Visualizar documento em tela cheia
Contents
1. ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O PROCESSO N 2004 PFT TCE 10 794 05 NATUREZA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL INTERESSADO PREFEITURA MUNICIPAL DE PENAFORTE RESPONS VEL RONALDO DIAS DE MEDEIROS RELATOR CONSELHEIRO LUIZ S RGIO GADELHA VIEIRA MUNIC PIO PENAFORTE EXERC CIO 2004 INFORMA O N 1869 2008 RECURSO DE RECONSIDERA O EMENTA Recurso de Reconsidera o da 5 Inspetoria da Diretoria de Fiscaliza o DIRFI do Tribunal de Contas dos Munic pios TCM sobre Tomada de Contas Especial TCE da Prefeitura Municipal de Penaforte do exerc cio de 2004 O presente processo trata de Provoca o deste rg o Prefeitura Municipal de Penaforte acerca de irregularidades observadas no per odo de transi o do Governo Municipal em 2004 Ap s receber as Informa es T cnicas Inicial Complementar e Recurso fis 02 18 301 309 e 367 370 respectivamente o Processo foi encaminhado ao Minist rio P blico para emiss o de Parecer o qual foi firmado pelo Douto Procurador Dr J lio C sar Rola Saraiva fl 372 Em seguida o Processo em ep grafe foi apreciado e julgado pelo Pleno deste Tribunal de Contas com a Certid o de Tr nsito em julgado anexada fl 394 dos autos Diante do exposto a Chefia do Gabinete da Presid ncia deste Tribunal determinou o arquivamento do presente Processo junto ao Setor de Protocolo fl 412 Observou se s fls 4132. Municipal contrariando assim o art 42 da Constitui o Estadual b ATRASO NA DOCUMENTA O POR MEIO ELETR NICO A Comiss o Inspetora averiguou que a documenta o mensal por meio eletr nico relativa aos meses de mar o outubro novembro e dezembro foram enviados ao TCM de forma intempestiva PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05 ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O c DA N O ENTREGA DA RELA O DE BENS A Comiss o Inspetora observou que n o foi entregue a rela o dos Bens Patrimoniais portanto n o sendo poss vel constatar se houve apropria es no per odo d EXIST NCIA DE BENS SEM TOMBAMENTO E EM PREC RIO ESTADO A Comiss o Inspetora constatou a exist ncia de v rios bens m veis sem o devido tombamento e em prec rio estado sendo que quatro computadores encontravam se sem as partes internas e que tamb m sete ve culos da frota encontravam se sem qualquer condi o de uso e PROBLEMAS QUANTO AO FORNECIMENTO DE ENERGIA EM PR DIOS DESTINADOS EDUCA O A Comiss o Inspetora verificou que v rios pr dios p blicos estavam sem o fornecimento de energia el trica e que em uma escola de nome CERU localizada no Distrito de Santo Andr verificaram se v rias liga es clandestinas partindo da escola para algumas resid ncias nos arredores adicionando a isso uma d vida com a COELCE no valor de R 17 000 00 dezessete mil reais f D VIDAS COM O FUNC
3. es pertinentes ao assunto e passa a informar o seguinte 1 0 DAS CONSIDERA ES INICIAIS O Recorrente inicia seu Recurso de Reconsidera o afirmando que o TCM um rg o Estadual auxiliar na presta o de contas apresentadas C mara tendo portanto uma atua o exclusivamente na emiss o de parecer pr vio favor vel ou n o no per odo de doze meses assim n o h qualquer base legal para proceder Tomadas de Contas Especial j que se trata de um rg o exclusivamente t cnico Continua sua defesa salientando que o julgamento proferido pelo TCM absolutamente nulo ante a falta de compet ncia ratione materiae et personae Prossegue seu relato descaracterizando o voto que sustentou o Ac rd o presente s fls 380 382 dos autos afirmando que o mesmo n o tem fundamenta o legal e que n o apoiado por qualquer fato jur dico sendo constitu do assim num arrepio ao direito de defesa ante a aus ncia e fundamenta o que limita a oportunidade de defesa eficiente e completa Por fim alega a Defesa que a confec o do Manual de Instru es por parte do TCM vai de encontro ao estabelecido no art 5 Il da Constitui o Federal j que o TCM n o um rg o legislativo e esses manuais n o s o leis portanto n o tem car ter normativo obrigat rio Esta Inspetoria entende que a compet ncia desta Corte de Contas para proceder Tomadas de Contas de Especial se encontra devidamente regulada no art 2 Re
