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Lego Mindstorms: um estudo com utentes com paralisia cerebral

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1. Tabela 11 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 1 Gostaste de montar o rob Utente Respostas A Gostei muito C Gostei muito Tabela 12 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 2 Sentiste dificuldade a montar o rob Utente Respostas A Sim muita C Sim alguma Tabela 13 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade Utente Respostas A Tinha de fazer muita for a para encaixar as pe as umas nas outras C Tinha de fazer muita for a para encaixar as pe as umas nas outras Tive medo de partir alguma s pe a s A resposta terceira quest o do segundo question rio tabela n 14 foi un nime uma vez que os dois utentes referiram que o prot tipo robotizado que montaram superou as suas expectativas pelo que gostariam muito de repetir a experi ncia tabela n 15 Tabela 14 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas Utente Respostas A Superou as minhas expectativas C Superou as minhas expectativas Tabela 15 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 4 Gostavas de criar outros rob s Utente Respostas A Gostava muito C Gostava muito 79 No que concern
2. Estruturada fechada ou de resposta fixa em que o entrevistador se guia por uma ordem fixa de quest es padr o De acordo com Gil 2009 se a entrevista tiver alternativas de resposta previamente estabelecidas denominada por alguns autores n o especificados por Gil 2009 por question rio de contacto direto No entanto Tuckman 2002 refere que Patton 1990 categoriza este tipo de entrevista por entrevista fechada ou de resposta fixa Por outro lado Gil 2009 refere que Good e Hatt 1969 Nogueira 1968 e Ferrari 1970 a diferenciam question rio e da entrevista ao referenci la por formul rio No presente estudo optou se pela entrevista estandardizada de final aberto vide anexos L e M dada a facilidade de categorizar os assuntos sem comprometer ou limitar as respostas dos entrevistados 51 4 5 Quest es de tica contempladas O investigador deve respeitar determinadas conven es ticas no trabalho de campo Bogdan amp Biklen 1994 pelo que foram tomadas algumas precau es no decorrer da presente investiga o nomeadamente Os participantes foram informados por escrito e presencialmente sobre os objetivos da investiga o Foram tomadas precau es para assegurar o seu anonimato As precau es tomadas passaram pela omiss o de algumas informa es disponibilizadas na entrevista e na anamnese dos participantes Foi mantida a fidelidade aos dados recolhidos Dada a idade dos utente
3. J interagiste com algum rob N o nunca interagi com um rob Como achas que se constr i um rob Um rob pode ser constru do por pessoas de todas as idades Normalmente constru do com ferramentas J alguma vez montaste um rob N o nunca montei um rob Como pensas que se programa um rob Com um chip programado no computador Quais s o as tuas expectativas relativamente montagem e programa o de um rob Acho que ser muito divertido pois adoro experimentar coisas novas Faro 19 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 160 MONTAGEM DO ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o Assinala com uma cruz X a s afirma o es correta s 1 Gostaste de montar o rob Detestei N o muito C Mais ou menos E Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a montar o rob EI Sim muita Sim alguma Sim
4. N o Ei Correspondeu mas pouco E Correspondeu totalmente X superou as minhas expectativas 4 Gostavas de criar outros rob s L N o C me indiferente L Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 5 Se pudesses criar um rob tua escolha qual era o rob que criavas Porqu Era um boneco de um rob Faro 14 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 155 QUESTION RIO N 3 PROGRAMA O E INTERA O COM O ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o 1 Gostaste de programar o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a programar o rob Sim muita Sim alguma Sim pouca N o Se respondeste sim por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 156 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolh
5. Tabela 21 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 4 Se pudesses programar este prot tipo tua vontade programava lo para fazer o qu Justifica Utent Respostas A Para trabalhar com controlo remoto Porque achei o rob fixe Acho que com o controlo remoto ficava mais fixe C Tudo o que eu lhe pedisse porque assim era como ter um mordomo Apesar da dificuldade sentida pelos utentes no ltimo exerc cio da programa o foi poss vel mant los interessados inclusive o utente A uma vez que ambos mencionaram que gostariam muito de voltar a programar um prot tipo tabela n 22 e que a intera o com o rob foi muito positiva tabela n 23 Tabela 22 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 5 Gostavas de programar outros rob s Utente Repostas A Gostava muito C Gostava muito 82 Tabela 23 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 6 Gostaste de interagir com o rob Utente Respostas A Gostei muito C Gostei muito Os dois utentes conclu ram o question rio afirmando que na sua opini o o Lego Mindstorms poderia ser utilizado por outros utentes com PC ligeira tabela n 24 Tabela 24 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 7 Na tua opini o o Lego Mindstorms podia ser utilizado por outros meninos com paralisia cerebral ligei
6. A meio da sess o a terapeuta perguntou investigadora se a m e do utente poderia assistir o que foi permitido Nos primeiros momentos com a presen a da m e o utente mostrou se um pouco mais atrapalhado talvez por se sentir observado mas rapidamente retomou o ritmo tendo continuado a sess o com naturalidade Uma vez que a paralisia cerebral afeta o utente no lado esquerdo do corpo ao contr rio do utente A que tem exatamente o mesmo problema com a nica diferen a de 138 ser no lado direito foi lhe perguntado pela investigadora se conseguia montar o rob e exercer a for a necess ria com a m o esquerda apesar de ser dextro O utente aceitou prontamente o desafio e mostrou que conseguia no entanto rapidamente se esqueceu e voltou a utilizar maioritariamente a m o direita usando a esquerda apenas para segurar partes do prot tipo enquanto prendia as pe as com a m o direita A fisioterapeuta referiu m e do utente que as dimens es das pe as e a press o necess ria para as juntar s o excelentes apoios terapia e promovem sess es diferentes aos utentes estando por isso entusiasmada com o projeto A sess o decorreu com normalidade sendo que para al m dos 30 minutos iniciais de introdu o ao projeto foram ainda necess rios 60 minutos para a montagem dos componentes em falta 139 4 Sess o A quarta sess o decorreu entre as 14 e as 15 horas do dia 19 07 2011 apenas com a presen a do utente
7. J nior I Toffol W J nior J amp Fonseca 6 2009 Desempenho da marcha em indiv duos com paralisia cerebral ap s aplica o de toxina botul nica submetidos fisioterapia revis o sistem tica Revista Movimenta Vol 2 N 4 Consultado a 25 de Novembro de 2010 atrav s de www nee ueg br seer index php mo vimenta article view 257 256 J nior J 2011 Lego Mindstorms NXT 2 0 for teens Boston Course Tecnology a part of Cencage Learning Kids Club Department of Computer Science in the University of Joensuu Consultado a 29 de Abril de 2010 atrav s de http cs joensuu fi kidsclub about php K rn Lin E Pihlainen Bednarik K Sutinen E amp Virnes M 2006 Can robots teach Preliminary results on educational robotics in special education 99 Proceedings of the Sixth International Conference on Advanced Learning Technologies ICALT 06 Press 3 Kavamoto C s d Paralisia cerebral Consultado a 23 de Mar o de 2011 atrav s de http www entreamigos com br sites default files textos Paralisia o20Cerebral pdf Ketelaar M Vermeer A Hart H Beek E amp Helders P 2001 Effects of a functional therapy program on motor abilities of children with cerebral palsy Consultado a 01 de Junho de 2011 atrav s de http ptjournal apta org content 81 9 1534 full pdf html Kwee H e Quaedackers J 1999 Pocus project adapting the control of the manus manipulatior for pe
8. Na minha opini o um rob um objeto realizado por v rios materiais eletr nicos J interagiste com algum rob Sim Como achas que se constr i um rob Constr i se um rob atrav s de v rias pe as e materiais pr prios que aplicamos para a sua constru o J alguma vez montaste um rob Sim Como pensas que se programa um rob Um rob deve se programar atrav s de uma bateria eletr nica Quais s o as tuas expectativas relativamente montagem e programa o de um rob As minhas expectativas em rela o montagem do rob construi lo com v rias pe as de v rias qualidades pe as de brincar como Legos e outros materiais Em rela o programa o do rob eu penso que conseguem mant lo a trabalhar com uma bateria eletr nica Faro 04 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 146 MONTAGEM DO ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e
9. aplicados E importante referir que o primeiro question rio era composto exclusivamente por quest es do tipo aberto de modo a compreender melhor as percep es viv ncias e expectativas dos utentes em rela o rob tica Na primeira pergunta do primeiro question rio pode se verificar que o utente A detinha um conhecimento muito b sico acerca do que um rob em oposi o ao utente C que deu uma resposta mais abrangente e madura tabela n 5 Tabela 5 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 1 Na tua opini o um rob Utente Respostas A Fixe Tem pe as a cores C Na minha opini o um rob um conjunto de sistemas programados para executar v rias atividades Na segunda quest o do primeiro question rio tabela n 6 o utente A faz confus o com o kit educativo Lego Mindstorms e as pe as tradicionais Lego fazendo refer ncia aos Legos que montou em crian a Por seu lado o utente C deu uma resposta direta afirmando nunca ter interagido com um rob 75 Tabela 6 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 2 J interagiste com algum rob Utente Respostas A N o mas foi com bonecos N o nunca interagi com um rob Apesar da apresenta o PowerPoint e da explica o da investigadora ter sido dada ap s o preenchimento do primeiro question rio pode se verificar que o utente A
10. bvio n o Agora mas um menino um menino respeitador um menino que vai escola que vive normal tem um ou outro apoio sabe as regras sociais sabe estar sabe fazer isso tudo Agora em termos se calhar de c lculo de memoriza o de pronto tem dificuldade n o A parte motora muito mais afetado nos membros inferiores O membro inferior que est mais afetado mas como disse n o por a que ele consegue fazer as coisas portanto ele faz normalmente Mas assim n o f cil um mi do que est na escola com os outros meninos que s o todos normais v l que andam todos bem direitinhos e ele quer dizer ele andar com o p no ar E depois Eles s o todos cru is e depois chamam nomes e dizem que ele isto que ele aquilo e aquilo afeta n o E por isso o utente A j um menino reservado O utente A t mido pronto isso tamb m vai afetar toda a outra parte de desenvolvimento Agora falando mesmo no f sico motor ele tem Claro que tem dificuldade de por exemplo correr j n o corre t o bem Saltar tamb m tem alguma dificuldade mas aquelas dificuldades da vida di ria ele faz bem Com o p no ar mas ele faz com o joelho Mas 170 pronto aquilo em termos posturais pois afeta tudo Portanto ele tem um tronco muito mais rodado h a probabilidade de ele ter esclerose n o Porque anda sempre todo mais tortinho e enfim Mas de resto
11. diferente Pegar manipular etc Mas sim mudava se calhar o tamanho dependendo tamb m da pessoa que tivermos frente Depois a quantidade pois isso tamb m era dependendo do n mero de sess es sim Acho que isso depois tinha de se equilibrar n o E pronto A quantidade pode ser escolhida Quando n s escolhemos os projetos que eles v o montar j vamos de certo modo gerir o grau de dificuldade a quantidade e o tempo Claro claro Mas sim acho de resto acho gir ssimo Porque eles fazem a constru o Porque muito giro fazem a constru o depois t m de fazer a programa o T m de ir ao 176 computador t m de ir ver e depois ver o resultado que aquilo d Portanto eles criam e depois olha agora vou ver ao computador o que que isto sai Aquilo muito giro Portanto este jogo de c lculo de n o Eu acho que interessante Fazendo a pergunta numa outra perspetiva Se pudesse contactar a LEGO para dar diretrizes de como seria um kit para utentes com paralisia cerebral como seria o melhor kit Quais eram as altera es que fazia Ou n o fazia Ah assim Como eu lhe disse n o estive pronto n o Foi o meu primeiro contacto Eu para responder a essa pergunta mesmo bem tinha de ter um bocadinho mais de conhecimento sobre isto que pronto ver outras coisas Ver o que que h mais n o Eu vi um rob mas h outras coisas n o Para constru o Tinha de
12. momento n o tem E o utente C tem assim de vez em quando H momentos em que est o mais em baixo por v rias raz es Tamb m pode ser familiar 171 O utente C muito emocional porque os pais s o pessoas que trabalham T m os seus servi os e t m hor rios diferentes Se calhar chegam mais tarde a casa e se calhar n o lhes chega a aten o que ele queria ter se calhar j n o tem Porque os pais t m outras coisas para fazer como todos n s T m pronto Isso afeta n o Por exemplo se na escola aconteceu um epis dio menos bom e ele quer depois partilhar e s vezes n o consegue partilhar Ou ent o partilha mas depois n o d o aquela import ncia que ele queria que dessem Portanto um bocado assim Mas mas muito equilibrado um menino bom A parte f sica dele o membro superior direito Neste caso tamb m uma hemiparesia que diferente do utente A porque ele o utente A nota se o de coxear N s chamamos de coxear n o E ele o utente C tem o membro superior Que tamb m tem alguma dificuldade e v se mesmo que Que Tem algumas dificuldades Tamb m faz as atividades do quotidiano Tomar banho etc Mas depois h uma coisa ou outra Por exemplo ele tem dificuldade a descascar uma ma com o cortar por exemplo com garfo e faca o utente A n o tem Ele utente A mais em baixo Ele n o tem Mas o utente C se calhar tem mais um bocadinho p
13. objetivos educativos b Caso a resposta 2 quest o seja positiva p q Ja p Esse s contacto s teve tiveram objetivos terap uticos 6 Pode descrever os principais problemas motores dos participantes 7 Recomendaria o Lego Mindstorms para utentes com PC ligeira 8 Implementaria o Lego Mindstorms no quotidiano destes utentes como parte de uma terapia 9 Se pudesse fazer altera es no kit educativo do Lego Mindstorms que altera es faria perspetivando a sua utiliza o por utentes com PC ligeira 10 Qual a sua opini o acerca da pertin ncia deste projeto Justifique 121 ANEXO F Apresenta o PowerPoint sobre o Lego Mindstorms 122 Professora Cristina Conchinha O que o Lego Mindstorms e O Lego Mindstorms surgiu em 1998 atrav s de uma parceria entre a Lego e o MIT Teixeira 2006 com o nome o Robotics Invention System RIS Jr 2011 123 e Em 2009 foi colocada no mercado a segunda vers o denominada por Lego Mindstorms NXT 2 0 Jr 2011 e O NXT o nome dado linguagem de programa o e ao c rebro do rob um tijolo program vel por computador Figura 1 e O NXT tem 3 sa das denominadas por A B e C que servem para ligar os servo motores e quatro entradas distinguidas por n meros nomeadamente 1 2 3 e4 que permitem ligar os sensores ao pr prio NXT Jr 2011 Figura 2 124
14. pouca N o Se respondeste sim quest o 2 por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 161 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es Achei as pe as muito pequenas X Tinha de fazer muita for a para encaixar as pe as umas nas outras Tive medo de partir alguma s pe a s Achei o manual de instru es muito complicado Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas N o Correspondeu mas pouco Correspondeu totalmente X superou as minhas expectativas 4 Gostavas de criar outros rob s N o me indiferente L Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 5 Se pudesses criar um rob tua escolha qual era o rob que criavas Porqu Um rob criado para fazer tudo o que eu dissesse Faro 19 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 162 QUESTION RIO N 3 PROGRAMA O E INTERA O COM O ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a re
15. rob tica educativa como ferramenta potencializadora de aprendizagens desenvolvimento cognitivo e apoio terap utico ou assistivo 5 9 A dura o das sess es Apesar de as dura es terem sido planeadas para durarem 60 minutos tal n o se concretizou por diversos motivos nomeadamente 90 As primeiras e segundas sess es tiveram uma dura o aproximada de 30 minutos porque o restante tempo foi utilizado a aguardar a chegada do utente B e na apresenta o em PowerPoint 1 sess o e porque a investigadora teve de falar com a fisioterapeuta sobre a substitui o do utente omisso 2 sess o As terceiras e quartas sess es duraram cerca de 63 e 52 minutos respectivamente Tendo sido realizadas apenas com a presen a do utente C que por estar acompanhado pelos encarregados de educa o teve uma maior flexibilidade de hor rio na terceira sess o na quarta o utente tinha de sair a horas certas para que o seu pai pudesse ir trabalhar A quinta e ltima sess o foi sem d vida a mais longa 76 minutos e 36 segundos uma vez que foi poss vel pedir um prolongamento ao pai do utente C e aos t cnicos de ambul ncia encarregues de levar o utente A 6 Conclus es S o v rias as pessoas que dizem n o saber o que a paralisia cerebral e que mesmo ap s as explica es continuam a afirmar n o compreender ao certo no que consiste e como afeta os seus portadores Esse desconhecimento pode advir do facto da PC poder interfe
16. 88 Relativamente s aprendizagens alcan adas os utentes demonstraram aprender rapidamente os passos necess rios para a montagem do prot tipo mesmo o utente A que inicialmente se mostrou muito inseguro com o desenrolar das sess es foi se mostrando cada vez mais aut nomo e comunicativo A programa o foi um desafio para ambos os utentes sendo que o utente C se mostrou muito empenhado e conseguiu alcan ar os resultados esperados mostrando compreender os conceitos inerentes programa o Apesar das suas dificuldades o utente A tamb m se mostrou capaz de compreender alguns dos princ pios program ticos no entanto a investigadora tem consci ncia que o utente poderia ter obtido um desempenho muito mais favor vel nos primeiros exerc cios program ticos se n o tivesse faltado 4 sess o O fato de o utente ter dificuldade em compreender e expressar a ordem dos n meros foi certamente o fator mais decisivo para a sua fraca participa o na 5 sess o pelo que exerc cios mais simples que n o exigissem tanto racioc nio l gico poderiam ter alcan ado melhores resultados 5 9 Compara o com os resultados obtidos em outros estudos Cook et al 2010a e Poletz et al 2010 recorreram ao Lego Mindstorms para averiguar as capacidades cognitivas de crian as com limita es f sicas cognitivas e comunicacionais mostrando que o recurso a prot tipos robotizados pode ser um substituto de testes de avalia
17. C o utente A n o compareceu sess o A sess o foi dedicada exclusivamente programa o tendo sido explicado o funcionamento do software e posteriormente solicitado ao utente que programasse o prot tipo de acordo com o gui o previamente estabelecido come ando pelos exerc cios mais simples como programar o rob para avan ar 5 passos O utente rapidamente compreendeu o software tendo executado sem dificuldades o exerc cio 1 da primeira parte Os restantes exerc cios da primeira parte foram realizados sem dificuldades e apenas com algumas explica es da investigadora em rela o aos sensores e realiza o do exerc cio 3 1 por ser mais complexo No quarto exerc cio o utente teve de refazer o percurso previamente estabelecido sendo que o objetivo era levar o utente a compreender a necessidade de simplificar o grau de dificuldade das curvas para que o prot tipo pudesse realizar o percurso no menor tempo poss vel Apesar de ter compreendido que para o rob circulasse numa velocidade mais elevada o utente tinha de diminuir a dificuldade do trajeto retirando ou esbatendo algumas curvas o utente deu provas da sua personalidade forte ao mostrar se reticente em diminuir consideravelmente a dificuldade do percurso O utente preferiu dar um pequeno empurr o ao rob quando o mesmo ficava preso numa curva e diminuir a velocidade do prot tipo a ter de simplificar o trajeto delineado a preto 140 5 Sess o
18. Correspondeu totalmente Superou as minhas expectativas 4 Se pudesses programar este prot tipo tua vontade programava lo para fazer o qu Justifica Eu programava o rob para atirar bolas brincar comigo arrumar o meu quarto plantar flores e falar comigo 5 Gostavas de programar outros rob s N o me indiferente Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 150 6 Gostaste de interagir com o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito Na tua opini o o Lego Mindstorms podia ser utilizado por outros meninos Justifica Sim porque assim era uma maneira de eles conseguirem aprender e a trabalhar com um rob E assim eles podem aprender e fazer outros rob s maneira deles Faro 04 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 151 ANEXO J Respostas do utente A aos question rios 152 QUESTION RIO N 1 Na tua opini o um rob Fixe Tem pe as a cores J interagiste com algum rob N o mas foi com bonecos Como achas que se constr i um rob Com pe as da Lego J alguma vez montaste um rob N o montei um rob S em um carros Como pensas que se programa um rob Com a m o dif cil Quais s o as tuas expectativas relativamente montagem e programa o de um rob fixe Faro 12 de Julho de 2011 Grata pela tua co
19. ao terceiro question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Matriz de listagem de vari veis asian sa abas parar sA do vas ra a Resultado da entrevista fisioterapeuta QUES O ND ganssaate dass sad 78 Quest o n 2 1 19 Quest o n Joyceren ikea 19 Quest o n 4 cseee 79 y Quest o n Serisi rnn 80 Quest o n 1 iin oeneesene 80 Quest o n 2 sssnnossnesseee 81 Quest o n 2 1 81 Quest o n 3 eiis 81 Quest o n 4 i 82 Quest o n 5 eeris 82 Quest o n 6 ie 83 Quest o n 7 tttiis 83 85 podias ale nana e E cuba 185 12 1 Introdu o A hist ria demonstra nos que a educa o sempre foi importante para a sobreviv ncia do homem atrav s dela que o ser humano se adapta ao meio ambiente e cria condi es favor veis para a aquisi o e desenvolvimento de conhecimentos valores e atitudes necess rias para a sua adapta o E sabido que os docentes t m um papel importante no processo de ensino aprendizagem sobretudo nos pa ses mais desenvolvidos e em via de desenvolvimento no entanto muitos docentes se debatem atualmente com uma crise na educa o Localmente podemos verificar que as mudan as cr
20. com diferentes anos de escolaridade no entanto tornava se pertinente a exist ncia de um estudo que analisa se o seu potencial com utentes com paralisia cerebral ligeira Para proceder a esta an lise foram realizadas cinco sess es com dois utentes externos da Associa o Portuguesa de Paralisia Cerebral Os utentes t m hemiparesia sendo que um deles foi afetado na sua cogni o Durante as sess es recorreu se recolha de dados sobre os participantes anamnese observa o participante grava o audiovisual e reda o de um di rio de bordo Os dois utentes responderam a tr s question rios aplicados em momentos distintos e a fisioterapeuta dos utentes respondeu a uma entrevista estandardizada de final aberto Os resultados obtidos indicaram que o Lego Mindstorms pode ser utilizado no contexto educativo destes utentes e como parte de uma terapia de reabilita o motora Palavras chave Lego Mindstorms Paralisia Cerebral Desenvolvimento Motor Abstract Cerebral Palsy comes from a brain injury or undevelopment of the brain that reaches beyond the human motor functions speech posture and movement can cause a variety of perceptual or cognitive dysfunction Valente 1983 Given the diversity of functions that can be achieved students with cerebral palsy require differentiated learning strategies pedagogical intervention mechanisms adapted to each type of need It was this sense that this project was bo
21. dois quer um quer o outro t m paralisia cerebral numa forma que n s chamamos hemiparesia direita um direita e o outro esquerda Em termos funcionais os dois s o funcionais Portanto nas atividades de vida di ria Eles comem sozinhos eles d o banho sozinhos eles andam correm saltam Portanto eles fazem as atividades da escola normais Eles t m gin stica Obviamente que h um exerc cio que se calhar o professor diz e eles se calhar n o o conseguem fazer Mas isso acaba s vezes por n o ser propriamente da patologia Se calhar o mi do at n o consegue mesmo como um outro mi do n o consegue tamb m fazer uma outra coisa Mas eles conseguem Funcionais eles s o Portanto fazem fazem rigorosamente tudo Falando do quer que especifique 169 Sim se for poss vel Podemos come ar pelo utente A O utente A tem uma parte afetada que uma parte cognitiva que tamb m apanha um bocadinho a parte comportamental emocional tamb m pelo contexto familiar Em termos tamb m financeiros tamb m tem algumas dificuldades E depois tamb m n o podemos esquecer que esta fase o utente A tem 16 anos uma fase num mi do que j tem dificuldades e que j tem algum atraso de desenvolvimento n o Que n o acompanhou como os outros acompanharam Com mais dificuldade Acompanhou mas com mais dificuldade normal que isso influencie depois o desenvolvimento dele como
