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1. n s nos mudamos e eu estava sem Internet pedi a meu pai para me levar a uma anhouse meu Deus Berreiro Por incr vel que pare a chorei e ele me levou a uma anhouse Acessei o orkut e MSN comunica o que n o acessava h muito tempo Uma outra integrante a JK 14 femino diz se o computador vai para o conserto ou voc fica sem Internet por algum motivo voc fica sem nada pra fazer o pior castigo ficar sem computador e para concluir todos do grupo gritam horr vel A opini o de JM 15 masculino quanto aos locais para o acesso existem locais que o computador n o bom para o acesso Cada computador tem uma configura o diferente a depender do acesso daquilo que se quer fazer Um computador com Internet bom para jogos tem que ser muito bom est em torno de R 3000 00 Neste aspecto destacado mais um momento sobre o consumo agora com revela es de pre os de equipamentos Uma das participantes do grupo focal 4 a JK 14 feminino diz com o computador voc pode ter o software para fazer apresenta es power point para acessar email MSN TVe r dio Voc pode fazer tudo isto Para fazer um trabalho de Portugu s voc precisa de um computador sem computador n o d Esta jovem demonstra a necessidade do equipamento para a aprendizagem dos jovens na s rie em que se encontra Em rela o quarta quest o como voc avalia o uso da Internet na escola A jovem integrante JK 14 femi
2. CL USULA 14 O descumprimento de qualquer obriga o contida neste contrato assim como daquelas contidas no Regimento Escolar assegura parte inocente o direito de n o mais contratar com a parte infratora os servi os educacionais Par grafo nico eventual toler ncia seja a que t tulo for por parte da CONTRATADA n o significar renova o deste contrato CL USULA 15 DO PRAZO CONTRATUAL O presente contrato tem dura o at o final do per odo letivo contratado e poder ser rescindido nas seguintes hip teses Pelo respons vel e ou aluno se maior a Por desist ncia formal b Por transfer ncia formal II Pelo col gio a No caso de inadimpl ncia b Por descumprimento nos termos do regimento escolar II Por qualquer das partes a Nos casos de excessiva onerosidade que provoque grave desequil brio na rela o pactuada advinda de fatores imprevis veis e para os quais os contratantes n o contribu ram direta ou indiretamente Par grafo Primeiro Em todos os casos de rescis o contratual ficam os contratantes do aluno obrigados a pagar o valor da parcela do m s em que ocorrer o evento 157 Par grafo Segundo O estabelecimento de ensino poder promover a rescis o contratual al m dos motivos previstos nesta cl usula por raz es de indisciplina na forma do seu regimento escolar CL USULA 16 DAS DISPOSI ES FINAIS O respons vel pelo aluno desde j concorda e autor
3. Em conseqgii ncia disso a utiliza o de produtos do mercado da Informa o como por exemplo revistas jornais livros programas de r dio e televis o home pages sites correio eletr nico al m de possibilitar novas formas de comunica o ainda gera novas formas de produzir o conhecimento Nesse aspecto Castells 2005 p 52 defende que a comunica o simb lica entre os seres humanos e o relacionamento entre esses e a natureza com base na produ o e seu complemento o consumo experi ncia e poder cristalizam se ao longo da hist ria em territ rios espec ficos e assim geram culturas e identidades coletivas A produ o um processo social complexo porque cada um de seus elementos diferenciado internamente A rela o entre a m o de obra e a mat ria no processo de trabalho envolve o uso de meios de produ o para agir sobre a mat ria com base em energia conhecimento e informa o A tecnologia a forma espec fica dessa rela o 83 Todavia o fato de as informa es estarem dispon veis ao mesmo tempo em praticamente todos os lugares do mundo por interm dio dos meios eletr nicos de comunica o n o significa necessariamente que esteja ocorrendo um processo de democratiza o do acesso s informa es e muito menos que os cidad os contempor neos tenham conhecimento cr tico do mundo em que vivem Ao mesmo tempo em que a tecnologia contribui para aproximar as diferentes cultu
4. Nesse aspecto para Santaella 2003 quando sujeitos engajam se em uma estrutura simb lica complexa eles sincronizam e harmonizam sua pr pria simboliza o interna com essa estrutura O resultado de se estar imerso na rede leva a uma gradual sincroniza o simb lica a constitui o de programas pr prios como seres sociais Essa comunica o prot tica extens es do Homem McLuhan e tudo o que ela possibilita como programas interativos de entretenimento a Internet o ciberespa o a realidade virtual passa a fazer parte dos seres simb licos No entanto a cultura digital e seus sistemas de comunica o mediados transformam autor e leitor transformam o modo de pensarem e alteram a forma da sociedade Essa cultura a cultura do indiv duo como identidade inst vel como um processo cont nuo de forma o de m ltiplas identidades A signific ncia cultural do sujeito d se pela linguagem Assim os sujeitos s o sempre mediados pela linguagem Essa media o os interpelam e sua posi o n o mais est vel fechada e sim aberta inst vel e m ltipla Santaella 2003 p 128 afirma que O efeito das m dias tais como a Internet e realidade virtual entre outras potencializar as comunica es descentralizadas e multiplicar os tipos de realidade que se encontram na sociedade Toda variedade de pr ticas inclusas na comunica o via redes correio eletr nico servi os de mensagens videoconfer ncia etc
5. adquirir os instrumentos de compreens o aprender a fazer para poder agir sobre o meio envolvente aprender a viver juntos a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas finalmente aprender a ser via essencial que integra as tr s precedentes claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma dado que existem entre elas m ltiplos pontos de contato de relacionamento e de pergunta Ao trabalhar esses quatro pilares da educa o estaremos desenvolvendo conte dos de natureza conceitual procedimental e atitudinal os quais permitir o que a escola seja reconhecida pelos jovens como um espa o onde al m de aprender conceitos fatos princ pios procedimentos que contribuem para a constru o das capacidades intelectuais para operar com s mbolos signos id ias e imagens na representa o e viv ncia da realidade Ser poss vel falar sobre os seus questionamentos e conviver com a diferen a Segundo os Par metros Curriculares Nacionais as diferen as de valores atitudes culturas projetos podem ser identificadas nos mais diversos assuntos e situa es vivenciadas dentro e fora da escola dentre os quais se destacam a multiplicidade de impress es e representa es do real possibilitados pelos ambientes midi ticos Nesse sentido constituem se fortes referenciais nos quais cada um pode se reconhecer distinguindo se dos outros reconhecendo os como diferentes e reconhecend
6. Cole o Magist rio Forma o e Trabalho Pedag gico PRIMO Alex Intera o mediada por computador comunica o cibercultura cogni o Porto Alegre Sulina 2007 QU AU Phillipe O Tempo do Virtual In PARENTE Andr Org Imagem M quina a era das tecnologias do virtual Rio de Janeiro Editora 34 1997 p 97 99 RAMAL Andr a Cec lia BUFFARA Paula Muito al m do quadro negro P tio Revista Pedag gica Porto Alegre ano 11 n 44 p 24 27 nov 2007 jan 2008 RAMOS Evil sio A Adolesc ncia desafio aos educadores Educa o em Debate S o Paulo n 17 18 p 79 88 jan dez 1989 ROCHA Everardo A sociedade do sonho comunica o cultura e consumo Rio de Janeiro Mauad 1995 RONSINI Veneza Veloso Mayora Mercadores de sentido consumo de m dia e identidades juvenis Porto Alegre Sulina 2007 128 ROSA Graciema de F tima da O corpo feito cen rio In MEYER Dagmar Estermann SOARES Ros ngela de F tima Rodrigues Org Corpo g nero e sexualidade Porto Alegre Media o 2004 p 17 27 ROSENSTIEHL Pierre Labirinto In ENCICLOP DIA Einaudi Lisboa Portugal Imprensa Nacional Casa da Moeda 1988 L gica Combinat ria v 13 SANTAELLA Lucia A cr tica das m dias na entrada do s culo XXI In PRADO Jos Luiz Aidar Org Cr tica das pr ticas midi ticas da sociedade de massa cibercultura S o Paulo Hacker 2002 SANTOS Gilberto Lacerda A Internet na
7. S rie Ensino M dio 9 R 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 10 W 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 11 C 16 masculino 16 2 S rie Ensino M dio 12 G_17 masculino E 3 S rie Ensino M dio Tabela 1 Grupo focal 1 composto de jovens do sexo masculino em 2006 1 QUAL A IMPORT NCIA DA INTERNET NA VIDA DE VOC S JOVENS Qual a diferen a do uso que voc faz em casa e na escola Coment rios A Internet como relacionamento pessoal Usa Internet para compra que tipo de compra usa Internet Usa para a pesquisa escolar Quando usa Que tipo de entretenimento usa a Internet jogos Usa para acessar rg os governamentais Usa para concurso carteira de estudante Pesquisa de viagem festinhas eventos encontrar com a galera Usa Internet em outros espa os como lanhouse Em casa de amigos No trabalho dos pais PARA QUE USA A INTENET G 17 masculino uso a Internet para falar com amigos pesquisar sobre assuntos de escola A import ncia maior para pesquisar assuntos da escola para trabalhar tamb m Eu trabalho com computador na empresa eu preciso usar e mails R 15 masculino uso Internet para ficar mais informado atualizado me aproximar de outras pessoas em bate papo f runs e sites de relacionamento tal basicamente para isso mesmo A 15 masculino Maior import ncia para fazer trabalho pesquisar ficar mais informado No meu caso uso para me divertir lazer e
8. esp cies de jogos de pap is role playing games em forma de mundos virtuais de linguagem elaborados em tempo real por centenas ou milhares de jovens dispersos pelo planeta Os indiv duos s o assim incitados a participar da maneira mais pertinente poss vel na intelig ncia coletiva Nesse aspecto o entretenimento favorecido pela Internet associado a outras atividades de intera o o jogo online foi bastante citado como uma das prioridades do uso da Internet pelos jovens conforme esclarece o jovem JC 14 masculino Todo tipo de jogos de baixar ou acessar online do seu computador e voc ainda fica usando o MSN tamb m E completando a opini o desse jovem sobre a import ncia na Internet no cotidiano o jovem JI 15 masculino diz a Internet engloba tudo ningu m precisa ver TV ver v deo nem 65 precisa comprar jornal porque s acessar as not cias recentes na Internet At jogos porque tem tudo na Internet substitui at o celular s vezes Neste aspecto o jovem a aten o pela facilidade de informa es r pidas mesmo que n o tendo a profundidade de uma criticidade mais elaboradas como nos meios impressos Dessa forma compreens vel o aumento do uso da Internet em cada ano e em particular neste 2008 uma pesquisa foi feita sobre o aumento do uso da Internet nos primeiros meses de 2008 no Brasil Segundo a pesquisa feita pelo IBOPE NetRatings 2008 Em abril de 2008 22 4 milh es de pessoas usar
9. muitas conversas nos chats emulam certos jogos t picos de uma conversa real que transcorrem como se os internautas estivessem ao vivo e n o houvesse barreiras entre o virtual e o real Faz se necess rio analisar o favorecimento social atrav s da cibercultura Isso significa que o virtual se distingue do real pelo fato de se fazer presente por meio da tecnologia e a outra pela presen a f sica Neste caso os jovens fazem a melhor forma de apropria o com seus grupos sociais fazendo uso das atualiza es t cnicas para minimizar 60 os efeitos da exclus o ou da aus ncia f sica Isto resultante da acelera o do momento tecno social O ciberespa o o espa o das comunica es por rede de computador no qual sua comunica o acontece de forma virtual Al m disso faz uso dos meios de comunica o modernos destacando se entre eles a Internet Esse fen meno se deve ao fato de nos meios de comunica o modernos existir a possibilidade de pessoas e equipamentos trocarem informa es das mais variadas formas sem preocupa es Tamb m conhecido como cyberespa o termo muito comum na fic o cient fica possui varia es para v rios outras denomina es referente Internet cyberpoeta cyberpunk e outros mais Na enciclop dia Wikip dia a origem do termo ciberespa o assim est regitrada O termo ciberespa o certamente foi utilizado pela primeira vez em 1984 por William Gibson um escritor cana
10. o laborat rio no intervalo das aulas e ou no final das aulas do dia e publicam os arquivos recebidos H de se considerar que at aqui todas as atividades desenvolvidas levam um tempo na produ o um ir e vir para a busca enriquecimento da produ o criatividade e compromisso dos jovens pela motiva o da proposta que envolve descobertas e desafios Merece ressaltar mais um projeto desenvolvido com os jovens que envolve diretamente o registro fotogr fico Nessa proposta a professora de L ngua Portuguesa da 1 s rie do Ensino M dio procurou orientar que as imagens n o fossem de postura artificial de pose mas que os jovens procurassem fotografar os moradores do bairro antigo da cidade em que eles moram O projeto intitulado Fotografando moradores do Bairro da Ribeira tinha como objetivo conhecer a beleza e as atitudes espont neas do povo humilde desse bairro do centro antigo da cidade Para a sensibiliza o da aula de campo para a realiza o das fotografias a professora apresentou o clip Jeromemurat gravado do site YouTube que um endere o de compartilhamento de v deos na Internet cuja caracter stica permitir que seus usu rios carreguem assistam e compartilhem v deos Nesse contexto o clip aborda o iluminismo apresentando uma transforma o de identidade Para dar continuidade sensibiliza o dos jovens a professora sugeriu a pesquisa no site lt www olhares com gt de fotografias para uma an lise d
11. s geogr ficas argumenta que os jovens se deslocam continuamente em diferentes espa os culturas tempos possibilitando o adquirir uma vis o mais ecol gica sobre os problemas da cidade Em rela o as interpessoais o jovem se comunica e conhece pessoas pr ximas e distantes da sua idade e de outras idades online e offline Nessa perspectiva Moran 2008 amplia as vantagens do uso da Internet pelos alunos porque desenvolve a aprendizagem cooperativa os trabalhos por grupo realizados na ltima hora cem que os resultados bem sucedidos aumenta a aprendizagem Em outros casos h uma competi o excessiva o monop lio de determinados alunos sobre o grupo mas no conjunto a coopera o prevalece Parece conveniente dizer que Moran 2008 traz outras situa es de dimens es positivas S o elas a Internet tamb m ajuda a desenvolver a intui o a flexibilidade mental a adapta o a ritmos diferentes A respeito da intui o porque as informa es v o sendo descobertas por acerto e erro por conex es escondidas n o lineares dos hipertextos Quanto flexibilidade devido ao fato de que a maior parte das sequ ncias imprevis vel aberta e portanto a mesma pessoa sente dificuldade em refazer a mesma navega o duas Como utilizar a Internet na Educa o Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0100 19651997000200006 gt Acesso 24 mai 2008 113 vezes Em r
12. 2001 LEMOS Andr Cultura das redes ciberensaios para o s culo XXI Salvador EDUFBA 2002 Cibercultura tecnologia e vida social na cultura contempor nea 3 ed Porto Alegre Sulina 2007 L VY Pierre Cibercultura Tradu o Carlos Irineu da Costa 2 ed Rio de Janeiro Editora 34 1999 As Tecnologias da Intelig ncia o futuro do pensamento na era da inform tica Tradu o Carlos Irineu da Costa Rio de Janeiro Editora 34 1997 O que o virtual Tradu o Paulo Neves S o Paulo Editora 34 1996 As tr s tecnologias da intelig ncia Rio de Janeiro Ed 34 1993 LIMA Ven cio Arthur de M dia Teoria e Pol tica S o Paulo Funda o Perseu Abramo 2001 Comunica o e Cultura as id ias de Paulo Freire Rio de Janeiro Paz e Terra 1981 LINHARES Ronaldo Nunes Internet e a o comunicativa como elementos do espa o p blico sob uma perspectiva habermasiana crise e transi o In SOUSA Mauro Wilton de Org Recep o Midi tica e Espa o P blico Novos Olhares S o Paulo Paulinas 2006 p 157 178 LITWIN Edith Cen rios para a an lise das tecnologias P tio Revista Pedag gica Porto 125 Alegre ano 11 n 44 p 16 19 nov 2007 jan 2008 LOPES Maria Immacolata Vassallo de Media es na Recep o um estudo brasileiro dentro das tend ncias internacionais Dispon vel em lt http www eca usp br alaic Congreso 1999 17 gt Immacolata doc gt Aces
13. A INTERNET COMO TECNOINTERA O DA APRENDIZAGEM VALORIZA O DA CULTURA E IDENTIDADE JUVENIL Disserta o apresentada P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obten o do grau de Mestre em Educa o Aprovado em BANCA EXAMINADORA Prof Dr Maria das Gra as Pinto Coelho Orientadora do Programa da P s Gradua o em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Prof Dr Dante Henrique Moura Centro Federal de Educa o Tecnol gica do Rio Grande do Norte CEFET RN Prof Dr Sebasti o Guilherme Albano da Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN iv Dedico este trabalho a minha orientadora Maria das Gra as Pinto Coelho AGRADECIMENTOS A Deus pela for a ilumina o e perseveran a que me favoreceu nesse per odo de estudo pesquisa e produ o acad mica Ao Professor Dr Jos Ivonildo do Rego Reitor da Universidade e a Professora Dr ngela Maria Paiva Cruz Vice Reitora por incentivar e ampliar o Programa de P s gradua o nesta institui o do Ensino Superior As Professoras Dr Marl cia Menezes Paiva e Dr Alda Maria Duarte Ara jo Casto Coordenadora e Vice Coordenadora do Programa de P s Gradua o por ter me acompanhado nesta caminhada Ao professor Arnon Alberto Mascarenhas de Andrade pelas orienta es e escolhas das leituras pertinentes s discuss es semanalmen
14. Ano Ensino Fundamental 3 JL 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 4 JM 14 masculino 14 9 Ano Ensino Fundamental 5 JB_15_feminino 15 1 S rie Ensino M dio 6 JI 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 7 JM 14 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 8 JT 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 9 JF 16 masculino 16 2 S rie Ensino M dio 10 JL 16 masculino 16 2 S rie Ensino M dio 11 JM 16 feminino 16 2 S rie Ensino M dio 12 JR 16 feminino 16 2 S rie Ensino M dio Tabela 4 Grupo focal 4 composto de jovens do sexo feminino e masculino em 2008 A transcri o das discuss es do Grupo Focal 4 relativa tem tica da investiga o os descompassos entre os usos da Internet na escola e no cotidiano dos jovens apresentada conforme mencionado anteriormente no decorrer dos cap tulos seguintes Al m disso a ntegra em segii ncia dos discursos dos jovens apresentada em Ap ndice 4 47 CAP TULO 2 UMA TRIPULA O EM METAMORFOSE CULTURAS JUVENIS E VIRTUALIDADE Quem sou quem somos Sou carne Sou vida Intelig ncia nova e trag dia humana de sempre Poeta frustrado Jornalista incompleto Certo da minha d vida Duvidoso das poucas certezas Fruto do Atare sic Herdeiro desgra ado das Xuxas e afins Sou a eterna ang stia adolescente O medo e a expectativa do que est por vir Um grito sufocado uma gota de poesia que desliza entre meus dedos e cai na rede mundial S A
15. Ano Ensino Fundamental 6 I 14 feminino 14 8 Ano Ensino Fundamental Te L 14 feminino 14 8 Ano Ensino Fundamental 8 L1 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 9 T 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 10 Y_15_ feminino 15 1 S rie Ensino M dio Tabela 2 Grupo Focal 2 composto de jovens do sexo feminino em 2006 No entanto para garantir uma harmonia nas discuss es das quest es do roteiro foi feita uma sele o de jovens para o Grupo Focal 3 cuja caracteristica comum homog nea eram jovens com a mesma idade de 15 anos O fato de ter apenas um sujeito do sexo masculino foi devido ao fato de ser um hor rio em que na escola h encontro esportivos no mesmo hor rio da coleta de dados Ver Tabela 3 Grupo Focal 3 N Sujeitos Idade Anos S rie N vel de escolaridade 1 G_15_feminino 15 1 S rie Ensino M dio 2 J 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 3 M 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 4 N 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 5 P 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 6 T 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio Tabela 3 Grupo Focal 3 composto de jovens do sexo feminino e masculino em 2006 Alguns autores n o recomendam esse tipo de escolha jovens do sexo masculino e do sexo feminino juntos no mesmo Grupo focal Segundo Krueger e Casey 2000 p 73 em certas condi es pode n o ser muito produtivo misturar g neros no grupo porque os homens t m a tend ncia a fa
16. Par grafo Primeiro Em caso de pagamento efetuado com cheque o mesmo ser recebido em car ter pr solvendo somente ficando quitado o compromisso ap s o pagamento do cheque pelo banco 155 Par grafo Segundo A primeira parcela paga no ato da matr cula tem car ter de sinal e princ pio de pagamento e considerando que n o representa nem 10 do valor da anuidade em caso de desist ncia n o ser devolvida salvo no caso de o aluno vir a desistir da vaga por ter estudado no ano anterior no col gio e n o ter obtido aprova o para a s rie indicada neste contrato Par grafo Terceiro Em caso de matr cula a destempo ser o feitos os pagamentos das parcelas j vencidas no ato da matr cula a menos que apresente comprovante de quita o da escola anterior Par grafo Quarto Em hip tese alguma haver restitui o de import ncia pagas relativas reserva de vaga ou matr cula efetuada ap s o in cio da presta o de servi os educacionais ou seja ap s a abertura do ano letivo que se dar em 29 01 2008 Par grafo Quinto Os pagamentos das parcelas ser o efetuados atrav s da rede banc ria ou aonde a CONTRATADA indicar Par grafo Sexto Se at o dia do vencimento de qualquer das parcelas o respons vel n o estiver de posse do boleto banc rio dever comparecer ao setor financeiro do Instituto onde solicitar mediante o pagamento de uma taxa a segunda via do mesmo ou quando atrav s
17. TABELA 04 LISTA DE TABELAS GRUPO FOCAL 01 COMPOSTO DE JOVENS DO SEXO MASCULINO EM 2006 reao apa ta doce rs eic E ae GRUPO FOCAL 02 COMPOSTO DE JOVENS DO SEXO FEMININO EM 2006 ira cria andaa is a aT OO GRUPO FOCAL 03 COMPOSTO DE JOVENS DO SEXO FEMININO E MASCULINO EM 2006 GRUPO FOCAL 04 COMPOSTO DE JOVENS DO SEXO FEMININO E MASCULINO EM 2008 26 27 27 47 xii SUM RIO LINTR ODUC O sa ain ani a CAP TULO 1 INVESTIGANDO O USO DA INT ERNET NA EDUCA O FORMAL DE JOVENS UMA PROPOSTA ETNOGRAFICA cce 1 1 A CONSTRU O DE UMA PROBLEM TICA DE INVESTIGA O 1 2 SITUA ES DENUNCIADAS NO DESENVOLVIMENTO DA OBSERVA O PARTICIPANTE spa nado pira TR 1 3 A ABORDAGEM ETNOGR FICA ESCOLHA DOS SUJEITOS E A ANALISE DO DISCURSO FOCADA NA CULTURA JUVENIL CAP TULO 2 UMA TRIPULA O EM METAMORFOSE CULTURAS JUVENIS E VIRTUALIDADE sessesseseessrsecseseeccsoesereossesecseeccsorsereesorsereorersorseeeeseese 2 1 IDENTIDADE E CULTURAS JUVENIS cics sentia taeredete saca ecsnidadis CEnsta casta adedaa a 2 2 EMBARCANDO NO MUNDO VIRTUAL eee 2 2 1 Cibercultura hiperm dia virtualiza o e tecnointera o 2 2 2 Redes de interesses e comunidades virtuais errece 2 2 3 Cliques modernos reflexo do mundo virtual 2 3 SOC
18. afirma que s o tr s os princ pios que orientaram o crescimento inicial do ciberespa o a interconex o a cria o de comunidades virtuais e a intelig ncia coletiva Assim para a cibercultura a conex o sempre prefer vel ao isolamento A conex o bem em si o horizonte t cnico do movimento da cibercultura a comunica o universal cada computador do planeta cada aparelho cada m quina do autom vel torradeira deve possuir um endere o na Internet Este o imperativo categ rico da cibercultura A cibercultura aponta para uma civiliza o da telepresen a generalizada O segundo princ pio da cibercultura obviamente prolonga o primeiro j que o desenvolvimento das comunidades virtuais se ap ia na interconex o Um grupo humano qualquer s se interessa em constituir se como comunidade virtual para aproximar se do ideal do coletivo inteligente mais imaginativo mais r pido mais capaz de aprender e de inventar do que um coletivo inteligentemente gerenciado Para uma melhor compreens o do processo de forma o dessa cultura contempor nea relevante apontar as diferentes passagens dos processos de comunica o De acordo com Santaella 2003 s o seis as eras culturais que caracterizam os tipos de forma es como por exemplo cultura oral cultural escrita cultura impressa cultura de massa cultura das m dias e cultura digital Segundo a autora s o passagens sutis de uma era para
19. direto quando estou em casa Uma outra jovem C 11 feminino diz o maior tempo fa o nos s bados e domingos Nesse aspecto confirma a ritualidade e os destempos do uso da Internet nas resid ncias ou em outros ambientes de acesso Internet Uma outra quest o foi lan ada ao Grupo Focal 2 trata se do consumo que as jovens fazem pela Internet Uma delas comenta que s compra DVD Outra que baixa m sica que o termo dito quando se faz download de arquivos salva o arquivo do site acessado no seu computador Uma dessas jovens a jovem I 14 feminino diz eu apenas escuto m sica n o compro nem baixo uso direto das r dios Uma nova pergunta colocada em discuss o o uso da Internet para relacionamentos A jovem B 14 feminino diz no orkut para conversar com os amigos e escutar m sica alto Somente ela fala e as demais concordam dizem que fazem o mesmo uso no site de relacionamento citado Percebo que elas n o se concentram nas perguntas est o dispersas ficam inquietas mas continuam em c rculo e desejando o encerramento desse momento Mais uma quest o do roteiro lan ada voc s usam a Internet para acessar rg os do governo para carteira de estudante para tirar alguma d vidas sobre seus direitos e deveres Nesse momento elas respondem todas ao mesmo tempo n o A jovem C 14 feminino diz que usa para marcar as festinhas indicar e marcar o local e hora do encontro Uma outra 33 jovem a T 14 feminino
20. por computadores gera uma gama enorme de comunidades virtuais Durante esse processo de desenvolvimento foram construindo novas tecnologias de Informa o e Comunica o denominadas como NTIC Para uma melhor compreens o sobre o termo foi consultado o X ad E verbete de Novas Tecnologias de Informa o e Comunica o Novas Tecnologias de Informa o e Comunica o NTICs as tecnologias e m todos para comunicar surgidas no contexto da Revolu o Informacional Revolu o Telem tica ou Terceira Revolu o Industrial desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da d cada de 1970 e principalmente nos anos 1990 A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar horizontalizar e tornar menos palp vel fisicamente manipul vel o conte do da comunica o por meio da digitaliza o e da comunica o em redes mediada ou n o por computadores para a capta o transmiss o e distribui o das informa es texto imagem est tica v deo e som 9 O verbete Novas Tecnologias de Informa o e Comunica o est dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Novas tecnologias de informa C3 A7 C3 A30 e comunica C3 ATH C3 A30 gt Acesso em 24 mai 2008 82 E essa rela o da condi o do saber ou ter acesso informa o implica na rela o de constru o de conhecimento no ambiente escolar e cria uma grande expectativa a tal ponto que Winkin 1998 p 201 afirma que quando as NTIC s
21. porque tem o roteador Tenho a Cabo compartilho com minha m e porque tem o roteador L em casa a Cabo Pode passar quantas horas quiser e inclui a televis o L em casa discada porque n o tem a Cabo assinei um plano o mesmo pre o paga uma taxa fixa todo m s L em casa a Net usa o tempo que quiser e o mesmo pre o USO EM OUTROS ESPA OS FORA DE CASA Casa de amigos lanhouse para jogar trabalho de meu pai Na casa de amigos s d pra ficar olhando Na escola n o d para usar m sica que eu gosto 133 INTRANET NA ESCOLA O QUE VOC S ACHAM SOBRE N o serve pra nada Um outro disse que se a sala fosse dividida em dois espa os s pra brincar E uma solu o QUANTO AO BATE PAPO ORKUT MSN COMO VOC S FAZEM EM CASA Tem que ter responsabilidade para entrar nessas coisas porque se voc entrar e pegar alga besteira No orkut tem muitos v rus Para entrar e pegar v rus E s n o mexer aonde n o deve porque quem tem computador e usa a Internet sabe diferenciar um link suspeito um link do orkut Antes do v rus atacar o computador ele tem que ser executado S se a pessoa executar que d problema L em casa eu cliquei mas n o executei e reinicei o computador e comecei a pesquisa no google maneiras de tirar o v rus e eles falaram algum arquivos left 32 e pesquisei no meu computador aond
22. qualquer mensalidade em virtude de doen a do aluno mesmo em caso de epidemia CL USULA 12 Os valores da contrapresta o previsto nas clausulas anteriores incluem somente a presta o de servi os decorrentes da carga hor ria constante no plano escolar n o se confundindo portanto com contribui es escolares ou taxas relativas a servi os ou atividades opcionais solicitadas pelo aluno ou seu respons vel tais como identidade estudantil segunda chamada segunda via de documentos excurs es festas atividades extracurriculares fornecimento de livros e apostilas cujas cobran as ser o feitas caso a caso CL USULA 13 DA RESCIS O Em caso de inadimpl ncia de qualquer das parcelas da anuidade por mais de 90 dias este fato ser comunicado ao cadastro de consumidor legalmente existente para registro nos termos do artigo 43 822 da lei 8078 90 C digo de Defesa do Consumidor podendo o Col gio II III Emitir letra de c mbio desde j autorizada no valor da s parcela s vencida s acrescida s dos nus previstos na Cl usula 8 7 156 Il Consolidar o d bito na forma da Cl usula 8 8 7 e encaminhar para o cart rio de protesto de t tulos Ill Executar a d vida judicialmente IV Excluir o aluno da concess o de bolsas nos casos de concess o de bolsa em car ter comercial V Propor Media o ou Arbitragem em Tribunal pr prio Par grafo Primeiro Caso o nome dos CONTRATANTE
23. que ainda n o faz uso dessa tecnologia no cotidiano escolar para favorecer a aprendizagem dos jovens 15 O estudo apresenta pertin ncia na rea da educa o e da comunica o no ambiente escolar por ter como aporte te rico um resgate dos conceitos sobre Informa o Comunica o Tecnointera es Cliques Modernos Sociabilidade Ritualidade e Consumo Al m disso aponta para uma nova a o o uso da Internet no ambiente escolar advinda dos avan os tecnol gicos para a re configura o social pontuando seus aspectos fundamentais como intera o e coopera o para amplia o da cogni o dos jovens Quanto Metodologia inicialmente foi feita uma revis o bibliogr fica em livros revistas teses e disserta es sobre os conceitos acima citados que envolvem esta disserta o uma Pesquisa Qualitativa descritiva explicativa no enriquecimento da articula o teoria pr tica Al m disso recorri Observa o Participante na qual pude destacar fatos e dados da pr tica pedag gica relacionados ao assunto pesquisado e uma Pesquisa de Campo com abordagem antropol gica do tipo Etnogr fica pela descri o da cultura juvenil como forma de investiga o do cotidiano do jovem e do dia a dia no ambiente escolar Para a coleta de dados foi utilizada a t cnica de Grupo Focal cujo foco o uso da Internet como tecnointera o teve como sujeitos os jovens de faixa et ria entre 11 e 17 anos do Inst
24. segundo o dicion rio Aur lio 2002 p 371 a qualidade de id ntico al m de ser os caracteres pr prios e exclusivos duma pessoa como nome idade estado profiss o sexo etc Entre alguns jovens os rituais de identifica o podem tamb m dar lugar aos de dissimula o e as apar ncias podem n o mostrar o que expressam A exemplo disso Castells 1999 p 22 afirma que entende se por identidade a fonte de significado e experi ncia de um povo No que diz respeito a atores sociais entendo por identidade o processo de constru o de significado com base em um atributo cultural ou ainda um conjunto de atributos culturais inter significado Defino significado como a identifica o simb lica por parte de um ator social da finalidade da a o praticada por tal ator Face ao exposto as identifica es s o importantes assimila es ou rejei es nos seus processos de reconhecimento pois combinam uniformiza o ou diferencia o converg ncia ou diverg ncia Diante de tal situa o Maffesoli 1995 aborda que a l gica da identidade deu lugar l gica da identifica o Enquanto a primeira est assentada numa individualiza o sedimentada no tempo e no espa o a segunda possibilita a exist ncia de m scaras m ltiplas e vari veis em que a individualidade uma constru o fr gil que se produz atrav s da experimenta o Da porque o jovem submete se s mudan as radicais muta es no cab
25. 111 O Moran 2008 refor a que suas observa es revelaram o j costumeiro descompasso entre a forma como os professores e os alunos se relacionam com os hipertextos eletr nicos e sua linguagem n o linear acrescentando que enquanto os professores lidam com a Internet com uma rigidez que n o condiz com a flexibilidade e as in meras possibilidades de leitura e constru o de sentidos dos hipertextos eletr nicos os alunos mais familiarizados com abordagens n o lineares advindas de outras situa es jogos eletr nicos cinema desenhos animados etc demonstram total capacidade de avan ar mais livre e desordenadamente No entanto todo o mpeto dos alunos categoricamente controlado pelos professores que confundem liberdade com desordem criatividade com desconex o iniciativa com rebeldia Nas situa es educativas observadas mesmo naquela em que os alunos constru am p ginas para a Internet os pap is de alunos e professores eram tradicionais formais e acomodados na hierarquia secular que separa docentes de discentes e estes do conhecimento No entanto a pesquisa citada anteriormente contribui com reflex es importantes sobre a escola material did tico professor aluno e conhecimento Quanto escola o autor argumenta que h uma necessidade de rompimento com a sua din mica da sociedade industrial na qual os alunos t m de abordar os mesmos conte dos ao mesmo tempo da mesma forma e em busca dos me
26. Al m dos estilos musicais exemplos de uma diversidade de identidades que por seu consumo e cria o marca a identidade grupal e por ltimo uma est tica que identifica visualmente o grupo como por exemplo a forma de penteado a roupa ou acess rios O jovem busca com sua linguagem m sica est tica falar quem ele e a que grupo pertence Um exemplo desses grupos foi o movimento hippie nascido nos Estados Unidos o 51 qual contestou as imposi es sociais que negavam ao indiv duo maior liberdade de escolha e a o Vestidos com roupas leves e coloridas esses jovens propunham uma sociedade igualit ria pac fica e baseada no amor livre Protestavam contra a guerra do Vietn e abra avam as pr ticas de medita o Em 1969 o famoso festival de m sica e artes de Woodstock reuniu mais de 400 mil pessoas e ao som de diversas bandas de rock and roll representou o marco do movimento Pode se citar como outro exemplo desses grupos juvenis os punks que em meados da d cada de 70 ganhava visibilidade na vida agitada da metr pole ocidental Isentos de qualquer bandeira pol tica por m contr rios s regras ditadas pela cultura da massa os punks atrelavam se especialmente a um ritmo musical de f cil execu o e a uma est tica corporal bastante peculiar Mechas de cabelo coloridas e espetadas destoam de forma proposital das roupas e das botas pretas com detalhes prateados Brincos pulseiras e colares rentes ao pesco o er
27. Conv m no entanto destacar o porqu da afetividade dos jovens com seus relacionamentos na Internet Segundo Garbin 2003 p 131 Privados s vezes de um espa o pr prio entenda se que falo n o apenas de espa o no sentido f sico dentro de suas pr prias casas estes espa os de cio incluindo aqui a internet com os amigos a m sica os bate papos sobre m sica enfim configuram um clima caloroso familiar Nesse aspecto a Internet esse espa o para os jovens se encontrarem estar junto sentir se acompanhado um lugar de divertimento de reconhecimento e isso vai favorecendo forma o de uma rela o de confian a que antes era tida apenas com os seus respectivos familiares Da a influ ncia da utiliza o das redes de interesses favorecidas pelo uso das Novas Tecnologias de Informa o e Comunica o NTIC t o acessadas pelos jovens para possibilitar os relacionamentos e os di logos a partir do uso di rio da Internet Ampliando esse pressuposto para o conceito de cultura e identidades juvenis Garbin 2003 131 afirma que quando se trata de culturas juvenis e identidades constitu das na Rede em salas de bate papo listas de discuss es sobre os mais variados assuntos sites blogs enfim neste caleidosc pio que a Rede n o poss vel deixar de ratificar a id ia de que culturas juvenis s o o resultado de condi es de possibilidade que se criam a partir dos discurso
28. DE INVESTIGA O Iniciei a pesquisa objetivando investigar a Internet como tecnointera o no dia a dia do ambiente escolar bem como suas contribui es e limita es para favorecer o processo de ensino aprendizagem na possibilidade de contribui o com o uso adequado do laborat rio de Inform tica para atender s necessidades de aprendizagem na educa o b sica Nesse contexto busquei aporte te rico no resgate dos conceitos de informa o Vilches 2006 G mez 2006 Castells 2005 comunica o Winki 1998 L vy 1993 1999 Orlandi 2000 Freire 2002 Castells 2005 Feixa 2006 Bordenave 2006 Mattelart 2006 22 cibercultura L vy 1999 Lemos 2002 tecnointera es Sodr 2003 sociabilidade e ritualidade G mez 2006 autonomia Freire 1980 1981 1989 1997 Par mentros Curriculares Nacionais 1998 e consumo Rocha 1995 Canclini 1998 Garbin 2003 Ronsini 2007 pontuando aspectos fundamentais como identidade di logo afetividade e aquisi o de conceitos para a renova o do ato de educar e de aprender para atender s necessidades das culturas juvenis Garbin 2003 Feixa 2006 Al m disso conceitos relacionados quest o da linguagem s o centrais no presente trabalho como por exemplo o conceito de discurso Conforme Brand o 1991 o discurso uma das inst ncias em que a materialidade ideol gica se concretiza Uma forma o ideol gica FI tem como componentes uma ou mais
29. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal cones gr ficos ou imagens e t m a fun o de interconectar os diversos conjuntos de informa o oferecendo acesso sob demanda informa es que estendem ou complementam o texto principal As redes sociais de interesse s o as rela es entre os indiv duos na comunica o mediada por computador Esses sistemas funcionam atrav s da intera o social buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunica o e portanto podem ser utilizados para forjar la os sociais As Virtual verbete da enciclop dia online Wikip dia dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Virtual gt Acesso em 24 maio 2008 59 pessoas levam em conta diversos fatores ao escolher conectar se ou n o a algu m Quando inicia esse h bito podem criar la os sociais O conceito de la o social passa pela id ia de intera o social sendo denominado la o relacional o qual tamb m pode ser forte e fraco La os fortes s o aqueles que se caracterizam pela intimidade pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conex o entre duas pessoas Os la os fracos por outro lado caracterizam se por rela es esparsas que n o traduzem proximidade e intimidade As intera es sociais que ocorrem na Internet em weblogs fotologs e no orkut constituem efetivamente la os fortes Declara es de amor e amizade s o frequentes demonstrando intimid
30. S rie N vel de escolaridade l R 11 masculino 11 6 Ano Ensino Fundamental x A 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 3 R 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 4 W 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 5 C 16 masculino 16 2 S rie Ensino M dio 6 G 17 masculino 17 3 S rie Ensino M dio Tabela 1 Grupo Focal 1 composto de jovens do sexo masculino em 2006 Ap s esse per odo a composi o dos grupos focais foi feita a partir de alguns crit rios associados meta da pesquisa Nessa perspectiva para garantir algumas caracter sticas homog neas como por exemplo por sexo dos participantes Ver Tabela 1 Grupo Focal 1 sujeitos do sexo masculino mesmo tendo um jovem de 11 por fregientar o laborat rio de maneira aut noma como os demais jovens do sexo masculino e na Tabela 2 Grupo Focal 2 sujeitos do sexo feminino Al m disso uma orienta o de Gatti 2005 para a t cnica de Grupo Focal esses dois grupos focais contaram com a varia o de idades s ries e n vel de escolaridade entre os jovens para que aparecessem as respostas em opini es que convergiam e em outras que divergiam enriquecendo os discursos coletados 26 N Sujeitos Idade Anos S rie N vel de escolaridade l C 11 feminino 11 6 Ano Ensino Fundamental 27 AP 13 feminino 13 8 Ano Ensino Fundamental 3 B 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 4 C 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental D C 14 feminino 14 8
31. a para os efeitos dessa Lei a pessoa at 12 anos de idade incompletos e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade durante esse per odo da vida que ocorrem as transforma es que marcam a passagem no ser humano o estado de crian a para o adulto Essa etapa se caracteriza por altera es pessoais de natureza diversa com destaque para mudan as f sicas ps quicas e sociais Em termos gerais as mudan as mais evidentes e mais marcantes s o o aumento de massa corporal e a maturidade sexual bem como a capacidade de reprodu o a dimens o biol gica a saber os horm nios a adrenalina a 50 jovialidade dos corpos que favorecem a predisposi o para a aventura e as representa es de for a e vitalidade motivando os jovens ousadia de arriscadas pr ticas juvenis Segundo os Par metros Curriculares Nacionais Introdu o a cultura ocupa um espa o central na vida dos adolescentes e jovens tanto pela frui o de bens culturais quanto pela produ o de cultura m sica dan a teatro grafite estilos visuais etc H hoje uma cultura juvenil internacionalmente incentivada pela ind stria pelo com rcio e pela publicidade que produzem bens espec ficos para esse p blico e influem no estabelecimento dos s mbolos juvenis Essa cultura identifica a juventude fundamentalmente ligada ao seu tempo de lazer e ao consumo a ele relacionado os jovens s o associados liberdade e autonomia buscando no pra
32. a este que agrega valor ao sujeito e facilita a sua inser o social Este seria o capital cultural A chave usada por ele para explicar os valores atribu dos ao campo cultural a educa o Segundo Coelho 2003 p 25 as elites que fregiientam as escolas costumam criar um mundo de palavras e signos que constituem um senso de realidade particular combinando objetos de consumo com maneiras exclusivas de consumo Diante de tal situa o necess rio destacar ainda que de acordo com Coelho 2003 p 28 voltando para o eixo analisado que concentra seus fundamentos no desenvolvimento de atitudes de cidadania se lan ado em uma articula o coerente com a proposta habilidades b sicas projetada para enfrentar de forma competente a sociedade de informa o a articula o estaria reconhecendo em seus fundamentos a exist ncia de uma nova cidadania de uma nova ordem social Uma pr tica cidad que interage diretamente com a cultura de consumo e suas alegorias Com os conhecimentos t cnicos est ticos e sociais requisitados na expans o globalizada Diante de tal situa o questionamos quando ser a escola estar preparada para responder aos descompassos que h na forma o da cidadania educa o e leitura de mundo atuando como um espa o significativo de reflex es e criticidade para a circula o de informa es e favorecer a comunica o e a intera o mais criteriosa dos jovens inc
