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Anais da V Jornada APOIAR

1. O m dico queria mand lo embora mas Alice diz que bateu o p exigindo uma interna o Ele foi levado a seguir para uma cl nica em outra cidade de ambul ncia junto com a m e Alice diz que n o conseguia dirigir ent o teve que ficar aguardando a m e voltar Explica que sentiu p nico e muita tristeza junto com um sentimento de impot ncia pensando por que deixou a situa o chegar neste ponto Questionava se tamb m por que n o rica para poder lev lo a um servi o particular Conta que esta foi a 8 interna o do seu irm o Desde este epis dio Alice diz que est sentindo p nico Diz que ap s 15 dias seu irm o saiu da Cl nica e voltou para a casa da m e ele mora com a m e o pai e dois irm os Assim que seu irm o chegou em casa j foi para a rua usar crack Clara pediu ajuda novamente Alice se negou a ajudar mas ao desligar o telefone ficou em p nico sentindo se culpada Explica que neste dia em que ela n o ajudou a m e os irm os amarraram o Breno na cama e ele voltou a ser internado depois disto Para ele ser internado por m a m e voltou a ligar para ela Desta vez Alice conseguiu uma situa o mais negociada com pelo menos um dos irm os o irm o ca ula pois o outro depresssivo e n o trabalha Tiveram que pagar uma ambul ncia e levaram o Breno para um Hospital Desta vez o seu irm o ficou mais 15 dias internado e depois foi transferido de hospital sendo que para fazer esta transf
2. Sente se s e muito desvalorizada e ainda est tentando elaborar a trai o do marido o que ela diz que lhe deixou arrasada pois nunca esperou que ele pudesse fazer isto Ele det m o poder econ mico e faz quest o de dizer que quem manda l ele o que lhe d direito de n o participar da vida dom stica de n o se sentir respons vel pela educa o dos filhos CONCLUS O Este trabalho vem validar a proposta do Projeto Entrevistas Iniciais onde pode se constatar a import ncia das Consultas Terap uticas Baseada na Obra de Winnicott 1985 que prop e dentro do referencial psicanal tico o acolhimento do paciente que est sofrendo atrav s de interven es precoces levando o terapeuta a uma postura mais ativa que proporciona ao terapeuta uma maior capacidade de compreens o de seu momento de vida e consequentemente em uma melhor qualidade de vida Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 173 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Caso Cl nico FN Nome FN Idade 38 anos Estado Civil Solteiro sem namorada Profiss o n vel superior sem emprego formal alguns anos Resid ncia junto aos pais QUEIXA PRINCIPAL Ele buscou o Aapoiar referindo se a estados alternados de depresss o e euforia com apresenta o de Parafilias nunca mencionou quais seriam as par
3. A maioria das pessoas utiliza o termo amor para descrever seus sentimentos em relac o a uma pessoa por quem mais fortemente atra da ou a quem se v mais apegada E assim listas intermin veis foram elaboradas com todos os tipos de constituintes que esse sentimento poderia conter em si Em meio a tantas confus es s o feitas tamb m err neas equival ncias entre amor e paix o entre enamoramento e apaixonamento Dessa forma apesar de sua evidente import ncia o amor enquanto um conceito muitas vezes utilizado indiscriminadamente pelas pessoas de uma forma err nea De fato ele possui uma extensa variedade de formas e explica es sob diversos prismas Por muito tempo buscou se uma defini o que fosse aceita por cientistas e pessoas do senso comum a respeito do que seria o conceito de amor Em uma de suas prov veis origens o termo amor deriva etimologicamente do grego no qual a significa sem e mors sin nimo de morte Portanto o amor sob essa perspectiva etimol gica corresponderia a algo que transcende a morte E de forma geral pode se dizer que as rela es que estabelecemos ao longo de nossas hist rias est o permeadas pelas rela es amorosas Segundo Am lio 2001 amor um termo utilizado para nomear um grupo de sentimentos a es e padr es de pensamentos que embora relacionados s o bastante diversificados p 23 Adicionalmente Almeida e Mayor 2006 concebem o amor como u
4. Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 314 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O medo a falta de perspectiva e a solid o surgem neste desenho refletindo o quanto este paciente est desesperancado e sem perspectiva Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 315 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Esta paciente tem clareza do quanto que a doenca modificou sua vida e de seus familiares Mas ao contr rio do anterior caminha para o tratamento entrando em contato com seu processso de adoecer Est rodeada de familiares e amigos Possui a disponibilidade de partilhar este momento dif cil e de sofrimento Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 316 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Este por sua vez revela como se percebe im vel incapaz somente a cabeca sobreviveu a todo este processso mas de alguma maneira busca sa das como por exemplo a igreja Seu corpo e sua vida ficaram reduzidos a uma cadeira e a uma cabeca Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 317 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP P
5. es que tendem a se tornar lugar comum relativas as dificuldades supostamente inerentes adolesc ncia Tendo a pensar que a no o winnicottiana segundo a qual existem sofrimentos pr prios da vida madura bastante diversos daqueles oriundos do viver inaut ntico devem ser levados em conta quando pensamos na adolesc ncia Assim encontraremos entre os adolescentes tanto aqueles que se mant m na dissocia o sem condi o de se sentirem vivos reais e capazes de atingir a gestualidade espont nea e aqueles que como pessoas aut nticas lidar o com os desafios da vida contempor nea N o subestimamos certamente o fato de vivermos atualmente no mundo globalizado uma poca hist rica particularmente dif cil do ponto de vista das exig ncias que faz ao jovem que entra no mundo adulto assunto que j abordamos em outros textos Aiello Vaisberg 2005 Entretanto parece nos importante focar a aten o no modo pelo qual posi es existenciais integradas ou dissociadas resultar o em adolesceres mais ou menos dif ceis Os adolescentes capazes de viver alternando estados integrados e n o integrados enfrentar o o dilema humano fundamental relativo luta incessante entre tomar o outro como objeto ou consider lo como pessoa Alem disso criar o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 65 Departamento de Ps
6. es problema simples at no m ximo doze sess es quando as situa es problema s o complexas ou existe crise adaptativa A frequ ncia uma sess o por semana As situa es problema s o trabalhadas atrav s de clarifica es e uso de interpreta es tendo por base as conjecturas psicodin micas que ajudam o paciente a compreender as raz es inconscientes de seu comportamento pregresso e atual Se a conjectura psicodin mica plaus vel e corresponde a um aspecto inferido corretamente geralmente provoca novas associa es e resson ncias de significado emocional que ajudam na compreens o de como se deram as solu es pouco ou pouqu ssimo adequadas estimulando a procura de solu es mais eficazes Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 263 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A atividade do psicoterapeuta sempre diretiva evitando se as associa es livres prolongadas que tornariam o trabalho um arremedo da psicoterapia psicanal tica Conforme as circunst ncias s o usados recursos suportivos como por exemplo sugest o reasseguramento orienta o e catarse Deve se permanecer atento para evitar ou contornar a transfer ncia negativa e com atitudes af veis e respeitosas estimular se a transfer ncia positiva da qual se retira a possibilidade de colabora o
7. o e ao tratamento Ao considerar a depresss o entre idosos importante levar em conta as peculiaridades desse grupo et rio quanto origem e manifesta o de sintomas depresssivos e de depresss o cl nica Al m disso os estudos devem considerar os idosos na totalidade de aspectos de sua experi ncia incluindo na an lise da depresss o aspectos psicol gicos sociais e cl nicos REFER NCIAS Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 105 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Aldwin C M Gilmer D F Health Illness and Optimal Aging Biological and Psychological Perspectives California Sage Publications 2004 Ballone G J Depresss o no idoso In PsiqWeb Psiquiatria Geral 2002 Dispon vel em http virtualpsy locaweb com br index php sec 1 6 amp art 67 Acesso em 20 julho 2007 Baltes P B Theoretical propositions of life span developmental psychology on the dinamics between growth and decline Developmental Psychology 5 611 626 1987 Baltes P B On the incomplete architecture of human ontogeny Selection optimization and compensation as foundation of development theory American Psychologist 52 4 366 380 1997 Baltes P B Reese H W Lipsitt L P Life span developmental psychology In Baltes P B e Brim Jr O G orgs Annual Review of Psychology 31 pp 6
8. Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 7 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP rejuvenescem nossos mol culas fazem no v rias vezes por ano Passamos o tempo rejuvenescendo ou seja vivemos da morte dessas c lulas para rejuvenescer Mas ent o por que morremos Porque com o tempo rejuvenescer sumamente cansativo Rejuvenescer mortal Por isto desgra adamente morremos Morremos de vida Na modernidade passamos a considerar a velhice como um est gio importante para o desenvolvimento humano n o como anteriormente era visto quase como uma fase terminal da exist ncia Este fato se d por uma quest o bastante l gica a inf ncia se d em 10 anos depois passamos para a adolesc ncia e aos 21 anos somos considerados adultos Ent o quando chegamos aos 50 60 anos somos considerados velhos pelo menos em termos de mercado de trabalho uma vez que na modernidade e sob a gide do capitalismo deixamos de ser produtivos e ou o mercado de trabalho deixa de absorver esta faixa et ria Considerando o aumento da expectativa de vida poderemos viver aproximadamente at 100 anos o que significa em tese que teremos 40 anos de velhice Como dar se este processso de envelhecimento Jung nos fala que primeiramente o homem deve estabelecer no mundo v nculos s lidos fundar uma fam lia cons
9. IPUSP Os atendimentos foram realizados por um grupo integrado por uma supervisora do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social e cinco estagi rios da disciplina de Psicopatologia do 2 ano do curso de Psicologia da USP Partindo da base te rica apresentada anteriormente iniciamos o atendimento de um paciente adulto no modelo de Consultas Terap uticas e estabelecemos um contrato de uma sess o semanal de 50 minutos enquanto ele permanecesse internado O tempo de interna o era indefinido dessa forma os encontros terap uticos foram desenvolvidos como unidades com objetivo de oferecer um setting humano a partir de uma postura diferenciada Isto realizamos sess es com in cio meio e fim sem a pretens o de dar continuidade mas fornecendo o espa o potencial de sustenta o para as viv ncias emocionais do paciente no momento do encontro Iniciamos a primeira entrevista diagn stica com os dados de identifica o e motivo da interna o expandindo o di logo para aspectos da vida emocional do paciente Com base nesses dados e outros de observa o os estagi rios puderam tamb m realizar um relat rio do Exame Ps quico do paciente DESENVOLVIMENTO CL NICO O paciente que chamaremos de Pedro tem 50 anos e estava internado h um m s por intoxica o alco lica com dificuldade de abstin ncia espont nea Desenvolveu um quadro demencial pela sequela do alcoolismo cr nico com d ficit c
10. Mestrado Universidade de S o Paulo Ramos L R Saad P Morbidity among the aged In SEADE Funda o Sistema estadual de An lise de Dados ed Profile of the elderly in S o Paulo S o Paulo Brazil SEADE 1990 Pp 161 172 Gurland B J Cross P S Epidemiology of psychopathology in old age Some implications for clinical services Psychiatric Clinics of North America 5 11 26 1982 Holmes D Rahe R The social readjustment rating scale Journal of Psicosomatic Research 11 213 218 1967 Kelsey J L Whittemore A S Evans A S Thompson W D Methods in observational epidemiology New York Oxford University Press 1996 Lapierre S Pronovost J Dube M Delisle Risk factors associated with suicide in elderly persons living in the community Canada s Mental Health 40 8 12 1992 Lazarus R S Folkman S Stress appraisal and coping New York Springer 1984 Leventhal H Patrick Miller L Leventhal E A Burns E A Does stress emotion cause illness in elderly people In Schaie K W amp Lawton M P eds Annual Review of Gerontology and Geriatrics vol 17 Focus on Emotion and Adult Development Philadelphia Pennsylvania Springer 1997 Livingston G Hinchliffe A C The epidemiology of psychiatric disorders in the elderly International Review of Psychiatry 5 317 326 1993 Mcintosh J L Santos J F Hubbard R W Overholser J C Special high risk fact
11. o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 358 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Surgiram ent o as organizac es de transic o esp cie de intermedi rios entre a instituic o total e a sociedade que foram planejadas no intuito de promover a responsabilidade e enfatizar um grau significativo de auto sufici ncia da pessoa com defici ncia atrav s do trabalho ou do preparo para o trabalho envolvendo treinamento e educa o especiais bem como um processso de coloca o cuidadosamente supervisionado Aranha 2001 Assim criou se o conceito de integra o segundo a ideologia da normaliza o e nesse sentido tratava se de localizar no sujeito o alvo da mudan a reduzindo as transforma es na sociedade responsabilidade de garantir servi os e recursos s pessoas com defici ncia para transform las no mais pr ximo poss vel do normal para ent o integr las sociedade Muitas cr ticas foram formuladas ao Paradigma de Servi os a exemplo da grande parcela das pessoas com defici ncia que n o conseguiam alcan ar o padr o de normalidade estabelecido funcional e estatisticamente tendo de certo modo dificuldades em assemelhar se aos n o deficientes devido s caracter sticas intr nsecas ao tipo de defici ncia e seu respectivo grau de comprometimento Um outro ponto de cr tica
12. o e a reconstru o constante de suas possibilidades sem as definirmos a priori IV Refer ncias Bibliogr ficas ARANHA Maria Salete F bio Paradigmas da rela o da sociedade com as pessoas com defici ncia In Revista do Minist rio P blico do Trabalho Ano XI n 21 mar o 2001 ARA JO Edgilson Tavares de Parcerias Estado e Organiza es Especializadas discursos e pr ticas em nome da integra o inclus o educacional das pessoas com defici ncia S o Paulo Disserta o de Mestrado defendida na Pontifica Universidade Cat lica de S o Paulo Programas de Estudos p s graduados em Servi o Social 2006 BRASIL Congresso Nacional Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia Senado Federal Centro Gr fico 1988 BRASIL Congresso Nacional Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9 394 96 de 20 de dezembro de 1996 Di rio Oficial da Uni o 23 de dezembro de 1996 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 373 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP BRASIL Minist rio da Educa o Resolu o CNE CEB n 2 de 11 de setembro de 2001 Bras lia MEC SEESP 2001 BRASIL Congresso Nacional Plano Nacional de educa o Lei n 10 172 de 09 de janeiro de 2001 Bras lia Senado Federal 2001 BRASIL Minist rio do Planejamento
13. o por parte da paciente em n o mais voltar Casa esperando que ela recebesse liga o deles Psicoterapeuta lhe disse ent o que quando a paciente ligasse para a institui o e ent o tivesse a resposta de quando teriam vaga da sim marcariam novo encontro entre a paciente e a psicoterapeuta Durante semanas ap s o ltimo atendimento a paciente avisou por telefone que j havia conseguido encaminhamento para atendimento psicol gico na Casa Eliane de Grammont e por isso n o voltaria mais cl nica do IPUSP Tamb m contou que havia sa do da casa do marido e estava morando com sua m e Duas semanas ap s esse telefonema paciente tinha atendimento marcado o psiquiatra do servi o e a psicoterapeuta ent o aproveitou para realizar um breve atendimento a fim de esclarecer como estavam ocorrendo ta s mudan as na vida da paciente Sobre a sensa o de estar vivendo sem o marido diz que estava sendo maravilhoso viver sem medo e sem ele a perturbando enfatizando que estava mais tranquila e que sua filha estava muito feliz por estar morando com a m e novamente mas acrescentou que ficava muito irritada com o fato da filha ficar tentando chamar sua aten o o tempo todo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 181 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A psicoterapeuta a alerta para o fato de que m
14. o significa sim uma padroniza o de valores e significados pela dissemina o de uma dada ideologia que atende aos interesses do capital Gerontofobia o medo ante o desconhecido Na verdade temos uma gerontofobia pelo menos aqui no mundo capitalista inclua se o Jap o apesar de toda sua cultura de respeito aos idosos o medo e a nega o do envelhecer que impera Para Arcuri 2004 temos medo de envelhecer em primeiro lugar porque a partir da a vida termina Ponto final E temos medo de envelhecer porque n o teremos mais espa os sociais de reconhecimento e de sobreviv ncia Haja est mulo ideol gico a pl sticas gin sticas cosm ticos etc Contraditoriamente o medo de envelhecer nos empurra para a velhice no sentido de parar o desenvolvimento por se achar velho O envelhecimento visto pelo conjunto da sociedade como um tabu como algo desagrad vel e que portanto deve ser negado Lidar com as quest es da velhice e do envelhecer tanto nosso quanto do outro requer uma abertura especial Temos que ter Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 80 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP a compreens o do envelhecimento como uma totalidade que n o simples e tampouco abstrata O envelhecimento tem v rias dimens es n o podendo ser entendido apenas dentro de
15. que vai permitir a produ o de id ias e sentimentos que podem levar o paciente a novas constru es pessoais Caso Cl nico D Trata se de um adolescente de 13 anos Sexo Masculino que mora com os Pais e com mais 3 irm os e cursa a 5 S rie do Ensino Fundamental Chegou no Projeto Apoiar por indica es de amigos da fam lia que ao tomarem conhecimento dos problemas de D em rela o a aprendizagem sugeriram aos pais que nos procurassem no APOIAR Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 170 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP MOTIVO DA CONSULTA A solicita o inicial era a de que D fizesse um tratamento que o permitisse ficar como os outros garotos de sua idade como os irm os ou seja que lhe permitisse aprender Quando lhes perguntei qual o problema que els achavam que D tinha e que n o lhe permitia ser como os outros garotos disseram acreditar que ele tinha um pouco de retardamento HIST RIA DE VIDA Ao nascer D n o apresentava nenhum problema de sa de e foi amamentado at os 4 meses quando apresentou uma crise convulsiva Ap s alguns dias de interna o na UTI saiu do Hospital com o Diagn stico de Atrofia Cerebral Naquela oportunidade os m dicos o avaliaram e descreveram uma resposta motora lenta e um olhar distante Saiu do Hos
16. um tipo de ato terap utico que n o dispensa muito ao contr rio a compreens o anal tica De fato apenas a sensibilidade cl nica aliada a uma compreens o aprofundada dos processos de constitui o de self e da trajet ria dram tica de cada paciente em sua singularidade hist rica o que possibilita um holding que seja ele pr prio self verdadeiro do analista presentificado como gesto terap utico A NARRATIVA DO ACONTECER CL NICO Tina conheceu o grupo Arte de Papel quando fazia parte de um atendimento no IPUSP destinado aos aposentados Ao final do grupo soube da exist ncia de oficinas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 409 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP psicoterap uticas e como acreditava precisar de alguma ajuda prolongada inscreveu se Comecou a freq entar a oficina no grupo das 12h00 Contou nos que trabalhava numa emissora de TV com o planejamento e execuc o de cen rios e que havia sido demitida Sentia se perdida com o longo tempo dispon vel e n o conseguia decidir qual atividade a inseriria no mercado de trabalho Todas as semanas Tina trazia elementos como quem estuda para alguma apresenta o Por muito tempo comentou que n o conseguia fazer pap is como Gina t o lisos e com uma quase perfeita gradua o das cores Tamb m n o encontrara algum eleme
17. 2004 4 O Trabalho de consultas terap uticas Holding sustenta o e contin ncia O trabalho de consultas terap uticas com as m es das crian as abrigadas e seus filhos surgiu a partir da necessidade dos mesmos e o tema de trabalho que estamos desenvolvendo no Doutorado na Universidade de S o Paulo Tem como objetivo oferecer uma sustenta o holding e favorecer o desenvolvimento emocional de todos m e e filhos pai m e e filhos dependendo da configura o familiar Winnicott 1960 descreve o que compreende por holding ao dizer que a provis o da m e para com o seu filho a condi o que ela tem de segur lo f sica e afetivamente Descreve que o holding tem a ver com a adapta o s necessidades da crian a ao longo do seu desenvolvimento Pensa a adapta o como sendo a provis o ou O suprimento das necessidades da crian a necessidades essas de seguran a prote o carinho e aceita o O holding fundamental desde o in cio de vida do beb Pensamos em oferec lo s m es e seus filhos abrigados ap s termos entrado em contato com os mesmos Ao verificarmos o quanto ambos necessitavam do nosso aux lio o quanto sofriam todos devido a situa o pela qual passavam e al m desta Pensamos em consultas terap uticas porque n s t nhamos em mente o quanto pod amos ajudar cada crian a e sua m e a cada sess o pois n o sab amos o quanto de tempo cada crian a iria permanecer no abrigo qual era a decis
18. A terapeuta que a atendeu autora deste trabalho al m de escut la atentamente muito interessada em conhec la e ajud la apontava lhe o quanto ela era severa e exigente consigo mesma e o quanto era cruel e violenta com ela Disse lhe que pensava que ela havia feito o que estava ao seu alcance o melhor que podia ela dizia que o melhor que ela podia era muito pouco Dizia lhe a psic loga que se era pouco era porque ela queria dar muito para a filha queria cuidar bem dela n o queria abandon la mas do modo como se recriminava e se exigia nem o pouco ela p de dar porque ela n o aceitava que seja assim Dizia que tinha feito muito mal para a filha A terapeuta lhe falava o quanto ela ficava aprisionada s suas exig ncias cobran as e recrimina es e que n o levava em considera o as condi es da filha Luc lia concorda que ela fazia isso consigo mesma e diz que at por isso que n o tinha vindo antes ver a filha Achava que a filha n o merecia ficar com uma m e assim Sentia se desprez vel uma p ssima m e para sua filha Uma m e ruim que causou filha sofrimentos que a marcariam para o resto da vida Censurava se muito e chorava demais Sent amos que precis vamos lidar com toda aquela ang stia digeri la e transform la em algo mais tolerante Dizia lhe que n s n o pod amos prever o que poderia acontecer no futuro com a Isadora mas que o que pod amos observar era que ela apesar da experi ncia que tinha passa
19. Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP WINNICOTT D W Priva o e Delingti ncia Tradu o de lvaro Cabral S o Paulo Martins Fontes Psicologia e Pedagogia 1999 Sites consultados www fomezero gov br download O Direito Conviv ncia Familiar e Comunit ria Os abrigos para Crian as e Adolescentes no Brasil www mp rs gov br areas infancia arquivos 85 doc Plano Nacional de Promo o Defesa e Garantia dos Direitos de Crian as e Adolescente Conviv ncia Familiar e Comunit ria ANEXO Isadora Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 233 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP DO ABRIGAMENTO AO DESABRIGAMENTO CONSIDERA ES SOBRE A VIV NCIA DE UM ADOLESCENTE Elaine Cristina Pinho da Silva Wadad Hamad Le ncio Leila Salom o La Plata Cury Tardivo O abrigamento de criancas e adolescentes uma medida de protec o provis ria prevista pelo ECA 1990 Sendo que estes deveriam ficar o m nimo de tempo poss vel nestes abrigos Por m em algumas situacdes o abrigamento pode se prolongar por muitos anos Estas criancas e adolescentes depois de algum tempo vivendo neste lares provis rios podem ser desabrigados O presente estudo aborda os motivos que levam ao abrigamento e como acontece o desabrigamento Tentaremos refletir atrav s do relato de um caso a import ncia do preparo da c
20. E esse seu Z companheiro dos companheiro uma pessoa que tem boas inten es seu Z uma pessoa que n o cria poblema aqui na cadeia An lise medida de atitudes a Impress o Geral Seguindo as recomenda es de Klepsch e Logie 1984 apud Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 ao se olhar a figura pode se expressar a impress o geral que a mesma provoca Assim a figura pode ser vista como amistosa sem sinais de maldade ou agress o mais para o simp tico denotando um ar de imaturidade e aparente felicidade A partir das associa es Edgar se refere ao amigo que se apresenta mesmo como acolhedor e companheiro Ele se v pr ximo e semelhante com a figura desenhada palavras textuais dele E menciona o sofrimento de ambos ressaltando viverem mais momentos ruins do que bons A forma de falar e o desenho sugerem atitudes extremamente infantis Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 307 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP b Indicadores ou Sinais Espec ficos Identifica se uma figura c mica segundo Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 p 25 podendo indicar um crit rio duplo um adulto com express o de crianca A figura pode ser considerada grande sugerindo sinais de agressividade Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 p 25 Encontra se tamb m os seguintes indicadores no de
21. G 1979 Terapia cognitiva da depress o Rio de Janeiro Zahar 1982 BEUTEL M E STERN E SILBERSWEIG D A The emerging dialogue between psychoanalysis and neuroscience neuroimaging perspectives Journal of the American Psychoanalytic Association v 51 n 3 2003 p 773 801 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 394 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP BILDER R Centenial of Freud s Project for a Scientific Psychology New York New York Academy of Sciences 1998 BRODY A L SAXENA S MANDELKERN M A FAIRBANKS L A HO M L BAXTER L R Brain metabolic changes associated with symptom factor improvement in major depressive disorder Biol Psychiatry v 50 n 3 2001 p 171 8 BRODY A L SAXENA S STOESSEL P GILLIES L A FAIRBANKS L A ALBORZIAN S PHELPS M E HUANG S C WU H M HO M L HO M K AU S C MAIDMENT K BAXTER L R JR Regional brain metabolic changes in patients with major depression treated with either paroxetine or interpersonal therapy preliminary findings Arch Gen Psychiatry v 58 n 7 2001 631 40 BUSATTO FILHO G Imagens do funcionamento cerebral durante tarefas cognitivas e emocionais aplicacoes da tecnica de ressonancia magnetica funcional em psiquiatria Rev psiquiatr clin v 27 n 3 2000 p 164 72 CAVALCANTE R
22. L S P C Informa es fornecidas em aula ministrada no Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo em agosto de 2004 MACHADO M C L e AIELLO VAISBERG T M J O Brincar e a Sexualidade In T M J AIELLO VAISBERG e F F AMBR SIO Cadernos Ser e Fazer O Brincar S o Paulo Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2004 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 336 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O ENCONTRO INTER HUMANO RELATO DE EXPERI NCIA CL NICA EM HOSPITAL PSIQUI TRICO Maria Salete Lopes Legname de Paulo Leila S L Cury Tardivo RESUMO O objetivo principal do presente trabalho apresentar uma proposta de atendimento cl nico em forma de Consulta Terap utica como possibilidade de abordagem interventiva para pacientes internados em hospital psiqui trico Apresentamos um material ilustrativo de experi ncia de atendimento realizada em um hospital para pacientes do sexo masculino como parte do est gio em Psicopatologia do Instituto de Psicologia da USP inserido em novas propostas de acolhimento ao sofrimento ps quico O estudo tem fundamentac o te rica psicanal tica no modelo de Consultas Terap uticas de Winnicott e as entrevistas iniciais s o realizadas com finalidade de auxiliar no diagn stico estrutural da personalidade bem como favorecer aos pacientes
23. Orcamento e Gest o Censo Demogr fico 2000 IBGE Dispon vel em http 200 255 94 70 home presidencia noticias 20122002censo shtm Acessado em 20 de outubro de 2007 BRASIL Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social Portaria n 4 677 de 1998 CARVALHO R E A incorpora o das tecnologias na educa o especial para a constru o do conhecimento In S Silva amp M Vizim Orgs Educa o especial m ltiplas leituras e diferentes significados Campinas Mercado de Letras e Associa o de Leitura do Brasil ALB 2001 p 57 84 CLEMENTE Carlos Apar cio Trabalho e inclus o social de portadores de defici ncia Osasco Gr fica e Editora Peres 2003 DUSCHATZKY S SKLIAR C O nome dos outros Narrando a alteridade na cultura e na educa o In LARROSSA J SKLIAR C Habitantes de Babel pol ticas e po ticas da diferen a Belo Horizonte Aut ntica 2001 p 119 138 GLAT R MAGALH ES E F C B de amp CARNEIRO R Capacita o de professores primeiro passo para uma educa o inclusiva In M C Marquezine M A Almeida E D O Tanaka N N R Mori amp E M Shimazaki Orgs Perspectivas multidisciplinares em educa o especial Londrina Ed UEL 1998 p 373 378 KARAGIANNIS A STAINBACK S amp STAINBACK W Vis o geral hist rica da inclus o In S Stainback amp W Stainback Orgs Inclus o um guia para educadores pp 35 47 Porto Alegre Artes M dicas Sul 199
24. S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 234 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP abrigos de terem uma atenc o psicol gica que as preparem para a volta ao lar S o necessarias medidas para prevenir todo o sofrimento decorrente das dificuldades adaptac o que essas criancas tendem a viver Palavras Chaves 1 ECA 2 Abrigamento 3 Desabrigamento 4 Psicodiagn stico Interventivo INTRODU O Historicamente as crian as que s o abandonadas e vivem perambulando solit rias pelas ruas Esta informa o pode ser investigada em registros desde a Idade M dia na Europa No Brasil as d cadas de 70 e 80 foram marcados por uma s rie de den ncias p blicas sobre as p ssimas condi es a que estavam submetidas as crian as e adolescentes nas FEBEMS Contudo no final da d cada de 80 e inicio da d cada de 90 as fam lias ganharam um novo espa o com a Constitui o Federal de 1988 o Estatuto da Crian a e do Adolescente 1990 e o LOAS 1993 Os artigos contidos visam juridicamente contemplar a prote o da fam lia inf ncia e juventude alterando a configura o das pol ticas p blicas existentes O Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei n 8 069 1990 foi constru do a partir da necessidade em garantir melhores condi es de vida as crian as e aos adolescentes que em diversas situa es eram negligenciados Entre diversas medidas de prote o cr
25. Universidade de S o Paulo S o Paulo 2002 TURATO E R Tratado da metodologia da pesquisa cl nico qualitativa constru o te rico epistemol gica discuss o comparada e aplica o nas reas de sa de e humanas 2 ed Petr polis Vozes out 2008 WINNICOTT D W A Crian a e seu Mundo Tradu o Alvaro Cabral 42 ed Rio de Janeiro Jorge Zahar 1977 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 247 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A Fam lia e o Desenvolvimento do Indiv duo Tradu o Alvaro Cabral Belo Horizonte Interlivros 1980 Explora es Psicanaliticas Tradu o Alvaro Cabral Porto Alegre Artes M dicas 1994 Natureza humana Tradu o lvaro Cabral Rio de Janeiro Imago 1990 Os Beb s e suas M es Tradu o Alvaro Cabral 22ed S o Paulo Martins Fontes 2002 O brincar e a realidade Tradu o lvaro Cabral Rio de Janeiro Editora Imago 1971 Priva o e Deliqu ncia Tradu o Alvaro Cabral 12 ed S o Paulo Martins Fontes 1987 Textos selecionados da Pediatria Psican lise 1 ed Rio de Janeiro Francisco Alves 1978 www larcriancafeliz org br abrigo htm texto Cadernos de A o n 3 Trabalhando Abrigos CBIA SP p ginas 22 e 23 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Pa
26. ao ser eu mesmo e me comportar bem Winnicott 1962 Quando o comportar se bem fruto de escolha aut noma e consciente e n o resultado da dissocia o submissa n o se configura evidentemente como falso self Muitos autores parecem acreditar que quando se tem a sorte de viver uma boa vida como rec m nascido de ser um beb afortunado garante a sa de mental de uma vez por todas Se n o h como negar que uma boa experi ncia neonatal altamente ben fica justamente porque a sensibilidade m xima o fato que o delicado Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 64 Departamento de Psicologia Clinica IPUSP equil brio do viver exige manutenc o constante Alguns momentos vitais como a adolesc ncia e o envelhecimento ser o excepcionalmente importantes Para muitos autores tais per odos s o dif ceis porque as mudan as de ciclo de vida podem abalar a identidade compreendida como conjunto de auto representa es Soares 2006 A nosso ver isto certo quando e somente quando a pessoalidade n o est autenticamente constitu da mas mais ou menos precariamente organizada em termos de um falso self O que podemos dizer quando o indiv duo teve condi es de se constituir de modo integrado A meu ver esta quest o exige certa reflex o e o cultivo de uma atitude critica em rela o a afirma
27. aos pacientes atendidos em grupo s o apresentadas materialidades de diversas naturezas com o objetivo de facilitar a comunica o emocional Propiciam assim um encontro inter humano entre pacientes e terapeuta que ao favorecer o desenvolvimento das potencialidades de cada indiv duo promove o al vio do sofrimento e possibilita a ocorr ncia de experi ncias emocionais mutativas TARDIVO 2004 A apresentac o da materialidade mediadora lembrancas fotos ou desenho livre neste estudo por si s n o garante a realizac o de um trabalho terap utico pode ser utilizada com finalidade pedag gica ocupacional etc No entanto o foco n o estando no produto material final da atividade a qual se torna apenas uma ferramenta mas sim na relac o terap utica facilita a express o do paciente atrav s dessa materialidade A oficina terap utica usa a materialidade como elemento facilitador assim como Winnicott usava o brincar no Jogo do Rabisco podendo ser considerada como um paradigma desse jogo proposto por Winnicott A comunicac o entre terapeuta e paciente est sempre embasada no brincar Ao brincar tanto o beb como a crianca e o adulto estabelecem uma ponte entre o mundo interno e o mundo externo por meio do espa o transicional Muitas vezes a crian a apresenta no brincar as quest es que n o consegue relatar em um discurso na brincadeira que coloca o material com o qual seu ego ainda fr gil n o conseguia lidar O
28. cie rara de sa de A oficina terap utica n o apresenta por si s uma forma inaugural de lidar com a loucura A experi ncia do trabalho das oficinas torna se positiva quando uma de suas fun es tamb m a de intervir no campo da cidadania Contribui como possibilidade de transforma o da realidade atual no que diz respeito ao tratamento psiqui trico S o atividades de encontro de vidas entre pessoas em sofrimento ps quico promovendo o exerc cio da cidadania as express es de liberdade e conviv ncia dos diferentes atrav s preferencialmente da inclus o pela arte M todo Essa oficina est acontecendo no Hospital Psiqui trico S o Jo o de Deus em projeto desenvolvido pela equipe do APOIAR junto com os pesquisadores e estudantes da disciplina Psicopatologia aspectos te ricos e pr tica cl nica ministrada no curso de gradua o do IPUSP para que possam ter contato com a pr tica cl nica e objetivando estimular a sa de e o conv vio social dos pacientes Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 350 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Dessa forma a partir de consultas terap uticas e Oficinas terap uticas que est o sendo monitorados por psic logas respons veis os estudantes est o tendo uma viv ncia e um contato que lhes proporciona rica aprendizagem Nas consultas
29. como queria que a m e ficasse para dar comida banho lev la para a escola Diz que at conseguir tir la de l n o ia poder fazer isso Isadora estava contente no colo da m e A m e conta que ela lembrou que o av morreu e que tomou cerveja como o pai se Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 223 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP referindo ao pai da sua filha natural Luc lia diz que falou com o irm o esses dias e que ele vir para a cidade na semana que vem A psic loga perguntou sobre o que ela achou disso e ela respondeu que choraram muito Diz que ele tem vinte anos e que vai vir para ajud la a tirar a Isadora Fala de modo carinhoso que o irm o lhe disse Oi Lu o que est acontecendo com a nossa gatinha Diz que ele costumava chamar a Isadora assim Fala meigo Diz que pediram desculpas um ao outro e que ficaram chorando muito A psic loga pergunta como foi que eles entraram em contato e ela disse que tinha ligado para a irm mais velha A psic loga pergunta se esta foi a primeira vez que ela ligou Ela diz que em dezembro ela havia ligado para uma amiga e pediu para que esta entrasse em contato com a sua fam lia porque estavam sem telefone e pediu para que eles a ajudassem Conta que em janeiro ela havia ligado e conseguido falar com a irm Diz que estava falando com a
30. crianca Pensando em uma quest o familiar versus individual a prioridade em psicoterapia familiar sempre uma quest o da din mica vincular e n o no sintoma individual Sabemos que a vida de um individuo n o sempre um processso interno pois mudancas numa estrutura familiar contribuem para mudancas no comportamento e nos processsos ps quicos internos dos membros desse sistema A fam lia se transforma atrav s do tempo tem uma estrutura que pode ser observada somente em movimento adapta se ao stress de uma maneira que mantenha a sua continuidade embora tornando poss vel a sua reestrutura o H uma din mica permanente de altern ncia entre o individual e o grupo fam lia externa e fam lia internalizada repeti o e o novo hist ria e o aqui e agora intra e interps quico As caracter sticas mais comuns ao atendimento com fam lias envolvem os ciclos de vida onde muitas vezes podem ocorrer impedimentos que nem sempre s o patol gicos mas se necess rios podem ser tratados Dentre os ciclos de vida familiar incluem se o jovem casal fam lias com filhos pequenos fam lias com adolescentes lan ando os filhos e seguindo em frente fam lias no est gio tardio de vida fam lia de minoria etc Al m de alguns momentos de transi es que podem aparecer impedimentos no desenvolvimento da fam lia tais como doen a cr nica e familiar transtornos alimentares principalmente bulimia e anorexia dependentes de
31. dica diagn stica Question rio Desiderativo e Procedimento Desenho Est ria Resultados A avalia o psicodiagn stica evidenciou que a crian a apresentava tra os depressivos de personalidade por m n o observamos uma estrutura depressiva Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 404 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Constatou se que seus sintomas eram reativos separa o do casal parental tendo sido intensificados em decorr ncia da viv ncia de conflitos ed picos por ocasi o da mesma Cbservou se tamb m a necessidade da crian a em satisfazer o outro para obten o de afeto a custa da repress o de seus componentes agressivos bem como a ocorr ncia de baixa toler ncia frustra o e tend ncia idealiza o Criou se durante a avalia o um campo de reflex o que permitiu a elabora o dos conflitos surgidos havendo ao final dela total remiss o dos sintomas apresentados inicialmente Conclus o A escolha por t cnicas de avalia o adequadas permitiu terapeuta a percep o e compreens o dos conflitos que emergiram durante a avalia o As interven es realizadas e os resultados obtidos confirmam a efic cia desta t cnica Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia
32. entre 7 y 11 12 a os Viv a all con el hermano durante la semana y volv a a la casa de los padres en los fines de semana Dijo que se ha mudado varias veces de escuela pero no sabe el motivo y tampoco en cuantas escuelas ha estudiado Le gustaba jugar bola y ver la tele viv a en una casa grande con la familia de la abuela Dibujos Cuentos Demora alrededor de 15 minutos para hacer cada dibujo Ha sido tomado el Procedimiento de Dibujos Cuentos de Trinca 1997 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 192 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Dibujo 1 Tiene dificultad para iniciar la actividad Trabaja solo con l piz negro y usa casi media hoja Pregunta se necesita m s dibujos Digo que puede ser como quiera Alcanza otro l piz de color y continua en la otra mitad de la hoja Al final dice que es el universo la noche la mar con sol La historia tambi n presenta una dicotom a como el dibujo siempre hablando de la relaci n y oposici n T tulo Los opuestos Dibujo 2 Mira por la ventana agarra el l piz negro y hace varios trazos verticales y otros horizontales Dibuja espirales con l piz verde y trazos anchos con l piz marr n Desiste Veo que intentaba dibujar los rboles vistos por las grades de la ventana todos los dibujos e ilustraciones han sido inseridos al final del te
33. l tiene 18 No le gusta mucho estar con su familia Le gusta m s estar solo Se describe como el rebelde de la familia No tiene muchos amigos y dice que es el m s independiente entre todos ellos Nunca tuvo un relaci n No soy sociable llego en un punto y paralizo No tengo ciertas iniciativas no logro charlar llamar para salir a un paseo no lo logro Indagado sobre el tipo que m s lo atrae responde Morenas tipo depende del momento Moreno Es eso Durante las entrevistas percibo que el paciente siempre se presenta de la misma forma camisetas T shirt pantal n jeans y ten s tennis shoes de color escuro siempre usa un bus n o camisa sobre la camiseta Casi siempre viene con gorra Usa el pelo corto y usa discreta aros de plata en la oreja izquierda roe las u as Siempre habla poco y bajo No se pone curioso con el ambiente el material usado ni mismo con mis anotaciones Es siempre puntual y evita manifestar preferencias sobre las actividades propuestas Nunca tiene dudas y no hace preguntas Tambi n nunca tiene nada para comentar o acrecentar En las actividades que necesita concentrarse acostumbra se ajenar trabaja siempre en silencio Usa un reloj antiguo y bien usado Los horarios anal gico y digital no son iguales solo el reloj digital tiene horario correcto Sobre su ni ez el paciente informa que vivi con su abuela materna en Osasco cerca de S o Paulo desde la 1 hasta la 5 a o
34. lisis de configuraci n de la adaptaci n Hutt el paciente alcanza el escor marginal de 6 puntos para esquizofrenia Sin puntuaci n para lesi n cerebral o depresi n unipolar HTP P Hemos seguido las normas de Buck en la traducci n acepta en el Brasil Back 2003 Toda la secuencia ha sido hecha con l piz negro con 15 minutos para cada dibujo con historia mientras no sean muy elaborados En esta secuencia surgen fuerte tendencia al retraimiento y una preocupaci n con l mismo frente a su inseguridad y sentimiento de inadecuaci n Demuestra una gran necesidad de apoyo y seguridad denota tensi n o ansiedad Tendencia a la fantas a Se percibe tambi n alguna indicaci n de paranoia y agresividad contenida conflicto en la identificaci n sexual y problemas en la maduridad Casa Dice que es una casa de poca con varias habitaciones y con mato al rededor Los antiguos moradores tuvieron que desocupar la casa Es una casa de familia portuguesa En la investigaci n el paciente dice que es una casa de familia burguesa que perdi la fortuna y por eso la casa est se deteriorando La familia que en ella vive es grande y act a de modo conservador rbol Dice que es un albol una de las ltimas a restar de un bosque porque a n da frutos En la investigaci n dice que en ella hay un nido de p jaros El rbol continuar a dar frutos y los p jaros all continuar n Persona Suspira mirando el dibujo Dice
35. mais probabilidade de n o se desenvolver de maneira satisfat ria ela tem vari vel alguma tem mais profundos efeitos sobre o desenvolvimento da personalidade do que as experi ncias infantis no seio da fam lia a come ar dos primeiros meses e da rela o com a m e Bowlby 1990 p g 62 Portanto n o nos parece errado afirmar que a relac o entre apego seguro contribua substancialmente para a formac o de adultos realizadores e auto realizados tendendo sempre para o crescimento e positividade pessoal e social Quando alguma falha acontece durante o processso de evoluc o do apego como no caso de separac o brusca do par m e beb os resultados podem ser catastr ficos Diversos autores estudaram e citaram estas dificuldades Jem numerosos grupos de pacientes psiqui tricos a incid ncia de rompimento de v nculos afetivos durante a inf ncia significativamente elevada Embora estes ltimos estudos confirme as conclus es anteriores a respeito da maior incid ncia de perda da m e durante os primeiros anos da inf ncia eles tamb m as ampliam Para v rios tipos de condi es sabe se agora que as maiores incid ncias de v nculos afetivos desfeitos incluem tanto os v nculos com os pais como com as m es e s o observados entre os cinco e os catorze anos tanto quanto nos primeiros cinco anos Al m disso em condi es mais extremas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA
36. mico de modo a possibilitar o retorno da crian a ao seu lar No Estado de S o Paulo temos conhecimento de poucos trabalhos sendo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 214 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP desenvolvidos com os pais em abrigos Como os do CECIF Centro de Capacitac o e Incentivo Forma o de profissionais volunt rios e organiza es que desenvolvem trabalho de apoio conviv ncia Familiar 2004 Mas n o encontramos trabalhos escritos de pesquisa em universidades N o temos conhecimento de nenhum trabalho sendo desenvolvido nos moldes do nosso ou seja que ofere a um atendimento psicol gico conjunto para a m e e os filhos ou para toda a fam lia da crian a abrigada Os estudos e trabalhos que t m sido desenvolvidos com as crian as e os pais separadamente t m buscado melhorar as condi es da m e para que ela possa ficar com os filhos Quando em rela o crian a o que se pretende ajud la para que possa se desenvolver de modo favor vel apesar das condi es de vida que viveu muitas vezes atrelada a experi ncias que incluem algum tipo de viol ncia dom stica Encontramos muitos trabalhos com crian as abrigadas de diagn stico interventivo Careta 2006 ou de terapia com crian a v tima de viol ncia sexual Magalh es 2003 ou que sofreu viol ncia f sica Sei
37. ncia em x minutos horas ou dias essa pessoa estar morta para ela Winnicott idem entretanto enuncia de outra maneira isso relacionando esta experi ncia n o com a idade da crian a mas com a depresss o Vejamos Pessoas depresssivas de qualquer idade t m dificuldade em manter viva a id ia daqueles a quem amam talvez at quando est o vivendo com eles no mesmo quarto Winnicott 1940 1999 p 12 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 213 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Tendo em vista as afirmacdes dos dois autores podemos supor que a crianca possa apresentar danos ao v nculo com a m e uma vez que a separac o da m e se deu quando a crianca estava com tr s anos de idade Os dois autores relacionam os efeitos a idade da crianca e ao grau da privac o Sendo que para Bowlby idem o relacionamento anterior da crian a com a m e e os cuidados que recebe ap s a institucionalizac o s o de import ncia e que contribuem para atenuar ou agravar os preju zos ao desenvolvimento Em termos de comportamento vemos que algumas criancas reagem ao abrigamento se mostrando agressivas outras se mostram tristes ainda algumas ficam agitadas e em alguns casos observamos um comportamento mais retra do da crianca Os pais das criancas abrigadas pelo que pudemos observar atrav s do relat
38. nio da fam lia de origem para a fam lia nuclear e as dificuldades s o no n vel da elabora o de ansiedades de castra o separa o perdas e lutos O terapeuta deve promover uma experi ncia junto fam lia onde haja espa o para trabalhar os significados do que est o vivendo a individua o de seus membros mitos met foras segredos comunica o entre os membros e amplia o das fronteiras ILUSTRA O CL NICA llustraremos agora com uma situa o cl nica para apresentarmos uma experi ncia de como a partir da s entrevista s inicial is sejam elas feitas apenas com um dos membros da fam lia ou com toda a fam lia pode se realizar o encaminhamento para atendimento familiar Caso da Familia Fortes Componentes Clara m e 62 anos e Wagner pai 71 anos Filhos Jo o 40 anos Alice 39 anos Breno 33 anos e Gabriel 26 anos O filho Gabriel 26 anos nunca compareceu a nenhuma entrevista De acordo com a fam lia ele trabalha o dia todo o nico dos filhos que trabalha com exce o da Alice mas ela n o reside com os pais e estuda noite Diz que n o pode nunca faltar ao trabalho ou faculdade para participar do atendimento Parece se colocar fora da fam lia O primeiro contato com a fam lia Fortes foi realizado com a filha Alice que buscou atendimento na Cl nica Psicol gica Dr Durval Marcondes do Departamento de Psicologia Cl nica do IPUSP junto com a sua m e Cl
39. o Universidade de S o Paulo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 143 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP LOUCOS DE AMOR O AMOR E A SEXUALIDADE PARA S NDR MICOS DE ASPERGER PDD Thiago de Almeida Francisco Baptista Assump o Jr A hist ria da humanidade revela desde os tempos mais remotos a exist ncia de pessoas portadoras dos mais diversificados tipos de defici ncia com relatos a respeito de suas dificuldades na vida cotidiana Ao tratar do problema referente inclus o da pessoa deficiente mister se faz discorrer sobre os relacionamentos afetivo sexuais que por ventura estes se mobilizem a estabelecer e em busca da aplica o do princ pio da isonomia aos acometidos pelo conjunto de caracter sticas que os identifiquem enquanto deficientes Infelizmente no Brasil o deficiente e suas necessidades ainda s o frequentemente ignorados posto que a evolu o da sociedade n o foi suficiente para afastar a exclus o e as dificuldades experimentadas Dessa forma faz se necess rio estabelecer por meio de lei regras que possam favorecer a igualiza o entre as pessoas deficientes ou n o Contudo embora in meras sejam as leis que buscam regulamentar os direitos para os deficientes essas leis n o se apresentam como um todo harmonioso dificultando a sua aplica o uma vez que reg
40. o conhecidas como auto defensoras na Argentina e em pa ses de fala espanhola como Personas Primero Essas pessoas devidamente orientadas por outras pessoas deficientes mais qualificadas aprendem a defender seus direitos seus interesses expressando se em Congressos mundiais e tendo uma parte important ssima no trabalho que se realiza pelo mundo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 73 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Agora mesmo a preocupac o maior de todos com a Convenc o das Nac es Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia que vem mobilizando pessoas no mundo todo inclusive no Brasil no esforco de fazer com que esse important ssimo documento assinado pelo Brasil em fins de marco nas Nac es Unidas junto a 80 outros pa ses possa representar uma ferramenta de fato eficiente em pol ticas p blicas uma vez que a Conven o a que estamos fazendo refer ncia p e em destaque o direito inclusive de pessoas com defici ncia intelectual fazerem op es quanto a moradia sexualidade educa o inclusiva trabalho reconhecido A fam lia hoje muito valorizada como parte essencial de todo o esfor o mundial em prol de pessoas com defici ncia intelectual Em outubro de 2004 houve uma grande Confer ncia em Montreal Canad patrocinada pela Organiza o Mundial da
41. o direito diferen a torna se receita de livro de auto ajuda No final do s culo XX e in cio do XXI soci logos de diversos matizes s o obrigados ent o a se colocar tr s quest es que nova sociedade esta Que tipo de discurso cr tico preciso construir Que responsabilidade o discurso do direito diferen a p de ter no esvaziamento recente da cr tica ao capitalismo Essas quest es formam o horizonte do novo livro de Zigmunt Bauman Modernidade L quida A singularidade de Modernidade L quida que nele Bauman n o se limita a coletar signos e conceituar a dist ncia entre o presente e nosso passado recente preocupa se tamb m com a atualidade dos discursos cr ticos pr prios da poca moderna discursos que de in cio questionaram a BAUMAN Z 2001 Modernidade L quida Rio de Janeiro Zahar 260p Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 42 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ordem social tendo em vista a possibilidade e a necessidade de uma nova e boa ordem a ser constru da no futuro mas que depois passaram a se inquietar com as ameacas impl citas liberdade individual na imposi o por alguns de sua vis o do bem O livro como sugere seu t tulo parte da mensura o da proximidade e dist ncia entre o presente e o passado recente A proximidade a constata o de que continu
42. o h nenhuma informa o sobre qualquer dificuldade emocional ou intelectual Nos anos seguintes Jos com 11 anos foi re abrigado no ao abrigo Ill ap s a frustante tentativa de adapta o ao lar Existem informa es nos relat rios sobre queixas familiares de comportamento agressivo e dificuldade de relacionamento com crian as da mesma idade Existe inclusive um relato de que Jos teria tentado atacar uma vaca com uma faca No for m no momento do pedido de re abrigamento diante dos t cnicos Martha acusou os funcion rios do abrigo de terem for ado o desabrigamento Depois deste re abrigamento Jos passou por um per odo sem nenhum contato com os familiares Sua adaptac o ao abrigo foi r pida n o apresentando nenhuma dificuldade no retorno 27 pan P 7 x 7 Informac es no pront ario e confirmadas pela assistente social Cassia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 241 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Jos j estava morando no abrigolll h 8 meses quando a av materna e o tio materno foram convidados para serem padrinhos de batismo de Jos O abrigo a partir deste convite passou a buscar um contato com a fam lia Quando Jos completou 13 anos a m e comecou a ligar no abrigo para falar com o filho No m s seguinte a fam lia foi convidada participar da primeira co
43. o lugares s o normalmente espa os que se presta a exercitar a sua indiferen a com o ambiente que o cerca A n o sociabilidade e civilidade desses espa os n o permitem estada por estendido limite de tempo e nem sensa o de se estar ali Transportes p blicos quartos de hotel fast foods etc se apresentam como lugares domiciliares mas sem as liberdades do lar Assim como lugares que n o interessam que n o valem men o de mem ria como a miserabilidade de favelas ou a morbidez de cemit rios estes espa os n o recebem aten o destas pessoas mesmo que elas algumas diariamente fa am tal trajeto at porque O vazio do lugar est no olho de quem v e nas pernas ou rodas de quem anda Vazios s o os lugares em que n o se entra e onde se sentiria Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 46 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP perdido e vulner vel surpreendido e um tanto atemorizado pela presenca de humanos BAUMAN 2001 122 As regras s o claras conversa se negocia se cumprimenta se cordialmente mas sempre evitando maior contato como dogmatiza essa modernidade leve e solta que assim desfigura a ent o rela o congruente da id ia de espa o tempo de outrora como no tempo em que a velocidade dependia do esfor o humano ou animal hoje as extens es fisiol gicas que abocan
44. o que efetua uma a o e o estado final que este mesmo efetor suposto atingir Por exemplo os neur nios relacionados ao segurar disparam a qualquer momento quando o sujeito experimental segura com sucesso um objeto independentemente do efetor utilizado seja uma de suas duas m os a boca ou ambos Outro dado importante que mesmo quando as dicas visuais Doutoranda do Departamento de Psicologia Cl nica do IPUSP e pesquisadora do APOIAR Email lauracgranadoO gmail com Professor Doutor do Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento e da Personalidade do IPUSP e pesquisador da Pr Escola Terap utica Lugar de Vida E mail rogerlerner uol com br Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 398 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP s o limitadas h ativa o dos neur nios espelho UMILTA et al 2001 Estes dados emp ricos permitem nos concluir que os neur nios espelho projetam em um esquema representacional aquilo que n o est dado no mundo objetivo Essa representa o independente de suas diferentes formas de apresenta o e da perspectiva de espa o a partir da qual o conte do representado projetado N o s o portanto os dados f sicos e sim uma representa o que permite ao observador colocar se no mesmo estado interno de quando ele executa ativamente a a o ob
45. quando discorre sobre o desenvolvimento emocional primitivo fala de uma n o integra o que leva a estados dissociados Por m pensando no processso do sonho que ele faz uma interessante rela o entre o lembrar e a supera o destes estados Quando o sonho n o apenas sonhado mas tamb m relembrado ocorre uma experi ncia de grande valor exatamente pelo fato de que assim a dissocia o perde mais espa o Desta forma podemos pensar que justamente a possibilidade de lembrar e compartilhar estas lembran as com o grupo em um ambiente sustentador em que exista o holding oferecido pela terapeuta e pelo pr prio grupo que torna poss vel o criar encontrar do paciente levando deste modo a uma resignifica o do passado no presente e ao mesmo tempo a cria o de perspectivas futuras trilhando um caminho em dire o a uma forma mais integrada de ser e estar no mundo Salvarezza 1945 psicanalista argentino que desenvolve estudos sobre o envelhecimento aponta que o aumento da interioridade possibilita o acesso as reminisc ncias que por sua vez contribuem de modo efetivo para que ocorra a integra o do sujeito sendo ainda um fator de prote o contra os estados depresssivos O autor faz ainda uma distin o da maneira nost lgica de recordar onde s o enfatizadas as perdas e a volta ao passado vem carregada de grande sofrimento Voltando ao acontecer cl nico das Oficinas no primeiro encontro o lembrar dos pacientes
46. risos N o tem condi es se eu sou uma pessoa de carne e osso eu n o posso ser uma pedra Depois de algumas insist ncias R Queria ser uma rvore n A Uma rvore Que tipo de rvore R Uma rvore que desse frutos Que fosse um parreral Porque s o tudo coisas que d frutos d lucro eu acho que na vida se a pessoa n o d frutos n o de lucro Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 300 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP n o buscar ajudar tamb m n o nada Eu sou uma pessoa que gostava de ser um grande p de uva que se afirma at na rocha Teste interrompido pela resist ncia do entrevistado An lise Dificuldade de aceitar a instruc o do teste incapacidade de simbolizac o Respostas l gicas Forte racionalizac o carregada de id ias delirantes muita onipot ncia e negac o defesas muito primitivas INDICADORES PSICOPATOL GICOS psic ticas DFH Hist ria Essa pessoa aqui ta atravessando com as duas m os na cintura preocupada com tudo que t ocorrendo perto dela T de boca aberta assim n admirada com a situac o que t ocorrendo com a confus o que t acontecendo no final da rua A T e o que vai acontecer R O que vai acontecer com ela Ela t prestando atenc o de tudo que se passa e as coisa que nun
47. veis raz es S o Carlos Departamento de Psicologia UFSCar Trabalho de conclus o de curso Amaral L A 1992 Espelho convexo o corpo desviante no imagin rio coletivo pela voz da literatura infanto juvenil Tese de Doutoramento IP USP APA 1980 Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM III 3 ed Washington DC American Psychiatry Association APA 2002 Manual diagn stico e estat stico de transtornos mentais DSM IV TR D Batista trad 4 ed Porto alegre Artes M dicas Braz A L N 2006 Reflex es sobre as origens do amor no ser humano Psicologia para Am rica Latina 5 Recuperado em Agosto de 2006 http scielo bvs psi org br scielo php script sci_arttext amp pid S1870350X20060001 00006 amp lng pt amp nr m iso Crochik J L Preconceito individuo e cultura Sao Paulo Robe Editorial 1997 Duckitt J 1992 Psychology and Prejudice A Historical Analysis and Integrative Framework American Psychologist 47 1182 1193 Egypto A C 2003 Orientagao sexual na escola um projeto apaixonante Sao Paulo Cortez Jahoda M amp Ackerman N W 1969 Disturbios emocionais e anti semitismo A Guzic T L Peixoto e G G de Sousa trads Sao Paulo Perspectiva Lipp M N 1988 Sexo para deficientes mentais S o Paulo Cortez Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicol
48. 1 NAHSHONI E ARAVOT D AIZENBERG D ET AL Heart rate variability in patients with major depression Psychosomatics 45 129 34 2004 1 OLIVEIRA M R Depress o na velhice aspectos epidemiol gicos Apresentada a Universidade Federal da Bahia Escola de Enfermagem para obten o do grau de Mestre Salvador s n 1993 126p 1 Organiza o Mundial de Sa de Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de D cima Revis o Editora da Universidade de S o Paulo S o Paulo 2008 1 Organizaci n Mundial de la Salud Promoci n de la salud glosario Genebra OMS 1998 1 PEREIRA R J COTTA R M M FRANSCESCHINI S C C ET AL Contribui o dos dom nios f sico social psicol gico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos RevPsiqgiatr RS 28 1 27 38 jan abr 2006 1 ROCHA E SILVA CE ET AL Depress o p s acidente vascular cerebral preval ncia curso diagn stico e psicopatologia J Bras Psiquiatr 54 4 318 326 2005 1 SNOWDON J Qual a preval ncia de depress o na terceira idade RevBr s Psiquiatr 24 supl 1 42 47 abr 2002 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 100 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 1 STOPPE JR A Depress o em idosos S o Paulo Lemos Editorial 2004 1 STOPPE JR JACOB FILHO W LOUZA
49. 141 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Braz A L N 2006 Reflex es sobre as origens do amor no ser humano Psicologia para Am rica Latina 5 Recuperado em Agosto de 2006 http scielo bvs psi org br scielo php script sci arttext amp pid S1870350X20060001000068Ing pt amp nr m iso Buss D 1988 Love acts The evolutionary biology of love In R J Sternberg amp M L Barnes Eds The psychology of love pp 100 118 New Haven Yale University Press Costa J F 1998 Sem fraude nem favor estudos sobre o amor rom ntico 5 ed Rio de Janeiro Rocco Finck H T 1981 1973 Romantic love and personal beauty their development causal relations historic and national peculiarities Londres Macmillan 1891 In E Berscheid E H Walster 1973 Atrac o interpessoal D M Leite trad Sao Paulo Edgard Bl cher Grimal P 1991 Amor em Roma Traduc o por Hildegard Fernanda Feist S o Paulo Martins Fontes Harlow H F 8 Harlow M K 1965 Determinants of infant behaviour In B M Foss Ed Effects of Various Mother Infant Relationships on Rhesus Monkey Behaviors pp 15 36 London Methuen and Co Ingenieros J 1968 O que o amor 2a ed W A Noronha trad Rio de Janeiro Gr fica Editora Laemmert L zaro A 1996 Amor do mito ao mercado Rio de Janeiro Vozes Lemos P 1994 Educa o afetiva porque as pessoas sofrem no amor 8 ed S o Paulo Lemos
50. 1967 Dohrenwend et al 1978 Os eventos mais comumente relacionados com depresss o s o situa es que envolvem perdas pessoais perdas na auto estima e situa es de humilha o Farmer e McGuffin 2003 Pesquisadores e cl nicos reconhecem que n o necessariamente eventos de vida problemas de sa de e incapacidade produzem depresss o Isso significa que poss vel encontrar idosos na comunidade e em institui es que mesmo afetados por perdas e desafios acarretados pelo envelhecimento mant m um senso positivo de bem estar subjetivo e n o s o deprimidos Pesquisas t m mostrado que processsos psicol gicos entre os quais estrat gias de enfrentamento avala o cognitiva de eventos estressantes e senso de auto efic cia em rela o ao enfrentamento de eventos estressantes respondem por parte da vari ncia relativa depresss o entre idosos De acordo com a abordagem interacionista de Lazarus e Folkman 1984 as estrat gias de enfrentamento s o esfor os cognitivos e comportamentais em constante mudan a para lidar com demandas internas e externas avaliadas como superiores aos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 103 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP recursos pessoais Isso significa que a avalia o e percep o que o indiv duo tem das demandas do evento e dos seus recursos pess
51. 325 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O Primeiro Encontro As Lembrancas da Dor Ap s alguns anos de viv ncia da Oficina na Universidade eu aguardava com ansiedade e tamb m certa apreens o a realizac o da Oficina dirigida aos pacientes que estavam internados no hospital psiqui trico Todos n s terapeuta alunos e pacientes sentamos ao redor do quadro magn tico Marcos policial de 38 anos a cerca de dois meses internado pela segunda vez devido ao alcoolismo e depresss o trouxe fotografias de sua esposa e filhos e uma carta escrita pela filha mais velha de 10 anos Esperando que ele comecasse a falar nos surpreendemos com o pedido para que eu lesse a carta recebida no dia anterior pois ele ainda n o havia tido coragem para faz lo A leitura da carta faz brotar ao mesmo tempo as palavras carinhosas da filha a emo o estampada na fisionomia dos alunos e pacientes revelada na minha pr pria voz embargada e as lagrimas de Marcos Ainda impactados os demais pacientes come aram a falar sobre a import ncia da fam lia e dos filhos sendo segundo eles a nica raz o que os parecia manter vivos suportando tanto sofrimento e mesmo assim buscando for as para melhorar Roberto tamb m policial 33 anos j internado algumas vezes tamb m devido depresss o lcool e drogas disse que por dentro sentia se morto j havia tentado mesmo se matar mas que sabia que estava vivo pela sua filha Julio funcion rio de uma
52. A seguran a oferecida por tal situa o favorece al m da integra o a personaliza o do paciente nas oficinas terap uticas devido a aten o e o suporte recebidos N o h pois somente uma proposta de atividade mas um enfoque em lidar com os problemas apresentados atrav s desta A possibilidade de lembrar e compartilhar lembran as com o grupo em um ambiente sustentador em que exista o holding oferecido pelo terapeuta e pelo pr prio grupo torna poss vel o criar encontrar do paciente levando deste modo a uma ressignifica o do passado no presente e ao mesmo tempo a cria o de perspectivas futuras trilhando um caminho em dire o a uma forma mais integrada de ser e estar no mundo GIL 2005 CASO ILUSTRATIVO Inserimos brevemente para ilustra o cl nica trechos de duas sess es de Oficina Terap utica de desenho livre em que faziam parte pacientes do referido hospital e alunos estagi rios Uma das pacientes T 24 anos est internada h duas semanas Ela se apresenta como n o sabendo porque est ali no hospital achando uma atitude exagerada de sua fam lia a interna o pois estava tudo bem com ela Enquanto desenha diz estar muito feliz em poder estar ali pois no hospital apesar de estar rodeada de colegas sente se muito s Gosta muito de desenhar e evidente Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental
53. Aceita o da doen a como cr nica Ader ncia ao tratamento farmacol gico Identifica o de comportamentos t picos ao inicio das crises por ele ou por um familiar Diminui o do estigma associado Aprendizagem da habilidade para lidar com problemas sintomas e dificuldades Iniciativa para trabalhos de acordo com sua identifica o vocacional Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 176 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS WINNICOTT D Consultas Terap uticas em Psiquiatria Infantil Rio de Janeiro Imago Editora Ltda 1984 WINNICOTT D Explora es Psicanal ticas D W Winnicott Clare Winnicott Ray Sheppard Madeleine Daves p 244 248 Porto Alegre Artes M dicas 1994 TARDIVO L S L P C e GIL C A organizadores Jornada APOIAR Propostas de Atendimento S o Paulo Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo 2005 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 177 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP RELATO DE UM ATENDIMENTO EM FORMA DE CONSULTAS TERAP UTICAS Aline de Moura M rcia Aparecida Isaco de Souza Leila Salom o La Plata Cury Tardivo O Projeto APOIAR inserido no LABORAT RIO DE SA
54. Anais temos a comunica o da Prof Livre Docente T nia Aiello Vaisberg que coordena a mesa PASSAGENS TRANSI ES E ADOLESCERES DESDE UMA PERSPECTIVA WINNICOTTIANA Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 24 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Na parte seguinte do CD est o inseridas comunica es referentes MESA REDONDA SA DE MENTAL NO ADULTO Assim Profa Dra Hilda Morana trouxe um resumo de seu trabalho POPULA O DE RISCO PARA CRIMINALIDADE E completando a publica o do resumo A DEFICI NCIA E O AMADURECIMENTO PERSPECTIVAS E DESAFIOS da autoria da sra Maria Am lia Vampre Xavier A ltima mesa do evento composta pelas publica es referentes s apresenta es feitas mesa redonda Sa de Mental Na Velhice Iniciando pela comunica o de Irene Gaeta Arcuri ENVELHECIMENTO DA GERONTOFOBIA AO DESENVOLVIMENTO HUMANO Em seguida temso o texto intitulado DEPRESSS O NA TERCEIRA IDADE do Prof Dr Avelino Luiz Rodrigues de nosso Departamento do IPUSP e concluindo essa parte do caderno temos o trabalho ENFRENTAMENTO DE EVENTOS ESTRESSANTES E DEPRESSS O EM IDOSOS de Andr a Fortes Burgos Como faz parte da proposta do evento a divulga o de projetos trabalhos pesquisas desenvolvidos no Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Clinica Social na forma de p steres comp e a ltima aprte
55. Assagioli apud HAMEL et alli 2003 o desenvolvimento espiritual uma longa e rdua jornada uma aventura por estranhas terras plenas de surpresas de alegria e de beleza de dificuldades e at perigos Envolve o despertar de potencialidades at ent o adormecidas a eleva o da consci ncia a novos dom nios uma dr stica transmuta o dos elementos normais da personalidade e um funcionamento no mbito de uma nova dimens o interior Enfim a experi ncia do Self permite aos indiv duos entenderem a realidade diretamente sem interfer ncia das emo es e preconceitos e agir de acordo Nesses indiv duos o eu vive no n vel do ser isto em unidade com eles mesmos com os outros e com a vida A possibilidade de amplia o da consci ncia presente na velhice nada mais do que a concretiza o de transforma es nos sentimentos pensamentos percep o intui o e criatividade e naturalmente na rela o do individuo com o mundo A diminui o das car ncias humanas pode ser poss vel quando o homem elevar o seu n vel de consci ncia e completar se com a sua pr pria natureza divina Pesquisa realizada por Suzanne Hamel Gilbert Leclerc and Richard Lefran ois no Research Centre on Aging Sherbrooke University Geriatric Institute Qc Canada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 91 Departa
56. Assim n o se pode dizer que se perderam ou ganharam coisas porque os relacionamentos amorosos s o din micos devidos ao fato de fazerem parte de uma hist ria da civiliza o e devido tamb m ao fato de que cada casal que o comp e sejam adolescentes idosos homossexuais heterossexuais etc d contornos espec ficos a esse enlace afetivo Dessa forma ficam tamb m abolidos pap is anteriormente considerados prototipicamente masculinos ou femininos em uma rela o dado que tudo est sujeito pauta que o pr prio casal pode propor e equacionar Tamb m fato que a evolu o do que se concebe por amor certamente evoluiu e continua a evoluir acompanhando o pensamento das pessoas na poca na qual est Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 137 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP inserido Embora atualmente paire muitas d vidas a respeito do que seja o amor nunca dele se falou tanto Tido como algo que se deveria aprender cada qual aspira ao amor a tal ponto que ele se tornou praticamente uma performance no cotidiano das pessoas Almeida 8 Mayor 2006 Diariamente nos mais diferentes ambientes s o realizadas perguntas a respeito dele Tais questionamentos intrigam n o somente os indiv duos que as formulam mas tamb m a muitos psic logos mesmo aqueles profissionais cujo enfoque n o aparen
57. Breve Operacionalizada A PBO assim chamada porque se deriva da Teoria da Adapta o e da EDAO que lhe corresponde comp e se de tr s passos principais Primeiro passo entrevista psicol gica detalhada para verificar as adequa es do sujeito no presente determinando se as situa es problema Situa es Problema s o devidas a solu es pouco ou pouqu ssimo adequadas verificadas no presente do sujeito Elas s o detectadas por cada setor da adapta o A R PR S C e OR estimando se se h intera es entre elas Se houver determina se qual a situa o problema nuclear s vezes basta ajudar o paciente a encontrar uma solu o adequada para a situacao problema nuclear resolvendo se espontaneamente as demais que dela derivam Segundo passo nas mesmas entrevistas procura se acompanhar a evolu o do sujeito desde a inf ncia at o presente conforme tenham as solu es e relacionamentos adotados nos quatro setores adaptativos Esse hist rico permite conjecturar a respeito da din mica inconsciente e a constitui o de complexos inconscientes que influenciam geralmente as solu es pouco adequadas na atualidade Terceiro passo de posse desses dados sobre as situa es problema pouca adequa o atual e conjecturas psicodin micas o psicoterapeuta determina previamente o n mero de sess es a serem trabalhadas com o paciente Estas podem variar desde uma sess o em situa
58. CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 29 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP APRESENTA O DO DR MAUR CIO KNOBEL Jos Tolentino Rosa A Hist ria da psicologia no Brasil Encontramos na enciclop dia Brit nica de Oxford Press 2007 que a obra de Sigmund Freud foi e continua sendo objeto de estudo na maioria das Sociedades Psicanal ticas do Brasil No come o dos anos 50 as id ias kleinianas tinham bastante popularidade no Rio de Janeiro e em S o Paulo gra as a Decio de Souza Virg lia L Bicudo PSC USP F Phillips Paulo Cesar Sandler Lyra e gra as ao casal Mario e Zaira Martins em Porto Alegre RS Alguns analistas do Rio de Janeiro e de S o Paulo fizeram uma segunda an lise e frequentaram semin rios e supervis es na Sociedade Brit nica de Psican lise Desde ent o muitos kleinianos visitaram o Brasil Por muitos anos os fundadores da Sociedade Brasileira de Psican lise e membros de sociedades n o afiliadas IPA fizeram cursos com Arminda Aberastury e Maur cio Knobel Sandor Ferenczi Karl Abraham e Willian Fairbain Winnicott come ou a ser ensinado nos anos 70 assim como Wilfred R Bion pelos analistas Phillips Junqueira Paulo C sar Sandler principal tradutor das obras bioneanas para o portugu s USP e Leon Grinberg na Argentina B Estudioso com interc mbio internacional M Knobel estudou psican lise nos U
59. DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL do Instituto de Psicologia da USP como o objetivo de atender demanda institucional e comunidade vem oferecendo atendimentos diferenciados principalmente visando o abrandamento do sofrimento humano Com isto faz se um trabalho de recep o dos pacientes que nos procuram a partir de Entrevistas Iniciais como Consultas Terap uticas Winnicott 1955 A partir desses primeiros contatos tentamos mostrar a o paciente a s suas reais dificuldades e onde elas estariam impedindo ou dificultando na obten o de uma maior adequa o vida Percebemos isto no relato de uma paciente de 30 anos de idade que vem com a queixa de maus tratos do marido durante todo um percurso do seu casamento al m de queixas depresssivas Foram realizados seis encontros em um per odo de dois meses e meio Nesse per odo foi poss vel mostrar lhe outras necessidades para que houvesse uma maior satisfa o no seu dia a dia como por exemplo seu encaminhamento ao servi o de psiquiatria existente neste servi o a partir das queixas apresentadas o que foi prontamente aceito pela paciente Mesmo as faltas da mesma durante esse per odo puderam ser compreendidas como pedido de socorro em rela o s dificuldades muitas vezes em sair de casa para vir aos atendimentos O setting oferecido principalmente nas primeiras entrevistas deu paciente realmente o que precisava o holding que recebeu proporcionou uma An
60. Edgar Morin 1970 fala que o horror da morte portanto a emo o o sentimento ou a consci ncia da perda da individualidade para al m da morte Sendo assim o luto exprime socialmente a inadapta o individual morte mas ao mesmo tempo o processso social de adapta o que tende a fazer cicatrizar a ferida dos indiv duos que sobrevivem Fa o minhas as palavras de Morin 1970 325 Para o homem a morte faz parte da teia do seu mundo do seu ser do seu esp rito do seu passado e do seu futuro Mas isto n o anula a esperan a de reformar a morte Essa reforma o prolongamento da vida humana para que o individuo possa cumprir o seu novo ciclo de desenvolvimento Basta observar o desenrolar de nossa vida para perceber como nos deparamos com a morte em v rias inst ncias a inf ncia morre e nasce a adolesc ncia A adolesc ncia passa e nos tornamos adultos Um nascimento requer uma morte e uma morte requer um nascimento Na mitologia grega os deuses criaram o mundo decidiram que n o gostavam dele destru ram tudo o que haviam constru do e criaram um outro A morte um processso que n o p ra na natureza H tamb m a imagem do deus morrendo e renascendo aquele que destru do de uma forma reaparece novamente transformado Dion sio desmembrado mas Atenas a deusa da sabedoria salva seu cora o e ele nasce novamente como a F nix podemos ser temporariamente reduzidos a cinza mas somos
61. Editorial Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 142 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Levine S B 1988 Intrapsychic and individual aspects of sexual desire Em S R Leibrum amp R C Rosen Orgs Sexual desire disorders pp 2143 New York The Guilford Press MacFarlane A 1989 A cultura do capitalismo Editora Zahar Rio de Janeiro Prates E 1999 Cibersexo anonimato m quinas desejantes In S D Porto org Sexo afeto e era tecnol gica Bras lia Edunb Priore M D 2006 Hist ria do Amor no Brasil S o Paulo Contexto Silva A A Mayor A S Almeida T Rodrigues A G Oliveira L M 8 Martinez M 2005 Determinac o das hist rias de amor mais adequadas para descrever relacionamentos amorosos e identificac o das hist rias de amor que produzem mais identificac o menos identificac o e que as pessoas mais gostariam de viver Interac o em Psicologia 9 2 295 309 Simmel G 1993 Filosof a do amor L E de Lima Brand o trad S o Paulo Martins Fontes Solomon R C 1992 O amor reinventando o romance em nossos dias W Dupont trad S o Paulo Saraiva Vasconcellos L R 1997 Simula o de flerte e de amizade uma an lise perceptivo auditiva de emiss es vocais 1997 Mestrado em Psicologia Experimental Programa de P s Gradua
62. IPUSP Abrigo que seria uma separac o das pessoas que gosta e vai para um lar que o seu desejo manifesto de alcancar a atenc o e carinho que tanto busca 2 N o me atrapalhe E n o olhe terapeuta virou o rosto para ela fazer o desenho Este eu n o vou falar tem que adivinhar Escondia e mostrava s uma parte da folha depois de terminado o desenho mostrou a folha por inteiro Depois de dar algumas pistas para a terapeuta acertar disse que tinha ido ao domingo no Pico do Jaragu Como errou onde eu fui no domingo tem que acerta quantos carros foram T dois Acertou vou colocar no canto da folha os seus erros e acertos Tem que acertas quantas pessoas foram T v rias Acertou pela metade Nota se que durante todo o tempo ela queria se certificar de que a terapeuta n o a invadiria o que estava na sua cabe a tentando manter o controle da situa o Esta uma forma de preserva o que neste caso ela consegue manter uma certa privacidade mesmo morando dentro de um abrigo Resultados Durante as entrevistas com Manoela foi percebido que ela apresentava as mesmas caracter sticas relatas pela coordenadora dentro do Abrigo Ela fazia o que era pedido mas em um dado momento da sess o ela procurou esconder da terapeuta o que estava fazendo Em seguida buscava a aten o desta querendo que descobrisse o que estava escondendo como a terapeuta errasse em todas as tentativas ela ficava cont
63. J o ambiente oferecido pela Psic loga tornou se amig vel estabelecemos um conluio ou seja holding com um handling A paciente MC sentia confian a em falar de sua hist ria de seu passado sua fam lia e da repeti o de suas condutas A Psic loga sentia se autorizada pela Paciente MC a compreend la explicitando a sua rela o com os sintomas apresentados As posturas ativas adotadas pela Terapeuta realizando pontua es interpreta es que funcionavam como disparadores que faziam circular os conte dos inconscientes favorecendo as associa es Nesse espa o de contin ncia e de car ter integrador fun o materna e paterna a Terapeuta aprofunda os dados sobre a rela o entre a paciente e a sua m e entre a paciente e o seu pai entre a filha a m e e o pai proporcionando crescimento e adapta o Nesse contexto a investiga o versou tanto a respeito das descri es que a filha fazia de sua m e de seu pai e de si cada uma de seu lugar e trouxeram de sua pr pria hist ria A hist ria que constru ram da fam lia que outrora n o era feliz hoje Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 206 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP MC entende que permitindo haver uma mudanca ps quica ela estaria apta ao retorno do equil brio ps quico M e e filha se perdoaram e v
64. Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 162 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A PORTA DE ENTRADA DO APOIAR ESTUDO QUANTITATIVO DE PACIENTES NA BUSCA DE ATENDIMENTOS PSICOL GICOS M rcia Aparecida Isaco de Souza Leila Salom o La Plata Cury Tardivo O APOIAR pertencente ao LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo recebe pacients de diversos setores tanto da comunidade que nos procuram espontaneamente como aqueles que s o indicados por diversos setores como amigos parentes pacientes em atendimento m dicos e institui es de sa de Este servi o oferece atendimentos diferenciados tanto comunidade em geral essas pessoas atendidas no campus da USP bem como estabelece parcerias com outras institui es Este trabalho objetiva retratar a popula o que procura o servi o atrav s do telefone de contato para atendimento na USP Posteriormente s o agendadas entrevistas iniciais para se conhecer o cliente e posteriores encaminhamentos Dados quantitativos como sexo idade queixa principal quem indicou formas de encaminhamento ser o mostrados neste trabalho como um estudo de preval ncias dessas condi es Faremos esse levantamento no per odo de marco 2003 data que o servi o se formalizou a outubro 2007 Consideramos que fazer pesqu
65. La Plata Cury Tardivo DO ABRIGAMENTO AO DESABRIGAMENTO CONSIDERA ES SOBRE A VIVENCIA DE UM ADOLESCENTE Elaine Cristina Pinho da Silva Wadad Hamad Le ncio e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo AVALIA O CL NICA EM CRIAN A ABRIGADA COM DIFICULDADE DE RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Maria Aparecida Mazzante Colacique e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo ADOLESCENTES ABRIGADOS Paola R Dottori D a Berttran Dagmar Menichetti Wadad Ali Hamad Le ncio e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo DIAGN STICO PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA E IDOSOS Miriam Altman Kayoko Yamamoto e Leila S L C Tardivo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 161 162 164 177 183 189 199 208 233 248 254 259 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PSICOTERAPIA BREVE DE IDOSOS A IMPORT NCIA DO DIAGN STICO NA DELIMITACAO DO FOCO L dia Rodrigues Schwarz e Leila Salom o de La Plata Cury Tardivo CRISE DA MEIA IDADE FEMININA RAINHA OU BRUXA Eliana Siqueira N CLEO DE FAM LIA CASAL PROPOSTAS DE ATENDIMENTO EM MODELO DINAMICO SIST MICO INTEGRATIVO C ntia Soares Marcelo Labaki Agostinho S lvia C S Karacristo S nia Nukui Leila Salom o La Plata Cury Tardivo CRIAR E CUIDAR ENQUADRES DIFERENCIADOS NA INTERVEN O CL NICA COM ADOLESCENTES VITIMIZADOS Antonio
66. Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 420 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007
67. Mental e Psicologia Cl nica Social 82 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP GOETHE 2002 retrata bem o homem contempor neo na luta contra o envelhecimento Quando Dr Fausto assinou o pacto com o diabo exigiu em primeiro lugar voltar a ser jovem Mefisto tendo o guiado ao antro de uma bruxa quando Fausto viu no lume o caldeir o no qual a po o m gica estava a ferver teve uma n usea Dr Fausto a M fisto Esta bruxaria demente enjoa me Asseguras me que voltarei a ser novo com esses sortil gios Precisarei mesmo da ajuda desta velha bruxa Ser verdade que essa po o infernal me vai rejuvenescer de trinta anos Pobre de mim se nada de melhor tens para me oferecer A esperan a j me abandona n o ter a natureza ou qualquer esp rito nobre descoberto nenhum rem dio para a velhice M fisto ptimo Esse rem dio obt m se ali s sem a ajuda de nenhum m dico nem de nenhuma bruxa Vai viver para o campo Cultiva desbrava a tua terra leva uma simples sem sair do cerco limitado da tua propriedade Alimenta se de pratos grosseiros e poucos cozinhados Vive como o teu gado e em sua companhia e n o te julgues muito orgulhoso para estrumar o solo Aqui tens a melhor maneira acredita me de rejuvenescer aos 84 anos Fausto Mas eu n o estou habituado n o me conv m nada manejar a p e essa vida limitada n o do meu agrado Mefisto E por isso que precisas da bruxa Fausto cada um de n s
68. Neste filme seu realizador noruegu s Petter N ss traznos um conto a respeito do poder do amor incondicional da aceita o da diferen a do apoio m tuo e da sua influ ncia no Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 147 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP cotidiano das pessoas que por acaso compartilham de uma caracter stica especial um quadro do continuum aut stico Donald e Isabelle lutam para construir e manter a sua rela o apesar da constante amea a das suas disfun es emocionais No seu z fundamento isto o que se verifica em qualquer rela o identificada enquanto normal A quest o pendente sempre se o amor deles conseguir sobreviver s idiossincrasias de cada um Um esfor o sem certezas Nem promessas De onde se derivam alguns questionamentos tais como ser que somos t o normais quanto pensamos Ou mesmo Ser aqueles que consideramos como loucos s o t o loucos quanto pensamos que s o Dessa forma a partir desse filme onde a arte imita a vida e a vida tamb m a imita podemos repensar melhor a respeito dos nossos preconceitos e estere tipos que muitas vezes cristalizam nossos conhecimentos sobretudo no que diz respeito a estas popula es para que reflitamos concomitantemente a respeito sobre o conceito de normalidade e insanidade por vezes tamb m presentes
69. Paulo Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2003 SALVAREZZA L Psicogeriatria teoria y cl nica Buenos Aires Paid s 1993 TARDIVO L S L P C VIEIRA M M GIL C A STEINER A L F Uma proposta de trabalho em sa de mental assist ncia a moradores de institui o psiqui trica e reinser o social possibilidades e alcances IN Anais do XXX Congresso Interamericano de Psicologia Buenos Aires 2005 TARDIVO L S P C GIL C A STEINER A L LEL A J CAUTELLA W TAT segundo a Escola Francesa em pacientes internadas em hospital psiqui trico estudo preliminar IN IV Congresso Nacional da Associa o Brasileira de Rorschach e M todos Projetivos Bras lia 2006 WINNICOTT D W O desenvolvimento emocional primitivo In Textos selecionados da pediatria a psican lise Rio de Janeiro Francisco Alves 2000 Texto original publicado em 1945 WINNICOTT D W O jogo do Rabisco Squiggle Game WINNICOTT C SHEPHAR R Org Explora es psicanal ticas Tradi o de Jos Otavio de Aguiar Abreu Porto Alegre Artes M dicas 1994 Trabalho original publicado em 1968 WINNICOTT D W Consultas Terap uticas em psiquiatria infantil Tradu o de Josetti Xisto Cunha Rio de Janeiro Imago 1984 Trabalho original publicado em 1971 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 331 Departamento de Psico
70. Psicologia Cl nica Social 280 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 6 A frequ ncia dos atendimentos pode ser semanal ou quinzenal dependendo do foco de tratamento 7 O tempo de psicoterapia pode variar de 6 meses a um ano considerando a abordagem utilizada H a possibilidade de atendimento domiciliar quando necess rio para a fam lia e disponibilidade do terapeuta para tal 8 O momento de considerar o t rmino de atendimento quando a vida da fam lia se torna mais agrad vel aceitando os problemas da vida cotidiana de forma mais normal 9 Muitas vezes h a possibilidade de encaminhar um ou mais pacientes para atendimento individual ou seja a psicoterapia familiar n o exclui o atendimento individual e vice versa Dificilmente a fam lia procura atendimento mas muitas vezes levada por um de seus membros geralmente o paciente identificado ser que isso ou a fam lia leva o paciente identificado para tratamento sem considerar que as dificuldades podem ser de todos Cabe ao profissional da equipe sensibilizar e perceber o pedido de ajuda Hoje em dia existe uma tend ncia a uma integra o entre Psican lise e Teoria Sist mica Deve haver uma coer ncia e consist ncia na jun o das abordagens te ricas para garantir uma cl nica eficaz Em Psican lise abordamos os conceitos de rela o objetal identifica o projetiva transfer ncia e contratransfer ncia defesas resist ncias ent
71. REGIME DE ATENDIMENTO COMUNIT RIO K tia Regina Beal Rodrigues Thiago de Almeida RESUMO Este trabalho tem como objetivo trabalhar com um grupo de gr vidas utilizando como proposta de intervenc o a terapia comunit ria O estudo foi realizado atrav s de atividade pr tica de cuidado em sa de desenvolvida com um grupo de dezesseis gestantes no per odo de agosto a dezembro de 2006 As atividades grupais se deram em onze encontros de sa de ao t rmino das quais foi realizada uma visita domiciliar a cada uma das participantes que deram luz Numa abordagem qualitativa o levantamento dos dados foi realizado pela observac o participante com entrevista nas din micas dos encontros e nas visitas domiciliares Atrav s da an lise qualitativa foram identificadas as repercuss es do desenvolvimento do grupo de gr vidas nas seguintes dimens es a gestante com ela pr pria a gestante com o seu beb e com os familiares e os familiares e a gestante com a comunidade A busca do conhecimento alicer ada no grupo de gr vidas influenciou na amplia o do conceito de sa de e de cidadania no contexto das gestantes e dos seus coletivos Observamos que a utiliza o de abordagens dos novos paradigmas pode contribuir para a constru o do conhecimento e com o processo de promo o da sa de aumentando a auto estima das gestantes e contribuindo para uma melhor qualidade de vida bem como subsidiar trabalhos interdisciplinares Palavras Chave T
72. S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 237 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP sociopatia e tend ncias suicidas n o s prov vel que um perda inicial tenha ocorrido nos primeiros anos de vida mas tamb m prov vel que tenha sido uma perda permanente seguida da experi ncia de repetidas mudancas de figuras parentais Bowlby 1997 p g 104 Portanto importante apontar para o grande d ficit nas inst ncias bio s cio psicol gicas que uma ruptura na relac o do par m e beb sem que haja algu m que funcione com uma m e substituta pode acarretar para a vida do sujeito OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS Este trabalho um estudo explorat rio que surgiu da necessidade de se buscar compreender o problema do desabrigamento de criancas e adolescentes O interesse pesquisar sobre o processso de institucionaliza o desinstitucionaliza o da crian a adolescente morador de abrigo Os caminhos da institucionaliza o e as dificuldades existentes para a desinstitucionaliza o constroem uma realidade na vida da crian a adolescente abrigado Refletir sobre como acontece todo o processso de abrigar e desabrigar haja visto serem os termos abrigar e desabrigar temos com forte conota o emocional do sujeito estar abrigado ou ainda estar desabrigado Diante do aumento do n mero de crian as adolescentes em situa o de abrigamento por um
73. V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 294 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AIELLO VAISBERG T M J Ser e fazer enquadres diferenciados na cl nica winnicottiana Aparecida Id ias amp Letras 2004 AIELLO VAISBERG T M J MACHADO M C L Sofrimento humano e estudo da efic cia terap utica de enquadres cl nicos diferenciados In AIESLLO VAISBERG T M J AMBOSIO F F Org Cadernos ser e fazer apresentac o e materialidade S o Paulo Universidade de S o Paulo 2003 AZEVEDO M A GUERRA V N A Inf ncia e viol ncia fatal em fam lia S o Paulo Iglu 1998 BARUS MICHEL J Sofrimento trajetos recursos dimens es psicossociais do sofrimento humano In AIELLO VAISBERG T org Trajetos do sofrimento rupturas e rejcria es de sentido S o Paulo Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2003 PINTO JUNIOR A A Viol ncia sexual dom stica contra meninos um estudo fenomenol gico S o Paulo Vetor 2005 SAFRA G A face est tica do self teoria e cl nica S o Paulo Unimarco 1999 WINNICOTT D W O brincar e a realidade Rio de Janeiro Imago 1971 WINNICOTT D W O desenvolvimento emocional primitivo In Textos selecionados da pediatria psican lise Rio de Janeiro Francisco Alves 1978 WINNICOTT D W Consultas terap uticas em psiquia
74. Vide Anexo e ficam contentes Isadora pergunta se eu tinha levado o desenho da casa Eu mostro a pasta dela e da m e com os desenhos Isadora pega os desenhos e fica mostrando para a m e comenta os desenhos pede para a m e olhar A m e olha os desenhos Alguns desenhos da filha a intrigaram A m e escreve no cora o o nome da filha e depois Eu tenho tanto para te falar mas com palavras n o sei dizer Como grande o meu amor por voc Nem mesmo o c u nem as estrelas nem mesmo o mar e o infinito n o maior que o meu amor nem mais bonito Isadora olha para a m e enquanto desenha e escreve e comenta que a m e est quieta naquele dia Luc lia Sorri devido ao coment rio Isadora pega as fotos enquanto a m e desenha e traz para mostrar terapeuta Ela diz Tia olha a foto da minha m e como a minha m e linda n A terapeuta lhe confirma que a m e bonita e que ela ama muito a mam e dela A m e sorri e diz Ah Wadad voc sabe o que ela disse para o amigo Olha como a minha m e era linda A m e ri que a minha m e estava com o cabelo molhado comenta Isadora A terapeuta fala que tanto a m e como ela eram lindas e continuam lindas A m e termina de desenhar e escrever Isadora fala para a m e que ficou lindo o que a m e desenhou A terapeuta fala que a m e tamb m escreveu algumas coisas para ela e que ela n o pediu para a m e ler Isadora fala l mam e Luc lia ajeita
75. a m e fornece uma adapta o suficientemente boa necessidade do beb a linha natural da vida n o fica perturbada Por m o fracasso materno em compreender e atender essa necessidade produz consequ ncias que interrompem a continuidade do ser e rea es excessivas no beb que geram uma sensa o de amea a de aniquilamento A partir do momento que a m e pode entender as reais necessidades do beb desenvolve uma sensibilidade que lhe permite colocar se em seu lugar para interpretar o que ele precisa As repetidas experi ncias de amea a de aniquila o que n o levam a uma aniquila o de fato s o necess rias ao desenvolvimento e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 339 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP fornecem a base da organizac o do ego A partir de tais experi ncias das quais o beb repetidamente se recupera inicia se um sentimento de confianca e o desenvolvimento de uma capacidade do ego em tolerar a frustrac o De forma semelhante o analista precisa estar sens vel necessidade de seu paciente para promover certa adaptac o ambiental que faltou no processo natural de desenvolvimento A consequ ncia dessa falha leva normalmente a pessoa a sobreviver por explora o reativa de mecanismos de defesa levando a uma adapta o for ada e superficial Se o analista n o co
76. a partir da concep o de que cada indiv duo um ser nico sugerimos a cada uma das idosas que depositasse na sua caixa objetos de sua prefer ncia possibilitando a express o simb lica peculiar de seus conte dos estando a mesma referenciada s condi es e aos valores existentes no ambiente em que envelhecem e s circunst ncias de sua hist ria pessoal e seu grupo et rio As caracter sticas desta t cnica permitem a aproxima o realidade do idoso sendo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 96 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP importante para o entendimento manejo interven o e car ter preventivo independente das condi es de s ude e normalidade dos sujeitos As idosas preencheram as caixas segundo o que acreditavam ser importante para defini las al m de mem rias objetos ou mesmo pap is escritos simbolizando os objetos A caixa foi utilizada com 11 idosas ap s a testagem padronizada Entrevista Gds e whoqool bref Um outro enfoque permitiu sua utiliza o em 3 encontros uma vez por semana com 2 idosas Conclu mos que o recurso l dico forneceu um aparato motivacional que facilitou a interven o terap utica envolvendo criatividade curiosidade liberdade de express o persist ncia coragem ousadia favorecendo o resgate de experi ncias sensibiliza o e contextu
77. a penal ou em seu programa de tratamento dependendo do que falem Se s o escassos os estudos sobre a avalia o dos agressores sexuais infantis sobre estrat gias de programas preventivos por outro lado s o abundantes os estudos do ponto de vista do tratamento ou preven o secund ria Neste campo o estudo de Smith e Saunders 1995 debru a se sobre a an lise das caracter sticas de personalidade de pais incestuosos Embora este estudo n o interesse focalmente presente pesquisa traz um dado importante a ser considerado os agressores s o descritos como dominantes abusivos e autorit rios ou como passivos ou dependentes o que sugere a aus ncia de um padr o nico de estrutura o da personalidade destes sujeitos indicando tamb m que al m das caracter sticas individuais do agressor a configura o relacional dos parceiros e da fam lia favorecem a situa o de vitimiza o dom stica Nesta mesma perspectiva Kaufman Hilliker e Daleiden 1996 Johnson 1998 e Lung e Huang 2004 afirmam que muito dos agressores sexuais incestuosos usam de coer o na abordagem da v tima J Erooga 2002 conclui que estes indiv duos n o diferem significativamente no que se refere s caracter sticas sociais e psicol gicas da popula o geral Frenken 1994 apresenta um modelo de cinco fases para o tratamento de agressores incestuosos cumprindo senten as em pris es ou em tratamento compuls rio Destas destacam se a segunda e
78. a psiquiatria neuropsiquiatria psicobiologia e sa de mental no Pa s sete deles localizados na regi o Sudeste Os autores concluem que o investimento canalizado para os programas de p s graduac o na formac o de recursos humanos por meio de bolsas de estudos e fomento pesquisa tem permitido ao Pa s uma modesta mas crescente presenca na pesquisa em sa de mental no cen rio internacional No ano de 2005 o CNPq realizou uma sele o p blica de propostas para apoio as atividades de pesquisa direcionadas ao estudo de Sa de Mental Os temas das pesquisas contemplaram trabalhos desenvolvidos nos CAPs tratamento de transtornos mentais comuns s ndromes depressivas e ansiosas viol ncias contra idosos transtornos de humor ao longo do ciclo da vida pacientes v timas de viol ncia sexual e outros Podemos ent o afirmar que h no Brasil cada vez mais pesquisas direcionadas ao estudo da Sa de Mental e uma intensa produ o bibliogr fica sobre quest es relacionadas ao tema Entretanto importante que os estudos e as pesquisas possibilitem uma maior aproxima o do ponto de vista dos sujeitos que vivenciam o sofrimento e imprescind vel compreender melhor a cultura desse outro a quem pretendemos tratar N o podemos esquecer que o sofrimento envolve muitos aspectos da vida e n o algo que esteja s circunscrito ao corpo ou ao ps quico Assim fundamental que os nossos pesquisadores estejam dispon vei
