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Dissertação - Allison Santos de Andrade - TEDE

1. tend ncia naturalizar aquilo que percebemos primeira vista Como nos mostra o antrop logo DAMATTA 1978 o problema com o qual se depara o pesquisador como tornar o familiar estranho o que muito dif cil e o estranho em familiar O que estou me referindo s ndrome do familiar tem a ver com o que o antrop logo est se referindo Aparentemente parece ser mais f cil e interessante observar e encontrar um problema a ser investigado quando nos deparamos com um objeto distante de nosso conv vio T o dif cil quando naturalizamos o que vemos diante de n s pois o risco de enviesar a pesquisa enorme principalmente quando nosso olhar sob o objeto parece t o evidente Esta quest o que estou deixando em evidencia j foi objeto de estudo de alguns autores Dentre eles destaco inicialmente Roberto da Matta 1978 o qual traz uma grande contribui o ao analisar a rela o entre o ex tico e o familiar e deixar claro a no o de que poss vel estudar tanto um quanto o outro sem deixar que a investiga o sofra interfer ncias Segundo Da Matta 1978 poss vel tanto familiarizarmos o ex tico quanto tornar ex tico o que nos familiar A abordagem realizada por Da Matta 1978 sobre est tem tica serviu de base para Velho 1978 construir suas argumenta es acerca de observa es que contemplem o familiar Para Velho 1978 o ex tico pode n o ser algo completamente desconhecido assi
2. Ainda referente Colabora o para fora a participa o de colaboradores da empresa incentivada at mesmo s comunidades do interior do Amazonas como com as Gincanas Ambientais A Moto Honda da Amaz nia participou no m s de junho das atividades da GICA Gincana Ambiental em comemora o ao m s do meio ambiente O evento ocorreu na Comunidade Nossa Senhora do Livramento s margens do Lago do Par no munic pio de Manacapur no estado do Amazonas e teve a colabora o de 15 volunt rios da Honda Nesta edi o o tema da gincana foi MEIO AMBIENTE CONSERVA O E SUSTENTABILIDADE A finalidade do GICA promover a cogest o dos recursos naturais renov veis destacando principalmente a Educa o Ambiental e a organiza o de agricultores e seus familiares ESPA O HONDA 2010 p 4 A participa o dos colaboradores nestas atividades de acordo com a empresa um ato de voluntariedade no entanto nem todos os colaboradores se disp em a isso ainda que conte como um ponto positivo em sua avalia o anual de desempenho 89 Em an lise este tipo de colabora o n o traz benef cios para a empresa mas estas pr ticas acabam por promover o nome da f brica passando assim a ser bem vista e aceita pela sociedade Esta boa aceita o acarreta no fim em poss veis clientes da marca Honda ou no m nimo multiplicadores da mesma como se a comunidade assumisse o papel
3. de 20 a 30 sugest es por ano acima de 30 sugest es por ano Outros favor especifique 10 Os grupos de NHCS em sua empresa s o formados por trabalhadores de que rea marque as alternativas correspondentes l deres chefes coordenadores gerentes Profissionais do CQ Controle de Qualidade Funcion rios da administra o Oper rios do ch o de f brica somente funcion rios indicados pela lideran a da sua empresa aberto para funcion rios de todos os setores da empresa Outros favor especifique 11 Os trabalhadores de sua empresa j receberam alguma recompensa da Moto Honda da Amaz nia pelo desenvolvimento de grupos de NHCS 9 sim n o Se sim que tipo de recompensa financeira 143 brindes passeios viagens trof us outros favor especifique 12 Sua empresa recompensa os trabalhadores que participam de grupos NHCS 9 sim n o Se sim que tipo de recompensa financeira brindes passeios viagens trof us outros favor especifique 13 O cliente Honda recompensa de alguma forma o fornecedor sua empresa pela qualidade de seus produtos e servi os fornecidos 9 sim n o Se sim que tipo de recompensa financeira brindes passeios viagens trof us outros favor especifique 14 Al m do CCQ coordenado pela Moto Honda da Amaz nia Ltda sua
4. essencial no sentido de motivar seu comprometimento A come ar pelo fardamento onde todos na empresa em seus mais variados cargos utilizam o mesmo uniforme com a cor branca para nivelar os funcion rios a uma mesma posi o numa tentativa de eliminar barreiras entre a chefia e oper rios levando as rela es de trabalho a um maior n vel de igualdade A Confian a o terceiro ponto das Cren as Fundamentais que conforme consta no livreto de bolso da Filosofia Honda obtida quando reconhecemos os outros como indiv duos ajudamos em reas em que as pessoas t m dificuldade aceitamos ajuda nas que falhamos compartilhamos nosso conhecimento e assumimos nossas responsabilidades Filosofia Honda 1998 p 7 A Confian a nesta Filosofia fator indispens vel dentro do espa o das rela es quer seja entre liderados quer seja entre l deres quer seja entre lideres e liderados independente da posi o hier rquica e principalmente em rela o aos clientes pois para a empresa o estabelecimento de uma rela o de confian a entre ela e seus colaboradores contribui tanto para processo de produ o onde o trabalhador tem 117 confian a no que est produzindo quanto a confian a em que o cliente tem no produto a ser adquirido A compreens o dessas Cren as Fundamentais constitutivas da filosofia da empresa apresentadas acima ser de grande valor no pr ximo cap tulo ao apresentar a pr tica
5. 14 Quem o respons vel pela qualidade dos produtos contratante fazendo controle 100 nos produtos recebidos fazendo controle por amostragem fazendo auditoria de qualidade fomecedor fazendo controle 100 aplicando autocontole Ex TQC e auditorias ambas 15 A contratante oferece algum tipo de assist ncia ao fornecedor 9 sim n o Se sim que tipo de assist ncia assist ncia financeira escolha de equipamento especifica o de material 139 projeto de produto layout da f brica planejamento e controle da produ o controle de qualidade planejamento de compra e estoque gerenciamento de pessoal transfer ncia de equipamentos outros especifique 16 De que forma a empresa contratante oferece assist ncia tecnol gica e gerencial para o fornecedor treinamento nas depend ncias da empresa contratante treinamento na matriz da empresa contratante a contratante envia uma equipe t cnica ao fornecedor envio de informa es por escrito outros especifique 17 Em que reas a empresa contratante tem oferecido mais assist ncia aos fornecedores 18 Quais os benef cios que o fornecedor tem em fazer neg cios com a MHA aumento das vendas transfer ncia de tecnologia transfer ncia de know how gerencial melhora da imagem da empresa outros especifique 19 A empresa contratante recompensa de alguma forma os fornecedores pela
6. GOUNET Thomas Fordismo e Toyotismo na civiliza o do autom vel Boitempo Editorial S o Paulo 1999 GRAMISC A Americanismo e Fordismo In Maquiavel a pol tica e o estado moderno Rio de janeiro Civiliza o brasileira 1968 HARVEY D A condi o p s moderna S o Paulo Loyola 1989 HIRATA H Org Sobre o modelo japon s S o Paulo Edusp 1993 HONDA Moto Espa o Honda Ano VII n 53 Maio junho Linkpress Assessoria e Comunica o 2011 HONDA Moto Espa o Honda Ano VII n 52 Mar o Abril Linkpress Assessoria e Comunica o 2011 HONDA Moto Espa o Honda Ano VII n 51 janeiro fevereiro Linkpress Assessoria e Comunica o 2011 HONDA Moto Espa o Honda Ano VI n 50 Novembro Dezembro Linkpress Assessoria e Comunica o 2010 HONDA Moto Espa o Honda Ano VI n 49 Setembro Outubro Linkpress Assessoria e Comunica o 2010 HONDA Moto Espa o Honda Ano VI n 48 julho agosto Linkpress Assessoria e Comunica o 2010 HONDA Moto Espa o Honda Ano VI n 47 Maio junho Linkpress Assessoria e Comunica o 2010 HONDA Moto Espa o Honda Ano VI n 46 Mar o Abril Linkpress Assessoria e Comunica o 2010 HONDA Moto Espa o Honda Ano VI n 45 Janeiro Fevereiro Linkpress Assessoria e Comunica o 2010 134 HONDA Moto Espa o Honda Ano V n 44 Novembro Dezembro Assessoria e Comu
7. colaborador se destacar diante de uma massa de trabalhadores H por m aqueles que sempre participam das atividades do NHC produzindo ideias e sugest es de melhoria para a empresa e nunca chegam a passar da primeira etapa de classifica o Ocorrer ent o com esses colaboradores certa frustra o e posterior des nimo em participar novamente alegando nunca ganhar nada em termos de classifica o A Secret ria Geral do NHC em Manaus informou que alguns desses colaboradores chegam at a enviar e mails discutindo a situa o e em alguns casos at mesmo xingando E para estes casos esta secret ria tem que agir de forma cautelosa a fim de explicar a situa o apontando poss veis falhas na constru o desenvolvimento e apresenta o do trabalho NHC que aquele colaborador estava envolvido Um caso interessante que ouvi do Colaborador D o que ele havia observado sobre uma situa o na empresa Este colaborador me compartilhou a informa o de que havia um trabalhador super aplicado na linha de produ o em que ele trabalhava era um colaborador esfor ado obediente trabalhava duro ningu m via aquele homem parado se a linha n o estivesse rodando ele estava varrendo o ch o participava de todos os programas de melhorias desenvolvia sempre algum projeto de NHC estava realmente interessado em crescer na empresa e isso era n tido para todos o que ele n o fazia por m era ser mais pr ximo
8. es como podemos observar na sua obra fundamental como O suic dio Ele mostrou como podemos utilizar dos dois procedimentos sem perder a profundidade da an lise A an lise produzida por Durkheim sobre as solidariedades rela es org nica e mec nica uma formula o que mostra que as sociedades desenvolvidas t m um tipo de solidariedade diferente da tradicional onde o peso da fam lia dos mais velhos na tradi o muito maior e a autonomia individual muito menor e muito mais limitada do que na sociedade aberta como a sociedade capitalista moderna Quem vive em uma cidade como S o Paulo New York ou Manaus diferente de uma pessoa que vive em uma maloca ou numa comunidade fechada O indiv duo da solidariedade mec nica diferente do indiv duo da solidariedade org nica E Durkheim 1978 at poderia tentar chegar a esses termos por meio de quantifica es como fazem hoje os soci logos que estudam o meio rural e urbano Mas na sua poca talvez n o existiam dados muito precisos em termos quantitativos No caso da pesquisa na ind stria eu acreditava que n o fosse poss vel fugir completamente das quantifica es algo que me interessava Nesse tipo de ind stria como no caso das existentes na Zona Franca de Manaus ZFM existem atividades massacrantes e outras mais leves Dentro do setor industrial existem v rios tipos diferentes de riscos vida do trabalhador como o de adoecer mentalmente stress depress o do
9. o em Rede de Produ o 113 4 2 1 A via japonesa de Sele o e Gerenciamento dos Fornecedores e a Rela o cliente fornecedor HONDA sesasesasarosenanensastava es CohaTasaUsNTaA baia avaatina sado a Aai eraa a iS 114 4 2 2 Fornecedores Honda em ManaliS secesrenpemesaregava quis euetsesarsugialdasameaasesi as ronhfes as dantas potesmend o 119 4 2 3 Sobre o New Honda Circle Supplier NHCS ceeseeemerseeceesesaainerimessarieeco setor cassnneaaeso 120 4 24 NHES Est d s dS CASOS cnc a lena qd E DD UT aa 122 CONSIDERA ES FINAIS ssa s ss as ra a a a aaa da pe 128 REFER NCIAS ias od s L D ea 132 V I DDS D P A EO EE E E E 136 11 INTRODU O Esta disserta o traz uma discuss o sobre os processos de transforma o do trabalho assim como as estrat gias de reorganiza o da produ o concernente ao trabalho no mbito da ind stria Meu interesse foi o de compreender os sentidos do trabalho reconfigurado como colabora o a partir de uma investiga o sobre a forma o de uma cultura da colabora o nas rela es de trabalho e produ o na f brica Honda em Manaus e seus fornecedores Certos de que estamos enfrentando em nossa atual realidade um cen rio de mudan as que t m trazido consigo uma reconfigura o no mundo do trabalho e uma consequente recaracteriza o dos trabalhadores inseridos neste contexto correto afirmar que as transforma es do trabalho se d o
10. o artesanal um novo modelo de produ o surgiu e passou a ganhar espa o no meio industrial Este novo modelo de acordo com Womack 1992 p 3 seria uma uni o das vantagens alcan adas nas produ es artesanais e em massa evitando os altos custos da primeira e a rigidez da ltima Para Druck 2001 apud Robertt 2009 este novo modelo considerado alternativo produ o em massa conhecido como Produ o Flex vel Toyotismo Ohnismo e ainda Just in Time Womack 1992 referindo se a este modelo utiliza o conceito de produ o enxuta definido assim pelo pesquisador John Krafcik apud Womack 1992 p 3 enxuta por utilizar menores quantidades de tudo em compara o com a produ o em massa metade do espa o dos oper rios na f brica metade do espa o para fabrica o metade do investimento em ferramentas metade das horas de planejamento para desenvolver novos produtos em metade do tempo Requer tamb m bem menos de metade dos estoques atuais no local de fabrica o al m de resultar em bem menos defeitos e produzir uma maior e sempre crescente variedade de produtos WOMACK 1992 p 3 A seguir veremos em mais detalhes esses modelos de produ o e organiza o do trabalho a come ar pelo que podemos chamar de modelos cl ssicos de produ o para logo em seguida fazer uma apresenta o do modelo alternativo de produ o o modelo japon s produ o flex vel enxuta 2 2 1 Taylorismo
11. o mas por necessidade uma a o racional instrumental A colabora o apresentada neste estudo confirma a necessidade de uma base ideol gica forte o suficiente para firmar la os entre empresas e trabalhadores com o objetivo de alcan ar um fim em comum Mas o que vem na frente Finalidade ou ideologia Qual a finalidade e que sentido a ideologia d colabora o certo de que os fundamentos ideol gicos que servem de sustenta o para esta cultura da colabora o apresentada neste estudo s o representados pela filosofia da empresa elaborada por seu fundador e ela o instrumento unificador das ideias E ela que 130 torna poss vel a exist ncia de uma linguagem comum a todos os participantes desta rela o de trabalho A filosofia da empresa um instrumento norteador das a es dos indiv duos ligados f brica e ela que tenta garantir o sentido da colabora o e o alcance da finalidade da empresa Sendo assim o sentido da colabora o est fortemente ligado ao interesse industrial de aumentar a produtividade maximizar os lucros reduzir despesas mas n o de uma forma imposta como se algu m obrigasse outrem ao emagrecimento O que se espera que esse outrem adquira um habito do autocontrole e se torne vigilante do seu pr prio peso evite sempre as gorduras exageros e os desperd cios sem perder o prazer de desfrutar de uma boa qualidade de vida Ou seja
12. o direta decis o da contratante decis o do fornecedor outros especifique 8 Que tipo de intera o t cnica existe entre empresa contratante e fornecedora no ato do pedido inicial da mercadoria contratante informa tipo volume de produtos padronizados a serem entregues pelo fornecedor repassa informa es sobre os produtos a serem produzidos e deixa a fornecedora fazer o projeto do produto repassa o desenho dos produtos a serem produzidos para o fornecedor convida o fornecedor para participar da faze de projeto do produto na empresa contratante 9 Os materiais necess rios para a produ o dos pedidos s o fornecidos pela empresa contratante para o fornecedor 9 sim 138 n o 10 Se n o A fornecedora respons vel pela compra de acordo com as especifica es da contratante especifica o e compra dos materiais 11 A contratante informa ao fornecedor sobre seu plano de produ o ou compras com anteced ncia 9 sim n o Se sim quanto tempo antes 1 semana 2a3 semanas 1 m s 2 meses 3 meses outros especifique 12 As perdas causadas por eventuais mudan as no plano de produ o da contratante s o compensadas ao fornecedor 9 sim n o 13 Qual a fregii ncia de entregas dos fornecedores para a empresa contratante di ria duas vezes por semana semanal mensal n o tem regularidade outros especifique
13. INSC CNPJ 02 998 356 0001 91 INSC SUF 20 1107 01 5 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SOLTECO TECNOLOGIA DE CORTES LTDA CIDADE Manaus END Av Cupiuba 162 Lote 351 Distrito Industrial CEP 69 075 060 M O DE OBRA 180 INVEST FIXO US 2 341 240 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 OUTRAS PARTES E ACESS P MOTOCICLETAS INCL CICLOMOTORES INSC CNPJ 04 590 028 0001 87 INSC SUF 20 1002 01 9 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA TECAL ALUM NIO DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Bambuzinho 831 Distrito Industrial II CEP 69 075 351 M O DE OBRA 79 INVEST FIXO US 8 327 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 76012000 LIGAS DE ALUMINIO EM FORMA BRUTA INSC CNPJ 08 014 346 0001 50 INSC SUF 20 1201 01 1 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA 3M MANAUS IND DE PRODS QU MICOS LTDA CIDADE Manaus END Av Cosme Ferreira 12 040 Col Antonio Aleixo CEP 69 008 310 INICIO DAS ATIVIDADES Dezembro de 2007 M O DE OBRA 68 INVEST FIXO US 5 653 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 148 35069190 FITA ADESIVA A BASE DE PL STICO 39191000 FITA ADESIVA DE POLIPROPILENO 39199000 FITA ADESIVA DE POLIPROPILENO 48114110 FITA ADESIVA DE PAPEL OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 02 699 552 0001 65 INSC SUF 20 0675 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA COLORTECH DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Ru
14. grandemente teis ao oper rio para execu o do seu trabalho di rio Al m de desenvolver deste modo uma ci ncia a dire o exerce tr s tipos de atribui es que envolvem novos e pesados encargos para ela Primeiro Desenvolver para cada elemento do trabalho individual uma ci ncia que substitua os m todos emp ricos Segundo selecionar cientificamente depois treinar ensinar e aperfei oar o trabalhador No 42 passado ele escolhia seu pr prio trabalho e treinava a si mesmo como podia Terceiro Cooperar cordialmente com os trabalhadores para articular todo o trabalho com os princ pios da ci ncia que foi desenvolvida Quarto Manter a divis o equitativa de trabalho e de responsabilidades entre a dire o e o oper rio A Dire o incumbe se de todas as atribui es para as quais esteja mais bem aparelhada do que o trabalhador ao passo que no passado quase todos os trabalhadores e a maior parte das responsabilidades pesavam sobre o oper rio TAYLOR 1990 p 41 apud ROBERTT 1992 p 64 O sistema de produ o idealizado por Taylor apesar de ter trazido um novo direcionamento ao mundo da produ o industrial ainda apresentava lacunas poss veis de serem preenchidas na tentativa de aperfei oar ainda mais os modos de produ o e obter um maior lucro empresa capitalista Apoiado nos princ pios do taylorismo um novo modelo de produ o surgiu nos Estados Unidos da Am rica modelo este que marcaria si
15. ltimas solu es propostas foram aprovadas Pois n o comprometeriam a qualidade da produ o e a seguran a do colaborador reduziriam os custos e diminuiriam os res duos ao meio ambiente Ap s a implanta o das solu es aprovadas o Grupo C observou as seguintes dificuldades de implanta o em rela o proposta 3 perceberam que as luvas pl sticas que haviam substitu do pela cir rgica rasgavam durante a jornada de trabalho Eles solucionaram esta dificuldade com a utiliza o de dois pares de luvas pl sticas por turno e a substitui o do fornecedor em rela o proposta 4 a dificuldade encontrada estava 112 ligada a coleta correta das luvas para a lavagem Essa dificuldade foi solucionada pelo grupo atrav s de uma conscientiza o aos colaboradores sobre a import ncia da coleta seletiva Os resultados alcan ados pelo grupo foram a redu o de custos de R 236 583 00 para R 197 765 00 e a diminui o de res duos que antes da implanta o era de 7 246 2 Kg ano para 4 876 1 Kg ano ap s a implanta o Conforme o levantamento realizado pelo Grupo C junto ao setor de gest o ambiental da empresa o custo para incinera o era de R 0 97 por Kg Sendo assim a diferen a de 2 370 1 Kg ano equivalente redu o dos res duos gerou uma economia anual para a empresa de R 2 298 00 Atrav s dos trabalhos acima apresentados podemos ter uma vis o mais apurada sobre o que representa o New Honda Circle
16. o em massa conduzida pela Ford teria uma probabilidade zero de ser realizada no Jap o Womack 1992 faz uma breve abordagem sobre a constru o do modelo japon s ou seja o desenvolvimento da produ o enxuta e atrav s dessa abordagem podemos perceber alguns pontos focalizados por Ohno ao desenvolver este novo modelo O primeiro ponto que podemos observar conforme apresentado por Womack 1992 a id ia de Ohno em desenvolver t cnicas simples de trocas de moldes para 49 facilitar e promover a troca com fregii ncia Estes moldes eram os respons veis por formar as pe as padronizadas de seus produtos Nas f bricas fordistas esses moldes eram trocados em tempos muito longos e para Ohno e sua f brica era necess rio que fossem trocados a cada duas ou tr s horas Para a realiza o da troca Ohno delegou a tarefa aos pr prios oper rios reduzindo tempo e necessidade de especialistas No final da d cada de 1950 ele havia reduzido o tempo necess rio para trocar moldes de um dia para surpreendentes tr s minutos e eliminado a necessidade de especialistas na troca de moldes No processo fez uma descoberta inesperada o custo por pe a prensada era menor na produ o de pequenos lotes do que no processo de lotes imensos WOMACK 1992 p 43 Womack 1992 p 44 afirma que a mudan a das trocas r pidas de moldes para produzirem pouca quantidade de pe as trouxe um outro avan o na rea da qualidade O que
17. o trabalhador est submetido racionalidade da empresa atrav s de formas variadas de domina o Em primeiro lugar o trabalhador fica condicionado a colaborar com a empresa a partir do acordo firmado em seu contrato de trabalho que expressa claramente a necess ria participa o do trabalhador nas atividades planejadas e desenvolvidas pela empresa desde aquelas referentes produ o at as a es beneficentes Em segundo o carisma exercido pela gerencia da empresa e as demais lideran as tem for a para cooptar trabalhadores para a causa da empresa Em terceiro e creio que menos prov vel uma esp cie aproximada de domina o tradicional possa ser exercida sobre os trabalhadores atrav s da utiliza o do nome da empresa e de seu fundador H certa rever ncia ao mentor da empresa sua filosofia seus princ pios e at mesmo ao pr prio nome da marca Em todos os casos o trabalhador pode muito bem se utilizar de sua condi o de volunt rio ao trabalho e escolha da empresa para trabalhar e optar por investir seus esfor os em outra f brica Mas por que n o o faz Por raz es diversas Sempre um risco perder um emprego Muitos tem medo do novo Uma grande parcela dos trabalhadores n o tem qualifica o suficiente que lhe deixe seguro de arriscar uma mudan a de emprego Ent o o que acontece uma esp cie de consentimento entre os trabalhadores e a empresa Os colaboradores agem e atuam n o por aliena
18. voltado mais para o operacional n veis abaixo de especialistas de produ o O qu que n s ensinamos nesse treinamento do 5S Ensinamos a origem do programa onde come ou toda a parte do Jap o e os motivos pelos quais foram implantados no Jap o desde os anos 50 a gente faz uma apresenta o te rica antes de chegar especificamente no conte do do 5S depois a gente aborda a situa o no Brasil a implanta o disso no Brasil a partir dos anos 80 e 90 que come a a se sinalizar essas ferramentas mas em 90 j tem um neg cio mais espec fico e oficial Aqui na Honda a gente j pratica o 5S numa vers o desde os anos 80 quando isso teve o nome de Campanha LAR Esse LAR vem de Limpeza Arruma o e Revis o baseado nessa filosofia do 5S basicamente por que a Honda sempre adota alguns procedimentos diferentes daqueles considerados universais cl ssicos que a gente conhece A os procedimentos eram limpeza voc fazer uma reciclagem de lixo constante fazer melhorias e fazer a quest o da organiza o por isso que limpeza arruma o voc limpa voc organiza e faz esse ciclo novamente e revisa s o tr s procedimentos Depois n s avan amos para o 5S mesmo inclusive n s temos campanhas internas A Honda tinha isso no Jap o e a inten o da matriz difundir isso na Realidade era conscientizar mas o fazer ali tamb m estava na premissa O fazer essencial E nesse procedimento de disseminar a filosofia est esta
19. Devido ao alto grau de verticaliza o desta empresa toda movimenta o dentro da mesma tanto de colaboradores como de visitantes feita atrav s de uma condu o que tem como nica finalidade a locomo o de pessoas na empresa para os seus diversos setores Este transporte interno faz parte de um conjunto de empresas terceirizadas contratadas pela MHA que conforme Melo 2010 totalizam 40 empresas com um total de 1 500 trabalhadores Estas empresas encontram se dentro da MHA tendo seus servi os distribu dos entre limpeza lavanderia transportes internos seguran a alimenta o cuidados com jardins assim como com servi os relacionados a sistemas informacionais e administrativos da empresa Melo 2010 p 27 Al m dos 1 500 trabalhadores acima citados contratados como prestadores de servi os a Moto Honda da Amaz nia disp e atualmente de um quadro de funcion rios com cerca de dez mil trabalhadores Melo 2010 diferencia quatro tipos de contratos de trabalho na MHA 1 tempor rio 2 tempo de experi ncia 3 Tempo indeterminado 4 est gios Esta m o de obra selecionada pela MHA de acordo com Melo 2010 passou por uma consider vel evolu o entre os anos de 1990 e 2008 sendo que em 1990 a empresa estudada empregava diretamente um total de 2 126 trabalhadores e ap s dezoito anos esse n mero subiu para 9 583 trabalhadores De acordo com a tabela apresentada na p gina 39 na disserta o de Melo
20. Manaus 14 empresas s o de origem japonesa ou seja Nissei Algumas dessas empresas j eram fornecedoras na Honda no Jap o antes mesmo desta se instalar na Zona Franca de Manaus A transfer ncia de algumas destas fornecedoras japonesas para Manaus segundo informa es de supervisores da qualidade e do setor de compras da Honda durante a pesquisa ocorreu devido necessidade de diminuir os contratempos log sticos para o fornecimento de pe as para a empresa contratante Algumas destas fornecedoras japonesas vieram para Manaus por convite da Moto Honda da Amaz nia sendo inicialmente empresas co ligadas Honda em Manaus como era o caso da Showa e Honda Lock As 120 demais fornecedoras nissei s o Metalfino Leakless Nissin Brake Denso Nipon Seiki Mussashi Keihin Mitisuba Ifer Sumidenso Daido e FCC do Brasil A partir de agora a abordagem sobre a rela o de fornecimento apresentada estar voltada para o ponto chave da colabora o praticada nesta situa o No t pico a seguir estar a segunda ferramenta contida no que denominei de Colabora o para dentro refiro me aqui ao c rculo da colabora o realizado dentro das empresas fornecedoras Veremos como esta colabora o de fato acontece e de que forma os colaboradores participam do New Honda Circle Supplier NHCS 4 2 3 Sobre o New Honda Circle Supplier NHCS Seguindo as mesmas caracter sticas e crit rios do New Honda Circle N
21. No in cio do s culo XX nos Estados Unidos o Taylorismo surgiu no meio industrial como uma nova forma de organiza o do trabalho Robertt 2009 argumenta que esta nova forma de gest o se apresentou inicialmente como um modelo de controle da m o de obra no t rmino do s culo XIX Segundo Robertt 2009 o dom nio do conhecimento dos trabalhadores sobre o que se produzia significava para Taylor fundador do Taylorismo um dos grandes problemas para a efici ncia do processo produtivo O que de fato ocorria era que o dom nio do conhecimento sobre a produ o resultava em um controle sobre o trabalho por parte dos 41 trabalhadores qualificados E isso refletia no fazer cera Sobre o termo fazer cera E Robertt 1992 p 62 apresenta a seguinte argumenta o de Taylor o trabalhador vem ao servi o no dia seguinte e em vez de empregar todo o seu esfor o para produzir a maior soma poss vel de trabalho quase sempre procura fazer menos do que pode realmente e produz muito menos do que capaz na maior parte dos casos n o mais do que um ter o ou metade de um dia de trabalho eficientemente preenchido E se ele se interessasse por produzir maior quantidade seria perseguido por seus companheiros de oficina Trabalhar menos isto trabalhar deliberadamente devagar de modo a evitar a realiza o de toda a tarefa di ria fazer cera o que est generalizado nas ind strias e pr
22. Rio de Janeiro Zahar 1975 OBSERVAT RIO SOCIAL Relat rio Sobre trabalhadores Honda pdf 2001 In http www observatoriosocial org br arquivos biblioteca conteudo 001013ExecMOTO HONDAport pdf acessado em 10 09 2011 18 11 2011 OLIVEIRA Eurenice de O Toyotismo no Brasil desencantamento da f brica envolvimento e resist ncia S o Paulo Express o Popular 2004 216 p 135 ROBERTT Pedro Trabalho e reestrutura o produtiva entre lutas e negocia es Pelotas Editora Universit ria UFPEL 2009 ROSCHELLE J TEASLEY S The construction of shared knowledge in collaborative problem solving In O Malley C E ed Computer Supported Collaborative learning Pages 69 97 Springer Verlag Heildelberg 1995 RUAS Roberto ANTUNES Jos S ROESE Mauro Avan os e impasses do modelo japon s no Brasil observa es a cerca de casos emp ricos in HIRATA Helena org Sobre o modelo Japon s S o Paulo Edusp 1993 SUFRAMA Superintend ncia da Zona Franca de Manaus Site Oficial In http www suframa gov br zfm ind perfil cfm acessado em 11 de julho de 2011 WEBER Max A objetividade do conhecimento nas ci ncias sociais Max Weber tradu o Gabriel Cohn S o Paulo tica 2006 WEBER Max A tica protestante e o esp rito do capitalismo Trad Jos Carlos Mariani de Macedo S o Paulo Companhia das Letras 2004 WOMACK James P A M quina que mudou o mundo James P Womack
23. Roteiro de apresenta o do NHC Foto do espa o para reuni es de grupos NHC LISTA DE MAPAS Identifica o geogr fica da MHA Subdivis o dos setores da MHA Identifica o da HDA HCA HTA e CT LISTA DE TABELAS Estrat gias colaborativas empresariais Empresas fornecedoras Honda em Manaus 58 59 61 70 97 98 100 105 64 65 66 51 145 SUM RIO BINARA RELEET o so mass od ir aRa ipa EEE Ea ARS Co d MMURU AO E A a SA ada 11 Cap tulo I O objeto salta aos olhos Entre inquieta o e investiga o na Zona Franca de Manaus SRI DRA EE RA Gp AEE 17 1 1 Al m da cegueira depois da inquieta o o objeto salta aos olhos 20 1 2 Por onde seguir A escolha do caminho reereeeereracereanas 27 Cap tulo II A racionaliza o do trabalho e as alternativas da produ o capitalista 35 2 1 A sil pse do trabalho metamorfoses da organiza o industrial tii 37 2 2 Os modelos cl ssicos de organiza o do trabalho e os trabalhadores em A Oa O a 39 Dea PANO SMO rE e E E O a E E E E 40 2 2 2 A Ascens o do Fordismo e a Crise da Produ o em Massa ia 42 2 2 3 O Modelo Japon s Produ o Flex vel Enxuta re eeeeereeanas 46 2 2 4 Colabora o conex es pertinentes asas qn sipueda dos penais inaa gas pra ss aa aia pes aa qa e 50 Cap tulo II A f brica Honda e a engenharia da colabora o 56 3
24. Tais Cren as est o divididas em dois pontos O Respeito pelo Indiv duo e As Tr s Alegrias No Respeito pelo Indiv duo os indiv duos referidos por esta filosofia n o s o somente os funcion rios que trabalham na empresa como contratados por ela mas todos aqueles que de alguma forma contribuem para o crescimento da empresa Sendo assim estes indiv duos podem ser fornecedores terceirizados clientes trabalhadores diretos a 12 fam lia dos trabalhadores vendedores etc E tais indiv duos s o tratados como pe as de extrema import ncia para a empresa o que afirma o Instrutor A Esse respeito pelo indiv duo traz como fundamento de que essas pessoas s o jogadores principais s o jogadores principais da empresa que n o podem faltar Se eu tirar um deles a empresa vai ficar incompleta Se eu tirar um terceiro que uma empresa terceirizada que fazem a limpeza dos banheiros nossos a empresa fica incompleta porque o colaborador vai usar o banheiro l onde usado por muitas pessoas l da produ o e ele chega l e j chega e encontra sujo porque falta consci ncia de alguns colaboradores nossos e ai voc imagina ele ir utilizar o banheiro se n o tiver esse cuidado com o banheiro e essa limpeza no banheiro ele vai ficar triste vai ficar decepcionado alguns n o v o nem usar o banheiro com medo de adquirir alguma enfermidade alguma doen a Instrutor A Arquivo pesquisa de campo 2010 De
25. US 10 275 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 PAINEL DE INSTS COMPLETO PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 90299010 PARTES E ACESS P INDICADORES DE VELOCIDADE TACOMETROS 87141900 MEDIDOR DE COMBUST VEL VELOCIMETRO DO PAINEL PARTES E PE AS INJETADAS PL STICAS carca a inferior e superior e visor do painel de instrumento OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA COM NBR ISSO 9001 e 14001 INSC CNPJ 01 771 241 0001 05 INSC SUF 20 0175 01 7 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA NISSIN BRAKE DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Av Oitis 534 Distrito Industrial CEP 69 075 842 M O DE OBRA 493 INVEST FIXO US 56 818 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 CONJUNTO CALIPER PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 87141900 PAINEL DO FREIO PARA VE CULO DE DUAS RODAS traseiro e dianteiro 87141900 CONJUNTO DO CILINDRO MESTRE FLANGE DE FIXA O DA RODA CONJUNTO SAPATA DO FREIO OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 E 14 001 INSC CNPJ 04 012 043 0001 48 INSC SUF 20 0203 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SHOWA DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Rua Rio Quixito 1376 Distrito Industrial CEP 69 075 831 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Novembro de 1981 REA CONSTRUIDA 5 809 m2 REA DO TERRENO 31 390 m2 M O DE OBRA 930 INVEST FIXO US 124 752 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 CILINDRO INTERNO DO
26. cio da elabora o de meu objeto orienta o por motivos de aposentadoria da Prof Izabel o que me propiciou o privil gio de ser orientado pelo Prof Dr Benedito Jos de Carvalho Filho o qual tamb m contribuiu bastante tanto com esta pesquisa quanto com outros aspectos de minha forma o acad mica durante o mestrado 20 1 1 Al m da cegueira depois da inquieta o o objeto salta aos olhos medida que pensava em definir um objeto que me iniciasse neste campo de pesquisa a sociologia mais especificamente uma sociologia voltada aos estudos do trabalho n o me dava conta do quanto eu estava pr ximo dele Ao tentar encontra lo em meio s p ginas dos livros na universidade em conversas e discuss es com colegas de aula na internet e em v rios outros lugares posso dizer que estava de certa forma cego aos dados importantes que timidamente e inocentemente se apresentavam a mim quando meu irm o ora triste ora alegre e outras chateado chegava em casa ap s o trabalho e sentia a necessidade de compartilhar comigo sobre o que havia acontecido de bom ou de ruim em seu dia de trabalho na empresa onde atuava A princ pio eu o ouvia como quem busca agradar ou ser simplesmente atencioso e em meio a sua fala me encontrei muitas vezes servindo lhe de uma companhia para desabafos Aparentemente ele gostava do que fazia e da empresa onde trabalhava At ent o meu irm o trabalhava apenas com a montagem de um
27. el fordismo y la producion en massa Buenos Aires Siglo Vientiuno 1979 Ohno e a Escola japonesa de gest o da produ o um ponto de vista do conjunto In Hirata H Org Sobre o modelo japon s S o Paulo Edusp 1993 Pensar pelo avesso Rio de Janeiro Revan 1994 DA MATTA R O of cio do etn logo ou como ter Anthropological Blues In NUNES E org A Aventura Sociol gica Rio de Janeiro Zahar 1978 DURKHEIM mile As regras do m todo sociol gico Trad Maria Isaura Pereira de Queiroz 16 ed S o Paulo Companhia Editora Nacional 2001 As formas elementares da vida religiosa S o Paulo Martins Fontes 1996 Da divis o do trabalho social S o Paulo Victor Civita 1978 245 p Os pensadores FERRO Jos Roberto GRANDE M rcia Mazzeo C rculos de Controle de Qualidade CCQs No Brasil Sobrevivendo ao Modismo Revista de Administra o de Empresas v 37 n 4 p 78 88 S o Paulo 1997 In httpwww16 fgv brraeartigos263 pdf acessado em 08 04 2010 133 GARVIN David A Gerenciando a Qualidade A vis o estrat gica e competitiva Rio de Janeiro Qualitymark Ed 1992 GOLDEMBERG M A arte de pesquisar como fazer pesquisa qualitativa em ci ncias sociais 10 ed Rio de Janeiro Record 2007 GONDIM L M P LIMA J C A pesquisa como artesanato intelectual Considera es sobre m todo e bom senso 2 ed S o Carlos SP EdUFSCar 2006 v 1 88p
28. interessante para o empregador se dispor de trabalhadores isto inclui todos os demais fornecedores conscientes automotivados e autocontrolados que contribuam para a cont nua boa sa de da empresa Um trabalhador cuja conduta de vida esteja inclinada ao comprometimento com o trabalho em um n vel n o somente como fonte de recursos financeiros mas de contribui o a uma causa maior A colabora o desta forma uma tentativa de formar um novo tipo de trabalhador Produzir colaboradores uma tentativa de inculcar novos valores nos trabalhadores com a finalidade de gerar indiv duos com uma nova tica profissional Diante da busca por trabalhadores munidos de uma nova tica profissional subentende se que esse novo tipo de trabalhador diferente dos demais Qual ent o esta diferen a Ela n o esta na sua capacidade f sica ao trabalho nem nas suas habilidades especializadas em montagens e manuseio das pe as A diferen a esta na mente do trabalhador nas atitudes comportamentos e nas a es do dia a dia Produzir colaboradores tentar buscar profissionais com mente renovada e corpo obediente Se existe um m todo para se produzir colaboradores pelo que este estudo nos apresenta penso que seja um longo e continuo processo de treinamento Instru o pr tica e repeti o certo que n o se formam novos h bitos de uma noite para o dia e n o se consolida uma nova cultura em curto prazo nem sem inves
