudada e c clica h T cnica c clica i Fun o administrativa que interage dinamicamente com as demais j T cnica de coordena o e k T cnica de mudan a e de inova o 2 3 3 Planejamento Operacional Conforme Serra 2004 o planejamento operacional identifica os processos e procedimentos espec ficos requeridos nos n veis inferiores da organiza o Geralmente apresentam planos para per odos de tempo bastante curtos e focalizam tarefas rotineiras 30 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 De acordo com Chiavenato 2003 pode ser visualizado como um sistema come a com os objetivos estabelecidos pelo planejamento t tico desenvolve planos e procedimentos detalhados e proporciona informa o de retroa o Caracteriza se pelo detalhamento com que estabelece as tarefas pelo car ter imediatista focalizando o curto prazo 2 4 Ferramentas de Gest o Na vis o de Colenghi 1997 o Planejamento Estrat gico para atingir seus objetivos utiliza v rias ferramentas de gest o estrat gica entre elas 1 Brainstorming o processo destinado gera o de id ias sugest es criativas possibilitando ultrapassar os limites e paradigmas dos membr
288. mediatamente descritivas primariamente retrospectivas e com pretens o de decidibilidade e abrang ncia para cuja aplica o se exige a avalia o da correspond ncia sempre centrada na finalidade que lhes d suporte ou nos princ pios que lhes s o axiologicamente sobrejacentes entre a constru o conceitual da descri o normativa e a constru o conceitual dos fatos Os princ pios s o normas imediatamente final sticas primariamente prospectivas e com pretens o de complementaridade e de parcialidade para cuja aplica o se demanda uma avalia o da correla o entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos decorrentes da conduta havida como necess ria sua promo o Voltando nosso olhar ao Direito P blico e com isso mais proximamente ao objeto deste estudo constituiriam os princ pios dispostos no caput do artigo 37 da Constitui o Federal para o mestre Hely Lopes Meirelles por assim dizer os fundamentos da a o administrativa ou por outras palavras os sustent culos da atividade p blica Alguns doutrinadores em posi o que traduz a melhor interpreta o da atual Constitui o Federal concedem queles posi o prevalente como por exemplo Juarez de Freitas De sua vez o Direito Administrativo deve ser definido como o sistema de princ pios normas e valores que regem as rela es internas e externas da Administra o P blica assim entendidas A prop sito deste conceito de Direito
289. mento de manuten o de um capitalismo irrespons vel Destarte os operadores do Direito e em especial os Ju zes do Trabalho devem exercer seu papel de protetores dos trabalhadores em seus direitos mais b sicos de cidadania como sua dignidade sua honra e sua integridade f sica e moral uma vez que o trabalho humano n o pode ser visto como uma mercadoria pass vel de barganhas pelo empregador Para isso as atitudes do Juiz devem buscar sempre a progress o da melhoria das condi es de trabalho e dos direitos do trabalhador como forma de desestimular pr ticas afrontadoras dos valores fundamentais Note se que sob o falso argumento de que os direitos trabalhistas s o impeditivos ao incremento do emprego no Pa s se permite o trabalho sem Carteira de Trabalho assinada o que gera um cidad o sem o aux lio previdenci rio e futuramente sem a aposentadoria a indiscriminada contrata o de empresas terceirizadas a imposi o de cria o de firmas individuais como requisito para admiss es de alguns trabalhadores a cria o de Cooperativas de fachada enfim um leque de situa es onde os direitos sociais s o colocados margem como se fossem os verdadeiros vil es com atendimento a argumentos meramente econ micos ou de seguran a jur dica dos contratos Em verdade a prote o aos direitos trabalhistas n o se constitui em fator negativo para o desenvolvimento econ mico Parece nos ao contr rio que o descumprimento de
290. mento h o de levar em conta o movimento processual das unidades judici rias semelhan a do que hoje ocorre como prerrogativa da Corregedoria Regional e ou do rg o Especial do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regi o A organiza o interna e a divis o do trabalho nas Varas do Trabalho dotadas de Juiz Substituto Auxiliar bem como a programa o dos per odos de afastamento e as substitui es eventuais devem ser atribu das responsabilidade dos Ju zes da Vara do Trabalho Titular e Auxiliar Substituto aos quais cabe por certo prestar contas do desempenho pr prio e do da unidade aos rg os de fiscaliza o da atua o jurisdicional em padr es compat veis com a atua o permanente de dois magistrados podendo aqueles rg os intervir nas hip teses em que necess ria a atua o correcional ou mesmo disciplinar Essa forma de trabalho de resto ocorre em qualquer empreendimento minimamente organizado nas pr prias secretarias das Varas do Trabalho e setores administrativos do E Regional em rela o aos seus servidores de modo a evitar que na aus ncia do titular de determinado cargo ou fun o fique inteiramente paralisado o trabalho da unidade judicial ou administrativa Al m disso evita se o recorrente problema de ao t rmino dos per odos em que estabelecidos os regimes de ju zes auxiliares ficarem os magistrados que atuam nas Varas do Trabalho na inc moda d vida quanto manuten o dos referi
291. mento p blico Assim o presente trabalho teve como objetivo contribuir para o debate no sentido de que para se alcan ar efic cia da presta o jurisdicional necess rio que a equipe de trabalho deixe de ser uma mera espectadora da cena judici ria uma vez que A efic cia da reflex o e do planejamento estrat gico depende mais da capacidade inventiva e criadora da nova vis o e das possibilidades do que da capacidade anal tica ou intuitiva de perseguir caminhos j tra ados N o se almeja a imparcialidade na an lise do objeto de estudo deste trabalho Muito pelo contr rio Na condi o de Magistrada Trabalhista pretendeu se mostrar a necessidade de o Juiz do Trabalho tomar as r deas do destino processual de sua Unidade Judici ria atuando de forma positiva e en rgica de forma a viabilizar que a mudan a do jeito de ver sentir e executar os atos cartoriais se desenvolva a partir da pr pria expedi ncia do grupo de trabalho 10 LUCENA Maria Diva da Salete Ob cit p 16 MOTTA Paulo Planejamento Estrat gico Programa de Capacita o em Poder Judici rio FGV p 18 110 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Nas palavras de S lvio de Figueiredo Teixeira A transforma o do Judici rio brasileiro tarefa complexa e dif cil especialmente porque al m de interesses que eventualmente ser o contrariados os v cios e anomalias v m de s culos Mas vi vel e imperiosa
292. ministrada em Porto Alegre em outubro de 2008 enfocou que do ponto de 54 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 vista de gest o o Poder Judici rio tem um produto que a senten a a decis o que termina com um conflito Esse produto deve ter um resultado que se espera a saber a redu o ou supress o de demandas sobre o lit gio j decidido a pacifica o social sobre o tema Por m na pr tica se enfrenta um desafio que a cultura de n o valorizar a decis o judicial pela recorribilidade e diversidade de decis es em Tribunais regionais e Superiores Segundo o professor ocorre predomin ncia de pol ticas empresariais que geram demandas patol gicas Armando Cunha apresenta uma l gica de raciocinar os problemas do ponto de vista estrat gico primeiro se verifica o resultado esperado depois o produto que se disp e para o resultado e por fim os meios necess rios para que o produto atinja seu resultado O foco deve ser o resultado esperado esticar o olho no horizonte temporal nas palavras do professor Armando Cunha orienta que devem ser abertos canais de comunica o divulgando as decis es e seus fundamentos de forma tal a convencer os agentes sociais da comunidade for ando a mudan a da referida pol tica empresarial Em resumo para atingir seus resultados esperados o Poder Judici rio deve se conectar com os v rios agentes sociais Observa se que a linha de pensamento de Maria Ter
293. ministrativa como objeto da prote o deste rem dio a o popular Por outro lado pode se pensar na dificuldade que ser desfazer um ato produzido conforme a lei sob o fundamento de v cio de imoralidade Mas isso poss vel porque a moralidade administrativa n o meramente subjetiva porque n o puramente formal porque tem conte do jur dico a partir de regras e princ pios da Administra o A lei pode ser cumprida moralmente ou imoralmente Quais ent o seriam a defini o e a abrang ncia do princ pio da moralidade atribu da a Hauriou doutrinador Franc s a sistematiza o inicial de uma defini o do princ pio na administra o p blica Ele o identificou com a moral jur dica entendida esta como o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administra o O administrador como ser pensante dever distinguir entre o bem e o mal obedecendo n o s lei jur dica mas tamb m lei tica da Das IIE OLA 53 pr pria institui o sendo a ela pela sua conduta interna Hauriou distinguiu ainda o desvio de poder da viola o lei estipulando que a individua o do primeiro n o se reduz legalidade como se tem dito pois o objetivo HEGEL Georg Wilhelm Friedrich Princ pios da Filosofia do Direito p 106 107 e 118 9 5 DA SILVA Jos Afonso Curso de direito Constitucional Positivo p 398 9 5 GASPARINI Di genes Direito Admin
294. ministrativas entre elas a mencionada Emenda Constitucional n 19 est o explicitados no Plano diretor de reforma do estado Transcrevem se alguns trechos elucidativos 1 Introdu o A reforma do Estado envolve m ltiplos aspectos O ajuste fiscal devolve ao Estado capacidade de definir e implementar pol ticas p blicas Atrav s da liberaliza o comercial o Estado abandona a estrat gia protecionista da substitui o de importa es O programa de privatiza es reflete a conscientiza o da gravidade da crise fiscal e da correlata limita o da capacidade do Estado de promover poupan a for ada por interm dio das empresas estatais Por esse programa transfere se para o setor privado a tarefa da produ o que em princ pio este realiza de forma mais eficiente Finalmente por meio de um programa de publiciza o transfere se para o setor p blico n o estatal a produ o dos servi os competitivos ou n o exclusivos de Estado estabelecendo se um sistema de parceria entre Estado e sociedade para seu financiamento e controle 6 1 Objetivos Globais Limitar a a o do Estado quelas fun es que lhe s o pr prias reservando em princ pio os servi os n o exclusivos para a propriedade p blica n o estatal e a produ o de bens e servi os para o mercado para a iniciativa privada 6 3 Objetivos para as Atividades Exclusivas Transformar as autarquias e funda es que possuem poder de Estado em ag ncias aut nomas
295. mo um produto do conv vio continuado em determinado per odo e local Observados estes elementos afigura se claro que o discurso sobre qualquer conte do moral exige contextualiza o e individua o do seu meio ou seja uma sociedade A an lise do seu 4 Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho RR 642040 Rel Altino Pedrozo dos Santos J 03 12 2004 Dispon vel no site lt http www2 sintese com cgi bin om isapi dll clientID 743904234 amp advquery Sbfield 20NumEmenta 3a130132848 5d amp infobase cd58tsti amp record 51574 amp softpage Browse Frame Pg42 gt acessado no dia 09 nov 2008 s 14h29min 4l Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o RO V A 00461 2005 041 12 00 5 Ref Ju za Viviane Colucci J 04 10 2005 Dispon vel no site lt http ftrtapl3 trt 12 gov br csmj 2005 13744 05 doc gt acessado no dia 09 nov 2008 s 12h05min 164 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 E n Pee e RR conte do resulta vazia sem a especifica o dos seus destinat rios A moral compreende conclui se particularidades culturais temporais e geogr ficas O direito deriva da moral sendo esta mais ampla que aquele popular o dito nem tudo que legal moral ainda hoje de uso corrente e com ra zes no direito romano Isto porque h expressiva gama de atitudes condenadas pela maioria da sociedade condutas moralmente reprov veis que s o indiferentes s no
296. momentos antecedentes e precedentes ao fato desencadeador da prova que se busca no processo atrav s do estudo psicol gico do caso concreto A minuciosa an lise do feito dificultada por uma rotina estressante de trabalho tornando extremamente penoso colocar em sintonia o ritmo acelerado do n mero de processos ajuizados anualmente em progress o vertiginosa com a qualidade do julgamento fazendo com que a presta o jurisdicional seja preponderantemente embasada no direito positivo para que tenha um m nimo de celeridade Desta forma imprescind vel que os Ju zes visando melhorar a sociedade em que vivem aperfei oem princ pios ticos e n o se intimidem em tomar posi es individuais ou atrav s de suas Associa es que reflitam a preocupa o com a qualidade dos julgados aliada efic cia e celeridade de suas decis es pois o sil ncio do magistrado frente s injusti as sociais cobrado pela sociedade com danos fatais para a imagem do Poder Judici rio N o deve o julgador trabalhista agir passivamente como mero homologador de injustas concilia es onde n o raro sempre as mesmas empresas pagam os cr ditos devidos a seus empregados somente ap s um longo e desgastante processo eivado de atos protelat rios N o enfrentando tais situa es que se repitam na comunidade em que atue estar falhando desastrosamente na tarefa de fazer valer a ordem jur dica social e querendo ou n o ser mero instru
297. mpatibilizar seus objetivos recursos potencialidades e limita es com as condi es ambientais no sentido de extrair o m ximo das oportunidades externas e expor se o m nimo s amea as coa es e conting ncias ambientais Ao olhar de Serra 2004 existem tr s componentes que definem a estrat gia a Posicionamento a cria o de uma posi o valiosa e nica que envolve um conjunto diferente de atividades Consiste em desempenhar as mesmas atividades de diferentes maneiras das exercidas pelos competidores b Op es Excludentes trade off requer que sejam feitas op es para competir ou seja deve se escolher o que n o deve ser feito e c Sinergia implica em criar sinergia entre as atividades da organiza o As escolhas de posicionamento e os trade offs determinam n o s as atividades que devem ser descartadas mas tamb m o modo como devem relacionar se umas com as outras Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 25 2 PLANEJAMENTO Neste cap tulo ser abordado o conceito de planejamento seu processo formal seus n veis de planejamento e as ferramentas de gest o utilizadas 2 1 Conceitos de Planejamento Segundo Chiavenato 2003 planejamento pode ser conceituado como o processo desenvolvido para o alcance de determinada situa o desejada de modo eficiente eficaz e efetivo com a melhor concentra o de esfor os e recursos pela empresa Al m disso o planejamento pode s
298. mplo sigilo dos dados de prontu rios m dicos nos ambulat rios e hospitais p blicos sigilo de dados de processos disciplinares para quem n o for sujeito do processo antes de decis o final sigilo de dados de processos administrativos por il citos fiscais para quem n o for sujeito antes de decis o final 12 Direito Administrativo Moderno p 126 7 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 187 O administrador p blico assim n o poderia informar a remunera o percebida especificamente por determinado empregado no caso de gen rica solicita o de qualquer membro da sociedade Poderia entretanto em resposta a uma pesquisa acerca da folha de pagamento fornecer os valores dos sal rios pagos sem especifica o do nome daqueles que as percebem atendendo ao ditame do ltimo artigo transcrito Excepcionalmente frente a espec fico e justificado interesse de igual ou superior magnitude pode o dever de sigilo ser sobrepujado Mencionem se a t tulo de exemplo os casos de ordem judicial proferida nos autos de inqu rito ou processo criminal nos autos de a o de a o de alimentos etc Dentre estas exce es quando verificada a preval ncia do interesse p blico a Pts o 103 z pr pria Consolida o das Leis do Trabalho traz uma solu o o confronto dos princ pios Consolida o das Leis do Trabalho Art 8 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta
299. muitas vezes in cuas ou ent o geradoras de controv rsias sobre a sua interpreta o e o seu alcance de tal modo que t m de ser resolvidas nos tribunais O direito nesse contexto n o consegue ter imperatividade imediata n o reconhecido na sua for a coercitiva ou n o sequer compreendido tornando se numa esp cie de soft law o que serve para alimentar no campo do direito laboral por exemplo as iniciativas e ou investidas de flexibiliza o Desse cen rio nasceram conflitos que desaguaram em milhares de demandas judiciais criando um ambiente caracterizado por repetida e crescente litigiosidade No ano de 2003 o Poder Judici rio do Brasil recebeu cerca de 17 milh es e quinhentos mil casos novos em todas os seus ju zos Havia na poca um total 10 A express o postura de espectador de PRATES Marco Aur lio Spyer BARRES Betania Tanure de Encontra se no estudo O Estilo Brasileiro de Administrar In Cultura Organizacional e Cultura Brasileira S o Paulo Atlas 1997 p 61 4 FARIA Jos Eduardo Sociologia Jur dica Direito e conjuntura S o Paulo Saraiva 2008 p 75 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 11 de 13 474 ju zes no pa s Houve crescimento da produ o jurisdicional por m desacompanhado at pouco tempo atr s de pol ticas judici rias consistentes para administrar o ingresso de toda essa demanda jurisdicional Tornaram se intermin veis
300. n 02 2009 APRENDENDO A FAZER O FUTURO BREVES NOTAS DE UM PERCURSO DOS TRIBUNAIS BRASILEIROS NO CAMINHO DA MODERNIZA O Flavio Portinho Sirangelo Desembargador do TRT da 4 R RS SUM RIO Introdu o 1 Uma longa hist ria de isolamento e burocracia para entender e superar 2 Cr nica de uma crise anunciada 3 Por que chegamos onde estamos 4 Os ju zes e os problemas da administra o judici ria 5 Elementos essenciais ao planejamento estrat gico no judici rio 5 1 Fazendo o que parece bvio definir e disseminar a finalidade do trabalho e o conte do da miss o 5 2 preciso mudar o modo de trabalhar 5 3 preciso coes o institucional para superar dificuldades e implementar mudan as 5 4 preciso que as pessoas envolvidas tenham poder de posi o 5 5 preciso investir no aprendizado como pol tica institucional estrat gica Conclus o Refer ncias Bibliogr ficas INTRODU O Quem estiver habituado ao argumento direto e pragm tico compreender mais facilmente a assertiva de que no Direito como na Arquitetura a forma deve seguir os ditames da fun o N o por acaso a afirma o de um professor de Direito dos EUA Paul D Carrington autor de um texto cl ssico sobre os recursos processuais e os tribunais de apela o daquele pa s Os norte americanos notaram desde sempre que a administra o eficaz da Justi a se relaciona diretamente com a sua independ ncia Perceberam que o exerc
301. n ado Assim o princ pio da efici ncia orienta a atividade administrativa no sentido de conseguir os melhores resultados com os meios escassos de que se disp e e a menor custo Rege se pois pela regra de consecu o do maior benef cio com o menor custo poss vel SERESUELA N vea Carolina de Holanda Princ pios Constitucionais da Administra o P blica Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 3489 amp p 2 acessado no dia 10 out 2008 s 9h13min 182 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 O elemento econ mico no correr desta s ria de ju zos realizados pelo administrador apenas um daqueles que devem ser sopesados Note se que a efici ncia estatal pode residir na consecu o de determinado fim com o menor sacrif cio para os administrados Na condu o da burocracia inerente Previd ncia Social por exemplo considerado apenas os aspectos administrativo e econ mico interessante o chamado a todos aqueles que gozam de benef cios previdenci rios para um recadastramento com o fito de descobrir e inibir fraudes Sob a tica humana contudo chamar indiscriminadamente esta massa de pessoas constitu da em sua maioria por velhos e enfermos a postos de atendimento lotados e com parca infra estrutura constitui um atentado ao bom senso e ao final em uma provid ncia destinada inefic cia A efici ncia pode residir ainda de forma exemplificativa no atend
302. n mico Celso Ant nio Bandeira de Mello inclusive confunde os Nele se traduz a id ia de que a Administra o tem que tratar a todos os administrados sem discrimina es ben ficas ou detrimentosas Nem favoritismo nem persegui es s o toler veis Simpatias ou animosidades pessoais pol ticas ou ideol gicas n o podem interferir na atua o administrativa e muito menos interesses sect rios de fac es ou grupos de qualquer esp cie O princ pio em causa n o sen o o pr prio princ pio da igualdade ou isonomia Est consagrado explicitamente no art 37 caput da Constitui o Al m disso assim como todos s o iguais perante a lei art 5 caput a fortiori teriam de s la perante a Administra o Odete Medauar igualmente identifica o princ pio da impessoalidade com o da isonomia Os aspectos apontados acima representam ngulos diversos do intuito essencial de impedir que fatores pessoais subjetivos sejam os verdadeiros m veis e fins das atividades administrativas Com o princ pio da impessoalidade a Constitui o visa obstaculizar atua es geradas por antipatias simpatias objetivos de vingan a repres lias nepotismo favorecimentos diversos muito comuns em licita es concursos p blicos exerc cio do poder de pol cia Busca desse modo que predomine o sentido de fun o isto a id ia de que os poderes atribu dos finalizam se ao interesse de toda a coletividade portanto a resulta
303. n o pode ocorrer sem que haja expressa fundamenta o do ato Na hip tese ora tratada obviamente o administrador n o declarar sua real motiva o discrep ncia que por si s j macularia o ato de invalidade Ambas as m culas est o presentes no caso abaixo retratado Emprego P blico Exonera o por simples ato administrativo em motiva o comprovada da inaptid o do servidor Ilegalidade mormente quando o ato vem maculado pela indignidade moral da pr tica do racismo Confronto com os princ pio de valora o da pessoa humana O ingresso no servi o p blico mediante o preenchimento de todos os requisitos da Constitui o Federal faz nascer o direito ou melhor a expectativa de estabilidade e ou conforme o caso garantia de motiva o das decis es sendo a exonera o ou demiss o indispensavelmente precedida na forma da doutrina e da jurisprud ncia da demonstra o cabal de inaptid o do servidor s fun es desempenhadas Simples ato administrativo sem motiva o afronta o poder discricion rio e envereda nas raias do arb trio Direito reintegra o que merece ser deferido notadamente ainda quando transparece da prova que a despedida praticada pelo ente paraestatal ou melhor pelo servidor respons vel pela escolha dos demitidos vulnera at os princ pios de respeito dignidade do homem tica social a moralidade mediante a pr tica hedionda do racismo cuja puni o social ultrapassa o dire
304. nc pio institucional por for a do qual ao julgarem se devem sentir desligados de qualquer subordina o hier rquica um privil gio duro que imp e a quem dele goza a coragem de ficar s consigo mesmo sem que se possa comodamente arranjar um esconderijo por detr s da ordem superior Talvez tenha sido esta a raz o por que o ju zo colectivo que se considera como uma garantia de justi a para as partes foi inventada a favor dos ju zes a fim de lhes permitir uma certa companhia na solicitude da sua independ ncia Ou deve ser um int rprete da tica da sociedade em que est inserido de forma atenta para julgar n o conforme sua tica pessoal mas sim de acordo com a tica que emana do meio social J rgen Habermas na obra A Inclus o do Outro Estudos de Teoria Pol tica ao tratar da neutraliza o de conflitos de valor p gina 318 e seguintes compara seus estudos com os de Thomas McCarthy e fala sobre o repert rio limitado do estado democr tico de direito para a regulamenta o de conflitos de valores que resultam das inevit veis intera es entre grupos de culturas diferentes e que coexistem em um mesmo pa s ressaltando dois recursos de neutraliza o normativa das diferen as a garantia da coexist ncia em igualdade de diretos e o asseguramento da legitima o mediante procedimentos Cumpre que se estude o primeiro recurso no qual o autor ressalta que preciso buscar uma regulamenta o neutr
305. ncionados direitos est o em rota colis o entre si isto em termos de regras um se faz excludente do outro demandando a aprecia o judicial da hip tese socorro aos princ pios que subjazem s regras para efeito de dirimir o conflito posto Neste contexto releva mencionar quanto ao primeiro dos bens penhor veis dinheiro o que tamb m diz respeito diretamente a s cio e ex s cios e milita em favor dos mesmos ou seja o veto presidencial possibilidade de ver se penhorado at 40 quarenta por cento do total recebido mensalmente acima de 20 sal rios m nimos calculados ap s efetuados os descontos de imposto de renda retido na fonte contribui o previdenci ria oficial e outros descontos compuls rios veto este fundado na tradi o do ordenamento legal voltado impenhorabilidade da remunera o por mais que n o seja propriamente sustent vel que o total da remunera o l quida acima de 20 sal rios m nimos constitua exatamente verba alimentar especialmente quando o credor que det m espec fico e verdadeiro cr dito de feitio alimentar Quanto ao dinheiro o primeiro dos bens na ordem de prefer ncia aptos penhora h regra no pr prio ordenamento processual consubstanciado no art 655 A 2 do CPC no que diz respeito ao nus processual de deixar provado que o mesmo dinheiro como eventuais outros bens constritados se fa am impenhor veis no contexto legal seja porque in
306. ndena o do violador dupla finalidade uma de reparar compensar o lesado pelos danos sofridos e outra de cunho pedag gico como forma de desestimular a pr tica do il cito Dada limita o desse trabalho n o se abordar com maior profundidade a quest o dos danos seus conceitos e esp cies Salienta se no entanto que j n o pairam mais d vidas do cabimento no direito brasileiro do chamado dano moral que poder ou n o ser cumulado com o dano material Esse direito foi consagrado na Constitui o Federal de 1988 e tamb m pelo C digo Civil que entrou em vigor em 2003 Aspecto importante no entanto a ser salientado diz respeito ao valor da repara o do dano moral que dever ser convertido em pec nia em face da total impossibilidade da repara o propriamente dita por j n o ser mais poss vel retornar ao estado anterior viola o do direito O valor da dor moral sofrida pelo titular do direito imagem apresenta sempre uma certa dificuldade dada a impossibilidade de sua mensura o O dano moral dever ser compensado como j dito tendo em considera o dois aspectos a gravidade do dano causado e a necessidade de desestimular a pr tica lesiva a direitos da personalidade Com rela o ao c lculo dos valores da indeniza o n o h crit rios objetivos estabelecidos em lei vigorando no Brasil um sistema dito aberto por serem os valores estabelecidos mediante prudente arb trio do julgador Este p