22. estar de f rias e n o poder vir e depois h sempre a quest o dos hor rios Um de manh outro tarde pronto Mas por acaso com sorte ainda bem que eles conseguiram vir O utente C prontificou se Mais uma demonstra o de que realmente ele gostou Porque ele veio numa hora e depois no mesmo dia veio duas vezes portanto gostou e interessou se E achou E achou bom Mesmo a m e achou boa ideia E giro outra oportunidade que a gente lhe d outra coisa que a gente lhe d Portanto isso o que lhes pudermos dar Quanto mais a gente der melhor como tudo n o Exato mais uma coisa que a gente lhes d e eles agradecem e gostam Mais experi ncias giro 181 O utente A depois l est n o sei que brinquedos o utente A tem l em casa o que que ele teve mas estas coisas de certeza que nunca teve O utente C se calhar sim Se calhar j brincou mais em casa com Legos Outro tipo de Legos n o Aqueles Legos que a gente compra para os nossos filhos De certeza mais do que mais do que o utente A n o Se calhar o utente C j tinha mais vontade mas sempre muito giro Porque estes que comandam n o sei qu s o pe as muito caras n o E nem sempre ele t a possibilidade de pai vamos comprar n o E eles t m oportunidade de usufruir de um Lego que anda Que faz coisas Que giro Os que eu tenho l em casa constr
23. independente ativa com os utentes Aprendizagens Adota a adquiridas aprendizagem Motiva o construcionista Intera o com a Manual de instru es investigadora adotado montagem do Intera o com o rob rob Gui o de exerc cios programa o Faz refor os Motiva o positivos Trabalho em grupo Intera o entre os utentes Caracter sticas dos Melhorias na N o utentes vari vel independente natural motricidade fina Desempenho compar ncia s sess es Desmotiva o 57 4 8 An lise de dados De acordo com Gil 2009 ap s a recolha de dados deve se proceder sua an lise e interpreta o A an lise tem como prop sito examinar organizar e sumarizar sistematicamente os dados recolhidos de modo a aumentar a compreens o desses materiais e obter respostas para o problema da investiga o Bogdan amp Biklen 1994 Gil 2009 A interpreta o tem por finalidade procurar o sentido mais amplo das respostas atrav s da sua liga o a conhecimentos pr adquiridos Gil 2009 No presente projeto e dado que se deseja organiz lo na forma de um estudo de caso pretende se fazer uma pr an lise no pr prio campo de investiga o atrav s da escrita de coment rios e memorandos Bogdan amp Biklen 1994 avaliar as eventuais dificuldades e percep es dos participantes atrav s da an lise das filmagens das sess es da
24. lavar se e alimentar se Valente 1983 2 1 2 Identifica o das desordens ps quicas da paralisia cerebral dif cil identificar o atraso mental nos indiv duos com paralisia cerebral Valente 1983 V rios estudos no entanto identificam limita es perceptivas e cognitivas e alguns autores t m frequentemente referido a PC como uma desordem na percep o espacial Abercrombie 1964 e Cruickshank 1976 citados por Valente 1983 20 2 1 2 1 Desordens da intelig ncia S na d cada de 50 que diversos estudos Miller e Rosenfeld 1952 Floyer 1955 Ingram 1955 Cockburn 1961 Rutter Grahan amp Yule 1970 identificaram que o quociente de intelig ncia QI m dio calculado pelo teste de intelig ncia de Binet de uma crian a com PC de 68 Valente 1983 Por outro lado somente 2 das crian as normais possuem QI abaixo dos 70 sendo que a m dia de aproximadamente 104 McNemar 1942 citado por Valente 1983 e apenas 28 a 35 das crian as com PC n o possuem defici ncias intelectuais Apesar de estes estudos indiciarem que os utentes com paralisia cerebral possuem baixos ndices de intelig ncia os resultados devem ser tomados com cuidado dado que muitas destas crian as apresentam complica es visuais auditivas e de linguagem associadas s incapacidades motoras Bautista et al 2002 Yates 1966 De acordo com Yates 1966 estas les es podem produzir outras desordens espec ficas o que difi
25. lia pelo seu apoio e confian a incondicional Sem voc s n o seria a pessoa que sou hoje Ao meu querido marido N o h palavras para agradecer o apoio incondicional paci ncia e motiva o que me deste ao longo deste projeto Sem ti jamais teria chegado ao fim Consolaste me quando as dores foram insuport veis e convenceste me com apoio e carinho a voltar luta Acreditei em mim porque tu nunca deixaste de acreditar Obrigada por nunca me deixares desistir Gra as a voc s este ano tamb m foi um ano de conquistas por isso quero expressar vos os meus mais sinceros agradecimentos Dedico este projeto a todos aqueles que t m paralisia cerebral aos seus familiares APPC e a quem todos os dias se tem de superar para ultrapassar as suas barreiras pessoais Um bem haja a todos ndice Geral RESUMO Tam RR ERRAR ROEDOR ONE AREA RR ROTOR RAT 3 A DSLEACE PEES E S E E baia E E E E E ss Lainia dava basa casada so dntaaa ada bao co sn bara saias ana rent 4 PA DEACECIMENTOS nurtr aa nin pi pa doado ee do o a o a o do o 5 INDICE DE FIGURAS a CC a a 11 Le Introdu o cs a e 13 1 1 Problema objetivos e quest es de investiga o i e rreeeeerrareneaeaa 14 1 2 Motiva es e relev ncia do estudo erre ceeraea ceara raacareaeaanaaeaa 15 1 3 Abordasem metodol SICA ais assess asia aa rasta aaa aaa iai assada 16 2 Revis o da Literatura Enquadramento Te rico ceereeeceerraraneerrae
26. o de um rob complexa e deve ser realizada com a m o enquanto o utente C responde que um rob programado atrav s de um chip no computador Tabela 9 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 5 Como pensas que se programa um rob Utente Respostas A Com a m o dif cil C Com um chip programado no computador Ambos os utentes se mostraram entusiasmados com a sua participa o no projeto tabela n 10 De acordo com as suas respostas no segundo question rio tabela n 11 as suas expectativas foram correspondidas apesar das dificuldades encontradas tabela n 12 pelos utentes sobretudo pelo facto de terem de realizar muita press o para encaixarem as pe as sendo que o utente C referiu ter tido receio de partir algumas das pe as devida for a que tinha de exercer tabela n 13 Esse ltimo receios do utente C foi partilhado pelo participante da pr testagem do question rio quando diversos alunos da investigadora que tiveram oportunidade de montar e programar o mesmo prot tipo mas numa ocasi o diferente verbalizaram os mesmos receios dos utentes Ae C Tabela 10 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 6 Quais s o as tuas expectativas relativamente montagem e programa o de um rob Utente Respostas A fixe C Acho que ser muito divertido pois adoro experimentar coisas novas
27. participantes no estudo N o foi poss vel realizar a pr testagem do question rio a alunos com caracter sticas similares s dos participantes no estudo como se justifica posteriormente 4 4 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados A recolha de dados foi realizada na APPC atrav s da utiliza o de t cnicas espec ficas nomeadamente a observa o participante artificial e filmagem em v deo b di rio de bordo c question rios aos utentes com PC d entrevista estandardizada de final aberto Os instrumentos utilizados foram desenhados implementados recolhidos tratados e implementados pela investigadora 47 De acordo com Yin 1994 citado por Ara jo Pinto Lopes Nogueira e Pinto 2008 pp 14 o recurso a diferentes fontes de dados possibilita a aquisi o de diferentes perspetivas dos participantes e atrav s da triangula o dos dados recolhido a eventual comprova o do mesmo fen meno 4 4 1 Observa o participante e grava o em v deo De acordo com Gil 2009 a observa o participante ocorre quando o observador assume o papel de membro do grupo e pode assumir duas formas nomeadamente a observa o Artificial que ocorre quando o investigador se integra no grupo com o prop sito de realizar um estudo Natural quando o observador j pertence ao grupo que estuda Apesar de a investigadora assumir o papel de coordenadora e orientadora das atividades desenvolvidas foi
28. permitissem chegar mais rapidamente ao valor pretendido Analisando as cinco sess es como um todo talvez tenha sido positivo as quatro primeiras sess es terem apenas a presen a de um dos participantes o que permitiu investigadora aprofundar melhor as suas personalidades individualmente e inclusive tentar aumentar a auto estima do utente A No entanto o facto do utente C ter faltado 1 sess o dedicada programa o a 4 sess o impediu que este tivesse uma maior contacto com o programa e que realizasse exerc cios mais simples os quais provavelmente obteria sucesso Como a quinta sess o se destinou intera o com o prot tipo e aperfei oamento da programa o atrav s da tentativa e erro o utente A que tinha iniciado a sess o a lamentar n o estar a jogar Playstation acabou por se desmotivar muito rapidamente Por outro lado as interac es entre os membros podem ter sido influenciadas devido s suas personalidades dado que o utente A muito t mido e pouco confiante e o utente C decidido e muito aut nomo 143 Assim e apesar de ter sido poss vel registar as interac es entre os utentes e verificar a influ ncia das suas personalidades nos papeis desempenhados havia a expectativa dos utentes se desafiarem mutuamente no entanto tal n o se verificou 144 ANEXO I Respostas do sujeito 1 pr testagem do question rio 145 QUESTION RIO N 1 Na tua opini o um rob
29. poderiam ampliar os seus conhecimentos e melhorar o seu desempenho sobretudo na programa o se tivessem mais sess es para explorar outros conte dos e aprofundar melhor os conte dos abordados durante o presente projeto sobretudo no caso do utente A que faltou primeira sess o de programa o que n o p de ser reposta dada a agenda dos diferentes intervenientes 94 6 5 Linhas de desenvolvimento em trabalhos futuros No sentido de delinear eventuais estudos nesta rea poderia ser pertinente realizar um estudo semelhante com uma amostragem mais significativa de utentes terapeutas e representantes da comunidade educativa dos participantes Outra abordagem poderia passar pela cria o de diferentes grupos de trabalho compostos por um m nimo de dois elementos por grupo e verificar as suas interac es Os grupos poderiam ter fun es diferenciadas um grupo teria a seu cargo a montagem e outro a programa o por exemplo ou opositores ambos os grupos competiriam entre si no desempenho da mesma tarefa O acesso a uma maior amostragem iria depender provavelmente do apoio de institui es ligadas Paralisia Cerebral que tivessem um maior n mero de utentes como poder ser o caso da APPC em Lisboa S o v rias as vantagens de o investigador se relacionar com uma institui o como por exemplo o acesso a utentes e aos t cnicos que os apoiam e que por isso conhecem as suas caracter sticas individuais potencial li
30. pouca Tabela 19 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade Utente Respostas A Achei a programa o muito dif cil C Outra s Especifica Foi um pouco dif cil programar o rob Na tabela 20 os utentes consideram que o prot tipo montado correspondeu s suas expectativas utente A tendo inclusive superado as utente C O que positivo uma vez que para al m de terem apreciado o projeto os utentes ficaram satisfeitos com o resultado final Tabela 20 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas Utente Respostas A Correspondeu totalmente Superou as minhas expectativas Na tabela 21 pretendia se avaliar os conhecimentos adquiridos dos utentes verificar se tinha havido evolu o entre as suas concep es ap s a montagem do rob expressas na tabela 16 e ap s a intera o com o software de programa o e o pr prio rob em si Esperava se que os alunos compreendessem as potencialidades e as limita es do software no entanto as respostas dadas indiciaram que o utente A se manteve preso ao prot tipo pensado inicialmente o prot tipo do carro telecomandado e que o utente C continuou a acreditar na possibilidade de criar um rob e program lo para responder a um n mero ilimitado de comandos
31. rela o ao tamanho das pe as Inicialmente o utente dava sinais de recear fazer demasiada for a mas depois de lhe ter sido dito que as pe as n o se iriam partir e que podia fazer press o o utente demonstrou possuir a for a necess ria para encaixar as pe as A grande dificuldade foi sem d vida transportar a ilustra o das pe as e da sua posi o no manual para as pe as em 3D Sendo que por vezes n o virava as pe as de acordo com a ilustra o ou enganava se no local de encaixe mas com o decorrer da sess o essas dificuldades tamb m se foram esbatendo pelo que se espera que na segunda sess o o utente j consiga conceptualizar os dois modelos sem falhas 134 A sess o teve a dura o de 29 minutos e 49 segundos tendo sido interrompida pelos t cnicos da ambul ncia encarregados de transportar o utente at sua casa j estarem espera do utente Depois do t rmino da sess o e enquanto se dirigia para a ambul ncia o utente cruzou se com a sua fisioterapeuta a quem disse ter adorado a sess o rob 135 2 Sess o A segunda sess o decorreu no dia 14 de Julho de 2011 as 14 horas O utente A j se encontrava na institui o no entanto o utente B continuou ausente apesar da sua encarregada de educa o ter sido alertada para a pertin ncia de cumprir o hor rio Ap s uma pequena espera de 10 minutos pelo utente B e da investigadora falar com a fisioterapeuta do utente a fisioterapeuta suge
32. se prende muito ideia dos rob s serem constru dos com pe as Lego n o cogitando a ideia de poderem ser realizados com recursos diferentes Em compensa o o utente C responde que um rob por norma constru do com diferentes recursos o que demonstra que o utente n o est unicamente focado na quest o do kit ser da marca Lego mas na sua conce o do que um rob e de como se constr i Tabela 7 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 3 Como achas que se constr i um rob Utente Respostas A Com pe as da Lego C Um rob pode ser constru do por pessoas de todas as idades Normalmente constru do com ferramentas Na pr xima quest o referente experi ncia dos utentes na montagem de artefatos robotizados o utente A volta a referir se s pe as Lego tradicionais com as quais j tinha interagido para a constru o de carros em oposi o ao utente C que volta a dar uma resposta direta sem se restringir aos Legos 76 Tabela 8 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 4 J alguma vez montaste um rob Utente Respostas A N o montei um rob S carros C N o nunca montei um rob Na tabela n 9 volta se a verificar a discrep ncia de conhecimentos entre os dois utentes Independentemente do utente A ser cinco anos mais velho que o utente C o utente A refere que a programa
33. utente apresenta algumas dificuldades de aprendizagem O utente C acompanhado no hospital motivo pelo qual a institui o tem menos relat rios O utente tem Paralisia Cerebral na forma de Hemiparesia Direita Esp stica realiza atividades da vida di ria autonomamente mas apresenta uma marcha assim trica e tend ncia de flex o do tronco membros inferiores com dismetria e demonstra dificuldade 46 em atividades que exigem rota o e abdu o do ombro e do membro superior Apresentando dificuldades em executar tarefas como descascar a fruta e remexer alimentos numa panela ou elevar os membros superiores com a mesma amplitude O utente apresenta uma menor for a muscular d fice de equil brio unipodal Devido sua postura recorre mais ao membro superior esquerdo esquecendo se do membro superior direito neglig ncia e postura que podem dificultar a execu o de determinadas tarefas como por exemplo rapidez de execu o Apesar de a institui o n o ter o relat rio psicol gico foi referido pela fisioterapeuta e constatado pela investigadora que o utente C n o possui d fices cognitivos O participante na pr testagem dos question rios foi um aluno com 11 anos e em transi o para o quinto ano de escolaridade O aluno teve introdu o rob tica educativa com a investigadora sendo que montou e programou colaborativamente com a sua turma um prot tipo robotizado igual ao prot tipo montado pelos utentes
34. ver um bocadinho mais para ver para perceber n o Existe suficiente para meninos de paralisia cerebral portanto n o h Mas neste momento acho que n o mudava Era s isso se calhar haver a possibilidade de haver v rios tamanhos para v rios para os mi dos Para os mi dos em quest o Os graus voc diz que h graus diferentes n o H graus mais f ceis h graus mais dif ceis portanto meninos que t m menos capacidades seria um grau mais f cil portanto isso j existe Mas l est Tamb m precisava de ter a experi ncia como tive agora para depois poder dizer n o preciso mudar isto e n o aquilo Porque preciso ver n o Exato Eu vejo outras coisas Eu nunca vi eles a constru rem Legos normais Quer dizer eles constroem outras pe as n o Eu sei eles constroem fazem Mas depois o programar o ir 177 ao computador eu pronto n o n o mas acho que n o fazia assim altera es S mesmo depois de ver experienciar n o Como eles agora Aquilo que eu vi acho que est adequado Acho que sim mesmo programar n o era assim t o dif cil para o caso deles n o Acho que estava adequado Acho que est tudo bem n o sei Assim de momento n o sei Daquilo que vi n o 10 Qual a sua opini o acerca da pertin ncia deste projeto Justifique Ahhh eu pronto Acho que j falei um bocadinho da pertin ncia j estive aqui a falar e acho acho que sim Acho que muito
35. 0 das tentativas Raramente procurou a ajuda ou aprova o da investigadora O utente analisa as instru es e come a a procurar as pe as indicadas no manual Utente C UC uma de cinco orif cios O utente agarra na pe a e coloca a em cima da pe a ilustrada no manual para confirmar se acertou no tamanho I Exatamente O utente une duas pe as de acordo com as instru es do manual UC Agora uma de tr s orif cios e preta Preta com tr s buracos O utente agarra na pe a I E isso mesmo 66 A fisioterapeuta e a m e do utente pediram para assistir sess o sensivelmente a meio da sess o mas apesar de inicialmente se ter mostrado um pouco atrapalhado provavelmente por se sentir observado o utente retomou rapidamente o ritmo tendo prosseguido a sess o com naturalidade O utente montou uma parte do prot tipo com a m o direita ap s a investigadora lhe ter perguntado se o conseguia fazer a PC afeta o utente no lado direito do corpo mas rapidamente se esqueceu da proposta e voltou a trabalhar maioritariamente com a m o esquerda 5 4 3 Quarta sess o introdu o programa o utente C Dado que o utente A faltou sess o esta decorreu apenas com a presen a do utente C A sess o foi iniciada com a constru o por parte do utente da pista para o prot tipo A pista foi tra ada com o aux lio de um cart o branco de grandes dimens es e uma fita autocolante preta Cabi
36. 14 horas do dia 12 07 2011 O utente A que depende do servi o de ambul ncias para se deslocar institui o chegou ligeiramente atrasado tendo sido apresentado investigadora s 14 horas e 10 minutos Dado que o utente B ainda n o tinha chegado institui o a investigadora aproveitou esse tempo para se apresentar ao utente A e para lhe solicitar que respondesse ao 1 question rio Posteriormente tanto a investigadora como o utente A ficaram espera do utente B visto que a terapeuta do utente pensou que provavelmente a m e do utente B julgasse que a sess o a ter in cio s 14 horas e 30 minutos Ao chegar a essa hora e visto que o utente B ainda n o tinha aparecido a investigadora teve de tomar a decis o de iniciar a sess o com o utente presente sempre na expectativa do segundo utente aparecer s 14 horas e trinta minutos a investigadora apresentou o kit educativo do Lego Mindstorms atrav s do pr prio kit e de uma apresenta o em PowerPoint realizada para o efeito O prot tipo robotizado foi come ado a montar pelo utente s 14 horas e 40 minutos O utente precisou de algumas instru es iniciais tais como ter aten o forma tamanho e cor das pe as ilustradas no manual para utilizar pe as id nticas do kit Foi tamb m necess rio avisar o utente para o facto de ser mais simples construir o prot tipo se colocasse as pe as na mesma posi o que as pe as do manual e para ter aten o posi o certa d
37. 2 Porqu o kit educativo do LEGO Mindstorms seesesseeeesseeessreessssresssrrerssrrersssrresssrreeseree 38 3 Problema objetivos e quest es de investiga o eeseessssreessrrrrserrtesssreerssrierssriersssrressrreesssrresset 39 SLi Problemata naa a a Sao nao aus E E E E a a a 39 32r Objetivos dO EStUdO ion EE E E E EE E NEE EE 39 3 3 Quest es de INVESLISA O ix cu pmaranareretasen a Ea EE EEEE EA E EA AENEA EEA AEAEE ARA ERES 40 4 Metodologia ide vesti sa o sussiassiniatossbosstonsiniatosolossfossinaaiasolosatossintalasslasafossiasatasabasafossiasaio baladas 41 C DA EDNA oro 7a 0 101A E RR US RO RD O RR A a E ER o 41 42 Local de estudo sinisisi a lo asia salas sind ias ata salmiabainia sabeis daaioantaa sinta Saaniosatm ado iniaaataa dias 43 PD JM 4 14 03 2h LU o NR RSRSRS RR SR SAR RT RT DR RN POR PR TR 44 4 4 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados rrrereea 47 4 4 1 Observa o participante e grava o em v deo e eerseeeeeraerneaeaa 48 AA 2 Di rio de bOrdo is iii casadi sedipReSl dUL Ai ABRE ScADECE ArADE UR do ADE UR do ADRUR do SRRUR de Cha E ue 49 ado 9m QUESTION IOR 2 agi re 0 S S T T T S T T S T T 49 44 3 1 Pr testacem do QUESTION RIO aaa aaa a aa aaa 50 AAA S DE EAA K1 Lari caretas ita raia RE DRA pai ui pu R a baia EE 50 4 5 Quest es de tica contempladas nl eee rrerrereaaaaaaaaerrerennaaanaaaarrerenna 52 4 6 Estrutura d
38. A quinta sess o decorreu entre as 14 horas e trinta minutos e as 15 horas e trinta minutos do dia 21 de Julho de 2011 e foi a primeira sess o em que os dois utentes estiveram presentes em simult neo A sess o foi dedicada exclusivamente programa o tendo sido explicado ao utente A o funcionamento do software Dada a dura o da sess o e o facto de se ter de realizar o exerc cio 2 no qual j se previa a necessidade de os utentes terem de realizar ajustes para que o prot tipo cumprisse o gui o de exerc cios o utente A n o teve oportunidade de realizar o exerc cio 1 no entanto a investigadora explicou lhe os conceitos a necessidade de ter um bloco de programa o para cada movimento pretendido e como obter a a o exigida De seguida a investigadora solicitou aos utentes que programassem o prot tipo de acordo com o gui o previamente estabelecido verificando sem surpresas que o utente C estava a liderar a atividade e o utente A a ser liderado Tal j era esperado dadas as diferen as nas suas personalidades o utente A revelou se mais introvertido e pouco confiante nas sess es ao contr rio do utente C que se revelou muito extrovertido confiante e com tend ncia para a lideran a Apesar de j se esperar ver um l der entre o grupo de participantes a investigadora esperava que os utentes interagissem mais entre si e que o utente A se mostrasse mais predisposto a tomar a iniciativa uma vez que a programa o do exe
39. E E E A 83 S T M triz d listagem de vatia Velsen isein ia e E a EE E o pn E E i a id ai 84 5 8 Outras considera es reflex o seeeeeeeeeeeeesreesssreesesreesssrresssrterssrteesssreesseriesssrteessseesssreeesetee 88 5 9 Asdura o das SESS ES aaa ara na ea da aa 90 O ConclusGCS as sasarisosirisoseaiagursinta caauirasa mia iaioasasiniaaniaisio masiniassanisigama saio sasinia S 91 6 1 Principais conclus es aferidas cci crer rerereeaaacaaarrerranaaaaaaaaarreeeranaaaaaarants 92 6 2 Contribui es pr ticas CAC rICAS si sis i n E sta ninaatarata E EEN EEEO ECER 93 6 3 Limita es do estudo ecisenseracrtcnirnoricooprothoono acho opa ht ind pa Aba nb ha Da ind dna DR cab ba nih cab on ALR cab na nR abnt nana 93 6 4 Sobre o papel da investigadora rr ceeraeaneeranaacaraaraaceeraaanaarranada 93 6 5 Linhas de desenvolvimento em trabalhos futuros e eereeererraaaa 95 Refer ncias Bibliogr ficas apertada dada PA Ra RA AAA TRATA a EA dido Tenda 96 Referencias das TISUTAS sas ssciaasiasaiaasTospiaania sanear Los pinaniaeaMaa ada obssaiada intao EAE ETENEE EEE colunas 105 ANEXOS E A DL NE PERU Dh NADA ELLE ACRE CLE ADA L ARA DES LL LATEST ALA CENA RACE usa Chi una Lataba 106 Modelo do pedido de autoriza o entregue diretora da institui o para a realiza o das sess es nas instala es da INSTITUI O shese kenten esu aeee eE a nata o RL Atas EE EEEREN EEEE ET
40. ELA EEEE EEEE Lana LES CEEE EE Ek 107 Modelo do pedido de autoriza o entregue fisioterapeuta 109 Modelo do pedido de autoriza o entregue aos encarregados de educa o dos utentes para a realiza o das sess es e dos question rios c cc iireereeeeeeeerrreeereaaaaaaaaarreerenaaaaanaaaaeos 111 Question rios aos utentes cciiieer essere eE E EEE EE EE EEE EEEE Eaki 113 Gui o da entrevista fisioterapeuta aro i EE a E E N E E N N 120 Apresenta o PowerPoint sobre o Lego Mindstorms sessessseessssrersssreesssrrerssrrerssrreesssrressereessses 122 Gui o de atividades programa o eesssseeesssressssrersssreesssrrerssrtessertetsssttesssteerseriesssrteesssteerssteeesetet 130 Di rio de bordo da investigadora eeeeeeeeessreesesreesssrersssrrerssrtesssrtessssteesssteessstiesssrteesssreerssreeesstet 132 Respostas do sujeito 1 pr testagem do question rio eessseeeseseeesssrresssrrerssrrerssrreesssreerserrerssres 145 Respostas do utente A aos question rios eeeseseeesssseesssrresssrresssrrersssrtesssreesseriesssrteesssrresssreeesetet 152 Respostas do utente C aos question rios ssssssesseeessssssserreessssssssrreesssssssrreessssssssrreesssssssssrreesssso 159 Transcri o da entrevista fisioterapeuta eeseseeesssereessrresssrresssrreesssrresssteerserieeserieesssrresssrreesetet 166 Resultado da entrevista fisioterapeuta eesssssse