29. leva a Honda a ter cuidado com a quest o ambiental e nos d um exemplo Ent o antes n s t nhamos aqui o escapamento cromado e hoje as nossas motocicletas j n o saem mais com o escapamento cromado porque o cromo ele gera um impacto ambiental muito grande e a Honda pra reduzir isso ela trocou o processo galv nico que o que trabalha com cromo pelo processo de pintura a alta temperatura O processo de pintura a alta temperatura deixou de poluir N o mas ela reduziu o impacto ambiental Intrutor A arquivo pesquisa de campo 2010 O livreto de bolso da Filosofia Honda na p gina 15 tr s o enunciado de que os clientes s o a garantia da exist ncia da Honda pois s o eles que compram os seus produtos Isso deve despertar em cada colaborador o interesse em fazer o m ximo para satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes em todo o mundo E essa satisfa o do cliente para a Honda consiste tamb m em estar atento para se antecipar a toda e qualquer forma de mudan a cultural ou social que afetem o estilo de vida destes clientes mudando assim suas necessidades Conforme informado pela empresa pre o justo n o significa pre o baixo ou barato mas o resultado do olhar do cliente sobre o produto Honda e sua correla o entre custo benef cio O cliente saber avaliar se tal produto atender s suas necessidades e se o investimento ir valer a pena A palavra dedicamo nos encontra se presente no
30. ncia e a liberdade por isso que pe o a cada colaborador da empresa que trate os outros como iguais em todas as situa es Por favor respeitem este princ pio b sico Espa o Honda 2009 75 Lembro me que no dia em que fui f brica para uma entrevista marcada pelo pr prio gerente do setor de treinamento sa de casa com toda uma vis o negativa sobre a empresa de que entraria no ber o da explora o nas depend ncias das amarras capitalistas e outras coisas mais Quando cheguei na empresa fui recebido muito bem desde a minha entrada s 9 horas da manha at minha sa da s 16 horas Deram me caf almo o lanche brindes levaram me para conhecer os setores da f brica tudo como se eu fosse um ilustre visitante de fato cheguei a me sentir com o tal O mesmo gerente de treinamento me recebeu e trouxe consigo um papel em que ele tinha feito todo um planejamento com roteiro de temas e nomes dos instrutores palestrantes com os respectivos hor rios em que os mesmos me atenderiam durante o dia Durante todo esse dia passaram quatro instrutores para me dar informa es sobre o jeito de ser da empresa sua filosofia os programas de qualidade melhorias cont nua etc Era n tido que havia um esfor o por parte dos instrutores os quais desenvolvem tamb m outras atividades administrativas na empresa em n o me deixar esperando e sem ficar um s instante sem receber informa o deslocaram um colaborador de outro seto
31. o Paulo e afirmou que os levou para fazer um passeio em toda a f brica Isso promoveu em tais funcion rios segundo ele um profundo sentimento de alegria O supervisor comentou que tinha a certeza de que quando aquele grupo chegasse em S o Paulo e voltasse a trabalhar eles fariam suas com o m ximo de empolga o e alegria motivando e contagiando os clientes alegando que o produto que iriam adquirir era realmente de boa qualidade e que viram isso pessoalmente durante visita f brica 78 Em terceiro est a Alegria de criar ligada diretamente aos trabalhadores a rea interna da empresa de fundamental import ncia para esta empresa que todos os seus colaboradores tenham grande satisfa o em estar continuamente criando ter criatividade para produzir novos produtos que atendam cada vez mais necessidades e expectativas de seus clientes Al m disso este colaborador deve estar contente em fazer parte do grupo Honda sabendo que um grupo de qualidade com um bom nome Para isso a empresa afirma oferecer para seus colaboradores o melhor ambiente de trabalho poss vel para o mesmo Um dos instrutores informou que dentre estas Tr s alegrias a mais importante sem d vida a Alegria de Comprar Pois ele afirma que se n o houver alegria de criar ainda continuar o vendendo e ainda haver clientes para comprar se acabar a alegria de vender ainda continuar o criando e os clientes continuar o comprando mas se acabar a a
32. o e coopera o extra da de praticamente dois autores apresenta ambos os termos como mutuamente excludentes Ao falar sobre colabora o Brna 1998 argumenta que existe uma rela o de exclus o entre os termos Ele explica o fato de a colabora o ser tratada como um estado e n o como um processo Segundo sua vis o os participantes cooperariam em um processo e manteriam a colabora o como um estado Um exemplo seria afirmar que ser um escritor uma designa o de um estado mas sentar e de fato escrever um processo necess rio que apenas uma parte de ser escritor Em outra ocasi o Brna e Burton 1997 apud Brna 1998 afirmam que dentro do estado colaborativo pode haver processos que s o cooperativos ou mesmo alguns que s o fregientemente associados com argumenta o KEMCZINSKI et al 2007 p 5 54 Esta quarta vis o me parece ser a que se aproxima mais da realidade sobre a colabora o a ser apresentada a partir do cap tulo 3 desta disserta o pois como ser visto os trabalhadores s o conduzidos pela empresa atrav s de uma forte ideologia para um tipo de comportamento inclinado a uma naturaliza o de contribui o ou seja um estado de colabora o com a empresa Mas veremos mais sobre isso no cap tulo que trato sobre a engenharia da colabora o onde mostro as bases da cultura colaborativa exercidas na empresa Por enquanto ainda necess rio apresentar minha vis o prelimi
33. o e produ o japon s Recentemente ao entrevistar alguns trabalhadores e instrutores da empresa pude perceber que apesar de uma grande maioria dos trabalhadores da f brica serem de outros estados os mesmos n o eram oriundos de outras f bricas Segundo um dos instrutores de treinamento melhor para a c empresa trabalhar com pessoas sem v cios ou seja trabalhadores que n o possuem nenhum costume indesejado para as rela es de trabalho idealizadas pela Honda Em 1976 mesmo ano em que se estabeleceu o fim das importa es no Brasil em decorr ncia lei governamental houve tamb m a inaugura o e in cio da produ o da f brica da Honda em Manaus Brasil denominada Moto Honda da Amaz nia S A Um ano ap s a inaugura o a empresa passou a ser denominada Moto Honda da Amaz nia Ltda Em 1976 o ent o governador do estado do Amazonas Henoch Reis foi convidado para o ato da inaugura o conforme pode ser visto na figura a seguir 61 Figura 3 Inaugura o da f brica de Manaus Na foto o governador do Amazonas Henoch Reis Osamu lida presidente da Honda do Brasil e K Kawashima vice presidente da Honda Motor Co Fonte Honda 1997 Foto do governador do Amazonas com representantes da Honda No texto escrito pelo jornalista Roberto Muylaert Honda 25 anos de Brasil sobre a supervis o da empresa ele relata todas as dificuldades enfrentadas por ela para se estabelecer como f brica na regi o ama
34. o feitas em slides com tempo de aproximadamente 15 minutos No boletim NHC de Maio do ano de 2008 o Sr Chiriro Morimoto vice presidente industrial da HAB Honda Autom veis Brasil comenta sobre a atua o dos brasileiros no NHC obedecendo o tempo determinado Os brasileiros apresentam muito bem Mostram convic es sobre o que est o falando Conseguir expressar uma id ia em apenas 15 minutos tempo que os grupos t m para se apresentarem tamb m um aprendizado muito importante Honda 2008 p 1 A apresenta o deve ser feita com o aux lio das ferramentas da qualidade Diagrama de Ishikawa Espinha de Peixe Histograma Gr fico de Pareto Folha de verifica o Gr fico de dispers o Estratifica o Carta de controle M todo GUT Estas ferramentas ajudam na clareza e precis o da apresenta o das informa es 96 Cada grupo apresenta seu trabalho atrav s de slides constru dos de acordo com a criatividade da equipe Todos os gr ficos diagramas e outras ferramentas s o apresentados conforme o gosto dos membros do grupo Nenhuma imposi o por parte da MHA feita sobre a forma como o grupo dever apresentar seu trabalho desde que no mesmo constem as ferramentas da qualidade sugeridas e ensinadas pela empresa Os trabalhos apresentados s o iniciados geralmente tendo no primeiro slide o nome do grupo o ano de produ o do determinado NHC e algum poss vel slogan ou lema da equipe As ilustra es
35. s da utiliza o de algumas quest es a serem feitas 98 Figura 6 O Exemplo Eos Redu o no tempo do setup para troca de cor nas Onde XX de YY do Zz EN O que rea regi o processo produto fun o etc Onde caracter sticas Como elimina o redu o melhoria Fonte Honda 2009 Exemplo de constru o do tema Discutido o motivo da escolha e definido um tema o grupo se empenhar em expor a situa o atual do processo relacionado ao devido tema Apresentamos um poss vel tema que pode ser usado como exemplo Melhorar efici ncia na inser o do assento X da moto modelo Y Nesta fase a equipe mostrar nos slides a situa o atual do processo atrav s de gr ficos e fotos reais do processo postas em segii ncia para apresenta o da an lise da situa o atual daquele processo Conclu da a an lise da situa o atual os slides mostrar o o motivo pelo qual tal processo se encontra na determinada situa o ser exposta ent o a an lise das causas ou seja o grupo mostrar por meio de alguma ferramenta a causa do problema na situa o O pr ximo passo do trabalho ser fazer uma abordagem clara sobre as metas e objetivos pretendidos pelo grupo com a escolha do tema Geralmente a meta diminuir algum custo reduzir algum tempo aumentar a capacidade de alguma produ o e outros Neste passo os grupos procuram deixar claro
36. 1 O fundador e o in cio da f brica Honda ss qussemeensnntaiquestaaaaeas catraca dass aeis ada Ieda idas an aaa qui amada 56 3 1 1 A f brica Honda no Brasil seaesas tento eeiiacasastarafaseiua ta asa fa ado qaeasad nasua aaa saa ra setas neoaaa tada 57 3 1 2 A f brica Honda na AMAZONIA scope PTS ESPADA EUR TR 59 3 1 3 As etapas do desenvolvimento e consolida o da Moto Honda da Amaz nia 62 3 1 4 P s d cada de 90 Moto Honda da Amaz nia Ltda reeereea 63 3 2 Filosofia da empresa e cultura corporativa Honda A ideologia da colabora o 68 3 21 Cren as Fundamentais soja tir dooa pai a E e a E Ada as a 71 322 AS TES DC RITO e a aR a a a a a a O de a 17 3 2 3 0 Princ pio da Tabri a Honda sisirin n ea s e 78 3 2 4 A f brica Honda e sua Pol tica de Gest o ni reeeereeereereracaranda 79 Cap tulo IV A pr tica da colabora o no polo duas rodas tt 87 4 1 Inova es japonesas e a colabora o em ch o de f brica ci 89 4 1 1 New Honda Circle o c rculo da colabora o iieeeeeeereereeeereeerereeanes 93 4 1 2 O New Honda Circle e os trabalhadores Honda em Manaus colaboradores em Linha de oo 66 6 10 64 16 PRP RN ERP REU NERD RR SOR RU RR O A RR SERRA 101 4 1 3 NHC estudos de CASO jssarasisas asas ana a ANS A Ras eU IARA da Ls data nitad 106 4 2 Inova es japonesas e a colabora
37. 29 700 00 com luvas cir rgicas no processo de produ o do motor Diante do que foi apresentado o Grupo C chegou conclus o de que o alto custo com a utiliza o de luvas no processo de produ o do motor estava ligado ao fato de que eram utilizadas luvas cir rgicas por baixo das luvas de algod o ou helanca E que n o havia reutiliza o das luvas e sim um descarte das mesmas ap s serem utilizadas Com isso para atingir o objetivo de reduzir o custo com luvas de algod o e helanca em 4 40 e reduzir o custo com luvas cir rgicas em 78 11 este grupo se prop s inicialmente em descobrir o porqu da utiliza o de tais luvas naquele processo E em seguida avaliar o processo de utiliza o das luvas no setor onde ocorria o problema para ent o tentar reduzir o custo para R 204 285 00 Atrav s da elabora o de um fluxograma o Grupo C apresentou todo o processo log stico realizado para que as luvas pudessem chegar s m os dos colaboradores Esse processo parte desde a emiss o do pedido ao setor de compras passando pela supervis o 111 ger ncia distribui o chegada aos colaboradores e ap s o t rmino de cada turno a log stica para o descarte passando pela pesagem central de res duos e envio para incinera o Na an lise das causas realizada pelo grupo o mesmo observou que a empresa n o apresentava interesse em reutilizar as luvas algod o e helanca lavadas e observaram tamb m que j havia
38. Canal direto de que oferece para postagem de comunica o com a produtos e servi os coment rios sobre empresa Para um gratuitos os produtos determinado oferecidos produto 5 milh es gratuitamente de impress es e 8 mil coment rios Cria o de uma Brainstorming 2007 Aumento de 6 nas comunidade no site f runs salas de bate vendas em 2008 da empresa papo v deos fotos e textos 52 Facebook Flickr e Cria o de um 2009 Garantir o YouTube di rio de bordo com engajamento dos os conte dos da usu rios para campanha e do entender e descobrir produto pelos sobre as agents selcionados necessidades e na campanha exig ncias encontrar falhas e defeitos antes do lan amento de um dos seus modelos Blog e comunidade A es de marketing 2006 Remodela o da marca e fideliza o do cliente Wikipedia You Institucionaliza o 2009 Maior transpar ncia Tube Facebook e da comunica o via da empresa parceria Twitter internet com os consumidores Facebook Administra o do 2008 Mais de 3 milh es site da empresa em de f s do produto colabora o com o Facebook Site da empresa e Divulga o de 2007 Aproxima o de Twitter novidades pessoas de mesmo premia es e interesse cria o de eventos um nicho de neg cio e revitaliza o da marca Fonte PENTEADO et al 2012 Estrat gias colaborativas empresariais Nesses novos tempos de inova es a ind
39. Cria o da linha de montagem 4 Padroniza o das pe as e controle do processo de produ o atrav s da verticaliza o da f brica Ford comprou as f bricas que forneciam suas pe as 5 Automatiza o de suas f bricas Para Womack 1992 o maior avan o dado por Ford n o foi a simples introdu o da linha de produ o mas a intercambiabilidade das pe as ou seja a padroniza o das medidas na produ o das pe as componentes de seu produto dentro de todo o processo de fabrica o A intercambiabilidade simplicidade e facilidade de ajuste proporcionaram a Ford tremendas vantagem em rela o aos competidores Por exemplo ele p de eliminar os 45 ajustadores qualificados que sempre haviam constitu do o grosso da for a de trabalho de montagem WOMACK 1992 p 15 Estes ajustadores estavam presentes nos primeiros anos de exist ncia da f brica Ford onde cada um deles constru a praticamente um carro sozinho Com as novas inova es de Ford a fun o destes ajustadores foi modificada Eles j n o constru am um carro sozinho agora cada um deles passou a montar uma parte do carro executando movimentos repetitivos cada um deles passaram a permanecer o dia todo fixos em seu posto de trabalho Foi neste mesmo contexto que segundo Womack 1992 surgiram os novos profissionais eram os engenheiro de produ o e engenheiros industriais que passaram a projetar os materiais necess rios para a linha de montage
40. Daniel T Jones Daniel Roos tradu o de IvoKorytowski Rio de Janeiro Campus 1992 WOOD S O modelo japon s em debate p s fordismo ou japoniza o do fordismo RBCS Rio de Janeiro Relume Dumar n 17 1991 VALLE Izabel Globaliza o e reestrutura produtiva um estudo sobre a produ o offshore em Manaus Manaus Editora da Universidade Federal do Amazonas 2007 VELHO G Observando o Familiar In NUNES E O org A Aventura Sociol gica Rio de Janeiro Zahar 1978 ANEXO 1 ROTEIRO DAS INFORMA ES CONCEDIDAS PELA EMPRESA HONDA EM MANAUS MEDIANTE AUTORIZA O DO SUPERVISOR DRH 137 ANEXO 2 QUESTION RIO UTILIZADO PARA MEDIAR A COLETA DE INFORMA ES DA GERENCIA NA EMPRESA MOTO HONDA DA AMAZ NIA LTDA 1 Quais s o os fornecedores locais 2 O que cada empresa fornecedora fornece 3 Ano do in cio de contrato com cada fornecedor 4 Motivo para contrata o com cada fornecedor 5 Requisitos para contrata o com fornecedor qualidade experi ncia entrega regular baixo pre o outros especifique 6 De que forma foi iniciado a transa o com o fornecedor relacionamento pessoal empresa contratante fez convite ao fornecedor a empresa contratante foi contactada pela fornecedora media o pelo Sebrae media o por terceiros especifique outros explique 7 De que forma o pre o das mercadorias fornecidas estabelecido negocia
41. Em Womack 1992 podemos acompanhar a trajet ria do sistema Fordista desde a substitui o da produ o artesanal onde v rios artes os com seus conhecimentos em mec nica tornavam se propriet rios independentes de sua pr pria empresa de autom veis A habilidade desses artes os apresentava alto grau de qualifica o No entanto este tipo de produ o artesanal representava um elevado custo para o consumidor Womack 1992 afirma ainda que na produ o artesanal existia uma clara falta de qualidade e confian a nos produtos pois segundo este autor cada carro produzido era na verdade um prot tipo a consist ncia e a confiabilidade eram ilus rios WOMACK 1992 p 13 Aliado ao que acabamos de citar o surgimento do Fordismo foi impulsionado tamb m pela falta de inova es tecnol gicas que eram a es limitadas para aqueles artes os desprovidos de ferramentas e materiais necess rios para tal Como um meio de superar os obst culos n o ultrapassados pela produ o artesanal Henry Ford no in cio do s culo XX pensou em um sistema que atendesse a uma produ o em larga escala com tempo reduzido de produ o A data b sica 1913 quando Henry Ford frente de uma empresa que leva seu nome formada dez anos antes cria aquilo que se denominou fordismo GOUNET 1999 p 18 Para Harvey 1992 a introdu o do dia de oito horas e cinco d lares referente quantia em dinheiro que os trabalha
42. Honda a ser instalada no Brasil possuindo j no momento de sua constru o uma rea de 489 560 m no P lo Industrial de Manaus e representando conforme o site o segundo maior investimento da Honda fora do Jap o no setor de duas rodas Consta ainda que esta empresa investe continuamente na obten o de m quinas e equipamentos de ltima gera o e amplia o de setores novos sem deixar de treinar seus funcion rios em busca de reciclagem de conhecimento e aprimoramento profissional Em consulta feita ao site oficial da Moto Honda da Amaz nia em uma mat ria produzida sob a responsabilidade do jornalista Ricardo Ghigonetto em mar o de 2009 a empresa Moto Honda da Amaz nia foi considerada como sendo f brica modelo da Zona Franca de Manaus Nesta mat ria est presente a afirma o de que esta empresa foi a primeira ind stria mec nica de grande porte implantada na regi o amaz nica contando com investimento de US 1 260 bilh o e que no per odo da mat ria empregava cerca de 10 mil colaboradores A fim de uma vis o mais detalhada sobre a hist ria desta f brica assim tamb m como a import ncia de situar o momento de sua instala o em territ rio brasileiro e mais precisamente na regi o amaz nica segue adiante uma pequena abordagem introdut ria dos primeiros anos da Honda compreendidos entre as d cadas de 40 e in cio dos anos 2000 3 1 O fundador e o in cio da f brica Honda A empresa japonesa Honda que
43. Princ pio da Honda pelo motivo desta empresa prezar a uni o de todos os seus colaboradores para alcan ar um objetivo comum E para a Honda por meio da dedica o plena que se obt m a verdadeira alegria no trabalho Honda 1998 p 17 3 2 4 A f brica Honda e sua Pol tica de Gest o Esta pol tica s o os padr es que a empresa estabeleceu para serem utilizados diariamente nos processos produtivos ou administrativos da mesma Dentro dessa Pol tica o Sr Soichiro Honda estabeleceu cinco princ pios Manter sempre o sonho e o esp rito jovem Valorizar as teorias as ideias e o tempo Amar o seu trabalho e valorizar a comunica o Criar constantemente um fluxo de trabalho harmonioso e Ter sempre em mente os valores da pesquisa e da perseveran a 80 O Manter sempre o sonho e o esp rito jovem diz respeito aos sonhos a vis o que se estabelece para a vida no caso da Honda a vis o voltada para os neg cios Ter esse esp rito jovem ter grandes desejos e n o ter medo de enfrentar novos desafios Este ponto faz refer ncia tanto aos sonhos da empresa quanto dos trabalhadores e estes em busca de ascens o s o sempre provados por meio de novos desafios O Instrutor B relata os desafios que teve de superar e os resultados alcan ados posteriormente em forma de promo es Logo que comecei a trabalhar na Honda eu passei no vestibular na poca era a UA atual UFAM e na poca n o quiseram me mandar e
44. SITUA O PRODUZINDO EMPRESA MASA DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Av Solim es 805 Distrito Industrial CEP 69 075 200 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Agosto de 1978 REA CONSTRUIDA 21 000 m2 REA DO TERRENO 79 000 m2 M O DE OBRA 956 INVEST FIXO US 59 735 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 85299020 PE AS PL STICAS MOLDADAS POR INJE O gabinete para aparelhos de udio e v deo 39258000 ARTIGO DE MAT RIA PL STICA PARA APETRECHAMENTO DA CONSTRU O telha 87141900 PE AS PL STICAS MOLDADAS POR INJE O pe as para ve culo de duas rodas OBS EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9002 14 001 E 18 001 EMPRESA SUCESSORA DA MULTIBRAS DA AMAZ NIA S A E DA FLEXTRONICS MANAUS LTDA INSC CNPJ 04 350 484 0001 50 INSC SUF 20 0113 01 1 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SPRINGER PL STICOS DA AMAZ NIA S A CIDADE Manaus END Rua Balata 3 Distrito Industrial CEP 69 075 050 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Junho de 1977 REA CONSTRUIDA 8 652 m2 REA DO TERRENO 25 000 m2 M O DE OBRA 478 INVEST FIXO 4 861 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 39231000 CAIXAS CAIXOTES ENGRADADOS ARTIGOS SEMELHANTES DE PL STICO 39269090 PE AS PL STICAS MOLDADAS POR INJE O gabinete para discos fitas e suportes OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 08 996 956 0001 05 INSC SUF 201 238 01 2 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA DAIDO IND CORRENTE
45. arrecadar a maior 88 quantidade poss vel de roupas e agasalhos Nas entradas das reas fabris foram colocadas caixas para receber as doa es e todos os colaboradores foram convidados a participar Como prova do esp rito solid rio da equipe de Manaus dois dias depois do lan amento da campanha j tinham sido arrecadados 1 008 quilos de roupas len is e edredons De 16 a 20 foi realizada a segunda fase da campanha que coletou leite e alimentos n o perec veis ESPA O HONDA 2007 Conforme mencionei os colaboradores fazem se presentes em muitos eventos apoiados ou mesmo organizados pela empresa para a comunidade A A o Global um dos projetos apoiados pela empresa a qual move seus colaboradores a participarem A Moto Honda da Amaz nia participou pela 5 vez consecutiva do projeto A o Global O evento foi realizado em Manaus AM na sede do Clube do Trabalhador O projeto realizado pela Rede Globo em parceria com a Rede Amaz nica e leva a es de cidadania e cuidados com a sa de a outras 30 cidades brasileiras Cerca de 50 mil pessoas de bairros carentes do munic pio participaram do evento que contou com a participa o de 45 volunt rios em atividades como a oficina de execu o e manuten o de horta caseira com distribui o de 700 pacotes de sementes Houve tamb m distribui o de dois mil cocos e tr s toneladas de lim es produzidos no projeto agr cola Honda ESPA O HONDA 2010 p 4
46. bom desenvolvimento de sua pesquisa A express o explicitada por Bourdieu 2007 maneira de um velho oficial pode nos servir de base para compreender a din mica pela qual Bourdieu julgou por bem ser utilizada na forma o de novos pesquisadores ou novos oficiais As inten es pedag gicas que Bourdieu se dedicou a organizar e repassar queles que viriam a ser pesquisadores foram as de transmitir todo o conhecimento acerca do of cio de pesquisador atrav s de n o mais um discurso te rico e eloquente mas se utilizando de recursos inteiramente pr ticos da forma como se faz um velho capit o ao instruir um jovem oficial Foi desta mesma forma que visualizei a rela o de parceria com meus orientadores Retomando as quest es iniciadas neste texto concernente a motiva es e inquieta es gostaria de salientar que ao iniciar meus estudos sociol gicos lembro me muito bem de passar muito tempo pensando em assuntos eventualmente interessantes provocantes estimulantes Ou seja eu precisava encontrar algo para me instigar e provocar em mim uma real inquieta o Esta inquieta o a qual me refiro acabei percebendo a como a chave para a motiva o e o despertar do interesse por determinada pesquisa Hoje tenho um novo olhar sobre o que venha a ser esta inquieta o por ocasi o de minhas leituras sobre Marx sua vida e obra assunto que trataremos de forma breve mais a frente Antes abordarei um pouco sobre o in
47. cliente como fornecedor j recompensaram os participantes com brindes Apesar disso a Sumidenso do Brasil at o momento afirma n o ter recebido nenhuma recompensa da Moto Honda da Amaz nia LTDA pela qualidade de seus produtos e servi os fornecidos A filial japonesa Sumidenso do Brasil utiliza tamb m em sua empresa em Manaus outras pr ticas de gest o e organiza o do trabalho originados por estudos do seu pr prio pa s de origem o Jap o As pr ticas do modelo japon s utilizadas por esta empresa al m 5 Os brindes disponibilizados aos trabalhadores pela participa o no NHCS s o repassados em forma de camisetas bon s canetas chaveiros e outros 125 do CCQ coordenando pela Honda s o Treinamento no Trabalho on the job Just In Time Kanban 5 S e C rculos de Controle de Qualidade pr prio da empresa A terceira empresa estudada a MASA DA AMAZ NIA LTDA uma empresa do Segmento de Inje o Pl stica caracterizada como unidade de neg cio aut noma pertencente Flextronics uma empresa americana de Contract Manufacturing que segundo informa es encontradas no site oficial da mesma considerada uma das maiores do mundo A Flextronics atua em 30 pa ses em quatro continentes sendo considerada uma l der mundial em design fabrica o distribui o entrega e servi os p s venda de produtos industriais m dicos computadores telecomunica es e consumer digital entre outros Conforme descri
48. componente de motocicletas produzidas na Zona Franca de Manaus A empresa onde ele atuava era uma f brica de motocicleta japonesa considerada uma das maiores do mundo localizada fora do Jap o O fato de ter um informante em casa que me possibilitasse um maior acesso s informa es sobre os processos de produ o daquela empresa por si s j poderia ter sido um est mulo para despertar em mim um interesse pelo assunto No entanto a inquieta o da qual mencionei anteriormente surgiu somente no momento em que meu irm o solicitou minha ajuda para construir no Power point a apresenta o de um projeto ao qual foi incumbido juntamente com um grupo de outros quatro trabalhadores a desenvolv lo 3 O PowerPoint um software que permite a cria o de materiais que podem ser apresentados por meio de um projetor O uso desses materiais para anunciar um relat rio ou uma proposta chamado de apresenta o Com o PowerPoint voc pode criar telas que incorporam de forma eficiente texto colorido e fotografias ilustra es desenhos tabelas e filmes e que transitam de uma para a outra como uma apresenta o de slides Voc pode animar o texto e as ilustra es na tela usando o recurso de anima o e tamb m pode adicionar efeitos de som e narra o Al m disso voc pode imprimir os materiais quando estiver fazendo uma apresenta o O PowerPoint faz parte do Office uma suite de produtos que combina diversos tipos de
49. da informa o e intelig ncia alheia atrav s desta gest o que as empresas captam sugest es de clientes a criatividade de seus consumidores e o conhecimento de seus trabalhadores Esse tipo de gest o apoiada no conhecimento de trabalhadores clientes e consumidores organiza todo um aparato informacional para diminuir os espa os entre a empresa e seus colaboradores estes seriam os trabalhadores e at mesmo seus clientes e consumidores Com os espa os encurtados a possibilidade de um maior di logo entre as partes torna se bem maior e com isso a troca de informa es passa a ser estabelecida sem medidas a partir de estrat gias de marketing programas de avalia es de desempenho de trabalhadores promo es e outros A seguir podemos examinar algumas rela es entre as estrat gias colaborativas e seus respectivos resultados para as empresas Tabela 1 V deos Campanha para 2008 Mais de 1 milh o de informativos jogos criar novo sabor votos interativos e vota o para batatas chips via site da empresa Comunidade com An lise de conte do 2008 Cria o da 85 mil membros da comunidade funda oGreen contendo galeria de Tech para investir fotos artigos em empresas tutoriais suporte on produtoras de fontes line blogs f runs alternativas de Twitter not cias energia el trica para enciclop dias etc comercializa o de tecnologias verdes na empresa Cria o de um site Cri o de um blog 2008
50. de elabora o que j apresentamos neste trabalho Apresentarei a seguir a descri o e an lise de informa es colhidas junto tr s empresas fornecedoras sobre o desenvolvimento desta a o colaborativa 4 2 4 NHCS Estudos de casos A primeira empresa fornecedora a ser abordada iniciou sua produ o em 1997 e atualmente conta com 97 trabalhadores em seu quadro de funcion rios denominada A OS DA AMAZ NIA LTDA Esta empresa filiada ao grupo Armco do Brasil S A que por sua vez uma empresa de capital nacional com unidades fabris em S o Paulo e Manaus apresenta se como l der nacional na produ o de a os de baixo m dio e alto carbono a os ligados inoxid veis e revestidos Para a SUFRAMA a A os da Amaz nia LTDA est inserida no subsetor metal rgico da Zona Franca de Manaus 122 De acordo com informa es colhidas no site oficial da SUFRAMA a principal produ o da A os da Amaz nia LTDA empresa com tecnologia nacional a relamina o de a o fornecido para diversas empresas do Distrito Industrial como Ifer da Amaz nia Electrolux Dantec Brastemp Metal rgica CF CCE Componentes FCC Metal rgica Sato entre outras O in cio do fornecimento de mercadorias para a Moto Honda da Amaz nia LTDA recente e conforme a engenheira de processos da empresa o in cio da parceria com a Honda exigiu a constru o de um novo espa o f sico para atender ao novo projeto com a Honda Devido recen
51. de expandir sua cultura corporativa trazendo novos valores sociedade Em 1953 o fundador Sr Soichiro Honda deu um passo frente e j se destacava em se tratando de quest es referentes qualidade Nesse per odo ele j buscava oportunidades para superar seus concorrentes anunciando no peri dico mensal da Honda a busca por 120 de qualidade Segundo informa o do instrutor A transmitida em car ter de palestra durante visita feita empresa no m s de abril de 2010 o Sr Soichiro Honda dizia que os produtos que possu ssem qualidade n o encontrariam fronteiras Levando assim a Honda a mais adiante dar in cio a sua expans o de mercados O senhor Honda possu a uma enorme preocupa o com a qualidade visando o lucro para sua empresa atrav s da satisfa o de seus clientes Para ele as pessoas sempre devem estar em primeiro lugar s o portanto o foco principal da empresa Honda O fundador dava extrema import ncia ao bem estar dos seus colaboradores entendendo que os mesmos passavam a maioria de seu tempo dentro da empresa Sendo assim se estes colaboradores n o se sentissem bem na empresa de forma alguma poderiam ter alegria e satisfa o para desempenhar um trabalho de qualidade Neste sentido a Honda atualmente uma das empresas que oferecem um dos maiores sal rios neste polo oferecendo tamb m alguns benef cios n o somente para o colaborador mas tamb m para sua fam lia Sobre esse pont
52. de grande porte no segmento de transforma o de pl sticos da regi o Norte do Brasil 126 Sua for a de trabalho conforme informa o do diretor da empresa atualmente constitu da por 956 colaboradores diretos que fazem parte dos mais de 216 000 que o Grupo Flextronics conta no mundo Esta empresa possui um longo hist rico de qualidade chegando a ser eleita por vezes seguida como a melhor empresa para se trabalhar no Brasil pela revista Guia EXAME VOC S A Atualmente fornecedora de mercadorias para mais de 14 clientes Dentre estes est o DELL LG PACE SAMSUNG HONDA NISSIN AOC SONY DIXTAL PHILIPS WHIRLPOOL e YAMAHA Em 1995 na primeira edi o do New Honda Circle Supplier a MASA come ou a formar grupos para participarem do NHCS motivada por sugest es do cliente Honda por busca de transfer ncia de informa es entre cliente e fornecedor e tamb m devido estrat gia de relacionamento com o cliente Ap s o convite do cliente Honda para a primeira participa o no NHCS em 1995 esta fornecedora segue elegendo um dos 50 grupos que a empresa forma em seu pr prio programa de CCQ para continuar participando do NHCS Apenas um nico grupo o que apresentar resultados mais significativos indicado para representar a empresa no NHCS Sendo assim a Masa consegue envolver por ano uma m dia de 5 a 10 trabalhadores em c rculos NHCS Os temas propostos para o NHCS s o escolhidos apenas pela ger ncia da e
53. de trabalho a qual tinham que se submeter na f brica fordista Para resolver este problema Ford estabeleceu uma esp cie de compensa o econ mica na tentativa de estimular os trabalhadores Esta compensa o se refere fixa o um sal rio m nimo de cinco d lares para cada oito horas trabalhadas 46 No final da d cada de 1960 e in cio dos anos 1970 ap s os avan os do sistema fordista de produ o este modelo come ou a entrar em decl nio Foi o in cio da crise da produ o em massa Para Robertt 2009 p 74 os fatores que levaram a produ o em massa crise foram os seguintes 1 crise do sistema capitalista no final da d cada de 1960 2 descontentamento generalizado dos trabalhadores dos pa ses capitalistas centrais no final dos anos 1960 3 Aumento global da concorr ncia 4 desenvolvimento de tecnologias que requerem novas l gicas organizacionais Tais fatores al m de gerar um decl nio no sistema fordista desencadearam novas buscas por alternativas de produ o que atendessem s novas necessidades de desenvolvimento industrial Neste sentido o modelo alternativo de produ o que come ou a despontar a partir de ent o o modelo japon s passou a ser percebido como possibilidade de supera o crise do fordismo no mundo capitalista ocidental 2 2 3 O Modelo Japon s Produ o Flex vel Enxuta No intuito de realizar uma apresenta o mais direta sobre o modelo japon s de produ
54. do trabalhador em constante transforma o e os impactos que cada mudan a vai ocorrendo no mundo do trabalho submetido produ o industrial Ainda neste cap tulo considerei importante expor conceitos ideias e significados atribu dos colabora o em literaturas j produzidas sobre o assunto para que nos pr ximos cap tulos pudesse iniciar a an lise sobre os colaboradores Honda No cap tulo 3 fa o inicialmente um breve resgate sobre o contexto da f brica Honda desde sua funda o at a instala o na regi o amaz nica para que dessa forma 16 exponha as ferramentas cunhadas por esta empresa ou seja a ideologia que serve de base para forma o do que denomino cultura da colabora o na f brica Honda Parto do pressuposto de que as bases ideol gicas que sustentam o ato de colaborar nas rela es de trabalho desta empresa repousam predominantemente sobre a filosofia da empresa idealizada pelo seu fundador Esta filosofia fortemente cultivada pela lideran a aos demais trabalhadores e fornecedores afim de que todos se amoldem e sejam domesticados aos padr es de comportamento esperado pela empresa O quarto e ltimo cap tulo tem como foco a pr tica da colabora o enquanto trabalho Para isso fiz uso de um conjunto de documentos e entrevistas com lideran as do setor de treinamento daquela f brica coletados em pesquisas anteriores para juntamente com informa
55. em japon s que dizer origin rio do arrozal teve sua funda o constitu da no ano de 1948 sob a denomina o Honda Motor Co Ltd Esta empresa foi constitu da na cidade de Hamamatsu cidade em que residia seu fundador 8 Esta mat ria divulga ainda a nova dimens o do parque industrial da f brica Chegando esta em 2009 a ocupar um terreno medindo 661 mil m sendo que dentre estes 206 mil m aproximadamente s o de rea constru da 57 Soichiro Honda Amante declarado de cheiro de leo e fuma a o Sr Soichiro foi fortemente influenciado por seu pai forjador especializado em m quinas agr colas e armas e posteriormente dono de oficina de conserto e vendas de bicicletas Al m de Soichiro ter sido influenciado pelas teorias de mec nica transmitidas pelo pai ele tamb m recebeu do mesmo os princ pios que regeram sua vida e posteriormente vieram a ser a espinha dorsal da filosofia que Soichiro Honda construiu para a dada empresa Respeitar sua palavra jamais mentir ter uma atitude digna n o constranger as pessoas nem por suas vidas nem por seus trabalhos Honda 1997 p 17 O fundador da Honda iniciou sua vida de trabalho sendo aprendiz de mec nico na companhia t cnica de autom veis de T quio Art Shokai Em T quio o Sr Honda chegou a cursar uma universidade no entanto n o se diplomou porque da universidade queria apenas as informa es e conhecimentos que julgava ser importantes Em 1946 ele c
56. empresa utiliza atualmente outras pr ticas de gest o japonesa sim n o Se sim favor indique as pr ticas utilizadas Treinamento no trabalho ON THE JOB Sistema de sugest o JUST IN TIME KANBAN Oper rios polivalentes Frequente Rota o de Tarefas Controle da Qualidade Total TQC Melhoramento cont nuo KAIZEN Jos TPM MANUTEN O 144 CCQ pr prio da empresa Outros favor especifique 15 O cliente Honda oferece algum tipo de treinamento para apoiar o desenvolvimento de grupos de NHCS em sua empresa fornecedora sim n o Se sim de que forma ocorre o treinamento marque as alternativas correspondentes treinamento nas depend ncias da empresa cliente Honda MANAUS treinamento na matriz da empresa cliente Honda J AP O o cliente Honda envia uma equipe t cnica ao fornecedor sua empresa envio de informa es por escrito outros especifique 16 Sua empresa fornece produtos para quantos clientes fornece apenas para a Honda fornece para a Honda e mais 1 cliente fornece para a Honda e mais 2 clientes possui acima de 3 clientes outros especifique 145 ANEXO 4 TABELA DAS EMPRESAS FORNECEDORAS HONDA EM MANAUS INSC CNPJ 07 519 931 0001 81 INSC SUF 20 1136 01 5 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA CORPRINT DA AMAZ GR FICA E EDITORA LTDA CIDADE Manaus END Av Abiurana 1 149 Di
57. es recentemente coletadas em entrevistas abertas com quatro colaboradores adquirir uma maior compreens o de como se d o na pr tica as rela es de trabalho por meio da chamada colabora o Com isto apresento a seguir a ntegra da disserta o com as exposi es an lises e minhas contribui es 17 Cap tulo I O OBJETO SALTA AOS OLHOS Entre inquieta o e investiga o na Zona Franca de Manaus O in cio de meus estudos no campo da sociologia do trabalho se deu de uma forma bem inusitada Apesar de ter um forte interesse por esta rea no in cio n o conseguia focalizar um objeto espec fico de estudo e que me motivasse o suficiente para investir esfor os Sempre considerei a paix o e a motiva o como fatores essenciais para a realiza o de uma pesquisa uma vez que necessitaria direcionar grande parte do meu tempo em atividades relacionadas ao objeto de estudo Eu estava certo pois at o presente momento tenho notado que todos os passos dados na constru o de uma pesquisa pelo menos nas que tenho participado exigem um grande envolvimento do pesquisador para com a mesma No meu caso espec fico este envolvimento tem sido representado pelas seguintes necessidades a buscas por literaturas internacionais nacionais e locais que tratem sobre o tema de minha pesquisa b a sele o e leitura das mesmas c defini o dos autores a serem utilizados para an lises e discuss es te ricas que co