307. ndo moderno No mesmo sentido Jos Carlos Tobe as s o direitos absolutos ou de exclus o no sentido de sua oponibilidade erga omnes n o em rela o ao seu conte do pois est o condicionados por exig ncias de ordem moral e jur dica que obrigam estabelec los frente aos direitos dos demais homens e imperativos do bem comum Segundo Fabio Maria de Mattia a teoria dos direitos da personalidade nasceu pu sors ENEY 30 como resposta contra o dom nio tir nico do Estado sobre o indiv duo Assim sendo conclui se que o interesse pela imagem n o privil gio dos tempos atuais No Egito Antigo destacava se o culto imagem dos fara s cujos corpos eram guardados intactos mesmo ap s a morte Na B blia h prova da relev ncia da imagem quando Deus criou o homem imagem e semelhan a divina No direito romano surgiu o jus imaginis Deve se esclarecer que essa men o n o significa que se tenha em tal instituto o embri o do direito imagem e nem que n o tenha havido antes qualquer refer ncia sobre ele mas toma se o a exemplo de Jaqueline Sarmento Dias como ponto de partida para elabora o de um breve hist rico O jus imaginis preocupava se com a titularidade do direito de determinar quando e como a imagem poderia ser apresentada socialmente A propriedade do objeto sobre o qual a imagem seria fixada era o ponto relevante As caracter sticas desse instituto o aproximam dos atuais direito de propriedade sem
308. nero direitos da personalidade Partindo se do geral para o espec fico recorda se que os direitos da personalidade foram assim designados a partir do fim do s culo XIX em especial pelos estudos de Otto Von Gierke conforme relata COELHO Receberam merecida tutela a partir do COELHO F bio Ulhoa Coelho Direito Imagem In Novo C digo Civil Quest es Controvertidas Coordena o M rio Luiz Delgado e Jones Figueiredo Alves p 170 200 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 IES E i 2 relevo dado ao princ pio da dignidade da pessoa humana e ganharam assento no ordenamento jur dico BITTAR conceitua os como aqueles reconhecidos pessoa humana tomada em si mesma e em suas proje es na sociedade previstos no ordenamento jur dico exatamente para a defesa de valores inatos no homem como a vida a higidez f sica a intimidade a honra a intelectualidade e outros tantos Na Constitui o Federal de 1988 h reconhecimento expl cito aos direitos da personalidade salientando se a garantia de indeniza o por dano material e moral por les o imagem em resposta ao exerc cio abusivo do direito liberdade de manifesta o CF artigo 5 V a inviolabilidade intimidade vida privada honra e imagem das pessoas artigo 5 X a guarida ao sigilo da correspond ncia e das comunica es telegr ficas de dados e das comunica es telef nicas salvo por ordem judicial ar
309. nflu ncia do Banco Mundial em um projeto de n vel internacional de uniformizar procedimentos e entendimentos judiciais O debate acerca desta influ ncia do conte do assumido pelo nosso texto constitucional e dos desdobramentos que isso ainda pode ter incipiente Portanto nosso trabalho apenas opinativo destacando alguns aspectos que nos parecem bastante importantes para a reflex o dos principais protagonistas do novo sistema Judici rio que emergir os ju zes 1 SOCIALISMO VERSUS LIBERALISMO A pr pria defini o de socialismo e liberalismo econ micos encontra s rias dificuldades tendo em conta que os te ricos que poderiam dar uma exata no o do conte do de cada uma das doutrinas ou ideologias se encontram via de regra contaminados por uma ou outra exaltando por conseguinte as vantagens de uma e ressaltando os defeitos da outra nada obstante ambas como cria es humanas que s o t m por igual v cios e virtudes Em verdade tanto um quanto outro regime podem ser considerados como ut picos na medida em que partem de assertivas acerca do comportamento humano quer de forma individual ou coletiva sendo certo que este comportamento pode variar de forma imprevis vel consoante nos podem revelar ci ncias mais emp ricas como Psicologia Antropologia Sociologia etc 140 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Pode se para fins deste estudo sintetizar o Socialismo como uma doutr
310. nfra o administrativa nos termos do artigo 401 da CLT Recurso da reclamante a que se nega provimento no particular O pr prio Tribunal Superior do Trabalho j decidiu a mat ria entendendo pela revoga o do artigo 384 da CLT pelo artigo 5 I da CF 88 Para o relator n o foi o artigo 384 da CLT recepcionado pelo artigo 5 I da CF 88 pois que cria norma que desiguala homens e mulheres o que n o permitido pela nova ordem constitucional Para melhor aclarar cita se a ementa da decis o TRABALHO DA MULHER INTERVALO DE QUINZE MINUTOS PARA DESCANSO ANTES DA JORNADA EXTRAORDIN RIA ART 384 DA CLT DERROGADO PELO ART 5 INCISO I DA CONSTITUI O FEDERAL PRINC PIO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES O art 384 da CLT est inserido no cap tulo que se destina prote o do trabalho da mulher e contempla a concess o de quinze minutos de intervalo mulher no caso de prorroga o da jornada antes de iniciar o trabalho extraordin rio O tratamento especial previsto na legisla o infra constitucional n o foi recepcionado pela Constitui o Federal ao consagrar no inciso I do art 5 que homens e mulheres s o iguais em direitos e obriga es A hist ria da humanidade e mesmo a do Brasil suficiente para reconhecer que a mulher foi expropriada de garantias que apenas eram dirigidas aos homens e 2 Ac rd o do processo 00490 2007 372 04 00 5 RO Redator RICARDO CARVALHO FRAGA Data 14 05 2008
311. nfrentando todo o tipo de dificuldades para exercer a sua fun o come aram a organizar se em associa es as quais inicialmente se dedicavam especialmente as quest es corporativas As associa es de ju zes naquele momento anterior expressavam tamb m preocupa o com as necess rias condi es de trabalho para a efetiva entrega da Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 57 presta o jurisdicional Em agosto de 1982 o Juiz do Trabalho Schorr 1994 declarava que n o desej vamos ser apenas juiz que n o pode ou n o quer descer de seu elevado pedestal sob o pretexto de que decresce a dignidade ao n o se preocupar com a problem tica social Expressava que desej vamos e certamente ainda desejamos ser sacerdote do Direito n o sem envolver nos na problem tica que restringe aniquila e mutila a majestade do Direito Na express o do mesmo autor queremos ser o juiz que aplica a Lei faz justi a mas colabora para que existam as condi es materiais haja um conjunto harm nico belo e forte que propicie o exerc cio com dignidade da magistratura e advocacia isso o que estamos pretendendo fazer aqui e agora Mais adiante no tempo o fil sofo do direito e professor na Argentina C rcova 1994 destacou as dificuldades de atua o do Judici rio no seu Pa s e no Brasil quando j restaurado o estado democr tico de direito Assinalou que apesar de algumas circunstancias que a
312. nheiro Neta Ju za do Trabalho Substituta RS SUM RIO Introdu o I Direito imagem I Direito imagem e pessoa jur dica HI Estudo de caso de resolu o do Contrato de Trabalho por justa causa decorrente de ofensa imagem do empregador Conclus o Refer ncias INTRODU O O presente estudo busca inicialmente tratar de forma sucinta da evolu o e afirma o do direito imagem assim entendido como integrante da categoria dos direitos da personalidade Para tanto elege se como ponto de partida o conceito dos citados direitos e a verifica o de sua formaliza o no ordenamento jur dico Em seguida pretende se discutir o pr prio conceito do direito de imagem sob o prisma doutrin rio com suas subdivis es e analisar sua expressa manifesta o na legisla o constitucional e infraconstitucional No segundo t pico cuidar se da possibilidade de extens o do direito da imagem s pessoas jur dicas a partir do estudo da doutrina e luz da Constitui o Federal e do C digo Civil de 2002 Por fim no ltimo item prop e se um estudo de caso atinente a contrato de trabalho para verificar se empregado que comete dano imagem do empregador com a utiliza o de site de relacionamento pessoal comete justa causa apta a causa a resolu o do pacto I DIREITO IMAGEM No primeiro item do presente escrito pretende se verificar a evolu o do direito imagem e suas particularidades esp cie do g
313. nimas regras de limite da jornada de trabalho e garantia de condi es de sa de nos locais de trabalho entre tantas quest es 3 A FUN O SOCIAL DO JUIZ NO FUTURO Na verdade provavelmente se pode acreditar que no Brasil se espera do Poder Judici rio algo que ele n o cumpriu e n o cumpre e tampouco se espera dele em outros lugares Aqui a transforma o social mais profunda rumo a uma sociedade mais humanizada certamente ter no Poder Judici rio n o um local privilegiado mas no m nimo uma das Institui es com maior capacidade de consolidar e apontar este rumo de uma sociedade mais evolu da O aperfei oamento do Poder Judici rio no Brasil necessita da contribui o de diversas esferas da sociedade As pr prias inst ncias do Poder assim como os espa os acad micos os institutos de estudo e associa es de magistrados cada uma com suas possibilidades e limita es muito poder o propiciar em formula o de propostas O expresso algumas linhas antes permite que se afirme da oportunidade de articula o destes espa os ainda que cada um mantenha suas autonomias e caracter sticas de independ ncia o que distinto de isolamento social Esta tarefa de criar espa os novos de exame e formula o de propostas tem sido desempenhada entre tantos pelo F rum Mundial de Ju zes 4 O F RUM MUNDIAL DE JU ZES Em janeiro de 2001 realizou se o 1 F rum Social Mundial em Porto Alegre Al m das confer nc
314. normalmente uma pol tica judici ria que permita um tratamento diferente a esses casos de acordo com o grau de complexidade que ostentam Dessa maneira sendo ineg vel a premissa de que os magistrados enfrentam casos com graus de complexidade variados perfeitamente aceit vel al m de ser uma medida que viria a racionalizar o trabalho a possibilidade administrativa do estabelecimento de prazos diferentes para esses casos conforme o grau de complexidade que possuem Da mesma forma preciso que os tribunais passem a fazer triagens para propiciar exatamente a pr tica aqui proposta que visa racionaliza o do trabalho judicial Se sabido que ao juiz na realidade atual quer no primeiro como no segundo grau de jurisdi o necess rio contar com o concurso de assessores a triagem tornar se um elemento importante de administra o do trabalho e de gest o de tempo judicial facilitando a distribui o ou reparti o dos casos a partir dela 14 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 5 3 E preciso coes o institucional para superar dificuldades e implementar mudan as Unidade e intera o das pessoas em torno de um projeto de mudan as devem estar presentes para que essa implanta o se efetive As modernas teorias de administra o demonstram que um plano de inova o institucional s acontece eficazmente se em primeiro lugar as lideran as da institui o estiverem engajadas e
315. normas trabalhistas que n o pode traduzir se em lucro ao mau empregador Essa linha te rica de que a Justi a do Trabalho causa de baixo desenvolvimento econ mico est eivada de hipocrisia O Juiz do Trabalho que n o aplicar o direito social nas suas a es e julgamentos agir como legitimador de pr ticas anti sociais Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 69 estas sim geradoras de conseqii ncias desastrosas para o Pa s pois n o apenas o direito ao trabalho que importa ainda que num primeiro momento esta seja a prioridade num Pa s assolado pelo desemprego devemos exigir o respeito dignidade humana e ao cumprimento das normas trabalhistas como fator inegoci vel e inerente ao contrato cuja finalidade deve ser a melhoria das condi es em que este executado Ao encontrar limites pelo julgador trabalhista o mau empregador repensar condutas primeiro impulsionado pelo preju zo econ mico que vier a sofrer no caso de multas por litig ncia de m f e atentado dignidade da Justi a mas num segundo momento movido pela consci ncia social adquirida na nova pr tica de cumprimento de suas obriga es contratuais Na mesma linha o empregado relapso tamb m deixar de ingressar com reclamat rias trabalhistas infundadas apenas baseado em uma vis o simplista de que est protegido pela Justi a do Trabalho O fato Um judici rio submisso a interesses meramente econ micos
316. nra imagem identidade pessoal BITTAR Carlos Alberto Os Direitos da Personalidade p 65 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 201 direitos de cunho moral como GAGLIANO amp PAMPLONA FILHO Opta se pela segunda corrente porquanto em sua origem doutrin ria o direito em comento estava relacionado ao direito intimidade conforme assinala FARIAS e honra Ademais DE CUPIS tratando do direito ao resguardo aduz que o direito tratado emanou da necessidade de proteger a pessoa contra a arbitr ria difus o da sua imagem No entanto daqueles ganhou autonomia por possuir caracter sticas pr prias conforme veremos a seguir x CHAVES ao tratar do tema utilizou o conceito de direito imagem dado pelo consagrado doutrinador Adriano de Cupis tamb m mencionado no presente trabalho anteriormente o direito reserva no que diz respeito pr pria imagem do pr prio aspecto f sico assim como percept vel visivelmente A reserva pessoal tamb m pelo que diz respeito ao aspecto f sico que de resto reflete tamb m a personalidade moral do indiv duo satisfaz uma exig ncia espiritual de isolamento uma necessidade eminentemente moral O direito imagem o direito ao n o reconhecimento alheio da imagem do sujeito e violado pela informa o arbitr ria da mesma imagem Com esta viola o o corpo da pessoa e suas fun es permanecem intactos verifi
317. nstitui es p blicas como o caso do Tribunal que integro Regional do Trabalho da 4 Regi o al m da busca de efici ncia com qualidade na presta o jurisdicional tem suas sucessivas administra es buscando desenvolver a es sociais ambientais que relaciono a seguir como exemplo do que se faz aqui e agora para que outro mundo seja poss vel e Doa o de materiais inserv veis entre 2006 e 2008 aproximadamente 9 000 itens foram doados pelo TRT tais como m veis computadores impressoras e aparelhos condicionadores de ar n o mais utilizados mas em bom estado para cerca de 200 duzentos rg os municipais estaduais e federais e entidades sem fins lucrativos entre elas Escolas Prefeituras Brigada Militar Pol cia Civil APAE SUSEPE Minist rio do Ex rcito Procuradoria Regional do Trabalho e IBAMA Recolhimento de latas de alum nio em benef cio de entidade filantr pica para benef cio de PPDs Permuta de cartuchos de tinta toner vazios por cartuchos novos Permuta de papel usado destinado reciclagem por papel higi nico e papel toalha e Permuta em 2008 de papel branco misto recicl vel sucata de alum nio e ferro por papel A4 Chamex reciclado Permuta de sucatas de baterias automotivas nobreaks pl sticos e metais por papel e Permuta em 2007 de sucata proveniente da reforma dos elevadores do pr dio sede do TRT por cartuchos de toner para impressora Destina o de l mpadas f
318. nstitui o Federal No curso da exist ncia de uma rela o de emprego mantida pelo estado diversos s o os desdobramentos da aplica o deste princ pio Ao empregado ordin rio por assim dizer reconhecido o ius resistentiae ou seja o direito de resistir s ordens do empregador que extrapolem suas limita es amp Direito Administrativo p 70 Constitui o Federal art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes inciso LXXM qualquer cidad o parte leg tima para propor a o popular que vise a anular ato lesivo ao patrim nio p blico ou de entidade de que o Estado participe moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrim nio hist rico e cultural ficando o autor salvo comprovada m f isento de custas judiciais e do nus da sucumb ncia Lei n 9 784 de 29 de janeiro de 1999 Art 2 A Administra o P blica obedecer dentre outros aos princ pios da legalidade finalidade motiva o razoabilidade proporcionalidade moralidade ampla defesa contradit rio seguran a jur dica interesse p blico e efici ncia Par grafo nico Nos processos administrativos ser o observados entre outros os crit rios de IV atua o segundo padr es ticos de
319. nt neo de normas pois absolutamente tudo pode ser contestado judicialmente e com boas chances de sucesso O Judici rio deixa de ser o Poder do Estado encarregado de distribuir a Justi a para servir de palco para a contesta o de toda e qualquer norma que se considere injusta embora seja perfeitamente formada quer material quer processualmente N o mais necess rio se fazer pol tica reivindicar normas Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 145 ou altera es legislativas N o se estando conforme com a norma busca se interpret la de forma diversa ainda que em confronto com a sua literalidade ou com a pr pria inten o do legislador A ado o da S mula Vinculante seria exatamente a perpetua o deste erro outorgar se ia a um rg o do Poder Judici rio a interpreta o em nica inst ncia das leis embora segundo Montesquieu seja o Poder Legislativo o vocacionado para a cria o de normas e portanto lhe competindo definir o alcance Melhor seria a cria o da Lei Vinculante que deveria ser observada e aplicada por todos exceto se sofresse de algum v cio ou se efetivamente demandasse interpreta o Entretanto assim j ou deveria ser Neste quadro o que se deve exigir e que os ju zes podem oferecer justamente a o call a fundamenta o das decis es 4 ESCOLA JUDICIAL E FORMA O DE MAGISTRADOS DO LIM O LIMONADA A Reforma do Judici rio a par
320. nta alguns riscos Em uma empresa os dirigentes n o t m nenhuma obriga o de legitimar suas decis es diante dos empregados escolhendo livremente os caminhos a seguir para a conquista de seus des gnios Por outro lado a gest o p blica cercada de princ pios de direito p blico que orientam e limitam o desempenho dos gestores No entanto em se tratando de planejamento p blico voltado ao alcance de objetivos que para al m de interesses corporativos est o vinculados ao bem comum n o admiss vel um planejamento estrat gico que mude a cada gest o raz o pela qual mais do que nunca se faz necess ria a exist ncia de um plano dotado de legitimidade que transponha o limite de atua o deste ou daquele gestor Consoante se v a relev ncia e o prest gio que o planejamento estrat gico vem adquirindo atualmente no meio jur dico d se sobretudo porque apresenta m todos de realiza o de diagn sticos e de estrat gias para orientar as a es de gest o trazendo efici ncia e rapidez ao sistema o que se ajusta s expectativas que se difundem em torno da Reforma do Judici rio 4 THEODORO J NIOR Humberto Celeridade e Efetividade da Presta o Jurisdicional In Academia Brasileira de Direito Processual Civil Site institucional Dispon vel em http www abdpc org br artigos artigo51 htm Acesso em 23 jul 2008 104 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 3 PLANEJAMENTO ESTRAG G
321. ntificar aquelas que podem ser n o se lida aqui com elementos de seguran a e certeza algumas das causas que v m contribuindo para a denominada crise do Poder Judici rio e sua perda de legitima o perante a sociedade 1 O JUDICI RIO E A SOCIEDADE DES LEGITIMA O 1 1 Interlocu o Institucional Interna e Externa apontamentos para reflex o e estudo N o reconhecimento ou n o afirma o do princ pio constitucional de justi a nica 1 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Art 92 S o rg os do Poder Judici rio I o Supremo Tribunal Federal 1 A o Conselho Nacional de Justi a I o Superior Tribunal de Justi a II os Tribunais Regionais Federais e Ju zes Federais IV os Tribunais e Ju zes do Trabalho V os Tribunais e Juizes Militares VII Os Tribunais e Ju zes do Estados e do Distrito Federal e Territ rios C digo de Processo Civil Da Jurisdi o Art 1 A jurisdi o civil Contenciosa e volunt ria exercida pelos ju zes em todo o territ rio nacional conforme as disposi es deste c digo Art 91 Regem a 34 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 decorrente da soberania do Estado dividida por compet ncias Perda de di logo entre seus pr prios membros por conta de preconceitos forma o acad mica deficiente escassez de conhecimento hist rico acerca da g nese e desenvolvimento dos diferentes ramos do direito
322. ntinuidade no servi o o da generalidade imp e servi o igual para todos o da efici ncia exige atualiza o do servi o o da modicidade exige tarifas razo veis e o da cortesia se traduz em bom tratamento para o p blico Faltando qualquer d sses requisitos em um servi o p blico ou de utilidade p blica dever da Administra o intervir para restabelecer o seu regular funcionamento ou mesmo assumir a sua presta o se se tratar de servi o concedido ou permitido Por sua obviedade e estrita rela o com os princ pios da moralidade legalidade e finalidade afigurava se desnecess ria sua enumera o dentre aqueles explicitados no caput do artigo 37 Constitui o Federal quando da confec o da reda o origin ria desta Ecos do princ pio podiam ser na reda o inicial da Constitui o Federal como no artigo 70 caput onde a economicidade empregada como dado a ser fiscalizado VIANA Severino Coelho Impessoalidade na administra o p blica Dispon vel no site http www pgj pb gov br site ceaf impessoalidade na admin doc acessado no dia 07 nov 2008 s 10h33min P 270 81 Promulgada no dia 05 de outubro de 1988 Merece destaque aqui o laconismo de Celso Ant nio Bandeira de Mello Quanto ao princ pio da efici ncia n o h nada a dizer sobre ele Trata se evidentemente de algo mais do que desej vel Contudo juridicamente t o fluido e de t o dif cil controle ao lume do Direito
323. nto Observe se que esta orienta o sequer se baseava na Lei Org nica da Magistratura Nacional que o estatuto que regula a rela o dos ju zes com o Estado uma vez que esta j autorizava expressamente aos ju zes o afastamento da jurisdi o por at dois anos justamente para poder cuidar de seu aperfei oamento Nada obstante esta autoriza o legal foi em muitos tribunais cerceado sob a alega o de excesso de servi os tendo se estabelecido regulamentos via de regra limitando este direito ou atuando de forma discricion ria em benef cio dos magistrados dos pr prios tribunais em detrimento dos ju zes de inst ncias inferiores Nada obstante com esta altera o constitucional os ju zes mais do que um direito cristalizado em uma norma mal aplicada pelos tribunais a que vinculados t m um leg timo interesse a reivindicar a oportunidade de fregiientar cursos de aperfei oamento deixa de ser uma mera faculdade para ser uma condi o para que a sua carreira flua normalmente Neste quadro n o mais poss vel aos magistrados se acomodar aguardando uma promo o certa por antig idade certo que esta vir Todavia enquanto isso ele poder ser superado por todos os demais ju zes promov veis que atinjam melhores condi es em decorr ncia da sua melhor forma o Ou seja isso pode representar ao juiz desinteressado no seu pr prio aperfei oamento a possibilidade de ser preterido por um quinto de sua clas
324. ntral e Poder Judici rio e por isso imputado de inconstitucional ao argumento de que n o obedecido o princ pio da legalidade na sua cria o Atualmente o sistema se encontra j consagrado constituindo um instrumento de todo eficaz efetividade da execu o O INFOJUD Sistema de Informa es ao Judici rio por sua vez apresentado no correspondente Manual da seguinte forma O sistema Informa es ao Judici rio tem como objetivo atender as solicita es do Poder Judici rio Essas solicita es ser o efetuadas diretamente pelos magistrados ou por serventu rios previamente cadastrados especificamente com essa finalidade em substitui o ao procedimento anterior de fornecimento de informa es cadastrais e de c pias de declara es pela Receita Federal mediante o recebimento pr vio de of cios A substitui o das rotinas de atendimento aos expedientes manuais oriundos do Poder Judici rio representar um grande avan o e implicar em moderniza o da troca de informa es entre os rg os p blicos brasileiros O Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte e CAC disponibiliza ao usu rio servi os da Receita Federal via Internet com o uso de Certifica o Digital ou seja sem quebra de sigilo fiscal pois somente pode ser acessado por quem possui Certificado Digital RECEITA FEDERAL Coordena o Geral de Tecnologia e Seguran a da Informa o Coordena o de Sistemas de Informa o D
325. ntram se registros dignos de nota mostrando rea es a este quadro entre elas a cria o dos Juizados Especiais expressando interesse da magistratura em reformar as bases da legitima o do Judici rio Ov dio A Baptista da Silva observa que Como nossa heran a cultural conserva se solidamente dogm tica os juristas que trabalham com o processo civil n o conseguem fazer um diagn stico dos fatores que contribuem para a crise A indispens vel atitude cr tica os obrigaria a questionar o pr prio paradigma o que sob o ponto de vista epistemol gico seria contradit rio Tanto as reformas legislativas dos ltimos dez anos quanto ao pensamento de nossos juristas e das esferas governamentais falta uma compreens o adequada dos fatores culturais que nos aprisionam fazendo com que andemos em c rculos sem que nenhum progresso efetivo tenha sido obtido O mesmo autor escreve A dram tica dist ncia entre direito enquanto norma intertemporal e o fato social o terr vel descompasso entre direito e Hist ria entremostram se em toda sua crueza quando se percebe que a doutrina limita se a auto reproduzir se quase mecanicamente sem sequer tematizar seus grandes fundamentos e sem liberta se da teia ideol gica que a prende ao racionalismo dos s culos passados Da experi ncia quotidiana forense recolhem se sinais de ativismo judicial contra hist ricas defici ncias materializado por a es de aproxima o e di logo en
326. nvencional Esses s o os est gios b sicos conforme veremos no quadro a seguir Est gio pr convencional da tica e N o h regras O mundo dos espertos Est gio convencional da tica e Obedi ncia s regras por conveni ncia tica das conven es Est gio p s convencional da tica e Idealismo moral e As regras s o seguidas por convic o e n o por obriga o Quadro 1 Tr s est gios do desenvolvimento moral 1 3 tica e sua Hist ria De acordo com Maximiano 2004 muitos fil sofos se debru aram sobre as quest es morais e produziram contribui es muito importantes sobre o tema Veremos a seguir as contribui es que Plat o Arist teles S crates Kant e outros grandes fil sofos deram discuss o sobre a moral Mas para entendermos a postura frente aos problemas ticos faz se necess rio uma an lise das matrizes culturais que no ocidente est o estabelecidas nas tradi es greco romanas e judaico crist s Por essa raz o important ssima a an lise de algumas doutrinas ticas que proporcionar o um embasamento te rico ao trabalho 1 3 1 Doutrinas ticas Maximiano 2004 parte do princ pio que a hist ria da tica teve sua origem na antiguidade grega atrav s de Arist teles e suas id ias sobre a tica e as virtudes ticas Na Gr cia por m mesmo antes de Arist teles j poss vel identificar tra os de uma abordagem com base filos fica para os pro
