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um processo de regeneração urbana - RUN

1. uma t cnica de colheita de dados frequentemente utilizada na investiga o associada aos paradigmas interpretativo e construtivista isto uma abordagem de investiga o que tenta compreender o sentido de um fen meno em estudo tal como percebido pelos participantes de uma investiga o e que utiliza para faz lo a din mica da co constru o de sentido que se estabelece entre o investigador e os participantes Savoie Zaje 2003 279 Deste modo situei me a um n vel interm dio deixando que o entrevistado organizasse e estruturasse o seu pensamento em torno do objecto perspectivado ou seja existiu um gui o de perguntas em torno de um objectivo definido no entanto o interlocutor discorreu livremente sobre essas quest es exprimindo as suas reflex es opini es e sentimentos revelando aquilo que pensa e n o pode ser observado e permitindo captar as perspectivas individuais a prop sito da regenera o urbana Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 18 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL II 2 Recolha de Dados De acordo com as t cnicas seleccionadas no ponto anterior relativamente pesquisa documental de fontes n o escritas realizei uma visita ao espa o em causa a ex Siderurgia Nacional guiada pelo representante da C mara Municipal do Seixal Dr Manuel Duran Clemente Coordenador da Divis o Administrativa do Urbanismo da C mara Municipa
2. Ofereceu se um bom n mero de casas acess veis Por m s uma pequena propor o dos residentes locais as queria comprar ou podia faz lo Giddens 2008 586 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 42 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Como tal h que equacionar a dota o de habita es a pre os protegidos na rea de interven o para a atrac o das componentes de todas as classes permitindo din micas habitacionais de qualidade e a pre os acess veis JII 4 4 Mobilidade O contexto para o desenvolvimento futuro das cidades est a mudar As tecnologias de informa o e comunica o permitem comunica es mundiais directas e imediatas A acessibilidade f sica progrediu imenso como consequ ncia da melhoria das infra estruturas nomeadamente no que diz respeito ao transporte de pessoas e bens sobre redes optimizadas e bem geridas que se estendem rapidamente Os sistemas tendem a funcionar com mais efic cia a custos reduzidos gerando novas solu es e novas formas e modelos urbanos Conselho Europeu de Urbanistas 2003 31 E de facto as frentes de gua foram sendo dotadas ao longo dos anos de importantes infra estruturas rodo e ferrovi rias de forma a complementar as comunica es fluviais e mar timas Com o afastamento das actividades industriais e portu rias grande parte destas infra estruturas tornaram se ob
3. A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 23 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Figura 3 Projecto Parque das Na es LISBOA Fonte www parqueexpo pt Apesar da dificuldade de encontrar uma defini o nica denota se uma unanimidade entre os diferentes autores ao afirmarem que mais do que meras transforma es do espa o f sico a regenera o urbana implica a exist ncia de um planeamento estrat gico e integrado de m dio e longo prazo em espa os outrora de extrema import ncia para o desenvolvimento do tecido econ mico da Regi o onde se inserem seja relativamente a actividades portu rias ou industriais Nas rela es vivenciais do Homem com o territ rio h sempre processos de planeamento os quais por sua vez influenciam o desenvolvimento dessas rela es Como tal o planeamento estrat gico um processo criativo que se baseia numa actua o integrada de longo prazo estabelece um sistema cont nuo de tomada de decis es identifica cursos de ac es espec ficos formula indicadores de monitoriza o sobre os resultados e envolve os agentes sociais e econ micos locais ao longo de todo o processo A implementa o de um processo de regenera o urbana implica a elabora o de um plano estrat gico em termos de ordenamento do territ rio definido de acordo
4. Actualmente os terrenos da Siderurgia Nacional ocupam uma rea de 536 hectares pertencentes Administra o e Gest o de Im veis e Presta o de Servi os S A SNESGES Urbind stria SN Longos e Lusosider A Administra o do Porto de Lisboa APL propriet ria de toda a faixa marginal do esteiro de Coina e de uma significativa rea localizada a norte do terreno Existem ainda outros propriet rios mas de menor import ncia e dimens o Figura 11 Vistas do Alto Forno Fonte C mara Municipal do Seixal Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 58 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Estes terrenos encontram se divididos em tr s zonas distintas Figura 12 Ocupa o do Territ rio Fonte C mara Municipal do Seixal mapa adaptado Zona corresponde a 117 8 hectares utilizados casuisticamente para o dep sito de materiais diversos Presentemente encontram se nesta zona alguns dep sitos de esc rias n o existindo compromissos em termos de ocupa o futura Zona B corresponde ao principal n cleo da Siderurgia ocupando 217 7 hectares Com a desactiva o do Alto Forno em 2010 e a altera o dos processos de produ o algumas reas ficaram devolutas sendo a maioria actualmente utilizada para dep sito de esc rias e cinzas imagem de degrada o urban stica e ambiental que associamos Siderurgia alia se a es
5. extens o do Metro Sul do Tejo ao territ rio da Margueira Equipamentos culturais e ou desportivos l dicos e escola secund ria C mara Municipal de Almada 3 Para as empreitadas foi assumida uma taxa de IVA reduzida de 5 para os projectos e fiscaliza o foi considerado a taxa de 20 17 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Equipamentos culturais e ou desportivos l dicos Outros equipamentos p blicos de utiliza o colectiva a definir SOCIEDADE GESTORA A interven o no territ rio da Margueira abrange investimentos que globalmente contribuem para a reconvers o urban stica daquele territ rio estimados entre 161 7 e 192 7 milh es de euros Os custos de estrutura e de gest o desta interven o foram estimados entre 8 e 11 5 milh es de euros Os encargos com a promo o da rea e capta o de actividades e clientes foram estimados em 18 8 milh es de euros Consideraram se como receitas geradas por esta interven o as que resultam da aliena o de lotes de terrenos infra estruturados para reas residenciais terci rias comerciais fluviais e ainda as provenientes da concess o da marina estimadas em 269 8 milh es de euros S ntese das estimativas de investimento e de custos C MARA MUNICIPAL DE ALMADA No mbito da interven o de reconvers o urban stica do territ rio da Margueira destacam se os investimentos da responsabilidade da C mara Municipal de Almada
6. o conceito de uma grande metr pole de duas margens centrada no Tejo Este constitui se como um grande desafio que se pretende atingir num horizonte temporal de cerca de duas d cadas exigindo uma enorme concentra o de esfor os e concerta o de interesses As interven es que se pretendem viabilizar nos territ rios objecto de interven o dever o constituir se como alavancas do processo de desenvolvimento e simultaneamente de conten o e coes o urbana de um territ rio que se estende pela margem esquerda dessa grande metr pole Estas opera es dever o pois reproduzir se noutros territ rios deste Arco designadamente entre os concelhos de Almada e de Alcochete tendo em vista promover a reestrutura o urban stica e a coes o territorial e favorecer a cria o de emprego qualificado num ambiente urbano de qualidade contribuindo para a gera o de uma metr pole com uma dimens o e um perfil funcional escala internacional A afirma o dos tr s territ rios como novas centralidades e refer ncias no espa o urbano com fun es relevantes escala do Arco Ribeirinho Sul e da rea Metropolitana a valoriza o da rela o com o rio Tejo afirmando o como elemento de refer ncia principal do Arco Ribeirinho Sul a reconvers o dos usos dominantes mantendo uma componente de actividade industrial e de log stica de nova gera o e refor ando os usos de habita o com rcio servi os e equipamentos a cri
7. o da presente tese Ao Dr Alfredo Monteiro Presidente da C mara Municipal do Seixal RESUMO UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL ANA PATR CIA DA SILVA OLIVEIRA PALAVRAS CHAVE regenera o urbana frentes de gua cidade reas industriais obsoletas Siderurgia Nacional Arco Ribeirinho Sul A presente disserta o de Mestrado versa sobre o tema da regenera o urbana abordando num primeiro momento as quest es te ricas que lhe est o inerentes atendendo s tend ncias internacionais que se verificaram ao longo do s culo XX Num segundo momento procura se analisar as ac es de interven o definidas para o espa o da ex Siderurgia Nacional localizado no Concelho do Seixal e que integra o Projecto do Arco Ribeirinho Sul para saber se as mesmas se enquadram num poss vel processo de regenera o urbana ABSTRACT AN URBAN REGENERATION PROCESS THE EX SIDERURGIA NACIONAL CASE ANA PATR CIA DA SILVA OLIVEIRA KEYWORDS urban regeneration waterfronts city obsolete industrial areas Siderurgia Nacional Arco Ribeirinho Sul The present Thesis deals with the theme of urban regeneration focusing at first the theoretical issues given the international trends that have occurred over the twentieth century Than examine the intervention actions identified for the space of the ex Siderurgia Nacional located in the Seixal Municipality and part of the project Arco Ribei
8. divertimento ou dos interlocutores Como tal a agrega o de escolhas residenciais ditadas por exig ncias m nimas em mat ria de vizinhan a pode engendrar processos em cadeia progressivos muito para al m do que teria bastado para satisfazer cada indiv duo em particular Por outro lado as mudan as na estrutura da sociedade como o aumento da participa o das mulheres no trabalho e a subida a cargos de lideran a nas organiza es o crescimento de uni es de facto e o adiar crescente da idade do casamento o aumento do n mero das fam lias monoparentais a emerg ncia de novos modelos de fam lia o crescimento da taxa de div rcios s o algumas das novas tend ncias determinantes na escolha de resid ncia Xerez 2008 7 Tamb m Savage e Ward consideram que para que o fen meno da gentrifica o se expresse tem que se dar a coincid ncia de quatro processos 1 uma reorganiza o da geografia social da cidade com substitui o em zonas centrais de um grupo social por outro de estatuto mais elevado 2 um reagrupamento espacial de indiv duos com estilos de vida e caracter sticas culturais similares ou pelo menos com prefer ncias comuns 3 uma transforma o do ambiente constru do com a cria o de novos servi os e uma requalifica o residencial que prev um sinal arquitect nico espec fico In GRAFMEYER Ives Sociologia Urbana Mem Martins Publica es Europa Am rica 1995
9. lt 12 i pr pria comunidade que a reside atrav s dos an ncios grafitis est tuas e edificado Ao longo dos s culos as cidades transformaram se de forma substancial e de tradicionais as cidades passaram a modernas Giddens 1993 564 do encaixamento espacial de vigil ncias hierarquizadas Foucault 2004 1975 143 de espa os pequenos muralhados de delimita es fronteiri as vis veis dominados no centro por edif cios religiosos e pal cios a espa os abertos onde est facilitado o tr nsito de pessoas e mercadorias 4 Em Portugal a Assembleia da Rep blica que decide da eleva o dos lugares s categorias de vila e cidade Segundo o art 13 da lei 11 82 de 2 de Junho uma vila s pode ser elevada categoria de cidade quando conte com um n mero de eleitores em aglomerado populacional cont nuo superior a 8000 e possua pelo menos metade dos seguintes equipamentos colectivos a instala es hospitalares com servi o de perman ncia b Farm cias c Corpora o de bombeiros d Casa de espect culos e centro cultural e Museu e biblioteca f Instala es de hotelaria g estabelecimento de ensino preparat rio e secund rio h Estabelecimento de ensino pr prim rio e infant rios No entanto art 14 importantes raz es de natureza hist rica cultural e arquitect nica poder o justificar uma pondera o diferente dos requisitos enumerados nos art 12 e 13 12 O facto de existirem f
10. Entrat gica Control Fonte Pr pria Formular a vis o estrat gica apresenta se como uma fase crucial na medida em que n o s se apoia na t cnica de cen rios mais ou menos formalizados e aprofundados como exige criatividade intui o e capacidade para encontrar equil brios din micos entre hip teses contrastadas frequentemente defendidas pelos actores participantes Esta vis o estrat gica deve assim traduzir o projecto de regenera o urbana que se pretende implementar e corresponder depois de discutido ao consenso entre os actores envolvidos no processo Com a vis o estabelecida pode definir se o objectivo central a partir do qual a estrat gia se desenvolve Este objectivo vai traduzir os des gnios ambicionados e poss veis a partir da s ntese dos dom nios priorit rios da vis o escolhidos 5 A strategy consists of a package of five key elements aims and objectives clearly stated understanding of processes and our and he enemy s strengths and weaknesses appraisal of resources not only financial available creative ideas which go beyond the trodden path selection of a realistic course of action in outline terms allowing field actors local discretion and providing value for money Dalia Lichfield Organisation and Management in Urban Regeneration A Handbook Londres 2000 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 48 UM PROCESSO DE REGENERA O
11. O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL A proposta de Plano Estrat gico prev ainda instala o de um equipamento de refer ncia um projecto ncora enquadrado numa ptica de cria o de uma cidade da cultura disponibilizando a criadores e produtores culturais de diversas reas e em condi es subsidiadas espa os de cria o produ o e exposi o polivalentes Pretende se assim evitar infra estruturas pesadas que no plano financeiro poder o ser invi veis criando uma estrutura inovadora e com vida pr pria e que nessa medida constitua um referencial urbano na margem sul do Tejo Este equipamento pode eventualmente ser materializado atrav s de v rias estruturas localizadas em dois ou tr s n cleos do Arco Ribeirinho Sul com val ncias diversas mas que pelas caracter sticas complementaridade funcional e imagem se assumam claramente como parte integrante de um mesmo e nico equipamento multipolar Adicionalmente a instala o desta estrutura dever ser articulada com a manuten o e requalifica o dos v rios equipamentos culturais actualmente existentes nestes territ rios e na sua envolvente A Participa o P blica no Desenvolvimento do Processo de Regenera o Urbana A participa o p blica na regenera o urbana deve ir al m das meras sess es p blicas e plen rias traduzindo se sem mecanismos de democracia participativa N o s os processos de gest o e negocia o do espa o
12. es tradicionais das frentes de gua e encaram como ben fica a conviv ncia de actividades anteriormente consideradas incompat veis apostam claramente na diversidade funcional e na cria o de equipamentos ncora potenciam a emerg ncia de novas formas de reconvers o Ferreira 1999 110 Deste modo Peter Roberts por exemplo define regenera o urbana como uma ac o e vis o integradas que conduzem resolu o de problemas urbanos e procuram modificar as condi es f sicas econ micas sociais e ambientais de uma rea que se tem vindo a modificar Roberts e Sykes 2000 17 30 Although most towns and cities have been involved in regeneration schemes and whilst many development companies financial institutions and community organizations have participated in one or more such ventures there is no single prescribed form of urban regeneration practice and no single authoritative source of information Roberts e Sykes 2000 3 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 22 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Chris Couch e Charles Frase afirmam que o conceito de regenera o est ligado ao reaparecimento da actividade econ mica em locais obsoletos restaura o das fun es sociais onde tem existido a disfun o ou da inclus o social onde tem havido exclus o e restaura o da qualidade ambiental e do equil brio ecol gico
13. fragmenta o de reas naturais A depend ncia do autom vel para al m dos problemas ambientais j mencionados causa ainda perda de coes o social das cidades Conselho Europeu de Urbanistas 2003 A cidade pensada em fun o da circula o e estacionamento autom vel dificultando a viv ncia e encontro nos espa os p blicos Acresce ainda o facto de se por um lado os tempos de desloca o parecem reduzir se ou desvanecer se por outro lado muitos dos cidad os sem posses s o exclu dos dos benef cios dos sistemas de comunica o modernos a n vel de transportes equipamentos e servi os n o significando assim uma melhoria directa na acessibilidade Conselho Europeu de Urbanistas 2003 Mesmo quando os tempos de desloca o parecem reduzir se ou desaparecer isso n o significa que a acessibilidade melhore para todos Muitos dos cidad os sem posses s o exclu dos dos benef cios das comunica es modernas dos transportes dos equipamentos e dos servi os Conselho Europeu de Urbanistas 2003 25 Deste modo torna se necess rio introduzir profundas altera es nas estruturas das frentes de gua para que se assista a um retorno da popula o a esse local ganhando uma nova atractividade bem como a instala o de novas actividades que n o terci rias como explicado na componente econ mica isto implementar a reJqualifica o do tecido urbano atrav s dos processos de regenera o urbana que obrigam
14. os pobres dif cil sendo o mais prov vel que certas pessoas de certas categorias vivam num estado de pobreza do que outras os desempregados os que t m emprego a tempo parcial ou empregos prec rios os idosos os doentes e deficientes as crian as as mulheres os membros das grandes fam lias ou de fam lias monoparentais e os membros das minorias tnicas t m uma maior probabilidade de viver em pobreza em determinado momento das suas vidas Giddens 2001 317 Em 1984 a Uni o Europeia adoptou a seguinte defini o de pobreza Por pobres devem entender se as pessoas fam lias e grupos de pessoas cujos recursos materiais culturais e sociais s o t o limitados que os excluem do n vel de vida minimamente aceit vel do Estado membro onde residem 46 Housing is far more than somewhere to live On one hand areas of monolithic housing with inadequate amenities and few opportunities for economic activity simply result in ghettos where those who manage to break the cycle of despair move away leaving the remaining community poorer still TAYLOR John e EDGAR Bill Housing i n ROBERTS e SYKES Urban Regeneration A Handbook Londres 2000 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 39 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL No entanto tem se registado uma tend ncia para a instala o de um mercado imobili rio activo que joga com os processos de gentrific
15. possibilitam decorrendo o interesse na sua transforma o de tr s factores enunciados por Hall 1993 12 20 a imensa quantidade de terrenos subutilizados nos centros das cidades o grande aumento do sector terci rio da economia a rela o quase magn tica entre as frentes de gua e o ser humano que pode assim ser restabelecida Assim as frentes de gua surgem como espa os privilegiados de interven o sendo a sua regenera o a melhor forma de recuperar estas reas degradadas adaptando as s mudan as circunstanciais e aos impactos das novas tecnologias permitindo a capta o de novas oportunidades e a reformula o da imagem urbana Mais do que a necessidade de transformar o espa o f sico impera na reconvers o das frentes de gua uma l gica de mercado ou seja as popula es urbanas sentem necessidade de levar a cabo ac es que imprimam s cidades onde habitam vantagens comparativas tornando as mais atractivas e conseguindo captar investimentos e recursos ex genos relativamente a outras Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 7 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Deste modo atrav s da regenera o urbana muitos territ rios procuraram encontrar um nicho ou um segmento diferente que lhes permita atrair manter e reordenar investimentos estruturantes para a economia onde actuam encontrando as motiva es que levam as cidades a explor
16. rio Cidades e Ambiente 15 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL encontra se em fase de discuss o um estudo de enquadramento regional produzido pela Sociedade da Parque Expo que potencia as complementaridades das reas da Lisnave Margueira Almada Quimiparque Barreiro e Siderurgia Nacional Seixal numa vis o integrada de desenvolvimento do Arco Ribeirinho do Sul do Tejo Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 16 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL II 1 Selec o de T cnicas Das diversas leituras efectuadas sobre investiga o em ci ncias sociais foi poss vel apreender que existem diversas t cnicas e pr ticas a que diferentes autores atribuem diferentes denomina es mas cujos conceitos confluem para um mesmo sentido Como tal poss vel afirmar que as t cnicas de investiga o s o um conjunto de procedimentos bem definidos e transmiss veis destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento da informa o requerida pela actividade de pesquisa Almeida e Pinto 1975 78 De facto existe uma multiplicidade de classifica es das t cnicas de pesquisa em ci ncias sociais encontrando se diversos crit rios consoante o manual que se consulte uns referem se ao objecto de an lise outros ao tipo de procedimento em causa Como tal compilando a informa o recolhida na bibliografia
17. 50 In MELA Alfredo BELONNI Maria Carmen e D VICO Luca A Sociologia do Ambiente Lisboa Editorial Estampa 2001 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 41 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL 4 uma mudan a da ordem fundi ria que na maioria dos casos determina a eleva o dos valores fundi rios e um aumento da quota das habita es em propriedade Deste modo a renova o urbana neste sentido consiste na destrui o de bairros inteiros de habita o situados no centro ou suas proximidades e na sua substitui o por conjuntos de constru es de luxo integrados com servi os qualificados resid ncias ou hot is de alta qualidade destinados a camadas de rendimentos elevados Noutros casos a oportunidade pode ser proporcionada pela reutiliza o de uma rea deixada livre pela ind stria Mela 1999 171 Efectivamente e de uma forma negativa aquilo que se observa na implementa o de um processo de regenera o urbana a constru o de habita o a pre os elevados de modo a atrair determinadas classes sociais para aqueles espa os Ou seja criam se guetos de ricos ou quase ricos afastando para as periferias as classes mais baixas Tendo em conta que o financiamento da regenera o urbana poss vel devido a dinheiros p blicos porque existe um envolvimento dos governos e dos munic pios numa rela o com o sector privado ent
18. Ao analisarmos o projecto para o espa o da ex Siderurgia Nacional integrado na Proposta de Plano Estrat gico do Arco Ribeirinho Sul podemos constatar que existem alguns pontos que confluem directamente para que possamos considerar este projecto de regenera o urbana bem como se encontra numa fase relativamente avan ada do seu 73 processo Com um projecto de regenera o urbana procura se encontrar um novo modelo de cidade de acordo com novos valores de conectividade e de sustentabilidade trabalhando na reconvers o das funcionalidades preexistentes e interligando com as din micas sociais e urbanas por forma a consolidar o espa o Ao longo da presente disserta o foi poss vel observar como as cidades desenvolveram as suas estrat gicas de regenera o urbana das suas frentes de gua degradadas bem como avaliar de acordo com esses exemplo que tipo de projecto est previsto para o espa o da ex Siderurgia Nacional respondendo pergunta de investiga o As linhas estrat gicas presentemente delineadas para o espa o da ex Sidernrgia Nacional enquadram se na implementa o de um processo de regenera o urbana Dificilmente a resposta a esta quest o ser linear As reconvers es das frentes de gua emergiram pela necessidade de inverter o estado degradado das mesmas implementando se estrat gias com objectivos de reurbaniza o e de valoriza o essencialmente econ mica criando se novas centralidades Deste m
19. Ap s esta fase ser o realizadas v rias infra estruturas gerais prim rias arranjos exteriores e espa os verdes o que durar 11 anos Em paralelo ser o realizadas obras de interesse geral t nel do Brejo e extens o do MST Margueira para o que ser necess rio um per odo de quatro anos De seguida ser o constru dos v rios equipamentos para o que se estima quatro anos de dura o inizisiaisioizisioisimisisismiasi Plano de urbaniza o Prepara o de terreno Demoli es Empreitada Projecto Infra estruturas mar timas Empreitada Projecto Infra estruturas gerais e arranjos exteriores Empreitada O CO O O O O O a a ES o VE RS MD SR RR Pode ds po ME PR do Co SE CG E a FODE SE VE O di e E MO om EST do VM ana Pome dC dt h g i P i a Mm a do Rs o e RO QRO RO CAR A a e o T oa i Projecto Espa os verdes Empreitada Projecto Obras de interesse geral Empreitada Projecto Equipamentos Empreitada Projecto Fiscaliza o geral das empreitada Gest o Comercializa o 27 27
20. Brown 2006 299 300 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 35 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL III 4 2 Componente Econ mica A regenera o econ mica um elemento vital da regenera o urbana Robert e Sykes 2000 61 sobretudo quando est o em causa espa os abandonados devido viv ncia do decl nio econ mico que sofreram ou reas caracterizadas pelo aumento do desemprego pela perda de popula o pela deslocaliza o industrial ou pela necessidade de reajustamento de outras estruturas econ micas Tal como explicado no cap tulo I a degrada o urbana das frentes de gua deveu se em grande parte obsolesc ncia econ mica e funcional das infra estruturas industriais e log sticas a existentes que tiveram dificuldades em acompanhar o progresso tecnol gico evidenciando se solu es de relocaliza o ou reconvers o destas actividades originando os espa os vazios ou mal aproveitados Por outro lado muitas das interven es que t m vindo a ser desenvolvidas correspondem a reas de grandes dimens es bem como representam avultados investimentos que alteraram radicalmente as actividades funcionais a existentes e consequentemente contribu ram de forma prim ria para a invers o da sua situa o yet ce 4 VAT p econ mica muito desfavor vel 4 For example counter urbanisation is caused by factors such as people s desire t
21. Quimiparque Siderurgia Nacional EGF SNESGES e Urbind stria Margueira EGF Fundo Margueira Reestrutura o das infra estruturas portu rias Terminal portu rio concessionado Atlanport APL Concession ria Terminal portu rio concessionado Tanquipor APL Concession ria Novo terminal de contentores no Barreiro APL Concession ria Novo terminal fluvial do Barreiro APL Concession ria Munic pio Quimiparque disponibilidade de comparticipa o no valor do investimento Terminal da Siderurgia Nacional APL Concession ria Relativamente ao territ rio da Margueira admite se a exist ncia no futuro de uma segunda fase de execu o que poder permitir a constru o de um terminal fluvial de passageiros e de cruzeiros Estrutura ecol gica Corredor ecol gico do Arco Ribeirinho Sul Munic pios de Almada Seixal Barreiro Moita Montijo Alcochete Interven es complementares das opera es de reconvers o urban stica nos territ rios do Estado ou em reas confinantes Redimensionamento das redes de infra estruturas exteriores aos territ rios da Quimiparque Siderurgia Nacional e Margueira Concession rias Bairro das Palmeiras Quimiparque Espa o canal entre as Esta es do Barreiro e do Lavradio REFER Munic pio do Barreiro Outras Entidades P blicas 3 2 INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DAS TR S OPERA ES DE RECONVERS O URBAN STICA As interven es