79. acordo com Gitlin passar o tempo em companhia da m dia o que as pessoas mais fazem hoje em dia Para ele se um ambiente repleto de m dia tido como natural certamente assim o porque as pessoas j nasceram nesse ambiente e n o podem mais perceber como extraordin rio Ele afirma que nunca tantos comunicaram tanto em tantas telas atrav s de tantos canais absorvendo tantas horas de insubstitu vel aten o humana a respeito da comunica o Gitlin 2001 12 Vive se uma poca em que a incita o ao consumo de produtos e ideais tais como comportamentos formas de se vestir formas de agir a quem copiar est o presentes na maioria dos programas de televis o Os programas dirigidos aos jovens n o s o exce o Os mesmos temas tidos como pertencentes ao universo adolescente se repetem na maior parte das produ es a eles dirigidas sejam elas somente entretenimento ou de car ter pedag gico A influ ncia que a m dia especialmente a x GITLIN T 2001 M dias Sem Limites Rio de Janeiro Ed Civiliza o Brasileira Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 54 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP televis o exerce sobre as pessoas de maneira geral fato necessario no entanto identificar como os adolescentes que vivem o periodo mais delicado de seu desenvolv
80. an ncios referem defici ncia retirados do jornal Folha de S o Paulo no per odo de 02 05 07 a 02 06 07 se a pessoa portadora de defici ncia a rea de atuac o em que o portador ir trabalhar as qualifica es e experi ncias exigidas e os benef cios oferecidos Nota se que os an ncios s o bem variados em uns explicitado no t tulo do an ncio que o emprego voltado para deficientes em outros no corpo do texto em que est presente a especifica o de que a vaga de emprego voltada para pessoas com defici ncia e nos an ncios marcados com a vaga de emprego n o destinada apenas pessoa com defici ncia Nenhum mencionou qualquer legisla o Em apenas dois an ncios foram declarados os benef cios oferecidos pela empresa Interessante Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 371 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP marcar que quando a defici ncia especificada pelo empregador apenas s o citadas pessoas com defici ncia f sica ou auditiva Quanto s qualifica es exigidas temos um quadro extremamente diverso em alguns an ncios n o se mencionam nenhum grau de escolarizac o necess rio para ocupar a vaga de emprego enquanto que em outros exige se formac o superior O mesmo ocorre com a experi ncia algumas empresas n o especificam nada enquanto que
81. atendimento s fam lias em Consultas terap uticas familiares Os atendimentos em forma de consultas terap uticas conjuntas para essa m e e essa filha se deram no come o de fevereiro de 2004 Teve uma apresenta o deste trabalho num Congresso na Argentina em 2005 O trabalho escrito somente agora ser publicado Constatamos atrav s dos estudos que realizamos que as crian as apresentavam muitos conflitos e desejavam muito retornar s suas fam lias ou ao seu ambiente familiar Tamb m pudemos perceber que as crian as no geral descreviam suas fam lias como sendo muito comprometidas por problemas emocionais e sendo tamb m multicarenciadas o que as impedia muitas vezes de proverem seus filhos em suas necessidades tanto afetivas ou materiais No nosso estudo anterior ficou evidente que a fam lia da crian a uma fam lia tamb m abandonada maltratada e negligenciada por seus familiares pela sociedade e pelo poder p blico E que para que possa cuidar da crian a necessita ela mesma de cuidados Este estudo procura ampliar a nossa compreens o anterior porque atrav s dele podemos ter um contato direto com uma m e de uma crian a abrigada conhecer os motivos que levaram ao abrigamento da crian a e tamb m pudemos acompanh la em consultas terap uticas junto com a sua filha Com isso poss vel conhecer as viv ncias emocionais de ambas e ajud las para que o v nculo entre elas possa ficar mais fortalecido apesar dos p
82. atendimento que objetivam apoiar e resgatar a criatividade dos adolescentes que por algum motivo estagnou se estes sujeitos com idade entre 12 18 anos podem ter a oportunidade de express o socializa o e aprendizagem M todos Primeiramente os adolescentes e seus familiares s o acolhidos por meio de entrevista psicossocial onde busca se informa es importantes queixa inicial hist rico de viol ncia dom stica hist rico s cio econ mico etc Esta entrevista tem tamb m o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 293 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP objetivo de acolher e escutar os sujeitos procurando a partir disso estabelecer uma relac o emp tica e de confianca Posteriormente os adolescentes s o encaminhados para as oficinas de m sica viol o que s o realizadas semanalmente com durac o de duas horas por um psic logo e um professor de m sica sendo que cada grupo conta com a participac o de dez adolescentes M sicas de prefer ncia destes s o utilizadas para uma aproximac o da realidade dos sujeitos do ambiente em que vivem e da experi ncia de vitimizac o As atividades de m sica incluem t cnicas de digitac o acordes e intervalos onde os alunos realizam exerc cios repetidas vezes a fim de aprender e memorizar posi es notas e acordes O objetivo final a cria
83. brincar em um ambiente terap utico sustentador que possa favorecer o encontro inter humano o crescimento emocional o desenvolvimento das potencialidades de cada indiv duo criando condi es de sustenta o emocional e a recupera o do gesto criativo na presen a do outro possibilitando experi ncias mutativas S o dicersas as propostas que foram e continuam sendo desenvolvidas Oficina de arranjos florais Oficina de cores Oficinas de Fantoches rabiscos e outras brincadeiras Oficina de Papel artesanal Oficina de Tape aria e outros bordados Oficina de teatro da espontaneidade para adolescentes Foi tamb m criada a Ser e Criar dirigida a gestantes e m es No mbito Institucional s o desenvolvidas diversas propostas como Oficina de arranjos florais para pacientes neurol gicos UNIFESP e Oficina de velas artesanais para pacientes soropositivos na Prefeitura Municipal de Santo Andr Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 28 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP As publica es derivadas dessas porpostas podem ser encotradas nas mais diversas teses defendias e aprovadas em distintaos artigos e kivros da autoria da Profa T nia Aiello Vaisberg e remeteo o leitor ao site www serefazer com br Concluindo essa breve apresentac o ao Caderno dos Anais da V Jornada APOIAR saliento que nem tod
84. capazes de nos levantar mais uma vez renovados A Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 84 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP forma pode ser destru da mas a ess ncia permanece para aparecer novamente em alguma outra forma O poeta alem o Goethe escreveu Enquanto voc n o morre e se levanta novamente voc um estranho para a sombria Terra Ou seja no transcorrer de uma vida experimentamos muitas formas diferentes de mortes psicol gicas sociais profissionais etc Se estivermos derivando nossa identidade pessoal de um relacionamento pessoal e este terminar estaremos diante da morte de quem temos sido Da mesma maneira se adquirirmos nosso sentido de vitalidade ou significado de vida a partir de uma determinada profiss o e a perdemos tamb m morreremos pela forma que nos conhec amos O choque de envelhecer abala nossa auto imagem podendo trazer uma regress o consider vel Em nossa pesquisa sobre mem ria corporal pedimos ao grupo de pesquisadas que desenhassem de forma conjunta um corpo onde percebemos como a auto imagem presente ainda era da juventude apesar de estarem na ocasi o com a idade entre 67 77 anos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 85 D
85. cient ficos s o um obst culo coopera o entre as duas tradi es Al m disso a id ia de provar a efetividade da psican lise e da psicoterapia por procedimentos das neuroci ncias parece uma vis o unilateral luz dos recentes processos psicoterap uticos e dos resultados de pesquisas que t m se mostrado cada vez mais ricos e multidimensionais ver BEUTEL 2003 Kandel refere ser seu desejo que unindo se neuroci ncia cognitiva e desenvolvendo uma nova e forte perspectiva sobre a mente e seus transtornos a psican lise retome sua energia intelectual KANDEL 1999 Neurocientistas e psicanalistas da atualidade est o re analisando os postulados psicanal ticos da Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 393 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP perspectiva da neuroci ncia H diversos estudos emp ricos sobre a neurobiologia das diversas psicoterapias Afirma es te ricas quanto s mudan as neurofisiol gicas decorrentes da psican lise e da psicoterapia de base anal tica tamb m t m sido realizadas Al m de esta ser uma quest o importante neuroci ncia psican lise filosofia biologia e s diversas formas tratamentos mental o tema apresenta relev ncia social consider vel pois revistas de comum circula o CAVALCANTE 2002 LOBO 2002 MOORE 2007 passam tamb
86. cl nico com potencial para ser desenvolvida tamb m em equipamentos de sa de mental p blicos e privados iniciamos a Oficina Psicoterap utica de cartas fotografias e lembran as com quatro pacientes internados em instituic o Psiqui trica dirigida pacientes masculinos na cidade de S o Paulo Como uma instituic o alinhada com os atuais preceitos da promoc o de sa de mental tem um modelo que se prop e assist ncia focada no per odo de crise realizando dentro do poss vel internacdes breves Iniciamos o trabalho com a proposta de realizac o da Oficina em cinco encontros semanais com cerca de uma hora de durac o convidando os pacientes para que trouxessem cartas fotografias objetos ou ainda lembrancas de qualquer natureza Um quadro magn tico auxiliado por im s recebe e sustenta os diferentes objetos trazidos em cada sess o sendo que no conjunto ocorre a manifestac o de uma express o coletiva no espaco potencial criado mas que conserva tamb m o particular e singular de cada indiv duo Ap s afixar os objetos nos dispomos ao redor do quadro e aberto um espa o para conversarmos sobre o material trazido A seguir apresentamos a titulo de ilustra o as narrativas relativas ao acontecer cl nico nas duas primeiras Oficinas Psicoterap uticas realizadas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social
87. configurado pela busca de defesa e garantia de direitos humanos e jur dicos por parte das mais diversas minorias que comp em a sociedade Dessa maneira inseridos nesse caldeir o denominado diversidade encontram se as pessoas com defici ncia para as quais o conceito de inclus o pode ser definido como sendo um processso de ajuste m tuo onde cabe pessoa com defici ncia manifestar se com rela o a seus desejos e necessidades e sociedade a implementa o dos ajustes e provid ncias necess rias que a ela possibilitem o acesso e a conviv ncia no espa o comum n o segregado Aranha 2001 p 171 O tema inclus o parece ter se tornado um desses imperativos sociais embora a sociedade mesma n o discuta suficientemente o quanto o atual processso de inclus o poderia envolver dispositivos de exclus o social Os riscos do processso de inclus o como vem ocorrendo s o grandes Faltam reflex o e discuss o a respeito do que e de quais as implica es do processso inclusivo Nesse sentido cabe aqui uma breve exposi o do panorama das mudan as de id ias que permearam a rela o da sociedade com as pessoas com defici ncia ao longo da hist ria tanto no que diz respeito aos pressupostos filos ficos quanto ao seu aspecto pragm tico e objetivo Assim de acordo com Menecucci 1999 pode se dizer de quatro fases hist ricas principais no que concerne interface pessoas portadoras de defici ncia sociedade melhor es
88. crencas valores saberes e energias constituindo se num processo transcultural e transpessoal O di logo neste estudo representou um meio de reflex o sobre a realidade como tamb m a construc o de novos saberes com vistas transforma o da realidade A gestante e suas pr ticas de cuidados sa de f sica e emocional Sob a tica das participantes suas percep es sobre a sa de e as suas pr ticas de cuidados foram ampliadas transcendendo para dimens es al m dos aspectos biol gicos Esta repercuss o j nos havia sido identificada durante as din micas grupais O depoimento a seguir expressa esta transforma o As coisas que aprendi no grupo me fizeram pensar diferente sobre a minha sa de eu j me cuidava agora cuido mais ainda Participante S Capra 2002 pontua que o conceito de sa de est fortemente ligado ao contexto cultural em que ele ocorre Neste aspecto as participantes passaram a perceber e a valorizar a sa de de um modo diferente referindo terem mais clareza sobre o processo que leva a desenvolver as pr ticas de cuidado n o como obriga o mas com consci ncia A amplia o de suas concep es est relacionada repadroniza o de suas cren as seus valores e conhecimentos acerca do processo sa de doen a Entendemos que as a es de promo o da sa de devem ser eminentemente participativas e transformadoras Assim atuar em promo o da sa de significa abrir um enorme leque de
89. crian a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 152 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP quase sobre humana aquela que no fundo inconscientemente ser encarregada de suprir v rias impossibilidades e imperfeic es de seus pr prios pais Nem um beb perfeito nem pais perfeitos O que uma crianca precisa n o de m e e pai perfeitos que ali s n o existem mesmo mas de pais que apesar de falharem aqui e ali em suas atitudes agem com honestidade franqueza transmitindo ao filho a id ia de que tentam verdadeiramente acertar Se for isso o que predomina isso registrado pela crian a como amor A gesta o o parto e o puerp rio s o per odos de intensas modifica es f sicas ps quicas emocionais e sociais Mesmo por fazer parte do desenvolvimento psicol gico normal dos indiv duos ao longo de suas vidas a gravidez considerada um momento de transi o vivenciado como crise e oferece tanto a possibilidade de crescimento integra o e amadurecimento bem como de ang stia e sofrimento Ao longo da gravidez imp e se um importante trabalho ps quico a ser realizado pelo homem e pela mulher a mudan a de pap is e de identidade al m de filhos homem e mulher tornam se pai e m e A maternidade e a paternidade no entanto s o conquistam psicol gicas para a qual homem e mulher podem se
90. da permite surgir o que lhe mais particular o seu desejo A produ o tem efeitos terap uticos neste sujeito que chega alienado e que nesta atividade pode exercitar sua possibilidade de escolha e express o T o importante quanto produ o s o as diversas possibilidades que resultam dela para os pacientes A valoriza o de sua fala discuss o da vida cotidiana de cada um Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 349 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP reinser o deste nos seus contextos familiar e social reconstru o da cidadania direitos e deveres constru o de um espa o coletivo e compartilhado visando romper com o seu estigmatizado isolamento As oficinas terap uticas t m como tica a valoriza o do sujeito no seu meio social Nas palavras de Lopes 1999 Ter a vida por objeto primeiro significa muito mais do que preserva o desta comumente exemplificada na aus ncia de doen a mas antes e fundamentalmente a qualidade desta vida o que est em cena em suas caracter sticas mais diversas desde o acesso a bens cultura educa o ao trabalho conviv ncia hist ria at o direito de cada indiv duo se exercitar sujeito de seu pr prio destino patamar m ximo de respeito vida o direito de cidadania uma esp
91. da casa m e irm e empregada que eram vistas naturalmente come am a produzir sentimentos fantasiosos e emo es sexuais que geram prazer mas tamb m sentimentos de culpa vergonha e confus o na cabe a sic Ele fica perturbado e n o se atreve a falar com ningu m Ele se v movido a espiar as mulheres trocando de roupa Em outros momentos estende o bra o distraidamente para tocar o corpo delas Em outros momentos passa a viver enorme sentimento de culpa e auto condena o Sua personalidade em forma o nesta etapa em confronto com figuras modelo de autoridade dificulta o esclarecimento e a solu o dos conflitos Na tentativa de se FALKNER F TANNER J M 1986 Human Growth 2nd ed Plenum Press New York London Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 50 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP restabelecer o equilibrio tenta brigar com a irma ir a igreja confessar se ou ir para a masturbac o que aumenta o sentimento de culpa e muitas vezes se silencia a espera de ajuda Essa segunda fase se inicia em torno dos 16 anos quando o ego comeca a fortalecer se e os impulsos instintivos ID passam a ser melhor controlados S o v rios os fatores que interv m neste processo a Regulariza o e estabiliza o dos processos hormonais e biol gicos fundamentais b Com o dom nio
92. de Psicologia Cl nica IPUSP O Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social coordenado pela Prof Leila Tardivo e pelo Prof Francisco Assump o um laborat rio de estudo e pesquisas vinculado ao Departamento de Psicologia Cl nica que procura articular a pesquisa e a assist ncia popula o no mbito da sa de mental envolvendo diferentes n veis et rios tipos de institui o e quadros psicopatol gicos promover um interc mbio entre os campos da Psicologia da Medicina e de outras reas da sa de a partir da cl nica no contexto da Sa de Mental manter a nfase no aprofundamento da pesquisa nos diferentes dispositivos cl nicos de acordo com as novas pol ticas da sa de mental e contribuir no campo da sa de mental para o tratamento de pacientes institucionalizados a partir do ponto de vista da psican lise que prioriza o lugar do sujeito Trata se de pesquisadores que em seu percurso desenvolvem trabalhos vinculados aos hospitais gerais e psiqui tricos ambulat rios e demais servi os da rede p blica de sa de tendo em comum a atua o em diferentes setores do campo da sa de mental em conson ncia com as novas pol ticas p blicas nesse campo Pedro Gabriel Delgado coordenador de sa de mental do Minist rio da Sa de em artigo publicado no jornal O Globo em 27 de julho de 2006 com o t tulo Sa de mental e p blica para todos afirma que vivemos um importante debate no campo da Psiquiatr
93. de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 265 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP juntos poderiam desfrutar o que plantaram comecaram as brigas e que n o era isso o que ele esperou Achava que a esposa e os filhos foram compreensivos pois teve que se aposentar cedo h uns quinze anos por causa de um problema de sa de mas sempre contou com o apoio de todos da fam lia e que desde ent o ajuda esposa nos servicos de casa e nas costuras Indagado sobre a vida sexual do casal diz que at agora fora muito boa mas que com tanta briga n o havia mais clima para o amor Aonde tem briga n o tem amor sic No momento n o esta boa a vida sexual mas sempre foram muito ativos e esta tendo uma grande mudanca que relaciona com problemas de sa de e com a velhice tamb m Considerac es psicodin micas Senhor Carlos parece muito assustado com as dificuldades apresentadas pela esposa e se recusa a admitir que est recebendo atendimento porque tamb m tem dificuldades Ele idealiza uma situac o familiar onde reina harmonia total e ao constatar que essa n o a realidade que vivencia em sua casa fica intolerante com as brigas e com o fato de se sentir frustrado Quando indagado sobre sua situac o atual de aposentado parece n o identificar nada que o incomode Diz que se ocupa com as tarefas dom sticas faz reparos na casa e ajuda esposa no trabalho do dia a dia Em virtude de sua educac o machista s
94. de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 357 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP s culo XIX quando da abertura na Su ca de uma instituic o para o cuidado e tratamento residenciais de pessoas com defici ncia mental projeto esse que inaugurou a id ia e a pr tica do cuidado oferecido por uma institui o a pessoas portadoras de defici ncia mental A partir de ent o proliferaram se as institui es inclusive no continente americano e estas passaram de institui es para tratamento e educa o para institui es asilares e de cust dia Institui es Totais O paradigma da Institucionaliza o foi marcado ent o pela separa o das pessoas com defici ncia de suas comunidades de origem e familiares e pelo isolamento delas em institui es residenciais segregadas ou escolas especiais A an lise das caracter sticas das Institui es Totais e seus efeitos no indiv duo foi realizada por Erving Goffman em Manic mios Pris es e Conventos conceituando as como um lugar de resid ncia e de trabalho onde um grande n mero de pessoas exclu dos da sociedade mais ampla por um longo per odo de tempo levam juntos uma vida enclausurada e formalmente administrada Goffman apud Aranha 2001 p 168 Uma importante observa o de Goffman diz respeito ao fato de a institucionaliza o do indiv duo o afastar significativamente da sociedade ao mesmo tempo em que o liga institui o o que acaba por constituir um es
95. de algum tipo de crime sofrem de algum transtorno de personalidade e n o h outro membro na fam lia que possa se responsabilizar pela crian a adolescente Esta medida legal tem como inten o proteger a crian a adolescente de danos f sicos ou psicol gicos Embora o retorno da crian a fam lia de origem ou a coloca o da crian a numa fam lia substituta seja uma prioridade o abrigo dever ter as condi es para ficar o tempo que for necess rio com as crian as que ainda n o foram integradas a uma fam lia A integra o em fam lia substituta s ocorre quando esgotados os recursos de manuten o na fam lia de origem A vida em fam lia de extrema import ncia para a constitui o de um indiv duo saud vel Segundo Winnicott 1980 uma crian a para ter um desenvolvimento emocional saud vel necessita de um ambiente acolhedor que possa atender a suas necessidades b sicas sem provocar invas es nesse processso ambiente este denominado de suficientemente bom M e e ambiente devem ent o serem capazes de dar essa sustenta o do processso de vir a ser da crian a satisfazendo suas necessidades b sicas de forma que o beb se desligue gradualmente da depend ncia materna constituindo seu self de forma verdadeira Winnicott 1980 toma a rela o m e beb e as intera es com o meio como o fio condutor dos processsos de matura o e desenvolvimento ps quico do indiv duo e considera duas categorias para o estado
96. de depend ncia inicial humana uma primeira inicial desde a gesta o at os seis meses aproximadamente caracterizada como depend ncia inicial absoluta qual segue se uma condi o de depend ncia relativa entre os seis meses aos dois anos aproximadamente Nos primeiros seis meses de vida o beb acha se em um estado de total depend ncia do meio que lhe oferecido pela m e ele e o meio est o fundidos numa unidade e a adapta o da m e s Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 236 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP necessidades do beb nesta ambientac o prim ria o que permite que os processsos de maturac o ocorram naturalmente Para Winnicott 1978 n o existe sa de para o ser humano que n o tenha sido acolhido e cuidado com amor uma vez que na tenra idade constr i se uma rea intermedi ria que necess ria ao in cio de um relacionamento entre a crianca e o mundo tornada poss vel por uma maternagem suficientemente boa Nesta a m e normalmente devotada em realidade a m e absolutamente devotada mas para que a relac o seja realmente bem sucedida indispens vel que ela encontre prazer nela A fam lia e as condi es do ambiente para o par m e beb vem sendo obras de diversos estudos Os estudos demonstram que quanto mais cedo uma crianca negligenciada
97. de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 124 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ser um dos mais significativos elos existentes pra sua comunicac o sabido que as chances de uma crianca autista estabelecer uma boa comunicac o com o mundo exterior dependem diretamente da idade em que feito o diagn stico e que se inicia o trabalho e da habilidade e dedicac o dos seus cuidadores Segundo Rivi re 1997 gra as aos desenvolvimentos terap uticos dos ltimos anos as pessoas autistas podem consentir a formas mais equilibradas e agrad veis mais complexas mais intersubjetivas e abertas mais flex veis e significativas da experi ncia humana p 56 Contudo estamos muito aqu m disso em relac o a algumas etapas sobretudo no que diz respeito ao estudo do amor e da manifestac o da sexualidade para o mundo aut stico Muito se fala em estimulac o precoce para os acometidos pelas mais diversas defici ncias mas quase n o se reconhece no amor e nos relacionamentos amorosos uma til estrat gia de coping para tais transtornos Podemos pensar que algumas pessoas com transtornos psicopatol gicos s o inadequadas para consolidar um relacionamento amoroso Mas h pesquisas que revelam um elo muito fr gil entre a maioria dos transtornos psicopatol gicos e os insucessos amorosos A raz o para isso seria que todos n s temos nossos pontos fracos quest es essas para as quais n o somos
98. de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 246 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP LEONCIO W A H Retrato de Viv ncias emocionais de criancas rec m abrigadas Observa es psican liticas por meio do Procedimento de Desenhos Est rias S o Paulo Disserta o Mestrado IPUSP 2002 L DKE M e Andr M E D Pesquisa em Educa o abordagens qualitativas S o Paulo E P U 1986 PAULO M S L L Depresss o e Psicodiagn stico Intereventivo proposta de atendimento S o Paulo Vetor 2005 SEI Ma ra Bonaf Desenvolvimento Emocional e os Maus Tratos uma Perspectiva Winnicotiana Tese S o Paulo s n 2004 TARDIVO L S P C Normas para Avalia o do Procedimento de Desenhos Est rias numa amostra de crian as Paulistanas de 5 a 8 anos de Idade S o Paulo 1989 294 p Disserta o Mestrado Intituto de Psicologia Universidade de S o Paulo An lise e Interpreta o In TRINCA W org Formas de Investiga o Cl nica em Psicologia S o Paulo Vetor 1997 Cap VI p 115 155 TRINCA Walter Diagn stico psicol gico pratica clinica Walter Trinca e colaboradores S o Paulo EPU 1984 Temas b sicos de psicologia v 10 TRINCA A M T O Procedimento de Desenhos Est rias como instrumento de intermedia o terap utica na pr cirurgia infantil um estudo qualitativo Tese de doutorado Instituto de Psicologia
99. desafiam o seu profundo desejo de ser normal E longe de pensarmos que esta psicopatologia que dentre outras caracter sticas interfere significativamente nos padr es e nas rotinas dos seus afetados n o se somar para potencializar nem para diminuir os acontecimentos do casal Dessa forma percebem se muitos dos elementos presentes na vida de pessoas n o autistas portadores de Asperger tais como flertes ci me rompimentos rom nticos mak entendidos timidez reaproxima es e todo um continuum de situa es que far o desta com dia inspirada em fatos da vida de duas pessoas com esta s ndrome transcorrer de forma no m nimo interessante Inspirado no caso real de Jerry Newport e Mary Meinel Mozart and the Whale consegue aproximar nos de uma realidade especial sem qualquer tipo de condescend ncia e de sentimentalismos gratuitos como os presentes em outros filmes como em Rain Man do diretor Barry Levenson Atrav s desse filme somos arrastados para o territ rio pessoal de pessoas que tendo que viver com dificuldades de comunica o com timidez e inseguran as com agressividades e descontroles condicionados a padr es e rotinas esfor am se continuamente por serem independentes Mozart and the Whale tem um timo trabalho interpretativo que revela um forte trabalho de pesquisa e uma grande entrega por parte de ambos os protagonistas sem nunca deixarem as suas personagens ca rem no rid culo caricatural
100. desde pequena se via a m e chorar Isadora chorava Diz que depois que abrigou a filha nunca mais foi a mesma pessoa Vivia angustiada e com medo N o tinha coragem de falar dos sentimentos dela com ningu m Se achava o pior lixo do mundo At que um dia disse para si mesma que todo mundo errava e procurava consertar o seu erro e assim decidiu procurar a filha Disse que sabia que as pessoas iam falar iam jogar pedras mas que ela tinha consci ncia de uma coisa que j tinha pago muito nestes ltimos meses Aquilo foi segundo ela a maior penit ncia do mundo Disse que pagou por ter sido covarde por ter sido orgulhosa e por ter sido Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 221 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP idiota A psic loga pergunta lhe sobre o por qu que se condenava tanto Diz que o que fez foi muito errado ter deixado a filha n o ter cuidado dela Fala que n o cumpriu a nica promessa que fez a filha de n o deix la nunca Nessa entrevista Luc lia dizia que demorou muito para vir ver a filha o que lhe parecia imperdo vel o que ela tinha feito abandonado a filha N o ter voltado para ela Chorava copiosamente Se acusava e se defendia Justificava o n o retorno pela situa o em que se encontrava Achava imposs vel vir visitar a filha sem lev la para casa Sentia se derrotada e culpada
101. desse Caderno os trabalhos escritos referentes a esses pain is Dividimos os trabalhos publicados segundo o projeto ao qual faz parte PDD Projeto Dist rbios do desenvolvimento ou APOIAR Um Comiss o composta de Professores do Departamento de Psicologia Cl nica se responsabilizou pela avalia o dos p sters de forma a eleger os tr s melhores os quais receber o pr mios como men es honrosas Destacamos ainda que todos os p steres em consequ ncia as comunica es escritas foram produzidos pelos pesquisadores estudantes de gradua o de p s gradua o or graduados canedo aos docentes a orienta o e supervis o O APOIAR E AS PROPOSTAS DE PESQUISA E INTERVEN O NOS CICLOS DA VIDA O APOIAR como outros Projetos abrigados no Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social objetiva a forma o do psic logo no campo da sa de mental em sua acep o mais ampla ou seja no que diz respeito ao estudo compreens o e interven o a pessoas em situa o de sofrimento visa como acima j referimos o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 25 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP desenvolvimento de pesquisas com a produ o de conhecimentos te ricos que em Psicologia Cl nica se faz sempre de forma indissociada da pr tica Nesse sentido temos diversas propostas de e
102. dia clobazam 15 mg dia e propranolol 10 mg dia tem melhora parcial do quadro diminui o de 60 Sem hist rico familiar psiqui trico neurol gico ou gen tico Comprometimento cognitivo acentuado n o fala dependente de cuidados di rios b sicos agita o e agressividade melhoradas com metilfenidato 20 mg dia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 111 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Dificuldade no estabelecimento de v nculos n o se comunica verbal ou visualmente estereotipias motoras aus ncia de controle esfincteriano DNPM andou 2 anos n o fala Exame ps quico vigil sem orientac o t mporo espacial Alheia sem altera es sensoperceptivas Contato visual prec rio sem resson ncia afetiva Impaciente inquieta irritada D ficit de sociabilidade isolamento sem contato visual desinteresse pelo outro alterac es de linguagem sem linguagem verbal expressiva e d ficit de mo tilidade estereotipias balanceio e flapping Exame cl nico manchas acr micas lombo sacras e castanho avermelhadas em regi o malar Ecodoplercardiograma 3 massas em VD maior com 30x11mm e 3 em VE 2 aderidas ao septo anterior pequenas e 1 no m sculo papilar antero lateral com 11x10mm sem repercuss es hemodin micas e presenca de refluxo tric spide m nimo ECG ritmo sinusal sugestivo de s
103. dois filhos homens que est o presentes na consulta pois n o conseguem trabalhar e de acordo com ela n o fazem nada para mudar isso Acha que Jo o e Breno deveriam arranjar algum trabalho nem que fosse apeans para sair de casa Nesta primeira entrevista familiar observamos a necessidade que esta fam lia tem de estabelecer novas formas de comunica o pois n o conseguem conversar sem repetir um mesmo padr o de comunica o que sempre termina em brigas o que acentua ainda mais as dificuldades de rela o que h entre todos Penso tamb m na cristaliza o dos pap is de cada um introduzindo um questionamento para todos destes pap is Indago por que Breno o drogado Ser que Jo o est mesmo deprimido De que forma a m e controla toda a fam lia e por qu Qual o papel da Alice nesta situa o familiar Por que o pai visto como um inv lido Trabalho com a fam lia o motivo do encaminhamento para um atendimento familiar a partir da compreens o do momento em que ocorre uma busca por atendimento que se d justamente ap s a interna o do Breno devido ao uso de drogas Parece que ap s esta interna o ele est de fato sem usar droga o que pode levar a fam lia a ter que restabelecer um novo equil brio e uma nova forma de conv vio Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 288 Departament
104. doses neste ambiente de holding que ao criar a est ria que l estava para ser encontrada a pessoa pode fortalecer o sentimento de si mesmo e viver a pr pria vida de forma mais criativa e espont nea Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 414 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP www serefazer com br Um Coelhinho chamado Ludovico Era uma vez uma vez um coelho de nome Oscar que namorava uma coelha chamada T fane Todos os dias ele ia at a toca da fam lia da coelha para levar um ma o de cenouras frescas para ela Depois de algum tempo a coelha come ou a perceber que esperava um coelhinho Contou a Oscar a novidade e ele resolveu sair para a floresta para procurar uma boa toca para ele morar com ela e o coelhinho filhote que iria nascer Quando o coelhinho nasceu deram a ele o nome de Ludovico Oscar e T fane nunca tinham tido nenhum filhote antes dele e por isso n o sabiam bem como cuidar dele Resolveram ent o deixar Ludovico por um tempo com a fam lia e arrumar a toca onde iriam morar na floresta Depois de alguns anos o coelho e a coelha foram buscar o Ludovico que agora j n o era mais um bebezinho coelho pois j sabia at andar sozinho Ludovico estranhou um pouco o novo lugar e s vezes tinha saudades da fam lia onde havia morado antes O tempo foi passando e Ludovico pass
105. drogas morte e luto familiar fobia escolar pacientes psiqui tricos e fam lia div rcio e recasamento Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 282 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP TRATANDO A FAM LIA O terapeuta se une fam lia com o objetivo de transformar a organiza o familiar de tal maneira que as experi ncias dos membros da fam lia se modifiquem No atendimento fam lia podemos usar de uma concep o psicanal tica com toda riqueza que esta oferece na compreens o dos assuntos ps quicos at orienta o apoio e educa o Podemos trabalhar com as fronteiras familiares fronteiras r gidas fam lia desligada fronteiras difusas fam lia emaranhada at poder chegar em fronteiras normais seguindo o modelo de Terapia Estrutural de Minuchin 1982 As fam lias s o notoriamente resistentes s mudan as Al m das resist ncias combinadas dos membros individuais o pr prio sistema resiste mudan a A resist ncia pode ser motivada por defesas conscientes mas pode haver resist ncias conscientes e interacionais Assim o terapeuta tenta evoluir junto fam lia usando de sua vis o binocular e compreendendo a sess o por meio de sua fun ao de r verie O analista trata a fam lia de modo a expandir o espa o para pensar os pr prios estados afetivos e desenvolve
106. e confian a do paciente SIMON 2005 llustraremos as quest es te ricas descrevendo atrav s de um caso cl nico os crit rios descritos acima Caso Cl nico Dados do Paciente Carlos um senhor de 72 anos casado com tr s filhos adultos e que se aposentou h v rios anos Queixa O paciente veio acompanhado da esposa que ficou aguardando na sala de espera Come ou contando que estava com um problema que segundo ele era grav ssimo Estava casado h quarenta e cinco anos e que durante quarenta anos viveram muito bem mas que de cinco anos para c n o estavam mais se entendendo pois se agrediam com palavras e as palavras doiam muito E que a esposa dizia coisas horr veis a seu respeito como se ele fosse um monstro Contou que seus tr s filhos estavam casados e com a fam lia formada e segundo o paciente realizada e que n o sabia mais o que fazer para melhorar a situa o em casa pois principalmente de um ano para c o bicho pegou sic Contou tamb m que acreditava que tudo havia come ado devido separa o de uma filha que morava em outra casa mas no mesmo terreno em que moravam o paciente e sua esposa Relata que quando conheceu a esposa ela era noiva de outro rapaz e teve que conquist la e s depois se casaram E que ultimamente ela dizia que teria sido bem mais feliz se houvesse casado com o outro mas que ele o marido havia feito um compl um plano diab lico para
107. e de ansiedade com manifesta es som ticas com tend ncia em supervalorizar os sintomas f sicos e um aumento do consumo de medicamentos e da procura por servi os de sa de Vale destacar que o idoso com frequ ncia apresenta como diagn stico a distimia sendo que costumeiramente tido como um tra o ou comportamento t pico do idoso na id ia de que ranzinza malhumorado pessimista e desanimado o que contribui para a dificuldade no diagn stico N o constitui uma entidade homog nea e em linhas gerais podemos categorizar as depress es no idoso de inicio precoce e tardio A depress o de inicio precoce costuma iniciar na fase adulta ao redor da quarta d cada da vida e apresenta recorr ncias em frequ ncia e intensidade vari veis na terceira idade tem uma forma de apresenta o evolu o e progn stico em muito semelhante a depress o que ocorre em outras fases da vida A depress o de inicio tardio est o associadas com diversos fatores f sicos que abordaremos mais adiante e psicossociais tais como o n o se sentir pertencendo ao mundo produtivo como na aposentadoria e afastamento de atividades laborais o que pode comprometer a auto estima e diminuir o interesse pelo dia a dia a perda ou diminui o importante da autonomia e do conv vio social com afastamento de familiares viuvez perda de amigos filhos e outras pessoas significativas acentua o de problemas econ micos do decl nio da sa de f sica com sur
108. e natural mas que na psicopatologia mais precisamente nos chamados estados de despersonaliza o pode se revelar como conquista que deve ser n o apenas alcan ada em um dado estagio de desenvolvimento mas tamb m mantida ao longo da vida O self que tamb m pode ser descrito como a percep o de ser uma unidade pessoal autora dos pr prios atos e pensamentos e sujeito afetado por sentimentos e impulsos fenomenologicamente falando a primeira e mais fundamental experi ncia do ser humano adulto em estado de vig lia n o psic tica e fora do estado de p nico Somente a partir da vig ncia desta unidade pessoal pode ter sentido falar em conflito interno e em desejos inconscientes uma vez que a pr pria id ia de desejo exige a exist ncia de uma pessoalidade desejante Entretanto o self um fen meno que se faz por meio de um movimento constante uma passagem uma altern ncia entre estados calmos e excitados entre estados integrados e n o integrados de ser As elabora es winnicottianas consideraram tais oscila es no contexto da vida do rec m nascido mas trazem luz conclus es que permitem tanto pensar as psicoses especialmente em suas vertentes esquizofr nicas como colapsos deste inter Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 63 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP jogo que se confi
109. em dezembro de 1954 prevalecia por toda parte a id ia um tanto vaga mas firme vamos ajudar as crian as retardadas da APAE como se fossem umas coitadinhas Os m dicos tinham total poder sobre a quest o da ent o chamada defici ncia mental e as fam lias sequer eram consultadas sobre tratamentos ou o que fazer com o filho tudo era ditado imposto por especialistas dos poucos que existiam e que lamentavelmente tamb m conheciam muito pouco da rea das defici ncias Na medida em que o tempo de vida foi se alongando gra as a avan os da medicina e maior dissemina o de conhecimento do que a defici ncia intelectual representava as organiza es de pais n o s no Brasil mas em toda parte passaram Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social n Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP a se preocupar com estabelecer programas para jovens programas vocacionais oficinas chamadas protegidas nas quais nossos filhos mais crescidos adolescentes ficavam fazendo coisas rotineiras tarefas tediosas pois se acreditavam que n o tinham condi o de aprender nada que fosse realmente til tudo visava preencher um tempo vazio de alguma forma Com o progresso e amadurecimento das organiza es de fam lias com um filho com defici ncia intelectual muitas outras entidades paralelas foram se formando n
110. empathy the shared manifold hypothesis and the neural basis of intersubjectivity Psychopathology v 36 2003 p 171 180 MELTZOFF A N MOORE M K Imitation of facial and manual gestures by human neonates Science v 198 1977 p 75 78 METZINGER T GALLESE V The emergence of a shared action ontology building blocks for a theory Consciousness and Cognition v 12 2003 p 549 571 UMILT M A KOHLER E GALLESE V FOGASSI L FADIGA L KEYSERS C know what you are doing a neurophysiological study Neuron v 31 2001 p 155 165 WINNICOTT D W 1987a A m e dedicada comum In Os beb s e suas m es Trad Jefferson Luiz Camargo S o Paulo Martins Fontes 1994 WINNICOTT D W 1987b A comunicac o entre o beb e a m e e entre a m e e o beb converg ncias e diverg ncias In Os Beb s e Suas M es Trad Jefferson Luiz Camargo S o Paulo Martins Fontes 1994 WINNICOTT D W 1956 Preocupac o materna prim ria In Textos Selecionados da Pediatria Psican lise Trad Jane Russo Rio de Janeiro F Alves 1993 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 401 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ESTUDO SOBRE ADES O AO TRATAMENTO EM PACIENTES PORTADORES DE GLOMERULOPATIAS UMA CONTRIBUI O DO M TODO DE RORSCHACH Valdeli Vieira Lucilena Vagosteo Claudia Aranha G
111. encontro prazeroso informativo e terap utico Normalmente os encontros eram iniciados com um lanche caf da manh a abertura do encontro com a exposi o do tema planejado sorteio de brindes e fechamento O encontro de encerramento foi realizado com a distribui o do kit beb s futuras mam es que foi composto por pe as do enxoval do rec m nascido mensagens brindes e com a entrega dos certificados de participa o s gestantes Os temas dos encontros foram programados de acordo com a delimita o proposta pelo projeto de interven o do grupo Nos encontros eram tamb m abordados e trabalhados din micas de grupo viv ncias e terapia comunit ria para a integra o das mulheres e para elaborar quest es relacionadas gravidez Foram discutidos temas como o primeiro segundo e terceiro trimestre da gravidez experi ncias com partos anteriores o medo do parto sensa es corporais sensa es emocionais mudan as nos h bitos planejamento familiar import ncia do pr natal acompanhamento do pai do filho aspectos emocionais da gravidez aspectos psicol gicos da gesta o parto e puerp rio maternidade e paternidade o homem e a gesta o da companheira a participa o do pai no dia a dia do beb sexualidade na gesta o e p s parto desenvolvimento gestacional modifica es na m e e desenvolvimento do beb no tero a gestante como mulher a gestante no trabalho os direitos da gestante queixas freq
112. esposa sempre enalteceu sua virilidade e pot ncia sexual mas que agora com o envelhecimento j n o esta mantendo o mesmo desempenho e isso o afeta como igualmente seu relacionamento afetivo e sexual com a esposa o que causa conflitos para ele e para a esposa Concluiu se tamb m que no setor da PR ele tamb m se encontra pouco adequado 1pto porque apesar de n o ter manifestado explicitamente que vivencia conflitos nessa rea com alguma dificuldade demonstrou sua insatisfa o com os Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 267 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ganhos financeiros que obt m e com a situac o de depend ncia que tem em relac o esposa nessa rea No que diz respeito s condi es em que se mant m sua vida sexual acredita se que elas s o causadas pelo envelhecimento natural e n o sejam consequ ncias de doen as Entretanto essa percep o n o p de ser confirmada em virtude da demora do paciente em buscar orienta o m dica especializada Concluiu se com base nesses dados que o setor OR envelhecimento trazendo mudan as hormonais e fisiol gicas repercute na rea AR No setor SC o paciente apresenta adequa o pois mant m bom relacionamento familiar com os vizinhos e tamb m com a fam lia que extensa Dessa forma de acordo com a classifica o da EDAO a
113. faz uma s rie de alertas aos pais que se separam dos filhos e aos profissionais que cuidam da institucionaliza o da crian a Enfatiza a necessidade dos pais cuidarem para que a crian a n o viva a separa o de modo muito angustiante aos profissionais recomenda o estudo cuidadoso de cada caso e o preparo que deve ser feito tanto para os pais quanto para a crian a para que possam estar todos convencidos de que aquela solu o a mais eficaz para o caso Salienta inclusive que a decis o de se institucionalizar uma crian a deve ser de todos os envolvidos no processso e at mesmo da crian a Em rela o as viv ncias emocionais das crian as rec m abrigadas no geral pelo estudo que empreendemos no Mestrado 2002 conclu mos que a crian a deseja retornar para o conv vio de sua fam lia fica triste ao se ver sozinha fica assustada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 212 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP quando percebe que est num lugar estranho com pessoas estranhas apesar de saber que o seu lar n o dos melhores A crianca tem esses desejos e sentimentos mesmo tendo experi ncias desagrad veis e at mesmo muito traum ticas com os pais e familiares para Bowlby entretanto menciona algumas observa es que diferem das nossas feitas por in meros especialistas de crian as ao se ref
114. focado Sendo assim o grupo se desenvolve com momentos estabelecidos para determinadas atividades n mero fixo de sess es e sequ ncia pr estabelecida de temas a serem abordados em cada encontro Maldonado 2005 afirmou que os dois momentos transmiss o de informa o e discuss o das viv ncias se harmonizam e se interpenetram E ainda com gestantes a estrutura mista pode incluir tamb m um tempo para gin stica respira o e relaxamento Sabe se que a maternidade um momento existencial extremamente importante no ciclo vital da mulher pois proporciona novos n veis de integra o e desenvolvimento da personalidade Portanto sendo um per odo de transi o cont m ansiedades e fantasias decorrentes desta fase sobretudo durante a gravidez que se inicia a forma o do v nculo afetivo m e beb Num grupo de gestantes s o objeto de debate situa es da vida atual o parto o p s parto os cuidados com o beb a amamenta o e outros temas importantes que o grupo desejar abordar Gestantes participam de encontros semanais Focalizaremos aqui alguns temas presentes nos grupos de gestantes Todo indiv duo sente necessidade de pertencer a algum grupo humano que seja para ele uma refer ncia especialmente numa sociedade de massa que o despersonaliza gerando sentimentos de isolamento e solid o Uma mulher gr vida pode ser oriunda de um c rculo familiar e social restrito em que foram m nimas as An
115. garoto no sul de Minas pegou o carro do pai em processo de ado o e a 180 km por hora se dirigia a S o Paulo cidade que dizia querer conhecer Os policiais relataram que mal viam o motorista ao volante que chegou a furar duas barreiras claro treinamento para o exerc cio da bandidagem t o bem ensinado pela sociedade Liquido moderna a rapidez dos tempos do consumo da liquidez chegando inf ncia capturada pelos adultos insensatos Muitos destes exemplos s o vistos Onde est o os pais Muitos est o autorizando festinhas para seus filhos de 10 anos permitindo o uso de bebidas e dan as inapropriadas para a idade Os baixinhos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 56 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP segundo express o de uma cultuadora destas pr ticas levam suas pr prias bebidas A vodka bem conhecida destas pobres crian as O lixo da televis o entra nas telinhas das casas ensinando rebolados e dan as er ticas como a dan a da garrafinha Estes programas s o veiculados e patrocinados por empresas envolvidas com produtos diversos inclusive aqueles para a inf ncia E s o apresentados por pseudo educadores que logo lan am suas marcas induzindo as crian as a procederem com adultos em miniatura Roupas sapatos chinelos mochilas e outros objetos de consumo s o oferec
116. hor rio N o consegue estabelecer um di logo fala sozinho e diz palavras sem sentido muito lento para execu o de qualquer tarefa comer por exemplo Os pais relatam comportamentos estranhos Sobe na laje de casa com um chuma o de algod o e vai pegando os pedacinhos e assoprando Fica olhando at que ele desapare a e repete de novo Se deixar ele fica o dia todo fazendo isto AVALIA O D realizou algumas sess es onde confirmou se as dificuldades relatadas pelos pais em rela o a alfabetiza o L e escreve de modo bastante rudimentar realiza algumas opera es matem ticas simples N o apresentou nenhuma iniciativa em manusear ou realizar algum tipo de brincadeira com o material oferecido e nem acatou a sugest o de algumas atividades propostas brincadeiras ou atividades Mantinha um comportamento robotizado e em alguns momentos parecia estar em outro mundo levando nos a identificar um comportamento autista Durante todo o eventualmente s perguntas mas mesmo assim n o mantinha um contato visual A nica atividade desenvolvida durante as sess es foi o Desenho DIAGN STICO Naquela oportunidade levantou se o Diagn stico de Defici ncia Mental Leve com caracter sticas autistas pelo psiquiatra do Projeto Dist rbios do Desenvolvimento do Laborat rio de Sa de Mental que confirmou o Diagn stico Tamb m solicitouse a APAE a Avalia o realizada que tamb
117. igualdade dos cidad os era amplamente divulgado Igualdade esta que se referia ao fato de todos os homens serem iguais perante a lei ou seja era uma igualdade calcada nos par metros da isonomia das pessoas Souza 2006 Com a Declara o Universal dos direitos dos Homens formulada pela ONU em 1948 h um reconhecimento de uma forma compartilhada dos direitos humanos e das liberdades fundamentais Isso foi um marco para a prolifera o de medidas que visam o respeito s poss veis identidades dos indiv duos Assim grupos minorit rios e segregados historicamente divulgam as suas declara es Nesse contexto a eq idade come a a permear o campo da pol tica Souza 2006 Seguindo essa tend ncia a Constitui o Brasileira de 1988 reconhece a discrimina o de grupos na sociedade brasileira ao destacar em seus textos algumas categorias de pessoas origem cor ra a sexo idade estado civil porte de defici ncia credo religioso convic es filos ficas ou pol ticas tipo de trabalho e natureza de filia o e dguns casos a serem tratados com igualdade e a possibilidade de uma discrimina o justa para compensar as diferen as entre alguns grupos A eq idade n o fere o conceito de igualdade mas sim se articula a este O conceito de igualdade o principio da democracia todos os homens s o iguais n o havendo distin es entre os indiv duos entre os cidad os Mas ao decorrer do tempo nesse espa o igualit rio s o rec
118. imagina n o corresponde aos fatos da realidade Com a filha Luc lia se tranquiliza por ver que sobreviveu ao abandono da m e que ela continuou reconhecendo e amando a m e Que n o havia perdido a filha e que a separa o n o arrasou com tudo que tinham vivido O estudo mostra que o v nculo forte que existia entre a m e e filha contribuiu para que a m e enfrente a si mesma e encontre solu es positivas para ela A m e tinha muito contato com a sua vida emocional e compreendeu o quanto o v nculo com a filha era mais importante do que ela mesma Pelo que pudemos observar o amor que a Isadora tinha por Luc lia era muito importante para a m e Em s ntese vimos como a m e inicialmente estava presa aos sentimentos de dio pela frustra o de suas necessidades de amor reconhecimento e valoriza o e aos de culpa por sentir que n o era capaz de cuidar bem da filha por ter abandonado a sua filha e como a crian a de in cio apresentava junto com a m e um intenso sofrimento devido separa o Com o acolhimento foi poss vel tanto para a m e como para a filha se sentirem aceitas valorizadas respeitadas o que contribuiu para o fortalecimento do v nculo N s vimos como a crian a sofria no in cio como receava ter que viver novas separa es Como sofria toda vez que a m e ia embora Com o tempo puderam enfrentar tanto o abrigamento como a separa o com confian a A capacidade do terapeuta de maternar a m e e a
119. irm e o irm o veio para conversar com ela Isadora estava segurando o anjinho que a m e deu e este cai da sua m o Diz com al vio Ah N o quebrou ao pegar e olhar o anjinho Falo que a Isadora est dizendo para a W e para a mam e que mesmo com a queda que sofreu de n o ficar junto com a mam e de ter ficado t o longe a Isadora continua bem junto a mam e pode lembrar dela ficar contente que a mam e voltou Enquanto a terapeuta fala a Isadora balan a a cabe a Isadora pergunta para a m e M e o que isso Refere se a asa da menina anjo A m e explica que uma menina anjo A m e pergunta quem sou eu para a filha Isadora responde que a tia depois se corrige dizendo que a m e A m e conta que hoje quando a Isadora encontrou a ficou sorrindo Uma menina passou na sua frente e ela fez uma cara de quem n o gostou Fala que parou na frente da m e e depois correu para abra la Falo para Luc lia que ela parece ficar reassegurada com isso de que a filha n o esqueceu dela que continuou a lembrar dela apesar da aus ncia dela ou n o presen a concreta Falo para a m e que ela fica feliz de ver que o amor da Isadora por ela n o ficou t o prejudicado pela separa o Falo que ela gostaria que o amor pela filha seja o aspecto essencial e que a filha continue amando a como antes A m e fala que na sexta deu comida para Isadora e depois queria que fosse a m e quem desse banho nela e depois queria ir e
120. lcool ou de uma beata de maconha quando n o uma carreirinha de coca na para mundos menos duros E se tornou mais importante o lazer do que o dever Dos bares da vida das boites saem sem se conhecerem para os mot is o prazer vendido a qualquer pre o para os jovens A gravidez na adolesc ncia j tamb m problema de sa de p blica Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 58 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Onde est o os pais E as autoridades constitu das A maioria despreparada estimula estas pr ticas N o se conquista uma menina ou menino usa o de acordo com o seu interesse e para atender a pressa da vida l quida Os professores de hoje n o t m aquela autoridade de antigamente Eles s o empregados dos alunos E quando algum se atreve a chamar a aten o de um bagunceiro recebe como troco palavr es e desaforos E como n o podem perder o emprego e a empresa n o pode perder aquele aluno objeto este fato se repete O dinheiro do capitalismo selvagem o que manda A vida continua E por isso a maioria dos professores se comporta como colegas deles muitos usando indument rias semelhantes N o se conquista o saber a cultura estudando a mat ria N o se aprende o conte do Passa se naquelas mat rias mais f ceis Muitas na maioria das vezes empurra
121. m a questionar a postura psicanal tica diante dos avan os da neuroci ncia e da psicofarmacologia Dentre as poucas respostas obtidas aponta se principalmente para interven es interdisciplinares HOLLON THASE MARKOWITZ 2005 Este campo de estudos inaugura um espa o para um di logo tico cient fico entre a pr tica psicoter pica com fundamento psicanal tico e a psiquiatria o que do ponto de vista pragm tico pode favorecer tamb m um maior rigor cient fico no manejo entre interven es psicobiol gicas e psicoterapias psicanal ticas Portanto este trabalho vem nos colocar a pensar Quais as mudan as neurofisiol gicas decorrentes do processo psicanal tico Ao tornar consciente um conte do emocional desagrad vel quais modifica es ocorreriam nas conex es entre am gdala e estruturas corticais Se mudan as neurobiol gicas ocorrem em decorr ncia da psicoterapia psicanal tica poss vel defender uma postura interdisciplinar no manejo das possibilidades e limites das interven es psicofarmacol gicas e de base psicanal tica REFER NCIAS BAXTER L R JR SCHWARTZ J M BERGMAN K S SZUBA M P GUZE B H MAZZIOTTA J C ALAZRAKI A SELIN C E FERNG H K MUNFORD P ET AL Caudate glucose metabolic rate changes with both drug and behavior therapy for obsessive compulsive disorder Arch Gen Psychiatry v 49 n 9 1992 p 681 689 BECK A T RUSH J A SHAW B S EMERY
122. m apontava na mesma dire o Interessante que neste momento a m e estava iniciando um outro Processso Diagn stico no Hospital das Cl nicas da FMUSP Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 172 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ESTRAT GIA DE TRATAMENTO Defini o de um Diagn stico que pudesse nos orientar quanto ao melhor tipo de acompanhamento que poder amos oferecer para D N o s um tratamento medicamentoso visando uma melhora de seu estado geral como tamb m o acompanhamento em Institui o que pudesse s visar a aprendizagem mas principalmente seu desenvolvimento como um todo possibilitando lhe maior independ ncia e autonomia Verificou se a necessidade de trabalhar as expectativas dos pais em rela o a D trazendo as para a realidade Inicialmente a m e dizia que queria que o filho melhorasse que ficasse como os outros irm os mas no decorrer do tratamento sua verbaliza o foi mudando Sua frustra o sua culpa e sua resist ncia foram dando lugar a uma aceita o de suas dificuldades e no final do acompanhamento j dizia que buscava apenas oferecer condi es para que ele pudesse viver melhor Neste per odo a m e tamb m foi percebendo que possu a outros problemas embora ainda responsabilizasse o filho por lhe impedir de levar sua pr pria vida
123. m muito carinhosa afetiva acolhedora A figura descrita por Gilson como algu m a quem ele se vincula de forma muito positiva denotando capacidade de estabelecer rela es afetivas positivas b Indicadores ou Sinais Espec ficos Encontra se os seguintes indicadores nos desenhos derivados da pesquisa de Engle amp Suppes 1970 apud Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 p 23 sombreado do corpo coloca o na parte inferior da p gina cabe a em rela o ao corpo grande borraduras e sorriso Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 304 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Por meio de outros estudos citados e exemplos expressos na obra de Klepsch e Logie 1984 tamb m pode se mencionar a impress o geral da figura mais relativa a fragilidade e ao mesmo tempo de coopera o Edgar 1 Uma rvore De prefer ncia uma rvore frut fera que seja uma rvore frut fera Porque na rvore frut fera voc tem a sombra da rvore entendeu Voc tem os fruto da rvore de prefer ncia um fruto bom fruto ruim ta descartando fruto bom pelo menos voc tem essa utilidade voc tem a sombra voc tem os fruto Ai dependendo da rvore at as folhas pode ser aproveitada tamb m 2 Seria um cavalo Porque um cavalo eu gosto de animal principalmente acho bonito forte resistente pr
124. medo de ser rejeitado pois a alternativa que ele coloca de terem sido as brigas a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 268 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP causa do afastamento sexual confirma a hip tese de que ele encontra em si mesmo muita resist ncia para lidar com as mudancas e o decl nio de sua pot ncia sexual Ele me questiona o n mero de sess es ou seja se realmente ele precisaria ter mais doze sess es e a terapeuta afirmou que em princ pio sim e que se ambos percebessem que os problemas estavam sendo solucionados o atendimento se interromperia antes de se completarem as doze sess es Ele parece aquiescer com esse ponto de vista Interrup o Depois de cinco entrevistas indagado sobre o motivo da sua busca por ajuda j que ele insistia em dizer que era a esposa quem tinha problemas ele resolve interromper o atendimento at que a esposa come asse tamb m a ser atendida pois que o fato de s ele se tratar n o colaboraria com a vida de ambos A terapeuta colocou se sua disposi o quando retornasse t o logo ele achasse necess rio Passado um m s a terapeuta recebeu a liga o de uma filha do casal Isabel que muito aflita perguntou se ela poderia voltar a atender o seu pai A terapeuta respondeu que sim mas que dependeria dele procur la 3 4 RETORNO N
125. mesmo se passa com o paciente psiqui trico que faz parte da oficina terap utica A oficina terap utica cuida do sofrimento no entanto n o tem o sentido de representar o final do processso terap utico mas ir al m de um diagn stico Pretende conhecer para al m da doen a conhecer o doente a pessoa que est presente com sua viv ncia experi ncia hist ria de vida Possibilitando assim uma experi ncia mutativa do paciente com o encontro inter numano TARDIVO 2004 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 333 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Na experi ncia mutativa o paciente desenvolve um wver criativo Conceito que transcende a cria o art stica mas est ligado ao estar vivo e forma com a qual cada um ir relacionar se com a realidade externa Se constitui como um estado saud vel em que o mundo n o apenas algo ao qual o indiv duo tem que se adaptar submiss o Produz se em fun o da experi ncia do encontro inter humano e que se far acompanhar naturalmente pela articula o simb lica AIELLO VAISBERG 2004 A articula o simb lica se d pela materialidade usada na oficina terap utica O holding ao paciente tamb m algo determinante nas oficinas pois em sua fragilidade o paciente necessita muito de uma sustenta o do ambiente para sua pr pria integra o
126. muy espec fica de que se realizara una evoluci n de aspectos neuro psicol gicos lo que solo podr a ser realizado por una persona con tales conocimientos Vale a n considerar que el paciente ha sido tratado como sujeto en todo ese proceso Y Psicolog a aqu considerada como la ciencia del hombre y si pensarmos tambi n sus aplicaciones deben ser consideradas as Bleger 1975 Se le pregunt si quer a hacer esa evaluaci n ha sido explicado a el como ser a y por quien Y el acept y colabor en todo el proceso As se puede ver que en la Cl nica de los d as de hoy las tareas de evaluaci n que se mantienen como necesarias tambi n pueden ser integradas a un proceso de psicoterapia incluso con contribuciones muy relevantes Tardivo 2005 Lo que vale la pena es verificar que los trabajos del psic logo cl nico se destinan a la persona en sufrimiento y nuestros conocimientos pueden ser empleados de una manera viva y creativa en un servicio que trabaja seg n un enfoque psicoanaliticamente orientado Winnicot 1981 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 198 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFERENCIAS BILBIOGR FICAS Buck J N H T P casa rvore pessoa t cnica projetiva de desenho manual e guia de interpretac o S o Paulo Vetor 2003 Hutt M L The Hutt adaptation of
127. n Ense amos algunas estrategias para contornear el problema y el paciente percibi que podr a superar buena parte de sus dificultades de manera simples y r pida Retomamos el tema de la dificultad de relaci n y de la depresi n que merec a mejores cuidados no solo continuando la psicoterapia que ya estaba haciendo pero tambi n volviendo a tener el acompa amiento de su psiquiatra para superar el problema CONTINUIDAD DE LA PSICOTERAP A CONSIDERACIONES FINALES Durante las consultas era tema constante su dificultad en se relacionar con muchachas y muchos de los temas tratados en las entrevistas con la psic loga responsable por la evaluaci n retornaban Pero ha podido dedicarse m s al proceso psicoanal tico a partir del saber que sus problemas no eran as tan serios que no se trataba de alguien muy enfermo Y al mismo tiempo que viv a dificultades en las relaciones y si presentaba se ales de depresi n alos cuales lograba se dedicar m s Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 196 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP As la psicoterapia ha sido mantenida y mucho material G ha tra do parte las consultas G hablaba que justamente por se entregar demasiado su mundo desmoronaba frente al primero obst culo Fuimos percibiendo sin embargo que G planeaba meticulosamente las situaciones p
128. n o h investimento em capacita o o que gera grande rotatividade de cuidadores pois ficam impotentes e desmotivados o que faz com que o poder p blico n o invista em capacita o pois os funcion rios ficam pouco tempo na fun o A pol tica de contrata o agrava a situa o funcion rios contratados por concurso p blico trabalham no mesmo cargo que funcion rios contratados Isso faz com que os contratados fiquem sujeitos a san es menos motivados a capacitarem se al m do poder p blico n o investir tanto quanto nos concursados efetivos Observamos que a falta de capacita o tem como consequ ncias principais a vulnerabilidade a decis es pouco profissionais o que os exp e a inefici ncia frente a si mesmos e popula o que atendem Diminui a auto estima e auto controle diante de uma realidade de natureza estressante Gera identifica o com os adolescentes enquanto este desafia os pap is parentais aquele a dire o do abrigo ambos criticando as regras e limites 5 Projetos para acompanhamento do adolescente e de sua fam lia ap s o desabrigamento Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 257 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Este um ponto de grande potencialidade do abrigo e a sua operacionalizac o poderia ser mais enfatizada na instituic o exaltando o papel da equi
129. na juventude o mundo exterior nos chama na meia idade e nos anos maduros o mundo interior que nos chama Sendo assim muitas vezes o ambiente exterior cede lugar ao ambiente interior Desta liga o entre os n veis superiores do psiquismo que o ser humano pode desenvolver um crescimento equilibrado de forma a expandir a sua consci ncia uma esfera em expans o muito mais do que uma linha reta Esta forma de expans o n o linear ou expans o da consci ncia pressup e uma expans o das atividades supera o do egocentrismo ou das atitudes separatistas que nos afastam dos demais enfim expans o que potencializa a criatividades que possibilita a express o de todos os recursos que constituem a nossa totalidade Esta mudan a de foco pode se tornar uma verdadeira revolu o onde a espiritualidade pode ser direcionada de forma inconsciente A espiritualidade ou o chamado a espiritualidade pode ser uma forma de um continuumn do desenvolvimento onde o questionamento Quem sou realmente Busca a resposta internamente Apesar dos fatores externos da exist ncia n o serem negados eles mudam de nfase n o sendo priorizados Para Brenann 2004 65 a espiritualidade na meia idade flui de uma nova atitude e orienta o A mudan a de vida na meia idade uma mudan a revolucion ria Quando se entra na meia idade o Self torna se central substituindo o t o importante ego Um novo ponto de vista e uma nova atitude afloram na pe
130. nios Espelho No estado que Winnicott denomina Preocupac o Materna Prim ria a m e apresenta um estado de sensibilidade aumentada durante e especialmente no final da gravidez que continua por algumas semanas depois do nascimento da crianca Este estado torna a m e especialmente apta para captar as sensa es afetos emo es e necessidades do beb sabendo o que ele necessita naquele momento exato antes que a necessidade seja expressa atrav s de um gesto WINNICOTT 1987b N o fosse pela gravidez este estado seria uma condi o psiqui trica uma doen a normal ou um estado organizado que poderia ser comparado a um estado retra do ou a um estado dissociado ou uma fuga ou mesmo a uma perturba o a um n vel mais profundo tal como um epis dio esquiz ide no qual algum aspecto da personalidade assume temporariamente o controle WINNICOTT 1956 p 494 Embora a m e esteja identificada com o beb ela n o se perde ela permane a adulta WINNICOTT 1987a Para Gallese 2003 no in cio da vida h um predom nio da identidade eu outro que preexiste dicotomia eu outro Nosso espa o sem ntico seria substancialmente constitu do do espa o intersubjetivo compartilhado no qual vivemos desde o nascimento Poder amos pensar ent o que este mult plice compartilhamento da intersubjetividade nasce da indiferencia o do in cio da vida Winnicott tamb m considera que o beb vive na indistin o e indifer
131. no ato de amar dos seus dramas dos seus encantos e dos seus medos Refer ncias Almeida T 2003 O perfil da escolha de objeto amoroso para o adolescente Poss veis raz es S o Carlos SP Departamento de Psicologia Trabalho de conclus o de curso Almeida T amp Mayor A S 2006 O amar o amor uma perspectiva contempor neo ocidental da din mica do amor para os relacionamentos amorosos In R R Starling amp K A Carvalho Eds Ci ncia do Comportamento conhecer e avan ar pp 99 105 v 5 Santo Andr ESETec Editores Associados Am lio A 2001 O mapa do amor tudo o que voc queria saber sobre o amor e ningu m sabia responder S o Paulo Editora Gente Beck E amp Miller G 1969 Que o amor L Luft trad Porto Alegre Paulinas Branden N 1988 A Psicologia do amor o que o amor por que ele nasce cresce e s vezes morre Rio de janeiro Record Rosa dos Tempos Canavarro M 1999 Rela es afectivas e sa de mental Coimbra Quarteto Editora Driscoll D Davis K amp Lipetz M 1972 Parental Interference and Romantic Love The Romeo and Juliet Effect Journal of Personality and Social Psychology 24 1 10 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 148 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP AN LISE PSICOL GICA DE UM GRUPO DE GESTANTES EM
132. no in cio de seu desenvolvimento Bowlby 1990 publicou um trabalho enfatizando os efeitos desastrosos da separac o e do desenvolvimento infantil nas creches institui es ou hospitais A partir desses dados o autor postulou que para desenvolver se normalmente a crian a precisaria ter durante os primeiros anos de vida uma rela o afetiva e intima com sua m e ou m e substituta permanente A separa o do par m e e beb sem que haja a exist ncia de um cuidador sens vel pode dificultar um desenvolvimento saud vel Bowlby 1990 acrescentou que essa rela o ntima afetiva e cont nua entre m e e filho em que ambos encontrem satisfa o imprescind vel para a sa de mental do indiv duo adulto V rias formas de neuroses e desordens de car ter sobretudo psicopatias podem ser atribu das seja priva o do cuidado materno seja descontinuidade na rela o da crian a com uma figura materna durante os primeiros anos de vida Dentro da institui o de abrigo Jos pode aprender a lidar com as regras e normas com o poder constitu do e com toda a cultura institucional desenvolvendo estrat gias de sobreviv ncia Criou bons v nculos naquele ambiente com pessoas internas e externas institui o Na tentativa de adapta o fam lia tendo Jos voltado a morar com sua m e eles conviveram em fam lia durante um ano mas foi apresentada uma incompatibilidade no encontro do par m e e adolescente e esta dificul
133. nos deparamos com L um homem de 45 anos que havia acabado de divorciar se em func o de descoberta de traic o por parte de sua esposa com a qual estava casado h aproximadamente 20 anos L profissional da rea de computac o havia acompanhado a troca de mensagens pela internet entre a esposa e um outro homem por sete meses at certificar se de que realmente ela mantinha um caso extraconjugal A esposa n o negou e assim n o havia outra possibilidade a n o ser a separa o em rela o a qual seus desejos lhe traiam uma vez que a amava Este fato levou o ao desequil brio pois acreditava que j se encontrava em uma fase de estabilidade na vida dois de seus filhos 24 e 23 anos estavam come ando a buscar independ ncia e com isso estavam saindo de casa O outro ainda adolescente por volta de seus 16 anos seguia o curso normal de desenvolvimento o que o levava a fazer planos para um futuro calmo e tranquilo ao lado de sua esposa pois segundo o seu crit rio j havia cumprido seus objetivos em rela o fam lia ao crescimento e educa o dos filhos e a pr pria profiss o Por m a separa o gerou uma crise inesperada levando o a desenvolver um quadro de Depresss o Moderada A separa o havia se dado h quatro meses quando passou pelo Psiquiatra e foi medicado demorando cerca de tr s meses para procurar atendimento Psicol gico e quando o fez disse nunca pensei que ia passar por isto Por m a
134. nos pareceu neste sentido com uma maior tend ncia nostalgia pois nos sentimos como que invadidos pelos conte dos trazidos de viol ncia depresss o e morte A tentativa de estar presente de modo vivo e real sem dissocia es a um Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 329 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP compartilhar de experi ncias emocionais t o dram ticas contribuiu segundo o nosso ponto de vista para que o segundo encontro acontecesse de forma diferente Pudemos sentir ent o que os pacientes menos deprimidos embora trouxessem ainda uma grande carga de angustia estavam ao conseguir fazer uma ponte com o futuro mais pr xima de um lembrar se das reminisc ncias portanto tamb m menos dissociados Durante o processso psicoterap utico sentimos que a materialidade utilizada propiciou um grande envolvimento por parte dos pacientes que se sentiram n o obstante a condic o da internac o motivados em trazer cartas fotografias e lembran as e participar do grupo n o s nas sess es descritas mas tamb m em outros dias de Oficina mostrando interesse inclusive em continuar participar mesmo ap s a alta hospitalar Acreditamos que a Oficina Psicoterap utica de cartas fotografias e lembrancas constituem portanto para todos que participaram do grupo seja a terapeuta alunos e pacientes e
135. o tica sobre sua historicidade com nfase no eixo tem tico da preven o e na discuss o tico metodol gica considerando a condi o de encarceramento dos participantes da pesquisa Da mesma forma este estudo piloto objetiva avaliar a sensibilidade e efic cia dos instrumentos para captar aquilo a que se prop em M todos O presente estudo foi realizado na Penitenci ria Il de Sorocaba SP Brasil Primeiramente foi realizado um mapeamento dos casos de VSDCA nesta Unidade constatando que dos 1 100 192 17 cumpriam pena pela infra o aos artigos C digo Penal Brasileiro que se referem ao foco desta pesquisa Destes foram selecionados 03 10 da amostra para o estudo piloto Gilson 46 anos padrasto Edgar 50 anos padrasto Raimundo 53 anos pai biol gico os nomes indicados s o fict cios Em Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 299 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP seguida foi realizada a leitura documental dos prontu rios dos tr s participantes visando ao conhecimento do seu hist rico e percurso institucional Em momento posterior procedeu se s entrevistas semi dirigidas buscando coletar dados sobre os modos operandi motiva es e o que pensam a cerca da preven o da VSDCA Ao t rmino desta entrevista aplicou se as t cnicas projetivas Question rio Desiderativo e Desen
136. o da mente mais coerente e satisfat ria ainda hoje Dam sio 1999 outro expoente da rea considera ser de bom senso atentar para uma leitura cr tica da obra freudiana da perspectiva da neuroci ncia contempor nea da ci ncia cognitiva e da filosofia Segundo este autor os t picos que tiveram maior relev ncia para o pensamento de Freud est o hoje recebendo ampla aten o cient fica Em 1895 Freud escolheu distanciar seu pensamento do c rebro material quando n o conseguiu conduzir seu Projeto para uma Psicologia Cient fica FREUD 1985 a uma conclus o satisfat ria Freud pretendia relacionar processos mentais a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 385 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP processos neurais entretanto o conhecimento dispon vel na poca sobre o c rebro n o sustentava esta fus o de maneira confi vel PANKSEPP 1999 Os aspectos da neuroci ncia e ci ncia cognitiva hoje menos satisfat rios s o aqueles relacionados emo o Ao longo do s culo vinte a psican lise manteve se como um basti o nas ci ncias humanas que reconhece a tend ncia emocional da mente As id ias de Freud sobre a natureza do afeto est o consoantes com a vis o mais avan ada da neuroci ncia contempor nea DAMASIO 1999 PANKSEPP 1999 A compreens o neurocient fica da mem
137. o s de fam lias mas de pessoas das mais variadas defici ncias em nosso caso com vistas a estimular a integra o social da pessoa com defici ncia intelectual alcan ando maior visibilidade para essa pessoa tradicionalmente exclu da de programas sociais Hoje novembro de 2007 em r pidas pinceladas temos a dizer que as fam lias precisam compreender cada vez mais que os filhos com defici ncia t m de fazer suas pr prias escolhas desde a roupa que desejam usar como a escola que preferem freq entar os amigos de que gostam H de se ter o maior respeito pela sexualidade de pessoas com defici ncia intelectual e compreender que elas n o s o seres angelicais nem crian as eternas como tanto se propagou no passado Em vez disso s o pessoas como as outras que t m desejos sentem frustra es t m vontade de fazer coisas que lhes agradam N s pais muitas vezes podamos nossos filhos infantilizando os e portanto contribuindo para intensificar o valor da defici ncia em vez de valorizarmos a pessoa de nosso filho em si e depois s depois pensando em sua defici ncia No comeco dos anos 70 em pa ses industrializados como Su cia Noruega Inglaterra Estados Unidos as pessoas jovens com defici ncia intelectual comecaram a se agrupar e formar o movimento a princ pio conhecido como the new voice mais tarde People First no idioma ingl s No Brasil essas pessoas adultas com defici ncia intelectual s
138. o judicial em rela o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 215 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ao caso espec fico ou seja quais seriam os encaminhamentos para cada caso As consultas terap uticas foram muito utilizadas por Winnicott 1971 inclusive ele atendeu muitas criancas que tinham problemas emocionais em uma ou mais sess es Tardivo 2004 salienta que as Consultas Terap uticas s o uma forma de atendimento nomeada assim por Winnicott 1984 citado por Tardivo 2004 p 39 o termo designa um uso pleno e irrestrito da primeira entrevista ou primeiras entrevistas para produzir resultados terap uticos Nesses momentos o terapeuta assume o papel de objeto subjetivo e pode desenvolver um contato que permita alguma experi ncia mutativa Algumas criancas foram atendidas por Winnicott 1971 individualmente outras foram atendidas junto com as m es O autor descreve como muitas vezes a crianca se comportava de acordo com o que a m e descrevia confirmando e esclarecendo o relato da m e O autor considera as consultas terap uticas uma modalidade de atendimento para casos que n o podiam ser atendidos com uma psican lise cl ssica Apesar de ter uma formac o psicanal tica e de praticar a psican lise tradicional o autor mostra como as consultas terap uticas podiam oferecer um ate
139. o marido sempre sonharam com o momento em que sairiam da cidade grande Guardaram as economias dos muitos anos de trabalho e adquiriram um terreno em uma cidade do litoral de S o Paulo Constru ram sua casa aos poucos minuciosamente e planejavam dedicar se a um pequeno com rcio Em paralelo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 410 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP edificac o da casa pesquisavam qual seria o ramo de atividades e cogitavam mudar se em breve Pouco tempo antes dessa mudanca seu marido faleceu num acidente de carro Semanas depois desse triste ocorrido Tina voltou a Oficina Mesmo incerta quanto aos nossos hor rios e a sua possibilidade de frequentar o grupo Tina nos visitou e participou do encontro Voltou a fazer parte do grupo Trouxe nos seus pap is que havia guardado cuidadosamente e n o mais mexera e constatou que haviam sido corro dos por tra as Havia caminhos e o aspecto nos pareceu muito interessante Come amos um longo per odo confeccionando materiais cadernos blocos agendas Tina disp s de um intervalo demorado de familiaridade com suas antigas experi ncias Dividiu conosco suas tristezas e d vidas quanto aos rumos de sua vida Havia uma enorme dificuldade em voltar para a casa na praia em resolver se continuaria morando com a m e Desanimada queixav
140. o os eventos da vida que moldam a personalidade fazer uma nova edi o da identidade poderia levar o ser humano a uma nova dimens o em sua exist ncia onde o Ser teria preval ncia sobre o meramente humano Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 88 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Metan ia o desenvolvimento humano na segunda metade da vida Dentro da psicologia anal tica Carl Gustav Jung a segunda metade da vida denominada de metan ia onde podemos experimentar a consci ncia de n s mesmos como parte de algo mais amplo Metan ia um termo grego que indica a transforma o da pr pria identidade pessoal depois de uma experi ncia que transforma os valores at ent o adotados pelo individuo Jung retoma o termo para indicar o fen meno de crise psicol gica atrav s do qual sucede a invers o radical de todos os valores sobre os quais est ordinariamente fundamentada a exist ncia de um homem PIERRI 2002 323 A ilustra o cl ssica da metan ia d se por ocasi o da an lise do limiar que liga e distingue a primeira e a segunda metade da vida nessa fase de passagem por se iam na sombra todos os valores sobre os quais o individuo est fundamentado e contemporaneamente por se iam em luz outros valores que est o em oposic o Brennan 2004 chama a aten o para quest o da
141. o v o bem Quando isso acontece tanto o nosso humor como a nossa capacidade de concentra o a nossa energia o nosso trabalho e a nossa sa de dentre outras dimens es das nossas vidas podem ser profundamente afetados Am lio 2001 Embora haja essa tend ncia de se promover o amor ao que parece ele ainda n o passa de ilustre desconhecido Dele se ignoram as fontes os fundamentos as ra zes a autoria e at o tempo de aparecimento Ignora se que ele n o nasceu conosco e cogita se sobre a hip tese de se somos de fato seus inventores Almeida 2004 Paradoxalmente consolidamos em nosso cotidiano alguns pensamentos contradit rios como o de Costa 1998 em refer ncia aos relacionamentos amorosos Quando bom n o dura e quando dura j n o entusiasma Costa 1998 p 11 fato que o amor ainda suscita muitas d vidas entre as pessoas H mais de um s culo Finck afirmou O amor tecido t o complexo de paradoxos e apresenta uma tal diversidade de formas e tons que voc pode dizer praticamente tudo a respeito e prov vel que esteja certo Finck 1891 1973 p 224 Assim uma quest o essencial ao se analisar o amor que ele nos remete a entendimentos diversos Beck amp Miller 1969 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 131 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP
142. os resultados dessa pesquisa os pa ses participantes podiam ser classificados em dois grupos aqueles onde a resposta sim foi a mais frequente na ndia e no Paquist o e aqueles onde a resposta n o foi a mais frequente em todos os outros pa ses pesquisados Em nenhum dos pa ses a resposta indeciso foi a mais frequente Os EUA e o Brasil foram os pa ses que mais rejeitaram o casamento sem amor No Brasil apenas 4 3 das pessoas disseram que se casariam sem amor 10 ficaram indecisas e 85 7 disseram que n o se casariam sem amor Os pa ses coletivistas e ou mais atrasados economicamente s o aqueles Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 130 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP nos quais as percentagens de indecisos foram muito grandes Uma grande percentagem de indecis o parece indicar que esses pa ses est o em uma fase de transi o quanto ao papel que esse sentimento deve desempenhar na escolha do c njuge o casamento arranjado est sendo substitu do pelo casamento onde no qual os parceiros que se escolhem e nesse caso o amor um dos principais crit rios de escolha Logo a tem tica dos relacionamentos amorosos uma das reas mais importantes e geralmente problem ticas da vida das pessoas Infelizmente tal import ncia mais bem percebida quando as coisas n
143. passei a participar do grupo mudou tudo para melhor mudou com o beb vejo o meu filho de modo diferente com muito amor Antes do grupo eu n o sentia amor pelo beb agora estou curtindo muito este momento passei a ter sentimentos de m e no grupo Participante M Hoje eu aceito o meu beb antes eu pensava em dar ele pra algu m la escolher uma pessoa e ia dar Participante K Tamb m estou aprendendo a lidar melhor com meu marido antes era muito nervosa agora estou me cuidando mais Participante U Para Klaus et al 1993 o apego crucial para a sobreviv ncia e desenvolvimento do beb Comportamento de apego foi definido por Bowlby 1989 como qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcan ar e manter proximidade com algum outro indiv duo considerado mais apto para lidar com o mundo O v nculo dos pais com seus filhos deve ser o mais forte de todos os la os humanos importante considerar que algumas gestantes ao se integrarem no grupo de gr vidas estavam vivenciando situa es que impossibilitavam uma intera o com o beb de maneira prazerosa em vista de suas hist rias de vida marcadas pela ruptura dos seus projetos pessoais por influ ncias das suas cren as dos seus valores dos seus sentimentos e das suas expectativas diante da gravidez como um processo definitivo no seu viver As intera es vividas produziram transforma es que ocorreram Anais da V Jornad
144. pela busca de novo sentido e significado existencial No caso das mulheres outros aspectos somam se s mudan as hormonais e corporais incluindo transforma es da estrutura familiar com a sa da dos filhos e desejos de se sentirem produtivas pertencentes entre outras demandas A consequ ncia desse momento quando n o existe uma atitude consciente e diligente diante desta crise o surgimento de uma infinidade de transtornos e queixas f sicas ps quicas e afetivas presentes nos consult rios dos profissionais de sa de acompanhadas de excessos comportamentais envolvendo tem ticas com v rios tipos de depend ncias abusos ou compuls es depress es e muitos transtornos ginecol gicos importante deixamos claro que toda crise pode ser uma oportunidade Ou seja dependendo da maneira que a pessoa enfrentar a mudan a surgir resultados muito Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 277 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP distintos dos mais positivos at os mais negativos construtivos ou destrutivos prazerosos ou dolorosos Enfim os resultados depender o do estado de consci ncia e de autoconhecimento de cada pessoa neste sentido que as mulheres na crise da meia idade podem escolher conscientemente se ir o assumir em suas novas personalidades mais aspectos da imagem arquet pica da bruxa
145. pois aceitamos mais facilmente a morte do que a velhice Envelhecer e morrer parecem nos inelut veis pois o destino de todos desde sempre Edgar Morin 1970 nos diz que as ci ncias do homem neglicenciam sempre a morte Contentam se em reconhecer o ho mem pelo utens lio homo faber pelo c rebro homo sapiens e pela linguagem homo loquax Contudo a esp cie humana a nica para a qual a morte est presente durante a vida a nica que faz acompanhar a morte de ritos f nebres a nica que cr na sobreviv ncia ou no renascimento dos mortos Ent o um paradoxo n o sermos educados para a morte tamb m e durante o curso da vida Morin 1970 13 vai al m quando fala que Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 83 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A morte situa se exatamente na charneira bioantropol gica a caracter stica mais humana mais cultural do anthropos Mas se nas suas atitudes e crencas perante a morte o homem se distingue mais nitidamente dos outros seres vivos a mesmo que ele exprime o que a vida tem de mais fundamental N o tanto o querer viver o que um pleonasmo mas o pr prio sistema do viver E evidente que a obsess o da sobreviv ncia muitas vezes em detrimento da vida revela no homem a preocupac o lancinante de conservar a sua individualidade
146. poss vel auxiliar a elabora o de pautas de preven o da VSDCA A partir da discuss o sobre os par metros metodol gicos de uma pesquisa sobre a preven o da VSDCA realizada no contexto prisional poss vel indicar a combina o de m todos quantitativos e qualitativos destacando se a t cnica de entrevista semi dirigida t cnicas projetivas e grupo focal Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 308 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP E ainda a partir da reflex o sobre o processso de coleta de dados do estudo piloto e da discuss o preliminar foi poss vel apontar que preciso considerar as quest es relativas 1 complexidade do fen meno da VSDCA 2 s quest es de g nero e de gera o de modo geral principalmente quando realizadas junto a agressores sexuais encarcerados em unidades prisionais masculinas e ainda 3 ao movimento de produ o e reprodu o hist rica do fen meno da VSDCA tomando a presente pesquisa como oportunidade de estabelecimento de di logo entre o pesquisador e participante da pesquisa com esfor o de transform la em uma rela o entre sujeitos Refer ncias Bibliogr ficas Budin L E Johnson C F 1989 Sex abuse prevention programs offenders attitudes about their efficacy Child Abuse amp Neglect 13 1 77 87 Cowburn M 199
147. possibilidades de atua o dependendo dos contextos socioculturais de cada comunidade bem como valores verdadeiros que possibilitem uma transforma o conscientiza o e portanto um novo entendimento de uma cidadania que contempla o individual e o coletivo enfocando a sa de como qualidade de vida Ferraz 2000 Na percep o das gestantes de acordo com seus depoimentos durante a visita domiciliar a sa de e as suas pr ticas de cuidado foram redimensionadas a partir dos di logos reflexivos decorrentes das din micas nas oficinas grupais Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 157 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP As gestantes passaram a compreender a gravidez de maneira diferente a partir das viv ncias grupais sentindo se mais pr ximas do beb Com o decorrer dos encontros as gestantes que referiram durante as oficinas desinteresse pela gravidez inclusive falta de amor referiram modificac o dos seus sentimentos o que possibilitou a formac o do apego entre elas e os seus beb s como podemos observar nos depoimentos a seguir Antes eu n o queria esse beb s n o ia tirar devido a minha sa de depois fui para o grupo foi como se tivesse colocado o beb dentro de mim no grupo Foi um chamado para a vida para a realidade Me senti gr vida no grupo antes n o era assim Depois que
148. professores tal responsabilidade e estes por sua vez sentem se desamparados em seu arcabou o te rico e em sua forma o acad mica para dar suporte a tal demanda Todavia muitas outras pessoas podem e devem se envolver neste processo educativo tais como parentes vizinhos colegas e amigos Evidentemente dado ao seu alcance n o se pode deixar de destacar a participa o da m dia como um poderoso agente educativo especialmente a televis o assim como as revistas que exercem tamb m grande influ ncia sobre o comportamento das pessoas que podem servir para confundir ou ainda para esclarecer alguns valores acerca do amor e da sexualidade para estas popula es e seus cuidadores Nas palavras de Merleau Ponty 1994 p 219 a sexualidade se faz presente na hist ria das pessoas uma vez que na sexualidade do homem projeta se sua maneira de ser a respeito do mundo quer dizer a respeito do tempo e a respeito dos outros homens Egypto 2003 conjectura para que possamos entender que o conceito de sexualidade n o dissociado ou ainda est restrito a alguns aspectos do ser humano como ao coito a um estado de excita o derivado do erotismo ou mesmo ao orgasmo Este autor advoga que a sexualidade um conceito muito mais abrangente uma forma de energia que motiva o ser humano a encontrar o amor o contato e a intimidade e se expressa na forma de sentir na forma de as pessoas tocarem e serem tocadas A partir Anais da V Jorna
149. psiqui tricas sic uma vez que reconhecia que precisava se tratar mas n o gostaria de ser internado sic comunicado que uma terapeuta entrar em contato com ele para que seja agendado uma entrevista com o intuito de compreender suas demandas e ver se o servi o estar aparelhado para atend lo A terapeuta designada agendou duas entrevistas pelo celular sem resposta do paciente Uma semana ap s as tentativas a m e do paciente entra em contato com a terapeuta e comunica que o mesmo deseja agendar uma consulta sic mas que o mesmo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 168 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP esquizofr nico sic e por este motivo tudo se torna mais dif cil sic A entrevista agendada O paciente comparece entrevista no hor rio previamente agendado Realizamos o exame ps quico atendendo demanda do diagn stico tradicional paciente apresenta se em agitac o psico motora durante toda a entrevista O curso de seu pensamento mostra se acelerado com perseverac o de id ias Verborr ico apresenta dificuldades em fazer associa es Durante a entrevista olha diversas vezes para a porta e a janela como se temesse que o ambiente pudesse ser invadido Procurou o atendimento porque teme que a fam lia queira intern lo em hospital psiqui tri
150. que se fazer na busca por uma sociedade de fato inclusiva e de que a inclus o n o um fim a ser alcan ado mas sim um processso que visa a constante busca pela equidade de oportunidades pela aceita o da diferen a e pelo respeito diversidade ser feita uma breve reflex o acerca da inclus o da pessoa com defici ncia no Brasil tanto na escola como no mercado de trabalho Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 355 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Historicamente pode se afirmar que muitos dos discursos embebidos de ideais sociais transformam se em imperativos mesmo que a sociedade n o saiba ao certo como lidar com eles Muitos desses ideais por sua vez s o frutos de uma an lise dos sintomas sociais que se manifestam diariamente e em relac o aos quais a comunidade passa a criar mecanismos que representem solu es s quest es que problematizam No contexto atual muitos dos dispositivos dos quais a sociedade tem lancado m o na tentativa de oferecer sa das s quest es que a est o afligindo abrangem um conceito que est sendo bastante citado em diferentes contextos e com diferentes significados e que no entanto parece vazio de efetiva significac o social correndo riscos de banalizac o Trata se do conceito de inclus o social constru do atrav s de um longo processso hist rico
151. que es un ser virtual que quiere tornarse humano En la investigaci n dice que es un ser que quiere tornarse humano como un Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 194 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Pinoche virtual Dice que este ser vive en el mundo virtual La historia no termina porque van surgiendo nuevos clones de este ser Persona del otro sexo Tratase de una caricatura Dice que es el tipo de persona que habla demasiado el bueno lo mejor pero es un mediocre que no tiene funci n para la humanidad En el inqu rito confirma lo que ha hablado en la historia y dice que va terminar solito contando historias de cuando era pibe Figuras Complexas de Rey Rey 1989 Fase de Copia hecha en 253 Fase de Memoria hecha en 3 35 con varias pausas durante la ejecuci n La estructura del dibujo es ejecutada seg n la orden l gica en la fase de copia En la fase de memoria la estructura est modificada pero es reconocible WAIS III Hemos tomado la escala Wechsler de Inteligencia para adultos traducida y validada en nuestro medio En esta prueba el paciente consigue mejor desempe o en los subtests de ejecuci n Dos subtests llamaron la atenci n en d gitos secuencia de n meros y letras y aritm tica su desempe o ha sido bajo por su nerviosismo aparente durante la ejecuci
152. que foi denominado de caixa l dica old Escala de Avalia o da Qualidade de Vida da OMS WHOQOL bref cuja vers o em portugu s foi desenvolvida no Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil um instrumento composto por 26 quest es e considera os ltimos quinze dias vividos pelos respondentes tem como objetivo captar a percep o que tem os indiv duos de suas necessidades est o sendo satisfeitas ou ainda que lhes est o sendo negadas oportunidades de alcan ar a felicidade e a auto realiza o Este instrumento utilizado recentemente em um estudo com idosos por Pereira et al A Escala de Depress o Geri trica GDS pretende investigar a presen a de sintomas depressivos nas entrevistadas Esta escala consta de 30 quest es fechadas sim ou n o e um dos instrumentos mais frequentemente utilizados para a detec o de depress o em idosos Y Novo instrumento diagn stico e de interven o caixa l dica old CLO Baseado na experi ncia desenvolvida na pesquisa sobre qualidade de vida em idosas sentimos a necessidade de desenvolver um instrumento voltado realidade desta crescente popula o Partindo do modelo da caixa l dica infantil percebemos que a utiliza o de uma caixa seria interessante somada alguns ajustes que se fizeram necess rios Optamos por apresentar uma caixa de sapato com tampa remov vel sem est mulos e
153. recentemente um abatimento em seu estado de sa de aparentemente est vel desde o in cio do atendimento Para que eu tamb m n o me abatesse psicologicamente foi preciso que eu repensasse os limites da rela o estabelecida entre eu e a paciente levando se em conta que h um v nculo afetivo formado que n o pode ser desconsiderado ao mesmo tempo que deva ser evitado um embotamento daquilo que delimita a rela o profissional do psic logo e paciente e possibilita a rela o terap utica Estas reflex es dos nossos alunos como tantas outras no decorrer do Projeto nos sensibiliza a medida que constatarmos o crescimento humano dos mesmos bem como o apoio emocional que est o proporcionando aos pacientes portadores de ELA seus cuidadores e familiares S o alunos de Psicologia jovens no pulsar de suas vidas que est o lidando diretamente com a ang stia o sofrimento e o desamparo do outro conseguindo sem d vida nenhuma acolher estes pacientes Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 320 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS ABREU FILHO A G et al Estudio de la personalidad de un paciente portador de esclerosis lateral amiotr fica ELA con uso del m todo de Rorschach Comparaciones entre los sistemas de evaluac o de Anibal Silveira y el sistema comprensivo de Exner XVIII Congr
154. relato demonstramos uma experi ncia na tentativa de ampliar o alcance da cl nica psicanal tica para o atendimento hospitalar com a proposta de inclus o de pacientes psiqui tricos internados REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AIELLO VAISBERG T M O sofrimento e a exclus o luz da psicopatologia do self In Anais da Ill Jornada APOIAR Atendimentos cl nicos diferenciados e inclus o o papel da psicologia cl nica social P 12 15 S o Paulo Instituto de Psicologia da USP 2005 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders Fourth Edition DSM IV Washington D C American Psychiatric Association 1994 FREUD S Duelo y Melancolia Obras Completas de Sigmund Freud Tomo Il 3 ed Trad del aleman Lopez Ballesteros y Torres Madrid Biblioteca Nueva 1978 ORGANIZA O MUNDIAL DE SA DE CID 10 Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e problemas Relacionados Sa de 10 Rev V 1 1 S o Paulo Edusp 1996 PAULO M S L L Depress o algumas considera es psicanal ticas PSIC V 1 n 3 p 34 40 julho 2000 O Psicodiagn stico Interventivo com Pacientes Deprimidos alcances e possibilidades a partir do emprego de instrumentos projetivos como facilitadores do Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 346 Departamento de Psicologi
155. rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 384 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PSICAN LISE E NEUROCI NCIAS INTERSEC ES Laura Carmilo Granado Leila Salom o La Plata Cury Tardivo 1 Psican lise Neuroci ncias e Inconsciente Na pr tica cl nica nos deparamos com as v rias formas de dualismo Segundo Meissner 2006a elas basicamente presumem que h uma mente separada distinta do c rebro e que a mente e o c rebro operam de algum modo em paralelo ou em alguma forma de intera o A neuroci ncia contempor nea no entanto possui t cnicas dispon veis que permitem ao pesquisador observar diretamente a liga o entre a ativa o de processos cerebrais em rela o a um amplo espectro de atividades mentais e f sicas As modernas t cnicas de imagem e registro cerebral t m o efeito de abalar a hip tese dualista revelando associa es complexas entre processos f sicos e eventos mentais MEISSNER 2006a Assim os dados cient ficos atuais nos levam a uma postura monista permitindo nos questionar se as mudan as ps quicas provocadas pela psicoterapia psicanal tica s o mediadas por mudan as neurobiol gicas Uma resposta afirmativa a esta quest o sustentaria uma postura interdisciplinar tanto investigativa quanto no momento de prop r tratamentos Dentro deste paradigma de supera o da vis o dualista Kandel 1999 neurocientista ganhador do pr mio Nobel em 2000 considera a Psican lise a vis
