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1. Grupo N mero de Denomina o do grupo reas 1 12 Alt ssima vulnerabilidade 2 17 Alta vulnerabilidade 3 17 M dia para alta vulnerabilidade 4 21 M dia para baixa vulnerabilidade 5 26 Baixa vulnerabilidade 6 19 Baix ssima vulnerabilidade Fonte Dados da pesquisa 1 As reas referentes RMC e RMC sem Curitiba foram retiradas do quadro e encontram se classificadas nos grupos 3 e 4 respectivamente cadernos metr pole 19 op 191 219 1 sem 2008 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba Figura 2 Grau de vulnerabilidade social segundo as reas de expans o na RMC 2000 Fonte Dados da pesquisa rabilidade social 7 baix ssima ixa m dia para baixa E m dia para alta alta alt ssima Nota em destaque o N cleo Metropolitano somente reas urbanas An lise dos resultados Ap s ter sido realizada a an lise multivaria da com base nos fatores de desvantagem social que levaria tipifica o dos diversos espa os metropolitanos em rela o ao seu maior ou menor grau de vulnerabilidade destacam se alguns aspectos resumidos na Tabela 4 No Grupo 1 exce o de tr s vari veis fam lias chefiadas por idosos percentagem de idosos e adolescentes com experi ncia reprodutiva todas as demais possuem em m dia as maiores percen tagens em rela o m dia dos demais grupos S o reas em situa o de elevada
2. BOLLMANN H A 2003a Avalia o da qualidade das guas em bacias hidrogr ficas urbanas In ANDREOLI C V org Mananciais de abastecimento planejamento e gest o estudo de caso do Alt ssimo Igua u Curitiba Companhia de Saneamento do Paran Sanepar Financiadora de Estudos e Projetos Finep pp 267 316 2003b Rela o entre a densidade populacional e par metros da qualidade das guas superficiais em bacias hidrogr ficas urbanas 145f Tese Doutorado em Engenharia de Recursos H dricos Instituto de Pesquisa Hidr ulica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre BOLLMANN H A CARNEIRO C e PEGORINI E S 2005 Qualidade da gua e din mica de nutrientes In ANDREOLI C V e CARNEIRO C orgs Gest o integrada de mananciais de abastecimento eutrofizados Curitiba Companhia de Saneamento do Paran Sanepar Financiadora de Estudos e Projetos Finep pp 213 270 CAMPBELL D T e STANLEY J C 1979 Delineamentos experimentais e quase experimentais de pesquisa Tradu o de Renato Alberto T di Dio S o Paulo Edusp CARNEIRO C PEGORINI E S e ANDREOLI C V 2005 Introdu o In ANDREOLI C V e CARNEIRO C orgs Gest o Integrada de mananciais de abastecimento eutrofizados Curitiba Companhia de Saneamento do Paran Sanepar Financiadora de Estudos e Pro jetos Finep pp 25 44 CETESB Companhia de Tecnologi
3. sem d vida uma inova o interessante e que pode indicar uma pista sobre novos m todos de gest o de pol ticas p blicas em outros n veis O Granel do Meio Ambiente realizado em Paris no m s de outubro de 2007 parece ter sido organizado dentro dessa l gica multisetorial www legrenelle environement fr Gr fico 1 O Secretariado Geral dos Assuntos Europeus SGAE Uni o Europ ia Parlamento Europeu Deputados Europeus SGAE Identificar organizar 0 interesse comum Minist rios Interesses Setoriais Matignon Primeiro Ministro daFran a Elys e Presid nciada Rep blica cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 pol ticas p blicas e interretorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado No entanto o SGAE parece ser mais um instrumento de organiza o de uma base de dados de um secretariado t cnico que tem por objetivo informar os diferentes atores ministros parlamentares primei ro ministro presidente da Rep blica para que os mesmos possam se posicionar sobre certos temas debatidos em n vel europeu al m de permitir o cumprimento da agenda dentro do prazo fixado Trata se de orga nizar os dossi s de acordo com os setores para melhor representar a Fran a como pa s dotado de uma pol tica comum ante o Parlamento europeu A sua particularidade reside na sua posi o na articula o de dois sistemas pol tico administrativos franc s de
4. Movimentos de massa Eros o h drica Desastres naturais de car ter hidrometeorol gicos Deslizamento a ruptura e queda por gfravidade de partes do talude em decorr ncia da perda de suc o dos solos pela satura o pelas guas de infiltra o Eros o Superficial ocorre nas camadas superficiais formando sulcos nos solos pela a o das chuvas e pelo lan amento e guas servidas Enchente ou Cheia eleva o tempor ria do n vel d gua em um canal de drenagem devido ao aumento da vaz o ou descarga Rastejo CREEP movimentos lentos que envolvem grandes massas de materiais cujo deslocamento resultante ao longo do tempo minimo mm a cm ano Eros o Marginal remo o e transporte de solo dos taludes marginais dos rios provocados pela a o erosiva das guas no canal de drenagem Inunda o processo de extravasamento das guas do canal de drenagem para as reas marginais plan cie de inunda o v rzes ou leito maior do rio quando a enchente atinge cota acima do n vel m ximo da calha principal do rio Escorregamentos SLIDES s o processos marcantes na evolu o das encostas caracterizando se por movimentos r pidos m h a m s com limites laterais e profundidade bem definidos superf cie de ruptura Solapamento ruptura de taludes marginais do rio por eros o e a o instabilizadora das guas durante ou logo ap s processos de ench
5. Resolu o n 01 de 6 de agosto de 2003 do Conselho Estadual de Recursos H dricos estabelece diretrizes para a forma o instala o e funcionamento de Comit s de Bacias lt http Avww aesa pb gov br legislacao resolucao01 php gt Acesso em 8 de fev 2006 PEREIRA L C B 2002 Reforma do estado para a cidadania a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional S o Paulo Editora 34 ENAP PETRELA R 2001 O Manifesto da gua Petr polis Vozes pp 26 27 PLANO DE IMPLEMENTA O DA C PULA MUNDIAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUS TENT VEL DE JOAHANESBURGO Dispon vel em lt www mma gov br gt Acesso em 4 de maio 2005 PLANO DIRETOR DA REFORMA DO ESTADO Minist rio do Planejamento Or amento e Ges t o Dispon vel em lt www planejamento gov br gt Acesso em 6 out 2005 POMPEU C T 2006 Direito de guas no Brasil S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2002 guas doces no direito brasileiro In REBOU AS A da C BRAGA B e TUNDISI J G org guas doces no Brasil capital ecol gico uso e conserva o 2 ed S o Paulo Escrituras Editora cap 18 pp 599 632 PROGRAMA DAS NA ES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO PNUD 1997 Human Development report Eradicating poverty Washington cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 das interfaces entre a environmental history e o direito ambiental RIBEIRO M M R 2000 Alternativas para a outorga
6. resposta natural para a demanda por mais transporte Bras lia junto ao Rio de Janei ro a cidade brasileira com a maior frota de transporte ilegal do pa s respons vel pe lo transporte de 4 milh es de passageiros por m s NTU 2006 A falta de controle governamental corrup o assim como a demanda p blica constituem as principais raz es para a exist ncia desse enorme sis tema paralelo A situa o n o melhor em rela o s bicicletas Atualmente Bras lia possui apenas dois trechos ciclovi rios que somam menos de 5 km A falta de infra estrutura apro priada para as bicicletas absolutamente incompat vel com a import ncia desse modal para as comunidades mais pobres da capital onde os ciclistas s o for ados a circular em tr fego misto sem nenhuma prote o Fi gura 8 Ap s d cadas de descaso o gover no atual desenvolveu o programa Pedala DF que inclui a constru o de 600 km de ciclovias e ciclofaixas na cidade Entretanto o Secret rio de Transporte j admitiu em entrevistas recentes que a id ia inicial foi muito ambiciosa e a popula o deve espe rar que no m ximo a metade do plano seja cadernos metr pole 19 constru da durante este mandato De qual quer maneira esta na primeira vez na his t ria de Bras lia que o governo local decide investir em infra estrutura ciclovi ria e ain da h muito a fazer at que possamos dizer que Bras lia uma cidade que preza
7. 13 Quanto menor o n mero de fatores comuns maior ganho em simplicidade na operaciona liza o e interpreta o dos resultados 14 Rota o ortogonal que permite que os coeficientes de correla o entre as vari veis e os fatores comuns fiquem o mais pr ximo poss vel de zero 1 ou 1 facilitando assim sua interpreta o Ign cio 2002 15 Segundo Anderberg 1973 apud Ign cio 2002 este o m todo mais usual e baseia se em duas premissas b sicas coes o interna das unidades observacionais e isolamento ex terno entre os grupos O c lculo das dist ncias entre as unidades observacionais baseia se na dist ncia euclidiana Parte se do princ pio de que a similaridade entre uma unidade observacional e outra em um plano por exemplo dada pela dist ncia entre essas duas unidades observacionais segundo a posi o que cada uma ocupa nos dois eixos medida por qualquer vari vel considerada significativa para o processo de diferencia o entre as unidades observacionais apud Ign cio 2002 16 Esse estudo encontra se para consulta no N cleo de Meio Ambiente do Ipardes 17 A esse respeito ver Indicadores Ambientais Georreferenciados para a Regi o Metropolitana de Curitiba Ipardes N cleo de Meio Ambiente cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba Refer ncias ACSELRAD H 2002 Justi a ambiental e constru
8. A import ncia da tem tica da paisagem A import ncia da tem tica da paisagem expressa no presente artigo como valor am biental Sua import ncia dentre os temas urban sticos e ambientais destacada me dida que a manuten o de padr es est ticos no cen rio urbano revela ineg vel interesse difuso por relacionar se diretamente com a qualidade de vida e com o bem estar da popula o Nesse sentido Cavallazzi e Oliveira 2002 ressaltam a import ncia da dimen s o paisagem n o s como somat rio de fragmentos de a es e interven es urbanas preserva o ambiental de cidades uma tradu o jur dica e urban stica do estatuto da cidade ou subprodutos destas mas como expres s o de uma totalidade Apontam a neces sidade de ao tratar a gest o ambiental do solo instituir o direito paisagem Diante da amplitude do objeto do Di reito Urban stico ressaltamos tamb m a quest o da boa apar ncia das cidades e seus efeitos psicol gicos sobre a popula o equi librando pela vis o agrad vel e sugestiva de conjuntos e elementos harmoniosos a carga neur tica que a vida citadina despeja sobre as pessoas que nela h o de viver conviver e sobreviver Transfere se assim dimens o simb lica da cidade em especial aquela que aponta a possibilidade de amplia o do campo dos poss veis a necess ria tutela da paisagem Tamb m pode ser atribu do o interes se difuso ao desejo da popul
9. ao expor sua preocupa o com a justi a social nas cidades brasileiras ad mite que para compreender os conflitos urbano ambientais deve se pesquisar se poss vel a es judiciais sobre conflitos de natureza urban stica sobre o direito de pro priedade e o direito de moradia visando n o s identificar a densidade desses conflitos como tamb m identificar os tipos de a es judiciais sobre casos de conflitos ambientais urbanos tipos de decis es judiciais referen tes implanta o de loteamentos urbanos prec rios de ocupa o de reas p blicas e privadas por favelas implanta o de siste mas vi rios obras e empreendimentos de grande impacto geradores de degrada o ambiental Dentre as principais conclus es do autor ressalta se a Necessidade de os munic pios institu rem os instrumentos urban sticos es tabelecidos na Constitui o Brasileira e legisla es complementares para a pro mo o da pol tica urbana com o objeti vo de assegurar o exerc cio dos direitos urbanos do direito cidade das pes soas que vivem nas cidades e o cumpri mento das fun es sociais da cidade e da propriedade urbana necessidade de revis o da legisla o urban stica munici pal em especial as leis de parcelamento do solo urbano loteamento urbano e de uso e ocupa o do solo urbano vi sando integra o social e territorial de modo a atender os objetivos da pol ti ca urbana de reduzir as desiguald
10. crucial apresentar o contexto desta pesquisa mediante um curto retros pecto da hist ria t o peculiar dessa cidade importante tamb m apresentar algumas de fini es sobre a organiza o geopol tica da cidade de Bras lia Neste trabalho adotou se a defini o do IBGE que considera todo o Distrito Federal como um nico munic pio chamado Bras lia Para melhor esclarecer a organiza o territorial de Bras lia v lida uma analogia com as cidades tradicionais divididas em bairros O bairro central de Bras lia objeto do projeto urbano de L cio Costa chamado de Plano Piloto enquanto os demais bairros s o as cidades sat lites Todos os bairros s o chamados de Regi es Administrativas para fins de estrutura o pol tico administrativa da cidade Bras lia mais que a capital do Brasil ela a realiza o da conquista do centro subdesenvolvido do pa s ela o cone maior do projeto desenvolvimentista do Brasil nos anos 50 e uma express o f sica daquela pp 293 317 Io sem 2008 299 300 carolina pescatori candido da silva e caru bowns nova era pol tica Bras lia nasceu do sonho de se conquistarem as terras do interior de escapar da corrup o do Rio de Janeiro e de formular uma nova vis o de pa s tudo incorporado pelo ent o presidente Juscelino Kubitschek Para ele a nova capital deveria refletir este novo Brasil moderno integra do economia mundial e avan ado tecnolo gic
11. es sobre a natureza e suas m ltiplas rela es com os seres huma nos e as institui es por meio da integra o do paradigma sist mico e da hermen utica totalizadora compreensiva normativa e ecol gica Essa intera o permite um mer gulho direcionado nos elementos principais do problema em quest o com amplitude de vis es horizontais verticais e laterais Ag ncias reguladoras O direito e a economia ao se relacionarem contribuem com o aumento da sinergia constitucional O T tulo VII da Ordem Eco cadernos metr pole 19 n mica e Financeira da Constitui o Federal de 1988 conhecido no jarg o jur dico co mo Constitui o Econ mica apresenta duas formas de interven o estatal na rea eco n mica quais sejam a interven o direta e a interven o indireta A interven o direta ocorre quando o Estado realiza as atividades econ micas pra ticamente da mesma forma que o setor em presarial motivo pelo qual recebeu o apeli do de Estado empres rio Assim atrav s das pessoas jur dicas sob seu controle o Estado produz bens ou presta servi os age ent o em concorr ncia no mercado A Constitui o Federal vigente corrobora com essa ar gumenta o quando afirma ipsis litteris Art 173 Ressalvados os casos previs tos nesta Constitui o a explora o di reta de atividade econ mica pelo Estado s ser permitida quando necess ria aos imperativos da seguran a nacional ou r
12. garantia da qualidade h drica In serido no Subsistema Leste Regional onde se situam os principais mananciais de abas tecimento h drico da RMC para Piraquara foi prevista a preserva o ambiental como cen rio para o seu futuro Hardt 2004 Na d cada de 1990 houve grandes avan os para a gest o das reas de ma nanciais na RMC quando foi proposta a implanta o de reas de Prote o Ambien tal APA s e de Unidades Territoriais de Planejamento UTP s Classificadas como unidades de uso sustent vel Lei Federal n 9 985 de 18 de julho de 2000 as APA s t m como objetivo principal conservar a diversidade dos ambientes esp cies e pro cessos naturais sendo necess rio orientar e adequar as v rias atividades humanas de forma que se desenvolvam de maneira com pat vel com as caracter sticas ambientais da regi o As UTP s objetivam assegurar as condi es ambientais adequadas preser va o dos mananciais a partir do ordena mento territorial em locais com press o por ocupa o ampliar de maneira disciplinada pp 221 243 1 sem 2008 229 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt a oferta de reas para urbaniza o definir regi es priorit rias para implanta o de infra estrutura de saneamento e proteger os fundos de vale e locais cr ticos sujeitos a inunda o Comec 1999 Segundo Andreoli et al 2003 no ce n rio de manuten
13. indisposi o ao abastecimento p blico aus ncia de infra estrutura de gua e esgoto problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas da Figura 2 que busca explicitar as rela es causais para os problemas ambientais deixa claro como sua solu o depende muitas ve zes de diversas a es integradas Considera es Pinais Embora os problemas ambientais urbanos atinjam indiretamente todos os segmentos da popula o urbana o que se verifica pelo amplo reconhecimento da precariza o da qualidade de vida nas grandes cidades a parcela de menores recursos que mais sofre com as suas consequ ncias os deslizamentos provocados pela ocupa o impr pria de en costas as inunda es decorrentes da ocupa o de reas de v rzeas e de fundos de vale a contamina o por acesso gua n o trata da ou os problemas de sa de resultantes do manejo inadequado de res duos s lidos s o apenas alguns dos problemas ambientais ur banos que afetam diretamente a qualidade de vida da popula o de baixa renda Ou seja al m de arcar com o nus da dificuldade de acesso habita o ao sanea mento b sico educa o ao transporte e sa de entre outros itens necess rios reprodu o social essa popula o tamb m a mais exposta e vulner vel aos riscos am bientais intr nsecos aos contextos urbanos Como apontam Bartone et alii 1994 a con
14. o de renda m dia signific ncia da popula o amostral utilizada o n mero de subgrupos a serem estudados grau de confian a dos resultados atingidos tempo dispon vel para a realiza o da pesquisa os recursos financeiros dis pon veis Com a aplica o do pr teste do ques tion rio foi feito um levantamento da pre val ncia de comportamento da popula o amostral sobre a quest o que identificava a presen a do inc modo Considerando os 50 question rios aplicados nessa etapa obteve se que 69 deles responderam sim e 31 responderam n o identificando respecti vamente os valores de p 0 69 e q 0 31 Aplicando se os valores de p e q na f rmula pp 319 338 1 sem 2008 323 324 monica nunes e helena ribeiro obteve se n 172 definindo ser necess ria uma amostra m nima de 172 pessoas Fo ram ent o acrescidos 25 do valor definido como margem de rejei o A seguinte f rmula foi utilizada no 14222 N Onde PxQ no 7 op no o n mero estimado da amostra n o tamanho da amostra ajustado para o fator de popula o finita N o tamanho total da popula o P a taxa de preval ncia de uma resposta expressa como porcentagem de uma popula o total Q o complemento Q 1 P op o desvio padr o da preval ncia P op adotado foi 5 considerado ade quado para estudos epidemiol gicos e den tro das limita es financeiras e de pessoal do projeto d Sele o da am
15. o da disponibilidade h drica atual os mananciais dispon veis ser o suficientes at o ano 2050 para o cresci mento m nimo e at 2040 para o m ximo Em condi es de aus ncia de programas efetivos de conserva o os mananciais indi cados estariam esgotados entre os anos de 2030 e 2035 para o m ximo crescimento e entre 2035 e 2040 para as proje es de m nimo aumento populacional sendo im prescind vel a defini o de crit rios ambien tais para os usos urbano agr cola e indus trial dessas reas Caracteriza o do munic pio de Piraquara Piraquara situa se a leste da capital para naense Figura 3 tendo seus limites de um lado pr ximos metr pole e de ou tro confrontados com a Serra do Mar O munic pio presenciou elevado crescimento Figura 3 Cartografia de localiza o do munic pio de Piraquara na Regi o Metropolitana de Curitiba VN gi BRASIL gt ETTR o SE lih A OG e Fonte Elaborada com base em Comec 2001 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 REGI O METROPOLITANA DE CURITIBA urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caro em piraquara paran populacional entre 1996 e 2000 8 53 ao ano acima das m dias da regi o metropoli tana e nacional Comec 2001 Localiza se em regi o especialmente fr gil por seus mananciais respons vel por aproximadamente 70 da gua distribu da popula o da RMC ibid E
16. o e gest o dos recursos energ ticos sejam eles o carv o o ur nio o petr leo a eletricidade etc Sistemas de regulamenta o foram implementados na medida em que se formavam novas classes sociais e novos Estados nacionais no ritmo em que sob os ditames do imperialismo os recursos energ ticos da frica da sia e das Am ricas passaram a ser explorados pe la Europa e por aqueles pa ses emergentes que como o Jap o da Era Meiji iniciaram a compartilhar de sua forma de crescimento e apropria o de poder Hoje corpora es internacionais gi gantescas disputam mercados cada vez mais concorridos e precisam de uma s rie de re cursos energ ticos alguns deles n o reno v veis para a expans o de seus neg cios Caso as demandas atuais por gua doce con tinuem a crescer como parece ser de todas as previs es t cnicas poss vel que os an tigos senhores da terra se transformem em senhores das guas Algumas previs es mais pessimistas imaginam guerras de proje o global como as que ocorreram em meados cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 do s culo XX por disputa de acesso a recur sos h dricos No Nordeste interior brasileiro espe cialmente nos biomas do semi rido desde o in cio da coloniza o europ ia no s culo XVI a propriedade da terra era diretamente valorizada pela disponibilidade de recursos h dricos que permanecessem ao longo das diversas esta es do ano espec
17. o n o ser completamente com preendida Os aspectos que comp em essa rela o foram explorados por v rios autores de forma diferenciada Apesar dessa variabi lidade existe consenso ao redor da id ia de que a sustentabilidade social do transporte demanda sistemas que privilegiem o acesso das minorias exclu das e dos pobres aos be nef cios da cidade como empregos educa o sa de lazer e consumo Vasconcellos 2001 Root 2003 Solomon 2003 Lucas 2004 ITRANS 2004 Donaghy Poppelreu ter e Rudinger 2005 Pickup e Giuliano 2005 Isso pode ser alcan ado atrav s de duas estrat gias principais investimentos em transporte p blico e n o motorizado que s o economicamente mais acess veis e ambientalmente menos agressivos e ou melhor distribui o dos principais centros de emprego educa o e demais atividades essenciais na cidade de forma a reduzir a necessidade de deslocamento Esta pesquisa foca a primeira estrat gia de investimentos em transporte p blico e n o motorizado co mo forma de melhorar o bem estar social e minimizar os impactos ambientais conse quentes das atividades de transporte Os fatores que determinam a susten tabilidade social no transporte variam sig nificativamente na literatura De forma a estabelecer uma metodologia para avaliar e compreender esses fatores esta pesqui sa definiu uma lista de crit rios de avalia o da sustentabilidade social no transporte baseada na revis
18. o social do risco Desenvolvimento e Meio Ambiente Curitiba UFPR n 5 pp 49 60 BECK U 1992 Risk society towards a new modernity Londres Sage CEPAL CELADE Divis o de Popula o 2002 Vulnerabilidade sociodemografica viejos y nue vos riesgos para comunidades hogares y personas Santiago Chile Publica o eletr nica http www eclac cl celade CONFER NCIA DAS NA ES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO 1992 Agenda 21 Curitiba Ipardes 1997 260p DUPAS G 1999 Economia global e exclus o social pobreza emprego Estado e futuro do capitalismo S o Paulo Paz e Terra GIDDENS A 1991 As consegti ncias da modernidade S o Paulo Universidade Estadual Paulista HOGAN D J 1997 Mobilidade ocupacional e meio ambiente Textos NEPO n 33 Campi nas Unicamp Nepo pp 7 17 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica 2002 Censo demogr fico 2000 Arquivo dos microdados Rio de Janeiro 2002 Censo demogr fico 2000 Documenta o dos microdados da amostra Rio de Janeiro IGN CIO S A 2002 Tipologia dos munic pios paranaenses segundo indicadores socioeco n micos e sociodemogr ficos uma an lise estat stica Curitiba PUCPR KAZTMAN R coord 1999 Activos y estructura de oportunidades estudios sobre las ra ces de la vulnerabilidad social en Uruguay CEPAL UNDP Montevideo KAZTMAN R e outros 1999 Activos y estruct
19. via selecionada pertencentes s quadras acima descritas Eles obedecem a uma faixa de afastamento de 20 m da via com uso de rea verde b Defini o do instrumento de coleta de dados A aplica o do question rio tinha como objetivo 1 conhecimento do n vel de per cep o e da opini o sobre a qualidade am biental urbana oferecida em Bras lia e espe cificamente na rea residencial em quest o cadernos metr pole 19 2 identifica o dos n veis de percep o de avalia o e de prioridade dados ao ru do do tr fego urbano como problema ambiental 3 identifica o de efeitos diretos e indiretos que possam ser causados pelo ru do sa de humana 4 obten o de vari veis pessoais e locais espec ficas da amostra que propi ciassem a avalia o de qualquer interfer n cia nos resultados Foi aplicado o pr teste na rea de es tudo a 50 pessoas utilizando se a primeira vers o do question rio contendo 39 ques t es em sua maioria fechada Posterior mente foram feitas corre es buscando se no produto final do question rio sua ade qua o aos objetivos inicialmente tra ados chegando a sua formata o final com 41 quest es abertas e fechadas c Defini o e dimensionamento da amostra Foram considerados paralelamente ao perfil urbano da rea de estudo os seguin tes crit rios b sicos para o dimensionamen to final da amostra a ser consultada grau de homogeneidade da popula
20. A lei que regu lamenta o Estudo de Impacto de Vizi nhan a instrumento independente do Plano Diretor deve contemplar todas essas dimens es A import ncia do Estudo de Impacto de Vizinhan a ultrapassa o ressarcimento cidade da sobrecarga sofrida com o investi mento pois grandes empreendimentos t m grande capacidade de gerar recursos por serem investidos no local No outro extre mo o Estudo de Impacto de Vizinhan a n o pode impedir totalmente a realiza o de al guns dos empreendimentos de import ncia para todo o munic pio Nesse particular o grande desafio desse instrumento conseguir mediar os interes ses entre os benefici rios de cada empreen cadernos metr pole 19 dimento visando sua vizinhan a imediata mas tamb m o conjunto da cidade Observamos nas discuss es em curso sobretudo na esfera municipal sobre o Es tatuto da Cidade que existe um consenso sobre a oportunidade gerada com vistas a uma gest o mais democr tica mas a im plementa o do Estudo de Impacto de Vizi nhan a n o autom tica e nem seu suces so garantido dependendo da compet ncia maturidade e vontade pol tica dos v rios atores envolvidos na produ o de ambien tes urbanos A incorpora o de valores ambientais nas decis es do Poder P blico e na constitui o da ordem social depende fundamentalmente da participa o am pla da sociedade no processo decis rio Fernandes e Rugani 2002 Trata se de u
21. a quest o da cidade global comporta duas vis es a vis o dos que querem que todas fiquem globais quer dizer que se preparem as cidades para que elas atendam aos reclamos de algumas em presas quanto menor o n mero melhor e de alguns atores quanto menos numero sos melhor a outra vis o vai ver que n o h cidade global que n o seja cidade nacio nal e local sobretudo no Terceiro Mundo Porque s as cidades nacionais j antes na cionais puderam se tornar cidades globais S as cidades antes industriais puderam se tornar cidades de servi os que o caso de S o Paulo De tal maneira que continuar fa lando impunemente em metr pole global cadernos metr pole 19 pouco Eu creio que a gente pode usar a pa lavra com todo cuidado isto a metr po le global aquela que participa diretamente ou como rel na produ o dos fluxos que tenha uma vis o global e que por conse guinte participe da produ o do mercado global etc Mas se eu n o considerar a quest o nacional e a quest o local eu n o vou mais al m de ser aquele que estuda a cidade para entregar a um n mero limitado de atores Ora o encantamento atual com as t cnicas de ponta at feio dizer que n o se sabe usar como que chama essa coisa o cor reio eletr nico que enche as faculdades do lixo bibliogr fico porque uma das grandes utiliza es do correio eletr nico trazer aquelas montanhas de bibliografias inuti
22. adverte que no artigo 23 ficou tamb m configurado que o governo federal os es tados e os munic pios partilham de grande n mero de compet ncias comuns ou concor rentes configurando um federalismo an r quico que ora cria a competi o excessiva entre os tr s n veis da federa o ora fa vorece a omiss o sempre que poss vel em fun o de uma acentuada crise fiscal Nesse sentido a autora adverte para a necessidade de regulamenta o do art 23 para melhor definir a reparti o de compet ncias Passados quase 20 anos da promulga o da nova Constitui o constata se que O processo de descentraliza o de atribui es foi desacompanhado da possibilidade real de autonomia municipal tendo em vista que 80 dos munic pios brasileiros n o geram praticamente nenhuma renda pr pria vi vendo de subs dios do governo federal preciso nesses casos aplicar o princ pio da subsidiaridade que exige a participa o ativa do ente superior quando no n vel inferior o munic pio e os estados s o desprovidos de recursos e meios ibid p 45 1 sem 2008 o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas O munic pio e a prote o ao meio ambiente Especificamente em rela o prote o do meio ambiente a Constitui o Federal de 1988 definiu o regime de compet ncias le gislativas e administrativas dos tr s n veis de governo A prote o ao meio ambiente como um todo
23. cadernos metr pole 19 desvantagem socioecon mica indicando as mais graves situa es de pobreza den tro da RMC aliadas a caracter sticas de mogr ficas tamb m desvantajosas o que as coloca no topo da hierarquia no que tange vulnerabilidade social Nesse Gru po encontram se 12 reas 10 71 do total das reas estudas onde residem 157 mil pessoas 5 76 compondo 43 6 mil fam lias 5 34 Esses valores referem se ao universo de pessoas ou fam lias residentes nas reas que comp em cada grupo No entanto nem todos se encon tram envolvidos em situa o de alt ssima vulnerabilidade Ao se analisarem os valo res da Tabela 4 tem se uma aproxima o dos envolvidos nesse tipo de situa o por pp 191 219 1 sem 2008 203 204 marley deschamps Tabela 4 N mero de reas popula o e Pam lias e respectivas percentagens segundo agrupamento de reas RMC 2000 N mero de reas Gawe Sat SE E Popula o total Total de fam lias Abs Abs Abs Abs Abs 1 12 10 71 2 3 39 10 18 87 157 032 18 87 43 633 18 87 2 17 1518 3 508 14 2642 416 899 26 42 114 848 26 42 3 17 15 18 3 5 08 14 26 42 397 709 26 42 112 488 26 42 4 21 18 75 9 15 25 12 22 64 640 438 22 64 188 206 22 64 5 26 23 21 23 38 98 3 5 66 734 382 5 66 225 313 5 66 6 19 16 96 19 32 2 0 0 00 380 120 0 00 132 985 0 00 RMC 112 100 00 59
24. cidade Importante ressaltar que os par me tros urban sticos definidos para as reas de interven o que constam no mbito da lei espec fica dessa sub bacia foram definidos com base nos zoneamentos propostos pelos Planos Diretores dos munic pios de Embu Embu Gua u naquela ocasi o em discuss o pela C mara Municipal Itapecerica da Ser ra e pelos Planos Regionais Estrat gicos das Subprefeituras de Capela do Socorro M Boi Mirim e Parelheiros do munic pio de S o Paulo Entretanto de acordo com estudo recente SMA Cobrape 2006 apud Alvim 2007 de um modo geral em todos os mu nic pios nas seis sub reas de ocupa o diri gidas definidas no mbito do PDPA obser vam se conflitos em rela o aos usos prefe renciais e restri o dos par metros urba n sticos b sicos ndice de impermeabiliza o m xima coeficiente de aproveitamento m ximo e lote m nimo Os par metros menos restritivos est o definidos para as sub reas SUC Sub rea de Urbaniza o Consolidada e SUCt Sub rea de Urbaniza o Controla da ao passo que a maior restri o refere se ocupa o das sub reas denominadas baixa densidade SBD prioritariamente ocupadas por atividades do setor prim rio ch caras e s tios As principais diverg ncias confor me estudo cujo prop sito compatibilizar os par metros urban sticos municipais aos da lei espec fica s o a incompatibilidade das bases cartogr ficas a
25. o a expans o urbana para fora das reas de produ o h drica e de preserva o dos recursos naturais O planejamento e a gest o da sub bacia s o realizados atrav s de alguns instru mentos entre eles o PDPA as reas de interven o e suas normas diretrizes e par metros de planejamento e gest o da cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 bacia normas para implanta o de infra estrutura de saneamento ambiental leis municipais de parcelamento uso e ocupa o do solo o Sistema de Monitoramento da Qualidade Ambiental o Sistema Gerencial de Informa es SGI o Modelo de Correla o Uso do Solo e a Qualidade da gua MQUALS o licenciamento a regulariza o a compensa o e a fiscaliza o de ativida des empreendimentos parcelamento uso e ocupa o do solo a imposi o de penalidades por infra es s disposi es da lei o supor te financeiro gest o da APRM G o Plano Diretor e os instrumentos da pol tica urbana de que trata a Lei Federal n 10 257 01 Estatuto da Cidade Para viabilizar e orientar a aplica o dos instrumentos a sub bacia foi subdivi da em reas de interven es segundo suas principais caracter sticas as quais buscam recuperar proteger e preservar as reas dos mananciais As reas de interven o foram caracterizadas segundo par metros estabe lecidos pela Lei 9 866 97 por m detalhadas com base em um conhecimento espec fico da rea
26. o das tecnologias e estrat gias de gest o das guas Contextua lizar e interpretar via hermen utica os va riegados aspectos dessa problem tica com plexa investigar as institui es e entidades relacionadas com a apropria o p blica das tecnologias de manejo de guas e identifi cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 Ricardo Petrela O Manifesto da gua car mudan as culturais no processo de im plementa o da pol tica estadual de recursos h dricos s o aqui os objetivos espec ficos Documentos jur dicos e n o jur dicos e outras formas de express o dos homens no tempo que apresentassem relev ncia no processo de gest o h drica estadual foram consultados para responder a algumas de nossas indaga es essenciais Foram inter pretados por interm dio do m todo herme n utico sist mico a outorga do direito de uso dos recursos h dricos e a cobran a pelo uso da gua na Para ba al m do processo de desenvolvimento das a es da Ag ncia das guas do Estado da Para ba AESA Os resultados mostram que vem sur gindo uma demanda popular por autonomia e descentraliza o burocr tico institucional acompanhada em contrapartida por uma relativa centraliza o na gest o de recur sos h dricos por parte do Poder Executivo Em busca de uma gest o h drica paraibana contributiva ao desenvolvimento humano sugere se a descentraliza o com a urgen te implementa o de mecanismos
27. quase desnecess rio dizer que ao entrar em vigor a institui o AESA imediatamente a AAGISA deixou de fazer parte do ordenamento jur dico parai bano isto essa ltima institui o foi expe lida do arcabou o jur dico h drico n o mais podendo ser utilizada pela sociedade nem pelo Estado A AAGISA era uma Autarquia sob Re gime Especial com autonomia adminis trativa e financeira vinculada Secretaria Extraordin ria do Meio Ambiente dos Re cursos H dricos e Minerais SEMARH com a finalidade de implementar em sua esfera de atribui es a pol tica estadual de recur sos h dricos e exercer mediante atribui es 1 sem 2008 das interfaces entre a environmental history e o direito ambiental expressas na Lei n 7 033 ou delega es dos titulares de direitos a regula o e fiscaliza o das atividades de irriga o e saneamen to no territ rio da Para ba gt Essa lei atualmente revogada obede cia aos fundamentos objetivos diretrizes e instrumentos das pol ticas estaduais de recursos h dricos irriga o e saneamen to em conson ncia com as leis estaduais 6 308 96 e 6 544 97 17 A AAGISA era dirigida por uma Direto ria Colegiada composta por tr s membros nomeados pelo governador do estado com mandatos n o coincidentes de quatro anos admitida uma nica recondu o consecutiva O Diretor Presidente dessa institui o era escolhido pelo governador do estado entre membr
28. rea de contribui o da bacia hidrogr fi ca A origem da polui o difusa bastante diversificada e de dif cil controle a abras o e o desgaste das ruas pelos ve culos lixo res duos org nicos de p ssaros e animais do m sticos atividades de constru o res duos de combust vel leos e graxas deixados por ve culos poluentes do ar etc 3 Destacamos os trabalhos elaborados no mbito do Programa Nacional de Combate ao Des perd cio de gua PNCDA dispon veis na p gina do Minist rio das Cidades http www cidades gov br pncda 4 Na Europa a cobertura crescente dos custos pelas tarifas pagas pelos usu rios que fornece as condi es de durabilidade pois ela permite o aumento da capacidade de autofinancia mento dos servi os p blicos cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil Refer ncias BARRAQU B 2003 Past and future sustentability of water policies in Europe Natural Ressources F rum 27 pp 200 211 2006 La consommation ne cesse de baisser Entretien avec Bernard Barraqu par Corinne Bensimon Journal Lib ration Dossier sp cial du samedi 13 mai 1998 Les services publics d eau et d assainissement face au d veloppement durable Annales des Ponts et Chauss es nouvelle s rie n 87 ao t BRITTO A Le BESSA E S 2007 Sustentabilidade na gest o da gua em reas metropolitanas
29. reas de prote o dos mananciais da Regi o Metropolitana de S o Paulo Com base no caso da sub bacia do Guarapiranga debatem se as possibilidades de articula o dos instrumentos implementados entre 2001 e 2006 Conclui se que a efeti vidade dos instrumentos depende de um pro cesso negociado entre inst ncias de poder e a sociedade civil Palavras chave gest o de bacia hidrogr fica pol tica ambiental pol tica urbana mananciais Regi o Metropolitana de S o Paulo sub bacia Guarapiranga cadernos metr pole 19 Ang lica Tanus Benatti Alvim Gilda Collet Bruna Volia Regina Costa Kato Abstract The current shortage of water motivates the search for new sustainable models of planning and management so that they incorporate the hydrographic water basin as a territory and at the same time reconcile the political administrative model according to which Brazil is organized This article discusses the interfaces and conflicts between the environmental and urban policies that deal with water protection areas based on instruments currently instituted for the protection of water source areas in the metropolitan region of S o Paulo Focusing on the case of the Guarapiranga hydrographic sub basin the discussion approaches the possibilities of articulating the instruments implemented between 2001 and 2006 The conclusion is that the effectiveness of these instruments depends on a negotiated process among agencies of power a
30. setores especificamen te destinados a bancos escrit rios hospitais e servi os p blicos N o h reas destinadas ao uso misto o que aumenta as dist ncias entre as atividades o que consequentemen te aumenta a necessidade de deslocamentos motorizados Figura 2 PlataPorma do Terminal KT KE KSE KSE AR ES EM am rew CSS Fonte Arquivo P blico de Bras lia cadernos metr pole 19 pp 293 317 Io sem 2008 302 carolina pescatori candido da silva e caru bowns Em suma Bras lia foi projetada de acordo com as aspira es de Kubitscheck de construir uma cidade do autom vel Ficher 2000 Como a mobilidade sustent vel n o era uma quest o a ser considerada na poca a cidade acabou totalmente dependente do autom vel com um desenho pouco prop cio aos transportes p blico e n o motorizado As dist ncias entre os diferentes setores s o grandes impondo grandes separa es entre os locais de trabalho resid ncia com rcio e lazer Essas dist ncias exigem transporte motorizado o que contribui para a desuma niza o dos espa os p blicos muitas ve zes completamente vazios e ermos As vias largas e ininterruptas bem como a grande oferta de estacionamentos gratuitos facili tam a circula o e o uso dos carros aumen tam a sua efici ncia e tornam o autom vel ainda mais atraente Bras lia possui uma ta xa de ocupa o de ve culos baix ssima 1 3 pessoas por ve culo motor
31. tamente pelo metano produzido pela pecu ria e rizicultura Tavares 2004 A Conven o do Clima teve como primeiro objetivo a estabiliza o do buraco da camada de oz nio H 35 mais de oz nio a 45 N do que a 45 S na m dia troposfera em raz o da queima de combust veis f sseis na Europa e Am rica do Norte Na Am rica do Sul por vezes os valores do O3 na primavera s o quase t o altos quanto no hemisf rio norte em virtude das queimadas que ocorrem principalmente no Centro Oeste Tavares 2004 p 59 7 Alguns confortos criados pela ind stria tornam se necessidade mas causam perigosos efei tos Um relat rio divulgado em 2007 pelo PNUMA Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente confirma que alguns produtos qu micos produzidos nos ltimos anos para proteger a camada de oz nio podem acelerar o fen meno do aquecimento da terra 8 Lembramos que o ciclone de Bangladesh de 1991 causou a morte de 125 000 pessoas O tsunami de 2003 causou mais de 230 000 mortes 9 No desempenho t rmico devem ser considerados o ngulo do fator de c u vis vel a co bertura vegetal a cor e textura das fachadas e a rela o de cheios e vazios do recinto urbano 10 A legisla o define faixas marginais ao longo do cursos d gua independente da extens o e forma da bacia do talvegue do leito maior do bioma e de estar em rea urbana ou rural cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 refle
32. 100 00 53 100 00 2 726 580 100 00 817 473 100 00 Fonte Dados da pesquisa vari vel segundo as reas estudadas que comp em cada grupo As propor es mais elevadas deter minantes na classifica o encontram se nas vari veis ocupados no setor informal e ocupados com baixo rendimento no tra balho principal resultando em elevada percentagem de fam lias com rendimento insuficiente As propor es tamb m s o elevadas nos indicadores de escolaridade e analfabetismo n o fregu ncia e n vel ina dequado tanto dos chefes de fam lias como da popula o jovem adulta As propor es das vari veis anteriormente citadas mais as condi es prec rias de moradia apresentam em m dia percentagem acima de 40 e podem chegar a mais de 90 dependendo da rea A espacializa o dessas reas demons tra claramente uma segrega o socioespacial dentro da RMC S o reas mais distantes do p lo metropolitano em munic pios com pequena base econ mica e portanto com reduzida oferta de empregos Duas dessas reas est o situadas no espa o perif rico do p lo conformando uma parte do bairro do cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 Cajuru onde est localizada uma favela fru to de uma antiga invas o e parte do bairro Uberaba tamb m comportando favela O Grupo 2 de alta vulnerabilidade mostra situa o similar descrita anterior mente sendo que as propor es e
33. 2008 37 38 lucia sousa e silva e luciana travassos Foto 2 Comunidade Marrocos em Fortaleza 2007 Em rela o cobertura de esgotos verifica se um quadro mais prec rio em que 48 3 do total da popula o urbana servida Sob este n mero novamente se escondem disparidades regionais enquan to na regi o sudeste 69 6 da popula o atendida pela rede no norte representam apenas 6 1 do total ibid Al m disso a grande maioria dos munic pios que possuem o servi o de coleta de esgotos n o realiza o tratamento do material coletado fazen do com que os in meros corpos d gua que fluem pelas reas urbanas sejam utilizados como esgotos a c u aberto ou locais de des pejo de res duos s lidos A maior propor o de esgotos tratados sobre os coletados no Brasil fica nos munic pios cuja popula o maior que 1 milh o de habitantes 529 Tal cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 propor o cai medida que a popula o di minui e nas cidades com menos de 5 mil ha bitantes chega a 10 Brasil IBGE 2000 Estudos emp ricos realizados demons tram o estreito relacionamento entre a ca r ncia de infra estrutura de saneamento e importantes indicadores de sa de como a mortalidade infantil A aus ncia de abasteci mento de gua e de coleta de esgotos uma das principais respons veis pela prolifera o de doen as graves seja atrav s do consumo de gua n o tra
34. 261 262 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar por m o governo vem adotando medidas para futuramente implement la Dentre os entrevistados que n o acei taram a premissa 50 observou se que os mesmos n o consideram lenta a imple menta o dos instrumentos de cobran a e outorga ambos previstos na Lei Federal n 9 433 97 cap tulo IV art 5 III IV e arts 11 a 22 e na Lei Estadual n 6 308 96 ca p tulo V art 15 a 20 Extraiu se no trata mento dos dados que um entrevistado com para a evolu o da implementa o dos ins trumentos na Para ba com outros estados da federa o brasileira argumentando ao final da exposi o que a Para ba implementa os instrumentos de maneira similar aos outros estados da federa o Todavia n o apresen ta quais sejam os estados nem d maiores detalhamentos sobre a implementa o dos instrumentos pertencentes ao processo de gest o h drica dos estados comparados Por conseguinte tamb m foi aplicada a mesma quest o com os professores da rea de recursos h dricos da Universidade Federal de Campina Grande UFCG com o escopo de conhecer seus posicionamentos e compreens es em torno do problema Quanto a esse segundo grupo constitu do por professores os obst culos mais cita dos aplica o consolida o dos instrumentos foram a falta de interesse pol tico para im plementar os instrumentos da lei 9 43
35. 81 97 1 sem 2008 intragovernamental e intersetorial que teria por meta a implanta o de uma determina da pol tica comum A literatura que trata do tema das re des se concentra na maior parte na an lise da implementa o de pol ticas p blicas com a participa o de atores governamentais e do setor privado ou organiza es n o gover namentais Ouimet e Lemieux 2000 Klign 2005 No entanto a an lise da constru o de redes intergovernamentais intragover namentais ou intersetoriais parece n o estar na ordem do dia isso permitiria construir uma agenda comum que pudesse resultar numa pol tica multisetorial atrav s da cola bora o de v rios setores p blicos como se pode observar no Granel do Meio Ambiente na Fran a apesar dos limites impostos pela formata o do governo Sarkozy A constitui o de redes intragoverna mentais passa pelo fortalecimento das redes j existentes entre o Estado e a sociedade civil organizada Nesse sentido a no o de burocracia representa tiva pode ser vislumbrada sob dois as pectos seja dando aten o ao pessoal das ag ncias governamentais seja estu dando os mecanismos institucionais que permitam associar s tomadas de deci s es os cidad os ou grupos que defen dam interesses diversos stakeholders Na origem dessas duas abordagens en contra se a mesma preocupa o pode se conciliar a administra o estatal mo derna com fortes tend ncias
36. APP s A legisla o ambiental estabelecida em mbito municipal no Rio de Janeiro foi iniciativa pioneira e continua sendo uma das mais avan adas do pa s O Sistema Nacional de Unidades de Conserva o da Natureza SNUC foi institu do pela Lei Federal 9985 2000 A partir da an lise das leis e decretos municipas e do exame dos trabalhos j ci tados foi poss vel perceber que alguns as pectos se destacam no planejamento urbano praticado no Rio de Janeiro A legisla o da cidade do Rio de Janeiro estabeleceu se em duas linhas conceituais com objetivos simi lares A primeira ditada pelos planos na sua quase totalidade n o executados que pp 271 291 1 sem 2008 277 278 m nica bahia schlee e vera regina t ngari tiveram como inten o orientar o desenvol vimento urbano do territ rio municipal e a partir da d cada de 1980 compatibiliz lo com a prote o ambiental A outra a ser examinada em mais detalhe neste artigo pautada pelo forte aparato legal composto de normas pontuais e espec ficas que tam b m tiveram como objetivo a transposi o das inten es governamentais para a reali dade da cidade Essas contribui es e seus enfoques espec ficos ajudaram a formar um retra to multifacetado do planejamento urbano carioca manchado pelo fracionamento do aparato legal pulverizado em v rias normas continuamente superpostas que revogaram ou alteraram as anteriores pela influ ncia
37. Fonte Elaborada a partir de IAP 2007 Tabela 3 Dados do ndice de qualidade das guas IQA por sub bacias selecionadas no munic pio de Piraquara 2006 Sub bacias pontos IQA Al0O1 37 30 Al16 51 02 ANZ 31 52 AIZ2 40 52 AI39 37 32 AI4 50 14 AI43 42 11 Al45 48 20 Al48 39 33 PO 61 88 PO 64 64 PO3 62 44 PO4 65 01 POS 61 62 PO6 61 32 Fonte Elaborada a partir de IAP 2007 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 pontos monitoramento da qualidade de gua IAP EM timo 79 01 lt IQA lt 100 00 P regular 36 01 lt IQA lt 51 00 p ssimo lt 19 EEE 238 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Com base na an lise comparativa entre as se es das sub bacias estudadas consta ta se que as melhores condi es localizam se nas sub bacias do Piraquara a montante do ponto Al41 rio Piraquara pr ximo a PR 415 e do ponto P04 rio Iraizinho pr ximo serra regi es que configu ram reas menos antropizadas Entretanto quando se analisa a sub bacia do Piraquara como um todo Al16 rio Piraquara pr ximo foz verifica se que suas condi es s o medianas Essas altera es devem se principalmente ao padr o de uso e ocupa o do solo da sua por o oeste onde h maior press o por ocupa o e desenvolvimento de atividades agropecu rias Os pontos Al17 subsistema do rio Ira AI39
38. Ipardes cadernos metr pole 19 e CAMPINA GRANDE COLOMBO DO SUL QUATR O BARRAS PIRAQU ARA S O JOS DOS PINHAIS 07 pp 191 219 1 sem 2008 193 194 marley deschamps a inunda es O segundo corresponde ao mapeamento das reas segundo seu grau de vulnerabilidade social as quais s o iden tificadas por meio da combina o de alguns fatores a partir de cruzamentos de vari veis demogr ficas sociais e econ micas Utili zando se o recurso de geoprocessamento foram feitas sobreposi es overlayer das cartografias geradas possibilitando a identi fica o dos pontos de maior vulnerabilidade socioambiental Vulnerabilidade social Por se tratar de um tema emergente em mat ria de popula o e desenvolvimento a no o de vulnerabilidade social n o est consolidada e possui m ltiplos sentidos de interpreta o Na linguagem corrente vul nerabilidade qualidade de vulner vel ou seja O lado fraco de um assunto ou ques t o ou o ponto pelo qual uma pessoa pode ser atacada ferida ou lesionada f sica ou moralmente Dessa forma vulnerabilidade implica risco fragilidade ou dano Tr s si tua es s o necess rias para que se produza um dano um evento potencialmente adver so OU Seja um risco que pode ser ex ge no ou end geno incapacidade de responder positivamente diante de tal conting ncia e impossibilidade para adaptar se ao novo cen rio gerado pela m
39. J edited by Handbook of Public Administration London Thousand Oaks New Delhi SAGE Publications pp 11 13 ROBBE F dir 2007 La d mocratie participative Paris L Harmattan ROSEBLOOM D H e DOLAN J 2006 Mieux administrer une soci t plurielle La bureaucra tie repr sentative Revue Fran aise d Administration Publique n 118 pp 251 263 SARAIVA E J 2003 La r forme de l tat au Br sil influence du new public management Re vue Fran aise d Aministration Publique n 105 106 pp 55 65 cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado SILVA G T da 1999 Du corporatisme d tat vers le n o corporatisme l analyse des nouvelles formes d organisation et de repr sentation des int r ts au Br sil dans les ann es 1980 Villeneuve d Ascqu Fran a Presses Universitaires du Septentrion 452 p 2004 Gest o p blica e transforma o social no Brasil In HERMANS K org Participa o cidad novos conceitos e metodologias Fortaleza Cear Express o Gr fica Editora pp 61 86 TALBOT C 2003 La r forme de la gestion publique et ses paradoxes l exp rience britanique Revue Fran aise d Administration Publique n 105 106 pp 11 24 TROSA S 2006 Vers un management post bureaucratique La r forme de Etat une r forme de la soci t Paris L Harmattan Questions contemporaine
40. Servidores da AESA metade 50 0 n o opinou e a outra embora tenha respondido n o direcionou suas respostas aos objetivos pp 245 269 1 sem 2008 260 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar destacados na quest o Esse comportamento pode ser explicado pelo grau de depend ncia gerado na AESA Lei n 7 779 2005 que uma Ag ncia Executiva dotada de auto nomia administrativa e financeira mas que permite maior centraliza o nas m os do Poder Executivo sobre as a es e fun es dos gestores h dricos A AESA diferentemente da revogada AAGISA Lei n 7 033 2001 que era uma Ag ncia Reguladora permite que os dirigentes gestores sejam removidos pa ra outras localidades e ou fun es de acordo com a conveni ncia do chefe do Executivo pois uma ag ncia dotada de forte subordi na o hier rquica Ainda quanto revogada AAGISA a Lei 7 033 2001 exp e ipsis litteris no art 4 a exonera o imotivada de dirigentes da AAGISA s poder ocorrer nos seis meses iniciais dos respectivos mandatos Enquan to que no 8 1 escreve que ap s o prazo a que se refere o caput o dirigente da AAGISA somente perder o mandato em decorr ncia da ren ncia de condena o judicial transita da em julgado ou de decis o definitiva em processo administrativo disciplinar Em re sumo a AAGISA que possu a independ ncia decis ria foi substi
41. cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 161 162 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato Refer ncias ALVIM A T B 2003 A contribui o do CBH AT gest o da Bacia Metropolitana 1994 2001 Tese Doutorado em Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo S o Paulo FAUUSP 2007 gua territ rio e sociedade limites e desafios da gest o integrada das bacias hidrogr ficas na Regi o Metropolitana de S o Paulo In APPURBANA 2007 Semin rio Nacional sobre o Tratamento de reas de Preserva o Permanentes em Meio Urbano e Restri es Ambientais ao Parcelamento do Solo S o Paulo Anais S o Paulo FAUUSP ALVIM A T B et alii 2006 Pol ticas p blicas e planos de urbanismo na escala local intra urbana instrumentos e metodologias de avalia o e acompanhamento Relat rio final de pesquisa Fundo Mackpesquisa mimeo AMBROSIS C de 2001 Regi es metropolitanas aglomera es urbanas e microrregi es In MOREIRA M org Estatuto da Cidade S o Paulo Funda o Prefeito Faria Lima Cepam pp 161 174 ANCONA A L 2002 Direito ambiental direito de quem Pol ticas p blicas do meio ambiente na metr pole paulista Tese Doutorado em Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Arqui tetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo S o Paulo FAUUSP BRASIL C mara dos Deputados Centr
42. concentra o em Desenho Urbano pela Pennsylvania State University EUA Consultora ar quiteta para a PERR Seguran a de Tr nsito Ltda em projetos ciclovi rios e afins Bras lia Distrito Federal Brasil pescatori gmail com Caru Bowns Doutora em Geografia Humana pela University of California at Davis Professora do Departa mento de Arquitetura da Paisagem na Pennsylvania State University Pennsylvania EUA cub 10 psu edu Refer ncias AFFONSO N S 2004 Mobilidade e qualidade de vida Bras lia Rua Viva ANTP Associa o Nacional de Transporte P blico 2003 Mobilidade e Cidadania S o Paulo ANTP BANISTER D 1980 Transport mobility and deprivation in inter urban areas Westmead Saxon House BLACK W R e NIJKAMP P eds 2002 Social change and sustainable transport Indiana Indiana University Press CERVERO R 1998 The transit metropolis a global inquiry Washington Island Press cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 315 316 carolina pescatori candido da silva e caru bowns CODEPLAN Companhia de Planejamento do Distrito Federal 2002 Pesquisa domiciliar transporte Bras lia Codeplan COMPANHIA DO METROPOLITANO 2007 Mapa do Metropolitano Dispon vel em http www transportes gov br bit ferro metrodf mapadf htm Acessado em 29 de abril COSTA L 1960 Relat rio do Plano Piloto de Bras lia S o Paulo M dulo n 18 pp 1 20 DEN
43. da anima o e do con trole Lynn 2003 2005 Rainey 2003 Elementos para uma nova administra o O estudo sobre as t cnicas de coordena o das pol ticas p blicas multisetoriais ou inter setoriais tem se revelado muito importante para melhor compreender a gest o da admi nistra o do Estado Bryson Crosby e Stone 2006 O desafio que lan ado por todas as Tabela comparativa modelos de Gest o P blica Princ pio b sico da legalidade princ pio do Princ pio b sico da legalidade e da direito legitimidade princ pio da negocia o pol tica Estrutura hier rquica vertical Estrutura hier rquica vertical e horizontal baseada na coordena o de redes O Estado empreendedor O Estado empreendedor e negociador Setor p blico in capaz ator principal Setor p blico respons vel um ator dentre outros contrato p blico privado parcerias No o de servi o p blico estatal No o de servi o p blico estatal e de servi o p blico n o estatal Tabela Public Management Concep o tradicional Concep o atual Planificar Finalizar de modo r gido defini o de objetivos claros e conhecidos Organizar Organizar de modo parcelizado de modo transversal Coordenador Emprego de meios as atividades fechadas coerentes em fun o dos objetivos Comandar Anima o com diretrivas descendentes unilaterais participativa das equipes controle O Controle ou Dire o a pos
44. da vis o higienista sanitarista pela divis o da cidade em reas com fun es e padr es similares e tratamentos diferenciados pe las sucessivas tentativas de mudan as no te cido urbano de modo a garantir lucro para a iniciativa privada e pelo embate entre a preocupa o com as dimens es social cultu ral e ambiental da cidade e o direito pro priedade Enquanto isso conforme identifi caram Cardoso 2003 e Maricato 2001 os escassos investimentos p blicos fomenta ram uma outra ordem urbana a informal baseada na irregularidade ditada pela dispu ta pelo acesso terra As montanhas e cursos d gua sob o olhar da legisla o carioca As quest es abaixo que embasam e orien tam o enfoque da pesquisa dizem respeito s rela es nem sempre consensuais entre cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 as pol ticas de desenvolvimento urbano e de prote o paisagem e ao ambiente e a ine xist ncia de pol ticas habitacionais efetivas vinculadas discuss o do acesso terra ur bana e moradia digna nas tr s esferas de governo Como a paisagem carioca foi vista e tratada pela legisla o municipal implemen tada no per odo estudado Qual is o s enfoque s da legisla o carioca sobre a ocu pa o das encostas e das margens dos rios Qual o impacto da pol tica habitacional em n vel municipal sobre as montanhas e os rios cariocas Foram ou s o as montanhas ca riocas
45. de 18 de julho de1994 GLCF 1994 c imagem LandSAT ETM 7 Path Row 220 078 de 5 de julho de 2000 GLCF 2000 d imagem CEBERS 2 156 128 e 156 129 de 19 de julho de 2006 INPE 2006 Na seq ncia utilizou se a t cnica de classifica o supervisionada M xima Verossimilhan a em composi o colorida das bandas 3 4 e 5 no caso das imagens LandSAT e 2 3 e 4 para as imagens CEBERS Para a classifica o das imagens foi utilizado o software ENVI 4 0 A classifica o de imagens multiespec trais de sensoriamento remoto consiste na associa o de cada pixel da imagem a uma classe descrevendo um objeto real Na clas sifica o supervisionada o usu rio seleciona os pixels pertencentes s classes desejadas pp 221 243 1 sem 2008 226 Esta o Rio Localiza o Munic pio AO Ira Olaria do Estado Piraquara Alle Piraquara Ponte na rua Leopoldo Lacomel Piraquara AIZ2 Itaqui Pr ximo BR 277 S o Jos dos Pinhais ANZ Ira Subsistema Ira Pinhais AI39 do Meio Avenida Get lio Vargas Piraquara Al41 Piraquara Pr ximo PR 415 Piraquara Al43 lraizinho Pr ximo estrada de ferro Curitiba Paranagu Piraquara ALAN Curralinho Pr ximo ponte na PR 506 Quatro Barras AI48 ltaqui Pr ximo foz S o Jos dos Pinhais patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt formando reas de treinamento CROSTA 1999 as quais no presente estudo f
46. democr tica esse sistema representativo e n o participativo viveria na sua efetividade o cotidiano de uma sucess o de arb trios oli g rquicos mascarados e dissimulados com base em significa es imagin rias legat rias de um modelo Iluminista euroc ntrico Cas toriadis e Cohn Bendict 1981 O sistema pol tico do socialismo real n o rompendo com o modelo de capitalismo de Estado baseado na explora o sempre simult nea da for a de trabalho humana e dos recursos naturais teria feito corroborar esse processo de degrada o ambiental nas cido com a Revolu o Industrial do s culo pp 245 269 1 sem 2008 247 248 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar XVIII ingl s A apropria o instrumental e pragm tica da natureza exigiu que tecnolo gias e conhecimentos alguns deles j pre sentes no universo de saberes humanos h alguns mil nios fossem operacionalizados no sentido de hipertrofiar a efici ncia dos grandes sistemas de produ o destinados ao atendimento eficaz de mercados consumido res que assim se deseja s fazem crescer A historiografia tem nos mostrado que as subleva es sociais dos s culos XVI XVII e XVIII concentraram seu potencial de explo s o nas discuss es sobre o direito de pro priedade explora o e divis o da terra J nas revolu es dos s culos XIX e XX o foco das disputas foi a propriedade e o direito de poder explora
47. do como escopo o gerenciamento de reas de risco ocupa o inadequada do solo urbano e suas consequ ncias Palavras chave planejamento urbano ambiental an lise de reas de risco gest o urbana gest o metropolitana gest o am biental ordenamento territorial mudan as socioespaciais cadernos metr pole 19 Michelli Beduschi Carlos Mello Garcias Abstract The incompatibilities of land use in relation to its attributes bring about significant environmental impacts accelerated risks of geological and geotechnical character mainly landslides and floods Brazilian metropolitan municipalities form the principal scenery of anthropic pressure over the fragile natural support in the presence of population and constructions densification bringing about induced erosive processes The paper explores a conceptual approach to procedures adopted in urban planning and management in order to treat environmental social spatial economic and urban planning problems having as scope the management of risk areas inadequate occupation of urban land and its consequences Keywords urban and environmental planning analysis of risk areas urban management metropolitan management environmental management territorial organization socio spatial changes pp 49 66 1 sem 2008 50 michelli beduschi e carlos mello garcias Introdu o O processo acelerado de urbaniza o ve rificado no Brasil sobretudo na d
48. drica destrui o dos recursos naturais v rzeas exclus o social perda de identidade cultural desemprego e viol ncia cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 Outro conflito identificado refere se APA do Piraquara onde h loteamentos aprovados com rea m dia do lote inferior a 600 m Comec 2001 os quais s o pro motores de adensamento populacional in desej vel devido as demandas por sistema vi rio servi os transportes e equipamentos comunit rios dentre outras Como conse qu ncia tem se a impermeabiliza o exten siva do solo remo o florestal e aumento de lan amento direto de lixo e esgoto nos rios trazendo como efeitos qualidade da gua o aumento da DBO de coliformes e de outros contaminantes A degrada o e a falta de planejamen to ou a sua inadequa o podem acarre tar al m de danos ambientais e comprome timento dos recursos naturais locais s rios riscos popula o local tanto em termos de conforto ambiental como de seguran a Devem ainda ser destacadas como fa tor comprometedor da qualidade h drica as fontes de polui o pontual e difusa Dentre as primeiras os efeitos de esgotos dom s ticos e industriais podem ser minimizados a partir da implanta o de sistemas eficientes de tratamento Segundo estudos realizados por Coelho 2004 os par metros de DBO e de OD considerados importantes para a defini o da qualidade h drica no context
49. e HUBERT G 2002 Os novos instrumentos de planejamento do sistema franc s de gest o de recursos h dricos Il reflex es e propostas para o Brasil Revista Brasileira de Recursos H dricos n 7 abr jun 2002 MACHADO C J S 2004 org Gest o de guas doces Rio de Janeiro Interci ncia 2003 A gest o francesa de recursos h dricos descri o e an lise dos princ pios jur dicos Revista Brasileira de Recursos H dricos n 4 out dez 2003 MARIANO NETO B 2001 Ecologia e imagin rio mem ria cultural natureza e submundiali za o Jo o Pessoa PB Editora Universit ria UFPB 206p MINIST RIO DO MEIO AMBIENTE SRH MMA Indicadores de sustentabilidade para a gest o dos recursos h dricos no Brasil DF MMA 2000 Dispon vel em lt www mma gov br gt Acesso em 4 de maio 2003 MOREIRA NETO D de F 2003 Direito regulat rio Rio de Janeiro Renovar OLIVEIRA F de P M de e GUIMAR ES F R 2004 Direito meio ambiente e cidadania uma abordagem interdisciplinar S o Paulo Madras ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS 2005 Ecossistemas e bem estar humano relat rio do grupo de trabalho da estrutura conceitual da avalia o ecossist mica do mil nio Trad Renata L cia Bottini S o Paulo Senac PARA BA Decreto n 18 824 de 2 de abril de 1997 Aprova o Regimento Interno do Conselho Estadual de Recursos H dricos CERH Dispon vel em http www aesa pb gov br legisla ca
50. em 2 de jan 2001 SETTI A A 2001 Introdu o ao gerenciamento de recursos h dricos 3 ed Bras lia Ag ncia Nacional de Energia El trica Ag ncia Nacional de guas SILVA P 2000 Gest o de recursos h dricos aspectos legais econ micos administrativos e sociais Bras lia Secretaria de Recursos H dricos Vi osa Universidade Federal de Vi osa Porto Alegre Associa o Brasileira de Recursos H dricos SOUZA C A F 2001 guas legisla es e pol ticas para uma utiliza o racional o caso dos irrigantes do a ude Epit cio Pessoa Boqueir o Para ba Brasil Disserta o Mestrado Interdisciplinar em Ci ncia da Sociedade Universidade Estadual da Para ba Campina Grande Para ba TELLES D D A 2002 gua na Agricultura e Pecu ria In REBOU AS A da C BRAGA B e TUNDISI J G org guas doces no Brasil capital ecol gico uso e conserva o 2 ed S o Paulo Escrituras pp 305 336 Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 269 As montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o Resumo Este artigo se destina a divulgar uma an lise cr tica sobre a legisla o urban stica e ambien tal estabelecida em n vel municipal entre 1937 e 2007 na tentativa de fomentar discuss es sobre os limites entre urbaniza o e preserva o ambiental nas montanhas do Rio de Janei ro e instigar novo
51. es mais crescem se encontram nos pa ses menos desenvolvidos em duas situa es principais em cidades que possuem at 500 mil habitantes e em cidades que pos suem entre 1 e 5 milh es de habitantes co mo Nair bi Qu nia Luanda Angola Por to Pr ncipe Haiti e dezenas de cidades na China e na ndia Embora essas categorias de cidade apresentem as maiores taxas re lativas de crescimento populacional o cres cimento da popula o nas grandes cidades em n meros absolutos intenso o suficiente para expandir a press o sobre os recursos naturais Em Mumbai na ndia entre 2000 e 2005 uma taxa de crescimento de 2 5 ao ano representou um ganho de 2 milh es da habitantes Esse o exemplo extremo de uma situa o similar quela verificada em Shangai e Pequim na China Cidade do M xico no M xico Lagos na Nig ria Jacarta na Indon sia Karachi no Paquist o e tam b m em S o Paulo No contexto brasileiro o processo de urbaniza o consolidado ao longo das lti mas d cadas n o se mostrou diferente desse padr o Entre 1940 e 2000 o pa s apre sentou um crescimento da popula o urbana de 31 2 para 81 2 passando de uma condi o basicamente rural para outra pre dominantemente urbana Em termos da dis tribui o territorial da popula o urbana o que se verificou foi uma forte concentra o populacional em cidades cada vez maiores Em 1950 o Brasil tinha apenas duas gran des cidades co
52. espacial sendo maiores em alguns lugares do que em outros distribu dos portanto de forma desigual Para este estudo optou se por identifi car as reas mais afetadas por enchentes ou sujeitas a inunda es por se caracterizarem como o risco que mais afeta as reas urba nas dentro da regi o e consequentemente afeta mais diretamente as popula es Se gundo informa es dispon veis no Estudo do Plano Diretor para a Utiliza o dos Recursos H dricos do estado do Paran 1999 a maioria das regi es de enchentes urbanas e semi urbanas no Paran est o localizadas na bacia do Rio Igua u Parte importante da RMC encontra se inserida nessa bacia em especial as reas a leste de Curitiba den samente ocupadas onde se encontram os principais mananciais da regi o O objetivo desta parte do estudo identificar e quantificar reas ambiental mente vulner veis ou de risco na RMC Para tanto lan ou se m o do estudo Indi cadores ambientais georreferenciados para a Regi o Metropolitana de Curitiba rea lizado pelo Ipardes ainda in dito em que foram mapeadas as principais vari veis am bientais com indica o das reas de maior vulnerabilidade Segundo esse estudo os indicadores podem ser constru dos a partir de vari veis prim rias ou decorrentes da agrega o dos cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 dados prim rios para escalas que podem ser locais regionais nacional ou ain
53. gia para o alcance do desenvolvimento sustent vel Esse tipo de abordagem sublinha o papel crescente do pr prio territ rio quando enfrenta proble mas de sustenta o ibid p 115 tradu o nossa Isso significa que a produ o da qualidade territorial um importante indica dor de sustentabilidade ambiental visando pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos a valoriza o do territ rio do espa o do cotidiano da viv ncia como um produto importante da sociedade Uma vez que o territ rio o produto hist rico da intera o entre a ocupa o humana e o meio ambien te natureza e cultura em longos processos de evolu o concomitante a produ o do local regional deve ser compreendida com base na produ o do territ rio em sua to talidade envolvendo produ o de qualidade de vida e qualidade ambiental valoriza o da produ o t pica de cada paisagem e da identidade urbana regional e cultural Nessa abordagem o territ rio deve ser entendido como organismo vivo e altamen te complexo constitu do de localidades com sua pr pria hist ria caracter sticas iden tidade e estrutura de longo prazo ibid tradu o nossa Essa corrente te rica de fende que a pedra angular do desenvolvi mento sustent vel o auto reconhecimento e o crescimento da identidade local a sua capacidade de repensar se continuamente O conceito de desenvolvimento suste
54. gua em reas urbanas para a produ o e para consumo humano enten dendo como uso racional a preserva o e a economia de um recurso que hoje muitos afirmam como esgot vel Tomando se por base a economia de gua a id ia imediata a de que a promo o dessa economia em reas urbanas deve se fazer nos sistemas de distribui o isto nas redes de distribui o de gua e em outras partes do sistema e ainda nos do mic lios e em outras unidades de consumo da gua que a usam para fins produtivos Considerando que para os usos produtivos a gua um insumo que tem um custo e que a economia desse insumo poder trazer redu o dos custos de produ o parece nos que poderia haver uma tend ncia realiza o de economias nesses casos Al m disso em termos de crit rios de utiliza o da gua em reas urbanas dife rentes estudos mostram que os maiores potenciais de economia nos usos urbanos se encontram na redu o dos consumos nas descargas sanit rias e nos chuveiros e nas perdas nos sistemas p blicos de adu o e distribui o A difus o dessa racionalidade do uso orientada pela economia permite no longo prazo a redu o da necessidade de capta o de novos mananciais e tamb m a produ o de um volume de guas residu rias potencialmente menos poluentes Se por um lado nas reas urbanas h uma possibilidade de maior controle dos sistemas de distribui o de gua visando
55. incorporaram diretrizes e premissas discuti das no mbito da nova pol tica ambiental Ao mesmo tempo como parte das deman das da popula o daquele bairro destaca se a remo o de uma favela localizada junto v rzea do Rio Embu Mirim um dos prin cipais contribuintes do Guarapiranga para um novo loteamento implantado em Zona Especial de Interesse Social ZEIs no mes mo bairro e a implanta o de um parque ecol gico junto rea de preserva o per cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 manente Carnicelli 2007 Tal experi ncia hoje considerada exemplar pelo Minist rio das Cidades vem contribuindo tanto para a recupera o da qualidade ambiental do local quanto para a valoriza o da auto estima da popula o de um modo geral Vale colocar que tais experi ncias es barram na maioria das vezes com os limites das atribui es das inst ncias locais mesmo tendo como suporte as boas inten es que est o nas legisla es Em se tratando de munic pios metropolitanos algumas po l ticas setoriais fundamentais recupera o da qualidade das bacias hidrogr ficas sane amento ambiental transportes e habita o etc atuam com l gicas e limites pol tico ad ministrativos para al m das atribui es mu nicipais ficando o poder local dependente da iniciativa do estado e de suas secretarias para a efetividade das pol ticas p blicas de car ter regional No caso acima a n
56. jo O Estatuto da Cidade define em pri meiro lugar como diretriz a ser persegui da na pol tica urbana o direito a cidades sustent veis entendido este como direito terra urbana moradia ao saneamen to ambiental infra estrutura urbana ao transporte e aos servi os p blicos ao tra balho e ao lazer para as presentes e futuras gera es Trata se de um direito coletivo difuso na medida em que se trata de auto riza o conferida pelo ordenamento jur di co a cada cidad o O Estatuto da Cidade ao definir os fundamentos da pol tica urbana torna se um importante instrumento de gest o am biental haja vista que a urbaniza o tem se configurado num dos processos mais impac tantes no meio ambiente Em muitas situa es a produ o de ambientes urbanos associada a riscos Mui tos projetos de cunho nacional ou mesmo regional afetam a capacidade dos governos municipais de reduzir os riscos ambientais Entretanto preciso destacar que muitos planos e programas ambientais t m sido formulados e aprovados por diversas cidades brasileiras Relat rios de Impacto Ambiental RIMAS t m sido cada vez mais exigidos principalmente pelas administra es p blicas municipais e tendem a se tor nar instrumentos importantes de a o am biental Fernandes e Rugani 2002 Nesse sentido prev se que o Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV a ser re gulamentado por lei municipal a partir d
57. la o em vigor foram mencionados a dis crep ncia entre o aumento da popula o e os ndices relativos constru o de unidades habitacionais no estado a alega o de que o crescente processo de faveliza o decorria em grande parte da legisla o obsoleta as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 asfixiante e desestimuladora da participa o da iniciativa privada no mercado imobili rio o monop lio do cr dito pelos governos e a aus ncia de cr dito destinada constru o civil e compra da casa pr pria A an lise do teor do decreto evidencia os fortes interesses do capital imobili rio na quest o habitacional como neg cio lucrativo inclusive estabelecendo brechas na legisla o para perpetuar a corrup o na administra o p blica Por esse decreto foi criada uma Comiss o de Projetos Especiais de Habita o Popular formada por membros do secreta riado do Governador qual deveriam ser submetidos pelos propriet rios de terrenos lote veis firmas construtoras e demais inte ressados os projetos espec ficos relativos solu o do problema habitacional Os proje tos examinados pela Comiss o seriam sub metidos aprova o da Comiss o reunida sob a presid ncia do governador O decreto estabelecia ainda que os membros da Co miss o poderiam receber uma percentagem a ser inclu da no custo do empreendimento Brand o 1964 Em resp
58. m dia baixa e muito baixa reas de expans o urbana uso industrial e utilidades O Projeto Igua u identificou que as inunda es na bacia decorrem basicamen te do processo de ocupa o e uso do solo inadequado s condi es particulares da Baixada Fluminense Nesse processo s o agravantes a falta de infra estrutura ur bana a defici ncia ou total inexist ncia dos servi os de esgotamento sanit rio e coleta de res duos s lidos o desmatamento das cabeceiras a explora o descontrolada de jazidas minerais a ocupa o desordenada e ilegal de margens dos rios ou de plan cies inund veis a falta de tratamento nos leitos das vias p blicas a obstru o ou estrangu lamento do escoamento em decorr ncia de estruturas de travessia mal dimensionadas Tabela 1 Popula o municipal rea total e rea inserida na bacia dos rios Igua u Sarapu TEE Popula o municipal rea total rea na SE Urbana Rural Total ha bacia ha E Belford Roxo 434 474 434 474 7 350 7 350 10 Duque de Caxias 772 327 3 129 755 456 46 570 27 359 38 Nil polis 165 843 165 843 1 920 1 042 1 Mesquita 153 712 153 712 3 477 3 477 5 Nova Igua u 754 756 754 756 53 183 27 894 38 Rio de Janeiro 5 857 904 5 857 904 126 420 3 290 5 S o Jo o de Meriti 449 476 449 476 3 490 2 293 3 Total 8 588 492 3 129 8 591 621 242 410 72 705 100 Fontes 1 Censo Demogr fico do IBG
59. n cias dos nibus com consequentes longos per odos de espera S o 11 companhias de nibus das quais apenas uma do governo As rotas s o divididas entre as companhias para evitar competi o interna por passagei ros No entanto a maioria das companhias organiza suas rotas passando pelo Plano Piloto especialmente pelos principais eixos de circula o Essa quest o aumenta o con gestionamento de ve culos dentro do Plano Piloto pois rotas com diferentes destinos acabam por atravessar as mesmas avenidas Todos os nibus circulam em tr fego misto pois n o existem corredores exclusivos ou quaisquer outras estruturas que privilegiem sua circula o Figura 5 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caso de bras lia Figura 5 nibus circulando em tr Pego misto Bras lia Fonte Autor O sistema n o possui tarifa integrada o que significa que os passageiros pagam por cada linha que utilizam O sistema de nibus tamb m n o integrado com o me tr Al m disso as tarifas s o definidas pela dist ncia em rela o ao Plano Piloto o que onera ainda mais as comunidades carentes das periferias O sistema metrovi rio Figura 6 foi inaugurado em 1993 e administrado pelo governo local O metr foi concebido para ser complementado pelo sistema de nibus criando assim um sistema integrado de transporte Toda esta o de metr deveria funcionar em conju
60. ncia sendo poss vel a convi v ncia com a situa o O problema do ru do urbano existe percebido pelas pessoas que residem na rea de estudo e foi avaliado negativamente por todos Sua presen a na rea um fator de deprecia o dos im veis de uso residencial de at 10 de seu valor segundo informa es obtidas no mercado imobili rio cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 Sensibilidade e percep o do ru do do tr fego urbano A maioria dos entrevistados fica pouco tem po em casa no hor rio til do dia As pessoas que mais ficam em casa nesse per odo s o do sexo feminino e de maior idade sendo significativa essa associa o Quadro 2 Os entrevistados mostraram se sens veis ao ru do e a maioria revelou ter uma sensibilidade de m dia a alta quanto a este aspecto Houve uma tend ncia de as mulhe res e os mais jovens serem mais sens veis do que os demais Quadro 2 O ambiente interno das resid ncias foi considerado de um modo geral barulhen to As mulheres s o mais severas quanto avalia o negativa desse aspecto As pessoas mais idosas apresentaram comportamento diverso e poucas caracterizaram seus apar tamentos como barulhentos Quadro 2 Embora n o tenham sido constatadas grandes diferen as entre as Asas as pessoas que residem na Asa Sul se sentem expostas a uma intensidade de ru do mais alta do que aquelas que residem na Asa Norte Grande parte da amostra re
61. o da sustentabilidade da gest o da gua em reas metropolitanas entendendo que a gest o sustent vel dos servi os implica conciliar duas perspectivas que at muito recente mente eram vistas como opostas melhorar a qualidade dos servi os e universalizar o acesso gua em quantidade e qualidade para os diferentes usos al m de conservar os recursos h dricos preservando a qualida de dos rios urbanos Partimos de uma revis o da no o de sustentabilidade e da aplica o dessa no o gest o dos servi os de saneamento e dos dos recursos h dricos Tomamos como refer ncia os estudos feitos pelo grupo de pesquisa Eurowater Water2 1 A metodolo gia foi inicialmente desenvolvida para ava liar a gest o de recursos h dricos sendo posteriormente adaptada por um grupo de pesquisadores franceses para avaliar a sus tentabilidade da gest o de servi os de abas tecimento de gua e esgotamento sanit rio em alguns munic pios franceses A no o de sustentabilidade e sua aplica o gest o urbana da gua Desde a Confer ncia de Estocolmo de 1972 e do Relat rio Brudtland publicado em 1987 o tema do desenvolvimento sus tent vel vem orientando estrat gias e pol ti cas internacionais e nacionais voltadas para a compatibiliza o entre desenvolvimento econ mico e preserva o ambiental Segun do o Relat rio Brudtland O desenvolvimento sustent vel procura atender s necessidades e aspira
62. o entre as normas e a confi gura o do espa o tem sido estudada por campos disciplinares diversos e gerado dis cuss es relacionadas ao direito urban stico e ambiental s suas implica es na flutua o do valor imobili rio nas cidades e aos efeitos causados pelo estabelecimento de padr es de configura o do ambiente constru do no desenho urbano e na tipologia das edifica es Sampaio 2006 e Chacon 2004 O arcabou o normativo interfere fortemente na forma de utiliza o dos espa os p blicos cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 e privados na densidade populacional na valoriza o e na degrada o dos elementos naturais da cidade T ngari 1999 O estudo em desenvolvimento busca uma abordagem problematizada da legisla o ao situar as normas estabelecidas em mbito municipal que t m sido aplicadas s encostas e aos cursos d gua no contexto do planejamento urbano adotado na cidade do Rio de Janeiro Para isso foram levantadas e examinadas fontes prim rias as leis e os decretos produzidos entre 1937 e 2007 e consideradas como categorias de an lise a prote o paisagem a prote o ao supor te f sico e ambiental montanhas guas e faixas marginais a pol tica habitacional e o sistema de espa os livres A an lise desses instrumentos legais vi sa contextualizar o planejamento do sistema de espa os livres na cidade do Rio de Janei ro em que se inserem as re
63. o esteja na formu la o de uma nova lei que se sobreponha aos dispositivos atuais mas sim na adequa o dos artigos da Lei de Uso e Ocupa o do Solo vigente que trate desses aspectos acrescentando os mecanismos necess rios para o aperfei oamento da aplica o do instrumento estabelecendo crit rios para a realiza o de audi ncias p blicas e divul ga o de informa es necess rias para que os interessados tenham conhecimento do processo preserva o ambiental de cidades uma tradu o jur dica e urban stica do estatuto da cidade A esse respeito o Guia para imple menta o do Estatuto da Cidade pelos mu nic pios e cidad os recomenda A aplica o do Estudo de Impacto de Vizinhan a implica muitos riscos e deve ser feita de forma cuidadosa O impacto de vizinhan a mais usualmente tratado o impacto sobre o sistema vi rio e a semaforiza o investimentos que em ltima inst ncia beneficiam e valori zam ou at mesmo viabilizam alguns dos grandes investimentos Assim de vemos levar em conta impactos que ultrapassem aqueles sobre o sistema vi rio impactos de ordem ambiental impermeabiliza o excessiva do terre no aumento de temperatura paisag s tica impacto sobre a paisagem de mor ros dunas vales vista para recursos d gua econ mica impacto sobre co m rcio e servi os locais e social perda de empregos ou renda sobrecargas de equipamentos p blicos
64. o existe lei nica disciplinadora das ag ncias reguladoras no Brasil Elas est o sendo produzidas por diversas leis esparsas entre as quais a lei n 9 984 00 criadora da Ag ncia Nacional de guas ANA Moreira Neto 2003 afirma que as ag ncias reguladoras s o um h brido de atri bui es de variada natureza informativas cadernos metr pole 19 planejadoras fiscalizadoras e negociadoras mas tamb m normativas ordin rias geren ciais arbitradoras e sancionadoras Em ou tra classifica o aduz que as ag ncias exer cem fun es administrativas normativas e judicantes por m sem desrespeitar o prin c pio da triparti o dos poderes ou fun es Ainda baseando se em Moreira Neto ibid os princ pios fundamentais das ag n cias reguladoras s o 1 Compet ncia Regulat ria que envolve as fun es h bridas tais como criar norma regulamentadora aplic las administrativa mente e dirimir nos limites administrativos os conflitos 2 Independ ncia Regulat ria que se re ge por tr s prismas a o funcional que se apresenta pela inoponobilidade de recursos hier rquicos impr prios s decis es b os agentes que permitem continuidade dos mandatos e c o financeiro que deve dis por de recursos pr prios 3 Participa o Regulat ria que se con substancia pela pr tica da publicidade transpar ncia dos atos e processos de re gula o pela garantia ampla da abertura processual
65. o tradicional do servi o p blico fortemente marcado pela racionalidade burocr tica Esse reformismo n o pr prio da Fran a em todo lugar as administra es p blicas foram confrontadas com os mesmos desafios e constrangimen tos com intuito de adaptar seus modos de organiza o claro que as pol ticas de moderniza o administrativa n o s o simples repeti es id nticas de um processo recorrente pois s o dotadas de elementos pr prios de cada realida de Ibid pp 28 29 pp 81 97 1 sem 2008 85 86 gustavo tavares da silva O Estado est diante de uma din mi ca social na qual a l gica do mercado tem um papel consider vel e o mais importante atuar ao lado um do outro em parcerias Isso significa dizer que imperativo a cons tru o de uma intera o real entre a gest o p blica o setor privado e a sociedade civil organizada O new public management sur ge ent o como resposta para v rias quest es como a reforma a moderniza o a l gica dos resultados assim como a participa o de diferentes atores sociais no processo de elabora o e implementa o das pol ticas p blicas A reestrutura o da gest o p blica O exemplo brit nico sem d vida o mais avan ado no que diz respeito reestrutu ra o da gest o p blica quando a l gica do governo por instrumentos se imp e com o conceito de funcion rio governante no qual as fronteiras do camp
66. o ur bano est relacionada a Aspectos Naturais relevo hipsometria relevo declividade hidrografia classifica o da cobertura vege tal original remanescentes florestais da Ma ta Atl ntica unidades de conserva o am biental e aptid o agr cola do solo Territ rio evolu o da divis o pol tico administrativa Popula o e Urbaniza o distribui o da popula o composi o da popula o grau de urbaniza o Economia renda ind stria agropecu ria recursos minerais e estrutu ra ocupacional Aspectos Sociais educa o e renda desenvolvimento humano sa de Moradia e Ambiente moradia infra estru tura urbana A leitura do fato urbano demanda o en tendimento do acesso espacial e social aos servi os e recursos urbanos A mensura o de tal acesso pode ser definido a partir da subdivis o de um territ rio em Unidades de Planejamento Nahas 2005 p 20 apresenta a me todologia de formula o de um sistema de indicadores a partir do ndice de Qualidade de Vida Urbana o qual enfoca o lugar ur bano sobretudo sob o aspecto f sico enfa tizando o ambiente constru do atrav s de dados sobre a oferta de servi os principal mente equipamentos e do ndice e Vulne rabilidade Social o qual enfoca a popula o dos mesmos lugares atrav s de indicadores populacionais ou domiciliares Do ponto de vista conceitual o ndice de Vulnerabilidade Social popula o e o ndice de Qualidade c
67. pio no sentido de orientar o desenvolvimento dos conflitos entre a au tonomia municipal e os interesses regionais ou intermunicipais principalmente em reas metropolitanas Sendo assim conflitos in termunicipais relacionados ao uso do solo transportes habita o meio ambiente re cursos h dricos entre outros devem ser geridos pelo Estado parte de um processo de coordena o e negocia o das pol ticas urbanas setoriais e municipais Nesse contexto o Plano Diretor ela borado com a participa o dos diferentes setores da sociedade passa a ser o principal instrumento de pol tica urbana e se torna obrigat rio em 2006 Embora a nova legis la o federal indique um conjunto de instru mentos urban sticos que podem ser incorpo rados pelo plano diretor s o poucos aqueles que possibilitam ao munic pio implementar uma pol tica que integre o ambiente urba no constru do ao n o constru do as reas urbanizadas s reas rurais ou mesmo egua cionar problemas ambientais intra urbanos Dentre eles destaca se principalmente o macrozoneamento ambiental instrumento formulado para todo territ rio municipal cuja concep o n o clara o suficiente e pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos portanto sua real aplicabilidade fica livre para interpreta es diversas pelos agentes municipais No caso do estado de S o Paulo tanto a Pol tica Estadual de Recursos H dri
68. pios com maior capacidade de investimentos passaram a incorporar fun es relacionadas com a presta o de servi os sociais mais abrangentes que tradicionalmente eram restritos s esferas estadual e federal Observa se a partir da d cada de 1990 uma tend ncia amplia o do papel das es feras p blicas locais em rela o gest o do meio ambiente n o obstante esse papel se restrinja s fun es que n o implicam atos de autoridade monitoramento recolhi mento de dados ou s fun es que embo ra impliquem atos de autoridade fun es substantivas est o circunscritas nos n veis inferiores de relev ncia e autonomia admi nistrativa Jouravlev 2003 No caso espec fico da gest o de recur sos h dricos a participa o municipal em or ganismos de bacia tem sido a principal se n o nica forma de intera o com outros atores p blicos e privados relacionados com a gua Muitos fatores dificultam a atua o do munic pio na gest o da gua sendo o prin cipal a impossibilidade legal por determi cadernos metr pole 19 na o constitucional de os munic pios ge renciarem diretamente os recursos h dricos contidos em seus territ rios a n o ser por repasses de algumas atribui es atrav s de conv nios de coopera o com estados ou a Uni o Por sua vez a aus ncia de uma defi ni o clara da natureza e das fun es dos governos locais em geral ligadas s tarefas tradicionais de ad
69. poderia exigir dos propriet rios provid ncias quando ocorressem deslizamentos de terras em terrenos particulares em conseqgii ncia das enxurradas ou das guas de infiltra o A Prefeitura detinha a prerrogativa de exigir a fixa o das terras por meio de vegeta o constru o de canaliza es ou de muralhas de sustenta o cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 4 Mesmo ap s ter assimilado as novas correntes de pensamento a partir da d cada de 1980 e os significativos avan os na trajet ria da legisla o em mbito municipal e federal os rios continuaram a ser chamados de corpos h dricos receptores 5 Segundo Miranda Magnoli 1982 os espa os livres urbanos s o espa os livres de edifi ca o e abragem quintais jardins p blicos ou privados ruas vielas avenidas cal adas e cal ad es passagens largos e pra as de bairro de car ter local at os parques e reservas al m dos rios florestas mangues e praias de car ter urbano e o sistema de espa os livres e sua articula o no espa o da cidade e ou no espa o regional Enquanto sistema os es pa os livres urbanos sejam p blicos ou privados apresentam rela es de conectividade e complementaridade mesmo que estes n o tenham sido planejados ou implantados como tal Macedo 2007 6 este o caso da cidade do Rio de Janeiro 20 83 de
