as competências decisórias nos procedimentos de contratação
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1. Pois bem no que concerne compet ncia para a pr tica do acto de adjudica o de uma concess o al q do n 2 do art 53 e do acto de cria o de ou de aquisi o de participa es numa empresa privada ou seja de uma empresa a criar ou a manter com capitais maioritariamente privados al m do n 2 do art 53 9 a solu o vem a ser mesma se compete Assembleia autorizar fixando as condi es gerais a celebra o de tais contratos trata se por defini o de um acto pr vio ao procedimento adjudicat rio e n o de um do acto final como o caso do acto adjudicat rio Assim sendo a pr tica do acto final de adjudica o n o pode deixar de caber tamb m C mara ao abrigo quer 1 da compet ncia gen rica para executar as delibera es da Assembleia fixada na al b do n 1 do art 64 constituindo tal acto como constitui assim como os demais actos que o precedem no 10 procedimento adjudicat rio execu o daquele acto autorizativo quer por aplica o anal gica ii da compet ncia espec fica prevista na al al nea q do mesmo n mero que atribui C mara a compet ncia para aprovar os projectos programas de concurso caderno de encargos e a adjudica o relativamente a obras e aquisi o de bens e servi os Claro est que pode e deve a Assembleia ratificar o acto de adjudica o praticado pela C mara caso hajam sido alteradas no decurso do procedimento2. atribuindo em regra ao executivo municipal como se acaba de verificar a compet ncia para a condu o dos procedimentos adjudicat rios e para pr tica dos respectivos actos finais Distinta pois e alheia ou pr via ao procedimento concursal e decis o adjudicat ria esta autoriza o do munic pio deliberada que esteja nada mais obriga a Assembleia Municipal a intervir entenda se a deliberar nomeadamente 11 no que diz respeito ao procedimento concursal ou outro a que se dar in cio para efeitos de escolha do contraente privado N o decorre obviamente das referidas normas atributivas de compet ncia nem da al nea a do n 6 do artigo 64 da LAL que tal procedimento ser levado a cabo pela Assembleia Municipal resultando t o das normas em causa que a Assembleia mediante proposta da C mara dever autorizar o Munic pio a conceder a explora o de um determinado servi o p blico ou de um determinado bem dominial al q do n 2 do art 53 9 e a criar uma ou a adquirir participa es numa empresa privada na sequ ncia de proposta fundamentada da C mara nesse sentido N o designando o legislador o momento em que a referida delibera o deva ter lugar resulta do pr prio conceito de autoriza o e do conte do material de diversos princ pios enformadores da contrata o p blica e do direito administrativo como seja o princ pio da transpar ncia o princ pio da utilidade dos ac
3. AS COMPET NCIAS DECIS RIAS NOS PROCEDIMENTOS DE CONTRATA O P BLICA MUNICIPAL 1 Raz o de ordem 2 Problem ticas gerais da natureza funcionamento e poderes do j ri do concurso 3 Compet ncias dos rg os aut rquicos para efeitos da decis o de contratar e consequente decis o de adjudica o 3 1 A regra da compet ncia da C mara Municipal para a pr tica do acto final de adjudica o nos procedimentos pr contratuais 3 2 Nos contratos com pre o o crit rio da natureza remunerat ria do contrato n 1 do artigo 36 do CCP a atribui o da compet ncia adjudicat ria ao rg o competente para autorizar a despesa a Da aplica o s rela es contratuais com pre o despesa do disposto artigos 16 a 22 e 29 do Decreto Lei 197 99 b O caso das Parcerias P blico Privadas em que o modo de remunera o do parceiro configure tamb m uma despesa 3 3 Nos contratos sem pre o a remiss o para as normas org nicas da entidade adjudicante para efeitos de determina o da compet ncia adjudicat ria n 2 do artigo 36 do CCP 4 Natureza jur dica das delibera es das Assembleias Municipais de aprecia o de actos adjudicat rios dos respectivos executivos municipais tomadas ao abrigo da al q do n 1 do artigo 52 da LAL sobre assuntos que visem a prossecu o das atribui es da autarquia Legisla o C digo dos Contratos P blicos Lei das Autarquias Locais