156. ser buscado encontrado y sobretodo creado Ha sido posible tambi n percibir los efectos terap uticos de la evaluaci n psicol gica Pudo sentirse m s tranquilo con sus dificultades Acept la obra inacabada de su vida y no m s se v a como alguien mal hecho una obra muy fea G pudo sentirse m s tranquilo habiendo pasado en el vestibular test para entrar en la Universidad que intentaba ya mucho tiempo para una facultad muy procurada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 197 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Como la Universidad en la cual logr ingresar est en otra ciudad interrumpimos las consultas y el ha sido derivado hacia la Cl nica Psicol gica de esa dicha Universidad Interesante notar que mismo saliendo de la ciudad G ha decidido mantenerse en tratamiento y nosotros tratamos de derivarlo personalmente hacia ese Cl nica Psicol gica El ha podido percibir que sus dificultades existen y pueden ser trabajadas y superadas muchas de esas ya lo han sido Los procesos de diagn stico y de psicoterapia se han realizados por profesionales distintos en ese caso en funci n del proceso Consideramos que por ya estar m s de 6 meses de psicoterapia podr a traer perjuicios si el psicoterapeuta se encargase l mismo de la evaluaci n y al mismo tiempo hab a una solicitaci n
157. seus entes queridos Apesar da dificuldade para expressar suas emo es tanto as positivas como as negativas observaram se ind cios de recursos internos para manifest las de forma mais espont nea Considerando esses resultados conjuntamente com a an lise das entrevistas pudemos constatar que ela teria boas condi es para um processso Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 275 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP breve e pudemos eleger como foco a sua manifestac o emocional ponto este que mais desenvolvido a ajudaria a superar suas dificuldades emocionais relativas sua separa o Durante o tratamento que consistiu em 12 sess es individuais a paciente gradativamente comecou a apresentar um humor mais est vel iniciativa para iniciar alguns projetos pessoais como aulas de croch e hidrogin stica e expressar com mais facilidade suas emo es Ap s a finaliza o do processso foi realizada uma sess o de follow up em que constatamos a manuten o dessas condi es ps quicas satisfat rias REFER NCIAS HAMILTON I S 2002 A PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO PORTO ALEGRE ARTMED Malan D 1976 1981 As fronteiras da psicoterapia breve Porto Alegre Artes M dicas Trinca W 1997 Formas de investigac o cl nica em psicologia S o Paulo Vetor Anais da V Jornada APOIAR
158. seus principais inspiradores Neste sentido nos ltimos anos podemos destacar a realiza o de pesquisas relacionadas assist ncia a moradores de institui o psiqui trica e reinser o social TARDIVO ET AL 2005 4 sobre o uso de t cnicas projetivas utilizadas com pacientes psiqui tricos TARDIVO ET AL 2006 e mais recentemente ainda sobre a realiza o 31 Doutoranda em Psicologia Cl nica no Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo Pesquisadora do projeto APOIAR Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social e psic loga respons vel pela Oficina psicoterap utica de Cartas Fotografias e Lembran as na Ser e Fazer PUSP psicanalista Mestrando em Psicologia Cl nica PUC SP diretor t cnico do Hospital Psiqui trico S o Jo o de Deus 33 professora Livre Docente pelo IPUSP Orientadora dos Programas de P s Graduac o em Psicologia cl nica do Instituto de Psicologia da USP e da Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas coordenadora da Ser e Fazer oficinas psicoterap uticas de cria o Trabalho intitulado Uma proposta de trabalho em sa de mental assist ncia a moradores de institui o psiqui trica e reinser o social possibilidades e dificuldades Apresentado no 30 Congresso Interamericano de Psicologia Buenos Aires 2005 Trabalho intitulado TAT segundo a Escola francesa em pacientes internadas em Hospital Psiqui trico estudo preliminar Apresentado no IV Congresso N
159. situa o se agravou com a perda de seu emprego N o entrou em desespero porque possu a economias e sabia que poderia acionar o seguro desemprego caso fosse necess rio L foi encaminhado para o Projeto APOIAR do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Clinica e Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo que desenvolve o Projeto Entrevistas Iniciais Foi assim acolhido sob os princ pios das Consultas Terap uticos de Winnicott e da Psicoterapia Breve de Ryad Simon cujo norteador o crit rio adaptativo para avalia o do sujeito em rela o a si mesmo e ao ambiente O projeto cnamado de Entrevistas Iniciais tem por objetivo acolher sob os referenciais Winnicotianos das Consultas Terap uticas 1984 as pessoas que est o em sofrimento sendo que desde o primeiro encontro j se realizam interven es que convidam a uma elabora o da situa o vivenciada podendo inclusive promover mudan as As entrevistas s o aproximadamente em n mero de tr s sendo que Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 185 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP posteriormente o paciente pode ou n o ser encaminhado para outro psicoterapeuta que dar in cio psicoterapia propriamente dita em geral de tipo breve Em casos excepcionais s o realizados atendimentos psicoter picos mais long
160. terap uticas de uma m e e sua filha de quatro anos que foi abrigada em 2003 a pedido da pr pria m e Ap s o abrigamento a m e n o visitou a crian a por um per odo de seis meses Pretende mostrar os motivos do abrigamento e do abandono e as viv ncias emocionais nas consultas terap uticas da m e e da filha Procura apreender as ang stias as fantasias e os desejos pelo material trazido s sess es Os atendimentos m e e a crian a conjuntamente foram realizados num abrigo uma ONG Organiza o N o Governamental do Estado de S o Paulo que mant m parceria com o Servi o Apoiar do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social da Universidade de S o Paulo desde fevereiro de 2004 numa frequ ncia de uma sess o semanal O per odo dos encontros durou at meados de dezembro de 2004 No decorrer das sess es fica claro que os motivos do abrigamento e abandono da crian a est o relacionados falta de suprimento ambiental m e para que possa cuidar da sua filha e falta de condi es emocionais da m e para que possa proporcionar cuidados suficientemente bons para ela e para a filha A falta de condi o emocional da m e tem a ver com o fato dela mesma n o ter recebido dos pr prios pais bons cuidados Revela como a m e n o tem uma capacidade de contin ncia da sua vida emocional o que a impede de pens la e encontrar solu es para seus conflitos Mostra como a rela o da m e filha ficou pe
161. the Bender Gestalt Test rapid screening and intensive diagnosis 4th ed Orlanfo FL Grune amp Stratton 1985 Primi R Almeida L A BPR 5 Bateria de provas de racioc nio manual t cnico S o Paulo Casa do Psic logo 2000 Rey A Teste de c pia e de reprodu o de mem ria de figuras geom tricas complexas manual S o Paulo Casa do Psic logo 1998 1999 Wechsler D WAIS Ill Escala de Intelig ncia Wechsler para Adultos S o Paulo Casa do Psic logo 2004 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 199 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ESTUDO DE CASO PACIENTE COM TRANSTORNO DO P NICO L cia de Mello Senra do Valle Leila Salom o La Plata Cury Tardivo INTRODU O O Transtorno do P nico uma das quest es preocupantes em termos de sa de da coletividade Tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento ps quico categoria que tem penetrado em diferentes espa os sociais e suas descri es v m sendo incorporadas ao arcabou o identit rio dos pacientes Santos 2007 Pesquisamos na literatura m dica e psicol gica para dar atendimento a pacientes com este transtorno e assim pudemos problematizar as matrizes culturais da emerg ncia e difus o deste transtorno no campo da constru o da subjetividade e da identidade As caracter sticas demogr ficas dos pacie
162. um p ssaro pequenino Do lado de fora est o v rios p ssaros pretos se afastando do Sol Referindo se ao desenho diz que um p ssaro muito triste Quando lhe digo que esse p ssaro ela logo complementa que ela chorando por estar no hospital longe de sua fam lia os p ssaros pretos e de sua filha o pequenino CONSIDERA ES Em s ntese podemos observar neste caso o al vio que trouxe paciente falar de sua dor e ser compreendida E ela s pode obter isso ao usar a materialidade do desenho livre que facilitou a express o dos seus sentimentos mais ntimos e do encontro inter humano entre pacientes membro da equipe do projeto de Sa de Mental do APOIAR e terapeutas futuros terapeutas no hospital psiqui trico Os desenhos que aparecem no plano de fundo do texto s o os des enhos mencionados feitos pela paciente Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 335 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS GIL C A Oficina psicoterap utica de cartas fotografias e lembrancas uma proposta de enquadre clinico diferenciado no hospital psiqui trico In ANAIS DA Ill JORNADA APOIAR ATENDIMENTOS CL NICOS DIFERENCIADOS E INCLUS O O PAPEL DA PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL 2005 S o Paulo Resumos S o Paulo Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2005 p 27 TARDIVO
163. uma nica perspectiva pois o homem multidimensional Simone de Beauvoir 1990 348 nos diz mesmo que nos venham sinais do corpo eles s o amb guos Pode se ficar tentado a confundir uma doen a cur vel com um envelhecimento irrevers vel O paradoxo de nossa poca que as pessoas idosas gozam de melhor sa de do que outrora permanecem jovens por mais tempo e a ociosidade s pode lhes pesar mais ainda Segundo os gerontologistas viver os ltimos vinte anos da vida em bom estado f sico mas sem nenhuma atividade til psicol gica e sociologicamente imposs vel E preciso dar a esses sobreviventes motivos para viver A sobreviv ncia bruta pior que a morte BEAUVOIR 1990 348 Para Arcuri 2004 na modernidade h uma desconstru o ideol gica da categoria velhice em rela o s doen as tidas como pr prias da velhice S o propostas formas preventivas para se chegar velhice saud vel H tamb m uma mudan a quanto ao mercado consumidor pois com a aposentadoria privada alguns velhos passam tamb m a ser consumidores ou seja o velho com recursos pode ser um velho que capaz de utilizar a moda prover a manuten o do corpo etc Para Featherstone 1998 61 Pode se argumentar que nas sociedades ocidentais contempor neas esse processso exacerbado pela forte nfase na apar ncia f sica na imagem visual que um dos elementos fundamentais que impulsiona a cultura de consumo N
164. uma contrata o legal de uma pessoa com defici ncia esta dever revogar desse direito n o podendo no futuro retornar a receber a quantia mesmo que a pessoa esteja desempregada Esse benef cio impede que algumas pessoas com defici ncia procurem empregos uma vez que essa estabilidade financeira prec ria fornecida pelo governo ainda apresenta se mais atraente a essas pessoas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 372 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Conclus o Ainda h muito que se fazer na busca por uma sociedade de fato inclusiva Fruto de um processso hist rico o processso de inclus o extremamente complexo e envolve diversos aspectos e interesses entre eles os econ micos e os pol ticos A inclus o n o um fim a ser alcancado mas uma constante busca pela equidade de oportunidades pela aceita o da diferen a e pelo respeito diversidade Como afirma Nogueira Jr no prelo No percurso desse processso que visa maior igualdade e justi a social ser fundamental conseguirmos romper com o modelo social no qual somente o igual e o ideal t m valor Precisamos compreender que a humanidade plural que a diversidade natural Somente assim poderemos valorizar e respeitar a diversidade e nos sentirmos de fato parte integrante dela E assim quem sabe favorecer a cada um a constru
165. uso imoderado de drogas E veja o absurdo os seguran as est o sendo acusados de venderem drogas para os jovens Assim na Universidade ele cursa os per odos sem terminar nenhum Cada mat ria s o pe as descart veis Ele vai acumulando mat rias no 2 per odo deve mat rias do 1 No terceiro deve dos dois primeiros e vai assim at terminar Perguntei a uma jovem estudante que estava terminando o curso dito superior Qual o per odo voc est E ela responde em todos uai Como se isso fosse o bvio E que eu n o sabia incr vel como a sociedade l quida cria Universidades e Faculdades sem a m nima estrutura e formam pessoa Os professores brincam de ensinar os alunos brincam de aprender e a faculdade oficializa esta brincadeira oferecendo um diploma que tem tido pouca utilidade para a vida pr tica O que envolve este processo primordialmente o dinheiro Muitos pais com enormes sacrif cios pagam quantias exorbitantes para a forma o dos filhos Muitos saem da faculdade sem nada saber e muitos sem frequentar Os empres rios do saber engordam suas contas banc rias Muitos alunos que vieram do interior mal frequentam a escola e v o aprender a vida l quida nos barzinhos e nos ach z da desta vida O alcoolismo na puberdade e adolesc ncia j constitui problema de sa de p blica Ao inv s de aulas cursa se nas mesinhas dos bares o aprendizado da vida viajando sob efeito do
166. vida al m do seu controle Os tempos contempor neos infelizmente t m assistido ao crescimento implac vel da viol ncia em nossa sociedade de maneira generalizada As desigualdades e a injusti a social refletem profundamente na adolesc ncia O jovem de classe menos favorecida j chega adolesc ncia com grandes dificuldades frequentemente sem poder nem sequer pensar em conflitos familiares sexuais ou mudan as no corpo pois tem as necessidades b sicas mais prementes a serem resolvidas e suas perspectivas e op es para o futuro s o muito limitadas Segundo Pinto Junior 2005 A inf ncia brasileira vive imersa num latif ndio de viol ncias e ser crian a ou adolescente no Brasil continua sendo um risco muito grande Considera se todas as formas de viol ncia contra a crian a e adolescente como abandono pobreza e outras s o crimes contra a humanidade e que precisam e devem ser combatidas com grande esfor o e comprometimento dos rg os p blicos e da sociedade como um todo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 292 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Tendo em vista as dif ceis condic es de vida enfrentadas por grande parcela da populac o jovem de nosso pa s acreditamos ser importante oferecer aos adolescentes atendimentos que os ajudem a lidar melhor com as dificuldades que costum
167. 07 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 129 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP esp cie uma vez que cabia aos mais fortes cuidar dos mais fracos garantindo lhes cuidado e prote o Quer estejamos ou n o procurando um namoro ou ainda mesmo que j estejamos em um relacionamento amoroso consolidado ao contr rio do que pode se pensar e segundo o que demonstram as pesquisas acad micas a maior raz o para o desejo de se encontrar um parceiro ainda o sentimento de amor claro que a motiva o para o os relacionamentos afetivos pode ser outra entre os sexos diferindo de pessoa para pessoa mas em geral pode se dizer que as pessoas buscam o amor como o sustent culo para um relacionamento mais duradouro Por exemplo o amor ainda considerado um dos principais requisitos para o casamento nos pa ses ocidentais Silva Mayor Almeida Rodrigues Oliveira amp Martinez 2005 Uma pesquisa realizada por Levine 1988 em onze pa ses inclusive no Brasil apresentou evid ncias a respeito da import ncia do amor como requisito para a escolha de um c njuge Esses autores pediram para pessoas desses pa ses que respondessem seguinte quest o Se um homem mulher tivesse todas as qualidades que voc deseja voc se casaria com ele a mesmo se n o o a amasse Havia tr s op es de resposta sim n o e indeciso Homens e mulheres responderam a essa quest o de uma forma semelhante De acordo com
168. 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 287 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Jo o e Breno que s o os filhos que residem com Clara e Wagner n o trabalham o que faz com que eles e seus pais fiquem o tempo todo juntos Alice embora esteja casada e tenha a sua pr pria fam lia para cuidar percebe que sempre volta para a casa dos pais e est sempre envolvida e preocupada com o que acontece l Diz Fiz que fiz mas acabei me mudando para perto deles com meu marido e meus filhos Wagner por sua vez sai todos os dias de casa voltando para almocar jantar e dormir Diz que costuma andar a ermo e sem direc o pelo Shopping Center que h perto da casa deles Embora estivesse calado no in cio da entrevista n o parece ser t o comprometido como a esposa fala que Surpreendeu me quando falou pois se expressa bem e consegue explicar direito o que faz quando sai de casa Penso se ele n o sai como se ainda fosse o pai trabalhador e provedor que deveria sair de casa todos os dias para trabalhar embora de fato e na realidade n o fa a isso Seus filhos dizem que ele o nico sadio pois ao sair se livra de todos os problemas da fam lia Clara parece viver um aspecto de muita frustra o pois se questiona como ela tendo sempre trabalhado como educadora n o conseguiu educar os pr prios filhos Ela v todos os seus filhos como doentes e in teis principalmente os
169. 0a Work with male sex offenders in groups Groupwork 3 2 157 171 Cowburn M 1990b Work with sex offenders in prison what happens to the nonces Criminal Behaviour and Mental Health 1 1 145 151 Cowburn M 1998 A man s world gender issues in working with male sex offenders in prison The Howard Journal 37 3 234 251 Cowburn M 2005a Constructive work with male sex offenders male forms of life language games and change Em Parton N O Byrne P Gorman K 8 Gregory M eds Constructive Probation Work London Jessica Kingsley Cowburn M 2005b Confidentiality and public protection ethical dilemmas in qualitative research with adult male sex offenders Journal of Sexual Aggression 11 1 43 63 Cowburn M 2007 Men researching men in prison the challenges for profeminist research The Howard Journal 46 3 276 288 Elliott M Browne K 8 Kilcoyne J 1995 Child sexual abuse prevention what offenders tell us Child Abuse amp Neglect 19 5 579 594 Erooga M 2002 Adult sex offenders NSPCC Child Protection Research Department Child protection research briefings Frenken J 1994 Treatment of incest perpetrators a five phase model Child Abuse amp Neglect 18 4 357 65 Johnson S A 1998 An overlooked factor in sexual abuse psychological and physical force examined Journal of Offender Rehabilitation 28 1 2 141 51 Kaufman K L 1991 Modus operandi ques
170. 1994 criticam a exist ncia de certa tend ncia dos especialistas na rea de conceberem programas preventivos fundamentados no ensino aprendizagem de habilidades para as crian as ou ainda em informa es detalhadas e sistem ticas sobre o que acontece em situacdes de vitimizac o e quais t cnicas os agressores usam para engajar e manter suas v timas afirmando serem insuficientes em termos de um modelo preventivo eficaz At metade da d cada de 1990 conforme os autores 1994 poucos estudos haviam examinado sistematicamente as percep es das v timas e agressores do abuso todos com importantes limita es metodol gicas quer seja pelo n mero reduzido de participante quer pelos instrumentos padronizados de pesquisa ou por outras quest es espec ficas Assim sugerem que na coleta de dados os pesquisadores utilizem quest es espec ficas semi abertas e explorem cada est gio do relacionamento entre o agressor e a v tima bem como as motiva es e perspectivas que levam o sujeito a praticar a viol ncia Assim o ideal combinar m todos quantitativos e qualitativos de forma que a entrevista semi estruturada afigura se como a melhor op o para coleta de informa es Outro estudo importante o de Elliott Browne e Kilcoyne 1995 que consideram tais sujeitos como fontes importantes de informa o para programas e ag ncias de prote o infantil A partir de entrevistas semi estruturadas visando obter informa es sobre as
171. 33 foi o descobridor desse fen meno Ao falar das dificuldades que os pacientes muitas vezes sentem para comunicar seus sonhos afirma Poderia desenh lo diz o sonhador mas n o sei como diz lo Em todo ser humano continua viva a inf ncia precoce com todos seus anseios lutas e incertezas com todas suas dificuldades em apreender o mundo e entrar numa relac o mais ntima com as outras pessoas e perfeitamente poss vel que o homem tenha que voltar a ela sempre que deseja criar Os desenhos projetivos capitalizam esta corrente criadora Ap s o t rmino dos desenhos a psic loga respons vel pede para que cada um fale sobre seu desenho e este outro momento no qual rea es emocionais ocorrem com intensidade E nosso trabalho que n o o de interpretar o desenho como acontece num teste projetivo limita se a escutar o relato de cada um o qual normalmente vem acompanhado de algo muito pessoal A discuss o terap utica entender o que o paciente quer mostrar naquele desenho Possibilidade de uma comunica o privilegiada que se desenvolve em uma base de confian a que vai se criando Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 352 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Outro recurso utilizado foi o da dramatizac o de uma cena e para tanto utilizamos fantasias e objetos que estimul
172. 5 110 1980 Beekman A T F Deeg D J H Van Tilburg T G Schoevers R A Smit J H Hooijer C Van Tilburg W Depresssion in the elderly in the Dutch community A study of prevalence and risk factors Tijdschrift voor Psychiatrie 39 294 307 1997 Blazer D G Hughes D C George L K The epidemiology of depresssion in an elderly community population The Gerontologist 27 281 287 1987 Blazer D G Burchett B Service C George L K The association of age and depresssion among the elderly An epidemiologic exploration Journals of Gerontology 46 6 210 215 1991 Brown G W 1989 Life events and measurements In Brown G W amp Harris T O eds Life Events and Iliness New York Guilford Press 1989 Pp 3 45 Brown G W Harris T Social origins of depresssion A study of psychiatric disorder in women London Tavistock 1978 Bruce M L Psychosocial risk factors for depresssive disorders in late life Biological Psychiatry 52 175 184 2002 Cappeliez P Some thoughts on the prevalence and etiology of depresssive conditions in the elderly Cannadian Journal on Aging 7 431 440 1988 Carvalho V F C Fernandez M E D Depresssao no Idoso In Netto M P Gerontologia Sao Paulo Atheneu 2002 Davies A D M Life event health adaptation and social support in the clinical psychology of late life In Wood R T ed Handbook of the Clinical Psychology of Aging New Y
173. 66 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP reservem cerca de 2 a 5 do seu quadro de funcion rios a portadores de defici ncia Tabela 1 Percentual de vagas destinadas a pessoas portadoras de defici ncia em relac o ao n mero de funcion rios de 100 a 200 2 de 201 a 500 3 Tabela 1 Distribuic o da porcentagem de vagas de emprego destinada s pessoas com defici ncia em relac o ao n mero total de funcion rios de uma empresa Al m disso essa lei determina que caso haja dispensa de um trabalhador reabilitado ou um portador de defici ncia habilitado deve se procurar um substituto em situac o semelhante A lei n o apenas aborda as empresas privadas mas tamb m as institui es p blicas devem por lei reservar 5 do seu quadro de funcion rios s pessoas com defici ncia Em outros pa ses caso uma empresa n o preencha as vagas destinadas s pessoas com defici ncia ela deve depositar uma quantia para um fundo central que promove a reabilitac o ou de acesso ao trabalho A empresa que cumprir a lei contratando indiv duos com defici ncia recebe alguns incentivos a garantia de que a contratac o de uma pessoa portadora de defici ncia n o acarrete mais custos e acesso a servi os de apoio Na lei brasileira h apenas um aspecto punitivo e a empresa n o 4 Consideram se benefici rios reabilitados todos os segurados vinculados ao Regime Geral da Previd ncia Social RGPS submetidos ao
174. 9 p 35 47 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 374 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP MANTOAN M T E PRIETO R G ARANTES V A organizadora Inclus o escolar pontos e contrapontos S o Paulo Summus Editorial 2006 MELLO FILHO Jos Celso Constituic o Federal Anotada S o Paulo Saraiva 1986 MENECUCCI M C Evoluc o Hist rica do Conceito de Defici ncia In FENAPAES Projeto guia Refer ncias conceituais e Legais sobre a pessoa com defici ncia e o movimento Apaeno S o Paulo FENAPAEs 1999 MITTLER P Educa o Inclusiva Contextos sociais Porto Alegre Artmed 2003 NOGUEIRA JR Tadeu Barbosa Em busca de uma sociedade mais inclusiva constru es e contradi es No prelo SOUZA Idete Problematizando a Equidade A quest o da inclus o profissional da Pessoa com Defici ncia S o Paulo Disserta o de Mestrado em Psicologia Social pela Pontif cia Universidade Cat lica 2006 VEIGA NETO A Incluir para excluir In LARROSSA J SKLIAR C Orgs Habitantes de Babel pol ticas e po ticas da diferen a Belo Horizonte Aut ntica 2001 p 105 118 VYGOTSKY L S Pensamento e linguagem S o Paulo Martins Fontes 1987 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Me
175. A INTELECTUAL DEFICI NCIA E AMADURECIMENTO PERSPECTIVAS E DESAFIOS 69 Maria Am lia Vampre Xavier Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 52 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NA VELHICE VELHICE DA GERONTOFOBIA AO DESENVOLVIMENTO HUMANO Irene Gaeta Arcuri DEPRESSS O NA TERCEIRA IDADE Avelino Luiz Rodrigues Deomara Cristina Damasceno e Liliana Cremachi Leonardi ENFRENTAMENTO DE EVENTOS ESTRESSANTES E DEPRESSS O EM IDOSOS Andr a Cristina Garofe Fortes Burgos 6 PARTE P STERES PROJETO DIST RBIOS DO DESENVOLVIMENTO RELATO DE UM CASO DE ESCLEROSE TUBEROSA ASSOCIADA A AUTISMO Susan Meire Mondoni Carolina Rabello Padovan e Francisco Baptista Assump o Junior S NDROME DE SOTOS GIGANTISMO CEREBRAL RELATO DE UM CASO Tatiana Malheiros Assump o Vera Lucia Santini Magalh es Francisco Baptista Assump o Junior O AMOR E O TRANSTORNO DE ASPERGER Thiago de Almeida e Francisco Baptista Assump o Jr A IMPORT NCIA E A BANALIZA O DO AMOR NO COTIDIANO Thiago de Almeida e Halley Caixeta de Oliveira LOUCOS DE AMOR O AMOR E A SEXUALIDADE PARA S NDR MICOS DE ASPERGER Thiago de Almeida e Francisco Baptista Assump o Jr AN LISE PSICOL GICA DE UM GRUPO DE GESTANTES EM REGIME DE ATENDIMENTO COMUNITARIO K tia Regina Bea
176. AL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 360 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP import ncia da an lise de um contexto de privac o de direitos civis e pol ticos vivida por muitas das pessoas com defici ncia A possibilidade de uma sociedade realmente democr tica n o deve ser depositada somente na educac o embora essa seja de fato um caminho para a garantia da cidadania Como se p de notar at o momento o tema inclus o complexo e multifacetado No Brasil no que se refere defici ncia a busca pela construc o de um processso inclusivo tem se dado principalmente no mbito educacional e no mbito trabalhista Passemos ent o a fzer uma breve an lise da inclus o escolar e da inclus o no mercado de trabalho assim como das rela es que estabelecem entre si Inclus o Escolar As id ias acerca da pessoa com defici ncia e a escola seguem em linhas gerais os padr es de racionalidade mais amplos que regem as rela es da defici ncia com a sociedade Pode se afirmar assim que se procurou passar de uma educa o excludente em que os alunos com defici ncia s poderiam participar de classes comuns se fossem capazes de se adaptarem pressuposto do paradigma de servi os a tentativa de educa o inclusiva com vistas a um sistema educacional nico Karagiannis Stainback e Stainback 1999 Na esfera educaci
177. Amiralian 1977 ao falar sobre o m todo cl nico considera que a sua utiliza o est fundamentada na produ o de respostas determinadas pelas condi es psicol gicas do indiv duo n o sendo consideradas frutos do acaso Este tipo de m todo baseado na liberdade de manifesta o poder proporcionar que conte dos inconscientes aflorem e possam ser considerados na organiza o da personalidade do indiv duo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 204 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Assim visamos conhecer no sentido mais profundo a situac o que vive MC numa relac o na qual buscamos tamb m proporcionar uma compreens o e sendo poss vel visamos a interven o de forma indissociada e din mica ESTUDO DE CASO Nome Maria do C u Idade 38 anos Estado civil casada N vel de Instru o Ensino m dio A paciente foi encaminhada por um m dico psiquiatra ao Laborat rio APOIAR A n s foi concedida autoriza o da paciente MC para a realiza o deste trabalho O nome atribu do participante fict cio garantindo assim o sigilo da identidade da mesma A paciente assinou o termo de consentimento Livre e Esclarecido do Laborat rio APOIAR Procedimento a paciente foi atendida no per odo de 28 04 06 a 08 12 06 em Consultas Terap uticas num processo Interventivo A entrevis
178. Augusto Pinto Junior Fabiana Cortez Vieira Leila Salom o La Plata Cury Tardivo M rcia Regina dos Santos Nelson Rodrigo Faria de Almeida PESQUISA COM AGRESSORES SEXUAIS DOM STICOS DE CRIAN AS E ADOLESCENTES A PARTIR DO USO DE T CNICAS PROJETIVAS DADOS PRELIMINARES Antonio Augusto Pinto Junior Patr cia Regina da Matta Silva Leila Salom o La Plata Cury Tardivo M rcia Regina dos Santos Maria Am lia Am lia Azevedo Viviane Nogueira jueira Guerra CRESCIMENTO E FORMA O DOS ALUNOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTROFICA ELA Ana Luiza Figueiredo Steiner Antonio Geraldo de Abreu Filho Abrah o Quadros Helga Cristina Silva Acary cary Souza Bulle Oliveira Oliveira Leila Salom o La Plata Cury Tardivo OFICINA PSICOTERAP UTICA DE CARTAS FOTOGRAFIAS E LEMBRAN AS DESAFIOS E ESPERAN A NO CONTEXTO DO HOSPITAL PSIQUIATRICO Claudia Aranha Gil Jos Waldemar Turna Tania Vaisberg e Leila Tardivo OFICINA PSICOTERAP UTICA COMO PROPOSTA DE UM ENCONTRO INTER HUMANO EM HOSPITAL PSIQUIATRICO Denir Camargo Freitas Cl udia Aranha Gil Leila S L P C Tardivo O ENCONTRO INTER HUMANO RELATO DE EXPERI NCIA CL NICA EM HOSPITAL PSIQUIATRICO Maria Salete Lopes Legname de Paulo e Leila S L Cury Tardivo OFICINA TERAP UTICA CONTOS DE FADAS COM PACIENTES PSIQUIATRICOS Cleny Greg rio Labate Isaura Maria A Costa Cec lia H Myamoto Juliana C G Galv o Mar
179. BUI O DO METODO DE RORSCHACH Valdeli Vieira Lucilena Vagostello Claudia Aranha Gil e Leila S L P Cury Tardivo PSICODIAGN STICO INTERVENTIVO RELATO DE CASO Valdeli Vieira M rcia Aparecida isaco Souza Alexandre Boronat e Leila S L P Cury Tardivo SER E FAZER O MUNDO TRANSICIONAL PAPELEIRO DA OFICINA ARTE DE PAPEL UM ENQUADRE DIFERENCIADO NA ARTEPSICOTERAPIA T nia Maria Jos Aiello Vaisberg e Fabiana Follador e Ambrosio CONSULTORIAS PSICOTERAPEUTICAS Ser e Fazer A ARTEPSICOTERAPIA NO CUIDADO A PROFISSIONAIS E EQUIPES DE TRABALHO T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Fabiana Follador e Ambrosio Jacirema Cl ia Ferreira CASQUINHA LUDOVICO E CAMBALHOTA ERA UMA VEZ NA CL NICA WINNICOTTIANA T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Adriana Micelli Baptista Fabiana Follador e Ambrosio eY ra Bastos Corr a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 354 375 379 384 397 401 403 405 406 411 413 11 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 12 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP UM TRABALHO CL NICO SOCIAL A OFICINA DE HIST RIAS FOTOS E LEMBRANCAS DA SER E FAZER Walkiria Cordenonssi Cia Fabiana Follador e Ambrosio e T nia Maria Jos Aiello Vaisberg 417 ENTREGA DE PR MIOS AOS MELHORES POSTERES Uma comiss o de professores do Departamento de Psicologia Cl nica composta pelos professores L ia Pri
180. Barros trad Porto Alegre RS Artes M dicas Capra F 2002 O ponto de muta o a ci ncia a sociedade e a cultura emergente S o Paulo Cultrix Klaus M amp Kennell J H 1993 Pais beb a forma o do apego Porto Alegre Artes M dicas Ladish L 2006 Estou Gr vida E Agora Confid ncias Nova M e S o Paulo Planeta Lamare R 2005 A Gr vida e o Beb da concep o ao parto Rio de Janeiro Ediouro Maldonado M amp Canella P 2003 Recursos de Relacionamento para Profissionais de Sa de Rio de Janeiro Reichmann amp Affonso Editores Maldonado M 2005 Psicologia da Gravidez Petr polis Vozes Patr cio Z M 1996 Educa o para a sa de um processo de intera es cultural afetivas transformando a vida Florian polis UFSC Toni P M Salvo C G Marins M C amp Weber L N D 2004 Etologia humana o exemplo do apego Psico USF 9 99 104 Vellay P 1980 Parto sem dor S o Paulo IBRASA Vi osa G 1997 Grupo com gestantes Porto Alegre ArtMed Wilheim J 1997 O que Psicologia Pr Natal S o Paulo Casa do Psic logo Zimerman D amp Os rio L 1997 Como trabalhamos com grupos Porto Alegre ArtMed Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 161 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PROJETO APOIAR Anais da V
181. CADERNO DE ANAIS DA JORNADA INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE S O PAULO Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica APOIAR Atendimento Psicol gico Cl nico Individual e Grupal Leila Cury Tardivo organizadora S o Paulo 9 E 10 DE NOVEMBRO DE 2007 APOIO DA PR REITORIA DE CULTURA E EXTENS O UNIVERSIT RIA DA USP E DA VETOR EDITORA PSICOEDAG GICA USP US Go Ons Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social o Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Ficha Catalogr fica Tardivo L S P C org e colaboradores Anais da V Jornada APOIAR Sa de Mental nos Ciclos da Vida Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 420p ISBN 978 85 86736 31 5 Palavras chaves psicologia cl nica sa de mental inf ncia adolesc ncia maturidade envelhecimento Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 3 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP APRESENTA O DA V JORNADA Essa a quinta Jornada que realizamos e dever ocorrer nos dias 9 e 10 de novembro de 2007 no Instituto de Psicologia da USP n
182. Cl nica Social 405 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP SER E FAZER OFICINAS TERAP UTICAS DE CRIA O Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 406 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O MUNDO TRANSICIONAL PAPELEIRO DA OFICINA ARTE DE PAPEL UM ENQUADRE DIFERENCIADO NA ARTEPSICOTERAPIA T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Fabiana Follador e Ambrosio Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas Apresentamos uma modalidade espec fica de interven o psicanal tica articulada teoricamente luz das contribui es do psicanalista e pediatra ingl s D W Winnicott que tem lugar no enquadre cl nico diferenciado designado como Oficina Arte de Papel da Ser e Fazer Oficinas Psicoterap uticas de Cria o servi o de atendimento psicoterap utico do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo Usando a narrativa de encontros cl nicos apresentamos a especificidade desta proposta que faz uso de uma particular materialidade mediadora a polpa de papel Entende se que a materialidade como rabisco singular do analista presentifica sua pessoa concreta enquanto que o espa o da Oficina acontece como um mundo transicional papeleiro potencialmente capaz de albergar experi ncias de novo acontecer em campo vincular Como um todo o trabalho aponta para a potencialidade cl nica dest
183. Digo lhe que talvez ela estivesse ansiosa querendo ver a m e o irm o abra la beij la e at v la mas que o dio s vezes t o forte que impede at as aproxima es Diz que sentiu a m e t o fr gil precisando dela Falo que talvez ela mesma esteja se sentindo fr gil e necessitada do amparo da fam lia dela Fala que na casa da m e fizeram reuni o da fam lia e o irm o lhe disse que estava com saudades da alegria dela e at do jeito dela ser espalhafatosa Isadora chegou da escola entrou na nossa sala e sentou no colo da m e Escondeu o rosto e pareceu muito triste come ou a chorar A m e pergunta se ela lembra da v se ela lembra da tia da irm Isadora n o responde Olha mas n o parece lembrar de nada Luc lia chora e a Isadora tamb m come a a chorar A terapeuta conta que a Isadora tinha ficado triste porque a m e ficou duas semanas sem vir e antes tinha ficado um temp o e que ela ficou com medo da m e demorar para voltar de novo Luc lia diz para a Isadora que n o vai mais deix la que a v estava doente e ela foi lev la no m dico mas que agora estava tudo bem Disse que a v Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 226 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP tinha melhorado e que as coisas dela o ber o a casa a v e at a tia estavam esperando ela vo
184. Dr Francisco B Assump o Filho psiquiatra de renome que tem relevante folha de servi os a fam lias como a nossa que t m um filho com defici ncia intelectual e uma oportunidade de que o audit rio lotado conhecesse um pouco da viv ncia com um filho com defici ncias Lemos na ocasi o alguns dos 12 preceitos do educador Dr Leo Buscaglia sobre a forma pela qual todos devemos tratar pessoas com defici ncias e notamos que houve muito interesse de todos por esses preceitos que com toda a raz o e como nos tinha sido sugerido pela amiga Mina Regen que uma grande mas uma grande autoridade mesmo em defici ncia intelectual um documento que por sua atualidade e valor deve ser de conhecimento geral Abordamos em linhas gerais o seguinte As defici ncias e de modo espec fico a defici ncia intelectual foi sempre vista no mundo a partir dos primeiros estudos da quest o nos anos quarenta e cinquenta como um problema relacionado a inf ncia apenas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 71 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Isto explica porque h perto de 50 anos quando foram fundadas as primeiras APAEs no Brasil hoje elas s o em n mero de 2 000 as conversas nossas de pais fundadores dessas entidades fosse em torno de criancas como fazer com que criancas com defici ncia
185. E O E C 1972 Juventude e T xico Reflex es de Compreens o Filos fica Rio de Janeiro Revista de Cultura Vozes Vol LXVI Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 55 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP condic o et ria uma condic o humana A jovialidade transcende as realiza es presentes potenciando as estruturas de um futuro libertador a partir de um passado vigente Somos jovens quando somos mais livremente o que fomos por estarmos abertos ao que seremos 2 Nossa poca vive a avalanche de um sistema de controle montado na equa o saber controlar poder Uma voracidade insaci vel submete ao servi o do sistema as possibilidades humanas Todas as dimens es do homem materiais naturais culturais s o reconhecidas promovidas e protegidas mas ao mesmo tempo perdem sua liberdade O poder crescente do consumo da automa o e massifica o imp e um quociente progressivo de desumanidade 3 N o encontrando espa o de expans o para suas possibilidades de futuro a juventude contesta e contra define o sistema de controle em todos os n veis da linguagem no verbal e imaginativo no gestual e perceptivo no situacional e coletivo Pois aqui na din mica desta contra defini o que se inserem os comportamentos dos jovens Vejamos alguns exemplos Recentemente um
186. E DE IDOSOS A IMPORT NCIA DO DIAGN STICO NA DELIMITA O DO FOCO L dia Rodrigues Schwarz Leila Salom o La Plata Cury Tardivo A pesquisa a respeito da psicologia do envelhecimento tem se tornado cada dia mais necess ria em fun o do aumento na expectativa de vida decorrente da melhoria das condi es de vida e de assist ncia m dica OBJETIVO O objetivo deste trabalho mostrar como as entrevistas diagn sticas e os instrumentos psicol gicos s o importantes na investiga o cl nica da personalidade do idoso e na defini o do foco a ser trabalhado na psicoterapia breve M TODO um estudo qualitativo embasado no m todo cl nico No caso cl nico estudado utilizamos especificamente o D E Procedimento Desenho Est ria considerado um meio auxiliar de amplia o do conhecimento da din mica ps quica no diagn stico psicol gico Ap s quatro entrevistas diagn sticas utilizou se o D E em uma idosa CASO CL NICO A paciente tem 63 anos separada nissei tem tr s filhos homens que moram no Jap o transplantada renal h nove anos e passa o maior tempo na casa de uma irm Sua queixa refere se ao seu sofrimento pela separa o ap s um casamento de 33 anos RESULTADOS A an lise do material revelou que a paciente embora manifeste um humor depresssivo apresenta indicadores de bons recursos eg icos e de integra o do Self rela es intrafamiliares positivas e capacidade limitada de troca afetiva com
187. IDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 218 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP crianca e informar que a mesma tinha parentes numa cidade do interior de S o Paulo Ap s esse acontecimento o amigo da m e vinha ao abrigo com frequ ncia para obter not cias sobre a situac o dela O abrigo Entrou em contato com os familiares da crianca numa cidade do interior de S o Paulo Um m s e meio mais tarde a m e apareceu para visitar a crianca Primeira Consulta com a m e Na consulta com a m e soubemos que esta tinha abrigado a filha devido ao fato de ter ficado 4 meses desempregada e n o ter condic es de sustent la A m e relatou que no comeco de 2003 morava junto com suas duas filhas com sua m e e irm o numa cidade do interior de S o Paulo Um dia teve uma briga com a m e e o irm o pelo fato da m e cuidar das filhas enquanto ela trabalhava Relata que ela contribu a para as despesas da casa da m e A briga se deu ao escutar a m e se queixar ao irm o de que estava cansada e ouvir o irm o falar que ela Luc lia nome fict cio explorava a m e Sentindo se injusticada se encheu de dio e ressentimento e resolveu se defender Acabou brigando e descarregando o seu dio no irm o e na m e O irm o acabou se descontrolando e agrediu a fisicamente e emocionalmente o que a deixou totalmente transtornada Imediatamente resolveu ir embora Planejou a viagem nu
188. IPUSP at mesmo o par amoroso Logo esta sociedade vista e se porta como consumidora e n o mais produtora n o existindo um limite para a busca da faustosidade moment nea desde que fuja sendo inexoravelmente capturada da regra da padroniza o visual e comportamental para que os itens que simbolizam a ostenta o agora em pouco pouqu ssimo tempo se tornem itens de necessidade as pr prias pessoas que cada vez mais deixam de adquirir bens para se entregar viver para eles As rela es interpessoais segundo Bauman suspiram um saudosismo descaracterizado do pr conceito do termo ele n o se d pelas inter rela es mas por uma busca da efic cia de m tua vigil ncia de saber quem voc no limitado universo de sua vizinhan a ressalta se homog nea Criando se uma situa o d bia pois ao mesmo tempo em que se investe em prote o adicionando formas de expurgar esses novos vil es h o enclaustramento cada vez mais reducionista de seus investidores em uma realidade cela Acabam se os contatos Voc deve estar se perguntando Bauman afirma que estas rela es foram removidas das situa es de casualidade e desnutridas de qualquer intera o afetiva j que nunca foi t o f cil se relacionar com outrem sem ter o m nimo de contato com estes com discursos preestabelecidos de aquisi o e n o de intera o e em lugares j determinados na verdade denominados pelo autor de n o lugares Os n
189. IRALIAN Maria Lucia de T M Defici ncias um novo olhar Contribui es a partir da psican lise winnicottiana In Estilos da Cl nica S o Paulo 2003 vol VIII n 15 p 94 111 BARRETO K D tica t cnica no acompanhamento terap utico S o Paulo Unimarco Editora 1988 WINNICOTT D W Da Pediatria Psican lise Rio de Janeiro Imago 2000 Natureza Humana Rio de Janeiro Imago 1990 O Ambiente e os Processos de Maturac o Porto Alegre Artmed 1983 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 379 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFLEX ES ACERCA DO TRABALHO PSICOTERAP UTICO COM PESSOAS SURDOCEGAS Tadeu Barbosa Nogueira Jr Anne Warzler 2 Camila Galafassi Cec lia H Myamoto 2 Danilo Crespo 2 Joyce E Fukuda 2 Juliana Galv o Marco V Zahra 2 Mariana Penteado Leila S La P C Tardivo Francisco B Assump o Jr Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social APOIAR PSC Projeto Dist rbios do Desenvolvimento PSC IPUSP SURDOCEGUEIRA Surdocegueira combina o de comprometimento total ou parcial em dois rg os dos sentidos audi o e vis o sendo que nenhum desses rg os dos sentidos suficientemente sadio para compensar a perda do outro reas afetadas comunica o mobilidade informa o Problema dif
190. Isadora em seu colo e come a a cantar com uma voz muito melodiosa Falo que linda m sica Isadora e como a m e canta bem falo para a Isadora que ela sempre pede para a m e desenhar cora o porque ela quer sempre sentir que a m e tem um cora o grande e que ela ama muito ela a Isadora Luc lia diz Eu te adoro minha filha Eu te amo tanto tanto Isadora estava radiante Pediu para a m e fazer o sol Isadora vendo um outro desenho pede que a m e fa a a grama uma rvore e uma balan a Isadora fica feliz Escuta o som da TV e diz mae come ou a novela Eu vou assistir A m e falou Vai filha se quiser Ela diz t bom Mas assim que se prepara para sair muda de id ia e diz que n o vai sair n o A terapeuta fala que quando a mam e chega Isadora n o quer deixar a m e nem um minuto quer ficar junto A m e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 228 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP fala Vai filha voc quer assistir Isadora fala T bom Ela sai de novo e volta logo em seguida dizendo que n o quer n o A m e pergunta como se chama a novela Ela diz Bruxas e fica fazendo caretas de bruxa anda r gida faz que est dando bronca e ordens D risada Faz cara feia A terapeuta diz que ela e a m e normalmente s o muito amorosas uma com a o
191. Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 112 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Refer ncias Bibliogr ficas Fonseca L F Pianetti G Xavier C C 2002 S ndromes Neurocut neas In Comp ndio de Neurologia Infantil 1 ed Editora Medsi Wong V MBBS FRCP London Edinburgh FHKAM Paed FHKCPaed FRCPCH 2006 Study of the relationship between Tuberous Sclerosis Complex and Autistic Disorder J Child Neurol 21 3 199 204 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 113 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP S ndrome de Sotos Gigantismo Cerebral Relato de um caso Tatiana Malheiros Assump o 1 Vera Lucia Santini Magalh es 2 e Francisco Baptista Assump o Jr 3 PDD O gigantismo cerebral n o end crino descrito inicialmente por Sotos et al em 1964 uma s ndrome diagnosticada a partir de fen tipo com tamanho corporal grande crescimento acelerado idade ssea avan ada apar ncia facial caracter stica e atraso de desenvolvimento A macrocefalia de in cio pr natal est presente em 50 e no primeiro ano de vida em 100 dos casos 2 3 4 A apar ncia facial caracter stica compreende regi o frontal proeminente dolicocefalia cabelos esparsos na regi o frontoparietal fissuras palpebrais obl quas direcionadas para baixo hipertelorismo aparent
192. NER 2006a Liggan e Kay 1999 em artigo de revis o sugerem que diferentes abordagens psicoter picas afetam diferentemente o c rebro A psicoterapia comportamental foca as disfun es de aprendizado e mem ria relacionados a condicionamento operante e respondente e a comportamento motor paradigma que envolve estruturas como amigdala g nglio basal e hipocampo A terapia cognitiva atua sobre padr es de processamento da informa o e atitudes disfuncionais os quais envolvem reas como neoc rtex especificamente c rtex pr frontal ver LIGGAN KAY 1999 No tratamento da depress o a terapia cognitiva exerceria uma influ ncia cortical top down sobre as vias l mbicas BECK et al 1982 3 Psican lise transforma es ps quicas e neurofisiol gicas Uma quest o central psican lise onde as mudan as psicoterapeuticamente induzidas ocorrem KANDEL 1999 Temos um estudo emp rico realizado com psicoterapia psicodin mica e neuroimagem Viinamaki et al 1998 realizou uma investiga o com SPECT em um paciente com transtorno bipolar e depress o antes e depois de um ano de psicoterapia din mica Antes do tratamento o paciente apresentou o n vel serotonin rgico reduzido no c rtex pr frontal e no t lamo comparado com controles saud veis Ap s um ano de psicoterapia psicodin mica o paciente obteve a normaliza o da taxa serotonin rgica enquanto um controle sem psicoterapia n o mostrou esta normaliz
193. NETO M R Avalia o de depress o em idosos atrav s da Escala de Depress o em Geriatria resultados preliminares Rev ABP APAL 16 4 149 53 out dez 1994 1 VERAS R P COUTINHO E DA S F Estudo de preval ncia de depress o e s ndrome cerebral org nica na populac o de idosos Brasil Rev Sa de P blica vol 25 no 3 S o Paulo June 1991 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 101 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ENFRENTAMENTO DE EVENTOS ESTRESSANTES E DEPRESSS O EM IDOSOS Andr a Cristina Garofe Fortes Burgos Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Eventos de vida s o acontecimentos significativos que ocorrem num momento particular causando algum tipo de impacto na vida do indiv duo Davies 1996 Tais eventos marcam a passagem para novas formas de adapta o da personalidade e s o ocorr ncias normais do desenvolvimento humano Baltes et al 1980 classificaram os eventos de vida em normativos e n o normativos Os eventos normativos podem ser graduados por idade cuja ocorr ncia esperada numa determinada poca como a menarca a menopausa ou esperada em determinada sociedade como a entrada na escola a aposentadoria e podem ser graduados por hist ria cuja ocorr ncia comum ou esperada para determinada coorte ou contexto hist rico acontecimentos so
194. O fim da Psican lise Super Interessante outubro 2002 p 42 50 DAMASIO A R The somatic marker hypothesis and the possible functions of the prefrontal cortex Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci v 351 n 1346 1996 p 1413 20 DAMASIO A R Commentary Neuro psychoanalysis v 1 n 1 1999 p 38 39 DUBE S DOBKIN J A BOWLER K A THASE M E KUPFER D J Cerebral perfusion changes with antidepressant response in major depression abstract Biol Psychiatry v 33 47 1993 FREUD S 1895 Projeto para uma psicologia cient fica In Edi o standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud Vol III Rio de Janeiro Imago 1975 FREUD S 1940 1938 Esbo o de Psican lise Edi o Standard Brasileira das Obras Psicol gicas Completas de Sigmund Freud Vol XXIII Rio de Janeiro Imago 1975 GABBARD G O GUNDERSON J G FONAGY P The place of psychoanalytic treatments within Psychiatry Arch Gen Psychiatry v 59 n 6 2002 GRANADO L C RANVAUD R PEL EZ J R A spider less arachnophobia therapy Comparison between placebo and treatment groups and six month follow up study Neural Plasticity v 2007 2007 FUMARK T TILLFORS M MARTEINSDOTTIR l FISCHER H PISSIOTA A LANGSTROM B FREDRIKSON M Common changes in cerebral blood flow in patients with social phobia treated with citalopram or cognitive behavioral therapy Arch Gen Psychiatry v 59 2002 p p 425 433 IMBASCIATI A Afeto
195. OS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 319 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP passando e assim sinto me muito conectada com o paciente e sua fam lia Sofro muito pela possibilidade inevit vel da morte dele mas ao mesmo tempo penso que a morte seria um meio de acabar com todo o sofrimento pelo qual ele passa Acredito que como tutora tamb m vivo uma grande ambival ncia J estou atendendo um paciente e n o poderia simplesmente deix lo por quest es particulares minhas com o Projeto Mais que uma quest o de tica uma quest o de postura frente ao ser humano e frente a pr pria atuac o em Psicologia Por que digo postura e n o tica Pois a tica quase sempre passa uma imagem de regras j uma postura demonstra um modo de ser o que mais profundo e forte Assim adotando uma postura voltada para o paciente segundo uma Psicologia cr tica e capaz de melhorar a qualidade de vida das pessoas continuo no Pprojeto orgulhoso de poder participar desses atendimentos e experi ncias acreditando na construc o de uma Psicologia voltada para a promo o da sa de e qualidade de vida No momento em que escrevo esse relato algo novo que vem ganhando import ncia a necessidade de lidar com meus pr prios sentimentos testar os limites do que suport vel para mim mais precisamente em rela o ao fato da paciente ter tido
196. OS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 312 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Cristina de Almeida Silva em 2003 presidente na poca da Associac o Brasileira de Esclerose Lateral Amiotr fica ABRELA com a Prof Associada Leila Cury Tardivo a estabelecer uma parceria entra a ABRELA e o Laborat rio APOIAR Esta parceria deu origem ao Projeto Tutor coordenados pelos psic logos pesquisadores e colaboradores do Laborat rio APOIAR Antonio Geraldo de Abreu Filho e Ana Luiza Steiner O Projeto Tutor vem se desenvolvendo e se construindo ao longo da parceria ABRELA APOIAR pois com o passar do tempo atrav s das experi ncias que temos vivido vamos reformulando atendendo assim a demanda que nos solicitada A palavra TUTOR reflete a ess ncia do nosso projeto que na sua definic o tem como significado estaca ou vara que se enterra no solo para amparar uma planta de caule fr gil flex vel ou vol vel ou seja o tutor aquele que vai amparar acolher olhar e escutar o paciente portador de ELA bem como seus cuidadores familiares incluindo tamb m os profissionais da rea de sa de que lidam com a ELA O grupo de tutores formado por graduandos p s graduandos e profissionais de Psicologia Temos como objetivo apoiar o paciente portador de ELA bem como interesses cient ficos para que possamos atrav s da pesquisa compreender e desenvolver m
197. P C Gil C A et al Anais da Ill Jornada Apoiar Atendimentos Cl nicos Diferenciados e Inclus o O Papel da Psicologia Cl nica Social Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo S o Paulo 2005 TRINCA VALTER Diagn stico Psicol gico Pr tica Cl nica S o Paulo EPU 1984 ZIMERMAN D E A Forma o Psicol gica do M dico In MELLO FILHO J Psicossom tica Hoje Porto Alegre Artes M dicas 1992 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 322 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP OFICINA PSICOTERAP UTICA DE CARTAS FOTOGRAFIAS E LEMBRANCAS DESAFIOS E ESPERANCA NO CONTEXTO DO HOSPITAL PSIQUI TRICO Claudia Aranha Gil Jos Waldemar Turna Tania Aiello Vaisberg Leila S L P Cury Tardivo INTRODU O A apresenta o desta forma de enquadre cl nico diferenciado insere se em um contexto de pesquisa interven o que vem sendo desenvolvido em hospitais psiqui tricos em parceria com o Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social IPUSP Com o objetivo de propiciar pesquisas interventivas que visam as mais diversas manifesta es do sofrimento humano temos realizado trabalhos em v rios mbitos baseados na utiliza o do m todo psicanal tico e fundamentados na teoria que tem em Winnicott um de
198. Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 175 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Teve dificuldade de contar detalhes dos per odos de euforia e n o contou sobre as parafilias Durante v rias sess es queixouse da dificuldade de concentrar se no trabalho de inform tica por m satisfazendo se e progredindo no trabalho junto a um grupo de teatro Fomos percebendo que DN apresenta s rios problemas de Identidade ENCAMINHAMENTO Por necessitar de tratamento espec fico e de longo prazo fizemos contatos com outras entidades visando o seu encaminhamento _PRODAF da UNIFESP Programa destinado aos portadores de transtornos depresssivos man acos e ansiosos sem vagas j h 1 ano necess rio aguardar na fila _GRUDA do HC Programa destinado a portadores de problemas afetivos inclui bipolar N o fazem tratamento individual apenas palestras abertas para o p blico interessado uma vez por semana _PRO SEXI do HC Programa destinado a pessoas com dist rbios de Sexualidade CONSIDERACOES FINAIS FN acompanhou o desenvolvimento dos contatos efetuados e mostrou se agradecido a cada passo Foi cooperativo e compreendeu a import ncia do apoio fornecido para aquele per odo de transi o Atrav s das interven es das consultas pudemos trabalhar aspectos importantes para que FN pudesse manejar melhor os acontecimentos mais estressantes de sua vida como
199. S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 26 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL Coordena o Leila Cury Tardivo e Francisco Baptista Assump o Jr Assessoria T nia Aiello Vaisberg SER E FAZER APOIAR Projeto Dist rbios do T nia Vaisb Desenvolvimento ania valSoerg Leila Cury Tardivo PDD e Equipe Kayoko Yamamoto e Francisco Assump o Jr e Equipe Equipe O APOIAR Atendimento Psicol gico Cl nico Individual e Grupal vem atender a grande demanda de aten o psicol gica gerada pelo sofrimento humano causado pelas condi es da vida contempor nea Estabelecemos conv nios e parcerias as quais tem car ter puramente acad mico e cient fico para o desenvolvimento de pesquisas e produ o de conhecimento com institui es que necessitam ou nos buscam para esse um em comum o trabalho em fun o do sofrimento humano com o car ter j mencionado A partir dessas parcerias e interc mbios vimos desenvolvendo trabalhos de interven o e produzindo conhecimentos na forma de pesquisas e trabalhos cient ficos Tamb m essas parcerias tem se constitu do em espa o para o desenvolvimento das atividades de est gio regulares das disciplinas da rea da Psicopatologia do curso de gradua o Contamos com a participa o efetiva dos estudantes de p s gradua o que desenvolvem seu
200. SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 276 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP CRISE DA MEIA IDADE FEMININA RAINHA OU BRUXA Eliana Siqueira Considera es de Magaldi Filho A mulher bem diferente dos homens devido sua estrutura ginecol gica e hormonal acometida por dois momentos significativos de inicia o que deveriam remet la a vivencia dos antigos rituais de passagens Ali s creio que a sociedade contempor nea est cada vez mais desacralizada e distante dos ritmos e ritos que serviam para marcar os momentos de in cio e consequentemente de t rmino de determinadas e importantes fases da vida O primeiro momento a crise que estabelece a passagem da menina para a adolescente que acontece na menarca ou primeira menstrua o que ocorre em m dia dois anos ap s os primeiros sinais da puberdade O segundo momento ap s a menacme que o per odo onde a mulher permanece f rtil o da menopausa caracterizado pela ltima menstrua o passando pelo per odo do climat rio que pontua a transi o do fim da sua fase reprodutiva Por volta dos 45 anos de idade acontecem muitas transforma es transi es e crises na vida da maioria das pessoas principalmente por conta da metan ia poca em que ocorrem transforma es fundamentais no pensamento e no car ter dos indiv duos devido s novas demandas e
201. SA tendo sido reconhecido pelo conceito da s ndrome normal da adolesc ncia na Universidade de Chicago Na Europa foi membro da diretoria da Federa o Internacional de Psicoterapia Din mica em Escolas M dicas de Berlin sendo contempor neo de G Amon teoria dos buracos negros do Self e da cl nica do vazio Professor doutor do Departamento de Psicologia Cl nica Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 30 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Na Argentina foi membro fundador da Associac o de Psican lise Argentina APA tendo publicado diversas obras com Arminda Aberastury Jose Bleger David Liberman Angel Garma e Horacio Etchegoyen Tal pai tal filho Tenho a grata satisfa o de ter traduzido o livro do Joseph Knobel junto com Maria Luiza Soquier excampo e Carlos Blinder psicanalistas ligados a Universidade de Barcelona Espanha Herdou do pai o f lego de trabalho incans vel a fidelidade aos ensinamentos psicanal ticos em sua origem Quem sabe seu filho Joseph possa vir ao Departamento de Psicologia Cl nica ministrar um curso sobre a Cl nica do Vazio de em crian as e adolescentes sob a perspectiva da psican lise francesa winnicottiana A lideran a de Andr Grelen tem reunido importantes psicanalistas da Europa como Serge Lebovici Fran oise Dolto Joyce Mc Dougall Finalm
202. SANTES E DEPRESSS O EM IDOSOS Andr a Fortes Burgos UNICAMP 12 15 12 30hs ENCERRAMENTO ENTREGA DE PR MIOS AOS MELHORES POSTERES Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 7 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP SUMARIO T TULO DE TRABALHO E AUTORES P GINA 12 PARTE MESA DE ABERTURA 13 PSICOLOGIA CL NICA E SA DE MENTAL L ia Priszkulnik 14 O LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL E PROJETOS DE PESQUISA E INTERVEN O NOS CICLOS DE VIDA E A V JORNADA APOIAR 20 Leila Salom o de La Plata Cury Tardivo APRESENTA O DO DR MAUR CIO KNOBEL Jos Tolentino Rosa 29 22 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NA INF NCIA 31 SA DE MENTAL NA INF NCIA NOVAS CONTRIBUICOES NO CAMPO DA PSICOTERAPIA Irani Tomiatto de Oliveira 32 32 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NA ADOLESC NCIA 36 ORGANIZACOES DE AMBULAT RIOS DE ADOLESCENTE Ronaldo Laranjeira e Maria de F tima Rato Padin 37 A ADOLESC NCIA NA MODERNIDADE L QUIDO CONTEMPOR NEA Jos Raimundo da Silva Lippi 39 PASSAGENS TRANSI ES E ADOLESCERES DESDE UMA PERSPECTIVA WINNICOTTIANA T nia Maria Jos Aiello Vaisberg e Maria Christina Lousada Machado 61 42 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NO ADULTO 66 POPULAC O DE RISCO PARA CRIMINALIDADE Hilda Morana 67 REFLEX ES SOBRE A VIDA ADULTA DE PESSOAS COM DEFICI NCI
203. SEL P W BAXTER L R JR MARTIN K M PHELPS M E Systematic changes in cerebral glucose metabolic rate after successful behavior modification Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 396 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP treatment of obsessive compulsive disorder Arch Gen Psychiatry v 53 n 2 1996 p 109 13 SOLMS M Towards an anatomy of the unconscious Journal of Clinical Psychoanalysis v 5 n 3 1996 p 331 367 SOLMS M Psychoanalytische Beobachtungen an vier Patienten mit ventromesialen Frontalhirnlaesionen Psychoanalytic observations on four patients with ventrimesal frontal lobe lesions Psyche Zeitschrift fuer Psychoanalyse und ihre Anwendungen v 52 n 9 10 1998 p 919 962 SOLMS M NERESSIAN E Freud s theory of affect Questions for neuroscience Neuro psychoanalysis v 1 n 1 1999 p 5 14 SQUIRE L S KANDEL E R Memory From Molecules to Memory Scientific American Libray New York Freeman Press 1999 STERN D The process of therapeutic change involving implicit knowledge some implications of developmental observations for adult psychotherapy Infant Ment Health J 19 n 1998 p 300 308 THASE M E Neuroimaging profiles and the differential therapies of depression Arch Gen Psychiatry v 58 n 7 2001 p 651 3 THAYER R E The Biopsychology of Mo
204. ST RBIOS DO DESENVOLVIMENTO PDD Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 110 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP RELATO DE UM CASO DE ESCLEROSE TUBEROSA ASSOCIADA A AUTISMO PDD Susan Meire Mondoni Carolina Rabello Padovan e Francisco Baptista Assump o Junior 1 M dica Psiquiatra da Inf ncia e Adolesc ncia Assistente do N cleo de Pesquisas e Psiquiatria Forense e Psicologia Jur dica NUFOR do IPq HC FMUSP Mestranda do IP USP 2 Estudante de Gradua o do IPUSP 3 Professor Associado do IPUSP Professor Livre Docente pela FMUSP Introdu o Autismo um dist rbio do neurodesenvolvimento geneticamente heterog neo e in cio na primeira inf ncia com preju zos na comunica o e intera o social caracterizado por presen a de padr es restritos e estereotipados de interesses e atividades Esclerose Tuberosa uma s ndrome gen tica autoss mica dominante podendo se associar a ele Wong 2006 Este trabalho relata um caso de Esclerose Tuberosa associada a Autismo e Retardo Mental atendido no Projeto Dist rbios do Desenvolvimento PDD Relato de Caso JFG feminino branca 8 anos de idade parto de termo a f rceps cian tica Com im s e 6 dias convuls es tipo grande mal de dif cil controle Em uso de anticonvulsivantes cido valpr ico 900 mg dia topiramato 150 mg
205. Sa de e Oficina Pan Americana da Sa de que convidaram 25 pais de toda a Am rica Latina como autoridades em defici ncia intelectual reconhecidas pela Organiza o Mundial da Sa de Tivemos a felicidade de termos nosso nome escolhido como representante de fam lias brasileiras e comparecemos a Montreal com o Dr Francisco B Assump o Jr psiquiatra paulista com larga folha de servi os a pessoas com defici ncia intelectual e suas fam lias Dessa forma dois representantes s vezes tr s por pa s inclusive pa ses africanos e rabes estiveram presentes Confer ncia de Montreal O tema dessa Confer ncia foi A defesa dos direitos fundamentais das pessoas com defici ncia Coube nos a dif cil incumb ncia de falar em nome dos pais de pa ses outros como Argentina Chile Peru Canad Estados Unidos Bol via Venezuela Guatemala etc Abordamos um pouco de tudo isso em nosso fala na Universidade de S o Paulo e ficamos felizes em ver que o trabalho das fam lias vem sendo muito valorizado nos meios acad micos de nosso pa s Digitado por Maria Am lia Vampr Xavier da Rede de Informa es do COE rea de defici ncias Secretaria Estadual de Assist ncia e Desenvolvimento Social de S o Paulo Fenapaes e entidades parceiras em 14 de novembro de 2007 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl ni
206. Social 6 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 15 30 17 15 hs MESA REDONDA SA DE MENTAL NA ADOLESC NCIA Coordenador Prof Livre Docente T nia Aiello Vaisberg PUCCAMP e IPUSP 1 ORGANIZA ES DE AMBULAT RIOS DE ADOLESCENTE Prof Dr Ronaldo Laranjeira e Dra Maria de F tima Rato UNIFESP SP 2 ADOLESC NCIA NA MODERNIDADE L QUIDA Prof Dr Jos R Lippi UFMG BH 3 PASSAGENS TRANSI ES E ADOLESCERES DESDE UMA PERSPECTIVA WINNICOTTIANA Prof Livre Docente T nia Aiello Vaisberg 17 30 19 00hs Coquetel e Apresenta o Musical Renato Cury Tardivo IPUSP LAN AMENTO DO LIVRO Tardivo LS P C Adolesc ncia e Sofrimento Emocional Editora Vetor 2007 S BADO 10 DE NOVEMBRO 8 30 10 15hs MESA REDONDA SA DE MENTAL NO ADULTO Coordenador Prof Associado Francisco Baptista Assump o Jr IPUSP 1 POPULA O DE RISCO PARA CRIMINALIDADE Profa Dra Hilda Morana 2 REFLEX ES SOBRE OS 20 ANOS DA REFORMA PSIQUI TRICA Prof Dr Roberto Tikanori UNIFESP 3 A DEFICI NCIA E O AMADURECIMENTO PERSPECTIVAS E DESAFIOS Sra Maria Am lia Vampre Xavier 10 15 10 30hs Coffee Break 10 30 12 15hs MESA REDONDA SA DE MENTAL NA VELHICE Coordenador Claudia Aranha Gil USP 1 ENVELHECIMENTO DA GERONTOFOBIA AO DESENVOLVIMENTO HUMANO Irene Gaeta Arcuri PUC INPG 2 DEPRESSS O NA TERCEIRA IDADE Prof Dr Avelino Luiz Rodrigues IPUSP 3 ENFRENTAMENTO DE EVENTOS ESTRES
207. TAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 201 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP com transtorno do p nico a de um funcionamento normal at a ocorr ncia do primeiro ataque e a ansiedade de quem passa a ter ataque de p nico simplesmente aterrorizadora Depois de um ataque de p nico h uma enorme ansiedade pela expectativa de que algo assim possa vir a acontecer de novo e que da pr xima vez n o haja escapat ria Rang 2001 A ansiedade pode gerar num c rculo vicioso preocupacdes excessivas com sa de auto observac o seletiva e antecipac o do pior uma situac o debilitante e entre os sintomas som ticos que o paciente pode apresentar a dor tor cica exerce papel preponderante reforcando a id ia de que esteja desenvolvendo problema cardiovascular grave amea ador vida levando repetida busca por atendimento em unidades cardiol gicas ou outros servicos de emerg ncia medida que outros ataques ocorrem comecam a surgir a ansiedade antecipat ria e a idea o sobre novos ataques o que leva em geral ao desenvolvimento de respostas de evita o que vir o caracterizar o quadro de agorafobia e comprometer a qualidade de vida do paciente Este transtorno tamb m se associa depress o maior e apesar do vi s catastr fico comum no TP sintomas auton micos aumentam rapidamente at culminar em um ataque A cat strofe te
208. TAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 383 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS AMARAL l 2002 A educa o de estudantes portadores de surdocegueira In MASINI E F S Org Do sentido pelos sentidos para os sentidos Niter i RJ Editora Intertexto p 121 144 AMIRALIAN M L T M 1997 O psic logo e a pessoa com defici ncia In Defici ncia Alternativas de Interven o S o Paulo Casa do Psic logo 1997 CADER F A A A COSTA M P R da 2005 Descobrindo a Surdocegueira educa o e comunica o S o Carlos Universidade Federal de S o Carlos KOV CS M J 1997 Defici ncia adquirida e qualidade de vida possibilidades de interven o psicol gica In Defici ncia Alternativas de Interven o S o Paulo Casa do Psic logo MAIA S R AHIMSA 2002 Os caminhos de uma institui o na rea da surdocegueira In MASINI E F S Org Do sentido pelos sentidos para os sentidos Niter i RJ Editora Intertexto p 233 246 MASINI E F S 1997 Interven o Educacional junto pessoa deficiente visual D V In Defici ncia Alternativas de Interven o S o Paulo Casa do Psic logo MERLEAU PONTY M 1971 Fenomenologia da percep o S o Paulo Freitas Bastos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat
209. VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 51 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP q Continuam embora em menor intensidade os epis dios contrastantes de conduta turbulenta e calmaria luta entre as for as do ID intrusivas e do EGO controle Estes dados nos permitem discutir agora a adolesc ncia num mundo e consequentemente numa fam lia em constante transforma o O adolescente L quido parafraseando Bauman seria aquele cumpridor das exig ncias desta nova sociedade Sua realiza o n o esta em alcan ar o devido lugar na sua esfera de responsabilidades Ele n o pode se tornar s lido no seu fazer A vida est t o r pida que ele n o pode se dedicar a conquistar o s lido Pode perder rapidamente o l quido ao redor Portanto as tarefas n o s o conclu das e outras s o iniciadas neste tempo de pressa Eles precisam de finais r pidos e desafiadores A constru o das identidades na adolesc ncia por exemplo um processo complexo que envolve principalmente tr s institui es sociais a Fam lia a Escola e a Ind stria Cultural Em sua defini o sobre modernidade l quida em que a solidez do capitalismo moderno foi substitu da pela fluidez de um capitalismo sem amarras Bauman 2001 afirma que as institui es sociais tradicionais tiveram seus muros derrubados A sociedade apresenta ao indiv duo oportunidades e refer nci
210. a o Imbasciati psicanalista italiano tem proposto um olhar do processo anal tico a partir da neurofisiologia O autor afirma que alguns efeitos da psicoterapia que caracterizam por impulsos nervosos que alcan am os n veis subcorticais ou corticais com um modesto efeito bioel trico que logo se dispersa Estes referem se simples informa o anal tica com memoriza o inteiramente nula J os efeitos bioel trico em cadeia que se mant m por um certo tempo mem ria a curto prazo ou ainda transmutam se em efeitos bioqu micos que se depositam no RNA mem ria a longo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 390 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP prazo refletem elaborac o de produtos ps quicos a partir do material sensorial IMBASCIATI 1998 Mudan as a longo prazo nas fun es mentais envolvem altera es na express o gen tica SQUIRE KANDEL 1999 Kandel afirma que estudando as mudan as espec ficas nos estados mentais subjacentes que persistem poss vel procurar altera o de express o gen tica ent o questiona como express es gen ticas alteradas conduzem a altera es de longo prazo dos processos mentais Segundo Kandel 1999 ao realizar mudan as persistentes nas atitudes h bitos e no comportamento consciente e inconsciente a psican lise produz altera es estrutura
211. a o do processo considerando se se h limites reais que imp em uma dura o pr estabelecida ou se poss vel trabalhar em fun o dos objetivos propostos utilizando se o tempo necess rio para atingflos Todos estes aspectos giram em torno da quest o essencial que a rela o e a alian a terap utica e sua possibilidade de ser transformadora A fase terap utica propriamente dita inclui interven es flex veis e adaptadas s caracter sticas do caso tanto em abrang ncia quanto em n vel de aprofundamento Com os pais trabalha se especialmente sua forma de vivenciar esse papel suas expectativas em rela o crian a e a liga o entre essas expectativas e aspectos de seu passado buscando se maior diferencia o e discrimina o de identidades Com a crian a dependendo do caso trabalha se conflitos espec ficos a constru o de uma rela o positiva que possa servir como um novo modelo a express o de afetos e emo es a auto imagem sempre respeitando suas possibilidades de comunica o e a import ncia da experi ncia vivida na rela o terap utica e da brincadeira expressiva Os focos do processo dos pais e do processo da crian a s o paralelos e complementares Consideramos nossa forma de trabalho como um modelo integrativo de interven o no sentido de que buscamos integrar diferentes conhecimentos para alicer lo em especial os advindos da psican lise infantil da teoria do desenvolvimento e dos e
212. a crianca com defici ncia um processso que ainda est no in cio Como cita Nogueira Jr no prelo quanto inclus o escolar Para que haja de fato a inclus o escolar fundamental que haja uma reforma educacional que v al m de implementa es legais Ao inserir crian as com necessidades educacionais especiais na classe comum se torna necess rio colocar em questionamento o funcionamento e os princ pios de um sistema educacional que valoriza uma igualdade abstrata que valoriza uma busca pela uniformidade retratada pela rigidez curricular de estrat gias de ensino e de avalia o onde todos t m que aprender as mesmas coisas da mesma forma e onde apenas o conhecimento formal tem valor Se o questionamento n o for feito e n o se buscar a constru o de uma escola diferente da que existe hoje as crian as a quem se pretende incluir continuar o exclu das do sistema educacional embora fisicamente presentes Continuar o sendo vistas como anormais como seres que n o pertencem aquele lugar destinado aos iguais Um exemplo disso s o as crian as com defici ncia intelectual inclu das em classe comum que ficam a parte do processso ensino aprendizagem muitas vezes desempenhando atividades paralelas sem rela o com o conte do ministrado na aula e sem que necessariamente haja um trabalho pedag gico devidamente planejado para elas Ainda h muito que se fazer rumo educa o inclusiva e inclus o soc
213. a depresss o do que os outros fatores investigados OR 3 48 p lt 0 001 Isso significa que os idosos deprimidos s o aqueles que adotaram como estrat gias de enfrentamento do estresse comportamentos de risco ou excessos comportamentais como uso de rem dios para controlar ansiedade e depresss o abuso de subst ncias drogas lcool e comida e express es emocionais negativas contra os outros como hostilidade e agressividade Tais comportamentos cujo foco est na express o das emo es podem ser teis a curto prazo no momento em que a pessoa est enfrentando uma situa o estressante Por m a m dio e longo prazo investir nesse tipo de comportamento pode acarretar preju zos sa de f sica no caso de abuso de subst ncias ou mesmo comida em excesso problemas nos relacionamentos interpessoais ou ainda problemas emocionais gerados por puni o administrada pelos outros ou por atitudes de isolamento e de n o aceita o do problema Considera es finais As evid ncias acerca dos processsos envolvidos na depresss o na velhice contribuem para o crescimento conceitual e metodol gico e para o aperfei oamento de procedimentos de interven o em Gerontologia Considerar a depresss o como um fator de risco para o bem estar pessoal tem sido ponto de partida de in meras investiga es neste campo com o objetivo de identificar os aspectos predisponentes depresss o e os procedimentos mais apropriados preven
214. a se estabelecer com poderes sobre os homens e exerceu forte influ ncia na conduta humana O tempo lento permitia que a constru o de um templo um Museo um parque ou uma pra a p blica e at obras de arte levassem v rios anos para serem conclu dos s vezes uma ou duas gera es eram necess rias para sua conclus o definitiva E o tempo ia sendo aproveitado pela comunidade visitando e usufruindo destes lugares comuns Ainda existem nos paises mais antigos verdadeiros para sos a serem visitados Muitos foram destru dos por guerras e pela insensatez sem limites do ganho financeiro Quantas obras destru das A transforma o lenta da sociedade e das fam lias gerava ao longo do tempo novos costumes valores rotinas e leis A adolesc ncia flu a de forma mais caseira e suas rea es eram relativamente esperadas As crian as e os adolescentes eram considerados adultos em miniatura Ap s s culos surge a ci ncia e com ela j se podia tentar compreender o crescimento Professor S nior do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFMG Professor Colaborador dos Departamentos de Psiquiatria e Medicina Legal Etica M dica Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da USP Coordenador da Resid ncia de Psiquiatria Infantil do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFMG Membro Titular da Academia Mineira de Medicina AMM Presidente da Associa o Brasileira de Preven o e Tratame
215. a semanalmente pelos respectivos coordenadores Em nossa experi ncia de atendimento observamos o quanto a doenca fragiliza o indiv duo como tamb m as pessoas que est o ao seu redor no que diz respeito a sua vulnerabilidade e ao seu psiquismo como um todo Caracter sticas pessoais mais profundas v m tona tornando a viv ncia do adoecer como nica e insubstitu vel de cada um A viv ncia de uma doen a org nica por parte do paciente segundo Zimerman 1992 revestida de significados simb licos em que a doen a concretiza sentimentos profundos de desamparo medo e o reconhecimento que se mortal Em um encontro da ABRELA realizado em 2005 foi solicitado aos cuidadores e pacientes que fizessem um desenho sobre um paciente com ELA onde estas quest es foram reafirmadas Os desenhos foram os mais diversos haviam desenhos que revelaram medo ang stia e desesperan a e outros em que revelaram esperan a amparo e aconchego da fam lia Trinca 1984 em seu trabalho sobre psicodiagn sticos desenvolve a id ia que atrav s dos desenhos poss vel observar a imagem corporal que o sujeito tem de si mesmo a estrutura ps quica que o constitui e a capacidade de o indiv duo orientar se e conduzir se em uma situa o determinada adaptando se a ela p 64 Seguem alguns desenhos em que estas quest es ficaram bastante claras Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007
216. a APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 158 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP num processo din mico influenciadas pelo microcontexto grupal no sentido de possibilitar lhes o desenvolvimento de reflex es sobre o seu processo de maternidade Na dimens o familiar um aspecto de transforma o na vida de uma das participantes se deu na divis o das responsabilidades conjugais relativas aos cuidados com os filhos situac o que comprometia anteriormente a sua participac o efetiva nas atividades grupais Culturalmente h uma legitimac o do papel feminino na tarefa de cuidar dos filhos atender a fam lia e cuidar da casa A atribui o cultural dos diferentes pap is exercidos por homens e mulheres na sociedade o que define as suas rela es Essas diferen as de pap is t m reflexos importantes na sa de de cada sexo e em algumas situa es trazendo limita es para as mulheres no sentido de impedir a realiza o de outras atividades que lhes proporcionem crescimento pessoal e uma vida mais saud vel Patr cio 1996 enfatiza que a fam lia pode ser uma limita o no processo de viver dos indiv duos quando imp e normas contr rias s necessidades dos seus membros ou quando se torna um empecilho para a liberdade de agir dos sujeitos Em determinadas situa es neste estudo a fam lia se constituiu numa limita o
217. a Cidade Universit ria S o Paulo e contamos com o apoio do o IPUSP e da Pr Reitoria de Cultura e Extens o USP e da Editora Vetor O tema a ser abordado na V Jornada Sa de Mental nos Ciclos da Vida com as presen as de professores e pesquisadores da Universidade de S o Paulo e de outras Universidades al m de outras institui es como o Minist rio da Sa de que dever o trazer suas experi ncias e pesquisas t o relevantes na rea da sa de mental Destacamos a presen a do Dr Mauricio Knobel que formou gera es de psic logos e psicanalistas e nos honra com sua presen a como os demais convidados No evento ser o ainda divulgadas na forma de p steres projetos e pesquisas desenvolvidas nos distintos projetos do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Clinica Social configurando se assim a V Jornada APOIAR tamb m em oportunidade de interc mbio cient fico destacando se ainda o car ter multidisciplinar do encontro Assim faz parte da Comiss o Organizadora o Prof Associado Francisco A Junior importante psiquiatra de nosso meio e professor do IPUSP e coordenador do Laborat rio o que vem contribuindo para o di logo prof cuo entre diferentes profissionais em Sa de Mental Ao mesmo tempo temos a satisfa o de comemorar os 10 anos de Ser e Fazer Oficinas Terap uticas de Cria o sob a coordena o da Profa T nia Vaisberg que permanece no Laborat rio e est presente no evento abrilh
218. a Cl nica IPUSP contato Tese Doutorado em Psicologia Cl nica Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2004 SIMON R Concord ncias e diverg ncias entre psican lise e psicoterapia psicanal tica Jornal de Psican lise V 3 n 58 59 p 245 264 1999 TARDIVO L S C Apresenta o In Anais da Ill Jornada APOIAR Atendimentos cl nicos diferenciados e inclus o o papel da psicologia cl nica social P 2 11 S o Paulo Instituto de Psicologia da USP 2005 WINNICOTT D W Consultas Terap uticas em Psiquiatria Infantil Rio de Janeiro Imago 1984 O Gesto Espont neo S o Paulo Martins Fontes 1990 O Valor da Consulta Terap utica In Explora es Psicanal ticas Cap 41 p 244 248 Porto Alegre Artes M dicas 1994 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 347 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP OFICINA TERAP UTICA CONTOS DE FADAS COM PACIENTES PSIQUI TRICOS Psic logas respons veis Cleny Greg rio Labate Isaura Maria A Costa Alunos da gradua o Cec lia H Myamoto Juliana C G Galv o Mar lia L dia de Assis Rafael T Neves Coordenadora Leila S L Cury Tardivo Introdu o As Oficinas Psicoterap uticas est o inseridas em um contexto que por meio de enquadres cl nicos diferenciados inspirados nos pressupostos te ricos da ps
219. a de sua alimenta o De suas horas de sono O di logo no grupo vai se entremeando com informa es necess rias e tranquilizadoras A gesta o n o uma condi o patol gica mas certamente uma situa o especial A gestante d uma pausa em suas atividades durante o dia Por mais saud vel que transcorra sua gesta o vital uma mudan a em seu ritmo de vida Aqui entra a abordagem de teor psicol gico propriamente dito H que se observar se h no grupo aquelas gestantes que devido a certas caracter sticas de personalidade acreditam que podem levar a vida nos mesmos moldes de antes da gesta o Sem se darem conta de que um direito seu absoluto o de se poupar n o atendendo a todas as solicita es no trabalho ou no meio familiar como antes E que igualmente leg tima a decis o de n o abrir m o de seus direitos como cidad s em seu meio social No cotidiano faz valer princ pios b sicos como a garantia de emprego seu lugar em filas de banco condu o e mais do que isso percebe se com direito a uma natural solidariedade dentre os que as cercam Certas din micas de grupo podem oferecer lhes uma verdadeira oportunidade de conscientiza o e transforma o desses aspectos Todos estes temas se interrelacionam e participam da id ia de um beb perfeito Mas aten o para que a palavra perfeito n o seja levada ao p da letra produzindo na gestante uma expectativa idealizada a respeito da crian a Uma
220. a m e tamb m veio para consulta e que os irm os acham que ela e a m e precisam se tratar comecei a considerar se n o seria o caso de se pensar em um trabalho familiar Falo sobre isso com ela Alice responde que j pensaram nisto pois em algumas situa es em que a fam lia toda se re ne todos falam que todos precisam de tratamento Nestes momentos eles se perguntam se n o precisam de terapia familiar Seguimento Uma semana ap s Clara e sua filha Alice terem comparecido Cl nica os dois outros filhos de Clara comparecem Cl nica no dia de inscri o solicitando atendimento para eles N o realizei por m entrevistas individuais com os dois Conversei com ambos ao mesmo tempo explicando a minha id ia a partir da entrevista que realizara com Alice na semana anterior de realizar uma entrevista familiar pois me parecia que havia uma dificuldade familiar e um pedido de ajuda para poderem conversar sobre isso Os dois se mostraram a meu ver um pouco desconfiados mas aceitaram a id ia Na verdade o que propus foram algumas entrevistas familiares n o defini a princ pio o n mero delas para podermos investigar melhor o que estava acontecendo Destaquei que ap s estas entrevistas poder amos at mesmo considerar que o atendimento seria individual para todos excluindo um atendimento familiar ou seria apenas um atendimento familiar ou atendimentos individuais concomitantes ao atendimento familiar Outro aspec
221. a no ponto de vista de que era ela que precisa mais que ele Historia pregressa Senhor Carlos contou que veio da Bahia ainda jovem com 18 anos Vinha de uma fam lia de quinze irm os dos quais oito eram irm os de pai e m e e sete s por parte do pai Contou tamb m que quando sua m e faleceu era apenas uma crian a e que o pai o ensinou a trabalhar muito desde muito cedo ate a noite Comentou que o relacionamento com a madrastra fora bom mas que quando ele fez 18 anos ela quis que ele fosse embora cuidar da vida Ele ficou muito sentido com essa atitude um pouco perdido mas depois resolveu vir tentar a vida em S o Paulo para onde depois vieram os outros irm os Contou que ap s algum tempo ele voltou Bahia para casar se com a esposa que j conhecia desde o dia em que nasceu pois eram primos e que ele era quatro anos mais velho do que ela Relatou que a vida para eles sempre foi dura pois constru ram tudo com muito esfor o e sacrif cio e que nenhum dos dois teve possibilidade de estudar embora seus filhos o que conta com orgulho estivessem todos formados Relatou que em S o Paulo fez sua vida trabalhando em v rias atividades pois foi feirante comerciante e inclusive ajudou a esposa nas costuras e que juntos sempre conseguiram se virar Acrescentou que agora que estava aposentado e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio
222. a no Area de Qualifica es Experi ncia a Anuncio E Ea n Benef cios corpo do Atua o exigidas exigida an ncio Portador de o 2 grau completo Deficiente hae tok z Defici ncia inform tica Defici ncia RA Com ou sem Deficiente f sica auditiv ae experi ncia a Defici ncia Deficiente Fisico membros Telefonia inferiores 2 grau completo ou em curso Aux Apoio no es de Esportivo estoque Deficiente F sico almoxarifado e inform tica superior Sal rio R 585 00 fixo Vale transporte Telemarketin Vale Deficientes sa g M nimo 2 grau Alimenta o Ramo A reo Vale Refei o Conv nio Refei o Aux conv nio Administrativ m dico e Deficiente F sico o em bolsa de institui o de estudos ensino ensino Benef cios Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 An ncio Professor a ensino superior Assistente t cnico Atendimento Telemarketing Instrutor de Treinamento Operador de Luz T cnico de Ensino Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Nomeac o usada no rea de Qualifica es corpo do Atua o exigidas an ncio Deficientes Ensino F sicos Superior Pessoas completo ou com Gr fica t cnico em artes defici ncia A gr ficas Pessoa com defici ncia Superior em tec
223. a para hacer ex menes Hace asociaciones para acordarse Le gusta hacer cosas r pidas sic Biologia Historia Geograf a Para aprender prefiere oir y ver a leer Le gusta la disciplina de Portugu s tengo buenas ideas pero no las desarrollo Dice que habla mejor de que escribe Tambi n se interesa por F sica el racioc nio de las cosas as no tiene matem tica es m s raciocinio viaje en el tiempo es porque un objeto se mueve en tal velocidad No logra dar muchas informaciones sobre su escolarizaci n Dice que no se acuerda de mucha cosa Una informaci n importante es que el paciente estudi en escuela t cnica estadual que exige ingreso por ex menes como los de una Universidad debido a la gran demanda de candidatos Indagado sobre la psicoterapia dice que est en terapia hace seis meses y le fue recomendada por el psiquiatra Ayuda tener alguien para hablar Mejor de la Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 191 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP depresi n y quit el uso de medicinas por su propia cuenta hace dos meses y ha dispensado al psiquiatra El paciente vive con sus padres y un hermano menor que estudia en otro instituci n de clases preparatorias para la Universidad No sabe bien la edad de su hermano l es dos a os menor que yo
224. a pessoa normal diante de uma perda significativa por m nos casos patol gicos as rea es e sentimentos s o exagerados e a pessoa n o consegue retomar espontaneamente a gratifica o de estar vivo No luto o mundo parece empobrecido aos olhos do sujeito mas na melancolia h um empobrecimento do ego e uma extraordin ria diminui o do amor pr prio em que o indiv duo sente que indigno de estima incapaz de produzir algo valioso e sente se moralmente conden vel H um remorso exagerado e um desejo de comunicar publicamente seus pr prios defeitos como se esta humilha o e rebaixamento lhe propiciasse satisfa o A partir desses primeiros trabalhos muitos outros autores t m contribu do significativamente para compreens o e tratamento dos dist rbios depressivos tema do presente trabalho A contribui o inovadora de Winnicott leva em conta o desenvolvimento emocional infantil e as poss veis consequ ncias da falha ambiental precoce como uma quebra na continuidade natural do curso da vida mental No desenvolvimento de seu trabalho Winnicott 1990 reconheceu o doente mental como uma pessoa com incapacidades porque sofreu priva o no desenvolvimento emocional precoce Para ele sa de mental significava maturidade emocional Nesse sentido a capacidade da m e para compreender e atender as necessidades do beb tem import ncia fundamental como causa dos principais dist rbios posteriores Winnicott demonstrou que quando
225. a quest o ao redor de 15 segundo o NIH Consensus Development Panel on Depression in Late Life de 1992 citado por Stoppe 2004 Segundo Veras e Coutinho para depress o entre os idosos o estudo mais citado na literatura realizado por Gurland e col nas cidades de Nova York e Londres apresentou uma preval ncia de 13 sendo que para a desordem afetiva severa foi de 2 5 Na Inglaterra num M dico psiquiatra Prof Dr do Departamento de Psicologia do IPUSP Coordenador do Laborat rio Sujeito e Corpo SuCor do IPUSP 1 Psic logas Membros Colaboradores do Laborat rio Sujeito e Corpo SuCor do IPUSP Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 93 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP estudo recente a preval ncia foi de 13 5 No Brasil encontram se cifras semelhantes segundo Almeida et al o processo acelerado de envelhecimento da popula o brasileira ao longo dos ltimos anos contribui para aumentar a freq ncia de problemas de sa de associados terceira idade Entre estes se destacam os problemas de sa de mental como depress o e dem ncia depress o 41 9 e dem ncia 24 2 foram os diagn sticos mais frequentes para Snowdon a maioria dos estudos de preval ncia de transtornos depressivos entre idosos que requerem interven o cl nica indica que mais de 10 por cento dos idosos apresenta
226. a se da falta de amparo da sua fam lia Seus irm os mant m se afastados de problemas familiares e como a nica filha sente a necessidade de cuidar da m e Ambas passam pelo luto da viuvez e aos olhos dos irm os parecem cuidar se reciprocamente Esta decis o tamb m estudada levando em considera o o relacionamento entre as duas Al m disso sua casa no litoral relativamente afastada da cidade e Tina v alguns problemas para sua m e adaptar se nova vida Al m de sem d vida n o estar certa se ela gostaria de mudar se Tina encontra se firmemente disposta a estabelecer se no litoral em suas palavras na nossa casa com vontade de seguir com os planos que fizera com o marido mesmo que desta vez v realiz los sem contar com sua companhia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 411 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP CONSULTORIAS PSICOTERAP UTICAS Ser e Fazer A ARTEPSICOTERAPIA NO CUIDADO A PROFISSIONAIS E EQUIPES DE TRABALHO T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Fabiana Follador e Ambrosio Jacirema Cl ia Ferreira Pontificia Universidade Cat lica de Campinas fabfoll uol com br www serefazer com br Quando nos defrontamos com demandas de ajuda psicol gica para profissionais e equipes de trabalho optamos por oferecer uma modalidade de atendimento em artepsi
227. a trabalhar pra lazer Ent o seria um cavalo pelo menos seria til Ai final de semana era lazer e segunda a sexta pra trabalhar igual a gente muito no interior na ro a e dia de semana pra apartar gado correr campo e final de semana pra ir pra cidade fazer compra 3 Um besouro O besouro se voc analisar tamb m o besouro tem aquela parte que pode ser til o besouro destr i praga na planta aquele besouro que s o assim ex tico diferente eles se destacam dos menores tem a sua utilidade outros s o como eu falei pra voc s ex ticos s o diferentes mudam o tamanho a cor 4 Objeto Induzido Primeiramente uma caneta Porque uma caneta voc pode escrever coisas boas coisas mau Por exemplo ela vai colocar ali no papel as vontade da sua mente aquilo que voc tem em mente Ela pode servir como bem como pode servir como mal Uma carta de amor ou pra xingar algu m por carta 1 O que eu n o gostaria de ser seria um criminoso um assassino Convivo com uma pessoa em latroc nio em homic dio mas eu gra as a Deus independente do que me trouxe pra cadeia me sinto sou culpado me arrependi mas eu n o tirei a vida de ninguem Eu acho que quando voc tira a vida de uma pessoa acho que a nica pessoa que tem direito de tirar a vida de uma pessoa Deus 2 Induzido Uma urtiga risos porque urtiga complicado voc t no mato assim passou perto l empelota tudo fica com coceira Aq
228. a vida A construc o de uma nova ci ncia como a gerontologia vai ao encontro da proposta mais inovadora da atualidade em termos cient ficos no que diz respeito mudanca de paradigma da vis o de homem e de mundo especialmente quanto aos conceitos de complexidade interdisciplinaridade e finalmente transdisciplinaridade Por mais paradoxal que possa parecer o estudo do envelhecimento passa a ser pr prio da modernidade A percepc o de um construto te rico t o inovador ao mesmo tempo desafiante e assustadora Desafiante porque imp e um olhar em rela o a quest es nunca pensadas como por exemplo os desafios que a longevidade imp e humanidade a velhice como prov vel futuro de todos n s Assustadora porque n o oferece nada pronto o que leva a refletir sobre o velho ditado espanhol caminhante n o existe caminho o caminho se faz ao caminhar Desta forma transitar em v rias reas do saber para a constru o de um novo conhecimento nos transporta para o infinito na medida em que a cada nova descoberta um universo se abre O questionamento sobre o envelhecimento existe h mais de 2700 anos Her clito elaborava uma f rmula complexa Viver de morte morrer de vida Morin 1996 279 faz uma reflex o acerca deste paradoxo Rejuvenescemos sem cessar Cada batida de nosso cora o irriga nosso organismo com sangue desintoxicado pelo pulm es Rejuvenescemos 60 vezes por minuto Eu rejuvenes o voc s
229. a vivido como um abandono o que comprometeria os resultados alcan ados Sempre que poss vel desej vel realizar entrevistas de followup que permitem aos pais e crian a se reassegurar do interesse do terapeuta e da possibilidade de contar com uma ajuda dispon vel se sentirem necessidade Al m disso permite ao terapeuta intervir precocemente se surgirem novas dificuldades al m de possibilitar a avalia o do trabalho realizado e a manuten o dos resultados alcan ados Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 3 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NA ADOLESC NCIA Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 36 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 37 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP UNESP oa oS HMIPADE PE PESQUISA EM ALCOQLF PROG Prof Dr Ronaldo Laranjeira Supervis o geral Maria de F tima Rato Padin Coordena o ATENDIMENTO Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 38 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O Ambulat rio de Adolescentes um setor de tratamento da UNIAD direcionado para jovens entre 12 e 17 a
230. aciente deitada na cama mas com semblante tranquilo apoiada e cuidada pela filha de 46 anos revelando apoio cuidado e acima de tudo esperan a Os desenhos revelaram claramente como a viv ncia do adoecer subjetiva e pr pria de cada paciente como cada um pode viver tal situa o o que nos remete de como foram registradas e vividas as primeiras rela es objetais no que se refere ao acolhimento e sustenta o da pr pria ang stia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 318 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A partir desta constatac o temos clara a import ncia deste Projeto tanto para os pacientes portadores de ELA cuidadores e familiares como tamb m para os tutores e os profissionais de sa de que lidam com esta doen a Os alunos e colaboradores periodicamente fazem relat rios que subsidiam nossas discuss es cl nicas realizadas semanalmente e que atrav s dos mesmos fica claro o quanto este projeto contribui para o crescimento e forma o dos alunos assim como a melhoria da qualidade de vida para os pacientes portadores de ELA seus cuidadores e familiares Exemplificamos alguns trechos escritos pelos alunos e colaboradores tutores que refletem a escuta o olhar o amparo e o acolhimento aos pacientes Os nomes citados abaixo s o fict cios Janete falou em alguns momentos e a
231. acionais especiais s faz sentido ent o se houver um processso concomitante de inclus o no trabalho propiciar condi es para aquisi o de saber tem sua significa o prejudicada quando n o poss vel dar condi es ao fazer produtivo Segundo a educa o deve respeitar as potencialidades de cada aluno ou seja a fun o da escola n o ensinar aquilo que consta em um programa curricular pressupondo que todo aluno deve saber o conte do total O ensino deve levar em conta as necessidades do educando o que realmente lhe til possibilitando o desenvolver o seu potencial ao m ximo Outra disposi o legal de extrema import ncia a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional de 1996 LDB 96 que declara a educa o especial especial como uma modalidade de educa o escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino LDB 96 cap tulo V art 58 De acordo com Nogueira Jr no prelo a partir de Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 362 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP tal documento a educa o especial passa a ser uma modalidade de ensino que perpassa e se faz presente em todos os n veis de ensino desde o b sico at o superior Pode tamb m ser citada a resolu o CNE CEB n 2 01 que em seu art 2 institui que os sistemas de ensino devem m