58. livro sobre os primeiros 25 anos da empresa e um livro autobiografia do fundador da f brica 34 Desta forma procedi investiga o sob uma an lise qualitativa de todos estes dados coletados tentando direcionar as descri es realizadas a um ponto de compreens o sobre as reconfigura es do trabalho e os sentidos da colabora o Sabendo que as transforma es industriais n o ocorrem da noite para o dia e que em meios s transforma es novas formas de racionaliza o do trabalho foram sendo empregadas faz se necess rio discutir sobre o assunto para situar e compreender o momento e raz o de tais mudan as Sendo assim para fins de um maior entendimento sobre as reconfigura es no mundo do trabalho e as inova es gerenciais que ao longo dos tempos foram sendo introduzidas nas rela es de produ o industriais preparei para uma breve discuss o sobre o assunto que ser apresentado no cap tulo a seguir 35 Cap tulo II A RACIONALIZA O DO TRABALHO E AS ALTERNATIVAS DA PRODU O CAPITALISTA Como sabemos um dos que mais qualificadamente examinaram a constru o do capitalismo associando o ao avan o da ci ncia e das especialidades t cnicas ocorridas no mundo ocidental foi o soci logo alem o Max Weber Tamb m foi ele quem nos trouxe uma explica o mais bem apurada sobre a forma o de suas bases ideol gicas tendo na conduta protestante crist enquanto uma doutrina predisposta ao trabalho
59. nos processos de constru o da qualidade no Jap o que sem sombra de d vida foram de extrema import ncia nesta ocasi o a revolu o da qualidade no Jap o que posteriormente veio a acontecer transportando este pa s a ser um dos pa ses com produ o de produtos da mais alta qualidade n o se deve exclusivamente a Deming e Juran E o que comenta Juran Um segmento da imprensa ocidental tem surgido com a conclus o de que o milagre japon s n o foi devido aos japoneses Na verdade foi devido a dois norte americanos Deming e Juran os quais fizeram confer ncias para os japoneses logo ap s a Segunda Guerra Mundial Deming ter de falar em favor dele mesmo Quanto a Juran eu estou lisonjeado por m considero a conclus o como rid cula Eu realmente conferenciei no Jap o como relatado e levei alguma coisa de novo para eles uma abordagem estruturada para a qualidade Tamb m fiz a mesma coisa para um grande n mero de outros pa ses entretanto nenhum destes ainda atingiu os resultados conseguidos pelos japoneses Desta forma quem executou o milagre Juran 1981 p 61 Apud Garvin 1992 p 219 Ap s as participa es de Deming e Juran a Uni o dos Cientistas e Engenheiros Japoneses passou a dar seus primeiros passos sozinha organizando outras confer ncias e iniciando um Grupo de Pesquisa de Controle da Qualidade e oferecendo cursos b sicos de t cnicas de controle da qualidade Mais tarde a JUSE come ou a ousar desenvolve
60. o Treinamento no Trabalho on the job Sistema de Sugest o just in time Kanban iniciado entre os anos 1996 e 1997 Oper rios polivalentes Controle da Qualidade Total que come ou a ser implantado nesta empresa em 1992 Melhoramento Cont nuo KA YZEN 5 S iniciado ap s a implanta o completa do TQC em 1995 C rculos de Controle da Qualidade pr prio da empresa e Gerenciamento pelas diretrizes A exposi o feita acima sobre as tr s fornecedoras contactadas nos revelam semelhan as e diferen as entre ambas As empresas fornecedoras A os da Amaz nia Sumidenso e MASA fazem parte de um grupo de empresas que comp em o quadro de fornecedores da Moto Honda da Amaz nia LTDA No entanto cada uma delas representa um subsetor industrial diferente assim tamb m como nacionalidades distintas Dentre as tr s fornecedoras citadas a pouco a MASA a que apresenta um tempo de parceria mais antigo com a contratante enquanto as demais t m uma rela o mais recente com a empresa Honda em Manaus A rela o entre estas fornecedoras e o cliente Honda caracterizada por uma parceria com trocas de informa es entre ambas as partes todas as tr s fornecedoras participam do NHCS desenvolvido pela Honda e interagem entre si atrav s da realiza o deste programa de melhoria Neste caso a cultura da colabora o instalada na rede de fornecedores ocasiona um di logo maior n o s com a empresa contratante mas todas as forne
61. o da empresa em seu site oficial A Masa da Amaz nia foi inaugurada em 1978 com o nome de Hevea da Amaz nia Ltda tinha seu capital inicial composto por 2 3 do Grupo H vea de S o Paulo e 1 3 do Grupo Moto Importadora Manaus do Estado do Amazonas Em 1983 o Grupo Brasmotor hoje Grupo Whirlpool fabricante no Brasil dos eletrodom sticos das marcas Brastemp Consul e Kitchen Aid adquiriu a Hevea da Amaz nia Ltda que passou a chamar se Multibr s da Amaz nia S A nome que se consagrou no mercado e sociedade sendo ainda hoje muito confundida com a atual denomina o da empresa Em 1 de Outubro de 2005 a ent o Multibr s da Amaz nia foi adquirida pelo Grupo Flextronics passando a chamar se Flextronics Manaus e posteriormente Masa da Amaz nia Ltda Desde sua funda o esta empresa tem como principal atividade fim a produ o de pe as pl sticas injetadas incluindo processos de acabamento tais como pintura tampografia serigrafia e sub montagens inerentes aos processos A empresa tamb m tem experi ncia em opera es eletroeletr nicas principalmente na linha de placas eletr nicas c meras digitais e adaptadores para notebooks A terceira empresa estudada ocupa um terreno pr prio de 82 000m2 localizado Avenida Solim es 805 Distrito Industrial no PIM P lo Industrial de Manaus Esta fornecedora atualmente tem capacidade para injetar at 1600 toneladas mensais em pe as pl sticas o que a coloca entre as ind strias
62. o e organiza o do trabalho nesta se o estaremos apoiados mais diretamente nas argumenta es expostas por Coriat 1993 1994 e Womack 1992 os quais descrevem este modelo como apoiado em princ pios que conduzem uma produ o flex vel e enxuta O pesquisador franc s Benjamin Coriat em busca de uma maior compreens o sobre os avan os alcan ados pelo sistema japon s de produ o realizou uma pesquisa sobre o m todo Toyota a partir do idealizador deste m todo Taichi Ohno engenheiro chefe da Toyota Coriat 1994 define o modelo japon s como ohnismo por derivar de seu idealizador Ohno O Ohnismo apresentado por Coriat 1994 o resultado do esfor o empenhado por Ohno em construir um sistema de produ o avesso aos modelos anteriores conduzidos por Taylor e Ford Este novo modelo foi concebido por meio da busca de um eventual aumento de produtividade diante de uma estagna o das quantidades produzidas De acordo com as argumenta es do pr prio Ohno expostas por Coriat 1994 o aumento da produtividade se daria atrav s de uma produ o em s ries restritas de produtos diferenciados e variados Para produzir pequenas s ries de uma grande quantidade de modelos variados conforme podemos compreender em Coriat 1994 p 32 33 o ponto de partida do 47 Ohnismo se deu ao enfrentar o problema dos estoques que para Ohno era considerado excesso No entanto o foco desse novo sistema n o permaneceu estagna
63. o papel da filosofia da empresa dentro da estrutura na qual est a cultura corporativa da empresa vista neste caso como a base do que chamo cultura da colabora o Figura 4 mNossas Cren as Fundamentais Respeito pelo Indiv duo As Tr s Alegrias E Pol ticas Administrativas da Honda Atue sempre com ambi o e juventude Respeite a teoria saud vel desenvolva novas ideias e use seu tempo da maneira mais eficiente Desfrute de seu trabalho e encoraje a comunica o aberta Busque constantemente um fluxo de trabalho harmonioso Tenha sempre em mente os valores da pesquisa e o E esp rito empreendedor E Cultura Corporativa da Honda Mente livre e aberta Esp rito desafiador Sinceridade e integridade Co evolu o O Princ pio da Honda Em um esp rito global dedicamo nos ao fornecimento de produtos de alta qualidade a um pre o justo para a satisfa o de uma clientela universal Fonte Honda 2010 Estrutura da Filosofia Honda e da cultura corporativa 71 Como gr fico n o fala por si s faz se necess rio que eu discorra sobre este ponto Entendendo que cultura grosso modo um conjunto de costumes regras cren as h bitos padr es de comportamento de um determinado grupo seja de uma na o ou uma comunidade a ideia de cultura corporativa que pode ser extra da neste contexto a de que assim como em um determinado tipo de sociedade existam
64. o que vemos hoje parece ser algo completamente oposto ao observado por Weber M dos maiores avan os mais recentes em termos das racionaliza es no campo do trabalho concernente produ o industrial se deram com a contribui o do mundo oriental mais diretamente no Jap o Foram exatamente as contribui es japonesas que me chamam aten o em rela o s transforma es da organiza o da produ o industrial no mundo Foi a partir das inova es japonesas em termos de pr ticas de gest o redu o de despesas e melhorias cont nuas que a intelig ncia oper ria obteve um grande destaque nas empresas Oliveira 2004 faz uma analise bem interessante sobre a utiliza o e situa o do trabalhador nestes diferentes momentos da ind stria mundial Ela argumenta metaforicamente que no per odo do fordismo taylorismo as empresas introduziam uma seringa nos bra os dos trabalhadores e extra am deles toda a sua for a de trabalho J no per odo do toyotismo al m das empresas extra rem a for a de trabalho como se retirasse sangue dos trabalhadores elas passaram a tamb m introduzir um cano no c rebro dos trabalhadores e iniciaram a extrair conjuntamente com a for a de trabalho o conhecimento oper rio Acredito que atualmente seja muito dif cil uma empresa n o se utilizar do saber oper rio para alavancar seus lucros diminuir suas despesas e melhorar sua qualidade de 37 produ o e de servi os Neste sentido seria po
65. os entre cada trabalhador o tempo de produ o e de di logos a habilidade ou n o dos chefes de setores em motivar os trabalhadores e as diversas fun es dentro de um setor em toda a extens o de uma linha de produ o Minha experi ncia como operadora de produ o naquela montadora me permitiu ainda visualizar as situa es descritas medida em que ouvia as informa es nas entrevistas As ltimas informa es que coletei nesta pesquisa foram em forma de entrevistas com 4 colaboradores quatro deles trabalham na f brica sendo que um veio oriundo de uma fornecedora japonesa em Manaus o qual relatou as diferen as contidas entre a contratante e a fornecedora no que diz respeito tanto ao trabalho quanto as pr ticas de gest o desenvolvidas em ambas e a pr tica nas fornecedoras das exig ncias da contratante Para efeito de esclarecimentos quero refor ar que as ltimas entrevistas e coletas de informa es que realizei serviram para balizar os dados que eu j possu a em arquivos Estes dados a que me refiro s o um conjunto de 7 entrevistas realizadas com instrutores de treinamento chefes de setores coordenadores de programa de qualidade l deres do setor de compras e mais 17 projetos de c rculos de controle de qualidade desenvolvidos por trabalhadores da empresa Outros documentos que tamb m possu a em arquivos eram um conjunto de revistas fornecidas pela empresa a cada dois meses para os colaboradores um
66. os temas mais frequentemente abordados pelos grupos de NHCS formados em sua empresa marque as alternativas correspondentes sobre meio ambiente Sobre qualidade Sobre ergonomia Sobre redu o de custos Sobre redu o do tempo de produ o Outros favor especifique 7 Quem escolhe os temas que s o abordados pelos grupos de NHCS em sua empresa Marque apenas uma alternativa 142 Os temas s o escolhidos apenas pela ger ncia da sua empresa Os temas s o escolhidos pelo cliente Honda Os temas s o elaborados pelos grupos e escolhidos pela ger ncia de sua empresa A escolha dos temas fica crit rio do grupo Outros favor especifique 8 Quais os hor rios disponibilizados por sua empresa para os trabalhadores realizarem reuni es de grupos NHCS marque as alternativas correspondentes Os grupos se re nem no hor rio do almo o descanso A empresa disponibiliza um hor rio fixo por dia para os grupos de NHCS se reunirem A empresa disponibiliza um hor rio fixo por semana para os grupos de NHCS se reunirem Os grupos se re nem em casa fora da empresa Outros favor especifique 9 Qual a quantidade de sugest es de melhorias implantadas em sua empresa atrav s do desenvolvimento de grupos de NHCS Marque apenas uma alternativa entre 1 e 5 sugest es por ano de 5 a 10 sugest es por ano de 10 a 20 sugest es por ano
67. para al m das esferas da produ o industrial como o caso dos trabalhadores do setor informal que conforme Leite 2009 argumenta uma atividade que hoje passou a ser parte org nica da produ o capitalista Para dar uma maior dimens o a esta nova realidade no cen rio do trabalho posso incluir ainda nesta discuss o os avan os dos processos informacionais que remodelam as estruturas das fun es e das organiza es dentro do que Castells 1999 denomina como sociedade em rede Para ele as transforma es correntes nesta nova realidade alcan am at mesmo a composi o das cadeias de produ o pelo que as empresas agora passam a se organizar em rede modificando as rela es de trabalho e fornecimento Assim se temos uma rede de empresas que se caracteriza pela forma o de um conglomerado de pequenas e m dias empresas teremos tamb m um tipo singular de trabalhador aos moldes desta rela o Entrariam neste caso o que hoje conhecemos como trabalhadores tempor rios e terceirizados chegando assim ao trabalhador precarizado desprovido do amparo sindical e de boas condi es de trabalho e qualidade de vida Meu interesse no entanto n o explorar esse novo cen rio que se apresenta mas devido s crescentes discuss es desencadeadas sobre esta nova realidade procurei focalizar minha abordagem para o sentido origin rio do capitalismo que me parecia estar sendo deixado s margens desta discuss o Refiro me aqui a
68. pouco iluminado mobili rios inadequados posturas for adas e outros Para explicar sobre o motivo da escolha do tema o Grupo A construiu alguns gr ficos para indicar que os dois maiores ndices de afastamento de colaboradores em 2006 estavam ligados ao excesso de movimento na coluna cervical que segundo o grupo os problemas maiores s o h rnia de disco e dores lombares E em 2007 os dois maiores ndices de afastamento estavam ligados nesse caso a tendinite e h rnia de disco Ao analisarem a situa o atual tratando se de um trabalho de 2007 do problema levantado o grupo apresentou um conjunto de fotos fluxograma que mostra as etapas do processo onde ocorria o problema levantado dando destaque para a imagem onde o colaborador faz a coloca o do motor e a posi o de agachamento que o mesmo precisava fazer a cada motor O grupo deixou a afirma o de que apesar da exist ncia do problema at aquele momento ainda n o havia nenhum trabalho de melhoria em andamento 12 5 E RES Estas siglas referem se aos modelos de motocicletas produzidas pela empresa Nas depend ncias da Honda os modelos s o conhecidos e mencionados apenas por siglas 108 O Grupo A recorreu a uma avalia o m dica para examinar poss veis riscos decorrentes do problema levantado naquele processo Ap s avalia o m dica constatou se que al m de correr o risco de les es na coluna cervical com o passar do tempo o joelho do col
69. precisamente junto empresa japonesa de motocicletas Moto Honda da Amaz nia Ltda e aos seus trabalhadores e fornecedores Escolhi como plano de fundo para esta investiga o a f brica de motocicletas japonesas Moto Honda da Amaz nia LTDA e seus colaboradores devido constata o da rela o de trabalho influenciada ou induzida como colabora o entre empresa e trabalhadores assim tamb m entre empresa e seus fornecedores Esta constata o foi observada em pesquisas que realizei anteriormente sobre a introdu o e difus o do modelo japon s de produ o e organiza o do trabalho no Polo duas Rodas onde pude observar que nesta f brica as rela es de trabalho est o postas como colabora o e os trabalhadores e fornecedores s o intitulados e influenciados induzidos a colaborar com a empresa a qual prestam seus servi os Apoiada em pr ticas de gest o japonesa a MHA repassa aos seus colaboradores sua metodologia e filosofia de trabalho na expectativa segundo nossa compreens o de que os mesmos incorporem certas disciplinas que os induzam ou conduzam colabora o No in cio da pesquisa n o era poss vel precisar se a reconfigura o do trabalho como colabora o surge baseada nos princ pios de gest o japonesa Isso p de ser melhor examinado com o decorrer da investiga o O que pude antecipar era que ao menos naquela f brica MHA tais rela es eram forte
70. produ o industrial onde os poucos que est o em cima ganham muito e os muitos que est o em baixo ganham pouco Antes de continuar com esta discuss o que compreenderemos melhor com a contribui o Weberiana quero enfatizar que tal inquieta o relatada a pouco tem sido o motivo que me levou a estudar o mundo do trabalho e mais recentemente tentar compreender esse novo tipo de trabalhador formado por pr ticas de gest o que o conduzem a ser o que o intitulam como colaboradores Ao que me parece trabalhadores cada vez mais multifuncionais motivados ao voluntariado Eis o objeto que me salta aos olhos Na tentativa de finalizarmos esta discuss o sobre as inquieta es quero ainda abordar dois pontos que interpreto como importantes Em primeiro lugar a inquieta o est relacionada defini o e relev ncia do objeto que se pretende investigar Ao definir seu objeto o pesquisador dever tornar claro que aquele objeto um objeto relevante Eu posso estar trabalhando com um objeto e do lado ter algu m trabalhando com um objeto que mais importante do o que aquele que eu escolhi Essa inquieta o tamb m pode come ar por ai na defini o do objeto Se o objeto apresenta algo que seja capaz de justificar uma pesquisa Muitas vezes a relev ncia de um objeto de pesquisa n o se deve somente ao tema escolhido mas a forma como ele analisado as estrat gias e as teorias escolhidas enfim o trato que o pesquisador estab
71. regras padr es e princ pios que norteiam a trajet ria da mesma em uma empresa essa mesma mentalidade parece ser replicada No entanto a cultura corporativa de uma empresa cunhada atrav s de um r gido processo de racionaliza o O que eu quero dizer para lembrar de Weber que nenhuma empresa fundada sobre bases capitalistas deixar de realizar planejamentos sobre sua estrutura consolida o e desenvolvimento E todo tipo de planejamento elaborado pelas empresas s o a es altamente racionais tendo em vista um fim que por sua vez alcan ado mais facilmente e com xito se todos falarem a mesma l ngua ou seja se empresa trabalhadores e fornecedores compartilharem de uma mesma cultura ou ainda de uma mesma tica profissional Mas para que haja uma cultura conforme os interesses da corpora o necess rio a exist ncia de uma for a organizadora motivadora e propulsora como fundamento e sustenta o da cultura necess rio um pensamento sistematizador uma ideologia produtora e controladora dos comportamentos e atitudes Esse o papel da filosofia Honda elaborada pelo seu fundador sendo dividida em tr s pontos centrais Cren as Fundamentais Princ pio da Honda e Pol tica de Gest o da Honda os quais apresentarei mais detalhadamente a seguir 3 2 1 Cren as Fundamentais Para a Honda essas Cren as Fundamentais s o consideradas a miss o da empresa a raz o de ser pela qual a empresa existe
72. softwares para a cria o de documentos planilhas e apresenta es e para o gerenciamento de emails http office microsoft com pt br novice o que e o powerpoint HAQ10265950 aspx 21 como o l der da equipe Tratava se de um projeto de C rculo de Controle de Qualidade mais conhecido no Brasil como CCQ Julgo importante fazer aqui algumas considera es sobre o relato iniciado acima Em primeiro lugar acredito que ao tentar encontrar um objeto de pesquisa da forma como a pouco comentei no inicio do pequeno relato estava na verdade ingenuamente em busca de um objeto pr constru do que de imediato se mostrasse relevante o que facilitaria minhas argumenta es para justific lo como objeto importante a ser investigado Pura ingenuidade Aos poucos desconstru da novamente com a contribui o de Bourdieu 2007 o qual refor a que a obten o de objetos pr constru dos deve ser vista com desconfian a O melhor a se fazer buscar uma nova forma de se pensar o objeto no intuito de constru lo ou de reelabor lo visto por um novo ngulo Para ele um equivoco focar somente para a utiliza o de objetos que se d o como evidentes e com import ncia pol tico e social facilmente notada Reelaborar um objeto faz parte do aprendizado deste of cio Sendo assim conforme Bourdieu 2007 ressalta extremamente importante o contato com o campo no sentido de saber se utilizar dele para obter benef cios para a realiza o
73. stria deixou para tr s aqueles modelos cl ssicos de produ o e organiza o do trabalho A maneira de gerir segundo o fordismo taylorismo j n o traz os benef cios necess rios para a sobreviv ncia de uma empresa as t cnicas de gest o adotadas pelo m todo ohnista por si s tamb m j n o d o conta de elevar o crescimento das empresas A ind stria passou assim a se utilizar de novas formas de capta o de lucro atrav s de novas pr ticas de gerenciamento e a colabora o parece ser agora a bola da vez Mas o que seria bem essa colabora o Alguns estudos apontam a colabora o para uma ideia aproximada de coopera o com leves diferen as onde a primeira seria uma esp cie de trabalho em conjunto mas em forma de contribui o E a segunda seria uma atividade onde cada cooperador respons vel por uma por o do trabalho a ser executado Roschelle e Teasley 1995 Para Kemczinski et al 2007 os termos colabora o e coopera o t m sido utilizados em diversas reas as vezes sem distin o alguma e at mesmo intercambiados 53 no entanto sempre relacionados a alternativas grupais de solu o de problemas Ainda segundo Kemczinski et al 2007 existem quatro vis es diferentes que tratam sobre colabora o e coopera o Autores como Ferreira 1999 Johnson e Johnson 2001 e Hiltz 1998 fazem parte de uma primeira vis o que acreditam em colabora o e coopera o como sin nimas u
74. sua l gica de acumula o no mundo globalizado e tamb m teorias que apontam para os sentidos da a o e processos de racionaliza o do trabalho contextualizando as diversas formas de produ o industrial e organiza o do trabalho sob a l gica da produ o capitalista No cap tulo I fa o uma discuss o sobre a trajet ria de constru o desta pesquisa dando relevo ao percurso metodol gico que trilhei no desenvolvimento desta investiga o Neste cap tulo busquei apresentar uma breve discuss o sociol gica sobre o processo de constru o de uma pesquisa relacionando as com as etapas de descoberta e reelabora o do objeto desta investiga o assim como uma descri o sucinta sobre os m todos e t cnicas que utilizei no decorrer da pesquisa O segundo cap tulo traz uma discuss o acerca das bases da organiza o da produ o industrial a come ar pelos modelos cl ssicos de produ o seguindo para a via Japonesa de racionaliza o do trabalho frente aos modelos r gidos de produ o Procurei neste cap tulo p r em evidencia a contribui o japonesa aos processos de organiza o do trabalho devido ao objeto deste estudo ter como plano de fundo as rela es de trabalho existentes em um ambiente industrial cujas pr ticas de gest o s o baseadas em princ pios japoneses Vale ressaltar que na medida em que exponho essas transforma es no campo da organiza o da produ o industrial tento tamb m abordar a figura
75. 1 6 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA MUSASHI DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Av Flamboyant 931 Distrito Industrial CEP 69 075 000 REA CONSTRUIDA 250 m2 REA DO TERRENO 250 m2 M O DE OBRA 326 INVEST FIXO US 10 383 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84834010 CONJUNTO EIXO DE TRANSMISS O PARA VE CULOS DE DUAS RODAS standard 87141900 VIRABREQUIM BIELA E EIXO DO PEDAL DE PARTIDA PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001 e 14001 INSC CNPJ 01 535 521 0001 06 INSC SUF 20 0077 01 5 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA A OS DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Matrinx 622 Distrito Industrial CEP 69 075 150 M O DE OBRA 96 INVEST FIXO US 12 423 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 72122090 LAMINADO DE FERRO A O EM FITA TIRA CHAPAS galvanizado OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 E 14 001 INSC CNPJ 01 571 899 0001 65 INSC SUF 20 0803 01 8 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA IFER DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Av Buriti 5940 Bloco 02 Cj 05 Distrito Industrial CEP 69 075 000 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Outubro de 1996 REA CONSTRUIDA 900 m2 REA DO TERRENO 1 000m2 M O DE OBRA 522 INVEST FIXO US 17 537 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 72089000 OBRAS DE FERRO A O PE AS ESTAMPADAS m dulos diversos 73089090 OUTRAS CONST
76. 1422 Honda 2009 E at o m s de fevereiro de 2010 per odo anterior ao fim das inscri es para o programa a empresa contabilizou mais de 1 360 inscritos HONDA 2010 Atualmente a participa o de trabalhadores neste programa est na faixa dos 1 400 grupos anuais 94 O Instrutor C explica que a finalidade inicial do programa era de envolver a m o de obra na identifica o e resolu o de pequenos problemas no local de trabalho Para ele facilmente os colaboradores se envolveram com o programa tendo em vista a grande novidade que ele representava A princ pio no ato de inscri o no programa cada participante recebia um pr mio em forma de brinde como uma r gua com formas de letras grafites e outros de origem japonesa O Instrutor C afirma que no in cio as apresenta es eram feitas utilizando cartazes pois n o havia computadores para auxiliar na apresenta o E ent o os colaboradores usavam as r guas japonesas recebidas para escrever nos cartazes Naquele tempo os produtos importados eram dif ceis de serem adquiridos assim os colaboradores ficavam muito contentes com os brindes vindos do Jap o Posteriormente este programa foi tamb m implantado nas unidades da mesma empresa em S o Paulo mudando sua denomina o para C rculo Honda Brasil CHB Em 1996 o programa passou a ser executado tamb m na Honda Autom veis At que em 2003 este programa passou a ser chamado e conhecido mundialmente como New
77. 2010 em 1993 a HTA passou a funcionar com o n mero de 102 trabalhadores O maior aglomerado de trabalhadores est concentrado na rea da produ o conhecida como HDA que no intervalo de tempo referido acima passou por uma varia o de 1 879 para 7 865 trabalhadores 68 Em conformidade com o modelo japon s de produ o organiza o e gest o a Moto Honda da Amaz nia busca insistentemente uma melhor qualidade para seus produtos e processos de produ o atrav s de uma boa rela o com sua rede de fornecedores No ano de 2009 a MHA contava com o apoio de cerca de 20 empresas fornecedoras como mostra os dados contidos em Melo 2010 NISSIN MUSASHI FCC REFLECT SCORPIOS LEAKLESS IFER TECAL METALFINO HONDA LOCK SOLTECO MASA KEIHIN SHOWA SOD CIA NIHON SEIKI GK amp B MITSUBA SPRINGER DENSO De acordo com este mesmo autor este numero de fornecedores deveria alcan ar a quantidade de 40 at o ano de 2012 3 2 FILOSOFIA DA EMPRESA E CULTURA CORPORATIVA HONDA A ideologia da colabora o A preocupa o com a quest o da qualidade levou as empresas japonesas a um n vel muito mais profundo de comprometimento do que qualquer outra empresa pelo mundo a fora Garvin 1992 afirma que esse comprometimento era profundamente arraigado e amplamente difundido entre os trabalhadores de uma forma bem clara Este era vis vel em qualquer lugar nas declara es da filosofia da companhia nos manuais de pol tica
78. 26 453 0001 07 INSC SUF 20 1304 01 5 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA CORNETA IND DE AUTO PE AS DA AMAZ LTDA CIDADE Manaus END Rua Acar 200 Distrito Industrial CEP 69 075 030 DIRETOR RESIDENTE CONTATO Rubens Elizeu de Souza INICIO DAS ATIVIDADES Janeiro de 2010 M O DE OBRA 24 INVEST FIXO US 1 212 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 PARTES E PE AS USINADAS PARA CICLOMOTORES MOTONETAS MOTOCICLETAS TRICICLOS E QUADRICICLOS Fornecedores Honda Fonte SITE OFICIAL SUFRAMA 2012 ADAPTA O DO AUTOR
79. AMORTECEDOR PARA VE CULO DUAS RODAS standard 87141900 PARTES E PE AS PARA VEICULOS DE DUAS OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 08 962 294 0001 44 INSC SUF 20 1249 01 4 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SUMIDENSO DA AMAZ NIA IND EL TRICAS LTDA CIDADE Manaus END Rua Abelardo Barbosa 320 Aleixo CEP 69 060 100 M O DE OBRA 260 INVEST FIXO US 3 595 864 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 85443000 JOGOS DE FIOS P VELAS DE IGNI O E OUTROS FIOS PARA VE CULOS INSC CNPJ 04 777 862 0001 86 INSC SUF 20 1020 01 7 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA LEAKLESS DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Av Buriti 3585 Distrito Industrial CEP 69 075 000 DIRETOR RESIDENTE CONTATO Tomoharu Kiryu M O DE OBRA 71 INVEST FIXO US 1 022 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84841000 JUNTA DE VEDA O MEC NICA PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 84842000 JUNTA DE VEDA O MEC NICA PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 150 INSC CNPJ 57 014 862 0001 48 INSC SUF 20 1271 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA MANN HUMMEL BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Rua Rio Jaguar o 896 Vila Buriti CEP 69 072 055 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Outubro de 2008 M O DE OBRA 44 INVEST FIXO US 3 288 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84213100 FILTROS DE ENTRADA DE AR P MOTORES A EXPLOSAO DIESEL INSC CNPJ 08 0
80. AS ATIVIDADES Julho de 2010 M O DE OBRA 25 INVEST FIXO US 1 737 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 73182900 Pe as met licas formatadas por usinagem para motocicletas INSC CNPJ 02 499 629 0001 53 INSC SUF 20 0805 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SCORPIOS DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Javari 1 680 Galp o 2 Distrito Industrial CEP 69 075 110 M O DE OBRA 400 INVEST FIXO US 4 943 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 CAVALETE LATERAL CENTRAL PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 87141900 PEDAL DO FREIO PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 87141900 CONJUNTO SUPORTE SUPERIOR DO AMORTECEDOR standard OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 02 422 460 0001 33 INSC SUF 20 0786 01 6 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SOD CIA DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Balata 268 Sala 02 Distrito Industrial CEP 69 075 050 AREA CONSTRU DA 3 000 m2 AREA DO TERRENO 10 000 m2 M O DE OBRA 294 INVEST FIXO US 7 679 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O CAVALETE CENTRAL GARFO TRAZEIRO SUPORTE MET LICO GUID O TUBO DA GARUPA E PEDALEIRA 87141900 CENTRAL PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 87141900 PARTES E PE AS SOLDADAS PINTADAS PARA VE CULOS DE DUAS RODAS OBS 1 EMPRESA SUCESSORA DA IND DE ACESS E COMPS MET LICOS DA AMAZ NIA LTDA 2 EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001
81. CQs os quais denomino de c rculos da colabora o necess rio tamb m deixar claro outras formas de a es colaborativas praticadas pelos colaboradores Sendo assim separei estas formas diferentes de colabora es em dois tipos Denomino o primeiro tipo como colabora es para fora este tipo constitu do por todas as a es de colabora o gerenciada pela empresa para alcan ar diretamente a sociedade ou seja uma esp cie de contribui o social aos que est o de fora da f brica As colabora es para fora s o na maioria das vezes participa es em eventos sociais para beneficiar a sociedade em geral nestes tipos de a es os representantes da empresa s o os pr prios trabalhadores volunt rios que abdicam de seu tempo de descanso e em fam lia para colaborar em programas e eventos como a A o Global Circuitos da Ci ncia Gincanas ambientais e campanhas de arrecada o de roupas e alimentos nos casos de desastres ambientais no pa s como um fato ocorrido na pr pria cidade de Manaus em 2007 onde os colaboradores doaram roupas e agasalhos Durante o m s de abril a cidade de Manaus sofreu fortes tempestades o que ocasionou grandes alagamentos e desmoronamentos que prejudicaram mais de duas mil pessoas Solid rios com a situa o colaboradores da Moto Honda da Amaz nia lan aram no dia 11 de abril uma campanha coordenada pela assistente social para
82. DE CONTROLE DE INJE O ELETR NICA OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 E 14001 INSC CNPJ 02 672 357 0001 41 INSC SUF 20 0813 01 3 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA FCC DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Rua Mogno 11 Distrito Industrial CEP 69 075 170 M O DE OBRA 205 INVEST FIXO US 20 797 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84836011 EMBREAGEM PARA VE CULO DE DUAS RODAS TRICICLOS de disco de fric o OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 E 14 001 INSC CNPJ 04 161 047 0001 98 INSC SUF 20 0926 01 2 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA KEIHIN TECNOLOGIA DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Avenida Torquato Tapaj s 8 003 Tarum CEP 69 048 660 M O DE OBRA 480 INVEST FIXO US 50 139 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84099113 CARBURADOR PARA MOTORES EXPLOS O standard 84099190 PARTES E PE AS FUNDIDAS P CICLOMOTORES MOTONETAS MOT TRICICLOS E QUADRICICLOS OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001 E 14 001 INSC CNPJ 05 299 463 0001 10 INSC SUF 20 1021 01 3 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA MITSUBA DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Av Max Teixeira 100 Flores CEP 69 058 415 M O DE OBRA 55 INVEST FIXO US 1 248 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 146 87141900 MOTOR DE PARTIDA PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard INSC CNPJ 04 944 068 0001 80 INSC SUF 20 0983 0
83. ETO e D ANGINA 1993 p 525 A segunda forma de Silepse referente ao n mero singular plural como veremos nos dois casos a seguir 1 Com o verbo no plural com refer ncia a um coletivo que aparece distanciado Exemplo A turma ontem tarde compareceu ao col gio por m n o conseguiram bom resultado observe se que a forma verbal conseguiram est flexionada com a ideia de pluralidade do sujeito coletivo turma 2 Com o adjetivo no singular que tem por sujeito os pronomes pessoais n s e v s Trata se neste caso de um plural de mod stia ou de defer ncia Exemplos a Sejamos Franco b Sois Estudioso Explica o Os adjetivos franco e estudioso encontram se no singular para indicarem que na realidade os sujeitos s o respectivamente eu e tu e n o n s e v s que foram usados t o somente por mod stia ou respeito NETO e D ANGINA 1993 p 527 Em terceiro lugar temos a Silepse de pessoa que segundo Neto e D Angina 1993 p 527 ocorre com os termos subentendidos n s e v s em virtude da inclus o da pessoa que fala 1 ou da pessoa com quem se fala 2 Para uma melhor compreens o veremos os exemplos abaixo a Dizem que os cariocas somos pouco dados Machado de Assis b Ambos nos encontraremos amanha c Todos sabeis da vida de luta que levamos Explica o A concord ncia nos tr s exemplos acima n o se verifica como se espera com as express es
84. Era assim desde a implanta o do New Honda Circle em 1981 conforme consta no Boletim NHC de maio de 2008 referindo se a dois colaboradores que participaram de um dos primeiros Grupos Na poca ambos atuavam na linha de montagem e o tempo para desenvolver os projetos j era escasso Em fun o disso as pessoas se reuniam no final de semana na casa de um dos membros do grupo o que segundo eles criava maior integra o entre as pessoas e refletia positivamente no ambiente de trabalho HONDA 2008 Atualmente existe um programa de seguran a de informa o que impede que as informa es de dentro da empresa saiam da mesma por esta raz o todos os trabalhos NHC devem ser atualmente desenvolvidos dentro da empresa Pensando nisso alguns coordenadores na empresa visando um melhor ambiente de trabalho para o colaborador e buscando gerar uma maior participa o dos trabalhadores no 105 CCQ transformam alguns espa os dentro da empresa em ambientes para discuss o e produ o NHC o que podemos ver na figura abaixo Figura 8 Fonte Honda 2009 Foto do espa o para reuni es do NHC Existem trabalhos com os mais diversos temas uns tratando de seguran a outros sobre ergonomia redu o de res duos custos etc Todos estes trabalhos independente do tema ou da rea abordada v o finalizar em redu o de custos para a empresa Como exemplo posso citar um trabalho com apontamentos para a rea de erg
85. Geral do NHC traz a seguinte informa o Se eu n o fa o conta na minha avalia o de desempenho se eu n o estou participando desta atividade da empresa n o penalizado nunca ningu m foi penalizado por quest o de NHC S que aquela quest o assim eu estou aqui s pra apertar o meu bot o e nada mais Ent o se voc n o est colaborando pra empresa e nem pra voc mesmo ent o voc n o quer crescer a empresa n o prejudica que nem voc est na escola tu tem o teu tcc eu vou estudar estudar estudar final do ano ah N o vou fazer tamb m n o vou formar Secret ria Geral NHC 2010 O maior n mero de grupos formados encontra se no setor com maior n mero de funcion rios no caso a rea de fundi o Mas tamb m os outros setores desenvolvem seus projetos e concorrem com outros setores O grupo que desenvolver o melhor trabalho ter a oportunidade de apresent lo fora do Brasil no Jap o ou outros pa ses estipulados pela empresa Cada colaborador desenvolve o seu trabalho que de costume em sua linha ou em seu setor segundo sua fun o para o qual foi contratado E para o desenvolvimento dos trabalhos NHC esse colaborador utiliza os tempos dispon veis que ele tem dentro da empresa Geralmente ele utiliza parte do tempo do almo o Em outros momentos os colaboradores produziam seus trabalhos em suas casas proporcionando reuni es de suas equipes para discutir o projeto
