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capítulo 2 - Repositório da Universidade de Lisboa

1. LL 1 1 1 2 Assinala Sim ou N o como resposta se te consideras um aluno com cada um dos atributos abaixo indicados Atributos Sim Nao Gosta de estudar Falta muito as aulas Tem um bom ambiente familiar Disp e de interesse familiar para os estudos Disp e de acompanhamento familiar ou encarregado de educa o na orienta o dos estudos Tem dificuldade em acompanhar as mat rias Considera elevadas as exig ncias dos professores Considera os estudos importantes para o seu futuro Ill COMPORTAMENTO EM RELA O AO CONSUMO DE LCOOL 10 11 12 13 14 ANEXOS Alguma vez j bebeste provaste uma bebida alco lica Sim N o Com que idade bebeste provaste lcool pela primeira vez Nunca bebi 0 5anos 6 11anos 12 17anos Com mais de 17anos Na primeira vez que bebeste lcool com quem estavas Nunca bebi Sozinho Com a fam lia Com amigos Outro Quem Na primeira vez que bebeste lcool onde estavas Nunca bebi Em casa Em casa de um amigo Numa festa Numa discoteca Outro Onde Actualmente bebes bebidas alco licas oSim N o Com que idade come aste a beber regularmente Actualmente bebes na companhia de quem
2. O desvio residual pode ser tamb m definida a partir dos componentes d contribui o da i sima observa o para a fun o desvio Um valor grande de d mostra que a i sima observa o mal ajustada pelo modelo As ra zes quadradas das componentes do desvio exibem propriedades de uma fun o que padroniza a distribui o dos res duos igualando as vari ncias Assim o desvio residual padronizado correspondente i sima observa o definido pela express o 1 2 R A a ru z ra voma sp O sinal depende da diferen a y 7 Williams 1987 sugere a utiliza o destes res duos padronizados no diagn stico de modelos lineares generalizados com prefer ncia do desvio residual uma vez que este tem apresentado propriedades similares s do res duo padronizado do modelo de regress o linear Como uma observa o influente n o tem necessariamente um res duo elevado e a sua modifica o ou exclus o do modelo produz altera es significativas nas estimativas dos par metros do modelo existem outras estat sticas de diagn stico para identificar informa es influentes Uma delas a designada DFBETA que dada pela express o P Poj AB Do a TA 47 3 32 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA A em que f representa a estimativa do j simo elemento do vector B obtida na amostra com o indiv duo i e Bs j a estimativa do j simo elemento do vector B obtida na amostra sem o
3. n 283 n 207 Consumo N o consumidor 66 2 33 8 Consumidor 44 8 55 2 Frequ ncia de consumo 1 vez ou menos por m s 51 6 48 4 2 3 vezes por m s 43 1 56 4 Mais de 3 vezes por m s 34 9 65 1 Quantidade consumida 1 2 copos doses 47 8 52 2 3 4copos doses 42 9 57 1 gt 4 copos doses 36 4 63 6 Ainda segundo os resultados apresentados no tabela 15 embora a quantidade habitualmente consumida n o esteja associada ao insucesso escolar quanto maior a quantidade consumida maior a incid ncia de insucesso escolar Tabela 16 Insucesso escolar segundo a frequ ncia de consumo binge N o apresenta insucesso Apresenta insucesso n 283 n 207 Frequ ncia de consumo binge Nenhuma vez 52 8 47 2 Uma vez 35 8 64 2 2 3 vezes 56 7 43 3 gt 3 vezes 18 2 81 2 Relativamente ao consumo binge as maiores taxas de insucesso escolar v o para os alunos que revelaram ter tido epis dios de consumo binge uma vez ou mais de tr s vezes nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio Tabela 16 A frequ ncia de consumo binge mostrou se associada ao insucesso escolar valor p 0 01 74 APRESENTACAO DOS RESULTADOS 2 Um modelo de regress o log stica para an lise da associa o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar Nesta sec o estudamos com base na amostra obtida a rela o entre o insucesso escolar e o consumo de lcool atrav s do modelo de regress o log stica Relembram
4. 7 Existem ainda outras duas fun es utilizadas para resolver a quest o de linearidade 24 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Fun o Probit O probit define 7 como a probabilidade da vari vel aleat ria normal padr o Z tomar valores inferiores a um n mero real amp m P Z lt 1 1 5 exp ae az VST o A fun o pode ser representada por 7 D Logo uma inversa da fun o seria D 7 a denominada fun o probit 7 Fun o Log log A fun o Log log dada pela express o In In 1 z A forma simples e flex vel da fun o logit e a sua adapta o na interpreta o de resultados com significados cl nicos fazem dela a fun o mais utilizada em investiga es ligadas s Ci ncias da Sa de No nosso estudo utiliz mos o modelo de regress o log stica para estudar a rela o entre a nossa vari vel resposta e as independentes pelo que a fun o logit a utilizada nas pr ximas sec es Considerando z x o valor esperado da vari vel resposta dados os valores de x a fun o logit pode ser expressa da seguinte forma p TO saon ZE 6 4 hs 3 8 Assim no caso espec fico do modelo de regress o log stica tem se a seguinte caracteriza o Componente aleat ria Dado um conjunto de n indiv duos a vari vel Y segue uma distribui o binomial logo pertencente fam lia exponencial com valor m dio E Y x u 77 x e um par metro de
5. BIBLIOGRAFIA 106 107 ANEXOS ANEXOS ANEXOS Anexo A Autoriza o para aplica o do question rio ANEXOS Exmo Sr Diretorda Escola Secund ria Jos Augusto Pinto S o Vicente Cabo Verde Lisboa 05 de Fevereiro 2012 Assunto Pedido de autoriza o para aplica o de um question rio no mbito de um Mestrado em Bioestat stica Eu Crisolita Sousa de Brito professora de Matem tica do ensino secund rio em Cabo Verde em comiss o eventual de servi o e aluna do Mestrado em Bioestat stica na Faculdade de Ci ncias da Universidade de Lisboa pretendo desenvolver um estudo intitulado A influ ncia do consumo de lcool no insucesso escolar dos alunos das escolas secund rias de S o Vicente Cabo Verde orientado pela docente da referida Faculdade Prof Fernanda Diamantino e que culminar com a disserta o do Mestrado A amostra do referido estudo ser constitu da por alunos de todas as escolas secund rias p blicas de S o Vicente Cabo Verde neste contexto que venho por este meio solicitar a V Ex 2 a sua autoriza o para aplicar um inqu rito na segunda semana de Mar o aos alunos desta escola Mais adianto que toda a informa o que venha a ser recolhida ser tratada com anonimato e que estou ao seu dispor para esclarecimento de qualquer informa o que julgar oportuno Agradecendo desde j a sua colabora o os meus melhores cumprimentos Atenciosamente Ei A Cr
6. N o bebo Amigos ou Colegas Familiares Sozinho Em que dias da semana costumas beber lcool N o bebo Apenas aos fins de semana Qualquer dia entre 2 e 6 feira Qualquer dia da semana Com que frequ ncia costumas beber bebidas alco licas N o bebo Uma vez ou menos por m s De 2 a 3 vezes por m s Semanalmente 2 a 3 vezes por semana Mais do que 3 vezes por semana Quando bebes alcool quantos copos doses costumas beber no dia N o bebo 1 a2 copos doses De 3 a 4 copos doses Mais de 4copos doses Responde a esta questao atendendo ao teu sexo Masculino Nos ltimos 30 dias com que frequ ncia bebeste mais de 4 doses de alcool numa nica ocasi o Nenhuma vez 1 vez 2a 3 vezes 4 vezes Mais do que 4 vezes Feminino Nos ltimos 30 dias com que frequ ncia bebeste mais de 3 doses de lcool numa nica ocasi o Nenhuma vez 1 vez 2a 3 vezes 4 vezes Mais do que 4 vezes Alguma vez j te embriagaste Nunca 1 a 2 vezes 3 a 4 vezes 5 a 10 vezes Mais de 10 vezes Qual das bebidas alco licas bebes com maior frequ ncia N o bebo Cerveja Vinho Ponche Bebid
7. Passaremos a descrever o processo de selec o de cada um dos modelos Por m antes gostar amos de referir que embora a vari vel g nero n o tenha apresentado associada ao insucesso escolar e estando interessados em analisar as diferen as entre os g neros tentamos inclui la no conjunto das vari veis candidatas para explicar a nossa vari vel resposta Entretanto o valor p permaneceu t o alto gt 0 6 que decidimos excluir o g nero da an lise multivariada 77 APRESENTACAO DOS RESULTADOS I Modelo A modela o do insucesso escolar em fun o das covari veis tradicionais Para seleccionar o modelo que melhor descreve o insucesso escolar em fun o das covari veis tradicionais procur mos a partir do m todo stepwise sentido both um modelo entre o modelo nulo e o modelo maximal que tenha o menor AIC Crit rio de Informa o de Akaike Neste caso particular consider mos como modelo maximal o modelo de regress o log stica cuja vari vel dependente o insucesso escolar e o preditor linear integra o conjunto das covari veis tradicionais seleccionadas a partir da an lise univariada Recorrendo ao comando stepAIC do software R o modelo seleccionado o apresentado de seguida com as estimativas dos coeficientes o teste de Wald e os respectivos n veis de signific ncia Coefficients Estimativa Desvio padr o Teste de Wald Valor p Intercept 0 9621 0 3714 2 591 p lt 0 01 Anos 0
8. Vicente Cabo Verde Relat rio de Est gio Escola Superior de Enfermagem de Lisboa Arag o M J amp Sacadura R 2002 Guia Geral das Drogas Explicar o seu Mecanismo e as suas Consequ ncias Lisboa Terramar 101 BIBLIOGRAFIA Babor T F Fuente J R Saunders U amp Grant M 1992 AUDIT The alcohol use disorders identification test guidelines for use in primary health care WHO PAHO 4 1 29 Benavente A 1990 Insucesso escolar no contexto portugu s abordagens concep es e pol ticas An lise Social 25 108 715 733 Breda J 1996 Bebidas alco licas e jovens Um estudo sobre consumos conhecimentos e atitudes Revista da Sociedade Portuguesa de Alcoologia 6 3 37 52 Carvalho A A 2004b Politicas p blicas sobre lcool In Ferreira Borges C e Filho H C Coord Alcoolismo e Toxicodepend ncia Manual T cnico 2 pp 163 177 Lisboa Climepsi Editores Carvalho A Lemos E Raimundo F Costa M amp Cardoso F 2007 Caracteriza o de consumo de subst ncias psicoactivas numa popula o escolar Toxicodepend ncias 13 3 31 36 D Agostinho R B Jr 1998 Propensity score methods for bias reduction in the comparison of a treatment to a non randomized control group Statistics in Medicine 17 19 2265 2281 Facci M G D Tessaro N S Leal Z F R G Silva V G amp Roma C G 2007 Psicologia hist rico cultural e avalia
9. es e terminologias a utilizar ao longo do trabalho A vari vel resposta uma vari vel aleat ria Y e o conjunto das k vari veis independentes definida pelo vector x x X2 x Assumimos que os dados est o estruturados da forma Y x em que o par y x com i 1 n representa o conjunto das 17 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA observa es referente ao i simo indiv duo Admite se ainda que as n componentes do vector Y Y Y2 Yn J s o independentes Um modelo de regress o linear que relaciona Y com as k vari veis independentes dado pela equa o matem tica Y Pa 2x p X 6 3 1 em que os k 1 par metros 5 S o os coeficientes de regress o que quantificam a varia o de x sobre a vari vel dependente e o erro aleat rio diferen a entre o valor observado e o valor ajustado pelo modelo Este modelo designado modelo de regress o linear multivariada Em particular quando k 1 o modelo designado modelo de regress o simples ou univariada Numa regress o pretende se particularmente se n o principalmente conhecer o valor m dio da vari vel resposta dados os valores das covari veis Este valor m dio condicional expresso por E Y x e pode ser definido em fun o de x E V1x x A aplica o do modelo de regress o dado em 3 1 pressup e a verifica o de alguns pressupostos que podemos sintetizar em e A vari vel resposta Y segue uma dist
10. o do modelo B no modelo C o factor principal frequ ncia de consumo n o uma vari vel bin ria pelo que n o foi poss vel recorrer aplica o do modelo da regress o log stica para reduzir o vi s relacionado com os factores de confus o Procuraremos analisar tal aspecto num trabalho futuro Assim 0 modelo C seleccionado o com as estimativas e n veis de signific ncia seguintes Coeficientes Estimativas Desvio padr o Teste Wald Valor p Intercept 1 7414 0 2956 5 892 p lt 0 01 Freq2 0 6918 0 3449 2 006 p lt 0 05 Freq3 1 1141 0 3858 2 888 p lt 0 01 Anos 0 2711 0 3206 0 845 p gt 0 1 Ano9 0 3687 0 4252 0 867 p gt 0 1 Anol0 1 9373 0 5011 3 866 p lt 0 01 Anoll 3 2151 0 6304 5 100 p lt 0 01 Anol2 345213 0 6971 5 051 p lt 0 01 Id2 2 4250 0 4411 5 497 p lt 0 01 Id3 4 6344 0 6857 6 758 p lt 0 01 Fm1 0 6788 0 2758 2 462 p lt 0 05 Pb1 0 6857 0 5319 1 289 p gt 0 1 Id2 P b1 1 7167 0 6535 2 627 p lt 0 01 Id3 Pb1 2 1597 0 9400 2 298 p lt 0 05 Desvio residual 519 55 AIC 547 55 Conclu mos assim que a probabilidade de um aluno ter insucesso escolar dada pela equa o com as estimativas de J e apresentadas acima explB Ao Frea 8 By Ano i Bza 1d 1 B Fm B Pb A 1d 1 Pb 1 expl80 Bi Frea g By Ano Byld D B Fm Bs Pb Aq 1d 0 Pb P Insucesso 2 2 Compara o dos modelos ajustados Para comparar os tr s modelos ajustados recorr
11. Embora a presen a de interac es torne a interpreta o do modelo mais dif cil fornece informa es mais completas e din micas das rela es entre as vari veis O efeito de confus o uma outra situa o que podemos encontrar na rela o entre vari veis explicativas Qualquer vari vel f que n o seja modificador de efeito que esteja associada tanto vari vel resposta como ao factor de exposi o denominada factor de confus o A exist ncia do factor de confus o implica que a vari vel f n o est igualmente distribu da entre os subgrupos do factor f provocando assim uma estimativa errada do efeito do factor de exposi o sobre a vari vel resposta podendo alterar tanto a for a como a direc o da associa o Seja o efeito do factor de exposi o sobre a vari vel resposta estimado num modelo univariado Para averiguar se uma covari vel f gt factor de confus o basta inclu la no modelo e verificar se o efeito de f sobre a vari vel resposta se altera significativamente Dois efeitos p 8 1 p 1 1 e p s o considerados estatisticamente diferentes se Existem m todos pr prios para eliminar o efeito de confus o Um deles atrav s do propensity score Rosenbaum amp Rubin 1983 Sendo fum factor de exposi o o propensity score a probabilidade de um indiv duo pertencer ao grupo dos expostos dados os valores dos factores de confus o x ps x P f 1lIx e estimado atr
12. Pb Id Fm family binomial logit data dados gt modA5 glm Insucesso Ano Id Fm Pb Fm Pb family binomial logit data dados gt summary modAl gt summary modA2 gt summary modA3 gt summary modA4 gt summary modA5 Modelo A seleccionado gt modeloA glm Insucesso Ano Id Fm Pb Id Pb family binomial logit data dados gt summary modeloA Testando a exclusdo da variavel Pb do modelo gt modeloAl glm insucesso ano id fm family binomial logit data dados gt anova modeloAl modeloA test Chisq Analisando a qualidade do ajustamento do modelo seleccionado gt library MKmisc gt f fitted modeloA gt X cbind Insucesso Id Ano Fm Pb gt HLgof test fit fitted modeloA dados Insucesso ngr 10 X verbose FALSE teste de Hosmer amp Lemeshow gt library ROCR gt predA lt prediction f dados Insucesso gt perfA lt performance predA tpr fpr gt plot perfA col blue xlab Falsos positivos ylab Verdadeiros positivos main Curva de ROC ModeloA Representa a Curva ROC gt library Hmisc gt y dados Insucesso gt somers2 f y weights NULL normwt FALSE na rm TRUE Calcula o valor AUC gt par mfrow c 2 2 gt plot modeloA wich list 1 2 3 4 5 grafico dos res duos ANEXOS C lculo dos odds ratio e respectivos intervalos de confian a gt OR exp modeloAScoef
13. indiv duo i O valor de AS D reflete portanto a influ ncia da observa o y x no valor estimado do coeficiente de x Um valor de DFBETA relativamente elevado em valor absoluto indica que a observa o influencia a estimativa de B j Geralmente se ABjl gt 1 para amostras pequenas ou se AB gt 2 n para amostras grandes a correspondente observa o considerada influente No entanto quando temos um grande numero de vari veis explicativas a an lise dos valores de DFBETA torna se cansativo Para medirmos a influ ncia geral da observa o i na estimativa dos coeficientes de regress o utiliza se a dist ncia de Cook aproximada Hosmer amp Lemeshow 1989 definida a partir da componente do desvio residual por DS a 3 33 R Ou ainda a partir do res duo de Perason A ue l h a C r Devem ser analisadas as observa es cuja D seja superior a uma unidade Existem v rias representa es gr ficas propostas para o diagn stico de modelos lineares generalizados Passamos a referir as mais usadas no caso espec fico da regress o log stica p 2 R p 2 1 R versus 7 e R versus h 2 AB versus 7 e AB versus h C A C 3 D versus 7 e D versus h Tais representa es s o particularmente teis para identificar casos indevidamente influentes A influ ncia geral de cada caso na estima o dos coeficientes pode ser analisada num gr fico de bolhas em que os s mbolos s o c
14. 1523 0 3205 0 475 p gt 0 1 Ano9 0 4840 0 4047 1 196 p gt 0 1 Anol0 1 5542 0 4564 3 405 p lt 0 01 Anoll 3 0085 0 6063 4 962 p lt 0 01 Ano12 3 1272 0 6717 4 656 p lt 0 01 Id2 1 9120 0 3577 5 345 p lt 0 01 Id3 4 0589 0 6327 6 415 p lt 0 01 Fm1 0 6061 0 2705 2 241 p lt 0 05 Pb1 0 6792 0 2987 20273 p lt 0 05 Gostal 0 4479 0 2439 1 836 p gt 0 05 Exigl 0 3765 0 2193 717 p gt 0 05 Dificl 0 3472 0 2267 1 531 p gt 0 1 Recorrendo ao teste de Wald ao n vel de signific ncia de 5 conclu mos que as covari veis gostar de estudar elevadas exig ncias dos professores e dificuldades em acompanhar as mat rias n o s o significativas no modelo seleccionado pelo que foram exclu das do mesmo Proceguindo a an lise test mos a interac o entre as vari veis que permaneceram no preditor Apenas a interac o entre a faixa et ria e o percurso b sico mostrou ser significativa valor p 0 007 e valor p 0 012 para Id2 Pb e Id3 Pb respectivamente A inclus o do termo de interac o no modelo alterou o n vel de signific ncia da vari vel percurso escolar valor p gt 0 1 pelo que test mos a hip tese de excluir essa vari vel e tamb m o termo de interac o do modelo Atendendo aos resultados do teste da raz o de verosimilhan a valor p 0 01 decidimos permanecer com a covari vel e a intera o no modelo Assim o modelo A seleccionado que explica o insucesso escolar em fun o das covari veis tradicionais definid
15. 2654 5 533 p lt 0 01 Consumol 0 6774 0 2311 2 931 p lt 0 01 Anos 0 1439 0 3196 0 450 p gt 0 1 Ano9 0 4835 0 3997 1 210 p gt 0 1 Anol0 1 6973 0 4563 3 720 p lt 0 01 Anoll 2 9618 0 5941 4 985 p lt 0 01 Ano12 3 2557 0 6678 4 875 p lt 0 01 Id2 1 8448 0 3576 5 160 p lt 0 01 Id3 3 9094 0 6326 6 180 p lt 0 01 Fm1 0 5709 0 2706 2 109 p lt 0 05 Pb1 0 6833 0 3004 2 274 p lt 0 05 Desvio residual 530 85 AIC 552 85 Continuando com a an lise do modelo test mos as hip teses de interac o entre o factor exposi o e cada uma das outras covari veis Confirmada a inexist ncia de qualquer interac o 79 APRESENTACAO DOS RESULTADOS com significado estat stico as covari veis foram testadas como potenciais factores de confus o As altera es superiores a 10 observadas no efeito do factor principal sobre o insucesso escolar levaram a concluir que as covari veis faixa et ria ano de escolaridade e faltar muito s aulas s o factores de confus o Para controlar o efeito dos factores de confus o recorremos ao m todo do propensity score Definimos como propensity score ps C 1lIx a probabilidade de um aluno pertencer ao grupo de Consumidor dados os valores dos factores de confus o faixa et ria ano de escolaridade e faltar muito s aulas Assim os ps C 1Ix foram estimados atrav s de um modelo de regress o log stica cuja vari vel dependente o consumo de lcool e o preditor linear definido pel
16. 49 2 Popula o do estudo e t cnica de amostragem e 49 3 Instrumentos e procedimentos estat sticos rrenan 50 4 Nari veis consideradasS s asus sett rsss aeriostoraiosas eects Bati A a A T 52 5 Limita es do estudO iz sanne a cacau to Lvosald eita falava adeus eaa iiaa 54 CAP TULO 5 APRESENTA O DOS RESULTADOS 57 1 An lise explorat ria dos dados 0 ce ceeceseceseceseceseeeseeeseeeeneeeseecaaecsaecaecaeceaeenseenes 57 1 1 Caracteriza o do comportamento de consumo de lcool 62 1 2 Descri o do insucesso escolar em fun o do consumo 73 2 Um modelo de regress o log stica para an lise da associa o entre o consumo de alcool o insucesso escolar oroen eirin ei A E e eiee 75 2 1 Sel cgao dos model Sseusnsenen anane ei a ian a 76 2 2 Compara o dos modelos ajustados errar 82 CAP TULO 6 DISCUSS O DOS RESULTADOS ssscsssssesssesstssssssessessssssccsesssssseescsees 87 CAPITULO 7 CONCEUS O nee es ea eterna mE e Ed a a fo 97 BIBLIOGRAFIA vechenn casted detects cial ule anne tains eee ele nerve iid 101 ANEXOS 3 nein tnd alent A EET 107 viii LISTA DE FIGURAS Figura 1 Variabilidade da idade segundo o g nero errar 57 Figura 2 Variabilidade da idade segundo o ano de escolaridade eee eeeesseessecseceseceeeeseeees 58 Figura 3 Percurso escolar no ensino b sico
17. 68 49 6 Sim 213 60 5 139 39 5 Apresentar dificuldades em acompanhar as mat rias Nao 198 62 9 117 37 1 Sim 85 48 9 89 51 1 Considerar elevadas as exig ncias dos professores N o 161 54 9 132 45 1 Sim 122 61 9 75 38 1 Considerar os estudos importantes para o futuro N o 10 66 7 5 33 3 Sim 273 57 5 202 42 5 Constat mos que os alunos que referiram n o gostar de estudar os que referiram faltar muito s aulas os que n o consideram dispor de interesse familiar nos estudos os que n o consideram dispor de acompanhamento dos pais encarregados de educa o nas tarefas escolares e os que consideram apresentar dificuldades em acompanhar as mat rias apresentam em termos proporcionais maior insucesso escolar quando comparados com os demais Como poderemos ver mais adiante na sec o 2 deste mesmo cap tulo estas vari veis gostar de estudar faltar muito s aulas interesse familiar nos estudos acompanhamento familiar nas tarefas escolares dificuldade em acompanhar as mat rias e elevadas exig ncias dos professores mostraram estar associadas ao insucesso escolar 61 APRESENTACAO DOS RESULTADOS 1 1 Caracteriza o do comportamento de consumo de lcool Nesta sec o procedemos an lise descritiva do consumo de lcool por parte dos alunos com base na amostra obtida comparando os comportamentos de consumo por g nero e por faixa et ria A vari vel idade submetida a uma categoriza o assente nos pressupos
18. A maioria 18 8 11 5 29 9 18 9 18 7 4 1 21 4 Todos 7 6 2 0 16 0 4 9 10 2 4 9 6 8 Nao sabe 22 5 28 1 13 9 25 1 19 9 30 1 23 2 Pessoas do agregado familiar que consomem regularmente Pai Padrasto 8 6 9 1 7 7 6 0 11 0 10 6 8 2 M e Madrasta 2 2 2 0 2 6 3 3 1 2 1 6 2 5 Os pais 2 4 2 7 2 1 2 1 2 8 3 3 2 5 Outros irm os 13 5 11 1 17 0 12 3 14 6 9 8 14 2 avos tios outros Ningu m 70 0 71 3 68 0 73 4 66 7 65 8 70 8 N o responde 3 3 3 7 2 6 2 9 3 7 8 9 1 8 Pessoas do agregado familiar com problemas de alcoolismo Pai Padrasto 5 1 5 4 4 6 4 5 5 7 4 1 5 7 M e Madrasta 0 0 0 0 0 0 0 Outros irm os 14 2 15 5 11 9 14 3 13 8 13 0 14 5 avos tios outros Ningu m 56 7 54 4 60 3 54 9 58 5 55 3 55 6 N o sabe N o 23 9 24 7 23 2 26 2 22 0 27 6 24 2 responde O consumo pelos amigos pr ximos mostrou se associado faixa et ria valor p lt 0 05 mas independente do g nero valor p 0 20 Com o avan ar da faixa et ria aumenta a quantidade de amigos pr ximos que consomem e diminui a por o de alunos que desconhecem quantos dos amigos pr ximos ingerem bebidas alco licas 72 gt 17 anos n 86 10 5 34 8 31 4 14 0 9 3 7 0 2 2 1 2 16 3 73 3 0 0 4 7 0 13 9 62 8 18 6 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Os resultados da an lise estat stica revelaram exist ncia de associa o entre o consumo pelos amigos pr
19. a 17 anos referiu consumir lcool sozinho O g nero feminino referiu em maior percentagem consumir na companhia dos familiares mas o consumo valor p 0 63 e a companhia de consumo valor p 0 37 mostraram se independentes do g nero Tabela 7 Dias de semana em que ocorre o consumo segundo o g nero e a faixa et ria Amostra G nero Faixa et ria Dias de semana Feminino Masculino 12 14anos 15 17anos gt 17anos n 194 n 94 n 100 n 19 n 120 n 55 Apenas aos fins de semana 86 4 89 0 83 9 84 2 86 4 87 3 Qualquer dia de 2 6 feira 2 7 3 3 2 2 0 0 3 6 1 8 Qualquer dia da semana 10 9 71 7 14 0 15 8 10 0 10 9 Quanto aos dias da semana em que normalmente ocorre o consumo de lcool os alunos revelaram maioritariamente consumir apenas aos fins de semana Tabela 7 Uma percentagem de 10 9 referiu consumir em qualquer dia da semana e s o os alunos mais novos e os do g nero masculino que mais apontaram essa resposta Os dias de consumo mostraram se independentes do g nero valor p 0 43 e da faixa et ria valor p 0 84 66 APRESENTACAO DOS RESULTADOS No atinente frequ ncia de consumo a maior por o dos alunos que assumiram consumir lcool 47 4 faz esse consumo uma vez ou menos por m s e a por o de consumidores diminui com o aumento da periodicidade de consumo Uma percentagem preocupante 22 4 dos consumidores ou aproximadamente 9 0 da amostra referiu consumir lcool pelo me
20. as significativas relativamente ao insucesso escolar quando comparados com um aluno do 7 ano de escolaridade 85 APRESENTACAO DOS RESULTADOS A observada interac o entre as vari veis faixa et ria e percurso escolar no b sico sugere que I quando se comparam dois alunos que n o t m reten es no ensino b sico a probabilidade de um aluno com 15 17 anos ter insucesso escolar 11 vezes maior e a probabilidade de um aluno com mais de 17 anos ter insucesso escolar 112 vezes maior quando s o comparados com um aluno que tem 12 14 anos quando se comparam dois alunos que t m reten es no ensino b sico a probabilidade de um aluno com 15 17 anos ter insucesso escolar 2 vezes maior e a do aluno com mais de 17 anos ter insucesso escolar 11 vezes maior quando s o comparados com aquele que tem 12 14 anos II quando se comparam dois alunos que est o na primeira fase da adolesc ncia um aluno que tem pelo menos uma reten o no percurso b sico tem maior probabilidade 2 vezes maior de ter insucesso escolar quando comparado com aquele que n o tem reten es no percurso b sico dos que est o na segunda fase da adolesc ncia aquele que tem pelo menos uma reten o no ensino b sico tem menos chance menos 65 de ter insucesso escolar quando comparado com um aluno sem reten es no ensino b sico dos alunos com mais de 17 anos aquele com pelo menos uma reten o no ensino b sico tem menos 76 de chance de ter insuces
21. consumir lcool quando comparadas com os rapazes hoje a f cil acessibilidade ao lcool a maior liberdade das adolescentes e das jovens em frequentar os locais onde se consomem bebidas alco licas e a pr pria cultura social s o algumas das justifica es apontadas para a proximidade dos valores de consumo dos dois g neros Carvalho 1997 Souza et al 2005 De facto em Cabo Verde fortemente vis vel INE 2008 o aumento de consumo no g nero feminino e consequentemente esta aproxima o de consumo dos dois g neros A maior liberdade de frequentar os locais onde se consome o lcool bem como a maioridade e o menor controlo por parte dos pais podem ser algumas das raz es pelos quais a maior incid ncia de consumo se regista na fase final da adolesc ncia Independentemente do g nero a maioria dos alunos consome na companhia dos amigos evidenciando que o consumo de lcool encarado como uma forma de socializa o Relativamente faixa et ria s o os alunos mais velhos quem consome mais na companhia dos amigos e os mais novos quem consome mais entre os familiares Mais uma vez o contexto familiar chama nos a aten o evidenciando alguma permissividade de alguns pais Se antes os pais se queixavam da m influ ncia externa em particular do grupo de pares a que os filhos est o sujeitos responsabilizando a pelo desvio dos mesmos para o consumo de lcool hoje a permissividade dos pais actuais poder ser um d