327. o n o se subordinando como as normas regra do tudo ou nada Consegiientemente a id ia do justo reingressa no racioc nio jur dico eliminando a epistemologia das matem ticas O pensamento bin rio que orienta a forma o dos operadores do direito est de tal forma engastado na cultura jur dica que n o chega a nos surpreender e deveria sim surpreender quando nas raz es recursais ou nos pr prios ac rd os utiliza se com desenvoltura a locu o equivoca se o juiz como se a atividade judicante fosse uma equa o matem tica na qual sempre haver uma solu o certa e outra errada A vis o bin ria se reproduz no segundo grau de jurisdi o que se outro enfoque tiver do fato litigioso considerar equivocada a senten a e a reformar N o cogitar que as pessoas t m diferentes percep es dos fatos e que o juiz instrutor da causa exerce sim a denominada discricionariedade judicial assim explicada por Karl Engisch em Introdu o ao Pensamento Jur dico O resultado a que chegamos com refer ncia discricionariedade portanto este que pelo menos poss vel admitir na minha opini o mesmo de admitir a exist ncia de discricionariedade no seio de nossa ordem jur dica conformada pelo princ pio do Estado de Direito De discricionariedade note se neste sentido no sentido de que no dom nio da administra o ou no da jurisdi o a convic o pe
328. o quanto ao avan o social com a constru o da dignidade de todos Certamente este juiz comprometido o guardi o das promessas mencionado pelo juiz franc s Garapon 2001 ao dizer que o juiz permanece aqui para lembrar humanidade na o ou ao simples cidad o as promessas feitas come ando pela primeira delas a promessa de vida e de dignidade Essas promessas os ju zes as preservam mas n o as tem atadas eles s o delas testemunhas garante e guardi o REFER NCIAS C RCOVA Carlos Maria Direito Pol tica e Magistratura S o Paulo Editora LTr 1994 p 167 e 168 COUTINHO Grijalbo Fernandes Fragmentos do Ativismo da Magistratura S o Paulo Editora LTr 2006 p 18 e 20 DALLARI Dalmo de Abreu O Poder dos Ju zes S o Paulo Editora Saraiva 1996 p 43 e p 78 79 GARAPON Antoine O Juiz e a Democracia O Guardi o das Promessas Rio de Janeiro Editora Revan 2 ed maio de 2001 p 270 MOURA Jos Fernando Ehlers de Condi es da Democracia Porto Alegre S rgio Fabris Editor 2007 p 71 e 72 66 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 SCHORR Louren o Otto Fazendo a Hist ria Direito do Trabalho no Limiar de um Novo S culo Artigo A Amatra da 4 Regi o no Movimento Reivindicat rio da Magistratura Organiza o AMATRA IV S o Paulo Editora LTr 1994 p 21 SUDBRACK Umberto Guaspari A Nova Justi a no Contexto do F rum Mundial de
329. o que era constitu do exatamente como o ser humano Assim o corpo possui cabe a peito e baixo ventre tamb m o estado deveria possuir respectivamente governantes sentinelas e trabalhadores O bom estado sempre dirigido pela raz o A tica plat nica exerceu grande influ ncia no pensamento religioso e moral do ocidente 2 RESPONSABILIDADE SOCIAL O assunto em quest o est em evid ncia e pode ser considerado como uma tend ncia no mundo tanto nas institui es privadas quanto p blicas Mas afinal o que a denominada Responsabilidade Social Conforme Bom J nior 2003 Responsabilidade Social pode ser definida como sendo uma obriga o da organiza o de atuar de modos que sirvam tanto aos seus pr prios interesses quanto ao seu p blico externo ou seja tomar decis es e a es que ir o contribuir para um melhor bem estar como tamb m para os interesses da pr pria organiza o e da sociedade Na tica de Maximiano 2004 a responsabilidade social das organiza es e o comportamento tico dos administradores est o entre as tend ncias mais importantes que influenciam a teoria e a pr tica da administra o no in cio do terceiro mil nio O debate sobre a tica e a responsabilidade social muito antigo e acentuou se devido a problemas como polui o corrup o desemprego e prote o dos consumidores entre muitos outros que envolvem as organiza es p blicas ou privadas De acordo com o mesmo auto
330. o BACEN JUD Se o I Do Bloqueio Desbloqueio e Transfer ncia de Valores Art 84 Em execu o definitiva por quantia certa se o executado regularmente citado n o efetuar o pagamento do d bito nem garantir a execu o conforme disp e o artigo 880 da CLT o Juiz dever de of cio ou a requerimento da parte emitir ordem judicial de bloqueio mediante o Sistema BACEN JUD com preced ncia sobre outras modalidades de constri o judicial CONSOLIDA O DOS PROVIMENTOS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTI A DO TRABALHO publicada no DJ TST de 30 10 2008 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 81 Atentando se de modo especial para as express es com grifo atual quais sejam o juiz poder de of cio antes e o Juiz dever de of cio agora se antes a utiliza o do sistema constitu a aos olhos da Consolida o dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho uma faculdade presentemente tal procedimento se faz cogente No mesmo sentido da normatiza o correicional atualmente o contexto positivo como consubstanciado no art 655 A do C digo de Processo Civil no sentido da final penhora de dinheiro em dep sito ou aplica o financeira at o limite da execu o mediante bloqueio eletr nico comandado via Banco Central do Brasil A inclus o da sistem tica na lei processual fez calar as duras cr ticas contra o BACEN JUD criado por conv nio entre Banco Ce
331. o TRT da 4 Regi o n 02 2009 15 Judici rio s o organiza es que lidam como quaisquer outras com pessoas e processos processos n o judici rios no caso Por bvio s o tamb m afetados por esta realidade e n o podem deixar de agir reagir aos seus est mulos Durante muito tempo a maioria dos tribunais brasileiros permaneceu estacionada na era da burocracia weberiana modo organizacional focado na racionalidade formal para alcan ar a efici ncia e nem mesmo viu passar a revolu o desencadeada por Drucker ao preconizar a gest o por resultados A press o pol tica da sociedade fez com que a administra o judici ria buscasse o paradigma da efici ncia restando esperar que se direcione tamb m para uma terceira tend ncia que a da organiza o aprendiz com o seu paradigma centrado na adapta o cont nua a um ambiente em permanente muta o REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BALLARD Megan J The clash between local courts and global economics The Politics of Judicial Reform in Brazil 17 Berkeley J Int l L 230 at 239 40 BARBOSA Emerson Rodrigues BRONDANI Gilberto Brondani Revista Eletr nica de Contabilidade Vol I N 2 Dez 2004 Fev 2005 CAMPOS Celso A Organiza o Incorfomista 2 ed FVG Editora 2002 p 80 CARRINGTON Paul D et al Justice on Appeal In law as architecture form should follow function St Paul Minnesota 1976 p 1 CHIAVENATTO Idalberto Introdu
332. o da moralidade sendo aqueles ditados pela an lise concomitante do ato administrativo das suas circunst ncias dos seus resultados e da inten o do agente Nas rela es de emprego em comento viu se que o empregado poderia exercer o ius resistentiae contra ordem que violasse a moralidade administrativa Mencionou se que atentado grave ao princ pio da moralidade seria encontrado tamb m em despedidas motivadas por motivos torpes como a discrimina o ou persegui o pol tica e na simula o de motivos para contrata o tempor ria de pessoal Neste ponto esclareceu se que o princ pio da impessoalidade seria um desdobramento espec fico do princ pio da moralidade podendo ser compreendido por duas perspectivas A primeira vedaria administra o p blica dar vaz o a injustificados privil gios e benef cio a determinados indiv duos grupos ou classes sociais A segunda vedaria ao administrador colocar o seu interesse pessoal acima dos interesses dos administrados utilizando do cargo como meio para a promo o e para o favorecimento particular Frisou se que o maior reflexo deste princ pio no campo do direito do trabalho estaria na necessidade de pr via aprova o do candidato vaga em concurso de provas e t tulos para poder validamente estabelecer rela o de emprego com o estado Outra manifesta o referida dar se ia na veda o gen rica ao favorecimento de alguns empregados em detrimento de outros com base em c
333. o e o modo burocr tico com que a Justi a se organizou no Brasil com as suas diversas hierarquias e distintos segmentos j estava provavelmente a sinalizar h mais tempo o fen meno que normalmente acontece quando organiza es remanescem inertes e n o acompanham as mudan as dos tempos e as transforma es do mundo sua volta N o demais lembrar que a estrutura organizacional da Administra o Judici ria no Brasil n o difere muito no seu aspecto cultural dos demais estamentos administrativos do servi o p blico nos outros Poderes A cultura organizacional da administra o p blica tende a agir de modo reativo a mudan as O modelo de burocracia em que foi organizada a Administra o Judici ria se por um lado se justificou para assegurar a racionalidade necess ria na gest o de procedimentos normatizados e repetitivos t picos do processo judici rio acabou contaminando a gest o institucional e se erigiu ao longo do tempo num impeditivo de mudan a quando houve necessidade de criar e inovar Tamb m no tocante ao modo de atuar dos rg os do Poder Judici rio se pode aplicar a constata o de teoria da administra o brasileira segundo a qual a burocracia um processo essencialmente conservador e contr rio inova o o burocrata comporta se como um indiv duo ritualista apegado a regras e voltado para o deslocamento de objetivos Mesmo quando as mudan as se mostram razo veis e s o
334. o jur dica 2 Segundo Jaqueline Sarmento Dias a imagem capaz de num s golpe proporcionar todo o tipo de comunica o necess ria Esse poder de comunica o a facilidade e a rapidez de propaga o faz com que o direito imagem assuma um lugar de relevo no direito Vivemos ainda de acordo com a referida autora na civiliza o da imagem e da mensagem onde o distante se torna perto algo que acontece em alguma parte do planeta no mesmo instante noticiado e visto por todo o mundo O avan o tecnol gico e a necessidade de rapidez na comunica o causam um grande impacto na vida das pessoas Os equipamentos vinculados imagem proporcionam ao indiv duo a possibilidade de reter um n mero infinito de informa es num curto espa o de tempo Esse sistema deixa o homem e a sua individualidade vulner vel Da a busca da civiliza o da prote o personalidade do indiv duo pois numa sociedade caracterizada pela grande import ncia da comunica o surge a necessidade de controle na divulga o da imagem Conforme Bittar o direito imagem consiste no direito que a pessoa tem sobre a sua forma pl stica e respectivos componentes distintos rosto olhos perfil busto que a individualizam no seio da coletividade Incide pois sobre a conforma o f sica da pessoa compreendendo esse direito um conjunto de caracteres que a identifica no meio social Por outras palavras o v nculo que une a pessoa
335. o n mero de Ju zes Substitutos maior do que o n mero de Ju zes Titulares situa o que se considera ideal diante de imprevistos que resultam em afastamentos n o programados de magistrados por doen a convoca es de Ju zes Titulares em per odos de afastamento de Desembargadores das atividades jurisdicionais etc Se ainda n o temos uma situa o ideal pode se entretanto afirmar que atingimos a normalidade estrutural Isso porque como razo vel supor dando se o in cio da carreira dos Ju zes do Trabalho no cargo de Juiz do Trabalho Substituto n o razo vel que existam substitutos em menor n mero do que o de Ju zes do Trabalho Titulares N o se pode ignorar que aos ju zes cabe a administra o das respectivas unidades judici rias e a eles como a todos os demais magistrados s o previstos per odos legais de afastamento quanto mais n o seja para permitir o gozo de f rias regulamentares sem preju zo da atividade jurisdicional o que absolutamente previs vel Adicione se a isso a imposi o de permanente atualiza o o que implica freqii ncia a cursos de aperfei oamento importante observar que nesses per odos nos termos do inciso XII do art 93 da Constitui o Federal vedada a interrup o da atividade jurisdicional O preceito 3 Essa informa o pode ser conferida no s tio do Tribunal Superior do Trabalho na Internet em lt http www tst jus br gt link para Movimenta o Proce
336. o o modo de ser da pessoa que consiste na exclus o do conhecimento pelos outros daquilo que se refere somente a ela H DE CUPIS Adriano Os Direitos da Personalidade p 140 2 CHAVES Antonio Direito Pr pria Imagem In Revista de Informa o Legislativa Abril e Junho Bras lia Senado Federal p 27 COELHO F bio Ulhoa Coelho Direito Imagem In Novo C digo Civil Quest es Controvertidas Coordena o M rio Luiz Delgado e Jones Figueiredo Alves p 173 202 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Luiz Antonio David Ara jo mencionado por SOUZA relaciona a imagem atributo e a imagem retrato respectivamente aos incisos V e X do artigo 5 da Constitui o Federal de 1988 Haveria incluir ainda o direito autoral como direito imagem consoante menciona o doutrinador citado englobando se o direito de arena nas atividades desportivas por m extrapolar se ia o objeto do presente escrito Por outro lado o artigo 20 do C digo Civil de 2002 prev Salvo se autorizadas ou se necess rias administra o da justi a ou manuten o da ordem p blica a divulga o de escritos a transmiss o da palavra ou a publica o a exposi o ou a utiliza o da imagem de uma pessoa poder o ser proibidas a requerimento e sem preju zo da indeniza o que couber se lhe atingirem a honra a boa fama ou a respeitabilidade ou se se destinarem a fins comerciais Da leitura do dispos
337. o permite a terceiro a utiliza o da sua imagem para fins publicit rios ou outro estipulado no contrato dentro das condi es estabelecidas sem contudo ceder ou se privar do uso da sua imagem O contrato pode ser t cito mas recomend vel que seja sempre escrito Ainda de acordo com a autora citada deve se fixar com clareza a diferen a entre a autoriza o para retratar uma pessoa e a autoriza o para divulga o dessa imagem nos meios publicit rios e de comunica o em geral A primeira ocorre com frequ ncia quando se contrata um fot grafo para retratar uma pessoa ou grupo de pessoas seja para qualquer fim de utiliza o das fotos pelo retratado Se o fot grafo desejar tornar p blico o retrato no entanto dever obter autoriza o diversa daquela recebida para realizar o retrato A maioria dos autores entende que poss vel a revoga o pelo titular do direito para que terceiros utilizem a sua imagem Isso seria poss vel n o s pelo fato de ser a autoriza o um contrato para o qual a lei prev a possibilidade de distrato sob as formas de den ncia e revoga o mas sobretudo porque o direito imagem uma esp cie de Direito da Personalidade onde a pessoa titular do direito tem total liberdade A retrata o pode ocorrer tanto quando o consentimento se deu a t tulo gratuito como nas formas onerosas Nesse caso entende se que o titular do direito de imagem fica sujeito s penalidades previstas no pr
338. o recentemente se pronunciou contra o regime cubano que antes defendia justamente em decorr ncia das viola es aos direitos humanos perpetrados no pa s em especial a execu o sum ria dos dissidentes No sistema Romano Germ nico consoante Ren DAVID 1986 As regras de direito estabelecidas pela jurisprud ncia em segundo lugar n o t m a mesma autoridade que as formuladas pelo legislador S o regras fr geis suscet veis de serem rejeitadas ou modificadas a todo o tempo no momento do exame duma nova esp cie A jurisprud ncia n o est vinculada pelas regras que ela estabeleceu ela n o pode mesmo invoc las de modo geral para justificar a decis o que vai proferir Se numa nova decis o os ju zes aplicam uma regra que j tinham anteriormente aplicado isto n o devido autoridade que esta regra adquiriu pelo fato de a terem consagrado com efeito esta regra n o tem nenhum car ter imperativo sempre poss vel uma mudan a da jurisprud ncia sem que os ju zes estejam obrigados a justific la Ela n o amea a os quadros nem os pr prios princ pios do direito A regra jurisprudencial apenas subsiste e aplicada enquanto os ju zes cada juiz a considerarem como boa Concebe se que nestas condi es se hesite em falar aqui da regra 142 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Por isso o modelo eleito pelas organiza es internacionais justamente com o intuito desta padroniz
339. o site http www consciencia org filosofia medievall9 sao tomas de aquino shtml acessado no dia 25 out 2008 s 15h42min 8 Emanuel Kant opondo se a este relativismo moral atribu a raz o a descoberta da ordem moral a todos compreens vel e que a todos se impunha Um preceito pr tico que implique uma condi o material por conseguinte emp rica nunca deve ser tido em conta de lei pr tica Realmente a lei da vontade pura que livre situa esta em esfera totalmente diversa da emp rica sendo que a necessidade que expressa embora n o deva ser nenhuma necessidade natural consistir simplesmente nas condi es formais da possibilidade de uma lei em geral Toda a mat ria de regras pr ticas assenta sempre em condi es subjetivas as quais n o proporcionam aos seres racionais nenhuma universalidade al m da universalidade condicionada no caso de eu desejar isto ou aquilo o que deva fazer para obt lo girando todas elas ao redor do princ pio da felicidade pr pria A raz o pura por si mesma pr tica facultando ao homem uma lei universal que denominamos lei moral ineg vel o que acabamos de dizer Resta apenas por analisar os ju zos que os homens articulam sobre a correla o de suas a es lei Deduzir se sempre que seja o que for o aduzido pela inclina o a raz o incorrupt vel e por si mesma obrigada compara sempre a m xima da vontade em uma a o com a vontade pura isto consigo m
340. observ ncia da coer ncia com a finalidade e envolvendo a necessidade a utiliza o do meio menos gravoso e a proibi o do excesso atrav s do balizamento da rela o custo benef cio no sentido de se opte pelo melhor meio dos exig veis dentre os poss veis De tal conjunto de opera es exemplo recente decis o do TRT 4 em Agravo de Peti o Proc 00877 2003 020 04 00 4 assim ementado 88 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 AGRAVO DE PETI O PENHORA DE CR DITO ALIMENTAR Para que haja ampla efetividade ao princ pio da irredutibilidade salarial que garante ao empregado a impenhorabilidade do seu sal rio e do princ pio que disp e acerca da natureza alimentar do cr dito trabalhista cabe ao Ju zo aplicar a t cnica da pondera o entre os dois valores assegurando grande parte do sal rio do devedor para sua sobreviv ncia e de sua fam lia e ao mesmo tempo determinando a constri o de uma parte do montante para assegurar o direito do credor trabalhista Tend ncia doutrin ria que se adota Recurso provido A solu o apresentada na mencionada decis o n o em todo caso a nica poss vel havendo sem d vida no dia a dia do Judici rio uma mir ade de situa es a reclamarem por via do esfor o de cada Julgador a solu o mais justa para o caso concreto de modo a equacionar se devidamente o conflito que se mostra recorrente em execu o no proce
341. ocesso 00341 2007 662 04 00 3 amp action 2 Acessado em 13 jan 2009 s 15h29min 206 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 50 im veis em Camb riu v rios apartamentos e quem pagou isso pra elas foi n s os usuarios aqui n o tem diferen a de passagem nas linhas por ex pegar nibus na sa crist va e vim at o centro 1 60 por que na cobram 1 00 pos na usei a linha toda fazer local de compra de passagens n s embarques como em Curitiba poie gente vamos nos unir e tirar est empresa de nossa cidade vamos se unir com os f nsionarios que esta desanimados com tanto robo no nosso povo vamos l j aaaaaaaa 24 Fev 5 dias atr s Refere que ao tomar conhecimento do fato providenciou na rescis o do contrato de trabalho por incontin ncia de conduta mau procedimento e por ato lesivo honra e boa fama do empregador O coment rio acima transcrito como se verifica s fls 112 identificado como sendo do membro Marcio que tem como cone de identifica o uma motocicleta em pista de corrida aparentemente O mesmo cone consta do perfil do reclamante no Orkut como se observa fl 113 Trata se de perfil detalhado com dados pessoais como data de anivers rio pessoas com quem o usu rio reside altura e principalmente com fotos pessoais fls 116 como de sobrinha parentes etc No perfil constam as comunidades da qual o usu rio participa fls 130 132 e entre
342. ocesso sem julgamento do m rito artigo 267 o tribunal pode julgar desde logo a lide se a causa versar quest es exclusivamente de direito e estiver em condi es de imediato julgamento Promoveu o legislador infraconstitucional na verdade ruptura conceitual para afastar o dogma da impossibilidade da supress o de inst ncia Conferiu se portanto primazia consci ncia jur dica plasmada nas demandas da sociedade contempor nea que exige efetividade do Poder Judici rio A pr xis social e jur dica desfez pela via legal o temor nsito na id ia de supress o de inst ncia revelando o 3 do artigo 515 do CPC que a radicalidade daquele pensamento poderia ser mitigada sem arranhar a garantia constitucional da ampla defesa A pr tica social e jur dica portanto permitiu se revisasse o paradigma Sobre revis o de paradigmas te ricos pela imposi o das exig ncias sociais Boaventura de Souza Santos escreve A concep o pragm tica da ci ncia e portanto da verdade do conhecimento cient fico parte da pr tica cient fica enquanto processo intersubjectivo que a efic cia espec fica de se justificar te rica e sociologicamente pelas consegii ncias que produz na comunidade cient fica e na sociedade em geral Por isso existe uma perten a m tua estrutural entre a verdade epistemol gica e a verdade sociol gica da ci ncia e as duas n o podem ser obtidas ou sequer pensadas em separado Porque s s o afer veis pe
343. odos os pa ses com a luta por um judici rio democr tico pela inclus o social e pela efetividade dos direitos fundamentais como j ocorreu nas edi es anteriores O F rum ser um espa o onde os ju zes poder o fazer ecoar a voz dos exclu dos e as insatisfa es que permeiam nossa sociedade afirma o presidente da AMATRA 8 Desembargador Gabriel Napole o Veloso coordenador da comiss o organizadora nesta V edi o 5 DESDOBRAMENTOS DO FORUM MUNDIAL DE JU ZES Afirma se que o FMJ um movimento e n o apenas um evento Tem tido desdobramentos relevantes O FMJ que em sua primeira edi o deu nfase ao tema 64 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 do acesso justi a contribui de algum modo para a cria o da ONG Instituto de Acesso Justi a em atividade em Porto Alegre da qual participam ativamente ju zes aposentados advogados assistentes sociais e psic logos que atuam junto popula o carente Como desdobramento do II FMJ ocorreu no Chile em 2004 o Encontro Fundacional da Rede Ibero americana de Ju zes que reuniu ju zes de dez pa ses da Am rica Latina e Pen nsula Ib rica entre os quais a signat ria que integrou o primeiro conselho da mesma Atualmente o juiz ga cho Mauro Caum Gon alves representa o Brasil no referido conselho A Rede Ibero americana de Ju zes em s ntese se destina a promover as garantias da magistratura entre as quais a independ nci
344. ografia intitulada Das Recht am eigenem Bild No direito italiano Amar publica em 1874 a obra Dei Diritti degli Autori della Opere dell Ingegno Diversas outras obras foram publicadas posteriormente sendo que em 1942 o C digo Civil Italiano recebeu dispositivo disciplinando a prote o imagem Na legisla o alem o direito imagem foi disciplinado em 1907 Nos Estados Unidos foi publicado em 1890 o artigo The Right Privacy de autoria de Dennis Warren e Louis Dembitz Brandeis defendendo o direito vida privada sustentando que ela se inicia com a tutela da imagem Esse escrito ganhou notoriedade e respeitabilidade n o apenas no direito americano mas tamb m no europeu servindo de fundamento para a jurisprud ncia americana conceder indeniza o por perdas e danos em publica o de imagem que ferisse o direito privacidade Muitos outros autores estrangeiros contribu ram para a consagra o jur dica dos Direitos da Personalidade e direta ou indiretamente do Direito Imagem citando se dentre eles Adriano De Cupis Bruno Franceschelli Vicente Herce de la Prada Santos Cifuentes Jos Castan Tobefias Francesco Messinco e outros No Brasil a evolu o do Direito Imagem ocorreu mais lentamente O C digo Civil de 1916 n o se preocupou em disciplin lo sendo que em uma nica passagem 3 AFFORNALLI Maria Cec lia Ner ssi Munhoz Ob cit p 27 Apud TORRES Patr cia Almeida Direito Pr pria Imagem
345. omam forma de norma jur dica quando est o positivados mas n o perdem o legado de serem princ pios ALMEIDA Edvaldo Nilo Repensando os princ pios princ pios constitucionais sociais trabalhistas e a mudan a dos paradigmas dos princ pios espec ficos do direito do trabalho Dispon vel em http www unifacs br revistajuridica edicao fevereiro2005 discente disc12 doc acessado no dia 07 nov 2008 s 11h24min REALE Miguel Li es Preliminares de Direito p 307 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 151 A correta discuss o acerca dos limites da efetividade dos princ pios perpassa uma quest o pr via que diz com sua distin o das regras leis em sentido estrito e formal A abordagem desta quest o te rica contudo exigiria somente para si trabalho de igual ou maior volume do que o ora apresentado Simplificando este t pico acolhemos o entendimento de Jos Joaquim Gomes Canotilho que qualificou os princ pios como fundamento de regras isto s o normas que est o na base e constituem a ratio de regras jur dicas desempenhando com isso uma fun o normogen tica fundamentante Ainda segundo o autor inexistiria distin o entre princ pios e normas Estas seriam g nero da qual aqueles e as regras seriam esp cies A teoria da metodologia jur dica tradicional distinguia entre normas e princ pios Norm Prinzip Principles rules Norm and Grundsatz Abandonar se a
346. on omne quod licet honestum est Dispon vel no site http it wikipedia org wiki Non omne quod licet honestum est acessado no dia 25 out 2008 s 12h07min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 165 sistema legal O direito em sua defini o ideal tende a regular somente as condutas essenciais preserva o e qualifica o do conv vio social A previs o da moralidade como princ pio expressamente aplic vel administra o p blica foi inova o trazida pela Constitui o Federal e um dos principais imperativos que o constituinte moldou para o estado que almejava ver constru do No lapso anterior Constitui o Federal contudo j era o princ pio identificado implicitamente por doutrinadores dentre eles Hely Lopes Meirelles e considerado aplic vel a administra o p blica se n o por outro motivo por uma injun o l gica O imp rio da lei derivado no princ pio da legalidade garantia que a conduta do administrador devesse seguir ao menos o padr o moral impl cito na estrutura normativa A discricionariedade concedida ao administrador p blico contudo obstava que a maioria da doutrina e da jurisprud ncia diferenciasse aos princ pios da legalidade e da moralidade Ou seja subsumia o princ pio da moralidade no princ pio da legalidade considerado imoral t o somente aquilo que era ilegal O entendimento como se ver equ voco O princ pio da legalidade im