4. 423 dos autos um novo pedido de Recursos de Reconsidera o emitido pelo Sr Ronaldo Dias de Medeiros ex Prefeito Em face do novo Recurso ora apresentado a Chefia de Gabinete da Presid ncia deste Org o encaminhou o Processo Assessoria Jur dica para emiss o de pronunciamento fl 426 Entendeu a Assessoria Jur dica desta Corte de Contas que embora o art 33 da nossa Lei Org nica defina que o recurso de reconsidera o ser formulado uma nica vez tamb m da nossa processual stica que toda manifesta o recursal ainda 1 PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05 ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O que manifestamente incab vel deva ser recebida a Conselheiro Relator Diante do exposto o Presidente deste Tribunal Conselheiro Ernesto Sab ia de Figueiredo J nior encaminhou o presente Processo Secretaria para a devida distribui o da mat ria fl 428 Desta feita o Conselheiro Relator encaminhou o Processo em pauta Diretoria de Fiscaliza o para a devida an lise fl 431 O Processo foi ent o encaminhado 3 Inspetoria desta Diretoria a qual manifestou atrav s de Despacho fl 433 que os t picos arrolados no Recurso apresentado s fls 413 423 fogem das atribui es daquela Inspetoria Desse modo o Processo foi encaminhado a esta Unidade T cnica que apreciou procedeu an lise dos documentos acostados aos autos e das legisla
5. IONALISMO A Comiss o Inspetora averiguou a exist ncia de d vidas para com os servidores de aproximadamente R 200 000 00 duzentos mil reais referente aos meses de Outubro Novembro Dezembro a ao 13 Sal rio 9 REGISTRO DE FUNCION RIOS DESATUALIZADOS A Comiss o Inspetora observou que o registro dos funcion rios encontrava se desatualizado n o contemplando as anota es de f rias e d cimo terceiro sal rio h N O FORAM ENCONTRADOS OS CONTROLES DE MOVIMENTA O DO ALMOXARIFADO A Comiss o Inspetora constatou que n o foram encontrados os controles de movimenta o nos almoxarifados impossibilitando identificar os respons veis pelos referidos controles i N O FORAM LOCALIZADOS OS LIVROS DI RIOS RAZ O E CAIXA D VIDA ATIVA E O REGISTRO DOS IM VEIS A Comiss o Inspetora verificou que n o foram encontrados os Livros Di rio Raz o e Caixa bem como o da D vida Ativa e o Registro dos Im veis j OS PR DIOS DA ADMINISTRA O P BLICA SE ENCONTRAVAM EM CONDI ES PREC RIAS DE FUNCIONAMENTO A Comiss o Inspetora averiguou que os pr dios da Administra o P blica encontravam se em condi es prec rias de funcionamento todas as escolas do PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05 ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O munic pio conforme relat rio fornecido foram encontradas em prec rio estado de conserva o resultante da falta de manuten o ao lo
6. NAL DE CONTAS DOS MUNICIPIOS DO ESTADO DO CEARA EM FORTALEZA 14 DE FEVEREIRO DE 2008 GIOVANA MARQUES ALEIXO ANALISTA DE CONTAS COLABORA O ANT NIO ANDERSON A VEN NCIO ESTAGI RIO VISTO IZABEL IRACY G DE A E DUARTE INSPETORA PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05 ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O VISTO JURACI MUNIZ J NIOR DIRETOR DE FISCALIZA O PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05
7. idade Diante da justificativa ofertada pelo Requerente de que a confec o do Manual de Instru es por parte do TCM vai de encontro ao estabelecido no art 5 Il da Constitui o Federal esclare a se ao Recorrente que o inciso XVII do art 1 da Lei n 12 160 93 define que o TCM tem autoridade para tamb m editar Instru es Normativas Desse modo as escusas ofertadas n o procedem Por todo o exposto conclui se que o tr mite processual ocorreu dentro da legalidade e as alegativas do Sr ex Prefeito s o improcedentes 2 0 DAS IRREGULARIDADES 2 1 DA TRANSMISS O DE GOVERNO A Comiss o Inspetora constatou que n o houve o cumprimento formal da passagem dos documentos em desobedi ncia s diretrizes e determina es deste Tribunal O Recorrente n o teceu nenhum coment rio sobre o item permanecendo assim a irregularidade 2 2 DA DOCUMENTA O MENSAL O Ac rd o n 3 840 06 atribuiu multas aos itens relacionados a seguir sendo que a Defesa em seu Recurso de Reconsidera o n o presta nenhum esclarecimento acerca dos itens a DA DOCUMENTA O F SICA DE RECEITA E DESPESA NO ARQUIVO DA PREFEITURA E ENVIO DA DOCUMENTA O C MARA A Comiss o Inspetora verificou que as documenta es mensais das receitas e despesas relativas aos meses de setembro e novembro de 2004 foram encontradas nos arquivos da Prefeitura de forma incompleta sendo que nenhum documento foi enviado pelo Poder Executivo C mara