4. Lei n 169 99 de 18 de Setembro Decreto Lei n 197 99 de 8 de Junho 1 Raz o de ordem Vou abordar nesta minha interven o subordinada ao tema gen rico dos aspectos org nicos do concurso o regime legal de compet ncias 1 do j ri dos concursos constitu dos para a selec o e seria o de candidatos e de propostas contratuais no mbito dos procedimentos adjudicat rios e sobretudo 11 dos rg os decis rios municipais Assembleia Municipal C mara Municipal e Presidente da C mara quanto a estes ltimos no que concerne decis o de contratar e aos demais poderes decis rios no mbito destes procedimentos atribu dos por iner ncia ao rg o competente para a dita decis o de contratar incluindo o da pr tica da decis o final de adjudica o A minha an lise envolve sistematicamente as seguintes quest es 1 Problem tica geral da natureza funcionamento e poderes do j ri do concurso CCP artigos 67 a 69 artigos 27 n 1 al b e n 4 219 227 e 233 n 1 artigos 124 n s 3 e 4 148 n s 3 e 4 154 184 n s 3 e 4 203 215 n s 3 e 4 e 271 n 2 2 Aferi o da natureza remunerat ria ou n o do contrato p blico em causa para efeitos de determina o do rg o competente para a decis o de contratar CCP artigo 36 n 1 ou artigo 36 n 2 e consequentemente tamb m para a pr tica do acto final de adjudica o e dos demais d
5. Parcerias P blico Privadas em que o modo de remunera o do parceiro configure tamb m uma despesa O universo dos contratos com pre o n o se esgota necessariamente nas figuras t picas da empreitada de obras p blicas da aquisi o e loca o de bens m veis e da aquisi o de servi os Na verdade bem pode acontecer ser objecto de um procedimento adjudicat rio uma adjudica o conjunta num s procedimento de v rios contratos agregados ou coligados um complexo contratual constituindo o seu todo harm nico a configura o de um especial modo de colabora o de particulares com a Administra o P blica comummente designada por Parceria P blico Privada institucionalizada ou n o Ora olhando ao crit rio do pre o despesa que constitui trave mestra do artigo 36 do CCP pode na Parceria em causa consistir o modo de remunera o do parceiro privado num pre o o qual configura uma despesa Por exemplo num concurso de concep o constru o e financiamento de uma determinada infra estrutura desportiva pode o modo de remunera o do parceiro privado consistir numa contrapartida monet ria enfim e tecnicamente num pre o o qual tamb m tecnicamente configura uma despesa mas constar esse pre o apenas de um dos contratos da parceria por hip tese de um contrato de mera opera o e manuten o dessa infra estrutura em que o pre o se dilui e se distribui por um longo per odo de tempo E po
6. a pr tica do acto de adjudica o exige a realiza o de um exercicio de an lise que passa pela pr via defini o do rg o competente para a decis o de contratar que por sua vez coincide nos termos legais com a pr via ou concomitante compet ncia para a autoriza o da despesa Como sabido o nico acto horizontalmente definitivo do procedimento de forma o dos contratos p blicos acto adjudicat rio Mas n o o nico acto decis rio destacando se do procedimento outros actos que n o obstante a sua posi o intercalar s o partida suscept veis de afectar posi es de terceiros nomeadamente de concorrentes ou candidatos Ora no C digo dos Contratos P bicos a compet ncia para a pr tica da maioria destes actos atribu da por iner ncia ao rg o com compet ncia para a decis o de contratar e da a import ncia da pr via determina o desta compet ncia S o os casos desde logo as decis es pr vias de contratar e de autorizar a despesa art s 36 e 37 e de escolha do procedimento art s 17 a 33 e 38 Como j tive ocasi o de esclarecer noutro lado n o obstante o CCP autonomizar os tr s actos autoriza o de despesa decis o de contratar e decis o de escolha de procedimento uma vez que o rg o competente o mesmo estaremos por vezes perante um acto contextual ou seja poder o conte do de cada um dos tr s actos sem perda da respectiva autonomia fi