41. Ferreira 2007 Atualmente a PC reconhecida por Encefalopatia Cr nica n o Progressiva da Inf ncia J nior Toffol J nior amp Fonseca 2009 dado que n o uma doen a n o progressiva e n o contagiosa Resulta de uma les o cerebral ou mau desenvolvimento do c rebro em uma ou v rias regi es do c rebro Valente 1983 de car cter n o progressivo Diament 16 1996 citado por Ferreira 2007 ocorrida nos primeiros est dios do desenvolvimento Kavamoto s d nomeadamente durante a gravidez no decorrer do parto ou ap s o parto Associa o Portuguesa de Paralisia Cerebral APPC s d e Merck s d e caracteriza se por provocar altera es na postura e movimento APPC s d ou seja pela inabilidade em manter o controlo total das fun es motoras Valente 1983 As causas que originam estas les es podem ser atribu das a diversos fatores entre os quais a exposi o da gr vida a produtos t xicos ou infec es ao nascimento prematuro a asfixia durante o parto as hemorragias cerebrais ao traumatismo craniano ou em seguimento a infec es celebrais contudo na grande maioria dos casos n o poss vel identificar uma causa espec fica Condado 2009 Estudos neurol gicos mostram que as les es cerebrais causadas durante o per odo em que o sistema nervoso mais vulner vel al m de afetar as disfun es motoras tamb m podem provocar uma grande variedade de disfun es mentais perceptivas o
42. Mas as nossas a es t m consequ ncias e a motiva o do utente demonstrada durante a primeira e segunda sess o foi rapidamente transformada em desmotiva o quando o utente teve de ser confrontado com exerc cios de programa o mais complexos Assim e apesar de a investigadora ter feito uma pequena introdu o aos princ pios program ticos do NXT as dificuldades cognitivas do utente impediram o utente de atingir todos os objetivos propostos para a 5 sess o 61 Apesar de o utente n o ter conseguido realizar todas as tarefas com sucesso mostrou se prest vel e demonstrou conhecer alguns dos comandos quando era diretamente interpelado 5 2 O utente C O utente tem onze anos e possui uma hemiparesia no lado direito com rota o do tronco que se nota sobretudo na m o e na dificuldade em rodar o bra o Apesar da sua dificuldade o utente mostrou se capaz de realizar a montagem do rob com ambas as m os mostrando investigadora que tamb m era capaz de executar tarefas mais meticulosas com a m o direita O utente teve um desenvolvimento cognitivo normal e referiu em conversa informal com a investigadora gostar muito de ler De acordo com a entrevista efetuada fisioterapeuta o utente domina bem as ci ncias matem ticas O utente mostrou se empenhado confiante e aut nomo explicando em voz alta as ac es que executava sem procurar obter a aprova o da investigadora A sua confian a e determi
43. Melhora a Deixa se montagem durante a durantea motivado aut nomo dificuldades com o a o kite como posturas motrici perturbar por montagem programa o seu par investigadora prot tipo dade fina interfer n cias externas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Positivamente s vezes Sim Apenas inicialmente Figura 10 Mapa Conceptual 191
44. ONO pr vio com o Lego N o E 5 Mindstorms Recomendava o Lego Mindstorms a Sim E 7 E 8 Q3 7 outros utentes com PC Implementava o Lego Mindstorms na Sim para quebrar a E 8 terapia dos utentes rotina Considera o kit adequado a utentes Sim mas precisava de o E 9 com PC aprofundar melhor Tal lt Realizava altera es no kit DE GREDA E 9 tamanho das pe as Pertin ncia do projeto Sim E 10 185 ANEXO N Prot tipo montado pelos utentes 186 Figura 5 O prot tipo robotizado a seguir o trajeto realizado pelo utente C Nota sess o n 4 Exerc cio 3 1 1 parte Figura 6 O prot tipo robotizado a efetuar o exerc cio 1 2 2 parte Nota 5 sess o 187 ANEXO O Programa o realizada pelos utentes 188 Figura 7 Comando de programa o para o rob dar 5 passos em frente Nota Exerc cio 1 1 1 parte Figura 8 Programa o para que o rob percorra a trajet ria indicada pela linha preta Nota Exerc cio 3 1 primeira parte Figura 9 Programa o para que o prot tipo execute o exerc cio 1 2 2 parte Nota Recuar 5 passos dar uma volta para a esquerda uma volta para a direita avan ar at ao suporte com a bola e bater na bola 189 ANEXO P Mapa Concetual 190 Sim N o Sim N o Pouco Por vezes Sim Sim Positivamente N A Participa na Aprende Aprende Revela Interage Interage com Interage com Corrige
45. T executar a programa o e acaba por se sentar na cadeira em frente ao computador assumindo as fun es de programador Ao fim de algum tempo os utentes come aram a dispersar se pelo que tiveram de ser chamados aten o para se voltarem a concentrar na tarefa UC Bemmmmmmm o utente simula o som do prot tipo I Utente C toma aten o ao que falha UC Bate contra o suporte I Porqu UC Porque a volta n o 72 I Exatamente Em vez de estares a reproduzir o som do rob toma aten o concentra te E utente A tu tamb m tens de ajudar mais o utente C No entanto o utente A continuou a ser ajudado pelo utente C mesmo nas tarefas mais simples e repetitivas tais como tirar o cabo de liga o USB mostrando claramente o seu enfado UA Ai j estou I Tens de p r no meio para o utente C que estava a colocar o rob na posi o correta face bola UC J est s desejando voltar para casa para ir jogar n o UA Y N o obstante a iniciativa inesperada de programar o utente A sentou se ao computador sem saber o que fazer Pelo que a investigadora lhe disse para analisar os movimentos do rob de modo a encontrar o erro Ap s as explica es e ajudas do utente C o utente A continuou sem alterar a programa o pelo que o utente C o foi ajudar dizendo lhe os valores e quais os blocos de programa o que devia alterar A dificuldade dos utentes em aplica
46. UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCA O DA UNIVERSIDADE DE LISBOA TRABALHO DE PROJETO Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Cristina Isabel Conchinha CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCA O Area de especializa o em Tecnologias da Informa o e Comunica o e Educa o 2011 Escrever texto UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCA O DA UNIVERSIDADE DE LISBOA TRABALHO DE PROJETO Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Cristina Isabel Conchinha CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM EDUCA O Area de especializa o em Tecnologias da Informa o e Comunica o e Educa o Disserta o de mestrado orientada pelo Professor Doutor Jo o Filipe Lacerda Matos 2011 Resumo A paralisia cerebral adv m de uma les o cerebral ou mau desenvolvimento do c rebro que para al m de atingir fun es motoras do ser humano fala postura e movimento pode provocar uma grande variedade de disfun es perceptivas ou cognitivas Valente 1983 Dada a diversidade de fun es que podem ser atingidas os alunos com paralisia cerebral requerem estrat gias de aprendizagem diferenciadas com mecanismos de interven o pedag gica adaptados a cada tipo de necessidade Foi nesse sentido que nasceu este projeto A rob tica educativa em geral e o Lego Mindstorms em particular tem sido utilizada em diversos meios pedag gicos
47. a 2007 e caracteriza se pela presen a de movimentos involunt rios lentos irregulares cont nuos Bautista et al 2002 incontrol veis distorcidos na regi o proximal dos membros e face Leme 2004 citada por Ferreira 2007 podendo localizar se em todo o corpo ou limitar se s extremidades A sonol ncia o descanso a febre e posturas espec ficas podem atenuar o movimento atet sico mas a excitabilidade inseguran a e as posi es de p ou dorsal podem provocar a instabilidade do t nus muscular Bautista et al 2002 Segundo Leme 2004 o tipo at xico representa apenas entre 1 a 10 dos casos e caracteriza se por perturba es no equil brio e na coordena o motora estando geralmente associada a uma baixa tonicidade muscular Verifica se pela frequente associa o de base alargada e de um leves tremores ao realizar um movimento Ferreira 2007 Os utentes com este tipo podem sofrer de desequil brio ter pouco controlo sobre a cabe a o tronco e a raiz dos membros Devido pouca tonicidade muscular os utentes podem movimentar se cautelosamente por recearem perder o equil brio Por causa do fraco controlo sobre o tronco e a cabe a possuem dificuldade em manter se est ticas Apesar da tonicidade muscular ser na maior parte dos casos menor verificam se de t nus muscular aumentado Bautista et al 2002 O tipo misto verifica se em aproximadamente 30 dos casos de PC e d se quando h caracter sticas
48. a Edi es Almedina S A Creswell J 2003 Research design Qualitative quantitative and mixed methods approaches Thousand Oaks Sage 2 Edi o Curcio C 2008 Proposta de m todo de rob tica educacional de baixo custo Instituto de Tecnologia para Desenvolvimento Curitiba Dautenhahn K amp Billard A 2002 Games children with autism can play with a robota a humanoid robotic doll Consultado a 10 de Junho de 2011 atrav s de http infoscience epfl ch record 60035 files AB Dautenhahn CWUAAT2002 pdf version 1 Druin A amp Hendler J 2000 Robots for kids exploring new technologies for learning S o Francisco Morgan Kaufmann Publishers Inc Fabel A 2001 Construcionismo Minist rio de Educaci n P blica de Costa Rica Press 11 Ferreira H 2007 Aspectos familiares envolvidos no desenvolvimento de crian as com paralisia cerebral Universidade de S o Paulo Ribeir o Preto 98 Giarola E Nazareth L Nascimento J Joaquim N amp Antonialli L 2009 Ambiente virtual de aprendizagem um estudo sobre a satisfa o dos estudantes de administra o da universidade federal de Lavras Consultado a 09 de Julho de 2011 atrav s de http www anpad org br evento php acao trabalho amp cod edicao subsecao 51 3 amp cod evento edicao 47 amp cod edicao trabalho 11215Hself Gil A 2009 M todos e t cnicas de pesquisa social S o Paulo Editora Atlas 6 Edi o
49. a ao utente colar a fita de modo a delinear o trajeto que o rob teria de percorrer com o aux lio do sensor de luz Ap s a delinea o da pista foi dada uma breve explica o e demonstra o sobre o funcionamento do software j instalado no pr prio tijolo inteligente que permite ao rob executar alguns passos simples como por exemplo emitir sons andar rodar o bra o mec nico entre outros O inconveniente da utiliza o direta deste software a sua limita o pois s permite executar 5 comandos de cada vez em oposi o ao software quando acedido pelo computador que nos permite executar fun es mais detalhadas complexas e em maior n mero 67 Ap s a exposi o dos princ pios program ticos a investigadora solicitou ao utente que programasse o NXT sem recorrer ao computador e posteriormente que o programasse atrav s do computador de modo a cumprir o gui o de exerc cios O utente executou as atividades sem ajuda at quest o 3 1 em que o prot tipo devia seguir a traject ria pista criada pelo utente Nesta altura a investigadora deixou o explorar o software procura da solu o e deu lhe mais algumas explica es I Fica tudo dentro deste do sistema delimitado pelos comandos loop e infinito que indicavam que os comandos destinados aos servomotores deveriam continuar indefinidamente Vamos tentar p r isto aqui dentro Viste UC Ahhhhh Agora isso mete se ali por cima I Exat
50. a e o ambiente de aprendizagem Logo com o intuito de catalisar a comunica o e o desenvolvimento de indiv duos com NEE Com base neste contexto o estudo em quest o pretende implementar um projeto cuja rea tem tica o Ensino Especial e tem por objetivos principais 1 verificar se o kit educativo do LEGO Mindstorms adequado a utentes com limita es motoras provocadas pela paralisia cerebral 11 identificar eventuais aprendizagens e melhorias ao n vel da motricidade e iii determinar se os rob s LEGO Mindstorms podem ser utilizados no contexto pedag gicos destes utentes 3 3 Quest es de investiga o Pretende se obter respostas a algumas quest es de investiga o de acordo com os interesses e necessidades da institui o e respetivos utentes nomeadamente Que aprendizagens adquirem os utentes com paralisa cerebral atrav s da montagem programa o e intera o com este tipo de rob s Esta quest o deve ser respondida atrav s da an lise das notas de campo e dos question rios entregues aos participantes s pe as que comp em o kit educativo do LEGO Mindstorms s o apropriadas para utentes com hemiparesia Almeja se dar resposta a esta quest o atrav s dos question rios da observa o participante e descri o do processo di rio de bordo durante a execu o das tarefas propostas pelos utentes com PC 40 O recurso ao LEGO Mindstorms pode ajudar a melhorar a coordena o mo
51. a fala N s fisio estamos ligados mais outra parte e elas acabam por Porque depois t m autistas t m os s ndromes pronto e n s fisioterapeutas se calhar um autista s se for muito grave que tenha outras consequ ncias mas normalmente mais TO s ou falas por isso Mas sabemos e acompanhamos e estamos presentes e s vezes mexemos tamb m giro Por acaso eu num trabalho anterior com a institui o tive oportunidade de ver que h liga o entre as v rias terapeutas N s n s trabalhamos em equipa 168 Trabalhamos em equipa Temos psicologia assistente social a parte f sica temos TO s Trabalhamos em equipa portanto n s somos uns quantos t cnicos e toda a informa o acaba por passar de uma para a outra sobretudo quando tenho um menino um cliente como n s chamamos que tamb m tem fala ou tamb m tem TO portanto n s as tr s pelo menos as tr s sabemos tudo a respeito daquele mi do portanto o que que est s a fazer o que que a outra E no geral claro que h Se s o uns cinquenta a gente n o vai ter acesso aos cinquenta mi dos porque tamb m dif cil A gente ah e tal aquele pronto mas sim trabalhamos em equipa e fazemos por isso 5 Antes deste projeto j tinha tido contacto com o Lego Mindstorms N o n o nunca 6 Nesse caso vou passar as outras perguntas e pedia lhe que descrevesse os principais problemas motores dos participantes Pronto os
52. a m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es Achei a programa o muito dif cil _ Achei o gui o confuso _ Gostava que o gui o tivesse mais passos interm dios _ Achei dif cil ter de passar a programa o para o NXT rob L N o gostei de errar e ter de voltar a tentar _ Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas L N o Correspondeu mas pouco Correspondeu totalmente Superou as minhas expectativas 4 Se pudesses programar este prot tipo tua vontade programava lo para fazer o qu Justifica Para trabalhar com controlo remoto Porque achei o rob fixe Acho que com o controlo remoto ficava mais fixe 5 Gostavas de programar outros rob s L N o C me indiferente _ Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 157 6 Gostaste de interagir com o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 7 Na tua opini o o Lego Mindstorms podia ser utilizado por outros meninos com paralisia cerebral ligeira Justifica Sim Para os outros meninos tentarem Faro 21 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 158 ANEXO K Respostas do utente C aos question rios 159 QUESTION RIO N 1 Na tua opini o um rob Na minha opini o um rob um conjunto de sistemas programados para executar v rias atividades
53. abalho comunidade educativa e no Festival de Rob tica ocorrido durante a Confer ncia Hands On Science O projeto desenvolvido foi bastante pertinente por permitir identificar estrat gias e reconhecer dificuldades encontradas pelos participantes deste grau de escolaridade 2 6 1 2 Porqu o kit educativo do LEGO Mindstorms Existem diversos tipos de sistemas de rob tica educativa dispon veis no mercado que poderiam ser utilizados neste projeto Tendo em conta os v rios estudos realizados que assinalam boas potencialidades e aceita o deste sistema foi escolhido o kit educativo do LEGO Mindstorms uma vez que pode ser utilizado por pessoas sem quaisquer conhecimentos de eletr nica dado que composto por um sistema muito simples de liga es el tricas atrav s de pe as de encaixe Poucas s o as crian as dos pa ses industrializados que n o tiveram contacto com o sistema LEGO no entanto mesmo aqueles cujo contacto com estes materiais foi menor facilmente se entusiasmam devido liberdade e facilidade que os blocos LEGO lhes oferecem para montar testar e alterar determinadas estruturas O pre o tamb m um fator que naturalmente deve ser levado em considera o pois apesar do valor do kit educativo do LEGO Mindstorms rondar atualmente os 38 quatrocentos euros este de um modo geral inferior aos pre os da maioria dos kits de rob tica educacional existentes Assim sendo e considerando as dificulda
54. adotada a observa o participante artificial uma vez que a observadora n o pertencia mesma comunidade educativa dos participantes Foi necess rio recorrer grava o audiovisual das sess es de modo a captar situa es para an lise posterior que poderiam passar despercebidas Foram tidos em conta todos os aspectos relacionados com quest es ticas nomeadamente a recolha das autoriza es dos respetivos progenitores para a recolha dos dados e muito especificamente a grava o das sess es Cohen e Manion 1990 destacam como vantagens da grava o audiovisual o fato de Proporcionar o registo dos comportamentos atitudes reac es e di logos 48 Garantir maior fiabilidade ao estudo desenvolvido Facultar a revis o repetida das ocorr ncias Ribeiro 2006 4 4 2 Di rio de bordo O di rio de bordo ou notas de campo constitu do pelas notas retiradas pelo investigador ap s as sess es de investiga o De acordo com Bogdan e Biklen 1994 as notas de campo s o a descri o do que o investigador percepciona durante a recolha de dados vide anexo H 4 4 3 Question rios No presente estudo foram aplicados tr s question rios aos utentes vide anexos J e K sendo que o primeiro question rio foi composto por perguntas abertas e foi parcialmente adaptado de Ribeiro 2006 e os restantes question rios tinham quest es abertas e fechadas sendo por isso question rios mistos Para Gil 2009
55. agradecer lhe a sua colabora o Assinala com uma cruz X a s afirma o es correta s 1 Gostaste de montar o rob Detestei N o muito C Mais ou menos E Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a montar o rob Sim muita Sim alguma Sim pouca N o Se respondeste sim quest o 2 por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 147 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es Achei as pe as muito pequenas Tinha de fazer muita for a para encaixar as pe as umas nas outras Tive medo de partir alguma s pe a s Achei o manual de instru es muito complicado E Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas N o Ei Correspondeu mas pouco E Correspondeu totalmente X superou as minhas expectativas 4 Gostavas de criar outros rob s L N o C me indiferente L Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 5 Se pudesses criar um rob tua escolha qual era o rob que criavas Porqu O rob que criava chamaria se Atira Bolas porque eu gostei muito de criar um rob e gostaria de criar outro para brincar comigo e mandar me as bolas para conseguir jogar bola com ele Faro 04 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conch
56. al Ap s o trabalho com os participantes pretendeu se consolidar os dados obtidos atrav s de uma entrevista estandardizada de final aberto fisioterapeuta dada a sua liga o aos participantes e conhecimento das suas dificuldades de modo a apurar as 42 potencialidades do Lego Mindstorms para melhorar a coordena o motora de utentes com PC ligeira Durante a recolha dos dados a investigadora escreveu algumas notas de campo que serviram para complementar os restantes m todos utilizados Bogdan amp Biklen 1994 4 2 Local de estudo Este projeto representa um estudo que revela a intera o de tecnologias da rob tica educacional com pessoas portadoras de paralisia cerebral Para tal contou se com a colabora o do N cleo Regional de Faro da Associa o Portuguesa de Paralisia Cerebral De acordo com a p gina oficial da APPC FARO o N cleo Regional de Faro da APPC uma institui o particular de solidariedade social fundada em 1982 atrav s de um grupo de pais e t cnicos que procuraram dar resposta ao elevado n mero de casos de utentes com PC na regi o Inicialmente a institui o contou com o apoio da C mara Municipal de Faro que cedeu as instala es at 1999 altura em que foi constru da a sede gra as aos apoios da edilidade farense que cedeu o terreno do Programa Operacional Integrar Medida 5 FEDER e do PIDDAC Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administra o Centra
57. alidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o 1 Gostaste de programar o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a programar o rob Sim muita Sim alguma Sim pouca N o Se respondeste sim por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 163 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es _ Achei a programa o muito dif cil _ Achei o gui o confuso _ Gostava que o gui o tivesse mais passos interm dios Achei dif cil ter de passar a programa o para o NXT rob L N o gostei de errar e ter de voltar a tentar Ed Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica Foi um pouco dif cil programar o rob 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas L N o Correspondeu mas pouco Correspondeu totalmente X superou as minhas expectativas 4 Se pudesses programar este prot tipo tua vontade programava lo para fazer o qu Justifica Tudo o que eu lhe pedisse porque assim era como ter um mordomo 5 Gostavas de programar outros rob s N o me indiferente L Gostava um pouco Ed Sim gostava Gostava m
58. alquer artigo publicado que decorra do estudo Na expectativa de uma resposta favor vel subscrevo me com os melhores cumprimentos Cristina Isabel Conchinha 108 ANEXO B Modelo do pedido de autoriza o entregue fisioterapeuta 109 Exma Terapeuta da APPC de Faro Sou professora do Ensino B sico 1 Ciclo e estou a frequentar o Mestrado em Educa o especializa o em TIC e Educa o no Instituto de Educa o da Universidade de Lisboa No mbito do projeto de mestrado estou a realizar uma investiga o intitulada Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral sob a orienta o do Professor Doutor Jo o Filipe Matos O estudo em quest o tem como objetivo principal verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral meu prop sito desenvolver este estudo com utentes dos quais V Exa terapeuta pelo que venho solicitar a sua autoriza o para lhe realizar uma entrevista na ltima das cinco sess es previstas com os utentes participantes Saliento que todos os dados recolhidos ser o utilizados exclusivamente como materiais de trabalho estando garantido o seu total anonimato Na expectativa de uma resposta favor vel subscrevo me com os melhores cumprimentos Cristina Isabel Conchinha 110 ANEXO C Modelo do pedido de autoriza o entregue aos encarregados de educa o dos utentes p
59. anaaeaaa 16 2 A paralisia cerebral oiis iinan a a e saias trata data cafona spas ala patas dass paia dana ic 16 2 1 1 Identifica o das desordens f sicas da paralisia cerebral o 18 2 1 2 Identifica o das desordens ps quicas da paralisia cerebral o 20 2 1 27 1 Desordens dai intelig ncia ssssaessar sessusantanabaraiesotasasaaaiacado olaaa E sobaca santana E 21 21 2 2 Desordens perceptivas acne nn end can 21 2 1 2 3 Desordens COSTINVAS asia por pasibas Castle caDasi pago asso Caso Paso Paso paca Duco Dada a a 22 2 1 3 O desenvolvimento e a paralisia cerebral erereereeeraranaaeaaa 23 2 2 Metodologias de ensino de crian as com paralisia cerebral 23 2 2 1 Aspetos a considerar na interven o com o aluno com PC o 25 2 2 2 Etapas na integra o escolar dos alunos com PC is erreeeeea 25 2 3 O uso das TIC s nas necessidades educativas especiais c ii erereeeeereeeeaaereea 26 24 OsrobOs ea educa o especialistas ainia EEE OEEO ENE 27 2 5 O ambiente construcionista eessseeeessereessrrtssssretsssttesssteesssttetssrtessssteessetiesserteesssteessseeesesttt 30 ZGA TODONICArEdUCAtIVA 2 suo aci E EE EEE NEE a E TE 32 2 6 1 Origem do LEGO Mindst rms preniote eonenn ineton a aaa EEOSE E A EAO REST 34 2 6 1 1 O LEGO Mindstorms na educa o seseeesssssseeeeeessssssssrreessssssssrreessssssssrreessssssssereeessss 37 2 6 1
60. ara a realiza o das sess es e dos question rios 111 Exmo a Senhor a Encarregado a de Educa o Sou professora do Ensino B sico 1 Ciclo e estou a frequentar o Mestrado em Educa o especializa o em TIC e Educa o no Instituto de Educa o da Universidade de Lisboa No mbito do projeto de mestrado estou a realizar uma investiga o intitulada Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral que procura verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral A investiga o ser desenvolvida durante o m s de Julho nas instala es da APPC de Faro tendo j sido autorizada pela respetiva diretora Para o desenvolvimento do projeto prev se que ser o realizadas cinco sess es com a dura o de 60 minutos cada que ser o gravadas em suporte audiovisual para posterior an lise Ser tamb m necess rio recorrer realiza o de tr s question rios aplicados ap s as tr s principais etapas do projeto montagem programa o e intera o com o rob para apurar as aprendizagens efetuadas a opini o dos participantes relativamente a eventuais dificuldades encontradas no desenvolver das sess es e o potencial pedag gico dos rob s em quest o para utentes com paralisia cerebral Para realizar este estudo solicito a sua autoriza o para entregar os question rios e filmar o seu educando Saliento que todos os da