33. a grande maioria das escolas brasileiras os meios eletr nicos de comunica o e informa o ainda constituem se como novidades embora socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados Mesmo existindo experi ncias significativas no desenvolvimento de projetos com tecnologia educacional em v rios estados brasileiros a potencialidade desses recursos ainda n o reconhecida pela comunidade nacional de educadores S o muitos os fatores que contribuem para isso entre os quais destacam se pouco conhecimento e dom nio por parte 85 dos professores para utilizar os recursos tecnol gicos na cria o de ambientes de aprendizagem significativa insufici ncia de recursos financeiros para manuten o atualiza o de equipamentos e para capacita o dos professores e at a aus ncia de equipamentos em muitas escolas e a falta de condi es para utiliza o dos equipamentos dispon veis devido precariedade das instala es em outras Essa uma realidade que precisa mudar em curto espa o de tempo em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de transforma o da sociedade atendendo s novas demandas premente que se instaure o debate a implanta o de pol ticas e estrat gias para o desenvolvimento e dissemina o de propostas de trabalho inovadoras utilizando os meios eletr nicos de informa o e comunica o j que eles possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperf
34. comenta ainda que usa para falar sobre as bandas que v o se apresentar e as pessoas que v o ao evento E elas encerram a discuss o Fica claro que essas jovens do Grupo Focal 2 usam a Internet diariamente tamb m como os jovens do Grupo Focal 1 n o t m um tempo controlado de uso di rio mas quanto finalidade elas afirmam que usam para pesquisar conte dos das disciplinas curriculares quando solicitados pela escola Al m disso usam para o acesso de sites de relacionamentos para ouvir m sicas al m de marcar e socializar encontros Ficou evidenciado nesse Grupo Focal 2 que a maioria dessas jovens n o tem a preocupa o quanto ao v rus que chega ao seu computador pelo acesso e download feitos em sites de entretenimento Quando questionadas sobre o que fazem nesses casos em que o computador d problema de conex o ou fica sem acesso a resposta da maioria delas foi que abandona o equipamento da resid ncia e dirige se a lanhouse mais pr xima ou v o casa de amigas que moram perto ou v o ao trabalho do pai ou da m e quando estes possibilitam o acesso a Internet Como j foi enfocado anteriormente no Grupo Focal 1 mais uma quest o foi colocada em discuss o Para voc s al m de suas casas em quais outros espa os voc s fazem uso da Internet E oportuno frisar que nessa quest o n o foi colocada a impossibilidade do equipamento das resid ncias mas as jovens do Grupo Focal 2 imediatamente disseram que v o a la
35. couvente 1992 BUCKINGHAM David Aprendizagem e Cultura Digital P tio Revista Pedag gica Rio de Janeiro ano11 n44 nov 2007 jan 2008 CANCLINI N stor Garcia Consumidores e cidad os conflitos multiculturais da globaliza o 3 ed Rio de Janeiro UFRJ 1999 CASTELLS Manuel Inova o liberdade e poder na era da informa o In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 225 231 A sociedade em rede Tradu o Roseneide Ven ncio Majer 8 ed rev e ampl S o Paulo Paz e Terra 2005 A era da informa o economia sociedade e cultura v 1 O poder da identidade Tradu o Klauss Brandini Gerhardt 3 ed S o Paulo Paz e Terra 1999 A era da informa o economia sociedade e cultura v 2 CASTELLS Manuel et al Novas perspectivas cr ticas em educa o Porto Alegre Artes M dicas 1996 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto da Metodologia cient fica 6 ed S o Paulo Pearson Prentice Hall 2007 COELHO Maria das Gra as Pinto Cidadania consumo e m dia na inten o educativa Educa o em Quest o v 14 n 4 jul dez 2001 v 15 n 4 jan jun 2002 v 16 n 4 jul dez 2002 v 17 n 4 jan jun 2003 v 18 n 4 jul dez 2003 Natal EDUFRN 2003 Edi o Especial COSTA M rcia Regina da Culturas juvenis globaliza o e
36. de cria o de imagens o software Photoshop programa de edi o de fotografias desenvolvido pela Empresa Adobe o software mais popular do mundo para tratamento de imagens nos mercados de design fotografia e publicidade Nesse aspecto observei que ela trouxe para o ambiente escolar uma ferramenta a mais envolvendo fotografias e imagens articulada ao 39 conte do curricular conhecer a cultura hisp nica por meio de visita o dos museus virtuais e fazer uma an lise e cr tica na L ngua Espanhola e tamb m por meio de imagens Para tanto a solicita o da professora foi para que os alunos buscassem um quadro que tivesse surpreendido pela beleza pela estranheza Al m disso solicitou um texto escrito em espanhol sobre os aspectos da cultura espanhola a partir da an lise dos quadros na exposi o das telas em museus virtuais e a escolha de uma destas para a manipula o e recria o da imagem enfatizando o trecho que mais chamou a aten o importante destacar que nos dois casos as professoras dominavam os recursos utilizados nas atividades solicitadas e isso foi importante para o sucesso do desenvolvimento e acompanhamento no processo de aprendizagem dos jovens Outras propostas de atividades bem sucedidas aconteceram com as professoras de L ngua Portuguesa do 7 ano do Ensino Fundamental com as elabora es das hist rias em quadrinhos e a produ o da revista online uma proposta da professora de l ng
37. de cada comunidade educativa agrupamentos familiares esportivos culturais torcidas de futebol entre outros Al m disso a navega o virtual atravessada pela polifonia discursiva associada aos pr prios e diferentes usos da Internet atribu dos juventude poss veis ou n o assumidos ou n o velados ou n o pelo adolescente em suas experi ncias cotidianas Ainda que as falas dos jovens explicitem conte dos relativos a uma cultura e identidade juvenis de pertencimento e rejei o em torno daquilo que devem consumir os seus discursos manifestam o car ter de coisas que significam ele na intera o afetiva com o outro Cada um percorrendo suas trajet rias e escolhas com as identidades culturais fornecidas pelos seus contextos s cio hist ricos contexto socioecon mico do consumo hist ria de vida desenvolvimento das tecnologias da comunica o e de novas formas de percep o de mundo Uma id ia sobre os jovens fica refletindo como um farol s o todos marujos especialmente das suas experi ncias vividas e comunicadas nas navega es virtuais Enquanto a escola confession ria ou n o se propuser a evangelizar sua comunidade escolar reunindo os jovens em forma es religiosas sem perceber a identidade e cultura juvenis os jovens continuar o a socializar o espet culo de suas imagens e fotos daquele momento de encontro pastoral e presencial recheado de sons e emo es em diversas 116 comunida
38. de desemprego do RESPONS VEL acidente pessoal que o afaste de suas atividades por mais de 30 dias invalidez permanente ou tempor ria decreta o de falido ou concordat rio do a s cio a desde que este seja o a RESPONS VEL pelo aluno Par grafo Primeiro O seguro contratado cobrir exclusivamente o restante das mensalidades escolares do ano em curso tendo validade t o somente para o ano letivo objeto deste contrato Par grafo Segundo Para que o RESPONS VEL fa a jus ao seguro acima especificado deve efetuar o pagamento das mensalidades rigorosamente em dia sob pena de n o serem aplicados nenhum dos benef cios estabelecidos na ap lice CL USULA 20 O presente contrato ser regido e interpretado de acordo com a legisla o brasileira elegendo as partes CONTRATANTES e CONTRATADA a ARBITRAGEM de acordo com a Lei Federal n 9 307 de 23 de setembro de 1996 para resolu es de conflitos e na falta deste as partes elegem o foro da Comarca onde se localiza a sede do Instituto Contratado Par grafo Primeiro Ficam eleitas para fins de arbitragem as regras do COMAN CONSELHO DE MEDIA O E ARBITRAGEM DO NORDESTE atrav s deste ato para an lise pr via do a CONTRATANTE na Secretaria da CONTRATADA Par grafo Segundo O COMAN indicar por consenso entre as partes ou sorteio entre seus membros o rbitro respons vel pela elimina o do conflito e al m disto poder a seu exclusivo crit rio
39. de fetiche s m dias Segundo Santaella 2003 68 p 116 as m dias s o meios e meios como o pr prio nome diz s o simplesmente meios isto suportes materiais canais f sicos nos quais as linguagens se corporificam e atrav s dos quais transitam Dessa forma o ve culo o meio ou a m dia de comunica o o componente mais superficial no sentido de ser aquele que primeiro aparece no processo significativo Ve culos s o meros canais tecnologias que estariam esvaziadas de sentido n o fossem as mensagens que neles veiculam Para a autora os processos comunicativos e formas de cultura que nela se realizam devem pressupor tanto as diferentes linguagens e sistemas s gnicos que se configuram dentro dos ve culos em conson ncia com o potencial e limite de cada ve culo quanto pressupor as misturas de linguagens que se realizam nos ve culos TV por exemplo e hiperm dias A cibercultura o que a autora chama de cultura da velocidade Nossa intera o com a m quina est tanto mais veloz quanto humana Acredito que um dos pontos principais destacados por Santaella a concorr ncia que a sociedade de distribui o piramidal sofre com a sociedade reticular de integra o de tempo real termos cunhados por ela onde no segundo caso cada um pode ser difusor de seus pr prios produtos Isto a porta de entrada da cibercultura que mexe mais conosco do que imaginamos Nesse aspecto o registro o mesmo da ora
40. de navega es Merece ressaltar que foram consultados Documentos Nacionais como a Lei de Diretrizes e Bases os Par metros Curriculares Nacionais O Estatuto da Crian a e do Adolescente a Carta de Princ pios Escolas Salesianas Filhas de Maria Auxiliadora FMA Brasil al m dos sites do INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira e do MEC Minist rio da Educa o para as estat sticas do uso da Internet pelos jovens no Brasil 18 CAP TULO 1 INVESTIGANDO O USO DA INTERNET NA EDUCA O FORMAL DE JOVENS UMA PROPOSTA ETNOGR FICA Eu ando pelo mundo Prestando aten o em cores Que eu n o sei o nome Cores de Almod var Cores de Frida Kahlo Cores Passeio pelo escuro Eu presto muita aten o No que meu irm o ouve E como uma segunda pele Um calo uma casca Uma c psula protetora Ai Eu quero chegar antes Pra sinalizar O estar de cada coisa Filtrar seus graus Belchior Nesta viagem de diferente conv s volto o olhar para os jovens do Instituto Maria Auxiliadora uma escola confession ria religiosa fundamentada na Filosofia Salesiana que tem como Miss o Educativa e Pastoral formar Bons Crist os e Honestos Cidad os Um Col gio da Rede Particular de Ensino localizado no bairro Tirol da cidade do Natal RN cujo p blico fam lias de classe m dia apresenta condi es socioecon micas favor veis utiliza o das Tecnologias de In
41. e de construir sua forma o e garantir uma autonomia Al m disso garante Vilches 2006 p 188 que A Internet est destinada n o a substituir imediatamente o jornalismo tradicional mas sim a exercer uma concorr ncia que pode equilibrar o poder da informa o Na rede as not cias se misturam com os rumores os enganos e as fantasias e se vendem por menos de uma gazeta porque se oferecem de forma gratuita A rede permite tamb m o jornal feito por um s redator e inclusive dirigido especificamente a um s leitor propicia a personaliza o da informa o sua especializa o ao m ximo Face ao exposto bombardeada por informa es vinte e quatro horas por dia a juventude de hoje tem a rdua tarefa de assimilar tudo ao mesmo tempo Esses jovens de classe m dia ou alta que frequentam aula de ingl s de espanhol de nata o de futebol ou v lei pilhas de li o de casa conversa com os amigos ao celular navega o na Internet TV e os sons sempre ligados t m cada vez mais a sensa o de que a vida curta e h milh es de coisas a fazer ao mesmo tempo E que jovem n o quer viver intensamente Mas na nsia de abocanhar o mundo a juventude passa a impress o de n o saber exatamente o que quer Os 71 especialistas a define como a gera o zapping ou seja aquela que vive mudando de canal o tempo todo O ponto fundamental desta compreens o a de que os jovens passam o dia inteiro com um con
42. e s o assim mais o produto da marca o da diferen a e da exclus o do que do signo de uma unidade id ntica naturalmente constitu da de uma identidade em seu significado tradicional sem costuras inteiri a sem diferencia o interna Pode suceder no entanto que aquilo que se chama identidades juvenis traz o jogo de pertencimento no qual se enfatiza as caracter sticas de uma comunidade No caso de comunidade na Internet o sujeito que a escolhe faz por aquilo que a caracteriza pelo gosto de pertencer quele grupo Todavia isso n o os torna id nticos mas favorece a amplia o de seus contatos e relacionamentos Canclini 1997 p 81 vai mais al m quando afirma que h necessidade de enraizamentos em territ rios por mais desterritorializada que esteja a sociedade contempor nea necessitamos referir nos a indicadores de pertencimento que nos d em seguran a afetiva e clara sobre os grupos com os quais podemos nos relacionar com os quais podemos nos entender 54 importante destacar a partir desse pressuposto que a Internet est relacionada a um espa o de lazer e n o ao espa o de obriga o escola estudo e eventualmente trabalho mas deve ser utilizada tamb m como um lugar de an lise cr tica do que se estar interagindo comunicando e socializando Por isso os internautas usam e abusam do seu tempo para reafirmar o seu pertencimento a grupos com os quais eles querem manter a afetividade
43. ela representa formas de manuten o e de transforma o das rela es sociais pol ticas e econ micas acentuando a barreira entre os que podem e os que n o podem ter acesso a ela Do ponto de vista social as pessoas que n o t m acesso a esses meios ficam sem condi es de plena participa o no mundo atual o que acentua ainda mais as desigualdades j existentes Embora a realidade nacional esteja longe de corresponder a uma sociedade tecnol gica ineg vel o fato de que se vive um processo irrevers vel de acelerado desenvolvimento tecnol gico que traz consigo mudan as substanciais para a vida em sociedade e nas formas do trabalho humano De forma geral o mercado de trabalho vem sofrendo altera es significativas em rela o forma de desenvolver muitos dos trabalhos tradicionais com a utiliza o por 84 exemplo de planilhas de c lculo processadores de texto fax que realizam as tarefas de forma mais r pida e eficiente Tamb m surgiram novas fun es t cnicos de inform tica programadores digitadores operadores de terminais e m quinas e desapareceram outras substitu das pelas m quinas caixa autom tico e telefones que executam in meras tarefas entre outras Essas demandas atuais exigem que a escola ofere a aos alunos s lida forma o cultural e compet ncia t cnica na perspectiva de favorecer o desenvolvimento de conhecimentos habilidades e atitudes que permitam a adapta o e a perman ncia
44. es equipamentos bem como recursos humanos docentes e administrativos necess rios ao bom desempenho das atividades educacionais Par grafo Segundo Os livros did ticos a serem adquiridos pelos CONTRATANTES s o os indicados pela rede Salesiana de ensino sendo vedada reprodu o por fotoc pia ou qualquer outro meio que implique em viola o dos direitos autorais da CONTRATADA CL USULA 6 DA EFETIVA O DA MATR CULA A configura o formal do ato de matr cula se procede nos termos do Regimento Escolar quando do preenchimento e assinatura dos formul rios REQUERIMENTO DE MATRICULA E DO Manual de Procedimentos Recomenda es para Pais e Alunos al m da assinatura do presente instrumento contratual e o pagamento da 1 parcela da anuidade passando tais documentos a fazer parte integrante deste contrato Par grafo Primeiro Ao afirmar o presente ALUNO CONTRATANTES e CONTRATADA submetem se ao regimento do COL GIO proposta pedag gica e s demais obriga es constantes na legisla o aplicada rea de ensino bem como s emanadas de outras fontes legais desde que regulem supletivamente a mat ria inclusive o plano escolar aprovado 154 Par grafo Segundo Obrigam se os CONSTRATANTES a fazer com que o a aluno a cumpra o calend rio escolar e hor rios estabelecidos pela CONTRATADA assumindo qualquer responsabilidade pelos problemas advindos da n o observ ncia deste Par gr
45. es que influenciam entre outras as a es pol ticas como a compreens o a participa o a representa o e a cidadania O dado uma representa o simb lica quantificada Um exemplo de dado um texto contendo as letras que formam um sistema num rico e portanto pode ser quantificado Outro exemplo a imagem que pode ser quantificada reduzindo a s mbolo e ainda pode ser digitalizada e armazenada num computador Conv m no entanto distinguir os termos informa o e comunica o As informa es s o dados acerca de algu m ou de algo Dessa forma uma mensagem que recebida em forma de dados torna se informa o se o seu receptor consegue compreender o seu conte do isto associar a esta mentalmente um significado Assim enquanto o primeiro termo envolve o conte do dados a transmitir o segundo comunica o implica numa reciprocidade que n o pode ser interrompida porque envolve os sujeitos que se interessam os quais t m a co inten o em rela o ao objeto de seu poder a informa o Segundo Bordenave 2006 p 30 a ci ncia e a tecnologia da comunica o produzem constantemente inova es cada vez mais sofisticadas A vincula o dos meios de comunica o com os de processamento de dados gerou uma nova ci ncia a inform tica pertinente destacar que nas ltimas duas d cadas devido ao desenvolvimento tecnol gico e o uso da inform tica que acarretou in meras transforma
46. grande facilidade em acessar as informa es fato que permitiu tamanha expans o dessa rea considerada fundamental em muitos setores principalmente o da comunica o Al m de not cias crescente o emprego como meio de divulga o de produtos e servi os devido ao contato mais pr ximo do vendedor com o consumidor que estar muito tempo do dia conectado rede Na perspectiva Sodr 2003 p 21 traz um alerta sobre a compreens o de media o distingue institui es mediadoras fam lia escola sindicato partido etc como sendo media es socialmente realizadas no sentido da comunica o entendida como processo informacional a reboque de organiza es empresariais e com nfase num tipo particular de intera o a que poder amos chamar tecnointera o caracterizada por uma esp cie de pr tese tecnol gica e mercadol gica da realidade sens vel denominada m dium Isso faz perceber que a tecnointera o tem motivado diversos estudiosos preocupados com a an lise dos diferentes efeitos do impacto da tecnologia na sociedade e na educa o que aponta para a conclus o de que as tecnologias s o mais do que meras ferramentas a servi o do ser humano No entanto a escola como institui o social especializada em educa o ainda n o absorveu ou absorve lentamente as tecnologias eletr nicas de comunica o e desse modo as mudan as sociais h muito ocorridas em outras esferas come am agora a reperc
47. internet use like technological interaction the second concerns to the way Internet is problematic as technological interaction in classroom learning While contacting with youngsters the study discusses the concepts of Media Environments Culture Identity Network Consumption and Citizenship It recognizes that it is relevant for the school to consider Internet a pedagogical tool directed not just at research but mostly as learning environment and as learning construction in a collaborative way It points out the need of approach between school and media environment reevaluating the pedagogical practice offering a new evaluation proposal self evaluation It suggests a renewal in the teacher s pedagogical practice in the classroom and using Internet valuing the connection between technological interaction and communication as motivation elements of students learning construction and their effective participation in decisions involving citizenship It gives priority to educational work directed at the establishment of dialogic relationship between codes learning and contents leading to the new findings domain in the media environment enabling the development of abilities and performances directed at the recognition and consumption of information from a critical reading of the media Key words Internet and Education Technological Interaction Teaching and learning Juvenile Cultures xi TABELA 01 TABELA 02 TABELA 03
48. jovens momentos de viv ncia e reflex o diferentes do vivenciado no mbito da fam lia igreja clubes meios de comunica o etc que certamente contribuir o significativamente na elabora o de projetos pelos alunos Esses projetos podem trazer in meras vantagens ao adolescente pois a necessidade de emancipa o associada busca da identidade causa necessidade de criar seus pr prios valores recriando assim seus princ pios e reformulando seus pap is Esse processo torna se favorecido pelas atividades que se inserem na rela o com o outro e na medida em que todo projeto pessoal nasce dessa intera o com os outros n o se pode deixar de examinar as vari veis do ambiente social e cultural que agem sobre o adolescente Nesse aspecto o professor seria ent o uma pessoa pr xima ao adolescente com condi es de encorajar o desenvolvimento das suas possibilidades de fornecer lhe os meios para ultrapassar as dificuldades e de lev lo tamb m ao conhecimento de seus limites E claro que a id ia n o transferir para a escola e mais especificamente para o professor toda a responsabilidade na forma o da identidade pessoal e profissional do adolescente fam lia cabe um papel fundamental que n o poss vel ser substitu do O fato que o adolescente vive uma tomada de consci ncia de si mesmo que gera conflito com ele pr prio e com todos aqueles que fazem parte do seu cotidiano Como normalmente o relacionamento
49. localidades In COSTA M rcia Regina da SILVA Elizabeth Murilho da Orgs Sociabilidade Juvenil e Cultura urbana S o Paulo Educ 2001 p 11 27 DELORS Jackson Org Educa o um tesouro a descobrir 9 ed Bras lia DF MEC UNESCO 2004 122 DUARTE Sara VANNUCHI Camilo Gera o Zapping Revista ISTO n 1659 2001 Dispon vel em lt http www terra com br istoe 1659 comportamento 1659 capa geracao zapping 01 htm gt Acesso em 17 jul 2008 FANTE Cleo Os danos do cyberbullying P tio Revista Pedag gica Porto Alegre ano 11 n 44 p 48 51 nov 2007 jan 2008 FEIXA Carles De j venes bandas y tribus antropologia de la juventud Barcelona Ariel 1999 FEIXA Carles O quarto dos adolescentes na era digital In COSTA M rcia Regina da SILVA Elizabeth Murilho da Orgs Sociabilidade juvenil e cultura urbana S o Paulo Educ 2006 p 79 110 FERREIRA V tor Francisco As tecnologias interativas no ensino Dispon vel em lt http www scielo br pdf gn v2 1n6 2913 pdf gt Acesso em 24 maio 2008 FISCHER Rosa Maria Bueno M dia m quinas de imagens e pr ticas pedag gicas Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro v 12 n 35 p 290 299 maio ago 2007 FREIRE Paulo Extens o ou comunica o Tradu o Rosisca Darcy de Oliveira 12 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 2002 Pedagogia da Autonomia saberes necess rios para a pr tica educativa 2 ed Rio de Jan
50. modificadas essencialmente pelas novas tecnologias da informa o que fazem o aprendizado acontecer n o mais pela repeti o e reprodu o mas pela descoberta A partir dessa nova realidade tanto institui es de ensino quanto os professores s o pressionados a repensarem a educa o e seu futuro pois as novas tecnologias criam novas necessidades supondo transforma es nas pr ticas sociais das quais se destacam a sociabilidade e a ritualidade De acordo com Pretto e Pinto 2005 Pode se afirmar que a educa o hoje em dia deve idealmente preparar as pessoas para a vida cidadania e trabalho Mas em realidade o que isso vem a ser A que trabalho cidadania e vida estamos a nos referir Necess rio faz se pensarmos um pouco mais sobre o contexto social que permanentemente modificado e modifica simultaneamente os diversos vetores que incidem sobre a sociedade dentre os quais podemos destacar a a obsolesc ncia das compet ncias pessoais e profissionais repetindo se mais de uma vez ao longo da vida de uma pessoa L vy 1999 b as novas formas de organiza o do trabalho e da produ o baseadas em equipes e na gera o de conhecimento Drucker 1999 c o avan o na automa o da produ o d as novas rela es sociais com o saber desenvolvidas no ciberespa o L vy 1999 e as novas tecnologias da intelig ncia e a intelig ncia coletiva idem f as compet ncias estrat gicas da era da informa
51. nas sociedades urbanas o consumo da m dia a segunda maior categoria de atividade depois do trabalho e certamente a atividade predominante nas casas Essa observa o no entanto deve ser avaliada para o verdadeiro 90 entendimento do papel da m dia em nossa cultura ser espectador ouvinte da m dia absolutamente n o se constitui uma atividade exclusiva Em geral combinada com o desempenho de tarefas dom sticas refei es familiares e intera o social Com o desenvolvimento da Internet muitas rela es s o estabelecidas entre seus usos e as m dias anteriores Ouve se dizer que a Internet uma nova m dia em que m quinas e softwares diariamente oferecem momentos m gicos minimizando espa o tempo e ampliando as formas de a o pertinente destacar que o termo media segundo o verbete consultado na enciclop dia Wikip dia 2008 o termo m dia foi criado no Brasil a partir do aportuguesamento do ingl s media para designar a fun o o profissional a rea o trabalho de m dia ou o ato de planejar desenvolver pensar e praticar m dia nas ag ncias de publicidade Em parte por isso e de outra parte para especificar melhor o significado do termo dentro do mercado publicit rio ao formarem o Grupo de M dia S o Paulo em 15 de agosto de 1968 seus fundadores tiveram a feliz id ia de adotar o 7 aportuguesando a palavra para m dia E depois passou a usar m di
52. no mercado de trabalho que possam exercer sua cidadania ajudando na constru o de uma sociedade mais Justa fazendo surgir uma nova consci ncia individual e coletiva que tenha como pilares na sua forma o de cidad os cr ticos e reflexivos a coopera o a solidariedade a toler ncia e a igualdade Segundo Freire 2002 p 66 todo ato de pensar exige um sujeito que pensa um objeto pensado que mediatiza o primeiro sujeito do segundo e a comunica o entre ambos que se d atrav s de signos ling sticos O mundo humano desta forma um mundo de comunica o S se comunica o intelig vel na medida em que este comunic vel Esta a comunica o pela qual enquanto a significa o n o for compreens vel para um dos sujeitos n o poss vel a compreens o do significado qual um deles j chegou e que n o obstante n o foi apreendida pelo outro na express o do primeiro Neste aspecto o espa o desse exerc cio de compreens o e comunica o intelig vel deve ser na escola e ou ambientes de aprendizagem reflexiva Pode suceder no entanto que o conte do da informa o seja utilizado com o sentido de uma a o extensiva do conhecimento em que o sujeito leva o outro que deixa por isso mesmo de ser sujeito a utiliza o de situa es de consumo sem nenhuma criticidade Algumas tecnologias informacionais como livros jornais e revistas j fazem parte da escola h muito tempo Mas para
53. o jovem a assumir um papel social que exige colabora o e que implica a aquisi o de novas formas de comportamento e capacidade de adaptar se a novas situa es Se a escola pretende preparar o 102 jovem para a vida social e profissional o mundo escolar n o pode ser um mundo fechado que se protege do mundo exterior dificultando o ingresso desse jovem na sociedade e no mercado de trabalho Os jovens sabem em sua maioria o que querem e por que fazem cr ticas E saber disso importante para que possamos levar suas reivindica es em considera o O mundo escolar precisa acolher o adolescente e trat lo como uma pessoa de potencialidades ilimitadas n o podendo t las restringidas deformadas dirigidas ou anuladas E uma das cr ticas recorrentes no discurso dos adolescentes aborda a discuss o at o momento realizada que pode ser bem resumida na cita o dos Par metros Curriculares Nacionais Introdu o Ao mesmo tempo para a maioria dos adolescentes e jovens o conhecimento escolar salvo as habilidades de express o oral leitura escrita e c lculo em si parece sem fun o nem prepara para o mercado de trabalho nem auxilia a compreender o mundo O saber difundido na escola em geral visto como um amontoado de conte dos com pouca rela o com a realidade em que vivem n o despertando interesse nem oferecendo refer ncias culturais Uma vez que o conhecimento escolar n o ajuda a compreender o mun
54. o social Na pr tica as redes s o comunidades virtual ou presencialmente constitu das As defini es de rede falam de c lulas n s conex es org nicas sistemas Tudo isso essencial e at mesmo historicamente correto para a conceitua o mas a id ia de comunidade que permite a problematiza o do tema e consequentemente o seu entendimento A defini o de Castells 2005 p 566 esclarece o estudo A saber rede um conjunto de n s interconectados N s o ponto no qual uma curva se entrecorta Concretamente o que um n depende do tipo de redes concretas de que falamos S o sistemas de televis o est dios de entretenimento meios de computa o gr fica equipes de cobertura jornal stica e equipamentos m veis gerando transmitindo e recebendo sinais da rede global da nova m dia Redes s o estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada integrando novos n s desde que consigam comunicar se dentro da rede ou seja desde que compartilhem os mesmos c digos de comunica o Uma atua o em rede sup e valores e a declara o dos prop sitos do coletivo Uma Rede uma comunidade e como tal pressup e identidades e padr es a serem acordados pelo coletivo respons vel a pr pria rede que vai gerar os padr es a partir dos quais os envolvidos dever o conviver Para ilustrar podemos citar o exemplo da rede de televis o que organiza sua transmiss o em n s estrat gicos de lo
55. orkut Mas pra isto os alunos t m que ter a consci ncia da import ncia do trabalho para eles Outra jovem comenta voc passa o dia na escola quando voc chega em casa n o tem nada pra fazer ent o a op o ir para a Internet Sugere que a escola poderia ter acesso colocar um hor rio exclusivo para isto Sugere dois momentos Um na hora do intervalo e depois das aulas Eu comento que tem gente que vai passar o dia aqui se o acesso for liberado Eles riem Falo que tamb m na hora do intervalo n o poderia ser liberado porque a escola orienta que nesse tempo os alunos usem para conversar e interagir no p tio na pra a de alimenta o mas que depois das aulas poderia ser liberado antes do in cio do outro turno come ar Voc s acham que tendo esta abertura poderia ter acesso s outras disciplinas Eu pergunto se eles conhecem a Webquestion H uma discuss o entre elas porque elas t m interesses diferentes As mais jovens querem acessar para o orkut e divers o as mais velhas precisam garantir os estudos no col gio j pensam no vestibular Webquestion Eles n o sabem do que se trata eu explico que um site constru do pela equipe de professores com tarefas estabelecidas para a pontua o e motiva o na constru o do conhecimento Eles n o conhecem e eu n o insisto Pergunto sobre o controle dos v rus Eles n o dizem precisamente o que fazem e eu comento sobre a sugest o
56. para saber compreender sentir comunicar se e agir melhor integrando a comunica o pessoal a comunit ria e a tecnol gica 114 CONSIDERA ES FINAIS Criar meu web site Fazer minha home page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante Da infomar Que leve um oriki Do meu velho orix Ao p rto de um disquete De um micro em Taip Um barco que veleje Nesse infomar Que aproveite a vazante Da infomar Que leve meu e mail l At Calcut Depois de um hot link Num site de Helsinque Para abastecer Aih Aih Aih Eu quero entrar na r de Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de ti tes De Connecticut Eu quero t na r de Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de ti tes De Connecticut Gilberto Gil O presente trabalho se prop s a uma tarefa espec fica investigar alguns descompassos entre a proposta de acesso educacional para a utiliza o da Internet e a ritualidade de acesso e de intera o dos jovens em suas conex es com a rede extra escolar e identificar a problem tica que descompassos seriam estes N o me propus a uma an lise de sujeitos isoladamente mas de discursos de jovens que me contaram o que pensam sobre a Internet e por conseguinte sobre si mesmos Assim revelam a polifonia que habita suas vozes suas navega es e seus contextos como tamb m 115 n
57. que sup em familiaridade e tempo Nesse aspecto os atores sociais realizam a pr tica interativa entre o processo comunicativo a gest o de significado e sentido no qual o usu rio pode se tornar dependente das novas tecnologias como o era antigamente mesmo que esta necessidade n o seja aparente e se mascare de liberdade de escolha Gom z 2006 aborda o conceito de ritualidade como pr ticas coletivas e individuais em rela o s refer ncias informativas devido ao fato de que as media es n o s o exercidas somente pelos meios mas pelos processos que estruturam de v rias fontes e formas e que interv m nos processos comunicativos desses atores sociais 78 Pode se perceber que hoje h um desordenamento nas media es tradicionais Assim a media o institucional da fam lia do estado da escola est perdendo a import ncia em detrimento da media o tecnol gica ou seja a pr pria capacidade de percep o alterada devido s possibilidades de consumo de imagens e informa o gerada pela tecnologia N o se pode deixar de mencionar que a instantaneidade das transmiss es televisivas ao mesmo tempo em que transforma a informa o em novidade esvazia se de historicidade O que aconteceu ontem sem adquirir hist ria pode voltar a ser visto hoje ou amanh sem que volte a acontecer mas sempre em presente n o em passado at que volte a encontrar um novo presente midi tico virtual no real Por meio de seu re
58. rede particular de ensino na cidade do Natal RN Emprega como op o metodol gica o grupo focal a observa o participante a an lise do discurso e a etnografia considerando os fatos e os dados da pr tica pedag gica relativa ao tema em foco al m da tentativa de conhecer o cotidiano dos jovens matriculados na escola relacionando o com as culturas juvenis Reconhece a exist ncia de dois momentos com o grupo focal o primeiro relacionado ao uso da Internet como tecnointera o o segundo vinculado problematiza o do emprego da Internet como tecnointera o na aprendizagem em sala de aula Discute no contato com os jovens os conceitos de Ambientes Midi ticos Cultura e Identidade Redes Consumo e Cidadania Reconhece a import ncia da escola considerar a Internet como ferramenta pedag gica voltada n o apenas para a pesquisa mas principalmente como ambiente de aprendizagem e constru o de conhecimento em regime colaborativo Aponta a necessidade de aproxima o entre escola e ambiente midi tico redimensionando a pr tica pedag gica e oferecendo uma nova proposta avaliativa auto avalia o Sugere uma renova o na postura do professor em rela o sua pr tica educativa em sala de aula e na utiliza o da Internet valorizando a jun o entre tecnointera o e comunica o como elementos motivadores da constru o do conhecimento pelos alunos e de participa o plena nas decis es cidad s Prioriza um trabalho educati
59. revistas em articula o com telefone ou intera es presenciais com outras pessoas tem se tornado cada vez mais comum No novo contexto social que se configura e em raz o da presen a cada vez maior de tecnologias na vida dos indiv duos o recurso estrat gico passa a ser a informa o Consegiientemente quem n o tem acesso informa o estar margem dessa nova sociedade instituindo se assim uma nova modalidade de exclus o social para este s culo 79 XXI referida por muitos te ricos como divisor digital ou seja uma divis o entre aqueles indiv duos que entre outras coisas n o possuem acesso informa o e aqueles que a t m em abund ncia necess rio sublinhar que o acesso informa o por si s n o constitui um elemento de supera o dessa nova modalidade de seletividade social Para tanto preciso que as informa es sejam sistematizadas analisadas discutidas apropriadas e aplicadas ou descartadas a fim de possibilitarem a constru o de conhecimento Diante dessa realidade uma vez sistematizadas como conhecimento as novas informa es passam tamb m a ser disponibilizadas para que outros indiv duos ou grupos possam ser beneficiados formando um ciclo que dever repetir se indefinidamente no qual a informa o gera conhecimento Isso faz crer que na medida em que a sociedade adquire conhecimento impulsiona vertiginosamente para a constru o de conceitos a partir das informa
60. s uma s rie de destempos que correm atropeladamente ao longo da vida cotidiana Destempos que sup em ajustes e processos de aprendizagem substantivos por parte dos atores sociais Um exemplo de destempo aquele que se manifesta entre o ecossistema comunicativo e particularmente entre as mudan as tecnol gicas no mbito da informa o a escola os sistemas educativos e a educa o em geral que v o ficando para tr s preciso acentuar que al m dos destempos as poss veis articula es entre o local e o global como bem expressa essa altern ncia de ritmos juntamente com os h bitos particulares de consumo simb lico configura tanto manifesta o de uma vida mais coletiva quanto a express o das subjetividades dos jovens Nesse aspecto as pr ticas comunicativas envolvem uma sociabilidade e ritualidade que promovem a coexist ncia e interinflu ncia de padr es homogeneizantes e particularidades locais e subjetivas Apesar disso G mez 2006 p 94 discute sobre os perigos nos usos de ambientes midi ticos no mundo contempor neo a saber O resultado na vida cotidiana uma crescente depend ncia da tecnologia em particular da midi tica e digital Depend ncia que no entanto est sendo explorada e enquadrada n o por raz es de desenvolvimento humano mas sim essencialmente por raz es mercantilistas Os valores de efici ncia e 92 competitividade mercantil sustentam ou direcionam muitos dos ava
61. s acham que podem utilizar a Internet A primeira a responder a jovem JL 14 feminino que sugere Ingl s porque as mat rias de c lculos como Qu mica Matem tica e F sica n o Outra jovem JR 16 feminino cita Hist ria Biologia e Geografia Uma outra JT 15 feminino diz Qu mica Um outro jovem JM 15 masculino diz Geografia Al m disso a jovem JB 15 feminino revela aquelas que envolvem imagens e o jovem JC 14 masculino conclui poderia ser usada em din mica com imagens mesmo naquelas mat rias que n o usa poderia ser usada a Internet para buscar imagens que relaciona o conte do sim Desse modo a s tima quest o apresentada voc lembra de alguma experi ncia desse tipo aqui na escola marcante positivamente ou negativamente Quem inicia a discuss o o jovem JI 14 masculino dizendo teve uma vez na aula de Portugu s no Laborat rio de Inform tica que a professora usou um v deo da Internet que era um show de ilusionismo em que um m mico carregava em seu colo um rosto Este rosto come ou a se movimentar e expressar sentimentos at de autonomia e com isto foi conquistando e encantando o rosto do corpo A apresenta o finaliza com o m mico substituindo o seu rosto do colo pelo rosto que est preso ao corpo Outro jovem JM 15 masculino diz eu gosto muito de fotos e por isso atualizado sempre meu orkut e a professora de portugu s nos indicou o
62. se ent o uma obscuridade da mensagem devida ao hiato temporal apresentado entre a produ o do texto e a leitura J na inform tica o autor assinala que a temporalidade produzida por essa tecnologia marcada pelas intersec es de redes por isso seu tempo n o 62 nem circular nem linear mas local e pontual A terceira tecnologia da intelig ncia gera pontos que se caracterizam pelos links intersec es de redes produ es de sentido pontuais e meramente localizadas em um espa o determinado que n o visa a uma verdade absoluta mas somente a uma verdade local e pontual chamada de efic cia Desse modo a evolu o dos modos comunicacionais apresenta especificidades nos modos de funcionamento social e subjetivo Nesse aspecto pertinente dizer que o processo de conex o com a Internet desenvolve habilidades motivadas nas e pelas comunidades virtuais e essa a justificativa do crescimento de acessos a comunidades virtuais al m de um aumento de tempo de uso e novas intera es a partir de outras comunidades de interesses L vy 1999 p 127 analisa a relev ncia das comunidades virtuais que constru da sobre as afinidades de interesses de conhecimentos sobre projetos m tuos em um processo de coopera o ou de troca tudo isso independentemente das proximidades geogr ficas e das filia es institucionais Dessas afinidades de comunica o e interesse faz surgir um novo espa o do saber emergindo aquilo q
63. ser utilizado e ao conte do em quest o e organizar as situa es de aula em fun o do n vel de compet ncia dos alunos Para tanto as aulas devem ser planejadas levando se em considera o os objetivos e os conte dos de aprendizagem as potencialidades do recurso tecnol gico para promover aprendizagens significativas os encaminhamentos para problematizar os conte dos utilizando tecnologia al m dos procedimentos da m quina que s o necess rios conhecer para sua manipula o Utilizar recursos tecnol gicos n o significa utilizar t cnicas simplesmente e n o condi o suficiente para garantir a aprendizagem dos conte dos escolares Por isso fundamental criar um ambiente de aprendizagem em que os alunos possam ter iniciativas problemas a resolver possibilidades para corrigir erros e criar solu es pessoais Al m disso quando o professor utiliza um recurso tecnol gico como fonte de informa o ou como um recurso did tico para a atividade de ensino est tamb m possibilitando que os alunos aprendam sobre as pr ticas sociais que utilizam tecnologia e desenvolvam habilidades e atitudes para se relacionarem com a tecnologia na vida As TIC podem ser utilizadas para realizar formas art sticas exercitar habilidades matem ticas apreciar e conhecer textos produzidos por outros imaginar sentir observar perceber e se comunicar pesquisar informa es curiosas etc atendendo a objetivos de aprendizagem ou purament
64. significa o social que os identifica aborda a cultura na perspectiva dos jovens quanto s atividades cotidianas de pertencimento de uma cultura juvenil Segundo Feixa 1999 culturas juvenis se referem s experi ncias dos jovens que se expressam coletivamente atrav s da constru o de diversos estilos de vida situados sobretudo no tempo livre vivido pelos que permanecem incrustados no interior de determinados espa os sociais O autor define o Estilo de Vida como a manifesta o simb lica das culturas juvenis a qual se expressa em determinados elementos materiais e imateriais escolhidos pelos jovens como s mbolo de sua identifica o de grupo Merece ressaltar que o desenvolvimento ou encolhimento da experi ncia simb lica inspirada no imagin rio da M dia dos sujeitos que consomem e produzem os Estilos Juvenis depende da sociabilidade Al m disso o que h em comum entre os jovens adolescentes de pocas diversas a puberdade Segundo o dicion rio Aur lio 2001 p 18 a adolesc ncia per odo da vida humana que come a com a puberdade e se caracteriza por mudan as corporais e psicol gicas estendendo se aproximadamente dos 12 aos 20 anos A Organiza o Mundial da Sa de define a adolesc ncia como o per odo de vida entre os 10 e os 20 anos de idade Para a legisla o brasileira Lei N 8 069 de 13 de julho de 1990 Estatuto da Crian a e da Adolesc ncia Art 2 considera se crian