7. aos contratos mistos Nos termos da al nea b do n 1 do artigo 18 s o competentes para autorizar despesas com loca o e aquisi o de bens e servi os as seguintes entidades a b Sem limite as c maras municipais as juntas de freguesia o conselho de administra o das associa es de autarquias locais e o rg o executivo de entidades equiparadas a autarquias locais E nem se poder argumentar contra este entendimento com a suposta cessa o de vig ncia dos referidos artigos 4 e 5 do Decreto Lei n 197 99 por for a da entrada em vigor in totum do Decreto Lei n 18 2008 pois um tal racioc nio n o poderia deixar de levar in fine absurda e contradit ria conclus o de que afinal todo o Decreto Lei n 197 99 se encontraria revogado quando a leitura que se retira de uma leitura conjugada do citado artigo 14 do Decreto Lei n 18 2008 que aprovou o C digo dos Contratos P blicos e dos artigos 16 22 do Decreto Lei 197 99 que necessariamente tamb m os demais referidos dispositivos legais deste ltimo diploma continuam a regular a autoriza o da despesa implicada pela celebra o dos contratos p blicos hoje regulados pelo CCP nomeadamente os artigos 4 e 5 e por arrastamento sempre no que se refere apenas mat ria de autoriza o de despesa os artigos 17 18 21 22 e 29 entre outros do dito Decreto Lei 197 99 Donde resulta que ainda nos
8. car o crit rio da remunera o do contraente privado importa averiguar se tal remunera o contratual configura ou n o uma despesa o mesmo dizer se temos ou n o um pre o Ora s rela es contratuais com pre o despesa aplic vel o n 1 do artigo 36 sendo nesta hip tese competente para a pr tica do acto de adjudica o o rg o competente para autorizar a despesa que no caso dos munic pios a C mara Municipal conforme resulta do Decreto Lei n 179 99 de 8 de Junho Logo nesta mesma hip tese n o necess ria a interven o da Assembleia Municipal para a pr tica do acto de adjudica o Com efeito o regime de autoriza o de despesas continua ainda hoje regulado nos artigos 16 a 22 bem como no artigo 29 do Decreto Lei 197 99 de 8 de Junho normas estas que foram expressamente mantidas em vigor pelo artigo 14 do Decreto Lei n 18 2008 que aprovou o C digo dos Contratos P blicos Pois bem n o obstante o facto de o citado Decreto Lei n 197 99 ter regulado primordialmente o regime da contrata o p blica relativa loca o e aquisi o de bens m veis e de servi os os seus artigos 4 e 5 procedem a uma extens o do mbito material de aplica o desse mesmo diploma mais especificamente dos seus artigos 17 18 21 22 e 29 entre outros actualmente ainda em vigor aos contratos de empreitadas de obras p blicas e bem assim
9. concursal as condi es gerais previamente fixadas pelo rg o deliberativo do munic pio ponto que se verifique o referido pressuposto do acto de ratifica o apenas valendo como ratifica o o segmento da pron ncia da Assembleia que como tal como acto ratificador possa ser considerado J no que respeita aos contratos de m tuo e tendo presente o disposto na al nea d do n 2 do art 53 Aprovar ou autorizar a contrata o de empr stimos nos termos da lei pode a Assembleia optar por vir ter a palavra final no procedimento adjudicat rio reservando se a faculdade de em vez de autorizar previamente e por isso necessariamente em abstracto a celebra o de um determinado contrato de m tuo aprovar a final uma adjudica o em concreto a uma entidade financeira j necessariamente escolhida no concluso procedimento adjudicat rio levado a cabo pela C mara configurando se ent o nesta segunda hip tese que a lei tamb m prev expressamente e no m nimo um sistema competencial de co decis o gerador de um acto complexo ou composto Sublinhe se bem que o art 53 da LAL claro em distinguir as autoriza es actos pr vios das aprova es actos praticados a posteriori veja se os casos paradigm ticos da cria o ou reorganiza o de servi os municipais al n do n 2 do art 53 e dos quadros de pessoal dos diferentes servi os do munic pio al o do n 2 do art 53 9