347. onhecidos pela Constitui o esses direitos recebem a denomina o de liberdades p blicas Para Gilberto Haddad Jabur os direitos humanos ou fundamentais designam modernamente as liberdades p blicas ou aquilo que muito tempo se chamou no Brasil de direitos individuais sendo que elas constituem na verdade o n cleo dos direitos fundamentais Isto direitos liberdades cuja garantia dada pela ordem jur dica atribui lhe coercibilidade para v los restaurados mesmo que o Estado ou um agente seu seja o violador Assim as liberdades p blicas surgem quando o Estado consagra os direitos individuais ou fundamentais que passam do direito natural para o direito positivo AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Direito Pr pria Imagem 1 ed 2003 5 Tir Curitiba Juru 2007 p 18 Apud FRAN A Rubens Limongi Direitos da Personalidade Coordenadas Fundamentais S o Paulo RT 567 9 p 16 10 Apud BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 2 Idem ibidem 12 Idem ibidem Idem ibidem 4 Idem ibidem gt Apud JABUR Gilberto Haddad Liberdade de Pensamento e Direito Vida Privada Conflitos entre Direitos da Personalidade S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2000 p 97 6 Idem ibidem BITTAR Carlos Alberto Ob cit p 2 18 AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Ob cit p 18 1 JABUR Gilberto Haddad Ob cit p 76 2 Idem p 76 77 2 RIVERO Jean Apud JABUR
348. onstitucional e Internacional Cadernos de direito constitucional e ci ncia pol tica Ano 14 janeiro a mar o de 2006 n mero 54 S o Paulo Editora Revista dos Tribunais SARTRE Jean Paul A N usea Tradu o de Rita Braga 12 ed Rio de Janeiro Nova Fronteira 2005 www stf jus br www tribunalconstitucional es www tst jus br www trt4 jus br e Internacional Cadernos de direito constitucional e ci ncia pol tica Ano 14 janeiro a mar o de 2006 n mero 54 S o Paulo Editora Revista dos Tribunais p 28 9 16 Art 71 Em qualquer trabalho cont nuo cuja dura o exceda de 6 seis horas obrigat ria a concess o de um intervalo para repouso ou alimenta o o qual ser no m nimo de 1 uma hora e salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contr rio n o poder exceder de 2 duas horas 4 Quando o intervalo para repouso e alimenta o previsto neste artigo n o for concedido pelo empregador este ficar obrigado a remunerar o per odo correspondente com um acr scimo de no m nimo 50 cingiienta por cento sobre o valor da remunera o da hora normal de trabalho Inclu do pela Lei n 8 923 de 27 07 1994 17 SARTRE Jean Paul A N usea Tradu o de Rita Braga 12 ed Rio de Janeiro Nova Fronteira 2005 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 199 OFENSA AO DIREITO DE IMAGEM DO EMPREGADOR E RESOLU O DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA Julieta Pi
349. oordenador da comiss o organizadora do I FMJ justificou ainda a escolha daquele palestrante ao destacar que a ndia possui uma realidade rica de significado para n s brasileiros seja como parceira na tentativa de mudar os rumos da globaliza o seja porque compartilha conosco ansiedades e objetivos A maioria da popula o indiana 90 trabalhadora continua relegada economia informal carente de instrumentos de acesso aos mercados ao cr dito tecnologia e ao conhecimento Existem muitas experi ncias bem sucedidas de qualifica o e dinamiza o de fragmentos dessa economia popular empreendidas por governos locais e movimentos comunit rios A ndia a exemplo do Brasil necessita de uma verdadeira parceria entre o Estado e as popula es pobres Em janeiro de 2003 novamente tornou se realidade o sonho coletivo o que somente se viabilizou pelo trabalho dedicado e tamb m coletivo dos ju zes representantes da totalidade das associa es que congregam os magistrados do nosso pa s atrav s do II FORUM MUNDIAL DE JU ZES convocado j no ato de encerramento do primeiro A tem tica discutida foi PODER JUDICI RIO E A UNIVERSALIZA O DOS DIREITOS com o objetivo de estabelecer debate permanente sobre o papel dos diversos sistemas judiciais mundiais na luta pela efetiva o dos Direitos Humanos que somente por essa via poder produzir inclus o social verdadeira Teve como destaques Boaventura Santos soci logo portugu
350. opositalmente passar a alargar a previs o de princ pios jur dicos e cl usulas gerais t cnica que ao contr rio da oferta de regulamenta es casu sticas mais facilmente permite adequar o direito positivado s realidades sociais em constante muta o porque em mbito tal o juiz ao aplicar a lei conta com poder criativo para igualmente atualizar e completar o ordenamento jur dico Hoje se reconhece que as normas editadas pelo legislador nem sempre dificilmente ali s exibem as caracter sticas de completude certeza clareza e imutabilidade A r pida transforma o da sociedade e o consegiiente surgimento de novos fen menos que envolvem os interesses da sociedade n o s o acompanhados com a mesma din mica pela disciplina das situa es da advindas tarefa pr pria ao Poder Legislativo A solu o dos problemas da provenientes acaba sendo transferida ao juiz que ent o incorpora a fun o de atualizar o direito e cujo exerc cio inevitavelmente acompanhado da possibilidade de faz lo mediante escolhas de natureza pol tica como ali s ocorreria caso a solu o fosse dada via processo legislativo Al m disso o Direito assume papel regulador tamb m dos poderes p blicos da sociedade e da economia voltando se cada vez mais promo o e orienta o do desenvolvimento social e econ mico no plano pol tico por exemplo as normas constitucionais atuais n o mais se restringem a disciplinar a
351. or sua vez para a fixa o da indeniza o e buscando proferir decis o justa para cada caso que lhe submetido aprecia o atenta para aspectos diversos como a gravidade do dano as condi es pessoais das partes a personalidade da v tima como forma de avaliar a extens o da les o moral a intensidade da culpa do causador do dano e as condi es sociais e econ micas de ambas as partes entre outros O valor n o deve ser excessivo a ponto de fazer com que a pessoa violada em seus direitos fique t o satisfeita com a indeniza o que veja em novas viola es possibilidade de enriquecimento e nem em valores t o inexpressivos que em vez de inibir o violador de reiterar atos semelhantes estimule o a novas viola es CONSIDERA ES FINAIS A comunica o e a informa o nos dias atuais tomaram contornos outrora inimagin veis O poder comunicativo das imagens principalmente pelos meios televisivos e pela Internet se acentua na medida em que o que ocorre em determinado Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 127 local do planeta n o raro mostrado ao mundo em tempo real Com esse avan o tecnol gico passaram os estudiosos a preocuparem se com a prote o jur dica da imagem das pessoas Contudo mais do que a divulga o pelos meios de comunica o destinados informa o na publicidade que o uso da imagem ganha contornos preocupantes e onde os danos de maiores propor es ocorrem
352. ora o econ mica da pr pria imagem nas condi es estabelecidas pelo representado A teoria que insere o direito de imagem no direito autoral equiparando o direito da pessoa sua imagem ao autor em rela o a sua obra peca por ignorar que a obra intelectual decorre da criatividade do autor e a imagem humana carece de qualquer ato de cria o por parte de seu titular Assim ao fot grafo ou ao pintor assiste o direito autoral e pessoa retratada na obra art stica o direito de imagem que pode ser opon vel inclusive ao pr prio autor da obra A inser o do direito de imagem no direito honra a mais antiga teoria acerca da natureza jur dica do direito imagem e ainda encontra defensores Por essa teoria conferida a prote o imagem com base na tutela da honra No entanto ainda que divulgada a imagem de algu m sem autoriza o isso n o implica necessariamente em ataque sua honra ao seu sentimento de dignidade pessoal e nem ao seu bom nome Na teoria da imagem como direito identifica o pessoal a imagem seria um bem jur dico como o direito identifica o da pessoa ou a imagem como um bem jur dico por ser fator de identifica o De sorte que o direito imagem somente seria violado quando ocorresse preju zo identidade do sujeito ou seja a explora o indevida da imagem de outrem que n o causasse preju zo identifica o pessoal 2 AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Ob ci
353. ora tenha sido dado o consentimento o uso da imagem ultrapassa os limites da autoriza o concedida 3 quanto aus ncia de finalidades que justifiquem a exce o quando embora se trate de pessoa c lebre ou fotografia de interesse p blico a maneira de uso leve inexist ncia de finalidade que justifique a publica o A agress o a um bem que integra o patrim nio jur dico de algu m gera um dano que poder ser natureza patrimonial ou extrapatrimonial moral fazendo nascer o direito do lesado sua repara o Pela via jurisdicional o titular do direito imagem ter a sua disposi o tr s op es de tutela que poder o ser pleiteadas a preventiva a inibit ria e a ressarcit ria reparat ria ou indenizat ria x Quando o titular encontrar se na imin ncia de ter o seu direito imagem violado poder pleitear uma tutela para que seja evitada a consuma o do dano Para tanto poder fazer uso das medidas cautelares postulando ao ju zo a concess o de medida liminar nesse sentido A medida inibit ria objetiva fazer cessar o dano que est sendo consumado impedindo que se prolonguem os efeitos da viola o e com isso seja atenuada a extens o dos danos Poder ser pleiteada para tanto medida cautelar com pedido de concess o de liminar ou ent o atrav s da a o principal em que o titular do direito postular indeniza o por perdas e danos requerer a antecipa o dos efeitos da tutela para que
354. organiza o do Estado e a sua rela o com os indiv duos e sim buscam conformar toda a ordem econ mica e social mediante a previs o de princ pios e normas que visam a orientar a a o estatal Alargam se assim os campos de incid ncia da atividade jurisdicional a qual passa a incluir por exemplo amplo controle de legitimidade dos atos administrativos e interfer ncia em pol ticas p blicas tanto em raz o de a es como de omiss es por parte de seus agentes No est gio atual a Constitui o subordina aos seus princ pios e s suas regras a interpreta o de todas as demais normas e sendo tarefa de qualquer juiz a interpreta o e aplica o destas independentemente da posi o hier rquica que ele se encontrar na estrutura judici ria o manuseio das normas constitucionais passa a integrar o seu cotidiano Ainda cada vez mais estreita a conex o existente entre a aplica o e assegura o dos direitos e garantias estipulados na Constitui o e a atividade jurisdicional A Constitui o da Rep blica consagra expressamente os direitos e garantias fundamentais categorizados como de primeira segunda e terceira gera es art 5 e 6 e mais e tamb m de modo contundente estipula que As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais t m aplica o imediata art 5 1 Na esteira da doutrina mais atual do direito constitucional os direitos fundamentais e as normas princ pio ganham st
355. os da equipe Por meio do brainstorming pretende se romper com este paradigma na abordagem das quest es Busca se encontrar a diversidade de opini es e id ias Apresenta os seguintes fatores a Flu ncia grande quantidade de id ias b Flexibilidade id ia de diferentes categorias c Originalidade id ias totalmente novas d Percep o rompimento com os limites liberando os indiv duos para al m do bvio e e Impulsividade liberar as id ias Segundo o mesmo autor brainstorming um termo de origem brit nica e pode ser traduzido como tempestade de id ias Consiste em reunir grupo de pessoas id ias e emitir opini es Apresenta as seguintes etapas a Escolha do coordenador tem como fun o esclarecer o tema e os objetivos propostos conduzir as atividades em clima estimulante para os participantes estimular a imagina o e orientar os participantes para n o terem julgamentos sobre as id ias apresentadas b Anotar as id ias c Prioriza o dos problemas atrav s da ferramenta GUT d Se o de sugest es consiste em reaplicar e e Relat rio de resultados 2 Analise SWOT um instrumento muito til na elabora o do planejamento estrat gico Atrav s dela pode se relacionar metodicamente em um gr fico quais s o as for as fraquezas oportunidades e amea as que rondam a empresa ajudando a gerenci las para melhorar o desempenho 3 An lise de GUT consiste em separar e priorizar os
356. os recursos humanos e materiais dispon veis bem como o tempo dos Magistrados para que assim possam imprimir celeridade e efetividade s suas decis es Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 101 O respeito ao Poder Judici rio est na seguran a e na certeza exarada pelos jurisdicionados de que a presta o jurisdicional seja c lere justa e eficaz imperativo pois o exerc cio estrat gico que nada mais significa do que uma forma de aprendizado onde se procura identificar as demandas e s o tra ados planos de atua o porquanto a estrat gia fixa a dire o estabelecendo onde se quer chegar No entanto n o se pode esquecer de que o Poder Judici rio encontra se atrelado a c nones constitucionais que criam amarras a este planejamento A estrat gia neste campo obviamente est limitada por in meras vari veis entre elas o princ pio da estrita legalidade da impossibilidade de escolha de demandas o direito do cidad o de submeter ao Poder Judici rio todas suas demandas e a defici ncia na forma o acad mica do Magistrado no que tange gest o p blica A busca de conhecimentos de Administra o e da efetiva aplica o das t cnicas administrativas voltadas realiza o da atividade jurisdicional mormente as de planejamento que se desenvolveram muito entre os militares os economistas e os administradores todos por for a da competitividade do mundo empresarial passam ago
357. os t m direito a receber dos rg os p blicos informa es de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral que ser o prestadas no prazo da lei sob pena de responsabilidade ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescind vel seguran a da sociedade e do Estado XXXIV s o a todos assegurados independentemente do pagamento de taxas b a obten o de certid es em reparti es p blicas para defesa de direitos e esclarecimento de situa es de interesse pessoal Constitui o Federal Art 37 A administra o p blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios obedecer aos princ pios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia e tamb m ao seguinte 3 A lei disciplinar as formas de participa o do usu rio na administra o p blica direta e indireta regulando especialmente II o acesso dos usu rios a registros administrativos e a informa es sobre atos de governo observado o disposto no art 5 X e XXXIII A diretriz de publicidade somente pode ser sobreposta quando o interesse iris 2207 TER a sd p blico assim o exigir e nestas hip teses de exce o o ato deve estar sujeito a 8 outros severos mecanismos de controle Organiza o das Na es Unidas Declara o Universal dos Direitos Humanos Resolu o 217 A MI da Assembl ia Geral de 10 de dezem
358. osa para pressupor que a sua privacidade possa por qualquer raz o e por qualquer um ser vulnerada N o se olvide que o texto constitucional e a legisla o ordin ria n o excluem da prote o irrestrita e ilimitada ao direito de imagem pessoas p blicas ou famosas Para que a pessoa not ria ou p blica no decorrer de sua vida privada seja retratada e essa retrata o divulgada imprescind vel que ela autorize tanto a retrata o como a publica o seja ela para qualquer fim Portanto para que o fundamento de interesse p blico seja v lido necess rio que al m de tratar se de pessoa not ria ou p blica as imagens refiram se sua vida p blica e se destinem informa o Destarte o interesse p blico que autoriza o afastamento ao direito pr pria imagem amplo abrangendo o direito informa o a notoriedade do retratado o interesse cultural cunho did tico ou cient fico o interesse da justi a e da ordem p blica e fotos de uma coletividade n o identificada de pessoas ou em ambiente p blicos Quanto s pessoas retratadas em ambientes p blicos ou de coletividade n o identificada multid o n o h em princ pio direito imagem violado e nem privacidade devassada Por m mesmo diante desse permissivo como menciona Affornalli louv vel o procedimento adotado por algumas conhecidas revistas que circulam no Pa s que ao retratar multid es ou pessoas em lugares p blicos tomam a cautela de a
359. para os tribunais a incumb ncia de gerenciar o trabalho judicial para o atendimento de n veis razo veis de efici ncia Atualmente poss vel afirmar que a garantia constitucional da independ ncia judicial e o saber jur dico dos ju zes n o s o suficientes por si s para assegurarem uma presta o jurisdicional completa H outros in meros atributos necess rios atividade jurisdicional que foram se revelando indispens veis medida que a demanda social por justi a foi crescendo Garantir a efetiva o de tais atributos condi o para que o Poder Judici rio se legitime tamb m pelo reconhecimento por parte da popula o da utilidade das suas atividades TST Dispon vel em http www tst gov br Sseest RGJT Re12007 VT2007 4232 pdf Acesso em 16 set 2008 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 13 5 ELEMENTOS ESSENCIAIS AO PLANEJAMENTO ESTRAT GICO NO JUDICI RIO 5 1 Fazendo o que parece bvio definir e disseminar a finalidade do trabalho e o conte do da miss o A cultura burocr tica especialmente quando a demanda de trabalho muito grande tende a contaminar a fun o judicial Assessores e secret rios passam a realizar trabalho judicial por delega o supervisionada o que leva a um exerc cio repetitivo de algo que deveria ter aten o individualizada e focada na finalidade ltima de assegurar a distribui o da justi a buscada pelo cidad o Assim
360. pcional interesse p blico como seria o caso da contrata o de professores existindo paralelamente professores concursados aguardando a sua nomea o ou quando o n mero de escolas p blicas ou ainda a rela o entre o n mero de escolas e o dos 7 Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regi o RO 1595 95 Rel Ant nio Carlos Facioli Chedid J 27 11 96 Dispon vel no site http www2 trt12 gov br acordaos 1996 12501a15000 12669 1996 pdf acessado no dia 27 out 2008 s 16h46min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 175 professores em exerc cio n o configurar o motivo consignado na lei isto a necessidade tempor ria de excepcional interesse p blico IV PRINC PIO DA IMPESSOALIDADE O princ pio da impessoalidade constitui um desdobramento espec fico do princ pio da moralidade Guarda ainda estreita identidade com outros princ pios gerais ou especiais da administra o p blica conforme ser identificado Sua compreens o deve se dar sob duas perspectivas A primeira se d sob o ponto de vista dos administrados ou seja da sociedade Necessariamente voltada promo o do bem comum conforme referido nos cap tulos anteriores deste estudo n o pode a administra o p blica dar vaz o a injustificados privil gios e benef cio a determinados indiv duos grupos ou classes sociais Nesta primeira tica assemelhasse ao princ pio geral de tratamento iso
361. pena de responsabilidade solid ria A promulga o da Constitui o Federal contudo n o serviu como represa aos desvios aos desperd cios e inefici ncia da m quina administrativa O constituinte derivado ent o entendeu por bem em nova manifesta o do car ter modelador que se pretende dar aos imperativos constitucionais declar lo ao lado dos princ pios da legalidade moralidade impessoalidade e publicidade A inclus o ocorreu por meio da Emenda Constitucional n 19 de 05 de maio de 1998 Esta Emenda possui clara matiz ideol gica neo liberal prevendo entre diversas outras reformas acabou com o regime jur dico nico e previu a possibilidade dos E 85 entes p blicos voltarem a encetar contratos de trabalho amp Ecos do princ pio da efici ncia podem ser observados tamb m no par grafo segundo do artigo 144 e no inciso LXXVIII do artigo 5 da Constitui o Federal acrescentado pela Emenda Constitucional N 45 de 12 de dezembro de 1988 Art 144 A seguran a p blica dever do Estado direito e responsabilidade de todos exercida para a preserva o da ordem p blica e da incolumidade das pessoas e do patrim nio atrav s dos seguintes rg os 7 A lei disciplinar a organiza o e o funcionamento dos rg os respons veis pela seguran a p blica de maneira a garantir a efici ncia de suas atividades Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de q
362. plica em limita es claras e formais atua o do administrador J o princ pio da moralidade informa o conte do do ato administrativo O primeiro dessarte atua em um campo vis vel objetivo de adequa o norma positivada inclusive quanto sua finalidade O segundo atua em um plano subjacente subjetivo informando o desiderato que deve pautar a pr tica administrativa 45 Promulgada no dia 05 de outubro de 1988 4 O doutrinador na primeira edi o da sua obra j dedicava t pico exclusivo ao princ pio da moralidade administrativa indicando que A moralidade administrativa constitui hoje em dia pressuposto da validade de todo ato da Administra o P blica Por considera es de direito e de moral o ato administrativo n o ter que obedecer somente lei jur dica mas tamb m lei tica da pr pria institui o porque nem tudo que legal honesto conforme j proclamavam os romanos non omne quod licet honestum est a moralidade do ato administrativo juntamente com a seu legalidade e finalidade constituem pressupostos de validade sem os quais toda a atividade p blica ser ileg tima MEIRELLES Hely Direito Administrativo Brasileiro 1 ed p 58 41 Poder se dizer que apenas agora a Constitui o Federal consagrou a moralidade como princ pio de administra o p blica art 37 da Constitui o Federal Isso n o verdade Os princ pios podem estar ou n o explicitado
363. pontou dentre outras raz es pela crise dos sistemas de representa o pol tica que afeta em geral as democracias ocidentais mas que adquire maior gravidade nas denominadas novas democracias os ju zes aparecem instalados no imagin rio da sociedade como ltima ratio como garantias finais do funcionamento do sistema democr tico Desacreditado o sistema pol tico que n o parecer funcionar sem altas cotas de corrup o cada vez mais aprofundada a brecha entre representantes e representados cercada a governabilidade pela l gica implac vel do mercado e pela sobre determina o de poderes trans estatais e transnacionais depositou se pode se dizer mais por raz es sist micas que de outra ndole maior expectativa na performance do Poder Judici rio do que na dos outros poderes do Estado Quando fa o alus o a raz es sist micas refiro me as fun es que a este poder s o atribu das dentro de um sistema democr tico de natureza garantista Como sustenta Ferrajolli a sujei o do juiz lei j n o como no velho paradigma positivista sujei o letra da lei enquanto v lida quer dizer coerente com a Constitui o No modelo garantista a validade j n o um dogma ligado mera exist ncia formal da lei mas uma qualidade contingente da mesma ligada coer ncia de seu significado com a constitui o coer ncia mais ou menos discut vel e sempre remetida valoriza o do juiz Este n o poder con
364. posicionamento estrat gico atender um segmento estreito e direcionado c Ajuda a identificar quem s o seus concorrentes seus concorrentes principais s o os que t m o mesmo entendimento de neg cio d Ajuda a conquistar mercado e e Evita a miopia estrat gica Para ajudar a definir o neg cio do empreendimento deve se fazer reflex o estrat gica estimulada por algumas perguntas s o elas a Quem mesmo o seu cliente b Qual o benef cio que seu cliente efetivamente procura ao usar o seu servi o c Quem s o e quais ser o nossos concorrentes Miss o De acordo com Maximiano 2004 a explica o por escrito das inten es e aspira es da organiza o O objetivo da miss o difundir o esp rito da empresa que est ligado sua vis o A miss o consiste em difundir o esp rito da empresa a todos os membros da organiza o o tipo de benef cio que ela pode oferecer e o grau de adequa o face s oportunidades e press es externas Para a empresa a correta defini o de miss o traz os seguintes benef cios a Orienta a partida a raz o de exist ncia da empresa b Evita a armadilha do sucesso a miss o deve ser revista sempre que houver mudan as e tend ncias no ambiente para n o se tornar obsoleta c Atrai motiva e ret m talentos uma miss o cria uma unidade e imenso envolvimento Gera nas mentes das pessoas um quadro de refer ncia conjunto de crit rios e orienta es d Orienta a formu
365. preciso desenvolver um modelo organizacional de defini o clara da miss o da institui o judici ria pois somente quando os agentes s o focados e t m consci ncia dessa miss o que poss vel esperar deles a postura transformadora 5 2 preciso mudar o modo de trabalhar O conservadorismo e o apego s pr ticas estabelecidas s o caracter sticas marcantes da burocracia judici ria no Brasil J vimos que a resist ncia inova o um tra o cultural da vida administrativa brasileira em todas as reas a qual no entanto se sobressai no mbito do Judici rio Nossa cultura organizacional que privilegia a chamada postura de espectador encontra campo f rtil nos tribunais onde n o h como nas empresas apenas um ou dois executivos liderando processos mas in meros e s vezes dezenas de l deres os magistrados que n o foram preparados para desenvolver planos de gest o ou nem mesmo t m inclina o a faz lo N o surpresa portanto que muitas pol ticas administrativas nos tribunais resultem da mera repeti o do que sempre foi feito e na expectativa de que as solu es sejam encontradas pelos estamentos funcionais ausente a participa o ou a influ ncia das lideran as No campo da gest o processual na fase de apela o por exemplo n o faz mais sentido dar tratamento igual a processos que s o marcadamente distintos h notoriamente casos simples e casos bastante complexos sem que exista
366. presentes no processo de mudan a e encontrarem se de comum acordo quanto aos valores fundamentais do projeto Se estivermos de acordo quanto ao objetivo comum almejado devemos ent o organizar o grupo de pessoas s quais confiaremos a tarefa mediante a considera o de algumas caracter sticas que estando presentes assegurem o resultado pretendido Ou ent o em sentido inverso preciso evitar que crit rios mal definidos ou a falta propriamente dita de crit rios razo veis de escolha determinem o fracasso do projeto de evolu o institucional pretendido 5 4 preciso que as pessoas envolvidas tenham poder de posi o Em um ambiente complexo formado por vis es de mundo difusas os escolhidos para implementar o processo de mudan a a partir da vis o comum fundamental devem ostentar a capacidade de sustentar a id ia principal e evitar que press es de fora possam bloquear o progresso com facilidade Pessoas com poder de posi o na execu o do projeto de inova o institucional agregam confian a e trazem trangiilidade passando a percep o de que a institui o est no caminho certo da sua evolu o 5 5 preciso investir no aprendizado como pol tica institucional estrat gica O ensino judicial oficial isto a organiza o de administra o judici ria destinada a propiciar a forma o inicial e o aperfei oamento continuado da magistratura uma inova o que tende a gerar um proces
367. problemas para fins de an lise e posterior resolu o G Gravidade avaliar as conseqii ncias negativas que podem trazer para os clientes U Urg ncia avaliar o tempo necess rio ou dispon vel para corrigir os problemas levantados Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 31 T Tend ncia avaliar o comportamento evolutivo ir melhorar ou piorar da situa o atual Para cada fator deve ser atribu da uma nota de acordo com a relev ncia de cada problema levantado A seguir multiplicam se os fatores por eles mesmos GxUxT EP onde EP o resultado que estabelece a ordem para resolu o dos problemas Desta forma os problemas e as pontua es atribu das a eles devem ser organizados em uma matriz 4 Matriz 5w2h esta ferramenta auxilia nas decis es a serem tomadas para implementa o de plano de a o de melhorias Destacamos as sete partes da ferramenta 5W2H a What O que ser feito b Why Por que ser feito c How Como ser feito d Where Onde ser feito e When Quando ser feito f Who Quem far g How much Quanto custar 5 Balanced Scorecard BSC trata se de um sistema de medidas e indicadores no qual o foco principal reside no alinhamento da organiza o das pessoas e das iniciativas interdepartamentais de maneira tal que permitam identificar novos processos para o cumprimento dos objetivos globais da organiza