22. Ria 2000 inclui n o s a recupera o de importantes espa os centrais mas ainda a relocaliza o das principais actividades portu rias para as partes exteriores da ba a Em termos globais o projecto aposta na cria o de um tecido urbano baseado em novas din micas econ micas nomeadamente na cultura e em novas ind strias n o poluentes 36 Ver cap tulo IV 37 MATEUS Augusto amp Associados Desenvolvimento Empresarial e Urbano do Barreiro Estrat gia e Plano de Ac o 2007 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 28 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Figura 6 Projecto Bilbao Ria 2000 Fonte www bilbaoria2000 0rg Este projecto envolve cinco grandes territ rios da rea metropolitana tendo sido criada a sociedade Bilbao Ria 2000 institui o sem fins lucrativos resultado do compromisso de uma s rie de institui es p blicas com o objectivo de coordenar e executar as opera es necess rias para o atingir dos objectivos estrat gicos de requalifica o Pittsburgh Para a implementa o de processos de regenera o urbana em Pittsburgh foi constitu da a Urban Redevelopment Authority of Pittsburgh URA que n o meramente uma empresa de regenera o urbana sobretudo uma institui o de desenvolvimento urbano de cariz econ mico e social Os seus principais objectivos compreendem a cria o de emprego e o
23. URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL As linhas estrat gicas consistem em orienta es claras facilmente apreens veis pelos actores como solu es desej veis e pass veis de concretiza o que decorrem das potencialidades e debilidades n vel interno e das oportunidades e amea as envolvente externa resultantes da an lise SWOT Esta tarefa implica a redac o de documentos sint ticos que traduzam a participa o e discuss o do grupo de trabalho O verdadeiro processo de gest o do projecto de regenera o urbana tem in cio nesta fase Estando delineada a estrat gia pretende se ent o concretizar a mesma ou seja colocar no terreno e em ac o todas as medidas propostas de forma a garantir os objectivos de sustentabilidade Por outro lado h que transformar as linhas estrat gicas estabelecidas em planos de projecto que traduzam as metas e objectivos que se pretendem atingir as ac es sequenciais que se devem observar bem como as responsabilidades a atribuir pela execu o das tarefas ou seja as palavras chave na etapa 4 s o tempo responsabilidades e or amento Nesta fase o processo deve ser continuamente monitorizado designadamente em rela o aos n veis de execu o e actualizado nas componentes que se revelem desajustadas Para tal devem constituir se um conjunto de indicadores de efic cia de resultado e de impacto que permitam n o s avaliar os impactos do projecto nas diferentes
24. a regenerar devem ser desenvolvidos de forma aberta como n o leg timo que se transformem em processos de gentrifica o o que tendencialmente se tem verificado sobretudo nos casos do modelo americano onde os mais pobres e mesmo a classe trabalhadora e as minorias raciais s o normalmente exclu das destes novos espa os e n o t m capacidade para neles participar quer a n vel cultural quer material 72 R Timothy Sieber Interven o nas Frentes de gua das Cidades Americanas in A Cidade da Expo 98 Lisboa Biz ncio 1999 p 70 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 69 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Por outro lado de referir que o sucesso e efic cia de um processo de regenera o urbana implica a exist ncia de um bom plano de comunica o e de gest o da informa o ja E Noii Por um lado porque vai permitir concretizar a oferta espec fica dos produtos territoriais para os diferentes colectivos que realizam investimentos nas reas urbanas por outro porque facilita a interven o dos diferentes agentes sociais na cria o duma identidade territorial o que facilitar a melhora da qualidade de vida e da cidadania Gonz lez 2001 89 O Projecto Arco Ribeirinho Sul tem sido amplamente divulgado pela comunica o social uma vez que se trata de uma iniciativa governamental O mesmo referido em quase todas as sess
25. adaptar ao mercado em muta o aproveitar as oportunidades referidas na an lise SWOT e sustentar a sua vitalidade Conseguir deste modo o almejado aumento da atractividade e o desenvolvimento de uma imagem viva que o consiga posicionar de um modo vantajoso em rela o concorr ncia Assim num primeiro olhar poder amos afirmar que as primeiras etapas do gt 77 me processo de regenera o urbana est o devidamente preenchidas estando o caminho aberto para a sua implementa o em perfeitas condi es No entanto se nos focarmos com um pouco mais de aten o e considerarmos outros pontos que complementam estes podemos concluir que dificilmente este projecto poder ser considerado de regenera o urbana como inclusive a sua concretiza o est neste momento posta em causa Em primeiro lugar a quest o da exist ncia de um passivo ambiental devidamente identificada no Plano Estrat gico ser objecto de um outro Grupo de Trabalho ainda a criar e portanto de um Plano de Recupera o Ambiental espec fico para al m de que o encargo da descontamina o do espa o da Siderurgia Nacional est a cargo da empresa propriet ria do terreno Claramente esta uma estrat gia que ir prolongar no tempo a implementa o do Projecto Arco Ribeirinho Sul aliada ao factor fundamental e priorit rio da necessidade de aprova o do PDM 7 Ver capitulo II 78 A regenera o urbana das frentes de
26. as Frentes d gua A presen a da gua na paisagem constitui um elemento considerado por v rios autores como de atrac o praticamente universal relacionado com m ltiplas dimens es da percep o humana e apreciado n o s pela vis o como tamb m pelos outros sentidos Saraiva 1999 237 E desde sempre a presen a da gua foi um elemento embrion rio do nascimento de muitas cidades desde a metropolis grega s cidades dos nossos dias que vivem da gua Epocas houve em que a centralidade de muitas cidades ponteava no seu porto na 1 t a e sua frente de gua caracterizada pelas capitanias alfandegas companhias de navega o e c maras de com rcio No entanto o progresso tecnol gico aliado ao processo de globaliza o econ mica que implicou a flexibiliza o dos sistemas produtivos e da log stica das comunica es conduziram a uma mudan a na din mica da rela o cidade frente de gua Deste modo muitas destas cidades outrora sustentadas financeiramente por esta rela o tiveram que encontrar outras vertentes onde apostar e poderem manter se como n s centrais da economia nacional e at mundial Com o decl nio da actividade industrial primeiro na Am rica do Norte e depois na Europa assistiu se ao abandono de instala es industriais que funcionavam nos portos e consequentemente os aparelhos produtivos das cidades portu rias entraram em degrada o originando graves proble
27. de cariz industrial que a foram instaladas ao longo do s culo XX a constru o e repara o naval a ind stria do a o e a ind stria qu mica O desenvolvimento dessas actividades que atingiu o apogeu nos anos 60 marcou de forma indel vel os territ rios envolventes quer na estrutura f sica e da paisagem quer ao n vel socioecon mico quer ainda em termos culturais e identit rios Nos anos 70 a reestrutura o econ mica movida pelo choque petrol fero e a concorr ncia dos novos pa ses industrializados assim como a instabilidade pol tica que se viveu no pa s provocam uma crise generalizada na maioria das ind strias presentes na Pen nsula de Set bal nomeadamente as existentes em Almada no Seixal e no Barreiro Aquela crise traduziu se na desactiva o progressiva de muitas das unidades instaladas e num abandono progressivo das reas industriais que se estendeu por longos anos Mais recentemente assistiu se a um processo de reconvers o sendo estas reas ocupadas por algumas novas unidades com dimens es e caracter sticas visivelmente distintas das que estiveram na sua g nese e que est o longe de as ocupar e rentabilizar numa l gica de sustentabilidade urbana 1 5 PRINCIPAIS POTENCIALIDADES E CONDICIONANTES DOS TERRIT RIOS O enquadramento e as caracter sticas espec ficas dos territ rios da Margueira Siderurgia Nacional e Quimiparque traduzem se num conjunto importante de oportunidades que devem ser mo
28. de pesquisa do investigador sendo a este n vel que a constru o do objecto cient fico e a delimita o da problem tica da investiga o se processam o p lo te rico corresponde inst ncia metodol gica em que as hip teses se organizam e em que os conceitos se definem o p lo morfol gico relaciona se com a estrutura o do objecto cient fico o p lo t cnico estabelece a rela o entre a constru o do objecto cient fico e o mundo dos acontecimentos Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 14 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Embora todos os p los estejam subjacentes investiga o o presente trabalho versa essencialmente sobre os p los te rico morfol gico e o t cnico uma vez que por um lado apresento as t cnicas de pesquisa que vou utilizar e por outro a forma como vou analisar os dados O p lo t cnico de um processo de investiga o corresponde inst ncia metodol gica segundo a qual o investigador recolhe ou Obt m dados sobre o mundo real assumindo que este suscept vel de ser observado pelos sentidos Lessard H bert et al 2005 1990 141 Para que seja poss vel uma articula o entre o mundo emp rico e o mundo te rico o investigador deve seleccionar um modo de pesquisa uma ou mais t cnicas de recolha de dados e um ou v rios instrumentos de registo de dados quer se apresente numa investiga o qualit
29. e que tem portanto condi es objectivas para uma candidatura ao novo quadro comunit rio Boletim Municipal do Seixal Boletim 452 15 de Fevereiro de 2007 Entrevista realizada ao Sr Presidente da C mara Municipal do Seixal Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 64 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Ao n vel do planeamento financeiro o mesmo j foi elaborado conduzindo a uma estimativa total de investimentos e custos de cerca de 138 000 000 para o espa o da ex Siderurgia Nacional sendo da responsabilidade da C mara Municipal do Seixal o encargo de 10 e de para a propriet ria do terreno As Parcerias P blico Privadas e o Modelo de Gest o A regenera o urbana tem o m rito de envolver o sector privado na recupera o das cidades e das suas frentes de gua atrav s da cria o das parcerias p blico privadas que corresponderam a um ponto de clara viragem em termos de pol ticas urbanas No entanto a complexidade das quest es sociais acarretam com alguma frequ ncia conflitos de diversa natureza entre os intervenientes p blicos e privados em resultado da falta de comunica o e entendimento entre ambos Como tal a resolu o dos conflitos sociais passa pela forma como se estabelecem parcerias O Projecto do Arco Ribeirinho Sul como visto anteriormente de iniciativa governamental est a ser conduzido e levado a cabo em parceria
30. es da Assembleia Municipal cujas sess es s o p blicas existindo um per odo de interven o da popula o sendo que as v rias bancadas de todos os partidos colocam quest es sobre o andamento dos trabalhos que s o devidamente esclarecidas pelo Sr Presidente da C mara Municipal ou por Vereadores respons veis Tamb m foram realizadas sess es p blicas de apresenta o do Projecto de forma descentralizada percorrendo todas as freguesias do Concelho onde os mun cipes para al m de quest es podiam apresentar sugest es No entanto e infelizmente as reuni es da Assembleia Municipal s o muito pouco participadas bem como o foram as referidas sess es p blicas pelo que seria de equacionar novas e mais aliciantes formas de envolver a popula o sobretudo nas pr ximas etapas do projecto Em jeito de conclus o actualmente a proposta de Plano Estrat gico do Projecto Arco Ribeirinho Sul que integra o projecto para a ex Siderurgia Nacional foi entregue a cada um dos Munic pios envolvidos e aguarda os respectivos pareceres t cnicos e pol ticos Por outro lado encontra se em curso a elabora o do Plano de Pormenor para o espa o da ex Siderurgia Nacional sem data prevista de conclus o e aguardando a aprova o do respectivo Plano Director Municipal Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 70 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL CONCLUS O
31. lazer e de suporte a actividades do cluster turismo Valorizar os recursos paisag sticos e ambientais com relevo para os estu rios e os parques industriais e estruturar os espa os de maior aptid o para o desenvolvimento das ind strias de cio e lazer Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 52 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL O Plano Regional de Ordenamento do Territ rio para a rea Metropolitana de Lisboa PROT AML refere ainda ao n vel da estrat gia territorial que as reas com potencialidades de reconvers o renova o integram o antigo complexo industrial da Siderurgia Nas suas conclus es o PEDEPES aponta um conjunto de Medidas Operativas que importa referir pela import ncia que constituem para o projecto de regenera o urbana na zona de interven o definida Forma o t cnica especializada dos meios humanos Coordena o da renova o e expans o urbana a n vel intermunicipal Promo o do desenvolvimento de actividades econ micas rent veis e sustent veis Projectos de qualifica o patrimonial que apresentem interesse para o sector do turismo Promo o da qualidade ambiental como factor de suporte e durabilidade do sector tur stico Requalifica o dos Estu rios do Tejo e do Sado e das frentes ribeirinhas e oce nicas Divulga o com visibilidade organiza o l gica e cientifica das formas de express o cultural l
32. na condu o e gest o de uma interven o desta natureza que possibilitam experi ncias futuras noutros territ rios salvaguardando claro est o respeito pelas caracter sticas pr prias de cada territ rio mais facilitadas e fundamentadas Por fim relativamente ao projecto do Arco Ribeirinho Sul que se estima criar mais de 66 000 postos de trabalho e gerar uma receita fiscal apenas IMT e IMI da ordem dos 95 milh es de euros importa salientar que alguns dados sobre os impactos quantific veis sobre a economia e sobre os impactos qualitativos de ordem socioecon mica desta proposta de interven o s o apresentados no cap tulo 3 do presente relat rio respectivamente nos pontos 3 3 e 3 4 5 SOLU O INSTITUCIONAL ADEQUADA IMPLEMENTA O DO PROJECTO A din mica pretendida de requalifica o do Arco Ribeirinho Sul n o deve ser restrita promo o imobili ria dos 3 p los de terrenos p blicos mas abranger tamb m a dinamiza o de actividade log stica industrial e de servi os geradores de emprego 22 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Atenta tal circunst ncia o modelo institucional dever considerar a exist ncia de distintas entidades p blicas titulares de terrenos ou alternativamente em fun o de orienta es do Minist rio das Finan as articular se com a poss vel concentra o dos terrenos numa nica entidade empresarial eventualmente com capacidade para suceder a outras en
33. o das frentes de gua da Caparica at Alcochete e o relan amento de novas actividades em zonas particularmente vocacionadas para o efeito Almada Nascente Margueira Campus da Siderurgia e Quimiparque destacando se do conjunto de Eixos Estruturantes que apresenta a Requalifica o do Arco Ribeirinho Sul Requalifica o urban stica e revitaliza o econ mica do Arco Ribeirinho Sul num quadro de atrac o de novas ind strias e servi os designadamente no mbito do ambiente turismo e multim dia nomeadamente atrav s de Interven es s cio urban sticas de reconvers o de brown areas nas zonas de Almada nascente Margueira Seixal Siderurgia e Zona industrial do Barreiro Quimiparque Requalifica o de zonas tibeirinhas Como Objectivos do Projecto identifica se Preservar e recuperar as frentes ribeirinhas Reconverter as reas industriais em decl nio ou abandonadas Promover a frente atl ntica como espa o de recreio e lazer Os trabalhos relativos ao desenvolvimento e implementa o do Projecto do Arco Ribeirinho Sul tiveram in cio em 2008 dando origem elabora o de uma Proposta de Plano Estrat gico desenvolvida na sequ ncia da Resolu o do Conselho de Ministros n 137 2008 de 28 de Agosto publicada em Di rio da Rep blica 1 s rie N 177 12 de Setembro de 2008 5 e 61 gt A referida resolu o criou o Grupo de Trabalho encarregue da sua elabora o em est
34. o todos os cidad os deveriam ter igualdade de oportunidades para habitar e usufruir destas reas urbanas reconvertidas No entanto assiste se a um afastamento do Estado no financiamento directo da habita o social originando casos como o do Parque das Na es em Lisboa ou as Docklands em Londres Contudo nos Pa ses Baixos os projectos de regenera o urbana promoveram o desenvolvimento de habita es em regime de pre os controlados ou affordable housing chegando em casos espec ficos a ser este tipo de habita o a constituir a maioria das habita es planeadas e desenvolvidas 51 FERREIRA Matias e CASTRO Alexandra Cidades de gua a lenta descoberta da frente mar tima de Lisboa in FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 52 Hoje em dia a rea das Docas em Londres n tida e visivelmente diferente dos bairros empobrecidos que a ladeiam Abundam edif cios modernos por vezes de uma arquitectura aventurosa Converteram se armaz ns em apartamentos de luxo e constru ram se novos blocos Edificou se um grande complexo de escrit rios em Canary Wharf Contudo no meio do brilho h edif cios degradados e terrenos abandonados O espa o destinado a escrit rios continua frequentemente vazio o mesmo acontecendo a algumas das novas habita es que vieram a revelar se invend veis aos pre os estabelecidos
35. onde impera o tecnol gico e o virtual a no o de espa o p blico tamb m se vai alterar Hoje existem os debates e f runs nas r dios as cartas aos jornais os artigos na imprensa os blog que v o formando um espa o cada vez mais vasto e importante onde s o diariamente discutidos em p blico e em pormenor os problemas decisivos Gil 2008 30 de uma cidade de uma comunidade de um Pa s No entanto mant m se a import ncia de promover o encontro f sico entre os indiv duos e a regenera o urbana de acordo com a sua filosofia para a cria o de espa os p blicos pode ser um elemento importante e transformador para que a interac o p blica se mantenha Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 33 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL II 4 As Componentes a Avaliar na Regenera o Urbana Tal como tem vindo a ser referido para al m da componente de transforma o f sica de um determinado espa o ao n vel da recupera o de edif cios e equipamentos a regenera o urbana implica interven es nas componentes ambiental econ mica e social De facto este aspecto em particular o principal elemento diferenciador entre um processo de regenera o urbana e qualquer outro em termos de urbanismo Seguidamente apresentam se as quest es mais preementes ligadas a estas componentes e que resultam da leitura das v rias obras dedicadas ao tem
36. onde j n o existiam Couch et all 2003 2 Miguel Branco Teixeira escreve que a regenera o urbana pressup e para al m da reconvers o outras dimens es de requalifica o como sejam a social e a cultural implicando ac es concertadas e uma gest o global das diferentes realidades do espa o 31 urbano Por seu turno Lu s Vassalo Rosa integra o conceito de regenera o urbana com a exist ncia de um s tio emblem tico onde se possa promover uma vasta opera o de gt recupera o e reconvers o urban stica e ambiental identificada como um projecto metropolitano mobilizador da administra o local e central e da popula o em geral em que participe um leque muito alargado e de mbito internacional de agentes econ micos sociais culturais e t cnicos semelhan a do que ocorreu com a zona da Expo 98 que partiu da necessidade de se realizar nesse espa o definido e degradado uma Exposi o Mundial transformando o num espa o integrado onde os cidad os podem viver trabalhar de a 32 circular e rectiar se 351 TEIXEIRA Miguel Branco Reconvers o da reas Urbanas em Frentes de gua in FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 32 ROSA Lu s Vassalo O Plano de Urbaniza o da Zona de Interven o da Expo 98 in FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org
37. outro lado um amplo conjunto de servi os sociais presentes refeit rios escolas equipamentos de sa de etc refor ou os v nculos que ligavam as fam lias a estes espa os tratava se cada vez mais n o apenas de uma depend ncia econ mica mas tamb m social e identit ria Estes territ rios foram se assumindo ent o como uma refer ncia simb lica incontorn vel para os habitantes de toda a parte norte da Pen nsula de Set bal A pr pria crise e o processo de decad ncia das ind strias antes florescentes que poderiam atenuar ou contrariar o sentimento de perten a dominante contribu ram para refor ar a identifica o das popula es com estes territ rios Com efeito o esgotamento do modelo que suportou o desenvolvimento destes p los industriais conduziu a uma reestrutura o econ mica que se traduziu no encerramento de muitas unidades mas igualmente no surgimento de novas actividades em grande medida associadas aos sectores tradicionais designadamente o sider rgico no Seixal e o qu mico no Barreiro Assim embora o processo de reestrutura o tenha conduzido redu o acentuada dos postos de trabalho e perda da import ncia econ mica destes territ rios simultaneamente permitiu manter a sua import ncia social e simb lica 5 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO O ponto de partida para a constru o da estrat gia de interven o no qual assenta o Projecto do Arco Ribeirinho Sul
38. percurso ao longo da frente ribeirinha associado ao recreio e lazer e privilegiando as liga es pedonais e cicl veis em articula o com a estrutura verde existente e a criar e com o estu rio do Tejo Identidade e valores socioculturais Preserva o e valoriza o de edif cios ou outras estruturas que testemunhem o passado industrial portu rio dos territ rios e constituam marcas identit rias de excel ncia Instala o de servi os ou equipamentos que assinalem e contribuam para a preserva o da mem ria sobre o papel destes territ rios p ex estruturas de cariz museol gico espa os para a instala o de colectividades locais etc Desenvolvimento de um plano de marketing territorial que promova a valoriza o da imagem destes territ rios e reforce a sua visibilidade externa designadamente atrav s dos valores patrimoniais presentes e outros elementos simb licos e identit rios p ex cria o de uma marca territorial e de eventos regulares 2 2 PROJECTOS ESTRUTURANTES E AC ES Tendo em vista a prossecu o das op es estrat gicas estabelecidas define se um conjunto de projectos estruturantes cujo desenvolvimento se considera priorit rio Tratam se de projectos de diversas naturezas e dimens es abrangendo dom nios t o distintos como a constru o de infra estruturas de transporte ou a elabora o de planos ou estudos e escalas que v o desde o projecto que se restringe a uma pequena parcela de u
39. potencialidades inerentes ao espa o que partilham t m necessariamente que ser chamados a participar no processo como forma de o tornar vi vel e tamb m como forma de responsabiliz los pelas estrat gias definidas ou a definir De facto a identifica o de institui es com responsabilidade directa ou indirecta sobre a rea degradada fundamental pelo que um processo de regenera o urbana ser a congrega o de vontades entre entidades p blicas e privadas que partilhem uma vis o estrat gica Deste modo a regenera o urbana actua como um instrumento gerador de consensos e aproxima o de interesses com vista ao desenvolvimento da zona de interven o promovendo a abordagem conjunta dos diversos parceiros potenciando um aproveitamento mais racional dos recursos end genos Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 31 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Na era da modernidade l quida e da globaliza o perante a emerg ncia da 39 dn great 2 a constitui o de parcerias entre entidades que actuam no civiliza o da Terceira Vaga e pata o territ rio confere regenera o urbana um car cter inovador e articulado na utiliza o dos recursos existentes pela necessidade imperativa de superar os estrangulamentos que impedem o desenvolvimento do territ rio de aproveitar o seu potencial end geno de promover os recursos existe
40. representando estes investimentos o esfor o m nimo que o munic pio de Almada dever assumir assim como as receitas municipais que este munic pio obter com esta opera o Investimentos e custos Total Equipamentos culturais e ou desportivos l dicos 20 947 995 Outros equipamentos p blicos de utiliza o colectiva a definir 14 235 129 Total de investimento 35 183 124 valores em euros valores com IVA Receitas Total Taxas e licen as 29 530 084 IMI IMT 41 500 000 Total das receitas 71 030 084 valores em euros Para as empreitadas foi assumida a taxa do IVA reduzida de 5 para os projectos e fiscaliza o foi considerado a taxa de 20 18 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO 3 3 IMPACTOS QUANTIFIC VEIS SOBRE A ECONOMIA Os impactos quantific veis sobre a economia s o de ordem diversa directos indirectos e induzidos O impacto econ mico global corresponde ao valor estimado para a integra o destes tr s tipos de impactos Os impactos do investimento a realizar no projecto do Arco Ribeirinho Sul reflectir se o nomeadamente nos seguintes dom nios Aumento da popula o residente com car cter permanente designadamente no que se refere s camadas mais jovens Cria o de emprego no local na rea envolvente e a n vel regional tendo em conta os efeitos directos indirectos e induzidos Aumento do rendimento fiscal atrav s da estimativa do aument
41. ria de implementa o do Projecto coordena o e gest o dos investimentos necess rios sua prossecu o e monitoriza o do calend rio da sua execu o Fun es de articula o com a Administra o Central ao mais alto n vel e demais entidades p blicas envolvidas com especial relevo para o necess rio enquadramento de projectos estruturantes junto das respectivas entidades respons veis pela sua execu o Poderes para solicitar de quaisquer outras entidades organismos ou servi os p blicos a colabora o destes nos objectivos do Projecto Participa o ministerial de acordo com a representatividade do Grupo de Trabalho actualmente nomeado e por interm dio de representantes devidamente mandatados e com poderes de decis o interven o Participa o das entidades p blicas com envolvimento directo nos territ rios ex REFER e APL Participa o de todos os Munic pios territorialmente abrangidos pelo Projecto directamente Almada Seixal e Barreiro e indirectamente Moita Montijo e Alcochete Por despacho conjunto dos Ministros das Finan as e da Administra o P blica e do Ambiente do Ordenamento do Territ rio e do Desenvolvimento Regional dever o ser formalmente nomeados os membros do Conselho Consultivo do Projecto do Arco Ribeirinho Sul A sociedade gestora do Projecto global proceder oportunamente constitui o de tr s sociedades de execu o local uma para cada interven o em parceria
42. sicos e n de rela es entre seres sociais Grafmeyer 1994 13 qualquer forma de segrega o vai apenas contribuir para a constru o de uma sociedade cada vez mais desigual e injusta 4 This process gentrification represents a marked expansion of consumption opportunities for the new middle class and these are also usually located in the inner city where housing markets previously used by the poor and the working class transformed following recommodification gentrified areas are socially and physically quite distinct with dwellings and the other buildings being symbols of this new middle class consumer Patrick Mullins Tourism Urbanization in International Journal of Urban and Regional Research n 3 1991 48 XEREZ Romana Din micas do Territ rio Centralidades e Gentrifica o na rea Metropolitana de Lisboa VI Congresso de Sociologia Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 40 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL De acordo com Thomas Schelling este processo segrega o resulta de um comportamento discriminat rio que denota uma percep o consciente ou inconsciente do sexo da idade da religi o da cor ou de qualquer outro elemento que sirva de base segrega o uma percep o que influencia as decis es relativas escolha do local de resid ncia do lugar onde assentar da profiss o a adoptar ou a evitar dos companheiros de