61. articipantes Entrevista estandardizada de final aberto fisioterapeuta dos utentes e Potencialidade do kit educativo do Lego Mindstorms para utentes com PC ligeira e An lise da resposta dos participantes a n vel motor e comportamental Nota Tabela adaptada de Ribeiro 2006 59 5 Descri o do estudo e an lise discuss o dos dados Este cap tulo tem como objetivo real ar e justificar as principais conclus es aferidas pelos resultados recolhidos e desenvolver as reflex es apontadas por esses resultados Bogdan e Biklen 1994 e Coutinho 2011 sugerem que em estudos desta natureza seja realizada uma narrativa objetiva e reflexiva dos dados recolhidos Numa an lise global da informa o obtida podemos inferir algumas conclus es no entanto torna se pertinente conhecer os protagonistas deste projeto 5 1 O utente A O utente A um jovem adolescente com dezasseis anos que frequenta o nono ano de escolaridade e pretende vir a frequentar um curso t cnico profissional na APPC Tem uma hemiparesia no lado esquerdo que sobressai quando o utente est de p pode se dizer em linguagem corrente que o utente coxeia Devido PC ter afetado o seu desenvolvimento cognitivo o utente foi diagnosticado como portador de um ligeiro atraso entre a sua idade real e a idade mental Apesar da sua timidez e falta de auto confian a que acabaram por interferir na sua autonomia o utente mo
62. as atividades desenvolvidas no estudo rrerereeeeeeeeerrrerenaa 53 Al o Var lAVCIS qr atom free ee E EU Eu aba dido de dida Er dn e da d n cd de dei edi ETR 53 A Vari veis independentes rision iaa to Sosaiafoipiaia AAAA soda lainaaiaiaiasalssan o 54 A 7 2 Variaveis Ant rm diaS E es iarti cof UNnOh nLALS E nan CANAS RSS E 55 4 7 3 Vari veis dependentes cceee a a e aeS 55 4 7 4 Vari veis estranha Sorserien ssostni ra nasora EErEE eE EEES EEE SKEN a EEEE SEE ESE RE 56 Ag An lise deidados orreri oeiee ieee EEE E EEEE AEO OEA 58 5 Descri o do estudo e an lise discuss o dos dados eereeeeeeraraaneeeaaa 60 ILO WME A RNP eei SERES ER EP ET CRER PORN NENE PERENE E TE ENE RIR 60 2250 tente CS tr CRU E EA ARA RG E A 62 ISA TISIOLETAPEULA cs sis tias as e aa SUAS aa RR CANSO aa Ta SSD aa Ti A DS aan aa Db aaa 63 DAMAS SESSOES 2 dor atas ni a un noi A N UR SO siga Ena Ana ra SC Ro son anna ana Ai era ESN 63 5 4 1 Primeira e segunda sess o montagem do prot tipo com o utente A 63 5 4 2 Terceira sess o conclus o da montagem do prot tipo com o utente C 66 5 4 3 Quarta sess o introdu o programa o utente C ee 67 5 4 4 Quinta sess o Programa o e intera o com o rob e entre os utentes 69 5 5 An lise dos question rios erra ceeraaanearaanaanaceaananea rar ancarranaanaaeaaa 75 oR I ELO ENS ITKEN LE ATE E
63. assist ncia Cook Encarna o e Adams 2010 recorreram a rob s dispon veis comercialmente tais como o Lego Mindstorms e o Rhino com o intuito de avaliar a rela o pre o e potencialidade e sobretudo a sua usabilidade como rob s de assist ncia potencializadores de aprendizagens interatividade e desenvolvimento cognitivo e comunicacional de crian as com defici ncia Os investigadores conclu ram que as crian as para al m de terem apreciado a experi ncia tamb m encontraram nos prot tipos uma ferramenta vers til propiciadora de oportunidades de reabilita o aprendizagem e desenvolvimento cognitivo Druin e Hendler 2000 descreveram quatro prot tipos robotizados especialmente constru dos para crian as e fizeram algumas sugest es para a explora o dos prot tipos em ambiente educativo Plaisant et al 2000 desenvolveram metodologias de reabilita o de crian as com necessidades especiais recorrendo aos blocos LEGO para construir rob s PETS O projeto Kid s Club do departamento de ci ncias de computa o da universidade de Joensuu na Finl ndia outro exemplo de sucesso da utiliza o das TIC e rob s com jovens entre os 10 e os 17 anos e investigadores da pr pria universidade De acordo com Ki rn Lin et al 2006 o principal objetivo deste projeto de pesquisa passou por encontrar e desenvolver solu es tecnol gicas que suportem o processo de 29 aprendizagem de estudantes
64. ategoriza o das VAM VEIS sines rias ren ita Tas oo datada ADIA dan aaa 57 Tabela 4 Instrumentos de recolha de dados vs categorias de an lise 59 Tabela 5 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 1 75 Tabela 6 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 2 76 Tabela 7 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 3 76 Tabela 8 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 4 T1 Tabela 9 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 5 77 Tabela 10 Resposta dos utentes ao primeiro question rio Quest o n 6 78 Tabela 11 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 1 78 11 Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16 Tabela 17 Tabela 18 Tabela 19 Tabela 20 Tabela 21 Tabela 22 Tabela 23 Tabela 24 Tabela 25 Tabela 26 Resposta dos utentes ao segundo question rio Resposta dos utentes ao segundo question rio Resposta dos utentes ao segundo question rio Resposta dos utentes ao segundo question rio Resposta dos utentes ao segundo question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Resposta dos utentes ao terceiro question rio Resposta dos utentes
65. cias Maia et al 2008 O uso de ambientes que envolvem rob s de acordo com o ponto de vista dos estudantes pode ser muito motivador e a sua utiliza o pode promover uma excelente oportunidade para recolha de dados acerca do modo de pensar dos estudantes Ricca Lulis amp Bade 2006 Maia et al 2008 referem que para Bagnall 2007 estas caracter sticas tornam a rob tica uma ferramenta eficaz no desenvolvimento de atividades que envolvam a cria o projeto e planeamento favorecendo assim o processo de ensino aprendizagem e aumentando a intera o entre as diferentes reas de conhecimento Sem esquecer que depende do professor a implementa o e intera o destes conceitos na educa o Com o desenvolvimento do ambiente LOGO pesquisadores e a ind stria desenvolveram um conjunto de Kits para a constru o de rob s Chella 1993 Em meados da d cada de 80 um grupo de investigadores na rea da educa o iniciou uma colabora o com o grupo LEGO Combinando t cnicas de produ o LEGO com a linguagem de programa o LOGO criaram o sistema LEGO LOGO onde a crian a pode construir v rios mecanismos e controlar os seus movimentos ligando os mecanismos criados a uma caixa de interface Druin amp Hendler 2000 33 Alguns exemplos destes Kits para a rob tica s o os produtos LEGO Dacta e LEGO Cybermaster da empresa LEGO e o CoachLab produzido pela Funda o CMA Centre for Microcomputer Applications Mais r
66. cio por ficar preso ao cabo quando girava sobre si mesmo O utente mostrou tamb m dificuldade em posicionar corretamente o rob dada a exig ncia do exerc cio que exigia que o rob fosse colocado de frente para a bola quase a tocar no suporte da mesma e numa linha reta em rela o ao suporte A bola tamb m devia ficar ao alcance do bra o mec nico do rob Em compensa o o utente C mostrou se sempre motivado e ansioso por encontrar os par metros certos que permitissem ao rob efetuar o exerc cio sem falhas E se inicialmente o utente alterava os par metros de maneira quase insignificante dando pequenos passos o que dificultava a resolu o do exerc cio gradualmente e ap s sugest o e alguma insist ncia da investigadora o utente C come ou a espa ar mais os valores de modo a encontrar o meio termo por exemplo imagine se que o par metro 142 correto para determinado movimento 2 45 e o utente come ou com o valor 1 0 O utente C come ava a aumentar gradualmente os par metros para 1 05 1 1 1 15 1 2 e assim sucessivamente quando a maneira mais f cil de encontrar o valor certo nesse caso seria iniciar no valor 1 0 e posteriormente tentar o valor 2 0 3 0 Para que quando chegasse ao 3 0 e verificasse que o rob tinha andado demasiado nessa direc o conclu sse que se 2 0 era insuficiente e 3 0 demasiado ent o talvez o 2 5 fosse o par metro mais aproximado e a partir da fazer outros ajustes que lhe
67. coisa diferente e uma coisa que eles depois acabam Por aquilo que eu vi eles entusiasmam se interessam se e diferente Outra vez outra vez ali n o Olha agora neste per odo 15 dias ou um m s vai ser uma coisa diferente e eles j sabem Acho que sim Acho 9 Se pudesse fazer altera es no kit educativo do Lego Mindstorms que altera es faria perspetivando a sua utiliza o por utentes com PC ligeira Por exemplo por altera es refiro me ao tamanho das pe as Ah sim sim sim sim sim quantidade de pe as necess rias isso tudo Ah pronto Isto depois vai depender do n mero de sess es que tiver que apresentar n o 175 Obviamente que se disser duas sess es numa hora e construir este Lego tal Ah pois at podem no fazer mas n o f cil Agora depende do n mero de sess es Vai depender Eu aquilo que eu vi foi o primeiro contacto que tive se calhar para alguns depende O tamanho das pe as se calhar maiorzinhas Se calhar para outros est bom Pequeninas maiores portanto vai haver ali Porque para uns l est uns est o mais afetados no membro superior depois t m de ajudar e dif cil n o E se for uma pe a maior portanto j n o t m de ir t o minuciosamente mexer na pe a Porque coisinhas assim a entrevistada fez um gesto com as m os a indicar pe as pequenas ou coisinhas assim a entrevistada fez um gesto com as m os a indicar pe as maiores
68. com necessidades individuais e assim estudar o impacto desta tecnologia na aprendizagem e ensino especial Miyamoto Lee Fujii Michio e Okada Robins Dautenhahn e Dubowski 2006 Robins Dautenhahn Boekhorst e Billard 2004 e Werry e Dautenhahn 1999 aprofundaram a intera o de mecanismos robotizados e da sua potencialidade terap utica na aprendizagem e desenvolvimento de crian as com autismo De acordo com Jesus 2009 a possibilidade de simular a express o de emo es b sicas de forma repetitiva e previs vel pode fornecer boas oportunidades de aprendizagem Barbosa 2009 No entanto em Portugal escassa a investiga o nesta rea e poucos estudos foram encontrados com crian as ou adultos com paralisia cerebral Foi identificado um grupo de investiga o na Universidade do Algarve que realizou um estudo sobre o uso da tecnologia de comunica o e informa o com utentes com esta defici ncia Condado 2009 n o obstante este estudo foca se no desenvolvimento da intera o da linguagem Foi desenvolvido um outro estudo com utentes com PC na mesma universidade que visou o desenvolvimento dispositivos robotizados que realizam pequenas tarefas b sicas do quotidiano como abrir e fechar portas acender e apagar luzes e ou ligar o ar condicionado num ambiente inteligente Norte et al 2005 2 5 O ambiente construcionista Segundo o psic logo su o Jean Piaget 1896 1990 a aprendizagem definida como um proce
69. culdades com as quais estes utentes se poder o deparar no desenvolvimento das tarefas propostas Por fim pretende se compreender se a utiliza o de artefatos robotizados como o Lego Mindstorms pode ser recomendada como ferramenta de aprendizagem e utilizada por escolas e institui es que apoiam indiv duos com PC e assim identificar se o recurso a estes artefatos melhora a concentra o e o interesse destes sujeitos atrav s da aprendizagem adquirida pela montagem programa o e intera o com os rob s 1 2 Motiva es e relev ncia do estudo A utiliza o de robots como ferramenta de apoio no ensino regular est relativamente bem divulgada na escola atual No que concerne ao ensino especial foram encontrados alguns estudos acerca da utiliza o da tecnologia robotizada com crian as do primeiro ciclo Ribeiro 2006 e na reabilita o pedi trica principalmente em crian as autistas Dautenhahn amp Billard 2002 Plaisant et al 2000 Robins Dickerson Stribling amp Dautenhahn 2004 Werry amp Dautenhahn 1999 No entanto e no que respeita intera o destas tecnologias com crian as portadoras de paralisia cerebral n o foram encontrados estudos na literatura em geral tendo se encontrado estudos que visam a reabilita o de crian as com PC Ketelaar Vermeer Hart Beek amp Helders 2001 estudos que procuraram adaptar determinadas tecnologias para serem utilizadas por utentes com PC Condado 2009 Kwee am
70. culta o Julgamento Assim sendo o baixo quociente de intelig ncia encontrado em crian as com PC pode dever se sua inabilidade de processar o que v em ou de executar o que querem Valente 1983 2 1 2 2 Desordens perceptivas Uma vez que a percep o vista como a base para o futuro do desenvolvimento cognitivo tem se vindo a desenvolver m todos que estabelecem determinados fatores no funcionamento perceptivo das crian as Componentes como a percep o das figuras de fundo percep o auditiva rela o e posi o espacial t m sido identificados como elementos distintos A literatura acerca da percep o na paralisia cerebral indica que estes 21 indiv duos possuem desordens perceptivas envolvendo todas estas modalidades sensoriais Abercombrie 1964 citado por Valente 1983 Uma vez que as desordens intelectuais nas crian as com PC n o podem ser atribu das somente s suas incapacidades visio motoras diversos estudos t m sido levados a cabo para investigar como as suas limita es afetam a natureza perceptiva No entanto os resultados demonstram uma fraca performance destas crian as na realiza o de tarefas visio motores e visio perceptivas indicando que este resultado n o pode ser visto apenas como uma inabilidade para registar informa es mas como uma limita o das suas capacidades de processar estas informa es Desse modo devemos analisar e considerar as suas fun es cognitivas e aprofundar m
71. de b sica come a para que se possam incluir as crian as com NEE no ensino regular No caso de limita es como a Paralisa Cerebral PC o processo de ensino e aprendizagem quer no ensino regular quer no ensino especial complexo e deve ser organizado e estruturado de forma a privilegiar o desenvolvimento geral da crian a ou jovem Gra as gama diversificada de meios tecnol gicos de que dispomos atualmente as limita es e as dificuldades dos portadores de PC t m se vindo a atenuar Condado 2009 Mas apesar de existirem diversos estudos acerca da utiliza o das TIC em geral e estudos sobre a utiliza o de artefatos robotizados em particular s o escassos os estudos sobre a efic cia da rob tica educativa com utentes com PC pelo que este estudo pretende verificar se a utiliza o do kit educativo do Lego Mindstorms pode propiciar novas aprendizagens e potenciar melhorias ao n vel da motiva o desempenho motricidade e intera o de utentes com PC ligeira 1 1 Problema objetivos e quest es de investiga o O presente projeto foi realizado no mbito do mestrado em Educa o na variante de TIC e Educa o e tem por objetivo principal analisar a intera o de utentes portadores de PC ligeira face utiliza o de instrumentos robotizados 14 Os participantes do estudo possuem problemas espec ficos como consequ ncia da paralisia cerebral pelo que ser necess rio identificar eventuais difi
72. de dois tipos de desordens de movimento por exemplo esp stica e atet ide ao mesmo tempo Valente 1983 Para Schwartzman 2004 a associa o entre a Atet sica e a Esp stica a mais comum Ferreira 2007 Como refere Valente 1983 a classifica o cl nica da PC baseia se complementarmente na localiza o da disfun o motora Dependendo da distribui o das partes do corpo afetadas o utente ter 19 Tetraparesia les o medular incompleta na cervical Como incompleta o utente com PC possui algumas sensa es ou controle dos bra os e pernas Monoparesia quando s afetado um membro Dipl gica envolve duas extremidades superiores ou inferiores Hemiparesia ou hemipl gica paralesia ligeira e ou perda de for a muscular das duas extremidades de um dos lados do corpo direito ou esquerdo Tripl gica ocorre raramente e verifica se quando tr s extremidades s o afetadas Quadripl gica as quatro extremidades s o afetadas Diparesia ocorre quando os membros inferiores s o os mais afetados n o obstante os membros superiores tamb m podem estar afetados mas em menor grau O grau de associa o classificado como suave quando os movimentos finos s o afetados moderados quando afeta os movimentos grossos e finos permitindo que o utente desempenhe as atividades quotidianas e severa caracterizada pela inabilidade na performance adequada das atividades di rias como andar vestir se
73. dente no decorrer do estudo Almeida amp Freire 2008 Lakatos amp Marconi 2001 Rodrigues 2007 55 A sua classifica o como vari vel dependente ou independente depende do problema em estudo pelo que uma vari vel pode ser considerada independente numa pesquisa e dependente noutra Rodrigues 2007 Consideraram se vari veis dependentes neste projeto as aprendizagens adquiridas a motiva o a participa o e o desempenho dos utentes e as melhorias alcan adas Atrav s da coopera o entre os utentes pretende se obter melhorias relativamente s interac es sociais 4 7 4 Vari veis estranhas S o aquelas que s o alheias ao estudo mas que influenciam os resultados da vari vel dependente Almeida amp Freire 2008 Procurou se controlar as vari veis estranhas atrav s da sequencializa o dos exerc cios ter aten o para aumentar gradativamente o grau de dificuldade e do vocabul rio utilizado testado por exemplo na pr testagem dos inqu ritos n o obstante houve vari veis que n o se conseguiram controlar como por exemplo a aus ncia do utente B e o desinteresse demonstrado na ltima sess o pelo utente A 56 Tabela 3 Categoriza o das vari veis Vari veis Vari veis interm dias Vari veis Vari veis independentes dependentes estranhas M todo de ensino Pr ticas utilizadas Participa o e Desmotiva o vari vel Explica e trabalha desempenho
74. des financeiras da maioria das escolas e institui es e a falta de financiamentos externos esta op o assegura uma boa rela o qualidade pre o desempenho esperado No entanto podem se encontrar alguns obst culos em adequar o kit s necessidades educativas especiais dos utentes com PC com maior dificuldade em manusear pe as de menores dimens es 3 Problema objetivos e quest es de investiga o 3 1 Problema Face contextualiza o apresentada levanta se o problema de investigar se o Lego Mindstorms pode ser um recurso pedag gico til e vi vel para indiv duos com paralisia cerebral ligeira Apesar de existirem alguns estudos sobre a utiliza o de artefatos robotizados por utentes com NEE n o existem muitos estudos significativos sobre as potencialidades e poss veis dificuldades na utiliza o do Lego Mindstorms com adolescentes com limita es motoras devido paralisia cerebral Neste quadro questiona se se com o avan o das TIC s e a sua utiliza o na Educa o o LEGO Mindstorms poder ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com determinadas patologias 3 2 Objetivos do estudo De acordo com Condado 2009 o estudo de suportes alternativos que facilitem a intera o de portadores de necessidades especiais auxilia o desenvolvimento das sociedades em que estes se inserem Como referido anteriormente foram v rios os estudos 39 que recorreram s TIC como a rob tic
75. dos recolhidos ser o usados exclusivamente como materiais de trabalho estando garantida a total privacidade e anonimato dos participantes Manifesto ainda a minha inteira disponibilidade para prestar qualquer esclarecimento que considere necess rio Na expectativa de uma resposta favor vel subscrevo me com os melhores cumprimentos A professora Cristina Isabel Conchinha Marc o AUTORIZA O Eu encarregado a de educa o de autorizo a sua participa o no projeto de investiga o Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral e que a Professora Cristina Isabel Conchinha Marc o grave em suporte audiovisual as sess es em que o meu educando participa e entregue tr s question rios ao meu educando O a encarregado a de educa o 112 ANEXO D Question rios aos utentes 113 QUESTION RIO N 1 CONHECIMENTOS E EXPECTATIVAS 1 Na tua opini o um rob 2 J interagiste com algum rob 3 Como achas que se constr i um rob 4 J alguma vez montaste um rob 5 Como pensas que se programa um rob 6 Quais s o as tuas expectativas relativamente montagem e programa o de um rob Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha Question rio parcialmente adaptado de Ribeiro 2006 114 QUESTION RIO N 2 MONTAGEM DO ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o L
76. e evolu o das suas no es do que um rob e do que podem criar com o kit educativo do Lego Mindstorms verifica se que o utente A gostaria de vir a montar o prot tipo robotizado de um human ide sendo que o utente C revelou alguma confus o relativamente s expectativas do kit ao referir que gostaria de criar um rob capaz de executar todas as suas ordens tabela n 16 Tabela 16 Resposta dos utentes ao segundo question rio Quest o n 5 Se pudesses criar um rob tua escolha qual era o rob que criavas Porqu Utente Respostas A Era um boneco de um rob C Um rob criado para fazer tudo o que eu dissesse Quando inquiridos acerca da programa o e intera o com o rob os dois utentes afirmaram ter gostado muito de programar o rob tabela n 17 apesar da dificuldade sentida tabelas n 18 e 19 No entanto e apesar das respostas dadas a investigadora verificou o utente A estava distra do e pouco motivado para a programa o deixando que o utente C desempenhasse um papel mais ativo e remetendo se para segundo plano Tabela 17 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 1 Gostaste de programar o rob Utente Respostas A Gostei muito C Gostei muito Tabela 18 Resposta dos utentes ao terceiro question rio Quest o n 2 Sentiste dificuldade a programar o rob Utente Respostas A Sim pouca C Sim
77. e O kit educativo da lego disp e de 437 pe as entre as quais o NXT 3 servo motores um sensor de ultra som um sensor de cores e dois sensores de toque Figura 3 Figura 4 As Figura 7 e Gra as s pe as lego o Lego Mindstorms permite construir uma infinidade de prot tipos robotizados sendo por isso muito apreciado por crian as e adultos 125 Exemplos de rob s soproueumk STBUIUY Figura 10 126 quinas M Figura 11 Carros Figura 12 127 O software NXT 2 0 Refer ncia bibliogr fica J nior Jerry 2011 Lego Mindstorms NXT 2 0 for teens Boston Course Tecnology a part of Cencage Learning Refer ncia das figuras Figurasl 3 5 6 e 7 retiradas de http www active robots com products mindstorms4schools nxt accessories shtml a 10 de Julho de 2011 Figuras 2 9 10 e 12 retiradas de http www metlin org 2006 09 06 lego mindstorms a 10 de Julho de 2011 128 Figura 4 retirada de http www mooreed com au tabs asp DokumentID 128 amp MenulD 2 amp kKategoriID 1 amp ProductLineID 6 a 10 de Julho de 2011 Figura 8 retirada de http www handsontech co za Specials html a 10 de Julho de 2011 Figura 11 retirada de http www electricbricks com lego educativo mindstorms 9648 conjunto recursos nxt lego education p 249 html a 10 de Julho de 2011 Figura 13 retirada d
78. e Silva e Menezes 2001 um question rio consiste numa t cnica de investiga o constitu da por um conjunto de perguntas apresentadas normalmente por escrito Visa apurar informa es concretas de um grupo representativo da popula o em an lise O question rio deve ser objetivo e ter instru es que esclare am os seus objetivos saliente a pertin ncia da participa o do inquirido e facilite o preenchimento Os question rios dividem se em question rios abertos fechados ou mistos O question rio do tipo aberto recorre a quest es abertas ou seja quest es em que o inquirido pode opinar sem estar restringido a op es pr determinadas 49 O question rio fechado constitu do por perguntas fechadas em que o inquirido convidado a escolher a op o de entre as op es apresentadas por quem construiu o question rio que mais se adequa sua situa o Os question rios do tipo misto apresentam quest es abertas e quest es fechadas 4 4 3 1 Pr testagem do question rio De acordo com Gil 2009 e Remoaldo 2008 a pr testagem deve ser concretizada antes de se apresentar o question rio final e tem como objetivo aferir a qualidade do question rio no seu todo e esclarecer algumas quest es nomeadamente Verificar a poss vel ambiguidade das quest es Confirmar a pertin ncia extens o forma e posicionamento das quest es apresentadas Aferir se os inquiridos tiveram dificuldades para responde
79. e deles a responsabilidade de acabar de coiso de eles terem de vir c o que tamb m acaba por ser uma responsabilidade O estarem a construir a pensar como que vamos fazer as estrat gias que t m de tomar Portanto isso desenvolve muito n o Isso s o coisas que desenvolvem muito e que s o muito interessantes para eles Comportamental porque est o juntos t m de respeitar o outro A competitividade tamb m acaba por ser E depois a realiza o final que tamb m isso muito bom n o N s pensamos conseguimos custou tive dificuldades n o sei qu mas consegui chegar ao fim e conseguimos ver aquilo que a gente construiu gir ssimo Acho que sim Acho que muito interessante Em termos de auto estima como referiu agora acha que o facto de eles terem acesso na institui o a um projeto que outros meninos l fora provavelmente n o t m faz com que eles se sintam um pouco mais Eu acho que depende muito da crian a que temos frente Ser s aqui na escola ou em casa Depende muito do valor que d o aquilo Vai depender muito do interesse deles da pessoa Eles at podem pensar ah mais uma coisa por exemplo Depois para eles s mais uma coisa Ou ent o podem encarar aquilo de outra forma n o O utente C por exemplo O utente C de certeza de certeza que ele foi para a escola e disse olha eu fiz assim e assim Olha eu hoje constru um rob sabes E depois fu