232. acional da Associa o Brasileira de Rorschach e m todos projetivos Bras lia 2006 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 323 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP de Oficinas Psicoterap uticas em Hospitais psiqui tricos como proposta que integra ensino pesquisa e interven o GIL e TARDIVO 2007 A realiza o da Oficina Psicoterap utica de Cartas Fotografias e Lembran as ocorrem como continuidade ao projeto de Encontros e Consultas Terap uticas anteriormente desenvolvidas na institui o Este trabalho tem uma dupla fnalidade criar um espa o de escuta e contin ncia para os pacientes psiqui tricos internados por meio das Consultas Terap uticas WINNICOTT 1971 1984 e possibilitar a participa o de estudantes de Gradua o que cursem as disciplinas relativas rea de Psicopatologia propiciando assim sob a orienta o de profissionais da rea clinica a viv ncia e o contato com os pacientes constituindo assim uma experi ncia rica tamb m em aprendizado Embora n o seja nosso objetivo nos aprofundarmos neste tema vale destacar estas duas vertentes finalidade terap utica e aprendizado que em nosso entender s o plenamente integradas medida que sob uma perspectiva eticamente orientada concebemos a participa o dos alunos em um contexto de pesquisa interventiva que por meio um en
233. adas ou defeituosas e substitu las por outras novas e seladas diretamente da prateleira Eles n o t m a menor id ia da estrutura interna das pe as sobressalentes uma express o que diz tudo do modo misterioso como funcionam n o consideram esse entendimento e habilidade que o acompanha como sua responsabilidade ou como parte de seu campo de compet ncia Como na oficina mec nica assim tamb m na vida em geral cada pega sobressalente e substitu vel e assim deve ser Por que gastar tempo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 57 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP com consertos que consomem trabalho se n o preciso mais que alguns momentos para jogar fora a pe a danificada e colocar outra em seu lugar BAUMAN 2001 p 186 Para a transforma o dos humanos em pe as descart veis necess rio compreender a vida destes seres em desenvolvimento na Vida L quida De festinhas de crian as a ind stria l quida do lazer produz as festas Raves que duram horas e dias Este tipo de festa cada vez mais frequente preparada sabidamente para o livre consumo de lcool e drogas Onde est o os pais e as autoridades S se prenunciam quando uma cat strofe ocorre Em recente festa num destes castelos de areia no interior do Rio de Janeiro aconteceram algumas mortes por
234. ade dado que capaz de aproximar a pessoa de sua ess ncia e propiciar o desenvolvimento de rela es sociais dentre outras coisas Biologicamente o v nculo afetivo vital para os mam feros conforme v rios experimentos t m demonstrado Entre os mais conhecidos est o estudo de Harlow amp Harlow 1965 com chimpanz s Esses pesquisadores e seus colaboradores separaram os filhotes de suas m es ap s o nascimento Em seu experimento cada filhote teve acesso a duas m es artificiais uma delas sendo uma arma o de arame com rosto de madeira e uma mamadeira altura do peito e a outra semelhante mas revestida de um tecido felpudo Ent o os filhotes ficavam com ambas as m es mas medida que cresciam mostravam uma forte liga o com a m e de pano Quando deparavam com um intruso por exemplo um urso mec nico de pel cia fugiam para junto da m e de pano agarravam se a ela e ent o confortados e sem medo examinavam o urso De forma similar quando colocados numa sala estranha procuravam imediatamente a m e de pano e se agarravam a ela em busca de consolo antes de iniciarem a explora o Segundo os estudiosos que correlacionam esses tipos de achados com humanos em termos de estruturas cerebrais comportamento social e resposta ao estresse esse v nculo teria garantido a evolu o do Homo sapiens e a preserva o da Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 20
235. afilias que apresenta Procurou o APOIAR por n o ter condi es financeiras de manter o acompanhamento psicol gico indicado pelo psiquiatra DIAGN STICO PSIQUI TRICO Transtorno Afetivo Bipolar CID 10 ou Transtorno Afetivo Bipolar do Humor DSM IV feito em h quase dez por psiquiatra ap s uma de suas maiores crises de euforia sendo acompanhado desde ent o TRATAMENTO INDICADO Psicoterapia e Prescri o Medicamentosa O estado de bipolraridade que ele ap resenta pode ser descrito assim Caracterizada por per odos alternados de humor depresssivo e de euforia Mania Tais per odos podem durar semanas meses ou anos A doen a bipolar do humor n o inteiramente conhecida h fatores biol gicos relativos a neurotransmissores cerebrais gen ticos e biol gicos podem determinar como o indiv duo reage aos estressores psicol gicos e sociais mantendo a normalidade ou desencadeando a doen a H 3 tipos de manifesta o Hipomania Epis dios mistos Ciclotimia Aparece com a mesma frequ ncia em homens e em mulheres Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 174 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Como ele se refere a Parafilias essas s o assim descritas segundo o site psiqweb DSM IV As parafilias s o caracterizadas por anseios fantasias ou comportamentos sexuais
236. ais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 151 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP oportunidades de aprendizagem relacionadas por exemplo ao nascimento de um beb J outra gestante pode vir de uma fam lia numerosa ter acompanhado outras gesta es e ter alguma experi ncia com beb s mas sabe que sua experi ncia de vida nica nica a hist ria com sua fam lia de origem a hist ria do relacionamento com seu parceiro como ser o nicos a experi ncia de parto e p s parto E desse ponto de vista que cada uma deseja ser ouvida e ter sua experi ncia pessoal compartilhada Ou sua falta de experi ncia Suas d vidas conflitos e ansiedades que ocorrer o em algum grau mesmo em gestac es desejadas e programadas Se por um lado a abordagem dos temas que v o surgindo num grupo de gestantes particularizada por outro lado o coordenador de um grupo dessa natureza deve atender aquelas quest es que surgem com frequ ncia por parte da maioria dos componentes do grupo Um exemplo ilustrativo s o as preocupa es com a vinda de um beb perfeito Esse um t pico tema em que a abordagem necessariamente m ltipla Pode se entrar primeiramente com aspectos gerais a gestante cuida de sua sa de A gestante frequenta regularmente as consultas pr natais S ingere medicamentos prescritos pelo obstetra Cuid
237. ais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 178 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP adaptac o ambiental s necessidades dela permitindo que n o tivesse a sensac o de cont nuos fracassos como viveu ao longo de toda sua vida O diagn stico de depresss o fornecido pelo psiquiatra do CAPS de tr s anos atr s procura da paciente fez com que a paciente questionasse quanto a ele pois j se percebia deprimida quando estava gr vida de sua filha h dez anos atr s pois j havia sofrido tr s amea as de aborto sendo que a ginecologista lhe receitou um calmante e que a procurasse para conversar se necessitasse Paciente chega logo na primeira entrevista dizendo psicoterapeuta que estava nos seus dias de crise A paciente apresentava hist rico de viol ncia e sensa o de abandono desde sua inf ncia Ainda beb a m e a deixou na casa dos av s maternos porque uma de suas irm s estava doente e queria a presen a da sobrinha Foi somente nessa poca que o av a aceitou dentro de sua casa e ela acabou ficando com eles Ent o ela chama os av s maternos de pai e m e mas enfatiza que embora goste deles nunca os viu como tais principalmente pela falta que sentia de um pai seu pai biol gico n o a assumiu quando sua m e engravidou porque estava preste a se casar com outra mulher Ser av senpr
238. aiva e que essa raiva parecesse grande ele n o havia feito mal a ningu m na verdade pois era apenas um coelho garoto com raiva e n o um porco espinho ou um jacar Os macacos pediram a Oscar que contasse essa est ria a seu filhinho Ludovico algumas vezes Pensaram que seria legal para Ludovico ouvir a est ria de seu pai e que isso poderia fazer ele se sentir menos triste e comecar a aproveitar sua vida de coelho garoto de um jeito mais gostoso e legal deixando para se preocupar com sua vida de coelho adulto s quando ele crescesse Fim Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 417 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP UM TRABALHO CL NICO SOCIAL A OFICINA DE HIST RIAS FOTOS E LEMBRAN AS DA SER E FAZER Walkiria Cordenonssi Cia Fabiana Follador e Ambrosio T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas www serefazer com br Diante da crise tica contempor nea o sentimento de desamparo vivenciado pelas pessoas extremo A falha no acolhimento das necessidades humanas b sicas gera sofrimento emocional e a dissociac o aparece como estrat gia de sobreviv ncia emocional por m traz consigo o sentimento de irrealidade e futilidade As fun es de cuidado s o afetadas pelo ambiente social de modo direto e imediato e s o essas fun es que dependem da experi n
239. al inculcando valores que interessam tica do consumo Desta forma h uma dessacraliza o da fam lia o que geraria qualidades mais r pidas de satisfa o e prazer substituindo as qualidades lentas comprometidas com a socializa o tradicional Algumas das dimens es que caracterizam a inf ncia e a adolesc ncia na sociedade atual como o prolongamento da adolesc ncia principalmente nas camadas m dias da popula o o n vel de acesso ao consumo permitido s crian as e aos adolescentes a informa o n o controlada o n vel de simetria das rela es entre crian as adolescentes e adultos e na rela o pais e filhos a inseguran a dos pais quanto imposi o de limites podem ser parece nos par metros promissores para pautar essa discuss o e as defini es que devemos construir Tudo isso enfim determina modos de reconhecimento da inf ncia e da adolesc ncia que s o pr prios da nossa poca necess rio assim reexaminar o processo de transi o da inf ncia e da adolesc ncia para a idade adulta na sociedade contempor nea o que nos leva a fazer uma leitura das etapas da vida conforme os contornos pelos quais se apresentam hoje para tentarmos apreend las em toda a sua complexidade atual 5 1 As rela es na adolesc ncia Ao alcan arem certa idade os adolescentes dependendo do pa s tomam rumos exigidos pela vida l quida Muitos ter o cedo que assumir seu papel diant
240. al a m e volta se inteiramente para seu beb um adoecer do qual se recuperar progressivamente quando o desenvolvimento do filho a for dispensando Amiralian 2003 p 105 Nesse estado a m e consegue sentir se no lugar do beb identificar se com ele a ponto de entender suas necessidades Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 376 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A m e suficientemente boa aquela que corresponde s necessidades do organismo em forma o e permite a descoberta criativa do mundo A PRIMEIRA MAMADA TE RICA T gt a a sd E ps a ES ES Cao primeira mamada te rica o beb est pronto para criar e a m e torna poss vel para o beb ter a ilus o de que o seio e aquilo que o seio significa foram criados pelo impulso originado na necessidade Winnicott 1990 P121 DA DEPEND NCIA ABSOLUTA RUMO INDEPEND NCIA Ao adaptar se ao impulso do beb a m e permite que este tenha a ilus o de que aquilo que ali est foi criado por ele Depend ncia absoluta neste estado o beb n o tem meios de perceber o cuidado materno N o pode assumir o que bem ou mal feito mas apenas est em posi o de se beneficiar ou de sofrer inc modos irrita es Winnicott 1983 A desilus o um processo gradual e pressup e que h
241. alergistas Sua m e jovem e bonita j tinha um outro companheiro numa outra rela o inst vel E que Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 59 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP a menina temia perder novamente uma figura qual se filiara Ele gostava mais deste 113 FEH pai fam lias tamb m j s o scart veis Ouvi de uma mulher ainda jovem com dois padrasto Ser este o referencial do futuro Pode se pensar em que futuro As filhos sai de casa os filhos ficaram com o pai por que eu tenho o direito de ser feliz Para a felicidade dela s importava descartar e jogar no lixo pessoas responsabilidade e compromissos Muitos filhos s o fabricados nesta ind stria l quida e v o parar na casa dos av s Mas muitos av s n o querem mais este compromisso de cuidar de netos Que tipos de fam lia estamos criando nesta sociedade liquido moderna No exemplo enfatizando por uma menina de 06 anos podemos verificar assim como o adolescente beijou e descartou 17 meninas este garanh o moderno enxertou e descartou j 03 mulheres Como viver o estes 03 irm os Como ser o as suas adolesc ncias Eles tamb m ser o tratados como lixo descart veis Aqui crian as pais e m es s o descart veis Ao longo do tempo estes pais ser o ex pais dos filhos biol gicos na maioria das
242. aliza o destas a partir de uma perspectiva de acolhimento e valoriza o das m ltiplas express es do mundo interno Os dados coletados foram analisados e tratados qualitativamente a partir das observa es de campo da an lise do conte do das respostas dadas pelas entrevistadas da aplica o da nova t cnica de interven o psicodiagn stica CLO e quantitativamente a partir da an lise dos dados obtidos das entrevistas e das pontua es das escalas de avalia o de depress o GDS e de qualidade de vida WHOQOL bref De modo geral conclui se que a aplica o das escalas n o deve ser de forma alguma dissociada das an lises qualitativas das respostas das idosas observa es e anota es realizadas a campo pois al m dos dados quantitativos a an lise qualitativa complementa a interpreta o dos mesmos principalmente no que se refere influ ncia dos aspectos cognitivos das idosas no momento da aplica o das escalas A considera o do momento da fala do paciente se a entrevista ocorre depois da visita de um parente ap s uma data comemorativa ou discuss o com alguma idosa da institui o ou insatisfa o com algum funcion rio ou at mesmo uma data que anteceda um evento marcante mostraram se relevantes pois esses eventos podem agu ar em algumas idosas sentimentos de inveja ci me ou at raiva em rela o a outra se uma recebe visita e outra n o ou se uma recebe um presente e outra n o ou se uma
243. altera es cognitivas que sugerem quadros demenciais mas que regredim com o tratamento adequado s o denominadas de pseudodem ncia que se caracteriza e diferencia da dem ncia nos seguintes aspectos cl nicos 1 O in cio pode ser datado com precis o 2 R pida progress o dos sintomas 3 O paciente queixa se em geral com nfase do comprometimento cognitivo 4 Tais queixas s o detalhadas e salientadas 5 Paciente faz pouco esfor o para realizar tarefas 6 Pacientes comunicam e enfatizam o seu sofrimento 7 As mudan as afetivas s o globais 8 Habilidades sociais s o precoces e proeminentes 9 O comportamento n o congruente com a gravidade dos altera es cognitivas 10 Comum acentua o dos sintomas cognitivos no per odo noturno 11 aten ao e concentra o est o preservada 11 Em teste de orienta o comum o n o sei 12 Perda da memoria para fatos recentes e remotos grave 13 Falhas de mem ria para fatos ou eventos espec ficos 14 Variabilidade no desempenho em tarefas com graus de dificulades similares Com frequ ncia a depress o est associada doen a f sica podendo agravar ou desencadear quadros cl nicos pode provocar altera es imunol gicas e ser fator de risco para doen as cardiovasculares e est associada a um aumenta da mortalidade em pacientes com hist ria de infarto do mioc rdio Estudos demonstram a possibilidade da associa o de depress o em paci ntes com c ncer doen a
244. am surgir nessa fase da vida promovendo justamente a possibilidade de movimento aut ntico de express o criativa do ser Consolidando sua proposta de atuac o na rea da viol ncia dom stica contra crian as e adolescentes a equipe de trabalho do Centro de Refer ncia Inf ncia e Adolesc ncia CRIA avaliou como importante a ampliac o de sua rea de intervenc o e estrat gia de atendimento definindo o eixo tem tico dos adolescentes v timas de viol ncia dom stica e o compromisso com a aplicac o efetiva do Estatuto da Crianca e do Adolescente Esta proposta de atendimento psicoterap utico com adolescentes fundamenta se na Psican lise de inspirac o winnicottiana Para Winnicott 1967 os jovens est o essencialmente preocupados com o ser com o estar em algum lugar com se sentirem reais Esse sentimento de realidade e de ser est intimamente ligado possibilidade de um viver criativo que subtende a realiza o do self enquanto gesto criativo A partir do exposto este projeto de atendimento fundamenta se em enquadres transicionais diferenciados que permitem que as comunica es emocionais se articulem com a arte buscando a restaura o do equil brio do paciente O princ pio b sico o fornecimento de um setting humano acolhedor holding para que a criatividade do adolescente se manifeste e possa ser desencadeador da retomada de seu processso de desenvolvimento humano Ao estabelecer estrat gias de
245. amar de muitas pessoas consolida se paulatinamente uma necessidade que de tentar explicar todos os fen menos relacionais ao amor ao inv s de vivenci los Dessa forma tornamos nos mais explicadores do amor do que pessoas que o vivem e o praticam em seus relacionamentos interpessoais Para Solomon 1992 o amor um processo emocional que deriva de um conjunto de id ias que s o influenciadas pela sociedade e pelo contexto hist rico social nos quais se insere Essa tamb m uma boa explica o para mostrar o porqu de haver tanta confus o e tantos entendimentos diversos quando se discorre sobre tal tema H ent o que se ter em mente que o amor aprioristicamente uma cren a emocional E como toda e qualquer cren a pode ser mantida alterada dispensada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 135 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP trocada melhorada piorada ou abolida Nenhum de seus constituintes afetivos fixo por natureza Costa 1999 p 12 Um fato hist rico fundamental para a mudanca do que se concebe acerca do amor foi a emancipac o feminina e a conseq ente entrada da mulher no mercado de trabalho Com o reconhecimento dos direitos e dos deveres das mulheres elas passaram a estudar e tiveram acesso a um conhecimento mais amplo Com o passar do tempo tornam se economicame
246. amos modernos simplesmente porque a Modernidade significa o fim da cren a em uma ordem revelada e mantida por Deus e a assun o de que os humanos encontram se no mundo por conta pr pria Deste modo o que o homem fez pode ser desfeito a Modernidade a poca da hist ria que pensa a si mesma historicamente Esta forma de aproxima o obriga a construir a diferen a Nosso passado recente torna se a fase s lida da Modernidade Nosso presente a Modernidade L quida uma vers o privatizada e individualizada da Modernidade S acreditamos ser capazes de transformar a n s mesmos para nos preparar para as inumer veis transforma es sociais que experimentamos cotidianamente Os s lidos que se derreteram na fase l quida da Modernidade s o os elos que entrela avam os projetos individuais em projetos e a es coletivas Cada um por si procura ser flex vel para se capacitar para as incertezas do futuro ao mesmo tempo ningu m se cr capaz de transformar a sociedade como um todo Conceituando precisamente a Modernidade L quida tem uma estrutura sist mica remota inalcan vel e inquestion vel ao mesmo tempo em que o cen rio do cotidiano rela es familiares e amorosas emprego e cidade fluido e n o estruturado Se a Modernidade l quida caracterizada por esse abismo entre o direito auto afirma o individual e a capacidade de controlar as situa es sociais que podem tornar essa liberdade fact vel se ela
247. ande ajuda mas achava que nesse momento n o precisava mais Considera es Para compreender a problem tica da sexualidade nos adultos maduros e idosos preciso levar em conta os fatores b sicos que afetam o comportamento e a resposta sexual em qualquer idade e que um deles a sa de f sica que pode reduzir ou impedir o interesse pela sexualidade em qualquer idade necess rio saber que existem evid ncias comprovadas de que o equipamento sexual raramente se deteriora com o envelhecimento normal de modo a impedir que os idosos permane am sexualmente ativos enquanto tiverem sa de Sabe se hoje em dia que a capacidade de fazer sexo n o se perde com a idade apenas ela diminui lentamente como igualmente acontece com outras Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 273 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP capacidades f sicas e mentais N o se pode esquecer de que as m ltiplas possibilidades de express o da sexualidade se fazem mais presente nesse per odo da vida porque sem as press es biol gicas da procriac o e do bombardeio dos horm nios o idoso pode sentir se mais livre para incluir outras possibilidades O esclarecimento dessas quest es fez com que o Sr Carlos sentisse grande al vio E essa compreens o s foi poss vel ser alcan ada atrav s dos resultados obtidos ap s as e
248. anentes porque em um piscar de olhos os ativos se transformam em passivos e as capacidades em incapacidades A vida l quida uma vida prec ria vivida em condi es de incerteza constante A vida liquida uma sucess o de rein cios e precisamente por isso que os finais r pidos e indolores sem os quais reiniciar seria inimagin vel tendem a ser os momentos mais desafiadores e as dores de cabe a mais inquietantes Bauman 2007 8 5 Adolesc ncia L quida E o adolescente contempor neo Poder amos cham lo tamb m de l quido moderno vivendo uma vida l quida Com certeza e dele que irei me ocupar propor o que for descrevendo as id ias de Bauman Mas importante entender um pouco de como se constitui a adolesc ncia Relembremos alguns conceitos importantes 10 BAUMAN Z 2007 Vida L quida Rio de Janeiro Zahar 210p Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 48 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP a Adolesc ncia Poder amos definir a Adolesc ncia como o per odo de transi o da inf ncia adult cie caracterizado por mudan as no crescimento e desenvolvimento f sico emocional e social e por esfor os em alcan ar os objetivos de integra o relacionados s expectativas da cultura e da sociedade Este conceito com mais de 20 anos da WHO ser sempre a
249. antando o ainda mais Fi is a voca o da Universidade p blica esse evento como as outras atividades s o oferecidos sempre sem nenhum nus aos participantes Haver ainda o lan amento do livro que deriva da minha tese de Livre Doc ncia com tema diretamente ligado ao que trataremos na Jornada Adolesc ncia e Sofrimento Emocional Encontros e Viagens editado pela Editora Vetor que ap ia o evento e a cuja equipe expresso meus agradecimentos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 4 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Assim com imensa satisfa o que convido a participarem jovens estudantes nossos futuros profissionais e colegas de outras universidades e pessoas interessadas no tema Leila Salom o de La Plata Cury Tardivo Coordenadora do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social PROJETO APOIAR Presidente da Comiss o organizadora da V JORNADA APOIAR Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 5 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PROGRAMAC O DA JORNADA SEXTA FEIRA 09 DE NOVEMBRO DE 2007 8 15hs Recepc o e entrega de material 8 30 9 30hs MESA DE ABERTURA 1 APSICOLOGIA CL NICA E SA DE MENTAL Profa Dra L ia Pri
250. apeuta Assim as primeiras entrevistas possibilitam um espa o maior de a o e interven o uma vez que o paciente mostra se aberto ele e fornece elementos necess rios para a interpreta o profunda e significante Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 340 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A partir de sua experi ncia Winnicott 1994 descreveu o trabalho em Consultas Terap uticas salientando que o principal objetivo oferecer um setting humano com base em uma postura diferenciada do terapeuta Desenvolvendo essa hip tese Winnicott enfatizou a import ncia da capacidade de holding do analista ou seja a identificac o e empatia com o paciente para esperar o tempo necess rio e dar um espaco para estar ao alcance deste conforme seja necess rio de modo a dar sustentac o na realidade s viv ncias ps quicas do paciente fazendo uso de qualquer t cnica interpretativa que julgue necess ria ao caso Dessa forma no in cio do processo terap utico contamos com maior disponibilidade interna do paciente em dire o cura termo este tomado aqui no sentido de desenvolvimento emocional redu o de queixas ou al vio de sintomas conforme defini o de Simon 1999 acerca da possibilidade de cura pela psicoterapia psicanal tica Essas id ias fundamentam teoricamente o valor te
251. aqui foi um sofrimento muito grande e ficar sem vir aqui foi horr vel Ligar para a minha fam lia foi tamb m um grande passo Procurar o abrigo foi um outro passo e vir aqui com voc tamb m foi outro Falo que ela deu os passos porque apesar da separa o dela da filha por todo este tempo o amor pela filha se manteve como se manteve o desejo de encontrar a filha Falo que assim como ela manteve viva a lembran a da filha estava apostando que poss vel reparar qualquer dano Digo que o amor dentro dela venceu as for as destrutivas Um m s ap s o encontro da Isadora com a m e Numa das consultas Luc lia tinha viajado para a sua cidade natal sua m e estava doente Deixou de comparecer s visitas da Isadora durante duas semanas Ao retornar ao abrigo Isadora estava na escola e havia passado algum tempo da sess o quando a terapeuta decidiu dar in cio a mesma Neste dia Luc lia veio ao abrigo acompanhada por seu irm o Ao chegar estava muito contente e serena Havia trazido um lbum de fotos e come ou a mostrar para a terapeuta Contou que foi bom ter ido visitar a fam lia que assim foram enterrados os mortos desapareceram os fantasmas e foram feitos todos os pedidos de perd o e que a partir de agora ia ser bola pra frente A terapeuta disse que percebia que ela estava Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicolog
252. ara que tamb m foi atendida nesta mesma data por outra psic loga do servi o Durante toda a entrevista com Alice eu n o sabia que a sua m e tamb m havia procurado a Cl nica e que estava sendo entrevistada 58 Atendimento e relato do caso realizados por Marcelo L baki Agostinho Observacao todos os nomes s o ficticios Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 284 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP z Alice diz que busca atendimento pelo seguinte motivo seu irm o Breno dependente qu mico desde os 15 anos usu rio de crack mas est em processso de recupera o sem usar drogas h 50 dias Alice relata que na ltima crise que o irm o teve ele ficou agressivo Assim sua m e Clara e ele pediram a sua ajuda Alice casada tem tr s filhos e n o reside mais com a m e pais e irm os Ela a nica filha e a nica casada Alice diz que os homens da casa ou seja seus irm os e seus pais n o ajudam pois acham que n o h mais nada a fazer No Pronto Socorro seu irm o quebrou tudo pois o atendimento estava demorando Alice diz que tentou segur lo mas n o conseguia pois ele estava muito agressivo Alice pediu ajuda mas ningu m a ajudou Assim acabou soltando o e ele quebrou o Pronto Socorro Depois disto ele foi contido e s ent o o m dico lhe deu um sossega le o
253. ara un encuentro por ejemplo y frenaba en el momento de definici n agarrar la mano dar un beso etc Concomitantemente l hablaba de su gusto por filmes y exposiciones de arte Le tra a sensaciones y sentimientos vividos en los encuentros con obras de arte Se delineaba pues que su entrega delante de esas obras permit a una intercambio de afectos entre ellos l la obra Ahora hay un doble sin acabar la obra es tambi n creaci n inacabada Trabajar esas ideas a saber que l al se encontrar con la obra la continuaba y que la obra por tener vida propia lo completaba le fue mucho importante l mismo percibi que faltaba con las muchachas sentir me mas libre permitir se sentir y ser sentido Entonces en una sesi n dijo al psicoterapeuta que le gustaba escribir ya escribiera el rotero para un corta metraje y normalmente escrib a cuentos Los cuentos sin embargo ten an particular caracter stica no ten an fin Parec a tratarse de estructura semejante a la de sus relaciones con las muchachas imaginaba un plan pero paralizado no lo segu a adelante Entrar en contacto con esos contenidos y poder conocer un poco m s de s le trajeron tranquilidad lo que creo lo abri a otras perspectivas Poder aceptarse mientras obra inacabada pero no paralizar se frente a eso antes procurar continuamente por los infinitos finales de sus cuentos las inagotables posibilidades de sentido ya era el camino a
254. aracter sticas supostamente existentes no alvo Croch k 1997 O problema dos considerados desviantes em rela o ao que se considerado normal no n vel do senso comum remetido a uma perspectiva de patologia Adicionalmente pode se referir a despeito de sua eclos o que ele suscitado pela Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 121 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP cultura e desenvolvido pelas pessoas como forma de defesa ps quica frente ao sofrimento gerado por uma ameaca constante relacionada s diversas desigualdades sociais que ameacam a exist ncia individual Consoante Adorno Horkheimer 1985 algumas caracter sticas do preconceito e mais propriamente daqueles que o expressam s o uma pseudo generalizac o que se refere a conceber todos os elementos de um grupo semelhantes quando na verdade n o o s o destituindo se as suas caracter sticas particulares a resist ncia a argumentos que denunciariam a sua falsidade a considerac o do que produzido historicamente como algo natural isto inerente ao objeto a estereotipiza o do pensamento que a partir de um predicado principal deficiente negro judeu somente para citar alguns remete imediatamente diversos outros atributos Ent o para estabelecerem um relacionamento afetivo sexual os acometidos pelo Transtorn
255. aram e motivaram a participa o e o envolvimento de todos Nesta sess o a hist ria apresentada foi a do Peter Pan conto que possibilitou trabalharmos v rios temas psicanal ticos pois baseados no livro Fadas no Div de Diana e M rcio Corso esse cap tulo trata da quest o do crescer e n o crescer da m e ideal dos filhos o filho ideal das m es o papel da m e na constru o da paternidade inf ncia como para so e o olhar dos outros como espelho Assim como em Peter Pan outros contos foram explorados psicanaliticamente seguindo o mesmo livro do casal Corso Nos Tr s Porquinhos tema que aborda o lobo no caminho trabalhamos a perda da inoc ncia a curiosidade sexual infantil fantasias de sedu o por um adulto fantasias de incorpora o e o papel do medo na constru o da fun o paterna J em Rapunzel a m e possessiva simbiose materna desejos de gr vida desafios na instala o da paternidade dificuldade materna diante do crescimento e saindo da fam lia para o amor E o despertar de uma mulher em Branca de Neve e os Sete an es no qual vimos a identifica o da menina com a m e import ncia da inveja materna amor e dio da filha pela m e passagem da inf ncia para a adolesc ncia e a adolesc ncia como per odo de adormecimento e ex lio Reflex es a partir do acontecer cl nico Muitas foram as reflex es que surgiram nessa experi ncia Bem sabemos a import ncia da simples es
256. areza de material significativo apreendido pelo terapeuta da disponibilidade interna de cada paciente nesse interagir Recomenda se que n o seja um n mero grande para que n o se crie dificuldades nas interrup es quando estas se fazerem necess rias Esses atendimentos s o tamb m necess rios devido tamb m demanda extremamente elevada de pacientes e escassez de recursos dispon veis preciso considerar o problema das longas filas de espera por atendimento e na peregrina o de pacientes de uma institui o a outra sem conseguirem acesso aos servi os psicol gicos de que necessitam Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 166 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Estamos assim em contato com as limita es das formas tradicionais de atendimento individuais e de longa dura o restringindo o n mero de pessoas assistidas Valed estacar que a Entrevista inicial um momento n o apenas dedicado a conhecer o paciente mas tamb m a interven o precoce Assim o paciente n o ser triado id ia que remete escolha de pacientes ou n o se busca a utilidade do paciente para a institui o em detrimento de aspectos individuais NOSSO OBJETIVO E o contato inicial com o paciente como possibilidade de um encontro inter humano Poss vel o acolhimento e a sustenta o n
257. arnaval liberam a press o e permitem que os foli es suportem melhor a rotina que devem retornar no momento em que a brincadeira terminar E como a filosofia nas melanc licas medita es de Wittgenstein deixam tudo como Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 47 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP estava sem contar os feridos e as cicatrizes morais dos que escaparam ao destino de baixas marginais BAUMAN 2001 229 4 Vida L quida A vida L quida outro livro brilhante deste autor Na introdu o deste livro ele comenta sobre a vida num mundo l quido moderno A vida L quida e a modernidade L quida est o intimamente ligadas A vida L quida uma forma de vida que tende a ser levada frente numa sociedade l quido moderna L qu do moderna uma sociedade em que as condi es sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele necess rio para a consolida o em h bitos e rotinas das formas de agir A liquidez da vida e a da sociedade se alimentam e se revigoram mutuamente A vida liquida assim como a sociedade liquido moderna n o pode manter a forma ou permanecer em seu curso por muito tempo Bauman 2007 7 Numa sociedade l quido moderna as realiza es individuais n o podem solidificar se em posses perm
258. artins Vizzotto Izildinha Martins S o Bernardo do Campo Universidade Metodista de S o Paulo 2007 CDD 157 201 p FURLANETTO L M BRASIL M A Diagnosticando e tratando depress o no paciente com 1 IRIGARAY T Q SCHENEIDER R H Preval ncia de depress o em idosas participantes da Universidade da Terceira Idade RevPsiquiatr RS 29 1 19 27 2007 1 KAPLAN H SADOCK B J Comp ndio de Psiquiatria Ci ncias Comportamentais Psiquiatria Cl nica Trad Dayse Batista Porto Alegre Artes M dicas Sul 1993 LEITE Val ria Moura Moreira et al Depression and aging study comprising participants of the Senior Citizens Open University Rev Bras Saude Mater Infant Recife v 6 n 1 2006 Dispon vel em lt http www scielo br scielo gt 1 LEONARDI L C DASMASCENO D RODRIGUES AL Desenvolvimento da Caixa L dica Old uma nova t cnica de intervenc o junto aos idosos Congresso Brasileiro de Psicologia da Sa de 9 2007 S o Bernardo do Campo SP Caderno de Resumos do IX Congresso Brasileiro de Psicologia da Sa de organizac o de Mirlene Maria Matias Siqueira Mar lia Martins Vizzotto Izildinha Martins S o Bernardo do Campo Universidade Metodista de S o Paulo 2007 CDD 157 201 p 1 LINDESAY J BRIGGS K MURPHY E The Guy s Age Concern Survey prevalence rates of cognitive impairment depression and ansiety in a urban elderly community Brit J Psychiat 155 317 29 1989
259. as incessantes onde as autoridades tendem a cancelar se mutuamente O que prevalece a escolha individual que toma como exemplos entre outros as experi ncias de celebridades transformadas em refer ncias sociais e em uma esp cie de especialistas que ajudam o indiv duo a tomar suas decis es nos mais diversos setores de sua vida As refer ncias familiares tiveram sua import ncia deslocada Bauman 2001 76 Sodr analisa a transi o dos referenciais na adolesc ncia num momento em que os padr es familiares s o ultrapassados pelos da informa o seja ela na forma de m sica de moda de comportamento de linguagem etc Os anos 90 inauguraram esta 18 SODR M 1992 O Social Irradiado Viol ncia Urbana Neogrotesco e M dia S o Paulo Cortez Editora 127 p Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 52 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP autoridade da informac o onde os maiores canais s o as m dias eletr nicas principalmente televis o e computador atrav s da Internet Na opini o de Sodr 1992 72 Pouco a pouco tem perdido for a o exerc cio da fun o educativa dentro do grupo familial Segundo o autor o maior acesso a essas informa es A forja uma participa o social no lugar da a o real implicada na tica famili
260. as Luc lia conta que na ocasi o da briga com a m e e o irm o ela estava numa fase dif cil em que sentia se mal com ela mesma Sentia que n o havia ningu m que se interessava por ela que quisesse saber como ela estava passando e se estava tudo bem com ela Disse que ela nunca podia reclamar de nada e que ela n o comia e nem dormia e naquela poca tinha emagrecido 20 quilos num prazo de quatro meses inclusive tinha parado de menstruar Disse que o que ela fazia era apenas trabalhar O irm o al m de bater nela por ter respondido para a m e que ela n o a explorava mas que era ela quem colocava o dinheiro dentro da casa a xingou a de prostituta dizendo que nenhum homem ia quer la mais porque ela n o prestava Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 220 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Conta que a briga com a m e e o irm o ocorreu na segunda feira e nesse mesmo dia foi procurar o pai da Fab ola sua outra filha Disse lhe que ia embora e pediu para que ele fosse pegar a filha Luc lia chora muito ao contar tudo isso Relata que o pai da Fernanda disse que ela n o iria conseguir ficar longe da filha Na ter a feira de manh trocou a Isadora pegou a bolsa e foi embora Luc lia conta o que passo a passo ela fez naquele dia Fala que n o tinha nem id ia do que ia fazer Conta que a Isadora estava a
261. as com exce o da literatura de auto ajuda em contraposi o pouco encontramos a respeito do amor sistematizado em seu processo e em suas formas Apenas recentemente a psicologia vem dedicando mais tempo ou vem olhando com mais rigor sobre as quest es que envolvem o amor e suas dimens es Anteriormente talvez por entend lo como algo abstrato e que desafiasse qualquer mensura o as publica es eram Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 134 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP incipientes ainda que as pessoas nunca deixassem de amar e de se relacionar amorosamente Mudan as nos relacionamentos amorosos e banaliza o do amor na sociedade contempor nea z Como podemos perceber escrever ou falar de amor uma fa anha rdua Corre se o risco de cair na banalidade na ambig idade no espiritualismo ou at mesmo no sentimentalismo de maneira que os literatos pregadores ou mesmo os cantores n o s o mais convincentes Almeida 2003 E como poderia haver uma afirma o veemente de validade universal no que diz respeito ao amor levando se em considera o a pluralidade de idiossincrasias muitas delas provavelmente contaminadas pelo etnocentrismo que tentam estabelecer uma soberania na defini o do que viria ou n o a ser concebido como amor Dada a aliena o da capacidade de
262. as as apresenta es est o publicadas nesse momento Certamente deveremos propor que sejam apublicadas para que um n mero maior de pessoas tenham acesse a todo esse conte do Aos leitores que tiverem oportunidade de ter acesso ao material aqui publicado expresso meu desejo de que essas id ias dos distintos autores de linhas te ricas diversas de forma es diversas desde professores com muita experi ncia at estudantes que nos trazem suas reflex es instiguem a todos em suas pr prias reflex es e pr ticas Desejo mesmo que todos possamos a partir de um embsamento te rico consistente desenvolver pesquisas conhecimentos te ricos que convirjam para uim mesmo objetivo a busca de promover m que estuver a nosso alcance a sa de mental das pessoas em todos os ciclos da vida REFER NCIAS Tardivo LS P C E Gil C A Anais V Jornada Apoiar Atendimentos Cl nicos Diferenciados e Inclus o O papel da Psicologia Cl nica Social S o Paulo Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2005 Tardivo LS P C E Gil C A Anais V Jornada Apoiar Atendimentos Cl nicos Diferenciados e Inclus o O papel da Psicologia Cl nica Social S o Paulo Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2005 Tardivo L S P C Adolesc ncia e Sofrimento Emocional Reflex es Psicol gicas Encontros e Viagens Instituto de Psicologia da de S o Paulo Universidade 2004 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS
263. atients treated with interpersonal psychotherapy or venlafaxine hydrochloride preliminary findings Arch Gen Psychiatry v 58 n 7 641 8 2001 MEISSNER W W The min brain relation and neuroscientific foundations The problem and neuroscientific approaches Bulletin of the Menninger Clinic v 70 n 2 2006 a p 239 256 MEISSNER W W The min brain relation and neuroscientific foundations Il Neurobehavioral integrations Bulletin of the Menninger Clinic v 70 n 2 2006 b p 102 124 MEISSNER W W Prospects for psychoanalysis in the 21 century Psychoanalytic Psychology v 23 n 2 2006c p 239 256 MOORE A Felicidade na dose certa Carta Capital Ano XIII n 445 23 de maio de 2007 PALLY R How the brain actively constructs perceptions Int J Psychoanal n 1997a PALLY R Memory Brain systems that link past present and future International Journal of Psycho Analysis v 78 n 6 1997b p 1223 1234 PALLY R OLDS D Consciousness a neuroscience perspective Int J Psychoanal n 1998 PANKSEPP J Emotions as viewed by psychoanalysis and neuroscience An exercise in consilience Neuro psychoanalysis 1 n 1 1999 p 15 38 PAQUETTE V L VESQUE J MENSOUR B LEROUX J M BEANDOIN G BOURGOUIN P BEAUREGARD M Change the mind and you change the brain effects of cognitive behavioral therapy on the neural correlates of spider phobia Neuroimage v 18 2003 p 401 409 SCHWARTZ J M STOES
264. atrapalhando sua felicidade com Oscar E o Ludovico ficava cada vez mais triste com raiva e chegava a achar que era t o terr vel que mais parecia um porco espinho mesmo s vezes ele mesmo e os outros se esqueciam de que ele era um coelhinho A toca come ou a ficar cheia de brigas e Oscar ficava triste mas n o sabia como dizer alguma coisa Ele queria viver bem com Suzi mas queria muito que Ludovico tamb m estivesse bem Ent o Oscar achou que deveria pedir conselhos aos macacos Os macacos ouviram Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 416 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP toda a est ria de Oscar e perceberam que ele estava sofrendo muito mas n o sabia o que dizer e como ajudar a resolver as brigas na Toca Assim os macacos tamb m quiseram ouvir Suzi e Ludovico Suzi disse aos macacos que tamb m sofria muito com essas brigas e que estava disposta a fazer algo para que as coisas ficassem bem E Ludovico tamb m contou toda sua est ria para os macacos E eles acharam que Ludovico era um coelhinho que sofria muito para a sua idade Acharam ele muito bonito inteligente e esperto E viram que na verdade ele n o tinha nada de porco espinho S que s vezes ele tinha tanta raiva que ele mesmo e as pessoas achavam que ele parecia um porco espinho Disseram a Oscar e a Suzi que Ludovico mesmo que tivesse r
265. atricular todos os alunos cabendo s escolas organizar se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais garantindo lhes as condi es necess rias Ainda institui em seu art 7 que o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser realizado em classes comuns do ensino regular em qualquer etapa ou modalidade da Educa o B sica Segundo Nogueira Jr no prelo a legisla o at aqui citada mostra que tanto a matr cula como a perman ncia na escola s o direitos de todos Mais do que isso parece assegurado o atendimento s necessidades educacionais de cada aluno na classe comum Embora bem defendida por um aparato legal solidamente constitu do o processso de inclus o escolar ainda requer maior di logo entre os diversos ramos da sociedade buscando maior coer ncia entre a teoria a lei e o que se faz na pr tica A organiza o pedag gica escolar ainda calcada na nega o da diferen a e na padroniza o dos alunos Trata se de uma igualdade abstrata e distante da realidade j que n o respeita o aproveitamento individual dos conte dos curriculares Ainda se v inclus o como sin nimo de realiza o de matr cula A escola exime se assim da responsabilidade pela aprendizagem e pela perman ncia do aluno com necessidades educacionais especiais na institui o Como nos lembra Mittler 2003 p 58 a inclus o n o apenas referente ao a
266. autosomal recessive inheritance of cerebral gigantism J Med Genet 1974 11 158 65 Winship JM Sotos syndrome Autosomal dominant inheritence substantiated Clin Genet 1985 28 243 6 8 De Meyer W Megalencephaly in children Neurology 1972 22 634 43 9 Udwin O Dennis J Sotos Syndrome in O Brien G Yule W Behavioral Phenotypes Londres Mac Keith Press 1995 p189 191 Dodge PR Holmes SJ Sotos J F Cerebral gigantism Dev Med Child Ne urol 1983 25 248 Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 118 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O AMOR E O TRANSTORNO DE ASPERGER Thiago de Almeida Francisco Baptista Assump o Jr PDD Embora haja um consenso de que o autismo seja um mau funcionamento do sistema nervoso central este continua a ser um dist rbio intrigante Ele um dos Transtornos Globais do Desenvolvimento pelo DSM IV APA 2002 antigamente considerado pelo DSM III enquanto um dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento APA 1980 com diversificados graus de apresenta o Se discorrer a respeito do autismo frequentemente um rduo trabalho em raz o de algumas dificuldades metodol gicas e impropriedades conceituais intrinsecamente relacionadas a esta tarefa tratar de amor como nos aponta Almeida 2007 tamb m o E quando se te
267. berto enquanto ele vai enumerando os seus v rios relacionamentos Ele nos conta tamb m que acha que devido aos seus problemas acabava atrapalhando a vida das companheiras que n o conseguiam continuar com ele Tudo isso o fazia se sentir sempre muito mal e culpado Em v rios momentos os pacientes trouxeram quest es sobre o medo e a angustia ao imaginar o dia em que sairiam do hospital Marcos nos conta como o seu final de semana havia sido dif cil pois havia recebido a visita da esposa e dos filhos para comemorar o seu aniversario Nesta ocasi o ele havia sentido ao mesmo tempo muita vontade de ir embora e um grande medo pois ainda n o se sentia preparado para Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 327 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP enfrentar a sua vida Julio diz que esta tamb m sua angustia pois o psiquiatra j havia lhe dado alta ficando a seu crit rio o momento de deixar o hospital Conversamos sobre como muitas vezes dif cil decidir algo a nosso respeito se responsabiliza r Julio disse que precisava sair porque a vida continuava n o poderia viver para sempre no hospital Durante uma licen a breve j havia percebido o quanto o mundo lhe parecia estranho e dif cil de se adaptar Marcos e Roberto concordam com ele dizendo sobre a sensa o de estranhamento com o mundo da raiva por ter
268. ca breve mais cuidadosa buscando conhecer o funcionamento ps quico da crian a seu desenvolvimento as caracter sticas dos pais e das rela es familiares Nesta fase o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 34 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP objetivo que os pais n o apenas forne am informa es sobre a crian a e sua hist ria mas sejam envolvidos no processo e revejam sua pr pria hist ria A partir dessa avalia o decide se se o caso demonstra condi es de se beneficiar de um atendimento breve N o utilizamos propriamente crit rios de indica o mas crit rios de exclus o para os casos em que n o se percebe possibilidades de benef cio ou nos quais se evidencia a exist ncia de riscos iatrog nicos significativos As conclus es diagn sticas t m o objetivo principal de alicer ar um planejamento terap utico que leve em conta as caracter sticas do caso que inclui crian a e pais suas necessidades e possibilidades al m das possibilidades do terapeuta e do contexto de atendimento A id ia n o ter um plano r gido de trabalho mas estabelecer par metros compat veis com a situa o em rela o s reas conflitivas com maiores necessidades e possibilidades de serem trabalhadas aos tipos de interven o mais adequados a quem ser atendido e com que frequ ncia e dur
269. ca Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 5 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NA VELHICE Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 74 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 75 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP VELHICE DA GERONTOFOBIA AO DESENVOLVIMENTO HUMANO Irene Gaeta Arcuri A velhice e a modernidade Era uma vez um pr ncipe indiano chamado Sidarta vivia cercado de riquezas e sentia se prisioneiro no pr prio pal cio descontente com a pr pria vida sentia um impulso interior que o levava a buscar o real sentido e significado da vida Decidiu ent o fugir do seu pal cio para que pudesse conhecer o mundo al m daquele no qual era prisioneiro Em sua busca saiu para passear em sua carruagem pelos arredores de seu reinado se deparou com um homem enfermo desdentado todo enrugado curvado apoiado numa bengala titubeante e tr mulo Ficou espantado pois era privado de qualquer contato com a mis ria humana e aquela vis o nua e crua da realidade da natureza o deixou estarrecido Diante de uma vis o t o cruel perguntou ao cocheiro do que se tratava aquele ser t o fr gil debilitado O cocheiro explicou lhe ent o que se tratava apenas de um velho Sidarta reconheceu imediatamente seu pr prio destino e de toda a humanidade e exclamou Que tristeza vivemos embriagados pelo orgulho da juventude e n o v
270. ca muda Infelizmente isso que n is tamo vendo no nosso pa s todo dia sempre uma promessa uma promessa uma promessa mas n o muda A Ela poderia fazer alguma coisa pra mudar a situac o dela R Ela mesma si pr pria n o pode n o mas se houver uni o aonde cada um faca sua parte e ela d um pouco de si pr pria a sim Eu acho que tem jeito n Ent o o que vai acontecer Governamentalmente a situac o em que n is se encontra meio dif cil de Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 301 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP mudar mas desde que essa pessoa tenha forca de vontade ela consegue mudar Sendo compreensiva buscando mais atenc o sendo mais como se diz expansivo levando explicando aquele problema que t passando por ele porque vamos supor posso estar com uma dor de dente se eu n o ficar com a dentadura n o preciso me p r no dentista em cima da cadeira An lise medida de atitudes a Impress o Geral Seguindo as recomenda es de Klepsch e Logie 1984 apud Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 ao olhar a figura pode se expressar a impress o geral que a mesma provoca Assim a figura desenhada se apresenta como inamistosa m agressiva autorit ria antip tica preocupada e assustadora sem ser poss vel discriminar se h alegria ou tristeza A partir das a
271. cano de Sa de Mental Buenos Aires 2007 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 324 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP atende a pacientes de idades e demandas diversas representando assim uma experi ncia bastante frut fera e de grande potencial mutativo MACHADO ET AL 2003 Nesta perspectiva considerando que os Enquadres Cl nicos Diferenciados constituem se em settings alternativos nos quais o m todo psicanal tico pode ser concretizado com rigor AIELLO VAISBERG 2004 as Oficinas Psicoterap uticas a partir de materialidades mediadoras visam oferecer um ambiente terap utico que possa favorecer o crescimento emocional e o desenvolvimento das potencialidades de cada indiv duo criando condi o de sustenta o emocional e a recupera o do gesto criativo podendo assim gerar mudan as A apresenta o da materialidade mediadora em cada oficina tem a fun o de facilitar o gesto espont neo fazendo com que o paciente saia de um estado de passividade e possa agir sobre o mundo recuperando a possibilidade portanto da capacidade de existir de modo criativo AIELLO VAISBERG 2004 A apresenta o da materialidade vista tamb m como um elemento facilitador do brincar podendo ser considerado como um paradigma do Jogo do rabisco proposto por Winnicott 1968 1994 Como proposta interventiva no mbito
272. cas de acordo com as necessidades do momento O seguimento cl nico sempre se faz necess rio devido s complica es que porventura podem surgir O aconselhamento gen tico em geral n o necess rio uma vez que a maior parte dos casos de ocorr ncia espor dica e apenas alguns relacionam se a altera es gen ticas espec ficas herdadas Refer ncias Bibliogr ficas 1 Sotos JF Dodge PR Muirhead D Cerebral gigantism in childhood a syndrome of excessively rapid growth with acromegalic features and a nonprogressive neurologic disorder New Eng J Med 1964 271 109 16 2 McKusick S ndrome de Sotos estudo de 7 casos e revis o de aspectos cl nicos em 198 casos publicados Arq Neuropsiquiatr 1991 49 167 71 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 117 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Poznanski AK Stephenson JM Radiographic findings in hypothalamic acceleration of growth associated with cerebral atrophy and mental retardation cerebral gigantism Radiology 1967 88 446 56 Appenzeller O Snyder RD Autonomic failure with persistent fever in cerebral gigantism J Neurol Neurosurg Psychiatry 1969 32 123 8 Rutter SC Cole TRP Psychological characteristics of Sotos syndrome Dev Med Child Neurol 1991 33 898 Nevo S Zeltzer M Benderly A Evidence for
273. casa e conserva o de seus objetos e Nao h objetos pessoais pela casa ou ind cio que tenham participado na disposi o de seus ambientes 2 Afeto e interesse dos cuidadores Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 256 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP equipe cuidadora mostra se comprometida com a vida dos jovens abrigados Demonstram seu afeto e interesse de diversas maneiras como na explicac o de um dos cuidadores sobre o quanto conhece os adolescentes Olho para ele e j sei quando ele est triste pensativo quando alguma coisa doeu nele Ele abre um sorriso assim de manh a pronto eu sei que est tudo bem relato de cuidador 3 H um projeto pedag gico que n o utilizado na pr tica H significante diferenca entre a conduta dos cuidadores na organizac o de suas tarefas nos princ pios que dirigem as suas ac es na maneira como encaram o desenvolvimento dos adolescentes e como lidam com suas fam lias etc Observamos que existe um projeto pedag gico para a tomada de decis es na pr tica do cuidador mas n o usado no dia a dia ficando apenas acess vel diretoria 4 Interesse dos cuidadores em se capacitarem para a realidade no abrigo H interesse dos cuidadores em obter informa es para assistir os jovens abrigados No entanto ocorre um problema c clico
274. casar se com ela O paciente disse que depois veio a descobrir que esse antigo namorado n o valia nada pois at tivera uma filha com outra mulher Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 264 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Relatou tamb m que a esposa dizia coisas que ele jamais teria dito como por exemplo que ele queria que ela fosse embora e que se isso n o ocorresse ele teria de ir que ele tinha um caso extra conjugal o que ele negava firmemente e mais ainda ela dizia que ele a mal tratava xingando a de velha pelancuda que n o servia para nada Ele confessou que achava que ela n o estava bem e que precisava de muita ajuda e que por isso ele viera para ver se era poss vel ela obter algum tipo de ajuda nessa cl nica Confessou ainda que antes sentia raiva dela mas agora sentia pena Contou tamb m que situac o melhorara um pouco porque ele n o entrava mais nas brigas deixando a falar sozinha O tempo todo ele reiterou que n o tem dito para a esposa aquilo de que ela o acusa e que no dia em que falou com a respons vel pela triagem ficou sem liberdade de dizer que era inven o da esposa tudo o que ela havia dito mas achava que era ela quem deveria ser atendida pela psic loga mas como na ltima hora ela desistiu foi ele quem ao final pegou a vaga mas insisti
275. cessidades mas que n o condiz com a realidade e o que impede a descoberta das vantagens do lar real Ressaltando a import ncia de acompanhamento t cnico durante o regresso ao lar para muitas crian as separadas de seu pais por algum tempo Privadas de tudo aquilo que dava significado sua vida especialmente fam lia e amigos eram dominadas por uma sensac o de vazio Bowlby 1988 p 48 Durante o processso de atendimento Jos inicialmente se apresentou com um adolescente inseguro e limitado Ap s algumas sess es ele come ou a expressar sua criatividade atrav s de seus desenhos e brincadeiras expressar seus desejos e angustias Jos demonstrou sua capacidade positiva de vincular se com a terapeuta podendo receber um suporte afetivo Acompanheremos ainda seu regresso ao lar para fortalecer as rela es fora do abrigo ou ainda sua perman ncia no abrigo trabalhando com as frusta es caso esse desejo n o possa ser realizado Este caso como em diversos de outros j registrados pela literatura apresentam a necessidade de ter um acompanhamento mais pr ximo tamb m das fam lias que s o destitu das do conv vio com seu filhos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 244 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP CONCLUS O Os objetivos do estudo foram alcan ados pois o relato de caso aprese
276. cesso mas tamb m a necessidade de um planejamento e de servi os que sejam estruturados para responder a uma gama muito mais ampla de necessidades Problema pr tico de maior magnitude a forma o de professores aptos a lidar com o aluno com defici ncia Est o presentes no imagin rio de educadores e familiares de crian as com defici ncia ang stias e medos baseados no desconhecimento H d vidas sobre se poss vel a inclus o e sobre a validade de seus benef cios A incerteza faz sentido se for pensado que o benef cio maior da inclus o s se d se houver intera o para o Temos como modalidades de ensino Educa o Especial Educa o Ind gena Educa o de Jovens e Adultos EJA e Educa o Profissionalizante Temos como n veis de ensino Educa o B sica educa o infantil ensino fundamental e ensino m dio e Educa o Superior Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 363 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP desenvolvimento individual pleno Vygotsky 1987 Entretanto vale lembrar que o discurso pronto de que n o h preparac o profissional e t cnica para lidar com o aluno com defici ncia n o apresenta nenhuma soluc o apenas serve como paralisador de tentativas inclusivas Carvalho 2001 O que se pode afirmar no quadro social atual que a inclus o escolar d
277. cia de integra o pessoal e s o constituintes de um self fortalecido e operante Em nossa pr tica cl nica recebemos pais extremamente angustiados que na busca por maneiras corretas de educar seus filhos acabam por se afastar da possibilidade do cuidado parental sintonizado com as necessidades existenciais das crian as A Ser e Fazer Oficinas Psicoterap uticas de Cria o do IPUSP frente a essa demanda criou a Oficina Hist rias Fotos e Lembran as voltada para pais que sentem algum tipo de dificuldade no relacionamento com seus filhos Neste trabalho que visa o fortalecimento da integra o do self dos cuidadores operamos no sentido da sustenta o emocional holding facilitando a ocorr ncia de viv ncias integradas verdadeiras e do amadurecimento emocional saud vel Menos defensivos e mais aut nticos os pais podem cuidar e educar seus filhos respeitando sua alteridade Dessa maneira acreditamos contribuir com o fortalecimento dos v nculos sociais e com a busca da tica que s poss vel por meio do cont nuo desenvolvimento emocional das pessoas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 418 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP NARRATIVA DO ACONTECER CL NICO Maria est separada de seu ex marido desde que a Aninha tinha 2 anos Conta que o pai da menina mant m um bom
278. ciais como guerras movimentos culturais etc Os eventos n o normativos por sua vez s o chamados de eventos cr ticos ou idiossincr ticos Diehl 1999 pois s o imprevis veis e podem marcar a vida de um indiv duo em particular como os acidentes doen as repentinas ganhar na loteria Com o envelhecimento aumenta a probabilidade de ocorr ncia de eventos inesperados relacionados sa de e ao bem estar e relacionados vida de entes queridos Baltes 1987 a diminui o da resili ncia f sica da capacidade de adapta o geral do organismo e da plasticidade comportamental Baltes 1997 Algumas destas ocorr ncias s o vividas como eventos estressantes os quais representam fatores de risco para o desencadeamento de doen as psicopatol gicas e para o agravamento de ouras condi es f sicas Theorell 1974 Estudos recentes t m buscado correlacionar os eventos estressantes com estados depresssivos em diferentes grupos et rios e particularmente entre idosos Dixon e Reid 2000 Nolen Hoeksema e Ahrens 2002 Fortes Burgos Neri e Cupertino 2007 Entre os estudiosos do envelhecimento existe forte interesse quanto identifica o de fatores relacionados com o in cio ou o agravamento de estados Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 102 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP depresssivo
279. cida Mazzante Colacique Doutora em Psicologia Cl nica pelo Instituto de Psicologia da USP Psic loga do Laborat rio Apoiar no grupo de Vitimizac o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 253 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS ABRAM Jan A linguagem de Winnicott dicion rio das palavras e express es utilizadas por Donald W Winnicott Rio de Janeiro Revinter 2000 BELLAK L Teste de Apercep o Infantil Vers o com animais CAT 2 ed Buenos Aires Paid s 1965 TRINCA W Investiga o Cl nica da personalidade o desenho livre como est mulo de apercep o tem tica 2 Ed S o Paulo EPU Cole o Temas B sicos de Psicologia 1987 WINNICOTT D W A crian a e seu mundo 6 ed Rio de Janeiro Zarah Editores 1982 p 260 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 254 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ADOLESCENTES ABRIGADOS ESBOCOS PARA UM RETRATO OBSERVADO Paola R Dottori Aluna UNISANTOS D a Berttran Aluna UNISANTOS Prof Ms Dagmar Menichetti Orientadora Supervis o no APOIAR Prof Ms Wadad Ali Hamad Le ncio Prof Leila Cury Tardivo INTRODU O Estudo sobre o ambiente f sico e afetivo de um abrigo de adolescen
280. co e soube que o APOIAR era contra interna es psiqui tricas sic revelando o desejo de ser cuidado e protegido contra aquilo que lhe era amea ador no momento Revela que j foi hospitalizado duas vezes mas n o consegue compreender os motivos destas hospitaliza es Afirma que as mesmas foram muito ruins porque tinha que conviver com loucos e apesar de ser esquizofr nico sabe que n o louco sic Em seguida come a a apresentar d vidas em rela o sua pr pria sanidade mental Relata que costuma ter pensamentos estranhos sic mas se recusa a revel los naquele momento uma vez que s o muito feios sic Afirma que j fez tratamento no CAPS considerando uma experi ncia negativa porque se via no meio de loucos sic Encontra se sem acompanhamento psiqui trico tomando as medica es de forma indiscriminada Aspectos psicodin micos Apresenta sentimentos de desamparo e solid o Queixa se de n o ter bom relacionamento com a fam lia o que faz com que ele more sozinho em uma casa separada Evidencia se nesta entrevista que o paciente reconhece suas dificuldades e a necessidade de cuidados profissionais adequados mas teme contaminar se pela loucura do outro ou de se reconhecer semelhante queles que a possuem Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 169 De
281. cologia em cujas instala es o evento se desenvolve da Dire o da administra o da Chefia do Departamento de Psicologia Cl nica e diversos funcion rios cada um trazendo sua contribui o Como na Ill Jornada pudemos contar e destacamos o efetivo o apoio da Pr Reitoria de Cultura e Extens o da USP na pessoa do Dign ssimo Pr Reitor o Prof Dr Sedi Hirano Tamb m contamos com a colabora o da Editora Vetor Psicopedag gica na pessoa do Prof Glauco Bardella e sua equipe que nos d apoio nos eventos e nas nossas publica es A todos expressamos nossa gratid o e reconhecimento Elegemos como tema para a V Jornada Sa de Mental nos Ciclos da Vida com as presen as de professores e pesquisadores da Universidade de S o Paulo e como dissemos de outras Universidades al m de outras institui es como o Minist rio da Sa de 1 www leilatardivo com br Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 23 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A maior parte dessas apresenta es est o inseridas nesse CD seguindo a programa o Logo na abertura teremos a fala da Docente e Chefe do Departamento de Psicologia Cl nica a Profa Dra Leia Priszkulnik que trata das rela es entre a PSICOLOGIA CL NICA E SA DE MENTAL cuja comunica o se encontra em adendo ser entregue em texto e depoi
282. cologia da Universidade de S o Paulo membro da equipe do projeto de sa de mental do APOIAR 39 Psic loga Cl nica Doutoranda em Psicologia Cl nica no Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo membro e coordenadora do projeto de sa de mental do APOIAR Victor Bar o F Vieira aluno monitor 4 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Gabriela Vendramini aluna monitora 4 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Ana Luiza Milioni aluna monitora 4 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Danilo C Adomaitis aluno 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Mariana de Camargo Penteado aluno 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Melanie Mendoza aluna 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Miriam Grajew aluna 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Milena Rendrika aluna 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Omar Calazans aluno 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Roseli Alves Guel ri aluna 2 ano do Curso de Psicologia do IPUSP Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 332 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP manifestac es do sofrimento das pacientes e o objetivo da aprendizagem dos alunos estagi rios As Oficinas Psicoterap uticas possuem um contexto pr prio por meio de enquadres cl nicos diferenciados inspirados nos pressupostos te ricos da psican lise winnicottiana T m um estilo cl nico onde
283. como relacionamentos amorosos podem ser consideradas como fatores de risco ou de prote o tamb m chamados de fatores resilientes dado que ora promovem o sentimento de seguran a e a auto estima e concorrem para o bem estar global do indiv duo ora geram condi es adversas de exist ncia e implicam consider vel sofrimento Canavarro 1999 A sexualidade uma fun o natural existente em todos os indiv duos Contudo a discuss o do tema sexualidade na nossa cultura est envolta de preconceitos e discrimina o H os que pensam que a introdu o plena e generalizada da educa o sexual nas escolas causaria abalos em todo o sistema e criaria pol micas entre educadores Isso poderia ocorrer se a educa o sexual nas escolas visasse t o somente a massifica o de informa es sem abordar o conte do tico de comportamento e respeito individualidade e integridade humana Essas dificuldades ficam potencializadas quando se trata de discorrer a respeito de sexualidade para os deficientes De fato a sexualidade dos deficientes est eivada de mitos e tabus isto os estere tipos existentes sobre a sexualidade em geral aplicam se sexualidade dos deficientes assumindo ainda nestes tonalidades mais negativas Conhecemos os ditados que rezam A arte imita a vida e A vida imita a arte Essas cl ssicas quest es j dividiram v rias opini es e certamente continuar dividindo as Todavia o que nos parece
284. conceitualmente mais interessantes e din micas do debate educativo contempor neo Rodrigues 2006 Bastantes s o os fatores apontados como determinantes de bem estar e de qualidade de vida para um ser humano segundo o que nos aponta a Organiza o Mundial da Sa de OMS longevidade sa de biol gica sa de mental satisfa o controle cognitivo compet ncia social produtividade atividade efic cia cognitiva status social renda continuidade de pap is familiares e ocupacionais e continuidade de rela es informais em grupos prim rios principalmente rede de amigos Se al m desses anteriormente citados ainda o autismo trouxer o afeto a paix o o namoro o amor o sexo a cumplicidade o companheirismo dentre outros o autista pode estar certo que poder ter uma satisfat ria vida afetiva t o vi vel quanto para outras popula es sem estas caracter sticas Aprioristicamente o autista um ser isolado que vive enclausurado no seu mundo interior e tem dificuldades para se comunicar H indubitavelmente uma falha no sistema cognitivo destas crian as que faz com que o c rebro n o tome um adequado conhecimento do que os seus rg os sensoriais captam Ent o o primeiro passo desenvolver este sistema cognitivo estabelecer um canal de comunica o abrir um elo entre o seu universo fechado e o exterior O amor nesse sentido poderia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10
285. concordou e afirmou o seguinte T m ganhos tamb m e agente aprende e amadurece mas n o f cil Durante o processso terap utico lhe foi mostrado que provavelmente ele temia n o poder mais satisfazer a esposa sexualmente como antes pois essa constata o poderia despertar lhe o medo de ser rejeitado e de n o ser mais querido Depois de um breve tempo em que parecia considerar isso que foi dito ele afirmou que tem Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 270 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP percebido que era f cil ver os defeitos nos outros mas dif cil v los em si mesmo ou seja reconhecer suas dificuldades De um modo esclarecedor procurou se mostrar que a vida sexual se inclu a em um plano maior e que mudava como tudo o mais que ocorria na vida e se aconselhou que se houvesse possibilidade ele e a esposa poderiam ainda ter prazer na relac o sexual s que de outro modo Mas que ele talvez por ter sido sempre ativo n o aceitava ser solicitado e nem sequer falar com a esposa sobre essa mudan a Depois que ele demonstrou que concordava com o que acabara de ser dito a terapeuta comentou que essa mudan a de comportamento evidentemente n o constitu a um motivo para que ele se desvalorizasse para si mesmo E a impress o que a terapeuta teve foi que depois dessa conversa ele ficou
286. conjugal S o elementos que d o as condi es para a exist ncia e perman ncia do amor Tais fatores entretanto podem se ser identificados a um s tempo como a causa e ou efeito do amor Sem d vida s o elementos da conviv ncia exigidos mas nem sempre cumpridos por todos que desejam compartilhar sua afetividade Muito longe de ser meramente um impulso greg rio ou ainda de ser uma sinon mia para um relacionamento amoroso amar ir ao encontro de algu m e permitir a vinda deste ao encontro de quem o busca Almeida 2003 Segundo Am lio 2001 amor um termo utilizado para nomear um grupo de sentimentos a es e padr es de pensamentos que embora relacionados s o bastante diversificados p 23 Ent o pode se compreender genericamente o amor enquanto um sistema complexo e din mico n o somente por ser multideterminado mas tamb m pelo fato de apresentar uma pluralidade de consequ ncias e que envolve v rias cogni es emo es e comportamentos relacionados muitas vezes satisfa o para o ser humano Almeida amp Mayor 2006 Dito isso poder se partir para analisar o amor de v rias formas pois talvez para cada ser humano exista um amor diferente Almeida 2003 e tamb m haja diversas manifesta es para os relacionamentos interpessoais amorosos como por exemplo o amor rom ntico que seria aquele relacionado aos diversos tipos de casais constitu dos Cada pessoa experimenta o amor sua manei
287. contro inter humano tem com rela o aos pacientes atendidos objetivos psicoterap uticos Cabe destacar portanto que tanto no que diz respeito aos aspectos te ricos quanto pr ticos temos estabelecido uma postura tica que se revela contr ria mera exposi o de pacientes psiqui tricos internados cuja finalidade somente relacionada a aprendizagem dos alunos em detrimento do benef cio ao paciente A Oficina Psicoterap utica que ora focalizamos neste estudo foi baseada em um modo de interven o psicanal tica que utiliza enquadres cl nicos diferenciados luz da teoria Winnicottiana que vem sendo denominado Estilo Cl nico Ser e Fazer pois diz respeito aos trabalhos realizados no mbito da Ser e Fazer Oficinas Psicoterap uticas de Cria o servi o este tamb m pertencente ao Laborat rio de Psicologia Cl nica Social coordenado pela Professora Livre Docente T nia Aiello Vaisberg que tem abrigado tanto Oficinas no espa o institucional da Universidade de S o Paulo como em institui es diversas Assim temos realizado h quatro anos no bloco de servi os do IPUSP a Oficina Psicoterap utica de Cartas Fotografias e lembran as que marcada pelo car ter inclusivo que tem norteado nossos trabalhos 36 Trabalho intitulado Oficinas Psicoterap uticas no Hospital Psiqui trico uma proposta de ensino e pesquisa interven o Apresentado no II Congresso Argentino de Sa de Mental e II Congresso Interameri
288. corajado prefere n o falar embora manifeste o desejo de continuar participando do grupo Observo os alunos e vejo estampada em suas fisionomias sensa o depois confirmada na conversa com eles de impot ncia e segundo eles tamb m da incapacidade de trazer algo terap utico que representasse a possibilidade de cura Ap s a despedida dos pacientes pudemos conversar sobre essas quest es luz dos conceitos de Winnicott e como era por vezes dif cil garantir a nossa presen a buscando colocar as quest es em marcha oferecendo uma sustenta o emocional aos pacientes e procurando entender cura n o como somente a supress o do sintoma mas como possibilidade de cuidado do sofrimento principalmente quando se trata de uma dram tica que nos exige tanto O Segundo Encontro Lembrar e Sonhar Come amos a Oficina com a presen a de Marcos Julio e Roberto pois Carlos havia recebido alta Roberto trouxe diversas fotografias de sua fam lia Conta que havia pedido esposa que trouxesse as fotos de sua casa para que pudesse mostrar ao grupo Fala sobre uma poca boa de sua vida onde havia festas a presen a da esposa da filha e de uma tia que gostava muito dele Ressente se da aus ncia de visita do pai que havia prometido n o mais visit lo em uma nova interna o Ao falar sobre as suas fam lias Marcos e Julio dizem que Roberto o campe o dos casamentos Neste momento o grupo parece mais relaxado brincam com Ro
289. correto afirmar que ambas se interrelacionam conduzindo seus pensadores a uma resposta dicot mica Em outras palavras a arte influencia a vida como seu inverso tamb m verdadeiro Posto isso no filme Loucos de Amor T tulo original Mozart and the Whale 94 min col Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 146 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP podemos observar a interac o rom ntica entre duas personagens an loga a quaisquer relacionamentos amorosos exceto por uma condi o eles s o portadores da S ndrome de Asperger uma das formas de autismo considerada como de alto funcionamento dado o fato dos acometidos se caracterizarem como tendo um menor preju zo cgnitivo comportamental em rela o a seus outros pares autistas Neste filme Donald personagem do ator Josh Hartnett sofre da s ndrome de Asperger e lidera um grupo de ajuda com pessoas com perturba es semelhantes porque n o quer se sentir sozinho Um dia Isabelle personagem interpretada pela atriz Radha Mitchell junta se ao grupo Nesse sentido podemos dizer que na trama do filme o que os aproxima tamb m o que por vezes os separa Ao contr rio de Donald Isabelle aceita a sua doen a e as suas pr prias des vantagens Contudo as vulnerabilidades de Isabelle rapidamente conduzem Donald a um romance tumultuoso quando
290. coterapia denominada Consultoria Psicoterap utica As Consultorias s o um dos enquadres diferenciados apresentados pela Ser e Fazer e prestam se ao cuidado emocional fazendo uso de materialidades apresentativo expressivas em contexto psicoterap utico e ou psicoprofil tico S o concebidas como mundos transicionais onde se entrelacam problem ticas cl nicas reflex es te ricas questionamentos acerca das limita es instituicionais enfim um espa o onde possam acontecer experi ncias ligadas supera o das dissocia es Apresentamos reflex es sobre o uso do espa o das Consultorias por profissionais da rea da Sa de Mental que lidam em suas pr ticas profissionais com popula es desfavorecidas e sofridas em decorr ncia de condi es prec rias de vida que misturam pobreza exclus o social e doen a mental Guiadas pelo estilo cl nico ser e fazer oferecemos aos participantes a possibilidade de realizarem experi ncias em oficinas com polpa de papel arranjos de flores ou croch de acordo com o que denominamos materialidades rabisco seguindo o conceito winnicottiano de apresenta o de objeto Constituimos tr s grupos para atendimento de vinte e cinco pessoas foram programados e realizados oito encontros semanais com duas horas de dura o Cada participante frequentou ao longo da totalidade dos encontros uma das tr s oficinas Acreditamos ser importante uma r pida passagem por essas propostas N
291. criados por sua mente e para se defender busca um isolamento afetivo com distanciamento da realidade usando a bebida alco lica para facilitar essa dissocia o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 343 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Pedro demonstra tamb m din mica de personalidade depressiva pois a forma de lidar com a agressividade e sentimentos hostis preferencialmente a fuga alcoolizar se para se anestesiar emocionalmente e n o pensar Ou ent o procura abafar os sentimentos e frustracdes dentro de si mesmo tendendo ao isolamento para evitar consequ ncias desastrosas e sentimento de culpa Dessa forma os impulsos destrutivos voltam se contra o pr prio ego em mecanismos e atitudes auto destrutivas como o alcoolismo cr nico Entendemos a din mica ps quica de Pedro conforme Aiello Vaisberg 2005 em que os problemas emocionais n o superados levam no ao alcoolismo como uma forma de se ausentar de si mesmo na tentativa de evitar e escapar da dor ps quica Os ditados populares que repetia serviam para expressar o que pensava como um modelo de aprendizagem e identifica o com o pai Procurava aprender baseando se em algo te rico pela falta de experi ncia emocional e contato humano como continente de uma rela o vivida Esses aspectos denotam uma dissocia o entre um falso sel
292. crian a abrigada muito til uma vez que carecem todos de cuidados suficientemente bons Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 231 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BOWLBY J 1976 Cuidados Maternos e Sa de Mental Tradu o Vera L cia Baptista de Souza e Irene Rizzini S o Paulo Martins Fontes 1981 CARETA D S An lise do desenvolvimento emocional de g meos abrigados no primeiro ano de vida encontros e diverg ncias sob a perspectiva Winnicottiana S o Paulo 2006 248 p Dissertac o de Mestrado Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo CURY M GARRIDO DE PAULA P A MARGURA J N Estatuto da Crian a e do Adolescente S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Dialogando com abrigos Organizac o CECIF S o Paulo CECIF 2004 LEONCIO W A H Retrato de viv ncias emocionais de criancas rec m abrigadas observa es psicanal ticas por meio do Procedimento de Desenhos Est rias S o Paulo 2002 214 p Disserta o de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo LEONCIO W A H amp COLABORADORES O Procedimento de Desenhos Est rias como instrumento de acompanhamento do estudo das viv ncias emocionais numa crian a abrigada Trabalho apresentado ao CONGRESSO RORSCHACH Porto Alegre 2004 LEONCIO W A H a
293. cript sci arttext amp pid MSC00000000820050001000328Ing pt amp nrm iso gt Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 4 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NO ADULTO Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 67 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP POPULAC O DE RISCO PARA CRIMINALIDADE Dra Hilda Morana RESUMO Quem ser o os futuros criminosos Como diminuir a criminalidade Hoje existem m todos absolutamente eficazes para combater a criminalidade a viol ncia e at cuidar dos assim chamados psicopatas Mas a grande quest o a reincid ncia criminal atesta a literatura internacional Diminuindo e a reincid ncia criminal os ndices de criminalidade diminuem consideravelmente a experi ncia de todos os pa ses que institutiram exames ce personalidade em sua popula o carcer ria Quem reincide em crimes de forma permanente e com elevado preju zo social e econ mico para uma sociedade s o os psicopatas O indiv duo psicopata n o demonstra sintomas de outras doen as mentais tais como neuroses alucina es del rios irrita es ou psicoses Eles podem ter um comportamento tranquilo no relacionamento social normal e t m u
294. cultades de concentraci n estar an relacionadas a trastornos neuro psicol gicos o eran debidos a la depresi n G ha sido encaminado hacia una psic loga del APOIAR que se responsabiliz por esa fase de evaluaci n mientras se mantiene en la psicoterapia Ella hizo entrevistas iniciales y le tom distinctos tests psicol gicos y despu s realiz una entrevista devolutiva EVALUACI N Datos de la entrevista Muchacho de 21 a os estudiando en un curso de preparaci n para ingreso en la facultad clases preparatorias para la universidad Termin el 2 grado high school hace 2 a os Trabajaba y estudiaba pero por una depresi n se ha quitado de todas las actividades y alg n tiempo despu s procur un psiquiatra Volvi a estudiar en este a Trabajlho apresentado no XIII Congreso Latinoamericano de Rorschach y M todos Proyectivos Lima Peru de 2 a 5 de agosto de 2006 n o publicado na ntegra in dito Psic logo estudante de p s gradua o mestrado no PSA Instituto de Psicologia da USP membro do APOIAR Psic loga T cnica do PSA Instituto de Psicologia da USP Membro do APOIAR Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 190 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP a o Dijo que quiere una carrera en el rea de ciencias biol gicas Intent el exam n de ingreso a la universida
295. cuta e da contin ncia para pacientes psiqui tricos internados Procuramos fazer com que essa escuta n o fosse passiva mas sim uma troca de experi ncias tanto dos alunos como dos pacientes n o somente durante as conversas coletivas mas tamb m durante a apresenta o das hist rias desenhos e dramatiza es Todo o encontro nos propiciou um conhecimento mais aprofundado do mundo interno dessas pessoas que se encontram num momento de muito sofrimento com hist rias de vida muito angustiantes pr prias dos portadores de transtornos mentais Essas ang stias foram recebidas e elaboradas atrav s de uma troca emp tica com o grupo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 353 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Foi tamb m poss vel a partir dos Contos de Fadas a emerg ncia de conte dos inconscientes Alguns pacientes se identificaram com o espelho da Branca de Neve que revela a verdade com o lobo que solit rio com o porquinho Pr tico que prevenido e pensa antes de agir ou mesmo com o que faz a casa de palha que demonstra humildade e fragilidade Essa proposta ainda evidencia a import ncia da fantasia que propiciou o contato dos pacientes com as mem rias e imagens do passado perdidas O emprego dos Contos de Fadas possibilitou uma rica troca de experi ncias e estimulou que cada um dos pacien
296. d cada de 60 do s culo XX viram surgir um grande n mero de trabalhos dedicados a estudar as rela es precoces m e beb especialmente atrav s da observa o direta e n o mais da reconstru o mn mica Nestas bases surgiram os Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 33 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP estudos de Spitz Mannoni Mahler e Winnicott Concomitantemente surgiram as pesquisas de inspira o etol gica das quais uma das maiores express es foi Bowlby O que se observa historicamente uma tend ncia a se ampliar o campo de estudo que partiu especialmente dos conflitos intra ps quicos para incluir o relacional o familiar o social o cultural No decorrer do s culo XX e em sequ ncia nesse in cio de s culo XXI cada vez mais o homem considerado como um ser relacional vincular e contextualizado hist rica cultural e socialmente No caso da crian a esse enfoque toma ainda import ncia especial se considerarmos seu maior n vel de depend ncia A busca por essa compreens o mais ampla exige a amplia o dos referenciais te ricos Apesar de todas as dificuldades envolvidas na tarefa de tentar conciliar diferentes conhecimentos e teorias faz se necess rio buscar essa integra o uma vez que n o poss vel ignorar as contribui es advindas de diferentes vertentes do con
297. d vestibular para fonoaudiologia y fisioterapia despu s intent el curso de medicina para ese a o intentar las pruebas del vestibular para enfermage fisioterapia y biologia en alguna otra universidad fuera del estado de s o paulo Se mostr muy t mido en la primera entrevista y muestra dificultad en expresarse verbalmente Tiene dificultad en terminar sus hablas y usa mucho las expresiones as es Es Es eso Recibimos un pedido de evaluaci n neuro psicol gica La sugerencia de hacer esa evaluaci n ha sido del psiquiatra que lo acompa aba porque este paciente pensaba tener dislexia ya que no lograba concentrarse y tenia dificultad de realizar tareas que envolvieran n meros a punto de no llamar otras personas por tel fono porque no lograba memorizar el n mero de tel fono de ellas Se pon a muy inquieto nervioso cuando hablaba de sus dificultades Indagado sobre la dificultad con los n meros dijo que cuando se di ya estaba en las clases preparatorias para la Universidad El paciente dice que le gusta mucho asistir a videos jugar games y bajar m sicas en la internet Puede permanecer horas entretenido en esas actividades Tambi n le gusta manejar autos pero tiene dificultad porque confunde derecha y izquierda El paciente no tiene la costumbre de manejar por eso no necesita estar atento a las derechas y izquierdas de las calles y por eso la confusi n La psic loga le pregunta que estrategias us
298. da APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 123 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP dessa perspectiva a sexualidade influenciaria pensamentos sentimentos a es e intera es tanto fisicamente como mentalmente Para Lipp 1988 uma ilus o pensar que o indiv duo com defici ncia n o vai procurar dentro de si mesmo ou ainda junto a outras pessoas informa es a respeito deste assunto Nesse sentido pais e professores ao que parece retardam o inevit vel A viv ncia da sexualidade n o aut noma per se mas ao contr rio est vinculada ao ser cognoscente que imprime a ela uma intencionalidade que segue o movimento geral da exist ncia Merleau Ponty 1994 p 217 Dessa forma incurs es a respeito do amor para o universo aut stico n o existem embora como dito anteriormente os autistas por serem seres humanos estejam equiparados biologicamente para amarem e serem amados apenas diferindo dos n o autistas no modo como devem reportar tal fen meno vivenci lo e manifest lo as outras pessoas Os ltimos anos t m trazido abundante discuss o e pol mica sobre a possibilidade e os modelos de desenvolvimento voltados para uma educa o inclusiva De uma consuma o imposs vel para alguns prov vel para outros e ainda inevit vel para outros a educa o inclusiva tem certamente protagonizado uma das reas
299. da crian a para termos conhecimento dos dados sobre o abrigamento em que condi es se deu Posteriormente foram examinados os dados da consulta terap utica com a m e e o das Consultas Terap uticas conjuntas fornecido pelo di logo entre a m e a crian a e o terapeuta e do material gr fico atrav s dos desenhos livres produzidos pela m e e crian a a fim de analisar e compreender as viv ncias emocionais da dupla e verificar se as consultas puderam se constituir para que a m e e a crian a possam se sentir apoiadas acolhidas e compreendidas e para que pudessem desenvolver recursos para o crescimento A psicoterapeuta autora deste estudo procurou oferecer holding com a sua escuta compreens o e comunica o O estudo pretende examinar at que ponto o Holding favoreceu a constitui o de uma experi ncia emocional prop cia para o desenvolvimento da capacidade de acolher Dados do Prontu rio A crian a foi abrigada pela m e em agosto de 2003 quando estava com tr s anos de idade A m e solicitou o abrigamento ao Conselho Tutelar da Crian a e do Adolescente dizendo que estava sozinha desempregada e n o tinha nem familiares e nem emprego Chorou muito e disse que voltaria para visitar a filha A m e ficou sem aparecer para visitar a filha durante cinco meses Ap s 4 meses de abrigamento uma pessoa que se identificou como sendo parente da m e veio ao abrigo tentar saber da Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA V
300. da familiar e da relac o do casal pois segundo ele foram anos de trabalho e de muita luta Relembrou um tempo em que era porteiro e ganhava comida muito boa dos cond minos e quase chorando disse que n o tinha coragem de comer sozinho que levava para a fam lia e comia a refeic o sem graca que trazia de casa Indagado sobre o motivo que o levou a escolher morar aqui em S o Paulo ele respondeu que nessa cidade apesar do sofrimento havia esperanca Voltou a comentar que a esposa sempre foi uma lutadora e companheira e que ele gostaria muito de poder desfrutar da vida com ela nesse momento Comentou tamb m que estava preocupado com ela pois achava que n o estava bem motivo por que s vezes deixava a falar e n o a refutava para n o criar mais caso e confus o 5 EVOLU O Em seu retorno conversando sobre seu envelhecimento de modo geral Nessa oportunidade o Senhor Carlos comentou que n o se sentia mais como antes quando tinha 20 ou 30 anos e que o envelhecimento embora fosse um processso normal era bastante doloroso pois se sentia mais sozinho e dependente dos filhos Comentou tamb m que os idosos s o discriminados por n o terem mais for a f sica nem capacidade para algumas atividades A terapeuta interveio comentando que realmente era f cil considerar natural o processso de envelhecimento do ponto de vista te rico mas que a viv ncia na pele de algumas mudan as parecia n o ter sido f cil para ele Ele
301. da psicopatia que usado de forma sistem tica em diversos pa ses e cidades no mundo conseguiu diminuir a reincid ncia criminal em at dois tercos O instrumento a que nos referimos o PCL R de Robert Hare o qual traduzimos adaptamos e validamos para o Brasil Tem sido usado em muitos pa ses entre eles USA Austr lia Nova Zel ndia Gr Bretanha B lgica Holanda Dinamarca Su cia Noruega China Hong Kong Finl ndia Alemanha e muitos mais Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 69 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFLEX ES SOBRE A VIDA ADULTA DE PESSOAS COM DEFICI NCIA INTELECTUAL Maria Am lia Vampre Xavier A grave quest o da defici ncia intelectual que sempre afeta cerca de 10 da popula o de um pa s e que no Brasil atinge aproximadamente 8 milh es de brasileiros sempre foi considerada e ainda hoje em dia como uma quest o relativa inf ncia um problema dos primeiros anos de vida de uma crian a como se n o elas n o se tornasse adolescente e por fim adulto como todo mundo Essa infantilizac o de uma quest o que afeta as fam lias com um filho nessas condi es durante toda a vida imp e isolamento e incompreens o da sociedade em rela o a essas fam lias e rejei o ao filho com defici ncia muito grave Em raz o dessa racionaliza o err nea mesmo
302. dade de adapta o nova situa o da m e e do filho levaram Jos novamente ao abrigo quando as crian as voltarem para casa n o ir o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 243 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP necessariamente encaixar se nos mesmos buracos que provocaram ao sair de casa pela simples raz o de que o buraco desapareceu M e e filho tornaram se capazes de se arranjar um sem o outro e quando se reencontrarem ter o de partir da estaca zero para voltarem a conhecer um ao outro Winnicott 1984 p 49 A equipe do abrigo buscou tranquilamente respeitando o tempo da m e eo tempo de Jos um reencontro Esta possibilidade de reencontro e retorno ao lar foi sentida pelos profissionais da casa abrigo que acabaram por indicar o paciente aqui apresentado a orientac o psicanal tica O processso terap utico foi desenvolvido neste caso buscando fazer o que paciente integre n o apenas os aspectos positivos dentro de si como tamb m seja capaz de construir uma casa interna Cabe ressaltar a import ncia deste trabalho nos caso de regresso ao lar por criancas adolescentes que permaneceram separadas dos pais durante um longo per odo de tempo Winnicott 1984 apresenta uma discuss o em relac o a fantasias da criancas adolescentes sobre um lar maravilhoso capaz de suprir todas as ne
303. dades b sicas de aprendizagem 1990 e a Declara o de Salamanca de princ pios pol tica e pr tica em Educa o Especial 1994 Dessa maneira retomando o ponto de partida a respeito do que seria a inclus o social contextualizada no Paradigma de Suportes pode se afirmar que se trata de um processso de interven es tanto no mbito do desenvolvimento do indiv duo com defici ncia quanto no quadro de reorganiza o da realidade social de modo que suportes nas diferentes inst ncias da sociedade sejam criados segundo as necessidades do sujeito e no sentido de que esse possa ter acesso ao espa o comum da vida em sociedade de modo imediato A inclus o social assim diz respeito a todos os cidad os num contexto em que a condi o para se falar em inclus o da pessoa com defici ncia a exist ncia de uma sociedade inclusiva A partir dessa dial tica ent o algumas reflex es tornam se poss veis e que ser o posteriormente retomadas No que concerne ao processso de forma o dos direitos de cidadania cabe ressaltar que da mesma forma que para haver direitos sociais deve se garantir direitos civis e pol ticos estes n o se efetivam quando os direitos sociais s o negados Campos apud Ara jo 2006 Assim com rela o ao assunto defici ncia muitas vezes a promo o e a garantia de acesso educa o s o tidas como a forma de combater a exclus o correndo se o risco de minimizar a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENT
304. das para a forma o do psic logo cl nico como trabalhador de sa de mental em equipamentos de sa de focalizando as manifesta es de sofrimento humano em diversos contextos sob uma perspectiva psicanaliticamente orientada Segundo Barus Michel 2003 o sofrimento humano pode ser definido como Sensa o penosa emo o desagrad vel sentimento de infelicidade num grau mais ou menos intenso com uma certa dura o ligada a uma representa o dif cil ou imposs vel de suportar As caracter sticas atribu das ao sofrimento s o diversas e esclarecedoras ele pode ser agudo vivo dilacerante fulgurante lancinante surdo atroz intoler vel extremo O Sofrimento segundo Barus Michel 2003 pode ser tanto f sico quanto Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 290 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP moral No entanto a autora utiliza a palavra dor ao que se remete dimens o f sica e sofrimento ao que se refere a moral Geralmente o sofrimento ps quico e a dor f sica convertem se uma na outra ou se sobrep em uma outra Mesmo sendo obscuro sup e se sempre que o sofrimento moral tenha uma causa esteja ligado a uma experi ncia a um acontecimento que feriu abalando o equil brio ps quico afetando o negativamente Nos casos de abuso sexual a experi ncia abusiva principalme
305. das pelo professor com tapinhas nas costas Alguns despreparados eticamente frequentam com eles os mot is da vida l quida e se joga para frente os compromissos Livros meninas meninos alunos professores s o pe as descart veis a serem jogados no lixo Emprego deveres institucionais esposas esposos s o tamb m descart veis e o destino ser o lixo O que far o os lixeiros com estes produtos Na sociedade l quido moderna a ind stria de remo o do lixo assume posi es de destaque na economia da vida l quida A sobreviv ncia dessa sociedade e o bem estar de seus membros dependem da rapidez com que os produtos s o enviados aos dep sitos de lixo e da velocidade e efici ncia da remo o dos detritos Nessa sociedade nada pode reivindicar a isen o regra universal do descarte e nada pode ter permiss o de se tornar in desej vel Bauman 2007 9 Assim beijar e descartar colar e passar de per odo e tentar seduzir para alcan ar metas significa estar atendendo aos reclamos da vida l quida 6 A Fam lia L quida Uma clientezinha de 06 anos numa entrevista de diagn stico me disse Dr Ontem estive com meu pai na casa de minha av Sabe com quem eu brinquei Com fulana minha irm que n o filha de minha m e n o E brinquei com fulano que n o filho da minha m e nem da m e da fulana Meu pai pai dos dois tamb m Ela apresentava uma tosse renitente que n o cedia aos tratamentos pedi tricos e de
306. de inquieta o psicomotora Produziu desenhos e conversou durante o atendimento aparentando intelig ncia um pouco inferior esperada para sua idade Exame f sico BEG corado hidratado afebril anict rico acian tico eupn ico Presen a de aumento de peso e estatura macrocefalia bossa frontal fissuras palpebrais em posi o antimongol ide queixo pontudo p s planos e grandes Peso 389009 gt p97 Altura 134 cm gt p97 Per metro Cef lico 56 cm gt p97 Exames complementares GH 1 3ng dL 0 1 12 0ng dL RX de m os e punhos para avalia o de idade ssea idade ssea dentro dos padr es esperados para idade e sexo Avalia o Psicol gica a Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland R Pontua o Geral 109 Comportamento adaptativo compat vel d fict moderado recebendo na rea comunicacional melhor desempenho b O Teste do Desenho Como Instrumento de Diagn stico da Personalidade H T P An lise Geral atrav s de aspectos simb licos do desenho N representou falta de apoio desorienta o sem firmeza flutua o e inseguro Indica desejo de matura o e de compreender os problemas que ocorrem em sua vida Durante a execu o apresentou comportamento desajeitado c Teste de Apercep o Infantil C A T com figuras de animais Crian a projetando inseguran a n o recebendo apoio adequadamente Apresentou uma m e possessiva ocasionando situa es confusas Este para se proteger
307. de Psicologia Cl nica IPUSP CASQUINHA LUDOVICO E CAMBALHOTA ERA UMA VEZ NA CL NICA WINNICOTTIANA T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Adriana Micelli Baptista Fabiana Follador e Ambrosio Y ra Bastos Corr a Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas O trabalho de pesquisa intervenc o realizado na Ser e Fazer Oficinas Psicoterap uticas de Cria o do IPUSP e no N cleo de Estudos Winnicottianos de S o Paulo NEW tem possibilitado o aprimoramento de um enquadre psicanal tico diferenciado de atendimento psicoterap utico a crian as e seus familiares que ocorre a partir da cria o e utiliza o de est rias Essa modalidade de atendimento desenvolvida luz do pensamento de D W Winnicott tem se mostrado capaz de contemplar situa es de sofrimento emocional que se apresentam em institui es de sa de como por exemplo nas unidades b sicas de sa de ou mesmo em setores ligados justi a ou educa o A est ria constru da pelo psic logo a partir de seu encontro com as pessoas que buscaram o atendimento considerando os elementos da experi ncia emocional dos envolvidos e a problem tica apresentada Assim personagens como o caracol Casquinha o coelho Ludovico ou o cachorro Cambalhota contribuem para a realiza o de interven es psicanal ticas sustentadoras na medida em que facilitam a ocorr ncia de experi ncias onde mesmo as viv ncias sofridas possam ser apresentadas em pequenas
308. de que foi Nietzsche em termos abrangentes quem iniciou o movimento de fustiga o dos ideais modernos Com ele come a a era da paix o moderna Os seus defensores ou os seus detratores via de regra se posicionavam frente a aceita o ou a recusa da modernidade Porem Nietzsche j n o estava presente quando efetivamente come am as mais profundas transforma es de poca da cultura aos artefatos tecnol gicos da pol tica a guerra e ao terrorismo da arte cl ssica a anti arte ou a arte pela arte do local ao global da objetividade ao ficcional e ao virtual do bioqu mico ao tecido gen tico Um outro aspecto diz respeito ao seu esgotamento Para Z Bauman 1999 e 2004 o que mudou foi a modernidade s lida que cessa de existir e em seu lugar surge a modernidade liquida A primeira seria justamente a que tem inicio com as transforma es cl ssicas e o advento de um conjunto est vel de valores e modos de vida cultural e pol tico Na modernidade l quida tudo vol til as rela es humanas n o s o mais tang veis e a vida em conjunto familiar de casais de grupos de amigos de afinidades pol ticas e assim por diante perde consist ncia e estabilidade Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 41 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Mas foi Gilberto Freyre soci logo e antrop logo famoso autor d