43. tulo III 4 Devidamente referenciadas ao longo da disserta o com a consequente refer ncia bibliogr fica 65 Em anexo Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 63 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL De facto o enquadramento ao n vel dos instrumentos de ordenamento do territ rio PNPOT PROT AML PEDEPES e outros efectuada em cap tulos anteriores bem como a exist ncia de um Plano Estrat gico para o Projecto Arco Ribeirinho e a elabora o de um Plano de Pormenor em curso desde 2007 permite afirmar que a primeira etapa do processo de regenera o urbana tal como definido no cap tulo se encontra concretizada No entanto e nas palavras do Sr Presidente da C mara Municipal n o poss vel avan ar com o projecto do arco ribeirinho enquanto n o for aprovada a revis o do Plano Director Municipal PDM O PDM actualmente em vigor tem 15 anos e a proposta de revis o est em fase de aprova o h 10 anos e esta revis o que apresenta altera es de uso que v o permitir trabalhar o espa o em causa para que se possa implementar um processo de regenera o urbana ou mesmo efectuar qualquer tipo de reconvers o Hoje os modelos s o de parques de actividades econ micas diversificados complementares e at ind stria log stica os servi os e da necessidade de terem oferta diversificada de servi os e da o pr prio projec
44. verdadeiramente exponencial passando de 148 milh es de habitantes em 1900 a 2200 milh es em 1990 Nos pa ses mais desenvolvidos a taxa de urbaniza o ultrapassa os 70 e em Portugal mais de 60 da popula o vive nas cidades Cada sociedade caracteriza se por um conjunto de rela es sociais que associam as pessoas entre si e permitem imprimir ao meio natural e de forma colectiva a marca humana sobretudo nas cidades um espa o constru do por excel ncia onde se concentra um grande n mero de indiv duos e de actividades interdependentes Se todos sabemos ou 10 gt pensamos saber o que significa a palavra sociedade como disse Norbert Elias a defini o de cidade tem gerado controv rsia e apesar de v rias tentativas mais ou menos generalizantes por parte dos mais diversos soci logos nunca se chegou a uma defini o universal satisfat ria pois as cidades assumem as mais variadas formas no espa o e no tempo Como diz John Steinbeck no seu livro A P rola 1948 Uma cidade como um animal Uma cidade possui um sistema nervoso e uma cabe a e ombros e p s Cada cidade algo de diferente de todas as outras de tal forma que n o h duas cidades iguais 8 Divis o da Popula o das Na es Unidas World Urbanization Prospects 2006 a cidade colectividade na medida em que controla no sentido biol gico do termo os diversos movimentos que nela se manifestam e em consequ nci
45. 9 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO 3 4 IMPACTOS QUALITATIVOS DE ORDEM SOCIOECON MICA Podem prever se os seguintes impactos qualitativos de ordem socioecon mica Quimiparque Factores associados ao investimento Crit rios de avalia o Ra 1 Di E qualitativa Sah Ze Qualifica o dos N veis de consumo e de Disponibilidade deina Eventuais efeitos de Din mica demogr fica Recursos Humanos e E estruturas exigidas pelo E x aN qualidade de vida i sazonalidade Forma o Profiisional investimento Natrureza Positiva Positiva Positiva Positiva Positiva Ordem Directa Indirecta Indirecta Directa Induzida Magnitude Elevada M dia M dia Elevada Baixa Signific ncia Elevada Elevada Elevada Elevada Baixa Per odo Curto M dio prazo Curto M dio prazo M dio Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Ocorr ncia Certa Prov vel Certa Certa Desconhecida Incid ncia Envolvente Local Envolvente Local Envolvente Local Regional Regional Siderurgia Nacional Crit rios de avalia o qualitativa Din mica demogr fica Positiva Factores associados ao investimento Qualifica o dos Recursos Humanos e Forma o Profiisional Positiva N veis de consumo e de qualidade de vida Positiva Disponibilidade de infra estruturas exigidas pelo investimento Positiva Eventuais efeitos de sazonalidade Positiva Directa Indirecta Indirecta Indi
46. ANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Seguiram se as cidades de Toronto e Montreal no Canad e nos anos 80 estes processos atingem a Europa mais especificamente Londres e o seu c lebre projecto das 24 34 Docklands e o caso emblem tico de Barcelona Tendo em conta as caracter sticas comuns inerentes aos projectos de regenera o urbana que se t m projectado e concretizado alguns autores como Ferreira 1999 reconhecem a exist ncia de tr s modelos de interven o e que no fundo reflectem a evolu o deste conceito desde a d cada de 50 primeiro modelo modelo americano vocacionado para o turismo lazer e recrea o a um n vel mono funcional segundo modelo vocacionado para o sector do terci rio de neg cios representando uma difus o do modelo americano na Europa Asia e Austr lia terceiro modelo assente na defini o de estrat gias globais de regenera o do meio urbano complementadas com medidas de car cter social e de valoriza o da participa o dos agentes locais Barcelona O projecto de Barcelona uma das refer ncias no mbito da regenera o urbana Estando em desenvolvimento desde o ano 2000 assenta em objectivos de requalifica o da vasta zona oriental da capital catal e muito especificamente em ac es urban sticas numa rea de 200 hectares na cidade bairro de Poblenou onde outrora existiam sobretudo actividades industriais Hoje esses antigos terrenos
47. Ana Patr cia da Silva Oliveira Um Processo de Regenera o Urbana O Caso da Ex Siderurgia Nacional 2010 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Ana Patr cia da Silva Oliveira Disserta o de Mestrado em Sociologia Especialidade Territ rio Cidades e Ambiente SETEMBRO 2010 Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa Ao men marido que me den o empurr o para fazer o mestrado paci ncia da av Isabel da tia Lu sa e da tia Guida para tomarem conta da Matilde Urban regeneration is an outcome of the interplay between these many sources of influence and more importantly it is also a response to the opportunities and challenges which are presented by urban degeneration in a particular place at a specific moment in time In Urban Regeneration A Handbook de Roberts e Sykes A cidade um ch o de palavras pisadas a palavra crian a a palavra segredo A cidade um c u de palavras paradas a palavra dist ncia e a palavra medo A cidade um saco Um pulm o que respira pela palavra gua pela palavra brisa A cidade um poro um corpo que respira pela palavra sangue pela palavra ira Ary dos Santos A Cidade AGRADECIMENTOS Ao Professor Lu s Baptista por ter sido o orientador da disserta o Ao Dr Duran Clemente e ao Sr Aranha Figueiredo pela disponibilidade e fornecimento de documenta o fundamental para a elabora
48. Dados 3 Edi o Loures Lusoci ncia 2003 GIDDENS Anthony O Mundo na Era da Globaliza o Lisboa Editorial Presen a 2000 GIDDENS Anthony Sociologia 6 edi o Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 2008 2000 GIDDENS Anthony Capitalismo e Moderna Teoria Social 2 edi o Lisboa Editorial Presen a 1972 GIDDENS Anthony Sociology 2 edi o UK Polity Press 1993 GIL Jos A Tens o do Espa o P blico in Revista Vis o n 777 24 de Janeiro de 2008 p 30 GONZ LEZ Xos Manuel Souto dir Planeamento Estrat xico e Mercadotecnia Territorial 2001 GRAFMEYER Ives Sociologia Urbana Mem Martins Publica es Europa Am rica 1994 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 77 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL GUELL J Planificaci n Estrat gica de Ciudades Barcelona Editorial Gustavo Gili 1997 HALL Peter Waterfronts A New Urban Frontier in R Bruttomesso eds Waterfronts A New Frontier For Cities On Water Veneza International Center Cities on Water 1993 LEDRUT Raymond Sociologia Urbana Rio de Janeiro e S o Paulo Forense 1971 LESSARD H BERT Michelle GOYETTE Gabriel e BOUTIN G rald Investiga o Qualitativa Fundamentos e Pr ticas 2 edi o Lisboa Instituto Piaget 2005 1990 MATEUS Augusto amp Associados Desenvolvi
49. P opoo ogogo ofo Equipamentos i o i i Po i i i Empreitada H H H H i H H i i i Projecto Pod nana Fiscaliza o geral das empreitadas TERRRRIRICDRAo Gest o integrada da interven o H i Siderurgia Nacional Para a interven o no territ rio da Siderurgia Nacional considerou se um prazo total de 12 anos que ter in cio com a realiza o de trabalhos de prepara o de terreno seguidos da execu o das infra estruturas prim rias e arranjos exteriores durante um per odo de 10 anos Em paralelo ir decorrer a execu o de v rias reas de espa os verdes durante cerca de 7 anos seguindo se a constru o das obras de interesse geral e ainda equipamentos ioisigisicizisigisiniaai Plano de Pormenor 1 Prepara o de terreno E Infra estruturas gerais e arranjos exteriores Empreitada Projecto Espa os verdes Empreitada Projecto Obras de interesse geral Empreitada Projecto Equipamentos Empreitada Projecto Fiscaliza o geral das empreitadas Gest o Comercializa o 26 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Margueira Para o territ rio da Margueira tomou se um prazo total de 15 anos para a interven o respectiva que ser iniciado com a realiza o de trabalhos de prepara o de terreno e de demoli es ao longo de um per odo de um ano Segue se a constru o de infra estruturas mar timas ao longo de um per odo que se estima de tr s anos
50. PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Os encargos com a promo o da rea e capta o de actividades e clientes foram estimados em 6 8 milh es de euros Consideraram se como receitas geradas por esta interven o as que resultam da aliena o de lotes de terrenos infra estruturados estimadas em 97 2 milh es de euros C MARA MUNICIPAL DO SEIXAL No mbito da interven o de reconvers o urban stica do territ rio da Siderurgia Nacional destacam se os investimentos da responsabilidade da C mara Municipal do Seixal3 representando estes investimentos o esfor o m nimo que o munic pio do Seixal dever assumir assim como as receitas municipais que este munic pio obter com esta opera o Investimentos Total Equipamento cultural de mem ria da ind stria Alto Forno 5 629 500 Outros equipamentos p blicos de utiliza o colectiva a definir 7 036 875 Total de investimento 12 666 375 valores em euros valores com IVA Receitas Total Taxas e licen as 8 000 000 IMI IMT 18 000 000 Total das receitas 26 000 000 valores em euros 3 2 3 MARGUEIRA Responsabilidade dos investimentos a realizar nas opera es de reconvers o urban stica Sociedade gestora Prepara o de terreno Demoli es Infra estruturas mar timas Infra estruturas gerais prim rias arranjos exteriores e espa os verdes Obras de interesse geral t nel do Brejo e comparticipa o no investimento respeitante
51. STEINBACK John A P rola Lisboa Livros do Brasil 1948 TOFFLER Alvin A Terceira Vaga Lisboa Livros do Brasil 1980 UNESCO Manual de Pesquisa Social nas Zonas Urbanas XEREZ Romana Din micas do Territ rio Centralidades e Gentrifica o na rea Metropolitana de Lisboa VI Congresso de Sociologia Lisboa Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas 2008 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 79 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL ANEXOS Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 80 Centralidade periferia Acessibilidade a rea maritima terrestre Posi o hier rquica no plano nacional internacional Inova o econ mica e cultural e Dinamismo s cio produti vo Empresas multinacionais Sectores de ponta Centros de investiga o tecnologia Utiliza o e potencia o de condi es s cio produtivas Produtividade do capital e do trabalho e Custos de capital e do trabalho Dinamismo econ mico financeiro lt Recursos humanos qualifica o especializa o etc e Caracteristicas geo politicas Condi es naturais e ambientais Condi es hist rico patrimoniais Condi es de vida Habitat Seguran a e integra o social Consumo Presta o de servi os servi os p blicos infraestruturas e Uso e apropria o e
52. UL DOCUMENTO ESTRAT GICO Este corredor poder ser formado por tro os com distintas caracter sticas naturais recorte da linha de costa e de ocupa o humana perfil socioecon mico que dever o assumir tamb m pap is diferentes sempre articulando as fun es ecol gicas com as de lazer As actividades usos a privilegiar poder o ser muito diversificadas valoriza o do sistema de vistas p ex Trafaria actividades de lazer balnear p ex Ba a do Seixal desportos n uticos p ex Seixal Barreiro utiliza es l dicas ligadas s actividades prim rias p ex Moita percursos pedonais ou cicl veis e desporto informal s o algumas das poss veis fun es A implementa o deste corredor dever passar pela cria o de estruturas de apoio a essas v rias actividades que dever o potenciar uma utiliza o de proximidade constituindo um complemento aos parques urbanos dos aglomerados cont guos mas tamb m uma utiliza o de n vel metropolitano com capacidade de atrac o face a reas urbanas mais distantes Dever ainda articular se com a requalifica o das frentes ribeirinhas dos principais n cleos urbanos e a necessidade de permeabilizar algumas reas tais como as actualmente ocupadas com usos especiais e industriais 31 QUANTIFICA O DO INVESTIMENTO E PROPOSTAS PARA O SEU FINANCIAMENTO 3 1 PROJECTOS TRANSVERSAIS DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO E MUNIC PIOS A concretiza o de uma estrutura urbana equi
53. a Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 34 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Podem assim articular se um conjunto de projectos que permitam encontrar um novo modelo de cidade e novos valores de conectividade e sustentabilidade nomeadamente transforma o do espa o numa cidade pedonal comunidades projectadas de tal modo que as pessoas n o precisem de carros porque podem fazer a p o percurso at maior parte dos s tios onde precisam de ir Brown 2006 287 qualifica o da frente de gua e dos elementos naturais no mbito de espa os de usufruto e de lazer colectivo bem como a qualifica o dos elementos culturais e de interliga o urbana tornando esta uma rea de habita o a custos controlados com rcio e servi os nomeadamente com rcio tradicional e restaura o atrac o de novas actividades ligadas a projectos de inova o e s ind strias limpas e das energias renov veis constru o de edif cios que incorporem placas t rmicas de energia solar sistemas de climatiza o que utilizem vapor como energia prim ria e equipados com wc ecol gico trata se de uma sanita simples sem gua sem cheiro ligada a um pequeno dispositivo de compostagem Esta tecnologia reduz o uso residencial da gua cortando assim as contas e diminuindo a energia necess ria para bombear e purificar a gua
54. a o Para Giddens 2008 585 a gentrifica o o resultado da reciclagem urbana ou seja da renova o de edif cios em bairros degradados para serem utilizados por grupos com rendimentos mais elevados ou para servirem para equipamentos dedicados a servi los como lojas e restaurantes Por seu turno Ruth Glass soci loga a quem atribu do a defini o do conceito em 1964 descreve o nestes termos Um a um muitos dos quarteir es da classe trabalhadora de Londres t m vindo a ser invadidos pela alta e baixa classe m dia Modestos est bulos e casas de campo de dois andares t m sido alteradas quando o seu contrato de arrendamento inicial termina tornam se resid ncias caras e elegantes Quando este processo de centrifica o come a num bairro avan a rapidamente at todos ou muitos dos ocupantes originais da classe trabalhadora serem A s k A E 48 deslocados e todo o car cter social do bairro modificado O processo de gentrifica o dinamizado pela recupera o de zonas degradadas no centro das cidades O conceito tem uma conota o em termos de classe social e de local pressup e a mudan a de residentes por grupos de um n vel social superior e a altera o do aspecto do bairro e do local Xerez 2008 6 Sendo a cidade um espa o de encontro de pessoas que estabelecem rela es simultaneamente territ rio e popula o quadro f sico e unidade de vida colectiva configura o de objectos f
55. a o de estruturas e espa os urbanos com forte qualidade f sica e funcional e nessa medida com elevado potencial de polariza o em rela o aos territ rios envolventes definem um conjunto de op es estrat gicas para os territ rios da Margueira da Siderurgia Nacional e da Quimiparque no contexto do Arco Ribeirinho Sul associadas a cinco eixos priorit rios de interven o Actividades econ micas Manuten o das actividades industriais e outras com maior potencial de desenvolvimento e compat veis com as novas voca es destes territ rios Reordenamento espacial de algumas das actividades econ micas a manter tendo em vista a melhor articula o com as demais fun es urbanas e numa l gica de m tua complementaridade Reconvers o das actividades incompat veis com a actual ocupa o da envolvente e com as novas voca es destes territ rios Instala o de novas actividades econ micas de elevado valor acrescentado e geradoras de emprego qualificado designadamente de apoio ao novo aeroporto plataforma do Poceir o e ligadas ao rio mar Desenvolvimento de actividades econ micas ligadas ao turismo lazer designadamente na componente n utica Equipamentos Cria o de equipamentos ncora que pelas suas val ncias ou dimens o revelem um elevado potencial de afirma o do Arco Ribeirinho Sul na rea Metropolitana Instala o de equipamentos colectivos que garantam respostas nos dom ni
56. a os comportamentos humanos que est o na origem desses movimentos Ledrut 1971 12 10 O homem passa esta palavra sociedade ao pr ximo como se fosse uma moeda cujo valor se conhece e cujo conte do n o necess rio verificar Quando se diz sociedade e o outro o assimila ambos se entendem sem qualquer problema Elias 2004 1939 21 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 5 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Desta forma a no o de cidade aparece sempre ligada a conceitos territoriais e f sicos de espa os onde co existem pessoas servi os equipamentos e ind stria No entanto no mundo tecnol gico de espa os virtuais onde hoje nos movemos h quem extravase a no o de cidade ao conceito de cidadania considerando que a cidade integrante do indiv duo e quem traduza numa nica palavra o significado de cidade globaliza o uma palavra imensa e moderna que traduz um conceito relativamente novo e que est a reestruturar profundamente a forma de viver do ser humano Mas n o se podendo simplificar poss vel afirmar que as cidades s o o motor do crescimento econ mico da competitividade e do emprego e se constituem espa os privilegiados de produ o de riqueza de exerc cio da cidadania e de inser o internacional competitiva de um Pa s As cidades s o tamb m formas de express o e comunica o da E z E r g
57. a da regenera o urbana efectuada na fase de pesquisa para a presente tese II 4 1 Componente Ambiental Um processo de regenera o urbana ao procurar aliar a vontade humana vontade pol tica pode contribuir de forma significativa para estabelecer um novo modelo econ mico e territorial em espa os degradados procurando se que os casos pontuais de sucesso que v o surgindo se tornem a generalidade e ao mesmo tempo alcan ar os princ pios de desenvolvimento sustent vel De facto mais do que a organiza o do territ rio poss vel afirmar que a regenera o urbana vai resultar da interac o de cinco componentes aspectos de natureza biof sica aspectos t cnicos econ micos sociais e culturais espa os adaptados tendo em vista a satisfa o das necessidades da componente anterior agentes e actores que operam transforma es no territ rio aspectos pol ticos administrativos e institucionais que enquadram regulam e formalizam as rela es entre as componentes e as rela es no seio de cada componente Alves 2007 39 40 A regenera o urbana apresenta se como uma alternativa cred vel economia de desperd cio e centrada nos combust veis f sseis actual ao delinear propostas de desenvolvimento sustent vel que contrariem a excessiva especializa o territorial resultante das d cadas industriais e em simult neo promovam as vantagens de sinergias de diversidade e de proximidade urban
58. a e identificar as quest es gerais que lhe est o ligadas e deste modo formular uma quest o geral de investiga o ou seja proceder problematiza o Consequentemente estando identificados os conceitos gerais e os principais princ pios nos quais se desenvolvem a implementa o dos processos de regenera o urbana fui procedendo a uma an lise cr tica dos textos de investiga o mais espec ficos conduzindo a um questionamento cont nuo importante Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 12 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Foi assim poss vel chegar defini o da seguinte pergunta de partida para a investiga o Que projecto potencial se pode estabelecer para o espa o da ex Siderurgia Nacional num quadro de implementa o de um processo de regenera o urbana Para a constru o da pergunta de partida tive em conta os crit rios definidos por Quivy e Campenhoudt 1998 1995 34 46 que afirmam que formula o da pergunta de partida obriga o investigador a uma clarifica o frequentemente til das suas inten es e perspectivas espont neas pondo em pr tica uma das dimens es essenciais do processo cient fico a ruptura com os preconceitos e as no es pr vias Desta forma uma boa pergunta de partida deve poder ser tratada e poder se a partir dela trabalhar eficazmente bem como fornecer elementos para lhe res
59. a nascente da auto estrada traduzida no forte crescimento da constru o de alta densidade em tipologias multifamiliares para dormit rio da cidade de Lisboa Na parte nascente desta unidade a ocupa o urbana polinucleada descont nua e diversificada existindo n cleos hist ricos ribeirinhos ainda relativamente conservados e preservados mas tamb m bolsas de habita o de m qualidade construtiva e arquitect nica muito congestionadas e deficientemente equipadas e infraestruturadas algumas constituindo guetos com problemas de exclus o social A ocupa o industrial tem tradicionalmente uma forte presen a no Arco Ribeirinho no entanto a evolu o econ mica das ltimas d cadas levou obsolesc ncia e decad ncia de muitas unidades que se encontram abandonadas ou em processo de abandono A altera o dos processos de produ o e do tipo de produtos por um lado e o incremento dos sectores do com rcio e da armazenagem por outro imprimiram movimentos de reorganiza o espacial das actividades e inerentemente da oferta de emprego na Pen nsula de Set bal no sentido geral de deslocaliza o de actividades do arco ribeirinho em direc o s reas de Coina e de Set bal Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 54 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Deste modo a Estrat gia de Lisboa 2020 define o Arco Ribeirinho Sul com a requalifica
60. a sobre territ rios onde a instala o de importantes unidades industriais e estruturas portu rias motivou o desenvolvimento econ mico dos mesmos apartir da instala o de outras ind strias e de in meros servi os de apoio actividade produtiva e de apoio a uma popula o em cont nuo crescimento De facto essas mesmas unidades proporcionaram emprego constituindo a sustenta o econ mica de muitas fam lias residentes Como j referido anteriormente o modelo de suporte aos desenvolvimentos destes p los industriais esgotou se traduzindo se no encerramento dessas unidades da a necessidade de atribuir uma import ncia extrema a esta componente Em primeiro lugar a Proposta de Plano Estrat gico apresenta um eixo espec fico relativo s actividades econ micas agregando os seguintes projectos estruturantes consolida o das reas empresariais instala o de novas ind strias pesadas e relocaliza o ou reconvers o das actualmente existentes cria o de reas de habita o com rcio e servi os e instala o de um p lo de desenvolvimento tecnol gico e de ind strias criativas Em segundo lugar quantifica os impactos sobre a economia ao n vel de aumento da popula o residente com car cter permanente designadamente no que se refere s camadas mais jovens cria o de emprego no local na rea envolvente e a n vel regional tendo em conta os efeitos directos indirectos e induzidos aumento d
61. arem os seus recursos no limite e assim encontrarem as referidas E 13 vantagens compar ativas 13 Matias Ferreira 1997 39 denomina quatro p los dominantes da competitividade territorial e urbana necessariamente articul veis e complementares que ajudam a explicar as referidas motiva es e cujo quadro se encontra no anexo I Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 8 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL I 3 A Import ncia de Estudar a Regenera o Urbana e o Caso da Ex Siderurgia Nacional Compreender a regenera o urbana enquanto processo que reflecte profundas transforma es econ micas e sociais sem d vida a causa maior que tem levado tantos investigadores a debru arem se sobre este tema De facto falar da regenera o urbana implica estudar um conjunto de dimens es que tocam diferentes reas desde a social econ mica passando pela urban stica e ambiental que t m de ser aplicadas em profundidade para que a transforma o efectiva do espa o em causa aconte a Implica tamb m estudar quest es relacionadas com a globaliza o e a competitividade urbana com as parcerias p blico privadas que produzam rela es estrat gicas com benef cios m tuos com a emerg ncia de novos valores nomeadamente os associados s novas formas de exercer a cidadania e com o car cter ambiental nas interven es urbanas Actualmente existe uma propo
62. ativa ou n o A observa o um processo selectivo e que n o neutro implicando media o rimeiro por parte do investigador o primeiro instrumento de observa o e em seguida x Pd gt pelos outros instrumentos e ferramentas te ricos ou materiais que ele utiliza para recolher e registar os dados O p lo te rico corresponde inst ncia metodol gica em que as hip teses se organizam e em que os conceitos se definem O p lo morfol gico relaciona se com a estrutura o do objectivo cient fico Lessard H bert et al 2005 1990 21 22 De facto embora a organiza o e representa o dos dados perten am ao p lo morfol gico que por sua vez constitui a inst ncia privilegiada pelo investigador na redac o de um relat rio estas componentes n o deixam de se inserir em duas opera es do p lo te rico a an lise e a interpreta o dos dados No contexto dos referidos p los segui assim uma metodologia espec fica para elaborar a presente a disserta o de Mestrado que parte dos seguintes pressupostos relativos ao espa o em causa e tem tica da regenera o urbana o espa o da ex Siderurgia Nacional corresponde a uma rea de forte potencial abertura e renova o de usos capaz de se assumir como motor de transforma o do Concelho do Seixal no contexto do seu posicionamento estrat gico na rea Metropolitana de Lisboa Tese de Mestrado em Sociologia do Territ
63. bilizadas no quadro de uma estrat gia de interven o quer ao n vel metropolitano quer ao n vel local Estes terrenos em reas dispon veis ou a disponibilizar poder o acolher um vasto conjunto de fun es e actividades designadamente relacionadas com as din micas trazidas pelo novo aeroporto que dever o ser respons veis pelo crescimento e qualifica o das empresas e do emprego no Arco Ribeirinho Sul fixando uma popula o jovem e em crescimento j presente na Pen nsula de Set bal e atraindo novos residentes Simultaneamente as opera es a desenvolver nestas reas permitem colmatar necessidades actuais e introduzir fun es qualificadoras da vida urbana contribuindo para a promo o socioecon mica e cultural dos residentes e actividades do Arco Ribeirinho Sul assim como de todo o territ rio metropolitano 4 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO O quadro de acessibilidades rodovi rias ferrovi rias e fluviais a completar com um conjunto de investimentos j programados um dos factores que se revela desde j claramente favor vel ao desenvolvimento urbano e afirma o externa destes territ rios O aproveitamento destas potencialidades ter de ter em considera o as condicionantes que nalguns casos se constituem como factores cr ticos para o sucesso da estrat gia de reconvers o destes territ rios como sejam as quest es relacionadas com as ocupa es e usos actuais e a pos
