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ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL: Concurso de Monografias

1. Intima o Remessa TRF 5 dias 2 dias 2 dias 2 dias 15 dias 2 dias 1 dia 10 dias 5 dias 10 dias 2 dias 1 dia 10 dias 43 O fluxograma do procedimento ordin rio foi elaborado tendo em vista o que normalmente sucede na Justi a Federal mera quest o de direito que prescinde da produ o de provas oral e pericial Optou se por inserir no fluxograma o pedido de antecipa o dos efeitos da tutela pois a pr tica revela ser rara a a o ordin ria da qual n o conste referido pleito A soma de todos os prazos processuais do procedimento ordin rio totaliza 82 dias N o se utilizou na defini o do prazo global a prerrogativa de o juiz exceder os prazos por igual tempo conforme auto riza o art 187 do C digo de Processo Civil o que importaria no acr scimo de 30 dias Por outro lado sugere se seja computado o prazo de 20 dias destinado emenda da peti o inicial malgrado n o se trate de situa o que se verifique em todo processo Em face da extrema relev ncia do primeiro exame da peti o inicial no intuito de sanar todas as irregulari dades evitar a extin o do processo sem exame de m rito e conceder provimentos efetivos e resolutivos nas a es ajuizadas o lapso destinado emenda da peti o deve reputar se regra em todos os procedimentos Dessarte o prazo m ximo para a conclus o do procedimento ordin rio seria de 102 dias corridos C
2. 1 Jornal do Brasil Quarta feira 25 8 2004 p A4 Em busca da gest o eficaz do Judici rio Luiz Orlando Carneiro E www stf gov br not cias 24 8 2004 17h57min Jobim lan a estra t gia para melhorar a efici ncia do Judici rio 2 Cf Viv ncia dos direitos a Justi a Lei Justi a e cidadania Direitos vitimiza o e cultura pol tica na regi o metropolitana do Rio de Janeiro Sinopse dos resultados da pesquisa Rio 169 retamente vinculadas defesa dos direitos da cidadania com destaque para o Poder Judici rio Observou se que a Justi a vista pelos entre vistados como rg o lento moroso o que predominantemente identificado como um fator negativo no seu funcionamento Por seu turno a pesquisa realizada no mbito do Centro de Estu dos Judici rios do Conselho da Justi a Federal pelos professores da UnB Elimar Pinheiro do Nascimento e Iv nio Barros Nunes intitulada A opi ni o da sociedade civil organizada a respeito da Justi a Federal destaca que na opini o de 40 3 dos entrevistados o principal problema da Jus ti a Federal a morosidade A m dia por seu turno sempre d especial destaque morosidade processual ao descrever uma Justi a em pane sem no entanto identifi car e analisar os gargalos da marcha processual sem conseguir enfim desvendar os pontos de estrangulamento no processamento das a es judiciais Com efeito essa quest o ainda n o foi respondida o que afi
3. o da Justi a e sobre os Juizados Especiais Federais onde se procura divulgar o que est sendo desenvolvido em mbito nacional para melhorar a qualidade dos servi os judiciais Na V Mostra da Qualidade por exemplo foram apresentados in meros trabalhos interessantes visando modernizar os processos na rea judici ria e melhorar o atendimento ao cidad o entre os quais destaca mos os que podem ser teis aos JEFs a gerenciador de audi ncias e per cias judiciais software desen volvido na 22 Vara de Foz do Igua u SJPR que organiza e con trola as audi ncias e as per cias judiciais b otimiza o da sistem tica de intima es pessoais nos Juizados Especiais Federais programa desenvolvido pelo JEF de Florian polis SJSC que possibilita a realiza o de intima o eletr nica inclusive com o envio da ntegra das decis es des pachos senten as e atos de secretaria c livro de senten a virtual programa de inform tica desenvolvido na 2 Vara de Foz do Igua u SJPR que substitui os livros de registro de senten as em papel d requisi o eletr nica de pagamento programa de inform tica desenvolvido pelo TRF da regi o que possibilita o envio ele tr nico de requisi es de pagamento e sistema de auto atendimento sistema desenvolvido pelo JEF de Blumenau em que advogados e seus estagi rios partes e peri tos podem utilizar um espa o reservado no cart rio para agilizar o tr mite proces
4. o da desobedi ncia a ordens judiciais Processo de execu o S rgio Shimura e Teresa Arruda Alvim Wambier Coords S o Paulo RT 2001 TARUFFO Michele A atua o executiva dos direitos perfis comparat sticos Revista de Processo S o Paulo RT n 59 jul set 1990 104 TARZIA Giuseppe Presente e futuro delle misure coercitive civile Esecuzione forzata e procedure concorsuali Padova Cedam 1994 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo A reforma do Judici rio e a forma o dos magistrados Revista da Academia Brasileira de Letras Jur dicas Rio Academia Brasileira de Letras Jur dicas r 19 20 jan dez 2001 VARGAS Jorge Oliveira As consegu ncias da desobedi ncia da ordem do juiz c vel san es pecuni ria e privativa de liberdade Curitiba Juru 2004 VERONESE Josiane Rose Petry Interesses difusos e direitos da crian a e do adolescente Belo Horizonte Del Rey 1997 WEBER Max Ci ncia e pol tica duas voca es S o Paulo Martin Claret 2008 WOLKMER Ant nio Carlos Ideologia estado e direito S o Paulo RT 1989 ZAFFARONI Eugenio Ra l Poder Judici rio crise acertos e desacertos Trad Juarez Tavares S o Paulo RT 1995 ZANDONADE Eliana Estat stica judici ria import ncia e meios Revista CEJ Centro de Estudos Judici rios do Conselho da Justi a Federal Bras lia CEJ CJF n 17 jun 2002 105 106 3 lugar ORGANIZA O E ADMINISTRA O DOS JUIZADO
5. o de empresa da Uni o condenar c vel e admi nistrativamente servidor p blico ou corre o monet ria coletiva do FGTS ou ainda de reajuste coletivo aos servidores p blicos entre outras 4 A es possess rias e locat cias S o as a es que versam sobre posse imiss o na posse manu ten o na posse interditos proibit rios usucapi o loca es despejo renovat ria de loca o revis o de aluguel demarcat ria divis ria discriminat ria Sobressai a mat ria versada posse ou loca o assim como o rito especial T m em geral a Uni o a Caixa Econ mica Federal ou a Conab Cobal como partes S o a es que necessitam julgamento c lere sob pena de se eternizarem Elas t m carga execut ria muito for te e impedem que fiquem durante muito tempo sem uma decis o 5 A es de cobran as ajuizadas por entes p blicos de rito ordin rio S o as a es nas quais o ente p blico autor e versam sobre co bran a de valores S o processadas pelo rito ordin rio ou sum rio Merecem aten o especial pois geram arrecada o a exemplo do que ocorre na vara de execu es fiscais 6 A es monit rias Geralmente s o ajuizadas pela Caixa Econ mica Federal para co bran a de valores como utiliza o de cheque especial e t m sua tramita o prevista na forma do art 1 102a 1 102c do CPC com reda o dada pela Lei 9 079 95 7 Execu es de t tulo extrajudicial Os principais credores s
6. BARROSO Lu s Roberto Interpreta o e aplica o da Constitui o 42 ed S o Paulo Saraiva 2001 BOBBIO Norberto A era dos direitos Rio de Janeiro Campus 1992 Estado governo e sociedade para uma teoria geral da pol tica 62 ed S o Paulo Paz e Terra 1997 BORRIE Gordon LOWE Nigel The law of contempt of court Londres Butterworths 1973 CALAMANDREI Piero Eles os ju zes vistos por um advogado Trad Eduar do Brand o S o Paulo Martins Fontes 1997 CANOTILHO J J Gomes Direito constitucional e teoria da constitui o Coimbra Almedina 1998 CARNELUTTI Francesco Institui es do processo civil Trad Adri n Sotero de Witt Batista Campinas Servanda 1999 V 1 CARRILLO Marc Poder judicial y estado democr tico Noticia do Direito Brasileiro Bras lia Editora Universidade de Bras lia ne 9 2002 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino Metodologia cient fica 42 ed S o Paulo Makron Books 1996 100 CHARLONI S rgio Misure coercitive e tutela dei diritti Milano Giuffr 1980 CHIOVENDA Giuseppe Institui es de direito processual civil Trad J Guimar es Menegale S o Paulo Saraiva 1965 V CINTRA Ant nio C de Ara jo GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido R Teoria geral do processo S o Paulo Malheiros 1993 CRUZ NETTO Ant nio A import ncia das escolas da magistratura na forma o do juiz Revista EMARF Rio Escola da Magistratu
7. N o tenho certeza de nada mas a vis o das estrelas me faz sonhar Vincent Van Gogh Falar de Tecnologia da Informa o TI n o nada f cil tendo em vista a velocidade com que as evolu es acontecem O futuro rapida mente se torna presente e de uma hora para outra transforma se em algo obsoleto Como diria T S Elliot o tempo presente cont m o passado e o futuro Mesmo correndo o risco de tornar o presente trabalho rapidamente ultrapassado ser o apresentadas algumas sugest es de uso da tecnologia da informa o para melhorar o desempenho dos Juizados Especiais Federais ressaltando se de logo que v rias dessas propos tas j se encontram implementadas e funcionando plenamente em unidades judici rias ao redor do pa s 8 1 E proc uma revolu o dentro da revolu o Ao lado da revolu o provocada pelos Juizados Especiais Fede rais que transformou o modo de ver o processo est ocorrendo 149 rapidamente uma outra revolu o muito mais abrangente e complexa que o surgimento do chamado processo virtual O que hoje se entende por autos processuais est sendo substitu do por uma pasta virtual que armazena todas as pe as do processo a peti o inicial e os documentos que a instruem a contesta o as ima gens e arquivos sonoros da videoaudi ncia e a senten a Os autos digitais j s o uma realidade em algumas unidades dos JEFs o que est sen do chamado de e proc sigla amer
8. frente Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 17 p 43 abr jun 2002 8 Corte Suprema di Cassazione Sezioni Unite Civili Sentenza 17 aprile 29 settembre 2008 n 14 487 22 4 6 Fixa o de metas de melhoria A avalia o da produtividade do magistrado ser palco de inova es e melhorias na presta o jurisdicional N o basta apenas punir e premiar preciso sempre melhorar e nesse sentido deve se analisar e interpretar os dados coletados para propor mudan as e atingir objetivos que incrementem o desempenho atual do magistrado Dados e fatos coletados e medidos geram informa o A an lise e a interpreta o da informa o conduz ao conhecimento Alcan ar a melhoria do desempenho atrav s do uso do conhecimento constitui sabedoria Nos atuais dias O juiz s bio n o se limita a aplicar a justi a salom nica porque antes deve gerenciar os processos da maneira mais precisa O estabelecimento do sistema de avalia o da produtividade pro piciar o real conhecimento das atividades desenvolvidas pelo magistrado a partir do que ser o fixadas as metas padr o como desempenho m ni mo esperado Ap s habituar se com o sistema de avalia o muitos ju zes ser o capazes de fornecer sugest es para economizar tempo e recursos no intuito de alcan ar a resolu o da lide de forma menos onerosa e menos morosa Cada juiz porque est sendo avaliado diariamente e a fim de elevar seu desempenh
9. o O lidar di rio com autos de processos e o distanciamento das ci ncias exatas talvez expliquem a aus ncia de cul tura econ mico administrativa A pr pria atividade jurisdicional possui caracteres n o detect veis no meio empresarial S o caros ao juiz princi pios constitucionais tais como a irredutibilidade de subs dios a inamovibilidade e a vitaliciedade os quais conflitam com escolhas de efici ncia na atividade privada em que se admite a redu o de sal rio para preserva o do emprego a mudan a de localidade para o atendi mento dos fins da empresa e a perda do of cio como forma de reduzir custos ou para reestruturar a organiza o empresarial Muito se fala que o Poder Judici rio se assemelha a uma empresa e a presta o jurisdicional a um servi o Mas a terminologia inapropriada porque ju zes e tribunais n o prestam um servi o nos moldes em que concebido na iniciativa privada Em tosca defini o eles aplicam a justi a de acordo com a lei Assim como o Poder Legislativo n o presta servi o sob a forma de leis os ju zes n o prestam servi o sob a forma de julga mentos H muitas diferen as que n o cabem aqui arrolar entre a atividade jurisdicional e a atividade empresarial suficientes para n o identific la a uma presta o de servi o Mas h um ponto comum a busca da efici n cia Para as empresas a efici ncia condi o indispens vel sobrevi v ncia J para o Poder Judici r
10. 2002 MADALENA Pedro Administra o da Justi a Porto Alegre Sagra DC Luzzatto 1994 MARTINS Leila Maria Pereira A complexa arquitetura de um plano de a o para a Justi a do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro FGV EBAP CFCP Disserta o de Mestrado em Administra o P blica 1998 199 MENDES Alu sio Gon alves de Castro Compet ncia civil da Justi a Fe deral S o Paulo Saraiva 1998 MORAES Luiz Ant nio Pazos Varas federais de execu o fiscal um re trato do Poder Judici rio Rio de Janeiro FGV EPBAP CFAP Disserta o de Mestrado em Administra o P blica 2002 MOREIRA Jos Carlos Barbosa amp MIRANDA ROSA Felipe Augusto Du ra o dos processos discurso e realidade Projeto de auto an lise do Poder Judici rio Justi a promessa e realidade O acesso Justi a em pa ses ibero americanos Associa o dos Magistrados do Brasil org Rio de Janeiro Nova Fronteira 1996 NALINI Jos Renato O juiz e o acesso Justi a S o Paulo Editora Re vista dos Tribunais 2000 NASCIMENTO Elimar Pinheiro NUNES Iv nio Barros A opini o da soci edade civil organizada a respeito da Justi a Federal Bras lia CJF 1995 65 p S rie Pesquisas do CEJ ISSN 0104 6225 5 ISBN 85 85572 30 2 PANDOLFI Dulce Chaves et al Cidadania Justi a e viol ncia Rio de Ja neiro FGV 1999 PAULSEN Leandro SANTOS William Douglas Resinente dos A Justi a Federal uma
11. 5 a es de cobran a ajuizadas por entes p blicos 6 a es monit rias e 7 execu o extrajudicial n mero de atos processuais praticados sucesso na localiza o do devedor n mero de audi ncias conciliat rias designadas n mero de acordos obtidos quando poss vel e 0e O O o O 8 a es indenizat rias de rito ordin rio n mero de audi ncias designadas 203 e O C C e O e dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi n cia n mero de per cias realizadas n mero de atos processuais praticados 9 a es sum rias n mero de audi ncias designadas dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi n cia 10 a es tribut rias de rito ordin rio n mero de atos processuais praticados quantitativo de per cias realizadas quando necess rias tempo de demora para sua realiza o 11 a es de rito ordin rio sobre militares e servidores n mero de audi ncias designadas dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi n cia n mero de atos processuais praticados quantitativo de per cias realizadas quando forem necess rias tempo de demora para sua realiza o 12 feitos n o contenciosos n mero de audi ncias designadas quando necess rias dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi n cia n mero de atos processuais praticados sucesso na loca
12. inovar Idalberto Chiavenato em Gerenciando pessoas As causas pela demora do processo na maioria das vezes fogem ao controle do magistrado Por mais que trabalhe o juiz jamais consegui r concluir com rapidez os milhares de processos que est o sob sua condu o H poucos ju zes poucos funcion rios poucos instrumentos de tra balho pouco investimento no Judici rio o sistema processual burocr tico sobretudo no que se refere aos recursos al m de existirem in meros outros problemas igualmente s rios que dificultam o desempe nho da Justi a como por exemplo o aumento da taxa de lit gios explos o da litigiosidade sem que os foros judiciais tenham capacidade de ab sorver essas demandas Nem por isso o magistrado pode se conformar e aceitar as coisas como est o preciso criatividade simplicidade pragmatismo intelig n cia e esp rito inovador e empreendedor para poder alcan ar a m xima efetividade processual com os poucos meios de que se disp e Barbosa Moreira j defendia que um dos enfoques da efetividade 8 Para um estudo mais aprofundado sobre as mazelas do Poder Judici rio brasileiro reco mendam se os seguintes livros DALLARI Dalmo de Abreu O poder dos ju zes Saraiva S o Paulo 1996 ROCHA Jos de Albuquerque Estudos sobre o Poder Judici rio Malheiros S o Paulo 1995 No que se refere especificamente Justi a Federal h um documento produzido pelo Conselho de Justi a
13. lentid o da Justi a N o basta o indiv duo conseguir ir a ju zo conseguir ter acesso a um dos rg os do Poder Judici rio se este n o lhe d nenhuma resposta ou demora em atend lo 174 E nesse sentido que a morosidade processual aqui entendida como o tempo excessivo de dura o dos processos caracteriza se como um obst culo ao efetivo acesso Justi a Federal devendo ser o ponto principal da agenda do juiz Com efeito esse foi o objeto da chamada terceira onda do acesso Justi a de Cappelletti 1988 20 que se debru ou sobre os instrumen tos e os meios de favorecer esse acesso Justi a concentrando sua an lise sobre as estruturas do Poder Judici rio os procedimentos e o tempo de dura o dos processos identificando os obst culos ao acesso efetivo Justi a Assim utilizando esse marco te rico objetivamos com esta monografia identificar os principais obst culos da tramita o dos pro cessos nas varas c veis da Justi a Federal e sugerir que a avalia o da produtividade do juiz federal seja a partir da an lise da atua o do ma gistrado na supera o destes gargalos Embasaremos nosso estudo em uma t cnica bastante utilizada na administra o da produ o a t cnica dos incidentes cr ticos Com efeito na primeira parte desta monografia apresentaremos a t cnica dos incidentes cr ticos j utilizada por Furtado et al 1997 na an lise da qualidade dos juizados especiais c veis est
14. ncia de senten a sem exame do m rito O c digo nr 220 e suas varia es demonstram quando houve interposi o de recursos O cadastramento das partes e dos respectivos procuradores autoriza saber quem est litigando em ju zo Basta verificar em cada processo quais c digos necess rios medi o da produtividade fazem parte da movimenta o processual e quais partes integram a lide Seriam esses dados coletados para identifi car a dura o do processo e atribuir os pontos merecidos em cada feito O sistema Oracle malgrado contenha todas as informa es indis pens veis aferi o do desempenho do magistrado n o est programado para medi la Faz se necess rio elaborar singelo software capaz de n o s coletar os dados indicadores de tempo e de resolutividade mas tam b m identificar o tipo de processo e as partes em lit gio e calcular em face do adiantamento ou do atraso na prola o da senten a a pontua o cab vel a t tulo de produtividade com base na tabela de categoriza o dos indicadores de complexidade e com os crit rios supra referidos O aludido software seria suficiente para medi o da produtividade por m n o permitiria atingir a alta produtividade o que mais importan te Para otimizar a utiliza o dos recursos humanos e financeiros pelo juiz essencial o monitoramento da performance do dia a dia O controle do fluxo de processos prof cuo se h a padroniza o das fases e a resp
15. o com crit rios objetivos para a escolha de advogados dativos a fim de evitar favoritismos bem como para que o advogado possa atuar com maior autonomia e independ ncia 6 3 Os estagi rios Os est gios t m se mostrado uma boa solu o para minorar o pro blema de car ncia de pessoal dos Juizados Especiais Federais Ganha a Justi a j que pode dispor de uma m o de obra interessada qualifi cada e barata e ganham os estagi rios que podem conhecer o funcionamento interno de uma secretaria forense e crescer profissional mente As parcerias com universidades s o fundamentais para legitimar o est gio especialmente o volunt rio Em algumas localidades as univer sidades privadas oferecem descontos nas mensalidades para os alunos que estagiam voluntariamente nas varas federais E mesmo elevado o n mero de estagi rios volunt rios n o remunerados prestando servi os em Juizados Especiais Federais Numericamente a quantidade de estagi rios remunerados e n o 30 Sobre as parcerias entre os Juizados e as Universidade confira se RUSSO J NIOR R mulo Juizado universidade uma parceria interessante Revista CEF ne 17 Bras lia CJF 2002 140 remunerados ultrapassa muitas vezes a quantidade de servidores Se por um lado isso gera economia para a Justi a pode reduzir a qualidade dos trabalhos ante a inexperi ncia natural de parte dos estagi rios o que exige uma aten o maior do juiz
16. o jur dica empregada na senten a e assim auxiliar o magistrado na decis o da causa A a o monit ria normalmente movida pela Caixa Econ mica Federal al m de ser demanda repetitiva pode desenvolver se sem ne nhuma oposi o da parte r e resultar na convers o do mandado de pagamento em t tulo executivo judicial Posto que seja poss vel realizar per cias ou proceder audi ncia de testemunhas no procedimento dos embargos do devedor t m eles o nico escopo de permitir ou n o o prosseguimento da execu o Limi tam se a definir valores pois o direito aplic vel j foi definido no processo de conhecimento N o obstante quest es de direito relacionadas exe cu o s o constantemente suscitadas e o recurso Se o de Contadoria judicial comum o que autoriza atribuir senten a proferida no procedi mento dos embargos execu o pontua o similar conferida senten a das a es sum rias Nas a es cautelares conquanto guardem autonomia relativamente ao processo de conhecimento n o se discute a mat ria de fundo reser vada a o principal Elas apenas visam assegurar o xito do processo principal e o exame feito pelo magistrado para atingir essa finalidade exi ge menos esfor os sobretudo porque em geral prescindem de instru o probat ria A a o de imiss o de posse comumente proposta pela Caixa Econ mica Federal contra o mutu rio ou o arrendat rio que n o mais fazem j
17. output o desafio que se coloca n o como abrir o Judici rio crescente demanda social mas como aumentar a produ o de senten as mantendo pelo menos inicialmente as mesmas portas do atual acesso Em suma O primeiro sintoma a constatar que o bloqueio do acesso Justi a est menos na entrada dos conflitos e mais na sa da das decis es Esse hiato esse descompasso entre a velocidade com que o Judi ci rio produz decis es e a velocidade em que cresce a demanda por senten as essa lentid o que o impede de funcionar a contento que precisa ser estudada e que constitui um dos desafios para o juiz federal cuja produtividade deve ser avaliada a partir deste par metro Felizmente existem esfor os de aproxima o com este tema den tro do pr prio Judici rio O Centro de Estudos Judici rios do Conselho da Justi a Federal vem realizando anualmente semin rios sobre a Admi nistra o da Justi a que resultaram na publica o das Revistas CEJ n 13 17 e 24 8 Al m desses trabalhos o juiz federal Nov ly Vilanova da Silva Reis elaborou a monografia Indica es pr ticas para uma melhor administra o do processo civil destacando o aspecto mais importante da judicatura a efetividade Por seu turno os professores e desembargadores Barbosa Moreira e Miranda Rosa efetuaram um le vantamento estat stico do tempo de dura o dos processos de rito 6 Atua o bastante semelhante tem a Confer ncia Ju
18. pois a preocupa o maior quanto s pr ticas cartor rias e o processamento do recurso Assim a avalia o da produtividade do juiz pode ser feita pelo percentual de mandados de seguran a julgados em compara o com os em tramita o e o tempo de tramita o do processo at a prola o de senten a Nas 3 a es coletivas o maior problema est na quantidade de r us em geral nas a es de improbidade administrativa face dificul dade de localiza o deles e a complexidade no seu processamento que muitas vezes t m contornos penais Outras a es que versam sobre mat ria exclusivamente de direito como corre o monet ria ou levanta mento do FGTS cuja mat ria versada j inclusive pacificada vide S mula 252 do STJ devem ser agilizadas ao m ximo encontrando seu gargalo na fase de conhecimento nas pr ticas cartor rias A avalia o da produtividade do juiz pode ser feita a partir do cui dado que tem com o processamento de tais a es apurando se quantas est o em tramita o e quantas foram efetivamente julgadas bem como a partir do acompanhamento da fase em que as mesmas se encontrem As 4 a es possess rias e de loca o necessitam julgamento c lere sob pena de se eternizarem Elas t m carga execut ria muito for te e impedem que fiquem durante muito tempo sem uma decis o Deve se priorizar o contradit rio e identificar os casos de revelia A liminar merece ser apreciada ap s o contrad
19. ria 5 00 pontos Extin o mediante concilia o A es ordin rias tribut ria previdenci ria haao servi os p blicos SFH 4 00 pontos A o sum ria A o monit ria Mandado de seguran a e habeas data 3 00 pontos 30 Embargos do devedor 3 00 pontos A o cautelar 2 00 pontos A es de imiss o de posse 2 00 pontos Decis es interlocut rias 2 00 pontos A es ordin rias FGTS 1 00 ponto Jurisdi o volunt ria 1 00 ponto Extin o sem exame do m rito O ponto Assim com base em coeficientes de complexidade determinados empiricamente as senten as proferidas em a es civis p blicas a es populares e de improbidade administrativa merecem maior atribui o de pontos O procedimento mais complexo e longo geralmente h ne cessidade de produzir prova oral e as quest es objeto de exame demandam ordinariamente mais tempo para a elabora o da senten a Na mesma escala as a es de usucapi o divis o demarca o desapropria o presta o de contas nuncia o de obra nova possess ria e discriminat ria por terem procedimento mais complexo e quase sempre exigirem a produ o de prova pericial conferiram res pectiva senten a a maior pontua o Os processos extintos com exame do m rito pela obten o de composi o entre as partes merecem a pontua o m xima As senten as homologat rias de concilia o dificilmente s o impugnadas por recurso raz o pela q
20. separada das demais fun es do Estado Nessa quadra hist rica Canotilho aponta que atrav s da proclama o da independ ncia dos tribunais pre tendeu se reagir contra a fun o de julgar do monarca Neste senti do a independ ncia era tamb m um princ pio antimon rquico por que atrav s dela se combatiam as senten as de direito e as sen ten as de imp rio proferidas pelo soberano Mais contra estas do que contra aquelas diga se As senten as de direito apoiavam se em normas as senten as de imp rio eram consideradas como corol rio do exerc cio do poder soberano As propostas revolucio n rias do constitucionalismo liberal contra este poder por vezes arbitr rio reconduziam se fundamentalmente afirma o de dois postulados b sicos 1 a medida jur dica ou o par metro normativo para resolver controv rsias jur dicas deve estar plasmada em nor mas gerais abstractas e objectivas leis 2 a resolu o dos lit gios ser confiada a ju zes dotados de uma posi o jur dica independen te perante os outros poderes No entanto em face dos interesses hegem nicos da burguesia re volucion ria e da origem aristocr tica dos ju zes de ent o suspeitos de liga o com o antigo regime a fun o judicial foi restringida aplica o literal da lei express o m xima da garantia de liberdade do cidad o Os ju zes no per odo p s revolucion rio portanto n o poderiam ser mais que a bo
21. servido res e a imprensa Revista CEJ n 13 Bras lia CJF 2001 O art fice do povir RePro S o Paulo RT junho 2000 Novas perspectivas no acesso Justi a Revista CEJ n 3 Bras lia CJF 1997 z O juiz rebelde Revista do Instituto dos Advogados de S o Paulo S o Paulo IASP 1999 Reengenharia do Judici rio Revista da PGE SP 43 S o Paulo PGE junho 1995 coord Uma nova tica para o juiz S o Paulo Revista dos Tribu nais 1994 NEVES Jos Eduardo Barbosa Santos Autos digitais eletr nicos Pro 162 postas da Comiss o de Altos Estudos da Justi a Federal volume 2 Bras lia CJF 2003 PATTERSON Cl udia A import ncia da arquitetura judici ria na efetividade da Justi a Revista CEF n 24 Bras lia CJF 2004 PAULSEN Leandro A Justi a Federal uma proposta para o futuro S rie Monografias do CEJ Centro de Estudos Judici rios vol 2 Bras lia 1995 PINI Sueli A experi ncia do Juizado Itinerante do Amap Revista CEJ n 17 Bras lia CJF 2002 PIZZOLATTI R mulo Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 REIS Nov ly Vilanova da Silva Simplifica o dos atos processuais a pr tica pela secretaria Revista CEF n 13 Bras lia CJF 2001 ROCHA Jos de Albuquerque Estudos sobre o Poder Judici rio S o Paulo Malheiros 1995 ROMMER Vanderlei Gest o de in
22. sido cumpridos Mostra se absolutamente infundada a id ia de que a condu o do processo est conferida completamente ao magistrado n o obstante o relevante papel desempenhado por ele Em verdade advogados ofici ais de Justi a membros do Minist rio P blico datil grafos e outros servidores atuam e influem na dura o do feito Sem uma precisa esti mativa do peso da interven o dos diversos atores processuais obt m se uma vis o distorcida da atividade judicial O software capaz de medir o lapso em que o processo permane ceu nas m os das partes do juiz ou dos servidores capaz de revelar o prazo m dio de tramita o do feito bem como o tempo dispendido para execu o dos diversos atos processuais til para que seja mais exitosa a gest o dos muitos processos Se o tempo interv m como fator da pro dutividade a melhor administra o do tempo contribui para o alcance de maior produtividade 10 Uma experi ncia Fez se o levantamento dos mandados de seguran a impetrados no ano de 2004 em tramita o em uma vara federal no intuito de verifi car o fluxo dessa esp cie de processo Como ainda n o existe um software que permita medir a dura o de cada uma das fases processuais e o 54 tempo dispendido pelos sujeitos processuais para a pr tica dos respec tivos atos as consultas aos dados fizeram se manualmente atrav s do sistema Oracle O levantamento englobou os processos ajuizados at 28 7 04 dis tri
23. trar em contato com a realidade humana que est por tr s da demanda deduzida Ele entende que acima de tudo o julgamento que proferir capaz de influenciar vidas e que portanto a cogni o judicial implica conhecimento do ser humano que est relacionado com a lide Essas pondera es t m total conex o com o projeto de consolida o da tutela jurisdicional adequada e efetiva como direito fundamental E preciso compreender que n o basta organizar o direito processual de modo a torn lo operacional do ponto de vista da prote o dos direitos subjetivos Torna se imprescind vel integrar o juiz nessa equa o e a pr pria administra o da Justi a porquanto ele o sujeito da transforma o dependendo dele a realiza o desse novo processo mais comprometi do com a justa realiza o dos direitos Mas o novo juiz n o um ser que pensa apenas o processo a ele submetido N o se pode conceb lo trancado em seu gabinete enquan 43 Aprop sito SANTOS Erivaldo Ribeiro A concilia o nas causas do Sistema Financeiro da Habita o Revista CEJ n 24 pp 9 12 82 to o mundo l fora gira em seu redor O exerc cio da jurisdi o tamb m implica em administra o judici ria Cada juiz mesmo sem fun o admi nistrativa deve ter compromisso com a racionaliza o dos servi os judici rios com o atendimento ao p blico e aos advogados com o estreitamento comunicativo com os demais rg os p blicos e
24. 87 Para a estrita avalia o de conte dos t cnico jur dicos pode se dizer que o sistema tem produzido bons resultados N o se tem noticiado que os candidatos aprovados nos concursos tenham apresentado no exerc cio da judicatura federal problemas relativos falta de dom nio dos conte dos jur dicos essenciais para o desempenho do cargo O juiz federal brasileiro tem boa forma o dogm tica cl ssica e consegue apli car o que sabe na formula o de senten as Mas somente essa forma o n o se revela bastante para a constru o de um novo juiz como se disse alhures Ali s quando se trata da sele o dos magistrados por concurso a primeira preocupa o que deve canalizar a discuss o a relativa de mocratiza o do acesso carreira o que conduz a alguns questionamentos importantes em rela o estrutura atual A iniciar pela constata o de que as faculdades de direito n o for mam magistrados Na verdade a dificuldade reside no fato de que a pr pria forma o do bacharel em direito encontra se prejudicada A multiplica o des controlada de faculdades privadas sem acompanhamento efetivo de qualidade tem resultado em desastrosas emiss es de diplomas de ensi no superior sem qualquer correspond ncia com a realidade formativa do bacharel O estudante de direito tem sa do dos bancos escolares sem preparo para a atividade profissional A grande maioria n o tem h bitos de leitura n o sabe escrever
25. Il Padova Cedam 1953 PERROT Roger La coercizione per dissuasione nel diritto francese Rivista di Diritto Processuale Padova Cedam jul set 1996 PISANI Andr a Proto Appunti sulla tutela di condanna Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile ano XXXII Milano Giuffr 1978 SILVA Jo o Calv o da Cumprimento e san o pecuni ria compuls ria 22 ed 2 reimpr Coimbra Coimbra Ed 1997 TARZIA Giuseppe Presente e futuro delle misure coercitive civile Esecuzione forzata e procedure concorsuali Padova Cedam 1994 33 MARINONI Luiz Guilherme Op cit p 384 34 Por todos TALAMINI Eduardo Tutela relativa aos deveres de fazer e n o fazer p 301 304 35 Ao juiz do c vel n o se atribui poderes para no exerc cio de sua jurisdi o expedir ordem de pris o salvo no caso de deposit rio infiel e inadimplemento de obriga o alimentar Isto entretanto n o lhe retira a possibilidade de dar efetividade s suas decis es e se for o caso acionar o aparelho judici rio conforme ali s registra o art 40 do CPP STJ 62 Turma HC 6812 Rel Min Fernando Gon alves un nime DJU 27 04 1998 74 tr ria a essa t cnica de efetiva o da tutela espec fica tomando por base a proibi o da pris o civil por d vidas inserta no artigo 5 inciso LXVII da Constitui o da Rep blica No entanto parece justific vel uma abordagem mais detida sobre o assunto com o aux lio da experi ncia estran
26. Makron Books 1997 CJF Conselho da Justi a Federal Diagn stico de Funcionamento dos Juizados Especiais Federais S rie Pesquisas do CEJ Centro de Estu dos Judici rios Bras lia CJF 2008 Juizados Especiais Federais S rie Pesquisas do CEJ Centro de Estudos Judici rios Bras lia CJF 2001 159 imagem da Justi a Federal na imprensa escrita S rie Pesqui sas do CEJ Centro de Estudos Judici rios Bras lia 1995 A vis o interna da Justi a Federal S rie Pesquisas do CEJ Cen tro de Estudos Judici rios Bras lia 1995 A Justi a Federal atrav s de documentos an lise documental S rie Pesquisas do CEJ Centro de Estudos Judici rios Bras lia 1994 COELHO Sacha Calmon Navarro Direito do jurisdicionado r pida pres ta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 COSTA Marcelo Dolzany O dilema da qualidade no Judici rio Revista do Tribunal Regional Federal da 12 regi o n 4 Bras lia TRF 12 regi o 2001 p 29 31 DALLARI Dalmo de Abreu O poder dos Ju zes Saraiva S o Paulo 1996 DIAS Francisco Barros Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 DIAS Geraldo Apoliano Avan os e dificuldades na implanta o da inform tica no Judici rio brasileiro Revista CEF n 13 Bras lia CJF 2001 ado o do planejamento estrat gico na a
27. a o cautelar evitando r plica e produ o de prova pericial desnecess rias verificar se realmente caso de cautelar ou se trata efetivamente de ante cipa o de tutela prestar aten o na perda do objeto da cautelar Seus gargalos consistem nas pr ticas cartor rias e na aprecia o do provimen to judicial em si Destarte nestes casos a produtividade do juiz poder ser avaliada a partir do n mero de senten as proferidas em rela o ao n me ro de cautelares em tramita o e o tempo de tramita o de tais a es at a senten a al m do n mero de atos processuais praticados Por fim devemos tratar tamb m dos 14 embargos execu o que em que pese serem consequ ncia natural do processo de execu o possuem algumas peculiaridades pois tratam de a o pr pria Eles devem ser logo sentenciados pois impedem o prosseguimento da exe cu o Seus principais gargalos s o as pr ticas cartor rias e a necessidade de realiza o de per cia Quando h necessidade de produ o de prova pericial o encaminhamento dos autos contadoria judicial n o supre a necessidade de realiza o de per cia cont bil eis que tal setor trabalha 190 com poucos funcion rios Quando no entanto n o for caso de per cia mas envolver t o somente quest es de direito o despacho pode ser s recebendo os embargos suspendendo a execu o e determinando que o embargado diga no prazo legal retornando finalmente conclusos p
28. a data do despacho de designa o da audi ncia e o momento de sua efetiva realiza o Se tamb m for hip tese de produ o de prova pericial a produtivi dade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de per cias realizadas Por fim nesta fase encontramos as atividades de gabinete que consistem em agilizar e julgar os processos conclusos para senten a e aprecia o dos embargos de declara o Desse modo a produtividade do juiz pode ser apreciada a partir da quantidade de senten as proferi das do tempo de tramita o do processo at a prola o de senten as dos embargos de declara o julgados e do tempo de demora para sua aprecia o Na fase do processamento do recurso a produtividade do juiz pode ser avaliada tomando por base o quantitativo das pr ticas cartor rias pr prias desta fase e o tempo de dura o da tramita o do recurso na vara at seu encaminhamento ao Tribunal Finalmente na fase de execu o do t tulo judicial a produtividade do juiz pode ser avaliada levando se em considera o o quantitativo das pr ticas cartor rias pr prias desta fase de execu o a quantidade de per cias necess rias realizadas o tempo de dura o da tramita o da execu o do t tulo judicial na vara Mas al m disso o perfil da vara tamb m deve ser levado em con sidera o que a produtividade de um juiz de vara c vel deve ser avaliada de forma distinta a de um juiz de vara criminal ou de um jui
29. americano dada a import ncia da linguagem no desempenho da fun o judici ria Como ressalta Azevedo ningu m se apropria do idioma sem ler os grandes escritores a co me ar entre n s por Machado de Assis sobretudo sua trilogia Dom Casmurro Quincas Borba e Mem rias P stumas de Br s Cu bas Em Machado de Assis n o se aprende s a l ngua despojada transparente e gramaticalmente correta Nele sente se a mensagem de sua poca ao mesmo tempo em que sua prosa transmite signifi cados que a transcendem de muito por dizerem respeito aos ho mens de todos os tempos O leitor de Machado de Assis abebera se da psicologia ao mesmo tempo em que aprende a perscrutar filosoficamente o mundo percebendo que a ironia sutilmente desti lada por um escritor de g nio n o forma de negar o mundo ou de menosprezar os homens mas de sabiamente aceit los na sua hu mana condi o O mesmo autor mais adiante enf tico ao afirmar que se evi dencia a import ncia da forma o liter ria na forma o do jurista Al m da apropria o da l ngua imprescind vel ao falar e ao escrever e logo ao argumentar constitui a literatura um dos ve culos mais efici entes ao cultivo da sensibilidade e da percep o psicol gica ambas fundamentais ao jurista e indispens veis ao aut ntico juiz N o pode ser bom julgador o insens vel ou o psicologicamente embotado por n o poder colocar se na situa o do jurisdicionado sent
30. aprovado nomeado juiz auxiliar mas s atua em rg o colegiado durante um per odo de tr s a cinco anos ap s o que ingressa em definitivo na carreira de juiz Na Espanha e na Fran a o ingresso na carreira tamb m se d mediante concurso para ingresso na Escola da Magistratura 51 LIPMANN JUNIOR Edgard Ant nio Qualidade total um passo frente Revista CEJ ne 17 p 42 93 cos mas sem nenhuma experi ncia jur dica e muito mais grave sem nenhuma experi ncia de vida A esses s o carreadas em curto espa o de tempo por ser inerente ao cargo responsabilidades de decidir sobre a sorte de fam lias destino de bens de empresas liberdade de pessoas N o se lhes nega a capacidade t cnica o pleno conhecimento jur dico ainda que n o vivenciado at porque o concurso encarrega se de renegar aqueles que n o t m esse co nhecimento mas falta lhes a imprescind vel viv ncia que estudo algum supera O desafio ser definir o curr culo da Escola da Magistratura Fede ral de forma a atender forma o do novo juiz federal brasileiro conforme todas as exig ncias j expostas no primeiro cap tulo deste trabalho O que se p e fora de d vida que o curso de forma o n o pode r se ater a disciplinas te rico dogm ticas sob pena de se frustrar completamente seu objetivo fundamental O curso de forma o dever primar pela interdisciplinaridade for necendo aulas de proped utica jur dica especi
31. c veis da Justi a Federal da seguinte forma 1 A es sobre financiamento imobili rio Incluem se aqui todas aquelas a es referentes ao financiamento imobili rio sobre aquisi o da casa pr pria como anulat ria de execu o extrajudicial cautelar consignat ria revis o contratual A compet ncia da Justi a Federal fixada porque a Caixa Econ mica Federal quem havia concedido o empr stimo ou porque h comprometimento do FCVS Fundo de Compensa o das Varia es Salariais que gerido pela Caixa 2 As a es mandamentais Nesta categoria incluem se as a es de habeas data e os manda dos de seguran a tanto os individuais quanto os coletivos independentemente da mat ria versada que tenham no p lo passivo autoridade federal A tramita o dessas a es envolve a m xima celeridade por expressa disposi o de lei S o exemplos os mandados 183 de seguran a impetrados em face do delegado da Receita Federal objetivando que ele se abstenha de proceder cobran a de determina do tributo em face do diretor de pessoal aposentados e pensionistas das For as Armadas para que seja institu da uma pens o ou benef cio entre outros 3 As a es coletivas Aqui est o inclu das as a es populares as a es civis p blicas e as a es de improbidade administrativa Tais a es t m em geral tramita o complexa S o por exemplo a es que objetivam impedir a realiza o de privatiza
32. conhecido administrador americano ironicamente afirmou que fazer com que um rg o p blico volte se realmente para o cliente e se preocupe com a qualidade do servi o equivalente a ensinar um elefan te a dan ar O mesmo administrador acreditando que poss vel mudar essa realidade formula o seguinte questionamento o que necess rio para que um rg o p blico realmente se preocupe com o servi o Quem ou o que pode fornecer o incentivo para isso Em seguida responde Algu m respons vel precisa estar interessado nisso Como o rg o p blico tipicamente n o tem o lobo nos seus calcanhares ele n o 31 ALBRECHT Karl Revolu o nos servi os como as empresas podem revolucionar a manei ra de tratar os seus clientes S o Paulo Pioneira 1992 p 10 142 possui qualquer compuls o interna para agradar seus clientes Por tanto a nica maneira de acord lo e coloc lo no caminho certo fazer com que a pessoa respons vel se torne obcecada com a id ia de qualidade do servi o e com a administra o de servi os Desse modo seguindo a l gica acima desenvolvida conclui se que o foco no jurisdicionado deve come ar pelo pr prio magistrado que deve utilizar seu poder de persuas o para influenciar os demais servidores so bre a import ncia de bem tratar as pessoas que procuram o Juizado No Cap tulo 9 foi melhor desenvolvida a id ia da m xima satisfa o do jurisdicionado aplicando as t cn
33. considera as condi es de trabalho como importantes elementos no aumento da efici ncia Trazendo os princ pios da administra o cient fica para uma vis o mais atual teremos o que os administradores chamam de Qualidade de Vida no Trabalho QVT Nesse contexto deve se proporcionar condi es que garantam o bem estar f sico e mental dos servidores por meio a da adequa o de instrumentos e ferramentas de trabalho e equi pamentos que minimizem os esfor o e a perda de tempo na exe cu o das tarefas instrumentos de leitura tica de processos de numera o autom tica de folhas etc b do arranjo f sico dos m veis e computadores para racionalizar o espa o esta es de trabalho inteligentes c da melhoria do ambiente f sico do trabalho de maneira que os sons a ventila o a ilumina o o conforto geral no trabalho n o prejudiquem a execu o dos trabalhos 7 2 Ambiente externo localiza o hor rio de atendimento arquitetura judici ria juizados itinerantes entre outros temas A preocupa o do juiz administrador n o deve se limitar ao ambi ente interno Tamb m deve haver uma preocupa o com o ambiente externo ou seja com a forma pela qual a Justi a se apresenta para o p blico Nesse tema englobam se v rios assuntos como por exemplo a localiza o a localiza o do pr dio do Juizado Especial Federal deve levar em conta o seu principal usu rio que a popula o 32 Cf C
34. constatar o que ser produtivo Para avaliar com rigor a produtividade preciso verificar ainda a complexidade das quest es submetidas aprecia o judicial a capacidade de resolu o das lides e o tempo gasto na an lise dos pro cessos Quanto maior o n mero de fatores melhor ser a avalia o S o eles formas de representa o quantific vel de caracter sticas dos pro cessos utilizados para avaliar os resultados acompanhar e melhorar o desempenho ao longo do tempo O fator celeridade n o pode ser olvidado na avalia o do desem penho porque embora geralmente o tempo possua car ter secund rio na presta o jurisdicional assume fei o principal se a morosidade tor na se inerente ao sistema com atraso na efetividade das determina es judiciais e onera o excessiva do processo A celeridade inerente alta produtividade um dever profissional regra processual art 125 Il do C digo de Processo Civil e ideal de Justi a a que se deve aspirar N o se pretende instituir uma emula o entre ju zes e fazer da via jurisdicional uma pista de atletismo pois se sabe que o juiz mais r pido n o neces sariamente o melhor juiz Tornar o processo mais c lere e barato pode bem ocasionar uma an lise menos acurada pelo juiz n o obstante a con du o lenta e mais dispendiosa do feito n o importe sempre em exame mais detido e minucioso da causa A pretens o iniciar a implementa o 1 A pedido da A