86. HC em 1995 a Honda em Manaus lan ou a primeira edi o do New Honda Circle Supplier NHCS circulo de controle de qualidade coordenado pela Honda junto aos seus fornecedores Para a Honda o NHCS um importante instrumento de treinamento e intera o entre os fornecedores que prestam servi os para ela O principal objetivo do programa incentivar os grupos de trabalhadores fornecedores que desenvolvem o NHCS a utilizar as ferramentas de qualidade no seu dia a dia facilitando a comunica o entre a Honda e seu fornecedor Para a contratante o NHCS tamb m atinge dois outros objetivos obt m melhorias de qualidade e redu o de custos nos processos de fabrica o de entrega e gerenciamento assim como o conhecimento e a propaga o da cultura do NHCS ESPA O HONDA 2010 p 5 Segundo a empresa contratante a preocupa o com o padr o de qualidade dos seus produtos e a melhoria na rela o cliente fornecedor Honda motivaram a mesma a desenvolver este programa de melhoria junto a seus fornecedores Para que o produto chegue ao consumidor final com o mais alto padr o de qualidade preciso cuidar de todas as etapas dos processos internos aos prestadores de servi os e pe as adotados pela companhia Com esse prop sito o New Honda Circle Supplier realizado no Brasil para aproximar fornecedores da metodologia Honda de trabalho melhorar seus processos internos e principalmente promover a integra o com a empr
87. Honda Circle NHC De acordo com as informa es colhidas na empresa com os instrutores de treinamento desde sua implanta o at a atualidade n o houve mudan as estruturais no programa mas apenas mudan as de nomenclatura devido a amplia o da execu o do NHC para as demais empresas do grupo Honda no Brasil e outros pa ses Levando em considera o as informa es obtidas no Manual Orientativo para Participantes e L deres do NHC Am rica do Sul 2007 produzido pela empresa este c rculo tem sua composi o formada por um n mero m ximo de cinco e m nimo de quatro colaboradores que por sua vez se re nem espontaneamente a fim de trocar informa es e discutir ideias com a finalidade de alcan ar melhorias ou elaborar solu es para poss veis problemas que se achem no setor onde executam suas fun es di rias Obedecendo a uma estrutura de organiza o bem clara o c rculo segue composto por um l der um secret rio e mais dois ou tr s membros no m ximo No NHC cada participante tem seu papel e fun o definida como por exemplo o l der que al m de mediar e facilitar a realiza o das atividades necess rias para o bom desempenho do grupo ele deve ainda acompanhar o andamento do projeto do seu grupo levando em considera o os prazos estabelecidos Este l der tem tamb m como 95 responsabilidade promover a intera o positiva entre os membros do grupo visando um bom ambiente para o desenvolvimento do tra
88. RUCOES E SUAS PARTES DE FERRO FUNDIDO 84159000 GABINETE MET LICO para condicionador de ar 84731090 PARTES E ACESS DE M QUINAS DE ESCREVER 95069100 BICICLETA ERGOM TRICA standard OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 14 001 INSC CNPJ 08 470 524 0001 58 INSC SUF 20 1230 01 1 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA MANGELS COMPS DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Alfeneiro 249 Distrito Industrial CEP 69 075 520 IN CIO DAS ATIVIDADES 2009 M O DE OBRA 22 INVEST FIXO US 9 632 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 72089000 LAMINADO DE FERRO A O EM FITA TIRA CHAPA 73269000 PE AS ESTAMPADAS DE FERRO OU A O PARA FINS INDUSTRIAIS INSC CNPJ 04 414 488 0001 54 INSC SUF 20 0241 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA METALFINO DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Ipe 194 Distrito Industrial CEP 69 075 100 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Janeiro de 1985 REA CONSTRUIDA 1 934 m2 AREA DO TERRENO 12 839 m2 M O DE OBRA 276 INVEST FIXO US 5 126 979 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84099990 SUPORTE DO MOTOR PARA VE CULOS AUTOMOTOR standard 87089990 TAMPA DO TERMOSTATO PARA VE CULOS AUTOMOTOR standard 87141900 SAPATA DO FREIO PARA VE CULO DE DUAS RODAS standard 87141900 PARTES E PE AS EM ALUM NIO INJETADO para duas rodas triciclos e quadriciclo 87141900 PARTES E PE AS EM CHUMBO FUNDIDO para duas rodas triciclos e quadriciclo 87089990 SIS
89. S de tr s dias s o 82 9 horas de treinamento a gente ensina o que o Seiri que s o 5S que v m da palavra em japon s Seri Seiton Seiso OU Seja O primeiro procedimento a ensinar a eles a quest o do senso de utiliza o que o Seiri O que n s vamos aprender no Seiri Se voc tem uma atividade a desenvolver voc faz ela baseado em um senso de que s fica pr ximo da rea de atividade coisas necess rias coisas desnecess rias a gente tira dal E tem um procedimento para como fazer isso separa o n o necess rio algumas vezes necess rio ou seja tem um fluxo a obedecer Tudo bem ent o ele tem o primeiro senso o que til e o que n o Depois que ele tem esse senso enraizado em treinos e testes cada senso desse vai em uma hora ou uma hora e meia porque vem exemplo da produ o vem exemplos de outras coisas a gente sempre fica relacionando o referencial te rico por que em treinamento assim na empresa voc tem alguns eixos de multiplica o de conte do O primeiro eixo que eu considero o de apresenta o o segundo eixo a considerar a apostila que ele tem em m os estudando E o terceiro eixo aquele voltado para a abordagem do professor e eu diria que tem um quarto eixo depois que seria pegar esse aprendizado todo e depois aplicar isso em uma a o pr tica efetivar o pensamento preciso efetivar o racioc nio e uma nova informa o com a pr tica e a partir de ent o apre
90. S 2 Quais os motivos que levaram sua empresa a desenvolver o C rculo de Controle de Qualidade coordenado pela Moto Honda NHCS marque as alternativas correspondentes Melhoria da qualidade em seus produtos e servi os Determina o do cliente Honda Sugest o do cliente Honda Transfer ncia de informa es entre cliente e fornecedor Busca por redu o de custos 141 Outros favor especifique 3 De que forma sua empresa come ou a desenvolver grupos de NHCS Marque apenas uma alternativa Atrav s de convite do cliente Honda Sua empresa fez solicita o junto ao cliente Honda para participar do programa NHCS Outros favor especifique 4 Qual a m dia de grupos formados atualmente em sua empresa para desenvolver o NHCS forma aproximadamente quantos grupos por ano Marque apenas uma alternativa la 5 grupos por ano 5a 10 grupos por ano 10 a 20 grupos por ano de 20 a 30 grupos por ano de 30 a 40 grupos por ano acima de 40 grupos por ano outros favor especifique 5 Quantos trabalhadores em sua empresa participam diretamente em grupos de NHCS Marque apenas uma alternativa menos de 5 trabalhadores por ano de 5 a 10 trabalhadores por ano de 10 a 20 trabalhadores por ano de 20 a 30 trabalhadores por ano de 30 a 40 trabalhadores por ano acima de 40 trabalhadores por ano 6 Quais
91. S DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Av Solim es 1825 Distrito Industrial CEP 69 075 200 M O DE OBRA 34 INVEST FIXO US 15 958 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 73151210 CORRENTE DE TRANSMISS O PARA CICLOMOTORES MOTONETAS TRICICLOS E QUADRICICLOS 73151210 CORRENTE DE TRANSMISS O DO COMANDO DE V LVULAS DO MOTOR DE A O P CICLOMOTORES 149 INSC CNPJ 09 241 710 0001 88 INSC SUF 20 1247 01 1 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA FEDERAL MOGUL IND DE AUTOPE AS LTDA CIDADE Manaus END Avenida dos Otis 235 Distrito Industrial CEP 69 075 842 M O DE OBRA 238 INVEST FIXO US 13 958 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 85122011 FAROIS P AUTOMOVEIS E OUTS CICLOS 85122022 LUZES INDICADORAS DE MANOBRAS P AUTOM VEIS E OUTROS CICLOS INSC CNPJ 07 379 546 0001 44 INSC SUF 20 1131 01 3 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA HONDA LOCK DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Rua Raimundo Nonato de Castro 490 Santo Agostinho CEP 69 036 790 M O DE OBRA 80 INVEST FIXO US 4 769 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O p 83012000 FECHADURAS TRAVAS E BLOQUEADOR DE METAIS COMUNS PARA VEICULOS AUTOMOTORES INSC CNPJ 05 213 262 0001 58 INSC SUF 20 1016 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA NIPPON SEIKI DO BRASIL LTDA CIDADE Manaus END Rua Palmeira do Miriti 121 Distrito Industrial CEP 69 075 215 M O DE OBRA 138 INVEST FIXO
92. TEMA PASSAGEM DE GUA PARA VE CULOS AUTOMOTOR standard 87089990 CONJUNTO TAMPA LATERAL DIREITA PARA VE CULOS AUTOMOTOR standard OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 34 505 214 0001 31 INSC SUF 20 0457 01 2 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA METAL RGICA SATO DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Av Buriti 5593 Distrito Industrial CEP 69 075 110 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Junho de 1989 M O DE OBRA 292 INVEST FIXO US 12 652 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 147 73269000 OBRAS DE FERRO A O PE AS ESTAMPADAS diversos 86169900 PE AS ESTAMPADAS DE CHAPAS PEL CULAS OU TIRAS MET LICAS INSC CNPJ 23 007 560 0001 73 INSC SUF 20 0389 01 7 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA REFLECT IND STRIA E COM RCIO LTDA CIDADE Manaus END Av Buriti 4 087 Distrito Industrial CEP 69 075 000 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Setembro de 1988 REA CONSTRUIDA 580 m2 REA DO TERRENO 800 m2 M O DE OBRA 224 INVEST FIXO US 2 595 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 87141900 ESPELHO RETROVISOR para ve culos de duas rodas e PE AS PL STICAS MOLDADAS POR INJE O OBSERVA O EMPRESA RE CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 10 310 057 0001 40 INSC SUF 20 1259 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA SAWEM USINAGEM DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Rua Evaristo Faustino 25 Col Santo Antonio CEP 69 093 015 INICIO D
93. Universidade Federal do Amazonas UFAM Instituto de Ci ncias Humanas e Letras ICHL Programa de P s gradua o em Sociologia PPGS COMO SE PRODUZEM COLABORADORES Entre pr tica de gest o e intensifica o do trabalho no P lo Duas Rodas em Manaus Allison Santos de Andrade Manaus AM 2014 Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ci ncias Humanas e Letras ICHL Programa de P s Gradua o em Sociologia PPGS UFAM COMO SE PRODUZEM COLABORADORES Entre pr tica de gest o e intensifica o do trabalho no P lo Duas Rodas em Manaus Allison Santos de Andrade Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Sociologia da Universidade Federal do Amazonas como requisito parcial obten o do t tulo de Mestre em Sociologia Orientador Prof Dr Benedito Jos de Carvalho Filho Banca Examinadora Prof Dr Benedito Jos de Carvalho Filho Universidade Federal do Amazonas UFAM Prof Dr Marcelo Bastos Ser fico de Assis Carvalho Universidade Federal do Amazonas UFAM Prof Dra Maria Aparecida da Cruz Bridi Universidade Federal do Paran UFPR Manaus AM 2014 Ficha Catalogr fica Ficha catalogr fica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo a autor a Andrade Allison Santos de COMO SE PRODUZEM COLABORADORES Entre pr tica de gest o e intensifica o do trabalho no P lo Duas Rodas em Manaus Allison Sant
94. a o O New Honda Circle NHC segundo informa es da empresa se caracteriza como um c rculo de controle de qualidade CCQ implantado em 1981 nas Unidades de Manaus sob a denomina o CMH Circulo Moto Honda Esta implanta o se deu logo ap s a ida do Sr Hor cio atual diretor da HAB Honda Autom veis Brasil para o Jap o onde este CCQ j existia e j estava consolidado Ao regressar trouxe consigo o conhecimento adquirido na sua viajem possibilitando assim a implanta o deste CCQ na MHA Hor cio Natsumeda foi o respons vel pela introdu o do NHC no Brasil em 1980 na f brica de Manaus No primeiro ano os colaboradores n o conheciam a metodologia das ferramentas da Qualidade e ele mesmo treinou os participantes dos 10 grupos inscritos Foi ele tamb m quem acompanhou o primeiro grupo de Manaus a se apresentar no Jap o Desde ent o ele tem acompanhado de perto o desenvolvimento do programa HONDA 2008 p 2 No ano de sua implanta o este C rculo iniciou com apenas 10 grupos formados Naquele momento este programa era uma grande novidade formada com uma boa filosofia Pouco a pouco o at ent o CMH foi tomando seu espa o e os colaboradores foram sendo instru dos sobre as 7 ferramentas da qualidade para dar in cio aos trabalhos No segundo ano conforme o Instrutor C que participou do primeiro C rculo em 1981 o n mero de participantes no programa dobrou Em 2009 o n mero de grupos formados foi de
95. a Bambuzinho 532 Distrito Industrial CEP 69 089 030 REA CONSTRU DA 6 000 m2 REA DO TERRENO 9 000 m2 M O DE OBRA 25 INVEST FIXO US 981 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 39021010 RESINA TERMOPL STICA EXTRUDADA pol mero de propileno ou de outra forma 39031110 RESINA TERMOPL STICA EXTRUDADA pol mero de estireno 39032000 RESINA TERMOPL STICA EXTRUDADA pol mero de estireno 39033010 RESINA TERMOPL STICA EXTRUDADA pol mero de estireno 39069011 RESINA TERMOPL STICA EXTRUDADA pol mero acr lico 39071011 MAT RIA PL STICA EM SUA FORMA PRIM RIA poliacetais outro poliester e resina 39072012 MAT RIA PL STICA EM SUA FORMA PRIM RIA poliacetais outro poliester e resina 39074000 MAT RIA PL STICA EM SUA FORMA PRIM RIA poliacetais outro poliester e resina 39081023 RESINA TERMOPL STICA EXTRUDADA poliamida OBSERVA O EMPRESA CERTIFICADA NBR ISO 9001 INSC CNPJ 00 819 673 0002 59 INSC SUF 20 1222 01 9 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA COSMOSPLAST IND COM PL STICOS LTDA CIDADE Manaus END Rua Rio Jaguar o 896 Distrito Industrial CEP 69 075 831 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS 2008 REA CONSTRUIDA 200 m2 AREA DO TERRENO 400 m2 M O DE OBRA 160 INVEST FIXO US 4 960 476 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 39269090 PE AS PL STICAS MOLDADAS POR INJE O pelas para discos fitas e suportes INSC CNPJ 04 454 120 0001 10 INSC SUF 20 0135 01 5
96. a dos materiais de acordo com as especifica es da contratante ou ficar respons vel tanto pelas especifica es quanto pela compra dos materiais para a produ o O plano de produ o e de compras da Honda informado ao fornecedor sempre com anteced ncia possibilitando que as entregas das mercadorias dos fornecedores contratante sejam realizadas com sucesso Pois como a Honda utiliza t cnicas japonesas para as entregas de produtos e organiza o log stica como o KANBAN JUST IN TIME cada fornecedor tem um tempo estipulado para realizar sua entrega que em alguns casos chega a ser a cada 30 minutos com tempo de parada na contratante de apenas 10 minutos 117 Para que o tempo de entrega de mercadorias seja cumprido fielmente os fornecedores passam a se tornar muito mais disciplinados tendo que estudar de antem o todos os poss veis percursos de chegada Honda para evitar poss veis atrasos gerados por congestionamentos ou quaisquer contratempos no caminho O tempo de entrega de mercadorias que a Honda estipula a seus fornecedores n o igual para todos n o existe um padr o o tempo de entrega varia de acordo com o tipo de mercadoria fornecida referente ao tamanho e volume As pe as pequenas podem ser produzidas e entregues com mais facilidades ficando dessa forma com um tempo constante de entrega como por exemplo de 30 em 30 minutos ou de 2 em 2 horas por dia As pe as maiores e mais dif ceis de serem produ
97. aborador que realizava aquela etapa tamb m poderia ser afetado A an lise realizada pelo grupo at esse ponto os conduziu a conclus o de que o posicionamento do colaborador para colocar o motor no tempo contribu a para um poss vel problema ergon mico Sendo assim o objetivo do grupo foi de melhorar ergonomicamente aquele processo onde estava ocorrendo o problema A meta estipulada pelo Grupo A foi de reduzir em 80 o risco de problemas ergon micos no processo de posicionamento do motor no tempo evitando que o colaborador executasse a posi o de agachamento para posicionar o motor no tempo Na tentativa de solucionar o problema encontrado este grupo prop s tr s solu es diferentes utilizar um espelho para visualizar a marca o T do motor durante a coloca o do motor no tempo inclus o de um colaborador de baixa estatura para o processo inser o de um colaborador portador de nanismo e por ultimo a confec o de dispositivo que permitiria a execu o do processo sem a necessidade de agachamento Das tr s propostas somente a ultima foi aprovada pelo pr prio grupo ap s sua pr pria an lise Pois segundo eles a primeira op o de solu o n o era vi vel porque iria exigir maior aten o por parte do colaborador na execu o do processo e a segunda op o n o era vi vel porque segundo o grupo deixaria o processo restrito a somente uma pessoa voltando situa o anterior em ca
98. acional fui para inspetor de processo uma rea mais de controle uma rea administrativa e em seguida j fui pegando promo o para encarregado em linha de produ o que j era mais discuss o e em seguida fui para a chefia de setor a voc j abarca uma coisa bem mais abrangente Eu sempre fui muito vacinado contra quest o de mudan a nunca tive medo disso para isso o homem se prepara e eu me coloquei muito isso a quest o do multifuncional que assim dentro de uma organiza o de uma corpora o a quando falo a corpora o vai a institui o tamb m jamais pode desvincular a quest o do produtivo com o social ambos est o ligados apesar de terem contextos e atividades diferentes Na minha concep o uma escola depende de uma ind stria uma igreja depende de uma ind stria um clube depende de uma ind stria ent o as coisas ent o conectadas interligadas Instrutor B Arquivo pesquisa de campo 2010 81 A pol tica de gest o da Honda influencia os colaboradores a n o desprezar as teorias ideias e tempo importante para ela que os colaboradores busquem em tais coisas aquilo que pode ser til Conforme o Instrutor B a empresa apoia e investe nesta premissa possibilitando aos seus colaboradores a oportunidade de adquirirem conhecimento atrav s dos treinamentos que ocorrem dentro da f brica Praticamente todos os meses tem ai informa es para os funcion rios O treinamento 5S est
99. ambos todos e cariocas que Neto e D angina 1993 p 525 definem as figuras de sintaxe como recursos estil sticos de que se valem os escritores para darem maior nfase ou beleza aos seus pensamentos mas embelezar as rela es de trabalho e os processos de produ o industrial n o nossa inten o Nosso intuito mostrar como o trabalho e suas reconfigura es sob o plano da ind stria pode aparentemente mudar de dire o no entanto continua com o mesmo sentido 7 Concord ncia irregular ou ideol gica isto n o com o termo claro mas com a ideia NETO e D ANGINA 1993 p 525 39 pedem normalmente o verbo na 3 pessoa do plural mas sim com as palavras latentes n s e v s NETO e D ANGINA 1993 p 527 N o tenho a inten o de me aprofundar neste momento nos atributos e sedu es da l ngua portuguesa seria bom se o fizesse mas por agora basta nos para nos reaproximarmos com um novo olhar das transforma es ocorridas na organiza o produtiva do mundo industrial Neste sentido a abordagem que realizarei adiante estar voltada para uma compreens o sobre o trabalho an loga defini o que apresentei sobre a Silepse nos termos da l ngua portuguesa Pretendo agora mostrar como que o processo de reestrutura o produtiva bem como a reorganiza o das pr ticas de gest o desenvolvidas e reformuladas com o passar dos anos podem sugerir a ideia aparente de mudan a de foco ou de
100. ano de sua inaugura o atualmente destaca se pelo espa o em que ocupa dentro do P lo Industrial localizado na Zona Franca de Manaus O mapa abaixo destaca a MHA dentre outras empresas do P lo Industrial e os bairros vizinhos na cidade de Manaus 64 Mapa 1 geVila Buriti Su pe ed ce Ve R a X A Google a 2 2010 MaptinkilelefAtias Data das imagens26 0Out 2008 3207 41 56 S 59 58 09 7370P elev 69 m Altitude do ponto de vis o 1 77 km Fonte Google Earth Identifica o geogr fica da MHA Adapta o do autor Desde sua inaugura o que se deu s v speras do anivers rio da primeira d cada da Zona Franca de Manaus como afirma o pesquisador Eudes Lopes Melo em sua disserta o conclu da j no ano de 2010 a Moto Honda da Amaz nia passou por grandes avan os a ponto de atualmente reunir no mesmo complexo fabril a HDA a HCA e a HTA Melo 2010 p 26 Em sua pesquisa Melo 2010 apresenta uma foto a rea ilustrando a representa o do modelo geral dos processos produtivos da Moto Honda da Amaz nia Conforme se pode visualizar no mapa 2 65 Mapa 2 Moto Honda da Amaz nia Ltda HONDA Tua a S FTF bo mor E gess did am as pe a o MA UT Ra A Ares Terreno t lmil r Area Coberta Fonte Melo 2010 Subdivis o dos setores da MHA A Honda da Amaz nia HDA a Honda Componentes da Amaz nia HCA e a Honda Tecnologia da Amaz nia HTA conforme Melo 2010 juntas
101. ansfer ncia do Jap o para Manaus Com isso informa es obtidas atrav s de palestras foram registradas e analisadas juntamente com documentos fornecidos pela pr pria empresa Os objetivos propostos na pesquisa foram alcan ados revelando as caracter sticas do programa de melhoria que aquela empresa realiza as mudan as ocorridas neste programa desde sua implanta o na d cada de 1980 at a atualidade forma de participa o do trabalhador no programa tendo em vista os esfor os empenhados pela empresa para envolv lo no CCQ e tamb m as mudan as ocorridas no trabalho do colaborador levando em considera o o conte do do trabalho e a jornada de trabalho executada pelos trabalhadores daquela empresa ap s a implanta o do NHC observando a multifuncionalidade dos colaboradores envolvidos no CCQ e a necessidade dos mesmos em obter novos conhecimentos da rea de controle de qualidade e inform tica Prosseguindo a uma investiga o sobre a forma de difus o do modelo japon s para o interior do setor de ve culos sobre duas rodas da Zona Franca de Manaus ZFM realizamos uma segunda pesquisa junto Moto Honda da Amaz nia LTDA assim como nas empresas que comp em seu quadro de fornecedores locais Foram coletados materiais 31 e informa es sobre a natureza da rela o entre cliente fornecedor e sobre a implanta o de um programa de C rculo de Controle da Qualidade CCQ desenvolvido pela empresa contrat
102. ante nas fornecedoras O programa conhecido como New Honda Circle Supplier NHCS foi estudado revelando as caracter sticas do programa de melhoria que a empresa contratante coordena junto a seus fornecedores identificando as raz es que levaram a Honda a implantar este CCQ nestas empresas e tamb m sua forma de funcionamento Durante o per odo de desenvolvimento dessas pesquisas que realizei sobre o modelo japon s de produ o na Zona Franca de Manaus ZFM identifiquei uma baixa quantidade de estudos cient ficos que contemplem os trabalhadores do P lo de Duas Rodas e ainda sua rela o com o Modelo japon s de produ o e gest o Uma vez que a maior parte dos trabalhadores empregados neste p lo est diretamente inserida sob os princ pios da gest o japonesa No P lo de Ve culos sobre duas rodas PDR da ZFM os estudos que me serviu de base para iniciar este trabalho foram realizados por Ara jo Filho 2005 que analisa o que ele chama de coopera o entre empresas neste setor atrav s da rela o entre a empresa Japonesa Moto Honda da Amaz nia LTDA e seus fornecedores Cinco anos mais tarde Melo 2010 desenvolveu um estudo semelhante mas com foco na forma o de redes de produ o junto aos mesmos clientes fornecedores citados acima Al m das informa es levantadas atrav s das pesquisas citadas acima at agora os nicos materiais dispon veis produzidos sobre o p lo de duas rodas relacionado ao modelo japon s
103. ara uma quantidade de segundos que a esteira vais estar rodando Isso tudo cronometrado pelo T amp P tempo e processo um colaborador respons vel por isso ai Quando tem troca de tempo todo mundo faz treinamento de novo para se adequar Quando tem tempo vago por eles aproveitam para treinar o pessoal isso acontece quando a produ o ta baixa Mas para as pessoas que est o chegando o treinamento separado essas pessoas n o ficam na esteira Quem est entrando demora aproximadamente umas duas semanas para se adequar Apesar de eles serem treinados pelo pessoal l em cima a gente que treina eles aqui na linha digamos que a parte te rica l mas quando ele desce trazem para mim e a gente explica tudo de novo para ele essa a pe a tal faz isso Eles n os instruem a gente a explicar tudo de novo para o novato mas tu tem que fazer tua parte porque se um dia o encarregado chegar pra ele e perguntar que pe a essa Porque tu t fazendo isso qual a fun o disso aqui E o cara falar num sei n o O encarregado vai perguntar quem foi que te acompanhou Ai v o te chamar entendeu Ent o obriga o nossa a gente fazer Explica tudo e fica l olhando acompanhado ele e no meu lugar fica o reserva E a gente fica acompanhado e cobrando o cara um bor um bor O cara fica l calado e a gente incentiva a gente pergunta tu t achando o processo dif cil T com alguma dificuldade Eles sempre dizem eu acho
104. balho Al m de todos os membros que comp em o grupo h por fora a figura do orientador cuja presen a de grande import ncia pelo acumulo de experi ncia nas atividades do NHC assim tamb m como pelo maior conhecimento da filosofia e ferramentas utilizadas no desenvolvimento do programa Ele pode contribuir tamb m com sugest es e opini es sobre temas aconselhar o grupo e criar um ambiente que contribua com o trabalho do grupo Durante a entrevista realizada com o Colaborador C o mesmo desabafou que na pr tica o desenvolvimento destes c rculos tornam se muito sacrificantes pois para ele o l der acaba trabalhando praticamente sozinho enquanto que os outros membros comp em o grupo somente para n o serem incomodados pelos supervisores os quais cobram os trabalhadores para que seja formado um numero determinado de grupos por setores Ele comentou ainda que o orientador de grupo contribui com mais vontade naqueles grupos em que ele v os projetos mais interessantes e com possibilidades de receber alguma premia o quanto aos demais ficam sem muita assist ncia Sobre a apresenta o dos projetos NHC n o h um formato padr o No entanto deve ser feita com clareza de forma objetiva e seguindo as etapas do trabalho Existe aqui a possibilidade do grupo optar por um ou mais apresentadores sem esquecer o limite de tempo que cada grupo ter estipulado para realiza o de sua apresenta o Geralmente as apresenta es s
105. bel ssimas sem nunca ter pisado nem sequer na porta da f brica N o era bem o meu caso pois eu j havia visualizado no interior da f brica algumas partes dos treinamentos dos trabalhadores e o conv vio deles dentro da mesma Quando realizei minhas primeiras investiga es sobre o modelo de produ o japonesa naquela f brica eu pude visualizar o modo de tratamento entre l deres e liderados entre os trabalhadores do setor administrativo os instrutores de treinamento e os trabalhadores de ch o de f brica 33 claro que minha passagem pelo interior da empresa foi limitada mas somada s informa es coletadas em entrevistas e com a visualiza o dos projetos de c rculos de controle de qualidade desenvolvidos pelos pr prios trabalhadores e v deos institucionais acerca dos processos de produ o por etapas em cada setor da f brica me permitiram um maior entendimento sobre o trabalho em ch o de f brica e a log stica interna da produ o toda a movimenta o dos trabalhadores a disposi o dos espa os na f brica as linhas de produ o ou seja pude visualizar o cen rio onde se produzem a colabora o Creio tamb m que o fato de j ter tido a experi ncia de trabalhar como operador de produ o em uma montadora de carregadores de celulares dentro do polo industrial de Manaus tenha me possibilitado entender o funcionamento das linhas de produ o a dificuldade de acompanhar a velocidade da esteira os espa
106. belecido at hoje uma pr tica para isso Apesar de ser uma coisa constante o dia todo ou a noite toda n s temos um hor rio definido para parar s para fazer isso Ent o por exemplo o primeiro turno encerra s 17 horas ent o s 16 45h h uma paralisa o de 5 minutos para todo mundo fazer o que se chama de 5S Mesmo o administrativo igualmente ao procedimento no produtivo Se eu sou da rea administrativa eu tiro ent o 5 minutos antes e terminar o expediente eu vou pego tudo deixo tudo organizadinho e l no produtivo tamb m assim tem cinco minutos para realizar esse procedimento porque vai entrar outra turma no segundo turno e tem que estar as coisas organizadas e arrumadas E o que a gente tenta colocar para o pessoal que esse seja um procedimento cont nuo Se voc desorganizou arrume Se voc abriu fecha Se voc ligou desligue Se voc emprestou devolva no caso de livros da biblioteca alguma coisa assim essa a cultura que a gente tenta colocar no pessoal continuamente porque querendo ou n o est o envolvidos na atividade continuamente e esse procedimento do 5S tem que ser o dia todo todo dia A gente n o v muita coisa na totalidade mas um ideal que a gente busca um ideal que a gente est treinando para que essa gera o se envolva mais e l na frente ter um pensamento essa cultura N o fazer as coisas s quando a gente manda organizar s quando for mandado Nesse treinamento tamb m 5
107. cedoras acabam abrindo se para dialogar entre si e trocar informa es para melhorias Apesar de ambas a empresas fornecedoras aqui estudadas serem de nacionalidades distintas todas elas executam pr ticas de gest o extra das do modelo japon s de produ o o mesmo utilizado pela empresa contratante Al m do CCQ coordenado pela Honda as 14 Conforme ocorre na empresa contratante os brindes oferecidos s o camisetas bon s canetas chaveiros e outros 128 fornecedoras desenvolvem outras pr ticas japonesas que estimulam a melhoria na produ o gest o e fornecimento CONSIDERA ES FINAIS As rela es de trabalho observadas neste estudo nos apresentam uma nova realidade sobre a condi o do trabalho e dos trabalhadores em meio s metamorfoses correntes na produ o industrial A busca constante por alternativas de crescimento melhoria de competitividade redu o de despesas maior qualidade dos servi os e produtos e outras necessidades empresariais que emperram diante das crises frequentes no mundo da produ o industrial s o o motivo de uma profunda mudan a no modo de se extrair valor excedente sobre o trabalho e a intelig ncia oper ria dos que t m sido chamados colaboradores Esta cultura da colabora o passa a ser uma nova alternativa frente s intensas exig ncias do mercado no mundo globalizado As empresas tornam se desta forma catalisadoras de inova es organizacionais na tentativa de s
108. cedores e a Rela o cliente fornecedor HONDA A import ncia dada sele o dos fornecedores segundo os princ pios do modelo de produ o japon s consideravelmente alta Garvin 1992 afirma que a sele o de 115 fornecedores nas contratantes japonesas era um assunto frequentemente abordado Para a sele o as contratantes focalizavam primordialmente os requisitos que julgavam ser indispens veis nesta rela o Entre os fatores que mais eram enfatizados destacava se sempre a quest o do Controle de Qualidade e tudo que envolvia este fator Garvin 1992 argumenta que para o fornecimento das pe as produzidas come ar a ser realizado inicialmente havia uma inspe o de 100 junto produ o do fornecedor Se ap s um per odo de inspe es ininterruptas as pe as fornecidas n o apresentassem falhas ou defeitos tal fornecedor receberia apenas inspe es por amostras Para a empresa fornecedora efetuar suas entregas sem a necessidade de ser inspecionada pela contratante ela deveria passar pelas duas etapas anteriores e garantir um excelente n vel de qualidade de produ o e confiabilidade da entrega do produto Na rela o entre a Moto Honda da Amaz nia LTDA e seus fornecedores locais o processo de contrata o entre ambas se inicia pela necessidade de obten o de novas tecnologias necessidade de suprir o aumento da demanda o comprometimento com a qualidade e a possibilidade de utiliza o da infraestrutu
109. certa diferen a entre objetivo e meta expondo os separadamente De acordo com o problema encontrado a faze seguinte ser a de sugerir uma solu o proposta para resolver determinado problema encontrado no processo apontado 99 no tema Logo ap s da exposi o da proposta de solu o dever ocorrer a apresenta o da implanta o da solu o proposta Para esta implanta o aconselhado pela empresa que se fa a antes uma avalia o da viabilidade desta implanta o tendo em vista que a implanta o ser feita pelo colaborador Esta implanta o dever possuir um cronograma para sua conclus o indicando o tempo estimado para a mesma Com a implanta o conclu da a an lise dos resultados dessa implanta o apresentada fazendo refer ncia aos objetivos e metas pretendidos O grupo dever apresentar ainda algo que pode ser feito para que o mesmo problema n o volte mais a acontecer a etapa onde se aborda o freio contra retrocesso Encerrando a apresenta o do trabalho alguns grupos informam nos slides finais o que pretendem pesquisar no pr ximo NHC Um dos colaboradores que entrevistei foi premiado pela empresa com uma viagem ao Jap o a empresa enviou o grupo dele para apresentar o projeto que eles haviam realizado Durante a entrevista ele me explicou que apesar de j ter sido recompensado com uma viagem para o Jap o ele n o tinha mais interesse em participar novamente des
110. cialmente o fornecedor come a a produzir para a contratante sem retorno financeiro ocorre nesse momento um monitoramento sobre a capacidade de produ o da candidata a fornecedora responsabilidades fiscais da empresa candidata quanto aos rg o p blicos controle de sua economia inspe o de capital para assegurar que a candidata ter recursos para manter as rela es cliente fornecedor sem faltar com seus compromissos Ainda nesse per odo de monitoramento ocorrem s ries de inspe es de qualidade sobre os produtos a serem fornecidos E posteriormente o pre o das mercadorias come a a ser estabelecido por negocia o direta ou por decis o do fornecedor em alguns casos o fornecedor pode estipular o valor da mercadoria a ser fornecida Ap s o acordo firmado e in cio da parceria as intera es t cnicas entre a Moto Honda da Amaz nia LTDA contratante e empresa fornecedora come am a ser feitas No ato do pedido inicial das mercadorias a contratante informa o tipo volume de produtos padronizados a serem entregues pelo fornecedor e repassa o desenho dos produtos a serem produzidos para o fornecedor Em outros casos a Honda pode tamb m convidar o fornecedor para participar da fase de projeto do produto na empresa contratante Os materiais necess rios para a produ o dos pedidos feitos pela empresa contratante s o de responsabilidade do fornecedor sendo que este pode em alguns casos ser respons vel apenas pela compr
111. cipativos proposto pela empresa tinham a ilus o de que faziam parte de uma imensa fam lia onde n o havia conflito mas sim a lealdade para com a empresa A leitura do texto do soci logo franc s e a incorpora o de suas id ias foi um processo lento e exigia uma observa o mais demorada tanto da teoria pois um texto complexo como do objeto estudado mas me permitiu um maior alargamento de minha percep o e me ajudando descortinar novos caminhos O certo que aquele inicio de leitura foi o suficiente para me alertar e desenvolver a desconfian a epistemol gica t o necess ria nesse momento Conforme mencionei anteriormente cabe agora tratar sobre a tal inquieta o que passei a compreender melhor nas minhas leituras sobre Karl Marx 24 Pelos corredores da universidade ouvi muitas vezes v rios professores dizerem que o objeto aquilo que te inquieta e ficava imaginando o que de fato seria essa inquieta o H pouco tempo durante umas aulas de teoria sociol gica tive a oportunidade de assistir em v deo algumas palestras proferidas pelo professor Jos Paulo Netto em um semin rio de servi o social em Pernambuco Aqueles v deos foram bem proveitosos para mim Pude ter uma maior no o sobre a trajet ria de Marx n o somente na academia mas tamb m fora dela e isso me possibilitou uma melhor compreens o sobre as motiva es de Marx por conseguinte suas inquieta es Ao acompanhar a trajet ria de Ma
112. com foco no trabalhador assim como caracter sticas de rela es de trabalho direitos fundamentais do trabalho discrimina o de g nero e ra a e a liberdade sindical encontram se registradas no relat rio produzido pelo Observat rio Social 2001 Especificamente o Observat rio Social 2001 investigou o perfil dos trabalhadores da Moto Honda da Amaz nia Ltda em 2001 analisando a liga o e engajamento daqueles trabalhadores com organiza es sindicais a percep o dos trabalhadores em rela o da exist ncia de trabalho for ado na empresa o trabalho e a discrimina o entre g nero e ra a entre outros Na tentativa de dar continuidade s investiga es iniciadas entre os anos de 2009 e 2011 pretendi direcionar uma nova investiga o com um foco sobre os trabalhadores do P lo de Duas Rodas na tentativa de trazer contribui es acerca da forma o destes trabalhadores tendo como prop sito inicial compreender a forma o e idealiza o dos 32 trabalhadores idealizados sob os princ pios do modelo de produ o e gest o japonesa inseridos no setor de ve culos sobre duas da Zona Franca de Manaus Os colaboradores da Moto Honda da Amaz nia LTDA No entanto ainda durante uma primeira banca a qual deveria apresentar esta proposta fui questionado com um pergunta simples mas que me fez redimensionar os rumos da pesquisa A quest o o que seria esta tal colabora o incr vel como uma simples quest o p
113. como condi o para a salva o uma alavanca para o surgimento do capitalismo Weber muito habilmente nos levou a compreender por outras vias que o capitalismo poderia ser compreendido n o s nos seus aspectos econ micos mas por uma afinidade eletiva entre a realidade e aquilo que ele denominou de esp rito do capitalismo que incitava os cidad os para uma predisposi o ao enriquecimento e a acumula o parcimoniosa do lucro como uma vontade divina uma voca o como ele afirmava Para Weber 2004 a condi o fundamental para a forma o do capitalismo foram as bases ideol gicas contidas na tica protestante que munida de uma cultura profissional induzida pela ideia de voca o e predestina o destacadas nos pensamentos de Lutero e Calvino possibilitaram um avan o extraordin rio da ci ncia e especializa o das t cnicas de todas as sortes Um dado interessante que destaco aqui a afirma o de Weber 2004 sobre a exist ncia no mundo ocidental de tudo que tamb m se encontrava no mundo oriental e que a nica diferen a que distanciou estes dois mundos quanto ao desenvolvimento de um sistema aos moldes do capitalismo foi esta superespecializa o das t cnicas Weber 2004 afirma at mesmo que no oriente a m sica a matem tica e outras reas de conhecimento existiam antes da modernidade do mundo ocidental quando os processos de racionaliza o foram desenvolvidos com maior rapidez e foram aperf