22. consumo de lcool e o baixo rendimento escolar est mais relacionada com os jovens do sexo masculino relativamente aos do sexo feminino Na opini o dos autores tal diferen a deve se tanto ao facto de os rapazes ingerirem 14 REVISAO DA LITERATURA maiores quantidades de lcool como ao facto de a ingest o de lcool ser mais frequente quando estes s o comparados com as raparigas J no estudo realizado por Mendes e Lopes 2007 apesar de os autores n o encontrarem uma associa o significativa entre o consumo de lcool e o rendimento escolar dos 272 jovens inquiridos os alunos sem insucesso escolar apresentaram maior taxa de abstin ncia face s bebidas alco licas quando comparados com os que apresentam reten es Ainda no mesmo estudo os alunos com reten es apresentaram uma maior percentagem na categoria de consumidor habitual A literatura sugere que o consumo de lcool est tamb m associado a um conjunto de outros problemas escolares a indisciplina o abandono escolar o absentismo s actividades lectivas e a fraca dedica o s actividades escolares entre outros Silva et al 2008 Anguita amp Lizana 1996 Segundo Gaspar e Matos 2008 os adolescentes que nunca ou raramente consumiram lcool s o os que mais referem gostar da escola Por outro lado os adolescentes mais satisfeitos com a escola revelam menos probabilidade de desenvolver comportamentos de risco como o consumo de lcool Algun
23. de lcool no insucesso escolar atrav s de uma amostra representativa seleccionada entre os alunos das escolas secund rias de S o Vicente Cabo Verde 1 Objectivos do estudo Julgamos ser necess rio conhecer se o padr o de consumo de lcool por parte dos nossos alunos e estudar os poss veis efeitos do mesmo de modo a delinear programas de interven o destinados preven o de problemas ligados ao consumo de bebidas alco licas bem como promo o de sa de e sucesso dos alunos Assim destacamos como objectivo geral verificar se o consumo de lcool relevante na explica o do insucesso escolar dos alunos do ensino 3 INTRODU O secund rio de S o Vicente Cabo Verde Para a realiza o do estudo deline mos tamb m os seguintes objectivos espec ficos e Estudar a preval ncia do consumo de lcool com base numa amostra representativa dos alunos do ensino secund rio p blico de S o Vicente e Estudar a distribui o do consumo por sexo e por faixa et ria e Estudar a distribui o do consumo por percurso escolar dos alunos e Comparar os alunos por g nero e por faixa et ria em termos de gt Idade local e companhia no primeiro consumo gt Frequ ncia de consumo quantidade habitualmente consumida e companhia no consumo frequente Bebida consumida com maior frequ ncia Frequ ncia de epis dios de embriaguez e de consumo binge Motiva es do consumo Frequ ncia de ocorr ncia das co
24. g nero valor p 0 22 Tabela 11 Motiva es do consumo segundo o g nero e a faixa et ria Amostra G nero Faixa et ria Feminino Masculino 12 14 anos 15 17anos gt 17 anos n 194 n 94 n 100 n 19 n 120 n 55 Bebo para me divertir 72 2 70 2 74 0 63 2 72 5 74 5 Bebo porque os meus amigos 12 4 13 8 11 0 10 5 16 7 3 6 bebem Bebo porque os meus pais 2 1 0 0 4 0 5 3 2 5 0 0 bebem Bebo porque eu gosto 25 8 23 4 28 0 21 1 27 5 23 6 Bebo para esquecer os meus 11 3 10 6 12 0 21 1 10 8 9 1 problemas Outros motivos 9 8 12 8 7 0 5 3 9 2 12 7 No que se refere s motiva es do consumo a amostra referiu consumir bebidas alco licas fundamentalmente para se divertir 72 0 sendo o consumo de lcool motivado pelo consumo paterno o menos identificado 2 1 Tabela 11 As motiva es de consumo apresentaram se independentes do g nero e da faixa et ria A sa de 45 4 e os estudos 23 7 s o os aspectos projudicados pelo consumo de lcool mais referidos pela amostra sendo a rela o com os amigos o aspecto menos apontado 4 1 Tabela 12 Os resultados dos testes de independ ncia revelaram evid ncia de associa o entre o aspecto estudos e a faixa et ria valor p 0 04 e entre o aspecto rela o com os amigos e o g nero valor p 0 04 Tabela 12 Aspectos prejudicados pelo consumo de lcool segundo o g nero e a faixa et ria Amostra Feminino Masculino 12 14ano
25. lo tido uma vez 20 7 teve 2 a 4 epis dios e os restantes assumiram ter tido este padr o mais de 4 vezes S o os alunos mais velhos quem mostrou ter tido o padr o de consumo binge com maior frequ ncia mas o teste de independ ncia mostrou evid ncia de que a frequ ncia de consumo binge independente da faixa et ria valor p 0 33 10 7 dos alunos n o abst micos com idade inferior a 18 anos referiu ter tido tal padr o de consumo mais de 3 vezes A frequ ncia de consumo binge mostrou se associada ao g nero valor p 0 002 Se por um lado o g nero masculino que em maior percentagem revelou nunca ter tido um epis dio de 68 APRESENTACAO DOS RESULTADOS consume binge por outro lado o mesmo g nero que em maior percentagem revelou ter 2 ou mais epis dios desse padr o de consumo 100 80 60 40 20 Nenhuma vez 1 vez 2 3vezes 4vezes gt 4vezes 12 14anos 15 17anos gt 17anos Figura 13 Consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio segundo a faixa et ria 100 90 47 M Feminino Masculino Nenhuma vez 1vez 2 3 vezes 4vezes gt 4 vezes Figura 14 Consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio segundo o g nero Os dados revelam que 25 2 dos alunos que j experimentaram lcool correspondendo 17 3 da amostra j vivenciou pelo menos um epis dio de embriaguez na vida Desse grupo a maioria 66 0 referiu ter
26. menos frequente se o aluno consome 2 ou 3 vezes por m s Consumidor frequente se o aluno consumir uma vez ou mais por semana 15 2 1 Seleccao dos modelos APRESENTACAO DOS RESULTADOS Antes de ajustar cada um dos modelos referidos procedemos a uma an lise univariada atrav s do modelo de regress o log stica descrevendo o insucesso escolar em fun o de cada uma das vari veis consideradas no estudo Tabela 17 Tabela 17 Resultados da an lise univariada rela o entre o insucesso escolar e cada uma das covari veis 1 10 11 12 13 14 15 Vari vel c digo Faixa et ria Id1 Id2 G nero Sx Ano de Escolaridade Anos Ano9 Anol0 Anoll Anol2 Agregado familiar AgF2 AgF3 AgF4 Percurso b sico Pb Gostar de estudar Gosta Faltar muito s aulas Fm Bom ambiente familiar AmbF Interesse familiar nos estudos IntF Acompanhamento familiar nas tarefas escolares AcomF Dificuldade em acompanhar as mat rias Dific Elevadas exig ncias dos professores Exig Import ncia dos estudos para o futuro ImpE Consumo Consumo Frequ ncia de Consumo Freql Freq2 Freq3 ns nao significativa Categorias 12 14 anos refer ncia 15 17anos gt 17anos Feminino refer ncia Masculino 7 ano refer ncia 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano Nuclear refer ncia Monoparental Reconstitu da Outros Sem reten es
27. n o consomem lcool quem em maior percentagem referiu ter problemas de alcoolismo na fam lia De referir que atendendo preval ncia de consumo de lcool em Cabo Verde 53 2 da popula o e s preocupa es nacionais demonstradas relativamente ao aumento de consumo a por o de alunos que referiu o consumo na fam lia em particular o consumo regular muito baixa Questionamos se o consumo dos pais tem sido na aus ncia dos adolescentes e consequentemente estes desconhecem o consumo paterno ou ainda se os filhos t m algum receio em referir o consumo na fam lia Quis mos saber a frequ ncia de ocorr ncia de algumas consequ ncias sofridas pelo consumo de lcool mas apesar da percentagem de alunos que consome lcool com uma certa frequ ncia e que j teve epis dios de embriaguez quase a totalidade da amostra referiu nunca vivenciar tais consequ ncias do consumo de lcool na escola o que poder ser explicado pelo facto de a maioria dos alunos consumir lcool apenas aos fins de semana II O consumo de lcool e o insucesso escolar Uma vez consumido a concentra o de lcool no sangue depende de factores como quantidade de lcool consumida num determinado tempo massa corporal metabolismo do consumidor quantidade de comida no est mago e particularidades do indiv duo Geralmente os adolescentes t m menos massa corporal do que os adultos e ainda n o desenvolveram a toler ncia corporal ou fisiol gica
28. n o pode ser medido apenas pelo feedback acad mico mas tamb m pelo seu desenvolvimento integral pessoal e social pela maturidade e pela capacidade de estabelecer rela es humanas entre outros aspectos bem como pelas rela es que a escola estabelece com os diversos alunos e com a dificuldade que a escola tem em se relacionar com os que s o social e culturalmente diferentes Benavente 1990 Silva 2007 e Tom amp Matos 2006 citados por Alves 2010 Assim se inicialmente a pregui a REVISAO DA LITERATURA a falta de capacidade ou a falta de interesse do aluno eram as Unicas causas do insucesso escolar apontadas hoje a este conjunto adicionam se os programas de ensino o curr culo escolar as metodologias e as respectivas estrat gias utilizadas as mat rias e recursos adoptados os professores os equipamentos escolares as modalidades gerais do sistema de avalia o a fam lia e a origem social o estilo de vida dos alunos e a pr pria sociedade Borone 2001 Bissoto 2009 e Silva 2007 citados por Alves 2010 Nesta ptica entende se que o insucesso escolar complexo e consequentemente n o f cil de se medir podendo cobrir realidades diversas e ser condicionado por contextos hist ricos espec ficos Uma vez que as raz es do insucesso escolar s o v rias e estas n o est o isoladas umas das outras como sugerem Facci et al 2007 para melhor entendermos o insucesso escolar n o devemos restringir nos aos l
29. o dos diferentes ciclos e escolas secund rias na amostra 50 Tabela 4 Insucesso escolar segundo alguns atributos eres 61 Tabela 5 Idade ao primeiro consumo segundo o g nero e a faixa et ria 63 Tabela 6 Consumo e companhia de consumo segundo o g nero e a faixa et ria 66 Tabela 7 Dias de semana em que ocorre o consumo segundo o g nero e a faixa et ria 66 Tabela 8 Frequ ncia de consumo segundo o g nero e a faixa et ria i 67 Tabela 9 Frequ ncia de embriaguez segundo o g nero e a faixa et ria 70 Tabela 10 Bebida mais consumida segundo o g nero e a faixa et ria eee eee eeseceseceseeeeeees 70 Tabela 11 Motiva es do consumo segundo o g nero e a faixa Ctra eee eeseceseceseceeeeees 71 Tabela 12 Aspectos prejudicados pelo consumo de lcool segundo o g nero e a faixa et ria 71 Tabela 13 Consumo familiar e consumo dos amigos pr ximos segundo o consumo o g nero e faixa et ria einn naa a i tives log dio la td lees sesta a a a dar Mel cea 72 Tabela 14 Frequ ncia de ocorr ncia de algumas consequ ncias do consumo de lcool 13 Tabela 15 Insucesso escolar segundo o consumo a frequ ncia de consumo e a quantidade consumida 6 255 meaa ie a eda a Bed EA So as Tas Ota Eng pedia deal alee STATE egg th Sedat aro ELO A EA 74 Tabela 16 Insucesso escolar segundo a frequ ncia de consumo bin
30. os actuais dados do Minist rio da Educa o e Desporto de Cabo Verde as taxas de reprova o no ensino secund rio atingiram os 20 1 O Director Geral do Planeamento Or amento e Gest o aponta como causas das reten es um conjunto de vari veis que inclui o comportamento do aluno e a sua capacidade cognitiva entre outras Consideramos complexa e grave a quest o do consumo de lcool pelos adolescentes logo pensamos enquanto profissionais do sector da educa o que necess rio conhecer a real situa o reflectir sobre o seu efeito no rendimento escolar e tomar importantes ac es para informar e consciencializar os adolescentes e a sociedade em geral sobre a quest o bem como delinear estrat gias no mbito da promo o para a sa de Esta disserta o visa contribuir neste sentido Este trabalho tamb m uma ambi o pessoal como profissional no ramo da Matem tica por ser um exemplo de aplica o da Matem tica da Estat stica em particular como uma ferramenta til para outros ramos do conhecimento neste caso espec fico da Sa de e da Educa o Neste trabalho us mos o modelo de regress o log stica no estudo da rela o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar Este modelo tem sido uma das ferramentas estat sticas muito utlizada nas Ci ncias Sociais e nas Ci ncias da Sa de Atendendo disparidade geogr fica limit mos o estudo a uma das ilhas do pa s Estud mos a influ ncia do consumo
31. ou as motiva es para o consumo t m falado mais alto do que o conhecimento referente aos males que isso possa trazer vida do indiv duo A literatura sugere que os adolescentes s o influenciados pelos seus amigos ou tendem a relacionar se com os de comportamento id ntico Consequentemente a maior probabilidade de um indiv duo consumir lcool ocorre entre os que se relacionam com amigos que consomem Freyssinet Dominjoh amp Wagner 2006 Pechansky et al 2004 Cunha amp Bento 2005 Os nossos resultados v o de encontro ao sugerido pela literatura pois s o os alunos n o abst micos que em maior percentagem 83 referiram ter amigos que ingerem lcool Relativamente faixa et ria s o os mais velhos que apresentaram mais amigos que ingerem lcool e s o os mesmos que em maior percentagem consomem na companhia dos amigos Igualmente sendo a fam lia um agente transmissor de h bitos e valores o h bito de consumo entre os familiares pode influenciar o adolescente a consumir lcool Breda 1996 Entretanto 93 DISCUSSAO DOS RESULTADOS os nossos resultados n o s o suficientes para confirmar tal prossuposto pois o consumo na fam lia que foi referido por uma pequena percentagem da amostra mostrou se independente do consumo dos alunos embora sejam os abst micos que em maior percentagem referiram n o ter familiares com h bitos de consumo de lcool Por outro lado e curiosamente s o os alunos que
32. pelo menos um epis dio de consume binge maior no g nero feminino Tendo em conta a defini o de consumo binge segundo o g nero este resultado poder significar que quando o consumo em excesso as quantidades consumidas pelos dois g neros podem ser pr ximas 91 DISCUSSAO DOS RESULTADOS Relativamente frequencia de embriaguez os g neros e as faixas et rias maior ou menor que 18 anos comportam se de formas diferentes sendo as alunas e os alunos com idade inferior a 18 anos quem apresentam menores frequ ncias de embriaguez Os comportamentos de embriaguez e de consumo binge devem se muitas vezes influ ncia do grupo de pares Por vezes o adolescente fala muito e orgulhosamente das suas experi ncias com o lcool aos amigos fazendo com que estes cheguem a imaginar que o seu consumo superior quele que na realidade Esta atitude de uma certa forma influencia o adolescente a consumir em maior quantidade de modo a seguir o padr o exibido pelo amigo ou pelos pares Juniors et al 2009 citados por Alves 2010 Tais epis dios de consumo embriaguez e binge s o preocupantes particularmente na adolesc ncia podendo provocar perdas de consci ncia block out entre outros efeitos Os adolescentes que consomem lcool em excesso tendem a expor se a situa es de risco como a inicia o precoce da vida sexual gravidez precoce e experimentar outras drogas entre outros Ali s no estudo de Antunes e Ca
33. percentagem referiram ter tido a primeira experi ncia com o lcool na companhia da fam lia 38 6 e em casa 28 8 enquanto foram os alunos quem 64 APRESENTACAO DOS RESULTADOS mais referiram ter tido tal experi ncia na companhia dos amigos 74 2 e numa festa 58 0 No tocante faixa et ria metade dos alunos com idade inferior a 15 anos elegeu a casa como o local da primeira experi ncia com o lcool Figura 8 e s o os pertencentes a essa mesma faixa et ria que em termos percentuais mais referiram ter tido o primeiro contacto com lcool na companhia da fam lia ou sozinhos Constatamos que a percentagem de alunos nessas duas companhias de consumo fam lia e sozinho vai diminuindo medida que avan a a faixa et ria Figura 9 b Companhia no primeiro consumo segundo o a Companhia no primeiro consumo enc segundo a faixa etaria m Feminino Masculino m12 14anos m15 17anos m gt 17anos 139 118 99 47 E ii 17 21 20 15 19 18 9 6 8 322 4 3 a Sozinho Familia Amigos Outros Sozinho Familia Amigos Outros Figura 9 Companhia no primeiro consumo segundo a faixa et ria e o g nero II Consumo frequente de lcool Cerca de 40 0 da amostra correspondendo a 57 4 dos alunos que j tiveram uma primeira experi ncia com o lcool assumiu consumir lcool com alguma frequ ncia Desse grupo 51 5 do g nero masculino e a maioria 62 0 pertence faixa interm dia da adolesc nc
34. pode receber as categorias Solteiro Casado Divorciado ou Vi vo Admitindo se por exemplo que Solteiro o estado civil de refer ncia criam se 4 vari veis dummy Casado Sim 1 N o 0 Divorciado Sim 1 N o 1 e Vi vo Sim 1 N o 0 As vari veis dummy t m de ser inclu das com 1 k 1 no modelo e os seus coeficientes devem ser codificados de 5 jb 26 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA 2 2 Estima o dos par metros Fun o de verosimilhanca No modelo de regress o linear cl ssico o m todo mais utilizado para a estima o dos par metros o M todo dos M nimos Quadrados MMQ no qual s o determinados os que maximizam os quadrados dos desvios de valores observados y dos valores ajustados 5 baseados no modelo Entretanto para modelos cuja vari vel resposta bin ria este m todo n o produz estimadores com propriedades estat sticas desej veis Assim recorre se ao M todo da M xima Verosimilhan a MMV que estima valores para os par metros desconhecidos que maximizam a probabilidade de obter um conjunto de dados observados Hosmer amp Lemeshow 1989 A fun o de verosimilhan a de B H Bi B LCB IX y n expressa a probabilidade dos dados observados como uma fun o de par metros desconhecidos e os seus estimadores resultantes s o aqueles que mais se aproximam do resultado e dada por L B x y n PY ylx Assumindo que as observa es s o in
35. rculos proporcionais ao valor da influ ncia 48 CAPITULO 4 METODOLOGIA Neste cap tulo procederemos exposi o das metodologias utilizadas na nossa abordagem recorrendo caracteriza o do tipo de estudo defini o da popula o s t cnicas de amostragem caracteriza o das vari veis aos instrumentos e procedimentos estat sticos utilizados 1 Tipo de estudo Cabo Verde um pa s formado por dez ilhas sendo apenas nove habitadas Hoje o ensino secund rio ministrado em todas as nove ilhas tem dura o de seis anos do 7 ao 12 ano de escolaridade e est organizado em tr s ciclos de dois anos cada o 1 ciclo correspondendo aos 7 e 8 anos de escolaridade os 2 e 3 ciclos correspondendo respectivamente aos 9 e 10 anos e aos 11 e 12 anos de escolaridade Dada a disparidade geogr fica do pa s e tamb m ao limitado tempo dispon vel para o estudo limit mos a nossa abordagem apenas a uma das ilhas S o Vicente Portanto trata se de um estudo de caso estudando apenas um subconjunto do conjunto de todos os alunos do ensino secund rio do pa s 2 Popula o do estudo e t cnica de amostragem Em S o Vicente existem cinco escolas secund rias p blicas a saber Escola Industrial e Comercial do Mindelo Escola Salesiana de Artes e Of cios de S o Vicente Escola Secund ria Jorge Barbosa Escola Secund ria Jos Augusto Pinto e Liceu Ludgero Lima A popula o
36. refer ncia Com reten es N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o refer ncia Sim N o Consumidor refer ncia Consumidor N o consome refer ncia Consumo ocasional Consumo menos frequente Consumo frequente 76 Valor p 0 000 0 000 0 455 0 021 0 000 0 700 0 360 0 739 0 690 0 166 0 846 0 169 0 016 0 000 0 680 0 000 0 040 0 003 0 126 0 480 0 000 0 007 0 001 0 002 OR 3 50 4 09 ns 1 91 6 18 1 11 0 72 1 12 0 92 0 39 1 05 0 62 2 67 ns 0 45 0 66 0 75 ns 2 41 1 92 2 59 3 66 IC 95 2 17 5 81 2 25 7 58 ns 1 10 3 33 3 39 1 61 0 59 2 08 0 35 1 43 0 57 2 15 0 612 39 0 096 33 0 63 1 72 0 89 1 98 0 42 0 91 1 69 4 27 ns 0 29 0 68 0 44 0 98 1 21 2 56 0 52 1 08 ns 1 67 3 50 1 20 3 08 1 46 4 62 1 89 7 32 APRESENTACAO DOS RESULTADOS No que se refere s covari veis tradicionais aquelas que apresentaram associa o com valor p inferior a 0 25 Hosmer amp Lemeshow 1989 com o insucesso escolar foram a faixa et ria o ano de escolaridade o percurso b sico gostar de estudar faltar muito s aulas o interesse familiar nos estudos o acompanhamento familiar nas tarefas escolares a dificuldade em acompanh
37. to academic failure In order to study this relationship we constructed logistic regression models The results showed that the first intake occurs at the early age and the consumption pattern varies with age and gender However consumption occurs mainly at weekends and in company of friends Alcohol intake is a risk factor of the occurrence of school failure and the odds ratio increases with the consumption s frequency This study results apply to the urgency of a intervention by educational community health sectors and to implement measures aimed to prevent problems related to alcohol consumption among students and adolescents in general Keywords adolescents alcohol intake academic failure logistic regression odds ratio vi CONTEUDOS AGRADECIMENTOS oroa e eee nee eea leuk a E Ra a aee de done atos ada anise iii RESUMO etne eat aaee a E a a oh ete aE aae bando poio tau LER Mate v ABSTRACT rieni ia cise acl aks e a aike a nad dao eA eT ee vi CONTEUDOS corr a a vii LISTA DEHGURAS verroa oe sado eode e eee E a E aoa TE gado fue done postado a N ix ELISTA DE TABELAS ie aaee ea e e a a aaa a ado apa a inara Ena x CAP TULO I INTRODU O 2 EuRan aa AR 1 1 Objectiv s d est do mi anera ienero rch eas i eden steed eai e idee 3 2 Esttu t ra da disserta o ene eneee onea eaten eei ee ene iaioa ie 4 CAPITULO 2 REVIS O DA LITERATURA o sscsssssssssssssssssssessessssssessecsscssessecssceseeseesseens 5 1 Breves considera e
38. um maior AUC 0 792 A descri o do insucesso escolar em fun o da frequ ncia de consumo ao lado das covari veis tradicionais mostrou se ser uma forma melhor de analisar o insucesso escolar em fun o do consumo de lcool um avez que o valor AUC 0 804 mostra que o modelo C tem uma maior capacidade de discrimina o dos grupos da vari vel resposta embora n o chegue a ser considerada excelente 83 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Curva ROC ModeloA AUC 0 79 Curva ROC ModeloB AUC 0 71 ea Sd pea a S S 8 8 o o oO wo B S 7 Bs S 7 a B E 34 2 34 a a et Ss Ss o T T T T T 2 H T T T T T 0 0 0 2 0 4 0 6 0 8 1 0 0 0 0 2 0 4 0 6 0 8 1 0 1 especificidade 1 especificidade Curva ROC ModeloC AUC 0 80 1 0 Sensibilidade 0 0 02 04 06 08 1 especificidade Figura 15 Curva ROC para cada um dos modelos ajustados Portanto o modelo C considerado nosso modelo final no estudo mostra ser capaz de classificar correctamente 80 4 dos alunos em todos os casos poss veis com uma sensibilidade de 64 2 e uma especificidade de 80 8 considerando 0 5 para o limiar II Interpreta o dos modelos Embora tenhamos ajustado os dados a tr s modelos a interpreta o vai centrar se no modelo C modelo final e na associa o principal estudada entre o consumo de lcool e insucesso escolar A Tabela 5 d nos a estimativa das medidas de associa o odds ratio e in
39. valor Total da linha Tabela 3 Representa o dos diferentes ciclos e escolas secund rias na amostra E LC Mindelo J Barbosa Jos A Pinto L L Lima Salesianos Total Nivel de ensino n n n n N 1 Ciclo 2 0 9 70 30 6 75 32 7 47 20 5 35 15 3 229 2 Ciclo 16 10 3 41 26 3 38 24 3 34 21 8 27 17 3 156 3 Ciclo 30 26 1 37 32 2 23 20 0 25 21 7 0 0 115 Total 48 9 6 148 29 6 136 27 2 106 21 2 62 12 4 500 3 Instrumentos e procedimentos estatisticos Para recolher os dados desenvolvemos um question rio ver anexo B tendo em conta alguns J aplicados como o de Breda 1996 e o AUDIT da OMS por Babor et al 1992 procurando uma aproxima o realidade cabo verdiana e tendo uma aprecia o cr tica de um pedagogo e psic logo Este question rio com 24 quest es na maioria quest es m ltiplas contempla 4 partes I Perfil do aluno dados referentes idade ao sexo e ao ano de escolaridade do inquirido II Informa o familiar dados referentes ao agregado familiar grau de escolaridade e profiss o dos pais do inquirido III Percurso escolar dados referentes ao n mero de reprova es por ano de escolaridade e percep o do aluno relativamente a alguns 50 METODOLOGIA atributos pessoais condicionantes ao in sucesso escolar IV Comportamentos e atitudes face ao consumo de lcool dados referentes ao primeiro consumo frequ ncia de consumo quantidade habitualmente consumida aos dia
40. vari vel resposta cont nua ANOVA gt Modelo de regress o log stica com vari vel resposta bin ria gt Modelo de regress o de Poisson para contagens gt Modelo gama para vari vel resposta continua Tabela 1 Caracter sticas de alguns modelos lineares generalizados Componente alh b 0 ch Liga o can nica aleat ria Regress o Normal Identidade linear 2 eye ln 210 Nu O 2 5 cl ssica 2 Regress o Binomial it logistica B n n In l e n In ny Regress o Poisson In y de Poisson P u Logaritmica 7 In x Modelo ame 1 In 0 v In y In T v Reciproca Gama vV Definido o tipo de MLG a ser utilizado alguns m todos podem ser usados para estimar os par metros B s da regress o entre os quais o M todo da Maxima Verosimilhan a MMV que tem propriedades ptimas como a consist ncia e a efici ncia assint tica Definiremos o MMV mais adiante quando for aplicado estima o dos par metros no modelo de regress o log stica 20 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Em geral n o poss vel a obten o de distribui es exactas para os estimadores de MV e para as estat sticas de testes usados nos MLG Trabalha se portanto com os resultados assint ticos Fahrmer e Kaufmann 1985 referem que para amostras grandes o estimador de 5 segue assintoticamente uma distribui o normal k 1 variada com valor m dio nulo Quando o preditor um
41. veis de confundimento recorremos ao m todo da propensity score A qualidade de ajustamento de cada modelo seleccionado foi analisada atrav s do teste de Hosmer amp Lemeshow A rea sob a curva ROC foi utilizada para medir a capacidade de cada modelo para discriminar os alunos com insucesso escolar versus os sem insucesso escolar 4 Vari veis consideradas Neste estudo a vari vel dependente o insucesso escolar Em Cabo Verde para cada ano de escolaridade existe um conjunto m nimo de objectivos que o aluno deve atingir para que este possa passar para o ano de escolaridade seguinte A impossibilidade do aluno em atingir tais 52 METODOLOGIA objectivos expressa em tr s ou mais disciplinas com defici ncias ou negativas implica a reten o no ano e define pela institui o escolar o insucesso escolar Entretanto o aluno que n o tenha tido reprova o no ano de escolaridade poder ter insucesso nalgumas disciplinas no m ximo duas o que revela uma certa limita o para afirmar que este aluno tenha tido sucesso escolar no ano escolar em quest o Assim evitando recorrer ao termo sucesso escolar neste estudo a vari vel dependente insucesso escolar uma vari vel dicot mica que recebe as categorias Apresenta insucesso ou N o apresenta apresenta A primeira categoria define se para o aluno que apresentar no m nimo uma reprova o no contexto considerado e a segunda categoria para o caso co