309. de tudo o que velho O atual desenvolvimento do capital nos transformou para a sociedade do descart vel Hoje tr s quartos da humanidade s o descart veis pois necessitamos todos de sa de educa o transporte seguran a moradia alimentos etc etc Se aos 25 anos o homem j descartado e pesa para o sistema o que dizer dos velhos Talvez seja agora importante olhar todo este processso de uma maneira linear falando um pouco sobre as seguintes fases um per odo de crescimento durante o qual o desenvolvimento construtivo prevalece sobre o decl nio um per odo de equil brio entre desenvolvimento e decl nio e um per odo de involu o uma poca de decl nio crescente LIEVEGOED 1984 73 Fases Fase receptiva Fase expansionista Fase social ou pol tica recep o psicol gica processsamento doa o 20 De uma forma irreverente Goethe apud LEVEDGOED 1984 descreveu as fases da vida nestes termos a crian a um realista o jovem idealista o homem adulto um c tico e o homem idoso um m stico Se considerarmos as conquistas da humanidade vemos que a dabedoria da velhice pode revelar se num mundo atemporal De qualquer maneira sempre me parece persistir o medo do envelhecimento como se n o houvesse a percep o do curso da vida Um trecho cl ssico da literatura Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de
310. de valores desses padr es que eram vigentes Atualmente computadores e telefonia ambos m veis e port teis levam consigo a ordem e agenda de qualquer lugar em a es que 1 FRANCISCO L V 2007 A modernidade da fus o social pela solidifica o individual Modernidade L quida Zygmunt Bauman Klepsidra Revista Virtual de Hist ria Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 44 Departamento de Psicologia Clinica IPUSP podem criar reacdes transformadoras ca ticas de qualquer para diversas posic es do globo Essa mutabilidade de rela es tamb m promove o desprendimento no sentido afetivo e de posse eterna dos bens lucrativos bastando dizer que hoje devem sim ser de favor vel retorno financeiro mas j tendo no o que s o altamente perec veis e decorrente a isto devem ser rapidamente rotacionados Nessa aparente e sedutora emancipa o Bauman questiona a liberdade como eal objetivo almejado cravando o leitor com uma revela o formulada como indaga o A liberta o uma b n o ou uma maldi o Uma maldi o disfar ada de b n o ou uma b n o temida como maldi o A verdade que torna os homens livres na maioria dos casos a verdade que os homens preferem n o ouvir BAUMAN 2001 26 E o individualismo papel preponderante aqui pois se trata da em
311. digmas solicita se que o paciente lembre eventos da vida relacionados a determinado afeto ou se exp e o sujeito a um indutor de emo o Furmark et al 2002 realizou o PET durante uma tarefa de fala p blica geradora de ansiedade para pacientes com fobia social Paquette et al 2003 investigou os efeitos da terapia cognitivo comportamental sobre os correlatos neurais da fobia a aranhas apresentando antes e ap s o tratamento trechos de filmes com aranhas durante o fMRI Estes estudos FURMARK et al 2002 PAQUETTE et al 2003 mostram que a psicoterapia altera o padr o de funcionamento neural durante o processamento de est mulos f bicos Baseando se nos estudos revistos aqui e no contexto de uma emergente vis o da plasticidade cerebral a distin o entre terapias som ticas que impactam sobre o c rebro e terapias psicol gicas com efeitos puramente subjetivos n o sustent vel por muito tempo BEUTEL 2003 Os mesmos processos psicobiol gicos podem somente ser aproximados de dois ngulos separados um psicol gico e o outro neurobiol gico Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 389 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP mas ambos est o estudando o mesmo processo subjacente H diferentes n veis de descri o descri o cerebral e descri o da experi ncia subjetiva do mesmo fen meno MEISS
312. dimento de desenhos est rias com tema In TRINCA W org Formas de investigac o em Psicologia S o Paulo Vetor Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 310 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP GO ELA CRESCIMENTO E FORMA O DOS ALUNOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTR FICA ELA Ms Ana Luiza Figueiredo Steiner APOIAR IPUSP Ms Antonio Geraldo de Abreu Filho UNIFESP APOIAR IPUSP Ms Abrah o Quadros ABRELA UNIFESP Profa Dra Helga Cristina Silva ABRELA UNIFESP Prof Dr Acary Souza Bulle Oliveira ABRELA UNIFESP Profa Dra LeilaS L P Cury Tardivo APOIAR IPUSP Alunos e Colaboradores Tutores Ana Carolina Simionato Costa Charlene Keiko Rezende Cristiane Izumi Danuta Medeiros Dario Diniz Guedes Gabriele Cristina de Toledo Paula Guilherme Borges Valente Henrique Nagao Hamada Isana Ribeiro Ivan Cruz M rcia Juliana da Silva Barbosa Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 311 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Maria Suzana Carlsson Ribeiro Nath lia Nabor Ramacciotti Paulo Oliveira Renata Rezende Lacerda Rodrigo Bronze dos Santos Tatiana Thais Martins A Esclerose Lateral Amiotr fica d
313. divo 2006 Foi esta a metodologia discutida e adotada por Tardivo 2004 em sua pesquisa que deu origem sua tese de Livre Doc ncia Essa autora buscou o pensamento de Bleger 1975 o qual concebe que a rela o sujeito meio n o uma simples rela o linear de causa e efeito entre os objetos distintos e separados sendo sujeito e meio integrantes de uma s estrutura total B Participante O estudo sobre um adolescente deste abrigo Um adolescente de 14 anos de idade a quem denominei de Jos estando sob a tutela da institui o A mesma consentiu com o estudo termo de consentimento em anexo o adolescente tamb m esta ciente sobre a coleta de dados para o estudo Ambos forma informados sobre o sigilo e que para prote o dados como nomes seriam trocados por nomes fict cios C Instrumentos e Procedimentos No primeiro momento anotamos todas as informa es do prontu rio do adolescente em quest o Esses primeiros dados estavam contidas no prontu rio e tamb m foram citadas pela assistente social que acompanha o adolescente Este dados forneceram informa es da historia de vida de Jos Essa parte do estudo baseou se em pesquisa documental No segundo momento os dados apresentados foram obtidos em sess es de psicodiagn stico interventivo realizado uma vez por semana com dura o de 50 minutos cada encontro Os atendimentos foram realizados no pr prio Instituto de Psicologia da USP totalizando o n mero d
314. do e da separa o que viveu e at mesmo o fato de ter ficado um tempo grande sem v la tinha tido com ela uma boa rela o e que dependia da sua condi o interna poder sobreviver a tudo e continuar se desenvolvendo Falo que pelo que me descrevia ela sempre cuidou da filha se interessou por ela e isso era muito importante E tamb m ia depender de como as duas viveriam a sua vida juntas ap s o abrigamento se ela retornar para casa Falo que a Isadora teve tamb m cuidados no abrigo e que pelo que sei ela tem um grupo de amigas com quem ela brinca e se sente bem acolhida Conto para Luc lia que eu mesma tinha encontrado a Isadora v rias vezes antes da m e come ar a visit la Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 222 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Atendi a em grupo junto com duas meninas de cinco anos e um menino de 2 anos e 11meses Observei que a crian a tinha uma for a muito grande Era persistente se queria alguma coisa insistia muito at consegui la De alguma forma ficou bem no abrigo se adaptou relativamente bem apesar de no in cio chorar muito ap s a separac o da m e A psic loga pergunta para o que ela pretendia fazer e ela disse que quer ver se consegue lutar pela volta da filha Ela estava trabalhando e tinha alugado e mobiliado uma casa A psic loga lhe diz que at que en
315. do foi importante por possibilitar uma aproxima o com a realidade e cotidiano das gestantes e para continuar o trabalho iniciado no grupo de gr vidas A busca do conhecimento alicer ada na abordagem participante sob o ponto de vista da sa de coletiva influenciou na amplia o do conceito de sa de e de cidadania no contexto das gestantes e dos seus coletivos Ao finalizar desejamos que o trabalho realizado neste estudo sensibilizem os profissionais de sa de especialmente os psic logos no aperfei oamento dessa proposta com grupos espec ficos em outras realidades Que a sa de coletiva como campo do conhecimento abra se para a utiliza o de abordagens que superem as limita es do modelo em sa de vigente Sob essa tica h que se construir um novo pensar e fazer em rela o a esta pr tica que requer al m do conhecimento a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 160 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP mudanca de atitudes O que se constitui num grande desafio mas prazeroso sob o ponto de vista da psicologia comunit ria Refer ncias Ara jo D Ara jo A amp Pinheiro M 2004 Apoio a Grupos de Gestantes Goi nia Barreto A 2005 Terapia Comunit ria Passo a Passo Fortaleza LCR Bowlby J 1989 Uma base segura aplica es cl nicas para a teoria do apego S M de
316. dos desvalorativos da diferenca ocorrendo ent o uma exclus o dentro do pr prio processso de inclus o No Brasil existe ampla legislac o que discorre sobre educac o seguindo a tend ncia mundial da educac o inclusiva Sempre tomado como ponto de partida o disposto na CF 88 nos art 206 de que o ensino deve ser ministrado segundo o princ pio da igualdade de condi es para o acesso e a perman ncia na escola Ocorreria portanto tratamento desigual para reestabelecer a igualdade de direitos e oportunidades perdida pela exclus o e pelo preconceito ou seja procura se uma forma de compensa o ainda que n o total no mbito da desvantagem ou handicap Mantoan 2006 O conceito de educa o presente na Constitui o e portanto que serve de princ pio norteador de todo o corpo legislativo brasileiro relativo a esse assunto segundo Mello Filho 1986 p 533 mais compreensivo e abrangente que o da mera instru o A educa o objetiva propiciar a forma o necess ria ao desenvolvimento das aptid es das potencialidades e da personalidade do educando O processso educacional tem por meta a qualificar o educando para o trabalho e b prepar lo para o exerc cio consciente da cidadania Do trecho citado dois pontos chamam a aten o Primeiro a impossibilidade de se desvincular a educa o do desenvolvimento de capacidades necess rias para a atua o no mundo do trabalho Suprir as necessidades educ
317. dos novos impulsos pelo Ego diminuem o medo e o p nico que acompanham o in cio da puberdade c Emprego maior da l gica em substitui o s explos es de raiva d Mudan a importante no interesse amoroso e Ren ncia intimidade com os pais f Dire o das necessidades de depend ncia e das emo es sexuais para o a namorado a g Diminui o do conflito intra ps quico pensamento incestuoso com essa nova dire o h A mudan a de dire o adequada constitui passo fundamental na escolha do parceiro matrimonial correto i Aumento do pensamento abstrato paralelo matura o biol gica j Questionamento dos valores adultos Validade de Deus e da religi o e vantagens do celibato e amor livre k Manejo dos impulsos sexuais com fantasias sofisticadas e pensamentos elaborados com diminui o daqueles impulsivos ou excessiva inibi o Interesse pela para normalidade videntes tar cartas hor scopo magia m Ocupa o com quest es filos ficas o significado da vida e da morte da religi o das quest es pol ticas e sociais n Maior sensibilidade raz o e discuss o o Maior interesse pela terapia os impulsos sexuais e agressivos j podem ser compartilhados com o seu terapeuta p Busca de auto compreens o atrav s de auto observa o e auto avalia o reflex o ponderada e planificada experimenta o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA
318. e Consegue tamb m observar o modo amoroso e meigo como o irm o e a m e a tratam Observa como a sua realidade interna diferente do que existe na realidade e que isso pode ser fruto das proje es dela Passa a se perceber Mas precisou da contin ncia e do Holding da terapeuta Logo depois que come am as consultas Luc lia entra em contato com a fam lia se surpreende como a realidade diferente de como ela a concebe Sente que ela imagina que as coisas v o ocorrer de uma forma e se surpreende Parece que Luc lia sentiu que o marido tratava a adora como a m e tratava a ela com muito desamor Luc lia estava identificada com a m e reproduzia com as filhas o modo como se sentia tratada por sua m e Luc lia apresentava uma dificuldade de se separar da Isabela mantinha com a filha uma rela o muito simbi tica o que prejudicou seu relacionamento com o marido Por outro lado frequente na minha experi ncia cl nica observar tal fato Que o padrasto trata bem do enteado at nascer o seu pr prio filho Vemos que a falta de contin ncia da Luc lia e sua identifica o com a filha impediam na de lidar com esta situa o Carecia de recursos para lidar com as suas experi ncias e a nica sa da que ela visualiza separar se e deprimir se Por outro lado a m e de Luc lia de alguma forma contribu a de alguma forma para que a filha se sentisse mal Ao dizer para a filha que ela perdeu tr s filhos chamou a nossa aten
319. e nem sempre confirmado pela mensura o mand bula proeminente palato alto e estreito com cristas palatinas laterais proeminentes flush facial frequentemente no nariz nas bochechas e regi o perioral e narinas antevertidas Pode ocorrer tamb m erup o prematura dos dentes Em geral tais caracter sticas s o mais evidentes na primeira inf ncia e v o se atenuando com a idade Podem se observar altera o no tra ado no EEG e convuls es5 bem como dilata o discreta dos ventr culos cerebrais A maior parte dos casos espor dica mas alguns estudos sobre casos familiares sugerem transmiss o autoss mica dominante ou at recessiva 6 7 O diagn stico diferencial inclui a s ndrome do X Fr gil s ndrome de Weaver s ndrome de Marfan s ndrome de Bannaya Riley Ruvalcaba e s ndrome de Klinefelter XXY 8 Seu fen tipo comportamental se caracteriza por Ql m dio de 72 8 119 Geralmente ocorre atraso do desenvolvimento motor e de linguagem S o comuns atitude desajeitada equil brio inst vel e coordena o motora ruim Os problemas de linguagem incluem ecolalia e respostas perseverativas entre outros A Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 114 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP destreza motora espec fica e o desempenho verbal s o particularmente retardados podendo ser maus preditore
320. e Psicologia Cl nica Social 334 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP seu talento nesta rea Desenha um castelo em ru nas como sendo seu lugar no Bela Vista Respondendo s perguntas interessadas dos alunos estagi rios explica que ali era onde costumava ir para usar drogas e fugir dos cientistas que podem estar em toda parte que queriam estud la cortando a em pedacinhos e depois costurando a Acrescenta que sente os choquinhos nas articula es dos dedos das m os at hoje como sequelas das cirurgias Enquanto todos a olhavam controlando para n o deixar transparecer o impacto causado por suas palavras Agora entend amos porque ela estava ali Digo lhe ent o que aquele castelo em ru nas representava ela mesma Em ru nas doente com alguns peda os estragados e por isso estava ali para consertar o que n o estava bom tratar se Mas o desenho mostrava tamb m com suas torres imponentes para o alto a esperan a dela em alcan ar os seus sonhos de vida seus planos para o futuro Concorda meio admirada com a interpreta o do desenho e complementa que n o sabe se deve dizer para n s que tem vis es e ouve vozes Quando todos alunos e pacientes se mostram interessados em ouvi la e n o julg la ou conden la ela se abre finalmente para os detalhes de sua vida mental e real Na sess o seguinte T desenha um grande p ssaro azul vertendo l grimas Ele est dentro de um c rculo amarelo que ela chama de Sol ao seu lado
321. e a tratou muito bem mas era violento com as filhas e principalmente com a esposa paciente chegou a entrar na frente de sua av porque o av estava apontando uma arma para ela dizendo que iria mat la As tias da paciente tinham ci mes da aten o que o av dava a ela e batiam nela constantemente proibindo a de contar para o av a paciente obedecia mas se escondia no quintal onde chorava muito e se mordia relatou que ficava cheia de hematomas Seu relacionamento com a m e era muito conturbado o que permanece at os dias atuais Ela sempre foi violenta com a paciente e chegou a bater sua cabe a v rias vezes contra o ch o durante uma discuss o quando ela j estava com 20 anos de idade s parando quando os tios conseguiram segur la e ent o a paciente j estava quase desmaiada Aos 14 anos perdeu a virgindade e com isto foi expulsa da igreja que frequentava Testemunha de Jeov Casou se aos 17 anos e aos 20 engravidou de sua nica filha Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 179 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Separou se do marido aos 22 anos por motivos de v rias trai es Ap s 10 anos de afastamento da igreja voltou a frequent la Dois anos ap s come ou a relacionar se com um irm o da igreja sendo expulsa novamente por manter rela es sexuais com ele A part
322. e da sociedade que ir exigir dele seus h bitos culturais Em alguns paises capitalistas eles devem deixar a casa paterna se ainda t m e buscar o seu rumo S o os filhos descart veis que ter o que se virar para encontrar o seu caminho Em outros podem Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 53 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP permanecer e alguns cumprindo a atual adolesc ncia prolongada por n o terem na vida l quida alcancado sua maturidade e maioridade pessoal N o s o aut nomos 5 1 1 O Adolescente e a m dia A m dia ocupa lugar de destaque na vida dos adolescentes brasileiros Desde a inf ncia enquanto a maioria dos pais passa o dia fora de casa trabalhando os filhos desenvolvem se praticamente sozinhos em companhia dos mais variados tipos de publica es da televis o da inform tica e da eletr nica Dentre todos os meios de comunica o a que as crian as e os jovens t m acesso na contemporaneidade o de maior destaque a televis o Com toda a relev ncia que este ve culo adquiriu nas ltimas d cadas a televis o hoje capaz de apresentar programas que se aproximam cada vez mais da realidade utilizando recursos de cen rios e ambientes externos que propiciam principalmente aos adolescentes o sentimento de vivenciar o que sugerido De
323. e dez encontros at o presente momento Os atendimentos prosseguem e vem se constituindo em Psicoterapia 2 Nome fict cio dado para garatir a n o identifica o do adolescente e do abrigo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 239 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Foram utilizadas entrevistas e t cnicas de Desenho Tem tico A forma de an lise das sess es seguiu o m todo cl nico buscando se uma compreens o psicanal tica do material apresentado APRESENTA O E AN LISE DOS DADOS 1 Hist ria de Vida Jos nome fict cio tem 14 anos Ele filho nico de Martha nome fict cio que segundo a assistente social C ssia guarda como recorda es de quando o filho nasceu o primeiro sapatinho umbigo e outros Aos onze meses foi abrigado pela primeira vez As informa es abaixo est o no Protocolo de Jos O abrigamento ocorreu depois da m e e av serem presas e a tia n o conseguir manter a crian a resolvendo abriga la Neste abrigo que nomearei de Abrigo ficou at os tr s anos de idade N o consta nenhuma informa o de qualquer problema no desenvolvimento de Jos H registro neste per odo de que o pai de Jos havia falecido logo ap s seu nascimento Esse dado posteriormente foi desmentido Os motivos que levaram a m e a ser presa n o est o bem detalhados no pr
324. e gaba da virilidade e da pot ncia sexual exagerando seu desempenho notamos a dificuldade que o paciente apresenta em lidar com as mudan as em sua pr pria sexualidade advindas do envelhecimento Notamos que ele se sente diminu do desvalorizado e com medo de ser deixado e julgado pela esposa e talvez seja essa a raz o das muitas proje es que faz sobre ela o que dificulta seu contato consigo mesmo Ele disse em um primeiro momento que ela teve v rios problemas com a menopausa como secura vaginal o que tornava a rela o sexual dolorosa para ela Em um segundo momento ele comentou ter sido ela quem primeiro ficou sexualmente impotente A impress o que causa esses coment rios que embora ele se esforce para parecer que aceita normalmente as frustra es decorrentes das mudan as ocorridas na vida sexual de ambos a exposi o dos motivos parece ser fruto de racionaliza o porque ao mesmo tempo ele d a impress o de que se sente aliviado Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 266 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ao responsabiliz la sobre o desconforto advindo dessa relac o sexual pouco prazerosa Ao ser questionado se j teve outra mulher ou se tem nesse momento ele diz que n o e mais ainda que o incomoda muito saber que ela suspeita que ele mantenha uma relac o extra conjuga
325. e representac o para uma psican lise dos processos cognitivos S o Paulo Editora 34 1998 HOLLON S D THASE M MARKOWITZ J C Tratamento da depress o medica o ou psicoterapia Viver Mente e C rebro n 146 2005 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 395 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP JOSEPH R Neuropsychiatry Neuropsychology and Clinical Neuroscience Baltimore Williams and Wilkins 1996 KANDEL E R Biology and the future of psychoanalysis a new intellectual framework for psychiatry revisited Am J Psychiatry v 156 n 4 1999 v 505 24 LANDEIRA FERNANDEZ J CRUZ A P M A Interpreta o Psicobiol gica da Cl nica Psicol gica Por que a Psicoterapia Funciona Por que Psicoterapeutas Devem ter o Direito de Prescrever Drogas Psicotr picas Cadernos de Psicologia v 9 1998 p 121 155 LEDOUX J O C rebro Emocional os misteriosos alicerces da vida emocional Trad Terezinha batista dos Santos Rio de janeiro Objetiva 2001 LIGGAN D Y KAY J Some neurobiological aspects of psychotherapy a review J Psychother Pracr Res v 8 n 2 1999 p 103 114 LOBO F Podem as novas drogas substituir a psican lise A cura do eu Carta Capital n 217 2002 p 12 18 MARTIN S D MARTIN E RAI S S RICHARDSON M A ROYALL R Brain blood flow changes in depressed p
326. e tipo de intreven o devendo ser ressaltado seu car ter inclusivo Temos na Oficina Arte de Papel a exemplo do que ocorre nas demais Oficinas da Ser e Fazer grupos constitu dos por indiv duos que se encontram em diferentes momentos do processo de amadurecimento emocional Sendo assim podem participar em um mesmo grupo indiv duos que se relacionam com o espa o da Oficina de forma subjetiva ou transicionalmente ou seja como um espa o onde por meio da interven o psicanal tica do holding experi ncias integradoras possam acontecer caminhando para a aquisi o de um posicionamento brincante do ser humano ou como um lugar onde brincar para aqueles onde essa posi o j se faz presente A ARTEPSICOTERAPIA Ser e Fazer Consideramos imprescind vel o estabelecimento de distin es entre o m todo psicanal tico e os procedimentos que sustentam os atendimentos cl nicos Herrmann 1979 Dizer que o m todo cient fico da psican lise interpretativo corresponde a conceber que toda conduta humana por mais incompreens vel que se apresente est Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 407 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP dotada de m ltiplos sentidos inscrevendo se como acontecer humano Entendemos que o m todo psicanal tico constitu do como estrat gia investigativa espec fica no camp
327. e tomou um ch de camomila e tentou iludir a ins nia buscando pensamentos felizes que no momento n o pertenciam ao seu mundo de fantasias Nesta poca MC era vendedora em uma perfumaria e devido a uma amea a de processo por parte do gerente por suspeita de que estivesse roubando dinheiro do caixa e pequenas mercadorias passou a ficar muito ansiosa e em pouco tempo surgiram os ataques de p nico que culminavam com a sensa o de morte iminente MC passou a ter dificuldades para sair de casa e pediu licen a m dica do emprego MC busca aux lio em um m dico psiquiatra que a medica e a encaminha para o Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Projeto APOIAR Consultas Terap uticas O ambiente oferecido pela Psic loga foi numa das salas do Centro de Atendimento Psicol gico e Social CAPS um ambiente integrador num espa o privilegiado para a integra o Paciente Psic loga dada a sua situa o geogr fica em um local tranquilo cercado de enormes rvores que devassam as salas atrav s de suas janelas envidra adas Resultados Observamos que esse contato virtual com a natureza tornou se facilitador para a paciente deslocar se inconscientemente para a poca de suas viv ncias infantis no interior de um verdejante Estado do Brasil ao sentir se invadida pela mesma paisagem de suas matrizes infantis Aqui com estas rvores me sinto deslocar para o lugar onde eu gostava de brincar na minha inf ncia
328. e vida Todos estes dados refor am a no o de que o envelhecimento populacional pode passar a representar mais um problema que uma conquista da sociedade caso estes anos de vida ganhos n o sejam vividos em condi es de independ ncia e sa de REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ALMEIDA O P ALMEIDA S A CONFIABILIDADE DA VERS O BRASILEIRA DA ESCALA DE DEPRESS O EM GERIATRIA GDS VERSAO REDUZIDA Arq Neuro Psiquiatr vol 57 n 2B Sao Paulo June 1999 ALMEIDA OSVALDO P GARRIDO REGIANE TAMAI S RGIO Unidade para idosos UNID do Departamento de Sa de Mental da Santa Casa de S o Paulo caracter sticas cl nicas de pacientes atendidos em n vel ambulatorial J br s Psiquiatr 47 6 291 296 jun 1998 CHAIMOWICZ F A sa de dos idosos brasileiros s v speras do s culo XXI problemas proje es e alternativas Rev Sa de P blica vol 31no 2Sao Paulo Apr 1997 doen a cl nica J Bras Psiquiatr 55 1 8 19 2006 1 DASMASCENO D LEONARDI L C RODRIGUES AL Idoso e Qualidade de Vida Congresso Brasileiro de Psicologia da Sa de 9 2007 S o Bernardo do Campo SP Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 99 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Caderno de Resumos do IX Congresso Brasileiro de Psicologia da Sa de organiza o de Mirlene Maria Matias Siqueira Mar lia M
329. ecemos uma experi ncia universal e atemporal decorre fundamentalmente de nossa certeza de no amor encontrar a express o mais completa de nossa possibilidade de entrega doa o e na mesma medida nossa maior capacidade de receber compreender aceitar e desejar outra pessoa escolhida por n s e que por sua vez nos escolheu L zaro 1996 p 199 Conclus o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 139 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Embora a ci ncia da psicologia apenas recentemente se interessou em discorrer a respeito do amor talvez por entend lo como algo abstrato e que desafiasse qualquer mensurac o as pessoas nunca deixaram de amar e se enamorar a despeito de sua maior ou menor import ncia para as diferentes pessoas N o obstante isso o modo como nos relacionamos e as denomina es que damos aos nossos afetos parecem ser uma preocupac o comum entre todos os povos tribos racas e l nguas Dessa forma todos a seu tempo teceram coment rios sobre a quest o dos sentimentos humanos e de como tais sentimentos s o denominados vividos e sentidos Podemos refletir a respeito do amor a partir de uma perspectiva psicoterap utica Perspectiva esta que coloca tal fen meno enquanto um agente construtor de relacionamentos saud veis em todos os n veis e campos das relac es humanas No
330. ecess ria retomada de seu amadurecimento pessoal num ambiente humano suficientemente bom e promotor da valoriza o do viver A Consulta Terap utica impele o terapeuta a adotar uma postura ativa realizando desde o primeiro momento pontua es interpreta es explica es reformula es ao contr rio da atua o do analista cl ssico OLIVEIRA 2001 p 262 O embasamentio te rico Consiste basicamente em uma t cnica desenvolvida por D Winnicott para ser utilizada no momento das entrevistas iniciais de crian as e adultos Parte do princ pio que cada crian a ou adulto tem um problema sendo esse problema quando est causando tens es nesse momento o que aparecer no material da consulta Winnicott DW 1984 p 16 Considera que se dada a oportunidade de maneira adequada e profissional para uma crian a ou adulto no tempo limitado do contato profissional o cliente trar e expor embora de in cio apenas como uma tentativa o problema predominante ou o conflito emocional ou a esp cie de tens o que aparece nesse momento de vida do cliente Winnicott DW 1984 p 15 O modelo de entrevista sugerido por Winnicott considera que o material que surge durante as entrevistas um material importante a ser trabalhado terapeuticamente na Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Socia
331. ecess rio que se fa am trabalhos preventivos e interventivos O psic logo cl nico tem nessa rea uma fun o a cumprir dentro da equipe importante trabalhar para compreender e minimizar o sofrimento de todos os envolvidos BIBLIOGRAFIA AZ R A M G C C V Abrigar Desabrigar conhecendo o papel das fam lias no processso de institucionaliza o desinstitucionaliza o de abrigados Disserta o Mestrado em Psicologia Aplicada Universidade de Federal de Uberl ndia Uberl ndia 2005 BARBIERI V A Fam lia e o psicodiagn stico como recursos terap uticos no Tratamento de transtornos de conduta infantis Tese de doutorado Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo S o Paulo 2002 Bleger J Psicologia de la Conducta Buenos Aires Editorial Paid s 1975 BOWLBY J Cuidados Maternos e Sa de Mental Tradu o Vera L cia Baptista de Souza e Irene Rizzini 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1981 Forma o e Rompimento dos La os Afetivos tradu o Alvaro Cabral 3 ed S o Paulo Martins Fontes 1997 Trilogia Apego e Perda Volumes e Il S o Paulo Martins Fontes 1990 FREITAS Marcos Cezar de org Hist ria social da inf ncia no Brasil S o Paulo Cortez USF 2008 MARICONDI M A coordena o Falando de Abrigo Projeto Casas de Conviv ncia S o Paulo FEBEM 1997 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10
332. efinida como sendo uma doenca progressiva e degenerativa Caracteriza se pela degenerac o progressiva dos neur nios motores do c rebro e da medula espinhal terminal n o havendo at o presente momento progn stico de cura A fraqueza muscular um dos primeiros sintomas e na maior parte dos casos tem seu in cio pelos membros superiores m os e bracos geralmente iniciando apenas de um lado Estes membros tendem a ficar mais finos pela perda progressiva de massa muscular Na progress o da doenca h o surgimento de c ibras reflexos involunt rios e diminuic o da sensibilidade Nos est gios mais avancados h alterac o da fala diminuic o do volume tosse e facilidade em engasgar com os alimentos A fase final da doen a caracterizada por imobilidade disfagia insufici ncia respirat ria e muitas vezes comunica o restrita ao c digo obtido com movimenta o dos olhos A ELA n o afeta a parte cognitiva preservando a capacidade de racioc nio medida que os neur nios atingidos s o os motores Os pacientes com ELA segundo literatura espec fica em sua maioria se v em com sintomas aversivos perda de habilidades funcionais frustra o incerteza quanto ao futuro e expectativa do que vai acontecer depois A necessidade de acolher estes pacientes seus cuidadores e familiares nos aspectos afetivos emocionais e psicol gicos em seu sofrimento levou a Prof Dra Helga Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICL
333. eis de rainhas transcendendo evolutivamente a crise da meia idade reconhecendo que a bruxa geralmente a fada que foi ou se sentiu exclu da de algum contexto existencial Concluo deixando expl cito que toda mulher na sua ess ncia imanente deseja liberdade e autonomia para estabelecer seus v nculos e at sua maternagem que pode ser exercida em qualquer situa o independente da filia o biol gica ou adotiva pois o potencial materno e criativo preponderantemente feminino WALDEMAR MAGALDI FILHO vww waldemarmagaldi com psic logo especialista em Psicologia Junguiana Psicossom tica e Homeopatia mestre e doutor em Ci ncias da Religi o Autor do livro Dinheiro Sa de e Sagrado Por ter atuado tanto no meio corporativo de empresas multinacionais Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 278 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP quanto no com rcio varejista tem uma vasta experi ncia nas demandas do mercado econ mico Atualmente atende clientes em seu consult rio apresenta palestras em empresas coordena e ministra aulas nos cursos de especializac o em Psicologia Junguiana Psicossom tica e Depend ncias Abusos e Compuls es da FACIS Faculdade de Ci ncias da Sa de de S o Paulo www facis edu br Em Salvador ministra aulas regularmente nos cursos do IJBA Instituto Junguia
334. elacionamento Segundo Vasconcellos 1997 a procura da alma g mea atende tanto as necessidades pr prias como as exig ncias sociais Entretanto fundamentando se em id ias err neas tais como a expectativa da chegada de pr ncipes e princesas encantados para a vida de seus consortes frequentemente as pessoas deixam de compreender o amor como um complexo que exige mais a es decisivas e comportamentos concretos do que falsas cren as ou mesmo passivas esperan as conforme nos aponta o estudo de Almeida 2003 Por mais incr vel isso possa parecer longe de ser apenas conte do de filmes e livros a procura pelos pr ncipes e pelas princesas encantadas continua a ser uma realidade vivenciada por muitas pessoas Lemos 1994 E id ias como essas t m desdobramentos desastrosos Por exemplo produzem se muitas desilus es amorosas ao se recha ar a id ia de que o amor leva tempo para se constituir como tal e que ele um processo e n o meramente o produto de uma experi ncia Logo pesquisar a respeito da tem tica amorosa nos impele a um reposicionamento ante a esse fen meno conhecido desde a nossa mais tenra idade com o qual crescemos e por vezes o experimentamos diariamente por meio das fortes emo es inerentes que o acompanham mas que n o refletimos suficientemente sobre as concep es que ele pode assumir Discorremos em psicologia sobre a aprendizagem personalidade emo o abordamos t cnicas e m todos m
335. em 2007 s o relativamente poucos os pa ses com programas destinados a pessoas em fase de amadurecimento sem levar em conta o prolongamento da vida da popula o em geral em vista de avan os not veis da medicina fundamental que o poder p blico a sociedade como um todo as entidades ligadas defesa de direitos humanos dediquem mais aten o necessidade de apoiar as fam lias atingidas por esse grande desafio dando lhes aten o e amparo em suas muitas necessidades quando as for as come am a faltar aos pais para o devido cuidado com o filho que lhes exigiu sempre muita dedica o e constante cuidado Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 70 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP APRESENTA O NA MESA REDONDA NO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE S O PAULO EM 10 DE NOVEMBRO 2007 DEFICI NCIA E AMADURECIMENTO PERSPECTIVAS E DESAFIOS Maria Am lia Vampre Xavier Tivemos o prazer e a honra de termos sido convidados pela Dra Leila Cury Tardivo e do Professor Dr Francisco B Assump o Jr da mesma Coordenadoria para participar como palestrante de mesa redonda sobre SA DE MENTAL devendo contar a nossa experi ncia enquanto m e de um mo o com defici ncia intelectual o Ricardo numa trajet ria que se estende por quase cinquenta anos A mesa foi coordenada pelo Professor
336. emos a am gdala Existe uma enorme quantidade de estudos ver GRANADO RANVAUD PEL EZ 2007 LEDOUX 2001 que demonstram que algumas informa es emocionais como faces amedrontadoras ou est mulos condicionados ao medo n o precisam ser conhecidas conscientemente para gerar respostas emocionais como respostas auton micas condut ncia da pela taquicardia etc que s o geradas pela Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 386 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP am gdala estrutura subcortical respons vel por dar origem a essas respostas emocionais auton micas Ou seja informa es emocionais n o precisam atingir reas corticais que determinariam o conhecimento consciente da informa o para gerar respostas da am gdala e rea es n o conscientes de medo Isso significa que objetos que a pessoa n o sabe que viu geram respostas emocionais Aqui os neurocientistas falam de mem ria impl cita Que rela o estes conceitos teriam com o conceito de inconsciente utilizado na psican lise Segundo Joseph 1996 o lobo pr frontal direito pode atuar impedindo o acesso de mem rias particularmente dolorosas ou desprazerosas a este hemisf rio em uma tentativa de proteger o processamento da informa o verbal O mecanismo de defesa se constituiria no bloqueio da mem ria expl cita pelo efeito inib
337. emos a velhice Como somos fracos e ignorantes De que servem os jogos e as alegrias se eu sou a morada da futura velhice Em nossa cultura n o existe a id ia clara do ciclo da vida recebemos um intenso treinamento para apenas metade da vida temos um script social muito claro a seguir at a idade de 50 anos ningu m tem d vidas mas depois de ter cumprido os deveres por assim dizer estudar se profissionalizar casar ter filhos se aposentar etc o que fazer com os pr ximos 10 20 ou 30 anos de exist ncia Onde est a orienta o sobre essa etapa da vida humana que doravante ser o tempo mais longo de nossa exist ncia preciso ent o pensar nas quest es que envolvem o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 76 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP envelhecimento de forma que possamos fazer desta etapa da vida t o um crescimento Na primeira metade da vida temos o desenvolvimento do ego uma adaptac o ao ambiente externo aquisic o de certa autonomia nas escolhas de relacionamentos com pessoas lugares e coisas Quando nos encontramos na segunda metade da vida nos deparamos ent o com os problemas do Self onde as dificuldades se d o principalmente em lidar com o mundo interior Desta forma podemos pensar na import ncia de um estudo que possa auxiliar a compreens o desta etapa d
338. encia o eu outro A m e seria inicialmente parte dele WINNICOTT 1987a Aplicando os conceitos de Gallese s proposi es winnicottianas poder amos afirmar que o rec m nascido n o tem ainda uma identidade i estabelecida E embora a m e j tenha uma identidade i constitu da ao tornar se temporariamente doente apresenta uma ruptura um desequil brio nessa identidade o que a permite se identificar com seu Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 400 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP beb e portanto captar seus conte dos A relac o entre m e e beb se estabeleceria ent o em um campo trans subjetivo que torna fr gil embora n o nula para a m e a possibilidade de diferenciac o Os neur nios espelho seriam respons veis pela possibilidade de que determinados conte dos existam simultaneamente na mente da m e e na mente do beb Conclui se que o di logo entre neuroci ncias e psican lise faz se necess rio para a compreens o de fen menos que at ent o se sustentam do ponto de vista explicativo mas que no entanto carecem de sustenta o emp rica e experimental Para isso necess rio que os entraves pol ticos que demarcam os diferentes territ rios sejam superados e que o di logo entre saberes se estabele a Refer ncias Bibliogr ficas GALLESE V The roots of
339. enfatizar exige uma atitude fenomenol gica de abertura ao emergente e de desapego ao conhecimento pr vio provocou mudan as te ricas fundamentais entre as quais se deve destacar o fato da sexualidade perder sua posi o de centralidade na constitui o da pessoalidade humana o fato do complexo de dipo perder sua centralidade na configura o do sofrimento emocional e o abandono do conceito de puls o de morte Al m disso o pr prio conceito de objetos e de fen menos transicionais n o corresponde de modo algum ao acr scimo de uma terceira rea Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 62 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP mas a uma proposi o que simplesmente implode a concep o de um funcionamento mental organizado a partir dos princ pios do prazer e da realidade Nasce a partir da um novo pensamento que pode ser denominado psicanal tico porque se produz a partir do uso rigoroso do m todo mas que origina uma nova psican lise que merece ser conhecida como psican lise do self precisamente porque seu pensamento foi elaborado a partir de uma interroga o primeira acerca dos processos pelos quais o individuo humano pode se constituir como uma unidade pessoal e experiencial sens vel e auto consciente Cuidou portanto de pesquisar algo que na vida cotidiana e tomado como fen meno dado
340. enhuma outra sociedade na hist ria como frequentemente dito produziu e disseminou tal volume de imagens do corpo humano atrav s dos jornais revistas dos an ncios e das imagens do corpo em movimento na televis o e nos filmes A paisagem f sica das grandes cidades das constru es e lugares nos quais fazemos compras ou nos divertimos est o cheias de imagens e r plicas do corpo humano A vasta maioria dessas imagens especialmente aquelas usadas para vender mercadorias e experi ncias por meio de an ncios s o imagens da juventude sa de e beleza dos corpos Uma boa parte da promo o da moda ind stria de cosm ticos e de cuidado com o corpo apresenta esses ideais de corpos como algo que deveria ser atingido A transforma o do corpo que levar a uma transforma o pessoal algo que est ao Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 81 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP alcance de todos n s A mensagem divulgada simples Se voc parece bem voc se sente bem Gerontologia compreendendo o envelhecimento Como podemos ent o come ar a nos perceber de maneira mais realista aos cinquenta sessenta ou setenta anos como ainda tendo valor para n s para a fam lia e para a sociedade Mas a aldeia global n o v no envelhecimento um motivo para celebrar Pelo contr rio tem sim uma nega o
341. ental e Psicologia Cl nica Social 337 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Palavras chave Hospital Psiqui trico Consulta Terap utica Intervenc o INTRODU O Nosso contato com o sofrimento humano advindo de v rios anos de pr tica cl nica e do atendimento de pacientes em hospital psiqui trico tem demonstrado a necessidade do desenvolvimento de novas abordagens que possam adaptar se s condi es limitadas dispon veis nas institui es Em nosso meio propostas de atendimentos cl nicos diferenciados com possibilidade de inclus o t m sido largamente desenvolvidas por Tardivo 2005 coordenadora do projeto APOIAR pertencente ao Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da USP O sofrimento ps quico na experi ncia de Aiello Vaisberg 2005 muitas vezes est relacionado a um sentimento de irrealidade dos pacientes que se relaciona a uma condi o de aus ncia de si uma fachada de normalidade e adapta o aparente realidade que oculta uma condi o prec ria de um ser n o totalmente constitu do internamente Para compreender essas dificuldades atuais bem como desenvolver poss veis medidas de aux lio real procuramos a base te rica de Winnicott 1984 principalmente no modelo de atendimento em Consultas Terap uticas para expandir a pr tica cl nica no hospital psiqui trico com fundamenta o te rica psicanal tica A id ia fundamental a possibi
342. entanto vivemos em uma sociedade que est continuamente banalizando o amor Tratamos do amor como algo transit rio sup rfluo sem importantes repercussdes na construc o de relacionamentos e da vida Ao banalizar os sentimentos como por exemplo o amor estamos fazendo com que paulatinamente eles percam o seu verdadeiro sentido Essa indubitavelmente uma s ria ameaca que paira sobre os seres humanos banalizar o amor reduzindo o ef meros prazeres que conduzem uma satisfa o mais ego sta do que altru sta E o que se pode dizer atualmente sobre o panorama do estudo do amor o crescente despertar da psicologia para tal lacuna te rica Ent o ao que parece o amor uma pauta atemporal que carece de cuidados na tentativa de se melhor compreend lo enquanto um fen meno social Com isso se quer dizer que a defini o e as pr prias concep es de amor evoluem e continuar o a evoluir porque a cada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 140 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP momento o amor ser reiventado na tentativa de se abarcar suas in meras manifesta es Assim este artigo tenta fomentar nos diversos leitores a procura constante de reformular seus conceitos e defini es a exemplo do que constantemente faz a Ci ncia visando aprimorar suas id ias enquanto te ricos ou mesmo e
343. ente Com voc s um psicanalista brilhante de quem tive a felicidade de compartilhar o ensino da Psicologia Cl nica na PUCCAMP de ser um co orientador da Tese de Doutorado de Mar lia Vizzoto Registro ainda o previl gio de ter participado da homenagem que a Unicamp lhe prestou por ocasi o de sua aposentadoria nesta institui o e por ser considerado tamb m um amigo das fam lias Knobel e Vizzoto Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 2 PARTE MESA REDONDA SA DE MENTAL NA INF NCIA Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 31 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 32 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP SAUDE MENTAL NA INF NCIA NOVAS CONTRIBUI ES NO CAMPO DA PSICOTERAPIA Iran Tomiatto de Oliveira Universidade Presbiteriana Mackenzie Universidade de S o Paulo de conhecimento geral que o tratamento psicoter pico de crian as se iniciou com o pr prio Freud que publicou em 1909 a An lise da fobia de um menino de cinco anos artigo no qual relata o trabalho realizado com uma crian a que sofria de agorafobia por medo de ser mordido por um cavalo Encorajado e supervisionado por Freud o pr prio pai analisou o menino Apesar de ter considerado que
344. ente automobil stico em 1986 e como sequela deste acidente teve traumatismo craniano levando dois anos para se recuperar e abandonando o seu trabalho de paisagista De acordo com ela o marido sempre foi ap tico e nunca teve voz forte perante os filhos Com o acidente isso s piorou sendo que desde o acidente ele ficou de acordo com a vis o dos seus familiares inv lido para fazer qualquer coisa sendo visto como um peso morto principalmente pela esposa Clara conta que os filhos sempre tiveram que cuidar da casa e uns dos outros pois ela contratou uma empregada louca que n o cuidava dos filhos como ela gostaria Com isso ao despedi la n o mais contratou ningu m para cuidar da casa De acordo com Alice e Jo o Clara e Breno s o os que mais mandam na casa Dizem que a m e n o admite erro nenhum e nunca diz que falhou Ela foi diretora de escola durante muitos anos e de acordo com os filhos tenta ser a diretora da casa pensando que todos deveriam obedec la Todos est o de acordo que tudo o que acontece com eles sempre visto como sendo culpa do outro Breno define a sua fam lia como sendo uma fam lia depresssiva Ele tem a impress o que ela funciona como se fosse um disco riscado repetindo sempre as mesmas falhas que s o essencialmente a dificuldade que todos t m de se comunicar entre si sem brigarem ou culpabilizarem se mutuamente Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo
345. ente da garantia do sigilo de suas respostas o que pode criar um vi s consider vel sobre a produ o de suas respostas De modo geral as sugest es dos agressores para o design de programas eficazes de preven o assentam se na educa o dos pais e das crian as sobre como prevenirem se da vitimiza o sexual Kaufman e Harbeck Weber 1994 examinando a efic cia das estrat gias de preven o da viol ncia sexual infantil a partir da atitude de v timas e agressores compartilham da id ia de que estes ltimos podem oferecer informa es privilegiadas sobre o processso de vitimiza o sexual infantil Apontam tamb m que instrumentos padronizados de pesquisa como o The Modus Operandi Questionnaire MOQ apresentado por Kaufman 1991 aplicados em pesquisas com agressores sexuais intra e extrafamiliares encarcerados ou n o n o apontam diferen as significativas nas 30 Este trabalho parte integrante do Projeto Tem tico Processso 2005 60339 5 FAPESP sob a Coordena o da Profa Dra Maria Am lia Azevedo Professora Titular do IPUSP Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 296 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP respostas relacionadas s poss veis estrat gias preventivas o que se explica muito provavelmente pelo engendramento de respostas socialmente desej veis ou aceit veis Os autores
346. ente de perceber que poderia deter os seus segredos e que n o seria invadida Ap s algumas vezes que isso acontecia ela procurava falar e tamb m mostrar para a terapeuta o que estava fazendo Surgiram muitos aspectos relacionados com a morte e ado o durante a realiza o dos testes Demonstra querer come ar uma nova vida o mais breve poss vel Ela revela aspectos ligados a sexualidade como uma forma de descoberta da mudan a do corpo o que pode se relacionar proximidade da puberdade Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 251 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Discuss o Nota se que Manoela detentora de um segredo e quer se sentir observada para poder comunicar este segredo Fica na espera para ver se ser invadida e quando percebe que h respeito nessa sua postura abre se como uma forma de poder dividir o que quer e como quer e quando quer Abre se com facilidade ao desejo da adoc o e queixa se da espera da fam lia que ainda n o fez nada para tal Ao mesmo tempo tem algo muito significativo para uma crianca abrigada sabe se defender e marcar espaco quando lhe conv m como uma forma de minimizar a sua priva o infantil Para Winnicott o esconde esconde uma brincadeira bastante sofisticada que uma alegria a crian a estar escondida mas um desastre ela n o ser descoberta Abra
347. ento cerebral mostram que o imaterial da fala do terapeuta tamb m atua sobre a materialidade do c rebro mostrando o impacto que a psicoterapia pode desempenhar sobre o tecido neural modificando padr es de comunica o sin ptica e alterando o comportamento LANDEIRA FERNANDES MELLO CRUZ 1998 Lidando com a rela o mente c rebro podemos compreend la melhor como uma unidade b sica fundamental e uma integra o da fun o cerebral com a atividade mental MEISSNER 2006a numa rela o nem dualista nem redutivamente monista mas em uma vis o em que ambos corpo e mente est o dentro da mesma estrutura operativa MEISSNER 2006b Nesta perpectiva emerge o Self uma entidade integrada constitu da de corpo e mente MEISSNER 20060 Agora que um s culo se passou desde que Freud iniciou suas aspira es prematuras para uma psicobiologia coerente talvez pela primeira vez o momento seja prop cio para unir o pensamento psicanal tico e neurocient fico em uma s ntese coerente BILDER 1998 4 Conclus es muito importante uma leitura cr tica da tentativa de aproxima o entre neuroci ncias e psican lise Tentativas prematuras de integra o podem n o fazer justi a complexidade de ambos os campos Interpreta es excessivamente concretas ou generalizantes dos achados psicodin micos em uma linguagem neurobiol gica em uma tentativa de provar a efetividade do tratamento psicodin mico por m todos verdadeiramente
348. ento linear quando na verdade estamos falando de mudan as de paradigma Apenas n o queremos dissociar a velhice do processso de desenvolvimento humano Qual o significado da velhice O que significa ser ent o uma pessoa idosa Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 79 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Para Martins 1991 o sujeito n o pode ser uma s rie de eventos isto ser crianca ser adolescente ser adulto ser velho como um conjunto segmentado de eventos por isso mesmo que ele n o eterno Resta para esse sujeito que sou eu que voc ser temporal Precisamos ent o pensar na id ia de tempo propriamente dito e somente acompanhando a sua dial tica interna o homem n o est no tempo o tempo que est no homem que seremos ent o levados a compreender a id ia de sujeito humano 1991 3 z z Acrescentando se a consci ncia de que o homem envolvido constru do culturalmente importante olhar o ser humano pela media o do seu tempo vivido pois o tempo o sentido da vida Voltando nossa quest o a respeito do significado da velhice se a aldeia global fosse de fato uma tribo como se prop e a exemplo dos primitivos caberia aos anci es ser os guardi es dos mist rios e das leis o que portanto exprime a heran a cultural da tribo A globaliza
349. epartamento de Psicologia Cl nica IPUSP Na figura percebemos na construc o do desenho coletivo que o grupo de mulheres judias realizou apesar de terem uma biografia de um corpo marcado pela guerra pela exclus o social pelo anti semitismo o retrato de um corpo cheio de vida sob a gide do arqu tipo da crianca divina Num movimento de renascimento podemos considerar como sendo um desenho compensat rio de um corpo sofrido mas tamb m podemos pensar na possibilidade de um crescimento da sensualidade da espiritualidade e da psique Temos assim a morte seguida da vida o que podemos tamb m considerar na quest o do envelhecimento como a passagem de um corpo novo para o corpo velho um processso de morte renascimento no sentido de criatividade e de crescimento Erik Erikson um dos te ricos do desenvolvimento mais conhecido ele descreve oito est gios do desenvolvimento humano Primeiro est gio confian a X desconfian a b sica Eeste est gio inicial pr prio do beb quando ele supera a desconfian a inicial indo em dire o confian a b sica para que possa ent o se desenvolver e crescer Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 86 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Segundo est gio autonomia X vergonha e d vida Este est gio esta relacionado com a criatividade r
350. epresentado pelo funcionamento intestinal onde controlar e reter as fezes extremamente importante pois tamb m nesta fase que temos nossa primeira cria o Terceiro est gio iniciativa X culpa Este est gio est relacionado com a sexualidade onde a crian a torna se consciente dos seus rg os genitais Tornar se consciente dos rg os genitais para a crian a traz uma mudan a de comportamento no menino leva a um comportamento que ele chamou de f lico intrusivo na menina o comportamento se torna sedutor ou cativante e carinhoso Quarto est gio dilig ncia X inferioridade Per odo este de grande aprendizado no mundo onde a crian a aprende a obter o reconhecimento pela sua produ o Sendo importante neste est gio unir habilidade com aptid o a fim de que se possa realmente sentir prazer no trabalho para que no futuro possa se tornar um membro produtivo da sociedade Quinto est gio identidade X propaga o do papel Este est gio marcado pelo fim da inf ncia e maturidade sexual gerando para o adolescente d vidas em rela o pr pria sexualidade e ao seu lugar no mundo Por isso Erikson considera importantes os ritos da puberdade que segundo ele permitiriam a integra o para a nova identidade Neste momento h o desenvolvimento da identidade gerando grandes d vidas podendo haver atra o pelo mesmo Sexo z Sexto est gio intimidade X isolamento Para Erikson impre
351. er ncia quem o levou para o hospital de carro foi o marido e o irm o mais novo de Alice Ela explica que desta vez seu irm o ficou um m s internado Ao sair da interna o disseram que este tempo foi suficiente apenas para fazer uma desintoxica o Alice fala que mesmo tendo sido ajudada pelo seu marido e seu irm o na segunda e terceira interna es do seu irm o nada disto adiantou pois ela se lembra Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 285 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP todo o dia da cena do hospital Acha que nada vai dar certo mas diz que no final o seu pr prio irm o que usa drogas a esta ajudando pois a est tranq ilizando afirmando que n o mais usar drogas Alice diz que n o consegue controlar tudo o que passou mas acha que isto uma soma de muitos anos Fala que seus irm os acham que a m e por ser autorit ria ansiosa e dominadora acabou com a vida deles Os irm os acham de acordo com o relato da Alice que a m e quem precisa de tratamento Neste momento pela primeira vez ela diz que a sua m e e seu irm o Breno vieram com ela at a Cl nica hoje mas pediram atendimento apenas para ela e a m e Eles acham que se ela e a m e conseguirem tratamento tudo vai se resolver Durante o relato da Alice principalmente no final da entrevista quando ela diz que
352. er uma experi ncia est tica de constitui o do selfe que ocupe o lugar onde antes existiam falhas excessivas para o sujeito suportar geradoras de sofrimento emocional Paulo 2000 Esse atendimento demonstrou que o grupo de psic logos p de oferecer um espa o potencial com capacidade de sustenta o no qual a possibilidade de brincar p de ser retomada pelo paciente como um sentido da experi ncia da presen a humana O resultado dessa viv ncia foi materializada por Pedro no relato do poema que demonstrou intensa emo o e sofrimento ps quico contidos que aguardavam uma escuta acolhedora para poder se expressar Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 345 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 5 2 CONCLUS O A experi ncia de atendimento demonstrou que as Consultas Terap uticas aplicadas no hospital psiqui trico com um paciente internado podem atenuar o sofrimento decorrente de processos dissociativos favorecendo uma possibilidade de integra o a partir da viv ncia de holding O espa o de contin ncia oferecido pelo grupo de atendimento psicoterapeuta e estagi rios por meio da escuta diferenciada mobilizou uma experi ncia mutativa e altera es no relato e comportamento do paciente que delineiam importante mudan a ps quica no sentido da retomada do desenvolvimento Neste
353. erapia Comunit ria Grupo de Gr vidas Gestantes 1 INTRODU O Segundo Lamare 2005 a gravidez um verdadeiro divisor de guas na vida de uma mulher Os sentidos ficam alerta a sensibilidade aumenta o acompanhamento de um novo ser que se desenvolve e a prepara o para receb lo implica um profundo crescimento pessoal tanto para a futura m e como para o pai S o nove meses de deslumbramento mas tamb m de muitas d vidas apreens es poss veis desconfortos e contratempos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 149 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A O objetivo deste estudo foi proporcionar gr vida atrav s de encontros semanais um esclarecimento sobre cada etapa do processo auxiliando a a aplacar temores e enfrentar com alegria este que um dos momentos mais extraordin rios da vida de uma mulher Conforme Lamare 2005 o beb j antes de nascer um ser inteligente sens vel apresentando tra os de personalidade pr prios e bem definidos e que tem uma vida afetiva e emocional estreitamente vinculada sua experi ncia relacional com a sua m e estando em perfeita comunica o emp tica e fisiol gica com ela captando os seus estados emocionais e a sua disposi o afetiva para com ele Complementar a esta id ia Bowlby 1989 aponta que as primeiras vincula es com outro
354. ercal os que tiveram que enfrentar em suas jornadas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 210 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Bowlby 1976 em seu livro Cuidados Maternos e Sa de Mental descreve a import ncia da boa rela o da crian a com a m e para a sa de mental da crian a e tamb m mostra como a priva o da m e parcial ou total pode prejudicar o desenvolvimento da crian a Winnicott 1951 tamb m mostra a import ncia da m e suficientemente boa para o desenvolvimento emocional da crian a Tanto Bowlby 1976 como Winnicott 1963 descrevem a import ncia de se ajudar a m e para que ela possa cuidar de seus filhos Estamos aqui ressaltando a ajuda m e porque ela quem no geral assume a crian a e dela cuida Muitas vezes as m es s o abandonadas por seus companheiros se v em sozinhas com os filhos t m conflitos com os familiares e deles n o recebem ajuda n o conseguem arrumar emprego e n o tem nenhuma renda e nem profiss o e acabam por recorrer ao abrigo para que os filhos possam se acolhidas e cuidadas 2 Motivos de abrigamento Os motivos de abrigamento descritos na literatura ou at mesmo considerados pelo ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente 1990 s o v rios Podemos citar alguns como a orfandade a neglig ncia o abandono o abuso sexual ou f sico e a
355. ercebidos e experi ncia de eventos estressantes Campinas 2004 Dissertac o Mestrado em Gerontologia Faculdade de Educa o Universidade Estadual de Campinas Theorell T Life events before and after the onset of a premature myocardial infarction In Dohrenwend B S e Dohrenwend B P orgs Stressful life events Their nature and effects Nova York Wiley 1974 Van Marwijk H W J Depresssion in the elderly as seen in general practice Prevalence diagnosis and course Unpublished doctoral dissertation Leiden University Leiden The Netherlands 1995 Weissman M M Bruce M L Leaf P J Florio L P Holzer C 1991 Affective disorders In Robins L N amp Regier D A eds Psychiatric Disorders in America New York Free Press 1991 Pp 53 80 Wolfe R Morrow J Frederickson B L Mood disorders in older adults In Carstensen L L Edelstein B A amp Dornbrand L eds The Practical Handbook of Clinical Gerontology London SAGE 1996 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 108 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 6 PARTE POSTERES Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 109 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PROJETO DI
356. eresses difusos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 359 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP das coletividades indo desde desfrutar de uma situac o m nima de bem estar e seguranca econ mica at gozar do padr o de vida prevalecente nas sociedades VIEIRA 1992 VIEIRA 1997 CAMPOS 1999 CURY 2002 apud Ara jo 2006 Nesse sentido configurando se numa nova etapa da fase dos direitos segundo a classifica o de Menecucci 1999 situa se o erceiro paradigma definido por Aranha 2001 o Paradigma de Suporte Este por sua vez tem como caracter stica o pressuposto de que o indiv duo com defici ncia tem direito conviv ncia n o segregada e ao acesso aos recursos dispon veis aos demais cidad os Para tanto sociedade caberia o papel de fornecer os servi os e recursos que os cidad os com defici ncia necessitarem sejam eles referentes ao mbito f sico social educacional psicol gico ou profissional no sentido de garantir o acesso da pessoa com defici ncia a qualquer inst ncia ou recurso da comunidade Assim com as cr ticas id ia de integra o surgem os modelos e propostas do que convencionou se denominar inclus o e que s o predominantes na atualidade manifestando se em conven es internacionais a exemplo da Declara o Mundial de Educa o para Todos satisfa o das necessi
357. erir aos efeitos dessas experi ncias angustiantes Entre os observados com maior frequ ncia citamos a rea o hostil m e ao reunir se novamente a ela que por vezes toma a forma de recusa em reconhec la b excessiva solicita o da m e ou m e substituta com intensa possessividade aliada insist ncia em ter s coisas sua maneira a um ci me extrmo e a violentos acessos de raiva c liga o calorosa mas superficial com qualquer adulto que se aproxime dela dO retraimento ap tico de qualquer movimento emocional associado a um mon tono balan ar do corpo e por vezes bater de cabe a Bowlby 1976 pp 21 22 E importande salientar que para Bowlby idem os preju zos relacionados separa o s o mais graves quando a crian a tem menos de tr s anos pois segundo ele Neste per odo as crian as n o vivem mais exclusivamente no presente e consequentemente podem conceber vagamente que sua m e voltar dentro de algum tempo o que imposs vel para a maior parte das crian as antes dos tr s anos Este pensamento de Bowlby idem converge com o de Winicott 1940 que afirma que quanto menor a crian a maior o perigo de separ la de sua m e De acordo com o autor idem 1940 1999 p 11 quanto mais jovem for a crian a menor ser sua capacidade para manter viva em si mesma a id ia de uma pessoa quer dizer se ela n o vir uma pessoa ou n o tiver provas tang veis de sua exist
358. es da gestante com pessoas da comunidade a gestante com a comunidade e a gestante com o parceiro An lise das informa es Todos os relatos de cada participante obtidos foram anotados e transcritos Atrav s da an lise qualitativa das respostas de cada participante pode se observar a import ncia da realiza o deste trabalho e o impacto e repercuss o deste na vida das futuras mam es Eu chegava aqui no grupo deprimida e quando eu ouvia a experi ncia das outras mulheres sa a outra pessoa Me senti muito mais preparada uma nova mulher Eu era uma pessoa e agora sou outra depois que participei do grupo Participante X Estando no grupo eu fiquei muito mais segura em rela o a gravidez Participante Y Eu acho que o grupo mexeu comigo estou mais otimista mais segura das coisas Participante Z Analisando essas declara es percebe se que o grupo para algumas delas foi z uma esp cie de respiradouro que segundo o Patr cio 1996 representado por Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 156 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP momentos de medita o de reflex es e di logos que promovem a transforma o da vida A pr tica dial gica desenvolvida nos encontros possibilitou a mexida na consci ncia mediante trocas de
359. escola tem 35 anos Disse que no in cio gostava do trabalho mas que aos poucos tudo estava o deixando no inicio irritado e depois muito triste Ele fala da depresss o e tamb m das tentativas de suic dio Hoje como Marcos e Roberto acha que deve viver para tomar conta da filha pois sua esposa est doente Ele nos conta de algumas vezes em que ao sentir uma tristeza insuport vel come ou a caminhar sem destino chegando a percorrer a p uma grande distancia o que o fazia sentir se aliviado pois assim ele n o pensava em nada Marcos fala ainda sobre as fotografias que trouxe ou ainda a lembran a de um per odo anterior da sua vida em que sentia alegria Aos poucos vai recuperando sua historia o sonho de ser policial e o orgulho que aos poucos foi se transformando em desconforto vergonha bebida drogas e viol ncia O discurso de Marcos trazia muito sofrimento e dor Logo Roberto e Julio passam a contar tamb m sobre suas dificuldades profissionais e mais uma vez as falas marcadas pela depresss o e 37 Os nomes utilizados nas narrativas s o fict cios visando preservar a identidade dos pacientes Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 326 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP tentativas de suic dio se tornam o ponto central da conversa Carlos tamb m policial acompanha tudo atentamente mas quando en
360. esenvolvida mais internamente e dedicada exclusivamente discuss o do atendimento em sa de Mental em nossa cidade O tema retorna esse ano de forma muito mais ampla e abrangente Naquela ocasi o a Jornada foi na verdade um encontro com o ent o subsecret rio de Sa de Mental do munic pio o Prof Dr Rooberto Tikanori que n o mais nesse cargo retorna esse ano Nesse di logo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 21 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP contamos com a presen a da Profa do IPUSP Maria In s Assump o Fernandes nesse ano ent o n o houve a publica o J em 2005 realizamos a Ill Jornada e abrimos para a comunidade nossas propostas e vimos apresentar resultados de pesquisas relatos de parcerias mais desenvolvidas com institui es Fomos dessa forma buscando consolidar o APOIAR como um espa o interinstitucional propiciador de etudos e pesquisas voltadas para a forma o do psic logo cl nico como trabalhador de sa de mental em equipamentos de sa de al m de propor atendimentos cl nicos diferenciados sob uma perspectiva psicanaliticamente orientada O tema da Ill foi Atendimentos Cl nicos Diferenciados e a Inclus o enfocando em especial ao Papel da Psicologia Cl nica Social e dessa decorreu um caderno de anais Tardivo e Gil 2005 com todos os trabalhos aprese
361. eso Internacional de Rorschach y M todos Proyectivos Universita de Barcelona Espa a 2005 ABREU FILHO A G et al Manifestaciones del sufrimiento huma o Evaluac o comprens o y formas de intervenc o a los pacientes con esclerosis lateral amiotr fica Estudio Comprensivo y soporte emocional Anais VIl Congreso Argentino de Rorschach en la Universidad Buenos Aires 2004 Associac o Brasileira de Esclerose Lateral Amiotr fica ABRELA informac o e documentac o refer ncia elaborac o S o Paulo 2003 BARUS MICHAL J Bulletin de Psychologie v 54 2 452 marco abril 2001 BLEGER y Temas em Psicologia S o Paulo Martins Fontes 1971 GOODE K T HALEY W E ROTH D L amp FORD G R Predicting longitudinal changes in caregivers physical and mental health a stress processs model Health Psychology 17 2 190 198 1998 KUBLER ROSS E Sobre a morte e o morrer S o Paulo Martins Fontes 1998 O T nel e a luz Reflex es essenciais sobre a vida e o morrer S o Paulo Versus Editora 2003 PARKES C M Luto Estudos sobre a perda na vida adulta S o Paulo Summus Editorial 1998 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 321 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP STEINER A L F et al ABRELA E APOIAR Relato de Experi ncias In Tardivo L S
362. espiritualidade e coloca a crise presente na meia idade como uma poss vel forma de reorienta o onde o foco ou o centro de aten o sai do ego em dire o ao Self Chamamos de ego um corpo de pensamentos emo es e sensa es que define o universo pessoal garantindo uma certa identidade f sica e psicol gica representa apenas uma parcela do espectro ps quico e n o a sua totalidade Self o centro espiritual tamb m chamado o Ser Interior ou o Si Mesmo Centro Ps quico a fonte de nossas tend ncias mais elevadas tais como consci ncia altru sta vontade e amor O Self a fonte de amor sabedoria e inspira o criativa dentro do individuo o Centro Superior da personalidade al m do ego e abre se para ser uma fonte inexaur vel de cria o e compaix o No movimento de retorno ao Self desenvolve se uma outra forma de criatividade que emerge a partir do individuo frente a situa es novas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 89 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Essa criatividade flex vel n o traz em si uma estrutura repetitiva e nem est a servico do passado psicol gico do individuo O Self uma realidade ontol gica universal Transcende diferencas culturais Na segunda metade da vida pode haver um desenvolvimento da personalidade um retorno ao Self Enquanto na inf ncia e
363. essoas com defici ncia sofrem pela cobran a exagerada dos pais tratamento desigual para com os filhos O aprendizado de crian as surdocegas se d aos poucos num processo que consiste em apreender o desconhecido a partir do conhecido com a introdu o de novos elementos em rotinas j estabelecidas A comunica o com a pessoa surdocega exige a explora o dos sentidos residuais como o tato o cheiro e o gosto Existem dificuldades na imposi o de limites s crian as surdocegas devido aos desafios comunicativos Muitas vezes a agressividade uma tentativa desesperada de comunica o com o mundo ACERCA DO PSIC LOGO E SUAS POSSIBILIDADES DE INTERVEN O Partindo de Merleau Ponty 1971 para quem a viv ncia do mundo se d atrav s do di logo constante entre as estruturas perceptual e cognitiva pode se considerar que o trabalho junto a pessoas com m ltipla defici ncia sensorial surdocegos requer a aproxima o da experi ncia perceptiva do sujeito totalizando a N o se trata de adaptar o sujeito a uma forma de perceber o mundo pelo contr rio necess rio considerar a maneira peculiar com que o indiv duo se relaciona com o mundo AS pessoas com defici ncia devem ser vistas como realmente s o e n o por vieses de ideais que a sociedade imp e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Ps
364. evelaram paralisa o de seus movimentos por alguns minutos aumento de frequ ncia respirat ria altera es estas que se mant m por alguns dias o que revela que o feto experimentou um susto e viveu sob o impacto por algum tempo O feto est atento alerta e tem percep o de perigo A capacidade de prestar aten o inata Os fetos tamb m se assustam quando as suas m es se assustam Do ponto de vista m dico e psicol gico sabe se que a m e tem um beb dentro dela o tero tem em seu interior toda uma organiza o desenvolvida a partir do ovo individual que havia sido fertilizado o endom trio especializou se para se entremesclar a placenta entre a m e e o beb h o saco amini tico a placenta e o endom trio Entre a m e e o beb h tamb m um conjunto de subst ncias que s o absolutamente essenciais at o momento da separa o Neste est gio podemos como observadores perceber com facilidade onde termina a m e e onde come a o beb Winnicott 1941 1988 Para Winnicott 1958 ap s o nascimento o rec m nascido precisa de um pessoa calma para num gesto criador acontecer a preocupa o materna prim ria Quando n o acontece a preocupa o materna prim ria h um desastre ou o in cio de uma agonia Embora em muitos casos sintomas iniciais e crises subliminares de p nico precedam em meses ou anos a primeira crise completa a hist ria t pica do paciente Anais da V Jornada APOIAR SA DE MEN
365. f aparentemente adaptado que encobre uma estrutura interna fragilizada e grande sofrimento emocional Na evolu o das sess es Pedro foi se sentindo mais vontade para expressar suas experi ncias e verbalizou emocionado Eu gosto de conversar com voc s porque voc s prestam aten o e me escutam As pessoas normalmente nem olham quando a gente est falando Essa afirma o ficou confirmada por nossa observa o da progressiva melhora com os cuidados pessoais de sua apar ncia e motiva o crescente a cada semana Pedro sabia o dia e hor rio das consultas e esperava ansioso pelo encontro com o grupo Come ou a demonstrar uma recupera o da auto estima e auto confian a Gradativamente o processo de atendimento possibilitou ao paciente resgatar interesse pelas sess es com o grupo expectativa pelos encontros com a psic loga e estagi rios motiva o para falar de si pensar sobre sua vida com crescente interesse no contato ntimo consigo mesmo e significativa evolu o no sentido de esperan a e melhora Esses aspectos demonstram uma importante mudan a no estado mental de Pedro em dire o vida saindo do adormecimento melanc lico para a recupera o do humor e energia vital A viv ncia de sustenta o emocional experimentada pelo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 344 Departa
366. fim ela parou de s atirar pedras em si mesma e passou a confiar mais em sua capacidade de consertar ou reparar Foi perguntada sobre a possibilidade de continuar com as consultas terap uticas e ela aceitou Primeira consulta terap utica da m e junto com a filha A psic loga pergunta para Isadora quem da Referindo se a m e Isadora responde sorrindo mam e Perguntada quantos anos tinha ela respondeu que tinha tr s A m e havia dado um presente para Isadora um beb de porcelana num ber o e ela estava segurando ele na m o Pergunto se menino ou menina e ela diz que menina Isadora pergunta a m e se t m mais bonecos na casa e a m e responde que t m muitas Isadora vai perguntando se tem cama A m e responde que sim Pergunta se tem boneco A m e responde que n o tem mas que ela pode arrumar Isadora pergunta para a m e se ela pode comer unha e a m e diz que n o sorrindo para ela e as duas d o risada A psic loga perguntou como foi o encontro das duas se a Isadora reconheceu a m e Se elas acabaram se vendo naquele dia que ela fez a primeira consulta A m e disse que Isadora reconheceu a mas que ela bloqueou algumas coisas e lembrava de outras Conta que ao v la parecia n o acreditar no que via Virou o rosto e olhou para a m e novamente e a disse mam e Luc lia respondeu sim Isadora eu voltei Luc lia fala com felicidade como depois a Isadora queria ficar s com ela
367. foi de se sentir injusti ado Pedro utilizava muito em suas falas ditados populares para expressar suas id ias e em quase todos os encontros citava Cada louco com sua mania que seu pai sempre lhe falava mas que ele s foi realmente entender o significado quando come ou a trabalhar no Juqueri Ele contou que no hospital convivia com loucos de verdade ele os ajudava a tomar banho a se vestirem e alguns se tornavam agressivos ficando perigosos 5 1 DISCUSS O De acordo com o DSM IV 1994 e a CID 10 1996 Pedro apresenta os principais sintomas de depress o como rebaixamento do humor ou humor depressivo a maior parte do dia redu o da energia e da atividade diminui o do interesse ou prazer nas atividades anedonia rebaixamento da capacidade de concentra o fadiga acentuada mesmo ap s um m nimo esfor o altera o do apetite e do sono retardo psicomotor redu o da libido diminui o da auto estima e auto confian a sentimento de desesperan a sentimento de menos valia culpa impr pria sentimento de indignidade diminui o da habilidade para pensar e tomar decis es Mas a an lise mais profunda revela ansiedade persecut ria com fantasias de ser injusti ado por outras pessoas que ele toma como verdade Sua agressividade projetada nos outros volta se contra ele como situa es amea adoras e persecut rias em que as pessoas querem prejudic lo sem motivo Ele acredita nesses del rios
368. for as desconhecidas vivenciadas quando a consci ncia mergulha em algo que se assemelha ao esquecimento O aborrecimento das experi ncias internas e externas que surgem nesses momentos n o pode ser evitado ele precisa ser vivido Quando descemos s profundezas da psique importante permanecermos o mais poss vel presos ao mundo exterior para que possamos conservar uma no o da realidade externa mesmo que dolorosa A leitura que fazemos do envelhecimento pode nos trazer sabedoria se percebermos a sutileza que h nas entrelinhas Ou seja preciso romper com os estere tipos impostos socialmente e se lan ar ao desconhecido sem medo ou pelo menos continuar prosseguindo apesar do medo A modernidade trouxe ao homem este desafio Com o alto n vel tecnol gico com a explos o demogr fica o homem se depara com algo inusitado um per odo maior para ser vivido fora do processso produtivo nos moldes capitalistas mas inserido em uma sociedade de classes e de consumo de mercadorias para a qual h a necessidade de poder aquisitivo Jung 2000 349 nos diz que o ser humano n o chegaria aos setenta ou oitenta anos se esta longevidade n o tivesse um significado para a sua esp cie Por isto a tarde da vida humana deve ter tamb m um significado e uma finalidade pr prios e n o pode ser apenas um lastimoso ap ndice da manh da vida N o se trata aqui de falar das etapas da vida humana at porque este seria um pensam
369. gimento de doen as que implicam em limita es ou incapacita es presen a de dor sofrimento e viv ncia de amea a ao bem estar e integridade ali s a pr pria percep o por parte do idoso de sua fragilidade f sica pode ser um dos fatores no desenvolvimento de um quadro depressivo O estudo anteriormente citado de Oliveira encontrou rela o positiva entre sintomas depressivos com os seguintes aspectos idade estado civil hist ria migrat ria percep o de perdas conviv ncia atividade renda pr pria manuten o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 95 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP individual manutenc o familiar deambulac o acuidade visual acuidade auditiva percepc o do estado de sa de Pesquisas desenvolvidas por membros do Laborat rio Sujeito e Corpo SuCor do IPUSP foram realizadas em idosos institucionalizados buscou se avaliar a qualidade de vida e presen a de depress o nestas idosas Foram utilizados como instrumentos quantitativos as escalas de qualidade de vida da Organiza o Mundial de Sa de e a Escala de Depress o Geri trica GDS al m de instrumentos qualitativos como entrevistas semi dirigidas e a utiliza o de um instrumento de avalia o psicodiagn stica e de interven o cl nica especialmente desenvolvido nesta investiga o cl nica
370. gnidade do seu pr prio estilo de vida contra todas as amea as f sicas e econ micas De acordo com Erikson o desenvolvimento deste est gio estaria mostrando as diferen as do envelhecer de pessoa para pessoa de cultura para cultura Ele nos diz As provas cl nicas e antropol gicas sugerem que a falta ou perda dessa integra o acumulada do ego se manifesta pela repulsa e pelo desespero a sorte n o aceita como estrutura da vida a morte n o vista como a sua fronteira finita O desespero expressa o sentimento de que o tempo curto demasiado curto para a tentativa de come ar uma outra vida e experimentar rumos alternativos para a integridade Assim uma velhice significativa precedendo uma poss vel senilidade terminal serve necessidade de uma heran a integrada que proporcione um indispens vel perspectiva ao ciclo vital Seja qual for o abismo a que as preocupa es fundamentais possam conduzir os homens individualmente considerados o homem como criatura psicossocial defrontar se no final de sua vida com uma nova edi o da crise de identidade que poder amos formular nas seguintes palavras Eu sou o que sobreviveu de mim A for a psicossocial em conclus o depende de um processso total que regula os ciclos vitais individuais a sequ ncia das gera es e a estrutura da sociedade simultaneamente Pois todos os tr s componentes do processso evolu ram juntos 1976 141 Na verdade s
371. go precisa ser feito para ajud lo a tornar se capaz de brincar ap s o que a psicoterapia pode comecar O brincar essencial porque nele o paciente manifesta sua criatividade Winnicott 1971 1 Psic loga cl nica e membro do APOIAR do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2 Psic loga cl nica e membro do APOIAR do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 3 Professora Livre Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo Coordenadora do Laborat rio de Sa de Mental e da Psicologia Social As oficinas terap uticas em suas atua es buscando unir sa de conv vio social e cultura transformam o conceito de sa de assim como os conceitos de sanidade qualidade de vida e inclus o dando condi es de uma poss vel transforma o desse sujeito assujeitado em um sujeito desejante e produtivo digno de respeito e inclus o social Nas oficinas terap uticas o paciente tem a possibilidade de resgatar o seu desejo com o trabalho realizado dentro das mesmas a produ o e express o livres Quanto a esta produ o pode se dizer que se trata de uma experi ncia espec fica pois adv m de um sujeito portanto produtivo e que ao mesmo tempo estruturado por sua produ o Ele se identifica e se reconstr i com o que resulta do seu trabalho e a partir
372. guram como desintegra es e tentativas frustras de reintegra es como considerar as condi es que permitem evitar o sofrimento psic tico o enlouquecimento e o p nico Em outros termos a perspectiva da psican lise do self indica que a sanidade mental se cultiva como passagem como transic o como oscilac o entre estados e jamais como posic o fixa Finalmente todo este movimento se d a partir de uma base que exatamente o fundo remanescente que jamais se constituir como mem ria ps quica das primeiras experi ncias onipotentes que s o vividas pelo rec m nascido afortunado Winnicott 1986 Este fundo onipotente se constitui quando durante a primeira mamada te rica o beb vive uma experi ncia onipotente quando a m e lhe apresenta o seio no exato momento em que se encontra pronto para cri lo encontr lo A partir deste fundo onipotente se organiza uma convic o vivencial e pr reflexiva na exist ncia de uma transcend ncia benfazeja que ser o sustent culo dos estados n o integrados n o integra o sustentada se suceder a retomada da integra o pessoal a partir da qual ser poss vel viver de modo espont neo sentindo se vivo real e aut nomo o que n o de modo algum incompat vel com o reconhecimento de que a condi o humana de atravessamento por determina es concretas de v rias ordens A integra o neste sentido corresponde autenticidade existencial ao verdadeiro self a autonomia
373. habilitar j que ningu m nasce sabendo ser pai ou m e O parto por sua vez n o representa apenas o processo de expuls o e nascimento do beb M e pai e beb est o envolvidos em uma sequ ncia irrevers vel de acontecimentos que mobilizam emo es intensas e diversas al m de grande desgaste de energia Quando a gestante trabalha somam se s quest es inerentes gesta o todos os aspectos e estresses relacionados ao trabalho em si A ambival ncia de sentimentos que surpreende e decepciona as ansiedades ins nias os medos da dor as fantasias de n o conseguir dar conta da nova fun o somam se ao t rmino da licen a maternidade e a volta ao trabalho frequentemente sentidos como momentos de intensa dor e sofrimento elevando significativamente as dificuldades e desafios inerentes chegada de um beb e a retomada da vida profissional agora acrescida de outras responsabilidades e preocupa es O grupo de atendimento s gestantes funciona em n vel preventivo tendo como resultado menores dificuldades no desempenho das fun es profissionais diminui o de riscos emocionais caracter sticos da gesta o parto e p s parto melhores n veis de adapta o funcional e emocional aumento da responsabilidade profissional com menores ndices de falta menores n veis de ansiedade ao t rmino da licen a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat r
374. ham espa os cada vez maiores em cada vez menos tempo estendem dist ncias encurtam o tempo expandem a expectativa de vida mas tornam todo ato desse tempo de locomo o e viv ncia numa a o instant nea imediatista onde a exaust o e desaparecimento do interesse tamb m vem neste bojo a reboque E nessa linha de racioc nio meio que tr gica Zygmunt Bauman conclui sua obra dando a essa sociedade simbi tica um tom circense posta ao p blico e cheia de vaidades onde esses atores sem papel precisam de circunst ncias moment neas de encena o para que n o corram o risco de uma poss vel uni o afetiva N o criam nada mais que a excita o do desempenho ou que se prolongue mais do que a finitude do cheiro das coisas novas dos produtos consumidos relacionando se de forma incipiente com suas aquisi es de pl stico metal high tech ou mesmo as de carne osso e sangue que trazem uma alma como acess rio de f brica para serem apenas degustados em situa es carnavalescas na festa presenteista da carnalidade Comunidades de carnaval parece ser outro nome adequado para as comunidades em discuss o Tais comunidades afinal d o um al vio tempor rio s agonias de solit rias lutas cotidianas cansativa condi o de indiv duos de jure persuadidos ou for ados a puxar a si mesmos pelos pr prios cabelos Comunidades explosivas s o eventos que quebram a monotonia da solid o cotidiana e como todos os eventos de c
375. hecimento humano Em termos t cnicos o que se observa a busca de alternativas que possibilitem ampliar a oferta de servi os psicol gicos visando atender ao aumento da demanda a variedade e heterogeneidade das situa es que necessitam de interven o e a acelera o do ritmo de vida em especial nas grandes metr poles em conson ncia com essas tend ncias que temos procurado desenvolver nossa proposta de trabalho que se caracteriza por uma modalidade de psicoterapia breve de abordagem psicodin mica com crian as e pais Para isso valemo nos al m da an lise da din mica ps quica da crian a e dos pais e da configura o da rela o que se estabelece entre eles do referencial do desenvolvimento infantil reconhecidamente um par metro central em qualquer estudo sobre crian as Entre os v rios estudos e constru es te ricas sobre o desenvolvimento infantil escolhemos o de Erik Erikson por in meras raz es Partindo do referencial psicanal tico este autor acrescenta e integra aos aspectos intra ps quicos os ambientais n o s familiares mas sociais compondo uma vis o do ser humano que nos parece verdadeiramente bio psico social Analisa o desenvolvimento assim contextualizado abordando o como um processo completo que engloba as diferentes fases desde o nascimento at a morte e caracterizando diferentes aspectos de cada uma dessas fases Iniciamos o processo de atendimento cl nico com uma avalia o diagn sti
376. hi Leonardi Existe um aumento significativo no aumento da expectativa de vida em todo o mundo o que implica em eleva o progressiva no n mero total de idosos na popula o sendo que nos pa ses em desenvolvimento inclusive o Brasil este crescimento tem ocorrido de formais mais acelerada A popula o brasileira vem envelhecendo de forma r pida desde o in cio da d cada de 60 pesquisas estimam um crescimento entre 1960 e 2020 em 760 o crescimento do n mero de idosos o que significa um estreitamento na base da pir mide populacional pois o n mero de jovens apresenta um crescimento de 166 Frente este incremento a propor o de idosos dever duplicar at 2050 alcan ando 15 da popula o brasileira O Brasil dever passar entre 1960 e 2025 da 16 para a 6 posi o mundial em termos absolutos de indiv duos com 60 anos ou mais Estes dados indicam mudan as no perfil epidemiol gico das doen as e imp e novos problemas e desafios aten o a sa de notadamente em rela o s doen as cr nico degenerativas e dist rbios mentais No que tange a depress o constitui um grave problema de sa de p blica pois implica em importante comprometimento da qualidade de vida e incremento da morbidade e mortalidade com o agravante que de que muitos quadros depressivos no idoso n o s o diagnosticados pelos profissionais da sa de Estudos epidemiol gicos da preval ncia de depress o em idosos apontam para a magnitude d
377. ho da Figura Humana DFH com a finalidade de apreender o funcionamento ps quico e as atitudes dos agressores sexuais dom sticos Neste trabalho apresentaremos os resultados referentes a an lise das t cnicas projetivas A an lise do Question rio Desiderativo teve como par metro o referencial de Nijamkin e Braude 2000 que considera a formulac o de s mbolos verbais a partir de seu significado hist rico cultural e pessoal procedendo decodifica o do significado pessoal que o s mbolo eleito tem para o sujeito guiando se n o somente pelo s mbolo mas tamb m pelo conte do da racionaliza o que expressa tais significados J a an lise do DFH seguiu os par metros de Klepsch e Logie 1984 e Azevedo Guerra e Pinto Junior 2003 que prop em uma leitura dos desenhos como medida de atitude Resultados O Question rio Desiderativo e o DFH de cada participante ser o apresentados a seguir seguidos da an lise por procedimento Raimundo Qusetion rio Desiderativo 1 Tempo para responder 1 minuto e 28 segundos Se eu n o posso ser uma pessoa o que eu gostaria de ser Pausa 22 segundos Essa eu n o consigo resolver n o Porque ningu m consegue mudar seu estado de ser de maneira alguma eu tenho que ser eu mesmo Mas p ra a se n o posso ser uma pessoa n o posso ser um animal eu n o posso ser um objeto n o posso ser um ve culo n o posso ser uma pedra e aquilo que Deus faz o homem n o desmancha
378. ia In Azevedo M A Guerra V N A org Inf ncia e Viol ncia Dom stica Fronteiras do Conheciemnto 1 edi o S o Paulo Cortez Editora 1993 p 232 345 Winnicott D W Consultas Terap uticas em Psiquiatria Infantil Rio de Janeiro Imago Editora Ltda 1984 Winnicott D W Explora es Psicanal ticas D W Winnicott Clare Winnicott Ray Sheppard Madeleine Daves p 244 248 Porto Alegre Artes M dicas 1994 Winnicott D W Preocupa o materna prim ria 1956 In Textos selecionados Da Pediatria Psican lise 2 edi o Rio de Janeiro Francisco Alves Editora 1982 P 491 498 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 183 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP ENTREVISTAS INICIAIS ATENDIMENTOS CL NICOS DIFERENCIADOS Val ria de Angelis Vieira M rcia Aparecida Isaco de Souza Cl udia Aranha Gil Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Crises Inesperadas da Vida Adulta Sabemos que em todo o desenvolvimento do ser humano existem crises que s o esperadas j fazem parte do processso de maturac o e crescimento Por serem esperadas previs veis o pr prio indiv duo e o grupo onde se encontra acabam por autoriz las legitim las Para Erickson 1976 as etapas da vida s o v rias e se iniciam com o nascimento trazendo desde este momento desafios que devem se
379. ia Cl nica Social 225 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP muito feliz e que p de recuperar a hist ria dela com a fam lia e que agora n o est mais sentindo que era rejeitada pela fam lia Fala que doeu nela ouvir a m e falar que ela tinha perdido a fam lia 3 filhos de uma vez Doeu para ela ouvir a m e falar que queria toda a fam lia dela de volta que n o era justo ficarem separados Doeu n o ter abra ado a m e Diz s vezes me sinto muito culpada pelas atitudes que tomo s vezes fico sentindo que ningu m me ama s vezes eu n o me dou o direito de ter coisas boas eu vivo desconfiada de tudo Quando voltei vi que tudo que eu tinha e que era meu continuava no mesmo lugar arrumado e at as minhas canetas Engra ado que eu tinha uma cena que ela iria queimar todas as minhas coisas inclusive os meus livros que ela odiava tanto Engra ado ela at andou fazendo um ritual que eu gostava queimar incenso Eu nunca imaginava que ela iria fazer isso Parece que voc n o imaginava que voc pudesse ser tamb m querida que a sua m e estivesse com saudades de voc ou que ela pudesse te querer bem Em sua mente voc tem uma m e que n o cuida nem da filha e nem das coisas da filha e s tem m e que destr i e queima as coisas da filha Penso que dentro de voc quando voc fica com raiva de algu m quer queimar e destruir esse algu m Fala que a m e ficou falando que o irm o estava ansioso querendo v la
380. ia e Sa de Mental no Brasil Pensa que o centro da discuss o deve girar em torno da seguinte quest o qual a melhor maneira de organizar os servi os de sa de para garantir tratamento imensa legi o de pessoas que sofrem com sintomas mais ou menos graves que afetam sua sa de mental Reconhece que a tarefa n o pequena nem simples pois se tomarmos apenas os casos considerados mais graves psicoses neuroses graves autismo defici ncia mental acompanhada de grande dificuldade de adapta o social dem ncias severas encontraremos aproximadamente 3 da popula o em todas as faixas et rias e s ai s o 5 milh es de brasileiros se pensarmos tamb m na tr gica situa o do consumo prejudicial de drogas os casos em que a droga de fato avassala a vida da pessoa reduzindo suas possibilidades de exist ncia teremos de 6 a 10 da popula o depois da adolesc ncia dependente do lcool cerca de 1 da popula o dependente das drogas il citas a soma representando um d cimo dos brasileiros acima de 12 anos precisando de atendimento urgente inadi vel Delgado salienta um aspecto muito importante ao afirmar que o atendimento n o necess rio apenas para quem apresenta problemas considerados graves pela Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 17 Departamento de Psic
381. ial Sempre haver algo por se fazer Cabe relembrar que a inclus o um processso e n o um fim em si mesmo Inclus o no mercado de trabalho e a quest o da equidade Nova nomenclatura da Organiza o Mundial da Sa de para a defici ncia mental Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 364 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP z Entender como o conceito de eq idade utilizado em diferentes campos fundamental para analisar o processso de inclus o da pessoa com defici ncia no mercado de trabalho Para tanto faz se necess rio um pequeno estudo sobre o conceito de eq idade seu significado no campo do Direito e a sua migra o para outros campos como para o das Pol ticas P blicas e para o Corporativo O conceito de equidade em articula o com diferentes campos do conhecimento O conceito de eq idade mencionado por Arist teles e C cero Trata se de um modo de justi a particular onde busca se analisar e considerar a situa o e suas peculiaridades para que n o se cometa injusti as Assim a eq idade aplicada para que o resultado seja justo para ambas as partes evitando assim a aplica o mec nica da lei Nesse sentido temos que o conceito est circunscrito ao campo jur dico Esse cen rio manter se atravessando o per odo da Revolu o Francesa em que o conceito de
382. ial a Cidadania Garantia de direitos Equidade Igualdade de direitos Exterminio elimina o Exorcismo bruxaria encarceramento Cuidados assist ncia benevol ncia Intema o abrigos casas de caridade Tratamento m dico psicol gico n cio dos estudos cient ficos Organiza o da sociedade para O atendimento das necessidades especiais Politicas P blicas 356 CONSEQU NCIAS IMPLICA ES SOCIAIS Ignor ncia Assistencialisma Filantropia voluntariado Pesquisas gen ticas avan os tecnol gicos Declara es internacionais acordos cartas de inten o legisla es resgate do sentido de filantropia FONTE MENECUCCI ALE Evolu o Historica do Conceito de Deficiencia In FENAPAES Projeto Aguia Refer ncias Conceituais e Legais Sobre a Pessoa com Defici ncia e o Movimento Apaeno S o Paulo FENAPAES 1020 p 3 Numa tentativa de se compreender o percurso realizado at a chegada ao tema da inclus o e com base na an lise da evolu o hist rica dos fatos a respeito da rela o 2001 classifica o caracterizada por tr s paradigmas da institucionaliza o o de servi os da sociedade com as pessoas com defici ncia Aranha prop e uma integra o e o de suportes inclus o O primeiro teria seu in cio em meados do Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio
383. ian a e ao adolescente destacamos os abrigos como essencial para esta discuss o Conforme o ECA no Art 98 As medidas de prote o crian a e ao adolescente s o aplic veis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem amea ados ou violados por a o ou omiss o da sociedade ou Estado Il por falta omiss o ou abuso dos pais ou respons vel Ill Em raz o de sua conduta ECA 2000 p g 41 Nestes casos como complemento ainda temos o Art 101 reiterando Par grafo nico O abrigo medida provis ria e excepcional utiliz vel como forma de transi o para coloca o em fam lia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 235 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP substitutiva n o implicando na privac o de liberdade ECA 2000 p g 42 As criancas s o abrigadas atrav s de medidas judiciais ou por encaminhamento do Conselho Tutelar da crianca e do adolescente Em geral estas criancas pertencem a fam lias pobres e foram abrigadas por motivos como situac o de abandono viverem nas ruas por sofrerem algum tipo de abuso f sico ou sexual por serem negligenciadas e quando s o rf os Ainda podem ser abrigadas a pedido dos respons veis por falta de condi o de cuidar do filho Quando a fam lia vive embaixo de pontes e nas ruas Quando os respons veis s o acusados
384. ica em que as habilidades dos indiv duos s o um dos fatores principais na admiss o de uma pessoa a um emprego Segundo as empresas hoje existem mais vagas de emprego destinadas a indiv duos com defici ncia do que pessoas com defici ncia habilitadas para ocuparem essas vagas Quanto a isso Nogueira Jr no prelo lembra que as pessoas com defici ncia viveram por muito tempo em suas casas e ou em institui es paternalistas e protecionistas que pouco preparavam para a vida em sociedade e para o trabalho A inclus o no mercado de trabalho brasileiro em fatos A fim de avaliar de forma superficial e reconhecidamente simplista a situa o da pessoa com defici ncia no nosso mercado de trabalho pode se recorrer aos classificados de empregos replicando assim o estudo elaborado por Elite Souza Um fato j interessante que se procura por deficiente como se fosse qualquer outra profiss o como m dico advogado e engenheiro Assim o termo deficiente expressa uma habilidade uma qualidade do indiv duo e n o uma condi o como deveria ser tratada Os an ncios foram retirados do Jornal Folha de S o Paulo no per odo de 02 05 07 e 02 06 07 e organizados na seguinte tabela Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 368 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Nomeac o Mee usad
385. ica muito sei l deve passar um pouco visada s comentada aquela pessoa que isso e aquilo 2 Um Judas Judas traiu muito Uma coisa que n o gosto de traic o n o aceito 3 Induzido Uma cobra Se massacrada na realidade muito massacrada eu n o gostaria de ser uma cobra 4 Induzido Um chinelo velho Pra que serve um chinelo velho Mas velhinho j t pode aproveitar a correia colocar um outro aproveitar o salto pra colocar em outro um chinelinho bem zoadinho mesmo Porque usado e jogado fora j usei esse chinelinho e joguei fora 5 Pode ser um barco furado Porque ele ia faze mal pras pessoas ele s ia afunda as pessoas matar as pessoas n o gostaria de ser um barco furado 6 induzido Planta que tem espinho Alguma dessa que tem espinho Tem v rias pode ser um juazeiro n Porque pode faze mal as pessoas furar algu m ou at uma crian a ou mesmo furar algu m a gente mesmo An lise Consegue captar o sentido simb lico da instru o atende 1 Dissocia o instrumental 1 sinal de sa de ps quica As Positivas respostas adequadas bom n vel de sublima o e simboliza o Escolhas que valorizam a docilidade e indicam uma fragilidade coelho As outras escolhas adequadas incluem o outro Rela o objetal Interesse e preocupa o com o outro em ajudar e n o ferir dificuldades nas negativas Fragilidade de