70. prisma de uma complexidade f sico biol gi ca social que abrange o habitat da esp cie humana Nos tempos hodiernos o conceito de meio ambiente tamb m requer melhores esclarecimentos na busca de resolu es de problemas N o basta simplesmente contextua lizarmos o arcabou o jur dico institucio nal do Brasil relativo s guas tamb m pp 245 269 1 sem 2008 249 250 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar importante delimitarmos a parte do ambien te brasileiro que se deseja investigar para melhor situarmos os leitores Assim toma mos como objeto de explora o e investiga o cient fica o ecossistema h drico da Para ba o que torna evidente a necessidade de descrevermos as m ltiplas intera es que se imbricam para que se possam compreender e explicar os seus recursos h dricos O espa o territorial do estado membro da Para ba apresenta recortes diferenciados e com ma tizes compostas de caracter sticas sertaneja caririense brejeira agrestina e litor nea motivo pelo qual se requer prud ncia e sen sibilidade nas a es implementadas pois dessa forma evita se ampliar o processo de degrada o e deteriora o do ecossistema As diversidades geogr ficas que com p em esse cen rio devem ser consideradas nos momentos investigativos da pesquisa ora em implementa o ora em alternativas pr ticas que devem ser ajustadas em con formidade co
71. prote o do meio ambiente foi reconhecida como direito coletivo e difuso 18 Saule Junior 1999 ao abordar pesquisa realizada nas cidades da regi o do ABC paulista utilizou como fonte as informa es obtidas na Corregedoria Geral de Justi a do Estado de S o Paulo 19 Tais conflitos pertencem ao meio ambiente artificial ou constru do competindo sua tutela ao Minist rio P blico institui o vocacionada defesa da ordem jur dica e do patrim nio p blico e social pela a o civil p blica arts 127 caput e 129 Il e Ill da Constitui o Federal 20 Segundo Maur cio Guimar es 2003 o novo estaria relacionado a uma nova rela o socie dade e natureza a um novo modelo de sociedade que potencialize a supera o da crise ambiental que vivemos em todo o planeta J a no o de sustentabilidade referenciada por Acselrad 2001 vem ocupando espa o crescente nos debates sobre desenvolvimento Queremos na presente pesquisa nos referir matriz de sustentabilidade que valoriza a legitima o de pr ticas e atores sociais e sobretudo busca a efici ncia na utiliza o dos recursos do planeta e a aplica o do princ pio da equidade para esta e futuras gera es 21 Os conflitos e demandas da cidade refletem os seus problemas tais como desordenado crescimento populacional aus ncia de planejamento urbano polui o aus ncia ou mes mo m aplica o de pol ticas p blicas sobretudo a habitacional de san
72. rea territorial total 1 224 56 km constitu do por reas acima da cota 100 e 57 84 ocupados por espa os livres de edifica o reas naturais e alteradas Refer ncias ABREU M de A 1987 A evolu o urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIO Zahar 1994 Reconstruindo uma hist ria esquecida origem e expans o inicial das favelas do Rio de Janeiro Espa o e Debates v 14 n 37 pp 34 46 ARA JO R L de 2005 O planejamento urbano e a norma de uso e ocupa o do solo a cidade do Rio de Janeiro na d cada de 1990 Disserta o de Mestrado Rio de Janeiro IPPUR UFRJ BARBOSA M C 2007 Alternativas de disposi o de rejeitos de dragagem em reas urbanas O Projeto do Canal do Fund o Rio de Janeiro In T NGARI et al orgs guas urbanas a regenera o ambiental como disciplinar integrado Rio de Janeiro FAPERJ PROARQ FAUUFRJ Minister Editora BARROSO M e ALBERNAZ M P 2008 Relat rio da Etapa 1 dos estudos para revis o da Lei de Uso e Ocupa o do Solo LUOS Rio de Janeiro SMU PCR BRAND O A C 1964 C digo de Obras e Legisla o Complementar Cole o de c digos e leis vigentes Volume I e Volume II 4 ed Rio de Janeiro A Coelho Branco Filho CARDEMAN D e CARDEMAN R 2004 O Rio de Janeiro nas alturas Rio de Janeiro Mauad CARDOSO A L 2003 A cidade e seu estatuto uma avalia o urban stica do Estatuto da Cidade In
73. rico econ mico e cultural importante perceber que a responsa bilidade direta sobre as mudan as clim ticas decorrentes do aquecimento global vem dos complexos industriais e energ ticos dos pa ses industrializados A grande maioria das emiss es de carbono foi lan ada no Hemis f rio Norte entre o fim do s culo XVIII e o come o do s culo XX nas na es industriali zadas As na es em transi o v m aumen tando suas emiss es desde os anos 770 com a expans o das ind strias de bens de con sumo dur vel pelas multinacionais e as de base geralmente estatais A desej vel inclu s o de grandes popula es nos confortos do bem estar social vida saud vel atrav s de cadernos metr pole 19 alimenta o energia gua esgotos trans portes cultura aumentar a emiss o de carbono Mas nesses pa ses como o Brasil a principal causa de emiss o o desmata mento para a cria o de gado grande parte para exporta o As na es menos desen volvidas emitem pouco carbono Suas popu la es s o as que mais sofrem e sofrer o os efeitos diretos das secas enchentes e even tos extremos Segundo Tavares 2004 como a con centra o dos gases promotores do efeito es tufa espacialmente vari vel seus efeitos se r o mais sentidos entre latitudes subtropicais e m dias do hemisf rio norte onde os conti nentes s o mais extensos e est o concentra dos os maiores n cleos urbanos os
74. segrega o ambiental regi o me tropolitana cadernos metr pole 19 Marley Deschamps Abstract This article focuses on the theme of social and environmental vulnerability It presents besides a theoretical and conceptual review of the term vulnerability and its implications nowadays a methodological proposal for identifying metropolitan areas in the intra municipal level according to their social vulnerability degree The methodology also identifies those regions where there is an overlapping of areas with high degree of social vulnerability subject to some adverse environmental event in this case floods The studied area is the Metropolitan Region of Curitiba Keywords social and environmental vulnerability demographic vulnerability environmental risk environmental segregation metropolitan region pp 191 219 1 sem 2008 192 marley deschamps Introdu o Este artigo enfoca o tema da vulnerabilidade socioambiental e tem como refer ncia geo gr fica a Regi o Metropolitana de Curitiba RMC uma das regi es metropolitanas brasileiras de maior dinamismo em termos de crescimento populacional recente sendo as reas de mananciais situadas a leste da capital um dos mais importantes vetores de expans o urbana ocasionando forte press o sobre o meio ambiente Curitiba cidade p lo da RMC tornou se conhecida nacional e in ternacionalmente como cidade modelo ou cidade de primeiro
75. sem 2008 dessas tipologias edil cias a solu o propos ta foi substitu las por n cleos de habita es baratas de tipo m nimo na medida em que fossem sendo extintas Tais n cleos de veriam cumprir uma s rie de determina es extremamente detalhadas Lei 148 Decreto 6 015 1937 e Lei Federal 196 1936 Lei Org nica do Distrito Federal Para facilitar a forma o dos n cleos de habita es de tipo m nimo a Prefeitura poderia solicitar a permiss o do Governo da Uni o para aproveitamento dos terrenos de sua propriedade situados nos morros e na poca j invadidos pelas favelas e outros que pelas suas condi es n o pudessem ter utiliza o podendo tamb m empregar para o mesmo fim os terrenos de sua pro priedade que se encontrassem em condi es semelhantes Por m as regras estabelecidas apesar de t o detalhadas n o garantiam o sanea mento ambiental limitando se a admitir o procedimento usual de lan amento em fossa biol gica ligada a um sumidouro on de o efluente na falta de galeria de guas pluviais poderia ser lan ado na sarjeta do logradouro O Decreto 1742 1963 promulgado durante a administra o de Carlos Lacerda foi o decreto que regulamentou a remo o das favelas das reas valorizadas ao longo da d cada de 1960 e a constru o de gran des loteamentos como os de Vila Kenedy e Cidade de Deus Entre as justificativas apre sentadas para a necessidade de rever a legis
76. sendo esse o fator decisivo na classifica o das reas j que explica 74 vari ncia total do conjunto original O fator 2 juntou a maioria das vari veis demogr ficas as quais numa an lise mais apurada n o estariam necessariamente relacionadas situa o de pobreza Podem indicar certa vulnerabilida de mas n o com a mesma nfase do fator 1 A esse fator optou se por denominar fator de desvantagem demogr fica An lise de agrupamentos As t cnicas de agrupamento podem ser uti lizadas para realizar uma sumariza o dos dados com objetivo de encontrar e separar n vari veis observacionais em k grupos si milares Os grupos resultantes devem ser mutuamente exclusivos cada um possuindo unidades observacionais cuja similaridade com respeito s caracter sticas consideradas seja a maior poss vel ou seja deve haver grande homogeneidade interna dentro do grupo e grande heterogeneidade externa entre os grupos Ign cio 2002 O m todo utilizado para o agrupamen to foi o m todo de agrupamento n o hie r rquico das k m dias S O Quadro 2 apre senta o resultado do agrupamento das reas em seis grupos relativamente homog neos com base na vari vel ndice final e a denomi na o dada a cada grupo A Figura 2 d a refer ncia geogr fica de cada rea de acordo com sua classifica o em rela o vulnerabilidade social Quadro 2 N mero de reas segundo grupos homog neos
77. u Sarapu s o Duque de Caxias Nova Igua u S o Jo o de Meri ti Belford Roxo Mesquita e Rio de Janeiro pequena por o Mesquita e Belford Roxo munic pios novos e rec m emancipados e que n o contam portanto com uma legisla o consolidada foram exclu dos da an lise Dentre os 4 restantes o munic pio do Rio de Janeiro n cleo da metr pole o que conta com legisla o mais detalhada Seu Plano Diretor elaborado em 1992 apre senta um conjunto consistente de dispositi vos de pol tica ambiental em v rios n veis principalmente no que diz respeito cria o de reas de prote o Como proposta pp 165 190 1 sem 2008 181 182 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo do PD foi criada a Secretaria Municipal de Meio Ambiente no in cio da d cada de 1990 A administra o municipal contava at recentemente com um rg o espec fico voltado para a gest o dos recursos h dri cos a Funda o Rio guas Por decis o da atual Prefeitura o rg o foi transformado em Sub Secretaria de guas Municipais vinculada Secretaria de Obras do Munic pio e vem atuando principalmente no que diz respeito ao controle de cheias urbanas Ara jo 2005 analisando a produ o legis lativa do governo municipal nos 10 anos que se seguem promulga o do Plano Diretor identificou uma m dia de 10 leis de car ter ambiental por ano enviadas
78. 1 sem 2008 265 266 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar BRASIL Lei Federal n 6 662 de 25 de junho de 1979 Disp e sobre a Pol tica Nacional de Irriga o e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Awww planalto gov br gt Acesso em 29 maio 2005 Lei Federal n 6 938 de 31 de agosto de 1981 Disp e sobre a Pol tica Nacional do Meio Ambiente seus fins e mecanismos de formula o e aplica o e d outras provid n cias Dispon vel em lt http Avww planalto gov br gt Acesso em 11 de out 2005 Lei Federal n 7 347 de 24 de julho de 1985 Disciplina a a o civil p blica de respon sabilidade por danos causados ao meio ambiente ao consumidor a bens e direitos de valor art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico VETADO e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww planalto gov br gt Acesso em 11 de out 2005 Lei Federal n 8 031 de 12 de abril de 1990 Cria o Programa Nacional de Desesta tiza o e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww antt gov br gt Acesso em 6 de out 2005 Lei Federal n 9 433 de 8 de janeiro de 1997 Institui a Pol tica Nacional de Recursos H dricos cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos regulamenta o inc XIX do art 21 da Constitui o Federal e altera o art 1 da Lei 8 001 de 13 3 1990 que modificou a Lei n 7 990 de 28 12 1989 D
79. 19 pp 15 25 1 sem 2008 porque o mundo se globalizou h as redes h todo um discurso semi alfabetizado mas com muito sucesso que fala em rede que fala em tecnologias que enche a boca com as novidades tecnol gicas para evitar exata mente o discurso o discurso competente Todo esse discurso em que se baseia a globaliza o tal como hoje ela se d como uma fatalidade vem como se jamais o mun do soubesse o que fazer com as t cnicas N o faz parte da hist ria do mundo n o faz parte da hist ria das t cnicas saber o que se pode fazer delas As t cnicas somente o s o enquanto sociot cnicas isto n o h t c nicas que comandem sozinhas o processo Ent o o fundamental e talvez cheguemos at l vermos como essas chamadas tec nologias do presente est o construindo um mundo de exclu dos que comporta desde as pessoas at as empresas exclu das as insti tui es exclu das E que produzem como ja mais milh es de pobres tranquilamente H que se insistir nisso que parece como uma fatalidade como se se estivesse voltando aquela teoria que foi vigente nos anos 60 70 do technological fics discutida at ent o e agora n o se fala mais nessa palavra Mas o que n s estamos assistindo exatamente um regresso vergonhoso por isso silencio so a essa tica do technological fics que de liciava os cientistas em suas Faculdades e os seus debates destinados s suas promo es Mas ao mesmo
80. 1990 foram criados v rios rg os destinados a proteger e fiscalizar o meio ambiente em todo o ter rit rio nacional e estabelecidas as primeiras reas de prote o ambiental seguidas por planos de estrutura o urbana nas principais cidades brasileiras A Pol tica Nacional do Meio Ambiente estabelecida em 1981 alterou o enfoque le gal que at ent o ainda era voltado para a utiliza o dos recursos naturais apenas para fins econ micos ao apresentar como obje tivos principais a preserva o melhoria e recupera o da qualidade ambiental prop cia cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 vida considerar o meio ambiente como um patrim nio p blico de uso coletivo e a degrada o da qualidade ambiental causada por atividades que afetem as condi es est ticas do meio ambiente como polui o Um novo quadro pol tico institucional foi estabelecido pela Constitui o Federal de 1988 ao incorporar demandas sociais e vincular o exerc cio do direito propriedade privada sua fun o social O Cap tulo so bre Pol tica Urbana atribuiu a obriga o aos munic pios de mais de 20 000 habitantes de formularem e aprovarem planos diretores urban sticos conferindo aos planos o papel de instrumento b sico da pol tica de de senvolvimento e expans o urbana Ara jo 2005 Resende 1996 e Cavallazzi 1996 A valoriza o dos atributos culturais e eco l gicos e a necessidade de prote o de
81. 2005 p 10 apud Nigro 2005 p 96 entende risco como situa o de viola o degrada o ou aus ncia de direitos ambientais sociais e habitacionais j instala dos ou em vias imediatas de ocorr ncia A an lise da gest o do ambiente urba no fator preponderante quando da elabo ra o de planos estrat gicos de redu o de riscos Tabelas 7 e 8 associados a escorre gamentos de encostas sobretudo no que respeita s pol ticas p blicas voltadas aos assentamentos prec rios em reas ambien talmente fr geis A inadequa o das infra estruturas de saneamento disposi o inadequada dos re s duos s lidos polui o grave e concentrada constituem problem ticas resultantes n o apenas da defici ncia ou inexist ncia de ser vi os urbanos mas sobretudo da ocupa o inadequada do solo Conforme Ultramari 2005 p 133 pp 49 66 1 sem 2008 53 54 michelli beduschi e carlos mello garcias a apropria o e a ocupa o do solo urbano estariam na causa dos problemas analisados e revelam uma preocupa o com a segrega o que ca racteriza a constru o das cidades Vulnerabilidade socioespacial versus re produ o de espa os urbanos A partir do cen rio urbano brasileiro eviden cia se a rela o existente entre a desigualdade territorial e as pol ticas sociais Segundo Bra sil 2004 os processos sociais em m ltiplas dimens es e escalas como a reestrutura o produti
82. 8706 CH 85 06 DR SS SA S9 EL IK v6 g6 HON DID equuno 0069 SEIL ZC v9 6L He LE BL ses S tre Hd vL 88 96 58 SUIS 60 68 67 96 9U IL Fa E 8606 85 86 oyunayuld equuno L6 9L 8178 EFFE Lo Lg Hai IG HK DCH L6 LS 68 68 9 68 Ze 9 68 99 96 Pei siz o SI WG 89 86 ogsanbog ou equuno GO 68 L8 CH L8 8 S186 sbre 9E L8 8 96 dus L0 68 HK 98 S9 08 68 LE Y6 00 94 oLt o vL 6L Et 06 HA apepbijaj eles equuno Wad 11 98 Ser 0 L8 9 66 DE 8 98 17 936 Lien EL L6 S6 Z6 Tim 68 06 Zeg SOS gre SL LL S 65 66 zesg ORS equuno 19 08 Sg og rt Rich S9 86 6L s8 7S L8 LVL6 EK dL T6 SST 6 WC 08 68 0876 KO 69 0 EL SL 8 06 65 86 osey ode equuno Belt ECO oU ek LLYS 8E 86 ol eg E6 S8 Kai Tas Ip 8L L6 19 19 Ku 8 56 ERC DE 6 08 Sie L0 66 DIEN equuna To LL EUrg SU gr v9 98 8L L6 F mg 918 6 96 EU PL L6 Kid Bob 2076 Up LUEL ogz o LUS L6 68 BH epipueo ejues equuno 60 t8 HCH E8 0S GK Roch 78 98 79 L8 6S L6 LEIS 896 056 s5 99 60 S6 Este ECH ua vo EC 85 66 Byuuialeg equuno DG WO LUEE 96 58 v6 96 SU eg HK OL L6 09 9S SE L6 He 6 19 15 06 SC oe SCH tato LL LL RG ES 66 eyqupu zed equuno IN S6 L8 ii Eng LU L6 19 98 CH 08 96 EPIs EL L6 6 06 L8 S9 LU H 66 S4 SEO BE EL 9r 6g 06 86 OpuniA 0AON equuno se gg 67 06 W KE 00 001 ES L6 90 6 Kaid tr ys Le p6 SpER POL To 06 LE Z6 6 8L divo LVEL L tg 15 66 taneh equuno Ste 60 r6 SUP Lg 9 66 SE 96 91 96 17 66 PO v6 E6 LVL6 SCH KC 96 L6 LVI8 965 0 DEEL LE S8 09 66 Hojpezeg equuno tu KO ECH US EU gp WC L6 L8 DER 9 65 t6 06 Kg
83. Ambiental da Uni versidade de S o Paulo Pesquisadora do Laborat rio de Urbanismo da Metr pole da Faculda de de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo S o Paulo Brasil luciassQuol com br Luciana Travassos Arquiteta urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Mestre em Ci ncia Ambiental pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncia Ambiental da Uni versidade de S o Paulo Doutoranda pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncia Ambiental da Universidade de S o Paulo Pesquisadora do Laborat rio de Urbanismo da Metr pole da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo S o Paulo Brasil lucianatOusp br Notas 1 Dispon vel em www cidades gov br em fev 2008 2 Optou se por traduzir slums como assentamento prec rio ao inv s de favelas uma vez que o termo abarca tipos diversos de assentamentos urbanos 3 N o inten o deste trabalho discutir as diversas terminologias usadas para designar con juntos de pa ses por isso optou se pela ado o simples dos conceitos utilizados nos diver sos relat rios produzidos pelas divis es da Organiza o das Na es Unidas 4 Informa es sobre os pa ses que comp em as regi es estabelecidas pelas Na es Unidas assim como diversos dados populacionais e sociais podem ser encontradas no site http esa un org 5 De acordo com Torres 2002 entre 1970 e 2000 a popula o nas
84. Bras lia h reas residenciais que apre sentam uma polui o sonora mais compro metedora para o conv vio do que as descri tas para a rea em que residem A maioria pessimista quanto melhoria ou solu o do problema do ru do do tr fego na rea em que vive h tanto tempo Entretanto bem mais de um ter o da amostra revela uma perspectiva otimista esperando que a situa o seja contornada Os homens em ge ral comportam se de forma mais positiva interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df do que as mulheres quanto a essa quest o x 12 72 df 1 p 0 00 J os mais idosos acham mais dif cil a solu o do pro blema x2 12 9 df 2 p 0 001 Caracteriza o do grupo que sofre maiores impactos As pessoas mais sens veis ao ru do s o aque las que qualificam seus apartamentos como barulhentos x2 36 14 df 4 p 0 000 e tamb m aquelas que se sentem mais in comodadas por sua interfer ncia no desen volvimento de suas atividades di rias Todas essas rela es mostram se estatisticamente significativas Considerando que as pessoas do sexo feminino sentem com maior inten sidade o barulho em suas resid ncias e s o tamb m as mais prejudicadas na realiza o de suas atividades 53 4 df 3 p 0 00 elas devem compor esse grupo de forma majorit ria Pode se tamb m prever que nesse mesmo grupo encontram se as pessoas de
85. E6 DC KEN CH Ba 0 66 2n7 ep eloyuas essoN ns DID equuno 08 65 L 89 S8 E Wd L0 56 99TL S6 S4 09 6 DC Z or tg Ele a 0 T L6 gra 1000 ous 19 96 SO 60 0g LE s6 9E L6 9194 BIA INS 313 equuna Kan 18 19 Ki 98 ES AUER BO KH 88 6 GO LE ag ZEIL 60 8 SES 07 86 Sp Svt o 8 98 veto Da Le zg 05 96 KH wap 0 ap seipeioiy esenbnye 1 equuno 89ys 58 19 LU9L Buss v6 l6 Hau LO EL LVL6 Dr z79 88 Tu LO sp se re 6S L6 Drog EDU 9 18 ECH L6 L6 esenbmey equuna 95 L9 ZP S8 EL 8 9L 08 96 z978 Z8 ES EL 96 08 09 8006 DIS Le os 8 98 91 86 Ip g 8800 ques T5 9 SC DREI ONIS equuno LO LL SASi SEH DACH 98 s6 SCH HK Ert 6 85 LE L8 66 98 L6 LS z79 68 85 96 AAA GU CH EG Stop OAON OUER Opedlao ONIS equuno 19 68 Sr 06 05 09 L6 0L 86 60 L6 DO Lr 86 ZU 1076 Eau E eg 9E s8 Sep WO vio ZE 6L 60 L6 LE 66 z opitanbog equuno 66 bL 09 8Z TUTE EL SL s8 s6 EIN IS sg ET 96 gr 9 88 RH 2019 19 88 H 6 EL ERC Sri 98 18 EH ogitanbog equuno LL78 co rg CH ERC EC Op 1918 15 88 9U L6 S6 ES 6L l6 oLT6 9 09 09 L6 Kei OL EL CIA ECK To L6 DKCH z eqes qN equuno mr 8609 ICH 6E SS Lr pg GU 66 bL 506 Tels 99 98 DND ag 7691 EL 86 ao ZEE O ND EZ S6 Ho eqesaqn equuno Els 68 9 ES L Kn LE E6 86 SS Z76 L9 6 68 Kr LL T8 VE SL SC 80 sg I7 L6 mom Iren EE 88 6 9L 86 z mme equuno RACH pg L t Sg HCH 06 8 68 s8 SL 96 tr es 80 68 9968 ota op S0 s6 Z6 EL sLE O voto DACH 90 96 EE SL 88 68 Ir runfeo equuno KR 00 L6 9 98 EE o 05 86 di s0 L6 85 66 EA 09 6 98 86 6S 9L 6S L8
86. KEEN Rach v8 v6 Deg t8 68 Gab 67 9p WK vL L6 s8 s9 vro o se 06 0 L6 ZE 61 98 ECK LVL6 00 day BHBINeIy oIdpIuny ap Joie eueonely G 66 95 IS LL ECH 9L 6L z9 v6 ZU9 Leg FUrg Sta 86 68 1798 3 az sL 96 6 0L Un 15 06 t9 96 St HUES Cep L6 86 00 IV eUPINeIy Odin ap Jajexs euponeiy o BEZS 96 99 E6 ZL 94 19 d 9S EL 6v LL 69 6 gg cL sg Z6 LL adi DU 85 16 to rg 6 0 0 87 88 65 56 9 06 FUeg 07 56 Dei 00 av euPINeiy Ordun ap Jajexs euponeiy CH ICH Irog ves LV 6L 95 L6 88 778 Zeg EF Op 8545 SC eg 99 18 Lies SU SC op EVIL tuo 17 96 0 L6 SC Z9rg 68 L6 DG 100 Jy eUBINEIV OIdpIUNIA ap 193295 euponeiy CO ECH 9L SL t6 SZ 6 0L L7 96 Bech se og sr c6 Stro ZE IS Dog K WC BEI 90 89 860 0 Ka 58 96 LUTO EES 05 6 LL 66 00 03V aepuewe Wu ordpiuny ap Sie epuewe auey g ES 19 69 ch 1965 D o1 99 IK H sr os 8v z8 69TL EIS SCH EI Deg S400 E oe GE 8 68 Zog SES 96 96 00 Qav aepueue uy oun ap ien aJepueue ajueltupy bet 5 69 Dr Fc Du tL 69 FUS 18 L6 ZE G OC91 FU vL s0 L6 LU PLUO og 9g 98 96 6 68 8008 1876 ts 16 t00 av aepuewe uv otdpiuNIA ap ie qJepueue ajuestupy S8 SZ D Ee 60 89 FER Ef HAH 8 06 88 SS 8S E8 Bach PUER oL tg Lv L6 L9 v9 610 0 RACH pep 15 68 z9 18 LS E6 S6 L6 100 day aepuewe wy Odpuny ap age aJepuele ojuestupy 0 To vE 9ULL Zeg reg org v6 SS es eg Kai SG ep es 6019 19 9p Lo gg EE ER Fei EE0 0 66 88 09 b6 EL 8 se sg to cg LE 66 Ins op sopnby otdrun Ins op sopnby 8 6S SS 1569 10 98 9 SI IER L9 ps
87. O Estatuto define ainda que os planos diretores devem ser elaborados ou revistos no caso dos munic pios que j tinham planos de ordenamento urbano at meados de 2006 o que tem levado v rias administra es a elaborarem seus planos no per odo recente Na bacia do rio Igua u Sarapu objeto deste estudo alguns muni c pios j iniciaram a revis o ou elabora o dos seus planos diretores como o caso de Nova Igua u e Mesquita respectivamente O momento tamb m relevante para que se verifique em que medida nos novos pla nos conclu dos ou em elabora o podem ser identificadas diretrizes ou a aplica o de instrumentos espec ficos para a gest o de recursos h dricos pp 165 190 1 sem 2008 177 178 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo Breve caracteriza o da rea de estudo a bacia dos rios Igua u Sarapu na Baixada Fluminense A t tulo de caracteriza o da rea de estudo s o apresentados alguns aspectos relevan tes para a compreens o das caracter sticas urbanas e principais problemas relacionados aos recursos h dricos de parte expressiva da Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro RMRJ A escolha da bacia dos rios Igua u Sara pu fundamenta se nos seguintes aspectos e exist ncia de um plano diretor de re cursos h dricos elaborado com nfase no controle de inunda es contendo um amplo diagn stico das causas das ch
88. P blicos podendo ser caracterizado como bem de uso comum do povo destacando se a o papel do Estado ao dirimir conflitos no uso dos recursos ambientais desde que assegurados s presentes e futuras gera es A segunda com base na Carta Consti tucional de 1988 conceitua meio ambien te como ecologicamente equilibrado ob jeto da tutela do Estado E por ltimo o conceito de acordo com o artigo 3 I da Lei n 6 938 81 que define meio ambiente como conjunto de condi es leis influ n cias e intera es de ordem f sica qu mica e biol gica a permitir abrigar e reger a vida em todas as suas formas As abordagens acima tratam meio am biente como direito difuso com base na matriz econ mica que n o tem como pres suposto a renova o dos recursos naturais ou o respeito qualidade de vida Cavallazzi e Oliveira 2002 No presente artigo entendemos o meio ambiente como sendo a intera o do cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 conjunto de elementos naturais artificiais e culturais que possam propiciar o desen volvimento equilibrado da vida em todas as suas formas 3 Nesse sentido devemos considerar n o s a necessidade de harmo nia das rela es e intera es dos elementos do habitat mas especialmente ressaltar as qualidades do meio ambiente mais favor vel qualidade de vida A partir desse mote o papel do poder p blico no zelo da prote o do meio ambiente urbano or
89. PUOL HOCH z9 97 95 9S 89 Lo r6 Lg L6 BC SpUO 95 68 SL L6 SEI L6 LL 19 08 ES Ip sijodqueupy ordun sijodgueupy 2 TA IZA OA PIA SLA LIA Ed SIA PIA ELA TIA LIA OLA 6A 8A WZA 9A SA vA EA TA LA E OVSNVAXI 20 SVINY SVO OV IMISIA SOIdDINNIN 4 TIOUN ISNYNY Y Wgd SOAVIHICOIN SINOAVDIANI o G S ox uy 0002 ONY Opsupdxe ep speup so opunhas soppoIJIpouI SODILIQUODS0ID0S SODIJPUBOuISp SeJoppoIpu g 216 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba 217 SC o Sei Ha Eb o6 89 86 00 66 SU gp tL 66 Z9gr E9 v6 LS 86 gUBL 6 08 6976 sr eg LEO 19 66 0766 S6 L6 Lit KO vS 66 as p134 enby equuno KH Du BO 0059 Er p6 Wad ICH tt z t Ha Iprg 8 9 98 68 PULO 97 99 sz0 0 v8 68 T L6 6E T6 Ke LS v6 KC OUuItpueoPIequin equiixeo euejues ap ode equuna ve ps eo eg GC Wel 61 96 66 6L DK v8 v6 TE Ptog DND 6 09 HKH ST s6 Prel ECO s6 6 EB L6 Zeng LS 8L EG 60 66 euq eyuawegyeyuanenng suea poean ypeysn ny equuno Zog 11 98 0 05 WK OL L6 EUIS Steg Rach ECH Ad 9176 BG WOCH Eau LE YL seio TYL v0 68 SC eqmy fu equuno 18 L9 seg OI DL 9 96 Bo Sg Z0eg L6 LS 13 88 Wa T 07 06 9S p6 srt sto DCH 89 88 18 86 BIOIPE OBOGEL sayaurqy equuno Gg 9168 EL SS BEA L8 L6 08 t8 95 98 pop Tous BO T s 98 p9 SO Op tr e6 LU SL L9 0 Wd Sg to 66 Od opudwo odwe eand eues equuno 7S L8 LE E6 DG Er ES 66 S
90. Piraquara POS Piraquara Pr ximo barragem Piraquara PO6 Piraquara Pr ximo serra Piraquara Fonte Elaborado a partir de levantamento de campo cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran Tais dados constam de par metros f si co qu micos bacteriol gicos e ecotoxicol gi cos do monitoramento da qualidade da gua para o ano de 2006 Al m dos locais de monitoramento do IAP foram selecionados seis pontos com plementares para an lise da qualidade da gua Quadro 2 adotando se como cri t rio b sico a sele o de sub bacias com reduzida influ ncia antr pica pois verifi cou se que nos pontos do IAP moni torada a condi o m dia das sub bacias onde h diferentes tipos de uso ou reas com caracter sticas predominantemente urbanas a exemplo da sub bacia AI39 rio do Meio Para a an lise da qualidade da gua nesses pontos foram realizadas tr s co letas nos dias 2 e 23 de outubro e 6 de novembro de 2006 No Laborat rio de An lises Ambientais da Pontif cia Universi dade Cat lica do Paran foram analisados os seguintes par metros Demanda Bioqu mica de Oxig nio DBO Demanda Qu mica de Oxig nio DQO Oxig nio Dissolvido OD Oxig nio de Satura o Potencial Hi drogeni nico pH Nitrog nio Amoniacal Nitrog nio Total S lidos Totais Turbidez Condutividade Temperatura d
91. SC D 199 0 00 001 85 66 EN 19 89 68 S8 9 66 v yz p134 enfy equuna sE L6 10 86 LS LL 8 96 o0 001 HCH 09 96 DH LOG HK E gp SG 8 68 15 68 E KE 0 56 EE ep RACH HK GU 99 66 E uZ Sp eny equuno 218 1 sem 2008 pp 191 219 cadernos metr pole 19 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba 219 DUDQIN PPDISpISUOD IO opnise s p sojtejo DIDA DINJ Dep ouuo3 JS Ojad oppassen SDUDGN sDOI SIISj9DIDO WOD ODSDAUI DQNIDIDNS p epuodsesuoo enb jonopue apod o 1 sepupd sopppoJ u ep oanbiy 0007 001yp1Bowsq osup 159 sjuoJ rr SEL KO 97 L9 DA LOL 6L 9L Ed obs sos s0 0g Wad 98 6L 97 96 Ka s80 0 9 06 0 96 L6 L6 BA 6 16 ZE 86 010d OIdIDINNIN O NAS Y8ILIYND 20 YNYLITOdOY1IW OVIDIA vo l LIS OU GO 5956 0 08 6E ES 10 S6 E Ip T6 98 18 8S se sg EL S6 SUL sez o Sp S Ip Bag WE 6 68 89 86 VEILIHND 20 YNVLMNOdONIII OVIDIA E9 6 z t er Ir HK ELLE EI EULL 69TL ZE LTr E8 ZE Ur Deep 09 19 190 0 6L 68 ZU ZU s9 68 97 88 ECH sass In 10100 Oldun s ss n 10000 Sr HK 00 0 EE H SL 9E rr EE 69 6L EE 9 69 ECK LE LE IA Zeg m piro cs 9 06 ques KD CG PL 66 euesed Op seun otdpjuniy pueJed op seun pr ICEL E9 6L rop scze LETS CH GO 18 IEN Z9gr KE EU 80 98 06 6 89 19 z000 et BER Je 6L sg EC og LE 86 Ins op seanfiy oidpruni Ins op sen Dep oct 08 s dl 8876 FREI 68 LL S Z ss 88
92. Universidade Cat lica do Paran Diretor Executivo do Instituto de Gest o T cni ca do Meio Ambiente Paran Brasil c hardt pucpr br Refer ncias ACSELRAD H 2001 Sentidos da sustentabilidade urbana In ACSELRAD H org A du ra o das cidades sustentabilidade e risco nas pol ticas urbanas Rio de Janeiro DP amp A pp 27 56 Cole o Espa os do Desenvolvimento AISSE M M BOLLMANN H A e GARCIAS C M 2003 Sustentabilidade urbana e gest o das guas Curitiba Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Programa de P s Gradua o em Gest o Urbana Dispon vel em lt http www pucpr br educacao academico mestrado mestrado gestao seminario arquivos sustentabilidade urbana gesto aguas pdf gt Acesso em 1 fev 2005 ANDREOLI C V HOPPEN C PEGORINI E S e DALARMI O 2003 A crise da gua e os mananciais de abastecimento In ANDREOLI C V org Mananciais de abastecimen to planejamento e gest o estudo de caso do Alt ssimo Igua u Curitiba Companhia de Saneamento do Paran Sanepar Financiadora de Estudos e Projetos Finep pp 33 84 BASSOI L J e GUAZELLI M R 2004 Controle ambiental da gua In PHILIPPI JUNIOR A ROMERO M A e BRUNA G C eds Curso de gest o ambiental Barueri Manole pp 53 100 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran
93. Zonas Residenciais quando situadas em reas de Prote o Ambiental passam a ser reconhecidas como Zonas de Ocupa o Controlada obedecendo a mesma hierar quia S Essas defini es s o apresentadas de forma gen rica sem que se possa avaliar a sua real adequa o s necessidades defini das no Projeto Igua u Assim verifica se que a quest o dos recursos h dricos nos Planos Diretores ana lisados remete principalmente ao estabe lecimento de padr es de ocupa o que vi sam proteger as faixas marginais de cursos pp 165 190 1 sem 2008 183 184 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo d gua com o objetivo fundamental de pre ven o de enchentes Permanecem sem qual quer men o na legisla o analisada a prote o contra o desmatamento das cabeceiras a explora o descontrolada de jazidas mine rais a falta de tratamento nos leitos das vias p blicas a obstru o ou comprometimento do escoamento em decorr ncia de estruturas de travessias mal dimensionadas e muros e edifica es que obstruem as calhas dos rios Cabe ressaltar que os planos praticamente n o mencionam a necessidade de articula o com a inst ncia estadual ou a integra o das suas diretrizes aos planos de bacias No que se refere ao abastecimento d gua os PDs analisados s o omissos com exce o de Duque de Caxias que prop e a cria o de um sistema de avalia o e co
94. a regi o da Baixada de Inha ma s margens Ba a da Guanabara A abertura da Avenida Brasil fundamental para complementar a li ga o rodovi ria com S o Paulo na d cada de 1940 impulsionou a crescente localiza o de ind strias ao longo das margens e principalmente aos fundos da Ba a levando ocupa o dos munic pios da Baixada Flu minense A deteriora o desse ecossistema aconteceu de forma crescente e sistem ti ca at atingir os n veis cr ticos encontrados atualmente Barbosa 2007 Em rela o s montanhas a implanta o do zoneamento industrial de 1937 acar retou o fechamento de diversas f bricas de tecidos implantadas em fins do s culo XIX junto aos rios e c rregos nas vertentes dos Maci os da Tijuca e Pedra Branca Ap s a desativa o das f bricas e a transforma o de uso ou mesmo a demoli o das antigas instala es os trabalhadores que residiam nas vilas oper rias pertencentes a esses con juntos industriais foram for ados a se esta belecer em outro lugar como aconteceu na Bacia do Rio Carioca Aqueles que n o ru maram para a zona norte da cidade ocupa ram gradativamente as encostas pr ximas f brica dando origem ou aumentando os contingentes das favelas nas proximidades Schlee 2002 e Schlee et alii 2007 Os decretos E3800 1970 e 322 1976 complementares Lei 1574 1967 que ha via sido elaborada para estabelecer novas normas para o Desenvolvimento Urbano e Regi
95. a a o governamental ao longo das ltimas d cadas n o dif cil reconhecer que o pa s enfrenta um caos ambiental em suas cidades demandando hoje aten o urgente e investimentos vultuosos Em outros termos seja atrav s da expans o de reas perif ricas ou da ocupa o de reas intra urbanas por favelas o crescimento e o adensamento populacional verificados nas metr poles brasileiras ao longo das ltimas d cadas associados aos acentuados n veis de pobreza que nelas se concentram marcam profundamente a con figura o espacial das cidades e contribuem sobremaneira para o agravamento dos principais problemas ambientais urbanos cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 Bastante frequente em pa ses em desenvol vimento esse processo se relaciona direta mente ao papel desempenhado pelo poder p blico seja no processo de gest o das cida des seja na formula o de pol ticas p blicas habitacionais e de desenvolvimento urbano Quais seriam ent o as caracter sticas desse caos ambiental que prevalece nos grandes aglomerados urbanos dos pa ses em desenvolvimento ou mais especificamente nas metr poles brasileiras Os problemas ambientais urbanos Como visto anteriormente a falta de alter nativas de moradia popular e de lotes ur banos a pre os acess veis particularmente nas grandes cidades for ou a popula o mais pobre a ocupar ilegalmente espa os impr prios para o assentam
96. abstrata para a popula o Rios e c rregos passaram a ser vistos e tratados apenas como valas Da resultou a dificuldade coletiva e consequen temente institucional de reconhecer suas fun es na paisagem carioca Como obser vou Costa 2007 sua presen a na paisa gem da cidade quase despercebida Pra ticamente invis veis tornaram se paisagens residuais n o reconhec veis como paisagem coletiva Negligenciados pela sociedade local em forma o as montanhas e os rios ficaram por muito tempo ausentes das normativas e regulamenta es urban sticas destinadas a controlar o espa o da cidade com exce o de alguns atos legislativos que visavam proi bir e punir quem se interpusesse no caminho das guas enquanto necess rias ao abasteci mento da cidade Cavalcanti 1997 e 2004 Deixadas de lado pelo poder p blico as montanhas e as margens dos corpos d gua tornaram se destina o preferencial dos sem lugar na cidade Como demonstrou Abreu 1994 a origem das favelas cariocas teve suas ra zes ligadas a dois focos de ten s o que afetaram o Rio de Janeiro no final pp 271 291 1 sem 2008 273 274 m nica bahia schlee e vera regina t ngari do s culo XIX a crise habitacional fruto da pol tica de combate s habita es coletivas e a crise pol tica no per odo de transi o en tre o Imp rio e a Rep blica Segundo Abreu ibid o estopim para a cria o dos primei ros asse
97. agravado pelo fato de que a modernidade inerentemente globalizante e acena para a exist ncia de um mundo exterior mais extensivo e perigoso que conduz cada vez mais a uma transforma o da intimidade no enfrentamento dos desafios 26 Existem muitas descri es sobre globaliza o Segundo Milton Santos 2001 globaliza o 27 pode ser entendida como o pice do processo de internacionaliza o do mundo capitalis ta No entanto a descri o a que nos referimos est relacionada acelera o da integra o econ mica a difus o de novas tecnologias e de novos sistemas de organiza o industrial a propaga o de certos estilos de consumo as mudan as fundamentais nos mercados in ternacionais de capital e o aumento sistem tico da import ncia do com rcio internacional na produ o nacional Milar 1992 elenca tr s formas de participa o comunit ria na tutela do ambiente a a participa o comunit ria nos processos de cria o do direito ambiental no processo legis lativo e em rg os colegiados dotados de poderes normativos b a participa o popular na formula o e na execu o de pol ticas ambientais e c a participa o popular atrav s do Poder Judici rio 28 Ressalta se n o s a import ncia do papel da coletividade e o respeito fun o social da propriedade como tamb m a necess ria aplica o da tutela ambiental n o s como dever do Estado mas de toda a coletividade
98. ambiental o conjunto de in tera es de processos sociais e naturais Portanto necess rio que todas as dimens es sejam inter relacionadas integralmente Complexo din mico de comunidades de plantas animais e microorganismos e o meio ambiente inorg nico que interage como uma unidade funcional Os seres humanos s o partes integrantes dos ecossistemas Dimens o f sica ambiental social econ mica e pol tica que varia no tempo dura o e espa o extens o Significa estrutura decorrente de necessidades sociais b sicas com car ter de relativa per man ncia e identific vel pelo valor de seus c digos de conduta alguns deles expressos em leis Processo ou estado de desenvolvimento social de um grupo um povo uma na o que re sulta do aprimoramento de seus valores institui es cria es e ainda processo pelo qual o homem por meio de sua atividade concreta espiritual e material modifica a natureza e cria a si mesmo como sujeito social da hist ria Relativo natureza fun es e divis es do Estado Compreendido n o apenas como uma complexidade de normas jur dicas ou normas obri gat rias que disciplinam as diversas rela es do homem em sociedade mas tamb m como objeto hist rico cultural Recursos h dricos e guas neste trabalho n o s o termos diferenciados inclusive a Lei 9 433 97 assim tamb m os considera Nesta investiga o cient fica paradigma e teoria ser o consider
99. ambiente ao mesmo tempo em que supram as demandas econ micas e sociais O transporte por sua import ncia na es trutura o e transforma o das paisagens naturais e sociais e como um dos maiores consumidores de recursos n o renov veis pe a chave na equa o da sustentabilida de Infelizmente a maioria dos sistemas de transporte n o se preocupa com a esse pro blema Vasconcellos 2001 Desde o in cio dos anos 90 essas ques t es de sustentabilidade aplicadas ao trans porte t m sido amplamente pesquisadas resultando em grandes avan os no entendi mento dos impactos e custos sociais econ micos e ambientais do transporte Banister 1980 Hilling 1996 Gehl e Gemzoe 2001 Black e Nijkamp 2002 ANTP 2003 Root 2003 Esses estudos tamb m contribu ram para a formula o de um conceito de siste ma de transportes sustent vel que aquele que permite que a sociedade se beneficie da cidade de uma maneira consistente com as capacidades do meio ambiente e com as ne cessidades dessa sociedade Esse sistema de transporte deve ser economicamente aces s vel eficiente oferecendo op es de mo dos de transporte limitando as emiss es de poluentes e o consumo de recursos naturais ANTP 2003 Essas quest es demandam o desenvolvimento de novas tecnologias mas principalmente a prioriza o do trans porte p blico e n o motorizado acima do cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 transporte
100. and the City Habitat Debate Setembro 2005 3 11 Nairobi CHAFFUN N 1997 Din mica global e desafio urbano In BONDUKI N org Habitat as pr ticas bem sucedidas em habita o meio ambiente e gest o urbana nas cidades brasilei ras S o Paulo Studio Nobel CNUMAD Confer ncia das Na es Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 1992 Agenda 21 S o Paulo CNUMAD cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 45 46 lucia sousa e silva e luciana travassos DAVIS M 2006 Planeta favela S o Paulo Boitempo GROSTEIN M D 1987 A cidade clandestina os ritos e os mitos O papel da irregularidade na estrutura o do espa o urbano no munic pio de S o Paulo Tese de Doutorado S o Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP 1999 Urbaniza o e Qualidade Ambiental Texto apresentado em palestra como convidada na Jornada USP fala sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel Sala do Conselho Universit rio Reitoria Universidade de S o Paulo 2001 Metr pole e Expans o Urbana a Persist ncia de Processos Insustent veis S o Paulo em Perspectiva S o Paulo Funda o SEADE HANNIGAN J 1995 Environmental Sociology Londres Routledge HOGAN D J 1995 A qualidade ambiental urbana oportunidades para um novo salto S o Paulo em Perspectiva S o Paulo Funda o SEADE JACOBI P R 2000 Cidade e Meio Ambiente percep es e pr ticas em
101. aos administrados e pela tomada de decis o com a participa o efetiva dos administrados Ag ncias executivas Conforme Di Pietro 2004 a Ag ncia Executiva a qualifica o dada autarquia ou funda o que celebre contrato de ges t o com o rg o da administra o direta a que se acha vinculada para a melhoria da efici ncia e da redu o de custos pp 245 269 1 sem 2008 255 256 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar A Lei 9 649 98 e os Decretos 2 487 e 2 488 tratam da mat ria no mbito da ad ministra o federal A qualifica o de ag n cia executiva depende do preenchimento dos requisitos a celebra o do contrato de gest o com o minist rio supervisor b ela bora o de um plano estrat gico de reestru tura o e de desenvolvimento institucional focado na melhoria da qualidade da gest o e na redu o de custos j conclu dos ou em andamento 172 Em s ntese visa melhorar a efici ncia das autarquias e funda es Dessa forma carecer o de uma avalia o de seu modelo de gest o tomando como refer ncia crit rios de excel ncia do Pr mio Nacional de Qualidade de maneira a colherem elemen tos para elaborar um plano de reestrutura o e de desenvolvimento institucional Se o plano for aprovado a entidade celebrar um contrato de gest o com o Minist rio encar regado de exercer o controle administrativo sobre ela Assinado o contra
102. aten o para a quest o do acesso gua pot vel e ao saneamento como componentes fundamentais do desenvolvi mento sustent vel A Agenda 21 um texto de cerca de 900 p ginas contendo um su m rio detalhado das a es concretas a serem adotadas por governos ag ncias de fomento institui es da ONU e setores independentes em grandes reas que afetam a economia e o meio ambiente pautada em uma articula o entre preserva o preven o corre o de desequil brios e crescimento econ mico A Agenda 21 prop e entre outras as seguintes atividades visando a melhoria do atendimento popula o e a prote o da sa de p blica e estabelecer reas de prote o de manan ciais de gua utilizadas para abastecimento p blico e coletar tratar e dispor excretas e esgo tos atrav s de sistemas adequados tanto em reas urbanas como em reas rurais discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil e construir onde necess rio sistemas de tratamento de esgoto e sistemas de drenagem e dar maior aten o s reas rurais e pe riurbanas A Agenda 21 chama a aten o tamb m para a necessidade do uso sustent vel dos recursos h dricos A gua foi considerada por muito tempo um recurso natural infini to de pouco ou nenhum valor econ mico e teve no seu uso perdul rio um dos principais motivos geradores da redu o em sua ofer ta Hespanhol 2002 No caso do Brasil s
103. b nas reas sujeitas a inunda es fora do p lo metropolitano est o localizadas tam b m as reas classificadas nos estratos su periores de vulnerabilidade social c no p lo metropolitano onde as infor ma es sobre inunda es s o mais precisas e com maior incid ncia nos bairros perif ri cos observa se que as duas reas de alt s sima vulnerabilidade social e outras de alta e m dia para alta se encontram justamente nesses espa os Do observado acima pode se concluir que h uma estreita rela o entre a loca liza o espacial dos grupos que apresen tam desvantagens sociais e aquelas reas onde h o risco de ocorrer algum evento adverso ou seja popula es socialmente vulner veis se localizam em reas ambien talmente vulner veis Conclus o Como enfatizado na Agenda 21 o principal problema ambiental global a ser enfrenta do pela civiliza o do s culo XXI adv m do seu pr prio modelo de desenvolvimento Modelo esse que alimentado pela for a de suas contradi es Dupas 1999 gera nas metr poles dos pa ses do Terceiro Mundo uma moderniza o que atinge os espa os e a sociedade de forma desigual e seletiva le vando marginaliza o de parte importante da popula o cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 Fica evidente o processo seletivo da ocupa o do espa o metropolitano onde se conclui que a degrada o ambiental nesse caso referente s reas onde
104. b sico como o abastecimento de gua co leta e tratamento de esgotos e de res duos s lidos embora apresente vis veis avan os ainda se faz presente em pa ses como o Brasil como se pode constatar pela leitura do Relat rio de Desenvolvimento Humano RDH de 2006 que teve o saneamento b sico e o acesso s redes de infra estrutura como tema PNUD 2006 Em muitos pa ses a previs o de que o percentual m nimo de atendimento dessas infra estruturas conforme o estabelecido nos Objetivos de Desenvolvimento do Mil nio somente se complete na segunda me tade do s culo dada a lentid o do avan o verificada at o momento Novamente aqui a situa o particularmente grave nos pa ses da frica Subsariana onde n o chega metade o n mero de domic lios ligados rede de gua e somente um ter o dos mes mos s o ligados rede de esgotos Se forem considerados os assentamentos prec rios desses mesmos pa ses os valores s o ainda mais baixos 19 1 e 7 4 respectivamen te sendo que somente 40 dos lares t m acesso a uma fonte de gua pot vel a menos de 200 metros de dist ncia cadernos metr pole 19 Embora distante da universaliza o as taxas de atendimento na Am rica Latina in cluso o Caribe s o melhores 83 7 para gua e 63 5 para esgotos Quando se tra ta dos assentamentos prec rios os valores caem consideravelmente a taxa m dia de liga es domiciliares de gua de 57
105. bacias AIO1 rio Ira 15 Al17 subsistema do rio Ira 9 AI43 rio Iraizinho pr ximo Aveni da Get lio Vargas 9 e AI48 rio Itaqui pr ximo foz 8 as demais apresentam valores mais baixos pr ximos a 5 Figura 5 Cartograma de uso e ocupa o do solo no munic pio de Piraquara 1994 LEGENDA A pontos monitoramento da qualidade de gua JAP RW reas urbanizadas O pontos monitor da qualidade de gua complementares JH agricultura solo exposto outros E forma es florestais reflorestamentos campos v rzeas reservat rios lagos ZZA tuturos reservat rios Fonte Elaborada a partir de GLCF 1994 2000 e Inpe 2006 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Figura 6 Cartograma de uso e ocupa o do solo no munic pio de Piraquara 2000 dos Pinhais LEGENDA A Dos monitoramento da qual de gua IAP HH reas urbanizadas EEE forma es florestais reflorestamentos reservat rios lagos O Jptos monitor da qual de gua complementares JE agricultura solo exposto outros campos v rzeas ZZZ futuros reservat rios Fonte Elaborada a partir de GLCF 2000 234 Figura 7 Cartograma de uso e ocupa o do solo
106. blicas atrav s de um paradigma pr prio Paralelamente os managerialistas assumiram um papel mui to importante sen o o mais importante at o presente para explicar as mudan as e sobretudo para dar as receitas de moderniza o do Estado e isso enquanto consultores dos membros dos governos respons veis pelas reformas Duran 2006 Braud 2006 cadernos metr pole 19 A reforma do Estado na Fran a n o tem a ambi o de promover uma nova axiologia aplic vel ao setor p blico e sim de aprofundar e ampliar as refer ncias tradicionais ela n o mo difica a ess ncia do regime administra tivo No entanto a reforma do Estado n o pode ser dissociada dos movimen tos de reforma paralelos que afetam um certo n mero de servi os p blicos sobretudo sob press o das diretivas eu rop ias Chevallier 1998 p 28 Segundo Chevallier ibid a reforma do Estado interv m num contexto onde os servi os p blicos s o levados a um pro cesso de redefini o que modifica os seus modos de organiza o e de funcionamento essa concep o implica de fato uma certa vis o da rela o entre a administra o e a sociedade distanciamento do exerc cio do poder hierarquia e da arquitetura adminis trativa unidade que precisamente o alvo da reforma do Estado Trata se de alcan ar cada vez mais a efic cia administrativa atenuando a ri gidez interna e externa inerentes con cep
107. cada de 1960 promove a conforma o de um pa dr o socioespacial em reas de grande con centra o urbana incrementando a sua rela o com a mobilidade populacional no fen meno da metropoliza o As reas urbanas e metropolitanas formam se a partir de um n cleo principal consolidado com expans o para reas circunvizinhas A partir dos anos 80 come a a se formar no pa s um novo padr o migrat rio dado por uma migra o de mais curta dist ncia e com grande concentra o nas reas metropolitanas que por sua vez contribui para intensificar as desigualdades e a pobreza nessas regi es Deschamps 2002 p 2 Ao assumirem fun es mais qualifica das os p los regionais atraem e agregam munic pios vizinhos em um mesmo comple xo de rela es As regi es metropolitanas passam a conformar reas concentradoras da for a de trabalho e do rendimento no mbito nacional Todavia as defici ncias socioecon micas promovem a expuls o da popula o do mercado imobili rio formal intensificando a ocupa o de reas despro vidas de infra estrutura em um processo de periferiza o A cidade passa a ser o espa o privile giado das oportunidades da inova o do trabalho da cultura da pol tica e da rique za em contrapartida o espa o da car ncia e da desigualdade na efetiva o do direito ao trabalho cultura e participa o pol tica e mesmo aos bens de servi os Moura 2004 p 34 c
108. cobertura vegetal a o antr pi ca e a o da gua Lima 2001 p 26 O aumento da frequ ncia de pro cessos geol gicos Tabela 6 deve se intensifica o das atividades humanas acelerando induzindo e potencializando acidentes de car ter geol gico geot c nico A partir desse cen rio o concei to de risco passa a incorporar al m de processos naturais processos induzidos resultantes da a o antr pica Beduschi 2007 p 17 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 Durante os ltimos anos os escorrega mentos particularmente os de car ter induzido pela ocupa o desordenada t m se caracterizado como um dos prin cipais fatores geradores de riscos de ca r ter geol gico geot cnico em encostas urbanas Peloggia 1994 p 125 A forma o de reas de risco est asso ciada segrega o socioespacial Tal arranjo espacial da cidade ocorre a partir de din mi cas ocupacionais decorrentes da especula o imobili ria e da privatiza o dos servi os ur banos do qual depende a qualidade de vida urbana O risco produzido a partir de din mi cas e processos sociais quando da ocupa o irregular de reas ambientalmente fr geis e impr prias para assentamentos humanos A forma o dessa tipologia ocupacional es t fortemente atrelada ao valor da terra possibilidade da compra de parcelas meno res de terra da constru o sem os par me tros de uso e ocupa o do so
109. com as pol ticas correlacionadas ao recurso h drico ou ao meio ambiente mas pp 143 164 1 sem 2008 159 160 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato tamb m com outras pol ticas setoriais prin cipalmente as urbanas Para tanto pressu mentalmente de mecanismos de negocia o entre os organismos estaduais e os muni p e se uma atua o articulada e negociada c pios envolvendo um di logo permanente com a popula o interessada e sobretudo incorporando a es inovadoras e criativas dos setores ligados aos recursos h dricos com os demais setores no mbito da bacia hidrogr fica Alvim 2003 2007 Importante ressaltar que as possibili dades concretas de efetividade de iniciativas que n o necessariamente se pautam por n dices urban sticos definidos no escopo das legisla es mas que podem sinalizar uma nessa dire o v o al m dos instrumentos recentemente institu dos Dependem funda real transforma o da realidade socioespa cial desse territ rio Ang lica Tanus Benatti Alvim Arquiteta e urbanista doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteria na Mackenzie S o Paulo Brasil abalvimemackenzie br Gilda Collet Bruna Arquiteta e urbanista livre docente da Faculdade de Arquitetura e urbanismo da Universidade de S o Paulo profess
110. como m todo para interven o em favela Semin rio Nacional sobre o Tratamento de reas de Preserva o Permanente em Meio Urbano e Restri es Ambientais ao Parcelamento do Solo de 4 a 7 de setembro APPURBANA2007 CD ROM S o Paulo BUENO L M M BOUCINHAS C e ESCORZA R 2004 Moradia social em rea de manan ciais Cole o do Projeto Gepam Gest o Participativa dos Mananciais Canad Brasil a experi ncia de Santo Andr S o Paulo Annablume CONDON P 2008 Planning for climate change Land Lines Cambridge v 20 n 1 january GHISELLI G 2006 Avalia o da qualidade das guas destinadas ao abastecimento p blico na regi o de Campinas ocorr ncia e determina o dos Interferentes End crinos IE e produtos farmac uticos e de higiene pessoal PFHP Tese de doutorado Campinas Unicamp MACEDO L V de coord 2004 Mudan as clim ticas e desenvolvimento limpo oportuni dades para governos locais um guia do ICLEI ICLEI Local Govenments for Sustanaibility Cities for Climate Protection e CIDA Canadian International Development Agency Dispo n vel em www3 iclei org lacs MARICATO E T M 2001 Brasil cidades alternativas para a crise urbana Petr polis Vozes MASCAR L e MASCAR J 2002 Vegeta o urbana Porto Alegre Finep UFRGS MENEGAT R org 1998 Atlas ambiental de Porto Alegre Porto Alegre UFRGS PMPA INPE Editora da UFRGS MORETTI R S e NISHIHATA N
111. da popula o e cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 127 128 ana l cia britto e bernard barraqu para a realiza o de atividades econ micas e preservar os recursos h dricos evitando desperd cio e a degrada o dos mesmos Discutindo a sustentabilidade da gest o da gua com base na metodologia 3Es do grupo de pesquisa Eurowater Water2i Para discutir a aplica o da no o de susten tabilidade gest o dos servi os de sanea mento partiremos dos estudos feitos pelo grupo de pesquisa Eurowater Water21 A metodologia foi desenvolvida com base em defini es da sustentabilidade das Na es Unidas por um grupo de pesquisadores eu ropeus para avaliar a gest o de recursos h dricos assim como a sustentabilidade da gest o de servi os de abastecimento de gua e esgotamento sanit rio em munic pios Essa metodologia parte de uma defini o mais geral de sustentabilidade constru da a partir de tr s dimens es caracterizadas como 3Es Environment Economics Ethics Barraqu 1998 A primeira dimens o ambiental envol ve quest es de salubridade e de preserva o dos recursos h dricos elementos centrais dentro de uma vis o da qualidade ambien tal A quest o da salubridade implica que a gua deve ser distribu da em condi es ade quadas de potabilidade e que os sistemas de esgotamento sanit rio devem permitir a co leta e o tratamento adequado dos efluentes Al m disso o
112. das as viagens a p com menos de 15 minutos de dura o Em geral pessoas de baixa renda viajam menos que pessoas mais ricas o que indica outra fonte de diferen as sociais no transporte Seguran a Um dos itens da seguran a no transpor te amplamente pesquisado o n mero de acidentes de tr nsito No que tange sus tentabilidade social no transporte muito importante compreender as causas dos aci dentes bem como a distribui o deles por cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 modo de transporte considerando as rela es entre modo de transporte e renda dos usu rios Essa informa o permite uma an lise sobre quem s o as principais v timas dos acidentes e dos aspectos da equidade social ligados a eles Outro aspecto importante a seguran a dos usu rios do transporte p blico du rante seus percursos de acesso s esta es ou pontos de embarque desembarque ou seja entre os pontos de origem e destino final Apesar de esse problema estar rela cionado seguran a p blica em geral e n o especificamente seguran a no transporte ele uma quest o crucial quando estudamos equidade no transporte O problema ainda maior quando consideramos as mulheres que s o mais vulner veis especialmente em comunidades carentes e violentas onde a infra estrutura das ruas como a ilumina o p blica e o policiamento s o mais prec rios Muitas mulheres t m sua mobilidade res tringid
113. das capitais co mo i distritos dos munic pios das regi es metropolitanas cujas entidades prestadoras de servi o de abastecimento de gua rea lizam programa de controle de perdas de gua por tipo de controle realizado ii dis tritos cujas entidades prestadoras de servi o de abastecimento de gua realizam progra ma de controle de perdas de faturamento iii distritos abastecidos por exist ncia e localiza o dos macromedidores Existem outras a es que seriam ne cess rias relacionadas ao uso racional da gua a serem adotadas pelos prestadores de servi o que est o diretamente ligadas opera o dos sistemas tais como detec o e reparo sistem tico de vazamentos na re de controle de press o na rede e redu o de consumo operacional Outras a es n o diretamente ligadas opera o dos sistemas mas relacionadas as pr ticas de gest o da demanda a serem utilizadas pelos operadores para as quais n o dispomos de indicadores nos sistemas de informa o nacionais tamb m s o neces S rias em uma perspectiva de uso racional e gest o sustent vel das guas Dentre essas pr ticas destacamos contas explicativas do consumo campanhas de esclarecimento jun to popula o diretamente benefici ria de cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 medidas ativas de conserva o e incentivo conserva o autogerida dos grandes con sumidores Essas informa es podem ser le vant
114. de management cujo processo de converg ncia cada vez mais forte Quanto ao interesse dos trabalhos em p ricos sobre a administra o p blica estes t m pontos de partida diferentes e os pro blemas n o se colocam nos mesmos termos e o uso dos princ pios do NPM New Public Management tamb m n o s o os mesmos Para completar existem poucos trabalhos comparativos A moderniza o do Estado na Fran a passa ent o pelas reformas contidas no NPM tendo como refer ncia a Inglaterra e focada na coordena o das pol ticas p bli cas Para construir uma an lise que possa contribuir para o caso brasileiro torna se necess rio levar em considera o os elemen tos comuns contidos no paradigma neolibe ral conforme ilustra a Tabela comparativa modelos de Gest o P blica Para Bartoli 2005 a express o public management continua a surpreender e per manece amb gua ela evoca considera es diversas e heterog neas da privatiza o das pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado administra es organiza o das pol ticas p blicas passando por conota es america nistas recorrentemente refutadas Existem especificidades no funcionamento dos orga nismos p blicos de cada pa s o que impede qualquer transposi o direta de teorias e m todos Finalmente quem diz manage ment diz processo nos planos da finaliza o da organiza o
115. de Janeiro Bertrand Brasil ULTRAMARI C 2005 O fim das utopias urbanas S o Paulo Studio Nobel VERMATTI E e ARA JO F A R 1990 Crit rios para previs o do potencial erosivo dos solos tropicais Reuni o Anual de Pavimenta o v 24 Bel m VILLA A F 2003 A recente urbaniza o brasileira In CASTRIOTA L Urbaniza o brasi leira redescobertas Belo Horizonte C Arte pp 28 42 Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 59 60 michelli beduschi e carlos mello garcias Tabela 1 Est gios de desenvolvimento urbano e seus diversos impactos hidrol gicos 1 Transi o do est gio pr urbano para o urbano inicial a remo o de rvores ou vegeta o redu o na transpira o e aumento no fluxo de chuvas b perfura o de po os rebaixamento do len ol fre tico c constru o de fossas s pticas etc aumento da umidade do solo e poss vel contamina o 2 Transi o do urbano inicial para o urbano m dio a retirada total da vegeta o b constru o maci a de casas etc c uso descont nuo e abandono de alguns po os rasos d desvio de rios pr ximos para o fornecimento p blico e esgoto sanit rio n o tratado ou tratado inadequadamente em rios e po os eros o acelerada do solo redu o na infiltra o eleva o do len ol fre tico redu o no runoff entre os pontos de desvio
116. de Janeiro PROURB FAUUFRJ FELDMAN S 2001 Avan os e limites na historiografia da Legisla o Urban stica no Brasil Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais n 4 GEOHECO UFRJ SMAC PCRJ 2000 Estudos de qualidade ambiental do geoecossistema do Maci o da Tijuca Subs dios Regulamenta o da APARU do Alto da Boa Vista Rio de Janeiro PCRJ SMAC GUERRA M F 2005 Conflitos ambientais em fronteira urbana o caso do Parque Natural Mu nicipal de Grumari RJ Disserta o de Mestrado Rio de Janeiro IPPUR UFRJ HEYNEMANN C 1995 Floresta da Tijuca natureza e civiliza o Rio de Janeiro PCRJ Secre taria Municipal de Cultura Cole o Biblioteca Carioca MACEDO S 2007 Espa os livres e espacialidades da esfera de vida p blica uma proposi o conceitual para o estudo de sistemas de espa os livres no pa s Paisagem e ambiente en saios n 23 S o Paulo FAUUSP MAGNOLI M M E M 1982 Espa os livres e urbaniza o uma introdu o a aspectos da paisagem metropolitana Tese Livre doc ncia S o Paulo FAUUSP MARICATO E 2001 Brasil cidades alternativas para a crise urbana Petr polis Vozes PCRJ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria de Meio Ambiente da Cidade 2007 Legisla o Ambiental do Municipio do Rio de Janeiro Volume 1 Rio de Janeiro Coordena doria de Informa es e Planejamento Ambiental SMAC PCR PCRJ Prefeitura da Cidade do Rio d
117. de campo nenhum possu a um car ro embora alguns membros de suas fam lias pais ou irm os possu ssem carros No entanto elas n o usavam os carros porque seus donos tinham hor rios diferentes ou trabalhavam em reas diferentes da cidade embora todas tenham expressado desejo de Usar OS carros Seguran a Considerando se o tamanho de sua popula o Bras lia tem um n mero extremamente alto de fatalidades em acidentes de tr nsito por habitantes Denatran 2002 Embora existam v rias raz es para o alto n mero de v timas fatais em acidentes de tr nsito um fator cr tico a forma urbana de Bras lia ruas largas que permitem velocidades mais altas levando a acidentes mais fatais e fre quentes Para que se atinja sustentabilidade social no transporte fundamental que a seguran a das pessoas seja considerada mais importante que a velocidade dos carros e a fluidez do tr nsito Outra amea a para seguran a no transporte apresentada pelo sistema de transporte alternativo As vans circulam em alta velocidade nas vias fazendo ultrapassa gens perigosas e desrespeitando as leis de cadernos metr pole 19 tr nsito como forma de conseguir mais pas sageiros a cada ponto de embarque Quando acompanhei Adriana usamos uma van para ir do seu trabalho faculdade ambos em Taguatinga O motorista j tinha deixado o ponto de nibus mas o cobrador n o fe chou a porta do furg o N s percorremos uma grande
118. de maneira pioneira os problemas relacionados ao crescimento de sordenado dos grandes centros urbanos sobretudo nos pa ses em desenvolvimen to assumiram a mesma import ncia que aqueles relacionados perda de recursos naturais Em outros termos pela primeira vez a Agenda Verde cedeu espa o signifi cativo Agenda Marrom Contudo como aponta Ancona 2002 a Confer ncia do Rio de Janeiro e os produtos dela deriva dos pouco avan aram no que se refere aos meios para a realiza o de seus objetivos uma vez que se constituem apenas como uma pauta de compromissos pol ticos eco n micos e sociais dirigida a todas as na es do mundo Outro documento importante para a constru o da problem tica ambiental urba na a Agenda Habitat produzida na ocasi o da Segunda Confer ncia sobre Assentamen tos Humanos das Na es Unidas Habitat Il realizada em Istambul no ano de 1996 A hist ria de Habitat II novamente remonta d cada de 1970 quando se realizou em Vancouver no ano de 1976 a Primeira Confer ncia sobre Assentamentos Humanos das Na es Unidas Como principal produ to a Primeira Confer ncia gerou o centro das Na es Unidas para os Assentamentos Humanos UN Habitat ou Ag ncia Habitat tendo como objetivo prec puo o tratamento de situa es cr ticas de habita o ocasiona das por desastres naturais guerras civis e conflitos urbanos Durante seus primeiros anos de atua o a UN Habitat se
119. de produtos e mercado rias de alto custo energ tico A revolu o industrial desenvolveu uma s rie de riscos tecnol gicos cuja peri culosidade e abrang ncia foram crescendo cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 com o parque industrial e as reas metro politanas em todo o mundo O alto consumo energ tico um grande propulsor da so ciedade do risco termo cunhado por Ulrich Beck em 1992 Os pa ses mais pobres v m recebendo as tecnologias mais perigosas e poluidoras o que submete a popula o das cidades dos pa ses em desenvolvimento a elevados n veis de risco em compara o aos pa ses desenvolvidos Santi et alii 2005 ao estudarem o caso de uma refinaria em regi o metropo litana descrevem o quadro complexo cons titu do pelas atividades perigosas refina rias e dutos esta es de energia t rmica e nuclear plantas qu micas e petroqu micas ao qual se agregam a exclus o social e as desigualdades que fazem com que a polui o e os riscos afetem de forma mais grave as popula es mais pobres e marginalizadas que geralmente habitam reas de risco O problema ambiental n o um pro blema enfrent vel atrav s somente de alter nativas tecnol gicas mais brandas limpas ou menos impactantes Ou seja trata se de questionar o modo de produ o capitalista que induz um modo de vida que gera consumismo com cont nua cria o de novos produtos a serem produzi dos no s
120. de transportes urbanos o de senvolvimento e o planejamento de um sis tema p blico de transportes de passageiros com utiliza o de combust veis menos po luentes desenvolvimento e implementa o de sistemas de gerenciamento de tr fego cria o de facilidade para o uso de transpor te n o motorizado elabora o de pol ticas de planejamento e uso do solo e ado o de pol ticas voltadas para o gerenciamento da mobilidade s o oportunidades de uso do MDL j reconhecidas A gest o urbana Em paralelo a uma melhoria concreta nas condi es de vida os assentamentos de interesse social que t m recebido obras de urbaniza o continuam a adensar devi do aus ncia de alternativas de moradia cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 muitas vezes com a deteriora o daquelas melhorias Devido falta de integra o das pol ticas setoriais apesar das obras de adequa o mant m se a falta de trata mento de esgotos a prec ria coleta e des tina o final do lixo Os servi os de manu ten o e controle urbanos continuam quase sempre inexistentes em muitas reas que foram atendidas Assim esses programas nem sempre t m representado uma me lhoria cont nua das condi es ambientais das cidades onde os assentamentos est o inseridos A press o macroecon mica para o cor te dos gastos p blicos provocou retrocessos nas metas de universaliza o em diversos servi os p blicos urbanos H aind
121. democratiza o das pol ticas p blicas e da sociedade como um todo passa necessariamente pela democratiza o do Esta do Para uma sociedade p s moderna deve se construir um Estado p s moderno Palavras chave pol ticas p blicas gest o p blica new public management intersetorialida de Estado p s moderno rela es intragover namentais democratiza o do Estado cadernos metr pole 19 Gustavo Tavares da Silva Abstract This work is based on the presupposition that the Brazilian society organizes itself in a horizontal form through networks of participation with the objective of influencing the planning and implementation of public policies This process generates a relation of partnership between the public sector and the private sector and contributes to construct new forms of democratic relations between the State and the society However although the society organizes itself on the basis of a post modern paradigm the State in turn continues to follow a technocratic vertical hierarchic Weberian logic even an authoritarian logic in its intragovernmental relations The democratization of the public policies and of society as a whole is necessarily related to the democratization of the State For a post modern society a post modern State must be constructed Keywords public policies public administration new public management cross sector relations post modern State intragovernmental
122. des vio padr o s o observadas nas vari veis V3 V11 V14 V19 V20 V22 mulheres chefes sem c njuge depend ncia infantil informali za o do mercado de trabalho adolescentes fora da escola jovens e adultos com n vel de escolariza o inadequado e inadequa o domiciliar indicando alto grau de hetero geneidade em rela o a esses indicadores entre as reas As vari veis V1 V4 V5 V6 V9 V15 e V18 chefes menores alta freq ncia de filhos alta freq ncia de componentes na fam lia adolescentes com experi ncia reprodutiva pessoas idosas analfabetismo pp 191 219 Io sem 2008 197 198 marley deschamps Quadro 1 Indicadores de desvantagem social Indicador Descri o Percentagem de fam lias chefiadas por pessoas menores V1 Percentagem de fam lias chefiadas por pessoas idosas V2 Percentagem de fam lias chefiadas por mulheres sem c njuge V3 Percentagem de fam lias com alta frequ ncia de filhos V4 Percentagem de fam lias com alta fregii ncia de componentes V5 Percentagem de adolescentes com experi ncia reprodutiva V6 Parturi o de mulheres jovens e adultas V7 Percentagem de crian as de O a 14 anos V8 Percentagem de pessoas com idade acima de 64 anos V9 Taxa de imigra o V10 ndice de depend ncia infantil V11 Percentagem de fam lias com renda insuficiente V12 Percentagem de ocupados com baixo rendimento no trabalho principa
123. dificultam a forma o de uma consci ncia da quest o metropolitana au sente no cap tulo sobre a pol tica urbana na Constitui o de 1988 Camargo 2003 observa que o Brasil a nica federa o do mundo a possuir tr s n veis federativos a Uni o os estados e os mu nic pios Esse princ pio in dito foi introduzido no art 18 da Constitui o o qual determina o novo status do munic pio todos aut no mos segundo express o Constitucional Essa autora identifica aspectos posi tivos nesse genu no arranjo institucional dentre outros a indu o da descentraliza o das pol ticas p blicas em geral concentradas em m os do governo federal ou dos estados e fortemente dependentes de alian as pol ti cas e partid rias cadernos metr pole 19 op 165 190 N o obstante aponta para os custos e dificuldades desse modelo pol tico de federalismo trino express o tomada do jurista Miguel Reale que a usou para dife renciar o federalismo brasileiro do federa lismo dual americano matriz do federalis mo mundial importante ressaltar que na Cons titui o de 1988 prevaleceu o princ pio do art 30 de que ao munic pio cabe a respon sabilidade por todos os assuntos de interesse local com todas as implica es que assuntos de interesse local trazem para a condu o e atribui o de responsabilidades e compet n cias na condu o das pol ticas p blicas Nesse aspecto Camargo ibid p 42
124. dos espa os territoriais e dos respectivos processos socioecon mico culturais que determinam a urbaniza o de reas naturais fundamental para a an lise de riscos sendo por vezes fa tor mais expressivo do que as condi es fisiogr ficas do terreno Os diferentes cadernos metr pole 19 padr es e as diferentes formas de in terven o humana constituem elemen tos essenciais para o entendimento do potencial de indu o de processos bem como para a an lise da vulnerabilidade e para a quantifica o do potencial de da no que contribuem para uma avalia o mais precisa sobre os riscos existentes Santoro et al 2005 p 872 Medeiros 2005 pp 10 11 evidencia em seus estudos a estabilidade da desigual dade no Brasil como uma caracter stica ine rente pr pria estrutura da sociedade bra sileira nas ltimas d cadas e aponta a inalte ra o expressiva dos n veis de desigualdade diante da urbaniza o A urbaniza o ent o promoveria a concentra o da desigualdade reas de risco segrega o conflitos e estrat gias A por o territorial pass vel de ser atingida por fen menos ou processos naturais e ou induzidos que causem efeito adverso refere se a reas de risco As pessoas que habitam essas reas est o sujeitas a danos integri dade f sica perdas materiais e patrimoniais Normalmente no contexto das cidades bra sileiras essas reas correspondem a n cleos habitacionais de
125. dos padr es b sicos de parcelamento Em sua vertente mais recente o plane jamento do uso do solo urbano deve procurar articular os dois princ pios fundamentais que definem as bases do pacto territorial os di reitos e garantias urbanos no que concerne ao enfretamento das desigualdades sociais expressas no espa o e conquista e defesa de um padr o m nimo de qualidade urbana de vida Ribeiro e Cardoso 2003 Estudo desenvolvido sob coordena o do IPEA IPEA 2002 abrangendo an lise da legisla o e dos sistemas de gest o e li cenciamento urban sticos em 8 Regi es Me tropolitanas Porto Alegre S o Paulo Cam pinas Rio de Janeiro Bel m Natal Recife e Curitiba e na RIDE Bras lia evidenciou que grande parte dos munic pios analisados n o atualiza a sua legisla o urban stica b sica h muito tempo Muitas vezes trata se de normas antigas elaboradas na d cada de 1970 sob inspira o do Servi o Federal de Habita o e Urbanismo SERFHAU ou do rg o estadual de planejamento A le gisla o que vai se tornando obsoleta com o passar do tempo perde legitimidade e passa a ser modificada de forma pontual caso a caso muitas vezes ao sabor de pres s es pol ticas ou econ micas As mudan as recorrentes de partes espec ficas da legis la o acabam criando uma superposi o de normas o que dificulta enormemente a sua aplica o e a sua compreens o pelos n o iniciados Os procedimen
126. e em particular o controle da polui o foram inclu dos entre as mat rias de compet ncia comum ou concorrente entre Uni o estados e munic pios Segundo Milar 1999 p 36 no que respeita compet ncia legislativa cabe Uni o estabelecer normas gerais e aos es tados e munic pios as normas complemen tares ou suplementares As Leis Org nicas municipais devem dispor a respeito e de fato quase todas qui todas j o fize ram valendo se dos termos da Constitui o Federal e das Constitui es Estaduais No que tange compet ncia administrativa ca be aos tr s n veis de governo tomar as me didas cab veis para a prote o ambiental O par grafo nico do artigo 23 da Constitui o Federal remete para lei complementar a disciplina da a o cooperativa entre a Uni o estados e munic pios Nesse contexto jur dico legal ibid p 36 a Constitui o Federal de 1988 for taleceu os munic pios elevando os condi o de part cipes da Federa o como entes federativos regidos por leis org nicas pr prias Mas de outro lado o fato de gran de maioria da popula o viver em cidades e grandes aglomera es faz com que deixem de ser de peculiar interesse local muitas quest es que anteriormente eram resolvi das apenas no mbito do munic pio O gran de porte de muitas cidades cria entre elas cadernos metr pole 19 problemas de vizinhan a antes inexistentes Por vezes a
127. e Decreto 5050 1985 e o Corredor Cultural do Centro da Cidade Decreto 4141 1983 Lei 506 1984 e Lei 1139 1987 O Decreto 6 787 1987 instituiu o Pro grama de Reflorestamento e Preserva o de Encostas que se converteu num marco na luta pela preserva o das florestas nas montanhas da cidade e deu continuidade aos esfor os postos em pr tica entre 1855 e 1897 no final do governo imperial O no vo programa tem como objetivos estancar a crescente degrada o da vegeta o que encobre as montanhas do munic pio evitar a ocorr ncia de deslizamentos alagamentos e inunda es bem como o assoreamento de canais galerias e bueiros devido ao carrea mento de materiais s lidos nas pocas das chuvas auxiliar na recomposi o dos siste mas de drenagem e proteger os mananciais de gua O Decreto 8321 1988 complementou o decreto estabelecido em 1973 ao es tabelecer condi es para a constru o em terrenos situados nas encostas da cidade com par metros relativos a usos n mero de edifica es por lote gabarito rea livre m nima e restri es quanto a afastamentos acessos equipamentos e movimento de ter ra Passaram a ser permitidas edifica es em terrenos de encostas situados em ZR 1 e ZE 1 com inclina o superior a 20 vinte por cento com exce o dos bairros de San ta Teresa e de S o Conrado aos quais o no vo instrumento n o se aplicava Entretanto desapareceu da legisla o a men o cota p
128. e Regionais Rio de Janeiro n 2 pp 55 70 DESCHAMPS M V 2002 Divis o socioespacial e fluxos migrat rios na regi o metropolitana de Curitiba na d cada de 80 In Encontro da Associa o Brasileira de Estudos Populacio nais XIII Ouro Preto FILGUEIRAS C A C e DUQUE F de P 2005 Territ rio e territorialidades das pol ticas so ciais Curso Governan a Democr tica Gest o Social O que h de novo Curitiba IPAR DES CTD v 3 In CARNEIRO C B L e COSTA B L D orgs 2004 Gest o Social O que h de novo Belo Horizonte Funda o Jo o Pinheiro v 1 FUNDA O JO O PINHEIRO 2001 D ficit habitacional no Brasil 2000 Belo Horizonte Funda o Jo o Pinheiro GARCIAS C et al 2005 Gest o e riscos em reas urbanas degradadas tecnologia social e po l tica urbana Artigo no prelo Curitiba PPGTU PUCPR Apud NIGRO Carlos Domingos 2007 An lise de Risco de Faveliza o Instrumento de Gest o do Desenvolvimento Local Sustent vel Disserta o do Curso de Mestrado em Gest o Urbana Curitiba PUCPR Dis pon vel em lt www crea pr org br crea html scopus art3 4 htm gt Acesso em 12 de janeiro de 2007 JABOAT O DOS GUARARAPES Prefeitura do Munic pio 2006 Plano Municipal de Redu o de Risco em Assentamentos Prec rios PMRR Volume 1 Jaboat o dos Guararapes Dispon vel em lt http www cidades gov br index php option content amp task category amp id 723 gt Acesso e
129. e a cobran a pelo uso da gua simula o de um caso Tese Programa de P s Gradua o em Engenharia de Recursos H dricos Uni versidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Rio Grande do Sul RIBEIRO M M R e LANNA A E L 2001 Instrumentos regulat rios e econ micos aplica bilidade gest o das guas e Bacia do Rio Pirapema PE Revista Brasileira de Recursos H dricos Porto Alegre n 04 out dez 2001 SACHS 2001 Um projeto para o Brasil a constru o do mercado nacional como motor do desenvolvimento In BRESSER PEREIRA L C e REGO J M orgs A grande esperan a em Celso Furtado ensaios em homenagem aos seus 80 anos S o Paulo Editora 34 SCARE R F 2003 Escassez de gua e mudan a institucional an lise da regula o dos recursos h dricos no Brasil Disserta o Faculdade de Economia Administra o e Contabilidade Universidade de S o Paulo S o Paulo S o Paulo SECRETARIA DE RECURSOS H DRICOS MINIST RIO DO MEIO AMBIENTE SRH MMA Pro grama Nacional de Gest o dos Recursos H dricos Pro gua diagn stico do marco le gal e institucional nos estados participantes DF SRH MMA mar o 1997 Dispon vel em lt www mma gov br port srh html gt Acesso em 2 de jan 2001 Termos de refer ncia para elabora o dos planos de recursos h dricos documento b sico DF SRH MMA jul 2000 Dispon vel em lt www mma gov br port srh html gt Acesso
130. e das iniciadas na Fran pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado metodologias de gest o A sociedade muda numa velocidade superior o Estado n o consegue acompanhar as mudan as e n o pode ser administrado da mesma forma preciso transform lo tamb m No caso franc s o tema da democra tiza o do Estado continua sendo tabu e isso pode se explicar pelo percurso do campo de an lise O tema da democracia n o consegue se descolar da pol tica par tid ria para que se associe ao tema da legitimidade das decis es e n o sobre a legitimidade do Estado e da participa o dos atores sociais administradores e ad ministrados no processo de elabora o e de implementa o das pol ticas p blicas De acordo com a produ o bibliogr fica at os anos 80 o estudo das pol ticas p blicas emanadas do Estado na Fran a ficou relegado aos juristas muito formais e preocupados pelos aspectos jur dicos e hier rquicos da organiza o weberiana Os soci logos por sua vez preocuparam se em compreender a organiza o do Estado J a ci ncia administrativa nem teve tempo de se afirmar no lugar dos juristas que abandonaram a disciplina salvo algumas exce es sendo confrontada pela chega da dos polit logos que ocuparam cada vez mais espa o Foi somente a partir dos anos 90 que a ci ncia pol tica na Fran a passou a analisar as pol ticas p
131. e passou a ser associada a todos os tipos e possibilidades de problemas socioecon micos do Nordeste brasileiro Grupos pol tico olig rquicos da regi o atra v s de seus representantes no Parlamento e tamb m na m dia passaram a se utilizar da imagem de uma natureza adversa co mo estrat gia para refor ar o seu poderio econ mico e pol tico S o os chamados in dustriais da seca latifundi rios prefeitos deputados e governadores que atrav s de suas reedi es atuais dos votos de cabres to garantem a manuten o do poderio re gional Esses mandat rios do Nordeste fa zem quest o de identificar a seca como algo incerto imprevis vel e atribuem toda a sor te de problemas a esse fen meno natural Refletir sobre o movimento migrat rio do Nordeste brasileiro ou da hist ria de po pula es que desiludidas com a possibilidade de sobreviverem com os escassos recursos naturais da regi o com a falta de gua e de alimenta o se deslocaram para outras pa ragens em busca de melhores condi es de vida e alternativas de sobreviv ncia significa colocar em evid ncia o poder e o mandonis mo econ mico e pol tico locais inerentes a esse processo Fugindo dos efeitos devastadores da seca as levas de retirantes buscavam as ci dades maiores do sert o que serviam como entrepostos comerciais procura de ajuda Pequenos e m dios propriet rios tamb m foram atingidos pelos efeitos das secas ab
132. es erod veis gera o de forma es antr picas planejadas ou resultantes de assoreamento antropog nico Agentes deflagradores Atributos deflagradores relativos ao tempo fei es erosivas fraturas solo exposto afloramentos e exposi es de maci os rochosos bloco rochoso fraturado pequenas movimenta es de massa de solo e rocha movimenta o de coberturas coluviais pouco espessas em encosta de alto ngulo acumula o dos dep sitos de t lus e concentra o de guas pluviais vegeta o incongruente remo o da cobertura vegetal vazamento de gua infiltra o de gua infiltra o de gua na superf cie de ruptura insurg ncia d gua na vertente surg ncias d gua po as nas vertentes gua barrenta chuva acumulada intensidade da chuva chuva concentrada eros o na base dos taludes eros o marginal moradia pr xima a c rregos e outros qualquer atividade de uso e ocupa o no entorno topografia dissecada topografia em degraus execu o de cortes com alturas e inclina es acima de limites tecnicamente seguros retirada do solo superficial expondo horizontes mais suscet veis mudan a abrupta na encosta remanescente em dire o da rea de influ ncia de rea onde j ocorreu ruptura sinais de escava o ou outra atividade antr pica execu o deficiente de aterros compacta o geometria funda o execu o de patamares aterroslan ados como pr prio materialdeescava o
133. es gerando incertezas futuras o risco atual fabricado e depende cada vez menos das conting ncias naturais e cada vez mais de interven es sociais e culturais que em alguns casos desencadeiam desastres naturais sendo a express o mais radical do risco fabricado a institucionaliza o da mudan a vertiginosa no modo de produ o e de vida dos indiv duos fam lias organiza es e comunidades Nesse sentido o futu ro altamente incerto e todos os atores a princ pio s o pass veis de danos ou seja vulner veis ibid estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba Assiste se ao surgimento de uma so ciedade que produz e distribui de forma desigual os riscos ambientais e sociais No entanto como salienta Acselrad 2002 os te ricos da Sociedade de Risco n o incor poram em suas an lises a diversidade social na constru o do risco e nem a presen a de uma l gica pol tica que orienta a distribui o desigual dos danos ambientais Segundo Ascelrad ibid a no o de justi a ambiental remete a uma discuss o distinta daquela promovida no debate am biental corrente entre meio ambiente e escassez Neste ltimo o meio ambiente tende a ser visto como uno homog neo e quantitativamente limitado A id ia de Justi a ao contr rio remete a uma distribui o equ nime de partes e diferencia o qualitativa do meio am biente Nesta perspe
134. es habita es e obras de infra estrutura a fim de garantir a sua obser v ncia no controle e disciplinamento do uso do solo urbano No entanto por raz es que decorrem tanto da relativa incapacidade dos munic pios em lidar com essa quest o quanto do n o reconhecimento expl cito dessa problem tica nos sistemas de gest o de recursos h dricos existem fortes ind cios de que as legisla es municipais s o em grande medida inadequadas para tratar de quest es fundamentais para a preserva o de recursos h dricos A fun o social da propriedade urbana tal como disp e o artigo 182 da Constitui o Federal regulamentada pelo Estatuto das Cidades se cumpre na medida em que a propriedade usada de forma compat vel com as determina es do Plano Diretor PD Al m da edifica o de habita es em reas adequadas cumpre se tamb m a fun o so cial da propriedade urbana quando se impe de ou restringe a utiliza o de reas impr prias para edifica es em face de condi es espec ficas do local alagadi as em terreno ngreme reas de preserva o natural nas centes etc Os instrumentos de controle do uso e ocupa o do solo atualmente dispon veis e assegurados por lei s o ferramentas fundamentais para o desenvolvimento urba no em bases sustent veis e deveriam ser uti lizados de forma complementar aos instru mentos preconizados pelo Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
135. especia liza o administrativa longos per odos de tomada de decis o e forte hieraquia e participa o democr tica O que pre domina a cren a de que as adminis tra es p blicas escapam em parte e pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado talvez na maior parte ao controle das assembl ias eleitas dos executivos po l ticos dos tribunais et outros agentes so sistema democr tico Rosenbloom e Dolan 2006 p 260 A ades o a uma concep o weberiana do papel da burocracia neutralizada com o intuito de uma maior efic cia um fator negativo A burocracia representativa pode reduzir mas n o resolver as contradi es entre o Esta do administrativo e a democracia Ao contr rio uma administra o elitista ou n o representativa por outras raz es n o faz que exacerbar essas tens es Rosenbloom e Dolan 2006 pp 260 263 Considera es Finais O estilo de management e as rela es in ternas s o cada vez mais renovadas por diversas formas de participa o apoiadas na din mica da negocia o e da implica o alimentadas pelo desenvolvimento de uma comunica o interna Bartoli 2005 Final mente esses elementos podem indicar que poss vel introduzir o paradigma da demo cracia participativa na administra o p bli ca Admitindo isso pode se concluir que a democratiza o da sociedade passa necessa riamente pe
136. estu fa aumento do g s carb nico por queima de combust veis f sseis ind stria produ o de energia el trica e uso do autom vel causando degelo invers o t rmica de in verno e ilhas de calor A invers o t rmica de inverno a principal causa do aumento do n mero de problemas respirat rios em crian as e idosos A ilha de calor no espa o intraurbano aumenta a temperatura urbana cadernos metr pole 19 e sua amplitude t rmica e induz o uso de ar condicionado nos autom veis e ambientes fechados causando tamb m problemas res pirat rios al m dos ambientais H tam b m a ocorr ncia de inunda es e nevascas nas cidades do Hemisf rio Norte No Sul ocorrem chuvas intensas em reas urbanas restritas com grandes inunda es na rea urbana e diminui o das chuvas no cintur o verde das cidades 2 Chuva cida presen a de plumas de poluentes industriais e de autom veis na atmosfera que se precipitam com as chu vas Causa a perda de reas agr colas Nas cidades causa a polui o das guas pluviais e a corros o de elementos do ambiente constru do com impactos especialmente no patrim nio de interesse hist rico arquitet nico e art stico 3 Extin o de ambientes naturais prin cipalmente atrav s do desmatamento para a expans o agr cola e a expans o da ocupa o humana pelas cidades e complexos pp 99 121 1 sem 2008 101 102 laura machado de mello bueno
137. explorados e conhecidos e que a sociedade os reconhe a como componentes intr nsecos e necess rios do transporte Esta pesquisa sobre transporte susten t vel focou a cidade de Bras lia e envolveu m todos quantitativos e qualitativos para transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia desenvolver um estudo de caso Os objetivos principais foram 1 compreender os aspec tos da sustentabilidade social dos sistemas de transporte urbano e 2 aplic los em um estudo de caso sobre equidade social no transporte Este texto foi organizado em tr s par tes principais A primeira parte apresenta a fundamenta o te rica do artigo em que s o introduzidos os conceitos base da pesquisa bem como os crit rios de avalia o usados no estudo de caso A segunda parte apresen ta o estudo de caso de Bras lia propriamente dito incluindo um breve hist rico da forma o urbana da cidade para contextualizar a pesquisa A ltima parte apresenta a an lise dos dados e as conclus es do estudo Este artigo apresenta uma parte de um estudo maior desenvolvido durante meus estudos de mestrado na Pennsylvania State University e contou com o generoso apoio financeiro do departamento de Arquitetura da Paisagem dessa mesma universidade e com a bolsa de pesquisa Alma Heinz Fundamenta o te rica O espa o das cidades fundamentalmente estruturado pelo movimento de pessoas en gajad