35. de cromoterapia Dentro desse contexto sugere se tamb m a constru o de proto colos externos sistema drive thru naquelas unidades em que n o h espa o para estacionamento suficiente para o p blico Por esse sistema constru do um ambiente externo em que os advogados e as partes possam protocolar suas peti es sem sa rem de seus autom veis pro porcionando mais uma comodidade aos usu rios melhorando a imagem da Justi a sem haver necessidade de altos investimentos E tamb m com esse esp rito que est o sendo amplamente adotados os chamados Juizados Itinerantes em que uma pequena estrutura cartor ria montada em carros ou at mesmo barcos fazendo o papel 34 35 imprescind vel o desvelo dos tribunais ao implantarem os Juizados especialmente com a dignidade das suas instala es e do necess rio distanciamento da Justi a tradicional Os jurisdicionados merecem a aten o do Judici rio e devem ser recebidos de forma respeito sa e confort vel principalmente por se tratar de uma Justi a que envolve muitas emo es devido proximidade da ocorr ncia dos fatos e o respectivo comparecimento na casa da Justi a Todos n s sabemos a expectativa e o nervosismo que assolam o cidad o quando deve comparecer a uma audi ncia L chegando deve encontrar um ambiente acolhedor bem instalado que Ihe inspire ao mesmo tempo conforto seguran a e respeito As instala es improvisadas em pequenos espa
36. de um modo geral a linha de comando dos JEFs segue o modelo antes descrito Dentro dessa estrutura o juiz o diretor de secretaria e os supervisores podem ser considerados rg os de administra o e por isso s o respons veis pelo planejamento organiza o dire o e coor dena o das atividades desenvolvidas dentro do Juizado Eles equivalem aos gerentes das empresas privadas Isso n o significa dizer que os demais agentes n o precisam estar envolvidos nos assuntos administrativos Como se ver uma tend ncia ampliar a participa o de todos os servidores no gerenciamento das or ganiza es administra o participativa Tamb m n o significa dizer que a hierarquia r gida e inflex vel tal qual uma organiza o militar Pelo contr rio pac fico entre os adminis tradores que o modelo hierarquizado est em decl nio devendo haver uma diminui o do distanciamento hier rquico entre os diversos esca l es funcionais 5 2 Estrutura horizontal em busca de um modelo ideal 19 Eis um interessante conceito de gerente gerente aquele que usando os instrumentos de planejamento e controle tecnologicamente mais adequados assume na gest o de seus programas e projetos um comportamento flex vel integrador de equipe e criativo buscando disciplinadamente otimizar os custos os prazos e a qualidade com vistas plena satisfa o do cliente usu rio AFFONSO Jos A primeira lei efic cia e economia
37. e externos Trabalhos internos s o as pr ticas cartor rias ou seja os traba lhos realizados pela secretaria pelo gabinete e pelo pr prio juiz realizados dentro da vara como a juntada de peti o de of cios e de mandados a expedi o destes dois ltimos a conclus o dos autos ao juiz as certi d es o controle dos prazos o controle dos atos externos a elabora o de minuta de despacho prola o de decis es senten as e despachos etc J o servi o externo o realizado fora da vara em geral pelos oficiais de Justi a pelo correio ou via malote S o as dilig ncias de cita o intima o busca e apreens o remessa para o Tribunal encaminhamen to de of cio etc enfim de cumprimento de mandados e of cios realizados fora da vara Ocuparemo nos nesta monografia do trabalho interno da Justi a isso dentro da vara secretaria gabinete e o pr prio juiz Na fase do processamento do feito at a senten a as pr ticas cartor rias envolvem controle da inicial despacho para eventual emen da aprecia o de provimento antecipat rio produ o de provas 178 apura o de quais processos antigos que ainda n o t m senten a prola o de senten as e aprecia o dos embargos de declara o Uma das solu es apresentadas para agilizar a tramita o dos pro cessos a pr tica conciliat ria que consiste na realiza o de audi ncias de concilia o Esta iniciativa vem sendo adotada e defendi
38. e principalmente quanto resposta e o seu correspondente registro Todos esses fatores fazem com que as audi ncias se prolonguem muito mais do que o programado impedindo que se cumpra a pauta di ria N o tenho d vidas de que se fossem gravadas ou registradas mediante a estenotipia computadorizada atendendo ao princ pio da oralidade teriam os ju zes condi es de ampliar o n mero de designa es de audi ncias de instru o por dia CALMON Eliana A democratiza o da Justi a Revista do CEJ n 3 Bras lia CJF 1997 126 raz o da ado o do rito do Juizado Especial A reengenharia propriamen te o repensar fundamental e a reestrutura o radical dos processos empresariais que visam alcan ar dr sticas melhorias em indicadores cr ti cos e contempor neos de desempenho tais como custos qualidade atendimento e velocidade N o basta reformular o que j existe ou fazer mudan as t midas que deixem a estrutura b sica do processo intacta N o se trata de fazer re mendos de retocar os sistemas existentes para funcionarem melhor Fazer uma reengenharia processual que o esp rito da Lei dos Juizados Especi ais Federais significa abandonar os velhos dogmas do C digo de Processo Civil e come ar de novo N o se deve ter medo de criar novas t cnicas testar m todos ex perimentais ousar at onde for poss vel desde que respeitado o devido processo logicamente a busca cont nua e obcecada por
39. e dos demais servidores Para minorar o problema sempre til que se adote um pol tica de qualifica o e valoriza o dos estagi rios fazendo com que o est gio no Juizado Especial Federal torne se atrativo para os bons estudantes 6 4 Os conciliadores Os conciliadores exercem importante papel dentro dos Juizados Especiais Federais pois s o eles que v o realizar a primeira tentativa de acordo entre o cidad o e o poder p blico Por for a da Lei 10 259 art 18 a fun o de conciliador ser realizada sem qualquer remunera o ou seja o legislador qualificou os conciliadores como agentes honor ficos o que acarreta alguns proble mas j que o sucesso da concilia o vai depender bastante da boa vontade de quem a realiza V rios ju zes criticam o modelo legal pois h grande dificuldade tanto para selecionar o conciliador quanto para fazer com que ele perma ne a no exerc cio da fun o Sem est mulo financeiro h uma rotatividade muito grande entre os que atuam como conciliadores Al m disso na pr tica os conciliadores acabam estabelecendo uma rela o de animosidade com os advogados ou com as partes que n o v em no conciliador amador a figura de uma autoridade at porque com frequ ncia os conciliadores n o possuem um treinamento adequado O ideal seria que houvesse cargos remunerados de conciliador a serem preenchidos por pessoas com habilita o jur dica e que passas sem por treinamentos
40. feito Consideradas essas vari veis sem se esquecer da complexidade do procedimento escolhido pelo autor deve se esta belecer tempos padr o para a conclus o do processo em primeira inst ncia a contar do ajuizamento da a o at a prola o da senten a 6 4 1 Determina o da dura o do processo A Constitui o italiana em seu art 111 2 comma prev a ragionevole durata razo vel dura o do processo A reforma em curso do Poder Judici rio pretende inserir na Constitui o Federal dispositivo que preveja a dura o razo vel do processo Mas como tornar efetivo o futuro dispositivo constitucional 36 Com o intuito de coadunar o dever ser normativo ao ser efetivo e avaliar a produtividade judicial a fixa o da dura o do processo me dida imperiosa a se adotar inconceb vel n o poderem as partes possuir alguma expectativa acerca da dura o do processo Uma vez ajuizada a a o e distribu do o feito depender de sorte saber se ter tramita o lenta ou c lere na medida em que seja conduzido por um juiz desidioso ou operoso E essa informa o ser fornecida pelo procurador da parte afeito realidade de determinada se o judici ria cuja experi ncia lhe permite extrair ju zo sobre as varas federais que s o mais ou menos geis Caso o procurador n o tenha muita experi ncia a parte permanecer na completa incerteza sobre o tempo de dura o de seu processo Uma situa o como essa n o
41. http www trf4 gov br 124 ca o dos princ pios da simplicidade da informalidade da celeridade e da oralidade deve afetar tamb m as per cias e audi ncias realizadas no mbito dos JEFs No caso das per cias n o sempre necess rio todo aquele rito infind vel em que se nomeia o perito arbitram se seus honor rios apre sentam se os laudos designa se audi ncia de esclarecimento etc Muito melhor mais r pido mais barato e mais eficiente incentivar a oralidade a livre aprecia o da prova a concentra o do procedimento e o contato imediato entre ju zes partes testemunhas peritos etc Como h um grande n mero de per cias m dicas a serem realiza das nos JEFs j que muitas vezes a discuss o gira em torno de aferir a capacidade laborativa do segurado v rias sugest es podem ser apre sentadas para agilizar essa per cia Por exemplo o magistrado pode permitir que a parte apresente um laudo firmado por um m dico conveniado ao SUS e ap s pode pos sibilitar que o INSS apresente sua an lise inclusive com consulta m dica ao autor Confrontando os dois laudos o magistrado pode firmar seu con vencimento em audi ncia nica que pode contar com a presen a de um m dico de confian a do juiz Em alguns Juizados disponibilizado um formul rio a ser preenchido pelo m dico a fim de tornar o laudo mais completo Podem ser firmados conv nios com universidades no intuito de baratear os custos e a
42. implanta o dos call centers o peticionamento eletr nico o sistema push as salas de auto atendimento etc que visam essencialmente proporci onar uma maior comodidade aos que buscam a Justi a Mas n o basta implementar todos esses servi os se tamb m n o houver por parte dos ju zes e servidores um sentimento voltado para a excel ncia do atendimento Esse comprometimento com o servi o deve englobar todos os n veis da organiza o Da o significado da palavra total nos programas de qualidade todos os setores da organiza o devem estar integrados a fim de unificar os esfor os para satisfazer os usu rios J que se est falando de qualidade no servi o tomamos a liberda de de mais um vez citarmos um autor cl ssico na teoria da administra o de servi os Karl Albrecht No livro Revolu o nos servi os como as empresas podem revolu cionar a maneira de tratar os seus clientes o referido autor desenvolve um conceito bastante interessante o de hora da verdade que seria qual quer epis dio ou seja um evento espec fico no tempo no qual o cliente entra em contato com algum aspecto da organiza o e adquire uma im press o de seu servi o No caso dos Juizados Especiais Federais por exemplo poder a mos enumerar as seguintes horas da verdade 154 10 11 12 O jurisdicionado liga para a Justi a para obter informa es sobre um benef cio previdenci rio que supostamente tem
43. inflacion rios nas contas vinculadas do FGTS seja pleiteada por meio de a o ordin ria que em regra equivale a 4 00 pontos a repeti o excessiva de demandas comprobat rias da ilogicidade de nosso sistema processual acarreta a redu o da pontua o em face da padroniza o dos atos processuais e da senten a Em rela o s a es de jurisdi o volunt ria em que n o h partes em contraposi o mas interessados na obten o do provimento judicial a pontua o situa se em baixa escala Tratando se de uma gest o p bli ca de interesses privados as interven es do juiz no processo s o extremamente simples As senten as extintivas sem exame do m rito t m cota o nula por dois motivos n o imp em solu o definitiva lide que na maioria das hip teses do art 267 do C digo de Processo Civil pode ser renova da e representam em algumas circunst ncias disp ndio duplo de esfor os porque ao se admitir a repeti o do pleito outro juiz ser acio nado para finalizar o trabalho n o solucionado anteriormente 33 Deve se introjetar nos ju zes a percep o de que se faz necess rio aproveitar mais os atos processuais no Brasil tamb m como forma de reduzir o custo do processo Por isso a senten a extintiva do processo sem exame do m rito pouco valiosa e at mesmo contraproducente Deve o juiz concentrar se no aspecto material da quest o e procurar sa nar eventuais v cios formais s
44. j no processamento da fase recursal ou se finalmente no processamento da execu o do julgado Observamos que as pr ticas cartor rias referentes s atividades internas de secretaria ocupam papel de destaque no combate morosi dade A produtividade do juiz deve ser avaliada a partir de sua gest o nessas atividades Seu impacto t o grande que envolve os atos do pro cesso de conhecimento de execu o e o processamento dos recursos S o exemplos de pr ticas cartor rias a elabora o de minutas de des pachos a juntada de peti es a expedi o de mandados e of cios a juntada de mandados e of cios o controle de prazos o controle de atos externos a publica o a expedi o de precat rios e RPV a expedi o de alvar s e o pr prio processamento dos recursos como um todo Especificamente na fase do processamento do feito at a senten a constatamos que se for hip tese de julgamento antecipado da lide as pr ticas cartor rias isoladamente representam incidentes cr ticos Quando por m houver necessidade de produ o de prova so madas as pr ticas cartor rias teremos outros incidentes cr ticos Se for hip tese de produ o de prova oral a audi ncia de instru o e julga mento desempenhar papel importante Assim neste caso a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de audi ncias 192 designadas n mero relativo de audi ncias realizadas e intervalo de tem po entre
45. jurisdicional efetiva e o redimensionamento das fun es judiciais N o se pode conceber os avan os tecnol gicos do direito material sem cotej los com os progressos verificados no direito processual com os respectivos instrumentos de efetiva o de direitos Com a inaugura o da nova escola processual italiana conhecida como escola sistem tica liderada Giuseppe Chiovenda nas primeiras d cadas do s culo XX buscou se firmar as bases cient ficas de um direi to processual civil aut nomo em rela o ao direito material Assim a partir da forma o da escola sistem tica at bem pouco tempo atr s a doutrina esteve mergulhada por assim dizer no interior do processo preocupando se exclusivamente com seu aspecto t cnico e desconsiderando suas conota es ticas seus objetivos sociais e pol ti cos bem como sua rela o efetiva com o direito material que a sua raz o de ser Mais de cinquenta anos ap s a forma o dessa escola o direito processual civil passou por uma redescoberta mudando se o enfoque de an lise para abarcar as dimens es pol ticas sociais e econ micas do processo em movimento conhecido por acesso Justi a Ap s a eclos o desse movimento o direito de a o se necessita conferir ao cidad o o mesmo resulta do do que o direito material lhe daria caso suas normas fossem es pontaneamente observadas passou a ser pensado como um direito adequada tutela jurisdicional ou mel
46. material v g di reito compensa o de tributos ser submetida aprecia o judicial mediante a o ordin ria ou mandado de seguran a casos em que a pontua o prevista para as senten as seria diferente n o obstante a si milaridade do pedido e da causa de pedir Efetivamente a falha no sistema de pontua o n o existe porquanto os ritos s o distintos e a partir de 11 NORONHA Jo o Ot vio de O custo do processo Avalia o e an lise Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 13 p 118 jan abr 2001 34 les sobretudo que se categoriza a pontua o das a es N o cabe ana lisar o pedido ou a causa de pedir para determinar a pontua o a ser atribu da senten a tampouco os fundamentos utilizados pelo magistra do pois se daria ensejo a casu smos incapazes de serem contidos em um sistema racional Ademais os diferentes ritos embora envolvam ques t es materiais semelhantes possuem peculiaridades que podem levar a solu es distintas especialmente se fizer se necess rio dilargar a instru o para a demonstra o do fato constitutivo do direito 6 4 Fator celeridade Firmada a rela o de proporcionalidade entre a produtividade do magistrado e a complexidade do procedimento que preside assim como o grau de resolutividade revelado necess rio associar o fator celeridade a essa rela o O tempo de dura o do processo n o a principal preocupa o do magistrado
47. na entrega da presta o jurisdicional A aplica o til do direi to respeitadas as regras do devido processo legal em conson ncia com princ pios de justi a representa o ponto central da atividade jurisdicional Entretanto se o tempo torna se fator que impede a aplica o til do direito e viola princ pios elementares de um justo processo assume rele v ncia mpar na atividade jurisdicional o que se presencia na atualidade O juiz deve assumir um compromisso muito mais amplo do que meramente prestar a jurisdi o se deseja faz lo em tempo h bil Ter que rever a pr pria administra o do processo que passa a estar imbricada com o exerc cio jurisdicional como forma de fazer efetivos os provimentos e de respeitar os direitos daqueles que recorrem Justi a De acordo com Lippmann pela tica do jurisdicionado a entrega til da presta o jurisdicional um dos atributos de maior relev ncia que a Justi a pode oferecer isto as decis es devem ser proferidas a tempo de produzirem efeitos pr ticos nas rela es jur dicas estabelecidas entre as partes independentemente de seu resultado 2 12 LIPPMANN JR Edgard A Controle permanente da tramita o dos processos distribu dos ao gabinete Trabalho dispon vel na internet www cjf gov br 35 O tempo de dura o do processo definido por algumas vari veis tais como a complexidade da instru o o n mero de partes envolvidas a qualidade d
48. os cantos ociosos dos pr dios embutidas dentro do mesmo espa o f sico de uma vara tradicional ferem a dignidade da Justi a causam des nimo ao juiz que nela desempenha as fun es e exp em o cidad o humilha o implicando agress o imagem e desprest gio da Justi a N o se est a pregar a utiliza o de pr dios suntuosos mas sim que o espa o f sico ocupado pelo Judici rio seja compa t vel com a majestade da Justi a A improvisa o cria na mente do cidad o comum a d vida quanto for a da pr pria institui o CALMON Eliana A democratiza o da Justi a Revista do CEJ n2 3 Bras lia CJF 1997 Sobre o tema confira se PINI Sueli Pereira A experi ncia do Juizado Itinerante do Amap Revista CEJ n 17 Bras lia CJF 2002 pp 71 75 146 de uma secretaria m vel O Juizado Itinerante tem se mostrado uma boa solu o para realizar audi ncias em lugares distantes al m de melhorar bastante a imagem institucional da Justi a j que uma forma de os ju zes se aproximarem mais do povo preciso por m que exista um bom planejamento para que os Juizados Itinerantes funcionem a conten to incluindo nesse ponto um pr via divulga o um calend rio permanente um relacionamento satisfat rio com outros rg os etc Outra boa solu o para facilitar o acesso f sico dos jurisdicionados s o os N cleos Avan ados dos Juizados Especiais Federais e o projeto Justi a em Domic lio
49. pode perdurar Prop e se o estabelecimento de prazos m ximos dentro dos quais dever ser pronunciada a senten a N o se trata de nenhuma inova o porque na rea penal relativamente a r us presos a instru o criminal deve ser finalizada no prazo de 81 dias sob pena de se revogar a pris o provis ria Na maioria dos processos o prazo respeitado porquanto a previs o de uma san o liberta o do acusado que deve permane cer preso funciona como est mulo ao alcance da celeridade processual Sugere se a ado o de semelhante medida na seara c vel A defini o de prazos m ximos para os processos um est mulo criatividade do magistrado a quem incumbir adotar solu es inovado ras para a economia de atos O capital intelectual da Justi a Federal altamente qualificado e boas solu es podem ser esperadas para obter o refinamento de procedimentos e reduzi los aos atos processuais estri tamente necess rios solu o da lide A premissa fundamental na tentativa de economizar tempo na finaliza o dos processos consiste em que o descumprimento das formas legais desde que atingida a finalidade do ato n o enseja o reconhecimento de nulidades regra expressa no art 244 do C digo de Processo Civil Assim como o prazo de 81 dias para a finaliza o da instru o cri minal originou se de entendimento jurisprudencial baseado na soma dos prazos de cada um dos atos processuais legalmente estabelecido
50. processo est sob controle e se ele eficaz ou seja se atende as medidas de satisfa o do jurisdicionado Diversamente do que ocorre com as empresas a sobrevi v ncia do Poder Judici rio n o est diretamente relacionada sua capacidade de atender as necessidades dos usu rios A conquista de respeito e de confian a p blica vincula se intimamente com a presta o jurisdicional c lere 4 4 Premia o Alcan adas as metas premia se Nos dias atuais o nico fator de motiva o para eleva o da produtividade do juiz sua consci ncia Es pera se daqueles que julgam sejam conscienciosos mas sabe se que nem todos nem sempre o s o sobretudo porque o ac mulo de lustros na carreira contribui para a desmotiva o A ampla divulga o entre seus pares e para a popula o dos referenciais de excel ncia n o deixa de ser um pr mio para o magistrado produtivo Mas instituir est mulos a quem cumpre metas e demonstra produtividade exemplar constitui medida imperiosa para o bom funcionamento do sistema 6 Tradu o livre Pode se sustentar que sem espec fico conhecimento de todos os aspec tos da atividade judicial n o poss vel estabelecer metas O RYAN Stephen LANSDELL Tony Benchmarking and productivity for the judiciary Darwin july 2000 p 8 20 A Constitui o Federal estabelece a promo o na carreira da ma gistratura mediante dois crit rios antiguidade e merecimento A promo o por
51. produtividade Os processos envolvem em sua maioria quest es de direito que dispensam a produ o de prova Os processos tendem a ou deveriam ser julgados em menor tempo em face da desnecessidade de comprova o de aspectos f ticos Embora as partes geralmente envolvidas nos processos que trami tam na Justi a Federal possuam prerrogativas capazes de prolongar a dura o do feito prazos em dobro para recorrer e em qu druplo para contestar a intima o pessoal dos procuradores e o reexame necess rio de senten as e contribuir para o retardo em emergir provimento jurisdicional transitado em julgado associada dificuldade em se obter concilia o com os entes p blicos a pouco frequente necessidade de dila o probat ria fator relevante na expectativa de c lere resolu o da lide No mbito da Justi a Federal optou se por implementar o projeto em uma vara de compet ncia exclusivamente c vel A quantidade de pro cessos criminais superlativamente inferior de processos c veis e no aspecto quantitativo maior abrang ncia ter a implementa o do proje to A recente constitui o dos Juizados Especiais Federais aconselha a n o aplicar o projeto a ele Afora suas peculiaridades procedimentais a ado o de assinatura eletr nica nas senten as e do processo virtual indicativa das experimenta es a que se submete Implementar o siste ma de avalia o de car ter experimental em procedimento prenh
52. proposta para o futuro Bras lia CJF 1995 185 p S rie Monografias do CEJ v 2 ISBN 85 85572 23 x QUEIROZ Raphael Augusto Sofiati de org Acesso Justi a Rio de Janeiro Lumen Juris 2002 REIS Nov ly Vilanova da Silva Indica es pr ticas para uma melhor administra o do processo civil Bras lia CJF 1999 53 p S rie Monografias do CEJ v 7 ISBN 85 85572 47 7 RODRIGUES Hor cio Wanderlei Acesso justi a no direito processual brasileiro Blumenau Acad mica 1994 200 R HL Klaus F amp MACHURA Stefan ed Procedural Justice O ati International Series in Law and Society O ati IISJ 1997 SANTOS Boaventura de Souza O acesso ao direito e Justi a um direito fundamental em quest o Coimbra Observat rio Permanente da Justi a Portuguesa Universidade de Coimbra 2002 Es A administra o e gest o da Justi a An lise comparada das tend ncias de reforma Coimbra Observat rio Permanente da Justi a Portuguesa Universidade de Coimbra 2001 http opj ces uc pt A ac o executiva caracteriza o bloqueios e propostas de refor ma Coimbra Observat rio Permanente da Justi a Portuguesa Universidade de Coimbra 2001 http opj ces uc pt E Arbitragem institucional um novo modelo de administra o de Justi a Coimbra Observat rio Permanente da Justi a Portuguesa Uni versidade de Coimbra 2000 http opj ces uc pt Na Bloqueios ao andamento dos pr
53. ser de cinco dias o prazo para a pr tica de ato processual a cargo delas art 185 O prazo para contestar da Uni o suas autarquias e funda es p blicas computado em qu druplo art 188 Especificamente em rela o ao mandado de seguran a o prazo para a autoridade coatora prestar informa es de dez dias art 7 da Lei n 1 533 51 ao passo que o parecer do representante do Minist rio P blico e a senten a devem ser exarados no prazo de cinco dias art 10 O art 17 par grafo nico estabelece em 24 horas o prazo para conclu s o regra que n o se diferencia do disposto no C digo de Processo Civil Considerando as disposi o legais de determina o de prazo e a sucess o de atos processuais previstos no procedimento ordin rio e no mandado de seguran a permite se estabelecer o fluxograma de cada um dos ritos e o respectivo prazo de dura o 40 6 4 2 Fluxograma 1 Mandado de seguran a Indeferimento 2 dias 10 dias N o emenda A Certifica o 2 dias transcurso prazo 1 dia Conclus o Intima o Tr nsito em Recurso julgado Conclus o Intima o Remessa TRF 2 dias 2 dias 1 dia 10 dias 5 dias 2 dias 2 dias 2 dias 10 dias 2 dias 2 dias 5 dias 2 dias 2 dias 1 dia 5 dias 41 Legenda Procedim
54. tempo entre a data do despacho e a da audi ncia n mero de per cias realizadas quantidade de senten as proferidas tempo de tramita o do processo at a prola o de senten as quantitativo de embargos de declara o julgados tempo de demora para aprecia o dos declarat rios B 2 processamento do recurso e quantitativo das pr ticas cartor rias e tempo de dura o da tramita o do recurso B 3 execu o do t tulo judicial e quantitativo das pr ticas cartor rias e quantidade de per cias necess rias realizadas 202 e tempo de dura o da tramita o da execu o do t tulo judicial C A produtividade do juiz federal de vara c vel e o perfil das a es C 1 a es sobre financiamento imobili rio quantidade e tem po de demora e realiza o de audi ncias conciliat rias e promo o do acordo e realiza o das pr ticas cartor rias a contento e realiza o de per cia grafot cnica ou cont bil quando necess rias 2 a es mandamentais percentual de mandados de seguran a julgados e tempo de tramita o do processo at a prola o de senten a so C 3 a es coletivas quantidade em tramita o quantidade efetivamente julgada 4 a es possess rias e de loca o n mero de audi ncias realizadas n mero de concilia es obtidas tempo de demora para realiza o dos atos processuais quantidade em tramita o quantidade efetivamente julgada e gt o gt
55. tipos de processos enfrentados aos atos processuais praticados o poder de concilia o a realiza o de audi n cias Assim por exemplo uma senten a de m rito em a o civil p blica de prote o ambiental n o pode ser avaliada da mesma forma do que uma senten a repetida em a o de FGTS Um processo indenizat rio conduzido com fomento oralidade por meio de audi ncias n o pode ter o mesmo grau de relev ncia avaliativa que outro processo julgado ante cipadamente com mat ria exclusivamente de direito imprescind vel criar uma rubrica especial de avalia o para os processos solucionados atrav s de concilia o em audi ncia ressalvado claro o caso dos Juizados Especiais Federais em que tal pr tica da natureza do sistema Noutro plano cada magistrado dever contar com um prontu rio especial de avalia o para os quais possa inclusive remeter elementos para sua pr pria avalia o Por exemplo senten as que confirmadas pelo Tribunal s o total ou parcialmente transcritas na fundamenta o do ac rd o demonstrando o reconhecimento da excel ncia do trabalho fo rense atas de audi ncias complexas com diversos incidentes ou minuciosa colheita de provas cartas de elogio ou reconhecimento endere adas por advogados ou pela comunidade grava es de audi ncias palestras ou participa es em reuni es com a comunidade artigos jur dicos e comunica es em congressos ou eventos semelhantes A re
56. uma verdadeira revolu o no conceito de presta o jurisdicional a simplifica o otimiza o racionaliza o dos atos e rotinas cartor rias b estrutura inteligente visando a economia e a realidade or amen t ria atual c motiva o qualifica o treinamento e valoriza o de todos os que fazem os Juizados Especiais Federais ju zes servidores estagi rios conciliadores advogados dativos etc d democratiza o da gest o dos Juizados Especiais Federais permitindo a participa o de todos na administra o do Judici rio e est mulo ao uso criativo da tecnologia da informa o buscando a efetividade do processo e a m xima comodidade do usu rio da Justi a f busca de parcerias para melhorar o servi o e reduzir custos g excel ncia na qualidade do atendimento e dos servi os presta dos visando a satisfa o total do jurisdicionado Para que esses princ pios se tornem realidade no dia a dia do Juizado Especial Federal preciso que haja um profundo engajamento do juiz que o preside Afinal o sucesso de qualquer organiza o depende fun damentalmente da maneira como os respectivos dirigentes agem As mudan as devem partir do topo e se espalhar por todos os n veis 157 organizacionais Por isso qualquer mudan a na cultura gerencial dos rg os judiciais deve come ar pelos ju zes Uma vez consciente da import ncia da ado o das t cnicas gerenciais acima apresentadas o magis
57. vel em http www1 jus com br doutrina texto asp id 3924 LIMA George Marmelstein rel Elementos para reforma do C digo de Processo Civil N o publicado Bras lia Ajufe 2008 LIPPMANN J NIOR Edgard Ant nio Implementando mudan as na Jus ti a Federal da 4 regi o foco no cidad o VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administraci n P blica Lisboa CLAD 2002 Levando a Justi a Federal sociedade VIII Congreso Internacio nal del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administraci n P blica Panam CLAD 2008 161 Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 MARE Minist rio da Administra o Federal e Reforma do Estado Pro grama de Qualidade e Participa o na Administra o P blica Bras lia Cadernos do Mare 1997 MARINONI Lu s Guilherme Novas linhas do processo civil 3 ed S o Paulo Malheiros 1999 MOREIRA Jo o Luiz Martelli Projetar o futuro planejar o presente re ceita de sucesso do Judici rio de Santa Catarina Revista CEJ n 24 Bras lia CJF 2004 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Notas sobre o problema da efetividade do processo Revista da Ajuris 29 Porto Alegre Ajuris 1998 NALINI Jos Renato Dez recados ao juiz do Ill mil nio Revista CEJ n 7 Bras lia CJF 1997 forma o do juiz e seu relacionamento com as partes
58. 58 Afirma ainda que a avalia o de desempenho o primeiro passo para se alcan ar algo mais importante a produtividade p 59 No segundo trabalho intitulado O novo juiz e a administra o da Justi a repensando a sele o a capacita o e a avalia o dos magistrados o autor reflete inicialmente acerca dos conceitos de independ ncia e legitimidade Sobre esta diz que o Poder Judici rio deve legitimar se a cada dia a cada senten a a cada postura frente sociedade em conflito e frente aos demais poderes do Estado p 70 E nesse contexto que d nfase forma o do novo juiz sintonizado com as exig ncias da sociedade moderna e capacitado a responder a elas com efici ncia e criatividade Em Organiza o e administra o dos Juizados Especiais h in meras sugest es sobre a organiza o e a administra o dos Juizados Especiais Federais Por ltimo A morosidade e suas vicissitudes desafios para a valia o da produtividade do Juiz Federal trata da quest o da morosidade com a identifica o dos principais obst culos atividade judicial pronta e eficaz Em todos os trabalhos percebe se a import ncia atribu da figura do magistrado para a consecu o de um ideal de Justi a a par dos indispens veis instrumentos de que necessita os quais em ltima an lise ele quem vai manejar Com certeza as reflex es e propostas ora apresentadas ser o muito teis aos operadores do Dir
59. 7 FONSECA Ricardo Marcelo org Repensando a teoria do estado Belo Horizonte F rum 2004 FORNACIARI JUNIOR Clito Do provimento dos cargos de juiz Revista do Advogado S o Paulo Associa o dos Advogados de S o Paulo rf 56 set 1999 FREITAS Vladimir Passos coord Corregedorias do Poder Judici rio S o Paulo RT 2008 Justi a Federal hist rico e evolu o no Brasil Curitiba Juru 2004 GOLDFARB Ronald L The contempt of court Nova lorque Columbia University Press 1963 GRINOVER Ada Pellegrini et a C digo brasileiro de defesa do consumi dor comentado pelos autores do anteprojeto 52 ed rev atual e ampl Rio Forense Universit ria 1998 GUEDES Enildo Marinho Curso de metodologia cient fica Curitiba HD Livros 1997 HABERMAS J rgen Direito e democracia entre facticidade e validade Trad Fl vio Beno Siebeneichler Rio Tempo Brasileiro 1997 V 1 HESSE Konrad Elementos de direito constitucional da Rep blica Federal da Alemanha Trad da 202 ed alem por Lu s Afonso Heck Porto Alegre Fabris 1998 LEITE Eduardo de Oliveira A monografia jur dica 32 ed S o Paulo RT 1997 102 LIPMANN JUNIOR Edgard Ant nio Qualidade total um passo frente Revista CEJ Centro de Estudos Judici rios do Conselho da Justi a Fede ral Bras lia CEJ CJF n 17 jun 2002 MANDRIOLI Crisanto L azione esecutiva Milano Giuffr 1955 La tutela giurisdicionale
60. 7 Porto Alegre Ajuris 1998 TESSLER Marga Inge Barth Proposta de inser o da gest o pela quali dade na jurisdi o Revista do Tribunal Regional Federal da regi o ne 48 Porto Alegre TRF 4 Regi o 2008 import ncia de modernizar a administra o da Justi a Revista do Tribunal Regional Federal da regi o n 42 Porto Alegre TRF 4 regi o 2001 TORTELI Elena Rita O voluntariado na Justi a Revista CEF n 17 Bras lia CJF 2002 VELLOSO Caio M rio da Silva Problemas e solu es na presta o da Justi a Revista Direito Federal n 28 Bras lia Ajufe 1991 Do Poder Judici rio como torn lo mais gil e din mico efeito vinculante e outros temas Revista Direito Federal n 59 Bras lia Ajufe 1998 WASHINGTON Jos A Justi a mais gil Revista Direito Federal n 37 Bras lia Ajufe 1993 Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 165 WATANABE Kazuo Assist ncia judici ria e o Juizado Especial de Peque nas Causas Revista da Ajuris n 34 Porto Alegre Ajuris 1985 Caracter sticas b sicas dos Juizados Especiais de Pequenas Cau sas Revista da Ajuris n 33 Porto Alegre Ajuris 1985 ZANDONALDE Eliana Estat stica judici ria Revista CEF n 17 Bras lia CJF 2002 ZAVASCKI Teori Albino Antecipa o de tutela S o Paulo Saraiva 1998 S tios consultados
61. ADMINISTRA O DA JUSTI A FEDERAL Concurso de Monografias 2004 Editora o Subsecretaria de Divulga o e Editora o da Secretaria de Pesquisa e Informa o Jur dicas do Centro de Estudos Judici rios Impress o Coordenadoria de Servi os Gr ficos da Secretaria de Administra o do Conselho da Justi a Federal Administra o da Justi a Federal concurso de monografias 2004 Conselho da Justi a Federal Centro de Estudos Judici rios Bras lia CJF 2005 204 p S rie Monografis do CEJ 10 ISBN 85 85572 81 7 ISSN 0104 785X 1 Justi a Federal 2 Administra o da Justi a S ire CDU 342 56 a E Centro de T aihe da Estudos Judici rios Justi a Federa ADMINISTRA O DA JUSTI A FEDERAL Concurso de Monografias 2004 S RIE MONOGRAFIAS DO CEJ VOLUME 10 Bras lia DF 2005 Copyright O Conselho da Justi a Federal Tiragem 3300 exemplares autorizada a reprodu o parcial ou total desde que indicada a fonte SUM RIO Apresenta o 1 Lugar Fatores de produtividade proposta de avalia o do desempenho do magistrado federal Carlos Henrique Borlido Haddad 2 Lugar O novo juiz e a administra o da Justi a repensando a sele o a capacita o e a avalia o dos magistrados federais Vicente de Paula Ata de 3 Lugar Organiza o e administra o dos Juizados Especiais Federais George Marmelstein Lima 4 Lugar Morosidade e suas viciss
62. Associa o dos Ju zes Federais do Brasil http Amww ajufe org br Centro Latinoamericano de Administracion para el Desarrolo http Www clad org ve Conselho da Justi a Federal http Avww cif gov br Consultor Jur dico http Anww conjur com br George Marmelstein Lima http Anww georgemlima hpg com br Google http Anww google com br Jus Navigandi http Aww jus com br Superior Tribunal de Justi a http Avww stj gov br Supremo Tribunal Federal http Avww stf gov br Tribunal Regional Federal da 1 regi o http Avww trfl gov br Tribunal Regional Federal da 2 regi o http www trf2 gov br Tribunal Regional Federal da amp regi o http Anww trf3 gov br Tribunal Regional Federal da regi o http Avww trf4 gov br Tribunal Regional Federal da 5 regi o http Anww trf5 gov br 166 4 lugar A MOROSIDADE E SUAS VICISSITUDES DESAFIOS PARA A AVALIA O DA PRODUTIVIDADE DO JUIZ FEDERAL Vladimir Santos Vitovsky Introdu o A efici ncia do Judici rio tem sido a preocupa o dos Presidentes do STF e do STJ Ministros N lson Jobim e Edson Vidigal que objetivam analisar a carga de trabalho dos ju zes federais os custos da tramita o dos processos e identificar os gargalos de oferta e demanda de deci s es conforme noticiam a imprensa e os pr prios Tribunais Est em pauta a busca da gest o eficaz do Judici rio identificando se com preci s o os verdadeiros entraves do s
63. Bras lia Ajufe 2004 pp 87 99 SILVA Ant nio F S do Amaral e SHAFER Jairo Gilberto Juizados Espe ciais Federais aspectos c veis e criminais Blumenau Acad mica 2002 SILVA Ivo Barcelos da A motiva o dos ju zes e servidores como t cnica de efici ncia Revista CEF n 24 Bras lia CJF 2004 SIQUEIRA Roberto Lima Antunes de A informatiza o no Poder Judici rio de Minas Gerais Revista CEF n 17 Bras lia CJF 2002 SJRN Se o Judici ria do Rio Grande do Norte Relat rio uniformiza o de rotinas e procedimentos judici rios no primeiro grau N o publicado Natal SJRN 2003 SH FER Jairo Gilberto A inform tica e o direito as possibilidades reais de avan o Revista CEF n 17 Bras lia CJF 2002 SHIBA Shoji GRAHAN Alan WALDEN David TQM quatro revolu es na gest o da qualidade Porto Alegre Bookman 1997 164 SOUSA Lourival de Jesus Serejo Reengenharia do Poder Judici rio para uma nova administra o da Justi a Revista de Doutrina e Jurisprud ncia do TJDFT Bras lia TJDFT 1998 pp 107 109 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo A efetividade do processo e a reforma processual Revista da Ajuris 59 Porto Alegre Ajuris 1993 O aprimoramento do processo civil como pressuposto de uma Justi a melhor Revista da Ajuris n 57 Porto Alegre Ajuris 1993 O aprimoramento do processo civil como pressuposto de uma Justi a melhor In Revista da Ajuris 5
64. CEJ Centro de Estudos Judici rios Bras lia 2003 A vers o digital do referido documento encontra se no portal do Conselho da Justi a Federal http Ana cif gov br 115 2 i interlocut rias e o sistema de precat rio O processo portanto mais acelerado ou turbinado representando o que os processualistas europeus chamariam de finn process ou seja um processo mais magro mais enxuto uma Justi a mais moderna tendo em vista a possibilidade de comunica o dos atos processuais pela internet e a possibilida de de desenvolvimento dos Juizados Virtuais com os autos digi tais substituindo os autos em papel entre in meros outros usos de novas tecnologias uma Justi a mais aberta mais acess vel e mais preocupada com a camada carente da popula o sendo frequente ver pes soas bem pobres batendo s portas dos JEFs eliminando de vez a equivocada id ia de que a Justi a Federal uma Justi a de elite uma Justi a que procura se aproximar do povo por meio de Juizados Itinerantes e de outros meios buscando ampliar ao m ximo a no o de acesso Justi a uma Justi a altamente emotiva que lida frequentemente com aspectos cruciais da vida humana e por isso est sujeita a uma carga emocional muito grande uma Justi a mais barata na medida em que somente haver custas na via recursal e h a possibilidade de peticionar sem advogado ou utilizar os Defensores da Uni o e os
65. De outro giro nas a es sum rias a avalia o da produtividade do juiz pode ser feita atrav s do n mero de audi ncias designadas e da dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia Nas a es tribut rias de rito ordin rio a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de atos processuais praticados e do quan titativo de per cias realizadas quando necess rias forem bem como no 194 tempo de demora para sua realiza o As mesmas considera es podem ser feitas para as a es de rito ordin rio sobre militares e servidores A produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de audi ncias designadas da dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia do n mero de atos processuais praticados e do quantitativo de per cias realizadas quan do necess rias forem bem como pelo tempo de demora para sua realiza o No caso dos feitos n o contenciosos a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de audi ncias designadas quando ne cess rias e da dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia do n mero de atos processuais praticados e do sucesso na localiza o do r u No tocante s a es cautelares a produtividade do juiz poder ser avaliada a partir do n mero de senten as proferidas em rela o ao n me ro de cautelares em tramita o e o tempo de tramita o de tais a es at a se
66. Federal que merece uma especial aten o CJF Conselho da Justi a Federal A Justi a Federal atrav s de documentos an lise documen tal S rie Pesquisas do CEJ Centro de Estudos Judici rios Bras lia 1994 9 Cf LIMA George Marmelstein Pela racionalidade dos expedientes forenses o m ximo de resultados com o m nimo de atos processuais Revista do Tribunal Regional Federal da 12 regi o Bras lia TRF 12 regi o julho 2008 118 processual a racionalidade e celeridade O processo dizia o famoso jurista deve dar a quem tem raz o tudo aquilo e exatamente aquilo a que ele tem direito de conseguir com o m nimo disp ndio de tempo e de energias Ora nada melhor do que a teoria geral da administra o para auxi liar O juiz nessa tarefa de conseguir a efetividade do processo com o m nimo disp ndio de tempo e de energias Afinal desenvolver m todos para alcan ar a efici ncia gastando o m nimo de tempo e de energias precisamente a finalidade da administra o a administra o n o um fim em si mesma mas um meio de fazer com que as coisas sejam realiza das da melhor forma poss vel com o menor custo e com a maior efici ncia e efic cia A administra o cient fica que come ou a ser desenvolvida logo no in cio da Revolu o Industrial com Taylor sua frente defende ferre nhamente a organiza o racional do trabalho com nfase nas tarefas desempenhadas pelos funcion rios vis
67. HIAVENATO Idalberto Introdu o teoria geral da administra o 42 ed S o Paulo Makron Books 1993 pp 73 74 144 mais humilde A maior parte dos jurisdicionados mora na perife ria e se locomove de nibus trem ou metr Por isso o pr dio do JEF deve estar localizado em reas bem servidas pelos trans portes p blicos de prefer ncia em reas centrais b hor rio de atendimento o JEF deve ter como princ pio a exce l ncia na qualidade do atendimento ao p blico Isso envolve logicamente a amplia o do hor rio de funcionamento O ideal seria que o Juizado n o parasse de funcionar nem em feriados nem em recessos nem em fins de semana nem noite nem de madrugada O modelo ideal certamente seria uma Justi a 24 horas No entanto diante das limita es de pessoal bvio que n o se torna vi vel um Juizado funcionando 24 horas por dia Mesmo assim preciso que o atendimento englobe os dois expedientes manh e tarde em turno ininterrupto As pessoas devem ser atendidas no mesmo dia sendo inaceit vel que te nham que se dirigir ao Juizado mais de uma vez apenas para pegar a senha de atendimento Deve ser priorizado o atendi mento das gestantes dos idosos dos portadores de defici ncia e daquelas pessoas que residem no interior do Estado longe da sede do Juizado Al m disso as audi ncias precisam se ade quar s caracter sticas do p blico dando se a possibilidade de o usu rio escolher entr
68. S ESPECIAIS FEDERAIS George Marmelstein Lima Quem me dera ao menos uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante Renato Russo na m sica ndios 1 Introdu o Somos o que fazemos mas somos principalmente aquilo que faze mos para mudar o que somos Eduardo Galeano A presente monografia tem como objetivo analisar o tema Organi za o e Administra o dos Juizados Especiais Federais tal como proposto pelo Conselho da Justi a Federal nos termos do regulamento do concurso de monografias sobre a Administra o da Justi a Federal Resolu o n 382 de 5 de julho de 2004 Naturalmente a primeira tenta o do magistrado seria levar a dis cuss o para a seara jur dica para a partir da desenvolver uma an lise sobre os aspectos legais e doutrin rios dos Juizados Especiais Federais JEFs com farta alus o ao t o falado acesso Justi a e aos princ pios processuais da efetividade da instrumentalidade da informalidade da celeridade da oralidade e outros temas jur dicos que est o sempre na pauta de quem discorre sobre os juizados como compet ncia legitimi dade litigiosidade contida sistema recursal etc No entanto n o parece ser essa a inten o pretendida pelo Conse lho da Justi a Federal O que se deseja da o t tulo do concurso concurso de monografias sobre a Administra o da Justi a Federal que se fa a uma an lise dos Juizados Especiais Federai