10. dendo acontecer que se preveja tamb m a futura constitui o de uma Sociedade Gestora da parceria n o todavia este aspecto decisivo n o sendo atribu do ao parceiro privado o direito de explora o das referidas infraestruturas a t tulo de contrapartida das obriga es por ele assumidas cria o da sociedade consubstancia no todo da arquitectura contratual da Parceria uma mera modalidade de execu o da mesma que n o constitui o elemento definidor do modo de remunera o do parceiro privado sendo este o aspecto essencial insista se luz do artigo 36 do CCP N o pode pois em casos como este a presen a do contrato de sociedade ser utilizada para ofuscar o facto de a contrapartida contratual do parceiro privado consistir num pre o o verdadeiro modo de remunera o do parceiro privado na Parceria aqui hipotizada em nada alterando este aspecto a presen a ou n o da entidade adjudicante e parceiro p blico no capital dessa sociedade gestora da parceria Tal apenas sucede se estivermos perante uma parceria assente num modelo concess rio ou parceria sem pre o na qual a contrapartida do parceiro privado consiste no direito de explora o da obra com a respectiva disponibiliza o ao p blico e n o pr pria entidade adjudicante e assim com assun o pelo contraente privado do correspondente risco de mercado 4 2 Nos contratos sem pre o a remiss o para as normas org nicas da en
11. diploma legal esta vertente de aprecia o dos actos do executivo municipal da referida compet ncia das assembleias municipais paralela compet ncia gen rica de fiscaliza o que no plano estadual a al a do art 162 da Constitui o comete Assembleia da Rep blica de aprecia o dos actos do Governo e da Administra o traduzindo se o seu exerc cio tamb m na emiss o de directivas e comandos pol ticos propondo autorizando exortando 293 recomendando advertindo ou criticando sob a forma residual de resolu o ou delibera o Estamos perante resolu es ou delibera es cujos autores at se podem nelas pronunciar negativamente sobre quest es de constitucionalidade e legalidade da actua o do executivo sob aprecia o mas que nem por isso produzem por defini o qualquer efeito jur dico relevante que atinja a sua subsist ncia ou os seus efeitos 3 Coimbra 2010 p 310 4 162 al a pp 507 508 Pauro Orero Direito Constitucional Portugu s vol II Organiza o do Poder Pol tico Jorce MiraNDA Constitui o Portuguesa Anotada Tomo II Coimbra 2006 anota o ao art 14 E tal acontece por for a do princ pio de separa o de poderes que a LAL replica e inclusive refor a escala do governo local o qual impede a assembleia representativa de usurpar as fun es e compet ncias pr prias do executivo Reiter
12. e se esta pr tica pol tica municipal de submiss o de decis es de adjudica o aprecia o da Assembleia tem apenas como intuito obter o conforto de uma resolu o pol tica favor vel do rg o deliberativo municipal Com efeito trata se por vezes de investimentos de grande envergadura de projectos de relevante interesse p blico mas tamb m com elevados custos associados motivos pelos quais a sua efectiva o beneficiar de um ponto de vista pol tico de um m ximo consenso entre as for as pol ticas com representa o na Assembleia isto claro est sem preju zo da delibera o de autoriza o previamente tomada pelo mesmo rg o s que ent o no exerc cio de verdadeiros poderes jur dico administrativos Note se bem que nunca pode o processo desenrolar se noutros moldes e com outros objectivos e efeitos e isto luz desde logo dos princ pios da irrenunciabilidade e inalienabilidade das compet ncias art 29 CPA Em bom rigor pois a delibera o da Assembleia Municipal n o se assume nestes casos n o tem sequer a possibilidade jur dica de se assumir como um acto resultante do exerc cio de uma compet ncia administrativa externa ela apenas se apresente apenas se pode apresentar como um acto de cariz pol tico que sempre cabe nas compet ncias gen ricas de pron ncia que a lei atribui aos parlamentos municipais N o obstante pois n o ter a Assembleia Municipal compet ncia pa
13. gurar num nico texto apresentando se formalmente como uma mesma decis o Note se que o pr prio legislador se apercebeu de algum modo das vantagens pr ticas numa economia de actos expressos e entre si autonomizados ao prever expressamente no n 1 do art 36 a possibilidade de a decis o de autoriza o de despesa pressupor uma t cita decis o de contratar Para al m destes actos temos ainda os casos de outros actos decis rios que j consideramos lesivos e por isso autonomamente impugn veis s o eles os actos expressos ou silentes sobre erros e omiss es identificados pelos interessados n 5 do art 61 9 as decis es relativas classifica o dos documentos da proposta por