65. site olhares com s de fotografias de diferentes assuntos Fotos de fot grafos profissionais E mais uma jovem JB 15 feminino amplia a discuss o para um trabalho de fotografia que a professora tinha solicitado pra gente fotografar pessoas na Ribeira mas ela n o queria qualquer foto queria que v ssemos algumas fotos mais profissionais fotos art sticas focadas em algum tema em um assunto contexto Eu gostei muito das fotos da natureza vi muitas de flores e diferentes imagens da natureza Cada foto linda 148 Para concluir os coment rios sobre este projeto de Portugu s o jovem JM 15 masculino revelou gosto de imagens eu adorei este momento Diante dessas discuss es eu pergunto se al m de imagens que outro recurso eles mais gostam E a jovem JM 15 masculino interroga da Internet E eu afirmo que sim Assim o jovem JM 15 masculino diz s orkutf Novamente interfiro e questiono se algu m quer falar de alguma experi ncia negativa Isto posto o jovem JI 15 masculino revela uma experi ncia negativa na Internet Muitas vezes no orkut vem tipo uma mensagem com v rus dizendo clique aqui para ver minhas imagens E se clicarmos vem o Cavalo de Tr ia e ai j viu adeus Internet Outro jovem JM 15 masculino complementa E n o real um v rus Agente ver logo D at medo porque insiste tanto clica aqui Para encerrar esta quest o eu ques
66. sujeito JK 14 feminino complementa dizendo uma comodidade a mais Ao passo que os participantes iam respondendo as quest es em forma de discuss es eu interrompia para me certificar e identificar as diferentes id ias sobre o assunto e nesse momento fa o uma interven o perguntando se a import ncia da Internet na vida deles ser um meio para convergir todos os outros meios que serve para se comunicar para d comodidade preencher o vazio de n o fazer nada promover o contato virtual com pessoas inclusive quelas que se encontram distantes Quanto segunda quest o qual o uso que voc faz da Internet hoje Todos os jovens citaram que para o Messenger MSN para acessar o orkut comunidade de relacionamentos e os dois simultaneamente Apenas um dos participantes o JM 15 masculino afirma que praticamente quando agente liga o computador a primeira coisa que faz o MSN e o Orkut quando a Internet est no ar di rio O dia todo todo tempo O jovem est totalmente ligado ao Orkut agente perde bastante tempo falando Besteira S o poucos jovens que se interessam por alguma coisa mais ler algum site o tempo todo nisso perde bastante tempo e n o adquire mais conhecimentos Desse modo eu sintetizo as falas deles e questiono se acontece com eles o qu acontece comigo que muitas vezes falo com uma determinada pessoa intimamente pela Internet mas quando a encontro ou vice versa agimos co
67. textos livros revistas jornais da m dia impressa Entrevistas debates document rios filmes novelas m sicas notici rios softwares CD ROM BBS Internet s o apenas alguns exemplos de formatos diferentes de comunica o e informa o poss veis utilizando se esses meios Na escola podem ser usados para obter comparar e analisar informa es de diferentes naturezas sobre per odos da hist ria fen menos naturais acontecimentos mundiais usos da 108 linguagem oral e escrita etc por meio de uma apropria o ativa da informa o que gera novos conhecimentos No que tange ao computador em particular permite novas formas de trabalho possibilitando a cria o de ambientes de aprendizagem em que os alunos possam pesquisar fazer antecipa es e simula es confirmar id ias pr vias experimentar criar solu es e construir novas formas de representa o mental Al m disso permite a intera o com outros indiv duos e comunidades utilizando os sistemas interativos de comunica o as redes de computadores BBS e Internet Parece conveniente dizer que as propostas did ticas que utilizam as Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC como instrumentos de aprendizagem devem ser complementadas e integradas com outras propostas de ensino Diante de tal situa o para garantir aprendizagens significativas o professor precisa considerar a experi ncia pr via dos alunos em rela o ao recurso tecnol gico que
68. 06 N Sujeitos Idade Anos S rie N vel de escolaridade Ti C 11 feminino 11 6 Ano Ensino Fundamental 12 AP 13 feminino 13 8 Ano Ensino Fundamental 13 B 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 14 C 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 15 C 14 feminino 14 8 Ano Ensino Fundamental 16 I 14 feminino 14 8 Ano Ensino Fundamental IT L 14 feminino 14 8 Ano Ensino Fundamental 18 LI 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 19 T 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 20 Y 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio Tabela 2 Grupo focal 2 composto de jovens do sexo feminino em 2006 A primeira pergunta Qual a import ncia da Internet para voc s E um meio de pesquisa e comunica o E divers o risos E conhecimento Informa o Risos E param de falar Qual a diferen a do uso que voc s fazem da Internet na escola e em casa Y 15 feminino Em casa s para divers o e na escola para pesquisa e para se informar melhor tamb m Voc s usam para pesquisa em casa As vezes depende s para fazer trabalho das disciplinas Em casa uso para pesquisar quando tem dever de casa Qual o tempo do uso da Internet Direto quando estou em casa O maior tempo fa o nos s bados e domingos Voc s compram alguma coisa pela Internet S compro DVD E baixo m sicas Eu apenas escuto m sica n o compro n
69. 1 que o conhecimento m tuo pode inibir manifesta es e coibir a espontaneidade entre os que se conhecem ou esse subgrupo pode atuar inibindo a participa o de outros integrantes do grupo tirando a possibilidade de aparecimento da multiplicidade de id ias e a manifesta o de valores diferentes Al m disso cada Grupo Focal vivenciou um espa o tempo espec fico de uma hora no qual os participantes tiveram um pequeno momento de cinco minutos porque n o se conheciam e n o eram colegas de turmas para se apresentarem e s ent o come ar as discuss es sobre as quest es que foram submetidas para a coleta de dados da pesquisa O roteiro para o momento dos grupos focais teve as seguintes quest es a Qual a import ncia da Internet na sua vida b Qual a diferen a do uso que voc faz em casa e na escola c Fa a coment rios sobre o uso da Internet para relacionamento pessoal para pesquisa de compras para pesquisa escolar para entretenimento como jogos m sicas clips fotografias para o acesso aos rg os governamentais para saber informa es de concursos carteira de identidade carteira estudantil conhecer lugares para viagem passeios festas eventos culturais d Qual o local que voc s v o para fazer uso da Internet e Observei que pelo fato do messenger MSN n o estar dispon vel online no laborat rio durante o per odo de uso do laborat rio alguns jovens usam o sistema de mensagens pela rede local intrane
70. 999 Machado 1997 h formas peculiares de atribuir sentidos e significar as experi ncias cotidianas no ambiente escolar Desse modo jamais se pode afirmar que o material est enfim acabado conclu do A partir do momento em que o autor abandona sua obra por alguns instantes para novamente tom la em leitura ela j n o a mesma O autor n o mais o mesmo pois seu olhar se complexifica medida que entra em contato com novos c digos de leitura no mundo que por sua vez tamb m se modifica O processo de produ o de pesquisa e reda o dissertativa n o poderia ser diferente o sujeito pesquisante escrevente est imerso em um mundo de constantes transforma es e respons vel por linhas que costuram textos cotidianos falados escritos passados e reatualizados na experi ncia elaborada luz de saberes e reflex es tornadas coletivas O pesquisante escrevente pois um marujo que navega em suas rotas de experimenta es capaz de se aventurar em certas viagens luz dos mais diversos saberes e textos comuns e singulares indicados por marujos mais experientes tamb m um comandante de navega es desafiadoras como os discursos juvenis sobre aprecia o da navega o do mundo virtual que se utiliza em escolhas rotas entretenimento b ssolas e mapas para aceitar diante de si pr prio que sua busca n o pelo saber das respostas mas pelo prazer das perguntas ao que lhe vier pela frente na perspect
71. AULAS No intervalo n o d muita gente Poderia ter uma aula de inform tica para cada turma eu acho que a escola n o deveria cobrar para usar a Internet na biblioteca A gente j paga a escola Por exemplo no condom nio j pago a l mpada se queimar o cond mino vai e 4 2 rep e Seria bom uma aula na semana para este tipo de conhecimentos e informa es Poderia ter o treinamento mais t cnico como remover v rus como limpar a m quina O Windows deveria ter um livro para facilitar o trabalho Eu fiz isso um manual t cnico de formata o para qualquer funcion rio de l 134 Me deu o b sico e uma apostila Formatar o Windows XP f cil demais Tem gente que s usa o computador para usar se o computador d problemas ele vai e me chama A coisa f cil vai l e me chama N o sabe baixar o programa s trocar a extens o Substituir o arquivo o crack tem jogo que j vem com a pasta do crack O crack o que faz o jogo rodar Tem jogo que voc fica adivinhando qual o crack Seria bom ter mini curso digita o alguma coisa pr tica mais sobre o uso adequado da Internet principalmente os cuidados com os v rus e como remover Mais uma vez a galera n o sabe usar o antiv rus nem usar o spamware 135 Transcri o da coleta de dados feita com o Grupo Focal 02 S Jovens do Sexo Feminino Sujeitos do Sexo Feminino 11 a 15 anos em 20
72. IABILIDADE E RITUALIDADE DA NAVEGA O EM AMBIENTES MIDIA TICOS ta dessa ENE Dc al doa Deca fc anta E A CAPITULO 3 O CONSUMO DA VIRTUALIDADE MEDIA ES E EDUCA O E EEE E AAEE SA 3 1 AMBIENTES MIDI TICOS E CONSUMO 3 2 EDUCA O E LEITURA DE MUNDO O PAPEL DA ESCOLA NA CIRCULA O EM AMBIENTES MIDI TICOS eeeeemeeees 3 3 ESCOLA E VIRTUALIDADE DESCOMPASSOS E REFLEX ES CONSIDERA ES EINAIS sussa aaiitaaia caia ada Gata na REFERENCIAS sa Sea al o ea AP NDICE ANEXO 14 19 22 39 46 48 50 57 67 173 74 78 89 89 13 INTRODU O A juventude ocidental contempor nea pode ser caracterizada como uma fase de transi o que implica d vidas pensamentos contradit rios em que se vivenciam pensamentos m ltiplos realidades diferentes e paralelas A mente est f rtil para ir al m dos momentos reais e atuais O tempo de um dia n o d conta da velocidade do pensamento uma poca de paix es de fazer amigos de encontros e desencontros de movimentos musicais de solidariedade e de di logos S o vis veis as mudan as f sicas o aparecimento de acnes de altera es emocionais e psicol gicas Um tempo de compara o de escolhas e defini es de guetos de tribos e de identidade como se uma grande viagem fosse come ar e a juventude entra nesta embarca o S o marujos que procuram rotas para navegar trazendo na sua bagagem o desejo ardente de ir e vi
73. Playing Game jogo de interpreta o de pap is para computadores e v deo games O gosto por esse tipo de jogo eletr nico vem da possibilidade se viver no limiar entre 87 o real o virtual impulsionados pela imagina o que procura algo diferente e at mesmo irreal mas que diverte Al m disso a imers o no ambiente virtual permite a ado o de diferentes personalidades uma nova roupagem para as mudan as de identidades proporcionadas pelas facilidades do consumo de diversas culturas juvenis dispon veis no ambiente midi tico 88 CAP TULO 3 O CONSUMO DA VIRTUALIDADE MEDIA ES E EDUCA O 3 1 AMBIENTES MIDI TICOS E CONSUMO Quando nascemos fomos programados A receber o que voc s nos empurraram Com os enlatados dos USA de 9 s 6 Desde pequenos n s comemos lixo Comercial e industrial Mas agora chegou nossa vez Vamos cuspir de volta o lixo em cima de voc s Somos os filhos da revolu o Somos burgueses sem religi o Somos o futuro da na o Gera o Coca Cola Renato Russo Estou ligado cabo A tudo que acaba De acontecer Propaganda a arma do neg cio No nosso peito bate Um alvo muito f cil Mira a laser Miragem de consumo Latas e litros De paz teleguiada Estou ligado cabo A tudo que eles t m Pra oferecer Humberto Gessinger Os meios de comunica o exercem uma enorme influ ncia no cotidiano dos adolescentes e jovens tendo uma grande import ncia
74. S tenha sido enviado a algum cadastro de restri o de cr dito e ou cart rio de protesto e o d bito venha a ser quitado o respons vel est ciente e concorda que o Instituto ter um prazo de 05 cinco dias para providenciar a respectiva baixa Par grafo Segundo A n o presta o pela CONTRATADA dos servi os educacionais neste instrumento pactuados por per odo superior a 30 trinta dias cont nuos n o se computando neste prazo f rias escolares greves recessos e feriados facultar aos CONTRATANTES rescindir o presente CONTRATO de pleno direito obrigando se o estabelecimento de ensino assim que notificada a rescis o a entrega os documentos escolares legais que permitam a transfer ncia do aluno Par grafo Terceiro No caso do par grafo anterior a suspens o ou interrup o do pagamento somente poder ocorrer por expressa e escrita comunica o com anteced ncia de 30 trinta dias da rescis o contratual pelos CONTRATANTES devidamente protocolada no Financeiro ou na Secretaria do estabelecimento de ensino Par grafo Quarto OS CONTRATANTES podem utilizar se da faculdade conferida pelo par grafo terceiro somente se estiverem quites com suas obriga es financeiras at o m s da rescis o inclusive Par grafo Quinto A CONTRATADA n o estar obrigada a renovar a matr cula do a aluno a para o per odo letivo posterior caso este n o tenha cumprido rigorosamente as cl usulas do presente contrato
75. Scape E um modo de n o perder o contato Conversar r pido Qual a diferen a Aqui mais para pesquisa e trabalho Em casa a pesquisa para necessidade pr pria Aqui tem que passar a aula todinha na pesquisa Interfiro sobre que tipo de pesquisa elas fazem pergunto se acessam rg os governamentais para saber notas no site do col gio fazer compra pela Internet Bater papo conversar combinar as coisas n o mais para telefonar Comprar materiais eletr nicos O jovem diz que joga e as meninas dizem que escutam m sica prefere baixar Para pesquisa de shows quando n o tem nada pra fazer entra no site de cinema Carnatal O jovem fica concordando com tudo que elas fazem Saem de casa quando n o tem computador s para acessar o orkut Quando v o casa de amigos v o somente para acessar o computador Eu pergunto v o s para isto Eles riem dizendo que n o mas afirmam que acabam usando o computador mesmo Todos t m acesso a cabo 140 Os professores n o vieram muito ao laborat rio porque a proposta n o agrada aos alunos eles planejam somente para a pesquisa e os alunos n o t m interesse mais em ir ao laborat rio para isto na escola As jovens falam que n o adiantaria liberar o orkut e levar os alunos mandar fazer o trabalho porque tem gente que n o consegue mesmo Poderia ter um planejamento para fazer alguma coisa no
76. Sociedade Amoral A ep grafe indica uma proposta compartilhada de refletir a respeito das incertezas identit rias na busca de um lugar social a eterna ang stia adolescente De acordo com Garbin 2003 as mudan as e impactos sociais ocasionados pelo computador e pela Internet influenciam os comportamentos da juventude contempor nea em seus m ltiplos aspectos constitutivos atravessando desde o plano da atribui o de sentidos da constru o dos discursos e pr ticas at na influ ncia das inter rela es Diversas facetas e emo es t m a oportunidade de revela o por tr s de teclados e nicknames um apelido ou abrevia o usado pelos usu rios do bate papo na Internet possibilitando narrativas e interlocu es de uma multiplicidade interior Paralelamente a essa situa o imagens de crise e ang stia s o atribu das a esse processo enquanto representa o social de adolesc ncia A considera o do cen rio contempor neo da constitui o de lugares sociais pela adolesc ncia sugere a pr pria necessidade de questionar o seu conceito Conforme Nascimento 1999 o conceito adolesc ncia nem sempre existiu carecendo de universalidade porquanto n o foi identificado em diversas pesquisas antropol gicas No entanto tratando se de uma no o socialmente constru da e produzida duas dimens es se entrela am a dimens o biol gica que sinaliza mudan as corporais e capacidade para a l Cita o extraid
77. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE POS GRADUA O EM EDUCA O ZORAIA DA SILVA ASSUN O A INTERNET COMO TECNOINTERA O DA APRENDIZAGEM VALORIZA O DA CULTURA E IDENTIDADE JUVENIS NATAL 2008 ZORAIA DA SILVA ASSUN O A INTERNET COMO TECNOINTERA O DA APRENDIZAGEM VALORIZA O DA CULTURA E IDENTIDADE JUVENIL Disserta o apresentada P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obten o do grau de Mestre em Educa o Orientadora Prof Dr Maria das Gra as Pinto Coelho NATAL 2008 ii Cataloga o da Publica o na Fonte UFRN Biblioteca Setorial do CCSA Divis o de Servi os T cnicos Assun o Zoraia da Silva A Internet como tecnointera o da aprendizagem Valoriza o da Cultura e Identidade Juvenil Natal 2008 120 f Orientadora Prof Dr Maria das Gra as Pinto Coelho Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ci ncias Sociais Aplicadas Programa de P s gradua o em Educa o 1 Educa o Tese 2 Tecnointera o Tese 3 Internet Tese 4 Ensino e Aprendizagem Tese 5 Culturas Juvenis Tese I Coelho Maria das Gra as Pinto II Universidade Federal do Rio Grande do Norte MI T tulo RN BS CCSA CDU 371 13 729 1 043 3 iii ZORAIA DA SILVA ASSUN O
78. a que antes discutem com seus alunos aquilo o que querem fazer O que voc s acham Elas ficam paradas e n o respondem nada Pensam mas n o respondem Ent o fa o a motiva o dizendo que eu venho acompanhando voc s durante 11 anos de uso do laborat rio existe uma desconex o entre aquilo que os professores orientam e o que elas fazem na hora da aula Houve a orienta o dos professores para existir um bloqueio daqueles endere os de sites de relacionamentos messenger e orkut youtube v deos e outros de pornografias durante as aulas das disciplinas no laborat rio porque a maioria usava este hor rio para acessar seus relacionamentos Ent o esse acesso que voc s precisam que voc s dizem isto que eu gostaria que voc s dissessem E importante ter este espa o aberto aqui e por qu O que voc s sugerem sobre isto que a escola deveria permitir esses usos como e para qu 138 Uma jovem diz deveria ser separado a divers o e o estudo Durante a aula n o deveria ter acesso mas depois da aula poderia ter outros momentos com acesso livre Eu pergunto se todas concordam E elas afirmam que sim Pergunto sobre o controle de v rus Mant m um sistema de manuten o Elas dizem em casa t m o controle com antiv rus e quem faz e atualiza o pai outras disseram o meu irm o e apenas uma disse eu Pergunto quando a m quina d problema o que voc s fazem Uma delas respon
79. a para os meios de comunica o em geral N o demorou muito para que toda a imprensa brasileira tanto os jornalistas bem conceituados como tamb m apresentadores de audit rio e artistas passassem a se referir aos meios de comunica o como a m dia E com a populariza o da inform tica hoje o termo tamb m usado at para designar os discos de CD e DVD No entanto a Internet n o uma m dia A experi ncia que proporciona diferente daquela das m dias massivas como a TV r dio revistas e jornais O que se observa uma rela o complexa porque ao mesmo tempo em que os jovens assimilam e fazem reelabora es do bem cultural como ocorre com as m dias massivas tamb m t m a possibilidade de imers o em uma amplitude midi tica e intera o imediata sendo tamb m emissores no processo de comunica o Enquanto as m dias s o prioritariamente transmissoras a Internet engloba as m dias e possibilita interven es e escolhas dos sujeitos navegadores sendo emissora e receptora dos usu rios o que a situa como ambiente midi tico De acordo com Lemos 2002 p 36 n o navegamos a Rede como assistimos TV ouvimos r dio ou lemos jornais e revistas Ligar a TV ver televis o ligar o r dio ouvir emiss es Mas e a Internet N o sabemos o que o internauta est fazendo ele pode estar em 7 O verbete m dia publicidade est dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki M C3 ADdia 28publicida
80. a Telemar Velox que o mesmo pre o fixo por m s que se paga a Net e a Cabo Todos afirmam que para essa defini o foram feitas pesquisas previamente para diminuir o pre o do acesso a Internet em suas resid ncias Os jovens do Grupo Focal 1 que cursam o Ensino M dio acreditam que o acesso a Internet na escola deva ocorrer em momentos espec ficos que desenvolvam habilidades t cnicas no uso do computador hardware e software para contribuir na forma o de pessoas cr ticas aut nomas que favore am o prazer do ato de ler e escrever No entanto os outros jovens sugerem que este acesso seja para favorecer a comunica o entretenimento para saciar o prazer da intera o entre seus pares nas comunidades de pertencimento e tamb m para jogos da Internet que tamb m favorecem a intera o entre parceiros nesses jogos Os jovens mais velhos afirmaram que a escola promoveu uma grande contribui o quanto ao ensino da pesquisa e sele o de informa es na Internet de forma cr tica e com sentido por ter criado inicialmente uma ritualidade de uma hora aula de uso semanal mas que a escola n o evoluiu no ensino da t cnica de inform tica e ainda adota a proibi o o bloqueio de muitos endere os eletr nicos para a comunica o intera o e sites de entretenimento e de relacionamentos Alguns desses jovens sugerem que a escola deveria voltar a ter um hor rio espec fico para o ensino das novas tecnologias bem como ens
81. a do blog denominado S A Sociedade Amoral Dispon vel no site lt http mentirassinceras blogspot com 2002 11 03 mentirassinceras archive html gt Acesso em 24 jun 2008 48 procria o enfatizada por concep es biogen ticas que consideram suas repercuss es afetivas e cognitivas gerando conflitos e tens es universais e a dimens o psicossocial que estabelece marcos e pap is para o ingresso no mundo adulto muitas vezes questionados pelos mais novos conforme certas culturas e grupos para a constru o de uma identidade as abordagens culturalistas argumentam que as descontinuidades geracionais revelam as influ ncias de padr es e valores sociais na atribui o de sentidos ao adolescer A esse respeito questiona Nascimento 1999 p 24 Tens o e tumulto seriam meros estere tipos constru dos para rotular a adolesc ncia em um determinado momento hist rico Estar o adolescente contempor neo t o afetado pelos mecanismos neutralizadores utilizados pela Ordem Social que tenha virado pelo avesso os comportamentos rebeldes Ou teria a crise mudado em suas formas de express o Tais quest es exigem uma revis o do conceito de crise que permita ampliar os m todos de investiga o e an lise Nesse sentido para falar de adolescentes seria preciso ter condi es de responder s perguntas Qual adolescente De que poca De que cultura De que grupo social Uma vez esclarecida a distin o entre o sujeito
82. a juvenil experimentando uma grande metamorfose Como resultado da emerg ncia da cultura digital A comunica o interpessoal se tornou poss vel a partir do pr prio espa o privado do telefone familiar controlado 74 pelos pais e localizado na sala de refei es ou no corredor passou se para o telefone celular personalizado que se pode usar no quarto da comunica o escrita por carta se passou para comunica o digital SMS e mail ou chat Gra as Internet os adolescentes ascendem a comunidades virtuais que est o muito al m de seus quartos Cabe ressaltar que nesta pesquisa os jovens expressam a grande satisfa o que t m em produzir imagens e fotografar Falam sobre o que fazem para divulg las imediatamente sua produ o Sobre isso um dos jovens o JM 15 masculino expressa Eu gosto muito de fotos e por isso atualizo sempre meu orkut Essa atitude mostra a ritualidade do jovem n o s em fotografar mas principalmente em publicar revelando as em sua comunidade prontas para o consumo socializa o e coment rios Segundo Orozco G mez 2006 p 96 o quarto em que se usa o computador e ou se v televis o se torna o cen rio de v rias viv ncias e experi ncias embora sejam vic rias e virtuais transformam se em li es para a vida O que se aprende a resulta muitas vezes mais relevantes do que aquilo que se aprende em institui es educativas formais Outra faceta da mudan a diz respei
83. a nas rela es que experimentou nos anos anteriores de escolariza o Cada professor influencia essa auto imagem com o tipo de rela o que estabelece e na forma como v o seu aluno projetando diferentes expectativas sobre cada um deles BRASIL 1998 p 126 96 Dessa forma como disposto nos PCN a escola que quer assumir um trabalho nessa perspectiva precisa a conhecer cientificamente os jovens b compreend los em suas peculiaridades e singularidades c assumir uma postura de acolhimento d estruturar se de maneira viva din mica estimulando os alunos a se manifestarem das mais diferentes formas produzindo e partilhando suas produ es de conhecimentos de express es art sticas e de performances esportivas e estimular nos adolescentes a organiza o de atividades que favore am o conv vio escolar extraclasse festivais mostras campeonatos apresenta es culturais shows e bailes f favorecer a a o aut noma dos alunos e sua participa o sempre que poss vel em inst ncias diversas da gest o escolar g estimular e reconhecer que a participa o em gr mios pode ser uma pr tica educativa importante na forma o da cidadania h desenvolver projetos educativos para os adolescentes 1 proporcionar em sala de aula atividades que exijam a coopera o entre os alunos j possibilitar e incentivar atividades que fa am os alunos pensarem desenvolver habilidades de analisar comparar criticar comentar clas
84. a pesquisa do ambiente escolar E foi uma polifonia dial gica em que elementos conhecidos meus se encontraram e se configuraram em reflexos que s o ao mesmo tempo familiares mas tamb m particulares de cada navegar nesse mundo virtual em seus respectivos contextos locais e globais Al m disso procurei por meio de experi ncias de autores que tratam sobre o assunto identificar uma melhor contribui o de informa es sobre a pr tica de educadores que motiva e incentiva os alunos a se envolverem na apreens o do conte do curricular Rotas descobertas no ato do navegar que sup em um saber constru do na pr tica de embarcar na sociabilidade e ritualidade dos destempos do mundo contempor neo Os jovens deram seus mapas de sugest es Das rotas mais significativas para o alcance da aprendizagem significativa no ambiente escolar posso falar que sua combina o bem como suas variantes s o respons veis pela infinita possibilidade de embarca o As falas juvenis me ilustraram a todo tempo a polifonia que atravessa seus contextos e vozes em que se presentificam os sentidos atribu dos produ o de conhecimentos na circula o dos mais diversos grupos e situa es sociais pela rede de interesse constru da em torno de ambientes midi ticos bem como pelas especificidades de outras comunidades virtuais como por exemplo os grupos do orkut dos blogs dos fotologs e ou comunidades presenciais como os grupos religiosos grupos escolares
85. a pesquisa na Internet muitas vezes com a simples fun o de leitura e c pia da informa o em livros de exerc cios e cadernos de atividades Ao mesmo tempo nos momentos de uso informal do laborat rio observei nos jovens a facilidade na utiliza o da Internet e os interesses por sites de relacionamentos bate papo e agenda cultural pelo consumo de produ es audiovisuais como m sicas imagens e v deos por jogos e programas espec ficos Os professores n o apresentavam propostas aos alunos de desafios para a constru o do conhecimento a partir de intera es e reflex es cr ticas sobre tais recursos e produ es que tanto motivavam os jovens em suas navega es 21 O papel da escola n o seria apenas o de transmitir conte dos mas sim ensinar a aprender Na concep o de Bagno 1999 pp 14 15 ensinar a aprender criar possibilidades para que uma crian a chegue sozinha s fontes de conhecimento que est o sua disposi o na sociedade A vida de hoje caracterizada por um verdadeiro bombardeio de informa es Para todo lado que olhamos nos deparamos com algumas dessas bombas prontas para explodir televis o r dio cinema jornais revistas cartazes livros folhetos Internet CD ROM Essas bombas podem estar tamb m armazenada em arsenais espec ficos livrarias bibliotecas museus salas de espet culo centros culturais f bricas empresas laborat rios jardins zool gico
86. a semana fico uma hora ou duas por dia E dif cil eu ficar em casa na semana porque sempre tem alguma coisa pra fazer tarde como aula de Ingl s Esporte mas quando chego em casa uso logo noite uma a tr s horas Uso mais tempo no final de semana Outro jovem do Grupo Focal 1 o G 17 masculino justifica que s n o usa a Internet quando tem a outra atividade que ele mais aprecia o esporte fora isso a intera o e acessibilidade que satisfaz quando a pessoa est em casa que n o tem nada mais importante para fazer como o esporte que eu gosto muito n o tem mais nada quando n o tem jogo de futebol ou nada relacionado ao esporte Fora isso do esporte s a Internet 30 Diante dessas revela es a pr xima quest o foi saber o custo desse acesso na perspectiva de identificar se esses jovens t m refer ncias sobre o valor do consumo que fazem para tal acesso e se eles tomam alguma atitude para minimiz lo e torn lo vi vel Diante do exposto o jovem C 16 masculino diz em minha casa usa o acesso NET compartilho com a minha irm sem fio porque tem um aparelho roteador Um outro jovem o A 15 masculino diz l em casa a Cabo Posso passar quantas horas quiser e tamb m incluida a televis o O jovem R 15 masculino confirma tamb m tenho a NET e que o mesmo pre o da Cabo Apenas um jovem o W 15 masculino diz l em casa discada porque n o tem acesso a Cabo no bairro Assinei um plano pel
87. a uma marca distintiva desses jovens Os punks desafiavam porque os jovens que fizessem parte do movimento n o ficavam de bra os cruzados Saiam juntos em turmas para festas para os shows e quando a m sica n o prestava eles faziam a sua m sica Entre os elementos culturais dos punks est o o estilo musical a moda o design as artes pl sticas o cinema a poesia o comportamento as express es ling sticas os s mbolos e outros c digos de comunica o Outro exemplo de grupos que se identificam pela est tica s o os skinhead de ideologia forte que no Brasil se caracterizou como os carecas estilo politizado de car ter patriota ultra nacionalista conservador fascista e ou integralista que promove a es violentas contra homossexuais esquerdistas diferentes tribos urbanas em especial quelas ligadas ao pensamento de esquerda drogados neonazistas e em alguns casos judeus prostitutas e outras minorias Para cada grupo existem as escolhas de territ rios certos espa os como pr prios verdadeiros territ rios juvenis caracterizados por concentrar bares pra as e campos de futebol por vezes demarcados pela a o dos grafiteiros jovens que expressam a cultura hip hop uma cultura das ruas um movimento de reivindica o de espa o e voz das periferias traduzido nas letras questionadoras e agressivas no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades Essas s o as afirma es da identidade de m
88. ada da mensagem e da informa o Segundo Santaella 2003 p 17 uma diferen a gritante entre a cultura das m dias e a cultura digital est no fato muito evidente de que nesta ltima est ocorrendo a converg ncia das m dias E a converg ncia das m dias na coexist ncia com a cultura de massas e a cultura das m dias estas ltimas ainda em plena atividade que tem sido respons vel pelo n vel de exacerba o que a produ o e circula o da informa o atingiu em nossos dias e que uma das marcas registradas da cultura digital preciso acentuar o conceito de cultura a fim de que se possa compreender como em nosso tempo a cultura das m dias e a cibercultura constituem se em processos de comunica o O sentido lato de cultura envolve a descri o de todos os aspectos caracter stica de uma forma particular da vida humana Por sua vez o sentido estrito de acordo com Santaella 2003 p 34 uma prov ncia das humanidades cujo objetivo interpretar e transmitir s gera es futuras os sistemas de valores em fun o dos quais os participantes em uma forma de vida encontram significado e prop sito Na concep o da autora em ambos os sentidos a cultura pode ser pensada como um agente causal que afeta o processo evolutivo atrav s de meios humanos na medida em que permite a avalia o autoconsciente das possibilidades humanas sobre o que a vida humana deveria ser Atualmente vive se uma cultura
89. ade Faz se necess rio ressignificar o virtual virtual o vir a ser virtual ter se a sensa o sem se estar na presen a de fato O corpo pode experimentar fisicamente sensa es ou modula es que representam id ias te ricas Para tanto basta que se digitem no teclado alguns s mbolos para que se criem universos de formas e cores em constante modifica o Al m disso nesse mundo virtual que observamos hoje ascender adolesc ncia a primeira gera o que nasceu usando a Internet Eles s o diferentes porque est o muito acostumados Internet buscam por informa es de maneira f cil est o se entretendo nas redes por meio de sites de relacionamentos em comunidades virtuais em jogos online videogames em sites de foto m sica e clips Com rela o a isso a jovem JB 15 feminino afirma Tem muito de entretenimento Quando a gente n o sai e um meio de estar fazendo alguma coisa falar com os amigos Preenche o tempo N o substituiu a sa da mas d pra falar com os amigos Assim a rela o de com o outro quando n o possibilitada presencialmente pode ser remediada pelo contato virtual apesar de n o substituir o ato da jovem sair de casa Nessa perspectiva Garbin 2003 p 123 afirma que uma das principais caracter sticas da Internet o apagamento das dist ncias geogr ficas parece cada vez mais se entranhar no mundo digital preciso ressaltar que mesmo desterritorializadas e virtuais
90. adora observar durante o ano de 2007 as situa es denunciadas pelos Grupos Focais no desenvolvimento da observa o participante na qual muitos professores faziam planejamentos desestimulantes com atividades de pesquisa sem novidades apenas seguindo as orienta es do livro did tico em que os jovens em dupla tinham que buscar informa es transcrever nos locais para as respostas daquelas perguntas do material did tico Em outros casos alguns poucos professores como a professora de Espanhol do Ensino M dio e a professora de L ngua Portuguesa do 6 Ano do Ensino Fundamental desenvolveram experi ncias bem sucedidas no ambiente escolar as quais envolveram a cultura juvenil Em rela o atividade desenvolvida pela professora de L ngua Portuguesa ela utilizou o bate papo online no laborat rio de inform tica em que alunos professores e t cnicos todos estavam conectados e integrados em rede nesta intera o e comunica o sobre o livro O Planeta Berra que aborda o conceito de cidadania e de pol tica de jovens internautas Observei que nessa experi ncia educativa houve uma excelente repercuss o de aceita o entre os jovens que se envolveram e se motivaram para a leitura e a troca de informa es sobre a hist ria contada no paradid tico A outra situa o tamb m destacada como uma experi ncia significativa para os alunos foi quela desenvolvida pela professora de Espanhol do Ensino M dio que usou o recurso
91. afo Terceiro OS CONTRATANTES est o cientes da obrigatoriedade do uso completo do uniforme escolar por parte do a aluno a em modelo previamente definido pela escola bem como da aquisi o de todo o material escolar individual exigido assumindo inteira responsabilidade por qualquer fato que venha a prejudicar o a aluno a devido ao descumprimento desta obriga o Par grafo Quarto O Col gio n o se responsabilizar pelo aluno fora de suas depend ncias f sicas e ou fora do per odo regular do expediente de aula segundo calend rio e hor rio de cada s rie salvo quando estiver em atividades pedag gicas promovidas pelo Col gio Par grafo Quinto O Col gio n o se responsabilizar por objetos e materiais de qualquer natureza que o aluno deixar em suas depend ncias sem a vigil ncia necess ria para impedir seu extravio ou ap s o termino de suas atividades curriculares e extracurriculares Par grafo Sexto A escola n o pro be o porte de telefone celular por m o mesmo n o poder ser usado em sala de aula e durante qualquer atividade educativa onde ocorrer O seu uso restrito aos p tios nos momentos livres e na entrada e sa da da escola CL USULA 7 O deferimento e conclus o da matr cula se d de forma expressa e formal ap s as partes firmarem o presente contrato o RESPONS VEL pelo aluno pagar a primeira parcela da anuidade e ainda pela avalia o e deferimento da pr pria institui o confirma
92. al e com o MSN falo com ele todo dia sem pagar telefone Um outro participante o JC 14 feminino disse que a import ncia da Internet para fazer trabalhos da escola para falar com amigos tamb m Para comunicar com amigos Al m das respostas anteriores um outro participante da pesquisa JR 16 feminino revela que quando tem uma pesquisa da escola re ne o grupo na mesma hora no MSN para fazer o trabalho de ltima hora A participante JK 14 feminino fala que a import ncia para divers o tamb m jogos passar m sica Hoje em dia ningu m mais compra CD e DVD Outra jovem a JB 15 feminino analisa que a Internet tem muito de entretenimento Quando agente n o sai um meio de estar fazendo alguma coisa falar com amigos Preenche o tempo N o substituiu a sa da mas d pra falar com amigos Para finalizar a jovem JC 14 masculino diz que a import ncia da Internet para comunica o e mais para jogos 143 Nesse momento procuro identificar os tipos de jogos que eles utilizam e a resposta dada foi dada por JC 14 masculino dizendo todo tipo de jogos de baixar jogos on line Nesse aspecto que envolveu o consumo da juventude questiono se eles assistem v deos e a resposta veio por JM 15 masculino que revela a Internet engloba tudo ningu m precisa ver mais TV ver v deo comprar jornal porque tem tudo na Internet at o celular s vezes substitu do por mensagens instant neas E o
93. am a internet residencial segundo o IBOPE NetRatings 41 3 mais que os 15 9 milh es de abril de 2007 o maior aumento entre os dez pa ses monitorados pela Nielsen NetRatings Dos usu rios ativos de abril 82 ou 18 3 milh es navegaram por banda larga crescimento de 53 na compara o com os 11 9 milh es registrados em abril de 2007 Nesse contexto dos usu rios ativos de abril 82 ou 18 3 milh es navegaram por banda larga crescimento de 53 na compara o com os 11 9 milh es registrados em abril de 2007 Com 22 horas e 47 minutos por pessoa em m dia o tempo de navega o tamb m aumentou na compara o a abril do ano anterior ao evoluir 4 9 A m dia de p ginas abertas por usu rio foi de 1 868 no m s e o total de pessoas que moram em resid ncias em que h computador com Internet que atualizado trimestralmente ficou em 34 1 milh es Outro aspecto a destacar que para todos os ambientes resid ncias trabalho escolas lanhouses bibliotecas telecentros o IBOPE NetRatings continua indicando a marca de 40 milh es de pessoas com 16 anos ou mais de idade com acesso Internet n mero relativo ao quarto trimestre de 2007 pertinente dizer que o Brasil continua com o maior consumo individual de Internet domiciliar tanto em tempo de navega o quanto em m dia de p ginas por pessoa Os pa ses que mais se aproximaram do Brasil em tempo de navega o em abril foram a Fran a com 20 horas e 12 minutos e os Es
94. anifesta o de sentimentos pessoais ou pr prios dos grupos de perten a Dessa maneira afirma Costa 2006 p 17 que 52 apesar de serem ainda naquele momento em sua maioria provenientes das camadas mais privilegiadas de nossa popula o esse fato escreve na base de fen menos que ao se expandirem e se tornarem mais complexos nas d cadas seguintes tiveram como desdobramento uma longa trajet ria que vai dar nos punks carecas skinheads darks metaleiros rappers funkeiros entre outros E ainda na emerg ncia daquilo que gradativamente passou a ser chamado de culturas juvenis poss vel ver tamb m a express o do pr prio corpo com a finalidade de demonstrar a identidade e a inscri o de sua marca no uso de perfura es corporais piercings ou tatuagens tatoo Essas marcas v m carregadas dessa simbologia da transgress o Face ao exposto a m dia enquanto representante de uma parte da sociedade brasileira chama de gangues muitos desses grupos de jovens os quais ostentam a ado o de um comportamento de roupas de atitudes e de gosto musical tidos como diferentes Esses jovens que integram as gangues tamb m desenvolvem rela es de amizade trocam informa es revistas curtem junto um som e montam bandas de m sica H de se convir que essa turma proporciona um espa o de sociabilidade e criatividade cultural nunca antes vista no pa s oportuno frisar que o significado tradicional da identidade
95. ar as d vidas Eles concordam Eu comento que o tempo acabou que poss vel que no pr ximo ano aconte a algumas mudan as e agrade o 142 TRANSCRI O DA COLETA DE DADOS FEITA COM O GRUPO FOCAL 04 EM 2008 Doze jovens do sexo masculino e feminino Cursando o 9 ano do Ensino Fundamental 1 e 2 s rie do Ensino M dio com idade entre 14 e 16 anos N Sujeitos Idade Anos S rie N vel de escolaridade 13 JC 14 masculino 14 9 Ano Ensino Fundamental 14 JK 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 15 JL 14 feminino 14 9 Ano Ensino Fundamental 16 JM 14 masculino 14 9 Ano Ensino Fundamental 17 JB 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 18 JI 15 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 19 JM 14 masculino 15 1 S rie Ensino M dio 20 JT 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 21 JF 16 masculino 16 2 S rie Ensino M dio 22 JL 16 masculino 16 2 S rie Ensino M dio 23 JM 16 feminino 16 2 S rie Ensino M dio 24 JR 16 feminino 16 2 S rie Ensino M dio Tabela 4 Grupo focal 4 composto de jovens do sexo feminino e masculino em 2008 Os resultados parecem indicar que este grupo focal 4 deu contribui es pertinentes compreens o da cultura juvenil e tamb m a aprendizagem dos jovens na utiliza o da Internet Quanto primeira quest o a import ncia da Internet na sua vida O jovem JI 15 masculino disse que a Internet para mim substituiu o telefone para falar com meu pai Meu pai mora em Portug
96. asculino conclui dizendo geralmente quem faz isso quem Um cara que tem doze anos que fica grudado s no computador a raz o toda dele ele nunca est errado que n o faz nada Dessa quest o percebi apenas dois jovens dos doze que disseram que isto acontece demais na Internet porque um espa o que n o tem dono portanto n o tem quem diga o que se publica mas a maioria dos jovens n o concorda com este tipo de transgress o Diante dessa discuss o falo que muitas vezes aqueles jovens n o t m no o das consegii ncias daquilo que escreveu e publicou na Internet Posto isto um jovem JI 15 masculino conclui se quiser julgar mesmo que seja mal fa a uma cr tica construtiva n o algo que n o leva a nada Voc deve usar a Internet para aprender para estudar para se divertir e n o fazer isso perturbar botar pra baixo Enquanto isso outro jovem JC 14 masculino diz voc quer criar uma comunidade fazer uma enqu te voc est com uma inten o boa mas se aquele outro tem aquela rincha com um professor Ele apronta O jovem JM 14 masculino amplia se voc digamos xingar uma pessoa pela Internet s as pessoas anti ticas que faz isso Os ignorantes agem assim 150 Percebo a nfase da defesa dos valores morais e ticos que o ser humano tem que ter e respeitar os demais Um aspecto importante para a forma o dos jovens na sociedade contempor nea A ltima e nona
97. ativa do professor na constru o da ferramenta referida indica a possibilidade de acesso aos materiais de estudo d vidas de outrem esclarecimentos gerando uma circula o de sentidos e ressignifica es que a cada registro comp e e transforma uma mem ria coletiva Dessa forma a cultura da inform tica uma nova forma de assimila o de conhecimento e um novo caminho para a produ o intelectual Segundo 1996 p 97 chamo intelig ncia o conjunto can nico das aptid es cognitivas a saber as capacidades de perceber de lembrar de aprender de imaginar e de raciocinar Na medida em que possuem essas aptid es os indiv duos humanos s o todos inteligentes No entanto o exerc cio de suas capacidades cognitivas implica uma parte coletiva ou social geralmente subestimada Nesse aspecto ao se referir que o cognitivo implica em uma parte coletiva o autor nos chama aten o que jamais pensamos sozinhos mas sempre na corrente de um di logo ou de um multidi logo real ou imaginado Exercemos nossas faculdades mentais superiores em fun o de uma implica o em comunidades vivas com suas heran as seus conflitos e seus projetos que sempre est o presentes em nossos pensamentos que estas forne am interlocutores instrumentos intelectuais ou objetos de reflex o Ainda segundo L vy 1996 pp 108 109 r a intelig ncia atravessada de uma dimens o coletiva porque n o s o apenas as linguagens os artefat
