A confiabilidade da tecnologia nuclear
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1. GES Eletrobr s Lp UFRJ www nuca le ufr brigesel ifes race nuca ie ufrj br A confiabilidade da tecnologia nuclear EDITORIAL A confiabilidade da tecnologia nuclear O Globo Rio de Janeiro 15 de mar o de 2011 Acidentes em usinas nucleares s o sempre classificados como graves pelos pr prios t cnicos do setor Por isso tais centrais precisam ser operadas com extremo rigor A preocupa o com seguran a deve ser quase uma obsess o para todos envolvidos no projeto na fabrica o de equipamentos na constru o na montagem e por fim na opera o e manuten o das usinas at mesmo em suas partes convencionais sem contato direto com elementos radioativos No caso das usinas brasileiras os cuidados foram mais que redobrados Angra 2 por exemplo tem seus sistemas de controle e preven o multiplicados por quatro e ocorrer o mesmo com Angra 3 a ponto de serem consideradas os locais mais seguros para abrigar em seu interior o combust vel parcialmente queimado nos reatores material que entra na categoria de rejeitos de alta radioatividade Angra 1 a mais antiga teve seu gerador de vapor substitu do em 2009 de acordo com procedimentos internacionais pois o original apresentou um desgaste que levava a usina a n o trabalhar por precau o a plena capacidade A cada parada para substitui o de um ter o dos elementos combust veis as usinas de Angra passam por revis es completas chegando a envolver m2. ais de mil tarefas diferentes Embora a preocupa o com seguran a tenha de ser uma rotina nas usinas nucleares acidentes como o verificado no Jap o devem provocar uma revis o dos conceitos de toda a ind stria para evitar que se repitam Fen menos da natureza nunca podem ser subestimados e desse modo n o poder ficar sem resposta a pergunta sobre a raz o de o processo de desligamento dos reatores e equipamentos nucleares das usinas japonesas localizadas na rea pass vel de ser atingida pela tsunami depois do pior terremoto da hist ria do pa s n o ter se completado em total seguran a o tempo era ex guo mas ningu m respons vel pela opera o dessas centrais foi apanhado de surpresa Assim como as autoridades do setor nuclear do mundo inteiro exigiram que reatores semelhantes ao de Chern byl na Ucr nia fossem desligados quando o regime sovi tico desmoronou centrais projetadas nos anos 60 que tiveram sua vida til estendida deveriam sofrer uma reavalia o para se verificar se os seus padr es de seguran a s o os adequados para enfrentar situa es exteriores extremas A chanceler alem Angela Merkel j tomou essa iniciativa em seu pa s O grave acidente em usinas japonesas n o condena a energia nuclear A experi ncia acumulada em mais de 50 anos permitiu que os reatores de nova gera o sejam concebidas como intrinsecamente seguros com capacidade de resposta em situa es de emerg ncia sem necessidade de ac
3. ionamento manual ou por sistemas computadorizados que se alimentem de fontes externas de energia A automa o computadoriza evita erros de opera o decorrentes de a es manuais mas tem essa defici ncia como ficou evidente agora no Jap o quando os geradores a diesel das usinas acidentadas ficaram inoperantes pelo alagamento decorrente do maremoto Entender o que houve crucial para melhorar ainda mais os sistemas de seguran a das termonucleares
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