138. ficas localizadas em reas predominantemente urbanas Um elemento importante na defesa da compet ncia espec fica do munic pio diz respeito ao fato de ser de sua al ada o pla nejamento e controle do uso e ocupa o do solo atribui o essa recentemente refor a da com a aprova o do Estatuto da Cidade cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 Nesse sentido a possibilidade de constru o de uma gest o sustent vel dos recursos h dricos deve necessariamente passar por uma articula o clara entre as diretrizes objetivos e metas dos planos de recursos h dricos e dos planos reguladores do uso do solo No entanto o que se observa no pa s a desarticula o entre os instrumentos de gerenciamento dos recursos h dricos e os de planejamento do uso do solo refle tindo talvez uma certa deslegitima o do planejamento e da legisla o urban stica nas cidades brasileiras marcadas por forte grau de informalidade e mesmo de ilegalidade na ocupa o do solo Segundo Tucci 2004 a maior dificuldade para a implementa o do planejamento integrado decorre da limita da capacidade institucional dos munic pios para enfrentar problemas t o complexos e interdisciplinares e a forma setorial como a gest o municipal organizada Aqui no entanto cabe ressaltar as diferen as entre os munic pios enquanto nas grandes cidades principalmente nos n cleos metropolitanos encontramos admi nistra es eficie
139. foco recai sobre os novos m todos e tend ncias de gest o do Estado segundo os autores da ci ncia ad ministrativa do public management e da ci ncia pol tica do que se convencionou cha mar de new public management Bryson Crosby Stone 2006 bert 1996 Trosa 2006 A quest o que serve de pano de fundo est relacionada com o problema das rela es entre os diferentes setores do governo no aparelho de Estado A democratiza o das rela es internas ou o que pode ser cha mado politiza o da administra o parece ser uma iniciativa que n o deve ser negli genciada na elabora o e na implementa o das pol ticas p blicas Rosenbloom e Dolan 2006 Nogueira 1998 O conceito de politiza o sugerido aqui n o est associado pol tica partid ria ou partidariza o dos interesses A l gica ao contr rio est baseada no princ pio se gundo o qual quando se faz pol tica p bli cadernos metr pole 19 ca est se fazendo pol tica Isso implica completa aus ncia de neutralidade e de total proximidade entre aquele que elabora gere e implementa a pol tica sendo ele eleito ou n o com aqueles que s o os beneficiados das pol ticas p blicas o princ pio segundo o qual todos s o atores pol ticos num am biente claramente pol tico no qual as esco lhas da sociedade s o traduzidas em a es concretas Grossman 2006 A politiza o compreende a negocia o e a deliber
140. guas que recebem efluentes de esta es de tratamento de esgotos ETES em diversos locais do mundo Bueno 2005a A cidade contempor nea e o territ rio periurbano parte ativa das causas da crise ambiental Ela o palco do modo de vida voltado para a produ o e consumo como principal valor econ mico e social A cidade entretanto n o um ator ou ente social Ela uma cria o e um produto 23900 Ba Be See Petufluormetano CE 6500 Origem artificial Destroem a camada de oz nio O cadernos metr pole 19 Origem artificial Destroem a camada de oz nio O O presente na troposfera tamb m age no efeito estufa social e como tal envolve diferentes in teresses pol ticos articulados a interesses sociais e econ micos a diversos grupos so ciais detentores de poderes e interesses Ao mesmos tempo encontramos situa es di versas e contradit rias Nos bairros subur banos dos pa ses desenvolvidos as janelas n o s o abertas o que negativo para a sa de humana por conta do ar condiciona do no ver o e do necess rio aquecimento no inverno Os moradores viajam de carro para o trabalho para a escola ou para o lazer Esse sempre associado ao consu mo cinemas teatros v deo games est o localizados em centros de compra de bens e pp 99 121 1 sem 2008 103 104 laura machado de mello bueno de alimenta o processada industrialmente tamb m base de combust ve
141. h um passo b sico que depende do acesso e da universaliza o do sanea mento e da educa o para a cidadania que a separa o dos res duos pelos moradores a coleta eficiente e a implementa o de uma rede para reintrodu o dos materiais no sis tema industrial O transporte urbano Entende se fundamental procurar construir processos de produ o do espa o urbano com mais justi a social e sustentabilidade Um dos maiores desafios como ser pos s vel que a mobilidade urbana seja univer salizada com menor pegada ecol gica Essa pp 99 121 1 sem 2008 115 116 laura machado de mello bueno necessidade completamente antag nica ao stablishiment que hoje associa mobilidade a privil gio de ter a propriedade do carro Segundo estudo da Associa o Nacio nal de Transportes P blicos ANTP em 2005 o GEP Grama Equivalente de Pe tr leo do transporte coletivo urbano no Braisl era de 83GEP habitante dia enquanto que o do transporte individual era de 242 GEP habitante dia Assim bvio que qualquer melhoria no sistema de transpor tes p blicos especialmente nas cidades m dias grandes e metr poles tem um impacto enorme no lan amento de poluentes O transporte especialmente o urbano tem grande potencial para os MDL devido possibilidades de controle do desperd cio de energia do aumento da polui o e das possibilidades de uso de combust veis lim pos Na rea
142. hidrogr ficas Diretor de 2001 2 A pol tica ambiental local de responsabilidade da Secretaria Munici pal de Urbanismo e Meio Ambiente As quest es referentes aos recursos h dricos dizem respeito basicamente s di retrizes gerais de prote o dos mananciais das matas ciliares e preserva o dos fun dos de vale Nova Igua u e Duque de Caxias e eventualmente polui o dos corpos d gua Duque de Caxias N o claro no entanto em nenhum dos planos analisados de que forma essas diretrizes se materiali zam em instrumentos concretos de inter ven o e de controle do uso do solo Apa rentemente no caso de Nova Igua u e do Rio de Janeiro elas remetem cria o de um sistema de licenciamento ambiental que permanece no papel 3 No entanto um elemento importante e que poderia ser mais efetivo diz respeito utiliza o de crit rios de preserva o de RH na defini o do zoneamento e dos crit rios de parcelamento e ocupa o do solo Nesse sentido a lei 2 868 do munic pio de Nova Igua u cria as faixas de drenagem defi nidas como as faixas de terreno compreenden do os cursos d gua c rregos ou fundos de vales dimensionados de forma a ga rantir o perfeito escoamento das guas pluviais das bacias hidrogr ficas 4 Dentre estas destacam se os Setores Es peciais de Fundos de Vale para os quais o rg o municipal definir padr es de uso e ocupa o espec f
143. homem de faculda de n o estou falando do intelectual a cita o a reprodu o do que ele escreve ou diz Mas esse warning indispens vel E por isso que o intelectual tamb m n o assina manifestos O intelectual tem a sua cadernos metr pole 19 id ia ele n o vai fazer acordo para assinar manifestos Ele tem que ficar sozinho mes mo que a minha posi o irrecorr vel Dito isso eu s posso agradecer por ter estado aqui Porque ouvi tanta coisa interes sante tantas experi ncias ilustres aprendi tanto e creio ter aprendido a escrever em bora n o o tenha feito ainda Prometo faz lo que o meu dever A na o j gastou muito para me formar ent o eu penso que o pagamento dessa d vida s pode ser fei to assim E agrade o aos que organizaram esta reuni o porque permitiram o cotejo de id ias t o interessantes e que podem ser f rteis e o que eu sinceramente desejo que elas sejam pp 15 25 1 sem 2008 25 Problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas Resumo Os problemas ambientais urbanos se originam a partir do relacionamento entre os assentamen tos humanos e seu suporte f sico Comumente apelidados de Agenda Marrom tais problemas implicam o comprometimento dos recursos na turais das cidades e se associam precariza o da qualidade de vida das popula es urbanas O objetivo do presente artigo contribuir par
144. industriais A retirada da cobertura vegetal nos diferentes biomas destr i os locais de nidifica o e restringe o n mero de esp cies em fun o das suas necessidades de espa o vital 4 Destrui o do oz nio atmosf rico efeito sin rgico do uso de CFCs clorofluor carbonos em refrigera o e aeross is e compostos de fl or O buraco da camada de oz nio nos deixa vulner veis radia o ultravioleta com riscos cancer genos e mu tacionais 5 Eros o decorrente da retirada da cobertura vegetal e exposi o de solos s intemp ries chuvas e ventos seja para a expans o urbana obras de terraplenagem empreendimentos implantados parcialmen te etc seja pela atividade agr cola em so los fr geis ou com t cnicas inadequadas e mais recentemente 6 Perda de fontes de gua doce Causada pela polui o das guas por esgotos dom s ticos e industriais em quantidade superior capacidade de autodepura o dos rios e a retirada excessiva de guas dos rios para irri ga o e produ o industrial comprometendo o abastecimento humano A crise da gua foi reconhecida pela ONU mais recentemente e recoloca o problema da pol tica de preserva o e conserva o dos mananciais As causas b sicas desse quadro s o a queima de combust veis f sseis principal mente por ind strias transporte comercial e produ o de energia el trica uso de re frigera o grande produ o de res duos s
145. instrumentos de controle que n o aqueles relacionados a mecanis mos diretos de proibi o ou de restri o de uso Em rela o ao ltimo aspecto existe um vasto campo de possibilidades a ser per seguido com a entrada em vigor a partir de meados do ano de 2006 do Estatuto das Cidades Os novos Planos Diretores po dem e devem incorporar mecanismos mais eficazes de gerenciamento do uso do solo utilizando se de uma gama maior de ins trumentos jur dicos econ micos e fiscais previstos no Estatuto das Cidades voltados para o desenvolvimento urbano em bases sustent veis Por fim permanece o desafio do me lhoramento t cnico da gest o municipal capacitando a a agir com mais efici ncia Coloca se tamb m a necessidade da cria o de estruturas cooperativas n o apenas entre os v rios munic pios de uma mesma rea metropolitana mas tamb m entre es ses munic pios e a inst ncia estadual res pons vel pela gest o dos recursos h dricos por atribui o constitucional pp 165 190 1 sem 2008 187 188 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo Paulo Roberto Ferreira Carneiro Bi logo mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Pesquisa e Planejamen to Urbano e Regional IPPUR na Universidade Federal do Rio de Janeiro doutorando em Gerenciamento de Recursos H dricos no Instituto Alberto Luiz Coimbra de P s Gradua o e Pesquisa em Enge
146. jos paulo soares de azevedo A gest o de recursos h dricos em bacias predominantemente urbanas tem como prin cipais objetos de planejamento o controle de inunda es o uso da gua para fins econ micos em geral o abastecimento urbano a coleta e tratamento das guas servidas o lazer e a preserva o ambiental Dessas for mas de uso urbano da gua a drenagem e o controle de inunda es destacam se como os maiores desafios para o gerenciamento sobretudo pelos altos custos sociais e econ micos envolvidos Segundo Silva e Porto 2003 o siste ma institucional de planejamento e gest o dos recursos h dricos enfrenta quatro or dens de desafios de integra o a saber e integra o entre sistemas atividades di retamente relacionados ao uso da gua na rea da bacia hidrogr fica em particular o abastecimento p blico a depura o de guas servidas o controle de inunda es a irriga o o uso industrial o uso energ tico ou ainda sistemas com impacto direto sobre os mananciais como o de res duos s lidos tendo em vista a otimiza o de aproveita mentos m ltiplos sob a perspectiva de uma gest o conjunta de qualidade e quantidade e integra o territorial jurisdicional com inst ncias de planejamento e gest o urbana os munic pios e o sistema de pla nejamento metropolitano tendo em vista a aplica o de medidas preventivas em re la o ao processo de urbaniza o evitando os agra
147. jos paulo soares de azevedo Esses aspectos se agravam em reas metropolitanas onde as administra es municipais possuem muitas vezes interes ses e prioridades antag nicas criando am bientes de dissenso com pouco espa o para a coopera o Deve se tamb m considerar o fato de a bacia hidrogr fica ser a principal forma terrestre dentro do ciclo hidrol gico res pons vel pela capta o e concentra o das guas provenientes das precipita es o que implica alto grau de inter rela es e interde pend ncia entre os usos e usu rios da gua tornando a bacia hidrogr fica a principal unidade territorial para a gest o dos recur sos h dricos ibid N o obstante existam restri es par ticipa o dos munic pios como gestores di retos dos recursos h dricos n o h d vida em rela o import ncia dos governos lo cais no planejamento e ordenamento do ter rit rio e s consequ ncias dessa gest o na conserva o dos recursos h dricos atri bui o do munic pio a elabora o aprova o e fiscaliza o de instrumentos relacionados com o ordenamento territorial tais como os planos diretores o zoneamento o par celamento do solo e o desenvolvimento de programas habitacionais a delimita o de zonas industriais urbanas e de preserva o ambiental os planos e sistemas de transpor te urbanos dentre outras atividades com impacto nos recursos h dricos sobretudo em bacias hidrogr
148. menor idade considerando os resultados anteriormente apresentados Tanto a sensa o de inc modo co mo o n vel de sensibilidade ao ru do n o se mostram relacionados com o tempo de exposi o Outro aspecto a ser discutido apa rentemente paradoxal que o grupo de pessoas que se sente incomodado aquele que fica menos tempo exposto ao ru do em sua resid ncia embora o seu tempo de ex posi o seja menor os per odos in cio da manh e noite s o aqueles em que o n vel de ru do de maior intensidade e portan to menos toler vel Esses per odos s o suas refer ncias do inc modo causado pelo ru do em sua rea residencial cadernos metr pole 19 Os resultados da an lise can nica cons tatam as associa es identificadas na an lise estat stica anterior e apresentam resultados que demonstram de uma forma m ltipla as correla es existentes entre determinados grupos de vari veis e entre elas pr prias identificando paralelamente a intensidade em que ocorrem Quadro 3 Essa an lise permitiu a defini o de perfis tanto do gru po que mais identifica e sofre com o proble ma do ru do como daquele que apresenta o comportamento inverso Quanto menos as pessoas gostam da rea pior qualificam a qualidade ambiental do lugar sendo esperado que essas mes mas pessoas sejam aquelas em ordem de import ncia que identificam maior n vel de ru do que qualificam mais negativamente a rea qua
149. mesmo tempo em que freia uma maior participa o da sociedade no processo decis rio Apreende se por exemplo aqui e alhures que o excesso de poder nas m os do Estado redunda posteriormente em ampli tude de poder nas m os do grande capital Dito de outro modo obstaculizar a partici pa o da sociedade de forma dissimulada na rea de recursos h dricos impedir o avan o do processo democr tico pautado nos prin c pios da participa o e descentraliza o 2 Eis a seguir um quadro comparati vo entre a Ag ncia de Gest o das guas do Estado da Para ba AESA em vigor e a Ag ncia de guas Irriga o e Saneamento do Estado da Para ba AAGISA revogada cadernos metr pole 19 Interpreta o sobre a gest o de recursos h dricos da Para ba Defici ncias das entidades gestoras dos recursos h dricos da Para ba Com o prop sito de obter informa es com plementares acerca da AESA foram aplica dos question rios com servidores de n vel superior da Ag ncia e com especialistas em recursos h dricos da Universidade Federal de Campina Grande UFCG Objetivava se assim por meio de question rio acolher informa es dados complementares ao pro cesso hermen utico interpreta o jur dica Entende se que conhecer as poss veis defi ci ncias da entidade gestora de recursos h dricos da Para ba um aspecto relevante na pesquisa em discuss o Assim dentre o p blico alvo considerado
150. motorizado privado Al m disso demandam novas maneiras de superar a de pend ncia dos carros particulares atrav s do planejamento e desenho urbanos Newman e Kenworthy 1999 S o aspectos cruciais do transporte sustent vel a redu o do consumo de recursos n o renov veis como o petr leo e o solo usado para arruamen tos e estacionamentos e a oferta de servi os que beneficiem a sociedade como um todo Assim o transporte sustent vel inclui um componente de equidade de acesso ao transporte que elemento fundamental da equidade social no ambiente constru do Apesar da ineg vel import ncia de to dos esses estudos as cl ssicas tr s dimen s es da sustentabilidade econ mica am biental e social n o t m sido pesquisadas igualmente Pesquisas em transporte t m focado principalmente aspectos log sticos e tecnol gicos bem como modelos econom tricos do comportamento de deslocamento dos usu rios de transporte Root 2003 com pouca ou nenhuma preocupa o sobre como o transporte afeta e influencia o bem estar social McKenzie 2003 Solomon 2003 Donaghy Poppelreuter e Rudinger 2005 A dimens o social do transporte sus tent vel e especialmente as quest es da justi a e equidade sociais n o receberam a mesma aten o Este artigo argumenta que os sistemas de transporte n o alcan ar o sustentabili dade verdadeira e duradoura a n o ser que seus aspectos sociais sejam profundamente
151. mun do contempor neo Quer dizer o mercado deixa ao Estado ainda a produ o da geo grafia o Estado ou o que est por cima do Estado No caso por exemplo da reorganiza o territorial da Espanha e de Portugal em grande medida financiada por um governo supranacional essa quest o da renda m dia eu acho que a gente deveria analisar Se a gente toma como ponto de partida o espa o o territ rio com a carga de ci ncia tecnologia que pr pria do territ rio mo dernizado na Argentina no Brasil na Ve nezuela na Col mbia no M xico para n o falar de outros pa ses a renda m dia maior n o est na grande cidade e n o pode estar Porque as cidades que s o criadas a partir da moderniza o agr cola t m uma deman da de classe m dia Se a gente estudar o que se passa nesses pa ses todos que foi o que eu fiz a gente v que h uma atra o maior dos pobres pelas grandes cidades enquanto que as classes m dias letradas n o estou dizendo cultas v o cidade m dia do inte rior como exig ncia da globaliza o Exata mente Eles v m da globaliza o que exige que se gaste mais dinheiro ainda com as universidades Quando se fala nas elevadas propor es de gastos com a Universidade faz se o uso indevido das estat sticas Por que o que se devia dizer que no Brasil n o se pagam impostos Ent o fica muito eleva do o percentual de recursos que se destina Universidade Mas como que
152. mundo e considerada pela ONU como a capital ecol gica do pa s Como ressalta Mendon a 2002 a imagem de Capital Ecol gica da cidade de Curitiba consolidou se na d cada de 90 como fruto de um acirrado processo de citymarketing promovido pela administra o municipal no entanto as caracter sticas da urbaniza o curitibana revelam aspectos marcada mente contradit rios face a estas pers pectivas imag ticas Mesmo se algumas partes da cidade expressam caracter sti cas de espa os organizados na perspec tiva do planejamento urbano grande parte est aqu m desta condi o v rios aspectos do ambiente urbano o atestam de forma evidente Al m disso as condi es geof sicas dos solos da disponibilidade de equipamentos e servi os p blicos de fatores log sticos asso ciados aos requisitos das atividades econ micas das pol ticas p blicas de transporte e de ordena o de uso do solo da heran a hist rica do processo de ocupa o territorial cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 e das estrat gias dos movimentos especula tivos direcionaram o processo de urbaniza o e integra o das malhas urbanas de mu nic pios vizinhos adensando o espa o tipica mente metropolitano e expandindo a malha urbana a partir de Curitiba Esse modelo de estrutura o obedece a um processo de ocupa o do espa o metropolitano que se letivamente privilegia o munic pio de Curi
153. munic pios do mesmo estado se sujeitar ao estado e no caso de corresponder a munic pios que es t o em estados diferentes ou se a rea se estender a outro pa s sujeitar se Uni o Desse modo sempre que houver uma atua o que extrapole os limites pol tico administrativos h que considerar o n vel de governo hierarquicamente superior Por exemplo para o planejamento e gest o das bacias hidrogr ficas cujos limites extrapolam cadernos metr pole 19 munic pios ou mesmo um territ rio estadual deve se considerar a negocia o entre os n veis de governo uma vez que no federalismo a coopera o entre o poder nacional e os poderes estaduais e locais resulta sempre de um processo de negocia o j que estatuariamente os entes s o independentes Martins 2006 p 32 Outro aspecto fundamental a dis cuss o em torno do interesse difuso e co letivo Martins ibid p 34 aponta para mudan as importantes no que se refere ao Direito Contempor neo estabelecido entre as d cadas de 1970 e 1980 em que o meio ambiente passa a ser enten dido como direito social assim como o patrim nio cultural e os direitos do consumidor categorias t o distintas entre si mas associadas aos chamados interesses difusos Para essa autora o interesse difuso se di ferencia do interesse coletivo na medida em que n o poss vel determinar quem s o os sujeitos passivos no primeiro enquanto que no
154. n s vamos construir um pa s sem um ente capaz de pensar de escolher realmente entre circuns t ncias cuja aprecia o dif cil cadernos metr pole 19 Prazer em rev lo Jordi Borja mui to grato a um professor rever um antigo aluno sobretudo quando ele chega aos p ramos que alcan ou mas sobretudo por que ele trouxe um dado fundamental para o nosso debate Quando falava l na Sorbone quando voc era aluno est vamos cansa dos vamos introduzir no estudo da cidade outros par metros que n o o economicis mo O economicismo leva a dois impasses O primeiro impasse o da subservi ncia ao mandamento t cnico Isto a imposi o ao reino da necessidade E o segundo que o economicismo acaba por dar um s rio valor aos n meros e s s ries estat sticas Ora eu n o sei o que fazer com as s ries estat sti cas O que que eu fa o O que eu fa o com as s ries estat sticas enfeitar o meu texto Quando eu sugeri tr s momentos da produ o da pobreza para mostrar que n o se pode comparar um com o outro Por conseguinte dizer agora que tem gente menos pobre do que antes o que que eu estou dizendo Nada Mas estou enfeitando com uma s rie estat stica que parece legiti mar o meu dito quando na realidade aque le mesmo n mero tem um valor diferente em cada momento hist rico Esse momento hist rico tem que ver com as formas poss veis dessa co presen a dessa convivialidade d
155. o ele pr prio cuja finalidade n o existe Perguntem desse governo glo bal dos seus representantes nos governos nacionais O que o mercado global N o saber o defini lo ou n o poder o defini lo o que vem dar no mesmo quando n o se quer estabelecer um di logo Ora assim como o territ rio de cada pa s hoje o territ rio nacional da economia internacional a pobreza hoje a pobreza nacional da ordem internacional Houve uma pergunta aqui que abriu o debate a rela o entre uma pol tica neoliberal no plano nacional e a possibilidade de uma pol tica social no plano municipal E aqui aten o porque a palavra pol tica p blica aparece agora na boca de centenas dos chamados experts Isso n o pol tica social Uma coisa pol tica social outra coisa pol tica p blica Pol tica p blica s o fragmenta es apresenta o de pedacinhos de solu es que fazem efeito diante das c maras e que d o a impress o de que quem recebe os resul tados dessa coisa est sendo atendido Mas essas fragmenta es s o exatamente para escapar pol tica social que se entende no bojo de uma pol tica isto de um projeto de na o Ora o que acontece que raro o pa s hoje que tem um projeto de na o que pressup e um elenco coerente com as demais pol ticas N o h mais possibilidade de apresentar esse projeto e eu sei que se diz que n o vale a pena N o vale a pena cadernos metr pole
156. o ao tempo quanto ao espa o chuvas fortes intensas chuva acumulada chuva concentrada desmatamento remo o da cobertura vegetal cultivo das terras cultivo inadequado uso excessivo da vegeta o escava es em terrenos muito inclinados escava es para ruas ou resid ncias retirada da camada de col vio mais resistente eros o taludes de corte cortes verticalizados nas encostas ngremes cortes indevidos proximidade ou apoio das casas nos taludes de corte aterros inadequados drenagem inadequada ou insuficiente lan amento indiscriminado de res duos s lidos e bota fora nos cursos d gua e galerias de drenagem concentra o de gua devido a atividades humanas decapeamento e concentra o de drenagem dep sitos inconsistentes sobre a rocha ou encostas lan amento de terra descartada dep sitos inconsistentes sobre a rocha ou encostas lan amento de res duos s lidos lan amento de guas servidas esgoto sanit rio nas encostas esgoto sanit rio n o tratado ou tratado inadequadamente em rios e po os perfura o de po os constru o de fossas s pticas reas em fase de ocupa o ou adensamento ocupa o do territ rio ocupa o de cabeceira de drenagem ocupa o deterrenos de solo residual estruturas em solo rocha desfavor veis implanta o de estradas constru o maci a de casas etc cria o e expans o das vilas e cidades sobretudo quando efetuadas de modo inadequado quantidades ma
157. o de problemas de escassez h drica considerando inclusive o bin mio quantidade qualidade Nesse sentido os problemas de escassez nem sempre ser o solucionados pela amplia o da oferta de gua mas por um conjunto de me didas que tornem mais eficientes e criteriosa mente utilizados os recursos dispon veis nesse ponto que se insere a necessi dade de uma maior articula o das quest es consideradas de esfera local com os atribu tos legais e sist micos que estruturam a gest o dos recursos h dricos quando referi da escala da bacia hidrogr fica Demons trar a necessidade de articula o dessas duas escalas de atua o bem como expli citar os obst culos pol tico institucionais e legais existentes que dificultam a aplica o pr tica do conceito de gest o integrada dos recursos h dricos certamente a melhor forma de estimular a busca de solu es para as atuais dificuldades Ao dar centralidade s quest es mu nicipais relacionadas aos recursos h dricos busca se portanto direcionar o foco para quest es at ent o pouco discutidas nos meios t cnicos e acad micos envolvidos com o gerenciamento dos recursos h dricos a sa ber o papel determinante do munic pio no planejamento do territ rio e sua influ ncia na gest o das guas Papel esse que ganha maior relevo no caso de bacias urbanas pp 165 190 1 sem 2008 173 174 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e
158. o e que durante as atividades de ensino est o acima dos valores m ximos para conforto ac stico de uma escola Eniz e Garavelli 2006 Esse o caso de 90 de um grupo de 10 escolas de Bras lia cujos n veis de press o sonora e ru do de fundo foram medidos no recesso escolar e no per odo de aulas Pesquisa realizada em Curitiba PR 1 6 milh o de habitantes com aplica o de 1 000 question rios distribu dos aleatoria mente a moradores da cidade visando ava liar o inc modo causado pelo ru do urbano apresentou como resultado que o tr fego de ve culo era a causa principal do inc modo para 73 dos respondentes As principais rea es ao ru do referidas pela popula o estudada eram irritabilidade 58 baixa concentra o 42 ins nia 20 e dores de cabe a 20 Zannin et al 2002 Moura de Souza 2002 mediu n veis de press o sonora em 75 pontos de vias na cidade de S o Paulo e concluiu que a polui o sonora um problema de sa de p blica que precisa ser controlado Avalia es subjetivas de habitantes per mitem correlacionar os efeitos org nicos sentidos e a percep o individual ao ru do no contexto de regi es urbanas Al m disso cadernos metr pole 19 pp 319 338 podem ser corroboradas pela avalia o ob Jjetiva do n vel de ru do ambiental existente por meio de medi es f sicas Paz et al 2005 Resultados N veis de ru do encontrados na rea de estudo Os re
159. o mundial da gua Salvador Dispon vel em lt http Avww profrios hpg ig com br html artigos cenarios html gt Acesso em 10 jan 2005 YORI C M 2004 Ciudad y sustentabilidad marco general y descripci n de la problem tica Bogot Universidad Piloto de Col mbia Facultad de Arquitectura y Artes Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 243 Das interfaces entre a environmental history e o direito ambiental uma an lise da recente hist ria das ag ncias de guas da Para ba Resumo O artigo analisa as rela es entre as ag ncias de gua do estado da Para ba e as preten s es de centraliza o de poder por parte do governo Reunindo dados e realizando en trevistas chegamos a uma conclus o sobre a natureza das ag ncias reguladoras e das ag ncias executivas no equil brio das rela es de poder que permeiam a administra o do direito do Estado sobre as tecnologias de ma nejo de recursos h dricos Palavras chave direito ambiental hist ria dos recursos h dricos poder p blico cadernos metr pole 19 Catarina de Oliveira Buriti Erivaldo Moreira Barbosa Jos Ot vio Aguiar Abstract The article analyzes the relationship between the water agencies of the state of Para ba and the Government s power centralization intentions By collecting data and performing interviews we drew a conclusion on the nature of the regulatory agencie
160. o processo de recarga dos aqu Peros Prop e se a ado o de legisla es ur ban sticas exigindo maior permeabilidade e reten o das guas pluviais nos lotes e pon tos estrat gicos do sistema de drenagem como forma apropriada de controlar os pi cos de cheia causados por chuvas intensas Tucci 1998 Nas reas urbanas com microbacias de redes h dricas deterioradas e condi es de conforto adversas geralmente com favelas ser o necess rias obras de interven o na din mica h drica para estruturas de estabili cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 za o geot cnica e drenagem equipamentos para afastamento e tratamento dos esgotos remo o de res duos s lidos passagem de ve culos e pedestres rea de lazer esportes e verdes de acesso p blico Essas a es de recupera o ambiental associadas comple menta o da urbaniza o s o necess rias para garantir certa equaliza o da oferta de infra estrutura e servi os qualidade de vida e conforto s diferentes classes sociais Os fundos de vale urbanos precisam ser estudados para elabora o de projetos reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental de interven o que tragam maior equil brio entre a recupera o e conserva o ambiental e a funcionalidade urbana em rela o a mobilidade salubridade e risco No Brasil o C digo Florestal apresenta uma vis o simpli
161. o re solu o dos problemas de saneamento am biental principalmente coleta e tratamento do esgoto parte das reivindica es da po pula o local impede uma amplitude maior dos benef cios gerados pela a o local Enfim a nova Lei de Prote o e Recupe ra o dos Mananciais indica a necessidade de leis espec ficas levando em considera o as especificidades de cada bacia hidrogr fi ca e atribui aos comit s de bacia a respon sabilidade de definir diretrizes normas e orienta es de uso e ocupa o do solo para a unidade de planejamento ambiental Tal processo pressup e uma atua o negociada com os munic pios unidades da federa o respons veis pela pol tica de solo urbano e principalmente em reas metropolitanas com uma inst ncia de coordena o regional at ent o inexistente na RMSP a maior metr pole do pa s pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos Considera es Pinais Para que as novas diretrizes advindas tanto da pol tica ambiental quanto da pol tica ur bana se transformem em a es efetivamente voltadas para o equacionamento de conflitos socioambientais decorrentes da expans o da urbaniza o sobre o territ rio uma ar ticula o entre os diversos atores e institui es que atuam nesses territ rios deve ser constru da como parte de um processo de negocia o entre estado munic pios e socie dade civil Considerando se especialme
162. o ser somadas as quest es re lativas a processos de urbaniza o mais recentes desenvolvimento da atividade tur stica a exig ncia da chamada consci ncia ecol gica elementos importantes para a alimenta o de uma cultura est tica e de preserva o ambiental Para Acselrad 2001 tamb m observado que os programas ambientais urbanos custeados por rg os internacionais de desenvolvimento e pol ticas formuladas por ag ncias internacionais e nacionais t m enfo cado quase que exclusivamente os riscos naturais como contamina o bacteriol gica e lixo s lido ignorando riscos associados abertura das economias da regi o a investimen tos estrangeiros ao desenvolvimento industrial e energ tico al m de problemas correlatos de degrada o ambiental resultante da mobilidade do capital do uso da terra e de pol ti cas de desenvolvimento que estimulam a estreita justaposi o de assentamentos humanos e instala es poluentes 4 Entende se por impacto ambiental aquele que ocorre nos ambientes naturais constru do e cultural advindo da implanta o por exemplo de empreendimentos habitacionais equi pamentos de uso coletivos ind strias elementos do sistema vi rio etc cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 preserva o ambiental de cidades uma tradu o jur dica e urban stica do estatuto da cidade 5 7 8 9 De acordo com o Estatuto da Cidade na sua Se o XII Do impacto
163. pelo Executi vo C mara de Vereadores sendo este um dos temas que mais se destacam Embora contando com esse aparato t cnico legal as duas ltimas administra es v m dando me nos import ncia atualiza o da legisla o tendo inclusive deixado de cumprir a obri gatoriedade de revis o e atualiza o do PD em 2002 Duque de Caxias o quarto munic pio mais populoso da RMRJ mostra um quadro radicalmente diferente O Plano Diretor em vigor foi elaborado em 1970 sob a gide do governo militar Uma an lise da legisla o posterior mostra que as poucas atuali za es desenvolvidas foram feitas basica mente atrav s de decreto municipal e n o mudaram substancialmente o teor do plano original No ano de 2005 foi elaborado um projeto de lei do Plano Diretor que no mo mento est passando por debate p blico para ser enviado C mara de Vereadores Esse foi o documento tomado como base para a avalia o neste trabalho A legisla o ambiental parca e basicamente restrita cria o de reas de prote o projetos de cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 educa o ambiental e defini o de arranjos institucionais para a gest o municipal O munic pio de S o Jo o de Meriti apresenta situa o de certo modo seme lhante a Duque de Caxias Embora tenha elaborado seu plano diretor em 1991 es te foi fruto de press es dos movimentos populares locais que buscavam formas de viab
164. pelos ciclistas Sustentabilidade social no transporte de Bras lia Esta parte da pesquisa foi realizada com binando se dados quantitativos da pesqui sa Origem Destino OD desenvolvida pelo Governo do Distrito Federal e dados qua litativos coletados pela autora atrav s de observa es participativas A pesquisadora acompanhou consensualmente quatro pes soas que vivem na Ceil ndia uma cidade sat lite de baixa renda de Bras lia durante todas as suas viagens em um determinado dia da semana importante ressaltar que devido pequena amostragem da pesquisa qualitativa esta n o foi utilizada como fonte de dados prim rios mas como uma maneira pp 293 317 1 sem 2008 307 308 carolina pescatori candido da silva e caru bowns de ilustrar os dados quantitativos da O D com situa es reais atrav s de declara es pessoais fotografias e as pr prias obser va es do investigador Os participantes da pesquisa foram selecionados de acordo com seu local de trabalho em Bras lia em outra cidade de sat lite ou em Ceil ndia como exemplos dos v rios tipos de viagens poss veis Todos os participantes eram mulheres embora isso n o tenha sido previamente de finido No entanto esse fato ofereceu pers pectivas interessantes sobre a desigualdade de g nero no transporte especialmente em rela o restri o de mobilidade devido a quest es de seguran a pessoal Ceil ndia a maior cidad
165. perspectivas de avalia o Anais do Semin rio Nacional sobre o Tratamento de reas de Preserva o Permanente em Meio Urbano e Restri es Ambientais ao Parcelamento do Solo APPURBANA 2007 S o Paulo FAU USP BRITTO A L e SILVA R T 2006 Water management in the cities of Brasil Conflicts and new opportunities in regulation In Urban Water Conflicts an analysis on the origins and nature of water related unrest and conflicts in the urban setting Unesco Working series SC 2006 W S 19 IHP Unesco pp 39 52 BRITTO A L e FORMIGA JOHNOSSON R M 2008 Gouvernance de l eau dans les m tro poles br siliennes une nouvelle perspective pour la coop ration interinstitutionnelle Pa pier pr par pour le colloque NORD SUD Regards crois s Sur le D veloppement Urbain durable PIDUD CNRS D2RT MEDAD Janvier CMMAD COMISS O MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO 1988 Nosso Futuro Comum Rio de Janeiro Ed Funda o Getulio Vargas HESPANHOL 2002 gua e saneamento b sico uma vis o realista In REBOU AS A C BRAGA B e TUNDIDI J G orgs guas Doces no Brasil capital ecol gico uso e conserva o S o Paulo Escrituras HOGAN D J 1995 A qualidade ambiental urbana oportunidades para um novo salto Revista S o Paulo em Perspectiva v 9 n 3 jul set pp 17 23 JOLLIVET M 1998 El ments pour une refl xion interdisciplinaire sur le concept de d vel
166. prazo o suposto equacionamento da quest o da habita o popular Em outros termos a reprodu o do padr o perif rico vem apresentando ao longo de v rias d ca das claras vantagens a todas as partes en volvidas baixo investimento por parte do loteador consumidor com poucas exig ncias e disposto a consumir uma mercadoria sem qualidade e um poder p blico isento de suas responsabilidades Meyer 1991 pp 27 47 1 sem 2008 35 36 lucia sousa e silva e luciana travassos Al m da aus ncia sistem tica em re la o provis o habitacional de interesse social Grostein 2001 destaca outros pro cedimentos adotados pelo poder p blico no processo de constru o da cidade que tamb m interferem na agudiza o dos pro blemas ambientais urbanos a constru o aleat ria e improvisada de sistema vi rio a ocupa o indiscriminada dos fundos de vale a expans o urbana dissociada de transporte p blico metropolitano de massa e a incom pletude dos sistemas de saneamento b sico De acordo com o exposto parece l ci to afirmar que o papel desempenhado pe lo poder p blico no processo de gest o das grandes cidades e na formula o de pol ticas p blicas n o apenas possibilitou como fo mentou a reprodu o de pr ticas urbanas predat rias com grandes implica es de ca r ter socioambiental Como assevera Hogan 1995 p 18 Quando se sabe que nem vontade nem compet ncia sempre marcaram
167. primeiro disp s sobre a prote o das Pedras dos Dois Irm os e da G vea e o segundo da paisagem em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas O primeiro instrumento legal Decreto E6168 1973 a estabelecer restri es cla ras abertura de logradouros nas monta nhas foi institu do em 1973 quando v rias encostas j estavam ocupadas por favelas Antecipando se tomada de consci ncia da sociedade com rela o quest o ambiental que se tornou palp vel ao longo da d cada de 1980 o decreto proibiu a implanta o cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 de loteamentos de iniciativa particular aci ma de 60 m em rela o ao n vel do mar co ta 60 inclusive a abertura de vias internas em grupamentos de edifica es Ficavam permitidos apenas desmembramentos de terrenos com testadas para logradouro p blico reconhecido em lotes com dimens es de acordo legisla o vigente Esse decreto estabeleceu ainda que a doa o de terras prevista no Regulamento de Parcelamento de Terra RPT do Decreto E3800 1970 fosse relativa parte do terreno situada abaixo da cota 60 Outra inova o significativa foi imple mentada pelo Decreto lei 77 1975 que muito teria contribu do para a prote o das paisagens cariocas caso suas recomenda es fossem tamb m adotadas em outras reas da cidade Os par metros estabelecidos rela cionavam a altura da edifica o sua posi o geogr fica no entanto acabaram por in
168. problemas ambientais urbanos e uma dupla apropria o A ques t o ambiental foi incorporada pela agenda urbana e a quest o urbana passou a fazer parte da agenda ambiental De uma vis o excessivamente gen rica da associa o entre meio ambiente e desenvolvimento parte se para uma compreens o mais profunda dos problemas atinentes aos contextos urbanos com o potencial de interferir na formula o de pol ticas p blicas orientadas constru o de cidades social e ambientalmente susten t veis Jacobi 2000 Contudo h ainda uma dist ncia con sider vel entre a ret rica e tamb m os ob jetivos constantes nesses documentos e a proposi o e o alcance das pol ticas p blicas escolhidas para responder aos problemas colocados Nesse sentido os itens apresen tados a seguir t m como objetivo mostrar o desafio colocado para a cria o dessas pol ticas p blicas evidenciando a complexidade dos problemas ambientais urbanos e por tanto de seu tratamento pp 27 47 1 sem 2008 31 32 lucia sousa e silva e luciana travassos A constru o da quest o ambiental urbana Durante a Segunda Confer ncia Mundial so bre Assentamentos Humanos Habitat Il ocorrida em 1996 em Istambul a Organi za o das Na es Unidas ONU apresentou dados que mostravam taxas muito altas de crescimento da popula o urbana mundial desde a d cada de 1950 Se em 1975 apenas 37 da popula o mundial residia em reas
169. processo de mudan a Verificou se a n o participa o dos comit s na formula o do plano h drico estadual em face da morosidade do Estado em n o dar rapidez ao processo de cria o dos comit s visto que somente em 2006 os mesmos foram legalmente criados Premissa implementa o lenta dos instrumentos de outorga e cobran a pelo uso de recursos h dricos na Para ba Investigar o desenvolvimento da implemen ta o dos instrumentos de outorga do direi to de uso e cobran a pelo uso dos recursos h dricos do estado relevante visto que os instrumentos da outorga e da cobran a apesar de j terem sido interpretados juri dicamente em t pico anterior carecem de complementaridade de informa es Diante do par grafo exposto indepen dente da institui o pesquisada 75 dos entrevistados n o aceitaram premissa se gundo a qual tem sido lenta a implementa o dos instrumentos de outorga e cobran a pelo uso de recursos h dricos na Para ba Quando analisados isoladamente observou se uma aceita o da premissa por metade 50 dos dirigentes da AESA e pela totali dade 100 dos professores cadernos metr pole 19 Percebeu se que todos os professores especialistas em recursos h dricos entrevis tados consideram lenta a implementa o dos instrumentos de outorga e cobran a no processo de gest o h drica paraibana Os professores da rea de recursos h dricos desenvolvem e orientam pesquisas sobre
170. que efe tivamente englobem os comit s de bacia hidrogr fica no gerenciamento dos recursos h dricos do estado days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental Tecnologia poder e guas considera es hist ricas e sociais No ano de 1998 havia no mundo cerca de 1 4 milh o de pessoas sem acesso gua pot vel cifra correspondente a 140 vezes a popula o da B lgica e quase cinco a dos Estados Unidos da Am rica do Norte Na aus ncia de dados mais recentes imagina mos que dez anos depois a situa o tenha se agravado sensivelmente Considerando os rumos tomados pelo processo de degrada o e transforma o dos diversos biomas planet rios associados a o humana que desencadeou o aquecimento global pos s vel que em um futuro bem pr ximo te nhamos que conviver com disputas cada vez mais acirradas por gua doce Nesse senti do o controle sobre as diversas tecnologias de manuten o e explora o dos recursos h dricos pode significar uma estrat gia im portante ante as perspectivas de desertifica o do semi rido Como a hist ria ambiental n o estuda fen menos da natureza como se tivessem vontade pr pria mas sim os sujeitos hist ri cos que os humanizam privilegiaremos aqui as pol ticas implementadas pelo estado para o atendimento das demandas populares por gua pot vel j seculares no Nordeste do Brasil Cada sociedade se auto institui social e his
171. que deve ser privilegiada pelos atores p blicos e pelos respons veis pela pres ta o dos servi os como afirmam os marcos legais que orientam a gest o das guas e a presta o dos servi os de saneamento A metodologia Eurowater Water2 1 avalia a sustentabilidade tica com base na percep o dos usu rios em rela o aos servi os e na aceitabilidade social dos servi os O foco da metodologia est na tarifa cobrada que deve ser considerada justa e aceita pe los usu rios e na avalia o que estes fazem dos servi os prestados A quest o do valor da tarifa bastante complexa e como vimos anteriormente no caso dos pa ses europeus em fun o das metas estabelecidas pela Di retiva Quadro elas tendem a aumentar A cobran a pelos servi os deve compa tibilizar a viabilidade econ mica da empresa com os aspectos sociais do saneamento sen do portanto necess ria a defini o de tari fas sociais e normas relativas inadimpl n cia que garantam a continuidade da presta o dos servi os devido a sua essencialidade Como o valor das tarifas progressivo va riando conforme o consumo pode se equa cionar um volume m nimo essencial de gua a ser distribu do totalidade dos usu rios servidos pelo sistema mesmo queles que estejam inadimplentes quanto ao pagamen discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil to Essa uma quest o central quando se entende que o a
172. resposta Tamb m n o vou dar Eu vou deixar e ela vai ter que ler os meus livros agora e est terminado Muito obrigado Palavras Pinais Num mundo onde tudo complexo cada vez que eu busco simplificar e decido ex primir pela simplifica o estou falhando no meu dever de explicar o detalhe dizia C ndido N o sei se ele disse essa palavra que eu penso que foi dita tamb m por v rios poetas inclusive Schiller A partir de minha idade a gente pode ser um pouqgui nho pedante Ent o Deus o detalhe e sem detalhe o pensamento n o explicitado de maneira a ser eficaz A produ o e reprodu o das met fo ras que n s ouvimos a quantidade de me t foras em todas as reuni es a que vamos s o embelezadoras do texto mas n o s o instrutivas n o t m efic cia pol tica A efic cia pol tica da id ia o fato de que ela representativa do real e pode ser utilizada para rever o real porque o real o futuro das megacidades dualidade entre o poder e a pobreza n o existe o que existe a minha id ia e a minha id ia que formula o real Reuni es como esta me ensinam que a grande virtude do intelectual saber estar s a nica coisa que nos cabe Pouco im porta o aplauso ali s o aplauso frequen temente perigoso Ficar s a forma de ganhar a for a de se manter ntegro e de multiplicar o esfor o para entender Sei que a m dia pode ser interessante porque o alimento do
173. risco Recupera o das reas de Pereniza o da ocupa o quando poss vel por meio de projetos de urbaniza o e da implanta o de obras de engenharia que se destinam a evitar a ocorr ncia do s processo s geol gico s e ou a reduzir a magnitude destes processos com diminui o da rea a ser atingida A defini o da concep o mais adequada de cada obra de engenharia depende fundamentalmente do entendimento do s processo s geol gico s considerado s Evitar a instala o de novas reas de risco Controle da expans o e do adensamento da ocupa o Estabelecimento de diretrizes t cnicas que permitam adequada ocupa o do meio f sico expressas em cartas geot cnicas que se constituem em instrumentos b sicos dado que re nem informa es do meio f sico geol gico indispens veis ao planejamento de uma ocupa o segura Conviver com os riscos atuais Remo o preventiva e tempo r ria da popula o instalada nas reas de risco iminente Elabora o e opera o de Planos Preventivos de Defesa Civil visando reduzir a possibilidade de registro de perda de vidas humanas ap s ser constatada a iminente possibilidade de ocorr ncia de acidentes geol gicos Fonte Cerri 1993 apud Cerri e Amaral 1998 p 307 66 Tabela 8 Formas de atua o em rela o a reas de risco de escorregamentos Medidas de preven o de acidentes Situa es de risco atual Sit
174. se coloca se o seu au mento necess rio para atingir as metas da Diretiva Quadro sobretudo no que concerne ao tratamento de esgotos n o implicaria a redu o do consumo de gua comprome tendo a l gica de sustentabilidade econ mica dos sistema De fato nada obriga os prestadores de servi os a ter nos usu rios a fonte nica de financiamento dos servi os por m essa a tend ncia que estaria se discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil definindo tendo como limite por m uma perspectiva tica que envolve a defini o de tarifas de acordo com a capacidade de paga mento dos usu rios Essa dimens o tica seria segundo a metodologia proposta a terceira dimens o da sustentabilidade definida pelo estudo da equipe francesa como o estabelecimento de tarifas que devem ser equitativas e aceitas pelos usu rios que devem ser capazes e es tar dispostos a pagar essas tarifas Mesmo considerando a essencialidade do acesso ao abastecimento de gua existe uma dificulda de de estimar o valor que os usu rios est o dispostos a pagar pelos servi os ou o valor que seria socialmente justo Em estudo onde discute a metodologia Eurowater Water2 1 Pezon faz refer ncia a uma pesquisa reali zada na Inglaterra que mostra que as tarifas pagas n o deveriam exceder 3 da renda familiar domiciliar sob pena de tornar o pa gamento das mesmas invi vel A metodolo gia mostra que a dis
175. se nas reas perif ricas de ex pans o urbana que apresentam as maiores taxas de crescimento demogr fico com uma popula o pobre e com capacidade de paga mento de tarifas limitada o que inviabiliza uma estrat gia de full cost recovery Nes ses casos fundamental a mobiliza o de recursos externos ao sistema de presta o de servi os sejam eles originados de impos tos ou de formatos de subven o cruzada inter setorial Todavia em uma perspectiva de gest o sustent vel permanece a neces sidade de se conhecerem os custos neces s rios para cobrirem os servi os prestados atualmente A base do m todo Eurowater Wa ter21 para a avalia o da sustentabilidade cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 135 136 ana l cia britto e bernard barraqu econ mica est na reconstitui o dos custos dos servi os que s o comparados s recei tas recebidas No caso do Brasil os dados do SNIS possibilitam nos inicialmente com parar receitas totais e despesas totais por prestadores de servi os avaliando desse modo a sustentabilidade no n vel desses prestadores Outros indicadores fornecidos pelo SNIS complementam essas informa es permitindo construir um quadro da situa o financeira dos prestadores de ser vi os Indicador de Desempenho Financeiro que relaciona receita operacional direta com despesas totais com os servi os e o ndice de Evas o de Receitas A sustentabilidade e
176. segundo os sujeitos s o pass veis de iden tifica o Portanto as pol ticas ambientais incorporando os recursos h dricos est o voltadas para os interesses difusos enquan to que as pol ticas territoriais urbanas e re gionais aquelas relacionadas ao ambiente constru do est o mais voltadas aos interes ses coletivos Ainda segundo essa autora o discurso jur dico ao considerar o Meio Ambiente como Patrim nio P blico um bem que pertence a toda a popula o toca eminentemente num pp 143 164 1 sem 2008 149 150 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato tema social a propriedade ibid p 35 Assim as a es jur dicas que envolvem as quest es ambientais colocam em confronto as a es do propriet rio sobre um bem cujos interesses s o da coletividade ibid No campo da pol tica urbana a descen traliza o pol tico administrativa propiciada pela Constitui o Federal ampliou a com pet ncia dos munic pios dando lhes maior autonomia pol tica fiscal e financeira reco nhecendo principalmente a posi o estrat gica das cidades A descentraliza o definiu no mbito dos munic pios uma s rie de no vos desafios entre eles a responsabilidade de formula o e implementa o da pol tica urbana A Lei Federal n 10 257 2001 o Estatuto da Cidade firma se como o prin cipal marco do novo quadro institucional da pol tica urbana brasil
177. seja preciso privatizar re duzir o peso do Estado atrav s da diminui o do n mero de efetivos de funcion rios buscar o equil brio do sistema previdenci rio reduzir a d vida das contas correntes e melhorar a gest o p blica com efici ncia efic cia e efetividade Enfim a vida social deve se organizar numa l gica cada vez mais pr xima do mercado o que pode ser consi derado uma aplica o estrita de uma pol tica neoliberal O pano de fundo do processo a res ponsabiliza o dos atores sociais em todos os n veis sobretudo no quadro de uma de mocracia cada vez mais participativa que n o uma panac ia e que pode ser um en godo em alguns casos ainda assim pode ser considerado um caminho sem volta tendo em vista que a participa o come a a se afir mar como cultura pol tica nas democracias ocidentais devido ao d ficit de legitimidade da democracia representativa e da burocra cia tecnocr tica No Brasil como na Fran a mes mo que numa escala mais limitada as experi ncias de democracia participativa n o param de proliferar Isso n o impede que o sistema de tomada de decis es per mane a ainda dominado sobretudo pelo modelo representativo ou seja pelos in teresses dos partidos pol ticos no poder No entanto verdade que a partir dos anos 90 houve um verdadeiro boom de experi ncias de democracia participativa no n vel local e isso em detrimento dos grupos de interesses
178. solo Mais ainda embora o Estatuto das Ci dades seja um diploma fundamental para a implementa o da pol tica urbana as res ponsabilidades da administra o municipal n o se esgotam na aplica o das normas estatut rias regulamenta o do territ rio do munic pio Outras responsabilidades constitucionais partilhadas entre a Uni o os estados e os munic pios como as de na tureza patrimonial relacionadas com a pre serva o de todos os bens materiais e ima teriais que comp em o patrim nio ambien tale o patrim nio hist rico cultural local constituem mat ria fundamental para um Plano Diretor Portanto o munic pio deve incorporar ao seu Plano no que couber a regulamenta o ambiental sobretudo as normas contidas no Plano Nacional de meio Ambiente e no C digo Florestal Lacerda et al 2005 o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas O papel do munic pio na gest o dos recursos h dricos Em pa ses federativos a compet ncia do munic pio concentra se em fun es que de maneira geral se relacionam com a dota o ou presta o de servi os p blicos locais e com fun es de planejamento fiscaliza o e fomento que est o relacionadas dentre outras com o ordenamento territorial a prote o do meio ambiente e tamb m com algum n vel de regula o de atividades eco n micas Dourojeanni e Jouravlev 1999 No caso brasileiro recentemente os munic
179. sustent veis en tendido como o direito terra urbana moradia ao saneamento ambiental infra estrutura urbana ao transporte e aos servi os p blicos ao trabalho e ao lazer O Estatuto coloca entre outras diretrizes a compatibiliza o necess ria do crescimento das cidades com os o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas recursos ambientais de forma a evitar e corrigir as distor es do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente 2 e a ado o de pa dr es de expans o urbana compat veis com os limites da sustentabilidade am biental social e econ mica n o s do Munic pio e do territ rio sob sua rea de influ ncia Os novos instrumentos podem ser clas sificados em dois grandes grupos aqueles que criam novos direitos subjetivos inde pendendo da decis o do poder p blico para a sua efetiva o como o usucapi o especial urbana e a concess o especial de uso para fins de moradia e aqueles que ampliam a capacidade de interven o da autoridade lo cal como a edifica o compuls ria o IPTU progressivo no tempo a desapropria o a outorga onerosa do direito de construir a transfer ncia do direito de construir as opera es urbanas consorciadas o direito de superf cie etc Existe um campo ainda pouco explo rado sobre as potencialidades de aplica o dos novos instrumentos no gerenciamento dos recursos h dricos A
180. tais elementos poss vel vislumbrar novas formas de democratiza o das rela es internas ou do que pode ser chamado politiza o da administra o en quanto arte da negocia o entre diferentes atores Isso pode ser um problema maior e ao mesmo tempo uma inova o para a implementa o de pol ticas p blicas O im portante saber se o debate da democrati za o est na pauta da agenda do Estado e definir o que representa politizar a quest o administrativa Ou seja como poss vel introduzir o paradigma da democracia participativa enquanto processo de legitima o da deci s o que pol tica na administra o p bli ca Isso poss vel ou a a o p blica est condenada a ser setorial Ao estudar o processo de moderniza o e as transforma es do papel do Estado na Fran a dos anos 1980 2000 a primeira observa o que se pode fazer enquanto ob servador externo que o essencial dos prin c pios das reformas tamb m s o v lidos para o caso brasileiro no mesmo per odo Levan do em considera o as especificidades de cada pa s as reformas implementadas por Fernando Collor Itamar Franco e sobretudo pelo governo de Fernando Henrique Cardo so nos anos 90 todas seguem as regras do NPM Saraiva 2003 Paula 2005 Caulli raux e Yuki 2004 Pereira e Grau 1999 cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 O diagn stico neoliberal o mesmo em todo lugar ou
181. tempo essa globaliza o tal como se d hoje ela consagra a morte da esperan a a morte da generosidade A par tir do momento em que o ponto de partida fechado esse technological fics Por exemplo a palavra flexibiliza o pode haver uma pior chantagem se m ntica Onde que est a flexibiliza o Nunca o mundo foi t o pouco flex vel t o o futuro das megacidades dualidade entre o poder e a pobreza rigidamente comandado na sua atividade econ mica e pol tica Fala se em desregu la o mas essa desregula o produzida por normas Ent o as palavras t m que ser utilizadas com extremo cuidado e a leitura dos autores tem que ser feita com cuidado ainda maior A ignor ncia fundamental O mundo de hoje cria cada dia novos ignorantes e es sa que a beleza do mundo de hoje Por que essa ignor ncia bendita que permite a vontade de descobrir Como na cidade o que bendito hoje ter pobres porque s os pobres podem descobrir Os pobres os migrantes Os ricos e os bem dotados ceva dos no seu conforto acostumados s id ias que mant m esse conforto n o podem pen Sar porque pensar mudar Mas voltemos ao nosso esquema Tudo isso conduz ao reino da necessidade ent o n o tem jeito Entre as coisas sobre as quais a gente tamb m tem que tomar cuidado fa lando da tal cidade e da pobreza na cidade est a quest o da cidade global Que hist ria essa Cidade global
182. tiba onde o planejamento segundo Moura 2001 esteve restrito compet ncia legal do munic pio e p de organizar o espa o intra urbano investindo em interven es urban sticas que garantiram efic cia na implementa o de sua estrat gia e na aplica o de seus instrumentos a des peito da densifica o da pobreza em su as fronteiras pol tico administrativas A par dessas caracter sticas as condi es preexistentes no meio ambiente a de mografia o sistema social e a infra estrutu ra est o entre os principais fatores de vulne rabilidade Neste estudo feita uma leitura inter relacionada desses fatores identifi cando na RMC os espa os metropolitanos onde h coincid ncia entre a vulnerabilidade social e a ambiental H a desmistifica o da cidade modelo ecol gica entre tantos t tu los Fica evidente que Curitiba e sua regi o metropolitana n o fogem ao padr o de se grega o socioambiental encontrado em ou tras regi es metropolitanas do pa s em que os espa os de risco ou vulnerabilidade am biental s o espa os concentradores de popu la es socialmente vulner veis vinculados a processos de segrega o ambiental onde se apresenta uma distribui o desigual do dano ambiental estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba Para este tipo de estudo trabalhar in forma es em n vel de indiv duos numa es cala espacial menor que o m
183. uma intr nseca rela o entre este e a consolida o de espa os especialmente carentes em problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas infra estrutura sanit ria o desmatamento de extensivas glebas verdes para o assen tamento urbano e a excessiva impermeabi liza o do solo Afora os j citados problemas o cres cimento urbano extensivo e desordenado tamb m provoca o desencadeamento de problemas ambientais urbanos de outra natureza Como aponta Silva 1991 o pa dr o perif rico de urbaniza o se processa na maioria das vezes em desconformidade com as caracter sticas do meio f sico A par tir da justaposi o de diferentes projetos de loteamento geralmente definidos sobre modelos idealizados de terreno a malha ur bana vai se estruturando sem considerar a topografia a declividade e o sistema de dre nagem do s tio real implicando gigantescas movimenta es de terra declividades inade quadas remo o do solo superficial e expo si o do solo de altera o Em escala local um dos principais im pactos decorrentes dessa ocupa o a for ma o de vo orocas e eros o do solo a partir da exposi o de terrenos vulner veis a o das guas Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnol gicas IPT na d cada de 1990 estimam que cerca de 25 da super f cie da RMSP estaria ent o comprometida pelo fen meno da eros o Al m de pro
184. uso dos recursos h dricos deve se fazer sem comprometer sua disponibili cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 dade para uso das gera es futuras tanto em termos de quantidade como em termos da qualidade da gua No caso dos pa ses da Uni o Europ ia as normas s o definidas pela Uni o atrav s da Diretiva Quadro Eu rop ia estabelecida em outubro de 2000 Essa diretiva estabelece um arcabou o regu lamentar para a pol tica de gest o das guas dos pa ses da Comunidade Europ ia A segunda dimens o econ mica se refere ao financiamento dos servi os Parte se do princ pio que a gest o financeira dos servi os deve garantir a manuten o do patrim nio de infra estruturas existentes garantindo a presta o de servi os adequa dos para os usu rios atuais mas tamb m antecipando sua extens o e renova o pa ra responder s necessidades dos usu rios futuros No caso da metodologia proposta formulada para pa ses onde os sistemas j est o universalizados mas s o relativamen te antigos os investimentos visam sobre tudo a renova o das infra estruturas e a sua adapta o s novas normas da Uni o Europ ia Sup e se que os recursos que viriam a financiar essas a es seriam provenientes de duas fontes as tarifas pagas pelos usu rios e os impostos pagos pelo conjunto dos con tribuintes que comporiam os fundos p bli cos para investimentos No caso das tarifas uma quest o que
185. vulnerabilidade precede a identifica o dos grupos posto que exige especificar riscos e determinar tanto a capacidade de resposta das unidades de refer ncia como sua habilidade para adaptar se ativamente Nesse sentido a fragilidade institucional e a falta de equidade socioecon mica podem ser consideradas riscos pois obstruem o desenvolvimento socioecon mico e impe dem a coes o social Numa situa o espe c fica como um acontecimento ambiental danoso tais fatores passam a debilitar a ca pacidade de resposta de alguns segmentos da sociedade A id ia da possibilidade de controlar os efeitos da materializa o do risco deve estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba estar presente no estudo de vulnerabilidade social dado que esta compreende tanto a exposi o a um risco como a medida da ca pacidade de cada unidade de refer ncia pa ra enfrent lo seja mediante uma resposta end gena ou merc de um apoio externo Cepal Celade 2002 Ainda segundo Rodriguez 2001 h um estreito v nculo entre a situa o micros social os ativos de diversas naturezas das fam lias que podem contribuir para a mo bilidade social ou melhorar as condi es de vida a macrosocial disponibilidade de es trutura para as fam lias e seus membros e a vulnerabilidade social consistiria no desa juste entre essas duas dimens es A falta de ativos e ou a indisponibilida de de estru
186. 00L S6 Z6 88 16 8 66 19 8p SC BO SCei Zeg Ei org Fand Ze gp 6 66 EL 66 56 69 E9 S8 EC pp oyjtuobig equuno 80 96 t 86 L6 18 Ipop 65 66 AA Wo SC oe EUcg 05 88 17 88 E9 9g 118 0 00 001 00 001 ECK s8 19 ZU91 IC 19eg equuno S0 96 91 96 II 88 68 50 66 Ers BG KI oz og FE 6 68 EC eg Bu ZE ul 8766 Zeg 1818 98 86 seinogay equuno bL 96 vE 96 ZER voto dd 865 a 9E L6 0598 RO se sg 6 68 89 0 0 86 tL 66 Dep Iete 99 8L z79 L6 01 u39 EE EZ LEUL FEEF Spr 0676 to rt Fr PATA ZU 0 06 LE V6 te oL s6L o t l6 EE L 06 Ev yg BACH s6 86 epuajuo otdpiunA epuajuo Tyr Gah LST 8L SS Ka SCep SU Zei SG IER 65 96 09 s9 8 0 0 1 68 EL S6 16 68 9898 v9 6 Fege 600 QaV 0qw0 0 oldpIunIN ap Io1ens KRIER SO SCD Str 08 9 IZ L6 suis Ra Dei 9Urt EU vr L6 60 s9 500 0 Ia Erop SE Z6 sst8 s6 6 Be 800 daV Oquojo3 oidpIunIN ap Joes oquioj03 ac LS EL 6zi 9E OL 9L E6 FEIS 99 06 t878 SSIS Lz og KI Le gg 99L 0 Lz 06 9 96 Sc ZU0g Ra tr 86 L00 GV Oquiojo oidptuny ap 12125 oquiojo LE IS S9 EL LVIZ Ka 9L 6 LO ES 6L 98 LV E8 LUIS 80 68 Bi 0z 89 Loro Kai 9 96 SEZ6 18 18 TE L6 9 86 900 GAY Oquoj0 gt oidpiunNIN ap Jajexs oquiojo SU sg LE LL r 009 Eau EL LS z0 06 RV EE tos 8 96 DK WO 69 6 SS L6 IER 1108 DG BC S00 3V Oquiojo3 oidjtuniN ap 1312ys oquiojo 60 s9 ob pL El so oL LE E6 90 9S S8 Z6 ssa L9TG SEIL E 66 89 sto o Le gg 60 96 EI HK tie 18 L6 00 03V Gogo gid ap 1312ys oquiojo DD PED Or 69 9 L8 E6 Ls 69 88 oz 1g 89 87 Fi Raid EU ELO O v668 L6 S
187. 05 art 1 Cont m forte vi s de centraliza o das decis es que permite ao governante maior controle e inger ncia nas atividades dos dirigentes muitas vezes coibindo e obstaculizando a liberdade de execu o sociot cnica dos seus membros Quanto ao corpo t cnico insuficiente e carente de capacita o observou se que o quadro de servidores da rea de recursos h dricos n o acompanha proporcionalmente o desenvolvimento e a magnitude dos con flitos h dricos A Lei n 77 779 2005 no art 1 par grafo nico assevera que a AESA poder instalar unidades administrativas de ger ncias regionais de bacias hidrogr ficas Assim posto foi criada a Ger ncia Regional rea II com sede no munic pio de Campina Grande A ger ncia regional da AESA em bora qualificada com especialistas h dricos carece de amplia o do quadro que atual mente conta com seis membros na Diretoria Regional gestora da bacia hidrogr fica do days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental Rio Para ba localizada em Campina Gran de pois a bacia hidrogr fica do Rio Para ba envolve 85 munic pios dentre eles Jo o Pessoa Campina Grande e Boqueir o Quanto cultura dos governantes e gestores p blicos muito embora a reforma do Estado brasileiro tenha contribu do com o recente modelo de gest o h drica da Para ba as pr ticas da c pula governamental em mat ria h drica n o acompanham o
188. 0697 0 1127 0 2202 0 2891 0 3349 0 2343 vil 0 8444 0 5372 0 2509 0 7580 0 8682 0 8507 0 7284 0 8986 0 9430 0 9649 0 8315 VI 1 0000 0 8626 0 6468 0 9032 0 9528 0 9537 0 7947 0 8747 0 8017 0 8057 0 8197 v13 0 8626 1 0000 0 8845 0 7788 0 8063 0 8304 0 6286 0 6586 0 5150 0 4770 0 6631 vis 0 6468 0 8845 1 0000 0 6114 0 6060 0 6322 0 4811 0 4591 0 2129 0 1947 0 4799 VIS 0 9032 0 7788 0 6114 1 0000 0 9364 0 9254 0 7902 0 7810 0 6958 0 6954 0 7447 Vil 0 9528 0 8063 0 6060 0 9364 1 0000 0 9950 0 8277 0 9027 0 8382 0 8201 0 8758 VI 0 9537 0 8304 0 6322 0 9254 0 9950 1 0000 0 8188 0 8951 0 8271 0 8025 0 8737 v18 0 7947 0 6286 0 4811 0 7902 0 8277 0 8188 1 0000 0 8148 0 6702 0 7140 0 7520 vio 0 8747 0 6586 0 4591 0 7810 0 9027 0 8951 0 8148 1 0000 0 8565 0 8878 0 8784 V20 0 8017 0 5150 0 2129 0 6958 0 8382 0 8271 0 6702 0 8565 1 0000 0 9320 0 7951 v21 0 8057 0 4770 0 1947 0 6954 0 8201 0 8025 0 7140 0 8878 0 9320 1 0000 0 7987 V22 0 8197 0 6631 0 4799 0 7447 0 8758 0 8737 0 7520 0 8784 0 7951 0 7987 1 0000 Fonte Dados de pesquisa fluxos independentemente de sua origem Talvez fosse mais interessante ter inclu do como fator de desvantagem social a taxa de imigra o obtida somente com os fluxos intrametropolitanos pois esses migrantes possuem piores condi es socioecon micas em rela o aos demais fluxos Com as vari veis restantes 19 no total determinou se o n mero de fatores atrav s dos autovalores cujo
189. 12 ed Bras lia Editora da UNB BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF Sena do Federal Centro Gr fico 2004 C digo Civil Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil 18 ed S o Paulo Saraiva 2003 C digo de Processo Civil Lei n 5 869 de 11 de janeiro de 1973 Institui o C digo de Processo Civil 18 ed S o Paulo Saraiva 2003 Decreto n 24 643 de 10 de julho de 1934 Institui o C digo de guas Governo Pro vis rio da Rep blica dos Estados Unidos do Brasil Di rio Oficial da Uni o Rio de Janeiro 10 jul 1934 Decreto n 2 487 de 2 de fevereiro de 1998 Disp e sobre a qualifica o de autar quias e funda es como Ag ncias Executivas estabelece crit rios e procedimentos para a elabora o acompanhamento e avalia o dos contratos de gest o e dos planos estrat gi cos de reestrutura o e de desenvolvimento institucional das entidades qualificadas e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Awww planalto gov br ccivil decreto D2487 htm gt Acesso em 13 fev 2006 Decreto n 2 488 de 2 de fevereiro de 1998 Define medidas de organiza o admi nistrativa espec ficas para as autarquias e funda es qualificadas como Ag ncias Executi vas e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww planalto gov br ccivil decreto D2487 htm gt Acesso em 13 de fev 2006 cadernos metr pole 19 pp 245 269
190. 156 128 e 156 129 de 19 de julho de 2006 Dispon vel em lt http Avww dgi inpe br CDSR gt Acesso em 15 jan 2007 JACOBS G A e RIZZI N E 2003 Evolu o da qualidade dos recursos h dricos de abaste cimento p blico na regi o metropolitana de Curitiba In ANDREOLI C V org Ma nanciais de abastecimento planejamento e gest o estudo de caso do Alt ssimo Igua u Curitiba Companhia de Saneamento do Paran Sanepar Financiadora de Estudos e Pro jetos Finep pp 177 194 LARA A e TOSIN P C 2003 A es para o manejo e gerenciamento de mananciais In ANDREOLI C V org Mananciais de abastecimento planejamento e gest o estudo de caso do Alt ssimo Igua u Curitiba Companhia de Saneamento do Paran Sanepar Financiadora de Estudos e Projetos Finep pp 401 426 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran LIMA W 1986 Princ pios de hidrologia florestal para o manejo de bacias hidrogr ficas Pira cicaba Escola Superior de Agricultura da Universidade de S o Paulo MARICATO E 2002 Dimens es da trag dia urbana Com Ci ncia S o Paulo mar 2002 Se o Cidades Dispon vel em lt http www comciencia br gt Acesso em 3 ago 2005 PORTO R ZAHED FILHO K TUCCI C e BIDONE F 1997 Drenagem urbana In TUCCI C E M org Hidrologia
191. 2 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar dimens o aceita por grande parte de ges tores h drico ambientais porque estes n o conseguem lidar com problemas incertos e imprevis veis N o obstante a gest o dos recursos h dricos deve trilhar em uma outra l gica visto que a gua um recurso natural dife renciado dos demais da natureza ou seja a gua um termo de rico significado em virtude de ser fundamental para a sobre viv ncia humana e o equil brio dos ecossis temas da porque tanto o enfrentamento quanto o estranhamento s o facetas de uma problem tica ambiental que vem se comple xificando na contemporaneidade importante que os recursos h dricos sejam tratados como recursos intimamente relacionados com o meio ambiente e com a sobreviv ncia dos homens e mulheres e n o apenas como recursos dotados de valor econ mico Esses recursos podem inclusi ve ser manipulados por interesses de gru pos socioecon micos poderosos que por interm dio da ideologia e da domina o po l tico cultural elaboram teorias e praticam a es amparadas em paradigmas que permi tem tomar decis es n o participativas Par tindo de uma an lise do recente redesenho da pol tica nacional de recursos h dricos bra sileiros e das exig ncias estatais para cria o das novas institui es amparados no Direito de guas Direito Ambiental Direito Admi nistrativo e Di
192. 2003 Gest o urbana e gest o das guas caminhos da inte gra o Estudos Avan ados 17 47 SOUZA C 2001 Federalismo e descentraliza o na Constitui o de 1988 processo decis rio conflitos e alian as DADOS Revista de Ci ncias Sociais Rio de Janeiro v 44 n 3 pp 513 560 TUCCI C E M 2004 Gerenciamento integrado das inunda es urbanas no Brasil Rega Global Water Partnership South Am rica v 1 n 1 jan jun Santiago GWP South Am rica Recebido em Pev 2008 Aprovado em jun 2008 cadernos metr pole 19 pp 165 190 1 sem 2008 Estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na Regi o Metropolitana de Curitiba Resumo Este artigo traz como enfoque principal o te ma da vulnerabilidade socioambiental e apre senta al m da vis o te rico conceitual sobre o termo vulnerabilidade e suas implica es nos dias atuais adotada por autores latino americanos uma proposta metodol gica pa ra a identifica o de reas metropolitanas em n vel intramunicipal segundo seu grau de vulnerabilidade social A metodologia adota da identifica tamb m aquelas reas onde h a sobreposi o de reas com elevado grau de vulnerabilidade social sujeitas a algum even to ambiental adverso no caso reas sujeitas a inunda es A regi o estudada se refere Regi o Metropolitana de Curitiba Palavras chave vulnerabilidade socio ambiental vulnerabilidade demogr fica risco ambiental
193. 29 Conte do da Carta Mundial pelo Direito Cidade apresentada no F rum Social Mundial Porto Alegre 2005 cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 77 78 elo ra carvalho de ara jo Refer ncias ACSELRAD H 2000 Sustentabilidade espa o e tempo In HERCULANO S C org Meio ambiente quest es conceituais Niter i UFF PGCA org 2001 A dura o das cidades sustentabilidade e risco nas pol ticas urbanas Rio de Janeiro DP amp A editores Cole o espa os do desenvolvimento ARAUJO E C 1995 Din mica da ocupa o urbana da franja rural urbana da cidade de Nite r i Disserta o de Mestrado PPGG UFR 2006 Paisagem da utopia novas formas instituintes no ambiente urbano e tecnol gi co da Bacia de Campos Tese de Doutorado em Urbanismo PROURB FAU UFR BARBIERI J C 1997 Desenvolvimento e Meio Ambiente as estrat gias de mudan as da agenda 21 4 ed Petr polis Vozes CAIXA ECON MICA FEDERAL 2002 Guia para implementa o do Estatuto da Cidade pelos munic pios e cidad os S o Paulo Instituto Polis CAVALLAZZI R L 2003 Projeto Integrado de Pesquisa a Paisagem Urbana como Patrim nio e seus Instrumentos de Tutela Pesquisa Interinstitucional PROURB UFR UERJ OAB RJ apoio FAPERJ CNPQ OAB RJ 2004 Projeto Integrado de Pesquisa Pr ticas Sociais Instituintes e sua Tradu o Jur dica Urban stica Pesquisa Interinstitucional PROUR
194. 3 97 de cadastro completo dos usu rios de gua e de fiscaliza o ambos obtiveram indica o de 75 do p blico entrevistado No tocante falta de interesse pol ti co para implementar os instrumentos da Lei 9 433 97 constatou se que o governo somente come ou a se preocupar com a im plementa o de tais instrumentos quando j havia alterado grande parte do arcabou o jur dico institucional da gest o de guas estadual Quanto aos cadastros de usu rios re centemente o governo adotou provid ncia e j disp e de um cadastro preliminar ou seja se vislumbra um incipiente avan o quanto sua implementa o isto porque anterior mente n o havia um controle efetivo sobre a concess o das outorgas Tabela 2 Principais obst culos aplica o consolida o dos intrumentos considerados segundo a opini o dos professores entrevistados Campina Grande PB Principais obst culos f Falta de interesse pol tico para implementar os 3 75 0 instrumentos da Lei 9 433 97 Falta de cadastro de usu rios de gua e falta 3 75 0 de fiscaliza o Cultura dos governantes e gestores p blicos 25 0 Fonte Pesquisa de campo 2006 1 Quest o de m ltipla escolha 4 casos v lidos dentre 4 dirigentes entrevistados cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental Considera es Pinais O primeiro ponto conclusivo rep
195. 39 0 6938 0 3147 0 0343 0 7580 Vl 0 4999 0 3076 0 4588 0 9462 0 9280 0 7091 0 8218 0 8222 0 4724 0 1001 0 8682 VI 0 4834 0 2877 0 4593 0 9441 0 9279 0 6905 0 8026 0 8062 0 4573 0 0697 0 8507 v18 0 4841 0 2684 0 3726 0 8169 0 7653 0 6963 0 7377 0 6847 0 3965 0 1127 0 7284 vio 0 5727 0 4817 0 4597 0 8982 0 8254 0 8023 0 8833 0 8714 0 6007 0 2202 0 8926 V20 0 5744 0 6782 0 5005 0 8368 0 7677 0 8342 0 9259 0 9481 0 7821 0 2891 0 9430 v21 0 6257 0 6822 0 4623 0 8346 0 7598 0 8966 0 9587 0 9607 0 7754 0 3349 0 9649 V22 0 4830 0 4207 0 4806 0 8650 0 7900 0 7252 0 8167 0 8068 0 5445 0 2343 0 8315 ari veis VI v13 V14 VIS Vl VI v18 V19 V20 V21 V22 vi 0 5300 0 2883 0 0619 0 4543 0 4999 0 4834 0 4841 0 5727 0 5744 0 6257 0 4830 v2 0 2678 0 0712 0 3617 0 1399 0 3076 0 2877 0 2684 0 4817 0 6782 0 6822 0 4207 v3 0 4278 0 3234 0 2001 0 3758 0 4588 0 4593 0 3726 0 4597 0 5005 0 4623 0 4806 V4 0 9304 0 7717 0 5818 0 8781 0 9462 0 9441 0 8169 0 8982 0 8368 0 8346 0 8650 v5 0 9113 0 8104 0 6264 0 8868 0 9280 0 9279 0 7653 0 8254 0 7677 0 7598 0 7900 V 0 6950 0 3385 0 1002 0 5974 0 7091 0 6905 0 6963 0 8023 0 8342 0 8966 0 7252 VZM 0 7798 0 4523 0 1795 0 6939 0 8218 0 8026 0 7377 0 8833 0 9259 0 9587 0 8167 v8 0 7911 0 4728 0 1719 0 6938 0 8222 0 8062 0 6847 0 8714 0 9481 0 9607 0 8068 vo 0 4284 0 0976 0 2066 0 3147 0 4724 0 4573 0 3965 0 6007 0 7821 0 7754 0 5445 vio 0 0883 0 1270 0 1666 0 0343 0 1001 0
196. 6 W Dei PER WA 00 IV Oquiojo oIdpIUnIN ap 194PAS oquio 03 Zeg FEIL sus 18 re L s SC eg IK r og zg Bei SOL 081 0 t006 EICH 89 6 sets IG HOCH 00 QI oquojo3 oidpiuny ap 13125 oquiojo Gets 8997 HO 2018 Et v6 96 ES SC OI ZU Fei 1 96 98 69 ad Kai 11 96 EFC EE 08 DG L7 86 100 GIV Oquojo3 odun ap Jajexs KEREN LS SS ES 99 00 0 06 05 He Hd Feet FEIS Et Gro 0g 6 Rad Did Zeng 9LT6 Eer EL 9g OE ES 9 86 7 0429 odp IS 01139 Leg SL EL FCOL ES 09 sE L6 v9 gy BOCH Kach oU ep GC 15 96 SEI SEO 0 ES L6 68 56 1 88 ag EL E6 t0 86 oew odwep ordun oew odue gt EL TZ DACH 68 LL Lz 09 96 88 SO RH ER zua 9 18 19 56 6 89 6EL O EL E6 LS S6 90 06 LE L8 sL 6g 80 66 obie7 ode soyunstq ap opebaiby bie odue DG 886 SEO Ka Ka BO Sei Flep ZU Kai 6 98 Lis 16 68 EE Sp ER sor o Wo 8L L6 96 6 E 05 06 T oben odue gt ounsia bie ode o EE 6E SL Lol EU 19 Z9 E6 ED ach Lv z6 LL 9S EU pg BH SCH ECH 65 96 ECO 690 0 07 88 89 96 st Ei HK EG Ins op apuei9 eutdweo oidpiuny Ins op apuei eutdueo W LL 09 LIL 6E EL 68 95 Ee KS SE eg Sr og 08 9 98 E9 8602 sb gp Fa RG 0189 810 0 SEI Stire LVI8 H ve 9g Sege Ins op eantezog oldun INS op eantedog a Ur 88 SL ECO SCH ici 65 99 FL 80 6 ER IF SCH EFSI EC SC ng 0 56 SC ogl o ET E6 00 96 LUpp RV ER G 80 66 BAON esjeg oldpiunA PAaoN esjeg g 69 pE 6E LL 6 9 6 69 EIN ES 99 Eat Kaz voy LTL Rei 6 15 ZER 0 6 6L TL gg Kaz H 16 68 L9 pg 6S L8 91 66 S00 QaY PUE Odun ap 1912xs REES Em se es Ke FU0L vo ro 9L s6
197. 7 0 8548 v8 0 4732 0 8701 V9 0 0234 0 9559 VAR 0 5561 0 8167 V12 0 8758 0 4260 VI3 0 9428 0 0163 V14 0 8901 0 2940 V15 0 8733 0 3193 V16 0 8641 0 4754 V17 0 8766 0 4499 V18 0 7326 0 4312 V19 0 7066 0 6324 V20 0 5134 0 8085 V21 0 5009 0 8330 V22 0 7065 0 5587 Fonte Dados da pesquisa cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 202 marley deschamps frequ ncia de membros fam lias com renda insuficiente ocupados com baixo rendimen to no trabalho principal ocupados no setor informal analfabetismo da popula o de 15 anos e mais analfabetismo funcional da po pula o de 15 anos e mais analfabetismo funcional dos chefes de fam lias crian as fo ra da escola adolescentes fora da escola e domic lios com inadequa o geral O fator 2 est correlacionado com as de mais vari veis fam lias chefiadas por pessoas idosas adolescentes com experi ncia repro dutiva parturi o de jovens e adultas crian as de O a 14 anos pessoas com idade acima de 64 anos depend ncia infantil jovens adul tos com escolaridade inadequada domic lios com densidade por dormit rio inadequada Destaca se que no primeiro fator que juntou praticamente todas as vari veis so cioecon micas se encontram algumas vari veis demogr ficas indicativas de situa o de pobreza ou seja alta frequ ncia de filhos e membros Assim optou se por denominar o fator 1 de fator desvantagem socioecon mi ca
198. 8 EC so L8 SC op 198 Lg sg 50 96 EC 59 88 80 06 EU ES 89 8 96 Er 68L 0 vote 0 L6 6E r6 mg L8 6 9L 86 00 07 Steyuld OIdPIUNIA op oons sjeyuld E SERL DI 998 SC o 0 6L s9 18 8L v6 DCH Zeep EZTS L6 SS be gg Zo Sot ZC 9 88 L6 86 DK EL 9L Gd 60 86 Z00 av Steyu d OIdpIUNI ap es sieqUId ESTA 8 94 to Kaf BC TULL ZE Fiir Zeg S6 68 En S9 LS S8 6L 66 S6 Pri Lov o SC op Leg Le 96 PLUS 6 06 01 86 100 QY steyuia OIdPDIUNIN P ais steyuld Hd HKH SU EK SC 9165 85 99 St 68 6S ZE 89 L9 vv EL spo ZU Eau HH tro d E 0 06 ES S8 0 18 6L 66 eqmuipueiy oidpiuny eqnuipuea At t6 89 EN 6605 86 98 CH 8Z E9 6S v8 HO 99 E8 aa EI 0 6 BEI soro App 009 WEN Toto 0 98 LL Z6 SL L6 nonuadey ordpruny n nuadey tir geg 16 6 KKH UK WO SCH Bed KOCH ZE 68 64 6L Sh L9 p9 DEI sS s9 nn reg LE S6 SU L6 IC EC 1086 apueio om epu zey ordun apueio oly Bpuazes BE LTL Wad Zeg 19 96 POL 8v 08 au tr eg EL 68 eo eg SO 05 68 d8 L6 S To HKH ES ip ZCnp 08 08 L1 96 9 L6 BIPQES ogsjog ni DES OdDID equuna Ip ug WC SL KR 60 b6 ESOU 95 08 88 E6 S109 08 88 Di Ka L9 06 9L 6 v0 69 Kg 00 06 6 96 St 6 SL 8L 86 6 ve g6 fg ogsjog nf OBS OdDID equuno LO p8 798 Toth erg 98 L6 H 6 88 SEI WC 00 68 EE L6 pr Wad ES S6 Ka 6ze o EL EG 91 86 Ed KO 86 06 L8 86 oyy oneg equuno org 718 Z001 89 18 Z SC eg t 06 PV L6 CH SL E6 Se SC 6t 06 EO E6 90 LL tat Ing 88 96 Lin SC 91 Kee 09 66 gwnel equuno EK L9 pg DU ck 86 L8 z8 96 1918 6068 S196 OU 09 Gd KH og eg St l6 Kid 0 bL oseo Z6
199. 9 e de esgotos 30 3 UN Habitat 2003 Os dados apresentados refor am a id ia de que h um v nculo estreito entre pobre za e m s condi es sanit rias e de acesso gua O relato dram tico das condi es sani t rias na regi o de Kibera em Nair bi Qu nia feito por Davis hist ria que tamb m ganhou um quadro no RDH 2006 ilustra bem as estrat gias dos moradores desses assentamentos para lidar com a precarie dade do atendimento das redes de infra es trutura a exist ncia de dez latrinas para 40 mil pessoas um dos indicadores apresenta dos leva a popula o a conviver com seus excrementos Davis possui muitos exemplos similares um dos mais contundentes vem de Mumbai onde metade da popula o n o tem acesso a um vaso sanit rio Ainda que os dados trazidos por Davis possam n o ser t o precisos a situa o descrita pelo autor emblem tica para demonstrar n o somente o passivo socioambiental como tamb m o desafio que tais cidades t m pela frente No contexto brasileiro a cobertura de abastecimento de gua encanada aumen tou significativamente ao longo das ltimas d cadas atingindo no ano de 2006 93 1 da popula o urbana do pa s Esse n mero contudo tamb m escamoteia desigualdades regionais e socioecon micas visto que pa ra o mesmo per odo 27 9 da popula o urbana da regi o Norte n o contavam com gua encanada Brasil MCidades SNSA 2006 pp 27 47 1 sem
200. ATRAN Departamento Nacional de Tr nsito 2002 Anu rio Estat stico de Acidentes de Tr nsito 2002 In Denatran online Dispon vel em http Avww infoseg gov br renaest detalheNoticia do noticia codigo 115 2007 March 14 DFTRANS Transporte Urbano do Distrito Federal 2006 Tipos de Transporte Dispon vel em http dftrans df gov br Acessado em 20 de out 2006 DONAGHY K P POPPELREUTER S e RUDINGER G 2005 Social dimensions of sustainable transport Burlington Ashgate FICHER S 2000 Bras lias Projeto Design S o Paulo n 242 pp 48 59 GEHL J e GEMZOE L 2001 New city spaces Copenhagen The Danish Architectural Press GOMIDE A A 2003 Transporte urbano e inclus o social elementos para pol ticas p blicas Bras lia IPEA HANSON S e GIULIANO G 2004 The geography of urban transportation Nova York The Guilford Press HILLING D 1996 Transport in developing countries Londres Routledge ITRANS Instituto de Desenvolvimento e Informa o em Transporte 2004 Mobilidade e Po breza Relat rio Final Bras lia ITRANS JACOBS J 1961 The death and life of great american cities Nova York Random House LE CORBUSIER 1973 The Athens Charter Nova York Grossman Publishers LEFEBVRE H 1991 The production of space Oxford Blackwell Publishers 1991b Writings on cities Oxford Blackwell Publishers LUCAS K ed 2004 Running on empty transport soci
201. Ambiente Urbanismo e um Procurador do munic pio sob a coordena o direta do ent o prefei to assessorado pelas Coordenadorias das Regi es Administrativas que deveriam identificar em suas respectivas regi es ad ministrativas a expans o das reas irregu larmente ocupadas bem como as reas ob jeto de invas es recentes ou iminentes de finir a ordem de prioridade das reas para interven o e comunicar imediatamente ao prefeito ocorr ncias verificadas na sua rea de atua o Valendo se tamb m da premissa de prote o ambiental o Decreto 20 287 2001 regulamentou o Programa de Delimita o F sica em reas de Interesse Ambiental conhecido como Programa Ecolimites que tem como objetivo cercar reas de dom nio p blico ou privado ocupadas por favelas necess rias preserva o ambiental ou implanta o de programas de refloresta mento manuten o recupera o ou revita liza o das condi es ambientais pp 271 291 1 sem 2008 285 286 m nica bahia schlee e vera regina t ngari A forte presen a do ide rio higienista na pol tica habitacional carioca perpassou diversas etapas na trajet ria da legisla o implementada na cidade Gradativamente o enfoque adotado foi acomodando tamb m o reconhecimento das graves implica es da in pcia da pol tica vigente em rela o ques t o social O que se quer destacar o perma nente conflito entre a pol tica de habita o cari
202. B UFRJ UERJ OAB RJ apoio FAPERJ CNPQ OAB RJ CAVALLAZZI R L e ARA JO 2008 Di logo poss vel entre o urbanismo e o direito Inquie tudes das pr ticas de planejamento e gest o democr tica da cidade e seus impactos na conforma o da paisagem Artigo n o publicado CAVALLAZZI R L e OLIVEIRA S 2002 Gest o ambiental do solo urbano o direito paisa gem In Cidade Mem ria e Legisla o Belo Horizonte IAB MG DUARTE F C 1994 Qualidade de vida como fun o social do Estado Revista PGE SP jun p 178 ESTATUTO DA CIDADE 2001 Lei Federal FERNANDES E e RUGANI J M 2002 Legisla o Ambiental Brasileira panorama geral e breve avalia o In Cidade mem ria e legisla o a preserva o do patrim nio na pers pectiva do direito urban stico Belo Horizonte Instituto de Arquitetos do Brasil Depto de Minas Gerais FIGUEIREIDO G J P org 1998 Temas de Direito Ambiental e Urban stico Rio de Janeiro Max Limonad FIGUEIREIDO G J P e SILVA S T 1998 Elementos balizadores da a o estatal na defesa dos bens ambientais para as presentes e futuras gera es In FIGUEIREIDO G J P org Temas de Direito Ambiental e Urban stico Rio de Janeiro Max Limonad FREITAS J C de 1999 Temas de Direito Urban stico S o Paulo Minist rio P blico Imprensa Oficial cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 preserva o ambiental d
203. Corpos d gua solos expostos pastagens reflorestamentos influ ncia fluvial urbanizadas v rzeas outras tipologias ha ha ha ha ha ha 1994 5 191 23 10 482 47 3 382 15 519 2 1 966 9 940 4 2006 3 043 14 11 364 51 4 208 19 1 175 5 614 3 2 076 9 Fonte Elaborada a partir das Figuras 5 6 e 7 Entre 1994 e 2000 o grau de ur baniza o na sub bacia AI39 rio do Meio aumentou de forma significativa devido ao fato de comportar a sede do munic pio de Piraquara Por m observa se que entre 2000 e 2006 esse fen me no retrocedeu ligeiramente como prov vel consequ ncia das restri es estabeleci das por legisla es ambientais e de uso e ocupa o do solo A partir da an lise da Tabela 2 obser va se que as principais altera es ocorridas no per odo entre 1994 e 2006 referem se s reas urbanizadas as quais representa vam em 1994 4 da rea total do munic pio e em 2006 9 An lise da qualidade da gua O monitoramento das guas dos mananciais de abastecimento p blico uma ferramenta importante tanto para o controle da quali dade h drica quanto para o fornecimento de subs dios para embasamento da tomada de decis es Bollmann 20034 podendo ser cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 efetivado pela an lise de v rios par metros constantes em diversas metodologias tais como o IQA Na Figura 9 e na Tab
204. E do ano 2000 com a divis o territorial de 2001 e 2 adaptado do Projeto Igua u percentual de cada munic pio em rela o area da bacia Tabela 2 Uso do solo Classes de uso rea ha Vegeta o 24 569 34 Campo antr pico 23 764 33 Densidade urbana alta 770 1 Densidade urbana m dia 4 542 6 Densidade urbana baixa 7 225 10 Densidade urbana muito baixa 8 342 11 Expans o urbana 1 300 2 Uso industrial 1 849 3 Utilidades 323 lt Total 72 683 100 Fonte Projeto Igua u Agrupamento das classes de floresta capoeira capoeirinha mangue e v rzea cadernos metr pole 19 pp 165 190 1 sem 2008 179 paulo roberto ferreira carneiro adauto l cio cardoso e jos paulo soares de azevedo Mapa 1 Bacia hidrogr fica dos rios Igua u Sarapu 643639 658639 673639 688639 703639 7506435 7506435 Japeri 7491435 7491435 Ti 180 7476435 7476435 7461435 7461435 T 643639 658639 673639 688639 703639 LEGENDA Mapa de localiza o a X Fi da Bacia no Estado E El Belford Roxo do Rio de Janeiro Zen Td g A ES Duque de Caxias SE E Mesquita Sede municipal na Bacia pe A EH Nil polis Rios cs m EM Nova Igua u ude 7 Rio de Janeiro Esc a ES s o Jo o de Mert a 1 8 000 TT Estado do Rio de Janeiro Fonte Malha municipal do Estado do Rio de Janeiro IBGE 2001 Sistema de Informa o de Recurs
205. Finais A insalubridade dos ambientes urbanos de corre do acelerado processo de urbaniza o pp 49 66 1 sem 2008 55 56 michelli beduschi e carlos mello garcias e da concentra o de pessoas infra estrutu ras e demandas sociais A densidade e a expans o do tecido ur bano desempenham o papel de verdadeira for a produtiva social O urbano configura se como l cus da gera o de demandas onde os estratos sociais reivindicam acesso aos meios de consumo coletivo e inser o no mercado de trabalho As desigualdades intra urbanas consti tuem a express o das desigualdades socio econ micas A divis o da cidade em zonas de vulnerabilidade viabiliza a identifica o de car ncias ou vantagens diferenciadas bem como a estrutura o de interven es mais ajustadas do ponto de vista da renova o ur bana e da dinamiza o social dos territ rios A inclus o social e socioespacial con templadas em um mesmo processo visam assegurar o direito cidade em suas dimen s es sociais e urbanas O grau de efici ncia dos mecanismos de coes o social o amparo de institui es as diretrizes de pol ticas sociais e o papel do Estado no que respeita a pol ticas de inser o social s o fatores relacionados exclu s o econ mica e socioespacial acumula o de precariedades por parcela da popula o Busso 2002 p 12 apud Filgueiras e Duque 2005 p 30 apresenta cinco di mens es condicionante
206. Funda o Oswaldo Cruz Rio de Janeiro SILVA R T e P M F A 2003 Gest o urbana e gest o das guas caminhos da integra o Estudos Avan ados v 17 n 47 jan abril pp 129 145 SILVA R T 2004 Infra estrutura urbana necessidades sociais e regula o p blica Avan os institucionais e metodol gicos a partir da Gest o Integrada de Bacias In RIBEIRO L C Q org Metr poles entre a coes o e a fragmenta o a coopera o e o conflito S o Paulo Rio de Janeiro Editora Funda o Perseu Abramo FASE VLACHOS E e BRAGA B 2001 Les d fis de la gestion de l eau urbaine In MAKSIMOVIC C TEJADA GUIBERT LA e ROCHE P A orgs Les nouvelles fronti res de la gestion urbaine de l eau impasse ou espoir Paris Presses de L cole Nationale de Ponts et Chauss es pp 23 57 Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 Pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interPaces e conflitos Resumo A atual escassez da gua motiva a busca de novos modelos de planejamento e gest o sus tent veis incorporando a bacia hidrogr fica enquanto territ rio e ao mesmo tempo con ciliando o modelo pol tico administrativo pelo qual o Brasil se organiza Este artigo discute as interfaces e os conflitos entre as pol ticas ambientais e urbanas que incidem em reas protegidas com base nos instrumentos insti tu dos atualmente para as