42. vel resposta ou dependente que representa a vari vel de interesse e as vari veis explicativas ou independentes denominadas tamb m de covari veis As vari veis dependentes ou independentes podem ser cont nuas discretas ou dicot micas e as independentes podem ser ainda ordinais Estabelece se uma associa o entre duas vari veis quando se verifica que os valores de uma s o diferentes em fun o dos valores da outra Por vezes interessa nos conhecer a variabilidade da vari vel resposta atrav s de uma covari vel ou da combina o linear dos valores de um conjunto de covari veis Os modelos de regress o constituem uma das ferramentas estat sticas que nos permitem estudar tal variabilidade Um modelo uma descri o do tipo de rela o particular entre diferentes vari veis Na realidade um modelo n o descreve exactamente a realidade mas sim aproximadamente Portanto importante avaliar para cada situa o o modelo mais simples que melhor descreve a realidade No caso de existir mais do que uma vari vel explicativa s o teis os modelos multivariados que t m uma enorme aplica o em investiga es de diversas reas pois permitem avaliar simultaneamente o efeito das v rias vari veis explicativas sobre a vari vel resposta Neste caso pode se entender que a influ ncia de cada vari vel explicativa controlada pelo efeito das demais Antes de avan ar pensamos ser til definir algumas nota
43. 05 0 38 11 ano 0 04 0 01 0 14 0 04 0 01 0 13 12 ano 0 03 0 01 0 12 0 03 0 01 0 11 Faltar muito s aulas 2 11 1 24 3 61 1 97 1 15 3 40 Percurso no ensino b sico 2 14 0 73 5 87 1 99 0 67 5 51 Intera o 15 17anos P B sico 0 18 0 05 0 65 0 18 0 05 0 66 gt 17anos P B sico 0 10 0 016 0 57 0 12 0 02 0 69 Note se que a inclus o da vari vel frequ ncia de consumo no modelo C n o alterou significativamente os odds ratio das outras covari veis obtidos no modelo A e a vari vel frequ ncia de consumo a segunda vari vel com maior associa o com o insucesso escolar Relativamente aos resultados finais da nossa an lise obtidos no modelo C e no que se refere s covari veis tradicionais a faixa et ria o faltar muito s aulas e o percurso no ensino b sico apresentam se como factores de risco do insucesso escolar OR gt 1 De acordo com os resultados obtidos pode se concluir que a probabilidade de um aluno ter insucesso escolar aumenta com o avan ar da faixa et ria um aluno que falta muito s aulas tem maior probabilidade quase 2 vezes maior de ter insucesso escolar quando comparado com aquele que n o falta muito s aulas o 10 o 11 e o 12 ano de escolaridade apresentam se como anos de escolaridade protectores do insucesso escolar OR lt 1 enquanto um aluno do 8 ano e um do 9 ano de escolaridade apesar de apresentar maior probabilidade de insucesso escolar n o mostram diferen
44. 7 Os dados apresentados na tabela 10 revelam que o Ponche a bebida alco lica mais consumida pelos alunos O cen rio de elei o mostra diferen as em rela o s bebidas alco licas que assumiram como a segunda op o nas faixas et rias os alunos com idade inferior a 15 anos apresentam como a segunda op o o vinho os na faixa 15 17 anos optam pela cerveja enquanto os alunos mais velhos optam pelas bebidas destiladas Os resultados do teste de independ ncia obtidos ap s a jun o das c lulas correspondentes s duas primeiras fases da adolesc ncia e das categorias Vinho e Cerveja devido a exist ncia de mais de 20 0 de valores esperados inferiores a 5 revelaram exist ncia de associa o entre a faixa et ria e a bebida mais consumida valor p 0 02 Tabela 10 Bebida mais consumida segundo o g nero e a faixa et ria Amostra G nero Faixa et ria Feminino Masculino 12 14anos 15 17anos 18 17anos Bebida mais consumida n 194 n 94 n 100 n 19 n 120 n 55 Cerveja 8 5 5 4 11 3 10 5 7 8 Vinho 7 9 7 6 8 2 5 3 10 3 Ponche 72 5 78 0 67 0 73 71 716 7 Bebidas destiladas Aguardente 7 9 5 4 10 3 5 3 3 4 Vodka Wisky Outras Outras 3 2 3 2 3 0 5 3 1 7 70 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Os resultados do teste de independ ncia obtidos ap s a jun o das c lulas relativas as categgrias Vinho e Cerveja mostraram evid ncias de que a bebida mais consumida independente do
45. ADOS bebidas destiladas foram menos apontadas por serem ligeiramente de maiores custos o mesmo n o se pode dizer relativamente ao vinho apontado por 7 9 da amostra Segundo Freyssinet Dominjon 2006 a maioria dos jovens n o consome vinho porque consideram que esta bebida para os mais adultos pais ou av s Com o avan ar da faixa et ria e medida que o consumidor se habitua com o consumo de lcool o organismo come a a exigir uma maior quantidade de lcool para no m nimo manter os efeitos do consumo inicial e consequentemente as bebidas de menor teor alco lico d o lugar s bebidas destiladas Weeselovicz et al 2008 citado por Alves 2010 Isso poder explicar o facto de serem os alunos mais velhos a referir em maior percentagem as bebidas destiladas como as consumidas com maior frequ ncia A aguardente grogue umas das bebidas destiladas mais consumidas em Cabo Verde inclusiv entre os mais novos A somar ao conjunto das preocupa es referentes aos aspectos que incentivam o consumo na adolesc ncia e aos efeitos deste consumo existe a preocupa o quanto qualidade da aguardente nacional que cada vez mais produzida mais consumida e de menor custo Os alunos s o de opini o que o lcool prejudica essencialmente a sa de e os estudos Este resultado leva nos a referir que deve se repensar a informa o e a educa o para a sa de junto dos nossos adolescentes uma vez que os incentivos
46. IDEL Pechansky F amp Barros F 1995 Problems related to alcohol consumption by adolescents living in the city of Porto Alegre Brazil Journal of Drug Issues 25 4 735 50 Pechansky F Szobot C M amp Scivoletto S 2004 Uso de lcool entre adolescentes conceitos caracter sticas epidemiol gicas e factores etiopatog nicos Revista Brasileira de Psiquiatria 26 1 14 17 Peuker A C Foga a J amp Bizarro L 2006 Expectativas e beber problem tico entre universit rios Psicologia Teoria e Pesquisa 22 2 193 200 Pillon S C amp Corradi Webster C M 2006 Teste de identifica o de problemas relacionados ao uso de lcool entre estudantes universit rios Revista de Enfermagem UERJ 14 3 325 332 Ribeiro C 2008 lcool Impacto no indiv duo e na sociedade Qual o papel dos Cuidados de Sa de Prim rios Revista Portuguesa Clinica Geral 25 269 274 Rosenbaum P R amp Rubin D B 1983 The central role of the propensity score in observational studies for causal effects Biometrika 70 1 41 55 Ryback R S 1971 The continuum and specificity of the effects of alcohol on memory Quart J Stud Alcohol 32 995 1016 Sekhon J S 2011 Multivariate and propensity score matching software with automated balance optimization The matching package for R Journal of Statistical Software Vol 42 104 BIBLIOGRAFIA Silva A B Matos M M G amp Dini
47. N o obstante a diversidade de defini es e as v rias causas a reprova o ou reten o do aluno num determinado n vel escolar um dos indicadores mais preocupantes do insucesso escolar Assim neste trabalho a reten o do aluno num determinado ano de escolaridade considerado como insucesso escolar no ano escolar em quest o A qualidade de ensino continua sendo uma das palavras chave da Educa o em Cabo Verde que optou para o ano lectivo 2011 2012 o lema Juntos para uma educa o de qualidade Um dos objectivos da educa o diminuir o insucesso escolar sobretudo no ensino secund rio Segundo dados nacionais mais de metade dos alunos do secund rio est o na classe errada para a sua idade ou seja est o atrasados na escola Por exemplo os dados oficiais do governo do ano lectivo 2009 2010 mostram que 78 3 dos alunos no 12 ano j deveriam estar aptos para entrar no sistema universit rio Esta distor o idade classe est relacionada com as reten es ao longo do percurso escolar UNICEF amp ICCA 2011 Portanto para melhor combater qualquer taxa de insucesso escolar ou para melhorar a qualidade de ensino pensamos ser importante e como defende Facci et al 2007 atender realidade dos nossos educandos que hoje est o inseridos numa sociedade que lhes proporciona REVISAO DA LITERATURA um contexto sociocultural e outros factores que podem de uma forma ou de outra interferir na sua vida aca
48. RESENTACAO DOS RESULTADOS A maioria dos alunos n o abst micos 69 8 consome apenas 1 2 copos doses de lcool por ocasi o S o os mais velhos quem em maior percentagem referiu beber maiores quantidades de lcool enquanto os mais novos 12 14 anos revelaram beber menores quantidade de lcool por ocasi o Mas os resultados do teste de independ ncia obtidos ap s a jun o das c lulas correspodentes s duas primeiras fases da adolesc ncia devido ao incumprimento dos pressupostos do teste do Qui quadrado mostraram evid ncia de que a quantidade consumida independente da faixa et ria valor p 0 07 100 Feminino Masculino 50 1 2doses 3 4doses gt 4 doses Figura 12 Quantidade consumida segundo o g nero A quantidade consumida mostrou se estar associada ao g nero valor p lt 0 05 84 8 das alunas e 56 0 dos alunos bebem no m ximo duas doses por ocasi o Em termos percentuais s o OS rapazes que ingerem maiores quantidades de lcool por ocasi o 20 0 dos rapazes e 8 7 das raparigas bebem 3 4 copos doses por ocasi o 24 0 dos rapazes e 6 5 das raparigas bebem mais de 4 copos doses por ocasi o Analisando a frequ ncia de ocorr ncia de consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio constatamos que 45 9 dos alunos n o abst micos correspondendo soma de 44 7 das alunas e 47 0 dos alunos consumidores n o revelou este padr o de consumo 23 7 revelou t
49. SAO LOGISTICA EWY u b 0 7 Var Y b 6 2 0 7 2 1 Fun o de liga o Imaginemos que pretendemos relacionar uma vari vel bin ria Y com probabilidade de sucesso m com um conjunto de k covari veis ou seja pretendemos conhecer a rela o entre a probabilidade de ocorrer sucesso e o vector das covari veis x xX X2 X Um modelo de eat ea k regress o linear correspondente seria y Dis Px t com E Y 7 e Varly j 7 1 7 Assim uma fun o que representaria n em fun o das covari veis seria k kai E Y l x m Bot Za Xi Entretanto este resultado violaria alguns pressupostos do modelo de regress o como gt A vari ncia de Y depende de x k gt Sendo que J ER a igualdade E Y x m Pa ae X implica que E Y x pode tomar qualquer valor real o que contraria as leis de probabilidade pois E Yi x 7 e 0 1 Consequentemente exprimir 7 k em fun o de f 2a B x n o apropriado Uma forma de ultrapassar este inconveniente aplicar probabilidade de sucesso uma fun o g x linear com os par metros e que varia de a o tal que 8 7 Bo jx 3 7 l Aplicando uma transforma o logar tmica 7 e a ml tem se que 7 00 lt nl oo sendo g 7 uma fun o que converge para a normal Portanto uma am Ti fun o sugerida a fun o log stica para a probabilidade 7 g z denotada de logit
50. Universidade de Lisboa Faculdade de Ci ncias Departamento de Estatistica e Investigacdo Operacional A influ ncia do consumo de alcool no insucesso escolar dos alunos do ensino secund rio de S o Vicente Cabo Verde Crisolita Sousa de Brito Disserta o orientada pela Prof 2 Doutora Maria Fernanda Nunes Diamantino 2012 AGRADECIMENTOS Os meus agradecimentos v o para todos os que das mais variadas formas contribu ram para que esta disserta o chegasse ao resultado final que ora se apresenta Um especial agradecimento Professora Doutora Fernanda Diamantino orientadora da disserta o pela disponibilidade manifestada pela preciosa orienta o e pela amizade demonstrada ao longo deste percurso Aos meus colegas do curso de mestrado uma palavra de agradecimento pela solidariedade demonstrada desde a minha atrasada chegada turma Uma palavra de agradecimento coordenadora e ao corpo docente do mestrado em Bioestat stica Aos directores das escolas secund rias p blicas de S o Vicente pela autoriza o cedida para a aplica o do question rio e aos alunos das mesmas pela prontid o em responder ao question rio sem os quais este trabalho n o seria poss vel Um profundo obrigado Agrade o aos meus amigos e colegas de profiss o pelas sugest es e pela preciosa ajuda na recolha dos dados Um profundo agradecimento aos meus familiares pelo acolhimento carinho e incentivo ao longo de
51. a combina o de muitas vari veis tem interesse saber qual o modelo mais parcimonioso isto o modelo que envolve um m nimo de par metros poss veis a serem estimados e que explica bem a variabilidade da vari vel resposta Existem diversos crit rios para selec o de modelos e os mais utilizados s o baseados na fun o de verosimilhan a Seleccionado o modelo procede se an lise da qualidade do seu ajustamento ou seja procede se avalia o da discrep ncia entre os valores ajustados pelo modelo e os valores observados Existem t cnicas e medidas apropriadas que permitem n o s analisar a qualidade do ajustamento como tamb m identificar valores que n o s o bem explicados pelo modelo Uma vez analisada a qualidade do modelo ajustado procede se por fim interpreta o dos resultados em particular das estimativas dos par metros as quais permitem tirar conclus es sobre o estudo Neste estudo trabalh mos com o modelo de regress o log stica pelo que vamos centrar a nossa aten o nesse modelo sugerindo Turkman e Silva 2000 e McCullagh e Nelder 1989 para uma melhor compreens o dos modelos lineares generalizados 2 Descri o do modelo de regress o log stica Num determinado estudo estat stico podemos estar interessados em vari veis que podem ser caracterizadas apenas pela presen a ou aus ncia de um certo atributo s o denominadas vari veis bin rias As observa es das vari veis bin rias po
52. a do indiv duo particularmente de um adolescente Por outro lado medidas de ordem legislativa que fizessem cumprir a lei que pro be a venda e a oferta de bebidas alco licas a menores de 18 anos tamb m ajudariam a minimizar a facilidade de acesso ao lcool E na escola onde os adolescentes passam a maior parte do tempo Sem minimizar a responsabilidade dos pais que ali s pensamos ser crucial a escola pode ser um espa o de investimento tanto da educa o como da sa de dos seus alunos proporcionando actividades no 98 CONCLUSAO sentido de preven o de consumo de lcool A educa o para a sa de dos adolescentes em particular os seus h bitos de consumo tamb m est associada ao grau de permissividade dos pais Relembramos que uma percentagem da nossa amostra referiu ter o primeiro contacto com o lcool na companhia da fam lia o que demonstra que o combate ao consumo de lcool na adolesc ncia e ao insucesso escolar requer tamb m um trabalho junto dos pais encarregados de educa o Ali s o interesse familiar que no nosso pa s se traduz numa rela o entre a escola e o encarregado de educa o segundo os nossos resultados um dos factores protectores do insucesso escolar Portanto pensamos que uma interven o em parceria escola minist rio da sa de pais encarregados de educa o e autoridades seria uma estrat gia de promo o da sa de dos nossos alunos e adolescentes Os resulta
53. acidade do aluno pode fazer com que o aluno se afaste do ambiente escolar favorecendo tamb m o in cio ou a manuten o ou mesmo o agravo de h bitos de consumo de lcool Entretanto atendendo ao nosso objectivo de chamar aten o para os preju zos do consumo de lcool na vida do aluno adolescente particularmente na sua vida acad mica os nossos coment rios foram direccionados apenas para esse fim 96 CAPITULO 7 CONCLUSAO Neste estudo como j foi referido quisemos conhecer o padr o de consumo entre os alunos do ensino secund rio da ilha de S o Vicente Cabo Verde e estudar a sua rela o com o insucesso escolar Conclu mos que mais de metade dos alunos j experimentou lcool e independentemente do g nero o primeiro consumo de lcool ocorre maioritariamente entre os 12 e os 17 anos Existe uma percentagem de alunos particularmente entre os mais novos 18 4 que tiveram a primeira experi ncia com o lcool numa idade muito mais precoce antes dos 12 anos o que leva a concluir que o in cio do consumo tende a ocorrer numa idade cada vez mais baixa Este primeiro contacto com o lcool ocorreu maioritariamente numa festa e na companhia dos amigos e uma consider vel percentagem f lo num ambiente familiar em casa ou na companhia de familiares Conclu mos que o consumo de lcool entre os alunos das escolas secund rias de S o Vicente Cabo Verde uma realidade sendo que 40 0 dos alunos consomem
54. ador 2012 20 0 dos inquiridos referiram ter rela es sexuais em estado de embriaguez Por outro lado embora n o dispondo de n meros alguns dos casos recentes de viol ncia inclusiv homic dio ocorridos entres jovens t m sido sob efeito do lcool De acordo com Freyssinet Dominjoh e Wagner 2006 as bebidas alco licas fazem parte de momentos de divers o Os nossos dados v o ao encontro do sugerido pelos referidos autores na medida em que a maioria dos alunos 72 2 referiu consumir lcool essencialmente para se divertir De referir que uma percentagem de alunos 25 8 consome porque gosta do lcool ficando a ideia que alguns consomem porque t m prazer No entanto segundo alguns autores quando o adolescente refere gostar do lcool isso n o quer dizer que gosta do sabor mas sim do efeito relaxante ou desinibidor que tal subst ncia tem Ao contr rio do que acontece noutros pa ses como Portugal Espanha Fran a e Brasil entre outros onde a cerveja a bebida mais consumida pelos jovens e adolescentes a nossa amostra elegeu o Ponche como a bebida mais consumida Este resultado vem de encontro aos resultados de Antunes e La ador 2011 A elei o deve se possivelmente ao facto de o Ponche ser em Cabo Verde uma das bebidas alco licas mais acess veis em termos de custo e de f cil produ o sendo muitas vezes um produto caseiro Se plaus vel pensar que a cerveja e as 92 DISCUSSAO DOS RESULT
55. alvo do estudo constitu da por todos os alunos do ensino secund rio p blico da ilha perfazendo um total de 6867 alunos segundo os dados conseguidos junto das escolas As duas maiores propor es desta popula o estudantil est o nas escolas secund rias Jorge Barbosa e Jos Augusto Pinto cabendo primeira 28 9 e segunda 28 2 As escolas Liceu Ludgero Lima Escola Salesiana de Artes e Oficios de S o Vicente e Escola Industrial e 49 METODOLOGIA Comercial do Mindelo participam com 20 6 12 0 e 10 3 respectivamente da popula o considerada Inicialmente pens mos estudar uma amostra de 700 alunos que representaria aproximadamente 10 da popula o Entretanto pensando nos custos e no tempo para a organiza o dos dados reduzimos a dimens o da amostra para 500 7 5 da popula o Dadas as diferen as em termos populacionais entre as escolas e pretendendo ter uma representatividade de todas as escolas na amostra opt mos por uma amostra estratificada com participa o proporcional tal que a dimens o de cada estrato escola na amostra proporcional dimens o do estrato na popula o Igualmente a dimens o de cada ciclo na sub amostra escola proporcional dimens o de cada ciclo na popula o escola A t cnica aplicada permitiu nos obter a amostra estratificada apresentada na tabela seguinte em que a percentagem da escola dada em cada linha corresponde por o do respectivo n no
56. amente deixando sempre claro a possibilidade do aluno recusar caso n o quisesse participar como respondente nenhum aluno se negou a responder O question rio foi aplicado a 500 alunos nas cinco escolas p blicas da ilha de S o Vicente que leccionam o ensino secund rio Devido incoer ncia observada nalgumas respostas e a algumas n o respostas importantes para o estudo retir mos 10 question rios ficando a amostra com uma dimens o igual a 490 7 3 da popula o Para a an lise dos dados recorremos a dois softwares estat sticos o SPSS e o R A an lise descritiva do percurso escolar e do padr o de consumo da amostra foi feita recorrendo ao programa SPSS Statistical Package for the Social Sciences vers o 19 0 Para analisar a associa o entre vari veis recorreu se ao teste do Qui quadrado e foi usado o n vel de signific ncia 0 05 Para testar a hip tese da vari vel idade seguir uma distribui o normal recorreu se ao teste de ajustamento de Kolmogorof Smirnoff Em alternativa ao teste t de 51 METODOLOGIA Student utilizou se o teste n o param trico de Mann Whitney para testar a hip tese de igual distribui o da vari vel idade nos dois g neros Para realizar o estudo anal tico estudar a rela o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar recorremos ao software R vers o 2 10 0 O consumo de lcool factor principal em estudo foi analisado separadamente como uma va
57. ao lcool e aos seus efeitos e portanto n o precisam consumir elevadas quantidades de lcool para sofrer fortes efeitos Zeigler et al 2010 Ao longo da vida o c rebro est em constante transforma o por m as mudan as mais intensas ocorrem na adolesc ncia Peuker et al 2006 O facto de o tecido nervoso central estar ainda em desenvolvimento a exposi o ao lcool em idades precoces poder trazer riscos ao n vel de desenvolvimento intelectual do adolescente interferindo na capacidade de pensar no poder de memorizar e de manter a aten o e comprometendo as capacidades de coordena o da 94 DISCUSSAO DOS RESULTADOS informa o na tomada de decis es e no controlo das emo es Dupont 2009 A mem ria a fun o fundamental no processo de aprendizagem e uma vez que esta pode ser alterada com o consumo de lcool tal consumo compromete o processo de aprendizagem e consequentemente o sucesso escolar Ao encontro destes pressupostos os nossos resultados aludem que um aluno que consome lcool tem maior probabilidade 1 86 vezes mais de ter insucesso escolar quando comparado com aquele que n o consome Tal resultado consistente com alguns estudos internacionais Alves 2010 Peuker et al 2006 Mendes amp Lopes 2007 Alves 2010 por exemplo conclui que um aluno que ingere lcool tem 1 88 vezes mais probabilidade de ter reten es no percurso escolar quando comparado com aquele que abst mi
58. ao n vel de signific ncia estabelecido e a inclus o de interac es pode ser testada individualmente de entre aquelas de interesse no estudo De referir que a selec o de um modelo de regress o log stica deve ter em conta n o s a selec o estat stica de modelos como tamb m o bem senso Particularmente nas investiga es ligadas sa de covari veis que n o mostram ser estatisticamente significativas podem ser consideradas biologicamente importantes Portanto experi ncias ou algumas considera es te ricas sobre o fen meno em estudo podem ajudar o investigador a seleccionar o conjunto de covari veis para descrever o fen meno 2 8 Qualidade de ajustamento do modelo Ap s uma escolha cuidadosa de um modelo poss vel que o seu ajustamento aos dados n o revele resultados satisfat rios por revelar uma certa discrep ncia entre os valores observados e os valores ajustados ou ainda por revelar um ou mais valores observados discordantes em rela o aos demais A ocorr ncia de uma ou de outra destas duas falhas pode ter causas diferentes embora haja uma combina o das diferentes causas como aplica o de uma escala 41 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA errada a pelo menos uma das vari veis uma leitura ou transcri o mal feita dos dados ou ainda um factor n o controlado que provoca a obten o de valores discordantes Os m todos para a an lise da qualidade do modelo podem ser formais basead
59. ar as mat rias e as exig ncias elevadas dos professores Desse conjunto de vari veis candidatas a explicar o insucesso escolar as vari veis gostar de estudar interesse familiar nos estudos acompanhamento familiar nas tarefas escolares e elevadas exig ncias dos professores apresentam se como factores de protec o do insucesso escolar OR bruto menor que 1 Embora uma das categorias do agregado familiar tenha apresentado um valor p significativo opt mos por n o incluir essa vari vel no conjunto das vari veis seleccionadas para explicar o insucesso escolar uma vez que as outras categorias da mesma apresentaram valores p muito altos Algumas categorias da vari vel ano de escolaridade tamb m apresentaram valores p muito altos mas atendendo defini o da nossa vari vel dependente interessou nos deixar esta vari vel no conjunto seleccionado e com a defini o inicial ou seja sem estudar uma outra poss vel categoriza o Relativamente associa o principal estudada os resultados apresentados na tabela 2 revelam que um aluno exposto ao consumo de lcool apresenta um risco 2 4 vezes maior de ter insucesso escolar quando comparado com um aluno que n o est exposto ao consumo de lcool Constata se tamb m que o risco de obter insucesso escolar aumenta com o aumento da frequ ncia de consumo oscilando esse risco entre 1 9 a 3 7 vezes superior quando se compara um aluno consumidor com aquele que n o consome
60. ari veis sejam colocados em grupos adjacentes a fim de garantir que estes n o tenham muita diferen a em termos de dimens es Hosmer e Lemeshow verificaram que sob a condi o A A 2 x do modelo se ajustar bem aos dados a estat stica G aproxima se de um qui quadrado com o 2 P P 2 x 8 2 graus de liberdade Assim para valores G inferiores ao valor cr tico y aa conclui se que o modelo se ajusta bem aos dados E importante notar que o facto de um modelo ter bom ajustamento e uma boa capacidade explicativa n o implica que o seu desempenho na classifica o dos indiv duos com sucesso ou com insucesso seja bom Assim um outro processo muito utilizado para a avaliar o modelo a constru o da curva ROC Receiver Operating Characteristic Para avaliar o desempenho do modelo pode se come ar por definir uma regra de decis o baseada nas probabilidades ajustadas pelo modelo Um exemplo para esse limiar 0 5 se a probabilidade ajustada de um indiv duo ter sucesso for maior que 0 5 o indiv duo classificado como tendo sucesso caso contr rio o indiv duo classificado como tendo insucesso Tendo a 44 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA regra definida pode se dispor as observa es numa tabela de conting ncia 2x2 Tabela 2 que mostra como os indiv duos foram classificados Tabela 2 Tabela de conting ncia para testes de diagn stico Observados Classificados Sucesso Insucesso Sucesso a Verdadeir
61. as destiladas aguardente whisky vodka outras Outro Qual Que raz es te levam a beber lcool escolha m ltipla Para me divertir Porque os meus amigos bebem Porque os meus pais bebem Porque gosto Para esquecer os meus problemas Outras Quais 15 16 17 18 19 ANEXOS O fato de beberes bebidas alco licas prejudica te em que aspetos escolha m ltipla Rela o com os amigos Sa de Estudos Outro Qual N o bebo Rela o com os pais Entre os teus amigos mais pr ximos quantos costumam beber Nenhum Poucos A maioria Todos Em tua casa algu m bebe lcool regularmente Sim Quem Grau de parentesco N o sei N o Na tua opini o algu m da tua fam lia agregado familiar tem problemas de alcoolismo Sim Quem Grau de parentesco N o N o sei Assinala para cada afirma o a op o que mais se aproxima da frequ ncia com que cada uma das situa es te aconteceu Afirma o Nunca Raras vezes Algumas vezes Muitas vezes A ae Ira urna aula ap s ter bebido lcool Faltar s aulas ap s ter bebido alco Falta as aulas por ressaca Beb lcool ant
62. as do pr prio indiv duo e da pr pria fase da adolesc ncia Moreira 2002 O f cil acesso do lcool a sua presen a nas festas e divers es e a press o exercida pelo grupo de pares s o alguns factores que fazem com que os adolescentes bebam de forma muitas vezes exagerada Pillon amp Corradi Webster 2006 O consumo em quantidades elevadas e num curto espa o de tempo consumo binge tem sido umas das preocupa es reveladas por diversos estudos Alguns autores Nelson Naimi Brewee amp Wechsler 2005 citados por Alves 2010 definem o consumo binge como sendo o consumo de cinco ou mais bebidas alco licas por ocasi o tratando se de um homem ou o consumo de quatro ou mais bebidas alco licas caso se trate de uma mulher J Marinho 2005 define o consumo binge como sendo o consumo de quatro ou mais bebidas alco licas tratando se de rapaz ou de tr s ou mais bebidas para o caso das raparigas No nosso estudo atendendo idade dos nossos inquiridos consider mos como consumo binge o defendido por Marinho 2005 O padr o de consumo binge aumenta o risco de o indiv duo desenvolver a depend ncia e vir a sofrer consequ ncias negativas associadas ao consumo de lcool Peuker Foga a amp Bizarro 2006 Zeigler et al 2005 referem que os indiv duos com idade entre 18 e 24 anos que consomem de forma binge pelo menos uma vez por semana podem ter para al m dos problemas ligados sa de problemas em alcan ar ob