80. e encaixe das pe as Ap s estes avisos iniciais o utente come ou a construir o prot tipo com mais desenvoltura no entanto dava sinais de falta de confian a uma vez que olhava sempre para a investigadora na altura de escolher as pe as e de as colocar nas posi es devidas 133 Ao fim de um minuto o utente j mostrava confian a no encaixe das pe as mas demorou ainda algum tempo a acertar com os tamanhos das mesmas tendo apanhado algumas vezes pe as de tamanhos id nticos e por vezes a mesma pe a O utente ultrapassou rapidamente os obst culos e inseguran as iniciais tendo se tornado significativamente mais aut nomo com o decorrer da sess o sendo que a meio da sess o j dizia orgulhoso que acertava nas pe as primeira Pr ximo do t rmino da sess o verificou se que o modelo constru do pelo utente n o correspondia totalmente ao modelo ilustrado no manual pelo que a investigadora teve de ajudar o utente a identificar e corrigir o erro Ap s o final da sess o a investigadora ficou com receio de ter ajudado demasiado o utente uma vez que um dos objetivos visa exatamente o aumento da autonomia do mesmo no entanto com o decorrer da sess o o utente foi se tornando gradativamente mais aut nomo e confiante n o deixando no entanto de olhar constantemente para a investigadora como que a solicitar a confirma o das suas escolhas Durante toda a sess o n o foram detetadas quaisquer dificuldades do utente em
81. e http jogos3ds com lego mindstorms 7086 lego mindstorms light sensor9844 5702014496217 html a 10 de Julho de 2011 129 ANEXO G Gui o de atividades programa o 130 1 parte teste de apuramento para corrida de autom vel 1 1 Programar o rob para dar 5 passos em frente 1 2 Programar o rob para dar 1 volta para a direita 1 3 Programar o rob para dar 4 passos 4 para tr s 1 4 Programar o rob para dar 2 voltas para a esquerda 1 5 Programar o rob para dar 6 passos em frente 3 voltas para a direita e 3 passos para tr s 2 Colocar o sensor de ultra som no prot tipo 2 1 Programar o rob para avan ar 5 passos em frente quando for dado o sinal 3 Montar o sensor de luz na parte dianteira do carro 3 1 Programa o prot tipo para seguir a trajet ria criada atrav s da linha preta 4 Fazer as altera es necess rias para que o rob percorra o trajeto no menor tempo poss vel 2 parte Jogador de golfe 1 Construir o bra o do rob e o suporte da bola 1 1 Colocar o prot tipo em frente da bola e com o bra o mec nico em posi o de bater na bola 1 2 Programar o rob de modo a recuar 5 passos dar uma volta para a esquerda uma volta para a direita avan ar at ao suporte com a bola e bater na bola Bom trabalho 131 ANEXO H Di rio de bordo da investigadora 132 1 Sess o A primeira sess o estava agendada para as
82. e pensam entre aspas as pessoas s o deficientes e n o s o Exato Eles t m Eles est o incapacitados A parte motora Est o presos muitos deles n o Mas n o nenhuma defici ncia uma incapacidade e a pessoa ah vais para ali ou precisas de ir para ali e n o v em isto de outra maneira e importante ver isto tamb m de fora Porque s n s a mostrar para fora tamb m dif cil n o 180 As pessoas tamb m que t m de perceber que isto n o Que h outros mi dos que tamb m t m muita capacidade e que e que pronto n o conseguem Mas Isto Educar a sociedade N o f cil Sem d vida Muito obrigada por todo o trabalho Obrigada n s Gost mos Gost mos de ter c os mi dos E eu gostei imenso e pronto do que participei tamb m gostei Gostei de os ver Gostei muito de os ver A intera o dos dois que n o foi a esperada porque pelos motivos que j disse mas mas sim Acho que houve e eles entusiasmaram se e eles disseram Porque eu perguntei se gostaram e eles disseram que adoraram e porque l est diferente e v m aqui Acho que sim Acho que foi muito giro Foi pouquinho tempo Era giro se fosse mais tempo n o Depois tamb m uma fase em que fim de aulas e muitos Pronto O utente A ainda vinha as sess es decorreram no hor rio da fisioterapia do utente mas o utente C depois foi aquela quest o de ele
83. ecentemente a empresa LEGO criou o LEGO Mindstorms que permite realizar um programa no computador que depois de transferido para o rob o torna aut nomo Softwares como o Robolab e NXT G apresentam uma interface gr fica com cones representando sensores motores cabos entre outros A atividade de programar significa ligar os diversos componentes que originam o rob de acordo com uma l gica pr estabelecida Chella 1993 2 6 1 Origem do LEGO Mindstorms J nior 2011 e Teixeira 2006 referem que o Robotics Invention System RIS foi apresentado em 1998 a partir de uma parceria entre o MIT e a empresa dinamarquesa Lego O RIS um programa de computador que permite que os utilizadores projetem programem e construam os seus pr prios rob s de um modo simples e flex vel Ricca et al 2006 N o obstante a sua apresenta o em 1998 a primeira vers o do Lego Mindstorms NXT s foi colocada venda em 2006 Seguida em 2009 da segunda e atual gera o comercializada com o nome Lego Mindstorms NXT 2 0 J nior 2011 O nome Mindstorms teve origem no livro Mindstorms Children Computers and Powerful Ideas J nior 2011 de Seymour Papert parceiro da Lego na constru o dos artefatos robotizados Tempestade Cerebral Crian as Computadores e Ideias Poderosas 34 De acordo com o mesmo autor o NXT para al m de ser o nome dado linguagem de programa o serve tamb m para designar o c reb
84. ecnologias como meio de produ o de conhecimento Bortolozzo Cantani amp Alcantara 2006 e muitos n o s o capazes de utilizar as tecnologias de um modo cr tico dando um novo significado ao seu uso e favorecendo a inclus o do aluno no mundo tecnol gico A sua utiliza o como mera ferramenta complementar da aprendizagem e n o como um meio de auxiliar o aluno na constru o do seu pr prio conhecimento impede a sua plena consolida o como m todo de ensino Curcio 2008 O problema agrava se quando nos referimos educa o especial Segundo Zulian e Freitas 2000 o computador um meio de atrair escola o aluno com necessidades educativas especiais pois medida que o aluno contacta com este equipamento consegue 26 abstrair se do seu redor e focar se na aplicabilidade permitindo se a construir o seu conhecimento atrav s da tentativa e erro Bortolozzo Cantani amp Alcantara 2006 Se para Papert 1994 o computador uma ferramenta de trabalho com o qual o professor pode utilizar diversos cen rios de ensino e aprendizagem Para Valente 1983 o computador representa um caderno eletr nico para o deficiente f sico uma ponte entre o concreto e o abstrato para o deficiente auditivo um integrador do conhecimento para o deficiente visual um mediador da intera o realidade para o autista e um objeto desafiador das capacidades intelectuais para o utente com d fice mental Mas por quest es econ micas
85. eeeeessssssseeetesrsssssrereesssssssrrresssssssserreessssssssreeesesso 184 Ptot tip Montado pelos utent S aspiri isois ririri ios a ar a EEE N E EEEE NEE NN A A A 186 Programa o realizada pelos utentes erre ceeeraaneeeraaacareaaacareaaaanaaeaaa 188 Mapa Concetlal aaa aaa pda asas Lorata pari ie ea iss a ETS 190 10 NDICE DE FIGURAS Figura 1 O NXT a unidade de controlo do sistema Lego Mindstorms 35 Figura 2 O servomotor InteralivO ss 2usessadlaa Vas rEsdA Ra GARRAS DRE TUAS EE GRSA DS ganda 35 Figura 3 Ilustra o dos SensOreN Elas SL a ASAE CAS DRE Dadas 36 Figura 4 O kit educativo do Lego Mindstorms ciiiiiiii iii 36 Figura 5 O prot tipo robotizado a seguir o trajeto realizado pelo utente C 187 Figura 6 O prot tipo robotizado a efetuar o exerc cio 1 2 2 parte 187 Figura 7 Comando de programa o para o rob avan ar 5 passos 189 Figura 8 Programa o para que o rob percorra a trajet ria indicada pela linha preta 189 Figura 9 Programa o para que o prot tipo execute o exerc cio 1 2 2 parte 189 Figura 10 Mapa Conceptual usas ita esa as nes ESA Sra NC OD UR RAR Coal 191 Tabela 1 Condicionantes do quadro cl nico do utente A iiiiiiiiiiiii 45 Tabela 2 Estrutura das atividades desenvolvidas no projeto ciciiiiiiiiiiii 53 Tabela 3 C
86. ego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o Assinala com uma cruz X a s afirma o es correta s 1 Gostaste de montar o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a montar o rob Sim muita Sim alguma C Sim pouca N o Se respondeste sim quest o 2 por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 115 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es Achei as pe as muito pequenas Tinha de fazer muita for a para encaixar as pe as umas nas outras _ Tive medo de partir alguma s pe a s Achei o manual de instru es muito complicado L Achei a tarefa aborrecida E Outra s Especifica 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas LJ n o Correspondeu mas pouco Correspondeu totalmente L Superou as minhas expectativas 4 Gostavas de cria
87. elhor as suas habilidades de conhecimento e aprendizagem Valente 1983 2 1 2 3 Desordens cognitivas De acordo com a teoria de Piaget 1977 o desenvolvimento intelectual das crian as d se progressivamente constru do a partir do desenvolvimento adquirido em fases anteriores Os dois primeiros anos de vida s o a fase em que as crian as modificam automaticamente os comportamentos essenciais tornando os comportamentos mais complexos e inteligentes Com base neste conceito v rias hip teses foram confirmadas atrav s de uma s rie de estudos com crian as privadas da capacidade motriz e sensorial e os resultados indicaram que al m dos fatores neurol gicos experi ncias sens rio motoras s o tamb m um importante fator no desenvolvimento de determinados aspetos da habilidade intelectual das crian as com PC Valente 1983 Se as desordens cognitivas encontradas nestas crian as dependerem de uma experi ncia sens rio motora disfuncional o desenvolvimento das suas fun es cognitivas 22 devem ser beneficiadas por programas educacionais destinados a fornecer os meios para uma maior intera o com o meio ambiente Valente 1983 2 1 3 O desenvolvimento e a paralisia cerebral Segundo Teixeira 2006 o desenvolvimento um processo onde a matura o neurol gica interage com as condi es ambientais externas Como consequ ncia de todas as disfun es motoras aliado a um desenvolvimento cognitivo e psicossocial deficie
88. elligent Robotics Systems Coimbra Portugal 20 23p Consultado a 01 de Junho de 2011 atrav s de http www gel usherbrooke ca crj Documentation sirsfin pdf Refer ncias das figuras Figurasl 2 3 e 4 retiradas de http www active robots com products mindstorms4schools nxt accessories shtml a 10 de Julho de 2011 105 ANEXOS 106 ANEXO A Modelo do pedido de autoriza o entregue diretora da institui o para a realiza o das sess es nas instala es da institui o 107 Exma Diretora da APPC de Faro Sou professora do Ensino B sico 1 Ciclo e estou a frequentar o Mestrado em Educa o especializa o em TIC e Educa o no Instituto de Educa o da Universidade de Lisboa No mbito do projeto de mestrado estou a realizar uma investiga o intitulada Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral sob a orienta o do Professor Doutor Jo o Filipe Matos O estudo em quest o tem como objetivo principal verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral meu prop sito desenvolver este estudo na institui o da qual V Exa a diretora pelo que venho solicitar a sua autoriza o para proceder investiga o acima citada nas instala es da APPC de Faro No mbito da investiga o comprometo me a garantir o anonimato da terapeuta envolvida e dos utentes participantes no projeto e em qu
89. entes s o o efeito e definem se durante a formula o de hip teses Amaral et al 2009 e Rodrigues 2007 definem vari vel como uma propriedade mut vel que pode ser observada quantificada e sofrer altera es quando o investigador altera as condi es de investiga o De acordo com Almeida e Freire 2008 frequente encontrar se dois modelos tradicionais na investiga o em educa o nomeadamente o modelo experimental e o correlacional Segundo os mesmos autores o modelo experimental centra se nas vari veis de ocorr ncia de um organismo por exemplo o meio e o tipo de organismo e o correlacional procura quantificar e relacionar as dimens es psicol gicas Assim sendo podem se considerar vari veis o desempenho a habilidade motora e a idade entre outros sendo que as vari veis que interferem no objeto do estudo devem ser controladas para n o comprometer ou invalidar a investiga o Mattos Adriano amp Shelly 2004 e todas as vari veis devem ser avaliadas por m todos qualitativos quantitativos ou mistos Almeida amp Freire 2008 4 7 1 Vari veis independentes Sendo a vari vel a altera o de cada tipo de dado pesquisado Rodrigues 2007 as vari veis independentes n o dependem dos procedimentos utilizados durante a investiga o tendo no entanto o poder de a influenciar ao serem manipuladas Amaral et al 2009 Consideram se vari veis independentes as que influenciam determinam
90. epositorium sdum uminho pt bitstream 1822 9600 1 Gwp Educ nl 6 net pdf 102 Resnick M Martin F Sargent R amp Silverman B 1996 Programmable bricks toys to think with IBM Systems Journal 35 3 4 443 452 Consultado a 02 de Junho de 2011 atrav s de http cs wellesley edu rds rds02 handouts ToystoThink With pdf Ribeiro C 2006 Rob Carochinha Um Estudo Qualitativo sobre a Rob tica Educativa no 1 ciclo do Ensino B sico Consultado a 10 de Junho de 2011 atrav s de http repositorium sdum uminho pt bitstream 1822 6352 2 teseRoboticaCeliari beiroFinal pdf Ricca B Lulis E amp Bade D 2006 LEGO Mindstorms and the growth of critical thinking Press 6 Robins B Dautenhahn K amp Dubowski J 2006 Does appearance matter in the interaction of children with autism with a humanoid robot Consultado a 19 de Maio de 2010 atrav s de http tilar groups et byu net robins pdf Robins B Dautenhahn L Boekhorst R amp Billard A 2004 Effects of repeated exposure to a humanoid robot on children with autism Consultado a 19 de Maio de 2010 atrav s de http homepages feis herts ac uk comgkd CWUAAT2003 pdf Robins B Dickerson P Stribling P amp Dautenhahn K 2004 Robot mediated joint attention in children with autism a case study in a robot human interaction Interact Studies 5 161 198p Consultado a 19 de Maio de 2010 atrav s de 103 http citeseerx ist psu ed
91. estas tecnologias nem sempre est o ao alcance dos portadores de defici ncias pelo que pertinente estudar adaptar e dispor s suas necessidades espec ficas novos meios de contribui o das TIC para a uma melhor integra o no sistema educativo e na sociedade Condado 2009 neste contexto que a rob tica educativa pode dar a sua contribui o 2 4 Os rob s e a educa o especial Existem diversos estudos que recorrem rob tica como ferramenta de ensino e aprendizagem no entanto esta ferramenta raramente utilizada na educa o especial K rn Lin et al 2006 No passado muita literatura descreveu o uso de bonecos como ferramenta educacional terap utica e social White e Allers 1994 Vidler 1972 Currant 1985 Carter 1987 e Caputo 1993 citado por Paisant et al 2000 promovendo uma maior comunica o expressiva em crian as com problemas emocionais comportamentais ou 27 acad micos Atualmente a tecnologia pode facilitar o modo destas crian as se expressarem Cook Adams Volden Harbottle e Harbottle 2010 realizaram um estudo com dez crian as com PC e idades compreendidas entre os quatro e os dez anos Todos possu am diversas capacidades f sicas cognitivas e comunicacionais a n vel da rece o mas nenhum falava Os autores solicitaram aos participantes que interagissem com um prot tipo criado atrav s do Lego Mindstorms denominado por roverbot O prot tipo podia ser
92. exigente e repetitiva 6 4 Sobre o papel da investigadora A investigadora teve um papel orientador moderador e motivador Orientador no sentido de indicar aos utentes o funcionamento do Lego Mindstorms esclarecer eventuais d vidas com o gui o de exerc cios de programa o e ajudar um pouco 93 o utente C a desprender se da sua ideia de como devia ser a pista de corrida para a adaptar aos objetivos do exerc cio Moderadora entre os dois utentes e por vezes entre as aprendizagens rec m adquiridas Motivadora sobretudo quando o utente A se mostrava inseguro ou desinteressado Fazendo uma introspec o a investigadora considera que apesar de os utentes terem tido oportunidade para aprender atrav s dos seus erros o n mero de sess es pr determinado pelo hor rio laboral da investigadora pela disponibilidade dos utentes pelas f rias da fisioterapeuta e pela necessidade de cumprir a calendariza o para a entrega do projecto limitou o desenvolvimento natural das sess es e impediu a investigadora de manter uma postura mais afastada da tomada de decis es durante a programa o de modo a permitir que os utentes desempenhassem um papel mais ativo na constru o das suas aprendizagens Assim sendo e se fosse poss vel recuar no tempo e realizar altera es a investigadora optaria pela flexibilidade do n mero de sess es de modo a desenvolver os conhecimentos adquiridos pelos alunos Certamente que os alunos
93. funcional Quanto ao utente C a mesma coisa O utente C um bocadinho diferente a parte cognitiva est est tudo bem Ele tem um desenvolvimento timo sempre teve Ele um menino muito bom na escola muito perspicaz O utente C l est aqui a parte de c lculo matem ticas e isso ele domina Pronto o utente C a parte f sica ah falando ainda do comportamental e emocional obviamente que tamb m est afetado Obviamente porque ele tem um problema e estes meninos v o ter um problema sempre porque a paralisia cerebral n o uma coisa que t m e depois passou Vai ter para o resto da vida e para n s adultos dif cil agora uma crian a com 13 14 15 anos diz se assim olha tu vais ter isto para sempre p Tens que dif cil de digerir n o s vezes dizemos s sempre isto ou aquilo mas tamb m temos de dar esse desconto porque dif cil dif cil porque depois os outros mi dos s o muito cru is a escola depois a competitividade um quer ser melhor do que o outro e pronto depois normalmente alguns entendem mas outros n o Porque o melhor quem joga melhor bola quem faz mais exerc cio na educa o f sica quem n o sei o qu quem mostra melhor estilo e n o f cil jogar isto Mesmo assim o utente C um menino muito equilibrado v l Ele tamb m tem apoio de psicologia O utente A tamb m teve anteriormente Neste
94. ho N Condado P amp Lobo F 2005 GoGoBoard and Logo programming for helping people with disabilities In Proceedings of EuroLogo Digital Tools for Lifelong Learning pages 171 178 Warsaw Poland Consultado a 02 de Junho de 2011 atrav s de http w3 ualg pt flobo papers eurologo2005 pdf 101 Papert S 1994 A m quina das crian as repensando a escola na era da inform tica Porto Alegre Artes M dicas Pea R Kurland D amp Hawkins J 1985 LOGO and the development of the thinking skills National Institute of Education 22 Plaisant C Druin A Lathan C Dakhane K Edwards K Maxwell J amp Montemayor J 2000 A storytelling robot for pediatric rehabilitation In Proceedings ASSETS 00 Washington ACM New York pp 50 55 Consultado a 10 de Junho de 2011 atrav s de ftp ftp cs umd edu pub hcil Reports Abstracts Bibliography 2000 1 6html 2000 16 html Poletz L Encarna o P Adams K amp Cook A 2010 Robot skills and cognitive performance of preschool children Technology and Disability 22 pp 117 126 Consultado a 02 de Outubro de 2011 atrav s de http compsar anditec pt index php option com rokdownloads amp view file amp ta sk download amp id 26 3A2010 poletzencarnacaoadamscooktd223robot skills cognitive performance preschool amp Itemid 3 Remoaldo P 2008 T cnicas de Investiga o em Geografia Humana Consultado a 05 de Abril de 2010 atrav s de http r
95. i ao computador n o sei qu mas n o estava a conseguir 179 Ele de certeza que vai falar Se calhar o utente A n o o far mas o utente C quase de certeza que ele vai comentar com os colegas Ep eu fiz um rob e tal e consegui Agora j s me falta fazer isto Portanto Mas como tudo Depende da rea o e depende da personalidade dele n o Vai depender como tudo o valor que d o aquilo como ter roupa ou outra coisa em casa Portanto aquilo estimado daquela maneira E isto acaba por ser eu gosto daquilo e dou valor aquilo Mesmo que outro se ria ou n o goste mas ele gosta Portanto aquilo o meu projeto e eu consegui faz lo Queria ver se tu conseguias Agora h outros que j por natureza s o uns desinteressados s o Isto depende da pessoa Depende muito da pessoa de caso para caso Mas sim de um modo geral acho que sim Acho que sim Acho que eles ficam muito entusiasmados E v o falar isto e aquilo e o outro entre eles S que depois l est muitos colegas deles ou grande parte da popula o v a APPC n o digo da nossa digo do pa s O que que isso Nem sabem o que ou porque que porque que vais l ou ent o sabem e dizem Olha doente ou Eles n o sabem Portanto eles t m imensas capacidades mas as pessoas A popula o Acho que ainda falta amadurecer esta quest o da paralisia cerebral Porqu
96. iadas no acesso ao ensino e progress o na carreira as altera es avalia o dos professores e as pol micas constantes expuseram problemas como a insatisfa o de uma parte significativa da classe docente a desigualdade no acesso a metas e objetivos profissionais comuns e processos pouco claros de implementa o e avalia o do sistema de ensino Diante destes problemas a discuss o em torno da utiliza o de novas tecnologias na educa o n o deve ser relegada para um lugar secund rio O constante renovar tecnol gico a sua utiliza o em ambiente educacional e a atra o natural que os alunos parecem sentir por este tipo de aparelhos Pea Kurland amp Hawkins 1985 torna cada vez mais pertinente que o professor reconhe a a import ncia das Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC e aprenda a utiliz las e adapt las de um modo inovador e eficaz ao contexto de sala de aula Esta acep o tem sido sustentado por diversos estudos Pea et al 1985 no entanto os indiv duos com Necessidades Educativas Especiais NEE devem continuar a ser objeto de estudo uma vez que requerem estrat gias de aprendizagem diferenciadas com mecanismos 13 de interven o pedag gica adaptados a cada tipo de necessidade de modo a reduzir barreiras e a oferecer uma maior equidade de oportunidades e viv ncias De um modo geral esta interven o deve iniciar se o mais precocemente poss vel antes ou quando a escolarida
97. ilita o de pessoas com paralisia cerebral Considero Considero e acho que importante importante e interessante para eles N o Porque Ali s n s hoje em dia s tecnologias n o S tecnologias Portanto o futuro ainda vai ser mais Acho que sim Acho que muito importante Eles terem esse acompanhamento essa possibilidade v l essa vertente entre aspas Tamb m para poderem usufruir Exato E no futuro talvez profissionalmente 167 Nalguns sim nalguns sim Como eu disse estes que n s tivemos para agora na demonstra o eles futuramente quem sabe O utente C pode ser um inform tico pode ser sei l pode ser sei l n o Pode ser tanta coisa Porque eles alguns mais do que outros t m uma parte cognitiva melhor do que outros e portanto mant m o futuro N s temos um exemplo de PC que que pertence aqui nossa institui o o que trabalha no na Portanto E um Paralisia Cerebral que conseguiu ir para a universidade e conseguiu O Dr tamb m No in cio do projeto contactei com ele Portanto n s conhecemos imensa gente com muito sucesso e que conseguem Pronto dentro de T m algumas limita es mas conseguem fazer e recorrem muito E hoje em dia tudo informatizado portanto acho que sim 4 A APPC costuma recorrer s TIC com os seus utentes com PC Sim sim TO s portanto terapeutas ocupacionais e terapeutas d
98. inha 148 PROGRAMA O E INTERA O COM O ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o 1 Gostaste de programar o rob Detestei C N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a programar o rob E Sim muita L Sim alguma Sim pouca N o Se respondeste sim por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 149 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es _ Achei a programa o muito dif cil _ Achei o gui o confuso _ Gostava que o gui o tivesse mais passos interm dios _ Achei dif cil ter de passar a programa o para o NXT rob L N o gostei de errar e ter de voltar a tentar _ Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas N o Correspondeu mas pouco
99. interessante Este projeto os Legos a constru o porque envolve muita coisa n o Envolve a constru o montar ver portanto eles t m de ultrapassar essa parte para depois se quiserem chegarem a outra n o Porque voc apresenta voc apresenta o Lego e diz temos de construir depois temos de fazer isto n o sei qu para ele andar O p mas para chegar l est tudo desfeito para chegar l aquilo entusiasma n o Aquilo interessante porque depois eles ficam entusiasmados E acho que sim Acho que tem porque desenvolve parte motora parte da motricidade fina como j fal mos A parte cognitiva acho que sim porque obriga os a pensar Obriga os a refletir ali sobre o que que vai sair n o E depois essa liga o Acho que n o sei se fazem individualmente mas acho que no meu ver funciona bem em grupo Dois ou at mais mi dos No caso se fosse maior ou at por exemplo constru rem at podia grupos por exemplo haver dois grupos ao mesmo tempo Por exemplo dois meninos e outros dois meninos ao mesmo tempo At podia ser igual ou ent o um rob com um carro n o sei qualquer coisa e fazer ali um jogo portanto tipo um duelo entre as equipas e isso refor a muito 178 Portanto n o s eles a tentarem porque depois eles querem mexer querem ver se os outros j est o a acabar n o Olha o que nos falta ainda Um puxa o outro Seja parte motora tamb m e depois a part