207. Gest o Urbana Curitiba PUCPR Dispon vel em lt www crea pr org br crea html scopus art3 4 htm gt Acesso em 12 de janeiro de 2007 PELOGGIA A U G 1994 As coberturas remobilizadas dep sitos tecnog nicos de encostas urbanas no munic pio de S o Paulo Prefeitura Municipal de S o Paulo Solos e Rochas S o Paulo v 17 n 2 pp 125 129 PERNAMBUCO Governo do Estado FUNDA O DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL FI DEM 2003 Manual de Ocupa o dos Morros da Regi o Metropolitana do Recife Progra ma Viva o Morro ALHEIROS Margatreth Mascarenhas SOUZA Maria ngela de Almeida BITOUN Jan MEDEIROS S nia Maria Gomes de Matos AMORIM J NIOR Washington Moura Orgs Recife FIDEM Cap 3 Dispon vel em lt http Avww cidades gov br index php option content amp task category amp id 533 gt Acesso em 06 de outubro de 2006 SANTORO J PENTEADO D R e VEDOVELLO R 2005 Hierarquiza o das situa es de riscos associados a escorregamentos e inunda es no munic pio de Rio Grande da Serra SP subs dios para o planejamento de a es preventivas e emergenciais In CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL 11 Florian polis Anais Florian polis ABGE SAVINI J e KAMMERER J C 2005 Urban growth and the water regime United States Geological Survey publication 1591A 1961 In ARAUJO G H de S ALMEIDA J R de e GUERRA A J T Gest o Ambiental de reas Degradadas Rio
208. H dricos No entanto n o existe ainda uma avalia o cla ra de como os novos planos diretores est o tratando essa quest o Para atender aos objetivos anunciados e buscar testar as hip teses acima aponta das ser desenvolvida em primeiro lugar cadernos metr pole 19 uma avalia o de car ter conceitual que bus ca identificar as rela es entre a gest o de recursos h dricos e as din micas de plane jamento urbano do munic pio Em segundo lugar ser realizada uma an lise dos planos diretores de 4 grandes munic pios da Re gi o Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Nova Igua u Duque de Caxias e S o Jo o de Meriti todos situados na ba cia contribuinte Ba a de Guanabara mais especificamente na bacia dos rios Igua u Sarapu buscando identificar as diretrizes e os instrumentos previstos com a finalida de de atuar sobre o controle dos efeitos do desenvolvimento urbano na degrada o dos recursos h dricos A quest o Pederativa e a descentraliza o administrativa no Brasil ap s a Constitui o de 1988 Para Souza 2001 a terceira onda de democratiza o tem produzido nos pa ses nela envolvidos diferentes experi ncias e resultados Em alguns a redemocratiza o implicou a elabora o de Constitui es re fundadoras gerando novos pactos e com promissos pol ticos e sociais Em outros ela foi acompanhada da descentraliza o pol tica e financeira para os gove
209. L6 ap 65 86 SS LS 206 15 96 cr oL t L6 bL T6 E8 8L ESS 0 S EL 6L 98 0566 0 U9INOT OBS PISIA eog equuno Lg pL 96 L8 ZU s6 08 0 86 DCH 99 06 9U L6 g is SE L6 IK Le gg Im Hp 9S LL kal 6v LL 10 98 LE 66 ogor ogs oppu ojues eyuneosen alba BISA equuno EE 99 LE E6 SL EL EE E6 LE 86 L9 06 D i 15 86 9 6b SL L6 Z 1911 v9 06 5606 eo og E vo 9z EIS Lg Snfunesohie1erbtz opeuldueojoueutas equuno EIKI cc Lg 06 6b SL EL SEI 60 8 6E b8 8E S6 CH 60 S8 L 88 v8 19 Ke 85 6 SUR SECH 90 S4 e rap er pun uuea uloseg equuno 98 S8 9176 2011 ES 0 56 99 88 Ke zL s6 SE ZS Pl 68 Zeg ROL DK Kid PUR L05 0 08 89 L7 98 Bd 19H 0JSUD 091ug 0g WipJef OYJ2A Opeld equuno t tg 8 68 9U SL EK L6 86 TE L6 1876 LT 86 EI sE L6 09 56 EUEL 60 88 ES L6 79 EM vE LL L6 ES 68 66 eqmolgeng sedugwy sep wipe equuno 0656 68 96 66 t8 L6 56 Hd ZE HAH SL 86 Bog Er LO 86 CH Eng 89 L6 Le s9 0 Eu 6L b8 09 66 nyy Jesgeo equuna Hip LS L6 WG bE L6 0 66 DCH KH Pr 66 L nt se r6 65 86 Gei au Den se sg ES IEOL Sen 00 00L afue obnH Bos wipaef AX ep ou equuno Sp TU gp srs S LUpp LS L6 19 L6 8 66 EH Sp 65 86 Wu 8 18 7919 9 98 8s 0 s8 L9 65 6L 99 86 BLOIO ep Oly 091A ONU9 equuna Sp SE E6 Ire 19 96 9 66 ae Llsp 06 86 ZU 99 v6 68 96 80 8L 65 98 He org 989 0 0659 ECH S9 66 Dua wog 09S19U214 OBS equuno LE 98 LI EI OL L6 Ze LE 68 ab L8 L6 Seng KG 19776 KE 0 L6 t9 S6 SEH Ip E 207 EB 66 4S opuduo gt odue gt equuno KO 6L T8 guri Kal 8L L6 66 8 6 58 LV 96 66 09 0L 06
210. LEITMANN J 1994 Toward environmental strategies for cities policy considerations for urban environmental management in developing countries UNDP UNCHS Habitat World Bank Management Program UMP Discussion Paper Series n 17 Washington DC BIRD Banco Mundial 1997 Assessing the environmental impact of urban development Environmental Assessment Sourcebook Update Washington D C 19 11 153 167 2002 Agenda Ambiental Marrom e o Setor de Abastecimento de gua e Esgotamento Sanit rio no Brasil Os problemas do atendimento s popula es pobres e do controle da polui o h drica Minuta para discuss o S o Paulo BIRD mimeo BRASIL IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica 2000 Censo Demogr fico 2000 Dispon vel em http Avww2 ibge gov br pub censos censodemografico2000 BRASIL MCidades Minist rio das Cidades SNSA Secretaria Nacional de Saneamento Ambien tal 2007 Sistema Nacional de Informa es sobre Saneamento diagn stico dos servi os de gua e esgotos 2006 Bras lia MCidades SNSA BRASIL MMA Minist rio do Meio Ambiente IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis CONS RCIO PARCERIA 21 2000 Cidades Sustent veis Subs dios Elabora o da Agenda 21 Brasileira Bras lia MMA BUNTING J 2005 Global goals for local change In UNITED NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME UN Habitat 2005 The MDGs
211. LEZ9 00 6 tr vo 1574 69 0 s0 E6 S1 86 WEN bl CH og DUURIEId equuna 0 L6 DE L6 Wo Le g6 80 66 EL L6 Ed ppp T Gr Era Iert do eg 9LT6 sS 18 HE 0L 86 Spe LS 86 SC og 08 S8 s8 66 Ia0p7 PIA equuns sL T6 sb p6 ZU SU16 00 66 ES Z6 EG Zeg SCH ES E6 EE 96 LATA L6 88 Toto Dech Hu LU L6 05 66 vE g6 III 718 L6 86 oguod equuno 18 64 ES S8 KE 19 08 1966 E0 S8 8 98 8 16 FU SL 06 6 06 Em 6 Sc ECO Eu KK 80 86 dL S6 vL 6E s8 EE 66 eseng equuno 67 98 LS 88 8 6b 65 s8 19 96 99 68 EU Oe EI Sim lp 6L 56 Z1 89 02 06 Tr c6 ZEIL Ip 95 96 90 86 07 L6 Eu E 98 66 einqui ep oedeo equuno Ed 66 86 CH 00 001 00 001 SU SU oe ER gp EI 8L E6 Drop 9E 8L vr gg WC Org 969 0 00 001 6 66 98 86 1189 8118 9 66 don equuno L0 S6 LS 96 KOCH KaKER 86 L6 sE c6 0r 6 LS 86 LV 6p 096 Re ECH Lo De 68 h8 Du 0 86 ECH SL L6 se s9 Wen z0 66 SB equuno 1 sem 2008 pp 191 219 cadernos metr pole 19 marley deschamps Bach IEIg ia si eg Hd eg tg Ben To L6 srs SU L6 86 06 Pei DC 05 56 Z8 EL SCH ger CH LS S6 HK 00 L6 Sg 00 AJY SEYU d SOP 3SOf S oldpiunIA ap Ia sieyUId SOp 9S0 OLS FU gp 7919 so LL L ps 9L s6 SCH Wa t5 06 Sp L698 Lr og 6Ush 06 89 69 L6 Spa 7000 6 88 SC z9 06 EG Irng 19 L6 E00 AJY SIBUUIA SOP SOf S OIdPIUNIA PP J 24S SIEUU SOp 9S0 OBS E9 S9 88 8L SU9L CH LL E6 LU91 8 18 Wa
212. M 2006 Estacionamento parque qualifica o paisag stica Revista Techn n 116 S o Paulo PINI novembro OLIVEIRA FILHOS A 2006 Panorama da Pol tica de Saneamento Ambiental Desafios Rea liza es e Perspectivas Palestra realizada na PUC Campinas a 25 de setembro cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental ROGERS R e GUMUCHDIIAN P 2004 Cidades para um pequeno planeta Barcelona Edi torial Gustavo Gili SACHS 1 1993 Estrat gias de transi o para o s culo XXI Para pensar o desenvolvimento sustent vel S o Paulo Studio Nobel SANTI A M M ROSA A C e CREMASCO M S 2005 Ocupa o urbana em reas de risco de acidentes ampliados experi ncias na regi o da Refinaria Gabriel Passos Petrobr s Regi o Metropolitana de Belo Horizonte Urbenviron I Congresso Internacional sobre Pla nejamento e Gest o Ambiental os desafios ambientais da urbaniza o Anais Bras lia CD ROM TAVARES A C 2004 Mudan as clim ticas In VITTE A C e GUERRA A J orgs Refle x es sobre a geografia f sica no Brasil Rio de Janeiro Bertrand Brasil TUCCI C M CRUZ M A S e SILVEIRA A L L 1998 Controle do escoamento com deten o em lotes urbanos RBRH Revista Brasileira de Recursos H dricos v 3 n 4 Agradecimentos PUC Campinas pelo apoio pesquis
213. MC das reas vul ner veis quanto ocorr ncia de inunda es portanto as popula es que habitam essas reas est o expostas a um risco ambiental Mapa 1 e Figura 3 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba Mapa 1 Padr es de uso do solo sobre reas de v rzea na RMC 2000 209 C Divisa de munic pios Padr es de uso 20000 0 20000 40000 Metros EB Agricultura kg Ee e Area urbana Pastagem Fonte Ipardes 2003 cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 marley deschamps Figura 3 reas de ocorr ncia e ou sujeitas a inunda es em Curitiba 2000 210 e S o ein Near D Em VE Geet Or LE E la a Bairros NI Areas de ocorr ncia de inunda es VA Areas sujeitas inunda es Fonte Boletim da Defesa Civil Prefeitura Municipal de Curitiba Nota as curvas no mapa representam a disposi o espacial aproximada de reas sujeitas a inunda es Elabora o Ipardes 1 sem 2008 cadernos metr pole 19 pp 191 219 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba IdentiPica o das reas de vulnerabilidade socioambiental A associa o das cartografias sociais e am bientais necess ria em estudos socioam bientais foi poss vel por meio do procedi mento overlayer sobreposi o de cama das chamado aqui de sobr
214. O Futuro das megacidades dualidade entre o poder e a pobreza Nota introdut ria Em outubro de 1995 aconteceu em S o Paulo o semin rio internacional O Futuro das Megacidades promovido pela Compa nhia Souza Cruz integrando a linha insti tucional do projeto Desafios Brasileiros O semin rio contou com a presen a de pesqui sadores e gestores urbanos nacionais e in ternacionais e foi organizado em sess es de debates que trataram de dualidades poder e pobreza prover e operar geoeconomia e geopol tica A s ntese de seus resultados ou a Carta de S o Paulo foi encaminhada co mo contribui o s atividades preparat rias II Confer ncia das Na es Unidas sobre Assentamentos Humanos Habitat II reali zada em 1996 Milton Santos O professor Milton Santos foi o pales trante principal da sess o de debates sobre a dualidade entre poder e pobreza al m de ter debatido nas demais sess es As trans cri es dessa participa o permaneceram in ditas Considerando a import ncia de ca da fala de cada linha escrita de cada posi cionamento de autoria do professor Milton Santos recebidos como preciosidades quan do tornados p blicos os Cadernos Metr po les t m o privil gio de resgatar e divulgar a palestra e os debates dessa sess o Nesse resgate foram mantidas na ntegra as falas do professor Milton Santos conforme as transcri es e sintetizadas as participa es dos debatedores cad
215. RIBEIRO L C de Q e CARDOSO A L orgs Reforma urbana e gest o de mocr tica promessas e desafios do Estatuto da Cidade Rio de Janeiro Revan CAVALCANTI N O 2004 O Rio de Janeiro Setecentista a vida e a constru o da cidade da invas o francesa chegada da corte portuguesa Rio de Janeiro Jorge Zahar cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 289 290 m nica bahia schlee e vera regina t ngari CAVALCANTI N O 1997 A cidade de S o Sebasti o do Rio de Janeiro as muralhas sua gen te os construtores 1710 1810 Tese de Doutorado Rio de Janeiro IFCS UFRJ CAVALLAZZI R L 1996 Urbanismo e Direito Notas para uma abordagem interdisciplinar do Espa o Urbano Anais do IV Semin rio de Hist ria da Cidade e do Urbanismo Volume II Rio de Janeiro PROURB UFR CHACON S 2004 Um estudo tipol gico das edifica es multifamiliares no Rio de Janeiro entre 1930 e 2000 o caso do bairro de Botafogo Rio de Janeiro PROARQ FAUUFR COELHO NETTO A L 2007 O impacto do modelo de expans o urbana em dire o s reas florestadas e rurais In Anais do Semin rio Nacional sobre o Tratamento de reas de Pre serva o Permanente em Meio Urbano e Restri es Ambientais ao Parcelamento do Solo APPUrbana2007 S o Paulo FAUUSP COSTA L 2007 Rios urbanos e sua inser o na paisagem Comunica o em mesa redonda In Semin rio Gest o Sustent vel da gua em reas Urbanas Rio
216. RREIRA L da C 2003 A quest o ambiental sustentabilidade e pol ticas p blicas no Brasil 2 ed S o Paulo Boitempo FRACALANZA A P 2002 Conflitos na apropria o da gua na Regi o Metropolitana de S o Paulo Tese Doutorado Programa de P s Gradua o em Geografia Faculdade de Ci n cias e Tecnologia Presidente Prudente UNESP cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos FRAN A E coord 2000 Guarapiranga Recupera o urbana e ambiental no munic pio de S o Paulo S o Paulo M Carrilho Arquitetos FORMIGA JOHNSSON R M e KEMPER K E 2004 Background paper on Jaguaribe and Alto Tiet riverbasins Brazil Relat rio de pesquisa In Integrated River Basin Management and the Principle of Managing Water Resources at the Lowest Appropriate Level When and Why Does It Not Work in Practice The World Bank Dispon vel em htttp Avww wds worldbank org external defaultAN DSContentServer IW3 P IB 2005 06 16 000016406 2005 0616092016 Rendered PDF vps3650 pdf Acesso em 20 jan 2008 KATO V R C 1997 Comit de Bacias Hidrogr ficas do Piracicaba Capivari e Jundia uma nova modalidade de planejamento regional In ALONSO C E org Faculdade de Arqui tetura e Urbanismo 1947 1997 S o Paulo Universidade Mackenzie LANNA E A 1995 Gerenciamento de bacias hidrogr ficas Aspectos conceituais e m
217. S o Paulo S o Paulo Annablume LEITMANN J 1996 Browning the bank the World Bank s growing investment in urban environmental management Environ Impact Assess Rev n 16 LOMBARDO M A 1985 Ilha de calor nas metr poles S o Paulo Hucitec MARICATO E 1996 Metr pole na periferia do capitalismo ilegalidade desigualdade e vio l ncia S o Paulo Hucitec MEHTA D 2005 Bringing the goals to city level In UNITED NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME UN Habitat 2005 The MDGs and the City Habitat Debate Setembro 2005 3 11 Nairobi MEYER R M P 1991 Metr pole e urbanismo S o Paulo anos 50 Tese de doutorado Facul dade de Arquitetura e Urbanismo da USP S o Paulo MEYER R M P GROSTEIN M D e BIDERMAN C 2004 S o Paulo Metr pole S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo Imprensa Oficial do Estado de S o Paulo MONTE M R R e COSTA H S M 2002 Urbanization amp Environment trends and patterns in contemporary Brazil In HOGAN DL BERQU E e COSTA H S M Population and environment in Brasil Rio 10 Campinas CNPD ABEP e NEPO MONTE M R R L de 1994 Urbaniza o extensiva e l gicas de povoamento um olhar ambiental In SANTOS M et alii Territ rio globaliza o e fragmenta o S o Paulo Hucitec MORETTI R S e FERNANDES A 2000 Sustentabilidade urbana e habita o de interesse social CD 8 Encontr
218. a Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 121 cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 Discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil reflex es a partir da metodologia europ ia Water 21 Resumo Este trabalho se situa na interface entre a ges t o de recursos h dricos e a gest o de servi os de saneamento ambiental Em regi es den samente urbanizadas esses dois sistemas de gest o s o estreitamente inter relacionados o principal uso de recursos h dricos o abas tecimento urbano e ao mesmo tempo cons titui o seu principal problema lan amento de efluentes sem tratamento nos corpos h dricos A quest o da sustentabilidade da gest o das guas em reas urbanas implica conciliar duas perspectivas universalizar o acesso gua em quantidade e qualidade para os diferentes usos e conservar a qualidade dos rios urbanos Pa ra discutir essa quest o partimos dos estudos feitos pelo grupo de pesquisa Eurowater Wa ter21 que definem sustentabilidade a partir de tr s dimens es ambiental econ mica e tica Palavras chave regi es metropolitanas sa neamento ambiental recursos h dricos meio ambiente urbano gest o integrada da gua sustentabilidade ambiental urbana Ana L cia Britto Bernard Barraqu Abstract This study is located in the interface between water resources management and sanitation services management water distribution wastewater sew
219. a o a partir de um consenso entre os atores para legitimar as pol ticas p blicas Ao Estado cabe o papel de ator importante e fundamental mas que est ao lado de outros atores que t m tamb m uma responsabilidade social Segundo John Ellwood 1996 p 69 in fact the political science perspective could be used to challenge the basic assumption of much of the reformist management literature As indicated above much of the recent deductive formal modeling literature has reinvented or returned politics to the central core of public sector institutional design Particulary Terry Moe s recent work is centered around the notion that the business of gouvernment is politics rather than the efficient provision of goods and services Para tentar trabalhar com essa id ia a experi ncia do processo de reforma do Estado num pa s como a Fran a que consiste no melhor exemplo de Estado do Bem Estar Social mostra se revelador em termos de tentativa de moderniza o Che vallier 2004 Baruch e Bezes 2006 Desde os anos 80 a reforma motivada por um pp 81 97 1 sem 2008 83 84 gustavo tavares da silva contexto de crise permanente do Estado que n o atende mais plenamente s expecta tivas da sociedade Portanto ser que as reformas do Es tado no Brasil e na Fran a est o caminhan do no sentido da afirma o da pol tica Ou ser que elas se aproximam mais da mo derniza o de um tipo de
220. a o de morar em uma cidade ornamentada plasticamente agrad vel e por que n o dizer bela Silva 1997 preciso dizer que as recentes trans forma es para a sociedade contempor nea t m um significado especial para o indiv duo e afetam de alguma forma a sua qualidade de vida seja em suas condi es objetivas moradia transporte emprego Sal rio etc seja em suas condi es subje tivas culturais afetivas espirituais valores e cren as Cavalazzi e Ara jo 2008 lanni 1992 destaca que apesar de a globaliza o trazer tona uma s rie de quest es como articula o da sociedade ci vil mundial novas formas de poder global desterritorializa o cidadania em termos globais e o papel do indiv duo ante todos es ses aspectos nada se compara em termos de magnitude com a tem tica ambiental Ao considerar tal afirma o nos de frontamos na perspectiva do local com as cadernos metr pole 19 possibilidades do indiv duo em lidar com a degrada o ambiental e com as transforma es essenciais em sua rela o com a natu reza Nesse sentido as pr ticas sociais ins tituintes que lidam com a tutela ambiental v m buscando a implementa o do desen volvimento ecologicamente equilibrado Mas a partir da Constitui o Federal de 1988 que as condi es do processo de evolu o do tratamento conceitual da tem tica da quest o ambiental vem sendo expres sa A quest o do con
221. a o regional nos estados brasileiros delegando lhes o poder de instituir unidades regionais regi es metropolitanas aglomera es urbanas e microrregi es 4 Conforme o Artigo 41 da lei federal 10 257 2001 o plano diretor obrigat rio para cidades com mais de 20 mil habitantes cidades integrantes de regi es metropolitanas e aglomera es urbanas e para aquelas consideradas de interesse tur stico 5 A sub bacia do Guarapiranga envolve cerca de 630 km de rea engloba os munic pios de Cotia Embu Embu Gua u Juquitiba Itapecerica da Serra S o Louren o da Serra e S o Paulo A represa Guarapiranga segundo principal manancial de abastecimento de gua para a RMSP possui uma evidente import ncia sob o enfoque h drico A urbaniza o descontrolada hoje com aproximadamente 755 mil habitantes Censo 2000 atrav s de implanta o dos loteamentos de baixo padr o construtivo associados aus ncia de infra estrutura urbana tem provocado um grave aumento na polui o direta despejada nos cursos de gua que abastecem a represa comprometendo diretamente o abastecimento h drico de parte da RMSP Carnicelli 2007 6 O Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga cujo objetivo era recupe rar a qualidade das guas do manancial do reservat rio Guarapiranga implementou um ar ranjo institucional considerado inovador o qual compreendeu diversos agentes executores atuando de forma articulada entre e
222. a gua Tem peratura Ambiente Coliformes Totais e Fe cais Escherichia coli O n mero de coletas realizadas foi definido em fun o da poss vel variabilidade dos resultados assim os da dos foram analisados a partir da mediana dos resultados obtidos de forma a n o con siderar ou minimizar aqueles decorrentes de eventos pontuais Na Figura 2 s o identificados os pon tos de monitoramento da qualidade da gua analisados na presente pesquisa Para an lise da qualidade h drica foi adotado o ndice de Qualidade das guas IQA no qual s o considerados nove par metros Quadro 3 A partir dos resultados do IQA a qua lidade da gua bruta para abastecimento p blico pode ser classificada conforme o apre sentado na Tabela 1 Quadro 3 Par metros do ndice de Qualidade das guas IQA Par metros Unidade de medida Qualidade f sico qu mica Turbidez UNT Temperatura ES Oxig nio Dissolvido OD mg l O Potencial Hidrogeni nico pH Demanda Bioqu mica de Oxig nio mg l O Nitrog nio Kjeldahl mg I N Fosfato total mg l P S lidos totais mg l Qualidade bacteriol gica Coliformes fecais NMP 100 ml Fonte Cetesb s d cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 227 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Figura 2 Cartograma dos pontos de monitoramento de qualidade da gua no munic pio de Piraquara C
223. a Brasil catyburitioyahoo com br Erivaldo Moreira Barbosa Doutor em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande Professor do curso de Gradua o em Direito e do Programa de P s Gradua o Mestrado e Doutorado em Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande Para ba Brasil erifatQterra com br Jos Ot vio Aguiar Doutor em Hist ria e Culturas Pol ticas pela Universidade Federal de Minas Gerais Professor do curso de Gradua o e do Programa de P s Gradua o Mestrado em Hist ria da Universi dade Federal de Campina Grande Para ba Brasil jotavioaQterra com br cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 263 264 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar Notas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Dados coletados do relat rio apresentado confer ncia da Unesco sobre Recursos H dri cos Mundiais no despertar do s culo XXI em Paris nos dias 3 a 6 de junho de 1998 Cf PNUD 1997 Veja tamb m PETRELA 2001 pp 26 27 A Lei 6 938 81 define como o conjunto de condi es leis influ ncias e intera es de or dem f sica qu mica e biol gica que permite abriga e rege a vida em todas as suas formas Enquanto que a Cepal PNUMA em 1979 afirmara que meio ambiente o entorno biof si co que cont m a sociedade humana assim a dimens o
224. a Nessas reas as condi es de acesso a servi os de saneamento s o qua se sempre prec rias seja porque as redes e os servi os s o inexistentes seja porque funcionam com qualidade inferior quela da cidade formal A prolifera o dessas formas de moradia em terras fora do mercado for mal localizadas em encostas com riscos de deslizamentos ou beira dos c rregos v r zeas inund veis e reas de prote o de ma nanciais tem como uma de suas principais consequ ncias a degrada o dos recursos h dricos e o comprometimento da qualidade ambiental das metr poles Assim o enfrentamento do problema da conserva o dos recursos h dricos nos territ rios metropolitanos passa necessaria mente pela inclus o de parcela significativa da popula o na cidade legal capaz de cum prir normas urban sticas e na quest o da viabiliza o do acesso aos servi os nas pe riferias e nas favelas das metr poles Essas s o quest es cruciais quando se questionam os impasses enfrentados na gest o dos ser cadernos metr pole 19 vi os de infra estrutura urbana e de sanea mento no pa s Experi ncias recentes em gest o dos re cursos h dricos no Brasil como as que v m sendo implementadas na bacia dos rios Pi racicaba Capivari e Jundia nos estados de Minas Gerais e S o Paulo t m demonstrado a exequibilidade de medidas voltadas para o gerenciamento da demanda como forma de racionaliza o do uso da gua e solu
225. a O tempo curto eu vou ser respeitoso da vontade de almo o que parece ser dominante S tem um problema que ali s me foi causado pelo Dr Krieger Olha os mercados regionais eles conduzem a aumentar a globaliza o Ent o eles n o s o solu o para a globaliza o Eles s o um instrumento Eles fazem parte do processo Ent o temos que ir para outro lugar Isso uma coisa A outra coisa quando o Malta fala do aspecto positivo do neoliberalismo eu vou redarg ir perguntando se n o um sistema um sistema um sistema que funciona Ent o eu prefiro trabalhar com um sistema em vez de trabalhar com a sua manifesta o E essa resposta v lida para Janice que parte de premissa filos fica que exa tamente a que eu n o quero utilizar A p s modernidade uma grande palavra uma v cadernos metr pole 19 pp 15 25 1 sem 2008 palavra Porque ela leva a um tratamento adjetivo da realidade Eu prefiro um subs tantivo eu quero tratar a p s modernidade como um per odo hist rico que eu tenho que ver como um sistema temporal isto onde um certo n mero de a es em siste ma podem dar se sobre um certo n mero de objetos que tamb m existem em sistema Tenho que estudar se eu quero conhecer a totalidade da quest o Se n o eu vou ficar trabalhando com pedacinhos e elogiando os autores desses pedacinhos N o me interes sa isso Ora a dra Janice n o est aqui para ou vir a
226. a economia e o uso racional o aumento das dimens es dessas aglomera es urbanas tem provocado impactos extremamente negativos sobre os recursos h dricos em discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil consequ ncia dos despejos dom sticos e in dustriais de guas residu rias n o tratadas nos rios e tamb m devido impermeabiliza o do solo e ocupa o irregular das faixas marginais que acarreta um aumento de va z o m xima dos rios Assim al m da quest o do uso racional da gua a dimens o ambiental da susten tabilidade em reas urbanas envolve ainda a prote o e a conserva o dos mananciais atrav s da cria o de reas de preserva o de pol ticas adequadas para o uso e ocupa o do solo nessas reas e nas faixas marginais de rios do combate polui o na origem e ao desmatamento Essas duas dimens es uso racional da gua e prote o e conserva o dos manan ciais s o objeto de pol ticas e a es diferen ciadas que envolvem m ltiplos atores tanto da esfera p blica como da esfera privada Todavia apesar do car ter multifacetado dessa dimens o consideramos poss vel le vantar alguns indicadores que devem ser considerados na busca de uma gest o am bientalmente sustent vel da gua Com rela o ao uso racional um pri meiro indicador a ser considerado a ques t o das perdas no sistema de abastecimen to Esse indicador est rela
227. a a manuten o dos programas de fiscaliza o e monitoramento nas APRM Essas diretrizes indicam que as for mas de gest o descentralizadas das bacias hidrogr ficas dependem de uma articula o cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 efetiva entre os diversos atores e institui es atuantes no mbito daquele territ rio Nesse sentido as leis espec ficas devem orientar as pol ticas municipais de car ter local e as ambientais e setoriais de car ter regional e vice versa em um processo negociado buscando atingir os seus prin cipais objetivos preservar conservar e recuperar as reas de prote o dos manan ciais sem entretanto perder de vista as din micas socioespaciais e econ micas de cada bacia hidrogr fica Alvim 20077 Entretanto como evidenciam diver sas situa es concretas a efetiva o dos mecanismos institucionais de participa o descentralizada se expressa em pr ticas di versas consoantes com as circunst ncias conjunturais antecedentes e sobretudo com o grau de fortalecimento organizativo e a capacita o participativa dos diversos ato res ou inst ncias de poder envolvidos Em estudo comparativo sobre a di n mica de participa o do Comit do Al to Tiet e dos subcomit s de bacia Alvim 2003 destaca que cada segmento possui um conjunto de problemas distinto rela cionados principalmente s suas respectivas origens O segmento estado por meio das secretar
228. a de Saneamento Ambiental do Estado de S o Paulo s d ndice de qualidade das guas S o Paulo Dispon vel em lt http Awww cetesb sp gov br agua rios indice iap iga asp gt Acesso em 20 maio 2006 COELHO A C P 2004 Agrega o de novas vari veis ao processo de planejamento urbano e regional sob a perspectiva de gest o dos recursos h dricos Disserta o Mestrado em En genharia de Recursos H dricos e Ambiental Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paran Curitiba COELHO A CC HARDT L P A e FERNANDES C V S 2005 Agrega o de novas va ri veis ao processo de planejamento urbano e regional sob a perspectiva de gest o dos recursos h dricos International Congress on Environmental Planning and Management Environmental Challenges of Urbanization 1 Bras lia Proceedings Bras lia pp 1 20 COMEC Coordena o da Regi o Metropolitana de Curitiba 1999 Unidade Territorial de Planejamento do Guarituba Curitiba _ 2001 Plano de desenvolvimento integrado da Regi o Metropolitana de Curitiba documento s ntese para discuss o Curitiba 2005 Guarituba plano de desenvolvimento social e urbano Curitiba CONS RCIO PARAN SAN Projeto de Saneamento Ambiental do Paran 2000 Barragem Piraquara Il estudo de impacto ambiental Curitiba CROSTA A P 1999 Processamento digital de imagens de sensoriamento remoto Campinas Instituto de Geoci ncias da Universidade Est
229. a devido aos problemas de viol ncia urbana Apesar da signific ncia da equidade so cial no transporte dados que demonstram viol ncia urbana especificamente relacionada s viagens entre pontos de embarque de sembarque n o est o prontamente dispon veis e essa quest o n o comumente inclu da em pesquisas Origem Destino OD No entanto as observa es participativas em campo demonstraram que os usu rios de transporte p blico est o preocupados com sua exposi o viol ncia urbana e se valem de estrat gias para diminuir a possibilidade de serem v timas Essas estrat gias incluem a restri o de mobilidade de acordo com a hora do dia restringindo as viagens a pe r odos diurnos pagar transporte particular para per odos noturnos nibus escolar e transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia evitar caminhadas desacompanhadas o que implica uma perda de independ ncia Todas essas estrat gias provocam custos extras de cunho pessoal e econ mico para esses usu rios em especial para as usu rias de trans porte p blico Tempo Esse crit rio explora o tempo gasto nas viagens por modo de transporte e renda A diferen a de tempo gasto por modo altamente influenciada pela dist ncia entre a origem e o destino e pelo tipo de infra estrutura destinada a cada modo de trans porte Obviamente pessoas que vivem mais longe das localidades onde exe
230. a o entendimento da complexidade dos problemas ambientais urbanos dando insumos para a for mula o de pol ticas p blicas que tenham como meta o alcance de condi es socioambientais mais justas e equilibradas A metodologia ado tada foi a elabora o de um hist rico pertinen te institucionaliza o das quest es ambientais urbanas bem como a realiza o de um estudo acerca das causas dos conflitos socioambientais urbanos contempor neos Por fim buscou se sistematizar os principais problemas ambientais urbanos evidenciando sua conectividade Palavras chave problemas ambientais ur banos pol ticas p blicas assentamentos prec rios metr poles crescimento urbano cadernos metr pole 19 Lucia Sousa e Silva Luciana Travassos Abstract Urban environmental issues originate from the relationship between human settlements and their natural support Usually known as Brown Agenda these issues jeopardize the cities natural resources and lead to the loss of the urban population s quality of life This paper aims to contribute to the understanding of the complexity of urban environmental problems in order to assist the formulation of public policies that are committed with fair and balanced social and environmental conditions The chosen methodology was the elaboration of the history of the institutionalization of urban and environmental issues as well as research on the main causes of contemporary social and envi
231. a pr ximas rea urbana s o apro priadas pelo mercado da grande empresa seja para bairros fechados grandes centros de compras que refor am o uso do autom vel ou loteamentos populares e conjuntos habitacionais dos quais a popula o pobre se encontra segregada Entretanto os servi os ambientais es trat gicos s o mais eficazmente prestados por essas reas periurbanas e rurais Por isso devem manter baixa densidade cons trutiva e implanta o de usos agr colas mistos portes diferentes da arboriza o para diminuir as velocidades dos ventos em quadrantes determinados para n veis desej veis reflorestamento produ o de hortali as e frutas a cria o de ETES sob a forma reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental de wetlands e parques p blicos clubes de campo etc O uso habitacional deve ser o relacionado s pessoas que trabalham nas atividades locais Os loteamentos e condo m nios fechados ilegais devem ser cobrados monetariamente por repara es e compen sa es ambientais e em alguns casos ser demolidos O Estatuto da Cidade lei federal 10257 2001 consagra a cidade sustent vel social e ambientalmente considerando as sim a necessidade de saneamento ambiental mobilidade e moradia nas reas urbanas dos munic pios brasileiros A regulariza o fun di ria de interesse social tem suas repara es subsidiadas pelo poder p blico N
232. a resis t ncia da m quina p blica concretiza o dos direitos cidade e moradia Isso percept vel pela quase aus ncia de ZEIS nas leis de uso e ocupa o do solo e das exig n cias de alto custo social econ mico e social geradas pela burocratiza o da regulariza o fundi ria e urban stica tornada lei pelo Estatuto das Cidades mas ainda com resul tados de pouca abrang ncia social A regula riza o fundi ria urban stica e ambiental co mo atribui o municipal deve ser embasada em avan os vis veis nas a es acima em cada munic pio especificamente atrav s de defi ni o legal de exig ncias a serem reconheci das pelos entes federais e estaduais necess rio um esfor o de toda a so ciedade organizada para cobrar do poder p blico municipal a qualifica o da adminis tra o p blica relacionada ao planejamento e gest o do territ rio A gest o municipal plena somente se concretiza com processos ativos de partici pa o e controle social que possibilitam a reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental transpar ncia no processo de licenciamento de atividades privadas e na decis o sobre as pol ticas projetos obras e legisla o municipal A prefeitura tem obriga o de consti tuir um sistema de informa o e um cadas tro multifinalit rio com atualiza o peri dica dos dados sobre os terrenos privados logradouros e outr
233. a vi rio quanto ao grau de adequa o ao meio ambiente quanto ao grau de adequa o ao meio urbano de acordo com o impacto sobre a infra estrutura urbana com o impacto sobre a vizinhan a e quanto ao impacto sobre a morfologia urbana Guia elaborado pela Caixa Econ mica Federal e o Instituto Polis 2002 Jos Afonso Silva define a paisagem urbana como a roupagem com que as cidades se apre sentam a seus habitantes e visitantes Defini o encontrada in Figueiredo e Silva 1998 10 Segundo o art 225 da Constitui o Federal de 1988 todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder p blico e coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es Nesse sentido importante compreender que o su jeito que poder vir a ser afetado pelo dano ao meio ambiente n o pode ser efetivamente individualizado e portanto agir em nome pr prio caracterizando um direito difuso O conceito de direito coletivo difuso pode ser definido em Jos Afonso da Silva 1997 como de interesse social coletivo e que amplia o alcance da pr pria tutela do direito Interesses ou direitos difusos assim entendidos os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunst ncias de fato 11 Segundo Freitas 1999 p 289 dos interesses metaindividuais u
234. ad ais 07 06 6L 68 gr LU 8v L6 Spe Su ND 6 16 EG END Zrnp 8E 86 TOO Ou EDM Sop 250f S OD ap 133245 sieyuld Sop sor ogs 68 ES FELL HOH 99 89 Srop 99 L LVLL 79 E6 EL 9S 19 L8 exis 0 9 SEIL T5 L6 cosa 1000 se sg 8 ECH I rg G t S9 86 100 qY Steyuid SOP sof S oidpruniy ap ai sjeyu d SOp 9so OLS SIE 8869 6t Ll bits ET L6 GC 19 HCH z798 eg tp Lo G9 E1 89 G t 20 SE S6 Zo 6500 seg 81 S6 KO HK v0 68 SE 86 INS og gue ory ordpiunw Ins op odueig oly Sp G t 69 9 Eh ad or s8 p9 80 06 SC Ku ECH s E6 L6 86 6 dr cog Sr 0 Lh c6 ae Ke 8L78 97 98 90 66 Eupen odp eyuipueynd 86 ps Lv SL Sp LVEL Wd LVLL SC oi DG EIN SL ES Ko E9 IS Ze 66 56 1 89 60 0 EI 89 6 v8 c6 GO 8 Ze SU Ip seneg ond domm seseg ogend G t DER LS 8 8 09 FI DCH Ed v6 06 Z9 Lv 659 Kei KE WE T t6 8659 8zz 0 ug Zeep EL 06 To rg GC L6 L6 ouegin eqnyueng esenbestg jeny aued pesenbeuta L6 LS 00 5Z suo BULL 85 96 EIKD L9 6L 60 6 Pros Sg Dach KO ES 17 936 Ke Dau 06 88 Koch EZ Z6 z064 68 L6 WOU esenbelt euegin au4 esenbeltd 98 59 Wad SEL DCH 58 9 6 LU LE 6L adi Wu Zeg 68 E8 oC Wo EE 96 SCH ELZ O Wad v9 96 Top ZC 98 L6 s8 L6 900 072 steyu d oIdPIUNIN dp 1912S SIBqUId 9171 SC KH T6 6L PS L6 SC og LT 98 05 L6 T9 19 Lh v6 9 06 LOT9 Ke WK SUR 80 0 OZ E6 B id Hir HS E 09 86 S00 GY Seu OIdDIUNIA ap Ion steyuid SH EI SE 6L TANTA 11 396 96 6L Wa L6 6 SCC az E8778 LEZS ZS LL 6 96 0 89 9EL 0 tr og ES L6 Em HK Der 95 86 00 GaY Seyuld d n ap 197245 steyutd Gu 67 0
235. adas junto aos prestadores de servi os Com rela o ao uso de aparelhos poupado res os dados relativos ao consumo m dio de gua podem indicar uma maior ou menor exist ncia desses aparelhos Relacionamos tamb m duas outras a es de uso racional da gua que s o im portantes mas que est o fora da responsa bilidade direta dos prestadores dos servi os ado o de aparelhos poupadores em novas instala es prediais e paisagismo poupador de gua para parques e jardins Com rela o prote o e conserva o dos mananciais existem a es realizadas no mbito da presta o de servi os de sanea mento que s o essenciais dentre as quais est o aquelas relacionadas coleta tra tamento e disposi o adequada das guas residu rias A universaliza o e o funciona mento adequado desses sistemas de esgo tamento sanit rio tanto da coleta como do tratamento s o condi o necess ria para preservar a qualidade dos corpos h dricos em reas urbanas A refer ncia b sica para avaliar a uni versaliza o dos servi os de guas residu rias seria a dos dados do Censo Demogr fico do IBGE de popula o atendida por sistemas adequados de esgotamento sanit rio Vale lembrar por m que essas informa es s o baseadas nas respostas dadas pelos mora dores que nem sempre sabem caracterizar corretamente o sistema de esgotamento que existe em seu domic lio e na sua rua Frequentemente os moradores n o sabe
236. adernos metr pole 19 de Vida Urbana territ rio infra estrutura complementam se O ndice de Vulnerabilidade Social apresenta o quanto a popula o de cada Unidade de Planejamento est vulner vel exclus o do conjunto das cinco Dimen s es de Cidadania apresentadas por Nahas 2005 p 12 Ambiental acesso habi ta o e acesso infra estrutura b sica Cultural acesso escolaridade Econ mica acesso renda e acesso ao trabalho Ju r dica acesso assist ncia jur dica e Segu ran a de Sobreviv ncia acesso sa de seguran a alimentar e previd ncia social A vulnerabilidade social de acordo com Filgueiras 2005 se expressa em v rios aspectos debilidade dos mercados de tra balho trabalho assalariado prec rio quan tidade de trabalhadores sem seguridade so cial e emprego de baixa qualidade pobreza e indig ncia crescentes deteriora o dos indicadores distributivos progresso incom pleto na equidade de g nero Esses fatores associados incorrem na prolifera o de as sentamentos prec rios em reas de suporte natural fr gil O ndice de Qualidade de Vida Urbana apresenta a oferta e a acessibilidade possi bilidade espacial de acesso da popula o a servi os e recursos urbanos Abastecimento Assist ncia Social Cultura Educa o Es portes Habita o Infra estrutura Urbana Meio Ambiente Sa de Seguran a Urbana e Servi os Urbanos Considera es
237. adernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 O crescimento desordenado atrelado s tipologias de apropria o do territ rio resulta na estrutura o de um ambiente urbano de baixa qualidade ambientalmente desfavor vel e suscet vel a riscos Din mica do sistema ambiental urbano O processo hist rico e social da urbaniza o incorre em novas formas de produ o e consumo da cidade Tabela 1 resultando em contradi es entre o ambiental e o so cial Ao constituir o espa o da urbaniza o e da reprodu o social a cidade assume uma forma f sica a partir da qual se constatam por es territoriais carentes e problem ti cas sob o ponto de vista social e ambiental Conforme Costa 2000 p 60 os proces sos sociais urbanos traduzem diferentes for mas de sociabilidade e novos usos para os espa os A a o antr pica atrelada tipologia de apropria o do espa o da cidade resulta em um dos principais aspectos indutores de reas de risco de escorregamento As reas urbanas foram consideradas o tipo de ocupa o com os maiores da nos sociais e econ micos potenciais por possu rem densidades populacionais mais elevadas e maior concentra o de obras de infra estrutura Augusto Fi lho e Wolle 1996 p 56 poss vel avaliar a forma o de reas de risco de escorregamentos em encostas ur banas a partir da an lise dos elementos urba nos que promovem a configura o espacial e din mica de
238. ades Florian polis CEPED UFSC IPT BRASIL F de P D 2004 Territ rio e territorialidades das pol ticas sociais Curso Governan a Democr tica Gest o Social O que h de novo Curitiba IPARDES CTD v 3 In CARNEI RO C B L COSTA e DINIZ B L orgs 2004 Gest o Social O que H de Novo Belo Horizonte Funda o Jo o Pinheiro v 1 BUSSO G 2002 Vulnerabilidad sociodemogr fica em Nicaragua un desafio para el creci miento econ mico y la reducci n de la pobreza Santiago de Chile CEPAL Serie Poblaci n y Desarrollo 29 CASTELLS M 2000 A quest o urbana S o Paulo Paz e Terra cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 57 58 michelli beduschi e carlos mello garcias CERRI L E S 1993 Riscos geol gicos associados a escorregamentos uma proposta para a preven o de acidentes Rio Claro 197p Tese de Doutorado IGCE Unesp Apud CERRI L E da S AMARAL C P do 1998 Riscos Geol gicos In OLIVEIRA A M S e BRITO S N A de Geologia de Engenharia Cap 18 S o Paulo Associa o Brasileira de Geologia de Engenharia CERRI L E da S e AMARAL C P do 1998 Riscos geol gicos In OLIVEIRA A M dos S e BRITO S N A de Geologia de Engenharia Cap 18 S o Paulo Associa o Brasileira de Geologia de Engenharia COSTA H S de M 2000 Desenvolvimento urbano sustent vel uma contradi o de termos Revista Brasileira de Estudos Urbanos
239. ades sociais nas cidades necessidade dos munic pios constitu rem um sistema de gest o democr tica das cidades atra v s da constitui o de esferas p blicas municipais setoriais e regionais com participa o popular com poder de pp 67 79 1 sem 2008 71 72 elo ra carvalho de ara jo decis o sobre a aplica o dos recursos p blicos implementa o de pol ticas p blicas de media o e negocia o dos conflitos ambientais urbanos Saule Jr 1999 pp 43 48 A partir dessas considera es o que se apresenta em discuss o a preocupa o com a qualidade na cria o de espa os urbanos e na transforma o de territ rios e sua ade qua o ao meio ambiente das cidades o que depende da devida compatibilidade de usos Como resultado da constru o de uma nova abordagem quanto preserva o am biental e pr tica de uma pol tica urbana nas cidades brasileiras diferentes enfoques prioridades e estrat gias para a articula o entre a ordem ambiental e urbana resulta ram na formula o de novos instrumentos como o caso do Estudo Pr vio de Impacto de Vizinhan a As solu es atuais de projetos desen volvidas por arquitetos brasileiros v m re for ando uma linguagem universal de valo riza o e preserva o do ambiente natural e cultural buscando a harmonia com a cidade e seus moradores e a pessoas como parte intr nseca da natureza Os investimentos p blicos sejam na cons
240. ados termos sinon micos em sentido amplo Procedimento organizado com inten o de escolher a melhor alternativa para atingir deter minado fim Assim deve apresentar claramente os objetivos diagn sticos levantamento de dados elabora o de planos alternativos compara o de alternativas decis o pro grama o implementa o e controle No mbito espacial pode ser nacional estadual municipal ou global regional e local ou amplo e setorial No prisma temporal aparece na forma de longo m dio e curto prazo Ag ncias Reguladoras em sentido amplo qualquer rg o da Administra o Direta ou entidade da Administra o Indireta com fun o de regular as mat rias que lhe s o afetas Decreto 2 487 98 arts 1 e 2 Lei 7 0033 01 totalmente revogada Lei 7 033 01 Cap tulo I art 1 cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 das interfaces entre a environmental history e o direito ambiental 16 Lei Estadual de guas 17 Lei que criou a Secretaria Extraordin ria do Meio Ambiente dos Recursos H dricos e Minerais 18 Lei 7 779 05 Cap tulo l art 1 19 Decreto n 26 234 05 inciso l 20 Lei 7 779 05 art 3 21 Lei 7 779 05 art 4 22 Lei 7 779 05 art 1 23 Lei 7 033 01 art 1 24 Lei 7 779 05 art 7 25 Lei 7 033 01 art 3 c c 4 26 Lei 9 433 97 art 1 Vl e Lei 6 308 Refer ncias BOBBIO N 1999 Dicion rio de pol tica
241. adual de Campinas IG Unicamp FRANCO M A R 2001 Planejamento ambiental para a cidade sustent vel 2 ed S o Paulo Annablume Funda o de Amparo Pesquisa do Estado de S o Paulo Fapesp GLCF Global Land Cover Facility 1994 Imagem de sat lite LandSAT TM 5 rbita 220 ponto 78 de 18 de julho de 1994 Dispon vel em lt http glcfapp umiacs umd edu index shtml gt Acesso em 15 jan 2006 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 241 242 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt GLCF Global Land Cover Facility 2000 Imagem de sat lite LandSAT ETM 7 rbita 220 ponto 78 de 05 de julho de 2000 Dispon vel em lt http glcfapp umiacs umd edu index shtml gt Acesso em 15 jan 2006 GROSTEIN M D 2001 Metr pole e expans o urbana a persist ncia de processos insusten t veis S o Paulo em Perspectiva v 15 n 1 pp 13 19 jan mar GUERRA A J T e CUNHA S B 2000 Degrada o ambiental In GUERRA A J T e CUNHA S B orgs Geomorfologia e meio ambiente 2 ed Rio de Janeiro Bertrand Bra sil pp 337 379 GUIMAR ES J L B 2000 Rela o entre a ocupa o do solo e o comportamento hidrol gico da bacia hidrogr fica do rio Pequeno S o Jos dos Pinhais PR Disserta o Mestrado em Engenharia Florestal Setor de Ci ncias Agr rias da Universidade Federal do Paran Curit
242. age rainwater sewage garbage collection The matter of water management sustainability in urban areas implies reconciling two perspectives to improve the quality of environmental sanitation services and to conserve water resources preserving urban rivers This study is based on a review of the notion of sustainability present in the studies of the Eurowater Water21 research group which define sustainability from three dimensions environmental economic and ethical granting users the possibility of participating in the elaboration of public policies Keywords metropolitan regions environmental sanitation water resources urban environment integrate water management urban environmental sustainability cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 124 ana l cia britto e bernard barraqu Introdu o Nossa proposta de discuss o da Gest o Sus tent vel da gua em reas Urbanas se situa na interface entre a denominada gest o de recursos h dricos e a gest o de servi os de saneamento ambiental enquanto a primei ra se refere s atividades de aproveitamen to conserva o prote o e recupera o da gua bruta em quantidade e qualidade a segunda concerne aos servi os de abasteci mento de gua pot vel coleta e tratamento de esgotos e drenagem pluvial Trata se de dois sistemas distintos em termos legais pol ticos e institucionais sendo o setor de saneamento ambiental um usu rio da gua
243. ais da Regi o Metropolitana de Curitiba observa se a redu o de espa os com solos expostos e agricultura 65 e o incremento de co bertura florestal 18 indicando que em 1994 aqueles espa os foram substitu dos por florestas e reflorestamentos ou em ou tras situa es por reas urbanizadas Diante das observa es anteriores pode se afirmar que para a manuten o da qualidade ambiental do munic pio de Pira quara e para a garantia do abastecimento de gua de Curitiba e regi o metropolitana imprescind vel o conhecimento das caracte r sticas de ocupa o das rela es socioam bientais e das suas influ ncias no processo de planejamento e gest o do uso e ocupa o do solo bem como das suas consegu ncias sobre a qualidade de vida da popula o e so bre o equil brio ambiental da rea urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran Coelho Hardt e Fernandes 2005 prop em com base na resili ncia dos siste mas ambientais e nos seus usos m ltiplos a agrega o de novas vari veis ao processo de planejamento urbano e regional destacando a import ncia da considera o tanto da uti liza o racional da terra quanto da disponi bilidade de gua para o estabelecimento de crit rios com vistas adequada gest o ter ritorial e ao apropriado gerenciamento dos recursos h dricos Ressalta se que a simples prote o am biental n o garante adequado n
244. al e do Programa de Mestrado em Gest o Urbana da Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Paran Brasil carlos garciasQpucpr br Refer ncias ARA JO G H de S ALMEIDA J R de e GUERRA A J T 2005 Gest o ambiental de reas degradadas Rio de Janeiro Bertrand Brasil AUGUSTO FILHO O e WOLLE C M 1996 Cartas de risco de escorregamentos uma propos ta metodol gica e sua aplica o no munic pio de Ilhabela SP Solos e Rochas S o Paulo n 19 pp 45 62 BEDUSCHI M 2007 As quest es sociais e ambientais no urbano perspectivas para o orde namento territorial a partir do gerenciamento de reas de risco Monografia do Curso de P s Gradua o MBA em Sistema de Gest o Ambiental Curitiba PUCPR BORELLI E 2007 Urbaniza o e qualidade ambiental o processo de produ o do espa o da costa brasileira Revista Internacional Interdisciplinar Interthesis Florian polis n 1 v 4 Dispon vel em lt http www interthesis cfh ufsc br interthesis7 05_v4n1 _ interthesis pdf gt Acesso em 10 de janeiro de 2008 BRASIL Minist rio das Cidades Capacita o em Mapeamento e Gerenciamento de Risco 2006 Curso dist ncia de capacita o de t cnicos e gestores municipais no mapeamento e ge renciamento de riscos de deslizamentos em encostas e inunda es Programa de Preven o de Riscos do Programa Urbaniza o Regulariza o e Integra o de Assentamentos Prec rios do Minist rio das Cid
245. al exclusion and environmental justice Bristol Policy Press MCKENZIE C 2003 Transport Modernity and globalization In ROOT A ed Delivering sustainable transport a social science perspective Oxford Pergamon NEWMAN P e KENWORHTY J 1999 Sustainability and cities overcoming automobile dependence Washington Island Press NTU Associa o Nacional de Transportes Urbanos 2006 Pesquisa Mobilidade da Popula o Urbana Dispon vel em http ntu org br novosite arquivos RelatorioMobilidade2006 pdf Acessado em 10 de maio 2007 ONAGA M 2003 O alto custo dos im veis em Brasilia Correio Braziliense Bras lia July 6th PAVIANI A 1998 A constru o injusta do espa o urbano In PAVIANI A org A conquis ta da cidade movimentos populares em Bras lia Bras lia Editora UnB cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia PICKUP L e GIULIANO G 2005 Transport and social exclusion in Europe and USA In DONAGHY K P POPPELREUTER S e RUDINGER G eds Social dimensions of sustainable transport Burlington Ashgate ROOT A 2003 Morphing mobility a methodological critique In ROOT A ed Delivering sustainable transport a a social science perspective Oxford Pergamon SEDUH Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habita o 2005 In
246. aliza o de pol ticas p blicas em reas fr geis s o evidentes Qual quer que seja o padr o de desenvolvimento que se deseja alcan a escolhas pol ticas de ganhos e perdas ocorrer o em rela o aos aspectos que envolvem crescimento econ mico equidade social e preserva o dos re cursos naturais Ferreira 20083 p 32 Como se depreende os conflitos am bientais embora se expressem localmente evocam atua o das esferas estadual ou mes mo nacional uma vez que o meio ambiente n o est sujeito aos limites pol tico adminis trativos e na maioria das vezes se trata de um problema comum aos v rios munic pios ou seja um problema de car ter regional e ou metropolitano preciso entender ao mesmo tempo a quest o ambiental global mente e em suas interfaces com as outras escalas de atua o identificando em cada caso como a gest o deve ser encaminhada incluindo os n veis de interven o que forem necess rios para atuar naquele determinado problema Esse o desafio da integra o que deve ser enfrentado Nesse sentido a articula o das pol ticas p blicas do n vel regional s a es locais um dos aspectos fundamentais a ser perseguido pelas institui es e pelos atores envolvidos no processo de recupera o das bacias hidrogr ficas Como toda pol tica de natureza p blica a ent o pol tica estadual de recursos h dri cos apresenta interfaces de interesses n o apenas
247. am lias 23 02 Em sua maioria s o reas cont guas ao p lo O Grupo 5 caracterizado por baixa vul nerabilidade apresenta redu o significativa em praticamente todas as vari veis Como esperado h um aumento nas propor es de idosos e consequentemente de chefes idosos j que a grande maioria desse tipo de rea se encontra em Curitiba Tamb m apesar de ocorrer uma eleva o no grau de informalidade prov vel que nesse caso essa informalidade esteja associada a pro fissionais liberais com alguma qualifica o espec fica Esse grupo engloba o maior n mero de reas 26 correspondendo a 23 21 do total sendo que somente 3 se localizam fora do p lo Tamb m envolve o maior n mero de pessoas num total de 734 4 mil 26 93 e 225 3 mil fam lias 27 56 Finalmente o Grupo 6 classificado co mo de baix ssima vulnerabilidade compos to por reas onde s o pequenas as propor es de pessoas e ou fam lias em situa o de vulnerabilidade e se distancia consideravel mente das demais reas S o espa os privi legiados dentro da RMC no que se refere a praticamente todos os indicadores estu dados Ou seja os que representam desvan tagem social s o pouco expressivos para o conjunto das reas desse grupo Somente tr s vari veis possuem propor es maiores ou semelhantes aos demais grupos quais sejam percentagem de chefes idosos percentagem de idosos e grau de
248. am consideradas uma solu o habitacional provis ria e ile cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 gal desprezadas urbanisticamente raz o pela qual o poder p blico n o via sentido em mensur las e ou delimit las fisicamen te Ainda segundo Abreu ibid foi a par tir da d cada de 1930 que o poder p blico se deu conta oficialmente de que uma nova geopol tica havia se instaurado na cidade Tendo ainda como mote principal a quest o da salubridade as administra es p blicas iniciaram a partir de 1940 uma s rie de levantamentos nas favelas com o objetivo de cadastrar seus habitantes e transferi los das reas valorizadas da cidade para os assenta mentos populares a serem constru dos Os instrumentos de planejamento o vi s urban stico e o ambiental Apesar dos primeiros atos legislativos do poder p blico sobre o espa o urbano do Rio de Janeiro datarem do s culo XVI Cavalcan ti 1997 2004 a ocupa o das encostas e a apropria o dos corpos d gua s vieram a constituir objeto da legisla o muito tempo depois As primeiras normas estabelecidas para a cidade estavam relacionadas orde na o edil cia no n cleo urbano n o direta mente direcionadas ordena o urban stica O exame da legisla o urban stica e edi l cia produzida a partir do final do s culo XIX at os dias atuais permite perceber que a evolu o do pensamento urban stico no Rio de Janeiro apresenta cara
249. amanho da fam lia e do im vel ou quando da co habita o familiar Borelli 2007 p 5 discute a quest o das rela es entre urbaniza o e qualida de ambiental e relata em seu estudo que a qualidade dos servi os de saneamento e a elimina o de res duos s lidos s o direta mente proporcionais renda da popula o residente em uma localidade Para Castells 2000 apud Borelli 2007 p 12 a cidade enfocada como a proje o da sociedade no espa o e o con junto de uma estrutura urbana pode ser entendido como o resultado da intera o entre quatro elementos fundamentais a popula o o ambiente a tecnologia e a organiza o social esta ltima incluindo institui es e pr ticas sociais A an lise se reporta a uma formaliza o dos processos observados atrav s de sua codifica o nes tes quatro elementos O Brasil est estampado nas cidades Sendo o pa s elas s o a s ntese das po tencialidades dos avan os e tamb m dos problemas do pa s Nossas ci dades s o hoje o l cus da injusti a so cial e da exclus o brasileiras Nelas es t o a viol ncia a baixa escolaridade o din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais prec rio atendimento sa de as m s condi es de habita o e transporte e o meio ambiente degradado a nova face da urbaniza o brasileira Villa a 2008 p 28 A l gica de re jprodu o do espa
250. ambiental dizer caracterizam se pela autonomia admi nistrativa fraca subordina o hier rquica mandato fixo estabilidade dos seus dirigen tes e autonomia financeira Segundo Di Pietro ibid a inova o que as ag ncias reguladoras v m desenvol vendo a de assumir os poderes na con cess o na permiss o e na autoriza o que anteriormente era praticado pela pr pria administra o p blica direta na qualidade de poder concedente E esse papel vem sen do realizado quando o objeto da concess o um servi o p blico ou explora o de ati vidade econ mica monopolizada conforme os arts 21 XI e XII e 1777 respectivamente Observe se inclusive que a introdu o for mal do instituto da regula o se concretiza com a introdu o da Emenda Constitucional n 08 de 15 de agosto de 1995 que no art 1 modificou o art 21 XI da Carta Federal de 1988 quando exigiu que fosse criado um rg o regulador para os servi os de telecomunica es Outrossim outra Emenda Constitucional n 09 de 9 de no vembro de 1995 que alterou o 82 do art 177 da Carta Federal tamb m obrigou que se criasse um rg o regulador para o se tor de hidrocarbonetos monopolizado pela Uni o Salienta se ent o que a Constitui o de forma expressa apenas autorizou esses dois casos ou seja todas as outras ag ncias federais criadas no pa s foram por via do Congresso atrav s de leis ordin rias N
251. amente No final de seu mandato em 1956 Kubitscheck organizou um concurso nacio nal para o plano da nova capital apoiado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil IAB O regulamento do concurso pedia apenas os princ pios b sicos do plano e uma mem ria justificativa e estava completamente conec tado ao valor simb lico dessa nova cidade O concurso exigia ainda que o plano fosse totalmente diferenciado das demais cidades brasileiras afastando se do tradicional ur banismo colonial do Brasil O projeto vencedor de L cio Costa se estruturava em 23 itens cada um descre vendo um aspecto da cidade Obviamente transporte era um dos mais importantes componentes do plano e um dos mais ino vadores tamb m Oito itens eram totalmen te devotados explana o de como o trans porte e a mobilidade se desenvolveriam na capital Os aspectos mais significativos do transporte no plano de L cio Costa s o cru ciais para o entendimento da situa o atual do transporte em Bras lia e especialmente do Plano Piloto O plano prop s 1 Dois ei xos principais que teriam faixas de tr fe go r pido e sem interse es destinadas ao transporte motorizado 2 A separa o en tre o tr fego motorizado e o de pedestres 3 Espa os significativos para os autom veis no centro da cidade 4 Aus ncia do uso misto de solo Figura 1 Croquis representando a id ia inicial para os eixos estruturadores da cidade e o plano esquem t
252. ando uma f rmula de rela o entre os par metros urban sti cos definidos nessa legisla o a metragem da sub rea no munic pio e os par metros urban sticos definidos pela lei municipal 3 reas de Recupera o Ambiental s o ocor r ncias localizadas de usos ou ocupa es que estejam comprometendo a quantidade e a qualidade das guas exigindo interven es urgentes de car ter corretivo S o subdividi das em I rea de Recupera o Ambiental 1 ARA 1 ocorr ncias de assentamentos ha bitacionais de interesse social desprovidos de infra estrutura de saneamento ambiental Il rea de Recupera o Ambiental 2 ARA 2 s o ocorr ncias degradacionais previa mente identificadas pelo Poder P blico que exigir dos respons veis a es de recupe ra o imediata do dano ambiental devem ser objetos de Programas de Recupera o de Interesse Social PRIS que ser o elabo rados pelo Poder P blico em parceria com agentes privados quando houver interesse p blico Essas reas por serem considera das transit rias n o foram imediatamente definidas pela lei espec fica cadernos metr pole 19 No n vel local a partir de exig ncias recentes advindas do Estatuto da Cidade os munic pios v m instituindo um processo de planejamento urbano e formulando no vos planos diretores que buscam orientar o desenvolvimento de forma sustent vel incorporando princ pios de justi a social e de direito
253. andonaram suas terras que naquele mo mento n o possu am nenhum valor comer cial e seguiram o percurso at a cidade onde pudessem encontrar outra forma de sobreviver Milhares de nordestinos famin tos e com sede tiveram que se submeter a um for ado nomadismo em dire o ao Sul cadernos metr pole 19 Maravilha ou a Amaz nia Promissora regi es m ticas que se tornaram no imagi n rio nordestino horizontes de expectativas para solucionar os problemas que enfrenta vam no semi rido brasileiro importante observar neste ponto que essa migra o n o se deu exclusiva mente por conta de fatores clim ticos ou da seca Ela se calcou tamb m nos regimes de centraliza o da propriedade dos recur sos h dricos por parte de uma elite secular que comandava as rela es de mando locais e a sucess o pol tica ao n vel dos estados A Revolu o pol tica de 1930 centralizou o poder na Presid ncia da Rep blica indican do interventores designados para o lugar dos antigos presidentes de Estado na ten tativa de quebrar o poder das elites locais organizadas Meio ambiente e recursos h dricos Define se comumente meio ambiente co mo um sistema que envolve rela es com plexas que contornam e acolhem os seres vivos Os recursos naturais e as institui es O conceito por m carece de melhor com preens o A ONU Organiza o das Na es Unidas 2005 define o ecossistema pelo
254. ar uma confus o entre justi a consumerista e justi a social Em diferentes pa ses europeus a experi ncia de tarifica o por blocos crescentes teve como efeito imprevisto a agrava o das desigualdades sociais no acesso aos servi os penalizando com tarifas maiores as fam lias com v rios filhos que evidentemente consomem mais gua mas que nesses pa ses n o s o neces Sariamente aquelas de maior renda Al m da quest o da dimens o de aceita bilidade social da sustentabilidade tica con sideramos importante agregar outras dimen s es que n o s o tratadas pela metodologia Eurowater Water21 A primeira delas diz respeito generaliza o do acesso aos servi os tema que n o se coloca no contexto eu ropeu onde nas reas urbanas os servi os j est o universalizados h d cadas Assim sustentabilidade tica deve ter como princ pio servi os prestados totalidade da popula o urbana o que significa 100 de domic lios atendidos com gua e com esgoto Uma outra dimens o que deve ser le vada em conta refere se ao controle social da gest o dos servi os que pode ser ava liado atrav s da exist ncia de inst ncias de participa o social na gest o dos servi os Estas devem ser organizadas pelos atores p blicos isto governos estaduais ou mu nicipais na forma de Conselhos Municipais e ou Estaduais No Brasil segundo a Lei das guas Lei n 9 433 1997 que define a Pol tica Nac
255. arro 457 800 m de vias 114 450 m transporte privado de estacionamentos n o restri es circula o de ve culos particulares o 1 3 pessoas por carro gt g transporte p blico nibus e metrovi rio nibus em tr fego misto Ed A bicicletas n o h E cal adas de qualidade vari vel de acordo com a rea cal adas pedestres melhores no centro e cal adas ruins na maioria das cidades sat lites nenhuma rua de pedestre ou passeios tarifas n o integradas di tarifas dos nibus cobradas por dist ncia metr tem tarifa nica transporte p blico ENE 5 programas especiais viagens gratuitas para idosos e deficientes descontos para estudantes viagens de metr com 50 de desconto nos finais de semana amp Leeft de mobilidade 1 4 viagens por pessoa por dia n veis de mobilidade variam de acordo 3 com a renda 3l 37 por t te privado motorizado 33 por t te p blico 8 viagens por modal por transporte privado motorizado 33 por transporte p blico 30 por modos n o motorizados 5 444 mortes em 2002 viol ncia urbana uma realidade para pessoas Z acidentes de tr nsito que andam a p e ou usam transporte p blico especialmente as mulheres N o o 5 e a plo S tempo gasto nas viagens viagens de nibus s o 4 vezes mais longas que as de carro em m dia SE ob 84 das viagens s o por motivo de trabalho e estudo 3 para gt amp motivo da viagem i es alimenta
256. artido socialis ta para debater o tema do meio ambiente de forma transversal envolvendo v rios setores relacionados A agenda das pol ticas de meio ambien te est sempre associada a v rios temas que dizem respeito transversalmente a v rios sujeitos como a educa o o turismo a sa de a agricultura a pecu ria a ind stria a gera o de energia o com rcio o lixo hospitalar as novas tecnologias gera o de emprego e renda e outros No entanto at ent o n o existe uma agenda comum ou transversal que seja elaborada pelos atores implicados para a implementa o de uma pol tica coerente para o meio ambiente Na pr tica cada setor se ocupa da sua agenda e interv m pontualmente ou eventualmente na agenda de um outro setor Talvez esteja enganado mas a est um objeto de pesqui sa ausente das an lises das administra es e na metodologia de gest o do Estado Em todo caso um objeto que deve ser pesqui sado no sentido da politiza o No plano local as experi ncias de po l tica transectorial tamb m encontram um terreno f rtil ou seja existem diferentes setores imbricados por uma agenda comum para levar a termo uma certa pol tica p bli ca O problema que as redes que se cons tituem na maior parte dos casos s o rela es entre o Estado e a sociedade civil orga nizada N o haveria ent o uma configura o sistem tica de rede intergovernamental cadernos metr pole 19 pp
257. as guas De acordo com Bollmann 2003b o escoamento das guas de chuva carrega materiais org nicos e inorg nicos soltos ou sol veis para os mananciais aumentando significativamente sua carga de poluentes cuja origem diversificada Contribuem pa ra o seu aparecimento a abras o e o desgas te das vias p blicas pelo tr fego veicular li xo acumulado nas ruas e cal adas res duos org nicos de p ssaros e animais dom sti cos atividades de constru o res duos de combust vel leos e graxas automotivos poluentes atmosf ricos etc Dentre os prin cipais poluentes citados encontram se os cadernos metr pole 19 metais pesados bact rias mat ria org ni ca hidrocarbonetos provenientes do petr leo produtos t xicos e aqueles veiculados pelo ar e depositados sobre as superf cies urbanizadas Para Aisse Bollmann e Garcias 2003 o ambiente urbano tamb m prof cuo na compacta o do solo e em altera es topo gr ficas provocadas pelas movimenta es de terra escava es e aterros que modificam a superf cie de drenagem natural e desconfi guram a paisagem natural Segundo Lima 1986 a cobertura ve getal um fator importante na produ o de gua em uma bacia hidrogr fica pois exerce influ ncia nos processos hidrol gicos de in tercepta o transpira o infiltra o e per cola o Dentre as tipologias de vegeta o pp 221 243 1 sem 2008 224 patr cia costa pelli
258. as reas p blicas uso e ocupa o do solo urbano e rural e cria o de uma base para fiscaliza o e para uma pol tica tribut ria A gest o municipal precisa maior con trole sobre as finan as municipais Isso poss vel com a cria o de mecanismos de ar recada o municipal atrav s da recupera o para o interesse p blico da valoriza o das propriedades privadas gerada pelas pol ticas e obras p blicas e da riqueza gerada pelas atividades privadas em seu territ rio Dessa forma ser constitu do um poder municipal que tenha relativa autonomia em rela o aos poderes estaduais e federal O Plano Diretor municipal precisa con ter uma vis o do futuro que a popula o reconhe a e com a qual se identifique bem como objetivos e metas relacionadas a in dicadores claros e per odos de tempo de terminados e a defini o de uma estrutu ra institucional de planejamento Somente dessa forma ser poss vel que a C mara Municipal e outros mecanismos de controle social tenham condi o de verificar sua efe tiva implementa o As iniciativas locais e mundiais de revi s o dos paradigmas para enfrentamento das mudan as clim ticas s o ainda de pequeno impacto positivo cadernos metr pole 19 Na Am rica Latina o ICLEI Local Govenments for Sustanaibility Cities for Climate Protection tem 37 membros en tre eles 13 brasileiros Belo Horizonte Be tim Curitiba Palmas Porto Alegre Rio de Janeiro San
259. as a democracia se afirma no imagin rio da sociedade na sua luta coletiva e no conjunto dos movimentos sociais com mais intensidade e resultados concretos desde o final dos anos 70 Com todas as conquistas sociais dos l timos anos a sociedade brasileira conheceu no plano local muitas experi ncias de demo cracia participativa e de controle social sobre o Estado e isso fez avan ar a democratiza o das rela es da sociedade com rela o ao Estado No entanto n o se avan ou sufi cientemente na democratiza o das rela es internas do Estado ou intragovernamentais pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado isso quer dizer que n o se conseguiu demo cratizar o Estado Enquanto o discurso de democratiza o v lido para a sociedade o modelo de gest o do Estado continua sen do burocr tico centralizado hier rquico e mesmo autorit rio apesar das reformas de moderniza o No Brasil como em outros pa ses ocidentais as formas p s modernas de organiza o social n o s o acompanha das de formas p s modernas de Estado Chevallier 2004 O interesse que move esse debate est centrado no desenvolvimento de um novo modelo de gest o do Estado que esteja ba seado num sistema de redes do tipo ho rizontal e fundado sobre os princ pios de democracia participativa Pateman 1992 Hirst 1992 para coordenar e pilotar as pol ticas p blicas O
260. as at o ano 2020 Para que os objetivos anteriormente citados sejam atingidos novos referenciais novas tecnologias novas formas de opera o e manuten o dos sistemas de gest o urbana da gua passam a ser discutidos e colocados em pr tica com base em uma con cep o de gest o integrada de recursos h dricos que surge a partir da necessidade de preserva o das reas de prote o de ma nanciais de abastecimento Essa concep o envolve uma abordagem multissetorial compreendendo os diferentes setores relacionados direta e indiretamente ao uso da gua como abastecimento para uso p blico capta o para uso industrial esgotamento sanit rio e drenagem pluvial e gest o do uso e ocupa o do solo Den tre os novos referenciais a perspectiva de aumento continuado da oferta de gua que orientava a gest o dos servi os de abasteci mento vem sendo substitu da por uma pers pectiva de gest o da demanda Al m disso a quest o da conserva o dos recursos h dri cos vem ganhando novas dimens es sendo refor ada a necessidade de preserva o das reas de prote o de mananciais e das faixas marginais o que implica a necessidade de constru o de a es intersetoriais Aos poucos foi se construindo uma vis o do que seria uma gest o sustent vel das guas que implica conciliar duas pers pectivas at muito recentemente vistas co mo opostas fornecer gua em quantidade adequada para o consumo
261. as conceituais e deveria ser numa quantidade suficiente para lan ar m o de t cnicas estat sticas para determinar o grau de associa o entre elas Foram seleciona das algumas vari veis que indicam desvan tagens sociais relativas a grupos de pessoas estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba e unidades dom sticas que podem se referir tanto a fam lias como a domic lios e em al guns casos ao agrupamento de pessoas As vari veis com os componentes econ micos sociais e demogr ficos a escala de domic lios fam lias ou grupos de pessoas foram traduzidos inicialmente em 21 indicadores apresentados no Quadro 1 Todos os indicadores foram calculados tendo como refer ncia espacial as reas de Expans o da Amostra IBGE podendo des sa forma identificar para aqueles munic pios maiores sua heterogeneidade interna Metodologia de tipiPica o e agrupamento A tipologia e o agrupamento das 112 re as da RMC foram obtidos por dois m todos estat sticos multivariados an lise fatorial por componentes principais e an lise de agrupamento O objetivo da utiliza o des sa t cnica identificar a partir de uma s rie de vari veis socioecon micas e sociodemo gr ficas previamente selecionadas as quais seriam as mais relevantes para estabelecer uma tipologia das reas de expans o dentro da RMC no que se refere vulnerabilidade social e construir um ndic
262. as e abertas Tratamento dos dados Foi primeiramente criado o banco de dados utilizando se o programa EPI INFO vers o 6 0 WHO 1994 Na etapa de an lise utilizando se o mesmo programa foram obtidas as fre qu ncias dos resultados em todas as ques t es Posteriormente foram realizados cruzamentos entre as vari veis de modo a obter a identifica o de associa es estat s ticas entre elas Utilizou se como m todo de avalia o estat stico um estudo de asso cia es onde os valores do x e o valor de p foram considerados para a identifica o da signific ncia das associa es Nos cruzamen tos onde os valores de p foram inferiores a 0 05 p lt 0 05 as associa es foram con sideradas significantes e concluiu se haver correla o entre os comportamentos O interesse em investigar a presen a de correla es estat sticas m ltiplas entre as vari veis levou realiza o da ltima etapa de avalia o uma an lise estat stica de mul tivari ncia utilizando se o m todo da an lise can nica atrav s do programa SPSS vers o 8 Tabachnick e Fidelli 1989 cadernos metr pole 19 Discuss o Conceitos A dimens o e a complexidade do termo meio ambiente urbano t m gerado dificuldades nas tentativas de identificar racionalizar e medir a intensidade das vari veis ambientais e seus impactos Entretanto urgente o combate deteriora o das condi es urba nas que em muitos casos part
263. as em atividades de produ o e repro du o Villa a 1998 Os lugares de morar trabalhar ou praticar qualquer atividade hu mana s o espacialmente definidos por estru turas feitas para o movimento de pessoas e produtos que s o basicamente as redes de transportes que facilitam as rela es entre essas atividades No contexto da acessibilida de diferentes localiza es no espa o urbano t m diferentes valores dependendo do seu cadernos metr pole 19 n vel de acessibilidade a outras localiza es importantes onde as atividades de produ o e reprodu o acontecem Isso tamb m se aplica a localiza es com maior acessibi lidade a infra estruturas como os sistemas de transporte que permitam o acesso a essas localiza es importantes Aquele que possui um espa o na cidade n o possui ape nas uma unidade habit vel ele adquire uma dist ncia que conecta seu espa o a outras localidades Lefebvre 1991b E dist ncia tempo n o apenas para o deslocamento de uma pessoa mas da adi o de todos os deslocamentos al m dos custos de todos os membros de uma fam lia Villa a 1998 Isso significa que diferentes classes sociais produzem e mais importante consomem o espa o de maneiras diferenciadas e que as rela es de conflito entre ricos com mais op es de acesso e pobres com menos op es de acesso s o reproduzidas no espa o urbano Considerando esse contexto uma dis puta fundamental no es
264. as florestadas e os cursos d gua definidos legalmente como reas urbanas de preserva o permanentes Trata se de estudo ainda em curso parte do processo de pesquisa de doutorado do Programa em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro PROARQ FAU UFRJ iniciado em 2007 que visa fornecer subs dios para a elabora o de pol ticas p blicas que aproximem as quest es urbana e ambiental e tenham como foco a prote o de paisagens O alcance das reflex es aqui apresentadas n o se pretende definitivo ao contr rio por se tratar de tema abrangente e pouco estudado diz respeito ao momento atual da pesquisa em fase de levantamento de dados as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 Antecedentes percep o atitude e Pormas de apropria o Defesa do territ rio lugar de cultos religio sos alternativa de moradia s reas inund veis e insalubres ou ao n o lugar destina do aos pobres na cidade foram algumas das fun es desempenhadas pelas montanhas cariocas no processo de urbaniza o da cida de Durante longo per odo ap s o abandono da ocupa o inicial no Morro do Castelo as montanhas ainda cobertas por florestas mantiveram se dissociadas da rea urbana que emolduravam Para a cultura dominante a floresta nas montanhas da cidade assim como os morros isolados os rios as lagoas e os p n tanos que permeavam a escassa rea urbana p
265. aterializa o do risco Segundo Rodriguez 2001 uma pessoa vulner vel porque pode ser lesiona da o mesmo que se diz de uma aerona ve que vulner vel ao ataque inimigo ou de uma determinada esp cie que vulner vel voracidade de outra Al m disso a invulne rabilidade est na prote o total de for as cadernos metr pole 19 op 191 219 1 sem 2008 externas causadoras de danos Entre esses dois p los h um gradiente determinado pelos recursos pessoais ou alternativas pa ra que se possa enfrentar o efeito externo neste caso quanto maior a disponibilidade de recursos ou de op es menor a vulne rabilidade A no o de risco ent o torna se relevante para o estudo da vulnerabilidade j que a situa o de vulnerabilidade implica a possibilidade de ocorr ncia ou presen a de um evento adverso seja ele de qualquer na tureza para a unidade de refer ncia Um dos usos mais correntes da no o de vulnerabilidade refere se a grupos espe c ficos de popula o sendo utilizado para identificar grupos que se encontram em si tua o de risco social ou seja compostos por indiv duos que devido a fatores pr prios de seu ambiente dom stico ou comunit rio s o mais propensos a enfrentar circunst n cias adversas para sua inser o social e de senvolvimento pessoal ou que exercem algu ma conduta que os leva a maior exposi o ao risco Rodriguez 2001 sugere que a no o de
266. baixa renda assentamentos prec rios A ocorr ncia de um evento Tabela 2 adverso envolvendo solo rocha e ou gua geol gico bem como o comportamento desses elementos geot cnico integra a tem tica reas de risco de car ter geol gico geot cnico em encostas urbanas pp 49 66 1 sem 2008 51 52 michelli beduschi e carlos mello garcias Quando um fen meno geol gico gera perdas e danos sua denomina o aci dente e quando n o gera evento Diz se que uma rea suscet vel a um fen meno geol gico quando existe a possibilidade da sua ocorr ncia evento enquanto que o termo risco empregado quando existe a possibilidade de o evento ser acompanhado de perdas e ou danos ou seja incorrendo em um acidente Vertamatti e Ara jo 1990 caracte rizam como fatores intervenientes Tabe las 3 4 e 5 e causadores dos processos erosivos a remo o de cobertura vegetal a concentra o de gua decorrente de im permeabiliza o de superf cies as a es antr picas sobre o meio ambiente as al tera es geomorfol gicas e outros mais como o relevo o clima a geologia e prin cipalmente a pedologia da regi o caso em que a g nese dos solos vem a ser um fator preponderante Lima 2001 p 26 Os fatores que influenciam o quadro erosivo s o interdependentes e constituem um n mero relativamente elevado S o eles fatores clim ticos natureza do terre no relevo
267. bres para tor nar fact veis as enormes possibilidades que o mundo oferece o melhor lugar a cidade porque nela todos est o juntos E o fato de estarem juntos cria um novo patamar quer dizer uma transforma o quase ideol gica do homem urbano a partir dessas situa es de cara a cara dessa convivialidade for a da e que produtora de conflitos mas que obriga a uma discuss o cotidiana a respeito do que presente e do que futuro a uti liza o das possibilidades existentes que n s temos que conhecer para poder fazer delas outra coisa para torn las fact veis E antes de torn las fact veis preciso produzir as id ias um equ voco fazer o que se est fa zendo hoje Essa condena o de id ias que s o praticamente proibidas H praticamen te uma proibi o de pensar neste mundo de hoje H um pensamento subordinado e temos que romper com essa suposta exi g ncia dos que comandam o mundo Ora a primeira coisa pensar repensar a me tr pole repens la a partir do mundo como ele do mundo como ele pode ser como ele poder ser como ele ser H rebeldia da metr pole em aceitar a globaliza o e se mostra em 40 60 20 mil casos concretos cadernos metr pole 19 pp 15 25 1 sem 2008 Parece me que fundamental se n s que remos construir um sistema de pensamento que seja suscet vel de se tornar um sistema de a o Eu pe o desculpas por j ter passado um min
268. bruta No entanto quando se trata de regi es densamente urbaniza das esses dois sistemas de gest o passam a ser estreitamente inter relacionados pois o principal uso de recursos h dricos o abaste cimento urbano que passa a demandar cada vez mais gua em quantidade e qualidade e ao mesmo tempo constitui o seu principal problema lan amento de efluentes sem tra tamento nos corpos h dricos e ocupa o de rea de prote o dos mananciais A quest o da sustentabilidade da gest o das guas em reas urbanas implica conciliar duas perspectivas que at muito recente mente eram vistas como opostas melhorar a qualidade dos servi os de saneamento am biental universalizando o acesso gua em quantidade e qualidade para os diferentes usos e conservar os recursos h dricos pre servando a qualidade dos rios urbanos Partimos da hip tese de que a gest o da gua em reas metropolitanas no Brasil enfrenta impasses relativos preserva o dos recursos h dricos e universaliza o do cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 acesso aos servi os de saneamento A su pera o dos impasses s ocorrer quando forem efetivamente adotados nas pr ticas de gest o dos servi os e dos recursos os novos paradigmas de sustentabilidade que v m sendo aplicados internacionalmente Nesse sentido os indicadores de sustenta bilidade se tornam instrumentos fundamen tais para monitorar e avaliar se as pr tica
269. ca e es pecificidades no Eixo Sul Heloisa Soares de Moura Costa organizadora Geraldo Magela Costa Jupira Gomes de Mendon a Roberto Luis de Monte M r colaboradores Editor Fernando Pedro da Silva Belo Horizonte C Arte DOUROJEANNI A e JOURAVLEV A 1999 C E P A L Comisi n Econ mica para Am rica Latina y el Caribe Gesti n de cuencas y r os vinculados con centros urbanos IBGE 2002 Pesquisa de informa es b sicas municipais suplemento de meio ambiente cadernos metr pole 19 pp 165 190 1 sem 2008 189 190 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo IPEA 2002 Gest o do uso do solo e disfun es do crescimento urbano Bras lia IPEA s rie de 6 volumes JOURAVLEV A 2003 Los municipios y la gesti n de los recursos h dricos Serie Recursos Naturales e Infraestructura CEPAL Comisi n Econ mica para Am rica Latina y el Caribe n 66 LABORAT RIO DE HIDROLOGIA COPPE UFR J 1996 Plano Diretor de Recursos H dricos da Bacia dos Rios Igua u Sarapu com nfase no Controle de Inunda es SERLA Rio de Janeiro LACERDA N et al 2005 Planos Diretores Municipais Aspectos legais e conceituais Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais v 7 n 1 maio LOWBEER J D e CORNEJO I K 2002 Instrumento de gest o integrada da gua em reas urbanas Subs dios ao Programa Nacional de Despolui o das Bacias Hidrogr
270. cente a transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia Ceil ndia e estuda noite em uma faculdade particular localizada em um centro comer cial de Taguatinga Ela utiliza nibus e vans como seus principais modos de transporte A quarta participante Simone a mais jo vem do grupo com 19 anos de idade Ela vive em Ceil ndia trabalha durante o dia na Asa Sul e estuda Administra o noite na mesma faculdade de Adriana em Taguatin ga Ela utiliza principalmente os nibus A diversidade de atividades os locais de ativi dades e modos de transporte prov em uma ampla quantidade de exemplos de viagens diferentes assim como as necessidades de safios e diferentes estrat gias utilizadas pa ra superar os problemas de transporte Os resultados das observa es foram usados para ilustrar os dados estat sticos da pes quisa Origem Destino e foram integrados an lise de dados A Tabela 1 sintetiza os dados coletados sobre Bras lia e a equidade social no trans porte de acordo com os crit rios definidos anteriormente Tabela 1 Bras lia crit rios para a sustentabilidade social no transporte o SS Plano Piloto 256 064 habitantes 12 5 da popula o total amp tempo gasto nas viagens Cidades sat lites 1 795 082 hanitantes 87 5 da popula o total E total 2 051 146 habitantes 46 da popula o n o possui c
271. centros industriais do mundo desenvolvido a pecu ria intensiva nos Estados Unidos e na Europa e os arrozais na China no Sudeste Asi tico e na ndia Na Am rica do Sul haver o efeito da deple o das florestas pelo desmatamento e diminui o da oferta h drica Como as mudan as clim ticas em curso promovem maior n mero de eventos extre mos furac es e tempestades e tamb m o aumento do n vel dos mares haver gran de impacto no litoral densamente ocupado Lembramos que grandes metr poles brasi leiras encontram se no litoral sujeitas por tanto a esses impactos Tavares explica que press es atmosf ricas muito bai xas ventos extremamente fortes agua ceiros cont nuos ondas altas invadindo os continentes e represando as guas continentais provocam efeitos devas tadores ceifando vidas destruindo edifica es e arruinando a economia 2004 p 65 pp 99 121 1 sem 2008 105 106 laura machado de mello bueno O autor reitera que grandes enchentes s o previs veis porque nas por es planas a jusante em v rios lugares a pluviosidade tam b m ir crescer e a subida do n vel do mar afogar progressivamente as desembocaduras dos rios constituindo um obst culo para o escoamento das gua pluviais 2004 p 73 Estudos sobre necessidades habitacio nais demonstram que as reas com maior n mero de habita es prec rias insalubres ou em risco encontram s
272. cesso gua um direito social e que um sistema sustent vel econo micamente deve construir solidariedades entre os usu rios que se organizam para garantir este direito No Brasil a quest o da inadimpl ncia tema mais profundo e merece uma an lise meticulosa Todavia vale lembrar que em diferentes situa es pode se comprovar que quanto maior a aceitabilidade social dos servi os menor a inadimpl ncia mesmo junto aos usu rios de baixa renda Para avaliar a aceitabilidade social preciso conhecer a estrutura tarif ria do prestador de servi os e avaliar o peso que ela exerce sobre as despesas mensais de uma fam lia As informa es sobre a estru tura tarif ria existentes no SNIS envolvem apenas as tarifas m dias praticadas N o existem informa es sobre as tarifas sociais fundamentais para a avalia o da dimens o tica da sustentabilidade A principal ques t o que se coloca quem pode se beneficiar da tarifa social isto como os prestadores definem o perfil do usu rio de baixa renda e como um usu rio nessas condi es pode reivindicar esse direito Cada empresa de fine essas condi es de forma diferenciada os documentos exigidos para se cadastrar nessa categoria nem sempre s o facilmente obtidos pelos usu rios e a falta de informa o faz com que muitos moradores de bai xa renda da cidade n o reivindiquem seus direitos Com rela o ao tipo de tarifica o importante evit
273. ci ncia e aplica o 2 ed Porto Alegre Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul RACANICCHI R M Z 2002 Influ ncia da implanta o de esta o de tratamento de esgoto na recupera o da qualidade de curso d gua Disserta o Mestrado em Engenharia Civil Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho Ilha Solteira ROLNIK R e SAULE N orgs 2002 Estatuto da Cidade guia para implementa o pelos mu nic pios e cidad os Bras lia Instituto P lis Caixa Econ mica Federal CEF C mara dos Deputados Coordena o de Publica es SANTOS A R dos 2002 Metodologia cient fica a constru o do conhecimento 5 ed Rio de Janeiro DP amp A SOUZA M L 2002 Mudar a cidade uma introdu o cr tica ao planejamento e gest o urba nos Rio de Janeiro Bertrand Brasil SUDERHSA Superintend ncia de Desenvolvimento de Recursos H dricos e Saneamento Am biental 2000 Levantamento aerofotogram trico e cartogr fico da bacia hidrogr fica do Alto Igua u Curitiba Fotos a reas Escala 1 10 000 Fx 28 SWYNGEDOUW E 2001 A cidade como um h brido natureza sociedade e urbaniza o cyborg In ACSELRAD H org A dura o das cidades sustentabilidade e risco das pol ticas urbanas Rio de Janeiro DP amp A pp 83 104 TUCCI C E M HESPANHOL e CORDEIRO NETTO O M 2003 Cen rios da gest o da gua no Brasil uma contribui o para a vis
274. cidade como extens o urbana cont nua extravasa os limites do pr prio munic pio enquadrando v rios munic pios conurbados ou n o no desenho de uma ni ca cidade a metr pole Para outros autores Philippi Jr e Zulauf 1999 cabe aos munic pios n o s assumir claramente sua parte como tam b m estabelecer coopera o e parcerias com a Uni o os estados o Distrito Federal e outros munic pios no encaminhamento de a es voltadas ao fiel cumprimento dos preceitos constitucionais uma vez que as responsabilidades a respeito das quest es ambientais est o colocadas sobre todos os entes federativos Esses mesmos autores ibid observam que com a resolu o Conama no 237 97 os munic pios interessados em ampliar seus espa os de contribui o passam a ter as di retrizes necess rias para o exerc cio da com pet ncia de licenciamento ambiental e para a integra o da atua o dos rg os compe tentes do Sistema na execu o da Pol tica Nacional de Meio Ambiente Ressaltam en tretanto que para o exerc cio dessa impor tante fun o a Resolu o estabelece que os entes federados para exercerem suas compet ncias licenciadoras deve r o ter implementado seus Conselhos Municipais de Meio Ambiente com ca r ter deliberativo e participa o social e ainda possuir em seus quadros ou a sua disposi o profissionais legalmente habilitados Ressaltam ainda ibid p 78 que pa ra at