63. av s do modelo de regress o log stica em que a vari vel resposta o factor de exposi o fe o preditor definido pelo conjunto dos factores de confus o O propensity score portanto utilizado para reduzir o enviesamento decorrente das diferen as nas distribui es dos preditores e consequentemente aumentar a precis o do efeito do factor de exposi o 37 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Existem diferentes formas de utiliza o do ps x Rosenbaum amp Rubin 1983 Uma das formas atrav s da estratifica o ou seja atrav s da divis o das observa es em determinados estratos de acordo com o propensity score Em cada estrato a m dia do propensity score deve ser igual para os dois subgrupos do factor de exposi o Rosenbaum e Rubin 1983 sugerem a divis o das observa es em cinco estratos alegando que geralmente tal estratifica o remove 90 do enviesamento decorrente das distribui es das vari veis de confus o Tendo dividido as observa es em estratos o propensity score pode ser utilizado como uma vari vel categ rica no preditor linear do modelo em substitui o dos factores de confus o para analisar a associa o entre a exposi o e a vari vel resposta Para uma melhor compreens o do propensity score e da sua aplica o sugerimos D Agostinho 1998 e Rosenbaum e Rubin 1983 2 7 Selec o e valida o do modelo Atendendo aos pressupostos do modelo de regress o m ltip
64. bidas alco licas Essa por o de alunos que j tiveram uma primeira experi ncia com o lcool espalha se pelas diferentes faixas et rias e pelos dois g neros O g nero feminino 71 3 e a faixa et ria dos alunos maiores de 17 anos 88 0 constituem as maiores percentagens dos que j experimentaram lcool Figura 6 A primeira experi ncia com o lcool mostrou se associada faixa et ria valor p lt 0 05 mas independente do g nero valor p 0 27 Os dados revelam que a por o de alunos que nunca experimentou uma bebida alco lica diminui com o avan ar da faixa et ria a J experimentou lcool b J experimentou lcool 214 E sim mSim N o E N o 12 14anos 15 17anos gt 17anos Feminino Masculino Figura 6 Primeiro consumo de lcool segundo o g nero e a faixa et ria A maior parte dos alunos e seguindo a mesma tend ncia em ambos os g neros e nas tr s faixas et rias ter tido a sua primeira ingest o de uma bebida alco lica numa idade entre os 12 e os 17 anos e 13 5 dos alunos ter tido esse primeiro contacto com o lcool numa idade mais precoce antes dos 12 anos S o os rapazes e os alunos da fase inicial da adolesc ncia que em termos percentuais iniciaram o consumo mais precocemente embora a idade mais precoce 5 11 anos tivesse sido apontada pelos alunos que est o na fase interm dia da adolesc ncia Tabela 5 Tabela 5 Idade ao primeiro consumo segundo o g nero e a
65. cial o processo termina aqui Caso contr rio partindo deste novo modelo que inclui a covariavel seleccionada introduz se individualmente as demais covari veis e cada um destes novos modelos comparado com o modelo anterior e com base no crit rio estabelecido selecciona se 40 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA a pr xima covari vel a ser inclu da Sempre que o preditor do modelo corrente tenha duas ou mais covari veis analisa se a exclus o individual de cada uma delas ou seja caso alguma vari vel tenha perdido signific ncia com a inclus o de uma nova vari vel ela exclu da do modelo O processo continua at que n o haja mais covari veis importantes para entrar no modelo Quando o grau de import ncia baseado no n vel de signific ncia do teste de raz o de verosimilhan as entre modelos que incluem e excluem as covari veis como a vari vel mais importante pode n o ser significativa do ponto de vista estat stico imp e se um limite superior Pr pertencente ao intervalo 0 15 0 25 a fim de atrair candidatos importantes entrada Para a remo o das covari veis os n veis de signific ncia s o comparados com um limite inferior Ps e as covari veis para as quais o n vel de signific ncia superior a Ps s o candidatas remo o Ap s selec o do modelo pode se excluir do modelo as vari veis que apesar de seleccionadas pelo m todo n o mostraram ser estatisticamente significativas atendendo
66. co Em conson ncia com o referido por Pillon e Corradi Webster 2006 os nossos resultados revelam que os alunos que consomem lcool s o os que em maior percentagem faltam muito s aulas e faltar s aulas um dos factores de risco para o insucesso escolar da popula o estudada Atendendo aos efeitos do lcool e s especificidades da adolesc ncia quanto maior a quantidade e a frequ ncia de consumo maior ser a gravidade dos efeitos na aprendizagem Graf 2006 citado por Alves 2010 refere que a aten o a concentra o e a capacidade de racioc nio e de recolha de informa es s o alteradas podendo repercutir se no desempenho escolar Os nossos resultados confirmam tal pressuposto uma vez que a por o de alunos com insucesso escolar aumenta com a frequ ncia de consumo e com a quantidade habitualmente consumida Peuker et al 2006 referem que o padr o binge em particular responsavel por fortes altera es no desempenho de tarefas cognitivas inerentes ao funcionamento do lobo frontal associadas a quebras de tens o e perdas de mem ria o que compromete o rendimento escolar Dos nossos dados contatamos que a incid ncia de insucesso escolar maior 61 9 no grupo de alunos que apresentaram pelo menos um epis dio de consumo binge Quando o insucesso escolar analisado em fun o da frequ ncia de consumo de lcool percebemos que n o existem diferen as significativas entre os abst micos
67. ctor da educa o deve ser um ve culo para tal prop sito sendo imprescind vel uma actua o em parceria dos sectores da educa o da sa de e da legisla o bem como uma participa o dos pais encarregados de educa o Este trabalho surge portanto no intuito de oferecer uma base que possa ser til para dar a conhecer a realidade do consumo de lcool entre os alunos e sugerir a referida parceria capaz de levar a cabo estrat gias para o combate ao consumo de lcool entre os nossos alunos e consequentemente aos efeitos que este tem para a vida do adolescente em particular a sa de e o rendimento escolar 3 O lcool a adolesc ncia e o insucesso escolar A adolesc ncia vai dos 12 aos 20 anos de idade Harper amp Marshel 1991 e marcada entre outros aspectos pelo cont nuo desenvolvimento do hipocampo estrutura localizada nos lobos temporais do c rebro humano considerada a principal rea da mem ria e importante componente do sistema l mbico respons vel pelas emo es Segundo Graf 2004 citado por Alves 2010 o desenvolvimento do c rebro s est efectivamente conclu do por volta dos 20 anos e portanto antes dessa idade os indiv duos est o mais expostos aos malef cios do consumo de lcool uma vez que o lcool diminui a sensibilidade dos centros nervosos e consequentemente interfere na capacidade de pensar no poder de memorizar e de manter a aten o Assim a ingest o cont nua e persi
68. d mica 2 O lcool e a adolesc ncia O lcool uma das poucas drogas psicotr picas que tem consumo livremente aceite na sociedade Mas o seu mau uso e abuso t m como consequ ncias o dist rbio biol gico psicol gico e social com enorme impacto na sociedade Arag o amp Sacadura 2002 Hoje a preocupa o assenta no elevado consumo sobretudo na adolesc ncia e na juventude que tem as mais variadas causas De acordo com dados estat sticos da OMS o lcool causa anualmente 2 5 milh es de mortes 4 de todas as mortes e em particular 9 0 das mortes de jovens com idade entre 15 e 29 anos s o atribu das ao lcool A adolesc ncia uma fase de desenvolvimento f sico e emocional em que o indiv duo adopta comportamentos influenciados pelo meio socio ambiental e por isso tamb m uma fase de risco para ingressar no consumo das subst ncias proactivas como o lcool Este h bito de consumo que normalmente tem o seu in cio numa actividade associada ao lazer suscept vel de se tornar num h bito de consumo perigoso pela depend ncia que pode criar tornando se assim uma grande amea a sa de dos adolescentes O lcool uma subst ncia de f cil acesso e o seu consumo est intimamente ligado a actividades agrad veis festivas ou de outra natureza social Freyssinet Dominjon amp Wagner 2006 o que se reflecte num consumo precoce e em excesso Estudos revelam que a fase de experimenta o do lco
69. de signific ncia a se o valor observado de D M p Mc for superior ao quantil 1 a da distribui o y a Be Estatistica de Wald A O teste de Wald compara o estimador de m xima verosimilhan a do par metro 8 j com uma estimativa do seu desvio padr o e a estat stica definida por pan Pi 3 16 Var Sob a hip tese individual 5 j 0 a estat stica W segue uma distribui o normal padr o Assim o valor p bilateral correspondente ao teste de signific ncia a P IZl gt w onde Z representa uma vari vel normal padr o O teste de Wald tamb m pode ser realizado atrav s de uma estat stica de teste com distribui o ee quando se pretende testar uma combina o de par metros CB Desta feita a estat stica de teste definida pela express o A T A A y c p cae Cp 3 17 onde X f representa a matriz das vari ncias e das covari ncias estimadas 31 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA 4 ye Sis 2 o Tas Rd weak Sob a hip tese nula a estat stica y tem uma distribui o assint tica qui quadrado com q graus de liberdade Portanto rejeita se a hip tese nula a um n vel de signific ncia a 2 2 quando y observado gt XY l a q Estat stica de Score O teste de Score baseado nas derivadas do logaritmo da verosimilhan a S B Partindo do princ pio que S B 0 se substituirmos f m Pelo novo estimador de m xima verosimilhan a p Myo ent o S B Mao ser significativa
70. deloBSfitted dados Insucesso valor da curva ROC gt predB lt prediction fitted modeloB dados SInsucesso gt perfB lt performance predB tpr fpr gt plot perfB col blue xlab Falsos positivos ylab Verdadeiros positivos main Curva de ROC ModeloB Curva ROC gt par mfrow c 2 2 gt plot modeloB wish c 1 2 3 4 5 grafico de res duos Calculo dos odds ratio gt OR exp modeloBScoefficients gt OR gt IC OR exp confint modeloB gt IC_OR 3 Constru o do modelo C gt stepC stepAIC modelo0 direction both scope list upper Freq Id Ano Pb GostatFm Int Acomp Dific Exg lower 1 trace 1 gt stepCSanova gt summary stepC gt modC gim Insucesso FregtAno Id Fm Pb family binomial logit data dados moldelo resultante ap s o teste de Wald gt summary modC tt Ap s a recategoriza o da vari vel freq e estudo da exist ncia de interac o gt modeloC glim Insucesso Freqg Ano ld Em Pb Id Pb family binomial data dados gt summary modeloC An lise da qualidade do ajustamento gt fit modeloCSfitted gt Y dados Insucesso gt X cbind Freq Ano Id Fm Pb gt library MKmisc gt HLgof test fit Y ngr 10 X verbose FALSI gt somers2 fit Y valor da cura ROC Fl V predC lt prediction fitted modeloC dados Insucesso perfC lt performance predC tpr fpr plot perfC col blue xlab Falsos positivo
71. dem ser codificadas usando o sistema num rico 0 1 Comummente utilizamos os termos sucesso 1 e insucesso 0 para referenciar as duas categorias Costuma se denominar por x a probabilidade de um indiv duo ter sucesso P Y 1 Assim uma vari vel bin ria Y pode ser definida da seguinte forma 0 1 7 Y 1 q 21 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Consideremos que k covari veis s o observadas num conjunto de n indiv duos Cada indiv duo est associado a um vector de covari veis x X2 X Supomos que para o i simo indiv duo dispomos do conjunto de observa es X X X 2 Xix Os indiv duos que partilham o mesmo vector de covari veis formam um padr o de covari veis Turkman amp Silva 2000 ou uma classe de covari veis McCullagh amp Nelder 1989 Considerando os dados agrupados por padr es de covari veis n o n mero de indiv duos pertencentes ao i simo padr o de covari veis e y o n mero de sucessos no i simo padr o sieri Ji a x de covari veis representa a forma da resposta O vector das dimens es dos padr es de n t covari veis h 1 N3 n designado por vector de ndice binomial ou vector denominador McCullagh amp Nelder 1989 O agrupamento dos dados particularmente importante em situa es em que as covari veis s o qualitativas Quando os dados n o est o agrupados por padr es de covari veis considera se n 1 para todo i Num conjunto d
72. dependentes para todo o modelo linear generalizado tem se que LEIE y n PY y V SOx 3 11 Sendo z x o valor de x calculado em x para os pares de observa es y x com y 1 a contribui o para a fun o de verosimilhan a 7 x e para os pares com y 0 a contribui o 1 7 x Assim a fun o de verosimilhan a para o modelo log stico dada pela express o l y LBI ym ra l a x 3 12 Aplicando o logar tmo express o 3 12 obt m se o logaritmo da verosimilhan a I B dado pela express o 27 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA n I B In LIBI yn J Oty nta x A y In 2 x i l Substituindo o valor de 7 x dado em 3 10 e recorrendo s propriedades do logaritmo obtemos a express o simplificada do logaritmo da verosimilhan a para o modelo de regress o log stica IB 3 e ef en SA 3 13 Derivando a express o 3 13 em ordem a cada elemento do vector B obt m se o vector _ lB B so ape ok denominado fun o score tal que cup oo ad Ass Fy i LD ba oo Ae 65 y Xx para p 1 k t l Oa a Hepat A A A A Para encontrar as estimativas de m xima verosimilhan a B Ao Bi resolve se o sistema que se obt m igualando cada um dos elementos do vector S B a zero Uma vez que o sistema n o apresenta solu o anal tica para encontrar as estimativas pretendidas recorre se a m todos iterati
73. dispers o igual a 1 que n o depende dos valores de x Componente sistem tica ou estrutural O valor m dio de Y x tem uma rela o k linear com o preditor 7 J gt p x tal que 7 g 7 x ja 25 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Resolvendo a equa o 3 9 em ordem a 77 x obt m se o valor m dio da vari vel resposta em fun o dos par metros f es Sas ja E Y x 2 x 3 9 Leaf gs ou ainda pee 3 10 1 exp g x No modelo de regress o linear assume se que a vari vel resposta pode ser expresso como Y E Y x e No caso do modelo de regress o log stica em que Y 7 x e a quantidade pode assumir um dos dois poss veis valores 7 x oul 7 X tais que Y 1 Ple 1 7 x 7 x Y 0 Ple 7 x 1 2 x Assim a vari vel segue uma distribui o de Bernoulli com valor m dio 7 x e vari ncia 7 x 1 rx Tendo definido o modelo interessa estimar os valores de f e atribuir lhes as adequadas interpreta es atendendo ao fen meno em estudo Para tal importante analisar os tipos de vari veis independentes em quest o As vari veis nominais n o podem ser consideradas no modelo como se fossem escalares mas sim codificadas custa de vari veis dummy Hosmer amp Lemeshow 1989 Genericamente se uma j sima covari vel qualitativa tem k categorias s o necess rias k 1 vari veis dummy para a representar Por exemplo a covari vel estado civil
74. do modelo segundo a rea sob a curva ROC gt Sea rea variar entre 0 7 e 0 8 o modelo tem um poder discriminante aceit vel gt Sea area variar entre 0 8 e 0 9 o modelo tem um bom poder discriminante gt Sea rea for superior a 0 9 o modelo tem um poder discriminante excelente 45 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA A rea sob a curva ROC pode ser traduzida como a propor o de indiv duos correctamente classificados pelo modelo independentemente do valor escolhido para o limiar de decis o Diagn stico do modelo Uma das desvantagens da utiliza o das estat sticas para a an lise da qualidade de ajustamento do modelo que nenhuma delas d qualquer indica o da direc o a tomar a partir do modelo ajustado quando rejeitada a hip tese do modelo se ajustar bem aos dados Por isso a an lise dos res duos atrav s de uma representa o gr fica essencial para analisar a qualidade do ajustamento do modelo e identificar os pontos influentes ou mal ajustados Com as medidas de influ ncia podemos verificar at que ponto excluir ou incluir uma observa o fora do padr o comum ter impacto nos par metros de regress o e nas estat sticas de qualidade do ajustamento Para uma an lise adequada conv m que os res duos tenham a mesma vari ncia Assim h autores sugerem a utiliza o de res duos padronizados Williams 1987 No estudo da regress o linear cl ssica definida a matriz H hat matrix cujos
75. dos mostram como sugere Breda 1996 que o insucesso escolar depende tamb m da realidade do educando Insistentemente a escola tem apostado em actividades como repeti o de avalia es por vezes correndo o risco de baixar o n vel de exig ncia aulas e provas de recupera o no sentido de combater o insucesso escolar que tem sido medido apenas atrav s das classifica es avalia es nas disciplinas ignorando na pr tica a realidade do aluno que vai al m do aspecto cognitivo Acreditando que uma escola para todos aquela capaz de atender s necessidades ou particularidades do universo estudantil de modo a minimizar as diferen as entre as condi es de possibilidade de sucesso pensamos ser importante atender a que o consumo de lcool motivado por factores diversos tamb m faz parte da realidade dos educandos de hoje e esta ou qualquer outra realidade sempre que poss vel dever ser tida em conta no empenho do desenvolvimento e da educa o dos nossos educandos Finalmente pensamos ser importante real ar que a realidade que conhecemos como agentes da educa o bem como os resultados do nosso estudo nos levam a referir que se certo que a maioria dos nossos alunos n o consome lcool ou consome ocasionalmente tamb m certo que existe uma percentagem preocupante que consome e o trabalho que se mostra ser necess rio fazer dever ser dirigido aos que consomem no sentido de combate bem com aos que n o c
76. e n indiv duos pertencentes a um padr o de covari veis onde as observa es s o independentes e a probabilidade de sucesso a constante a vari vel Y que conta o n mero de sucessos entre os n indiv duos segue uma distribui o binomial de par metros n e Ti Y A Binomial n i Assumindo que n conhecido a fun o massa de probabilidade da vari vel Y tem a forma n 3 ie f 0 5 m A r AR 3 3 com y 0 1 n e 7 0 1 A express o 3 3 pode ser escrita na forma 22 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA fO T ex J l z Yi es nf Ti Jem In l z emp 3 4 l z y Note que a express o 3 4 tem a forma da fun o de probabilidade apresentada em 3 2 o que comprova que a distribui o binomial membro da fam lia exponencial Neste caso os par metros da distribui o s o e D II 5 fe SN pa EIN Es ale SY e b 0 n In l 7 conf i 6 z Consequentemente A E 7 Sendo o par metro can nico 0 In ent o 7 E e l 7 b 0 n In l e e o valor m dio e a vari ncia da distribui o binomial s o tais que E Y u b 0 n 7 3 5 0 Var Y b 0 n nm 0 7 3 6 1 e No caso particular quando n 1 ou seja quando os dados n o est o agrupados y 0 1 estamos perante uma distribui o de Bernoulli Com efeito Yi laye 4 FQ 4 m A r 5 23 MODELO DE REGRES
77. e no ensino secund rio 60 Figura 4 Insucesso escolar segundo o g nero er erereeeeereeereeenranna 60 Figura 5 Distribui o da amostra por faixa et ria ee reeereereeerraa 62 Figura 6 Primeiro consumo de lcool segundo o g nero e a faixa et ria 63 Figura 7 Local do primeiro consumo segundo o g nero renas 64 Figura 8 Local do primeiro consumo segundo a faixa Caria eee eeeeseeseeeneecnsecnseceseeeseeees 64 Figura 9 Companhia no primeiro consumo segundo a faixa et ria e O g nero 65 Figura 10 Distribui o do consumo por g nero e por faixa Ctaria eee eseesecsseceneceseeeeeees 65 Figura 11 Quantidade consumida segundo a faixa et ria eres 67 Figura 12 Quantidade consumida segundo 0 g nero erre 68 Figura 13 Consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio segundo a faixa et ria serii leet rosadas paga sea gst SUS ees heated ees them os dadei o dei cate SEG ee eet 69 Figura 14 Consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio segundo o PELO 106 KO aR eC RREO ERROR AR OR ER Pere eee eC RREO 69 1X LISTA DE TABELAS Tabela 1 Caracter sticas de alguns modelos lineares generalizados eeseesseesseceseceneeeeeees 20 Tabela 2 Tabela de conting ncia para testes de diagn stico 45 Tabela 3 Representa
78. e os que consomem ocasionalmente uma vez ou menos por m s Face ao resultado Freyssinet Dominjon e Wagner 2006 referem que a maioria dos jovens mesmo n o assumindo espontaneamente que 95 DISCUSSAO DOS RESULTADOS s o consumidores n o recusam beber um copo de champanhe em determinada ocasi o e tomar um aperitivo em fam lia mas os seus consumos s o ao mesmo tempo ocasionais e irregulares e o perfil destes est muito pr ximo dos abst micos Relativamente s outras frequ ncias de consumo os nossos resultados demonstram que um aluno que consome 2 ou 3 vezes por m s tem o dobro da chance de ter insucesso escolar quando comparado com aquele que abst mico ou consome ocasionalmente e o aluno que consome pelo menos uma vez por semana tem uma chance tr s vezes maior de ter insucesso escolar quando comparado com aquele que consome ocasionalmente ou que abst mico Estes resultados s o consistentes com entre outros resultados os de Webb et al 2007 que revelam que os indiv duos que apresentam reten es ingerem maiores quantidades de lcool e adoptam h bitos de ingest o mais frequentes Pelo exposto percebemos que existe uma rela o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar Segundo a literatura tanto o insucesso escolar pode ser uma consequ ncia do consumo de lcool como o consumo de lcool pode ser uma consequ ncia do baixo rendimento escolar O rendimento escolar indesejado ou aqu m da real cap
79. e temos que na adolesc ncia chega a atingir patamares maiores em rela o ao consumo entre adultos Em Cabo Verde a situa o preocupante Apesar de existirem poucos dados estat sticos ponto assente que o consumo vem aumentando e elevado Dados datados de 2002 apontaram para 40 3 da popula o como sendo consumidora de lcool Segundo os dados do Minist rio da Sa de de 2004 a 2007 houve um aumento significativo de bitos na popula o originados pelo consumo de lcool J em 2007 o inqu rito sobre as doen as n o transmiss veis levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estat stica refere que 53 0 da popula o consome lcool sendo que 3 0 das mulheres e 6 0 dos homens consomem de forma excessiva Em 2008 este fen meno foi considerado a terceira causa de morte no pa s pelas implica es directas e indirectas Preocupante ainda o facto deste consumo estar a aumentar entre os mais novos atingindo uma idade cada vez mais baixa Mesmo n o havendo dados estat sticos recentes o inqu rito sobre factores de risco de doen as n o transmiss veis realizado nas escolas secund rias de Cabo Verde em 2005 pela organiza o n o governamental Associa o Z Moniz com o apoio da Universidade Nova de Lisboa Instituto de Higiene e Medicina Tropical mostra que 39 3 dos INTRODU O inguiridos com idade entre 13 e 16 anos consumia lcool e 18 0 dos jovens com idade compreendida entre 6 e 11 an
80. ealizado actividades alusivas ao consumo de lcool Por exemplo em Novembro de 2011 a Associa o Cabo verdiana de Preven o de Alcoolismo ACPA realizou um debate alusivo ao tema Alcoolismo uma urg ncia nacional no qual o presidente nacional deixou o seguinte alerta O sofrimento que o alcoolismo vem causando num n mero apreci vel de fam lias as grandes repercuss es ao n vel do trabalho da sa de das pessoas e do desenvolvimento da juventude fazem com que ele seja considerado de modo apropriado uma urg ncia nacional Este esfor o dever abranger as reas da educa o da preven o da legisla o e regulamenta o do controlo da produ o dos pre os das bebidas alco licas da publicidade bem como do tratamento e da reinser o social Jorge Carlos Fonseca Presidente de Cabo Verde Expresso das Ilhas 11 11 2011 12 REVISAO DA LITERATURA Ao lado da forte promo o do consumo de lcool no pa s particularmente atrav s da publicidade e dos eventos culturais outras associa es e sectores da sa de t m levado a cabo actividades diversas de sensibiliza o para atitudes saud veis referentes ao consumo de lcool Entretanto o consumo de lcool n o tem demonstrado sinais de diminui o o que nos leva a pensar que urgente e necess rio um trabalho mais profundo no sentido de combater o elevado consumo em particular o consumo entre os jovens e adolescentes Acreditamos que o se
81. elementos h representam a influ ncia de y sobre Y Sendo o modelo definido por Y XB no caso da regress o log stica H dada pela express o onde W representa uma matriz diagonal de ordem n cujo i simo elemento definido por w 7 1 7 Assim os elementos principais de H denominados leverage s o dados pela T T 1 7T aoe express o h w x X WX x onde x representa a i sima linha da matriz das n covari veis Prova se que gt h p sendo p o n mero de par metros no modelo e que ial 2p O lt h lt 1 e valores elevados de h h gt correspondem a pontos extremos observa es n at picas Mas h n o depende apenas de x como tamb m dos estimadores dos par metros do modelo atrav s de w Assim pontos extremos n o correspondem necessariamente apenas a valores elevados do leverage Assumindo que E r O r dado por 3 29 um res duo padronizado definido por 46 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Va Var 1 h R Sendo Var Y x m E Y x I E Y x m 7 1 7 a vari ncia de um res duo aproximadamente igual a m 7 1 7 1 Partindo das defini es do res duo de Pearson em 3 30 e do desvio residual em 3 29 pode se definir o res duo de Pearson R e o desvio p residual padronizados R AMT gt Res duo de Pearson padronizado R Jm z 2 0 h gt Desvio residual padronizado
82. em quest o Sendo M o modelo corrente e S o modelo saturado define se como desvio residual do modelo corrente D M S o valor da express o 2 1 B 1 D M S len E 3 27 Relembrando que no caso particular do modelo de regress o log stica e expressando o m todo de AIC em fun o do desvio residual do modelo corrente o processo consiste em encontrar um modelo que minimiza a quantidade AIC D M S 2p 2 B Existem alguns m todos autom ticos que podem ser utilizados na decis o de incluir e excluir vari veis do modelo O m todo stepwise dos mais utilizados Essencialmente este processo calcula uma sequ ncia de equa es adicionando sentido forward ou excluindo sentido backward a cada passo uma vari vel independente O crit rio para adicionar ou excluir uma vari vel pode ser previamente estabelecido como por exemplo os valores p associados e o AIC Por exemplo usando o crit rio de informa o de Akaike AIC a cada passo do stepwise verificado se a inclus o ou a exclus o de uma vari vel independente faz com que o AIC diminua Este processo inicia se com o ajustamento do modelo nulo e adiciona uma vari vel de cada vez seleccionando em primeiro lugar a que mais importante de acordo com o crit rio estabelecido efectuada uma compara o entre o modelo sem e o modelo com a covari vel inclu da Caso n o seja importante a inclus o da covari vel no modelo ini