69. a es que 182 efetivamente tramitam pela Justi a Federal A come ar por sua organiza o judici ria que se divide em varas c veis Previdenci rias Criminais Execu es Fiscais varas nicas interior juizados Especiais Federais c veis e Criminais e Juizados adjuntos Cada vara apresenta um perfil de a es pr prio As varas c veis da Justi a Federal objeto desta monografia envolvem uma multiplicidade de processos em tramita o S o a es sobre financiamento imobili rio FGTS a es tribut rias sobre servidores p blicos e militares e respecti vas aposentadorias e pens es estatut rias a es de indeniza o por dano moral ou material em face da Uni o da Caixa Econ mica Federal ou da Empresa Brasileira de Correios e Tel grafos a es de cobran a e execu es de t tulo extrajudicial ajuizadas por entes p blicos a es de loca o e reintegra o de posse a o popular a o civil p blica habeas data e mandado de seguran a em face de autoridade federal etc Assim importante visualizar os tipos de processo que tramitam nas varas c veis da Justi a Federal para melhor controlar tais a es iden tificando os pontos de estrangulamento da marcha processual e uma vez localizados tais obst culos avaliar a produtividade do juiz a partir das medidas adotadas para tentar super los dando maior celeridade tramita o dos feitos Podemos classificar tais a es que tramitam nas varas
70. a o e remessa de autos s o atos de atribui o dos servidores a serem desem penhados no prazo de 48 horas a teor do art 190 do C digo de Processo Civil A intima o tamb m um ato que deveria ser cumprido em 48 horas Contudo considerando a comum forma de intima o na Justi a Federal por meio de publica o necess rio que a determina o judi cial seja remetida imprensa nacional para ser publicada dois dias depois Um despacho exarado em uma quarta feira publicado na sexta feira 39 Caso o despacho seja remetido imprensa ap s s 16h00 a publica o veiculada somente no s bado Assim considerando se as 48 horas pre vistas em lei para a execu o do ato processual pelo servidor acrescida do lapso m dio de tr s dias para a publica o no Di rio Oficial tomou se como prazo m dio da intima o cinco dias Ao lado da intima o por publica o tornou se regra a intima o pessoal dos Procuradores Federais por for a do art 17 da Lei n 10 910 04 A remessa de autos passou a ser a forma mais usual de se fornecer o conhecimento pessoal da determina o judicial aos Procuradores Fe derais Considerando se o tempo gasto com a remessa e o retorno dos autos al m do prazo em que permanecem em poder dos Procuradores a estipula o do lapso de cinco dias para realiza o das intima es mos tra se razo vel Em refer ncia s partes n o havendo preceito legal nem assina o pelo juiz
71. a Como se disse s o esses pequenos detalhes que transformar o a velha concep o de que o servi o p blico n o funciona A participa o dos jurisdicionados na gest o do Juizado tamb m deve ser estimulada As caixinhas de sugest o e reclama o e a reali za o de pesquisas externas de satisfa o s o uma boa forma de fazer com que o usu rio da Justi a manifeste sua opini o acerca dos rumos do gerenciamento judicial fornecendo o feedback necess rio cont nua melhoria dos servi os prestados Se o que se deseja atualmente melhorar a imagem institucional do Judici rio nada mais oportuno do que surpreender e encantar o jurisdicionado com um servi o de qualidade fazendo o crer que toda aquela estrutura existe para resolver o seu problema Este o momento de colocar o jurisdicionado em primeiro lugar especialmente o jurisdicionado do JEF que h tanto tempo espera por essa oportunidade 11 Conclus es 156 Saber n o basta Desejar n o basta Devemos fazer Johann W von Goethe Ao longo do presente trabalho foram apresentadas v rias suges t es para melhorar a organiza o e a estrutura dos Juizados Especiais Federais com o aux lio de t cnicas administrativas aplicadas no gerenciamento de empresas privadas j devidamente adaptadas mis s o do Poder Judici rio Como s ntese podem ser apresentados os seguintes princ pios j bem conhecidos dos administradores que podem proporcionar
72. a Pode referir se ao complexo sistema judici rio s suas diversas articula es ou enfim aos magistrados considerados individualmente ou em compara o com os membros da classe Entre os crit rios aptos a aferir a produtividade deve excluir se a capacidade de atender a demanda dos cidad os que t m acesso Jus ti a caso contr rio o magistrado capaz de sentenciar processos em n mero superior quantidade de a es distribu das demonstraria alto desempenho malgrado reduzido fosse o n mero de novos feitos ajuiza dos Por outro lado nos Juizados Especiais Federais onde as senten as s o prolatadas em grande n mero considerar se ia improdutivo o ma gistrado pelo simples fato de n o conseguir equilibrar o n mero de a es propostas com o n mero de feitos extintos sabendo se not ria a explo s o das demanadas com valores inferiores a sessenta sal rios m nimos O correto enfoque da produtividade envolve uma rela o entre tem po meios resultados volume e dificuldade do servi o ou mais singelamente tempo de ciclo isto o desempenho em fun o do tem po Produtivo ser o juiz federal que no menor espa o de tempo e com a 25 utiliza o racional de recursos financeiros e humanos uniformes decida definitivamente o maior n mero de quest es simples ou complexas 6 Fatores de mensura o da produtividade Do universo de atividades desempenhadas pelo magistrado sele cionaram se as atribui es ex
73. a Y especial mente nos JEFs que se caracterizam pela abertura e pela sim plicidade b aplica o da administra o participativa a ado o da Teoria Y de lideran a leva invariavelmente a um modelo de administra o participativa em que a gest o da organiza o passa a ser des centralizada menos controladora e mais flex vel Certamente a administra o participativa o melhor modelo para o Juizado A estrutura burocr tica dos carimbos memorandos of cios livros de tombo e protocolo t pica das administra es n o participativas n o mais funciona no contexto atual em que o fluxo de informa es deve escoar com facilidade sem necessi dade de percorrer os tortuosos labirintos da burrocracia c est mulo capacidade de inova o autodisciplina e criatividade dos servidores permitindo a tomada de decis es em todos os n veis organizacionais quem conhece de perto os servidores da Justi a Federal sabe que o quadro de pessoal um dos mais qualificados do Brasil compar vel ao das melhores empresas privadas A grande maioria dos servidores possui n vel superior muitas vezes com p s gradua o e com interesse em crescer profissionalmente Os servidores s o definitivamente o que a Justi a Federal tem de melhor Por isso o que se deve fazer que eles participem ativamente da constru o do novo modelo de Justi a Os servidores devem ter a liberdade de pensar e de refletir sobre seu trabalho semp
74. a uma revi s o no processamento dos feitos na Justi a Federal no plano macroprocessual isto ser que as solu es para o proble ma da morosidade s o de cunho exclusivamente legislativo ou deve haver uma readequa o do papel do juiz na condu o dos processos no plano microprocessual d que elementos devem ser levados em considera o na avalia o da produtividade do juiz federal a partir de sua atua o no combate morosidade processual Ora se por um lado o problema tem rela o com fatores inerentes lei ou seja s prerrogativas de que gozam os entes estatais envolvidos na lide importante destacar que se trata tamb m de uma quest o de administra o dos processos das pr ticas cartor rias e da fase probat ria do processo Com efeito abre se a possibilidade de se questionar quais os fatores condicionantes da morosidade na tramita o dos feitos peran te as varas c veis da Justi a Federal Nessa problematiza o o que imp e discutir a necessidade de revis o da maneira de condu o do processo deslocando o foco das aten es para o n vel microprocessual na atua o do juiz como forma de resgatar o exerc cio da cidadania O jurisdicionado tem urg ncia em ver seu processo julgado o mais r pido poss vel respeitando se as salva guardas processuais e em ter uma institui o preocupada com o tempo de tramita o do processo com a demora do julgamento Pois s assim a Justi a Feder
75. abora o de minuta de despachos controle de prazos e em atos externos remessa ao contador e devolu o dos autos Dessa forma combater a morosidade significa agilizar a realiza o desses atos de modo que a produtividade do juiz deve ser analisada a partir da pr tica e controle desses atos A execu o tamb m envolve atividades do gabinete consubstanciadas na elimina o de processos de embargos execu o conclusos para senten a aprecia o c lere dos embargos de declara o e registro de suas senten as Os gargalos na fase de execu o s o assim as pr ticas cartor rias e eventual produ o de prova pericial Se por um lado esses incidentes s o comuns a todos os processos nas fases de conhecimento processamento de recurso e execu o importante no entanto fazer um esquadrinhamento das a es que tra mitam nas varas c veis da Justi a Federal dividindo as por classes que obede am a crit rios como rito mat ria versada e parte envolvida para que se possa identificar com maior precis o os gargalos da marcha pro cessual em especial na fase de conhecimento j que na fase de processamento de recursos e na execu o do t tulo judicial n o s o deci sivamente afetados pelo tipo de a o 2 Perfil das a es que tramitam nas varas c veis da Justi a Federal Dificilmente s pela leitura do art 109 da CR 88 os leigos e mesmo os operadores do direito em geral conseguiriam visualizar as
76. ada s corregedorias judici rias Capacita o entendida aqui n o apenas como cursos de atualiza o jur dica mas como um prosseguimento dos programas de aten o inte gral pessoa do magistrado nas suas diversas dimens es humanas Nessa tica urgente a reformula o dos processos de avalia o dos ju zes federais de modo a expressar melhor o desempenho do ma gistrado e a subsidiar a administra o judici ria na formula o de uma pol tica institucional para capacita o funcional Em outras palavras forma o e avalia o devem ser processos simult neos Hoje o efetivo desempenho do magistrado n o chega ao conheci mento do rg o avaliador N o se sabe quem o juiz o que ele faz ou como ele est N o havendo reclama es acerca da sua atua o h como que uma presun o de boa condu o da atividade jurisdicional Tamb m pouco se conhece sobre o seu potencial suas iniciativas suas 97 rela es com a comunidade sua predisposi o para o novo e para a evolu o funcional O juiz est cansado Sem motiva o Sua sa de vai bem Ele est com problemas familiares preciso compreender que todos esses fatores influem na qualidade do servi o jurisdicional Portanto a avalia o dos ju zes deve ser mais ampla e completa abrangendo tamb m aspectos qualitativos do desempenho funcional Os relat rios estat sticos devem ser redimensionados com atribui o de valores em rela o aos
77. ados pode se estabelecer metas no intuito de reduzir a dura o do processo e de eliminar fases ou atos despiciendos Semelhante metodologia pode ser adotada no mbito do Poder Judici rio em que seria averiguado o tempo m dio gasto para a conclu s o de cada um dos tipos de procedimentos e os atos necess rios ao seu desenvolvimento at prola o da senten a Malgrado deva o magis trado obedi ncia s leis processuais possui certa liberdade para alterar os procedimentos no intuito de excluir atos in teis e agilizar a presta o jurisdicional observadas as regras do devido processo legal N o tem por m a prerrogativa de reduzir prazos perempt rios e decotar atos es senciais forma o do contradit rio O C digo de Processo Civil disp e ter o juiz o prazo de dois dias para proferir os despachos de mero expediente e de dez dias para as decis es art 189 Em qualquer grau de jurisdi o havendo motivo jus tficado pode o juiz exceder por igual tempo os prazos que o C digo lhe assina art 187 Com base em regra similar o estabelecimento jurisprudencial do interregno de 81 dias para o t rmino da instru o cri minal de r u preso considerou sempre o prazo em dobro para o juiz proferir despachos e senten as Ao serventu rio incumbe remeter os autos conclusos no prazo de 24 horas e executar os atos processuais no prazo de 48 horas art 190 A autua o juntada expedi o de of cio cumprimento de notific
78. aduais e em segui da apontaremos esses incidentes cr ticos no modelo de observa o dos processos isso nas fases comuns a maioria deles conhecimento at prola o de senten a e julgamento de eventuais embargos de declara o processamento do recurso e execu o do julgado destacando elementos que permitam avaliar a produtividade do juiz Na segunda parte apresentaremos o perfil das a es que trami tam perante as varas c veis da Justi a Federal pois somente com uma visualiza o pr tica e concreta conseguiremos observar quais os obst culos na tramita o dos processos Por fim identificaremos os entraves em cada tipo de a o que tra mita perante as varas c veis da Justi a Federal apontando alguns indicadores para a avalia o da produtividade do juiz Sem qualquer pretens o de esgotar o tema objetivamos apenas sugerir alguns aspectos que merecem ser observados para a avalia o da produtividade do juiz Federal e que levem em conta sua atua o no combate a morosidade processual 175 1 Os incidentes cr ticos e a atua o do juiz federal na tramita o dos processos A ferramenta que nos auxiliar a identificar os principais gargalos da marcha processual e a elaborar indicadores para a avalia o da pro dutividade do juiz a T cnica dos Incidentes Cr ticos que consiste na identifica o dos desvios no funcionamento normal da Justi a que po deriam ser negativos ou positivos e que per
79. advogados dativos para representarem os interesses daqueles que n o po dem pagar por advogados particulares raz o pela qual causas que frequentemente n o eram resolvidas pelo Judici rio est o sendo levadas discuss o judicial reduzindo o problema da chamada litigiosidade contida uma Justi a mais econ mica com uma estrutura mais enxuta 6 Conforme explica Francisco G rson Marques de Lima a aproxima o da Justi a com o povo seria espetacular para o jurisdicionado porque encontraria na magistratura uma aliada contra o abuso do poder p blico central e no reverso da moeda a magistratura encontraria no povo a legitimidade que tanto lhe tem sido doutrin ria e politicamente discu tida O Supremo Tribunal Federal na crise institucional brasileira Fortaleza ABC Editora 2001 p 157 116 do que a Justi a comum embora muito mais eficiente j uma Justi a que est sempre em busca de melhorias visando reduzir a entrega da presta o jurisdicional e melhorar o atendi mento popula o k uma Justi a que busca parcerias a fim de reduzir os custos e melhorar a presta o jurisdicional por interm dio de conv nios com universidades e outros rg os l uma Justi a dinamizadora das economias locais na medida em que injeta consider veis somas de dinheiro nos pequenos munic pios especialmente porque ao lado do surgimento dos JEFs tem havido um movimento de interioriza o da Justi a F
80. al em um prazo relativamente curto um a cinco anos 134 aumentar a estrutura das unidades existentes O mesmo racioc nio vale para as turmas recursais que funcionam em regra com uma estrutura prec ria e sem as m nimas condi es de decidir em prazo razo vel todos os processos que lhes chegam fundamental que sejam criados cargos e fun es pr prias para as Tur mas Recursais evitando que esses rg os se tornem mais um gargalo dos processos que tramitam nos Juizados Especiais Federais 6 Recursos humanos gerenciando pessoas Gerenciar pessoas sem d vida uma das atividades mais com plicadas para o administrador Afinal cada ser humano possui sua pr pria individualidade e n o pode ser tratado como uma m quina Tanto a administra o cient fica Taylor quanto a administra o cl s sica Fayol deixam a desejar na abordagem do aspecto humano A primeira com sua obsess o pelas tarefas desempenhadas pelos tra balhadores e a segunda com o foco voltado unicamente para a estrutura da organiza o esquecem que o ser humano a pr pria raz o de ser da empresa Foi nesse contexto que por volta da d cada de 20 do s culo pas sado XX surgiu dentro da administra o a teoria das rela es humanas visando corrigir a forte tend ncia desumaniza o do trabalho decor rente da aplica o de m todos rigorosos aos quais os trabalhadores deveriam for osamente se submeter O principal expoen
81. al estar cumprindo o seu papel social dando respostas ao jurisdicionado com celeridade Somente assim poderemos construir uma imagem positiva da Justi a Federal promovendo a cidadania ao tornar a Justi a efetivamente acess vel ao jurisdicionado Nesse diapas o nossa problem tica resvala na pr pria forma de atua o do juiz que deve ter seu papel redefinido de mero julgador para condutor do processo gestor do conflito O magistrado deve deslocar o foco de suas aten es das macroquest es processuais para as coisas m nimas do processo e n o abandon las tratando as como mero pro cedimento porque a trajet ria de um processo sobretudo a trajet ria 173 do juiz Os passos do processo s o tamb m os passos do juiz na condu o do feito E sendo assim o julgador deve demarcar bem seu papel social n o s no julgamento mas durante o processamento do feito H sempre uma associa o com a grandiosidade na atua o do juiz muitas vezes equiparado a Deus Mas importante que o juiz se fa a min sculo um deus min sculo o deus das pequenas coisas que conforme j mencionado e inclusive comprovado pelos es tudos acima descritos a imagem negativa que o jurisdicionado tem do Poder Judici rio est muito mais associada quest o da morosidade A relev ncia portanto de um estudo como este que pretendemos desen volver est no esclarecimento das raz es dessa morosidade dessa demora dessa lentid o dos pro
82. al tem como elementos a independ ncia da magistratura e a independ ncia do juiz Magistratura independente requer autogoverno que pressup e autonomia administrativa e financeira e exerc cio exclusivo do poder dis ciplinar A independ ncia do juiz ao seu turno a que importa garantia de que o magistrado n o estar submetido s press es de poderes ex ternos ao Judici rio mas tamb m implica seguran a de que o juiz n o sofrer as press es das c pulas diretivas dos tribunais Um juiz independente ou melhor um juiz simplesmente n o pode ser concebido em uma democracia moderna como um empregado do executivo ou do legislativo mas nem pode ser um empregado da corte ou do supremo tribunal Um poder judici rio n o hoje conce b vel como mais um ramo da administra o e portanto n o se pode conceber sua estrutura na forma hierarquizada de um ex rcito Um judici rio verticalmente militarizado t o aberrante ou perigoso quanto um ex rcito horizontalizado Assim antes da Revolu o Francesa 1789 pela qual foi consa grado o princ pio da separa o dos poderes n o se conhecia um poder 1 PICARDI Nicola L indipendenza del giudice Justicia y desarrollo democr tico em Italia y Am rica Latina pp 279 e ss 2 ZAFFARONI Eugenio Ra l Poder Judici rio crise acertos e desacertos p 88 61 judici rio independente ante a aus ncia de defini o de uma atividade tipicamente jurisdicional
83. almente no que tange filosofia sociologia psicologia e economia O m todo pedag gico diver sificado n o puramente expositivo mas intercalado com din micas de grupo semin rios estudos de caso e outras t cnicas de assimila o e debate tende a produzir melhores efeitos Mesclando conhecimentos te ricos com aptid es pr ticas tamb m ser o privilegiados assuntos que dizem respeito de perto s causas da Justi a Federal Haver especial aten o s t cnicas de concilia o e media o permitindo se que o es tudante seja integrado aos rg os judici rios que necessitem dessa atividade espec fica E n o se poder deixar de ministrar conceitos de administra o p blica gerenciamento e qualidade total no servi o p bli co considerando que o juiz federal sempre exercer fun es administrativas eventuais ou permanentes no desempenho de seu cargo O futuro juiz ser estimulado a se autoconhecer a refletir sobre sua condi o seus prop sitos e suas posturas N o se descarte a possibili dade de subsidiar aos participantes do curso de forma o sess es de 52 FORNACIARI JUNIOR Clito Do provimento dos cargos de juiz Revista do Advogado n 56 p 29 94 psicoterapia O novo juiz precisa ser convencido do quanto importante analisar sua vida da inf ncia maturidade compreendendo melhor suas escolhas e atitudes superando traumas ou recalques de forma que pro blemas do passado n o interfiram n
84. alvo quando absolutamente incontorn veis Nesse sentido o recebimento da peti o inicial consiste em an lise ex tremamente importante somente superada pelo exame operado por ocasi o da senten a A aprecia o da ilegitimidade passiva e a indica o da parte leg tima a corre o de defeitos na representa o a convers o de ritos e a adequa o dos pedidos devem ser efetivadas j no recebimento da inicial sempre com a inten o de aproveitar a peti o ao inv s de indeferi la Caso se opte por indeferir a peti o inicial estar ciente o magistrado de que o trabalho havido nada acrescenta sua produtividade A pontua o elaborada em face do tipo de a o procura medir o disp ndio de esfor o do magistrado na condu o do processo e na ela bora o das decis es e senten as de cada um dos procedimentos avaliados Em alguns casos um tipo de senten a a que se atribua baixa pon tua o pode em espec fica situa o exigir grande esfor o do magistrado N o seria poss vel excepcionalmente conferir mais pontos senten a Um sistema com exce es um sistema com alta probabilidade de mau funcionamento Mas se facultaria ao juiz demonstrar que a quest o anali sada destaca se da m dia de dificuldade normalmente aceit vel a exigir particular empenho no plano qualitativo a fim de afastar eventual puni o pelo atraso na entrega da presta o jurisdicional Pode surgir o problema de uma mesma quest o
85. ando eliminar o desperd cio subs tituindo os movimentos in teis por outros mais eficazes Logicamente as id ias de Taylor e de seus seguidores n o s o t o bem aceitas atualmente quanto nos s culos XIX e XX j que foram supe radas por outras t cnicas de gerenciamento mais modernas especialmente as que valorizam o aspecto humano da organiza o No entanto a filosofia b sica defendida pela Administra o Cient fica per manece atual a organiza o deve procurar a melhor maneira de se executar uma tarefa a fim de que os recursos pessoas material equi pamentos sejam aplicados da forma mais racional poss vel E a elimina o do sup rfluo do retrabalho do in til E fazer mais e melhor com menos As palavras de ordem s o simplifica o objetividade efetividade efic cia otimiza o e racionalidade Essa id ia bastante simples racionaliza o dos expedientes fo renses com vistas efici ncia capaz de acarretar uma verdadeira revolu o dentro de uma vara federal 10 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Notas sobre o problema da efetividade do processo Revista da Ajuris 29 Porto Alegre Ajuris 1998 p 80 11 CHIAVENATO Idalberto Introdu o teoria geral da administra o 4 ed S o Paulo Makron Books 1993 p 15 119 No dia a dia forense s o in meras as pr ticas cartor rias que de safiam o bom senso pela aus ncia de l gica e pelo excesso de formalismo comum obse
86. ara senten a Pode se efetuar um controle da inicial rejeitando os liminarmente quando for a hip tese ou determinar sua emenda Assim a produtividade do juiz nas a es de embargos execu o pode ser avaliada a partir do n mero de atos processuais praticados do quantitativo de per cias realizadas quando necess rias forem do n mero de senten as prolatadas e do tempo de tramita o do processo at a senten a 4 Conclus es indicadores da produtividade do juiz federal e da celeridade processual De tudo o que foi exposto podemos observar que dentro do pr prio Poder Judici rio h preocupa o em se buscar um modelo de administra o da Justi a que consiga eliminar os principais entraves da presta o jurisdicional para que se consiga produzir senten as em tem po razo vel A prop sito conforme comprovam as pesquisas o item morosida de o respons vel pela imagem negativa que o jurisdicionado tem da Justi a o fator mais negativo do Poder Judici rio quanto ao grau de confiabilidade Nesse sentido encontrar os pontos de estrangulamento da marcha processual tarefa essencial para que se possa superar tais gargalos acelerando a presta o jurisdicional Por seu turno tais entraves est o relacionados principalmente com os aspectos microprocessuais ou seja os fatores condicionantes da morosidade processual deitam suas ra zes na administra o dos processos Com efeito a onde deve atuar o j
87. articipa o na Administra o P blica PBPQ adota os seguintes princ pios em sua implementa o a satisfa o do cliente b envolvimento de todos os servidores c gest o participativa d ger ncia de processos e valoriza o do servidor p blico f const ncia de prop sitos 9 melhoria cont nua h n o aceita o de erros Mare Minist rio da Administra o Federal e Reforma do Estado Programa de Qualidade e Participa o na Administra o P blica Bras lia Cadernos do Mare 1997 pp 19 20 153 Albert Schweitzer Deixou se propositadamente para a parte final do estudo a aborda gem daquilo que consideramos o mais importante na administra o do Juizado Especial Federal que a busca incessante pela m xima satisfa o do jurisdicionado e pela excel ncia no atendimento e nos servi os prestados ao p blico de um modo geral De nada adianta incorporar conceitos como efetividade e celeridade se a qualidade no atendimento n o melhorar substancialmente Tamb m in til atender o jurisdicionado com um belo sorriso no rosto para infor mar lhe que seu processo ir demorar tr s anos para ser julgado Tudo deve funcionar bem de modo integrado para proporcionar a satisfa o do usu rio V rias das medidas sugeridas ao longo deste trabalho t m como filosofia b sica a m xima satisfa o do usu rio da Justi a Exemplo disso s o os N cleos Avan ados a Justi a em Domic lio o Juizado Itinerante a
88. artir da o ideal revolucion rio da separa o de poderes aca bou por ser aniquilado dada a supervaloriza o do Executivo e a submiss o do Judici rio Como anota Zaffaroni a famosa boca da lei havia se transformado na boca do imperador a rigor jamais houve um judici rio independente na Fran a e a pretens o de reduzi lo boca do parlamento acabou por faz lo a boca de C sar e de sua estrutura buro cr tica mas sempre foi a boca do poder pol tico partid rio com a diferen a de que mudaram os partidos As bases de organiza o da Justi a francesa do s culo XIX influen ciaram v rios pa ses da Europa continental com reflexos na Am rica Latina e no Brasil A Constitui o Imperial do Brasil de 1824 proclamava que o Poder Judici rio era independente e os ju zes vital cios muito embora pudes sem ser removidos na forma da lei Mas observa Freitas que as garantias 6 MARINONI Luiz Guilherme Do processo civil cl ssico no o de direito a tutela adequada ao direito material e realidade social Genesis Revista de Direito Processual Civil n 30 p 765 7 Op cit p 54 63 individuais e a pr pria independ ncia do Poder Judici rio eram relativas Em verdade a independ ncia era restrita inclusive porque o Impera dor podia rever as decis es judiciais valendo se do chamado Poder Moderador expressamente previsto no artigo da Constitui o de 1824 8
89. as discuss es surgiu em 12 de julho de 2001 a Lei 10 259 que instituiu os Juizados Especiais C veis e Criminais da Justi a Federal O sonho come ava a se concretizar A instala o dos Juizados Especiais Federais mostrou se em um primeiro momento n o um sonho mas um tormento para os ju zes de primeiro grau N o havia previs o or ament ria para montar a estrutura f sica das novas unidades N o foram criados novos cargos de ju zes ou mesmo de servidores Em alguns casos n o havia sequer um lugar ade quado para instalar os JEFs Tudo ent o teve que ser improvisado As varas mais antigas tiveram que doar computadores m veis e outros materiais para os Juizados Servidores tiveram que ser remanejados alguns dos setores administrativos sem muita experi ncia com proces sos judiciais foram jogados nas novas unidades sem tempo para realizar treinamentos Foi diante dessas e de outras dificuldades que os ju zes respons veis pela instala o dos Juizados tiveram que fazer m gica para conseguir dar conta do recado e cumprir a miss o a que foram incumbidos V rios problemas e solu es adotadas encontram se em um exce lente documento publicado pelo Conselho de Justi a Federal Trata se 114 do Diagn stico da Estrutura e Funcionamento dos Juizados Especiais Federais resultado de uma pesquisa nacional envolvendo quase todos os ju zes com atua o nos JEFs O referido Diagn stico um docume
90. as e tem no p lo passivo o ente p blico Tamb m podem demandar a realiza o de audi ncias e ter comprometida sua tramita o c lere em virtude das pr ticas cartor rias Assim a avalia o da produtividade do juiz pode ser feita pelo n mero de audi ncias designadas pela dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia pelo n mero de per cias realizadas e pelo n mero de atos processuais praticados Nas 9 a es sum rias a preocupa o maior com a realiza o das audi ncias de modo que a avalia o da produtividade do juiz pode ser feita pelo n mero de audi ncias designadas e pela dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia As 10 a es tribut rias de rito ordin rio em geral versam sobre quest es de direito de modo que o maior obst culo s o as pr ticas cartor rias e s apresentam maior complexidade quando demandam a realiza o de per cia Portanto a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de atos processuais praticados e do quantitativo de per cias realizadas quando necess rias forem As mesmas considera es podem ser feitas para as 11 a es de rito ordin rio sobre militares e servidores Os gargalos aqui s o as pr ticas cartor rias a realiza o de audi ncia e a produ o de prova pericial A produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de audi ncias 189 designadas da dist ncia entre a
91. as muito boas aos mutu rios de tal modo que algu mas vezes a d vida reduzida a um patamar menor do que aquilo que o mutu rio pede O pr prio INSS em algumas unidades da Federa o est reali zando acordos o que muito interessante j que a concilia o o modo mais r pido de se solucionar uma lide al m de ser menos onerosa e menos desgastante para as partes Dentro dessa tem tica recomenda se a leitura de um interessante artigo sobre A t cnica de acordos na Justi a Federal do juiz federal Ant nio Schenkel do Amaral e Silva em que s o apresentadas dicas pr ticas ao magistrado sobre como proceder na audi ncia de concilia o aumentando consideravelmente o percentual de acordos 4 3 Desburocratizando as per cias e as audi ncias A remo o de entulhos burocr ticos consequ ncia direta da apli 14 Arespeito SANTOS Erivaldo Ribeiro dos A concilia o nas causas do Sistema Financeiro da Habita o Revista CEJ n 24 Bras lia CJF 2004 pp 9 12 15 SILVA Ant nio Schenkel do Amaral A t cnica de acordos na Justi a Federal Revista Direito Federal n 75 76 Bras lia Ajufe 2004 pp 87 99 O mesmo juiz possui tamb m um interes sante artigo tratando especificamente sobre Acordos nos Juizados Especiais C veis onde narra sua experi ncia frente do Juizado Especial Federal de Blumenau O artigo encontra se dispon vel no portal do Tribunal Regional Federal da 4 regi o
92. as suas decis es judiciais imprescind vel quebrar o exclusivismo da forma o jur dica e come ar a pensar a forma o integral do magistrado em todas as suas dimen s es humanas Nesse sentido a administra o judici ria e a pr pria Escola da Magistratura na perspectiva de uma nova vis o institucional incluir programas de atendimento sa de do magistrado com a obrigatoriedade de realiza o de check ups anuais al m de subsidiar a pr tica de exerc cios f sicos frequentes Imposs vel desconsiderar que as condi es do corpo afetam em muito a atividade intelectual A cultura extrajur dica tamb m n o pode ser desprezada comum que o candidato magistratura federal em fun o do rigorismo do con curso p blico acabe se bitolando cultura jur dica N o l nada sen o manuais de direito O resgate da cultura geral imprescind vel at como meio de integra o social Literatura teatro arte cinema Machado de Assis Graciliano Ramos Fernando Pessoa N o se pode pretender pen sar o direito sem nunca ter lido O processo de Franz Kafka ou O estrangeiro de Albert Camus Meditar sobre o homem e a vida observando quadros de Rembrandt Monet Fernando Calderari ou Dali ou ainda vendo uma representa o de Hamlet de Shakespeare no Teatro Gua ra ou no S o Pedro Uma sugest o interessante a celebra o de conv nios entre a Escola da Magistratura Federal e as universidades federais a
93. aves et al orgs Cidadania justi a e viol ncia Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1999 197 CONSELHO DA JUSTI A FEDERAL CEJ Diagn stico de necessidades de aperfei oamento dos juizes federais Bras lia CJF CEJ 2002 O estado da arte e da pesquisa jur dica e s cio jur dica no Brasil Bras lia CJF CEJ 1996 2 Congresso Brasileiro de Administra o da Justi a Bras lia Re vista CEJ CJF 17 ano VI junho de 2002 Administra o da Justi a Bras lia Revista CEJ CJF 17 ano VI junho de 2002 aces 22 Congresso Brasileiro de Administra o da Justi a Bras lia Re vista CEJ CJF 17 ano VI junho de 2002 Manual do procedimento ordin rio Bras lia Manuais de Procedi mentos da Justi a Federal v 7 maio 2001 DELA TORRE Wagner Giron A morosidade da Justi a e a defini o dos direitos Jus navegandi Teresina a 6 n 58 agosto 2002 Dispon vel em http Avww1 Jus com br doutrina texto asp id 3038 Acesso em 14 03 2008 DINAMARCO C ndido Rangel A instrumentalidade do processo 10 ed S o Paulo Malheiros 2002 Execu o contra a Fazenda P blica raz es pol ticas do descumprimento s ordens judiciais Bras lia CJF 2001 130 p S rie Pesquisas do CEJ ISSN 0104 6225 8 ISBN 85 85572 64 7 FALC O Joaquim Acesso Justi a diagn stico e tratamento Justi a promessa e realidade O acesso Justi a em pa ses ibero americanos Asso
94. b m se faz por e mail A contesta o enviada da mesma forma para o F rum Se for necess ria audi ncia esta pode ser realizada por videoconfer ncia O juiz sentencia no seu computador e nem precisa imprimir o texto porque este arquivado digitalmente As partes s o intimadas pelo correio eletr nico Tudo sem uma folha de pa pel sem um pingo de tinta sem demora sem gastos desnecess rios Efici ncia O Poder Judici rio brasileiro j iniciou sua terceira revolu o ante 77 cipando se a muitos pa ses desenvolvidos S o as experi ncias pioneiras da Justi a Federal com os autos virtuais dos Juizados Especiais Fede rais respons veis pelo julgamento de causas federais de at sessenta sal rios m nimos Na Justi a Federal da 4 Regi o o sistema de autos virtuais foi ba tizado como e proc E j est operando nas capitais e em v rias cidades do interior que possuem Juizado Especial Federal Esse embri o do novo processo judicial vai crescer e se reproduzir Certamente vai gerar medo discuss es controv rsias oposi es como toda mudan a cultural produz Ser o necess rios aperfei oamentos e refor os de seguran a como toda inova o requer Mas n o h como se possa voltar atr s o caminho da celeridade processual da t o almeja da rapidez na presta o dos servi os jurisdicionais Chegar o tempo em que os processos de papel ser o apenas pe as de museu para visita dos interessados na
95. bu dos para um dos ju zes da vara mas foram objeto de an lise apenas aqueles em que j havia sido proferida a senten a no total de 42 feitos Malgrado seja pequena a amostra coletada apurou se que a dura o m dia dos processos a contar do ajuizamento da a o at a prola o da senten a foi de 62 dias Nesse per odo est o compreendidos o lapso gasto para o exame dos pedidos liminares efetuado em m dia em 1 dia o prazo para apresenta o das informa es pela autoridade coatora de 16 5 dias o tempo dispendido na apresenta o de parecer pelo re presentante do Minist rio P blico de 14 7 dias e na elabora o da senten a 14 9 dias A an lise dos dados coletados permite concluir que o exame dos pedidos liminares se realiza em tempo ideal sem possibilidade de redu o As informa es das autoridades coatoras ultrapassam o prazo previsto em lei para serem prestadas Uma solu o para evitar atraso seria n o aguardar a chegada dos esclarecimentos indefinidamente cer tificar o transcurso do prazo ap s ultrapassados os dez dias e dar continuidade ao procedimento O parecer do representante do Minist rio P blico assim como a senten a s o exarados com atraso de 10 dias Dilig ncias junto Procuradoria da Rep blica e medidas internas para reduzir o prazo em que o processo permanece concluso para senten a necessitam ser adotadas Uma medida singela que poderia ser implementada ap s a implementa o do sis
96. bunal Federal findou por de cidir em favor do INSS declarando que o pleito dos segurados n o tinha suporte constitucional RE 376 846 Mais uma inova o ganhou fama logo ap s a decis o do STF a tese da improced ncia prima facie Os ju zes que haviam suspendido os processos enquanto os tribunais superiores pacificavam a mat ria re solveram julgar desde logo todos os feitos indeferindo os pedidos independentemente de cita o do INSS Embora a t cnica seja pol mica o certo que foram poucos os segurados que recorreram da decis o fazendo com que os processos transitassem em julgado rapidamente evitando a pr tica de in meros atos desnecess rios gerando economia de tempo e de trabalho para os ju zes e para os servidores j que mais cedo ou mais tarde o pedido seria mesmo rejeitado Seguindo mais uma nova tend ncia que veio a ganhar notorieda de foi desenvolvida a t cnica de audi ncia coletiva p blica onde os processos com a mesma tese s o julgados conjuntamente evitando a pr tica de expedientes isolados para cada feito 12 Na atualiza o monet ria dos sal rios de contribui o de benef cio concedido ap s mar o de 1994 deve se computar os ndices m s a m s com inclus o do IRSM de fevereiro de 1994 39 67 STJ RESP 411345 SC DJU 15 9 2003 121 Outra demanda que tirou o sono de v rios magistrados foi a revis o dos benef cios concedidos entre mar o de 1994 e fevereiro d
97. ca j estejam parcial mente superados o certo que toda organiza o necessita dividir tarefas e fixar uma linha de comando e autoridade especializando rg os dese nhando cargos e estipulando responsabilidades Nos Juizados Especiais Federais assim como em todos os rg os do Judici rio tamb m h naturalmente a divis o de tarefas entre diver sos rg os A divis o ocorre tanto verticalmente quanto horizontalmente conforme se ver a seguir 5 1 Estrutura vertical reduzindo os n veis hier rquicos Nos Juizados Especiais Federais poss vel verificar uma estrutura vertical em que o juiz titular ao lado do juiz substituto est no topo da hierarquia Abaixo do juiz est o diretor de secretaria seguido pelos supervisores de se o e finalmente pelos demais servidores e estagi ri os Cada juiz titular e substituto possui um pequeno staff assessoria respons vel pela organiza o do gabinete e que se mant m diretamente vinculado ao respectivo juiz Vale mencionar que o juiz federal substituto n o est subordinado ao juiz titular j que cada um possui uma atua o paralela sem hierarquia Em s ntese a estrutura vertical segue a ordem seguinte juiz gt di retor de secretaria supervisores de se o servidores e estagi rios 129 H certo algumas situa es an malas dif ceis de enquadrar como a dos peritos a dos advogados dativos a dos conciliadores entre outros No entanto
98. ca que pronuncia as senten as da lei seres inanimados que n o podem moderar nem sua for a nem seu rigor Marinoni observa que a id ia de limitar o poder do juiz teve uma inten o leg tima pois o Judici rio possu a rela es com o antigo regime Contudo 3 FREITAS Vladimir Passos Coord Corregedorias do Poder Judici rio p 19 4 CANOTILHO J J Gomes Direito constitucional e teoria da Constitui o pp 659 660 5 MONTESQUIEU Do esp rito das leis p 160 62 depois ela passou a ser utilizada para dar guarida s pretens es da burguesia para quem era necess rio um Estado que garantisse sua plena liberdade para se desenvolver nos planos social e econ mi co Para tanto um poder de julgar que estivesse limitado a afirmar a autoridade da lei seria perfeito Essa concep o da atividade judicial formada a partir do interesse de classe retirou da magistratura qualquer poder criador simple machine syllogismes ao mesmo tempo em que a submeteu vontade do Po der Legislativo A id ia de independ ncia judici ria foi de todo comprometida com a tomada do poder por Napole o O Poder Judici rio profissionalizou se e estruturou se por meio de uma hierarquia verticalizada A sele o de ju zes era feita pelo Executivo sem maiores crit rios de qualifica o t c nica A disciplina era militar e severa imposta por rg o externo ao Judici rio conhecido por corte de cassa o A p
99. car atribui o de 2 10 pontos pela produtividade Os pontos de bonifica o s o superiores aos de onera o porque o sistema se baseia no car ter recompensador n o punitivo Nessa linha de racioc nio n o haver limite de b nus para as senten as prolatadas antecipadamente ao prazo m ximo previsto com a inten o de premiar da maneira mais completa poss vel o juiz que velou pela c lere tramita o do feito Por outro lado a perda de pontos pelo atraso n o poder ser superior metade da pontua o estabelecida para determinada a o Assim a senten a prolatada em mandado de seguran a ap s um ano do ajuizamento da a o merecer 1 50 pontos por corresponder me tade da pontua o prevista para o writ independentemente se os dias de atraso s o superiores aos pontos decotados N o se tenciona com isso desestimular a celeridade no julgamento das causas mas impor limites aos nus a fim de evitar atribuir mais pontos a um processo simples deci dido em tempo h bil do que a um processo complexo decidido serodiamente 49 A concess o de b nus e nus n o se restringe ao adiantamento ou ao atraso na entrega da presta o jurisdicional precisamente porque o fator celeridade n o foi o nico utilizado Em aten o ao fator resolutividade para as senten as em que n o houve interposi o de recurso aplicar se o b nus de 0 50 pontos O benef cio estende se s decis es interlocut rias proferidas e
100. cessos que deixa os leigos e at mesmo os operadores do Direito at nitos perplexos e que compromete o grau de confiabilidade do jurisdicionado na Justi a no Poder Judici rio Por tanto essa reflex o necess ria para o pr prio resgate da imagem da Justi a Federal perante os jurisdicionados e para que a institui o consi ga cumprir seu papel social de responder a uma demanda em tempo reduzido resgatando assim a cidadania uma oportunidade de produzir um debate transparente sobre a morosidade de cunho mais cient fico sobre um tema muitas vezes loca lizado no fogo cruzado do senso comum Necessita se de debate e de estudos sobre a pr pria postura dos magistrados na condu o dos pro cessos primando pela celeridade e preocupados com as coisas m nimas da marcha processual de sorte que sua produtividade seja avaliada a partir dessa atua o Falc o 1996 lembra nos que h um aspecto do acesso Justi a que o acesso ao Judici rio pelo lado da oferta ou seja aquilo que o Poder Judici rio oferece e o tempo que leva para oferecer Trata se das decis es judiciais e das senten as sendo a qualidade um campo frutife ro para discuss es mas infelizmente negligenciado pelos processualistas Falar em qualidade significa trazer baila n o somente a qualidade jur dica da senten a o conhecimento dogm tico jur dico de seu prolator mas sobretudo uma an lise das formas de combate morosidade processual
101. cia o dos Magistrados do Brasil org Rio de Janeiro Nova Fron teira 1996 FARIA Jos Eduardo O desafio do Judici rio S o Paulo Revista USP Dossi Judici rio n 21 1994 p 46 57 198 A crise do Poder Judici rio no Brasil Justi a para a democracia n 1 S o Paulo Revista dos Tribunais 1996 Ordem legal x mudan a social a crise do Judici rio e a forma o dos magistrados Direito e Justi a A fun o social do Judici rio Faria Jos Eduardo org S o Paulo USP 1997 FERREIRA SOBRINHO Jos Wilson Concretude processual o dia a dia do juiz Porto Alegre S rgio Fabris Editor 2000 FERRETTI Roberto Qualidade em ambiente de burocracia o caso da Justi a Federal do Estado do Amazonas Manaus FGV Ebap Isae Dis serta o de Mestrado Executivo 2001 FURTADO Christian Lucio Bastos ERNST Eric Santos amp BRITO Guilher me Silva Xavier Avalia o da qualidade em servi os dos juizados especiais c veis aplicando a t cnica dos incidentes cr ticos Niter i UFF Escolha de Engenharia mimeo 1997 GARAPON Antoine O juiz e a democracia Rio de Janeiro Revan 2001 GRINOVER Ada Pellegrini A marcha do processo Rio de Janeiro Foren se Universit ria 2000 ne O processo em evolu o 2 ed Rio de Janeiro Forense Universi t ria 1998 HERVE Lehman Justice une lenteur coupable Paris PUF 2002 KAFKA Franz O processo S o Paulo Companhia das Letras
102. cia acerca das novas di mens es da sociedade contempor nea dos novos paradigmas ideol gicos e dos avan os e retrocessos das pr prias categorias jur dicas Adiante exp e se reflex o alguns pontos importantes para essa retomada de consci ncia 1 4 1 A revolu o tecnol gica do direito A revolu o tecnol gica intensificada no s culo XX n o se prendeu apenas s ci ncias exatas ou biol gicas imposs vel desconhecer a verdadeira tecnologia jur dica que se consolidou nesse s culo no sentido 17 Sobre o tema fundamental a obra A era dos direitos de Norberto BOBBIO Rio de Janeiro Campus 1992 68 de qualificar novos direitos e novos sujeitos de direito Como assinala Teixeira a humanidade est em plena fase da chamada terceira gera o dos direitos do homem a saber dos denominados direitos da soli dariedade como o direito ao desenvolvimento o direito ao meio ambiente e o direito ao patrim nio comum da humanidade Ao lado dos direitos civis e pol ticos primeira gera o dos direitos sociais econ micos e culturais segunda gera o emergem os direitos que al m de terem por valor supremo o homem o focalizam sob o ngu lo da fraternidade E j se fala em direitos de quarta gera o Os direitos cl ssicos cedem lugar em v rios aspectos a esses novos direitos fundamentais que repudiam a inatividade do Estado e sua omiss o reclamando atua o positiva Vive se um universo