64. com cada Munic pio directamente envolvido na respectiva rea de interven o do Projecto Almada Margueira Barreiro Quimiparque e Seixal Siderurgia Nacional que Contar o com participa o maiorit ria do Estado 60 por interm dio da sociedade gestora que assegurar a respectiva componente p blica central e minorit ria 40 do respectivo Munic pio Ter o como objecto social a execu o local do Projecto do Arco Ribeirinho Sul e a gest o dos investimentos p blicos nas respectivas reas e nos termos definidos no Plano Estrat gico Executar o o respectivo objecto social em fun o de um plano de actividades e investimentos plurianual e revis vel tamb m em fun o da pr pria din mica do mercado relativamente possibilidade de capta o de investimento privado com capacidade e flexibilidade para suportar eventuais necessidades de reprograma o financeira e sujeito a monitoriza o permanente por parte das entidades competentes do Estado Desenvolver o a sua actividade segundo par metros exigentes de racionalidade econ mica e financeira Na prossecu o do seu objecto social e em fun o do indicado no Plano Estrat gico a actividade de cada sociedade local dever desenvolver se no sentido de Apoiar a elabora o dos instrumentos de gest o territorial mais adequados e condicentes aos objectivos do Projecto Assegurar a infra estrutura o prim ria das zonas de interven o Assegurar a ed
65. com o esquema que se apresenta no subcap tulo II 5 Etapas para a Implementa o de um Processo de Regenera o Urbana Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 24 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Michel Foucault na sua obra Vigiar e Punir Nascimento da Pris o afirma que a disciplina aprisiona o corpo num espa o que extravasa a vertente f sica ou arquitect nica abrangendo as vertentes funcional e hier rquica para que esteja cada indiv duo no seu lugar e em cada lugar um indiv duo 2004 1975 conduzindo constru o dos planos estrat gicos que criam e estabelecem um conjunto de regras e ac es e os quais dever o ser observados na fase de implementa o para que tudo esteja ordenado e no seu lugar e a regenera o urbana seja efectivamente concretizada Por outro lado o factor tempo fundamental Um plano para ser til tem de estar pronto em tempo til tendo de existir uma correla o e uma articula o perfeitas entre a elabora o do plano e a sua entrada em vigor Foucault fala da necessidade de existir uma optimiza o de gestos uma maximiza o de movimentos para que n o exista desperd cio de tempo e assim sejam atingidas as melhores condi es de efic cia e rapidez ou seja importa extrair do tempo sempre mais instantes e de cada instante sempre mais for as teis 2004 1975 140 E portanto essencial na elab
66. componentes que abrange como realizar os ajustamentos que se revelem necess rios amp Estes planos de projecto podem basear se em estruturas tipo WBS Work Breakdown Structure que permitem de forma organizada estruturar o trabalho e saber a cada momento o est dio em que se encontra dividindo se em fases tarefas principais e subtarefas Dever o tamb m conter informa o sobre quem respons vel pela realiza o das tarefas o prazo determinado para a execu o das mesmas e o montante financeiro dispon vel Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 49 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Cap tulo IV O Projecto para o Espa o da ex Siderurgia Nacional IV 1 Enquadramento A gua constitui um dos elementos inici ticos de forma o da maior parte das cidades e portanto mais do que um elemento paisag stico a gua uma componente fundamental da cria o e consolida o das cidades Assim as frentes de gua urbanas ou frente ribeirinhas como mais comummente apelidamos s o os paradigmas das cidades de gua entendidas como cidades de historicidade urbana e cultural cuja frente urbana mar tima ou fluvial assume um papel emblem tico na estreita articula o entre terra e gua Esta rela o amplamente espelhada na hist ria do Concelho do Seixal e da ntima rela o que desde tempos imemoriais se estabeleceu com o rio Judeu bra o do rio Te
67. consultada foi poss vel definir o conjunto de t cnicas explicitadas de seguida por forma a poder concretizar as etapas da metodologia seguida Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 17 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL amp Pesquisa documental cl ssica Almeida e Pinto 1975 ou an lise documental Lessard H bert 2005 1990 ou em regime de observa o indirecta Deshaies 1997 amp T cnica n o documental em regime de observa o n o participante Almeida e Pinto 1975 ou t cnica viva Deshaies 1997 de observa o directa intensiva Peretz 2000 traduzida em entrevistas semidirectivas Albarello et al 1997 1995 ou semidirigidas Gauthier 2003 22 A pesquisa documental um m todo de recolha e de verifica o de dados que permite o acesso a fontes pertinentes sejam elas escritas ou n o que normalmente exige uma rela o complementar com outras t cnicas de investiga o como a entrevista e a an lise de conte do que procura agrupar significa es e n o voc bulos e em princ pio aplic vel a todos os materiais significantes a todas a comunica es n o se cantonando aos textos escritos Almeida e Pinto 1975 96 a an lise documental esp cie de an lise de conte do que incide sobre documentos relativos a um local ou a uma situa o corresponde do ponto de vista t cnico a uma observa
68. cria o de novas desloca es sejam elas em termos de pessoas ou de mercadorias originando consumos energ ticos e potenciando a cria o de novos focos de polui o directa ou indirecta A mobilidade assim um sector que apresenta bastantes condicionantes quer a n vel ambiental quer a n vel econ mico e social levando Eric Le Breton a afirmar que a mobilidade n o uma dimens o sectorial e aut noma da vida social pelo contr rio uma dimens o transversal a todas as pr ticas sociais sem excep o 54 ric Le Breton Homo mobilis in La ville aux limites de la mobilit Paris 2006 p 26 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 44 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Desta forma um dos aspectos a ser observado o tipo de mobilidade oferecida para a rea onde se vai intervir pedonal rodovi ria fluvial ou outra e para a liga o com a envolvente existente face acessibilidade pela proximidade nomeadamente quando estamos a falar de espa os devolutos ou abandonados aos quais se quer imprimir novas funcionalidades e uma nova vida citadina onde as interac es ao n vel do ru do polui o do ar tempo gasto nas desloca es stress e conflitos sociais se querem atenuados ou utopicamente inexistentes conferindo ao espa o regenerado uma nova qualidade de vida Neste contexto atrav s da regenera o urbana poss vel promove
69. de Ferreira 1999 p 27 Deste modo numa era em que os principais desafios que se colocam aos territ rios s o os da competitividade coopera o e da inova o no contexto de uma articula o equilibrada do local e do global Gonz lez 2001 46 apresentar as linhas estrat gicas para a implementa o de um processo de regenera o urbana no espa o desactivado da ex Siderurgia Nacional no Concelho do Seixal revela se importante no quadro global de um desenvolvimento urbano que se quer equilibrado e integrador dos objectivos do ordenamento do territ rio Por outro lado pretende se aproximar o Seixal sua frente de gua revalorizando o papel da gua vis vel n o apenas numa dimens o mais material da sociedade nos mecanismos de interven o urbana e nos modos de vida da popula o mas tamb m numa dimens o simb lica de representa es sensibilidades e significa es culturais Ferreira 1999 24 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 51 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL IV 1 1 Enquadramento nos Instrumentos de Ordenamento e Gest o do Tertit rio Do Programa Nacional de Pol ticas de Ordenamento do Territ rio PNPOT aprovado pela Lei n 58 2007 de 4 de Setembro passando pelo Plano Regional de Ordenamento do Territ rio da rea Metropolitana de Lisboa PROTAML pela Estrat gia Lisboa 2020 e p
70. de superf cie e deslocaliza es Demoli es Infra estruturas gerais prim rias arranjos exteriores e espa os verdes Obras de interesse geral deslocaliza o do terminal fluvial e extens o do Metro Sul do Tejo ao territ rio da Quimiparque Equipamentos culturais e ou desportivos l dicos e escola secund ria C mara Municipal do Barreiro Equipamentos culturais e ou desportivos l dicos Outros investimentos em equipamentos p blicos de utiliza o colectiva a definir SOCIEDADE GESTORA A interven o no territ rio da Quimiparque abrange investimentos que globalmente contribuem para a reconvers o urban stica daquele territ rio estimados entre 146 3 e 156 6 milh es de euros Os custos de estrutura e de gest o desta interven o foram estimados entre 11 5 e 16 1 milh es de euros Os encargos com a promo o da rea e capta o de actividades e clientes foram estimados em 22 4 milh es de euros Consideraram se como receitas geradas por esta interven o as que resultam da aliena o de lotes de terrenos infra estruturados estimadas em 320 5 milh es de euros 15 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO C MARA MUNICIPAL DO BARREIRO No mbito da interven o de reconvers o urban stica do territ rio da Quimiparque destacam se os investimentos da responsabilidade da C mara Municipal do Barreiro2 representando estes investimentos o esfor o m nimo que o munic pio do Bar
71. desenvolvimento empresarial comunit rio e cultural da cidade como um todo 38 MATEUS Augusto amp Associados Desenvolvimento Empresarial e Urbano do Barreiro Estrat gia e Plano de Ac o 2007 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 29 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Figura 7 Projecto URA Fonte www uta org Com uma longa experi ncia de desenvolvimento urbano existindo desde 1946 sendo a primeira institui o a efectuar projectos de regenera o urbana nos EUA tem actuado de forma significativa sobretudo em projectos de regenera o de terrenos ex industriais contaminados bem como em vastas frentes ribeirinhas Actualmente actua de forma importante na afecta o tanto de espa os empresariais como de espa os residenciais em vectores s cio econ micos e espaciais politicamente definidos Assim programas de desenvolvimento econ mico de regenera o e investimento imobili rio e de apoio social e habitacional s o a maioria das vezes estruturados e geridos em conjunto com objectivos que compreendem cada territ rio como um todo no mbito do mix use e das vis es mais sist micas e integradas das din micas urbanas Usando os seus poderes a URA promove o investimento p blico procura parcerias e o interesse de investidores privados e negoceia com os mais variados actores incluindo as comunidades locais Promove as s
72. e mobilidade e proximidade Ferreira 2005 apresenta se como oportuno e necess rio enquanto elemento de aux lio na elabora o de um processo de desenvolvimento sustent vel num cen rio de integra o equitativa das componentes econ mica social e ambiental semelhan a do que tem ocorrido em v rias cidades do Mundo e que mais recentemente se verifica em muitas cidades portuguesas sobretudo ao abrigo de programas como o POLIS XXI tamb m o Concelho do Seixal pretende avan ar com um projecto de regenera o urbana que abrange a zona ribeirinha e o espa o da ex Siderurgia Nacional Neste contexto surge a presente disserta o como contributo para a discuss o desse projecto procurando avaliar se as linhas estrat gicas desenhadas confluem ou n o para o que habitualmente se designa como projecto de regenera o urbana O primeiro cap tulo apresenta o tema em estudo e a sua relev ncia Segue se o segundo cap tulo no qual se detalha a metodologia utilizada O enquadramento conceptual nomeadamente de regenera o urbana e de frentes de gua efectuado no terceiro cap tulo O quarto cap tulo apresenta o projecto definido para o espa o da ex Siderurgia Nacional integrado no Projecto do Arco Ribeirinho Sul Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 1 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL CAP TULO I Problematiza o I 1 A Regenera o Urbana e
73. e as duas margens que pode ser colmatado com o estabelecimento de novos p los que completem na margem esquerda aquela rede A localiza o o dimensionamento e o programa dos p los a criar refor ar ao longo do Arco Ribeirinho Sul dever o ser equacionados numa perspectiva integrada e em articula o com as opera es a desenvolver nas reas objectivo de interven o As op es estrat gicas do eixo priorit rio de interven o associado mobilidade e acessibilidades s o prosseguidas por um conjunto de projectos estruturantes ligados a infra estruturas de transporte 9 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Constru o da Terceira Travessia do Tejo incluindo o alargamento do IC 21 A constru o da ponte rodo ferrovi ria entre Chelas e o Barreiro e o consequente alargamento do IC 21 para dar resposta aos fluxos associados nova travessia do Tejo traduzem se na melhoria da acessibilidade a Lisboa de todo o Arco Ribeirinho Sul uma vez que criada uma nova alternativa rodo e ferrovi ria e sobretudo dos concelhos do Seixal Barreiro e Moita at agora com mais dificuldades de acesso margem norte do estu rio O aproveitamento das vantagens desta nova infra estrutura est dependente da constru o conclus o de outras infra estruturas quer ao n vel regional constru o do tro o final da CRIPS quer sub regional Variantes EN 10 e EN 11 2 e ponte Seixal Barreiro Caso se confi
74. e forma aberta sendo ileg timo que se transformem em processos de gentrifica o o que tendencialmente se tem verificado sobretudo nos casos do modelo americano onde os mais pobres e mesmo a classe trabalhadora e as minorias raciais s o normalmente exclu das destes novos espa os e n o t m capacidade para neles participar quer a n vel cultural quer material R Timothy Sieber Interven o nas Frentes de gua das Cidades Americanas in A Cidade da Expo 98 Lisboa Biz ncio 1999 p 70 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 74 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Esta garantia inexistente no Projecto Arco Ribeirinho Sul tal como o foi nos projectos hoje considerados de sucesso como Baltimore e Barcelona o que torna dif cil afirmar que existem projectos de regenera o urbana puros ou seja onde todas as ns BO o dimens es da regenera o urbana estejam concretizadas Devemos pensar na teoriza o do pr prio conceito de regenera o urbana Reflectindo na elabora o de modelos largamente perme veis adapta o aos projectos concretos ou em alternativa for ar a adapta o dos projectos rigidez do modelo Uma quest o que urge responder Por fim existem dois pontos que necessitam ainda de ser equacionados a participa o financeira do sector privado e a participa o p blica Em rela o ao primeiro o sec
75. e longa dura o est estreitamente associado a perturba es sociais dado que as pessoas que n o t m emprego por um longo per odo de tempo tendem a perder as compet ncias e a auto estima necess rias para voltar a adquirir um lugar no mercado de trabalho a menos que lhe seja prestado um apoio adequado e atempado Uma das caracter sticas dos processos de regenera o urbana a cria o de 46 21 7 habita o uma vez que um dos objectivos ltimos de reconverter uma frente de gua gt degradada torn la convidativa de modo a que as pessoas queiram voltar a morar l 8 estar sem trabalho assemelha se cada vez mais a estar a mais a ser se rejeitado por surp fluo por in til Estar sem trabalho implica que o indiv duo deixou de ser imprenscind vel at mesmo que tenha deixado para sempe de ser necess rios vendo se desterrado para o dep sito de lixo do progresso econ mico Bauman 2006 20 4 O desempregado de hoje sobretudo aquele que o por um periodo prolongado est a um passo de cair no buraco negro dos desclassificados homens e mulheres que n o pertencem a qualquer grupo social indiv duos margem de qualquer classe Deste modo pouca dist ncia separa os surp fluos dos delinquentes os desclassificados e os delinquentes n o s o mais do que dois subconjuntos do total dos elementos anti sociais Bauman 2006 20 Apresentar um perfil para descrever
76. ecess rias para que se assuma o processo como de cria o de algo novo e melhor num espa o degradado e que actores est o dispon veis para participar Por outro lado a lideran a dever ser assumida pela entidade promotora atrav s do seu representante m ximo sendo tamb m nesta fase definidos os principais aliados e impulsionadores do processo l deres empresariais pol ticos e associativos t cnicos e intelectuais dos meios universit rios e ensino polit cnico H ainda que equacionar os meios t cnicos administrativos e financeiros necess rios para conduzir o processo de regenera o urbana de forma sustentada sem interrup es provocadas pela falta de recursos financeiros ou de condi es log sticas Ferreira 2005 Deste modo o objectivo que no decurso da etapa 1 seja definida a metodologia a utilizar e a modalidade de elabora o do diagn stico e da estrat gia bem como organizadas as estruturas t cnicas administrativas e participativas que suportar o o processo de regenera o urbana Ou seja pode proceder se elabora o de um diagn stico preliminar que identifique os aspectos cr ticos sobre os quais o projecto de regenera o urbana deve incidir Sequencialmente aferi a exist ncia de uma etapa 2 traduzida na realiza o dos estudos t cnicos necess rios para formular um diagn stico da rea onde se pretende intervir analisando quer a situa o interna quer a envolvente externa E
77. elle e SAINT GEORGES Pierre de Pr ticas e M todos de Investiga o em Ci ncias Sociais 1 Edi o Lisboa Gradiva 1997 1995 ALMEIDA Jo o Ferreira de e PINTO Jos Madureira A Investiga o nas Ci ncias Sociais 3 Edi o Lisboa Editorial Presen a 1975 ALVES Rui Manuel Amaro Pol ticas de Planeamento e Ordenamento do Territ rio no Estado Portugu s Coimbra Funda o Calouste Gulbenkian e Funda o para a Ci ncia e Tecnologia 2007 ARON Raymond As Etapas do Pensamento Sociol gico 3 edi o Lisboa Dom Quixote 1994 BAUMAN Zygmunt Confian a e Medo na Cidade Lisboa Rel gio d gua 2006 BONNET Michel e AUBERTEL Patrice org La ville aux limites de la mobilit France Sciences sociales et soci t s BROWN Lester R Plano B 2 0 Trancoso C mara Municipal de Trancoso 2006 C MARA MUNICIPAL DO SEIXAL SIDERURGIA NACIONAL EMPRESA DE SERVI OS S A SNES E URBIND STRIA SOCIEDADE DE URBANIZA O E INFRAESTRUTURA O DE IM VEIS S A Relat rio que estabelece as orienta es ou termos de refer ncia para a interven o urban stica a realizar na rea de Interven o do Estudo de Ordenamento Urbano e Paisag stico da rea da Siderurgia Nacional 2006 Comiss o de Coordena o da Regi o de Lisboa e Vale do Tejo PROTAML Plano Regional de Ordenamento do Territ rio da rea Metropolitana de Lisboa Lisboa 2002 Com
78. elo Plano Estrat gico de Desenvolvimento da Pen nsula de Set bal PEDEPES entre outros existe unanimidade em considerar a necessidade de uma aposta forte no refor o dos factores de inova o e competitividade tendo em vista o desenvolvimento sustentado do territ rio nomeadamente do Concelho do Seixal A especializa o e diferencia o de produtos e ou segmentos fundamental na prossecu o da capacita o de determinado territ rio entre as op es estrat gicas territoriais para a Regi o de Lisboa o PNPOT refere expressamente a reabilita o dos espa os industriais abandonados com projectos de refer ncia internacional nos de maior valia em termos de localiza o em particular nos que permitam valorizar as qualidades c nicas do Tejo e a cria o de uma rede de espa os para instala o de servi os avan ados e actividades de I amp D que contribuam para a afirma o da regi o como uma plataforma de servi os internacionais Nas op es para o Modelo Territorial para a rea Metropolitana de Lisboa as din micas recentes apontam para as seguintes tend ncias Reestrutura o do Arco Ribeirinho margem sul por via da emerg ncia de centralidades apoiadas nas novas acessibilidades e em alguns projectos de infra estrutura o e renova o urbana Proteger as frentes ribeirinhas e a zona costeira e desenvolver um programa coerente de qualifica o que valorize o seu potencial como espa o de recreio e
79. entidades Transformar os espa os ribeirinhos atrav s de projectos inovadores que integram a diversidade social hist rica cultural e paisag stica tem sido bandeira nos programas governamentais e municipais ao n vel pol tico E esta transforma o surge pela necessidade de dar resposta s modernas exig ncias de compatibiliza o entre os efeitos espaciais negativos da evolu o econ mica e a necessidade de salvaguarda da qualidade urbana e ambiental das frentes de gua Da reabilita o de edif cios renova o de espa os degradados passando pela reconvers o de reas industriais obsoletas foi encontrado um novo conceito e como refere 5 EM Syme em Mi Novecentos e Oitenta e Quatro todos os conceitos necess rios ser o expressos exactamente por uma palavra de sentido rigidamente definido e cada significado ER E E 4 6 3 as N e subsidi rio eliminado esquecido que extravasa estas interven es mais simplistas a regenera o urbana Foi assim necess rio encontrar uma nova palavra que traduzisse este conceito na sua plenitude refor ando a ideia de profundidade das interven es e de que ao implementar um processo de regenera o urbana n o estamos s a determinar implica es no espa o f sico mas tamb m ao n vel das componentes econ micas e ambientais com as decorrentes consequ ncias sociais 3 Tecnicamente a reabilita o pode definir se como um melhoramento significat
80. erados no contexto desta reestrutura o Por outro lado o Plano Estrat gico apresenta um novo modelo territorial para o espa o do Arco Ribeirinho onde se inclui a rea em estudo de acordo com os efeitos da constru o do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete Apesar de n o apresentar um eixo espec fico para as quest es sociais as mesmas est o subjacentes aos restantes eixos bem como nos projectos estruturantes nomeadamente no que respeita cria o de reas habitacionais a reconvers o funcional destes territ rios dever basear se num conceito de multifuncionalidade e densidade numa l gica de estrutura o de v rios n cleos com razo vel dimens o cr tica e oferta funcional Edif cios e espa os p blicos dever o ser concebidos com base em exigentes crit rios de qualidade p ex crit rios de efici ncia energ tica que contribuam para a valoriza o da imagem dos novos espa os As reas habitacionais dever o ser misturadas e complementadas em propor es expressivas por com rcio e servi os incluindo equipamentos p blicos que n o s d em resposta aos novos residentes trabalhadores e actividades mas tamb m complementem a oferta existente nas reas urbanas envolventes e mesmo na AML em geral suprindo car ncias eventualmente existentes em alguns dom nios Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 68 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA
81. es locais n o s pelas opera es de vitrina urbana Ferreira 1999 36 geralmente de car cter ef mero socialmente massificante e culturalmente diversificados mas tamb m pelas novas funcionalidades conferidas a esses espa os A implementa o de processos de regenera o urbana nas frentes de gua constitu ram em muitos casos uma aposta estrat gica para transformar determinados espa os em novas funcionalidades tornando se verdadeiros ex l bris de algumas cidades actualmente estudos de caso como Boston e Baltimore os ber os da regenera o urbana as docklands de Londres ou Barcelona 7 Ver cap tulo III Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 4 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL I 2 As Cidades e as Frentes d gua Como se tanta terra fosse de mais e s o mar pudesse ser efectivamente uma partida Mas depois constato agora o mar tamb m era de mais Acabei por ficar num espa o de ningu m entre a terra e o mar ou mais prosaicamente numa frente de gua Ferreira 1998 181 O s culo XX poder vir a ficar na hist ria da humanidade como o s culo da mudan a de uma sociedade rural para uma sociedade urbana em 1900 menos de 10 da popula o mundial vivia em cidades enquanto que actualmente metade da popula o do planeta urbana O aumento da popula o urbana durante os ltimos cem anos foi pois
82. forma o fornecida pelos sujeitos O objectivo ltimo de qualquer an lise de conte do conseguir produzir infer ncias v lidas e reprodut veis a partir dos textos analisados Landry 2003 351 e como tal todo o material compilado no campo como as notas de trabalho e as transcri es das entrevistas considerado uma fonte de dados Para a an lise dos dados recorri a um modelo com caracter sticas de emparelhamento abordando as teorias da regenera o urbana aplicadas ao espa o em an lise e hist ricas na medida em que procedi compara o no tempo n o s das transforma es que ocorreram na zona de interven o como dos pressupostos de implementa o dos processos de regenera o urbana no contexto internacional 27 LANDRY R jean A An lise de Conte do in GAUTHIER Benoit dir Investiga o Social Da Problem tica Colheita de Dados 3 Edi o Loures Lusoci ncia 2003 28 LANDRY R jean A An lise de Conte do in GAUTHIER Benoit dir Investiga o Social Da Problem tica Colheita de Dados 3 Edi o Loures Lusoci ncia 2003 2 Yin prop e tr s modelos de an lise e interpreta o dos dados qualitativos a modelo de emparelhamento partindo de uma teoria o investigador prediz uma configura o te rica que compara configura o emp rica observada b modelo iterativo na aus ncia de teoria o investigador constr i passo a passo
83. ga o 5 etapa an lise da informa o e conclus es processo de verifica o emp rica isto an lise dos dados e conclus es do estudo Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 11 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Figura 1 Problematiza o segundo uma l gica dedutiva q e Rea a Escolha de um tema de investiga o Experi ncias pessoais Formula o de uma Textos quest o geral cient ficos de investiga o e teorias e modelos a nis e conceitos A Ene a pia ma ea an lise e rela es critica das informa es pertinentes e vari veis Delimita o de um problema espec fico de investiga o q 1 Formula o de uma quest o espec fica de investiga o E v Hip tese v Estrat gia de investiga o v Colheita de dados v An lise e interpreta o Fonte Gauthier 2003 71 Neste contexto comecei por escolher um tema de investiga o decorrente da minha vida profissional e da leitura de obras dentro deste dom nio de estudo a regenera o urbana Estando escolhido o tema procedi elabora o da quest o geral que orientasse a sequ ncia do processo de investiga o Atrav s de leituras sugeridas por especialistas em sociologia urbana e ordenamento do territ rio foi me poss vel inventariar os problemas gerais contempor neos na rea da regenera o urban
84. gua t m impulsionado a remo o das prncipais actividades poluidoras implementando espa os com qualidade ambiental que produzem benef cios ao n vel s cio econ mico ver capitulo ITI 7 Ver cap tulo IV Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 73 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Em segundo lugar existe alguma falta de clareza no Plano Estrat gico relativamente facilita o do fen meno de gentrifica o Ou seja o Plano prev a constru o de habita o que respeite determinados crit rios de qualidade bem como seja complementada e integrada ao n vel da oferta de com rcio e servi os No entanto a hip tese da exist ncia de habita o a custos controlados n o foi considerada correndo se o risco de criar um espa o elitizado seleccionando se o tipo de popula o a ser atra da para essas reas um pouco semelhan a do que aconteceu no Parque das Na es e em quase todos os pa ses que implementaram projectos de regenera o urbana e s o hoje refer ncias das tend ncias internacionais Efectivamente o fen meno da gentrifica o o elemento mais criticado nos projectos de regenera o urbana pois a transforma o dos espa os a este n vel mais profundo invariavelmente tem conduzido especula o imobili ria tornando cara quer a habita o e por isso apenas acess vel s classes m dia alta e alta da popula o quer os es