275. cidir apenas sobre a rea de prote o paisag sti ca da VI RA Lagoa alterando somente a reda o do Decreto E5457 1972 De toda forma deu origem na reda o do Decreto 322 1976 fixa o das alturas das edifica es em rela o s cotas de soleira O Decreto 322 1976 ainda em vigor modificou definitivamente o padr o constru tivo urbano e induziu a um fracionamento ainda maior das normas de uso e ocupa o urbanas a partir de ent o estabelecidas por reas de planejamento sem que o aspecto paisag stico da cidade ou seus diversos con textos sociais fossem considerados As nor mas concebidas para ordenar o territ rio de modo geral aparentam ter sido institu das a partir de uma vis o da cidade em duas di mens es desconsiderando as caracter sticas diferenciadas do suporte f sico e dos contex tos sociais as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 Esse decreto formulou padr es cons trutivos generalizantes que produziram um adensamento construtivo com s rias impli ca es clim ticas e ambientais e acabaram por possibilitar a impermeabiliza o dos ter renos edificados comprometendo os siste mas de drenagem e percola o Vale lembrar que na trilha da toma da de consci ncia em rela o s quest es ambientais o Decreto 322 1976 instituiu a Zona Especial 1 ZE 1 estabelecida como rea de reserva florestal na qual ficaram proibidos loteamen
276. cionado s a es dos prestadores de servi os de saneamento sejam eles empresas p blicas estaduais ser vi os municipais ou empresas privadas Ele pode ser avaliado atrav s do SNIS que le vanta informa es junto a esses prestadores onde s o apresentados quatro indicadores que representam uma composi o de perdas reais f sicas e aparentes n o f sicas j que no Brasil com raras exce es os pres tadores de servi os n o costumam separar as perdas de gua nos dois componentes Os quatro indicadores permitem avaliar as perdas dos sistemas que comprometeriam o uso racional da gua Os indicadores s o os seguintes o ndice de Perdas de Faturamen to que calculado pela rela o entre os vo lumes faturados e os disponibilizados para distribui o e os indicadores de perdas na distribui o que relacionam o volume con sumido e o disponibilizado para distribui o que s o o ndice de Perdas na Distribui o ndice Bruto de Perdas Lineares e o ndice de Perdas Por Liga o Outros indicadores do SNIS tamb m contribuem para uma melhor avalia o do uso racional da gua nos sistemas O pri meiro deles o ndice de Hidrometra o que estabelece a rela o entre quantidade de liga es ativas de gua rede p blica e a quantidade dessas liga es que se encontra hidrometrada revelando a capacidade de mi cromedi o dos sistemas Vale lembrar que o hidr metro mais do que um instru
277. con mica est dire tamente ligada possibilidade de os servi os serem prestados com qualidade particular mente no que tange ao bom funcionamen to das infra estruturas Quando os servi os s o sustent veis do ponto de vista econ mi co o prestador tem capacidade financeira para operar e manter adequadamente os sistemas evitando por exemplo desperd cio de gua extravasamento de esgotos e funcionamento inadequado das esta es de tratamento desses esgotos Al m disso importante assinalar os riscos de uma dimi nui o muito r pida do consumo avaliada pelos ecologistas como uma virtude e uma condi o para a sustentabilidade ambiental Nesses casos o operador dever aumentar as tarifas pois ele n o ser capaz de um dia para outro reduzir seus custos fixos Coloca se ent o a quest o da aceitabilidade social das tarifas dimens o importante da sustentabilidade tica que discutiremos a seguir Revela se assim a estreita interface entre as diferentes dimens es da sustentabi lidade pois a sustentabilidade econ mica condi o para a sustentabilidade ambiental cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 e a sustentabilidade tica condi o da sustentabilidade econ mica Essa interface mostra a dificuldade de compatibilizar as tr s dimens es de uma gest o sustent vel da gua O terceiro E sustentabilidade tica A sustentabilidade tica envolve a rela o com os usu rios
278. concentrou na neces sidade da produ o habitacional stricto cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 sensu para pessoas necessitadas deixando a dimens o urbana relegada a um segundo plano O acelerado processo de urbaniza o verificado nos 20 anos que separam as duas confer ncias contudo fez com que novas quest es fossem introduzidas na pauta de preocupa es da ag ncia como a irregu laridade e precariedade dos assentamentos populares a necessidade de expans o das infra estruturas e dos servi os urbanos o controle e o tratamento de res duos a polui o ambiental e a degrada o decorrente do processo de expans o urbana dentre outras Rolnik e Saule Jr 1997 A incorpora o paulatina de temas urbanos fez com que a ag ncia gradativamente transformasse seu papel inicial de prestador de assist ncia produ o habitacional Essa mudan a de mentalidade marcou n o apenas a Segunda Confer ncia sobre Assentamentos Humanos como tamb m o produto dela derivado a Agenda Habitat No contexto brasileiro a Agenda 21 Global e a Agenda Habitat contribu ram para a elabora o da Agenda 21 Brasileira espe cialmente no que tange ao eixo tem tico de nominado Cidades Sustent veis Incorporan do os objetivos que se referem promo o do desenvolvimento sustent vel dos assen tamentos humanos o documento apresenta propostas no sentido de introduzir a dimen s o ambiental nas pol ticas urba
279. conforto e vida sociocultural e para o apoio reprodu o do capital na produ o circula o e troca sistemas de energia co munica o e transporte de mercadorias e trabalhadores centros de consumo dispo nibilidade de gua e remo o de res duos Ao mesmo tempo o ambiente constru do objeto de interesses econ micos espec ficos os propriet rios de terra e edif cios os in corporadores imobili rios o capital finan ceiro envolvido com a produ o de espa os e as empresas construtoras dos edif cios privados e das obras de infra estrutura a maioria financiada pelo fundo p blico O ambiente urbano fortemente impactado pelos investimentos p blicos Particularmente na defini o de pol ti cas p blicas o meio urbano mobiliza uma rede de interesses presentes tanto no apare lho estatal quanto nas organiza es empre Sariais criando uma permeabilidade entre a formula o e implementa o das pol ticas p blicas e os interesses desses setores no capital A isso se soma a manipula o dos instrumentos de licenciamento pelo poder econ mico Nossas cidades s o resultado da es trutura social caracterizada por diferentes condi es de vida e de acesso a servi os e equipamentos urbanos A crise habitacional brasileira caracteriza se pela exist ncia de reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental Tabela 1 Principais metr poles brasileiras D
280. cos de S o Paulo Lei n 7633 1991 quanto a no va Lei Estadual de Prote o dos Mananciais Lei n 9866 1997 legisla es que incidem sobre os recursos h dricos do estado de S o Paulo sobre as reas que protegem os mananciais estaduais de abastecimento de gua incorporam a bacia hidrogr fica como unidade de gest o e planejamento Ou seja a responsabilidade da gest o dessas unida des do f rum coordenador da bacia ou sub bacias os comit s ou subcomit s de ba cia Entretanto os territ rios em que atuam esses f runs s o tamb m orientados por outras legisla es e pol ticas setoriais defini das nos distintos n veis de governo em que o Brasil se organiza Para Silva 2002 o modelo de gest o das bacias hidrogr ficas ainda que com n fase nos recursos h dricos aliado possibi lidade de articula o s inst ncias institu das pela Constitui o Federal regi es metro politanas aglomera es urbanas e microrre gi es podem vir a configurar um caminho alternativo organiza o regional Na Bacia do Alto Tiet rea que pra ticamente coincide com a RMSP a insti tui o do Comit de Bacia Hidrogr fica do Alto Tiet em meados da d cada de 1990 e de suas inst ncias descentralizadas cin co subcomit s de bacia Cotia Guarapiranga Billings Tamanduate Tiet Cabeceiras Juqueri Cantareira e Pinheiros Pirapora possibilitou aproximar a atua o dos prin cipais orga
281. cro bacia A bacia hidrogr fica um elemento estruturador para projetos de drenagem e de esgotos Ao mesmo tempo incorpora as reas consolidadas as reas periurbanas e as reas rurais de um munic pio ou metr pole possibilitando uma vis o abrangente e integrada dos problemas atores e solu es A integra o entre as escalas local e regional tem como elemento estruturador a territo rialidade da bacia hidrogr fica aplicada nas escalas macrometropolitanas e detalhada atrav s das sub e microbacias at a escala da propriedade agr cola e dos bairros urba nos A gest o ambiental municipal e regional apoiada na bacia hidrogr fica capaz de de tectar e dar respostas adequadas a diferen tes situa es socioambientais existentes no territ rio conforme os diferentes trechos da bacia Encontram se desde nichos ecol gicos preservados atividades agropecu rias na periferia atividades dispersas de apoio aos centros urbanos at reas urbanas de cadernos metr pole 19 grande densidade Cada um desses compar timentos pode ter reas contaminadas e de gradadas que necessitam diferentes a es O aprimoramento da gest o ambien tal nos n veis municipais com maior rigor e capacitar o permite que o interesse local tenha reconhecimento na defini o da me lhoria do meio ambiente e despolui o da rede h drica A mudan a de s culo trouxe consigo em todos os continentes novas vis es pa ra O tratamento
282. cter sticas peculia res l gica urban stica de in cio norteada por quest es relacionadas salubridade e fortemente subordinada ao pensamento hi gienista passou a incorporar gradativamente as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 preocupa es relativas apar ncia do con junto urbano ao ordenamento das ativida des e usos delimita o entre o dom nio p blico e o privado e tentativa de solu o do problema habitacional da classe prolet ria atrav s do estabelecimento de padr es m nimos de habitabilidade Ao longo do processo de expans o da cidade o crescimento urbano e a configura o da paisagem formal no Rio de Janeiro foram pautados por diversos instrumentos legais c digos de posturas decretos e leis imperiais leis org nicas e complementares planos diretores leis e decretos federais estaduais e municipais espec ficas seto riais c digos de obras regulamentos de zoneamento parcelamento e de edifica es projetos de estrutura o urbana e reas de preserva o do patrim nio natural e cultural APAs e APACs Conforme apontou Resen de 1996 esses instrumentos editados pa ra controlar e ordenar o uso e a ocupa o as constru es e o parcelamento da terra urbana privada superpuseram se na falta de um instrumento que os integrasse dei xando transparecer a aus ncia de unidade no planejamento da cidade A partir da d cada
283. ctiva a interativi dade e o inter relacionamento entre os diferentes elementos do ambiente n o querem dizer indivis o A den ncia da desigualdade ambiental sugere uma distribui o desigual das partes de um meio ambiente de diferentes qualidades e injustamente dividido A no o de risco ambiental vai al m da simples compreens o dos crit rios t cni cos definidos por especialistas das diversas reas relacionadas com a quest o ambiental Ela muda de grupo social para grupo so cial bem como ao longo do tempo Torres 1997 Assim alguns indiv duos e fam lias s o mais vulner veis que os demais quando expostos a algum risco ambiental Da a im port ncia da identifica o pr via desses gru pos o que foi realizado no item anterior cadernos metr pole 19 Existe consenso entre os especialistas de que a r pida urbaniza o aumenta o risco dos desastres naturais A demanda por solo para a expans o da cidade provoca o apro veitamento de terras impr prias e expostas a riscos naturais o r pido crescimento im plica um aumento das edifica es muitas vezes mal constru das ou com manuten o prec ria assim como o aterro dos canais de drenagem natural a localiza o de in d strias e de materiais perigosos nas zonas urbanas s o algumas caracter sticas urbanas que se constituem como amea as adicionais no caso dos desastres Nas ltimas d cadas o fen meno cli m tico El Ni o trouxe efeitos adversos
284. cutam suas atividades di rias fazem viagens mais lon gas mas o tempo gasto depende especial mente do modo de transporte usado e de qu o privilegiado esse modo em termos de infra estrutura Motivo da viagem Em geral popula es de baixa renda viajam menos por motivos de lazer que pessoas mais abastadas As causas d o duas 1 o transporte por motivo de trabalho e edu ca o j consome uma por o consider vel da renda e o lazer n o uma prioridade 2 popula es pobres t m menos op es de lazer A falta de lazer n o um pro blema de transporte em si pois depende de outros n veis de planejamento pol tico econ mico e urbano tamb m relaciona dos equidade social No entanto os da dos de motivo de viagem por camada de renda podem apoiar pol ticas p blicas que distribuam essas atividades mais homoge neamente pela cidade cadernos metr pole 19 Esses crit rios n o pretendem esgotar as quest es sobre sustentabilidade social no transporte mas apenas indicar aspectos que as influenciam Al m disso apesar de estar claro que a exclus o social no transporte n o depende exclusivamente da renda familiar mas tamb m de idade g nero limita es pessoais entre outros este estudo se con centra mais intensamente nas disparidades econ micas e suas influ ncias na dimens o social do transporte Antecedentes hist ricos de Bras lia Antes de apresentar os dados coletados so bre Bras lia
285. d 0 695 0 714 0 044 0 195 Tempo resid ncia 0 152 0 007 0 051 0 269 Sexo 0 271 0 208 0 369 0 403 Idade 0 141 0 032 0 854 0 975 Escolaridade 0 061 0 078 0 089 0 091 vari ncia 0 18 0 13 total 0 31 Redund ncia 0 07 0 03 total 0 10 Grupo 2 Ru do 0 719 0 253 Aus ncia de ru do 0 568 0 280 0 534 0 506 Sensibilidade 0 473 0 019 N vel de ru do 0 801 0 375 Susto 0 429 0 010 Janelas 0 500 0 028 Inc modo 0 260 0 264 0 411 0 177 N vel de inc modo 0 683 0 412 0 313 0 471 Costume 0 540 0 098 Interfer ncia 0 465 0 041 Ouvir som 0 503 0 193 Ler 0 543 0 104 Falar 0 394 0 106 Dormir 0 591 0 111 Doen a pr pria 0 627 0 152 Doen a na fam lia 0 590 0 334 vari ncia 0 31 0 05 total 0 31 Redund ncia 0 12 0 01 total 0 13 Correla o 0 625 0 463 Foi tamb m identificada uma correla o entre sexo idade das pessoas e com portamentos tais como baixa prioridade aus ncia de ru do nas proximidades da re sid ncia inc modo proveniente do ru do e o n vel de inc modo Portanto as pessoas mais novas e as do sexo feminino s o as que menos priorizam a aus ncia de ru do nas cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 proximidades de uma futura resid ncia sen do entretanto as que mais se sentem inco modadas e em maior intensidade A associa o entre pessoas mais jovens e o fato de se sentirem mais incomodadas com o ru do mostra se congruente com um dos resultados obtido e
286. da gua em reas metropolitanas A explicita o da metodologia dos tr s Es e os indicadores aqui apresentados nos mostra o quanto as tr s dimens es sustentabili dade econ mica sustentabilidade ambiental e sustentabilidade tica est o imbricadas sendo portanto invi vel orientar e avaliar cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 139 140 ana l cia britto e bernard barraqu a gest o das guas privilegiando apenas vendar essas rela es complexas e discutir uma dessas dimens es Os indicadores aqui escolhas e caminhos para a constru o des apresentados ajudam sem d vida a des sa gest o sustent vel e integrada Ana L cia Britto Ge grafa doutora em urbanismo professora do Programa de P s Gradua o em Urbanismo PROURB da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ Rio de Janeiro Brasil anabrittoOrionet com br Bernard Barraqu Engenheiro doutor em socioeconomia urbana diretor de pesquisa junto ao Centre International de Recherches sur l Environnement et le D veloppement CIRED da cole Nationale du G nie Rural des Eaux et des For ts ENGREF Paris Fran a barraqueQengref fr Notas 1 Este trabalho se insere em um projeto de coopera o bilateral CNPq CNRS sobre Gest o Sustent vel da gua em reas Urbanas 2 A polui o qualificada de difusa em fun o da sua origem ela prov m de atividades que depositam poluentes de forma esparsa sobre a
287. da gua no meio urbano visando seu manejo sustent vel Essa vis o ambiental supera a vis o higienista que v como principal solu o o afastamento da gua com a canaliza o dos c rregos e ater ramento de nascentes As solu es contem por neas procuram reter e armazenar as guas da chuva para retardar os picos de vaz o e promover a infiltra o da gua no solo Nas cidades ricas dos pa ses desenvol vidos e mesmo em algumas cidades do capi talismo perif rico j se executam obras de grande impacto de descanaliza o de c rre gos visando maior grau de renaturaliza o do tecido urbano Na cidades devido impermeabiliza o do solo urbano e s redes de afastamento de esgotos incompletas tem se uma situa o problem tica no inverno e no ver o Nas chuvas de ver o h r pido escoamento das guas pluviais para os fundos de vale com ocorr ncia de inunda es Sem infiltra o das guas no subsolo no per odo chuvoso n o h recarga dos aqu feros No inverno que tem menor pluviosidade os cursos d gua apresentam vaz es muito baixas muitos deles recebem somente as guas ser vidas e esgotos Assim h uma quantidade muito baixa de oxig nio matando toda a vi da aqu tica porventura existente pp 99 121 1 sem 2008 109 110 laura machado de mello bueno Figura 2 Vaz o de Pico em urbaniza o com alta impermeabiliza o inverno Figura 3 Ciclo hidrol gico e
288. da da Gest o das guas vem do fato de ela ser vantajosa nica e exclusivamente sob o prisma estatal mas extremamente perigosa do ponto de vis ta do embotamento das possibilidades de 1 sem 2008 days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental Tabela 1 Comparativo entre a Ag ncia Executiva AESA e a Ag ncia Reguladora AAGISA AESA Lei n 7 779 2005 em vigor AAGISA Lei n 7 033 2001 revogada AESA Ag ncia de Gest o das guas do Estado da Para ba AAGISA Ag ncia de guas Irriga o e Saneamento do Estado da Para ba AESA ag ncia aut rquica executiva AAGISA ag ncia aut rquica reguladora AESA dotada de autonomia administrativa e financeira mas centralizadora A GISA descentralizadora AESA forte subordina o hier rquica e maior concentra o de fun o e poder nas m os do Poder Executivo A GISA era mais flex vel AESA centralizadora da gest o de recursos h dricos do estado da Para ba A GISA era descentralizadora Fonte Elabora o pr pria dos autores 2006 participa o efetiva e democr tica da so ciedade civil organizada Pode parecer um paradoxo dizer que a l gica do governo da Para ba em assun tos h dricos caminha na dire o neoliberal Mas ao criar a AESA consequentemente revogar a AAGISA o governo arvora se no alargamento do seu poder na tomada de de cis o ao
289. da global ou seja da produ o de indicadores ambientais georreferenciados que retratem e espaciali zem vari veis f sico ambientais e as press es exercidas sobre o ambiente Podem ser indi cadores nicos ou prim rios tais como co bertura vegetal fauna solos qualidade da gua qualidade do ar e indicadores compos tos que resultem da sobreposi o de duas ou mais vari veis por exemplo degrada o e exaust o dos solos ambientes suscet veis reas degradadas reas cr ticas entre ou tras A esses indicadores podem ainda ser incorporadas as vari veis estat sticas de de mografia e atividades produtivas Para fins deste estudo utilizaram se como reas de risco ambiental as reas ur banas de v rzea na RMC A rea de v rzea ocupa 4 9 da rea metropolitana assim distribu da 42 em reas de pastagens 40 em reas destinadas agricultura e 18 em reas urbanas Assim em um primeiro momento fo ram georreferenciadas as reas de v rzea que t m potencial de inunda o as quais foram sobrepostas ao mapa dos padr es de uso do solo para 2000 identificando des sa forma aquelas reas de v rzea efetiva mente ocupadas ou seja v rzea em reas urbanas Para o munic pio de Curitiba foi poss vel num segundo momento identificar e georreferenciar as reas onde houve ocor r ncia de inunda es nos ltimos 15 anos A jun o dessas cartografias resultou na identifica o dentro da R
290. dad del medio ambiente urbano Espanha OikosTau In Simposio sobre Polui o Ambiental v 3 PROSHANKY H M e FABIAN A K 1986 Psychological aspects of the quality of urban life In FRICK D The quality of urban life Berlim Walter de Gruyter pp 19 24 STANFELD S A SHARP D GALLACHER J e BABISH W 1993 Road traffic noise noise sensitivity and psychological disorder Psychol Med n 23 pp 977 85 STAPLES SL 1996 Human response to environmental noise Am Psychol n 2 pp 143 50 SUTTER H A 1991 Noise and its effects on line available to http Nwww nonoise org library suter suter htmgroad 14 12 1999 TABACHNICK B G e FIDELLI L S 1989 Using multivariate statistics Nova York Harper Collins Publisher WEINSTEIN N D 1982 Community noise problems evidence against adaptation Journal of Environmental Phychology v 2 pp 87 97 cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 337 monica nunes e helena ribeiro WHO WORLD HEALTH ORGANIZATION 1994 Epi Info Epidemiologia em microcompu tadores um sistema de processamento de texto banco de dados e estat stica programa de computador Atlanta OPASAN HO ZANNIN P H T CALIXTO A DINIZ F B FERREIRA J A e SCHUHLI R B 2002 Inc modo causado pelo ru do urbano popula o de Curitiba PR Revista de Sa de P blica v 36 n 4 S o Paulo Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 338 cadern
291. dade diz respeito ao baixo padr o construtivo das edifica es bem como das infra estruturas urbanas so bretudo de saneamento b sico somado ao inadequado processo de implanta o e manuten o dos assenta mentos urbanos destaca se a exist ncia de constru es que n o atendem aos padr es t cnicos desejados aumentan do o potencial de indu o de processos a vulnerabilidade das ocupa es e o grau de risco a que est o submetidas Santoro et al 2005 p 867 Existem ocupa es irregulares locali zadas em por es territoriais pass veis de regulariza o fundi ria a partir de projetos urban sticos e provimento de infra estru tura urbana em contrapartida ocupa es localizadas em reas inadequadas do ponto de vista ambiental e da propens o ocor cadernos metr pole 19 r ncia de um evento com perdas e danos h a necessidade da reloca o da popula o residente em assentamentos prec rios Urbanismo de risco aquele marcado pela inseguridade quer do terreno quer da constru o ou ainda da condi o jur dica da posse daquele territ rio As terras onde se desenvolvem os mercados de moradia para os pobres s o normalmente justamente aque les que pelas caracter sticas ambientais s o mais fr geis perigosas e dif ceis de ocupar com urbaniza o encostas ngremes beiras de c rregos reas ala gadi as Rolnik e Nakano 2004 apud Nigro 2005 p 95 Garcias et al
292. das temperaturas aumentando a quantidade de vapor de gua na atmosfera as constru es e os cal amentos ocasionam mudan as nos processos de radia o e ab sor o do calor contribuindo para a forma o do conhecido fen meno das ilhas de calor Segundo Lombardo 1985 as ilhas de calor correspondem s reas nas quais a temperatura da superf cie mais elevada do que nas reas circunvizinhas o que pode ser verificado nas zonas mais densamente urbanizadas da RMSP cerca de 10 graus cent grados mais aquecidas que os bairros perif ricos onde h maior presen a de ve geta o Sobral e Silva 1989 cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 Como asseveram Sobral e Silva ibid a concentra o de calor e de polui o em cen tros urbanos ocasiona uma mudan a na dis tribui o espacial das chuvas fazendo com que elas se precipitem sobre reas intensa mente urbanizadas sobretudo em forma de tempestades Somado diminui o de reas de infiltra o de chuvas e ao aumento do es coamento superficial da gua resultantes da escassez de reas verdes e da excessiva im permeabiliza o do solo esse dado contribui para agravar ainda mais o j ca tico quadro de inunda es e de enchentes que caracteri za Os grandes aglomerados urbanos Dessa forma ainda que os problemas anteriormente citados n o se relacionem exclusivamente ao processo de crescimento urbano extensivo e desordenado h
293. de 1930 segundo Feldman 2001 a introdu o de elemen tos reguladores de abrang ncia urban stica e de uma vis o de urbanismo pautada pe lo ide rio econ mico rompeu com o enfo que preexistente centrado na edifica o e atrelado vis o higienista que se iniciou no s culo XIX com os C digos de Posturas Ainda para Feldman a pr tica do urbanismo brasileiro caucada na cont nua edi o de leis e decretos consolidou se nessa poca Nos instrumentos legais estabelecidos os efeitos do zoneamento suplantaram os planos urba n sticos em termos de alcance cadernos metr pole 19 Conforme ressaltaram Resende 1996 e Ara jo 2005 clara a falta de rela o entre as normas estabelecidas ao longo do tempo e os planos urban sticos que foram elaborados para a cidade em momentos distintos Agache 1930 Doxiadis 1965 e PUB RIO 1977 Plano Diretor Decenal 1992 e Plano Estrat gico 1996 Ambas atribu ram essa falta de conex o ao descom passo entre os objetivos dos planos e os in teresses imobili rios que sempre incidiram fortemente sobre a atua o p blica De fato o zoneamento estabeleceu se como principal instrumento de plane jamento referendado por regulamentos sucessivos Decreto 6000 1937 Decreto E3800 1970 Decreto 322 1976 ao qual foram atrelados par metros urban sticos e padr es construtivos que acabaram por de linear uma estrutura urbana que ao se pre tender abrangente e comu
294. de Costa indicavam um plano residencial muito mais diversificado e progressista do que as pro postas atuais pautadas basicamente no valor monet rio de cada localiza o privilegiando os mais ricos O plano de Costa possu a uma estrat gia fundamental para evitar a perife riza o atual assim como a segrega o es pacial da cidade Sua proposta era essencial mente inclusiva distribuindo o espa o urba no e suas benesses de forma equitativa entre a popula o Se aplicada poderia ter minimi zado alguns dos problemas de acessibilidade e mobilidade que discutiremos adiante Infelizmente a id ia da grada o social dentro das reas residenciais n o foi posta em pr tica e o governo falhou na implan ta o desse aspecto do plano As superqua dras planejadas por Costa eram e ainda s o muito caras especialmente devido sua baixa densidade populacional inviabili zando as economicamente Hoje o metro quadrado de um apartamento nas super quadras est em torno de US 2 000 o do bro de valor em bairros semelhantes em ou tras cidades brasileiras Bras lia uma das cidades mais caras para se viver no Brasil Onaga 2003 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caso de bras lia Figura 3 Mapa das cidades sat lites de Bras lia com o Plano Piloto em destaque Fonte SEDUH 2007 Tamb m de acordo com o plano de Costa o Plano Piloto poderia acomoda
295. de Meriti A introdu o de pr ticas de desenvolvimento sustent vel a despeito da imprecis o do enunciado s explicita da enquanto atribui o do rg o de meio ambiente pelo munic pio de Nova Igua u Outras quest es relacionadas direta ou indiretamente ao meio ambiente foram pesquisadas pela Munic Em rela o aplica o de multas sobre infra es ambientais a pesquisa constatou que dos sete munic pios inseridos na bacia dos rios Igua u Sarapu apenas Belford Roxo Rio de Janeiro e S o Jo o de Meriti possuem legisla o pr pria sobre o tema Tendo em vista que as multas s o uma das principais formas de compen sa o ao dano ambiental e de financiamento da atividade de controle sua n o regula menta o dificulta a implementa o de uma pol tica ambiental de mbito municipal Da mesma forma est o ausentes na grande maioria dos munic pios mecanismos fiscais e jur dicos que auxiliem no controle das ativi dades poluidoras e na puni o dos agentes poluidores caso ocorram acidentes que com prometam o meio ambiente Surpreenden temente todos os munic pios informaram possuir programas de educa o ambiental no entanto resta saber com que amplitude e 1 sem 2008 o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas qual a efetividade desses programas na mu dan a de comportamento da popula o em geral em rela o ao lugar em que vivem Conclus o A an l
296. de dois conceitos chave aparecem o conceito de ne cessidade e o conceito de limites Vale lem brar que o estabelecimento de limites para o uso dos recursos naturais requer o conhe cimento aprofundado desses recursos e o seu monitoramento o que implica uma bem organizada a o p blica s assim pode se avaliar de forma consequente a sua disponi bilidade Pereira e Baltar 2000 Al m dis so se faz necess ria tamb m a pactua o de uma estrat gia da sociedade com rela o ao bin mio necessidade limites Essa estrat gia vai se refletir no padr o de desenvolvimento cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 socioecon mico adotado e mais especifica mente no padr o de urbaniza o No caso do uso da gua esses dois conceitos necessidades e limites s o par ticularmente pertinentes Delineiam se a partir da no o de sustentabilidade e dos dois conceitos os temas mundialmente dis cutidos de uma pol tica de uso sustent vel da gua efic cia econ mica preserva o ambiental e equidade social Esses temas passam a constituir ent o setores interde pendentes da pol tica de uso sustent vel da gua Recomenda es s o feitas pelos agen tes formuladores de diretivas e de pol ticas no sentido de que as a es sejam realizadas simultaneamente nesses tr s setores Na d cada de 1990 a Agenda 21 pro duzida pela Confer ncia sobre Desenvol vimento e Ambiente do Rio de Janeiro de 1992 chama a
297. de tra tamento destino do lodo das ETES sobre utiliza o de emiss rio para lan amento de esgoto sanit rio e sobre o tipo de corpos re ceptores dos esgotos permitem que se cons trua um quadro da qualidade dos servi os avaliando suas consequ ncias na qualidade dos corpos h dricos A Pesquisa Perfil dos Munic pios Bra Sileiros Meio Ambiente de 2002 tamb m fornece informa es que permitem qualifi car a situa o de prote o e conserva o dos recursos h dricos Destacamos as seguintes ocorr ncia de polui o do recurso gua por causas apontadas ocorr ncia de assoreamen to em algum corpo d gua por causas apon tadas degrada o de reas legalmente pro tegidas como Unidades de Conserva o da Natureza e reas de Preserva o Permanen te por causas apontadas redu o da quan tidade diversidade ou perda de pescado por causa de degrada o de recursos h dricos importante considerar por m que em alguns casos as informa es fornecidas pelas prefeituras a esta pesquisa quando confrontadas com a realidade emp rica se mostram inver dicas Atribu mos esse pro blema a diferentes fatores como o despre paro de t cnicos que respondem ao questio n rio do IBGE a um desconhecimento da realidade do munic pio ou mesmo vonta de de mascarar as condi es ambientais e de gest o p blica desfavor veis Na perspectiva da conserva o de recur sos h dricos preciso tamb m i
298. de um lado as ind strias fogem e fogem porque podem se instalar em outra parte conduzindo os empregos de outro lado as cidades recriam a sua economia e se tornam mais fortes como o caso de S o Paulo A partir do fato de ser uma metr po le informacional mas que concentra os em pregos diretivos em um n mero reduzido de pessoas abre se um vasto campo para uma enorme quantidade de emprego que se situa exatamente nas partes envelhecidas das cidades Se a cidade fosse toda ela nova n o haveria lugar para os pobres S h porque ela se tornou envelhecida e por conseguin te n o utiliz vel pelas atividades hegem ni cas S o as atividades n o hegem nicas ou hegemonizadas que v o se instalar nessa parte velha ou melhor envelhecida N o di go velha mas envelhecida Se bem que esse envelhecimento mo ral Se bem que ele depende da pol tica n o da t cnica O que envelhece a cidade n o a t cnica a pol tica isto a maneira como a cidade utilizada E essa utiliza o da cidade n o depende apenas da globaliza o porque a globaliza o s entra nos pa ses pela m o dos governos nacionais Nunca o Estado foi t o necess rio para realizar a divis o inter nacional do trabalho como hoje porque os vetores fundamentais da globaliza o n o t m forma de se exercer plenamente exceto pela informa o e se o Estado lhe abre as portas atrav s de acordos frequentemente esp rios realizado
299. de vizinhan a Art 36 Lei municipal definir os empreendimentos e atividades privadas ou p blicas em rea ur banas que depender o de elabora o de estudo de impacto de vizinhan a EIV para obter as licen as ou autoriza es de constru o amplia o ou funcionamento a cargo do Poder P blico municipal Art 37 O EIV ser executado de forma a contemplar os efeitos positi vos e negativos do empreendimento ou atividade quanto qualidade de vida da popula o residente na rea e suas proximidades incluindo a an lise no m nimo das seguintes quest es adensamento populacional equipamentos urbanos e comunit rios uso e ocupa o do solo valoriza o imobili ria gera o de tr fego e demanda por transporte p blico ventila o e ilumina o paisagem urbana e patrim nio natural e cultural Par grafo ni co Dar se publicidade aos documentos integrantes do EIV que ficar o dispon veis para consulta no rg o competente do Poder P blico municipal por qualquer interessado Art 38 A elabora o do EIV n o substitui a elabora o e a aprova o de estudo de impacto ambiental EIA requeridas nos termos da legisla o ambiental O Munic pio de Niter i no Estado do Rio de Janeiro por exemplo na sua Lei de Uso e Ocupa o do Solo Lei Municipal 1470 de 11 de dezembro de 1995 j prev a classifi ca o de edifica es de acordo com os seguintes crit rios quanto interfer ncia no siste m
300. denando o pleno desenvolvimento das fun es sociais da cidade 17 garantindo o bem estar da popula o com base no pleno desenvolvimento de uma pol tica de desen volvimento urbano deve incluir al m da par ticipa o o desejo das pessoas Nesse sentido ao contextualizar a tu tela ambiental e os consequentes interesses urban sticos devemos associar uma recen te percep o por uma corrente de autores que todos os cidad os t m direito a uma qualidade de vida e que a esse direito cor responde um dever correlato de uma a o estatal de prote o e preserva o do meio ambiente Figueiredo e Silva 1998 No entanto existem desvios ao longo da trajet ria do direito cidade Lefebvre 2001 Os conflitos oriundos da rela o so ciedade e natureza muitas vezes deixam se quelas na apropria o da cidade pela cidade da sua paisagem cultural A reivindica o da natureza o desejo de aproveitar dela s o desvios do direito cidade Esta ltima reivindica o se anuncia indiretamente como tend n cia de fugir cidade deteriorada e n o renovada a vida urbana alienada antes de existir realmente A necessidade e o direito natureza contrariam o direito preserva o ambiental de cidades uma tradu o jur dica e urban stica do estatuto da cidade cidade sem conseguir eludi lo Isto n o significa que n o se deva preser var amplos espa os naturais diante das prolifera es da cidade que exp
301. densadas com a introdu o do uso habitacional utili zando se a cria o de ZEIS zonas especiais de interesse social e empreendimentos de uso misto de forma a diminuir a press o pela urbaniza o das reas rurais Nos pro jetos de requalifica o de reas centrais deve se utilizar tratamento bioclim tico das fachadas e coberturas incluir estruturas de reten o de gua e energias renov veis for mas de economia de energia e gua e facili dades para separa o e remo o de res duos s lidos tornando as atividades e econ micas e a moradia atividades de baixo impacto Nessas reas as reformas produzir o muito entulho o que deve ser incorporado no pla nejamento e projeto da interven o Ao mesmo tempo a preponder ncia de projetos de habita o de interesse social e de habita o popular nos projetos de reabi lita o aplicada em diversos pa ses desde os anos 70 e agora tamb m no Brasil ser um fator de diminui o e revers o futura da ex pans o das cidades para as reas protegidas e fundamentais para a sobreviv ncia huma na com justi a social e ambiental A reciclagem de entulho As mat rias primas dos materiais de cons tru o s o retiradas de forma impactante da natureza areia pedra argilas metais etc e utilizada grande carga energ tica para a sua produ o cimento tijo lo telhas e outros elementos cer micos Al m disso utilizam se madeiras para cante
302. dessas regi es Davis em seu livro Planeta Fave la 2006 aborda amplamente essa ques t o mostrando as condi es de vida dessas popula es e tenta a partir de algumas aproxima es quantificar a popula o dos maiores assentamentos urbanos prec rios do mundo Entre os diversos conglomera dos de assentamentos prec rios no mundo o autor atesta que boa parte se localiza na Am rica Latina De fato os cinco maiores cadernos metr pole 19 est o na Cidade do M xico em Caracas em Lima e em Bogot O maior deles abriga 4 milh es de pessoas e encontra se no sudeste da metr pole da Cidade do M xico abran gendo diversos munic pios A situa o no Brasil tamb m preo cupante Em 1990 viviam 12 3 milh es de pobres nas regi es metropolitanas brasilei ras ou o equivalente a 29 21 da popula o pobre brasileira ent o estimada em 42 milh es de habitantes Nos estados de S o Paulo e Rio de Janeiro os pobres metropo litanos representam respectivamente 63 e 84 da popula o total desses estados Brasil MMA Ibama Cons rcio Parceria 21 2000 Somada s elevadas taxas de crescimento e de adensamento populacio nal a concentra o da pobreza nos centros metropolitanos tem interfer ncia direta na configura o espacial das cidades Parcela expressiva da popula o de baixa renda encontra o seu local de mora dia nas periferias urbanas Caracter sticas intr nsecas a essas reas como a exi
303. digms for human development in an integrative view of the social and environmental challenges posed to the contemporary world Based on research studies and professional activities developed mainly from 1999 to 2007 we present the causes of the construction forms of our cities in relation to the environmental crisis the social crisis the identification of social and political forces technological and economic constraints and proposals for changing these constraints in order to develop social justice and environmental quality Keywords urban and environmental management river basins housing and environment adaptation climate changes urban environment pp 99 121 1 sem 2008 100 laura machado de mello bueno Introdu o do problema O 3 Relat rio do IPCC International Panel on Climate Change 2006 apresentou a necessidade urgente de reduzir emiss es e prevenir desmatamentos e adverte que h necessidade de aplica o imediata de solu es tecnol gicas j existentes e em desen volvimento para sair do risco Mesmo que essas medidas fossem to madas desde j prev se que em algumas d cadas 2 bilh es de seres humanos de 7 bilh es que somos estar o sem gua e 22 a 30 das esp cies vivas ser o extintas pe las mudan as clim ticas j em andamento A maior parte da popula o da Euro pa e Am rica do Norte acabou por ter um modo de vida muito articulado e dependente da emiss o de ca
304. dist ncia com aquele homem em p na extremidade do ve culo com a porta aberta Um desafio extra para a seguran a est relacionado ao ambiente constru do Consi derando que a maioria dos bairros da cidade n o tem uso misto boa parte das ruas fica vazia noite e as pessoas que t m que cami nhar ficam mais suscet veis viol ncia urba na devido falta de olhos na rua Jacobs 1961 Quando eu estava caminhando com J lia do ponto de nibus para sua casa por volta das 19 horas fomos verbalmente as sediadas por tr s homens que andavam na rua Sentimos nos inseguras especialmen te porque n o havia mais ningu m na rua e todos os edif cios circunvizinhos tinham paredes cegas nenhuma casa tinha sua fa chada dianteira voltada para a rua Como J lia estava familiarizada com o lugar nos aconselhou a caminhar por uma rua para lela at alcan armos uma avenida comercial pr xima onde estar amos mais seguras A tens o na face de J lia era uma indica o de sua vulnerabilidade e de como caminhar sob tais condi es urbanas pode ser desagrad vel e potencialmente perigoso Tempo Em rela o ao tempo gasto no transpor te as viagens de nibus em Bras lia s o em m dia 4 vezes mais longas que as de pp 293 317 Io sem 2008 313 314 carolina pescatori candido da silva e caru bowns carro A diferen a de tempo entre viagens de carro e de nibus causada pela falta de infra estrutura p
305. do de mello bueno Laura Machado de Mello Bueno Arquiteta urbanista mestre e doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Uni versidade de S o Paulo em Estruturas Ambientais Urbanas Professora da Faculdade de Ar quitetura e Urbanismo e do Mestrado em Urbanismo da Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas L der do Grupo de Pesquisa gua no Meio Urbano S o Paulo Brasil laurabuenoQuol com br Notas 1 Dispon vel em www ipcc ch 2 Climat logo do INPE e do grupo do IPCC em palestra no Congresso Internacional Desafios e Perspectivas do Desenvolvimento Sustent vel em Campinas de 26 a 28 de maio de 2007 3 Procuramos desenvolver hip teses para pesquias experimentais que possam se contrapor aos cen rios tendenciais sombrios Com esse intuito trabalhamos especialmente no item Novos paradigmas sustentabilidade e adapta o H entretanto uma limita o que obviamente se relaciona contradi ao de que nos encontramo em processo mundial de amplia ao das formas de explora ao do trabalho e da pr pria da vida humana e n o o oposto 4 Dispon el em www unep org Documents Multilingual 5 A partir de 3 Report IPCC Tavares 2004 e III Confer ncia regional sobre mudan as glo bais Am rica do Sul S o Paulo 2007 6 O oz nio O3 tamb m pode ser originado de fontes antropog nicas atrav s da produ o de CO2 e CH4 como a queima incompleta de combust veis f sseis e biomassa e indire
306. domic lios analfa betismo tanto da popula o jovem adulta como dos chefes e nas vari veis de renda No entanto h um aumento nas propor es de chefes idosos e de pessoas idosas jus tamente por serem reas mais pr ximas ao p lo ou at mesmo no interior dele que onde se verificam as maiores propor es de idosos O que diferencia um grupo de ou tro ou seja o que determina que o Gru po 3 de m dia para alta vulnerabilidade enquanto o Grupo 4 de m dia para bai xa vulnerabilidade s o as duas vari veis de renda fam lias com insufici ncia de renda e ocupados com baixo rendimento em que se observa um salto significativo de um grupo para outro No Grupo 3 a exemplo do Grupo 2 est o 17 reas 15 18 do total e so mente 3 se localizam na capital nos bairros de Campo do Santana Caximba Umbar e Guanchinho que formam uma s rea e no Bairro de S o Miguel As demais reas est o localizadas nos munic pios do entorno da capital em especial Colombo quatro reas S o Jos dos Pinhais e Arauc ria duas reas em cada um A popula o total ligeira mente inferior aproximadamente 398 mil pessoas 14 59 correspondendo a cer ca de 112 5 mil fam lias 13 76 cadernos metr pole 19 No Grupo 4 encontram se 21 reas 18 75 do total sendo que 9 est o em Curitiba 15 25 envolvendo uma popu la o maior 640 4 mil pessoas 23 49 e 188 2 mil f
307. dos cortes encostas com foma de l bulos escarpas e fissuras implanta o de obras que provocam a obstru o da drenagem natural levando satura o do solo e redu o de sua resist ncia aumento da quantidade de guas nas drenagens circula o da gua e outros processos intemp ricos nos planos de descontinvidades concentra o de gua de chuva em superf cie entrada excessiva de gua drenagem insuficiente lan amento e concentra o de guas pluviais e ou servidas o problema da drenagem agravado pelo lan amento de detritos e res duos s lidos bem como pela a o de chuvas de ver o juntas ou planos de deslizamento vazamento na rede de gua e esgoto presen a de fossas lan amento de gua servida em superf cie lan amento de res duos s lidos nas encostas taludes presen a de fossas rede de esgoto rede de gua declividade das encostas inclina o de rvores postes e muros trinca no terreno e nas constru es trincas e degraus de abatimento nos taludes de corte e aterro trincas nas paredes e piso das moradias embarrigamentos nos taludes muros e paredes cicatrizes de escorregamento degraus de abatimento muros paredes embarrigados mudan a de cor nas guas das drenagens cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 63 64 michelli beduschi e carlos mello garcias Tabela 5 continua o Agentes efetivos Atributos modificadores que afetam a probabilidade tanto em rela
308. dotadas no zoneamento pp 143 164 1 sem 2008 157 158 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato dos Planos Diretores dos munic pios com as delimita es adotadas no Plano Diretor de Prote o Ambiental PDPA e a varia o do uso e ocupa o do solo ocorrida no per odo entre a delimita o das reas de interven o da Lei Espec fica 2000 2001 e a sua apro va o na Assembl ia Legislativa 2006 Ou seja embora a lei espec fica da sub bacia do Guarapiranga levasse em con sidera o os par metros definidos nas leis municipais principalmente as leis de uso e ocupa o do solo e definisse um conjunto de ndices para cada sub rea diverg ncias est o sendo levantadas entre esses instru mentos bem como conflitos intra urbanos deflagrados os quais n o necessariamente v o ao encontro da pol tica ambiental Em alguns munic pios planos locais planos de bairro associados a interven es localizadas e incorpora o de novos ins trumentos urban sticos buscam formas ino vadoras de equacionar os conflitos entre a ocupa o urbana e a necessidade de preser va o ambiental do territ rio considerando principalmente as especificidades locais e as demandas da sociedade civil A t tulo de exemplifica o em Itapecerica da Serra O Plano Diretor Estrat gico e o primeiro Plano de Bairro Jardim Branca Flor instrumentos elaborados em 2001 de modo participativo
309. e o Superior 1 1 Diretor Presidente 1 2 Diretor Administrativo e Financeiro 1 3 Di retor de Gest o e Apoio Estrat gico e 1 4 Diretor de Acompanhamento e Controle Interpreta o jur dica da gest o das guas da Para ba AESA Ao comparar determinados cap tulos estru turais da AESA com os cap tulos correspon dentes da AAGISA constata se que 1 a AAGISA era uma Ag ncia Regulado ra portanto era uma autarquia dotada de autonomia administrativa e financeira fraca subordina o hier rquica mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes 2 possu a compet ncias de produzir nor mas regulamentadoras de aplic las admi nistrativamente e resolver conflitos mas respeitando as fun es dos poderes legisla tivo e judici rio 3 englobava caracter sticas que permitiam aos agentes a continuidade dos mandatos 4 ampla transpar ncia dos atos pela garantia da abertura processual aos ad ministrados e a participa o efetiva dos administrados no processo de tomada de decis o Era ent o uma Ag ncia Reguladora com variada natureza ou seja com multi caracteres tais como informativa planeja dora fiscalizadora negociadora normati va gerencial arbitradora e sancionadora e respeitadora do princ pio da triparti o de fun es Quanto AESA constata se por meio da hermen utica comparativa cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 a AESA 2 uma Ag ncia Executiva sob a forma de auta
310. e Janeiro 2000 Anu rio Estat stico da Cidade do Rio de Janeiro Rio de Janeiro PCRJ IPP REZENDE V 1996 A evolu o dos instrumentos de controle do espa o urbano na Cidade do Rio de Janeiro poss vel planejar o futuro atrav s da legisla o Anais do IV Semin rio de Hist ria da Cidade e do Urbanismo Volume II Rio de Janeiro PROURB UFR SAMPAIO A da R 2006 Normas urban sticas e sua influ ncia na configura o espacial Tese de Doutorado Rio de Janeiro PROURB FAU UFR SCHLEE M B CAVALCANTI N de O e TAMMINGA K 2007 As transforma es da paisa gem da Bacia do Rio Carioca Paisagem e ambiente ensaios n 24 S o Paulo FAUUSP cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 SCHLEE M B 2002 Landscape change along the Carioca River Rio de Janeiro Brazil Landscape Architecture Thesis University Park The Pensylvania State University 1999 Cenografia urbana e qualidade ambiental na Cidade do Rio de Janeiro Tese de Mestrado em Planejamento Urbano S o Paulo FAU USP SISSON R 1986 Marcos hist ricos e configura es espaciais Um estudo de caso os centros do Rio de Janeiro Arquitetura Revista n 4 Rio de Janeiro FAU UFR T NGARI V R 1999 Um outro lado do Rio Tese de Doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas S o Paulo FAUUSP P ginas consultadas entre outubro de 2007
311. e busquem ao mesmo tempo alcan ar o crescimento econ mico a equidade e a sustentabilidade ambiental da bacia hidrogr fica cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 Repensar o conceito de desenvolvimen to sustent vel implica entender a no o de territ rio e regi o enquanto espa o local de viv ncia e sobreviv ncia da sociedade Nes se contexto o local e o regional reaparecem acompanhados da preserva o manuten o e valoriza o do meio f sico al m da incor pora o de pr ticas de democracia e cidada nia Alvim 2003 Conforme analisa Magnaghi 1999 a escola territorialista italiana desenvolveu uma contribui o pr pria para a formu la o de um conceito de desenvolvimento sustent vel aplicado import ncia do ter rit rio ao assumir temas padr o sobre ne cessidades b sicas auto sustento e ecode senvolvimento integrando os ao crescente e relevante papel do desenvolvimento local Nessa abordagem atingir a sustentabilida de de um determinado territ rio atingir o equil brio entre tr s objetivos direcionar o desenvolvimento aos requisitos humanos b sicos que n o podem ser reduzidos a necessidades materiais contar com o pr prio poten cial ou seja desenvolver a autogest o pela sociedade local e desenvolvimento da qualidade ambiental p 114 tradu o nossa Nesse enfoque a valoriza o do terri t rio e de seus elementos traduz se como importante estrat
312. e cidades uma tradu o jur dica e urbanistica do estatuto da cidade GUERRA A J T e Cunha S B orgs 2001 Impactos ambientais urbanos no Brasil Rio de Janeiro Bertrand Brasil orgs 2003 A quest o ambiental diferentes abordagens Rio de Janeiro Bertrand Brasil GUIDDENS A 1991 As consegti ncias da modernidade S o Paulo Editora da UNESP GUIMAR ES M 2003 Sustentabilidade e educa o ambiental In GUERRA A J T e CUNHA S B orgs A quest o ambiental diferentes abordagens Rio de Janeiro Ber trand Brasil IANNI O 1992 A sociedade global Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira JAYME E 2003 Direito internacional privado e cultura p s moderna Cadernos do Programa de P s gradua o em Direito Porto Alegre PPGDir UFRGS v 1 n 1 mar o LEFEBVRE H 2001 O direito cidade Edi o revisada S o Paulo Centauro MACHADO P A L 2000 Direito ambiental brasileiro 8 ed S o Paulo Malheiros MILAR E 1992 Participa o comunit ria na tutela do meio ambiente Revista Forense v 317 jan fev mar Rio de Janeiro Forense SANTOS M 2001 Por uma outra globaliza o do pensamento nico consci ncia univer sal Rio de Janeiro Record SAULE JUNIOR N 1999 A efic cia da aplicabilidade do princ pio da fun o social da pro priedade nos conflitos ambientais urbanos In SAULE JUNIOR N org Direito cidade t
313. e distribui o dos materiais que comp em o substrato das encostas taludes abrangendo solos rochas dep sitos e estruturas geol gicas composi o do solo pequena resist ncia do solo residual grau de erodibilidade dos maci os presentes em fun o do estado avan ado de altera o textura do solo perfil e espessura do solo em fun o da maior ou menor resist ncia ao intemperismo topografia formas do relevo relevo declividade inclina o amplitude e forma do perfil das encostas retilineo convexo e c ncavo inclina o das vertentes podendo ou n o favorecer a concentra o de gua processos de din mica de vertentes caracter sticas f sicas do fator clim tico regimes hidrogr ficos de superf cie e subsuperf cie regime pluviom trico grau de satura o dos materiais em fun o da chuva acumulada n vel d gua rochas pouco resistentes ao intemperismo comportamento das rochas intemperismo f sico qu mico e qu mico gravidade condi es de escoamento convergente transi o brusca do solo residual imaturo para o substrato rochoso presen a regular de mais de uma fam lia de descontinuidades avan ado estado de altera o dos maci os progressiva perda de resist ncia das descontinuidades que se intercruzam fisiogr fico opera es de terraplanagem retifica o e encurtamento de cursos d gua remo o de rugosidades geol gico impermeabiliza o decapeamentos concentra o de drenagem sobre forma
314. e div rcios 7 Esse aspecto ao mesmo tempo em que reflete um fortalecimento da posi o da mulher pode ser tomado como um risco dependendo do tipo de chefatura Por exemplo a chefa tura de mulheres idosas por circunst ncia da morte do marido bem distinta da chefatura de mulheres em idade reprodutiva e com filhos menores provocada pela dissolu o do casamento 8 Segundo Comparin 1986 apud Ign cio 2002 uma sele o de vari veis pode ser realiza da atrav s de tr s formas 1 subjetiva de acordo com o conhecimento que o pesquisador tenha 2 selecionar um n mero elevado de vari veis relevantes com as quais se cons truiria uma matriz de correla o que permitiria visualizar o grau de associa o existente entre as vari veis e selecionar se iam aquelas com alto grau de correla o 3 objetiva utilizando se t cnicas estat sticas explorat rias como an lise fatorial Ign cio 2002 9 A descri o exaustiva desses dois m todos encontra se em Ign cio 2002 10 Decidiu se por incluir essas duas reas para verificar quais seriam suas posi es dentro dessa an lise possibilitando verificar qual a dist ncia relativa de cada rea menor dentro da rea maior 11 O coeficiente de varia o de Pearson mede o grau de variabilidade dos dados em percen tagem de afastamento em rela o m dia 214 12 Valores pr prios da matriz de correla o raiz caracter stica ou Eingevalue Ign cio 2002
315. e do centro da cidade al m de forte depend ncia do transporte p blico e n o motorizado para a mobilidade de sua popula o Por essas raz es a popula o de Ceil ndia repre sentativa das outras cidades sat lites de Bras lia e as observa es participativas feitas l oferecem exemplos v lidos de in justi a social no transporte que podem ser generalizados para outras comunidades de baixa renda da cidade Como mencionado acima as observa es participativas inclu ram quatro mulhe res que vivem na Ceil ndia Os nomes das participantes foram alterados para preser var suas identidades A primeira participante Ana uma mulher de 25 anos Ela mora em uma ed cula constru da atr s da casa de sua m e no mesmo lote uma pr tica comum nas comunidades de baixa renda em Bras lia Ana trabalha durante o dia como secre t ria em um escrit rio na Asa Norte Plano Piloto e estuda Administra o noite em uma faculdade particular localizada na Asa Sul Plano Piloto Ana usa transporte mo torizado particular como passageira e ni bus escolar como seus principais modos de transporte A segunda participante Julia uma mulher de 20 anos que vive e trabalha meio per odo como professora em uma es cola particular na Ceil ndia O seu modo de transporte principal s o as vans A terceira participante Adriana de 35 anos que vive na Ceil ndia trabalha como balconista em Taguatinga uma cidade sat lite adja
316. e estender o para regi es extra tropicais apud Mar tens 1998 Doen as das vias respira t rias devem diminuir com o aumento das temperaturas e decl nio no n me ro de dias frios mas o calor agravar os casos de enfermidades do aparelho circulat rio 2004 p 73 A massa de asfalto telhados e cons tru es da cidade e a expans o cont nua do espa o urbano t m criado um tipo de uso e ocupa o do territ rio predat rio Em torno das cidades se misturam as periferias caren tes ilhas de riqueza dos condom nios e lote amentos fechados e atividades de interesse econ mico como shopping centers hiper mercados e p los industriais quase sempre dispostos ao longo dos eixos de acessibili dade rodovi rios com impermeabiliza o generalizada do solo Usos rurais de baixa produtividade ch caras e reas de lazer resqu cios do cintur o verde s o assoladas pela polui o do ar por reas de descarte de res duos pelas guas dos c rregos e rios contaminados e mortos quando cruzam as cidades Nas reas centrais e subutilizadas re sultantes da reestrutura o produtiva a partir dos anos 70 h pr dios industriais armaz ns escrit rios resid ncias antigas abandonadas e h redes de infra estrutura com trechos deteriorados antiquados e ineficientes com liga es clandestinas H reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental dificuldades para r
317. e final para hie rarquizar e estabelecer grupos de reas re lativamente homog neas An lise Patorial por componentes principais A an lise fatorial estuda as rela es inter nas de um conjunto de vari veis Segundo Ign cio 2002 essa t cnica visa analisar as intercorrela es entre as vari veis com cadernos metr pole 19 o objetivo de identificar um menor n mero de fatores que apresentem aproximadamen te o mesmo total de informa es expresso pelas vari veis originais Esses fatores s o independentes e linearmente relacionados s vari veis Para essa an lise foi constru da uma matriz contendo 114 unidades geogr ficas correspondendo s 112 reas de expans o mais a Regi o Metropolitana como um todo RMC e a Regi o Metropolitana excluindo o munic pio p lo RMC sem Curitiba e os 22 indicadores Nesse caso para facilitar a interpreta o e o posterior agrupamento os valores dos indicadores foram invertidos ao inv s de indicarem desvantagem social est o indicando vantagem social ou seja como est o em percentual foram diminu dos de 100 exceto a V7 que foi diminu da de 1 para padronizar as medidas Assim os maiores valores correspondem a uma me lhor situa o sendo o contr rio para os me nores valores Anexo 1 Da an lise simult nea da m dia e do desvio padr o observou se que as piores situa es ou seja a combina o de baixos valores de m dia com altos valores de
318. e gest o de recursos h dricos Devem ser formulados e servir como dire tiva para a gest o dos recursos h dricos os seguintes instrumentos t cnicos Plano Es tadual de Recursos H dricos PERHI o Pro grama Estadual de Conserva o e Revitali za o de Recursos H dricos PROHIDRO os Planos de Bacia Hidrogr fica PBH S o enquadramento dos corpos de gua em clas ses segundo os usos preponderantes dos mesmos o Sistema Estadual de Informa es sobre Recursos H dricos SEIRHI Por ltimo fundamental nas reas urbanas que as pol ticas de uso e ocupa o do solo incorporem a quest o da prote o das faixas marginais aos rios e lagoas A preserva o da v rzea natural sem grandes altera es da morfologia dos cursos d gua e da vegeta o ribeirinha e sem impermea biliza o representa uma forma de contro le de enchentes e tamb m da qualidade da gua por permitir a manuten o da capaci dade de assimila o natural do ecossistema Preservam se assim o habitat natural das esp cies e ao mesmo tempo a capacidade de amortecimento dos picos de cheia Por m apesar da exist ncia da le gisla o federal estadual e municipal a maior parte dos rios urbanos que cor rem a c u aberto tem sua faixa marginal cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 irregularmente ocupada Como mostra Ma ricato a invas o de terras n o adequadas ocupa o uma regra e n o uma exce o sendo e
319. e inspira na id ia das fun es b sicas do uso humano das cida des habitar trabalhar circular e recrear o corpo e o esp rito segundo a defini o cl ssica da Carta de Atenas 4 Essas exig ncias referem se basicamente a loteamentos j que os desmembramentos est o isentos de boa parte delas 5 Isso ocorre mesmo em administra es mais estruturadas como o Rio de Janeiro Ver Ara jo 2005 6 V rios exemplos dos longos processos de tramita o dos processos podem ser encontrados em Ipea 2002 7 Lein 10 257 de 10 de julho de 2001 Estatuto da Cidade Bras lia Senado Federal 2001 art 2 inciso l cadernos metr pole 19 pp 165 190 1 sem 2008 o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas 8 Ibid art 2 inciso IV 9 Ibid art 2 inciso VII 10 O texto a seguir baseia se e atualiza alguns dados levantados no Plano Diretor de Recursos H dricos da Bacia dos Rios Igua u Sarapu com nfase no Controle de Inunda es desen volvido pelo Laborat rio de Hidrologia da Coppe UFR e conclu do no ano de 1996 11 No momento em que este trabalho est sendo escrito est em curso uma iniciativa da Pre feitura de executar a revis o do plano tendo em vista a necessidade de cumprimento dos prazos estabelecidos pelo Estatuto da Cidade 12 Est em curso no momento uma nova revis o do Plano para sua adequa o ao Estatuto da Cidade 13 Existe uma pol m
320. e luz e gua representando um claro descaso com a legisla o em vigor Dentre outras medidas recomendas pe lo Plano Diretor fundamental o controle do uso do solo nas reas destinadas im planta o ou recupera o de p lderes nas reas marginais aos cursos d gua e nas reas indicadas para recupera o da cober tura vegetal para o controle dos processos erosivos de modo a garantir o adequado funcionamento das interven es visando o controle de inunda es cadernos metr pole 19 O problema de inunda es na Baixada Fluminense tem origem remota e requer a es coordenadas entre as diferentes esfe ras do poder p blico estadual e municipal e da sociedade civil Muitos dos problemas s o de dif cil revers o como a ocupa o conso lidada de muitas reas baixas ao longo da calha secund ria dos principais rios e de encostas ngremes e outras reas suscet veis eros o Desse modo priorit rio o disci plinamento do uso do solo de reas ainda n o ocupadas ou em fase inicial de ocupa o de modo a permitir o perfeito funcionamen to das medidas estruturais e n o estruturais indicadas pelo Plano Diretor trazendo como consegu ncia maior seguran a e valoriza o patrimonial e melhora significativa na quali dade de vida da popula o Os planos diretores de desenvolvimento urbano Conforme descrito anteriormente os mu nic pios cujos territ rios s o atravessados pela sub bacia do Igua
321. e mar o de 2008 http www ana gov br http www ibama gov br http www mma gov br port conama http www serla rj gov br http portalgeo rio rj gov br bairroscariocas http portalgeo rio rj gov brAwebsite BaseGeo http www planalto gov br ccivil 03 LEIS Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 291 cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 Transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caso de Bras lia Resumo sabido que sistemas de transporte baseados no autom vel privado n o s o sustent veis Apesar disso a maioria dos pa ses desenvolvi dos e em desenvolvimento est o enfrentando um aumento nas taxas de motoriza o com consequente diminui o no n mero de pessoas que utilizam transporte p blico bicicletas e an dam a p A desconex o entre o planejamento de transportes e a sustentabilidade afetam mui tos pa ses mas mais devastadora nas cidades dos pa ses em desenvolvimento Sistemas de transporte insustent veis agravam quest es de acesso aos centros urbanos e equidade de oportunidades n o sendo socialmente susten t veis Este artigo explora aspectos da susten tabilidade social no transporte em Bras lia Bra sil projetada dentro dos princ pios funcionalis tas em 1956 Ele tamb m discute os impactos do transporte na paisagem social da cidade e oferece uma perspectiva geral da exclus o no transporte em Bras lia Palavras chave s
322. e na beira de c rre gos mangues e encostas urbanas Segundo Bueno e Freitas 2007 devido ao adensa mento populacional nas favelas em fun o da escassez de moradia acess vel os proje tos de urbaniza o de favelas precisam de recursos pr vios sua implanta o para re mover em m dia 30 das fam lias morado ras Ao mesmo tempo h diversos empre endimentos imobili rios e de infra estrutura comercial como dutos portos e aeroportos implantados e em execu o na orla sem considera o pelos efeitos previstos em um horizonte de 20 a 50 anos per odo de tem po bastante sens vel em reas urbanas O crescimento da vegeta o poder ser incentivado pelo aumento da oferta de COZ na atmosfera um efeito de fertiliza o As plantas aumentam a efici ncia do uso da gua Tavares afirma que em todas as circunst ncias em que houver um aumento do estoque de car bono pela vegeta o haver uma ame niza o no efeito estufa com a redu o da eleva o da temperatura Todavia o ac mulo de carbono pelas plantas tam b m poder declinar caso haja fortes aquecimentos 2004 p 69 cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 Segundo Tavares o aquecimento do globo pode r provocar um aumento da rea de abrang ncia e maior incid ncia de doen as provocadas por vetores como febre amarela mal ria dengue e esquistos somose que s o end micas em pa ses da zona intertropical e s
323. e roti neiras dormir estudar assistir televis o trabalhar e at conversar As mulheres mais uma vez demonstram ser mais sen s veis ie 8 41 df 2 p 0 0014 cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 reclamando que o barulho interfere em suas atividades Apenas uma minoria na amostra n o se mostrou incomodada em suas atividades A maioria entretanto sente se prejudica da de alguma forma na realiza o de suas atividades identificando pelo menos uma interfer ncia o sono foi a atividade conside rada como a mais afetada pelo ru do Consi derando a boa qualidade de sono como pri mordial para a garantia de uma boa sa de observa se a a ocorr ncia de mais um fator de comprometimento As mulheres se sentem mais incomoda das do que os homens quando est o ouvin do som r dio ou TV y2 841 df 2 p 0 014 enquanto os mais jovens s o mais afetados na atividade de leitura Considerando a discuss o te rica re ferente s dificuldades na identifica o e na percep o de doen as que podem ser cau sadas pela exposi o ao ru do urbano ainda assim foram identificados por uma minoria ou melhor por um quarto da amostra pro blemas de sa de em membros de uma mes ma fam lia Esse fato revela que a dimens o dos impactos negativos do ru do urbano na rea de estudo n o irrelevante e aponta para a necessidade de aten o ao problema A maioria da amostra de opini o que em
324. e sat lite de Bras lia com mais de 300 mil habitantes A renda m dia familiar da sua popula o 5 6 sal rios m nimos sendo portanto conside rada uma rea de baixa renda pelos padr es do governo brasileiro Quarenta por cento da popula o de Ceil ndia n o completou o ensino m dio embora o n vel de analfabe tismo seja baixo 3 Como Bras lia uma cidade muito jovem mais de 38 da popu la o de Ceil ndia tem menos de 19 anos e somente 5 tem mais de 60 anos Me tade da popula o de Ceil ndia composta por imigrantes especialmente do Nordeste a regi o mais pobre no Brasil Por m mais da metade da popula o l reside h mais de dez anos A maioria dos lotes unifami liar pequenos com edifica es de um ou dois andares o que resulta em densidades populacionais bastante altas Os quarteir es s o muito longos uma heran a do conceito de superquadra de Bras lia que aumenta as dist ncias a serem percorridas a p Ceil ndia compartilha muitas de suas caracter sticas com outras cidades sat lites de Bras lia como o processo de urbaniza cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 o resultado de pol ticas habitacionais populistas de doa o de lotes na periferia em governos passados baixa renda de pend ncia econ mica do Plano Piloto alta criminalidade baixos n veis educacionais e relativo ao interesse espec fico desta pes quisa uma localiza o distant
325. e se observa que os rg os gesto res respons veis pelas outorgas limitam se simples an lise t cnica de disponibilidade h drica desconsiderando outras quest es re lacionadas ao planejamento territorial Dessa forma articular os instrumen tos espec ficos do sistema de gerenciamento dos recursos h dricos com instrumentos de regula o que agem sobre o territ rio seria a maneira de compensar tais limita es Tal constata o nos leva necessidade de iden tificar quais s o os instrumentos dispon veis na normativa urbana e de que forma eles poderiam ser utilizados na gest o de recur sos h dricos o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas Instrumentos de regula o urbana Os instrumentos tradicionais destinados a controlar o uso e a ocupa o do solo podem ser sumariamente descritos atrav s da clas sifica o abaixo e Zoneamento trata se de um conjunto de regulamenta es que prescrevem os ti pos de uso adequados a cada por o do ter rit rio Os usos s o caracterizados a partir de um conjunto de categorias b sicas resi dencial comercial industrial tur stico etc As formula es mais recentes buscam evitar o chamado zoneamento unifuncional bus cando incentivar a mistura de usos desde que respeitados certos par metros b sicos que buscam evitar a incompatibilidade de usos Os poss veis problemas gerados pela incompatibilidade de usos d
326. eamento b sico e de transportes causando a degrada o ambiental 22 Paulo Afonso Leme Machado 2000 pp 110 descreve a paisagem como bem ambiental do qual se ocupou a Constitui o Federal de 1988 cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 preserva o ambiental de cidades uma tradu o jur dica e urban stica do estatuto da cidade 23 Para as autoras decorrente do Projeto Integrado de Pesquisa Pr ticas Sociais Instituintes e a sua Tradu o Jur dica e Urban stica Gest o Ambiental do Solo Urbano paisagem foi abordada enquanto um bem de todos A Paisagem sinaliza a prioridade do espa o p blico ante o privado o uso coletivo ante o individual a preserva o da natureza e sua transfor ma o equilibrada diante da degrada o o ambiente natural e constru do em harmonia apesar do descompasso da estrutura o espacial urbana 24 Entendendo se aqui como a evoca o de uma cidade multifacetada com perspectivas de constru o cultural de uma paisagem 25 A grande transforma o para a sociedade contempor nea pode ser resumida na segunda revolu o industrial e nas novas formas que o indiv duo ter que conquistar para se adap tar a essa transforma o Nesse sentido lanni 1992 define que o processo de transforma o do final do s culo XX at o presente liderado pela intensa globaliza o mundial nas esferas econ micas sociais e pol ticas Para Giddens 1991 tal processo
327. ecessidade do enfrentamento da quest o do modelo energ tico e industrial voltado para o aumento da produ o e consumo Fritjof Capra prop e por exemplo que os bens de consumo passem a ser alugados e n o comprados pelos usu rios de forma que o descarte e a atualiza o dos modelos onerem a ind stria produtora e n o o cidad o e o poder p blico O F rum Social Mundial congrega diversas propostas para reorganiza o do modelo de produ o e poder Ap s a onda neoliberal dos anos 1980 popula es de muitos pa ses desenvolvidos se organizam para reconstruir as pol ticas de bem estar social 15 E tamb m a quantidade de energia consumida O setor industrial o principal consumidor de gua e de energia seguido dos usos residenciais e agr colas 16 O Protocolo de Kyoto abriu possibilidades para acesso a recursos financeiros vindos da venda de projetos MDL Mecanismos de Desenvolvimento Limpo para aquisi o de cr di tos de carbono a grandes emissores p blicos e privados dos 15 pa ses que t m obriga o de diminuir as pr prias emiss es 17 Dispon vel em www antp org br 18 Essa entidade ligada ONU e lidera a Campanha Cities for Climate Protection O escrit rio para a Am rica Latina localiza se no Rio de Janeiro Dispon vel em www3 iclei org lacs 19 Desde 1998 o Brasil tem a Rede Cidades Eficientes em Energia El trica iniciativa da Eletro br s pelo Procel Programa de Conserva o de Energia El
328. eias urbanas e as defici ncias na infra estrutura de sanea mento ambiental apontando um conjunto de solu es estruturais e n o estruturais pa ra o seu controle e localiza se no que se convencionou chamar de periferia metropolitana e apresenta reas com grande cresci mento urbano e industrial e apresenta rea rural em processo de urbaniza o e apresenta reas onde a ocupa o do solo conflita com as condi es de habitabili dade em especial nas reas mal drenadas e apresenta recorrentes e graves proble mas de inunda es e possui mananciais importantes para o abastecimento de parte da Baixada Flumi nense e possui um dos principais remanescen tes de mata atl ntica do estado a Reserva Biol gica do Tingu cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 e conta com um movimento social or ganizado em torno das quest es relaciona das ao saneamento e aos recursos h dricos envolvendo federa es de associa es de moradores movimentos ambientalistas e o Comit de Saneamento e Habita o da Bai xada Fluminense A bacia do rio Igua u Sarapu possui uma rea de drenagem total de 727 km dos quais 168 km correspondem sub bacia do rio Sarapu Essa bacia abriga inte gralmente os munic pios de Belford Roxo e Mesquita e parte dos munic pios do Rio de Janeiro abrangendo os bairros de Bangu Padre Miguel e Senador C mara de Nil polis S o Jo o de Meriti Nova Igua u e Du
329. eira reconhecendo a import ncia da cidade na articula o dos processos de desenvolvimento econ mico e social e valorizando o processo de planeja mento urbano na esfera da a o p blica Al vim et al 2006 Nas palavras de Martins 2006 p 23 O Estatuto da Cidade atribui efetiva mente um novo estatuto cidade uma vez que atribui papel de maior re lev ncia ao Munic pio esfera de poder mais afeta cidade Trata se portanto de um contexto de valori za o do poder local e do processo de planeja mento urbano na a o p blica ibid p 34 Embora o Estatuto da Cidade represen te um ineg vel avan o na luta em prol do desenvolvimento municipal reconhecendo a fun o social da cidade e da propriedade conflitos de cunho regional e ambiental n o s o devidamente tratados por essa cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 legisla o Se por um lado a nova pol tica urbana enfatiza que compet ncia municipal o controle do desenvolvimento urbano por outro lado quando o objetivo a resolu o de problemas comuns ou daqueles que ex trapolam os limites pol tico administrativos dos munic pios conforme as Constitui es Federal e Estadual a inst ncia de decis o deveria ser regional ou seja o Estado e as regi es por este institu das Ambrosis 2001 ao analisar o Esta tuto da Cidade ressalta que n o foi poss vel consolidar um corpo legal que respalde a a o do munic
330. eiras mesmo entre as mais populosas Os primeiros espa os livres de edifica o no meio urbano carioca foram estabele cidos segundo a heran a cultural portugue sa e tiveram seu uso atrelado s formas de apropria o dos mesmos pelas popula es portuguesa e africana e seus descendentes Os primeiros espa os livres p blicos situa vam se nas imedia es dos adros das igre jas cat licas ou em reas alag veis quando n o sobre aterros das antigas lagoas Eram destinados a trocas pastagem e lavagem de animais e intensamente utilizados pelos tropeiros que chegavam cidade e pela po pula o escrava Os primeiros espa os parti culares os quintais foram remanescentes das antigas ch caras inicialmente destina das ao abastecimento que se constitu ram na forma de parcelamento urbano que veio a substituir as sesmarias Sisson 1986 Abreu 1987 Schlee 1999 2002 Quando decorrentes da aplica o da legisla o os espa os livres foram gerados a partir da aplica o dos par metros esta belecidos visando o ordenamento da mas sa constru da atrav s da fixa o de taxa de ocupa o do lote ou em consequ ncia da aplica o da Lei Federal 6766 1979 que disp s sobre o parcelamento do solo urbano em n vel nacional e estabeleceu porcenta gem m nima de reas p blicas 35 da rea total destinada implanta o do sistema de circula o de equipamentos urbanos e co munit rios e de espa os
331. eis para cal adas com largura acima de 2 5 metros A vegeta o independentemente das esp cies desenvol vidas reduz o calor do ambiente e absorve carbono Os centros urbanos de diversas cidades brasileiras usufruem ainda hoje de diversos bairros arborizados e portanto confort veis e ao mesmo tempo retentores de emis s es de gases do efeito estufa GEE Esses locais devem ser estudados recuperados e replicados nos projetos de reabilita o Nos espa os p blicos cal adas com largura su perior a 2 5 metros ou com terrenos lin deiros com recuos devem ser arborizadas Os projetos de reas livres devem integrar a vegeta o arb rea e arbustiva com os efei tos de teto t neis arcadas e para dar escala humana e veda o Em reas centrais com estacionamentos rotativos de ve culos esses devem ser visitados cadastrados e os pro priet rios orientados a apresentar um plano de arboriza o e de drenagem Moretti e Nishihata 2006 A introdu o de vegeta o arb rea e arbustiva nas vias e logradou ros p blicos de uso intenso deve ser proje tada com participa o dos propriet rios ou inquilinos das atividades econ micas e com pp 99 121 1 sem 2008 113 114 laura machado de mello bueno os moradores e pode estar associada re cupera o das cal adas e travessias p tios e estacionamentos p blicos e privados Requalifica o das reas centrais As reas centrais devem ser rea
332. el e cada vez mais distantes do conceito de sustentabilidade transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia multidimensional considerado por este es tudo No mais esse sistema n o contribui para minorar a exclus o social das popula es urbanas carentes que ainda s o maio ria nos pa ses em desenvolvimento Lucas 2004 Hanson e Giuliano 2004 O es praiamento urbano o alto consumo de ter ras agr colas e florestadas o alto consumo de recursos n o renov veis e a decad ncia dos espa os p blicos s o apenas alguns dos problemas que desafiam na es desenvolvi das altamente motorizadas Os pa ses em desenvolvimento que se guem uma linha semelhante de planejamen Carolina Pescatori Candido da Silva to de transporte est o sujeitos aos mesmos problemas Esses pa ses t m que considerar sua baixa motoriza o como uma vantagem e n o como um estigma de subdesenvolvi mento Na verdade a distribui o modal desses pa ses com alto uso de transporte p blico e modos n o motorizados pode ser considerada ambientalmente sustent vel Os planejadores urbanistas e governos de pa ses em desenvolvimento t m que consi derar pol ticas alternativas e programas que melhorem a inclus o social pelo transporte procurando manter essas estat sticas de mo bilidade favor veis Arquiteta e urbanista pela Universidade de Bras lia Mestre em Arquitetura da Paisagem com
333. ela 3 s o apre sentados os dados desse ndice referentes ao ano de 2006 onde se observa que nenhuma das sub bacias estudadas se enquadra como de tima qualidade h drica Segundo Raca nicchi 2002 as guas classificadas nessa categoria s o encontradas em rios que se mant m em condi es naturais n o rece bem efluentes e nem sofrem processos de degrada o caracter sticas n o peculiares rea estudada pois os pontos monitorados sofrem diversas influ ncias antr picas tan to em menor grau como no caso de ativi dades agropecu rias quanto em n veis mais elevados como em situa es relacionadas ao processo de urbaniza o Considerando o IQA o ponto Al17 subsistema do rio Ira apresenta o pior va lor IQA 31 52 sendo a qualidade h drica enquadrada como ruim os pontos PO1 rio Iraizinho pr ximo nascente e P06 rio Piraquara pr ximo serra possuem bons padr es qualitativos 51 lt IQA lt 79 en quanto os demais se enquadram na classe regular 36 lt IQA lt 51 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caro em piraquara paran Figura 9 Cartograma do ndice de Qualidade das guas IQA em sub bacias do munic pio de Piraquara 2006 Curitiba 237 pontos monitor da qualidade de gua complementares HE bom 51 01 lt 104A lt 79 00 ruim 19 lt IQA lt 36 00
334. elevante interesse coletivo conforme definidos em lei Grifos nossos E no par grafo nico assevera se que a lei estabelecer o estatuto jur dico da empresa p blica da sociedade de economia mista e de suas subsidi rias que explorem atividade econ mica de produ o ou comercializa o de bens ou presta o de servi os Por sua vez a interven o indireta do Estado na economia ocorre sobre diversos ngulos com o objetivo de tentar corrigir distor es em face das pr ticas dos agentes econ micos que atuam livremente no mer cado muitas vezes gerando monop lios oligop lios damping cart is etc ou seja tais pr ticas que obstaculizam a livre con corr ncia As formas de interven o indireta do Estado na economia s o m ltiplas e as pp 245 269 1 sem 2008 253 254 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar mais vis veis s o a indu o a fiscaliza o e o planejamento Na indu o o poder p blico impulsiona os agentes econ micos privados incentivan do algumas atividades e obstaculizando ou tras Ademais a indu o positiva quando funciona atrav s de subs dios benef cios fis cais implementa o de infra estrutura etc e negativa por exemplo na implementa o de aumento de tributos na cobran a de taxas escalonadas no prop sito de coibir as polui es ambientais dentre outras A fiscaliza o desempenhada pela ad mi
335. elo clima e ar gua solo e subsolo e bi ticos meio biol gico integrado pela flora e fauna cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 b antr pico compreendendo o homem e suas atividades relacionados aos aspectos territoriais sociais culturais econ micos e institucionais Hardt 2000 Esse conceito ressalta a import ncia da vis o sist mica do ambiente a qual permite analisar as rela es entre os ambientes na turais e antropizados bem como seus efei tos no meio urbano decorrentes do uso e ocupa o do solo e do processo de urbani za o A intera o entre o homem e o am biente ocorre pelo uso dos recursos naturais como fonte de mat ria e energia necess rias para o desenvolvimento das fun es vitais do ser humano e como receptor de seus re s duos Bollmann 2003a O r pido crescimento das cidades ap s a d cada de 1960 quando a popula o ur bana passou de 45 para 81 da total em 2000 Rolnik e Saule 2002 ocorreu em muitos casos de forma desordenada apresentando v rios desafios a serem en frentados pelo planejamento e pelo desenho urbano n o apenas no aspecto f sico das cidades mas tamb m naqueles relativos regulamenta o social pol tica econ mica e ambiental Segundo Tucci Hespanhol e Cordeiro Netto 2003 devido concentra o urba na v rios conflitos e problemas t m sido gerados nesse ambiente tais como a degrada o ambiental dos mananc
336. em 1991 assumiu o formato institucional dos comit s de bacia sendo criado o Comit do Alto Tiet em novembro de 1994 No Rio de Janeiro prevaleceu at mui to recentemente uma cultura de abund ncia da gua O principal manancial de abasteci mento de gua metropolitano o Guandu s teve seu Comit criado em mar o de 2002 e sua rea de prote o regulamentada apenas em 2007 Al m disso em termos das dife rentes dimens es de uma gest o sustent vel das guas ambiental econ mica e tica verificamos que a Companhia de Saneamen to de S o Paulo a Sabesp apresenta um desempenho bastante superior ao da Cedae companhia do Rio de Janeiro Os indicadores examinados at agora mostram que a principal amea a qualidade dos recursos h dricos a incompletude dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos sobretudo nas reas de faixa marginal Ob servando particularmente o caso da Regi o Metropolitana de S o Paulo verificamos que a rigidez da Lei de Prote o de Mananciais de 1975 que restringe os assentamentos nas bacias n o obteve o efeito desejado de vido ocupa o ilegal das reas protegidas o que tem gerado consequentemente um grande volume de despejo de esgoto nos corpos h dricos A crescente contamina o encarece a gua que precisa ser buscada cada vez mais longe ou passar por trata mento cada vez mais sofisticado A Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro mesmo ainda n o enfre
337. em c njuge e imigrantes recentes as demais apresenta ram de moderado a alto grau de correla o entre elas As vari veis que indicam vulne rabilidade demogr fica tais como fam lias numerosas e com alta frequ ncia de filhos adolescentes com experi ncia reprodutiva parturi o de adolescentes e jovens adultas percentagem de crian as com at 14 anos e ndice de depend ncia infantil mostraram forte correla o com praticamente todas as vari veis que indicam desvantagens socioe con micas e que pressup em pobreza como os baixos rendimentos informaliza o no trabalho analfabetismo n o frequ ncia es colar e condi es inadequadas de moradia Al m disso os tipos de chefaturas e a percentagem de idosos apresentaram forte correla o somente com as vari veis socioe con micas que refletem inadequa o escolar e domiciliar embora em n veis inferiores aos apresentados pelas demais vari veis demo gr ficas J a vari vel imigrantes recentes n o possui correla o com nenhuma vari vel que indica desvantagem social seja ela de mogr fica ou socioecon mica Na an lise acima verificou se forte v n culo entre os aspectos sociodemogr ficos e cadernos metr pole 19 os fatores geradores de desvantagem em outros planos sociais mostrando pouca ou nenhuma ambig idade em rela o ao marco te rico adotado Para melhor dimensionar e analisar as inter rela es entre as diversas vari veis
338. emo o de lixo em edifica es abandonadas pelos propriet rios reas escuras e inseguras para pedestres devido aus ncia de uso e falta de manuten o das propriedades p blicas e privadas Somados aos problemas de risco sa nit rio observam se os efeitos da ilha de calor com desconforto t rmico e enchentes Bueno 2007 A partir de diversos auto res Mascar e Mascar 2002 Andrade e Romero 2005 Rogers e Gumuchdjian 1997 Bueno et alii 2004 apresentamos os fatores que levam ao fen meno das ilhas de calor no espa o intra urbano a origem e disposi o das paredes pisos pavimentos e concretos sua condutividade capacidade de calor habilidade em refletir e armaze nar calor comparando com solo e outras superf cies naturais a superf cie adicional de edif cios altos verticais que criam novas trocas de energia a produ o de energia adicional gerada por m quinas ve culos e outros sistemas as altera es no ciclo da gua mudando a evapora o e a transpira o com o respectivo uso de energia nesses processos e a presen a da poeira e outros poluentes na atmosfera alterando os proces sos de troca de radia o de ondas longas Ab Saber 2004 Rogers e Gumuchdajian 1997 e Mennegat 1998 desenvolvem o conceito de metabolismo urbano para compreens o do processo de urbaniza o capitalista baseada na ind stria de alto consumo de petr leo e seus efeitos Essa compreens o possibi
339. ender as suas peculiaridades os estados e munic pios poder o editar leis pr prias pp 165 190 1 sem 2008 169 170 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo desde que inexista lei federal disciplinadora no que se refere s normas gerais No que tange ao poder suplementar a compet ncia dos estados e dos munic pios plena Nesse sentido incumbe a cada um dos entes inte grantes do Sinama promover a adequa o de sua estrutura administrativa de modo a desenvolver com compet ncia as fun es atinentes tutela ambiental O papel do mu nic pio como ente federativo aut nomo e nessa qualidade integrante do Sisnama destacado pois a este incumbe organizar se de forma a assumir as compet ncias ine rentes gest o ambiental das quest es lo cais Devem os munic pios sob essa tica responsabilizar se pela avalia o e pelo esta belecimento de normas crit rios e padr es relativos ao controle e manuten o da quali dade ambiental em seu territ rio Observam que a estrutura o de um sistema de gest o ambiental municipal passa pela necessidade de efetuar uma revis o das pol ticas urbanas at aqui adotadas sob o prisma da susten tabilidade Essa revis o possibilitar estudar o modelo de pol tica ambiental urbana mais apropriada para cada munic pio dentro do seu contexto regional N o obstante persistem d vidas quan to ao papel conferido
340. eniza o de temperatura prote o con tra enchentes e secas abrigo para a fauna silvestre assim como promo o da melhoria da sa de mental e f sica da popula o que as discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil frequenta atrav s de fun es recreacionais culturais e est ticas O segundo E a sustentabilidade econ mica Na perspectiva da metodologia Eurowater Water21 a sustentabilidade econ mica sig nifica dentro de um contexto de servi os de saneamento universalizados que a gest o dos servi os deve assegurar a manuten o das infra estruturas existentes garantindo a presta o dos servi os aos usu rios atuais e ainda antecipando a renova o dessas infra estruturas para poder responder s necessidades dos futuros usu rios Para is so preciso que as receitas geradas pelos servi os cubram os custos operacionais e de manuten o e produzam recursos financei ros para a renova o das infra estruturas dentro da perspectiva do full supply cost pricing Para que os sistemas gerem recei ta necess rio que haja consumo de gua tanto domiciliar como industrial e comercial e que esses usu rios sejam capazes de pagar os volumes consumidos Ora na Europa o que se observa desde o in cio da d cada de 1990 uma redu o dos consumos Di ferentes fatores explicariam essa baixa no consumo Para os economistas ela estaria ligada ao aumento das tarifa
341. ental e apropria o da ter as especificidades da paisagem da cidade ra urbana M nica Bahia Schlee Urbanista e arquiteta paisagista da Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro Doutoranda do Programa de Pesquisa e P s Gradua o em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Brasil Mestre em Estruturas Ambientais pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo e Mestre em Arquitetura da Paisagem pela Pennsylvania State University monbasch gmail com Vera Regina T ngari Arquiteta urbanista pelo Instituto Metodista Bennett Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Professora adjunta da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e docente e pesquisadora do Programa de Pesquisa e P s Gradua o em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Brasil vtangariQuol com br Notas 1 A divis o da cidade em reas de Planejamento APs foi estabelecida pelo PUB RIO 2 Encontra se em discuss o na C mara dos Vereadores o substitutivo n 3 ao projeto de Lei Complementar n 25 2006 que disp e sobre a pol tica urbana e institui o novo Plano Dire tor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro em substitui o ao vigente O novo Plano Diretor a cidade institui regi es de planejamento 3 O rg o licenciador
342. entes e inunda es Ocorre devido ao descal amento do solo promovido por eros o ou remo o das camadas inferiores sendo comum nas margens de c rregos ou durante a evolu o das vo orocas Alagamento ac mulo moment neo de guas em uma dada rea decorrente de defici ncia do sistema de drenagem 61 Quedas FALLS s o movimentos extremamente r pidos da ordem de m s e envolvem blocos e ou lascas de rocha em movimento de queda livre instabilizando um volume de rocha relativamente pequeno Ravinamento o aprofundamente vertical desses sulcos pela concentra o das guas Enxurrada escoamento superficial concentrado e com alta energia de transporte que pode ou n o estar associado a reas de dom nio dos processos fluviais Corridas de Massa FLOWS s o movimentos gravitacionais de massa complexos ligados a eventos pluviom tricos excepcionais Vo orocas o est gio mais avan ado da eros o e est associado a ravinas muito profundas quando o len ol fre tico das guas subterr neas atingido Instabilidade em rochas tombamentos rolamentos deslizamento escorregamento queda livre Fonte Brasil 2006 pp 34 38 78 80 e Jaboat o dos Guararapes 2006 p 9 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 michelli beduschi e carlos mello garcias Tabela 3 Fatores de suscetibilidade de acidentes geol gicos litologia t
343. ento o que ao lado da aus ncia de infra estrutura contri bui de maneira significativa para o agrava mento das condi es ambientais da cidade e da qualidade de vida da popula o urbana metropolitana Ao lado dessas quest es observa se hoje um r pido crescimento populacional em pa ses ou regi es onde n o existe muita gua doce dispon vel o que os levar a en frentar aquilo que a Organiza o das Na es Unidas define como estresse h drico ou se ja a disponibilidade de menos que 1000m hab ano Tal indisponibilidade se d por tr s motivos principais baixo potencial h dri co falta de infra estrutura e contamina o dos corpos d gua Do ponto de vista da demanda esse quadro pode ainda ser agra vado pela urbaniza o intensa uma vez que problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas a concentra o demogr fica em pontos es pec ficos do territ rio promove um aumento da press o pelo uso da gua nessas regi es Nas grandes cidades dos pa ses em desen volvimento essas quest es frequentemente aparecem associadas Segundo Monte M r 1994 o princi pal problema dos n cleos urbanos metro politanos em pa ses em desenvolvimento se refere aos aspectos de saneamento cujo car ter incompleto cria s rios problemas ambientais e de sa de Quest o h muito su perada nos pa ses desenvolvidos a meta de universaliza o dos sistemas de saneamento