368. processo sob o ponto de vista formal acreditando solucion lo quando profere a senten a O cidad o no entanto n o quer apenas a solu o do processo buscando tamb m a solu o do conflito que o amargura traduzida na efetividade da decis o conferindo legitimidade a sua busca pelo Judici rio Por isso os magistrados e operadores do Direito em geral t m a responsabilidade de agir de forma a que no futuro seja natural aos empregadores cumprirem suas obriga es contratuais e aos empregados exercerem suas fun es com zelo e dedica o A exce o regra que deve ser a busca pelo Poder Judici rio quando as partes realmente tenham um conflito a resolver uma vez que o cumprimento das obriga es legais pertinentes s rela es de trabalho ou de emprego apenas na Justi a do Trabalho a fonte origin ria da morosidade da falta de efetividade e do desgaste da imagem do Poder Judici rio perante a sociedade 3 DA BUSCA DE APROXIMA O COM A SOCIEDADE Importante desvincular a id ia de anonimato de autoritarismo e burocracismo que ainda est associada ao julgador moderno Precisamos de Ju zes que atuem de forma engajada e consciente em uma sociedade essencialmente competitiva e que por isso produz legi es de vencidos que buscam a Justi a do Trabalho Essa intensa busca pela presta o jurisdicional gera processos repetitivos e tecnificados que mesmo quando s o resolvidos n o atenuam a frustra o das partes
369. que n o prejudique a reputa o do retratado se ele pode ser identificado e n o se configura nenhuma das hip teses de limita o ao exerc cio do direito imagem este merece a tutela do art 12 do C digo Civil cessa o da amea a ou les o e indeniza o por danos morais Direito Imagem In Novo C digo Civil Quest es Controvertidas Coordena o M rio Luiz Delgado e Jones Figueiredo Alves p 175 Acrescenta Carlos Affonso Pereira Spuza que podem ocorrer situa es em que a imagem da pessoa violada seja a imagem retrato ou a pr pria imagem atributo sem que se produza qualquer les o honra ou reputa o gozada pelo indiv duo Para tanto o professor d exemplo de reprodu o de retrato de modelo fotogr fico para outra campanha publicit ria al m da contratada ou de veicula o de mat ria jornal stica com exposi o de pessoa como tabagista enquanto ela adota postura justamente inversa contr ria ao h bito de fumar Inova o Jurisdicional Programa de Capacita o em Poder Judici rio p 58 Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze Gagliano indicam Wilson Melo da Silva como partid rio de restrita possibilidade de garantia de direitos da personalidade com ressarcimento por indeniza o por dano moral s pessoas naturais e Carlos Alberto Bittar Jos de Aguiar Dias Rubens Limongi Fran a e S rgio Severo como defensores da tese oposta Novo Curso de Direito Civil p 149 51 Cadernos da Escola
370. qui esta distin o para em sua substitui o sugerir 1 as regras e princ pios s o duas esp cies de normas 2 a distin o entre regras e princ pios uma distin o entre duas esp cies de normas Os princ pios s o normas jur dicas impositivas de uma optimiza o compat veis com v rios est gios de concretiza o consoante os condicionalismos f cticos e jur dicos as regras s o normas que prescrevem imperativamente uma exig ncia imp em permitem ou pro bem que ou n o cumprida nos termos de Dworkin applicable in all or nothing fashion a conviv ncia dos princ pios conflitual Zagrebelsky a conviv ncia de regras antin mica os princ pios convivem as regras antin micas excluem se Consequentemente os princ pios ao constitu rem exig ncias de aptimiza o permitem o balanceamento de valores e interesses n o obedecem como as regras l gica do tudo ou nada consoante seu peso e a pondera o de outros princ pios eventualmente conflitantes a regra n o deixas espa o para qualquer outra solu o pois se uma regra vale tem validade deve cumpri la na exacta medida das suas prescri es nem mais nem menos Como se ver mais adiante em caso de conflito entre princ pios estes podem ser objecto de pondera es e de harmoniza o pois eles cont m apenas lt lt exig ncias gt gt ou lt lt standarts gt gt que em lt lt primeira linha gt gt prima facie de
371. r muito da discuss o sobre a tica na administra o tem sua origem na opini o de que as organiza es t m responsabilidades sociais elas t m a obriga o de agir no melhor interesse da sociedade Portanto devem pautar sua a o pelo princ pio do est gio p s convencional de desenvolvimento moral Essa opini o representa uma amplia o da id ia da responsabilidade social dos indiv duos id ia que assim como toda a discuss o sobre tica heran a que a sociedade moderna recebeu da antiguidade cl ssica No contexto da responsabilidade social a tica trata essencialmente das rela es entre pessoas Se cada um deve tratar os outros como gostaria de ser tratado o mesmo vale para as organiza es tica portanto uma quest o de qualidade das rela es humanas e indicador do est gio de desenvolvimento social Maximiano 2004 comenta que n o h discuss o sobre o fato de que as organiza es assim como os indiv duos t m responsabilidades sociais medida que seu comportamento afeta outras pessoas e querendo elas ou n o h pessoas e grupos dispostos a cobrar essas responsabilidades por meio do ativismo pol tico da imprensa da legisla o e da atua o nos parlamentos Por m h duas correntes a esse respeito cada uma delas com argumentos muito fortes conforme pode ser visto a seguir 20 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 a Doutrina da Responsabilidade Social
372. r por demandar no Judici rio o cumprimento de um direito 4 Al m do mais na medida em que os contratos de trabalho superem cinco anos os cr ditos que n o estejam compreendidos no ltimo quingii nio se perdem para sempre pela prescri o 5 De outra parte mesmo que os trabalhadores tenham que ser despedidos no curso do prazo prescricional certo que apenas uma pequena percentagem de trabalhadores que reclamam os cr ditos oriundos do contrato 6 Destes que venham a reclamar tendo se somente agora em conta a situa o atual do Judici rio alguns ganhar o e outros n o Sendo que em muitas oportunidades isto poder ocorrer at mesmo dentro da mesma unidade Jurisdicional desde que nela atuem dois magistrados 7 Ou seja ao final do processo n o no sentido jur dico mas gramatical a empresa despender de fato um valor infinitamente inferior ao que teria gasto no caso de ter de imediato cumprido com as normas trabalhistas incidentes sendo que os valores oriundos da condena o ser o t o somente aqueles que deveria ter pago na oportunidade monetariamente corrigidos acrescidos dos Juros subsidiados de 1 ao m s n o capitalizados Em uma situa o destas portanto muito f cil verificar a forma de incentivos a que est o colocadas as empresas para cumprir as obriga es oriundas dos contratos Igualmente certo que em uma situa o de concorr ncia ou seja no momento em que existam v
373. ra es judici rias careciam de planejamento e n o tinham continuidade quando havia a troca ou sucess o de uma administra o por outra A experi ncia e a observa o do modo de funcionamento da gest o no Poder Judici rio mostra que s o recorrente os casos em que as pol ticas administrativas dos tribunais s o interrompidas ou pelo menos sensivelmente alteradas quando ju zes sucedem a outros ju zes nas fun es de administra o Isso se fazia como resultado da inexist ncia de normas planos ou pr ticas pol ticas que implicassem em algum compromisso do novo administrador em rela o s a es e projetos institucionais desenvolvidos pelo juiz sucedido na administra o 3 POR QUE CHEGAMOS ONDE ESTAMOS A dimens o do Brasil o crescimento demogr fico do pa s e os problemas causados por suas desigualdades a expans o acentuada da sua economia desde pelo menos a segunda metade do s culo passado al m de outros in meros fatores geraram uma sociedade complexa diversificada e portanto capaz do produzir conflitos que n o se resolvem simplesmente pelo processo pol tico convencional pela a o dos governos locais ou nacionais e muito menos por iniciativas de legisladores A produ o normativa nos parlamentos isto a elabora o do direito pelos legisladores quer no mbito local como no mbito federal marcada por um ambiente de transig ncias e negocia es que induzem a ado o de normas
374. ra a ocupar o espa o jur dico e est o se incorporando gradativamente administra o dos Tribunais e cultura jur dica resultando desta jun o a maior efici ncia na execu o de suas atividades Na esteira de tal entendimento este estudo faz uma releitura das a es a serem despendidas pelo Juiz do Trabalho na condi o de condutor soberano da Unidade Judici ria numa sociedade em estado latente de muta o e de novas demandas porquanto n o se vive mais naquela poca de estabilidade em que as mudan as ocorriam lentamente decorrentes de causas e efeitos que se ajustavam atrav s dos tempos de maneira quase impercept vel E nesse sentido com a globaliza o deste processo de mudan a acelerada o que se buscar no decorrer deste trabalho demonstrar a necessidade de mudan a comportamental do Juiz e sua equipe de trabalho os quais devem se ajustar s demandas de transforma o exigindo uma vis o estrat gica que n o se exaure na identifica o da problem tica mas em sua efetiva resolu o 1 ADMINISTRA O JUDICI RIA Para cumprir sua fun o principal ou seja prestar a jurisdi o o Poder Judici rio tamb m exerce a fun o administrativa que compreende a atua o necess ria organiza o e gest o de seus rg os e servi os CF 88 artigo 96 I incumbindo ao Magistrado de primeiro grau desempenh la individualmente enquanto agente p blico no exerc cio de suas fun es decorrente
375. rabalho sob a jurisdi o da Administra o P blica e suas normas VIANA Luiz Werneck et al A judicializa o da pol tica e das rela es sociais no Brasil Rio de Janeiro Revan 1999 p 17 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 35 A defici ncia apontada tem sua g nese nas Escolas de Ensino Superior cujo apego ao positivismo jur dico apresenta ao estudante o Direito como uma ci ncia exata e compartimentada ignorando a multifacetada imagem que traduz a experi ncia humana Como observa Ov dio A Baptista da Silva N o devemos alimentar esperan a de conquistar algum progresso real na busca de um servi o judici rio eficiente e de boa qualidade se n o extirparmos o dogmatismo de nossa forma o universit ria Esta ser a condi o inicial que nos dar acesso a uma perspectiva cr tica do Direito Ser um primeiro passo indispens vel para recuperar nossa autonomia cr tica Sobre tema proposto O Judici rio e a Sociedade perpassam quest es fundamentais e anteriores a constitui o formal da magistratura como rg o do Poder Remete para a forma o do indiv duo na Academia e sua compreens o do direito compreens o sobre o mundo atual e seus antecedentes hist ricos marcada por imenso div rcio que se verifica ainda no direito contempor neo entre o direito ensinado nas Universidades e o direito vivo da experi ncia judici ria Esta forma o definiu o
376. ram reforma Elas transitaram como t pico nos debates pol ticos entre acertos e desacertos tanto nas cr ticas quanto nas solu es propostas Algumas poss veis e j realizadas outras de maior complexidade ou de dif cil concretiza o sem que se proceda previamente a uma verdadeira revolu o cultural na forma de atua o dos integrantes do Poder Judici rio considerada inclusive a nova forma de organiza o que lhe foi dada O que se pretende analisar a lei posta e por esse prisma o que poss vel fazer para dar cumprimento ao princ pio constitucional relacionado razo vel dura o do processo e meios que garantam a celeridade de sua tramita o em especial no mbito da Justi a do Trabalho da 4 Regi o RS sob o aspecto pr tico da organiza o 128 129 134 e 168 da Constitui o Federal e acrescenta os arts 103 A 103 B 111 A e 130 A e d outras provid ncias Presid ncia da Rep blica Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Constituicao Emendas Emc emc45 htm gt Acesso em 12 09 2008 2 Constitui o Federal de 1988 art 5 inciso LXXVII a todos no mbito judicial e administrativo s o assegurados a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o 92 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 das Varas do Trabalho e da distribui o do trabalho entre os Ju zes do Trabalho Titulares e Substitutos
377. ras significativo em face do acr scimo havido no texto legal quanto a ganhos de trabalhador aut nomo e honor rios de profissional liberal de regra o ex s cio de empresa ainda sujeito execu o artigos 1003 1023 1024 1025 1032 1997 todos do C digo Civil n o sendo mais s cio da empresa que est sendo executada e n o tendo se associado a empresa outra passa a atuar no mercado de trabalho como profissional liberal ou como trabalhador aut nomo isto quando n o se aposenta hip tese em que os seus proventos de aposentadoria agora como na reda o anterior do artigo restritivo se encontram protegidos por expressa previs o em outro inciso no mesmo artigo H que considerar se que as grandezas dadas como impenhor veis no artigo do CPC assim o s o porque dizentes com a pr pria subsist ncia do devedor e seu conjunto familiar verbas de cunho alimentar assim como o s o tamb m as verbas que adv m de uma a o trabalhista em que o autor reclamante tendo prestado o seu trabalho v lhe reconhecido por via judicial cr dito por valores n o recebidos na const ncia da rela o de emprego Ambas as grandezas consideradas no texto infraconstitucional se constituem em direitos fundamentais seja sob a tica dos direitos individuais ou sob a dos direitos sociais na forma dos arts 5 e 6 da CRFB 88 cuja preserva o por inteiro reclamada pela ordem jur dica no caso por m os me
378. rcavam o momento exordial do liame O completo engessamento das condi es de trabalho assim sofreria uma impossibilidade pr tica Tais exce es s o ditadas por imperativos do bem comum traduzido este na melhoria do servi o p blico O ente p blico poderia assim alterar unilateralmente as condi es de trabalho observados os limites da legisla o trabalhista e quando a lei lhe permitir desde que a real motiva o seja a melhoria do servi o p blico A 5 ra k A exce o assim calca se em motiva o espec fica o que enseja pergunta conseq ente Existiria necessidade de o estado justificar o exerc cio do ius variandi Sobre tal necessidade falou Maria Sylvia Zanella di Pietro A motiva o em regra necess ria seja para os atos vinculados seja para os atos discricion rios pois constitui garantia de legalidade que tanto diz respeito ao interessado como pr pria administra o p blica a motiva o que permite a verifica o a qualquer momento da legalidade do ato at mesmo pelos demais poderes do Estado Institui es de Direito do Trabalho p 533 4 23 H aqui de discernir motivos mat ria de fato sobre a qual se sedimenta o ato administrativo da motiva o explicita o dos motivos que justificam a pr tica daquele Direito Administrativo p 204 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 159 A posi o encontra forte eco na
379. regado beneficiado por uma senten a e o direito impenhorabilidade de bens em especial os do s cio ou ex s cio contra quem redirecionada a execu o cumpre ao Julgador encontrar uma justa solu o voltada uma vez para a efetividade da execu o art 612 do CPC e outra vez para a preserva o do empreendimento e da sobrevida dos seus s cios ou ex s cios art 620 do CPC tudo em face de dois direitos fundamentais que no aparato constitucional est o em favor de um e de outro Neste sentido tr s caminhos existiriam a a concilia o em momento de execu o de senten a b o cumprimento espont neo da senten a segundo o art 475 J do CPC c a decis o judicial com vistas final entrega do produto da senten a ao final destinat rio 86 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 No que diz respeito concilia o em momento de execu o presente que a concilia o sempre foi inerente fase de conhecimento no processo do trabalho como o atualmente tamb m no processo comum a virtude de tal procedimento foi ultimamente reconhecida por via da institui o da Semana Nacional de Concilia o n o s para a Justi a do Trabalho mas tamb m para a Justi a Comum tudo por iniciativa do Conselho Nacional de Justi a Inspira se a concilia o sem d vida nos melhores sentimentos do ser humano ainda que litigante em processo judicial independentemente de estar ele na condi
380. rena dignifica o julgador demonstrando sua inten o primeira em servir comunidade e n o ao seu pr prio ego Sendo magistrado comprometido com a qualidade da presta o jurisdicional tem a obriga o de manter se atualizado doutrin ria jurisprudencial e culturalmente o que exige tempo dedica o e independ ncia econ mica Por m n o basta a seguran a jur dica de seus argumentos preciso que saiba expressar seus conhecimentos de forma a ser entendido pelo cidad o comum num linguajar compat vel com o ouvinte As demandas sociais cada vez mais exigem conhecimento t cnico aprimorado sob o ponto de vista qualitativo e human stico por isso a cultura jur dica necessita ser constantemente ampliada questionada atualizada e reciclada mantendo se em sintonia com o seu tempo e dotando o magistrado de condi es b sicas para uma justa e s bia decis o Nas palavras do professor Miguel Reale o juiz em suma que n o est atualizado com a problem tica de seu tempo n o est em dia com o dever tico Reale 1994 p 144 145 Por ltimo na condi o de julgador dos conflitos sob sua responsabilidade deve ter consci ncia de que atr s de uma parte autora ou r existe um ser humano cuja dignidade um bem jur dico a ser preservado Assim n o basta a an lise fria do processo o cidad o cobra lhe ainda que silenciosamente o julgamento justo e cuidadoso qualificado e r pido O desempenho de
381. rfeito fruto da forma o trazida da Academia e da pr tica forense instalada no Pa s o desembara o como este funesto ponto de vista exposto deixando a import ncia da senten a relegada a descomprometidos discursos de Tribuna e aos escritos contidos em livros fechados na estante confirma o que diz sombriamente a seguinte doutrina A medida que descemos na escala hier rquica reduz se a legitimidade dos magistrados e avolumam se os recursos at atingirmos a jurisdi o de primeiro grau que o sistema literalmente destruiu sufocando a com uma infernal cadeia 40 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 42 Regi o n 02 2009 recursal que lhe retira a pr pria ilus o de que ela poderia alimentar se de dispor de algum poder decis rio A legitima o da jurisdi o de grau inferior diminui na medida em que aumentam os recursos Ov dio A Baptista da Silva escreve que o pensamento que inspira o sistema de recursos deita ra zes no mais puro iluminismo o pressuposto de que o processo deva buscar solu o certa o pensamento bin rio incompat vel com a doutrina contempor nea que resgatou a import ncia dos princ pios como id ias imanentes s normas jur dicas particulares A pr tica dos princ pios por m pressup e que os magistrados orientem se atrav s de ju zos valorativos segundo escalas de relev ncia jur dica Os princ pios obedecem a crit rios de otimiza
382. rias empresas atuando no mesmo nicho de mercado quando ent o o pre o um dos fatores determinantes para o sucesso a empresa que conseguir 7 Conforme o personagem de Walt Disney Tio Patinhas para se referir um financista mais popular Tost o economizado tost o ganho Sendo que h doutrinadores que at admitem que o fato de colocar o patr o na Justi a seja por si uma quebra na rela o de confian a que deve existir no contrato de trabalho Como se o justo pagamento dos sal rios igualmente n o estivesse incurso neste princ pio certamente derivado do da Boa F de Pl Rodriguez e que o acesso ao Judici rio pudesse ser considerado como abusivo Os motivos que influenciam o trabalhador desempregado a reclamar ou n o os seus direitos s o in meros e certamente seriam uma pesquisa importante sob o ponto de vista da Sociologia do Trabalho Nada obstante certo que muitos dos trabalhadores deixam de demandar por ignor ncia acerca de seus direitos por dificuldade em identificar um profissional que lhes represente por pregui a de procurar um profissional habilitado e uma parte muito grande com temor acerca das eventuais retalia es que podem da advir Em uma oportunidade o autor chegou a presenciar um di logo entre duas mulheres em que uma afirmava que n o poderia reclamar na Justi a porque seu sobrenome n o era muito comum e que uma eventual demanda em seu nome poderia prejudicar um irm o seu que rec m
383. rinc pio Em resumo sempre que em mat ria administrativa se verificar que o comportamento da Administra o ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente embora em conson ncia com a lei ofende a moral os bons costumes as regras de boa administra o os princ pios de justi a e de SA axiologia do conceito de moralidade administrativa tendo por base sua posi o no sistema jur dico brasileiro Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 339 acessado no dia 26 out 2008 s 10h47min 2 Decreto Lei n 4 657 de 04 de setembro de 1942 Lei de Introdu o ao C digo Civil Art 5 Na aplica o da lei o juiz atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exig ncias do bem comum amp COSTA Judith Martins As fun es do princ pio da moralidade administrativa o controle da moralidade na administra o p blica Dispon vel no site http Awww tce rs gov br artigos pdf principio moralidade pdf acessado no dia 27 out 2008 s 10h42min 172 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 egiiidade a id ia comum de honestidade estar havendo ofensa ao princ pio da moralidade administrativa Conclu mos assim que invi vel a pr via defini o dos limites concretos que dever o ser observados pelo administrador em fun o do princ pio em comento Tais limites somente advir o com a an lise concomitante do ato administrativo das suas circun
384. risdicional destinada a sujeitos que especialmente na condi o de r us possam ser enquadrados como litigantes habituais iii da conscientiza o dos outros agentes p blicos quanto aos misteres que lhes s o inerentes e necessidade de seu melhor desempenho e iv da facilita o e est mulo ao uso de meios destinados a conferir tratamento coletivo a situa es conflituosas repetitivas N o se pode ignorar no entanto que o aumento no n mero de demandas e a crescente complexidade da atividade jurisdicional retratam a condi o modernamente reconhecida ao Poder Judici rio de ltima inst ncia de discuss o das mais variadas situa es conflituosas verificadas nos planos social econ mico e pol tico Nessa medida sequer se pode tax los de problemas que contribuem para a crise da atividade jurisdicional e sim se deve pensar em conformar a atua o dos rg os judici rios a essa nova realidade Em rela o s defici ncias estruturais apresentadas pelo aparelho judici rio as solu es passam pelo atendimento s car ncias existentes mediante o incremento do n mero de ju zes e fundamentalmente pelo preenchimento dos cargos j dispon veis e servidores a amplia o dos recursos materiais e a maior utiliza o de equipamentos e sistemas informatizados No campo da disciplina processual os esfor os devem ser direcionados racionaliza o do tr mite dos processos por meio do abandono de formas que nada
385. rit rios puramente subjetivos como por exemplo no caso de nepotismo Delimitou se ditar o princ pio da efici ncia n o serem tolerados desperd cios de meios e retardos na consecu o dos fins estatais em vista de conduta imperita negligente imprudente ou dolosa do administrador Alertou se que a efici ncia n o pode ser medida exclusivamente em termos econ micos mas sim de forma englobada considerados os recursos dispon veis e o fim bem comum a ser perseguido O princ pio teria especial import ncia na avalia o do desempenho de empregado p blico que deve ser rigorosa e calcada em crit rios objetivos evitando se a perpetua o de rela o de emprego com quem n o alcan a um piso racional de efic cia em suas atribui es Definiu se que o princ pio da publicidade especifica o dever da administra o p blica em regra disponibilizar meios para o conjunto dos cidad os conhecer sua estrutura interna sua forma de funcionamento o teor e os reflexos dos atos administrativos O princ pio qualificou se derivaria do direito fundamental informa o e teria car ter instrumental devendo ser agregado a outros a fim de Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 189 permitir o exerc cio da fiscaliza o da administra o No campo do direito do trabalho alertou se que o princ pio poderia chocar se com outros como o da inviolabilidade da intimidade e da vida privada no caso por exemplo
386. rmanentemente sua posi o competitiva De acordo com Chiavenato 2003 a an lise ambiental prov um mapa das for as que influem o ambiente onde est inserida a organiza o Trata se do processo de identifica o de oportunidades amea as for as e fraquezas que afetam a empresa no cumprimento de sua miss o Pode ser dividida em an lise do ambiente externo e interno Ambiente Externo a Oportunidades s o situa es externas atuais ou futuras que podem influenciar positivamente o desempenho da empresa e b Amea as s o situa es externas atuais ou futuras que podem influenciar negativamente o desempenho da empresa Ambiente Interno a For as s o caracter sticas ou qualidades da empresa tang veis ou n o que podem influenciar positivamente o seu desempenho e b Fraguezas s o as caracter sticas da empresa tang veis ou n o que podem influenciar negativamente o desempenho da organiza o Vis o De acordo com Serra 2004 a percep o n o s das necessidades do mercado mas de como a organiza o vai conseguir atend las Segundo Ansoff e Mc Donnell 1993 a vis o idealmente explicita o direcionamento da empresa em longo prazo e seu intento estrat gico Ela apresenta as seguintes caracter sticas a Focalizada no futuro b gil c Modifica se diante de novos desafios d E o aonde vamos Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 29 e Orienta a
387. rmas componentes do Exce o feita ado o de uma moral religiosa calcada em valores imut veis como por exemplo em S o Tom z de Aquino Mas como o homem tem uma natureza espec fica de acordo com a qual a seu agere o bem humano o Av p n vov ayadov de Arist teles de cada um consiste em ser e agir conforme ess ncia e id ia humana A id ia universal da natureza humana assim o princ pio ntico da moral Isto n o nenhum materialismo ou naturalismo ou mera moral de bens pois j a antig idade tinha uma concep o da natureza ideal do homem e Tom s que faz derivar exatamente como Agostinho as id ias da mente divina a formula muito acertadamente Em Deus haurem as naturezas o que elas s o como tais e falham na medida em que se afastam do plano do Mestre que as concebeu cita o que faz Tom s de Agostinho S th 1 I 71 2 e 4 E quando repetidamente afirma que a natureza humana h de ser racional quer dizer o mesmo pois pela raz o dominamos a sensibilidade e realizamos a ordem ideal A raz o reta ratio recta n o para ele outra cousa mais que a consci ncia como j o tinham dito os est icos Donde vem o incluir se a lex naturalis como princ pio da moralidade humana no princ pio superior da lex aeterna da qual participa racionalmente a nossa natureza humana S th 1 II 91 2 HIRSCHBERGER Johannes Hist ria da Filosofia na Idade M dia Trad Alexandre Correia Dispon vel n