85. iamente concisa mas perme vel de quatro etapas Enquadramento An lise e Diagn stico Estrat gia de Desenvolvimento e Implementa o Figura 8 Etapas do Processo de Regenera o Urbana i Etapa 1 Enquadramento Etapa 2 An lise e Diagn stico Etapa 3 Estrat gia de Desenvolvimento Monitoriza o Avalia o Fonte pr pria Este um processo de racioc nio l gico e sequencial cujas etapas devem ser combinadas da forma mais adequada ao espa o onde se pretende intervir em fun o das componentes ambientais econ micas e sociais pretendidas ou desej veis 5 Destacando se na abordagem da regenera o urbana Couch Fraser e Percy Urban Regeneration in Europe 2003 e igualmente Roberts e Sykes Urban Regeneration A Handbook 2003 e na especificidade do territ rio portugu s Ferreira e Indovina A Cidade da Expo 98 1999 56 Como por exemplo a exist ncia de um projecto ncora e a constitui o de uma sociedade para gerir os projectos ver sub cap tulos anteriores Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 46 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Neste contexto defeni a etapa 1 como uma fase pr via de defini o da rea onde se pretende intervir e da forma como se pretende intervir na mesma Nesta etapa devem equacionar se as condi es de viabilidade ou seja se existem as condi es n
86. ibeirinho Sul refor am e d o consist ncia s op es definidas nestes instrumentos Com efeito os investimentos p blicos previstos entre os quais a constru o do novo aeroporto de Lisboa NAL permitem consolidar a cidade de duas margens Simultaneamente o novo contexto cria desafios para este territ rio que requerem medidas antecipadas de ordenamento que evitem o desenvolvimento urbano dispersivo e qualifiquem as reas urbanas mais consolidadas Nesse quadro a requalifica o dos antigos complexos industriais da Margueira da Siderurgia Nacional e da CUF Quimigal surge como uma oportunidade enquanto alavanca do desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul no contexto da AML que se pretende constituir como uma grande metr pole de duas margens centrada no Tejo 1 21 DIN MICAS RECENTES E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL IMPACTO DOS GRANDES INVESTIMENTOS P BLICOS As din micas recentes verificadas no Arco Ribeirinho Sul d o conta de um conjunto de transforma es territoriais que se t m traduzido numa gradual altera o da configura o deste territ rio e do seu posicionamento no contexto metropolitano regional e nacional Por outro lado um amplo conjunto de grandes investimentos p blicos previstos para os pr ximos anos ir ter impactos significativos neste territ rio redireccionando as din micas de crescimento e modificando o modelo territorial A constru o da ponte Chelas Barreiro a insta
87. iente 56 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL IV 2 Situa o Actual da Ex Siderurgia Nacional O espa o da ex Siderurgia Nacional apresenta um forte potencial de reconvers o contribuindo fortemente para a cria o da Cidade das Duas Margens atrav s da instala o de actividades din micas e inovadoras De facto trata se de uma rea com condi es favor veis ao acolhimento de um vasto conjunto de fun es e actividades e que quando enquadrado no projecto global do Arco Ribeirinho Sul e tendo encontra novos factos como a localiza o do Novo Aeroporto de Lisboa permite pensar no crescimento e qualifica o de empresas e do emprego na fixa o de uma popula o jovem e na atrac o de novos residentes bem como na promo o socioecon mica e cultural dos residentes Figura 10 rea da ex Siderurgia Nacional Fonte C mara Municipal do Seixal Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 57 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL A instala o do complexo industrial da Siderurgia Nacional ocorreu nos anos 60 durante um per odo de forte crescimento da economia europeia desenvolvendo se em torno de grandes unidades de fabrico de a o Este desenvolvimento conduziu atrac o de outras unidades industriais transformando o Concelho do Seixal e consequentemente resultou no aumento da popula o e na expans o urbana
88. ifica o de equipamentos culturais e sociais 24 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Em articula o com os Munic pios adoptar um mecanismo de instru o pr via do licenciamento de projectos mediante constitui o de comiss es mistas Contribuir para o desenvolvimento das ac es estruturantes em mat ria de valoriza o e requalifica o ambiental e urbana dinamiza o de actividades tur sticas culturais de lazer ou outras que contribuam para o desenvolvimento econ mico e social das ares abrangidas pela interven o Dever o integrar uma estrutura operacional igualmente simples as sociedades dever o ser consideradas tamb m meras sociedades ve culo reduzidas ao n mero de colaboradores estritamente necess rio para assegurar o apoio adequado aos rg os sociais e a assist ncia a terceiros privilegiando a contrata o externa de servi os O Conselho de Administra o de cada sociedade de execu o local integrar a Um Presidente com fun es n o executivas comum s tr s sociedades o administrador executivo da sociedade gestora em regime de iner ncia b Um vogal com fun es executivas c Um vogal com fun es n o executivas indicado pelo respectivo munic pio Considerando a natureza e objectivos do Projecto do Arco Ribeirinho Sul a coordena o t cnica e a gest o integrada do Projecto dever o ser confiadas a uma entidade p blica com experi ncia compro
89. industriais deram origem a novos modelos de espa os urbanos com a conviv ncia de actividades produtivas sustent veis e n o contaminantes com a cria o por exemplo de uma extensa rede de vias para bicicletas 29km com a constru o de habita es equipadas com placas t rmicas de energia solar TEIXEIRA Miguel Branco Reconvers o da reas Urbanas em Frentes de gua in FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 35 NEL LO Oriol A Transforma o da Frente de Mar de Barcelona in FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 27 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Figura 5 Projecto 22 a Barcelona Fonte http www 22barcelona com Em Barcelona a quest o da especula o imobili ria n o foi devidamente contornada e tal como na zona das Docklands em Londres tamb m adquirir uma habita o nesta zona oriental da capital catal se tornou demasiado dispendioso Bilbao A requalifica o urbana de uma s rie de territ rios portu rios e industriais em Bilbau tem vindo a desenvolver se desde meados da d cada de 1990 respondendo grave crise industrial da d cada anterior O projecto global denominado de Bilbao
90. influenciar o sucesso do projecto Neste contexto apresenta se um resumo das principais oportunidades amea as for as e fraquezas que condicionam e ou potenciam o desenvolvimento desta regi o espec fica com base em diagn sticos j elaborados ao n vel de instrumentos de gest o territorial De referir que este um resumo meramente indicativo e que tem cabimento nesta apresenta o do espa o da ex Siderurgia Nacional No cen rio de oportunidades h que destacar em primeiro lugar os progressos previstos nas acessibilidades o desenvolvimento de novos factores chave de atrac o e manuten o da localiza o de actividades econ micas concedendo nomeadamente relevo s infra estruturas de difus o de informa o conhecimento e de tecnologias e de servi os de suporte e obten o de ganhos de competitividade pela aposta estrat gica em novas formas de gest o organiza o e log stica geradoras de maior valor acrescentado pela via da sustenta o da qualidade inova o e diferencia o da oferta e de uma capacidade de resposta r pida ao mercado no quadro de cadeias de valor das actividades econ micas mais alargadas Ao n vel das amea as mais importantes ao desenvolvimento surgem a degrada o dos recursos ambientais e da qualidade do espa o 62 A Avalia o do Desenvolvimento Socioecon mico MANUAL T CNICO II M todos e T cnicas A An lise da Informa o SWOT in Observat rio do QREN
91. io revela um intenso potencial de renova o e refor o da sua import ncia no contexto metropolitano Este potencial ampliado pela possibilidade deste projecto de reconvers o urban stica e ambiental beneficiar de sinergias criadas pelo elevado volume de investimentos p blicos previstos para a margem sul tais como o novo aeroporto a nova travessia do Tejo e a plataforma log stica do Poceir o o que lhe permite alargar a atractividade deste territ rio e juntar aos seus os efeitos de requalifica o urbana e valoriza o socioecon mica destes outros investimentos N o negligenci veis s o tamb m as repercuss es na economia nacional atrav s das receitas fiscais geradas Estas resultam por um lado da valoriza o imobili ria da zona de interven o e reas adjacentes resultante da elimina o dos efeitos induzidos pela degrada o destas reas e pela constru o de novos equipamentos e por outro lado dos efeitos multiplicadores que o aumento da despesa em bens e servi os necess rios para a realiza o da interven o t m no curto prazo sobre a economia nacional 21 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO No mbito dos grandes investimentos em reconvers o urban stica e ambiental em contexto nacional o Projecto Expo 98 surge inevitavelmente como uma refer ncia Um estudo de 2002 desenvolvido pelo Gabinete de An lise Econ mica da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa es
92. iss o Europeia Uma Nova Parceria para a Coes o Terceiro Relat rio sobre a Coes o Econ mica e Social 2004 Conselho Europeu de Urbanistas A Nova Carta de Atenas 2003 A Vis o do Conselho Europeu de Urbanistas sobre as Cidades do s c XXI Lisboa 2003 COUCH Chris FRASER Charles e PERCY Susan Urban Regeneration in Europe 1 Edi o Oxford Blackwell Science 2003 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 76 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL DESHAIES Bruno Metodologia da Investiga o em Ci ncias Humanas Lisboa Instituto Piaget 1997 ELIAS Norbert A Sociedade dos Indiv duos 2 edi o Lisboa Dom Quixote 2004 1939 FERREIRA Ant nio Fonseca Gest o Estrat gica de Cidades e Regi es Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 2005 FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 FERREIRA V tor Matias Lisboa A Metr pole e o Rio Lisboa Biz ncio 1997 FERREIRA V tor Matias Cidades de gua Mar Urbano Impress es de Viagens in Sociologia Problemas e Pr ticas n 26 1998 pp 181 186 FOUCAULT Michel Vigiar e Punir Nascimento da Pris o 29 edi o Petr polis Editora Vozes 2004 1975 GAUTHIER Benoit dir Investiga o Social Da Problem tica Colheita de
93. ivo do estado de um alojamento ou de um im vel A interven o sobre o quadro constru do portanto muito menos radical do que no caso da renova o pois consiste em atranjar o existente e n o em substitu lo por novas constru es Grafmeyer 1994 136 4 No sentido estrito a renova o d se quando um novo edif cio constru do no local e em lugar de um outro que o precedeu Pode incidir pontualmente num im vel ou produzir se pelo contr rio sobre um largo per metro Grafmeyer 1994 133 5 Obra de George Orwell escrita em 1948 e que conta a hist ria de Winston um apagado funcion rio do Minist rio da Verdade de Oce nia Syme seu colega no Minist rio e de como ele parte da indiferen a perante a sociedade totalit ria em que vive se revolta levado pelo amor por J lia e incentivado por O Brien um membro do Partido com quem Winston simpatiza e de como acaba por descobrir que a pr pria revolta fomentada pelo Partido no poder Curiosamente o filme 1984 realizado por Michael Radford e baseado no livro foi filmado nas Docklands de Londres antes do processo de regenera o 6 Cf ORWELL George Mil Novecentos e Oitenta e Quatro pref de Jos Pacheco Pereira 4 ed Lisboa Moraes 1984 op cit p 63 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 3 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Pretende se a atrac o das popula es para ess
94. jo que entra no Seixal Desde logo uma importante referencia constru o dos moinhos de mar apartir do in cio do s culo XV que polvilham a Ba a desde a Ponta dos Corvos pen nsula do Alfeite at Corroios Amora Torre da Marinha da Azinheira Paio Pires at Coina fazendo parte do importante centro moageiro do estu rio do rio Tejo que aproveitava a gua das mar s Mais do que a exist ncia de terrenos de baixa altitude que permitiam a constru o de pequenas represas para reter a gua foram factores de natureza geogr fica e econ mica que impulsionaram a edifica o destes moinhos nomeadamente a proximidade a Lisboa grande centro de consumo de p o e ponto de partida de grande n mero de embarca es para as terras que os Portugueses iam colonizando ap s as Descobertas a exist ncia de bons transportes fluviais que garantiam o transporte da mat ria prima para as moendas e o escoamento das farinhas Nabais 1986 45 De facto a exist ncia de transportes fluviais facilitou a implanta o de actividades industriais e de servi os que ocuparam um lugar de relevo entre as actividades desenvolvidas na regi o do Seixal Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 50 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL O decl nio do tr fico fluvial ocorre com a mudan a do cen rio do rio e dos portos do concelho do Seixal com menos barcos em moviment
95. l do Seixal e respons vel pelo Plano de Pormenor que a Autarquia est a elaborar em conjunto com a Siderurgia Nacional Empresa de Servi os S A SNES e a Urbind stria Sociedade de Urbaniza o e Infraestrutura o de Im veis S A no mbito do Projecto Ribeirinho Sul A recolha de informa o documental foi complementada com fontes escritas oficiais traduzidas nos documentos fornecidos pela C mara Municipal do Seixal nomeadamente o dossier do Estudo de Ordenamento mapas protocolos elaborados com a SNES e a Urbind stria a Proposta de Plano Estrat gico e outros de interesse e n o oficiais tais como recortes de imprensa anunciando as perspectivas do Munic pio relativamente rea livros e outras obras especializadas que s o express o directa das quest es sociais pol ticas e econ micas do uso conferido ao espa o da ex Siderurgia Nacional da sua situa o actual e das perspectivas de futuro Por fim a pesquisa documental recaiu sobre a recolha dos dados estat sticos necess rios para proceder an lise da evolu o da posi o do concelho do Seixal no contexto europeu nacional e regional A recolha dos elementos estat sticos foi efectuada junto do INE Instituto Nacional de Estat stica e da C mara Municipal do Seixal 24 oficial uma fonte que depende de uma autoridade p blico documentos que s o emitidos por uma autoridade p blica ou recebidos por essa autoridade e
96. la o do novo aeroporto de Lisboa NAL na zona do campo de tiro de Alcochete e a implementa o da plataforma log stica do Poceir o s o os exemplos mais expressivos mas que se replicam em muitas outras infra estruturas de car cter mais local regional com particular nfase no dom nio das acessibilidades Mas sobretudo a instala o do NAL que vai transformar o territ rio do Arco Ribeirinho Sul e toda a rea Metropolitana de Lisboa Se por um lado devem ser instaladas junto infra estrutura aeroportu ria as fun es que dependem directamente dela e n o podem estar afastadas por outro lado as restantes infra estruturas e servi os de suporte ao aeroporto devem ser desenvolvidos nos principais aglomerados do Arco Ribeirinho Sul A ocupa o de reas n o consolidadas ou livres bem como a reconvers o de algumas reas obsoletas nomeadamente de brownfield permitir o disponibilizar os espa os necess rios para as novas fun es 2127 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO 1 31 CONTEN O E COES O URBANA FACTORES DE REQUALIFICA O URBANA E AMBIENTAL A consolida o urbana do Arco Ribeirinho Sul aproveitando a oportunidade de a estabelecer importantes fun es de apoio ao aeroporto promove a valoriza o das centralidades presentes neste territ rio as redes de infra estruturas de transportes existentes e j previstas e os espa os desocupados ou em reconvers o que se encontram dispon
97. librada e de um modelo integrado de desenvolvimento econ mico e social para o Arco Ribeirinho Sul exige a realiza o de um vasto conjunto de investimentos p blicos em projectos transversais e de suporte para a materializa o do novo papel que este vai ser chamado a desempenhar na realidade metropolitana que se pretende criar Est o neste plano os seguintes investimentos Infra estruturas de transporte Terceira Travessia do Tejo MOPTC RAVE Concession rias Circular do Arco Ribeirinho Sul Variantes EN 10 e 11 2 Estradas de Portugal Munic pios Ponte Seixal Barreiro RAVE Estradas de Portugal Munic pios Extens o a Alcochete Estradas de Portugal Munic pios Conclus o do IC 32 CRIPS Estradas de Portugal Rede do Metro Sul do Tejo concretiza o das fases 2 e 3 at ao Lavradio MST Concession ria Rede do Metro Sul do Tejo extens o do metro ao interior do territ rio da Quimiparque MST Concession ria Quimiparque Rede do Metro Sul do Tejo liga o do terminal de Cacilhas ao viaduto do Brejo passando pelo interior do territ rio dos antigos estaleiros da Lisnave MST Concession ria Fundo Margueira disponibilidade de comparticipa o no valor do investimento 13 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Gare Sul Interface intermodal no Lavradio Concession rias Descontamina es resolu o dos passivos ambientais Quimiparque EGF
98. m a um diagn stico detalhado sobre a situa o actual do territ rio ao n vel dos pontos fortes e fracos potencialidades e estrangulamentos existentes e consequentemente permitir desenhar uma estrat gia de desenvolvimento sustent vel esta estrat gia deve ser integradora de v rias componentes ambiental social econ mica etc e sustentar a utiliza o eficiente dos recursos humanos materiais naturais e econ micos existentes no territ rio as linhas estrat gicas a definir devem ser claras e sempre que poss vel quantific veis de modo a que a monitoriza o e avalia o do processo de regenera o possa ser mais facilmente e objectivamente efectuada o processo de regenera o urbana n o est tico mas sim din mico permitindo a adapta o de objectivos e linhas de actua o medida que se for conhecendo melhor a zona de interven o ROBERTS Peter The Evolution Definition and Purpose of Urban Regeneration in COUCH Chris et all Urban Regeneration in Europe Oxford 2003 pp 18 19 76 Ver capitulo HI Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 72 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL De referir ainda o cuidado deste Plano em enfatizar as vantagens comparativas do territ rio nomeadamente no que respeita ex Siderurgia Nacional ao apresentar um conjunto de factores de competitividade que confere a este espa o a capacidade de se
99. m dos territ rios objecto de interven o at projectos de escala metropolitana e nacional Por outro lado os projectos encontram se em situa es distintas quanto ao respectivo grau de desenvolvimento Para al m dos novos projectos propostos alguns dos quais decorrem de inten es j manifestadas por alguns agentes locais regionais com interven o no territ rio incluem se projectos cuja execu o se encontra programada bem como projectos em curso que complementam os primeiros 7 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Os eixos priorit rios actividades econ micas equipamentos e identidade e valores socioculturais concretizam se atrav s de um conjunto de projectos estruturantes associados em termos globais aos usos e fun es e que de forma integrada prosseguem as op es estrat gicas daqueles eixos Consolida o das reas empresariais As reas de localiza o empresarial actualmente existentes podem ver refor ada a sua import ncia face s novas infra estruturas e equipamentos p blicos tais como a plataforma log stica do Poceir o e o NAL com as quais devem articular se Tamb m a proximidade aos portos de Set bal Lisboa e Sines pode ser valorizada nas estrat gias de ocupa o destes espa os O previs vel aumento do emprego gerado pelas empresas a instalar contribuir para reduzir a depend ncia do Arco Ribeirinho em rela o AML Norte e os consequentes movimen
100. m virtude das responsabilidades que lhe est o confiadas por lei por regulamentos ou por certos costumes not rios Albarello et al 1997 1995 23 25 A imprensa di ria ou semanal fornece not cias e factos E igualmente um dos ve culos privilegiados da publicidade Ilustra as opini es de grupos ou de categorias sociais determinadas e por isso desempenha um papel essencial na vida pol tica e social imprensa de opini o expressiva tanto pelas escolhas que faz como pelas lacunas que apresenta Albarello et al 1997 1995 23 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 19 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Por outro lado recorri a estudos e investiga es que j foram objecto de publica o tais como o PROT AML Plano Regional de Ordenamento do Territ rio da rea Metropolitana de Lisboa o PEDEPES Plano Estrat gico de Desenvolvimento da Pen nsula de Set bal e o PDM Plano Director Municipal evitando deste modo ter de empreender estudos pr vios demorados e dispendiosos quando j existe informa o dispon vel e tratada K E 26 Relativamente s entrevistas o facto de ter contactos privilegiados com os representantes da C mara Municipal do Seixal decorrentes da minha actividade profissional facilitou o acesso n o se tendo registado entraves ou dificuldades marca o das entrevistas Foram entrevistados o Dr Manuel Dura
101. mas a n vel urban stico social e econ mico Os decisores das cidades procuraram ent o uma estrat gia de reorienta o social e 1 Urban areas always performed a wide range of functions Shelter security social interaction and the sale and purchase of goods and services are among the traditional roles of a town or city Roberts e Sykes 2000 6 2 eu diria sem hesitar que a globaliza o tal como estamos a viv la a muitos respeitos n o apenas uma coisa nova tamb m algo de revolucion rio A globaliza o pol tica tecnol gica e cultural al m de econ mica A globaliza o n o apenas mais uma coisa que anda por a remota e afastada do indiv duo E tamb m um fen meno interior que influencia aspectos ntimos e pessoais das nossas vidas A globaliza o a raz o que leva ao reaparecimento das identidades culturais em diversas partes do mundo Giddens 2000 22 24 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 2 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL econ mica que reconvertesse estas reas abandonadas devolvendo as s cidades e aos seus residentes Actualmente assiste se cada vez mais revaloriza o da rela o das cidades com o elemento gua recuperando o ambiente e a paisagem reconvertendo os usos assegurando a integra o dos espa os e a participa o activa na reformula o das id
102. mento Empresarial e Urbano do Barreiro Estrat gia e Plano de Ac o Barreiro 2007 MELA Alfredo BELONNI Maria Carmen e DAVICO Luca A Sociologia do Ambiente Lisboa Editorial Estampa 2001 MULLINS Patrick Tourism Urbanization in International Journal of Urban and Regional Research n 3 1991 NABAIS Ant nio J C Maia Hist ria do Concelho do Seixal patrim nio industrial Moinhos de Mar Seixal C mara Municipal do Seixal 1986 ORWELL George Mil Novecentos e Oitenta e Quatro pref de Jos Pacheco Pereira 4a ed Lisboa Moraes 1984 PERETZ Henri M todos em Sociologia Lisboa Temas e Debates 2000 QUIVY Raymond e CAMPENHOUDT Luc Van Manual de Investiga o em Ci ncias Sociais 2 di o Lisboa Gradiva 1998 1995 REIGADO Felisberto Marques Desenvolvimento e Planeamento Regional Uma Abordagem Sist mica Vol P Lisboa Editorial Estampa 2000 ROBERTS Peter e SYKES Hugh Urban Regeneration A Handbook Londres SAGE Publications 2000 SARAIVA Maria da Gra a Amaral Neto O Rio Como Paisagem Gest o de corredores fluviais no quadro do ordenamento do territ rio Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 1999 SEITZ John L Quest es Globais Uma Introdu o Lisboa Instituto Piaget 1995 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 78 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL
103. n Clemente o Sr Aranha Figueiredo membro do Grupo de Trabalho de Avalia o da Proposta de Plano Estrat gico e Assessor da Divis o Administrativa do Urbanismo da C mara Municipal do Seixal e o Dr Alfredo Monteiro Presidente da C mara Municipal do Seixal Em rela o a este ltimo a entrevista foi realizada de forma escrita tendo entregue em papel as perguntas no seu gabinete As respostas foram complementadas com conversas informais nas reuni es da Assembleia Municipal qual perten o enquanto deputada 26 pela rede de rela es pessoais ou sociais da pessoa oriundas dos grupos de perten a como os sindicatos as associa es profissionais que dever transitar o pedido de entrevista Albarello et al 1997 1995 106 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 20 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL II 3 An lise dos Dados A an lise de dados tem por objectivo contribuir para o avan o dos conhecimentos fornecendo novas infer ncias e novas interpreta es tanto no plano te rico como emp rico Estas contribui es fazem emergir novas orienta es que suscitam an lises cada vez mais profundas Landry 2003 365 Para a an lise dos dados recolhidos utilizei a t cnica de an lise de conte do um m todo de tratamento de dados qualitativos que recorre a fontes apresentadas anteriormente documentos observa o e in
104. na medida em que se trata de um processo de regenera o urbana as componentes a ter em conta na formaliza o do diagn stico n o se limitam ao espa o f sico extravasando se s quest es ambientais econ micas sociais e da mobilidade 57 El l der puede ser una persoan f sica de reconocido prest gio o una instituci n de s lida implantaci n en la comunidad El reconocimiento de liderazgo sea una persona o una instituci n determinar de manera significativa el grado de involucraci n de gran parte de los agentes sociales y econ micos en el proceso de planificaci n G ell 1997 83 58 E nesta fase que a entidade promotora deve definir como pretende elaborar os estudos t cnicos de suporte elabora o da estrat gia contratando uma equipa externa constituindo uma equipa interna ou uma equipa interna recorrendo a consultores externos Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 47 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Estando realizado o diagn stico detalhado da rea que requer a interven o e identificados os problemas bem como definidas as parcerias poss vel passar etapa 3 que defini como sendo a etapa de prepara o da estrat gia desenvolvendo em primeiro lugar uma vis o integrada para a defini o do objectivo geral e das linhas estrat gicas Figura 9 Defini o da Estrat gia de Desenvolvimento Vala Objectivo
105. nde se perceber se o Projecto Arco Ribeirinho Sul corresponde ou n o a um processo de regenera o urbana Se a cidade apenas a soma das suas partes que polariza fluxos de homens de mercadorias de informa es e neste sentido um centro n o importa quais sejam os modos de inscri o espacial Grafmeyer 1994 17 19 ser que a cria o de uma nova centralidade para a Grande Lisboa passa pela reconvers o destas frentes de gua e reas industriais abandonadas S o estas as quest es que conduziram formula o da pergunta de partida para a 6 y Es r yoa 1 x investiga o e atrav s da leituras de v rias obras sobre o tema consegui definir um poss vel modelo em quatro etapas para implementar um projecto de regenera o urbana 16 Obras devidamente referenciadas ao longo do presente trabalho e indicadas na bibliografia Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 10 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL I 4 A Pergunta de Partida para esta Investiga o Toda a investiga o se constr i a partir de uma quest o intrigante Mas para obter a resposta desejada preciso saber colocar a quest o certa a partir de um problema articulado Chevrier 2003 65 x o 18 O processo de investiga o envolve um conjunto de etapas desde o momento em que o investigador inicia o processo de pesquisa at que os resultados obtido
106. nos da Quimiparque pode justificar uma deslocaliza o do terminal fluvial para esta rea que permitiria tamb m encurtar o tempo de percurso entre o Barreiro e Lisboa e contribuir para o refor o da nova centralidade Esta op o permitiria tamb m reduzir os impactos da circula o de embarca es que actualmente se faz numa zona de forte sensibilidade ambiental Os terminais de Almada do Barreiro e do Seixal ter o sempre de articular se com o MST o que dever originar uma altera o ao tra ado previsto no Anteprojecto de 1995 96 Por outro lado e face instala o do MST que aproxima os tr s terminais os servi os oferecidos dever o ser repensados numa l gica de forte complementaridade Instala o da Gare Sul gare intermodal no Lavradio A constru o da terceira travessia do Tejo contemplando para al m da linha de alta velocidade a ferrovia convencional ir criar uma nova esta o a localizar no Lavradio Mais do que um terminal de transportes esta gare dever constituir se como uma r tula entre os territ rios que serve e articula quer se trate de espa os adjacentes Barreiro Lavradio Baixa da Banheira quer de territ rios mais distantes atrav s dos v rios modos de transporte presentes ferrovi rio pesado rodovi rio metro e atrav s destes transporte fluvial 10 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Esta esta o ir permitir a liga o s j existente