114. como parte deste grupo se especializou nas reas de fia es el tricas para autom veis e motos Inicialmente denominada Sumiden Tokai do Brasil passando para Sumidenso Minas Gerais at 1997 quando foi incorporada atual Sumidenso do Brasil A Sumidenso tem sua matriz na cidade de Pouso Alegre MG desde 1997 ano em que foi transferida de S o Paulo local em que mantinha suas atividades desde sua funda o em 1978 A Sumidenso do Brasil mant m o escrit rio comercial na cidade de S o Paulo no qual funcionam os departamentos de Compras Financeiro Vendas e Diretoria As unidades fabris est o localizadas no Estado de Minas Gerais sendo a matriz na cidade de Pouso Alegre Outubro 1997 e as filiais situadas nas cidades de Mateus Leme Novembro 1993 Par de Minas Fevereiro 1997 Tr s Cora es Mar o 2007 e o Centro T cnico em Contagem Outubro 2007 Em Manaus esta empresa se instalou em Agosto de 2007 Os principais clientes s o as empresas multinacionais como FIAT Autom veis Honda Autom veis Honda Motos Toyota do Brasil Yamaha Motor da Amaz nia Valeo Denso do Brasil 124 Segundo o banco de dados da SUFRAMA setor de perfil de empresas atualizado at maio de 2011 e dispon veis para consulta em seu site esta fornecedora conta com um n mero de aproximadamente 260 trabalhadores contratados Semelhante A os da Amaz nia LTDA a Sumidenso do Brasil formou seu primeiro grupo de NHCS em 2010 na d cima sexta e
115. da colabora o onde poder ser visto a aplica o da filosofia em a es pr ticas realizadas pelos colaboradores 3 2 2 As Tr s Alegrias Para o bom andamento das rela es comerciais a Moto Honda da Amaz nia MHA avalia como de fundamental import ncia a exist ncia destas tr s Alegrias Alegria de Comprar Alegria de Vender e Alegria de Criar A primeira esta direcionada diretamente ao cliente o qual para a Honda o principal foco da empresa Este cliente deve estar satisfeito com o produto que ele adquirir Os colaboradores da Honda trabalham de olho no cliente ou seja de olho nas expectativas e necessidades desse cliente Para a empresa o cliente deve ter suas expectativas alcan adas e superadas O cliente precisa perceber o cumprimento de suas necessidades nos produtos desenvolvidos pela MHA se ele se decepcionar j n o haver mais cliente A Alegria de Vender parte de todos os concession rios estes devem ter o prazer de ser um representante da marca Honda se sentir bem em estar vendendo um produto produzido por esta empresa sabendo de suas vantagens tendo certeza de que est trabalhando com um produto de qualidade que n o trar problemas com os clientes Em um dos dias que fizemos a visita empresa MHA em conversa informal com o Supervisor de Treinamento e Desenvolvimento ele informou que em uma semana antes ele havia recebido um grupo de 70 funcion rios de uma concession ria de S
116. da investiga o E necess rio manter certa objetividade pensar o todo e n o se deixar conduzir pelos preceitos ou pr no es impostas por si mesmo ou at mesmo pelo campo Esta objetiva o participante implica em apreender as duas verdades a objetiva e subjetiva as quais tornam o real ser relacional O meu trabalho de em campo come ou em casa atrav s das informa es de meu irm o No entanto faltava me ainda desprender me das pr no es e dos objetos pr constru dos e dar aten o ao que estava em minha frente mesmo sem eu conseguir inicialmente enxergar O exerc cio de pensar o todo deveras dif cil quando se est muito pr ximo do objeto como visualizar um elefante a um palmo de distancia s se v uma imensa parede cinzenta de couro Da necessidade do chamado de desconfian a epistemol gica imprescind vel na tarefa de um pesquisador Ainda referente ao relato a segunda considera o que merece ser mencionada denominarei aqui como sindrome do familiar claro que esta denomina o necessitar de muito mais estudos e esclarecimentos mas por enquanto a utilizarei para uma mera exemplifica o Quando nos deparamos com um objeto que nos parece familiar a primeira O C rculo de Controle de Qualidade uma t cnica oriunda das pr ticas de gest o japonesa concebida na d cada de 1960 com a finalidade de Solucionar pequenos problemas encontrados no ambiente de trabalho 22
117. de folga fazendo com que cada membro do vasto processo se preocupasse em prever os problemas antes que se tornassem graves a ponto de pararem toda a linha WOMACK 1992 p 53 O modelo japon s apoiado nos princ pios da flexibilidade e redu o de custos apresentou se certamente como uma forma alternativa de produ o e organiza o do trabalho conduzindo a industrializa o a um novo patamar onde qualidade e confian a tanto na produ o quanto na entrega do que se produz tornou se um diferencial para as empresas situadas neste novo cen rio econ mico e industrial As t cnicas japonesas de gest o do trabalho a partir de ent o passaram a ser copiadas e adaptadas em outras empresas fora do Jap o 2 2 4 Colabora o conex es pertinentes Com o avan o da tecnologia e com o expressivo aumento da competitividade entre as empresas a ind stria mundial passou a investir cada vez mais em inova es organizacionais em m todos e em t cnicas novas de gest o nesse momento que a intelig ncia oper ria ganha ainda mais notoriedade e as empresas passam a se utilizar do conhecimento do trabalhador como um novo meio de produ o Mas n o apenas o 51 conhecimento do trabalhador que passa a ser utilizado pelas empresas hoje at mesmo os consumidores tornam se fonte de produ o A produ o que me refiro aqui aquela gerida pelo que conhecemos hoje como gest o do conhecimento uma esp cie de administra o
118. de informa es a Moto Honda da Amaz nia segundo informa es da pr pria empresa e de alguns fornecedores oferece assist ncia ao fornecedor em rela o especifica o de material projeto de produto controle de qualidade e algumas transfer ncias de equipamentos De acordo com informa es dos entrevistados na Honda a empresa j chegou a realizar em tempos passados assist ncia financeira a uma de suas fornecedoras alegando a import ncia que a Honda d aos seus parceiros Ainda sobre a oferta de assist ncia aos seus fornecedores a Moto Honda da Amaz nia recebe em suas depend ncias seus fornecedores para realizarem treinamento a contratante tamb m envia uma equipe t cnica fornecedora e em outros casos envia informa es por escrito como oferta de assist ncia tecnol gica e gerencial para seus fornecedores De acordo com o setor de qualidade e o supervisor de compras da Honda a forma de transmitir assist ncia tecnol gica e gerencial mais utilizada aos fornecedores a informa o por escrito Para a Honda os maiores benef cios que um fornecedor tem em fazer neg cios com ela a possibilidade de conseguir transfer ncia de tecnologia transfer ncia de know how gerencial e melhoria da imagem da empresa 119 4 2 2 Fornecedores Honda em Manaus A empresa japonesa Moto Honda da Amaz nia LTDA MHA foi instalada na Zona Franca de Manaus no ano de 1976 Segundo pesquisa realizada por Melo 2010 esta emp
119. de um vendedor O segundo tipo de a o colaborativa que denomino a Colabora o para dentro este o que mais me chama a aten o devido ao fato de ser direcionado exclusivamente para a utiliza o de trabalhadores e fornecedores ao desenvolvimento de melhorias cont nuas tanto para o aumento da qualidade dos servi os e da produ o como tamb m para a obten o do conhecimento dos colaboradores na tentativa de solucionar problemas relacionados produ o e redu o de despesas Os C rculos de Controle de Qualidade constituem neste caso a ess ncia da Colabora o para dentro e atrav s destes c rculos a empresa se beneficia da intelig ncia oper ria para ampliar seus rendimentos enxugar ainda mais os processos aumentar a competitividade e manter o estado de colabora o na empresa Antes de continuar a tratar sobre esta Colabora o para dentro acredito ser necess rio situar e discutir sobre a forma o dos C rculos de Controle de Controle de Qualidade no mundo assim como sua introdu o no Brasil 4 1 Inova es japonesas e a colabora o em ch o de f brica Ap s a Segunda Guerra Mundial o Jap o come ou a reunir esfor os para reconstruir o pa s e a partir de ent o deu in cio a uma longa luta para superar as adversidades e consolidar sua ind stria Durante esse per odo os produtos de origem Japonesa eram considerados em todo o mundo como produtos de p ssi
120. di o do programa atrav s de convite da empresa Moto Honda da Amaz nia LTDA Segundo o analista fiscal da Sumidenso que forneceu as informa es a oportunidade de melhorar a qualidade de seus produtos e servi os a o que est relacionada pol tica de qualidade desta empresa levou esta fornecedora a formar e tamb m desenvolver os c rculos NHCS Desde a primeira participa o desta fornecedora em trabalhos no New Honda Circle Supplier uma m dia de um a cinco grupos foram formados envolvendo a participa o de at dez trabalhadores por ano Na Sumidenso do Brasil somente os profissionais do departamento de Controle de Qualidade CQ participam do New Honda Circle supplier reunindo se em um hor rio fixo toda semana disponibilizado pela empresa N o h o registro de ocorr ncia de treinamento sobre desenvolvimento dos programas NHCS aos profissionais deste setor participante At o momento os grupos da empresa abordaram em seus trabalhos de NHCS apenas temas que envolvem a qualidade Pois os temas propostos neste CCQ s o elaborados pelos grupos de participantes mas escolhidos pela ger ncia da empresa A Sumidenso que decide qual o melhor tema a ser abordado no NHCS A expectativa que sejam implantadas de 5 a 10 sugest es de melhoria por ano A nica forma de recompensa utilizada pela Honda e pela pr pria empresa aos trabalhadores participantes do programa de melhoria coordenado pela contratante simb lico Tanto
121. dire o dos interesses do capital mas na verdade o sentido do trabalho neste contexto continua sendo o mesmo ainda caminha para a mesma dire o a acumula o de capital ainda que de uma forma cada vez mais sutil e obscura Sendo assim apresento a seguir um itiner rio das reconfigura es ocorridas na organiza o da produ o industrial ao longo deste per odo industrial que se inserem os modelos de produ o em massa e posteriormente aquele chamado flex vel tra ando a concord ncia ideol gica que o capitalismo lhes d e n o o que aparentemente ele nos mostra 2 2 Os Modelos Cl ssicos de organiza o do trabalho e os trabalhadores em transforma o Desde o in cio da industrializa o at os dias atuais o mundo do trabalho tem sofrido significativas transforma es no que diz respeito s formas de produ o e organiza o do trabalho Os produtores artesanais com seus trabalhadores com alto grau de qualifica o utilizando ferramentas n o t o complexas mas com flexibilidade suficiente para gerar uma produ o que atendesse exatamente o interesse de cada consumidor um por vez deram lugar a novos produtores que por sua vez passaram a utilizar m o de obra semi ou n o qualificada para executar apenas uma nica tarefa diminuindo o tempo de produ o e os custos do que se produzia em larga escala uma produ o em massa 40 No entanto da mesma forma que essa produ o em massa substituiu a produ
122. do tem forte rela o com a Iniciativa o que torna a Igualdade de tratamento e oportunidades entre a empresa em rela o aos seus colaboradores como algo condicionado a um tipo de a o exigida pela empresa Em an lise esta a o de pro atividade uma ferramenta constitutiva da cultura corporativa da empresa com poder de coa o capaz de levar os trabalhadores a colaborar com os interesses da empresa por necessidade de se nivelar aos demais ou ainda fazer parte do corpo da f brica e garantir sua sobreviv ncia como a coer o discutida por Emile Durkeim onde o indiv duo deve se integrar aos moldes da cultura de sua sociedade compartilhando dos mesmos costumes valores e cren as sob pena de ser exclu do de seu grupo Um ponto que me chamou muita aten o e me fez refletir sobre como os trabalhadores acabam aderindo s ideias da empresa e tornando se de fato pro ativos colaboradores a forma de tratamento com o qual a lideran a parece tratar os demais Acontece que a lideran a parece ser t o bem treinada e afinada com a filosofia da empresa que chegam a conquistar os demais com suas habilidades nas rela es pessoais Isto parece ser uma premissa do fundador Soichiro Honda que expressa Se houver qualquer pessoa em nossa empresa que julgue o outro com base apenas no fato de essa pessoa ter ou n o dinheiro e a discrimine ou seja injusta ent o creio que quem fez este julgamento n o preza a independ
123. do autor em quest o estavam fortemente relacionadas com seus pr prios ideais sua ideologia creio que na constru o de uma pesquisa dependemos O v deo gravado sobre a palestra do prof Jos Paulo Netto referente ao curso que ministrou ao Programa de P s gradua o em Servi o Social da UFPE em 2002 o t tulo do curso por ele ministrado foi O m todo em Marx Jos Paulo Netto professor e vice diretor da Escola de Servi o Social da UFRJ Doutor em Servi o Social pela Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo PUC SP 25 seriamente do contexto que nos cerca da ideologia que carregamos dos princ pios que regem nossa conduta e dos ideais que defendemos importante mencionar que esta discuss o sobre inquieta o relacionada s nossas ideologias n o uma defesa sobre a ideia de que o processo de constru o da pesquisa e do conhecimento deva ocorrer enquanto mergulhados em nossos ideais mas que conscientes de nossas posi es possamos emergir do contexto ideol gico para ent o analisarmos racionalmente o todo o real problema da pesquisa em que nos propomos a estudar No meu caso durante o processo de constru o do objeto de minha investiga o fui percebendo que o que realmente tinha me inquietado em rela o s pr ticas de gest o que intensificam o trabalho e maximizam os lucros utilizadas na empresa onde meu irm o atua estava ligado s minhas resist ncias ao individualismo produzido pela
124. do na quest o dos estoques mas ampliou se para a an lise do conjunto das quest es nele envolvidos Por este motivo Coriat 1994 aponta este sistema como uma esp cie de f brica m nima aonde se observa a constante redu o de custos em v rias reas na empresa Nas entrelinhas se desenha aqui aquilo que ser amos tentados a designar como a f brica m nima a f brica reduzida s suas fun es equipamentos e efetivos estritamente necess rios para satisfazer a demanda di ria ou semanal CORIAT 1994 p 33 O modelo japon s iniciado por Ohno na tentativa de alcan ar seus objetivos agrega grande import ncia ao que se refere redu o de custos a come ar pelos estoques equipamentos e at mesmo de pessoal Uma cita o de Ohno apresentada por Coriat 1994 expressa bem essa realidade Na Toyota o conceito de economia indissoci vel da busca da redu o de efetivos e da redu o dos custos A redu o dos efetivos com efeito considerada como um meio de realizar a redu o dos custos que claramente uma condi o essencial da sobreviv ncia e do crescimento de um neg cio OHNO 1978 1989 p 65 apud CORIAT 1994 p 33 Ainda sobre este assunto o mesmo Ohno afirma H duas maneiras de aumentar a produtividade Uma a de aumentar as quantidades produzidas a outra a de reduzir o pessoal de produ o a primeira maneira evidentemente a mais popular Ela tamb m a
125. dores em sua f brica receberiam por oito horas de trabalho configura se como a data inicial do fordismo sendo esta em 1914 Este novo modelo de produ o possibilitou a produ o e comercializa o dos produtos a um pre o mais acess vel a popula o As novas t cnicas de Ford reduziram drasticamente os custos aumentando ao mesmo tempo a qualidade do produto Ford denominou seu sistema inovador de produ o em massa WOMACK 1992 p 14 Harvey 1992 argumenta que as iniciativas de Ford foram pouco mais que a racionaliza o de tecnologias ultrapassadas e a divis o detalhada do trabalho onde cada trabalhador possu a seu posto de trabalho fixo que resultou em um ganho consider vel de produtividade Ford tamb m se apropriou dos conhecimentos gerados por Taylor com Os Princ pios da Administra o Cient fica que abordava sobre a decomposi o dos processos de trabalho em movimentos componentes e na organiza o de tarefas de trabalho 44 fragmentadas HARVEY 1992 p 121 Apesar de Ford ter se beneficiado dos m todos da organiza o cient fica do trabalho de Taylor seu novo sistema se diferenciou do taylorismo por se apresentar como mais que uma extens o do mesmo Ford focalizou o consumo em massa e toda complexidade ligada a esse consumo conforme afirma o de Harvey 1992 A separa o entre ger ncia concep o controle e execu o e tudo que isso significava em termos de rela es s
126. dores eram como s cios da empresa todo m s eles investiam uma porcentagem do seu sal rio na dada empresa Estes talvez sejam os que o Maur cio Tragtenberg 1980 chama de participacionistas n o era o caso dos colaboradores que eu pesquisava Estes ltimos n o det m de participa o em a es da empresa mas ainda assim s o levados a contribuir como uma fam lia cada um contribui com o que pode um d uma sugest o outro d outra um mais empenhado resolve um problema maior outro auxilia e assim a fam lia cresce 55 Creio que este itiner rio que apresento sobre as metamorfoses da organiza o do trabalho ainda que t mida sejam o suficiente para relaciona las colabora o que me proponho a apresentar a partir do pr ximo cap tulo onde trago uma s ntese sobre a empresa plano de fundo desta pesquisa e as bases que ela se utiliza para a forma o de uma cultura da colabora o entre ela seus trabalhadores e seus fornecedores 56 Cap tulo III A F BRICA HONDA E A ENGENHARIA DA COLABORA O Os estudos realizados para a produ o deste trabalho me permitiram fazer algumas pontua es acerca da empresa escolhida como plano de fundo para esta pesquisa Primeiramente conforme investigado no site da Superintend ncia da Zona Franca de Manaus SUFRAMA no setor Cat logos de empresas e produtos do P lo Industrial de Manaus a Moto Honda da Amaz nia foi a primeira f brica da empresa
127. dos chefes ou como dizem puxar saco Ele acreditava na ideia de transmitida pela empresa de que se o colaborador realmente for ativo ser sempre lembrado Foi quando uma oportunidade de promo o surgiu e todos daquela linha 103 pensavam ser a oportunidade dele mas quem ficou com a vaga foi um outro colaborador mais amigo do chefe do setor como eles dizem que leva gua para o chefe A partir da esse aquele colaborador dedicado e ativo perdeu o brilho Certamente se deparou com a realidade e sua colabora o n o Fo mais a mesma Para a participa o no programa os colaboradores s o estimulados pela empresa a se envolver com as atividades NHC O est mulo repassado pelos chefes e coordenadores de setores na empresa A filosofia da empresa n o incentiva a gratifica o financeira para quem participa do programa para a Honda o maior benef cio em um colaborador participar do CCQ est na sua realiza o pessoal e profissional No entanto a empresa disponibiliza pequenos brindes como bon s camisas garrafinhas t rmicas chaveiros canetas e outros Estes brindes s o considerados pela Honda como pr mios ef meros diante da possibilidade de maior visibilidade do colaborador se ele estiver consciente disso Existe um or amento anual que liberado pela matriz no Jap o para a disponibiliza o de verbas para o NHC neste or amento est o mencionados gastos com congressos c
128. du o no p lo de duas rodas da ZFM consegui reunir tamb m um conjunto de 17 trabalhos NHC apresentados pelos colaboradores Honda Dentre estes 17 trabalhos que se encontram arquivados em forma de slides apresentarei a seguir uma an lise de tr s projetos escolhidos para efeito de exposi o em fun o da utiliza o de abordagens distintas Por quest o de sigilo 107 omitiremos os nomes dos grupos dos projetos a ser apresentados Sendo assim utilizaremos como refer ncia os t tulos Grupos A Grupo B e Grupo C Grupo A Este primeiro trabalho foi elaborado por um grupo composto por quatro colaboradores do sexo masculino Um l der um apresentador e mais dois membros O grupo contou com o aux lio de um orientador Conforme o cronograma de atividades elaborado pelo grupo este trabalho foi executado entre janeiro de 2007 a agosto de 2007 Cada um participante foi respons vel por pensar e desenvolver uma etapa do projeto O tema abordado pelo grupo foi Melhorar ergonomicamente o processo de posicionamento do motor no tempo dos modelos KPE KPF2 Inicialmente o grupo fez uma breve apresenta o sobre ergonomia explicitando sua defini o os problemas mais comuns e as consegii ncias geradas por problemas dessa natureza O grupo ainda apresentou as principais causas do surgimento de dist rbios osteomusculares relacionados ao trabalho citando dentre eles um ambiente de trabalho barulhento ambiente de trabalho
129. e j fazendo planos para instala es de sua f brica no Brasil a Honda fez os primeiros investimentos em terrenos no territ rio brasileiro Figura 1 Visita de Soichiro Honda s primeiras instala es da Honda em S o Paulo Na foto em 1973 com o ent o presidente da Honda do Brasil Osamu lida Fonte Honda 1997 Foto da visita de Soichiro Honda s primeiras instala es de S o Paulo Em 1974 a Honda efetuou a compra de um terreno de 1 5 milh o de metros quadrados em Sumar no interior do estado de S o Paulo para instalar a f brica de motos Honda 1997 No entanto neste mesmo ano com a crise mundial do petr leo o governo brasileiro aplicou algumas medidas protecionistas para tentar manter o bom andamento da sua economia Inicialmente o governo aplicou taxas proibitivas sobre a importa o de 59 motocicletas at que no ano seguinte proibiu definitivamente as importa es desses produtos causando um efeito evidentemente negativo para esta empresa pois at o momento agia apenas como uma importadora O resultado foi que seu volume de importa es caiu pela metade de 24 mil unidades em 1974 para 11 mil em 1975 Honda 1997 p 42 3 1 2 A f brica Honda na Amaz nia Figura 2 Fonte Honda 1997 Vista a rea da F brica de Manaus em 1977 60 Em meados da d cada de 70 pressionada pelas restri es impostas pelo governo brasileiro sobre os produtos importados a Honda agiu rapidame
130. e workforce our approach will be based on a Investigating the type of training offered by Moto Honda da Amazonia Ldta MHA to its employees b examine the application form of education and training provided by MHA c Identify and analyze the collaboration exercised by the employees of the company Keywords Work capital accumulation reorganization of production collaboration CHB CMH CCQ CQ HCA HDA HTA JIT JUSE MHA NHC NHCS SUFRAMA TQC UBCCQ ZFM LISTA DE SIGLAS C rculo Honda Brasil C rculo Moto Honda C rculo de Controle da Qualidade Controle de Qualidade Honda Componentes da Amaz nia Honda da Amaz nia Honda Tecnologia da Amaz nia just in time Japanese Union of Scientist and Engineers Moto Honda da Amaz nia LTDA New Honda C rcle New Honda C rcle Supplier Superintend ncia da Zona Franca de Manaus Total Quality Control Uni o Brasileira de C rculos de Controle de Qualidade Zona Franca de Manaus Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Tabela 1 Tabela 2 LISTA DE FIGURAS Foto da visita de Soichiro Honda s primeiras instala es de S o Paulo Vista a rea da MHA em 1977 Foto do governador do Amazonas com representantes da Honda Estrutura da Filosofia Honda e da cultura corporativa Modelo de utiliza o do diagrama de Ishikawa no NHC Exemplo de constru o do tema
131. egue abaixo um roteiro fornecido pela pr pria empresa como exemplifica o do que deve ser feito nas apresenta es Figura 7 9 An lise dos Resultados Eo 11 Trabalhos Futuros 1 Suwi Data 2 vammoo Daa 3 ho mt ARA N Z Quais as alternativas propostas os Qual o resultado ap s Qualfis provid ncias para que Em que rea o grupo deseja testes e dificuldades encontradas implanta o e outros ganhos o problema nunca mais ocorra atuar no pr ximo trabalho Fonte Honda 2010 Roteiro de apresenta o do NHC 101 4 1 2 O New Honda Circle e os trabalhadores Honda em Manaus colaboradores em Linha de Produ o A Moto Honda da Amaz nia preocupada em aperfei oar o relacionamento e o desempenho de seus colaboradores nas atividades do NHC oferece cursos de capacita o e aprendizagem em Ferramentas da Qualidade Lideran a de Equipe e at mesmo um pequeno intensivo de Ingl s B sico para aqueles colaboradores que forem apresentar seus trabalhos fora do Brasil O New Honda Circle de certa forma acabou por trazer uma gama de 6 conhecimentos t cnicos e profissionais para os colaboradores da empresa quer sejam eles l deres ou liderados quer sejam gerentes ou operadores do ch o de f brica Esse conhecimento claro servir para uma finalidade Tanto a empresa como os colaboradores acabam usufruindo da absor o destes conhecimentos uma vez q
132. ei oados Ele lan ou no ar e n o conseguiu responder por que a modernidade n o se desenvolveu no oriente A sua hip tese foi buscada na tica protestante Para ele o ocidente trouxe um avan o quanto a tudo que existia no oriente e que os processos de racionaliza es foram iniciados no mundo ocidental por conta desta tica profissional encontrada na religi o protestante 36 N o quero aqui discutir sobre a forma o das bases ideol gicas do capital nem tampouco pouco exaltar a participa o do protestantismo em sua forma o Meu interesse enfatizar a posi o de Max Weber sobre os processos de racionaliza o ocorridos no mundo ocidental Os processos de racionaliza o apontados por Weber mais especificamente aqueles referentes ao trabalho me chamam muita aten o pois como sabemos as primeiras racionaliza es no campo industrial se deram no mundo ocidental nos Estados unidos da Am rica Posso dizer que na forma o dos modelos de produ o industrial fordista taylorista posteriormente considerados como modelo r gido de produ o que se iniciaram os processos de racionaliza o do trabalho no mbito da ind stria capitalista Seguindo a l gica do pensamento de Weber as racionaliza es ocorridas no mundo do trabalho dificilmente aconteceriam no oriente devido inexist ncia de uma ideologia que conduzisse tal avan o ou desenvolvimento das t cnicas e aperfei oamento da ci ncia No entanto
133. elece entre a teoria e os dados emp ricos O outro ponto a ser abordado o motivo pelo qual o pesquisador escolheu aquele e n o outro objeto Essa rela o da escolha com um sujeito que um pesquisador e o objeto uma rela o particular e nica Porque como voc j tem experi ncias com outros objetos 26 e com outros sujeitos a escolha daquele sujeito est pr determinado digamos assim ou em grande parte predefinida por essas rela es anteriores que definem o perfil do pesquisador Por exemplo h quem tenha escolhido trabalhar o negro na Amaz nia Por qu Deve ter alguma raz o Bem primeiro se definiu que o negro como objeto de pesquisa algo muito importante para ele claro outros acham que n o Por exemplo h quem diga que o negro teve um papel secund rio residual na sociedade amaz nica Mas muitos outros n o consideram isso mais um exemplo da rela o entre sujeito e objeto um sujeito acha que n o importante e o outro acha que sim isso diante de um mesmo objeto Existem algumas raz es pessoais para isso como as afinidades pol ticas experi ncias passadas que levam o sujeito a achar isso importante Tem a import ncia ou n o do objeto a relev ncia depois tem a rela o do pesquisador com o objeto que essa que um acha que o objeto tem relev ncia e outro acha que n o uma vis o pessoal em termos porque ela est ligada a um determinado conjunto de raz es da pr pria for
134. eles se conscientizarem nesse processo Porque ter problemas na vida inevit vel e dentro da empresa ou fora dela voc tem problemas constantes Dependendo dos n veis tem problemas de grau A de grau B de grau C mas o importante evitar voc conviver com o problema opcional op o de cada um Ent o a gente ensina muito a palavra preven o ir at a fonte do problema na origem Ah mas eu n o tenho capacidade n o tenho ferramenta metodol gica na cabe a n o tenho estrat gias metodol gicas Ei Ent o voc tem que buscar isso Instrutor B Arquivo pesquisa de campo 2010 83 Certo dia enquanto conversava informalmente com um ex colaborador Honda falei a ele que conheci outro trabalhador desta empresa e o mesmo havia realizado mais 17 cursos de qualifica o financiados pela pr pria f brica ele sorriu e me disse que era pouco Compartilhou comigo a informa o de que em 5 anos de trabalho na Honda ele havia realizado 51 cursos de qualifica o todos financiados pela empresa alguns deles foram fora da f brica em escolas especializadas em educa o profissional voltada para a ind stria como o SENAI e a Qualy Norte e a maioria dos cursos tinham sido realizados dentro da empresa atrav s dos pr prios instrutores Honda Atualmente praticamente todos os cursos oferecidos pela empresa s o realizados dentro da f brica O On the job uma ferramenta de pr tica de gest o conhecida como treinament
135. em corpo mole esses s o a minoria s o bem poucos mesmos mas tem Ent o tem de tudo tem aqueles que querem realmente trabalhar aqueles que est o esperando alguma coisa melhor e tamb m os que n o querem nada t o l doidos para serem mandados embora na maioria das vezes gente antiga que estagnou numa mesma fun o e j est de saco cheio do processo Colaborador B pesquisa de campo 2013 Sobre a cria o de um fluxo de trabalho harmonioso o Instrutor A comenta que o processo que o colaborador desenvolve deve ser a rea mais gostosa da f brica para isso ele tem a liberdade para criar uma melhor forma de desenvolver seu trabalho O Colaborador B por sua vez afirma que os trabalhadores recebem treinamento para executarem as atividades em suas fun es da melhor forma poss vel mas quem na verdade define a melhor forma de fazer o pr prio trabalhador O colaborador quando entra l ele treinado e antes de ele entrar na linha ele vai para o treinamento l em cima onde ele instru do mostram o setor para ele desde a montagem da primeira pe a do motor e vai at l na cabeceira da esteira na inspe o final onde sai a moto Mostram para ele em quanto tempo a moto ta saindo depois ele vai l para cima onde tem um dispositivo que tipo um prot tipo de como ele vai se comportar l na linha como se fosse uma simula o Eles fazem um exemplo tu vai ficar no processo tal ta
136. en as causadas por esfor os repetitivos e outros que s podem ser analisados mediante uma quantifica o inicial dos trabalhadores afetados e o impacto de tal fato 30 Para analisar as rela es de produ o organiza o do trabalho qualidade dos servi os e os processos de precariza o do trabalho e do trabalhador necess rio quantificar as empresas envolvidas a quantidade de trabalhadores o tempo de servi o quantidade de materiais utilizados produzidos etc Isso para ter uma primeira contextualiza o de tais rela es e em seguida partir para outras abordagens Nas investiga es que realizei entre os anos de 2009 e 2011 busquei compreender a transfer ncia do modelo japon s de gest o e trabalho para outras regi es externas do Jap o focalizando o Brasil e mais precisamente o P lo Industrial de Ve culos Sobre Duas Rodas da Zona Franca de Manaus Com o intuito de investigar o processo de transferibilidade deste modelo para o Setor de Ve culos Sobre Duas Rodas da Zona Franca de Manaus ZFM realizamos uma primeira pesquisa junto f brica japonesa de motocicletas Moto Honda da Amaz nia Ltda para coletar materiais e informa es sobre a implanta o das pr ticas de gest o japonesas naquela f brica Sabendo da exist ncia de um programa de C rculo de Controle da Qualidade CCQ pr prio da empresa conhecido como New Honda Circle NHC foram colhidos informa es sobre sua implanta o levando em conta sua tr
137. ento da produ o e era necess rio que algumas pe am fossem levadas para incinera o a cada seis meses para a retirada desse excesso de tinta Isso tinha um pre o alto pra empresa porque era preciso que o processo parasse para que pudesse ocorrer a incinera o das pe as do processo Eles encontraram uma solu o para o problema e isso foi muito falado Aquele pessoal conseguiu com isso uma viagem para visitar uma f brica da empresa fora do Brasil Colaborador A pesquisa de campo 2013 A Iniciativa desta forma parece ser realmente um tipo de atitude cobrada pela empresa ao colaborador mas a mesma ocorre de forma implicitamente direcionada uma vez que o maior reconhecimento por colabora es devido a determinados tipos de contribui es que na empresa todos parecem conhecer No que se refere Igualdade o discurso elaborado pela empresa enfatiza que a mesma procura sempre gerar oportunidades para todos de maneira igualit ria l Em 2013 realizei quatro entrevistas com colaboradores Honda Dentre os entrevistados havia dois trabalhadores do ch o de f brica um mec nico de m quinas e um chefe de setor Parte das entrevistas est o no corpo desta disserta o relatadas por mim como coment rios ou mem rias das entrevistas e outras vezes trechos das entrevistas s o citadas diretamente Estes colaboradores me concederam as entrevistas em suas casas marcamos os dias para as entrevistas e oc
138. esa ESPA O HONDA 2007 p 14 121 Na empresa Honda em Manaus a responsabilidade de coordenar o NHCS dada ao departamento de compras que lidam diretamente com os fornecedores Sendo assim procurei o supervisor deste setor que o coordenador do programa e ele por sua vez informou tamb m que a inten o do desenvolvimento do CCQ conhecido como NHCS nos fornecedores a tentativa de incorporar a filosofia e o modelo Honda no sistema de trabalho dos fornecedores Segundo o coordenador do programa nem todas as empresas fornecedoras formam grupos de NHCS H aquelas empresas que formam mais grupos que outras e algumas chegam a formar grupos de CCQ apenas para participar do New Honda Circle como forma de agradar a contratante De acordo como informa es arquivadas sobre uma pesquisa que realizei em 2011 em uma das empresas fornecedoras para participar do programa NHCS desenvolvido pela Honda em Manaus necess rio primeiramente que o coordenador do programa envie um convite solicitando a participa o da empresa fornecedora no per odo do in cio das inscri es Esse programa funciona como uma grande competi o que possui etapas classificat rias onde cada fornecedor com seu grupo de CCQ formado ir concorrer com outros grupos de diferentes fornecedores Esses grupos dever o apresentar o projeto do seu trabalho da mesma forma que ocorre no CCQ interno da Honda com as mesmas ferramentas da qualidade e mesmo padr o
139. etirar o assento Agente s tirou ele da atividade que ele fazia que era encher que ficava dois enchendo e botamos ele j pra tirar os assentos que acaba sendo feito com mais velocidade saindo muito mais assento do que o esperado N o precisou eliminar funcion rio mesmo que retirasse a gente reduziu hora extra que antes era feita hora extra ent o tem todo um segmento Secret ria Geral NHC 2010 Os trabalhos produzidos pelos colaboradores neste programa s o considerados como trabalhos conclu dos somente quando os projetos sugeridos s o implantados no local planejado Trabalho conclu do trabalho implantado afirma a secret ria geral do NHC A empresa n o disponibiliza nenhuma verba para a implanta o do projeto ela apenas auxilia com a colabora o de funcion rios de outras reas como engenheiros mec nicos e outros Conforme a Filosofia Honda cada colaborador deve se responsabilizar pela sua cria o 4 1 3 NHC estudos de caso Julguei ser importante analisarmos alguns trabalhos NHC apresentados por colaboradores da empresa Honda para melhor compreendermos as dire es que podem ser tomadas por esses trabalhos assim como a contribui o deles para a empresa Durante todo o per odo de pesquisa realizada para a constru o deste trabalho al m de conseguirmos coletar informa es em forma de documentos e entrevistas acerca da tem tica estudada sobre o modelo japon s de pro
140. ficam a crit rio do grupo Em seguida em outro slide s o apresentados o tema do trabalho o nome dos participantes da equipe com ou sem foto destacando o l der o apresentador e os demais membros assim tamb m como o orientador acompanhados da descri o e localiza o do setor em que atuam na f brica Ap s feitas as apresenta es de cada membro e do setor o cronograma do trabalho exposto Este cronograma muito se assemelha aos cronogramas apresentados nos trabalhos e projetos acad micos Dando continuidade o motivo da escolha do tema come a a ser discutido Os grupos geralmente apontam em seus trabalhos tr s poss veis temas a serem trabalhados pensados e sugeridos pela equipe por meio de uma tempestade de id ias ferramenta conhecida como Brainstorming Depois de discutidas e analisadas feito um processo de elimina o que resultar em apenas um tema o qual ser abordado pela equipe a come ar por meio de ferramentas da qualidade como o Diagrama de Ishikawa e o M todo Gut O Diagrama de Ishikawa aponta o motivo do tema por meio da localiza o das poss veis falhas E as reas de localiza o podem ser qualidade o custo produ o pessoal ou m o de obra seguran a equipamentos e em alguns casos meio ambiente Com base nas informa es e visualiza o de um trabalho apresentado em v deo durante visita empresa constru mos um exemplo deste diagrama para melhor compreens o conforme pode ser visuali
141. geralmente firmado as rela es estabelecidas entre fornecedores e empresas principais s o em parte rela es de natureza explicitamente contratual O processo conduzido de maneira minuciosa e em v rios tempos CORIAT 1994 P 124 4 E uma rela o que favorece e internaliza a inova o Se avan armos mais adiante na estrutura ntima dos processos contratuais o car ter essencialmente din mico da rela o de subcontrata o aparece nitidamente que a rela o contratual longe de imobilizar as coisas concebida para favorecer sua evolu o e fazer de maneira que a mudan a e a inova o sejam consideradas como regime habitual e permanente da rela o CORIAT 1994 P 125 Levando em considera o as proposi es apresentadas acima observo que na rela o existente entre fornecedores e contratante aqui mencionada o grau de intera o entre elas conduz a constru o de uma parceria duradoura que investe na troca de informa es como estrat gia para o desenvolvimento de melhorias nos processos de produ o organiza o do trabalho e fornecimento de mercadorias Sendo assim uma rela o a longo prazo institucionalizada e hierarquizada contratualizada e que favorece e internaliza a inova o conforme veremos na discuss o a seguir tamb m est presente na intera o entre as empresas ligadas nesta pesquisa 4 2 1 A via japonesa de Sele o e Gerenciamento dos Forne