388. rne aplica o das Ci ncias Jur dicas e Sociais realidade da vida sendo ilustrativa a seguinte passagem da obra A Crise da Justi a de Piero Calamandrei mas quando em recente visita Universidade de Cambridge averigiei que na Inglaterra n o existem c tedras de direito processual e que o curso normal do processo encontra se confiado ali mais do que formosas constru es sistem ticas ao costume judici rio lealdade do contradit rio e cordialidade de rela es entre ju zes e advogados perguntei me se nossas t o elaboradas constru es te ricas n o s o mais um alarde e me persuade cada vez mais de que os advogados e os ju zes ingleses n o estariam dispostos a trocar em mat ria de justi a nossa ci ncia pelo seu empirismo CAPPELETTI Mauro Ju zes irrespons veis Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 1989 p 21 10 VIANA Luiz Werneck et al A judicializa o da pol tica e das rela es sociais no Brasil Rio de Janeiro Revan 1999 p 257 SILVA 2004 p 265 2 CALAMANDREI Piero A crise da justi a Belo Horizonte L der 2003 p 14 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 37 Em que pese a coleta de dados alhures referida mostrando um Poder com brechas em sua organiza o permitindo que por conta do vazio deixado por sua inoper ncia exercite se hoje no Pa s a chamada Justi a Paralela com aplica o da lei do mais forte enco
389. s Como visto s o v rias as causas que conduzem situa o de crise da atividade jurisdicional Em um contexto em que variadas s o as causas do problema tamb m m ltiplas devem ser as solu es buscadas A busca de solu es para a crise da atividade jurisdicional passa assim pela ado o de provid ncias dotadas de idoneidade para ferir o maior n mero de causas a recomendar tratamento tamb m estrutural do problema Ali s tantas s o as causas e t o s rio o problema que uma das solu es propostas e j implementada consiste na eleva o da hierarquia das normas correspondentes mediante a inclus o no texto constitucional de bom n mero de disposi es algumas visando a refor ar a necessidade de busca de outras solu es para o problema outras de car ter eminentemente pragm tico que j apontam para provid ncias capazes de em especial reduzir o tempo de tramita o dos processos Foi o que se fez no bojo da denominada Reforma do Poder Judici rio corporificada num primeiro momento na Emenda Constitucional 45 2004 Como solu es que visam a refor ar a necessidade de busca de outras solu es para o problema merecem destaque i a institui o do Conselho Nacional de Justi a arts 92 inc I A e 103 B ii a necessidade de observ ncia de n mero de ju zes proporcionalmente efetiva demanda judicial e respectiva popula o art 93 inc XIT e iii a possibilidade de delegar aos servidore
390. s Mireille Delmas Marty da Fran a ex integrante da Corte Europ ia de Direitos Humanos e Cl udio Baldino Maciel ent o presidente da AMB Associa o dos Magistrados Brasileiros Os participantes nacionais e estrangeiros visitaram um acampamento do Movimento dos Sem Terra MST A maioria dos magistrados que participou da visita por primeira vez tomava contato direto com aquela realidade A terceira edi o aconteceu em Buenos Aires em 2004 com destaque para as participa es de Zaffaroni 1991 conhecido juiz e jurista argentino Leandro Despouys relator especial da ONU para independ ncia de ju zes e advogados tamb m da Argentina Franco Ippolito da It lia integrante da Magistratura Democr tica e Antonio Cluny de Portugal ambos da Associa o de Ju zes pela Democracia de seus Pa ses todos comprometidos e engajados na defesa da independ ncia do Poder Judici rio como garantia do cidad o e da efetiva o dos direitos fundamentais Segundo Zaffaroni 1991 o fato de ser juiz na Am rica Latina j representa um verdadeiro milagre porque isso significa ter superado v rios obst culos ter nascido e escapado ao aborto ter sido alimentado ter sobrevivido s doen as ter alcan ado o n vel universit rio e n o haver sucumbido viol ncia nem desaparecido 62 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 N o descuidando de sua vincula o ao FORUM SOCIAL MUNDIAL em janeiro de 2004 um
391. s no m nimo antes do in cio do per odo extraordin rio do trabalho Em http www planalto gov br ccivil 03 Decreto Lei Del5452 htm Acesso em 10 dez 2008 s 12h01min Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 193 Para parte da jurisprud ncia este dispositivo n o foi recepcionado pela Constitui o brasileira de 1988 isso porque o artigo 5 I da CF 88 veda de forma expressa a discrimina o entre homens e mulheres Segue decis o no sentido lan ado no par grafo supra O art 5 inc I da Carta Magna vigente que veda a discrimina o em raz o do sexo n o recepcionou o artigo 384 da CLT Outrossim o artigo 401 da CLT inserido no mesmo cap tulo do art 384 determina a aplica o de multa administrativa em caso de descumprimento dos dispositivos do cap tulo III Nesse sentido o Ac rd o 00781 2004 371 04 00 4 publicado em 31 03 06 desta 3 Turma cuja relatora foi a Ju za Eur dice Bazo T rres H decis es contudo que reconhecem o direito do intervalo de quinze minutos previsto no artigo 384 da CLT para mulher mas n o permite se conclua devidas horas extraordin rias em raz o da sua n o concess o permitindo a aplica o t o somente da multa administrativa prevista no artigo 401 da CLT Neste sentido DO INTERVALO PREVISTO NO ARTIGO 384 DA CIT O descumprimento do preceito contido no artigo 384 da CLT no tocante prote o do trabalho da mulher acarreta somente i
392. s a pr tica de atos de administra o e atos de mero expediente sem car ter decis rio art 93 inc XIV E como solu es dotadas de car ter eminentemente pragm tico que j apontam para provid ncias destinadas a reduzir o tempo de tramita o dos processos mostram se importantes i a n o interrup o da atividade jurisdicional vedando se a concess o de f rias coletivas em ju zos e tribunais de segundo grau e impondo se a atua o em dias em que n o haja expediente forense normal de ju zes em sistema de plant o permanente art 93 inc XID ii a necessidade de imediata distribui o de processos em todos os graus de jurisdi o art 93 inc XV e iii a possibilidade de edi o pelo Supremo Tribunal Federal de s mula com efeito vinculante em rela o aos demais 136 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 rg os do Poder Judici rio e administra o p blica direta e indireta nas esferas federal estadual e municipal art 103 A J o enfrentamento dos problemas que adv m da crescente complexidade inerente atividade jurisdicional n o prescinde entre outras provid ncias i da disponibilidade de meios alternativos de solu o de lit gios como a media o e a concilia o extrajudicial que ofere am seguran a celeridade e baixo custo queles que deles queiram se valer ii da imposi o de nus financeiros em n veis superiores aos normais atividade ju
393. s atribui es que lhe s o conferidas pela Constitui o e pela lei e na aus ncia de legisla o que permita entregar a tutela jurisdicional efetiva e tempestiva deve adotar postura capaz de concretizar aquelas garantias constitucionais fundamentais Na mesma medida em que aumenta a import ncia do juiz no contexto atual e mais complexas se tornam as suas responsabilidades maior deve ser o seu comprometimento com a busca dos resultados esperados pela sociedade A ado o de postura capaz de concretizar as garantias constitucionais da tutela efetiva e tempestiva exige do juiz atua o tanto na esfera jurisdicional propriamente dita vista como dirigida principalmente tramita o dos processos quanto na esfera administrativa Na primeira o juiz deve atuar com firmeza e criatividade na condu o dos processos com vistas elimina o das conhecidas etapas mortas sempre claro atento necessidade de permitir s partes o exerc cio dos direitos processuais elementares Na segunda n o pode o juiz ignorar as atribui es de natureza administrativa pr prias ao cargo que ocupa em especial quando embora voltadas ao gerenciamento da unidade judici ria repercutem sobre a tramita o processual CONCLUS ES No exerc cio da atividade jurisdicional o juiz na atualidade assume a condi o de t pico agente estatal e nessa condi o lhe cabe o dever de concretizar os mandamentos constitucionais O exerc cio da atividade j
394. s de congestionamento de processos judici rios isto a solu o que aposta no aumento de assessores ou julgadores para fazer frente ao ac mulo de servi o como se os recursos materiais e humanos pudessem fluir sem limita es Este trabalho procura demonstrar a necessidade do estudo e do desenvolvimento de pr ticas de administra o judici ria entre magistrados como sendo o caminho adequado para a supera o dos m todos convencionais de gest o Em suma prev se que o est mulo de planejar que significa a formula o sistem tica de objetivos e a es alternativas para o futuro resulte em avan os e melhorias para o benef cio dos destinat rios dos servi os judici rios Argumenta se que a delibera o de adotar mecanismos de planejamento e gest o n o comumente utilizados pelas administra es judici rias aliada ao compromisso das lideran as com a continuidade de tais pol ticas de moderniza o nas sucessivas mudan as de dire o dos tribunais pode levar a um processo cont nuo de transforma o institucional HOLANDA S rgio Buarque de Ra zes do Brasil 26 ed Companhia das Letras 2004 p 157 158 BARBOSA Emerson Rodrigues BRONDANI Gilberto Brondani Revista Eletr nica de Contabilidade Vol I N 2 Dez 2004 Fev 2005 8 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Com isso a pol tica administrativa convencional seria substitu da ao longo do tempo por a es voltad
395. s de sua autonomia administrativa e financeira A administra o p blica aquela operada por agentes p blicos no exerc cio de uma fun o E o exerc cio dessa fun o p blica deve estar voltado necessariamente ao cumprimento de uma finalidade estabelecida em lei e voltada realiza o do interesse p blico do bem comum LUCENA Maria Diva da Salete Planejamento Estrat gico e Gest o do Desempenho para Resultados S o Paulo Atlas 2004 p 13 102 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Ocorre que a administra o judici ria enquanto habilidade pessoal necess ria aos operadores do Direito uma id ia recente sendo que os cursos jur dicos no Brasil n o contemplam em seus curr culos nem mesmo a disciplina de Introdu o Administra o Efetivamente tendo ingressado na magistratura o juiz tem diante de si desafios que extrapolam o direito e a jurisdi o Percebe que diante do vultoso n mero de processos a serem apreciados a necessidade e o dever lhe imputam atividade diversa daquela para a qual sua forma o acad mica o habilitou a de administrar os meios necess rios para prestar a jurisdi o frente da vara da se o judici ria de seu gabinete ou na presid ncia do tribunal o magistrado administra recursos humanos e materiais administra o tempo delega atribui es e estabelece os procedimentos mais adequados para o bom funcionamento de sua unidade
396. s e a consequente procura pela resolu o judicial desses lit gios pouco ou quase nada foi feito em mat ria de gest o da atividade judici ria com vistas a atualizar ou modernizar o sistema judicial 4 OS JU ZES E OS PROBLEMAS DA ADMINISTRA O JUDICI RIA A no o de administra o judici ria foi sendo constru da medida que os Ju zes e os tribunais foram se defrontando com os problemas causados por aquilo que as sociedades em diferentes momentos identificaram como um aumento excepcional de litigiosidade deixando exposta uma certa incapacidade da estrutura judici ria em resolver a sobrecarga de trabalho dos ju zes Traduzindo isso com maior simplicidade h situa es e momentos em que os ju zes e os tribunais recebem muito mais casos do que s o capazes de resolver em tempo h bil deixando aberta a necessidade de administrar com ci ncia e metodologia os problemas da decorrentes Nessa hora procurar desvendar as causas do excesso de demanda do trabalho jurisdicional pode ser importante Entretanto crucial saber quais s o as respostas e as a es administrativas poss veis e adequadas para enfrentar esse tipo de situa o 2 A administra o judici ria ocupa se exatamente dessa tarefa isto prover m todos de trabalho e solu es de modo a evitar que res duos crescentes de causas por resolver coloquem em risco a import ncia da fun o judicial Em suma constitui uma obriga o para os ju zes e
397. s em normas Normalmente sequer constam de texto regrado Defluem no todo do ordenamento jur dico Encontram se nsitos impl citos no sistema permeando as diversas normas regedoras de determinada mat ria O s fato de um princ pio n o figurar no texto constitucional n o significa que nunca teve relev ncia de princ pio A circunst ncia de no texto constitucional anterior n o figurar o princ pio da moralidade n o significa que o administrador poderia agir de forma imoral ou mesmo amoral Como ensina Jesus Gonzales Perez el hecho de su consagraci n en una norma legal no no supone que con anterioridad no existi era ni que por tal consagraci n legislativa haya perdido tal car cter EI princ pio de buena fe en el derecho administrativo Madri 1983 p 15 Os princ pios gerais de direito existem por for a pr pria independentemente de figurarem em texto legislativo E o fato de passarem a figurar em texto constitucional ou legal n o lhes retira o car ter de princ pio O agente p blico n o s tem que ser honesto e probo mas tem que mostrar que possui tal qualidade Como a mulher de C sar Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal RE n 160381 SP Rel Min Marco Aur lio v u j 29 03 1994 Di rio Oficial da Uni o de 12 08 1994 p 052 Em sentido contr rio demonstrando persistir a identifica o do princ pio da legalidade com o da moralidade temos o seguinte voto do Ministro Eros Grau 166 Cadernos da Escola J
398. s j velha a li o de que nenhuma organiza o melhor do que as pessoas que nela trabalham e mais o manejo da tecnologia est sujeita aptid o inventiva do funcion rio de torn la til e submissa s expectativas dos jurisdicionados Enfim o grande desafio que se apresenta para o Juiz Titular de cada Unidade Judici ria desenvolver a qualifica o e potencial de seus funcion rios para obter em contrapartida alto desempenho aceita o de responsabilidades de novos encargos e mormente de comprometimento com os resultados desejados Em verdade sem a racionaliza o das tarefas forenses ou seja ado o de processo de organiza o das atividades praticadas visando obten o do m ximo de resultados com o m nimo de atos processuais n o poss vel imaginar uma presta o jurisdicional c lere e eficaz Esta racionaliza o consiste em agilizar o encaminhamento do processo via impulsos processuais n o se detendo a formalismo buscando o equacionamento das quest es afetas pr tica burocr tica Diariamente podem ser observadas v rias pr ticas que desafiam o bom senso pela aus ncia absoluta de l gica e excesso de formalismo E vis vel o trabalho em c rculos E muito embora a racionaliza o seja uma solu o bastante simples n o se pode olvidar que capaz de operar significativas transforma es em uma Vara Isso porque trata essencialmente de fazer mais com menos de forma simplifica
399. s pessoas de muta o do modo de pensar e de agir e n o apenas de reprograma o de m quinas A administra o judici ria est muito exposta avalia o ao julgamento permanente dos advogados e jurisdicionados e por isto a for a de trabalho se constitui como elemento vital para a consecu o dos objetivos de uma c lere e efetiva presta o jurisdicional devendo estar apta a promover as mudan as no ambiente judici rio 8 CHIAVENATO Idalberto Gerenciando Pessoas o Passo Decisivo para a Administra o Participativa 3 ed S o Paulo Makron Books 1997 p 21 MINTZBERG Henri AHLSTRAND Bruce LAMPEL Joseph Saf ri de Estrat gia um Roteiro pela Selva do Planejamento Estrat gico Tradu o de Nivaldo Montingelli Jr Porto Alegre Bookman 2000 p 22 108 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 S o portanto maiores as exig ncias de qualifica o pessoal para assumir desafios novos riscos e responsabilidades Uma Unidade Judici ria n o se torna eficiente ou ineficiente da noite para o dia Isto significa que s o as decis es tomadas a capacidade inovadora o comprometimento a compet ncia e as a es operacionalizadas pelo Juiz Titular e funcion rios lotados em cada uma das Unidades que definir o o ritmo evolutivo da Institui o O oferecimento de cursos e aquisi o de equipamentos modernos de trabalho n o significa por si s o diferencial para o sucesso poi
400. s princ pios agirmos de em conformidade com o direito e preocupar nos com o bem estar que simultaneamente bem estar individual e bem estar na sua determina o universal a utilidade de todos O conte do moral pass vel de julgamento tico e consegiientemente destaca se da simples verifica o de subsun o do ato e do seu resultado forma prevista em lei ou ao desiderato que esta pretendia ver produzido O crit rio de mera adequa o lei positivada ou ainda a considera o objetiva de les o ao er rio frise se utilizados de forma isolada n o atendem s necessidades de ampla investiga o dos atos administrativos em um padr o moral Vejamos o magist rio de Jos Afonso da Silva Todo ato lesivo ao patrim nio agride a moralidade administrativa Mas o texto constitucional n o se conteve nesse aspecto apenas da moralidade Quer que a imoralidade em si seja fundamento de nulidade do ato lesivo Deve se partir da id ia de que a moralidade administrativa n o moralidade comum mas moralidade jur dica Essa considera o n o significa necessariamente que o ato legal seja honesto Se se exigir tamb m o tamb m o v cio da legalidade ent o n o haver dificuldade alguma para apreciar o ato imoral porque em verdade somente se considerar ocorrida a imoralidade administrativa no caso de ilegalidade Mas isso nos parece liquidar com a inten o do legislador constituinte de contemplar a moralidade ad
401. s prudentes e uso cauteloso dos recursos sob sua responsabilidade A id ia da responsabilidade social embora n o seja nova ganhou muita for a quando a deteriora o dos ecossistemas provocada pela polui o estimulou o debate sobre os benef cios e malef cios da sociedade industrial Devido s press es que nasceram decorrentes de grupos de ativistas muitos pa ses estabeleceram legisla es severas sobre essas quest es A exist ncia dessa legisla o um dos principais fatores que as empresas devem levar em conta ao tomar decis es que envolvem considera es de ordem tica b Doutrina do Interesse do Acionista De acordo com Maximiano 2004 a corrente alternativa da responsabilidade social prop e que as empresas t m obriga es com seus acionistas O representante mais conhecido dessa doutrina Milton Friedman Ele afirma que a principal responsabilidade das empresas maximizar o lucro dos acionistas De acordo com esse ponto de vista a tica das decis es de neg cios consistem em procurar as alternativas que produzam mais dinheiro porque essa diretriz promove a utiliza o mais eficiente e eficaz dos recursos individuais organizacionais sociais e ambientais Observa se que tais doutrinas n o contemplam as institui es p blicas que prestam servi o p blico mas apenas as institui es privadas o que explica a nfase no lucro e a preocupa o com o entorno como meio para atingir aquele objetivo CONCL
402. s subalternos ou n o aquele seu dever de operar o estrito cumprimento do que a lei configurou como objetivo prez vel e ating vel por dada via jur dica SOUSA SEGUNDO Lino Osvaldo Serra A axiologia do conceito de moralidade administrativa tendo por base sua posi o no sistema jur dico brasileiro Dispon vel no site http jus2 uol com br doutrina texto asp id 339 acessado no dia 26 out 2008 s 10h47min Direito Administrativo Moderno p 125 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 171 No mesmo sentido Lino Osvaldo Serra de Sousa Segundo Portanto esses elementos s o pr prios do exame que se faz e o contra argumento em prolepse referido falso porquanto a moralidade como norma principiol gica n o ganha concretiza o em si mesma cabendo aos delegat rios do poder pol tico mediarem a sua aplica o O manejo do princ pio permite a incis o da an lise judicial sobre o crit rio discricion rio utilizado pelo administrador funcionado principalmente de forma o ar A PEE E esa 62 negativa e limitadora extirpando os casos de grave iniquidade e irrazoabilidade Sublinhou Karl Larenz serem os princ pios todos mais f ceis de aplicar em sua fun o negativa que na positiva Talvez por esta raz o n o obstante a ineg vel import ncia das fun es positivas do princ pio da moralidade administrativa costumam os autores ressaltar a for a limitadora de que
403. se tamb m a legisla o brasileira tanto no plano Constitucional como no infraconstitucional Em refor o a essa assertiva salienta Maria Helena Diniz O direito imagem aut nomo n o precisando estar em conjunto com a intimidade a identidade a honra etc embora possam estar em certos casos tais bens a ele conexos mas isso n o faz com que sejam partes integrantes um do outro N o se pode negar que o direito privacidade ou intimidade um dos fundamentos basilares do direito imagem visto que seu titular pode escolher como onde e quando pretende que a sua representa o externa imagem retrato ou sua imagem atributo seja difundida 4 EXERC CIO DO DIREITO PR PRIA IMAGEM Como salientado no in cio do item 3 deste estudo com a ado o de novas tecnologias e a necessidade de rapidez na transmiss o de informa es pelos meios de comunica o que contam com a possibilidade de utiliza o de equipamentos principalmente os ligados televis o que permitem a quem os assiste reter um grande n mero de informa es num curto espa o de tempo e ainda com o uso cada vez maior da publicidade sempre ligada a uma imagem constatou se a possibilidade n o s da explora o econ mica da imagem como tamb m da necessidade de prote o a quem tenha esse direito violado No Brasil no plano constitucional a prote o ao direito de imagem est prevista nos incisos V e X do art 5 da Constitui o Federal de
404. se a cada promo o De outra sorte a altera o constitucional igualmente se fez acompanhar por um fluxo or ament rio especialmente destinado s escolas judiciais A partir de ent o os tribunais passam a contar portanto com uma parcela significativa de recursos para investir na instru o dos ju zes Tais recursos no entanto n o se encontram vinculados a que se trace uma determinada linha doutrin ria ou ideol gica nesta forma o nada obstante isso tivesse sido considerado timo pelo Banco Mundial ou seja as escolas judiciais agora sen o ricas ao menos remediadas em recursos financeiros t m em suas m os um importante instrumento para investir no aperfei oamento dos ju zes no que poder o proceder desvinculando se da inten o inicial de estandartiza o da magistratura 2 Art 73 I da LOMAN 14 Como se cogitasse que o Judici rio em alguma oportunidade tivesse atuado com folga de servi o 15 Por exemplo a Resolu o do TRT da 4 Regi o n o dispon vel na p gina reserva duas vagas para os ju zes de segunda inst ncia e tr s para os de primeira destacando se que a segunda inst ncia possui 36 magistrados enquanto a segunda mais de 200 ju zes de onde se verifica a desproporcionalidade existente no cumprimento do mandamento legal encetado pelos legisladores em seu pr prio benef cio 16 Ou de padroniza o para se evitar o barbarismo Cadernos da Escola Judicia
405. siderar a lei acr tica ou incondicional e sim submet la hierarquia constitucional garantindo assim os direitos fundamentais nela consagrados Ali radica substancialmente o fundamento da legitima o da jurisdi o Uma legitima o que n o equipar vel quela que prov m da representa o pol tica derivada da vontade majorit ria mas que concerne tutela da intangibilidade dos direitos fundamentais consagrados Precisamente porque os direitos fundamentais sobre os quais se assenta democracia substancial diz o nosso autor est o garantidos a todos e a cada um de maneira incondicionada inclusive contra a maioria a partir da fun o atribu da aos ju zes pois estes ostentam sua pr pria legitimidade democr tica O estudioso e pensador argentino assinala que as expectativas ent o que esta especificidade funcional estimula aumentam a reivindica o por um maior grau de protagonismo dos ju zes estimula se o chamado ativismo jurisdicional 58 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 O festejado jurista Dalmo de Abreu Dallari se manifesta no sentido de que s o muitos os obst culos para difundir em todo o mundo o imp rio do direito e para que n o exista mais a impunidade dos violadores dos direitos humanos Esses obst culos n o s o instranspon veis mas para super los necess rio trabalhar permanentemente com determina o e coragem sem des nimo nem transig
406. so de mudan a institucional no seio dos tribunais O processo de gest o de conhecimento j existe h mais tempo com rela o aos servidores do Judici rio mas relativamente novo em rela o aos magistrados um caminho essencial de mudan a Conforme afirmei em outro artigo as escolas judiciais ter o o cond o de promover reflex o e debate sobre a pr pria funcionalidade do nosso modelo de sistema judicial atuando cada uma delas como uma usina de cria o de id ias de modo que uma nova e melhor Justi a seja oferecida aos brasileiros CONCLUS O Vivemos numa poca de permanente transforma o e de fabulosa mobilidade o que afeta a cultura e o modo de atuar das organiza es Os rg os do Poder 14 KOTTER John P Liderando a Mudan a 18 ed Ed Campus 1997 p 57 5 Revista do TRT da 4 Regi o Porto Alegre HS Editora 2007 6 A express o usina de id ias de Jos Renato Nalini podendo ser encarada como uma feliz e oportuna tradu o ao sentido do termo think tank consagrado internacionalmente para identificar organiza es de governo independentes da burocracia tradicional dedicadas a promover pesquisa debate reflex o e difus o de pensamento envolvendo pol ticas p blicas e a es estrat gicas Ver NALINI Jos Renato O Desafio de Criar Ju zes In Recrutamento e Forma o de Magistrados no Brasil Curitiba Juru Editora 2007 p 104 Cadernos da Escola Judicial d
407. sobre o cidad o Ao diminu rem os problemas de comunica o com a imprensa via de consequ ncia diminu ram os problemas de comunica o com a sociedade pois medida em que os Ju zes se empenharam para melhor serem compreendidos aumentaram suas chances de legitima o social Fundamental portanto que essa aproxima o seja crescente e vitoriosa possibilitando o conhecimento e a divulga o das atividades do Poder Judici rio como um direito do cidad o por meio de uma imprensa livre e respons vel Tamb m atrav s de suas Associa es os julgadores trabalhistas lutam pelo resgate da cidadania e da condi o de agentes pol ticos do Estado Cada vez mais as Associa es de Ju zes Brasileiros buscam interar se com os mais diversos p blicos criando canais de comunica o direta n o apenas com seus associados mas com a sociedade em geral como forma de inserir a Magistratura nos debates mais importantes da agenda social e pol tica brasileira Campanhas como as intituladas Programa Trabalho Cidadania e Justi a Projeto Cidadania e Justi a tamb m se Aprendem na Escola elabora o da chamada Cartilha do Trabalhador Opera o elei es limpas Contra a Corrup o e pela tica na Pol tica Campanha pela Simplifica o da Linguagem Jur dica com publica o do livreto intitulado O Judici rio ao alcance de todos No es b sicas de Juridiqu s Luta contra o Nepotismo