107. nos territ rios da Quimiparque Siderurgia Nacional e Margueira pretendem promover a sua reconvers o urban stica consubstanciada num ambiente urbano de qualidade contribuindo para a cria o de novas centralidades Pretende se assim mantendo uma componente de actividade industrial e de log stica de nova gera o criar estruturas e espa os urbanos com forte qualidade f sica e funcional e fomentar a reconvers o dos usos dominantes refor ando os usos de habita o com rcio servi os e equipamentos 1 A estimativa de investimento apresentado respeita infra estrutura de transporte e a instala es de apoio 14 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO As interven es poder o desenvolver se atrav s de parcerias entre entidades p blicas e eventuais parcerias p blico privadas nomeadamente com os detentores de direitos de superf cie A implementa o de cada uma das tr s interven es ser faseada em conson ncia com as restantes interven es previstas ao n vel das acessibilidades e com o desenvolvimento da procura que se vier a verificar ou seja a calendariza o dos investimentos ser executada de forma a optimizar a rela o entre os prazos de comercializa o e os per odos de execu o dos investimentos 3 2 1 QUIMIPARQUE Responsabilidade dos investimentos a realizar nas opera es de reconvers o urban stica Sociedade gestora Prepara o de terreno Resgate dos direitos
108. nseguran a urbana Como refere Giddens 2008 numa era da globaliza o movimento e r pida mudan a as grandes cidades tornaram se express es concentradas e intensificadas dos problemas sociais que afligem a sociedade como um todo De facto como visto em cap tulos anteriores a degrada o das frentes de gua teve origem na altera o de equil brios e interdepend ncias f sicas e funcionais que se mantinham desde a revolu o industrial Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 38 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Como tal os processos de regenera o urbana come am a ser desenvolvidos e implementados pela necessidade de devolver a vida a esses espa os degradados e conseguirem deste modo a acompanhar os tempos modernos num mundo cada vez mais globalizado Isto porque as frentes de gua degradadas para al m de visualmente desagrad veis confluem para a constru o de um cen rio de desemprego decorrente do encerramento dos portos ou das unidades industriais e portanto potenciadoras de 5 o E k p 44 fen menos de exclus o social e marginalidade O emprego um factor fundamental de inclus o social n o s porque gera rendimento mas tamb m porque pode promover a participa o social e o desenvolvimento pessoal devendo articular se e integrar se com outras pol ticas relacionadas de combate pobreza um facto que o desemprego d
109. ntes de criar massa cr tica suficiente para apoiar e incentivar projectos que dinamizem e diversifiquem a base econ mica e social do espa o de interven o Por outro lado sendo as cidades locais de aglomera o populacional de determinada escala nas quais o cidad o estabelece rela es de v rios tipos nomeadamente sociais culturais e comerciais que v o sedimentando ao longo dos s culos e atrav s das quais cria a estrutura identidade e significado da sua imagem a quest o da participa o p blica revela se de extrema relev ncia Sendo o projecto de regenera o urbana concretizado para a popula o o mesmo deve ser concretizado com a popula o de modo que os mun cipes devem ser chamados a participar na fase da elabora o da estrat gia para que possam apresentar as suas contribui es e sentir o projecto como seu oportuno comprometer os cidad os na procura de solu es para os problemas urbanos e conceder lhes um grau de responsabilidade pol tica e institucional que os comprometa com o desenvolvimento da rea urbana onde vivem Deste modo a identidade territorial e a auto estima do e pelo povo aumentar o Gonz lez 2001 83 3 somos a ltima gera o de uma civiliza o velha e a primeira gera o de uma civiliza o nova e que grande parte da nossa confus o ang stia e desorienta o se pode relacionar directamente com o conflito existente em n s e nas nossas instit
110. o resultante da intensifica o dos transportes terrestres que foram substituindo os fluviais do abandono da pesca no rio Tejo e na barra o desprezo da energia das mar s deixando parar os moinhos de mar e o assoreamento do rio O rio Coina com a instala o da Siderurgia Nacional em 1961 em Paio Pires ficou bastante transformado os pequenos portos que existiam entre Paio Pires e Coina foram destru dos Tamb m a ind stria metal rgica corticeira e outras entraram em decl nio durante a grave crise que assolou a Pen nsula de Set bal na d cada de 80 que acentuou a depend ncia dos seus concelhos em rela o a Lisboa refor ando se a estrutura nucleada ribeirinha do Tejo No entanto a identidade hist rica e cultural do Seixal enquanto cidade da gua n o se perdeu pelo contr rio assiste se renova o de um patrim nio hist rico cultural em constante processo de reactualiza o face ao pr prio movimento das respectivas contemporaneidades Ferreira 1999 p 18 que tornou a Ba a do Seixal no seu ex libris No entanto a frente ribeirinha do Seixal apresenta um conjunto de espa os devolutos que compreendem reas ocupadas por edif cios industriais desactivados como o caso da Siderurgia Nacional localizada na freguesia de Paio Pires ao qual poss vel imprimir novas funcionalidades postulando uma potencialidade de reutiliza o dessas reas tornadas dispon veis numa distinta e posterior activida
111. o tecnol gica e materializado pela liberaliza o econ mica manifesta se pela concentra o da gest o e das fun es nas grandes cidades conduzindo ao crescimento acelerado das regi es metropolitanas reas onde preferencialmente est o a decorrer ou j decorreram projectos de regenera o urbana De acordo com Giddens 2002 45 47 a globaliza o significa a intensifica o das rela es escala mundial possibilitando a liga o entre localidades diferentes de tal forma que as ocorr ncias locais s o moldadas por circunst ncias que se d o a muitos quil metros de dist ncia e vice versa globaliza o conduz assim a uma economia desligada dos territ rios em termos f sicos considerando as cidades como simples pe es num jogo de xadrez escala mundial 42 Em 1986 o Governo ingl s criou as Task Forces para serem o elo de liga o entre o sector p blico o sector privado e a comunidade local em termos de implementa o de processos de regenera o urbana Um dos seus principais objectivos promover a cria o de emprego e para tal trabalham directamente com sector privado criando condi es para a atrac o de empresas e com a popula o local atrav s da promo o da forma o profissional Robert e Sykes 2000 71 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 37 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL JII 4 3 Componente Social Num p
112. o de artefactos escritos Lessard H bert 2005 1990 143 No entanto de acordo com Albarello et al poss vel recorrer a fontes documentais n o escritas e escritas Tendemos com demasiada frequ ncia a considerar que as fontes escritas ou orais s o as nicas a que podemos recorrer Trata se como evidente de uma limita o excessivamente arbitr ria Existem muitas outras fontes que muitas vezes s o seguras tanto em fun o da sua mat ria constitutiva como pelo facto de geralmente constitu rem tamb m testemunhos n o intencionais o que contribui para a sua credibilidade 1997 1995 17 23 A t cnica da entrevista desenrola se num contexto de observa o directa que implica a tomada de nota dos factos das opini es dos sentimentos das reflex es e dos comportamentos relativos aquilo que se passa ou existe num determinado local ou numa determinada situa o recolhendo as palavras utilizadas pelos indiv duos observados a fim de caracterizar as pessoas as situa es e os objectos com os quais est o relacionadas Peretz 2000 36 Desta forma a entrevista uma t cnica de pesquisa que visa obter informa es de interesse em que o investigador formula perguntas orientadas com um objectivo definido As entrevistas podem ser mais ou menos estruturadas dependendo do grau de pr determina o das quest es a serem colocadas pelo que eu seleccionei a entrevista semidirigida que constitui
113. o de impostos gerados pelas actividades a criar principalmente no que se refere aos impostos municipais IMI Imposto Municipal sobre Im veis e IMT Imposto Municipal sobre Transac es Tendo em linha de conta os espa os destinados a cada um dos usos resultantes das tr s opera es de reconvers o urban stica apresenta se um quadro com a estimativa dos impactos directos Principais impactos sobre a economia Descri o Siderurgia Quimiparque i Margueira Nacional Postos de Trabalho Impactos directos Com rcio Servi os Equipamento Log stica Ind stria Pequeno Porte Ind stria Pesada Postos de Trabalho k 17 688 Impacto directo 4 14 740 Impacto indirecto E 2 211 Impacte induzido 737 Din mica Demogr fica Directa a 20 740 23 688 41 500 0 Estimativa de receitas do IMT e do IMI em cada Munic pio As estimativas apontam para um crescimento de residentes permanentes da ordem dos 17 000 novos habitantes e para a cria o de um n mero de postos de trabalho directos ultrapassando os 55 000 podendo o impacte total ser traduzido na cria o de cerca de 66 000 postos de trabalho O conjunto dos tr s projectos poder gerar receitas fiscais apenas IMI estimadas em cerca de 95 375 milhares de euros de salientar o car cter inovador deste projecto que garante um compromisso dos munic pios na realiza o de investimento tendo por base a aplica o de receitas fiscais futuras 1
114. o metropolitano nesta mancha que se integram as tr s reas objecto de interven o no mbito do Projecto do Arco Ribeirinho Sul Margueira Siderurgia Nacional e Quimiparque que podem assim assumir se como fundamentais para a prossecu o dos objectivos de consolida o conten o e coes o urbanas 1 4 CARACTERIZA O DO ARCO RIBEIRINHO SUL E DOS TERRIT RIOS OBJECTO DE INTERVEN O 1 4 1 1 O ARCO RIBEIRINHO SUL no contexto do Arco que se estende entre Almada e Alcochete que devem ser consideradas as opera es a realizar naqueles tr s territ rios uma vez que se espera que as mesmas tenham impactos directos numa rea mais vasta funcionando como alavanca do fomento e afirma o de todo o Arco Ribeirinho Sul ao n vel metropolitano e nacional e simultaneamente refor ando a competitividade da AML Este territ rio esteve desde sempre ligado ao estu rio do Tejo O seu desenvolvimento come ou a fazer se notar especialmente no in cio do s culo XX estando associado ao crescimento da ind stria e da actividade portu ria e aos fortes fluxos populacionais impulsionados por essas actividades A partir da d cada de 60 o crescimento demogr fico dos concelhos que integram o Arco Ribeirinho Sul resultou principalmente do processo de suburbaniza o da cidade de Lisboa Este iniciara se nos anos 50 abrangendo os munic pios da margem norte do rio Tejo e estendendo se na d cada seguinte margem sul Nos
115. o move to the countryside because of the negative aspects of living in a city such as congestion pollution and crime In conjunction with some people s desire to relocate firms out of urban areas because of the push factors of the city To prevent this urban regeneration strategies have focused on improving urban infrastructure reducing the reclamation and assembly costs of urban land through a range of grants and enhancing the skill base of the local workforce through targeted training schemes designed to improve the job prospects of the local wotkforce Robert e Sykes 2000 63 e 64 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 36 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Desta forma na componente econ mica devem desenvolver se estrat gias integradas e integradoras dos actores envolvidos num processo de regenera o urbana muito concretas de promo o instala o de actividades econ mico empresariais em sectores ou clusters de particular interesse actividades geradoras de emprego n o somente as geradoras de empregos de qualifica o elevada actividades ligadas a projectos de inova o nas mais variadas escalas e sectores actividades ligadas aos novos paradigmas da ind stria limpa da sustentabilidade e das energias renov veis e actividades ligadas a componentes n uticas Por outro lado o fen meno da globaliza o possibilitado pela evolu
116. o rendimento fiscal atrav s da estimativa do aumento de impostos gerados pelas actividades a criar principalmente no que se refere aos impostos municipais IMI Imposto Municipal sobre Im veis e IMT Imposto Municipal sobre Transac es 70 Ver etapa 3 71 Ver cap tulo IV Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 67 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Tamb m a dimens o da Mobilidade e Acessibilidades constitui um eixo estrat gico do Plano em an lise sendo prosseguido por um conjunto de projectos estruturantes ligados s infra estruturas de transporte destacando se a reactiva o do terminal portu rio existente na Siderurgia Nacional No que respeita ao terminal portu rio concessionado Atlanport as actividades actualmente desenvolvidas particularmente as descargas de sucatas n o s o compat veis com o processo de requalifica o urbana e ambiental que se pretende Deste modo o Plano Estrat gico avan a com solu es A liga o ferrovi ria entre o porto de Set bal e a Siderurgia Nacional recentemente conclu da permite que esse abastecimento venha a ser feito atrav s daquele porto com capacidade para fazer a descarga de sucatas A eventual reactiva o do terminal portu rio existente na Siderurgia poderia constituir uma outra solu o para aquela situa o Essa hip tese bem como o abandono definitivo deste terminal dever o ser pond
117. ocal e do patrim nio natural arqueol gico arquitect nico e s cio cultural local Cursos de p s gradua o e especializa o t cnica dirigida aos cachos regionais Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 53 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL 1V 1 2 O Projecto do Arco Ribeirinho Sul Enquadrado nas orienta es expressas nos instrumentos de gest o territorial acima referidos encontra se o Projecto do Arco Ribeirinho Sul que assenta na requalifica o dos antigos complexos industriais da Siderurgia Nacional no Concelho do Seixal da Margueira no Concelho de Almada e da CUF Quimigal no Concelho do Barreiro O Arco Ribeirinho Sul integra v rias subunidades distintas a mancha urbana consolidada desenvolvida em torno da margem esquerda do Estu rio do Tejo de Cacilhas ao Montijo o interior dos concelhos de Almada e Seixal a faixa litoral da Costa da Caparica e das praias urbanas estendida at Fonte da Telha incluindo algumas reas urbanas de car cter tur stico as vertentes ribeirinhas do concelho de Almada No seu conjunto estas subunidades constituem a grande coroa urbana da margem sul O desenvolvimento urbano do Arco Ribeirinho de Cacilhas ao Montijo iniciou se a partir dos locais de acessibilidade fluvial a Lisboa A constru o da Ponte 25 de Abril fomentou uma suburbaniza o em grande escala no tro o ribeirinho de Almada ao Fogueteiro
118. ociedade local em parceria com o Munic pio cujo objectivo social ser a execu o do projecto e a gest o dos investimentos p blicos Esta sociedade ser constitu da por capital maiorit rio do Estado 60 atrav s da sociedade gestora que assegurar a respectiva componente p blica central e minorit rio 40 do respectivo Munic pio As Dimens es da Regenera o Urbana Em muitos dos projectos de regenera o urbana que se t m desenvolvido verificou se e verifica se que os objectivos econ micos e as estrat gias pol ticas se sobrep em aos valores e car ncias de ndole social esquecendo se a necessidade de implementar medidas potenciadoras de uma maior equidade s cio espacial conduzindo aos casos de gentrifica o Efectivamente as estrat gias seguidas e subsequentes opera es t m na sua grande maioria um forte cunho urban stico seguindo as l gicas de desenvolvimento urbano de base essencialmente espacial e de gest o regula o dos usos do solo Por outro lado a regenera o urbana das frentes de gua t m impulsionado a remo o das principais actividades poluidoras implementando espa os com qualidade ambiental que produzem benef cios ao n vel s cio econ mico Na rea da ex Siderurgia Nacional tendo em conta a actividade industrial pr existente que originou um forte passivo ambiental existem um milh o e 400 mil toneladas de res duos bem como solos contaminados com 21 mil tonelada
119. odo as estrat gias globais de regenera o urbana t m sido desenvolvidas e justificadas no mbito das estrat gias globais de desenvolvimento da cidade metr pole em que se encontram inseridos os respectivos territ rios sendo quase todos os projectos iniciados no universo municipal 73 Tal como visto no capitulo II foi definido um processo de 4 etapas Enquadramento An lise e Diagn stico Estrat gia de Desenvolvimento Implementa o 74 Um mundo sustent vel n o significaria a aus ncia de crescimento mas a nfase seria posta nos valores intelectuais morais e espirituais e n o nos objectos materiais A ra a humana parece estar num momento cr tico Aperceber se das coisas negativas que est a fazer vida na Terra e rumar numa nova direc o antes que seja tarde demais uma esp cie que se est a desenvolver intelectual moral e espitualmente A incerteza destas respostas o que torna o dia actual excitante e um desafio para a vida Seitz 1995 284 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 71 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Neste contexto e tal como foi sendo referido ao longo deste trabalho existem um via S 75 5 x conjunto de princ pios que procuram reger os processos de regenera o urbana Isto para que um projecto possa ser caracterizado de regenera o urbana existe um conjunto de r m 76 itens q
120. onais mas tamb m em termos simb licos e de legibilidade deste territ rio como um todo coerente Uma ponte no esteiro do Coina no tro o final nascente da variante EN 10 ligar o concelho do Seixal ao do Barreiro Por seu lado no extremo poente daquela via uma liga o em t nel Margueira permitir fechar o anel vi rio O prolongamento desta via no concelho do Barreiro cruzar a nascente com o IC 21 onde se prev um importante n de liga o dando acesso nova travessia do Tejo e a Lisboa Conclus o do IC 32 CRIPS Numa l gica semelhante ao eixo anterior mas numa escala mais regional o prolongamento do IC 32 at auto estrada A2 permite completar um anel que corresponde ao limite sul das reas de maior densidade de ocupa o no Arco Ribeirinho Sul e que se pretende consolidar Este eixo vem permitir a articula o externa entre os principais n cleos urbanos deste territ rio e sua liga o nova ponte Reconvers o das infra estruturas ferrovi rias desactivadas ou a desactivar A eventual desactiva o da linha de caminho de ferro entre o Lavradio onde se localizar a nova gare intermodal e a esta o do Barreiro permitiria abrir a oportunidade de criar nesse tro o um novo eixo urbano articulando o n cleo mais antigo do Barreiro a poente e as reas mais recentes a sul com as reas a reconverter nos terrenos da Quimiparque e o interface no Lavradio O car cter a conferir ao eixo que poder
121. ora o de um plano estrat gico utilizar o tempo de forma exaustiva para que seja til Deste modo podemos depreender que a regenera o urbana uma actividade de interven o num determinado espa o combinando as vontades dos sectores p blico e privado e da comunidade Roberts e Sykes 2000 8 sendo uma ferramenta que permite efectuar mudan as nas circunst ncias sociais econ micas pol ticas e ambientais de um determinado espa o urbano Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 25 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL II 2 Tend ncias Internacionais na Regenera o Urbana Os processos de regenera o urbana tiveram in cio nos Estados Unidos com a revitaliza o das frentes de gua de cidades como Boston e Baltimore na d cada de 50 onde se verificou a transforma o de antigas zonas industriais obsoletas em espa os novos e multifacetados em termos de com rcio servi os e lazer Figura 4 Boston e Baltimore BOSTON 2007 BALTIMORE 1950 Fontes www cityofboston gov e www baltimorecity gov 33 TEIXEIRA Miguel Branco Reconvers o da reas Urbanas em Frentes de gua in FERREIRA V tor Matias e INDOVINA Francesco org A Cidade da Expo 98 1 edi o Lisboa Editorial Biz ncio 1999 26 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente UM PROCESSO DE REGENERA O URB
122. os de exist ncia colectiva alcan a a sua express o m xima 2006 67 A import ncia de preserva o do espa o p blico decorre das transforma es globais que hoje conduzem constru o de in meros centros comerciais onde os indiv duos despendem as suas horas de lazer em consumismo num espa o que efectivamente privado e que est o a substituir os coretos jardins e ruas de com rcio tradicional outrora espa os de encontro de elei o bem como a pr pria televis o que segundo Jo o Gil a uma for a que impede o alargamento do espa o p blico a televis o tornou se o pilar em que se apoia a nossa democracia A televis o encolheu o espa o p blico nacional Uma situa o paradoxal paralisa hoje o espa o p blico portugu s enquanto se alarga no seu conte do nos seus temas na sua vontade subterr nea de express o quer dizer na sua pr pria subst ncia vai se estreitando cada vez mais a rea formal da sua manifesta o 2008 30 E se certo que estamos a entrar na Terceira Vaga que traz consigo um modo genuinamente novo baseado em fontes de energia renov veis e diversificadas em m todos de produ o que tornam obsoleta a maioria das linhas de montagem em fam lias novas e n o nucleares numa nova institui o que pode chamar se chal electr nico e nas radicalmente modificadas escolas e corpora es do futuro Toffler 1984 14 ou seja estamos a entrar numa era
123. os fundamentais educa o sa de desporto cria o e frui o cultural etc s car ncias actuais e s necessidades decorrentes do crescimento populacional que se perspectiva Mobilidade e acessibilidades 6 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Estabelecimento de uma rede de acessibilidades com v rios n veis que assegure 1 a circula o pedonal e cicl vel ao longo da frente ribeirinha 2 uma adequada mobilidade entre os v rios n cleos urbanos do Arco Ribeirinho Sul 3 condi es favor veis de articula o com os principais p los urbanos do territ rio metropolitano Implementa o de solu es de transporte colectivo nos tr s n veis indicados que minimizem a utiliza o do transporte individual rodovi rio Cria o de condi es de circula o que priorizem sempre que poss vel a circula o pedonal e cicl vel Promo o da acessibilidade para todos mediante solu es de adapta o do espa o p blico que assegurem a facilidade de desloca o a cidad os com mobilidade reduzida em especial nos n cleos administrativos e nos centros de frui o e lazer Ambiente e paisagem Requalifica o da frente ribeirinha e valoriza o da rela o visual e funcional com o rio Tejo designadamente para o desenvolvimento de actividades l dicas Desenvolvimento de uma estrutura verde que se integre num grande corredor ecol gico do Arco Ribeirinho Sul Estrutura o de um
124. ot grafos especializados em fotografar os grafitis que v o surgindo nas paredes e muros das nossas cidades como Dion sio Leit o http dionisioleitao wordpress com graffitis sin nimo de que hoje podemos consider los uma arte moderna que exige partilha fus o e estreitamento de la os de camaradagem e amizade ou seja uma forma de express o Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 6 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL A exist ncia de uma rela o privilegiada entre a cidade e a gua aliada necessidade de transformar reas portu rias e industriais obsoletas e abandonadas restituindo lhes a import ncia social e econ mica dos seus anos dourados conduziu ao fen meno de reconvers o e regenera o urbana das frentes de gua Fen meno este que muita tinta tem feito correr em p ginas em branco com teorias e an lises tornando a regenera o urbana um tema de estudo necess rio para compreender determinadas din micas sociais e realidades econ micas De facto com o abandono das actividades funcionais das frentes de gua originando desemprego marginaliza o e vandaliza o estas tornaram se um ponto negro gt b das cidades com necessidade de resolu o quase imediata Neste contexto as frentes de gua surgem como uma oportunidade potenciada pelas suas singularidades naturais e patrimoniais e pela alternativa de fun es e usos que
125. pa os comerciais e de escrit rios e consequentemente o n vel de actividades e servi os oferecidos Numa perspectiva economicista o custo do metro quadrado sobrepesando nos custos de produ o co be a fixa o de empresas e servi os sobretudo de vanguarda tecnol gica que podem ser atra das ao desenhar se um espa o com o potencial de infra estruturas propostas Tendo em conta que estes projectos de regenera o urbana s o de responsabilidade governamental e muitos deles de iniciativa municipal significa que os mesmos s o tamb m concretizados com dinheiros p blicos pelo que o acesso de toda a popula o ao usufruto destes espa os devia estar devidamente salvaguardada bem como o potencial de cria o de riqueza que lhe inerente 80 Em muitos dos projectos de regenera o urbana que se t m desenvolvido verificou se e verifica se que os objectivos econ micos e as estrat gias pol ticas se sobrep em aos valores e car ncias de ndole social esquecendo se a necessidade de implementar medidas potenciadoras de uma maior equidade s cio espacial conduzindo aos casos de gentrifica o Efectivamente as estrat gias seguidas e subsequentes opera es t m na sua grande maioria um forte cunho urban stico seguindo as l gicas de desenvolvimento urbano de base essencialmente espacial e de gest o regula o dos usos do solo 81 Os processos de gest o e negocia o do espa o a regenerar devem ser desenvolvidos d
126. parque revelam se pouco concili veis com um desenvolvimento urbano de elevada densidade e qualidade como o que se pretende implementar A sua reconvers o ou relocaliza o parece ser por isso imperativa Outras actividades pesadas podem contudo conviver com usos urbanos diversos desde que acauteladas algumas condi es designadamente em mat ria ambiental de seguran a e de enquadramento paisag stico O facto de algumas destas empresas demonstrarem uma forte actividade e perspectivas de desenvolvimento favor veis deve ser valorizado atrav s da promo o de reas especificamente destinadas a usos mais pesados Estas reas podem corresponder s zonas de mais forte concentra o onde est o localizadas as empresas de maior dimens o e onde os compromissos existentes mais pesados dificultam eventuais processos de relocaliza o Nestas reas podem instalar se as unidades cuja deslocaliza o venha a ser proposta bem como novas actividades a atrair para estes espa os A concentra o destas actividades sem as eliminar por completo permitir potenci las designadamente os sectores com maior tradi o local como o sider rgico e o qu mico e simultaneamente minimizar os impactos negativos associados sua instala o e libertar outros espa os para a instala o de novos usos Cria o de reas de habita o com rcio e servi os 8 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO A reconve