344. ento urbano Segundo Monte M r e Costa 2002 cada vez mais se faz refer ncia exist ncia de uma bomba ecol gica virtual al m das condi es dif ceis de reprodu o cotidia na o referido padr o de urbaniza o tem implica es ambientais em v rias escalas demandando do poder p blico a realiza o de investimentos financeiros e tecno l gicos que frequentemente extrapolam a escala local e na maioria dos casos as pr prias condi es financeiras e tecnol gicas dispon veis no mbito p blico De acordo com os autores aspectos relacionados provis o de gua tratamento de esgotos disposi o de res duos ou preserva o da terra que necessariamente dependem de pp 27 47 1 sem 2008 43 44 lucia sousa e silva e luciana travassos abordagens regionais e a es integradas t o ambiental urbana como visto na primei tornam se especialmente agudos e de dif ra parte deste artigo o desafio que se coloca cil resolu o no contexto do padr o perif vultuoso principalmente em um contexto rico de urbaniza o de crescimento urbano intenso onde o abis Assim embora haja uma clara evolu o mo entre ricos e pobres parece ainda dif cil na apropria o e no entendimento da ques de ser ultrapassado Lucia Sousa e Silva Arquiteta urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Mestre em Ci ncia Ambiental pelo Programa de P s Gradua o em Ci ncia
345. eposi o de cartografias Por meio dessa t cnica foi poss vel a identifica o das reas onde coexistem ris cos ambientais e popula es em situa o de vulnerabilidade social reas habitadas por propor es elevadas de indiv duos e fam lias que n o possuem recursos de qualquer natureza para responder adequadamente mediante a ocorr ncia de um evento am biental adverso Na Figura 4 est o repre sentadas espacialmente as reas do n cleo metropolitano mais sujeitas s enchentes classificadas nos tr s grupos de maior vul nerabilidade social Da observa o dos resultados podem ser ressaltados alguns aspectos que reme tem quest o distributiva a as reas de alt ssima vulnerabilidade mais distanciadas do centro metropolitano e com baixas densidades demogr ficas n o Figura 4 reas de vulnerabilidade socioambiental na RMC 2000 Fonte Dados da pesquisa cadernos metr pole 19 22 reas sujeitas inunda es L v rzea em reas urbanas vulnerabilidade social m dia para alta EH alta EM alt ssima Ber de ocorr ncia de inunda es pp 191 219 Io sem 2008 211 212 marley deschamps est o sujeitas a esse tipo de risco Isso se deve ao fato de as reas de v rzea estarem concentradas pr ximas ao p lo metropolita no No entanto s o reas submetidas a ou tros tipos de riscos ambientais como declivi dade acima de 45 ou reas de c rstico
346. erno constitui um trunfo na produ o do desconhecimento orientado ao futuro Para terminar eu n o posso mais desenvolver essa id ia porque o meu tempo se esgota mas eu tenho que dizer uma coi sa um equ voco querer definir um mundo a partir do princ pio da realidade Esse equ voco ele sempre existiu e vou explicar por que O mundo se define como realidade e possibilidade Se eu n o vejo o mundo co mo realidade e como possibilidade ao mes mo tempo eu n o estou me libertando do reino da necessidade O reino da liberdade s poss vel quando eu juntar a defini o das duas coisas Isso muito mais necess rio hoje porque chegamos ao primeiro mo mento da hist ria da civiliza o t cnica no qual as t cnicas podem ser outra coisa al m de dominadores do homem No primeiro momento por enquanto n o s o porque pp 15 25 1 sem 2008 21 22 milton santos a organiza o para a qual elas est o traba lhando n o permite Mas elas est o a para permitir para ensejar essa possibilidade uma liberta o do homem Um exemplo a ind stria aeron utica Na ind stria aeron utica todos s o arte s os Quer dizer a rela o do homem com a m quina do piloto com o avi o ou do indi v duo que est na torre de comando uma rela o direta com a m quina que ele coman da no momento preciso Muito diferente do que acontecia no mundo industrial S que para realizar num pa s de po
347. ernos metr pole 19 pp 15 25 1 sem 2008 16 milton santos A palestra e a sess o de debates Professor Milton Santos A primeira coisa que vou tentar n o sei se vou conseguir definir a pobreza j que essa palavra usada de maneira muito extensiva como se o mundo n o houvesse mudado Ora desde que a Segunda Guerra terminou refiro me sobretudo aos pa ses de Terceiro Mundo n s tivemos pelo menos tr s tipos de pobreza diferentes e tr s defi ni es de pobreza Primeiro era uma pobreza acidental residual Frequentemente estacional inters ticial uma pobreza sem vasos comunican tes Uma pobreza vista como desadapta o aos processos de mudan as ou inadapta o entre condi es naturais e condi es so ciais Nem a cidade nem o territ rio nem a pr pria sociedade urbana ent o eram movidos exclusiva ou majoritariamente por driving forces compreendidos pelo proces so de racionaliza o N o vou dizer que viv amos numa eco nomia natural mas o artificial era de algu ma maneira comandado pelo natural o que tem repercuss es diferentes do oposto repercuss es do ponto de vista econ mico social e cultural E a solu o dos problemas era privada local frequentemente assisten cialista a pobreza sendo considerada como um acidente natural ou um acidente social Mas ent o pod amos falar dos pobres inclu dos porque havia uma preocupa o moral em rela o a eles Depois vem uma ou
348. ersal na defini o de indicadores ne cess rios para conceitu la torna se tam b m complexo Segundo Perloff 1973 a palavra indicador utilizada normalmente para descrever a condi o de um nico ele mento que seja parte de um complexo inter relacionado tendo como exemplos polui o atmosf rica espa os dispon veis n vel de ru do etc Considerando a inser o de tr s dimen s es em sua conceitua o de qualidade de vida Cutter 1985 subdivide da mesma forma os indicadores em indicadores so ciais ambientais e perceptivos Como j exposto a conceitua o de meio ambiente urbano a sele o de suas vari veis e os crit rios de an lise s o am plos e espec ficos a muitas reas de estudo exigindo assim uma composi o multidis ciplinar caracter stica dos estudos de meio ambiente Situa o similar acontece ao se falar de sa de O conceito de sa de considerado no contexto desta pesquisa o da Organiza o Mundial de Sa de Burns 1969 p 113 se gundo o qual sa de o estado de bem es tar social mental e f sico e n o meramente a aus ncia de qualquer doen a Ru do O ru do diferencia se dos demais elementos poluentes urbanos por constituir se como tal apenas no per odo em que emitido deixando de existir no momento em que termina a emiss o n o restando qualquer vest gio de sua presen a que possa permitir uma an lise Inexistindo barreiras ele n o cade
349. erva o ou na amplia o do patrim nio existente devem objetivar a distribui o universal dos benef cios e principalmente visarem uma proposta de construir uma no o de sustentabilidade que se volta para o novo O conceito de desenvolvimento sus tent vel Barbieri 1997 sugere um legado permanente de uma gera o a outra para que todas possam prover suas necessidades Sustentabilidade a qualidade daquilo que sustent vel passa a incorporar o significado cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 de manuten o e conserva o dos recursos naturais exigindo avan os cient ficos e tec nol gicos que possam ampliar permanente mente a capacidade de utilizar recuperar e conservar esses recursos bem como novos conceitos de necessidades humanas para ali viar as press es da sociedade sobre eles Nem sempre a apreens o dessa reali dade complexa que constituem as ques t es ambientais vivenciadas pela cidade contempor nea nos direciona supera o ou media o de conflitos ambientais O crescimento desordenado das cidades mais acentuado nas grandes metr poles vem re velando m ltiplas paisagens de degrada o ambiental Apesar de algumas iniciativas de cria o e transforma o de espa os em ambientes equilibrados s o grandes os de safios para o urbanista como recursos es cassos realidade complexa bols es de po breza valoriza o da quest o ambiental e viol ncia urbana
350. es popula o cabe fiscalizar e exercer o controle social atrav s de instrumentos como conselhos e comiss es Ainda que todo esse processo sinalize para formas p s modernas de rela es do Estado com a sociedade e para o avan o da democracia participativa a democra cia representativa continua sendo determi nante ou seja todo o processo depende da vontade pol tica do gestor eleito que pode criar as condi es para a participa o popu lar enquanto pol tica p blica pp 81 97 1 sem 2008 93 94 gustavo tavares da silva Gr fico 4 A gest o participativa no processo de elabora o e de implementa o das pol ticas p blicas 3 O Secretariado ee 4 coordena o Articula o dos pena diferentes setores intersetoria e demandas Faz os ajustes da pol tica comum 2 Coordena o 5 O Executivo governamental Decide intersetorial implanta o Tratamento das das pol ticas demandas por setor participativas 1 Participa o da Sociedade Demandas 6 Fiscaliza o Controle Social Gustavo Tavares da Silva Graduado em Licenciatura Plena em Hist ria pela Universidade Federal da Para ba Mestre em Ci ncias Sociais pela Universidade Federal da Para ba Doutor em Ci ncia Pol tica pela Universidade de Picardie Jules Verne Amiens Fran a P s Doutorado no Centro de Estudos e de Pesquisa em Ci ncia Administrativa e Pol tica CERSA da Universidade de Paris 2 Pan
351. es do presente sem comprometer a possibili dade de atend las no futuro Longe de querer que cesse o crescimento econ mico reconhece que os problemas liga dos pobreza e ao subdesenvolvimento s podem ser resolvidos se houver uma nova era de crescimento no qual os pa ses em desenvolvimento desempenhem um papel importante e colham grandes benef cios CMMAD 1984 p 44 A no o estabelecida no Relat rio passa a polarizar o debate ambiental estabelecen do se um campo de conflito de id ias sobre a defini o do que ou deve ser o desenvol vimento sustent vel e a sustentabilidade Segundo Hogan a no o de sustenta bilidade implica uma necess ria inter rela o entre justi a social qualidade de vida equil brio ambiental e a necessidade de de senvolvimento com respeito capacidade de suporte 1995 J segundo Jollivet mais que um conceito bem definido o de senvolvimento sustent vel pode ser melhor caracterizado como um campo discursivo controverso que permite a articula o de diferen as pol ticas entre o Norte e o Sul e oferece a possibilidade de estabelecer rela es entre os debates sobre equidade social e equil brio ecol gico 1998 p 50 De toda forma independentemente da interpreta o dada a no o de sustentabili dade torna se um paradigma de desenvolvi mento ao longo da d cada de 1990 A gran de diversidade de defini es dada aos con ceitos de desenvolvimento susten
352. es hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Introdu o A redu o da disponibilidade qualitativa e quantitativa da gua tem sido tema de dis cuss es nos meios cient fico e pol tico es tando diretamente associada aos usos e ocupa o da terra e aos processos produti vos nos aglomerados urbanos por meio do aumento do escoamento superficial oriundo da impermeabiliza o do solo e da gera o de efluentes dom sticos e industriais trata dos ou n o dentre outros fatores As caracter sticas da urbaniza o e dos processos produtivos nos centros urbanos configuram unidades paisag sticas espec fi cas que podem por sua vez ser relaciona das qualidade ambiental inclusive da gua Diante da tem tica cidade e meio am biente o presente trabalho integra aspectos relacionados s condi es de utiliza o da terra com padr es de qualidade h drica com o objetivo prec puo de estabelecer diretri zes para a gest o do uso e ocupa o do so lo no sentido da minimiza o dos impactos causados direta ou indiretamente sobre a paisagem e sobre a qualidade dos recursos h dricos pelas a es antr picas adotando como estudo de caso o munic pio de Pira quara localizado na regi o metropolitana de Curitiba RMC Referencial te rico A cidade pode ser entendida como um ecos sistema formado por dois sistemas b sicos a natural englobando componentes abi ticos meio f sico composto p
353. esa pb gov br legislacao lei6308 php gt Acesso em 8 de fev 2006 Lei Estadual n 6 544 de 20 de outubro de 1997 Cria a Secretaria Extraordin ria do Meio Ambiente dos Recursos H dricos e Minerais d nova reda o e revoga dispositivos da Lei 6 308 de 2 de julho de 2006 que institui a Pol tica Estadual de Recursos H dricos e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww aesa pb gov br legislacao lei6544 php gt Acesso em 8 de fev 2006 Lei Estadual n 7 033 de 29 de novembro de 2001 Cria a Ag ncia de guas Irriga o e Saneamento do Estado da Para ba AAGISA Dispon vel em lt http Avww aagisa pb gov br gt Acesso em 11 de jan 2005 Lei Estadual n 7 779 de 8 de julho de 2005 Cria a Ag ncia Executiva de Gest o das guas do Estado da Para ba AESA e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www aesa pb gov br legislacao lei7779 php gt Acesso em 8 de fev 2006 OUTORGA INFORMA ES B SICAS Governo do Estado da Para ba AESA 2006 Dispon vel em lt http Avww aesa pb gov br gest o index php gt Acesso em 3 de abr 2006 PLANO ESTADUAL DE RECURSOS H DRICOS DO ESTADO DA PARA BA PERH PB 1 Vers o Governo do Estado da Para ba SEMARH 2004 PROPOSTA DE INSTITUI O DO COMIT DA BACIA HIDROGR FICA DO RIO PARA BA Diretoria Provis ria 2004 Dispon vel em lt http Avww aesa pb gov br comites paraiba proposta php gt Acesso em 3 de abr 2006
354. escritas adian te o autor denomina vulnerabilidade de mogr fica A no o de vulnerabilidade demogr fica flex vel medida que permite consi dera es simult neas dos v rios aspectos das fam lias que podem tomar trajet rias distintas especialmente com o avan o da transi o demogr fica e sob condi es favo r veis de desenvolvimento econ mico e so cial Os aspectos demogr ficos considerados devem ser aqueles que geram dificuldades limita es ou menores op es nos proces sos de aquisi o e habilita o para manejar ativos em uma sociedade moderna Nesse sentido a vulnerabilidade demogr fica me dida segundo determinadas caracter sticas apontada como uma faceta das desvanta gens sociais Essas caracter sticas podem ser agrupadas nas tr s dimens es da unidade dom stica apresentadas a seguir a Estrutura familiar No plano de forma o das fam lias s o assinalados dois fen menos que tendem a acentuar a vulnerabilidade demogr fica o in cremento da uniparentalidade uma fam lia formada por chefe e c njuge estaria em me lhores condi es para atender satisfatoria mente aos aspectos emocionais financeiros de tempo e de trabalho para a manuten o pp 191 219 1 sem 2008 195 196 marley deschamps de um lar com dependentes menores o au mento na propor o de mulheres chefes de fam lia estas teriam maiores dificuldades para seu desenvolvimento quo
355. ess rio explicitar e aprofundar alguns aspectos das tr s dimens es da sus tentabilidade da gest o das guas urbanas para que possamos posteriormente selecio nar indicadores que nos permitam avaliar essa sustentabilidade no mbito das regi es metropolitanas Para a defini o dos indica dores tomamos como ponto de partida os dados do Censo do IBGE da PNSB Pesquisa Nacional de Saneamento B sico de 2000 dados do SNIS Sistema Nacional de Infor ma es em Saneamento 2005 e da Pesqui sa Perfil dos Munic pios Brasileiros Meio Ambiente 2002 Consideramos por m que para uma an lise mais aprofundada da sustentabilidade da gest o da gua esses dados devem ser complementados com in forma es obtidas junto a rg os p blicos estaduais e municipais envolvidos nas dife rentes inst ncias e setores da gest o urbana da gua O primeiro E a sustentabilidade ambiental Na perspectiva da metodologia 3Es a pri meira dimens o envolve quest es de salu bridade e de preserva o dos recursos h dri cos elementos centrais dentro de uma vis o da qualidade ambiental O uso dos recursos h dricos deve se fazer portanto de forma a garantir sua disponibilidade para uso das gera es futuras tanto em termos de quan tidade como em termos da qualidade da cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 gua A dimens o ambiental da sustentabili dade est assim diretamente relacionada ao uso racional da
356. essa produ o do vertical e do horizontal Eu acho que por a que a gente deve ria reexaminar a quest o do territ rio O que o setor vertical portador do pragm tico portador do vetor da modernidade porta dor da ordem cuja obedi ncia indispen s vel e o horizontal que o indiv duo no seu tamanho na sua grandeza na sua for a na sua capacidade de futuro junto com ou tros produzindo com isso o que Jordi Borja acaba de falar Que sobretudo poss vel pp 15 25 1 sem 2008 23 24 milton santos atrav s de coisas que n o tinham o mesmo valor no per odo hist rico anterior como a imagem que tem esse poder agregativo A produ o da nova Barcelona a produ o de uma imagem que tem um papel econ mico fundamental como tem sobre as pequenas e grandes cidades como tem neste per odo da globaliza o e que pode ser explorado do ponto de vista do planejamento Como voc s fizeram criando a imagem evidente mente que n o s a imagem produzindo os objetos t cnicos indispens veis realiza o de um lado do que vertical mas do outro lado do que horizontal a cultura Por que chegando a Barcelona cada qual sabe quanto vai pagar por aquela distribui o de cultura que o Jordi Borja ampliou na cidade quando ajudava a dirigi la Eu vou me referir a C ndido Malta Eu apreciei tamb m as sugest es do meu cole ga amigo e companheiro por v rios lugares o C ndido Malt
357. et rio Internacional que preconizavam uma redu o do Estado como a solu o para todos os problemas Pereira e Grau 1999 O Brasil como a maioria dos pa ses ocidentais aplicou uma agenda de reformas que mudou substancialmente as cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 rela es entre o Estado e a sociedade numa perspectiva do new public management e da democracia participativa Historicamente a sociedade brasileira estadoc ntrica Silva 1999 Isso quer dizer que ela sempre gravitou em torno do Estado que historicamente agiu como ator principal protagonista do processo de cons tru o hist rica No entanto as mudan as sociais pol ticas institucionais e culturais dos anos 90 apontam para o desenvolvimen to de uma sociedade mais consciente do seu papel enquanto ator do processo de cons tru o social Isso representa uma mudan a significativa mesmo que ainda limitada pois o processo depende da geografia pol tica de cada regi o num pa s de dimens o continen tal Isso n o impede que um modelo socio c ntrico Silva 2004 de sociedade comece a se afirmar atrav s de um conjunto de leis que s o criadas e aplicadas mas tamb m pelas experi ncias vivenciadas e sobretudo pela mudan a de mentalidade e de cultura pol tica que se enra zam Podemos dizer que a sociedade brasi leira conseguiu se democratizar depois de s culos de cultura autorit ria Ainda n o se alcan ou esse patamar m
358. etivo aqui n o propor respostas pa ra os problemas de cada realidade social trata se de colocar em evid ncia algumas experi ncias e sobretudo as contribui es te ricas sobre o sujeito para em seguida questionar e problematizar a organiza o e o funcionamento da administra o do Es tado de um modo geral Portanto um conjunto de quest es e de poss veis alter nativas que n o pretendem nem de longe esgotar o tema As reformas a por exemplo a partir dos anos 80 s o analisadas como a transi o do public management para o new public management sobretudo aquelas ocorridas nos anos 90 Esse processo n o se desen volveu somente na Fran a mas na maior parte dos pa ses ocidentais nos anos 90 com o objetivo de estabelecer uma nova governan a Chevallier 2004 Defarges 2003 Le Gal s 2006 A problematiza o que serve de eixo dos argumentos apresentados aqui ap ia se na hip tese de que a sociedade atual busca se organizar de um modo cada vez mais ho rizontal baseado em redes e por princ pios de democracia participativa A partir desse pressuposto poss vel lan ar m o da se guinte quest o como governar e gerir po l ticas p blicas num contexto de democracia participativa com um Estado que continua sendo burocr tico e dotado de uma tecno cracia hierarquizada setorizada e baseada em princ pios verticais claro que preciso estabelecer uma recomposi o do Estado do seu papel
359. etodo l gicos Bras lia Ibama MAGNAGHI A 1999 Territorial heritage a genetic code for sustainable development In INURA Possible Urban Worlds Urban strategies at The End The 20th Century Zurich INURA MARTINS M L R 2006 Moradia e mananciais Tens o e di logo na metr pole S o Paulo FAUUSP Fapesp MUN Z H org 2000 Interfaces da gest o de recursos h dricos desafios da lei de guas em 1997 2 ed Bras lia Minist rio do Meio Ambiente Secretaria de Recursos H dricos Dispon vel em lt http AMvww mma gov br gt Acesso em 7 abr 2002 NEDER R T 1992 Limites pol tico institucionais ao desenvolvimento sustent vel no Brasil In VIERA P F org Dilemas socioambientais e desenvolvimento sustent vel Campinas Editora da Unicamp 2002 Crise Socioambiental Estado amp sociedade civil no Brasil 1982 1998 S o Paulo Annablume Fapesp S O PAULO Estado Lei Estadual n 7 663 de 30 de dezembro de 1991 Institui a Pol tica Estadual de Recursos H dricos Legisla o S o Paulo Secretaria Estadual de Recursos H dricos Saneamento e Obras Dispon vel em lt ttp Awww recursoshidricos sp gov br gt Acesso em 25 fev 2008 Lei Estadual n 9 866 de 28 de novembro de 1997 Disp e sobre diretrizes e normas para a prote o e recupera o das bacias hidrogr ficas dos mananciais de interesse regional do Estado de S o Paulo Legisla o de Recursos H dricos Di
360. eu a respon sabilidade dos propriet rios dos im veis atravessados por valas c rregos ou rios de implantar em suas propriedades galerias para guas pluviais e servidas medida que a Prefeitura o fizesse nas vias p blicas vizi nhas de forma a permitir a conclus o con comitante das obras p blicas e particulares Entre as d cadas de 1950 e 1970 pou co se avan ou em rela o preserva o dos cursos d gua no mbito municipal O Decre to E3800 1970 limitou se a responsabilizar os propriet rios de terrenos atravessados por cursos d gua valas c rregos riachos etc canalizados ou n o ou que com eles se limitassem pela sua conserva o limpe za e pela manuten o do livre escoamento de suas guas nos trechos compreendidos pelas respectivas divisas de forma a man ter suas se es de vaz o desimpedidas bom esclarecer que todas as interven es cadernos metr pole 19 mencionadas nos instrumentos legais como poss veis desde que licenciadas e que foram efetivamente respons veis pela significativa altera o da morfologia dos cursos d gua carioca j haviam sido apontadas nos Esta dos Unidos e na Europa desde a d cada de 1930 como causadoras de graves impactos ambientais A Lei 1197 1988 deu continuidade aos avan os obtidos com os decretos imperiais promulgados pelo governo imperial no final do s culo XIX ao transformar em rea de Prote o Ambiental os mananciais os reser vat r
361. eu funcionamen to especialmente da gua a descarga de res duos destino e tratamento de esgoto e lixo o grau de mobilidade da popula o no meio urbano qualidade do transporte p blico de massa a oferta e o atendimento s necessidades da popula o por moradia equipamentos sociais e servi os e a quali dade dos espa os p blicos Dessa forma as pol ticas que sustentam o parcelamento uso e ocupa o do solo assim como as pr ticas urban sticas que viabilizam essas a es t m papel efetivo na meta de conduzir as cidades no percurso do desenvolvimento sustent vel o qual tamb m prev o planejamento ambiental Este segundo Franco 2001 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran refere se ao ordenamento das a es huma nas da antropiza o no territ rio levando em conta a capacidade de sustenta o dos ecossistemas em n vel local e regional sem perder de vista as quest es de equil brio de escalas maiores tais como a continental e a planet ria visando melhoria da qualidade de vida humana dentro de conceitos de ti ca ecol gica Metodologia A pesquisa em quest o de natureza explo rat ria pois tem por intuito proporcionar uma vis o geral do problema pesquisado com possibilidades de estudos posteriores Santos 2002 Tendo em vista seu objetivo b sico este trabalho se insere no contexto do m todo quase experimental pois n
362. existe a pos sibilidade de ocorr ncia de inunda es n o afeta de forma homog nea os diferentes grupos sociais Nessas reas est o localiza das popula es com grau de vulnerabilidade social que variam de m dio para alt ssimo de acordo com o modelo aplicado Os elementos que levaram classifica o desses grupos populacionais encontram se nas vari veis selecionadas para o estudo da vulnerabilidade social e que determina ram a fragilidade desses grupos mediante a ocorr ncia de algum evento no caso ambiental que lhes causasse dano ou se ja s o fatores que denotam a incapacidade de determinados grupos sociais de respon derem positivamente quando lesionados O elemento norteador da vulnerabilidade so cial a insufici ncia de renda pois se encon tra fortemente correlacionado com todos os demais fatores que indicam pobreza baixa escolaridade precariedade nos servi os p blicos e algumas caracter sticas demogr fi cas como a composi o familiar no que se refere ao seu tamanho Finalmente utilizando se de recursos visuais na associa o entre informa es so ciais e ambientais chegou se conclus o que confirma a tend ncia de determinados gru pos com n tida desvantagem social em rela o aos demais grupos ou seja em piores situa es econ micas habitacionais educa cionais e com determinadas caracter sticas demogr ficas residirem mais frequente mente em reas sujeita
363. exiura estrutura pr adensamento geol gicos altura da encosta forma da encosta perfil morfol gicos extens o da encosta declividade da encosta sinuosidade da encosta chuva acumulada chuva concentrada umidade temperatura clim ticos densidade da rede de drenagem concentra o das linhas d gua altura do n vel fre tico Fatores de suscetibilidade hidrol gicos densidade populacional frequ ncia de cortes e aterros antr picos taxa de solo exposto focos de lan amento de guas servidas n mero de fossas nas encostas focos de lan amento de lixo Fonte Pernambuco 2003 p 42 Tabela 4 Fatores de vulnerabilidade de acidentes geol gicos Densidade populacional Equipamentos p blicos vi ria gua Redes de infra estrutura existentes esgoto uz telefone g s Fatores de vulnerabilidade Tipologias das edifica es Fonte Pernambuco 20083 p 42 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais Tabela 5 Agentes predisponentes dePlagradores e efetivos de reas de risco Agentes predisponentes Atributos que predisp em relativos ao espa o ao conjunto de caracter sticas naturais intr nsecas dos terrenos nos quais ocorrem os movimentos atributos geol gicos fei es estruturais e geol gicas dos solos e rochas caracter sticas
364. ficadora da quest o ao tratar da mesma forma geom trica atrav s da deli mita o de reas de preserva o permanen te APP os fundos de vale t o diferentes conforme os biomas assim como quanto ao grau de integra o com as atividades huma nas especialmente nas cidades Mas na ver dade em grande parte de nossas cidades os rios afastam esgotos t m em suas margens avenidas ou as mais prec rias favelas no caso das capitais e regi es metropolitanas necess rio ampliar a constru o de ETEs em nossas cidades o que possibilitar a sa lubridade e o retorno de vida aqu tica na rede hidrogr fica urbana Mas h tamb m outras a es estruturais e n o estruturais que visam a diminui o da polui o difusa e a recupera o da qualidade e quantidade de gua no meio urbano Junto aos cursos d gua necess rio ter pontes e ancoradouros estruturas de estabiliza o de margens e de acesso para limpeza e desobstru o peri dica Nas suas margens devem estar localizadas esta es de bombeamento de guas elevat rias e de tratamento de esgotos Al m disso as fai xas pr ximas a rios c rregos e lagos t m grande valor paisag stico sendo prop cias ao lazer descanso e esporte Portanto nem sempre uma faixa de vegeta o fechada funcional e adequada no tecido urbano O uso do solo e o tratamento do curso d gua dessas reas dependem de cada microbacia de cada local de cada projeto
365. ficas e es tudo explorat rio de um programa nacional de apoio gest o integrada Relat rio de An damento Extrato de resultados preliminares de pesquisa m dulo Institucional Conv nio FINEP CT HIDRO 23 01 0547 00 Universidade de S o Paulo N cleo de Pesquisa em Informa es Urbanas MARICATO E 2001 Metr pole perif rica desigualdade social e meio ambiente In VIANA G e outros org O desafio da sustentabilidade S o Paulo Perseu Abramo pp 215 232 MILAR 1999 Instrumentos legais e econ micos aplic veis aos munic pios Sistema Muni cipal do Meio Ambiente Sismuna Sisnama In PHILIPPI JR A et al Munic pios e meio ambiente perspectivas para a municipaliza o da gest o ambiental no Brasil S o Paulo Associa o Naciona de Munic pios e Meio Ambiente 1999 PHILIPPI JR A e ZULAUF W 1999 Estrutura o dos munic pios para a cria o e implemen ta o do sistema de gest o ambiental In PHILIPPI JR A et al ed Munic pios e meio ambiente perspectivas para a municipaliza o da gest o ambiental no Brasil S o Paulo Associa o Nacional de Munic pios e Meio Ambiente RIBEIRO L C de Q e CARDOSO A L 2003 Plano Diretor e gest o democr tica da cidade In CARDOSO A L e RIBEIRO L C de Q orgs Reforma urbana e gest o democr tica promessas e desafios do Estatuto da Cidade Rio de Janeiro Revan SILVA R T e PORTO M F do A
366. ficit habitacional e moradias em Favelas 2000 Matschke Popula o D ficit do total Domic lios do total habitacional do Brasil em favelas do Brasil S o Paulo 17 878 703 596 232 9 0 416 143 25 2 Rio de Janeiro 10 710 515 390 805 5 9 349 183 21 2 Recife 3 337 565 191 613 2 9 57 723 35 Belo Horizonte 4 357 942 155 645 2 3 107 212 6 5 Salvador 3 021 572 144 767 2 2 65 443 4 0 Fortaleza 2 984 689 163 933 25 84 609 5 1 RIDE Bras lia 2 952 276 146 667 2 2 8 246 0 5 Bel m 1 795 536 117 004 8 130 951 7 9 Porto Alegre 3 718 778 116 010 1 7 53 447 3 2 Manaus 1 405 835 93 952 1 4 39 505 2 4 Curitiba 2 768 394 75 668 1 1 42 854 2 6 Total 54 931 805 2 192 296 32 9 1 355 316 82 1 Fonte Plano de A o em Habita o Saneamento e Mobilidade nas Metr poles em Risco MCidades IPPUR Observat rio da Metr pole 2004 Dados Base Funda o Jo o Pinheiro IBGE 2000 assentamentos irregulares com grande coa bita o geralmente com aus ncia de sanea mento ambiental nos quais as reas mais prec rias se localizam em faixas marginais a c rregos e em encostas que apresentam fam lias em risco de vida A esse quadro soma se a crise ambiental presente no am biente urbano Em 2004 o PNUMA Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente UNEP Annual Report 2004 apresentou a crise ambiental destacando seis principais pro blemas que causam risco vida S o eles 1 Aquecimento da terra ou efeito
367. fine o aparato institucional com a evolu o do tempo novos valores s o adicionados e os antigos perdem o valor inicial Mas frise se que esses novos valores tamb m surgem amparados em novo aparato normativo Dessa forma as mudan as institucionais contribuem com o evolver das sociedades sendo importantes na compreens o das mu dan as no curso hist rico h drico Al m disso uma abordagem sist mica requer al m das contextualiza es inte gradoras e interpreta es consistentes ex plica es dos impactos h dricos de grande relev ncia Urge ent o dizer que as novas forma ta es jur dico institucionais que t m por mister o car ter de gerenciamento h drico e as rec m medidas de ajustes tecnol gico financeiros devem ser desnudadas A compreens o dessas dimens es deve ser mediada pelo esgar amento do tecido pol tico conforme descreve Bobbio 1999 ou seja as a es implementadas desde os discursos passando pelos planejamentos e planos at a execu o dos projetos arqui tetados exigem apreens o de sentido e uma cadernos metr pole 19 justificativa abalizada Entretanto tam b m importante investigar a relev ncia do direito como elemento de articula o socio pol tico para com as guas com o objetivo de focar as normas jur dicas e interpretar se as mesmas est o adequadas ou em descom passo com as mudan as sociais econ micas culturais e tecnol gicas ocorrentes A pr
368. foi aplicada a t cnica de an lise fatorial com ba se na matriz de correla o de Pearson Por meio do processamento dos dados com to das as vari veis foram eliminadas aquelas cuja comunalidade apresentassem valores abaixo de 0 60 pois n o estariam sendo ex plicadas pelo conjunto dos fatores comuns Tr s vari veis apresentam comunalida de abaixo de 0 60 sendo portanto elimi nadas da an lise por n o fazerem conjunto com nenhum fator percentagem de fam lias chefiadas por pessoas menores de 20 anos V1 percentagem de fam lias chefiadas por mulheres sem c njuge V3 e taxa de imi gra o V10 A retirada dessas tr s vari veis n o al terou o resultado final do agrupamento das reas dentro da Regi o Metropolitana de Curitiba pois no caso das duas primeiras Vi e V3 tratam se de vari veis que podem ou n o indicar desvantagem social por esta rem diretamente ligadas s fun es exerci das pelo munic pio ou regi o de resid ncia Curitiba por exemplo que possui as maio res propor es de pessoas nessa situa o um p lo universit rio assim as pessoas que s o estudantes ou mesmo as que s traba lham e moram sozinhas ou seja s o chefes de fam lia muito provavelmente possuem condi es econ micas favor veis Quanto vari vel V10 sua inclus o na an lise se deu em fun o de possibilitar um indicativo de crescimento da rea de expans o metropolitana No entanto na taxa de imi
369. forme Demo gr fico Bras lia SEDUH SOLOMON J 2003 What is transport exclusion In ROOT A ed Delivering sustainable transport a social science perspective Oxford Pergamon UITP International Association for Public Transport 2003 Ticket to the future 3 stops to sustainable mobility Roma UITP VASCONCELLOS E A 2001 Urban transport environment and equity the case for developing countries Londres Earthscan VILLA A F 1998 Espa o intra urbano no Brasil S o Paulo Studio Nobel Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 317 InterPer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de Bras lia DF Resumo Objetivo avaliar o ru do de tr nsito e seus pos s veis efeitos na qualidade de vida e na sa de em rea residencial de Bras lia M todos foram feitas medi es de ru do em v rios andares dos pr dios com janela aberta e fechada Aplicou se um question rio para identificar a sensibilidade e os efeitos relacionados exposi o ao ru do Resultados entre os resultados identificaram se a rea de estudo afetada pela polui o sonora o n vel de ru do incomoda as pessoas que moram na rea e interfere na realiza o de atividades di rias sendo que pessoas do sexo feminino e os mais jovens se mostraram mais sens veis ao ru do e declararam sentir com maior intensidade seus efei
370. g ncia de Bacia ou na sua aus ncia rg o indicado pelo comit iii rg os da administra o p blica respons veis pelo li cenciamento de atividades fiscaliza o e implementa o de programas setoriais 4 deve ser elaborado um Plano de Desenvolvi mento e Prote o Ambiental PDPA para cada APRM contendo diretrizes para as po l ticas setoriais programa de investimentos metas para a obten o de padr es de qua lidade ambiental 5 tr s tipos de reas de Interven o devem ser estabelecidas em cada APRM reas de ocupa o dirigida de restri o ocupa o e de recupera o ambiental com normas e diretrizes am bientais e urban sticas de interesse regional que passariam a ser as unidades b sicas de controle e orienta o do uso e ocupa o do solo no lugar de um zoneamento r gido 6 as APRM devem contar com um siste ma gerencial de informa es constituindo num banco de dados destinado a monitorar e avaliar a qualidade ambiental da bacia 7 os Comit s das Bacias Hidrogr ficas destina riam uma parcela dos recursos de cobran a pelo uso da gua para fiscaliza o e obras de recupera o dos mananciais 8 o estado garantir compensa o financeira aos muni c pios afetados por restri es impostas pelas leis espec ficas das APRM e tamb m garan tiria juntamente com os munic pios meios e recursos para a implementa o dos planos e programas definidos pelo PDPA e par
371. gra o foram inclu dos todos os pp 191 219 1 sem 2008 199 200 marley deschamps Tabela 1 Matriz de correla o das vari veis estudadas ari veis vi v2 v3 V4 v5 V VZM v8 Vo vio vm vi 1 0000 0 4224 0 1963 0 5021 0 4127 0 6902 0 5722 0 5688 0 4439 0 3790 0 5852 v2 0 4224 1 0000 0 3459 0 3512 0 2337 0 6416 0 7118 0 7477 0 9659 0 3970 0 6741 v3 0 1963 0 3459 1 0000 0 4683 0 4302 0 3812 0 4788 0 4978 0 4163 0 1197 0 4967 v4 0 5021 0 3512 0 4683 1 0000 0 9358 0 7209 0 8379 0 8403 0 5066 0 1878 0 8826 v5 0 4127 0 2337 0 4302 0 9358 1 0000 0 6037 0 7445 0 7500 0 3972 0 1044 0 8005 V 0 6902 0 6416 0 3812 0 7209 0 6037 1 0000 0 8994 0 8730 0 7177 0 3449 0 8727 VZM 0 5722 0 7118 0 4788 0 8379 0 7445 0 8994 1 0000 0 9746 0 8093 0 3547 0 9718 v8 0 5688 0 7477 0 4978 0 8403 0 7500 0 8730 0 9746 1 0000 0 8524 0 3035 0 9920 v9 0 4439 0 9659 0 4163 0 5066 0 3972 0 7177 0 8093 0 8524 1 0000 0 3387 0 7871 vio 0 3790 0 3970 0 1197 0 1878 0 1044 0 3449 0 3547 0 3035 0 3387 1 0000 0 2936 vil 0 5852 0 6741 0 4967 0 8826 0 8005 0 8727 0 9718 0 9920 0 7871 0 2936 1 0000 VI 0 5300 0 2678 0 4278 0 9304 0 9113 0 6950 0 7798 0 7911 0 4284 0 0883 0 8444 VI 0 2883 0 0712 0 3234 0 7717 0 8104 0 3385 0 4523 0 4728 0 0976 0 1270 0 5372 vis 0 0619 0 3617 0 2001 0 5818 0 6264 0 1002 0 1795 0 1719 0 2066 0 1666 0 2509 vis 0 4543 0 1399 0 3758 0 8781 0 8868 0 5974 0 69
372. gura 1 Ao longo desse sentido tem se como marco o Eixo Rodovi rio Central Figuras 1 e 2 sendo uma via central com tr s faixas por sentido entre as quadras 100 e 200 com objetivo de asse gurar um fluxo cont nuo sem qualquer in terrup o de vias perpendiculares ou sinais permitindo uma velocidade de at 80 Km Paralelos a ele t m se os dois eixos rodovi rios auxiliares com duas faixas em cada sen tido um o eixo W situado no lado oeste nas proximidades das superquadras 100 e outro de mesma dimens o situado do lado leste paralelo e lindeiro s quadras 200 Ambos atendem os fluxos norte sul e sul norte da cidade atuando como vetores da organiza o urbana e como vias expressas garantin do acesso aos v rios setores da cidade com permiss o de velocidade de 60 km h O eixo central constitui o Eixo Rodovi rio e os eixos paralelos constituem o Eixo RW eixo rodovi rio W Oeste e o Eixo RL eixo rodovi rio L Leste situados respec tivamente a oeste e leste do eixo central que a via de maior porte entre eles Figu ras 1 e2 Foi selecionado o Eixo oeste W on de circula um alto volume de ve culos e que simultaneamente um corredor do transporte coletivo pelo fato de apresentar Figura 3 Cidade de Bras lia DF Quadras onde Foram realizadas as pesquisas Asa Sul SQS 104 105 106 107 e Asa Norte SQN 104 105 106 107 DT Zona Central a SEI vi AN UM Late D Asa No
373. h dricos nas mon tanhas da cidade Sua an lise indica que a vis o tecnicista ainda domina a fundamenta o conceitual que embasa a escolha das so lu es de infraestrutura utilizadas na cidade especialmente em rela o s guas O Decreto 6000 1937 instituiu a obri gatoriedade de licenciamento pela Prefeitu ra para capta o e ou obstru o dos cursos d gua e proibiu a constru o de a udes represas barragens tamponamentos ou qualquer obra que impedisse o livre escoa as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 mento das guas dos rios e valas Ficou tamb m proibida a execu o de servi os de aterro desvio dos cursos d gua ou valas e de suas margens sem pr via licen a da Pre feitura que poderia exigir ao conced la a execu o das obras para assegurar o escoa mento das guas ou neg la Com exce o da obrigatoriedade em manter as dimens es de se o de vaz o dos rios n o foram estabelecidos par metros espec ficos para a prote o de suas faixas marginais ficando a crit rio do rg o licen ciador determinar a dist ncia das constru es em rela o s bordas dos rios riachos c rregos etc ou valas nos terrenos por eles atravessados O Decreto 6000 1937 ainda permitia o lan amento do esgoto sa nit rio proveniente das fossas nas galerias de guas pluviais e na falta delas na sarjeta dos logradouros A Lei 250 1948 estabelec
374. habita o reas verdes p blicas equipamentos sociais etc Mas para isso preciso que nossos rios cadernos metr pole 19 urbanos deixem de ser canais de afastamen to de esgotos como na maioria das cidades e necess rio superar a vis o de que o me lhor lugar para avenida o fundo do vale que popularizou as avenidas marginais e recuperar a capacidade de conv vio com a rede hidrogr fica Essas faixas marginais aos cursos d gua passam a ter reconheci dos seus valores funcionais sanit rios so ciais e ambientais de forma integrada no meio urbano Urbaniza o adequa o de assentamentos prec rios e moradias para o saneamento das cidades Historicamente nosso ambiente constru do apresenta uma urbaniza o incompleta bairros sem pavimenta o vias com eros o causando assoreamentos dos cursos d gua e dificuldades de acesso aos sistemas de transporte e outros servi os inexist ncia de cal adas lan amento de esgotos nos cursos d gua pelos pr prios sistemas oficiais de afastamento de esgotos dom sticos coleta de lixo parcial e com disposi o final ina dequada escassez de moradia digna e eco nomicamente acess vel com a forma o de assentamentos prec rios e irregulares H necessidade de agilizar o saneamento dos cursos d gua urbanos atrav s de diretrizes espec ficas para reas ocupadas por habita o de interesse social luz dos princ pios do Estatuto das Cidades Buen
375. humana e sua trans forma o em mercadorias Ghiselli 2006 coletou durante quatro anos amostras de gua bruta e gua pot vel oriundas da sub bacia do Rio Atibaia estado de S o Paulo usada para abastecimento p blico Encon trou interferentes end crinos e produtos farmac uticos e de higiene pessoal nas guas brutas e nas guas tratadas pelas esta es reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental Tabela 2 Origem e contribui o de emiss es para o aquecimento global gm ooa 8 CFC 12 md 6200 7100 CC 1 Combust es em geral Uso de combust veis f sseis 75 Queimadas 25 P ntanos t rmitas Arrozais gado ventila es de minas de carv o e vazamentos em sistemas de g s natural e refinarias queima de biomassa lixo esgotos su nos Ind stria de fertilizantes emiss es de ve culos Processos naturais solos e oceanos e agricultura queima de biomassa e atividades industriais Origem artificial Aeross is solventes da ind stria eletr nica e resfriadores embalagens de isopor Destroem a camada de oz nio HCFC 22 CHCIF 1300 1400 Origem artificial Destroem a camada de oz nio Hexafluoreto de enxofre Oz nio de tratamento de gua ETAs Outros es tudos cient ficos encontram recentemente metais pesados utilizados nos anos 1960 e proibidos nos anos 1970 f rmacos horm nios disruptores end crinos e herbicidas em
376. i institu da pelo Decreto 10 082 1991 A pol tica habitacional e sua rela o com a preserva o ambiental A leitura do Decreto 6000 1937 torna claro o tipo de tratamento dado quest o habi tacional das classes de baixa renda pelo po der p blico na poca As favelas apesar de j admitidas pelo Plano Agache em 1930 e reconhecidas oficialmente por esse decreto que as definia como conglomerados de dois ou mais casebres regularmente dispostos ou em desordem constru dos com materiais improvisados foram consideradas anti hi gi nicas e juntamente com os corti os e es talagens condenadas a serem extintas Por esse instrumento a Prefeitura proibia essas tipologias impedia a realiza o de qualquer obra ou constru o nas j existentes e a for ma o de novos aglomerados A pol tica habitacional na poca limi tava se a estabelecer padr es construtivos m nimos para as constru es destinadas a esse extrato da popula o e indicar os locais onde seriam toleradas demonstrando que a l gica higienista ainda orientava fortemente o tratamento dispensado pelo poder p blico a essa quest o Esse decreto estabeleceu ainda condi es para constru es expeditas em madei ra na inten o de ordenar e garantir um pa dr o construtivo que se pretendia m nimo nas favelas mas que envolvia uma extensa lista de requisitos Ao decretar a extin o cadernos metr pole 19 pp 271 291 1
377. iais b aumento do risco das reas de abasteci mento com a polui o org nica e qu mica c contamina o dos rios por esgotos do m stico industrial e pluvial d gera o de enchentes urbanas pela ex tensiva ocupa o do espa o e pelo gerencia mento inadequado da drenagem urbana e insufici ncia de coleta e disposi o do lixo urbano urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran Figura 1 Ilustra o dos efeitos da urbaniza o na qualidade e quantidade das guas VOLUME DE DENSIDADE D POPULA O AUMENTA j EMANDA D GUAS SERVIDA GUA POT VEI AUMENTA AUMENTA CAR NCIA DE RECURSOS H DRICOS JIMINUI O D RECARGA UBTERR NEA t DIMINUI TERIORA O QUALIDADE DAS GUAS PLUVIA A UALIDADE DOS MANANCIAIS DETERIORA D PROBLEMA DE CONTROLE DI POLUI O DENSIDADE DE CONSTRU ES AUMENTA REA MODIFICA O DO IMPERME VEL SISTEMA DE AUMENTA DRENAGEM ALTERA O DOCLIMA URBANO AUMENTO DO AUMENTO DA ESCOAMENTO VALOCIDADE DE SUPERFICIAL ESCOAMENTO PICOS DE TEMPODE CHEIA CONCENTRA O AUMENTAM DIMINUI PROBLEMAS DE CONTROLE DE INUNDA ES Fonte Porto et al 1997 apud Bollmann Carneiro e Pegorini 2005 A Figura 1 exp e os efeitos da urbani za o em especial do aumento da densidade populacional e de constru es sobre a qua lidade e quantidade d
378. ialmente no per odo seco Lembremo nos de que se tra ta de uma regi o de grande extens o ter ritorial com preval ncia de rios sazonais e escassez de cursos perenes Recentemente um projeto federal de transposi o parcial das guas do Rio S o Francisco o principal manancial caudaloso a atravessar a regi o da caatinga despertou pol micas na opini o p blica com interpre ta es divididas entre os moradores e al gumas autoridades religiosos especialistas acad micos e celebridades da m dia Fugindo de nos direcionarmos dis cuss o dessa pol mica ela mesma merece dora de um ensaio parte vale lembrar que essa querela pela transposi o faz ecoar uma antiga preocupa o dos governos bra Sileiros preocupa o essa que atravessando a transi o republicana de 1889 transpas sou inteiramente o s culo XX Referimo nos s sucessivas pol ticas de combate ao fen meno natural da seca O processo de desmatamento das zo nas semi ridas nordestinas provocado pela a o humana somado s caracter sticas cli m ticas espec ficas desse bioma e marca damente s condi es ecol gicas das secas tornou esse territ rio uma das reas do Bra sil mais degradadas e com fortes tend ncias desertifica o Mariano Neto 2001 Historicamente a seca deixou de ser considerada como um fen meno natural days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental pelas elites locais
379. ias de Meio Ambiente e Recursos H dricos e suas concession rias Cetesb e DAEE domina n o somente a agenda mas tamb m conduz as discuss es A participa o dos munic pios tende a ser mais intensa nas sub regi es em que a agenda regional mais organizada como por exemplo na sub bacia Guarapiranga em fun o do Pro grama de Saneamento Ambiental Guarapi ranga ou na Billings com o Cons rcio In termunicipal do Grande ABC Cunha 2004 apud Formiga Johnsson e Kemper 2004 confirmando essa tend ncia complementa pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos que tanto os atores do estado quanto dos munic pios interagem fortemente enquan to a sociedade civil est claramente margi nalizada das decis es Importante ressaltar que no mbito dos subcomit s diversos projetos t m sido financiados com recursos do FEHIDRO para o segmento da sociedade civil envolvendo a es de educa o ambien tal voltadas mobiliza o de lideran as po pulares Tal fato contribui para uma maior capacita o desse segmento quanto sua participa o nos processos de concep o e implementa o das pol ticas urbanas e am bientais em curso Nesses aspectos o processo de elabo ra o da lei da sub bacia do Guarapiranga pioneiro iniciando se em 1998 como uma das principais prioridades do Subcomit Co tia Guarapiranga principalmente em fun o de importante trabalho que j
380. iba HARDT C 2004 Gest o metropolitana consegti ncias dos paradigmas das pol ticas p blicas na qualidade ambiental do Compartimento Leste Regional da Regi o Metropolitana de Curitiba Tese Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Universidade Federal do Paran Curitiba HARDT L P A 2000 Subs dios gest o da qualidade da paisagem urbana aplica o a Curitiba PR Tese Doutorado em Engenharia Florestal Setor de Ci ncias Agr rias da Universidade Federal do Paran Curitiba HARDT L P A e HARDT C 2004 Subs dios formula o de pol ticas de gest o do desen volvimento metropolitano sustent vel In Encontro da ANPPAS Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Ambiente e Sociedade Il Indaiatuba 2004 Anais Indaia tuba pp 1 15 2007 Reflex es sobre pol ticas ambientais e urbanas no mbito do planejamento e gest o de unidades de conserva o In ORTH D M e DEBETIR E orgs Unidades de conserva o gest o e conflitos Florian polis Insular pp 111 135 IAP Instituto Ambiental do Paran 2005 Monitoramento da qualidade das guas dos rios da regi o metropolitana de Curitiba no per odo de 1992 a 2005 Curitiba 2007 Dados do monitoramento da qualidade da gua pontos AlO1 AlT6 Al17 AIZ2 AI39 AI41 AI43 AI43 AI45 e AI48 Curitiba INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 2006 Imagem de sat lite CEBERS 2
381. ica em torno da compet ncia municipal no que diz respeito ao licencia mento j que o sistema Nacional de Meio Ambiente reserva esse papel aos rg os esta duais A cria o de sistemas municipais na aus ncia de uma pol tica concertada com os estados poderia levar a uma duplicidade e a conflitos de compet ncias 14 Lei Municipal 2 868 Art 26 15 Projeto de Lei de Plano Diretor Municipal Art 55 Refer ncias ARA JO R L 2005 O planejamento urbano e a norma de uso e ocupa o do solo a cidade do Rio de Janeiro na d cada de 1990 Disserta o de Mestrado em Planejamento Urbano e Regional IPPUR UFRJ CAMARGO A B A de 2003 Atualidade do federalismo tend ncias internacionais e a expe ri ncia brasileira In VERGARA S C e CORREA V L de A orgs Propostas para uma gest o p blica municipal efetiva Rio de Janeiro Editora FGV CASTRO F do V F de ALVARENGA L J e MAGALH ES J NIOR A P 2005 A pol ti ca nacional de recursos h dricos e a gest o de conflitos em uma nova territorialidade Revista do Departamento de Geografia Programa de P s gradua o em Geografia IGC UFMG v 1 n 1 jul dez pp 37 50 Belo Horizonte COSTA G M e PACHECO P D 2006 Planejamento urbano no ambiente metropolitano o caso do munic pio de Nova Lima na Regi o Metropolitana de Belo Horizonte In Novas Periferias Metropolitanas A expans o metropolitana em Belo Horizonte din mi
382. ici ncia da gest o de riscos urbanos est fortemente atrelada s pol ticas p bli cas de desenvolvimento urbano sobretudo inclus o social habita o popular prote o de reas ambientalmente fr geis e recupera o de reas degradadas O estudo de processos geol gicos e de re jprodu o de aglomerados subnormais demanda a conjuga o de aspectos geogr ficos e hist ricos espec ficos de cada locali dade al m de aspectos socioecon micos de mogr ficos e infra estruturais o conjunto dos fatores tipologia e din mica de ocupa o do solo aspectos clim ticos substrato geol gico cobertura vegetal a es antr pi cas que determinam a suscetibilidade de uma rea a riscos geol gicos necess rio avaliar a ocupa o do espa o como um processo cont nuo e em transforma o din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais Michelli Beduschi Especialista em Sistema de Gest o Ambiental pela Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Arquiteta e urbanista pela Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Paran Brasil arquibeduschiyahoo com br Carlos Mello Garcias Doutor em Engenharia Civil pela Escola Polit cnica da Universidade de S o Paulo Mestre em Recursos H dricos e Saneamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Engenheiro Civil e Hidr ulico pela Universidade Federal do Paran Professor do curso de Engenharia Ambient
383. ico de Bras lia cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 Plano Piloto 10 de mar o de 1957 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de bras lia Costa escreveu no seu plano que a in terse o entre os eixos monumental e re sidencial pediam a cria o de uma ampla plataforma onde apenas estacionamentos e tr nsito local seriam permitidos Costa 1960 Figura 2 A rea da plataforma o centro geogr fico e urbano da cidade uma rea de grande valor simb lico e urban stico onde L cio Costa locou o Terminal rodovi rio central No entanto a ampla plataforma acima do Terminal foi totalmente destinada aos carros ao inv s de ser projetada como um grandioso espa o p blico para toda a popula o n o somente para os motoris tas Essa decis o de planejamento e proje to um poderoso exemplo de como Bra s lia veio a funcionar e de como as pessoas circulam hoje pela cidade Mais ainda essa e outras decis es de projeto criaram uma paisagem privatizada projetada para servir aos ve culos e n o s pessoas da cidade co mo um todo Apesar de n o haver uma men o es pec fica sobre a restri o do uso misto no plano de L cio Costa o resultado final do Plano Piloto uma combina o de reas com fortes restri es de uso As superqua dras s o reas exclusivamente residenciais separadas por faixas de com rcio e reas de educa o e lazer H
384. icos visando garantir o escoamento das guas e prevenir cheias Nesses setores privilegia se o uso atrav s de parques reas verdes e reas de lazer buscando proteger a vegeta o nativa N o cadernos metr pole 19 claro no entanto em que medida esses setores especiais correspondem s reas de prote o estabelecidas no mbito do Projeto Igua u nico projeto de controle de inun da es realizado para a totalidade da bacia hidrogr fica dos rios Igua u Sarapu J o Plano Diretor do Rio de Janeiro estabelece um primeiro zoneamento em que distingue as reas adens veis onde existe disponibilidade de infra estrutura para o crescimento urbano das reas de crescimento zero e das reas com restri o ocupa o Incluem se no ltimo caso reas inund veis Al m disso o plano estabelece um conjunto diferenciado de reas de pro te o incluindo se entre elas as zonas de especial interesse ambiental A quest o da prote o dos mananciais n o aparece no PD Rio tendo em vista que estas se encontram fora do territ rio municipal em outros mu nic pios da Regi o Metropolitana O PD Caxias cria no Art 55 Inciso VIII as Zonas de Prote o ZPLAT e ZPM CA aquelas faixas ao longo seja da Linha de Alta Tens o seja s margens dos cursos de gua e das adutoras aonde sic n o se pode construir ou seja reas non aedifican di Detalhando em seu Par grafo nico que as
385. icularmente em pa ses em desenvolvimento t m atingido propor es de crise Todas as reas atual mente destacando se as da sa de do pla nejamento da geografia da psicologia e do urbanismo consideram a quest o ambiental importante e essencial para as cidades No processo de an lise e avalia o do meio ambiente urbano vem sendo adotada como crit rio a necessidade do atendimento a um determinado padr o de qualidade am biental para proporcionar um bom n vel de qualidade de vida Entretanto tem se como desafio nesse tipo de an lise a elabora o de seus conceitos Os conceitos de qualidade ambiental urbana e de qualidade de vida es t o sujeitos a interpreta es cient ficas dis ciplinares Entretanto Proshansky e Fabian 1986 n o v em sentido em buscar um conceito comum e unificado para qualidade de vida urbana A natureza da vida urbana sua popula o grupos sociais institui es atividades objetivos e metas requerem que o conceito de qualidade de vida seja multidi mensional Segundo eles qualidade de vida urbana deve ser necessariamente objeto de estudo de v rios grupos tais como cientis tas arquitetos planejadores ge grafos e pelo pr prio governo Entretanto cada um deles define como essencial um aspecto da vida urbana pp 319 338 1 sem 2008 325 326 monica nunes e helena ribeiro Assim atingir um consenso do que se ja qualidade de vida dif cil e um acordo univ
386. idades no planejamento de transporte pioram as iniquidades econ micas e sociais aumentando a segrega o espacial das po pula es mais carentes e impedindo ou difi cultando sua movimenta o pela cidade Infelizmente muitos pa ses em desen volvimento t m investido significativamente em planejamento de transporte orientado para os carros seguindo o exemplo de al guns pa ses desenvolvidos mesmo que a maioria de sua popula o n o se beneficie desses investimentos Vasconcellos 2001 Essas pol ticas tiveram grande influ ncia em incentivar a compra de carros aumen tando a taxa de motoriza o nas cidades Com incentivos cada vez maiores destinados aos carros particulares o transporte p bli co acaba sendo menos atrativo e eficiente perdendo os potenciais passageiros que possuem carros particulares Al m disso os problemas ambientais e sociais associados ao transporte p blico se agravam O transporte p blico est perdendo a competi o com os carros particulares em todo o mundo tanto em pa ses desenvolvidos quanto nos em de senvolvimento Cervero 1998 cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 A sustentabilidade aplicada ao transporte o conceito de mobilidade sustent vel Os sistemas de transporte s o estruturas prim rias na estrutura o do espa o urba no e das pr ticas sociais assim como s o consumidores vorazes de recursos n o renov veis N o se pode alcan ar o verda deir
387. idrogr fica do Rio Para ba 9 A AESA era vinculada Secretaria Ex traordin ria do Meio Ambiente dos Re cursos H dricos e Minerais SEMARH Atualmente vinculada Secretaria do Es tado da Ci ncia e Tecnologia e do Meio Am biente SECTMA A AESA objetiva o gerenciamento dos recursos h dricos subterr neos e superficiais de dom nio do estado da Para ba de guas origin rias de bacias hidrogr ficas localizadas em outros estados que lhe sejam transferi das atrav s de obras implantadas pelo gover no federal e por delega o na forma da Lei de guas de dom nio da Uni o que ocorrem em territ rio do estado da Para ba 2 A atua o da AESA obedece aos funda mentos objetivos diretrizes e instrumentos da Pol tica Estadual de Recursos H dricos institu da pela Lei Estadual n 6 308 96 e pela Lei Federal de Recursos H dricos n 9 433 97 e ser desenvolvida em articula o com rg os e entidades p blicas e pri vadas integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos A AESA disp e de quadro pr prio constitu do de cargos em comiss o e de car gos de provimento efetivo Contudo no art 7 que apresen tada a Estrutura Organizacional B sica da pp 245 269 1 sem 2008 257 258 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar AESA Assim no t pico 1 do mencionado ar tigo em letras destacadas encontra se a Di r
388. iental da rea onde vive ruim 7 3 m dia 24 8 boa 51 8 tima 16 0 lt idade lt TEMPO M 6 75 df 2 p 0 03 revela uma tend ncia n o significante estatisticamente associa o estatisticamente significante cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 329 330 monica nunes e helena ribeiro como pior sendo p ssima a avalia o da rea quanto a esse aspecto Seguran a n vel de polui o do ar oferta de espa os de lazer limpeza urbana e transporte coletivo foram avaliados como razo veis e bons A oferta de rea verde nos espa os p blicos atende com qualidade as necessidades dos moradores Na escolha de uma poss vel nova resi d ncia a garantia de seguran a a primei ra prioridade a ser atendida e a aus ncia de ru do a segunda seguidas pelas garantias de uma boa qualidade do ar e de assist ncia dos servi os de limpeza urbana Embora a amostra tenha identificado outros problemas tanto em sua rea resi dencial como em Bras lia os dados revelam que esses n o s o ainda relevantes pois a maioria gosta de onde mora e avalia a quali dade do ambiente como boa e at tima para se viver Esse aspecto comprovado quando se constata que a maioria reside na rea h mais de quatro anos e que grande parte das pessoas idosas reside em seus apartamentos h mais de quinze anos Portanto os problemas identificados na rea n o justificam a necessidade de mu dan a de resid
389. il mvdeschampsWhotmail com Notas Artigo escrito a partir da tese de doutorado Vulnerabilidade socioambiental na Regi o Me tropolitana de Curitiba 2000 Marley Vanice Deschamps UFPR 2004 1 Os detalhes sobre a conforma o das reas de Pondera o podem ser consultados na Do cumenta o dos Microdados da Amostra IBGE nov 2002 2 Boletins da Defesa Civil com dados compilados a partir das informa es da Suderhsa Creci PR Prefeitura Municipal de Curitiba Sanepar Copel Prosan etc 3 No sentido de estar inapto 4 Neste trabalho as unidades de refer ncias s o fam lias ou pessoas morando numa mesma rea e o risco abordado em seu aspecto negativo j que combinado com adversidade e causador de danos a determinado segmento da sociedade os riscos na sociedade atual podem tanto causar danos como gerar novas oportunidades Uma s ntese recente do de bate acerca do conceito de risco encontra se dispon vel na confer ncia virtual sobre teoria e pr tica das ci ncias sociais em situa es de risco catastr fico www proteccioncivil org ceise ceisevirtual cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 213 marley deschamps 5 Organizados por Rodrigues 2000 em seu estudo para a Am rica Latina Vulnerabilidad demogr fica una faceta de las desventajas sociales 6 Tend ncia que vem aumentando em especial nos pa ses desenvolvidos como reflexo do aumento no ndice d
390. ilizar suas demandas sem que no en tanto tenha havido compromisso real da administra o em implementar o plano Um exemplo claro desse fato que embora as legisla es de zoneamento parcelamento e edifica es sejam de 1981 n o foram al teradas para se adaptarem ao PD aprovado em 1991 A an lise da legisla o ambiental mostra que no ano de 1999 verificou se um esfor o legislativo no sentido de institui o de um corpo legal mais consistente preven do se a cria o de uma pol tica municipal de meio ambiente e recursos h dricos e de um F rum da Agenda 21 local e que em 2000 foi normatizado o licenciamento ambiental pelo munic pio No entanto essas mudan as n o sa ram efetivamente do papel e o novo governo local n o demonstra estar interes sado em implement las O munic pio de Nova Igua u um dos poucos incluindo se o Rio de Janeiro e Nite TOL que tem uma maior tradi o de atua o em planejamento do uso do solo urbano j desde o final da d cada de 1980 Tal como o Rio de Janeiro Nova Igua u elaborou seu plano diretor em 1992 j contando com duas revis es a primeira em 1997 e a se gunda em 2001 As legisla es de zonea mento e parcelamento s o respectivamen te de 1997 e 1998 Em 1987 tamb m promulgada a Lei 2 868 que estabelece as diretrizes da pol tica municipal de meio am biente e que subordina a revis o do Plano o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias
391. incipais centros urbanos brasileiros Se por um lado estes centros concentram espacialmente a for a de trabalho os meios de produ o os sistemas de presta o de servi os e os meios de cul tura e de informa o por outro acumulam parte significativa dos desequil brios e desa justes ambientais mais graves Silva 2000 A escala e a intensidade adquiridas por estes problemas nas ltimas d cadas dependeriam da formula o de pol ticas p blicas integra das e de a es articuladas o que nem sem pre foi tra o marcante da gest o urbana Ao contr rio a gest o desses espa os foi tradicionalmente marcada por abordagens fragmentadas seja em rela o s inst ncias governativas envolvidas ou s diversas a es e pol ticas p blicas prevalecentes Nas metr poles dada a justaposi o de munic pios dotados de autonomia pol tico administrativa e a presen a marcante do governo estadual verifica se uma estrutu ra governativa bastante intrincada o que prejudica a intera o institucional e faz com que as a es locais ou setoriais sejam pre dominantes Esse quadro ainda agravado considerando a aus ncia de institui es e mecanismos fortes de coordena o e coo pera o bem como a baixa expressividade pol tica e pr tica de documentos de inten o ordenadora do meio urbano como os pla nos diretores metropolitanos BIRD 2002 Complementarmente a a o governa mental historicamente lidou com os
392. indiv duo em lidar com a degrada o ambiental e com as transforma es essenciais em sua rela o com a natureza por outro vem revelando que so mente atrav s das pr ticas sociais que lidam com a tutela ambiental pode se buscar a imple menta o do desenvolvimento ecologicamente equilibrado Palavras chave cidades sustent veis legis la o impactos meio ambiente cadernos metr pole 19 do Estatuto da Cidade Elo sa Carvalho de Ara jo Abstract This article through a reflective and critical view approaches the theme of the right to sustainable cities introduced in the Brazilian Statute of the City and its influence on impacts analysis The importance of the landscape theme is also considered both in the symbolic perspective and as an element of harmony in the relations and interactions of the habitat The article emphasizes the qualities of the environment that are more conducive to quality of life This analysis on the one hand allows us to face in the perspective of the site the individual s potential to deal with environmental degradation and the essential changes in his relationship with nature On the other hand it has revealed that only through social practices that deal with environmental supervision has the implementation of ecologically balanced development been tackled Keywords sustainable cities legislation impacts environment pp 67 79 1 sem 2008 68 elo ra carvalho de ara
393. infor malidade No entanto s o vari veis que se aliadas s condi es favor veis de renda pp 191 219 Io sem 2008 205 206 marley deschamps escolaridade e de moradia interferem pou co na determina o de vulnerabilidade J as fam lias e ou pessoas nessas condi es po deriam responder adequadamente a algum evento adverso At aqui pode se observar que exis tem na RMC determinadas reas onde re sidem grupos populacionais em situa o de alta vulnerabilidade social Quanto mais distantes do centro metropolitano maior a incid ncia de fatores que geram desvanta gem social No entanto al m de identificar as reas onde a popula o mais vulner vel socialmente objetivo deste estudo identi ficar reas onde h ocorr ncia de algum ris co ambiental IdentiPica o de reas de risco ambiental Como visto anteriormente a vulnerabilidade social se encontra diretamente relacionada com grupos socialmente vulner veis ou seja indiv duos que por determinadas caracter s ticas ou conting ncias s o menos propensos a uma resposta positiva mediante algum evento adverso Nesses termos a no o de risco torna se fundamental para o desenvol vimento do estudo da vulnerabilidade A sociedade moderna enfrenta insta bilidades e riscos provocados pelas novida des tecnol gicas e organizacionais que na perspectiva de Beck 1992 gera riquezas distribuindo as desigualmente em uma pr
394. io nal de Recursos H dricos e cria o Sistema Na cional de Gerenciamento de Recursos H dri cos o gerenciamento do uso desse recurso deve basear se em abordagens participativas que envolvam inst ncias de governo usu rios e cidad os De fato a quest o da partici pa o um elemento central A nova Lei Na cional do Saneamento Lei n 11 445 2007 aprovada em janeiro de 2007 tamb m re for a esse aspecto apontando como princ pios a universaliza o do acesso o controle social e a transpar ncia na gest o cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 137 138 ana l cia britto e bernard barraqu Existem por m grandes diferen as na quest o da participa o social na gest o dos recursos h dricos e dos servi os Na gest o dos recursos existe um formato consolida do e definido pela legisla o os Comit s de Bacia Na gest o dos servi os a quest o do controle social dever ser tratada com maior precis o na regulamenta o da Lei n 11 445 Ainda s o poucos os munic pios onde as inst ncias de controle social da pres ta o de servi os e da discuss o da pol tica de saneamento existem e funcionam efetiva mente Na Europa se desenvolvem cada vez mais as comiss es consultivas de servi os p blicos os observat rios da gua que envolvem a participa o da sociedade civil e entidades representativas de cidad os Considera es Pinais Neste trabalho procu
395. io ambiente e dos recursos h dricos est o pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos sujeitas predominantemente aos crit rios ambientais de recorte do territ rio as pol ticas urbanas e regionais orientam se por crit rios pol tico administrativos Tais pa dr es tendem a se contrapor uma vez que essas pol ticas est o em inst ncias distintas de governo e muitas vezes encontram se em campos de conflitos interinstitucio nais e ao mesmo tempo o cumprimento dos dispositivos constitucionais depende de uma a o conjunta negociada e harm nica entre os poderes p blicos federal estadual e municipal Importante ressaltar que de um lado as pol ticas urbanas e regionais s o de res ponsabilidade de entes da federa o muni c pio e estado respectivamente Conforme a Constitui o Federal de 1998 cabe ao munic pio a responsabilidade da pol tica ur bana principalmente com rela o ao desen volvimento e organiza o territorial a ser definida por meio do Plano Diretor de Mu nic pio que regulamenta os artigos 182 e 183 e ao Estado a organiza o regional e as pol ticas de car ter intermunicipal artigo 25 Al m disso as pol ticas ambientais ar tigo 225 e as h dricas artigo 21 s o pol ti cas concorrentes ou seja s o compet ncias comuns dos tr s n veis de governo desse modo devem quando a rea em quest o corresponder a dois ou mais
396. iores de res duos n o tratados em cursos d gua locais Impacto Riscos geol gico geot cnicos movimentos de massa relacionados a encostas rastejo creep escorregamentos slides quedas falls corridas flows instabilidade em rochas tombamentos rolamentos deslizamento escorregamento queda livre desastres naturais de car ter hidrometeorol gicos enchente ou cheia inunda o alagamento enxurrada fluxo de detritos escorregamentos planares e circulares em t lus quedas e tombamentos nos taludes da sequ ncia de metassedimentares escorregamentos e fluxo de detritos Fonte Elabora o pr pria cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais Tabela 6 Processos geol gicos causadores de risco mais Prequentes no Brasil Principais condi es predisponentes Processo Exemplos de interven es antr picas desencadeadoras Algumas fei es de campo indicativas Exemplos de danos poss veis encostas com inclina o elevada dep sitos de t lus e coluvi es concentra o do escoamento d gua de superf cie pluviometria m dia anual Escorregamentos elimina o da cobertura vegetal cortes instabiliza dores lan amento de lixo aterro constru do sem con trole lan amento de gua n o controlado constru o de reservat rios instabiliza o de margens trincas no
397. ios de gua para abastecimento p blico e reas de entorno dos mesmos situados no munic pio fixando uma faixa de prote o de no m nimo duzentos metros das respec tivas margens e na extens o do veio fluvial Ficaram proibidos quaisquer acr scimos nas constru es j existentes dentro dos limites dessas reas A aplica o dessa lei ao longo dos ltimos vinte anos ficou comprometida pela falta de fiscaliza o cont nua A Lei 1631 1990 estabeleceu crit rios e instituiu o sistema de esgotamento sanit rio do munic pio do Rio de Janeiro tendo sido regulamentada pelo Decreto 10 082 1991 De acordo com essa lei o lan amento de es gotos sanit rios nos corpos h dricos recep tores somente poderia ser permitido ap s tratamento que garantisse a sua utiliza o bem como a defesa dos ecossistemas e da Sa de humana Ficava finalmente proibida a conex o da rede de esgotos sanit rios rede de galerias de guas pluviais Ap s mais de quinze anos essa norma ainda n o foi efeti vamente adotada em toda a cidade A obri gatoriedade da constru o de fossas s pticas conforme as normas da Associa o Brasilei ra de Normas T cnicas ABNT para o lan a mento de esgotos sanit rios provenientes de pp 271 291 1 sem 2008 283 284 m nica bahia schlee e vera regina t ngari edifica es residenciais unifamiliares situa das nos logradouros desprovidos de sistema p blico de esgotamento sanit rio fo
398. ios do desenvolvimento sus tent vel nas pol ticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais reduzir pela metade at 2015 a propor o da popula o sem acesso permanente e sus tent vel gua pot vel segura e alcan ar at 2020 uma melhora significativa na vida de pelo menos 100 milh es de habitantes de assentamentos prec rios Embora haja m rito em propor deter minadas metas em escala global e nacional h algum consenso sobre o fato de que is so n o significa uma melhoria efetiva das condi es de vida em escala regional ou lo cal Ou seja as desigualdades entre os pa ses ir o persistir ainda que haja alguma melhoria dos indicadores globais Menta 2005 cadernos metr pole 19 Especificamente em rela o melhoria na qualidade de vida da popula o que mora em assentamentos prec rios a UN Habitat 2005 aponta que al m de n o ter havi do progresso em rela o meta prov vel que a mesma nunca seja alcan ada em fun o da desigualdade existente entre os pa ses Se em termos globais dados de 2001 apontavam que 3 em cada 10 habitantes ur banos viviam em assentamentos prec rios na frica Subsariana essa propor o era de 7 para cada 10 Esse breve hist rico demonstrou que entre os documentos formulados na d ca da de 1970 e aqueles produzidos ao lon go da d cada de 1990 e 2000 houve um amadurecimento significativo das aborda gens pertinentes aos
399. ipative en devenir sous contrainte In GU RARD S sous la coordination de Crise et mutation de la d mocratie locale En Angleterre en France et en Allemagne Paris L Harmattan pp 199 224 MULLER P 2006 Secteur In BOUSSAGUET L JACQUOT S e RAVINET P sous la di rection de Dictionnaire des politiques publiques Paris Presses de la Fondation Nationale des Sciences Politiques pp 407 415 NOGUEIRA M A 1998 As possibilidades da pol tica S o Paulo Paz e Terra NUTLEY S DAVIES H e WALTER 2002 Evidence Based Policy and Practice Cross Sector Lessons From The UK Working Paper 9 to the Keynote Paper for the Social Research and Evaluation Conference Wellington New Zealand 2 3 July Dispon vel em www stand ac uk cppm home htm OUIMET M e LEMIEUX V 2000 Les r seaux de politique publique un bilan critique et une voie de formalisation Dispon vel em www capp ulaval ca publication cahier 00 02 pdf Universit Laval Ste Foy Qu bec PATEMAN C 1992 Participa o e teoria democr tica S o Paulo Rio de Janeiro Graal Paz e Terra PAULA A P P de 2005 Por uma nova gest o p blica Rio de Janeiro Editora da FGV PEREIRA L C B e GRAU N C orgs 1999 O P blico n o estatal na reforma do Estado Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas RAINEY H G 2003 Public management old and new Introduction In PETERS B G e PIERRE
400. iro e acabamentos al m de diversos Figura 4 O ciclo industrial Produto Mat ria Prima cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 Res duo reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental subprodutos da ind stria petroqu mica As usinas de reciclagem de entulho para pro du o de bases para materiais para cons tru o civil s o fundamentais pois geram empregos para pessoas com pouca escola ridade e contribuem para diminuir o lan a mento em locais ambientalmente sens veis e nos aterros sanit rios A implanta o de usinas de reciclagem deve ser inserida nas opera es de requalifica o de cidades As adapta es geram demoli es e trocas de solos Esses materiais n o precisam ir na totalidade para os aterros sanit rios ou bo ta fora geralmente nas reas periurbanas Os volumes devem ser diminu dos ao m xi mo com a separa o no canteiro de obras e destina o para diferentes recicladores agregados madeiras metais tubula es papel e papel o Comprovadamente as organiza es sociais urbanas para coleta separa o e re ciclagem de lixo t m possibilidade de agre gar associa es e cooperativas de catadores para a inser o social Atualmente discute se a cria o da profiss o de agente ambien tal para essa atividade Os res duos s lidos Os principais geradores de res duos s o as atividades industriais e o
401. is sociais econ micos pol ticos e ambientais pois a cidade e o fen meno urbano consti tuem uma rede de componentes entrela a dos a um s tempo humanos e naturais reais e ficcionais mec nicos e org nicos Swyngedouw 2001 em um contexto de tica para o desenvolvimento sustent vel Acselrad 2001 pp 221 243 1 sem 2008 239 240 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Patr cia Costa Pellizzaro Arquiteta e urbanista pela Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Pesquisadora do Insti tuto de Gest o T cnica do Meio Urbano Paran Brasil ppellizzaroQyahoo com br Let cia Peret Antunes Hardt Arquiteta e urbanista pela Universidade Federal do Paran Pesquisadora e professora do Programa de P s Gradua o em Gest o Urbana e do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Paran Brasil l hardt pucpr br Harry Alberto Bollmann Engenheiro civil pela Pontif cia Universidade Cat lica do Paran Pesquisador e professor do Programa de P s Gradua o em Gest o Urbana e do curso de Engenharia Ambiental da Pon tif cia Universidade Cat lica do Paran Paran Brasil harry bollmann pucpr br Carlos Hardt Arquiteto e urbanista pela Universidade Federal Pesquisador e professor do Programa de P s Gradua o em Gest o Urbana e diretor e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontif cia
402. is f sseis Se gundo Condon 2008 p 6 24 do COZ gerado nos EUA diretamente atribu do a descargas de gases por escapamento de carros e caminhoetes nas estradas e como um componente de todas as emiss es esta dunidenses est em crescimento Isso n o inclui contribui es de COZ associadas ao refino de gasolina produ o dos ve culos e constru o de estradas para todos esses carros e caminh es As cidades oferecem uma vida desigual para seus habitantes e usu rios notadamente nos pa ses do ca pitalismo perif rico Em nossas cidades a infra estrutura de saneamento ambiental energia comunica es e mobilidade n o tem abrang ncia social universal A popula o mundial est em risco de vida e em cont nuo processo de contamina o No mundo todo as atividades indus triais est o concentradas em grandes aglo merados humanos Essas atividades tamb m lan am material particulado ou poeiras que causam grande mal sa de humana e ou tros impactos Emitem material particulado os ve culos as refinarias de petr leo usinas a g s gera o de eletricidade incinera es f bricas de cimento cer micas estufas e fornos a carv o Assim no sistema capitalista a pr pria reprodu o humana colocada em risco O in cio do terceiro mil nio apresenta a tese do aquecimento da Terra primordialmente causado pelo sistema produtivo uma m quina de crescimento atrav s da gera o da grande necessidade
403. is ou aleat rios que superem os n veis estabeleci dos para determinadas atividades e de ma neira fundamental para a seguran a e para o conforto das pessoas Esses n veis n o de vem ser ultrapassados de modo a garantir a sa de e a tranquilidade dos trabalhadores e da comunidade em geral interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df Analisando o ru do do tr fego urbano ele apresenta todas as caracter sticas citadas nos conceitos acima descritos pode ser con siderado um som desagrad vel n o trans mite qualquer mensagem n o apresenta harmonia e muitas vezes supera os n veis de ru do definidos pela legisla o Sob todos os aspectos abordados um tipo de som que pode ser definido como ru do A medida do som em decibel obtida em uma escala logaritma e n o linear um pequeno aumento na escala de decibel impli ca um grande aumento da energia sonora Tecnicamente um aumento de tr s dB re presenta uma duplica o da energia sonora e um aumento de 10 dB representa um au mento de dez vezes mais a intensidade do som no ambiente Sutter 1991 O ru do provocado pelo tr fego de ve culos automotores tem sido considerado in discutivelmente atrav s de v rios estudos co mo a maior fonte de polui o sonora no meio urbano decorre do r pido crescimento da fro ta circulante nas ltimas d cadas o que tem intensificado significativamente o p
404. is sustent veis que s o o transporte p blico e o n o mo torizado respondem por 64 das viagens em Bras lia Esse padr o de distribui o mo dal mais ambientalmente sustent vel que na maioria dos pa ses desenvolvidos onde a porcentagem de viagens por autom veis particulares muito maior O desafio em Bras lia bem como na maioria das cidades de pa ses em desenvolvimento que o al to ndice de viagens por modos sustent veis de transporte n o resultado de um um planejamento de transporte que prioriza o transporte p blico Ao contr rio esses n meros indicam que a popula o altamen te dependente do transporte p blico e dos modos n o motorizados porque n o pode dispor do modo mais confort vel seguro e flex vel o autom vel A popula o n o tem escolha ela obrigada a utilizar um trans porte p blico de baixa qualidade bem como caminhar e andar de bicicleta por quest es de economia O que visto como um padr o de mobilidade ambientalmente correto ironicamente apoiado pela pobreza da popu la o e isso n o socialmente sustent vel Figura 10 As observa es participativas se ali nham com os dados quantitativos Ana uma das participantes que trabalha durante o dia e estuda noite em Bras lia se vale de v rias estrat gias para n o utilizar os nibus p blicos os quais ela considera lentos e des confort veis Ela vai trabalhar de carona no carro de uma amiga e
405. ise dos planos diretores demonstra que a quest o do gerenciamento de recursos h dricos se coloca de forma marginal dentro da tem tica ambiental cujo foco sem d vida a cria o de reas de prote o e de forma incipiente e n o implementada a cria o de um sistema de licenciamento am biental no Rio de Janeiro em Duque de Ca xias e em Nova Igua u De todos os planos analisados o de S o Jo o de Meriti o que apresenta menor desenvolvimento do tema ambiental em geral e dos recursos h dricos em particular inconsist ncia do aparato legal so ma se a incapacidade de enforcement das administra es locais pela pouca estrutura de fiscaliza o e pela aus ncia de instrumen tos de incentivo regulariza o Em resu mo o quadro geral nos quatro munic pios analisados de um sistema legal pouco efi ciente sem consist ncia do ponto de vista urban stico e portanto incapaz de contro lar mesmo se praticado os principais pro blemas urbanos e que termina por se tornar uma pe a de fic o utilizada para objetivos de favorecimento e outros de pior teor cadernos metr pole 19 Os avan os percebidos dizem respei to principalmente indica o de reas de prote o nas margens de cursos d gua todavia as diretrizes ainda s o muito ge n ricas e n o revelam uma intera o forte com as estruturas de gerenciamento de recursos h dricos nem contemplam a utili za o de outros
406. isla o municipal e ou decor rem da superposi o do zoneamento am biental ao zoneamento urban stico vigente em unidades de uso sustent vel As zonas de ocupa o controlada ZOCs estabelecidas no zoneamento ambiental fixaram par me tros mais restritivos que as zonas urban sti cas incidentes sobre as mesmas reas e ou sobre reas lim trofes Existe superposi o cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 tamb m entre a ZE 1 e algumas das unida des de conserva o estabelecidas em mbito municipal Os par metros estabelecidos pelas le gisla es ambientais de forma centralizada em n vel nacional passam atualmente por processos de questionamento tanto na aca demia como na inst ncia governamental de vido enorme diversidade territorial e am biental brasileira que demanda vis es mais particulares tendo em vista os diferentes biomas e suas condi es de antropiza o Tanto os limites m ximos para a ocupa o como o caso da cota 100 no Rio de Janeiro quanto a quest o das reas de Pre serva o Permanente junto a cursos d gua apresentada adiante est o sendo rediscuti dos luz de um maior embasamento t cni co e cient fico obtidos nos ltimos quarenta anos Coelho Netto 2007 As guas e suas Paixas marginais Diversas normativas setoriais foram imple mentadas no per odo estudado para regular interven es junto aos corpos d gua e explora o dos recursos
407. ispon vel em lt http Awww planalto gov br gt Acesso em 11 de out 2005 Lei Federal n 9 491 de 9 de setembro 1997 Altera procedimentos relativos ao Progra ma Nacional de Desestatiza o revoga a Lei n 8 031 de 12 de abril de 1990 e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Awww antt gov br gt Acesso em 6 de out 2005 Lei Federal n 9 984 de 17 de julho de 2000 Disp e sobre a cria o da Ag ncia Nacional de guas ANA entidade federal de implementa o da Pol tica Nacional de Recursos H dricos e de coordena o do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www planalto gov br gt Acesso em 11 de out 2005 Minist rio do Meio Ambiente Secretaria de Recursos H dricos Recursos H dricos conjunto de normas legais 3 ed Bras lia Minist rio do Meio Ambiente 2004 Plano Nacional de Recursos H dricos S ntese Executiva Bras lia DF MMA 2006 Resolu o CONAMA de 18 de junho de 1986 Resolve estabelecer classifica o das guas doces salobras e salinas no Territ rio Nacional segundo seus usos preponderantes Di rio Oficial da Uni o Bras lia DF 30 jul 1986 CAMPOS N e STUDART N 2001 Gest o de guas princ pios e pr ticas Porto Alegre ABRH CASTORIADIS C e COHN BENDICT D 1981 Da ecologia autonomia S o Paulo Brasiliense COSTA F J L 2003 Estrat gias de gerenciamento do
408. isserta o de Mestrado FFLCH Departamento de Geografia da USP S o Paulo SILVA L S 2005 Prote o ambiental e expans o urbana a ocupa o ao sul do Parque Esta dual da Cantareira Disserta o de Mestrado S o Paulo Programa de P s Gradua o em Ci ncia Ambiental da USP PROCAM USP SILVA L O da 1991 A organiza o do espa o constru do e qualidade ambiental o caso da cidade de S o Paulo In GRIMBERG E org Ambiente urbano e qualidade de vida S o Paulo P lis SOBRAL H R W e SILVA C C do A e 1989 Balan o sobre a situa o do meio ambiente na metr pole de S o Paulo S o Paulo em Perspectiva S o Paulo Funda o Seade STEINBERGER M 2001 A re constru o de mitos Sobre a in sustentabilidade do no espa o urbano Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais 4 TORRES H da G 2002 Migration and the environment a view from metropolitan areas In HOGAN DL BERQU E e COSTA H S M Population and environment in Brazil Rio 10 Campinas CNPD ABEP e NEPO TRAVASSOS L 2005 A dimens o socioambiental da ocupa o dos fundos de vale urbanos no Munic pio de S o Paulo Disserta o de Mestrado Programa de P s Gradua o em Ci ncia Ambiental da USP PROCAM USP S o Paulo UNICAMP e IE 1999 Caracteriza o e tend ncias da rede urbana do Brasil Campinas Uni camp Cole o Pesquisas n 3 apud GROSTEIN M D Metr pole e Expa
409. istema industrial a partir de mat rias primas retiradas do meio natural e inje o de energia sobretudo de combust veis f sseis A redu o de res duos atrav s de mudan as de comportamento o incentivo reutiliza o e a reparos dos produtos industrializados e a reciclagem de produtos inutilizados atra v s de sua desmontagem e retorno ao ciclo industrial a pol tica dos 3 erres diminuem res duos e gastos energ ticos Essa pr tica induz a diminui o da produ o de produtos novos o que frontalmente conflitante com reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental o modelo vigente de crescimento da produ o para gera o de excedentes Pode se afirmar ent o que o princ pio da precau o op e se frontalmente ao prin c pio da economia capitalista de investimen to de risco minimiza o de custos atrav s de sua transfer ncias para a sociedade e crescimento da produ o e do consumo Ao mesmo tempo a injusti a socioam biental estrutural pois s o os mais pobres os mais vulner veis e mais sujeitos conta mina o de diversas naturezas EPeitos das mudan as clim ticas em reas urbanizadas A dimens o pol tica fundamental dos efeitos das mudan as clim ticas que as priva es e os impactos ser o inversamente propor cionais s emiss es hist ricas Por isso a quest o ambiental apresenta se como um conflito intergeneracional hist
410. ites O governo distribuiu permiss es tempor rias aos mo toristas e definiu as rotas a serem seguidas Essas rotas tinham menor demanda que as dos nibus mas eram essenciais popula o No entanto como a renda dos donos das vans baseada no n mero de passagei ros transportados as vans passaram rapida mente a circular pelas rotas mais rent veis concorrendo com os nibus e entre si A fal ta de fiscaliza o e a coniv ncia do governo permitiram que o sistema funcionasse dessa forma totalmente desregulada e paralela du rante anos o que dificultou a es regulado ras e organizadoras O governo atual est substituindo as vans por micro nibus uma mudan a que pode trazer um pouco mais de conforto e seguran a para Os passageiros mas que n o transformar os principais problemas des se sistema j que este permanecer com as mesmas log stica e caracter sticas de ad ministra o Calcula se que 2 4 milh es de passageiros utilizem as vans por m s Tamb m h outro sistema paralelo e desregulamentado que circula ilegalmente na cidade Os piratas apareceram simulta neamente ao sistema alternativo como uma Figura 7 O transporte alternativo Fonte Autor cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caso de bras lia Figura 8 Ciclistas em tr fego misto na Ceil ndia Bras lia Fonte Autor
411. izado e destina mais espa o para estacionamentos e vias do que a absoluta maioria das demais me tr poles brasileiras 457 800 m ao todo ANTP 2003 Essas evid ncias indicam que a infra estrutura de transporte e o espa o p blico de Bras lia s o socialmente excluden tes pois mais da metade da popula o n o tem acesso a um carro Isso sugere ainda que a cidade n o possui uma distribui o equitativa da infra estrutura de transporte e que seu sistema de transportes n o so cialmente justo Outro aspecto importante do plano de Costa que impacta diretamente a mobili dade urbana a localiza o das reas resi denciais Os lugares destinados habita o bem como a dist ncia entre eles e os locais de emprego e demais atividades crucial para o transporte em Bras lia No caso da cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 equidade social no transporte a localiza o das reas residenciais de baixa renda ainda mais importante como demonstrado anteriormente L cio Costa tratou a quest o da habi ta o para diferentes classes sociais de uma maneira ut pica e relativamente ing nua Em seu plano todas as classes sociais vive riam nas mesmas reas o que seria regu lado apenas pelas diferen as no padr o dos edif cios O governo seria respons vel por prover habita o adequada para evitar a for ma o de favelas e invas es Costa 1960 De uma certa maneira as inten es