142. gnificativamente o mundo do trabalho e produziria conforme Gramsci 1968 um novo tipo de trabalhador e um novo tipo de homem Este modelo o qual apresentaremos a seguir ficou conhecido como fordismo ou produ o em massa 2 2 2 A Ascens o do Fordismo e a Crise da Produ o em Massa Considerado como um sistema inovador em seu tempo ap s seu per odo de surgimento o Fordismo apresentou momentos de apogeu e posteriormente de crise Gounet 1999 afirma que o Fordismo era o sistema de produ o dominante no in cio da d cada de 70 na ind stria automobil stica mas devido s inquieta es e resist ncias entre oper rios e patr es este sistema passou a ser visto como um s mbolo da explora o capitalista que desqualificava o oper rio transformando o em instrumento de lucro para a empresa Estes acontecimentos conforme podemos compreender em Gounet 1999 seriam um in cio para que o sistema Fordista come asse a cair em descr dito gerando est mulo para a busca de uma forma alternativa de produ o que substitu sse o Fordismo preciso sair da camisa de for a fordista um sistema que j n o produz todos os benef cios que os patr es do autom vel esperam GOUNET 1999 p 17 43 Para fins de uma melhor compreens o sobre este sistema faremos a seguir um breve resgate sobre as origens do modelo de produ o e organiza o Fordista e ent o abordaremos sobre a queda ou crise da produ o em massa
143. ia de um judeu ou de um mu ulmano N o 21 que o protestante v se utilizar de todos os princ pios da religi o dele mas esses princ pios influenciar o bastante Diante do exposto fica a ideia de que a escolha do objeto condicionada a uma s rie de fatores ligados ao contexto do sujeito que por conseguinte de uma forma ou outra podem influenciar a investiga o No entanto com o objetivo de limitar tal influ ncia necess rio a utiliza o de um m todo que nos ajudar ou n o dependendo da escolha do m todo a caminharmos seguros rumo s an lises da investiga o Mas eis que surge outra quest o conforme abordarei a seguir 1 2 Por onde seguir A escolha do caminho Parto agora para a discuss o de um novo problema como se aproximar do objeto de pesquisa um problema metodol gico ou seja quais s o os recursos m todos os caminhos que eu vou usar para chegar l Geralmente os assuntos de natureza sociol gica s o tortuosos e cheio de ambigiiidades Por exemplo muitas vezes a falta de dados j faz o pesquisador se amedrontar com determinada pesquisa Como que eu vou fazer uma pesquisa se eu n o encontrei nada n o tem nenhuma informa o em jornais revistas etc Ent o o sujeito j se atemoriza com aquilo mas pode ter ocorrido que o mesmo tenha se aproximado mal das fontes n o pegou o caminho correto Neste sentido o m todo fundamental at porque ele o modo de como v
144. ica Europa e Oriente M dio Sempre preocupada com a quest o da qualidade de seus produtos ainda durante o per odo de crise na economia brasileira na luta pela estabiliza o e buscando oportunidades de novos momentos de crescimento a empresa come ou a implantar pr ticas de gest o japonesas j utilizadas em sua matriz no Jap o Algumas dessas pr ticas s o apresentadas CMH C rculo Moto Honda ou C rculo de controle de qualidade Campanha Lar Limpeza Arruma o Revis o ou 5 S CDD Comiss o de Detec o de Defeitos de pe as e conjuntos SBP sigla de Software for Best Position quer dizer promover melhorias no local de trabalho visando acabar com a ociosidade PPS significa Plano Permanente de Sugest es MPT Manuten o Produtiva Total executada pelo pr prio operador da m quina KYT Treinamento de Preven o ao Perigo destinado a estimular o funcion rio a tomar medidas preventivas Honda 1997 p 72 Tais pr ticas de gest o s o utilizadas ainda hoje na empresa visando cont nua melhoria na qualidade dos produtos e de seus processos de produ o Essa constante preocupa o com padr es de qualidade rendeu Moto Honda da Amaz nia certifica es referente a qualidade como a ISO 9002 em 1995 3 1 4 P s d cada de 90 Moto Honda da Amaz nia Ltda Considerada como a empresa do grupo Honda mais verticalizada localizada fora do Jap o a Moto Honda da Amaz nia em contraste com o
145. ico metodol gicas como certo entrave para a elabora o de novas investiga es Para ele teoria e metodologia n o devem andar separadas sendo que ambas contribuem para a constru o ou reelabora o do objeto A lente que me possibilitou enxergar as informa es de meu irm o como abertura para uma poss vel pesquisa foi uma leitura despretensiosa que iniciei em um corredor da biblioteca da universidade A leitura que fiz foi de um texto de Pierre Bourdieu 1998 A Economia das Trocas Simb licas me fez de alguma forma pensar no que meu irm o me falava sobre sua participa o nos projetos da empresa onde ele atuava Fui aos poucos associando os projetos de C rculos de Controle de Qualidade CCQ como uma esp cie de troca simb lica onde a empresa concedia alguns benef cios aos trabalhadores em troca do conhecimento dos mesmos acerca dos problemas encontrados nas linhas de produ o Aquela leitura tamb m me fez pensar sobre uma expropria o indevida do capital simb lico por parte da empresa em rela o aos trabalhadores pois aqueles que estavam inseridos no processo de constru o dos CCQs dedicavam muito tempo pensando e planejando seus projetos e transformando seus conhecimentos em melhoria para a empresa em troca de pr mios simb licos como chaveiros bon s canetas e outros Era uma forma pouco sutil de expropria o do conhecimento dos trabalhadores que ao incorporarem os chamados m todos parti
146. incipalmente em grande escala nas empresas de constru o Pode se afirmar sem medo de contesta o que isto constitui o maior perigo que aflige atualmente as classes trabalhadoras da Inglaterra e Estados Unidos TAYLOR 1990 pp 26 27 apud ROBERTT 1992 p 62 Sendo assim o Taylorismo sugeriu uma nova forma de controlar o trabalho resguardando o conhecimento do operariado mas utilizando esse conhecimento de acordo com os interesses da ger ncia O controle deste modelo repousaria em um direcionamento do conhecimento do oper rio de forma gerenciada O trabalhador perderia o dom nio da produ o devido ao parcelamento das tarefas na mais pura tradi o Taylorista Gounet 1999 O carro chefe do Taylorismo a separa o rigorosa entre concep o e execu o A principal inova o consiste na concentra o da concep o nas m os da ger ncia e a aloca o dos trabalhadores exclusivamente execu o da tarefa ROBERTT 2009 p 63 A finalidade do Taylorismo de acordo com este ponto de vista seria de ordenar classificar e transformar o conhecimento dos trabalhadores em movimentos predeterminados estipulados pela ger ncia conforme argumenta o de Taylor em Robertt 1992 p 64 P4 ger ncia atribu da por exemplo a fun o de reunir todos os conhecimentos tradicionais que no passado possu ram os trabalhadores e ent o classific los tabul los reduzi los a normas leis ou f rmulas
147. istematizar novas pr ticas de gest o capazes de mobilizar a massa trabalhadora a unir esfor os contribuindo em conhecimento empenho iniciativa talento for a de vontade criatividade responsabilidade tempo e dedica o em prol dos interesses da empresa No centro deste novo cen rio os colaboradores trabalhadores de todos os setores de produ o em estudo apresentam se ao mesmo tempo como sujeitos atores e agentes dentro de um micro sistema ou uma micro sociedade industrial S o sujeitos por de fato serem frutos de um longo gradativo e progressivo processo de transforma o no mundo do trabalho sendo recaracterizados a cada etapa deste movimento direcionado pela l gica das rela es capitalistas S o atores porque de fato tornam se personagens coadjuvantes no cen rio da colabora o em que por um lado a empresa dirige e protagoniza as rela es de trabalho e por outro os trabalhadores assumem o papel de colaboradores onde se deixam ser vistos como ajudantes e contribuintes da empresa conscientes de que se n o executarem bem o seu papel estar o sob risco de serem exclu dos de cena 129 S o tamb m agentes por exercerem a es precisas nesta rela o de trabalho Suas a es est o tanto direcionadas empresa quanto aos seus colegas colaboradores enquanto desenvolvedores de projetos participantes de atividades extra f brica e apoio aos seus pares No contexto da colabora o
148. it rio que mesmo aposentado presta servi os comunidade sendo colaborador em institui es de ensino superior prolongando assim o exerc cio de seu of cio Apesar destes trabalhadores colaboradores j serem visualizados em v rios tipos de trabalho delimitei o sujeito objeto desta investiga o que me propus a realizar O meu objeto investigado est situado portanto no P lo de Duas rodas da Zona Franca de Manaus que ocupou somando a m o de obra efetiva tempor rios e terceirizados cerca de 20 trabalhadores no ano de 2008 19 199 trabalhadores no ano de 2009 18 380 trabalhadores em 2010 e a quantidade de 20 761 trabalhadores no primeiro semestre de 2011 SUFRAMA 2011 A quantidade de m o de obra ocupada mencionada acima apresenta se distribu da entre as 13 empresas que comp em o P lo de Duas rodas s o elas Caloi Norte S A CR Zongshen Fabricadora de Ve culos S A Prince Bike Norte LTDA Kawasaki Motores do Brasil LTDA J Toledo da Amaz nia Bramont Montadora Ind stria e Com rcio LTDA Dafra da Amaz nia Ind stria e Com rcio de motocicletas LTDA Moto Traxx da 14 Amaz nia Garinni Motors Ind stria de Ve culos LTDA Haobao Motor do Brasil LTDA Harley Davidson do Brasil LTDA Yamaha Motor da Amaz nia LTDA Moto Honda da Amaz nia LTDA Dentro desta ind stria de ve culos sobre duas rodas instalada no Polo Industrial de Manaus em meados da d cada de 1970 que focalizei este estudo mais
149. l tal vai ter que montar isso eles explicam o processo todinho a pe a faz isso e t tudo l pra ele fazer ent o ele vai l e monta entendeu Ele tem que fazer isso em tanto tempo o tempo esse o cara fica l ele monta e desmonta S o v rias pe as um corredor de pe as um processo no m nimo e no m ximo dependendo do Tact tempo de acelera o a velocidade e dependendo desse Tact se for muito r pido ele diminui o processo n o d pra fazer muito processo em pouco tempo se for muito r pida a esteira eles diminuem o processo e aumenta o numero de trabalhadores Quanto mais r pido mais fragmentado quando n o ao contr rio Ent o nunca muda fica sempre a mesma velocidade para a gente A esteira pode estar no cacete ou devagar a gente quase n o sente melhor que aumente a velocidade da esteira porque o processo fica mais lento e as pessoas que t o mais acostumados com o processo j tem mais agilidade fica mais tranquilo e 85 o m ximo de pe as fica entre quatro ou cinco depende Olha de 21 segundos que a gente montava agente montava quatro pe as dependendo da pe a tamb m porque tem pe a que grande mas tudo acompanhado por um setor tem um rapaz que vai l na linha e calcula o tempo e o processo Antes de mudar o Tact a velocidade da esteira ele vai calcular tudinho cada pe a e cada processo de acordo com a velocidade daquele processo Vai ser sempre uma quantidade de pe as p
150. legria de comprar j n o haver mais cria o e nem vendas importante salientar que o conhecimento destas Tr s alegrias estar sempre presente em todos os programas de melhorias desenvolvidos pela empresa uma vez que ambas est o dirigidas para as pessoas Assim vale ressaltar que a pr tica da colabora o a ser apresentada melhor no cap tulo quatro est objetivada antes de mais nas Alegrias de Comprar Vender e Criar 3 2 3 O Princ pio da f brica Honda Em 1956 a Honda lan ou o Princ pio Honda em Japon s Esse Princ pio o que esta empresa tem como sua vis o Onde olhando para o cliente procura descobrir suas necessidades e assim produzir um produto para ele Este Princ pio foi revisado em 1998 e atualmente se expressa Em um esp rito global dedicamo nos a oferecer produtos da mais alta qualidade a um pre o justo para a satisfa o de nossos clientes em todo o mundo Honda 1998 p 13 Segundo o Instrutor A quando se fala em espirito global a Honda est mostrando sua preocupa o em oferecer os melhores padr es de qualidade que existem no mundo Ele comentou que devido a isso a Honda possui seu pr prio centro de tecnologia onde s o feitas pesquisas que os levem a estar sempre frente de seus concorrentes Em um dado momento ele tamb m comenta que todo maquin rio atualmente existente na 79 MHA originado no Jap o O Instrutor A comenta ainda que este esp rito global
151. m funcionar corretamente permitindo a fixa o dos trabalhadores em seus postos predeterminados As transforma es na organiza o e produ o do trabalho inseridas pelo fordismo inicialmente geraram resultados satisfat rios referentes redu o do pre o dos produtos e diminui o do tempo de produ o que antes das racionaliza es do sistema fordista representavam a utiliza o de um tempo muito superior ao tempo reduzido por esta nova forma de produ o Gounet 1999 descreve esta redu o do tempo de produ o da seguinte maneira A antiga organiza o da produ o precisava de 12 30 horas para montar um ve culo Com o taylorismo ou seja apenas com o parcelamento das tarefas a racionaliza o das opera es sucessivas e a estandartiza o dos componentes o tempo cai para 5 30 horas Em janeiro de 1914 Ford introduz as primeiras linhas automatizadas O ve culo produzido 1 30 hora ou seja pouco mais de oito vezes mais r pido que no esquema artesanal usado pelos concorrentes GOUNET 1999 p 19 Apesar dos avan os alcan ados por Ford sua produ o em massa enfrentou alguns obst culos que dificultaram o crescimento desse novo sistema Robertt 2009 citando alguns autores que abordam este tema aponta a alta rotatividade da for a de trabalho como sendo um dos problemas enfrentados por Ford Esta alta rotatividade se dava por conta da dificuldade que os trabalhadores tinham em se adaptar carga exaustiva
152. m como o que nos parece familiar pode tamb m n o ser de todo conhecido por n s O que atrai mais a minha aten o sobre este assunto e o que quero destacar o fato de que este familiar que de o todo n o me conhecido e as considera es de Bourdieu 2007 sobre o pensar o todo para a reelabora o do objeto parecem ter uma rela o estreita Uma vez que reelaborar um objeto focalizando o por um novo ngulo seria o mesmo que investir esfor os em observar o desconhecido naquilo que familiar Creio que este exerc cio foi o que precisei realizar para conseguir enxergar meu irm o como um informante para minha pesquisa Este exerc cio foi demorado por dois motivos Primeiro tinha uma pr no o de que um objeto de pesquisa nunca sairia da privacidade de minha casa e as informa es que meu irm o me repassava eram apenas fragmentos uma esp cie de desabafo que n o me permitia adquirir uma vis o mais ampla do contexto a ser pesquisado no caso o ch o da f brica Outra quest o e creio que mais importante era que eu ainda n o possu a um n vel de leitura suficiente que me desse a oportunidade de transformar aqueles desabafos em problema de pesquisa N o foi sem raz o que a rela o da teoria com a metodologia na 23 constru o do objeto de pesquisa foi um assunto destacado por Bourdieu 2007 fazendo cr ticas rigidez metodol gica na elabora o de pesquisas apontando a cria o de escolas te r
153. m sido feitos testes para lavagem e reutiliza o Segundo o grupo o teste falhou porque o processo de lavagem era realizado junto com luvas de todos os outros setores sem negocia o para que a lavanderia separasse o material O Grupo C alegou que ocorreu falha administrativa da coordena o respons vel pelos testes Com rela o s luvas cir rgicas o grupo levantou apontamentos de que eram utilizadas luvas com n vel de qualidade acima do necess rio devido ao fato de que no momento da implanta o n o foi verificado outras op es de luvas Pois havia necessidade urgente de substitui o do creme de prote o das m os que estava sendo rejeitado pelos colaboradores por n o propiciar 100 de prote o ocorrendo alergia em diversos colaboradores N etapa de avalia o das solu es propostas o Grupo C apresentou quatro poss veis solu es de problema Dentre eles Eliminar o uso da luva cir rgica na montagem do motor N o utilizar luvas em 5 dos processos de montagem do motor Substituir 95 das luvas cir rgicas por luvas pl sticas e lavar 10 das luvas de algod o e helanca Das quatro solu es propostas as duas primeiras reduziriam os custos diminuiriam a emiss o de res duos mas para a sua implanta o seria necess ria uma avalia o mais criteriosa pois suscitaria insatisfa o nos colaboradores e comprometeria a seguran a dos mesmos Sendo assim estas propostas foram rejeitadas As duas
154. ma o do pesquisador da vis o pol tica etc Na constru o do objeto a ideologia que o indiv duo traz consigo n o somente v lida mas insepar vel Weber 2006 analisou bem isso a neutralidade axiol gica onde o cientista social tem que ter uma consci ncia de que quando ele vai partir para um objeto para fazer uma an lise ele parte com os valores dele Na sociologia positivista n o acontece assim Durkheim 2001 j acredita que voc pode ser totalmente neutro Mas mesmo que no fundo acreditemos que n o as condi es do ambiente em que estamos inseridos e nossa rela o com elas determinam fortemente o que vamos fazer Weber 2006 acreditava que de sa da o sujeito j teria que ter a consci ncia de que ao escolher aquele assunto a ser analisado j se configura como uma op o ideol gica e valorativa ent o o que ele poder fazer se esfor ar ao m ximo para se distanciar de seu objeto Mas esse exerc cio um exerc cio complicado Se isso se transformar numa obsess o pode certamente prejudicar o trabalho melhor o sujeito ter a consci ncia de que judeu cat lico protestante classe m dia ou classe alta da elite e atrav s de sua posi o partir para a abordagem do assunto Weber defendia essa posi o que devemos assumir claramente as suas condi es n o que voc deva defender as suas posi es judaicas ou protestantes etc Mas que o fato de ser um protestante determina e diferenc
155. ma da outra n o existindo nenhuma diferen a entre ambas e que uma tentativa de compreender os significados destes termos desnecess ria A segunda e terceira vis es sobre colabora o e coopera o formada por autores que apontam para uma diferen a entre as mesmas sendo que apesar disso permanecem ligadas entre si Na segunda vis o autores como Amoretti 2001 Barros 2001 e Simon 1999 entendem que colabora o um trabalho em conjunto realizado individualmente por cada integrante do conjunto e posteriormente unido ao todo seria como uma produ o em layout de c lula onde cada trabalhador monta um motor sozinho para posteriormente envi lo para compor as outras partes do processo enquanto que coopera o seria o mesmo trabalho em equipe realizado coletivamente em todas as etapas de desenvolvimento do trabalho sendo somados os esfor os e ideias coletivas como se fosse um time de futebol em que todos tem uma fun o espec fica e trabalham unidos ligados uns aos outros O grupo de autores que comp em a terceira vis o sobre este assunto pensa basicamente da mesma forma sendo que para eles a coopera o seria a colabora o enunciada na segunda vis o e a colabora o seria a coopera o da segunda vis o Este grupo de autores formado por Valadares 1992 Maturana amp Varela 2002 Fiorentini 2004 e Dillenbourg et al 1996 contradiz a vis o do segundo grupo de autores A quarta vis o sobre colabora
156. ma qualidade sendo assim invi veis para a comercializa o In meras confer ncias come aram a ser feitas com o intuito de solucionar esse problema e levar o Jap o a um novo n vel de padr o de qualidade Organizadas pela Uni o dos Cientistas e Engenheiros Japoneses JUSE sigla inglesa uma organiza o n o governamental criada logo ap s a Segunda Guerra Mundial as confer ncias receberam a presen a de grandes especialistas no assunto como os norte americanos Edward Deming e Joseph Juran Estes foram respons veis por influenciar os empres rios japoneses a adquirir 90 mais conhecimento na rea da qualidade e utilizar tais conhecimentos para solucionar problemas inicialmente atrav s dos m todos estat sticos focalizados por Deming Garvin 1992 afirma que desde Deming engenheiros e gerentes japoneses aprenderam os princ pios do controle estat stico da qualidade Reagiram com enorme entusiasmo especialmente ao n vel das f bricas Garvin 1992 p 218 Juran chegou ao Jap o em 1954 convidado pela JUSE e iniciou suas confer ncias que possu am um car ter n o estat stico mas gerencial Garvin 1992 salienta que suas confer ncias tinham grandes caracter sticas gerenciais com apontamentos para a rea do planejamento fluxo organizacional responsabilidade gerencial para a qualidade e um foco em atingir metas e objetivos que visassem melhorias Apesar da participa o destes especialistas norte americanos
157. mais f cil A outra com efeito implica repensar em todos os seus detalhes a organiza o do trabalho OHNO 1978 1989 p 71 apud CORIAT 1994 p 33 A estrat gia do Ohnismo em aumentar a produtividade atrav s da redu o de efetivos analisada por Coriat 1994 como sendo um m todo de gest o de efetivos por estoques conduz segundo esse mesmo autor a f brica m nima a ser tamb m necessariamente uma f brica flex vel devido a sua obrigat ria necessidade de mesmo com um efetivo reduzido alcan ar varia es quantitativas e qualitativas da demanda Coriat 1994 argumenta que Ohno assim conduzido a buscar a produtividade n o mais no sentido da grande s rie mas internamente no sentido da flexibilidade do trabalho na aloca o das opera es de fabrica o opondo se assim s 48 facilidades que constituem a produ o de s rie com estoque a cada intervalo CORIAT 1994 p 34 A flexibilidade presente no m todo Ohnista que Coriat 1994 se refere promove uma grande mudan a na gest o de produ o e de pessoal Pois ao contr rio do que ocorre nos modelos taylorista fordista que estimulam uma superespecializa o dos trabalhadores no modelo japon s de produ o para Coriat 1993 p 81 ocorre um processo de desespecializa o dos trabalhadores qualificados por meio de uma certa polival ncia e plurifuncionalidade dos homens e das m quinas construindo assim um
158. mbora ent o eu tive que fazer um contrato meio maluco eu estudava pela parte da manha ali s eu trabalhava pela parte da manha e fazia a UA a tarde Hoje n o mais poss vel at mesmo pelo digamos assim os tipos que j tem bastante na poca era bem escasso o mercado ainda E eu iniciei tamb m um monop lio na minha admiss o para entrar numa rea muito inovadora na empresa que foi a rob tica Ent o os primeiros robores que a Honda tem aqui foi praticamente eu quem iniciei O curso que eu fazia na UA era letras e apesar de n o parecer teve muito a ver com o meu trabalho aqui na empresa porque eu tinha que tamb m fazer um procedimento de instru o depois Na realidade muito antes de eu entrar aqui eu j tinha esse feeling n Pela quest o das letras mas ai uma coisa o seguinte voc vai aprendendo a t cnica e voc vai precisando tamb m difundir a t cnica e nesse processo de difus o se voc n o tiver uma habilidade para transmitir uma did tica o resultado n o muito satisfat rio Ent o eu fui pegando essa habilidade no curso pegando a t cnica dentro da empresa e assim fui desenvolvendo ai os treinamentos Mas na medida em que n s fomos desenvolvendo os la os eu aqui tamb m fui crescendo Ent o foi assim pegando essa parte do aprendizado sobre rob tica mais tarde j um pouco mais avan ado no processo e tinha tido mais outras etapas no processo ent o eu fui tendo algumas promo es sa da parte oper
159. medi ria entre compra no mercado e a produ o interna est relacionada negocia o entre partes a partir de um contrato formal ou informal Estas negocia es se d o em torno de condi es de pagamentos prazo de entrega padr o de qualidade dura o do contrato e v rios outros pontos determinados entre as partes Coriat 1994 p 118 baseado em pesquisa realizada por Asanuma 1985 1989 apresenta quatro proposi es existentes na rela o de subcontrata o nas empresas Japonesas localizadas em seu pa s de origem 1 A rela o de subcontrata o uma rela o de longo prazo Quer se trate do autom vel ou da constru o el trica o primeiro dos resultados estabelecidos por Asanuma se liga ao fato de que a rela o entre a empresa m e e seus fornecedores ou empresas subcontratadas caracteriza se em geral por um princ pio de longa dura o e de continuidade CORIAT 1994 P 118 114 2 E uma rela o institucionalizada e hierarquizada Outro tra o not vel da maneira japonesa a elabora o de um princ pio de classifica o expl cita que consiste em distinguir fornecedores e empresas subcontratadas dando lhes status nitidamente diferenciados Esta classifica o se traduz finalmente numa hierarquia relativamente precisa das diferentes empresas que concorrem elabora o do produto CORIAT 1994 P 121 3 E uma rela o contratualizada Ao contr rio do que
160. mente cultivadas Em suma a colabora o e o colaborador t m aparecido como apresentado acima em diversas frentes de trabalho em frequ ncias cada vez mais aceleradas Quem sabe n o seja a colabora o a futura alternativa permanente s crises das produ es capitalistas e sua quebra do processo de acumula o Ser esse o futuro do trabalho e do trabalhador A colabora o e o ato de colaborar As pesquisas de inicia o cient fica por mim desenvolvidas entre os anos de 2009 e 2011 foram orientadas pela Prof Dr Maria Izabel de Medeiros Valle sob os t tulos Modelo Japon s e Pr ticas de Gest o na Ind stria de Ve culos sobre duas rodas da Zona Franca de Manaus e A difus o do modelo japon s na ind stria de ve culos sobre duas rodas da Zona Franca de Manaus C rculos de Controle de Qualidade na Moto Honda da Amaz nia Ltda 15 A resposta a estas e outras quest es s podem ser realizadas mediante investiga o Inicialmente sobre a pr pria colabora o e sua aproxima o ao mundo do trabalho procurando compreender o sentido que sua agente no caso a empresa quanto seus sujeitos no caso os trabalhadores d o a essa nova modalidade de trabalho Com base nestas informa es parti para o problema proposto nesta abordagem levando em considera o direta ou indiretamente teorias que tratam sobre a forma o e din mica do capital assim como aquelas que traduzem
161. motos de 150 e 125 cilindradas s o as que vedem mais ent o elas n o mudam muito de modelo s o modelos fixos ali entendeu Praticamente similares Agora tem outras linhas que fabricam sete modelos outras fabricam tr s outras fabricam quatro modelos totalmente diferentes n o similares muda muito Ent o quando tem essas mudan as tiram todas as pe as e colocam outras pe as uma correria E o trabalhador tem que se adequar Nisso come a a aparecer os faltosos que complicam as coisas porque praticamente todo dia tem algu m que falta pelos mais diferentes 84 tipos de motivos a maioria por causa de fam lia um filho doente a m e que morreu tem que acompanhar a esposa e isso mais Quando falta algu m complicado porque a gente tem que se virar as vezes o trabalho fica mais puxado tem que vir algu m de outra fun o e at mesmo de outro setor sem habilidade naquela fun o e quando isso acontece esse que veio cobrir o que faltou fica com um bon vermelho que significa que ele tem que ficar em acompanhamento e quando passa algu m e v aquela pessoa com bon vermelho j sabe que na linha tem algu m que precisa ser acompanhado tem que ter cuidado com ele Muita gente t l trabalhando para conseguir uma grana para pagar a faculdade em outra rea completamente diferente e est s esperando a hora de poder sair da ind stria e ainda tem aqueles que n o querem nada n o contribuem em nada s reclamam faz
162. mpresa e os mais tratados s o sobre qualidade e redu o de custos A participa o de apenas um nico grupo representando a empresa no New Honda Circle Supplier conduz obrigatoriamente a implanta o de apenas uma sugest o de melhoria proposta pelo grupo que participou do NHCS Na Masa da Amaz nia LTDA a participa o no NHCS aberta para funcion rios de todos os setores da empresa que para discutirem os assuntos referentes este CCQ t m liberdade para se reunirem dentro do hor rio de trabalho desde que acordado com a lideran a Estes funcion rios recebem treinamento para participa o no programa atrav s de informa es da Honda enviadas por escrito atrav s de treinamento na pr pria fornecedora com apoio de equipe t cnica enviado pela Honda e tamb m atrav s de instru es repassadas nas depend ncias da empresa contratante 127 Os trabalhadores que participam no programa de CCQ coordenado pela Honda s o recompensados pela MASA com premia es simb licas como brindes A empresa contratante e coordenadora do programa at o momento n o disponibilizou nenhuma recompensa a estes trabalhadores desta fornecedora mas em contrapartida recompensa a fornecedora pela qualidade de seus produtos e servi os O diretor desta fornecedora afirma que a Honda recompensa sua empresa dando prioridade em novos neg cios produtos As pr ticas de gest o japonesas utilizadas por esta empresa al m do CCQ coordenado pela Honda s
163. n o perdeu seu sentido apenas necessita ser melhor examinada devido sutiliza com a qual hoje o capital explora e acumula atrav s de estrat gias reelaboradas das pr ticas de gest o e de produ o E para examinar tais sutilezas conduzidas pelo capital necess rio associarmos a sociologia com outras disciplinas como afirma Zarifian 1997 ao propor uma interdisciplinaridade entre sociologia economia e filosofia para pensar as novas defini es do trabalho Sendo assim nosso exame sociol gico sobre essas transforma es no trabalho estar apoiado a uma associa o com componentes estil sticos da l ngua portuguesa construindo o que denominamos de Silepse do trabalho O que seria esta Silepse do trabalho Construo minha argumenta o inicialmente baseada na pr pria organiza o da l ngua portuguesa de onde nos utilizamos 38 cotidianamente das chamadas figuras de sintaxe ou de linguagens que dentre elas destaco 937 para termos de analise ao trabalho a silepse Como bem sabemos existem tr s tipos de Silepse Conforme mencionam Neto e D angina 1993 a primeira a Silepse de g nero que ocorre no seguinte caso dentre v rios Com os pronomes de tratamento Exemplo V Sa bondoso Explica o o termo bondoso est concordando n o com o pronome de tratamento V Sa que do g nero feminino mas sim com a ideia do sexo da pessoa que se faz representar pelo referido pronome N
164. nar sobre a colabora o O termo colabora o como vimos tem sido usado em diversas reas como por exemplo na educa o e inform tica onde os colaboradores s o conduzidos a dar suas contribui es intelectuais aos demais como acontece nos site de buscas e pesquisas livres Mas o que ponho em quest o aqui a colabora o enquanto trabalho dentro da ind stria N o quero fazer aqui uma genealogia da colabora o seria bem interessante reconstruir toda uma trajet ria te rico conceitual do termo mas creio que n o poderei faz lo aqui o que proponho neste caso enfatizar uma poss vel rela o entre o labor e um co labor Ainda que sociologicamente trabalho e labor sejam diferentes arrisco me a utilizar o labor para designar uma ideia de trabalho em conjunto quando expresso colabora o um co labor laborar junto Este co labor ou colabora o parece ser de fato o que as empresas t m tentado incutir na mente dos trabalhadores sob o pretexto de serem parte da fam lia da empresa e assim contribu rem ainda mais pela causa desta fam lia Lembro me de uma apresenta o que realizei em um congresso de inicia o cient fica onde j naquele momento toquei na palavra colabora o apenas para descrever os trabalhadores foco da pesquisa ao final fui questionado se os colaboradores aos quais eu me referi eram como os de uma empresa de autom veis no Jap o em que os trabalha
165. nde amizade Ao meu pai que dorme Certamente um dia nos veremos novamente minha m e minha melhor professora Seria muito dif cil sem voc sem seu carinho sua m o amiga sua cobran a e sem d vida alguma sem o seu inveStimento na minha dificuldade N o perder sua recompensa A Edilene Ao inv s de escrever queria postar um imagem mas iria ficar muito Isto t o somente achei Deus fez ao homem reto Mas os homens buscaram Muitas ast cias Salom o Eclesiastes Dedicat ria Ao que vive para sempre Aos meus pais Ivaneide Santos de Andrade e Luiz Hayden de Andrade Edilene Silva de Andrade minha bela jornalista e companheira RESUMO Este trabalho busca apresentar uma abordagem cr tica sobre as reconfigura es do trabalho no mbito da organiza o da produ o industrial Al m de por em discuss o os estudos concernentes s inova es t cnicas e gerenciais que remodelam a organiza o do trabalho e a rela o entre empresa trabalhador o objetivo da pesquisa foi o de compreender os sentidos do trabalho reconfigurado como colabora o a partir da constru o de uma cultura colaborativa Para este fim propomos uma an lise destas reconfigura es a partir de um estudo sobre os colaboradores Honda em Manaus trabalhadores e fornecedores da empresa de motocicleta japonesa Moto Honda da Amaz nia LTDA No intuito de desvelar as sutilezas que o capital se utiliza para susten
166. ndida essa primeira faze de seiri nos vamos para o seiton Ele sabendo que precisa necessariamente s aquilo ele tem que saber fazer organiza o voc faz uma opera o nesse processo e voc precisa de algum recurso qual aquele que eu preciso mais com maior frequ ncia Com maior frequ ncia esse aqui ent o eu deixo ele aqui bem pretinho de mim Eu uso em um plano secund rio esse aqui ent o fica atr s desse outro ou do lado direito ou do lado esquerdo conforme for o meu manuseio no processo Ent o a gente aprende a tentar organizar a tornar o processo num layout que seja mais agrad vel e menos cansativo o poss vel Muito bem depois de aprendido esse processo de como organizar as coisas e identificar um ponto importante ele pode fazer o procedimento seguinte j est aprovado apara fazer o terceiro que chamamos de a gente vai nessas etapas Ent o agora n o basta s organizar tem que limpar o que est organizado tem que estar limpo mas o mais importante nesse processo do que limpar n o sujar A gente orienta muito o pessoal para ir na fonte da sujeira O qu que propicia o qu que proporciona aquela sujeira Por exemplo tem um pingo d agua aqui toda vez que chove cai gua aqui eu vou l e limpo ai choveu novamente e eu l estou limpando Espera a homem s isso que voc sabe fazer Limpar Pensa em eliminar a fonte do problema pensa em eliminar A gente usa algumas din micas interessantes para
167. ndo suas pr prias inova es Dentre as inova es idealizadas pela Uni o dos Cientistas e Engenheiros Japoneses JUSE destacam se os C rculos de Controle da Qualidade CCQ uma inova o japonesa da d cada de 60 Garvin 1992 afirma que estes CCQ s foram resultados dos esfor os da JUSE em treinar empregados das f bricas em princ pios do controle da qualidade dando 91 assim o primeiro passo para a cria o dos c rculos de controle da qualidade Garvin 1992 relata parte da cria o e desenvolvimento do CCQ no Jap o onde afirma estar hoje amplamente difundido Kaoru Ishikawa apontado como um dos criadores dos chamados C rculos de Controle da Qualidade CCQs propondo o diagrama de Ishikawa ferramenta da qualidade amplamente utilizada para o gerenciamento e o Controle da Qualidade CQ em processos diversos Caravantes 2005 O primeiro C rculo de Controle da Qualidade segundo Garvin 1992 foi registrado pela Japan Telephone amp Telegraph Corporation A partir de 1962 a JUSE passou a patrocinar uma s rie de outras confer ncias sobre Controle da Qualidade visando uma maior divulga o dos CCQ s dentro do Jap o Hoje os C rculos de CQ est o amplamente difundidos no Jap o Um menu de t cnicas estat sticas as chamadas sete ferramentas gr ficos de Pareto diagrama de causa e efeito estratifica o folhas de verifica o histogramas diagramas de dispers o e gr ficos de controle tem sid
168. ndo um alto grau de conhecimento sobre a pol tica e filosofia da empresa assim como conhecimento das pr ticas de gest o e programas de melhoria Mapa 3 Image 2010 GeoEye o N 2 MapLink Tele Atla iN AA Data das imagens 26 Out 2009 3407519 7 55 96 0 elev 40m LOT CEA TECE O n TLC Fonte Google Earth Identifica o da HDA HCA HTA e CT Adapta o do autor Esta rea intitulada Centro de Treinamento representado no mapa 3 como CT possuindo salas para ensino de cursos como Filosofia Honda 5S Curso J Kaizen Kanban Brigada de inc ndio Metrologia b sica e outros cursos na sala de mec nica que se encontra dentro deste CT A sala de mec nica composta por algumas motocicletas de 67 modelos diferentes utilizadas para estudo e treinamentos nesta sala h ainda um grande conjunto de ferramentas teis para cada modelo Para toda a empresa de Manaus no Centro de treinamento h apenas um instrutor de mec nica que ministra treinamentos para os mec nicos na empresa e de acordo como o pr prio instrutor alguns cursos s o introduzidos e ministrados de acordo com os problemas encontrados em cada setor De acordo com tais informa es e com o que foi visto a MHA ocupa agora os espa os onde anteriormente localizavam se duas outras empresas Esses espa os deram lugar ao Centro de Treinamento uma pequena biblioteca destinada aos colaboradores um refeit rio e galp es para produ o de quadriciclos e outros
169. ndustriais que ainda existiam mas em n meros bem menores WOMACK 1992 p 47 50 Um ultimo ponto a ser considerado no desenvolvimento da produ o enxuta refere se preocupa o de Ohno sobre os fornecedores os quais foram divididos em n veis funcionais na tentativa de impulsionar a troca de informa es entre si e aumentar o n vel de qualidade dos componentes fornecidos Al m dessa divis o Ohno desenvolveu e implantou como forma de gerenciamento de suprimento o sistema conhecido como just in time na hora certa que na Toyota se chama kanban WOMACK 1992 p 52 53 A id ia de Ohno era de simplesmente converter o imenso grupo de fornecedores e f bricas de pe as numa grande m quina compar vel a Highland Park de Henry Ford para tal determinou que a produ o das pe as se restringiria a cada etapa pr via para suprir a necessidade imediata da etapa subsegiiente O mecanismo funcionava atrav s de containers transportando pe as de uma etapa para outra Conforme cada container fosse esvaziado era mandado de volta para a etapa previa sinalizando automaticamente a necessidade de produzir mais pe as Essa id ia singela era de dific lima implementa o pr tica por eliminar praticamente todos os estoques al m disso se uma fra o do vasto sistema de produ o falhasse o sistema inteiro tinha de parar Na tica de Ohno era esse precisamente o ponto forte da id ia por remover os bols es