127. ponder No entanto no decurso da recolha de informa o e compila o do presente trabalho verificou se a exist ncia de um projecto de parceria publico privada para a reconvers o da rea em estudo projecto esse que pretende ser de regenera o urbana Deste modo foi necess rio recentrar os objectivos da presente disserta o e reformular a pergunta de investiga o para o seguinte As linhas estrat gicas delineadas no projecto definido para o espa o da ex Siderurgia Nacional enquadram se na implementa o de um processo de regenera o urbana Desta forma na sequ ncia do exposto anteriormente estabeleci uma estrat gia de investiga o essencial para uma eficaz determina o da informa o necess ria exigindo um esfor o de reflex o e an lise para estabelecer os objectivos a atingir bem como a capacidade de reajustamento caso o resultado n o seja conclusivo 2 Os crit rios de uma boa pergunta s o qualidade de clareza de exequibilidade e de pertin ncia 20 Os autores apresentam os tr s actos do procedimento cient fico e as respectivas etapas da metodologia a seguir em ci ncias sociais a ruptura na qual se rompe com os preconceitos e falsas evid ncias a constru o que consiste na elabora o de um sistema conceptual organizado com l gica em que se faz a explica o do fen meno o plano de pesquisa a definir e a experimenta o a verifica o onde a proposi o deve se
128. quer com os munic pios que o integram Seixal Almada e Barreiro quer com as empresas privadas a quem pertencem os terrenos onde o mesmo se est a desenvolver ou as empresas propriet rias da ind stria desactivada De facto a Proposta de Plano Estrat gico e as propostas de interven o que tem sido apresentadas pelo Grupo de Trabalho criado s o objecto de parecer dos munic pios referidos Por outro lado o Grupo de Trabalho constitu do por representantes de v rios Minist rios elaborou a Proposta de Plano Estrat gico com o apoio t cnico da Sociedade Parque Expo e da Parap blica O modelo institucional proposto para o desenvolvimento do Projecto o seguinte constitui o de uma sociedade gestora do projecto com natureza de empresa p blica sob a forma de sociedade comercial de capitais exclusivamente p blicos com participa o integral do Estado respons vel pela gest o e coordena o do Projecto do Arco Ribeirinho Sul e do investimento p blico central a realizar naquele mbito Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 65 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL constitui o de um Conselho Consultivo da sociedade gestora com fun es de consulta apoio e participa o na defini o das linhas gerais de actua o da sociedade gestora e de articula o com a Administra o Central e demais entidades p blicas constitui o de uma s
129. quipamentos espa o p blico etc Afirma o pol tica social e cuitural Requalifica o social e urbana e Capacidade de difus o intelectual cient fica e tecnol gica e Dinamismo urbano promo o de eventos projectos de qualidade urbana e Representatividade e lideran a pol tica local regional nacional e Organicidade e dinamismo da sociedade civil Fonte Ferreira Vitor Matias et al 1997 Lisboa a Metr pole e o Rio Biz ncio ed Lisboa PROJ ECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO NDICE 11 Delimita o e caracteriza o da rea objecto de interven o 2 2 3 4 5 6 1 1 Enquadramento nas pol ticas nacional e regional de ordenamento do territ rio 2 1 2 Din micas recentes e perspectivas de desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul impacto dos grandes investimentos p blicos ciii iss 2 1 3 Conten o e coes o urbana factores de requalifica o urbana e ambiental 3 1 4 Caracteriza o do Arco Ribeirinho Sul e dos territ rios objecto de interven o 3 1 5 Principais potencialidades e condicionantes dos territ rios 4 Defini o dos Eixos Priorit rios de Interven o dos Projectos Estruturantes e das Ac es a realizar 5 2 1 Eixos priorit rios de interven o e op es estrat gicas para o Arco Ribeirinho Sul5 2 2 Projectos estruturantes e ac es ssiserri
130. r projectos que assentem na introdu o de melhorias significativas no sistema de transportes urbanos desenvolvendo por exemplo uma extensa rede de vias para bicicletas a bicicleta alivia a congest o do tr nsito diminui a polui o do ar reduz a obesidade aumenta o bem estar f sico n o emite di xido de carbono perturbador do clima e tem um pre o ao alcance dos milh es de pessoas que n o t m dinheiro para comprar um autom vel As bicicletas aumentam a mobilidade ao mesmo tempo que reduzem a congest o e a rea de terra alcatroada poucos m todos para reduzir as emiss es de carbono s o t o eficazes como substituir o autom vel por bicicleta em viagens de curta dist ncia Brown 2006 291 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 45 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL III 5 Etapas para a Implementa o de um Processo de Regenera o Urbana Tal como referido anteriormente do conjunto de leituras efectuado sobre o tema da regenera o urbana foi poss vel desenhar um poss vel processo em quatro etapas Ou seja apesar da dificuldade em encontrar uma defini o nica para regenera o urbana de cada projecto j realizado ter especificidades que o tornam diferente de outros existem 6 pontos comuns em todos os projectos de regenera o urbana Ao explanar as caracter sticas comuns elaborei uma esquematiza o necessar
131. r verificada pelos factos sublinhada a interac o e o encadeamento que deve existir entre estes actos ao longo de uma investiga o Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 13 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL CAP TULO II Metodologia Segundo P De Bruyne J Herman e M de Schoutheete 1975 o modelo que representa o sistema de base de uma investiga o cient fica articula se em volta de quatro p los metodol gicos cuja interac o constitui o aspecto din mico da investiga o Trata se dos p los epistemol gico te rico morfol gico e t cnico sintetizado no quadro gt seguinte Figura 2 Modelo Topol gico da Pr tica Metodol gica segundo De Bruyne et al 1975 p 36 P lo Epistemol gico P lo Mortol gico A Tipos de teorias DIN MICA Contedos provafdescoberia DA Opera es le ricas INVESTIGA O Epa O Opera es morfol gicas Pa organima o apresenta o dos resultados Valida o P lo T cnico P lo Te rico T cnicas de recolha de dados Unidades e sistemas de observa o Valida o M todos de investiga o Fonte Lessard H bert et al 2005 16 e 27 21 Estes autores P De Bruyne J Herman e M de Schoutheete concebem a pr tica metodol gica como espa o quadripolar constru do num dado campo de conhecimento Lessard H bert et al 2005 1990 15 O p lo epistemol gico o motor
132. rada mera sociedade ve culo Execu o do respectivo objecto social em fun o de um plano de actividades e investimentos plurianual e revis vel tamb m em fun o da pr pria din mica do mercado relativamente possibilidade de capta o de investimento privado com capacidade e flexibilidade para suportar eventuais necessidades de reprograma o financeira e sujeito a monitoriza o permanente por parte das entidades competentes do Estado Prossecu o exclusiva de fins de interesse geral embora desenvolvendo a sua actividade segundo par metros exigentes de qualidade efici ncia efic cia e racionalidade econ mica e financeira que contribuam para a rentabiliza o dos activos e dos necess rios investimentos com as interven es locais contribuindo dessa forma para o equil brio econ mico e financeiro do Projecto Composi o do Conselho de Administra o 3 a 5 elementos assumindo o respectivo Presidente fun es executivas A necess ria Integra o das tr s interven es no projecto mais vasto previsto ao abrigo da Resolu o do Conselho de Ministros n 137 2008 de 12 de Setembro ser assegurada por um Conselho Consultivo da sociedade gestora dotado das seguintes caracter sticas 23 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Fun es de consulta apoio e participa o na defini o das linhas gerais de actua o da sociedade gestora e das sociedades locais especialmente em mat
133. ramente f sica dos espa os urbanos No sub cap tulo II 5 apresenta se um conjunto de etapas poss veis de definir um projecto de regenera o urbana Ou seja de acordo com as leituras e pesquisas efectuadas para o presente trabalho defini quatro etapas que um projecto de reconvers o urbana pode preencher para ser classificado de regenera o urbana Desta forma a an lise que se prop e de seguida confrontar cada uma das referidas etapas com o que tem vindo a ser feito para implementar o Projecto definido para a ex Siderurgia Nacional integrado no Projecto do Arco Ribeirinho Sul ES 3 65 tendo por base o documento da Proposta de Plano Estrat gico e assim concluir se este projecto ser de regenera o urbana O Enquadramento e Contextos Espec ficos do Processo de Regenera o Urbana As frentes de gua constituem sem d vida uma oportunidade soberba de transforma o urbana devendo os territ rios que as possuem aproveitar e potenciar as especificidades e os recursos locais criando sinergias que permitam a promo o de um novo quadro de desenvolvimento e equidade urbana A Proposta de Plano Estrat gico procura faz lo ao apresentar um projecto de dimens es consider veis engloba tr s concelhos que respeita a identidade e as caracter sticas intr nsecas a cada um dos territ rios e ao mesmo tempo integr los e criar uma grande metr pole de duas margens centrada no Tejo 63 Ver Cap
134. recta Induzida Elevada M dia M dia Elevada Elevada Elevada Elevada Elevada Elevada Baixa Curto M dio prazo Curto M dio prazo M dio Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Margueira Certa Prov vel Certa Certa Desconhecida Crit rios de avalia o qualitativa Local Envolvente Din mica demogr fica Envolvente Envolvente Regional Local Regional Factores associados ao investimento Qualifica o dos Recursos Humanos e Forma o Profiisional N veis de consumo e de qualidade de vida Disponibilidade de infra estruturas exigidas pelo investimento Regional Eventuais efeitos de sazonalidade Positiva Positiva Positiva Positiva Positiva Directa Indirecta Indirecta Directa Induzida M dia M dia M dia Elevada M dia Elevada Elevada Elevada Elevada Baixa Curto M dio prazo Curto M dio prazo M dio Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Certa Prov vel Prov vel Certa Desconhecida Local Envolvente Envolvente Local Envolvente 20 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO 4 CONSIDERA ES FINAIS SOBRE IMPACTOS DO PROJECTO Testemunhos de uma poca de crescimento industrial que pela procura de m o de obra impulsionou o desenvolvimento urbano dos concelhos do Arco Ribeirinho S
135. reiro dever assumir assim como as receitas municipais que este munic pio obter com esta opera o Investimentos Total Equipamentos culturais e ou desportivos l dicos 10 633 500 Outros equipamentos p blicos de utiliza o colectiva a definir 11 696 850 Total de investimento 22 330 350 valores em euros valores com IVA Receitas Total Taxas e licen as 10 843 900 IMI IMT 35 875 000 Total das receitas 46 718 900 valores em euros 3 2 2 SIDERURGIA NACIONAL Responsabilidade dos investimentos a realizar nas opera es de reconvers o urban stica Sociedade gestora Prepara o de terreno Infra estruturas gerais prim rias arranjos exteriores e espa os verdes Obras de interesse geral centro n utico Equipamentos escola secund ria C mara Municipal do Seixal Equipamento cultural de mem ria da ind stria Alto Forno comparticipa o no investimento Outros equipamentos p blicos de utiliza o colectiva a definir SOCIEDADE GESTORA A interven o no territ rio da Siderurgia Nacional abrange investimentos que globalmente contribuem para a reconvers o urban stica daquele territ rio estimados entre 56 1 e 64 4 milh es de euros Os custos de estrutura e de gest o desta interven o foram estimados entre 5 5 e 8 1 milh es de euros Para as empreitadas foi assumida uma taxa reduzida de IVA de 5 para os projectos e fiscaliza o foi considerado a taxa de 20 16 27
136. reita articula o com as autarquias envolvidas e com as empresas propriet rias dos terrenos Esta Proposta ser posteriormente colocado aprecia o dos Munic pios envolvidos 61 Grupo de Trabalho coordenado pelo Eng Ant nio Fonseca Ferreira e constitu do por representantes dos Ministros das Finan as e Administra o P blica da Defesa Nacional do Ambiente Ordenamento do Territ rio e Desenvolvimento Regional da Economia e Inova o das Obras P blicas Transportes e Comunicaa es e da Cultura e por um representante do Secret rio de Estado Adjunto e da Administra o Local Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 55 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL A Proposta de Plano Estrat gico referida o documento base da an lise efectuada no subcap tulo IV 3 O Processo de Implementa o de um Projecto de Regenera o Urbana e a Proposta de Plano Estrat gico do Arco Ribeirinho Sul por forma a que se possa dar resposta pergunta de partida para esta investiga o As linhas estrat gicas delineadas no projecto definido para o espa o da ex Siderurgia Nacional enquadram se na implementa o de um processo de regenera o urbana ou seja o projecto definido para o espa o da ex Siderurgia Nacional e integrado no Projecto Arco Ribeirinho Sul um projecto de regenera o urbana Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Amb
137. rinho Sul to see if they fit into a possible urban regeneration process NDICE Eein S reln sc mes pa SS SR EE 1 CaprulotProblemAtiZa o ps gieos art once R E aAA 2 I 1 A Regenera o Urbana e as Frentes d gua tetas 2 I 2 As Cidades e as Frentes d gua o a o Da 5 I 3 A Import ncia de Estudar a Regenera o Urbana e o Caso da Ex Siderurgia NOS aY EATE E Ta Iuadia Gens ts iene faca fala sionista T alias 9 I 4 A Pergunta de Partida para esta Ltivestiga o ssaisinamartaamantisaansaiasimab antonio 11 Capitulo LM too GTA iseci i N E TA A E i 14 I1 Selec o de T cMCAS nnonser aa O a na a 17 M2 Recolha de Dados citaram ana abanar pa apita E 19 Ha Apalisedos Dado Sinnesro a aa 21 Cap tulo HI A Defini o a Evolu o e as Dimens es dos Processos de Regenera o Urbana pa a CU O A 22 Hit Defini o d Regerera o Urba assaunsiiniinianaa a n 22 HI 2 Tend ncias Internacionais na Regenera o Urbana metano 26 HI 3 As Dimens es da Regenera o Urbana amina saia sta aanhios 31 HI 4 As Componentes a Avaliar na Regenera o Lbara assinando andamos iai 34 EA 1 Componente Ambiental sensensa annie 34 DIAZ Componente Econ mica usura E a i pe jam 36 DIAS Componente Social asas aa fa nba Son Sd a adapta nt 38 AA Mobilidade ana Da O a iS iaa 43 II 5 Etapas para a Implementa o de um Processo de Regenera o Urbana 46 Cap tulo IV O Projecto para o Espa o da e
138. rme a instala o de uma pra a da portagem no acesso nova ponte Chelas Barreiro adjacente e a norte do n do IC 21 Variante EN 11 2 a permeabilidade no sentido nascente poente na zona norte do concelho do Barreiro poder ser dificultada situa o que pode ser minorada com o incremento dos atravessamentos rodovi rios e pedonais No entanto semelhan a do que se tem verificado noutros projectos recentes a considera o de uma portagem electr nica a concretizar se n o implica qualquer agravamento da barreira que j hoje constitui o IC 21 Requalifica o e ou relocaliza o dos terminais fluviais de passageiros Os terminais fluviais de Almada do Seixal e do Barreiro permitem de um modo geral dar resposta s necessidades de liga o entre as margens sul e norte do estu rio estabelecendo fun es de interface rodo fluvial ou como acontece no Barreiro rodo ferro fluvial Com a eventual desactiva o do tro o final da linha ferrovi ria do Alentejo o terminal fluvial do Barreiro poder perder parte da sua import ncia locativa Por outro lado o espa o do interface incluindo a vasta rea de estacionamento poderia ser englobado num projecto de requalifica o da faixa ribeirinha junto ao esteiro de Coina Alburrica e Ponta do Mexilhoeiro dando continuidade interven o recentemente conclu da junto a esta rea no mbito do Programa Polis A opera o de reconvers o urban stica nos terre
139. rojecto de regenera o urbana a componente social est ligada s quest es da necessidade de criar emprego de eliminar a pobreza e disseminar o fen meno da gentrifica o De facto a rea social n o se pode dissociar das restantes reas que regem a vida activa de uma comunidade e as fragilidades da conjuntura social e econ mica que hoje vivemos t m efeitos perversos no equil brio social na medida em que atingem particularmente os seus elos mais fr geis h cada vez mais fam lias no limiar da pobreza a precariedade no emprego um dado adquirido e cada vez s o mais as dificuldades sentidas pelo cidad o m dio para garantir padr es aceit veis de n vel de vida Por outro lado as din micas de mudan a actuais aliadas ao factor globaliza o obrigam a que profundas altera es nas infra estruturas de suporte vida urbana ocorram num curto espa o de tempo por forma a que as cidades consigam garantir as suas bases de desenvolvimento num contexto de competitividade internacional No entanto este esfor o de moderniza o da base econ mica das cidades nem sempre acompanhado pelas tend ncias de coes o social internas desses mesmos territ rios Ou seja nestes r pidos contextos de mudan a que ultrapassam em muito as l gicas de gest o territorial as fracturas sociais aumentam bem como as clivagens sociais polarizando se as formas de apropria o e usufruto das cidades e aumentando os fen menos de i
140. rrrrrerrrrererrrreirirrrereerererren 1 Quantifica o do investimento e propostas para o seu financiamento 13 3 1 Projectos transversais da responsabilidade do Estado e munic pios 13 3 2 Investimento e financiamento das tr s opera es de reconvers o urban stica 14 3 3 Impactos quantific veis sobre a economia i iii 19 3 4 Impactos qualitativos de ordem SocC oOeCon mM Ca eene 20 Considera es finais sobre impactos do projecto 21 Solu o institucional adequada implementa o do projecto 22 Planeamento f sico das ac es consideradas ie reeeereeeeeeacenerenanesa 25 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO 11 DELIMITA O E CARACTERIZA O DA REA OBJECTO DE INTERVEN O 1 11 ENQUADRAMENTO NAS POL TICAS NACIONAL E REGIONAL DE ORDENAMENTO DO TERRIT RIO O Projecto do Arco Ribeirinho Sul tem enquadramento nas orienta es expressas nos instrumentos de gest o territorial de mbito supra municipal em vigor Com efeito e conforme se reconhece no Pre mbulo da Resolu o do Conselho de Ministros que determina o lan amento deste Projecto o seu desenvolvimento totalmente coerente com as op es estrat gicas do Programa Nacional da Pol tica de Ordenamento do Territ rio PNPOT e do Plano Regional de Ordenamento do Territ rio da rea Metropolitana de Lisboa PROTAML As din micas recentes que justificam o Projecto do Arco R
141. rs o funcional destes territ rios dever basear se num conceito de multifuncionalidade e densidade numa l gica de estrutura o de v rios n cleos com razo vel dimens o cr tica e oferta funcional Edif cios e espa os p blicos dever o ser concebidos com base em exigentes crit rios de qualidade p ex crit rios de efici ncia energ tica que contribuam para a valoriza o da imagem dos novos espa os As reas habitacionais dever o ser misturadas e complementadas em propor es expressivas por com rcio e servi os incluindo equipamentos p blicos que n o s d em resposta aos novos residentes trabalhadores e actividades mas tamb m complementem a oferta existente nas reas urbanas envolventes e mesmo na AML em geral suprindo car ncias eventualmente existentes em alguns dom nios Instala o de um equipamento de refer ncia A instala o de um equipamento de refer ncia dever enquadrar se numa ptica de cria o de uma cidade da cultura disponibilizando a criadores e produtores culturais de diversas reas e em condi es subsidiadas espa os de cria o produ o e exposi o polivalentes Pretende se assim evitar infra estruturas pesadas que no plano financeiro poder o ser invi veis criando uma estrutura inovadora e com vida pr pria e que nessa medida constitua um referencial urbano na margem sul do Tejo Este equipamento pode eventualmente ser materializado atrav s de v rias es
142. s assumem uma forma de escrita primeira etapa de um processo de investiga o estabelecer o objecto de estudo ou seja definir aquilo que se quer investigar e consequentemente proceder problematiza o numa l gica dedutiva de acordo com quatro etapas definidas por Chevrier 1 a escolha de um tema de investiga o 2 a formula o de uma quest o geral 3 a colheita a estrutura o e a an lise cr tica das informa es pertinentes 4 a determina o de um problema e de uma quest o espec fica da investiga o 17 CHEVRIER Jacques A Especifica o do Problema in GAUTHIER Benoit dir Investiga o Social Da Problem tica Colheita de Dados 3 Edi o Loures Lusoci ncia 2003 18 Apesar da pesquisa emp rica poder obedecer a diferentes estrat gias as suas etapas seguem um modelo padr o 1 etapa defini o de um problema ou de uma quest o de partida pergunta de partida 2 etapa estudo explorat rio recolha de informa es sobre o tema 3 etapa defini o da problem tica das hip teses de trabalho e constru o de um modelo de an lise deve recorrer se produ o te rica j existente sobre o tema de modo a definir os conceitos que a ele est o associados e estabelecer as rela es entre eles 4 etapa selec o e aplica o dos instrumentos de observa o e recolha de informa es defini o das t cnicas a usar em fun o dos objectivos da investi
143. s com o processo de requalifica o urbana e ambiental que se pretende A manter se essa necessidade dever o ser ponderadas alternativas de meios para fazer chegar esses produtos Siderurgia Nacional A liga o ferrovi ria entre o porto de Set bal e a Siderurgia Nacional recentemente conclu da permite que esse abastecimento venha a ser feito atrav s daquele porto com capacidade para fazer a descarga de sucatas A eventual reactiva o do terminal portu rio existente na Siderurgia poderia constituir uma outra solu o para aquela situa o Essa hip tese bem como o abandono definitivo deste terminal dever o ser ponderados no contexto desta reestrutura o A actividade do terminal portu rio da Tanquipor est parcialmente dependente das unidades instaladas na zona nascente da Quimiparque O futuro de ambos tem de ser equacionado em paralelo dando especial aten o perigosidade das subst ncias movimentadas neste terminal bem como articulando com as suas repercuss es num alargado conjunto de outras actividades industriais Constru o do Metro Sul do Tejo fases 2 e 3 As fases 2 e 3 do MST que permitir o que o metro chegue ao Seixal e ao Barreiro v m alterar significativamente as condi es de acessibilidade no Arco Ribeirinho Sul e em particular entre aqueles dois concelhos Face s opera es de reconvers o previstas incluindo a eventual relocaliza o do terminal fluvial do Barreiro e implanta o da no
144. s de detritos que ter o de ser tratados e deslocalizados dessa rea O Plano Estrat gico em an lise refere claramente que o passivo ambiental assume se como uma responsabilidade do Estado a que necess rio dar uma resposta adequada e urgente raz o pela qual est a ser tratado por um gtupo de trabalho criado para o efeito Por outro lado promover o ambiente e a paisagem deste territ rio integrando se e refor ando a estrutura ecol gica do Arco Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 66 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Ribeirinho Sul uma preocupa o bem patente neste Plano Estrat gico tendo inclusive E Lo 2 PAO esta componente ambiental direito a um eixo estrategico proprio No entanto se este Plano Estrat gico procura destacar o potencial de valoriza o da rela o do territ rio com o Rio Tejo em termos paisag sticos e c nicos pormenor inerente s reas ribeirinhas tamb m o faz em termos funcionais Ou seja se por um lado o projecto do Arco Ribeirinho tem por objectivo criar um corredor ecol gico ao longo de 60 km da margem esquerda do Rio Tejo entre a Trafaria e o Samouco por outro privilegia a sua utiliza o para actividades de lazer balnear e de desportos n uticos componente econ mica sem d vida a que maior peso apresenta na Proposta de Plano Estrat gico sendo transversal a todo Plano Isto porque vers
145. s linhas ferrovi rias do Alentejo e do Sado mas tamb m nova ponte a acessibilidade directa a Lisboa e cont gua linha de cintura ferrovi ria norte bem como rede do metropolitano de Lisboa e ao transporte colectivo rodovi rio A Gare Sul em contraponto com a Gare do Oriente em Lisboa dever tornar se um espa o f sico e funcional de refer ncia com um conjunto de servi os de apoio popula o que garanta uma maior identifica o dos utilizadores com o mesmo Reestrutura o das infra estruturas portu rias A proposta de Plano Estrat gico da APL apresenta um conjunto de solu es para as infra estruturas portu rias da margem esquerda do estu rio do Tejo que ter o de ser articuladas com as novas voca es e ocupa es que vir o a ser instaladas A pretens o de instala o de um terminal para recep o de contentores de segunda linha nos terrenos da Quimiparque ter de ser avaliada em fun o do novo papel que se pretende que este territ rio em pleno centro do Arco Ribeirinho assuma nomeadamente pelo impacto visual associado a uma estrutura desse tipo contribuindo reduzidamente para a cria o de viv ncias urbanas e tendo tamb m em considera o a import ncia que pode assumir uma plataforma log stica na continua o do terminal No que respeita ao terminal portu rio concessionado Atlanport as actividades actualmente desenvolvidas particularmente as descargas de sucatas n o s o compat vei
146. s para a sua concretiza o Deste modo hoje consensual o potencial que os grandes investimentos p blicos em projectos de reabilita o urbana possuem enquanto geradores de din micas que possibilitam o crescimento e qualifica o tanto do emprego como da base empresarial dos territ rios que deles s o alvo e pelos seus efeitos indirectos e induzidos da sua envolvente pr xima e regional No entanto os benef cios desta interven o extravasam em muito os seus efeitos mais directos e imediatos Desde logo o desenvolvimento do projecto do Arco Ribeirinho Sul um importante contributo para a implementa o das grandes op es estrat gicas de mbito nacional e regional definidas pelos Instrumentos de Gest o Territorial e apresentadas de modo mais desenvolvido no primeiro cap tulo do presente documento nomeadamente a inten o de recentrar a rea metropolitana de Lisboa no rio Tejo criando uma metr pole equilibrada nas duas margens Pela sua localiza o na frente ribeirinha que lhe garante um enquadramento paisag stico privilegiado pela sua dimens o consider vel no total 910 9 ha quase o triplo da rea equivalente Zona de Interven o do projecto Expo 98 pela sua distribui o por tr s concelhos distintos o que permite multiplicar as reas adjacentes que ser o directamente beneficiadas pelas interven es e pela exist ncia de algum patrim nio com valor arquitect nico ou simb lico este territ r
147. seis concelhos do Arco Ribeirinho Sul residem actualmente cerca de 550 mil habitantes ou seja perto de 20 da popula o da AML em grande parte concentrados nos concelhos de Almada e Seixal e nas reas urbanas N o obstante o 3 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO abrandamento do ritmo de crescimento nas ltimas d cadas a maior parte destes concelhos continua a registar uma tend ncia de crescimento populacional a que se associa uma estrutura et ria relativamente jovem Durante os anos 90 houve uma regress o industrial nos concelhos das primeiras coroas da AML em parte contrabalan ada pelo crescimento do emprego neste sector em alguns concelhos envolventes N o obstante o sector secund rio mant m ainda um peso significativo na estrutura de emprego designadamente nos concelhos do Seixal e do Barreiro A altera o da estrutura produtiva que se verificou nos ltimos anos garantiu a manuten o ou mesmo o incremento do emprego neste territ rio e o alargamento da gama de servi os dispon veis N o obstante este continua a ser um territ rio muito dependente designadamente face AML Norte desempenhando um papel subsidi rio ao n vel do emprego bem como em rela o a servi os especializados 1 4 2 ASPECTOS GERAIS DOS TR S TERRIT RIOS OBJECTO DE INTERVEN O Os territ rios da Margueira Siderurgia Nacional e Quimiparque estruturaram se em fun o das actividades econ micas essencialmente