98. atizar o momento da pesquisa de campo vinculada Universidade c o trabalho acad mico e n o apenas ao interesse da Internet no laborat rio escolar As quest es reelaboradas para o Grupo Focal 4 foram 1 Qual a import ncia da Internet para sua vida Essa quest o foi para a investiga o do valor que os jovens d o a esse recurso t o utilizado na cultura jovem 2 Qual o uso que voc faz da Internet hoje Nessa pergunta pretendi identificar os diferentes usos e sentido que os diversos atrativos da rede trazem de contribui o na vida da juventude 3 Como s o os seus acessos local momentos frequ ncia e dura o Essa quest o foi feita para verificar se os jovens t m a percep o da privacidade de limites e possibilidades para tal uso 4 Como voc avalia o uso da Internet na escola Essa quest o foi com a inten o de articular o recurso aprendizagem no ambiente escolar 5 E como voc avalia o uso em sala de aula pelo professor a Nessa elabora o a inten o foi conhecer as refer ncias significativas da pr tica educacional dos professores a partir do ponto de vista dos alunos e a consegiiente apreens o desta 6 O que voc acha da aprendizagem na escola que envolve recursos na Internet Nessa pergunta procurei saber se a escola disponibilizava a Internet para favorecer a aprendizagem 7 Voc lembra de alguma experi ncia desse tipo nesta escola marcante positivamente ou negativamente Nessa quest o f
99. azer slogans Trata se isto sim de um devotamento permanente causa da transforma o da realidade Esta a raz o pela qual sendo o di logo o conte do da forma de ser pr pria exist ncia humana est exclu do de toda rela o na qual alguns homens sejam transformados em seres para o outro por homens que s o falsos seres para si que o di logo n o pode travar se numa rela o antag nica 86 O di logo o encontro amoroso dos homens que mediatizados pelo mundo o pronunciam isto o transformam e transformando o o humanizam para a humaniza o de todos FREIRE 2002 p 43 Dada a relev ncia do que aborda Freire sobre o di logo como encontro amoroso que humaniza a todos os envolvidos n o poderia deixar de chamar a aten o nesse texto sobre a teoria da informa o segundo o modelo das Novas Tecnologias de Comunica o de Informa o NTIC preciso acentuar que o uso do computador possibilita a intera o e a produ o de conhecimento no espa o e no tempo pessoas em lugares diferentes e distantes podem se comunicar com os recursos da telem tica A incorpora o de computadores no ensino n o deve ser apenas a informatiza o dos processos de ensino j existentes pois n o se trata de aula com efeitos especiais O computador permite criar ambientes de aprendizagem que fazem surgir novas formas de pensar e aprender favorecendo a intera o com uma grande quantidade
100. cais nacionais e internacionais a depender da demanda da comunica o e da transmiss o Al m disso o que une os diferentes membros de uma rede o conjunto de valores e objetivos que eles estabelecem em comum interconectando a es e atividades Outro aspecto 73 a considerar a participa o dos integrantes de uma rede porque sem esta a rede n o funciona ela s existe quando est em movimento A rede deixa de existir sem participa o e para manter se importante que a participa o seja colaborativa ou seja numa rede a informa o circula livremente emitida de pontos diversos sendo encaminhada de maneira n o linear a uma infinidade de outros pontos que tamb m s o emissores de informa o O importante nesses fluxos a realimenta o do sistema como por exemplo retorno feedback considera o e legitimidade das fontes que s o essenciais para a participa o colaborativa Diante dessa realidade os usu rios que mais fazem uso da caracter stica da rede s o os jovens que aproveitam para buscar informa es interagir transform las e public las Segundo Duarte amp Vannunchi 2001 a diferen a que o jovem aprendeu a eliminar a informa o excessiva Na nsia de estar ligado o tempo todo a maioria dos adolescentes age sem nenhum crit rio ou intervalo para descanso Um tempo que para eles necess rio para as suas atualiza es de informa o e de comunica o Al m disso el
101. cnologias A organiza o das aulas em torno da Internet e outros produtos tecnol gicos recomend vel Contudo a determina o clara dos objetivos do ensino por parte dos professores um dos pontos mais significativos do processo Nesse aspecto o mais importante no uso das tecnologias interativas e da Internet no ensino a abordagem pedag gica que o professor pode imprimir e n o a tecnologia em si Outra importante reflex o sobre o uso da Internet na aprendizagem de alunos destacado numa pesquisa realizada com professores cuja investiga o Santos 2008 divulga em seu texto A Internet na escola fundamental As navega es propostas mesmo em situa es mais estimulantes de pedagogia de projetos ou de constru o de sites s o extremamente lineares e distanciadas do sentido labir ntico proposto por Snyder 2002 Em sala sem nenhuma exce o a Internet n o conceituada para os alunos Sua origem forma modo de funcionamento possibilidades de navega o estrutura ou fun o n o s o tratados pelos professores que at mesmo como estrat gia de reprodu o de formas de controle da situa o did tica prop em a seus alunos abordagens lineares previs veis e est ticas na navega o na rede 2 A Internet na escola fundamental sondagem de modos de uso por professores Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1517 97022003000200008 gt Acesso em 24 mai 2008
102. com acesso Internet antes m quina de posse apenas de tecn logos e de cientistas transformou se em pouco tempo na possibilidade de interlocu o e de lazer Suas potencialidades incluem enviar e receber informa es fazer compras conversar com pessoas em qualquer outro lugar do mundo e em diversos hor rios via Internet navegar por programas que possibilitam interferir nos desfechos de jogos al m dos textos disposi o conforme foi citado anteriormente por um jovem da pesquisa Al m disso promove uma grande interatividade a qual pode ser entendida como a capacidade do sistema de acolher s necessidades do usu rio e satisfaz lo Isso a faz diferente dos processos de comunica o audiovisual tradicionais O leitor nesse processo o usu rio operador que assume papel de co autoria do texto Nesse contexto o processo de constru o do texto a busca de efeitos de sentidos pretendidos ocorre no percurso E a hiperm dia que permite a permuta o Possari 1999 alerta para o fato de que com a inven o da escrita todo texto foi pensado e praticado como um dispositivo linear como sucesso de caracteres visuais ou auditivos e sonoros No entanto a hiperm dia aproveita a arquitetura n o linear das mem rias de computador para viabilizar obras e textos tridimensionais din micos e que possam ser manipulados interativamente Para Possari 1999 a interatividade tem como pressuposto fundamental o devir Nunca se tem c
103. conectar se Faz se importante ressaltar que o espa o da discuss o onde aconteceu o encontro desses grupos focais foi no laborat rio de Inform tica da escola no qual foi feita tamb m a recep o para a sele o dos jovens da pesquisa mas nos momentos dos encontros de todos os grupos focais os equipamentos permaneceram desligados N o se pode deixar de comentar que enquanto havia um ambiente favor vel aplica o da pesquisa por meio do roteiro de quest es dava se continuidade s novas perguntas Para esclarecer o significado desse espa o para elas quanto aprendizagem e o divertimento foi perguntada qual a necessidade do uso do laborat rio na escola para elas Todas pararam para refletir e insisto na pergunta Assim uma delas a AP 13 feminino responde sobre o uso da Internet na escola L em casa discada fica invi vel fazer a pesquisa para acompanhar a tarefa de casa solicitada pelas disciplinas e se a escola pudesse liberar o laborat rio para a pesquisa mesmo sem a presen a do professor ajudaria bastante nossa vida escolar porque atualmente fazer o trabalho na escola em outros hor rios s poss vel na biblioteca que tem acesso pago por tempo de uso e em outros lugares fora da escola tamb m assim 35 Diante dessas considera es outra quest o posta em discuss o o que voc s acham de colocar uma aula de inform tica por semana sugerida pelo Grupo Focal 1 Nesse momento h uma dis
104. constituem um sujeito m ltiplo inst vel mut vel difuso e fragmentado enfim uma constitui o inacabada sempre em projeto Para tanto essas m dias constituem a cultura da simula o A cultura simulacional no sentido de que a m dia sempre transforma aquilo de que ela trata embaralhando identidades e as suas respectivas refer ncias Isso modifica tamb m a no o de espa o e de tempo ou seja elas possibilitam a combina o de enormes dist ncias com a imediaticidade temporal pr pria das comunica es eletr nicas que removem os pontos fixos Se fosse poss vel resumir ter amos o sujeito da oralidade fluido mut vel situacional disperso e conflitante o sujeito da cultura impressa fixo coerente est vel auto id ntico normalizado descontextualizado o sujeito da virtualidade forma se nas interfaces din micas com o computador A m dia o aportuguesamento de m dium do latim meio e plural media meios Nesse sentido os meios de comunica o como r dio TV jornais revistas constituem se em m dias que t m como interlocutores a popula o como um todo respeitando se suas caracter sticas e prop sitos Nesse aspecto cada meio tem suas peculiaridades como o jornal 70 e a revista t m no c digo verbal escrito e na foto seus suportes s gnicos Pela pr pria caracter stica do texto escrito os interlocutores encontram se distantes no tempo e no espa o Nesse aspecto o computador
105. conviver numa sociedade em constante processo de transforma o cultural pol tica econ mica cient fica e tecnol gica Para Moran 1997 p 2 3 a educa o presencial pode modificar se significativamente com as redes eletr nicas As paredes das escolas e das universidades se abrem as pessoas se intercomunicam trocam informa es dados pesquisas A educa o r continuada otimizada pela possibilidade de integra o de v rias m dias acessando as tanto em tempo real como assincronicamente isto no hor rio favor vel a cada indiv duo e tamb m pela facilidade de p r em contato educadores e educandos As redes atraem os estudantes Eles gostam de navegar de descobrir endere os novos de divulgar suas descobertas de comunicar se com outros colegas Mas tamb m podem perder se entre tantas conex es poss veis tendo dificuldade em escolher o que significativo em fazer rela es em questionar afirma es problem ticas pertinente destacar que os PCN em seu terceiro e quarto ciclos afirmam que os professores devem conhecer seus alunos nos mais diferentes aspectos n o podendo ignorar as singularidades dessa fase levando em conta os aspectos relacionados viv ncia desses alunos que s o jovens e que vivenciam um momento importante do ponto de vista da constru o de suas identidades e de elabora o de projetos de inser o na sociedade Segundo Ramos 1989 como os adolescentes possuem carac
106. cuss o entre elas porque t m interesses diferentes Percebe se que as mais jovens querem acessar o orkut e divers o enquanto que a mais velha precisa garantir os estudos no col gio j pensa no vestibular e n o concorda em ter aulas de inform tica no hor rio das disciplinas curriculares Diz Y 15 feminino eu n o concordo penso que mais importante ter aulas que vir para o laborat rio pela proximidade do vestibular A jovem C 14 feminino sugere tirar uma aula da disciplina de Religi o que ela considera que n o importante Mas Y 15 feminino argumenta e justifica dizendo que deveria ter aulas no contra turno ou ent o ter acesso com hora marcada ou reservada no laborat rio porque o hor rio que o professor traz a turma para fazer o trabalho n o d tempo E mais necess rio que tenha mais aula de inform tica agora porque daqui a dois anos ser o pr vestibular e ningu m vai vir para o laborat rio As demais jovens do Grupo Focal 2 concordam com o acesso no contra turno e a sugerem a jovem I 14 feminino segunda feira ser para uma determinada s rie na ter a feira para outra s rie e assim que contemplasse todas as s ries na semana Mas C 14 feminino insiste na mudan a da carga hor ria de outras disciplinas e sugere como a disciplina de Educa o F sica tem duas aulas por semana em dias diferentes e quase ningu m faz porque t m outros hor rios em esportes uma dessas aulas poderia ser para da Inform t
107. da Internet de maneira totalmente gratuita Par grafo S timo No caso de atraso no pagamento de quaisquer das parcelas sobre o valor em atraso incidir juros de mora de 1 um por cento ao m s e atualiza o monet ria da import ncia em atraso calculada com base na varia o do IGP M at o dia da efetiva o do pagamento e ainda multa de 2 dois por cento ao m s sem preju zo dos honor rios advocat cios quando a cobran a ocorrer por profissional ou empresa especializada se aplicando em todos os seus termos os arts 394 e seguintes do C digo Civil de 2002 Lei n 10 406 2002 CL USULA 9 A anuidade ter seu valor monet rio ajustado caso haja modifica o da pol tica salarial ou econ mica do governo que crie reflexos que alterem o equil brio econ mico financeiro do Col gio fazendo parte do anexo ao presente contrato CL USULA 10 OS CONTRATANTES declaram sob as penas da lei que possuem bens patrimoniais livres e desimpedidos suficientes para garantir o saldo devedor deste contrato Par grafo Primeiro Em caso de aluno novato o respons vel pelo aluno declara tamb m sob as penas da lei n o possuir d bitos para com a escola anterior CL USULA 11 O n o comparecimento do aluno aos atos escolares ora contratados n o exime o respons vel quanto ao pagamento da s mensalidade s tendo em vista a disponibilidade do servi o ao mesmo Igualmente n o haver dispensa do pagamento de
108. de sem Internet eu n o vivo Se eu n o tiver Internet eu n o tenho mais nada na minha vida E vai para a casa de amigas para acessar a Internet Outra diz Pe o para o meu pai levar para consertar mas enquanto isso vou para lanhouse Comento que houve um encontro anterior com outro grupo da pesquisa somente com jovens do sexo masculino e que eles solicitaram uma aula de inform tica t cnica para ensinar a retirar v rus e outros softwares b sicos para o funcionamento da m quina que ajudassem tamb m a solucionar problemas com os jogos ou softwares do interesse deles ou at mesmo consertar partes do hardware quando d problema e o aparelho tem que ir para a assist ncia t cnica Uma aula que seria s para aqueles com interesse nesse tipo de conhecimento Um grupo que teria conhecimentos aprofundados sobre esse assunto Comento que percebo que o laborat rio fica muito tempo fechado os professores n o est o fazendo planejamento que atenda voc s e eles est o deixando de usar o laborat rio para solicitar a atividade feita em casa e queremos otimizar este uso Voc s gostariam de fazer parte desse grupo com conhecimentos mais aprofundados Elas aceitam Voc s gostariam de fazer parte do planejamento sugerir tomar decis es Elas querem saber em que hor rio E eu falo que seria no contra turno Repito a sugest o do grupo de jovens do sexo masculino Que deveria ter 50 minutos na semana para discutir sobre a
109. de 11 a 17 anos de idade mostra que esses jovens usam a Internet diariamente sempre quando est o em casa e se conectam no momento que chegam s suas resid ncias mesmo tendo outras coisas para fazer o que fazem primeiro acessar a Internet em sites de relacionamento como MSN e orkut e ou jogos online Quanto ao acesso Internet eles afirmaram que fazem diferentes usos a depender da necessidade como por exemplo para a pesquisa escolar para trocar informa es sobre jogos para ter conhecimentos de not cias de ltima hora para atualizar os antiv rus adquirir novas vers es de softwares para ouvir e baixar m sicas e clips atuais para adquirir DVDs e equipamentos perif ricos al m de utilizar para identificar e socializar os eventos e encontros de interesses deles Nesse contexto a primeira quest o do roteiro da pesquisa foi sobre a import ncia da Internet na vida de cada um deles Um dos jovens G 17 masculino afirma uso a Internet para falar com amigos pesquisar A import ncia maior para pesquisar assuntos da escola para trabalhar tamb m Eu trabalho com computador e na empresa eu preciso usar e mails Outro jovem R 15 masculino diz uso Internet para ficar mais informado atualizado aproximar me de 29 outras pessoas em bate papo f runs e sites de relacionamento Basicamente para isso O jovem A 15 masculino comenta a maior import ncia para fazer trabalho pesquisar ficar mais informado No m
110. de abordagem em tais estudos a an lise do discurso de diferentes origens sovi ticas francesas anglo germ nicas tem se destacado Segundo Jobim e Souza 1997 tais estudos podem tornar conscientes os processos de constru o da vida enquanto movimentos humanos cotidianos e no campo da ci ncia constituem certos referenciais e constru es te ricas que elucidam concep es de conhecimento diferenciadas daquelas fundadas no paradigma tradicional da ci ncia Para Bakhtin 1992 o pensamento pertence ao sistema ideol gico social e 23 subordinado a suas leis Mas ao mesmo tempo pertence a outro sistema nico que tamb m possui suas pr prias leis espec ficas o sistema do psiquismo individual cuja unicidade n o s determinada pelo organismo biol gico como tamb m pelos processos e experi ncias vividas por cada sujeito Assim de acordo com Macedo 2005 atrav s do estudo dos signos e das atribui es de sentidos aos mesmos s o desveladas quest es pertinentes aos contextos em que ocorre a comunica o onde interpessoal e intrapessoal se encontram em um processo em que se indisting em e se diferenciam Desse modo o conceito de interdiscurso constitui categoria para compreender e analisar a produ o discursiva em investiga es das rela es humanas Conforme Brand o 1991 o discurso de um indiv duo marcado pela heterogeneidade pelas falas sociais m ltiplas que atravessam a constitui o do sujeito c
111. de crise e o contexto moderno ou p s moderno em que s o postas em d vidas muitas certezas sociais gerando crises de referenciais e pap is sociais o presente cap tulo tem como objetivo discutir a constitui o de identidades e culturas juvenis Tal tem tica envolve sua especificidade na rela o com os ambientes midi ticos e a virtualidade bem como aspectos de sociabilidade de ritualidade de acesso e uso do computador e da Internet Para tanto o cap tulo navega pelos diferentes reflexos da sociedade na qual a juventude est inserida indicando sentidos e fun es sociais espec ficos em diferentes contextos e pocas para seus questionamentos e transgress es Em seguida tal percurso hist rico situado no novo cen rio do desenvolvimento das tecnologias da comunica o de consumo da informa o e da constitui o de novos modos de apropria o cultural e percep o de si mesmo 49 2 1 IDENTIDADE E CULTURAS JUVENIS O conceito de cultura muito amplo Por m neste trabalho acad mico adota se a compreens o de Canclini 2007 p 41 Pode se afirmar que a cultura abarca o conjunto dos processos sociais de significa o ou de um modo mais complexo a cultura abarca o conjunto de processos sociais de produ o circula o e consumo da significa o na vida social Nesse aspecto analisa se os processos sociais da juventude bem como a circula o de informa es assim tamb m os seus consumos a partir da
112. de informa es que se apresentam de maneira atrativa por suas diferentes nota es simb licas gr ficas ling sticas e sonoras Al m disso a m sica acima de tudo revela vis es de mundo e como diria Nestor Garcia Canclini 1999 p 51 serve para pensar Os jovens que t m acesso utiliza a rede mundial de computadores quase diariamente para enviar ou receber mensagens instant neas e mails e frequentar salas de bate papo realizam atividades como pesquisas em geral e busca de m sicas e clips musicais Para esses jovens a Internet espa o de conv vio social e fonte de informa es Ela absorve a aten o evita se atender ao telefone e assistir TV quando se est no computador perde se a no o do tempo navegando pela Internet por meio da cultura imag tica musical e imediata De acordo com os Par metros Curriculares Nacionais Introdu o a divers o a roupa e o consumo comp em um universo interligado O consumo de certos bens permite por um lado uma identifica o com uma imagem gen rica de juventude valorizada socialmente por outro e da mesma forma que o gosto musical tamb m cumpre um importante papel na constitui o de distintas identidades no interior do pr prio universo juvenil BRASIL 1998 p 119 Os jogos eletr nicos tamb m embalam essa nova sensibilidade juvenil de car ter marcadamente audiovisual em casa de amigos ou pr pria que a maioria dos jovens joga RPG Role
113. deY 29 gt Acesso em 24 de maio 2008 91 um chat com algu m do Sri Lanka navegando um site americano lendo um jornal russo ouvindo uma r dio francesa e tudo ao mesmo tempo No ciberespa o possibilita a simultaneidade sensorial e o fluxo bidirecional da informa o todos todos A simultaneidade hipertexto e a descentraliza o fazem da Internet algo bem diferente das m dias de massa Ela n o uma m dia mas um novo ambiente midi tico uma incubadora espont nea de instrumentos de comunica o um sistema auto organizante criativo A Internet um ambiente midi tico cuja vitalidade encontra se na circula o da Informa o ponto a ponto n o massiva na conex o generalizada na universaliza o do acesso e na liberta o do p lo da emiss o Os impactos desta transforma o est o em todas as reas da cultura contempor nea Nesse sentido a Internet tamb m pode ser considerada como um meio muito eficaz para propagar os bens de consumo a serem apropriados pela juventude devido a grande possibilidade de acesso a jogos m sicas imagens e outras op es de entretenimento e comunica o Al m disso segundo G mez 2006 p 86 h uma multiplica o de destempos uma mudan a s cio cultual sup e ent o uma mudan a de sedimenta es na produ o simb lica que requer seu tempo O que nesta dire o estamos experimentando no mbito da comunica o social ali
114. dense que usou o termo em seu livro de fic o cient fica Neuromancer para designar um sistema ou um lugar onde haveria uma esp cie de representa o gr fica dos dados ou uma representa o realista do mundo e das atividades humanas Uma rede de transmiss o verdadeiramente universal de todos para todos em que o espa o virtual ou o ciberespa o supriria completamente a necessidade de um espa o real para a ocorr ncia de comunica o pertinente considerar que o ciberespa o o dispositivo de comunica o interativo e comunit rio que possibilita desenvolver sistemas de aprendizagem cooperativa colaborativa em rede permitindo mais ainda a troca de id ias imagens experi ncias ou observa es em salas de bate papo ou confer ncias eletr nicas A respeito dessa compreens o a jovem JR 16 feminino argumenta que quando tem uma pesquisa da escola re ne o grupo na mesma hora no MSN pra fazer o trabalho de ltima hora A fun o assumida pela Internet nesse trecho transcrito do Grupo Focal sugere a possibilidade de produzir pesquisas acad micas debates em diferentes n veis de complexidade e alguns consensos grupais promovendo um tipo de encontro sem a necessidade dos componentes ausentarem se de suas resid ncias Apesar das vantagens da vida online a conex o n o substitui ou substituir a intera o social o contato entre as pessoas conforme cita o de uma das joven
115. des virtuais seja de resson ncia com suas cren as seja de aceita o pelo reconhecimento de ser aquele um momento integrador da juventude diferente do que ocorre diariamente na escola dos questionamentos daquilo que lhes colocado diariamente como f em Deus Al m disso diferentes formas de conceber a produ o lit rgica s o evidenciadas em torno da mesma id ia de que Deus est olhando como convic o e f ou d vida e medo Do mesmo modo enquanto muitas fam lias como aquelas que optam pela referida forma o escolar ensinam ao filho a que este em sua condi o de jovem n o deveria se colocar exposi o alheia coisas imorais e sim manter se preservado deste ass dio dos ambientes midi ticos o jovem permaneceu correspondendo a tais expectativas diante da fam lia mas em sua aus ncia foi exibir suas fotos no orkut enquanto ouvia m sicas em ritmo fren ticos da nova e mais recente onda do sacudir importante mencionar que em muitos momentos as falas dos jovens pareciam excessivas para as diferentes possibilidades ora por demais escassas A esse respeito os questionamentos iniciais que rondaram as investiga es do cap tulo II O consumo da virtualidade media es e educa o apreciei os s bios reveladores de novas rotas para que a navega o no mundo virtual como tecnointera o seja mais significativa para a aprendizagem que v al m da aquisi o de novos conhecimento
116. direitos coletivos mas tamb m requer uma postura de deveres de ser uma pessoa constituinte de uma sociedade e portanto tem que cumprir as normas e regras sociais vigentes E preciso ent o que o cidad o possa ser ativo mesmo em condi es em que as institui es sejam desfavor veis Segundo Freire 1980 p 35 o homem chega a ser sujeito por uma reflex o sobre sua situa o sobre seu ambiente concreto Quanto mais refletir sobre a realidade sobre sua situa o concreta mais emerge plenamente consciente comprometido pronto a intervir na realidade para mud la evidente que a pessoa nasce em uma sociedade com alguns princ pios Mas cabe exatamente ao cidad o inventar e reinventar continuamente seu lugar no mundo isto o impacto se faz dinamicamente medida que se vivencia a dimens o social Isso d um outro car ter consci ncia da cidadania No caso da cidadania da crian a e do adolescente importante ressaltar que h duas d cadas atr s o cidad o era aquele maior de vinte e um anos aquele que tinha responsabilidade civil e podia exerc la em seu nome e n o por procura o Hoje a pr pria luta pela cidadania e por direitos sociais constitui espa os legislativos como o por exemplo o Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA fruto de movimentos sociais organizados pelos adultos criado no Brasil desde 1990 pela Lei n 8069 que estabelece que a pol tica de atendimento aos direitos da Crian a e
117. do o sentido do estudo encontra se apenas na continuidade dos estudos tendo em vista a obten o do diploma que nem sempre alcan ada BRASIL 1998 p 124 Vale ressaltar que nesta pesquisa um dos jovens JM 15 masculino observa Sim acho que at por isso que os alunos n o se interessam pelas aulas ningu m agiienta mais Se o professor mudasse uma aula por semana A compreens o apresentada pelo jovem de solicitar uma articula o pelo professor entre conte do e vida pr tica para que o jovem sinta se motivado em seu funcionamento imediatista visto que a pr tica dos jovens est imbricada com a virtualidade envolvendo imagens sons movimentos e todos os recursos simultaneamente Essa id ia refor ada pela fala da jovem JR 16 feminino se o professor de Biologia Hist ria Geografia pegasse uma aula para passar um clip da Internet sobre o assunto ou botar uma anima o a cada aula nova ou assunto Ambos os discursos insinuam uma certa necessidade de envolver em sala de aula as formas de estar no mundo c digos e linguagens dos jovens contempor neos A esse respeito Margarita 2006 apud Freire 1993 analisa a articula o entre o saber as novas tecnologias e educa o 3 Paulo Freire Re Leitura Para Uma Teoria Da Inform tica Na Educa o Disponivel em lt br buscaeducacao yahoo com mt margarita pdf gt Acesso em 24 de mai de 2008 103 Exatamente porque somos programados somos capazes de p
118. do professor em aula expositiva em sala e quando ele apresenta simula o por meio de v deos na Internet ela aborda a multilinguagem que h na Internet Quando o professor est na sala explicando s a explica o dele no m ximo um desenho que ele faz mas ele n o sabe desenhar direito Quando ele levou a turma para a inform tica no conte do tinha toda uma anima o que mostrava como acontecia mesmo o terremoto A respeito do uso da Internet nas aulas de Geografia a fala da jovem JC 14 feminino revela o que aprendeu com a simula o apresentada pelo professor Sobre o aquecimento global foi muito bom ver como acontece eu n o sabia o que era isso visto com as imagens da Internet deu pra aprender Tal reflex o implica no estudo da produ o de subjetividade encontrada no espa o cibern tico proposta por L vy 1993 Utilizemo nos para subsidiar nossa an lise as tr s tecnologias da intelig ncia Nessa obra o autor diferencia a oralidade a escrita e a inform tica cada uma delas influenciando os comportamentos humanos em diferentes tempos hist ricos Para o autor a fun o da oralidade em tempos onde a escrita n o teve ainda sua g nese seria a de gerir uma mem ria social calcada em narrativas e mitos Quando a escrita toma corpo na hist ria ela traz um distanciamento entre os discursos produzidos e as circunst ncias geradoras de sentido Neste aspecto em sociedades atravessadas pela escrita observa
119. do Adolescente deve ser feita por um conjunto articulado de a es governamentais e n o governamentais da Uni o dos estados do Distrito Federal e dos munic pios Isso significa que esses adultos j cidad os continuaram ativos na cria o e na inven o de novas situa es que garantam a forma o da cidadania de gera es seguintes 95 A pr pria lei cria o espa o da virtualidade pois atrav s da mesma pode se contestar e interrogar o outro e as institui es no exerc cio de direitos e escolhas Sua efetiva o exige postura ativa do sujeito a luta contra o constrangimento do seu direito f sico social informa o ou qualquer outro ato de desrespeito Se vai ocorrer o lit gio o confronto o conflito depende de cada um e evidentemente dessa virtualidade Isso significa dizer que para ser cidad o na contemporaneidade preciso ser capaz de acessar e trabalhar os c digos s mbolos signos da sociedade reconhecer seus sentidos e exercer di logos Sen o n o h cidadania de fato Todos os brasileiros virtualmente s o cidad os Mas na realidade h uma multid o de cidad os somente virtuais dentre os quais est o inclu dos aqueles que n o t m acesso ao mercado como tamb m aos c digos culturais Assim s o exclu dos do exerc cio e da condi o cidad Para abordar a rela o que se estabelece entre a escola e o jovem faz se necess rio primeiramente definir o papel da escola que em confo
120. do discurso Campinas SP UNICAMP 1991 Subjetividade argumenta o e polifonia a propaganda da Petrobr s S o Paulo Funda o Editora da UNESP Imprensa Oficial do Estado 1998 BRASIL Minist rio da Educa o Secretaria Especial dos Direitos Humanos Assessoria de Comunica o Social Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei n 8 069 13 de julho de 1990 Bras lia 2005 Lei N 4 717 29 jun 1965 Regula a a o popular Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia 1965 Congresso Nacional Leis de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional N 9 394 96 20 dez 1996 Bras lia 1997 Secretaria de Educa o Fundamental Introdu o aos Par metros Curriculares Nacionais Bras lia 1998 Par metros Curriculares Nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio Bras lia 1999 Minist rio da Educa o e Cultura Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio PCN Orienta es Educacionais Complementares aos Par metros Curriculares Nacionais Ci ncias Humanas e suas Tecnologias Bras lia DF 2002 121 PESTANA Maria In s Gomes de S et al Matrizes Curriculares de Refer ncia para o SAEB 2 ed Bras lia DF Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 1999 BRETON Philippe L utopie de la communication Paris La D
121. dos grupos anteriores Falo da proposta do grupo focal 1 sobre o uso do laborat rio para aprender a t cnica O jovem do sexo masculino Pergunta uma aula no laborat rio sobre aula de Inform tica Comento sobre um grupo de alunos pesquisadores sobre temas envolvendo a inform tica que pudesse ser um grupo refer ncia para tirar d vidas de outros alunos colegas Tamb m pergunto sobre o que eles acham de voltar uma aula de inform tica por semana Uma delas pergunta vale ponto H uma discuss o entre eles que n o poss vel entender a discuss o O registro n o saiu n tido sobre o que foi dito todos falam ao mesmo tempo 141 Mas o jovem do sexo masculino sugere um bate papo com o professor Comenta que os professores poderiam tirar as d vidas dos alunos pela Internet disponibilizando um espa o tipo f rum como tem no orkut Penso que o blog do professor por disciplina seria timo para esta finalidade No qual todos os alunos da turma s rie pudessem ter acesso s d vidas dos outros colegas e tamb m tirar as suas d vidas Assim estaria atendo a necessidade de aprendizagem Lembro que este o grupo do Ensino M dio voltado s necessidades de atender aos conte dos para o vestibular Uma aluna fala tamb m poderia ser online tipo cinco horas da tarde que o professor pudesse logar para que os alunos pudessem bater papo com ele a professor a e pudessem tir
122. e chama aten o aqui o da produ o e da autoria Um dos jovens componente do Grupo Focal da pesquisa JL 16 masculino disse a Internet n o tem limite n o tem dono voc pode colocar e fica por isso mesmo Conforme Garbin 2003 as id ias que circulam na rede constituem pensamentos daqueles que delas se apropriam ao mesmo tempo em que s o reorganizadas de modo que n o se sabe exatamente sua origem ou a quem pertenceriam S o id ias desterritorializadas tornando a no o e autoria fluida e inst vel e estabelecendo apropria es m ltiplas de patrim nios culturais importante ressaltar que a no o de desterritorializa o assim como a de reterritorializa o s o varia es da id ia de territorialidade introduzida por Gilles Deleuze e Felix Guatarri Para Garbin 2003 territorializar significa submeter a certos controles e c digos setores ou elementos da vida social como por exemplo a apropria o de valores a respeito de fam lia trabalho e corporeidade que constituem os discursos e pr ticas dos sujeitos Assim dentre os saberes e informa es que circulam na rede descobre se significa es que carregam os sentidos e inten es de sua produ o ao mesmo tempo em que s o destitu das de tais aspectos nos processos de ressignifica o Povoada pela pluralidade de significa es enquanto atividade coletiva a rede referida por L vy 1996 p 114 como MUDS Multi users dungeons and dragons
123. e de informa es e estas atualizadas Isto posto o ambiente da Internet passou a ser um bem de consumo da classe m dia uma parte da estrutura da sociedade civil a sociedade da informa o e do conhecimento motivando as escolas dessa classe a buscar melhores acessos para a Internet contagiando tamb m as fam lias e os profissionais de educa o que passaram a adquirir esses recursos em suas resid ncias Nesse contexto os fatores como o incentivo do governo educa o p blica somada queda dos custos dos equipamentos e o acesso instant neo s informa es favoreceram as escolas privadas por meio de cr ditos banc rios mais access veis para a compra de 20 equipamentos a trocar o custo da assessoria prestada inform tica educativa pela renova o do projeto inform tica educacional e adquirir uma melhor acessibilidade da Internet em seu ambiente escolar Al m disso as crian as e jovens que j haviam criado o h bito de uso sistem tico dos computadores na escola desenvolviam outras experi ncias de acesso Internet em suas resid ncias para o entretenimento e a comunica o Foi assim que em 2000 a utiliza o dessa nova tecnologia a Internet na escola para a pesquisa proporcionou a amplia o do uso dos recursos da Inform tica Educacional para atender s demais disciplinas curriculares e isso favoreceu as Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC tendo na Home page do Col gio um espa
124. e em resid ncias de familiares E as mais velhas est o voltadas para o vestibular e nem querem acessar a Internet na escola Questionadas s mais jovens como se sentem em rela o ao uso da Internet nesses espa os elas disseram que n o t m nenhum constrangimento usam naturalmente J est o mais familiarizadas a esses ambientes e usos Elas agem como melindrosas no sentido de n o conseguirem resolver ou tomar atitudes para a resolu o de problemas com a m quina e a t cnica al m de usar da sua sedu o para conseguir que os homens de sua vida resolvam o problema ou at para a utiliza o dos equipamentos de outros ambientes sem problemas Concluo que o Grupo Focal 1 foi o que mais apresentou preocupa es quanto ao uso da Internet como por exemplo na abordagem de compreender melhor a t cnica para poder utiliz la com mais seguran a e autonomia entender melhor a linguagem software os comandos para a retirada de v rus que chegam por softwares indevidos inviabilizando e muitas vezes paralisando suas rotinas de sociabilidade e ritualidade de acessos Quanto s jovens dos grupos Grupo Focal 2 e Grupo Focal 3 as mais novas gostariam do acesso da Internet pela escola de sites de relacionamentos como orkut messenger os quais poderiam manter as ritualidades das intera es com as comunidades de pertencimento Al m disso elas sugerem substituir uma aula de Ensino Religioso e Educa o F sica para essa real
125. e por prazer divers o e entretenimento Por isso na medida do poss vel importante que os alunos possam fazer uso dos computadores tendo prop sitos pr prios fora do hor rio de aula ou quando terminarem a proposta feita pelo professor importante que os alunos tenham os recursos tecnol gicos como alternativas poss veis para a realiza o de determinadas tarefas A escola deve possibilitar e incentivar os 109 alunos a usarem seus conhecimentos sobre tecnologia para apresentar trabalhos escritos das diferentes reas pesquisar sobre assuntos variados confeccionar convites informes folhetos listas apresenta es multim dias clips realizar c lculos exercitar habilidades matem ticas por meio de programas jogos etc sem que a realiza o dessas atividades esteja necessariamente atrelada a uma situa o did tica planejada pelo professor Segundo Ferreira 2008 no texto As tecnologias interativas no ensino na rea educacional a Internet est revolucionando principalmente o estudo de ci ncias qu mica f sica e biologia pois os alunos n o precisam estar no mesmo lugar do seu laborat rio seu professor e de seus colegas Dados podem ser obtidos e os professores podem dar orienta o a dist ncia Muitos tipos de projetos colaborativos est o dispon veis na Internet Estes projetos podem servir para o planejamento orienta o aos estudantes e para tra ar os curr culos de cursos ou de uma escola Est
126. e produ es profissionais com nfase em um tema ou categoria Dessa maneira os jovens se sentiram motivados a desenvolver o projeto e envolvidos com tanta emo o foram aula de campo em busca das suas experi ncias e produ es No entanto depois de todas essas atividades bem sucedidas observamos na escola campo de pesquisa outras situa es relacionadas s atitudes dos jovens que criaram 41 comunidades de relacionamentos no orkut para falar dos professores e profissionais da institui o escolar Para aprofundar a busca de entendimento da situa o conflito que estava acontecendo no ambiente escolar fui buscar em documentos no pr prio orkut as refer ncias encontradas que envolviam a comunidade educativa Conforme se pode constatar o uso dessas fontes online as comunidades de relacionamento do orkut envolvendo alunos e profissionais da escola campo de pesquisa foi importante para a pesquisa por abordar situa es que n o foram contempladas na coleta de dados feita com os sujeitos da pesquisa O ponto fundamental dessas comunidades que envolveram tantos as atividades positivas quanto negativas vivenciadas pelos jovens em atividades esportivas e pedag gicas dentro e fora da sala de aula em momentos de aprendizagem ou de relacionamento professor aluno e postura dos professores em sala em situa es de ensino Nesse contexto as comunidades encontradas com maior participa o de jovens no ambiente esco
127. e que ele tava agindo n o guardado e fui l e exclui Era s um execut vel e passei a informa o ao meu irm o para n o executar arquivos desse tipo O que voc s sugerem para fazer na escola contra turno organizar grupos assumir responsabilidades se relacionar com os t cnicos Pensar na forma de otimizar dar um outro valor a este espa o de fato a gente tem m quinas boas e o que voc s acham disso Voc disse que com todos esses computadores m quinas boas mas se laborat rio de inform tica era para a gente aprender alguma coisa a gente vem pra c e n o faz nada mais do que a gente j sabe Ensinar como se fosse um curso al m do b sico n o s aquilo do dia a dia Resolver problemas frequentes para cirar uma autonomia mexer no seu computador como se tivesse mexendo era para instalar perif ricos Devia aprender coisas de mexer Se voc ver um t cnico ele abre o computador como se tivesse mexendo num caderno Acho que isso para ensinar no col gio meio complicado desmontar e montar um computador d um problema e voc tem que formatar ou instalar M s passado tive que fazer isto R 50 00 cinq enta reais Aprende mais e economiza Seria uma boa proposta de tivesse um grupo de alunos com conte do mais aprofundando Assim como voc s t m o esporte a cultura esse grupo poderia ter uma atividade preferencial e criar um tipo de relacionamento tamb m DURANTE AS
128. ei oar o processo de ensino e aprendizagem Para isso faz se necess rio refletir sobre uma mudan a na postura do educador enquanto transmiss o de conhecimentos e ou motivador de reflex o sobre o conhecimento Freire 2002 p 22 considera que o termo extens o se encontre em rela o significativa com transmiss o entrega doa o messianismo mecanismo invas o cultural manipula o etc E todos esses termos envolvem a es que transformando o homem em quase coisa o negam como um ser de transforma o do mundo Al m de negar a a o e reflex o verdadeiras queles que s o objetos de tais a es Nesse sentido a tend ncia do extensionismo cair facilmente no uso de t cnicas de propaganda de persuas o no vasto setor que se vem chamando de meios de comunica o de massa Freire 2002 p 65 ainda mais incisivo quando exclui a possibilidade da exist ncia da comunica o e do conhecimento quando o modelo da comunica o transmissivo porque sem a rela o de comunica o entre sujeitos cognoscentes em torno do objeto cognosc vel desapareceria o ato cognoscitivo Neste aspecto por meio da intersubjetividade que se estabelece a comunica o entre os sujeitos a prop sito do objeto Em conseqgii ncia disso para Freire 1989 p 107 s o di logo comunica E ainda chama nos a aten o quando afirma que dialogar n o significa invadir manipular ou f