103. cis es age em desvio de fun o Dado o excessivo n mero de processos na Justi a Federal deve se priorizar a prola o de decis es interlocut rias e sen 27 ten as Os despachos podem ser delegados aos servidores sob as cons tantes e efetivas orienta o e fiscaliza o do magistrado o que constitui mais um motivo para n o consider los na produtividade Selecionadas as atribui es do magistrado representativas de pro dutividade concilia es obtidas e decis es e senten as exaradas deve se medi las em conjunto com o tempo gasto para serem executa das em face da complexidade do procedimento em que foram proferidas e da resolutividade demonstrada em primeiro grau de jurisdi o 6 1 Fator complexidade Nem todos os processos s o iguais em termos de tempo necess rio para o seu completo desenvolvimento e para a elabora o da senten a imprescind vel ponderar com base em coeficientes de complexidade determinados empiricamente o peso de cada um At hoje n o se inven tou melhor forma de valora o de grandezas do que o sistema de atribui o de pontos A pontua o possibilita avaliar com maior precis o as grandezas objeto de an lise e fornece dados comparativos mais se guros porque se estabelecem padr es objetivos de medida A atribui o de pontos s senten as e decis es n o se baseia na complexidade do pedido e da causa de pedir tampouco na profundida de da argumenta o empregada ao
104. clusivamente jurisdicionais do juiz federal Isso n o significa ter restado exclu da a atividade de administra o da vara Em verdade o disp ndio de recursos e de tempo na fun o de administrador volta se para a mais proficiente gest o dos processos o que em ltima an lise importa na maior produtividade do magistrado A atividade de administra o da vara federal n o constitui indicador de pro dutividade do juiz sen o fornece meios para atingir alto desempenho e atua como catalisador de bons resultados decorrentes da gest o de pro cessos bem realizada No mbito das atribui es jurisdicionais colocam se as atividades de concilia o colheita de prova condu o do processo e decis o Existe estreito liame entre alta produtividade e elevado n mero de concilia es Isso v lido para as concilia es efetivamente obtidas o que se consegue com dificuldade devido aos r us que normalmente figuram na rela o processual desenvolvida na Justi a Federal S o en tes p blicos com baixa margem para transacionar seja porque devem estrita obedi ncia ao princ pio da legalidade e n o agem al m do que a lei autoriza seja porque a estrutura burocr tica que prioriza a disciplina em detrimento da criatividade funciona como fator desestimulante com posi o A mesma rela o de alta produtividade pode ser verificada relati vamente atividade decis ria em que se examinam pedidos liminares e definitivos e se p
105. computador transmite tudo o que se passa na audi ncia para o p blico em geral Com esse sistema qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta que tenha acesso internet pode assistir audi ncia em tempo real J se realizam tamb m audi ncias a dist ncia atrav s da videoconfer ncia permitindo a tomada de depoi mentos de pessoas que n o podem comparecer ao Juizado seja em raz o de doen a seja em raz o de residirem em localidades distantes do pr dio da Justi a Al m disso as audi ncias deixam de ser reduzidas a termo e se 150 tornam 100 digitais com os arquivos sonoros e as imagens arquivadas em m dias eletr nicas podendo ser disponibilizadas s partes e ao p blico S o essas em linhas gerais as caracter sticas do processo eletr nico ou virtual 8 2 A tecnologia a servi o da Justi a Al m do processo digital h outras infinitas possibilidades de uso da tecnologia da informa o para melhorar os servi os forenses e facili tar a vida dos usu rios da Justi a Entre esses servi os destacam se os seguintes que podem ser facilmente adaptados realidade atual dos Juizados Especiais Fede rais a peticionamento eletr nico no qual a parte e os advogados po dem apresentar sua peti o sem necessitar ir ao foro b acompanhamento de processo pelo sistema push pelo qual toda vez que h alguma movimenta o de um dado processo o advogado interessado que se cadastrar na p gina do referido
106. correr de um ano e quantas foram julgadas mas n o proporcionam conheci mento acerca do tempo de dura o do processo do prazo em que permaneceu em poder das partes e do lapso em que aguardou em pra teleiras o cumprimento de determina es do juiz As prov veis causas de atraso na presta o jurisdicional permanecem ignoradas e o os pr prios magistrados genericamente atribuem a demora ao volume de processos excessivamente superior ao n mero de ju zes Em decorr ncia os atuais dados estat sticos de produtividade n o exprimem um ju zo rigoroso so bre a performance do magistrado em sua fun o Torna se imprescind vel selecionar os dados atinentes a cada pro cesso j dispon veis nos sistemas de inform tica mantidos pelos Tribunais Regionais Federais para avaliar a produtividade judicial 19 4 3 Fixa o de metas padr o Conhecido o objeto passa se fixa o de metas J se afirmou que it may be argued that without specific knowledge of all aspects os judicial activity it is not possible to set benchmarks 8 Com a aquisi o de conhecimento torna se poss vel estabelecer objetivos ou n veis de desempenho predeterminados temporalmente As metas dever o ser periodicamente fixadas e o objetivo primordial ser sempre reduzir o intervalo de tempo entre a autua o dos processos e sua decis o final Em seguida deve se comparar os dados coletados com as metas fixadas para os indicadores a fim de verificar se o
107. cujas propostas de implementa o est o abaixo relatadas 7 2 1 Justi a em Domic lio Nas causas previdenci rias e assistenciais natural que a parte demandante seja uma pessoa que j perdeu a capacidade de trabalhar seja em raz o da idade seja em raz o de doen a ou outra causa invalidante comum ver nas portas dos Juizados pessoas bastante idosas e ou com graves enfermidades pleiteando benef cios previdenci rios ou assistenciais J houve casos de pessoas que passaram mal nas filas dos Juizados ou mesmo que vieram a falecer durante a espera do atendi mento Uma solu o para minimizar o problema criar a Justi a em Do mic lio Ao inv s de o segurado idoso ou portador de grave enfermidade ter que se dirigir ao Juizado o Juizado quem vai at a casa do segurado Os profissionais do marketing certamente chamariam a id ia de Jus ti a Delivery utilizando um jarg o t o em voga entre as empresas privadas O funcionamento bastante simples o segurado liga para o setor de aterma o narra seu problema e justifica o motivo pelo qual n o tem condi es de se dirigir at o pr dio do Juizado o respons vel pelo setor de aterma o analisa o caso e concordando com as raz es expostas determina que um servidor v at a casa do segurado para reduzir a termo o seu pedido colher sua assinatura obter c pia dos documentos que instruir o o processo designando desde j a data para a audi ncia que s
108. da com su cesso pelo juiz Federal de Maring Evivaldo Ribeiro dos Santos em especial para os processos que versam sobre financiamento imobili rio Assim um dos aspectos que pode ser levado em considera o na avalia o da produtividade do juiz o n mero de audi ncias de concilia o realizadas e o n mero efetivo de acordos firmados Mantendo se as partes inconcili veis o ponto de estrangulamento que encontraremos ser o as pr ticas cartor rias Como sabido existem a es que podem ter seu julgamento antecipado pois desnecess ria a produ o de outras provas oral e pericial na forma do art 330 CPC Nestes casos nada parece justificar a demora na tramita o salvo o quantitativo excessivo pois a quest o somente de direito havendo muitas vezes inclusive jurisprud ncia pac fica j firmada Assim a responsabili dade pela demora na tramita o de tais a es parece recair exclusivamente sobre as pr ticas cartor rias S o elas a autua o b elabora o de minuta de despachos c juntada de peti es d expedi o de mandados of cios e precat rias e juntada de mandados e of cios f controle de prazos 9 controle de atos externos devolu o de processos de precat ria h publica o dos despachos senten as e decis es i expedi o de precat rios requisit rios de pequeno valor j expedi o de alvar s k elabora o de informa es ao Tribunal Po
109. da tutela desprezar se o fator celeridade por n o ser poss vel determinar objetivamente quando surge o perigo de dano irrepar vel necess rio concess o do provimento jurisdicional No tocante aos pedidos liminares formulados na peti o ini cial poderia estabelecer se prazo m ximo para o exame tomado como termo a quo a data do ajuizamento da a o Mas a fixa o do prazo inicial para o pedido liminar formulado no curso do processo renderia ensejo a tantos casu smos a ponto de comprometer o funcionamento do sistema Ademais a experi ncia demonstra n o haver muitas reclama es quanto morosidade na aprecia o de pedidos preambulares no 50 mbito da Justi a Federal diversamente do que ocorre em refer ncia emers o de provimento definitivo Uma vez que a avalia o de produtividade possui periodicidade mensal no per odo de f rias do magistrado n o ser feita a apura o do desempenho Nas hip teses de afastamentos ou licen as de curta dura o a pontua o obtida ao final do m s ou poder ser dividida pelo n mero de dias efetivamente trabalhados de modo a obter se a proje o da produtividade para o per odo de um m s ou poder ser programada a prorroga o dos prazos de encerramento dos procedi mentos mediante o acr scimo de dias equivalentes queles n o trabalhados o que aparenta ser metodologicamente mais exato Nas hip teses de substitui o eventual de ju zes a pontua o atr
110. data do despacho e a data da realiza o da audi ncia do n mero de atos processuais praticados e do quantitativo de per cias realizadas quando necess rias forem No caso dos 12 feitos n o contenciosos e em particular no caso da justifica o a preocupa o com o controle da inicial designa o de audi ncia em data pr xima verifica o da exist ncia de outros benefici rios da pens o e intima o de partes e testemunhas J na inter pela o notifica o e o protesto exigem rapidez no cumprimento lapso temporal do mandado pelo oficial de Justi a atos externos mas o mai or gargalo a localiza o do r u destinat rio da a o e as pr ticas cartor rias expedi o e juntada de mandados As cartas precat rias por sua vez devem ser logo cumpridas pois s o pedidos de um outro ju zo Por seu turno as rogat rias tamb m devem ser imediatamente cum pridas e encontram dificuldade na localiza o do citando ou intimando e nas pr ticas cartor rias expedi o e juntada de mandados Assim nes tes feitos a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de audi ncias designadas quando necess rias e da dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia do n mero de atos processuais praticados e do sucesso na localiza o do r u No tocante s 13 a es cautelares algumas medidas talvez ace lerassem seu processamento como enxugar a tramita o de uma
111. dato uma hist ria de vida compat vel com as exig nci as do cargo de juiz federal O candidato precisa apresentar um m nimo indispens vel de t tulos de aperfei oamentos de experi ncia na pr tica jur dica que o habilite assun o carreira judicial N o apenas t tulos acad micos mas sobretudo experi ncia forense Com essas fases provas escritas prova de t tulos o candidato obt m aprova o no concurso p blico O detalhe novo que essa aprova o n o lhe conduzir de imedi ato posse como juiz federal mas apenas o habilitar participa o no curso de forma o promovido pela Escola da Magistratura Federal dirigida pelo pr prio Tribunal Regional Federal ou talvez num melhor modelo sob coordena o do Conselho da Justi a Federal de maneira unificada A frequ ncia e a aprova o no curso de forma o da Escola da Magistratura Federal ser condi o indispens vel para a posse e exerc cio no cargo de juiz federal substituto Veja se que essa proposta n o propriamente uma cria o ori ginal A Constitui o da Rep blica de 1988 em seu artigo 93 inciso IV j fez constar que a Lei Complementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal que dispuser sobre o Estatuto da Magistratura prever cursos oficiais de prepara o e aperfei oamento de magistrados como requisitos para ingresso e promo o na carreira destaque acrescentado Em outros termos a Constitui o j alberg
112. decidir A mir ade de quest es suscitadas pelas partes e de fundamentos apresentados pelo juiz dificul taria sobremaneira a classifica o do desempenho com espeque nesses crit rios Os esfor os geralmente empregados na condu o do processo por meio do exerc cio de efetiva atividade instrut ria ou do cumprimento do maior n mero de fases procedimentais s o os crit rios mais confi veis e que menos ensejo d o a valora es subjetivas para definir a complexi dade do trabalho do magistrado 6 2 Fator resolutividade Outro crit rio importante para a constata o de maior empenho do juiz baseia se na solu o definitiva da lide Todos os processos julgados 28 extintos com exame do m rito em rela o aos quais n o houve interposi o de recurso merecem pontua o elevada As inst ncias su periores pela pr pria conforma o piramidal da estrutura do Poder Judici rio est o assoberbadas de processos espera de julgamento Quanto maior o n mero de lides resolvidas definitivamente em primeiro grau maior presteza se confere atividade jurisdicional menor o custo que carrega o processo e menos congestionadas ficam as inst ncias superiores Sobreleva se o valor da concilia o porque possibilita a extin o do processo com julgamento do m rito pelas concess es rec procas das partes Conquanto no mbito da Justi a Federal haja dificuldade em se alcan ar a composi o na medida em que se discute
113. depender da cont nua verifica o do fluxo dos processos A medi o da produtividade servir averigua o da operatividade do juiz Enquanto alguns muito trabalham e bastante produzem outros nem tanto Nunca foi poss vel medir at que ponto os ju zes s o dedica dos magistratura e todas as conclus es em sentido contr rio baseiam se em afirma es sem respaldo em dados estat sticos Ao avaliar o desem penho individual dos ju zes mediante constante recurso estat stica e 13 com o aux lio de espec fico software ser poss vel informar ao p blico atrav s de dados comparativos e objetivamente valor veis a produtivida de daqueles que exercem a fun o jurisdicional A averigua o da performance prestar se para constatar se o juiz rosto da Justi a efetivamente o respons vel pela morosidade da tramita o das a es porque pouco produz O processo de martiriza o do juiz ser atenuado ou agudizado medida que se apurar o efetivo trabalho que desempenha A medi o da produtividade por valer se do fator celeridade tam b m permitir verificar com que grau de corre o conduzido o processo por determinado juiz Limites de tempo ser o impostos para que o ma gistrado finalize o processo Em decorr ncia ser poss vel estabelecer metas de trabalho no intuito de reduzir o tempo de tramita o dos feitos Possibilitar rastear o percurso do processo e assim identificar as fases em q
114. di reito bem como sobre como proceder para dar in cio a um processo contra o INSS sendo atendido por um funcion rio da Justi a que dar as informa es requeridas O jurisdicionado se dirige ao pr dio da Justi a para reduzir a termo o seu pedido e aguarda na fila para ser atendido Quando chega a vez de o jurisdicionado ser atendido o funci on rio ouve e reduz a termo o pedido se for o caso O jurisdicionado informado de que deve se submeter a uma per cia m dica sendo lhe informado como proceder e sen do lhe indicada uma data para a audi ncia Ap s realizar a per cia o jurisdicionado retorna ao Juizado para a audi ncia O jurisdicionado espera ser chamado para a audi ncia O jurisdicionado chamado para a audi ncia de concilia o Ap s a concilia o O jurisdicionado aguarda a audi ncia de instru o e julgamento O jurisdicionado chamado para a audi ncia de instru o e julgamento O juiz conversa com o jurisdicionado e profere sua senten a O jurisdicionado informado do veredicto Algum tempo depois o jurisdicionado informado de que o pagamento est dispon vel no banco e l comparece para receber seu pagamento A preocupa o com cada detalhe que ocorre durante essas horas f4 da verdade o ingrediente b sico do sucesso ou fracasso do servi o Se a pessoa respons vel pelo servi o estiver pensando em bem servir ela concentrar sua aten o nos elementos importantes d
115. dias 2 dias 2 dias 1 dia Indeferimento 10 dias intima o j l 5 dias I N o emenda l E 2 dias Certifica o i transcurso prazo E l 2 dias I Conclus o l I l 2 dias I I ka i 15 dias I Intima o l E 2 dias Tr nsito em Recurso A ju Igado I I 1dia i Conclus o I I l 10 dias 5 dias Intima o 10 dias Remessa TRF 45 46 10 dias 10 dias 10 dias 5 dias 5 dias 2 dias 1 dia 2 dias 2 dias 1 dia 10 dias 2 dias 10 dias 2 dias 1 dia 10 dias 5 dias 2 dias 5 dias 5 dias 2 dias 1 dia 10 dias 5 dias 30 dias 2 dias 5 dias 10 dias 1 dia 5 dias 10 dias 2 dias 5 dias 10 dias 2 dias 47 O fluxograma do procedimento ordin rio em que h ampla produ o de prova como bvio concluir mostra se mais complexo Optou se por inserir no fluxograma o pedido de antecipa o dos efeitos da tutela pois a pr tica revela ser rara a a o ordin ria da qual n o conste referido pleito A soma de todos os prazos processuais do procedimento ordin rio sem que haja realiza o de audi ncia totaliza 244 dias Caso ocorra audi ncia preliminar e de instru o e julgamento o prazo para o encer ramento do processo ser de 259 dias N o se utilizou na defini o do prazo global a p
116. dicial dos EUA que tem por fun o apresentar sugest es e recomenda es s v rias Cortes a fim de prover a uniformidade de procedimentos administrativos e a condu o eficiente das atividades dos rg os judi ciais mantendo um estudo cont nuo das opera es e efeitos da regras gerais de pr tica e processo Peters o Mesute Administra o da Justi a Federal nos EUA Bras lia CEJ 24 5 8 jan mar 2004 171 ordin rio e sumar ssimo denomina o dada poca aos processos que seguiam o rito previsto no art 275 do CPC no ano de 1990 na Justi a Estadual do Rio de Janeiro comarca da Capital revelando a verdadeira situa o do foro local Assim incentivado por esses estudos o prop sito desta monografia possibilitar encontrar os pontos de estrangulamento da marcha proces sual no intento de colocar em evid ncia certas quest es importantes para compreender a complexidade da morosidade da Justi a especificamen te das varas c veis da Justi a Federal como a necessidade de um papel proativo do juiz na administra o do tempo de tramita o dos processos Pois o juiz n o s entrega presta o jurisdicional mas tamb m administra o processo pratica diversos atos quanto ger ncia de recursos humanos e desenvolvimento organizacional de sorte que sua produtividade deve ser avaliada a partir de sua atua o no combate morosidade Nosso campo de estudo portanto a avalia o da produtividade do juiz f
117. do a presta o de determinados servi os b sicos e com os segmentos mais favorecidos questionando sistematicamen te a constitucionalidade das sucessivas tentativas dos governantes de elevar a carga tribut ria com o objetivo de financiar esses servi os o que o Judici rio tem feito e o que pode fazer para desem penhar com um m nimo de efic cia suas fun es de absorver ten s es e dirimir conflitos Diante da tend ncia de certos movimentos comunit rios sindicais religiosos e corporativos de se apropriar po l tica e discursivamente dos direitos humanos com o prop sito de utiliz los como sin nimo de direitos das maiorias marginalizadas 79 no plano judicial devem os ju zes continuar agindo como simples exegetas de uma legisla o contradit ria em grande parte anacr ni ca e carente de organicidade program tica A essas indaga es fundamentais Faria tamb m pergunta se basta para a magistratura uma forma o profissional normativista apta a valorizar basicamente os aspectos l gico formais do direito positivo ou h necessidade de se complement la com uma forma o menos dogm tica a fim de que os ju zes possam preencher na aplica o das normas abstratas a casos concretos o hiato exis tente entre a igualdade jur dico formal e as desigualdades s cio econ micas Neste caso os dois tipos de forma o s o congruentes ou excludentes Pondo se a indaga o em outros termos em que medida uma
118. do paga indiretamente pela via do imposto sem qualquer simetria entre a quantidade e a qualidade do servi o recebido e o valor do tributo que recolhe d as t cnicas gerenciais no setor privado referem se a metas de competitividade no sentido da obten o manuten o e expan s o de mercado enquanto no setor p blico a meta a busca da excel ncia no atendimento a todos os cidad os ao menor custo poss vel e as diferentes conting ncias a que est o submetidos os dois se tores como por exemplo limites de autonomia estabelecidos pela legisla o e o perfil da clientela No entanto apesar das diferen as alguns conceitos empresariais podem ser facilmente aplicados no mbito judicial conforme se ver ao longo deste trabalho Ao utilizar essas t cnicas de gerenciamento o juiz verificar que com um pouco de criatividade muito pode ser feito para aumentar a celeridade e a efetividade do processo Com um pouco de organiza o muitos atos desnecess rios poderiam ser suprimidos e os necess rios otimizados Com um pouco de boa vontade e planejamento a imagem da Justi a seria bastante melhorada perante a sociedade Antes de passar aos princ pios de administra o que podem ser teis aos ju zes vale uma r pida an lise dos Juizados Especiais Fede rais apenas para que sejam apresentadas suas principais caracter sticas 3 Os Juizados Especiais Federais uma breve an lise Porque s o rico tem direito a t
119. dos ju zes constituem uma integra o de inicia tivas N o podem ser pensados isoladamente mas como um conjunto sist mico de trabalhos engajados para a produ o do novo juiz E tamb m nesse ponto se revela que o novo juiz somente poder nascer se nascida for uma nova administra o judici ria que reconhece seu papel que medita sobre suas posturas que se autoconhece quanto sua composi o e s suas perspectivas ideol gicas 85 Essa nova administra o verdadeiramente percebe o juiz como ser pluridimensional e n o como um aut mato produtor de senten as desvinculadas da sua pr pria condi o humana O novo administrador da justi a compreende o conceito de novo juiz E bem por isso est convencido de que os processos de sele o capacita o e avalia o dos magistrados merecem ser repensados com prioridade numa tica transdisciplinar e democr tica 3 Processos de sele o e forma o dos magistrados federais No Brasil desde o per odo do Estado Novo de Get lio Vargas a sele o dos ju zes de primeiro grau se d por concurso p blico O artigo 93 inciso da Constitui o da Rep blica de 1988 estabe lece que o ingresso na carreira da magistratura cujo cargo inicial ser o de juiz substituto se dar por concurso p blico de provas e t tulos com a participa o da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases obedecendo se nas nomea es ordem de classifica o Zaffaroni ob
120. e 195 uma vara gil a saber a conclus o para senten a zerada b embargos de declara o prontamente decididos preven o imediatamente verificada poucos processos tramitando peti es despachadas em tempo curto r pida tramita o do feito at a senten a designa o de audi ncias em data pr xima expedi o de mandados of cios e precat rias a contento expedi o de precat rios alvar s e requisit rios a contento rapidez no julgamento de embargos execu o pr ticas conciliat rias realizadas e efetivadas e per cias realizadas a contento O AA A A a SIO0 TS ATE ET ms vim pe TT ese De sorte que a avalia o da produtividade do juiz deve tomar por base tais par metros Em s ntese entendemos que os elementos que merecem ser leva dos em considera o na avalia o da produtividade do juiz s o a n mero de audi ncias designadas b dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi ncia n mero de atos processuais praticados n mero de decis es e despachos proferidos sucesso na localiza o do r u quantitativo de per cias realizadas quando forem necess rias g n mero de senten as prolatadas h tempo de tramita o do processo at a prola o de senten a TEE e A A Aa Sem qualquer pretens o de esgotar o tema lan amos aqui apenas alguns elementos que entendemos serem importantes na avalia o da produ
121. e deral com a cria o da varas federais previstas na Lei n 10 772 2008 Seriam estas as principais caracter sticas dos JEFs pelo menos as mais importantes para os fins do presente estudo Dentro desse quadro a impress o geral a de que devem ser depositadas nos JEFs todas as esperan as embora eles tenham sido criados sem um suporte administrativo compat vel com a sua import n cia Os JEFs podem ser o nico modo de restaurar a legitimidade do Poder Judici rio a curto ou m dio prazo al m de possibilitar que as vias ordin rias especialmente os TRFs e o STJ sejam descongestionadas conforme est o demonstrando as estat sticas processuais Feitas essas considera es passa se an lise do gerenciamento do processo judicial em face do novo rito previsto na Lei n 10 259 2001 com a aplica o subsidi ria da Lei n 9 099 95 Dentro dos cinco enfoques da teoria geral da administra o tarefas estrutura pessoas ambiente e tecnologia o gerenciamento do processo judicial insere se no conceito de tarefas sendo que cada ato processual constituiria aquilo que os administradores chamam de rotina 7 Sobre o assunto v SILVA Lu s Praxedes Vieira da Juizados Especiais Federais C veis Campinas Millennium 2002 117 4 Tarefas gerenciando o processo judicial Est na hora de rever rotinas procedimentos h bitos consolidados durante d cadas atrav s de gera es mais antigas tirar o mofo e
122. e 1997 com base no IRSM de fevereiro de 1994 2 Nesse caso ao contr rio da corre o com base no IGP DI o posicionamento dos tribunais superiores favor vel aos segurados de tal modo que os pedidos fatalmente ser o julgados procedentes se real mente se enquadrarem na situa o descrita Portanto deveria ser desenvolvido um procedimento gil que levasse r pida expedi o da requisi o de pequeno valor RPV A primeira medida adotada foi buscar esclarecer a popula o so bre o real significado do entendimento jurisprudencial As filas nas portas dos JEFs se avolumavam quase sempre por ignor ncia dos segurados ou por equivocada divulga o da imprensa Muitos ju zes exerceram o papel de rela es p blicas indo diretamente aos notici rios informar em linguagem clara e simples quais os segurados que tinham direito e como deveriam proceder Para evitar as filas permitiu se o protocolo de peti es pelo correio por telefone ou pela internet disponibilizando aos segurados uma esp cie de kit juizado que facilitaria a instru o do pedido e o acompanhamento do processo V rios ju zes dispensaram o despacho inicial cite se determinan do que os autos fossem ao INSS independentemente de qualquer ato judicial Os pr prios autos serviriam de mandado eliminando a trabalho sa confec o de um expediente aut nomo o que acelera consideravelmente a tramita o do feito Outra evolu o ocorreu quando algu
123. e cada hora da verdade e a enfrentar de maneira a maximizar o impacto positivo sobre o jurisdicionado ou pelo menos minimizar o impacto negativo O segredo para melhorar a imagem do Judici rio encantar o jurisdicionado em cada um desses pontos de contato Um simples bom dia em que posso servi lo dito por um servidor j um grande avan o 155 embora n o seja ainda suficiente O segredo para o sucesso est nos pequenos detalhes preciso surpreender o jurisdicionado com medidas de impacto positivo Por exemplo a implementa o do benef cio a que o jurisdicionado tem direito na pr pria audi ncia j causa um tremendo impacto de satis fa o e impressiona muito mais do que uma senten a com trinta laudas cheia de express es latinas Ali s a simplicidade da linguagem utilizada a primeira forma de demonstrar respeito ao jurisdicionado V rias sugest es bem simples podem surpreender positivamente o jurisdicionado Imagine por exemplo se for dada a oportunidade para o jurisdicionado escolher a data e o hor rio da realiza o da audi ncia Imagine a satisfa o do jurisdicionado idoso ao ser informado que a au di ncia poder ser realizada em sua pr pria resid ncia Imagine o jurisdicionado aguardando a realiza o da audi ncia em poltronas con fort veis Imagine se o jurisdicionado puder formular sua reclama o por telefone e acompanhar o andamento do processo sem precisar ir ao pr dio da Justi
124. e em experimentos de outras fei es seria metodologicamente arriscado por falta de bases s lidas a servirem de par metro Dentro da compet ncia de uma vara c vel preferiu se restringir a aplica o ao processo de conhecimento entre os quais se insere o man dado de seguran a as a es ordin rias e cautelares Inclu ram se ainda os embargos do devedor seja porque representam consider vel percentual de processos em uma vara c vel seja porque seu procedi mento envolve uma verdadeira a o de conhecimento Na li o de Humberto Theodoro J nior por visar a desconstitui o da rela o jur dica l quida e certa retratada no t tulo que se diz que os embargos s o uma 15 a o constitutiva uma nova rela o processual em que o devedor o autor e o credor o r u Em verdade escolheu se excluir inicialmente o processo de exe cu o conquanto nele se encontrem consider veis entraves efetividade das decis es judiciais e celeridade processual A tend ncia que hoje se constata nas mudan as legislativas em curso aponta para a supress o da dicotomia processo de conhecimento processo de execu o Dispender esfor os em torno de processo em risco de extin o aparenta ser desarrazoado Ademais os processos de conhecimento e cautelar s o a primeira fase do procedimento desenvolvido perante o juiz e natural a tentativa em se implementar o projeto justamente nos primeiros passos do feito para posterio
125. e lhe priva do pressuposto da imparcialidade Submeter os ju zes s diretrizes de um partido pol ti co de uma corpora o econ mica de qualquer grupo de poder importa definitivamente cancelar sua jurisdi o 44 ZAFFARONI Eugenio Ra l Op cit p 42 45 ZAFFARONI Eugenio Ra l Op cit p 95 83 Por fim esse novo juiz que atua na Am rica Latina um ser que se autoconhece imprescind vel que ao julgar o juiz tenha consci ncia que julga o outro e n o a si mesmo ou o seu passado O novo juiz deve ser algu m resolvido com o passado auto aceito que n o busque extrava sar na autoridade de suas decis es o recalque ou a transfer ncia Para isso buscou a terapia analisou sua vida sua forma o sua fam lia e suas escolhas Adquiriu com isso a plena convic o de que o homem produto de suas escolhas portanto n o precisa culpar o outro pelos seus fracassos ou desilus es O novo juiz al m disso conhece bem sua posi o de classe e j avaliou o quanto isso interfere nas suas convic es como magistrado Conhece e avalia criticamente as suas posturas ideol gicas pol ticas e religiosas N o se descura de manter se sempre atento sua pr pria postura moral seja em car ter privado seja nas suas rela es p blicas O novo juiz portanto algu m que reconhece sua falibilidade como ser humano que pois n o um semideus nem um ente superior Mas sobretudo tem consci ncia da inf
126. e realizar na pr pria resid ncia do segurado o processo ent o 147 cadastrado e autuado para ser remetido ao INSS para querendo o segu rado contestar a a o na data designada o juiz um servidor auxiliar o procurador do INSS e se for o caso o perito dirigem se casa do segu rado para l realizar a audi ncia Como se v n o h necessidade de grandes investimentos para p r em pr tica a id ia No m ximo ser necess rio adquirir um compu tador e uma impressora port teis bem como um gravador de som digital cujo custo baix ssimo l gico que se gastar um pouco de tempo durante o desloca mento mas as vantagens que a Justi a em Domic lio traz para a imagem do Judici rio e para o acesso Justi a compensam qualquer esfor o 7 2 2 N cleos avan ados dos Juizados Especiais Federais Em munic pios ou localidades em que n o h sede da Justi a Fe deral podem ser disponibilizados locais salas comerciais salas em universidades ou em outros rg os p blicos com o objetivo de proce der a aterma o receber peti es fornecer informa es aos jurisdicionados bem como realizar audi ncias peri dicas quinzenais ou mensais conforme a demanda o que se pode chamar de N cleo Avan ado do Juizado Especial Federal Najef O N cleo funcionaria em salas comerciais alugadas pela Justi a ou em espa os cedidos por outros rg os p blicos ou universidades com 2 ou mais servidores es
127. e tem s rias dificuldades para se expressar A bagagem cultural fraca pois durante o curso se ateve a ler alguns resumos de aulas ou quando muito alguns cap tulos de manuais jur di cos A pr tica forense somente adquirida por aqueles que se predispuseram a realizar est gios extracurriculares em escrit rios de ad vocacia varas judiciais ou outros rg os p blicos O resultado dessa crise do ensino superior em direito o baix ssimo ndice de aprova o em exames da Ordem dos Advogados do Brasil e nos concursos p blicos para ingresso nas carreiras de Esta do como as da magistratura e do minist rio p blico Pode se dizer que o xito na consist ncia formativa do bacharel produto mais de suas pr prias condi es do que das possibilidades pro porcionadas pelas faculdades Diante desse quadro realmente os concursos p blicos para ingresso 88 na magistratura federal n o podem deixar de ser rigorosos Os conte dos exigidos precisam ser dominados pelo aspirante a juiz federal Apesar de n o ser a nica necess ria a forma o t cnico jur dica do juiz federal n o pode ser descuidada Em fun o do grande n mero de candidatos inscritos a cada con curso parece que a prova preambular objetiva deve ser mantida de forma a racionalizar a avalia o nas pr ximas fases Na pr tica em fun o da forma de corre o eletr nica dessas provas a possibilidade de fraude tem se reduzido a praticamente z
128. e um hor rio pela manh ou pela tarde c arquitetura judici ria at os detalhes arquitet nicos devem estar na agenda do juiz administrador especialmente nesse momen to em que a Justi a Federal est se expandindo para o interior do pa s e novas unidades est o sendo instaladas Os pr dios dos Juizados Especiais n o precisam ser pr dios fara nicos pouco funcionais que inibem qualquer aproxima o do povo causando grande desconforto para aqueles que mais precisari am da Justi a Devem ser adaptados aos portadores de defici ncia sendo prefer vel que sejam instalados no andar t rreo 33 Ojurista franc s Antoine Garapon percebeu bem essa contradi o quando nos aproxi mamos do Pal cio da Justi a de Paris ficamos desde logo impressionados com o seu port o de entrada majestoso povoado de flores de lis douradas mas sempre fechado como que a convidar nos a n o entrar Bem julgar ensaio sobre o ritual judici rio Lisboa Instituto Piaget 1997 p 34 145 Al m disso devem dispor de espa os adequados para receber as pessoas que batem sua porta A cena de filas de velhinhos nas portas dos JEFs deve ser uma p gina virada na hist ria re cente dessa institui o Deve haver uma sinaliza o adequada entre os diversos setores evitando que o jurisdicionado se sinta perdido dentro do pr dio As salas de espera e de audi ncia devem ser confort veis e dignas se poss vel utilizando as t cni cas
129. e um magistrado mais humanista tende a produzir exemplares mais comprometidos com valores sociais e com a efetiva solu o dos conflitos intersubjetivos Nesta ltima tica o magistrado tor na se mais aberto s vanguardas jur dicas e aos novos conceitos n o se deixando manter num inv lucro herm tico de interpreta o incapaz de assimilar a evolu o das estruturas sociais Essa responsabilidade imputada administra o judici ria se com pleta com os processos avaliativos da atividade dos ju zes Mas aqui a id ia n o se resume ao controle da produtividade judicial Cumpre englo bar o mundo no qual se insere o magistrado homem Em outras palavras a administra o n o pode ignorar os principais fatores sociais e individu ais internos e externos que interferem na produ o de uma decis o judicial Como tamb m n o pode desconsiderar todo o conjunto de es for os que o magistrado empreende para qualificar a presta o jurisdicional mas que n o se expressam nas estat sticas mensais de pro dutividade judicial Por fim a avalia o da atividade judicial como condi o indispens vel ao cumprimento das metas de qualidade total do servi o judici rio n o pode se resumir ao per odo de est gio probat rio devendo avan ar tamb m em rela o aos vital cios dentre os quais se incluem os magistrados que comp em os tribunais imprescind vel ressaltar que esses processos de sele o capacita o e avalia o
130. ectiva dura o Como se prop e a padroniza o das fases procedimentais e a determina o de limites de tempo at a prola o de senten a o monitoramento dos processos gera perspectivas positivas no alcance de melhor desempenho do magistrado A avalia o do fluxo dos processos e dos dados estat sticos cum pre uma fun o proped utica efici ncia da estrutura judici ria e 53 medi o objetiva da profissionalidade do magistrado O monitoramento dos processos permite aferir em tempo real as principais vari veis que interv m direta ou indiretamente no andamento do feito O controle do fluxo de processos permitir ao juiz identificar as fa ses em que h estrangulamento porque a demanda supera a oferta ou em que os atos s o executados rapidamente as partes que contribuem para o atraso e o tempo gasto para a execu o das tarefas Permitir ao magistrado definir metas estabelecer indicadores para verificar o cum primento dos objetivos proceder a altera es na estrutura da vara a fim de adequ la s necessidades do servi o padronizar atos tendo em vis ta a celeridade apurar as reais causas de retardo na presta o jurisdicional e exigir de todos que tocam o processo o cumprimento dos prazos legais O monitoramento dos processos permitir saber se o excessivo esfor o de juiz e servidores ou n o suficiente para atender a demanda Para tanto precisar ter em m os a informa o de como os prazos t m
131. ederal a partir da discuss o de uma faceta do acesso Justi a que especificamente a morosidade processual na tramita o dos pro cessos de compet ncia das varas c veis da Justi a Federal A problem tica do nosso tema encontra se em desvendar quais os gargalos da marcha processual dos feitos perante a Justi a Federal na rea c vel e que comprometem o exerc cio da cidadania e como avaliar a produtividade do juiz a partir de sua atua o no combate morosida de Algumas perguntas s o pertinentes para clarificar os meandros que norteiam a problem tica da monografia a como podemos solucionar o paradoxo do processo que se por um lado meio de efetiva o dos direitos forma de resol ver conflitos por outro contudo a demora na solu o faz com que se torne um problema quais s o de fato os obst culos ao acesso Justi a Federal no Brasil no tocante tramita o c lere dos feitos por que demoram tanto os processos nas varas c veis da Justi a Federal b qual a rela o entre o engessamento da marcha processual e as implica es ticas no comportamento social da Justi a Fe deral nas imagens e no grau de confiabilidade da popula o na Justi a Federal isto como a morosidade compromete o 172 efetivo Acesso Justi a inviabilizando a tutela dos direitos e garantias individuais e coletivas enfraquecendo o exerc cio da cidadania c em virtude da velocidade dos feitos seria necess ri
132. eito pois traduzem o anseio leg timo de um Judici rio que privilegie a cidadania na medida da presta o de uma jurisdi o c lere e efetiva 1 lugar FATORES DE PRODUTIVIDADE PROPOSTA DE AVALIA O DO DESEMPENHO DO MAGISTRADO FEDERAL Carlos Henrique Borlido Haddad 1 Introdu o O trabalho aborda a avalia o de produtividade do magistrado fe deral e tenciona apresentar um projeto piloto a ser implementado nas varas federais Parte se da premissa de que medir a produtividade do juiz n o acarreta nenhum preju zo atividade jurisdicional ao rev s so mente produz benef cios N o afeta a independ ncia judicial posto que possa lesar as idiossincrasias judiciais O esfor o direciona se a criar um sistema capaz de aplicar se pro gressivamente sobre a organiza o e o funcionamento de uma vara federal sem nenhuma inger ncia sobre a qualidade do trabalho e viola o ao princ pio da independ ncia da magistratura O princ pio basilar do siste ma avaliativo consiste em jamais interferir de forma direta ou indireta na liberdade de decis o do juiz ess ncia da fun o jurisdicional N o se resume avalia o da produtividade porque repercutir na administra o dos processos conquanto o foco aponte para a medi o do desempenho do magistrado Em verdade pretende se inicialmente afe rir a performance dos ju zes federais e em segundo momento fornecer subs dios para se alcan ar alta produtividade Rec
133. eito imperativo e obrigat rio Faz se necess rio sem d vida assinalar que tais disposi es judiciais s o inegavel mente parte do Direito positivo na medida em que tanto s o respei tadas pelos litigantes a acatadas pelos tribunais quanto 8 FREITAS Vladimir Passos Justi a federal hist rico e evolu o no Brasil p 15 9 ZAFFARONI Eugenio Ra l Op cit p 86 64 reiteradamente incorporadas pelo legislador do Direito positivo O papel do juiz acentuadamente marcante n o s como recriador atrav s do processo hermen utico mas tamb m como adaptador das regras jur dicas s novas e constantes condi es da realidade social contribuindo para a transforma o e evolu o cont nua da ordem jur dica positiva que o juiz em seu mister recriador insere a semente perpetuadora e a fonte inspiradora do Direito ideal Portanto qualquer abordagem sobre crit rios de sele o capacita o e avalia o de ju zes n o pode desconsiderar a meta demo cr tica a perseguir no sentido de construir um Poder Judici rio mais independente e imparcial 1 2 A legitimidade do Poder Judici rio Nos pa ses que n o adotam o crit rio eletivo para a sele o de ju zes questiona se a legitimidade democr tica do poder judicial Em estudo estat stico intitulado A opini o da sociedade civil organi zada a respeito da Justi a Federal realizado sob os ausp cios do Centro de Estudos Judici rios do Conselh
134. ento padr o Procedimento padrao Decis o judicial Rn Procedimento poss vel E Ra P Procedimento de emenda da inicial Ato praticado pelas partes A soma de todos os prazos processuais do rito do mandado de seguran a totaliza 55 dias N o se utilizou na defini o do prazo global a prerrogativa de o juiz exceder os prazos por igual tempo conforme auto riza o art 187 do C digo de Processo Civil o que importaria no acr scimo de 15 dias Por outro lado sugere se seja computado o prazo de 20 dias destinado emenda da peti o inicial malgrado n o se trate de situa o que se verifique em todo processo Em face da extrema relev ncia do primeiro exame da peti o inicial no intuito de sanar todas as irregulari dades evitar a extin o do processo sem exame de m rito e conceder provimentos efetivos e resolutivos nas a es ajuizadas o lapso destinado emenda da peti o deve reputar se regra em todos os procedimentos Dessarte o prazo m ximo para a conclus o do mandado de seguran a seria de 75 dias corridos considerado o lapso destinado emenda da inicial 42 6 4 3 Fluxograma 2 Procedimento ordin rio 2 dias 2 dias 1 dia Indeferimento 10 dias 2 dias 10 dias N o emenda Certifica o 2 dias ranscurso prazo Conclus o 1 dia Intima o Tr nsito em Recurso julgado
135. envolvidos nos quais o Poder Judici rio deposit rio de esperan as no sentido de uma sociedade mais justa livre e solid ria Em raz o disso quando se fala aqui em novo juiz deve se compre ender o novo juiz latino americano dentre os quais est situada a reflex o de um novo juiz brasileiro OU seja O juiz que vive e trabalha em um am biente social contrastante heterog neo com demandas marcadas pela intensa diferencia o de classe e de poder Esse juiz que impactado pelas profundas defici ncias da presta o de servi os estatais os quais n o conseguem fazer frente s necessidades sociais b sicas Um juiz que convocado muitas vezes a substituir as expectativas frustradas que deveriam ser atendidas pelas demais parcelas do poder estatal nesse contexto que se deve analisar os desafios do Judici rio tanto do ponto de vista da adequa o da cultura t cnico profissio nal de seus magistrados realidade social econ mica e pol tica do pa s quanto do ponto de vista da efetividade de sua estrutura organizacional Em que medida est a institui o em todos os seus campos de especializa o em suas inst ncias e em suas entr ncias t cnica e operacionalmente apta para lidar com os conflitos de na tureza coletiva comuns a cen rios como o acima descrito Em face da explos o de litigiosidade registrada nos ltimos anos com os segmentos menos favorecidos aprendendo a exigir judicialmente de um Estado fali
136. ero o que demonstra a seguran a des se tipo de avalia o O que se deve procurar atentar nessa prova inicial que a maneira de respond la n o pode significar um preju zo para o candidato pois n o diz respeito aos conhecimentos t cnicos necess rios Assim mode los de provas tipo somat ria ou que de alguma forma possam incutir d vida na forma de resposta devem ser evitados A linguagem aqui deve ser clara e direta permitindo que o candidato teste seus conheci mentos num panorama geral n o se justificando por ora a inclus o de quest es que envolvam um conhecimento doutrin rio ou jurisprudencial muito espec fico As provas dissertativas envolvendo quest es te rico pr ticas tam b m merecem ser mantidas Por m com algumas retifica es A avalia o nessa etapa deve ser mais aprofundada Duas provas dissertativas diversas sem muita conex o como comumente acontece parece pouco O que se sugere a divis o dessa fase em tr s etapas 12 Prova dissertativa o candidato inquirido apenas acerca de quest es te ricas ou te rico pr ticas com abrang ncia de todo o conte do program tico dando se nfase aos assuntos que dizem respeito Justi a Federal A corre o da prova deve pautar se pela capacidade de exposi o e de argumenta o e pelo atendimento de conte dos m nimos preestabelecidos 22 Prova de senten a c vel esta prova fundamental para aferir a capacidade do candida