100. ividuais Apesar deste projeto se ter focado em utentes com PC ligeira a an lise deste estudo e a sua compara o com outras investiga es realizadas recentemente Cook et al 2010a Cook et al 2010b Poletz et al 2010 permitem nos concluir que o Lego Mindstorms uma ferramenta pedag gica pass vel de ser explorada por fam lias escolas e demais institui es que apoiam utentes com PC 92 6 2 Contribui es pr ticas e te ricas Este estudo pode servir como suporte bibliogr fico para outros estudos na rea uma vez que os dados recolhidos apontaram no sentido do Lego Mindstorms poder ser utilizado como alternativa para sess es de reabilita o motora de utentes com hemiparesia e ou com ligeiros atrasos no desenvolvimento cognitivo Espera se que com este estudo as institui es de ensino e de reabilita o possam ver no Lego Mindstorms um aliado educativo para utentes com PC 6 3 Limita es do estudo Alguns dos percal os encontrados podem ser dif ceis de prever como por exemplo a aus ncia sistem tica e injustificada de um dos utentes no entanto outros poder o ser facilmente controlados como a desadequa o de alguns exerc cios program ticos desde que se aceda anamnese dos participantes antes da recolha de dados O investigador deve ter grande aten o ao tempo de cada sess o 60 minutos podem ser adequados para a montagem do prot tipo mas ser demasiado exaustivos numa programa o mais
101. l Em 2010 o N cleo Regional de Faro uniu se Associa o Portuguesa de Paralisia Cerebral dando origem APPC Faro continuando com o objetivo de desenvolver programas de interven o social sa de reabilita o educa o apoio ocupacional forma o e emprego desporto recrea o fam lia comunidade e a evolu o qualitativa e quantitativa no atendimento ao cidad o com paralisia cerebral e doen as neurol gicas afins da regi o APPC s d 43 As instala es da APPC foram selecionadas para a realiza o das sess es com os utentes e a entrevista fisioterapeuta pela facilidade dos utentes se encontrarem com a investigadora num local familiar 4 3 Participantes Recorreu se a alguns crit rios de sele o nomeadamente a frequ ncia no ensino regular ter idades compreendidas entre os 8 e os 18 anos de idade e possuir disponibilidade para o projeto Os participantes selecionados referenciados como utente A e utente C foram dois utentes externos da institui o selecionados entre um universo de cinco utentes que correspondiam aos crit rios de sele o Um dos cinco utentes n o foi selecionado por n o se encontrar na regi o durante as sess es outro dos utentes referido como utente B foi escolhido e comprometeu se com o projeto mas nunca compareceu s sess es e o quinto elemento acabou por n o ser selecionado a conselho da terapeuta ocupacional e da fisioterapeuta devido aos seus e
102. labora o Cristina Conchinha 153 MONTAGEM DO ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o Assinala com uma cruz X a s afirma o es correta s 1 Gostaste de montar o rob Detestei N o muito C Mais ou menos E Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a montar o rob Sim muita LI Sim alguma Sim pouca N o Se respondeste sim quest o 2 por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 154 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es Achei as pe as muito pequenas X Tinha de fazer muita for a para encaixar as pe as umas nas outras Tive medo de partir alguma s pe a s Achei o manual de instru es muito complicado L Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica 3 O resultado final correspondeu s tuas expectativas
103. lig los pelo que teve de ser ajudado pela investigadora 137 3 Sess o A terceira sess o teve in cio s 9 horas do dia 19 07 2011 com a colabora o do utente C Dadas as aus ncias consecutivas do utente B durante as sess es a fisioterapeuta dos utentes convidou um terceiro utente Uma vez que as cinco sess es tinham de ser realizadas at ao final dessa semana foi combinado com os pais do utente C uma sess o extraordin ria com o seu educando para terminar a montagem do rob Nos trinta primeiros minutos o utente preencheu o primeiro inqu rito visualizou a apresenta o PowerPoint acompanhada de algumas explica es por parte da investigadora e foi colocado a par do trabalho j realizado pelo utente A Posteriormente come ou a sess o propriamente dita em que o utente C montou o bra o mec nico do rob o sensor de ultrasom e o sensor de luz Durante o briefing inicial e a sess o da montagem do prot tipo o utente mostrou se muito aut nomo perspicaz confiante e sistem tico As respostas ao question rio foram bastante completas e refletidas O utente mostrou tamb m ter uma grande intuitividade e no o dos tamanhos dado que acertou nas dimens es das pe as a utilizar em cerca de 90 das vezes O utente C explicava em voz alta o que estava a fazer e o que o manual indicava que ele devia fazer de seguida sendo extremamente escassas as vezes em que o utente procurou ajuda e ou a aprova o da investigadora
104. m recurso adequado para utentes com PC dado que permite escolher o n mero de sess es a dedicar s diferentes etapas montagem programa o e intera o A terapeuta apenas se refere s propor es de algumas das pe as a pe a menor tem sete mil metros de di metro e quatro mil metros de altura quando diretamente interpelada pela investigadora referindo que se tivesse a oportunidade de realizar altera es no kit talvez alterasse o tamanho das pe as de modo a haver kits com tamanhos maiores para utilizadores com maiores dificuldades motoras mas que considera que pelo que percepcionou o kit j adequado 5 7 Matriz de listagem de vari veis Na pr xima tabela podemos verificar a rela o entre as vari veis deste projeto o desempenho e percep o dos utentes durante as cinco sess es e a entrevista fisioterapeuta verificando se que ambos os utentes participaram ativamente na montagem do prot tipo adquirindo novas aprendizagens e interagindo positivamente com o rob com a investigadora e com o seu par 84 Tabela 25 Matriz de listagem de vari veis Localiza o documento linha Experi ncia dos participantes Utente C Utentes A e C DB1 19 27 Participa na montagem Participa na programa o DB3 9 E 347 021 DB5 10 15 Q3 1 DB1 22 27 DB1 42 45 Sim DB2 19 21 DB2 24 27 DB5 30 36 DB4 6 7 DB4 E 275 276 E 15 20 DB5 43 285 289 53 Sim DB1 49 m
105. mita es entre outros o acesso facilitado anamnese dos utentes e sobretudo o acesso a utentes com caracter sticas diferentes entre si e pertencentes a diferentes comunidades educativas 95 Refer ncias Bibliogr ficas Almeida L amp Freire T 2008 Metodologia da investiga o em psicologia e educa o Braga Psiquil brios Edi es 5 Edi o Amaral C Pio J amp Matos L 2009 Vari veis em investiga o Consultado a 09 de Julho de 2011 atrav s de http www slideshare net MinvC variveis em investigao Associa o Portuguesa de Paralisia Cerebral APPC Faro Consultado a 24 de Mar o de 2011 atrav s http www appc faro org pt Ara jo C Pinto E Lopes J Nogueira L amp Pinto R 2008 Estudo de caso Universidade do Minho Instituto de Educa o e Psicologia Consultado a 14 de Maio de 2011 atrav s de www grupo4te com sapo pt estudo caso pdf Barbosa H 2009 An lise do recurso a novas tecnologias no ensino de autistas Instituto Superior de Engenharia do Porto Porto Bautista R Ed 2002 Necesidades educativas especiales 3 ed Archidona Ediciones Aljibe British Educational Research Association 2004 Ethical Guidelines Acedido a 29 de Dezembro de 2009 atrav s de http www bera ac uk files 2008 09 ethical pdf 96 Bogdan R amp Biklen S 1994 Investiga o qualitativa em educa o uma introdu o teoria e aos m t
106. na o chegaram a interferir nos exerc cios de programa o quando o utente optou por n o realizar o circuito no menor per odo de tempo para n o ter de simplificar o percurso No final a terapeuta questionou o para saber se tinha compreendido a rela o entre o tempo que o rob procrastinava a realiza o do trajeto e a dificuldade da pista O utente mostrou ter compreendido essa quest o mas ter relevado o tempo para n o prescindir das curvas apertadas 62 A sua natureza confiante em oposi o timidez e falta de confian a do utente A fez com que o utente C acabasse por dominar a quinta sess o a nica que os dois utentes protagonizaram em conjunto apesar de os utentes j se conhecerem e j terem interagido anteriormente 5 3 A fisioterapeuta A fisioterapeuta dos utentes jovem e sabe trabalhar com as TIC Mostrou grande empatia pelos utentes tendo referido na sua entrevista que por vezes via sess es de outras terapeutas com os seus utentes 5 4 As sess es 5 4 1 Primeira e segunda sess o montagem do prot tipo com o utente A Inicialmente o utente mostrou se inseguro e demonstrou dificuldade em encontrar as pe as e em exercer a press o necess ria para as encaixar O utente pega numa pe a olha para a investigadora que aponta para a divis ria onde est o as pe as correctas O utente apanha outra pe a errada Investigadora I N o n o Se a pe a ali no manual preta ent o
107. nco O utente agarra numa pe a e conta o n mero de orif cios da pe a que tem na m o UA 1 2 3 4 5 Verifica que a pe a tem demasiados orif cios UA metade destes dois O utente devolve a pe a caixa de arruma o e pega numa outra pe a I N o bem metade um bocadinho menos Sem olhar para a investigadora o utente acaba de encaixar a pe a dos cinco orif cios em outra pe a que tem na m o e encaixa as duas para ajudar a prender o NXT s restantes pe as I ptimo No final da sess o e apesar dos progressos efetuados o utente teve de medir os cabos de liga o do NXT aos servomotores mas apesar da r gua disponibilizada pela investigadora o utente precisou de ajuda para realizar a tarefa 65 Com o desenrolar das sess es e ap s verificar as dificuldades demonstradas pelo utente a investigadora tomou a decis o de alterar o plano original em que o prot tipo montado e programado seria o de um carro telecomandado para o prot tipo de um carro com um bra o articulado que joga golfe por ser mais f cil de programar 5 4 2 Terceira sess o conclus o da montagem do prot tipo com o utente C Coube ao utente C a tarefa de montar o bra o mec nico ligar os sensores de ultrasom e de luz e construir o suporte para a bola de golfe O utente mostrou se aut nomo e confiante expressando em voz alta os passos que dava e acertando intuitivamente as dimens es das pe as em cerca de 9
108. nfelizmente o utente C falou demasiado baixo pelo que n o foi poss vel transcrever a totalidade das suas explica es UC Guarda se e udio inintelig vel 69 I Sim E os passos UC S o cinco I Sim O utente coloca o n mero de passos no bloco de programa o I Cert ssimo O restante exerc cio exigia que os utentes programassem o prot tipo para dar uma volta para a esquerda uma volta para a direita avan ar at ao suporte com a bola e bater na bola O utente C demonstra alguma dificuldade inicial em recordar se do que tinha aprendido na ltima sess o pelo que a investigadora o ajudou verbalmente I Ok Depois de recuar os cinco passos ele tem de dar uma volta para a esquerda UC Agora O o utente olha atentamente para o painel do software sem executar qualquer movimento I Tens de vir buscar Sempre que h movimento tens de vir buscar um tijolo destes a investigadora aponta para os blocos de programa o e olha diretamente para os utentes Ent o dar uma volta para a esquerda O utente vai buscar o bloco e come a a program lo Certo Est s a ver como A investigadora questiona diretamente o utente A UC Agora uma 70 I Sim uma volta A investigadora pede ao utente A que execute os restantes passos mas O utente C toma a iniciativa de o ajudar UA Uma volta para a direita I Sim UC Tens de fazer agora o utente aponta para os blocos de prog
109. nte os indiv duos com PC possuem grandes dificuldades em manipular objetos e interagir e comunicar com pessoas e o meio ambiente dificuldades que se tornam relevantes no desenvolvimento das tarefas quotidianas b sicas Valente 1983 Torna se ent o necess ria uma especial aten o por parte dos pais professores fisioterapeutas e m dicos de modo a poder desenvolver o est mulo da autonomia e possibilitar o acesso dos utentes com PC a tratamentos e ao lazer Atualmente os profissionais de sa de est o cada vez mais sensibilizados para a import ncia da intera o familiar e a frequ ncia do sistema educacional no processo de reabilita o e tratamento das crian as com PC Assim diversos m todos educacionais t m vindo a serem desenvolvidos por educadores e investigadores de modo a ajudar a integrar estes utentes na sociedade Teixeira 2006 2 2 Metodologias de ensino de crian as com paralisia cerebral De acordo com Bautista et al 2002 a crian a com PC deve ser integrada no ensino regular atrav s de um plano de a o e da disponibiliza o dos recursos adequados s caracter sticas e necessidades pessoais do estudante 23 O mesmo autor defende tamb m que uma integra o adequada deve ter por base tr s princ pios fundamentais nomeadamente 1 Todas as pessoas com defici ncia t m direito aos servi os e recursos normais da comunidade em que est inserida normaliza o ii A presta o de servi o
110. ntidade de apoio espec fica para o tipo de debilidade pode revelar se mais indicada Valente 1983 24 Para al m da inclus o dos utentes com PC no sistema de ensino regular pode se adotar determinados m todos de ensino especial a saber o m todo de an lise do comportamento onde basicamente se determina uma sequ ncia de objetivos come ando com o que a crian a pode fazer recompensando a por cada etapa alcan ada O m todo de diagn stico e cura que v a habilidade dos deficientes como o seu pr prio foco de ensino e se baseia na ideia de que podemos identificar as suas fraquezas e determinar o caminho mais sensato entre a incapacidade e a reabilita o O m todo de an lise de tarefas que consiste em analisar uma tarefa espec fica em termos de habilidades b sicas Estas habilidades s o classificadas por grau de dificuldade e as instru es come am a ser gradualmente mais complexas at que a crian a desempenhe a tarefa com perfei o Valente 1983 A ideia central deste m todo ensinar diretamente a habilidade necess ria para atingir objetivos acad micos ou comportamentais Haring amp Bateman 1977 citados por Valente 1983 2 2 1 Aspetos a considerar na interven o com o aluno com PC essencial o educador e ou a equipa multidisciplinar e a institui o de ensino terem acesso anamnese e ao diagn stico do aluno com PC antes de iniciarem o seu trabalho com o aluno dado o amplo espetro de desordens
111. o Por fim a investigadora conferiu os passos da programa o com o utente para verificar se o utente os compreendia realmente I Ent o est assim est sempre a andar Tem o infinito e o loop Depois liga o sensor da luz na porta qu UC 3 I Qual a luminosidade UC Metade 68 I Exatamente Por fim o exerc cio n o foi cumprido na totalidade porque o utente tinha de simplificar o trajeto para poder aumentar a velocidade exerc cio 4 da 1 parte Apesar de ter apreendido o conceito por detr s da tarefa o utente mostrou se relutante em reduzir a dificuldade e o n mero de curvas preferindo dar uma pequena ajuda ao rob quando ficava preso i e quando o rob perdia o trajeto delineado ou ficava parado sem conseguir avan ar 5 4 4 Quinta sess o Programa o e intera o com o rob e entre os utentes Nesta sess o compareceram os dois utentes pelo que se teve de iniciar a sess o com uma explica o ao utente A sobre o funcionamento do software de programa o De seguida solicitou se aos dois utentes que executassem a segunda parte do gui o de exerc cios O Utente C tomou logo a iniciativa de posicionar o rob enquanto o utente A se limitou a assistir De modo a mostrar e a cativar o utente A a investigadora solicitou ao utente C que executasse a primeira parte do exerc cio 1 2 ou seja que mostrasse ao utente A como se programava o rob de modo a recuar 5 passos I
112. o desengon ado todo torto e todo mal posturado Mas sim meninos funcionais e meninos que penso que v o ter sucesso Ah n o sei O utente A o utente A inclusive o utente A ele acabou agora o 9 ano penso eu E que vai para aqueles cursos profissionais Agora ainda est muito indeciso porque depois L s est N s confrontamo lo e perguntamos ent o utente A o que que tu queres Mesmo num curso profissional olha temos cozinha temos jardinagem temos mec nico enfim v rios E ele pois n o sei muito indeci ainda muito imaturo nas decis es O utente C apesar de ser mais novo ele j sabe bem o que quer n o Quer isto quer aquilo Portanto eu acho que o utente C vai ter sucesso Sem d vida o utente C vai ter Tamb m fiquei com essa ideia 173 Eu acho que sim O utente C tem muitas capacidades um bom aluno Como lhe digo E acho acho que vai ter futuro O utente C Estou a ver o utente C na universidade a tirar um curso superior a ter um trabalho perfeitamente Eu tamb m Perfeitamente Quem sabe uma engenharia a tirar um curso Engenharia inform tica Eu n o sei Eu N o N o Por acaso n o lhe perguntei qual assim uma coisa Sei que ele gosta muito de ci ncias s vezes n s falamos quando eu estou assim a fazer os alongamentos os exerc cios a gente vai conversando um bocadinho Ent o
113. o n mero de orif cios Apesar de alguns lapsos durante a sess o sobretudo no in cio da sess o o utente j procurava colocar o prot tipo na mesma posi o que a posi o representada no manual i e se no manual o prot tipo tinha os dois servomotores numa posi o invertida o utente colocava o modelo robotizado com os servomotores na mesma posi o tendo acertado na maioria das vezes entre o modelo a duas dimens es e o modelo a tr s dimens es O utente demonstrou alguma dificuldade em colocar determinadas pe as que exigiam um pouco mais de for a no entanto essa dificuldade foi acentuada quando o utente se enganou e teve de separar parte do prot tipo Nessa altura a investigadora teve de ajudar o utente uma vez que certas pe as quando encaixadas em determinadas posi es exigem um pouco mais de for a e tamb m uma desconstru o mental para determinar que pe as devem ser retiradas primeiro porque dada a sua natureza como pe as de encaixar se se tentar tirar uma pe a que esteja presa por outra pe a por exemplo tem de se retirar primeiro a pe a que est a prender a pe a que se pretende retirar Posteriormente j perto do t rmino da sess o o utente tinha de medir os cabos de liga o entre o NXT e os servomotores A investigadora levou uma r gua de 20 cms para esse efeito no entanto o utente demonstrou ter alguma dificuldade em medir os cabos de 35 cent metros e em descobrir qual a porta a que deveria
114. o padronizados 89 Norte et al 2005 conclu ram que a utiliza o de ferramentas tecnol gicas espec ficas GoGoBoards e a linguagem de programa o Logo t m potencial para auxiliar utentes com limita es motoras provocadas pela PC Cook et al 2010b recorreram a rob s comercializados e de baixo custo e g o Lego Mindstorms o Mini mover 5 e o iRobot Create com o intuito de avaliar a rela o pre o e potencialidade educativa concluindo os prot tipos s o ferramentas vers teis que propiciam oportunidades de reabilita o aprendizagem e desenvolvimento cognitivo e comunicacional para as crian as com defici ncia Ribeiro 2006 analisou as aprendizagens e atitudes de alunos do primeiro ciclo luz das teorias construtitivistas e construcionistas Os resultados apresentados tiveram como base o desenvolvimento de um projeto com o Lego Mindstorms em que as crian as representaram uma pe a baseada na hist ria da Carochinha atrav s de prot tipos constru dos e programados por si Os resultados foram positivos semelhan a da presente investiga o e demonstraram que as crian as s o capazes de aprender atrav s do Lego Mindstorms Podemos ent o concluir que semelhan a dos resultados obtidos em outros estudos com crian as e jovens adultos portadores ou n o de limita es f sicas e cognitivas o presente projeto indiciou resultados positivos sendo que todos apontaram para as vantagens de se recorrer
115. odos Porto Porto Editora Bortolozo A Cantini M amp Alcantara P 2006 O uso das TICs nas necessidades educacionais especiais PUC Paran 9 Chella M 1993 Ambiente de rob tica educacional com Logo Universidade de Campinas Campinas Condado P 2009 Quebra de barreiras de comunica o para portadores de paralisia cerebral PhD thesis Universidade do Algarve Portugal Cook A Adams K Volden J Harbottle N amp Harbottle C 20104 Using Lego robots to estimate cognitive ability in children who have severe physical disabilities Disability and Rehabilitation Assistive Technology Consultado a 02 de Outubro de 2011 atrav s de http compsar anditec pt index php option com rokdownloads amp view file amp ta sk download amp id 22 3A2010 cookadamsusing lego robots to estimate cognitive ability in children who have severe physical disabilities amp Itemid 3 Cook A Encarna o P amp Adams K 2010b Robots assistive technologies for play learning and cognitive development Technology and Disability Consultado a 02 de Outubro de 2011 atrav s de http compsar anditec pt index php option com rokdownloads amp view file amp ta 97 sk download amp id 25 3A2010 cookencarnacaoadamstd223robots assistive technologies for play learning and cognitive development amp Itemid 3 Coutinho C 2011 Metodologia de investiga o em ci ncias sociais e humanas teoria e pr tica Coimbr
116. orma o retirada do relat rio psicol gico do utente realizado em 2002 Do menor 0 para o maior 4 Em 2002 quando o utente tinha 8 anos de idade foi realizado um exame psicol gico pedi trico cujo relat rio considerou que o utente demonstrou atitudes imaturas para a sua idade apresentando se colaborante calmo e obediente distraindo se facilmente sem concentra o o que o impedia de realizar terminar determinadas tarefas Intelectualmente a sua idade mental correspondeu a 5 anos e 9 meses tendo sido notada uma evolu o nos testes de intelig ncia de 12 relativamente observa o anterior 2000 em que o seu QI total era de 60 tendo sido avaliado em 2002 com um QI de 72 As suas compet ncias lingu stico verbais passaram de 57 para 73 QI verbal e as componentes ideo manipulativas de 69 para 777 QI de execu o Evolu o que segundo o psic logo introduziu um certo optimismo relativamente ao progn stico de evolu o das suas aprendizagens Foram referenciadas como reas a desenvolver relevantes para o estudo em causa a concentra o racioc nio e c lculo num rico mem ria e acuidade visual orienta o e estrutura o espacial N o foi encontrado um relat rio psicol gico mais recente Num relat rio da institui o sd foi referido que o utente realiza atividades da vida di ria sem dificuldades apresentando se respeitador e colaborativo apesar da sua timidez e inseguran a O
117. orque o padr o dele do membro superior J de rota o Ele tem alguma dificuldade em algumas pequenas coisas mas ele consegue desenrascar se Se n o consegue descascar se calhar come com casca ou ent o tenta fazer de outra maneira Tem assim uma ou outra coisa que s o ligeiras que ele n o consegue Obviamente que ele queria conseguir Por exemplo o mexer comida numa panela a sopa ou qualquer coisa tamb m tem alguma dificuldade Ele consegue com o outro bra o n o Com o outro membro mas depois quando vai com o que est lesionado j tem alguma dificuldade que ele queria ultrapassar Obviamente est se a trabalhar nesse sentido 172 Como por exemplo nadar Ele ainda n o consegue nadar porque tem dificuldade em rota o do ombro na abertura tamb m tem alguma dificuldade na abdu o Mas n o por a que ele deixa de fazer outras coisas Ele faz na mesma n o Agora ele queria conseguir obviamente mas E depois ele tem ali uma pequena dismetria no membro inferior Pougquinha E que lhe d aquela postura ainda mais mais de inclina o do tronco n o E que n s na linguagem comum coxeia um bocadinho mas n o nada de especial Ele que tem tamb m de se Ele e o utente A t m de se autocorrigir T m de automentalizar se de fazer bem de p r se numa postura boa mas isso n s vimos nossa volta N o preciso ter um problema Um menino que bom e se for preciso est ali tod
118. otivado Q2 1 Q2 4 Q3 DB5 41 42 E 5 E 308 309 E 306 311 347 349 E 376 377 DB5 17 18 N o DB5 23 29 DB5 62 63 85 DB3 10 11 DB1 31 35 Sim DB3 14 16 DB2 1 aut nomo DB5 11 15 DB2 30 32 N o DB5 11 15 DB1 37 Q2 2 Q2 2 1 3 2 Q3 2 1 DB1 40 42 VAR DB2 21 23 Sim DB2 28 30 Revela dificuldades DB2 38 39 DB5 30 32 DB5 37 40 N o DB5 11 15 DB5 64 66 Sim DB567 68 E Intera o entre pares 277 285 E 290 293 E 337 339 DB5 69 E 336 N o 337 86 DB1 14 21 DB1 28 35 Positivam DB4 9 10 DB5 DB2 17 19 Intera o com a ente 45 53 DB2 30 32 investigadora DB2 39 40 Negativa mente Q2 3 Q3 3 Q3 Interage com o kit e i DB1 36 38 6 com o rob Sim DB3 24 25 Corrige posturas N o DB3 25 27 E 274 275 E Melhora a motricidade Sim DB1 36 39 DB3 23 25 285 fina N o Deixa se perturbar por Sim DB3 18 19 interfer ncias externas N o DB320 87 5 8 Outras considera es reflex o Ap s a an lise dos dados pode se inferir que a utiliza o do Lego Mindstorms pode ser recomendada como ferramenta de desenvolvimento utilizada por escolas e institui es que apoiam indiv duos com PC Verificou se que gra as s caracter sticas do Lego Mindstorms que nos permitem escolher o projeto prot tipo consoante as dificuldades e interes