83. em se calcular as estimativas das probabilidades ajustadas exp A Leon At DA s j l 3 14 m x 2 3 Teste de signific ncia dos coeficientes Depois de se ter ajustado o modelo pode se testar a signific ncia import ncia estat stica das covari veis presentes no modelo Este processo envolve a aplica o de testes de hip teses 29 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Segundo Hosmer e Lemeshow 1989 uma justifica o para testar a signific ncia do coeficiente de uma covari vel em qualquer modelo est relacionada com a seguinte quest o o modelo que inclui a covari vel em quest o diz mais sobre a vari vel resposta do que o modelo que n o inclui a covari vel A quest o pode ser formulada em termos de hip teses Ho p 0 versus Hs p0 Entretanto nalgumas situa es podemos questionar se poss vel reduzir um determinado modelo excluindo um conjunto de q covari veis sem prejudicar o ajustamento aos dados Considerando E o conjunto dos q ndices das covari veis que se pretende excluir do modelo as hip teses a testar podem ser representadas por H 6 0 VjeE versus H Ajek B 40 Estas restri es podem ser escritas sob a forma matricial CB 0 onde C representa uma matriz gx k 1 cujas linhas s o as q linhas de uma matriz identidade k 1 x k 1 associadas s q covari veis Para decidir se conv m reduzir o modelo compara se os valores observados com os ajustados da vari ve
84. emos avalia o da qualidade de ajustamento a capacidade de descriminar os indiv duos nos dois grupos da vari vel resposta e a interpreta o dos par metros 82 APRESENTACAO DOS RESULTADOS I Qualidade de ajustamento Para testar se cada um dos modelos se ajuste bem aos dados aplicamos o teste de Hosmer Lemeshow Para os tr s casos verificou se que o teste n o foi significativo os valores p s o superiores a 0 05 pelo que n o rejeitamos nenhuma das hip teses nulas ou seja conclu mos que todos os modelos ajustem se bem aos dados Sendo os modelos A e C encaixados realiz mos um teste de verosimilhan a para compar los Atendendo aos resultados valor p 0 003 conclu mos que o modelo C ajuste se melhor aos dados e nota se que este apresenta um menor AIC Tabela 19 Medidas de qualidade de ajustamento dos modelos AIC Teste de Hosmer Lemeshow Curva ROC 2 Valor p AUC AHL Modelo A 554 9 6 541 0 59 0 792 Modelo B 602 4 1 376 0 98 0 714 Modelo C 547 6 7 486 0 49 0 804 Para medir a capacidade de cada modelo classificar correctamente os alunos pertencentes categoria Apresenta insucesso e os pertencentes categoria N o apresenta insucesso calculamos a rea delimitada pela curva ROC AUC Figura 15 Apesar do modelo B revelar uma capacidade de discrimina o aceit vel AUC 0 714 gt 0 6 quando comparado com o modelo A este ltimo apresenta uma capacidade melhor ou seja
85. eral A palavra insucesso de origem latina insucessu m significa mau resultado ou mau xito Tais defini es levam a encarar o insucesso escolar como um problema do aluno que depende do seu grau de intelig ncia Entretanto com o avan o das investiga es na rea da educa o viu se que n o poss vel estabelecer uma rela o de casualidade entre insucesso escolar e intelig ncia do aluno e o insucesso escolar deixa de ser um problema da responsabilidade exclusiva do aluno passando a ser um fen meno social e de car cter massivo Benavente 1990 Geralmente o insucesso escolar adv m do regime anual de aprova o reprova o dos alunos atingir ou n o metas educativas dentro de um determinado per odo de tempo estabelecido que se baseia numa estrutura de avalia o caracter stica do sistema de ensino Portanto o insucesso institucionalmente considerado baseia se numa taxa de reprova o ou mesmo de abandono escolar Entretanto o insucesso escolar vai al m do certificado pela escola pois e segundo Formosinho 1991 a educa o tem como objectivo n o s transmitir conhecimentos e t cnicas como tamb m transmitir normas valores cren as h bitos e atitudes e promover o desenvolvimento integral do educando Assim e segundo o referido autor o insucesso educativo individual pode ser na instru o na socializa o ou ainda na integra o Outros autores tamb m defendem que o sucesso insucesso escolar
86. es de ir a um teste Ter rflau resultado num teste por causa das bebidas N o fe lembrar de nada ap s ter bebido lcool Agrade o a tua preciosa colabora o pois sem ela n o poss vel a realiza o do estudo Crisolita Sousa de Brito ANEXOS Anexo C C digo do R ANEXOS Apresentam se apenas os c digos do R utilizados na constru o dos modelos A B eC dados a matriz que cont m os dados as observa es 1 Constru o do Modelo A gt modelo0 glm Insucesso 1 family binomial logit data dados modelo nulo gt library MASS O stepAIC selecciona o modelo ntre o modelo nulo e o modelo maximal que tenha o menor AIC gt stepA stepAIC modelo0 direction both scope list upper Id Anot Pb Gost a Fm I ntF AcompF Dific Exig lower0 1 trace 1 gt stepASanova An lisando a signific ncia dos par metros no modelo seleccionado pelo stepwise gt summary stepA gt modA glm insucesso Ano Id Fm Pb family binomial logit data dados Testando a interac o entre vari veis gt modAl glm Insucesso Ano Id Fm Pb Ano Id family binomial logit data dados gt modA2 glm Insucesso Ano Id Fm Pb Ano Fm family binomial logit data dados gt modA3 glm Insucesso Ano Id Fm Pb Ano Pb family binomial logit data dados gt modA4 glm Insucesso Ano Id Fm
87. escolar e de uma certa forma pode influenciar o abandono do ensino secund rio e consequentemente resultar numa menor percentagem da classe estudantil no 3 ciclo como tamb m se evidencia na amostra estudada Um aspecto curioso dos nossos resultados o facto de alunos com 14 anos de idade corresponderem a outliers ver Figura 2 para o 9 ano de escolaridade quando 14 anos idade normal para o referido ano de escolaridade Tal facto deve se provavelmente s reten es ocorridas nos primeiros anos do secund rio 7 8 ou 99 pois segundo os dados do Minist rio da Educa o e Desporto 2011 estes s o os anos com os maiores ndices de reten es Entende se que o insucesso escolar n o uma fatalidade mas sim um fen meno que est relacionado com tr s realidades a do aluno a do meio social e a da escola Benavente 1990 Atendendo aos nossos resultados o consumo de lcool faz parte da realidade dos alunos do ensino secund rio e est associado ao insucesso escolar Passaremos discuss o dos resultados referentes a esta realidade de consumo e sua rela o com o insucesso escolar 87 DISCUSSAO DOS RESULTADOS I Comportamentos de consumo Enquadrando se com os relatos em outros estudos nacionais e internacionais Antunes amp La ador 2011 Penchansky et al 2004 Alves 2010 uma grande parte da nossa amostra 69 0 referiu j ter ingerido lcool Embora n o apresentemos uma idade m dia
88. este n o param trico de Mann Whitney O teste revelou evid ncia para afirmar que a distribui o da vari vel idade igual nos dois g neros valor p 0 43 verificando portanto uma igualdade entre as idades m dias dos g neros 291 289 279 227 10 11 12 7 8 9 Ano de escolaridade Figura 2 Variabilidade da idade segundo o ano de escolaridade Os inquiridos distribuem se pelos tr s ciclos do ensino secund rio 44 9 da amostra frequenta o 1 ciclo 31 3 frequenta o 2 ciclo e os restantes 23 8 frequentam o 3 ciclo A idade dos alunos do 1 ciclo varia entre 12 e 18 anos a dos alunos do 2 ciclo varia entre 14 e 19 anos e a idade dos alunos no ltimo ciclo varia entre 16 e 21 anos Figura 2 18 dos respondentes s o maiores de idade com idade superior a 17 anos frequentando o 9 o 10 o 11 ou o 12 ano de escolaridade Atendendo idade normal para frequ ncia de cada ciclo constatamos que em todos os ciclos existe uma percentagem de distor o idade ciclo ou seja de alunos que est o atrasados na escola 58 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Relativamente ao tipo de agregado familiar a familia monoparental a mais comum entre os inquiridos 41 2 seguida da familia nuclear 35 5 Uma percentagem relativamente baixa 2 7 esta integrada numa familia reconstituida e os restantes 20 7 referiram morar sem ambos os progenitores sozinhos ou sob os cuidados de familiares pr ximos ou amigos da
89. faixa et ria Amostra G nero Faixa et ria n 338 Feminino Masculino 12 14anos 15 17anos gt 17 anos Idade n 174 n 164 n 49 n 214 n 75 0 5 anos 0 3 0 0 0 6 0 0 5 0 6 1 lanos 13 2 10 4 16 1 18 4 14 2 6 8 12 17anos 81 1 85 5 76 4 81 6 85 3 68 9 gt 17 anos 5 4 4 0 6 8 0 0 24 3 63 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Na amostra e em ambos os g neros a maioria dos alunos que j experimentaram lcool elegeu uma festa como o local do primeiro consumo e os amigos como a companhia nesse consumo Os resultados dos testes de independ ncia evidenciaram exist ncia de associa o do local do primeiro consumo tanto com o g nero valor p 0 05 como com a faixa et ria valor p 0 03 A an lise inferencial revelou tamb m evid ncias de associa o entre a companhia no primeiro consumo e o g nero valor p 0 02 e associa o entre a companhia no primeiro consumo e a faixa et ria valor p 0 03 120 100 80 60 40 20 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 94 76 66 35 Em casa Casa de Festa Discoteca Outros amigos W fFeminino Masculino Figura 7 Local do primeiro consumo segundo o g nero Em casa Casa de Festa Discoteca Outros amigos 12 14anos E 15 17anos gt 17anos Figura 8 Local do primeiro consumo segundo a faixa et ria Relativamente ao g nero pese embora os amigos fossem a companhia eleita nos dois grupos s o as alunas quem em maior
90. fam lia Uma percentagem relativamente consider vel dos inquiridos n o apontou o n vel de escolaridade e a profiss o dos pais o que na nossa ptica deve se de entre outras poss veis raz es ao facto de alguns respondentes n o pertencerem ao mesmo agregado familiar dos pais Assim n o dispomos de informa o relativamente ao n vel de escolaridade dos pais 21 2 e das m es 14 9 bem como profiss o dos pais 18 6 e das m es 7 3 Devido a esta falta de informa o n o utiliz mos as vari veis n vel de escolaridade e estatuto profissional dos pais na nossa an lise Entretanto optamos por referir que nos dados obtidos tanto no caso dos pais como no das m es a maioria estudou at ao ensino b sico 46 1 dos pais e 48 0 da m es e a segunda maior por o estudou at ao ensino secund rio 24 6 dos pais e 25 9 das m es Uma percentagem dos progenitores 7 3 dos pais e 13 7 das m es considerada analfabeta e ainda 22 0 dos pais e12 5 das m es t m forma o superior No tocante profiss o dos progenitores constatamos que a maior por o tanto dos pais como das m es pertence classe de Profiss es Elementares as m es particularmente s o maioritariamente empregadas dom sticas e a menor por o est reformada 2 0 dos pais e 0 2 das m es Enquanto para os pais a segunda maior por o 28 1 pertence classe Executante Administra o P blica para as m es a segunda maior
91. ficients gt OR gt IC_OR exp confint modeloA gt IC_OR 2 Constru o do Modelo B gt stepB stepAIC modelo0 direction both scope list upper ConsumotIdtAnot Pb GostatFm IntF AcompF Di fic Exig lower0 1 trace 1 gt stepBSanova gt summary stepB para an lise de signific ncia dos coeficientes gt modB gIm insucesso Ano Id Consumo Pb Fm family binomial logit data dados gt summary modB Estudando intera o com o consumo gt modBl glm Insucesso Ano Id Consumo Pb Fm Consumo Id family binomial logit data dados gt summary modB1 gt modB2 glm Insucesso Ano Id Consumo Pb Fm Consumo Ano family binomial logit data dados gt summary modB2 gt modB3 glm Insucesso Ano Id Consumo Pb Fm Consumo Fm family binomial logit data dados gt summary modB3 gt modB4 glm Insucesso Ano Id Consumo Pb Fm Consumo Pb family binomial logit data dados gt summary modB4 Testando a exist ncia de factores de confus o gt modId glm Insucesso Consumotid family binomial logit data dados gt summary modId gt modAno glm Insucesso ConsumotAno family binomial logit data dados gt summary modAno gt modFm glm Insucesso ConsumotFm family binomial logit data dados gt summary modFm gt modPb glm Insucesso Con
92. forme o respondente se considera com ou sem o atributo em quest o Primeiro consumo de lcool refere se idade ao local e companhia na primeira experi ncia com o lcool Consumo frequente de lcool neste grupo est o as vari veis referentes ao consumo Consumidor N o consumidor ao local de consumo companhia habitual de consumo aos dias da semana para o consumo frequ ncia quantidade habitualmente consumida e s motiva es de consumo Incluem se tamb m a frequ ncia de consumo binge nos ltimos 30 dias que antecede a aplica o do question rio a frequ ncia de embriaguez na vida a bebida mais consumida os aspectos prejudicados pelo consumo o consumo entre os amigos mais pr ximos o consumo regular e problem tico na fam lia e a frequ ncia da ocorr ncia das consequ ncias ap s o consumo de lcool Limita es do estudo Como qualquer estudo onde a colheita de dados se faz atrav s de question rios o nosso estudo apresenta algumas limita es Uma delas refere se quest o que se possa levantar relativamente fidelidade dos dados uma vez que s o colhidos entre adolescentes que podem negar o consumo quando realmente consomem ou ent o inflacionar os valores de consumo relatando orgulhosamente que consomem quando realmente n o o fazem ou pelo menos n o o 54 METODOLOGIA fazem no padr o assumido Entretanto se por um lado seria poss vel conseguir atrav s de dad
93. g2 0 8130 0 3528 2 305 p lt 0 05 Freg3 1 2582 0 3963 3 174 p lt 0 01 Anos 0 2321 0 3226 0 720 p gt 0 1 Ano9 0 4870 0 4017 1 212 p gt 0 1 Anol0 1 7393 0 4602 3 780 p lt 0 01 Anoll 2 9663 025975 4 964 p lt 0 01 Ano12 3 2766 0 6720 4 876 p lt 0 01 Id2 1 8866 0 3587 5 259 p lt 0 01 Id3 3 9525 0 6374 6 201 p lt 0 01 Fm1 0 5602 0 2736 2 048 p lt 0 05 Pb1 0 6934 0 3018 2 297 p lt 0 05 Desvio Residual 526 23 AIC 552 23 Uma vez que a categoria Consumidor ocasional Freq1 da vari vel frequ ncia de consumo n o se mostrou significativa opt mos por redefinir a vari vel associando as duas primeiras categorias N o consumidor e Consumidor ocasional passando assim a considerar N o consumidor ou Consumidor ocasional como categoria de refer ncia desta covari vel Prosseguindo a an lise test mos exist ncia de interac o entre as vari veis Nenhuma interac o com a vari vel frequ ncia de consumo mostrou se significativa mas existindo a 81 APRESENTACAO DOS RESULTADOS interac o significativa entre as vari veis faixa et ria e percurso escolar no ensino b sico opt mos por incluir esse termo de interac o no modelo Mais uma vez a inclus o do termo de interac o alterou o n vel de signific ncia da covari vel percurso b sico mas atendendo aos resultados do teste de raz o de verosimilhan a valor p lt 0 05 permanecemos como a covari vel no modelo Ao contr rio do sucedido na selec
94. ge ees eee eeseeeseceteeeeeeees 74 Tabela 17 Resultados da an lise univariada rela o entre o insucesso escolar e cada uma das COVANL VEIS eiei nd E EE Sadino E s leg tase EAEE EE ys Dada its dou d anata nse ga Dea So sua gees 76 Tabela 18 Associa o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar antes e depois da aplica o do propensity SC re szaeceisniraco use eteceaes ento eian teaiin ia aiaee it eiseni iee 81 Tabela 19 Medidas de qualidade de ajustamento dos modelos 0 0 0 0 eeeeeseeeseeneecnseceseceseeeseeees 83 Tabela 20 Odds ratio das covari veis e seus respectivos intervalos de confian a nos modelos A OR OR NIR RE RR eet SRT RR E ERC ERROR RPPS DER RD 85 CAPITULO I INTRODUCAO Todo o consumo se inscreve num conjunto de regras de saber viver e de c digo de civilidade A fuga a tais regras pode expor a sociedade a situa es que prejudicam a sua pr pria qualidade de vida Nas ltimas d cadas o consumo de lcool vem aumentando constituindo deste modo um motivo de preocupa o mundial pelos riscos que pode acarretar sa de e n o s De acordo com a Organiza o Mundial de Sa de OMS a mortalidade e a limita o da condi o funcional social associada ao consumo de lcool superam as que est o associadas ao tabagismo viol ncia SIDA e a outras doen as O consumo de lcool espalha se pelos diversos segmentos sociais inclusiv a classe dos adolescentes e a impress o qu
95. i o s doen as sexualmente transmiss veis 2 1 O consumo de lcool por adolescentes em Cabo Verde A somar s outras bebidas alco licas uma das produ es nacionais particularmente nas duas maiores ilhas do pa s Santo Ant o e Santiago a aguardente grogue lcool muito comercializado e consumido internamente sendo tamb m um dos produtos exportados do pa s Devido ao seu baixo custo este produto de f cil acesso para qualquer classe social do pa s Apesar de existirem poucos dados estat sticos ponto assente que o consumo de lcool elevado no pa s Se em 2008 o lcool foi considerado a s tima causa de morte em Cabo Verde dados actuais do Minist rio da Sa de apontam no como a terceira causa pelas consequ ncias directas e indirectas do seu consumo Por exemplo segundo os dados do Hospital da Ribeira Grande Santo Ant o em 2009 os internamentos no servi o de medicina devido ao consumo de lcool ocuparam 20 do total de 683 internamentos o que retrata a problem tica que tem sido o alcoolismo em Ribeira Grande As not cias nacionais pelos diversos meios de comunica o as actividades levadas a cabo pelas diversas entidades ligadas problem tica do consumo de lcool bem como as preocupa es das entidades governamentais dadas a conhecer ao p blico nacional mostram 11 REVISAO DA LITERATURA que assente que o consumo de lcool elevado e este atinge tamb m os mais nov
96. i ncia com o lcool acontece em casa durante uma refei o e num momento festivo O segundo estilo caracteriza se por ocasi es em que os indiv duos organizam as suas actividades de modo a estarem com os amigos e na aus ncia dos familiares Neste estilo o que conta a experi ncia como o todo passando a ser normal qualquer efeito adverso do lcool como a ressaca entre outros O estilo Experimental que est associado maioridade e possibilidade de frequentar as discotecas caracteriza se pela procura por parte do consumidor de novas experi ncias com o lcool que s o proporcionadas quer por novas bebidas quer por novos contextos ou mesmo por novos parceiros de consumo Os pr ximos tr s estilos Sociable Recreational e Safe est o relacionados com um maior controlo por parte do consumidor o que evidenciado segundo os autores pela transi o da adolesc ncia para a fase adulta No estilo Sociable o consumidor v o consumo como um facilitador de rela es sociais e portanto o consumo moderado No estilo Recreational em que geralmente ocorre a mistura de bebidas o consumidor desperta o gosto pela embriaguez e planeia encontros com os amigos geralmente aos fins de semana para se embriagarem No estilo Safe o indiv duo pretende conservar o seu bem estar f sico e social procurando minimizar os riscos de causar danos tanto a si como aos outros Alguns consumidores dimi
97. ia Figural0 Em termos percentuais s o os alunos com idade superior a 17 anos que mais assumiram consumir lcool Tabela 6 a Percentagem do g nero no grupo de alunos que consome b Percentagem da faixa et ria no grupo de alunos que consome eminino gt 17ano 5 28 Figura 10 Distribui o do consumo por g nero e por faixa et ria 65 APRESENTACAO DOS RESULTADOS A companhia de consumo frequente eleita foi a dos amigos 88 6 sendo o consumo sozinho o menos apontado 1 6 Verificou se associa o entre o consumo e a faixa et ria valor p lt 0 05 e entre a companhia de consumo e a faixa et ria valor p lt 0 05 Tabela 6 Consumo e companhia de consumo segundo o g nero e a faixa et ria Amostra G nero Faixa et ria Feminino Masculino 12 14 anos 15 17 anos gt 17 anos Consumo n 490 N o Consumidor 60 4 61 5 59 3 84 6 57 3 36 0 Consumidor 39 6 38 5 40 7 15 4 42 7 64 0 Companhia de consumo n 194 Amigos Colegas 88 6 84 4 88 9 57 9 87 8 94 5 Familiares 11 6 14 4 9 1 31 6 11 3 5 5 Sozinho 1 6 1 1 2 0 10 5 0 9 0 0 Constatamos que com o avan ar da faixa et ria diminui a por o de alunos abst micos aumenta a por o de alunos que consomem na companhia dos amigos enquanto a por o dos que consomem na companhia dos familiares e a percentagem de alunos que consomem sozinhos diminuem Tabela 6 E de referir ainda que nenhum aluno com idade superior
98. imites do quotidiano da escola mas sim atender aos problemas da comunidade no sentido de compreender na totalidade os factores associados ao insucesso Como j referido um dos factores que pode influenciar o sucesso insucesso escolar a qualidade individual do educando Entretanto o insucesso escolar tamb m pode ter algum efeito emocional no aluno como por exemplo na sua auto estima ou na motiva o para seguir adiante com os estudos Quanto maior a dimens o do problema emocional e n o s do aluno maior a dificuldade que este ter em responder positivamente s suas tarefas em particular s acad micas Assim seja o insucesso causa de um dist rbio emocional ou consequ ncia de alguma limita o ou da realidade pr pria do aluno resolver o problema do aluno poder implicar de uma certa forma um combate ao insucesso escolar Nesta ptica n o podemos distanciar a quest o do insucesso sucesso escolar de um aspecto de sa de mesmo n o o considerando uma doen a Segundo a Organiza o Mundial de Sa de OMS os determinantes sociais de sa de s o as condi es em que as pessoas nascem crescem vivem trabalham e envelhecem incluindo o sistema de sa de Mesmo no tocante pr pria doen a hoje fala se num modelo multicausal segundo o qual as causas biol gicas e f sicas da doen a est o relacionadas com v rias outras incluindo factores ambientais e sociais Portanto nenhum aspecto psicol gico socia
99. ior a 1 a covari vel est associada negativamente vari vel resposta ou seja a probabilidade de ocorr ncia de sucesso maior na categoria de refer ncia Particularmente nos estudos ligados sa de quando um odds ratio superior a 1 a vari vel correspondente considerado um factor de risco para 0 sucesso em quest o A Atendendo propriedade de invari ncia dos estimadores a partir da estimativa J pode se obter um intervalo de confian a para o odds ratio ef T Zi a 2 V few Zia V 3 25 35 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA 2 6 Interac o e factores de confus o Muitos estudos estat sticos s o desenhados para analisar uma associa o entre a vari vel resposta e uma vari vel independente em particular geralmente denominada factor de exposi o Quando o efeito do factor de exposi o f sobre a vari vel resposta depende dos valores assumidos por uma segunda vari vel explicativa f estamos perante a exist ncia de uma interac o entre as vari veis f e f2 A vari vel fo habitualmente denominodo modificador de efeito Existindo interac o o modelo de regress o deixa de ser aditivo pois a interac o expressa no modelo atrav s de uma vari vel que representa o produto dos factores de interac o fj f2 Seja f definida tal que f 0 se n o exposto e f 1se exposto e fz a covari vel que por exemplo divide a amostra segundo o g nero dos indiv duos com f 0 se femi
100. isolita Sousa de Brito ANEXOS Anexo B O question rio ANEXOS Este questionario faz parte de um estudo intitulado A influ ncia do consumo de alcool no insucesso escolar dos alunos do ensino secund rio de S o Vicente Cabo Verde para a obten o do grau de mestre em Bioestat stica Sendo AN NIMO gostaria que respondesses a cada uma das quest es que se segue com espontaneidade e sinceridade assinalando sempre com um X no quadrado ou espa o correspondente tua op o Idade Sexo oF oM Ano Escolar 07 8 9 10 11 12 INFORMA O FAMILIAR 1 Com quem vives escolha m ltipla Pai M e Irm os Av s Outros Quem 2 Qual n vel de escolaridade dos teus pais e Pai mAnalfabeto 0 6 Ano 7 10 ano 11 12 ano mForma o Superior e M e mAnalfabeta 0 6 Ano 7 10 ano 11 12 ano aFormagao Superior 3 Qual a profiss o dos teus pais Pai M e Il PERCURSO ESCOLAR 1 J alguma vez repetiste um ano escolar Sim N o 1 1 Se Sim assinala no ano de reprova o o n mero de vezes que reprovaste Anodeescolaridade 1 2 3 4 6 6 79 a oo 10 11 12 Nimerodereprovacces
101. itos Cunha 2004 a oferta de lcool ou a permiss o do seu consumo numa idade precoce estar longe de fazer que esta seja um modelo saud vel podendo influenciar os h bitos alco licos dos adolescentes Pechansky et al 2004 Nem todos os alunos que admitiram j ter tido uma primeira experi ncia com o lcool referiram consumir lcool com alguma frequ ncia o que poder mostrar que por vezes o primeiro consumo por mera curiosidade ou influ ncia do momento Os nossos resultados evidenciam uma percentagem de consumo frequente 40 0 independente do g nero mas associado faixa et ria sendo que a percentagem de alunos que consomem lcool aumenta com o avan ar da faixa et ria O consumo de lcool por adolescentes segundo Penchanky et al 2004 e t cnicos nacionais ligados s ude e educa o o sin nimo do incumprimento e n o fiscaliza o da lei que pro be a venda ou oferta de bebidas alco licas a menores de 18 anos da mensagem publicit ria apelativa descontrac o e aventura e que incentiva o consumo de uma certa permissividade dos pais e da cultura da sociedade actual associada a uma mente facilmente influenci vel da adolesc ncia O consumo de lcool na adolesc ncia constitui uma preocupa o pelos diversos efeitos negativos que isso possa trazer em particular ao organismo que ainda est em desenvolvimento A maior parte do lcool consumido destru da no f gado atrav s da en
102. jectivos espec ficos da transi o da adolesc ncia para a idade adulta como o sucesso escolar e o emprego Assim e segundo os referidos autores quando mais cedo se come ar o padr o binge maiores s o os riscos de problemas na adolesc ncia e no futuro 10 REVISAO DA LITERATURA O consumo de lcool na adolesc ncia est associado a um conjunto de preju zos no desenvolvimento do adolescente e em resultados posteriores Atendendo s quest es neuroqu micas da fase de amadurecimento cerebral e s especificidades desta etapa da vida os preju zos decorrentes do consumo de lcool nos adolescentes s o diferentes dos evidenciados na fase adulta Um epis dio de consumo exagerado de lcool pode causar um blockout ou perda de mem ria para acontecimentos que ocorreram durante o epis dio de bebida A perda de memoria geralmente tempor ria mas pode persistir durante algum tempo depois do epis dio de bebida que a causou Geralmente entre 6 24 horas ap s o consumo exagerado ou prolongado de lcool o consumidor pode sofrer dos sintomas da ressaca como dores de cabe a tontura n usea e v mito fraqueza dos m sculos ou dor depress o e irritabilidade entre outros Os processos de pensamento e aprendizagem tamb m ficam afectados Ziegler et al 2005 Por outro lado o consumo de lcool nesta fase da vida aumenta a possibilidade de envolvimento em actividades sexuais sem protec o e consequentemente com maior expos
103. l ou mesmo comportamental do indiv duo bem como as condi es sociais que o influenciam podem ser ignorados REVISAO DA LITERATURA A sa de segundo a OMS um estado din mico de completo bem estar f sico mental espiritual e social e n o meramente aus ncia de doen a Assim sendo um aluno com insucesso escolar n o estar em conformidade com a pr pria defini o de sa de Mesmo que o aluno esteja ou acha que est em conformidade f sica e psicol gica tendo insucesso escolar j garante a inconformidade com o bem estar social uma vez que a norma social preconiza o desempenho escolar como correcto Portanto combater o insucesso escolar dos alunos tamb m preven o para o seu bem estar nas componentes da defini o de sa de Desta forma a educa o e a sa de est o relacionadas de tal forma que a frase para ter educa o preciso ter sa de e para ter sa de preciso ter educa o encontra se de certo modo no interior das pr ticas escolares Spazziani 2001 Entretanto e segundo Bagnato 1987 citado por Spazziani 2001 geralmente a contribui o dos programas para sa de s o reduzidos em rela o ao que prop e o programa curricular predominando m todos cient ficos e ac es pedag gicas que n o influenciam h bitos e atitudes embora a sa de escolar tenha como objectivo garantir objectivos necess rios para a aprendizagem reduzindo a taxa de insucesso escolar ou reten es