129. eiro Paz e Terra 1997 Educa o como pr tica da liberdade 19 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1989 Educa o e Mudan a 3 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1981 Conscientiza o teoria e pr tica da liberta o uma introdu o ao pensamento de Paulo Freire S o Paulo Moraes 1980 FREIRE Paulo GUIMAR ES S rgio Sobre educa o di logos 3 ed rev ampl S o Paulo Paz e Terra 2003 v 2 GATTI Bernardete Angelina Grupo Focal na pesquisa em ci ncias sociais e humanas 123 Bras lia L ber Livro Editora 2005 GARBIN Elisabete Maria www identidadesmusicaisjuvenis com br um estudo de chats sobre m sica da internet Tese Doutorado em Educa o Faculdade de Educa o da Uni versidade Federal do Rio Grande do Sul Dispon vel em lt http www ufrgs br neccso tesesconcluidas html gt Acesso em 10 jul 2007 Cultur das juvenis identid vades e Internet quest es atuais Revista Brasileira de Educa o n 23 p 119 135 maio jun jul ago 2003 GENNARI Maria Cristina Minidicion rio Saraiva de Inform tica 4 ed S o Paulo Saraiva 2001 GIL Ant nio Carlos M todos e t cnicas de pesquisa social 5 ed S o Paulo Atlas 1999 GIORDAN Marcelo A internet vai escola dom nio e apropria o de ferramentas culturais Dispon vel em lt http www scielo br pdf ep v3 Inl a05v3Inl pdf gt Acesso em 24 maio 2008 GIROUX Henry Armand Os professores como intelec
130. ela o aos ritmos diferentes a Internet permite a pesquisa individual em que cada aluno navega ao seu pr prio ritmo e a pesquisa em grupo em que se desenvolve a aprendizagem colaborativa desenvolve formas novas de comunica o e o interesse pelo estudo de l nguas aumenta No entanto alguns problemas foram identificados pelo autor em sua pr tica no uso da Internet para a aprendizagem id ibid que s o pelo fato de todos os dias serem criadas mais de 140 mil novas p ginas de informa es e servi os na rede h uma certa confus o entre informa o e conhecimento h facilidade de dispers o perde se muito tempo na rede impaci ncia de muitos alunos por mudar de um endere o para outro conciliar os diferentes tempos de alunos a participa o dos professores desigual Os resultados parecem indicar que a palavra chave integrar Segundo o autor 2008 ensinar na e com a Internet atinge resultados significativos quando se est integrado em um contexto estrutural de mudan a do processo ensino aprendizagem em que professores e alunos vivenciam formas de comunica o abertas de participa o interpessoal e grupal efetiva Parece conveniente dizer segundo Moran 2008 que nossa mente a melhor tecnologia infinitamente superior em complexidade ao melhor computador porque pensa relaciona sente intui e pode surpreender Por isso pode se concluir que a profiss o fundamental do presente e do futuro educar
131. elo 53 na pele no corpo que os fazem sentir se renovados modificados e identificados pelos seus grupos sociais Segundo Ronsini 2007 p 65 o conceito de identidade coletiva pouco desenvolvido nas Ci ncias Sociais mas podemos refletir qual o papel da Identidade para um sujeito Nesse sentido o referido autor afirma que Uma rela o provis ria entre no es sugere que a cultura organiza as identidades e as identidades organizam os significados Usaremos ent o o termo identidades para nomear os processos simb licos de pertencimento em rela o a referentes variados como cultura na o classe grupo tnico ou g nero Tais referentes dizem respeito aos aspectos objetivos como posi o do sujeito na estrutura social e a aspectos subjetivos ou discursivos que os atores utilizam para inclu rem se exclu rem se na estrutura social Diante de tal situa o importante ressaltar a rela o entre cultura e identidade imbricada no tempo e espa o porque por meio do sentimento de pertencimento de conviv ncia de aproxima o do sujeito a um grupo ou classe social que percebida a forma o de h bitos costumes e caracter sticas pr prias destes fortalecendo os em seus aspectos distintos de grupo de identidade Diante dessas considera es importante ter presente o que caracteriza ou n o a Identidade Segundo Hall 2000 p 109 Elas emergem no interior do jogo de modalidades espec ficas de poder
132. em baixo uso direto das r dios Uso da Internet para relacionamento pessoal 136 No orkut para conversar com os amigos e escutar m sica alto Voc s usam a Internet para acessar rg os do governo N o Todas respondem imediatamente Usamos para marcar as festinhas indicar e marcar o local e a hora Para falar sobre as bandas e as pessoas que v o Al m da casa de voc s em quais outros espa os fazem uso da Internet Em lanhouse para acessar o orkut Pergunto quando voc s v o a lanhouse para acessar o orkut Elas respondem quando em casa o computador est quebrado a sa da lanhouse Uma delas responde E o v cio que faz com que a gente use a Internet em todo o canto usar todo tempo Quanto tempo no dia voc s usam a Internet Algumas falam A noite inteira a tarde inteira Uma delas fala s final de semana porque minha m e n o deixa meus pais acompanham Quanto ao tipo de conex o custo do uso qual o tipo de acesso que voc s t m em casa Voc s se preocupam com isto o custo do uso A maioria das jovens diz que a Internet em casa pode ser usada 24 horas Uma outra diz que l em casa discada E uma outra conclui dizendo l em casa a Cabo tamb m Percebo que elas t m no o do custo por tipo de conex o mas n o se preocupam com o valor desse custo n o s o elas que pagam e tamb m n o sofrem
133. emamente favor veis com rela o 112 ao uso de tecnologias na educa o o que sinaliza positivamente para a aproxima o entre linguagens da sociedade da informa o e da escola por meio do uso Internet como tecnointera o na aprendizagem pelos profissionais dentro da pr pria escola Diante de tal compreens o necess rio avaliar a utiliza o da Internet na educa o formal durante esse processo de implanta o e desenvolvimento destacando dimens es positivas e alguns problemas Segundo Moran 2008 em seu texto Como utilizar a Internet na Educa o Comparando as minhas aulas agora e antes da Internet posso afirmar que aumentou significativamente a motiva o o interesse e a comunica o com os alunos e a deles entre si Est o mais abertos confiantes Intercambiamos mais materiais sugest es d vidas Trazem me muitas novidades Apresentam resultados com informa es que eu desconhecia sobre t picos do meu programa por estarem extremamente atualizadas o que traz novas perspectivas para a mat ria O autor ainda apresenta outras situa es observadas em seus alunos depois da sociabilidade e ritualidade de acesso Internet justificando as S o elas o aluno aumenta as conex es ling sticas as geogr ficas e as interpessoais as lingu sticas porque interage com in meros textos imagens narrativas formas coloquiais e formas elaboradas al m de textos sisudos e textos populares Quanto
134. empor nea em ambientes acad micos e n o acad micos Em ambientes acad micos a pol mica do termo envolve diferentes interpreta es na Pedagogia Inform tica e Comunica o Segundo o dicion rio Aur lio 2000 p 713 o conceito de virtual o 1 Que existe como faculdade por m sem efeito atual 2 Suscet vel de realizar se potencial 3 De determinados objetos situa es equipamentos etc por programas ou redes de computador Nesse aspecto a primeira defini o existe como faculdade tem o sentido de poder de algo a ser feito mas confunde quando diz que sem efeito atual o que n o aceit vel pela pr xima defini o de ser suscet vel de realizar se potencial refere se quilo que est por vir mas ter potencial est impl cito No entanto a ltima defini o trata do virtual no conceito da inform tica quando necess rio fazer uma simula o de um equipamento hardware por um espa o de programa o n o f sico mas em linguagem de programa o software em que o programa simula um hardware virtual para substituir o hardware real e o programa grava as informa es nesse local virtual Em busca de uma maior compreens o sobre o conceito de virtual na Inform tica Gennari 2001 p 379 amplia afirmando que originalmente a palavra virtual significava que um determinado objeto ou dispositivo estava sendo utilizado para cumprir a fun o de um outro Assim por
135. ens um por m quina Questionando se interessam a elas estas participa es elas novamente aceitam A pesquisa com esse grupo encerrada E imediatamente as jovens solicitam acessarem a Internet daquele espa o que foi aceita imediatamente devido expectativa delas durante aquele momento de coleta de dados Quanto ao Grupo Focal 3 composto de jovens de ambos os sexos na faixa et ria de15 anos eles apresentaram os mesmos usos da Internet que fazem os grupos anteriores Nesse caso quando questionados sobre a falta de acesso Internet devido a algum problema no computador por exemplo de v rus o jovem do sexo masculino disse que procurava logo encaminhar a resolu o do problema levando o computador a uma assist ncia ou entrando em contato por telefone para que o t cnico venha em sua casa Percebe se que eles t m uma 37 autonomia para a resolu o de problemas do computador mesmo que isso leve o computador para ser examinado fora de casa Mediante esse fato para n o ficar sem acesso eles procuravam a casa de amigos pr ximos para a utiliza o da Internet Quanto s jovens presentes nos dois grupos focais Grupo Focal 2 e Grupo Focal 3 quando questionadas quais as rea es delas nas resolu es desses problemas as mais jovens responderam que n o se comprometem a resolver nem tomar nenhuma atitude nesse sentido Saem e v o procurar acesso Internet em outros lugares como trabalho dos pais na escola no shopping
136. er o computador sempre funcionando para n o perder o contato com ele e os demais amigos de l Para concluir a pesquisa com esse Grupo Focal 2 feito um coment rio sobre as id ias do Grupo Focal 1 quanto sugest o de uma aula de Inform tica t cnica no contra turno retirar v rus e outros softwares b sicos para o funcionamento da m quina que ajudassem tamb m a solucionar problemas com os jogos ou softwares do interesse deles ou at mesmo para consertar partes do hardware para evitar levar o aparelho para a assist ncia t cnica quando d problema no aparelho Eles sugerem uma hora aula depois do hor rio das aulas regulares para o planejamento dos estudos e atividades a serem desenvolvidas Um grupo para conhecimentos aprofundados sobre o assunto Depois dessa exposi o questiono s jovens voc s gostariam de fazer parte desse planejamento para sugerir atividades e tomar decis es Elas querem saber em que hor rio Ent o reafirma se que seria no contra turno Al m disso explico para as jovens que a id ia dos jovens do Grupo Focal 1 que ter uma aula para discutir o planejamento mas necessitam de tempo para estudar tecnicamente os detalhes da m quina tanto sobre hardware quanto sobre software A id ia ser um estudo individualizado na escola para garantir o rendimento personalizado Assim eles fizeram os c lculos da totalidade do grupo pela quantidade de computadores no laborat rio e definiu 25 jov
137. ermanente tematiza o e questionamento portanto um espa o p blico uma jun o do p blico comum a todos e do p blico acess vel a todos mesmo que este processo ainda n o esteja de todo concretizado Nessa perspectiva a Internet possibilita a expans o social da racionalidade e permite refor ar as possibilidades de consenso ainda que tal consenso j n o corresponda mais ao sonho burgu s da maioria e seja apenas grupal Como exemplo os sites de busca de parceiros amigos as salas de bate papo listas de discuss es e os mais diversos sites personalizados que formam a rede como clips m sicas jogos entre outros sites de consumo Al m disso os sistemas comunicativos est o cada vez mais complexos devido a uma complementaridade entre as velhas tecnologias e estas em desenvolvimento e que principalmente n o h o fim de uma tecnologia devido ao surgimento de outras Nesse sentido Gom z 2006 defende a afirma o acima citada pontuando seis raz es 1 as transforma es das tecnologias n o se limitam s mudan as t cnicas 2 cada tecnologia depende de um tempo para que o usu rio se adapte e se aproprie dela 3 o uso de uma determinada tecnologia n o diminui o tempo gasto em outras ou seja o usu rio pode gastar seu tempo tanto no computador quanto ouvindo r dio ou vendo TV 4 as tecnologias atendem algumas necessidades dos usu rios mas n o todas 5 as novas tecnologias necessitam de reajustes e adap
138. erteza de que a constru o desejada ser espelhada no que constru mos Existem escolhas potenciais pr estabelecidas pelo sistema o programa que est sendo usado que se entrecruzam com os caminhos trilhados escolhidos pelo leitor O texto um processo permanente que depender das modifica es e contribui es do leitor Segundo Castells 2005 pp 442 443 outro aspecto a considerar no uso da Internet a comunica o mediada Nas palavras do autor A comunica o mediada pela Internet um fen meno social recente Howard Rheingold em seu livro Virtual Communities deu o tom do debate defendendo com nfase o nascimento de uma nova forma de comunidade que re ne as pessoas online ao redor de valores e interesses em comum Em geral entende se que comunidade virtual segundo argumento de Rheingold uma rede eletr nica autodefinida de comunidades interativas e organizadas ao redor de interesses ou fins em comum embora s vezes a comunica o se torne a pr pria meta 71 No que se refere a comunica o mediada por computadores entende se que aquela que liga dois indiv duos atrav s da transmiss o de dados em uma redes de computadores cujo principal exemplo hoje a Internet Dentre os mais conhecidos est o o email os f runs de discuss o e os canais de not cias Uma das maiores vantagens a velocidade com que as informa es s o transmitidas n o importando a dist ncia Al m disso existe uma
139. es aproveitam tamb m para o lazer ouvindo m sicas em r dios e jogos online em longos per odos do dia Desse ponto de vista do autor um autor da rea de comunica o esta atitude do jovem bem vinda para o perfil da rea mas em rela o educa o os cuidados com a criticidade v o mais al m do que descartar as informa es excessivas porque s o as an lises mais aprofundadas que v o elucidar muitos dos conhecimentos que vir o a partir de crit rios de leituras e aprofundamento sobre o assunto lido e compreendido Chamo a aten o como educadora reflexiva que menciona a import ncia da leitura cr tica para a forma o bom do leitor e escritor para atuar neste mundo contempor neo 2 2 3 Cliques modernos reflexos do mundo virtual A quantidade de informa es as quais os jovens se submetem explica a busca compulsiva por novidade algo t pico da fase Dos 13 aos 20 anos o ser humano estabelece o racioc nio l gico e se torna apto a relacionar informa es Procura conhecer o m ximo para construir seu banco de dados informa es Al m disso ele n o gosta de perder tempo que configura se como a maior diferen a entre as gera es porque se antes o mundo exterior era a mais importante fonte de experi ncia hoje a juventude prefere consumir o mundo pela tela da TV ou do computador Face ao exposto Feixa 2006 p 98 afirma que nos ltimos anos o quarto dos adolescentes regressou ao primeiro plano da cultur
140. es e a forma o de atitudes e valores IV o fortalecimento dos v nculos de fam lia dos la os de solidariedade humana e de toler ncia rec proca em que se assenta a vida social BRASIL 1997 pp 17 18 A LDB nomeia como Educa o B sica a Educa o Infantil o Ensino Fundamental e o Ensino M dio Ressalte se que a compreens o da tecnologia juntamente com o sistema pol tico art stico e valorativo s o referidos no documento como papel da Educa o Brasileira com vistas supera o de distanciamentos e fomenta o de pr ticas democr ticas em uma sociedade que complexifica suas formas comunicacionais atrav s da dimens o digital dos ambientes midi ticos Assim de acordo com Moran 1997 p 2 a dist ncia hoje n o principalmente a geogr fica mas a econ mica ricos e pobres a cultural acesso efetivo pela educa o continuada a ideol gica 99 diferentes formas de pensar e sentir e a tecnol gica acesso e dom nio ou n o das tecnologias de comunica o Uma das express es claras de democratiza o digital se manifesta na possibilidade de acesso Internet e em dominar o instrumental te rico para explorar todas as suas potencialidades Entende se assim como sendo estas as finalidades da escola na sua fun o de ensinar socializar a cultura e favorecer aos educandos o acesso s tecnologias de uma maneira de uso cr tico para compreenderem a realidade da qual fazem parte sendo capazes de
141. es na sociedade contempor nea a necessidade de acesso s informa es tem sido cada vez maior fato que interferiu vertiginosamente na circula o de informa es na comunica o e rela es entre as pessoas assim tamb m na resolu o de situa es pertinentes economia pol tica sa de e educa o como por exemplo as discagens telef nicas entre continentes as retiradas de dinheiro fora do hor rio banc rio os pagamentos eletr nicos os sofisticados exames cl nicos 80 o avan o das pesquisas cient ficas e acad micas Tudo isso numa corrida veloz para atender s exig ncias de informa es do mundo atual Isso influenciou a todos mesmo aqueles que n o tem acesso porque a velocidade e as tecnologias s o quem ditam sobretudo o ritmo dos processos de comunica o a massifica o das informa es no meio social permitida pelas novas tecnologias que conduz ao processamento cada vez mais veloz das informa es para a sociedade Para que tal realidade seja poss vel h uma socializa o eletr nica de produtos de informa es e de servi os Segundo Mattelart 2006 p 234 235 faz j muito tempo que toda uma tradi o de pensamento cr tico desvelou os pressupostos ideol gicos do conceito de informa o tal como usado para designar a nova sociedade que se sup e suceder sociedade industrial e assinalou os efeitos de sentido n o controlados que nutrem a confus o entre este conce
142. es projetos s o normalmente voltados aos ensinos prim rio e secund rio Est o agrupados em alguns s tios e oferecem a oportunidade de se conhecer os que est o em andamento ou adotar seu pr prio projeto S o excelentes as oportunidades para os professores e alunos conhecerem os trabalhos que outros grupos de estudantes est o desenvolvendo Podemos citar alguns exemplos Global Schoolnet Foundation International Education and Resources Teacher web site e NASA oportuno dizer que para tais conhecimentos o professor deve navegar nesses sites conhec los e identificar as situa es pertinentes ao n vel de aprendizagem dos seus alunos N o basta indicar os jovens mas propor desafios para que aconte a de significativa aprendizagem Ferreira 2008 argumenta acerca da contribui o que as tecnologias interativas t m proporcionado aos professores de ensino da qu mica a saber A qu mica apesar de ser uma ci ncia eminentemente experimental tamb m tem um lado muito visual Muitas das teorias utilizadas para explicar as rea es qu micas e a reatividade das subst ncias na escala sub at mica necessitam de um modelo como por exemplo orbitais at micos orbitais moleculares resson ncia magn tica nuclear Neste aspecto os programas interativos e os programas simuladores voltados a aperfei oar o processo de ensino aprendizagem podem ajudar os alunos a transformar o modelo em seu pr prio senso comum WebElements
143. escola fundamental sondagem de modos de uso por professores Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1517 97022003000200008 gt Acesso em 24 maio 2008 SANTOS Jos Luiz dos O que cultura 16 ed S o Paulo Brasiliense 2006 Cole o Primeiros Passos 110 SCHAFF Adam A Sociedade Inform tica as conseqii ncias sociais na segunda revolu o industrial Tradu o Carlos Eduardo Jord o Machado e Luiz Arturo Obojes 4 ed S o Paulo Editora da Universidade Estadual Paulista Brasiliense 1995 SFEZ Lucien Cr tica da Comunica o Lisboa Edi es Piaget 1994 SILVA Marco Sala de aula interativa Rio de Janeiro Editora Quartet 2000 SNYDER Ilana Hypertext the electronic labyrint New York University Press 2002 SODR Muniz Antropol gica do espelho uma teoria da comunica o linear e em rede Petr polis Vozes 2003 Eticidade campo comunicacional e midiatiza o In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 19 31 SOUSA Mauro Wilton de Novos cen rios no estudo da recep o medi tica In LOPES Dirceu Fernandez SANTOS Eugenio Trivinho Org Sociedade medi tica significa o media o e exclus o S o Paulo Ed Leopoldianum 2000 129 SOUSA Mauro Wilton de Org Recep o Midi tica e Espa o P blico No
144. eu caso uso para me divertir para o lazer em sites de relacionamento O jovem C 16 masculino mais sucinto quando diz uso a Internet para adquirir conhecimento e informa o e informa es sobre amigos e atualizar O jovem R 11 masculino comenta uso a Internet para acessar sites de relacionamento entretenimento como m sicas jogos e para fazer trabalho escola O jovem W 15 masculino comenta sobre a Internet vide ap ndice 1 r E importante pra mim pois eu fico atualizado sobre acontecimentos o que acontece ao meio redor e para a divers o timo entretenimento quando voc est em casa sem fazer nada e vai acessa e aprende mais uma coisa falar com amigos para se manter atualizado daquilo que est acontecendo Uma segunda quest o foi lan ada ao Grupo Focal 1 Quanto tempo di rio voc faz uso da Internet pertinente dizer que os resultados parecem indicar a ritualidade desses jovens apontando tamb m para destempos do uso diferenciado daquela rotina vivenciada na escola cujos hor rios para a rotina di ria obedecem uma seq ncia de hora aulas das disciplinas curriculares intervalos e finaliza o do hor rio escolar bem estabelecidos Face ao exposto o jovem A 15 masculino respondeu tempo indeterminado o outro jovem C 16 masculino fala o dia todo todo o tempo e o outro jovem R 11 masculino ainda diz s no tempo que estou no col gio que eu n o uso O jovem W 15 masculino diz Eu n
145. exemplo diz amos que um disco magn tico podia funcionar como mem ria virtual ou seja podia executar durante o processamento algumas fun es da mem ria real Naquela poca endere o virtual era a rea da mem ria virtual que armazenava o dado Mais tarde o conceito de virtual se mesclou com o conceito de l gico em oposi o ao f sico e passou a significar tudo aquilo que n o f sico Hoje em dia o conceito de virtual est intimamente ligado Internet Qualquer recurso servi o ou trabalho via Internet pode ser chamado de virtual Parece conveniente destacar que esse conceito envolve outras ci ncias que traz diferentes compreens es Neste aspecto o conceito de virtual tamb m tem sua significa o filos fica definida por L vy 2007 p 15 58 a palavra virtual vem do latim medieval virtualis derivado por sua vez de virtus for a pot ncia Na filosofia escol stica virtual o que existe em pot ncia e n o em ato O virtual tende a atualizar se sem ter passado no entanto concretiza o efetiva ou formal A rvore est virtualmente presente na semente Em termos rigorosamente filos ficos o virtual n o se op e ao real mas ao atual virtualidade e atualidade s o apenas maneiras de ser diferentes Essa id ia filos fica de virtual como pot ncia citado pelo L vy uma importante compreens o sobre o termo Merece ressaltar que em busca de ampliar o entendimento sobre o termo virtual em ou
146. forma es discursivas FD Como forma o ideol gica a autora alude a debates entre as perspectivas marxiana e foucaultiana considerando que esta caracteriza um elemento suscept vel de intervir como for a confrontada com outras for as na conjuntura ideol gica caracter stica de uma dada forma o social em um dado momento hist rico As palavras da autora p 38 exemplificam tal discuss o Na reprodu o das rela es de produ o umas das formas pela qual a inst ncia ideol gica funciona a de interpela o ou as sujeitamento do sujeito como sujeito ideol gico Essa interpela o ideol gica consiste em fazer com que cada indiv duo sem que ele tome consci ncia disso mas ao contr rio tenha a impress o de que senhor de sua pr pria vontade seja levado a ocupar seu lugar em um dos grupos ou classes de uma determinada forma o social Conforme Jobim e Souza 1997 no campo da comunica o principalmente a partir dos anos 1980 os estudos do discurso t m contribu do na investiga o e leitura das pr ticas culturais bem como de articula o de sentidos disseminados pelas m dias no imagin rio social Diversas pesquisas Indursky 1999 Brand o 1998 Oliveira 1996 voltam se para a produ o de textos verbais e n o verbais em jornais discursos pol ticos an ncios publicit rios programa es radiof nicas e televisivas entre outras situa es vivenciadas no cotidiano Dentre os procedimentos
147. forma o H risos e param de falar Ao perceber 32 que nenhuma jovem ia acrescentar foi necess rio passar para a quest o seguinte do roteiro Qual a diferen a do uso que voc s fazem da Internet na escola e em casa Nesse momento Y 15 feminino diz em casa s para divers o e na escola para pesquisa e para informar melhor tamb m Ningu m mais fala e ent o h uma tentativa de envolver o grupo na discuss o Refor o quest o perguntando voc s usam a Internet para pesquisa em casa Novamente Y 15 feminino responde s vezes depende S para fazer trabalho das disciplinas Outra jovem LL 14 feminino diz em casa uso para pesquisar quando tem dever de casa N o de estranhar que a tomada de decis o pelas jovens para a pesquisa na Internet em casa envolva a obrigatoriedade exigida nas tarefas das disciplinas curriculares extraclasse que muitas vezes s o pontuadas avaliativas porque elas n o t m o h bito de usar a Internet em suas resid ncias como recurso pedag gico Isso explica o porqu desse acesso da Internet pelas jovens n o ser espont neo e prazeroso no ambiente escolar quando solicitado pelos professores que acessem para a atividade pedag gica preciso ressaltar que quando perguntado sobre o tempo do uso da Internet em suas resid ncias essas jovens do Grupo focal 2 disseram o mesmo que os jovens do Grupo focal 1 como por exemplo podemos perceber na fala de LL 14 feminino
148. forma o e Comunica o TIC Nesta Institui o a maioria dos alunos e professores tem computadores e faz uso sistem tico da Internet em seus ambientes domiciliares No ano de 1995 fazia parte de um grupo de profissionais de uma empresa Tecnol gica do Recife que prestava assessoria s escolas particulares de ensino b sico para a implanta o do Projeto de Inform tica Educativa e vivenciei a contrata o deste projeto pela escola citada e escolhida como campo de pesquisa O objetivo do projeto era o de implantar o uso da inform tica na escola em que cada turma por s rie tinha seu dia e hor rio semanal para ir ao laborat rio numa hora aula da disciplina de L ngua Portuguesa No intuito de garantir o sucesso de uso do laborat rio de Inform tica havia um momento de planejamento entre a equipe t cnica da empresa de assessoria e os professores da disciplina de L ngua Portuguesa 19 para eleger os objetivos a serem alcan ados tanto no conte do curricular quanto nas habilidades da parte t cnica para cada s rie Para tanto a equipe que fazia parte da assessoria definia os recursos os softwares e as atividades na perspectiva de promover uma aprendizagem significativa para os alunos Nesse contexto esses jovens foram criando h bitos na escola para o uso semanal do computador e ao mesmo tempo os professores de L ngua Portuguesa eram requisitados para desenvolver outros projetos que envolviam diferentes reas de c
149. ia S que da voc chegar malhando a pessoa na Internet e criar uma comunidade pra isso burrice porque todo mundo pode ver E uma outra jovem JL 14 feminino complementa todo mundo vai estar l JK 14 feminino continua no orkut e voc que fica malhado 149 Diante dessas considera es mais um jovem JI 15 masculino justifica a atitude daqueles jovens que fizeram a comunidade revelando eu acho que quando o professor est de marca o com o aluno ai para se vingar o aluno faz isso Mas imediatamente um outro jovem JM 15 masculino revela eu acho que burrice porque todo mundo pode ver Eu acho que burrice Para concluir mais um jovem JI 15 masculino diz no chat rolou uma conversa que o professor fez uma marca o com uma aluna e um aluno para se vingar colocou no orkut um coment rio sobre o professor Um outro jovem JM 15 masculino amplia a discuss o dizendo eu acho assim que al m de voc emitir uma opini o negativa sobre a pessoa voc est fazendo uma cr tica julgando mal e ainda mais pela Internet Que voc tipo julgar todo mundo faz isso bem ou mal Quem nunca julgou algu m aqui Mas pela Internet ainda mais pelo orkut Todovia o jovem JL 16 masculino traz mais uma contribui o a Internet n o tem limite n o tem dono voc pode colocar e fica por isso mesmo E sacagem porque o cara n o pode se defender E um outro jovem JM 15 m
150. ialidades e possibilidades fornecendo lhe os meios para ultrapassar as dificuldades Para tanto preciso lev lo a conhecer os seus limites facilitando a sua rela o com o meio e consegiientemente a rela o com ele pr prio N o se pretende dizer com isso que o professor vai deixar de ser educador e de ensinar ling stica ou a l gica matem tica para ser um mero conselheiro ou ainda fazer s vezes de psic logo O que se pretende na realidade assegurar que o professor enquanto organizador das situa es de aprendizagem tenha a possibilidade de ser um observador do comportamento individual dos alunos e do funcionamento dos grupos tenha condi es ainda de observar os tipos de atividades dos alunos suas dificuldades e os obst culos que eles encontram al m de ser lhe poss vel analisar as intera es ocorridas nos grupos e os pap is assumidos pelos diferentes alunos A comunica o n o estabelecida apenas entre professor e aluno mas tamb m entre os alunos e na din mica da aula o professor o mediador mais experiente que vai permitir que o conhecimento seja socializado Segundo Mello 1995 p 149 150 essa media o salienta inclusive que h momentos em que o professor precisa silenciar para que duas novas possibilidades de di logo surjam o di logo do aluno com o conhecimento e o di logo entre os alunos sobre o conhecimento Al m disso o trabalho em grupo centrado em tarefas ou problemas leva
151. ica Considerando aquilo que foi dito pela jovem C 14 feminino aproveito para relembr las como se d o uso da Inform tica Educacional para as crian as da Educa o Infantil e Fundamental do 1 ano 5 ano com uma aula semanal sistematicamente planejada pela equipe de professores polivalentes e de Inform tica como sugest es das crian as para o enriquecimento e a motiva o das atividades a serem desenvolvidas Depois dessa explana o feita a pergunta ao Grupo Focal 2 O que voc s acham dessa din mica para o uso das aulas Ajovem Y 15 feminino diz que Deveria ser separado momento para divers o e momento para estudo Durante o acesso para a atividade de pesquisa da aula n o poderia ter acesso para o entretenimento mas depois do hor rio da aula o acesso Internet no laborat rio deveria ser livre 36 Quando perguntado s outras jovens sobre o assunto todas concordaram com a sugest o de Y 15 feminino Ent o pergunta se sobre como elas fazem para controlar os v rus de acesso Internet Nesse aspecto elas divergem Embora elas falem que em suas casas o computador tem o controle do v rus por meio de um antiv rus uma delas a jovem I 14 feminino fala este controle de passar o antiv rus no computador pessoal do pai ou do irm o e apenas uma das jovens T 15 feminino fala quem faz a atualiza o e executa o antiv rus l em casa sou eu justifica meu irm o ficou em Bras lia e tenho que mant
152. icipantes Diferentemente disso a ess ncia do Grupo Focal consiste justamente em se apoiar na intera o entre seus participantes para colher dados a partir de t picos que s o fornecidos pelo pesquisador que vai ser no caso o moderador do grupo Uma vez conduzido o encontro a discuss o em grupo gravada e posteriormente transcrita focando um t pico espec fico por isso Grupo Focal 25 Nessas condi es registrei as discuss es de tr s grupos focais da escola campo al m de fazer observa es do cotidiano escolar no uso do laborat rio buscando por meio da an lise do discurso levantar os aspectos relevantes das intera es comunica es e a forma o da cidadania desses jovens Os primeiros sujeitos selecionados para a pesquisa piloto s o jovens na faixa et ria entre 11 a 17 anos de idade que foram previamente selecionados por recep o e interesse ao tema a ser pesquisado durante tr s meses no per odo de outubro a dezembro de 2006 Para tanto o laborat rio da inform tica foi aberto ap s dos hor rios de aula e tamb m no intervalo para fazer a recep o daqueles jovens que tinham a autonomia no uso do computador para o acesso Internet Para esse acesso eles tinham que deixar registrado o nome idade e a s rie turma na possibilidade de localiza o desses jovens para a pesquisa Os dados caracter sticas dos sujeitos dos respectivos grupos foram colocados em tabela N Sujeitos Idade Anos
153. imento e de socializa o do saber como um ambiente de discuss o troca de experi ncias e de elabora o de uma nova sociedade fundamental que a utiliza o dos recursos tecnol gicos seja amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a comunidade escolar ou seja que n o fique restrita s decis es e recomenda es de outros Tanto no Brasil como em outros pa ses a maioria das experi ncias com o uso de tecnologias informacionais na escola est o apoiadas em uma concep o tradicional de ensino e aprendizagem Esse fato deve alertar para a import ncia da reflex o sobre qual a educa o que queremos oferecer aos nossos alunos para que a incorpora o da tecnologia n o seja apenas o antigo travestido de moderno A tecnologia eletr nica televis o videocassete m quina de calcular gravador e computador pode ser utilizada para gerar situa es de aprendizagem com maior qualidade ou seja para criar ambientes de aprendizagem em que a problematiza o a atividade reflexiva atitude cr tica capacidade decis ria e a autonomia sejam privilegiadas Os meios eletr nicos de comunica o oferecem amplas possibilidades para ficarem restritos apenas transmiss o e memoriza o de informa es Permitem a intera o com diferentes formas de representa o simb lica gr ficos textos notas musicais movimentos cones imagens e podem ser importantes fontes de informa o da mesma forma que
154. inar aos alunos a compreenderem e conhecerem o hardware perif ricos e a possibilidade de amplia o destes a partir da necessidade de uso em rela o ao ensino dos softwares pertinentes s configura es b sicas bem como os seus funcionamentos Al m disso eles necessitam tamb m do ensino de utiliza o de softwares de preven o que inibam a infesta o por v rus Os v rus s o softwares que danificam os softwares dos computadores levando os usu rios permanente busca de t cnicos para instalar as atualiza es e fazerem as manuten es de seus equipamentos Os jovens apontam como 31 sugest o que a escola utilize o hor rio do contra turno para esse ensino de preven o da m quina Segundo jovem W 15 masculino r Todos esses computadores m quinas boas mas se laborat rio de inform tica era para a gente aprender alguma coisa A gente vem pra c e n o faz nada mais do que a gente j sabe Ensinar como se fosse um curso al m do b sico n o s aquilo do dia a dia Resolver problemas freq entes para criar uma autonomia mexer no seu computador como se tivesse mexendo em um livro ou caderno Era para possibilitar instalar perif rico Os jovens do Grupo Focal 1 n o se detiveram nas discuss es sobre informa es de sites de relacionamento ou entretenimento A discuss o prossegue e um outro jovem o G 17 masculino fala sobre a seu interesse pela Internet dizendo Acho que isso abrir o co
155. indicar institui o arbitral com a qual mantenha conv nio para nomear o rbitro e realizar a arbitragem mantidas as condi es supracitadas pertinentes a prazo regras e local para que a senten a seja proferida 158 CL USULA 21 OS CONTRATANTES t m conhecimento pr vio das condi es financeiras deste CONTRATO que foi exposto em local de f cil acesso e visualiza o art 2 Lei n 9870 1999 e MP n 2173 24 2001 conhecendo as e aceitando as livremente CL USULA 22 As partes atribuem ao presente contrato plena efic cia comprometendo se a segui lo e obedec lo como se encontra redigido valendo o mesmo como t tulo executivo nos termos do art 585 Ill do C digo de Processo Civil E assim por estarem justos e acordados firmam o presente instrumento em duas vias de igual teor e forma assinado por duas testemunhas Nartal RN de de 200 Respons vel Financeiro Nome Co respons vel Financeiro Instituto Maria Auxiliadora CPF CPF CNPJ 08 319 741 0001 41 Testemunhas 1 RG CPF 2 RG CPF 159
156. ito e o conhecimento ou saber A informa o assunto de engenheiros Seu problema consiste em encontrar a codifica o mais eficaz em velocidade e custo para transmitir uma mensagem telegr fica de um emissor a um destinat rio O fechamento na vis o tecnicista das mudan as tecnol gicas dificulta o entendimento dos avan os culturais inerentes ao car ter estruturante da informa o entendida como novo recurso intelectual novo capital cognitivo ap s ser introduzida em todos os setores da vida Nessa perspectiva para que a informa o e comunica o aconte am h uma necessidade de buscar ou criar estruturas de utiliza o das tecnologias de informa o e das redes de computadores que derivam mais dos direcionamentos da sociedade do que da evolu o da pr pria tecnologia Nesse aspecto as transforma es em curso na sociedade est o nos levando a uma nova estrutura social a sociedade da comunica o mediada pelas novas aparelhagens de informa o Castells 2005 refere se Sociedade em Rede caracterizada pela globaliza o das atividades econ micas pela flexibilidade e instabilidade do emprego pela cultura da virtualidade do real constru da a partir da m dia e pela transforma o dos conceitos de espa o e tempo De acordo com o referido autor a Sociedade em Rede adv m n o apenas da renova o das tecnologias da informa o mas tamb m da reestrutura o do capitalismo Segu
157. itui es que s o criadas de forma democr tica e p blica Ampliando o conceito de cidadania no verbete na enciclop dia Wikip dia 2008 descreve que a cidadania do latim civitas cidade em Direito a condi o da pessoa natural que como membro de um Estado encontra se no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida pol tica A cidadania o conjunto dos direitos pol ticos de que goza um indiv duo e que lhe permitem intervir na 8 O verbete cidadania est dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Cidadania gt Acesso em 24 de maio 2008 94 dire o dos neg cios p blicos do Estado participando de modo direto ou indireto na forma o do governo e na sua administra o seja ao votar direto seja ao concorrer a cargo p blico indireto A nacionalidade pressuposto da cidadania ser nacional de um Estado condi o primordial para o exerc cio dos direitos pol ticos Entretanto se todo cidad o nacional de um Estado nem todo nacional cidad o os indiv duos que n o estejam investidos de direitos pol ticos podem ser nacionais de um Estado sem serem cidad os Conforme ressaltado a cidadania pode ser definida como o estado pleno de autonomia quer dizer saber escolher poder escolher e efetivar as escolhas E isso no Estado moderno na sociedade atual significa dizer que ser um cidad o pleno estar consciente atuante nos seus direitos dos direitos individuais e dos
158. ituto Maria Auxiliadora no per odo de 2006 e por necessidade de ampliar as discuss es para o ambiente escolar uma outra coleta de dados de Grupo Focal realizada com jovens de faixa et ria entre 14 e 16 anos em 2008 com o foco agora o uso da Internet como tecnointera o na aprendizagem Em termos de procedimentos metodol gicos utilizamos roteiro de quest es aplicado aos grupos focais gravados transcritos e submetidos an lise do discurso com o intuito de desvelar as vozes culturais ideol gicas em suas homologias e especificidades contradi es e converg ncias no discurso do jovem Assim nosso trabalho constituiu mais um percurso metodol gico de acesso ao discurso juvenil e ao desvelamento de seus sentidos do que conclus es pass veis de generaliza es a respeito da juventude Com o intuito de focalizar as produ es e c digos utilizados pelo jovem o presente trabalho adota em sua feitura as leituras realizadas pela pesquisadora os di logos entre os discursos produzidos pelos sujeitos e sua tecitura com os aportes bibliogr ficos buscando elucidar assim as rela es entre conhecimento e cotidiano Para tanto s o retomados os conceitos de Ambientes Midi ticos Cultura e Identidade Juvenis Consumo e Cidadania Os dados mostram as contribui es das tecnointera es no processo de forma o do sujeito que aprende interage comunica se que pertence a um ambiente escolar mas tamb m se relaciona com grup
159. iva do tema centro e na inspira o da hip tese guia de suas rotas Nesse sentido dialoga a experi ncia sobre educa o de Freire e Guimar es 2003 p 150 A Internet um bom instrumento de igualiza o n o estou dizendo de igualdade se os professores cuidarem disso E ao contr rio um instrumento de aprofundamento das dist ncias se os professores n o tomarem conta procurar verificar medir de prefer ncia o que os alunos sabem e do que que eles gostam a primeira coisa Porque se se quer fazer a escola sem saber nada do que pensam os alunos do que que eles gostam a autonomiza o ou seja o desenvolvimento da capacidade do aprendiz em aprender Segundo ponto eu diria que preciso que o professor na sua sala de aula se conven a e isso n o f cil de que s o aprendiz que aprende N o h mais ningu m que possa aprender no seu lugar Terceiro ponto que entra no mesmo pacote ali s eu diria tamb m que de agora em diante absolutamente necess rio que o professor injete n o no lugar de mas al m de sua avalia o formal uma auto avalia o que tem dois n veis o que o indiv duo pensa do ele fez se quisermos simplificar de maneira absurda que nota que ele se daria e segundo que nota lhe daria o grupo em que ele est E ali s o que se 118 contata aqueles que o fazem que os alunos s o sempre mais se
160. iza o No entanto as jovens mais velhas sugerem o acesso ap s as aulas com horas marcadas para atender gama de solicita es de intera es dos demais alunos Isso nos faz refletir sobre a postura das jovens mais novas por um lado melindrosas para assumir responsabilidades quanto s consequ ncias do mau uso do acesso Internet muitas vezes adquirindo v rus no computador da sua resid ncia e por outro lado a sedu o quando abandonam suas resid ncias procura de outros ambientes como resid ncias das amigas lanhouse ambientes de trabalho do pai ou da m e e ou o acesso tamb m na escola somente para garantir acessibilidade di ria dos sites de relacionamentos e muitas vezes pelo consumo de imagens na exibi o da beleza que o ambiente envolvente da rede de entretenimento favorece com as tecnointera es 38 1 2 SITUA ES DENUNCIADAS NO DESENVOLVIMENTO DA OBSERVA O PARTICIPANTE A observa o participante tamb m denominada de observa o ativa foi necess ria como mais uma t cnica de coleta de dados deste trabalho Segundo Gil 1999 p 113 por meio da observa o participante que O observador assume pelo menos at certo ponto o papel de um membro do grupo Da porque se pode definir observa o participante como a t cnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo Ap s a coleta de dados feita no final do ano de 2006 procurei como pesquis
161. iza que o Instituto use a imagem e ou voz ou tarefas pedag gicas reda es TDs resultados de avalia es resultados em concursos etc do aluno em folder s informativos convites mural jornal revista televis o e Internet no site do col gio em forma de fotos individuais ou coletivas realizadas em eventos educacionais datas comemorativas festas salas de aula reproduzida por aparelho de som ou ainda em situa es individuais tais como boletins cadastros entrevistas pesquisas e outros Par grafo nico Em nenhuma hip tese poder a imagem ser utilizada de maneira contr ria moral aos bons costumes ou ordem p blica CL USULA 17 Sempre que o respons vel solicitar documento escolar hist rico certificado de conclus o etc dever faz lo por escrito Par grafo Primeiro O Instituto ter um prazo de at 30 trinta dias para fornecer a documenta o de interesse do aluno contados da data do protocolo do pedido na secretaria de acordo com a legisla o em vigor Par grafo Segundo Ap s o prazo estabelecido o Instituto poder cobrar pela emiss o de 22 via dos mesmos CL USULA 18 O estabelecimento de ensino n o realiza e nem se responsabiliza pelo transporte di rio de alunos CL USULA 19 O Instituto titular de ap lice de seguro quanto ao pagamento das mensalidades escolares j estando inclusa no valor da mensalidade sendo sua aplicabilidade sujeita as condi es