119. ou afetam uma vari vel Rodrigues 2007 54 Almeida e Freire 2008 dividem as vari veis independentes em vari veis ativas ou atributivas naturais considerando se que a vari vel ativa quando manipul vel ou manipulada na investiga o em causa como por exemplo o m todo de ensino utilizado e atributiva ou natural quando s o considerados aspetos naturais tais como a idade o sexo e a classe social No presente estudo considerou se como vari vel independente ativa o m todo de ensino As caracter sticas dos utentes foram consideradas vari veis independentes naturais 4 7 2 Vari veis interm dias As vari veis interm dias ou intervenientes Coutinho 2011 como o pr prio nome indica encontram se entre as vari veis independentes e dependentes e t m como objetivo anular diminuir ou ampliar a influ ncia da vari vel independente sobre a dependente e ajudar a esclarecer a rela o entre elas Bowditch amp Buono 1992 Richardson et al 1985 Lakatos amp Marconi 1985 citados por Giarola Nazareth Nascimento Joaquim amp Antonialli 2009 4 7 3 Vari veis dependentes Tamb m conhecida como vari vel de crit rio a vari vel dependente pode ser compreendida como um valor quantific vel facto ou resultado de hip teses espec ficas Lakatos amp Marconi 2001 Depende da vari vel independente dado que afetada pelas suas varia es altera o supress o ou aplica o da vari vel indepen
120. p Quaedackers 1999 Norte Castilho Condado amp Lobo 2005 Dada a car ncia de estudos relacionados este projeto pretende dar um contributo investiga o sobre a utiliza o de recursos tecnol gicos robotizados em ambientes de aprendizagem com NEE espec ficas 15 1 3 Abordagem metodol gica A abordagem metodol gica baseou se na observa o participante artificial das sess es e respetiva grava o em v deo constru o do di rio de bordo da investigadora tr s question rios aos dois utentes participantes e uma entrevista estandardizada de final aberto fisioterapeuta dos utentes 2 Revis o da Literatura Enquadramento Te rico 2 1 A paralisia cerebral O termo paralisia cerebral PC foi introduzido inicialmente por Freud tendo sido descrita pela primeira vez em 1843 por um ortopedista ingl s de seu nome William John Little J nior Toffol J nior amp Fonseca 2009 Miller 2004 citado por Condado 2009 ao identificar um grupo de 47 crian as portadoras de uma rigidez ep stica que acreditou ter como causa circunst ncias adversas ao nascimento como dificuldade no parto prematuridade demora em respirar e chorar e convuls es Ferreira 2007 No entanto de acordo com Gianni s em 1897 Freud utilizou a express o paralisia cerebral e incluiu como sintomas v rias afec es que comprometem o sistema nervoso central imaturo tendo em comum dist rbios motores como manifesta es mais evidentes
121. para que as crian as desenvolvam a descoberta do conhecimento e a habilidade de resolu o de problemas atrav s da pr tica Pea et al 1985 Papert v nos computadores um recurso para o desenvolvimento dos processos mentais Rocha 2006 Segundo Valente 1983 Papert defende que cabe ao professor que recorre ao ambiente LOGO ajudar os alunos a selecionar um projeto divertido e desafiador e crian a propor atividades que quer desenvolver de modo a alcan ar os objetivos educacionais atrav s de m todos de an lise de tarefas de diagn stico e de cura em simult neo 2 6 A rob tica educativa Considerando as propostas construcionistas de Papert por um lado e as exig ncias e dificuldades em despertar o interesse e a aten o dos alunos pelos conte dos escolares por outro torna se necess ria a cria o de um ambiente de aprendizagem que potencialize o 32 talento natural do indiv duo valorize a aprendizagem adquirida e desafie as habilidades num processo cont nuo e progressivo Labegalini 2007 Em resposta a este desafio podemos indicar a rob tica que de acordo com Curcio 2008 a liga o inteligente entre a percep o e a a o C sar 2006 v a rob tica como a ci ncia dos sistemas que interagem com o mundo real com ou sem interven o dos humanos Aplicando se lhe o conhecimento de micro eletr nica engenharia mec nica f sica cinem tica matem tica intelig ncia artificial e outras ci n
122. provocadas pela paralisia cerebral Bautista et al 2002 2 2 2 Etapas na integra o escolar dos alunos com PC Bautista et al 2002 sustenta que ap s a avalia o do aluno o mesmo deve ser integrado na institui o escolar que se encontra mais pr xima da sua casa Cabe escola escolher a sala de aula em que vai integrar o aluno considerando a sua idade maturidade 25 social e afetiva e o seu n vel de desenvolvimento e aprendizagem Devem analisar se as adapta es f sicas necess rias tais como casa de banho rampas distribui o do mobili rio existente na sala de aula did ticas computadores pain is de comunica o entre outros curriculares objetivos pessoais acad micos e sociais atividades avalia o e recursos materiais supress o das barreiras ao acesso e desenvolvimento do aluno no bairro edif cios p blicos e de transporte caso o aluno necessite de recorrer por exemplo ao transporte escolar adaptado 2 3 O uso das TIC s nas necessidades educativas especiais Com o desenvolvimento das novas tecnologias a utiliza o das TIC como pr ticas pedag gicas est o cada vez mais presentes no quotidiano da escola Os professores que as utilizam com os seus alunos tendem a desenvolver pr ticas pedag gicas mais variadas que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem Curcio 2008 No entanto a forma o atual do docente n o prepara o professor para utilizar com confian a as novas t
123. r exemplo Norte et al 2005 que analisaram o potencial das GogoBoard e da programa o Logo como ferramentas de apoio a utentes com PC Os autores privilegiaram o construccionismo e a tecnologia construtivista para fazer um artefato tecnol gico que apoie os utentes com PC em tarefas do quotidiano tais como abrir e fechar portas ou ligar uma luz de aviso O dispositivo pode ser programado para realizar outras tarefas de apoio aos utilizadores Resnick Martin Sargent e Silverman 1996 analisaram as aplica es potencialidades e implica es dos tijolos program veis Programmable Brick embutidos numa pe a LEGO Os autores analisaram diversas atividades que podem ser desenvolvidas para crian as com recurso a estes artefatos tecnol gicos e discutem experi ncias efetuadas sobre as potencialidades dos tijolos program veis em 3 tipos de aplica es distintas 37 nomeadamente constru o de criaturas aut nomas ambientes ativos e potencialidades destes artefatos para outros estudos cient ficos Por fim os autores fazem uma pequena apresenta o do projeto do MIT denominado por Things That Think Ribeiro 2006 aplicou com sucesso um estudo sobre a aplicabilidade do Lego Mindstorms no 1 ciclo A investigadora e os participantes dramatizaram a hist ria da Carochinha em que os protagonistas da hist ria foram os rob s constru dos e programados para o efeito e tiveram a oportunidade de apresentar o fruto do seu tr
124. r a alguma quest o Recolher coment rios dos inquiridos Dada a impossibilidade de realizar a pr testagem com uma amostra da popula o em estudo devido a fatores log sticos e humanos escassez de tempo dado o prazo para a conclus o do projeto e falta de utentes da institui o com caracter sticas similares s dos participantes no estudo foi realizado uma pr testagem com um aluno do quarto ano de escolaridade que semelhan a dos sujeitos do estudo teve a oportunidade de montar programar e interagir com o kit educativo do Lego Mindstorms 4 4 4 Entrevista A entrevista consiste na formula o presencial de quest es de modo a recolher dados pertinentes para a investiga o Gil 2009 atrav s da linguagem do participante Bogdan amp Biklen 1994 50 A entrevista pode ser do tipo Informal em que a entrevista mais espont nea e o menos estruturada poss vel e tem por objetivo a recolha de uma perspetiva geral do problema em causa Gil 2009 Focalizada ou entrevista padr o Este formato de entrevista semelhante entrevista informal no entanto os t picos s o previamente especificados e se o entrevistado se desvia do assunto abordado o entrevistador tenta voltar ao assunto em quest o Gil 2009 e Patton 1990 citado por Tuckman 2002 Estandardizada de final aberto i e a formula o e ordem das quest es est pr estabelecida guiada por pontos de interesse Tuckman 2002
125. r a ordem dos n meros foi not ria em alguns momentos no entanto o utente C aprendeu rapidamente o conceito enquanto o utente A continuava a apresentar as mesmas dificuldades I Ent o tem de avan ar quanto 1 2 ainda muito 73 o UA 1 6 I Um ponto quanto UA 6 I Se 1 2 muito 1 6 mais O que que vem antes O 2 ou o 6 UC Tenta 0 75 UA 06 Apesar das constantes tentativas os utentes realizaram o exerc cio com sucesso uma vez excetuando o n mero de rota es pelo que o repetiram novamente tendo terminada a sess o sem o concluir na totalidade Apesar de este ltimo exerc cio n o ter sido cumprido como era requerido no gui o o utente C compreendeu o que lhe era pedido mas o utente A terminou a sess o sem evolu o na sua aprendizagem no que respeita ordem dos n meros Provavelmente o exerc cio teria de ser dividido num maior n mero de sess es e recorrer apenas a n meros inteiros para que se registassem verdadeiras evolu es N o obstante as dificuldades do utente A a sua desmotiva o a constante lideran a do utente C e a total aus ncia de competitividade os dois utentes continuaram a desempenhar um papel ativo at se dar a sess o por terminada e a intera o entre os dois pode ter sido crucial para que o utente A continuasse a tarefa 74 5 5 An lise dos question rios Neste ponto podemos analisar as respostas dadas pelos utentes nos tr s question rios
126. r outros rob s N o me indiferente LI Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 5 Se pudesses criar um rob tua escolha qual era o rob que criavas Porqu Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 116 QUESTION RIO N 3 PROGRAMA O E INTERA O COM O ROB O presente question rio tem por objetivo verificar se o Lego Mindstorms pode ser uma ferramenta pedag gica aliciante e motivadora para utentes com paralisia cerebral no mbito de um projeto cient fico intitulado Lego Mindstorms um estudo com utentes com paralisia cerebral Dada a sua vertente cient fica e a pertin ncia de traduzir a realidade pe o lhe que leia o presente enunciado com aten o respondendo s quest es colocadas com cuidado e sinceridade Da minha parte posso garantir lhe o seu anonimato e agradecer lhe a sua colabora o 1 Gostaste de programar o rob Detestei N o muito Mais ou menos C Gostei Gostei muito 2 Sentiste dificuldade a programar o rob Sim muita Sim alguma E Sim pouca N o Se respondeste sim por favor responde quest o 2 1 Se respondeste n o passa diretamente para a quest o n 3 117 2 1 Especifica no que sentiste dificuldade escolha m ltipla Pode escolher uma ou v rias op es _ Achei a programa o muito dif cil _ Achei o gui o confuso _ Gostava que o gui o tivesse mais passos inte
127. ra Justifica Utente Respostas A Sim Para os outros meninos tentarem C Sim pois se me ajudou a mim pode ajudar todos 5 6 An lise da entrevista Pela an lise da sua entrevista pode se verificar que apesar de a fisioterapeuta n o recorrer com frequ ncia s TIC no exerc cio das suas fun es considera as pertinentes para a reabilita o de utentes com PC sobretudo quando s o utilizadas como ferramentas de apoio terapia da fala vide tabela no anexo M Apesar de a terapeuta n o utilizar as TIC com regularidade o que pode ser explicado pela natureza do seu trabalho uma vez que a fisioterapia aplicada nos utentes tem como principais objetivos trabalhar a parte f sica e motora dos mesmos durante o projeto a terapeuta percepcionou a oportunidade de fazer uma abordagem diferenciada com o 83 aux lio do kit educativo e do seu software tendo referido que n o s recomendaria o Lego Mindstorms a utentes com PC como tamb m que gostaria de o utilizar nas suas sess es para quebrar a rotina uma vez que o recurso ao kit permitiria aos utentes vivenciar uma nova experi ncia enquanto continuavam a trabalhar as suas posturas a motricidade fina a cogni o a responsabilidade e a intera o com outros utentes Apesar de a terapeuta referir que precisava de aprofundar melhor o kit educativo uma vez que esta foi a primeira vez que teve contacto com o mesmo refere que numa primeira an lise o kit u
128. rama o O utente A vai buscar um dos blocos programa o para virar direita mas interrompe se a meio e olha para a investigadora I Est certo mas tens de ir at ao fim levar a barra de dire o at ao limite direito UC Tudo I Exatamente Posteriormente o utente C continuou a tomar a iniciativa de instruir o utente A UC Ele come ou a andar para a frente I Experimenta l O utente C liga o prot tipo que avan a derrubando o suporte com a bola o prot tipo devia iniciar o exerc cio com um recuo de 5 rota es Ent o porque est alguma coisa mal Quando foram mudar os passos 71 UC Vamos l o utente vira se para o utente A que est sentado em frente ao computador Claro isto est para a frente para tr s Agora v l o outro Esse est bem A sess o decorreu sempre num esp rito de simpatia m tua um exemplo dessa caramadagem pode ser encontrada por exemplo num pequeno excerto da transcri o em que o utente A sorri abertamente para o utente C Ap s pouco mais de 30 minutos desde o in cio da sess o o utente A levanta se da cadeira onde estava sentado para clicar no bot o do NXT e o utente C efetua uma corre o na programa o at ent o a cargo do utente A O utente A contorna o utente C e ocupa a sua posi o encarregando se de ligar e desligar o cabo USB colocar o rob na posi o correta de frente para a bola e pressionar o bot o para o NX
129. rc cio se tornou repetitiva dada a irregularidade do solo que desviava o rob e o facto de o rob ao realizar os movimentos solicitados efetuar pequenos desvios o que fazia com que a programa o tivesse de ser ajustada como por exemplo 5 passos para tr s 360 para a esquerda 350 para a direita e 4 5 passos para frente 141 O utente A referiu diversas vezes estar a ficar entediado apesar dos convites constantes da investigadora para participar mais ativamente na atividade no entanto o utente foi dando cada vez mais sinais de desconcentra o e desmotiva o Sinais esses dados mesmo antes do in cio da sess o ao ser interrogado acerca da sua aus ncia na quarta sess o o utente referiu ter ficado em casa a jogar Playstation pelo que a investigadora o questionou acerca da sua motiva o e de estar a gostar de participar no projeto ao que o utente afirmou estar a gostar e sentir se motivado pelas propostas N o obstante e apesar da repeti o da tarefa a dificuldade do utente A em compreender os conceitos por detr s da programa o tornava se cada vez mais evidente uma vez que quando tinha de escolher um valor entre 1 5 e 1 9 o utente escolhia o valor 6 por exemplo A sua desconcentra o tamb m foi ficando cada vez mais vis vel porque come ou a repetir as mesmas falhas como por exemplo esquecer se constantemente de desligar o cabo USB que unia o rob ao computador e que impedia o rob de realizar o exerc
130. rir com qualquer rea do c rebro e por isso afetar os seus portadores de diferentes maneiras Se nos recordarmos que a PC passa pela afeta o de uma ou mais reas do c rebro e se considerarmos todas as fun es que o c rebro humano tem poderemos imaginar a sua diversidade de a o 91 Um utente com paralisia cerebral pode apenas por exemplo ter muita mobilidade ou pelo contr rio n o ter qualquer mobilidade Um utente com PC pode ter um desenvolvimento cognitivo normal ou ter dificuldades atrasos cognitivos A humanidade ainda tem muito a descobrir sobre o funcionamento do c rebro e provavelmente s o mais os factos que desconhecemos do que aqueles que conhecemos mas a sociedade deve continuar a integrar os portadores de defici ncias Para a total inclus o devem se continuar a realizar estudos emp ricos que procurem verificar a usabilidade de diferentes ferramentas tecnol gicas ou n o para portadores de defici ncia Todos devemos ter um papel ativo na inclus o de modo a proporcionarmos uma maior equidade de oportunidades 6 1 Principais conclus es aferidas Os participantes neste estudo demonstraram adquirir aprendizagens e evidenciaram o car ter terap utico do kit educativo As carater sticas flex veis do Lego Mindstorms permitem nos controlar o n vel de dificuldade da montagem e da programa o e a sua adapta o aos objetivos dos educadores e terapeutas e s capacidades e limita es ind
131. riu que se abordasse outro utente para substituir o utente B e que a investigadora fosse institui o no dia 19 de Julho durante a sess o de fisioterapia desse utente designado por utente C para realizar uma sess o com o Lego Mindstorms Ficou assim acordada a desloca o da investigadora nesse dia e hora marcada sendo que apesar da 1 sess o com o utente C ser separada da sess o do utente A se iria tentar que a pr xima sess o fosse realizada com a presen a simult nea dos dois utentes Ultrapassados estes tr mites iniciais deu se in cio sess o sendo que o utente A continuou a montagem do rob a partir do ponto em que o mesmo tinha sido interrompido A sess o teve a dura o de 30 minutos ap s os quais o utente A respondeu ao segundo question rio A investigadora observou durante a sess o melhorias ao n vel da autonomia Apesar de ter havido alguma melhoria na auto confian a do utente o utente continuou a ter algumas hesita es e a olhar repetidamente a pedir a confirma o do que tinha feito para a observadora quando a buscar uma pe a ou coloc la no prot tipo Assim sendo a investigadora tentou dar refor os positivos assinalando sempre os progressos do utente sobretudo quando os mesmos eram alcan ados sem apoio Durante a sess o a 136 investigadora verificou que o utente j acertava maioritariamente com o tamanho das pe as confundindo se apenas nas pe as em que tinha de contar
132. rm dios _ Achei dif cil ter de passar a programa o para o NXT rob L N o gostei de errar e ter de voltar a tentar _ Achei a tarefa aborrecida Outra s Especifica O resultado final correspondeu s tuas expectativas N o Correspondeu mas pouco Correspondeu totalmente LI Superou as minhas expectativas a Se pudesses programar este prot tipo tua vontade programava lo para fazer o qu Justifica Gostavas de programar outros rob s L N o C me indiferente _ Gostava um pouco Sim gostava Gostava muito 118 6 Gostaste de interagir com o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 7 Na tua opini o o Lego Mindstorms podia ser utilizado por outros meninos com paralisia cerebral ligeira Justifica Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 119 ANEXO E Gui o da entrevista fisioterapeuta 120 ENTREVISTA 1 Costuma utilizar as TIC com regularidade 2 Quais as atividades em que recorre mais s TIC 3 Considera o recurso s novas tecnologias uma ferramenta importante na reabilita o de pessoas com paralisia cerebral 4 A APPC costuma recorrer s TIC com os seus utentes com PC 5 Antes deste projeto j tinha tido contacto com o Lego Mindstorms a Caso a resposta 2 quest o seja positiva p q Ja p Esse s contacto s teve tiveram
133. rn The educational robotics in general and Lego Mindstorms in particular has been used in various teaching methods with different years of schooling but became relevant to the existence of a study that analyzes the potential users with mild cerebral palsy To carry out this analysis were five sessions with two external users of the Portuguese Association of Cerebral Palsy and both users have hemiparesis on the side of the body and only one of them were affected in their cognition During the sessions we used to collect data on participants history participant observation recording and audiovisual writing a logbook The two users answered three questionnaires and physical therapist at different times of the users answered a standardized open ended interview The results indicated that the Lego Mindstorms can be used in the educational context of these users and as part of a motor rehabilitation therapy Key words Lego Mindstorms Cerebral Palsy Motor Development Agradecimentos O ano em que este projeto foi realizado foi um ano cheio de percal os reviravoltas e perdas pessoais pelo que me orgulho de o ter conseguido terminar a tempo N o obstante nenhum homem uma ilha e como tal a concretiza o deste projeto s foi poss vel gra as ao apoio e orienta o de diversas pessoas pelo que nunca demais agradecer A todos os professores do mestrado por me terem transmitido os conhecimentos necess rios a uma est
134. ro do rob um Intelligent Brick program vel por computador atrav s de blocos de programa o e que permite fazer o registo de dados e comunicar por bluetooth figura 1 O NXT composto por um microprocessador de 32 bits 256kb de mem ria quatro entradas para a liga o at quatro sensores em simult neo e tr s sa das que permitem ligar aos tr s servomotores inclu dos no kit Figura 1 NXT a unidade de controlo do sistema Lego Mindstorms De acordo com a p gina Web da LEGO esta segunda vers o inclui 612 pe as Lego Technic das quais se destacam o microprocessador program vel NXT Bluetooth entrada USB software de programa o com editor de som e editor de imagens tr s servomotores interativos com sensores de rota o Figura 2 um sensor de som um sensor de ultra som um sensor de toque e um sensor de cores Figura 3 que pode desempenhar tr s fun es distintas distinguir cores servir de l mpada e ou de sensor de luz FADO Figura 2 Servomotor interativo Tijolo inteligente 35 Figura 3 Sensor de som sensor de ultra som sensor de toque e sensor de luz O kit LEGO Mindstorms destinado educa o pode ser utilizado na educa o em investiga o ou simplesmente por lazer dado que disponibiliza excelentes recursos e permite refletir e resolver problemas de um modo simples e atrativo Ricca et al 2006 O kit Figura 4 composto apenas por 437 pe as no entan
135. rsons with cerebral palsy Consultado a 01 de Junho de 2011 atrav s de http www rehabrobotics org icorr1999 papers papers kwee pdf Labegaline A 2007 A constru o da pr tica pedag gica do professor o uso do LEGO rob tica na Sala de Aula Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Curitiba Lakatus E Marconi M 2001 Metodologia cient fica S o Paulo Atlas LEGO LEGO MINDSTORMSO Education Base Set Consultado a 01 de Junho de 2011 atrav s de http education Lego com en gb products mindstorms 97 97 100 Maia L Silva V Rosa R Junior V amp Neto J 2008 A rob tica como ambiente de programa o utilizando o kit LEGO Mindstorms Variant Press 10 Manual Merck Consultado a 29 de Novembro de 2010 atrav s de http www manualmerck net id 296 Mattos M Adriano R Shelly B 2004 Teoria e pr tica da metodologia da pesquisa em educa o f sica construindo sua monografia artigo cient fico e projeto de a o S o Paulo Phorte Miyamoto E Lee M Fujii H amp Okada M 2005 How can robots facilitate social interaction of children with autism Possible implications for educational environments Proceedings of the Fifth International Workshop on Epigenetic Robotics Modeling Cognitive Development in Robotic Systems Lund University Cognitive Studies 123 Consultado a 19 de Maio de 2010 atrav s de http www Jucs lu se LUCS 123 Miyamoto pdf Norte S Castil
136. s deve ser adaptada ao meio envolvente do estudante setoriza o iii As estrat gias metodol gicas a situa o e o programa escolar devem ir ao encontro das necessidades espec ficas do aluno individualidade did tica Cruikshank 1976 citado por Valente 1983 j partilhava as ideias de Bautista et al 2002 ao defender que um programa educacional efetivo deve abordar diversos tipos de car ncias destas crian as de acordo com as suas dificuldades intelectuais f sicas e ou de aprendizagem Uma vez que as crian as com PC possuem diferentes necessidades pessoais e requerem uma aten o educacional nica e personalizada dif cil generalizar uma metodologia adequada o que obriga os educadores a adaptar os materiais de ensino as atividades e as t cnicas de avalia o Valente 1983 Existem diversos m todos educacionais utilizados em crian as com necessidades educativas especiais e a selec o do melhor m todo depende do grau de limita o f sica e mental do tipo de atividade e do n vel de conhecimento dos alunos al m da capacidade e da forma o acad mica dos educadores Em muitos casos a inclus o do utente no sistema educativo regular a situa o mais adequada no entanto se a crian a carecer de apoio terap utico f sico e oral torna se necess rio um apoio complementar e nos casos das limita es mais severas a abordagem educacional tradicional n o preenche todas as necessidades individuais e uma e