148. sibilidade de os manter na sequ ncia das opera es a desenvolver A op o por solu es adequadas do ponto de vista da sustentabilidade ambiental social e econ mica destes territ rios que pode traduzir se no encerramento ou deslocaliza o de actividades pode ampliar a complexidade dos processos negociais bem como condicionar a viabilidade econ mica das opera es 2 DEFINI O DOS EIXOS PRIORIT RIOS DE INTERVEN O DOS PROJECTOS ESTRUTURANTES E DAS AC ES A REALIZAR 2 1 EIXOS PRIORIT RIOS DE INTERVEN O E OP ES ESTRAT GICAS PARA O ARCO RIBEIRINHO SUL A import ncia que os territ rios da Margueira da Siderurgia Nacional e da Quimiparque tiveram na estrutura o social e econ mica dos concelhos onde se integram e mais amplamente de toda a Margem Sul da rea Metropolitana inquestion vel Foi em grande medida a instala o de importantes unidades industriais e estruturas portu rias nestes terrenos que motivou um significativo aumento demogr fico na envolvente Progressiva e consequentemente fomentou o desenvolvimento econ mico de todo aquele territ rio a partir da instala o de outras ind strias e de in meros servi os quer de apoio actividade produtiva quer de apoio a uma popula o em cont nuo crescimento As actividades ali instaladas ao longo de muitos anos deram emprego a uma parte significativa dos habitantes constituindo a sustenta o econ mica de in meras fam lias Por
149. soletas ficando ao abandono Na maior parte dos casos a transforma o dos espa os operou se no sentido de encontrar novas funcionalidades que n o a industrial ficando estas cidades mais dependentes do com rcio um sector mais sens vel exist ncia de uma rede de transportes e circula o de qualidade Por outro lado assistiu se tamb m terciariza o dessas economias locais e ao xodo da popula o residente para as periferias gerando grandes fluxos de tr fego di rio ao n vel das pendularidades casa trabalho Os problemas das cidades s o assim agravados pelo abuso de utiliza o do transporte individual em detrimento do transporte p blico 5 A sub urbaniza o e a dispers o das fun es urbanas para as zonas perif ricas da cidade implicam dist ncias de desloca o maiores e finalmente a deteorira o da qualidade dos equipamentos e servi os Conselho Europeu de Urbanistas 2003 31 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 43 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL As formas de mobilidade na cidade s o um desafio crucial para a gest o e ordenamento urbano A mobilidade e a acessibilidade s o factores determinantes na coes o do territ rio europeu bem como na melhoria da qualidade de vida das comunidades As infra estruturas de transporte levam impermeabiliza o dos solos e consequentemente ao aumento dos leitos de cheia e
150. sta de interven o para a recupera o da rea da Ex Siderurgia Nacional que integra uma frente de gua e ao mesmo tempo uma zona industrial desactivada Esta proposta engloba tamb m a Margueira no Concelho de Almada e a Quimiparque no Concelho do Barreiro Este projecto global denominado Projecto do Arco Ribeirinho Sul tem pretens es de ser um efectivo processo de regenera o urbana com um contributo fundamental para a prossecu o do objectivo de criar a Cidade das Duas Margens inscrito no Plano Regional de Ordenamento do Territ rio da rea Metropolitana de Lisboa PROT AML e consequentemente concorrer para o policentrismo da Pen nsula de Set bal 14 Ver cap tulo IV 15 estrutura do modelo territorial proposto no PROT AML a seguinte Centro da Area Metropolitana de Lisboa AML constitu do por Lisboa e complementarmente por Almada Seixal Barreiro implicando melhoria das acessibilidades com prioridade ao Transporte P blico no sentido de refor ar a interliga o do centro da AML e as rela es de complementaridade entre os diversos p los do modelo proposto bem como de melhorar as liga es do centro da AML ao sul do pa s e a Espanha pelo modo ferrovi rio Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 9 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Ap s a apresenta o do quadro te rico subjacente ao tema da regenera o urbana prete
151. substituir este espa o canal ferrovi rio pesado dever ser equacionado tendo em conta as caracter sticas dos v rios territ rios que articula e que o envolvem O mesmo se passa com o espa o actualmente ocupado pelas oficinas da EMEF que no cen rio de desactiva o da linha poder vir a ter uma ocupa o e utiliza o mais adequada sua proximidade ao n cleo antigo e s novas reas urbanas Dever ainda ser prevista e devidamente planeada a eventual reformula o deslocaliza o do parque de oficinas da CP em virtude da desactiva o dos respectivos acessos A prossecu o das op es estrat gicas associadas ao eixo priorit rio ambiente e paisagem transversalmente conseguida por v rios projectos anteriormente elencados e de forma espec fica com interven es ao n vel da estrutura ecol gica Estrutura o do corredor ecol gico do Arco Ribeirinho Aproveitando as qualidades ambientais e c nicas deste territ rio pretende se estruturar um corredor ecol gico ao longo do Arco Ribeirinho atrav s da requalifica o de cerca de 60 km da margem esquerda do estu rio do Tejo entre a Trafaria e o Samouco Cerca de 10 deste corredor j se encontram tratados O objectivo a cria o de uma estrutura verde cont nua pontuada com equipamentos e infra estruturas que potenciem a sua utiliza o para actividades de lazer e de desporto informal por residentes e ou visitantes 12 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO S
152. ta zona que servida por um porto fluvial desactivado devido ao assoreamento da Administra o do Porto de Lisboa APL e concessionado SNESGES Nesta rea podemos distinguir ainda tr s n cleos principais o norte poente o norte nascente e o sul Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 59 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Zona C corresponde a 201 2 hectares comprometidos com dois parques de actividades industriais e log sticas um resultante de um loteamento da A Silva amp Silva propriet ria do terreno e outro da Fase III do Parque Industrial do Seixal TIN promovido pela administra o da Siderurgia nacional As fases I e II do PIS a sul da rea de interven o encontram se j concretizas e no essencial preenchidas Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 60 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL IV 3 An lise SWOT O objectivo da an lise SWOT consiste em incorporar nas reflex es sobre um projecto socioecon mico tanto as caracter sticas intr nsecas do territ rio em quest o como 62 Deste os factores determinantes no ambiente em que o projecto ser implementado modo a an lise SWOT especialmente relevante para que se possa definir para um determinado territ rio uma estrat gia espec fica salientando se os factores dominantes e determinantes que poder o
153. tidades na titularidade dos respectivos terrenos tamb m abrangidos pela rea de interven o global do Projecto Tendo presente tal situa o as especificidades de cada territ rio o regime da sua titularidade e as compet ncias dos munic pios envolvidos entende se da maior relev ncia e utilidade que a execu o no terreno de cada interven o no mbito do Projecto sem preju zo da respectiva integra o tenha por base um modelo institucional j testado em outras interven es levadas a cabo pelo Estado Portugu s em associa o com um ou v rios munic pios Para tal prop e se o seguinte enquadramento Constitui o de uma sociedade gestora do Projecto global com a natureza de empresa p blica sob a forma de sociedade comercial de capitais exclusivamente p blicos dotada das seguintes caracter sticas Participa o integral do Estado 100 Objecto da sociedade gest o e coordena o global do Projecto do Arco Ribeirinho Sul e do investimento p blico central a realizar naquele mbito Capital Social estimado 5 000 000 00 cinco milh es de Euros Tutela sectorial a exercer pelo Minist rio do Ambiente do Ordenamento do Territ rio e do Desenvolvimento Regional Dura o da sociedade condicionada realiza o do respectivo objecto social num prazo legal que lhe seja concedido atenta a natureza especificidade e mbito local do Projecto Estrutura operacional simples a sociedade dever ser conside
154. timou os impactos deste projecto nas receitas do Sector P blico Administrativo O quadro que se apresenta em seguida sintetiza alguns dos valores apresentados numa actualiza o do mesmo de 2006 Em resultado dos efeitos permanentes Receitas aut rquicas fiscal e parafiscal na zona de interven o 41 2 Receitas fiscais da Administra o Central na zona de interven o 371 2 Receita fiscal por efeito riqueza nas zonas habitacionais consolidadas 165 8 Receita de imposto sobre o patrim nio nas zonas habitacionais consolidadas 71 6 Receita fiscal por efeito riqueza derivada da aprecia o das zonas em reconvers o 272 9 Receita fiscal de patrim nio derivada da aprecia o das zonas em reconvers o 159 3 Em resultado dos efeitos tempor rios Receita da Adm Central derivada da despesa do promotor do projecto global 1492 3 Receita da Adm Central derivada da despesa em constru o privada 821 3 Receita da Adm Central propagada pelo turismo 319 5 Receita p blica total 3715 Unidade milh es de euros a pre os de 2001 Fonte Avalia o de Impactos do Projecto Global Expo 98 nas Receitas do Sector P blico Administrativo Relat rio de Actualiza o 2006 Igualmente ben ficos apesar de mais dificilmente contabilizados por n o serem quantific veis est o um conjunto diversificado de outros impactos como o investimento na imagem internacional da cidade e do pa s ou os conhecimentos em urbanismo e planeamento adquiridos
155. to da 3 fase do Parque Industrial do Seixal que vai proximamente a concurso p blico S o mais 80 hectares e que se integra j no Projecto do Arco Ribeirinho v o ter um conceito diferente com reas de servi os de restaura o que hoje os parques de actividades econ micas t m de ter Portanto o Concelho vai continuar a ter uma grande oferta para a actividade econ mica neste novo conceito Ao n vel do planeamento f sico para a interven o no territ rio da Siderurgia Nacional foi considerado um prazo total de 12 anos a ter in cio com a realiza o de trabalhos de prepara o de terreno seguidos da execu o das infra estruturas prim rias e arranjos exteriores durante um per odo de 10 anos Em paralelo decorre a execu o de v rias reas de espa os verdes durante cerca de 7 anos seguindo se a constru o das obras de interesse geral e ainda equipamentos 66 Ver cap tuo II 67 Ver anexos III e IV 68 Na apresenta o do Quadro de Refer ncia Estrat gica Nacional QREN 2007 2013 e do Programa Operacional Regional de Lisboa PORL 2007 2013 que decorreu no dia 12 de Fevereirode 2007 no Montijo o Sr Presidente da C mara Municipal do Seixal referiu do conjunto dos projectos estruturantes importa destacar o Arco Ribeirinho Sul com a revitaliza o das antigas reas industriais e no qual cabe por inteiro a rea da Siderurgia Nacional que est a ser objecto de elabora o de Plano de Pormenor
156. tor privado est a ser convidado a participar porque propriet rio dos terrenos onde se vai implementar o projecto embora o seu comprometimento financeiro seja inexistente o que pode acarretar alguns problemas futuros de gest o do espa o e de desinteresse por parte dos mesmos Por outro lado revela se de extrema import ncia que a participa o p blica na regenera o urbana seja efectivada e validada por mecanismos que n o se limitem a espor dicas sess es plen rias mas sim que se traduzam em verdadeiros processos de democracia participativa com real influ ncia no meio social Por exemplo a internet neste momento um ve culo priorit rio de transmiss o de informa o e de comunica o pelo que a utiliza o de sites blogues e das redes sociais virtuais deve ser privilegiada como meio de promo o de um envolvimento real da popula o Desta forma podemos concluir que o Projecto do Arco Ribeirinho Sul n o sendo um projecto de regenera o urbana puro aproxima se num grande n mero de aspectos essenciais da regenera o urbana tendo no entanto que ultrapassar as condicionantes j referidas que p em em causa a sua concretiza o 82 Ver capitulo HI Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 75 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL BIBLIOGRAFIA ALBARELLO Luc DIGNEFFE Fran oise HIERNAUX Jean Pierre MAROY Christian RUQUOY Dani
157. tos pendulares minimizando o car cter dormit rio e refor ando a vitalidade socio econ mica destes territ rios Actividades que exijam uma grande proximidade aos mercados t m aqui condi es de instala o muito favor veis Ser de considerar o desenvolvimento de actividades ligadas ao estu rio e ao mar n o s nas componentes de constru o e repara o naval mas tamb m no dom nio da biologia marinha A proximidade ao futuro aeroporto de Lisboa propicia o desenvolvimento de actividades ligadas ao cluster a reo nomeadamente no campo das tecnologias associadas Por seu lado a proximidade futura plataforma log stica do Poceir o aponta para o desenvolvimento da log stica integrada Seixal e Montijo s o os concelhos que parecem revelar maior potencial de desenvolvimento neste dom nio designadamente face s reas de localiza o empresarial hoje existentes A eventual implanta o de uma nova rea de log stica pesada no terreno da Quimiparque ter de ser ponderada considerando os impactos que essa ocupa o poder ter face s caracter sticas e potencialidades em particular de centralidade dessa rea p ex dever o ser evitadas actividades pouco geradoras de emprego e ou com fortes impactos visuais e ambientais Instala o de novas ind strias pesadas e relocaliza o ou reconvers o das actualmente existentes Algumas das unidades de ind stria pesada hoje presentes designadamente no territ rio da Quimi
158. truturas localizadas em dois ou tr s n cleos do Arco Ribeirinho Sul com val ncias diversas mas que pelas caracter sticas complementaridade funcional e imagem se assumam claramente como parte integrante de um mesmo e nico equipamento multipolar Adicionalmente a instala o desta estrutura dever ser articulada com a manuten o e requalifica o dos v rios equipamentos culturais actualmente existentes nestes territ rios e na sua envolvente Instala o de um p lo de desenvolvimento tecnol gico e de ind strias criativas A presen a no Arco Ribeirinho Sul de diversos estabelecimentos de ensino superior e de um tecido empresarial relativamente denso traduz se em oportunidades de estabelecer pontes entre ambos que n o t m sido totalmente aproveitadas A cria o de um p lo tecnol gico poder ser impulsionadora dessa rela o e simultaneamente contribuir para a cria o de actividades e empregos mais qualificados A este poder ser associado um p lo de ind strias criativas incrementando o potencial inovador do Arco Ribeirinho Sul e a sua capacidade de afirma o externa Instala o de estruturas de apoio n utica de recreio O mercado potencial e as condi es naturais do estu rio do Tejo fazem da n utica de recreio uma actividade com perspectivas favor veis de desenvolvimento nesta rea A distribui o das infra estruturas de apoio actividade n utica no estu rio revela um acentuado desequil brio entr
159. uas actividades no mbito das estrat gias globais da cidade de Pittsburgh e das orienta es reflectidas pelos membros p blicos seus accionistas Mais recentemente o principal cluster em que se tem investido o da cultura estando em franco desenvolvimento o Cultural District de Pittsburgh com m ltiplas institui es e actividades directamente vocacionadas para a cria o e exposi o cultural Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 30 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL II 3 As Dimens es da Regenera o Urbana Quando se fala em regenera o urbana mais do que a mera regenera o f sica do espa o fala se sobretudo da regenera o econ mica social e ambiental numa vis o integradora com uma forte componente de parceria p blico privada aliada primazia da participa o p blica Apesar de cada caso de regenera o urbana ser um caso conduzindo dificuldade de encontrar uma defini o nica como vimos anteriormente existem um conjunto de aspectos que est o presentes em todos os projectos como por exemplo a exist ncia de projectos ncora dinamizadores do espa o e de atrac o dos agentes econ micos e sociais Outro aspecto ou dimens o que caracteriza a regenera o urbana s o as parcerias p blico privadas que se criam entre os diversos agentes pertencentes a um territ rio Os agentes locais que conhecem as fraquezas e as
160. ue t m de ser observados e que abrangem as reas social econ mica e ambiental e n o apenas a rea urban stica de mera reabilita o ou renova o de espa os O Projecto do Arco Ribeirinho Sul que integra o espa o da ex Siderurgia Nacional apresenta um Plano Estrat gico devidamente estruturado em que os eixos priorit rios de interven o e as op es estrat gicas est o perfeitamente definidas e aprovadas a necessidade de meios f sicos t cnicos e humanos foi devidamente equacionada e or amentada a reconvers o dos usos dominantes mantendo uma componente de actividade industrial e de log stica de nova gera o e refor ando os usos de habita o com rcio servi os e equipamentos foi tida em conta a cria o de estruturas e espa os urbanos com forte qualidade f sica e funcional e com elevado potencial de polariza o em rela o aos territ rios envolventes est bem patente a exist ncia de um projecto ncora foi considerada o modelo de gest o em parceria do projecto com a cria o de uma sociedade espec fica com elementos do sector p blico e do sector privado foi definido 75 Para implementar um processo de regenera o urbana num determinado territ rio necess rio ter presente um conjunto de princ pios fundamentais a regenera o urbana deve ter por base uma caracteriza o e an lise s cio econ mica do espa o de interven o que conduza
161. ui es pol ticas entre a moribunda civiliza o da Segunda Vaga e a emergente civiliza o da Terceira Vaga que avan a tumultuosamente para ocupar o seu lugar Toffler 1984 16 4 Mela 1999 Uma cidade tem quatro tipo de dimens es 1 Uma dimens o econ mica sendo a cidade sede de actividades econ micas com a fun o de produzir bens e fornecer servi os 2 Uma dimens o pol tica e estrutura social sendo os centros urbanos locais onde se articulam camadas e classes sociais e se organizam interesses colectivos 3 Uma dimens o cultural sendo a cidade centro de oferta cultural e conflito entre v rias culturas e sub culturas podendo gerar s nteses ou segrega o e exclus o 4 Uma dimens o ecol gica rela o entre a cidade como sistema artificial e o ambiente natural e biol gico Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 32 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Por fim na regenera o urbana dada grande relev ncia aos espa os p blicos de grande qualidade enquanto elementos simb licos das novas fun es dos territ rios e das pr prias din micas da cidade em que se inserem Como refere Bauman as pra as os jardins e as ruas das nossas cidades s o lugares onde desconhecidos convergem e desse modo condensam e resumem os tra os caracter sticos da vida urbana nos espa os p blicos que a vida urbana e tudo o que a diferencia de outros tip
162. ul os territ rios da Quimiparque Siderurgia Nacional e Margueira s o elementos da mem ria colectiva da rea Metropolitana de Lisboa e principalmente s mbolos da identidade oper ria dos concelhos onde est o situados Contudo hoje s o igualmente extensos territ rios desqualificados onde se foram acumulando os efeitos de um processo de degrada o urban stica e ambiental com consequ ncias sociais e econ micas negativas tamb m extens veis s reas urbanas que os envolvem Para os munic pios do Arco Ribeirinho Sul a reconvers o urban stica destes territ rios pois urgente do ponto de vista ambiental socioecon mico e cultural Com efeito a demoli o ou reabilita o de antigos edif cios industriais ou portu rios obsoletos degradados ou devolutos as interven es ao n vel do espa o p blico e a promo o de novos equipamentos e infra estruturas podem e devem desenvolver se a par da instala o de um conjunto diversificado e coerente de fun es e actividades com consequ ncias sobre a renova o e dinamiza o das actividades econ micas a cria o e qualifica o do emprego e logo sobre a qualidade de vida das popula es Simultaneamente aspectos como a promo o da qualidade ambiental s o cada vez mais pertinentes e prementes possuindo as frentes de gua territ rios que se revestem de t o grande potencial de utiliza o em actividades de lazer trabalho e resid ncia condi es adicionais aliciante
163. uma explica o do fen meno estudado c modelo hist rico o investigador compara as suas predi es sobre a evolu o temporal de um fen meno com os dados emp ricos que recolheu Landry 2003 365 LANDRY R jean A An lise de Conte do in GAUTHIER Benoit dir Investiga o Social Da Problem tica Colheita de Dados 3 Edi o Loures Lusoci ncia 2003 Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 21 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Cap tulo III A Defini o a Evolu o e as Dimens es dos Processos de Regenera o Urbana HI 1 Defini o de Regenera o Urbana Nas ltimas duas d cadas tem se assistido ao desenvolvimento de grandes projectos de requalifica o urbana que conduziram completa altera o de usos e de funcionalidades em territ rios de localiza o de outrora importantes reas industriais e portu rias Estes territ rios sofreram m ltiplas opera es de requalifica o nas dimens es ambiental social econ mica e urbana em geral tornando se em aut nticos laborat rios de planeamento de estrutura o urbana e de desenvolvimento econ mico e social contempor neo regenera o urbana um fen meno relativamente recente n o existindo por esse facto uma defini o nica para descrever este processo As estrat gias actuais de regenera o urbana recuperam muitas das fun
164. va gare intermodal no Lavradio o tra ado do MST preconizado no Anteprojecto de 1995 96 dever ser reequacionado tendo em vista servir e refor ar as novas centralidades O tra ado do MST dever ser complementado por canais dedicados a transporte colectivo rodovi rio ou outro modo tendo em vista assegurar id nticas condi es de acessibilidade a outras reas do Arco Ribeirinho n o abrangidas a curto ou m dio prazo pelo MST nomeadamente a Nascente Moita Montijo Alcochete Constru o das variantes s EN 10 e EN 11 2 incluindo ponte rodovi ria Seixal Barreiro e t nel do Brejo 11 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO Este eixo tem como principal objectivo estabelecer uma liga o rodovi ria directa entre os principais p los do Arco Ribeirinho Sul refor ando a articula o entre eles Pretende se assim colmatar as debilidades existentes nas conex es do territ rio ribeirinho n o s com o objectivo de sustentar as actuais rela es entre os seus n cleos urbanos mas tamb m acolhendo os acr scimos de procura que os processos de reconvers o e requalifica o previstos dever o suscitar neste sentido que a cria o de vias alternativas EN 10 e EN 11 2 ambas saturadas de tr fego se apresentam como pe as chave para atingir os objectivos de coes o territorial preconizados garantindo a permeabilidade transversal mobilidade do Arco Ribeirinho Sul o que tem vantagens funci
165. vada em projectos desta escala em apoio directo sociedade gestora e s sociedades respons veis pelas respectivas interven es locais 6 PLANEAMENTO F SICO DAS AC ES CONSIDERADAS Quimiparque Tomou se um prazo total de 18 anos para a interven o no territ rio da Quimiparque que ir come ar pela realiza o de trabalhos de prepara o de terreno resgate de direitos de superf cie e deslocaliza es em paralelo com as demoli es ao longo de cerca de 3 anos De seguida ser dado in cio a um vasto programa de infra estruturas prim rias arranjos exteriores e arranjos verdes que ir decorrer ao longo de 13 anos Nesta fase ser o tamb m executadas as obras de interesse geral e a constru o de v rios equipamentos 25 27 PROJECTO DO ARCO RIBEIRINHO SUL DOCUMENTO ESTRAT GICO sizisiaisicizisigisginisisimisnismisinasi Plano de Urbaniza o F l i H H Prepara o de terreno oo Resgaste de direitos de superf cie e deslocaliza es H EE H H i H H H H H H H 1 H H Demoli es Empreitada oo Projecto SENSO PoP PoP POP O fd Infra estruturas gerais i f H H H H H i H i H i i i Empreitada i i i i i Projecto E E A Dy pa q ppa Espa os verdes e arranjos exteriores i f i i i Empreitada o o o Projecto OPG Popop POPO Poo PoP Popop pogod Obras de interesse geral f i i H Empreitada O i E Projecto o D po Po Popo Po
166. veis para acolher as fun es aeroportu rias e as actividades relacionadas Por outro lado esta op o territorial permite salvaguardar os espa os agro florestais e naturais existentes na envolvente ao NAL e que de outra forma seriam consumidos pelas novas fun es O modelo de ordenamento do Arco Ribeirinho Sul dever ser entendido numa perspectiva integrada que favore a a conten o urbana associada aos principais n cleos urbanos existentes e que podem e devem ser refor ados consolidados e requalificados Desta forma ser poss vel contrariar a emerg ncia de novas frentes de expans o e as tend ncias de dispers o que se v m manifestando no territ rio metropolitano e que se revelam incoerentes com os princ pios de sustentabilidade econ mica social e ambiental que suportam as pol ticas nacional e regional de ordenamento O territ rio a consolidar no Arco Ribeirinho Sul pode ser grosso modo delimitado a sul pelo futuro Itiner rio Complementar n 32 IC 32 entre esta via e o rio Tejo que se dever o concentrar os esfor os de cria o de novas estruturas e fun es e as interven es de requalifica o urbana potenciando a forte concentra o demogr fica e socioecon mica que aqui se regista e o significativo leque de infra estruturas designadamente de transportes que servem ou servir o a breve prazo esta rea e que asseguram assegurar o uma forte articula o interna e externa designadamente no context
167. www observatorio pt Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 61 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL Em rela o aos pontos fortes salientam se a riqueza e diversidade do patrim nio natural hist rico cultural e arquitect nico o potencial tur stico e de lazer uma din mica global de cria o de empresas estabelecimentos e emprego razo vel Ao n vel dos pontos fracos mais significativos h que real ar o aumento da faixa et ria da popula o idosa taxas de emprego mais baixas que a m dia nacional e da Grande Lisboa o predom nio de uma especializa o centrada nas tarefas da fabrica o descurando se de alguma maneira os aspectos associados concep o e desenvolvimento de novos processos e produtos tecnologia distribui o e comercializa o em cadeias de valor das actividades econ micas relativamente pouco enriquecedoras Tese de Mestrado em Sociologia do Territ rio Cidades e Ambiente 62 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL IV 4 O Processo de Implementa o de um Projecto de Regenera o Urbana e a Proposta de Plano Estrat gico do Arco Ribeirinho Sul Como tem sido evidenciado ao longo deste trabalho um projecto para ser considerado de regenera o urbana tem de percorrer v rias etapas de um complexo 63 X processo envolvendo diferentes dimens es que extravasam a transforma o me
168. x Siderurgia Nacional 50 IM 1 Eiguadramento sanar nai pda a E a aaa patas 50 IV 1 1 Enquadramento nos Instrumentos de Ordenamento e Gest o do Territ rio 52 IV 1 2 O Projecto do Arco Ribeirinho Sul Ls grisasras tvs iia eiguenaa Siap sie gathas brgp dns temas 54 IV 2 Situa o Actual da Fx Siderurgia Nacional svergiseaiteaserioincaganesigas nsiptnioaninia vaias 57 TV gde Analise ONE iara 61 IV 4 O Processo de Implementa o de um Projecto de Regenera o Urbana e a Proposta de Plano Estrat gico do Arco Ribeirinho Sul mermo 63 CLICA atas cap a da A DIOGO CALA RREO RA 76 UM PROCESSO DE REGENERA O URBANA O CASO DA EX SIDERURGIA NACIONAL INTRODU O Neste s culo que vivemos a tend ncia para que as economias sobretudo dos pa ses da zona euro sejam dominadas por factores competitivos ancorados no conhecimento e n o na simples transforma o de mat rias primas e portanto assentes em l gicas de globaliza o suportadas por interactividades r pidas entre territ rios n o necessariamente pr ximos entre si Deste modo ser o as cidades e n o as velhas aglomera es urbanas que ser o os novos p los de concentra o de compet ncias e servi os e os novos espa os de concentra o das capacidades inovadora e empreendedora Como tal estudar a regenera o dos espa os urbanos tendo em conta os novos paradigmas de desenvolvimento das cidades e que assentam no tri ngulo criatividad

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