137. ertativa e de senten as a avalia o t cnico dogm tica ter sido adequadamente realizada Na verdade parece que a avalia o de conhecimentos jur dicos mesmo no sistema atual termina aqui Em uma nova administra o judici ria comprometida com a for ma o de um novo juiz segundo crit rios democr ticos n o h mais espa o para provas orais El Tasse denuncia que a prova oral n o garante a igualdade entre os candidatos na medida em que os questionamentos podem ser realizados com um grau de maior ou menor dificuldade em raz o da simpatia ou anti patia que o examinador possua pelo candidato A igualdade que deve ser garantida entre os postulantes aos cargos p blicos exige inclusive que os questionamentos sejam ison micos para todos os postulantes ao ingresso nas fun es do Estado Tamb m cumpre observar que a nota ofertada sem qualquer crit rio objetivo E efe 90 tivamente contradit rio que no concurso para ingresso na judicatu ra O julgador que deve ser o guardi o da cidadania e desenvolver sempre seu trabalho com objetividade e de forma motivada seja selecionado em um expediente absolutamente carente de qualquer an lise objetiva e fundamenta o O que se tem o subjetivismo do examinador decidindo quem pode ou n o fazer parte da magistra tura esquecendo se por completo de todo o conhecimento jur di co do postulante ao cargo p blico Mesmo que se considere a seriedade do
138. es 28 CAPPELLETTI Mauro amp GARTH Bryant Acesso Justi a Porto Alegre Sergio Fabris Editor 1988 p 31 29 Trata se de um sistema atrav s do qual a assist ncia judici ria estabelecida como um direito para todas as pessoas que se enquadrem nos termos da lei Os advogados particu lares ent o s o pagos pelo Estado A finalidade do sistema judicare proporcionar aos litigantes de baixa renda a mesma representa o que teriam se pudessem pagar um advo gado CAPPELLETTI Mauro amp GARTH Bryant Acesso Justi a Porto Alegre Sergio Fabris Editor 1988 p 35 139 No futuro espera se que a Defensoria da Uni o seja melhor estruturada e passe a coordenar a assist ncia judici ria nos JEFs En quanto isso os advogados dativos continuam sendo utilizados como paliativo da assist ncia judici ria gratuita Embora os advogados dativos n o fa am parte do quadro funcio nal da Justi a Federal e portanto gozem de autonomia e independ ncia como qualquer outro advogado importante que eles atuem em fina sintonia com a filosofia dos Juizados Especiais Federais atuando com tica e presteza at porque s o remunerados com verbas federais Re solu o 281 2002 do CJF H necessidade de aprimoramento e di logo constantes por meio da promo o de cursos e reuni es peri dicas entre os advogados dativos e os ju zes e servidores dos Juizados Seria interessante inclusive que houvesse uma sele
139. es restritivos da presta o jurisdicional a deficiente informatiza o precariedade dos dados estat sticos a falta de pol tica de recursos humanos para ju zes e servidores que envolvem treinamento adequado motiva o a precariedade das instala es e dos recursos materiais excessivo n mero de inst ncias para recursos pra zos processuais extensos legisla o processual ultrapassada inexist ncia de mecanismos alternativos para solu o de conflitos responsabilidade do pr prio Poder P blico no ajuizamento de a es etc Arag o 1997 193 196 Contudo necess rio aperfei oar a efici ncia do sistema de 176 administra o da Justi a sem sacrificar o procedimento legal e as salva guardas inerentes a um procedimento judicial adequado identificando se os embara os administrativos isso os procedimentos que retardam e criam entraves descobrindo caminhos para elimin los ou mitig los E nesse sentido que a identifica o dos incidentes cr ticos tem grande valia pois permite um esquadrinhamento do processo possibilitando visualizar todos os atos processuais inclusive os passos m nimos do processo Alguns incidentes cr ticos foram localizados em todos os tipos de processo Tais incidentes comuns est o relacionados com as fases em que se encontam e que podem serdiyililas em processamento do feito at a senten a processamento da fase recursal e processamento da execu o do julgado Para aplica
140. espec ficos em t cnicas de negocia o 6 5 Os peritos A quantidade de processos em que h necessidade de per cia especialmente na rea m dica relativamente grande Por isso deve haver uma boa coordena o entre os peritos e o Juizado Especial Federal O perito deve receber informa es sobre como elaborar o laudo 141 m dico evitando laudos pouco leg veis ou incompreens veis para o magis trado Por isso fundamental que exista uma boa comunica o entre o juiz e o perito Quanto menos formais forem os canais de comunica o mais c lere ser a realiza o da per cia Nos Juizados Especiais Federais mais movimentados seria inte ressante que houvesse uma estrutura da pr pria Justi a Federal preparada para a realiza o das per cias dando uma maior uniformidade de crit ri os e uma maior comodidade aos jurisdicionados 6 6 O jurisdicionado N o se poderia finalizar um t pico sobre o aspecto humano do Juizado Especial Federal sem tratar do seu principal elemento pessoal o jurisdicionado O jurisdicionado a raz o de ser do Poder Judici rio o equiva lente aos clientes das empresas privadas Sem eles n o h motivos para existirem ju zes servidores advogados Por isso deve haver uma perene obsess o pela busca da satisfa o total do jurisdicionado Est na hora de afastar aquela mentalidade de que os servidores p blicos s o os pio res exemplos sobre como se deve servir o p blico Um
141. essas partes o local do cumprimento dos atos processuais e a prioridade no seu exame Prova disso a constata o de que o rito do mandado de seguran a apresenta se comparativamente mais simples do que o procedimento da a o de desapropria o Em regra os processos em que h forma o de litiscons rcio s o conclu dos em maior espa o de tempo na medida em que as partes com procuradores distintos possuem o prazo em dobro para falar nos autos Nas causas em que h interven o da Uni o ou de suas autarquias bem como do representante do Minist rio P blico os prazos em qu druplo para contestar e em dobro para recor rer assim como a intima o pessoal da parte tendem a tornar mais lento o desenrolar do rito Nas hip teses em que uma das partes reside fora do munic pio em que est sediado o ju zo competente para a a o a comu nica o e a execu o dos atos processuais geralmente realizadas mediante carta precat ria retardam o desenvolvimento do processo Os processos de mandado de seguran a t m prioridade sobre todos os atos judiciais salvo o habeas corpus e as pessoas com idade igual ou supe rior a 65 anos tamb m gozam de prioridade na tramita o dos feitos em que figurem como parte ou interveniente art 1 211 A do C digo de Pro cesso Civil Observa se a exist ncia de vari veis capazes de retardar ou acele rar o desenvolvimento do processo em suma aptos a alterar a velocidade de tramita o do
142. fim de pos sibilitar programas de complementa o de estudos ou mesmo para a realiza o de cursos de p s gradua o Com isso relativizam se as difi culdades estruturais da Escola principalmente quanto a espa o f sico e pessoal especializado O programa curricular do curso de forma o tamb m dever in cluir encontros com a comunidade no sentido de colocar o juiz mais perto da realidade social Visitas orientadas a bairros de periferia participa o em reuni es de associa es de bairro entrevistas em hospitais escolas pres dios e outros segmentos sens veis da sociedade O magistrado em forma o na maioria das vezes proveniente de classes sociais economi camente mais abastadas deve sentir e ver como a vida da maior parte 95 da popula o Ser poss vel conceber um juiz criminal que nunca tenha ingressado numa penitenci ria O prop sito dessa atividade romper com o isolamento do juiz juiz de gabinete que se p e a decidir sem consci ncia da realidade Muitas vezes o juiz federal levado a decidir sobre fatos em rela o aos quais desconhece absolutamente como se processam no cotidiano comum a necessidade de emitir julgamento sobre direito aduaneiro quando n o se tem a m nima id ia de como se efetiva na pr tica o des pacho aduaneiro como se armazenam as mercadorias quais as dificuldades que os importadores exportadores t m para a operacionaliza o de suas transa es comerciais
143. form tica no Judici rio Revista CEF ne 13 Bras lia CJF 2001 ROSA F bio Bittencourt da Judici rio diagn stico da crise S rie Cader nos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 Juizados Especiais de Pequenas Causas na Justi a Federal Re vista da Ajuris n 67 Porto Alegre Ajuris 1996 RUSSO J NIOR R mulo Juizado universidade uma parceria interes sante Revista CEF n 17 Bras lia CJF 2002 SANTOS Erivaldo Ribeiro dos A concilia o nas causas do Sistema Fi nanceiro da Habita o Revista CEJ n 24 Bras lia CJF 2004 SANTOS Willian Douglas Resinente dos A Justi a Federal uma propos ta para o futuro S rie Monografias do CEJ Centro de Estudos Judici rios 163 vol 2 Bras lia 1995 pp 151 185 SCARTEZZINI Jos Tadeu Flaquer Em busca da celeridade na presta o jurisdicional Revista Direito Federal n 41 Bras lia Ajufe 1994 SILVA Lu s Praxedes da Juizados Especiais Federais C veis Campinas Millennium 2002 SILVA J NIOR Walter Nunes da Juizados Especiais na Justi a Federal Revista da Associa o dos Ju zes Federais n 50 Bras lia Ajufe 1996 p 35 40 SILVEIRA Paulo Fernando A Justi a Federal uma proposta para o futu ro S rie Monografias do CEJ Centro de Estudos Judici rios vol 2 Bras lia 1995 pp 77 150 SILVA Ant nio Schenkel do Amaral A t cnica de acordos na Justi a Fe deral Revista Direito Federal n 75 76
144. forma o menos dogm tica e mais realista n o colide com a forma o normativista presente nos meios forenses nacio nais A import ncia da reflex o acerca de um novo juiz est diretamente ligada quest o da legitima o democr tica do Poder Judici rio por quanto como j se disse esta se liga ao exerc cio do poder jurisdicional na constru o ou manuten o do regime pol tico democr tico Em outras palavras O novo juiz aquele que det m capacidade de legitimar democraticamente o seu poder por meio do exerc cio indepen dente e eficiente da judicatura Nessa perspectiva o novo juiz a par de sua forma o t cnico jur dica desfruta de uma forma o interdisciplinar que lhe permite ir al m conhecendo da realidade social econ mica e mesmo psicol gica envol vida na lide em julgamento A interdisciplinaridade caracter stica marcante do novo juiz A sua forma o n o abrange apenas o direito mas intensamente regada pela filosofia pela ci ncia pol tica e pela sociologia perpassando 39 FARIA Jos Eduardo O Poder Judici rio no Brasil paradoxos desafios e alternativas pp 24 25 40 Idem Ibidem p 25 80 pela psicologia e pela economia No caso de ju zes especializados fam lia crime execu es fiscais etc essa forma o interdisciplinar tem enfoque pr prio e ainda mais aprofundado At mesmo a literatura deve integrar a forma o do novo magistra do latino
145. geira para melhor elucidar o cabimento da pris o civil como medida coercitiva ante o rol meramen te exemplificativo das medidas preconizadas no 8 amp do artigo 461 do CPG Para tanto torna se indispens vel focar aten o aos estudos da doutrina anglo americana sobre as san es para o Contempt of Court 3 Mais do que isso avulta a necessidade de uma aten o especial capacita o dos ju zes para que tal medida caso realmente admitida possa ser aplicada com a justeza e o equil brio necess rios evitando excessos ou abusos decorrentes da falta de experi ncia imaturidade ou at mesmo vai dade pessoal do magistrado O que n o se pode simplesmente desprezar essa possibilidade de refor o autoridade das decis es judiciais pela ale ga o de despreparo dos ju zes brasileiros para sua manipula o Com todas as conquistas j alcan adas pelo direito processual ain da em evolu o lastima se o desprezo que se tem verificado pela teoriza o a respeito do pr prio Poder Judici rio ao qual se destinam em suma as regras processuais Como bem salienta Zaffaroni not vel o n vel de teoriza o a res peito dos recursos e das a es destinados a tutelar direitos aspecto este que tem sido inovado na Am rica Latina particularmente em mat ria de ju zo de amparo mandado de seguran a mas tamb m contrasta a po breza te rica referente aos tribunais diante dos quais devem ser exercidas essas a es o
146. gilizar a per cia adotando o princ pio gerencial que recomenda a busca de parceiros externos capazes de melhorar a quali dade dos servi os e reduzir os custos V rias unidades disponibilizam aos m dicos peritos um espa o ambulat rio dentro do Juizado para a realiza o das per cias H ainda alguns ju zes que designaram m dicos para ocupar fun es comissionadas dentro do Juizado o que tamb m pode ser uma boa so lu o embora limitada diante da infinidade de especialidades m dicas que os processos dos Juizados exigem ortopedia psiquiatria oftalmolo gia cardiopatia medicina do trabalho etc Ap s v rios casos analisados o pr prio juiz passa a adquirir um rudimentar conhecimento m dico familiarizando se com o C digo Inter nacional de Doen as momento em que pode dispensar a realiza o de per cia nas hip teses de doen as incapacitantes que mais se repetem 125 como Aids c ncer cardiopatia grave entre outras As audi ncias tamb m devem ser simples e r pidas totalmente dispens vel a redu o a termo dos depoimentos das partes e das teste munhas sendo suficiente que os depoimentos sejam gravados em arquivos sonoros Veja se que n o h necessidade nem mesmo de degrava o posterior bastando que o arquivo sonoro fique dispon vel ao p blico de prefer ncia em arquivo digital na intemet A senten a pode seguir a mesma sistem tica a fundamenta o toda gravada em arquivo sonoro
147. gresso na magistratura durante a fase de prepara o para o rduo concurso Uma vez investido no cargo basta cruzar os bra os e aguardar o curso do tempo para ser promovido N o h crit rios m nimos para se medir a produtividade tampouco ela eleita requisito para a promo o Desde que n o haja nenhuma reclama o contra a atua o do magistra do fulcrada em razo vel fundamento a promo o vir com o tempo A data de ingresso na magistratura malgrado se trate de crit rio objetivo n o o mais adequado para determinar a promo o na carrei ra A produtividade pode ser um dos crit rios talvez o mais importante e uma vez apurada com exatid o dever ser respeitada por aqueles que determinam a promo o Aquele que recus la ao juiz produtivo revelaria sua concep o de vida os valores que preza e o seu compromisso com a Justi a 21 4 5 Puni o Caso as metas determinadas n o sejam alcan adas pune se Ao lado do pr mio pela alta produtividade deve haver a apena o pelo bai xo desempenho Na atividade privada se o gestor deficiente relaxado se leva a empresa bancarrota destitu do das suas fun es A est o grande desvio do Poder Judici rio n o existe puni o Caso se tencione instituir sistema de aferi o da produtividade ser indispens vel impor san es ao magistrado desidioso Na It lia o sistema de avalia o vi gente prev puni o pela baixa performance demon
148. hist ria do Poder Judici rio Mais importante que isso ser o dia em que apenas guardaremos na mem ria ou nos livros a id ia de um Judici rio lento ineficiente e des moralizado 1 5 Um novo juiz para uma nova sociedade Quando se reflete sobre a necessidade de um novo juiz porque se tem em conta que o juiz de hoje n o mais pode estar identificado com o juiz de ontem ou seja diante de uma nova sociedade com in ditas demandas e necessidades o novo juiz aquele que est em sintonia com a nova conforma o social e preparado para responder com efici ncia e criatividade s expectativas da sociedade moderna tendo em considera o as promessas do direito emergente e as exig ncias de uma administra o judici ria compromissada com a qualidade total Mas para falar em novo juiz preciso antes questionar em que con texto social esse sujeito est inserido Ser que nos pa ses centrais especialmente naqueles em que as pol ticas sociais b sicas j n o s o mais problemas contempor neos em que as demandas judiciais n o s o impulsionadas pela exist ncia de gra ves distor es na distribui o das riquezas preciso fomentar a reflex o 78 sobre um novo Judici rio Quer parecer que a discuss o em torno de mudan as de mentali dade na forma o capacita o e avalia o de ju zes bem como na pr pria gest o da m quina judici ria fen meno que aflige com mais intensidade os pa ses subdes
149. hor como um direito preordena o de procedimentos h beis para dar resposta adegua da ao direito material Quando se fala em direito preordena o dos procedimentos fala se tamb m em direito preordena o de sen ten as e meios de execu o capazes de tutelar de forma efetiva o 24 MARINONI Luiz Guilherme ARENHART S rgio Cruz Manual do processo de conhecimen to pp 65 06 25 Idem Ibidem p 66 26 Idem Ibidem p 66 72 direito material Marinoni h mais de dez anos j afirmava que as tutelas diferencia das em verdade devem situar se como contrapartida ao direito adequada tutela jurisdicional que representa numa an lise mais percep t vel da realidade concretiza o do princ pio da inafastabilidade do controle jurisdicional hoje albergado no art 5 XXXV da C F Percebe se uma terceira fase do aperfei oamento do direito pro cessual com o resgate da liga o entre o processo e o direito material reconstruindo os alicerces do processo civil sob as bases da teoria dos direitos fundamentais Com esses escopos a doutrina processualista com posterior reco nhecimento da pr pria legisla o avan ou ao criar diferentes tipos de tutela jurisdicional tendo mais presente o atendimento efetivo do direito material de certa forma superando o exclusivismo da classifica o tradi cional das tutelas declarat ria constitutiva e condenat ria a qual pela excessiva vincula o ao p
150. i bu da s decis es proferidas em sede liminar e em tutela antecipada ter o o valor fixo de 2 00 pontos uma vez que n o considerado o fator celeridade para reduzir ou aumentar o escore Por m em caso de outras decis es e senten as a pontua o n o poder obedecer ao fator celeridade conforme alhures explicitado O juiz designado para atuar al guns dias em substitui o n o ser respons vel por eventual atraso ou adiantamento da finaliza o do procedimento cuja dura o superior ao per odo de sua designa o A melhor solu o seria verificar a pontua o m dia obtida nos ltimos seis meses para cada tipo de a o e aplic la s senten as prolatadas durante o per odo de substitui o Atribuir a pon tua o cheia durante a substitui o para cada senten a significa beneficiar o magistrado relapso que nunca obt m os pontos totais quan do atua em sua vara ou prejudicar o juiz diligente que costuma encerrar a lide em lapso inferior ao m ximo previsto S o esses os crit rios a serem adotados para a atribui o de pon tos pelo trabalho jurisdicional a partir dos quais se medir a produtividade do magistrado 8 Sele o de modelos Pouco importa saber se determinado juiz atingiu 400 ou 500 pontos a t tulo de produtividade N o se permite identificar se foi alto ou baixo o desempenho pela singela raz o de que n o h n meros que sirvam de par metros 51 Esse problema j existe atualmen
151. ia secretaria e assim por diante A quantidade de pessoal de cada setor vai variar conforme a de manda Sugere se por m que em cada Juizado existam pelo menos 30 servidores para cada 5 mil processos especialmente para que possa haver o atendimento ao p blico nos dois expedientes Deve se aumentar do mesmo modo o n mero de ju zes auxiliares ju zes substitutos tendo em vista a quantidade de audi ncias a serem realizadas Em grande parte dos JEFs hoje em funcionamento a estrutura est muito aqu m desse modelo ideal especialmente pela grande quantida de de processos que tramitam nessas unidades pelo enxugamento excessivo das fun es comissionadas levado a cabo pelos Tribunais Re gionais Federais e pelo pequeno n mero de ju zes auxiliares Vale ressaltar que algumas unidades dos Juizados Especiais C veis j recebem uma quantidade maior de processos do que todas as varas comuns juntas dentro de uma mesma se o judici ria o que demonstra que preciso ampliar a quantidade de Juizados Especiais Federais e 22 Em palestra proferida em outubro de 2008 no CJF intitulada Panorama estrutural e esta t stico da Justi a Federal no Brasil tend ncias para o futuro o juiz federal Fl vio Dino demonstrou com n meros concretos que a falta de estrutura dos Juizados Especiais Federais levar a um colapso do modelo atual tendo em vista que o n mero de processos nos JEFs deve se equiparar aos das varas da Justi a Feder
152. iais Federais trouxe uma inova o que os ju zes federais desconheciam a possibilidade de acordo Ainda n o poss vel afirmar at que ponto a novidade trouxe vanta 13 Essae outras interessantes solu es est o em um documento intitulado Elementos para reforma do C digo de Processo Civil sugest es dos ju zes federais que se encontra dispon vel no portal da Ajufe http www ajufe org br No mais h uma farta bibliografia tratando da agiliza o da presta o jurisdicional COELHO Sacha Calmon Navarro Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 DIAS Francisco Barros Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 LIPPMAN J NIOR Edgard Ant nio Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 PIZZOLATTI R mulo Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 ROSA F bio Bittencourt da Judici rio diagn stico da crise S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 SCARTEZZINI Jos Tadeu Flaquer Em busca da celeridade na presta o jurisdicional Revista Direito Federalne 41 Bras lia Ajufe 1994 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo A efetividade do processo e a reforma processual Revista da Ajuris 59 Porto Alegre Ajur
153. icanizada para processo eletr nico O e proc uma verdadeira revolu o Com ele a publicidade pro cessual ganha contornos jamais imaginados O impulso processual autom tico A quantidade de informa o jur dica se expande velozmente e torna se dispon vel a um n mero infinito de pessoas Muitos atos pro cessuais deixam de ser praticados pelos ju zes ou pelos servidores para serem praticados por m quinas dotadas de intelig ncia artificial e capa zes de decidir com tanta desenvoltura quanto um ser humano Os servidores burocr ticos est o sendo substitu dos com vantagens por sistemas inteligentes capazes de dar impulso processual e elaborar os expedientes necess rios com uma rapidez inigual vel A comunica o dos atos processuais ocorre em tempo real assim que uma decis o judi cial proferida ela automaticamente disponibilizada na internet e as partes recebem uma mensagem eletr nica informando seu conte do As cita es intima es e notifica es deixam de ser realizadas no mundo real Tudo se realiza pela internet atrav s do correio eletr nico que tem se mostrado infinitamente mais eficiente para comunica o dos atos pro cessuais do que o correio convencional O e proc tem afetado at a pr pria audi ncia judicial Algumas audi ncias de ju zes de primeiro grau j s o transmitidas atrav s da internet pelo popular e barato sistema de webcam em que uma c mara de v deo conectada ao
154. icas sugeridas por Karl Albrecht com os olhos voltados para o atendimento nos Juizados Especiais Federais 7 Ambiente gerenciando o local de trabalho Diante da lei est um porteiro Um homem do campo dirige se a este porteiro e pede para entrar na lei Mas o porteiro diz que agora n o pode permitir lhe a entrada O homem do campo reflete e depois pergunta se ent o pode entrar mais tarde E poss vel diz o portei ro mas agora n o Uma vez que a porta da lei continua como sem pre aberta e o porteiro se p e de lado o homem se inclina para olhar o interior atrav s da porta Quando nota isso o porteiro ri e diz Se o atrai tanto tente entrar apesar da minha proibi o Mas veja bem eu sou poderoso E sou apenas o ltimo dos porteiros De sala para sala por m existem porteiros cada um mais poderoso do que o outro Nem mesmo eu posso suportar a vis o do terceiro O ho mem do campo n o esperava tais dificuldades a lei deve ser aces s vel a todos e a qualquer hora pensa ele Franz Kafka em O processo Dentro do novo contexto gerencial o administrador deve se preo cupar tamb m com o ambiente de trabalho ambiente interno bem como com a maneira pela qual a organiza o se apresenta ao p blico ambiente externo 7 1 Ambiente interno qualidade de vida e efici ncia no 143 ambiente de trabalho A preocupa o com o ambiente de trabalho mais uma influ ncia da administra o cient fica que
155. ida transforma o 152 O TQM de certo modo adota o que h de melhor nos diversos campos do pensamento administrativo o que pode ser sintetizado nos quatro conceitos abaixo a nfase nos clientes b melhoria cont nua dos processos visando a produtos e servi os de melhor qualidade c total participa o de seus funcion rios d compartilhamento de id ias com outras organiza es N o preciso muito esfor o para perceber que as id ias adotadas pelo Programa de Qualidade Total se adaptam perfeitamente filosofia gerencial defendida ao longo do presente trabalho Por isso importante que o juiz que esteja presidindo as atividades do Juizado Especial Federal se engaje nos Programas de Qualidade To tal aplicados pelos Tribunais Regionais Federais participando ativamente desse processo de melhoria cont nua E o mais importante estimulando os servidores a aderirem a esses conceitos J est amplamente demonstrado que as institui es p blicas que aderiram pr tica de implementar os Programas de Qualidade est o colhendo os frutos dessa op o com o reconhecimento da sociedade e o maior entusiasmo dos servidores 10 A satisfa o total do jurisdicionado A coisa mais importante que podemos fazer servir 37 Cf SHIBA Shoji GRAHAN Alan WALDEN David TQM quatro revolu es na gest o da qualidade Porto Alegre Bookman 1998 p 26 De modo semelhante o chamado Progra ma de Qualidade e P
156. indo a e 41 AZEVEDO Plauto Faraco Op cit p 80 42 AZEVEDO Plauto Faraco Op cit p 90 81 avaliando a revivendo a para emitir a decis o Com essa nova forma o mais abrangente o novo juiz mais sen s vel necessidade de um novo processo menos burocr tico e mais oral ou virtual com a revitaliza o da audi ncia como instrumento destina do a oferecer uma solu o jurisdicional mais r pida e efetiva Nesse contexto a audi ncia readquire sua dupla fun o a identi dade f sica do juiz no sentido de coloc lo em contato mais direto com as partes e seus conflitos possibilitando uma no o mais clara e verdadeira da controv rsia muitas vezes mascarada nas peti es formuladas pelos advogados que nem sempre correspondem inten o ou vontade da parte e a concilia o que hoje assume car ter de imprescindibilidade na formula o de um processo mais gil e pacificador Pode se afirmar pela relev ncia dessa nova dimens o do proces so que o novo juiz necessariamente um juiz conciliador preparado para tal mister atrav s do aprendizado sistem tico sobre as t cnicas de media o e de concilia o as quais envolvem necessariamente ele mentos de psicologia aplicada Pela mesma dimens o o novo juiz comprometido com a oralidade do processo no sentido de que n o se satisfaz com a an lise formal da documenta o que constitui os autos mas sente a necessidade de en
157. inita capacidade de supera o do ho mem que j foi Lua e um dia tamb m ter capacidade de acabar com a fome 2 O papel da administra o da Justi a na forma o do novo juiz Seria exagerado supor que o juiz a administra o judici ria em que se insere Mas tal defini o n o de todo infundada Perceba se que os processos de sele o capacita o e avalia o dos magistrados s o definidos pelos administradores do Poder Judici rio cf artigo 96 inciso da CR Consequentemente o candidato ao cargo de juiz deve orientar sua vida de modo a reunir os requisitos exigi dos e definidos pela mentalidade dessa administra o As fases do concurso os pontos das provas a maneira de arg i o as condi es do edital representam aspectos de um ponto de vista sobre os requisitos que uma pessoa deve apresentar para se tornar magistrado A vis o so 84 bre a fun o da magistratura est impl cita na maneira como se conduz um concurso p blico para admiss o de ju zes Com mais envergadura os meios de capacita o do juiz concursado representam uma verdadeira ideologia pois cuidam de ministrar ao ma gistrado especialmente ao rec m ingresso uma linha de pensamento sobre a atividade judicial Uma forma o exclusivamente dogm tica ten de a produzir ju zes legalistas Uma preocupa o mais hol stica com acesso interdisciplinaridade com fomento s t cnicas de concilia o numa perspectiva d
158. io aparenta ser princ pio program tico pois subsistiu sem ela at hoje posto que esteja albergado na Constitui o Federal e deva ser elemento inerente a uma atividade que p blica Faz se mister conceber a efici ncia como aquilo que princ pio de apli ca o imediata Na busca da efici ncia a estrutura judici ria se quiser produzir resultados satisfat rios deve antes de tudo ser conhecida O Poder Ju dici rio brasileiro n o se conhece O conhecimento do Poder Judici rio como requisito primeiro obten o de efici ncia passa pela ci ncia da 5 NALINI Jos Renato Dez recados ao juiz do Ill mil nio Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 7 jul set 1999 p 4 17 atividade desenvolvida pelos ju zes que precisa ser mensurada Diversa mente do que se verifica na Austr lia onde se estabeleceram os Trial Court Performance Standards ap s quase dez anos de intensas pesqui sas nos f runs e tribunais locais no Brasil se h iniciativas similares nenhuma delas chegou a produzir resultados teis A avalia o da pro dutividade do magistrado e a oferta de dados capazes de elev la relaciona se medi o da atividade judicial atrav s de fatores preestabelecidos Medida a atividade tendo como par metro determina dos fatores torna se poss vel conhecer o desempenho do magistrado Ser premiado ou repreendido o juiz que obtiver performance elogi vel ou p fia Objetivos de melh
159. ional O excessivo n mero de despachos ao mesmo tempo em que pode ser indicativo de um juiz operoso tamb m capaz de representar a condu o irracional do pro cesso destitu da de objetivo e desapercebida de resolutividade Muitos processos podem ser conduzidos at a senten a mediante um nico despacho cite se Nesses mesmos processos o juiz irresoluto prefere conceder oportunidade ao autor para manifestar se sobre fatos impeditivos extintivos ou modificativos do direito n o mencionados pelo r u ou sobre documentos n o apresentados com a contesta o D en sejo especifica o de provas malgrado a quest o de m rito seja unicamente de direito E at permite a apresenta o de alega es finais mera repeti o de argumentos firmados na peti o inicial e na contesta o Prefere esgotar o rito ordin rio a decidir quando poss vel faz lo No intuito de multiplicar o n mero de interven es no processo e mostrar se ativo e participativo o juiz irresoluto procede ao desmembramento de provid ncias em diversos despachos que bem poderiam estar agrupadas em nica determina o Em tais circunst n cias a produtividade do magistrado se medida pela quantidade de despachos proferidos exibir resultados dissonantes O juiz federal um servidor caro para desempenhar pessoalmente atribui es facilmente execut veis por outros servidores O juiz federal que se dedica mais aos despachos do que s senten as e de
160. ios latino americanos a estrutura brasileira aparece como a mais avan ada de toda a regi o e praticamente a nica que n o corresponde ao modelo emp rico primitivo do resto Trata se da verdadeira estrutura judici ria tecno burocr tica de nossa regi o Percebe se que o sistema seletivo adotado pelo Brasil baseado no concurso p blico de provas e t tulos bastante superior aos dos demais pa ses da Am rica Latina nos quais imperam crit rios pol ticos para no mea o de ju zes em qualquer grau de jurisdi o Portanto deve ser intransigente a defesa do concurso p blico como forma de ingresso carreira da magistratura As defici ncias ora apresen tadas pelo sistema requerem aperfei oamento jamais elimina o do crit rio sob pena de retrocesso a modelos judici rios primitivos e dependentes evidente que esse sistema ainda deve passar por ajustes visando maior efici ncia do m todo qualidade da sele o e amplia o de mocr tica das oportunidades de acesso Atualmente no mbito da Justi a Federal o concurso p blico para magistrados composto basicamente de quatro fases 1 prova escri ta preambular geralmente objetiva de car ter eliminat rio 2 provas escritas dissertativas nas quais se incluem as elabora es de senten as tamb m de car ter eliminat rio 3 prova oral eliminat ria 4 avalia o de t tulos de car ter meramente classificat rio 47 Op cit p 125
161. ipativa o planejamento estrat gico o benchmarking entre outras que t m sido desenvolvidas e aplicadas com sucesso em empresas particulares podem ser muito teis ao juiz para proporcionar o melhor desempenho de suas tarefas Obviamente essas t cnicas n o podem ser simplesmente trans portadas para o Judici rio Isso poderia ser desastroso sobretudo pela carga ideol gica human stica e tica que a Justi a deve obrigatoria mente observar e que n o necessariamente est presente no universo das atividades empresariais Al m disso o setor p blico apresenta algumas especificidades que desaconselham a mera reprodu o dos m todos adotados no setor pri vado entre as quais enumeram se a as finalidades principais das atividades de car ter privado s o o lucro e a sobreviv ncia em um ambiente de alta competitividade enquanto os objetivos da atividade p blica s o imbu das do ide al democr tico de prestar servi os sociedade em prol do bem estar comum b a preocupa o em satisfazer o cliente no setor privado basea da no interesse enquanto no setor p blico essa preocupa o tem que ser alicer ada no dever c o cliente atendido no setor privado remunera diretamente a or ganiza o pagando pelo servi o recebido ou pelo produto ad 2 Cf NALINI Jos Renato Dez recados ao juiz do Ill Mil nio Revista CEJ n 7 Bras lia CJF 1997 p 135 112 quirido no setor p blico o cliente atendi
162. ipo de a o n o tem import ncia significativa salvo quando houver a interposi o de embargos execu o que ser o tratados abaixo se paradamente A classe da a o ser decisiva sobretudo na identifica o dos gargalos de sua tramita o durante o processo de conhecimento Assim nas 1 a es sobre financiamento imobili rio constatamos que existem as que versam sobre anula o do leil o extrajudicial e aque las sobre os ndices de corre o Na primeira hip tese quando muito ser necess ria per cia grafot cnica para que se apure se o mutu rio foi ou n o efetivamente intimado da realiza o do leil o pois no mais versa sobre a in constitucionalidade do art 32 e seguintes do Decreto Lei re 70 66 J nas demais h na maioria das vezes necessidade de realiza o de per cia cont bil Nestes casos a pr tica que demonstrou ser bastante til foi a realiza o de audi ncias conciliat rias A prop sito os efeitos positivos da auto composi o foram apresentados no ltimo en contro do Conselho da Justi a Federal sobre Administra o da Justi a relatado na Revista CEJ n 24 pelo Juiz Federal de Maring Erivaldo Ri beiro dos Santos Ent o nessa classe de a es os gargalos que encontramos na fase de conhecimento e que podem ser utilizados como elementos de avalia o da produtividade do juiz s o a realiza o de audi ncias conciliat rias e promo o do acordo b realiza o das
163. ir muito longe para encontrar cart rios judiciais ainda movidos m quina de escrever e a fichinhas de controle proces sual obviamente na contram o de todos os esfor os empreendidos pela administra o judici ria para combater as causas da morosidade da pres ta o jurisdicional Mas mesmo com as constantes inova es tecnol gicas n o se venceu o paradigma dos autos escritos de papel e pl stico entulhando prateleiras e escaninhos obrigando seu transporte por meios dispendiosos sem falar dos galp es e dep sitos necessariamente alugados ou com prados pelos tribunais para arquivar os autos findos Fazer sumir uma folha uma prova ou um documento obra que s depende da vontade do malfeitor O s culo XXI reserva no entanto uma terceira revolu o na presta o dos servi os judici rios a elimina o do papel o fim dos autos escritos Mas como ent o documentar os atos processuais Atrav s dos autos vir tuais Peti es documentos cita es despachos senten as e outros atos processuais realizados todos por computadores interligados em rede ou pela internet O advogado peticiona no computador de seu escrit rio digitaliza seus documentos pelo scanner e envia tudo pelo correio eletr nico para o setor de distribui o do F rum Recebido o e mail a peti o encaminhada ao juiz atrav s da rede interna de computadores O juiz despacha ent o na tela do computador do seu gabinete A cita o do r u tam
164. is 1993 O aprimoramento do processo civil como pressuposto de uma Justi a melhor Revista da Ajuris 57 Porto Alegre Ajuris 1993 VELLOSO Caio M rio da Silva Problemas e solu es na presta o da Justi a Revista Direito Federal ne 28 Bras lia Ajufe 1991 Do Poder Judici rio como torn lo mais gil e din mico efeito vinculante e outros temas Revista Direito Federal ne 59 Bras lia Ajufe 1998 WASHINGTON Jos Adroaldo Justi a mais gil Revista Direito Federal n 37 Bras lia Ajufe 1993 Direito do jurisdicionado r pida presta o jurisdicional S rie Cadernos do CEJ volume 7 Bras lia CJF 1995 123 gens ou apenas dificultou mais o tr mite dos feitos Alguns ju zes est o obtendo xito nas concilia es outros est o sentindo bastante dificulda de chegando ao ponto de simplesmente abolir a audi ncia de concilia o O certo que nem sempre a audi ncia de concilia o ser til Em muitos casos o Poder P blico intransigente ou oferece acordos inacei t veis E como as mat rias se repetem com certa frequ ncia poss vel prever os casos em que n o haver acordo podendo se dispensar a designa o de audi ncia de concilia o nessas hip teses H situa es por m em que o acordo a melhor solu o Citam se por exemplo as a es envolvendo os contratos habitacionais firmados no mbito do Sistema Financeiro da Habita o j que a CEF Engea est oferecendo propost
165. is do Brasil Anais do Semin rio Juizados Especiais Federais inova es e aspectos pol micos Bras lia Ajufe 2002 ALBRECHT Karl Revolu o nos servi os como as empresas podem re 158 volucionar a maneira de tratar os seus clientes S o Paulo Pioneira 1992 ANTONINI Eduardo Kenzi E Jus Sess o eletr nica de Julgamento Revista CEJ n 24 Bras lia CJF 2004 BENUCCI Renato Lu s A Tecnologia da Informa o a servi o da agilida de da presta o jurisdicional Revista do Direito Federal n 75 76 Bras lia Ajufe 2004 pp 507 530 BERMUDES S rgio Meios de aumentar a efici ncia dos servi os da Jus ti a Revista da Ajuris 44 Porto Alegre Ajuris 1988 BRAND O Edison O uso da inform tica na Justi a Estadual interrogan do dist ncia na vara criminal Revista CEF n 13 Bras lia CJF 2001 CALMON Eliana A democratiza o da Justi a Revista do CEJ n 8 Bras lia CJF 1997 CAPPELLETI Mauro GARTH BRYANT Acesso Justi a Trad Ellen Gracie Northfleet Porto Alegre Sergio Antonio Fabris Editor 1988 CHEDID Ant nio Carlos Facioli A utiliza o da internet no recebimento de peti es e a elimina o dos pap is Revista CEF n 13 Bras lia CJF 2001 CHIAVENATO Idalberto Introdu o teoria geral da administra o 42 ed S o Paulo Makron Books 1998 a Gerenciando pessoas o passo decisivo para a administra o participativa 32 ed S o Paulo
166. is e para controlar a segu ran a e autenticidade das informa es j setor de execu o importante que exista um setor trabalhan do unicamente com a execu o do julgado j que esse o mo mento em que a parte vencedora ir satisfazer seu cr dito Este setor dever estar remotamente ligado aos bancos de dados dos rg os demandados INSS CEF Uni o visando agilizar o controle do cumprimento das ordens judiciais k gabinete dos ju zes apesar de os casos que tramitam no Juizado n o serem por natureza muito complexos preciso que conti nue existindo a assessoria dos ju zes especialmente para ajudar 133 na elabora o das decis es e senten as em que a discuss o unicamente de direito processos repetitivos S o suficientes dois servidores por juiz o oficial de gabinete e um auxiliar Esse gabi nete pode inclusive ser compartilhado entre o juiz titular e os ju zes substitutos otimizando o espa o f sico e os recursos hu manos Seria essa a estrutura ideal de um Juizado Logicamente diante das limita es atualmente existentes alguns desses setores podem ser condensados e ou fundidos Por exemplo a tarefa do setor de digitaliza o de documentos pode ser realizada pelo setor de distribui o e protocolo Os setores de controle de audi ncias de concilia o e de per cias po dem trabalhar em conjunto A atividade do setor de inform tica e telefonia pode ser realizada pela pr pr
167. istema de presta o da Justi a para que se possa responder com fundamenta o mais s lida e objetiva a quest es at hoje discutidas Faz parte desta agenda a ado o de um modelo de administra o proativa em contraposi o ao modelo tradicional de administra o reativa e que daria a real dimens o do funcionamento do Judici rio para que se consiga produzir senten as em tempo social e economicamente toler vel j que a legitima o do Judici rio depende de sua efici ncia Podemos observar que est o em discuss o duas dimens es nesse modelo uma alusiva morosidade processual isto ao tempo de tramita o dos processos e outra referente aos custos da presta o jurisdicional Uma n o exclui a outra quanto maior o tempo de tramita o de um processo maior ser o custo Por m nesta monografia nos ocu paremos t o somente da primeira face o tempo que a morosidade da Justi a sem sombra de d vida um dos temas que causa grande perplexidade ao jurisdicionado fato comprova do pela pesquisa Lei Justi a e Cidadania Resultado de um investimento conjunto do CPDOC FGV e do ISER tal pesquisa procurou mediante aplica o de question rios entre a popula o maior de 16 anos da regi o metropolitana do Rio de Janeiro no per odo de setembro de 1995 a agosto de 1996 avaliar o grau de confiabilidade e a percep o que a popula o tem em rela o a diferentes institui es direta ou indi
168. it rio Nestes casos tamb m tem surtido efeito a realiza o de audi ncias de concilia o Portanto devem se con centrar esfor os nas pr ticas conciliat rias e nas pr ticas cartor rias de modo que a produtividade do juiz pode ser aferida a partir do n mero de 188 audi ncias realizadas e do n mero de concilia es obtidas bem como pelo tempo de realiza o dos atos processuais Al m disso devem se apurar quantas est o em tramita o e quantas foram efetivamente julgadas Nas 5 a es de cobran a ajuizadas por entes p blicos e aqui podemos tecer as mesmas considera es para as 6 a es monit rias e at mesmo para a 7 execu o extrajudicial a maior dificuldade a oca liza o do devedor e de seus bens para garantir a execu o Merecem aten o especial pois geram arrecada o a exemplo do que ocorre na vara de execu es fiscais Podem envolver realiza o de per cia cont bil o que significa outro entrave no processamento Nesta classe de a es a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de atos pro cessuais praticados e do sucesso na localiza o do devedor bem como no n mero de audi ncias conciliat rias designadas e no n mero de acor dos obtidos quando poss vel Nas 8 a es indenizat rias de rito ordin rio a maior dificuldade a realiza o de per cia Em geral elas versam sobre danos morais e ma teriais grande maioria ajuizada por pessoas f sic
169. itudes desafios para a avalia o da produtividade do juiz federal Vladimir Santos Vitovsky 07 59 107 167 Apresenta o O Poder Judici rio tem sido definido entre outros adjetivos como um Poder herm tico imperme vel s cr ticas que se levantam contra ele A mais recorrente diz respeito morosidade ou seja tardia presta o jurisdicional sem d vida a face mais vis vel e principal consect rio dos problemas que o afligem afetando diretamente a popula o Felizmente j n o argumento majoritariamente aceito o de que para se obter uma Justi a mais gil o nico caminho o aumento de verba e do n mero de ju zes e tribunais Hoje os administradores judiciais j se d o conta de que os principais gargalos da Justi a est o diretamente relacionados a problemas de gest o de or amento de pessoas de processos e do processo Alguns j tentam apropriar se dos conceitos da empresa privada para aplic los na administra o da Justi a em busca da efici ncia Naturalmente h necessidade de adapta es em raz o dos distintos universos Quanto administra o do feito judicial em si o Processo Civil aos poucos vai perdendo aquela caracter stica de fim em si mesmo que tanto encantou muitos processualistas haja vista as recentes modifica es da legisla o e mesmo a institui o dos Juizados Especiais para tornar se o que sempre deveria ter sido isto instrumento de realiza