137. s e do participante na pr testagem do question rio foi pedida autoriza o aos participantes e aos seus encarregados de educa o e procurou se reduzir o impacto do estudo sobre a carga de trabalho dos participantes privilegiando se um per odo de interrup o letiva British Educational Research Association BERA 2004 52 4 6 Estrutura das atividades desenvolvidas no estudo Tabela 2 Estrutura das atividades desenvolvidas no projeto N mero da s Atividades Dura o de Fase Recursos utilizados sess o es desenvolvidas cada sess o 1 sess o Explica o dos Apresenta o em objetivos e PowerPoint sobre os metodologia do objetivos do projeto a 1 fase projeto metodologia utilizada e prepara o Ambienta o o Lego Mindstorms plataforma Lego anexo Mindstorms 60 minutos Ee Constru o do Kit educativo do sess o rob Lego Mindstorms 2 fase Gui o de constru o Desenvolvi do rob mento do Programa o e Software NXT G projeto 4 e 5 sess o experimenta o do e Gui o rob Nota Tabela adaptada de Ribeiro 2006 4 7 Vari veis Para Santos 2005 as vari veis s o os dados a que as hip teses se referem e revelam as rela es de causa e efeito que ocorrem entre si Amaral Pio amp Matos 2009 De acordo com Almeida e Freire 2008 as vari veis independentes s o a causa e as vari veis depend
138. s notas de campo e dos question rios aplicados e aplicar uma entrevista estandardizada de final aberto fisioterapeuta ap s a ltima sess o realizada com os utentes Posteriormente realizar se o os seguintes procedimentos 1 Redu o dos dados atrav s da sua sele o simplifica o e categoriza o 2 Apresenta o dos dados atrav s da sua organiza o em tabelas e numa rede causal 3 Conclus o verifica o dos dados Gil 2009 Todos os instrumentos utilizados tiveram objetivos espec ficos tendo por isso uma rela o direta com as diferentes categorias de an lise Ribeiro 2006 58 Tabela 4 Instrumentos de recolha de dados vs categorias de an lise Instrumento de recolha de dados Categorias de an lise Observa o participante Filmagem em v deo An lise das notas de campo e Ambiente envolvente Comportamento organiza o motiva o empenho e persist ncia dos participantes Habilidade motora e mental para a constru o e programa o dos rob s Observa o das estrat gias utilizadas An lise de eventuais melhorias na concentra o e motiva o dos participantes Question rios aos utentes com PC e Percep es e atitude dos participantes relativamente s atividades e ao funcionamento do Lego Mindstorms e Dificuldades encontradas pelos participantes no decorrer das atividades propostas e Sugest es de atividades por parte dos p
139. ses pessoais o kit pode ser utilizado por utentes com limita es motoras e cognitivas espec ficas tendo apenas que se tomar as devidas precau es quanto ao grau de dificuldade da programa o de modo a manter o interesse dos participantes Apesar de algumas pe as terem dimens es reduzidas verificou se que as suas dimens es n o constitu ram um obst culo montagem do rob dado que os utentes tal como o participante na pr testagem do question rio apenas se queixaram da press o que se tem de exercer de modo a encaixar as pe as umas nas outras Esse receio em rela o for a exigida foi ultrapassado pelos utentes com o decorrer das sess es e ap s lhes ter sido garantida a resist ncia das pe as Ambos os utentes demonstraram possuir anteriormente a for a e a motricidade necess rias pelo que n o se pode confirmar se houve desenvolvimento da motricidade fina Os participantes utentes fisioterapeuta e a pr pria investigadora no seu di rio de bordo expressaram opini es un nimes e consistentes que indiciam que os rob s Lego Mindstorm podem ser utilizados no contexto pedag gico destes utentes Deste modo poss vel recomendar a sua ado o por parte de institui es educativas centros de reabilita o ou at pelo seio familiar de utentes com PC ligeira O kit pode conduzir a melhorias e ser utilizado como alternativa diferenciadora das terapeutas utilizadas permitindo aos utentes um escape rotina
140. spasmos musculares que iriam dificultar a montagem do prot tipo Os dois participantes no estudo s o do sexo masculino frequentam o ensino regular a n vel do sexto e do nono ano de escolaridade ano letivo 2010 2011 e t m idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos respetivamente O utente A de acordo com o relat rio m dico constante no seu processo datado de 2011 portador de um quadro sequelar de PC infantil de forma Esp stica Unilateral DTA apresenta um quadro de hemiparesia esquerda com claudica o na marcha por aumento do t nus e retra o musculo esquel tica condicionante de equino irredut vel 44 dificuldade ligeira moderada na aprendizagem e aplica o do conhecimento que lhe confere defici ncias motoras e percetivas como definido pela Classifica o Internacional da Funcionalidade CIF Tabela 1 Condicionantes do quadro cl nico do utente A CIF O M S 2001 SNRIPD 2003 Incapacidades 0 gt 4 Atividade Cap tulo 1 Aprendizagem e aplica o do conhecimento D130 159 Aprendizagem b sica Grau 1 D160 d179 Aplica o do conhecimento Grau 2 Cap tulo 3 Comunica o d330 falar Grau 1 Cap tulo 4 mobilidade d450 Andar Grau 2 d4552 Correr Grau 3 D4409 Atividades de motricidade fina da m o n o Grau 2 especificada Cap tulo 7 Interac es e Relacionamentos Interpessoais D720 Interac es interpessoais complexas Grau 1 Nota Inf
141. sso de troca m tua entre o meio e o indiv duo tendo o outro como mediador Rocha 2006 no qual a humanidade constr i o conhecimento e um s lido sistema de cren as a partir de sua intera o com o mundo Fabel 2001 Atrav s do seu estudo Piaget procurou compreender o modo como as crian as constroem este 30 conhecimento e desenvolver v rias tarefas e perguntas de modo a revelar os tipos de estruturas de pensamento que as crian as constroem nas diferentes idades Fabel 2001 Em resposta Piaget considerado o pai do construtivismo defendeu que as crian as n o se limitam a absorver passivamente as experi ncias e informa es que lhes s o facultadas sendo construtoras ativas das suas pr prias ideias e teorias Curcio 2008 Baseando se nesta premissa o matem tico Seymour Papert desenvolveu a teoria do construccionismo na qual defende que a educa o consiste em prover as oportunidades para que as crian as desenvolvam atividades criativas que impulsionem o processo construtivo e que o conhecimento assimilado se relaciona com fatores cognitivos e afetivos Rocha 2006 De acordo com Fabel 2001 Papert defende que a melhor aprendizagem dever oferecer ao educando melhores oportunidades para construir e que de acordo com esta teoria a aprendizagem favorecida quando as crian as se comprometem com a constru o de um produto significativo tal como um castelo de areia um poema uma can o uma m quina ou
142. strou se sempre participativo demonstrando um especial empenho durante a montagem do rob Gradualmente o utente foi se soltando mais o que resultou numa maior verbaliza o das suas ideias e numa redu o da frequ ncia com que solicitava a aprova o da investigadora 60 Infelizmente e por for a das circunst ncias o utente A n o p de comparecer terceira sess o porque a mesma foi agendada num hor rio que coincidisse com a sess o de fisioterapia do utente C que foi convidado ap s as duas primeiras sess es e ap s a aus ncia injustificada do utente B que nunca chegou a comparecer s sess es agendadas O utente A tamb m faltou injustificadamente quarta sess o apesar da mesma ter sido agendada no hor rio da sua sess o de fisioterapia e do seu transporte domic lio APPC e APPC domic lio estar assegurado Posteriormente e antes de se dar in cio quinta sess o o utente A justificou a sua aus ncia dizendo apenas que ficou a jogar Playstation Esta op o talvez possa ser explicada por uma conversa informal entre a fisioterapeuta dos utentes e a investigadora em que a fisioterapeuta referiu que numa sess o o utente A se queixou de um vizinho n o o deixar jogar Playstation e do facto de a sua fam lia n o ter condi es financeiras que lhe permitissem oferecer lhe uma Provavelmente quando o utente teve a oportunidade de jogar acabou por escolher a consola em detrimento do projeto
143. ta o desenvolvimento motor da crian a Ferreira 2007 Uma vez que a PC n o constitu da por um conjunto est tico de sintomas e dada a dificuldade em especificar a rela o precisa entre o quadro cl nico e a les o nervosa cerebral torna se dif cil de diagnosticar Dificuldade comum com o diagn stico de outras les es do sistema nervoso central Bautista et al 2002 Como referem Bautista et al 2002 e Condado 2009 a PC pode ser classificada de diversas maneiras dependendo do transtorno motor preponderante a saber O tipo esp stico que segundo Kavamoto s d o tipo mais comum verificando se em cerca de 50 a 60 dos casos Leme 2004 citada em Ferreira 2007 Prenuncia a exist ncia de uma les o no sistema piramidal que tem como fun o a realiza o dos movimentos volunt rios Assim sendo caracteriza se pela perda dos movimentos volunt rios com diminui o da for a muscular e aumento da tonicidade rigidez muscular Segundo Kavamoto s d ocorre um aumento da tens o que pode ser sentido com a m o ou como uma maior resist ncia movimenta o de uma parte do corpo Bautista et al 2002 acrescenta que a tens o muscular se mant m inclusive quando o utente est em repouso A continuidade da hipertonicidade provoca posturas incorretas que se podem converter em contracturas musculares ou deformidades permanentes 18 Para Leme 2004 o tipo atet sico representa 20 a 30 dos casos Ferreir
144. telecomandado atrav s de um comando especialmente adaptado A equipa de investigadores concluiu que crian as com defici ncias f sicas graves podem manipular um rob Lego para jogar e em alguns casos realizar tarefas que exijam capacidades cognitivas mais sofisticadas O sucesso alcan ado pelo estudo indiciou que o Lego Mindstorms pode ser adotado para aferir as capacidades cognitivas de crian as que n o as conseguem demonstrar atrav s de testes padronizados Poletz Encarna o Adams e Cook 2010 recorreram ao Lego Mindstorms para criar um prot tipo que lhes permitisse analisar cognitivamente um universo de dezoito crian as portadoras de defici ncia e com idades compreendidas entre os tr s e cinco anos Os autores procuraram avaliar atrav s de diferentes exerc cios em que idade as crian as adquirem os conceitos de causalidade nega o l gica bin ria e sequ ncia As tarefas foram realizadas com consist ncia dado que as crian as atingiram os objetivos na maioria das vezes O estudo demonstrou que as crian as avaliadas atrav s de testes padr o tinham sido subestimadas pelos testes padr o realizados nas institui es de ensino e que as 28 informa es recolhidas poder o ser utilizadas para desenvolver tarefas cognitivamente motivadoras que incentivem o desenvolvimento e para planear atividades pr ticas como por exemplo manobrar uma cadeira de rodas mecanizada ou outros aparelhos tecnol gicos de
145. to para al m do NXT dos servomotores interativos e dos sensores inclu dos no kit NXT 2 0 o kit educativo inclui ainda um sensor de toque adicional uma bateria de l tio recarreg vel e o respetivo carregador um livro de instru es de constru o a cores tr s cabos conversores sete cabos conectores tr s l mpadas e uma caixa de arruma o com duas bandejas de pl stico Lego motivo pelo qual foi escolhido em detrimento da vers o 2 0 Figura 4 O kit educativo do Lego Mindstorms 36 No entanto o software para programar o NXT tem de ser comprado parte ao contr rio do kit do Lego Mindstorms NXT 2 0 que j integra o software 2 6 1 1 O LEGO Mindstorms na educa o nos EUA que o Mindstorms mais divulgado com programas apoiados por institui es como a NSF National Science Foundation e diversas institui es de ensino Na Europa a utiliza o deste material est menos disseminada destacando se alguns trabalhos em col gios no Luxemburgo e no Reino Unido Em Portugal a partir de 2004 organizaram se competi es inter escolas divulga es nos Centros de Ci ncia Viva e cursos de ver o de rob tica e Mindstorms em algumas universidades e polit cnicos Ao n vel das escolas b sicas e secund rias tem se verificado atividades pontuais sob a forma de clubes ou trabalhos incentivados por professores Teixeira 2006 Algumas dessas atividades surgiram ou deram origem a estudos emp ricos como po
146. tora de utentes com paralisia cerebral ligeira A resposta a esta quest o dever ser encontrada na entrevista realizada fisioterapeuta da institui o APPC dado que o acompanhamento dos progressos dos utentes na institui o est a cargo da fisioterapeuta em quest o 4 Metodologia de Investiga o 4 1 Metodologia O presente estudo assentou em dados de natureza qualitativa atrav s de uma abordagem ao paradigma pragm tico Para Creswell 2003 o investigador disp e de tr s abordagen distintas 1 a abordagem quantitativa ii a abordagem qualitativa iii a abordagem mista Atrav s da abordagem quantitativa o investigador procura os fatores que influenciam o resultado tenta identificar os melhores indicadores de resultados e encontrar uma explica o Na abordagem qualitativa procura se compreender o problema e a amostra Na abordagem mista utiliza se a abordagem quantitativa e a qualitativa para obter uma perpetiva mais detalhada do fen meno e do conceito Com o paradigma pragm tico a investiga o centra se no problema e procura responder ao o que e ao como Creswell 2003 Quest es s quais se tentou dar resposta ao aferir como os utentes com PC interagem com o Lego Mindstorms e que aprendizagens e melhorias obt m dessa intera o 41 Dada a sua natureza este projeto foi desenvolvido em diversas fases Primeiramente deu se nfase observa o participante aquando da constr
147. u o dos rob s e respetiva intera o metodologia j utilizada no estudo da intera o de crian as autistas com rob s human ides Dautenhahn amp Billard 2002 Pretendeu se dividir a atividade por sess es cinco sess es com a dura o m xima de 60 minutos como recomendado por Bogdan amp Biklen 1994 no entanto a sua dura o foi flex vel de acordo com a resposta e disponibilidade dos utentes Paralelamente solicitou se aos participantes que respondessem a tr s question rios aplicados ap s as tr s principais etapas do projeto montagem programa o e intera o Os participantes constru ram com o aux lio de um gui o de constru o programaram de acordo com as propostas de trabalho entregues aos alunos em conjunto e interagiram com o rob com o intuito de desenvolver as suas capacidades sociais Durante a observa o das sess es atrav s das notas retiradas no local e dos question rios aplicados aos participantes classificou se de que forma cada tarefa foi realizada e quantificou se os resultados obtidos analisando determinados comportamentos 1 As aprendizagens realizadas no decorrer das 3 etapas em que os utentes concretizaram as tarefas nomeadamente a montagem programa o e intera o com os artefactos robotizados ii Eventuais dificuldades encontradas no decorrer das 3 etapas acima citadas al nea i iii O potencial pedag gico dos rob s em quest o para indiv duos com paralisia cerebr
148. u cognitivas dependendo da localiza o gravidade ou extens o da les o neurol gica Valente 1983 Pelo que alguns portadores de PC podem possuir uma intelig ncia normal ou superior m dia em oposi o a outros que podem evidenciar um atraso mental originado pelas les es ou pelo fraco est mulo experi ncias resultantes da sua condi o APPC s d A incid ncia da paralisia cerebral tem se mantido est vel nos ltimos 40 anos entre 2 e 2 5 por mil nascimentos nos pa ses desenvolvidos no entanto com o avan o da medicina e dos cuidados pr natais houve uma maior sobreviv ncia dos rec m nascidos com baixo peso e prematuros o que pode aumentar este n mero Por outro lado devido aus ncia de cuidados no momento do parto nos pa ses em desenvolvimento a incid ncia da PC de 5 a 6 por mil nascimentos Ferreira 2007 Apesar dos avan os tecnol gicos e no desenvolvimento de medidas de preven o n o h forma de eliminar totalmente as causas da paralisia cerebral uma vez que o dano ocorre no c rebro Valente 1983 17 2 1 1 Identifica o das desordens f sicas da paralisia cerebral A PC pode manifestar se de diferentes modos sendo que alguns utentes podem ter perturba es ligeiras que lhes afetam a coordena o quando falam andam ou a utilizam as m os ou perturba es mais graves que as impossibilitam de falar e andar APPC s d Segundo Bobath 1989 a les o cerebral n o se desenvolve mas afe
149. u viewdoc download do1 10 1 1 65 4293 amp rep repl amp type pdf Rocha R 2006 Utiliza o da rob tica pedag gica no processo de ensino aprendizagem de programa o de computadores Centro Federal e Educa o Tecnol gica de Minas Gerais Belo Horizonte Rodrigues W 2007 Metodologia Cient fica Consultado a 09 de Abril de 2011 atrav s de http professor ucg br SiteDocente admin arquivosUpload 3922 material Willi an 20Costa 20Rodrigues metodologia cientifica pdf Silva E Menezes E 2001 Metodologia da pesquisa e elabora o de disserta o 3 ed Consultado a 05 de Abril de 2010 atrav s de http projetos inf ufsc br arquivos Metodologia 20da 20Pesquisa 203a 2 Oedicao pdf Teixeira J 2006 Aplica es da Rob tica no ensino secund rio O sistema LEGO Mindstorms e a f sica Universidade de Coimbra Coimbra Tuckman B 2002 Manual de investiga o em educa o como conceber e realizar um projeto de investiga o 3 ed Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Valente J 1983 Creating computer based learning environment for physically handicapped children Massachusetts Institute of Technology Cambridge 104 Consultado a 11 de Maio de 2011 atrav s de http publications csail mit edu lcs pubs pdf MIT LCS TR 301 pdf Werry I amp Dautenhahn K 1999 Applying mobile robot technology to the rehabilitation of autistic children Proceedings SIRS 99 Symposium on Int
150. udante de mestrado Ao meu orientador pelos seus contributos orienta o e oportunidade para desenvolver este projeto professora Paula Abrantes por me ter apresentado o Lego Mindstorms e por ter acreditado em mim e neste projeto A sua paci ncia orienta o e disponibilidade foram uma ajuda inestim vel diretora da APPC Faro por me ter aberto as portas da institui o disponibilizado as instala es e me ter apresentado a alguns dos elementos chave deste projeto terapeuta ocupacional e fisioterapeuta dos utentes Sem o vosso apoio disponibilidade carinho e aten o jamais teria conclu do este projeto atempadamente N o h palavras para agradecer todo o tempo disponibilizado e toda a ajuda dada Ao participante da pr testagem do question rio e sobretudo aos dois utentes que participaram no estudo O que dizer de seres t o especiais que interrompem as suas f rias para participar neste estudo A vossa determina o paci ncia e vontade fizeram com que fosse uma honra trabalhar convosco Aos pais dos utentes por terem permitido que os vossos filhos que participassem neste projeto A vossa confian a em mim e neste projeto foi essencial Ao Dr Paulo Condado pelas suas orienta es e conselhos dados no estado embrion rio deste projeto Aos meus colegas e amigos pelas suas palavras de incentivo sobretudo Ania por me ouvir e amparar Obrigada por todo o teu apoio A minha fam
151. uito 164 6 Gostaste de interagir com o rob Detestei N o muito Mais ou menos Gostei Gostei muito 7 Na tua opini o o Lego Mindstorms podia ser utilizado por outros meninos com paralisia cerebral ligeira Justifica Sim pois se me ajudou a mim pode ajudar todos Faro 21 de Julho de 2011 Grata pela tua colabora o Cristina Conchinha 165 ANEXO L Transcri o da entrevista fisioterapeuta 166 1 Costuma utilizar as TIC com regularidade Eu como fisio n o n o costumo assim muito mas n s aqui na institui o fazemos e utilizamos as TIC sim As TF que s o as terapeutas da fala usam muitas vezes Agora eu fisio mais parte f sico e motor como j tinha dito e portanto acabo por n o Muitas vezes participo quando a terapeuta tem o meu menino s vezes vou ver ou estou com ele mas diretamente n o Pelo menos at ao momento n o uso muito 2 Quais as atividades J disse que n o recorre mas Pelo que eu vejo delas as atividades s o mais a parte da comunica o alternativa Vejo que fazem jogos no ecr V em se jogos depois eles t m de tipo causa efeito n o Se mostro uma pe a o que que vai acontecer Portanto acontece Eu acho que o principal Eu acho que essa parte Comunica o alternativa como elas chamam ou comunica o aumentativa 3 Considera o recurso s novas tecnologias uma ferramenta importante na reab
152. um software Uma estrat gia de aprendizagem eficaz consiste no desenvolvimento de projetos em grupo suficientemente abertos para permitir abordagens diferentes e ao mesmo tempo restritos para permitir que estas abordagens sejam comparadas O professor da teoria contruccionista tem o papel de promover a aprendizagem planear e coordenar os projetos desenvolvidos pelos alunos de modo a que os mesmos sejam os construtores do seu pr prio conhecimento pedag gico envolvendo se firmemente com as atividades de aprendizagem Para Papert o trabalho deve ser o brinquedo dos adultos Rocha 2006 Em ambientes escolares convencionais da poca Papert observou atividades de escultura em sab o e concluiu que esses ambientes passivos n o permitiam que as crian as 31 fossem construtoras ativas Curcio 2008 Isso fez com que Papert idealizasse uma metodologia de aprendizagem da matem tica mais construtiva na qual teria de trabalhar com meios mais sofisticados e poderosos que simples materiais de arte Fabel 2001 Desse modo Papert incluiu o computador na sua teoria de aprendizagem como fator de transforma o cultural Rocha 2006 Papert e os seus colegas do Massachusetts Institute of Technology MIT desenvolveram em 1968 uma linguagem de programa o denominada LOGO com o objetivo de tornar o uso do computador acess vel s crian as Chella 1993 e Rocha 2006 De acordo com Papert 1980 ao proporcionar um suporte
153. uma pe a preta O utente agarra a pe a correcta I Exactamente Olha aqui a investigadora aponta para o manual Aqui n o est no meio est na pontinha 63 O utente sorri para a investigadora enquanto encaixa a pe a Tens de fazer for a n o te preocupes que n o n o se parte E agora Quantas s o Utente A UA Duas o utente vai buscar as pe as e olha para a investigadora Apesar da dificuldade inicial em transpor as ilustra es do manual para as pe as do kit educativo e de ter sido ajudado a identificar e resolver um pequeno engano cometido durante o processo de montagem que obrigou o utente e a investigadora a desencaixar algumas pe as o processo de desmontagem ligeiramente mais complicado que o processo de montagem porque obriga a exercer mais press o e a realizar um processo de desconstru o mental com o decorrer da primeira e sobretudo da segunda sess o o utente foi se tornando mais aut nomo e confiante provavelmente pelo est mulo positivo recebido e pelas pequenas conquistas O utente come a a procurar autonomamente as pe as necess rias de acordo com o manual I Ah muito bem Retira uma pe a sem a colocar sobre o manual para confirmar o tamanho da pe a I Viste o tamanho O utente coloca a pe a sobre o desenho da mesma pe a no manual para mostrar que o tamanho id ntico 64 I Ah tu j sabes UA de cinco a pe a I de ci
154. uo os mas ficam parados Est ali Agora um rob que eu constru e anda giro Portanto gir ssimo Nestas idades acho giro N o sei depois com 19 20 anos depende Depende depois do interesse Exato Eu por exemplo gosto n o Eu gosto de constru o e ainda mais quando eles se mexem e n o sei qu n o Ou por exemplo aqueles n o de constru o aquelas avionetas ou helic pteros que voam e a gente comanda gir ssimo portanto Mas h adultos que n o ligam nenhuma Mas isso depende da pessoa que temos frente portanto uma quest o de a nossa aposta depende Exato isso Mas sim Eu acho que no geral acho que sim acho que correu bem E eles gostaram Para al m de correr bem eles gostaram imenso Interessaram se Muito obrigada 182 De nada Sempre s ordens Qualquer coisa se puder ajudar em mais alguma coisa sempre N s Eu ou a terapeuta ocupacional Se futuramente quiser estamos dispon veis Est bem Sim Muito obrigada Foi uma ajuda muito preciosa Foi um prazer 183 ANEXO M Resultado da entrevista fisioterapeuta 184 Tabela 26 Resultado da entrevista fisioterapeuta Localiza o documento t R t uest o pa n da quest o Utiliza as TIC regularmente N o E 1 Con dera as TIC importantes para a Sim E3 reabilita o de utentes com PC A APPC utiliza as TIC com os seus Sim E 1 E 2 E 4 utentes S
155. utente C e tal O que que tu gostas mais qual a tua disciplina da qual gostas mais Diz assim gosto de ci ncias gosto de vai falando Ele vai ter sucesso sem d vidas 7 Recomendaria o Lego Mindstorms para utentes com PC ligeira Sim sim Eles gostaram imenso e acho acho que sim 8 Implementaria o Lego Mindstorms no quotidiano destes utentes como parte de uma terapia Ah sim Sim N o digo sempre mas fazer Fazer Eu acho que fazia por per odos Porque h per odos em que eles est o mais cansados em que eles andam stressados tamb m da escola 174 Depois s o mi dos por exemplo no caso do utente C O utente C tem m sica depois tem gin stica depois tem n o sei o qu depois mais a escola Quer dizer tem muitas atividades a escola o estudar os testes e acho que Depois tem de vir fisioterapia tem de vir aqui APPC E portanto isto durante o ano chega se ao fim do ano e est o cansados E fazer em intervalos Por exemplo na P scoa que um per odo assim que est o de f rias ou em que faltam mais vezes Fazer assim um per odo Ou no Natal ou agora depois no final do ano Um per odo olha na mesma fisioterapia porque ele est a trabalhar outra parte A parte mais de motricidade fina n o A parte cognitiva a intera o porque em grupo se for o caso Est o a trabalhar outras coisas e ao mesmo tempo muito interessante porque uma

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