386. ican lise Winnicottiana t m um estilo cl nico Neste universo s o apresentadas materialidades de diversas naturezas aos pacientes atendidos em grupo com o objetivo de facilitar a comunica o emocional entre os participantes propiciando assim um encontro inter humano que favorece o desenvolvimento das potencialidades de cada indiv duo e promove o al vio do sofrimento possibilitando a ocorr ncia de experi ncias emocionais mutativas Desde 1992 s o realizadas no mbito da Ser e Fazer Oficinas Terap uticas de cria o servi o abrigado no Laborat rio de Psicologia Cl nica Social pesquisas sobre enquadres diferenciados inspirados na teoria winnicottiana A apresenta o da materialidade mediadora em cada oficina vista como um elemento facilitador do brincar podendo ser considerado um paradigma do Jogo do Rabisco Aiello Vaisberg 2004 no brincar e talvez apenas no brincar que a crian a ou o adulto fruem sua liberdade de cria o Parece me v lido o princ pio geral de que a psicoterapia efetuada na superposi o de duas reas l dicas a do paciente e a do terapeuta Se o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 348 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP terapeuta n o pode brincar ent o ele n o se adequou ao trabalho Se for o paciente que n o pode ent o al
387. icativa da taxa metab lica no n cleo caudado que correlacionou se significativamente com os resultados cl nicos de ambos os tratamentos SCHWARTZ et al 1996 estendeu estes resultados ao combinar a esta novas amostras de pacientes submetidos a modifica o comportamental e obter resultados semelhantes Um estudo com SPECT Single photon emission computed tomography verificou anormalidades no g nglio basal em pacientes deprimidos com subsequente aumento de perfus o temporal e no giro cingulado ap s terapia cognitiva ou medicamento antidepressivo DUBE et al 1993 BRODY SAXENA STOESSEL et al 2001 investigaram a psicoterapia interpessoal para pacientes com Depress o Maior O foco da terapia foi a melhora do relacionamento social e redu o de sintomas depressivos Avaliando se o tratamento com paroxina ou psicoterapia interpessoal atrav s do PET observou se que embora os pacientes tratados com paroxina tenham obtido um maior al vio dos sintomas ambos os subgrupos tenderam normaliza o das taxas metab licas das reas consideradas anormais na linha de base c rtex pr frontal e lobo temporal Considera es de limita es do m todo foram feitas pelos pr prios autores e por THASE 2001 BRODY SAXENA MANDELKERN et al 2001 examinaram ent o trinta e nove pacientes com Depress o Maior submetidos ao PET antes e ap s o tratamento com paroxetina ou Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S
388. icologia Cl nica IPUSP A IMPORT NCIA DA ACOLHIDA INICIAL EM FORMA DE CONSULTAS TERAP UTICAS M rcia Aparecida Isaco de Souza Eliana de Siqueira Valdeli Vieira Val ria de Angelis Vieira Leila Salom o L P Cury Tardivo INTRODU O Projeto APOIAR um Sub Projeto do Laborat rio De Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo O trabalho trata de entrevistas iniciais sendo os requisitos necess rios a uma entrevista inicial nos moldes tradicionais conhecer motivo da consulta apreender aspectos latentes e os manifestos conhecer aspectos discrepantes e coincidentes do relato realizar mais entrevistas para a detec o do real desejo da consulta considerar a linguagem corporal gestual verbal ritmo tom de voz observando os temas que geram maior ansiedade ou bloqueios considerando sempre os aspectos transferenciais e contratransferenciais compreendendo o tipo de v nculo que o paciente procura estabelecer com o profissional Em nossa experi ncia nesse Projeto dentro do APOIAR vimos observando n o ser poss vel separar as fases de diagn stico e de interven o uma vez que essas fases sempre ocorrem simultaneamente nas entrevistas individuais quanto as familiares Assim muitos s o os aspectos a serem considerados Dentro do APOIAR o projeto de Entrevistas Iniciais tem coer ncia com nossa linha de trabalhopromovendo sempre que poss vel atendimentos cl n
389. icologia Cl nica IPUSP encontrar o sentidos de vida por meio de sua gestualidade espont nea e aut noma enfrentando dificuldades ineg veis de uma poca evidentemente conturbada que se caracteriza por um clima emocional no qual parece predominar pessimismo falta de perspectiva e de esperan a Aqueles que se organizam em termos de falso self continuar o na adolesc ncia a fazer o que sempre fizeram tentar sobreviver aguardando oportunidades de integra o Possivelmente a chegada ao limiar da vida adulta apresenta um valor simb lico de renascimento que suscita movimentos mais vigorosos no sentido da busca de integra o Trata se a meu ver de um importante incremento de esperan a o que aumentar de modo aparentemente paradoxal a eclos o de sintomatologia psicopatol gica que inclui a psicose a psicossomatose e a passagem ao ato Ter em mente o valor positivo do adoecimento destes adolescentes que muitas vezes gera situa es familiares marcadas por grande sofrimento criar as melhores condi es para o desenvolvimento de um trabalho clinico potencialmente mutativo Refer ncias Bibliogr ficas AIELLO VAISBERG T M J Sofrimento e adolesc ncia no mundo contempor neo sob a perspectiva da psicologia social cl nica In Anais do 1 Simp sio Internacional do Adolescente 2005 S o Paulo SP Brasil online citado 06 Novembro 2007 Dispon vel em World Wide Web lt http Awww proceedings scielo br scielo php s
390. icologia Cl nica Social 382 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Psicoterapia individual apresenta se como uma interven o fundamental nos casos de perda gradual da capacidade sensorial auditiva e visual O trabalho tem como focos principais a O processo de elabora o de quest es como a perda da independ ncia mudan as na imagem corporal limita es de atividades que antes lhe eram corriqueiras etc b A re significa o da vida e aceita o de novos meios de comunica o como LIBRAS t til tadoma etc que impediriam o isolamento completo O trabalho com os familiares da pessoa surdocega e com os profissionais que est o diretamente envolvidos com esse p blico torna se fundamental para auxiliar na elabora o dos sentimentos que emergem na rela o com a surdocegueira em si e com a pessoa que a apresenta CONSIDERA ES FINAIS tarefa do psic logo junto pessoa surdocega n o a cura da defici ncia ou a aceita o das exig ncias do mundo mas sim favorecer o desenvolvimento ps quico e uma comunica o eficaz que permita a manifesta o da sua alteridade Junto fam lia da pessoa surdocega o trabalho do psic logo tem por objetivo promover a aceita o do seu integrante com defici ncia tal como ele com suas potencialidades e com os seus limites sem nunca pr determinar as possibilidades de realiza o pessoal desse indiv duo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MEN
391. icos diferenciados seguindo perspectiva psicanal tica orientada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 165 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Dessa forma visamos a ampliac o da id ia do nosso contato inicial com o paciente numa abordagem interventiva e breve buscando atender maior n mero poss vel de atendimentos Consideramos com base em Winnicott 1965 que as consultas s o momentos de atendimento mas tamb m de reflex o e se poss vel de elaborac o e de promoc o de poss veis mudan as dentro de uma abordagem psicanal tica Esse projeto prop e esse atendimento com interven es precoces como consultas terap uticas de Winnicott Tamb m nos baseamos em contribui es de outros analistas poderoso recurso de intervenc o precoce e de prevenc o das graves patologias da p s modernidade Winnicott 1965 p diz existe uma vasta demanda cl nica por psicoterapia que n o se acha relacionada de maneira alguma a oferta de psicanalistas e portanto se houver um tipo de caso que pode ser ajudado por uma ou tr s visitas a um psicanalista isso amplia imensamente o valor social do analista e ajuda a justificar sua necessidade de efetuar an lise em plena escala a fim de aprender seu of cio O n mero de entrevistas consultas que realizamos depende de v rios fatores o grau de cl
392. iculdade de diagn stico em decorr ncia da dificuldade de comunica o Faz se necess ria estimula o e atendimentos educacionais espec ficos Principal causa da doen a S ndrome de Uscher A implica o no desenvolvimento depende de diversas vari veis a citar a per odo em que surgiu b c per odo em que foram detectados a les o o grau e a localiza o da perda etiologia d per odo em que a crian a come ou a receber atendimentos educacionais da defici ncia espec ficos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 380 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A classifica o educacional da surdocegueira feita tendo por base o per odo em que se deu o surgimento da defici ncia a Pr ling isticos surgiu anteriormente aquisi o de alguma forma de linguagem b P s lingu sticos surgiu posteriormente aquisi o de linguagem braile LIBRAS ou mesmo linguagem falada Considerando as duas possibilidades de per odo de ocorr ncia da surdocegueira a pr lingu stica gera maiores complica es pois se torna necess rio desenvolver com tal indiv duo a no o simb lica da linguagem Formas alternativas de comunica o a L ngua de sinais articula o ou configura o das m os associado express o facial b Alfabeto dactilol gico alte
393. idos E a maioria dos pais compra Aqui em S o Paulo num shopping existe um sal o s para meninas E l s o maquiadas e jogadas nesta vida l quida a partir de 03 anos de idade Que Belo exemplo para a precoce puberdade e a acelera o de uma adolesc ncia consumista Fisionomias afetadas pela moda de cabelos e roupas hoje o chique e mostrar a cueca para fora da cal a para os homens quando n o a pr pria bunda moda mocinhas e rapazes deitados no carro colocarem as bundas na janela gritando o que chamam de bunda lel Bebidas e dire o de carro s o estimuladas fazendo parte da conquista do poder A um adolescente com 17 anos perguntei Como foi aquela festa que voc esperou tanto Igual s outras bebi muito beijei 17 meninas e sa mos cantando pela rua no carro do meu colega doid o Que risco ele passou Muitos n o voltam destas festas Este garoto nos mostra como a rela o entre eles fugaz transformando os em pe as descart veis Usou joga no lixo Quais se transformar o em buchas permanentes E hoje n o mais se concerta pe as e sim as descarta N o existe rela o humana afetiva e sim rela o material bebida corpo quarto e outras pe as l quidas Sem comparar o objeto carro com seres humanos vejamos o exemplo de Bauman Os mec nicos de autom veis de hoje n o s o treinados para consertar motores quebrados ou danificados mas apenas para retirar e jogar fora as pe as us
394. il Leila Salom o La Plata Cury Tardivo RESUMO Introdu o tema de interesse e preocupa o dos profissionais de sa de o grau com que o indiv duo acometido por uma condi o de enfermidade que exige cuidados m dicos consegue cumprir as recomenda es feitas pela equipe que o assiste Nesse sentido diferentes estudos v m sendo desenvolvidos nas reas da sa de no sentido de buscar uma maior compreens o sobre esta quest o A literatura aponta que os fatores que interferem na ades o ao tratamento referem se ao tratamento propriamente dito rela o m dico paciente e ao pr prio paciente incluindo suas caracter sticas de personalidade No caso de pacientes portadores de glomerulopatias a compreens o sobre tais fatores assume fundamental import ncia uma vez que nesses pacientes a n o ades o ao tratamento m dico proposto pode levar perda da fun o renal Objetivo O presente estudo buscou verificar junto a uma amostra de pacientes acometidos por glomerulopatias se determinadas vari veis referentes personalidade podem estar associadas ao comportamento de ades o ao tratamento ou ao comportamento de n o ades o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 402 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Metodologia Delineamento estudo transversal no qual os sujeitos foram avaliados e
395. imando pacientes e alunos cada um em seu papel permitindo que a dor possa surgir e ser partilhada com os outros O conto normalmente era escolhido pelos pacientes os quais foram Branca de Neve e os Sete an es Rapunzel Peter Pan Os tr s porquinhos Mogli Alice no pa s das maravilhas e outros A oficina seguia com muita conversa e discuss es que iam surgindo atrav s da hist ria contada e da hist ria de cada um dos pacientes e at mesmo dos alunos e psic logas que participavam ativamente da atividade Envolvimentos profundos emo es revoltas discuss es e imagina o flu ram com muita intensidade Foi por Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 351 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP acreditar na fantasia que nos lancamos nessa tarefa de refletir sobre o que as hist rias antigas t m a dizer s pessoas que recorrem a elas Em algumas sess es fizemos uso de outros recursos al m da conversa como por exemplo desenhar algo que pudesse traduzir aquilo que a hist ria tinha deixado de mais importante para cada um E no final discut amos os desenhos o que enriquecia ainda mais a proposta Hammer 1975 diz ter percebido que os pacientes psiqui tricos frequentemente podem se expressar mais facilmente pelos meios gr ficos de comunicac o do que pelos meios verbais Freud 19
396. imento est o lidando como os valores em circulac o e de que forma os estao assimilando e aplicando em suas vidas 5 1 2 O Adolescente e a autonomia A aprendizagem da autonomia lenta longa e nem sempre completa No mundo moderno de evidentes conflitos a passagem da conduta regulada pelas restri es externas para a conduta regulada pelo autocontrole interior progressivamente dif cil O jovem deve aprender a tomar decis es e fazer julgamentos Para isso necessita basear se em princ pios livremente aceitos e valores morais que t m mudado rapidamente A sociedade atual diverge e n o aceita muitos valores e princ pios antigos Algumas posi es atuais s o at contrastantes O mundo do adolescente portanto o resultado de conflitos das gera es O adolescente por isso teme e evita tudo o que afaste dos usos adotados pelo seu grupo a ponto de segu lo ainda que intimamente condene sua a o Carneiro Le o prop e para se compreender em nivel filos fico o problema do t xico na juventude de hoje as seguintes perguntas e respostas 1 O que determina o comportamento do jovem Isto o que jovialidade 2 Que espa o de libera o concede nossa poca ao comportamento jovem 3 Como a juventude procura realizar a jovialidade no mundo de hoje 1 A estrutura do comportamento constitu da de projetos que est o por vir Isto jovialidade O comportamento jovem n o uma IS L
397. imento formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados f sicos tanto na esfera da normalidade quanto da patologia Verificamos em um estudo de caso como o p nico emerge e difundido com base em tais matrizes desviantes entre as quais o corpo anatomofisiol gico se destaca como fen meno identit rio denominado por alguns autores de bioidentidade Na literatura psicanal tica notamos um aumento no n mero de artigos que investigam o sofrimento humano Diversas abordagens muitos pontos de vista e variados focos de pesquisa v m luz Estudamos como o homem contempor neo adoece quais seriam as raz es desse sofrer quais as rela es com as esferas sociais Encontramos autores sugerindo novos tipos de sofrimento outros defendendo a id ia de esclarecimento de problemas j conhecidos anteriormente n o detectados Aiello Vaisberg 2001 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 203 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A concomit ncia de um atendimento psiqui trico medicamentoso e um apoio psicol gico na linha psicanal tica sustentado em Consultas Terap uticas num processo interventivo ir o propiciar ao paciente mudan as ps quicas e um retorno do equil brio ps quico a fim de incorpor lo novamente na corrente de trabalho visando uma melhor qualidade de vida OBJETIVOS O ob
398. imento e disponibilidade interna Falta de apoio emocional e de capacita o profissional prejudicam a qualidade do v nculo O papel do cuidador tem imensa import ncia mas pouca valoriza o e reconhecimento REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARPINI Dorian M nica Repensando a perspectiva institucional e a interven o em abrigos para crian as e adolescentes Psicol Cienc Prof 2003 vol 23 no 1 p 7 15 ISSN 1414 9893 BRASIL Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei n 8 069 90 de 13 de julho de 1990 Bras lia 1990 GOFFMAN Erving Manic mios pris es e conventos Tradu o Dante Moreira Leite Perspectiva S o Paulo 1974 WINNICOTT W D Priva o e delingu ncia Trad de lvaro Cabral Revis o da tradu o de M nica Stahel 4 ed S o Paulo Martins Fontes 2005 WINNICOTT W D O ambiente e os processos de matura o Trad de Irineu Constantino Schuch Ortiz Porto Alegre Artes M dicas 1983 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 259 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP DIAGN STICO PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA E IDOSOS Miriam Altman Kayoko Yamamoto Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Teoria da adaptac o e EDAO A EDAO pode ser usada pelos profissionais da sa de mental como um recurso valioso para fazer um diagn stico do paciente e ou da populac
399. io de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 153 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP maternidade Gestante casal beb e empresa s o beneficiados com os resultados do trabalho de grupo realizado Metodologia O Grupo de Gr vidas Crescer e Sonhar um projeto que faz parte das atividades de promo o social do CCPA Centro Comunit rio Psicologia e A o em parceria com a Secretaria de Promoc o Social da Prefeitura Municipal de Rio Verde e tem por objetivo o atendimento das mulheres gestantes da comunidade Dom Miguel sob o ponto de vista psicol gico como um todo Foram realizados encontros semanais onde os assuntos eram abordados atrav s de palestras din micas de grupo viv ncias relatos das experi ncias das gestantes e terapia comunit ria Para a an lise das informa es foi utilizado como suporte a pesquisa qualitativa participante onde em todos os encontros eram feitas anota es do feedback das gestantes de como estavam se sentindo no grupo e como este proporcionava mudan as em sua vida E atrav s do seu relato observ vamos a import ncia da realiza o deste trabalho Participantes O grupo foi formado por dezesseis gestantes em diferentes meses de gesta o e conduzido por quatro estagi rias do 10 per odo de Psicologia em um trabalho desenvolvido dentro das atividades do Est gio em Psicologia Comunit ria orientadas e supervisionadas pela professora da disciplina I
400. iorar a situa o A terapeuta tentou mostrar que nesse momento como em outros ele s poderia saber dele mesmo e se encorajar para expressar o que sentia sem temer tanto as consequ ncias Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 271 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Durante oito sess es subsequentes essa foi a linha de trabalho adotada e percebia se a cada sess o que o Senhor Carlos se sentia bem melhor Dizia que as brigas haviam terminado que ele estava mais compreensivo com a esposa e que ela tamb m vinha se esfor ando por melhorar a vida de ambos Declarou que se sentia grato pela ajuda recebida e ao saber que seria contatado em tr s meses demonstrou se aliviado pois teria um tempo para observar se as mudan as vieram mesmo para ficar Comentou no final que a filha queria telefonar para a terapeuta e agradecer pois todos estavam aliviados Novamente fez uma retrospectiva da vida principalmente dos momentos dif ceis e comentou mais uma vez que esperava que ele e a esposa pudessem usufruir as conquistas que tinham conseguido e que sempre teve otimismo e esperan a Fez coment rios tamb m sobre seus valores e o orgulho que sentia por ter formado os filhos em faculdade e de poder ter oferecido para os filhos condi es que ele mesmo n o teve oportunidade de ter Follow up Ap s o in
401. ir disto procurou ajuda com seu pai mas este n o se disp s a tal Consequentemente n o mais o procurou Voltou a procurar um ex namorado com o qual se relaciona at hoje V rias tentativas de separa o mas a paciente sempre reconsiderava e voltava ao relacionamento sempre com medo de ser agredida Paciente vivia sofrendo humilha es pelo fato de ter ganhado peso de j ter sa do com v rios homens e tamb m de ter tra do seu ex marido A rela o da paciente com sua filha conturbada pois ela a irrita muito Acredita que a filha tamb m sofre de depresss o a escola pediu para a m e procurar uma psic loga que fornecesse um parecer psicol gico da menina devido ao comportamento que vinha apresentando O pai de sua filha estava prestes a ser julgado por ter assassinado sua ex mulher e logo depois ter tentado o suic dio a pens o da menina estava muito atrasada mas ela n o cobrava porque se o pai pagasse ele teria o direito de passar mais tempo com a filha o que ela n o queria por Ter medo dele fazer algo contra ela Paciente diz que n o quer que a filha passe pelo que ela passou mas n o percebe que faz o mesmo abandonou a filha com sua av embora diga que sempre vai v la n o percebe o quanto a filha faz de tudo para chamar sua aten o e deixa a fam lia inteira interferir em sua cria o Paciente se diz viciada em sexo por isso que sa a com v rios homens em um nico dia Atualmente n o sente mais tant
402. is no c rebro KANDEL 1999 Segundo Liggan e Kay a psicoterapia psicodin mica tem como foco as representa es interpessoais o tipo de expectativa sobre o Self sobre os outros e suas rela es que organizam afetos pensamentos e comportamentos A neurobiologia subjacente s rela es interpessoais provavelmente envolve circuitarias neurais complexas como a lateriza o dos hemisf rios cerebrais e reas subcorticais e o lobo temporal esquerdo pode ser o foco cerebral para alguns processos psicopatol gicos que podem ser melhorados por psicoterapia psicodin mica ver LIGGAN e KAY 1999 O lobo temporal medial subjaz nossa consci ncia ou mem ria expl cita e a amigdala est implicada em armazenamentos impl citos inconsciente de mem rias sobre situa es nocivas A mesma condi o que leva uma pessoa a ter uma amn sia perda da memoria consciente para eventos relacionados a um evento traum tico pode tamb m levar a um poder particular da mem ria inconsciente ter uma influ ncia direta na forma como a pessoa age e sente A terapia da fala envolveria o c rtex pr frontal lateral pois a consci ncia do pr prio pensamento obtido pela psicoterapia estaria implicada na memoria de trabalho a representada LEDOUX 1999 Beutel et al 2003 cita estudos que demonstram que filogeneticamente os mecanismos l mbicos antigos incluindo a amigdala de avalia o emocional parecem estar conectados a fun es ling sticas ma
403. is da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 207 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP RANG B Programa de Treinamento a dist ncia para tratamento do transtorno do p nico e da agorafobia Rev Psig Clin 28 6 331 339 2001 SANTOS L Transtorno de p nico um estudo sobre as matrizes sociais de seu surgimento a sociedade de risco e a constru o contempor nea de bioidentidades Tese apresentada a Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Medicina Social Rio de Janeiro p 190 2007 TARDIVO L S P C Cadernos das Anais da IV Jornada APOIAR Inf ncia Sofrimento Emocional e a Cl nica Contempor nea Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo 2006 WINNICOTT D W 1951 Textos selecionados da Pediatria Psican lise Trad JANE RUSSO 3 ED Rio de Janeiro Francisco Alves 1988 WINNICOTT D W 1960 A Natureza Humana Trad D BOLOGOMETZ Rio de Janeiro Francisco Alves 1982 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 208 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP CONSULTAS TERAP UTICAS DE UMA CRIANCA ABRIGADA E SUA M E MATERNANDO M E E FILHA Wadad Ali Hamad Le ncio Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Resumo Este estudo apresenta algumas consultas
404. is recentemente evolu das O que talvez demonstre que na an lise as emo es podem ser submetida compreens o racional poss vel atrav s da linguagem E isso seria verdadeiro inclusive do ponto de vista neural Segundo LeDoux 2001 nas terapias psicanal ticas as altera es no Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 391 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP comportamento de medo por exemplo seriam provocadas pelo controle da reac o de medo pelo c rtex o c rtex seria levado a controlar a am gdala Segundo Meissner 2006b como resultado da matura o o c rtex desenvolve a capacidade de modular os padr es emotivos subcorticais O processamento consciente e a verbaliza o pr pria do processo anal tico poderia modificar e aumentar esse funcionamento cortical considerando que o c rtex mais pl stico que as reas subcorticais l mbicas ver MEISSNER 2006 b A psicoterapia levaria a uma melhor modula o pelos centros corticais superiores dos padr es de resposta neuronal no n vel do sistema l mbico As fun es neocorticais de linguagem e simboliza o seriam agentes de tomada de consci ncia e mudan a BEUTEL et al 2003 Panksepp 1999 afirma que o objetivo da terapia psicodin mica pode ser considerado como o de estabelecer uma resson ncia emocional mais harmoniosa nas infra es
405. isa em Psicologia tem sempre rela o com criar e desenvolver interven o e no APOIAR desenvolvemos os projetos na USP e nas parcerias com outras institui es Entrevistas Iniciais Consultas Terap uticas Psicoterapia Breve Psicoterapia Individual a crian as adolescentes adultos fam lias casais crian as abrigadas mulheres v timas de viol ncia dom stica idosos casos de depresss o crian as ou adultos ind genas em Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 163 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP atendimentos individuais ou grupais criancas vitimizadas portadores de esclerose lateral amiotr fica assim como aos seus familiares e cuidadores adultos com altas recentes de hospitais psiqui tricos assim como seus familiares em atendimentos individuais ou grupais adultos com quest es psicossom ticas avalia es psicol gicas aplica es do Teste Rorschach atendimentos aos internados em hospitais psiqui tricos Os encaminhamentos ser o direcionados para algumas destas vertentes ou para outros servi os no IPUSP ou ainda para outros recursos da comunidade sempre atentando quest o do sofrimento humano Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 164 Departamento de Ps
406. it rio de outra informa o armazenada na mem ria a longo prazo Os pacientes hist ricos estudados por Breuer e Freud teriam sido atormentados por mem rias impl citas de eventos que n o podem ser lembrados explicitamente A mem ria impl cita pode resultar em sintoma do trauma com emo es e experi ncias som ticas sem a lembran a consciente do trauma SCHACTER 1996 PALLY 1997 a Do ponto de vista da neuroci ncia o gradual desenvolvimento do controle executivo em rela o descarga afetiva parece se correlacionar com a matura o de mecanismos hibit rios do lobo frontal DAMASIO 1996 SOLMS 1998 KANDEL 1999 Os fatos cl nicos derivados da les o ventromesial do lobo frontal que constitui a s ndrome do lobo frontal parecem sugerir que a inibi o da descarga motora e a inibi o emocional s o fun es correlatas e que esta regi o cerebral a localiza o anat mica na inibi o da puls o O c rtex pr frontal representa alguns aspectos do julgamento moral que governa a habilidade de planejar de forma inteligente e respons vel O c rtex pr frontal pode estar envolvido em fun es coordenadas psicanaliticamente atribu das s fun es executivas do ego por um lado e do superego por outro KANDEL 1999 SOLMS NERESSIAN 1999 SOLMS 2000 2 Neurobiologia e Psicoterapias Os circuitos e redes neurais n o se desenvolvem somente com base em uma programa o gen tica mas tamb m s o modelad
407. ivo L S P C Gil C A e Cols Anais da III Jornada APOIAR Atendimentos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Cl nicos Diferenciados e Inclus o O Papel da Psicologia Cl nica Social S o Paulo USP 2005 Winnicott D W Consultas Terap uticas em Psiquiatria Infantil Rio de Janeiro Imago 1984 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 188 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 189 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PSICOTERAPIA Y PSICODIAGN STICO RELACIONES Y TAREAS COMPLEMENTARIAS UN ESTUDIO DE CASO Renato Cury Tardivo Ligia Mitsuko Furusawa Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Introducci n G de 21 a os se qued en psicoterap a 14 meses despu s de 6 meses ha sido solicitada una evaluaci n psicol gica Esa ha sido realizada en el APOIAR Y a seguir vamos presentar eses datos los cuales evidencian a n el valor terap utico de una evaluaci n psicol gica El consult el m dico por que estaba con dificultades para se concentrar y sent ase deprimido El psiquiatra que lo sigui atendiendo le recomend un acompa amiento psicol gico Meses m s tarde el m dico le solicit una evaluaci n psicol gica para evaluar si as difi
408. izmente em muitas pesquisas que s o realizadas evidencia se que os relacionamentos afetivo sexuais e aqui se destacam ambos os componentes e n o somente um ou outro t m sido considerados um dom nio praticamente exclusivo das pessoas das pessoas com boa sa de e fisicamente atraentes e que n o comunguem de caracter sticas consideradas como desviantes E essa quest o est nitidamente relacionada quest o do preconceito e da estereotipia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 120 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Consoante Jahoda e Ackerman 1969 Preconceito pr conceito em seu sentido etimol gico amplo o termo que se aplica s generalizac es categ ricas que fundamentadas numa experi ncia incompleta dos fatos n o leva em conta as diferen as individuais Todos n s prejulgamos continuamente a respeito de muitos assuntos e essas generaliza es redundam numa economia de esfor o intelectual Pois bem o processo de forma o de preconceitos encerra o perigo do pensar estereotipado este s se distingue daqueles por seu maior grau de rigidez O preconceito aparece quando os fatos n o est o ao nosso alcance enquanto que no pensar estereotipado os fatos n o contam mesmo quando os tenhamos m o p 26 Dessa forma o preconceito que possui segundo Duckitt 1992 di
409. jetivo deste estudo foi fazer um estudo compreensivo da rela o entre a hist ria do transtorno de ansiedade materna na gravidez na 1 inf ncia e do transtorno do p nico na vida adulta Nossa hip tese que o atendimento psicol gico aos pacientes com o Transtorno do P nico a partir das conceitua es propostas diminui o n vel de ansiedade o que deve representar uma melhoria na qualidade de vida da paciente M TODO Tipo de M todo Cl nico Utilizamos nesta pesquisa uma abordagem qualitativa do tipo de estudo de um caso realizada a partir do m todo cl nico segundo o referencial psicanal tico entre outros Tardivo 2004 O pensamento de Bleger 1975 concebe que a rela o sujeito meio n o uma simples rela o linear de causa e efeito entre os objetos distintos e separados sendo sujeito e meio integrantes de uma s estrututura total Esse mesmo autor qualifica assim que toda a conduta um acontecer humano As investiga es em Psican lise partem de uma vis o que se inspira no pensamento winnicottiano segundo o qual a psicopatolgia psicanal tica deve ser considerada como teoria do sofrimento humano Esta psicopatologia parte do reconhecimento de que a psican lise quando entendida rigorosamente como m todo e como encontro inter humano vale dizer como cl nica uma via privilegiada para aquele que busca a compreens o da experi ncia emocional humana ou a pesquisa do fen meno humano Aiello Vaisberg 2004
410. l Ele entremeia essas informa es com coment rios sobre o trabalho como por exemplo de que desconfia que atrapalharia o servi o da esposa se executasse outras tarefas o que tamb m o impediria de ajud la nos servi os dom sticos o que j faz h muito tempo E que no comeco foi dif cil e que se algu m olhasse para essas condi es que ele vivencia poderia achar que ele vivia uma vida folgada mas que n o era bem assim porque ele n o parava um nico minuto pois lavava passava e cuidava tamb m da limpeza da casa Outro coment rio que ele fez que n o consegue se abrir com sua esposa e admitir suas dificuldades em vivenciar as mudan as pelas quais tem passado pois as poucas vezes em que tentou fazer isso a esposa sentiu se amea ada e amedrontada com a possibilidade de ele a abandonar tendo aumentado as fantasias dela a respeito da possibilidade de ele ter outra mulher e de que ele a desvalorizava sexualmente Ele enfrentou dificuldades tamb m quando abordou essa quest o com a terapeuta as quais apareceram nas proje es maci as de identifica o projetiva manifestadas em cujo contexto a esposa que personifica a condi o de delirante enquanto ele sai ileso do conflito Compreens o din mica adaptativa Dados relevantes de cada setor adaptativo A R e PR Concluiu se que no setor AR o paciente encontra se pouco adequado 2pts pois apesar de est casado h muitos anos e demonstrar que sente amor pela
411. l LXVI SODR M 1992 O Social Irradiado Viol ncia Urbana Neogrotesco e M dia S o Paulo Cortez Editora 127 p Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 61 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PASSAGENS TRANSICOES E ADOLESCERES DESDE UMA PERSPECTIVA WINNICOTTIANA Tania Maria Jos Aiello Vaisberg Maria Christina Lousada Machado Pontificia Universidade Cat lica de Campinas Universidade de Sao Paulo Nao exageramos sem duvida quando afirmamos que atualmente Winnicott um dos psicanalistas mais lidos e citados em todo o mundo Entretanto temos a impress o de que sua obra pode ser usada como simples continuidade progresso ou desenvolvimento dos autores que o antecederam ou ao contr rio como obra radical que chega a romper profundamente com a pr pria tradi o psicanal tica No grupo Ser e Fazer que foi criado em 1997 como servico de atendimento do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Clinica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo cultiva se uma vis o segundo a qual seria inclusive cab vel questionar at que ponto Winnicott se mant m como psicanalista ao que respondemos afirmativamente t o somente porque seu m todo de trabalho segue sendo rigorosamente psicanal tico Na verdade a observ ncia acurada do m todo o qual como j tivemos ocasi o de
412. l 167 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP consulta terap utica o material se torna espec fico e muito interessante j que o cliente logo comeca a sentir que a compreens o pode talvez ser acess vel e que a comunica o a um n vel profundo pode se tornar poss vel Winnicott 1984 p 15 Haver aqueles casos em que se faz um profundo trabalho na circunst ncia especial da primeira entrevista ou entrevistas e as mudan as resultantes na crian a podem ser utilizadas pelos pais e aqueles que s o respons veis no meio social imediato de modo que considerando uma crian a com dificuldade em rela o ao desenvolvimento emocional a entrevista resultar na dissolu o da dificuldade e num movimento progressivo no processso de desenvolvimento Winnicott 1984 p 13 Sem d vida esse pressuposto tamb m se aplica a pacientes adultos ILUSTRA ES Vamos ilustrar com apresenta es resumidas de 3 processsos de consultas iniciais no APOIAR com 3 psicoterapeutas do projeto Todos os pacientes assinam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido permitndo que seu material seja divulgado para fins cient ficos ou de aprendizagem sempre buscando mant los no anonimato Caso Cl nico CV Dados de Identifica o CV sexo masculino 34 anos e Queixa inicial Entrou em contato com o APOIAR colocando em contato telef nico que estava buscando um lugar cujo tratamento oferecido fosse contr rio interna es
413. l Rodrigues e Thiago de Almeida Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 74 101 109 110 113 118 127 143 148 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PROJETO APOIAR A PORTA DE ENTRADA DO APOIAR ESTUDO QUANTITATIVO DE PACIENTES NA BUSCA DE ATENDIMENTOS PSICOL GICOS M rcia Aparecida Isaco de Souza e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo A IMPORT NCIA DA ACOLHIDA INICIAL EM FORMA DE CONSULTAS TERAPEUTICAS M rcia Aparecida Isaco de Souza Elaine de Siqueira Valdeli Vieira Val ria de Angelis Vieira e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo RELATO DE UM ATENDIMENTO EM FORMA DE CONSULTAS TERAP UTICAS Aline de Moura M rcia Aparecida Isaco de Souza e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo ENTREVISTAS INICIAIS ATENDIMENTOS CL NICOS DIFERENCIADOS Val ria de Angelis Vieira M rcia Aparecida Isaco de Souza Cl udia Aranha Gil e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo PSICOTERAPIA Y PSICODIAGN STICO RELACIONES Y TAREAS COMPLEMENTARIAS UN ESTUDIO DE CASO Renato Cury Tardivo Ligia Mitsuko Furusawa e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo ESTUDO DE CASO PACIENTE COM TRANSTORNO DO P NICO L cia de Mello Senra do Valle e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo CONSULTAS TERAP UTICAS DE UMA CRIANCA ABRIGADA E SUA M E MATERNANDO MAE E FILHA Wadad Ali Hamad Leoncio e Leila Salom o
414. la comunidade onde vivem e por profissionais da sa de notadamente porque ocorrem concomitantemente a diferentes doencas f sicas portanto associadas a m ltiplos sintomas e costumam se manifestar com altera es nem sempre muito marcantes do humor perda de apetite falta de energia e dist rbios de sono A depress o um transtorno multifatorial que decorre em graus vari veis de fatores biol gicos e psicossociais os crit rios para depress o segundo a Organizac o Mundial de Sa de em seu CID 10 s o os seguintes rebaixamento do humor redu o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 94 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP da energia e diminui o da atividade Existe altera o da capacidade de experimentar prazer perda de interesse diminui o da capacidade de concentra o associadas em geral a fadiga acentuada Observam se problemas de sono e altera es do apetite Existe quase sempre diminui o da auto estima e da autoconfian a e frequentemente id ias de culpabilidade e ou indignidade e pode se acompanhar de sintomas ditos de som ticos como perda do interesse ou prazer despertar matinal precoce agravamento matinal da depress o lentid o psicomotora acentuada agita o perda do apetite perda de peso e do apetite No idoso deprimido encontramos maior grau de hipocondria
415. lex es Rio de Janeiro Nova Fronteira 1975 A pr tica da psicoterapia Petr polis Vozes 1984 Fundamentos de psicologia anal tica Petr polis Vozes 1985 O esp rito na arte e na ci ncia Rio de Janeiro Vozes 1991 Sincronicidade Rio de Janeiro Vozes 2001 A natureza da psique Rio de Janeiro Vozes 2000 LIEVEGOED B Fases da vida crises e desenvolvimento da individualidade S o Paulo Antroposofica 1984 MARTINS J N o somos cronos somos kairos In Revista Kair s Programa de Estudos P s Graduados em Gerontologia PUCSP Ano 1 n 1 EDUC 1991 MORIN E O homem e a morte Portugal Publica es Europa Am rica 1970 O paradigma perdido a natureza humana Portugal Publica es Europa Am rica 1978 Introdu o ao pensamento complexo S o Paulo Editora Lisboa 1990 Terra P tria Porto Alegre Sulina 1995 Epistemologia da complexidade In Schinitmann D org Novos paradigmas cultura e subjetividade Porto Alegre Artes M dicas 1996 PIERI P F Dicion rio Junguiano S o Paulo Paulus 2002 PR FAT J R Envelhecer S o Paulo Paulus 1997 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 92 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP DEPRESSS O NA TERCEIRA IDADE Prof Dr Avelino Luiz Rodrigues Deomara Cristina Damasceno Liliana Cremasc
416. lgo que recorrente imaginar o marido a entendendo fazendo o que ela quer sem pedir como se ele tivesse que saber do pensamento dela Da me veio uma imagem de Janete crian a esperando um adulto vir brincar perceber que ela est precisando de um carinho de um brincar Dissemos isso para ela e ent o ela lembrou se de algumas mem rias de crian as que corroboravam essa imagem Ao longo dos atendimentos vivenciamos a coloca o da sonda nasal sua substitui o pela sonda g strica uma interna o hospitalar por pneumonia o fim dos movimentos nas pernas e o fim da tentativa de pronunciar as ltimas palavras Sr Pedro se encontra hoje com poucos e restritos movimentos nos olhos e levemente nos pesco o Atualmente amparado por sua filha esposa netas e dois enfermeiros um de manh e um de noite Acompanhamos sua piora sempre com o cora o apertado preocupadas com sua sa de com a evolu o r pida de seu quadro com o medo de nos deparar com sua morte O impacto de ver a evolu o da doen a me sensibiliza demais e fico muito assustada de saber que a doen a n o tem causa certa e nem cura Tenho muito medo de ter que enfrentar essa doen a futuramente ou estar no papel de cuidadora que segundo minhas experi ncias parece mais agonizante e mais penosa do que ser o pr prio doente Fico imaginando que n o suportaria essa situa o pela qual Sr Pedro est Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL N
417. lha a cada encontro O abrigo n o participa das decis es que s o tomadas pela Justi a em rela o aos casos que atende T m criancas que s o abrigadas e em uma semana retornam para suas casas Outros podem ser transferidos e outros ainda podem ficar tr s meses ou um ano e dois De modo que a situa o da crian a imprevis vel Usamos este termo para o nosso trabalho por verificar que a cada sess o pod amos realizar o trabalho de acordo com as nossas condi es e da dupla m e filha Pensamos como diz Tardivo 2004 p 39 que esta primeira ou estas primeiras entrevistas n o substituem outras formas de abordagem terap utica mas se apresentam muitas vezes como as possibilidades presentes para se tentar fazer alguma coisa Winnicott 1971 p 10 tamb m ressalta o valor da consulta terap utica por atingir a necessidade e press es sociais na cl nica Objetivos do estudo Esse trabalho mostra os motivos de abrigamento de uma menina de quatro anos os problemas emocionais e familiares e o sofrimento da m e e da filha Descreve tamb m o atendimento m e e a crian a abrigada atrav s das consultas terap uticas Revela como estas favoreceram o desenvolvimento e o fortalecimento do v nculo m e filha mitigaram o sofrimento delas e contribu ram para que ambas desenvolvessem uma maior capacidade de contin ncia da vida emocional Metodologia Empregamos o m todo cl nico dentro de um referencial psicanal tico Partimos da sit
418. lia L dia de Assis Rafael T Nevese Leila Cury Tardivo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 274 276 279 289 295 310 322 331 336 347 10 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFLEXOES ACERCA DO PROCESSSO INCLUSIVO DA PESSOA COM DEFICIENCIA Tadeu B Nogueira Jr Danilo Crespo Joyce E Fukuda Camila Galafassi Juliana Galv o Cec lia H Myamoto Mariana Penteado Marco V Zahra Anne W rzle Francisco B Assump o Jr e Leila S de L P Cury Tardivo REFLEXOES A PARTIR DA PSICAN LISE WINNICOTTIANA SOBRE AS IMPLICA ES DA DEFICIENCIA CONGENITA PARA O PROCESSO DE AMADURECIMENT O Tadeu Barbosa Nogueira Jr REFLEX ES ACERCA DO TRABALHO PSICOTERAP UTICO COM PESSOAS SURDOCEGAS Tadeu B Nogueira Jr Anne W rzler Camila Galafassi Cec lia H Myamoto Danilo Crespo Joyce E Fukuda Jt Fukuda Juliana Galv o Marco V Zahra Mariana Penteado Leila S L C Tardivo e Francisco B Assut Assumpc o Jr Jr PSICAN LISE E NEUROCI NCIAS INTERSECCOES Laura Carmilo Granado e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo BASES ORG NICAS DA COMUNICA O MAE BEBE UMA ARTICULA O ENTRE NEUR NIOS ESPELHO E PREOCUPA O MATERNA PRIM RIA Laura Carmilo Granado Rog rio Lerner Leila S L P C Tardivo ESTUDO SOBRE ADES O AO TRATAMENTO EM PACIENTES PORTADORES DE GLOMERULOPATIAS UMA CONTRI
419. lidade de oferecer um enquadre diferenciado para esses pacientes internados a fim de criar um espa o de escuta e contin ncia Observa se em seus relatos que Winnicott 1990 j se preocupava com a tentativa de recuperar a psiquiatria da estagna o procurando desenvolver m todos mais humanos no lugar de simples conten o f sica ou isolamento dos doentes mentais seguindo os passos iniciados por Freud Essa evolu o e as principais mudan as de tratamento s foram poss veis no in cio do s culo XX com a aplica o da psicologia din mica e da psican lise psiquiatria cl ssica da poca A experi ncia atual em hospital psiqui trico tem demonstrado alta incid ncia de interna o de pacientes por motivo de depress o grave com sintomas psic ticos e risco ou tentativa de suic dio Para essa compreens o Freud 1973 abordou detalhadamente a psicodin mica desses mecanismos em seu brilhante trabalho Luto e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 338 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Melancolia de 1915 principalmente a partir da observac o da excessiva tristeza de algumas pessoas ao enfrentar as situa es de luto Ele denominou melancolia a esse quadro cl nico em que a pessoa apresenta uma rea o patol gica perda Freud salientou que as mesmas rea es s o observadas num
420. logia Cl nica IPUSP OFICINA PSICOTERAP UTICA COMO PROPOSTA DE UM ENCONTRO INTER HUMANO EM HOSPITAL PSIQUI TRICO Denir Camargo Freitas Cl udia Aranha Gil Leila S P Cury Tardivo INTRODU O Este trabalho o relato de experi ncia realizada durante o segundo semestre de 2007 na Casa de Sa de Nossa Senhora de F tima pela equipe do projeto de Sa de Mental do APOIAR e alunos estagi rios do segundo ano do Curso de Gradua o em Psicologia da Universidade de S o Paulo na disciplina de Psicopatologia A experi ncia parte do Projeto de Pesquisa Interven o Encontros e Consultas Terap uticas em Hospital Psiqui trico coordenado pelos Professores Associados Leila Salom o De La Plata Cury Tardivo e Francisco Assump o J nior docentes da disciplina de Introdu o Psicopatologia dos referidos curso e universidade Est o reunidas na experi ncia duas finalidades sendo uma a de criar um espa o de escuta e contin ncia para pacientes psiqui tricos com epis dios de interna o e a outra a de possibilitar o primeiro contato de estudantes de gradua o em Psicologia com o paciente psiqui trico Desta forma os objetivos da pesquisa s o o objetivo terap utico em rela o aos pacientes de verificar portanto se a forma de interven o usada se presta para a escuta e contin ncia propiciando a compreens o e a minimiza o de 38 Psic loga Cl nica Mestre em Psicologia Cl nica pelo Instituto de Psi
421. lom o La Plata Cury Tardivo INTRODU O Iniciamos esse CD como a publica o que contem trabalhos apresentados na V Jornada APOIAR do LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo Estamos assim em nosso quinto encontro numa frequ ncia anual O APOIAR um amplo Projeto inserido no LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL PSC DO IPUSP que ser descrito de forma resumida em t pico posterior desse breve relato O APOIAR foi consolidado em 2003 e veio se integrar ao Projeto Ser e Fazer oficinas Terap uticas de Cria o que j compunham o Laborat rio desde 1997 A Jornada realizada ap s o primeiro ano de nessas atividades em 2003 teve como tema As Propostas de Atendimento e objetivou mesmo essa apresenta o j que est vamos iniciando nossas atividades e parcerias Ao longo dos anos diversas pesquisas foram conclu das teses defendidas trabalhos apresentados e publicados outros projetos foram sendo iniciados outras parcerias com institui es tamb m foram ocorrendo Em cada Jornada buscamos apresentar uma publica o que tenha os trabalhos apresentados divulgando os e estimulando estudantes profissionais e pesquisadores a conhec los e a dialogar conosco Assim em 2003 pudemos apresentar textos referentes a esses projetos e pesquisas ainda iniciais Tardivo e Gil 2003 Em 2004 a Il Jornada APOIAR foi d
422. ltar A terapeuta pergunta se viu a filha mais nova Ela diz que sim e que isso n o tinha sido f cil que a filha n o a reconheceu e que est chamando de m e a outra A terapeuta diz que crian a vai se adaptando e tendo mais conviv ncia ela vai recuperando Diz que depois de alguns dias a filhinha j estava falando m e tia Fala do p de manga que est grand o e que diferente do p de algod o Isadora deixou cair o bebezinho que a m e tinha trazido para ela e quando a Luc lia perguntou se ela quisesse ela disse que n o A terapeuta disse para a Isadora ue ela achou que a m e jogou ela fora e n o quis mais saber dela que a m e largou ela e ela ficou triste Isadora chorava muito escondendo o rosto Luc lia pediu desculpas para a Isadora por ter viajado sem avisar ela e por ter deixado no abrigo Disse para ela que nunca mais ia deix la Jurou para Isadora que n o ia mais deix la Beijou e abra ou a Isadora Com o tempo Isadora e Luc lia passaram a ficar mais pr ximas Ap s oito meses de Consultas terap uticas Transcorridos oito meses tanto a Isadora quanto a Luc lia pareciam estar esperan osas quanto ao futuro de conseguirem voltar a viver juntas Luc lia j n o se culpava muito j n o chorava tanto e nem ficava presa a sua dor tristeza e culpa E a Isadora n o chorava por causa das idas e vindas da m e no dia das visitas Numa das sess es de final de novembro Chegam as duas depois da Luc lia
423. m 2000 Conclus es Pode se perceber que as dificuldades de contato de Manoela podem estar relacionadas a indefini o de ter um lugar para morar porque a fam lia que se interessou pela ado o n o efetivou at o momento os procedimentos legais nem em rela o Coordenadora do abrigo e nem em rela o aos rg os competentes Pode se tamb m perceber a tentativa de Manoela de se proteger e n o se vincular na Institui o de medo de perder e tamb m da fam lia que vem visit la incentivando assim o desejo de ado o Pode se pensar que seu comportamento revela uma tentativa de manter algum controle sobre seu futuro incerto buscando assim dgum al vio do sofrimento T rmino da avalia o do psicodiagn stico Foi dada devolutiva a Manoela enfocando os aspectos mais proeminentes dos desenhos como os citados acima mostrando seus pr prios desenhos e contando as hist rias Ela passou a prestar muita aten o parou de se mexer na cadeira como normalmente ocorria e n o desviava os olhos dos desenhos eventualmente olhava para a terapeuta e ria mas em seguida voltava a olhar os desenhos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 252 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Enquanto a terapeuta contava as hist rias ela acompanhava e algumas vezes se adiantava na hist ria exatamen
424. m aspecto inerente ao ser humano que tende a se perdurar e possui in meras formas v lidas de manifesta o Em termos cognitivo comportamentais o amor visto por esses autores como um sistema complexo e din mico n o s por ser multideterminado mas tamb m pelo fato de apresentar uma pluralidade de consequ ncias Al m de sua defini o diligentemente procurou se tamb m compreender a estrutura do amor Nessa busca pela f rmula do amor tais alquimistas acad micos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 132 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP almejavam encontrar quais eram os seus tijolos emocionais isto os seus componentes Almeida 2003 Outras conjecturas pautas de muitas discuss es s o por exemplo ceme o modo pelo qual o amor nasce entre as pessoas e a possibilidade de prev lo as quais remontam desde a Antiguidade Cl ssica embora os arroubos rom nticos sejam bem anteriores a esse per odo Outra d vida recorrente ao se estudar o amor caracteriz lo como uma forca ou um estado e ainda no que diz respeito ao escopo dessas investigacdes se ele um agente ou passivo Para Buss 1988 o amor n o simplesmente um estado o amor atua Dessa forma o autor considera que o amor n o somente um conceito puramente subjetivo composto por pensamentos sentimento
425. m impulso Luc lia era separada e tinha duas filhas sendo que as filhas eram de pais diferentes e a filha mais nova tinha dois anos Pediu para que o pai da filha mais nova viesse lev la para viver com ele Sacou suas economias e veio com a filha mais velha para S o Paulo Conta que logo que vieram ela p de alugar uma casa e viver Mas o tempo passou e n o conseguia arrumar emprego e passou a se desesperar At que abrigou a filha Fala do amor imenso que tem pela filha Isadora nome fict cio e do grande sofrimento e culpa que viveu ao abrig la Fala que a filha nasceu quando ela estava com 18 anos de uma rela o de namoro que teve O pai da crian a a viu ap s o seu nascimento e depois sumiu Conta que o pai da sua segunda filha havia assumido sua filha mais velha como se fosse dele mesmo at nascer a filha natural Disse que tanto a Isadora como ele Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 219 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP eram muito ligados um ao outro Tanto que a Isadora chamava o de pai Conta que Isadora comecou a cham lo de pai antes mesmo dela falar mam e Disse que desde que ela era beb ele ficava junto das duas e era t o amoroso com ela e a filha que ela decidiu ir morar com ele Haviam morado juntos durante dois anos Diz que jamais fazia restric o a ela at nascer a p
426. m quadros depressivos sendo que a doen a f sica um dos fatores de risco mais significativos embora assinale que esta associa o contribui para impedir os cl nicos de reconhecerem a depress o Oliveira em pesquisa realizada em Salvador encontrou um percentual de 28 9 o que ser considerado bastante elevado numa unidade b sica de Sa de Os n meros podem n o ser diferentes quando se avalia a presen a de depress o em popula es fora do espa o das unidades de atendimento sa de Leite pesquisou a presen a de manifesta es depressivas em idosos que frequentaram o Programa de Universidade Aberta Terceira Idade da Universidade Federal de Pernambuco e encontraram um percentual importante de 24 02 No entanto imperativo destacar que estudos demonstram uma incid ncia de depress o menor em popula es que frequentam programas de universidade da terceira idade conforme destacado por Irigarai e Schneider Estes dados nos informam que a depressao nos idosos um problema significativo de sa de e deveria ser parte integrante na avaliac o inicial de qualquer paciente idoso Al m do sofrimento que provoca em seus portadores a ameaca que representa por incrementar a morbidade e mortalidade por predispor doencas e por constituir fator de pior progn stico em muitas doencas muitas vezes provoca incapacidade e sobrecarga fam lia e cuidadores sendo que seus sintomas com frequ ncia n o s o reconhecidos pe
427. m um nico ponto no tempo corte transversal Sujeitos 38 pacientes inclu dos aleatoriamente com diagn stico de glomerulopatia h pelo menos 2 meses prim ria ou secund ria Instrumentos utilizados entrevista semi dirigida e M todo de Rorschach avaliado segundo o m todo de Exner A partir do levantamento realizado atrav s de auto relato do tipo de comportamento apresentado pelo paciente aderente ou n o aderente foram formados dois grupos a fim de comparac o Resultados Os pacientes integrantes do grupo caracterizado pelo comportamento de n o ades o diferiram de forma estatisticamente significante dos demais por revelarem maior isolamento e baixo interesse relacional 65 O traco psicopatol gico de maior preval ncia em ambos os grupos foi o traco depressivo observado em 47 dos pacientes aderentes e 61 dos pacientes n o aderentes ao tratamento 58 dos pacientes que n o aderem ao tratamento o fazem por concentrarem se nas dificuldades do mesmo e n o por n o acreditarem em seus benef cios Conclus o Os resultados apresentados refor am a necessidade cada vez maior que as equipes de sa de se configurem atrav s da interdisciplinaridade possibilitando que o paciente venha a ser atendido integralmente em suas dificuldades Nesse sentido o psic logo atrav s de sua escuta terap utica e sua pr tica profissional de grande valia nas equipes de sa de na medida em que pode auxiliar os pacientes a desen
428. m uma experi ncia bastante rica e significativa onde o lembrar pode ser entendido como possibilidade de integrac o do Self rumo a uma exist ncia mais criativa e pr xima de si mesmo em uma cl nica que eticamente orientada segundo o m todo psicanal tico se pretende capaz de ao superar as dissocia es ser mais verdadeira e pr xima ao acontecer humano REFER NCIAS AIELLO VAISBERG T M J Ser e Fazer enquadres cl nicos diferenciados na cl nica winnicottiana Aparecida SP Id ias e Letras 2004 FREUD S Recordar repetir e elaborar In Edi o Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud tr s Ed Rio de janeiro Imago 1990 V 12 Trabalho original publicado em 1914 GIL C A TARDIVO L C TURNA J W CAUTELLA W Oficinas Psicoterap uticas em El hospital psiqui trico uma propuesta de Ensefianza Y Pesquisa Intervencion IN Anais do Il Congresso Argentino de Salud Mental e II Encontro interamericano de Salud Mental Buenos Aires 2007 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 330 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP MACHADO M C L AIELLO VAISBERG T M J GIL C A TARDIVO L S L P Oficina Psicoterap utica de cartas fotografias e lembrancas uma experi ncia dram tica In AIELLO VAISBERG T M J AMBROSIO F F org Cadernos Ser e Fazer Apresentac o e materialidade S o
429. ma consider vel presen a social e boa flu ncia verbal Em alguns casos eles s o os l deres sociais de seus grupos V timas fatais de psicopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte O mais assustador o fato que entre 1 da popula o psicopata Os psicopatas s o aproximadamente tr s vezes mais propensos a reincid ncia criminal e quatro vezes mais propensos a recidivas em crimes violentos do que os n o psicopatas Atribui se a criminalidade violenta e organizada a causas como mis ria a fome o desemprego e a injusti a social Estes de fato s o os fatores que levam a criminalidade mais presente em nosso meio que o crime contra o patrim nio Os que cometem este tipo de crime s o chamados de bandidos comuns e importa separ los dos verdadeiros psicopatas Muito pouco destes sujeitos s o reincidentes O tipo de crime n o prediz a periculosidade do agente N o poss vel basear se no tipo de crime por mais hediondo que seja para predizer a reincid ncia criminal A quest o volta se para a identifica o de sujeitos perigosos e portanto prov veis Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 68 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP reincidentes criminais cujo diagn stico baseia se no estudo de sua personalidade Apresentamos instrumento de avaliac o
430. marcada pela privatiza o do destino e pela crise da pol tica necess rio mudar a tarefa da teoria cr tica Se antes o decisivo era defender a autonomia privada contra o avan o do Estado a tarefa hoje defender o evanescente dom nio p blico de sua invas o por interesses e sofrimentos privados Como restituir lugares p blicos na cidade ao inv s de ela ser marcada pela prolifera o dos condom nios fechados e shoppings centers Como evitar que nossos jornais e TVs sejam ocupados por fofocas sobre personalidades p blicas e pela exibi o de sofrimentos individuais sem qualquer possibilidade de articula o em causas p blicas Bauman apresenta esses temas atrav s da an lise de cinco conceitos decisivos emancipa o individualidade espaco tempo trabalho e comunidade Em todos eles reaparecem diversos tra os em que nos reconhecemos a incerteza da vida cotidiana a inseguran a na cidade a precariedade dos la os afetivos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 43 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP e do trabalho o privil gio do consumo em detrimento da produc o a troca do dur vel pela amplitude do leque de escolhas o excesso de informa es etc Ele questiona uma alternativa tica e pol tica do presente o sonho comunit rio Para Bauman a popularidade desse sonho gerada pelo crescen
431. mbora com a m e Conta que a Isadora chorou muito e queria ir embora com ela e que depois acabou saindo daquele jeito s escondidas Falo para a Isadora que muito duro ficar longe da mam e e depois a mam e vir e ter Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 224 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP que ir embora Falo que a m e estava me falando o quanto ela e a m e sofriam de ficarem uma longe da outra Isadora balancava a cabe a que sim Sua m e de vez em quando segurava a mais forte abra ava a e a beijava carinhosamente Ela sorria A terapeuta dizia para ela como que era gostoso receber o carinho da mam e E como era bom para as duas estarem de novo juntas Luc lia disse que foi ao F rum e l n o lhe fizeram muitas perguntas e que a assistente social lhe disse que iam fazer uma avalia o psicol gica dela e que ela ia precisar falar com o Juiz Fala que as pessoas com quem ela comentou sua hist ria lhe disseram que vir aqui foi o maior dos passos Disseram ainda que a gente defende quem a gente ama com unhas e dentes Diz que ela achava que antes n o estava fazendo isso Falo que talvez agora esteja sentindo se bastante forte para n o esmoreecer Diz que as pessoas que olham de fora podem pensar assim Ficou 6 meses longe da filha Mas s eu seio que passei Deixar ela
432. mbro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 60 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP carteira de trabalho era o sonho do servidor e uma excepcional apresentac o Hoje um dem rito 8 Conclus o Nesta r pida passagem como tem sido a vida l quida tentei enumerar alguns itens para a compreens o de como vive o adolescente no mundo de hoje Ap s a conceitua o dos termos buscou se elaborar as teorias mais atuais O adolescente protagonista das transforma es aceleradas do mundo dito moderno e procede como um consumidor contumaz As rela es deles com a sociedade incluindo os seus pares s o superficiais pouco afetivas e n o duradouras Os objetos com os quais eles se relacionam coisas e pessoas s o tratados como descart veis e para tanto desde que usados s o jogados no lixo Alguns exemplos s o evocados para aclarar os fatos e os termos usados Refer ncias Bibliogr ficas BAUMAN Z 2007 Vida L quida Rio de Janeiro Zahar 210p BAUMAN Z 2001 Modernidade L quida Rio de Janeiro Zahar 260p FRANCISCO L V 2007 A modernidade da fus o social pela solidifica o individual Modernidade L quida Zygmunt Bauman Klepsidra Revista Virtual de Hist ria GITLIN T 2001 M dias Sem Limites Rio de Janeiro Ed Civiliza o Brasileira LE O E C 1972 Juventude e T xico Reflex es de Compreens o Filos fica Rio de Janeiro Revista de Cultura Vozes Vo
433. mento de Psicologia Cl nica IPUSP enquadre e holding do grupo p de propiciar uma altera o significativa no estado emocional do paciente rumo recupera o No ltimo encontro terap utico sabendo que iria ter alta Pedro estava ansioso pela sess o com o grupo pois queria relatar um sonho Disse que foi dormir pensando em sua m e e sonhou com ela Conta o sonho em que a m e estava encolhida embaixo de uma mesa com frio Lembra se da m e j falecida e fica emocionado e com l grimas nos olhos Nesse momento nos conta que fez uma m sica para sua m e que contava todos os sentimentos que ele n o pode lhe dizer enquanto viva Declama para o grupo a letra da m sica como uma poesia e novamente fica muito emocionado Acolhemos esse instante com intensa emo o e compreendemos a poesia como reconquista de um gesto espont neo de Pedro que cria um sentido de exist ncia Winnicott 1990 como resultado do trabalho mental elaborativo que ocorreu no decorrer da semana em fun o dos encontros terap uticos e foi representado pelo sonho emotivo com a m e Vale ressaltar que nesse momento a sublima o surge como ind cio de possibilidade de mecanismo defensivo mais evolu do quando o paciente elabora seus sentimentos em rela o morte de sua m e escrevendo uma m sica A pr tica cl nica com pacientes depressivos tem mostrado a import ncia da rela o transferencial como espa o potencial para que o paciente possa viv
434. mento de Psicologia Cl nica IPUSP Do contr rio ser eternamente perseguido pelo medo da perda mesmo que tenha sido bem sucedido em obter posic es e objetos do mundo material e esteja cercado de relacionamentos afetivos Uma vez que desperte para as dimens es transpessoais da exist ncia a pr pria vida considerada de uma perspectiva diferente Um novo sentido de significado pode ser o conte do derivado da nova experi ncia Referencias bibliogr ficas ARCURI P G Mem ria Corporal O Simbolismo do Corpo na trajet ria da Vida S o Paulo Vetor 2004 BEAUVOIR S A velhice Rio de Janeiro Nova Fronteira 1990 BRENNAN J B Meia idade e vida S o Paulo Paulus 1991 Arqu tipos Junguianos A espiritualidade na meia idade S o Paulo Madras 2004 ERIKSON E Childhood and society New York Norton amp Company Inc 1950 Identidade juventude e crise Rio de Janeiro Zahar 1976 FEATHERSTONE M O curso da vida corpo cultura e imagens do processso de envelhecimento In Textos Did ticos Campinas IFCH Unicamp 1998 HAMEL S LECLEREC G LEFRN OIS R A Psychological Outlook on the Concept of Transcedent Actualization The International Journal for the Psychology of Religion 13 1 3 15 Copyrght Lawrence Erlbaum Associates Inc London 2003 GOETHE Fausto Trag dia de Ghoete S o Paulo Martin Claret 2002 JUNG C G O homem e seus s mbolos Rio de Janeiro Nova Fronteira 1964 Mem rias sonhos e ref
435. mida iminente o que implica numa busca imediata de vigil ncia Melo Neto et al 2005 A perturba o gerada envolve s bitas rapidamente crescentes e intensas rea es simp ticas como taquicardia sensa es de falta de ar tremores sudorese tonteiras vertigens pernas bambas n usea formigamentos idea es de morte por sufocamento ou ataque card aco loucura perda de controle desmaio que causam enorme mal estar e desconforto e que limitam de forma dr stica a mobilidade e a autonomia dos pacientes Rang 2001 As situa es cl ssicas de evita o agoraf bica incluem o uso de menos transporte nibus avi es metr s dirigir em trajetos com pouca possibilidade de sa da ou retorno t neis pontes auto estradas comprar em grandes lojas ou supermercados frequentar lugares aglomerados cinemas teatros espet culos musicais e outros Rang 2001 A vida pessoal profissional e afetiva dos pacientes gravemente afetada n o conseguem mais sair sozinhos e s vezes nem acompanhados Passar por certos lugares viajar em transportes p blicos fica imposs vel Fazer compras ir a bancos ver espet culos de cinema teatro ou m sica tudo isto faz parte do passado Trabalhar se Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 202 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP torna muitas
436. mora em outra cidade Teve que se afastar da fam lia pois n o gostam do seu namorado Aninha n o consegue dormir noite sozinha e vai para a cama da m e S fica em seu quarto quando o namorado da m e est em casa ou quando recebe suas amiguinhas Maria a descreve como uma crian a carinhosa que adora abra ar beijar e ficar no colo A m e encontra se muito angustiada e se sentindo com dificuldades de lidar com essa situa o e diz que foi por conta disso que procurou ajuda A psic loga encontrou Maria tendo que sustentar econ mica e emocionalmente sozinha sua filha Passando por uma situa o onde luta pela sua sobreviv ncia e a de sua filha em que respons vel por seu suporte emocional e moral Maria sente dificuldade Aninha sobre v rios aspectos parece estar pedindo ajuda da forma que lhe poss vel pelo desempenho escolar pelo relacionamento com os amigos pela dificuldade em dormir sozinha entre outras Mas Maria n o est conseguindo sozinha ajudar a filha porque tamb m est precisando de ajuda Precisa de uma sustenta o emocional para confiar na sua pr pria capacidade que sente ter perdido Est colocando em d vida a sua capacidade de ser m e sua possibilidade como cuidadora Parece que Maria tem de fato essa capacidade s precisa de um suporte para perceber e acreditar no seu potencial Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007
437. motiva es e estrat gias desta popula o apresentam e dscutem algumas implica es pr ticas para programas preventivos Neste estudo quando perguntados sobre o que pais e crian as deveriam fazer para prevenir a viol ncia sexual os agressores fizeram diversas recomenda es relevantes direcionadas para crian as pais familiares e professores Destas recomenda es apreende se que a VSDCA pode ocorrer fora do ambiente dom stico o que torna o fen meno ainda mais complexo Neste sentido algumas recomenda es gerais v lidas para a preven o da viol ncia sexual infantil extrafamiliar podem ser igualmente pertinentes para a preven o da VSDCA Elliott e cols 1995 afirmam ainda que informes publicit rios sobre a quest o podem ser ineficientes sobretudo se detalhados pois levam os agressores sexuais a mudarem seus m todos de a o tornam se mais prevenidos e sofisticados Do ponto de vista metodol gico alertam para as limita es de qualquer estudo com agressores pois eles podem mentir ou exagerar ou seus relatos podem ser diferentes da vasta maioria dos agressores que n o est o encarcerados ou em Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 297 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP processso criminal pois imaginam que de alguma forma podem obter uma considera o especial em sua senten
438. movimento educativo grupal sendo multiplicadores de sa de no coletivo Discuss o A trajet ria trilhada pelo Grupo de Gr vidas possibilitou realizar uma pr tica de sa de e de terapia comunit ria pautada numa abordagem dial gica que procurou identificar as repercuss es da aplica o de um processo de cuidar participante na sa de integral individuakcoletiva de um grupo de gestantes A implementa o do Grupo de Gr vidas dentro da perspectiva qualitativa e participante ocorreu desde o seu princ pio atrav s da din mica de promo o da integra o de saberes de energias cria es e sentimentos que geram nova constru o de conhecimentos e possibilidades de transforma o Neste aspecto o grupo revelou se como um recurso de apoio emocional e psicol gico para as suas participantes constituindo se num espa o para compartilhar experi ncias sentimentos e afetos e socializa o de saberes t cnico cient fico e popular Ocasionou ainda uma maior compreens o de si e do mundo bem como a busca das possibilidades e recursos para a sa de integral na dimens o individual e coletiva O conv vio com as participantes al m de gratificante possibilitou aplicar uma abordagem te rico metodol gica que valoriza os sujeitos na sua subjetividade sem contudo perder de vista o rigor da pesquisa qualitativa e da terapia comunit ria A realiza o de visita domiciliar como estrat gia para a identifica o das repercuss es neste estu
439. mp COLABORADORES O uso da Entrevista e do Procedimiento de Desenhos Est rias como meio de intervenc o e compreens o de alguns sintomas em uma menina rec m abrigada recusa de alimenta o e choro excessivo Trabalho apresentado no Congresso Argentina 2005 LEONCIO W A H amp COLABORADORES Consultas terap uticas de uma crian a abrigada e sua m e Trabalho apresentado no Congresso Argentina 2005 MAGALH ES J S Abuso Sexual Intrafamiliar reflex es sobre um caso cl nico sob a perspectiva da Psican lise do Self S o Paulo 2003 135 p Disserta o de Mestrado departamento de Psicologia Cl nica Instituto de Psicologia USP SEl M B Desenvolvimento emocional e os maus tratos infantis uma perspectiva Winnicottiana 2004 109 p ginas Dissertac o de Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2004 TARDIVO L S P C O Adolescente e Sofrimento Emocional nos dias de hoje Reflex es Psicol gicas Encontros e Viagens S o Paulo 2004 213 p Tese Livre Doc ncia Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo Departamento de Psicologia Cl nica WINNICOTT D W Consultas terap uticas em Psiquiatria Infantil Rio de Janeiro Imago 1984 WINNICOTT D W Da Pediatria psican lise Rio de janeiro Francisco Alves 1987 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 232
440. mpreende a necessidade ele reproduz a situa o fracasso anterior que interrompeu os processos e possibilidade de desenvolvimento emocional do paciente Winnicott denominou de falso self essa estrutura aparentemente quase adaptada mas que mant m a vida apoiada em um temor de voltar s experi ncias catastr ficas iniciais que encobre um terror sem nome e o medo de aniquilamento caracter sticos dos estados psic ticos Para Winnicott 1994 desde as primeiras entrevistas o analista deve tentar oferecer um ambiente de sustenta o emocional holding no qual o paciente possa gradativamente testar e experimentar numa rela o humana aquilo que at ent o foi uma tentativa superficial de adapta o para super la e poder se desenvolver verdadeiramente Essa nova experi ncia vai permitir que a pessoa possa crescer e amadurecer emocionalmente para alcan ar o processo de personaliza o sobre um verdadeiro self Em atendimento cl nico Winnicott 1994 enfatizou o imenso valor terap utico a ser explorado nas primeiras entrevistas em que o psicoterapeuta ocupa o lugar de um objeto subjetivo para o paciente uma vez que assimilado por este de acordo com as expectativas e cren as Nesse in cio o paciente comparece mais disposto para informar o terapeuta ou seja trazendo maior quantidade de material relativamente n o defendido do que trar nas outras consultas quando tiver uma percep o mais objetiva do psicoter
441. munh o de Jos participando ativamente Alguns meses depois se iniciaram as visitas regulares da av materna por m Martha n o fez nenhuma visita ao filho at o presente momento Jos passou as f rias desse ano na casa da Tia Paula Ap s esta f rias todas as semanas Jos fica com a fam lia nos finais de semana Depois de um per odo esta conviv ncia com a fam lia passa de semanal para quinzenal mantendo se assim at a data atual Os finais de semana com a fam lia para Jos tornaram se uma rotina Ele demonstra estar adaptado s idas e voltas ao abrigo n o apresentando queixas sobre sua vida no abrigo ou ainda sobre os finais de semana com a fam lia 2 Reflex es sobre os atendimentos A fantasia e o desejo de conviver com a fam lia est presente em quase todas as sess es Algo complexo e que para ser vivido de maneira saud vel necessita de um trabalho conjunto e integrado de diversos profissionais para garantir que tanto ele como a fam lia possam suportar e viver este retorno A conviv ncia de pessoas parentes que se sentem estranhos devido a tanto tempo separados O abrigo foi o local em que ele pode desenvolver se durante o per odo em que a m e estava impedida judicialmente de cuidar e outras pessoas da fam lia n o podiam garantir o seu bem estar Com o retorno da m e a liberdade e a luta pela guarda de Jos houve o retorno ao lar Este retorno foi tentado atrav s de uma readapta o tendo o mesmo vol
442. n de este subteste en cubos su desempe o ha sido excelente ejecutando los dibujos de los modelos con tiempo abajo cel tiempo l mite menos el ltimo modelo En los dem s subtests su desempe o ha sido dentro de lo esperado Tiene una inteligencia normal Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 195 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP BPR 5 Bateria de Pruebas de Raciocinio Primi 2000 En esta bater a el desempe o del paciente permaneci entre percentil 40 45 a 80 85 siendo el nico percentil abajo de P50 el que se refiere a la prueba de Raciocinio Num rico En las dem s pruebas el desempe o est siempre mas alto que el P50 Entrevista Devolutiva El paciente llega visiblemente ansioso a la entrevista Charlamos sobre todo el material envuelto en la evaluaci n y informamos que no se trataba de ning n problema neurol gico y que la sospecha de dislexia estaba descartada La reacci n del paciente ha sido visible como se un gran peso salise de sus espaldas Continuando la entrevista informamos que el problema a que l se refer a era mucho m s debido a su estado emocional que f sico neurol gico Han sido hechas algunas preguntas para tener idea de como eran sus h bitos de estudio en el aula y se lleg a la conclusi n de que tambi n se trataba de un caso de trastorno de d ficit de atenci
443. ndimento diferenciado e contribuir para a resoluc o de problemas emocionais muito s rios e que prejudicavam o desenvolvimento da crianca Nas consultas procurou oferecer para a crianca um espaco de acolhimento que favorecia a comunicac o dos aspectos mais ntimos De acordo com Winnicott 1971 p 15 se um setting profissional correto fornecido o paciente isto a crian a ou adulto que se acha em sofrimento trar a afli o para a entrevista sob uma forma ou outra A motiva o muito profundamente determinada Seja o que for que aconte a o acontecer que importante Este trabalho apresenta o acontecer em algumas destas consultas destacando a comunica o ntima da fam lia Apesar de como vimos em Tardivo 2004 Winnicott designar de Consultas terap uticas uma forma de atendimento que faz uso irrestrito da primeira ou primeiras entrevistas n s decidimos ampliar o uso do termo mesmo para uma abordagem terap utica que dura meses como no nosso trabalho O atendimento conjunto da m e e da filha apesar de ter durado alguns meses isso n o era previsto N s trabalhamos cada sess o independente ou n o de haver continuidade T nhamos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 216 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP em mente realizar o trabalho poss vel com a m e e a fi
444. ndo a capacidade para conter e lidar com a dor e com a frustra o de seus membros respondendo criativamente e aprendendo com a experi ncia conforme a teoria bioniana Ao avaliar a intera o familiar o terapeuta considera a estrutura familiar seus padr es transacionais a flexibilidade do sistema e sua capacidade para elabora o a resson ncia da fam lia em acolher a dar apoio entre os membros explorar a maneira que afam lia utiliza os sintomas do paciente identificado para resistir s mudan as Podemos tratar fam lias utilizando Mapa Familiar Genograma Escalas diagn sticas procedimentos projetivos gr ficos DF E W Trinca e ainda incluir escola e professores quando necess rio trabalhando assim com sistemas mais amplos A necessidade de confrontar com as mentiras segredos alian as coaliz es exclus es removendo culpas aceitando sentimentos amb guos tendo a flexibilidade e toler ncia para aceitar as incertezas visando a resolu o ou transforma o do sistema familiar vai depender dos objetivos combinados desde que promovam mudan as duradouras sendo que a a o e o insight s o os principais ve culos do trabalho Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 283 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A disfun o na fam lia geralmente ocorre na passagem frustrada do predom
445. nitivamente sob a guarda do pai L conta com alegria o restabelecimento das rela es que mantinha com os filhos e a possibilidade de fazerem hoje as velhas brincadeiras que faziam quando todos eram crian as As entrevistas de emprego continuaram aparecendo e no momento aguarda a resposta de um teste que realizou em uma empresa multinacional Considera es Finais O projeto de Consultas Terap uticas t m se mostrado uma importante contribui o no que denominamos de interven es precoces Baseada na Obra de Winnicott 1985 que prop e dentro de um referencial psicanal tico o acolhimento do paciente que est sofrendo levando o terapeuta a desempenhar uma fun o mais ativa o que proporciona ao paciente uma maior capacidade de compreens o de seu momento de vida Vale a pena ainda mencionar a relev ncia da terapia medicamentosa como aliado no caso das Depresss es como nesse caso Esse processso est propiciando a L uma oportunidade de reavaliar suas escolhas e reorganizar sua vida Observamos vivamente a partir dos encontros que vimos tendo que a adapta o a sua nova condi o vem ocorrendo gradativamente permitindo assim o restabelecimento de seu equil brio REFER NCIAS Erikson E H Identidade Juventude e crise Zahar Rio de Janeiro 1976 Knobel M Psicoterapia Breve Sao Paulo EPU 1986 Simon Ryad Psicoterapia Cl nica Preventiva Novos Fundamentos S o Paulo EPU 1989 Tard
446. no da Bahia www ijba com br Email wmagaldi gmail com Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 279 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP N CLEO DE FAM LIA CASAL PROPOSTAS DE ATENDIMENTO EM MODELO DIN MICO SIST MICO INTEGRATIVO APOIAR USP C ntia Soares Marcelo Labaki Agostinho S lvia C S Karacristo S nia Nukui Leila S L C Tardivo INTRODU O A fam lia independente de como formada ou organizada um espa o onde as primeiras rela es s o constru das onde o individuo come a a ver e significar o mundo e lugar onde elaboramos as experi ncias vividas Al m disso quando consideramos a fam lia temos como prioridade um universo de rela es e n o uma soma de indiv duos Os atendimentos acho que tem crase fam lia e ao casal que o n cleo de atendimento do Apoiar prop e se a fazer incluem 1 Abordagens Sist mica e Psicanal tica 2 Desenvolver pesquisas pensando um projeto que esteja de acordo com as diretrizes do Laborat rio Apoiar 3 Discuss o de casos 4 Criar condi es favor veis em atendimento breve levando em considera o a demanda da Institui o 5 Equipe de tratamento preferencialmente em co terapia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e
447. nologia Portador de engenharia were Metrologia ay defici ncia mecanica ou licenciatura em fisica Portador de Ensino m dio Teatral Informatica defici ncia completo Superior em tecno Eng Da computac o el trica Portador de eletr nica defici ncia gerenciamento de redes ou redes de computadores An lise de Sistemas S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 369 Experi ncia ns a Beneficios exigida viagens PRL g o E UN 3 anos na rea de metrologia controle dimensional 1 ano de experi ncia na rea computadores montagem manutenc o e configurac o de hardware 3 anos na rea de inform tica sistem as operacionais redes locais de Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 370 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Nomeac o Mea usada no Area de Qualifica es Experi ncia ne An ncio 2 cae oe Beneficios corpo do Atuac o exigidas exigida an ncio de micros PC Da informac o ou inform tica ci ncias da computac o processsamento de dados programac o e WEB design ou progr De sistemas Pessoa com Telefonista ada 1 grau 6 meses defici ncia Portadores o de Administra Aux Administrativo necessidade O s especiais Tabela 2 An ncios que se referem a vagas de emprego para pessoas com A tabela anterior foi elaborada de forma a evidenciar como os
448. nos usu rios de lcool e outras drogas com ou sem comorbidades psiqui tricas e visa oferecer a es preventivas e de tratamento incluindo familiares ou respons vel Fluxograma do Tratamento AMB ADOLESCENTE y COORDENA O GERAL TRATAMENTO PREVEN O USO DE ALTO RISCO AO DROGAS USO DE DROGAS SUPERVIS O SEMANAL REUNI O CL NICA DISCUSS O DE ORIENTA O PSICOTERAPIA TERAPIA PSIQUIATRIA EAMILIAD INDI AL GRUPO NFIUDAFINAMAL 11 5575 1708 11 5571 0493 Acesse o Blog Depend ncia Qu mica http www uniad org br bloguniad Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 39 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A ADOLESC NCIA NA MODERNIDADE L QUIDO CONTEMPOR NEA Prof Dr Jos Raimundo da Silva Lippi A adolesc ncia na Modernidade L quido contempor nea 1 Introdu o Antes da idade moderna o tempo passava mais lentamente e as fam lias se organizavam de modo a atender as demandas morais e ticas da sociedade Como sempre algumas eram mais bem sucedidas Mas inicialmente essas regras normas e rotinas eram forjadas dentro das fam lias que cumpriam os seus papeis de c lulas da sociedade Das leis familiares muitas iam sendo assimiladas pela sociedade e as institui es iam estabelecendo as suas pr prias leis A Igreja Cat lica foi a primeira
449. nquanto part cipes da humanidade Colocando um questionamento final de Grimal 1991 afinal quem que pode afirmar que algum dia qualquer sociedade em qualquer poca tenha chegado a conhecer o amor verdadeiro Refer ncias Almeida T 2007 Ci me rom ntico e infidelidade amorosa entre paulistanos incid ncias e rela es S o Paulo SP 2007 Disserta o Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo SP Almeida T amp Mayor A S 2006 O amar o amor uma perspectiva contempor neo ocidental da din mica do amor para os relacionamentos amorosos In R R Starling amp K A Carvalho Orgs Ci ncia do Comportamento conhecer e avan ar v 5 Santo Andr ESETec Editores Associados p 99 105 Almeida T 2004 A g nese e a escolha no amor rom ntico alguns princ pios regentes Revista de Psicologia de Fortaleza 22 1 9 13 Almeida T 2003 O perfil da escolha de objeto amoroso para o adolescente Poss veis raz es S o Carlos SP Departamento de Psicologia Trabalho de conclus o de curso Am lio A 2001 O mapa do amor tudo o que voc queria saber sobre o amor e ningu m sabia responder S o Paulo Editora Gente Beck E amp Miller G 1969 Que o amor Porto Alegre Paulinas L Luft trad Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social
450. nstrumentos Foram utilizados materiais para as palestras din micas de grupo e viv ncias como pap is folhas A4 revistas r guas l pis preto e l pis de cor barbante canetas figurinhas adesivas durex cola borracha apontador e materiais diversos para a realiza o das atividades propostas para cada encontro Utilizamos tamb m materiais de apoio como aparelho de som cartazes com informa o sobre parto amamenta o banheira e boneca para a palestra sobre cuidados com o beb higiene mensagens chocolates Foram realizadas duas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 154 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP palestras com uma enfermeira para repassar os conte dos do ponto de vista f sico e introdu o maternagem Foi realizado a cada encontro um sorteio de brindes para as participantes O brinde procurou atender a necessidade da futura mam e como uma roupa e kits para cuidados do beb sabonetes e kits mam e e beb Procedimentos Foram realizados onze encontros no Centro Comunit rio Psicologia A o no Bairro Dom Miguel onde foram abordados diversos temas acerca dos aspectos f sicos e emocionais da gravidez Todos os encontros foram conduzidos segundo os crit rios estabelecidos pela coordena o dos est gios sendo que as atividades eram distribu das de forma a tornar um
451. nta relacionar autismo e amor essa dificuldade potencializada pelos tabus preconceitos e estere tipos associados a pessoas com caracter sticas aut sticas E embora aparentemente ingl ria seja a tarefa da cria o unificada para o conceito do amor percebemos tamb m que constante sua evolu o enquanto um conceito e de suas manifesta es para diversas popula es Consoante Braz 2006 o amor a condi o fundamental para o nascimento ontogen tico da pessoa Ele participou e participa ativamente da evolu o e estrutura o do Self porque capaz de aproximar a pessoa de sua ess ncia por propiciar o desenvolvimento de rela es sociais dentre outras coisas Contudo ao tratarmos de um tema como este se corre o risco de cair na banalidade na ambiguidade no espiritualismo ou at mesmo no sentimentalismo de maneira que os literatos pregadores ou mesmo os cantores n o s o mais convincentes Almeida 2008 Psic logo pela Universidade Federal de Sao Carlos UFSCar Mestre pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de Sao Paulo IPUSP e doutorando do Departamento de Psicologia Clinica do Instituto de Psicologia da Universidade de Sao Paulo IPUSP E mail de contato com o autor thalmeida usp br Professor Livre Docente pela Faculdade de Medicina da USP Professor associado do Instituto de Psicologia da USP Departamento de Psicologia Cl nica E mail de contato com o auto
452. ntado nos permitiu refletir sobre os processsos de desligamento institucional e de reinser o familiar Devido complexibilidade da situa o de abrigamento conhecer compreender a crian a eadolescente e desvelar seus desejos uma tarefa que necessita de um olhar atento a comunica o atrav s do l dico Embora este estudo n o seja conclusivo pode se pensar em caminhos que favore a o desenvolvimento de crian as e adolescente em situa o de abrigamento desabrigamento como Jos A experi ncia da rela o terap utica apresentada neste trabalho possibilita a observa o de resultados positivos para o adolescente que pode contar com um ambiente acolhedor diante do contexto adverso de sua realidade O retorno ao seio familiar n o algo t o simples principalmente levando em considera o uma separa o t o antiga Este caso espec fico esclarece a necessidade de um preparo para crian as e adolescentes que deixa a institui o assim como um acompanhamento ap s o processso de desligamento Um atendimento psicol gico que possa favorecer uma reinser o eficaz atrav s de um per odo de adapta o e revincula o fam lia Fica tamb m claro a necessidade de um apoio fam lia al m dos oferecidos pelas autoridades juridicas No caso apresentado n o foi poss vel um acompanhamento mais incisivo da fam lia devido a resist ncia da pr pria m e necess rio trabalhar com a fam lia em rela o s fantasias ao
453. ntados bem como com outras comunica es Vale destacar que participaram efetivamente estudantes de gradua o nesses trabalhos bem como ocorre nesse ano E essa participa o de estudantes de gradua o em nossos projetos e propostas vem se desenvolvendo cada vez mais de forma integrada com a P s Gradua o e com os docentes al m de pesquisadores graduados que est o sempre trabalhando sob a orienta o e supervis o de docentes do IPUSP Na Ill Jornada contamos com a presen a do ent o sub secret rio de sa de mental da cidade o Prof Khalil Dualib buscando e visando sempre o di logo com a comunidade e os respons veis pela implementa o de pol ticas p blicas em sa de mental Dada a relev ncia dos trabalhos apresentados da intensa participa o dos docentes estudantes pesquisadores e parceiros est sendo organizado um livro com base nessa Jornada com dados mais atualizados e que dever ser lan ado no primeiro semestre do pr ximo ano Tardivo L S PC C e GIL CA A IV Jornada foi desenvolvida em dezembro de 2006 e tratou do tema Inf ncia Sofrimento Emocional e a Cl nica Contempor nea Nesse evento discutimos trabalhos e propostas referentes Crian a e ao Adolescente de nosso meio em situa o de sofrimento No evento foram apresentados trabalhos com a participa o efetiva do Prof Dr Francisco B Assump o Jr que integrou o Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do IPUSP e tro
454. ntal e Psicologia Cl nica Social 375 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFLEX ES A PARTIR DA PSICAN LISE WINNICOTTIANA SOBRE AS IMPLICA ES DA DEFICI NCIA CONG NITA PARA O PROCESSO DE AMADURECIMENTO Tadeu Barbosa Nogueira Jr PRECEITOS FUNDAMENTAIS NA TEORIA DE WINNICOTT O ser humano tem tend ncia natural ao amadurecimento o que chama de vir a ser Winnicott 1990 as Cada indiv duo nico v m ao mundo com algo que lhe pertence e que s seu No entanto o fundamental para Winnicott a intera o com outro ser humano Winnicott 1990 Para Winnicott apud Amiralian 2003 ser sadio estar o mais pr ximo poss vel daquilo que o equipamento com que o indiv duo veio ao mundo permite Fatores que afetam o ser humano a heran a de que dotado a cultura em que nasceu os valores da comunidade e da fam lia a que pertence a organiza o e a estrutura familiar a peculiar constitui o org nica etc Winnicott 1990 ACERCA DA FORMA O DA PSIQU E DA MENTE Psiqu gt se inicia com a elabora o imaginativa da fun o som tica elabora o imaginativa das experi ncias vividas Mente produto da inter rela o psiqu e soma Para Winnicott o ambiente assume fun o fundamental sem desconsiderar a import ncia do que org nico do que pertence a cada indiv duo PREOCUPA O MATERNA PRIM RIA a Um estado de sensibilidade aumentada no qu
455. nte aquela praticada por um parente funciona como um evento que rouba da crian a a condi o de sujeito capturando lhe a possibilidade de simbolizar e de representar instaurando assim um desequil brio ps quico pois para a autora o sofrimento tamb m um excesso emocional que acompanha uma interrup o do sentido ou uma representa o dif cil de entender Desta forma qualquer que seja o recurso terap utico ao qual recorremos ou nos direcionamos deve ter a fun o de rearticular o equil brio ps quico do paciente A partir desta perspectiva o APOIAR fundamenta sua abordagem cl nica na Psican lise sob inspira o de D W Winnicott Uma das reas que v m se destacando nas investiga es e estudos no campo da Psicologia Cl nica atualmente se refere quest o do sofrimento humano em suas mais diversas manifesta es e mais especificamente o fen meno da viol ncia dom stica e suas consequ ncias em v timas adolescentes Atualmente a viol ncia contra a crian a e adolescente vem sendo reconhecida tanto como um importante problema social quanto um problema de sa de p blica Segundo Azevedo amp Guerra 1998 viol ncia dom stica contra crian as e adolescentes Todo ato ou omiss o praticado por pais parentes ou respons veis contra crian as e ou adolescentes que sendo capaz de causar dano f sico sexual e ou psicol gico a v tima implica de um lado numa transgress o do poder dever de prote
456. nte independentes do homem aproximando se um novo paradigma de paridade com o masculino no que se referem aos seus desejos necessidades maneiras pr prias de pensar sentir e agir Concomitantemente ambos passaram a se relacionar de forma diferente levando se em considerac o que homens e mulheres n o teriam mais de ser o que a educac o exigia Dessa forma por n o atender mais s necessidades de cada um o antigo modelo de casamento entrou em um processo de decad ncia Pouco a pouco as pessoas passaram a se casar por amor e n o mais se submetiam ao desejo dos pais por exemplo Todavia ao que parece as pessoas ainda n o estavam preparadas para enfrentar tais mudancas Por exemplo no casamento geralmente vive se uma relac o paradoxal entre depend ncia e independ ncia ao parceiro Ele nos serve de refer ncia sobre n s mesmos uma vez que carrega em si a realidade do que temos inconsciente em n s Da podermos inferir que ou isso nos instiga e consequentemente nos atrai ou ainda nos causa repulsa Ao mesmo tempo por m temos necessidade de realizar aquilo para o que potencialmente nascemos e determinante de nossa individualidade A vida amorosa contempor nea notadamente diferente da vivida pelas gerac es antecessoras posto que atualmente exista uma extensa gama de relacionamentos dentre os quais se podem citar o ficar o morar juntos dentre muitas outras formas de interac o amorosa O ficar por exemplo que inexis
457. ntes sugerem idade de in cio dos sintomas entre o final da adolesc ncia e o in cio da vida adulta entre os 17 e os 25 anos com uma idade m dia dos pacientes acometidos em torno de 28 anos de idade Na literatura neurobiol gica e neuroanat mica do TP ficou demonstrado atrav s de pesquisas com animais a exist ncia de uma rede de medo que tem como ponto principal o n cleo central da am gdala e compreende o hipot lamo o t lamo o hipocampo a subst ncia cinzenta periquedutal o l cus ceruleus e outras estruturas do tronco cerebral Mezzasalma et al 2004 A etiologia do Transtorno do P nico T P provavelmente multifatorial incluindo fatores gen ticos biol gicos psicossociais e ambientais que contribuem de in cio para o aparecimento de sintomas de ansiedade Caracteriza se por repetidos e inesperados ataques de p nico nos quais predominam m ltiplos sintomas som ticos e intensa apreens o relacionada id ia de perda de controle ou morte iminente Na literatura psicanal tica Freud 1920 1976 explica que antes de nascer os instintos de vida e de morte est o fundidos e ao nascer o organismo faz uma deflex o No pensamento de Klein 1958 o ego que faz a deflex o Ampliando Klein 1958 acredita que a ansiedade surge da a o da puls o de morte dentro do organismo que sentida como um medo de aniquila o Para Freud o nascimento o primeiro de todos os perigos e torna se o prot tipo de t
458. nto como as folhas de Eduardo que ela sabia serem importantes para ele sabia que se tratava de algo mais intenso que uma prefer ncia mas n o conseguia descrever Tamb m n o fazia quadros como Mara Pedia incessantemente a terapeuta que lhe contasse qual era a sua marca Conheceu os pap is de duas cores os lisos com perfume com diferentes texturas quadros de papel blocos para anota es revestidos com os pap is que fizera na oficina enfim Tina e o grupo percorreram muitos estilos e possibilidades com a polpa de papel Apresentou a terapeuta sua m e pois estava preocupada com uma eventual depress o em vista da viuvez recente T nhamos a impress o de que tentava fazer com que ela tamb m aproveitasse do grupo Por fim percebeu que o grupo era seu espa o e que a presen a da m e constrangia seus gestos Chegando ao per odo de f rias entendeu que seu estilo pessoal estava relacionado a sua freq ente pesquisa por materiais que sua singularidade pessoal relacionava se n o a um determinado material folhas conchas linhas ou a uma certa t cnica para fazer folhas de papel Transitava relativamente bem por todos esses campos e era exatamente essa caracter stica que a distinguia Passamos alguns meses sem not cias de Tina Voltara a trabalhar na emissora de TV agora como freelance Algumas vezes comunicava se com a terapeuta para pedir ajuda na escolha de materiais diferentes para realizar alguma tarefa Tina e
459. nto das Ofensas Sexuais ABTOS 7 Trabalho apresentado V Jornada apoiar Sa de Mental nos Ciclos da Vida Instituto de Psicologia da USP 9 e 10 de novembro de 2007 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 40 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP e o desenvolvimento destas faixas et rias por per odos relativamente bem estabelecidos Era not ria como hoje ainda a influ ncia do meio neste fen meno humano Tentava se compreender o que era denominada de crises da adolesc ncia E hoje O beb a crian a o adolescente e a fam lia desta sociedade atual sofrem as transforma es que este novo mundo de forma extraordin ria vem vivenciando De que sociedade est se falando Pretendo hoje buscar em Bauman importante soci logo contempor neo subs dios para compreender a sociedade moderna na qual aspiro discutir a situa o do adolescente contempor neo 2 Modernidade Modernidade costuma ser entendida como um ide rio ou vis o de mundo que est relacionada ao projeto de mundo moderno empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna e consolidado com a Revolu o Industrial Est normalmente relacionada com o desenvolvimento do Capitalismo O termo era desconhecido para Nietzsche Uma vez que a p s modernidade se forma em oposi o modernidade n o podemos pular o fato
460. nto global dos adolescentes promovendo a resili ncia frente as situa es de vida enfrentadas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 255 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Verificar se na institui o o adolescente encontra profissionais aptos e dispostos a estabelecerem v nculo positivo com eles METODO UTILIZADO O m todo para o estudo consistiu de roteiro de observa o do ambiente coleta dos documentos e entrevistas com a equipe cuidadora A partir deste material realizou se uma an lise focalizando A estrutura o do ambiente Os documentos que norteiam a abordagem psicopedag gica do abrigo A qualidade do v nculo entre cuidadores e adolescentes RESULTADOS Utilizando os instrumentos acima mencionados obtivemos algumas impress es sobre o abrigo pesquisado 1 Ambiente asseado mas impessoal O que me desestimula a gente n o poder fazer o que a gente quer fazer o que eles merecem ter Essa parte por exemplo de limpeza de comida da forma que ela colocada ela imposta pois n o tem quem fa a Isso me desestimula muito relato de cuidador e Insatisfa o dos cuidadores com as tarefas realizadas no abrigo pois acreditam que n o condizem com o papel do Operador Social e Descontentamento com os adolescentes de n o colaborar com a limpeza da
461. ntos Esta quest o foi amplamente discutida com o paciente sendo lhe colocado com clareza que a qualquer momento poder amos alterar o nosso contrato se assim achasse necess rio Desenvolvimento do Caso At o momento foram realizadas oito sess es sendo que inicialmente estipulouse a o n mero de doze Atrav s da EDAO pode se verificar os setores de sua vida que apresentavam maior preju zo ou seja onde L estava pouco adaptado no aspectos Afetivo Relacionais e da produtividade No in cio de nosso trabalho L ateve se ao relato de sua trajet ria de vida mas com o passar do tempo acabou deixando transparecer sua indigna o em rela o a atitude da esposa N o podia compreender porque ela havia agido daquela maneira Descreveu Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 186 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP sua relac o como sendo muita satisfat ria em todos os aspectos e se autodenominou como um bom marido atencioso participativo compreensivo afetuoso etc Demos nfase ao fato de que a decis o de sua ex esposa talvez n o necessariamente tivesse rela o com sua conduta Este era um processso que pertencia a ela e n o poder amos na verdade saber o real motivo de sua decis o Justificar a perda n o diminuiria a dor de sentir se abandonado L encontrava se desanimado n o e