170. nica o 2009 HONDA Moto Espa o Honda Ano V n 43 Setembro Outubro Linkpress Assessoria e Comunica o 2009 HONDA Moto Espa o Honda Ano V n 42 Julho Agosto Linkpress Assessoria e Comunica o 2009 HONDA Moto Espa o Honda Ano V n 40 mar o abril Linkpress Assessoria e Comunica o 2009 HONDA Moto Boletim NHC Linkpress Assessoria e Comunica o 2008 HONDA Moto Espa o Honda Ano IV n 29 abril maio Linkpress Assessoria e Comunica o 2007 HONDA Moto NHC Circle Manual para membros e l deres Am rica do Sul S n 2007 HONDA Motor Co Ltd Filosofia Honda 1998 HONDA Moto Honda 25 anos de Brasil coordena o geral Maia Mendon a S o Paulo DBA Artes Gr ficas 1997 HUMPREY J Adaptando o modelo japon s ao Brasil In Hirata H Org Sobre o modelo japon s S o Paulo Edusp 1993 IMAI Masaaki Kaizen a estrat gica para o sucesso competitivo S o Paulo IMAI 1988 LOPES Jos Sergio Leite O Vapor do Diabo Rio de Janeiro Paz e Terra 1976 MARX K amp ENGELS F A ideologia alem 5 ed Trad Jos Carlo Bruni amp Marco Aur lio Nogueira S o Paulo Hucitec 1986 MELO Eudes Lopes A Forma o da Rede de Produ o na Ind stria Sobre ve culos de Duas Rodas do Norte Brasileiro Disserta o de mestrado PPGS Ufam 2010 MILLS C W Do artesanato intelectual In MILLS C W A imagina o sociol gica 6 ed
171. nte a d cada de 80 tais c rculos se espalharam como moda entre as empresas brasileiras Em Manaus a difus o dos CCQs est associada ao processo de reestrutura o produtiva iniciado nos anos de 1990 que redefiniu a forma de organiza o da produ o e de gest o empresarial Os CCQs tornaram se a partir desta d cada sobretudo no p lo eletroeletr nico uma das estrat gias de gest o utilizadas pelo setor industrial amazonense para enfrentar a forte concorr ncia decorrente do novo ambiente competitivo dos anos de 1990 Valle 2007 Conforme Andrade 2010 a empresa Moto Honda da Amaz nia Ltda do setor de ve culos sobre duas rodas instalada na Zona Franca de Manaus vem desenvolvendo um programa de c rculo de controle de qualidade desde a d cada de 1980 Este CCQ replicado aqui baseado nos mesmos princ pios de gest o empregados na sua matriz Estamos aqui diante do objeto central da Colabora o para dentro o NHC New Honda Circle um programa de melhoria desenvolvido pela MHA caracterizado como um C rculo de Controle da Qualidade CCQ Na pesquisa feita junto a Moto Honda da 93 Amaz nia durante as visitas empresa colhemos informa es sobre o hist rico deste CCQ e suas caracter sticas assim como sua forma de aplica o dentro da empresa mediante a participa o dos colaboradores estas informa es ser o apresentadas no t pico a seguir 4 1 1 New Honda Circle o c rculo da colabor
172. nte para crescer e se consolidar no mercado brasileiro A primeira medida que a empresa pensava em tomar era referente instala o de uma f brica no terreno por ela comprado em 1974 em Sumar No entanto os incentivos oferecidos pela ent o Zona Franca foi um fator de grande import ncia na decis o de instalar sua f brica em territ rio brasileiro Foi ent o que no ano de 1975 na cidade de Manaus se deu a constitui o da Moto Honda da Amaz nia S A No mesmo ano se iniciou as obras de constru o da f brica Honda na Zona Franca de Manaus Amazonas Brasil Sem d vida os incentivos oferecidos pelo governo foram de vital import ncia nessa decis o Outra vantagem que a empresa possu a em se instalar em Manaus foi o fato de esta cidade ser um porto livre concedendo Honda a possibilidade de importar os mais modernos e vitais equipamentos do Jap o de tecnologia muito avan ada e custos competitivos em rela o aos equipamentos produzidos no Brasil Honda 1997 Outro ponto fundamental nesta quest o foi quanto ao recrutamento de m o de obra local que apesar da dificuldade em encontrar profissionais qualificados para exercer fun es referente a engenharia ou administra o havia um lado positivo quanto contrata o de operadores do ch o de f brica pois a falta de experi ncia dos mesmos facilitaria empresa trein los desde o in cio dentro dos princ pios e pr ticas da Honda Fato caracter stico do modelo de gest
173. ntribuam para a compreens o do objeto a ser investigado d apresenta es de meus trabalhos e discuss es com professores e colegas de aula sobre o tema e o tempo destinado a ouvir as orienta es da minha professora f coletas de informa es em bases eletr nicas ou em campo e por ultimo mas n o menos importante g o tempo gasto pensando na reda o final depois da sistematiza o e apresenta o das ideias Ao longo de minha forma o tenho percebido as necessidades citadas acima como pontos importantes discutidos por alguns autores na sociologia interessados em esclarecer e tentar solucionar alguns percal os das pesquisas em Ci ncias Sociais interessante notar que para Mills 1975 a satisfa o de tais necessidades mencionadas somadas a outras min cias encontradas pelo caminho da pesquisa formaria um conjunto de fatores ou materiais indispens veis para a constru o do que ele denomina artesanato intelectual Levando em considera o que a constru o de uma pesquisa realizada passo a passo degrau por degrau pe a por pe a 18 2 Outro ator por mim citado o soci logo franc s Pierre Bourdieu 2007 que chamou a minha aten o para a import ncia de manter sempre arquivos e informa es orais e documentais teis ao pesquisador Por mais que de in cio pare am irrelevantes percebemos que esses dados no decorrer do trabalho do pesquisador adquirem uma relevante import ncia para quem trabalha com
174. ntro do Respeito pelo Indiv duo existem tr s conceitos principais Iniciativa Igualdade e Confian a A Iniciativa parte do princ pio de que cada colaborador tenha a atitude de pensar de forma criativa e agir por iniciativa e opini o pr prias sempre tendo em vista as consequ ncias de suas atitudes sendo elas boas ou ruins Cada colaborador deve ter em si o desejo constante de crescer e para isso necess rio que ele tenha iniciativa de aprender se especializar e buscar meios que possam lev lo a atingir objetivos cada vez maiores Segundo um dos instrutores essa iniciativa resultado de pessoas que tem for a de vontade que tem ambi o de crescer e n o se colocar numa zona de conforto Uma das oportunidades que a empresa afirma oferecer para o colaborador mostrar sua iniciativa s o os programas de melhoria cont nua desenvolvidos pela empresa pois para a empresa estes programas conseguem reunir os colaboradores em grupos pequenos onde podem elaborar projetos com a finalidade de trazer melhorias tanto para a empresa quanto para os pr prios trabalhadores criando assim um local de trabalho melhor por meio da iniciativa pr pria dos colaboradores Na pr tica n o acontece bem assim De acordo com alguns dos entrevistados e com a sequ ncia dos 17 projetos de c rculos de controle de qualidade que pude visualizar pod oy grande maioria dos colaboradores pensam em solucionar problemas
175. o ensinado e acondicionado a in meros empregados nas f bricas Pequenos grupos de cinco a dez empregados com habilidades para solu o de problemas treinados em coleta de dados an lise estat stica e trabalho de grupo e recompensados com pr mios publicidade e distin es n o financeiras s o agora comuns na maioria das companhias japonesas Garvin 1992 p 226 Ferro 1997 define o c rculo de controle de qualidade como um grupo pequeno constitu do de cinco a doze pessoas que se re nem de forma volunt ria e com regularidade com a finalidade de analisar e propor solu es para poss veis problemas referentes qualidade e produ o Fundado sobre princ pios e t cnicas de gest o japonesas surgidos no Jap o no in cio da d cada de 60 o ohnismo ap s ter apresentado um bom desempenho a n vel de competitividade come ou a ser transferido para pa ses exteriores ao seu local originalmente gestado Por ocasi o de sua transfer ncia para tais pa ses foram desencadeadas algumas argumenta es a respeito do seu processo de transferibilidade e uma poss vel desfragmenta o deste modelo Humphrey 1993 afirma ocorrer nestes casos uma interpreta o de todas as t cnicas japonesas de organiza o do trabalho que obtiveram grande sucesso no Jap o para dentre estas se retirar e reproduzir apenas o que delas h de melhor Dentre estas t cnicas contidas no modelo japon s que Humprhey comenta est o 92 Just in
176. o em princ pios japoneses contidos em sua filosofia repassada aos trabalhadores por meio de treinamentos na f brica Ao pensar em colabora o percebo a como o fruto de um longo processo de reestrutura es produtivas decorrentes das demandas desenfreadas das rela es capitalistas de produ o A colabora o traz consigo um tipo de trabalhador gerado a partir das constantes reconfigura es no mundo do trabalho como uma esp cie de trabalhador multifuncional conforme o citado por Coriat 1994 mas talvez eu possa trat lo como quem sabe um ultra multifuncional por ser reconfigurado para al m dos sentidos da polival ncia estreitando se cada vez mais com os objetivos da empresa onde atua bem certo de que os colaboradores n o sejam trabalhadores tipicamente industri rios como podemos observar durante um simples passeio a uma loja de venda de roupas Ouvi in meras vezes colaboradores sendo chamados pelo interfone das lojas para que comparecessem em determinado setor da loja colaborador x favor comparecer ao setor de credi rio Era assim que muitas vezes eram chamados Posso tamb m citar o caso dos professores pesquisadores e estudantes colaboradores de revistas cient ficas que colaboram com a manuten o de revistas acad micas divulgando seus artigos cient ficos frutos de um rduo trabalho de pesquisa H ainda se n o me engano a figura do docente univers
177. o na f brica respons vel pela consolida o de um grupo de colaboradores formados para a instru o dos demais trabalhadores da f brica e em muitos casos at mesmo a transfer ncia de informa o aos fornecedores Outro ponto de destaque da pol tica de gest o da empresa diz que necess rio os colaboradores terem prazer no que fazem e para isso eles precisam amar o seu trabalho e valorizar a comunica o dentro da empresa A Honda acredita que quanto mais o colaborador amar o seu trabalho mais rapidamente ele mergulha dentro dos processos Sobre isso questionei a um trabalhador da empresa em entrevista o qual o denominarei de colaborador B Questionei a ele se os trabalhadores tinham prazem no que faziam e se realmente se sentiam como colaboradores da empresa em resposta ele expressou o seguinte No setor onde eu trabalho ningu m est satisfeito com seu trabalho porque o setor puxado uma linha de montagem e quanto mais ela roda fica pior Antigamente ainda tava bom antigamente ainda tinha uma certa flexibilidade em rela o a parada de linha e tudo apesar da produ o naquele tempo ser ainda mais alta havia um equil brio o pessoal tinha uma certa regalia Mas depois de um tempo as cobran as aumentaram apesar da produ o ter baixado Ela baixou mas diminu ram as pessoas ent o fica praticamente a mesma velocidade A minha linha que chamam de carro chefe onde s o fabricadas as
178. o o instrutor A comenta Esse pagamento porque a Honda pensa tamb m na fam lia do colaborador ele tem tudo isso aqui dentro mas e a fam lia dele Como que ta Aqui dentro ele tem uma farm cia ele tem servi o odontol gico servi o m dico se ele tiver passando mal ele vai l rapidinho no servi o m dico se for algo grave ele tem prioridade no atendimento ele atendido se n o puder os m dicos daqui encaminham ele para a Unimed Ent o a Honda busca tamb m amparar a fam lia deste colaborador baseado nesta filosofia justamente estando preocupado com a fam lia deste colaborador fazendo com que ele fique mais a vontade Instrutor A Arquivo pesquisa de campo 2010 10 As informa es foram colhidas na empresa durante dois dias em que foram ministradas palestras por quatro instrutores da Honda no Centro de Treinamento Conferir o roteiro com o nome dos instrutores e suas respectivas palestras no anexo deste trabalho No corpo deste texto julguei por bem denominar os instrutores informantes de Instrutor A Instrutor B Instrutor C 70 Segundo o instrutor os benef cios t m um impacto na vida do colaborador na vida dele e de quem dependente dele E esses benef cios s o propiciados pela dire o da Filosofia Honda Do caderno do Programa de Treinamento para L deres de Equipe produzido pela empresa tratando sobre Filosofia Honda retirei o gr fico abaixo para ajudar a exemplificar
179. o sentido que o trabalho sob o processo de produ o capitalista assume Ocorre que com o debru ar se sobre as novas quest es que surgem sobre a tem tica do trabalho e os novos problemas ocasionados pelas reconfigura es e suas condi es de mundializa o passa despercebido novas formas de 12 2 extra o do valor excedente relacionados produ o industrial como o caso do problema em quest o a colabora o Tais novas formas de extra o se d o a partir das flexibiliza es das rela es de produ o como alternativa a uma crise da acumula o do capital nesta fase do capitalismo financeiro em que estamos vivendo Neste sentido o que me proponho estudar nessa disserta o a colabora o enquanto trabalho Por isso parto do pressuposto de que tal colabora o seja uma estrat gia de recria o ou alternativa para a sustenta o l gica de acumula o do capital atrav s de uma constante busca pela obten o de mais valia utilizando se assim da intelig ncia oper ria e de sua colabora o como fonte de acumula o Por esse motivo minha abordagem est direcionada para as rela es de trabalho e produ o inseridas apenas no mbito da ind stria confrontando a afirmativa de Sorj 2000 de que a sociologia do trabalho estaria hoje limitada apenas a estudar objetos similares aos da administra o referente s pr ticas de gest o perdendo assim todo seu interes
180. oc trabalha e faz a cr tica da ideologia e etc Ou seja o m todo uma maneira de voc se aproximar e ao mesmo tempo se distanciar Por exemplo se um grupo de ind genas querem estudar os ind genas urbanos em Manaus e ficarem s com os ind genas e n o tiverem um m todo para estudar ocorrer apenas um depoimento mas como que ser analisado isso para mostrar que existe uma popula o ind gena em Manaus trabalhando sem perder sua identidade ind gena Como ser poss vel comprovar isso e demonstrar esses dados Tem que ter um m todo Qual ser o caminho Existem v rios caminhos para a realiza o de uma pesquisa Uma pode ser a chamada pesquisa qualitativa e participativa onde atrav s de v rias t cnicas como entrevistas semi direcionadas tenta se trabalhar com a representa o que as pessoas e os grupos pensam e elaboram a sua realidade ou seja o contexto onde vivem Ao mesmo 28 tempo o pesquisador participa da vida do grupo ou tenta perceber os n o ditos dos entrevistados Parte se do pressuposto como nos mostra Weber que os atores sociais refletem e de sua forma d o sentido sua realidade Na minha pesquisa por exemplo procurei escutar os entrevistados tentando perceber como eles explicam o universo em que vivem no caso a f brica Muitos casos como nos mostra o soci logo brasileiro Florestan Fernandes no seu livro A condi o do soci logo a obten o dos dados emp ricos quantitativos
181. ociais hier rquicas e de desabilita o dentro do processo de trabalho tamb m j estava bem avan ada em muitas ind strias O que havia de especial em Ford e que em ultima an lise distingue o fordismo do taylorismo era sua vis o seu reconhecimento expl cito de que produ o de massa significava consumo de massa um novo sistema de reprodu o da for a de trabalho uma nova pol tica de controle e ger ncia do trabalho uma nova est tica e uma nova psicologia em suma um novo tipo de sociedade democr tica racionalizada modernista e populista HARVEY 1992 p 121 Com a inten o de fornecer um meio de transporte pessoal a baixo custo que anulasse o isolamento dos produtores rurais norte americanos Ford desenvolveu um projetou de carro para a manufatura que conforme Womack 1992 era um carro amigo do usu rio f cil de ser guiado e consertado Para alcan ar seus objetivos na sua produ o em massa Ford precisou fazer algumas modifica es na forma de organiza o e produ o do trabalho Gounet 1999 pp 18 19 aponta cinco transforma es que ele julga ser as mais importantes na constru o do Fordismo 1 Racionaliza o ao extremo das opera es efetuadas pelos oper rios e combate aos desperd cios principalmente de tempo 2 Desqualifica o dos oper rios atrav s do parcelamento das tarefas dando a possibilidade de atrair para sua f brica n o somente artes os especialistas em mec nica 3
182. ocorreu foi que a detec o das pe as com defeitos pode ser feita com mais facilidade Um segundo ponto observado foi a utiliza o da m o de obra oper ria n o para solucionar os problemas mas para ajudar a antecip los Segundo Womack 1992 p 46 Ohno acreditava que a distribui o das fun es dentro da f brica fordista representava um sistema cheio de muda termo japon s para desperd cio englobando o desperd cio de esfor os materiais e tempo O pensamento de Ohno era que ningu m dentro da f brica era mais agregador de valores ao produto do que os oper rios que tamb m eram os mais indicados para solucionar eventuais contratempos na linha de montagem devido sua familiaridade com as condi es da linha Com isso Womack 1992 argumenta que Ohno deu in cio s suas experi ncias reunindo trabalhadores em equipes com um l der oper rio delegando a cada equipe a responsabilidade da realiza o de uma parte da produ o na linha de montagem e algumas tarefas de limpeza e detec o de defeitos Como ltimo passo depois que as equipes estavam funcionando a contento reservou um hor rio periodicamente para a equipe sugerir um conjunto de medidas para melhorar o processo No ocidente tal pr tica de sugest es coletivas veio a se chamar c rculos de controle de qualidade Esse processo de aperfei oamento cont nuo e gradual em Japon s kaisen dava se em colabora o com os engenheiros i
183. ode fazer saltar aos olhos um objeto que com os passos que eu j havia percorrido deveria ter enxergado h muito tempo Por esse motivo volto aqui a reafirmar a import ncia da apresenta o e discuss o dos trabalhos de pesquisa em processo de constru o A contribui o daquela pergunta me fez n o somente enxergar um problema que eu n o consegui visualizar como tamb m me possibilitou tra ar um novo caminho para me aproximar do mesmo Tentando fugir das quantifica es conheci ainda que de forma t mida a abordagem do professor Jos S rgio leite Lopes da UFRJ que ao estudar a tem tica do trabalho trilha por uma metodologia alternativa s quantifica es fazendo uma etnografia do trabalho Mas como uma nova entrada na empresa seria um trabalho dif cil de ser executado e por isso sem a possibilidade de realizar uma observa o in l cus mais direta sobre o trabalho a organiza o e as rela es pessoais que se d o naquela f brica optei por encontrar uma alternativa para etnografar aquele trabalho Em uma participa o em um congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia em 2013 observei a apresenta o de uma pesquisa que tinha sido realizada sobre as rela es de trabalho em uma ind stria onde a pesquisadora afirmou ter sido muito dif cil entrar na empresa O professor debatedor se pronunciou dizendo que conheceu outros pesquisadores estudiosos do trabalho em f bricas que haviam realizado investiga es
184. om desempenho da solu o a realiza o de intensifica o de treinamento de todos os colaboradores do 1 e 2 turno 110 A implanta o da solu o proposta pelo grupo que pretendia diminuir em 18 o tempo do processo obteve resultado acima do esperado redu o de 22 Grupo C Este ltimo trabalho que abordaremos foi realizado por um grupo de colaboradores composto por um l der dois apresentadores um homem e uma mulher e mais dois colaboradores para apoio O Grupo C contou ainda com o aux lio de um orientador de grupo O tema escolhido pelo Grupo C foi Reduzir o custo com luvas de helanca algod o e cir rgicas na montagem do motor Segundo o cronograma de atividades do grupo este projeto que foi desenvolvido entre fevereiro de 2007 a outubro de 2007 teve a maioria das etapas produzida por um nico colaborador o l der Para a escolha do tema proposto o Grupo C levou em considera o que o problema levantado representava uma defici ncia em rela o qualidade custos e meio ambiente O tema abordado por eles estava enquadrado no campo dos Equipamentos de Seguran a Individual EPIs sendo que o custo anual do problema envolvendo a utiliza o das luvas era naquele momento de R 236 583 00 no total De acordo com o levantamento feito pelo Grupo C a empresa gastava por ano R 178 652 00 com a utiliza o de luvas de Helanca na produ o do motor R 28 231 00 com luvas de algod o e R
185. ompra de brindes passagens de avi o e aluguel de estabelecimentos que disponham de salas para as apresenta es dos trabalhos NHC De acordo com explica o da Secret ria Geral do NHC em Manaus a compra dos brindes passagens e gastos com alugu is s o feitos com descontos A MHA faz parcerias com outras empresas que por sua vez repassam seus produtos com pre os mais em conta Como o caso das passagens de avi o que a secret ria explica quando chega a hora de viajar pra toda esse equipe n Que j negociado a pre o mais barato Agente freta o avi o que justamente o avi o desse ano que no ano passado foi cento e vinte e cinco pessoas num avi o S da Honda eram noventa e cinco Ai tem um custo mais baixo n Ent o a gente consegue fazer ai que era uma poca de crise tinha que negociar bastante Tem que negociar eu tenho que ter tr s fornecedores e negociar com os tr s SECRET RIA GERAL NHC Arquivo pesquisa de campo 2010 Segundo informa es da empresa todos os trabalhos NHC s o desenvolvidos de forma volunt ria por m existem cobran as em torno da forma o de grupos Os colaboradores n o s o obrigados a participar das atividades do CCQ da empresa no entanto o seu grau de envolvimento com as atividades desenvolvidas na empresa sejam 104 elas quais forem contar nas avalia es que a empresa anualmente faz sobre seus colaboradores Sobre esta quest o a Secret ria
186. onhecidos por mim Estes contatos me deram a possibilidade de repensar minha pesquisa e tentar tra ar um novo caminho abordagem metodol gica para a execu o da mesma Tratarei sobre isso mais adiante Outra contribui o de Bourdieu 2007 que aqui destaco est relacionada necessidade que mencionei de destinar tempo para ouvir as orienta es de meus professores orientadores pois tenho compreendido a import ncia do papel do orientador em termos de observa es pr ticas face a forma o do pesquisador 2 r 5 5 gt o Refiro me aqui a professores orientadores no plural porque durante o per odo de execu o desta pesquisa de mestrado iniciei a mesma sob a orienta o da Prof Dr Maria Izabel de Medeiros Valle a mesma que me orientou durante as inicia es cient ficas e monografia Ap s a qualifica o foi necess rio uma mudan a de 19 Refiro me aqui n o somente aos ditos de meus orientadores mas a todas as observa es que tenho feito sobre a forma de como os mesmos constroem suas pr prias pesquisas Neste sentido as participa es nos programas de inicia o cient fica foram essenciais pois aqueles foram os momentos de maior treinamento e observa es das pr ticas da pesquisa E permitiram me ter uma no o correta sobre a rela o de parceria entre orientador e orientando parceria esta salientada por Lima e Gondin 2006 como fator fundamental para a forma o do novo pesquisador assim como para o
187. onomia que tem a ver com a sa de de colaborador e os movimentos repetitivos se for produzido um bom trabalho e houver diminui o de casos de problemas de sa de ou de afastamento certamente que ocorrer uma melhora significativa nas condi es de trabalho gerando melhorias para o colaborador mas tamb m a empresa ser grandemente beneficiada com a redu o de poss veis gastos com apoio a colaboradores doentes ou afastados por conta do trabalho o que comum na empresa Alguns projetos produzidos no NHC s o t o importantes e t o marcantes que chegam a mexer na produ o e organiza o do trabalho na f brica em linhas de produ o e outros setores Segundo a Secret ria Geral do NHC estes tipos de trabalhos devem ser 106 feitos com cautela e muita aten o para n o comprometer a participa o de outros colaboradores dentro da empresa Ela nos d um exemplo Na fabrica o do assento quando voc joga a espuma tem um carrossel ai tinha umas folgas de uma pra outra ent o eu falei porque que n o bota mais carrossel aqui n Que vai fazer mais assento Ai se botasse isso ia diminuir um colaborador ai ia ter que demitir um funcion rio isso a equipe reunida Ent o vamos fazer o seguinte agente n o tira esse colaborador diminui o tempo da esteira que o tempo que ela fica na estufa ela vai e enche e essa pessoa aqui ela depois como o volume de assento vai ser muito maior ele vai ficar l pra r
188. operador multifuncional garantindo dessa forma a realiza o da f brica magra onde se alcan a um aumento de produtividade com custos cada vez mais reduzidos termina por se constituir um novo tipo de f brica a f brica magra transparente e flex vel onde a magreza garantida e mantida pela transpar ncia em que a flexibilidade garante a manuten o da magreza Uma via de racionaliza o particular se abre aqui onde as economias e os ganhos de produtividades s o constantemente buscados internamente muito mais que em extens o como o caso da f brica fordista na qual h um esfor o cont nuo para mobilizar os efeitos de s ries e as economias de escala aceitando como uma fatalidade os disfuncionamentos que ela tamb m produz CORIAT 1994 p 35 36 As argumenta es de Womack 1992 sobre o modelo japon s de produ o analisado por ele sob o conceito de produ o enxuta caminhas na mesma dire o das formuladas por Coriat 1994 acerca de um modelo de produ o cujos objetivos estejam atrelados a uma constante busca de redu o de custos ou seja fabrica magra livre dos excessos ou da gordura contida na f brica fordista A produ o enxuta apontada por Womack 1992 p 39 40 configura se como um novo sistema de produ o descoberto por Ohno e Eiji Toyoda ap s estudos e visitas realizadas por eles s f bricas fordistas que os levaram conclus o de que a produ
189. orreu conforme o planejado Estas informa es foram coletadas em car ter de entrevistas abertas com aux lio de um gravador Os nomes dos colaboradores entrevistados est o resguardados sendo assim est o citados no corpo do texto como Colaborador A Colaborador B Colaborador C 74 Tem uma vaga para LCQ l der de controle de qualidade e a essa vaga claro a Honda procura trabalhar s mesmo ela procura limitar al as reas que podem concorrer se for na de usinagem ent o ela abre um concurso interno dentro da rea de usinagem pra que possam concorrem aquela vaga Quem pode participar Qualquer pessoa que esteja abaixo do n vel de LCQ ou dentro do n vel de LCQ Ent o ele vai l ele participa ent o uma oportunidade dada de igual modo pra todos por m quem vai ficar com a vaga s o aquelas pessoas at pra contemplar as que tiveram iniciativa s o aquelas pessoas que realmente tem atitude s o aquelas pessoas que tem a iniciativa a for a de vontade que estudaram mais que pesquisaram mais que se empenharam mais em conhecer mais processos mais as etapas dos fluxos dos processos a quest o da qualidade mesmo saber conhecer os princ pios da qualidade da Honda Ent o isso da as pessoas beneficiadas nessa quest o do conceito da igualdade ser o pessoas que realmente se esfor aram mais Instrutor A Arquivo pesquisa de campo 2010 A Igualdade neste senti
190. os de Andrade 2014 150 f il color 31 cm Orientador Benedito Jos de Carvalho Filho Disserta o Mestrado em Sociologia Universidade Federal do Amazonas 1 Trabalho 2 acumula o capitalista 3 reorganiza o da produ o 4 colabora o Carvalho Filho Benedito Jos de Il Universidade Federal do Amazonas Ill T tulo AGRADECIMENTOS Ao nico digno de toda honra gl ria louvor e gratid o s minhas av s pelos incans veis incentivos e pelos feij es com arroz s delas Ao meu irm o Haydenilson pelas conversas preciosas e certeiras minha cunhada e sobrinho querido pelos momentos de descontra o Universidade Federal do Amazonas pela possibilidade de polir meu conhecimento e senso cr tico Moto Honda da Amaz nia LTDA por me conceder autoriza o para pesquisa e por me acolherem sempre muito bem Aos amigos das Ci ncias Sociais em especial aos colegas Alberto Souza Cleiton Maciel Ricardo Lima Alex Sander e como poderia esquecer a Silvia Vejo voc s no doutorado Ao Departamento de Ci ncias Sociais e ao Programa de P s gradua o em Sociologia aos recentes e aos experientes agrade o pelo esfor o professora Izabel Valle Apresentou me o mundo da ci ncia com dedica o e paci ncia Sou grato pelas suas orienta es est mulos esclarecimentos e encorajamento Obrigado professora Ao professor Benedito Carvalho Por suas belas considera es bons di logos e gra
191. para a empresa e para os seus colaboradores Compreendemos claro que uma an lise de apenas tr s trabalhos NHC n o suficiente para responder a quest es mais complexas envolvendo empresa colaborador No entanto poss vel extrair algumas informa es relevantes sobre a finalidade do programa e a participa o dos trabalhadores Observando a forma o dos grupos e o desenvolvimento dos trabalhos expostos acima por eles realizados notamos que estes c rculos de controle de qualidade s o formados e executados seguindo os padr es estipulados pela empresa e est o voltados mesmo que indiretamente para a finalidade de reduzir despesas aumento de lucro para a empresa A participa o de homens e mulheres no NHC demonstra o interesse da empresa em envolver todos os colaboradores com os processos de melhoria da MHA A forma o de grupos compostos s por mulheres outros somente por homens e ainda outro com composi o mista parece representar uma certa liberdade dada aos colaboradores para a execu o de seus trabalhos Liberdade esta que nos parece tamb m ser expandida escolha dos temas abordados pelos grupos Cada grupo procurou desenvolver seus trabalhos baseados em problemas encontrados pr ximos ao espa o f sico que est o alocados na empresa dando a impress o de que os membros dos grupos trabalham em conjunto na mesma etapa do processo de produ o das motocicletas e podem pensar conjuntamente sob
192. pesquisa fazendo parte daquilo que Mills 1975 chamou de artesanato intelectual ou seja uma constru o e reconstru o permanente fundamental para a imagina o sociol gica Ao longo do processo da pesquisa foi muito importante a oportunidade que tive de em v rios momentos congressos exposi o do projeto em sala de aula etc em expor as minhas dificuldades enfrentadas ao longo da pesquisa Isso me proporcionou um grande salto na elabora o e constru o de meu objeto de pesquisa Autores como Lima e Gondim 2006 reafirmando a posi o de Bourdieu 2007 contribu ram muito para que eu descobrisse novas perspectivas nesta pesquisa Isso revela que a pesquisa apesar de ser um ato solit rio guarda tamb m uma dimens o coletiva Para Bourdieu 2007 as exposi es das informa es preliminares das pesquisas que est o se formando d o ao estudante a oportunidade do mesmo executar sua investiga o de maneira racional neste momento que o estudante pode recolher sugest es para a melhoria de seu trabalho atrav s das cr ticas feitas pela sua audi ncia tamb m nestes momentos que o estudante percebe seus limites e falhas e consegue medir os riscos que pode correr na sua investiga o N o menos importante para o avan o da pesquisa foi a minha participa o minha em um encontro de pesquisadores da rea em que estou estudando onde tive a oportunidade de conhecer e discutir com autores at ent o desc
193. presa pois exatamente ele quem d sentido pr tica da colabora o enquanto uma forma de duplicar a for a de trabalho atrav s da exig ncia na participa o e desenvolvimento dos C rculos de Controle de Qualidade tanto na empresa quanto nos fornecedores E s o exatamente estes C rculos de Controle de Qualidade na Honda conhecidos como New Honda C rcle NHC os maiores aglutinadores e produtores de colabora o conforme ser apresentado no cap tulo a seguir 87 Cap tulo IV A PR TICA DA COLABORA O NO POLO DUAS RODAS Nos cap tulos anteriores tenho abordado sobre colabora o apenas em termos te ricos suas bases e fundamentos sob a dire o da filosofia da empresa Neste quarto cap tulo meu interesse repousa agora em apresentar como a aplica o desta filosofia no dia a dia e acima de tudo nos problemas cotidianos correntes na empresa culminam na pr tica da colabora o Na empresa a colabora o ocorre em diferentes formas de a es gerenciadas pela mesma mas h duas a es espec ficas que sobressaem a todas as outras sendo respons veis pelas contribui es mais lucrativas recebidas pela empresa por parte de seus colaboradores Tais a es principais que me refiro s o conhecidas como New Honda C rcle NHC e New Honda C rcle Supplier NHCS uma vers o de C rculos de Controle de Qualidade CCQ pr pria da empresa Antes de abordar sobre os C
194. processo estar acima do estipulado para aquela etapa de produ o e em seguida criar alternativas para que o processo pudesse ser realizado dentro do tempo ideal da esteira O processo estava sendo executado em um minuto e setenta e cinco segundo a mais do que o ideal Na etapa de an lise das causas do problema o Grupo B alegou que o motivo do problema era devido utiliza o de ferramentas incompat veis para o aperfei oamento do processo Estava sendo utilizado um torquimetro e uma parafusadeira ferramentas separadas Partindo da ideia de que o problema se dava por conta das ferramentas o Grupo B formulou tr s propostas de solu o Fazer balanceamento do processo implantar parafusadeira Shutt Off no processo implantar parafusadeira com torqu metro acoplado A primeira proposta n o foi aprovada porque se implantada aumentaria o tempo de outros processos e causaria insatisfa o entre os colaboradores A segunda solu o proposta pelo grupo tamb m n o foi aprovada porque representaria um alto investimento para implanta o e o nico fornecedor desta ferramenta encontrava se no Jap o com prazo de 60 dias para entrega A proposta tr s foi a nica vi vel de ser implantada pois necessitaria de pouco investimento para ser implantada poderia utilizar um fornecedor local para entrega da ferramenta em curto prazo A solu o proposta 3 foi implantada e ap s sua implanta o o Grupo B enfatizou que seria necess ria para o b
195. qualidade 9 sim n o Se sim que tipo de recompensa 140 ANEXO 3 QUEST ES DO FORMUL RIO UTILIZADO PARA COLETAR INFORMA ES DA GER NCIA DAS EMPRESAS FORNECEDORAS DA MOTO HONDA DA AMAZONIA LTDA NOME DA EMPRESA NOME DO ENTREVISTADO DATA PREENCHIMENTO CARGO PERFIL DE RELA O DE QUALIDADE ENTRE CLIENTE FORNECEDOR N MERO ATUAL DE FUNCION RIOS ANO DE IN CIO DE PRODU O NO ATUAL NEG CIO SOBRE O NHCS New Honda Circle Supplier C RCULO DE CONTROLE DE QUALIDADE COORDENADO PELA HONDA JUNTO A SEUS FORNECERORES 1 Em que ano sua empresa formou o primeiro grupo de C rculo de Controle de Qualidade coordenado pela Moto Honda da Amaz nia Ltda NHCS New Honda Circle Supplier Marque apenas uma alternativa em 2012 na 18 edi o do NHCS em 2003 na 9 edi o do NHCS em 2011 na 17 edi o do NHCS em 2002 na 8 edi o do NHCS em 2010 na 16 edi o do NHCS em 2001 na 7 edi o do NHCS em 2009 na 15 edi o do NHCS em 2000 na 6 edi o do NHCS em 2008 na 14 edi o do NHCS em 1999 na 5 edi o do NHCS em 2007 na 13 edi o do NHCS em 1998 na 4 edi o do NHCS em 2006 na 12 edi o do NHCS em 1997 na 3 edi o do NHCS em 2005 na 11 edi o do NHCS em 1996 na 2 edi o do NHCS em 2004 na 10 edi o do NHCS em 1995 na 1 edi o do NHC
196. que t um pouco r pido E eu procuro falar que ele tem que se adequar ao melhor modo de ele trabalhar Eu trabalho assim assim assado mas n o porque eu trabalho assim que tu vai ter que fazer assim Tu tem que trabalhar de um jeito que fique mais confort vel pra ti entendeu Desde que fa a as coisas corretas Ele vai tentando encontrar uma melhor forma at ficar bom e come ar a trabalhar sozinho Mas nisso em uma semana o encarregado j t perguntando se o cara j t bom e a gente quem tem que dizer n o o cara ainda num ta bom n o ou j o cara j aguenta Colaborador B pesquisa de campo 2013 Em ltimo est o os valores da pesquisa e da perseveran a os quais o Grupo Honda espera que seus colaboradores mantenham sempre vivos Para a empresa o colaborador nunca deve se estagnar pelo contr rio ele deve estar sempre em busca de aperfei oamento Ent o quando eu paro em determinado limite e eu acredito que aquilo ali pra mim t bom a partir daquele momento que eu parei come a o meu decl nio eu come o a cair al porque o conhecimento as informa es v o continuar surgindo e ent o se eu paro de buscar esse conhecimento o que acontece comigo Eu sou desvalorizado no meu ambiente de trabalho no 86 mercado competitivo e na minha especializa o Tem pessoas que se limitaram Instrutor A Arquivo pesquisa de campo 2010 Este ltimo ponto parece ser o mais visado pela em
197. r distante de onde est vamos sedo necess rio a utiliza o de condu o s para que ele pudesse ativar a proje o de v deos sobre alguns temas este colaborador se dirigiu a mim dizendo que eu deveria ser algu m muito importante para fazerem aquilo Quando o dia de coleta de informa es terminou e sa da empresa fui para a universidade com a sensa o de quem tinha sido transformado De uma vis o completamente negativa sobre o trabalho na f brica e suas pr ticas de gest o explorat rias eu fiquei como quase um defensor daquelas pr ticas incr vel como todos aqueles colaboradores que me receberam e atenderam s minhas d vidas tinham o mesmo pensamento todos falavam a mesma l ngua s mudava a fisionomia Falei sobre isso com um dos trabalhadores do ch o de f brica que me concederam entrevista e ele me compartilhou sobre sua admiss o e seus primeiros anos na empresa para ele acontece conforme eu havia experienciado naquele dia que relatei e os trabalhadores quando admitidos na f brica iniciam como verdadeiros membros da fam lia s o atenciosos esfor ados pro ativos empenhados e incorporam rapidamente a cultura da colabora o Em an lise a filosofia da empresa e o tratamento dos superiores somados possibilidade de ascens o prometida para os empenhados se encarregam de moldar colaboradores comprometidos com a empresa 76 Segundo os trabalhadores que entrevistei nem todo