408. sse aplic vel esse preceito n o haveria raz o para vedar f rias coletivas nos ju zos bastando que a reda o ficasse limitada aos tribunais Pode se at mesmo argumentar que os tribunais s o divididos via de regra em rg os jurisdicionais fracion rios e que a eles dirigida a express o ju zos contida no inciso XII do art 93 da Constitui o Federal N o nos parece entretanto acertada essa interpreta o porque ela apenas especifica uma hip tese de interrup o da atividade jurisdicional na maior parte exercida pelos ju zos de primeiro grau Por outro lado ainda no tocante aos cargos de ju zes que devem compor as varas do trabalho a Emenda Constitucional 45 2004 acrescentou ao mesmo art 93 o inciso XIII assim redigido XIII o n mero de ju zes na unidade jurisdicional ser proporcional efetiva demanda judicial e respectiva popula o grifei Considerando se correto ou inquestion vel afirmar que uma unidade jurisdicional deve ter ao menos um Juiz o titular em atividade porque do contr rio n o se justifica sua exist ncia n o menos correto que esse Juiz em dados momentos estar impedido ou impossibilitado de exercer suas fun es Nessas hip teses sob pena de descumprimento dos preceitos constitucionais mencionados h que atuar o Juiz Substituto da localidade N o se conhecem estudos precisos na 4 Regi o sobre a proporcionalidade entre o n mero de ju zes e a popula o aten
409. sso do trabalho qual seja o direito alimentar do trabalhador frente ao direito impenhorabilidade do empregador E neste sentido o entendimento exposto na obra Curso de Processo Civil Processo de Execu o e Cumprimento de Senten as ao tratar do princ pio de proporcionalidade no Direito Processual Civil p g 242 O princ pio da proporcionalidade revela se como engrenagem essencial para garantir a preserva o de direitos fundamentais podendo se desse modo inclu lo na categoria das garantias fundamentais A solu o ser dada pelo caso concreto pois no momento das concre es que os princ pios revelam seus diferentes pesos Ocorre ent o uma pondera o entre os interesses envolvidos a fim de se saber qual deles abstratamente da mesma categoria possui maior peso no caso concreto Assim as colis es de princ pios podem ser solucionadas mediante o estabelecimento de uma rela o condicionada de preced ncia N o h sen o como concluir que inexistem solu es prontas a servirem a todas as situa es que se apresentam o esfor o interpretativo do Julgador e do Jurista sempre a varejo e jamais por atacado REFER NCIAS Legislativas Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil arts 5 6 Consolida o das Leis do Trabalho arts 882 8 C digo de Processo Civil arts 655 655 A 653 620 612 649 596 475 J C digo Civil arts 50 10
410. ssoal particularmente a valora o de quem quer que seja chamado a decidir elemento decisivo para determinar qual das v rias alternativas que se oferecem como poss veis dentro de certo espa o de jogo ser havida como a melhor e a justa problema de hermen utica jur dica indagar onde e com que latitude essa discricionariedade existe grifei N o sendo o Direito uma ci ncia de medir pesar e contar admiss vel que o pensamento do juiz instrutor que colheu a prova mostre se diferente da inst ncia recursal cujo conhecimento do caso s lhe acess vel a partir da vers o que lhe chega nos autos do processo reduzindo se o campo de exerc cio da discricionariedade judicial nas inst ncias superiores numa perspectiva de resgate da import ncia da senten a SILVA 2004 p 239 240 2 SILVA 2004 p 252 2 Idem p 285 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 41 Isso porque a inst ncia superior ter capacidade de percep o dos fatos mais limitada por n o administrar o princ pio da imedia o tal qual nsito atividade do juiz que colheu a prova O assunto tratado apresenta dois enfoques o primeiro relacionado ao excesso de recursos previstos em nosso sistema processual o segundo dizendo respeito pr pria fun o revisora dos Tribunais O excesso de recursos fato reconhecido at por quem n o iniciado em Ci ncias Jur dicas e Sociais notadamente quem
411. ssual por Regi o Judici ria no qual se obt m acesso s leis de cria o das Varas do Trabalho do pa s por regi o judici ria da Justi a do Trabalho exemplo dessa hip tese a 10 Regi o da Justi a do Trabalho que atende ao Distrito Federal e ao Estado do Tocantins que n o s atingiu a igualdade mas a superou j em 1989 segundo consta no s tio do E Tribunal Superior do Trabalho na Internet em lt http www tst jus br gt link para Movimenta o Processual por Regi o Judici ria no qual se obt m acesso s leis de cria o das Varas do Trabalho e cargos de Ju zes do Trabalho no pa s por regi o judici ria 10 Do que s o exemplos a 6 Pernambuco e a 10 Distrito Federal e Tocantins Regi es da Justi a do Trabalho que contam respectivamente com 61 e 32 cargos de Ju zes do Trabalho Titulares e 68 e 53 cargos de Ju zes do Trabalho Substitutos segundo a mesma fonte a que se refere a nota anterior Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 95 diversamente do que pode parecer numa leitura mais afoita n o se aplica apenas aos rg os jurisdicionais dos tribunais Confira se o dispositivo constitucional XII a atividade jurisdicional ser ininterrupta sendo vedado f rias coletivas nos ju zos e tribunais de segundo grau funcionando nos dias em que n o houver expediente forense normal ju zes em plant o permanente grifei Se apenas aos tribunais de segundo grau fo
412. st ncias dos seus resultados e da inten o do agente Este car ter et reo implica que somente casos de expressiva imoralidade de patente agress o moral comum possam resultar em invalida o do ato pela aplica o do princ pio N o permitido ao operador do direito projetar sua subjetividade seus desejos ou por assim dizer sua moral particular sobre o administrador como causas fundantes da anula o do ato Entendimento contr rio suprimiria a discricionariedade deste afetaria a seguran a jur dica que se traduz na presun o gen rica de legalidade de certeza dos atos administrativos e tornaria em ltima inst ncia o Poder Executivo um ref m do Poder Judici rio Na esteira da previs o contida no caput do artigo 37 da Constitui o Federal tem se o inciso LXXIII do artigo 5 do mesmo diploma que tipificou o ato lesivo moralidade administrativa como causa de nulidade do ato administrativo a justificar o manejo de a o popular Tem se ainda o caput do artigo 2 da Lei n 9 784 de 29 de janeiro de 1999 que refor a a necessidade de observ ncia ao princ pio em comento e no inciso IV do seu par grafo nico exige aten o nos processos administrativos da tica da probidade do decoro e da boa f Outro desdobramento a possibilidade de aplica o da pena de inelegibilidade ao pol tico que no exerc cio do mandado ofender a moralidade conforme disposto no par grafo 9 do artigo 14 da Co
413. stin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes LV aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral s o assegurados o contradit rio e ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes Como se v a garantia de um novo exame da mat ria pela parte vencida no lit gio garantida constitucionalmente Entretanto a possibilidade recursal n o pode ser executada de forma descriteriosa diante de uma decis o desfavor vel sob pena de comprometimento na celeridade da presta o jurisdicional efetiva Em que pese os advogados das partes envolvidas no lit gio sejam os porta vozes mais frequentes das queixas contra a lentid o da justi a a pr tica processual demonstra que as a es de alguns nem sempre contribuem para a efetividade do processo utilizando se de todas as formas poss veis para retardar a efetividade de uma decis o judicial Por obviedade o Poder Judici rio sai desgastado de todo esse processo ainda que n o seja Poder legislador dos recursos legais uma vez que ao povo n o dada a consci ncia das atribui es espec ficas de cada um dos tr s Poderes do Estado 2 3 Efetividade Indubit vel que os Tribunais brasileiros est o abarrotados de processos Sustentam os mais otimistas que essa busca pelo Poder Judici r
414. t p 42 8 MATIONL Luiz M Farinas El derecho a la intimidad Madrid Editorial Trivium S A p 108 120 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 restaria juridicamente desamparada Portanto tal teoria demonstra apenas uma vis o parcial do direito pr pria imagem A teoria do patrim nio moral entende a imagem um bem jur dico que se situa na rea moral da personalidade n o na material sendo ent o parte do patrim nio moral da pessoa A cr tica que se faz a essa teoria que o conceito de patrim nio implica em um conjunto de direitos e obriga es valorados economicamente Em contraposi o o aspecto moral refuta qualquer possibilidade de aprecia o econ mica Embora toda essas teorias que tentam recepcionar o direito de imagem tenham com ele alguns pontos de converg ncia falham em face da complexidade da imagem por darem a ela um enfoque limitado Assim n o se pode conceber que a prote o jur dica da imagem possa ser plenamente exercida pelo direito intimidade honra identidade embora com eles se relacione Em consegii ncia for oso reconhecer se que o direito imagem possui natureza distinta no g nero dos direitos da personalidade por estar munido de objeto pr prio constituindo se em bem jur dico aut nomo Na doutrina praticamente pacificou se o entendimento de que o direito pr pria imagem constitui direito aut nomo sendo que nesse sentido posicionou
415. tabelecidas para as empresas privadas Recurso de Embargos conhecido e provido para julgar improcedente a reclama o trabalhista Os v nculos de emprego mantidos pelo Estado sofrem assim a incid ncias dos princ pios e normas componentes do Direito Material do Trabalho e em vista da natureza jur dica do empregador a incid ncia de princ pios e normas que regulam a atividade da administra o p blica Tal sobreposi o implica que o poder diretivo do empregador conhecido como ius variandi ou seja o direito de alterar pontualmente as condi es nas quais o trabalho prestado seja ex guo Para melhor compreens o da mat ria far se uma pequena digress o explicitando o conceito e os limites do ius variandi 25 Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho RR 644 2005 024 09 00 Rel Min Carlos Alberto Reis de Paula J 07 03 2007 Dispon vel no site lt http www tst gov br gt acessado no dia 09 nov 2008 s 09h11min 26 Subse o I Especializada em Diss dios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho I ERR n 557968 Rel Min Jo o Batista Brito Pereira J 2 4 2001 Di rio oficial da Uni o 22 06 2001 p 310 Pode ainda ser mencionado o seguinte julgado SERVIDORES CELETISTAS MUNICIPAIS PROGRESS ES SALARIAIS LEI MUNICIPAL OBRIGATORIEDADE O ente de direito p blico quando contrata servidores pelo regime da CLT se obriga ao cumprimento das normas e princ pios espec ficos do direito
416. tantos pap is todos de grande responsabilidade via de regra compromete a almejada celeridade na solu o dos conflitos tornando se fator desencadeador da morosidade Considerando se que a atual estrutura da Justi a do Trabalho composta por mais de mil e trezentas Varas do Trabalho distribu das em mais de 600 localidades do Pa s 24 Tribunais Regionais e um Tribunal Superior al m das distintas realidades culturais e tecnol gicas existentes em cada Regi o v rias propostas est o continuamente sendo analisadas pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho TST com vistas a serem apresentadas ao Congresso Nacional visando reduzir o volume de recursos e acelerar o tr mite das a es na Justi a do Trabalho revelando a preocupa o constante do Judici rio com o combate morosidade o que por si s deve ser comemorado pelos operadores do Direito Destarte visando minorar o grave problema da morosidade apresentamos a seguir algumas propostas para reflex o entendendo essencial primeiro possibilitar ao magistrado no es de Administra o e Gerenciamento tarefas para as quais n o foi preparado e cujo conhecimento n o lhe foi cobrado em concurso p blico Segundo aparelhar a estrutura judici ria dotando lhe de material equipamentos e serventu rios em n mero suficiente para lidar com a demanda processual Terceiro conferir ao Juiz de primeiro grau a devida valoriza o como conhecedor da realidade Cadernos da Es
417. ter sticas de comportamento que identificam o sujeito questionou se se o direito imagem poderia ser estendido s pessoas jur dicas guisa de conclus o com a formula o de resposta positiva baseada nos artigos 5 V da Constitui o Federal e 52 do C digo Civil de 2002 exp e se ser devida a extens o de direitos da personalidade se o fundamento axiol gico o permitir dentre os quais reside o direito imagem atributo Registra se inclusive a possibilidade de obten o de ressarcimento pela ofendida por dano moral Ao final com a utiliza o de estudo de caso entendemos que o empregado desrespeita a imagem atributo do empregador ao participar de f rum comunidade no site de relacionamento orkut cujo teor seja ofensivo com a utiliza o de express es de baixo cal o voc bulo rasteiro Ainda entende se disposi o do empregador a faculdade de resolu o do contrato de trabalho por justa causa Assim buscou se cuidar de tema atual utilizando se da doutrina e da legisla o atinente ao direito imagem mormente imagem atributo aplicando o ao contrato de trabalho no contexto dos novos h bitos da sociedade a inclu da a rotineira utiliza o da internet 208 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 REFER NCIAS BARROS Alice Monteiro de Curso de Direito do Trabalho 3 ed S o Paulo LTr 2007 BITTAR Carlos Alberto Os Direitos da Personalidade 2 ed Rio de Jan
418. teresse do credor N o h como ignorar por m que tratando se de execu o trabalhista a tutela voltada para o credor que a parte hipossuficiente na rela o trata se de exeqiiente de verba de car ter alimentar e por isso e assim a previs o do art 620 do CPC se v vencida pelo que disposto no art 612 do mesmo texto ou seja realiza se a execu o no interesse do credor que no caso o reclamante Se verdade que o disposto no art 620 do CPC tem como escopo tornar a execu o suport vel pelo devedor tanto n o pode em todo caso ser empecilho efetividade da execu o 5 IMPENHORABILIDADE O balizamento representado pelos artigos 620 e 612 ambos do CPC n o se faz por m bastante a equacionar o conflito entre o direito alimentar e o direito impenhorabilidade havendo que examinar se o que mais o sistema legal oferece em termos de pesos e contra pesos a garantir a seguran a jur dica das empresas e dos cidad os sem maltratar a efetividade da execu o Tanto se encontra nas hip teses de impenhorabilidade estabelecidas no contexto legal em especial no art 649 do CPC 84 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Importa destacar o que no contexto da execu o redirecionada contra s cio retirante este que carrega consigo a responsabilidade subsidiaria na forma do art 4 da Lei dos Executivos Fiscais e do pr prio art 596 do CPC se faz deve
419. tes Torna se 2 MEIRELES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro p 82 2 a Administra o n o apenas est proibida de agir contra legem ou extra legem mas s pode atuar secundum legem Stassinopoulos Michel Trait des acies administratifs p 69 In MELLO Celso Ant nio Bandeira de Desvio de poder discricionariedade e controle jurisdicional Dispon vel no site http www direitoufba net mensagem celsocastro desviodepoder doc acessado em 06 nov 2008 s 14h03min 2 Realizando o que a doutrina em sua maioria denomina de ato administrativo vinculado 2 Realizando o que a doutrina em sua maioria denomina de ato administrativo discricion rio 2 Com efeito existe entre a atividade administrativa e a lei uma rela o de subordina o isto sub ordena o ordena o inferior Essa subordina o no lo diz Renato Alessi em observa o certeira apresenta se sob duplo aspecto De um lado real a se seu sentido positivo querendo significar que a lei tanto pode erigir veda es Administra o quanto impor lhe a busca de certos fins propostos como obrigat rios de outro lado acentua se um sentido negativo ainda mais importante qual seja o de que a Administra o n o pode fazer sen o o que de antem o lhe seja permitido por uma regra legal MELLO Celso Ant nio Bandeira de Desvio de poder discricionariedade e controle judicial Dispon vel no site http www direitoufba net mensagem c
420. tidade administrativa em nome do qual age o funcion rio Este um mero agente da Administra o P blica de sorte que n o ele o autor institucional do ato Ele apenas o rg o que formalmente manifesta a vontade estatal Por conseguinte o administrado n o se confronta com o funcion rio x ou y que expediu o ato mas com a entidade cuja vontade foi manifestada por ele E que a primeira regra do estilo administrativo a objetividade que est em estreita rela o com a impessoalidade 2 O esp rito das leis Tradu o de Fernando Henrique Cardoso e Le ncio Martins Rodrigues p 118 Sobre o conflito entre virtude e excesso limites perfeita a defini o de Michel Eyquem de Montaigne Aqueles que dizem que nunca h excesso na virtude n o percebem que n o h virtude onde h excesso Ensayos V I p 146 Barcelona Orbis 1984 in RIVERA Juan Ant nio O que S crates diria a Woody Allen p 154 Direito Administrativo Brasileiro 17 ed p 85 76 E mesmo quando a exceder em hip teses que n o s o objeto deste estudo 7 Curso de Direito Constitucional Positivo p 562 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 177 A rigor o manejo dos conceitos contidos nos princ pios da isonomia legalidade e moralidade assim como em institutos espec ficos como o da compet ncia do agente administrativo e da finalidade da atua o estatal tornaria desnecess ria e
421. tigo 5 XII participa o individual em obras coletivas e reprodu o da imagem e voz humanas inclusiva nas atividades desportivas artigo 5 XXVIII a gratuidade para os reconhecidamente pobres do registro civil de nascimento artigo 5 LXXVI a Na legisla o infraconstitucional os direitos da personalidade est o atual e expressamente reconhecidos no C digo Civil de 2002 artigos 11 e seguintes com a designa o do Cap tulo II do Livro I de Dos Direitos da Personalidade H previs o inclusive da faculdade v tima de exigir que cesse a amea a ou a les o aos direitos citados com possibilidade de reclama o de perdas e danos Retornando ao objeto do presente trabalho v se a expl cita prote o constitucional ao direito imagem No tocante sua classifica o dentre os direitos da personalidade encontra se opini es divergentes entre os doutrinadores H quem prefira coloc lo ao lado dos direitos f sicos como BITTAR ou perfilado com os 2 NEVES Conforme Castanheira In ALVES Edilson Pereira de Colis o de Direitos A Honra A intimidade A vida Privada e a Imagem versus a Liberdade de Express o e Informa o p 60 1 a dignidade pessoal postula o valor a pessoa humana e exige o respeito incondicional da sua dignidade Dignidade da pessoa a considerar em si e por si que o mesmo dizer a respeitar para al m e independentemente dos contextos integrantes e das situa es soci
422. titucional 45 2004 disseminou altera es no corpo do texto constitucional cabendo ao pr prio Poder Judici rio dar cabo da miss o recebida at mesmo porque e talvez com mais raz o pela natureza mesma da sua atividade fim dele se espera que atenda de modo exemplar aos princ pios constitucionais que regem a Administra o P blica legalidade impessoalidade moralidade publicidade e efici ncia Exemplos da t nica da reforma est o disseminados pela reda o da Constitui o Federal que resultou da Emenda Constitucional 45 2004 Essa emenda alterou a reda o de dispositivos dos artigos 5 36 52 92 93 95 98 99 102 103 104 105 107 109 111 112 114 115 125 126 127 128 129 134 e 168 da Constitui o Federal acrescentou os arts 103 A 103 B 111 A e 130 A e deu outras provid ncias O exame da Emenda Constitucional 45 2004 revela preocupa o com a administra o do Poder Judici rio julgada poca ineficiente e herm tica A isso creditamos preponderantemente a cria o do Conselho Nacional de Justi a como rg o do Poder Judici rio e que embora n o seja o controle externo que os mais radicais opositores da sua autonomia pretendiam agrega em sua composi o integrantes desse Poder e personalidades do cen rio jur dico n o integrantes do Poder Judici rio N o se pretende debater a justi a ou injusti a das cr ticas recebidas e nem mesmo as motiva es pol ticas ou econ micas que leva
423. tizar a criatividade encorajar os administradores e colaboradores a assumirem uma perspectiva ampla sobre seu pr prio trabalho Os objetivos s o alvos ou fins que os administradores desejam atingir Planos s o a es ou os meios de que o administrador disp e para atingir seus objetivos c Avalia o de objetivos e planos os tomadores de decis o devem avaliar as vantagens e desvantagens e os efeitos potenciais de cada objetivo e de cada plano alternativo O tomador de decis o deve priorizar ou at mesmo eliminar alguns ap s considera es adicionais e ao mesmo tempo considerar as implica es dos planos alternativos projetados para atingir objetivos de alta prioridade d Sele o de planos e metas agora o planejador est pronto para selecionar os objetivos e planos apropriados Nesta etapa deve se identificar as prioridades ganhos e perdas relativos entre objetivos e planos e Implementa o uma vez que tenham selecionado os objetivos e os planos 26 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 devem implement los Para obter sucesso na etapa de implementa o importante que os administradores e colaboradores tenham participado das etapas anteriores assim estar o bem informados compromissados e altamente motivados e f Monitora o e controle como o planejamento se constitui em processo repetitivo os administradores devem monitorar continuamente o desempenho de suas unidades de trabalho d
424. torna maior do que o pr prio desvirtuamento do conceito de Justi a atrav s de um procedimento neutro tolerante ineficaz e demorado O desenho jurisdicional de solu o dos conflitos tem entre outras a virtude de despojar os conflitos de interesses de seu componente mais emotivo onde o crit rio da outorga desta tutela n o seja aferido pela lei do mais forte poderoso rico inteligente ou do mais astuto ZIEMER Roberto Mitos Organizacionais o poder invis vel na vida das empresas S o Paulo Atlas 1996 p 65 106 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Efetivamente os indiv duos t m a possibilidade de desempenhar papel ativo na constru o de suas realidades embora as circunst ncias n o sejam de sua escolha Estas circunst ncias s o influenciadas por rela es de poder intermediadas pela linguagem pelos discursos e pelos h bitos que moldam nosso cotidiano Nessa perspectiva h que despir se do mito da inefici ncia da administra o judici ria Ela est inserida numa rela o de interdepend ncia com o ambiente em que est localizada raz o pela qual seu bom funcionamento depende da capacidade de seus agentes identificarem e anteciparem se s mudan as e expectativas dos jurisdicionados As mudan as por certo afetam a maneira de agir e pensar das pessoas porquanto estas n o t m a tend ncia de ver o cotidiano de uma Unidade Judici ria como algo que possa
425. tra ainda que seja imparcial e por isso fundamental exerc la com tica efici ncia e boa vontade despindo se o Juiz da toga e colocando as vestes do cidad o em cont nuo aprendizado e constante busca de qualidade nas suas decis es Esta atua o do Juiz pautada por princ pios democr ticos certamente contribuir para a melhor compreens o do Poder Judici rio e para a valoriza o de seu papel na sociedade Atitudes comprometidas com a melhoria da presta o jurisdicional voltadas ao exerc cio de uma pr tica judicante justa e equilibrada est fazendo surgir uma nova Justi a do Trabalho composta por homens e mulheres cientes que s o o espelho do Poder Judici rio a quem devem representar com orgulho sabedoria e simplicidade REFER NCIAS AMB INFORMA Bras lia n 46 p 14 2003 Bras lia ed especial 2006 AMORIM Antonio Carlos Corrup o e Fraude Eleitoral Revista do Instituto dos Magistrados do Brasil Rio de Janeiro n 03 p 12 1996 ARAUJO FRANCISCO ROSSAL DE O Direito do Trabalho e o ser Humano XII Encontro Regional da AMATRA RS Porto Alegre p 15 1998 ASSOCIA O DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS O judici rio ao alcance de todos No es b sicas de juridiqu s 1 ed Bras lia AMB 2005 ASSOCIA O DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS Campanha pela Efetividade da Justi a Bras lia AMB 2004 COSTA Elcias Ferreira da Deontologia Jur dica 1 ed Rio de Janeiro Forense 1996 FONSECA Mar
426. trativo 22 motiva E7 E30 nulidade amp amp b ACOR amp p true amp t amp I 10 amp i 10 gt acessado no dia 10 nov 2008 s 11h29min 3 Sexta Turma do Superior Tribunal de Justi a RMS 15459 MG Rel Min Paulo Medina J 19 04 2005 Dispon vel no site lt http www stj gov br SCON jurisprudencia doc jsp livre 9 22ato administrativo 22 motivaWE7 E30 nulidade amp amp b ACOR amp p true amp t amp I 1 O0 amp i 18 gt acessado no dia 09 nov 2008 s 11h30min 160 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A aus ncia de motiva o ou a inocorr ncia dos motivos dessarte conduziriam nulidade do ato ordem que determinou a modifica o na condi o de trabalho Para ilustrar o t pico mostra se interessante mencionar a seguinte decis o proferida pela Corte Suprema de Justi a da Col mbia em caso no qual abordado o ius variandi de empregador p blico e sua vincula o ao bem comum e ao interesse p blico La figura del ius variandi ha sido objeto de diversos an lisis por parte de la jurisprudencia laboral tanto la vertida para el sector privado como la para el sector p blico la cual ha sido reiterada en manifestar que como la potestad subordinante del empleador que es de donde conceptualmente nace no puede ser ejercida de manera omn moda y arbitraria pues en realidad no tiene la condici n de absoluta e irrestricta sino que es esencialmente relativa y someti
427. trav s de t cnica simples ofuscar ou obscurecer a face dos retratados de forma a n o permitir sua identifica o 5 AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Ob cit p 60 Idem ibidem JABUR Gilberto Haddad Ob cit p 287 5 AFFORNALLI Maria Cec lia Nar ssi Munhoz Ob cit p 62 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 125 7 A VIOLA O AO DIREITO DE IMAGEM Segundo Bittar para tutela do direito imagem tr plice a esquematiza o protetiva abrangendo provid ncias de ordem administrativa quando existentes rg os pr prios penal quando suscet vel a a o de ingressar em algum dos delitos tipificados como os de viola o de documentos les o honra e civil esta efetivamente a mais importante esfera de rea o e que ser objeto de nosso estudo ainda que de forma sint tica A viola o do direito imagem ocorre toda vez que n o estando autorizada por alguma das hip teses em que o uso da imagem l cito em raz o de interesse p blico com as limita es j citadas uma pessoa tem sua imagem representada fixada em suporte material ou tamb m divulgada sem sua autoriza o lvaro Antonio do Cabo Notaroberto Barbosa classifica as viola es em tr s esp cies 1 quanto ao consentimento quando o indiv duo tem a pr pria imagem usada sem que tenha dado qualquer consentimento para tal 2 quanto ao uso quando emb