162. l ticos da Educa o enriquecendo me a vis o de mundo e posicionamento acad mico profissional e cidad vi Ao professor Adir Lu z Ferreira pela sua pr tica enriquecedora na disciplina Pesquisa Qualitativa com um destaque para a sua afetividade com que orientou os discentes nas atividades te ricas pr ticas incentivando as discuss es em pequenos grupos para uma socializa o no grande grupo Ao professor Marcelo Bolshaw que junto professora Maria das Gra as Pinto Coelho no Semin rio Metodologia de Estudos Culturais e Midi ticos Pesquisa em Comunica o colaboraram na compreens o dos aspectos midi ticos em comunica o assim tamb m com as din micas nas aulas presenciais enriquecedoras para a forma o cr tica e criativa dos discentes Ao N cleo de Comunica o Combase pelo apoio colabora o e carinho de todos os colegas em todos os momentos de estudos leituras conversas semin rios eventos compartilhados a esses meus colegas meu carinho e amizade Aos demais professores funcion rios e colegas do Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte pelas discuss es enriquecedoras e instigantes durante esses anos de estudo nas diferentes disciplinas citadas Universidade Federal do Rio Grande do Norte por viabilizar o desenvolvimento de meus estudos p s graduados e pelas condi es de pesquisa oferecidas Ao Professor Dr Dante Henrique Moura do Ce
163. lacionamento com as novas tecnologias da comunica o principalmente computadores e jogos eletr nicos a sucess o a altern ncia e a simultaneidade se incorporam ao cotidiano dos jovens Nesta pesquisa identifiquei que os alunos entre 15 a 17 anos s o os que mais dedicam tempo a essa pr tica Al m disso uma vez que as pr ticas juvenis de produ o e de consumo cultural est o expressas como sociabilidade numa rela o cotidiana com as novas tecnologias da comunica o a sucess o aparece como parte da fragmenta o de informa es e imagens que atingem os jovens nos grandes centros urbanos Em conseq ncia disso a televis o acrescenta altern ncia a sucess o de fragmentos descont nuos Publicidade e narrativas ficcionais se alternam incessantemente na programa o das emissoras em sistema aberto de radiodifus o assim como os pr prios jovens alternam diferentes canais m dias e tipos de atividades em suas pr ticas di rias Segundo G mez 2006 p 84 o que penso que todos os meios velhos e novos assim como as diversas tecnologias videoeletr nicas e digitais que os tornam poss veis coexistem conformando ou n o converg ncias em sentido estrito por m constituindo ecossistemas comunicativos cada vez mais complexos A simultaneidade liga se diretamente ao uso habitual da Internet Para os jovens que t m maior capital cultural e poder aquisitivo correspondente o uso simult neo de Internet televis o livros ou
164. lar apresentaram as caracter sticas tanto em demonstra o de afetos carinhos aten o homenagens elogios aos professores queles que os auxiliam com amparo pessoal ou que t m grande compet ncia quanto em revela es ruins de professores que os jovens n o simpatizam ou por falta de um maior envolvimento emocional do professor com a turma ou porque o professor n o desenvolve atividades para articular o conte do curricular com uma aprendizagem significativa para os jovens Outro aspecto a destacar que nessas comunidades os jovens apreciam falar do cotidiano das pessoas das atitudes de paqueras No entanto em outras situa es aparecem a agressividade a ironia e um forte impulso transgress o testagem dos limites e uma exposi o de coragem para agir contra as orienta es normas estabelecidas n o havendo uma consci ncia do uso das palavras que podem revelar ou expor suas opini es em p blico pertinente citar que aquelas que mais se destacam s o as comunidades do tipo N s adoramos fulano professor ou coordenador ou pessoa da assist ncia outra que diz Professor mais marcante e ainda Qual a maior lokura q vcs jah aprontaram lah Para tanto eles criam f runs de discuss es envolvendo atividades pedag gicas apostas de placar esportivo entre outros f runs que envolvem fofocas mexericos cr ticas e compara es entre colegas e entre professores de uma s rie ou escolher
165. lar com mais freq ncia e com mais autoridade quando h mulheres no grupo efeito do galo e isso pode irrit las e trazer rea es que podem prejudicar a dire o do trabalho em rela o aos objetivos visados seja porque se calam seja porque emergem conflitos que levam a outras quest es longe dos objetivos do trabalho em grupo Bi No entanto para um maior enriquecimento dos dados da pesquisa e contribui o na compreens o do seu objetivo o uso da Internet pelos jovens procurei selecionar aqueles jovens que fregientaram diariamente o momento extra para o uso do laborat rio para o acesso Internet e para evitar o excesso de homogeneidade por sexo escolhi aquele terceiro grupo com jovens de ambos os sexos masculino e feminino mas com a mesma idade para enriquecer as discuss es e contribuir para compreender melhor a necessidade da intera o juvenil Outro aspecto considerado na pesquisa foi quanto aos integrantes dos grupos focais n o terem conviv ncia entre si Encontra se na literatura a recomenda o para n o se juntar no mesmo grupo pessoas que se conhecem muito ou que conhe am o moderador do grupo Diante dessa refer ncia os jovens selecionados n o eram da mesma turma porque quando os participantes se conhecem podem vir a atuar em bloco e formar subgrupos de controle que monopolizam ou paralisam a discuss o o que prejudica a intera o mais livre A esse respeito afirma Gatti 2005 p 2
166. lidade difere na quest o temporal da comunica o que tem envio em tempo real e leitura quase instant nea e sua mobilidade difere das cartas porque pode ser enviada simultaneamente a diversos leitores e ainda atrav s desse ve culo seguem anexos os arquivos de todos os tipos como fotos v deos imagens softwares entre outros tipos Acrescenta ainda as salas de bate papo chats e os muds que s o jogos de mundos imagin rios nas bases de dados de computadores nos quais os usu rios podem usar palavras e linguagens de programas para improvisar melodramas construir mundos O programa subjacente junta todas as descri es criando um nico ambiente que evolui continuamente A Internet tamb m tem mais um destaque para L cia Santaella porque esta continua a ampliar seu n mero de usu rios e tamb m seus tipos de aplica es possibilita a comunica o entre m quinas diferentes atrav s de seu idioma Na pesquisa realizada com o Grupo Focal 4 o jovem JM 15 masculino fala sobre sua experi ncia ao afirmar a Internet promove o contato virtual com pessoas reais de culturas diferentes em pa ses distantes Nesse contexto a web uma cidade virtual em expans o com in meras novas constru es sites home pages a cada dia Nela milh es de usu rios discutem participam de f runs profissionais trocam id ias t m acesso a bibliotecas a bancos de dados recarregam programas participam de jogos e de programas educativos 69
167. lo de A constru o social da masculinidade Belo Horizonte Editora UFMG Rio de Janeiro IUPERJ 2004 OLIVEIRA Hel nio Fonseca de Contribui o ao estudo do modo argumentativo de organiza o do discurso an lise de um texto jornal stico In CARNEIRO Agostinho Dias Org O discurso da m dia Rio de Janeiro Oficina do Autor 1996 ORLANDI Eni Puccinelli An lise de discurso princ pios e procedimentos Campinas Pontes 2000 PAIS Jos Machado Bandas de garagem e identidades juvenis In COSTA M rcia Regina da SILVA Elizabeth Murilho da Orgs Sociabilidade Juvenil e Cultura urbana S o Paulo Educ 2001 p 29 53 127 PECK Patricia SLEIMAN Cristina O uso tico e legal da tecnologia P tio Revista Pedag gica Porto Alegre ano 11 p 28 31 n 44 nov 2007 jan 2008 PERRENOUD Philippe Ensinar agir na urg ncia decidir na incerteza Tradu o Cla dia Schilling 2 ed Porto Alegre Artmed 2001 POSSARI Lucia Helena Vendrusculo De Comenius Internet possibilidades did ticas Cadernos de Educa o Cuiab v 4 n 2 2000 POSTIC Marcel Para uma estrat gia pedag gica do sucesso escolar Portugal Porto Editora 1995 PRETTO Nelson De Luca PINTO Cl udio da Costa Tecnologias e novas educa es Dispon vel em lt http www scielo br pdf rbedu v1 1n31 a03v11n31 pdf gt Acesso em 24 maio 2008 PRETTO Nelson De Luca Uma escola com sem futuro 4 ed Campinas SP Papirus 1996
168. luindo tamb m em ambientes midi ticos 104 3 3 ESCOLA E VIRTUALIDADE DESCOMPASSOS E REFLEX ES Ela est no horizonte Me aproximo dois passos ela se afasta dois passos Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos Por mais que eu caminhe jamais a alcan arei Para que serve a utopia Serve para isto para caminhar Eduardo Galeano A comunica o hoje possibilita uma transmiss o que rapidamente alcan a todo o mundo In meros fatos da pol tica foram modificados positivos e negativamente por meio da comunica o e da revolu o tecnol gica que est levando a informa o para diferentes lugares Essas mudan as trouxeram como consegii ncia a constru o de uma sociedade mais informatizada comunicando mundialmente por meio da Internet e isso chegou s escolas e universidades abrindo possibilidades de novas intera es novos modos de aprender e ensinar N o se pode deixar de considerar que a escola j n o o nico mbito de transmiss o de conhecimentos Nesse aspecto o lugar do docente como o lugar exclusivo do saber est posto em quest o muitas vezes pelos pr prios alunos que t m acesso aos meios eletr nicos de comunica o e a um saber equivalente a um adulto devido ao ingresso nos espa os p blicos para adquirir sistematicamente como ritualidade novos e aprofundados conhecimentos e informa es Por outro aspecto segundo Linhares 2006 p 158 a sociedade p s mui
169. m site de relacionamento 132 C 16 masculino uso a Internet para adquirir conhecimento e informa o e informa es sobre amigos e atualizar W 15 masculino importante pra mim pois eu fico atualizado sobre acontecimentos o que acontece ao meio redor e para a divers o timo entretenimento quando voc est em casa sem fazer nada e vai aprende mais coisa fala com amigos mant m atualizado do que est acontecendo R 11 maculino uso da Internet para site de relacionamento entretenimento m sicas jogos e para fazer trabalho escolar QUANTO TEMPO DE USO DA INTERNET Tempo indeterminado o dia todo todo o tempo S no tempo em que estou no col gio n o 2 uso Quando a pessoa est em casa nada mais importante pra fazer como o esporte que eu gosto n o tem nada mais importante pra fazer quando tem jogo de futebol ou esporte relacionado ao esporte Fora isto a Internet Eu na semana uma ou duas horas E dif cil eu ficar em casa na semana sempre tem alguma coisa pra fazer tarde mas quando chego em casa uso logo A noite uma tr s horas Uso mais no final de semana R 11 maculino uso todo dia o tempo em casa A tarde toda e a noite tamb m at meia noite PARA O USO DA INTERNET PESQUISARAM UMA FORMA DE DIMINUIR PRE O O QUE FIZERAM O ACESSSO PARA CONVENCER A FAMILIA PARA N O TER GASTO Em minha casa usa a Net compartilho com a irm sem fio
170. m um certo distanciamento ou frieza como se n o tivesse acontecido e s vezes nem nos cumprimentamos Os jovens confirmam que acontece isso mesmo a pessoa passa pela outra e n o fala mesmo tendo se falado pela Internet h pouco tempo como se criasse uma segunda identidade ou segunda vida Secound life Neste momento um dos participantes JI 15 masculino complementa ei beijinho E todos os demais participantes riem disso confirmando que o MSN favorece uma rela o mais descompromissada 144 Em rela o terceira quest o do roteiro como s o os seus acessos local momentos frequ ncia e dura o A jovem JK 14 feminino comenta que para acessar o orkut e MSN diz dependendo do local e se n o tiver nada pra fazer quando n o tem computador voc n o vai querer acessar o seu orkut em qualquer canto E pergunto por que dependendo do local E ela responde porque voc n o vai querer acessar o seu orkut ou MSN de qualquer lugar tem sempre pessoas nos locais olhando o que voc est fazendo Um outro participante o jovem JC 14 masculino complementa dizendo na lanhouse muito vulner vel tem gente que copia a senha outra integrante do grupo focal 4 o JM 15 masculino afirma algumas pessoas t m certo medo de acessar o orkut na lanhouse voc olha para o lado e tem sempre algu m olhando Nesse contexto apenas uma das participantes tem opini o diferente a JT 14 feminino revelando
171. mportamentos tidos como desviantes e desonrados valorizando aqueles que se aproximam do ideal cultivado pelo grupo Outra situa o denunciada por um professor da escola foi quando ele estava acessando o orkut e encontrou em uma comunidade feita por um grupo de jovens de uma determinada turma do col gio em torno de 19 jovens da turma de 32 alunos estavam falando mal de alguns professores da referida turma Tal situa o teve uma repercuss o ruim no meio dos profissionais porque aqueles que os jovens n o falaram bem se sentiram devassados e agredidos sem um espa o de resposta e de defesa porque n o tem orkut e portanto n o podem acessar e saber o qu est acontecendo nas comunica es e intera es dos jovens sobre o cotidiano escolar O professor que acessou a comunidade procurou ser discreto e revelou apenas para os colegas que estavam sendo alvo desses coment rios Mas a rea o dos profissionais foi de comunicar dire o da escola para que os respons veis pelos jovens pais e familiares fossem comunicados dessa atitude e serem responsabilizados pela orienta o adequada e postura dos filhos que envolve deveres e direitos na conviv ncia social previsto no Estatuto da Crian a e Adolescente Ap s o ocorrido em dois dias a comunidade foi retirada da Internet pelos alunos que a produziram Os jovens foram orientados pelas fam lias a pedirem desculpas aos professores envolvidos em sala de aula na presen a de todos o
172. mputador para ensinar no col gio meio complicado Desmontar e montar um computador d um problema e voc tem que formatar a m quina e instalar todos os softwares leva tempo M s passado tive que fazer isso Nesse Grupo Focal 1 de jovens do sexo masculino ao serem questionados como se sentiam utilizando o computador na casa de amigos eles disseram que n o algo agrad vel bastante inc modo devido presen a de adultos que eles n o t m familiaridade e principalmente porque o amigo que fica como protagonista e eles ficam por tr s vendo o e ou ouvindo o a sua autonomia de uso e escolhas dos acessos Revelam discernimento de lugar social e preocupam se com a manuten o Quando foi abordada a quest o quanto ao uso da Internet na escola a grande maioria dos jovens do Grupo Focal 1 disse que agora a escola n o est ensinando mais nada que motive a ida deles ao laborat rio que necessitam do ensino da t cnica mesmo que seja no contra tumno Eles apontam tamb m outra sugest o que a escola tire uma aula de L ngua Portuguesa para tal realiza o Quanto as jovens do Grupo Focal 2 Tabela 2 a coleta de dados inicia com a mesma quest o do roteiro anterior ou seja Qual a import ncia da Internet para voc Uma dessas jovens AP 13 feminino respondeu um meio de pesquisa e comunica o Uma outra C 11 feminino falou divers o e risos Mais uma jovem Y 15 feminino fala conhecimento In
173. n os tecnol gicos Desse modo ao mesmo tempo em que o jovem pode ser percebido em maiores possibilidades de circula o acesso e escolha protagonista em diversas situa es virtuais ainda assim l cito supor que em fun o desse aspecto os jovens continuam recebendo influ ncias das ind strias culturais Estas ltimas continuam possibilitando a multiplica o dos espet culos nos novos espa os midi ticos e em sites favorecendo que o espet culo em si torne se um dos princ pios organizacionais da economia da pol tica da sociedade e da vida cotidiana Nesse aspecto pertinente problematizar que possibilidades de escolha e forma o de autonomia teriam os jovens em suas navega es E fundamental que se estimule uma forma o do jovem para a capacidade cr tica de fazer escolhas que o auxiliem em seu protagonismo na constru o de sua pr pria hist ria e participa o social Conforme os Par metros Curriculares Nacionais Introdu o documento que indica as diretrizes educacionais adotadas pelo Minist rio da Educa o brasileiro s o as refer ncias socioculturais locais e globais o campo de escolhas que se apresenta ao indiv duo e dessa forma amplia se a esfera da liberdade pessoal e o exerc cio da decis o volunt ria A identidade vivenciada assim como uma a o e n o tanto como uma situa o o indiv duo que constr i a sua consist ncia e seu reconhecimento no interio
174. na sua forma o como seres sociais Assim sendo o r dio e a televis o ao lado das revistas constitu ram se socialmente enquanto fontes de refer ncia tanto de informa o acerca do mundo quanto de distra o lazer e circula o de modelos e modos de vestir pensar sentir idealizar comportar se etc E importante ressaltar que as informa es disponibilizadas n o s o neutras e sim carregam 89 grande carga de tendenciosidade correspondentes a certos interesses tanto naquilo que dito quanto naquilo que n o mencionado e comp e parte das mensagens impl citas A circula o televisiva de informa es permitiu a utiliza o do poder da imagem em movimento tem tica j discutida no cap tulo anterior suscitando formas espec ficas de aten o identifica o e organiza o da realidade e daquilo que se atribui como verdade O bombardeio de est mulos publicit rios intercalados com novelas filmes programas de audit rio e notici rios possibilita um menor envolvimento com aquilo que apresentado devido sua r pida substitui o na tela Em busca de audi ncia notici rios apresentam uma enxurrada di ria de trag dias muitas vezes seguidas de curiosidades sobre a vida de pessoas famosas ou sobre algum outro assunto dessensibilizador para a afeta o anterior In meras produ es art stico culturais como filmes m sicas seriados etc fazem proliferar uma s rie de estere tipos que incentivam a vi
175. ncontro com amigos nas festas e obviamente nos bailes Sempre que poss vel a m sica acompanha tamb m o tempo de trabalho e estudo Aparelhos de som discos e fitas s o um dos principais elementos de consumo O gosto musical aparece como sinalizador da ades o a um certo conjunto de refer ncias culturais funcionando portanto como demarcador de identidades no interior do universo juvenil mesmo quando o estilo musical comp e se a partir da fus o de diversos outros estilos BRASIL 1998 p 118 oportuno frisar que a cultura um espa o central na vida dos adolescentes e jovens tanto pelo consumo de bens culturais quanto pela produ o de cultura m sica dan a teatro grafite estilos visuais Nessa perspectiva h hoje uma cultura juvenil internacionalmente incentivada pela ind stria pelo com rcio e pela publicidade que produzem bens espec ficos para esse p blico e influenciam nas escolhas dos s mbolos juvenis relevante enfatizar que essa cultura identifica a juventude ligada ao seu tempo de lazer e ao consumo a ele relacionado Conforme ressaltado junto com seus iguais com seus amigos eles podem mais livremente manifestar suas d vidas e ang stias trocar conhecimentos buscar realizar seus desejos testar suas opini es experimentar novos comportamentos e atitudes Esse o espa o privilegiado pelos jovens para a elabora o de suas identidades e de seu modo de rela o com o mundo no qual adquirem e difu
176. ndem informa es dialogam e se comunicam sobre suas prefer ncias e consumo desenvolvem a imagina o e expressam suas convic es e d vidas mais profundas 2 2 EMBARCANDO NO MUNDO VIRTUAL A comunica o tem como necessidade do ser humano colocar se para o outro produzir sentidos interagir com o outro existe desde as primeiras inscri es nas grutas nos rituais nos mitos no canto na m sica na dan a nos jogos Todos esses processos de comunica o s o utilit rios ou dispendiosos para a vida e sobreviv ncia Derivada do latim communicare a palavra comunica o tem v rios significados tornar comum repartir partilhar trocar opini es conferenciar Todos esses atos t m subjacente o significado de participa o Isso propicia a observa o de que para haver comunica o pressup e se a exist ncia de dois p los um de Emiss o outro de Recep o entre os quais h trocas de mensagens de informa es Ambos os p los s o ativos interagem e participam do processo Nesse aspecto Orlandi 2000 nos chama a aten o para a 57 compreens o de que a comunica o n o se reduz meramente transmiss o de informa o s o processos de identifica o dos sujeitos de argumenta o e de constru o de realidades e isso significa produzir sentido pertinente destacar que o aumento das comunica es computadorizadas em rede tornaram conhecidos os termos virtual e virtualidade na sociedade cont
177. ndo Castells 2005 p 53 81 no novo modo informacional de desenvolvimento a fonte de produtividade acha se na tecnologia de gera o de conhecimentos de processamento de informa o e de comunica o de s mbolos Na verdade conhecimento e informa o s o elementos cruciais em todos os modos de desenvolvimento visto que o processo produtivo sempre se baseia em algum grau de conhecimento e no processamento da informa o Dessa forma n o a sociedade informacional portanto que gera uma deteriora o das condi es de trabalho e de vida para os trabalhadores e sim o resultado de uma reestrutura o das rela es de capital e trabalho que por sua vez facilitada pelas tecnologias da informa o e pela nova forma organizacional ou seja as organiza es em rede L vy 2000 concorda com Castells 2005 quanto inadequa o da met fora do impacto das tecnologias O autor sugere que a sociedade enfatize as tecnologias como produto de uma sociedade e de uma cultura em vez de pensar no impacto delas na sociedade N o se deve perceber a tecnologia como a causa e a cultura como aquela que sofre seus efeitos Pelo contr rio L vy 2000 acredita que os indiv duos juntos inventam produzem utilizam e interpretam de diferentes formas a tecnologia Nesse aspecto segundo Castells 2005 p 57 as novas tecnologias da informa o est o integrando o mundo em redes globais de instrumentalidade A comunica o mediada
178. ndo a inclus o do discente Par grafo Primeiro Ao ingressar no Col gio o a aluno a dever entregar todos os documentos exigidos pela secretaria conforme a legisla o em vigor Par grafo Segundo A n o entrega no ato da matr cula de documento oficial da escola de origem atestando conclus o da s rie cursada significar matr cula provis ria O col gio aguardar o documento de transfer ncia at 60 sessenta dias no ano em curso Esgotado esse prazo a matr cula n o ser considerada Par grafo Terceiro Ser considerada NULA toda matr cula efetuada com base em documentos falsos ou rasurados ou alterados sem preju zo do estabelecido na Cl usula Sexta CL USULA 8 DO PAGAMENTO Como contrapresta o dos servi os a serem prestados decorrentes da carga hor ria constante na proposta curricular do COLEGIO o respons vel pelo aluno pagar a anuidade fixada para o ano em curso de acordo com a tabela abaixo Curso Valor Anuidade 12 parcelas de Educa o Infantil N vel Il a N vel V R 3 720 00 R 310 00 Ensino Fundamental 1 Inicial 5 ano R 3 720 00 R 310 00 Ensino Fundamental 6 ano ao 9 ano R 3 984 00 R 332 00 Ensino M dio 1 ano e 2 ano R 4 368 00 R 364 00 Ensino M dio 3 ano R 5 268 00 R 439 00 Devendo a primeira ser paga no ato da matr cula e as demais no dia 10 dez de cada m s a partir do dia 10 dez de fevereiro de 2008
179. nhouse para acessar o orkut Para o intuito de esclarecimento pergunto Quando voc s v o a lanhouse para acessar o orkut Em fun o disso uma delas L 14 feminino responde quando em casa o computador est quebrado a sa da ir a uma lanhouse Elas apresentaram um aspecto diferenciando do Grupo Focal 1 porque deram nfase ao uso da Internet para o bate papo virtual em chats de relacionamentos como messenger ou para falar com amigos e conhecer novas pessoas por meio do orkut percept vel a necessidade dessas jovens em se comunicar interagir e elas est o fazendo uso da Internet para minimizar esta necessidade em falas identificadas nos discursos dessas jovens Uma delas a jovem C 14 feminino completa dizendo o v cio que faz a gente usar a Internet em todo canto usar o tempo todo Sem Internet eu n o vivo se eu n o tiver Internet eu n o tenho mais nada na minha vida Nesse discurso da jovem pude identificar o quanto a ritualidade do uso da Internet est sempre em sua cultura e consumo juvenis Questionadas novamente sobre o qu fazem quando ficam sem Internet em casa por mais tempo devido a algum problema de v rus no computador uma delas diz pe o para o meu pai levar para consertar mas enquanto isso vou para lanhouse Elas responderam que aguardam a atua o dos pais irm os mais velhos e ou mais novos para a resolu o do problema mas mant m o acesso indo a anhouse mais pr xima de casa ou em
180. nino diz quando voc vai fazer um trabalho na inform tica uma vez no ano denunciando a aus ncia de propostas dos professores para o uso do laborat rio da Internet para a realiza o de atividades curriculares Um outro jovem JM 15 masculino complementa dizendo em casa voc usa tanto que chega aqui voc quer mudar de p gina Por mais que estejam desbloqueados tamb m os sites mas agente n o consegue acessar ou baixar pela demora O col gio n o d tanta 145 import ncia ao uso da Internet Aqui os computadores ou est o quebrados ou ultrapassados Em casa temos computadores e softwares razo veis Nessa resposta fa o uma interven o falando que a escola tem agora a Internet 24 horas banda larga com uma velocidade mais r pida Mas ainda assim falta o qu E um jovem JM 16 masculino comenta faltam recursos Particularmente para o acesso dos recursos acesso ao orkut ao MSN entre outros como jogos da Internet porque sem os recursos a Internet n o presta Eu pergunto se todos concordam e a jovem JK 14 feminino diz n o Porque quem n o tem Internet em casa precisa usar aqui nos trabalhos da escola e assim o recurso para a pesquisa presta Ela demonstra compreender a necessidade daqueles colegas que s t m acesso Internet no ambiente escolar e por isso mesmo n o podem tamb m ficar sem o recurso mesmo que para a utiliza o b sica e antiga s para a pesquisa Quanto qui
181. nta quest o e como voc s avaliam o uso da Internet pelo professor a em sala de aula E a jovem JL 14 feminino revela aquilo que j estava anunciado um trabalho ou outro usando a Internet para a pesquisa No entanto uma outra jovem JR 16 feminino traz outra contribui o quando diz mas agente do 2 s rie do Ensino M dio temos um blog de F sica no qual as mat rias dadas em salas s o colocadas l Eu questiono para que a aluna amplie seus coment rios sobre o recurso E ela diz que o nome da p gina o nome da turma Cada turma tem um blog Quem faz esta p gina quem entende mais e toda a aula as atividades os arquivos apresentados iam para o blog Assim socializa para a turma Um outro jovem da mesma s rie por m de outra turma o JF 16 masculino amplia dizendo ele o professor de F sica tamb m faz muitas aulas com o datashow e n o precisamos copiar porque tudo vai pra l o blog Percebo que os alunos abordam a prepara o da aula a partir de um planejamento que aproxima professor aluno conte do Face ao exposto mais uma jovem JM 15 feminino diz se tiver alguma d vida tamb m o professor responde e tira as d vidas em sala e pelo blog Com isto a jovem revela que o professor se apropriou do recurso e faz uso como eles os jovens tamb m para se comunicar tirar d vidas e socializar conhecimentos pela rede mundial Al m disso outro aluno o JL 16 masculino ainda comenta q
182. ntro Federal de Educa o Tecnol gica do Rio Grande do Norte CEFET RN que com muita dedica o leu e colaborou para a melhoria deste trabalho acad mico para olhar da educa o a partir das orienta es dadas no momento da banca e por escrito ajudando me a enriquecer a disserta o Ao Professor Dr Sebasti o Guilherme Albano da Costa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que aceitou a participar da banca ajudando me a compreender ainda mais o olhar da comunica o neste trabalho final do Mestrado Ao Instituto Maria Auxiliadora pelo incentivo ao meu aperfei oamento profissional especialmente diretora Irm Maria Teixeira e ao Corpo docente do IMA s irm s Salesianas as quais convivi neste processo de forma o profissional que me mostraram em atitudes o significado do pensamento sobre os jovens de Dom Bosco grande educador fundador da Filosofia Salesiana n o basta amar preciso sentir se amado Aos meus pais Nadir da Silva Assun o e Martinho Am ncio de Assun o pelo apoio carinho e compreens o nos momentos dif ceis principalmente pela sensibilidade com a qual me ensinaram a ler o mundo Aos meus irm os Eliomar da Silva Assun o M rcia da Silva Assun o Zaira da Silva Assun o e Tainan Assun o Salgado sobrinho e afilhado por tentarem compreender os momentos dif ceis de elabora o deste trabalho pelo vii companheirismo e pelo apoio no cuidado do que era necess rio du
183. o para a divulga o das informa es sobre os eventos pedag gicos esportivos e culturais dessa Comunidade Educativa Al m disso o laborat rio de Inform tica passou por uma amplia o para o uso da Internet com uma velocidade de acesso muito maior que a anterior devido mudan a de conex o discada para o sistema banda larga da Embratel Essas inova es proporcionaram aos alunos e professores o incentivo pesquisa nas diferentes disciplinas durante os quatro anos seguintes Vivenciei o ambiente escolar e enquanto coordenadora do laborat rio observei em princ pio que a maioria dos professores do Ensino Fundamental s ries finais e Ensino M dio fazia os planejamentos para o uso do laborat rio de inform tica apenas para as atividades de pesquisa na Internet nas quais os jovens apenas buscavam informa es sobre o conte do curricular para anotar no caderno ou no livro did tico Pude observar que tais procedimentos deixavam os alunos inquietos desmotivados e indisciplinados no laborat rio A impress o era a de que havia alguns descompassos entre a proposta de acesso educacional para a utiliza o da Internet e a ritualidade de acesso e de intera o dos jovens em suas conex es com a rede extra escola Assim a problem tica desta pesquisa foi constitu da que descompassos seriam estes Percebi que a orienta o de pesquisa dos professores era voltada para uma nfase excessivamente tecnicista e acad mica para
184. o Castells 1999 A incorpora o das inova es tecnol gicas s tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino A simples presen a de novas tecnologias na escola n o 10 Tecnologias e novas educa es Dispon vel em lt http www scielo br pdf rbedu v1 1n31 a03v1 In31 pdf gt Acesso em 24 mai de 2008 107 por si s garantia de maior qualidade na educa o pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recep o e na memoriza o de informa es A concep o de ensino e aprendizagem revela se na pr tica de sala de aula e na forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnol gicos dispon veis livro did tico giz e lousa televis o ou computador A presen a de aparato tecnol gico na sala de aula n o garante mudan as na forma de ensinar e aprender A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional propiciando a constru o de conhecimentos por meio de uma atua o ativa cr tica e inovadora por parte de alunos e professores Diante dessa realidade parece claro que no Brasil um pa s com grande diversidade regional cultural e com grandes desigualdades sociais n o poss vel pensar em um modelo nico para incorpora o de recursos tecnol gicos na educa o necess rio pensar em propostas que atendam aos interesses e necessidades de cada regi o ou comunidade Se entendermos a escola como um local de constru o do conhec
185. o apresentando justificativa m dica nos termos da lei n 7 853 de 24 de outubro de 1989 para que com isto o col gio possa definir juntamente com o respons vel as medidas especiais a serem adotadas inclusive no que pertinente ao aspecto pecuni rio CL USULA 3 Os CONTRATANTES dever o ressarcir a CONTRATADA por danos causados ao patrim nio pelo a aluno a em decorr ncia de atos de indisciplina individual ou coletiva CL USULA 4 Os CONTRATANTES declaram serem seus os dados cadastrais aqui informados concordando que as correspond ncias que n o forem entregues ao aluno em sala de aula ser o enviadas para o endere o aqui informado Em caso de altera o dos dados cadastrais o respons vel compromete se a comunicar por escrito ao col gio CL USULA 5 DAS OBRIGA ES DA CONTRATADA de inteira e exclusiva responsabilidade do Col gio a orienta o t cnica sobre a presta o do servi o de ensino especialmente no que se refere organiza o do calend rio inclusive s bados quanto necess rio para verifica o de aprendizagem fixa o de carga hor ria organiza o das turmas indica o de professores orienta o did tico pedag gica al m de outras provid ncias exigidas pelas atividades docentes e de profissionais de outros servi os obedecendo ao seu exclusivo crit rio sem inger ncia dos CONTRATANTES Par grafo Primeiro A CONTRATADA obriga se a providenciar ambientes instala
186. o conhecimento destacando em uma delas a desmotiva o dos professores de escolas p blicas e privadas para promover planejamentos motivadores para os alunos denunciando um distanciamento entre professor e alunos em fun o dessa falta de investimento de objetivos e recursos que se aproximam da cultura juvenil Outro aspecto a considerar fato o despreparo dos profissionais de educa o no uso das tecnologias de informa es e comunica es que continuam propondo atividades com a mesma utiliza o ultrapassada como aquela da poca da implanta o em 1995 apenas para a pesquisa das informa es solicitadas copia e cola sem propostas que favore am a constru o de conhecimentos com um envolvimento de diversas m dias m ltiplas bem como necess rio incluir nesse rol de atividades propostas voltadas para analisar criticamente a sociedade em que vivemos Al m disso n o podemos esquecer que o processo de constru o de conhecimento exige leituras concentra o s ntese e socializa o dessas informa es e situa es analisadas Toda a situa o relatada me instigou uma nova coleta de dados com um Grupo Focal 4 uma sele o criteriosa dos jovens mas tamb m na reformula o das quest es do novo roteiro com a consequente mudan a do problema que passou a ser o descompasso que h entre a orienta o do professor para o uso da Internet e o uso espont neo de cultura jovem com o objetivo de investiga
187. o de pesquisa para que os grupos conhecessem a sinopse al m de selecionar imagens para a produ o de uma divulga o para o lan amento do v deo Para tanto esses jovens tamb m utilizaram aquele software de manipula o de imagens agora na constru o da imagem para um outdoor contendo informa es pertinentes para a divulga o como por exemplo t tulo do evento data local e hor rios das apresenta es das sess es do 40 v deo Estas produ es foram analisadas pela equipe de professores de L ngua Portuguesa e uma foi selecionada para ser o outdoor da divulga o do evento e a produ o e os jovens que elaboraram foram divulgados para toda a comunidade educativa Em outras disciplinas curriculares a que mais teve aproxima o com a cultura juvenil foi a da 2 s rie de F sica do Ensino M dio Nessa disciplina o professor prop s a constru o de um blog de F sica para integrar todos os alunos ao conte do que estava sendo ministrado as listas de exerc cios as d vidas e as trocas de experi ncias n o s entre aluno e professor mas principalmente entre os pr prios jovens Essa experi ncia contou com a participa o de aluno monitor escolhido pela turma pela sua habilidade em construir blogs Este jovem tem a atividade a mais que seus colegas que a de receber do professor todos arquivos e socializar nesse espa o de divulga o no mesmo dia da aula Para tanto os jovens monitores de cada sala v o at
188. o pensadas de maneira linear segundo o esquema da comunica o derivado de Shannon e Weaver 1949 elas efetivamente se desenvolvem num universo estreitamente dicot mico a informa o ou a morte Fora da informa o n o h salva o Essa alternativa particularmente aguda no mundo das NTIC pedag gicas em raz o de uma equa o entre informa o e saber ter acesso muito rapidamente informa o j saber Al m dessa caracteriza o a Tecnologia Educacional teve origem na produ o na experi ncia e no poder vinculados sociedade na era da informa o e que passaram a fazer parte da sua bagagem instrumental para o ensino e para a aprendizagem Nesse contexto a sociedade de modo geral est constantemente se beneficiando dos progressos da tecnologia sem muitas vezes ter consci ncia disso Nesse aspecto ler um jornal uma revista ou um livro assistir programa o de televis o utilizar o telefone tomar um refrigerante pagar uma conta no banco fazer compras no supermercado viajar de nibus trem ou avi o s o usos da tecnologia que fazem parte do cotidiano ou seja a sociedade usufrui tecnologia na medida em que a realiza o dessas atividades pressup e a presen a de recursos tecnol gicos em algum est gio do processo na produ o do mercado editorial na produ o da m dia audiovisual no sistema de telecomunica es nas transa es comerciais ou na produ o de produtos de consumo
189. o se diferente Trabalhar na perspectiva do di logo com os alunos tendo como refer ncia as culturas juvenis das quais participam e visando o desenvolvimento de suas capacidades e a amplia o e o enriquecimento dos referenciais para a constru o de identidades e projetos de que disp em exige que essa orienta o permeie toda a a o educativa escolar seja no tratamento das reas e temas transversais seja no conv vio social que possibilita aos seus alunos e professores BRASIL 1998 p 128 Ao se reconhecer que a forma o da cidadania e a constru o de projetos permeiam toda a a o educativa escolar compreende se melhor que as problem ticas sociais em rela o tica Sa de Meio Ambiente Pluralidade Cultural Orienta o Sexual e Trabalho e Consumo devem ter realmente um tratamento transversal como forma de contempl las na sua complexidade e sem restringi las abordagem de uma nica rea pertinente reafirmar que tal forma o fundamental para a reflex o e a conviv ncia em contextos inundados de informa es produtos culturais m ltiplos e realidades diversas que coexistem nas linguagens e virtualidades das m dias 98 A inclus o dos temas transversais nessa perspectiva implica a necessidade de transforma o da pr tica pedag gica pois rompe com a atua o dos professores em atividades especificamente formalizadas e amplia a responsabilidade com a forma o dos alunos E ainda col
190. ocada para a escola a necessidade de desenvolver projetos que mobilizem as rela es entre os alunos entre professores e alunos e entre diferentes membros da comunidade escolar A cidadania um processo a ser constru do e demanda tempo paci ncia criatividade e persist ncia dos que educam Para que o esp rito da cidadania seja incorporado pelo indiv duo transformando se inclusive em projeto pessoal de vida necess ria a constante reflex o sobre a viv ncia de situa es concretas Essas perspectivas acenadas no presente trabalho retratam que de fato poss vel vi vel e necess rio que a escola torne se um espa o rico em viv ncias que ser o muito representativas na forma o da identidade pessoal e profissional do adolescente fornecendo lhe recursos para a elabora o de projetos pessoais que poder o se transformar em projetos coletivos com vistas ao bem comum A Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB determina ainda no seu Artigo 32 que o Ensino Fundamental tem por objetivo a forma o b sica do cidad o mediante I o desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meios b sicos o pleno dom nio da leitura da escrita e do c lculo II a compreens o do ambiente natural e social do sistema pol tico da tecnologia das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade HI o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem tendo em vista a aquisi o de conhecimentos e habilidad
191. ofessor aluno do pedag gico ao institucional S o Paulo Summus 1996 BAGNO Marcos Pesquisa na escola o que como se faz S o Paulo Loyola 1999 BAKHTIN Mikhail Marxismo e filosofia da linguagem 6 ed S o Paulo Hucitec 1992 BARBERO Jes s Mart n Tecnicidades identidades alteridades mudan as e opacidades da comunica o no novo s culo In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 51 79 BAUDRILLARD Jean sombra das maiorias silenciosas o fim do social e o surgimento das massas Tradu o Suely Bastos 2 ed S o Paulo Brasiliense 1985 A sociedade de consumo Lisboa Edi es 70 1995 120 BAUDRILLARD Jean Significa o da publicidade In LIMA Luis Costa Org Teoria e cultura de massa S o Paulo Paz e Terra 2000 p 291 299 BENJAMIN Walter A obra de arte na poca de suas t cnicas de reprodu o In BENJAMIM Walter HORKHEIMER Max ADORNO Theodor HABERMAS Jiirgen Os pensadores textos escolhidos S o Paulo Abril Cultural 1980 BELLONI Maria Luiza O que m dia educa o 2 ed Campinas SP Autores Associados 2005 Cole o Pol micas do Nosso Tempo 78 BORDENAVE Juan Enrique Diaz O que comunica o S o Paulo Brasiliense 2006 Cole o Primeiros Passos 67 BRAND O Helena Hathsue Nagamine Introdu o a analise
192. ol ncia e o preconceito como tamb m estimulam a erotiza o Al m disso a amplia o difusora de fatos comportamentos e estilos atua de forma espec fica nos adolescentes e jovens do mundo inteiro que na busca identit ria adotam padr es e imagens que podem ser encontrados independentemente de condi o s cio econ mica e localiza o geogr fica De acordo com Garbin 2003 p 121 a produ o midiatizada carrega movimentos homogeneizantes apropriando se de discursos e significa es m ltiplas e constituindo descontextos no tempo e no espa o deslocando o local para o global Processos de homogeneiza o se instalam alimentados pelas ind strias de consumo que incluem roupas alimentos m sicas informa es formas de utilizar o corpo festas desejos e posturas Afirma Canclini 1998 p 309 tudo pode ser convertido em produto e povoar o cotidiano as rela es e os afazeres assumindo estatuto de indispensabilidade construindo par metros de ser sentir pensar e agir e movendo a l gica da lucratividade Nesse aspecto o uso da Internet para ver imagens ouvir m sicas assistir clips jogar online consumo importante considerar que os processos de ressignifica o e media o do discurso midi tico e seus efeitos tamb m s o afetados pela pluralidade dos sujeitos que a apreciam muito al m da produ o Segundo Castells 2005 pp 418 419 o padr o comportamental mundial predominante parece ser que
193. onhecimento Al m disso os professores de outras reas expressavam a necessidade de estarem tamb m no laborat rio de inform tica no momento de desenvolvimento das atividades planejadas da sua rea curricular A partir de 1998 quando come aram os incentivos do governo por meio do projeto de lei que institui o Plano Nacional de Educa o tendo como eixos norteadores do ponto de vista legal a Constitui o Federal de 1988 a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional de 1996 e a Emenda Constitucional n 14 de 1995 que criou o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio houve uma motiva o e procura agora pelos profissionais de ensino para a utiliza o dos recursos did ticos da escola inclusive no uso laborat rio de inform tica educativa e uma necessidade do uso da Internet para a busca de Informa es de conte dos curriculares entre outras mais r pidas que a impressa Depois daquele per odo que durou cinco anos a Dire o da Institui o campo de pesquisa encerrou o contrato com a Empresa que prestava Assessoria e com uma equipe de profissionais contratados desenvolveu seu pr prio Projeto de Inform tica Educacional Um momento de euforia pela proximidade do s culo XXI com investimentos e expectativas para a era da informa o e do conhecimento advinda dos meios de comunica o que divulgavam a for a do poder daqueles que detivessem uma maior quantidad