motivos de segredo comercial ou outro art 66 9 a final decis o de adjudica o art s 73 a 77 9 ou de n o adjudica o art s 79 e 80 e o acto de aprova o da minuta do contrato art 98 A decis o de contratar e a decis o de autoriza o da despesa encontram se reguladas no artigo 36 do CCP nos termos do qual O procedimento de forma o de qualquer contrato inicia se com a decis o de contratar a qual cabe ao rg o competente para autorizar a despesa inerente ao contrato a celebrar podendo essa decis o estar impl cita nesta ltima 2 Quando o contrato a celebrar n o implique o pagamento de um pre o pela entidade adjudicante a decis o de contratar cabe ao rg o desta
14. onstitutivo da decis o de adjudica o nem sequer um seu acto de execu o Diferentemente tal acto assume o papel de mera resolu o pol tica se favor vel de apoio actua o do executivo municipal sem dele resultar a produ o de novos efeitos jur dicos ou seja sem dela resultar qualquer altera o inova o na ordem jur dica A quest o como se percebe da maior relev ncia sobretudo em termos contenciosos h que definir previamente se estamos perante um acto administrativo simples seja ele da C mara seja ele da Assembleia ou se 13 estamos antes perante um acto complexo ou composto sendo que nessa hip tese cada uma das declara es n o valendo de per si no plano substantivo como acto administrativo uno poder ser considerada acto lesivo e ser por isso objecto de aut noma impugna o judicial Voltando ao nosso problema uma delibera o da Assembleia Municipal nos termos acima equacionados traduz o exerc cio de uma compet ncia a da al o do art 53 da LAL que claramente de cariz pol tico no caso de orienta o e de controlo pol tico e n o jur dico da actua o do executivo municipal Independentemente pois do alcance que possa ser atribu do referida al nea o do artigo 53 da LAL pode se ter por certo que esta norma n o tem o cond o de suportar derroga es ao sistema de reparti o de compet ncias legalmente institu do no caso no mesm ssimo
15. os poderes decis rios nestes procedimentos 3 Compet ncias da Assembleia Municipal qualifica o jur dica e delimita o por confronto com as compet ncias da C mara nas mesmas mat rias por um lado das compet ncias espec ficas da Assembleia Municipal atribu das pelo n 2 do art 53 da Lei das Autarquias Locais Lei n 169 99 de 18 09 al neas d Aprovar ou autorizar a contrata o de empr stimos nos termos da lei 1 autorizar o munic pio nos termos da lei a criar funda es e empresas municipais e a aprovar os respectivos estatutos bem como a remunera o dos membros dos corpos sociais assim como a criar e participar em empresas de capitais exclusiva ou maioritariamente p blicos fixando as condi es gerais da participa o m Autorizar o munic pio nos termos da lei a integrar se em associa es e federa es de munic pios a associar se com outras entidades p blicas privadas ou cooperativas e a criar ou participar em empresas privadas de mbito municipal que prossigam fins de reconhecido interesse p blico local e se contenham dentro das atribui es cometidas aos munic pios em quaisquer dos casos fixando as condi es gerais dessa participa o e q Autorizar nos termos da lei a c mara municipal a concessionar por concurso p blico a explora o de obras e servi os p blicos fixando as respectivas condi es gerais 4 Compet ncias da A
16. que for competente para o efeito nos termos da respectiva lei org nica ou dos seus estatutos Do exposto resulta que a compet ncia para decidir contratar poder estar atribu da a diferentes rg os de acordo com o crit rio previsto na norma citada As garantias administrativas no C digo dos Contratos P blicos in Estudos de Contrata o P blica vol II AAVV coordena o de Pedro Gon alves edi o do CEDIPRE Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Coimbra 2010 pp 197 222 ou seja de o contrato p blico em causa obrigar ou n o ao pagamento de um pre o No caso de o contrato obrigar a entidade adjudicante ao pagamento de um pre o seguem se as compet ncias legalmente previstas para a autoriza o da despesa de acordo com o Decreto Lei n 197 99 de 8 de Junho conforme infra se explicitar 4 A regra da compet ncia da C mara Municipal para a pr tica do acto final de adjudica o nos procedimentos pr contratuais 4 1 Nos contratos com pre o o crit rio da natureza remunerat ria do contrato n 1 do artigo 36 do CCP a atribui o da compet ncia adjudicat ria ao rg o competente para autorizar a despesa a Da aplica o s rela es contratuais com pre o despesa do disposto artigos 16 a 22 e 29 do Decreto Lei 197 99 Da simples leitura do art 36 do CCP resulta claro que o grande crit rio de atribui o da compet ncia para adjudi