412. izem respeito principalmente ao desequil brio ambiental vulnerabilidade a acidentes e cat strofes naturais ou n o disponibilidade de infra estrutura e preserva o do patrim nio hist rico e paisag stico A Lei de Zoneamen to ou Lei de Uso do Solo estabelece no mbito do territ rio municipal a sua com partimenta o em zonas diferenciadas para as quais s o estabelecidos os usos adequa dos e os crit rios de ocupa o do solo Uma outra forma mais recente de defini o de usos a rea de Especial Interesse Essas reas diferem das zonas tradicionais pelo fa to de permitirem normatiza es ad hoc pa ra por es espec ficas do territ rio Ou seja enquanto a defini o das zonas estabelece diretrizes gerais para as reas segundo a sua classifica o as reas especiais t m di retrizes e par metros espec ficos para cada territ rio cadernos metr pole 19 e Ocupa o do solo a partir do zonea mento instituem se os par metros de ocupa o do solo diferenciados segundo as zonas ou espec ficos para cada rea espe cial Esses par metros definem a por o do terreno que pode ser ocupada com a edifica o taxa de ocupa o afastamentos frontais e laterais ou a intensidade e a verticaliza o m ximas coeficiente de aproveitamento do terreno gabarito altura m xima da edifica o Outros elementos que podem ser ainda estabelecidos s o o n mero m ximo de uni dade
413. l V13 Grau de informatiza o do mercado de trabalho V 14 Taxa de analfabetismo da popula o de 15 anos e mais V15 Taxa de analfabetismo funcional da popula o de 15 anos e mais V16 Taxa de analfabetismo funcional dos chefes de fam lias V 17 Percentagem de crian as fora da escola V 18 Percentagem de adolescentes fora da escola V19 Percentagem de jovens adultos com n vel de escolaridade inadequado V20 Percentagem de domic lios com densidade por dormit rio inadequada V21 Percentagem de domic lios com inadequa o geral V22 Raz o entre chefes de fam lia com idade entre 10 e 19 anos e o total de chefes de fam lia Raz o entre chefes de fam lia com idade superior a 64 anos e o total de chefes de fam lia Raz o entre chefes de fam lia do sexo feminino e sem c njuge e o total de chefes de fam lia Raz o entre fam lias com 4 ou mais filhos e o total de fam lias Raz o entre fam lias com 7 ou mais membros e o total de fam lias Raz o entre mulheres de 10 a 19 anos com um ou mais filhos vivos e o total de mulheres da mesma faixa et ria Raz o entre o n de filhos tidos nascidos vivos das mulheres de 10 a 34 anos e o total de mulheres da mesma faixa et ria filhos por mulher Raz o entre o n de crian as de O a 14 anos e o total da popula o Raz o entre o n de pessoas com idade acima de 64 anos e o total da popula o Raz o entre o n de pessoas que n o residiam no
414. l n 9 pp 407 22 CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente 1990 Resolu o n 002 de 8 de mar o de 1990 Institui o Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora Di rio Oficial da Uni o Bras lia 2 abr 1990 Se o 1 p 6408 1993 Resolu o n 001 de 11 de fevereiro de 1993 Estabelece para os ve culos na cionais e importados exceto motocicletas motonetas ciclomotores bicicletas com motor auxiliar e ve culos assemelhados limites m ximos de ru do com ve culos em acelera o e na condi o parado Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 1993 p 2037 44 CUTTER L S 1985 Rating places a geographer s view on quality of life Washington Association of American Geographers ENIZ A e GARAVELLI S L 2006 A contamina o ac stica de ambientes escolares devido aos ru dos urbanos no Distrito Federal Brasil Holos Environment v 6 n 2 p 137 MOURA DE SOUZA C 2002 Ru do urbano n veis de press o sonora na cidade de S o Paulo Disserta o de Mestrado Faculdade de Sa de P blica S o Paulo USP MURTA V C MATTOS V C e ROSSI M M 2004 Perfil audiom trico de operadores de tr fego expostos a ru dos urbanos Sa de tica e Justi a v 9 n 1 2 pp 19 25 PAZ E C FERREIRA A M C e ZANNIN P H T 2005 Estudo comparativo da percep o do ru do urbano Revista de Sa de P blica v 39 n 3 S o Paulo PERLOFF S H 1973 La cali
415. la democratiza o do Estado a partir de um processo permanente de inputs e outputs com feedback e accountability De acordo com o Gr fico 4 a sociedade pode participar de um processo democr tico transparente implantado pelo poder executi vo com o intuito de decidir sobre as pol ticas cadernos metr pole 19 p blicas a serem adotadas Esse processo tem avan ado no sentido da democratiza o das rela es entre o Estado e a sociedade e o exemplo mais claro disso s o as chamadas experi ncias de or amento participativo ou democr tico O desafio desse modelo de gest o con siste em sistematizar as demandas recolhi das junto popula o atrav s de uma co ordena o governamental intersetorial com a participa o de representantes de diversos setores ou secretarias esse processo passa pela democratiza o das rela es internas do governo A id ia consiste em selecionar as de mandas por setor correspondente para se rem tratadas e receberem uma qualifica o t cnica Depois disso a coordena o interse torial volta a se reunir para decidir sobre a implementa o das pol ticas p blicas crian do assim uma pol tica comum e transversal de governo No final o Executivo implanta as pol ticas que passam a ser dotadas de le gitimidade n o somente junto popula o e sociedade civil organizada mas tam b m junto equipe de governo que passa a trabalhar de forma integrada sobre v rias a
416. les SABESP PMSP CDHU SMA em conjunto com os munic pios de menor porte sob a coordena o da Unidade de Gerenciamento do Progra ma UGP na ent o Secretaria Estadual de Recursos H dricos Fran a 2000 7 O Plano Diretor de Desenvolvimento e Prote o Ambiental PDPA o instrumento de planejamento que antecede a legisla o espec fica de prote o de mananciais e que defi ne de forma detalhada as diretrizes interven es e os instrumentos a serem utilizados 8 MQUAL a representa o matem tica dos processos de gera o depura o e aflu ncia de cargas poluidoras correlacionando a qualidade da gua dos corpos d gua afluentes ao reservat rio com o uso a ocupa o e o manejo do solo na bacia hidrogr fica 9 Com verbas do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID em seu Programa Habitar Brasil BID HBB a execu o do novo loteamento popular para 473 fam lias e do parque ecol gico ocorreram entre 2002 a 2007 Carnicelli 2007 10 Embora a Lei Complementar estadual n 760 1994 tenha regulamentado os artigos 151 a 159 da Constitui o do Estado de S o Paulo de 1989 que tratam da organiza o regional estabelecendo os campos funcionais de interesse comum com a finalidade de garantir a integra o entre o estado e os munic pios destaca se que na RMSP at o momento n o foi implementada uma inst ncia de coordena o metropolitana aos moldes preconizados pelos dispositivos legais
417. li z veis s vezes totalmente in teis E a neglig ncia com o fator territorial Eu esqueci de dizer que eu sou um ge grafo por conseguinte eu me preocupo com territ rio E acredito que nesta fase atual da vida no mundo o territ rio passou a ser algo extraordinariamente fundamen tal exatamente por isso porque as a es dos homens se tornaram extremamente necessitadas de uma intencionalidade preci sa Quanto mais precisa a intencionalidade a inten o e a possibilidade de transformar a inten o em fato tanto maior a produti vidade Mas para isso preciso que os lu gares sejam dotados dos objetos suscet veis de atribuir a essa inten o a factibilidade que promove a rentabilidade a produtivi dade a competitividade esse conjunto de palavr es que pronunciado mesmo dian te da nossa senhora m e e que devia ser proibido Ora esse fator territorial o fato de ele ser negligenciado nos conduz exatamente pp 15 25 1 sem 2008 19 20 milton santos ao oposto do que a gente queria fazer Como que eu trato a cidade sem consi derar que aquilo um territ rio Uma boa parte dos enfoques da pobreza urbana sim plesmente negligencia o territ rio quando o territ rio certamente um dos elementos fundamentais do entendimento da pobreza e do entendimento da economia urbana O que qual o produto metropolitano da globaliza o Esse produto o que eu cha maria involu o metr
418. lidade da sub bacia no mbito do PDPA elaborado em 2000 S o elas 1 reas de Restri o Ocupa o AROS aquelas de es pecial interesse para a preserva o conser va o e recupera o dos recursos naturais da Bacia devendo ser prioritariamente des tinadas produ o de gua mediante a rea liza o de investimentos e a aplica o dos instrumentos econ micos e de compensa o previstos 2 reas de Ocupa o Dirigida AODs aquelas que buscam uma susten tabilidade entre quest es sociais econ mi cas e ambientais atrav s da consolida o ou implanta o de usos urbanos ou rurais que atendam certos requisitos necess rios para manter a qualidade e a quantidade pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos de produ o de gua S o subdividas em sub reas cada qual com seus respectivos par metros urban sticos Sub reas de Ur baniza o Consolidada SUC Sub rea de Urbaniza o Controlada SUCt Sub rea Especial Corredor SEC Sub rea de Ocupa o Diferenciada SOD Sub rea Envolt ria da Represa SER Sub rea de Baixa Densidade SBD Nessas sub reas as leis municipais de parcelamento uso e ocupa o do solo poder o remanejar os pa r metros urban sticos b sicos definidos na lei desde que sejam mantidas a Carga Meta Total e a Carga Meta Referencial por Muni c pio e que se atenda uma m dia ponderada desses par metros observ
419. lidos e l quidos que emanam metano ou s o t xicos destrui o dos solos devido a desmatamento para agricultura e expans o urbana e com alta densidade construtiva e continuidade das reas impermeabilizadas cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 As mudan as clim ticas decorrentes do aquecimento global Abaixo est o sistematizadas informa es fundamentais para o entendimento das mudan as clim ticas S o apresentados os principais gases seu poder de aquecimen to PAG Potencial de Aquecimento Glo bal ou GWP Global Warming Potencial que mede a influ ncia dos gases do efeito estufa GEE sobre o efeito estufa natu ral incluindo a propriedade da mol culas dos GEE de absorver ou reter calor o que torna poss vel comparar a contribui o de cada g s para o aquecimento global As emiss es tamb m causam a chuva cida quando a gua pluvial tamb m sob a forma de neve ou neblina apresenta pH inferior a 5 0 ao entrar em contato com en xofre O di xido de enxofre emitido por combust es olarias usinas termoel tricas refinarias de petr leo usinas de ferro e a o ind strias de fertilizantes e pelas plantas sendo as aglomera es urbanas os locais com maiores concentra es industriais Nos anos 1990 come am a surgir es tudos que atestam a presen a de poluentes perigos ssimos produzidos a partir do mo delo capitalista de artificializa o de diver sas dimens es da vida
420. lita refletir sobre formas de restrutura o para redefini o da entropia do processo Rogers procura demonstrar a possibi lidade e os pontos chave para a mudan a de cadernos metr pole 19 paradigma com a diminui o das entradas de mat ria prima e energia aumento da produ o interna de alimentos e energia e diminui o dos res duos que o meio urbano produz e exporta para as reas rurais e pe riurbanas A possibilidade do meio urbano passar a trabalhar sua pr pria produ o de alimen tos energia e ampliar o tempo de vida dos produtos possibilita uma diminui o dos res duos e amplia as oportunidades de tra balho produtivo para enormes contingentes populacionais Novos paradigmas sustentabilidade e adapta o S o princ pios e diretrizes para a adapta o da vida urbana para menores pegadas ecol gicas coletivas a substitui o de com bust veis e a ado o de fontes renov veis de energia a efici ncia energ tica a substitui o de mat rias primas a redu o de emis s es com alto PAG Tabela 2 de SF6 e HFC e a conserva o da cobertura vegetal e dos recursos h dricos Como decorr ncia os investimentos p blicos e privados devem ser apoiados ou rejeitados em fun o de resultados na dimi nui o da pobreza melhoria das condi es de vida e redu o social da emiss es de po luentes e de controle t rmico Para garantir vida saud vel nas reas urbanas com seguran a libe
421. livres p blicos Em rela o aos espa os livres privados o Decreto 6000 1937 estabeleceu ndices de as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 rea livre m nima no lote que na poca va riava entre 30 a 50 Segundo Cardeman e Cardeman 2004 essa l gica se inverteu no Decreto 322 1976 no qual os par me tros para as novas edifica es que at ent o eram estabelecidos em fun o do ndice de rea livre m nima passaram a decorrer da aplica o da taxa de ocupa o do lote reas livres m nimas dentro dos lotes voltaram a ser exigidas nas encostas da cidade median teo Decreto 8321 1988 O mais perto que a legisla o municipal chegou em termos de um conceito sist mico se deu com a implementa o das unidades de conserva o que foram objeto de diver sas regulamenta es em rela o ao seu uso 2001 e gest o 2003 e 2004 O decreto 20358 2001 regulou o acesso e o uso de algumas das unidades de conserva o do munic pio at sua regula menta o definitiva Na Resolu o SMAC n 111 2001 foram estabelecidas as pri meiras diretrizes e recomenda es para as Unidades de Conserva o Ambiental do Munic pio do Rio de Janeiro pela Secretaria do Meio Ambiente da Cidade em comple menta o ao Plano Diretor de 1992 mas nenhum plano de manejo individual ou con junto foi estabelecido por instrumento nor mativo at hoje No tocante aos espa os liv
422. lo da aquisi o e compra de terra sem a burocracia judicial implanta o de loteamentos irregulares ou clandestinos Estrutura se a partir des ses elementos um processo de transforma o espacial urbana caracterizada pelo ciclo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais Diversos tipos de riscos ambientais po dem ser registrados nas reas de assenta mento urbano prec rio em fun o de sua alta vulnerabilidade determinada na maio ria das vezes pela forma ou localiza o ina dequada da ocupa o pela aus ncia de infra estrutura urbana drenagem pavimenta o Saneamento e de servi os b sicos coleta de din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais lixo redes el trica e hidr ulica e pela de grada o do ambiente associada Essa situa o conduz a acidentes de qualquer porte resultando muitas vezes em perdas de vidas e ferimentos e quase sempre em danos materiais que constituem grave impacto na capacidade de desenvolvi mento da popula o pobre residente nessas reas A prolifera o de ocupa es irregula res incorre na densidade constru da e po pulacional sobrecarregando os servi os e recursos urbanos Os focos de instabiliza o decorrem do acelerado processo de urbani za o associado ao desordenamento urbano e prolifera o de assentamentos prec rios com habita es inadequadas em encostas urbanas A inadequabili
423. lodiu Lefebvre 2001 p 116 E apesar dos avan os recentes da legis la o urban stica observa se em pesquisa no Minist rio P blico nas a es movidas contra o Poder P blico no mbito da pre serva o ambiental que este ainda tem en contrado dificuldades para promover o con trole do uso do solo nas cidades S o in meros os exemplos da tens o entre interesses privados e a fun o so cial da propriedade no que toca pre serva o de fontes mananciais vegeta o patrim nio hist rico cultural etc Fernandes 2002 O que se verifica que o poder p blico basicamente tem se ocupado em minimizar impactos ao inv s de formular e implemen tar pol ticas p blicas eficientes para as cida des A exist ncia de conflitos de legisla o tem sido uma das causas das tens es entre a sociedade e as administra es p blicas A formula o de pol ticas p blicas as sim como a implanta o de instrumentos de gest o urbano ambiental para a tomada de decis es s o importantes para o desenvol vimento de projetos viabiliza o do desen volvimento econ mico e social fundamen talmente aqueles que possam consolidar a fun o social da propriedade e da cidade luz da sustentabilidade urbana Da a necessidade urgente de se co nhecerem os instrumentos urban sticos que est o sendo aplicados nos munic pios brasileiros Nesse aspecto afirma Saule Jr cadernos metr pole 19 1999
424. lopment durable Un point de vue de sciences sociales Natures Sciences Societ s v 6 n 4 pp 50 52 MARICATO E 2003 Conhecer para resolver a cidade ilegal In CASTRIOTA L B org Urbaniza o brasileira redescobertas Belo Horizonte C Arte pp 78 96 PEREIRA D S P e BALTAR L A A 2000 Saneamento e recursos h dricos os desafios da integra o e a urg ncia da prioridade In MUNOZ H R nterfaces da gest o de recursos h dricos Desafios da Lei das guas em 1997 Minist rio do Meio Ambiente Secretaria de Recursos H dricos maio PEZON C 2006 Intercommunalit et durabilit des services d eau et d assainissement en France et en Europe Programme Politique Territoriale et D veloppement Durable 2003 2006 Ministere de L Ecologie et du Developpement Durable et Ministere de L Equipement Rapport Final d cembre cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 141 142 ana l cia britto e bernard barraqu PRODANOFF J H A 2005 Avalia o da polui o difusa gerada por enxurradas em meio urbano Tese de Doutorado Departamento de Engenharia Civil Universidade Federal do Rio de Janeiro Coordena o dos Programas de P s Gradua o de Engenharia Rio de Janeiro SHUBO T 2003 Sustentabilidade do abastecimento e da qualidade da gua pot vel urbana Disserta o de Mestrado Departamento de Saneamento e Sa de Ambiental Escola Na cional de Sa de P blica da
425. lvimento dos instrumentos da pesqui sa tais como sele o da amostra rea de estudo elabora o do question rio e meto dologia de aplica o foi fundamentado na rea da psicologia ambiental Foram objetivos discutir problemas ambientais que possam ser considerados comprometedores da qualidade de vida ur bana realizar um estudo e uma avalia o espec fica da intensidade e da exist ncia do ru do como um fator poluente e comprome tedor da qualidade de vida no meio urbano avaliar o ru do como um problema real e a sua percep o como tal pela popula o em estudo avaliar os impactos do ru do de tr fego na sa de da popula o M todos A pesquisa foi subdividida em tr s etapas revis o bibliogr fica realiza o de estu do de caso por meio de pesquisa em uma zona residencial multifamiliar na cidade de Bras lia an lise e discuss o e estat stica dos resultados Figura 1 Localiza o e Plano Piloto da Cidade de Bras lia DF Brasil Bras lia cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df Desenvolvimento do estudo de caso a Sele o da rea Selecionou se a rea de estudo tendo como crit rios ser uma cidade planejada ser zona residencial multifamiliar estar pr xima a uma via fonte de ru do ser prefe rencialmente uma situa o urbana repeti tiva e de pre
426. m 06 de outubro de 2006 LIMA R M T 2001 Estudos de movimentos de massa gravitacionais processos erosivos e reas sujeitas a inunda es na rea urbana de Antonina Litoral do Paran Escala 1 10 000 Dis serta o do Curso de Mestrado em Geotecnia S o Carlos Universidade de S o Paulo MEDEIROS M 2005 Crescimento popula o desigualdade e formula o de pol ticas de combate desigualdade e pobreza no Brasil In CONFER NCIA NACIONAL DE TECNO LOGIA E INOVA O 3 Bras lia CGEE MOURA R 2004 Paran Meio S culo de Urbaniza o RA E GA Curitiba UFPR n 8 pp 33 34 NAHAS M I P 2005 Indicadores intra urbanos como instrumentos de gest o da qualidade de vida urbana em grandes cidades discuss o te rico metodol gica In Curso Governan a Democr tica Indicadores Sociais Curitiba IPARDES CTD 2005 Experi ncia de constru o e perspectivas de aplicabilidade de ndices e in dicadores na gest o urbana da qualidade de vida uma s ntese da experi ncia de Belo Horizonte Minas Gerais Brasil In Curso Governan a Democr tica Indicadores Sociais Curitiba IPARDES CTD cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais NIGRO C D 2005 An lise de risco de faveliza o instrumento de gest o do desenvolvi mento local sustent vel Disserta o do Curso de Mestrado em
427. m informar se os esgotos de seu domic lio est o ligados rede de esgotamento ou rede de drenagem de guas de chuva Com discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil isso muitas vezes os dados do IBGE indi ciam uma qualidade de servi os melhor do que a existente Faz se necess ria portan to a compara o dos dados do IBGE com os dados fornecidos pelos prestadores de servi os e com os dados do SNIS que traz os se guintes indicadores que permitem avaliar a qualidade desses sistemas o ndice de Coleta de Esgotos e o ndice de Atendimento Urba no de Esgoto Referido aos Munic pios com Atendimento de gua Outro indicador im portante o que permite avaliar quanto do esgoto produzido tratado isto o ndice M dio de Tratamento de Esgotos Gerados O SNIS considera para efeito de simplifica o o volume de esgotos gerados como o volume total de gua consumida A PNSB tamb m fornece indicadores que contribuem para construir um quadro da situa o dos servi os de esgotamento dentre os quais relacionamos os dados re ferentes aos distritos com coleta de esgoto sanit rio por tipo de rede coletora distritos com coleta de esgoto sanit rio com trata mento de esgoto sanit rio e sem tratamen to de esgoto sanit rio por tipo de corpos receptores distritos com tratamento de es goto sanit rio por tipo de sistema de trata mento As informa es sobre o tipo
428. m a todas as reas da cidade como observou Ara jo 2005 acabou gerando uma grande uniformiza o dos padr es espaciais sem respeito s espe cificidades da paisagem da cidade Para Resende 1996 os instrumen tos urban sticos estabelecidos na d cada de 1970 enfatizavam o ordenamento f sico ter ritorial e a defini o de usos e par metros edil cios em detrimento das rela es sociais da apropria o desigual da terra urbana e do d ficit habitacional A manuten o das caracter sticas da paisagem urbana carioca tamb m n o foi considerada A cultura do planejamento na cidade do Rio de Janeiro pautada pela preocupa o com o desenvolvimento urbano e econ mi co como destacaram Cavallazzi 1996 e Ara jo 2005 privilegiou a l gica do es pa o constru do direcionada pelo mercado como foco de aten o e a o Decorreram pp 271 291 1 sem 2008 275 276 m nica bahia schlee e vera regina t ngari Figura 1 Distribui o das ras acima da cota 100 m por reas de planejamento EI Fonte Presente estudo sobre bases georeferenciadas IPP PCR da as tentativas sistem ticas de controlar a produ o dessa por o do espa o urbano A partir da d cada de 1980 a cria o dos instrumentos de legisla o e gest o ambiental pelo poder p blico em suas tr s esferas refletiu a gradativa conscientiza o da sociedade brasileira em rela o s ques t es ambientais Entre 1981 e
429. m estudos realizados por Aguerri e Celma 1993 interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df Portanto ambas as an lises apresen taram resultados coerentes assegurando maior credibilidade s conclus es desta pesquisa Conclus o Diante das discuss es apresentadas conclui se que a maioria da amostra gosta da rea onde reside e a avalia como de boa quali dade ambiental Entretanto paralelamente essa maioria demonstra ser incomodada em n veis relevantes pela polui o sonora exis tente nas proximidades de suas resid ncias e sofrem interfer ncias negativas em h bitos di rios comprometendo assim sua qualida de de vida Os impactos da presen a do ru do nas proximidades de uma zona residencial al m de gerar comprometimentos na sa de e na qualidade de vida das pessoas atuam tam b m em escala mais abrangente e de modo negativo na qualidade ambiental reduzindo a prefer ncia de moradia nessas reas Es ses impactos atualmente j apresentam re flexos negativos no valor de reas urbanas chegando no caso especifico de Bras lia a gerar uma redu o do valor em at 30 no mercado imobili rio Considerando haver sido constatada a presen a de polui o sonora como problema na cidade de Bras lia o ru do urbano deve ser considerado como um dos indicadores de qualidade ambiental Constata se que as rea es negativas ao problema do ru do p
430. m mais de um milh o de ha bitantes S o Paulo e Rio de Janeiro j na problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas d cada de 1990 esse n mero saltou para 13 cidades Grostein 1999 Em outros termos a exemplo do ocorrido em diversos pa ses em desenvol vimento no mundo a din mica urbana no Brasil a partir da d cada de 1950 revelou um movimento duplo um vertiginoso cres cimento da popula o urbana e uma forte concentra o territorial dessa popula o em aglomerados urbanos de grande porte representados em grande medida pelas re gi es metropolitanas criadas pelos poderes p blicos federal ou estadual De forma intrinsecamente relacionada ao processo de crescimento e de adensa mento populacional observa se nos grandes centros uma significativa concentra o da pobreza Os dados de 2003 do UN Habitat estimam que 31 6 da popula o urbana mundial viva em assentamentos urbanos pre c rios Na frica Subsariana como dito ante riormente as pessoas que vivem nessas con di es s o inacredit veis 71 9 Na populo sa regi o centro sul da sia onde se encon tra a ndia estima se que 58 da popula o urbana viva nesses tipos de assentamentos Na Am rica Latina a propor o de 31 9 da popula o urbana nessas condi es poss vel inferir que grande parte des sa popula o vive nas megacidades citadas acima ou em outras grandes cidades
431. m novo desafio na ordem urban stica e ambiental das cidades no qual a tutela ambiental n o pode desprezar os interesses urban sticos pois s o esses que garantem a vida nas cidades A inclus o no corpo do Estatuto da Ci dade do fator ambiental na disciplina da po l tica urbana um grande avan o A inclus o de tal mat ria est voltada ao contr rio do cap tulo sobre meio ambiente na Constitui o Federal de 1988 ao meio ambiente dos centros urbanos s regras de ordena o das cidades e aos fatores de sustentabilidade urbana das cidades O que nos parece justifi car a inclus o do instrumento do Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV A qualidade ambiental est tamb m associada segundo Silva 1997 al m da matriz da ordena o do uso e ocupa o do solo da ordena o da paisagem urbana pp 67 79 1 sem 2008 69 70 elo ra carvalho de ara jo O Estatuto amplia o conceito de gest o ambiental n o somente na tica da atenua o de conflitos de uso e ocupa o do solo para abranger aspectos como as altera es na paisagem urbana e o patrim nio natural e cultural embora esses ultrapassem o sim ples Direito de Vizinhan a DiPerentes abordagens sobre o meio ambiente Destacamos aqui tr s defini es utilizadas sobre meio ambiente Uma defendida por Duarte 1994 meio ambiente ecologica mente equilibrado qualificativo que ser ve de par metro ao exerc cio dos Poderes
432. m os limites de absor o da localidade ou regi o O meio ambiente brasileiro cont m as guas paraibanas assim n o se deve tomar como par metro apenas a configura o do estado membro pois os recursos h dricos federais e estaduais interagem no meio am biente da Para ba Essa varia o de escala ONU 2005 um fator relevante em in vestiga es de fen menos f sico sociais que apresentam inter relacionamentos institu cionais e culturais Ferreira 1999 Figura 1 A ude Vaca Brava Areia PB Antigo manancial de abastecimento da cidade de Campina Grande antes da transPer ncia para o a ude de Boqueir o localizado no munic pio de mesmo nome Fonte Jos Ot vio Aguiar cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental North 1990 apud Scare 2003 escla rece que a raz o m xima na exist ncia das institui es a minimiza o das incertezas criando uma estrutura est vel que molde o comportamento humano que apesar de n o ser totalmente eficiente influencia no desempenho da economia pelos seus efeitos nos custos de produ o e de transa o A mudan a institucional pode ocorrer como resultado da absor o das limita es informais da sociedade mas tamb m pode ocorrer por consequ ncia de mudan as legais Conforme Kanazawa 1999 apud Scare 2003 em determinado momento existe um hist rico de regras que de
433. m seu terri t rio tem se o reservat rio do Piraquara Caiguava e parte do reservat rio do Ira encontrando se em implanta o o reserva t rio do Piraquara II Cons rcio Paran san 2000 Devido a essa caracter stica a rea municipal sofre a incid ncia de di versos dispositivos legais que restringem e determinam a sua ocupa o urbana mas nem por isso encontra se imune a conflitos que comprometem tanto a qualidade dos recursos h dricos quanto a condi o pai sag stica que a regulamenta o objetivou preservar A ocupa o do munic pio sofre gran de press o por sua proximidade a Curitiba havendo de um lado barreiras ambientais que restringem o adensamento e de outro a press o por expans o urbana da capital e dos munic pios vizinhos especialmente Pi nhais Figura 4 Dessa forma na d cada de 1990 co mo descrito anteriormente foi proposta no munic pio a implanta o das APA s do Pira quara e do Ira assim como das UTP s do Guarituba e do Itaqui Figura 4 Cartograma de restri es ambientais em Piraquara ECTS 3 ho ap a A re ON t Fonte Modificada de Comec 2001 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 231 232 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Genericamente as cidades caracteri zam se cada vez mais pela elevada densida de demogr fica pela concentra o de reas cons
434. maiores regi es metro politanas do Brasil n o apenas dobrou confirmando a id ia do crescimento urbano acele rado nos pa ses em desenvolvimento como triplicou o n mero de moradores das regi es perif ricas cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas 6 preciso cautela para observar os dados do Relat rio do SNIS pois o mesmo baseia se em relatos das pr prias empresas de gua e esgoto utilizando amostras e considerando a m dia de pessoas por domic lio presente no Censo de 2000 do IBGE Os dados do IBGE para o total da popula o em 2000 s o de 76 1 para o atendimento de gua e 40 para o de esgotos Refer ncias ALVES H P F 2007 Desigualdade ambiental no munic pio de S o Paulo an lise da exposi o diferenciada de grupos sociais a situa es de risco XII Encontro da Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional Anais Bel m Anpur ANCONA A L 2002 Direito ambiental direito de quem Pol ticas p blicas do meio ambiente na metr pole paulista Tese de Doutorado S o Paulo Faculdade de Arquitetura e Urba nismo da USP AUCLAIR C 2005 The millennium declaration and the habitat Agenda In UNITED NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME UN Habitat 2005 The MDGs and the City Habitat Debate Setembro 3 11 Nairobi BARTONE C BERNSTEIN J e
435. management j existente Existem caracter sticas que aproximam o sistema franc s do brasileiro assim como outros aspectos que demarcam a especifici dade de cada um Por exemplo eles se apro ximam pelo modelo tradicional de tomada de decis es com um poder executivo muito centralizador Al m disso enquanto o siste ma franc s tem uma tecnocracia muito forte e muito preso democracia representati va baseada nos partidos pol ticos o sistema brasileiro tem uma tecnocracia ainda fr gil sobretudo nos estados e munic pios e po de ser definido como h brido ou seja existe uma coabita o da democracia representativa com a democracia participativa De fato a partir dos anos 80 com a Constitui o de 1988 que assegurou a participa o direta o Brasil experimentou a participa o popular na gest o das pol ti cas p blicas e essa pr tica se desenvolveu bastante nos anos 90 Na Fran a esse tipo de experi ncia tamb m existe sobretudo na gest o das cidades mas ainda de cunho muito marginal sem um peso pol tico sig nificativo Hoffmann Martinot e Sorbets 2003 Gu rard 2004 Robbe 2007 Al m disso assim como na Fran a e no Brasil outros pa ses do Ocidente implementaram reformas cada um com suas caracter sticas espec ficas com o intuito de modernizar o Estado numa perspectiva no new public management cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 Reformas e moderniza o do Estado O obj
436. menos 25 km do centro Essa era uma clara tentativa de construir Bras lia como ela foi sonhada por Kubitschek e as cidades sat lites foram a maneira mais r pi da e barata de produzir essa farsa pp 293 317 Io sem 2008 303 304 carolina pescatori candido da silva e caru bowns Figura 4 Renda por regi o em Bras lia Fonte Adaptado de Codeplan 2002 Mesmo antes da inaugura o da capital o padr o de urbaniza o de Bras lia estava definido um centro rico cercado por uma periferia pobre e economicamente dependen te o que agravou muito as quest es de aces sibilidade na sua paisagem social Figura 4 O transporte em Bras lia hoje Atualmente Bras lia servida por tr s tipos de transporte p blico legal nibus metr e vans Existem tamb m vans e nibus irre gulares do chamado transporte pirata O sistema de nibus o mais importan te dos modais p blicos em Bras lia trans portando mais de 14 milh es de pessoas por m s DFTRANS 2006 Este composto cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 Legenda 01 Bras lia 02 Gama 03 Taguatinga tinha 07 Parafi 08 N cleg Bandeirante 15 Recanto da 16 Lago Sul 17 Riacho Funcdo 18 Lago Norte 19 Candandol ndia por 2 337 ve culos que cobrem 799 rotas das quais 73 s o de conex o entre o Pla no Piloto e as cidades sat lites Esse imenso n mero de rotas resulta em baixas frequ
437. mento de cobran a tamb m um instrumento que permite ao prestador do servi o conhecer efetivamente a demanda e ao usu rio co nhecer e controlar o seu consumo sendo portanto um importante mecanismo para a racionaliza o e a transpar ncia da gest o Idealmente todas as liga es ativas deve riam ser hidrometradas mesmo aquelas dos consumidores de baixa renda como mo radores de favelas Deveria tamb m haver substitui o e ou reparo de medidores an tigos ou de capacidade inadequada e o que parece bvio mas nem sempre ocorre deve haver leitura sistem tica dos hidr metros com emiss o autom tica de contas Outro indicador importante o ndice de Macro medi o que permite avaliar se existe ma cromedi o adequada da entrada e sa da de gua nas unidades de produ o e reserva o evitando perdas e desperd cio cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 131 132 ana l cia britto e bernard barraqu Os dados do SNIS s o atualizados a cada ano sendo portanto os mais inte ressantes de serem trabalhados Por m importante lembrar que a PNSB realizada em 2000 dever ser realizada novamente em breve Essa pesquisa com question rios tamb m aplicados junto aos prestadores de servi os traz informa es que podem ser complementares no que se refere quest o das perdas e ao uso racional para Grandes Regi es Unidades da Federa o Regi es Metropolitanas e munic pios
438. metropolitanas do Sudeste o que compro mete a disponibilidade de gua para abaste cimento e a qualidade do meio ambiente nas metr poles Corroborando essa informa o os dados do SNIS Sistema Nacional de In forma es em Saneamento mostram que o percentual de tratamento de esgotos nas regi es metropolitanas ainda baixo Nas metr poles da Europa e parti cularmente no caso da Fran a o grande problema a gest o a longo prazo de uma infra estrutura que se encontra amplamente generalizada e completa por m em proces so de desgaste e envelhecimento e que deve ser adaptada novas exig ncias de qualida de de servi os e qualidade dos recursos h dricos impostas pela Diretiva Quadro Euro p ia Essa diretiva determina entre outros aspectos o horizonte de 2015 para que os rios cheguem a um bom estado de quali dade das guas Uma das quest es que se coloca o que significa esse bom estado quais os indicadores para avali lo De toda forma essa determina o implica ampliar e modernizar as estruturas de tratamento de esgotos e controlar e reduzir a polui o di fusa isto a polui o dos corpos h dricos pp 123 142 1 sem 2008 129 130 ana l cia britto e bernard barraqu gerada pelo escoamento superficial da gua em zonas urbanas o que coloca diferentes quest es para gest o das guas nas regi es metropolitanas europ ias A realidade brasileira faz com que nos pare a nec
439. ministra o e fiscaliza o territorial e presta o de alguns servi os lo cais al m do fato de a maioria dos munic pios terem pouca autonomia or ament ria tendo em vista que dependem fortemente de transfer ncias financeiras dos outros n veis de governo dificultam ou at mesmo inviabilizam uma participa o mais efetiva na gest o das guas Em rela o s restri es financeiras Lowbeer e Cornejo 2002 advertem que as ag ncias multilaterais de financiamento exce o do Global Environment Facility GEF ainda n o chegaram a explicitar em sua pauta projetos de gest o integrada dos recursos naturais articulada gest o do ter rit rio e do uso do solo particularmente na rea urbana Poucas s o as experi ncias im plementadas de articula o das medidas de conserva o preserva o da gua e a regula o do uso do solo ante as des fun es do crescimento urbano Outro aspecto que a natureza essen cialmente setorial dos interesses dos gover nos locais faz com que atuem mais como usu rios dos recursos h dricos do que como gestores imparciais desses recursos A de bilidade e falta de hierarquia institucional dos governos locais ante os atores com in teresse no recurso traria maior vulnerabili dade e possibilidade de captura e politiza o na gest o das guas Jouraviev 2003 pp 165 190 1 sem 2008 171 172 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e
440. mogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais dos aspectos do suporte natural que predis p em ocorr ncia de eventos com perdas e danos no mbito social e econ mico As problem ticas urbanas consideradas relevantes referem se quelas cujos aspec tos do processo de transforma o espacial urbano contribuem mais substantivamente para a defini o da forma e da estrutura da cidade quais sejam a estrutura espacial heterogeneidade na distribui o dos ele mentos componentes da cidade o processo de transforma o e crescimento das cidades o desempenho urbano os planos e projetos urban sticos A necessidade da cria o de espa os mais equilibrados do ponto de vista socio ambiental demanda interven es no pro cesso de crescimento e desenvolvimento do fato urbano A identifica o das oportunida des decorrentes das transforma es resul tantes da apropria o e produ o de s tios urbanos efetuadas por grupos sociais em tempos e ritmos diferentes constitui im portante fator a ser contemplado quando da elabora o de projetos urban sticos Nesse sentido o fator ambiental passa a integrar um dos aspectos do Planejamento Urbano os efeitos sin rgicos e cumulativos dos fatores socioecon micos pol ticos cul turais e ambientais tornam se pois respon s veis pela constitui o do sistema ambien tal urbano o entendimento da din mica de uso e ocupa o
441. mos de conectividade conti nuidade qualidade e seguran a nas cal adas particularmente nas cidades sat lites Esse fato ficou claro durante o trabalho de cam po pois todos os participantes vivem em ruas que n o possuem cal adas ou estas es tavam em p ssimas condi es Figura 9 Os hor rios dos nibus est o dispon veis pela Internet e por um n mero de tele fone gratuito Os pontos de nibus n o pos suem qualquer informa o sobre as linhas que os cobrem ou o hor rio delas Uma an lise dos hor rios de nibus dispon veis no s tio do governo mostrou que as cidades sat lites s o mal servidas por nibus nos pe r odos entre picos e finais de semana quan do os nibus circulam em intervalos de 30 minutos a uma hora Durante os hor rios de pico a maioria cidades sat lites tem nibus Figura 9 Cal adas na Ceil ndia Fonte Autor cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia a cada quinze minutos sendo que esses ho r rios de pico s o restritos aos per odos das 6 s 7 horas da manh e das 18 s 19 horas em algumas reas O metr funciona das 6 horas s 23h30 com intervalos de 5 a 14 minutos dependendo da esta o Esse hor rio de servi o foi recentemente ampliado das 22 horas para as 23h30 para servir as pessoas que estudam noite Essa modifica o nos hor rios de fu
442. munic pio 5 anos antes da data do censo e o total da popula o de 5 anos ou mais Raz o entre o n de crian as com idade de O a 14 anos e o total de pessoas com idade de 15 a 64 anos expressa o n de dependentes infantis para cada 100 independentes Raz o entre as fam lias com renda fam liar mensal per capita de at 1 2 sal rio m nimo e o total de fam lias Raz o entre os ocupados cuja renda do trabalho principal igual ou inferior a 1 sal rio m nimo e o total de ocupados Raz o entre ocupados n o inseridos no setor formal e o total de ocupados Raz o entre o n de pessoas de 15 anos e mais que n o sabem ler e o total de pessoas de 15 anos e mais de idade Raz o entre o n de pessoas de 15 anos e mais sem instru o ou com at 3 anos de estudo e o total de pessoas de 15 anos e mais Raz o entre o n de chefes de fam lia sem instru o ou com at 3 anos de estudo e o total de chefes de fam lias Raz o entre o n de pessoas de 7 a 14 anos que n o frequentam escola e o total de pessoas na mesma faixa et ria Raz o entre o n mero de pessoas de 15 a 17 anos que n o frequentam escola e o total de pessoas na mesma faixa et ria Raz o entre o n de pessoas de 18 a 25 anos que estudam em n vel escolar que n o t m o superior e o total de pessoas da mesma faixa et ria que estudam Raz o entre o n de domic lios particulares permanentes com mais de duas pessoas por c modo servindo como dormit rio e o total de d
443. nas existen tes ou a serem formuladas O Plano Pluria nual PPA 2004 2007 do governo federal adotou a Agenda 21 Brasileira como um de seus programas Tal fato demostra que ao menos teoricamente a quest o ambiental ganhou import ncia como base para a ela bora o de pol ticas p blicas estruturais do pa s no per odo Dispon vel em http Avww mma gov br problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas Em 2003 foi criado pelo Governo Fe deral o Minist rio das Cidades fruto de an tigas reivindica es encabe adas pelos movi mentos sociais de luta pela reforma urbana A constitui o do Minist rio das Cidades emblem tica quanto inser o das ques t es ambientais nas pautas relacionadas ao meio urbano fato que pode ser observado pela amplitude dos temas tratados por esse minist rio Em cada uma das quatro secre tarias Habita o Saneamento Ambiental Transporte e Mobilidade e Programas Urba nos est o alocados programas espec ficos que t m como meta melhorar as condi es de habitabilidade de assentamentos huma nos prec rios Tamb m na d cada de 2000 deve ser destacada a Confer ncia do Mil nio promo vida pela Organiza o das Na es Unidas em 2000 que originou oito Metas de Desen volvimento do Mil nio Para os prop sitos deste trabalho interessa destacar a meta 7 que subdividida em tr s objetivos inte grar os princ p
444. nceituais esse autor destaca que os maiores obst culos se encontram na falta de consenso e portanto nas m ltiplas interpreta es que existem dos conceitos de desenvolvimen to sustent vel equidade e sustentabili dade ambiental Em rela o aos aspectos te ricos n o poss vel mensurar da mes ma forma os tr s princ pios que formam o conceito de desenvolvimento sustent vel Segundo o autor nenhum dos tr s objetivos do desenvolvimento sustent vel econ mi co ambiental e social se mede atualmente com par metros compat veis o crescimento econ mico se mede com indicadores eco n micos a equidade se determina sobre a base de par metros sociais e a sustentabi lidade ambiental se estabelece em termos f sicos e biol gicos Em consegu ncia cada um dos tr s objetivos encontra se em dife rentes planos de avalia o J em rela o aos aspectos pr ticos para o autor o prin cipal problema a articula o entre os tr s objetivos A determina o da rea de equilf brio do desenvolvimento sustent vel entre esses tr s objetivos depende essencialmen te de acordos e transa es entre os atores envolvidos Nesse sentido a participa o da sociedade civil organizada fundamental para consolidar um processo de gest o cujo objetivo seja alcan ar o desenvolvimento sustent vel Portanto necess rio conce ber um processo de gest o que permita aos atores tomarem resolu es qu
445. nciada por crit rios est ticos O decreto atribuiu Divis o de Est tica Urbana a fun o de analisar todos os projetos das novas edifica es quanto pl stica e apar ncia tanto isoladamente quanto em rela o s demais edifica es existentes na rua e quan to aos aspectos panor micos A maioria das recomenda es destina va se a garantir a visibilidade da paisagem urbana a partir das montanhas da cidade entretanto a paisagem vista da cidade em dire o s montanhas n o foi considerada pelo decreto quando se aumentou signifi cativamente o gabarito das edifica es nas reas valorizadas e quando se fixaram gaba ritos m nimos para diversas reas da cidade Recomenda es relacionadas estabili dade das montanhas cariocas faziam parte do decreto de 19377 como reflexo da preo cupa o do poder p blico em rela o ques t o no entanto ainda figuravam na legisla o de forma n o coerciva Entre 1959 e 1962 dois instrumentos normativos a Lei 948 1959 e o Decreto 992 1962 regu lamentaram a explora o de barreiras sai breiras pedreiras e turfeiras Outro impacto importante sobre o su porte f sico da cidade a partir do decreto de 1937 segundo Abreu 1987 foi a proibi o de ind strias em bairros residenciais da cadernos metr pole 19 cidade e a transfer ncia da atividade indus trial por meio de altera es no zoneamento para setores da zona norte entre os quais
446. ncionamento do metr incluiu os finais de semana al m de um desconto de 50 na tarifa Essa nova pol tica teve grande impacto na oferta de op es de lazer para as popula es que s o servidas pelas li nhas de metr Acessibilidade Em termos de acessibilidade do sistema de transporte p blico h dois problemas prin cipais indicados pelos dados Primeiro as tarifas de nibus e de metr n o s o inte gradas o que for a as pessoas que preci sam usar mais de uma linha a pagar mais de uma tarifa restringindo a mobilidade das popula es pobres Segundo a tarifa de nibus calculada de acordo com as dis t ncias percorridas e as comunidades mais pobres da periferia de Bras lia pagam as ta rifas mais caras O Plano Piloto de Bras lia concentra a maioria absoluta dos postos de trabalho 44 80 enquanto o segundo lugar Ta guatinga abriga somente 10 71 Essa concentra o tem fortes impactos no trans porte pois ocasiona um grande n mero de viagens di rias para o Plano Piloto No que tange educa o as escolas elementares e secund rias s o bem distribu das entre to cadernos metr pole 19 das as reas embora a maioria das univer sidades e faculdades esteja concentrada no Plano Piloto e em Taguatinga Uma obser va o importante do trabalho de campo em Ceil ndia que tr s das participantes estu dam noite al m de manterem seus em pregos em tempo integral mas nenhuma delas e
447. ncontra das s o relativamente menores e em alguns casos apresentam em m dia uma queda acentuada chegando a representar a meta de da propor o verificada no Grupo 1 em especial nas vari veis relativas renda As exce es est o nas vari veis adolescentes com experi ncia reprodutiva que nesse grupo se sobressai por apresentar as maio res propor es em rela o aos demais gru pos e chefes idosos em que ao contr rio se verificam em m dia as menores propor es Fazem parte desse Grupo 17 reas 15 18 do total com uma popula o total de aproximadamente 417 mil pessoas 15 29 correspondendo a cerca de 115 mil fam lias 14 05 Essas reas em sua maioria localizam se no entorno imediato ao p lo residindo pessoas com baixo ren dimento mas que provavelmente buscam na capital formas de sobreviv ncia Tr s estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba dessas reas localizam se em Curitiba nos bairros de Tatuquara e Vila Verde CIC Os Grupos 3 e 4 que apresentam si tua es de m dia vulnerabilidade ainda exibem propor es relativamente altas em rela o aos grupos subsequentes mas com certo distanciamento dos grupos anterio res As maiores diferen as em rela o aos grupos de pior situa o residem no fato de haver uma melhora significativa nas vari veis jovens que n o frequentam a escola inadequa o geral dos
448. nd the civil society Keywords river basin management environmental policy urban policy source water protection area S o Paulo s Metropolitan Region Guarapiranga hydrographic sub basin pp 143 164 1 sem 2008 144 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato Introdu o O significado da gua no mbito de uma ba cia hidrogr fica abriga m ltiplos conflitos o que vem impondo limites sustentabilidade desse recurso A atual escassez da gua ten de a ser mais severa no futuro e portanto motiva a busca de novos modelos de plane jamento e gest o Nesse contexto a preserva o e ou recupera o das reas de prote o dos ma nanciais de suma import ncia para a ga rantia da disponibilidade do recurso gua al m de outras riquezas naturais presentes naquele territ rio A degrada o ambiental decorrente da ocupa o urbana desordena da e consequente polui o dessas reas com prometem o abastecimento de gua pot vel fundamental preserva o daquele habitat Na Regi o Metropolitana de S o Paulo RMSP o problema aparece de forma bas tante perversa a crescente ocupa o preda t ria das popula es de baixa renda em di re o s reas perif ricas decorrente prin cipalmente da aus ncia de oportunidades de moradia em outras regi es contribui cada vez mais para agravar a degrada o am biental das reas protegidas A recupera o dos recur
449. nharia COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Brasil carneiroQhidro ufrj br Adauto L cio Cardoso Arquiteto mestre e doutor em Planejamento Urbano e Regional professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional IPPUR na Universidade Federal do Rio de Ja neiro Rio de Janeiro Brasil adauto lucioWterra com br Jos Paulo Soares de Azevedo Engenheiro civil professor do Programa de Engenharia Civil no Instituto Alberto Luiz Coim bra de P s Gradua o e Pesquisa em Engenharia COPPE na Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Brasil zepauloOhidro ufr br Notas 1 A Resolu o 237 de 19 de dezembro de 1997 estabelece as compet ncias para o licen ciamento ambiental Em seu artigo 60 a resolu o estabelece que Compete ao rg o ambiental municipal ouvidos os rg os competentes da Uni o dos Estados e do Distrito Federal quando couber o licenciamento ambiental de empreendimento e de atividades de impacto local e daquelas que lhes forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou conv nio 2 Ressalta se tamb m a necessidade de cria o de estruturas cooperativas como os cons r cios n o apenas entre os v rios munic pios de uma mesma rea metropolitana mas tam b m entre esses munic pios e a inst ncia estadual respons vel pela gest o dos recursos h dricos por atribui o constitucional 3 A cria o do zoneamento s
450. nicipais para os efeitos sis t micos de suas pr ticas criando tamb m bases t cnicas para a integra o das a es voltadas para o conjunto do territ rio Todos os munic pios da bacia exceto S o Jo o de Meriti possuem legisla o espe c fica para a quest o ambiental Em quatro deles Belford Roxo Duque de Caxias Mes quita e Rio de Janeiro a quest o ambiental aparece de forma explicita na Lei Org nica pp 165 190 1 sem 2008 185 186 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo do munic pio No entanto em apenas dois munic pios Belford Roxo e Rio de Janeiro essa legisla o tamb m est incorporada ao Plano Diretor o que evidencia que h uma n tida separa o entre as quest es urbanas e ambientais como se fossem dom nios dis tintos em rela o ao planejamento do espa o urbano No estado do Rio de Janeiro as a es de controle da polui o est o a cargo da Feema que o rg o do estado respons vel pelo licenciamento e controle das atividades potencialmente poluidoras ao meio ambien te Muito embora n o haja consenso sobre a abrang ncia e compet ncia do munic pio em compartilhar essa tarefa de controle e fiscaliza o admite se em geral que as atividades de pequeno porte possam ser controladas e fiscalizadas pelos munic pios como postos de gasolina e outros pequenos empreendimentos que produzam efluentes e emiss es atmosf
451. nificante cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 332 monica nunes e helena ribeiro A maioria se mostra incomodada com n veis de m dio a alto sendo que mais de um ter o encontra se altamente incomo dada com o problema As pessoas do sexo feminino e os mais jovens revelam se mais incomodados que os demais J as pessoas idosas mostram um comportamento dife renciado sendo esse o grupo que se mostra menos afetado pelo problema O ru do do tr fego nessa rea n o um problema pontual que acontece em determinados dias ou per odos do dia mas constante e permanente para essa popu la o As pessoas sofrem esse inc modo principalmente nos dias teis sendo mais intenso nos per odos do in cio da manh e noite que se caracterizam como per odos de pico do tr fego da cidade e tamb m co mo per odos em que as pessoas que traba lham fora encontram se em casa Considerando o aspecto clim tico da cidade de Bras lia o problema do ru do nes sas reas gera outro problema ambiental s pessoas nela residentes A necessidade de manter as janelas fechadas que hoje se constitui um h bito da popula o compro mete a necessidade b sica de ventila o di reta e permanente nas resid ncias Efeitos do ru do do tr Pego urbano O ru do do tr fego compromete a quali dade de vida e o bem estar da popula o pois al m de gerar inc modos interfere na realiza o de atividades b sicas
452. nismos setoriais do estado dos munic pios que est o em rea de prote o dos mananciais na busca de uma solu o cadernos metr pole 19 conjunta para os seus principais problemas Neder 2002 Principalmente a partir de 1997 com a aprova o da nova Lei de Prote o e Recupera o dos Mananciais novos instrumentos de planejamento e gest o come aram a ser constru dos para equacionar os problemas relativos n o so mente degrada o dos mananciais mas tamb m melhoria da qualidade de vida de seus habitantes A lei das guas paulista e os princ pios da integra o Como colocado a gest o integrada de bacias hidrogr ficas referencial te rico que orien ta a Pol tica de Recursos H dricos do Estado de S o Paulo enfatiza a necessidade primaz de articula o entre as pol ticas h dricas e as demais pol ticas que atuam no territ rio da bacia como importante condi o para o desenvolvimento sustent vel Alvim 2003 O principal objetivo da Pol tica Estadual de Recursos H dricos segundo a Constitui o Estadual de 1989 assegurar que a gua recurso natural essencial vida ao desen volvimento econ mico e ao bem estar social possa ser controlado e utilizado em padr es de qualidade satisfat rios por seus usu rios atuais e pelas gera es futuras em todo o territ rio do estado de S o Paulo A Constitui o do estado de S o Paulo de 1989 desenvolve um cap tulo inteiro so b
453. nistra o p blica no mister do poder de pol cia Assim o Estado exige determinados comportamentos dos indiv duos veda termi nantemente certas pr ticas nocivas sa de e qualidade de vida dos seres vivos ao meio ambiente economia ou ordem p blica No planejamento o Estado organiza positiva ou negativamente a atua o dos agentes econ micos de acordo com os fins pretendidos Essa forma racional de prever comportamentos econ micos e sociais deve ser pautada em objetivos metas e meios transparentes e integrados Essas modalidades de interven o indire ta na economia podem ser chanceladas con forme prev a Constitui o da Rep blica Fe derativa do Brasil vigente que assim disp e Art 174 Como agente normativo e re gulador da atividade econ mica o Esta do exercer na forma da lei as fun es de fiscaliza o incentivo e planejamen to sendo este determinante para o setor p blico e indicativo para o setor privado Grifo nosso Ap s as considera es gen ricas sobre as formas de interven o do Estado na cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 economia chega se ao ponto central da tem tica ora em discuss o as ag ncias re guladoras de recursos h dricos Em princ pio qual o significado do ter mo regula o econ mica De plano ressal te se que regula o se diferencia de regula menta o j que aquele mais amplo que este Regula o econ mica
454. no munic pio de Piraquara 2006 LEGENDA A ptos monitoramento da qual de gua IAP 9 reas urbanizadas HH forma es florestais reflorestamentos reservat rios lagos _ ptos monitor da qual de gua complementares JE agricultura solo exposto outros campos v rzeas bus reservat rios Fonte Elaborada a partir de GLCF 1994 2000 e Inpe 2006 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran No per odo entre 1994 e 2000 destaca se a implanta o do reservat rio do Ira cuja constru o foi finalizada em 1999 Carneiro Pegorini e Andreoli 2005 o qual est inse rido na sub bacia do ponto AIO1 rio Ira Nesse mesmo per odo observa se uma redu o m dia de aproximadamente 10 de reas florestadas por m no per odo seguinte 2000 a 2006 tem se um incre mento m dio de 18 Parte desse aumen to se deve cria o de instrumentos como o Sistema Integrado de Gest o e Prote o dos Mananciais da Regi o Metropolitana de Curitiba SIGPROM RMC criado por meio da Lei Estadual n 12 248 de 31 de julho de 1998 com o objetivo de assegurar o uso e controle sustentado do solo com vistas conserva o e preserva o ambiental espe cialmente nas bacias hidrogr ficas de ma nancial da RMC Comec 2001 Para reas classificadas como agricul t
455. no transporte Em resumo cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 e as pessoas com baixa renda dependem mais de transporte p blico e elas caminham mais embora as cal a das nos seus bairros sejam raras ou estejam em p ssimas condi es de conserva o e vivem mais distantes dos centros de emprego e pagam tarifas mais caras para conseguir trabalhar e s o mais vulner veis aos acidentes de tr nsito e viol ncia urbana e possuem n veis de mobilidade mais bai xos que popula es mais ricas e viajam menos para entretenimento e compras e gastam mais tempo nas viagens e e t m menos flexibilidade nas viagens Conclus es E quais s o os motivos para tamanhas dife ren as Elas s o consequ ncia em grande parte de o desenho e a configura o urba na de Bras lia serem voltados para carro mesmo que as popula es pobres n o pos sam pagar por ele nem tirar proveito das suas vantagens No entanto uma solu o dentro do paradigma do transporte susten t vel n o seria ampliar o acesso ao carro e sim oferecer mais mobilidade a toda a po pula o de maneira a minimizar os custos ambientais relacionados ao transporte O exemplo dos pa ses desenvolvidos que in vestiram significativamente no transporte individual motorizado mostra que esse tipo de planejamento de transporte maximiza os impactos ambientais criando ambientes urbanos e rurais dominados pela individua lidade nociva do autom v
456. ns o Urbana a Persist ncia de Processos Insustent veis S o Paulo em Perspectiva S o Paulo Funda o SEADE UNPD UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAM 2007 World Urbanization Prospects the 2007 Revision Population Database Dispon vel em http esa un org unup UNITED NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME UN Habitat 2003 The Challenge of Slums Global Report on Human Settlements 2003 Nairobi Earthscan Publications 2005 The MDGs and the City Habitat Debate Setembro 2005 3 11 Nairobi 2006 La condena urbana el hambre oculto Documento de informaci n general Nairobi Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 47 Din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais Resumo As incompatibilidades do uso do solo em rela o aos seus atributos incorrem em impactos ambientais significativos acelera o de riscos de car ter geol gico geot cnico sobretudo escorregamentos e enchentes As municipali dades metropolitanas brasileiras constituem o principal cen rio da press o antr pica so bre o suporte natural fr gil ante a densifica o populacional e constru da incorrendo em processos erosivos induzidos Explora se uma abordagem conceitual dos procedimentos ado tados no planejamento e na gest o urbana para o trato das problem ticas urban sticas ambientais socioespaciais e econ micas ten
457. nt vel normalmente est associado redescoberta do territ rio como heran a o local em que se encontram valores e recursos para a pro du o de riqueza Para Saraiva ibid a l gica territorial da bacia hidrogr fica determinante ten do em conta a capacidade de renova o e manuten o desse recurso em quantidade e qualidade que permitam sua utiliza o pe los seres vivos Entretanto esse territ rio subordina se aos processos de planejamen to e gest o que privilegiam outras l gicas setoriais e portanto um territ rio sujeito a disputas e conflitos Enquanto os muni c pios ou mesmo os estados muitas vezes s o limitados pelo eixo de um rio todas as atividades que se referem gua como o cadernos metr pole 19 abastecimento o esgotamento sanit rio a drenagem etc exigem outro tipo de cri t rio de organiza o espacial em geral as bacias ou microbacias hidrogr ficas Mar tins 2006 podendo vir a extrapolar limi tes pol tico administrativos municipais ou mesmo estaduais e nacionais Essas ativida des consideradas essenciais ao desenvolvi mento urbano de um determinado munic pio ao obedecerem a uma l gica setorial e espacial distinta exigem atua o de outros n veis pol tico administrativos A gest o integrada das bacias hidrogr ficas parte do gerenciamento ambiental conforme aponta Lanna 1995 pois incor pora n o s aspectos da oferta e demanda dos recurs
458. nta o de atividades com pat veis com a prote o e a recupera o do manancial que buscam a conscientiza o do problema al m da promo o de Educa o Ambiental junto popula o residente integrar programas e pol ticas regionais e setoriais habita o transporte saneamento ambiental infra estrutura manejo de recur sos naturais e gera o de renda necess rios preserva o do meio ambiente assegurar e a ampliar a produ o de gua para o abas tecimento da popula o promovendo a es de preserva o recupera o e conserva o dos mananciais atrav s da implementa o dos instrumentos b sicos PDPA Lei Espe c fica atingir a Meta de Qualidade da gua do Reservat rio Guarapiranga estabelecida pela lei orientar e controlar o uso e a ocupa o do solo de acordo com cargas poluidoras definidas para a Bacia e com as condi es de regime e produ o h drica do manancial es tabelecendo para tanto diretrizes e par me tros de interesse da regi o para a elabora o das leis municipais de uso ocupa o e parce lamento do solo visando prote o do ma nancial buscar a compatibiliza o do desen volvimento socioecon mico com a prote o e a recupera o do manancial estabelecendo um desenvolvimento socioecon mico susten t vel e ambiental incentivando a implanta o de atividades compat veis com a prote o e recupera o do manancial implementar a disciplina e reorienta
459. ntamentos irregulares no Rio de Janeiro foi a autoriza o militar concedida para o alojamento dos soldados durante a Revolta da Armada 1893 1894 e de Ca nudos 1896 1897 A prolifera o das favelas na paisagem da cidade no entanto aconteceu nas primei ras d cadas do s culo XX ap s as reformas urbanas implementadas por Pereira Passos O processo agravou se devido aus ncia de uma pol tica de transporte para facilitar o acesso dos pobres aos locais de trabalho e devido ado o de uma r gida legisla o edi l cia aplicada cidade como um todo o que acabou inviabilizando a ocupa o dos sub r bios pelos extratos sociais mais pobres Para Abreu ibid a chancela militar e o car ter provis rio atribu do a essas habi ta es contribu ram para a ina o da Sa de P blica t o empenhada em condenar as habita es insalubres O autor ressalta ainda que esse aparente paradoxo escondia a aceita o por parte do poder p blico da perman ncia das favelas no cen rio urbano para garantir a estabilidade social necess ria ao processo de acumula o uma vez que seus habitantes representavam uma reserva de m o de obra necess ria para a ind stria a constru o civil e para a presta o de ser vi os dom sticos Essa postura explica a aus ncia das favelas nos recenseamentos e nos mapas da cidade at 1930 apesar de j estarem presentes no tecido urbano da cidade real At ent o as favelas er
460. ntando esse problema po de ter que lidar com ele em futuro pr ximo caso n o sejam concretizadas a es para a prote o do Sistema Guandu e caso n o se jam adotadas medidas efetivas para um uso racional da gua Tanto nas metr poles dos pa ses eu ropeus particularmente no caso da Fran a como no caso das metr poles brasileiras um passo importante para construir uma gest o sustent vel da gua pautada em novos paradigmas a supera o da frag menta o institucional e a constru o de formato de governan a baseado na coope ra o entre atores p blicos Essa foi uma quest o subestimada no trabalho inicial do grupo Eurowater Water2 1 a necessidade de coopera o entre os diferentes n veis de governo para assegurar servi os p blicos eficazes nas regi es metropolitanas Essa coopera o necess ria n o somente por que certas solu es t cnicas exigem uma escala territorial mais ampla mas tamb m porque na fase inicial de extens o dos siste mas e de conex o de novos usu rios s o in dispens veis os financiamentos p blicos e as subven es Em diferentes pa ses europeus formatos de coopera o como sindicatos e cons rcios intermunicipais s o bastante di fundidos permitindo o estabelecimento de formas de subs dios interterritoriais e inter setoriais Finalizando neste texto buscamos abordar o conjunto de rela es intricadas que constituem uma gest o sustent vel e in tegrada
461. nte s quest es urbanas Se at a d cada de 1990 o movi mento ambientalista mundial concentrava se prioritariamente nos problemas ambientais relacionados Agenda Verde como aqueles afetos prote o dos recursos naturais e dos ecossistemas a partir de ent o passou efetivamente a incluir em sua pauta de preo cupa es os problemas ambientais relacio nados diretamente aos ambientes urbanos A importante mudan a de perspectiva dos problemas relativos aos centros urbanos n o fruto do acaso e sim de um longo per curso realizado pelo movimento ambienta lista em que novos par metros foram gra dualmente introduzidos nas abordagens per tinentes ao meio ambiente J a partir da d cada de 1970 o Novo Ambientalismo trazia tona o estreito relacionamento entre meio ambiente e desenvolvimento introduzindo par metros pol ticos sociais e econ micos tais como a pobreza e a desigualdade exis tentes entre os pa ses pobres e ricos nas cadernos metr pole 19 an lises relativas ao meio ambiente A pos Sibilidade de compreender as quest es am bientais n o mais de forma restrita vislum brando somente a conserva o de recursos naturais ou os problemas da polui o mas a partir de uma perspectiva social econ mica e pol tica mais abrangente em que se inclui o questionamento das formas de desenvolvi mento prevalecentes nos pa ses do Primeiro ou do Terceiro Mundo possibilita o in cio do entendiment
462. nte as l gicas diferenciadas que permeiam os dis cursos de sustentabilidade e a presen a de interesses e objetivos diversos constata se a necessidade de um campo de constru o de legitimidade das pol ticas p blicas Como j assinalavam algumas an lises Kato 1997 Neder 1992 o potencial de integra o de pol ticas p blicas no contexto regional se defronta muitas vezes com o ca r ter desigual da capacidade institucional dos munic pios e de amadurecimento dos interlo cutores ante os problemas comuns Ao mes mo tempo os novos instrumentos ambien tais devem incorporar aspectos peculiares de cada sub bacia como forma de garantir seus principais objetivos preservar conservar e recuperar as reas de prote o dos manan ciais sem entretanto perder de vista as peculiaridades das din micas socioespaciais e econ micas de cada bacia hidrogr fica A partir da contextualiza o e an li se dos marcos legais no mbito federal estadual e municipal fundamental situar o panorama da institucionaliza o das pol ti cas p blicas ambientais e urbanas nas bacias hidrogr ficas e com isso abrir a discuss o em torno dos conflitos ou mesmo identificar cadernos metr pole 19 interfaces e possibilidades de articula es entre elas Nesse contexto importante ressal tar que as dificuldades e os obst culos em rela o s id ias de promo o de um desenvolvimento sustent vel quando se trata de institucion
463. nte ressaltar o car ter de interdepend ncia que caracteriza os princi pais problemas ambientais que assolam os centros urbanos As quest es decorrentes da expans o urbana extensiva e desordena da internas a uma sub bacia hidrogr fica por exemplo se transferem indistintamen te aos in meros corpos d gua que a reco brem e podem extravasar a escala local e atingindo toda a macrobacia qual perten cem A natural conectividade caracter stica dos problemas ambientais urbanos faz com que seja fundamental consider los de ma neira articulada de forma a compreender todos os seus efeitos interativos A an lise Figura 2 Problemas ambientais urbanos e sua conectividade vo orocas ocupa o ocupa o exposi o inadequada de inadequada de superficie do v rzeas encostas solo produ o de eros o gt sedimentos ocupa o do leito maior desabamentos e emm deslizamentos de desmatamento GH encostas assoreamento disposi o de escoamento dos rios res duos em locais superficial Li agravamento inadequados das enchentes edi o impermeabiliza o ZE SES menor infiltra o t xicas das guas pluviais aus ncia de polui o do ar escassez de reas verdes aumento das chuvas torrenciais Ra aumento da temperatura cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 queimadas contamina o coleta de lixo do solo contamina o de rios e represas
464. ntes com boa capacidade de acesso informa o e com uma legisla o relativamente moderna em outras cidades destacando se os munic pios perif ricos em reas metropolitanas verifica se uma total desatualiza o da legisla o agravada pela aus ncia de informa es confi veis sobre os processos de estrutura o urbana e mesmo pelo pequeno n mero e a baixa qualifica o do corpo t cnico do setor IBGE 2002 Essa desigualdade intermunicipal apre senta se como um grande obst culo para a maior efetividade das estruturas de gest o dos recursos h dricos e para a coopera o entre as inst ncias governamentais o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas Por sua vez o enfrentamento das ques t es relacionadas degrada o dos recursos h dricos em reas densamente urbanizadas n o ser resolvido simplesmente com o aporte de novas e eficientes tecnologias A efetiva utiliza o de t cnicas tradicionais de engenharia sanit ria e ambiental articuladas com iniciativas integradas de planejamento do uso do solo e gest o de recursos h dri cos poderia representar enormes avan os na conserva o e prote o de mananciais e no controle de inunda es urbanas Analisando a situa o das regi es me tropolitanas do pa s Erm nia Maricato 2001 mostra que parte significativa da popula o da Grande S o Paulo e do Grande Rio moram em favelas loteamentos ilegais da periferi
465. nto s condi es do ru do que s o mais intensamente incomodadas mais identificam doen as nelas pr prias que mais sofrem interfer ncia no sono mais identificam doen as na fam lia decorrente do problema mais procuram morar em reas onde n o haja barulho mais sofrem interfer ncia no ato de leitura s o as que menos se acostumam com o ru do mais mant m as janelas dos ambientes fechadas mais sofrem interfer ncias na realiza o de suas atividades di rias ainda se assustam com ru dos pontuais e sentem a interfe r ncia embora na menor intensidade at mesmo na compreens o de conversas ao telefone Esses resultados se mostram con gruentes com outros estudos j realizados por Weinstein 1980 e citados por Staples 1996 onde foi identificada a associa o indireta entre o comportamento de satis fa o e prefer ncia da rea onde reside e a percep o de inc modo ao ru do pp 319 338 1 sem 2008 333 334 monica nunes e helena ribeiro Quadro 3 Correla es coeficientes can nicos padr es correla es can nicas percentuais de vari ncia e redund ncia entre as vari veis do perfil da amostra e os efeitos do ru do urbano na qualidade de vida 1 Variante can nica 2 Variante can nica Correla o Coeficiente Correla o Coeficiente Grupo 1 Gostar da rea 0 782 0 673 0 048 0 137 Qual amb cidade 0 249 0 321 0 179 0 125 Qual amb resi
466. nto Costeiro definido como instrumento do Plano Nacio nal de Gerenciamento Costeiro estabelecido mediante a lei 7 661 88 No plano municipal a partir da Cons titui o Federal e posteriormente com a aprova o do Estatuto das Cidades o Pla no Diretor que antes j era um importante instrumento para orientar os rumos da ci dade passou a ser o instrumento definidor da fun o social da cidade e da propriedade urbana constituindo se em um marco na separa o do direito de propriedade do di reito de construir Admitindo se portanto que por meio da implementa o de instrumentos como o zoneamento que a atividade de planejamen to do territ rio se concretiza e que esse ter rit rio constitu do por bacias hidrogr fi cas bvia a necessidade de se conhecerem as rela es entre os instrumentos e sistemas gestores do ordenamento territorial e os do sistema de gerenciamento dos recursos cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 h dricos por bacia hidrogr fica Nesse sen tido cabe formular as seguintes quest es qual o v nculo no n vel conceitual e quais as pr ticas operacionais de articula o entre esses instrumentos Como aparece a ques t o da gest o do uso do solo nos planos de recursos h dricos e na gest o de recur sos h dricos por bacias hidrogr ficas E da mesma forma como aparece a quest o da gest o dos recursos h dricos nos instrumen tos citados sobretudo em rela o ao
467. nto com um terminal de nibus j que o sistema metrovi rio n o foi Figura 6 Mapa da rede metrovi via o N Fonte Companhia do Metropolitano 2007 cadernos metr pole 19 ASA NORTE Downtown Bras lia pp 293 317 000 1 sem 2008 305 306 carolina pescatori candido da silva e caru bowns concebido como um transporte porta a por ta e sim como um meio de vencer as maio res dist ncia em menos tempo sendo que as pequenas dist ncia remanescentes seriam cobertas pelos nibus Atualmente o metr conecta algumas cidades sat lites ao Plano Piloto mas o sistema ainda n o funciona de forma integrada o que diminui sua efic cia especialmente para as popula es carentes que n o podem arcar com os custos de mais de uma passagem por trecho No entanto h planos para que o sistema passe a funcio nar de forma integrada dentro de dois anos e a rede metrovi ria est sendo expandida rapidamente com a constru o de v rias novas esta es O chamado sistema alternativo de transporte de Bras lia composto por vans que transportam entre 13 e 16 pessoas Es tas vans s o de propriedade privada e n o de empresas de transporte embora todos os donos fa am parte de uma cooperativa que responde a regulamentos do governo para sua opera o Figura 7 O sistema de vans foi estabelecido em 1995 como uma solu o emergencial complementar ao sistema de nibus nas cidades sat l
468. ntra urbanas por favelas se processam em reas despre zadas pelo mercado imobili rio formal e ou em reas de restri o de uso como beiras de c rregos encostas dos morros terrenos sujeitos a enchentes ou reas de prote o ambiental as quais frequentemente envol vem algum tipo de risco Ou seja de manei ra paradoxal s o exatamente as reas mais fr geis do ponto de vista ambiental e que por esse motivo jamais deveriam ser ocupa das que passam a dar suporte a esse tipo de ocupa o urbana especialmente prec ria e predat ria Maricato 1996 Como apontam Moretti e Fernandes 2000 se a expans o da rea urbanizada das cidades sobre o territ rio necessariamente implica algum tipo de impacto sobre o meio ambiente mais impactos ainda ela provoca quando ocorre de forma prec ria e incom pleta n o atendendo s exig ncias t cnicas necess rias ao parcelamento do solo e n o respeitando os condicionantes do meio f si co Os impactos ambientais da resultantes Foto 1 Assentamento prec rio sobre igarap s em Bel m 2007 t Fonte Juliana Marques Lume FAUUSP cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas s o muito mais intensos e passam a afetar n o apenas a escala local mas todo o con junto metropolitano Tal o que decorre do processo de ur baniza o verificado nos pr
469. ntro le mais efetivo sobre os programas desen volvidos pelas concession rias o que apon ta na dire o de um avan o no sentido da municipaliza o da gest o dos servi os de saneamento neste munic pio O est gio institucional local O IBGE desde 1999 vem implementando a Pesquisa de Informa es B sicas Munici pais MUNIC realizada em todos os muni c pios brasileiros e que tem como principal objetivo produzir informa es relativas s administra es locais Em sua edi o de 2002 o IBGE adicio nou um suplemento voltado pesquisa acer ca da gest o e a vis o do poder p blico local sobre a quest o ambiental no mbito munici pal investigando todos os 5 560 munic pios existentes no pa s at dezembro de 2001 cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 A pesquisa abordou temas espec fi cos rea ambiental local dentre os quais a exist ncia de estrutura administrativa a disponibilidade de recursos financeiros o andamento da implementa o da Agenda 21 local a exist ncia de legisla o ambien tal a articula o institucional municipal em meio ambiente programas e a es de pre serva o ambiental praticados exist ncia de unidades municipais de conserva o da na tureza etc Tamb m foi pesquisado o esta do do meio ambiente no munic pio na vis o do gestor p blico atrav s do levantamento da ocorr ncia de altera es ambientais rele vantes e de suas poss veis ca
470. numerosas teriam desvanta gens na sociedade moderna onde o custo de cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 sua manuten o maior e portanto menor a capacidade de acumula o O funciona mento de uma fam lia extensa pressup e um conjunto de compromissos h bitos e regras que podem interferir na forma habitual de fazer as coisas numa sociedade cuja norma s o fam lias pouco numerosas Aqui tamb m as evid ncias emp ricas convergem para um menor rendimento em fam lias maiores ou seja os pobres vivem em m dia em fam lias maiores Um n mero maior de crian as tamb m implica desvantagens para a fam lia no sen tido de que os recursos se diluem na cria o de menores os quais ainda aportam recur sos A vari vel n mero de crian as se apro xima das rela es entre comportamento re produtivo e desvantagens sociais No Brasil segundo Rocha ibid 54 das crian as com menos de quatro anos possuem rendi mento familiar per capita abaixo da linha da pobreza Os indicadores de depend ncia na escala de fam lias proporciona uma apro xima o da press o ou carga demogr fica refletindo o potencial de recursos humanos de que disp e a fam lia para prover sua ma nuten o e enfrentar adversidades externas Escolha das vari veis A escolha das vari veis para a identifica o das fam lias e ou indiv duos em condi es de vulnerabilidade social levou em considera o as premiss
471. nvestir em m todos e sistemas de detec o e controle da polui o difusa No Brasil os diferentes ato res envolvidos na gest o das guas em reas urbanas n o t m dado a devida import ncia a esse tipo de polui o e existem poucos in dicadores que permitam avali la Todavia como mostra Prodanoff o tratamento dos esgotos dom stico e industrial n o basta pa ra despoluir as reas contaminadas Durante as enxurradas carregado pela chuva todo o ac mulo de res duos relacionado polui o difusa vai para o sistema de drenagem cujo destino final s o os corpos h dricos A polui o difusa est diretamente relaciona da ao escoamento superficial de gua sobre reas imperme veis A impermeabiliza o le va a um aumento do escoamento superficial e tamb m das velocidades de escoamento e da capacidade de arrasto de carga poluidora 1 sem 2008 cadernos metr pole 19 pp 123 142 133 134 ana l cia britto e bernard barraqu para os corpos h dricos Prodanoff 2005 Esse aspecto um exemplo da complexidade da constru o de um processo de gest o sus t vel da gua em reas urbanas em fun o de seu car ter sist mico e da multiplicidade de atores envolvidos Ainda com rela o prote o e conser va o dos mananciais fundamental a exis t ncia de um quadro institucional favor vel prote o desses recursos assim como o funcionamento adequado dos instrumentos da pol tica d
472. o por o at ent o desconhecida Deixa de ser exclusivamente uma sociedade baseada no princ pio da escassez tornando se uma so ciedade cada vez mais saturada e cheia de efeitos n o vis veis cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 A no o de risco na sociedade moderna est estreitamente relacionada s condi es de incerteza inseguran a e falta de prote o manifestadas nas esferas econ mica ambiental social e cultural onde se mistu ram progresso e risco dial tica apontada por Beck segundo o qual os desafios a se rem enfrentados na sociedade moderna s o a globaliza o a individualiza o o desem prego o subemprego a revolu o dos g neros e os riscos globais da crise ecol gica e da turbul ncia dos mercados financeiros Um fator b sico de incerteza deriva do dos progressos da ci ncia e tecnologia a eros o da fun o estruturante que antes cumpria o mercado de trabalho elemento organizador na vida dos indiv duos e de sua inser o na comunidade o qual contrasta com a evid ncia de que a humanidade tam b m em fun o dos mesmos progressos tem um maior controle sobre seu pr prio funcionamento e seu entorno possibilitando eliminar diversos riscos ou mitigar suas con segu ncias como a fome e as enfermidades Cepal Celade 2002 Giddens 1991 aponta que num con texto em que as pr ticas sociais s o revistas cotidianamente mediante uma profus o de informa
473. o Estatuto da Cidade venha possibilitar uma nova leitura do ambiente local agregando o conceito de impacto degradante aos tra dicionais mecanismos da legisla o edil cia e de parcelamento e de controle de uso e ocupa o do solo cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 Trata se da media o entre os interes ses privados dos empreendedores e o direi to qualidade de vida urbana daqueles que moram ou transitam no seu entorno Na realidade o objetivo desse instru mento democratizar o sistema de tomada de decis es sobre os grandes empreendi mentos ou sobre empreendimentos impac tantes pelas suas caracter sticas a serem realizados na cidade dando voz a bairros e comunidades que estejam expostos aos seus impactos Consagra se assim o Direi to de Vizinhan a como parte integrante da pol tica urbana condicionado ao direito de propriedade O artigo 36 do Estatuto da Cidade es tabelece que uma lei municipal deve definir os crit rios que fazem com que um empre endimento se enquadre na exig ncia de ela bora o do Estudo de Impacto de Vizinhan a como condi o para sua aprova o Muitos munic pios s o detentores da an lise de impacto sob v rios aspectos na legisla o municipal Outros at prev em que os Conselhos Municipais de Urba nismo e Meio Ambiente exer am o papel de inst ncias de an lise dos recursos aos laudos produzidos pelo rg o municipal competente Talvez a solu o n
474. o ao lado da energia solar um dos requisitos es senciais vida na Terra Teoricamente o ciclo hidrol gico determina que a gua pos sa ser considerada um recurso renov vel ou seja um recurso que apresenta caracter sti cas permanentes e cont nuas de forma o e circula o Entretanto nas ltimas d cadas o debate sobre a sua escassez vem se am pliando e embora o volume total de gua no mundo permane a constante sua capacida de de regenera o tem sido prejudicada pela forma e pelo ritmo segundo os quais tem sido apropriada e utilizada pela sociedade pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos Fracalanza 2002 aponta que a escassez da gua deve ser considerada sob dois pris mas distintos por m interligados o primei ro relacionado quantidade e o segundo qualidade de gua necess ria execu o das atividades humanas no territ rio Os cursos d gua que formam a bacia hidrogr fica s o essenciais manuten o da vida e s distintas atividades humanas que ali se processam As virtudes e os defeitos dos cursos d gua s o nada mais que os re flexos das a es antr picas diretas ou indire tas que ocorrem sobre a bacia hidrogr fica Saraiva 1999 Usados muitas vezes como despejo de esgoto ou como v rzeas produ toras de inunda es s o in meros os rios e c rregos que foram tamponados canali zados ou deixados ao acaso Outras vezes
475. o compras e lazer Fonte Codeplan 2002 1 Esta rea se refere apenas ao Plano Piloto cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 309 310 carolina pescatori candido da silva e caru bowns Avalia o dos dados Segue agora uma avalia o mais espec fica dos dados coletados em rela o aos crit rios de sustentabilidade social do transporte em Bras lia Infra estrutura Em termos de infra estrutura dispon vel por modo h uma forte disparidade entre os autom veis privados e os outros modos de transporte Bras lia tem rea abundante de vias e estacionamentos enquanto o modo de transporte p blico mais usado o nibus assim como as vans do sistema alternativo n o possuem nenhuma infra estrutura ex clusivamente projetada para melhorar seu desempenho como vias exclusivas Os ni bus circulam em tr fego misto sofrendo as consegu ncias dos congestionamentos devido ao excesso de carros O sistema de metr tem grande potencial para aumentar o n mero de passageiros transportados uma vez integrado ao sistema de nibus Por agora o metr ainda subutilizado e a falta de conectividade diminui sua efici ncia A infra estrutura para bicicletas se restrin ge a um par de bairros e ciclovias dentro de parques urbanos dedicados a atividades de lazer No centro da cidade existem cal adas em bom estado recentemente reformadas Por m os pedestres enfrentam v rios pro blemas em ter
476. o espacial da cidade O tr fego urbano a maior fonte de ru do nas cidades consequentemente o planejamento do transporte deve ser feito juntamente com o planejamento urbano tornando se instrumentos de controle desse problema ambiental O ru do deve ser inseri do como uma das vari veis a ser controlada no desenvolvimento do planejamento urba no e do transporte pp 319 338 1 sem 2008 335 336 monica nunes e helena ribeiro Atualmente tem se a realidade das cidades principalmente as de car ter metropolitano j plenamente constru das com esse cen rio comprometedor da qualidade urbana e consequentemen te da sa de urbana Essa situa o leva necessidade de estudos e implementa o de alternativas de sistemas de transportes Monica Nunes p blicos de alta tecnologia em substitui o ao transporte individual predominan te nas vias na busca de alcance de uma sustentabilidade para o futuro da conti nuidade de conv vio e perman ncia das reas urbanas que carregam e represen tam valores hist ricos e culturais das suas respectivas sociedades Arquiteta doutora em Sa de P blica Minist rio das Cidades Bras lia Distrito Federal Brasil monica nunesQplanalto gov br Helena Ribeiro Ge grafa livre docente em Sa de P blica Professora titular do Departamento de Sa de Am biental da Faculdade de Sa de P blica da Universidade de S o Paulo S o Paulo Brasil lenaWusp br No
477. o 2007 Os programas nacionais de amplia o das redes de gua esgotos drenagem e de urbaniza o de favelas t m um enorme papel estrat gico no sentido de implementar pp 99 121 1 sem 2008 111 112 laura machado de mello bueno a separa o das guas de chuva dos esgotos dom sticos resolvendo ao mesmo tempo os problemas de sa de p blica e os de contami na o da rede h drica Al m disso refor ando se o enfoque ambiental h impactos diretos na sustenta bilidade socioecon mica pela gera o de atividades econ micas voltadas para m o de obra t cnica ou de pouca qualifica o Abelardo Oliveira Filho em palestras reali zadas em 2006 apresentou dados sobre a amplia o dos recursos aplicados para sa neamento e habita o no pa s desde 2004 que j fizeram crescer os empregos na cons tru o civil que tinham sofrido a diminui o de 54 800 empregos formais em 2003 para um aumento de 50 000 em 2004 85 000 em 2005 e 118 000 em 2006 O controle da expans o urbana necess rio criar e disseminar a cultura da cidade compacta e sustent vel Para isso necess rio proteger as reas verdes em sentido amplo produ o agr cola parques clubes de campo hot is s tios naturais ma nanciais e reas ecologicamente sens veis alcan ar o adensamento ou compacta o da rea metropolitana reduzir o espraiamento dirigindo o crescimento populacional para as reas urbana
478. o Ambiente Sisnama a consti tui o dos conselhos municipais de meio am cadernos metr pole 19 biente sendo que nesse aspecto somente Mesquita na ocasi o da pesquisa ainda n o havia implantado o seu conselho de meio ambiente Mas n o basta criar um conselho de meio ambiente necess rio que esse conselho tenha uma efetiva participa o e representa o da sociedade se re na regu larmente e tenha fun es deliberativas em rela o s a es na rea de meio ambiente Somente os munic pios do Rio de Janeiro Duque de Caxias e Nova Igua u preenchem todos esses requisitos exce o de Mesquita todos os muni c pios integrantes da bacia dos rios Igua u Sarapu participam de cons rcios intermu nicipais envolvendo coopera o em diversos temas de interesse comum no contexto da Regi o Metropolitana Entretanto destaca se o fato de enchentes e de planos diretores locais e regionais n o constarem como ob jeto de coopera o No caso das enchentes o Projeto Igua u Laborat rio de Hidrologia da Coppe UFRJ 1996 demonstrou a inter depend ncia dos munic pios em rela o frequ ncia e intensidade das inunda es ur banas e necessidade de enfretamento con junto de suas causas not ria a necessida de de reestrutura o dos instrumentos de planejamento no n vel metropolitano ado tando se a bacia hidrogr fica como unidade espacial de an lise de forma a conscientizar os gestores mu
479. o Nacional de Tecnologia do Ambiente Constru do Salvador S o Paulo Associa o Nacional de Tecnologia do Ambiente Constru do NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME UN Habitat 2007 Urbanization A Turning Point in History Documento de informa o geral Nairobi PROGRAMA DAS NA ES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO PNUD 2006 Relat rio do Desenvolvimento Humano 2006 gua para l da escassez poder pobreza e a cri se mundial da gua Nova lorque dispon vel para download em www pnud org em fev 2008 cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas PUGH C 2000 Squatter settlements their sustainability architectural contributions and socio economics role Cities Gr Bretanha v 5 n 17 ROLNIK R e SAULE JR N 1997 Habitat II assentamentos humanos como tema global In BONDUKI N org Habitat as pr ticas bem sucedidas em habita o meio ambiente e gest o urbana nas cidades brasileiras S o Paulo Studio Nobel S O PAULO Cidade SVMA Secretaria do Verde e do Meio Ambiente 2001 Efeitos ambien tais da ocupa o irregular na regi o da Serra da Cantareira no munic pio de S o Paulo S o Paulo SVMA SILVA D A da 2000 Evolu o do uso e ocupa o da terra no entorno dos Parques Estaduais da Cantareira e alberto L efgren e impactos decorrentes do crescimento metropolitano D
480. o ampliar o grau de flexibilidade na aplica o das normas esses instrumentos podem ter maior efetividade n o apenas na preven o mas tamb m na corre o das situa es existentes Segundo Tucci uma utiliza o exemplar dos novos instrumentos pode ser observada no muni c pio de Estrela RS Brasil que permitiu atrav s de lei municipal a troca de reas de inunda o proibida para uso por solo criado ou ndice de aproveitamento urba no acima do previsto no Plano Diretor nas reas mais valorizadas da cidade Tucci 2004 cadernos metr pole 19 Dentre os instrumentos de responsabi lidade da administra o local o mais impor tante sem d vida o plano diretor Como estabelece o art 182 da Constitui o o Pla no Diretor aprovado pela C mara Municipal obrigat rio para cidades com mais de vinte mil habitantes o instrumento b sico da pol tica de desenvolvimento e de expans o urbana A propriedade urbana cumpre sua fun o social quan do atende s exig ncias fundamentais de ordena o da cidade expressas no plano diretor Pelo papel atribu do ao Plano Diretor e aos novos instrumentos essas altera es na ordem jur dica tiveram fortes consequ n cias no conte do e abrang ncia dos planos urbanos e na redefini o da esfera do pla nejamento como campo de enfrentamento dos diversos interesses que se articulam em torno da produ o e reprodu o do ambien te constru do