104. l resposta para cada um dos dois modelos o modelo sob as restri es e o modelo corrente Os dois modelos o corrente e o sob Ho que pretendemos comparar s o considerados modelos encaixados uma vez que um deles se obt m do outro excluindo pelo menos um dos termos Existem tr s estat sticas para testar hip teses referentes aos par metros de regress o as quais s o baseadas nas distribui es assint ticas dos estimadores de m xima verossimilhan a e nas fun es adequadas desses estimadores Estat stica de raz o de verosimilhan as ou Estat stica de Wilks Estat stica de Wald e Estat stica de Score ou de Rao Estat stica de raz o de verosimilhan as Esta estat stica baseada na raz o entre os m ximos das verosimilhan as dos dois modelos que se pretende comparar Sendo Mc o modelo corrente e Myo o modelo sob as restri es a estat stica de raz o de verosimilhan as definida pela express o DM go Mo 21 By By 3 15 30 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA em que os ndices de B indicam o modelo em que o par metro estimado Sob certas condi es de regularidade a estat stica D M M c segue sob Hy uma distribui o assintoticamente qui quadrado com k p graus de liberdade sendo k p a diferen a entre o n mero de par metros a estimar no modelo corrente e o n mero de par metros a estimar no modelo sob Ho Hosmer amp Lemeshow 1989 Portanto rejeita se Ho a um n vel
105. la um modelo n o deve conter vari veis desnecess rias e por outro lado todas as vari veis importantes devem constar no modelo Um n mero grande de covari veis pode fazer com que o modelo explique bem os dados mas tornando complexa a sua interpreta o e um n mero reduzido de covari veis no modelo pode conduzir a uma f cil interpreta o mas um ajustamento menos bom dos dados Antes de ajustar um modelo multivariado aos dados Hosmer e Lemeshow 1989 sugerem uma selec o das vari veis candidatas a explicar a variabilidade da vari vel resposta atrav s de uma an lise univariada descrevendo a vari vel resposta em fun o de cada uma das vari veis independentes no estudo Quando as covari veis s o nominais ordinais ou cont nuas com poucos valores inteiros diferentes esta an lise pode ser feita atrav s de uma tabela de conting ncia da vari vel resposta em fun o dos diferentes n veis de cada covari vel Essa an lise pode ser feita tamb m particularmente quando a covari vel cont nua atrav s de uma regress o log stica simples Hosmer e Lemeshow 1989 sugerem considerar como vari veis candidatas a explicar a variabilidade da vari vel resposta as que na an lise univariada se mostraram associadas vari vel resposta a um n vel de signific ncia menor ou igual a 0 25 38 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Z Uma vez definido o conjunto de covari veis a ser inclu do no modelo importante pensa
106. lcool Independentemente do g nero e da faixa et ria os alunos consomem maioritariamente aos fins de semana e na companhia dos amigos S o os mais velhos que mais consomem mas a frequ ncia de consumo e a quantidade consumida levam a alguma preocupa o uma vez que os alunos com idade inferior a 18 anos tendem a seguir um padr o semelhante aos de idade superior a 17 anos Relativamente ao g nero s o os rapazes que consomem com maior frequ ncia e em maiores quatidades A facilidade de acesso a produ o e o baixo custo devem ser algumas das justifica es do Ponche ser a bebida alco lica mais consumida entre os alunos Existe por m uma percentagem fundamentalmente de alunos mais velhos que consome bebidas destiladas com maior frequ ncia Pensamos ser preocupante o facto de um pouco mais de metade dos alunos n o abst micos correspondendo a 21 4 da amostra estudada ter tido pelo menos um epis dio de consumo 97 CONCLUSAO binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio e 25 0 da amostra j ter pelo menos um epis dio de embriaguez na vida Conclu mos que s o os alunos que consomem lcool e os que apresentam epis dios de consumo binge os que apresentam maiores ndices insucesso escolar quando comparados com os demais e medida que aumenta a frequ ncia de consumo e a quantidade consumida aumenta a incid ncia de insucesso escolar O consumo de lcool constitui um factor de
107. lescentes s o vulner veis a comportamentos de risco e portanto cabe aos adultos em particular aos servi os da educa o da sa de e a pr pria fam lia interferirem de modo a minimizar qualquer desvio de comportamentos e atitudes saud veis O consumo precoce de lcool uma das realidades desta fase que p e em risco esta concretiza o Para al m de outros danos sa de o efeito do lcool no c rebro nesta faixa et ria muito mais devastador se compararmos com o efeito no c rebro do adulto pois atinge regi es ligadas mem ria aprendizagem ao autocontrole e motiva o O preju zo na capacidade de processar novas informa es juntamente com as altera es na capacidade de concentra o e reten o pode prejudicar o desempenho escolar e o desenvolvimento das v rias habilidades de muitos adolescentes que fazem uso do lcool A escola que tamb m vivencia o problema do consumo de lcool entre os seus um cen rio privilegiado para a educa o para a sa de e para o saber viver O xito escolar est associado ao INTRODU O bem estar do aluno que por sua vez depende da boa atitude deste Portanto a escola actual que assenta nos quatro pilares da educa o de Jaques Delors aprender a conhecer aprender a fazer aprender a conviver com os outros e aprender a ser pretende uma compreens o dos factores que influenciam o insucesso escolar no contexto global dos seus educandos De acordo com
108. m presen a de um dos progenitores e do seu c njuge padrasto ou madrasta do inquirido Outros fam lia com aus ncia de ambos os progenitores O reduzido n mero de estudos sobre a classe social em Cabo Verde dificultou a defini o da vari vel baseada na profiss o dos pais A vari vel estatuto profissional tanto do pai como da m e categorizada baseada no estudo embora n o recente de Afonso 2002 da seguinte forma Classe 53 5 METODOLOGIA Independente N o Remunerada Classe Dirigentes T cnicos Classe Executante Administra o P blica Classe de Profiss es Elementares Reformados Desempregados As duas ltimas categorias n o constam do estudo da referida autora Vari veis escolares conjunto de vari veis que inclui o ano de escolaridade do inguirido o percurso escolar no ensino b sico com reten es sem reten es o n vel de escolaridade dos pais analfabeto ensino b sico ensino secund rio ou forma o superior e os atributos condicionantes do sucesso escolar gostar de estudar faltar muito s aulas bom ambiente familiar interesse familiar para os estudos acompanhamento familiar nas tarefas escolares dificuldades em acompanhar as mat rias considerar elevadas as exig ncias dos professores e considerar importante os estudos para o futuro Relativamente s vari veis consideradas atributos condicionantes do insucesso escolar estas recebem os valores Sim ou N o con
109. mente diferente de zero quando Hy n o verdadeira Assim a estat stica de Score U que analisa a diferen a entre cada componente de S B Mao E zero definida pela express o Bu JA ia a 0 UBu OB 3 18 Recorrendo a uma express o matricial a estat stica acima pode ser definida pela express o A A 1 A U S By ye hi Bu S Bm Sob Ho verdadeira U segue uma distribui o qui quadrado com q graus de liberdade Este teste particularmente til quando j se tem calculado o estimador restrito de 2 4 Intervalo de confian a para os par metros A estima o do intervalo de confian a consiste em determinar um intervalo L Ls onde com uma certa confian a probabilidade 1 o esteja o par metro p desconhecido Um intervalo de confian a para o par metro p baseado no seu respectivo teste de Wald Sendo z o quantil da normal padr o N 0 1 o intervalo de confian a para o par metro Ped 2 associado a um n vel de confian a a definido por 32 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Bitza VV B 3 19 A A sendo vp j uma estimativa da vari ncia de O c lculo e a interpreta o do intervalo de confian a s o tamb m importantes para o teste de signific ncia dos coeficientes das covari veis Se o intervalo de confian a para o par metro f contiver o valor zero ent o com 100 1 a de confian a pode se afirmar que a vari vel independente correspo
110. modelo minimal e o modelo maximal que est a ser sujeito a investiga o denominado modelo corrente Uma forma de seleccionar o melhor modelo recorrendo s estat sticas de teste descritas na sec o 2 3 deste cap tulo para comparar modelos encaixados No caso da regress o log stica o teste de raz o de verosimilhan as parece ser o mais indicado sendo obtido pela diferen a entre dois desvios Entretanto para amostras de grandes dimens es as estat sticas referidas tendem a dar resultados semelhantes pelo que a estat stica a usar poder depender apenas da estrat gia que se est a seguir Por exemplo quando a selec o no sentido forward em que se parte de um modelo nulo ou de um modelo minimal e se considera modelos alternativos que se obt m pela inclus o de covari veis a estat stica sugerida a estat stica de Score Quando a estrat gia no sentido contr rio sentido backward em que se parte do modelo maximal e se considera alternativas de modelos que se obt m pela exclus o de covari veis til a estat stica de Wald 39 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Existe para al m das estatisticas de teste citadas um outro m todo utilizado para comparar ou seleccionar modelos que o Crit rio de Informa o de Akaike AIC O m todo foi proposto por Akaike 1974 e a ideia b sica encontrar um modelo com menor valor para a fun o AIC I B 2p sendo p o n mero de par metros no modelo
111. ndente n o importante para explicar a vari vel resposta 2 5 Interpreta o dos par metros Ap s a estima o dos coeficientes de regress o ou a selec o do melhor modelo importa interpretar os seus valores Para tal indispens vel saber o significado dos coeficientes e consequentemente dois conceitos importantes na regress o log stica odds e odds ratio Numa an lise de regress o multivariada podemos encontrar a for a de associa o entre a vari vel resposta e qualquer vari vel explicativa mantendo constante o efeito das outras covari veis Seja x a vari vel explicativa dicot mica codificada pela aus ncia x 0 ou pela presen a x 1 de um atributo consideremos zo x a probabilidade de obter sucesso na aus ncia do atributo e m x a probabilidade de obter sucesso na presen a do atributo mantendo constante as outras covari veis A raz o que representa o quociente entre a probabilidade de ete m x sucesso e a probabilidade de insucesso entre indiv duos com a presen a do atributo a l m x A sli isa i T denominada odds entre os indiv duos com a presen a do atributo Analogamente ET Hy x o odds entre os indiv duos com a aus ncia do atributo TO B B x0 gt B x e In Eas f p x1 9 2 Note que In 1 7 x ial 1 7 x jal E assim 33 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA mx mO nl a a nf i a f 3 20 Pode se ter um racioc nio id ntico
112. nino e f gt 1 se masculino Sendo x f f2 um modelo que inclua o termo de interac o entre as duas covari veis pode ser definida pela express o nf 2 pB Bf Bafi Aff 326 1 z x em que representa o coeficiente de interac o entre o g nero e o factor de exposi o Note que os odds ratio nos dois g neros s o m 1 0 _ 1 7 1 0 feminino 00 1 7 0 0 gt OR exp m 1 1 1 z 11 gt OR masculino E OD 1 7 0 1 exp B 2 A hip tese de igualdade dos odds ratio ORmascutino OR eminino equivale hip tese de inexist ncia de interac o A 0 Portanto a aus ncia de interac o entre duas vari veis independentes significa que a associa o entre a vari vel resposta e uma das vari veis constante nos diferentes subgrupos da outra vari vel Por outro lado a presen a de interac o 36 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA implica que a associa o entre a vari vel resposta e o factor de exposi o muda segundo os valores do modificador de efeito A interpreta o de modelos com interac o mais complexa especialmente quando envolvem interac es de ordem igual ou superior a dois Se uma das vari veis da interac o for bin ria uma das alternativas fazer regress es log sticas separadas para cada valor da vari vel Quando as duas vari veis s o cont nuas uma das alternativas categorizar uma delas e fazer regress es separadas Oliveira 2009
113. nos uma vez por semana Tabela 8 Frequ ncia de consumo segundo o g nero e a faixa et ria Amostra G nero Faixa et ria Frequ ncia de consumo Feminino Masculino 12 14anos 15 17anos gt 17anos n 192 n 91 n 99 n 18 n 119 n 55 1 vez ou menos por m s 47 4 58 1 37 4 52 6 50 8 38 2 2 3 vezes por m s 30 2 29 0 31 3 15 8 26 3 43 6 Semanalmente 10 9 6 5 15 2 21 1 11 0 7 3 2 3 vezes por semana 6 3 3 2 9 1 10 5 7 6 1 8 5 2 3 2 7 1 0 0 4 2 9 1 gt 3 vezes por semana Os resultados dos testes de independ ncia mostraram evid ncia de que a frequ ncia de consumo est associada ao g nero valor p 0 02 Os rapazes revelaram consumir lcool com maior frequ ncia e enquanto mais de metade das alunas n o abst micas consomem lcool apenas uma vez ou menos por m s apenas 37 4 dos alunos n o abst micos bebe lcool com esta periodicidade Embora a frequ ncia de consumo se tenha mostrado independente da faixa et ria valor p 0 17 os alunos com idade inferior a 17 anos consomem maioritariamente uma vez por m s enquanto os mais velhos consomem maioritariamente 2 3 vezes por m s Os resultados chamam a aten o para o facto de a percentagem de alunos que consomem lcool uma vez ou mais por semana diminuir com o avan ar da faixa et ria 100 12 14anos E 15 17anos gt 17anos 1 2doses 3 4doses gt 4doses Figura 11 Quantidade consumida segundo a faixa et ria 67 AP
114. nsequ ncias do consumo Consumo entre os amigos mais pr ximos VV VV V WV Consumo regular e problematico na familia e Analisar o efeito do consumo de lcool no insucesso escolar dos alunos ao lado de algumas vari veis associadas ao insucesso escolar 2 Estrutura da disserta o O trabalho est estruturado da seguinte forma o primeiro cap tulo dedica se a uma introdu o no segundo cap tulo apresentamos uma revis o da literatura relativamente ao insucesso escolar ao consumo de lcool na adolesc ncia e seus feitos na aprendizagem de modo a ajudar na interpreta o dos nossos resultados o terceiro cap tulo destina se a uma descri o do modelo de regress o log stica no quarto cap tulo apresentamos os m todos as vari veis os procedimentos e as t cnicas utilizadas no estudo no quarto cap tulo apresentamos os resultados descrevendo o comportamento da amostra face s bebidas alco licas e faz se uma aplica o do modelo de regress o log stica no estudo da rela o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar no quinto cap tulo apresentamos a discuss o dos resultados o sexto e ltimo cap tulo dedicado conclus o do trabalho No fim apresentamos a bibliografia e os anexos CAPITULO 2 REVISAO DA LITERATURA 1 Breves considera es sobre o insucesso escolar O insucesso escolar tem sido ao longo dos tempos uma preocupa o quer pol tica quer para a comunidade educativa de uma forma g
115. ntes do g nero e da faixa et ria recorremos a testes de independ ncia Em todos os testes foi considerado o n vel de signific ncia igual a 0 05 Num segundo momento aplicamos o modelo de regress o log stica para estudar a rela o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar com base na amostra obtida 1 An lise explorat ria dos dados Dos alunos inquiridos 246 pertencem ao g nero masculino e 244 pertencem ao g nero feminino correspondendo ambos a 50 aproximadamente da amostra Idade T Feminino Masculino Sexo Figura 1 Variabilidade da idade segundo o g nero Os inquiridos t m idade compreendida entre 12 e 21 anos sendo a idade m dia igual a 15 7 1 88 anos Na amostra e em ambos os g neros a moda 16 anos Constat mos uma maior 57 APRESENTACAO DOS RESULTADOS variabilidade da idade no g nero masculino no qual a idade m dia 15 74 1 96 enquanto a idade m dia no g nero feminino 15 70 1 82 Figura 1 Para testar em cada um dos g neros se a vari vel idade segue uma distribui o normal recorremos ao teste de ajustamento de Kolmogorov Smirnov com correc o de Lilliefors Os resultados dos testes valor p lt 0 05 para ambos os casos levaram a concluir que a vari vel idade n o segue uma distribui o normal em nenhum nos g neros A hip tese de que a distribui o da vari vel idade a mesma nos dois g neros foi testada atrav s do t
116. ntr rio O objectivo geral deste estudo como j referimos analisar o efeito do consumo de lcool no insucesso escolar dos alunos do ensino secund rio Assim interessa nos considerar o insucesso escolar como uma ocorr ncia ap s o in cio do consumo de lcool Por exemplo um aluno que apresenta insucesso escolar apenas no 9 ano e inicia o consumo de lcool no 10 ano de escolaridade considerado um consumidor que apresenta reten es e isto representa uma situa o em que o insucesso escolar ocorre antes do in cio de consumo Assim e como o tempo m dio de consumo observado na amostra de 2 66 anos no sentido de n o considerar ou de pelo menos minimizar o n mero de situa es do tipo referido a vari vel dependente a considerar no estudo anal tico o insucesso escolar nos dois ltimos anos de escolaridade frequentado pelo aluno e n o o insucesso em todo o percurso escolar secund rio Sendo v rias as vari veis independentes opt mos por apresent las agrupadas da seguinte forma gt Vari veis s cio demogr ficas neste grupo temos as vari veis idade g nero tipo de agregado familiar estatuto profissional do pai e estatuto profissional da m e O tipo de agregado familiar uma vari vel que recebe as categorias Nuclear fam lia com presen a de ambos os progenitores Monoparental fam lia com presen a de apenas um dos progenitores Reconstitu da fam lia co
117. nuem o consumo para manter a lucidez e a efici ncia mental e outros podem at consumir quantidades em excesso por m planeiam a forma de evitar qualquer perigo como o de conduzir sobre o efeito do alcool No estilo Therapeutic o consumo geralmente solit rio tem por objectivo aliviar algum tipo de mal estar ou sintoma como por exemplo beber para esquecer os problemas para vencer a timidez e para combater a ins nia entre outros No ltimo estilo Structural o consumo de lcool est relacionado com outros factores estruturantes da vida do consumidor como por REVISAO DA LITERATURA exemplo o emprego e o estudo e o objectivo do consumo esquecer mesmo que seja por um curto per odo de tempo estes factores Genericamente h informa es consistentes sobre os factores que mais influenciam o in cio ou mant m o consumo de lcool na adolesc ncia demonstrando que o consumo de lcool entre os adolescentes adopta os diferentes estilos defendido por Harnett et al 2000 A literatura sugere que a press o dos amigos ou grupo de pares que consomem lcool a estrutura e o ambiente familiar a publicidade a excessiva toler ncia dos pais a pr pria cultura da sociedade e o f cil acesso e baixo custo do lcool s o os factores que mais t m contribu do para o consumo de lcool entre os adolescentes Carvalho et al 2007 Peuker et al 2006 Breda 1996 Entretanto n o se pode ignorar as caracter stic
118. o o que faz de uma noite uma ocasi o de festa ou de divers o Em conson ncia com o sugerido pelos referidos autores os nossos dados apontam que a maioria dos alunos experimentou o lcool numa festa e em companhia dos amigos De facto em Cabo Verde as festas inclusiv as festas entre adolescentes s o cada vez mais ocasi es de destaque para o consumo de bebidas alco licas o que revela a facilidade de acesso ao lcool e o incumprimento ou n o fiscaliza o da lei que pro be a venda a oferta e o consumo de bebidas alco licas a menores de 18 anos O contexto familiar n o deixa de merecer a nossa aten o uma vez que 21 0 da amostra contendo particularmente 50 0 dos alunos com idade inferior a 15 anos elegeu a fam lia como a companhia e a casa como o local do primeiro consumo Para alguns autores Silva 88 DISCUSSAO DOS RESULTADOS 1996 Carvalho 1997 o primeiro contacto com o lcool ocorre em idades mais precoces preferencialmente em casa e perante a permissividade dos pais Em Cabo Verde quando o primeiro consumo de lcool ocorre num contexto familiar geralmente o consumo est associado a celebra es familiares ao vinho e ao champanhe Entretanto o facto de estar a ingerir lcool em fam lia pode dar ao adolescente a falsa no o de que este acto n o acarreta consequ ncias mal ficas para a vida A fam lia um ponto de refer ncia para a vida dos adolescentes e sendo transmissor de valores e h b
119. o conjunto dos factores de confus o Tendo estimado os ps C 1lIx os indiv duos foram divididos em 5 grupos de igual frequ ncia como sugerem Rosenbaum e Rubim 1983 tal que para cada grupo g os indiv duos que consomem e os que n o consomem lcool possuem em m dia o mesmo propensity score Prosseguindo o ajustamento do modelo utiliz mos o propensity score como uma vari vel categ rica que recebe os grupos g como as poss veis categorias em substitui o dos factores de confus o no preditor linear Com a inclus o do propensity score no modelo a vari vel percurso b sico deixou de ser significativa Assim o modelo B obtido o definido pela express o seguinte x _ B B Consumo B g i 1 z x com as seguintes estimativas dos par metros e n veis de signific ncia Estimativa Desvio padr o Teste Wald Valor p Intercept 1 5598 0 2469 6 317 p lt 0 01 Consumol 0 6217 0 2137 2 909 p lt 0 01 g2 1 4404 0 3028 4 757 p lt 0 01 g3 0 1727 0 3992 0 433 p gt 0 1 g4 1 6449 0 3298 4 988 p lt 0 01 g5 1 4288 0 3436 4 159 p lt 0 01 Na tabela 18 s o apresentadas as associa es odds ratio entre o insucesso escolar e o consumo obtidas nos modelos multivariados ajustados antes e depois de controlados os factores de confus o Relembramos que o odds ratio obtido na an lise univariada igual a 2 41 Ap s o controlo dos factores de confus o a associa o entre o consumo de lcool e o ins
120. o pela express o 78 APRESENTACAO DOS RESULTADOS nfs E 3 Po By Ano i ald 1 p Fm B Pb y Id 1 Pb MAX com as seguintes estimativas e os n veis de signific ncia Coeficientes Estimativa Desvio padr o Teste Wald valor p Intercept 1 6651 0 2903 5 736 p lt 0 01 Anos 0 2437 0 3162 0 771 p gt 0 1 Ano9 0 4436 0 4186 1 060 p gt 0 1 Anol0 1 7436 0 4877 ESC p lt 0 01 Anoll 3 1185 0 6212 5 020 p lt 0 01 Anol2 3 3718 0 6862 4 914 p lt 0 01 Id2 2 4175 0 4355 5 551 p lt 0 01 Id3 4 7343 0 6783 6 980 p lt 0 01 Fm1 0 7469 0 2713 2 753 p lt 0 01 Pb1 0 7619 0 5244 1 453 p gt 0 1 Id2 Pbl 1 7111 0 6442 2 656 p lt 0 01 Id3 Pb1 2 3004 0 9116 2523 p lt 0 05 Desvio residual 530 93 AIC 554 93 II Modelo B modela o do insucesso escolar em fun o da exposi o ao consumo de lcool Desta feita o preditor linear do modelo maximal definido pelo conjunto das covari veis tradicionais seleccionadas a partir da an lise univariada e o factor principal em estudo consumo de lcool O mesmo processo inicial aplicado para a selec o do modelo A incluindo o teste de signific ncia das covari veis permitiu nos obter o seguinte modelo to 2 B B Consumo f3 Ano i B Id D B Fm B Pb MAX cujas estimativas dos par metros e n veis de signific ncia s o apresentados de seguida Coeficientes Estimativas Desvio padr o Teste Wald Valor p Intercept 1 4687 0
121. o positivo b Falso positivo Insucesso c Falso negativo d Verdadeiro negativo A partir desta tabela podemos obter as medidas importantes de desempenho do modelo a sensibilidade e a especificidade A sensibilidade ou taxa dos verdadeiros positivos a frac o dos indiv duos classificados com sucesso entre todos os indiv duos que t m sucesso enquanto a especificidade ou taxa dos verdadeiros negativos a frac o dos indiv duos classificados com insucesso entre todos os indiv duos que t m insucesso S o calculadas a sensibilidade e a especificidade em toda a amostra considerando diferentes pontos de corte limiares do modelo A curva ROC baseada nas duas propor es a frac o dos verdadeiros positivos entre os indiv duos com sucesso a a c e a frac o dos falsos positivos entre os indiv duos com insucesso b b d Num modelo perfeito que classificasse correctamente todos os indiv duos a curva ROC passaria pelo canto superior esquerdo de um plano unit rio em que nas ordenadas se representam os valores da sensibilidade e nas abcissas os valores de 1 especificidade pois a sensibilidade e a especificidade seriam ambas iguais a 100 Portanto quanto mais esta curva se afastar deste canto pior o desempenho do modelo na classifica o dos indiv duos A rea sob a curva ROC mede portanto a capacidade de discrimina o do modelo Hosmer e Lemeshow 1989 sugerem uma regra geral para a avalia o
122. o psicol gica o processo ensino aprendizagem em quest o Revista Semestral da Associa o Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional 11 2 323 338 Fahrmer L amp Kaufmann H 1985 Consistency and asymptotic normality of the maximum likelihood estimator in generalized linear models Ann Statist 13 342 368 Ferreira M J amp Campos P 2001 O inqu rito estat stico uma introdu o elabora o de question rios amostragem organiza o e apresenta o dos resultados Dispon vel em http alea ine pt html dossier html meio dossierl1 html Freyssinet Dominjon J amp Wagner A C 2006 Os Estudantes e o lcool Coimbra Quarteto Editora 102 BIBLIOGRAFIA Formosinho J 1991 A igualdade em educa o In A Constru o Social da Educa o Escolar Col Biblioteca b sica de educa o e ensino Edi es ASA Clube de professores Rio Tinto 169 186 Gaspar T Gon alves A Ramos V amp Matos M G 2008 Desvantagem socioecon mica etnicidade e consumo de lcool na adolesc ncia An lise Psicol gica 4 24 495 508 Harnett R Thom B Herring R amp Kelly M 2000 Alcohol in transition towards a model of young men s drinking styles Journal of Youth Studies 3 1 61 77 Harper J amp Marshall E 1991 Adolescents problems and their relationship so self esteem Adolescence 26 104 799 808 Hiil M M amp Hill A 2005 Investiga o por Q
123. ol ocorre normalmente entre 11 e 12 anos e apesar de muitas vezes ser apenas experimental pode se notar padr es de consumo que s o observados na vida adulta e que consequentemente indicam a necessidade de se adoptar medidas preventivas nesta fase de desenvolvimento Num estudo realizado por Alves 2010 com estudantes de 15 a 20 anos 67 5 dos inquiridos teve a primeira experi ncia com o lcool numa idade entre 11 15 anos e uma outra percentagem 11 teve a mesma experi ncia numa idade ainda mais precoce 5 10anos Zeigher et al 2005 referem que o consumo de lcool por menores afecta toda a comunidade dos Estados Unidos da Am rica e que os jovens consomem a sua primeira bebida alco lica aos 12 anos de REVISAO DA LITERATURA idade Outro estudo Ferigolo et al 2004 realizado em Porto Alegre com 402 jovens de idade entre 10 e 20 anos revelou que o in cio do consumo de lcool ocorre em m dia aos 11 anos Para al m do in cio precoce de consumo a literatura revela alguma preocupa o relativamente aos padr es de consumo de lcool adoptado pelos adolescentes Segundo Harnett et al 2000 existem 8 estilos de consumo de lcool 1 Chilhood 2 Adolescent 3 Experimental 4 Sociable 5 Recreational 6 Safe 7 Therapeutic e 8 Structural O primeiro refere se ao per odo em que o consumo de bebidas alco licas controlado pelos pais quando a primeira exper