170. judici rio brasileiro e a multiplicidade de circunst ncias que interv m sobre a condu o e a dura o dos pro 18 cessos obstam adotar se como crit rio um nico fator tal como o n mero de senten as por magistrado e imp em ao contr rio o monitoramento dos diversos participantes e dos variados elementos que interagem na constru o do processo 4 2 An lise de dados Ap s a cria o do sistema de fatores de mensura o de sua implementa o e da capacita o dos servidores preciso gerenciar a efetividade do processo por meio da coleta e processamento dos dados A fim de se ter completo dom nio sobre o funcionamento do Poder Judici rio e especificamente sobre a produtividade do magistrado preciso vale sublinhar conhec lo Para se alcan ar o conhecimento faz se necess rio coletar dados analis los e interpret los Feito isso ser poss vel detectar os raros ju zes que n o trabalham os que traba lham muito e produzem pouco e os que muito trabalham e muito produzem Permitir se constatar os magistrados que trabalham nos li mites da capacidade sem contudo absorver o volume de feitos a eles distribu dos e apresentar dados que demonstrem que o mero esfor o pessoal desacompanhado de recursos humanos e financeiros in til para a presta o jurisdicional c lere Os instrumentos de inform tica atualmente dispon veis permitem saber quantas a es foram distribu das para o magistrado no de
171. juntado aos autos Dentro do prazo de resposta o r u apresenta sua contesta o que ent o juntada aos autos sendo o processo encaminhado ao juiz Proferido o despacho do juiz o autor apre senta sua r plica que juntada ao processo sendo os autos novamente encaminhados ao juiz para prola o do despacho saneador Deferida a produ o de provas designada a per cia sendo intimado o perito a pro por seus honor rios As partes discutem a proposta de honor rios apresentam seus quesitos e seus assistentes t cnicos Realizada a per cia o perito apresenta seu laudo sobre o qual se manifestam ambas as partes Finalmente designada audi ncia de instru o onde s o ouvidas as par tes e as testemunhas ap s o que prolatada a senten a Esse um modelo bem simplificado mas que nos permite obser var a marcha do processo c vel Deve se levar em considera o que nas hip teses em que a lide verse exclusivamente sobre mat ria de direito ou quando o fato j estiver provado nos autos por meio de prova docu mental n o haver necessidade de produzir novas provas procedendo se ao julgamento antecipado da lide isso sem a necessidade das etapas de designa o de per cia e audi ncia nos termos do art 330 do CPC Esse quadro j nos permite um primeiro esquadrinhamento dos processos n o s na fase de conhecimento mas tamb m na fase de execu o uma primeira divis o que temos entre os trabalhos internos
172. la cons tr i seu futuro na medida da luta que empreende na conquista de novas posi es na sociedade Nova e relevante categoria de sujeitos de direitos a das crian as e adolescentes Com a edi o da Lei n 8 069 de 13 de julho de 1990 conhecida como Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA inaugurou se na or dem jur dica nacional um novo paradigma no tratamento normativo destinado s crian as e adolescentes em substitui o ao anterior consubstanciado na Lei n 6 697 de 10 de outubro de 1979 o C digo de Menores O Estatuto que veio para regulamentar os artigos 227 a 229 da Constitui o da Rep blica de 1988 p s fim ao regime jur dico baseado na chamada Doutrina da Situa o Irregular que inspirou o C digo de 1979 dando lugar aos postulados da Doutrina da Prote o Integral como ficou assentado em seu artigo 1 Em termos gerais a crian a e o adolescente passaram a ser ob servados do ponto de vista jur dico como sujeitos plenos de direitos e n o mais como meros objetos de tutela estatal ideologicamente expres sada pelo bin mio compaix o repress o Os direitos e interesses relativos popula o infanto juvenil receberam destaque jur dico ocupando a posi o de prioridade absoluta artigo 227 caput da CF A inova o legislativa criou na verdade uma nova vertente jur dica no panorama nacional o direito da crian a e do adolescente resulta do inclusive da mudan a de pensame
173. lano jur dico normativo n o mais atendia s necessidades sociais modernas e ao anseio geral de efetividade do pro cesso Como salienta Arenhart o direito processual estatal somente pode ser realmente efetivo se dispuser de mecanismos de tutela adequados realidade do direito material s particularidades dos sujeitos envolvidos no conflito e prontos a oferecer exatamente o que o direito subjetivo pro clama ao seu titular Nessa linha como exemplos mais atuais s o not veis a tutela cole tiva a partir principalmente da Lei 7 347 1985 mais adequada aos modernos conflitos de massa e aos sujeitos coletivos de direito a tutela antecipat ria generalizada com os artigos 273 e 461 do CPC introduzi dos pela Lei 8 950 1994 que permite uma readequa o dos procedimentos especialmente o ordin rio possibilitando a realiza o imediata dos direitos e preservando o princ pio de que o tempo do pro 27 Tutela cautelar e tutela antecipat ria p 20 28 Sobre essa nova vertente do direito processual civil consultar a mais recente obra do Prof MARINONI T cnica processual e tutela dos direitos S o Paulo RT 2004 29 Op cit p 34 30 MARINONI Luiz Guilherme A antecipa o da tutela na reforma do processo civil p 19 73 cesso n o pode ser um nus suportado unicamente pelo autor e a tute la inibit ria que pode ser extra da dos artigos 461 do CPC 84 do CDC 213 do ECA e 83 do Estatuto do Idoso como
174. liza o do r u 13 a es cautelares n mero relativo de senten as proferidas tempo de tramita o de tais a es at a senten a n mero de atos processuais praticados 14 embargos execu o n mero de atos processuais praticados quantitativo de per cias realizadas quando necess rias n mero de senten as prolatadas tempo de tramita o do processo at a senten a 204
175. lo passivo al m da Uni o o INSS a ANS o Ibama o Incra entre outros Em geral versam sobre quest es de direito 11 A es sobre militares e servidores de rito ordin rio S o a es que versam sobre remunera o de militares servido res funcion rios e empregados p blicos suas respectivas pensionistas mat ria previdenci ria estatut ria e poder disciplinar Tem por base a mat ria versada e o p lo ativo militar servidor p blico ou pensionista Tratam de reajuste de vencimentos anula o de ato administrativo ques t o trabalhista estatut ria ou ent o t m cunho previdenci rio estatut rio 12 Feitos n o contenciosos e cartas S o os feitos nos quais n o existe uma lide propriamente dita S o 185 os conhecidos procedimentos de jurisdi o volunt ria sic S o as justi fica es as interpela es notifica es e protestos as a es de op o de nacionalidade as cartas precat rias e rogat rias as cartas de ordem No caso da justifica o t m sido muito frequentes as a es de natureza previdenci rio estatut rio isso pens o de companheira de militar ou servidor p blico A interpela o notifica o e o protesto t m sido comumente ajuiza dos pela Caixa Econ mica Federal para constituir em mora o devedor de empr stimos imobili rios com o intuito de evitar a prescri o 13 Medidas cautelares A maioria das a es cautelares versa sobre medida cautelar para suspe
176. m maioria das vezes direitos indispon veis a solu o conciliat ria n o est alijada Iniciativa digna de enc mios foi adotada pelo Juiz Federal Erivaldo Ribei ro dos Santos em Maring respons vel por estimular a concilia o nos processos do Sistema Financeiro da Habita o O fomento da compo si o entre mutu rios e agentes financeiros proporcionou resultados louv veis a ponto de tornar se pr tica disseminada pelo pa s em que os ju zes federais das diversas se es judici rias passaram a implement la A concilia o n o foi fruto do poder de pacifica o exercido pelo magistrado em um nico processo mas resultou da iniciativa em sensibi lizar a EMGEA e a Caixa Econ mica Federal com o objetivo de viabilizar propostas de solu o de todas as lides A resolutividade do magistrado n o se pautar apenas na obten o de maior n mero de concilia es Em verdade o alto grau de resolu o se depreende da aus ncia de recurso contra a decis o judicial de primeira inst ncia como forma de n o sobrecarregar as inst ncias superiores Malgrado n o detenha o juiz controle sobre a capacidade de irresigna o das partes poder exercer relevante papel em ameniz la em virtude dos fundamentos jur dicos empregados ou da conforma o da senten a aos ac rd os das inst ncias superiores Um fator impeditivo maior atribui o de pontos a exist ncia do ultrapassado reexame necess rio que obstaculiza e
177. m muito a solu o 10 SANTOS Erivaldo Ribeiro dos A concilia o nas causas do sistema financeiro da habita o Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 24 jan mar 2004 p 10 29 definitiva das lides em primeiro grau de jurisdi o Entretanto em face das regras de exce o remessa obrigat ria introduzidas pela Lei re 10 352 01 que acrescentou os 88 2 e 3 ao art 475 do C digo de Pro cesso Civil ampliou se o campo de atua o do magistrado para impor solu o definitiva lide na primeira inst ncia 6 3 Categoriza o dos fatores complexidade e resolutividade Apurados quais fatores dever o ser considerados para averiguar a complexidade das causas submetidas aprecia o judicial e o grau de resolu o demonstrado passa se ao estabelecimento de pontos em face do tipo de a o em que se proferiu decis o Foi utilizada a classifica o das a es para efeitos de distribui o e estat stica elaborada pelo Tribu nal Regional Federal da 1 Regi o na qual est o designadas as muitas roupagens de que se veste o processo Tentou se classificar as a es em grupos de caracter sticas comuns para os quais foram atribu dos os se guintes pontos conforme a tabela abaixo A o civil p blica popular e de improbidade administrativa 5 00 pontos A o de usucapi o divis o demarca o desa propria o presta o de contas nuncia o de obra nova possess ria e discriminat
178. m sede liminar ou em tutela antecipada contra as quais n o se manejou o agravo de instrumento Desde logo excluem se as causas em que cab vel o reexame necess rio Contudo o b nus devido se houve a interposi o de agravo retido ou de embargos de declara o porque n o trariam sobrecarga s inst ncias superiores A an lise do agravo retido pelo r g o ad quem faz se previamente mas em conjunto com o exame de eventual apela o sem que haja multiplica o de recursos e os embar gos de declara o ficam circunscritos esfera de primeiro grau de jurisdi o Ainda em refer ncia ao indicador resolutividade os processos jul gados extintos por for a de concilia o independentemente de expirado o prazo em que foi finalizado o feito pela senten a homologat ria seriam dignos de 5 00 pontos de acordo com a tabela supra referida O juiz antes de julgar deve conciliar A composi o entre as partes deve ser sempre vitaminada seja pela resolu o da lide em uma nica inst ncia do Poder Judici rio seja pelo baixo percentual de recursos manejados contra senten as homologat rias de acordos seja pela participa o di reta das partes na resolu o do conflito O fator celeridade obtendo se a concilia o torna se secund rio e justifica sua desconsidera o na atri bui o de pontos senten a Relativamente s decis es interlocut rias exaradas em sede liminar ou a t tulo de antecipa o dos efeitos
179. mas unidades dos Juizados Especiais Federais entraram em acordo com a Procuradoria do INSS possibilitando que as contesta es id nticas nos feitos meramente de direito fossem substitu das por uma certid o do servidor do Juizado na qual seria informado que a contesta o padr o estaria depositada em cart rio e ou publicada na internet dispensando a juntada de uma nova contesta o em cada processo No mesmo sentido os ju zes passaram a adotar nesses feitos repetitivos a sistem tica da senten a padr o ou senten a paradigma em que o juiz profere a senten a padr o que publicada no Di rio Ofici al e na internet e nos feitos id nticos subsequentes ao inv s de ser proferida uma nova senten a colocada uma certid o da secretaria in 122 formando a extens o do julgado Obviamente a ado o de todas as sugest es acima e outras ainda mais eficazes n o retirar a aus ncia de l gica do modelo atual em que cada um dos processos levado ao Judici rio tratado autonomamente exigindo a repeti o dos expedientes forenses O melhor seria desenvolver em n vel legislativo um novo sistema que privilegiasse as a es coletivas ou permitisse que o juiz concedesse efic cia ultra partes ou erga omnes s suas decis es nesses processos individuais que tenham por objeto direitos individuais homog neos ap s reiteradas decis es de proced ncia sobre a mat ria 4 2 Concilia es A Lei dos Juizados Espec
180. melhorias que os japoneses chamam de kaisen Tamb m n o se deve ter qualquer receio em copiar aplicar e aper fei oar as boas id ias desenvolvidas por outros ju zes desde que em benef cio da efetividade do processo e do jurisdicionado Afinal a imita o o primeiro passo da inova o Esse processo de imita o das melhores pr ticas o que os admi nistradores chamam de benchmarking as experi ncias de sucesso vivenciadas por uma organiza o podem servir como par metro para a evolu o e melhoria de outra N o mais aceit vel aquela mentalidade de que as boas pr ticas utilizadas por outros magistrados ou outras varas n o devem ser segui das A vaidade deve ser deixada de lado em favor da cont nua melhoria da presta o jurisdicional No mesmo sentido deve haver uma ampla divulga o e compartilhamento das melhores pr ticas entre os Juizados Especiais 17 HAMMER Michel amp CHAMPY James Reengenharia revolucionando a empresa em fun o dos clientes da concorr ncia e das grandes mudan as da ger ncia 302 ed Rio de Janeiro Campus 1999 p 22 18 SHIBA Shoji GRAHAN Alan WALDEN David TQM Quatro revolu es na gest o da qualidade Porto Alegre Bookman 1997 p x 127 Federais o que de certo modo tem sido poss vel gra as ao empenho do Conselho da Justi a Federal por meio da realiza o de Mostras da Qua lidade e de semin rios e congressos sobre a Administra
181. merecimento afere se pelos crit rios da presteza e seguran a na ju risdi o e pela frequ ncia e aproveitamento em cursos de aperfei oamento Os Tribunais Regionais Federais adotam como base da promo o pelo crit rio de merecimento a data de ingresso do juiz na Justi a Fede rale a ordem de classifica o no concurso Dependendo da data em que se realizam os concursos para ingresso na magistratura da classifica o obtida no certame e das vagas ofertadas para a promo o poss vel saber em que momento ela advir Em contraste com os crit rios adotados em outros tribunais dispersos pelo Brasil em que se privilegiam la os sang neos e amizades fraternas sem apura o impessoal e com ames quinhamento do m rito a objetividade do crit rio empregado na Justi a Federal prefer vel Por sua vez o acesso aos Tribunais Regionais Federais pautado em crit rios mais fluidos A promo o por merecimento deixa de obser var a antiguidade do magistrado e o bom relacionamento torna se fator preponderante Diferentemente do ingresso na segunda inst ncia da Jus ti a Estadual existe ainda a inexplic vel interven o do Presidente da Rep blica para selecionar o candidato mais apto entre os ju zes de pri meiro grau por meio de crit rios nem sempre embasados em objetividade Na promo o na carreira em primeira inst ncia o nico trabalho que se exige do juiz federal para a promo o aquele realizado previamente ao in
182. messa de senten as ou outros atos processuais relevantes ao rg o de avalia o n o pode se limitar ao per odo de est gio probat rio Essa atividade de avalia o processual precisa ser permanente n o s para estimular o cuidado na reda o das pe as processuais mas tam b m para revelar a motiva o do magistrado para o estudo e o aperfei oamento funcional Desse ponto evidencia se a necessidade de que o rg o de avali a o forma o dos magistrados atualmente apenas as corregedorias seja descentralizado com postos avan ados localizados diretamente nas 98 se es judici rias em parceria com escolas regionais de magistratura Essa descentraliza o fundamental pois no sistema atual com as corregedorias concentradas nas sedes dos tribunais a dist ncia impos sibilta uma maior aten o avalia o forma o dos magistrados 5 Conclus es A motiva o do juiz pressuposto para a qualidade do servi o judi ci rio O novo juiz brasileiro dever s lo por toda a sua carreira n o po dendo a administra o judici ria descuidar da sua constante motiva o O juiz principiante normalmente motivado em fun o da novida de do cargo e da fun o Mas medida que o tempo passa com a repeti o de processos e a rotina judici ria concentrada na atividade de gabinete existe a natural tend ncia acomoda o Por tal raz o a administra o judici ria deve buscar motivar seus magi
183. metro a conclus o que se chegaria que o Poder Judici rio brasileiro perdeu a sua legitima o democr tica n o contando com o m nimo de credibilidade perante a sociedade 15 AZEVEDO Plauto Faraco Aplica o do direito e contexto social p 94 16 Aopini o da sociedade civil organizada a respeito da Justi a Federal Bras lia CJF 1996 67 Mesmo considerando eventuais margens de erro na amostragem realizada e at mesmo os avan os registrados desde ent o em 1996 ainda n o existiam os Juizados Especiais Federais n o poss vel ne gar que a imagem que o Judici rio mant m atualmente ainda est impregnada dessas caracter sticas que ligam a figura do magistrado ao distanciamento da sua remota origem aristocr tica A supera o dessa vis o tradicional da magistratura depende de uma retomada cr tica de seus conceitos estruturais desde a organiza o judici ria at os pontos mais pol micos da pr pria atividade jurisdicional como o poder criativo dos ju zes Nesse intervalo avulta a import ncia dos processos de sele o capacita o e avalia o dos magistrados in cio meio e fim da responsa bilidade da administra o da Justi a na constru o de um novo juiz capaz de reverter esse quadro de pessimismo 1 4 As novas demandas da sociedade moderna e o papel do Poder Judici rio Repensar o papel do Poder Judici rio e esbo ar as qualidades de um novo juiz requer uma tomada de consci n
184. mitam conhecer os problemas enfrentados pela institui o em situa o real Furtado et alli 1997 13 Os incidentes cr ticos s o situa es que potencialmente podem gerar acidentes propiciando a o preventiva mais eficaz no aperfei oamento do processo estudando se os erros sem ficar na depend ncia de aci dentes Trata se do estudo da ruptura no funcionamento normal de um sistema da perturba o Caracteriza se por um conjunto de procedimentos para coleta de observa es revelando se poderoso elemento de diag n stico pois tais incidentes coletados fornecem um retrato fiel da situa o existente no momento permitindo a realiza o de infer ncias e a propo si o de solu es a problemas na marcha processual A Justi a como toda organiza o inclusive a iniciativa privada composta de vari veis de estrutura de pessoal e de informa o para o processo decis rio Esta ltima qual nos dedicamos neste estudo a que envolve grau de controle coordena o e relacionamento entre as unidades de trabalho e na qual encontramos as seguintes dificuldades processo decis rio lento aus ncia de tecnologia da informa o para integra o divulga o e comunica o entre as reas gabinete secreta ria e atividades externas relat rios de controle essencialmente quantitativos dificuldade e demora na comunica o dos atos processu ais localiza o do r u e de seus bens etc T m sido apontados como fator
185. mp regi o da Justi a Federal brasileira Vll Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administraci n P blica Lisboa CLAD 2002 DIPP Gilson A realidade da administra o da Justi a Federal Revista CEF n 13 Bras lia CJF 2001 DINAMARCO C ndido Rangel A instrumentalidade do processo 52 ed S o Paulo Malheiros 1996 DRUCKER Peter Desafios Gerenciais para o S culo XXI S o Paulo Pio neira 1999 160 Administra o de organiza es sem fins lucrativos S o Paulo Pi oneira 1992 GARAPON Antoine Bem julgar ensaio sobre o ritual Judici rio Lisboa Instituto Piaget 1997 HAMMER Michel amp CHAMPY James Reengenharia revolucionando a empresa em fun o dos clientes da concorr ncia e das grandes mudan as da ger ncia 302 ed Rio de Janeiro Campus 1999 LE O Elisabeth Centro Nacional de Gest o Empreendedora do Poder Judici rio VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Es tado y de la Administraci n P blica Lisboa CLAD 2002 LEITE Paulo Costa A import ncia de aprimorar a administra o da Justi a Revista CEF n 13 Bras lia CJF 2001 LIMA George Marmelstein Pela racionalidade dos expedientes forenses o m ximo de resultados com o m nimo de atos processuais Revista do TRF da T2regi o Bras lia TRF 12 regi o julho 2003 E E processo uma verdadeira revolu o procedimental Jus Navigandi Teresina Dispon
186. n gem a qualidade do trabalho do juiz Em se tratando de qualidade da produ o jurisdicional a boa ca pacidade intelectual e cultural est para a magistratura federal assim como a gua para o vinho Do mesmo modo que a honestidade ou deveria ser um atributo nsito aos magistrados a boa forma o t cnica e o reposit rio intelectual s o ou deveriam ser igualmente imanentes ao car go Deve se presumir que o juiz sobretudo aquele j submetido e aprovado no est gio de vitaliciamento det m plena condi o para o bom exerc cio da fun o Se isso n o ocorre grande parcela de culpa atribui se ao modo de sele o do magistrado pouca preocupa o com sua forma o e aus ncia de incentivos para sua constante atualiza o O crit rio de sele o rigoroso e se justifica especialmente diante da prolifera o de faculdades de Direito pelo pa s produtoras de profissionais nem sempre bem preparados Uma vez selecionado o investimento na forma o ini cial do magistrado a parte mais importante do processo de capacita o A cria o de escolas de magistratura a ministra o de aulas e cursos a pr tica de est gios s o medidas indispens veis forma o do magistra do em in cio de carreira Por fim para manter o processo de aprendizado os ensinamentos inicialmente transmitidos devem perpetuar se por meio de especializa es semin rios e incentivos ao aperfei oamento profissi onal Seguidos esse
187. na gest o de empre sas S o Paulo Prentice Hall 20083 p 2000 20 O caminho a redu o da dist ncia entre o topo e a base da estrutura organizacional e aproximar o n vel decisoria do n vel operacional Tirar a gordura intermedi ria entre o c rebro e os m sculos da organiza o Est em percurso uma nova revolu o industrial As rela es de poder sofrer o uma reviravolta as rela es verticais do tipo chefe versus subordinado est o cedendo lugar para as rela es horizontais e laterais de interdepend ncia entre unidades do mesmo n vel O que est por tr s de toda essa mudan a a necessidade de administrar as pessoas mais de perto De aproxim las da alta dire o De senti las e perceb las De permitir que elas realmente trabalhem com o cora o e com a intelig ncia e n o apenas com os m sculos e com os h bitos CHIAVENATO Idalberto Gerenciando pessoas o passo decisivo para a administra o participativa 8 ed S o Paulo Makron Books 1997 p 21 130 Pela departamentaliza o poss vel dividir a estrutura da organi za o em setores ou se es que passam a ser respons veis por uma atividade espec fica e pr pria dentro da unidade A departamentaliza o dos Juizados foi definida pelos pr prios Tri bunais Regionais Federais e por esse motivo varia de regi o para regi o e bom que assim seja tendo em vista as peculiaridades e possibilidades humanas e materiais de cada l
188. nal faz com que o processo seja lento acarretando imenso sacrif cio de tem po Tendo se constitu do enquanto um saber t cnico dogm tico for mal e legalista o Direito encontra dificuldade em lidar analiticamente com quest es mais pr ticas mais pr ximas da realidade do jurisdicionado situadas no plano da microf sica do processo mesmo quando evidente sua import ncia pelo que se tem negligenciando a discuss o acerca da de Janeiro CPDOC FGV ISER 1997 p 46 47 Uma reflex o maior sobre os resultados da pesquisa encontra se em PANDOLFI Dulce Chaves et al Cidadania justi a e viol ncia Rio de Janeiro FGV 1999 3 Doravante utilizaremos o termo Justi a com inicial em mai scula ao nos referirmos institui o Poder Judici rio 4 Cf Nascimento amp Nunes 1995 5 Cf A imagem da Justi a Federal na imprensa escrita Bras lia CJF 1995 156 p S rie Pesquisas do CEJ ISSN 0104 6225 2 ISBN 85 85572 11 6 Em tal pesquisa foram anali sadas mat rias sobre a Justi a Federal publicadas em tr s dos principais jornais do pa s no per odo de 1 de julho de 1992 a 30 de junho de 1993 o que tornou poss vel verificar a imagem institucional constru da pela imprensa escrita 170 velocidade da produ o de decis es e de senten as sempre tratada como uma mera quest o de procedimento Conforme diagnostica Joaquim Falc o 1996 272 273 o sintoma mais grave n o est neste momento no input mas no
189. ncidos da import ncia das t cni cas de gerenciamento para auxiliar no exerc cio di rio da fun o jurisdicional A judicatura n o se resume a julgar ou despachar proces sos Por detr s de toda a atividade jurisdicional h um suporte humano e de material que precisam ser administrados Basta fazer uma r pida verifica o para perceber que o juiz na maior parte de seu tempo n o est julgando mas administrando pesso as ou gerenciando recursos especialmente quando est ocupando atividades de dire o da vara do foro do tribunal E mesmo quando est julgando ou dando impulso a um determinado feito seus atos ir o 1 Cf CHIAVENATO Idalberto Introdu o teoria geral da administra o 42 ed S o Paulo Makron Books 1993 p 13 111 acarretar o desencadeamento de uma s rie de atividades administrati vas como a expedi o de mandados a numera o das folhas do processo a publica o na imprensa oficial o preenchimento de estat sti cas e formul rios entre in meras outras Por isso fundamental que o juiz saiba utilizar as t cnicas de gerenciamento seja para corrigir e melhorar as rotinas j existentes vi sando reduzir o prazo da entrega da presta o jurisdicional melhoria reativa seja para desenvolver novos m todos para aumentar a qualida de dos servi os forenses melhoria proativa As t cnicas gerenciais como a reengenharia o programa de qua lidade total a administra o partic
190. nos detalhes e n o correto argumentar por prolepse que a infinidade de procedimentos obstaria a implementa o do projeto Selecionou se o mandado de seguran a e o procedimento ordin rio como exemplos de como deve ser feita a predetermina o dos prazos de du ra o dos processos A contraposi o da singeleza do rito do writ complexidade do procedimento ordin rio em que h produ o de prova testemunhal e pericial a raz o da escolha feita Pela defini o de todas as fases do procedimento ordin rio e do mandado de seguran a ser poss vel estabelecer os prazos definidos em lei para a execu o de cada ato processual com o objetivo de ao final som los e apurar o lapso de tempo necess rio conclus o do processo Por iniciativa do Conselho da Justi a Federal foram elaborados os Manuais do Mandado de Seguran a e do Procedimento Ordin rio al m de outros dos quais constam fluxogramas do rito a ser seguido Ser o aproveitados esses fluxogramas com o acr scimo de detalhes extra dos da experi ncia em uma vara federal que melhor revelem o procedimento passo a passo das a es selecionadas 38 6 4 1 1 Os prazos legais A constru o de fluxogramas com prazos definidos em empresas e ind strias depende da medi o pr via do tempo gasto na execu o das atividades de um processo e dos atos necess rios sua consecu o A partir do conhecimento dos atos desenvolvidos e do prazo em que s o execut
191. novo tam b m no campo jur dico Merecem aten o destacada os direitos gradualmente conquista dos pelas categorias de sujeitos historicamente discriminados Os direitos da mulher avultam em primeiro lugar De ser juridica mente incapaz objeto de cama e mesa com submiss o consagrada pelo direito cf artigo 233 do C digo Civil de 1916 a sujeito com plenitu de de direitos em p de igualdade com o homem nas suas rela es jur dicas A mulher gradualmente vai estabelecendo as bases de sua eman cipa o hist rica e social assumindo novas frentes de trabalho de aprendizagem superior e de cargos pol ticos Hoje ela j ocupa grande parte das cadeiras nas universidades assume a dire o de grande n mero de fam lias e dita as regras do poder em v rias cidades e em alguns 18 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo A reforma do judici rio e a forma o dos magistrados Revista da Academia Brasileira de Letras Jur dicas n 19e 20 p 72 19 A prop sito consultar as obras de Simone de BEAUVOIR O segundo sexo 1 fatos e mitos 2 vols trad bras Rio de Janeiro Nova Fronteira 1980 Tamb m Elena Gianini BELLOTI Educa o para a submiss o trad bras Petr polis Vozes 1975 e Heloneida STUDART Mulher objeto de cama e mesa Petr polis Vozes 1974 69 estados Isso sem falar do n mero expressivo de ju zas que a cada dia se eleva alcan ando os mais altos postos da hierarquia judici ria E
192. ns o de leil o extrajudicial da Caixa Econ mica Federal em virtude de inadimpl ncia de mutu rio 14 Embargos execu o de obriga o de pagar ou fazer S o decorrentes da pr pria execu o e ajuizados na maioria das vezes pela Uni o ou pela Caixa Econ mica Federal enfim pelo ente p blico que esteja sendo executado Feita essa classifica o que se por um lado n o esgota todos os tipos de a es em tramita o nas varas c veis da Justi a Federal por outro permite visualizar grossa maioria dos processos possibilitando lo calizar agora os incidentes cr ticos que cada uma dessas classes de a es apresenta o que faremos a seguir discutindo que atitudes pode o juiz tomar para contornar esses obst culos controlando o tempo de tramita o dos processos sugerindo que sua produtividade seja avaliada a partir desse aspecto 3 Incidentes cr ticos nas a es que tramitam nas varas c veis da Justi a Federal Conforme j tivemos a oportunidade de mencionar na fase de processamento dos recursos o maior gargalo s o as pr ticas cartor rias Igualmente na fase de execu o sendo que nesta some se os demais 186 atos cartor rios como expedi o de alvar de precat rio ou requisit rio de pequeno valor a localiza o do devedor e a necessidade de realiza o de per cia quando comumente oferecidos os embargos execu o Observa se que nessas fases processamento do recurso e execu o o t
193. ntanto houver a necessidade de produ o de provas teremos al m destes j citados outros incidentes cr ticos Na hip tese de produ o de prova pericial o gargalo nomear o perito para a realiza o da dilig ncia Esse gargalo muito comum nas a es de financiamento imobili rio e nas indenizat rias por quest es f si cas ou de sa de que demandam respectivamente per cia cont bil e m dica situa o que se agrava quando a parte autora benefici ria da gratuidade de Justi a Quando houver necessidade de produ o de prova pericial a produtividade do juiz deve ser avaliada a partir do n mero de per cias realizadas Nas quest es que demandem a produ o de prova oral a dificul dade encontra se na pr pria designa o de audi ncia e intima o das partes e das testemunhas bem como o controle da devolu o dos man dados de intima o E nestes casos a produtividade do juiz deve ser avaliada a partir dos atos cartor rios praticados das audi ncias realiza das e do intervalo entre a data do despacho de designa o da audi ncia e a data de sua realiza o A fase final do processo de conhecimento envolve atividades do gabinete consubstanciadas na elimina o de processos conclusos para senten a aprecia o c lere dos embargos de declara o e registro de 180 senten as Neste particular a avalia o da produtividade do juiz deve ser feita com base no n mero de senten as proferidas no tem
194. nte outros s o mais abertos e procuram dialogar e conhecer as pessoas que com eles trabalham sem qualquer ran o de autoritarismo ou de arrog ncia Esses dois extremos correspondem aos estilos de lideran a que Douglas McGregor chamou de Teoria X autorit ria e Teoria Y democr tica A Teo ria X ou estilo tradicional de lideran a parte da premissa de que as pessoas s o indolentes e pregui osas e s o incapazes de autocontrole e autodisciplina Por isso o estilo r gido duro au tocr tico de modo que a fun o do administrador se limita a fazer com que as pessoas trabalhem dentro das regras previa mente estabelecidas pela dire o Por sua vez a Teoria Y ou estilo moderno de lideran a pressup e que as pessoas n o ne cessariamente sentem desprazer em trabalhar sendo portanto capazes de assumir responsabilidades com autocontrole e autodisciplina Aqui o estilo de administra o din mico e aberto extremamente democr tico criando oportunidades liberando potencialidades removendo obst culos encorajando a iniciati 23 CHIAVENATO Idalberto Gerenciando pessoas o passo decisivo para a administra o participativa 3 ed S o Paulo Makron Books 1997 p 33 136 va pessoal promovendo o desenvolvimento profissional atrav s da orienta o quanto aos objetivos a serem alcan ados N o parece haver d vida de que o melhor estilo dentro de uma es trutura judici ria o mais pr ximo poss vel da Teori
195. nten a al m do n mero de atos processuais praticados Por fim nos embargos execu o a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de atos processuais praticados do quantitativo de per cias realizadas quando necess rias forem do n mero de senten as prolatadas e do tempo de tramita o do processo at a senten a evidente que esses indicadores tamb m devem ser conjugados com o perfil diagn stico da vara ou seja com a identifica o do quantita tivo de a es que tramitam na vara ou seja com a m dia mensal e di ria de a es ajuizadas com a m dia mensal e di ria de peti es que s o protocolizadas com a m dia di ria mensal de peti es requerendo pro vimento antecipat rio com a quantidade de a es que entram conclusas para senten a por m s com o n mero de a es que s o arquivadas desarquivadas remetidas ao TRF e devolvidas com o quantitativo de pedidos de informa es em Agravo de Instrumento que s o feitos com o n mero de of cios que s o expedidos e respondidos com as cartas que s o expedidas e recebidas bem como com a quantidade relativa de a es por classe que tramitam na vara a quantidade de a es que ainda n o t m senten a as que est o em fase de processamento de recursos e com quantas a es est o em fase execu o Para uma eficiente administra o da Justi a entendemos que importante a observa o de alguns aspectos que dariam a defini o d
196. ntidade de audi ncias Ser produtivo conter a resolu o da lide em primeiro grau de jurisdi o velar pela sua c lere solu o em propor es as maiores poss veis e com a utiliza o de id nticos recursos humanos e financeiros Avaliar a produtividade passa portanto pela verifica o do n me ro de concilia es homologadas pelo magistrado pela quantidade de senten as e decis es proferidas sem olvidar em que esp cie de proce dimento foram exaradas e pela conten o da resolu o da lide primeira inst ncia Tudo isso feito de forma c lere A proposta de medi o de produtividade pode ser questionada acerca dos prazos exemplificativamente definidos para encerramento do processo bem como sobre a categoriza o da complexidade do traba lho do juiz em face do tipo de procedimento que conduz Trata se de perspectivas ideais e de n meros estimados cuja exatid o para garantir a maior efic cia est condicionada a ajustes Por m tencionou se ape nas demonstrar ser indispens vel estabelecer prazos para a conclus o dos processos como direito da parte a uma presta o jurisdicional r pi da e diferenciar os tipos de esfor os desenvolvidos pelo magistrado que normalmente s o considerados em valores absolutos caso se pretenda avaliar a produtividade em termos mais exatos A avalia o do desempenho o primeiro passo para se alcan ar algo mais importante a alta produtividade Mensurada a performance do jui
197. ntidades de classe e com outras esferas da sociedade civil organizada Sem com prometer sua imparcialidade o novo juiz n o receia emitir sua opini o para a constru o de uma sociedade mais democr tica N o se alija da sua responsabilidade social portanto um sujeito participativo o que impede o isolamento do Judici rio Com outras palavras o novo juiz deve assumir o seu papel como poder pol tico na comunidade N o se concebe um ramo de governo que n o seja pol tico justa mente porque seja governo O sistema de checks and balances entre os poderes ou fun es se se preferir nada mais do que a distribui o do poder pol tico Cada senten a um servi o que se presta aos cidad os mas tamb m um ato de poder e portanto um ato de governo que cumpre a importante fun o de prover a paz interior mediante a decis o judicial dos conflitos A participa o judicial no governo n o um acidente mas da ess ncia da fun o judici ria falar de um poder do Estado que n o seja pol tico um contra senso Mas importante deixar claro que a politiza o do Judici rio n o se confunde com a sua indesej vel partidariza o Pode se dizer n o ser poss vel politizar um exerc cio de poder p blico que essencialmente pol tico mas sim ser poss vel partidariz lo ou o que d no mesmo parcializ lo com o que se lhe subtrai a jurisdi o porque s
198. nto em n vel internacional como ficou evidenciado pela Conven o dos Direitos da Crian a aprovada pela Assembl ia Geral das Na es Unidas em 20 de novembro de 1989 as sinada pelo governo brasileiro e inserida na legisla o p tria por meio do 20 Paradigm tica sem d vida foi a posse da Ministra Ellen Grace Northfleet no Supremo Tribunal Federal em 2000 21 Note se que o novo Estatuto procurando evitar qualquer forma de discrimina o e eviden ciando seu car ter mais universal tratou de superar a antiga terminologia estereotipada de menores para crian as e adolescentes A substitui o de termos n o mero eufe mismo proposta de mudan a de mentalidade 70 decreto 99 710 de 21 de novembro de 1990 ap s ratifica o pelo Congresso Nacional pelo decreto legislativo n 28 de 14 de setembro de 1990 22 Semelhante prote o jur dica foi tamb m outorgada aos idosos pela edi o da Lei n 10 741 de 1 de outubro de 2008 o Estatuto do Idoso destinado a regular os direitos assegurados s pessoas com idade igual ou superior a 60 anos A nova tecnologia jur dica consolidada nas ltimas duas d cadas tamb m incluiu a prote o especial s pessoas portadoras de defici n cias como se deu por meio das Leis n 7 853 de 24 de outubro de 1989 n 10 098 de 19 de dezembro de 2000 e n 10 216 de 06 de abril de 2001 tendo como pol tica norteadora a integra o social do deficiente Outras categ
199. nto indispens vel para quem pretende conhecer a realidade dos Juizados Especiais Federais raz o pela qual se toma a liberdade de adot lo como complemento ao pre sente estudo evitando a mera transcri o dos dados l expostos o que seria repetitivo pouco original e cansativo Limitamo nos a tra ar um perfil dos Juizados Especiais Federais fruto de uma observa o anal tica dos resultados alcan ados pelos JEFs at o presente momento 3 1 O perfil dos Juizados Especiais Federais Os Juizados Especiais Federais apesar de ainda estarem dando os seus primeiros passos j adquiriram caracter sticas que os diferenci am sobremaneira da Justi a Federal Ordin ria Essas caracter sticas comp em o que se pode chamar de perfil dos Juizados Especiais Federais cujas qualidades podem assim ser sintetizadas a uma Justi a mais dialogal mais comunicativa j que existe a possibilidade de acordo e a ado o expressa do princ pio da oralidade e da informalidade b uma Justi a mais simples tendo em vista o rito simplificado que adota e a sua compet ncia para decidir as causas de me nor complexidade c uma Justi a mais gil tendo em vista a aboli o de prazos especiais para a Fazenda P blica e de outras prerrogativas como o duplo grau obrigat rio os recursos contra decis es 5 CJF Conselho da Justi a Federal Diagn stico de funcionamento dos Juizados Especiais Federais S rie Pesquisas do
200. ntro de Estudos Judici rios Bras lia 2008 p 43 138 treinamentos O pr prio juiz pode coordenar grupos de estudo quinzenais ou mensais para debater assuntos que interessem ao Juizado inclusive elaborando manuais de padroniza o de rotinas para facilitar a aprendizagem Com isso ao mesmo tem po em que qualificar os servidores estar conhecendo os me lhor e identificando os mais interessados Depois de todas essas considera es a respeito do clima organizacional do Juizado Especial Federal enfocando basicamente a rela o juiz servidor resta analisar os outros agentes que atuam nos JEFs Afinal o gerenciamento de pessoas nos Juizados Especiais n o se restringe aos servidores H ainda os conciliadores os peritos os advo gados dativos os estagi rios etc que merecem uma an lise parte 6 2 Os advogados dativos A assist ncia judici ria representa a primeira onda de acesso Justi a de que tratam Mauro Cappelletti amp Bryant Garth Existem diversos modelos de assist ncia judici ria sendo que a Justi a Federal brasileira diante do p ssimo funcionamento da Defensoria da Uni o adota um modelo em que advogados particulares chamados de dativos s o remunerados com verbas da pr pria Justi a em valores arbitrados pelos ju zes dentro de limites m ximos e m nimos estabeleci dos pelo Conselho da Justi a Federal O modelo portanto semelhante ao sistema Judicare adotado em outros pa s
201. o com vistas premia o que poder re ceber tender a oferecer solu es criativas para as quest es que provocam o retardo da presta o jurisdicional Antes mesmo de se fixa rem propulsores de gest o metas de melhoria os pr prios magistrados ser o capazes de vitaminar seu desempenho pelo uso da criatividade e da intelig ncia 4 7 Exclus o da qualidade N o ser medida a qualidade da produ o n o obstante se apre goe ser poss vel avali la pelo n mero de embargos de declara o e de recursos providos A pr tica revela no mbito da Justi a Federal haver obedi ncia e respeito aos precedentes de superior inst ncia desde que 9 LIPPMANN JR Edgard A Controle permanente da tramita o dos processos distribu dos ao gabinete Trabalho dispon vel na internet www cif gov br 23 sedimentados Caso a jurisprud ncia seja titubeante a conforma o da senten a ao ac rd o depender de pura lea decorrente da distribui o do recurso para determinada turma e n o significar dem rito para o juiz de primeiro grau No que tange aos embargos de declara o caso o acolhimento seja crit rio para depreciar a qualidade do trabalho judici al haver o risco de se criar uma tend ncia em rejeit los como meio de manter a suposta excel ncia da senten a Os fatores utilizados no trabalho s o formas de representa o quantific vel de caracter sticas do processo e em decorr ncia n o abra
202. o embora n o sejam indispens veis medi o do desempenho Contudo como hoje em dia quase nada mais se faz sem se recorrer inform tica a implementa o do projeto n o a dispensar As sucessivas movimenta es processuais de cada feito s o monitoradas pelo Sistema Oracle adotado pelo Tribunal Regional Federal da 12 Regi o Desde o ajuizamento da a o at a extin o do processo de execu o indicado o caminho percorrido por cada processo com a especifica o dos atos praticados a data e a hora em que foram reali zados Para se atribuir pontos pela produtividade do magistrado em con son ncia com os crit rios acima explicados basta saber a data em que a 52 espec fica a o foi ajuizada a data em que se prolatou a decis o se houve interposi o de recurso o tipo de senten a proferida com ou sem exame do m rito e a exist ncia de concilia o A presen a da Uni o autarquias e funda es p blicas na lide e a forma o de litiscons rcio com procuradores distintos tamb m dever o ser averiguadas Tomando como modelo os c digos de movimenta o processual do Tribunal Regional Federal verifica se que o c digo n 2 refere se distribui o autom tica e indicaria a data do ajuizamento da a o O c digo rf 155 revela a prola o de senten a com exame do m rito e o subitem 8 informa quando a extin o do processo se deu pela homolo ga o de transa o O c digo rf 156 indica a exist
203. o da Justi a Assim falta de uma solu o global que atenda a todos os problemas e ang stias da jurisdi o no Brasil por sua dimens o e complexidade vemos surgir aqui e ali experi ncias que prop em o rompimento de antigos paradigmas e o estabelecimento de novos calcados no direito fundamental a uma Justi a efetiva e r pida Atendendo a sua fun o institucional de promover o estudo e o debate de quest es relacionadas ao aprimoramento da Justi a Federal o Centro de Estudos Judici rios lan ou concurso de monografias Resolu o n 382 de 5 de julho de 2004 com o tema Administra o da Justi a Federal cujo resultado damos a conhecer com a publica o das quatro primeiras colocadas constituindo o 10 volume de nossa s rie Monografias do CEJ Na ordem de classifica o a primeira sobre Fatores de produtividade proposta de avalia o do desempenho do magistrado federal Trata se de um projeto piloto a ser implantado nas varas federais e medir precipuamente a celeridade a quantidade e a complexidade do trabalho do magistrado Afirma o autor que ser produtivo n o apenas proferir muitas senten as e decis es colher diversos testemunhos e realizar grande quantidade de audi ncias mas sim conter a resolu a da lide em primeiro grau de jurisdi o velar por sua c lere solu o em propor es as maiores poss veis e com a utiliza o de id nticos recursos humanos e financeiros p
204. o da Justi a Federal nos anos de 1994 e 1995 constatou se que 87 5 dos entrevistados classificavam o Poder Judici rio como elitista enquanto que apenas 11 1 o classificavam como democr tico Essa imagem n o democr tica do Judici rio n o produto do acaso Em primeiro lugar n o poss vel negar a influ ncia da origem n o democr tica da magistratura Em segundo lugar deve se reconhecer o elemento ideol gico acoplado imputa o dada a fun o limitadora que o Judici rio exerce sobre os demais poderes especialmente no controle da constituciona lidade de leis e atos executivos 10 WOLKMER Ant nio Carlos Ideologia estado e direito p 147 11 p 60 12 ZAFFARONI Eugenio Ra l Op cit p 42 65 Zaffaroni refere que est fora de qualquer d vida de que em uma democracia frequente o fato de que as ag ncias pol ticas partid rias e outros grupos protagonizam lutas competitivas com interesses e paix es formid veis E natural que qualquer limite externo que se lhes pre tenda impor no exerc cio do poder encontre respostas diversas segundo a posi o conjuntural desses protagonistas que n o se de t m em alterar segundo as novas posi es que ocupam na estrutura do poder Em tais pugnas se o judici rio adotar um atitude limitadora qualificado pelo oficialismo de intrometido antidemocr tico e tam b m de complacente por parte da oposi o se n o o faz O simples fato de o