194. onstitu do ling stica e polifonicamente assim o discurso mostra essa heterogeneidade atrav s de marcas explicitas como a nega o e o discurso relatado em que se delimita de forma clara a alteridade discursiva BRAND O 1991 p 71 Portanto o princ pio do dialogismo implica que aquilo que est inscrito no Eu reflete e refrata um Outro exterior marcado pela heterogeneidade e diversidade em constantes di logos de concord ncias ou contradi es complementaridades ou tens es de vozes sociais A an lise do discurso permite pois desvelar a complexidade cultural e as diversas formas de rela es entre seus membros que assumem determinados lugares sociais e assim certas vis es de mundo e posi es de enuncia o discursiva Nessa concep o o presente trabalho adota como eixo de levantamento e discuss o da realidade a compreens o do interdiscurso e o princ pio do dialogismo citado anteriormente que h na rela o entre jovens escola Internet e cultura contempor nea importante ressaltar que a referida pesquisa teve uma trajet ria de amadurecimento e modifica es peculiares Inicialmente o foco estava voltado para o discurso dos jovens a respeito de seus usos e expectativas no acesso Internet Nesse momento ainda nos contatos iniciais com a quest o no contexto e no aporte te rico um estudo piloto foi considerado como pertinente Desse modo foram realizados tr s grupos focais de adolescentes nos quais mui
195. os de amizades espec ficos para entretenimento e conv vio que 16 favorece a sociabilidade ritualidade e comunica es que valorizam a Cultura e Identidade Juvenis Para uma melhor compreens o desse tema a disserta o foi subdividida em tr s Cap tulos e o texto das Considera es Finais assim distribu dos O Cap tulo 1 Navegando e aprendendo novos mundos pesquisando o uso da Internet na educa o formal de jovens uma proposta etnogr fica Este cap tulo apresenta como surgiu a pesquisa a escolha da escola campo os sujeitos a problem tica que motivou a investiga o e objetivo a ser alcan ado assim tamb m a escolha da metodologia no decorrer do ano de 2006 in cio da pesquisa caracterizada como a pesquisa piloto e em 2007 o porqu do envolvimento com a etnometodologia e a consegiiente mudan a do problema em 2008 ano em que a pesquisadora a partir do seu amadurecimento acad mico retoma a aplica o da coleta de dado com mais um Grupo Focal organizado numa sele o mais criteriosa dos sujeitos para uma melhor compreens o do objeto de estudo o uso da Internet como tecnointera o na aprendizagem Al m disso descreve como se deram esses encontros coletivos que favoreceram a sele o dos jovens para os grupos focais incluindo as categorias de G nero Idade e S rie para constitu rem os sujeitos da pesquisa O Cap tulo 2 Uma tripula o em metamorfose culturas juvenis e virtualidade Con
196. os e as institui es sociais que pensam dentro de n s mas o conjunto do mundo humano com suas linhas de desejo suas polaridades afetivas suas m quinas mentais h bridas suas paisagens de sentido forradas de imagens Eis a o n da moral vivendo agindo pensando tecemos o tecido mesmo da vida dos outros E compreendemos assim por que coletivos humanos enquanto tais podem ser ditos inteligentes Porque o psiquismo desde o in cio e por defini o coletivo trata se de uma multid o de signos agentes em intera o carregados de valores investindo com sua energia redes m veis e paisagens mut veis O autor faz uma analogia entre a oralidade original e a oralidade reorientada pela era digital que retira de cena os mediadores no processo de comunica o escrita jornais revistas televis o ou seja as m dias que permitem a comunica o um todos e possibilita a comunica o direta e transversal todos todos Conforme L vy 1996 p 114 64 essa objetiva o din mica de um contexto coletivo um operador de intelig ncia coletiva uma esp cie de liga o viva que funciona como uma mem ria ou consci ncia comum O objeto comum suscita dialeticamente um sujeito coletivo A World Wide Web um tapete de sentido tecido por milh es de pessoas e devolvido sempre ao tear A rede impossibilita o monop lio do saber mesmo que uma grande maioria ainda n o tem este acesso A id ia qu
197. outra e desde o aparelho fonador at as redes digitais atuais embora efetivamente n o passem de meros canais para transmiss o de informa es os signos que por eles circulam as mensagens que produzem e consequentemente o tipo de comunica o que possibilitam s o capazes n o s 67 de moldar o pensamento e a sensibilidade dos seres humanos mas tamb m de propiciar o surgimento de novos ambiente socioculturais preciso ressaltar que esses per odos a que a autora de se refere s o forma es culturais que n o constituem per odos culturais lineares Trata se de processo cumulativo no qual uma nova forma comunicativa e cultural vai se integrando anterior provocando reajustamentos e refuncionaliza es Para Santaella 2003 a cultura das m dias fez essa intercala o hist rica e cultural entre cultura de massa e a cibercultura Nesse contexto a autora enfatiza que a cultura das m dias surgiu com o aparecimento de uma cultura do dispon vel e do transit rio como as fotocopiadoras viodeocassete aparelhos para grava o de v deos walkman walktalk a ind stria do videoclip e videogame filmes em fitas para videocassete e a TV a cabo cuja caracter stica em comum dessas tecnologias diferentemente dos meios de massa era propiciar a escolha e permitir o consumo individualizado uma prepara o para o advento dos meios digitais cuja marca principal est na busca dispersa alinear fragmentada mais individualiz
198. pais filhos evolui da depend ncia total para a independ ncia os pais passam a ter pouco acesso ao mundo social do jovem que vive importantes etapas da sua vida fora de casa Para Postic 1995 medida que o adolescente vai perdendo a tranquilidade infantil para come ar a lutar por autonomia surgem os conflitos e ele ent o passa a preferir discutir 101 com outros jovens sobre os seus interesses e valores Por m ele sabe que o di logo com o adulto importante para esclarecer d vidas e ter uma orienta o mais precisa da realidade Postic 1995 apud Aquino 1996 afirma que tem professores que te tratam na aula bem eles aceitam tudo o que voc fala Se eles n o concordam eles argumentam n o falam n o concordo e acabou n o concordo por causa disso E depois tamb m fora da classe eles n o v em que voc n o existe eles sabem quem voc dentro da escola A figura adulta mais pr xima do adolescente al m dos pais o professor Este poder levar o aluno a perceber como se situar em rela o a uma tarefa a descobrir as suas possibilidades e os seus pontos fracos Assim tamb m sabendo que uma caracter stica dos adolescentes querer tudo de forma imediata desistindo com facilidade de uma tarefa que est desempenhando cabe ao professor ajud lo a perseverar na poss vel matura o de um projeto pessoal A ajuda do educador ocorre na medida em que ele encoraja o adolescente a desenvolver as suas potenc
199. press o pelo custo desse uso em casa ou lanhouse O que voc s sugerem para a melhoria do uso do laborat rio O que voc s d o como sugest o para que a escola adote nos pr ximos anos A maioria sugere a libera o para acessar orkut Elas gritam vibram Risos Eu pergunto qual a necessidade do uso do laborat rio na escola Insisto Uma delas responde se em casa discada fica invi vel fazer a pesquisa das disciplinas para acompanhar a tarefa de casa continua dizendo se a escola pudesse liberar o laborat rio para a pesquisa mesmo sem a presen a do professor ajudaria bastante nossa vida escolar porque atualmente fazer o trabalho na escola em outros hor rios s poss vel na biblioteca que tem o acesso pago por tempo de uso e em outros lugares tamb m assim Voc s acham que o tempo que o a professor a planeja e traz voc s no laborat rio suficiente para desenvolver a atividade proposta por ele a 137 Elas dizem que n o O que voc s prop em para garantir o acesso ao laborat rio e ampliar a aprendizagem de voc s Colocar uma aula de inform tica por semana H uma discuss o entre elas porque t m interesses diferentes As mais jovens querem acessar para o orkut e divers o as mais velhas precisam garantir os estudos no col gio j pensam no vestibular Eu n o concordo penso que mais importante ter aula que vir para o laborat rio Tem uma delas q
200. quest o traz as sugest es dos jovens para a melhoria da escola no uso das ferramentas para a aprendizagem a quest o considerando que a Internet pode ser uma ferramenta para a aprendizagem e para as rela es que sugest es voc s dariam para o melhor uso na escola Neste aspecto a jovem JR 16 feminino que diz se o professor de Biologia Hist ria Geografia pegasse uma aula para passar um clip da Internet sobre o assunto ou botar uma anima o a cada aula nova assunto isto melhoraria consideravelmente Outra contribui o veio do jovem JM 15 masculino que complementa mas pra fazer isso preciso uma rede de computadores que funciona uma Internet de um mega que puxa baixa para todos os computadores sen o para carregador o v deo em todos os computadores vai demorar muito A velocidade baixa Penso que se a escola investisse como em escolas de S o Paulo fizesse o teste nas salas de aula l se paga cem reais por uma Internet de velocidade de 300 megas de velocidade No Jap o voc tem 20megas por cinquenta reais Aqui se paga muitos impostos Outra contribui o foi do jovem JI 15 masculino que diz h diferen as de projetos e investimentos Diferen a de cultura de educa o e de tudo Um outro jovem JF 14 masculino traz o coment rio no Jap o pode ver que o interesse dos alunos muito diferente A jovem JK 14 feminino diz no Jap o um pa s de primeiro mundo Out
201. r perto ou longe em todo lugar A juventude marinheira de primeira viagem compreendida como um tempo de constru o de identidades e de defini es dos projetos de vida e de futuro Por isso a fase mais marcada por ambival ncias na qual o jovem vive uma contradit ria conviv ncia entre a subordina o fam lia e sociedade e ao mesmo tempo possui grandes expectativas de emancipa o Nesse sentido a juventude a fase em que o ser humano desabrocha para a autonomia a transi o para o mundo adulto no qual se pode ser protagonista ou seja ser ator principal da pr pria vida e pertence a todas as pocas e lugares Ser jovem portanto um evento universal Cabe frisar que defini es sobre inf ncia juventude e maturidade foram ganhando conte dos contornos sociais e jur dicos ao longo da hist ria entre disputas econ micas e pol ticas conven es culturais e regras socialmente constru das que determinam quando como e por meio de quais aspectos as sociedades reconhecem as passagens entre essas fases da vida Diferentes culturas admitem que as pessoas est o tornando se adultas em idades variadas Por exemplo a tradi o judaica considera como adultos os homens aos 13 e as mulheres aos 12 anos a partir de uma cerim nia de transi o No entanto os jovens cat licos de ambos os sexos geralmente recebem o sacramento da Crisma na adolesc ncia em diferentes idades conforme as tradi es locai
202. r dos limites postos pelo ambiente e pelas rela es sociais uma intera o social na qual o indiv duo n o se sente ligado aos outros apenas pelo fato de existirem interesses comuns mas sobretudo porque esta a condi o para que possa reconhecer o sentido do que faz e afirmar se como sujeito de suas a es BRASIL 1998 p 108 Nesse sentido s o as intera es sociais promovidas pela escola pelas comunidades sociais de interesses que se desenvolvem no ambiente escolar quelas que mais propiciam n o somente o estar com como tamb m o reconhecimento de si das afeta es recebidas dos sentidos das pr prias a es das consequ ncias associadas s pr prias escolhas e do tecido social subjacente s mesmas s o enfatizados enquanto pr requisitos para o acesso e uso devido da informa o Segundo Castells 2006 p 231 93 a informa o poder A comunica o contrapoder E a capacidade de mudar o fluxo de informa o a partir da capacidade aut noma de comunica o refor ada mediante as tecnologias digitais de comunica o real a substancialmente a autonomia da sociedade com respeito aos poderes estabelecidos o que quer dizer que a reapropria o por parte da sociedade do fruto de sua criatividade conta agora com meios poderosos Internet redes globais de comunica o acesso informa o em c digo aberto processos de coopera o m ltipla comunica o m vel E tudo i
203. r nos diante da programa o e pensar sobre ela indagar e at desvi la Somos capazes de inferir at na programa o da que somos resultado A voca o humana a de saber o mundo atrav s da linguagem que fomos capazes de inventar socialmente nos tornamos capazes de desnudar o mundo e de falar o mundo S podemos falar do mundo porque transformamos o mundo e o processo n o poderia ser ao inverso Neste sentido a linguagem n o s ve culo do saber sen o que saber N o se pode compreender a vida hist rica social e pol tica dos homens fora dele e da necessidade de saber um processo que acompanha a vida individual e social das pessoas no mundo com sua politicidade Isto tem a ver com a forma de estar sendo no mundo o saber fundamental continua constituindo a capacidade de desvendar a raz o de ser do mundo e este um saber que nem superior nem inferior aos outros saberes sen o que um saber que elucida que desoculta ao lado da forma o tecnol gica Nesse contexto al m da import ncia da a o pol tica do indiv duo este deve apresentar atitudes que envolvem n o apenas o saber t cnico e cient fico mas a heran a da criticidade para discernir entre uma democr tica do que aprender e imposi o de saberes para a dialogicidade Segundo Bordieu 1999 apud Coelho 2003 existe outro tipo de capital que s vezes pode ser transformado em capital econ mico embora tamb m possa se opor
204. r o uso da Internet para a aprendizagem uma valoriza o da cultura e identidades juvenis A hip tese eixo desta pesquisa o uso da Internet em sala de aula ao utilizar ferramentas da cultura juvenil aproxima aluno ao conte do e indiretamente ao professor 1 3 A ABORDAGEM DO DISCURSO DOS JOVENS A ESCOLHA DOS SUJEITOS E DAS QUEST ES FOCALIZADAS PARA A ANALISE DO DISCURSO Ao analisar as respostas dos grupos focais Grupo Focal 1 e Grupo Focal 2 para uma melhor compreens o do objeto de estudo a Internet como Tecnointera o e procurando 45 buscar mais informa es sobre a aprendizagem e a intera o dos jovens feita na Internet houve a necessidade da aplica o de mais um Grupo Focal com a diversidade de g nero jovens dos sexos masculino e feminino Dada a import ncia de encontrar as respostas em prol da elucida o da investiga o da pesquisa um novo roteiro de quest es foi feito Para tanto foram selecionados doze jovens nas turmas dos 9 s Anos e nas turmas das 1 s e 2 s S ries do Ensino M dio Vale salientar que de cada turma foram escolhidos um jovem do sexo masculino e um do sexo feminino que se colocaram espontaneamente para participar dessa nova coleta de dados para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte Outra observa o pertinente a ser relatada diz respeito escolha do ambiente para a aplica o desse novo Grupo Focal O momento foi feito em uma sala de encontro da escola para enf
205. r que a etnometodologia segundo Andr 2007 p 19 n o se refere ao m todo que o pesquisador utiliza mas ao campo de investiga o o estudo de como os indiv duos compreendem e estruturam o seu dia a dia isto procura descobrir os m todos que as pessoas usam no seu dia a dia para entender e construir a realidade que as cerca Cabe frisar o porqu do meu envolvimento com essa abordagem da pesquisa qualitativa a etnometodologia na qual fui buscar informa es por meio da realiza o de mais uma coleta de dados com aplica o do Grupo Focal 4 com uma intencionalidade mais seleta para a escolha dos sujeitos no aspecto de uma melhor contribui o de informa es sobre a pr tica de educadores que foram marcantes na vida deles porque se aproximaram da cultura juvenil valorizando os detalhes de observa es de imagens imagens em movimento clips articulados com o conte do dando sentido aprendizagem destacando a aproxima o do planejamento com detalhes de sensibilidade afetividade e sentimento de pertencimento no 44 processo de aprender Al m disso procurei identificar as situa es que tamb m n o foram boas porque se afastaram do ideal de aprendizagem que motiva e incentiva os alunos a se envolverem na apreens o do conte do curricular Recentemente na ltima semana do m s de junho de 2008 a emissora de TV Rede Globo apresentou uma s rie de reportagens sobre a rela o professor alun
206. rando o zapping de atitudes isto localizar os segmentos mais desejados pelos anunciantes profissionais jovens classe m dia urbana etc Por isso a televis o j procura a alternativa de novas fontes de financiamento E a encontra no telefone celular a grande alternativa para a Internet O zapping que a troca de canais r pida feita com o movimento do controle remoto tamb m muito utilizado pelos jovens em m sicas jogos online em links de informa es e p ginas da Internet como reflexo do mundo atual globalizado imediatista de espet culos e not cias instant nea e de ltima hora Neste aspecto a contribui o dessa realidade para o processo ensino aprendizagem de conte dos escolares a diversidade de informa es sobre determinado fato ocorrido e divulgado pela m dia em sua agenda di ria favorecendo assim a compreens o do fato por v rios cr ticos e n o apenas de uma forma tendenciosa quando s vista por um canal de comunica o e informa o Se muitos acreditam que o jovem critica s por criticar esse estudo de grupos de discuss es com adolescentes revelou que uma boa parte deles critica com base na sua cultura juvenil e teria contribui es a dar se fossem solicitados e ouvidos Muitos dos depoimentos observados dos adolescentes a respeito do uso da Internet indicavam opini es que estavam al m do entretenimento e da comunica o para focalizar preocupa es com o pr prio futuro
207. rante todas as minhas aus ncias Aos meus queridos Cicero Ricardo Alves de Brito companheiro e Ravi Assun o Alves de Brito filho pelo amor cumplicidade compreens o e est mulo pelas presen as tanto nos momentos de entusiasmo intelectual como tamb m na cria o de circunst ncias para aquecer a alma pela capacidade em transformar o dia a dia em momentos que me impressionam e me inspiram pelas suas alegrias id ias e vontade de lutar pela justi a humana mas tamb m viver a vida com entusiasmo e entretenimento que me faz sentir uma gratid o inomin vel de estar ao lado deles A Juliana Rocha de Azevedo da Costa que compartilhou muitas das inquieta es e questionamentos direta ou indiretamente relacionados ao meu trabalho e minha vida durante esse per odo de dedica o aos momentos em que tamb m pudemos criar as imagens ilustradoras da disserta o ouvir e falar de v deos e m sicas e sorrir como adolescentes tornando o mundo mais leve e descontra do A Narjara Medeiros de Macedo companheira de estudo em outros momentos de trabalho e amiga em quem tamb m pude descobrir uma irm na aprendizagem da paci ncia disponibilidade e fidelidade quando crescer parecia por demais dolorido Ao seu apoio colabora o nas leituras das escritas e palavras de est mulo frequentes nos momentos em que conciliar trabalho e estudos pareciam imposs veis A Hilanete Porpino que colaborou na corre o da L ngua Portuguesa que
208. ras aumentando as possibilidades de comunica o esta tamb m gera a centraliza o na produ o do conhecimento e do capital pois o acesso ao mundo da tecnologia e informa o ainda restrito a uma parcela da popula o no mundo Nesse contexto ainda h uma grande dist ncia entre os indiv duos que a dominam os que s o apenas consumidores e os que n o t m condi es nem de consumir pois n o t m acesso s novas Tecnologias da Informa o e Comunica o Entretanto ter informa o n o significa ter conhecimento Se por um lado o conhecimento depende de informa o por outro a informa o por si s n o produz novas formas de representa o e compreens o da realidade A forma como cada indiv duo participa dos processos comunicativos varia em fun o da rela o que estabelece entre as novas informa es e as suas estruturas de conhecimento da capacidade de analisar e relacionar informa es e de uma atitude cr tica frente fonte de informa es Al m disso multiplicaram se os instrumentos de comunica o e enorme a quantidade de informa o dispon vel No entanto o fato de uma enorme quantidade de informa o n o garante a qualidade desta Em torno das sofisticadas tecnologias circula todo tipo de informa o atendendo finalidades interesses fun es bastante diferenciadas O dom nio da tecnologia s faz sentido quando se torna parte do contexto das rela es entre homem e sociedade Assim
209. rederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 81 98 MEIS Leopoldo Ci ncia Educa o e o conflito humano tecnol gico 2 ed rev e ampl S o Paulo SENAC 2002 126 MELLO Roseli Rodrigues Um di logo sobre a rela o dial gica em sala de aula In FRANCHI Egl Org A causa dos professores S o Paulo Papirus 1995 MI GE Bernard Pensamento Comunicacional Petr polis RJ Vozes 2000 MORAN Jos Manuel Como utilizar a Internet na Educa o Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0100 19651997000200006 gt Acesso em 24 maio 2008 MORGAN David L Focus group as qualitative research Newbury Park Sage Publication 1988 Qualitative Research Methods Series 16 MORIN Edgar Cultura de massa no s culo XX neurose Tradu o Maura Ribeiro Sardinha 9 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 v 1 Cultura de massa no s culo XX necrose Tradu o Agenor Soares Santos 3 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2003 v 2 Os sete saberes necess rios educa o do futuro S o Paulo Cortez Bras lia Unesco 2002 MUSSO Pierre Ciberespa o figura reticular da utopia tecnol gica In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 191 224 OLIVEIRA Pedro Pau
210. rmidade com a Lei Federal n 9 394 de dezembro de 1996 nova Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional em seu T tulo V Dos n veis e das modalidades de Educa o e Ensino Artigo 22 assim se expressa a educa o b sica tem por finalidades desenvolver o educando assegurando lhe a forma o comum indispens vel para o exerc cio da cidadania e fornecer lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores BRASIL 1997 p 13 Nessa perspectiva a escola apesar de suas contradi es e limites hist ricos assume o car ter de espa o privilegiado de reflex o e viv ncia de todos que fazem parte da comunidade educativa especialmente crian as e adolescentes Os Par metros Curriculares Nacionais Introdu o dizem que todas as viv ncias no espa o escolar s o educativas e concorrem para os processos de constitui o da identidade dos alunos Na escola os alunos aprendem se s o ou n o dignos de respeito e valoriza o pela pr pria qualidade do espa o f sico que lhes destinado e do cuidado na organiza o e no funcionamento escolar Esse aspecto atinge a todos os alunos de uma mesma escola Ao mesmo tempo a partir de uma certa imagem de aluno padr o a escola os classifica como adequados ou inadequados A imagem padr o contempla diversas dimens es de um padr o est tico performance nas avalia es Cada aluno desenvolve uma auto imagem de estudante mais positiva ou negativa constru d
211. ro jovem JM 15 masculino amplia dizendo tem at a educa o em sala por meio da transmiss o on line tipo teleconfer ncia Para motivar mais ainda este momento eu acrescento afirmando uma educa o dist ncia E o jovem JM 15 masculino afirma Outro jovem JC 14 masculino diz aqui em sala com o professor j a maior bagun a imagina sem professor N o temos cultura pra isso n o No entanto mais uma jovem JM 16 feminino contesta e o laptop aqui na escola isso se algu m disser que vai dar certo n o vai dar certo nunca Enquanto isso a jovem JK 14 feminino fala que aqui ningu m pode entrar na Internet pra todo mundo aprender mas ningu m faz isso vai logo para o orkut Algu m tem que fazer alguma coisa para orientar Risos 151 Numa tentativa de maior contribui o o jovem JM 15 masculino diz a situa o outra mas a Internet tem que melhor utilizado Isto instiga a jovem JK 14 feminino a dizer h uma diferen a de cultura de instala o de tudo e o jovem JM 15 masculino fala uma instala o a cabo e em rede e a jovem JK 14 feminino comenta no laborat rio com um pen drive tipo de dispositivo m vel para gravar arquivos com uma capacidade maior que disquete e CD ROM que voc pode colocar o v deo em todos os computadores Eu encerro quando a maioria dos jovens da pesquisa do grupo focal 4 concorda com a jo
212. s Do ponto de vista legal as idades formais da maioridade que marca o in cio da vida adulta tamb m variam de um pa s para outro pois a legisla o de cada pa s que define quando o adolescente torna se adulto No Brasil a legisla o confere ao adolescente maior de 16 anos a possibilidade de participar da vida 14 pol tica atrav s do voto mas essa participa o facultativa isto n o obrigat ria at os 18 anos Atualmente as linhas que assinalam as fronteiras entre a juventude e a idade adulta s o vagas e os jovens consideram a vida como algo inst vel flutuante em que a caracter stica principal a hibridez cultural que se manifesta num mesmo jovem em mais de uma ocasi o condutas que d o conta principalmente aos olhos dos adultos de uma verdadeira fragmenta o Isto se reflete inclusive no h bito de utilizar as novas tecnologias como por exemplo na programa o televisiva cuja mistura de video clip publicit rio e musical que possibilita o zapping o controle remoto ao telespectador jovem numa busca de novas e mais informa es entretenimento e consumo Apesar dos enormes esfor os desenvolvidos nos ltimos anos marcados por programas de reformas educativas e de melhoria da qualidade a realidade mostra que existem aspectos pendentes ou car ncias que afetam a educa o Podemos citar os Par metros Curriculares Nacionais que prop em mudan as na educa o brasileira na perspectiva de fa
213. s mas que se transforme em sabedoria numa valoriza o da cultura e identidades juvenis aproximando educa o Internet e consumo Dentre as constru es argumentativas formuladas a partir de ent o a pr pria Internet importante meio comunica o intera o e socializa o de sentidos e valores culturais na contemporaneidade p de ser observada sob uma tica diferente Se inicialmente as discuss es enfatizavam a quest o do descompasso do uso da Internet na escola e em outros ambientes as experi ncias dos jovens relativas a essas navega es sinalizaram que as novas tecnologias em muito t m contribu do na manuten o do poder de grandes corpora es mas o contrapoder a comunica o o di logo e a criticidade que se faz no uso consciente dos recursos midi ticos Desse modo considero que as culturas se constituem na intera o entre m ltiplas refer ncias e possibilidades de sentidos Canclini 1997 Bakhtin 1979 Se por um lado a l gica mercadol gica alimenta o consumo Ronsini 2007 Coelho 2003 Rocha 1995 e se apresenta como um discurso monol gico a diversidade de possibilidades apreciativas pelos sujeitos os jovens poss vel atrav s do estabelecimento de rela es com outros grupos de socializa o em que a forma o da cidadania seja possibilitada a partir da criticidade de escolhas e autonomia numa intera o em ambientes midi ticos Freire e Guimar es 2003 117 Lemos 2002 Castells 1
214. s supermercados shopping centers jardins bot nicos esta es de metr galerias de arte Tudo isso cria um verdadeiro labirinto onde muito f cil algu m se perder a menos que tenha um bom fio de Ariadne para de orientar E esta a palavra chave orienta o Se o professor abrir m o de seu papel de orientador da aprendizagem de seus alunos estar se responsabilizando pelo que vier a acontecer com eles ao tentarem atravessar esse labirinto que na verdade um grande campo minado Afinal n o falei em bombas s porque gosto de met foras exageradas Muito mas muito mesmo do que anda solto por a disfar ado de informa o n o passa na verdade de bombas de inutilidades modismos pseudo supersti es e futilidades Em conseqii ncia disso questiono Ser que a Internet no ambiente escolar est sendo otimizada para atender s novas exig ncias de comunica o e intera o da juventude contempor nea necess rio ressaltar que a atual sociedade constr i novas formas de media o que impulsionam para a constru o de conceitos que influenciam entre outras as a es de cada um como por exemplo a participa o a representa o a sociabilidade e a autonomia Dessa forma utilizo neste trabalho os conceitos de comunica o e media o enquanto categorias centrais para elucidar o car ter t cnico interativo de constitui o cultural e cidadania 1 1 A CONSTRU O DE UMA PROBLEM TICA
215. s uma vez que os di logos entre sujeitos em contexto de pesquisa e referencial anal tico se distribuem e orientam toda a discuss o e escrita Um aspecto fundamental a ser citado desde o princ pio a fundamenta o da pesquisa de campo com a t cnica de Grupo Focal adotada que faz parte da pesquisa qualitativa sendo utilizada no entendimento de como se forma as diferentes percep es e atitudes acerca de um fato pr tica produto ou servi os O Grupo Focal uma t cnica interessante ligada ao trabalho desenvolvido em Ci ncias Sociais e Humanas porque explica a imbrica o dos sujeitos da pesquisa Conforme Gatti 2005 p 67 o pr prio tipo de material que emerge nas discuss es id ias opini es modos de ver atitudes valores que s o evidenciados e processados num coletivo mostrando mudan as influ ncias rec procas acordos e desacordos que se produzem e se alteram ao longo da din mica do trabalho Nesse sentido esse tipo de coleta foi considerado adequado aos nossos prop sitos desde a pesquisa piloto que se ocupou de conhecer a vis o que os jovens tinham do uso da Internet na escola e investigar aquilo que mais atraiam no uso da Internet em suas resid ncias ou motivavam para acessar esse recurso em outros ambientes Basicamente o Grupo Focal pode ser considerado uma esp cie de entrevista de grupo embora n o no aspecto de ser um processo em que se alternam as perguntas do pesquisador e as respostas dos part
216. s alunos da turma 43 Observei que alguns adolescentes agem dessa maneira para obterem um senso de pertencimento cujas fofocas aproximam por essas afinidades dos indiv duos no grupo Al m disso tamb m para focar na popularidade de um profissional como aquelas comunidades N s adoramos fulano ou ainda Professor mais marcante citadas anteriormente uma audi ncia de comunica o e pertencimento Faz se importante ressaltar que foram as situa es citadas sobre o cotidiano escolar que me levaram ao envolvimento da etnografia no estudo da pr tica escolar Desse modo a pesquisa piloto passou por reconfigura es no olhar e na postura Conforme Andr 2007 p 41 por meio de t cnicas etnogr ficas de observa o participante e de entrevistas intensivas poss vel documentar o n o documentado isto desvelar os encontros e desencontros que permeiam o dia a dia da pr tica escolar descrever as a es e representa es dos seus atores sociais reconstruir sua linguagem suas formas de comunica o e os significados que s o criados e recriados no cotidiano do seu fazer pedag gico Diante dessas considera es pretendi entender como operam no dia a dia da escola os mecanismos de domina o e de resist ncia de opress o e de contesta o ao mesmo tempo em que s o veiculados e reelaborados conhecimentos atitudes valores cren as modos de ver e de sentir a realidade e o mundo Parece conveniente dize
217. s na e da Rede e isso constitui identidades Conforme se pode constatar uma forte identifica o da cultura juvenil na rede Internet um espa o de encontro com maior utiliza o no di logo por meio do chat bate papo orkut e listas de discuss es al m da exposi o de informa es id ias e imagens m sicas clips em sites como blogs orkut e youtube Tudo isso favorece forma o de h bitos de conviv ncia costumes e identidades em um jogo de conquista para o pertencimento do sujeito em um espa o social que o reconhece como igual 55 Segundo Turkle 1997 em troca recebemos o prazer da navega o Navegamos para ampliarmos o nosso self para deixar de ser eu e ser outro testando os nossos limites ou para nos conhecermos procurando uma unidade condensadora da nossa identidade e ampliando o seu espelho Diante dessas considera es pode se perceber que a navega o na Internet para a maioria dos jovens uma caracter stica da Cultura e Identidade Juvenis porque requer a navega o sistem tica em busca da amplia o do conhecimento de si do outro e a valoriza o do narcisismo que h na procura de reflexos de si no outro e vice versa De acordo com os Par metros Curriculares Nacionais PCN Introdu o Junto com seus iguais com seus amigos distante do controle mais estreito dos adultos consumindo ou produzindo cultura eles podem mais livremente manifestar suas d vidas e ang s
218. s possibilidades e necessidades desse estudo isto Que o melhor hor rio seria no contra turno ou depois da aula da manh em uns 30 minutos para tomar as decis es que os jovens que fizeram parte desta pesquisa teriam prioridade Falo mais sobre a id ia deles que ter uma aula para discutir isto o estudo de cuidar da m quina e do acesso desta na Internet Comento que a id ia ser um estudo individualizado ter no m ximo 25 jovens por grupo para que cada jovem ficasse em uma m quina e ter seu rendimento pr prio Elas novamente aceitam Conclu mos a pesquisa com este grupo o tempo foi encerrado E depois elas perguntam Podemos entrar na Internet E eu permito Pode 139 Transcri o da coleta de dados feita com O Grupo focal 03 em 2006 Sujeitos do Sexo masculino e Feminino com idade de 15 anos N Sujeitos Idade S rie N vel de Anos escolaridade 7 G 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 8 J 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 9 M 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 1t N 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 1 P 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio 1 T 15 feminino 15 1 S rie Ensino M dio Tabela 3 Grupo focal 3 composto de jovens do sexo feminino e masculino em 2006 Qual a import ncia da Internet na vida de voc s T 15 feminino Pra mim bom porque eu morava em Bras lia e um meio de falar com as pessoas que moram l e meu irm o ficou l Uso o MSN e o
219. s referidas nos par grafos antecedentes n o substitui mas d pra falar Nesse sentido a rede de computadores assim como o correio e o telefone vem se constituindo como um dos recursos para minimizar o isolamento do ser humano E importante ter presente que da oralidade aos e 2 O termo Ciberespa o tem sua origem em verbete dispon vel em lt http pt wikipedia org wiki Ciberespa4C3 A70 gt Acesso em 24 de maio 2008 61 mails a humanidade desenvolveu sistemas de comunica o que coexistem e s o mutuamente dependentes Assim como a escrita pressup e a linguagem oral que descreve e normatiza e n o foi capaz de substitu la o armazenamento e transmiss o de textos online dependem da escrita e n o ir o conden la ao esquecimento mesmo que doravante esta esteja mais do que nunca associada imagem Uma rede de transmiss o verdadeiramente universal de todos para todos em que o espa o virtual ou o ciberespa o supriria completamente a necessidade de um espa o real para a ocorr ncia de comunica o Neste sentido chamamos aten o dos professores para envolver mais a intera o dos jovens em sala de aula e em atividades extra classe propondo o desenvolvimento de atividades colaborativas de pesquisas sobre determinados temas da disciplina e a socializa o daquilo que foi pesquisado Neste aspecto ilustro com o discurso da jovem JK 14 feminino nesta pesquisa sobre a compara o da postura
220. shopping ou 34 em outro ambiente com acesso Internet para n o ficarem sem a rotina de sociabilidade via rede Conv m observar que as jovens desse Grupo Focal 2 ao serem questionadas sobre o custo de acesso Internet e o tipo de conex o de suas resid ncias a resposta da maioria das jovens foi que a Internet em suas casas pode ser utilizada 24 horas Uma outra jovem a AP 13 feminino diz l em casa a Internet discada E uma outra jovem a Y 15 feminino fala l em casa a cabo Percebo pelas respostas que elas t m no o do custo e do tipo dessas conex es suas limita es e benef cios mas mesmo sabendo desse custo acessam em todos os lugares poss veis porque n o s o pressionadas e nem s o questionadas pelas fam lias quanto ao custo que t m para esses acessos Dada a import ncia das opini es das jovens do Grupo Focal 2 para o uso da Internet na escola foi feita a pergunta o que voc s sugerem para que a escola adote como um diferencial no acesso a Internet A resposta da maioria dessas jovens do Grupo Focal 2 sugere a libera o para acessar o orkut Elas gritam vibram e riem Comento com elas as sugest es dadas pelo Grupo Focal 1 sobre a din mica e mudan a do uso do Internet na escola Chama a aten o o fato dessas jovens passarem boa parte desse momento da pesquisa aceitando as reflex es trazidas pelo outro Grupo sem demonstrar novas id ias nem contesta o al m de se deterem na euforia de
221. sificar seriar justificar concluir etc 1 possibilitar e incentivar atividades que envolvam pesquisa No entanto h uma controv rsia sobre o conceito de cidadania trazida pelos membros da Comiss o Internacional sobre Educa o para o s culo XXI e a refer ncia trazida por Paulo Freire j comentada anteriormente Neste aspecto as id ias no relat rio para a UNESCO compreendem que n o basta de fato que cada um acumule no come o da vida uma quantidade de conhecimentos de que possa abastecer se indefinidamente a saber a educa o deve transmitir de fato de formas maci a e eficaz cada vez mais saberes e saber fazer evolutivos adaptados civiliza o cognitiva pois s o as bases das compet ncias do futuro educa o cabe fornecer de algum modo os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e ao mesmo tempo a b ssola que permita navegar atrav s dele E antes necess rio estar altura de aproveitar e explorar do come o ao fim da vida todas as ocasi es de atualizar aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos e de se adaptar a um mundo em mudan a DELORS 1998 p 89 Segundo a Comiss o para poder dar resposta aos desafios que se colocam educa o esta se deve organizar em torno de quatro aprendizagens fundamentais que ao longo de toda a vida ser o de algum modo para cada indiv duo os pilares do conhecimento id ibid p 90 97 aprender a conhecer isto
222. smos resultados Em rela o ao material did tico argumenta que tamb m h necessidade de mais um rompimento porque estes s o fechados est ticos que permitem o controle da cogni o e da constru o de conhecimentos como se isso fosse poss vel Quanto ao professor prop e que deva voltar sua aten o para a criatividade como meio de aprendizagem e para o potencial do aluno em inovar a rela o educativa j que o docente tem amarras ideol gicas e contextuais que geralmente o impedem de faz lo A respeito dos alunos alerta que se estes se sentem pouco vontade com a forma como as rela es educativas v m sendo conduzidas o que traduzido na pr tica por um desinteresse sistem tico pela escola o mesmo parece acontecer com os professores sobretudo quando eles s o cobrados por gestores e coordenadores pais alunos e te ricos da educa o para assumirem posturas docentes para as quais eles n o foram preparados No entanto em observa es nesta pesquisa os professores demonstram interesse e vontade de inovar mas est o de m os vazias sem instrumentos te ricos e emp ricos para isso de modo que o uso da Internet ainda bastante limitado e aqu m das possibilidades desse ambiente midi tico como meio de comunica o e informa o Nessa expectativa uma proposta de forma o continuada que atenda essas necessidades parece ser bem vinda para os professores pelo fato de ter representa es individuais extr
223. so em 13 jul 2008 KELLNER Douglas Cultura da m dia e triunfo do espet culo In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 119 147 KENSKI Vani Tecnologias e ensino presencial e a dist ncia Campinas Papirus 2003 KRUEGER Richard A CASEY Mary A Focus group a practical guide for applies research 3 ed London Sage Publications 2000 MACEDO Narjara Medeiros A aprecia o musical infantil aspectos da constitui o da inf ncia contempor nea no discurso de crian as do Ensino Fundamental 2005 234f Disserta o Mestrado em Psicologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal 2005 MACHADO Arlindo Hiperm dia o Labirinto como Met fora In DOMINGUES Diana Org A Arte no S culo XXI a humaniza o das tecnologias S o Paulo UNESP 1997 p 144 154 MACHADO Nilson Jos Ensaios transversais cidadania e educa o S o Paulo Escrituras Editora 1997 MAIA Lerson Fernando dos Santos OLIVEIRA Marcus Vin cius de Faria Trabalhos Acad micos princ pios normas e t cnicas Natal CEFET RN 2006 MATTELART Armand MATTELART Michelle Hist ria das teorias da comunica o 10 ed S o Paulo Edi es Loyola 2007 MATTELART Armand Para que nova ordem mundial da informa o In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos F
224. sto a servi o de interesses e valores que s o debatidos modificados e decididos com autonomia crescente pelos atores sociais Assim a nfase da discuss o assume o rumo da forma o do jovem para sua participa o cr tica na rede comunicacional na escolha de seus consumos e na sua atua o na realidade A se o seguinte do presente trabalho dedica maior aprofundamento nesse assunto 3 2 CIDADANIA EDUCA O E LEITURA DE MUNDO O PAPEL DA ESCOLA NA CIRCULA O EM AMBIENTES MIDI TICOS A forma o da cidadania um trabalho permanente de cria o recria o de inven o e reinven o de institui es atrav s das quais o indiv duo exerce essa autonomia pertinente afirmar que s o as institui es que comp em a defini o dos direitos da cidadania mas em alguns recortes isso aparece como um exerc cio individual mesmo que na maior parte dos casos s tenha visibilidade como um exerc cio que se d atrav s de institui es Ent o fundamental pensar essa tens o de uma sociedade constitu da por cidad os que tenham a plena consci ncia de sua autonomia enquanto indiv duos enquanto pessoas e que as institui es coletivas ser o pouco capazes de oferecer essa autonomia Segundo Aur lio 2001 p 152 cidadania a condi o de ser cidad o em seu pleno exerc cio de direitos pol ticos Entretanto para essa compreens o o cidad o deve ter autonomia e este processo individual mediado por inst
225. t O 28 que voc s t m a dizer sobre isso f Qual a sensa o de vivenciar a chegada de mensagem na tela do seu computador Em cada Grupo Focal houve relatos significativos que na an lise desses discursos foram definidas as categorias a partir das opini es sobre as tecnointera es permitidas pela rede Web como 1 ritualidade e destempos dias da semana quantidade de horas de acesso di ria e semanal 2 acessibilidade dificuldades e limita es de acesso e custo de acesso 3 sociabilidade tipo de uso benef cios da comunica o 4 intera o servi os utilizados entretenimentos atualiza o de informa es softwares e aprendizagem conte dos de pesquisas e trocas de conhecimento e 5 cidadania socializa o de diferentes recursos e cuidados t cnicos para garantir a navega o A partir da aplica o t cnica de Grupo Focal em tr s grupos previamente selecionados por g neros e idades escolhidos intencionalmente para compreender as converg ncias e diverg ncias que h sobre o uso da comunica o mediada pela Internet ficou identificada a ritualidade a sociabilidade os destempos juvenis como aspectos mais significativos das opini es dos sujeitos a respeito daquilo que eles prop em de mudan as para o uso da Internet na escola para garantir o atendimento s necessidades de tecnointera es no ambiente escolar O discurso do Grupo Focal 1 formado por jovens do sexo masculino na faixa