17. ra proceder a qualquer altera o ou revoga o da decis o de adjudica o nada obsta a que o rg o competente para proferir a decis o de adjudica o no caso dos munic pios a C mara submeta as suas pr prias decis es aprecia o pol tica de um outro rg o Mas claro que tal n o significa o poder a Assembleia Municipal revogar ou alterar a decis o de adjudica o proferida pelo rg o competente Enfim evidente que se poder colocar a quest o de saber quais os efeitos de uma hipot tica delibera o da Assembleia Municipal contr ria proposta do Neste sentido e relativamente aos poderes de fiscaliza o da Assembleia da Rep blica face ao Governo ver Gomes CanoTHo amp ViraL Morera Constitui o da Rep blica Portuguesa Anotada 3 ed 1993 anota o ao art 162 al a p 656 15 Executivo ou seja em sentido contr rio ao acto de adjudica o Pois bem atenta a natureza pol tica do acto da Assembleia Municipal bvio que uma delibera o com um tal conte do n o produzir por ser juridicamente incapaz de tal qualquer efeito revogat rio sobre o acto de adjudica o ficando apenas o rg o executivo e t o s este na livre disponibilidade de manter ou revogar o acto de adjudica o sem preju zo claro est nesta segunda hip tese da aplica o do regime de revoga o dos actos v lidos 16
18. so e do competente rg o para a adjudica o no caso a C mara Municipal n o havendo aqui lugar n o podendo haver lugar a nenhum aut nomo ju zo de autoriza o e ou de aprova o das condi es gerais do contrato ap s a entrega das propostas pelos concorrentes A autoriza o das condi es gerais do contrato p blico a celebrar pela Assembleia por conseguinte e em suma um acto pr vio ao ou pressuposto do procedimento adjudicat rio e por isso procedimentalmente aut nomo e independente do acto de adjudica o 5 Natureza jur dica das delibera es das Assembleias Municipais de aprecia o de actos adjudicat rios dos respectivos executivos municipais tomadas ao abrigo da al q do n 1 do artigo 52 da LAL sobre assuntos que visem a prossecu o das atribui es da autarquia E pr tica corrente o deliberarem as C maras depois de praticar o acto de adjudica o e de o notificar a todos os concorrentes submeter o dito acto adjudicat rio aprecia o das respectivas Assembleias Mas e contrariamente ao que convic o tamb m comum na pr tica administrativa aut rquica a pron ncia da Assembleia Municipal tomada ao abrigo da compet ncia gen rica que a al o do 53 da LAL atribui aos rg os deliberativos municipais de pronunciar se e deliberar sobre assuntos que visem a prossecu o das atribui es da autarquia n o constitui por si mesma um acto c
19. ssembleia Municipal cont qualifica o jur dica e delimita o por outro lado da compet ncia gen rica atribu da pela al q do n 1 do citado artigo 52 da LAL Pronunciar se e deliberar sobre assuntos que visem a prossecu o das atribui es da autarquia por confronto com as compet ncias espec ficas quer da C mara quer da pr pria Assembleia nas mat rias elencadas no ponto anterior 5 Compet ncias da C mara Municipal delimita o das atribu das pelas al neas b Executar e velar pelo cumprimento das delibera es da assembleia municipal d Deliberar sobre a loca o e aquisi o de bens m veis e servi os nos termos da lei e q Aprovar os projectos programas de concurso caderno de encargos e a adjudica o relativamente a obras e aquisi o de bens e servi os do n 1 do art 64 e al a do n 6 do mesmo artigo Apresentar assembleia municipal propostas e pedidos de autoriza o designadamente em rela o s mat rias constantes dos nos 2 a 4 do artigo 53 por confronto com as compet ncias espec ficas da Assembleia Municipal nas mesmas mat rias 2 Problem ticas gerais da natureza funcionamento e poderes do j ri do concurso texto ainda em fase de finaliza o 3 Compet ncias dos rg os aut rquicos para efeitos da decis o de contratar e consequente decis o final de adjudica o A determina o do rg o competente para