8. ngo do per odo administrativo Esta Inspetoria salienta que em rela o ao item D vida com Funcionalismo o Conselheiro Relator considerou se tratar de acusa o de natureza estritamente trabalhista portanto n o sendo compet ncia desta Corte de Contas reconhecer direitos dos trabalhadores bem como solucionar conflitos decorrentes da rela o de trabalho O Recurso de Reconsidera o ofertado pelo ex Gestor nesta oportunidade tem como alvo o entendimento de que o TCM n o tem base legal para proceder Tomada de Contas Especial j que se trata de um rg o exclusivamente t cnico e que o julgamento proferido pelo TCM absolutamente nulo ante a falta de compet ncia ratione materiae et personae e que o voto que sustenta o ac rd o n o tem fundamenta o legal nem qualquer base f tica capaz de impor condena o Desse modo esta Inspetoria adota o mesmo posicionamento do Conselheiro Relator qual seja de que o cerne da mat ria foge da compet ncia deste Org o 3 0 DA MULTA Esta Inspetoria salienta que a quantia de R 17 770 47 dezessete mil setecentos e setenta reais e quarenta e sete centavos foi devidamente inscrita na d vida ativa do munic pio de Penaforte conforme comprova o of cio de n 093 2007 anexado nesta oportunidade fl 403 dos autos no entanto n o foi verificado o recolhimento aos cofres p blicos do valor da multa A INFORMA O 5 INSPETORIA DA DIRETORIA DE FISCALIZA O DO TRIBU
9. solu o n 08 2004 desta Corte de Contas e no art 9 da Lei n 12 160 93 sen o vejamos Art 9 Havendo omiss o no dever de prestar contas da aplica o dos recursos repassados aos munic pios na forma definida nesta lei da ocorr ncia de desfalques ou desvio de dinheiro bens ou valores 2 PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05 ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O p blicos ou ainda da pr tica de qualquer ato ilegal ileg timo ou anti econ mico de que resulte dano ao er rio a autoridade administrativa competente adotar provid ncia com vistas instaura o da tomada de contas especial para a apura o dos fatos identifica o dos respons veis e quantifica o do dano Grifo Nosso Portanto esta Inspetoria entende que h base legal para o TCM proceder Tomadas de Contas Especial conforme demonstra o descrito na lei estadual de n 12 160 93 J em rela o ao Julgamento proferido pelo TCM esta Inspetoria entende que mesmo est de acordo com o descrito no 2 do art 9 da Lei Estadual de n 12 160 93 sen o vejamos o que est narrado neste par grafo 8 2 A Tomada de Contas Especial prevista no caput deste artigo e em seu par grafo 1 ser desde logo encaminhada ao Tribunal de Contas dos Munic pios para julgamento e aprecia o se o dano causado ao Er rio for de valor igual ou superior quantia para esse efeito fi
10. xado pelo Tribunal em cada ano civil na forma estabelecida no regimento Interno Grifo Nosso Corroborando com nosso entendimento temos o descrito no inciso Il do art 71 da Constitui o Federal que salienta o seguinte Il Julgar as contas dos administradores e demais respons veis por dinheiros bens e valores p blicos da administra o direta e indireta inclu das as funda es e sociedades institu das e mantidas pelo Poder P blico Federal e as contas daqueles que derem causa a perda extravio ou outra irregularidade de que resulte preju zo ao er rio p blico Grifo Nosso Conforme evidenciado anteriormente esta Inspetoria entende que o TCM cumpriu com a legisla o ao instaurar a Tomada de Contas de Especial e ao julgar estas contas tornado assim insubsistentes as alega es apresentadas pela Defesa PROCESSO 2004 PFT TCE 10 794 05 ESTADO DO CEAR TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNIC PIOS DIRETORIA DE FISCALIZA O Sobre o direito de defesa mencionado pelo Recorrente em seu Recurso de Reconsidera o esta Inspetoria esclarece que o ex Gestor foi devidamente notificado para apresentar sua defesa cumprindo assim o estabelecido no art 5 LV da constitui o Federal sendo que em momento algum houve preju zo parte interessada pois o mesmo foi devidamente chamado ao processo para apresentar suas justificativas e documentos para formaliza o de sua defesa e descaracteriza o das irregular
Download Pdf Manuals
Related Search