226. ta es por parte dos usu rios 6 nas sociedades mais pobres n o existe condi o financeira para que os usu rios adquiram todas as novas tecnologias dispon veis no mercado Nessa perspectiva as tecnologias obedecem l gica do mercado mas a sociedade n o acompanha a rapidez do desenvolvimento tecnol gico que n o assimilado cultural nem politicamente Nesse sentido o destempo que h entre a realidade social e as inova es tecnol gicas o desajuste temporal entre um e outro est presente na educa o e na 106 comunica o Al m disso esse destempo entre o tempo midi tico e o real colabora para dar um ar de fic o vida real Nesse contexto tudo desde not cias at document rios s o vistos como sendo a mesma coisa devido o seu alto grau de realidade O distanciamento entre o que real e o que fic o se torna muito pr ximo Outro aspecto a observar nessa situa o o tempo que segundo Gom z 2006 p 95 enquanto a escola e a universidade t m hor rios fixos turnos determinados lugares certos exigem um tempo e hor rios espec ficos as novas tecnologias de informa o possibilitam o acesso a conte dos em qualquer lugar e hora sem deslocamentos f sicos Parece claro que o descobrimento de conhecimentos possibilitado pelas tecnologias da informa o serve de base para a constru o de novas redes de conhecimento Observa se ainda que a forma de ensinar e aprender foram
227. tados Unidos com 19 horas e 33 minutos por usu rio Em consumo de p ginas o internauta residencial franc s tamb m foi o que mais se aproximou do brasileiro abrindo 1 765 p ginas Isso faz crer que cada vez mais as pessoas est o participando da Cibercultura Resta saber que conte dos est o vendo e se a escola pode interferir neste consumo dos usu rios em fase de escolaridade A pesquisa foi publicada no site lt http www anacarmen com blog tag audiencia gt em 28 de maio de 2008 66 2 2 1 Cibercultura Hiperm dia Virtualiza o e Tecnointera o O termo cibercultura tem v rios significados mas se pode entender por Cibercultura a forma sociocultural que adv m de uma rela o de trocas entre a sociedade a cultura e as novas tecnologias de base micro eletr nicas surgidas na d cada de 70 gra as converg ncia das telecomunica es com a inform tica Nesse aspecto a cibercultura um termo utilizado na defini o dos agenciamentos sociais das comunidades no espa o eletr nico virtual Essas comunidades est o ampliando e popularizando a utiliza o da Internet e outras tecnologias de comunica o possibilitando assim maior aproxima o entre as pessoas de todo o mundo O termo se relaciona diretamente com a din mica Antropo social Econ mica e Filos fica dos indiv duos conectados em rede bem como a tentativa de englobar os desdobramentos que esse comportamento requisita L vy 1999 pp 127 130
228. tas quest es foram apresentadas pelos mesmos Contudo considerando minha inser o enquanto pesquisadora no ambiente investigado posteriores modifica es de coordenadas foram necess rias para a continuidade desse estudo Por esse motivo a op o de escrita do presente cap tulo segue essa mesma trajet ria discutindo o in cio da investiga o e os discursos levantados em suas intertextualidades apresentando o desdobramento de diversos acontecimentos envolvendo a tem tica problematizada no contexto de pesquisa e finalmente justificando as mudan as que se afiguraram nesse processo Al m disso a observa o 24 participante em um contexto de pesquisa no qual enquanto pesquisadora estou inserida justifica a op o de escrita nesse cap tulo em primeira pessoa do singular retratando a pertin ncia de envolvimento investigativo Na medida em que se sup e que o jovem n o meramente um objeto a ser reconhecido e se considera seu lugar enquanto sujeito de enuncia o a respeito de suas pr prias experi ncias a rela o que se estabelece de di logo permite possibilidades distintas de compreens o das experi ncias compartilhadas Nesse sentido utilizo os di logos dos jovens no decorrer de todos os cap tulos da pesquisa para ilustrar e suscitar a compreens o de cultura de cidadania de educa o dentre outros conceitos que os jovens apresentam Por esse motivo optei por omitir um cap tulo parte de an lise dos dado
229. te te rico vivenciais na base de pesquisa que tanto contribu ram para a defini o do quadro referencial da pesquisa e que muito me ajudaram no aprofundamento acad mico minha orientadora e professora Maria das Gra as Pinto Coelho pela dedica o e compet ncia neste processo de orienta o cedendo me grande parte da sua biblioteca particular para as minhas leituras e indicando me outras enviando me e mails quando n o era poss vel o encontro presencial para a motiva o sistem tica no processo da leitura e escrita e especialmente pela amizade sincera e intera es compartilhadas em po ticas reflex es de mundo professora Marta Maria de Ara jo pelas leituras cuidadosamente recomendadas na disciplina de Educa o Brasileira no 1 semestre do mestrado que me ajudaram na sistematiza o de aprofundadas leituras durante todo o per odo de mestranda e que marcaram muitas das reflex es aqui presentes Ao professor Francisco de Assis Pereira pela extrema organiza o nos detalhes de temas e planejamentos das aulas de Metodologia do Ensino Superior t o importante para o aproveitamento do tempo nas discuss es e intera es dos discentes dentro e fora da sala de aula por meio da organiza o dos semin rios tem ticos Aos professores Alda Maria Duarte Ara jo Castro e Ant nio Cabral Neto que por meio de semin rios e debates conduziram me s extremas discuss es na disciplina Fundamentos S cio Econ micos e Po
230. ter sticas peculiares que os tornam pessoal e coletivamente diferentes das crian as e dos adultos natural que esperem dos educadores uma educa o de acordo com as suas peculiaridades Nesse caso compreend los n o a nica maneira de auxili los e ajud los a lidar com suas contradi es mas um pr requisito fundamental que serve de condi o para viabilizar formas de atua o que sejam significativas e que contribuam para uma percep o mais acurada por parte do adolescente do seu papel no mundo percep o essa que pode levar cr tica e transforma o desse mundo Nos Par metros Curriculares Nacionais 100 encontramos uma observa o muito significativa sobre a import ncia de conhecermos as singularidades do aluno adolescente a saber uma reflex o sobre os alunos exige ir al m das caracter sticas et rias preciso considerar tamb m as diferentes situa es socioecon micas em que vivem as m ltiplas experi ncias em fun o das localidades em que residem as diferentes influ ncias tnicas e culturais as diferen as individuais BRASIL 1998 p 103 O olhar para al m das transforma es biol gicas e psicol gicas revela que as influ ncias sociais e culturais s o marcantes nas caracter sticas dos adolescentes e que em grande parte definem suas possibilidades e limita es na elabora o de projetos Nessa perspectiva o cotidiano da escola pode proporcionar aos adolescentes e
231. textualiza a juventude a cultura e identidades juvenis aborda os conceitos de adolesc ncia cultura identidade versus a l gica de identifica o bem como as culturas juvenis e a rela o do interdiscurso e intertextos Al m disso o tema embarcando na virtualidade apresenta os conceitos de cibercultura hiperm dia virtualiza o e tecnointera es imbricados em redes de interesses e comunidades virtuais dos jovens que adquiriram ao longo de sua inf ncia e adolesc ncia os cliques modernos t o presentes na juventude contempor nea e na constru o da sociabilidade e ritualidade na navega o de jovens nos ambientes midi ticos O Cap tulo 3 O Consumo da virtualidade media es e educa o Discute ideologia e consumo favorecido pela industria cultural Traz uma leitura de mundo e a fun o social da escola Aponta a partir da cr tica da pesquisadora com aporte te rico sobre o descompasso que h entre a legisla o que garante a necessidade da orienta o do uso da tecnologia pelos jovens na escola e aquilo que de fato acontece nas institui es questiona a fun o social da escola no mundo globalizado Para finalizar O Cap tulo Considera es Finais discute o processo de constru o questionamento e amplia o das dimens es te ricas investigativas e reflexivas que se constituem mutuamente neste trabalho Conclui enfatizando que o processo de pesquisa 17 mais do que uma busca de verdades a par
232. tias trocar conhecimentos buscar realizar seus desejos testar suas opini es experimentar novos comportamentos e atitudes Esse o espa o privilegiado pelos jovens para a elabora o de suas identidades e de seu modo de rela o com o mundo Em torno das atividades culturais os adolescentes e jovens adquirem e difundem informa es incluindo tamb m aqui a TV as revistas etc desenvolvem a imagina o e expressam suas quest es das convic es s d vidas mais profundas BRASIL 1998 p 117 Al m disso a busca por informa o por comunica o e por entretenimento s o outras caracter sticas do uso da Internet pelos jovens Um meio de comunica o que converge todas essas expectativas simultaneamente e portanto favorece o consumo de diferentes produtos pertinentes juventude como por exemplo jogos diversos inclusive online m sicas e clips para acessar ou para baixar salvar no computador imagens e fotos da ltima hora roupas produtos de beleza perfumaria e cal ados Al m de modelos de equipamentos e acess rios tecnol gicos rec m lan ados no mercado e ainda eventos musicais esportivos e culturais Ainda segundo os PCN Introdu o Boa parte da divers o dos adolescentes e jovens tem na m sica um dos seus principais elementos seja para ouvir para dan ar para cantar ou tocar A m sica est presente e acompanha quase todos os momentos de lazer seja 56 sozinho em casa no e
233. tiono todos voc s concordam E eles dizem que sim mas o jovem JI 15 masculino afirma evito clicar em qualquer mensagem e mantenho atualizado diariamente o antiv rus E eles concordam e dizem tem que estar atento A oitava quest o sobre o epis dio envolvendo professor aluno orkut h pouco tempo ocorreu um epis dio x envolvendo coment rios sobre os professores da escola Um grupo de alunos criou uma comunidade para avaliar professores e colegas O que voc s acham dessa atitude dos jovens de criar uma comunidade em um ambiente mesmo virtual que muitas vezes o professor ou o colega nem tem acesso e nem pode se defender das fofocas mexericos e cr ticas indevidas Dada a relev ncia da situa o o jovem JC 14 masculino revela a Internet um meio de comunica o que s vezes se resolve falar de professor Alguma coisa que uma vez eu escutei ah Vamos falar do professor tal quando ele d algum vacilo agente comenta na comunidade Assim volto a questionar o fato de criar uma enqu te s pra falar mal Esta situa o que eu pergunto entendeu A jovem JK 14anos f diz eu acho assim voc tem o direito de dizer Voc chegar todo mundo para um seu amigo e falar alguma coisa do professor Ficar malhando com a cara do professor Mas da deixar na Internet para todo mundo ver isto n o Outro jovem JM 15 masculino concorda mas na Internet n o Aquela jovem JK 14 feminino ampl
234. tir de referencial te rico e um levantamento de dados consiste na aprendizagem continuada do pesquisador por meio de mapas e b ssolas te ricas do saber questionar e dialogar com seus achados Essas considera es s o apresentadas com objetivo de contribuir para o debate a respeito do uso da Internet como tecnointera o no ambiente escolar algo t o recente em nosso cotidiano de forma interessante mas ainda n o valorizada pela escola Para tanto apresenta os desafios para vigorar as navega es traz as reflex es sobre as possibilidades de aplica o da Internet no processo formal ensino e aprendizagem de maneira comunicativa e de intera o por meio de chats blogs orkut entre outros sites de intera o e de relacionamento Nesse aspecto abre um leque de discuss es na busca de atender s necessidades de recursos para a aprendizagem da juventude contempor nea oportuno frisar que os Marujos experientes que deram suporte sinaliza o da Rota escolhida foram Manuel Castells Pierre L vy Ven cio Arthur de Lima Nestor Garcia Canclini Jes s Martin Barbero Guilherme G mez Orozco Paulo Freire Carles Feixa Elisabete Maria Garbin Bernardete Angelina Gatti David Lee Morgan Mikhail Bakhtin Jo o Bosco L cia Santaella Marli Eliza Dalmazo Afonso de Andr Amon Alberto Mascarenhas de Andrade e Maria das Gra as Pinto Coelho os quais indicaram o caminho ensinando a refletir sobre as sutilezas desse mundo
235. to s fontes legitimadoras das aprendizagens Antes o livro que o professor trabalhava na sala de aula tinha a ltima palavra Agora a ltima imagem est na tela e a ltima palavra quem tem s o os sujeitos audi ncia e seus olhos Se vejo na tela acredito ver dico se n o vejo posso duvidar e desconfiar A vis o ent o torna se legitimadora do que passa por ela sem se importar se isso ver dico valioso intelig vel estruturado ou simplesmente banal falso manipulador ou distorcido enquanto produto necess rio de representa es Nesse aspecto de sujeitos audi ncia os jovens tamb m s o influenciados e est o cada vez mais valorizando a imagem Assim eles come aram a produzir suas fotos ou fotos registros do seu contexto social feitas por meio das m quinas digitais e celulares para public las em suas comunidades sociais orkut uma forma de manter sua exposi o atualizada como espet culo como produto de representa es da vida em movimento em constantes atualiza es novidades quase que diariamente Nessa perspectiva Vilches 2006 p 158 comenta que a migra o da fotografia anal gica para a digital sup e uma verdadeira revolu o do tempo de recep o que tem efeitos diretos sobre uma nova concep o do valor de uma imagem A incorpora o das tecnologias digitais sup e a passagem da rela o temporal da fotografia com a realidade a uma rela o temporal baseada exclusi
236. to mais uma arena onde diariamente se digladiam tradi o e novidade onde a pessoa humana se cria e recria medida que constr i sua hist ria Nesse sentido pode se dizer que aqueles que t m acessos informa o e comunica o est o fazendo uso de espa os p blicos que os favorecem a uma forma o pessoal diferenciada e independente dos diferentes ambientes escolares Nessa perspectiva entende se por espa o p blico segundo Habermas apud Linhares 2006 p 166 como a esfera de pessoas privadas reunidas em p blico o lugar na acep o geogr fica da palavra onde se desenvolve o exerc cio de tornar p blico publicar id ias conceitos vontades at ent o privadas de grupos diante de problemas e situa es comuns a todos principalmente no que se refere aos assuntos de poder e da ger ncia da coisa p blica 105 Nesse contexto a ritualidade de tornar p blico de coletivizar id ias e opini es a ger ncia do comum a todos e principalmente as possibilidades legais de participa o forma se importantes passos para que os jovens se tornem mais interativos nas rela es comunicacionais intensificadas com base nos novos suportes tecnoinformacionais que devem ser utilizadas por esses novos atores sociais participativos em seus grupos Segundo Linhares 2006 p 170 a Internet coloca se como um espa o que pressup e uma subjetividade intersubjetivamente estabelecida processual e se p e em p
237. tras reas do conhecimento relevante a contribui o do verbete constru do colaborativamente na enciclop dia virtual Wikip dia citada anteriormente multiling e online Segundo os colaboradores da enciclop dia Wikip dia o verbete virtual Em Pedagogia frequente o uso de virtual na designa o de sistema de colabora o em rede Como em ambientes virtuais de aprendizagem por exemplo Em inform tica muito usado para designar sistemas de anima o tridimensional em tempo real realidade virtual Virtual tamb m um termo usado largamente para designar qualquer relacionamento mediado por redes de computador A m dia de inform tica principalmente ajuda a popularizar a virtualidade porque uma palavra que sempre chama aten o est sempre ligada a novas tecnologias e ao modismo tecnol gico diante da defini o na percep o pedag gica que designa o termo como sistema de colabora o em rede que tem se o foco deste trabalho Para tanto procura se compreender atitudes e escolhas dos jovens envolvidos nesse meio midi tico que a Internet favorece em seu processo de escolhas hipertexto redes sociais de interesses e as tecnointera es O hipertexto o termo que remete a um texto em formato digital ao qual agregam se outros conjuntos de informa o na forma de blocos de textos imagens ou sons cujo acesso se d atrav s de refer ncias espec ficas denominadas Ahiperlinks ou simplesmente links
238. trole remoto na m o zappeando o mundo Os jovens da pesquisa disseram isso j citado anteriormente ao chegar em casa acessam a Internet no orkut no MSN em seu jogo online preferido tudo ao mesmo tempo passando de um para outro quando quiserem E estudam inseridos nesse caos N o consigo fazer uma coisa de cada vez v o abrindo novas Janelas sem fechar as outras acompanhando o conte do de v rias p ginas simultaneamente 2 3 SOCIABILIDADE E RITUALIDADE DA NAVEGA O EM AMBIENTES VIRTUAIS As novas tecnologias criam novas necessidades Nesse sentido as mudan as tecnol gicas sup em transforma es nas pr ticas sociais das quais se destacam a sociabilidade e a ritualidade Nesse contexto G mez 2006 p 87 88 afirma que por sociabilidade deve se entender o conjunto de negocia es que os atores sociais realizam entre referentes e os outros atores no processo comunicativo e de gesta o de significados As pr ticas comunicativas geram h bitos e promovem regularidades que os atores sociais desenvolvem s vezes at de maneira automatizada na medida em que interiorizaram comportamentos e modelos ou padr es de rea o diante das refer ncias comunicativas s vezes o mais dif cil de modificar s o precisamente esses costumes coletivos e individuais frente s refer ncias informativas midi ticas e n o midi ticas que s o as que sustentam o que aqui entendo como ritualidade comunicativa Processos
239. tuais rumo a uma pedagogia cr tica da aprendizagem Porto Alegre Artes M dicas 1997 270 p G MEZ Guilherme Orozco Comunica o Social e mudan a tecnol gica um cen rio de m ltiplos desordenamentos In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 81 98 GOMEZ Margarita Victoria Paulo Freire Re Leitura Para Uma Teoria Da Inform tica Na Educa o Dispon vel em lt br buscaeducacao yahoo com mt margarita pdf gt Acesso em 24 de mai de 2008 HALL Stuart Quem precisa de identidade In SILVA Tomaz Tadeu Org Identidade e diferen a a perspectiva dos estudos culturais Petr polis Vozes 2000 p 103 133 INDURSKY Freda De ocupa o invas o efeitos de sentido no discurso no sobre o MST In INDURSKY Freda FERREIRA Maria Cristina Leandro Orgs Os m ltiplos territ rios da an lise do discurso Porto Alegre Sagra Luzzatto 1999 p 173 186 SOUZA Solange Jobim e BAKHTIN Mikhail Walter Benjamin polifonia alegoria e o 124 conceito de verdade no discurso da ci ncia contempor nea In BRATT Beth Org Bakhtin dialogismo e constru o do sentido Campinas SP Editora da Unicamp 1997 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cient fica 6 ed S o Paulo Atlas 2005 LE O Lucia O labirinto da hiperm dia S o Paulo Iluminuras
240. ua portuguesa do 8 ano do Ensino Fundamental uma retrospectiva dos melhores momentos da escola em 2007 Quanto produ o da hist ria em quadrinhos o que foi interessante que motivou os jovens nessa atividade foi diversidade de recursos utilizados por eles e a produ o em grupo na qual cada dupla poderia escolher a atividade a realizar para a produ o da hist ria Assim os integrantes do grupo realizavam atividades diversificadas como por exemplo a elabora o do enredo da hist ria do contexto dos personagens dos di logos entre estes e dos efeitos de mudan a de cen rios Para isto foram feitas pesquisas de imagens na Internet adapta es destas em software de manipula o utiliza o da ferramenta Wordart do editor de textos para os efeitos de t tulos no in cio da hist ria nas mudan as de cen rios e ou para causar suspense no final da hist ria Toda essa elabora o foi importada levada para o programa de produ o das hist rias em quadrinhos Outra atividade muito importante para os alunos da escola campo de pesquisa foi a produ o do v deo uma grava o feita com os alunos do 6 ano do Ensino Fundamental desenvolvido por outra profissional dessa s rie a partir da leitura e interpreta o do paradid tico O mist rio de Feiurinha Mas nessa produ o os alunos n o utilizaram a Internet Nesse destaque foram os alunos da 1 s rie do Ensino M dio que utilizaram a Internet como recurs
241. ualquer outra mais conte do articulado com recursos adequados para ampliar os conhecimentos No que tange a sexta quest o que voc acha da aprendizagem na escola que envolve recursos na Internet Os sujeitos da pesquisa d o outras contribui es como por exemplo a jovem JK 14 feminino diz surpreendente a diferen a por exemplo daquela atividade deu pra diferenciar pra aprender bastante coisas sobre o assunto terremoto com o Professor de Geografia aquilo que ele mostrou beleza e um outro jovem JM 14 masculino complementa o professor desenha super mal E neste momento todos riem Na busca de ampliar o acesso s exig ncias da sociedade do s culo XXI a jovem JL 14 feminino diz mas importante que tenha esse contato com a Internet porque por exemplo se voc pega um adulto que ele n o teve o contato com a Internet Pra aprender quase imposs vel o contato com o teclado E se voc comparar que desde crian a a pessoa que teve o contato com o teclado e isso importante porque em qualquer empresa mesmo que n o seja da inform tica quer a pessoa que tenha este contato 147 Conforme ressaltado o jovem JC 14 masculino ressalta sobre o aquecimento global foi muito bom ver como acontece Eu n o sabia o que era isso visto com imagens na Internet deu pra aprender Com o intuito de ampliar o uso do recurso para outras disciplinas aproveito e questiono Que outra disciplina voc
242. ue e ficamos sabendo de todas as d vidas dos outros colegas e das respostas que o professor deu a cada Nesse aspecto a valoriza o deles 146 no compartilhamento de experi ncias e de buscas ou amplia o dos conte dos sob a orienta o do professor al m do ambiente de sala de aula Para instigar a contribui o dos outros jovens nessa discuss o da quest o lembro de uma atividade na disciplina de Geografia em que o professor abordou os recentes terremotos na China e na Indon sia os quais aconteceram no final do m s de maio deste ano de 2008 Posto isso a jovem JK 14 feminino revela eu achei til Ningu m agiienta mais a cara do professor fala fala ao inv s de inventar alguma coisa diferente na Internet mesmo ou um datashow um neg cio diferente Eu questiono se todos concordam e o jovem JM 14 masculino afirma sim acho que at por isso que os alunos n o se interessam pelas aulas porque ningu m agiienta mais Se o professor mudasse uma aula por semana um outro jovem JL 16 masculino diz eu n o dormia tanto na aula e uma outra jovem JB 15 feminino fala que se o professor mudasse uma aula por semana todo mundo ia aprender mais Enquanto isso um outro jovem JM 14 masculino critica o professor leva o laptop pra aula para sair da aula mon tona se ele colocasse uma aula da Internet para poder acessar ia passando Uma aula mais din mica Percebo que os alunos n o querem q
243. ue diz que mais importante ter aula pela proximidade do vestibular que ir ao laborat rio de inform tica Outra jovem sugere tirar uma aula da disciplina de Religi o que ela considera que n o importante Outra diz que deveria ter aulas no contra turno marcando ou reservado o hor rio no laborat rio O hor rio que o professor traz para fazer o trabalho n o d tempo Sugerem que deve colocar uma aula de inform tica E mais necess rio que tenha mais aula de inform tica agora porque daqui a dois anos ser o pr vestibular e ningu m vai vir para o laborat rio Atualmente o laborat rio n o utilizado com as turmas do 3 ano pr vestibular pelo volume de conte dos e as aulas s o mais expositivas e corre es de listas de exerc cios e aulas expositivas com exemplos de simula es de conte dos que envolvem a pr tica nas disciplinas de Biologia Geografia F sica e Qu mica Outras jovens retornam a sugest o de colocar aulas no contra turno Vamos supor marcar hor rio Segunda tem tal s rie ter a outra e assim Como tem dois dias de Educa o F sica e quase ningu m faz poderia ter um dia de Educa o F sica e a outro dia seria da Inform tica Falo que atualmente as turmas da Educa o Infantil at ao 5 ano do Ensino Fundamental t m uma aula por semana toda semana O que elas fazem Existe um planejamento normalmente feito com a equipe de inform tica e professores da sal
244. ue o autor chama de uma intelig ncia coletiva privilegiada pelas tecnologias de informa o que permitem aos grupos sociais compartilhar conhecimentos e apont los uns para os outros Nessa rela o de aprendizagem coletiva um jovem da pesquisa JF 16 masculino refere se experi ncia do professor de F sica que criou um blog para cada turma da escola campo de pesquisa socializar informa es a respeito dos conte dos Ele tamb m faz muitas aulas com o Datashow e n o precisamos copiar tudo vai pra l o blog da turma E temos um espa o de coment rios e d vidas socializado sobre a mat ria dada Uma outra jovem JM 16 feminino complementa falando sobre como importante a rela o professor aluno na constru o desse conhecimento explicando se tiver alguma d vida o professor tamb m responde e tira as d vidas da sala pelo blog atendo mesmo neste espa o fora da sala de aula todas as d vidas sobre o assunto dado presencialmente Al m disso a no o de socializa o e compartilhamento desse conhecimento tamb m algo em destaque pelo jovem JL 16 masculino quando diz e ficamos sabendo de todas as d vidas dos outros colegas e das respostas que o professor deu esclarecendo ainda mais o assunto da disciplina Tais coment rios poderiam ser interpretados sob a tica da comodidade dos alunos em uma n o assimila o individual dos conte dos em sala de aula 63 Contudo o m rito que esses jovens atribuem inici
245. ui buscar as situa es que foram significativas para os jovens que ajudaram na aprendizagem 8 H pouco tempo ocorreu um epis dio envolvendo alunos e professores em que os alunos faziam coment rios indevidos sobre os professores da escola O que voc s acham dessa atitude dos jovens Dando continuidade s investiga es e registro das discuss es para a posterior an lise questionei se naquela situa o de conflito aluno professor este grupo de jovens apoiaria ou n o aquelas atitudes 9 Considerando que a Internet pode ser uma ferramenta para a 46 aprendizagem e para as rela es que sugest es voc s dariam para o melhor uso na escola Essa quest o foi para obter contribui es dos jovens para o uso da Internet no ambiente escolar no apoio assimila o dos conte dos curriculares e para a melhor praticidade e potencialidade desse recurso na escola Faz se necess rio caracterizar os sujeitos para a refer ncia nas respostas do roteiro de quest es Nesse aspecto foi colocada a letra J antes das letras iniciais dos nomes dos sujeitos e a designa o masculino ou feminino para a defini o do g nero dos participantes do Grupo focal 4 para diferenciar dos jovens da pesquisa piloto em 2006 dos Grupo Focal 1 Grupo Focal 2 e Grupo Focal 3 Em seguida ver Tabela 4 Grupo Focal 4 N Sujeitos Idade Anos S rie N vel de escolaridade 1 JC 14 masculino 14 9 Ano Ensino Fundamental 2 JK 14 feminino 14 9
246. um determinado professor a que eles querem falar bem ou falar mal Segundo Oliveira 2004 p 266 267 42 as viv ncias interacionais produzem consensos e nesse sentido aproximam se das diversas formas de comunica o para a conforma o sendo uma linguagem em que estruturas de comportamento se reproduzem atrav s de modelos reiterados em v rias inst ncias de express o simb lica Funcionam tamb m como forma de controle social a partir da reitera o de prescri es assumidas como leg timas e adequadas e assim aproximam se de outras formas de controle social como por exemplo a fofoca e o mexerico As fofocas e mexericos p em em a o o poder de modela o coletiva junto opini o de cada agente que nunca fruto de uma mera especula o solit ria e apartada dos demais As opini es formam se no mbito de uma troca de id ias realizada em conjunto dentro de um grupo no qual os agentes exercem uma press o consider vel uns sobre os outros para que todos se conformem imagem social da comunidade nas falas nas condutas e nos comportamentos Merece ressaltar que nesses relacionamentos virtuais h uma necessidade dos jovens em fazer v nculos de intimidade e cumplicidade O autor destaca o papel da fofoca na integra o de comunidades ou grupos estreitamente unidos Ao destacar estere tipos negativos constru dos como oposto do ideal de pessoa honrada refor a se e tende a afastar os agentes dos co
247. utir no campo da educa o Isto por um lado ruim porque enquanto a escola ainda n o tem ferramenta ao seu favor n o utiliza e ensina a utilizar de forma mais cr tica e com responsabilidade social Essa situa o faz da escola um campo privilegiado de observa o no qual a defasagem da cultura escolar inclusive a cultura acad mica fechada nas universidades para a cultura juvenil gritante e diz respeito tanto s quest es ticas conte dos mensagens quanto aos aspectos est ticos imagens linguagens modos de percep o pensamento e express o e essa defasagem torna ainda mais claro o porqu do impacto das Tecnologias de Informa o e Comunica o na Cultura Juvenil Assim a tecnointera o ao interferir nos 72 modos de perceber o mundo de se expressar sobre ele e de transform lo modifica o pr prio ser humano em seus h bitos relacionamentos e rede de interesses 2 2 2 Redes de interesses e comunidades virtuais As redes s o sistemas organizacionais capazes de reunir indiv duos e institui es de forma democr tica e participativa em torno de objetivos e ou tem ticas comuns que se estabelecem por rela es horizontais interconexas e em din micas que sup em o trabalho colaborativo e participativo As redes se sustentam pela vontade e afinidade de seus integrantes caracterizando se como um significativo recurso organizacional tanto para as rela es pessoais quanto para a estrutura
248. v rias vers es da tabela peri dica e informa es individualizadas de todos os elementos WWW no Ensino de Qu mica Inorg nica Simulations simula es de algumas das rea es mais comuns Chemistry Web Internet Resources Experimental Chemistry curso experimental de qu mica org nica 1l As tecnologias interativas no ensino Dispon vel em lt http Awww scielo br pdf qn v2 1n6 2913 pdf gt Acesso em 24 mai 2008 10 InfoChem informa es sobre confer ncias com especial enfase nos peri dicos e s tios europeus O autor chama nos a aten o sobre os resultados mais recentes de trabalhos publicados em papel e ou via eletr nica mostrando que fundamentalmente informa o n o conhecimento ou seja acesso informa o n o produz um estudante bem educado Apresenta dois tipos de informa es na Internet que podem ser utilizadas no processo de ensino aprendizagem uma o que j est dispon vel na Internet e a segunda o que voc pode publicar na rede atrav s de uma home page individual O resultado pode ser muito gratificante para o aluno e para o professor ao ver que seu trabalho est sendo lido criticado e usado por outros Al m disso Ferreira 2008 comenta que s o uso das tecnologias como ferramentas n o ser suficiente para dar boa continuidade ao processo de ensino aprendizagem Alguns fatos devem ser mencionados como por exemplo a atitude positiva dos professores frente a essas te
249. vamente no tempo de distribui o e na elimina o das barreiras do espa o 75 Em fun o da necessidade de garantir audi ncia em suas comunidades sociais os jovens apostaram nesses cliques modernos a fotografia digital de ltima hora para virtualizar os seus melhores momentos ou suas escolhas de imagens registras de situa es in ditas para o grupo de perten a Vilches 2006 pp 162 163 amplia essa discuss o quando afirma que para que a foto exista necess rio que algu m tenha estado presente ali Isto confere fotografia uma misteriosa efic cia e se torna uma refer ncia impl cita e obrigat ria de uma dupla presen a a do objeto fotografado que a foto garante que isso estava ali e a do fot grafo que tamb m estava ali e que viu como eu o vejo A digitaliza o concede no entanto uma margem de manobra ao fot grafo que sempre pode escolher controlar retocar e transmitir as imagens desde o mesmo lugar do acontecimento e em tempo real inclusive antes de acabar o evento A realidade supera o real e o digital permite atingir o ltimo est gio do xtase midi tico fabricando a imagem antes de que esta ocorra Isso posto fica enfatizado o valor da digitaliza o da fotografia como tamb m a manipula o e alcance que estas t m a partir da Internet Nesse sentido mais uma contribui o sobre o encantamento da imagem revelada na pesquisa feita com o Grupo focal 4 na qual uma jo
250. vem E assim eu repito O professor precisa usar a Internet na aprendizagem da forma que os jovens utilizam com clip m sica com imagens e bem articulada o conte do curricular para motivar a intera o dos alunos 152 ANEXO CONTRATO DE MATR CULA DE ALUNOS DO COL GIO 153 Par grafo Segundo As atividades escolares regulares ser o ministradas na escola em sala ou locais que o col gio indicar tendo em vista a natureza do conte do e da t cnica pedag gica necess ria sendo de responsabilidade do estabelecimento de ensino Quando se tratar de atividades em locais fora da escola poder acarretar nus relativo aos custos de transporte e outros para os pais ou respons veis somente estando o aluno apto a participar destas atividades mediante autoriza o expressa dos mesmos Par grafo Terceiro O final da presta o di ria dos servi os educacionais e da guarda do aluno dar se com a sa da do mesmo ap s a ltima aula final de atividades extra sala ou avalia o CL USULA 2 DAS OBRIGA ES DO CONTRATANTE A escolha da CONTRATADA de livre iniciativa dos CONTRATANTES os quais est o de acordo com o projeto pedag gico do Col gio que por sua vez est em sintonia com a Rede Salesiana de Escolas e seu material espec fico Par grafo nico No caso de o aluno n o poder participar de algum tipo de atividade esportivo recreativa o respons vel dever encaminhar dire o do Col gio requeriment
251. vem a JB 15 feminino acrescenta quele discurso dado pelo outro jovem sobre a valoriza o das fotos dizendo eu gostei muito das fotos da natureza vi muitas de flores e diferentes imagens da natureza Cada foto linda Gosto de imagens eu adorei este momento A jovem se refere ao projeto de L ngua Portuguesa desenvolvido na escola campo de pesquisa em que a professora da 1 s rie do Ensino M dio sugere a observa o das imagens da Web dispon vel no site lt www olhares com gt contendo fotos publicadas por diversos fotogr ficos amadores e profissionais organizada em categorias e ou temas Al m disso a jovem depois daquela coleta de dados da pesquisa procurou me no ambiente escolar para socializar o seu site de fotografias em que ela publica as fotos dos temas que ela mais gosta fam lia animais de estima o flores natureza e acess rios como sapatos brincos entre outras fotos de temas diversos pertinente dizer ainda que segundo Vilches 2006 p 167 A cria o de valor marca tamb m a televis o contempor nea Nesta nova era midi tica a publicidade est mudando rapidamente Porque deve competir com o zapping entre canais mas tamb m contra o zapping entre os meios interativos servi os la carte Por isso a publicidade est gt O site de fotografias da jovem JB 15 feminino dispon vel em lt http www flickr com photos babiiflores gt Acesso em 18 de junho 2008 76 procu
252. veros que os mestres em rela o a si pr prios Agora com rela o m dia propriamente procurar conservar uma certa juventude e conservar uma acuidade de ponto de vista em rela o ao que n o aspecto cr tico Face ao exposto o presente trabalho pode ser concebido n o como uma busca de respostas definitivas mas como um processo de aprender a perguntar e dialogar com adolescentes sobre suas experi ncias juvenis 119 REFER NCIAS ALMEIDA Patr cia Cristina Albieri de A pr tica pedag gica junto a alunos adolescentes as contribui es da Psicologia 1999 150 f Disserta o Mestrado em Educa o Faculdade de Educa o Universidade de Campinas Campinas SP 1999 ANDRADE Arnon Alberto Mascarenhas de Pol tica e afeto na produ o de identidades e institui es a experi ncia potiguar Revista Brasileira de Educa o Rio de Janeiro n 30 p 133 138 set dez 2005 ANDRADE Sandra dos Santos M dia corpo e educa o a ditadura do corpo perfeito In MEYER Dagmar Estermann SOARES Ros ngela de F tima Rodrigues Orgs Corpo g nero e sexualidade Porto Alegre Media o 2004 p 107 120 ANDR Marli Eliza Dalmazo Afonso de Etnografia da pr tica escolar 13 ed Campinas SP Papirus 1995 S rie Pr tica Pedag gica ASSMANN Hugo Met foras novas para reencantar a educa o epistemologia e did tica Piracicaba Unicamp 1996 AQUINO Julio Gropa A rela o pr
253. vivenciou comigo a etapa inicial deste trabalho quando participou do Projeto de Implanta o da Inform tica Educativa em escolas da rede privada da cidade de Natal A Helenita Assun o Nakamura minha prima e amiga cuja presen a f sica e espiritual ensinou me os significados da maturidade interior pelos seus s bios ensinamentos que n o cabem em palavras e transbordam em atitudes lapidadas em profundas virtudes Pela imensa receptividade afetiva e apoio incondicional tamb m de toda a sua fam lia para comigo Aos jovens e profissionais da escola Instituto Maria Auxiliadora que com grande receptividade e interesse participaram desta pesquisa colorindo o compromisso formal e pessoal de construirmos saberes capazes de contribuir para uma maior compreens o do que tomamos por realidade viii Importante na escola n o s estudar n o s trabalhar tamb m criar la os de amizade criar ambiente de camaradagem conviver se amarrar nela Paulo Freire IX RESUMO O presente estudo investiga a Internet enquanto tecnointera o no ambiente escolar como recurso do processo ensino aprendizagem Objetiva discutir os descompassos entre a proposta de acesso educacional para a utiliza o da Internet e a ritualidade de acesso e intera o dos jovens Remete se a uma pesquisa de cunho qualitativo descritivo explicativa realizada com adolescentes entre 11 e 17 anos de idade numa escola confession ria da
254. vo voltado para o estabelecimento de uma rela o dial gica entre c digos aprendizagens e conte dos propiciando o dom nio de novas ferramentas no ambiente midi tico possibilitando o desenvolvimento de habilidades e compet ncias voltadas para o reconhecimento e consumo das informa es a partir da leitura cr tica da m dia Palavras chave Internet e Educa o Tecnointera o Ensino e Aprendizagem Culturas Juvenis ABSTRACT The present study investigates Internet as technological interaction in the school environment as a resource of the teaching learning process It aims to discuss the lack of synchronicity between proposals of educational access for Internet use and types of access and interaction applied by youngsters For the development of this research I resorted to a qualitative descriptive and explanatory research focused on a group whose subjects are youngsters from eleven to fifteen years of age in a catholic school which belongs to a group of private teaching schools in Natal city Rio Grande do Norte state As methodological option it focus on a group and the observation of its participation discourse analysis and ethnography considering facts and data of the pedagogical practice concerning the focused theme besides the attempt to know the youngsters everyday at school and the relationship between them and juvenile cultures It recognizes the existence of two moments of the focused group the first related to
255. vorecer as novas necessidades da linguagem cultural que inclui o uso de diversos recursos tecnol gicos para produzir processos comunicativos No entanto os meios digitais como a Internet que realmente tem enorme potencial para o ensino e para a aprendizagem torna se invi vel para essa utiliza o se a escola consider la apenas como tecnologia e n o como forma de cultura e comunica o Al m disso as tecnologias da comunica o pelo fato de serem ve culos de informa es possibilitam novas formas de ordena o da experi ncia humana com m ltiplos reflexos particularmente na cogni o e na atua o humana sobre o meio e sobre si mesmo O uso de produtos do mercado da informa o revistas livros CD ROM programas de r dio e televis o home pages sites correio eletr nico n o s possibilita novas formas de comunica o como tamb m gera novas formas de produ o do conhecimento O objetivo deste trabalho investigar a Internet como tecnointera o no ambiente escolar enquanto recurso do processo ensino aprendizagem Para tanto analisa a rela o da juventude na sociedade contempor nea com os sistemas comunicativos Estes que est o cada vez mais complexos com diferentes recursos de intera o numa corrida excessiva em busca de informa es e conhecimentos favorecendo a inser o da juventude em novos espa os sociais inclusive em suas tribos de relacionamentos e traz uma reflex o cr tica sobre a escola
256. vos Olhares S o Paulo Paulinas 2006 STAA Betina Von Como desenvolver uma escola multim dia P tio Revista Pedag gica Porto Alegre Ano 11 n 44 p 42 44 nov 2007 jan 2008 TURKLE Sherry A vida no ecr a identidade na era da Internet Tradu o Paulo Faria Lisboa Rel gio D Agua Editores 1997 VALENTE Jos Armando As tecnologias digitais e os diferentes letramentos P tio Revista Pedag gica Porto Alegre ano 11 n 44 p 12 15 Nov 2007 jan 2008 VILCHES Lorenzo Migra es midi ticas e cria o de valor In MORAES D nis de Org Sociedade Midiatizada Tradu o Carlos Frederico Moura da Silva Maria In s Coimbra Guedes e Lucio Pimentel Rio de Janeiro Maud 2006 p 157 189 WIKIP DIA a Enciclop dia Livre Dispon vel em lt http www wikipedia org gt Acesso em 24 mai 2008 WINKIN Yves A nova comunica o Da teoria ao trabalho de campo Tradu o Roberto Leal Ferreira Campinas SP Papirus 1998 ZALUAR Alba A globaliza o do crime e os limites da explica o local In TAVARES dos Santos Jos Vicente Viol ncia em tempo de globaliza o S o Paulo Hucitec 1999 p 91 100 130 AP NDICE TRANSCRI ES DOS GRUPOS FOCAIS 131 Transcri o da coleta de dados feita com o Grupo Focal 01 em 2006 Sujeitos do Sexo masculino de 11 a 17 anos N Sujeitos Idade S rie N vel de escolaridade Anos Te R 11 maculino 11 6 Ano Ensino Fundamental 8 A 15 masculino 15 1
257. zer e no consumo uma gratifica o imediata A propaga o veloz dessa cultura pelos mais diversos pa ses permite que adolescentes e jovens de diferentes grupos sociais e em diferentes locais do mundo de alguma forma partilhem um mesmo universo cultural juvenil BRASIL 1998 p 116 N o se pode deixar de reconhecer que ser jovem viver processos de transi o e o aspecto fundamental dessa etapa formar uma identidade pr pria durante essa fase que surgem grupos ou pequenas sociedades juvenis as quais conquistam autonomia do mundo adulto adotam uma s rie de orienta es normativas e simb licas que as caracterizam enquanto culturas juvenis Segundo Feixa 1999 num sentido amplo as culturas juvenis se referem maneira em que as experi ncias sociais dos jovens s o expressas coletivamente mediante a constru o de estilos de vida diferentes localizados no tempo livre ou nos intervalos das atividades institucionais do jovem Nesse contexto as express es heterog neas entre si que n o est o isentas de influ ncias do meio por m que permitem diferenciar os jovens possibilitam a identifica o de um conjunto amplo de culturas juvenis Percebe se que no mbito dessas pequenas sociedades diversas manifesta es simb licas s o ordenadas e contextualizadas atingindo como resultado a constru o de estilos juvenis que se manifestam numa linguagem como forma de express o oral distintiva daquelas dos adultos

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