462. ntre os idosos hospitalizados 35 e asilados 7 a 14 Carvalho amp Fernandez 2002 Na popula o geral uma propor o de cerca de 1 a 8 dos idosos preenchem os crit rios cl nicos para depresss o maior segundo o DSM IV e o CID 10 e cerca de 10 a 15 apresentam sintomas depresssivos auto relatados que requerem algum tipo de tratamento Gurland e Cross 1982 O Hara et al 1985 Blazer Hughes e George 1987 Cappeliez 1988 Ruegg et al 1988 Livingston e Hinchliffe 1993 van Marwijk 1995 Beekman et al 1997 Pesquisas nacionais que usaram instrumentos de rastreamento de estados depresssivos baseados em auto relato apontaram uma preval ncia de depresss o que varia entre 33 8 Tavares 2004 47 5 Galdino 2000 e 48 Ramos e Saad 1990 entre idosos residentes na comunidade Ballone 2002 ressalta que a preval ncia de depresss o tr s vezes Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 104 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP maior em idosos com algum grau de incapacidade funcional comparados com aqueles que n o apresentam tal condi o Estudo brasileiro avaliou a correla o entre eventos estressantes estrat gias de enfrentamento e depresss o entre idosos residentes na comunidade Fortes Burgos Neri e Cupertino 2007 O enfrentamento do estresse foi fator de maior influ ncia par
463. ntrevistas com a Coordenadora do Abrigo para conhecimento dos procedimentos da Associa o e em seguida foi tamb m a anamnese da Manoela durante o tempo em que estava morando na Entidade Foram feitas observa es l dicas testes projetivos gr ficos e verbais Foi empregado o Procedimento de Desenhos Est rias de Trinca 1987 e o teste projetivo foi o Teste de Apercep o Infantil vers o com animais CAT de Bellak 1965 uso permitido em pesquisa como nesse caso O primeiro e o terceiro desenho livre de Manoela foi significativo e portanto se fez presente neste contexto juntamente com uma parte do seu relato 1 Do peixe estava caindo uma gota de sangue porque comeu dois peixes um vivo e outro morto O primeiro peixe na linha do mar estava triste porque o tubar o estava comendo o irm ozinho dele Toda a fam lia estava triste menos os tr s peixes ap s o primeiro que n o estavam tristes porque n o gostavam daquele irm o que a baleia estava comendo Nota se que a percep o de Manoela em rela o fam lia dos peixes a pr pria confus o que um dia viveu entre seus familiares de sangue a vida e a morte estavam presentes durante o seu caminhar e continua presente porque n o sabe se vai deixar o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 250 Departamento de Psicologia Cl nica
464. ntrevistas e classifica o pela EDAO pois com a defini o da situa o problema que estava ligada ao setor Org nico o envelhecimento trazendo mudan as hormonais e fisiol gicas afetando o prazer e desempenho sexual se tornou poss vel planejar uma estrat gia de interven o breve em meio qual o paciente passou a demonstrar maior consci ncia de suas dificuldades ligadas ao envelhecimento e as mudan as fisiol gicas e a necessidade de se cuidar e se valorizar e consequentemente diminuir o alcance das proje es e da desconfian a que sentia em rela o esposa Com esse movimento interno ele demonstrou ter alcan ando uma adapta o mais eficaz a esse momento de sua vida Considerando esse resultado refor a se a id ia de que a EDAO um instrumento eficaz para o diagnostico e de que a PBO pode contribuir significativamente na busca de solu es mais adequadas para a situa o problema diagnosticada REFER NCIA SIMON R Psicologia Cl nica Preventiva S Paulo Novos Fundamentos EPU 1989 Psicoterapia Breve Operacionalizada Teoria e T cnica S Paulo Casa do Psic logo 2005 Do diagn stico psicoterapia breve Jornal Brasileiro de Psiquiatria Rio 45 7 403 408 1996 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 274 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PSICOTERAPIA BREV
465. nuidade da exist ncia um senso de existir um senso de self a partir do qual se poder alcan ar uma posi o existencial caracterizada paradoxalmente por vincula o ao outro e autonomia Comunica es silenciosas sensoriais e f sicas que acontecem antes mesmo que o beb exista desde o seu pr prio ponto de vista constituem um campo pr subjetivo no qual tem lugar uma intera o que permite que o beb crie encontre o mundo ao mesmo tempo em que se constitui como self Isto significa que o ser humano estabelece uma rela o inicial com a realidade desde uma experi ncia criativa onipotente que aquilo que paradoxal e exatamente permitir que possa posteriormente aceitar a alteridade e a externalidade do mundo No sentido winnicottiano ser vivo e ser criativo um mesmo e nico fen meno humano A criatividade concebida como dimens o inerente ao estar vivo condi o que se contrap e ao mero sobreviver No viver verdadeiro que o viver criativo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 408 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP descobrimos que tudo o que fazemos fortalece o sentimento de exist ncia na medida que a criatividade a dimens o pr pria do modo humano de estar vivo Desde uma perspectiva winnicottiana a psicoterapia em geral e a artepsicoterapia em particular podem ser vi
466. o grupo cuja materialidade apresentada foi a polpa de papel o material poderia ser Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 412 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP transformado em quadros feitos com papel e outros elementos como flores secas peda os de tecidos pequenos brinquedos bem como folhas de papel feitas de modo artesanal Para os grupos com flores o convite consistia na confec o de um arranjo na elabora o do vaso na escolha das flores que comporiam a pe a Os participantes que se encontravam no grupo com croch podiam confeccionar toalhas ou outras pe as escolhendo as cores o formato qual ponto seria usado nessa feitura A instaura o de um espa o prop cio express o de frustra es e limita es vividas no ambiente de trabalho gerou interessantes efeitos no presente caso Observou se deste modo uma clara e expressiva transposi o de atitudes e posturas em moldes transferenciais na medida em que tenderam a usar as materialidades apresentadas segundo modos r gidos e pouco criativos que a nosso ver refletiam o vivido profissional impotente e paralisado junto s popula es carentes Diferentemente daquilo que temos experienciado junto aos demais pacientes que tendem a se entusiasmar com as atividades poss veis estes profissionais de sa de mental mostravam se quixosos a mai
467. o Achava que porque teve muita raiva de Tifane havia feito mal a ela Lembrou que ela havia dito que ele n o parecia um coelhinho e sim um porco espinho E daquele dia em diante passou a achar que na verdade era um porco espinho e que todo mundo que chegasse muito perto dele iria ser espetado pelos seus espinhos Quando os outros bichos ficavam bravos com ele logo diziam que ele era mesmo um porco espinho que machucava todo mundo e n o um coelhinho Pouco tempo depois Oscar arranjou uma outra coelhinha Suzi para cuidar de sua toca enquanto ele trabalhava na floresta Oscar fez isso pois precisava de ajuda e achava que n o conseguiria fazer tudo sem a ajuda de uma coelha J que ele n o tinha mais a T fane ficou com a Suzi Tudo isso parecia muito estranho para Ludovico que nao entendia como seu pai n o falava mais de sua m e T fane E Oscar n o sabia muito que dizer a Ludovico e acabava n o dizendo nada Logo come aram os problemas entre Suzi e Ludovico Ela queria arrumar a toca e queria que ele colaborasse e ele passou a detest la achando que ela queria mandar em tudo Agora Suzi tamb m dizia que ele era um porco espinho que s machucava as pessoas e n o um coelhinho Suzi n o tinha culpa do que havia acontecido com Ludovico e Oscar antes dela chegar Apenas havia aceitado o convite de Oscar de morar na toca dele e de Ludovico e ser a nova coelha da toca Ent o ela ficava com muita raiva de Ludovico e achava que ele estava
468. o Ser que ela competia com a filha Ser que ela podia aceitar que a filha se diferencie dela Pensamos que os conflitos da Luc lia com a sua m e as brigas constantes o sentimento de se sentir abandonada sozinha desamparada de ver que ningu m se interessava por ela faziam com que Luc lia se deprimisse Penso hoje que a perda do apetite a ins nia e at o cessar da Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 230 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP menstruac o estavam ligados a um quadro de anorexia N o pude discutir isso com Luc lia Luc lia contou uma situac o que recordei agora que ela foi cuidada por uma irm mais velha do que ela desde que ela comecou a andar A diferenca de idade entre ela e a irm era de seis anos Ela recordava que os pais iam para roca muito cedo e que a irm a colocava no tanque para lav la com gua fria Penso que Luc lia n o p de desenvolver mais recursos para se acolher porque ela n o teve cuidados ela mesma adequados que pudessem atender a sua necessidade Com os atendimentos Luc lia consegue integrar mais seus aspectos de m e que abandona mas de m e que tamb m cuida Consegue tamb m perceber que a sua m e que a rejeita tamb m a m e que sente a falta dela Passa a perceber que lida com a m e conforme o que sente e que muitas vezes o que sente e
469. o das crian as carecem de condi es materiais e emocionais para cuidar dos filhos de um modo mais adequado podemos tamb m supor que a crian a j possui um v nculo fr gil com a m e devido s dificuldades dos pais de serem suficientemente bons com os filhos num ambiente multicarenciado Por outro lado sabemos que os pais careceram eles mesmos de um cuidado suficientemente bom devido falta de condi es de sua pr pria fam lia para proporcionar lhes cuidados de acordo com as suas necessidades Vemos assim um ciclo de priva o se reproduzindo como afirma Bowlby 1976 Devido ao grande sofrimento apresentado pelas crian as abrigadas e por suas m es e fam lias e tamb m por ficar evidente como o abrigamento da crian a prejudica os v nculos familiares existe como uma atribui o particular mencionada no Estatuto de Crian as e Adolescentes que destaca com sendo obriga o do abrigo a preserva o dos v nculos familiares Silva em seu estudo ao entrevistar os dirigentes de abrigo concluiu que menos de 20 dos abrigos realizam a es que favorecem a preserva o dos v nculos entre a crian a abrigada e seus familiares Atualmente por m devido as delibera es do governo para se garantir o Direito da crian a abrigada conviv ncia familiar e comunit ria muitos abrigos t m se preocupado em oferecer atendimentos psicol gicos para a crian a e para as fam lias e at t m tomado medidas outras de aux lio econ
470. o por parte de todos de uma m sica que uma forma de comunicac o e express o genu na e que reflete experi ncias do cotidiano As estrat gias utilizadas s o t cnicas grupais com uso de recursos expressivos contextualizados com a tem tica central e quando necess rio s o realizados atendimentos individualizados Na verdade as atividades propostas buscam trabalhar com o aprendizado a sociabilidade e a expressividade visando a qualidade e formac o de v nculos psicossociais As m es ou respons veis pelos adolescentes s o inseridos no grupo de orientac o familiar a fim de possibilitar o estabelecimento de v nculos afetivos e protetivos A inclus o destes t m mostrado que poss vel rearticular o equil brio familiar Resultados Este tipo de intervenc o tem se revelado como um procedimento eficaz para o tratamento de adolescentes v timas de viol ncia dom stica pois pode complementar a linguagem no seu processso de comunica o Devido ao seu cont udo simb lico e por ser um meio menos usual de comunicac o do que a linguagem articulada a m sica tamb m possibilita a manifestac o direta das experi ncias destes adolescentes que com a ajuda de terapeutas genuinamente emp ticos podem ser resignificados devolvendo a eles a condic o de sujeito Percebe se uma aceitac o e participac o por parte dos adolescentes o que pode se atribuir a m sica como uma experi ncia de grande express o criativa Anais da
471. o que permita com brevidade obter se um levantamento e classificac o e dessa forma organizar provid ncias para seu atendimento conforme a classificac o atribu da a cada indiv duo Esta escala foi elaborada por Simon 1989 e a partir da classifica o que sua utiliza o produz com base na qual elaborado o diagn stico podem ser feitas interven es preventivas imediatas nos casos mais graves ou em crise Ele se constitui tamb m num recurso para a preven o de doen as mentais o que muito importante para um pa s como o nosso em que a maioria da popula o vive condi es prec rias de subsist ncia e cujas pol ticas voltadas para a sa de em geral disp em de recursos financeiros escassos Pensamos que a singularidade desta escala consiste em usar o conceito de adapta o como crit rio de avalia o Mas importante se considerar que adapta o e conformismo n o dizem respeito a um mesmo estado mental A adapta o no contexto te rico que produz esse diagn stico diz respeito inter rela o do indiv duo consigo mesmo com os outros e com o ambiente em que vive e a forma como soluciona seus problemas Em outras palavras adapta o compreende a totalidade das respostas oferecidas pelos sujeitos s condi es internas e externas que continuamente se modificam Ela avaliada com base em quatro setores adaptativos afetivo relacional A R que constitui o conjunto das respostas emocionais do individuo com
472. o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 388 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP psicoterapia interpessoal A melhora dos fatores ansiedade somatizac o retardo psicomotor dist rbio cognitivo e dist rbio do sono foi associada a uma diminuic o no metabolismo na por o ventral do lobo frontal Os autores verificaram que as regi es cerebrais relacionadas provoca o de sintomas em controle normais t m uma rela o similar com os sintomas da depress o maior quando os pacientes melhoram como tratamento MARTIN MARTIN RAI RICHARDSON ROYALL 2001 estudaram pacientes com depress o maior submetidos ao tratamento com psicoterapia interpessoal ou venlafaxina Os pacientes neste estudo foram escaneados com o SPECT Verificou se que os dois grupos melhoraram substancialmente embora o tratamento com venlafaxina tenha apresentado melhora maior segundo o escore da escala Hamilton O grupo submetido psicoterapia interpessoal apresentou uma ativa o l mbica n o verificada no grupo submetido ao tratamento com velafaxina Alguns estudos atuais v m investigando os efeitos da psicoterapia sobre o c rebro atrav s de paradigmas de ativa o FURMARK et al 2002 PAQUETTE et al 2003 Paradigmas de provoca o de emo es possibilitam a aquisi o de imagens cerebrais funcionais durante a intensifica o de estados afetivos patol gicos BUSATTO 2000 Nestes para
473. o das ci ncias humanas interpretativo em seus fundamentos sem exigir para sua concretizac o cl nica a enunciac o de sentencas verbais interpretativas Consequentemente o m todo psicanal tico pode fundamentar pr ticas cl nicas diversas do dispositivo padr o que Freud usou inicialmente para atendimento individual de pacientes diagnosticados como neur ticos privilegiando a comunicac o verbal Abre se deste modo a possibilidade para a concepc o rigorosa de enquadres diferenciados entre os quais se insere a artepsicoterapia winnicottiana que ora apresentamos Ao aceitarmos o convite feito por Winnicott para sermos psicanalistas praticando outra coisa mais apropriada ocasi o entendemos que cada Oficina Psicoterap utica de Cria o realiza se como um mundo transicional que acolhe o gesto do paciente buscando favorecer a emerg ncia do espont neo que real e criativo Entendemos que o ser humano inicia seu viver a partir de um incipiente sentido de continuidade de ser Desde tal perspectiva admite se haver no ser humano uma tend ncia para ser uma abertura para o mundo que quando devidamente sustentada por um ambiente suficientemente bom permitir a integra o pessoal a instala o do ser no corpo e o estabelecimento de rela o com a realidade Cabe ao cuidador maternal a tarefa de faciltar os processos de desenvolvimento do beb tornando poss vel a realiza o de seu potencial humano Disso resulta uma conti
474. o de Asperger ter o de enfrentar bem mais do que suas limita es Ter o frequentemente de desafiar pais professores e demais cuidadores para se libertar do preconceito que paira na sociedade em que est o inseridos e que lhes dirigido Muitos autores nos colocam que a capacidade para sentir atra o amorosa e a esperan a de ser correspondido s o imprescind veis para o sucesso de um relacionamento amoroso e neste sentido podemos conceber o amor e a sexualidade simultaneamente como alguns dos principais elementos da intera o humana e tamb m como uma das principais diretrizes na estrutura o das rela es ntimas Contudo tendo em vista que a sociedade muitas vezes mina as expectativas dos deficientes que querem firmar um relacionamento amoroso tais atitudes podem causar uma paralisia nas motiva es ao menos moment nea al m de conflitos desnecess rios para seus acometidos Contudo muito longe de ser meramente um impulso greg rio amar ir ao encontro de algu m e permitir a vinda deste ao encontro de quem o busca Almeida 2003 O amor um sistema complexo e din mico que envolve cogni es emo es e comportamentos relacionados muitas vezes felicidade para o ser humano Desta maneira amar algu m e consequentemente expressar sua sexualidade em primeira an lise significa reconhecer uma pessoa como fonte real ou ainda potencial para a pr pria felicidade Observa se ent o o dilema que enfrentam muitas
475. o de Psicologia Cl nica IPUSP REFER NCIAS Bion W R 1979 O aprender com a experi ncia Rio de Janeiro Imago Ed 1991 Carter B e McGoldrick M 1995 As mudan as no ciclo de vida familiar Porto Alegre Artes M dicas 1995 Freud S 1939 Obras psicol gicas completas de Sigmund Freud edi o standard brasileira Rio de Janeiro Imago 1996 Minuchin S 1982 Fam lia funcionamento e tratamento Porto Alegre Artes M dicas 1982 Winnicott D W 1983 O ambiente e os processsos de maturac o Porto Alegre Artes M dicas 1983 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 289 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP CRIAR E CUIDAR ENQUADRES DIFERENCIADOS NA INTERVEN O CL NICA COM ADOLESCENTES VITIMIZADOS Antonio Augusto Pinto Junior Fabiana Cortez Vieira Leila Salom o de La Plata Cury Tardivo M rcia Regina dos Santos Nelson Rodrigo Faria de Almeida Introdu o O presente estudo discorre sobre o trabalho desenvolvido no CRIA Centro de Refer ncia Inf ncia e Adolesc ncia do munic pio de Guaratinguet SP em parceria com o projeto Apoiar inserido no Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da Universidade de S o Paulo que objetiva a constitui o de um espa o interinstitucional propiciador de estudos e pesquisas volta
476. o desejo concluindo ser devido a grande quantidade de rem dios que toma Chega a dizer que j se sentiu quase como uma prostituta em fun o de tantos homens com quem se relacionou mas em fun o de sentir se muito s Quando a paciente foi questionada sobre como seria sua vida sem tanta viol ncia paciente respondeu que era tudo que mais queria Coloca se misturada com sua filha Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 180 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP quando diz que esta tamb m est sofrendo muito colocando se v rias vezes como se sentindo amarrada Na segunda sess o lhe foi apresentada a possibilidade de se conseguir ajuda em alguma institui o especializada em mulheres v timas de viol ncia o que foi muito bem aceito por ela que qualquer ajuda seria v lida j que queria mudar Na terceira sess o foi lhe entregue os meios de entrar em contato com a Casa Eliane de Grammont e ela deveria voltar a telefonar para a psicoterapeuta somente ap s t lo feito pois com isso iria se perceber o movimento da paciente para procurar ajuda Na sess o seguinte paciente diz estar sentindo se melhor e que tinha adorado ir a Casa Eliane de Grammont onde foi atendida por uma assistente social de forma muito agrad vel e compreensiva Mas percebeu se a partir da uma certa acomoda
477. o dia seguinte o paciente entrou em contato e foram marcadas novas entrevistas Quando ele apareceu pareceu bastante disposto e comentou ter sido bom ter interrompido o atendimento pois assim a esposa se mexeu e come ou a fazer terapia e que as coisas pareciam estar melhorando Comentou tamb m que a esposa continuava acusando o de ter feito afirma es que n o condiziam com a verdade pois ele nem se lembrava nem tinha certeza se dissera aquilo que ela falava como por exemplo que a casa era dele e que ela deveria ir embora uma vez que a casa pertencia a ambos E afirmou que voltou ao atendimento mais pela press o dos filhos e porque achava que se viesse a esposa levaria a s rio sua terapia e quem sabe se ambos fizessem as coisas poderiam de fato melhorar Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 269 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Ao fazer coment rios sobre os ci mes da esposa retomei a quest o da vida sexual do casal e investiguei como andava a relac o de ambos e nesse contexto levantei a hip tese de que se ele estava procurando a menos esse fato talvez concorresse para as fantasias que ela tinha de que ele se relacionava com outra Ele concordou com essa hip tese pois comentou que de fato isso poderia estar acontecendo Senhor Carlos fez uma retrospectiva bastante emocionada de sua vi
478. o do adulto e de outro numa coisifica o da inf ncia isto numa nega o do direito que crian as e adolescentes t m de ser tratados como sujeitos e pessoas em condi o peculiar de desenvolvimento Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 291 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Onde Viol ncia F sica Toda ac o que causa dor f sica numa crianca desde um simples tapa at o espancamento fatal representam um s continuum de viol ncia Viol ncia Sexual Todo ato ou jogo sexual rela o heterossexual ou homossexual entre um ou mais adultos que tenham para com ela uma relac o de consanguinidade afinidade e ou mera responsabilidade tendo por finalidade estimular sexualmente a crianca ou utiliz la para obter uma estimulac o sexual sobre sua pessoa ou a de outra pessoa Viol ncia Psicol gica Tamb m designada como tortura psicol gica ocorre quando pais ou respons veis constantemente depreciam a crianca bloqueiam seus esfor os de auto aceita o causando lhe grande sofrimento mental Neglig ncia Configura se quando os pais ou respons veis falham em termos de prover as necessidades f sicas de sa de educacionais higi nicas de seus filhos e ou de supervisionar suas atividades de modo a prevenir riscos e quando tal falha n o o resultado das condi es de
479. o explicitamente tido como meta maior como nos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 138 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP dias atuais Caminhamos rumo a uma sociedade na qual o sexo por se como principal motiva o para o estabelecimento de uma rela o Na qual a aproxima o de pessoas dar se prioritariamente por uma necessidade fisiol gica ou um instinto de preserva o da esp cie Consoante a essa vis o h que se ser forte que encarar o mundo tal qual ele enfrentando toda a sua crueldade sem lirismos e poesias defasadas O importante a sobreviv ncia de si mesmo e a relacionada a aspectos como o poder o sexo o prazer que promovem uma falsa sensa o de seguran a Dessa forma Romeus e Julietas Trist os e Isoldas Helo sas e Abelardos s o apenas personagens de amores liter rios medievais int rpretes de cantilenas que sucumbiriam ao lidarem com as complexidades do mundo contempor neo Contudo se n o se deve alienar se em um mundo de lirismo inconsistente de igual sorte n o se necess rio reduzir a vida a um mundo dominado pela insensibilidade pela lei do mais forte ou ainda amparado unicamente pela raz o destitu do de sentimentos tais como amor ou mesmo a amizade Sem esses elementos deixar amos de viver num mundo humano A id ia de que o amor como o conh
480. o livro Casa Grande amp Senzala quem denunciou as d vidas da modernidade para com a tradi o Para ele n o h a rigor modernidade que n o seja alimentada e oxigenada pela tradi o Sem tradi o sem a raiz e o regional a modernidade n o nada 3 Modernidade L quida Em seu elucidador livro modernidade l quida Bauman examina como se deu a passagem da modernidade pesada e s lida para uma modernidade leve e l quida infinitamente mais din mica Explicita os termos dessa nova modernidade permitindo nos entender como o mundo atual funciona para que possamos nele operar Como esta Sociedade 3 1 Resenha do pensamento de Zygmunt Bauman Nas d cadas de 60 e 70 o capitalismo estava sendo contestado de todos os lados Al m das greves frequentes estudantes e minorias se rebelavam e articulavam no discurso e na pr tica a mis ria do cotidiano preconceitos sexualidade restrita vida tediosa e programada s exig ncias de uma ordem capitalista E diante da crua realidade do socialismo o direito de ser diferente dos outros e de si mesmo tornou se modo de permanecer revolucion rio apesar das not cias amargas sobre os resultados das revolu es A partir da d cada de 80 por m o capitalismo ressurge triunfante sem advers rios sejam estes reais ou postulados A concentra o de renda aumenta o desemprego torna se end mico e a fome se espalha pelo mundo mesmo assim a cr tica se cala Pior
481. oais determinar o quais estrat gias de enfrentamento a serem utilizadas diante de um evento estressante Existem in meras formas ou tipos de estrat gias Estudos que avaliaram o enfrentamento entre idosos identificaram as seguintes categorias de estrat gias enfrentamento focalizado no problema focalizado na emo o suporte social enfrentamento religioso e busca de um significado para o problema Aldwin e Gilmer 2004 e enfrentamento com foco em express o de emo es negativas controle ambiental religiosidade esquiva inibi o das emo es Fortes Burgos Neri e Cupertino 2007 Sabe se que a depresss o acarreta preju zos consider veis para a qualidade de vida na velhice Al m de comprometer aspectos do funcionamento f sico a depresss o afeta a qualidade dos relacionamentos sociais e familiares a ades o a tratamentos e o bem estar subjetivo e pode constituir se num fator de risco para a pr pria vida dos idosos Por exemplo a depresss o tem sido considerada como o principal fator psicol gico associado ao suic dio entre eles Lapierre et al 1992 Draper 1994 Mcintosh et al 1994 Os estudos epidemiol gicos da depresss o entre idosos utilizam se de dados provenientes de registros psiqui tricos de institui es hospitalares e asilares e da observa o de indiv duos residentes na comunidade As taxas de preval ncia de depresss o variam de acordo com a popula o observada sendo notadamente superiores e
482. obrecarga ventricular direita CARS Schopler Renner 1988 42 autismo grave QS Vineland Sparrow Balla 8 Cicchetti 1984 25 retardo mental profundo Diagn stico DSM IV 1995 Eixo I autismo altera es na sociabilidade linguagem e motilidade Eixo Il retardo mental grave Eixo Ill Esclerose TuberosaEixo IV fam lia desorganizada com pai pouco presente e m e afetiva Eixo V crian a dependente nas AVD Score AGF 10 Discuss o e Conclus o A incid ncia de Autismo na Esclerose Tuberosa alta indo de 5 a 61 A porcentagem de Esclerose Tuberosa em uma popula o de autistas menor de 3 a 4 Wong 2006 Evid ncias sugerem que o in cio precoce de epilepsia refrat ria e d ficits funcionais associados com les es nos lobos temporais podem associar se ao autismo Na paciente estas ltimas n o foram encontradas mas o in cio precoce de crises epil pticas graves e refrat rias t pico do quadro Estas podem relacionar se ao preju zo cognitivo da paciente Fonseca Pianetti amp Xavier 2002 Sup e se que os sintomas aut sticos podem ser reflexos diretos da programa o gen tica anormal ou seja como as demais altera es as altera es cognitivas sociais e motoras definidoras do diagn stico estariam programadas para aparecerem em algum momento do curso do desenvolvimento da crian a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007
483. od and Arousal New york Oxford University Press 1989 VINAMAKI H KUIKKA J TIIHOUNEN J Changes in monoamine transport density related to clinical treatment a case controlled study Nordic Journal of Psychiatry v 33 1998 p 39 44 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 397 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP BASES ORG NICAS DA COMUNICA O MAE BEBE Uma articula o entre neur nios espelho e preocupa o materna prim ria Laura Carmilo Granado Rog rio Lerner Leila Salom o La Plata Tardivo Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social e Pr Escola Terap utica Lugar de Vida IPUSP 1 Introdu o estudos emp ricos sobre os neur nios espelho Os neur nios espelho s o conhecidos pelo fato de dispararem tanto quando um sujeito tem um dado sensorial auditivo ou visual por exemplo de uma a o executada por outro como quando o pr prio sujeito executa esta mesma a o N o s o apenas os par metros f sicos como for a ou dire o do movimento que s o decodificados pelos neur nios espelho mas mais do que isso a rela o em termos motores entre o agente e o objeto da a o GALLESE 2003 Por exemplo quando algu m pega um alimento a intera o entre essa pessoa e o alimento que s o decodificadas Al m disso existe uma independ ncia entre qual o rg
484. odos os subsequentes a experi ncia do Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 200 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP nascimento provavelmente a que nos legou a express o de afeto que chamamos ansiedade Na vis o psicanal tica portanto a ang stia do nascimento acompanha o indiv duo pela vida a fora e nos tempos que antecedem a chegada do rec m nascido ela reativada de forma especial H uma identifica o do homem e da mulher com esta crianca que est para nascer no sentido de que ela passar pelo mesmo caminho j percorrido por eles e que marcou a definitiva transposic o para o mundo humano Esta crianca experimentar a separac o de uma vida de estreita comunh o materna e deixar um meio ambientado que envolvia o seu corpo experimentar um corte um censura cuja mem ria eternizar o sentimento de solid o E em fantasia inconsciente subjaz o desejo inconsciente de reencontrar se em simbiose com a m e Pesquisas realizadas em mulheres gr vidas muito ansiosas detectaram rea es em embri es e fetos em situa es espec ficas e apontaram para a exist ncia de respostas de medo p nico e choque em determinadas ciscunst ncias fetos de mulheres gr vidas em estado de estresse permanente apresentaram batidas card acas mais aceleradas e embri es submetidos a exames de amniocentese r
485. ogia Cl nica Social 126 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Merleau Ponty M 1994 Fenomenologia da percep o S o Paulo Martins Fontes Riviere A 1997 El tratamiento del autismo como trastorno del desarrollo Principios generales En A Rivi re y J Martos comp El tratamiento del autismo Nuevas perspectivas Madrid IMSERSO Y APNA Rodrigues D Org 2006 Inclus o e Educa o doze olhares sobre a educa o inclusiva S o Paulo Summus Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 127 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A IMPORT NCIA E A BANALIZA O DO AMOR NO COTIDIANO Thiago de Almeida Halley Caixeta de Oliveira Se a vida vale a pena ser vivida ou noutras palavras se vale a pena sofrer e ter prazer por se estar vivo depende fundamentalmente da nossa capacidade de amar Andr Comte Sponville The Little Book of Philosophy Vintage O amor um assunto muito presente em nossas vidas e constitui o tema central de diversas manifesta es art stico culturais tais como m sicas filmes poemas e romances dentre outros Apesar disso o amor algo que permite o levantamento de in meras quest es a seu respeito a come ar pela sua pr pria defini o O que de fato o amor e como poder amos fazer para n o confundi lo Por que ser que n
486. ognitivo prejudicando principalmente a mem ria e o racioc nio cognitivo A abstin ncia do lcool nesse in cio de interna o provocou del rios e alucina es A queixa principal segundo o paciente diferentemente do prontu rio m dico era de que fora trazido ao hospital devido a um problema de desentendimento com uma funcion ria em seu local de trabalho Acreditava que a encarregada teria cismado com ele e estava praticando a es para prejudic lo Durante os atendimentos o paciente negava sempre qualquer problema com bebidas ou drogas e insistia que o motivo de sua interna o era para resolver uma quest o trabalhista Numa outra ocasi o disse que talvez sua mulher quisesse que ele continuasse internado por causa de um seguro de vida que ele possu a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 342 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Observa es O paciente apresentava boa apar ncia cuidados com a higiene pessoal e com sua vestimenta Disse ser muito quieto e isolado no seu canto No entanto no decorrer dos encontros mostrou se bastante falante e participativo Em geral estava tranquilo mantinha sempre o mesmo tom de voz baixo e mesmo quando relatava fatos emocionalmente significativos fazia quest o de frisar que n o sentia raiva nem ficava nervoso o nico sentimento que verbalizou
487. ologia Cl nica IPUSP Psiquiatria e Sa de P blica Ele se refere ao matestar nosso de todos os dias o malestar que s vezes se torna insuport vel Cita que a ang stia condi o indissoci vel da experi ncia humana pode apresentar se de maneira t o aguda que se torna um risco para as pessoas que o desamparo o desencanto com as limita es da vida tudo isso pode atingir paroxismos est gio de uma doen a ou de um estado m rbido em que os sintomas se manifestam mais intensamente tais que precisam ser acolhidos ouvidos tratados que tamb m as graves quest es da crise urbana como a viol ncia t m um impacto devastador sobre a sa de mental gerando demandas dirigidas sa de p blica Afirma que se no passado 90 dos recursos financeiros do SUS federal nessa rea destinavam se a pagar a hospitais psiqui tricos e a rede hospitalar era escassa e fr gil atualmente do total de recursos 56 se destinam a hospitais e 44 ao pagamento de Centros de Aten o Psicossocial Caps servi os abertos e comunit rios que substituem a interna o sempre que poss vel ambulat rios resid ncias terap uticas centros de conviv ncia e cultura programas de gera o de renda sa de mental na rede de aten o b sica leitos de sa de mental em hospitais gerais e distribui o de medicamentos Delgado deixa claro que essa nova rede ainda insuficiente mas j est transf
488. oltaram a se entender com muita afetividade A paciente conseguiu comparecer ao temido exame de per cia m dica recebendo com muita alegria a alta m dica e da psic loga e sentia se aflita para reingressar na corrente de trabalho REFER NCIAS AMIRALIAN M L T M Compreendendo o cego atrav s do Procedimento de desenhos Est rias uma abordagem psicanal tica da influ ncia da cegueira na organiza o da personalidade Tese de Doutorado Instituto de Psicologia da USP 1982 In Trinca W Formas de Investiga o Cl nica em Psicologia S o Paulo Vetor 1977 AIELLO VAISBERG T M J AMBR SIO F e F Trajetos do Sofrimento Desenvolvimento e Exclus o Instituto de Psicologia Universidade de Sao Paulo 2002 AIELLO VAISBERG T M J Ser e Fazer enquadres clinicos diferenciados na Clinica Winnicottiana Aparecida SP Id ias e Letras 2004 BLEGER J Psicologia de la Conducta Buenos Aires Editorial Paidos 1975 FREUD S 1920 1922 Al m do Principio do Prazer Trad JAYME SALOMAO Edicao Standard Brasileira das Obras Psicol gicas Completas de Sigmund Freud Rio de Janeiro Imago 1976 v 16 KLEIN M 1952 Os Progressos da Psican lise Trad ALVARO CABRAL Rio de Janeiro Zahar 1978 Original do Ingl s de 1952 MELO NETO O Transtorno de p nico TP aspectos fenomenol gicos e terap uticos J Bras Psiquiatr 54 3 254 2576 jul set 2005 MEZZAASLMA M A Rev Bras psiquiatr 26 3 202 206 set 2004 ilus Ana
489. onal o paradigma de inclus o mostra sua for a em diversos documentos internacionais dentre os quais uma resolu o das Na es Unidas a Declara o de Salamanca 1994 O documento discorre sobre Princ pios Pol tica e Pr tica em Educa o Especial No contexto do presente trabalho vale lembrar que nem sempre a defici ncia est associada a necessidades educacionais especiais estas podem ou n o ser indispens veis e que elas n o abarcam apenas a pessoa com defici ncia mas tamb m indiv duos com dificuldades acentuadas de aprendizagem com altas habilidades etc Est o inseridos na referida Declara o todos os indiv duos que precisam de adapta o significativa seja curricular ou de espa o f sico O princ pio norteador da Declara o a apresenta o de procedimentos com a meta de equaliza o de oportunidades Recomenda se escola que aceite todas as crian as preservando a diversidade que muitas vezes na escola mero objeto de estudo distante dos alunos Inclus o na escola significa a possibilidade de viver a e na diversidade O problema que do p lo do esconder a diferen a quando da exclus o total pode se saltar ao extremo oposto Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 361 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP da exposic o do diferente sem que se alterem os significa
490. onhecidas certas diferen as a diversidade torna se um dado da realidade configurando se novas ordens sociais Pode se dizer ent o que Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 365 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP a equidade a introdu o da id ia de diversidade nesse espa o de igualdade Souza 2006 Os direitos sociais requerem uma participa o ativa do Estado para serem protegidos e respeitados Isso pode ocorre por meio de pol ticas p blicas que visam restituir e promover a participa o de pessoas pertencentes a grupos que t m sido considerados exclu dos em determinados espa os sociais Souza 2006 Equidade e a esfera empresarial No mbito empresarial o processso de inclus o ocorre principalmente por duas vias por meio de uma iniciativa de algumas empresas ou pelo cumprimento legal Ainda temos casos em que a empresa segue uma orienta o dada pela matriz Temos ainda uma tend ncia mundial administrativa muito difundida nos dias atuais a Responsabilidade Social Devido a uma grande variabilidade devido ao fato de que as empresas possuem projetos sociais que se adaptam a sua realidade e aos seus interesses essa iniciativa pode ser dificilmente padronizada Em algumas empresas as atividades sociais n o est o diretamente vinculadas a obten o de competitividade ou aos lucros Em
491. ontu rio O registros informam que Martha teria sido presa por ter em sua casa armazenado uma quantidade il cita de entorpecente Segundo declara es de familiares e da pr pria Martha ela assumiu o crime para proteger a m e a verdadeira traficante Na ocasi o ela residia com a m e e seu beb de 11 meses Na poca os Abrigos ainda n o tinham se adequado aos princ pios do ECA e as crian as eram abrigadas de acordo com sua idade Era como se um ciclo do desenvolvimento fosse alcan ado e a crian a estaria apta a trocar de abrigo Ele ficou no primeiro abrigo at completar tr s anos e ter controle total dos esf cteres Dos tr s at os sete anos de idade esteve no abrigo identificado como Abrigo Il Em todos os relat rios n o existem queixas sobre dificuldade escolares e de sociabiliza o At este per odo constam espa adas visitas mas h informa es de contatos familiares realizados por tias paternas maternas e pela av depois de conquistar sua liberdade A perda do poder familiar ocorreu quando ele estava com 6 anos e 7 meses Na ocasi o a av materna recebeu a visita das t cnicas em sua casa e foi encontrada embriagada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 240 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Meses depois ainda no mesmo ano a m e Sra Martha em liberdade foi informada
492. or parte do tempo Alternavam express es de descontentamento ora reclamando dos materiais dispon veis ora lamentando as pr prias limita es e incapacidades Deste modo encenavam dramaticamente algo que viviam em seu ambiente de trabalho uma mistura de sentimento de despreparo com a viv ncia de falta de condi es ambientais favorecedoras de uma realiza o profissional satisfat ria A nosso ver o espa o foi usado para expressar o sofrimento presente no cotidiano desses profissionais Concordamos com Winnicott 1965 quando aponta que axiom tico que se um setting profissional correto fornecido o paciente isto a crian a ou o adulto que se ache em sofrimento trar a afli o para a entrevista sob uma forma ou outra Talvez seja desconfian a o que se demonstra ou uma confian a grande demais Seja o que for que aconte a o acontecer que importante p 246 Consideramos que o espa o oferecido foi usado para express o do sofrimento que os profissionais vivenciam em seu cotidano e que a demanda da equipe relacionava se n o somente possibilidade de um lugar para brincar mas sim da aquisi o emocional da capacidade para brincar capacidade esta segundo Winnicott ligada sa de emocional e ao viver criativo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 413 Departamento
493. ork Wiley 1996 Diehl M Self development in adulthood and aging The role of critical life events In Ryff C D amp Marshall V W orgs The self and the society in aging processses New York Springer 1999 Pp 150 183 Dixon W A Reid J K Positive life events as a moderator of stress related depresssive symptoms Journal of Counseling and Development 78 pp 343 347 2000 Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 106 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Dohrenwend B S Krasnoff L Askenasy A Dohrenwend B P Exemplification of a method for scaling life events The PERI life events scale Journal of Health and Social Behaviour 19 205 229 1978 Draper B Suicidal behaviour in the elderly International Journal of Geriatric Psychiatry 9 655 661 1994 Farmer A McGuffin P Humiliation loss and other types of life events and difficulties a comparison of depresssed subjects healthy controls and their siblings Psychological Medicine 33 1169 1175 2003 Fortes Burgos A C G Neri A L Cupertino A P F B 2007 no prelo Eventos estressantes enfrentamento e auto efic cia do enfrentamento entre idosos residentes na comunidade Dados do PENSA Psicologia Reflex o e Critica Galdino J M S Ansiedade depresss o e coping em idosos S o Paulo 2000 Disserta o
494. ormando o quadro dram tico da desassist ncia em sa de mental e que o SUS como pol tica p blica tem que seguir enfrentando a constru o da rede de sa de mental Termina o artigo enfatizando que a Psiquiatria e todas as especialidades do vasto campo da sa de mental n o deve fugir desse debate necess rio mas olhar de frente a realidade dos graves desafios da sa de p blica Num artigo publicado pela Revista de Sa de P blica em jan fev de 2006 Mari Bressan Almeida Filho et al mapeiam a pesquisa em sa de mental no Brasil Afirmam que no ano de 2002 o or amento total para a pesquisa em sa de foi de 101 milh es de d lares dos quais 3 4 milh es 3 4 foram aplicados em Pesquisa para a Sa de Mental e que as principais fontes financiadoras para pesquisa mental foram a Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de S o Paulo FAPESP 53 2 e o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 18 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Minist rio da Educac o CAPES 30 2 O artigo faz refer ncia aos Cursos de P s Graduac o indicando que em 2002 havia 53 cursos de p s graduac o direcionados a educac o em sa de mental no Brasil 43 em psicologia 6 em psiquiatria 3 em psicobiologia e 1 em enfermagem psiqui trica e que existem 9 programas dedicados para
495. ors in suicide among older adults In McIntosh J L Santos J F Hubbard R W amp Overholser J C eds Elder suicide Research theory and treatment Washington DC American Psychological Association 1994 Pp 101 131 Nolen Hoeksema S Ahrens C Age differences and similarities in the correlates of depresssive symptoms Psychology and Aging vol 17 1 pp 116 124 2002 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 107 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O Hara M W Kohout F J Wallace R B Depresssion among the rural elderly A study of prevalence and correlates Journal of Nervous and Mental Disease 173 582 589 1985 Prince M J Harwood R H Blizard R A Thomas A Mann A H Social support deficits loneliness and life events as risk factors for depresssion in old age The Gospel Oak Project VI Psychological Medicine 27 323 332 1997 Ruegg R G Zisook S Swerdlow N R Depresssion in the aged An overwiew Psychiatric Clinics of North America 11 83 99 1988 Sparrenberger F Santos Lima R C Associa o de eventos de vida produtores de estresse e mal estar psicol gico Um estudo de base populacional Cadernos de Sa de P blica 29 1 249 258 2004 Tavares S S Sintomas depresssivos entre idosos relac es com classe mobilidade e suporte social p
496. os ocupamos tanto desse fen meno Qual a import ncia e o significado do amor para nossas vidas e para a humanidade Quais as implica es das mudan as hist rico sociais nos relacionamentos amorosos atuais Qual is s o a s implica o es da maior longevidade populacional para os relacionamentos amorosos Se nos fundamentarmos em pensamentos tais como o que bom tem um prazo de validade Bacharel e licenciado em Ci ncias Biol gicas pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Atualmente doutorando em Biologia Funcional e Molecular pelo Instituto de Biologia da UNICAMP e bolsista da Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de S o Paulo E mail para contato com o autor hcaixeta unicamp br Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 128 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP qual o progn stico para os relacionamentos amorosos que h o de vir Como seria uma sociedade sem amor A despeito desses questionamentos em nosso cotidiano quase que freneticamente procura se cada vez mais o amor Na verdade sua viv ncia e sua busca tendem a perdurar indeterminadamente n o se restringindo a uma fase ou s culo Consoante Braz 2006 o amor a condi o fundamental para o nascimento ontogen tico da pessoa Ele participou e participa ativamente da evolu o e estrutura o da personalid
497. os A R e PR SETOR TIPO DE ADEQUA O pontua o Adequado Pouco Pouqu ssimo A R 3 2 1 Pr 2 1 0 5 Grupo 1 Adapta o Eficaz personalidade normal raros sintomas neur ticos ou caracterol gicos 5 pontos Grupo 2 Adapta o Ineficaz Leve sintomas neur ticos brandos ligeiros tra os caracterol gicos algumas inibi es 4 0 pontos Grupo 3 Adapta o Ineficaz Moderada alguns sintomas neur ticos inibi o moderada alguns tra os caraterol gicos de 3 0 a 3 5 pontos Grupo 4 Adapta o Ineficaz Severa sintomas neur ticos mais limitadores inibi es restritivas rigidez de tra os caracterol gicos de 2 0 a 2 5 pontos Grupo 5 Adapta o Ineficaz grave neuroses incapacitantes borderlines psic ticos n o agudos extrema rigidez caracterol gica 1 5 pontos Quando existe a situa o de crise essa designa o seguir a classifica o principal dispensando um agrupamento pr prio O fator original da crise ocorre com a possibilidade de perda ou amea a de perda ou por aquisi o ou expectativa A crise se deve ao aumento ou redu o significativos do espa o no universo pessoal o indiv duo apresenta ang stia diante do novo e desconhecido SIMON 1989 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 262 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Psicoterapia
498. os e influenciados por experi ncias desenvolvimentais e ambientais individuais MEISSNER 2006a Diversas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 387 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP investiga es v m mostrando que assim como as drogas psicotr picas s o capazes de alterar a atividade mental do indiv duo toda a forma de psicoterapia altera o padr o de comunica o neural em reas espec ficas do c rebro ao prover est mulos que deixam tra os de mem ria A potencia o a longo prazo refere se a um aumento de atividade sin ptica por um longo per odo de tempo produzido por uma descarga neuronal intensa Este um modelo poss vel de explica o da plasticidade sin ptica atividade dependente subjacente mem ria de longo prazo alterada pela psicoterapia LANDEIRA FERNANDES CRUZ 1998 LIGGAN KAY 1999 Os efeitos da psicoterapia comportamental sobre pacientes com Transtorno obsessivo compulsico j foi objeto de dois estudos realizados atrav s da Tomografia por Emiss o de P sitrons PET BAXTER et al 1992 investigou taxas metab licas cerebrais de glicose em pacientes com transtorno obsessivo compulsivo antes e ap s o tratamento com antidepressivo fluoxetina ou terapia comportamental Ap s o tratamento os pacientes que responderam a ambos os tratamentos apresentaram diminui o signif
499. os e tradicionais Lembro ainda que para Knobel 1986 a psicoterapia breve tem por objetivo propiciar Reeduca o Emocional ou seja dar condi es para que o indiv duo restabele a um funcionamento adequado atrav s de uma experi ncia emocional corretiva sendo necess rio para tanto que o indiv duo possua aspectos sadios e reas de estrutura o positivas possibilitando o cumprimento da finalidade a qual se prop e ou seja a de alcan ar uma viv ncia plena dentro de um processso constante de desenvolvimento e crescimento De maneira complementar a esta postura tamb m empregamos a EDAO Escala Diagn stica Adaptativa Operacionalizada Simon R 1989 que se utiliza do crit rio da adapta o para avaliar a condi o do indiv duo sendo esta verificada atrav s dos setores afetivo relacional das rela es da produtividade trabalho do s cio cultural e do org nico permitindo verificar se o indiv duo encontra se ou n o adaptado e em maior ou menor conflito possibilitando assim o estabelecimento de um diagn stico que norteie a condu o da elabora o dos conflitos existentes Todo este trabalho desenvolve se dentro do que chamamos Enquadres Diferenciados de Atendimento ou seja as sess es em virtude da frequ ncia do terapeuta foram marcadas quinzenalmente e com dura o de thora e 20 minutos tentando se desta maneira diluir ou minimizar os preju zos advindos deste intervalo de tempo entre os atendime
500. os resultados foram positivos Freud a princ pio viu este trabalho com restri es acreditando que s ao pai da crian a seria poss vel realiz lo Depois desta tentativa pioneira transcorreu ainda um bom tempo at que a an lise de crian as pudesse realmente prosperar em parte devido s dificuldades t cnicas que ela apresentava em parte devido a uma s rie de concep es existentes na poca a respeito das crian as e de suas possibilidades de serem analisadas S no fim da d cada de 20 e in cio da d cada de 30 no s culo XX surgiram os primeiros trabalhos organizando t cnicas de an lise infantil com Anna Freud e Melanie Klein Embora quase concomitantes os trabalhos de ambas guardavam entre si diferen as consider veis pelo menos no in cio No decorrer do tempo essas diferen as se tornaram um pouco mais amenas Esses trabalhos pioneiros deram origem a muitos outros realizados em diferentes pa ses a partir dos quais novas quest es foram sendo levantadas tanto no que se refere ao estudo do desenvolvimento infantil quanto s t cnicas de trabalho cl nico Uma das quest es fundamentais que passou cada vez mais a ser considerada a da import ncia do ambiente familiar no desenvolvimento da crian a seja normal seja patol gico Embora Melanie Klein ressaltasse a import ncia da rela o m e beb suas concep es continuavam a privilegiar a din mica intra ps quica O final da d cada de 50 e especialmente a
501. os sujeitos e suas defici ncias Roudinesco 1998 p 612 Freud tamb m utiliza o termo Psicologia Cl nica numa carta endere ada a Fliess em 30 de janeiro de 1899 Ele escreve o que est emergindo do caos desta vez a liga o com a psicologia contida nos Estudos sobre a Histeria a rela o com o conflito com a vida a psicologia cl nica como me agradaria cham la Masson 1986 p 343 Segundo Roudinesco 1998 Freud utiliza a express o uma nica vez pois se o m todo psicanal tico repousa sobre uma cl nica esta renuncia no entanto observa o direta do doente para interpretar os sintomas em fun o da escuta do inconsciente p 612 O Departamento de Psicologia Cl nica do Instituto de Psicologia da USP surge com a cria o e a instala o do Instituto de Psicologia A cria o se d em 1969 e a instala o em 1970 sendo um dos quatro Departamentos que comp em o Instituto O Departamento de Psicologia Cl nica oriundo da iniciativa de Annita Castilho Cabral que em 1954 criou junto sua Cadeira de Psicologia do Departamento de Filosofia uma especializa o em Psicologia Cl nica Instalado o Departamento as atividades ligadas Gradua o come am a ser desenvolvidas O Programa de P s Gradua o em Psicologia rea de concentra o Psicologia Cl nica criado cinco anos depois 1975 em n vel de Mestrado e doze anos depois 1982 em n vel de Doutorado O Departamen
502. ou a querer sair para brincar correr e pular na floresta Mas sua m e T fane n o queria que ele sa sse da toca pois tinha muito medo que ele se perdesse ou que fosse engolido pelas raposas Seu pai Oscar n o concordava muito com a T fane mas para n o brigar n o dizia nada Assim Ludovico come ou a crescer cheio de energia e a fazer bagun a em casa T fane ficava muito brava com ele mas n o percebia que ele fazia isso pois n o podia sair e brincar na floresta Oscar entendia Ludovico mas n o sabia como dizer isso aos outros Todas as vezes que Ludovico fazia bagun a Tifane ficava nervosa e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 415 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Oscar n o dizia nada Um dia T fane deu uma bronca em Ludovico pois ele havia bagun ado todo o estoque de cenouras da toca Ela brigou com ele e ele teve muita raiva dela n o deixa lo sair da toca Ela disse a ele que ele n o parecia um coelho e sim um porco espinho Ent o T fane saiu da toca distra da e n o notou que havia uma on a faminta l fora Rapidamente on a a engoliu e ela nem chegou a ver nada do que aconteceu Quando Oscar veio para casa e viu o que havia acontecido ficou muito triste Mas mesmo triste ele n o era muito de falar J Ludovico ficou desesperado se sentindo o pior coelhinho do mund
503. ou da rainha A bruxa tem um perfil de personalidade histri nica impaciente ressecada e r gida com desejos de vingan a e poder devido seus sentimentos de exclus o e de infertilidade A rainha por sua vez exercer sua autonomia com liberdade e criatividade pois ela sabe que pode reinar e gerir livremente a sua vida principalmente agora que se libertou das regras ou dos inc modos menstruais Por m para que a mulher da meia idade assuma sua dimens o rainha ela n o pode ficar identificada exclusivamente com as imagens arquet picas das deusas Hera Demeter ou Pers fone respectivamente representadas pela esposa m e ou filha atribui es unilaterais ainda impostas pela nossa atual sociedade patriarcal patrimonialista e machista Da mesma forma n o pode negar ou contrapor essas fun es indo para o extremo oposto ficando desfeminilizada assumindo caracter sticas mais competitivas testosteronicas e masculinas Por m infelizmente o que mais notamos que a maioria das mulheres acaba ficando aprisionada em um conjunto de papeis empobrecendo suas vidas e sofrendo o ressecamento de toda sua potencialidade integrativa e criativa Com isso desenvolvem uma infinidade de sintomas de adoecimento que para serem curados necessitam de uma integra o de cuidados que v o desde as interven es qu micas ou cir rgicas at um profundo processo de autoconhecimento S assim elas poder o conscientemente assumirem seus pap
504. outras esses projetos est o vinculados ao departamento de marketing que associa a a o social s marcas e produtos Pode ocorrer ainda de algumas empresas utilizarem a promo o de atividades sociais para desviar o foco do impacto de a es nocivas havendo assim um mecanismo de compensa o uma cosm tica da pr pria imagem Lima apud Souza 2006 A diversidade repercutiu na forma das empresas gerirem a sua for a de trabalho criando se um modo novo de organiza o denominada gest o da diversidade que procura utilizar os atributos dos indiv duos como recursos de modo a favorecer o desempenho da empresa As vantagens daqueles que utilizam essa pr tica empresarial s o seria um m todo mais justo do que as a es afirmativas uma vez que o crit rio n o seria o favorecimento mas o m rito e uma boa gest o da diversidade proporcionaria uma vantagem no mercado uma vez que se reuniriam diferentes habilidades e experi ncias devido a um ambiente interno multicultural Temos outra vertente que atua sobre as empresas na quest o da inclus o da pessoa com defici ncia a interfer ncia governamental Recentemente o sistema de cotas para pessoas com defici ncia foi aplicado no Brasil A lei n 8 213 91 determina que empresas com mais de cem funcion rios Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 3
505. outras exigem um tempo relativamente pequeno de no m ximo 1 ano ao passo que em duas foram exigidos 2 anos e 3 anos Analisando os dados do Censo 2000 do IBGE observamos que quanto porcentagem de pessoas com defici ncia que declaram ter ocupa o de trabalho temos 40 8 das pessoas com defici ncias visuais 34 de pessoas com defici ncia auditiva 24 8 daqueles que possuem alguma incapacidade motora ou f sica e 19 3 de pessoas com defici ncia mental Pode se concluir a partir desses dados e dos an ncios anteriormente analisados que durante o processso de sele o para uma vaga de emprego certas defici ncias s o mais aceitas pelos empregadores do que outras Isso mostra que a inclus o da pessoa com defici ncia no mercado de trabalho depende tamb m da defici ncia que a pessoa apresenta a inclus o n o parece ser para toda e qualquer pessoa com defici ncia Al m dos preconceitos sobre a defici ncia h outro fator importante que dificulta a contrata o o n vel de escolaridade Muitas empresas exigem como requisito o Ensino M dio completo para se encaixar em normas internacionais de qualidades como ISO 9000 O baixo ndice de escolaridade das pessoas com defici ncia torna isso mais um entrave na busca de um emprego Outro fator que n o pode ser desconsiderado enquanto uma barreira na inser o da pessoa com defici ncia o benef cio fornecido pelo INSS em forma de aposentadoria por invalidez Para que haja
506. ouve fornecimento bem sucedido de espa o para a ilus o O processo de desilus o caminha com a possibilidade de discrimina o entre o eu e o n o eu Depend ncia relativa aqui o beb pode se dar conta da necessidade de detalhes do cuidado materno e pode de modo crescente relacion los ao impulso pessoal Winnicott 1983 p 46 Rumo independ ncia o beb desenvolve meios para ir vivendo sem cuidado real Isto conseguido atrav s do acumulo de recorda es do cuidado da proje o de necessidades pessoais e da introje o de detalhes do cuidado com o desenvolvimento da confian a no meio Winnicott 1983 p 46 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 377 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O indiv duo deve ser capaz de criar o mundo ao mesmo tempo em que criado por ele deve ser capaz de se adaptar e tamb m de se negar a se adaptar Barreto 1998 PRINCIPAIS FUN ES MATERNAS Holding tudo que no ambiente fornecer a uma pessoa a experi ncia de uma continuidade de uma const ncia tanto f sica quanto ps quica Barreto 1998 p 60 Essa continuidade dada pelo respeito ao ritmo do indiv duo Essa continuidade permite o estabelecimento de confian a no ambiente Handling fun o de manipula o corporal e o conta
507. p s o que sugeri que talvez sua esposa estivesse se sentindo rejeitada enquanto ele vivencia uma baixa estima em decorr ncia da sua impossibilidade atual de ter uma vida sexual Nesse contexto ele reafirmou que iria ao m dico para saber o que de fato acontecia e que se ele se tornasse de fato impossibilitado de ter uma vida sexual n o mais se importaria A terapeuta sugere que a rela o sexual pode ocorrer de outras maneiras e n o rigorosamente na forma at ent o adotada ap s o que ele disse que se fosse moderno jovem estaria arrasado mas que se via com condi es de aceitar essa mudan a Comentou tamb m nessa oportunidade que a esposa continuava fazendo terapia Foram feitos coment rios sobre as diferen as entre as pessoas e a dificuldade em se conviver com elas ap s o que ele comentou que desde sempre ele e a esposa eram diferentes um do outro pois ele era homem e ela mulher mas que isso n o deveria ser motivo de brigas Comentou tamb m que continua fazendo o servi o da casa ajudando esposa a quem s tinha de agradecer e lembrou que j h vinte anos teve de parar de trabalhar pelo problema de coluna e que ela sempre foi solid ria com ele Relatou ainda que estava pensando em montar uma loja para se distrair e se ocupar mas precisava juntar certo capital primeiro porque havia gastado muito com um tratamento dent rio Agradeceu novamente e declarou que reconhecia que o trabalho feito foi uma gr
508. partamento de Psicologia Cl nica IPUSP Tais cuidados n o poderiam ser oferecidos pelo APOIAR por necessitar de assist ncia m dica constante por m pela pr pria situac o de desamparo do paciente e pelas suas dificuldades decorrentes de seu quadro cl nico exigiam que a psicoterapeuta tivesse uma postura de sustentac o holding e acolhimento do contr rio o encaminhamento seria comprometido Nesse sentido a terapeuta mostrou se continente colocando para o paciente sobre seus temores e mobilizando as partes mais evolu das de seu ego de forma a mobiliz lo a procurar cuidados em institui o mais adequada s suas necessidades de cuidado Ao final da entrevista o paciente apresenta se mais tranquilo despedindo se da terapeuta dessa forma Dra a senhora me ajudou muito Vou agora mesmo procurar um CAPS sic A psicoterapeuta coloca se disposi o do paciente caso o mesmo encontre alguma dificuldade em ser atendido pelo servi o designado mas desde ent o o mesmo n o entrou mais em contato CONSIDERA ES Esse fragmento de caso demonstra que a adapta o ativa do analista durante as consultas terap uticas d ao paciente a confiabilidade para que ele possa se reportar as experi ncias traum ticas e dar a elas novos significados O terapeuta em tais situa es um objeto subjetivo idioma transferencial se transforma no modelo de experi ncias primitivas e a capacidade de sustenta o do terapeuta
509. pe cuidadora como transformadora da realidade dos abrigados fundamental que se trabalhe para o retorno do adolescente a sua fam lia atento manuten o dos v nculos essenciais ao jovem mesmo ap s seu desabrigamento A institui o deve ser um local que promova o desenvolvimento e autonomia dos jovens e de sua fam lia 6 Disponibilidade da equipe em abordar assuntos dif ceis Ent o por exemplo aquela conversa que eu tive com o menino n o deu resultado mas amanh vai dar resultado N o atrav s de mim mas de outro profissional que s vezes o menino juntou aquilo na cabe a relato de cuidador 7 Car ncia afetiva desesperan a e abandono s o compartilhados por cuidadores e adolescentes abrigados N o houve resist ncia dos cuidadores em abordar temas dif ceis como drogas viol ncia e sexualidade Por m estes assuntos causam muitas diverg ncias nas opini es para a pr tica e foi ent o que percebemos que n o h consist ncia na constru o das posturas necess rias aos cuidadores Isso uma das consequ ncias da falta de capacita o profissional e de um projeto pedag gico efetivo que d refer ncia nica equipe pelo menos quanto s atitudes mais delicadas e situa es mais pol micas Uma tristeza grande uma dor no peito pela sociedade n o pelos meninos em que vivemos hoje relato de cuidador Esta fala caracteriza a propor o generalizada que tomam as queixas apresen
510. per odo maior que o dito provis rio torna se justific vel um estudo sobre como pode ser feita a adapta o realidade familiar e social no momento do desabrigamento Essas crian as e adolescentes encontram se em situa o de vulnerabilidade e fragilidade dadas as circunst ncias prec rias que as levaram ao abrigamento assim importante um acompanhamento em todo o processso do retorno ao lar Esse estudo pretende somar conhecimentos a essa rea a fim de trazer contribui es que possam auxiliar na implementa o de servi os de atendimento a essa popula o METODOLOGIA Este estudo foi realizado do Instituto de Psicologia USP no Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Social Projeto Apoiar que estabelece conv nios e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 238 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP parcerias com institui es que necessitam do suporte psicol gico entre as quais atende abrigos da cidade de S o Paulo Atrav s deste tipo de encaminhamento recebemos da Assistente Social de um dos Abrigos C ssia o encaminhamento de algumas crian as para atendimento psicol gico A M todo Cl nico A pesquisa foi realizada de acordo com o m todo clinico por se tratar do relato de um caso visando desenvolver um psicodiagn stico compreensivo Trinca 1984 e interventivo Tar
511. pessoas acometidas pelo Transtorno de Asperger que sofrem reprimendas de seus pais quando identificam que eles nutrem tais interesses amorosos por outra pessoa Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 122 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Se por um lado o que se o que se concebe a respeito do amor remete a entendimentos t o diversos este conjunto de sentimentos pensamentos e comportamentos podem ser provavelmente caracterizados como uma interpreta o distinta de pessoa para pessoa e consequentemente o que for vivenciado tamb m pode ser considerado idiossincraticamente distinto por outro lado as atitudes preconceituosas da sociedade na qual est o inseridos os autistas tipificam as atitudes deles ent o n o h nenhum outro lugar onde este preconceito mais aparente do que na rea da sexualidade Os estere tipos de que as pessoas autistas n o s o atraentes fisicamente n o t m interesses por sexo ou ainda s o incapazes de sentir algum est mulo sexual ainda s o amplamente difundidos Estes estere tipos unidos falta de informa o induzem a gente a uma atitude pessimista em tudo que se refere a manifesta es afetivo sexuais para estas popula es Dessa forma caberia aos pais a responsabilidade de serem os primeiros agentes no processo educativo deles Entretanto estes delegam aos
512. pital j fazendo tratamento com o Gardenal Este tratamento foi seguido at os 5 anos de idade quando os pais decidiram voltar para o Maranh o e abandonaram o tratamento por aproximadamente 3 anos Quando retornaram a S o Paulo procuraram por um m dico que lhe disse que D n o tinha nada tendo o encaminhado somente ao Psic logo ao qual foi apenas em 3 consultas pois n o possu am condi es financeiras para arcar com o tratamento Em 2004 D foi encaminhado para APAE onde passou por v rias consultas n o chegando a concluir um diagn stico embora tenham lhe encaminhado para a Ludoterapia que nunca chegou a fazer QUEIXAS Al m da dificuldade de aprendizagem D n o est alfabetizado at hoje mas escreve razoavelmente e faz algumas opera es matem ticas simples apresenta Dificuldade de Intera o pessoal n o tem amigos n o joga bola n o brinca Nao realiza nenhuma atividade de vida di ria arrumar sua cama ou lavar seu prato Quanto a higiene n o tem iniciativa em lavar as m os ou tomar banho mas obedece as ordens dos pais Nao sai de casa sozinho s em companhia dos pais n o toma nibus N o reconhece o valor da c dulas Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 171 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Nao tem no o de tempo
513. pregabilidade de fun es mut veis flu das no sentido de liberdade de roupagens diferente do conceito libert rio do in cio do s culo passado Esses indiv duos controversamente n o t m controle sobre seus destinos e decis es e o que pior nem podem culpar um terceiro pelo seu grilh o imaginativo pois a pseudo liberdade uma ilus o criada como possibilidade de fuga da incapacidade deste que n o ousa extrapolar os paradigmas Assim at o espa o p blico t m se tornado lugar de problemas privados socialmente trata se de uma involu o mpar pelo fato de que O indiv duo de jure falso n o pode se tornar indiv d uo de fato sem antes tornar se cidad o N o h indiv duos aut nomos sem uma sociedade aut noma e a autonomia da sociedade requer uma auto constitui o deliberada e perp tua algo que s pode ser uma realiza o compartilhada de seus membros BAUMAN 2001 50 E a protagoniza o mais evidente e nocivo comportamento desta sociedade o consumo Propagou se um comportamento geral de comprar n o apenas produtos e servi os mas o ato de aquisi o fica tamb m evidenciado na busca e anexa o de personas do indiv duo e as pessoas que com este se relacionam seja o empregado empregador ou Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 45 Departamento de Psicologia Cl nica
514. processso de reabilita o profissional desenvolvido ou homologado pelo INSS art 1 8 1 Portaria n 4 677 98 do Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social Considera se tamb m pessoa portadora de defici ncia habilitada aquela que n o tendo se submetido a processso de habilita o ou reabilita o esteja capacitada para o exerc cio da fun o art 36 8 3 Portaria n 4 677 98 do Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 367 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP contemplada com benef cios Outro ponto importante a ser considerado sobre a quest o de cotas que em alguns pa ses essa experi ncia foi mal sucedida H casos relatados pela Organiza o Internacional do Trabalho OIT em que a pessoa com defici ncia paga para ficar em casa ou casos em que a empresa preferia pagar a multa a contratar uma pessoa portadora de defici ncia Clemente 2003 A chamada lei de cotas no Brasil tem propiciado que mais pessoas com defici ncia consigam entrar no mercado de trabalho devido reserva de vagas de emprego Em contrapartida tem levado as pessoas com defici ncia a procurarem formas de melhorarem suas habilidades visto que a disponibilidade de vagas de trabalho n o feita de forma caridosa mas seguindo a l gica mercadol g
515. propicia ao beb uma s rie de intera es sociais que colaboram para um desenvolvimento saud vel da crian a al m de lhe proporcionar oportunidades de treinar seus comportamentos sociais e perceber as modifica es dele no meio Toni Salvo Marins amp Weber 2004 Dessa forma em Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 150 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP geral seres humanos que s o amados e que respondem com carinho aos outros adquirem uma agrad vel capacidade de intimidade com outras pessoas 2 CONTEXTUALIZA O Para Maldonado 2005 o grupo de gestantes um grupo homog neo pois s o pessoas que est o atravessando uma mesma transi o existencial isto apresentam problemas semelhantes e est o dispostas a discutir situa es comuns a todos Segundo Vi osa 1977 o grupo aberto n o limita as participantes por faixa et ria por per odo gestacional ou n vel s cio econ mico possibilitando a elas uma maior troca de experi ncias e lhes dando mais sensa o de evolu o pois tem a oportunidade de vivenciarem atitudes rea es emo es que ainda n o foram experimentadas ou que j vivenciaram e souberam lidar com os fatos No grupo de estrutura mista as viv ncias e experi ncias s o focalizadas em um tempo do grupo ap s a transmiss o de informa es relevantes ao tema
516. pulmonar obstrutiva cr nica artrite reumat ide infarto agudo do mioc rdio insufici ncia card aca congestiva les o em extremidades por quedas e obesidade Por outro lado h o reconhecimento da depress o como um fator que leva a pior evolu o de algumas doen as como j vem sendo relatado a algum tempo em outras patologias como Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 98 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP diabetes c ncer infarto do mioc rdio e em pacientes internados em enfermarias gerais Algumas depress es s o secund rias a condi o f sica do idoso como hipotiroidismo ou carcinomas e ao uso de medicamentos dentre estes podemos citar betabloquadores anti hipertensivos benzodiazep nicos antipsic ticos quimioter picos barbit ricos ester ides L dopa entre outros Pesquisas recentes t m mostrado de forma consistente que indiv duos com doen as cl nicas que est o deprimidos apresentam menor ades o aos tratamentos propostos menor cuidado consigo mesmo maior preju zo funcional diminui o da qualidade de vida aumento nos custos do tratamento e pior progn stico com maiores morbidade e mortalidade As quest es da capacidade funcional e autonomia do idoso podem ser mais importantes que a pr pria quest o da morbidade pois se relacionam diretamente qualidade d
517. quando dificulta o atendimento das necessidades das participantes Nas visitas domiciliares realizadas algumas mulheres referiram que seus companheiros inicialmente n o entendiam as suas necessidades de frequentarem os encontros uma vez que algumas delas j eram m es e na concep o deles elas possu am o conhecimento necess rio sobre os cuidados de sa de O enfrentamento da situa o foi direcionado para o caminho do di logo e da divis o de responsabilidades ocorrendo o processo de repadroniza o no companheiro a partir das pr prias transforma es na mulher durante a viv ncia grupal As repercuss es do Grupo de Gr vidas foram tamb m observadas nas intera es das participantes do grupo com as pessoas da comunidade a saber Passei os conhecimentos que aprendi no grupo para uma amiga que est gr vida ela n o pode participar do grupo porque j tinha iniciado mas passei tudo o que aprendi nos encontros pra ela Participante C Al m das repercuss es citadas pelas gestantes foi poss vel perceber que nesse processo de constru o individual coletiva ultrapassando o contexto grupal para o familiar a teia de intera es criada no grupo gerou transforma es nos sujeitos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 159 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP tornando as participantes do
518. que dar explica es s pessoas do olhar do outro que julga e recrimina Ap s um sil ncio Julio disse que acha que o medo do qual falam na verdade deles mesmos Marcos fala que se sente diferente dos colegas de trabalho pois apesar de seus problemas ele tenta se tratar o que n o acontece com outras pessoas que conhece que tem o mesmo tipo de problema Quer que a sa da do hospital dessa vez seja diferente Faz planos de trabalhar no canil da policia gosta muito de cachorros Roberto fala tamb m de seus planos para o futuro mudar se para o interior jogar domin na pra a com os amigos cuidar de uma planta o Julio tamb m se coloca quer mudar de emprego e almeja uma vaga na biblioteca da escola pois seu sonho aprender a restaurar livros Terminamos a sess o com certo sentimento de alivio pois desta vez a Oficina n o fora t o tensa e pesada Falar sobre sonhos e planos para o futuro pareceu representar para todos n s terapeuta alunos e pacientes uma nova perspectiva Reflex es sobre o acontecer cl nico Ao narrar de forma breve o acontecer cl nico relativo s Oficinas Psicoterap uticas realizadas no Hospital pensamos que poss vel refletir sob v rios pontos de vista No entanto gostar amos de enfocar as quest es relacionadas potencialidade terap utica desta forma de enquadre bem como o que diz respeito materialidade mediadora utilizada Considerando a express o proposta por Machado e Aiello Vai
519. que ela fique muito irritada al m disso em muitos momentos ela afronta a m e como se toda a autoridade estivesse com ela Maria n o gosta de bater na filha mas algumas vezes perde a cabe a pois a situa o muito aflitiva para ela Parece que Aninha constantemente precisa de refor o escolar e quando isso acontece elas t m que sair mais cedo de casa para que d tempo de Maria deixar Aninha na escola e depois ir para o trabalho sem chegar atrasada Na escola a menina exerce uma lideran a entre as outras crian as que gostam muito dela Por outro lado as crian as tamb m brigam bastante com Aninha pois a menina usa o segredo que as outras crian as lhe contam para fazer chantagem e conseguir as coisas que deseja A m e est extremamente preocupada diz n o saber 48 Nome fict cio 49 Nome fict cio Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 419 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP mais o que fazer para que sua filha entenda que isso errado Sente se impotente diante destes fatos pois tenta educar a filha com os seus valores e com aquilo que acredita que uma pessoa necessita para se colocar honestamente na vida mas ela diz que entra por um ouvido e sai por outro Atualmente Maria tem um namorado que a filha chama de pai Mas s se encontram nos finais de semana porque ele
520. quematizadas na tabela que segue da Antiguidade at o s culo XVII seria a fase religiosa do exterm nio ou m stica o s culo XVIII se caracterizaria como fase humanista ou crist o s culo XIX seria a fase cient fica e o per odo a partir do s culo XX denominado fase dos direitos Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Idade M dia S culo Rule XVI Exterm nio Mistica religiosa S culo XVI Humanista Crist S culo XIX Cient fica S culo XX Direito Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Deforma o humana Manifesta o das for as dos deuses ou do dem nio Manifesta o da natureza humana a Homem gt imagem amp semelhan a de Deus Sequela les o diminui o da capacidade de um rg o em consequ ncia de doen as Perda total ou parcial tempor ria ou permanente de uma fun o psicol gica fisiol gica ou anat mica CARACTER STICAS PROCEDIMENTOS Nega o direito vida Condi o imut vel de anormalidade Cren as sobrenaturais demoniacas e superticiosas A defici ncia est no corpo Oportunidade de purifica o para ganhar o reino de Deus Conformismo piedoso defici ncia pode ser passivel de tratamento evitada ou controlada Integra o Inclus o Conviv ncia Soc
521. r cassiterides bol com br Anais da V Jornada APOIAR SAUDE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA Sao Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 119 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Especificamente em relac o ao Transtorno de Asperger pode se dizer que esta uma psicopatologia que dentro do espectro aut stico caracteriza se por preju zos graves e persistentes na interac o social bem como no desenvolvimento de padr es restritos de interesses atividades e comportamentos limitados APA 2002 Contudo difere do autismo cl ssico pois seu curso de desenvolvimento precoce evidencia uma falta de qualquer retardo clinicamente significativo na linguagem falada ou ainda na percep o da linguagem no desenvolvimento cognitivo nas habilidades de autocuidado e na curiosidade sobre entorno que cerca os acometidos Dessa forma poucos e circunscritos interesses que ocupam intensamente e totalmente o foco da aten o e assim h uma tend ncia a falar frequentemente sobre tal tem tica espec fica Seus acometidos ainda podem apresentar algum tipo de falta de coordena o motora como comportamentos de rocking e flaping embora este crit rio n o seja necess rio para o diagn stico O interesse em formar relacionamentos sociais e afetivos sexuais pode aumentar na adolesc ncia na medida em que a pessoa aprende formas de respostas mais adaptadas as suas dificuldades Infel
522. r aceitos visando as adapta es cont nuas as exig ncias do ambiente e consequentemente o equil brio necess rio para a fase em que se encontra Mas tamb m existem as crises do desenvolvimento que s o ocasionadas por situa es inesperadas que provocam muito sofrimento e nos levam ao desequil brio Quando nos referimos palavra crise nos referimos a um per odo de transforma o e transi o entre duas etapas da evolu o do ciclo de vida A Crise na sociedade ocidental vista como um per odo desastroso da vida do ser humano por m inevit vel uma vez que seria pr condi o para se alcan ar o est gio seguinte do pr prio desenvolvimento Por m nas sociedades orientais a palavra Crise representada pelos ideogramas Oportunidade e Crescimento focalizando assim um momento de evolu o Se por um lado as crises geram desequil brios tamb m estimulam a busca pelas solu es a busca do equil brio perdido levando o ser humano a adaptar se s mudan as internas e externas faze ndo com que a vida seja um processso continuo de redefini es redescobertas e objetivos que n o cessam com o passar dos anos mas n o necessariamente sem sofrimento Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 184 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Assim atrav s desta perspectiva que
523. r pria filha do casal Disse que assim que a filha nasceu tanto o marido como a fam lia dele passaram a fazer discrimina es e tratar de modo diferenciado as duas crian as privilegiando a filha natural e tratando com viol ncia e rejei o a Isadora As brigas come aram a se intensificar e o marido passou a agredir a filha e at acusar Luc lia de tratar de modo diferente a Isadora e Fab ola nome fict cio Disse que brigavam muito ela e o marido e ele passou a ter outros relacionamentos Com isso resolveu ir embora da casa do marido e foi morar com a m e Luc lia diz que n o sabe o por qu mas ela sempre se identificou com a filha mais velha Sentia um elo forte entre ela e a filha Sofria ao perceber que a outra filha era mais querida pelo marido e pela fam lia do marido do que a filha mais velha Sentia que a filha era rejeitada desamada e que ela precisava defend la de tudo e de todos Luc lia contou que a sua m e nunca a perdoou por ter abandonado o marido Achava que n o se justificava ela separar se do marido e voltar a viver na casa dela Conta que a m e n o a aceita o modo dela ser Fala que a m e r gida e n o gosta de nada que ela faz Reclamava dos livros que ela lia da m sica que ouvia do jeito dela falar dos amigos que tinha e assim as brigas eram constantes em sua casa com a sua m e Al m disso a m e se preocupava com o que os vizinhos iam comentar da filha ser m e solteira dentro da casa com 2 filh
524. r s tipos de adequa o poss veis quando atende ao requisito recebe um sinal positivo adequadas 1 resolvem o problema 2 s o satisfat rias 3 n o criam conflito intraps quico nem ambiental pouco adequada 1 resolvem o problema mas apenas 2 s o satisfat rias e 3 criam conflito Ou 2 n o s o satisfat rias embora 3 n o criem conflito Pouqu ssimo adequadas 1 resolvem o problema mas 2 sem satisfa o e 3 com conflito Em particular se o problema vital e o sujeito n o encontra qualquer forma de solu o em curto prazo estar em crise Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 261 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Simon 1995 percebeu que caso trabalhasse quantitativamente apenas com o setor afetivo relacional A R e de produtividade Pr considerados clinicamente mais importantes e deixasse de quantificar os setores s cio cultural SC e org nico OR avaliando estes apenas qualitativamente chegaria a um resultado preciso e coerente Isso porque se nos setores SC e OR houvesse um comprometimento significativo este se refletiria na rea afetivo relacional A R e de produtividade PR e vice versa Chegou se assim atual proposta de quantificac o Quadro 1 Quantificac o dos setores adaptativ
525. r o conflito reagiu abandonando tudo O trabalho mostra as rela es que a m e tem com sua fam lia de origem as dificuldades de relacionamento com a m e e com o irm o A Luc lia n o se sentia amada e valorizada pela m e Mantinha uma rela o de muita rivalidade com o irm o e sentia que a m e e o irm o faziam um conluio juntos e ela era exclu da e rejeitada De in cio se percebe a dificuldade da Luc lia lidar com seus sentimentos N o os Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 229 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP acolhe reage a agress o que sofre age de modo impulsivo Agride n o se preserva Ataca os v nculos Deixa a sua filha Fab ola com o pai Traz a Isadora com ela Menciona o quanto Isadora estava assustada Provavelmente a Isadora sentiu a turbul ncia emocional Viu todos se descontrolarem a fam lia se desintegrar Luc lia apresenta dificuldades para lidar com seus sentimentos n o acolhe o que sente Nas consultas vemos como ela severa consigo mesma como se ataca atira pedras contra si mesma e se desvaloriza Percebemos tamb m o quanto dif cil integrar os seus v rios aspectos e dos objetos Faz dissocia es Mas nas consultas a partir do olhar da terapeuta come a a se refor ar se perdoar se valorizar Recupera os seus sentimentos amorosos pelo irm o pela m
526. r solu es Quando a Universidade oferece uma boa forma o esta tem certamente o dom de tirar o aluno da mesmice de movimentar seus pensamentos de produzir associa es indaga es e at descobertas O profissional e o pesquisador com boa forma o poder o produzir e transmitir conhecimentos e assim colaborar com a democratiza o do conhecimento e com a cria o de modelos de atendimento cl nico que melhor atendam s necessidades da popula o brasileira Refer ncias bibliogr ficas Delgado P G 2006 27 de julho Sa de mental e p blica para todos O Globo Rio de Janeiro Mari J de J Bressan R A Almeida Filho N et al jan fev 2006 A pesquisa em sa de mental no Brasil pol ticas infra estrutura financiamentos e recursos humanos Rev Sa de P blica 40 1 Recuperado em 04 de novembro de 2007 da Scielo http www scielo br Masson J M 1986 A correspond ncia completa de Sigmund Freud para Wilhem Fliess 1887 1904 Rio de Janeiro Imago Roudinesco E e Plon M 1998 Dicion rio de Psican lise Rio de Janeiro Jorge Zahar Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 20 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL E PROJETOS DE PESQUISA E INTERVENC O NOS CICLOS DE VIDA E A VJORNADA APOIAR Leila Sa
527. ra o na articula o dos dedos para representar os caracteres nos alfabetos c Sistema Braile sistema de leitura e escrita formado pela combina o de seis pontos dispostos em duas colun as paralelas e tr s linhas d Sistema braile digital estrutura similar do sistema braile com pontos em alto relevo e Escrita ampliada amplia o impressa ou manuscrita de textos frases palavras s labas e letras f Escrita alfab tica na palma da m o das letras em caixa alta mai sculas do alfabeto ocidental na palma da m o da pessoa surdocega g Tadoma ou tamb m conhecido como m todo de vibra o consiste na percep o t til das vibra es produzidas durante o ato de falar SOBRE A PESSOA SURDOCEGA E SUA FAM LIA Cria o de v nculos na fam lia principalmente entre pais e filho dificultada pelo isolamento sensorial da crian a o que pode levar muitas vezes ao diagn stico err neo de autismo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 381 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Pais de crian as com defici ncia costumam pensar que elas ser o crian as para sempre o que pode estar relacionado com o conceito de idade mental inadequadamente veiculado Esse tipo de pensamento leva a dificuldades em aceitar o desenvolvimento da sexualidade dessas crian as Irm os de p
528. ra pois ele uma experi ncia idiossincr tica que cada um vivencia de modo diferente e novo Beck amp Miller 1969 Dentre as mais variadas manifesta es que este conceito pode assumir encontramos o amor rom ntico que seria aquele que se estabelece por suas necessidades afiliativas e de depend ncia paix o idealiza o absor o e Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 145 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP exclusividade entre duas pessoas em um v nculo geralmente est vel Branden 1988 Driscoll Davis 8 Lipetz 1972 Contudo a no o de amor n o pode confundir se com o que se pensa a respeito do que se concebe enquanto um relacionamento amoroso Quando nos referimos a um relacionamento amoroso em sentido restrito estamos enfatizando ao envolvimento com o outro na rela o Nessa intera o com o outro pode ou n o haver amor que envolva la os de afeto apego libido dentre outras caracter sticas e dimens es que o amor pode assumir enquanto um conjunto de comportamentos sentimentos e pensamentos Entretanto em se tratando de amor ou mesmo de relacionamentos amorosos h alguns pontos de intersec o Sentir ou n o afetos por outro ser humano envolve cogni o Amor enquanto uma sofisticada resposta tamb m envolve cogni o Contudo reconhecemos que as rela es significativas
529. ragir e cuidar de seu beb com defici ncia chegando at mesmo a ter medo de tocar no mesmo e machuc lo Isso gera falha na fun o de handling Isso faz com que se torne dif cil por parte da m e exercer a fun o de apresentar o mundo ao seu beb CONSIDERA ES FINAIS A peculiaridade org nica ser sempre um vi s no processo de amadurecimento do beb e na rela o de sua m e com ele A poss vel dificuldade da m e se devotar ao seu beb seja devido depress o ou dificuldade em elaborar o luto do filho idealizado pode fazer com que o beb antes de se constituir indiv duo nico e indissol vel tenha que precocemente se adaptar ao ambiente e como rea o falha ambiental falha na adapta o da m e ambiente ao beb Assim esse indiv duo poder apresentar impossibilidades ou dificuldades em ter um gesto pr prio de ser criativo no mundo de se negar a se adaptar ao mundo al m de se adaptar ele de tamb m criar o mundo e n o somente ser criado por ele Em casos mais extremos de falha ambiental no in cio da vida do beb esse ainda poderia apresentar quadros cl nicos como autismo n o constitui o total do ser do self ainda n o pode se dizer que h real integra o esquizofrenia rompimento do self no in cio da constitui o do mesmo cis o desintegra o borderline aparentemente normal mas vive uma cis o interna falso self submiss o ao mundo REFER NCIAS AM
530. rap utico das entrevistas iniciais em que o paciente est ansioso por falar dos seus problemas vido por ser compreendido e motivado para mudan as Em trabalho anterior Paulo 2004 demonstramos como o encontro terap utico e as interven es psicanal ticas podem ser de extrema utilidade e muitas vezes alteram as perspectivas de vida de uma pessoa mesmo num processo breve de atendimento psicol gico Oferecer a oportunidade de escuta e acolhimento ao paciente de maneira adequada e profissional mobiliza aspectos internos que leva a pessoa a expor suas ang stias conflito emocional ou a tens o que est vivendo nesse momento de vida A partir do exposto fundamentado teoricamente com base em experi ncia e pesquisas anteriores desenvolvemos um enquadre diferenciado de atendimento de pacientes no contexto do hospital psiqui trico MATERIAL CL NICO ILUSTRATIVO O presente trabalho foi elaborado com base nas sess es realizadas em um hospital psiqui trico para pacientes do sexo masculino como parte do est gio em Psicopatologia trabalho em parceria com o Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social do Instituto de Psicologia da USP inserido em novas propostas de atendimento ao sofrimento ps quico TARDIVO 2005 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 341 Departamento de Psicologia Cl nica
531. re outros Em Terapia Sist mica a fam lia deve ser vista n o como uma somat ria de pessoas mas sim como pessoas que comp em um sistema onde cada um influenciado pelos demais de forma rec proca Al m da fam lia o modelo Din mico Sist mico Integrativo de Terapia Familiar considera a natureza humana nos seus aspectos biol gico social pessoal e espiritual DESENVOLVIMENTO E FAM LIA Segundo L vi Strauss 1985 os membros de uma fam lia est o unidos entre si por la os jur dicos direitos e obriga es de ordem econ mica religiosa e outras uma rede precisa de direitos e proibi es e um conjunto vari vel e diversificado de sentimentos tais como amor respeito temos etc Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 281 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Pensando em uma postura bioniana da fam lia podemos consider la como respons vel pela instaurac o do psiquismo matriz para a capacidade de pensar Freud 1921 em Totem e Tabu An lise do Ego e Psicologia das Massa j tentava fazer uma ponte entre a psicologia individual e grupal Temos ainda grandes contribuic es psicanal ticas principalmente de Winnicott 1974 onde o comportamento do ambiente parte do desenvolvimento pessoal de cada indiv duo e para quem a crianca cria o ambiente assim como o ambiente cria a
532. recorrentes e intensos que envolvem objetos atividades ou situa es incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo ou preju zo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras reas importantes da vida do indiv duo PARAFILIAS Segundo o site psiqweb dsmiv Em geral envolvem 1 Objetos n o humanos 2 Sofrimento ou humilha o pr prios ou do parceiro 3 Crian as ou outras pessoas sem o seu consentimento S o elas Exibicionismo Fetichismo Frotteurismo Pedofilia Masoquismo Sadismo Em nenhum momento o paciente foi capaz de mencionar qual comportamento alterado ele apresenta nessa dire o sempre denotando muita vergonha e ang stia DIN MICA DO PACIENTE FN Observamos que DN se mantem mais tempo em depresss o do que em mania Na depresss o tem des nimo dorme muito n o trabalha n o conclui o que come a e depois se cobra por isso Em mania tem comportamentos que lhe d o vergonha depois Parafilias Iniciaram antes dos 21 anos acha que mais aparecem quando est em depresss o N o procurou ajuda especializada no assunto ANDAMENTO DAS SESS ES Boa apresenta o t mido introvertido Contribu a e prestava aten o nas pontua es repetindo as posteriormente Falou de si mas por ter sido informado que teria apoio apenas at ser encaminhado n o formou v nculo Boa apresenta o t mido introvertido Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o
533. relacionamento com sua filha apesar de ser pouco presente e de n o poder colaborar financeiramente Maria mora sozinha com a filha e quando vai para o trabalho tem que lev la junto No local onde Maria trabalha outras m es encontram se nessa situac o e tamb m precisam levar seus filhos Sendo assim essas m es reuniram se e resolveram pedir uma sala para que todas as criancas pudessem ficar perto delas Foram atr s de uma bab para cuidar de todas as criancas e dividem as despesas Aninha fica no trabalho da m e at a perua da escola passar para peg la Quando sai da escola Aninha volta novamente para o trabalho da m e para encontr la e voltarem juntas para casa Quando chegam em casa a menina precisa fazer seus deveres da escola para que sua m e a ajude e acompanhe o seu desempenho pela manh com a companhia das outras crian as a possibilidade de que a li o seja feita m nima um momento em que as duas encontram se muito cansadas depois do longo dia mas Maria disse que n o tem escolha para acompanhar a li o da filha e ter a certeza da realiza o tem que ser na hora em que chegam em casa No momento em que Maria come a falar sobre a li o de casa seu jeito de falar muda come a falar mais r pido e sua voz fica mais estridente talvez por conta de uma ansiedade muito grande relacionada situa o A m e na sua narrativa descreve a filha como sendo muito dispersa para fazer a li o o que faz com
534. respeito a si pr prio e nas rela es interpessoais produtividade PR que compreende o conjunto Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 260 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP das respostas face s atividades do trabalho ou estudos s cio cultural S C que abrange as respostas com rela o s institui es sociais e aos valores e costumes da cultura em que se encontra inserido e org nico OR que inclui o estado do organismo como um todo bem como as respostas referidas aos cuidados com o corpo e a apar ncia A adaptac o avaliada de acordo com esse conjunto de fatores de adequac o e esta se mede a partir das solu es que o sujeito prop e s dificuldades s necessidades e aos desejos internos e externos A medida da adequac o feita segundo tr s crit rios pois para cada problema que requer uma resposta adaptativa verifica se se a respostas 1 solucionam o problema 2 se a solu o ou n o gratificante e 3 se a solu o gera ou n o conflito intrapsiquico ou ambiental Simon 1989 Para efeitos diagn sticos Simon 1989 classifica a adaptac o segundo sua efic cia Ela pode ser adequada pouco adequada e pouqu ssima adequada Em particular se o problema vital e o sujeito n o encontra qualquer forma de solu o em curto prazo estar em crise Existem t
535. retorno do filho assim como capacitar e resgatar essas fam lias no exerc cio de sua cidadania trabalhando pr ticas educativas adequadas e otimizando desta forma as compet ncias das figuras parentais enquanto capazes de desempenhar o papel de cuidadores e educadores O m todo para evitar que uma crian a sofra priva o da m e consiste basicamente em garantir que ela seja criada por sua pr pria fam lia Torna se necess rio portanto analisar detalhadamente estas quest es Esta posi o afasta se da tradi o estabelecidade pelos trabalhos com crian as que sofrem priva o que d o pouca aten o aos m todos que poderiam melhorar as condi es do lar para que as fam lias possam permanecer unidas apressando se ao inv s disso Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 245 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP em considerar a melhor maneira de se cuidar das crian as em algum outro lugar Bowlby p 77 1981 Essas estrat gias funcionaram como recursos que evitaram a institucionaliza o e o reingresso no sistema institucional ao fornecer apoio e fortalecer os elos e as poss veis redes sociais de apoio Jos continuara em atendimento outras crian as e adolescentes vivem situa o semelhantes O pessoal que trabalha em abrigos e fam lias vivem esses processsos com sofrimento n
536. ria relaciona se com a mente inconsciente e portanto de particular interesse psican lise PALLY 1997b SOLMS 1996 A id ia neurocient fica vai al m da no o de que o inconsciente material seja resultado da repress o mas n o deixa de ser compat vel com a vis o anal tica ampliando sua vis o do inconsciente PALLY 1997 b Segundo Kandel 1999 Freud utilizou o conceito de inconsciente em tr s diferentes perspectivas Primeiro ele referiuse ao conte do reprimido din mico em que a informa o sobre os conflitos e os impulsos impedida de alcan ar a consci ncia por poderosos mecanismos de defesa como a repress o Uma outra parte do ego inconsciente n o reprimida e nem concernente aos impulsos ou conflitos Ela nunca acess vel consci ncia e refere se a h bitos e padr es perceptuais e motores portanto diz respeito mem ria procedural KANDEL 1999 denomina este inconsciente de inconsciente procedural Finalmente Freud utilizou o termo descritivamente em um sentido amplo o inconsciente pr consciente para referir se a quase todas as atividades mentais maioria dos pensamentos e todas as mem rias que entram na consci ncia pois segundo Freud embora n o estejamos conscientes de todos os eventos mentais eles podem ter um r pido acesso consci ncia atrav s de um esfor o da aten o SOLMS 1996 KANDEL 1999 Dentre as estruturas cerebrais envolvidas na memoria procedural t
537. rianca e do adolescente para o retorno fam lia depois de muito tempo distante desta viv ncia Como instrumentos de compreens o utilizamos os dados documentais entrevista com a Assistente social que acompanha o caso e o psicodiagn stico interventivo Pode se perceber as fantasias e expectativas da crianca sobre esta volta e sobre a fam lia No caso apresentado percebemos que a realidade n o atendeu s expectativas de Jos levando o a retornar ao abrigo depois de um ano vivendo com a m e Diante da possibilidade de haver um novo desabrigamento as t cnicas do abrigo sugeriram o atendimento psicol gico para o fortalecimento emocional de Jos favorecendo a adapta o a sua vida familiar Durante os atendimentos Jos demonstrou estar adaptado ao Abrigo embora desejasse muito voltar ao seu lar Como outros meninos Jos j fora desabrigado h anos tendo sentido muita dificuldade em se desvincular de seus amigos do abrigo e apresentando dificuldade de relacionar se com adolescentes fora do abrigo Tamb m viveu dificuldades em se relacionar com a m e Diante da possibilidade atual a proposta de prepar lo para esse retorno Apresentamos como conclus o a necessidade das crian as e adolescentes que passaram muitos anos em 25 O Conte do deste foi apresentado no Congresso Brasileiro de Psicologia da Sa de na Universidade Metodista de S o Paulo em setembro de 2007 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA
538. roduzem novos modelos de atendimento cl nico modelos que melhor atendam s necessidades da popula o brasileira Para isso o di logo com outras reas do conhecimento cient fico Ci ncias Sociais Medicina Educa o Filosofia Arte entre outras tem sido preponderante tanto por ampliar a compreens o das condi es de vida do ser humano na atualidade como por favorecer o desenvolvimento de novas modalidades de interven o cl nica diagn sticos interven es terap uticas com crian as adolescentes adultos em Centros de Sa de ambulat rios hospitais creches cl nicas especializadas entidades de atendimento a portadores de defici ncias f sicas e ou mentais juizado de menores e de fam lia formas de atendimento em cl nica escola etc O Departamento de Psicologia Cl nica segue de perto o esp rito da USP que foi criada com a finalidade de promover a pesquisa e o progresso da ci ncia transmitir pelo ensino conhecimentos que enrique am ou desenvolvam o esp rito e que sejam teis vida Est nos objetivos da USP e do Departamento desenvolver um ensino vivo acompanhando as transforma es na rea do conhecimento e mantendo se em permanente di logo com a sociedade numa produtiva integra o entre o ensino a pesquisa e a extens o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 16 Departamento