124. onsomem no sentido de preven o 99 CONCLUSAO 100 BIBLIOGRAFIA Afonso M M 2002 Educa o e Classes Sociais em Cabo Verde Lisboa Spleen Edi es Ahlstr m S 2009 Consumo nocivo de lcool entre estudantes europeus resultados do ESPAD In Andrade A G Anthony J C amp Silveira C M lcool e suas Consequ ncias uma Abordagem Multiconceitual Cap tulo 4 S o Paulo Editora Manole Alves A L V 2010 Consumo de Bebidas Alco licas Padr o Binge Drinking e sua Rela o com o Insucesso Escolar Tese de Doutoramento em Ci ncias da Educa o Universidade Tr s os Montes e Alto Douro Alves R amp Kossobudzky L A 2002 Caracteriza o dos adolescentes internados por lcool e outras drogas na cidade de Curitiba Intera o em Psicologia 6 1 65 79 Akaike H 1974 A new look at the statistical model identification IEEE Trans Auto Cntl AC 19 716 723 Andrade A G amp Oliveira L G 2009 Principais consequ ncias em longo prazo relacionadas ao consumo moderado de lcool In Andrade A G Anthony J C amp Silveira C M lcool e suas Consequ ncias uma Abordagem Multiconceitual Cap tulo 3 S o Paulo Editora Manole Anguita J C amp Lizana J P L 1996 Padron de consumo juvenil de alcohol y problemas associados Medicina Clinica 107 14 544 548 Antunes S amp Ca ador J 2012 Adolesc ncia lcool e Comportamentos de Risco S o
125. os jovens e adolescentes Sendo quase um h bito social e uma pr tica cultural o combate ao consumo de lcool n o se tem mostrado f cil Embora seja proibida a venda de bebidas a menores de 18 anos os jovens s o introduzidos neste tipo de consumo quase como um ritual de passagem para a idade adulta e poucos s o os que resistem press o des v rias ordens Este consumo principalmente na faixa et ria mais nova est associado s divers es e sa das nocturnas Apesar dos reiterados alertas o consumo abusivo de lcool entre os cabo verdianos cada vez mais preocupante tanto pelo padr o como pela precocidade do in cio de consumo Num estudo nacional datado de 2005 realizado pela organiza o n o governamental Associa o Z Moniz 39 3 dos inquiridos com idade entre 11 e 13 anos referiram consumir lcool e 18 dos inquiridos com idade entre 6 e 11 anos referiram j ter experimentado lcool Outro estudo recentemente realizado numa das escolas secund rias da ilha de S o Vicente com alunos entre 14 e 21 anos de idade revelou que metade dos inguiridos consome lcool e 18 0 iniciaram o consumo de lcool antes dos 15 anos sendo que a idade m nima do in cio de consumo foi de 9 anos Antunes e Ca ador 2012 Ainda segundo o mesmo estudo 40 0 dos alunos consome lcool uma vez ou mais por semana No sentido de enfrentar e de combater esta amea a sa de p blica algumas organiza es nacionais t m r
126. os aspectos que influencia tal desvio Tal como relatado noutros estudos Freyssinet Dominjon amp Wagner 2006 Hibell et al 2009 Alves 2010 os alunos consomem maioritariamente aos fins de semana Geralmente aos fins de semana que ocorrem as sa das nocturnas para locais prop cios para o consumo festas bares e discotecas entre outros ou um simples encontro entre amigos que n o deixa de 90 DISCUSSAO DOS RESULTADOS ser motivo ou uma ocasi o para consumo Pareceu nos preocupante o facto de 15 8 dos alunos mais novos referirem consumir em qualquer dia da semana Por ainda estarem sob o controlo paterno e n o tendo autoriza o para constantes sa das ou para frequentar locais prop cios para o consumo provavelmente os mais novos aproveitam qualquer oportunidade independentemente do dia da semana para proceder ao consumo Relativamente frequ ncia de consumo e quantidade consumida que se apresentaram associadas ao g nero os nossos resultados corroboram os de outros estudos internacionais Alves 2010 Freyssinet Dominjon amp Wagner 2006 evidenciando que s o os rapazes que bebem com maior frequ ncia e em maior quantidade quando comparados com as raparigas Embora a frequ ncia de consumo e a quatidade de consumo se tenham apresentado independentes da faixa et ria os nossos resultados apontam para alguns aspectos que pensamos ser importante real ar Independentemente da faixa et ria os alun
127. os consomem maioritariamente 1 2 copos doses por ocasi o Apesar de serem os alunos nas duas primeiras fases da adolesc ncia a referir em maior percentagem consumir lcool apenas uma vez ou menos por m s a percentagem de alunos que consomem uma ou mais vezes por semana diminui com o avan ar da idade Tal resultado poder confirmar o que t m defendido alguns agentes nacionais de s ude referindo que para al m do in cio precoce de consumo o padr o de consumo entre os mais novos revela se cada vez mais excessivo Segundo alguns autores Harnett et al 2000 e Ahlstr m 2009 mesmo n o consumindo com tanta frequ ncia comum alguns adolescentes apresentarem uma tend ncia para consumir altas quantidades de lcool numa s ocasi o chegando mesmo a se embriagarem Em conson ncia com o referido os nossos resultados evidenciam uma percentagem de alunos n o abst micos 54 1 que tiveram pelo menos um epis dio de consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio e outra percentagem 25 2 que j teve pelo menos um epis dio de embriaguez na vida Independentemente da faixa et ria maior ou menor de 18 anos os alunos que admitiram o consumo binge referiram maioritariamente ter tido apenas um epis dio semelhan a do referido por Ahlstr m 2009 os nossos resultados evidenciam que os rapazes apresentam epis dios de consume binge com maiores frequ ncias entretanto a percentagem de alunos que teve
128. os j experimentaram lcool Embora a lei cabo verdiana pro ba a venda de bebidas alco licas a menores de 18 anos o consumo de lcool na camada juvenil e adolescentes em particular da consci ncia nacional e tem sido motivo de preocupa o para os sectores da sa de e de diversas componentes da sociedade cabo verdiana A Associa o de Preven o do Alcoolismo a IGAE Inspec o Geral das Actividades Econ micas e a associa o A PONTE ao lado de outros sectores t m agido na luta contra tal flagelo com campanhas e palestras entre outras actividades Entretanto paradoxalmente em oposi o s ac es de preven o e s den ncias dos efeitos mal ficos do consumo de lcool existe um apelo consagrado sua comercializa o e at certo ponto ao seu consumo A acessibilidade a ind stria da propaganda e a pr pria cultura da sociedade t m incrementado o consumo de lcool tornando este mais acess vel camada jovem e aos adolescentes em particular A adolesc ncia caracterizada por consider veis transforma es tamb m uma fase de passagem vida adulta Esta fase de prepara o para a vida adulta n o se limita apenas aquisi o de conhecimentos mas tamb m de valores e h bitos que culminam com uma boa integra o na sociedade e uma preserva o da sa de entre outros aspectos Por outro lado dadas as particularidades da adolesc ncia entre as quais a maturidade em fase de concretiza o os ado
129. os nas medidas de discrep ncia ou informais baseados numa an lise gr fica dos res duos Medidas de qualidade de ajustamento do modelo Logicamente que n o de esperar que os valores ajustados pelo modelo e os observados sejam exactamente iguais logo uma discrep ncia pequena pode ser toler vel mas uma discrep ncia grande j implica que o modelo ajustado precisa ser revisto Uma forma de medir a discrep ncia entre os valores observados e os ajustados por um modelo linear generalizado atrav s do valor do desvio residual do modelo corrente definido pela express o 3 27 Para o caso espec fico da regress o log stica utilizando as equa es 3 10 e 3 13 tem se 3 28 n ees D M S 25 y In a 1 y In e i l i i No caso de dados bin rios onde n 1 os nicos valores poss veis para y s o 1 e 0 e consequentemente para o modelo saturado as parcelas y In y e 1 y In l y s o iguais a zero ou seja l B 0 Portanto D M S depende apenas das probabilidades de sucesso ajustadas podendo ser definido pela seguinte express o ne D D M S 25 y In i 1 7 x 1 y m 1 z6 3 29 Sendo D definido apenas em fun o das probabilidades ajustadas n o informativo quanto discrep ncia entre valores observados ajustados pelo modelo saturado e os ajustados pelo modelo corrente Nelder e Wedderburn 1972 sugerem o desvio residual como uma medida de discre
130. os oficiais algumas observa es como o agregado familiar as faltas s aulas e as reten es entre outras por outro lado nenhuma outra pessoa ou institui o estaria em condi es de nos oferecer uma informa o mais real do consumo de lcool do que o pr prio consumidor Alguns estudos t m demonstrado que os relatos sobre o consumo de lcool ao longo do tempo s o fi veis desde que a confidencialidade o anonimato e a privacidade dos respondentes sejam requisitos da colheita de dados Breda 1996 e que a aplica o do question rio n o ultrapasse os 45 minutos Ferreira amp Campos 2001 Neste estudo procuramos respeitar tais requisitos e o tempo de aplica o n o atingiu os 45 minutos Outra limita o prende se com o facto de n o ser poss vel considerar os alunos que abandonaram o ensino secund rio devido ao n mero de reten es obtidas no secund rio Se consider ssemos tais alunos ou se consider ssemos como sucesso a aus ncia de negativas nas classifica es finais provavelmente os resultados seriam diferentes 55 56 METODOLOGIA CAPITULO 5 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Neste capitulo apresentamos os dados obtidos e os tratamentos realizados ap s a sua recolha Num primeiro momento caracterizamos o percurso escolar e o padr o de consumo de lcool entre os inquiridos em fun o de algumas vari veis g nero e faixa et ria Com o objectivo de saber se os comportamentos de consumo sao independe
131. os que a nossa vari vel resposta a vari vel dicot mica insucesso escolar observada nos dois ltimos anos de escolaridade frequentados pelo aluno e as vari veis independentes s o as apresentadas na tabela 17 sendo o consumo de lcool o factor principal em estudo Para facilitar a nossa exposi o design mos por covari veis tradicionais as vari veis apresentadas na tabela 17 numeradas de 1 a 13 Para a an lise pretendida procur mos ajustar aos dados tr s modelos distintos a saber gt Modelo A cujo objectivo descrever o insucesso escolar em fun o das covari veis tradicionais Este modelo servir de base para a compara o com o modelo final obtido gt Modelo B cujo objectivo descrever o insucesso escolar em fun o do consumo de lcool factor principal em estudo ao lado das outras covari veis explicativas gt Tendo confirmado que o consumo de lcool importante para explicar o insucesso escolar o Modelo C tem como objectivo analisar o impacto da frequ ncia de consumo no insucesso escolar ao lado das outras covari veis explicativas Assim neste ltimo modelo o factor principal em estudo deixa de ser a vari vel dicot mica consumo de lcool passando a ser a frequ ncia de consumo vari vel n mero 15 que recebe quatro categorias N o consumidor se o aluno revelar que n o consome lcool Consumidor ocasional se o aluno consome uma vez ou menos por m s Consumidor
132. oticamente de um qui quadrado como L p graus de liberdade Embora a estat stica de Pearson tenha uma interpreta o mais directa a propriedade aditiva da fun o desvio faz com que a estat stica D seja prefer vel Entretanto a estat stica D n o se mostra apropriada quando n gt e m z 1 7 toma valores muito pequenos Hosmer e Lemeshow 1989 sugerem uma estat stica alternativa para avalia o da qualidade de ajustamento Os referidos autores sugerem a forma o de g grupos preferencialmente 10 grupos com a mesma dimens o e comparam o n mero observado com o n mero esperado de 43 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA sucessos em cada grupo O primeiro grupo g deve conter os n elementos correspondentes as ny primeiras menores probabilidades ajustadas 7 lt 7 lt S Z O segundo grupo g deve conter as pr ximas nz menores probabilidades ajustadas Tn E s lt S lt S7 E assim sucessivamente o ltimo grupo dever conter as n maiores probabilidades ajustadas A estat stica de teste de Hosmer Lemeshow definida por 3 31 em que o o n mero observado de sucessos no j simo grupo n o n mero de indiv duos no j ny simo grupo e e Vz ji O numero esperado de sucessos no j simo grupo sendo 7 a i l probabilidade estimada correspondente j sima observa o do grupo j Existindo empates os autores sugerem que os indiv duos com as mesmas configura es de cov
133. p ncia Sob id y 2 x a hip tese nula do modelo corrente ser correcto D y sendo p a dimens o do vector de 42 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA A Pe 2 par metros no modelo Ou seja se D for inferior ao valor cr tico Y n p _ pode se concluir que o modelo corrente se ajusta bem aos dados Z Note se que o desvio sempre maior que zero e decresce medida que as covari veis v o entrando do modelo sendo nulo quando o modelo saturado Procuram se portanto modelos simples com um desvio moderado capaz de explicar os dados Outra medida para analisar a qualidade de ajustamento do modelo a estat stica de Pearson generalizada Seja L o n mero poss vel de combina es das k covari veis no estudo m O n mero de indiv duos da sima classe de covari veis e n o n mero de indiv duos com L sucesso na sima classe de covari veis Note se que S fi n representa o n mero de i indiv duos com sucesso na amostra em estudo Sendo a probabilidade de sucesso ajustada na sima classe de covari veis define se res duo de Pearson como sendo a diferen a entre o valor observado e valor ajustado dado pela express o ny m x mid O R 3 29 Note se que quando os dados n o est o agrupados l i R A estat stica de Pearson generalizada dada pela soma dos quadrados dos res duos de Pearson L 2 LFR 63 i Prove se que x aproxima se assint
134. para a primeira experi ncia com o lcool o nosso estudo revela resultados semelhantes aos de outros estudos nacionais e internacionais evidenciando que a maioria dos alunos teve a primeira ingest o de lcool numa idade entre 12 17 anos Pareceu nos mais preocupante o facto de uma percentagem de alunos 13 2 referir ter tido o primeiro contacto com o lcool numa idade muito mais precoce antes dos 12 anos Um estudo datado de 1994 indicou que em Cabo Verde a idade de in cio de consumo de lcool era 13 6 anos Mais tarde 1998 outro estudo apontava para os 12 5 anos e em 2007 um inqu rito realizado pela Associa o Z Moniz indicou que 18 0 das crian as entre seis e 11 anos j consumia lcool Tais resultados e outros de estudos internacionais Breda 1996 Ales 2010 evidenciam que a primeira ingest o de lcool tem ocorrido numa idade cada vez mais baixa particularmente no g nero masculino Em conformidade com o referido os nossos dados evidenciam que s o os alunos da fase inicial da adolesc ncia 18 4 e os rapazes que em termos percentuais tiveram a primeira experi ncia mais precocemente 16 7 dos rapazes e 10 4 das raparigas tiveram a primeira experi ncia entes dos 12 anos Freyssinet Dominjon e Wagner 2006 referem que o in cio de consumo de bebidas alco licas uma actividade predominantemente social e a liga o entre o lcool e as festas quase de ordem cerimonial sendo o lcool em si mesm
135. por o 35 2 est desempregada 11 0 das m es pertence classe Executante Administra o P blica e as restantes 16 3 pertencem classe Independente ou classe de Dirigentes T cnicos e 6 8 dos pais est desempregada e os restantes 20 0 pertencem classe Independente ou classe de Dirigentes T cnicos Relativamente ao percurso escolar 26 7 dos respondentes apresenta pelo menos uma reten o no ensino b sico e 49 2 correspondendo soma de 46 0 das alunas e 52 4 dos alunos apresenta pelo menos uma reprova o no ensino secund rio Figura 3 S o os alunos do 9 ano de escolaridade que apresentam o maior ndice 69 de reten es no secund rio Os dados revelam que 42 2 da amostra correspondendo a 85 1 dos alunos que apresentam reten es no ensino secund rio apresenta insucesso escolar em pelo menos um dos ltimos 59 APRESENTACAO DOS RESULTADOS dois anos de escolaridade frequentados pelo aluno Esta por o representa a soma de 40 6 das alunas e 44 0 dos alunos Figura 4 Em termos percentuais s o os alunos do 11 ano que apresentam menor insucesso escolar 25 4 enquanto os do 9 ano apresentam o maior ndice de insucesso escolar 74 4 nos dois ltimos anos de escolaridade frequentados pelo aluno Percurso escolar E Sem reten es Com reten es E B sico E Secund rio Figura 3 Percurso escolar no ensino b sico e no ensino secund rio E Apresen
136. qu ncia e a dura o dos estados do sono e consequentemente pode provocar a sonol ncia durante o dia e limitar o desempenho escolar O insucesso escolar mais do que uma reten o num determinado ano lectivo podendo tamb m verificar se quando as classifica es n o correspondem s expectativas do aluno ou quando o rendimento escolar inferior ao desejado ou mesmo inferior ao que o aluno capaz Assim os adolescentes que consomem lcool poder o ver comprometido o seu desempenho escolar devido s faltas s aulas ou ao fraco rendimento nas aulas e nas avalia es muitas vezes consequ ncias do aluno ter chegado atrasado s aulas ou mesmo por dormir nas aulas porque consumiu na noite ou no dia anterior Pillon amp Corradi Webster 2006 Consequentemente o risco de reprova o aumenta conforme aumenta a frequ ncia e a quantidade consumida Aertgeerts amp Buntix 2002 citados por Pillon amp Corradi Webster 2006 No estudo realizado entre jovens oriundos dos distritos de Vida Real e de Bragan a Alves 2010 concluiu que um aluno que consome lcool apresenta uma probabilidade duas vezes maior de ter reten es do que um abst mico e entre os que consomem lcool um aluno que apresenta o padr o de consumo binge tem uma probabilidade duas vezes maior de ficar retido no seu percurso escolar quando comparado com aquele que n o apresenta o padr o binge Segundo estudos Webb et al 2007 a rela o entre o
137. quando a vari vel explicativa num rica Basta pensar que m x Tar X representa a odds de sucesso quando x a e representa a odds de l m x l T X sucesso quando x a r sendo a e a r n meros reais com significados para a covari vel em quest o Assim n Tarr X nf 2 a Ader S Bs bo Bat bs Ly x jal Jal r 3 21 Portanto o coeficiente de regress o da vari vel independente x representa a inclina o ou a taxa de altera o da fun o logit ou do logaritmo do odds por um acr scimo de uma unidade em x considerando constantes as demais vari veis explicativas no modelo Por conseguinte incrementando r unidades na unidade da vari vel independente a fun o logit sofre uma altera o de p para rx A raz o definida pelo quociente entre os odds de dois grupos da vari vel x denominada de odds ratio OR 1 X e odds _ _ 1 2 x Es odds 4 AS I 7 x 3 22 Genericamente o grupo referente ao denominador do odds ratio definida em 3 21 a categoria de refer ncia da vari vel em quest o Quando a vari vel x dicot mica a 0 e b 1 pode se provar a partir da express o 3 20 que o odds ratio igual exponencial do par metro estimado OR exp 3 23 34 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA Tal racioc nio pode ser estendido s vari veis categ ricas com mais de duas categorias Para cada categoria calculado o odds
138. r como conseguir um modelo que inclua apenas as covari veis importantes e as interac es existentes suficientes para explicar a probabilidade de sucesso em estudo A selec o do modelo consiste em comparar os poss veis modelos tanto pelo n mero de par metros como pela estrutura do preditor linear que se obt m a partir de um modelo inicial pela exclus o ou inclus o de par metros Pensamos ser til antes de prosseguir descrever alguns modelos comummente considerados nesse processo de selec o Entende se por modelo nulo aquele que n o inclua nenhuma covari vel no preditor ou seja a vari vel resposta definida em fun o de Neste caso a variabilidade da vari vel resposta explicada apenas pela componente aleat rioa e a m dia amostral n o representa a estrutura dos dados Quando o modelo tem n par metros igual ao n mero das observa es de y diz se modelo saturado Tendo o modelo n par metros para cada observa o o componente sistem tica explica a totalidade da varia o dos dados ajustando os perfeitamente pois as estimativas de m xima verosimilhan a de cada x s o as pr prias observa es Existem ainda dois modelos o modelo minimal e o modelo maximal O primeiro cont m o menor n mero de par metros necess rios para o ajustamento adequado aos dados e o segundo cont m o maior n mero de par metros que poss vel considerar para o ajustamento Um modelo com k par metros situado entre o
139. ratio que toma o valor 1 para a categoria de refer ncia e para as restantes categorias obtido de forma an loga descrita para as covari veis dicot micas exponencial da diferen a entre os logaritmos dos odds categoria em quest o versus categoria de refer ncia Quando a covari vel x num rica prova se a partir da express o 3 22 que o log OR proporcional diferen a entre os valores a e be OR exp b a B 3 24 O odds ratio portanto a raz o entre o odds de sucesso entre os expostos e o odds de sucesso entre os n o expostos a um determinado atributo representando assim o grau de associa o entre uma vari vel explicativa e a vari vel resposta depois de controlados os efeitos de todas as demais covari veis no modelo motivo pelo qual geralmente chamado de odds ratio ajustado A express o odds n o possui equivalente em portugu s e embora alguns autores usem raz o de chances em vez de odds ratio opt mos pela express o original Um odds ratio igual a 1 indica que a covari vel correspondente n o contribui para a explica o da vari vel resposta Se o odds ratio igual a um valor k superior a 1 a covari vel est relacionada positivamente com a vari vel resposta indicando que a probabilidade de ocorr ncia de sucesso na categoria em quest o k vezes maior quando comparado com a probabilidade de ocorr ncia de sucesso na categoria de refer ncia Se k for um n mero positivo infer
140. ri vel dicot mica Consumidor N o Consumidor e como uma vari vel com 4 categorias N o consumidor Consumidor ocasional Consumidor menos frequente e Consumidor frequente No total foram constru dos tr s modelos multivariados sendo que o primeiro foi constru do para descrever o insucesso escolar em fun o das covari veis tradicionais o segundo para descrever o insucesso escolar em fun o da exposi o ao consumo de lcool e um terceiro modelo para analisar o insucesso escolar em fun o da frequ ncia de consumo ao lado das vari veis tradicionais No modelo de regress o log stica multivariada foram inclu das apenas as vari veis independentes que se mostraram associadas ao insucesso escolar com um n vel de signific ncia menor ou igual a 0 25 como sugerem Hosmer e Lemeshow 1989 Previamente realiza o da an lise multivariada procedeu se a uma an lise univariada das vari veis a incluir no modelo atrav s do ajustamento de modelos de regress o simples Para a selec o de cada modelo recorreu se ao m todo de menor AIC sugerido por Akaike 1974 atrav s do processo stepwise O teste de signific ncia dos coeficientes de cada modelo foi efectuado com recurso ao Teste de Wald com um n vel de signific ncia igual a 0 05 Ap s a selec o das vari veis explicativas foi testada a exist ncia de interac o entre vari veis e a exist ncia de factores de confus o Para reduzir o vi s relacionado com as vari
141. ria o consumo ocorre fundamentalmente aos fins de semana e na companhia dos amigos Ap s o controlo dos factores de confus o o consumo de lcool permaneceu como um factor de risco para o insucesso escolar e verific mos que a probabilidade de um aluno ter insucesso escolar aumenta com a frequ ncia de consumo Os resultados do estudo alertam para a necessidade de uma interven o de toda a comunidade educativa e dos sectores da sa de no sentido de implementar medidas que visem o combate ao consumo de lcool entre os alunos e adolescentes de uma forma geral Palavras chaves Adolescentes consumo de lcool insucesso escolar regress o log stica odds ratio ABSTRACT Alcohol is the most consumed substance among adolescents and the onset of consume at an earlier age and the pattern consume is one of the major concerns of the health and education fields Alcohol use is associated with a difficulties learning and poor academic performance Starting by the prevention of alcohol consumption at schools is a consensual way of trying to control the problem The purpose of the present study was to know a pattern of alcohol consumption of the students from S o Vicente s high school and its relationship to academic failure We studied by an anonymous questionnaire 500 students from 5 secondary schools aged between 12 and 21 After an exploratory analysis of the sample and a univariate analysis we saw that alcohol could be related
142. ribui o normal e As vari veis explicativas x X X n o s o correlacionadas aus ncia de multicolinearidade entre as vari veis explicativas e Os erros aleat rios s o independentes e segue uma distribui o normal de valor m dio nulo e vari ncia o V rias s o as situa es em que o fen meno em estudo n o apresenta uma vari vel resposta para a qual seja poss vel a suposi o de normalidade ou ainda em que os erros n o apresentam uma distribui o normal Nestes casos necess rio uma transforma o da vari vel resposta de 18 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA modo a obter a normalidade pretendida Uma das propostas sugeridas foi apresentada por Nelder e Wedderburn 1972 que propuseram os modelos lineares generalizados MLG O modelo linear generalizado definido por uma vari vel dependente cuja distribui o de Z probabilidade membro da fam lia exponencial um conjunto de vari veis independentes descrevendo a estrutura linear do modelo e uma fun o de liga o entre a m dia da vari vel dependente e a estrutura linear Seja Y uma vari vel aleat ria Y pertence fam lia exponencial se a sua fun o densidade de probabilidade f d p ou fun o massa de probabilidade f m p se escrever na forma y 0 b 0 IO eongo 3 2 719 14 e onde 6 a forma can nica do par metro de localiza o 4 um par metro de dispers o e a b e c s o f
143. risco para o insucesso escolar dos alunos do ensino secund rio tal que a probabilidade de um aluno n o abst mico ter insucesso escolar 1 86 vezes maior quando comparado com aquele que abst mico Conclu mos ainda que o grau de associa o odds ratio varia em fun o da frequ ncia de consumo isto quanto maior a frequ ncia de consumo maior a probabilidade de um aluno ter insucesso escolar N o ignoramos o facto de assim como o lcool poder ser um dos respons veis do insucesso escolar entre os nossos alunos o baixo rendimento escolar poder tamb m favorecer o in cio ou a persist ncia dos h bitos de consumo de lcool Diante dos nossos resultados sugerimos que n o ignorando que o consumo de lcool uma realidade entre os alunos do ensino secund rio e que tal consumo tem graves efeitos para a vida dos mesmos os agentes da educa o os pais encarregados de educa o e toda a comunidade educativa atendam rela o existente entre os dois fen menos consumo de lcool e insucesso escolar agindo para que combatendo um destes fen menos poder estar a combater ou a minimizar o outro Pensamos que uma forma de minimizar tal fen meno atrav s da informa o e da educa o de modo que os alunos e adolescentes n o sejam levados pela falsa imagem de sucesso e de alegria entre outros que a publicidade e a pr pria cultura social t m dado ao lcool ocultando os males que isso possa trazer vid