205. o o BNDES a Caixa Econ mica Federal e 184 a Finep que objetivam a cobran a de valores devidos em virtude de contratos ou a Uni o para execu o de decis o condenat ria do TCU na forma do art 71 83 da CR 88 Da mesma forma que as a es acima merecem especial aten o pois geram arrecada o para o poder p blico 8 A es indenizat rias de rito ordin rio Tais a es versam sobre danos morais e materiais grossa maioria ajuizada por pessoas f sicas tendo no p lo passivo o ente p blico Uni o Caixa Econ mica Federal Empresa Brasileira de Correios e Tel grafos Tratam de erro m dico contamina o acidente de tr nsito direito do consumidor cobran a de condom nio acidentes por ocasi o do servi o militar etc 9 A es sum rias Tal classe decorrente do rito e independe da mat ria Podem ser ajuizadas pelos entes p blicos s o comuns a es ajuizadas pela Em presa Brasileira de Correios e Tel grafos ou em face deles como nas a es de cobran a de condom nio Sua import ncia ficou reduzida em virtude da cria o dos Juizados Especiais S o em geral a es de co bran a de condom nio ou de d vidas de pequeno valor 10 A es tribut rias de rito ordin rio Nesta categoria incluem se as a es de rito ordin rio que versem sobre mat ria tribut ria em sentido amplo isso tratando de impostos taxas contribui es empr stimo compuls rio etc Podem fazer parte do p
206. ocal Na maior parte das regi es a estrutura dos JEFs bem mais en xuta do que a das demais varas tendo sido eliminadas diversas fun es comissionadas como a de assistente datil grafo FC 04 a de secret rio do diretor de secretaria FC 03 a de supervisor do setor de pesquisa de jurisprud ncia FC 05 entre outras A supress o dessas fun es n o necessariamente pode ser vista como algo negativo j que a moderna administra o defende o enxugamento e o achatamento da estrutura das organiza es tornando as mais din micas e econ micas o que os administradores chamam de downsizing E realmente n o h mesmo sentido por exemplo em existir um setor de pesquisa de jurisprud ncia nos dias de hoje quando o acesso aos bancos de dados jurisprudenciais simples e barato podendo ser realizado sem qualquer problema pela pr pria assessoria do juiz Tam b m n o h necessidade de um secret rio de diretor de secretaria sendo bem mais interessante que a referida fun o comissionada seja destina da a outras se es mais teis De qualquer modo analisando a situa o atual sente se a falta de alguns setores estrat gicos como por exemplo o de inform tica e telefo nia Afinal como a comunica o de in meros atos pode ser realizada por correio eletr nico ou por telefone interessante que exista um setor pr prio para realizar esses servi os Tamb m faz falta um setor espec fico para organiza
207. ocessos e propostas de solu o Coimbra Observat rio Permanente da Justi a Portuguesa Universidade de Coimbra 1999 http opj ces uc pt Porqu t o lentos Tr s casos especiais de morosidade na admi nistra o da Justi a Coimbra Observat rio Permanente da Justi a Portuguesa Universidade de Coimbra 1998 http opj ces uc pt SLACK Nigel et al Administra o da produ o S o Paulo Atlas 1999 THEODORO J NIOR Humberto Curso de direito processual civil Rio de Janeiro Forense 1995 THUILLIER Guyos L art de juger Paris Economica 2001 VIANNA Luiz Werneck et al Corpo e alma da magistratura brasileira Rio de Janeiro Revan 3 ed 1997 201 WATANABE Kazuo Acesso Justi a e sociedade moderna GRINOVER Ada Pellegrini et al coord Participa o e processo S o Paulo Revista dos Tribunais 1988 Par metros para a avalia o da produtividade do juiz federal das varas c veis A Aspectos gerais quantitativo e tempo de demora A 1 as pr ticas cartor rias e quantidade de atos praticados e tempo de demora de sua realiza o A 2 pr ticas conciliat rias e quantidade de audi ncias de concilia o designadas e acordos efetivamente realizados B Produtividade do juiz e a fase em que se encontram os processos B 1 processamento do feito at a senten a e pr ticas cartor rias n mero de audi ncias designadas n mero relativo de audi ncias realizadas intervalo de
208. omo anteriormente mencionado determinadas vari veis contri buem para retardar o encerramento do processo as quais n o podem ser olvidadas para o estabelecimento de prazos m ximos de dura o do feito Por conseguinte sempre que a Uni o suas autarquias e funda es p blicas figurarem como r s dever acrescer se o prazo de 45 dias para a finaliza o do procedimento ordin rio haja vista gozarem de prazo em qu druplo para contestar Em havendo litisconsortes com procuradores distintos situa o que se verifica em regra no p lo passivo da lide du plica se o prazo para a contesta o e adicionam se mais quinze dias Por outro lado n o devem ser computados os prazos referentes interven o de terceiros ou a o declarat ria incidental porque s o proce dimentos de rara ocorr ncia no mbito da Justi a Federal O sistema de avalia o de produtividade constr i se sobre regras e n o sobre exce es Havendo necessidade de comunica o ou execu o dos atos pro cessuais mediante carta precat ria pode se prever o acr scimo de 30 dias para a finaliza o do procedimento n o obstante seja prefer vel nada adici onar como forma de estimular os julgadores a encontrar alternativas para o cumprimento expedito dos atos em localidades distantes da sede do ju zo 44 6 4 4 Fluxograma 3 Procedimento ordin rio com produ o de prova oral e pericial 2 dias 5 dias 10 dias 2 dias 1 dia 10
209. on vel na internet www cif gov br LIPMANN J NIOR Edgard Ant nio Qualidade Total um passo frente Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 17 abr jun 2002 MARQUES Jos Frederico Manual de direito processual civil S o Paulo Saraiva 1974 v IV NALINI Jos Renato Dez recados ao juiz do Ill mil nio Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 7 jul set 1999 NORONHA Jo o Ot vio de O custo do processo Avalia o e an lise Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 13 jan abr 2001 57 O RYAN Stephen LANSDELL Tony Benchmarking and productivity for the judiciary Darwin july 2000 SANTOS Erivaldo Ribeiro dos A concilia o nas causas do sistema fi nanceiro da habita o Revista do Centro de Estudos Judici rios Bras lia n 24 jan mar 2004 THEODORO J NIOR Humberto Curso de direito processual civil 20 ed Rio de Janeiro Forense 1997 58 2 lugar O NOVO JUIZ E A ADMINISTRA O DA JUSTI A REPENSANDO A SELE O A CAPACITA O E A AVALIA O DOS MAGISTRADOS FEDERAIS Vicente de Paula Ata de 1 Quem o novo juiz 1 1 A independ ncia do Poder Judici rio moderno A no o que se tem hoje a respeito do Poder Judici rio tem como fundamento central o conceito de independ ncia condi o indispens vel para a imparcialidade do juiz que a nota essencial da jurisdi o moderna A independ ncia judici
210. onhece se a comple xidade da miss o o que todavia n o fator de des nimo haja vista a particular utilidade de resultados exitosos na tramita o mais c lere e menos onerosa do processo O sistema de aferi o da produtividade medir precipuamente a celeridade a quantidade e complexidade do trabalho do magistrado em face do tempo de dura o do processo por meio de crit rios insofismavelmente objetivos e com periodicidade mensal Os crit rios de avalia o foram escolhidos pela sua capacidade emp rica de se associa rem diretamente ao desempenho ou fazerem parte de atributos pessoais que tenham repercuss o induvidosa no exerc cio profissional Optou se por priorizar a celeridade e a quantidade em conjunto com a complexi dade dos processos em detrimento da qualidade das decis es porque as cr ticas atualmente ofertadas contra o Poder Judici rio referem se incapacidade de responder a demanda e n o aus ncia de preparo intelectual e falta de aptid o de seus membros A qualidade poder ser medida por outros meios alcan ada por meio de instrumentos pr prios e aqui ser considerada um dado inerente atividade do juiz federal 11 A mera estima o quantitativa do trabalho do magistrado insufici ente como crit rio de avalia o O n mero absoluto de senten as decis es e despachos proferidos se n o diz nada diz muito pouco mormente se n o h par metros claros a partir dos quais se permita
211. or desempenho poder o ser fixados e para atingi los necessitar o magistrado de dados mais espec ficos sobre a movimenta o dos processos os quais ser o analisados e interpretados Em suma a alta produtividade depender de mais conhecimento 4 1 Escolha dos fatores de mensura o A coleta de dados e informa es n o feita de maneira casu stica e desuniforme O conhecimento que se pretende adquirir depende da cria o de sistemas de fatores por meio dos quais ser o medidos os aspectos essenciais tramita o do processo A medi o somente tem efetividade se padronizado o que se mede Os fatores t m por objetivo facilitar o planejamento e o controle do desempenho pelo estabelecimento de m tricas padr o e pela apura o dos desvios ocorridos com os pr prios indicadores Permitir o ainda viabilizar a an lise comparativa do desempenho de todos os ju zes A consequ ncia de se definir padr es para a atividade judicial ensejar a apura o e medi o do n vel da produtividade coletiva ou indi vidual Se requerida uma performance do magistrado deve se informar previamente em que padr es ela exigida Permitir agir sem limites e sem padr es autorizar a cria o de regras personalizadas Isso n o significa que haver o engessamento da atividade judicial A criatividade ter ampla rea de atua o e solu es inteligentes passar o a constituir o padr o a ser seguido A complexidade do sistema
212. orias de sujeitos de direitos ainda buscam um reco nhecimento jur dico e uma prote o jurisdicional mais ampla no sentido da sua emancipa o o caso dos movimentos emancipat rios dos ne gros dos ind genas e dos homossexuais Em suma releva considerar que a evolu o da sociedade caracteriza se em termos de rela es jur dicas por movimentos direcionados em dois sentidos de um lado por novos enfoques dados a direitos tradicionais e de outro por novos direitos surgidos exatamente em fun o das novas rela es sociais estabelecidas no cen rio atual Muitos desses novos direitos ligam se umbilicalmente com uma caracter stica fundamental da so ciedade moderna que a sua estrutura o em blocos de estandartiza o Com efeito ningu m nega que o mundo globalizado conduz a que os interesses conviriam para mesmos bens e frui es Em uma sociedade de massa como a atual comum ver que os mesmos problemas e conflitos vivenciados por um s o compartilha dos por outros j que se vinculam todos a uma s origem ou o que ainda mais t pico s o interesses que n o podem ser titulados ex clusivamente por uma pessoa apenas mas ao contr rio perten 22 O decreto presidencial foi publicado no Di rio Oficial da Uni o de 22 de novembro de 1990 23 ARENHART S rgio Cruz Perfis da tutela inibit ria coletiva p 137 71 cem indistintamente a toda a comunidade 1 4 2 O direito fundamental tutela
213. ou a proposta de que a aprova o em curso oficial de forma o seja requisito para ingresso na magistratura bastando sua efetiva implementa o n o s para satisfa 50 Segundo Ant nio Cruz Netto A import ncia das escolas de magistratura na forma o do juiz Revista da Escola de Magistratura Regional Federal EMARF v 4 n 1 p 27 em Portugal por exemplo o candidato a juiz presta concurso para ingresso na Escola Judicial denominada Centro de Estudos Judici rios CEJ Os selecionados chamados Auditores de Justi a ganhando 80 do sal rio inicial da carreira fazem um curso de forma o inicial que se divide em quatro etapas a 10 meses de atividades te rico pr ticas com aulas di rias e exames peri dicos b 10 meses de per odo de inicia o nos tribunais com avali a o feita por magistrados designados c 6 meses de per odo de pr afeta o nos tribu nais j nomeados ju zes e d 3 meses de forma o complementar no Centro de Estudos 92 zer a vontade do constituinte origin rio mas principalmente para aperfei oar o processo de sele o dos membros do Poder Judici rio Deve ser ressaltado que tal experi ncia j faz parte da estrutura judici ria da maioria dos pa ses europeus Realmente n o mais poss vel admitir que a simples aprova o no concurso de car ter t cnico dogm tico habilite de imediato o candida to a se tornar juiz e a assumir a dire o e julgamento de
214. ou quais as preocupa es apresentadas pelas autoridades alfandeg rias s vezes uma visita orientada a um entreposto aduaneiro ou a uma reparti o fiscal pode proporcionar ao juiz federal uma vis o espacial til para subsidiar suas decis es O pr prio interc mbio de informa es com os rg os p blicos federais receita federal procuradorias batalh es do ex rcito INSS etc importante para melhor qualificar o juiz a proferir decis es mais ajusta das realidade imperante Note se que a proposta superar a vis o minimalista da estrita for ma o dogm tica do magistrado A Escola da Magistratura Federal dever ter composi o heterog nea multidisciplinar que permita uma integra o de conte dos e programas A preocupa o da Escola ser com a capacita o hol stica do magistrado desde sua sa de f sica e mental passando por sua forma o dogm tica mas chegando a atingir sua ba gagem cultural e de reflex o cr tica Para todos esses objetivos n o ser poss vel pretender que o cur so de forma o tenha pouca dura o Parece que o m nimo exigido ser de um ano em per odo integral bvio que para isso o curso de forma o ser devidamente remunerado em propor o menor que a do magistrado efetivo A mera frequ ncia ao curso n o leva posse como juiz federal Haver a necessidade de atingimento de uma nota m nima nas diversas fases do curso que se torna portanto eliminat
215. pedito dos atos em localidades distantes da sede do ju zo 7 Funcionamento do sistema de avalia o Como dito anteriormente a avalia o da produtividade do magis trado depende da verifica o da quantidade de senten as e decis es 48 prolatadas do tipo de procedimento em que foram proferidas e do tem po gasto desde o ajuizamento da a o at o decisum final Deve se averiguar ainda se o processo foi extinto mediante concilia o e se houve a interposi o de recurso Estabelecidos os prazos m ximos para a conclus o dos proces sos em conformidade com os fluxogramas supra apresentados passa se fase de atribui o de pontos pela produtividade revelada A concess o de pontos baseia se nas premissas abaixo arroladas Caso o processo seja finalizado no prazo limite determinado impor tar na atribui o dos pontos previstos na tabela de categoriza o de indicadores de complexidade e resolutividade Uma senten a proferida em mandado de seguran a no prazo de 75 dias merecer 3 00 pontos a t tulo de produtividade Caso a senten a seja prolatada antes do prazo de 75 dias para cada dia de antecipa o ser atribu do o b nus de 0 5 cinco cent si mos Se a senten a adveio ao final de 70 dias os pontos devidos ser o de 3 25 Caso se profira a senten a em prazo superior ao limite estabeleci do para cada dia de atraso haver a perda de 0 2 dois cent simos A senten a proferida no prazo de 120 dias impli
216. po de tramita o do processo at a senten a e no n mero de decis es em embargos de declara o bem como no tempo transcorrido para a aprecia o dos declarat rios No processamento dos recursos devemos ter aten o quanto quest o do prazo para recorrer e contra razoar ou se n o houver recur so para arquivar os autos caso n o seja necess ria execu o Aqui os gargalos s o as pr ticas cartor rias a comunica o e ci ncia dos atos processuais Portanto na fase de processamento de recurso a produtivi dade do juiz deve ser avaliada a partir do quantitativo dos atos cartor rios praticados e do tempo de dura o do processamento do recurso at sua remessa ao Tribunal ou caso n o haja recurso da remessa ao arquivo J no caso da execu o devemos verificar se ela dever ser pro cessada meramente com a juntada de planilha de c lculos ou se necessita de liquida o pr via tudo para evitar embargos execu o desneces s rios ou exce o de pr executividade ou ainda se se trata de execu o de quest o j pacificada como os 28 86 dos servidores p blicos ou a corre o do FGTS Deve se tamb m verificar se caso de execu o na forma do art 632 652 ou 730 do CPC e se a fase final envolver forma o de precat rio requisit rio de pequeno valor ou simples levantamento de dep sito Essa defini o ter especial valor pois implica definir como dar efetivo cumpri mento ao julgado A cria
217. pr ticas cartor rias a contento c realiza o de per cia grafot cnica ou cont bil quando deman dar dila o probat ria Portanto um dos indicadores da produtividade do juiz pode ser a quantidade desses atos realizados e o tempo de demora para realiza o de tais procedimentos Por sua vez a tramita o das 2 a es mandamentais envolve a necessidade de m xima celeridade Um dos procedimentos que otimizou o andamento processual foi o just in time ou seja a entrega de tais a es em m os tanto para aprecia o do pedido liminar quanto para senten a e julgamento dos embargos de declara o Outro ponto que alcan ou 187 consider veis resultados foi a aprecia o imediata do pedido de liminar evitando se pedir informa es para s ent o apreci lo que quando se aprecia logo a liminar e depois se solicitam informa es o tempo de publica o comunica o da liminar recurso e notifica o comum Se for feito ap s o processo fica paralisado aguardando a publica o mais dez dias para interposi o de recurso e s ent o encaminhado ao Mi nist rio P blico Federal ocorrendo perda de tempo Nos mandados de seguran a coletivos a nica diferen a que antes da aprecia o da liminar necess ria a pr via oitiva em 48 horas do representante judicial da pessoa jur dica a qual pertence o impetrado Quanto aos habeas data n o h nenhuma peculiaridade na quest o de sua tramita o
218. preciso deixar claro para o objetivo deste trabalho que a inde pend ncia do juiz e sua correlata imparcialidade n o podem ser confundidos com neutralidade axiol gica ou moral do magistrado Importa lembrar que o juiz uma pessoa dotada portanto de cons ci ncia moral e em conseq ncia n o se lhe pode impor a independ ncia tica ou moral porque algo completamente individual e de sua pr pria consci ncia O direito somente pode possibilitar esta independ ncia mo ral A possibilidade ou espa o a que nos referimos a independ ncia jur dica do juiz que a nica de que nos podemos ocupar A independ ncia externa e interna do juiz s o condi es necess ri as para que se estabele a uma independ ncia moral do magistrado no sentido de que as dire es decis rias que tomar sejam pautadas pelo seu entendimento jur dico e n o por injun es ou influ ncias externas O desafio de se aprofundar a independ ncia judicial inerente s democracias modernas dado o ineg vel poder pol tico que usufrui o Poder Judici rio da idade contempor nea Como defende Wolkmer o magistrado n o se limita atividade de natureza meramente interpretativa ou dedutiva daquilo que lhe dado mas sua tarefa consiste na revela o de uma forma jur dica mais adequada mais elaborada e mais sistematizada Conseg entemente a senten a judicial emanada do juiz adquire n o s validade formal como tipifica o de prec
219. qualquer processo envolvendo qualquer tipo de conflito intersubjetivo independentemente de sua complexidade ou de suas consequ ncias Lipmann Junior em artigo publicado na Revista do Centro de Estu dos Judici rios do Conselho da Justi a Federal observa que quando saiu a antecipa o de tutela in meros autores a combateram porque ela re solve o problema do Judici rio acaba com as medidas cautelares independentes aut nomas mas em contrapartida vamos sacrificar a se guran a jur dica ou seja que seguran a teremos se um magistrado rec m empossado de repente decreta um interdito com potencialidade lesiva imediata O novo juiz brasileiro n o pode ser produto do acaso ou da sorte Ele deve ser talhado para o enfrentamento dos novos desafios da sociedade moderna a partir de experi ncias engajadas e comprometi das com a constru o de uma nova mentalidade Observa Fornaciari Junior que a simples imposi o do concurso p blico sem cursos de forma o de magistrados tem sido respons vel pelo ingresso na Magistratura de rec m formados em Direito certamente conhecedores dos conceitos jur di Jur dicos S depois destas etapas que s o designados para responder por uma comarca Na Alemanha tamb m o ingresso na magistratura est condicionado aprova o em exames para ingresso em curso espec fico com dura o m nima de dois anos ao fim do qual ele submetido a novo e rigoroso exame e se
220. r Hammer amp Champy entre outros Encarado o desafio o primeiro passo foi debru ar se sobre a biblio grafia espec fica da administra o para tentar conhecer os princ pios basilares dessa ci ncia Ao longo da leitura dos livros sobre o gerenciamento de empresas privadas e j nos primeiros contatos com essa nova experi ncia a ex pectativa inicial de desconfian a e de apreens o foi substitu da por uma agrad vel sensa o de surpresa ao se perceber como podem ser teis as li es dos administradores e como curiosamente muitos princ pios jur dico processuais coincidem com o conte do material de princ pios desenvolvidos pela teoria geral da administra o N s juristas falamos em efetividade processual processo de re sultados foco no jurisdicionado Eles administradores falam em efici ncia administra o de resultados foco no cliente A diferen a que eles j desenvolveram metodologias objetivas e seguras para p r em pr tica essas id ias N o custa nada portanto aprendermos a usar as t cnicas por eles desenvolvidas para potencializarmos os nossos princ pios O estudo pretendeu enfocar o maior n mero poss vel de sugest es envolvendo a organiza o e administra o dos Juizados Especiais Fede rais incluindo o gerenciamento do processo propriamente dito do pessoal servidores estagi rios conciliadores peritos advogados dativos etc do atendimento do local de trabalho e das novas ferramen
221. r as per cias pois grande o n mero de processos em que 21 A prop sito o pr prio Conselho da Justi a Federal oferece um servi o chamado Central de Atendimento aos Ju zes Federais Caju pelo qual poss vel obter qualquer ac rd o na ntegra artigos inclusive de autores estrangeiros trechos de livros entre outras infor ma es O servi o bastante eficiente e r pido podendo o material ser entregue via correio eletr nico ou via malote 131 h necessidade de exames t cnicos bem como um setor para organizar as audi ncias de concilia o e um setor de c lculos pr prio para o Juizado Em nossa tica a estrutura ideal de uma unidade do Juizado Espe cial Federal C vel deveria conter pelo menos os seguintes setores 132 a setor de distribui o e protocolo o setor respons vel pelo recebimento e cadastramento de peti es e autua o e baixa dos processos Com os Juizados Virtuais tamb m teria a fun o de digitalizar os documentos caso n o exista um setor espec fi co para isso b setor de atendimento e aterma o um dos mais importantes setores dentro do Juizado vez que est em contato direto com o p blico e por isso precisa ter uma boa no o em excel ncia no atendimento A apatia a rudeza a arrog ncia a impaci ncia e a m vontade s o caracter sticas que devem passar longe do se tor de atendimento cujos servidores devem estar sempre de bom humor
222. ra o com os em tramita o e o tempo de tramita o do processo at a prola o de senten a Nas a es coletivas a avalia o da produtividade do juiz pode ser feita a partir do cuidado que tem com o processamento de tais a es apurando se quantas est o em tramita o e quantas foram efetivamente julgadas bem como a partir do acompanhamento da fase em que as mesmas se encontrem Nas a es possess rias e de loca o a produtividade do juiz pode ser aferida a partir do n mero de audi ncias realizadas e do n mero de concilia es obtidas bem como pelo tempo de realiza o dos atos pro cessuais Al m disso devem se apurar quantas est o em tramita o e quantas foram efetivamente julgadas Nas a es de cobran a ajuizadas por entes p blicos e aqui pode mos tecer as mesmas considera es para as a es monit rias e at mesmo para a execu o extrajudicial a produtividade do juiz pode ser avaliada a partir do n mero de atos processuais praticados e do sucesso na localiza o do devedor bem como do n mero de audi ncias concilia t rias designadas e do n mero de acordos obtidos quando poss vel Nas a es indenizat rias de rito ordin rio a avalia o da produtivi dade do juiz pode ser feita atrav s do n mero de audi ncias designadas da dist ncia entre a data do despacho e a data da realiza o da audi n cia do n mero de per cias realizadas e do n mero de atos processuais praticados
223. ra Regional Federal v 4 n 1 nov dez 2001 CURY Munir et al Estatuto da crian a e do adolescente coment rios jur dicos e sociais 22 ed S o Paulo Malheiros 1996 CURY Munir PAULA Paulo Afonso Garrido de MAR URA Jurandir Norberto Estatuto da crian a e do adolescente anotado 22 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2000 DANGEL Edward M National lawyer s manual of contempt including civil and criminal contempts Boston National Lawyer s Manual 1939 DINAMARCO C ndido Rangel A instrumentalidade do processo 52 ed S o Paulo Malheiros 1996 DOBBYN John F Injuctions Saint Paul West Publishing 1974 DUARTE Eneide N NEVES Dulce Am lia de B SANTOS Bernadete de Lourdes O dos Manual t cnico para realiza o de trabalhos monogr ficos 32 ed mel e atual Jo o Pessoa Universit ria UFPB 1998 DUSSEL Enrique tica da liberta o na idade da globaliza o e da ex clus o Petr polis Vozes 2000 EL TASSE Adel A crise do Poder Judici rio Curitiba Juru 2004 FARIA Jos Eduardo O Poder Judici rio no Brasil paradoxos desafios e alternativas Bras lia CJF 1995 101 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda Novo dicion rio da l ngua portu guesa 22 ed rev e aum 322 reimpr Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986 FERREIRA SOBRINHO Jos Wilson Pesquisa em direito e reda o da monografia jur dica Porto Alegre S rgio Antonio Fabris 199
224. re procurando melhorar o de sempenho de sua atividade N o razo vel que existam servi dores com a nica atribui o de juntar peti es numerar folhas ou expedir mandados Afinal trabalhos simples e repetitivos ten dem a se tornar mon tonos e ma antes afetando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo a sua efici ncia Um 24 CHIAVENATO Idalberto Introdu o teoria geral da administra o 42 ed S o Paulo Makron Books 1998 p 149 137 rod zio constante entre as tarefas desempenhadas por cada ser vidor tamb m pode ser uma forma de diminuir a monotonia fa zendo com que o servidor se sinta estimulado a obter novos co nhecimentos Vale tamb m delegar responsabilidades aos ser vidores inclusive para a pr tica de atos com certa complexida de a fim de fazer com que eles se sintam respons veis pelo sucesso da institui o Os administradores chamam esse pro cesso de delega o de responsabilidade de empowerment d motiva o dos servidores os gerentes da Justi a ju zes direto res de secretaria e supervisores devem estar sempre preocu pados com a motiva o dos servidores fazendo com que vis tam a camisa da institui o sabendo o real significado de seu papel social 2 e treinamento e aperfei oamento cont nuos o treinamento dos ser vidores deve ser constante e deve englobar tanto disciplinas ju r dicas direito previdenci rio e direito processual por exemplo quan
225. rerrogativa de o juiz exceder os prazos por igual tempo conforme autoriza o art 187 do C digo de Processo Civil o que importaria no acr scimo de 60 dias Por outro lado sugere se seja computado o pra zo de 20 dias destinado emenda da peti o inicial pelas raz es expostas anteriormente Dessarte o prazo m ximo para a conclus o do procedi mento ordin rio seria de 264 ou 279 dias corridos respectivamente Sempre que a Uni o suas autarquias e funda es p blicas figura rem como r s dever acrescer se o prazo de 45 dias para a finaliza o do procedimento ordin rio haja vista gozarem de prazo em qu druplo para contestar Em havendo litisconsortes com procuradores distintos situa o que se verifica em regra no p lo passivo da lide duplica se o prazo para a contesta o e para as demais manifesta es de modo a adicionar mais 60 dias N o devem ser computados os prazos referentes interven o de terceiros ou a o declarat ria incidental porque s o procedimentos de rara ocorr ncia no mbito da Justi a Federal O sistema de avalia o de produtividade constr i se sobre regras n o sobre exce es Havendo necessidade de comunica o ou execu o dos atos pro cessuais mediante carta precat ria pode se prever o acr scimo de 30 dias para a finaliza o do procedimento n o obstante seja prefer vel nada adicionar como forma de estimular os julgadores a encontrar alternativas para o cumprimento ex
226. ria do Advogado 1996 PERROT Roger La coercizione per dissuasione nel diritto francese Rivista di Diritto Processuale Padova Cedam jul set 1996 PERELMAN Cha m Ret ricas Trad Maria Ermantina Galv o G Pereira S o Paulo Martins Fontes 1997 PISANI Andr a Proto Appunti sulla tutela di condanna Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile ano XXXII Milano Giuffr 1978 POLETTI Ronaldo Rebello de Britto Recrutamento de ju zes Revista Ju r dica Consulex S o Paulo Consulex 15 jan 2004 REBELO Jos Henrique Guaracy O processo civil e o acesso justi a Revista CEJ Centro de Estudos Judici rios do Conselho da Justi a Fede ral Bras lia CEJ CJF ne 22 set 2003 SANTOS Erivaldo Ribeiro dos A concilia o nas causas do Sistema Fi nanceiro da Habita o Revista CEJ Centro de Estudos Judici rios do Conselho da Justi a Federal Bras lia CEJ CJF n 24 mar 2004 SIFUENTES M nica Jacqueline As mudan as na sele o e forma o de magistrados em Portugal Revista de Doutrina e Jurisprud ncia Bras lia Tribunal de Justi a do Distrito Federal e Territ rios n 59 jan abr 1999 SILVA Ivo Barcelos da A motiva o dos ju zes e servidores como t cnica de efici ncia Revista CEJ Centro de Estudos Judici rios do Conselho da Justi a Federal Bras lia CEJ CJF n 24 mar 2004 TALAMINI Eduardo Ainda sobre a pris o como execu o indireta a criminaliza
227. rio A avalia o no curso de forma o n o obstante a exig ncia de objetividade por meio de provas escritas tamb m dever associar crit rios gerais de desempenho como frequ ncias s atividades externas interesse e participa o nas discuss es coletivas etc 96 Certamente a administra o judici ria estar aflita com a demora na assun o ao cargo dos novos ju zes dada a premente necessidade de ocupar as vagas ociosas Mas existem meios de superar essa dificul dade Poder ser adotado um modelo de curso de forma o como o portugu s com a gradual inser o do cursista em atividades jurisdicionais ainda que na qualidade de assessor 4 A avalia o do juiz como pressuposto de efici ncia Atualmente a avalia o dos ju zes quase que exclusivamente es tat stica em termos de produtividade processual portanto uma avalia o quantitativa e n o qualitativa Na proposta ora defendida com a aprova o do curso de forma o da Escola da Magistratura Federal finalmente o candidato poder tomar posse no cargo de juiz federal substituto e entrar em exerc cio na fun o jurisdicional muito embora ainda sujeito ao per odo do est gio probat rio Mas n o ser esse evento considerado o t rmino do seu processo formativo Na verdade fundamental que a capacita o dos ju zes seja per manente para isso continuando a se sobressair a atividade da Escola da Magistratura Federal agora associ
228. rmente estend lo s fases subsequentes Acrescenta se a isso o fato de o processo de execu o englobar mais uma atividade administrativa de condu o do processo do que efetivamente jurisdicional porque em seu curso poucas vezes os ju zes s o chamados a decidir A atividade do juiz prevalentemente pr tica e material e por isso se afirma que o processo de conhecimento processo de senten a enquanto o processo executivo processo de coa o A implementa o bem sucedida do projeto permitir estender sua aplica o a todos os tipos de processo c veis ou criminais em primeira ou segunda inst ncia na Justi a comum ou especial observadas as ne cess rias adapta es em face das particularidades de cada ramo do Poder Judici rio e do tipo de procedimento que se desenvolve perante o rg o julgador 4 Programa de trabalho Jos Renato Nalini assevera que as li es dos administradores po dem auxiliar o juiz do futuro a um proficiente desempenho em suas tarefas 3 THEODORO J NIOR Humberto Curso de direito processual civil 202 ed Rio de Janeiro Forense 1997 p 278 4 MARQUES Jos Frederico Manual de direito processual civil S o Paulo Saraiva 1974 v IV p 11 16 N o h como ignorar a valia desses entendimentos desde que se proce da sua adequa o para as especificidades da carreira judicial Em regra o magistrado dotado de cultura jur dica e jejuno na ci ncia da administra
229. rmos a t cnica dos incidentes cr ticos necess ria uma diagrama o do fluxograma do processo Tomemos por base inicialmente o processo comum de conhecimento de rito ordin rio Esse modelo de observa o inspirado em Humberto Theodoro J nior 1995 335 e no Manual do procedimento ordin rio do Conselho da Justi a Federal Ma nuais de Procedimentos da Justi a Federal volume 7 maio 2001 e pode ser assim visualizado Ajuiz Inic Distribui o Encam Vara Concls Juiz Desp Cite se Exp mandad Mandad JuntMand Apres Conte Junt Cont Clsjuiz Despacho R pl Junt r plica Cis juiz Saneador Publ desp Desig Peric Int perito Prop Honor Quesitos vw ww Assist tec Laudo perito Manifest Int Testem Audi ncia Senten a Em linhas gerais o processo se inicia com o ajuizamento da inicial e ent o distribu do para uma das varas c veis da Justi a Federal Ap s ent o encaminhado vara onde o funcion rio autua o processo e o faz concluso ao juiz guisa de simplifica o o primeiro despacho do juiz despacho inicial ser considerado como o cite se muito embora ocor ra por vezes a necessidade de emenda a inicial ent o expedido o 177 mandado citat rio e entregue ao oficial de Justi a Cumprida a dilig ncia o mandado devolvido e
230. roferem decis es interlocut rias e senten as O n mero de decis es e senten as exaradas importante indicador do desempe nho do magistrado embora n o seja o nico porque a avalia o da produtividade n o pode prescindir da an lise dos tipos de decis es e senten as prolatadas Duas senten as exaradas em a es coletivas re velam maior grau de dificuldade e exigem maior disp ndio de tempo do que dez senten as nas quais se determina a aplica o de expurgos infla cion rios na corre o de contas vinculadas do FGTS 26 Quanto produ o probat ria em que o magistrado para formar sua convic o procede tomada de depoimentos pessoais e audi n cia de testemunhas nem sempre a colheita de prova se justifica mormente na Justi a Federal caracterizada pela profus o de quest es de direito a serem examinadas em detrimento de quest es f ticas N o poss vel firmar no mbito de uma vara de compet ncia c vel uma rela o de proporcionalidade entre o n mero de depoimentos prestados e a produ tividade do juiz A atividade probat ria ademais componente do indicador da complexidade das a es submetidas aprecia o do juiz como adiante se ver o que justifica dispens la como ndice isolado da produtividade A condu o do processo por interm dio de despachos conquanto exija constante interfer ncia do juiz n o elemento indicativo de alta pro dutividade concebida como produ o rac
231. rtanto a avalia o da produtividade do juiz deve tomar por par metro tamb m o quantitativo destes atos cartor rios e o tempo trans corrido para sua realiza o N o podemos negligenciar a import ncia desses atos e simplesmente trat los como uma quest o menor como 179 mero ato de secretaria sic Mas ao contr rio devemos consider lo tamb m como ato do juiz pois o juiz o gestor o administrador da vara de sorte que este aspecto deve notadamente ser considerado na avalia o da produtividade do magistrado Por sua vez observamos que nas a es que tenham por r u pes soa f sica ou jur dica privada a grande dificuldade no processo de conhecimento a localiza o do r u o que na fase de execu o ser a localiza o de seus bens O desafio para a avalia o da produtividade do juiz se expressa em como conseguir localizar o r u Se o r u for ente p blico lato senso CEF Uni o BNDES EBCT INSS etc tal quest o n o representa um gargalo mas quando o r u for particular pessoa f si ca ou jur dica a circunst ncia se constitui como entrave ao processamento da a o Dessa forma a avalia o da produtividade do juiz deve ter por refer ncia as medidas adotadas pelo magistrado para elimina o desse gargalo isso quais os procedimentos quais as solu es adotadas para localizar o r u Ora se estes s o os principais gargalos na hip tese de julgamento antecipado da lide quando no e
232. rvar as secretarias trabalharem em c rculos quebrando a pr pria ess ncia do processo que etimologicamente significa cami nhar para frente S o tantos carimbos certid es livros de tombo protocolos juntadas que o servidor perde a no o do que est fazendo alienando se como o famoso personagem de Charles Chaplin no filme Tempos modernos O passo inicial para alcan ar a m xima efic cia das tarefas desem penhadas refletir e analisar cada ato que praticado na secretaria Por que feito assim H mesmo necessidade de se fazer isso Existe um modo mais eficiente de se atingir o mesmo resultado O que outras orga niza es t m feito para agilizar essa rotina No mbito dos Juizados Especiais Federais h uma necessidade ainda maior de se buscar a simplifica o e a racionaliza o dos expedi entes forenses com vistas m xima efetividade do processo j que da ess ncia dos JEFs a procura pela simplicidade pela objetividade e pela celeridade Nos exemplos abaixo ser o apresentadas algumas id ias que po dem ser aplicadas nos JEFs que procuram seguir o princ pio de racionaliza o defendido pela Administra o Cient fica j com o neces s rio upgrade fornecido pelas modernas t cnicas gerenciais que se preocupam com o aspecto humano 4 1 A enxurrada de demandas revisionais id ias para os processos em massa Ainda em 2001 o Conselho de Justi a Federal houve por bem re duzir temporariamen
233. s o lapso de conclus o dos processos c veis em primeira inst ncia resultar do total de prazos previstos em lei N o existe expl cita disposi o legal 37 tal como a prevista no art 8 da Lei n 9 034 95 que prescreva o prazo de 81 dias para o encerramento da instru o criminal nos processos que apurem crimes praticados por organiza es criminosas caso o r u este ja preso e de 120 dias se estiver solto Por esse motivo a dura o razo vel do processo c vel corresponder ao lapso de tempo de cada fase do procedimento previsto nas leis processuais cuja soma determinar o lapso total ao fim do qual sobrevenha senten a Este o melhor crit rio por derivar da lei e consequentemente por ser perempt rio e objetivo Os prazos processuais foram legalmente estabelecidos e conquan to tenham sido estipulados d cadas atr s particularmente pelo C digo de Processo Civil e pela Lei n 1 533 51 quando a popula o e o volume de processos eram infinitamente menores possuem validade contempo r nea haja vista o aumento da estrutura judici ria e a ado o da inform tica como instrumento de acelera o dos atos processuais Os procedimentos n o existem em grande n mero s o finitos o rito ordin rio o mais utilizado e mostra se fact vel predeterminar prazos para o t rmino do processo em primeira inst ncia Mesmo os procedi mentos especiais recebem esse nome porque se diferenciam do rito ordin rio em peque
234. s integrantes da comiss o examinadora n o se pode deixar de considerar como arbitr rio o exame oral pelo que destoa da aspira o de um modelo judici rio democr tico contempor neo Assim a administra o judici ria deve eliminar a prova oral dos concursos p blicos para ingresso na carreira da magistratura federal se quiser tornar mais democr tico o processo seletivo No entanto uma ltima etapa ainda precisa ser repensada a prova de t tulos Considerando a supress o da prova oral necess rio dotar a prova de t tulos de uma nova envergadura avaliativa Conforme anota Melo a prova de t tulos que deveria ter o cond o de avaliar toda a vida do candidato e exig ncia constitucional considerada apenas classificat ria E muitos s o aprovados com nota zero na prova de t tulos Contudo a Constitui o n o disse que a prova de t tulos uma prova de segunda classe at a colocou juntamente com as demais formas de avalia o Entretanto enquanto n o se edita uma lei regulando os concursos para juiz e promotor quase tudo possi vel pois o poder do examinador similar ao de Deus n o h limites objetivos 48 EL TASSE Adel A crise do Poder Judici rio p 96 49 MELO Andr Lu s Alves de A quest o dos concursos para juiz e promotor Revista Jur dica da Universidade de Franca n 6 p 28 91 A prova de t tulos precisa assumir o car ter eliminat rio no sentido de exigir do candi
235. s ju zes n o serem eleitos pelo voto popular n o autoriza admitir por si s que o Poder Judici rio n o seja um poder de mocr tico A avalia o da legitimidade democr tica do Poder Judici rio deve se dar do ponto de vista do exerc cio do poder jurisdicional na constru o ou manuten o do regime pol tico democr tico A legitima o democr tica do Judici rio n o algo que se possa avaliar abstratamente mas sempre em fun o da atividade concreta mente desenvolvida pelos ju zes e sua relev ncia para a estabilidade da democracia a qual pressup e por exemplo o pleno exerc cio dos direi tos e garantias fundamentais verdade que n o indiferente a forma de sele o mas neste as pecto o importante ser decidir por aquilo que seja mais id neo ao cumprimento das tarefas democr ticas e isto n o pode depender de um dado meramente formal Ademais nada autoriza que se qualifi que de aristocr tica qualquer fun o que seja desempenhada por uma pessoa n o eleita popularmente Ningu m diria que s o aristo cr ticos os diretores de hospitais porque s o selecionados por con curso p blico 13 Ibidem p 41 42 14 Ibidem p 44 45 66 O Poder Judici rio deve legitimar se a cada dia a cada senten a a cada postura frente sociedade em conflito e frente aos demais poderes do Estado N o basta a reafirma o da sua independ ncia E necess ria sintonia com o contex
236. s passos presume se deter o magistrado capacita o intelectual para decidir com qualidade N o se apregoa a necessidade de optar se pela quantidade em completo preju zo da qualidade Defende se simplesmente avaliar se distintamente a qualidade da produtividade n o obstante possam com plementar se e seja desej vel a simbiose Defende se ainda aprimorar os meios de sele o e de forma o do juiz para que a produtividade seja 24 avaliada independentemente de preocupa es com a qualidade do tra balho judicial que ser inerente a toda presta o jurisdicional 5 Produtividade A pretens o deste trabalho concentra se na aferi o da produtivi dade do magistrado n o obstante como j dito efeitos reflexos de relev ncia inconteste para o bom funcionamento do Poder Judici rio pos sam ser atingidos O primeiro passo consiste pois em definir produtividade A produtividade como soa bvio define se como a capacidade de produzir Quando se fala em produtividade do Poder Judici rio faz se refer ncia capacidade de fornecer Justi a A produtividade n o se re sume ao aspecto quantitativo do desempenho do magistrado sen o engloba a presta o jurisdicional de maneira eficiente com o menor dis p ndio poss vel de recursos e especialmente tempo Pode ser valorada em car ter absoluto pelo n mero de despachos decis es e senten as prolatadas ou em rela o demanda dos cida d os utentes do sistem
237. s sob uma tica muito mais gerencial do que jur dica muito mais pragm tica do que te rica E mais n o se deseja uma abordagem meramente descritiva sobre o funcionamento dos JEFs pretende se al m disso que sejam ofereci das sugest es e solu es eficientes para os problemas relacionados com a administra o da Justi a apresentando experi ncias e id ias que pos sam contribuir para a melhora da qualidade e da celeridade da presta o jurisdicional e dos servi os forenses nesse foco que o presente trabalho tentar se concentrar Obviamente n o ser poss vel se afastar completamente de uma ou outra considera o jur dica Longe disso N o se deseja aqui construir uma esp cie de teoria pura s avessas na qual o Direito seria comple 109 tamente esquecido Tal intento seria imposs vel j que se est tratando de um tema que tem no Direito a sua principal mat ria prima O que se almeja que o aspecto jur dico n o se torne o personagem principal do estudo mas mero coadjuvante N o deixa de ser um grande desafio para um magistrado esquecer um pouco sua forma o acad mica e se aventurar por novos caminhos como o da teoria geral da administra o deixando parcialmente de lado as li es de juristas com os quais j est familiarizado como Liebman Carnellutti Cappelletti Dworkin etc para aprender os ensinamentos dos gurus da administra o como Taylor Fayol Mayo Weber McGregor Drucke
238. serem educados prestativos pacientes e capazes de prestar com seguran a todas as informa es necess rias A aterma o tamb m exerce relevante fun o na medida em que respons vel pela transforma o dos lamentos do autor em uma peti o inicial e consequentemente em um processo judicial raz o pela qual se exige do servidor respons vel uma profunda capacidade de lidar com o p blico e ao mesmo tempo bons conhecimentos jur dicos Seria interessante que houvesse o apoio de um assistente social para melhor atender ao p blico setor de concilia o preciso existir um setor de concilia o com servidores dotados de um amplo conhecimento jur dico e em t cnicas de negocia o Dentro do setor deve existir um ser vidor com habilita o para realizar os c lculos judiciais a fim de que o acordo possa ser debatido com base em n meros exatos e n o em mera especula o Seria interessante que a fun o de conciliador fosse remunerada a fim de diminuir o amadorismo e O improviso d setor de controle de audi ncias tendo em vista o elevado n mero de audi ncias fundamental que haja um setor espec fi co para coordenar a realiza o desse ato Com isso otimiza se o tempo evitando o constante cancelamento de audi ncias Tra ta se de um dos setores mais enxutos dentro do Juizado bas tando um ou dois servidores para dar conta do recado confor me a quantidade de audi ncias setor de inform