539. rtir desse momento algo mudou Inicialmente come ou a ocupar o seu tempo livre com pequenos reparos em sua casa depois come ou sentir at um certo prazer em fazer isto Pintou o seu quarto e mudou a ilumina o Em uma comemora o familiar onde a fam lia decidiu reunir se em sua casa perceberam as reformas e o parabenizaram pelo resultado Embora seu humor ainda estivesse deprimido parecia estar mais confiante Novamente mandou alguns curr culos e fez uma entrevista de emprego tendo ficado muito surpreso com o seu desempenho Parecia que sua seguran a e autoconfian a come avam a reaparecer Come ou a fazer planos para a vida profissional e a procurar novas oportunidades Paralelamente continuou Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 187 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP reorganizando sua casa decidiu reorganizar o closet e embora observasse o espaco vazio tamb m pode valoriz lo uma vez que isto lhe permitia distribuir seus pertences de outra maneira Esta reorganizac o externa ocorria a medida que sup nhamos uma reorganizac o interna Surpreendentemente um de seus filhos que estava morando em outro Estado foi transferido para S o Paulo e recebeu uma promoc o Ele voltou a morar com o pai o que contribuiu para que o outro irm o se reaproximasse At o filho mais novo decidiu ficar defi
540. rturbada com o abrigamento e abandono e como o v nculo forte que unia as p de contribuir para o reencontro O estudo destaca a import ncia da dupla m e filha receber uma ajuda psicol gica com o objetivo de fortalecer o v nculo entre elas minimizar as ang stias decorrentes do abrigamento e contribuir para desenvolver maior contin ncia Palavras Chaves 1 Consultas terap uticas de m e filha 2 Crian a abrigada 3 Motivos de abrigamento 4 Viv ncias emocionais 5 Holding 24 Doutoranda do Instituto de psicologia da USP leoncioh uol com br Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 209 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Introduc o 1 Sofrimento emocional da crianca abrigada e sua fam lia Desde o ano de 2000 viemos desenvolvendo trabalhos com as criancas abrigadas O primeiro destes resultou de um estudo para o Mestrado na Universidade de S o Paulo onde pudemos fazer um retrato das viv ncias emocionais das criancas rec m abrigadas Leoncio 2002 A partir de ent o desenvolvemos outros estudos neste campo e foram apresentados em v rios congressos e jornadas Leoncio amp Colaboradores 2003 2004 2005 A nossa preocupa o evidenciada desde o primeiro estudo de que maneira se pode minimizar o sofrimento de uma crian a separada de seus familiares e abrigada Em 2003 iniciamos um trabalho de
541. s chamados fatores psicossociais de risco para a depresss o Tais fatores est o principalmente relacionados com o contexto ambiental e com processsos psicol gicos e sociais Kelsey et al 1996 sendo que na velhice os mais comuns s o eventos de vida estressantes e dificuldades cr nicas morte de c njuge ou de um ente querido doencas e preju zos m dicos decl nio funcional e incapacidades falta de contato social Bruce 2002 suporte social deficit rio e solid o Prince et al 1997 Muitos aspectos psicossociais tradicionalmente ligados ao envelhecimento s o considerados como fatores de risco para o desenvolvimento da depresss o A pobreza que gera dificuldades relacionadas aos cuidados com a sa de e outros estressores psicossociais tem sido associada a dist rbios de humor na velhice Blazer et al 1991 Weissman et al 1991 assim como as perdas sociais habilidade para o trabalho perdas de pap is mudancas nas redes sociais Wolfe Morrow e Frederickson 1996 Os eventos de vida estressantes podem representar um fator de risco para o desenvolvimento ou o agravamento de sintomas depresssivos devido ao grande potencial de evocar e intensificar emo es negativas Brown e Harris 1978 Brown 1989 Leventhal et al 1997 e gerar sentimentos de malestar psicol gico Sparrenberger Santos e Lima 2004 e por representarem uma ruptura no curso normal de vida exigindo um reajustamento pessoal frente mudan a Holmes e Rahe
542. s ria s o como disse Villarinho em 2002 em comunicac o oral multicarenciados Pensamos que esse estado favorece a criac o de situa es de risco pois como dizem os psicanalistas j mencionados Bowlby 1976 e Winnicott se pretendemos que uma m e ou pais possam cuidar dos filhos e necess rio que se destine cuidados aos pais No caso que iremos abordar a m e depois de abrigar a filha deixou de realizar as visitas mesma por um per odo longo de 5 meses e tamb m n o entrou em contato com o abrigo ap s o abrigamento Pretendemos no estudo compreender esse ato da mae No abrigo a crian a depois de ter permanecido por algum tempo sem receber visitas passou a ser considerada abandonada pela m e a crian a estava diponibilizada para a ado o inclusive 3 Abrigamento e v nculos familiares O Estatuto da Crian a e do Adolescente considera como sendo um dos direitos da crian a o direito conviv ncia familiar e afirma que cabe ao abrigo zelar para que se mantenham os v nculos familiares Temos visto como o abrigamento da crian a prejudica a forma o e a manuten o do v nculo Bowlby 1976 ressalta o fato de que a institucionaliza o da crian a prejudica a rela o com a fam lia e que muitas vezes para se evitar consequ ncias muito nocivas muito importante que a crian a possa ser preparada para as separa es e que muito importante quando h separa es que o v nculo possa ser mantido O autor idem
543. s a escutar mais as experi ncias e as situa es vividas pelos sujeitos afetados pelo sofrimento ps quico pois a necessidade de falar com algu m que saiba escutar provavelmente t o antiga quanto o pr prio homem e forma uma din mica que pode ser encontrada em todos os tipos de rela es interpessoais fundamental salientar que mesmo nos casos mais terr veis existe sempre a esperan a j que os determinismos humanos em sua maioria n o s o definitivos fundamental n o considerar a pessoa como condenada reduzi la a seu trauma ou mant la na posi o de v tima Enfim fundamental levar em conta que a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 19 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP relac o do sujeito humano com o corpo a doenca e o sofrimento s o acima de tudo experi ncias que o envolvem tanto no que ele tem de mais singular quanto no que ele encarna das determina es sociais e culturais mais amplas Em termos da Universidade e principalmente a p blica ela deve contribuir para formar profissionais e pesquisadores mais cr ticos mais atualizados com as quest es no campo da sa de e da sa de mental mais atentos realidade social econ mica e pol tica da popula o brasileira mais cuidadosos com as demandas existentes no meio em que atuam mais instrumentalizados para busca
544. s do desempenho intelectual final As habilidades cognitivas s o muito vari veis e tendem a mostrar se em padr es desequilibrados com dificuldades particulares no processamento verbal e d ficits na mem ria de curto prazo racioc nio pr tico e abstrato e nas habilidades num ricas e de escrita Cerca de um ter o das crian as frequenta escolas normais mas muitas podem necessitar de ajuda adicional9 Os problemas geralmente s o mais percept veis em casa do que na escola e incluem crises de agressividade comportamentos ritualizados problemas de sono medos falta de aten o hiperatividade e imaturidade emocional adicionando dificuldades socializa o 10 O objetivo deste trabalho revisar as caracter sticas desta s ndrome ilustrando as com a descri o de um caso cl nico uma vez que est relacionada ocorr ncia de retardo mental e devido a desconhecimento dos profissionais de sa de que trabalham com essa popula o pode passar despercebida Relato do Caso NCK 7 anos branco natural e procedente de S o Paulo SP filho nico de pais separados mora com a m e a av materna e companheiro da av materna Veio trazido pela m e encaminhado por fonoaudi loga que havia procurado anteriormente A queixa principal da m e era hiperatividade desde o nascimento com piora ap s a separa o dos pais h 5 anos e meio Os sintomas relatados foram agita o agressividade impulsividade neces
545. s e drives mas que din mico e operante entre os que o manifestam Dito isso poder se partir para analisar o amor de v rias formas pois talvez para cada ser humano exista um amor diferente Almeida 2003 E todos eles s o vi veis efetivos e t m o seu valor Deve se ainda acrescentar que cada pessoa experimenta o Amor sua maneira pois ele uma experi ncia que cada um vivencia de modo diferente e novo Beck e Miller 1969 Contudo muito longe de ser meramente um impulso greg rio amar ir ao encontro de algu m e permitir a vinda deste ao nosso encontro Ent o amar algu m em primeira an lise significa reconhecer uma pessoa como fonte real ou potencial para a pr pria felicidade Ingenieros 1910 1968 Simmel 1993 Pode se afirmar por conseguinte que o ser humano vive geralmente num estado de incompletude condi o esta que como regra seria encontrada atrav s do acr scimo do que lhe exterior E o mais comum sentir que essa plenitude idealizada ser alcan ada atrav s da uni o com uma outra pessoa detentora de tudo aquilo que o ser humano julga n o possuir em si mesmo A expectativa desse encontro aproxima o e enlace amoroso Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 133 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP motiva muitas pessoas a procurar parceiros para um r
546. s fossem aceitas nas creches existentes preocupac o com exerc cios que melhorassem a condi o dos filhos pequenos Tudo se passava como se criancas n o crescessem se tornassem adolescentes e depois jovens adultas mais tarde adultas mesmo pois como a longevidade da populac o em geral era curta a de nossos filhos com defici ncias era ainda mais limitada e dificilmente uma crian a com s ndrome de Down ou outro problema grave ultrapassaria os 16 17 18 anos ou seja a adolesc ncia A preocupac o com a condic o de adulto nem sequer existia As d cadas foram passando passaram os anos sessenta setenta e j na d cada de oitenta a organizac o mundial de fam lias como as nossas na poca denominada International League of Societies for Persons with Mental Handicap sediada em Bruxelas B lgica com ramifica es por todo o globo come ava a se preocupar com moradias para pessoas com defici ncia intelectual mais velhas com apoio a suas fam lias A regra da poca que antecedeu o surgimento das APAEs era que familias ricas escondiam os filhos deficientes em quartos no fundo do quintal com algu m que tomasse conta deles se que tomavam ou ent o os enviavam para internatos residenciais em Estados mais adiantados como S o Paulo onde moravam sem nenhuma qualidade de vida sem poder decidir sobre as pr prias atividades do dia a dia No Brasil nos anos cinquenta a APAE do Rio de Janeiro a primeira do Brasil foi fundada
547. s inserida em CD Destacamos a presen a do Dr Mauricio Knobel que formou gera es de psic logos e psicanalistas e nos honra com sua presen a abordando o tema da pr pria Jornada Sa de Mental nos Ciclos da Vida ainda na abertura Tendo escrito de forma muito empenhada em sua vida dedicada Psic loga Cl nica e a psican lise na Am rica Latina e de forma especial em nosso pa s todos temos oportunidade de pesquisar e conhecer sua obra Possivelmente trabalhos apresentados na V Jornada e n o publicados de forma imediata dever o possivelmente fazer parte de publica es futuras Temos o texto do Prof Tolentino Rosa sobre o Prof Mauricio Knobel destacando sua enorme contribui o Psicologia e Psicabn lise em nosso pa s A mesa redonda que se segue abertura diz respeito SA DE MENTAL NA INF NCIA composta pelas apresenta es que s o inseridas e tem as publica es nesse Cd seguindo essa ordem e desse temos a pulbica o do trabalho da Profa dra Dra Irani Tomiatto de Oliveira apresenta o trabalho SA DE MENTAL NA INF NCIA NOVAS CONTRIBUI ES NO CAMPO DA PSICOTERAPIA As demais apresenta es dessa mesa dever o seru publicadas futuramente Assim seguem se as publica es algumas apresentadas como resumos referentes mesa SA DE MENTAL NA ADOLESC NCIA Temos o trabalho do Prof Dr Jos R Lippi traz seu trabalho denominado ADOLESC NCIA NA MODERNIDADE L QUIDA E concluindo essa parte dos
548. s projetos de pesquisa orientados por mim ou outros docentes do Instituto de forma absolutamente integrada com os objetivos do Laborat rio Esses projetos deram ou dar o origem s disserta es de mestrado s teses de doutorado Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 27 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Importante destacar que contamos no APOIAR com a participa o de um grande n mero de colaboradores os quais s o pesquisadores evidenciando a participac o em Laborat rio Universit rio e n o em atividades filantr picas Para essas ltimas h espaco e lugar e n o se discute a necessidade do voluntariado em um pa s carente como o Nosso OS DEZ ANOS DA SER E FAZER Esse m s estamos comemrando os dez anos da Ser e fazer Abaixo apresento um resumo dessas propostas que tenato trouxeram USP comunidade aos estudantes Desde 1997 se constitui num espa o Institucional com pesquisas voltadas ao estilo cl nico Ser e Fazer Busca de enquadres diferenciados luz da Psican lise do Self E se configura numa proposta diante de novas demandas de sofrimento geradas pela vida contempor nea Todas as propostas encotram inspira o na teoria psicanal tica Winnicottiana A apresenta o da materialidade mediadora em cada oficina considerada como um elemento facilitador do
549. s sobre viol ncia sexual com homens adultos encarcerados especialmente aqueles que aguardam decis o judicial afirmando que neste tipo de pesquisa necess rio estabelecer explicitar e repetir o princ pio da confidencialidade e seus limites na entrevista orientando o participante a n o se referir situa es abusivas que nunca foram declaradas oficialmente pois implicaria na quebra deste princ pio por parte do pesquisador A partir do exposto percebe se que as pesquisas sobre a preven o da VSDCA com agressores sexuais encarcerados um assunto pouco explorado Desta forma torna se necess rio o desenvolvimento de estudos sobre esta tem tica envolvendo os v rios atores sociais implicados neste fen meno inclusive os agressores Objetivos O objetivo do presente trabalho apresentar a an lise parcial dos dados produzidos no estudo piloto do sub projeto de pesquisa Agressores sexuais educadores que integra o Projeto Tem tico Viol ncia dom stica contra crian as e adolescentes VDCA abrindo novos horizontes de preven o na cidade de S o Paulo financiado pela Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de S o Paulo FAPESP Este sub projeto busca produzir dados sobre e com os agressores sexuais que cumprem pena por pr ticas de VSDCA com o prop sito de construir estrat gias co participativas e dial gicas na produ o de conhecimento na elabora o de programas eficazes de preven o e na discuss
550. sberg 2003 que designam s cartas e fotografias trazidas a sess o como objetos dram ticos acreditamos que estes ao pertencer hist ria de vida de cada um acabam por presentificar uma experi ncia emocional significativa do passado Como catalisadores Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 328 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP deste processso devemos levar em conta a narrativa feita pelo paciente medida que fala de suas lembrancas e o lugar de acolhimento e possibilidade de compartilhar emocdes que este objeto lembrado passa a ocupar medida que repousa no espaco potencial criado na representac o do quadro magn tico Neste contexto o ato de lembrar assume um papel de destaque Freud no artigo intitulado Recordar repetir e elaborar 1914 retoma o lugar da hipnose utilizada nos prim rdios da psican lise para que o paciente pudesse por meio da recordac o focalizar o momento da formac o do sintoma J com esta teoria abandonada Para Freud o recordar no tratamento psicanal tico acaba por assumir a forma de repeti o medida que o paciente n o consegue superar as resist ncias devido aos conte dos que ficaram reprimidos E no entanto o caminho da transfer ncia que pode conduzir a elabora o das resist ncias fazendo surgir assim s lembran as Winnicott 1945 2000 p 226
551. scind vel o dom nio dos cinco est gios iniciais para que se possa avan ar neste est gio que requer a capacidade de nos perdemos no encontro de corpos e mentes conduzindo a uma expans o gradual dos interesses do ego e a uma liga o com os outros S timo est gio produ o X estagna o Este o momento marcado pelo desejo de consolidar e orientar a pr xima gera o Para Erikson 1950 231 Somente aquele que de alguma maneira cuidou das coisas e das Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 87 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP pessoas e adaptou se aos triunfos e desapontamentos inerentes ao ser necessariamente o gerador das coisas e das id ias Poder gradualmente produzir o fruto desses sete est gios apud PR TAT 1997 82 Oitavo est gio integridade do ego X desespero Este est gio considerado por Erikson como integra o acumulada do ego Para ele este est gio de desenvolvimento humano raramente atingido Isto implica em ter sensa o de ordem e significado onde o passado com as experi ncias de vida desde o nascimento at o momento presente visto de uma nova maneira Erikson 1976 embora c nscio da relatividade de todos os v rios estilos de vida que deram significado ao esfor o humano afirma que o possuidor de integridade est pronto para defender a di
552. se revela birrento Necessita de apoio e orienta o revelando um ego fragilizado Revelou agita o corporal durante a aplica o do C A T Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 116 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Discuss o O diagn stico mais detalhado das causas de retardo mental fica restrito a especialistas e pesquisadores pois a maior parte dos profissionais que atuam junto a esses pacientes contenta se com o diagn stico de retardo apenas A import ncia de um diagn stico mais acurado excede a de um capricho acad mico pois a partir dele podem ser estabelecidas estrat gias terap uticas adequadas para cada caso bem como a realizac o de aconselhamento gen tico das fam lias quando oportuno A S ndrome de Sotos uma das causas poss veis para quadros de retardo mental leve e moderado Deve se pensar neste diagn stico que sempre cl nico quando o paciente apresentar macrocrania acelerac o do crescimento e altera es comportamentais associadas a graus vari veis de retardo Os exames complementares auxiliam para descartar outras causas poss veis para tal associa o de sintomas uma vez que n o existe teste espec fico para a s ndrome at o presente momento O tratamento desses pacientes deve ser individualizado fazendo se uso de estrat gias farmacol gicas e n o farmacol gi
553. senho derivados da pesquisa de Engle amp Suppes 1970 apud Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 p 23 Figura grande e sorriso Discuss o e Considera es finais Ao considerar o objetivo do estudo piloto de testar a sensibilidade e efic cia das t cnicas projetivas junto aos agressores sexuais de crian as e adolescentes encarcerados verificou se a adequa o do uso do Question rio Desiderativo pelo fato da produ o de respostas se dar conforme Nijamkin e Braude 2000 por meio da formula o de s mbolos verbais pois estes possuem um significado hist rico cultural e pessoal que devem ser levados em conta na interpreta o do instrumento J quanto ao Desenho da Figuras Humanas considerou se que este n o contempla adequadamente a an lise de atitudes Segundo as obras recomendadas Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 Klepsh e Logie 1984 a equipe sugere a substitui o do Desenho da Figura Humana pelo Procedimento de Desenhos Est rias com Tema Vaisberg 1997 Tardivo 2007 Considerando mais favor vel para uma an lise de atitudes e de valores grupais prop e se o procedimento mencionado com a seguinte instru o Desenhe uma crian a e a partir de seu desenho conte uma hist ria sobre ela Dessa forma ser poss vel apreender a representa o da inf ncia para os participantes da pesquisa bem como suas atitudes com respeito mesma A partir da apreens o de como os participantes da pesquisa concebem a inf ncia ser
554. ser humano no caso seus cuidadores que podem ser representados pela m e pai av s dentre outros podem favorecer o aparecimento do fen meno amoroso posteriormente Dessa forma a disponibilidade afetiva da m e fundamental para que ocorra o desenvolvimento psico afteivo do indiv duo de c lula a feto de feto a beb de beb a crian a Quais os recursos a mulher gr vida disp e com seu beb no pr natal Ela pode em v rios momentos do dia dedicar a ele uma aten o dirigida com ele conversando baixinho contando as suas atividades e ocupa es dos preparativos para receb lo cantarolando cantigas de ninar acariciando o com ternura atrav s do seu ventre dedicando lhe muito carinho Quando houver momentos de stress agudo ou situa o de perturba o emocional converse com o seu beb passe a ele a sensa o de seguran a otimismo e esperan a reforce e assegure a perman ncia do v nculo entre ambos Ao que se sabe o desenvolvimento emocional se d imediatamente ap s o nascimento e percorre um longo caminho atrav s das etapas determinadas pela idade e cultura que caracterizam a evolu o do ser humano Bowlby 1989 Ser ent o este conjunto de condutas inatas exibidas pelo beb que promover a manuten o ou o estabelecimento da proximidade com sua principal figura provedora de cuidados a m e na maioria das vezes Acontece que o comportamento de apego al m de estar revestido de sua fun o protecionista
555. servada 2 O mult plice compartilhamento da intersubjetividade e os estudos de Winnicott A partir destes dados Gallese 2003 defende que exista um espa o compartilhado mediado pelos neur nios espelho em que os indiv duos interativos compartilham um mesmo conte do impl cito sem ntico T m se investigado a possibilidade de que os neur nios medeiem a compreens o emp tica tal como descrita pela fenomenologia METZINGER GALLESE 2003 O conceito de empatia estendido ao sistema mult plice de compartilhamento da intersubjetividade lan a luz sobre a uniformidade de conte do compartilhado por diferentes organismos A identidade s experienciada com os outros indiv duos em contraposi o identidade i que nos permite sentirmos como organismos individuais na identidade s que h um espa o intencional compartilhado a partir dos neur nios espelho e o mult plice compartilhamento da intersubjetividade abarcaria aspectos que variam desde o reconhecimento dos outros seres humanos com similares a n s passando pela capacidade de imita o aut noma por exemplo o comportamento de imita o dos beb s MELTZOFF MOORE 1977 at o reconhecimento da intencionalidade do outro Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 399 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 3 Preocupac o Materna Prim ria e Neur
556. seu esquema defensivo Com apoio ele consegue responder recusa a trai o o ser descartado ser desprezado machucar INDICADORES PSICOPATOL GICOS n vel neur tico aspectos depresssivos afastam se hip teses de transtornos de car ter Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 303 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP DFH Hist ria Eu baseei assim mais ou menos na minha m e O corpo dela assim A minha m ezinha tudo pra mim tudo a minha m ezinha Mesmo nas palavras de carinho de conversar os conselhos que ela me d ela ficou m ezinha primeiramente No caso os meus filhos que eu falei agora a pouco que eu adoro eles minha irm irm os tudo Pra mim ela muito Por mais que ela tenha 74 anos mais muito engracado n minha velhinha fora de s rie J falei tudo An lise medida de atitudes a Impress o Geral Seguindo as recomenda es de Klepsch e Logie 1984 apud Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 ao olhar a figura pode se expressar a impress o geral que a mesma provoca Assim a figura pode ser vista como amistosa sem sinais de maldade ou agress o mais para o simp tico preocupado acolhedora A partir das associa es denota se confirma o dessas mesmas atitudes sendo muito forte e entona o afetiva no relato Refere se m e como algu
557. sidade reduzida de sono e crises de birra J era acompanhado por neurologista desde os 7 meses de idade por apresentar epis dio de crise epil ptica febril Fez uso de fenobarbital at os 3 anos de idade Nessa poca com uma maior agita o da crian a foi feita hip tese diagn stica de TDAH com prescri o de metilfenidato N o houve melhora sendo observado um quadro de paraliza o mal descrito pela m e que procurou nosso servi o Frequenta a 1a s rie do EF e aulas de refor o Suas professoras ressaltam inquieta o e dificuldades no aprendizado de organizar se e relacionar se com outras crian as Tem melhor conv vio com crian as de 2 a 3 anos e tende a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 115 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP impacientar se com os mais velhos 4 a 5 anos Observou se uma dificuldade motora traduzida como ser desengoncado Tem maior facilidade em cumprir tarefas que tenham regras mais claras e estabelecidas Foi notada mudanca de comportamento na presen a da m e sendo que nessas situa es N se torna manhoso e birrento Exame ps quico bem cuidado risonho simp tico curioso vigil orientado no tempo e espa o acatando orienta es e limites durante o atendimento atenc o e mem ria sem alterac es humor n o polarizado afeto normal presenca
558. situa o vivida pelo Senhor Carlos enquadra se no Grupo 3 como adapta o ineficaz moderada apresentando alguns sintomas neur ticos 2 1 Configura o da situa o problema e inicio das sess es Concluiu se que a situa o problema localiza se no setor OR envelhecimento trazendo mudan as hormonais e fisiol gicas que por sua vez repercute na rea A R precisamente em seu relacionamento um pouco tumultuado com a esposa embora a nfase maior tenha reca do sobre a vida sexual do casal e as mudan as recentes vivenciadas nesse mbito Ao se expor para ele a impress o de que a causa das brigas havidas entre o casal se relacionavam com as mudan as vivenciadas na sexualidade de ambos o que se refletia no relacionamento sexual o paciente confirmou essa percep o No entanto acrescentou que s n o sabia dizer se as brigas acarretaram as mudan as sexuais ou se as mudan as na vida sexual constitu am a causa das brigas Nesse contexto a terapeuta comentou que ao longo do trabalho essa situa o se esclareceria melhor e que seria muito importante que ele falasse sobre os seus problemas t o somente porque a terapeuta n o poderia ajudar a sua esposa uma vez que era ele que estava sendo atendido E a hip tese da terapeuta que por projetar na esposa seus problemas ele n o estava podendo entrar em contato com o seu decl nio sexual com o seu processso de envelhecimento e consequentemente com sua baixa estima e o
559. situa se ainda na expectativa social de iguala o do deficiente ao n o deficiente de modo que por vezes o diferente era tido como menos valorado ou desqualificado Aranha 2001 Assim ampliou se a discuss o sobre o fato de a pessoa com defici ncia ser um cidad o como qualquer outro e portanto com os mesmos direitos A respeito disso cabe uma breve digress o sobre um conceito t o caro sociedade e por vezes apropriado de modo inadvertido ou com car ncia de significa o social que o conceito de cidadania Conv m relembrar a defini o de cidadania que tradicionalmente permeia a coletividade como o direito de ter direitos difundida por T H Marshall em 1949 em seu estudo Citzenship and social class e suas confer ncias proferidas em Cambridge Ele estabelece a conhecida caracteriza o de um sistema gradativo e tripartite de direitos da cidadania civis pol ticos e sociais Com base na experi ncia da Inglaterra Marshall classifica direitos civis ou de primeira gera o s culo XVII correspondem ao direito vida e s liberdades individuais de ir e vir de pensamento e cren a de propriedade etc direitos pol ticos ou de segunda gera o s culo XIX caracterizados pela participa o no exerc cio do poder pol tico como autoridade pol tica ou eleitor de modo a garantir o acesso aos meios de vida e bem estar social direitos sociais ou de terceira gera o a partir da metade do s culo XX que tratam dos int
560. sobre a perda do p trio poder Soube onde estava o filho atrav s de uma tia paterna mas s acreditou que seu filho n o havia sido adotado por um outra fam lia ap s sua m e ter ido at o abrigo fazer uma visita Neste per odo consta em relat rio o dado que o pai vivo por m encontra se preso Constam registros no prontu rio sobre a luta da m e pela guarda do filho Os registros indicam que Martha n o tinha condic es e pedia ajuda de membros da fam lia para restituir a guarda No in cio do ano seguinte Jos com sete anos foi encaminhado ao abrigo Ill A m e Martha regularmente visitava o filho desde sua chegada neste abrigo Ap s mais de um ano a Sra Martha consegue um emprego na frente de trabalho programa emergencial de aux lio desemprego Morava com a m e e um irm o Neste per odo aumenta sua luta junto a fam lia pelo desabrigamento de Jos Martha sentia como possibilidade poder morar com o filho por m ainda n o tinha situa o adequada para reaver a tutela Quando Jos completou 10 anos foi solicitado o pedido de desabrigamento Nesta poca a m e j estava com um trabalho fixo e mantinha constantes visitas favorecendo o pedido de desabrigamento Seis meses depois do pedido ele foi desabrigado deixando o abrigo com festa realizada pelos profissionais do abrigo e seu amigos que viviam com ele no lar No ultimo relat rio antes do desabrigamento consta que Jos na escola era o melhor aluno da sala e n
561. ssim qual a sociedade Mas com toda esta pressa da sociedade dita moderna ele a crian a alcan ar mais o status de adolescente b Puberdade A puberdade um fen meno biol gico que se refere s mudan as fisiol gicas mor fol gicas resultantes da reativa o dos mecanismos neuro hormonais do eixo hipotal mico hipofis rio gonadal e com ligeiras diferencia es de tempo caracter stica comum do reino animal As modifica es neuro hormonais est o sendo mais precoces evidente que os p beres de hoje s o muito menos crian as do que aqueles de gera es anteriores S o mais livres descobertas e menos pressionados por regras r gidas familiares e religiosas c Crescimento O crescimento pode ser definido como o aumento do tamanho devido multiplica o e aumento do tamanho individual das c lulas Na d cada de 30 nossos jovens eram de menor peso e estatura A qualidade alimentar e pr tica esportiva foram aumentando o peso e medidas dos p beres e adolescentes d Desenvolvimento WORLD HEALTH ORGANIZATION 1986 Yuong Peopple s Health A Challenge for Society Tecnical Reports Series No 731 WHO GENEVE Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 49 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP O desenvolvimento como a diferencia o e complexidade crescente das estr
562. ssoa acompanhada por novos valores Primeira metade da vida Segunda metade da vida Ego Self Personalidade Personalidade Inconsciente Eventos externos Eventos Internos Conquistas integra o Fazer ser Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 90 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Este processso de desenvolvimento presente na meia idade pode durar tr s ou quatro d cadas da vida uma retomada da pr pria hist ria um chamado para integrar os aspectos que foram negligenciados at ent o onde o passado pode ser externado e reconfigurado A este processso de reconstru o e integra o interior foi nomeado por Jung de Individua o presente como desenvolvimento pr prio da segunda metade da vida A mesma devo o e aten o dada na primeira etapa de desenvolvimento humana deve agora ser direcionada e exige a mesma devo o A pessoa na meia idade deve entregar se a si mesma para poder ser remodelada preciso ser moldado pela sua pr pria hist ria passado pelo seu mundo interior pelas suas experi ncias e realidades nicas presente bem como pelo discernimento do Esp rito que nos guia atrav s de novos vales e montanhas futuro Brenann 2004 67 Dentro desta perspectiva o ser Humano est em constante processso de crescimento pessoal realizando seu potencial n o manifesto Para
563. ssocia es denota se confirma o dessas mesmas atitudes A figura descrita por Raimundo como estando preocupada de boca aberta surpresa com a situa o dele mesmo Observa se a seguir no relato uma tentativa de cr tica social situa o mais ampla por m reflete sua sensa o de imobilidade Diz ele n o haver mudan as tudo fica na mesma Essa atitude reflete a mesma sensa o que ele vive a impossibilidade de mudan as b Indicadores ou Sinais Espec ficos Klepsch e Logie 1984 Figura grande Segundo os autores poss vel relacionar a figura desenhada pela sua qualidade como sugerindo agressividade Azevedo Guerra e Pinto Jr 2003 p 25 Pela postura da figura tamb m se pode sugerir a presenca de sinais de hostilidade e agress o Klepsch e Logie 1984 p 129 Gilson Question rio Desiderativo 1 Coelho Acho ele muito d cil N o faz mal pra ningu m 2 Carro pipa Acho que pra ajudar muita gente do nordeste N o ia mais acontecer seca de gua ajudaria molharia at um jardim uma planta uma coisa ou outra ajudaria 3 Induzido Um p de feij o Por que ele serve para alimentar a popula o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 302 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 1 Uma pessoa hip crita Acho que a pessoa hip crita f
564. ssustada e pedia para voltar para casa Luc lia diz que ela n o cumpriu as promessas que fez para a filha Chora muito Fala que o dinheiro que ela tinha trazido foi sendo gasto e ela n o conseguia arrumar emprego apesar de todo dia sair com a filha para procurar Fala do desespero que ela passou a sentir ao ver que n o podia mais sustentar a filha e tamb m n o queria nem voltar para casa da m e e nem pedir ajuda para eles m e e irm o Conta que ela decidiu abrigar a filha e mentiu Se censura dizendo que fez tudo errado Fala que se ela tivesse dito no abrigo que tinha fam lia provavelmente iam procurar a fam lia e dar a sua filha para eles Conta que ela sentia que sua m e e irm o eram muito ego stas e preconceituosos e ela acreditou que pudesse fazer tudo r pido arrumar emprego casa e vir busc la Disse que a cada dia que passava ia sentindo tanto dio de si que n o suportava nem se olhar no espelho Disse que n o conseguia nem segurar uma crian a em seu colo Fala que sentia saudades da outra filha mas n o era como ela sentia da Isadora Disse que Isadora era especial e tinha um jeito muito engra ado de segur la pela bochechas e dizer lhe minha m ezinha linda Fala do intenso sofrimento que sentia por deix la Revela que sempre dormiu com ela na cama Contava est rias e cantava Ela gostava de tirar fotos e fala sorrindo se voc visse as fotos voc ia ver cada uma mais linda que a outra Fala que
565. stas adequouse ao que a paciente realmente precisava o holding que recebeu proporcionou uma adapta o ambiental s necessidades dela permitindo que seu ego experimentasse impulsos sem a sensa o de continuos fracassos como viveu ao longo de toda sua vida Mais grave do que a viol ncia f sica foi toda a viol ncia ps quica e a neglig ncia de cuidados que sempre acompanharam a paciente Essa neglig ncia constante acabou fazendo a paciente naturalizar a viol ncia em sua vida o que se percebe em todos os relacionamentos importantes posteriores que teve tanto com os homens n o houve nenhum dos que ela citou que n o a feriram psicol gica ou fisicamente quanto com a filha a paciente n o percebeu que estava repetindo no relacionamento com a filha a maioria das queixas que trazia de sua inf ncia e do relacionamento que teve com sua mae Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 182 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Foram not veis alguns avancos na percepc o da paciente sobre sua vida e os problemas que enfrenta principalmente no que se refere a movimentos de busca por ajuda Por m todas devem ser encaradas com cautela objetivando o n o impedimento de discernir algumas situa es onde seu pr prio bem estar est em jogo Refer ncias Bibliogr ficas Azevedo M A Inf ncia v tima de viol nc
566. stas como possibilidades de aux lio ao paciente que busca a supera o de dissocia es entre o falso e o verdadeiro num sentido de maior autenticidade pessoal Desse modo o paciente pode ser favorecido num processo de colocac o em marcha daquele potencial que ficou bloqueado por falha ambiental no in cio da vida Uma cl nica que cuida da continuidade do ser pode beneficiar n o apenas pessoas que padeceram de um in cio menos afortunado como todos aqueles que em outros momentos sofreram invas es ambientais que lhes deixaram como alternativas a queda em agonias impens veis ou a defesa dissociativa Concebendo a artepsicoterapia winnicottiana como pr tica que permite um cuidado continuidade do ser na medida que busca favorecer a supera o de dissocia es defensivas apresentamos a Oficina Arte de Papel que se caracteriza pela disponibiliza o da polpa do papel como materialidade mediadora capaz de facilitar a express o emocional Fundamentalmente a narrativa parece nos apontar tanto para os movimentos da paciente no sentido de busca de modos aut nticos de ser vale dizer de modos de inserir se no mundo de forma pessoal e aut ntica como para o fato da Oficina constituir se como ambiente sustentador e suficientemente bom Percebe se que o acolhimento sustentado dos gestos da paciente conjugando a compreens o psicanal tica e o holding constitui se como interven o cl nica fundamental H que se notar que o holding
567. stava se alimentando adequamente n o sa a de casa e passava os seus dias entre o sof e a cama Este processso agravou se com o fato dos filhos terem sa do de casa Mesmo sabendo que aquela sa da n o significava um rompimento mas sim legitimava a sensa o de dever cumprido em rela o a eles L passou a sentir se mais solit rio O filho menor transitava entre a casa do pai e da m e tentando usufruir o que havia de bom em ambos os lados e fugindo do que n o lhe era agrad vel Esta atitude foi permitida at que em uma festa ele teve coma alco lico levando os pais a tomarem atitudes mais r gidas Os pais marcaram reuni es peri dicas para discuss o do comportamento do adolescente At aquele momento seus sentimentos em rela o a ex esposa o fazia pensar at em pedir para que ela voltasse Nesses encontros o filho teve oportunidade de verbalizar que esperava que os pais reatassem o casamento Naquele momento ela assumiu sua nova rela o e descartou qualquer possibilidade que apontasse para esta dire o Em rela o ao trabalho L come ou a manifestar preocupa o Come ou a mandar curr culos e responder a an ncios mas por algum tempo n o obteve nenhum retorno Isto contribu a para sua inseguran a e sentimentos de fracasso pois ao final das contas ele n o estava sendo bom o suficiente em nenhum aspecto de sua vida O sentimento de autopiedade aflorou o que pode ser trabalhado nas sess es Por m a pa
568. studo e interven o na rea da sa de mental nos diversos ciclos da vida Assim crian as abrigadas e crian as v timas de viol ncia dom stica s o temas aos quais vimos no dedicando Investgamos e atuamos junto a pacientes psiqui tricos nos hospitais com os quais temos parcerias al m de receebrmos pacientes com distintas manifesta es em atendimentos no CAP Muitas desses trabalhos ser o apresentados nesse evento na forma de pain is Temos tamb m tranalhos junto a idosos atendidos no Centro de Aendimento psicol gico do IPUSP O Laborat rio continua abrigando a A Ser e Fazer sob a Coordena o da Professora Livre Docente T nia Aiello Vaisberg que mesmo se aposentando continua com atividades no IPUSP a frente da Ser e Fazer Mais adinate nos deteremos um pouco mais na exposi o desse Porjeto que completa 10 anos trazendo benef cios e contribui es a pacientes e estudos cient ficos da maior qualidade As parcerias entre a Ser e Fazer e o APOIAR s o muito ricas e vem se expressando em trabalhos conjuntos na participa o de estudantes em ambos os Projetos em publica es conjuntas em eventos nacionais e internacionais enfim num verdadeiro interc mbio e crescimento muito intensos para todos do APOIAR Apresentando o Laborat rio e visando uma melhor compreens o dos projetos no Laborat rio insiro a seguir uma figura Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA
569. studos sobre a din mica familiar Fundamenta se na compreens o bio psico social do caso que inclui os aspectos psicodin micos a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 35 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP dimens o do desenvolvimento a adaptac o ao meio o referencial transgeracional e os padr es de relacionamento interpessoal A partir dessa compreens o o planejamento terap utico adaptado s caracter sticas e possibilidades de cada situa o do terapeuta e das condi es externas inclusive no que diz respeito aos tipos de interven o utilizados no cont nuo suportivo expressivo O importante a nosso ver que qualquer que seja o tipo de interven o ela se baseie numa compreens o din mica de sua motiva o e numa avalia o da utiliza o que determinado paciente pode fazer dela O trabalho com uma popula o ampla e heterog nea os contextos institucionais e a experi ncia de supervisionar terapeutas em forma o conduziu nos naturalmente a uma postura mais flex vel Damos especial aten o fase de t rmino do processo psicoterap utico que vivida pelos pacientes de acordo com sua hist ria de perdas e com as possibilidades que tiveram de elabor las Consideramos que importante trabalhar os sentimentos ambivalentes que surgem nessa fase evitando que o encerramento sej
570. szkulnik Andr s Eduardo Aguirre Ant nez e Daniel Kupermann avaliaram 37 p steres apresentados durante o evento Os trabalhos premiados foram RELATO DE UM CASO DE ESCLEROSE TUBEROSA ASSOCIADA A AUTISMO de Susan Meire Mondoni Carolina Rabello Padovan e Francisco Baptista Assump o Junior CONSULTORIAS PSICOTERAP UTICAS Ser e Fazer A ARTEPSICOTERAPIA NO CUIDADO A PROFISSIONAIS E EQUIPES DE TRABALHO de T nia Maria Jos Aiello Vaisberg Fabiana Follador e Ambrosio e Jacirema Cl ia Ferreira BASES ORG NICAS DA COMUNICA O MAE BEBE UMA ARTICULA O ENTRE NEUR NIOS ESPELHO E PREOCUPA O MATERNA PRIM RIA de Laura Carmilo Granado Rog rio Lerner e Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 1 PARTE MESA DE ABERTURA Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 13 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 14 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PSICOLOGIA CL NICA E SA DE MENTAL L ia Priszkulnik O termo Psicologia Cl nica utilizado pela primeira vez pelo psic logo norte americano Lightner Wittmer em 1896 Ele a define como um m todo de pesquisa que consistia em examinar com vistas a uma generalizac o as aptiddes d
571. szkulnik Docente e Chefe do Departamento de Psicologia Cl nica do IPUSP 2 O LABORAT RIO DE SA DE MENTAL E PSICOLOGIA CL NICA SOCIAL E PROJETOS DE PESQUISA E INTERVENCAO NOS CICLOS DE VIDA Profa Associada Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Coordenadora do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social APOIAR do IPUSP 9 30 10 30hs CONFER NCIA SA DE MENTAL NOS CILOS DA VIDA Prof Titular Dr Mauricio Knobel Coordena o Prof Dr Jos Tolentino Rosa IPUSP UMESP 10 30 10 4 hs Coffee Break 10 45 12 30hs MESA REDONDA SA DE MENTAL NAINF NCIA Coordena o Profa Associada Dra Leila Cury Tardivo 1 OS DESAFIOS ATUAIS DA POL TICA P BLICA DE SA DE MENTAL PARA CRIAN AS E ADOLESCENTES Maria Cristina Ventura Couto Consultora do Minist rio da Sa de 2 SA DE MENTAL NA INF NCIA NOVAS CONTRIBUI ES NO CAMPO DA PSICOTERAPIA Dra Irani Tomiatto de Oliveira Mackenzie IPUSP 3 COGNI O SOCIAL E INCLUS O ESCOLAR Prof Dr Jos Ferreira Beliz rio Filho UFMG BH 12 30hs APRESENTA O MUSICAL CANTO CORAL LAR J SUE FRANTZ 12 45 14 30hs intervalo para almo o 14 30 15 30hs Presen a dos autores p steres dos membros do Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social APOIAR SER e FAZER e PDD Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica
572. t preso cadeira de rodas A minha pris o eu vou ter a minha liberdade mas tem certas pessoa que infelizmente vai ser a vida toda igual a situa o do meu irm o a situa o dele irrevers vel pra vida toda An lise Apresenta dificuldade de descriminar o bom e o mau todo o tempo Nas escolhas besouro nas positivas caderno na negativa Nas racionaliza es incapacidade de discriminar o bom e o mau incapacidade de discriminar o que dele o que do outro das criancas uso macico de projec o nas criancas HIP TESE personalidade primitiva indiferenciada assume o ato mas projeta nas criancas o desejo DFH Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 306 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Hist ria Bem esse aqui o famoso seu Z Seu Z T meio disforme assim tem um pouco de cabelo barrigudinho n meio fora de forma mas o seu Z uma boa pessoa Seu Z ele ajuda na medida do poss vel e o seu Z um bom companheiro n Mas vamo dize que um companheiro aqui de sofrimento t na cadeia tamb m t Sofrimento de cadeia porque mais momento ruim que mais momento bom Esse seu Z uma pessoa que voc conversa com ele ele tem sempre uma ele t sempre prestes a ouvir d uma opini o uma pessoa prestativa
573. ta inicial configurou se como uma esp cie de abertura solicita o de amparo cuidados e esclarecimentos As entrevistas que se seguiram nos permitiram uma capta o e compreens o da realidade interna e sua confronta o com a realidade externa at o dia da alta psicol gica Instrumentos Triagem a paciente fez entrevista dirigida de triagem e trazia encaminhamento psiqui trico com diagn stico de Transtorno do P nico Entrevistas em Consultas Terap uticas dentro de um Processo Interventivo H seis meses atr s ap s um desentendimento com a m e que se hospedara em sua casa MC tomou conhecimento do desejo paterno de que a m e a abortasse Essa not cia despertou um sentimento adormecido de rejei o ora vinculado a muita tristeza ora a muita ansiedade Era como se o tero de minha m e tivesse sido invadido por tt uma senten a de morte sem me darem o direito de uma defesa At hoje n o sei porque nasci e este sentimento uma fonte de profunda tristeza para mim A m e de MC sempre se queixava de que a filha era muito medrosa e preferia se esconder frente situa es que exigissem coragem Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 205 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Ap s o desentendimento com a m e tornou se dif cil para MC conciliar o sono noite Levantou s
574. tadas pelos cuidadores medida que n o s o ouvidos nem apoiados em seu cotidiano Assim como para os abrigados perpetuada para os cuidadores a falta de voz e de poder de transformar a realidade Como prote o os cuidadores muitas vezes ficam insens veis e desesperan osos quanto ao alcance de seu trabalho Isso explica a apenas aparente falta de comprometimento com o bem estar dos adolescentes algumas vezes percebida Esta falta de apoio tamb m gera descr dito do cuidador quanto s potencialidades dos adolescentes e de sua fam lia em poder responsabilizar Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 258 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP se por ele O cuidador acaba competindo com a fam lia de origem e n o trabalhando para que o adolescente volte para ela 8 Preocupa o com a pr tica no abrigo e v nculo positivo com os adolescentes Ao aceitarem que pesquis ssemos o abrigo a equipe cuidadora mostra vontade de mudan a de melhorar os cuidados com os adolescentes que atende Al m disso o que h de mais importante a ser ressaltado o v nculo positivo que percebemos haver entre os cuidadores e jovens abrigados CONCLUS O Os instrumentos question rios e roteiros de observa o foram eficientes para aproxima o da realidade pesquisada Ser cuidador s poss vel com compromet
575. tado a morar com sua m e Entretanto o estranhamento e a falta de adapta o da dupla m e e filho ocasionaram o retorno de Jos ao abrigo Se o comportamento imaturo e ansioso da crian a ao voltar para casa for tratado com impaci ncia desenvolveu se um c rculo vicioso na rela o da crian a com a m e o mau comportamento sendo castigado com reprees es e puni es que por sua vez Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 242 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP provocaram novos comportamentos imaturos novas exig ncias e novas birras Bowlby 1988 p 31 Ap s quase dois anos deste reabrigamento um retorno definitivo ao lar materno tornou se uma possibilidade mais pr xima embora at o momento presente n o tenha acontecido Como esta situac o de abrigamento j se perpetua por longos anos ferindo a proposta do Estatuto da Crianca e do Adolescente 1990 ressalta se a import ncia do oferecimento de um atendimento psicol gico s criancas adolescentes diante do afastamento do familiar Esta necessidade de atendimento terap utico foi notada pelos profissionais do abrigo que o encaminharam Jos esta sendo atendido iniciamos com o psicodiagn stico interventivo e continuamos com os atendimentos psicoter picos Como foi exposto diversas s o as consequ ncias da separac o do par m e e beb
576. tapa em que analisa a sequ ncia de eventos pensamentos estado de nimo e condutas que precedem o contato sexual e a terceira em que aborda o sentimento de culpa e responsabilidade do agressor Assim fica clara a import ncia do pesquisador se ater sobre quest es tais como qual situa o desencadeou a viol ncia que tipo de press o exerceu sobre a v tima qual a natureza dos seus atos sexuais como manteve o segredo e quais seus pensamentos fantasias esquemas e sentimentos antes durante e ap s a vitimiza o sexual Uma linha de investiga o mais recente procura discutir as quest es ticas pol ticas e sociais das interven es com os agressores encarcerados Cowburn 1990a 1990b 1998 2005a 2005b 2007 e McCulloch e Kelly 2007 consideram a rela o entre a constru o da masculinidade dominante e a produ o social da viol ncia sexual Apontam o risco de uma pr tica profissional que reduz a viol ncia a aspectos da individualidade do agressor destacando a necessidade de considerar as quest es de g nero nas interven es com os agressores sexuais e a leitura da ordem e da Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 298 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP hierarquia social das pris es masculinas Cowburn 2005a 2005b tamb m discute as implica es epistemol gicas e ticas de pesquisa
577. te como havia relatado da primeira vez N o quis comentar nada Foi lhe proposto que come ariam um trabalho psicoterapeutico em breve para elaborarem as quest es que foram ditas sobre ela para uma melhor atua o na vida Riu e disse que voltaria todas as semanas Houve um encontro com a Coordenadora do Abrigo com a explica o da necessidade do atendimento psicoter pico para a Manoela visando os aspectos de estar mais fechada provavelmente ligados ao passado bem como a proximidade da adolesc ncia e a indefini o de onde ela permanecer A coordenadora reconheceu que essa indefini o atrapalha n o s a Manoela como tamb m as outras crian as e que ela pessoalmente resolveria essa quest o com a fam lia que est interessada Comentou tamb m que em dois meses a Manoela teve um avan o muito grande na escola e em casa est interessada em ler qualquer coisa que aparece na sua frente Est mais comunicativa e recebeu elogios por parte da professora pelo seu desempenho nas atividades escolares Coordenadora disse que ela chegou a reclamar que era dia dela vir terapia e n o queria perder Foi lhe explicado que na pr xima semana ela compareceria Nota se que Manoela est pronta para um efetivo trabalho terap utico onde conseguiu estabelecer v nculo com a terapeuta durante o trabalho de avalia o a ponto de lutar pelo seu espa o com a coordenadora sendo que era uma de suas maiores dificuldades Maria Apare
578. te desequil brio entre a liberdade de direito e as garantias individuais A comunidade a promessa de um porto seguro para os navegantes perdidos no mar turbulento da mudan a constante confusa e imprevis vel O problema que este um sonho de pureza que opera segundo a distin o entre n s e eles excluindo tudo o que se considera estranho como ocorre nos condom nios fechados e nos nacionalismos 3 2 Conceitos b sicos de Bauman Vou me louvar no trabalho de L Francisco 2007 para tentar aclarar alguns pontos do pensamento deste grande soci logo Polon s Ele inicia seu estudo discutindo a id ia de liquidez e fluidez Por se tratar de um conceito voltado mudan a de formas para acomoda o nos mais diversos encaixes inevit vel a analogia nossa atual e imediatista sociedade pois assim para eles nossos conviventes o que conta o tempo mais do que o espa o que lhes toca ocupar espa o que afinal preenchem apenas por um momento grifo do autor BAUMAN 2001 8 Desta forma Bauman afirma que s lido aquilo que para outros pensadores como Weber e Marx soa como algo retr grado ultrapassado r gido duradouro e previs vel em suas formas e possibilidades em muitos de seus aspectos econ mico social pol tico etc A voraz diminui o dos espa os em locomo o f sica ou sensorial um dos mais claros exemplos do derretimento termo utilizado para descrever as perdas
579. tem a possibilidade de sair com parentes e outra n o No tocante avalia o da percep o das idosas quanto qualidade de vida demonstrouse a necessidade de uma interven o psicol gica na institui o principalmente no sentido de promover uma maior integra o entre fam lia a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 97 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP instituic o e a pr pria idosa pois as idosas sentem se abandonadas por seus familiares e que perderam sua autonomia Na depress o de inicio tardio dentre os fatores f sicos associados podemos citar altera es estruturais do SNC como dilata o ventricular atrofia cortical e les es vasculares observa se que pacientes que apresentam hist ria de acidente vascular cerebral ou de dem ncia vascular tendem a apresentar uma preval ncia de depress o bastante pronunciada embora seja importante destacar que a sobreposi o dos sintomas depressivos e manifesta es cl nicas e neurol gicas decorrentes da les o cerebral podem suscitar algumas d vidas quanto a frequencia e abrang ncia do xvii diagn stico de depress o nesta popula o recomend vel que pacientes idosos com depress o recebam um olhar diferenciado para eventual surgimento de altera es cognitivas Vale destacar que alguns destes pacientes podem apresentar
580. temente a quest o dos relacionamentos interpessoais Ao que parece vivemos numa ditadura do orgasmo e da frustra o sustentada sobremaneira pela influ ncia midi tica Priore 2006 Filmes novelas e at mesmo propagandas estabelecem modelos de relacionamentos que acabam sendo seguidos por grande parte da popula o Muitas vezes n o h sequer um questionamento se eles s o de fato a melhor op o Indiv duos que r o se submetem a esses modelos encontram dificuldades em estabelecerem rela es A despeito de sua import ncia observa se paralelamente uma banaliza o da busca do amor para firmar os relacionamentos interpessoais afetivo sexuais na atualidade Numa sociedade capitalista em que a busca pelo dinheiro e bens materiais posta em primeiro plano o individualismo gritante e cada um preocupa consigo pr prio Diante disso o racional e o pragm tico s o valorizados em detrimento do emocional H cada vez menos tempo para nos dedicarmos ao estabelecimento de rela es amorosas e principalmente manuten o adequada daquelas j existentes Dessa forma h quem goste de desvalorizar o amor H quem diga que o amor uma emo o inst vel um sentimento para tolos um c rcere ou ainda algo relacionado a deleites id licos a sentimentalismos gratuitos a ilus es que geralmente nunca se consumam Por outro lado busca se freneticamente o prazer f cil e fugaz desprovido de la os afetivos Nunca o sexo foi t
581. ter acompanhado a Isadora no jantar Pareciam muito felizes juntas Luc lia falava vamos Isa a tia Wadad est n s esperando Elas apressaram se e entraram na sala Isadora perguntou para a Luc lia Se ela podia pegar o que a m e tinha trazido para ela A m e fala claro filha Isadora diz para mim Tia a minha m e trouxe amendoim bala chiclete um monte A terapeuta lhe disse e voc est muito contente com a sua m e e as coisas que ela te trouxe Isadora balan a a cabe a que sim e fica fazendo movimentos com a l ngua Como quem diz Que Del cia Vai comendo o amendoim ao mesmo tempo em que faz movimentos com a l ngua A m e diz eu n o sabia que voc gostava tanto de amendoim Elas sorriem Muito Isadora pede Folhas para desenhar Pede para a m e desenhar um cora o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 227 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A m e pergunta se ela n o quer fazer ela diz que n o que ela n o sabe A m e fala para ela Vem que eu vou fazer com voc A m e segura a m ozinha de Isadora e ajuda ela a fazer cora o Elas Ficam contentes com o cora o que fizeram Isadora diz Faz um cora o grande m e e escreve aquelas coisas pequenas nele A m e fala vamos fazer juntas ent o Elas fazem um cora o muito grande
582. terap uticas os alunos t m a possibilidade de conhecer sintomas e sinais que o paciente traz Al m disso visamos n o s o conhecimento da doenca em si mas tamb m o doente a pessoa que est presente com sua viv ncia experi ncia hist ria de vida etc Essas consultas aconteceram nas primeiras semanas no intuito de dar uma introduc o para a realizac o das oficinas terap uticas cujas atividades foram planejadas juntamente com os pacientes para decidirem qual seria a materialidade utilizada nas mesmas Materiais estes que poderiam ser argila tinta massinha pl sticas desenhos hist rias dramatizac es m sica e outras id ias que poderiam surgir A materialidade utilizada neste projeto foi o Conto de Fadas partindo do princ pio que a vida uma hist ria a qual pode ser rica em aventuras reflex es frustra es ou mesmo insignificantes mas ser sempre uma trama Frequentar as hist rias imaginadas por outros seja escutando ou assistindo ajuda a pensar a nossa exist ncia sob pontos de vista diferentes refletindo sobre poss veis destinos Sentados em roda conta se um conto normalmente lido pelos alunos ou pelos pacientes E a partir da id ias s o lan adas pedindo a todos que falem sobre a hist ria o que entenderam com qual personagem mais se identifica e assim por diante Neste momento as manifesta es emocionais afloram de forma intensa dando margem para muita discuss o e envolvimentos afetivos aprox
583. tervalo de tr s meses ao final de fevereiro ele novamente compareceu apresentou se com aspecto bom e um pouco mais gordo Comentou que as coisas estavam bem e em paz e esperava que continuasse assim e que os conflitos n o voltassem mais embora houvesse ficado algumas cicatrizes e que realmente n o entendia como puderam desentender se tanto depois de viverem em paz quarenta anos Estranhava que esse desentendimento tivesse acontecido quando os filhos casaram e sa ram de casa ou seja justamente no momento em que eles n o tinham mais a responsabilidade com eles Nesse momento a terapeuta interveio comentando que as mudan as aconteciam em todos os momentos da vida e que talvez agora com a casa vazia eles se aproximaram mais um do outro e puderam perceber que v rias coisas haviam mudado A terapeuta perguntou sobre a vida sexual e ele respondeu que estava dif cil pois ele estava com problemas na pr stata e ela com uma inflama o e era como se a vida sexual de ambos tivesse adormecido mas que j havia marcado consulta com um urologista para aquela semana com o prop sito de ver o que estava acontecendo e se dava para melhorar Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 272 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Nessa ocasi o a terapeuta fez uma breve retrospectiva do trabalho que ambos haviam realizado a
584. tes de 12 a 18 anos do sexo masculino direito desses jovens e dever da sociedade prover lhes um meio facilitador de vida plena segundo o ECA que propicie o desenvolvimento emocional e a capacidade criativa para enfrentar a realidade promovendo resili ncia frente s dificuldades Um espa o autorit rio e acusador pode revelar se como reprodutor da l gica da exclus o e do abandono A institui o que compreende as necessidades dos adolescentes e propicia v nculos afetivos amplia as possibilidades de desenvolvimento psicol gico e de reinser o social A institui o foi analisada de acordo com os conceitos de holding e ambiente suficientemente bom de Winnicott 1983 2005 Utilizou se os par metros de Goffman 1974 que cunhou o termo Institui es Totais definindo que certas institui es como grandes hospitais e orfanatos caracterizados pelo controle e exclus o dos internos inviabilizavam a forma o de identidade do indiv duo Consideramos tamb m relevantes an lise as pesquisas de Arpini 2003 e Pereira 2004 que relatam o processo hist rico que definiu a cria o dos abrigos al m das pr prias diretrizes do ECA BRASIL 1990 como norte para a pr tica OBJETIVOS Caracterizar a institui o atrav s da an lise de seus documentos de observa es do local e da equipe cuidadora e entrevistas com o diretor e com os Operadores Sociais cuidadores Observar se a institui o facilita o desenvolvime
585. tes pudesse criar construir e transformar o conto que vivido por eles Refer ncias Bibliogr ficas CORSO D Le CORSO M Fadas no Div Psican lise nas hist rias Infantis P A Ed Artmed 2006 HAMMER E F Aplica es Clinicas dos Desenhos Projetivos R J Ed Interamericana 1981 KYES J J HOFLING C K Conceitos B sicos em Psiquiatria R J Ed Interamericana 1985 MINZONI M P Assist ncia ao Doente Mental R P Ed Guarani 1974 WINNICOTT D W Consultas Terap uticas em Psiquiatria infantil RJ Imago ed 1984 WINNICOTT D W O Brincar e a Realidade RJ Imago ed 1975 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 354 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP REFLEX ES ACERCA DO PROCESSSO INCLUSIVO DA PESSOA COM DEFICI NCIA Tadeu B Nogueira Jr Danilo Crespo Joyce E Fukuda Camila Galassi Juliana Galv o Cec lia H Myamoto Mariana Penteado Marco V Zahra Anne W rzle Francisco Baptista Assump o Jr Leila S La Plata Cury Tardivo Resumo Este trabalho apresenta um breve hist rico da rela o da sociedade com a parcela da popula o que apresenta algum tipo de defici ncia discorrendo sobre as diferentes formas de se relacionar com a defici ncia at chegar ao que hoje chamamos de inclus o Partindo das premissas de que ainda h muito
586. tia anteriormente Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 136 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP envolve beijos e demais car cias por vezes n o t o bem delimitadas assim como o pr prio conceito tornando se uma pr tica cada vez mais incompreens vel para as suas gera es posteriores Dessa forma caracterizado em sua ess ncia pela falta de compromisso entre os membros do casal que buscam obter o prazer e a satisfac o a partir do exerc cio da seduc o amorosa Ainda o ficar pode ser considerado como um tipo de relacionamento interpessoal que independe de qualquer outro isto est desvinculado de um conhecimento pr vio da outra pessoa ou mesmo de um namoro de amizade etc existindo per se s Estaria este tamb m presente de maneira frequente entre os jovens N o obstante em minha opini o a partir destes contatos iniciais com a outra pessoa estes v nculos di dicos podem evoluir para um grau de comprometimento ou de intimidade maior e desembocar em um namoro Posto que em geral sabida a grande fragilidade que paira sobre os relacionamentos e a grande autonomia sobretudo a feminina que se conquistou ao longo do tempo os pretendentes a um namoro ficam cada vez mais reticentes tanto a entrar bem como a permanecer num relacionamento caracterizado por uma maior dura o e investimentos
587. tilo de vida dificilmente revers vel Clemente Filho apud Ara jo 2006 p 103 salienta que de segregado o deficiente passou a ser inclu do em salas especiais As classes especiais eram uma segrega o apenas no mesmo col gio que outros Mas eram agrupados segregados Assim a partir do s culo XX na fase de direitos segundo Menecucci 1999 foram se desenvolvendo novas concep es de institucionaliza o e defici ncia Esta segundo Ara jo 2006 passou a ser entendida como perda total ou parcial tempor ria ou permanente de uma fun o psicol gica fisiol gica ou anat mica al m da rela o poss vel com no es de igualdade e cidadania a partir do que configurou se o segundo paradigma relativo rela o entre a sociedade e a parcela da popula o representada pelas pessoas com defici ncia O Paradigma de Servi os iniciado por volta da d cada de 60 teve o objetivo de ajudar pessoas com defici ncia a obter uma exist ncia t o pr xima ao normal poss vel a elas disponibilizando padr es e condi es de vida cotidiana pr xima s normas e padr es da sociedade American National Association of Rehabilitation Couseling A N A R C 1973 apud Ara jo 2006 Ou seja o paradigma construiu se tanto devido ao inc modo representado pela institucionaliza o em diferentes setores sociais quanto a uma nova ideologia a de normaliza o do indiv duo que fundamentou o movimento da desinstitucionaliza
588. tionnaire Columbus OH Children s Hospital Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 309 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Kaufman K amp Harbeckweber C R L 1994 Reexamining the efficacy of child sexual abuse prevention strategies victims and offenders attitudes Child Abuse amp Neglect 18 4 349 356 Kaufman K L Hilliker D R amp Daleiden E L 1996 Subgroup differences in the modus operandi of adolescent sexual offenders Child Maltreatment 17 1 17 24 Klepsh M Logie L 1984 Crian as desenham e comunicam Porto Alegre Artmed Lung F W Huang S F 2004 Psychosocial characteristics of criminals committing incest and other sex offenses a survey in a Taiwanese prison Journal of Offender Therapy Comp Criminol 48 5 554 60 McCulloch T amp Kelly L 2007 Working with sex offenders in context which way forward Probation Journal 54 3 7 21 Ninjamkim G Braude M 2000 Question rio desiderativo S o Paulo Vetor Smith D W Saunders B E Personality characteristics of father perpetrators and nonoffending mothers in incest families individual and dyadic analyses Child Abuse amp Neglect 19 5 607 617 Tardivo L S P C 2007 O adolescente e o sofrimento emocional nos dias de hoje S o Paulo Vetor Vaisberg T M J A 1997 Proce
589. to com as necessidade corporais dando a elas uma organiza o simb lica assim como utilizar o corpo como ve culo de express o de afetos e emo es Winnicott 1990 Contin ncia dar contorno s experi ncias e aos sentimentos que nos habitam significa compreender o outro e ajud lo a simbolizar suas experi ncias e emo es Barreto 1998 WINNICOTT E A PESSOA COM DEFICI NCIA Considerando que a psiqu se inicia com a elabora o imaginativa da fun o som tica a defici ncia torna se condi o estruturante da pessoa Apesar da import ncia do ambiente ser a partir de seu conjunto org nico e fisiol gico que a pessoa se constituir e se tornar um indiv duo nico e indissol vel Amiralian 2008 O BEB COM DEFICI NCIA E SUA M E O luto pela perda do filho idealizado precisa ser vivido muito precocemente comum a m e entrar em processo de depress o A m e devido s suas pr prias dores pode apresentar dificuldade em se devotar ao seu beb Como consequ ncia temos dificuldades no processo de adapta o da m e ao seu beb e na possibilidade desse viver o processo de ilus o como deveria A fun o de holding tamb m acaba ficando prejudicada Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 378 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Muita mae n o sabe como inte
590. to de Psicologia Cl nica caracteriza se por ser um centro de 3 Professora Doutora do Departamento de Psicologia Cl nica do Instituto de Psicologia da USP Docente e orientadora do Programa de P s Gradua o em Psicologia Cl nica do Instituto de Psicologia da USP Psicanalista Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 15 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP pesquisa e de forma o As disciplinas ministradas e as pesquisas realizadas visam forma o universit ria e obten o de t tulos acad micos a formar pessoal habilitado ao exerc cio da investiga o bem como habilita o para o exerc cio profissional O Departamento realiza investiga o no campo da Psicologia Cl nica e de outras reas que por suas finalidades possam contribuir para o progresso da Psicologia Cl nica respons vel por disciplinas de Gradua o e P s Gradua o relativas fundamenta o e a pr tica da Psicologia Cl nica As pesquisas em nivel de Inicia o Cient fica Mestrado e Doutorado ocorrem de maneira indissoci vel da presta o de servi os que se d atrav s dos atendimentos cl nicos os quais s o disponibilizados comunidade na Cl nica Escola e ou nos Laborat rios de Estudos e Pesquisas ambos vinculados ao Departamento A prioridade b sica o desenvolvimento de pesquisas que criam e p
591. to que me chamou a aten o no encontro com os dois que Alice havia me falado que um dos irm os sofria de depresss o e o outro era drogado Tentei Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 286 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP adivinhar qual deles era o deprimido e qual era o dependente qu mico Para minha surpresa pensei que o Breno era o depresssivo e que o Jo o era o usu rio de drogas mas na verdade era justamente o contr rio A meu ver esta percepc o equivocada pode indicar uma atribuic o de pap is da fam lia sobre cada um dos seus membros assim um membro visto como drogado e o outro visto como deprimido mas para quem est de fora esta atribuic o n o fica t o evidente Enfim a primeira entrevista familiar foi marcada para a semana seguinte 1 entrevista familiar A fam lia inicia a entrevista dizendo que eles s o uma fam lia de peso Clara a m e quem enuncia esta definic o familiar Tanto ela quanto o Jo o e a Alice s o obesos da de alguma forma a id ia de uma fam lia de peso embora eu tenha pensado que podemos tamb m compreender que h algo de pesado nesta fam lia e que nenhum deles mais suporta isso e querem tamb m saber se o terapeuta vai suport los Clara diz que a fam lia doente h 30 anos Diz que o seu marido Wagner sofreu um acid
592. todos que continuem ajudando esses pacientes Desde o inicio da parceria ABRELA APOIAR j foram apresentados diversos trabalhos fruto das nossas viv ncias com os pacientes em v rios congressos tanto ao n vel de Brasil como no exterior sempre com o intu do de divulgar a ELA doen a ainda bastante desconhecida cnamando a aten o sobre a necessidade dos pacientes portadores de ELA e seus respectivos cuidadores serem acolhidos e amparados em seu sofrimento afetivo emocional e psicol gico O Projeto Tutor consiste em tr s n veis de atua o Tutor Tutor Ile Tutor III O primeiro n vel que o Tutor quando os alunos come am a ir nas casa dos pacientes em dupla semanalmente Durante os primeiros doze encontros os alunos v o somente desenvolver a escuta e o olhar acolhendo as ang stias do paciente sem uma interven o interpretativa No n vel Tutor Il terminada as 12 visitas domiciliares caso haja interesse por parte do paciente e da dupla de tutores as visitas poder o continuar com interven es interpretativas e finalmente a tutoria Ill visa forma o de multiplicadores que nos auxiliaram na forma o de novos tutores Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 313 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Os alunos s o acompanhados atrav s de uma discuss o clinica que realizad
593. totalmente conscientes ou ainda racionais contudo elas n o interferem negativamente na satisfa o entre os pares constitu dos Em suma pode at haver um desejo do autista de ir ao encontro do outro e concomitantemente de ser amado mas n o h motiva o suficiente porque estes mesmos acreditam que se o fizerem ser o estigmatizados como pervertidos a partir destes ditames que lhe s o impostos por seus cuidadores e pela sociedade O atual panorama das pesquisas de amor e sexualidade para o universo autista que caminhamos a passos incipientes para reconhecer no amor e nos relacionamentos amorosos para pessoas autistas e demais deficientes uma das solu es mas n o milagrosas para o universo aut stico atrav s da amplia o sobretudo do repert rio s cio comportamental e cognitivo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 125 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Refer ncias Adorno T W amp Horkheimer M 1985 Dial tica do esclarecimento 2a ed Rio de Janeiro Jorge Zahar Almeida T 2007 Ci me rom ntico e infidelidade amorosa entre paulistanos incid ncias e relac es S o Paulo SP 2007 Dissertac o Mestrado Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo SP Almeida T 2003 O perfil da escolha de objeto amoroso para o adolescente poss
594. tratos por qualquer pessoa inclusive familiares que negligenciam os cuidados imprescind veis ao menor e que vivem em condi es sub humanas As crian as e adolescentes s o encaminhadas pelo Conselho Tutelar e outros rg os p blicos Nessa associa o existem 22 jovens abrigados que s o preparados ao longo dos anos e de acordo com cada idade para a inser o no mercado de trabalho ap s completarem 18 anos de idade Nem todos est o preparados para deixarem o abrigo com essa idade fator que a pr pria institui o aguarda uma solu o em parceria com outros rg os institucionais para fazer frente a esta demanda Durante o per odo que permanecem no abrigo existe a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 249 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP possibilidade de serem adotados Segundo o conceito de Winnicott 1982 o fornecimento de um lar substituto para crian as que foram negligenciadas na vida privada de fam lia um forte componente de contribui o para um ajuste social e a realiza o de uma psicoterapia ser eficaz Objetivos Buscar compreender o sentido das dificuldades emocionais de Manoela em especial suas dificuldades no contato Discutir a quest o da possibilidade da ado o de Manoela e os efeitos que podem ter em seu comportamento M todos Foram realizadas duas e
595. tria infantil Rio de Janeiro Imago 1984 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 295 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PESQUISA COM AGRESSORES SEXUAIS DOM STICOS DE CRIANCAS E ADOLESCENTES A PARTIR DO USO DE T CNICAS PROJETIVAS DADOS PRELIMINARES Antonio Augusto Pinto Junior Patr cia Regina da Matta Silva Leila Salom o de La Plata Cury Tardivo M rcia Regina dos Santos Maria Am lia Azevedo Viviane Nogueira Guerra Introdu o As pesquisas na rea da viol ncia sexual dom stica contra crian as e adolescentes come aram a surgir na literatura cient fica principalmente na d cada de 1980 Registra se a partir deste per odo uma vasta bibliografia sobre o tema predominando uma preocupa o significativa com o tratamento dos envolvidos com nfase na preven o secund ria e terci ria e pouca aten o preven o prim ria Tamb m not rio o fato de existirem poucos trabalhos com foco nos agressores sexuais Budin e Johnson 1989 parecem ser os primeiros a ouvir dos agressores sexuais de crian as encarcerados o que pensam sobre a efic cia de programas preventivos suas atitudes e modos operandi por meio de um question rio estruturado Os autores 1989 alertam que h que se considerar o medo que os participantes t m em falar sobre o assunto sobretudo se n o se convencem totalm
596. truir uma situa o Mas quando chega a maturidade no decl nio das for as ent o tempo de ser si mesmo no sentido mais profundo ou seja de procurar apreender a totalidade de nossa alma aquela que n o conhece as barreiras do tempo nem do espa o O homem que envelhece deveria saber que sua vida n o est em ascens o nem em expans o mas um processso interior inexor vel produz uma contra o da vida Para o jovem constitui quase um pecado ou pelo menos um perigo ocupar se demasiado consigo pr prio mas para o homem que envelhece um dever e uma necessidade dedicar aten o s ria ao seu pr prio si mesmo Depois de haver esbanjado luz e calor sobre o mundo o sol recolhe os seus raios para iluminar se a si mesmo JUNG 2000 349 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 78 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP A velhice um territ rio desconhecido para todos n s poder amos compar la com o outono pois j semeamos plantamos e agora de uma certa maneira colhemos N o sabemos ao certo o que o outono pode nos mostrar porque na primavera n o percebemos claramente o que foi gerado A mudan a no corpo nos remete s quest es do esp rito ou a um tipo de aten o psique Para Pr tat 1997 42 Precisamos conhecer sua realidade tentando encontrar uma centelha de luz nas trevas de
597. truturas neurais primitivas Alguns autores consideram que atualmente a psicofarmacologia parece mais eficaz em alcan ar tais resultados THAYER 1989 PAKSEPP 1999 De qualquer forma parece desej vel que as aproxima es psicanal ticas desenvolvam fortes rela es com todas as aproxima es som ticas conhecidas por modificar o humor Estudos neurofisiol gicos apontam para desequil brios de neurotransmissores em certos transtornos que justificam uma combina o entre tratamento psicoterap utico e medicamentoso por exemplo no transtorno obsessivo compulsivo na depress o severa ou p nico etc BEUTEL 2003 O div rcio travado entre psiquiatria e psican lise hoje dirigido por mais por for as ideol gicas pol ticas e econ micas que cient ficas GABBARD GUNDERSON FONAGY 2002 Freud antecipou que o controle neuroqu mico dos estados afetivos poderiam eventualmente tornar se uma realidade O futuro pode ensinar nos a exercer influ ncia direta atrav s de subst ncias qu micas espec ficas nas quantidades de energia e na sua distribui o no aparelho mental Pode ser que existam outras possibilidades ainda n o imaginadas de terapia FREUD 1940 p 1210 Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 392 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Entretanto os estudos citados com o imageam
598. ua o de abrigamento da crian a e de seu abandono para compreender as viv ncias emocionais da m e e da crian a e os motivos de abrigamento Oferecemos um atendimento psicol gico m e e a crian a nos moldes de consultas terap uticas e desejamos conhecer as possibilidades dessas para oferecer holding e facilitar o desenvolvimento da crian a e da m e al m de diminuir o sofrimento da dupla m e filha 1 Sujeitos Os sujeitos deste estudo s o uma mulher de 22 anos e sua filha de 3 anos e cinco meses A m e tendo como escolaridade o n vel m dio completo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 217 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 2 Instrumentos Os instrumentos utilizados foram dados documentais que constam do prontu rio da crian a uma consulta terap utica somente com a m e da crian a e o material cl nico de 3 tr s consultas terap uticas conjuntas da m e com a filha Em rela o ao material foi oferecido folhas de papel sulfite l pis coloridos l pis borracha e apontador Esse material era disponibilizado tendo como paradigma o jogo do rabisco ou seja pretendia se que o uso do mesmo facilitasse a express o dos conflitos emocionais ou a comunica o de aspectos profundos da personalidade 3 Procedimentos Estudo de caso Inicialmente foi consultado o Prontu rio
599. udancas n o ocorrem rapidamente e que ela deve vivenciar bem esta experi ncia de estar longe das perturbacdes para assim decidir o que realmente a faz feliz Ao longo das sess es em consultas terap uticas a paciente mostrou se uma pessoa que n o se achava merecedora de coisas boas e tentava agradar aos outros o tempo todo agradecendo constantemente e trazendo presentes para a psicoterapeuta Tamb m estava disposta a seguir as orienta es que lhe eram dadas tanto pelo psiquiatra quanto pela psicoterapeuta comparecendo s consultas psicoter picas e tomando as medica es prescritas A confian a que a paciente depositou no atendimento oferecido no Projeto APOIAR evidenciou uma car ncia constante resultante principalmente da falta de cuidados e aten o desde sua inf ncia Esse forte apego s pessoas do projeto parece vindo da sensa o de acolhimento algo que nunca foi muito presente em sua vida Desde crian a paciente se sentiu abandonada em todas as sess es referia se ao sentimento de solid o tanto ao relatar experi ncias da inf ncia quanto s mais atuais tamb m dizia que n o perdoava a m e por t la abandonado e as tias por baterem nela Em nenhum momento ela se sentia protegida j que at mesmo seus av s figuras que lhe traziam mais seguran a viviam em conflitos s rios e n o percebiam sua car ncia e a viol ncia f sica causada pelas tias O setting oferecido principalmente nas primeiras entrevi
600. uentes na gravidez o uso de cosm ticos a pr tica de exerc cios h bitos e v cios durante a gesta o atendimento odontol gico medicamentos radia o e vacina o alimenta o parto natural ou ces rea parto e p s parto tipos anestesias e mitos aspectos fisiol gicos do puerp rio amamenta o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 155 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP cuidados com o rec m nascido banho troca de fralda curativo do umbigo a escolha do pediatra licen a maternidade a hora de voltar ao trabalho quem fica cuidando do beb ap s o t rmino da licen a maternidade creche fam lia a fam lia os av s e irm os t cnica de relaxamento massagem shantala a import ncia do toque enxoval t cnicas din micas de grupos e viv ncias para aumentar o n vel de conhecimento da mulher a respeito da gravidez e diminuir a ansiedade decorrentes desse per odo e tamb m para aproximar m e e filho terapia comunit ria O trabalho de maternagem com visitas domiciliares realizadas s participantes do grupo possibilitou conhecer as dimens es das repercuss es dos encontros do grupo de gestantes Foram evidenciados os seguintes aspectos Individual a gestante consigo pr pria Coletivo a gestante com o seu beb a gestante com os seus familiares os familiar
601. uilo ali vou at me afastar aquilo ali urtiga nem chega Tem umas planta que voc passa n ai j tem um problema na pele aquela coceira Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 305 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP 3 Induzido Devido ao sofrimento n o queria ser um cachorro risos Cachorro voc ser cachorro de rico vai l mas cachorro pobre complicado risos s sofrimento passa mal sofrimento Independente de ser cachorro do rico ou do pobre uma vida acho que coitado do cachorro muitas vezes o dono vai e desconta toda a neurose em cima do cachorro chuta do cachorro depois de casa ah esse cachorro n o serve mais joga ele na rua 4 Induzido Uma muleta ou uma cadeira de rodas Porque muito sofrimento tanto um quanto outro tal neg cio igual eu vejo a situac o de meu irm o Eu t preso aqui mas gracas a Deus eu ando eu trabalho eu tenho assim um relacionamento com o pessoal da cadeia e a situac o do meu irm o ele t preso numa cadeira de roda j h 6 anos Eu acho que uma cadeira de roda me lembra muito sofrimento que eu tamb m na rea hospitalar a gente v a pessoa ali a pessoa t ali impossibilitada de andar s o v rias situac o n Muitas vezes a cadeira de roda uma pris o praticamente enquanto a pessoa viver ela
602. ulamentam a mat ria em leis esparsas na esfera federal estadual e municipal al m de decretos regulamentares portarias e resolu es espec ficas para cada tipo de defici ncia Ent o numa sociedade na qual se busca o arqu tipo do homem ideal a pessoa deficiente ignorada e exclu da e resta ser confinada na pr pria fam lia ou em una institui o na qual partem da premissa o que os olhos n o v em o cora o n o sente Um dos temas a que muitas vezes s o afastados as pessoas deficientes o Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 144 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP amor e associado a esse tema os relacionamentos amorosos e a sexualidade s o tidos como um tabu para essas pessoas Embora o amor seja um assunto muito presente em nossas vidas enquanto um conceito algo que aventa in meras quest es a seu respeito a comecar pela sua pr pria defini o H muitas concep es para o amor mas pode se concluir dentre tantas vis es acerca do amor que uma consequ ncia ou o resultado de elementos racionais e sentimentais imprescind veis para atender as expectativas dos que desejam compartilhar suas vidas afetiva e sexual Homens e mulheres consideram que responsabilidade respeito carinho e compreens o s o condi es necess rias e indispens veis ao relacionamento afetivo sexual e
603. ulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 248 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP AVALIA O CL NICA EM CRIAN A ABRIGADA COM DIFICULDADE DE RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Maria Aparecida Mazzante Colacique Leila Salom o La Plata Cury Tardivo Introdu o Este trabalho buscou auxiliar a coordenadora de um abrigo da Capital que procurou o Laborat rio Apoiar em fun o das dificuldades que vem percebendo em Manoela uma menina de 10 anos de idade com a suspeita de abuso sexual antes de ser abrigada Est no Abrigo h quest o de quatro anos tendo sido trazida por um irm o que j se encontrava no abrigo por ter notado que a m e n o cuidava da irm como ele vinha sendo cuidado no abrigo A Coordenadora descreve Manoela como muito t mida fechada ao contato relacionando se com as monitoras especialmente as que mais gostava de um modo muito distante e passaram a notar tamb m um interesse exacerbado por meninos mas muito camuflado e escondido das monitoras o que motivou a busca de atendimento Havia sido aventada a possibilidade de uma fam lia adot la a qual n o se efetivou at o momento Algumas considera es sobre o Abrigo A estrutura b sica desse abrigo constitu da de uma casa com v rios c modos separados segundo o sexo dos jovens atendem crian as e adolescentes de O a 17 anos de idade em qualquer situa o de risco v timas de maus
604. um pouco mais descontra do e em uma sess o seguinte no in cio da sess o ele comentou que tinha lembran as do tempo em que ambos voltaram para a Bahia e perderam tudo l tentando um novo com rcio Relembrou tamb m o triste problema da seca e o quanto ele prejudicava os neg cios e o com rcio fez coment rios sobre as condi es em que a atividade agr cola realizada no sert o e falou tamb m sobre pai o duro trabalho que realizava com enxada e dos irm os Contou que sempre sonhava com a casa do bisav e que um dia foi ver essa casa e ficou surpreso e aliviado em encontr la do mesmo jeito inteira e bem cuidada e que desde esse dia ele n o sonhou mais com aquela casa O modo como se expressou me deu a impress o de que falava dele mesmo ou seja da possibilidade de cuidar de sua pr pria vida e fazer repara es Ele demonstrou sentir muita dificuldade em reconhecer seus sentimentos e emo es e muitas vezes percebi que para ele eu deveria imaginar o que se passava em seu ntimo e colocar em palavras principalmente suas percep es sobre os sentimentos de menos valia que seu decl nio f sico acarretava o qual se acompanhava do medo de poder ser rejeitado pela esposa Durante o processso se mostrou receoso em falar do que sentia e dizia se inapto e ignorante para falar dele mesmo e que o mesmo acontecia quando estava com a esposa pois temia ser mal compreendido e que aquilo que dissesse contribu sse para p
605. uma experi ncia de sustenta o emocional no espa o potencial criado a partir dos encontros e conforto do intenso sofrimento que os levou internac o O caso cl nico que apresentamos refere se ao atendimento um homem de 50 anos aproximadamente internado por intoxica o alco lica O processo constou de 5 sess es em que comprovamos o valor terap utico das primeiras entrevistas utilizando a capacidade de holding do terapeuta a identifica o e empatia com o paciente oferecendo um espa o de modo a dar sustenta o na realidade s viv ncias ps quicas do paciente A avalia o do exame ps quico revelou din mica de personalidade depressiva com tend ncia ao isolamento afetivo e fuga dos aspectos hostis e frustrantes da realidade como alcoolizar se para se anestesiar emocionalmente e n o pensar Os resultados demonstraram que o espa o de contin ncia oferecido por meio da escuta diferenciada e interven es precoces mobilizaram uma experi ncia mutativa e altera es no relato e comportamento do paciente que delineiam importante mudan a ps quica Neste trabalho procuramos ampliar o alcance da cl nica psicanal tica adaptando a s limitadas condi es das institui es e integrando o atendimento hospitalar de pacientes psiqui tricos com o estudo e experi ncia inicial de est gio em Psicopatologia Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de M
606. utra mas que talvez ela sente que tanto ela como a m e t m outros sentimentos al m do amor talvez um lado bruxa que fica chateada que fica com dio que tem vontade de dar ordens A m e comenta que ela tem ficado muito mais solta mais a vontade e n o como era antes Isadora pede para a m e amarrar o cabelo dela e pergunta se tem bicho A m e olha e diz para a filha que n o tem nenhum Fala que na semana passada tinha ficado at mandarem ela embora do abrigo e que tinha passado rem dio e limpado a cabe a da filha E que hoje estava toda a cabe a limpinha Falo que ela uma m e preocupada e zelosa pela filha e que quer que a filha seja preservada de todo tipo de viol ncia A psic loga pergunta como est o processso Ela responde que deixou reservado o dia seguinte para ir ao f rum ver Que ela n o sabe do por que estar demorando tanto a decis o Conclus o O trabalho se prop s conhecer os motivos de abandono e de abrigamento de uma crian a e verificar as possibilidades de se oferecer holding para a m e e a filha em consultas terap uticas conjuntas com o objetivo de se fortalecerem os v nculos familiares Foi poss vel perceber que a crian a foi abrigada e posteriormente abandonada devido a v rios fatores tanto emocionais como socioecon micos No estudo de caso que realizamos evidenciou se um conflito familiar intenso que levou a m e ao desespero e por esta n o ter desenvolvido uma capacidade de se acolher e conte
607. uturas e fun es atrav s de um processo de matura o Estas quatro defini es did ticas na pr tica s o colocadas e muitas vezes entendidas como sin nimos Consta se que os adolescentes de hoje est o mais bem informados com mais oportunidades de acesso aos meios culturais e por isso alcan ando a maturidade mais rapidamente Essa possibilidade reservada para os mais aptos e Crises As crises termo citado para a viv ncia destes seres em desenvolvimento pode ser assim compreendida Mudan a de um estado de equil brio S o perdas e ganhos necess rios para o amadurecimento individual e coletivo Portanto a sociedade a fam lia e os indiv duos em seu entorno passam por crises Hoje focaremos nossa aten o nos adolescentes e na sociedade l quido moderna Como este fen meno humano se realizaria neste mundo contempor neo A adolesc ncia come a com a puberdade As mudan as da puberdade ocorrem paralelamente com as mudan as da personalidade Usualmente dividimos a adolesc ncia em 02 fases A primeira se inicia pelo aumento das energias oriundas da invas o hormonal e consequente revigoramento das for as instintivas De repente vigorosos impulsos er ticos e agressivos come am a se manifestar V m do interior e a express o deles mostra uma nova face daquela crian a d cil que vinha se desenvolvendo Um cliente me revela como ficou perturbado com este novo momento As pupas ntimas das mulheres
608. uxe o Projeto Dist rbios do Desenvolvimento PDD que enriqueceu muito o Laborat rio assumindo conosco a coordena o do mesmo Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 2 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Vale destacar que estando na Universidade Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social abriga diversas linhas te ricas dando espaco ao di logo e interlocu o que tanto contribuem para o desenvolvimento da Psicologia como ci ncia e como profiss o Assim o Prof Associado Francisco A Junior com quem vimos trabalhando de forma coordenada ao longo desse ltimos tr s anos est tamb m presente na V Jornada Apresentamos tamb m na IV Jornada as propostas e trabalhos do APOIAR na tem tica da inf ncia em especial daquela desamparada abandonada e vitimizada Esses trabalhos bem com outros apresentados naquela ocasi o constam de uma publica o tamb m divulgada na forma de CD e no site Para que a quinta jornada realizada esse ano pudesse ocorrer da forma como foi proposta com a presen a de convidados de outras universidades e institui es inclusive de outros estados com a possibilidade de recebermos um maior n mero de participantes e que todos pudessem ter material de apoio certificados o pr prio CD contamos com o apoio inestim vel do pr prio Instituto de Psi
609. versas formas de compreens o quanto s suas determina es pode ser entendido aqui como uma atitude comum para certo n mero de pessoas que n o diferenciam indiv duos pertencentes a determinados grupos Amaral 1992 acrescenta o preconceito nada mais que uma atitude favor vel ou desfavor vel positiva ou negativa anterior a qualquer conhecimento p 9 Enquanto que o conceito de estere tipo para esta mesma autora refere se concretiza o de um julgamento qualitativo baseado no preconceito podendo ser tamb m anterior experi ncia pessoal O preconceito manifesta o individual de origem social est inserido no cotidiano das rela es interpessoais a partir de generaliza es j consagradas pelos estere tipos presentes na cultura em que vivemos Logo o desenvolvimento de atitudes hostis diante de determinado objeto concomitantemente em que responde a conte dos ps quicos espec ficos do preconceituoso alimenta se tanto dos afetos presentes no indiv duo como tamb m dos estere tipos vindos da cultura na qual este se encontra Dessa forma a cultura oferece valores que ao serem introjetados s o mediados pela percep o e pelas necessidades do indiv duo o que significa a possibilidade de nem sempre serem compat veis com a realidade por esse motivo que o preconceito est mais relacionado a aspectos ps quicos da forma o do eu em que o mecanismo de defesa da introje o acionado do que a c
610. vezes uma penosa dificuldade levando os muitas vezes a um quadro de depress o maior Com frequ ncia tentam desempenhar essas atividades com aux lio de lcool ou medicamentos o que eventualmente cria depend ncias qu micas de forma secund ria Considera se que h comorbidade com hipocondria no TP quando as preocupa es com sa de n o se restringem a sintomas das crises do p nico Na hipocondria temem se doen as mais insidiosas predominam comportamentos de hipervigil ncia e busca de reafirma o e maior o foco de sensa es erroneamente interpretadas catastroficamente A import ncia de cada um desses fatores e a forma como se correlacionam sugerem uma via comum de sintomas respirat rios e ansiedade Na p s modernidade nos centramos nas caracter sticas do que se denomina sociedade de risco a qual gera sentimentos de imprevisibilidade desenraizamento e desfilia o Com a predomin ncia de um cen rio de incerteza e de risco permanente cria se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade s o constantemente amea adas Ou seja o valor da confian a no registro da ontologia refere se exist ncia de um ambiente suficientemente confi vel e previs vel para que os sujeitos experenciem uma const ncia dos ambientes de a o social e material circundantes Winnicott 1963 Neste sentido acreditamos que os tipos de patologia nas quais se inclui o Transtorno do P nico podem servir tamb m como redes de pertenc
611. vezes vivendo em companhia das m es e os pais acasalados ser o pais presentes dos filhos adotados Muitos destes homens por este tipo conviv ncia amar o mais os filhos da atual companheira dos que os seus Neste processo a sociedade est sempre terminando de forma r pida uma tarefa para reiniciar outra Talvez a descri o da Vida Liquido moderna como uma s rie de rein cios seja um c mplice desavisado de algum tipo de conspira o Replicar uma ilus o compartilhada ajuda a ocultar seu segredo mais ntimo vergonhoso ainda que apenas um res duo Talvez uma forma mais adequada de narrar essa vida seja contar a hist ria de sucessivos finais E talvez a gl ria de uma vida l quida de sucesso seja mais bem transmitida pela invisibilidade das tumbas que assinalam seu progresso do que a ostenta o das l pides que celebram o conte do destas tumbas Bauman 2007 9 7 A Profiss o L quida Um jovem executivo da rea de Marketing de uma ONG onde sou volunt rio h 23 anos anunciou sua sa da repentina Estou saindo n o s pelo sal rio Eu gosto muito daqui mas o meu curr culo necessita ser movimentado por mais empresas pois sen o me torno s lido demais aqui e n o serei lembrado por outras organiza es Hoje as institui es s o descart veis Antes ter a anota o de uma s empresa na sua Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de nove
612. viol ncia emocional Outros motivos t m sido apontados e est o relacionados com o comportamento da crian a e dos pais Como o comportamento de prostitui o mendicidade uso de drogas por parte dos pais ou lcool e comportamentos problem ticos da crian a como o de fuga da casa perman ncia nas ruas e ainda devido ao comportamento anti social da crian a Situa es como as descritas acima s o consideradas de risco uma vez que n o favorecem o desenvolvimento da crian a Assim sendo as crian as s o abrigadas quando os seus direitos s o violados ou amea ados de viola o Os direitos da crian a podem n o ser garantidos devido a atos ou devido a omiss o da fam lia Sociedade e Estado ECA 1991 Existem outros fatores como no caso que ora apresentamos de crian as que s o abrigadas pela m e ou pelos pais por motivos de pobreza desemprego conflitos familiares separa o ou por doen as da crian a ou dos pais que os impossibilitam de permanecer com a crian a em seu conv vio e se v m obrigados a recorrer ao abrigo tamb m por n o terem a quem recorrer e acabam por abrigar a crian a Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 211 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP Vemos que a maioria das crian as que s o abrigadas pertencem a uma classe social que vive em um estado que beira a mi
613. volver recursos internos que os permitam lidar com sua condic o de sa de favorecendo a ades o ao tratamento m dico Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 403 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP PSICODIAGN STICO INTERVENTIVO RELATO DE CASO Valdeli Vieira M rcia Aparecida Isaco Souza Alexandre Boronat Leila Salom o La Plata Cury Tardivo RESUMO Introduc o O psicodiagn stico interventivo diferencia se das formas tradicionais de avalia o psicol gica uma vez que considera que durante esse per odo poss vel a realiza o de interven es terap uticas partir da compreens o dos aspectos latentes dos sintomas apresentados podendo gerar mudan as no paciente Nesse sentido aproxima se da conceitua o te rica das consultas terap uticas propostas por DW Winnicott e utiliza se na maioria das vezes de instrumentos projetivos por serem estes os que possibilitar o um acesso mais profundo psicodin mica do paciente Objetivo Apresentar essa t cnica atrav s do relato de caso de crian a com sintoma de depress o reativa leve Metodologia Sujeito S 10 anos sexo feminino com queixas de crises compulsivas de choro no per odo noturno h 3 anos apresentando tra os de apatia e tend ncia ao isolamento Instrumentos entrevistas interventivas com os pais e a crian a hora l
614. xto Dibujo 3 Tamborilea los dedos y se pone a dibujar Trabaja solo con l piz negro Dibuja dos caricaturas Dice que est n charlando sobre cosas sin importancia haciendo alusi n a los graves acontecimientos pol ticos actuales pero no llegan a ninguna conclusi n T tulo Boemia Dibujo 4 Tarda a empezar Usa l piz negro y dibuja construcciones por fin llena parte de los espacios en blanco con los colores azul y naranja Habla sobre una ciudad y su movimiento La soledad de sus moradores aislados sin interaci n T tulo La ciudad no para Bender Hutt Hemos tomado la adaptaci n Hutt del teste de Bender Hutt 1985 En la fase de copia ejecuta dibujos grandes ocupando buen espacio en la hoja coligiendo las figuras y hasta mismo integrando una figura en la otra En la fase de memoria las figuras fueron un poco menores y mejor repartidas en la hoja Est n representadas todas las figuras aunque distintas de la forma original en algunas de ellas En la fase de elaboraci n no hubo ninguna representaci n original Todas las figuras son respuestas populares Alcanz 68 5 puntos en la Escala Revisada de Psicopatolog a con secuencia confusa en la fase de copia que sugiere una neurosis de ansiedad Anais da V Jornada APOIAR SA DE MENTAL NOS CICLOS DA VIDA S o Paulo 09 e 10 de novembro de 2007 Laborat rio de Sa de Mental e Psicologia Cl nica Social 193 Departamento de Psicologia Cl nica IPUSP En el an

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