144. s ylab Verdadeiros positivos main Curva de ROC ModeloC curva ROC VV V par mfrow c 2 2 plot modeloC wich list 1 2 3 4 5 graficos de residuos V C lculo de odds ratio e seus respectivos intervalos de confian a gt OR exp modeloC coefficients gt OR gt IC exp confint modeloC gt IC
145. s 15 17anos gt 17anos n 194 n 94 n 100 n 19 n 120 n 55 Rela o com os pais 14 9 19 1 11 0 15 8 15 8 10 9 Rela o com os amigos 4 1 1 1 7 0 5 3 5 0 1 8 Satide 45 4 51 1 40 0 474 44 2 47 3 Estudos 23 7 27 71 20 0 474 20 8 34 5 Outros 14 9 17 0 13 0 5 3 15 8 16 4 S o os alunos na fase inicial da adolesc ncia quem em maior percentagem referiu que o consumo de alcool prejudica os estudos e os alunos da fase interm dia da adolesc ncia quem 71 APRESENTACAO DOS RESULTADOS em menor percentagem referiu este aspecto Dos alunos que referiram que o lcool prejudica a rela o com os amigos a maioria 87 5 do g nero masculino Apenas 22 5 dos inquiridos referiu n o ter amigos pr ximos que consomem lcool sendo esta percentagem igual dos alunos que referiram desconhecer quantos dos amigos pr ximos ingerem lcool Tabela 13 28 6 referiu ter poucos amigos pr ximos que ingerem lcool e 25 4 referiu que a maioria ou todos os amigos pr ximos s o consumidores Tabela 13 Consumo familiar e consumo dos amigos pr ximos segundo o consumo o g nero e a faixa et ria Amostra Consumo G nero Faixa et ria N o Consumidor Feminino Masculino 12 14 15 17 n 490 consumidor n 194 n 244 n 246 anos anos n 296 n 123 n 281 Consumo por parte dos amigos mais pr ximos Nenhum 22 5 35 3 3 1 21 8 23 2 39 8 18 6 Poucos 28 6 23 1 37 1 29 2 28 0 21 1 30 0
146. s autores partilham a opini o de que o insucesso escolar pode tamb m predizer o in cio do consumo de lcool ou de outras drogas O absentismo a falta de motiva o para os estudos o fraco envolvimento escolar a m adapta o escolar que t m efeitos no rendimento escolar s o factores que podem predispor os adolescentes a consumir drogas entre os quais o lcool Gaspar amp Matos 2008 Por outro lado quando o insucesso escolar atribu do falta de capacidade tal pode afectar a auto estima do aluno lev lo ao abandono escolar e consequentemente a maior probabilidade de entrar no mundo do consumo de lcool Existindo uma rela o entre o insucesso escolar e o consumo de lcool por parte dos adolescentes e independentemente de qual fen meno desencadeia o outro pensamos ser necess ria a actua o dos diferentes sectores da sociedade entre os quais a escola no sentido de conhecer a real situa o de consumo e agir com estrat gias de combate e preven o de modo que o combate ou a diminui o de um destes fen menos consumo de lcool ou insucesso escolar seja consequentemente o combate do outro fen meno e a preven o para a sa de dos adolescentes 15 16 REVISAO DA LITERATURA CAPITULO 3 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA 1 Introdu o Nos estudos estat sticos cujo objectivo estudar uma rela o entre vari veis encontramos dois tipos de vari veis conforme o papel que desempenham a vari
147. s de semana para o consumo frequ ncia do consumo binge nos ltimos 30 dias antes da aplica o do question rio frequ ncia de embriaguez bebida mais consumida s motiva es de consumo aos aspectos prejudicados pelo consumo ao consumo entre os amigos mais pr ximos ao consumo regular e problem tico na fam lia e frequ ncia das consequ ncias sofridas pelo consumo de bebidas alco licas Inicialmente o question rio foi aplicado a um grupo de 10 alunos numa das escolas participantes com o objectivo de ajustar os conte dos dos itens compreens o dos respondentes e considerar aspectos para gest o do tempo das instru es Como resultado desta aplica o foi necess rio fazer uma ligeira altera o relativamente a uma das quest es A aplica o do question rio realizou se com a autoriza o dos directores das escolas participantes durante a semana de 19 a 23 de Mar o do corrente ano um dia em cada escola durante os primeiros 30 minutos de administra o de aula Em cada per odo de lecciona o per odo de manh e per odo de tarde e em cada n vel de ensino as turmas a participar foram seleccionadas aleatoriamente Na sala de aula e antes de aplicar o question rio foi explicado em que mbito o question rio estava a ser aplicado a import ncia do estudo e o objectivo do mesmo Sempre que o n mero de question rios foi inferior ao n mero de alunos da turma os alunos foram seleccionados aleatori
148. s sobre o insucesso escolar rei 5 2 Odlcoolhe a adolesc ncia 2 2 2 2 tess seusseescee es testes riie a tents iieri dreasa 8 2 1 O consumo de lcool por adolescentes em Cabo Verde l 11 3 O lcool a adolesc ncia e o insucesso escolar 00 0 eee ce cececececscscscecsescseeceeseseeeeees 13 CAP TULO 3 MODELO DE REGRESS O LOG STICA ccssessesssessessssssessessseeseesessees 17 1 Introdu o ws ene nne rre natenn ir eenaa ooh ieee LI e ae aoa eai ieena in 17 2 Descri o do modelo de regress o log stica eres 21 2 15 Fun o de Sac Orcs ioaren eee a a ea iiae aeaa iaeaea in 24 2 2 Estima o dos par metros Fun o de verosimilhan a esseeeeeeeeerrereesrerresse 27 2 3 Teste de signific ncia dos coeficientes rara 29 2 4 Intervalo de confian a para os par metros are 32 2 5 Interpreta o dos par metros eee eeeeseeeseeeseeesceccecsecsecesecsseceseeeseeeeeeeseeeseeesaes 33 2 6 Interac o e factores de confus o ir ereereeraeeraanraaas 36 2 7 Selec o e valida o do modelo errar araras 38 vii 2 8 Qualidade do ajustamento do modelo area 41 CAP TULO 4 METODOLOGIA Q cssssssssssssssssssssssessssssssscssseseesscssssssssscssessessecsseeseesscsses 49 1 PAPO de estudo rime execereoese ceras rasca a cn oe eta Lv ccstectin Mines e eaa
149. scilando as frequ ncias entre raras vezes e muitas vezes Tabela 14 Frequ ncia de ocorr ncia de algumas consequ ncias do consumo de lcool Nunca Raras vezes Algumas vezes Muitas vezes Ir a uma aula ap s ter bebido lcool 93 7 3 3 2 9 0 2 Faltar s aulas ap s ter bebido lcool 98 4 1 4 0 2 0 0 Faltar as aulas por ressaca 98 2 0 4 1 0 0 4 Beber lcool antes de ir a um teste 98 0 1 2 0 8 0 0 Ter mau resultado num teste por causa das bebidas 98 6 0 8 0 6 0 0 N o se lembrar de nada ap s ter bebido lcool 90 5 5 6 31 0 8 1 2 Descri o do insucesso escolar em fun o do consumo Interessou nos descrever o insucesso escolar em fun o de alguns aspectos referentes ao padr o de consumo de lcool 73 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Segundo os resultados mais de metade dos alunos que consomem lcool t m insucesso escolar e medida que aumenta a frequ ncia de consumo aumenta a incid ncia de insucesso escolar tal que 48 4 dos alunos que consomem uma vez ou menos por m s tem insucesso escolar dos que consomem 2 3 vezes por m s e dos que consomem mais de tr s vezes por m s mais de metade apresenta insucesso escolar Tabela 15 Segundo os resultados dos testes de independ ncia o insucesso escolar est associado ao consumo valor p lt 0 05 Tabela 15 Insucesso escolar segundo o consumo a frequ ncia de consumo e a quantidade consumida N o apresenta insucesso Apresenta insucesso
150. so escolar quando comparado com outro sem reten o no ensino b sico Relativamente associa o principal em estudo podemos concluir que a probabilidade de ter insucesso escolar aumenta com o crescer da frequ ncia de consumo Um aluno que consome lcool duas ou tr s vezes por m s tem o dobro da chance de ter insucesso escolar quando comparado com aquele que n o consome ou que consome ocasionalmente Se o aluno consumir mais de tr s vezes por m s a chance de ter insucesso escolar aumenta para o triplo quando comparado com aquele que n o consome ou consome ocasionalmente 86 CAPITULO 6 DISCUSSAO DOS RESULTADOS Estamos cientes que os resultados referentes s outras vari veis que se mostraram associadas ao insucesso escolar merecem importantes coment rios Todavia para n o fugirmos do mbito do nosso estudo limitamos a discuss o apenas aos resultados referentes ao comportamento dos alunos face s bebidas alco licas e aos resultados referentes rela o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar Os resultados sugerem que quase metade dos alunos tem pelo menos uma reten o no ensino secund rio Quando nos debru amos sobre a idade normal de frequ ncia no ano de escolaridade os resultados enquadram se nos apontados pela UNICEF e ICCA 2011 que evidenciam que uma percentagem consider vel de alunos est o na classe errada para a sua idade o que pode ser consequ ncia das reten es ao longo do percurso
151. ste percurso Finalmente um especial agradecimento Suellen minha filha minha alegria e meu incentivo a quem dedico este trabalho iii iv RESUMO O lcool a subst ncia mais consumida pelos adolescentes e jovens e a idade do in cio e o padr o de consumo t m sido uma das preocupa es particularmente dos sectores da sa de e da educa o Este consumo est associado a um conjunto de consequ ncias negativas para a vida do adolescente entre as quais a dificuldade de aprendizagem e o baixo rendimento escolar Portanto a preven o do consumo de lcool nas escolas constitui uma via consensual para tentar controlar o problema Esta disserta o tem como objectivo conhecer o padr o de consumo de lcool dos alunos do ensino secund rio em S o Vicente Cabo Verde e estudar a sua rela o com o insucesso escolar Aplic mos um question rio an nimo a uma amostra de 500 alunos com idade entre 12 e 21 anos das 5 escolas secund rias p blicas da ilha Ap s uma an lise explorat ria dos dados e uma an lise univariada verificou se que o consumo de lcool podia estar relacionado com o insucesso escolar Neste sentido constru mos modelos de regress o log stica para estudar tal rela o Os resultados evidenciam que o primeiro contacto com o lcool ocorre numa idade precoce e o padr o de consumo genericamente varia em fun o da faixa et ria e do g nero Entretanto independentemente do g nero e da faixa et
152. stente de lcool particularmente prejudicial na fase da adolesc ncia Peuker et al 2006 podendo provocar altera es significativas ao n vel da aprendizagem e da mem ria Ribeiro 2008 Alves e Kossobudzy 2002 referem tamb m que o consumo de lcool altera as fun es cognitivas e de mem ria as formas de pensamento e percep es o que influencia a aprendizagem 13 REVISAO DA LITERATURA Segundo uma investiga o realizada por Ryback 1971 a magnitude dos efeitos do lcool na mem ria aumentam com a quantidade consumida Quando as doses s o em pequenas quantidades ou moderadas tais como as que produzem concentra es de lcool no sangue abaixo de 0 15 as debilidades de mem ria tendem a ser menores e moderadas medida que as doses aumentam as debilidades de mem ria resultantes da ingest o de lcool podem tornar se mais profundas muitas vezes culminando com a perda de consci ncia e a incapacidade para recordar elementos cr ticos de acontecimentos White et al 2002 citado por Zeigher et al 2005 Sabendo que a mem ria a fun o fundamental no processo de aprendizagem e que esta se altera com o consumo de lcool natural que o lcool comprometa o processo de aprendizagem Pechansky et al 2004 levando ao insucesso escolar Por outro lado e segundo Zeigler et al 2005 o lcool pode perturbar o ciclo sono vig lia alterando o tempo total do sono o tempo necess rio para adormecer e a se
153. sumot Pb family binomial logit data dados gt summary modPb Aplica o do propensity score para reduzir o vi s das vari veis de confundimento Id Ano e Fm Estima o do propensity score gt ps logit glim Consumo Id Ano Fm family binomial logit data dados gt summary ps logit gt x ps logitSfitted gt Y dados Insucesso Estratifica o gt dados s5 lt cut X quantile X seq 0 1 1 5 include lowest TRUE labels FALSE dividindo as ps logit em 5 grupos testando igualdade do valor m dio dos ps logit nos dois grupos em cada estrato gt st data frame Insucesso Consumo dados s5 gt out by st dados s5 function mydataframe with mydataframe t test Insucesso Consumo 0 Insucesso Consumo 1 gt g factor dados s5 assumindo cada estrato como uma vari vel dummy ANEXOS modela o do insucesso escolar em fun o do Consumo assumindo a propensity score como linear no preditor gt modeloB glm Insucesso Consumo Pb g family binomial gt summary modeloB a vari vel PB n o se mostrou significativa gt modeloB glm Insucesso Consumot g family binomial Modelo B Final gt summary modeloB An lise da qualidade de ajustamento do modelo gt G modeloBSfitted gt M cbind Consumo Id Ano Fm Pb g gt HLgof test fit fitted modeloB dados Insucesso ngr 10 M verbose FALSE gt somers2 mo
154. talnsucesso N o apresenta Feminino Masculino Figura 4 Insucesso escolar segundo o g nero Na impossibilidade de considerar os m ltiplos factores implicados no insucesso escolar apontados na literatura e n o querendo ignorar a totalidade deles procuramos analisar alguns itens considerados como os mais apontados no contexto cabo verdiano como poss veis factores associados ao in sucesso escolar Assim questionados se se consideram alunos com ou sem alguns atributos gostar de estudar faltar muito s aulas dispor de bom ambiente familiar dispor de interesse familiar nos estudos dispor de acompanhamento dos pais encarregado de educa o nas tarefas escolares apresentar dificuldades em acompanhar as mat rias considerar elevadas as exig ncias dos professores e considerar os estudos importantes para o futuro a maioria dos inquiridos revelou considerar com os atributos que n o favorecem ao insucesso escolar Tabela 4 60 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Tabela 4 Insucesso escolar segundo alguns atributos N o apresenta Apresenta insucesso insucesso n n Gostar de estudar Nao 70 49 3 72 50 7 Sim 213 61 4 134 38 6 Faltar muito as aulas Nao 247 62 7 147 37 3 Sim 36 38 3 58 61 7 Dispor de bom ambiente familiar Nao 23 54 8 19 45 2 Sim 260 58 2 187 41 8 Dispor de interesse familiar nos estudos Nao 53 43 1 70 56 9 Sim 229 62 6 137 37 4 Dispor de acompanhamento dos pais nas tarefas escolares Nao 69 50 4
155. tervalos de confian a das diferentes vari veis explicativas com o insucesso escolar nos modelos A e C Os resultados sugerem que embora outras vari veis se tenham mostrado na an lise preliminar associadas ao insucesso escolar as vari veis tradicionais mais importantes para explicar o insucesso escolar s o a faixa et ria o ano de escolaridade o faltar muito s aulas e o percurso escolar no ensino b sico modelos A e C Os resultados no modelo B sugerem que existe uma associa o significativa entre o consumo de lcool e o insucesso escolar tal que o risco de um aluno que consome lcool ter insucesso escolar quase o dobro 1 89 vezes maior quando comparado com um aluno abst mico Os resultados no modelo C por sua vez aludem 84 APRESENTACAO DOS RESULTADOS que atender as diferentes frequ ncias de consumo poder ser uma melhor forma descrever o insucesso escolar em fun o do consumo de lcool Tabela 20 Odds ratio das covari veis e seus respectivos intervalos de confian a nos modelos A e C Modelo A Modelo C Variaveis OR IC 95 OR IC OR Frequ ncia de consumo 2 3 vezes por m s 1 99 1 02 3 96 gt 3 vezes por m s 3 05 1 45 6 62 Faixa et ria 15 17 anos 11 22 4 89 27 13 11 30 4 87 27 64 gt 17anos 113 78 31 72 459 89 102 97 28 24 421 49 Ano de Escolaridade 8 ano 1 27 0 68 2 37 1 31 0 69 2 46 9 ano 1 56 0 68 3 54 1 45 0 62 3 32 10 ano 0 17 0 07 0 45 0 14 0
156. tido um ou dois epis dios de embriaguez Os resultados do teste de independ ncia mostraram evid ncias de que existe associa o entre as vari veis frequ ncia de embriaguez e g nero valor p 0 05 o g nero masculino que em maior percentagem referiu j ter se embriagado e em maior frequ ncia Tabela 9 Relativamente faixa et ria os alunos que assumiram ter tido pelo menos um epis dio de embriaguez t m idade igual ou superior a 14 anos Os resultados do teste de independ ncia obtidos ap s a jun o das c lulas correspondentes s duas primeiras faixas et rias e da jun o 69 APRESENTACAO DOS RESULTADOS das correspondentes s duas ltimas categorias da vari vel frequ ncia de embriaguez devido ao incumprimento dos pressupostos do teste do Qui quadrado mostraram evid ncias de que existe associa o entre a frequ ncia de embriaguez e a faixa et ria valor p 0 02 S o os alunos mais velhos quem apresenta maiores frequ ncias de embriaguez quando comparados com alunos com idade inferior a 18 anos Tabela 9 Frequ ncia de embriaguez segundo o g nero e a faixa et ria Faixa et ria Amostra G nero Feminino Masculino 12 14anos 15 17anos gt 17anos n 337 n 173 n 164 n 49 n 213 n 75 Nunca 74 8 85 0 64 0 91 8 75 6 61 3 1 2 vezes 16 6 13 2 20 1 4 1 16 9 24 0 3 4 vezes 4 7 1 2 8 5 4 1 3 8 8 0 5 10 vezes 0 3 0 0 0 6 0 0 0 5 0 0 gt 10 vezes 3 6 0 6 6 7 0 0 3 3 6
157. tos de Harper e Marshall 1991 que dividem a adolesc ncia em tr s fases a adolesc ncia inicial que se situa entre os 12 e os 14 anos a adolesc ncia interm dia entre os 15 e 17 anos a adolesc ncia terminal ou tardia que se situa entre os 18 e os 20 anos Deste modo no nosso estudo a vari vel faixa et ria em susbtitui o da vari vel idade recebe as seguintes categorias 12 14 anos 15 17 anos e maiores de 17 anos Real amos que na nossa amostra encontram se dois inquiridos com 21 anos de idade que inclu mos na ltima fase da adolesc ncia Mais de metade da amostra 57 3 constitu da por alunos que pertencem fase interm dia da adolesc ncia e a menor por o 17 6 pertence fase terminal da adolesc ncia Figura 5 gt 17 anos 18 Figura 5 Distribui o da amostra por faixa et ria Ao longo desta sec o a dimens o da amostra sofre altera es em fun o do tratamento estat stico Em algumas situa es consider mos a amostra total do estudo n 490 noutras situa es a amostra considerada refere se apenas aos alunos que j experimentaram lcool n 338 e ainda noutras situa es consider mos como amostra apenas o grupo de alunos que consome lcool n 194 N o obstante faremos men o nos referidos quadros ou gr ficos da dimens o n correspondente 62 APRESENTACAO DOS RESULTADOS I Primeira experi ncia com o lcool Os dados revelam que 69 0 dos alunos j experimentou be
158. ucesso escolar traduzida por um odds ratio igual a 1 86 80 APRESENTACAO DOS RESULTADOS Tabela 18 Associa o entre o consumo de lcool e o insucesso escolar antes e depois da aplica o do propensity score Antes da aplica o do propensity score Ap s a aplica o do propensity score Valor p OR IC 95 Valor p OR IC 95 Consumo 0 003 1 97 1 25 3 10 0 004 1 86 1 23 2 84 HI Modelo C Modela o do insucesso escolar em fun o da frequ ncia de consumo ao lado das outras covari veis explicativas Tendo confirmado a exist ncia de associa o significativa entre o consumo de lcool e o insucesso escolar e no intuito de averiguar se o grau desta associa o varia em fun o da frequ ncia de consumo procuramos ajustar um modelo que descreve o insucesso escolar em fun o da frequ ncia de consumo de lcool ao lado das covari veis tradicionais Desta feita o preditor linear do modelo maximal definido pelo conjunto das covariaveis tradicionais seleccionadas na an lise univariada e a vari vel frequ ncia de consumo Procedendo de igual modo quanto selec o e ao teste de signific ncia das covari veis aplicados para a selec o dos modelos anteriores foi seleccionado o modelo com as seguintes estimativas e n veis de signific ncia Coeficientes Estimativa Desvio padr o Teste Wald Valor p Intercept 1 5067 0 2688 5 605 p lt 0 01 Freql 0 3404 0 2868 1 187 p gt 0 1 Fre
159. uestion rio Lisboa Edi es Silabo Hosmer D W amp Lemeshow S 1989 Applied Logistic Regression John Wiley New York Instituto Nacional de Estatistica INE Minist rio da Sa de amp Organiza o da Na es Unidas ONU 2008 Mulheres e Homens em Cabo Verde IDNT 2007 Praia Cabo Verde Maroco J 2003 An lise Estat stica com Utiliza o do SPSS Edi es Silabo Marinho R T 2005 lcool e sinistralidade rodovi ria Revista Ordem dos M dicos 21 56 10 12 Martin C S amp Winters K C 1998 Diagnosis and assessment of alcohol use disorders among adolescents Alcohol Health amp Research World 22 95 106 Mendes V amp Lopes P 2007 H bitos de consumo de lcool em adolescentes Toxicodepend ncias 13 2 24 40 McCullagh P amp Nelder J A 1989 Generalized linear models 2nd edition Chapman and Hall London Minist rio da Educa o e Desporto 2011 Os Principais Indicadores da Educa o 2010 2011 Praia Cabo Verde 103 BIBLIOGRAFIA Minist rio da Sa de de Cabo Verde 2008 Plano Nacional de Desenvolvimento Sanit rio 2008 2011 Vol 2 Praia Cabo Verde Moreira P 2202 Para uma Preven o que Previna Coimbra Quarteto Editora Nelder J A amp Wedderburn R W M 1972 Generalized linear models Journal of the Royal Statistical Society A 135 370 384 Oliveira G A 2009 Bioestat stica Epidemiologia e Investiga o Lisboa L
160. un es reais conhecidas A fun o a por vezes definida tal que A W sendo w uma constante b e c s o fun es diferenci veis que determinam o a d par metro espec fico da fam lia de distribui es Prova se que E Y b 0 e Var Y a d b 0 Portanto a vari ncia de uma distribui o membro da fam lia exponencial o produto de duas fun es uma que depende do valor m dio b e outra que depende do valor da dispers o a Os modelos lineares generalizados s o considerados como uma extens o do modelo de regress o linear cl ssico De uma forma geral tais modelos s o caracterizados por duas componentes gt Componente aleat ria composta por uma vari vel resposta Y com n observa es independentes com valor m dio u e cuja distribui o pertence fam lia exponencial gt Componente sistem tica ou estrutural composta por k vari veis explicativas que k definem uma combina o linear ou preditor linear 7 J gt B jeje j l 19 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA A fun o que relaciona as duas componentes denominada fun o de liga o e depende da distribui o da vari vel resposta e do tipo de estudo que se est a fazer S o casos particulares de modelos lineares generalizados os seguintes modelos gt Modelo de regress o linear cl ssico com vari vel resposta continua gt Modelo de an lise de vari ncia com distribui o normal e
161. vos como o de Newton Raphson Prova se a partir das segundas derivadas de IB que a fun o definida pelo logaritmo da verosimilhan a estritamente convexa logo o sistema admite apenas uma solu o ou seja existe um nico ponto B que maximiza a fun o I B As segundas derivadas parciais s o dadas pelas express es 28 MODELO DE REGRESSAO LOGISTICA on Fx ra nx D aivarto oB _ 3 xxnx MI 2 x x X Var y 0 B B gt 2 Os termos negativos encontrados na equa es acima definem a matriz k 1 x k 1 I B denominada matriz de informa o de Fisher Na diagonal da inversa de I B encontram se as vari ncias e nos elementos fora da diagonal as covari ncias dos estimadores tal 1 que gt Entretanto muitas vezes n o poss vel encontrar uma express o para as KP componentes da inversa da matriz I B pelo que as vari ncias e as covari ncias obt m se substituindo os par metros desconhecidos pelas suas estimativas Sendo 8 o ponto inicial para B o m todo iterativo de Newton Raphson permite escrever que na m 1 sima itera o po Bm I B Ss BO Z Uma das propriedades dos estimadores de m xima verosimilhan a a propriedade de A invari ncia se O um estimador de m xima verosimilhan a para um par metro 0 ent o efo um estimador de m xima verosimilhan a para e o Assim obtendo se as estimativas dos par metros no modelo pod
162. ximos e o consumo dos alunos valor p lt 0 05 Dos inquiridos que referiram n o ter amigos pr ximos que ingerem lcool 22 5 da amostra 94 5 referiu ser abst mico Por outro lado s o os n o abst micos que em termos percentuais apresentam mais amigos pr ximos que ingerem lcool Apenas 26 7 da amostra referiu o consumo regular na fam lia sendo que 3 3 n o respondeu quest o relativamente ao consumo regular na fam lia e 22 9 referiu desconhecer o consumo na fam lia Os progenitores ou seus c njuges s o os menos referenciados quando comparados com outros familiares irm os tios primos O consumo regular na fam lia mostrou se independente do g nero valor p 0 11 da faixa et ria valor p 0 81 e do consumo dos alunos valor p 0 47 A amostra referenciou uma percentagem 21 2 de familiares com problemas de alcoolismo sendo igualmente os tios primos ou irm os mais referenciados e a m e nunca referenciada O consumo problem tico na fam lia tamb m se mostrou independente do g nero valor p 0 40 da faixa et ria valor p 0 62 e do consumo dos alunos valor p 0 29 Relativamente frequ ncia de ocorr ncia de algumas consequ ncias da ingest o do lcool a maioria dos inquiridos referiu nunca ter sofrido nenhuma das ocorr ncias Tabela 14 6 5 referiu j ter ido a uma aula ap s ter bebido lcool e 9 5 referiu n o se ter lembrado de nada ap s ter bebido lcool o
163. z J A 2008 Consumo de subst ncias e satisfa o com a vida nos adolescentes In Matos M G Coord Consumo de Subst ncias Estilo de Vida A Procura de um Estilo pp 71 94 Lisboa Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia Spazziani M L 2001 A sa de na escola da medicaliza o perspectiva da psicologia hist rico cultural ETD Educa o Tem tica Digital 3 1 41 62 Turkman M A A amp Silva G L 2000 Modelos Lineares Generalizados da Teoria Pr tica Edi es SPE Lisboa UNICEF amp Instituto Caboverdiano da Crian a e da Adolescente ICCA 2011 An lise de Situa o da Crian a e da Adolescente em Cabo Verde Praia Cabo Verde Webb J A Moore T Rhatigan D Stewart C amp Getz G 2007 Gender differences in the mediated relationship between alcohol use and academic motivations among late adolescents American Journal of Orthopsychiatry 77 3 478 488 Williams D A 1987 Generalized linear model diagnostics using the deviance and single case deletions Applied Statistics 36 181 191 WHO Constitution 1948 Dispon vel em http www who int governance eb constitution en index html Acesso em 23 de Mar o de 2012 Zeigler D W Wang C C Yoast R A Dickinson B D MCaffree M A Robinowitz C B amp Sterlina M L 2005 The neurocognitive effects of alcohol on adolescents and college students Preventive Medicine 40 23 32 105
164. zima lcool desidrogenase Um consumo ocasional poder n o provocar grandes transtornos todavia se a ingest o for frequente ou a quantidade ingerida for maior do que a capacidade do f gado para metabolizar o lcool a concentra o do lcool no organismo maior e piores ser o as consequ ncias para a sa de Segundo dados cient ficos 18 anos o limiar m dio de maturidade biol gica no que se refere metaboliza o do lcool raz o pela qual proibida a venda a oferta e o consumo de bebidas alco licas a menores de 18 anos Assim na adolesc ncia em que a enzima lcool desidrogenase ainda existe em pouca quantidade nas 89 DISCUSSAO DOS RESULTADOS c lulas a degrada o do lcool muito mais dif cil e os riscos para a sa de derivados do seu consumo s o mais graves Alguns efeitos s o imediatos mas outros s o a longo prazo Na maioria das culturas e ao longo do tempo seja entre os jovens entre os adolescentes ou entre os adultos o g nero masculino tem revelado consumir lcool mais do que o g nero feminino No nosso estudo embora seja o g nero masculino que apresenta a maior percentagem de consumo o consumo de lcool mostrou se independente do g nero Se antes o peso cultural o consumo de lcool pelo g nero feminino era pouco aceite na sociedade cabo verdiana e possivelmente noutras sociedades era apontado como uma das justifica es para o facto de poucas raparigas admitirem

capítulo 2 - Repositório da Universidade de Lisboa

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