198. r esses ritos ele n o se utilizou de quantifica es Goldengerg 2007 trata em um cap tulo sobre a integra o entre metodologia quantitativa e metodologia qualitativa afirma que essa integra o possa ser a melhor forma de se realizar uma pesquisa porque minimiza as poss veis falhas ou erros na pesquisa Em busca de uma situa o ideal ela tem raz o se voc fundamentar de alguma maneira quantitativamente o que voc quer para depois proceder a an lise qualitativa isso seria correto Mas se voc pegar os trabalhos mais geniais da sociologia como a Etica 29 protestante e o esp rito do capitalismo de Weber 2004 n o encontrar nada de quantitativo totalmente qualitativo No pr prio Marx em O Capital existem poucas estat sticas e revolucionou a economia a ci ncia pol tica a sociologia sem usar tantas tabelas Claro que tinha quantidades de produtos para analisar os fluxos de crescimentos como por exemplo na passagem da manufatura para a ind stria que significa um aumento e um incremento na produ o na transi o de uma para a outra aumentou o n vel de produtividade diminuiu os custos e reduziu a for a de trabalho envolvida nisso H v rios exemplos de pesquisas fundamentais da sociologia e at na pr pria forma o da teoria sociol gica que n o passaram por quantifica es S o grandes hip teses ou grandes formula es te ricas O pr prio Durkheim foi o que mais se utilizou de quantifica
199. r todo o lote daquele produto com defeito o segundo de informar ao fornecedor sobre a pe a com defeito atrav s de gr ficos e relat rios minuciosamente detalhados E o fornecedor ter que prestar contas da pe a com defeito e explicar o motivo que levou o envio da pe a defeituosa como e quando o problema 118 aconteceu O fornecedor ter tamb m que mostrar Honda a origem do problema e sua solu o assim como garantir que o mesmo problema n o volte mais a acontecer Um caso como esse aconteceu em uma das empresas fornecedoras que estudamos e os supervisores daquela empresa informaram todos os procedimentos que tiveram que tomar a respeito do problema Os mesmos afirmaram sobre o rigor imposto pela contratante sobre o n vel de qualidade dos produtos alegando o fato de que todas as pe as fornecidas se enviadas com defeitos podem provocar n o apenas o mal funcionamento do produto final mas tamb m p r a vida de um determinado consumidor em risco A empresa Moto Honda da Amaz nia LTDA afirma recompensar simbolicamente seus fornecedores pela qualidade de seus servi os e produtos atrav s de eventos e outros Um desses eventos realizado todos os anos pelo programa de melhoria desenvolvido pela Honda conhecido como NHCS New Honda Circle Supplier o qual ser abordado mais detalhadamente frente Na tentativa de estreitar a rela o entre cliente fornecedor e melhorar a qualidade e capacidade de produ o atrav s de troca
200. ra dos fornecedores Os contratos entre Honda e seus fornecedores em Manaus tamb m tem sido realizados pela necessidade de desverticalizar a produ o industrial da empresa contratante uma vez que esta empresa se utiliza de todo seu espa o fabril para produzir sendo uma das empresas mais verticalizadas instaladas na Zona Franca de Manaus Relacionando os processos de subcontrata o japonesa apontados por Coriat 1994 com a rela o entre a empresa Honda em Manaus e seus fornecedores locais podemos observar que a natureza da rela o entre estas empresas similar aos apontamentos daquele autor pois de acordo com informa es coletadas na empresa Honda durante a pesquisa a inten o da Honda consolidar parcerias que atendam suas necessidades de fornecimento de produtos com alta qualidade e confiabilidade da produ o Para que a consolida o entre estas parcerias de fato ocorra a Moto Honda da Amaz nia solicita ao fornecedor um padr o elevado de qualidade sobre os produtos a serem fornecidos comprometimento com os prazos de entrega nas horas determinadas e negocia o a um pre o justo 116 A transa o inicial com os fornecedores pode ocorrer atrav s de um convite da contratante ao fornecedor e tamb m a empresa Honda contratante pode ser contatada pela fornecedora a fim de firmarem poss veis parcerias Ap s o primeiro contato as negocia es entre Honda e fornecedor passam por um processo de supervis o Ini
201. rafuso E algu m at erroneamente pode pensar assim esse cara ta aqui porque s sabe apertar parafuso Negativo o cara tem N s ene s habilidades que n o d pra escrever na testa eu sou bom nisso sou bom naquilo n o d Ent o o que acontece O programa de CCQ que o 102 programa nosso NHC quando as equipes s o formadas e eles v o mudar uma situa o um tema por exemplo um tema aumentar a efici ncia produtiva no processo A o processo A ta ruin de vez em quando a linha para os caras v o fazer algo pra mudar aquilo Pra produzir mais com menos E a tem as etapas de apresenta o destes trabalhos quando eles v o mostrar eles mostram isso pra quem Existe uma banca que s o os jurados Estes jurados s o os chefes dos setores ent o quando come am a mostrar come a a despertar o interesse da chefia Poxa o trabalho desses caras interessante o problema que eles est o abordando um problema s rio aqui na empresa quando chega l na final quem est na banca s o o gerente geral o diretor da empresa os administradores do Jap o e quando mostrado o resultado o m rito da F equipe e quem a equipe Jos Ant nio Raimundo e o qu que o gerente da empresa diria Esses caras s o bons Eles mudaram uma situa o Instrutor C Arquivo pesquisa de campo 2010 Dessa forma para a empresa o programa NHC passa a ser esse gerador de oportunidades dando a possibilidade do
202. re o tema a ser escolhido Diante dos temas abordados nestes trabalhos que discuto observei que os colaboradores tentam associar uma poss vel redu o de despesas a uma melhoria de 113 qualidade das condi es de trabalho dos pr prios colaboradores Sendo assim compreendo que o desenvolvimento de trabalhos NHC pode trazer melhorias especificamente para a empresa como tamb m podem contribuir para a melhoria da empresa e do colaborador conjuntamente O beneficiado com a execu o destes CCQ s nos parece ser determinado pela vis o e ast cia dos colaboradores que podem at mesmo se motivarem a formar um grupo NHC pelo est mulo gerado por qualquer insatisfa o relacionada ao desenvolvimento de sua fun o se assim tiverem interesse Conforme havia mencionado a Colabora o para dentro constitu da pelos c rculos de controle de qualidade desenvolvidos pela empresa neste caso o New Honda Circle um deles o outro conhecido como New Honda Circle Supplier NHCS este ltimo coordenado pela Honda para ser executado pelas fornecedoras Cabe agora realizar uma abordagem sobre o mesmo juntamente com uma breve discuss o sobre as rela es de trabalho em termos de subcontrata o por f bricas japonesas como o caso em quest o 4 2 Inova es japonesas e a colabora o em Rede de Produ o Segundo Souza 1993 apud Castro 2000 a subcontrata o categoria inter
203. relacionados ON produ o e redu o de lucros pois isso o que realmente interessa para a empresa e exatamente isso que atrai a aten o da lideran a e traz visibilidade para os trabalhadores 13 Durante uma entrevista com um trabalhador da empresa atualmente com cargo de chefia o mesmo confirmou ser poss vel pensar em melhorias de todas as sortes dentro da empresa Para ele as melhorias podem ser diretamente referente qualidade do trabalho ou sobre seguran a do trabalhador ergonomia ou outros temas pensados pelo pr prio trabalhador mas o que de fato ocorre com mais frequ ncia s o projetos elaborados por colaboradores em que o plano de melhoria sugest o ou contribui o dos mesmos focam especificamente para a redu o de custos da produ o Conforme o entrevistado o que basicamente leva um grupo de trabalhadores a ser premiado com viagens para outras plantas da empresa no exterior Jap o s o colabora es em que o grupo de trabalhadores consegue reduzir drasticamente o desperd cio de materiais retirar processos desnecess rios da produ o ou qualquer outra coisa que seja respons vel por economizar grandes quantias antes perdidas N o vou te falar a quantia em dinheiro economizada anualmente mas recentemente um grupo de colaboradores desenvolveu um projeto de melhoria em um processo do setor de pintura onde um excesso de tinta que utilizamos no processo prejudicava o andam
204. resa at o momento de sua pesquisa possu a 20 empresas em sua rede de fornecedores Atualmente tal rede de fornecedores composta por 32 empresas apresentadas de acordo com dados do sistema de informa es da SUFRAMA perfil de empresas no anexo deste trabalho A tabela apresentada em anexo al m de nos permitir ter uma breve visualiza o sobre as empresas que comp em a rede de fornecedores da Honda em Manaus tamb m nos auxilia no conhecimento sobre o campo de atua o das mesmas Conforme registrado no site oficial da Superintend ncia da Zona Franca de Manaus SUFRAMA no setor de perfil das empresas o grupo de fornecedoras listadas na tabela composto por empresas de variados subsetores industrias instalados na Zona Franca de Manaus De acordo com as categorias utilizadas pela SUFRAMA o quadro de fornecedores da Moto Honda da Amaz nia est composto por uma empresa do subsetor de produtos qu micos e farmac uticos uma empresa do subsetor editorial e gr fico quatro empresas do subsetor de produtos de mat rias pl sticas seis empresas do subsetor mec nico nove empresas do subsetor de materiais de transporte do p lo de duas rodas e onze empresas do subsetor metal rgico totalizando ao todo trinta e duas empresas fornecedoras locais de origens nacionais e estrangeiras As empresas estrangeiras de origem japonesa s o denominadas pela Honda como empresas Nissei Dentre as 32 empresas do grupo de fornecedores locais Honda em
205. riou o Honda Tecnical Research Institute na cidade de Hamamatsu onde desenvolveu seu primeiro projeto Este foi um motor para bicicletas Pouco depois iniciou em 1947 a produ o de motores tipo A motor de dois tempos para bicicleta No ano seguinte fundou a empresa Honda No in cio da d cada de 1950 a Honda ganhou uma filial na cidade de T quio Jap o que em 1952 passou a ser a matriz da Honda Motor Co Ltd Ainda no decorrer desta d cada a Honda ganhou outras duas novas f bricas no Jap o e em 1959 a empresa Honda chegou aos Estados Unidos Foi a American Honda Motor dos Estados Unidos A Honda Motor iniciou a d cada de 60 em grande estilo inaugurando a maior f brica de duas rodas do mundo em Suzuka perto de Nagoya Honda 1997 p 22 Nessa d cada houve uma grande expans o desta empresa japonesa para fora de seu pa s de origem Em 1961 se expandiu para a Europa onde estabeleceu a European Honda G M B H em Hamburgo Alemanha Essa expans o continuou depois para a Austr lia e Canad em 1969 Brasil e M xico em 1971 Indon sia em 1973 Peru em 1974 Honda 1997 p 24 3 1 1 A f brica Honda no Brasil No ano de 1971 foi constitu da na cidade de S o Paulo a Honda Motor do Brasil Ltda tendo como fun o importar e distribuir os produtos da empresa no territ rio 58 brasileiro O in cio da primeira fase dessas importa es ocorreu em 1973 No ano seguinte preocupada com as restri es aos importados
206. rx naqueles v deos fui percebendo um pouco mais sobre suas ang stias que em minha interpreta o acabaram por gerar seus motivos Sua passagem pela academia sua tentativa de ingressar no campo do ensino sua migra o se que posso dizer assim para o campo do jornalismo os golpes que sofreu pelo governo de Bismark trai es de seus pr prios pares no jornalismo os ex lios sofridos suas fugas for adas para outros pa ses certamente devem ter produzidos em Marx um desejo de compreender a configura o do cen rio em que ele estava inserido despertando tamb m seu interesse pela ideologia dominante em seu tempo assim como as lutas existentes entre classes Em A Ideologia Alem de Marx e Engels 1986 pude observar a forte preocupa o destes autores com a condi o dos trabalhadores submetidos ao processo de produ o capitalista N o dif cil identificar o pensamento de Marx quanto a vontade de ver os homens realizarem uma esp cie de trabalho livre em que o homem pudesse acordar e realizar a atividade que lhe desse prazer no momento em que lhe fosse conveniente controlando assim seu pr prio tempo e sua pr pria for a de trabalho Noto que as reflex es e a es de Marx eram movidas pelas inquieta es que o mesmo sentia diante dos fatos que o cercavam Confesso que esta minha interpreta o possa estar errada No entanto arrisco me a afirmar que assim como as inquieta es que moviam o pensar e o agir
207. s murais e quadros de avisos Garvin 1992 p 239 Neste sentido a filosofia da empresa estudada tamb m tem servido de grande base para sustenta o de um perfeito desempenho da mesma A Filosofia Honda conforme conhecida para a empresa segundo consta no livreto de bolso Filosofia Honda publicado pela Honda Motor Co Ltda em 1998 o legado mais valioso deixado pelos fundadores Soichiro Honda e Takeo Fuj isawa Na MHA esta filosofia transmitida a todos os seus colaboradores diretamente atrav s do curso denominado Filosofia Honda ministrado no Centro de Treinamento pelos instrutores da pr pria empresa No ato da conclus o do curso os colaboradores recebem um livreto de bolso e um caderno sobre a filosofia Trecho retirado da introdu o do livro de bolso Filosofia Honda que mais precisamente informa A for a motriz por tr s do crescimento da Honda foi a lideran a de seus fundadores Soichiro Honda e Takeo Fujisawa O legado mais valioso que nossos fundadores deram para nossa companhia a filosofia A filosofia Honda continuar a servir como base de nossas a es comerciais e decis es di rias para todas as empresas e colaboradores do grupo Honda 69 Para a Honda a compreens o respeito e compartilhamento de sua filosofia por parte de todos os seus colaboradores s o de fundamental import ncia devendo tal filosofia n o se limitar a palavras mas sim em a o no intuito
208. s o importantes para compreender uma realidade Tem momentos em que a empiria necess ria e n o significa que voc est sendo positivista A destreza unir os dados emp ricos quantitativos como os m todos qualitativos quando isso for necess rio Ao examinarmos as grandes obras da sociologia por exemplo Durkheim 1996 mesmo em As formas elementares da vida religiosa percebemos n o tem estat stica Ele se baseou em fontes secund rias ele nunca foi entre os abor genes australianos Naquele trabalho ele est se utilizando sobretudo dados de sociedades pr capitalistas ou portanto atrav s de leituras Muitas vezes essas informa es n o tinham quantifica es Ent o ele vai criando quadros para mostrar por exemplo a diferen a entre cren a e rito e descobre que todas essas religi es que os outros estudaram e onde ele se baseia para fazer o livro dele possuem ritos que s o formas de se manter aquela religi o pelo tempo ou seja se n o existe rito onde as pessoas se re nem para rezar orar etc fica dif cil manter a continuidade daquela cren a Ent o uma das descobertas que n o foi s dele mas ele deu muita for a a isso a da rela o entre ritos e cren as O rito como uma necessidade como por exemplo de uma pessoa ir missa todos os domingos o catolicismo prega isso voc tem que ir a missa tem que se comungar tem que se confessar tem o seu confessor Enfim tem esse conjunto de ritos e para estuda
209. s mesmos para planejar discutir e desenvolver os projetos do CCQ coordenado pela empresa contratante A cada participa o os grupos de NHCS da empresa formados somente por profissionais do CQ implantam por ano entre uma a cinco sugest es de melhorias propostas pelo grupo de New Honda Circle Supplier At o presente ano nenhum dos trabalhadores que realizaram trabalhos de NHCS foram recompensados pela Honda ou 123 pela pr pria empresa fornecedora Assim tamb m como a Moto Honda da Amaz nia LTDA ainda n o deu nenhuma recompensa a este fornecedor pela qualidade de seus produtos e servi os A A os da Amaz nia LTDA al m de desenvolver o CCQ coordenado pela Honda tamb m utiliza outras pr ticas de gest o contidas no modelo japon s de produ o e organiza o do trabalho como Treinamento no Trabalho on the job Sistema de Sugest o just in time Kanban Oper rios polivalentes e um C rculo de Controle de Qualidade pr prio da empresa A segunda empresa estudada a SUMIDENSO DO BRASIL IND STRIAS EL TRICAS LTDA uma empresa multinacional de proced ncia japonesa pertencendo ao grupo Sumitomo Wiring Systems LTD um dos maiores fabricantes do mundo de Wiring Systems chicotes el tricos para o setor automobil stico De acordo com o site oficial da Sumidenso o grupo Sumitomo Wiring Systems LTDA possui empresas em v rios pa ses tais como China Mal sia Indon sia Filipinas Europa e EUA A Sumidenso do Brasil
210. s os que possuem cargo de chefia na empresa s o bons l deres que tenham habilidade no tratamento com os demais mas isso uma exig ncia para quem pleiteia tais cargos Segundo um dos entrevistados j houve casos em que chefes passaram por processo de acompanhamento e avalia o para decidirem se continuaria na empresa ap s receberem reclama es de outros colaboradores sobre falta de trato com os mesmos A pr tica de gest o da empresa repousa sobre os princ pios que se encontram inseridos na filosofia da mesma Filosofia esta implantada pelo fundador da empresa o Senhor Soichiro Honda A filosofia Honda visa primordialmente o respeito ao indiv duo e esse respeito se d no momento das rela es pessoais entre lideres e liderados chefes e colaboradores em todos os setores O respeito ao indiv duo tem grande import ncia devido ao fato de cada colaborador saber mais do que ningu m sobre o seu posto de trabalho assim como tamb m sobre cada passo da fun o de sua responsabilidade Esse fato torna obrigatoriamente necess rio a participa o do colaborador para a solu o de eventuais problemas provenientes de qualquer setor de trabalho na empresa Sendo assim o respeito ao indiv duo fundamental pois o colaborador acaba sendo uma pe a muito importante no processo de produ o e qualidade dos produtos da empresa Neste sentido promover um ambiente agrad vel ao colaborador
211. se sociol gico Cabe ressaltar que a sociologia se desenvolveu a partir dos processos de industrializa o e produ o capitalista e que uma das maiores preocupa es da sociologia do trabalho repousa na rela o capital trabalho assim como nas formas de explora o dos trabalhadores e a acumula o do capital Acredito que esta discuss o ainda n o perdeu seu sentido apenas necessita ser mais bem examinada devido a sutiliza com a qual hoje o capital explora e acumula atrav s de estrat gias reelaboradas das pr ticas de gest o e de produ o E para examinar tais sutilezas conduzidas pelas rela es capitalistas necess ria uma investiga o que possa n o explicar mas de in cio trazer compreens o o que me proponho a conhecer o trabalho reconfigurado como colabora o Especificamente meus objetivos foram a Identificar as ferramentas bases utilizadas para a forma o de uma cultura da colabora o na empresa Moto Honda da Amaz nia Ltda MHA junto aos seus trabalhadores e fornecedores b Investigar como as bases da colabora o s o alicer adas na empresa MHA em seus trabalhadores e fornecedores c Identificar e analisar a colabora o exercida pelos colaboradores na MHA Tais colaboradores s o assim identificados pelo seu pr prio empregador que os direciona a serem trabalhadores cujo comportamento est associado a uma postura de 13 coopera o com a empresa basead
212. sos de absente smo falta de trabalhador O Grupo A alegou que somente a terceira proposta resolveria o problema apontando que permitiria uma perfeita execu o do processo com a m xima efici ncia adaptando o processo ao colaborador e permitindo poss veis revezamentos Grupo B Este grupo foi composto por quatro colaboradoras uma l der uma apresentadora e duas para dar apoio Receberam o aux lio de um orientador O tema escolhido por este grupo foi Melhorar a efici ncia no processo de submontagem da tampa lateral esquerda do modelo KGA Trabalho realizado no ano de 2007 entre os meses de fevereiro a setembro 109 O diagrama de Ishikawa exposto no in cio da apresenta o deste grupo aponta que o motivo da escolha do tema esteve apoiado sobre poss veis problemas relacionados qualidade custos e meio ambiente A realidade do problema que elas estavam considerando fazia referencia ao tempo do processo de submontagem a qual elas estavam envolvidas tampa lateral esquerda do modelo KGA O grupo alegava que devido ao problema as colaboradoras encontravam dificuldade para realizar o processo em tempo h bil necessitando constantemente da ajuda de colaborador reserva Para o Grupo B o ideal seria reduzir o tempo do processo em 18 a fim de dar condi es para o colaborador executar o processo com qualidade Sendo assim fazia se necess rio primeiro mostrar o porqu do tempo de execu o do
213. ss vel pensar o trabalho na ind stria atualmente como trabalho sem sal rio Penso que como se o trabalhador multiplicasse sua contribui o e seu esfor o sem ser duplamente recompensado Uma nova forma de extra o de mais valia ou seja uma nova forma de explora o Para possibilitar um maior entendimento sobre essa evolu o no trabalho industrial suas transforma es organizacionais e produtivas apresentarei no pr ximo t pico um itiner rio dessas metamorfoses arriscando me a conceitu las de sil pse do trabalho 2 1 A sil pse do trabalho metamorfoses da organiza o industrial Em concord ncia com a contraposi o ideia do fim do trabalho e de sua centralidade como categoria chave para a compreens o dos problemas correntes na atualidade prosseguiremos a explana o sobre os processos de transforma o do trabalho assim como para as estrat gias de reorganiza o da produ o concernente ao trabalho no mbito da ind stria Neste sentido me arrisco aqui a introduzir o que denomino a Silepse do trabalho Esta denomina o certamente necessitar ainda ser melhor teorizada por m me utilizarei dela para reafirmarmos a tese discutida no Brasil por Antunes 2005 de que o trabalho est longe de ter um fim e que t o pouco mudou de dire o simplesmente mudou suas formas de acumula o est seguindo o sentido dado pelo capital Minha inten o mostrar que esta discuss o ainda
214. strito Industrial CEP 69 075 010 INICIO DAS ATIVIDADES Janeiro de 2007 AREA CONSTRUIDA AREA DO TERRENO M O DE OBRA 224 INVEST FIXO US 2 595 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 48192000 CAIXAS E CARTONAGEM DOBR VEIS DE PAPEL E PAPEL O 49111010 MANUAL T CNICO IMPRESSO 49111090 IMPRESSO PUBLICIT RIO E CAT LOGO COMERCIAL 49019900 LIVRO 49119900 CAPA E CONTRACAPA PARA CD INSC CNPJ 84 657 907 0001 18 INSC SUF 20 0785 01 0 SITUA O PRODUZINDO EMPRESA DENSO INDUSTRIAL DA AMAZ NIA LTDA CIDADE Manaus END Av Buriti 3 600 Distrito Industrial CEP 69 075 000 INICIO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS Agosto de 1994 AREA CONSTRUIDA 1 000 m2 REA DO TERRENO 1 000m2 M O DE OBRA 500 INVEST FIXO US 15 883 000 NCM DESCRI O SEGUNDO O C DIGO DO PRODUTO TABELA PADR O 84148031 COMPRESSOR PARA CONDICIONADOR DE AR de pist o standard 84119000 ESTATOR PARA GERADOR ALTERNADOR PARA CICLOMOTORES standard 84158210 CONDICIONADOR DE AR PARA CAMINH ES E UTILIT RIOS com capacidade inferior ou igual a 30 000 85115010 DINAMOS E ALTERNADORES P MOTOR EXPLOSAO DIESEL 85115090 GERADOR ALTERNADOR D NAMO PARA CICLOMOTOR alternador componente 85118020 REGULADOR DE VOLTAGEM PARA MOTOR DE COMB por explos o para ve culo de duas rodas 85118090 DISPOSITIVO DE IGNI O POR DESCARGA standard para ve culo de duas rodas 85119000 ROTOR PARA GERADOR ALTERNADOR PARA CICLOMOTORES standard 90328925 UNIDADE
215. tar seu processo de acumula o por meio de novas formas de explora o da for a de trabalho nossa abordagem esteve focalizada nos seguintes aspectos a Identificar as ferramentas bases utilizadas para a forma o de uma cultura da colabora o na empresa Moto Honda da Amaz nia Ltda MHA junto aos seus trabalhadores e fornecedores b Investigar como os fundamentos ideol gicos s o justificados e fundamentados no que se denomina colabora o ou seja como eles s o alicer adas na empresa MHA em seus trabalhadores e fornecedores c Identificar e analisar como na pr tica a colabora o exercida pelos colaboradores na empresa Palavras chave Trabalho acumula o capitalista reorganiza o da produ o colabora o ABSTRACT This paper seeks to provide a critical approach about the reconfiguration of work in the organization of industrial production Besides discuss the studies concerning the technical and managerial innovations that reshape the organization of work and the relationship between company worker our goal is to understand the meanings of work reconfigured as collaboration To this end we propose an analysis of these reconfigurations from a study of the collaborators Honda Manaus workers of Japanese motorcycle company Moto Honda da Amaz nia LTDA In order to reveal the subtleties that capital use to sustain the process of accumulation through new forms of exploitation of th
216. te rela o de fornecimento com a Moto Honda da Amaz nia LTDA a empresa formou seu primeiro grupo de CCQ coordenado pela Honda o New Honda Circle Supplier NHCS somente na d cima sexta edi o do programa logo ap s receber convite da contratante para participa o em 2010 As sugest es feitas pela empresa contratante e a possibilidade de conseguir transfer ncias de informa o entre cliente e fornecedor foram apontadas por esta empresa como os maiores motivos que a levaram a come ar a formar grupos e participar do NHCS Desde o primeiro ano de participa o a A os da Amaz nia LTDA formou em m dia de 1 a 5 grupos para participar do NHCS com n mero de cinco a dez trabalhadores envolvidos neste programa por ano Trabalhadores estes que em alguns casos recebem treinamento para o desenvolvimento deste CCQ nas depend ncias da empresa contratante Honda em Manaus e em outros casos a Honda envia uma equipe t cnica empresa fornecedora a fim de treinar os participantes do NHCS A forma mais fregiiente de treinamento recebido para este fim atrav s do envio de informa es por escrito Na A os da Amaz nia LTDA a escolha do tema a ser tratado no NHCS fica crit rio de cada grupo que por sua vez costumam abordar com mais frequ ncia temas sobre qualidade redu o de custos e redu o de tempo de produ o De acordo com a empresa os trabalhadores envolvidos com o NHCS se re nem uma vez por semana conforme a agenda do
217. tes c rculos de controle de qualidade por causa da condi o de pesada de trabalho representada com o planejamento e desenvolvimento de um trabalho como este No entanto ele e todos os membros da equipe participante daquele projeto sempre voltam a elaborar novos projetos NHC segundo ele isso acontece porque a cobran a sobre isso muito grande e maior ainda para quem desempenha um cargo de lideran a O Colaborador C tamb m explicou sobre sua vontade de n o mais realizar estes tipos de projetos Ele afirmou ter planejado n o mais participar dos NHC mas quando chega no per odo das inscri es para forma es de grupos NHC os chefes de setores insistem at a pessoa se inscrever Esta insist ncia acontece algumas vezes de formas apelativas quando os chefes pedem para o colaborador participar do programa e come a a dizer que necess rio colaborar vamos participar Isso importante mas na verdade o que ocorre que os pr prios chefes e supervisores j est o sendo pressionados para atingir a meta de grupos formados e se poucos grupos estiverem sendo formados no setor aquele chefe respons vel pelo mesmo fica com a corda no pesco o e come a a fazer o poss vel para que os colaboradores participem Agora como explicar que a participa o em um programa como este espont nea e volunt ria 100 Para uma maior compreens o sobre as etapas de desenvolvimento destes C rculos s
218. time JTT os C rculos de Controle de Qualidade CCQ Controle de Qualidade Total TQC e outros No Brasil as pr ticas de gest o contidas no modelo japon s de organiza o e trabalho come aram a ser implantadas no in cio da d cada de 70 Roberto Ruas 1993 Jos Antunes 1993 e Maria Roese 1993 comentam a experi ncia da implanta o de t cnicas japonesas como o JIT na organiza o do trabalho em tr s empresas do setor metal mec nico do Rio Grande do Sul no in cio dos anos 70 Outra pr tica de gest o deste modelo introduzida nesta d cada foi o CCQ que come ou a ganhar mais notoriedade na d cada de 80 Conforme Ferro 1997 j na d cada de 70 come aram a surgir as associa es de CCQ com o objetivo de promover o interc mbio de informa es criou se nos anos 80 a Uni o Brasileira de C rculos de Controle de Qualidade UBCCQ A experi ncia brasileira com os CCQs teve in cio na ind stria automobil stica sediada em S o Paulo na d cada de 1980 Freyssenet e Hirata 1985 relatam as resist ncias postas pelos trabalhadores do ABC paulista que apelidaram os CCQs de Como o Chefe Quer ou ainda Come Quieto e Calado Roberto Ferro 1997 realizou uma pesquisa sobre a evolu o dos CCQ s nas empresas localizadas em sua grande maioria nos estados de S o Paulo Minas Gerais Santa Catarina inseridas nos setores de metal mec nico eletro eletr nico servi os qu mica e outros Ferro 1997 comenta que dura
219. timento tempo e instru o Ser esta a tend ncia de forma o dos novos trabalhadores Esta ser a futura ou a presente condi o do trabalho O que est evidente o fato de que a colabora o j 131 uma predisposi o desejada por empresas aos seus trabalhadores ou posso dizer colaboradores 132 REFER NCIAS ANDRADE Allison Santos de VALLE M LM A difus o do Modelo japon s na ind stria de ve culos sobre duas rodas da Zona Franca de Manaus c rculos de controle de qualidade na rede de fornecedores da Moto Honda da Amaz nia LTDA Relat rio de pesquisa UFAM Manaus 2011 ANDRADE Allison Santos de VALLE M LM Modelo japon s e pr ticas de gest o na ind stria de ve culos sobre duas rodas da Zona Franca de Manaus Relat rio de pesquisa UFAM Manaus 2010 ARA JO FILHO Guajarino de Coopera o Entre Empresas no P lo Industrial de Manaus Tese de doutorado COOPE UFRJ Rio de janeiro 2005 BOURDIEU Pierre Introdu o a uma sociologia reflexiva In BOURDIEU Pierre O poder simb lico Trad Fernando Tomaz 10 ed Rio de Janeiro Editora Bertrand 2007 A economia das trocas simb licas 5 ed S o Paulo Perspectiva 1998 361 p Cole o estudos Ci ncias sociais 20 CAVARANTES GR Panno CC Kloeckner MC Administra o teorias e processos S o Paulo SP Pearson Prentice Hall 2005 CORIAT B El taller y el cronometro Ensayo sobre el taylorismo
220. totalizam um terreno de 661 000 m e um total de 193 000 m de rea coberta Consta ainda na disserta o deste pesquisador que nesta empresa da Honda em Manaus a produ o e venda de motocicletas feita na HDA a fabrica o de pe as para motocicletas est reservado HCA e na HTA encontra se a parte de ferramentas e produtos de for a Z Na HDA esse processo dividido em produ o de motor que subdividido em fundi o acess rios de usinagem fundi o e manuten o de grupo de motor Produ o de chassi que est classificado em estamparia e solda de tanque solda de chassis inje o pl stica e pintura de ABS pintura de alum nio de tanque pintura do SPC linhas de montagem acess rio de produ o de chassi submontagem de assento e manuten o do grupo do chassi Na HTA s o feitos o controle suporte e ferramental E na HCA ocorrem os processos de estamparia e solda 66 polimento e galvanoplastia pintura de escapamento e montagem de roda Melo 2010 p 27 As informa es obtidas durante a pesquisa feita para a produ o deste trabalho apontam a exist ncia de um pequeno espa o na empresa ver mapa 3 reservado ao treinamento de pessoal que conta de acordo com o que foi visto com algumas salas para ensino e treinamento de diversos cursos oferecidos pela empresa e ministrados por uma equipe de funcion rios da mesma Tais funcion rios possuem longa experi ncia de atua o dentro da MHA te
221. ue a empresa lucra com a produ o dos projetos dos colaboradores no NHC e os colaboradores por sua vez passam a ter suas oportunidades ampliadas O programa acaba funcionando como um gerador de oportunidades tanto para a empresa quanto para o colaborador A empresa diminui custos melhora a qualidade de seus produtos e os colaboradores ganham maior visibilidade dentro da empresa O Instrutor C respons vel pelo ensino do Curso J Juniors da empresa argumenta Esse aprendizado todo fica com a pessoa e quem usufrui disso Ambos empregado e empresa Porque a empresa ela come a a colher resultados disso E o funcion rio o empregado Ele come a a adquirir conhecimentos t cnicos e habilidades pra aplicar isso no dia a dia para poder desempenhar bem o seu trabalho e ai com isso mostrar tamb m a sua capacidade INSTRUTOR C Arquivo pesquisa de campo 2010 Este instrutor aponta um exemplo de como o colaborador consegue mostrar sua capacidade e outras habilidades que n o sejam a de seu trabalho rotineiro na f brica em uma empresa com um quadro de funcion rio muito grande Ele explica P4 imagina voc numa empresa que tem mais ou menos dez mil funcion rios voc passa e v ai uma popula o trabalhando dif cil voc olhar e dizer aquele cara al deve ser bom nisso isso naquilo e aquilo ali n o tem como Voc passa l na linha e v o cara apertando pa
222. urante o decorrer das d cadas de 80 e 90 a Moto Honda da Amaz nia atingida pela crise do petr leo que teve seu auge no in cio dos anos 80 ingressou em um per odo de reestrutura o em sua produ o e gest o Buscando alternativas crescente subida internacional no pre o dos combust veis a Moto Honda da Amaz nia lan ou a primeira motocicleta movida a lcool do mundo em 1981 No entanto com a queda do Produto Interno Bruto PIB brasileiro em 1983 o aumento da infla o e o aumento do ndice da taxa de desemprego o consumo de motocicletas no mercado brasileiro come ou a apresentar uma acentuada queda Uma das medidas tomadas pela empresa para reanimar o crescimento da produ o e vendas foi o estabelecimento de uma filial da Moto Honda da Amaz nia em S o Paulo no ano de 1985 Esta filial em S o Paulo ajudou a reduzir algumas despesas administrativas e tamb m custos fiscais pois dentre as responsabilidades que lhe foi atribu da destacavam se Opera es de planejamento mercadol gico comercializa o de produtos acabados e pe as de reposi o servi os p s vendas log stica desenvolvimento de produto suprimento de componentes comunica o e informatiza o Honda 1997 p 66 63 Outras medidas adotadas pela empresa como alternativas crise econ mica brasileira foi a cria o do Cons rcio Nacional Honda CNH em 1981 o in cio das exporta es para outros pa ses do continente americano fr
223. z nica devido localiza o da regi o a dist ncia dos outros centros industriais do pa s e a situa o da infra estrutura prec ria existente nesse per odo Muylaert comenta ainda sobre os motivos que levaram Moto Honda a se tornar a empresa mais verticalizada entre as in meras empresas do grupo espalhadas pelo mundo Ele afirma que esse fato se deu ao pouco interesse e tradi o na fabrica o de pe as de motocicletas devido dist ncia da localiza o desta empresa e ao pouco volume de pe as 62 pedidas o que dificultava a empresa a estabelecer contatos com fornecedores do mercado interno Este impasse levou a Honda a investir em poss veis transfer ncias de tecnologia Japonesa para o Brasil Ao mesmo tempo em que conseguia parcerias com fornecedores nacionais tentava atrair seus antigos fornecedores japoneses como o caso da Showa f brica de amortecedores No entanto ainda existiam muitas dificuldades em encontrar fornecedores nacionais que dispusessem de boa tecnologia para fabricar pe as sofisticadas uma vez que a Honda desde cedo visava um alto padr o de qualidade para seus produtos por essa raz o se viu obrigada a ter que come ar a produzir suas pr prias pe as como assentos tanque de gasolina cabe otes aros e outros motivando a constitui o da Honda Componentes da Amaz nia Ltda no ano de 1985 Honda 1997 3 1 3 As etapas do desenvolvimento e consolida o da Moto Honda da Amaz nia D
224. zado na figura a seguir 97 Figura 5 PRODU O QUALRADE CUSTOS PLANO PROD NESAPROVA O GER BV BETRABALHOS DISPOSITIVO MAQUINA TREINAMENTO oenm READ Fonte Pesquisa de 011 Modelo dexfiliza o do Diagrama de Ishik wa no NHC A recomenda o da empresa sobre a escolha do tema repousa sobre quatro pontos Dar prefer ncias para a rea de atua o do grupo na empresa para n o ter grandes dificuldades quanto ao desenvolvimento do trabalho Ser um bom observador para investigar identificar problemas e pontos de melhoria no intuito de elevar a qualidade Reduzir custos otimizar recursos melhorar o ambiente de trabalho trazer benef cios para o ambiente de trabalho simplificar os processos eliminar retrabalho e eliminar o desperd cio HONDA 2009 Outro ponto da recomenda o consiste em analisar e definir o tema considerando o grau de import ncia do problema levando em considera o a quest o econ mica envolvida no poss vel tema escolhido A ltima recomenda o para escrever o tema com clareza devendo este ser a resposta para a expectativa do grupo em rela o a determinado problema analisado pela equipe HONDA 2009 Para a pr pria conscientiza o e aprendizado do colaborador a Honda fornece um exemplo sobre a constru o do tema conforme podemos examinar na figura 6 que mostrar a partir de um tema indicado como os colaboradores podem construir um tema a ser trabalhado atrav
225. zidas e transportadas possuem tempos maiores para serem entregues podendo ser at de apenas uma vez por dia Todo esse planejamento em torno do tempo de entrega devido ao sistema de estoque zero utilizado pela Moto Honda da Amaz nia LTDA Esta empresa n o possui estoque dentro de seu espa o fabril conta apenas com as pe as diretamente enviadas pelo fornecedor que por sua vez possui seu armaz m de estoque com capacidade de at dois dias para evitar qualquer contratempo de entrega Caso o fornecedor descumpra o prazo de entrega ele ir sofrer penaliza es perder prest gio com a contratante e at mesmo diminui o de pedidos Nesta rela o cliente Honda fornecedor ambos s o respons veis pela qualidade dos produtos De acordo com as informa es coletadas na Honda atrav s de entrevistas com instrutores de treinamento supervisor de qualidade e supervisor do setor de compras a empresa Honda em Manaus para garantir alto padr o dos produtos fornecidos realiza um controle por amostragem e auditorias de qualidade junto s pe as fornecidas J o fornecedor realiza um controle de 100 sobre seus produtos aplica procedimentos de autocontrole como TQC Controle de Qualidade Total e tamb m realiza auditorias de qualidade em suas empresas Caso o fornecedor envie mercadorias com defeito ou deixe de enviar pe as toda a responsabilidade sobre o produto final ser do fornecedor O primeiro passo dado pela contratante ser de cancela

Dissertação - Allison Santos de Andrade - TEDE

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