239. serva que o modelo brasileiro apresenta uma longa tradi o de ingresso e pro mo o por concurso estabelecida na poca do Estado Novo bu rocracia judici ria de corte bonapartista mas que definitivamente tem tido como resultado um judici rio semelhante aos modelos eu ropeus da segunda metade do s culo passado e primeiras d ca das do presente O sistema de sele o forte concurso est cons titucionalmente consagrado enquanto que a carreiriza o se en contra apenas atenuada mediante a incorpora o lateral de um quinto dos ju zes que devem provir nos tribunais colegiados dos minist rio p blico ou dos advogados A designa o pol tica limitada aos ju zes do Supremo Tribunal Federal embora n o faltem delimita es impostas pela tradi o 46 Op cit p 125 86 O autor argentino acrescenta que no sistema brasileiro de sele o de magistrados a qualidade t cnica de seus membros assegurada por concurso cujo governo vertical exercido por um corpo ao qual dois ter os de seus integrantes chegam por promo o e cuja principal fun o t cnica a unifica o jurisprudencial com amplas garantias de inamovibilidade N o se trata de um modelo democr tico contem por neo pois carece de rg o de governo horizontal e porque seu tribunal constitucional de designa o puramente pol tica e n o dispersa De qualquer modo em compara o com os demais mo delos judici r
240. specifica dei diritti Rivista di Diritto Processuale V VIII partes e Il Padova Cedam 1953 MARINONI Luiz Guilherme Do processo civil cl ssico no o de direito a tutela adequada ao direito material e realidade social G nesis Re vista de Direito Processual Civil Curitiba G nesis n 30 out dez 2008 O direito efetividade da tutela jurisdicional na perspectiva da teo ria dos direitos fundamentais G nesis Revista de Direito Processual Civil Curitiba G nesis e 28 abr jun 2008 T cnica processual e tutela dos direitos S o Paulo RT 2004 ARENHART S rgio Cruz Manual do processo de conhecimento 32 ed rev atual e ampl S o Paulo RT 2004 MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e aplica o do direito 192 ed Rio Forense 2008 MELO Andr Lu s Alves de A quest o dos concursos para juiz e promo tor Revista Jur dica da Universidade de Franca Franca Universidade de Franca ne 6 mai 2000 NASCIMENTO Elimar Pinheiro do NUNES Iv nio Barros A opini o da sociedade civil organizada a respeito da Justi a Federal Bras lia CEJ CJF 1996 OBERTO Giacomo Recrutamento e forma o de magistrados o siste ma italiano no mbito dos princ pios internacionais sobre o estatuto dos magistrados e da independ ncia do Poder Judici rio Revista da Emer Rio Emerj n 20 2002 103 PAULSEN Leandro Justi a Federal propostas para o futuro Porto Ale gre Livra
241. ssocia o dos Magistrados Brasileiros o Ibope realizou pesquisa cujo resultado associou a tartaruga imagem da Justi a brasileira Depoimentos de pessoas de v rias classes sociais ouvidas na pesquisa realizada em quatro capitais justificaram a associa o pelo fato de na opini o delas o Poder Judici rio ser lento Foram organizados 16 grupos de discuss o nas cidades de S o Paulo Porto Alegre Rio de Janeiro e Recife Dois grupos por cidade Todos formados por homens e mulheres das classe ABe CD com idades de 16 a 24 anos e 35 a 50 anos Durante as reuni es foram aplicadas t cnicas de personifica o e associa o da imagem do Judici rio a animais para facilitar o posicionamento do p blico pesquisado 2 Making procedure speedier and cheaper might well make it less accurate even though keeping the procedure slower and more expensive will not necessarily make it more accurate J LEUBSDORF John The myth of civil procedure reform A Zuckerman ed Civil justice in crisis Comparative perspectives of civil procedure Oxford University Press 1999 p 55 12 do projeto em uma vara de compet ncia c vel estend lo a todas as va ras federais e aperfei o lo com as contribui es dos usu rios originadas de sua aplica o s diversas realidades Se competi o houver ser em busca das melhores solu es e de aprimoramentos do projeto A implementa o do projeto de produtividade cujo sucesso guar da estreito
242. strada no exerc cio do cargo Exemplificativamente o Consiglio Superiore della Magistratura proferiu decis o em que aplicou a pena de advert ncia a um magistrado por ter demonstrado falta de operosidade e de laboriosidade Teria ele proferido n mero de senten as absolutamente ex guo bastante inferior ao dos demais magistrados e privilegiado os provimentos relativos a quest es em s rie e de f cil solu o Teria prolatado 159 senten as no ano de 1996 134 em 1997 e 178 no ano de 1998 O magistrado que n o tenha alcan ado as metas m nimas dever sujeitar se a um processo de an lise durante o qual receber informa es rigorosas sobre qual a parte do desempenho que deve alterar e qual o objetivo a alcan ar Finda a an lise se n o tiver sanado o comportamento estar sujeito a processo disciplinar conducente inclusive demiss o Com a implementa o do sistema de avalia o da produtividade o juiz dever habituar se a executar trabalhos em obedi ncia a plano de finido fazer triagem de processos e definir prioridades executar diariamente o expediente agendar racionalmente as audi ncias e dili g ncias em virtude do previs vel tempo de dura o do processo utilizar sempre que poss vel formul rios simplificados e padronizados gerir efi cientemente os recursos humanos e log sticos e uniformizar crit rios de atua o dos servidores da vara 7 LIPMANN J NIOR Edgard Ant nio Qualidade total um passo
243. strados de forma permanente por meio de est mulo ao aperfei oa mento funcional do acompanhamento da sa de f sica e mental da consulta s necessidades do dia a dia da sensibiliza o aos novos de safios da modernidade O magistrado deve ser convocado a repensar se continuamente repensar seu meio e sua responsabilidade profissional Sua reflex o cr ti ca n o pode ser esmorecida para que sempre esteja atento aos avan os do direito e s transforma es da sociedade A meta fundamental de toda estrutura de administra o judici ria a qualidade total na presta o do servi o jurisdicional que gere satisfa o do seu usu rio e possibilite um resgate da credibilidade do poder judici rio Para isso preciso oxigenar a mentalidade administrativa no sen tido de avan ar para novos rumos e lan ar novos paradigmas tendo sempre em vista a constru o de um novo juiz e de um novo poder judi ci rio no Brasil 6 Refer ncias bibliogr ficas ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Madrid Centro de 99 Estudios Constitucionales 1993 ARENHART S igD Cmz A tutela inibit ria da vida privada S o Paulo RT 2000 Perfis da tutela inibit ria coletiva S o Paulo RT 2008 ASSIS Araken O contempt of court no direito brasileiro Revista Jur dica S o Paulo S ntese ne 318 abr 2004 AZEVEDO Plauto Faraco de Aplica o do direito e contexto social 22 ed 22 tir S o Paulo RT 2000
244. su ais via telefone k utiliza o do sistema de c digo de barras para acelerar o pro cesso de cadastramento e localiza o de feitos cursos virtuais para treinamento dos servidores e learning m cria o de listas entre os servidores e magistrados inclusive em n vel nacional a fim de discutirem os problemas comuns da or ganiza o e groups n utiliza o da biometria para proporcionar maior seguran a das redes internas o comunica o interna entre os diversos rg os da Justi a via cor reio eletr nico suprimindo se a necessidade de of cios precat rias e protocolos p uso da videoconfer ncia para reuni es entre ju zes lotados em diferentes munic pios para a realiza o de audi ncias fora da sede para a sustenta o oral de advogados nos julgamentos colegiados etc e q emiss o de certid es on line 9 O Programa de Qualidade Total TQM nos Juizados Especiais Federais J que a palavra da moda entre os gerentes judiciais a Qualida de Total nada melhor do que dedicar um cap tulo espec fico para esse tema voltado para as peculiaridades dos Juizados Especiais Federais O Programa de Qualidade Total TQM sigla originada da palavra inglesa Total Quality Management nada mais do que um m todo de senvolvido inicialmente em ind strias japonesas que tem como princ pio a continua melhoria de produtos e servi os a fim de aumentar a satisfa o do cliente em um mundo em r p
245. sual realizando procedimentos que normalmente seriam praticados pela secretaria protocolo e juntada de peti es preenchimento de RPV e precat rios sob a orienta o de um servidor Segundo o idealizador do servi o a sala de auto atendimento reduz as filas no balc o e economiza o tempo dos servidores nessas atividades de rotina j que o trabalho se re duz confer ncia posterior do servi o realizado pelos advoga dos e estagi rios 128 5 Organiza o a estrutura funcional dos JEFs No t pico anterior o enfoque foi voltado para as tarefas rotinas ou procedimentos adotados no mbito dos JEFs demonstrando como os princ pios da efici ncia defendidos pela administra o cient fica podem ajudar na acelera o da tramita o dos processos especialmente quan do esses mesmos princ pios s o adequados a m todos mais humanistas que as novas t cnicas de gerenciamento defendem Agora o enfoque ser a estrutura ou organiza o dos JEFs A influ ncia n o ser mais da Administra o Cient fica Taylor mas da Administra o Cl ssica que teve em Fayol seu principal expoente A administra o cl ssica procura estruturar a organiza o em v ri os segmentos horizontais e verticais de modo a especializar setores para melhor desempenhar as fun es que lhes s o incumbidas As palavras chave s o especializa o departamen taliza o e divis o do trabalho Embora os princ pios da administra o cl ssi
246. tagi rios preferencialmente com boa qualifica o jur dica que dever o estar aptos a realizar tarefas complexas como re duzir a termo os pedidos e prestar as informa es aos jurisdicionados Os N cleos avan ados teriam a vantagem de serem mais econ micos do que uma vara federal j que n o seria necess rio criar toda uma estrutura de uma vara Al m disso gerariam uma sensa o de per man ncia que os Juizados Itinerantes n o possuem 36 Sobre as parcerias entre os Juizados e as universidade confira se RUSSO J NIOR R mulo Juizado universidade uma parceria interessante Revista CEF ne 17 Bras lia CJF 2002 148 Com os autos virtuais a tramita o dos feitos que tivessem in cio nos N cleos n o seria prejudicada j que o juiz exerceria a dire o re mota desses processos bastando que o N cleo estivesse linkado com a sede do Juizado Indo um pouco mais al m poderia ser criada uma estrutura de v deo confer ncia na qual as audi ncias poderiam ser realizadas a dis t ncia sem necessidade de o juiz se deslocar at o N cleo permitindo ainda que os advogados daquelas localidades pudessem assistir e parti cipar das sess es de julgamento das Turmas Recursais Por ltimo os N cleos avan ados poderiam servir como term metros para aferir a necessidade de instala o de novas varas em munic pios que ainda n o possuem varas federais 8 Tecnologia gerenciando a inform tica
247. tas que a tecnologia da informa o oferece ou pode oferecer para a melhoria dos servi os forenses A fim de sistematizar a divis o do estudo adotou se um modelo ba seado nas cinco vari veis b sicas na teoria geral da administra o a saber 110 tarefas estrutura pessoas ambiente e tecnologia Dentro de cada uma dessas vari veis surgiram uma s rie de outros assuntos correlatos como a desburocratiza o a motiva o dos servidores a administra o participativa entre outros Acrescentou se ainda um t pico espec fico sobre a satisfa o total do jurisdicionado dada a import ncia dessa filosofia para a melhora da imagem institucional da Justi a bem como sobre o Programa de Quali dade Total que j vem sendo adotado com sucesso por v rios escal es do Poder Judici rio e por isso n o poderia ficar de fora Espera se que as sugest es sejam teis e que possam efetivamen te servir para aumentar a performance dos Juizados Especiais Federais 2 Gerenciar preciso incentivando a cultura gerencial dos ju zes O juiz deve ser encarado como um gerente de empresa de um estabelecimento Tem a sua linha de produ o e o produto final que a presta o jurisdicional Como profissional de produ o im prescind vel mantenha ponto de vista gerencial aspecto da ativida de judicial que tem sido abandonado Sidnei Beneti em O juiz e o servi o judici rio A cada dia estamos mais conve
248. te a compet ncia dos JEFs minimizando a sobrecarga de trabalho nos momentos iniciais de instala o Decidiu se que os Juizados Especiais Federais C veis seriam competentes para jul gar apenas as causas envolvendo benef cios previdenci rios e assistenciais Resolu o 252 de 18 de dezembro de 2001 A medida foi salutar mas n o conseguiu impedir a grande procura pelo novo rito Houve uma demanda muito grande de feitos revisionais re 120 vis o de benef cios previdenci rios muitos deles baseados na atualiza o do valor dos benef cios com base no IGP DI Tratava se de uma tese nova que ainda n o estava pacificada no mbito dos tribunais superiores A solu o que v rios ju zes adotaram para evitar a sobrecarga des necess ria de trabalho foi determinar a suspens o dos processos enquanto os tribunais superiores debatiam e pacificavam a quest o com base no art 14 85 da Lei dos Juizados Especiais Federais que permite a sus pens o de todos os processos nos quais a mesma controv rsia jur dica esteja estabelecida enquanto se julga a uniformiza o de jurisprud ncia Alguns ju zes foram al m da simples suspens o dos processos dis pensando a numera o das folhas dos autos e at mesmo a autua o das referidas a es de revis o com base no IGP DI Intuitivamente apli cou se uma das principais regras da administra o cient fica os atos in teis devem ser eliminados Em setembro de 2003 o Supremo Tri
249. te dessa teoria foi Mayo executou de uma pes quisa conhecida como experi ncia Hawthorne onde ficou demonstrada a import ncia do clima organizacional e das rela es interpessoais para o sucesso das empresas a partir da que os administradores passam a se preocupar com os fatores relacionados ao comportamento das pessoas analisando a motiva o dos trabalhadores o papel da lideran a dentro das organiza es o treinamento e outros aspectos correlatos Nos t picos seguintes ser o abordados alguns desses aspectos tendo em vista os recursos humanos dos Juizados Especiais Federais 135 6 1 Os servidores Atualmente est cientificamente comprovado que o chamado cli ma organizacional constitui um importante fator de aumento da efic cia e do desempenho das organiza es Por isso os administradores de vem se empenhar em tornar a conviv ncia interorganizacional a melhor poss vel reduzindo os conflitos internos e estimulando o potencial de cada servidor seja individualmente seja em equipe As sugest es para que ocorra um bom relacionamento humano dentro do Juizado Especial Federal podem ser sintetizadas nas seguin tes premissas a ado o pelo juiz diretor de secretaria e supervisores do estilo de lideran a Y democr tico ao inv s do estilo X autorit rio cada gerente possui uma t cnica diferente de lidar com as pessoas Alguns s o mais r gidos e adotam uma postura autorit ria e dis ta
250. te porque embora sejam divul gados o montante de senten as e decis es prolatadas o n mero de audi ncias realizadas e a quantidade de testemunhas inquiridas pelos ju zes n o existem medidas que possam servir de referencial Quando muito pode se proceder an lise comparativa do desempenho dos magistrados contra a qual se levantam obje es haja vista a absolutiza o dos valores dos indicadores cinquenta senten as prolatadas em a es sum rias equivalem a cinquenta senten as proferidas em a es de improbidade administrativa O procedimento ideal a ser adotado consiste na sele o de ju zes federais e no monitoramento de suas atividades de acordo com as pro postas acima elencadas durante determinado per odo de tempo n o inferior a um ano A sele o deve incidir sobre varas em que haja consi der vel n mero de processos em tramita o efetiva e onde atuem ju zes reconhecidamente operosos e dedicados magistratura Ap s o transcurso do prazo definido para a apura o da produtivi dade ser poss vel extrair a pontua o m dia pass vel de ser exigida dos demais ju zes Tal procedimento evita a fixa o de metas de produti vidade inalcan veis por for a da aus ncia de dados que retratem a realidade de uma vara federal e o efetivo trabalho desenvolvido pelo magistrado 9 Aux lio da inform tica e da estat stica A inform tica e a estat stica podem auxiliar o controle de produtivi dade do magistrad
251. tema de fluxo e de monitoramento dos processos seria a programa o de envio de e mail quando o processo ultrapassasse um prazo predeterminado para sua conclus o ou excedesse algum lapso parcial Do e mail deveria constar a identifica o do processo a movimenta o processual correspondente e o prazo ultrapassado para que provid ncias pudessem ser tomadas no intuito de agilizar a tramita o do feito Considerando se o prazo de 75 dias estabelecido para a conclus o do processo de mandado de seguran a observa se haver respeito em m dia ao limite m ximo para seu encerramento Caso seja decotado o prazo de emenda da peti o inicial de modo a reduzir o limite m ximo de tempo para 55 dias constata se o descumprimento do lapso por 7 dias 55 A sele o dos processos de mandado de seguran a e a consulta movimenta o processual de cada um deles ofereceu informa es im portantes para tornar mais gil a tramita o do feito Desfez se a ilus o de que a tramita o desenvolvia se com celeridade exemplar ap s se constatar a ultrapassagem de prazos para a execu o dos atos proces suais mais importantes Somente de posse de informa es detalhadas poder o juiz ter conhecimento da realidade da tramita o do processo e administrar com mais precis o no sentido de torn lo mais veloz 11 Conclus es Ser produtivo n o apenas proferir muitas senten as e decis es colher diversos testemunhos e realizar grande qua
252. tica e telefonia com a possibilidade de comu nica o dos atos processuais via correio eletr nico ou via telefo ne interessante que exista um setor espec fico para desempe nhar essas tarefas e controlar o fluxo de informa es dos Juizados A telefonia poderia funcionar nos moldes dos chamados call centers das grandes corpora es prestando informa es aos usu rios realizando as intima es ou mesmo reduzindo a termo os pedidos que fossem feitos g setor de controle de per cias sendo um dos procedimentos mais complexos e que mais interferem na celeridade processual preciso que exista dentro do Juizado um setor espec fico para controlar a realiza o das per cias mantendo contato perma nente com os peritos e com as partes Seria interessante tam b m que nos Juizados Especiais mais movimentados fossem criados cargos de m dicos e assistentes sociais para auxiliar nas per cias h setor de c lculos praticamente un nime entre os ju zes dos JEFs que o setor de c lculo a espinha dorsal do novo rito es pecialmente porque h obrigatoriedade de que sejam l quidas as senten as art 38 par grafo nico da Lei re 9 099 95 til que existam v rios servidores especializados contadores atu ando no setor de c lculos setor de digitaliza o de documentos com os Juizados Espe ciais Virtuais ser necess rio um setor para digitalizar os docu mentos que compor o os autos digita
253. tividade do juiz na fixa o de multa e outros expedientes coercitivos deve ser levado em considera o na avalia o de sua produtividade pois d a satisfa o efetiva do provimento jurisdicional Nas pr ticas cartor rias da execu o temos os despachos de rece bimento de embargos execu o a autua o do processo a expedi o de of cios de mandados de precat rias de precat rios de requisit rios 7 Nesse sentido o Conselho da Justi a Federal j coordenou a elabora o de monografia na qual se discutiram as raz es pol ticas do descumprimento s ordens judiciais na Execu o contra a Fazenda Publica Execu o contra a Fazenda P blica raz es pol ticas do descumprimento s ordens judiciais Bras lia CJF 2001 130 p S rie Pesquisas do CEJ ISSN 0104 6225 8 ISBN 85 85572 64 7 181 de pequeno valor de alvar s resposta a of cios informa es ao Tribunal devolu o de precat rias juntada de mandados juntada de reposta a of cios juntada de peti o autua o despachos de peti es publica o controle da inicial executiva e da inicial dos embargos controle do retorno de precat rias controle de prazos controle da carga vista dos autos controle das atividades exteriores da vara elabora o dos c lcu los pelo contador etc Aqui tamb m o incidente cr tico referente s pr ticas cartor rias pode ser dividido em atos internos atividades de expedi o juntada el
254. tividade do juiz objetivando fomentar o debate j iniciado pelo pr prio Poder Judici rio sobretudo pelo Conselho da Justi a Federal 196 Refer ncias bibliogr ficas A imagem da Justi a Federal na imprensa escrita Bras lia CJF 1995 156 p S rie Pesquisas do CEJ ISSN 0104 6225 2 ISBN 85 85572 11 6 ARAG O Cec lia Vescovi Fatores agilizadores e restritivos atua o da Justi a do Trabalho um estudo explorat rio Rio de Janeiro FGV Revista de Administra o P blica v 31 rr4 pp 183 215 Jul ago 1997 ASSOCIA O DOS MAGISTRADOS DO BRASIL org Justi a promessa e realidade O acesso Justi a em pa ses ibero americanos Rio de Ja neiro Nova Fronteira 1996 BRASIL TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2 REGI O Manual de pro cedimentos cartor rios da inst ncia Corregedoria Geral da Justi a Federal da 2 regi o Rio de Janeiro TRF 2 regi o 2008 2 v BREEN Emmanuel Evaluer la Justice Paris PUF 2002 BUSINO Giovanni Les th ories de la burocracia Paris PUF 1993 CALAMANDREI Piero A crise da Justi a Belo Horizonte Editora L der 2008 Eles os juizes vistos por um advogado S o Paulo Martins Fon tes 2000 CAPPELLETTI Mauro amp GARTH Bryant Acesso Justi a Tradu o de Ellen Gracie Notrhfeet Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris Editor 1988 CICHOCKI NETO Jos Limita es ao acesso Justi a Curitiba Juru 1998 PANDOLFI Dulce Ch
255. to assuntos que ajudar o na qualidade do servi o exce l ncia no atendimento como lidar com o p blico contabilidade t cnicas de negocia o media o etc Parcerias com uni versidade e institui es como o Sebrae podem ser teis para melhorar a qualifica o dos servidores e baratear os custos dos 25 26 27 CHIAVENATO Idalberto Gerenciando pessoas o passo decisivo para a administra o participativa 32 ed S o Paulo Makron Books 1997 p 167 Dentro dessa tem tica recomenda se a leitura do artigo SILVA Ivo Barcelos da A motiva o dos ju zes e servidores como t cnica de efici ncia Revista CEJ n 24 Bras lia CJF pp 43 48 no qual s o destacadas v rias medidas adotadas pelo Tribunal Regional Federal da 42 regi o para a obten o do equil brio entre qualidade de vida e efici ncia V rias das medidas apresentadas podem ser facilmente adaptadas realidade do Juizado Especial Federal Em S o Paulo os servidores designados para atuarem nos JEFs fizeram um longo curso de forma o cujo programa pode servir de modelo Foi realizado semin rio sobre a Previd ncia Social curso de Comunica o e Trabalho em Equipe curso de Concilia o e Administra o de Diverg ncias curso de Qualidade no Atendimento curso de C lculo Previdenci rio entre outros Cf CJF Conselho da Justi a Federal Diagn stico de funci onamento dos Juizados Especiais Federais S rie Pesquisas do CEJ Ce
256. to para o exerc cio da judicatura Mas n o se pode resumi la solu o de uma quest o abstrata posta em an lise na maioria das vezes inveross mil Como j realiza do por alguns tribunais estaduais ao candidato deve ser pos 89 32 ta a aprecia o de um caso verdadeiro em autos reais relati vos a processo findo A escolha do processo deve ser revestida de absoluto sigilo a cargo da comiss o de concurso Aos can didatos se fornecer c pia integral desses autos com todos os documentos pertinentes menos a senten a final ou deci s es anteriores que possam interferir na elabora o da sen ten a resposta Note se como haver um significativo plus de qualidade na avalia o do candidato que poder demonstrar seu efetivo preparo para sentenciar evidenciando sua aten o para todos os dados contidos no processo Alternativa mente pode se pensar na constru o de autos hipot ticos mas que contenham elementos suficientes que denotem ve rossimilhan a a um caso real Prova de senten a penal as mesmas observa es anteriores para senten a c vel s o cab veis para a senten a penal No caso da utiliza o de autos findos indispens vel o cuidado para n o se identificar o caso concreto evitando se quaisquer alega es de constrangimento ou parcialidade A corre o dessas provas deve ser objetiva no sentido do atendimento de crit rios preestabelecidos Com essas etapas provas preambular diss
257. to social democratizante Assim como assevera Azevedo a quebra dessa indispens vel re la o fiduci ria reflete se seriamente na estabilidade da ordem jur dica A descren a no poder judici rio ou a inquietante convic o de que de nada lhe sirva nele fiar se conduz intoler vel aceita o da injusti a sempre latente de rancores ou perturbadora e regressiva cren a de que se h de buscar a justi a pela via privada A constru o de uma nova imagem do Poder Judici rio mais de mocr tico menos elitista depende de um processo hist rico protagonizado pelos pr prios ju zes e pela administra o da Justi a In depend ncia aproxima o sensibilidade efici ncia e compromisso s o bases indispens veis para um resultado proveitoso 1 3 Magistratura e opini o p blica Como se noticiou no t pico anterior a Justi a considerada elitista como que identificada com os valores da classe social dominante Mas n o s O mesmo estudo aponta que 81 9 dos entrevistados classificam o Poder Judici rio como sombrio apenas 12 5 consideram no transpa rente 95 8 o consideram moroso enquanto que 1 4 o consideram gil Para 83 3 dos entrevistados o Poder Judici rio ineficiente sendo eficiente para apenas 8 8 O Judici rio caro para 77 8 dos entrevis tados e barato para 12 5 Por fim 86 1 o classificam como arcaico e somente 4 2 como moderno Tomada a opini o p blica como par
258. trado deve buscar o engajamento dos demais servidores especialmente do diretor de secretaria e dos supervisores at o ponto em que todas as pessoas que comp em o Juizado estejam plenamente envolvidos na necessidade de modernizar a forma de prestar a jurisdi o bem como conscientes do relevante papel social que desempenham Quando todos estiverem plenamente engajados deve ser tra ado um planejamento no qual ser o estabelecidas as metas a serem atingi das tanto para encontrar e eliminar as falhas existentes que acarretam a demora do processo e a m presta o do servi o quanto para desenvol ver mecanismos de agilidade e qualidade da presta o jurisdicional E um constante movimento de melhoria reativa e proativa Da em diante sair do planejamento e partir para a a o Afinal como afirma Peter Drucker um dos principais gurus da administra o os planos n o passam de boas inten es a n o ser que degenerem logo em trabalho rduo Com planejamento e a o os resultados vir o naturalmente e o sucesso ser inevit vel Quem sabe assim o sonho pelo modelo ideal de Justi a c lere barata gil simples efetiva justa e democr tica n o se torna realida de restaurando a t o necess ria legitimidade do Poder Judici rio Refer ncias bibliogr ficas AFFONSO Jos A primeira lei efic cia e economia na gest o de empre sas S o Paulo Prentice Hall 2008 AJUFE Associa o dos Ju zes Federa
259. transcrevendo se nos autos t o somente o seu dispositivo proporcionando al m de celeridade economia de papel 4 4 A reengenharia processual do juiz burocrata ao juiz empreendedor O que se deseja com os exemplos acima que haja uma conscientiza o por parte dos magistrados e dos servidores acerca da necessidade de realizar uma verdadeira reengenharia processual em 16 Os princ pios da oralidade e da celeridade s o incompat veis por exemplo com as arcaicas m quinas de escrever e os tradicionais carimbos Esses mobili rios s o inconci li veis com a Justi a do Terceiro Mil nio por isso as salas de audi ncias dos Juizados Especiais s podem ser concebidas com gravadores microcomputadores ou o uso da estenotipia computadorizada com decodifica o em tempo real A informatiza o e a instala o moderna da Justi a Especial s o imperiosas sob pena de violarmos o princ pio da oralidade e em muito pouco tempo frustrarmos a esperan a do processo r pido dessa vez descumprindo o princ pio da celeridade Todos n s conhecemos as causas e as raz es que impedem um juiz da Justi a tradicional de designar mais de duas audi ncias de instru o por tarde S o as vetustas m quinas de escrever geralmente com problemas mec nicos as defici ncias pessoais dos datil grafos os incidentes que surgem em face das diverg ncias havidas entre juiz e advogado na colheita da prova testemunhal quanto compreens o da pergunta
260. tribunal recebe automaticamente um e mail informando a movi menta o ocorrida c reserva antecipada de processos para carga d pagamento de custas on line e banco de dados com doutrina legisla o jurisprud ncia mo delos de peti es e de senten as dispon veis ao p blico em geral f acompanhamento processual por celular sistema wap wireless aplication protocol cuja utilidade ainda um pouco limitada em raz o do custo dos servi os de telefonia celular 9 sistema de Unidade de Resposta Aud vel URP pelo qual o usu rio pode ouvir por telefone ap s seguir as orienta es grava das informa es sobre o andamento de um dado processo ou solicitar a impress o por fax de toda movimenta o processual h sistema de consulta processual por celular pager fax ou vox mail pelo qual toda vez que o processo movimentado o inte ressado recebe automaticamente uma mensagem informando a movimenta o pelo telefone celular pager fax ou vox mail se melhante ao sistema push i acompanhamento processual atrav s de terminais remotos es 151 palhados pela cidade mediante conv nio com bancos ou ou tras institui es que disponibilizem o servi o j instala o de centrais de atendimento ao jurisdicionado funcio nando nos moldes dos call centers das grandes corpora es visando prestar informa es aos usu rios tirar d vidas reduzir a termo os pedidos e realizar a comunica o dos atos proces
261. tutela genuinamente pre ventiva dirigida a impedir a pr tica a continua o ou a repeti o do il cito ato contr rio ao direito independentemente da consuma o do dano Al m desses not veis avan os na constru o de tutelas jurisdicionais diferenciadas n o podem ser esquecidas as t cnicas de efetiva o da tutela espec fica multa coercitiva medidas de apoio pris o civil etc atrav s das quais se opera a verdadeira mudan a no mundo f tico e que exigem aplica o respons vel e equilibrada A preocupa o com a tem tica da atua o executiva dos direitos ultrapassa os limites do territ rio nacional e avan a sobre os principais ordenamentos jur dicos ocidentais como j bem sintetizou Taruffo Merece lembran a que o tema das medidas de coer o exige atualmente a an lise de uma quest o fundamental relativa possibilida de de utiliza o da pris o como instrumento de press o psicol gica gen rica capaz de dar guarida s ordens inibit rias no sistema nacional A maior parte da doutrina e da jurisprud ncia posiciona se con 31 MARINONI Luiz Guilherme Tutela inibit ria p 26 32 A atua o executiva dos direitos perfis comparat sticos Revista de Processo n 59 Ver tamb m CHARLONI S rgio Misure coercitive e tutela dei diritti Milano Giuffr 1980 MANDRIOLI Crisanto La tutela giurisdicionale specifica dei diritti Rivista di Diritto Processuale V VIII partes le
262. u interpostos os recursos verdade que t m havido investiga es sobre a fun o do juiz sob 36 Tais como BORRIE Gordon LOWE Nigel The law of contempt of court Londres Butterworths 1973 DANGEL Edward M National lawyer s manual of contempt including civil and criminal contempts Boston National Lawyer s Manual 1939 DOBBYN John F Injuctions Saint Paul West Publishing 1974 GOLDFARB Ronald L The contempt of court Nova lorque Columbia University Press 1963 37 Op cit p 30 75 o ngulo da metodologia jur dica e da filosofia do direito Por essa perspectiva analisou se a fun o judicial conforme o positivismo ju r dico o antiformalismo a jurisprud ncia de interesses etc Talvez seja poss vel partindo desses pontos de vista deduzir quais seriam as forma es os crit rios de sele o e o governo da magistratura porque com pureza cada uma dessas posi es pode implicar al guma id ia acerca do poder judici rio mas o certo que n o se tem conduzido a an lise at essas consequ ncias sem contar de que para isso contribui o fato de que essas posi es metodol gicas t m servido para usos pol ticos conjunturais sem a menor coer ncia metodol gica 8 1 4 3 Do processo escrito ao processo virtual Mas j s o sentidas as transforma es operacionais no Poder Judi ci rio para fazer frente aos novos paradigmas da modernidade O novo juiz n o pode desprezar esses avan os o
263. u se recusar a atualizar se para melhor prestar o servi o judici rio a hip tese do processo virtual Quem visita um museu judici rio pode apreciar os antigos autos do s culo XIX e mesmo do XX todos elaborados base da pena e do tinteiro Desenhados seria a melhor express o Letras cuidadosamente lan adas desde a capa at a contracapa Um processo todo escrito m o Uma revolu o operacional nos servi os judici rios foi iniciada com a introdu o da m quina de escrever e da tipografia O processo conti nuou escrito mas agora mais gil posto que datilografado e com padr es impressos Esses novos autos imperaram nos cart rios judiciais at o fim do s culo XX e apesar de n o totalmente extintos j foram na sua mai oria substitu dos pelos autos confeccionados a partir de pe as digitadas ou seja produzidas atrav s de programas de computador Nova realidade se descortinou com a utiliza o dos computadores nos trabalhos judici rios N o preciso dizer muito a esse respeito Seria 38 Op cit p 31 76 poss vel aos ju zes aos advogados e aos promotores datilografar cada despacho ou senten a peti o ou parecer H como imaginar os servi dores do Poder Judici rio datilografando cada of cio cada certid o ou ato processual ordin rio ou mantendo o acompanhamento processual por fichas de papel Esse avan o gerencial do Poder Judici rio n o uniforme em todo o Brasil N o preciso
264. ual conservam a lide em primeiro grau de jurisdi o onde oferecem solu o definitiva causa O simples fato de impor solu o ao conflito de interesses com a interven o de uma nica inst n cia do Poder Judici rio motivo suficiente para o merecimento de cinco pontos independentemente do tipo de a o ajuizada Em patamar imediatamente inferior se encontram as a es ordin rias tribut ria previdenci ria relacionada a servi os p blicos e ao Sistema Financeiro da Habita o para as quais se atribuem quatro pontos Nem 31 sempre dependem da produ o de provas e muitas vezes permitem o julgamento antecipado da lide Como n o poss vel estabelecer regra de que a condu o do processo exigir poucos esfor os do magistrado a pontua o escolhida aparenta ser a mais adequada As a es sum rias cujo ajuizamento foi bastante reduzido em face da institui o do Juizado Especial Federal receberam tr s pontos uma vez que abrangem quest es normalmente singelas n o admitem a inter ven o de terceiro e s o incompat veis com a prova t cnica de maior complexidade Ao lado das a es sum rias postam se o mandado de seguran a e o habeas data rem dios constitucionais que possuem rito c lere n o admitem a dila o probat ria e n o toleram a produ o de prova oral Al m disso h interven o do representante do Minist rio P blico cujo parecer capaz de facilitar a escolha da argumenta
265. udo N o h Justi a para quem pobre 3 Cf Mare Minist rio da Administra o Federal e Reforma do Estado Programa de Quali dade e Participa o na Administra o P blica Bras lia Cadernos do Mare 1997 pp 12 18 4 Curiosamente as primeiras aplica es pr ticas da teoria da administra o n o ocorreu em empresas privadas mas no setor p blico cf DRUCKER Peter Desafios gerenciais para O s culo XXI S o Paulo Pioneira 1999 p 16 113 Patativa do Assar em Cante l que eu canto c A hist ria dos Juizados Especiais Federais come a dentro da ma gistratura federal e representa a constante busca por um modelo ideal de Justi a que seria aquela Justi a mais c lere mais moderna mais sim ples mais acess vel camada carente da popula o mais solid ria mais efetiva mais humana Os ju zes federais observando o razo vel sucesso dos Juizados Estaduais perceberam que a solu o para a morosidade dos processos que tramitam na Justi a Federal poderia estar naquele modelo mais sim ples Ent o por que n o adotar na esfera federal os mesmos princ pios da simplicidade da celeridade da instrumentalidade da oralidade e da concilia o j previstos na Lei ne 9 099 957 A partir da foram organizados semin rios para discutir o tema e criadas comiss es para elaborar o anteprojeto ganhando o apoio de di versos setores inclusive da Advocacia Geral da Uni o Como fruto dess
266. ue h estrangulamento e morosidade na tramita o Permitir iden tificar a contribui o das partes para o desenvolvimento acelerado ou lento do feito Servir para priorizar o julgamento de determinados pro cessos seja em raz o da quest o submetida aprecia o judicial seja em face do lapso transcorrido desde o ajuizamento da a o Identificar a capacidade de simplifica o de procedimentos a ado o de solu es criativas que visem celeridade processual e estimular a elabora o de decis es e senten as despidas de fei es bizantinas mas suficientemente intelig veis e fundamentadas para dizer o direito e atribuir a cada um o que lhe devido Apurar as varas em que h necessidade de aux lio a fim de se determinar a redistribui o de ju zes respeitado o princ pio do juiz natural e o direito inamovibilidade Enfim a implementa o da avalia o da produtividade confirmar ou n o a cren a de morosidade atribu da indistintamente a todos os r g os do Poder Judici rio bem como possibilitar reverter eventual conclus o negativa ao fornecer dados que propiciem a melhor gest o dos processos 3 Delimita o do campo de aplica o Entre as diferentes Justi as que comp em o sistema judici rio na cional selecionou se a Justi a Federal para a implementa o inicial do 14 projeto piloto porque as quest es submetidas a julgamento possuem caracter sticas que facilitam a avalia o da
267. uiz na condu o do processo Deste modo o juiz deve deslocar o foco de suas aten es para os passos do processo definindo o seu papel como gestor do processo Assim a avalia o da produtividade do juiz deve refletir a forma de atua o do magistrado na condu o do processo prezando pela celeridade Os indicadores de produtividade do juiz devem cotejar 191 notadamente sua atua o no combate morosidade processual Tomando por base as varas c veis da Justi a Federal e utilizando a t cnica dos incidentes cr ticos pudemos localizar os principais pontos de represamento do processo Alguns incidentes cr ticos foram localizados em todos os tipos de processo como as pr ticas cartor rias e a aus ncia de pr ticas conciliat rias Portanto alguns indicadores iniciais da produtividade do juiz pode riam ser a quantidade de atos praticados pr ticas cartor rias o tempo de demora de sua realiza o a quantidade de audi ncias conciliat rias designadas e os acordos efetivamente realizados importante observar que os indicadores quantidade e tempo de demora n o devem ser tomados como par metros absolutos Devem ser conjugados com a fase em que se encontra o processo e com o tipo de a o para que tenhamos uma vis o mais global da produtividade do juiz Assim a produtividade do juiz tamb m deve ser conjugada com a fase em que se encontram os processos se estamos ainda no processamento do feito at a senten a ou
268. us perman ncia na posse do im vel A quantidade de deman 32 das repetitivas e a aus ncia em geral de instru o probat ria justifica a atribui o de pontua o inferior das a es sum rias As decis es interlocut rias especialmente aquelas proferidas em sede liminar ou em antecipa o dos efeitos da tutela recebem dois pon tos porque s o exaradas nos prim rdios do processo em momento anterior contesta o e instru o S o ju zos provis rios pass veis de modifica o a qualquer tempo e por essa raz o o exame operado mui tas vezes n o abrange todas as quest es que s o suscitadas quando as partes se colocam em contrariedade No rol incluem se as decis es que analisam a impugna o ao valor da causa ao pedido de assist ncia judi ci ria e a incompet ncia relativa entre outras as quais em virtude de cingir se o exame a uma quest o pontual da lide n o costumam envolver aspectos complexos e demandar ampla produ o de provas As a es ordin rias que envolvem o FGTS devido sedimenta o de entendimento jurisprudencial n o trazem nenhuma complexidade ao julgador A menor pontua o atribu da proporcional ao esfor o do ma gistrado na solu o da lide A respeito das causas repetitivas pode se conceber um sistema de redu o de pontos medida que a quest o submetida aprecia o judicial torne se incontroversa no seio da juris prud ncia Embora a aplica o de expurgos
269. v nculo com a aplica o da estat stica e da inform tica poder em primeiro momento gerar desconfian as Os ju zes afeitos s ci ncias humanas poder o resistir aplica o das ci ncias exatas na medi o de seu trabalho Por m em n o sendo conceitos anton micos precis o celeridade e liberdade de decis o desempenho o recurso estat stica e inform tica afigura se indispens vel para fazer cessar o dogma de que decis es bem elaboradas contrap em se Justi a gil e que orientar o juiz pela sua produtividade afeta sua independ ncia funcional Existe a firme convic o de que nem todos os problemas de funci onamento de uma vara federal se resolvem com o aumento num rico de servidores A efici ncia do Judici rio depende em grande parte da capa cidade de administra o dos ju zes e de prepara o de uma estrutura organizativa renovada Igualmente h a persuas o ntima de que a efici ncia e a celeridade da resposta do sistema judici rio al m de acrescentarem prest gio e consolidarem a autonomia da magistratura constituem condi o indispens vel plena realiza o dos valores de fun damental import ncia para a democracia e para o estado de direito 2 Objetivos A ado o do projeto possui como objetivo primordial aferir a produ tividade do juiz federal Coloca se em plano posterior mas no mesmo grau de prioridade fornecer elementos para o alcance de alto desempe nho pelo magistrado o que
270. z metas padr o podem ser fixadas No estabelecimento de metas a premia o e a puni o s o cruciais N o h motiva o se n o existem 56 perspectivas N o se desempenha o m nimo se n o existe cobran a e s se espera indiferen a Em qualquer rea profissional o reconhecimento do trabalho desempenhado e o desagrado pelo baixo empenho atuam como elementos imprescind veis para o bom funcionamento do sistema A avalia o da produtividade com base nos fatores celeridade com plexidade e resolutividade atende ao Poder Judici rio porque lhe permite estabelecer metas de desempenho para os magistrados puni los e premi los caso revelem baixa ou alta performance Favorece os pr pri os ju zes que passam a ter est mulo para desenvolver solu es criativas capazes de propiciar a redu o da dura o do processo e porque lhes permite cumprir sua fun o social n o apenas julgar mas julgar em tem po h bil Por fim beneficia o jurisdicionado porque ser a ele poss vel esperar o julgamento de sua causa dentro de lapso razo vel e assim gozar de uma presta o jurisdicional mais c lere 12 Refer ncias bibliogr ficas LEUBSDORF John The myth of civil procedure reform ZUCKERMAN A Civil justice in crisis Comparative perspectives of civil procedure Oxford Oxford University Press 1999 LIPPMANN J NIOR Edgard Ant nio Controle permanente da tramita o dos processos distribu dos ao gabinete Trabalho disp
271. z de Juizado Especial Federal C vel ou de um juiz do interior e assim sucessivamente Nas varas c veis da Justi a Federal temos um perfil pr prio das classes de a es S o a es por exemplo sobre financiamento imobili rio FGTS a es tribut rias sobre servidores p blicos e militares e respectivas aposentadorias e pens es estatut rias a es de indeniza o por dano moral ou material em face da Uni o da Caixa Econ mica Federal ou da Empresa Brasileira de Correios e Tel grafos a es de co bran a e execu es de t tulo extrajudicial ajuizadas por entes p blicos a es de loca o e reintegra o de posse a o popular a o civil p bli ca habeas data e mandado de seguran a em face de autoridade federal entre outras Com efeito a produtividade do juiz federal de vara c vel deve ser avaliada n o somente em dados unicamente quantitativos mas sopesa 193 dos com o pr prio perfil das a es Nas a es sobre financiamento imobili rio a produtividade pode ser avaliada pela quantidade e pelo tempo de demora para realiza o de audi ncias conciliat rias e promo o do acordo realiza o das pr ticas cartor rias a contento e realiza o de per cia grafot cnica ou cont bil quando demandar dila o probat ria Por sua vez a tramita o das a es mandamentais avalia o da produtividade do juiz pode ser feita atrav s do percentual de mandados de seguran a julgados em compa

ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL: Concurso de Monografias

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