428. tre ju zes de diferentes compet ncias quando entrela am se temas que est o sob suas aprecia es constituindo o caso Ortop no Munic pio de Gramado emblema da import ncia de se estabelecer eficiente interlocu o entre os rg os da magistratura de diferentes compet ncias Estas t picas rea es inoper ncia s o entretanto muito mais fruto de diplom ticos e inquietos esp ritos do que propriamente indicativo de que hoje se resgata no interior da magistratura compreens o da id ia de unidade de jurisdi o apenas organizada em compet ncias A moderna jurisdi o de urg ncia na Fran a demonstra que 5 VIANA Luiz Werneck et al A judicializa o da pol tica e das rela es sociais no Brasil Rio de Janeiro Revan 1999 p 169 14 SILVA 2004 p 10 5 SILVA 1997 p 199 6 Trata se de rumoroso e complexo caso envolvendo tradicional empresa da regi o e mais de mil empregados com repercuss o na rea civil e trabalhista cujo exitoso desfecho foi constru do a partir da eficaz interlocu o entre os rg os do Poder Judici rio de diferentes compet ncias materiais e funcionais e entre o Minist rio P blico do Trabalho 38 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 As press es da experi ncia jur dica podem instituir novos modelos e abrir caminhos inovadores mesmo que a doutrina tente preservar seus castelos conceituais e resista em admitir que os velhos princ pios
429. tre o ato que ofende o princ pio da impessoalidade e o praticado em desvio de finalidade Hely Lopes Meireles neste ponto foi enf tico O princ pio da impessoalidade referido na Constitui o de 1988 art 37 caput nada mais do que o cl ssico princ pio da finalidade o qual imp e ao administrador p blico que s pratique o ato para o seu fim legal E o fim legal unicamente aquele que norma de Direito indica expressamente ou virtualmente como objetivo do ato de forma impessoal A vis o de Hely restritiva demais abarcando apenas a necess ria desvincula o entre os interesses do administrador e da administra o p blica no plano material N o atentou o mestre para a desvincula o formal entre a pessoa que no plano dos fatos pratica o ato e aquele ao qual juridicamente atribu do ou seja o ente p blico O administrador no exerc cio da sua compet ncia o presentante da administra o Personifica a pois Jos Afonso da Silva conceituou o princ pio da impessoalidade de forma igualmente restritiva vinculando o apenas a desvincula o formal antes referida O princ pio ou regra da impessoalidade da Administra o P blica significa por um lado que as atua es administrativas se destinam a fins p blicos e coletivos e n o a beneficiarem pessoas em particular e por outro lado que os atos e provimentos administrativos s o imput veis n o ao funcion rio que os pratica mas ao rg o ou en
430. trina brasileira muito antes da legisla o j se preocupava com o assunto Alguns autores tratam da Imagem em pequenos cap tulos inseridos entre os Direitos da Personalidade No entanto h obras espec ficas sobre Direitos Imagem de autoria de doutrinadores p trios Destacam se Carlos Alberto Bittar Antonio Chaves Orlando Gomes Fabio Maria De Mattia Rubens Limongi Fran a Te filo Cavalcanti e Gilberto Haddad Jabur entre outros 3 NATUREZA JUR DICA DO DIREITO IMAGEM Imagem forma de identifica o da pessoa a partir de seus tra os f sicos fision micos ou pl sticos Pode ser considerada tamb m atrav s de outras manifesta es humanas como a voz e sinais distintivos Para Walter Moraes Toda express o formal e sens vel da personalidade de um homem imagem para o direito A id ia de imagem n o se restringe portanto representa o do aspecto visual da pessoa pela arte da pintura da escultura do desenho da fotografia da figura o caricata ou decorativa da reprodu o em manequins e m scaras Compreende al m a imagem sonora da fotografia e da radiodifus o e os gestos express es din micas da personalidade Art 666 N o se considera ofensa aos direitos do autor X A reprodu o de retratos ou bustos de encomenda particular quando feita pelo propriet rio dos objetos encomendados A pessoa representada e seus sucessores imediatos podem opor se reprodu o ou p blica
431. trita constitui em sua ess ncia um limite formal atua o do administrador p blico Aquele informa que este somente pode agir quando a norma lhe determina ou lhe permite Se no campo privado a regra a liberdade no campo p blico a regra genericamente a proibi o O princ pio da legalidade possui desdobramentos espec ficos e importantes na fei o que o constituinte pretendeu dar s rela es de trabalho mantidas pelo estado e consegiientemente pr pria forma de presta o dos servi os p blicos Analisar se o a seguir duas aplica es diretas do princ pio da legalidade nas rela es de emprego mantidas pelo estado os limites do ius variandi e a necessidade de motiva o da resili o unilateral do contrato de trabalho II 1 Jus variandi O estado possui duas possibilidades de integrar m o de obra para o desempenho regular das suas ordin rias fun es A incorpora o do trabalhador pode se dar por meio de um v nculo de Direito Administrativo ou de Direito do Trabalho No primeiro historicamente prevalece o interesse do pr prio estado que se pressup e representar o interesse p blico No segundo ganha relevo o interesse daquele que pressup e hipossuficiente o prestador de servi os e por tal via igualmente se atenderia ao bem comum Optando pela segunda hip tese de liame o estado adquire a qualidade jur dica de empregador e por decorr ncia os direitos e deveres a ela ineren
432. u s XIV por uma monarquia mais constitucional Nesse processo de muta o de monarquia absoluta para monarquia mista os parlamentos foram auxiliados por uma mudan a de nfase da auto defini o de governo Atendo se a uma teoria de administra o sobretudo mas n o exclusivamente na Alemanha inventada no s culo XVII os funcion rios da coroa habituaram se a expressar sua lealdade n o pessoa do rei e sim impessoal entidade do Estado SCHAMA Simon Cidad os uma cr nica da revolu o francesa p 101 2 154 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 verdade que nas democracias o Povo parece fazer o que quer Mas a liberdade pol tica n o consiste em fazer o que o povo quer Num Estado quer dizer numa sociedade onde h leis a liberdade s pode constituir em poder fazer o que se deve querer e em n o ser obrigado a fazer o que n o se deve querer preciso ter presente o que independ ncia e o que liberdade A liberdade o direito de fazer tudo o que as leis permitem Se um cidad o pudesse fazer o que elas pro bem ele j n o teria liberdade pois outros teriam igualmente este poder A verdadeira inova o trazida no seio do princ pio da legalidade em verdade era a sujei o s leis daqueles que produziam e aplicavam as leis Esta sujei o foi essencial ao nascimento do estado democr tico de direito Nas palavras de Norberto Bobbio A superposi
433. ualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes LXXVII a todos no mbito judicial e administrativo s o assegurados a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o Anteriormente j havia sido mencionado no par grafo primeiro da Lei n 8 987 de 13 de fevereiro de 1995 que assim dispunha Art 6 Toda concess o ou permiss o pressup e a presta o de servi o adequado ao pleno atendimento dos usu rios conforme estabelecido nesta Lei nas normas pertinentes e no respectivo contrato 1 Servi o adequado o que satisfaz as condi es de regularidade continuidade efici ncia seguran a atualidade generalidade cortesia na sua presta o e modicidade das tarifas Ap s a promulga o da Emenda Constitucional foi o princ pio mencionado no caput do artigo 2 da Lei n 9 784 de 29 de janeiro de 1999 Art 2 A Administra o P blica obedecer dentre outros aos princ pios da legalidade finalidade motiva o razoabilidade proporcionalidade moralidade ampla defesa contradit rio seguran a jur dica interesse p blico e efici ncia 35 N o resta d vida de que nos encontramos no pice de uma profunda mudan a pol tica dentro da qual observamos claramente o encolhimento do Estado como ref
434. ude n o s do interesse do empregado como tamb m da harmonia que dever existir na organiza o que ele integra Segundo BARROS o dever de fidelidade estaria dividido em obriga es de fazer e de n o fazer Como exemplos de manifesta es positivas a autora cita o dever de comunicar anormalidades e perigos no local de trabalho E na esfera negativa explica Al m dessas manifesta es positivas existem as obriga es negativas de n o fazer que imp em ao empregado o dever de abster se de comportamentos prejudiciais ao empregador Entre essas obriga es n o ocasionar danos n o divulgar segredos n o se deixar subornar n o fazer concorr ncia desleal Tendo em mira a premissa da obriga o do empregado de n o ocasionar dano ao empregador bem como a pr tica dos membros da nossa sociedade atual de participar de sites de relacionamento da internet como o orkut com questiona se se aquele ao criar ou ao participar de comunidade vexat ria ao seu empregador pessoa jur dica estaria deixando de ser leal causando lhe dano imagem e se a resposta for positiva seria causa de resolu o do pacto laboral por pr tica de justa causa pelo trabalhador Explica se que o site de relacionamento pessoal orkut permite a forma o de comunidades f runs de discuss o simplificados inseridos dentro do pr prio sistema 1 BARROS Alice Monteiro Curso de Direito do Trabalho p 604 2 BARROS Alice Monteiro Curso de
435. udicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 A abordagem do princ pio da moralidade logo ap s o da legalidade assim n o se d de forma aleat ria A seqii ncia permite que se fa a um contrataste entre os planos nos quais os referidos princ pios agem prioritariamente Nas palavras de Alexandre de Moraes Pelo princ pio da moralidade administrativa n o bastar ao administrador o estrito cumprimento da estrita legalidade devendo ele no exerc cio de sua fun o p blica respeitar os princ pios ticos de razoabilidade e justi a pois a moralidade constitui a partir da Constitui o de 1988 pressuposto de validade de todo ato da administra o p blica Para melhor compreens o desta distin o necess rio recorrer a Hegel que nos desnuda a ambival ncia do ato em seus aspectos pr ticos e em sua ess ncia subjetiva no qual reside o conte do moral a ele impresso pelo agente A exist ncia exterior da a o um conjunto complexo que indefinidamente se pode dividir em min cias e a a o ser ent o considerada como referente a uma s dessas min cias Mas a verdade do individual o universal e a determina o da a o para si um conte do que n o se isola da particularidade do exterior mas em si mesmo absorve o conjunto diversificado O projeto promanado como de um ser pensante n o cont m apenas uma min cia mas essencialmente este aspecto universal a inten o O direito da inten o
436. ue o desvio de finalidade estaria contido no desvio de poder Com efeito entende se por desvio de poder a utilizando de uma compet ncia em desacorde com a finalidade que lhe preside a institui o A paternidade da teoria do desvio do poder deve se ao Conselho de Estado da Franca 58 o que n o significa que a compostura de tal v cio em tese j n o fosse reconhec vel muito antes Consiste pois no manejo de um plexo de poderes compet ncia procedido de molde a atingir um resultado diverso daquele em vista do qual est outorgada a compet ncia O agente se evade do fim legal extraviasse da finalidade cab vel em face da lei Em suma falseia deliberadamente ou n o com intuitos subalternos ou n o aquele seu dever de operar o estrito cumprimento do que a lei configurou como objetivo prez vel e ating vel por dada via jur dica O v cio de desvio de poder como assentam os doutos pode apresentar se sob dupla modalidade Em uma delas o agente administrativo servindo se de uma compet ncia que em abstrato possui busca uma finalidade alheia a qualquer interesse p blico Nesta segunda hip tese poder suceder que a autoridade n o tenha agido de m f isto poder ocorrer que haja equivocadamente suposto que a compet ncia utilizada fosse prestante de direito para alcan ar a finalidade visada quando em rigor de verdade n o o era Desvio de poder discricionariedade e controle jurisdicional Dispon vel no
437. uiz taiwanes Yang Fu Chiang sobre Autonomia Judicial em Taiwan do italiano Gherardo Colombo integrante da Opera o M os Limpas sobre Crime Organizado do brasileiro Vladimir Passos Freitas e da francesa Jacqueline Morand Deviller sobre Direito Ambiental todos foram destacados pelos participantes A manifesta o de Fernando Salinas Molina sobre o funcionamento do Conselho Nacional de Justi a de seu pa s chamou a aten o de todos ante a atualidade do tema para os brasileiros por for a da cria o na poca de rg o semelhante em nosso pa s atrav s da Emenda Constitucional 45 O juiz de Taiwan impressionou pela vigorosa defesa da independ ncia do Poder Judici rio ratificando a sua import ncia em todos os sistemas jur dicos do planeta No ano de 2006 n o foi poss vel realizar o F rum Mundial de Ju zes simultaneamente ao F rum Social Mundial no entanto membros da comiss o organizadora entre os quais o coordenador Desembargador Ricardo Carvalho Fraga foram a Caracas para participar do II FORO DAS AM RICAS realizando oficinas patrocinadas pelo FMJ e participando de outras promovidas inclusive pela ANAMATRA Na ocasi o a atua o das associa es de Ju zes brasileiras despertou interesse nos operadores do Direito em geral dos demais pa ses A viagem Venezuela serviu tamb m para conhecer e constatar que existe algo de novo no Poder Judici rio daquele pa s onde o ingresso na magistratura passou a ser atra
438. ulheres O faz e isso evidente para que ambos tenham os mesmos direitos ressalvados casos espec ficos em mat ria de seguran a do trabalho ou maternidade Serve tamb m para a estabiliza o das contrata es Ou seja ambos concorrer o em igualdade de condi es s vagas dispon veis no mercado Isso contudo n o quer dizer que um direito concedido mulher e que seja compat vel ao homem e mais que vise melhoria da sua condi o social e prote o de sua sa de n o possa ser estendido ao sexo masculino Pelo contr rio N o h como defender a n o recep o do artigo 384 da CLT pela Constitui o e em raz o do disposto no artigo 5 cabe a e I da CF 88 n o se pode entender sem ferir o principio da isonomia que n o seja extensivo aos homens A Carta Magna consagra dirietos fundamentais N o se pode utilizar se dela para suprimir direitos sociais ou seja retroceder no campo social as A 10 De outro lado neste mesmo sentido decidiu o Tribunal Constitucional espanhol em processo que envolvia aplica o das normas coletivas tamb m para homens quando elas se destinavam apenas s mulheres A mais alta corte espanhola entendeu que h discrimina o quando dois casos substancialmente iguais s o tratados de maneira 8 CANOTILHO J J Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 7 ed Lisboa Almedina 2003 p 339 0 2 Artigo 5 cabe a e I da CF 88 10 http www boe es g es
439. urisdicional ademais vem sendo exigido em rela o a todos os setores da sociedade circunst ncia que imp e ao juiz o exame de mat rias novas e atua o ativa voltada a corrigir a es e suprir omiss es verificadas em atividades pr prias a outros agentes p blicos A atividade jurisdicional n o vem apresentando capacidade de oferecer solu es em tempo h bil e dotadas de utilidade pr tica situa o que revela o fen meno conhecido por crise da atividade jurisdicional ou do Poder Judici rio 138 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 S o v rias as causas que conduzem crise que caracteriza o exerc cio da atividade jurisdicional e entre os principais fatores se encontram a crescente complexidade inerente atividade jurisdicional as defici ncias do atual modelo estrutural do sistema judici rio a disciplina do processo e os modelos de gest o utilizados pelo Poder Judici rio E sendo v rias as causas do problema m ltiplas devem ser as solu es propostas para enfrent lo Independentemente das solu es que sejam eleitas como h beis ao enfrentamento do problema necess rio que o juiz na condi o de condutor da atividade jurisdicional n o se resigne com a posi o de mero espectador do desenvolvimento do processo e sim assuma posi o de sujeito ativo e amplie cada vez mais o grau de compromisso com a obten o de resultados tidos pela sociedade como satisfat rios R
440. v s de concurso p blico num primeiro momento de 360 ju zes muitos dos quais j atuavam nomeados pelo sistema anterior al m do que o numero de integrantes da corte mais elevada do pa s Tribunal Superior de Justi a teve seu n mero acrescido de 20 para 32 integrantes Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 63 Os v cios do sistema anterior est o sendo corrigidos Existiam verdadeiras tribos judiciais no dizer do coordenador da Escola Judicial e vice presidente da Sala Constitucional do TSJ Jes s Eduardo Cabrera Romero chegou a expressar que los jueces se nombraban a dedo entonces pol ticos de turno que pod an nombrar jueces y adem s eran litigantes en un escritorio jur dico fueron armando un grupo de jueces que le eran afectos no a la pol tica sino a ellos A cidade de Bel m do Par sediar a V edi o desse F rum como um dos eventos preparat rios aa FORUM SOCIAL MUNDIAL e no lan amento do evento no dia 28 de agosto de 2008 o psicanalista e professor de filosofia do direito e filosofia pol tica Agostinho Ramalho Marques Neto proferiu a palestra para pensar o papel do juiz no mundo contempor neo Em sua palestra fez uma breve abordagem da chamada globaliza o neoliberal t pica do mundo contempor neo e como pensar a presumida neutralidade do magistrado num mundo sujeito s determina es do ide rio neoliberal Observou o professor que essenc
441. vem ser realizados as regras cont m lt lt fixa es normativas gt gt definitivas sendo insustent vel a validade simult nea de regras contradit rias Real a se tamb m que os princ pios suscitam problemas de validade e peso import ncia pondera o valia as regras colocam apenas quest o de validade se elas n o s o correctas devem ser alteradas O confronto aparente de leis pressup e para sua solu o que n o exista mais de uma regra aplic vel ao caso concreto As demais portanto seriam inv lidas para aquele caso Definida a regra esta aponta a solu o O manejo de princ pios em igualdade de condi es com a regra permite ao operador do direito solver o confronto entre bens e ou valores jur dicos atrav s do uso da raz o e de mecanismos consequentes como o da pondera o A solu o assim obtida evita no mais das vezes o aniquilamento de um dos bens ou valores conflitantes para solu o da lide aproximando se de um ideal de justi a CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o p 1161 7 Ibidem p 1160 8 Ibidem p 1161 2 152 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 Do acima referido nota se que a busca de um conceito de princ pios jur dicos leva nos inexoravelmente an lise da fun o que estes desempenham Para Humberto Avila regras e princ pios seriam conceituados da seguinte forma As regras s o normas i
442. vo Para o mister de julgar os operadores do Direito investidos na condi o de magistrados especialmente da Justi a do Trabalho carregam a imperiosa necessidade de conectar se n o apenas ci ncia jur dica mas a diversos outros ramos do conhecimento humano como a psicologia a filosofia e a sociologia Isto porque a atua o do Juiz do Trabalho afastada de tais conhecimentos faz com que a compreens o do conflito o dizer do direito para o cumprimento da justi a fique mutilado em sua origem n o garantindo o direito do cidad o a quem deve servir mas ao contr rio passando a ser seu pior algoz porque investido no poder de julgar o conflito que aflige as partes interessadas O presente trabalho pretende abordar situa es envolvendo a necessidade de aproxima o do Juiz com a sociedade e seu papel como julgador onde se entende justificado o estudo da psicologia para a oitiva das partes para a coleta de provas e para todos os demais atos que envolvam a instru o processual ocasi o em que as situa es apresentadas seguem percep es ligadas pr pria hist ria das testemunhas seu meio social seu momento atual e toda uma gama de aspectos psicol gicos que 68 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 influem diretamente na forma com que o depoente faz o relato da situa o sob sua tica pessoal Nesta esteira o magistrado trabalhista ter seu trabalho facilitado se for capaz de entender os
443. voltadas para o atendimento de necessidades inegavelmente novas o processo de adequa o institucional acaba sendo acidentado leva tempo e s vezes n o se concretiza deixando um vazio onde deveria acontecer a transforma o disso resultando 7 FARIA Jos Eduardo O Sistema Brasileiro de Justi a Experi ncia recente e futuros desafios S o Paulo v 18 n 51 2004 Dispon vel em http www scielo br scielo php Acesso em 22 ago 2006 FARIA Id CHIAVENATTO Idalberto Introdu o Teoria Geral da Administra o 2 ed Editora Campus p 215 10 Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 desatendidas aquelas novas prem ncias Padecemos em verdade de um tra o cultural que n o acolhe entusiasmadamente a possibilidade da transforma o agimos muitas vezes com a postura de espectador em que a autodetermina o e tomada de iniciativa s o abandonadas ou ent o vistas como atitudes que cabem a terceiros No Poder Judici rio Brasileiro a cultura administrativa imobilista fez que com os ju zes demorassem a perceber com clareza os problemas de planejamento e gest o or ament ria dos tribunais resultando da durante muito tempo a vig ncia de um modelo organizacional com recursos insuficientes e inadequados para a sua moderniza o Al m disso como a administra o dos tribunais por costume e hierarquia era centralizada na pessoa do Juiz Presidente do Tribunal as administ
444. xibe excessiva burocracia no seu tr mite e se mostra pr digo quanto possibilidade de utiliza o de vias destinadas a buscar a reforma das decis es com evidentes reflexos na sua dura o e de regra preju zos quele que necessita se valer da atividade jurisdicional Tamb m conspira sensivelmente para o agravamento da crise o modelo de gest o adotado ou a n o ado o de qualquer modelo de gest o por parte do Poder Judici rio A situa o bem destacada por Pierpaolo Cruz Bottini faz se necess rio frisar que um dos grandes respons veis pelo funcionamento lento da Justi a atual o modelo de gest o judicial O sistema de administra o do Judici rio ainda padece da falta de moderniza o de informatiza o e de racionalidade v cios ali s que n o podem ser apontados como exclusivos deste Poder e est o presentes em outros rg os e institui es do Executivo e do Legislativo Por mais que se fa a uma ampla reforma legislativa que oriente e direcione os processos a uma maior celeridade nada acontecer concretamente se os E Res ua 5 obst culos gerenciais n o forem superados Em qualquer dos seus n veis a administra o do Poder Judici rio entre outros defeitos nem sempre apresenta racionalidade suficiente o que contribui sobremaneira para o excessivo tempo consumido com a tramita o dos processos tempo que n o se deve somente aos per odos necess rios ao atendimento de prazos pe
445. xist ncia de uma homogeneidade nas decis es judiciais uma medida que urge independentemente de se adotar um sistema judicial alien gena O nosso sistema judicial possui uma determina o dirigida diretamente ao juiz que potencialmente inviabilizaria a exist ncia de decis es t o destoantes como as que atualmente observamos Vejamos um exemplo hipot tico mas de uma situa o que se repete diuturnamente Determinada empresa orientada por seu advogado a adotar certa postura que lhe representar um aumento de gastos na ordem de 10 por trabalhador N o incomum que vejamos em julgamentos nos filmes de Hollywood a invoca o a determinado precedente que faz com que o juiz ainda que a contragosto acolha determinado pedido das partes justamente em face de sua adequa o ao caso debatido Esta situa o inclusive foi relatada em palestra proferida pelo ent o Conselheiro e Juiz do Trabalho da 4 Regi o Paulo Luiz Schmidt em Lagoa Vermelha na ocasi o em que ministrou aula magna promovida pela Vara do Trabalho e OAB locais Na ocasi o o conselheiro se referia usurpa o por algumas empresas das inst ncias judiciais como se tratassem de departamentos pr prios postergando o tanto quanto poss vel a liquida o de seus d bitos atrav s de toda a sorte de medidas judiciais Esta mesma situa o igualmente foi abordada pelo ent o Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justi a N lson Jobim
446. xistentes Diga se ao constatar o descumprimento reiterado de normas cogentes como o s o as que incidem sobre as rela es do trabalho ou consumo o Estado deveria atuar pontualmente at se substituindo aos seus titulares na forma como lhe admitem ali s diversas normas em especial aquelas que dizem respeito atua o do Minist rio P blico Por outro lado a atua o do Judici rio com efeito n o se pode dar de forma inteiramente desregrada tal como atualmente se verifica Ali s neste sentido j nos manifestamos em artigo publicado no Jornal O Sul e cujo conte do entende se perfeitamente adequado ao tema Numa vis o mais pragm tica se pode assegurar que s partes melhor saber de antem o que n o t m um direito do que ficarem condicionados para a sua satisfa o a que sua demanda seja distribu da em tal ou qual Vara em tal ou qual Turma ou que se consiga fazer o Recurso de Revista subir Criou se uma doutrina em que a interpreta o literal da norma uma coisa feia pobre carente de estilo Assim ao deparar se o operador do Direito com uma norma expl cita com sentido claro sua primeira rea o de pronto excluir a interpreta o que ressalta aos olhos buscando a contar de ent o apreender o que realmente cont m a lei que n o aquilo que parece Esta atitude rom ntica do advogado ou do juiz criou na sociedade uma inseguran a tamanha que praticamente se aboliu o cumprimento espo
447. xistentes Trata se de fato novo de interven o do poder judici rio em demiss es por parte de empresas e que por sua divulga o tende a for ar a reflex o empresarial mais acurada antes de adotar a medida extrema do corte de pessoal um excelente exemplo de gest o Com a divulga o da decis o na m dia com seus fundamentos afinados com a tica social o TRT de Campinas consegue evitar novas demandas sobre o tema ao prevenir pol ticas empresariais de corte de pessoal sem qualquer negocia o com sindicato sobre redu o de jornada e de sal rio por exemplo O empregador que opte por demiss es em massa sem pr via negocia o coletiva j sabe que enfrentar uma a o judicial com amplas chances de que as Cadernos da Escola Judicial do TRT da 4 Regi o n 02 2009 55 demiss es sejam suspensas No Rio Grande do Sul o Tribunal Regional do Trabalho intermediou acordo com duas empresas uma do setor de m quinas agr colas e outra do setor metal rgico e os sindicatos profissionais correspondentes tendo conseguido a execu o de planos de demiss o volunt ria nos dois casos para minimizar o impacto das demiss es que se mostraram inevit veis pela conjuntura econ mica A sinaliza o do judici rio em tais casos clara deve ocorrer negocia o coletiva antes das demiss es para o convencimento de que elas s o de fato inevit veis minimizando se ainda seus efeitos ou em caso contr rio para que se

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