20. termos do n 1 do artigo 18 do Decreto Lei 197 99 para autorizar a despesa sem limite s o competentes as c maras municipais as juntas de freguesia o conselho de administra o das associa es de autarquias locais e o rg o executivo de entidades equiparadas a autarquias locais Ou seja resulta inequivocamente do regime da autoriza o de despesas na contrata o p blica que as c maras municipais n o est o submetidas a qualquer limite em mat ria de autoriza o de despesa Resumindo e concluindo sendo a C mara Municipal o rg o competente para autorizar a despesa associada ao contrato p blico a celebrar e consequentemente com compet ncia para a decis o de contratar nos termos do n 1 do artigo 36 e n 1 do artigo 73 do CPP tamb m este o rg o competente para tomar a decis o de adjudica o desse mesmo contrato Note se que a esta mesma conclus o se chega inequivocamente no que se refere especificamente aos contratos de empreitadas de obras p blicas aquisi o e loca o de bens m veis e aquisi o de servi os por for a do disposto na LAL nos termos da al nea q do n 1 do art 64 da Lei n 169 99 compete C mara Municipal aprovar os projectos programas de concurso caderno de encargos e a adjudica o relativamente a obras e aquisi o de bens e servi os J o mesmo n o se passa como se passa a constatar nos demais contratos p blicos a O caso das
21. tidade adjudicante para efeitos de determina o da Habitualmente designada SPV Single Purpose Vehicle compet ncia para a pr tica do acto de adjudica o n 2 do artigo 36 do CCP Distintamente das hip teses previstas no n mero anterior em caso de futura constitui o de rela es contratuais sem pre o como acontece em regra nos procedimentos adjudicat rios conducentes i celebra o de puros contratos de concess o ii escolha de um parceiro privado tendo em vista a cria o de uma empresa municipal societ ria nos moldes cl ssicos e iii institui o de certas parcerias p blico privadas n o institucionalizadas em que o contraente privado assume o risco da explora o e se vai remunerar no mercado seja atrav s da procura directamente seja em fun o desta indirectamente a compet ncia para a pr tica do acto final de adjudica o resulta da aplica o do n 2 deste art 36 do CCP Ora este preceito falta do rg o competente para autorizar a despesa que por iner ncia tamb m o rg o competente para a pr tica do acto final de adjudica o uma vez que como vimos o contrato a celebrar um contrato sem pre o que n o implica a realiza o de uma despesa remete para a solu o consagrada nas normas org nicas da entidade adjudicante No caso dos munic pios as normas org nicas s o os citados artigos 53 e 64 da LAL
22. tos procedimentais e o princ pio da separa o das compet ncias entre diferentes rg os que a mesma seja tomada antes do lan amento do concurso at porque nesse momento que as condi es gerais da futura rela o contratual devam ser fixadas pelo rg o competente de forma a conferir a estabilidade necess ria ao procedimento concursal necessariamente s pe as procedimentais que integram as referidas condi es gerais A ratio do car cter pr vio da autoriza o afigura se evidente o objectivo visado pela norma o de ap s adjudica o n o ser o adjudicat rio confrontado in fine com uma delibera o de recusa da adjudica o assegurando se ademais uma maior transpar ncia da delibera o de autoriza o e da respectiva aprova o das condi es gerais quando ainda n o conhecida a pessoa do adjudicat rio Note se sobretudo que pode a entidade adjudicante a par da fixa o dos elementos vinculativos no CE das condi es gerais previamente aprovadas que s podem constar logo desde o in cio portanto das pe as do procedimento deixar aos concorrentes o preenchimento dos aspectos do contrato que melhor entenda esta ali s a regra Ora ap s a apresenta o das propostas s cabe entidade adjudicante e portanto ao seu rg o para tal competente emitir dois ju zos relativamente 12 quelas an lise e avalia o as quais ficam a cargo do j ri do concur
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