481. o caso do impacto causado por setores que teriam condi es econ micas de adquirir seus bens no mercado imobili rio legal e n o o fize ram cab vel o ressarcimento sociedade dentro de regula es necess rio transformar a concep o das a es de arquitetura urbanismo e engenharia urbana em reas centrais e pe riurbanas da cidade contempor nea para recuperar a sa de humana e universalizar o conforto atual para o qual a humanidade j conseguiu desenvolver tecnologias A cidade compacta o caminho para fazer frente a diversos dos problemas am bientais citados acima sobretudo a perda de fontes de gua eventos clim ticos extremos e aquecimento da Terra Assim necess rio valorizar as a es de adensamento populacional no centro de forma integrada a outra frente de trabalho para a melhoria das condi es de vida com a recupera o da periferia a adequa o das favelas e remo o das resid ncias que est o em reas de risco cadernos metr pole 19 A arboriza o urbana Como forma de preven o dos efeitos das mudan as clim ticas globais especialmente nos litorais a arboriza o deve ser incenti vada nas reas urbanas com esp cies de di ferentes portes para reduzir a energia dos ventos e temporais Devem ser incentivadas leis e programas de Arboriza o Urbana em grande escala cal adas escolas outros equipamentos p blicos e propriedades priva das e faixas perme v
482. o da Silva 1981 Tal defini o embora gen rica re ne a id ia de defesa do meio ambiente e da tutela da pessoa no tocante sadia qualidade de vida Entende se que a qualidade de vida das pessoas nos espa os urbanos est bastante comprometida com a sa de do meio natural que as cerca 14 Podemos afirmar que seguindo este racioc nio o direito ao meio ambiente estaria repro duzindo a fun o social da propriedade ao impedir que o abuso do poder privado venha a prejudicar o interesse da coletividade Isto o direito da propriedade passa a ganhar novos contornos em raz o da manuten o ou aprimoramento das condi es ambientais que em ltima an lise poder determinar a fun o social desta 15 O desejo entendido como sentimento de valoriza o da identidade cultural Segundo Jayme 2003 tal sentimento pode conduzir a conflitos culturais baseados em sentimentos de defesa de sua pr pria identidade cultural de sua religi o e de todas as outras expres s es do individualismo 16 O conceito de qualidade de vida teve por base a defini o de Duarte 1994 17 De acordo com Fernandes e Rugani 2002 at 1985 a prote o ambiental n o era con siderada um direito coletivo O nico instrumento existente para a defesa de interesses coletivos era a restrita e ineficaz A o Popular Lei Federal no 4 717 65 Somente com a aprova o da Lei Federal n 7347 85 que regula uma ampla A o Civil P blica que a
483. o da face ambiental subja cente aos assentamentos urbanos Por m se as ra zes da problem tica ambiental urbana podem ser reconhecidas desde a d cada de 1970 foi somente na d cada de 1990 que o tema efetivamente ga nha visibilidade impulsionado pelos f runs internacionais promovidos pelas Na es Unidas Na Confer ncia das Na es Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento CNUMAD realizada pela ONU em 1992 na cidade do Rio de Janeiro a quest o do desenvolvimento e a no o de meio ambien te humano tornaram se os elementos chave nas abordagens dos problemas ambientais Um dos principais produtos da CNUMAD a Agenda 21 parte de uma clara distin o entre os problemas dos assenta mentos humanos em pa ses desenvolvidos ou em desenvolvimento concluindo que a imensa concentra o populacional nos as sentamentos urbanos dos pa ses em de senvolvimento tem exercido forte press o sobre o meio ambiente De maneira seme lhante aponta a pobreza como uma das quest es cruciais dos problemas ambientais urbanos considerando a sua a erradica o e a resolu o do problema habitacional como requisitos indispens veis para a promo o do desenvolvimento sustent vel nas grandes cidades CNUMAD 1992 pp 27 47 1 sem 2008 29 30 lucia sousa e silva e luciana travassos No entender de Pugh 2000 foi no contexto da Confer ncia do Rio de Janeiro que a Agenda Marrom ganhou import n cia efetiva pois
484. o da literatura dispon vel sobre o tema Foram definidos seis crit rios principais infra estrutura custos para o usu rio mobilidade seguran a tempo gas to nos deslocamentos e motivo da viagem Esses crit rios foram compilados adaptados cadernos metr pole 19 e complementados com base nos dos traba lhos de Vasconcellos 2001 Root 2003 Solomon 2003 Lucas 2004 ITRANS 2004 Donaghy Poppelreuter e Rudinger 2005 Pickup e Giuliano 2005 e foram aplicados neste estudo Infra estrutura Esse crit rio inclui dados relacionados aos aspectos infra estruturais dos modos de transporte A avalia o desse crit rio inclui a tipologia da infra estrutura sua qualidade e distribui o pela cidade bem como quem s o os usu rios de cada modo de transpor te Como h uma forte liga o entre modo de transporte usado e renda as diferen as entre os modos podem indicar diferen as e iniquidades entre as classes sociais o que um importante componente da iniquidade social Nesse crit rio s o analisados o n mero de viagens por modo de transporte por renda os hor rios do transporte p bli co por localidade e rotas por localidade Custos para os usu rios Outro importante aspecto da sustentabili dade social nos sistemas de transporte o custo para os usu rios A popula o n o po de ser privada de mobilidade e consequen temente de participar das atividades sociais e de suprir suas necessidades pe
485. o de Documenta o e Informa o CEDI Instituto Polis 2001 Estatuto da Cidade guia para implementa o pelos munic pios e cidad os Bras lia C mara dos Deputados Centro de Documenta o e Informa o CEDI Coordena o de Publica es Codep Dispon vel em lt http federativo bndes gov br bf bancos estudos e0001942 pdf gt Acesso em 3 jun 2002 CARNICELLI J G 2007 Itapecerica da Serra o desafio da integra o da pol tica urbana muni cipal gest o da sub bacia Guarapiranga 1997 2006 Disserta o Mestrado em Arquite tura e Urbanismo Universidade Presbiteriana Mackenzie COSTA H S M 1999 Desenvolvimento urbano sustent vel uma contradi o de termos Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais n 2 Recife Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional pp 55 71 CUNHA F M da 2004 Desempenho institucional na gest o de recursos h dricos o caso dos subcomit s de bacia hidrogr fica Cotia Guarapiranga e Billings Tamanduate na Regi o Metropolitana de S o Paulo Environmental Science S o Paulo Procam Universidade de S o Paulo DOUROJEANNI A 1993 Las cuencas hidrogr ficas una opci n territorial para dirigir accio nes tendentes la sustentabilidad ambiental Tercera Convenci n Nacional de Regantes y Usuarios del Agua 1993 Conferencia de Canalistas del Chile Anais Los Angeles Chile 1995 FE
486. o dec18824 php gt Acesso em 8 de fev 2006 Decreto n 18 823 de 3 de abril de 1997 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos H dricos FERH e d outras provid ncias Dispon vel em http Avww aesa pb gov br legislacao dec18823 php gt Acesso em 8 de fev 2006 Decreto n 19 256 de 31 de outubro de 1997 D nova reda o a dispositivos do Decreto n 18 823 de 2 de abril de 1997 que regulamenta o Fundo Estadual de Recursos H dricos e d outras provid ncias Dispon vel em http Avww aesa pb gov br legislacao dec19256 php gt Acesso em 8 de fev 2006 Decreto n 19 260 de 31 de outubro de 1997 Regulamenta a Outorga do Direito de Uso dos Recursos H dricos e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww aesa pb gov br legilacao dec19260 php gt Acesso em 8 de fev 2006 cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 267 268 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar PARA BA Decreto n 26 234 de 14 de setembro de 2005 Disp e sobre o Regulamento e a Estrutura B sica da Ag ncia Executiva de Gest o das guas do Estado da Para ba AESA e determina outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww aesa pb gov br legislacao dec2634 php gt Acesso em 8 de fev 2006 Lei Estadual n 6 308 de 2 de julho de 1996 Institui a Pol tica Estadual de Recursos H dricos suas diretrizes e d outras provid ncias Dispon vel em lt http Avww a
487. o desenvolvimento sustent vel sem con siderar essas quest es e mais importante sem redefini las Os conceitos de transporte sustent vel e mais amplamente de mobili dade sustent vel s o paradigmas novos pa ra o movimento de pessoas e mercadorias atrav s do espa o e consideram os impactos sociais e ambientais n o apenas os econ micos Este artigo procura oferecer aborda gens mais hol sticas da sustentabilidade no transporte especialmente no que tange aos aspectos sociais do problema O objetivo da mobilidade sustent vel reduzir os impactos sociais e ambientais da mobilidade motorizada existente ou seja limitar o uso excessivo dos ve culos moto rizados particulares priorizando os ciclistas os pedestres e os usu rios do transporte p blico Isso deve ser feito por meio da admi nistra o adequada e respons vel dos inves timentos em transporte e da formula o de pol ticas e planos que considerem todos os tipos de impactos advindos das escolhas de modo de transporte feitas pela sociedade Essa dimens o social do transporte lida com quest es de exclus o social e iniquidade de acesso relacionadas ao transporte Est claro que existe uma forte rela o entre bai xos n veis de mobilidade e acessibilidade com a pobreza e a desigualdade social Pickup e transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia Giuliano 2005 apesar de a complexidade dessa rela
488. o do zonea mento ecol gico econ mico proposto para a APA do Piraquara apresentam algumas ocorr ncias de desconformidades j que as reas urbanas presentes em algumas sub bacias podem vir a representar alto grau de polui o difusa indicando poss vel necessi dade de sua revis o para a minimiza o de efeitos poluidores Para Jacobs e Rizzi 2003 s o diver sos os fatores que direcionam a ocupa o da urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran rea de estudo passando pela apropria o vantajosa de rendas fundi rias pelo merca do imobili rio e pela efic cia ou inefici ncia das pol ticas urbanas e ambientais implanta das podendo ocorrer significativa redu o da rea contribuinte do manancial na bacia do Alto Igua u devido demanda de espa o pelo processo de ocupa o urbana Andreoli et al 2003 Hardt 2004 comenta que as formas de gest o da regi o n o foram adequadas situa o sendo fundamental a ado o de medidas preventivas ao inv s das tradicionais a es corretivas para o adequa do gerenciamento da qualidade ambiental e paisag stica Hardt 2000 Evolu o do uso e ocupa o do solo As Figuras 5 6 e 7 apresentam a evolu o do processo de uso e ocupa o do uso do solo no munic pio de Piraquara onde se ob serva que a sub bacia AI39 rio do Meio a que apresenta maior grau de urbaniza o 49 seguida pelas sub
489. o h total controle da situa o para que seja realizado um delineamento experimental Campbell e Stanley 1979 Visando analisar a rela o entre a evo lu o do uso e ocupa o do solo e a quali dade da gua adotado como estudo de caso o munic pio de Piraquara localizado na regi o metropolitana de Curitiba RMC Como procedimentos metodol gicos parte se de revis o bibliogr fica relacio nada ao tema abordado al m de consulta documental a fontes de dados oficiais com aferi o de informa es em campo visando oferecer subs dios sobre a relev ncia do as sunto tanto como forma de garantia de qua lidade de vida popula o quanto para pro te o e conserva o das reas de mananciais Diante dos aspectos anteriormente co mentados esta pesquisa pretende analisar cadernos metr pole 19 as interfer ncias do uso e ocupa o do so lo no munic pio entre 1994 e 2006 Esse recorte temporal foi determinado devido disponibilidade de dados sobre a qualidade h drica pois se pretende estabelecer a rela o entre a evolu o da paisagem e os ndi ces qualitativos da gua Classifica o do uso do solo As imagens de sat lite foram georreferen ciadas com base na sele o de pontos de controle identificados na base cartogr fica sendo utilizados os seguintes materiais a base cartogr fica do ano de 2000 na escala 1 10 000 SUDERHSA 2000 b imagem LandSAT TM 5 Path Row 220 078
490. o pol tico n o s o as mesmas O exemplo brit nico a raciona liza o ao extremo da a o p blica a so ciedade previs vel e mensur vel um siste ma preciso de incita o san o micropol tica uma evolu o burocr tica a produ o de uma nova burocracia de auditores baseada no controle e na avalia o Nutley Davies Walter 2002 O exemplo ingl s representa uma adap ta o da pol tica do governo ao mercado en quanto na Fran a o modelo completamen te diferente Muller 2006 Talbot 2003 Para compreender o que se passa na Fran a preciso conhecer o percurso e as origens ou genealogias Baruch e Bezes 2006 do cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 Estado e das reformas ou moderniza o importante ressaltar tamb m que a an lise das pol ticas p blicas do ponto de vista da ci ncia pol tica em detrimento de uma pers pectiva da ci ncia administrativa recente na Fran a Dreyfus e Eymeri 2006 O que est em jogo o caminho que as teorias do management podem encontrar As grandes estruturas hier rquicas n o s o mais leg timas uma nova racionaliza o do Estado se faz necess ria a inform tica as sume um papel fundamental o impacto da a o p blica deve ser avaliado atrav s de um processo de controle e auditoria perma nente da gest o e existe uma incita o pelo resultado e pela participa o Essas trans forma es fazem parte das ferramentas
491. oblem tica h drica din mica pois extingue modifica cria e recria direitos am bientais e de guas conforme prop sitos l gicas e interesses pr prios dos formuladores Dessa forma o ambiente pesquisado recortado e analisado da seguinte forma s vezes s o aplicados m todos de resolu es tradicionais e em outros momentos s o introduzidos novos modelos metodol gicos Contudo na maioria dos casos es ses modelos n o conseguem responder s in meras indaga es surgidas no contexto hist rico pol tico atual Planejamentos s o encomendados e planos confeccionados alguns em princ pio parecem que ir o resolver os comple xos problemas entretanto quando postos prova falham Posteriormente aos n o sucessos aparecem opositores governamen tais que tentam recha ar a linha de a o dos projetos arquitetados alegando falta de ca pacidade administrativa e ou t cnica Essa l gica de gerenciar os recursos h dricos apresenta um vi s dicot mico de en frentamento e estranhamento O enfrenta mento a parte do gerenciamento que im pulsionado pelo discurso pol tico de acirra mento e medidas de ajustes n o estruturais enquanto que o estranhamento rejeitado e descartado isto n o deve ser informado para a sociedade muito menos trabalhado em seus aspectos de fragilidade em s ntese o estranhamento ou o diferente n o uma pp 245 269 1 sem 2008 251 25
492. oca nas bases em que foi fundamentada e implementada e a preserva o ambiental na cidade As montanhas e rios da cidade que passaram anos ao largo da legisla o habitacional estabelecida em n vel municipal foram os locais preferenciais de destina o da parcela mais pobre da popula o Essa situa o extrapola os contornos municipais assumindo propor es em n vel nacional se consideramos os processos de exclus o do acesso terra e moradia e a intangibilidade do direito propriedade ca racter sticos do sistema jur dico brasileiro Associado inexist ncia de pol ticas habita cionais e de transporte consequentes que esbarram nos sistemas de financiamento e apropria o imobili ria vigentes esse pro cesso gera no territ rio nacional situa es similares de ocupa o indevida e predat ria de reas de preserva o em escalas varia das que abrangem regi es metropolitanas aglomera es urbanas cidades e pequenos n cleos urbanos Sistema de espa os livres Em todo o arcabou o legal examinado n o h men o estrutura o sist mica de espa os livres de edifica o de car ter p blico Tais espa os formam um tecido que permeia cadernos metr pole 19 pp 271 291 1 sem 2008 todo o espa o urbano justapondo se ao sis tema de objetos edificados e seu correspon dente sistema de a es S o eles que quase sempre constituem o maior percentual do solo das cidades brasil
493. oi de fato aprovado no mbito da Assembl ia Estadual em janeiro de 2006 como a Lei Estadual de n 12 235 Essa legisla o ao declarar a sub bacia do Guarapiranga como um manancial de in teresse regional para o abastecimento p bli co cria a rea de Prote o e Recupera o dos Mananciais da Bacia Hidrogr fica do Guarapiranga APRM G contando com um Sistema de Planejamento e Gest o vinculado ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos H dricos SIGRH mas garantindo a articula o com os Sistemas de Meio Am biente de Saneamento e de Desenvolvimen to Regional nos termos da Lei Estadual n 9 866 97 O rg o colegiado do Sistema de Planejamento e Gest o da APRM G de car ter consultivo e deliberativo o Comit da Bacia Hidrogr fica do Alto Tiet CBH AT representado pelo Subcomit Cotia Guarapi ranga e o rg o t cnico ser a Ag ncia da Bacia Hidrogr fica do Alto Tiet por meio do Escrit rio Regional da APRM G Um dos pontos principais de avan o dessa lei a gest o participativa e des centralizada da APRM G e a proposta de integra o de pol ticas regionais setoriais e municipais Entre seus objetivos desta cam se os seguintes implementar a gest o participativa e descentralizada de rg os pp 143 164 1 sem 2008 155 156 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato governamentais e da sociedade civil incen tivando a impla
494. olombo T Curitiba Legenda A pontos de monitoramento da qualidade da gua IAP O pontos de monitoramento da qualidade da gua complementares Fonte Elaborada a partir de Suderhsa 2000 e IAP 2005 Tabela 1 Classifica o da qualidade da gua para abastecimento p blico segundo ndice de Qualidade das guas IQA Classe de qualidade da gua Gradua o do IQA tima 79 lt IQA lt 100 Boa 51 lt IQA lt 79 Regular 36 lt IQA lt 51 Ruim 19 lt IQA lt 36 P ssima IQA lt 19 Fonte Bassoi e Guazelli 2004 cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em piraquara paran A aplica o dessa metodologia s foi poss vel para o ano de 2006 devido in disponibilidade de dados para 1994 e 2000 sendo aplicada nos nove pontos de moni toramento do IAP e nos seis pontos com plementares n o sendo portanto poss vel realizar a interpreta o temporal dos dados da qualidade da gua a partir desse ndice Contexto da Regi o Metropolitana de Curitiba A RMC tem se caracterizado por altas taxas de crescimento populacional enquadrando se nas ltimas d cadas dentre as mais ele vadas das regi es metropolitanas do pa s associando se a esse crescimento a ocupa o desordenada e irregular de diversas por es do territ rio dos seus munic pios originando condi es
495. omente na d cada de 1990 com o aumen to da demanda em fun o do crescimento populacional e da redu o da quantidade e da qualidade dos mananciais o tema da ra cionalidade na utiliza o desse recurso entra na pauta das pol ticas passando a ser consi derado mais seriamente para que as neces sidades desta e das futuras gera es possam ser satisfeitas A partir da d cada de 1990 o setor de saneamento passou a questionar uma l gica de a o pautada na inesgotabili dade de recursos h dricos e orientada pelo aumento da quantidade de gua ofertada A Lei das guas que orienta a gest o de re cursos h dricos baseada nesses princ pios de 1992 Outro referencial importante voltado para o desenvolvimento sustent vel que traz diretivas com rela o gest o das guas s o as Metas do Mil nio para Redu o da Pobreza da ONU Essas metas foram con solidadas na Confer ncia de Johanesburgo e discutidas em diferentes f runs como a Confer ncia Mundial da gua em Kioto em 2003 As metas est o focadas no combate pobreza e visam incorporar os princ pios do desenvolvimento sustent vel nas pol ticas e programas nacionais e inverter a perda de recursos do meio ambiente Dentre as metas destacam se a redu o metade do percentual de pessoas que carecem de aces so gua pot vel at 2015 e a melhoria das condi es de vida de pelo menos 100 milh es de habitantes de bairros prec rios como as favel
496. omic lios particulares permanentes Raz o entre o n de domic lios particulares permanentes inadequados quanto a abastecimento de gua escoamento sanit rio coleta de lixo e densidade por dormit rio e o total de domic lios particulares permanentes cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 Quanto ao abastecimento de gua considerou se como inadequado aquele domic lio servido por rede geral mas canali zada s na propriedade ou terreno servido por po o nascente ou outra forma Quanto ao escoamento sanit rio cosiderou se como inadequado aquele domic lio cujo escoamento se d em fossa rudimentar vala rio lago mar ou outro escoadouro Quan o coleta de lixo considerou se como inadequado aquele domic lio que n o atendido por servi o de limpeza ou ca amba 1 sem 2008 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba da popula o de 15 anos e mais e crian as fora da escola mostraram os maiores valo res de m dia com baixo desvio padr o in dicando simultaneamente que h baixa fre qu ncia dessas situa es na grande maioria das reas A descri o preliminar das interrela es existentes entre os indicadores ou vari veis em estudo apresentada na matriz de cor rela o de Pearson na qual foram desta cados os valores cuja correla o maior ou igual a 50 Tabela 1 Com exce o de duas vari veis fam lias chefiadas por mulheres s
497. onal do Estado da Guanabara em subs titui o ao Decreto 6000 1937 referenda ram a maioria dos princ pios e tend ncias do instrumento anterior agravando a falta de pp 271 291 1 sem 2008 279 280 m nica bahia schlee e vera regina t ngari aptid o do poder p blico para lidar com o aspecto paisag stico da cidade O Decreto E3800 1970 estabeleceu novas condi es de uso e ocupa o da ter ra instituindo regulamentos de zoneamen o RZ parcelamento de terra RPT e de constru es e edifica es RCE Ainda que esse decreto dedicasse um de seus cap tulos defesa dos aspectos paisag sticos dos lo gradouros cursos d gua e encostas trans feria ao regulamento de zoneamento que ainda n o havia sido editado a atribui o de identificar os locais obras e monumen tos do estado cujas condi es de visibilida de deveriam ser mantidas inclusive com a defini o de estilo arquitet nico tipo de fachada revestimentos e quaisquer outros elementos considerados indispens veis pa ra preserva o dos aspectos t picos e tra dicionais locais Na pr tica tais crit rios nunca foram estabelecidos permitindo a continua o do poder discricion rio dos r g os de licenciamento em rela o paisa gem da cidade Os decretos E5456 1972 e 5457 1972 continuaram a estabelecer determina es pontuais em rela o prote o paisag sti ca como de h bito em reas valorizadas da cidade O
498. opolitana A involu o metropolitana um fen meno paralelo globaliza o uma filha da globaliza o N o se trata da involu o urbana de que falaram os nossos colegas McGee e Arms trong nos anos 60 N o se trata de rurali za o da cidade porque n o mais quest o de rurais na cidade como se falava h trinta anos atr s O que se d hoje com a produ o do que estou chamando de meio t cnico cien t fico e informacional a ocupa o perif rica do territ rio as possibilidades novas de instala o de uma fazenda moderna disper sa de uma ind stria dispersa da f brica dis persa e a chamada desindustrializa o isto as ind strias que deixam a cidade porque a cidade materialmente velha Nesse pe r odo as cidades envelhecem muito mais depressa exatamente porque a tecnologia n o se cansa de criar novas solu es E no mundo da competitividade a morte social das formas materiais e sociais se precipita com uma velocidade nunca alcan ada isto as cidades se tornam envelhecidas com muita rapidez a tal ponto que se pode dizer que hoje o terreno de elei o para difus o do grande capital n o a cidade o campo O campo por conseguinte torna se o lugar da racionalidade E as cidades n o aceitam completamente a racionalidade cadernos metr pole 19 pp 15 25 1 sem 2008 Essa a chave creio da discuss o da pobreza Por qu Porque a cidade de onde
499. ora e coordenadora da P s Gradua o da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie S o Paulo Brasil gildaomackenzie com br Volia Regina Costa Kato Soci loga mestre professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie S o Paulo Brasil vrkatoQuol com br Notas 1 A pesquisa Das pol ticas ambientais e urbanas s interven es os casos das sub bacias Guarapiranga e Billings no Alto Tiet Regi o Metropolitana de S o Paulo coordenada pela Prof Ang lica A Tanus Benatti Alvim e conta com subs dio do MCT CNPgq Edital Universal MCT CNPq 15 2007 2 No caso de S o Paulo esse processo de descaso com os rios data de muito tempo J em 1850 alguns regatos tinham as guas turvas por receberem os despejos de matadouros e outros usos j conflitantes como ocorria com o Rio Anhangaba que no largo do Bixiga recebia as guas do Ribeir o Saracura e os dejetos da cadeia Sant Anna 2007 Durante o s culo XX essa situa o tende a agravar se em fun o da intensa urbaniza o da cidade e do predom nio de obras de engenharia de car ter corretivo cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos 3 No que ser refere aos conflitos de car ter intermunicipal a Constitui o Federal de 1988 introduziu um novo par metro para a conceitua o da organiz
500. oram determinadas pela delimita o de pol gonos via tela nas seguintes tipologias de usos do solo a florestas e reflorestamentos b forma es pioneiras de influ ncia flu vial v rzeas c campos e pastagens d agricultura solos expostos e outras ti pologias e reas urbanizadas f corpos d gua Ap s a classifica o foram realizados ajustes manuais visando corrigir algumas interpreta es principalmente com rela o s regi es de sombra as quais foram ante riormente interpretadas de forma equivoca da como gua e s reas de solo exposto confundidas com regi es urbanizadas An lise da qualidade da gua Nessa fase foram coletados dados do Insti tuto Ambiental do Paran IAP das an lises de qualidade da gua nas esta es de moni toramento localizadas em Piraquara ou pr ximo ao seu limite municipal Quadro 1 Quadro 1 Caracteriza o dos pontos de monitoramento do Instituto Ambiental do Paran IAP de qualidade da gua no munic pio de Piraquara e proximidades Fonte Adaptado de IAP 2005 Quadro 2 Caracteriza o dos pontos complementares de monitoramento de qualidade da gua no munic pio de Piraquara Esta o Bacia Localiza o Munic pio POI lraizinho Pr ximo nascente Piraquara PO lraizinho Pr ximo ferrovia Piraquara PO lraizinho Transi o urbano rural Piraquara PO4 lraizinho Pr ximo serra
501. orpora a bacia hidrogr fica deve levar em considera o a rela o e os conflitos entre o desenvolvimento econ mico social e ambiental Para esse autor o atributo da sustentabilidade inerente ao conceito de desenvolvimento que para se transformar em realidade deve ser associado equidade social resultante de um processo distributivo de uma economia ativa mas praticada com respeito capacidade de suporte dos ecos sistemas Complementando Dourojeanni 1993 p 2 enfatiza que no planejamento e na gest o de uma bacia hidrogr fica entendi da enquanto um territ rio complexo deve se considerar a articula o de tr s grandes objetivos que levariam ao seu desenvolvimento sustent vel o crescimento econ mico a equidade so cial econ mica e ambiental e a susten tabilidade ambiental Para esse autor o principal desafio a ser en frentado pelos governos desde os n veis municipais estaduais at os n veis nacio nais o de saber como implementar sis temas de gest o capazes de fomentar e con ciliar esses tr s objetivos p 3 assim os obst culos para se implementarem sistemas pp 143 164 1 sem 2008 145 146 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato de gest o eficientes que busquem o alcance do desenvolvimento sustent vel devem ser vistos em rela o a tr s aspectos conceitual te rico e pr tico Em rela o aos aspectos co
502. orta se ao caminhar da gest o de recursos h dricos da Para ba que desconcentra e n o descentra liza o processo Desconcentrar significa t o somente repartir fun es entre os diversos rg os despersonalizados da mesma insti tui o todavia continua existindo a hierar quia Observe se que na desconcentra o continua havendo o processo de centraliza o das a es desempenhadas pelo governo Percebe se que a AESA que uma Ag ncia Executiva apresenta maior auto nomia financeira administrativa e gerencial por m permite uma maior centraliza o Catarina de Oliveira Buriti das fun es por parte do poder executivo Assim essa ag ncia reduz a atua o da so ciedade civil organizada e dos usu rios nas decis es h dricas ferindo ent o o funda mento da Lei 9 433 97 Pol tica Nacional de Recursos H dricos qual seja o fundamento princ pio da participa o Art 1 VI na gest o dos recursos tecnol gicos do estado submetidos ao poder popular que os funda menta como bem coletivo Diante das conclus es expostas suge re se que o fundamento princ pio da Des centraliza o previsto na referida Lei seja urgentemente respeitado e aplicado no Pro cesso de Gest o H drica do Estado da Para ba por uma gest o participativa e por uma efetiva desconcentra o de poder Mestranda vinculada ao Programa de P s Gradua o em Hist ria da Universidade Federal de Campina Grande Para b
503. os H dricos Bacia do Rio Igua u Vers o 1 0 Laborat rio de Hidrologia COPPE UFR cadernos metr pole 19 pp 165 190 1 sem 2008 o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas pontes tanto rodovi rias quanto ferrovi rias e tubula es de gua bem como de muros e edifica es que obstruem as calhas dos rios Na origem desses problemas sem pre se encontra ou uma legisla o inadequa da de uso do solo ou na grande maioria dos casos o n o cumprimento da legisla o existente A atua o cont nua do poder p blico no disciplinamento do uso do solo urbano pode ser considerada a medida preventiva mais eficaz para o controle das causas indutoras de inunda es propiciando a redu o dos preju zos materiais e sociais associados a es ses eventos A intensifica o do processo de urba niza o nas ltimas d cadas tem levado as popula es mais pobres a ocuparem reas sujeitas a riscos de desmoronamentos ou de inunda es por serem essas as reas que se encontram dispon veis na Regi o Metro politana Al m disso h omiss o do poder municipal permitindo a ocupa o em reas de risco ou at mesmo na calha principal dos rios e canais que drenam a bacia Muitas ve zes loteamentos constru dos em reas cr ti cas non aedificandi segundo a legisla o s o licenciados pelas prefeituras e legitima dos pelos rg os estaduais com fornecimen to d
504. os da Diretoria Colegiada e investido na fun o por quatro anos ou pelo prazo que restasse de seu mandato A exonera o imotivada de dirigentes da AAGISA s poderia ocorrer nos seis meses iniciais dos respectivos mandatos Ap s esse prazo O dirigente somente perderia o mandato em decorr ncia da ren ncia de condena o ju dicial transitada em julgado ou de decis o definitiva em processo administrativo disci plinar Tamb m era vedado aos dirigentes da AAGISA o exerc cio de qualquer outra atividade profissional empresarial sindical ou de dire o pol tico partid ria assim co mo ter interesse direto ou indireto em em presa relacionada com o Sistema Estadual de Gest o de Recursos H dricos Vejam se agora informa es gerais da cria o da Lei 7 779 de 7 de julho de 2005 que cria a AESA A AESA uma Ag ncia Executiva de Gest o das guas do Estado da Para ba entidade da administra o p blica indireta dotada de personalidade jur dica de direito cadernos metr pole 19 p blico sob a forma de autarquia com au tonomia administrativa e financeira 8 A AESA possui quatro ger ncias regio nais de Bacias Hidrogr ficas divididas nas reas l II Ill e IV localizadas respectiva mente em Jo o Pessoa Campina Grande Patos e Sousa A rea II localizada em Campina Gran de entre outras atribui es que adminis tra e controla o uso a oferta e a preserva o dos recursos h dricos da Bacia H
505. os metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008
506. os naturais mas visa antecipar e dirimir conflitos intra setoriais entre de mandas do mesmo setor econ mico inter setoriais entre demandas de diferentes se tores econ micos e supra setoriais entre os setores econ micos e as demandas de prote o ambiental e entre distintas gera es demandas da gera o presente e das futuras Sendo assim prevalece uma no o sist mica na qual os conflitos de qualquer natureza ou dimens o podem comprome ter quantitativa ou qualitativamente outro elemento ambiental e ou alterar a demanda sobre o mesmo o caso t pico da vincula o entre o solo e a gua o uso do solo pode aumentar a demanda por gua e em paralelo diminuir sua disponibilidade e vi ce versa Esse autor afirma ainda que gest o integrada da bacia hidro gr fica o instrumento orientador das a es do poder p blico e da socie dade no longo prazo no controle do uso dos recursos ambientais naturais pp 143 164 1 sem 2008 147 148 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato econ micos e socioculturais pelo ho mem na rea de abrang ncia de uma bacia hidrogr fica com vistas ao desen volvimento sustent vel Ibid p 7 Dourojeanni 1993 coloca que ao se adotar a bacia hidrogr fica como uma unidade de planejamento e gest o incorpo ram se pr ticas de decis o partilhadas por meio de uma entidade respons vel por co ordena
507. osta ao tratamento dado pelo poder p blico quest o habitacional diver sos movimentos sociais eclodiram a partir nas d cadas de 1960 e 1970 reestruturan do se ao longo da d cada de 1980 atrav s das associa es de moradores A reedi o dos movimentos sociais fomentou uma gra dativa transforma o na forma de atua o do poder p blico em rela o quest o ha bitacional A dimens o social passou a ser considerada ainda que o ritmo e o alcan ce das a es p blicas n o tenham alterado em nada as profundas disparidades sociais Em 1981 o Decreto 3103 1981 alterou o zoneamento estabelecido pelo Decreto 322 1976 ao criar uma zona especial para cadernos metr pole 19 reas ocupadas por favelas a ZE 10 e pos sibilitar a cria o de par metros espec ficos e menos restritivos para o parcelamento da terra e para as edifica es nessas reas Ara jo 2005 O Decreto 16 431 1997 representou uma tentativa n o efetivada de retorno antiga orienta o pol tica voltada para as re mo es ao instituir o Sistema de Controle e Repress o Ocupa o Irregular no Territ rio Municipal tendo como objetivos declara dos proteger as reas de prote o ambien tal garantir a integridade do patrim nio p blico municipal e assegurar o cumprimento da legisla o urban stica e ambiental Esse sistema instituiu uma articula o entre um grupo pol tico integrado pelos secret rios de Habita o Meio
508. ostra aplica o dos ques tion rios e coleta de dados As pessoas que compuseram a amos tra foram selecionadas aleatoriamente por sorteio dos n meros dos apartamentos dos 177 blocos nas dez quadras seleciona das SQS 1045 1055 1065 e 107S e SQS 104N 105N 106N e 107N Em situa es em que n o foi poss vel o acesso aos apartamentos selecionados e aos seus residentes por motivos de rejei o realiza o da pesquisa decorrentes de fato res de seguran a ou aus ncia do morador foram realizados novos sorteios para substi tu los de modo a assegurar a amostra m ni ma representativa do estudo Os question rios finais em sua maio ria foram aplicados diretamente pelo cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 pesquisador e por estudantes de p s gradua o previamente treinados A aplica o do question rio foi feita ao longo do dia finais de semana e noite primeiramente em vi sita direta aos pr dios solicitando a permis s o da entrevista por interfone atrav s de entrevistas em datas pr marcadas por tele fone e como ltima op o pela entrega di reta do question rio s pessoas fornecendo uma explica o pr via do assunto e telefone de contato para d vidas e determina o da data de retorno Ap s a finaliza o da aplica o dos question rios as perguntas abertas foram ajustadas para op es objetivas consideran do as respostas obtidas e posteriormente todas as respos
509. ountains and rivers in Brazilian urban environments This contribution aims to provide subsidies for the elaboration of public policies that connect the urban and the environmental dimensions and focus on the protection of landscapes Keywords landscape legislation mountains and rivers forest city permanent preservation areas open spaces pp 271 291 1 sem 2008 272 m nica bahia schlee e vera regina t ngari Introdu o A imagem das montanhas e das guas do Rio de Janeiro modificou se bastante An tes obscuras e negligenciadas pelo carioca hoje s o reverenciadas e consideradas mar cas registradas da cidade A percep o e a postura da sociedade e consequentemente do poder p blico tiveram origem na heran a cultural e nas formas de apropria o desses elementos naturais urdidas ao longo do tem po Dessa rela o resultaram os antolhos as m scaras as a es pontuais e fragmentadas e a isen o de responsabilidade que permeia a rela o do cidad o e das administra es p blicas cariocas com o seu ambiente em seu perfil biof sico e sociocultural Este artigo apresenta uma an lise da legisla o urban stica edil cia e ambiental estabelecida em n vel municipal que orien tou a ocupa o das encostas e a apropria o dos cursos d gua na cidade do Rio de Ja neiro no per odo entre 1937 a 2007 com o objetivo de compreender seus efeitos na transforma o da paisagem carioca A rela
510. outorga e cobran a do uso de recursos h dricos da Para ba e afirmam categoricamen te que a outorga ainda n o est conclu da mesmo assim vem sendo implementada pelo governo Por m a cobran a n o se tornou realidade Por outro lado o esfor o de um grupo de professores pesquisadores do CT hidro da UFCG vem desenvolvendo um mo delo de cobran a para a bacia hidrogr fica do Rio Para ba e qui possa ser futuramen te adotado pelo governo Quanto aos entrevistados da AESA apenas metade considera lenta a implemen ta o dos instrumentos o que pode ser ex plicado em face de a AESA ser uma ag ncia de gest o de guas centralizadora e dotada de mecanismos de press o Considerando o primeiro grupo estu dado a AESA constatou se que metade dos entrevistados 50 afirmou que a imple menta o dos instrumentos utilizados a ou torga e a cobran a s o lentos Dentre os en trevistados que aceitaram tal premissa ape nas um obst culo foi citado o qual considera que a outorga se encontra em um processo mais avan ado do que a cobran a da gua N o foi citada nenhuma a o priorit ria No que se refere ao processo mais avan ado da implementa o da outorga em rela o cobran a de uso de recursos h dri cos observou se que a outorga de direito de uso de recursos h dricos do estado ainda n o est totalmente implementada Quanto cobran a ainda n o est sendo aplicada pp 245 269 1 sem 2008
511. ovo e para o qual n o se tem chamado suficientemente a aten o a primeira vez na Hist ria da humanidade que a divis o do trabalho administrada Nos fios hist ricos anteriores a divis o do trabalho existia mas como resultado do livre jogo do mercado Agora n o Agora a divis o do trabalho administrada produzida cientificamente imposta atrav s dos meios de difus o do co nhecimento e das id ias e aceita de maneira praticamente autorit ria numa fase em que tanto se fala em democracia como solu o nica para todos os povos Isso cria uma pobreza pervasiva ge neralizada permanente global E isso que nos interessa hoje Essa pobreza atual resultado de um planejamento centraliza do da converg ncia de causas em diversos cadernos metr pole 19 n veis S o vasos comunicantes que temos diante de n s hoje E a pobreza vista co mo algo racional Quantas vezes ouvimos no r dio ou na televis o e lemos nos jor nais os nossos homens p blicos com apoio de tantos economistas inclusive daqueles que s o inteligentes porque existem alguns inteligentes explicando a racionalidade da pobreza para legitim la A pobreza atual o resultado necess rio do presente processo da chamada glo baliza o porque globaliza o todavia n o existe N o existe sen o como f bula e como perversidade Voltaremos a isto A pobreza vista como algo racional no m ximo vista como pobreza ine
512. p 271 291 1 sem 2008 281 282 m nica bahia schlee e vera regina t ngari 60m como teto para a localiza o das cons tru es Na pr tica passou a vigorar para as constru es licenciadas o limite na cota 100m estabelecido no C digo Florestal Lei Federal 4771 1965 Outros dois instrumentos legais estabe lecidos na d cada de 1990 refletiram algu ma preocupa o com as encostas A Lei Mu nicipal 1921 1992 proibiu publicidade nas reas de prote o ambiental cultural nas encostas acima da cota 50 na orla mar tima e na zona tur stica O Decreto 18 251 1999 instituiu o manual t cnico de encostas tor nando obrigat ria sua observ ncia nas obras de conten o de encostas no munic pio do Rio de Janeiro Com a implementa o do SNUC em ins t ncia federal Lei 9985 2000 que dividiu as unidades de conserva o em unidades de prote o integral e unidades de uso susten t vel as unidades estabelecidas em mbito municipal tiveram que se adequar aos crit rios da nova lei Tanto em um quanto em outro caso existem interfaces e conflitos com as normativas de uso e ocupa o do so lo em mbito municipal Barroso e Albernaz 2008 e Guerra 2005 apontam conflitos de duas naturezas Resultam da perman n cia das comunidades locais e ou ocupa es irregulares em unidades de prote o inte gral algumas vezes englobando reas indica das como reas de Espacial Interesse Social AEISs pela leg
513. pa o urbano por menores tempos de deslocamento As elites produzem um espa o urbano que otimiza suas condi es de deslocamento piorando portanto as condi es de deslocamento de outras classes sociais localizadas fora do centro urbano Quando o Estado constr i sistemas de transporte que priorizam o pa dr o de mobilidade das elites o carro so bre o transporte p blico e n o motorizado ele aumenta as diferen as entre as classes sociais melhorando a acessibilidade e mobi lidade de alguns em detrimento de muitos Villa a 1998 A mobilidade um importante indica dor de qualidade de vida pois mover se na cidade um requisito b sico ao desenvolvi mento da maioria das atividades humanas pp 293 317 1 sem 2008 295 296 carolina pescatori candido da silva e caru bowns sendo estas de lazer trabalho estudo ou com rcio Assim a mobilidade espacial es t diretamente relacionada inclus o social Enquanto alguns podem escolher seus pa dr es de deslocamento livremente grande parte da popula o urbana vive em condi es restritivas e ineficientes de mobilidade uma condi o perpetuada pela concentra o de investimentos em estruturas que privile giam o deslocamento de carros ao inv s do transporte p blico Em todas as cidades mas especialmen te nas cidades de pa ses em desenvolvimen to onde a absoluta maioria da popula o n o pode pagar e manter um carro essas iniqu
514. paga o equivalente tarifa de nibus para ajudar a motorista com os gastos de combust vel Duas outras pes soas fazem o mesmo Assim o carro sempre est cheio Para ir do trabalho para a escola ela pega outra carona desta vez de gra a com um colega de trabalho que estuda na mesma faculdade Para retornar a sua ca sa Ana paga transporte escolar pois n o h nibus direto da faculdade para a Ceil ndia e a caminhada do ponto de nibus at sua casa perigosa Ana gasta 18 do sal rio em transporte Ela acredita claramente que a solu o para seu problema de transporte seria possuir um carro Figura 10 Rela o entre viagens por modo de transporte e renda q E o D BS gt v 5 a 5 0 Ji 1 I 2 2 J 3 JA AJB 6 9 9 I 12 12 I 20 20 I 30 gt 30 Renda em sal rios m nimos Fonte Adaptado de Codeplan 2002 cadernos metr pole 19 pp 293 317 1 sem 2008 transporte e equidade ampliando o conceito de sustentabilidade pelo estudo de caro de brar lia Apesar do transporte em Bras lia ser centrado no autom vel 46 das resid n cias n o possuem um carro enquanto so mente 17 55 t m mais de 1 carro por casa Isso implica duas situa es 1 as pes soas fazem muitas viagens em cadeia o mo torista faz v rias viagens para levar passa geiros aos seus destinos antes de chegar ao seu 2 poucas pessoas t m acesso a carros diariamente No caso dos participantes da pesquisa
515. pai sagens significativas tamb m se refletiram no texto da Constitui o de 1988 as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 Figura 2 Interface entre as Favelas e as unidades de conserva o Fonte Presente estudo sobre bases georeferenciadas IPP PCR Aos primeiros esfor os de prote o ambiental somaram se os de preserva o reestrutura o e desenvolvimento urbanos atrav s das Leis Org nicas e Planos Direto res estabelecidos na d cada de 1990 Tanto a Lei Org nica 1990 quanto o Plano Di retor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro 1992 avan aram na aproxima o entre a cidade e seu suporte f sico ambiental ao tentar compatibilizar o desenvolvimento ur bano com a prote o do meio ambiente de finir e estabelecer crit rios para a cria o de Unidades de Conserva o para a realiza o de estudos de impacto ambiental e para a prote o de elementos da paisagem urbana Ara jo 2005 O Plano Diretor continha o primeiro diagn stico ambiental da cidade definindo oito categorias de unidades de conserva o ambiental as reas de Prote o Ambiental APA s as reas de Prote o Ambiental e cadernos metr pole 19 Recupera o Urbana APARU s as reas de Prote o do Ambiente Cultural APACs as reas de relevante interesse ecol gico as reservas biol gicas as esta es ecol gicas os parques e as reas de Preserva o Per manentes
516. paisag sticas delet rias em que pesem os esfor os e os inves timentos do poder p blico na tentativa de planejar e orientar o uso do territ rio e dos recursos naturais O crescimento populacio nal e a distribui o da popula o pela RMC t m sido frequentemente apontados como geradores de potencial escassez de oferta de gua e de previs o de abandono de reas de mananciais h dricos como fonte de abas tecimento p blico o que se configura como uma crise anunciada cuja gravidade n o tem sido adequadamente percebida pela popula o Coelho 2004 A rela o urbaniza o versus dispo nibilidade de recursos h dricos para abas tecimento p blico quantidade e qualida de tem sido estudada sob as mais diversas cadernos metr pole 19 ticas privilegiando na maioria das vezes aspectos que n o o da din mica do planeja mento gest o e ocupa o do territ rio Um dos maiores desafios da RMC con siste no comprometimento dos mananciais de abastecimento pela expans o urbana Comec 2001 Dessa forma no contexto da gest o do espa o metropolitano Pira quara constitui um importante componente desde a d cada de 1970 com o advento da Lei Complementar Federal n 14 de 8 de ju nho de 1973 que criou e delimitou a RMC O munic pio foi objeto de um dos primeiros planos diretores promovidos pela Coorde na o da Regi o Metropolitana de Curitiba Comec o qual visava organiza o terri torial e
517. para o pa s tais como as secas prolongadas no Nordeste e o excesso de chuvas no Sul este ltimo sofrendo inunda es em terrenos e centros urbanos deslizamentos e destrui o de lavouras causando danos para a economia e em particular para indiv duos cuja capacidade de resposta para enfrentar esses tipos de eventos extremamente limi tada mostrando a extrema vulnerabilidade de determinados grupos sociais As dificul dades enfrentadas pela popula o de mais baixa renda para obter acesso a terras em condi es aceit veis de seguran a frequen temente as obriga a se instalarem em reas de risco Assim os pobres tanto urbanos como rurais se v em afetados ciclicamente por eventos naturais como enchentes des lizamentos ou vendavais que causam perdas e danos de toda ordem Em geral riscos ambientais s o espa cialmente distribu dos terremotos ocorrem em lugares espec ficos algumas reas pr ximas a f bricas s o mais polu das do que outras enchentes ocorrem normalmente em v rzeas ou em reas com drenagem pp 191 219 1 sem 2008 207 208 marley deschamps insuficiente entre outros Para Emmi e Hor ton 1996 apud Torres 1997 na medida em que fen menos ambientais s o eminen temente espaciais riscos ambientais devem ser tamb m entendidos como fen menos tipicamente espaciais Riscos ambientais n o apenas podem ser localiz veis no espa o como tamb m variam ao longo da dimens o
518. passou a ser considerada pelo poder p blico a preocupa o com a preserva o ambiental passou a justificar as a es governamentais de remo o e ou con trole das favelas Leis e decretos foram edi tados para de um lado flexibilizar padr es urban sticos e edil cios destinados a legalizar a moradia dos extratos sociais mais baixos da popula o e ou a garantir os lucros do capital imobili rio Por outro lado v rias unidades de conserva o foram institu das e regulamentadas abrangendo reas ocupadas irregularmente Trata se de duas vis es em permanente conflito pp 271 291 1 sem 2008 287 288 m nica bahia schlee e vera regina t ngari A divis o da cidade em reas com fun es e padr es similares e tratamentos dife renciados tamb m repercutiu na legisla o que incide sobre as montanhas e os corpos d gua A legisla o implementada salvo algumas ex peri ncias dignas de nota como os par me tros estabelecidos pelo Decreto lei 77 1975 tamb m foi pautada pela tentativa de unifor miza o dos padr es espaciais sem respeito Ainda faltam mecanismos pol ticos e legais que estabele am um processo sist mico cont nuo e aplicado de planejamento integrado urban stico paisag stico e am biental com regula es que compatibi lizem a prote o das encostas ao controle do uso e ocupa o nessas reas Com isso seria poss vel buscar uma media o entre preserva o ambi
519. pela Constitui o aos entes municipais no tocante s quest es ambientais Os argumentos se concentram em torno dos artigos 23 e 24 da Constitui o Federal uma vez que o primeiro art 23 inclui entre as mat rias de compet n cia comum da Uni o dos estados e dos munic pios v rios itens relativos prote o ambiental destacando se o que se refere prote o do meio ambiente e o comba te polui o em qualquer de suas formas Por sua vez o artigo 24 confere Uni o e aos estados compet ncia concorrente para cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 legislar sobre diversas mat rias incluindo dentre outros o direito urban stico e a prote o do meio ambiente e o controle da polui o mas n o explicita a compet ncia legislativa do munic pio na mat ria ambien tal levando alguns int rpretes conclus o de que este n o tem compet ncia normativa em mat ria ambiental Em que pesem os argumentos contra ou a favor de uma maior participa o do munic pio na pol tica ambiental o fato que o Plano Diretor onde se inserem as leis de uso e ocupa o do solo zoneamento en quanto instrumentos tradicionais e segu ramente de compet ncia municipal um caminho inquestion vel e prof cuo para a efetividade da prote o ambiental no mbito municipal desde que insiram componentes de ordem ecol gica econ mica social sani t ria e cultural nas diretrizes de ordenamen to do uso do
520. piciar o deslizamento dos terrenos expostos os processos erosivos produzem uma quanti dade significativa de sedimentos que contri buem posteriormente para o assoreamento Foto 5 Bairro Taquaril Belo Horizonte em 2007 Fonte Juliana Gon alves Lume FAUUSP cadernos metr pole 19 1 sem 2008 pp 27 47 42 lucia sousa e silva e luciana travassos dos rios e para a forma o de enchentes ampliando o impacto da eros o para a esfera regional S o Paulo SVMA 2001 Alves 2007 a partir de an lises es paciais demonstrou como a popula o po bre do munic pio de S o Paulo est mais sujeita ao risco de enchentes e deslizamen tos de terra que as classes m dia e alta Contabilizou que 28 3 da popula o po bre vive em reas de alta declividade ou pr ximas a rios ou c rregos ao lado de somen te 14 7 da classe m dia e 9 9 da classe alta Tais valores se tornam mais preocupan tes se observarmos as taxas de crescimento a popula o pobre que vive em rea de risco cresceu entre 1991 e 2000 a 4 81 ao ano enquanto a popula o de classe m dia apresentou um crescimento de 0 56 e a de classe alta diminuiu 1 2 donde se con clui que praticamente todo novo morador de reas de risco tem um n vel de renda baixo Essa exatamente a parcela da popula o que possui menores condi es de lidar com as consegu ncias da consuma o dos riscos de inunda o ou deslizamento importa
521. pios filtra dores de relacionamentos entre m ltiplas possibilidades Integra o entre o paradigma sist mico e a hermen utica totalizadora A express o formada da jun o do para digma sist mico com a hermen utica to talizadora tem sentido na medida em que as pol ticas brasileira e paraibana dos 1 sem 2008 days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental recursos h dricos v m sendo formatadas em documentos oficiais em sua grande maioria com vieses fortemente jur dicos Al m do que os fundamentos das recentes leis h dricas e os princ pios esculpidos apresentam aspectos formais sist micos poss vel contextualizar compreender e interpretar mudan as institucionais de na tureza p blica tais quais recursos h dricos a partir de informa es documentais jur dicas desde que se tenha em mente um conceito ampliado do direito Integrar os termos sistema e herme n utica aumentar a sinergia na percep o dos fen menos h drico ambientais e poten cializar respostas aos problemas complexos Em outras palavras o sistema interliga as dimens es jur dicas sociais econ micas culturais pol ticas e ambientais enquan to que a hermen utica investiga os textos compreende e recolhe as informa es que est o por detr s dos discursos e permite vi sibilidade das a es praticadas nas tomadas de decis es Apreende se ent o que poss vel aprofundar investiga
522. pode ser concebido de maneira definitiva devendo incentivar a constru o de acordos coletivos a resolu o de conflitos a exist ncia de um processo permanente de auto avalia o e a proposi o de um desenho estrat gico b articula o entre os distintos subsiste mas urbanos econ mico f sico ambiental cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 e outros considerando suas intera es din micas assim como o manejo e controle das externalidades que afetam sua sinergia c gera o de uma cultura de planejamen to por meio da forma o de consci ncia de futuro fundamentada no processo de pla nejamento a longo prazo a ser promovida tanto na esfera governamental quanto no mbito das comunidades envolvidas d considera o de contextos b sicos e in terdependentes em projetos ou planos o tecnol gico o morfol gico e o comporta mental os quais s o regulados pela inte ra o das vari veis pol tico administrativas econ mico produtivas e socioculturais e estabelecimento de efeitos sin rgicos pelos projetos e eventual retroa o que qualquer decis o sobre o meio exerce no ecossistema da cidade uma vez que esta considerada um organismo vivo Para Grostein 2001 sustentabilida de do aglomerado urbano metropolitano em sua componente f sico urban stica relaciona se com as seguintes vari veis a forma de ocupa o do territ rio a disponi bilidade de insumos para s
523. polui o de rios e po os 3 Transi o do urbano m dio para completamente urbano a urbaniza o da rea completada pela adi o de mais pr dios b quantidades maiores de res duos n o tratados em cursos d gua locais c abandono dos po os rasos remanescentes d aumento da popula o necessitando do estabelecimento de novos sistemas de distribui o de gua e canais de rios restritos pelo menos em parte por canais e t neis artificiais redu o na infiltra o e rebaixamento do len ol fre tico picos mais altos de alagamentos e fluxos d gua mais baixos aumento da polui o eleva o do le ol fre tico aumento no fluxo dos cursos d gua locais se o suprimento proveniente de uma bacia externa est gio mais alto para um dado fluxo d gua portanto um aumento dos danos por alagamento f constru o de sistema de drenagem sanit ria e esta o de tratamento de esgoto g melhoramento do sistema de drenagem pluvial h perfura o de po os industriais mais profundos e com maior capacidade retirada de mais gua do local impacto positivo We d WE EE press o d gua mais baixa subsid ncia saliniza o da gua Fonte Savini e Kammerer 1961 apud Ara jo Almeida e Guerra 2005 p 66 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 din mica demogr fica versus processo de produ o e reprodu o de aglomerados subnormais Tabela 2 Tipos de eventos
524. posi o dos usu rios em pagar os servi os est diretamente ligada a uma boa governan a dos servi os que se traduz por transpar ncia da gest o 2006 A metodologia dos estudos Eurowa ter Water21 aponta a nosso ver as tr s dimens es centrais que deveriam orientar uma an lise da sustentabilidade da gest o da gua em reas metropolitanas Todavia preciso considerar que a realidade brasilei ra bastante diferente da europ ia No Brasil mesmo em grandes metr poles como Rio de Janeiro e S o Paulo o d ficit em saneamento ainda muito signi ficativo nos munic pios da periferia onde verificam se as taxas mais elevadas do cres cimento demogr fico metropolitano Se gundo o Minist rio das Cidades embora o acesso ao saneamento nessas regi es seja de cadernos metr pole 19 quase 90 h um alto ndice de inefici ncia da coleta de esgotos um importante meio de transmiss o de doen as infecciosas e pa rasit rias Al m disso os servi os de abas tecimento de gua nas periferias metropoli tanas muitas vezes tamb m inadequado sobretudo no que concerne frequ ncia da distribui o e qualidade da gua distribu da Al m disso as press es sobre os manan ciais dispon veis s o cada vez maiores Uma outra pesquisa recente do IBGE a Perfil dos Munic pios Brasileiros Meio Ambiente 2002 revelou altos ndices de polui o e contamina o dos recursos h dricos em reas
525. pp 1 12 KLIGN Erick Hans 2005 Networks and Inter Organizational Management Challenging Steering Evaluation and The Role of Public Management In FERLIE E LYNN Jr L E e POLLITT C edited by The Oxford Handbook of Public Management Oxford Nova York Oxford University Press pp 257 381 cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 95 96 gustavo tavares da silva LANCERON V 2006 Du SGCI au SGAE volution d une administration de coordination in terministerielle au centre de la politique europe nne de la France M moire pour le Master Recherche Administration et Politiques Publiques sous la direction de M le Professeur Jacques CHEVALLIER imprim septembre LE GALES P 2006 Gouvernance In BOUSSAGUET L JACQUOT S e RAVINET P sous la direction de Dictionnaire des politiques publiques Paris Presses de la Fondation Natio nale des Sciences Politiques pp 244 252 LYNN JR L E 2003 Public management In PETERS B G e PIERRE J edited by Handbook of Public Administration London Thousand Oaks New Delhi SAGE Publications pp 14 24 2005 Public Management A Concise History of The Field In FERLIE E LYNN Jr L E e POLLITT C edited by The Oxford Handbook of Public Management Oxford Nova York Oxford University Press pp 27 49 MATUSZEWIKZ R 2004 Repr sentations et pratiques des conseils de quartier une d mo cratie partic
526. preciso enfrentar um contexto ainda marcado pela dispers o de atores e por um conjunto de abordagens segmentadas No caso das metr poles brasileiras onde as estruturas regulamentares s o recentes Lei das guas de 1992 e Lei de Saneamento de 2007 e onde algumas estruturas de planejamento e gest o ain da est o em fase de implanta o como os Comit s de Bacia a ado o de paradigmas de gest o sustent vel das guas bastante diversificada Nossas primeiras avalia es dentro de um exerc cio de aplicar os indi cadores aqui apresentados s Regi es Me tropolitanas do Rio de Janeiro e S o Paulo mostram situa es extremamente diferen tes Enquanto que em S o Paulo a gest o integrada da gua se encontra mais avan ada no Rio de Janeiro ainda se encontra em forma embrion ria Os processos s o diferenciados Em S o Paulo a necessidade de preserva o da qualidade das guas para garantia do abastecimento da popula o se coloca desde a d cada de 1970 A legisla o de prote o de mananciais trabalhada no mbito da Emplasa representou um passo fundamental na integra o do sistema de discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil gerenciamento de recursos h dricos e de planejamento urbano metropolitano Essa legisla o estabeleceu as bases para uma coopera o intergovernamental que a par tir da aprova o da legisla o de recursos h dricos de S o Paulo
527. proble mas urbanos de maneira pontual gerando rg os e planos tamb m pontuais para o seu equacionamento Como aponta Hogan cadernos metr pole 19 1995 esses rg os atualmente t m se de monstrado incapazes de tratar o ambiente urbano de forma integrada fazendo com que suas a es se mostrem ineficazes para lidar com os referidos problemas na escala vultosa em que hoje se apresentam Al m disso o grau de car ncia associado s re gi es metropolitanas brasileiras dependeria de um aporte de recursos que frequente mente encontra se adiante da capacidade de seus governos BIRD 2002 No que diz respeito especificamente ao problema habitacional o que se verifica um imenso descompasso entre a deman da de habita o para a popula o de baixa renda e a capacidade do poder p blico em produzir pol ticas habitacionais de interesse social Segundo Monte M r e Costa 2002 esse aparente descompasso revela uma face ta perversa em que a aus ncia sistem tica do Estado em rela o demanda da popula o de baixa renda se coaduna perfeitamen te aos interesses do empreendedor popular cujo produto o lote popular incorpora o menor investimento poss vel tornado se acess vel a essa fatia da popula o Ainda que executados de forma pre c ria e s custas de investimentos insufi cientes por parte dos empreendedores os loteamentos clandestinos perif ricos re presentam ao poder p blico ao menos a curto
528. que de Caxias todos pertencentes Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro Limita se ao norte com a bacia do rio Para ba do Sul ao sul com a bacia dos rios Pavuna Meri ti a leste com a bacia dos rios Saracuruna e Inhomirim Estrela e a oeste com a bacia do rio Guandu e outros afluentes da ba a de Sepetiba ver Tabela 1 e Mapa 1 A popula o total desses munic pios segundo o Censo 2000 do IBGE de 8 591 621 milh es de habitantes Tabela 1 peso maior dado pelo munic pio do Rio de Janeiro 68 do total que no entanto ocupa uma rea na bacia de apenas 4 5 de sua rea total Observa se que a ocupa o nesses munic pios quase que exclusi vamente urbana a popula o rural restrita ao munic pio de Duque de Caxias mal atinge 0 4 da popula o total desses munic pios O Projeto Igua u estimou a popula o da bacia a partir do Censo de 1991 e uti liza o de uma metodologia espec fica em 2 19 milh es de habitantes Laborat rio de Hidrologia COPPE UFRJ 1996 Com base no Censo 2000 e utiliza o de SIG o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas estimou se a popula o atual em aproxima damente 2 6 milh es de habitantes A distribui o espacial da ocupa o e das formas de uso na bacia Igua u Sarapu pode ser observada na Tabela 2 Al m das classes de vegeta o as classes de uso com preendem campo antr pico quatro n veis de densidade urbana alta
529. r 500 mil habitantes Apenas quando esse n mero fosse atingido seriam constru das as chama das cidades sat lites No entanto o governo decidiu antecipar essa solu o urbana e co me ou a deslocar popula es carentes para reas distantes do centro mesmo antes da inaugura o da cidade A primeira cidade sat lite foi Taguatinga criada em 1958 pa ra abrigar pessoas que viviam em invas es pr ximas aos canteiros de obras Paviani 1998 Hoje Bras lia possui 29 cidades sa t lites Figura 3 A necessidade se construir uma cidade inteira em apenas quatro anos exigiu uma grande for a de trabalho e milhares de trabalhadores migraram de todas as partes para participar da empreitada A possibilida de de ter uma vida nova na capital foi um cadernos metr pole 19 importante atrativo n o inicialmente com putado pelo governo local que imaginava que os trabalhadores retornariam s suas cidades de origem ap s a constru o Co mo isso n o aconteceu o governo teve que improvisar uma solu o habitacional para essa popula o de baixa renda e as cidades sat lites foram inauguradas sem a menor infra estrutura para suprir essa demanda Pobreza e mis ria eram absolutamente incompat veis com a import ncia simb lica de Bras lia que n o poderia reproduzir os grandes problemas socioecon micos das de mais cidades brasileiras O governo decidiu transferir as favelas e invas es para reas distantes pelo
530. r as diversas autoridades p blicas e privadas que atuam no territ rio em prol da melhoria de sua qualidade h drica ambien tal e socioecon mica um comit de bacia Embora a bacia hidrogr fica seja um recorte territorial importante para com preens o da problem tica ambiental en volvendo os recursos h dricos e sua inter rela o com outros setores e atores do territ rio em Alvim 2003 coloca se que esse n o o nico espa o requerido para a gest o Ao adotar a bacia hidrogr fica como unidade de planejamento e gest o deve se levar em conta sua rela o com ou tros sistemas e institui es que funcionam com limites distintos sobretudo os limites pol tico administrativos pois esses s o ba ses das pol ticas territoriais que devem ser articuladas Nesse sentido embora o comit da ba cia hidrogr fica atue como f rum de gest o das guas e tenha um papel relevante na operacionaliza o e concep o da gest o in tegrada a efetividade de suas a es em prol de um desenvolvimento sustent vel daque le territ rio depende de uma real articula o com outras pol ticas que ali incidem portanto de um processo negociado entre inst ncias de governo setores institucionais e atores que determinam conflitos e interfa ces m ltiplas cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 Articula o entre pol ticas ambientais e urbanas a necessidade de uma vis o regional O final dos anos 80 ma
531. ramos discutir par metros e indicadores de sustentabilidade de gest o das guas urbanas situando nos na interface entre a denominada gest o de recursos h dricos e a gest o de servi os de saneamento ambiental Nas metr poles eu rop ias a Diretiva Quadro de 2000 imp s a obriga o de resultados m todos e um cro nograma com metas a serem atingidas com rela o a uma gest o sustent vel das guas Para isso os pa ses membros da Comuni dade Europ ia devem desenvolver planos e a es e os governos nacionais regionais e locais devem se mobilizar nesse sentido co locando em pr tica os novos paradigmas de gest o sustent vel das guas A tarefa n o simples No caso da Fran a foram apro vadas em 2004 e 2006 duas leis nacionais de gest o das guas que procuram traduzir cadernos metr pole 19 pp 123 142 1 sem 2008 os princ pios da Diretiva Quadro restabele cendo uma coer ncia na gest o das guas O objetivo central para atingir as metas da Diretiva Quadro de associar a amplia o dos servi os de saneamento que envolvem a qualidade da rede de coleta de esgotos a adapta o e reforma das esta es de trata mento a melhoria dos sistemas de drena gem pluvial e o controle da polui o difu sa a processos de recupera o de recursos h dricos e de prote o dos mananciais de abastecimento No entanto se as novas leis demonstram um avan o para viabilizar a es e atingir metas
532. rav s do Conselho Estadual de Recursos H dricos CRH e dos Comit s de Bacias Hidrogr ficas CBHs t cnica atrav s do Comit Coordenador do Plano Estadual de Recursos H dricos CORHI e financeira atrav s do Fundo Estadual de Recursos H dricos FEHIDRO Com nfase nos recursos h dricos um novo recorte territorial se instituiu no estado de S o Paulo com a implanta o de 22 Uni dades de Gerenciamento dos Recursos H dricos UGRHIs respeitando como divisor as respectivas bacias hidrogr ficas e tendo cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 os comit s de bacia como respons veis pelo planejamento e gest o dos recursos h dricos em cada unidade Para Silva ibid p 462 a lei das guas paulistas ao estabelecer a n o dissocia o dos aspectos de qualidade e quantidade da gua definindo a bacia hidro gr fica como unidade f sico territorial re for a a dupla a o integradora de corte ter ritorial jurisdi es e funcional usos como linha b sica de estrutura o da gest o integrada urbana Essa lei detalha em seu artigo 5 os princ pios constitucionais de compensa o dos munic pios definidos no mbito da Cons titui o dando origem a v rios instrumen tos de coopera o interinstitucional e desen volvendo um conceito de desenvolvimento regional com base no objetivo comum da prote o ambiental entre eles o incentivo forma o de cons
533. rban sticos o meio ambien te artificial defini o encontrada na Constitui o Federal de 1988 nos seus artigos 182 e 225 aquele integrado pelo espa o urbano constru do Sob o ponto de vista espacial o meio ambiente artificial representa a geografia constru da pela ind stria humana Resulta da inspira o criativa do homem sobre o meio f sico onde este mesmo homem exerce as principais fun es urbanas de habitar circular trabalhar e recrear Essa modalidade de ambiente constitui se pelo espa o urbano constru do que segundo Jos Afonso da Silva 1981 comporta espa o urbano fechado abrangendo por ess ncia os conjuntos de edi fica es casa pr dios de apartamentos centros de compra etc onde os integrantes da coletividade moram ou exercem atividades espa o urbano aberto composto por equipa mentos e bens p blicos ou sociais criados para servir aos conjuntos de edifica es destina dos a atender s necessidades dos habitantes que exercem influ ncia direta na qualidade cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 15 76 elo ra carvalho de ara jo de vida urbana ruas avenidas pontes rios viadutos t neis parques pra as jardins la gos reas verdes espa os livres etc 12 De acordo com a Constitui o Federal de 1988 art 216 o ambiente cultural compreende o patrim nio hist rico art stico paisag stico tur stico e cient fico 13 Conceito baseado em Jos Afons
534. rbono para aquecer e res friar pr dios e para a circula o de ve culos E conforme Carlos Nobre nos informa no s culo XXI a n o ser a Alemanha e a Gr Bretanha os pa ses desenvolvidos a China e a ndia est o com emiss es crescentes Al m disso nos pa ses de estados e popula es mais pobres as emiss es em sua maior parte s o atribu das ao desmatamento e manejo da agropecu ria No mundo de hoje vinte regi es abri gam mais de 10 milh es de pessoas a maioria fora do mundo desenvolvido como as regi es de S o Paulo e Rio de Janeiro no Brasil Cidade do M xico Bancoc Buenos Aires Cairo Jacarta Xangai e Teer al m de Londres Nova York Randstad ou Emilia Romagna Al m dessas grandes metr poles h no mundo trezentas cidades regi o que concentram mais de 1 milh o de habitantes No Brasil est o institucionalizadas 26 regi es metropolitanas que concentram 68 milh es de pessoas dados de 2000 quase cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 40 da popula o do pa s Essas aglomera es concentram a riqueza e a pobreza e representam um desafio para as pol ticas p blicas Maricato 2001 Destaca se a gra vidade da sua situa o sanit ria e habitacio nal pela presen a de grande parte das popu la es metropolitanas vivendo em favelas O meio urbano estrat gico para a reprodu o da for a de trabalho desde a garantia de sobreviv ncia at as condi es de
535. rca um per odo que sinaliza no Brasil importantes transforma es nos campos das legisla es urbanas e ambientais Os princ pios estabelecidos pela Constitui o Federal de 1988 associados redemocratiza o da sociedade buscam equacionar os deflagrados problemas am bientais a degrada o dos recursos h dricos os entraves ao desenvolvimento urbano en tre outros Um importante aspecto a am plia o da participa o da sociedade civil em processos decis rios do Estado e em a es que buscam promover o revigoramento das redes de solidariedade Ferreira 2003 em que interven es localizadas passam a ter um envolvimento efetivo da popula o principalmente em reas carentes Embora a legisla o brasileira seja con siderada em geral bastante avan ada no que diz respeito s pol ticas urbanas ambientais e h dricas o principal desafio diz respeito constru o de caminhos que possam viabili zar uma permanente integra o entre elas visando sobretudo equacionar os principais conflitos com que se defrontam principal mente em reas intensamente urbanizadas A Constitui o Federal do Brasil de 1988 especialmente em seus dispositivos sobre as pol ticas ambiental h drica re gional e urbana tem levado introdu o de novos padr es de gest o ambiental regional e local Isso porque tais pol ticas obedecem a l gicas diferentes e muitas vezes conflitantes pois enquanto as pol ticas de me
536. rcios intermunicipais entre os munic pios tendo em vista a realiza o de progra mas de desenvolvimento e de prote o ambiental de mbito regional Ibid pp 462 463 A Pol tica Estadual de Recursos H dri cos ao adotar como unidade f sico territo rial a bacia hidrogr fica e implementar um modelo de gest o com participa o tripartite e parit ria dos tr s segmentos principais que atuam no territ rio estado munic pios e sociedade civil buscou instituir uma forma de equacionar os conflitos que se d o sobre o uso da gua no mbito de uma unidade defi nida pelo vi s ambiental n o coincidente com Os limites pol tico administrativos existentes Entretanto tem como desafio articular suas a es a outras pol ticas que se d o tanto no mbito regional de responsabilidade do pol ticas ambientais e urbanas em reas de mananciais interfaces e conflitos Estado quanto no mbito local de respon sabilidade dos munic pios A nova lei de prote o e recupera o dos mananciais a lei n 9 866 1997 adota essa legisla o como refer ncia indicando que preciso conciliar as pol ticas urbanas s pol ticas h dricas e ambientais em curso nas reas protegidas condi o fundamental para a sua real efetividade A sub bacia do Guarapiranga e os instrumentos de planejamento ambiental e urbano princ pios e conflitos No mbito das reas de prote o dos ma nanciais da RMSP a instit
537. rdade e confor to urbano preciso reorganizar os modos de vida e portanto a produ o pp 99 121 1 sem 2008 107 laura machado de mello bueno Figura 1 Mudan as no metabolismo urbano segundo Rogers Cidades com metabolismo linear consomem e polvem em alto grau lixos org nicos alimentos aterro despejo no mar carv o en petr leo energia ENTRADA emiss es nuclear CIDADE CO NO SO mercadorias res duos inorg nicos aterro 108 Cidades com metabolismo circular minimizam novas entradas de energia e maximizam a reciclagem reciclado lixo org nico alimentos renov veis ENTRADA polui o e lixo A CIDADE reduzidos energia mercadorias reciclado res duos inorg nicos Fonte Rogers e Gumuchdjian 2004 p 31 cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 reflex es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental As a es poss veis Apresentamos a seguir propostas para trans formar a produ o do espa o constru do para adapta o s condi es ambientais co locadas Essas propostas s o voltadas para o planejamento e a gest o urbana e para a orienta o das pol ticas p blicas relacionadas Os planos de a o nas microbacias Uma das formas mais promissoras pa ra a incorpora o da complexidade da din mica urbana e periurbana em pol ticas de recupera o da qualidade ambiental o de senvolvimento de planos de a o por mi
538. re a organiza o dos recursos h dricos ar tigos 205 a 213 sendo mais espec fica do que a Constitui o Federal de 1988 e orien tando as a es de car ter cooperado entre os distintos n veis de governo Conforme pp 143 164 1 sem 2008 151 152 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato Silva 2002 a Constitui o paulista coloca a possibilidade de celebra o de conv nio para a gest o das guas de interesse exclusiva mente local reconhece a exist ncia de guas de dom nio municipal e torna mais forte o car ter cooperativo da gest o art 205 al m de ampliar o conceito de compensa o artigo 211 definido na Constitui o Federal artigo 20 prevendo a destina o de recursos p blicos para os munic pios afe tados por inunda es decorrentes de reserva t rios de gua implantados pelo Estado ou que tenham restri es ao seu desen volvimento em raz o de leis de prote o de mananciais A Lei Estadual n 7 633 91 instituiu a Pol tica Estadual de Recursos H dricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos H dricos em S o Paulo SIGRH e antecede a federal apresentando na es s ncia os mesmos conceitos de coopera o e de descentraliza o fundados na Constitui o Federal ibid p 461 O SIGRH res pons vel por executar a pol tica das guas paulistas est ancorado em tr s inst ncias deliberativa at
539. rea de estudo A maior parte dos entrevistados revelou gostar da rea onde reside e a localiza o da resid ncia foi considerada como um fa tor de maior valor dentre as caracter sticas da rea Essa atitude de gostar da rea era mais comum nas pessoas mais idosas e na quelas que est o residindo na rea h mais tempo Quadro 1 A qualidade ambiental tanto da cidade quanto das quadras residenciais em estudo foi avaliada como boa ou tima pela maioria Os homens avaliam a cidade de forma mais favor vel do que as mulheres As pessoas que residem na rea h mais tempo avaliam na tamb m de forma mais positiva Existe ainda uma tend ncia de que as pessoas mais idosas avaliem a rea onde moram de uma forma mais positiva e mais benevolente do que as mais jovens Quadro 1 Entre as caracter sticas negativas da cidade identificadas o clima 33 foi a pior delas seguido pelo ru do 23 Entre as caracter sticas da rea de re sid ncia o ru do do tr fego foi considerado Quadro 1 Caracteriza o da qualidade ambiental da cidade e da rea de estudo Op es de respostas Frequ ncia Idade Eb Sexo M H Gostar ou n o da rea onde reside gosta 142 lt idade lt TEMPO indiferente 10 gostaria de mudar 32 mudaria rapidamente 9 Qualidade ambiental da cidade ruim 1 0 regular 19 7 boa 64 2 tima 15 0 lt idade M W2 7 6 df 1 p 0 002 Qualidade amb
540. recisavam ser dominados controlados e utilizados para alguma finalidade O aumento progressivo da necessidade de abastecimento d gua devido ao cres cimento cont nuo da popula o carioca no decorrer do s culo XIX agravado pelas fre quentes inunda es na cidade e pela acele ra o de processos erosivos nas encostas do Maci o da Tijuca pressionou o governo im perial a estabelecer um programa de prote o as florestas e mananciais dos principais rios do Maci o da Tijuca no per odo entre 1840 e 1890 A es de reflorestamento e desapropria es das fazendas de caf loca lizadas nas encostas mais ngremes do ma ci o foram implementadas para proteger as nascentes e cabeceiras dos principais rios da regi o entre os quais o Carioca e o Mara can Heynemann 1995 GEOHECO UFRJ SMAC PCRJ 2000 Schlee 2002 cadernos metr pole 19 Pior sorte tiveram os rios e c rregos da cidade que foram e ainda s o percebidos e tratados como meros canais destinados ao abastecimento de gua e ao escoamento de tudo aquilo que n o presta ou n o ser ve mais Seu manejo e consequentemente sua inser o na paisagem foram fortemente fundamentados em paradigmas tecnicistas A necessidade de capta o de suas guas pa ra abastecimento em pontos cada vez mais distantes do centro urbano devido ao au mento da polui o e diminui o do volu me h drico dos rios fez com que a utilidade de preserv los se tornasse
541. reito Constitucional dentre outros percebemos que pouco se sabe das rela es existentes entre a Gest o a Pol tica e o Direito principalmente no que concerne ao Nordeste Eis assim a necessidade de se intro duzir uma contextualiza o preliminar sobre o meio ambiente e os recursos h dricos que embasar as reflex es que seguem cadernos metr pole 19 pp 245 269 Introdu o paradigm tica Os recursos h dricos ganharam mais noto riedade quando as complexidades ambien tais foram emergindo com maior transpa r ncia O aumento populacional o modelo de desenvolvimento capitalista via indus trializa o excessivamente consumista e a agricultura intensiva s o alguns dos fatores que contribuem para o aumento exagerado da demanda h drica Nesse sentido o pro blema da oferta de guas entre outros n o pode ser resolvido caso esteja pautado nos limites da ci ncia tradicional positiva Os m ltiplos interesses em torno do meio ambiente especialmente dos recursos h dricos carecem de um novo florescer cien t fico que responda aos in meros questio namentos ecossist micos necess rio um paradigma que in tegre a natureza e o homem sem estabe lecer disjun es entre a objetividade e a subjetividade um paradigma que relacione os aspectos f sicos sociais econ micos biol gicos pol ticos entre tantos outros um paradigma inclusivo receptor de v rias dimens es e que apresente princ
542. relations democratic State pp 81 97 1 sem 2008 82 gustavo tavares da silva Introdu o Este pequeno texto prop e suscitar uma dis cuss o sobre a metodologia de gest o das pol ticas p blicas para que se possa trabalhar na supera o de alguns entraves criados por interesses setoriais e pela aus ncia de legiti midade das decis es alguns mecanismos de democracia participativa s o sugeridos Nos anos 80 v rios pa ses da Am ri ca Latina foram sacudidos por movimentos de democratiza o do sistema pol tico Ante a situa o de crise do Estado burocr tico autorit rio e de uma mobiliza o e press o da sociedade civil organizada os regimes militares foram substitu dos por governos democraticamente eleitos em quase todo o continente Os novos governantes tiveram que dar conta de demandas pol ticas da sociedade que estava em busca de liberdade de orga niza o e de direitos sociais e ao mesmo tempo eles tinham que resolver uma grave crise econ mica herdada dos governos mi litares No Brasil a Constitui o de 1988 representa o Estado do Bem Estar Social no papel um conjunto de direitos sociais s o institu dos e o sistema pol tico foi organi zado no sentido de garantir a democratiza o da sociedade atrav s de mecanismos de democracia representativa e de democracia participativa Nos anos 90 o pa s n o escapou das prescri es neoliberais ditadas pelo tatcheris mo e o Fundo Mon
543. rente s dores do parto de um mundo prometido e que n o chega nunca A pobreza conside rada como nos nossos tempos e des gra adamente tamb m na academia como fen meno natural n o importa o discurso Aten o o discurso da academia tem que ser lido e relido hoje Porque uma coisa o discurso outra coisa s o as premissas con ceituais que eles estabelecem N o devemos nos equivocar com discursos que parecem generosos mas que na realidade s o cheios da pior perversidade isto que no fim ex cluem o seu uso a sua utiliza o quando dos estudos emp ricos por conseguinte quando da possibilidade de aplica o pr tica Ora essa naturaliza o da pobreza que estamos assistindo hoje ela politicamente produzida pelo governo global porque h um governo global N o podemos esconder essa realidade E h a colabora o conscien te de governos nacionais e h a colabora o dos intelectuais contratados para legitimar essa naturaliza o E agora chegamos fase da Hist ria na qual os pobres j n o s o inclu dos j n o pp 15 25 1 sem 2008 17 18 milton santos s o marginais eles s o exclu dos e toda via n o nos preocupamos suficientemente com eles porque a pobreza natural o resultado de uma racionalidade que presi de constru o desse cachorro que busca morder a sua cauda que o mercado glo bal Algo que se justifica a si pr prio cuja motiva
544. res p blicos urbanos foram v rios os instrumentos nor mativos implementados ap s 1984 todos no entanto restritos a regulamenta es re lativas arboriza o e poda de rvores de cretos e resolu es de 1984 1990 1994 2001 2003 e 2006 ado o de reas verdes e outros equipamentos p blicos co mo pra as parques jardins monumentos chafarizes ciclovias 1988 2005 e 2006 regulamenta o do uso desses espa os cadernos metr pole 19 2004 e 1999 ou ainda declara o dos lo calizados nas regi es administrativas das zo nas centro e sul da cidade como reas non aedificandi 1988 Considera es Finais A an lise da legisla o aplicada s encostas cariocas nos ltimos setenta anos permite detectar um descompasso entre a legisla o ambiental avan ada apesar de recente e a legisla o urban stica bem como as legisla es fundi ria e habitacional ultrapassadas e ineficazes Tanto a legisla o ambiental co mo a legisla o urban stica no entanto s o pautadas por normas pontuais e vis es se toriais ditadas muitas vezes ao sabor das conjunturas pol ticas Reveses contradi es e sobreposi es detectados indicam que esse arcabou o legal aparenta ser um conjunto de normas dispersas direcionadas a objetos bem diferentes De um lado a cidade do ou tro a floresta A partir da d cada de 1980 ao mesmo tempo em que a dimens o social do proble ma habitacional
545. retudo em fun o da escala e da gravidade por eles assumidas Esse processo pode ser reconhecido tanto na incorpora o do meio ambiente urbano em agendas e documentos que constituem o marco institucional da rea quanto no seu aparecimento em disciplinas diversas suge rindo a emerg ncia do tema como rea es pec fica de investiga o cient fica Entretanto em que medida se pode afirmar que a delimita o das quest es ambientais urbanas fornece os insumos cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 necess rios a uma gest o ambiental e urba na adequada Mais ainda at que ponto a incorpora o institucional ou disciplinar da quest o apresenta reflexos concretos no es pa o urbano produzido ao longo das ltimas d cadas Nos pa ses em desenvolvimento e es pecialmente no Brasil pode se dizer que a institucionaliza o da quest o ambiental urbana n o apresentou reflexos concretos nas cidades H uma dist ncia consider vel entre o discurso contido nas agendas e documentos e a realidade socioambiental dessas cidades que resulta dentre outros da incapacidade de conceber pol ticas p blicas que levem em conta n o somente o efeito degrada o ambiental social e ur bana mas tamb m suas causas as for mas de produ o do espa o urbano Esse distanciamento tamb m decorre do imenso passivo socioambiental existente nessas ci dades onde os problemas de degrada o socioambiental es
546. ricas com potencial polui dor Nota se na pesquisa que todos os mu nic pios analisados institucionalizaram algum tipo de a o de controle da polui o com maior ou menor amplitude sendo que os que possuem a es mais abrangentes s o nessa ordem Nova Igua u Rio de Janeiro e S o Jo o de Meriti No entanto essas a es de fiscaliza o e controle em geral carecem de amparo formal com o estado resultan do em baixa efic cia na a o reguladora e focos de permanentes contenciosos pol tico administrativos Em rela o s a es de gest o dos re cursos h dricos a quase totalidade situa se no mbito das a es notadamente de com pet ncia local com o munic pio de Nova Igua u Rio de Janeiro e S o Jo o de Meriti nessa ordem assumindo um maior n mero de a es A exce o o Rio de Janeiro que cadernos metr pole 19 pp 165 190 tamb m compartilha com o estado a res ponsabilidade de implanta o e opera o de esta es de monitoramento dos corpos h dricos Entretanto com base na Munic n o poss vel saber a efetividade dessas a es Paradoxalmente s o poucas as a es do poder p blico local na gest o do recurso solo seguramente uma das reas em que o munic pio deve exercer um papel prepon derante no seu planejamento e controle O controle do uso e dos limites ocupa o do solo por exemplo s est previsto nos munic pios do Rio de Janeiro Nova Igua u e S o Jo o
547. rilhas legais para o direito s cidades sustent veis S o Paulo Max Limonad Polis 1999 O direito moradia como responsabilidade do Estado brasileiro In SAULE JUNIOR N org Direito cidade trilhas legais para o direito s cidades sustent veis S o Paulo Max Limonad Polis SILVA J A da 1995 Direito ambiental constitucional 2 ed S o Paulo Malheiros 1997 Direito urban stico brasileiro 3 ed S o Paulo Malheiros 1981 Direito urban stico brasileiro S o Paulo RT Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 67 79 1 sem 2008 79 Pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do Estado Resumo Este trabalho parte do pressuposto que a so ciedade brasileira se organiza cada vez mais de forma horizontal atrav s da constru o de redes de participa o com o objetivo de influir na formula o e na implementa o das pol ticas p blicas Esse processo gera uma rela o de parceria entre o setor p blico e o setor privado e contribui para construir formas de democratiza o das rela es entre o Estado e a sociedade No entanto apesar dos avan os da sociedade que se organiza cada vez mais com base num paradigma p s moderno o Estado por sua vez continua a seguir uma l gica we beriana tecnocr tica vertical hier rquica e at mesmo autorit ria nas suas rela es intrago vernamentais A
548. rio do Meio e AIO1 apresentam as piores condi es refletindo os efeitos delet rios da urbaniza o desor denada sobre a qualidade h drica Considerando se os dados dos pontos Al16 rio Piraquara pr ximo foz e P06 rio Piraquara pr ximo serra verifica se que h grande varia o da qua lidade da gua indicando que as reas pr ximas foz encontram se mais sujeitas press o por urbaniza o Esse fato tam b m levantado por Coelho 2004 que cita desconformidades dos par metros de DBO e de OD nessa regi o portanto as reas urbanas presentes em algumas sub bacias podem representar alto grau de polui o difusa indicando poss vel neces sidade de sua revis o para a minimiza o de efeitos poluidores rio Irai cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 Considera es Pinais Com base na an lise da evolu o do uso do solo observa se aumento significativo das reas urbanizadas entre 1994 e 2000 es pecialmente na regi o contribuinte do pon to AI39 rio do Meio com varia o de 13 para 50 no per odo Nesse mesmo intervalo de tempo tamb m houve redu o das reas florestadas em aproximada mente 109 No per odo seguinte 2000 a 2006 ap s a institui o de alguns instrumentos de gest o visando ao controle e manuten o da qualidade das guas especialmente a cria o de APA s de UTP s e do Sistema Integrado de Prote o dos Mananci
549. rma o de cavidades idem acima fei es c rsticas principal mente cavernas minera es subterr neas devidos a cavidades subterr neas Subsid ncia e colapso altera es das condi es de fluxo de gua subterr nea superexplora o de gua subterr nea escava es subterr neas inst veis idem acima sumidouros tremores vibra es nos terrenos e constru es for ma o de crateras e desa bamentos idem acima por m de maior intensidade e veloci dade de manifesta o presen a de rochas e solos que apresentam aumento de volume ao serem descon finados e sobre a a o da umidade presen a de argi lominerais expans veis Expans o de terrenos cortes que eliminam cama das superficiais protetoras ou desconfinam o material cortes que permitem a a o das intemp ries ondula es e trincas em pisos e pavimentos trincas em paredes material desa gregando nas superf cies de cortes rupturas em taludes muito suaves instabiliza es de taludes de funda es e de cavida des subterr neas ruptura de pavimentos Fonte Cerri e Amaral 1998 p 306 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 michelli beduschi e carlos mello garcias Tabela 7 Medidas de preven o de acidentes geol gicos e a es t cnicas correspondentes Objetivo Medida de preven o A o t cnica Eliminar e ou reduzir os riscos instalados
550. rmas perma nentes que come am inclusive na maneira como nossos bairros s o organizados Ent o o que eu queria dizer se de um lado n s temos esse autoritarismo da globaliza o essa indecis o de governos centrais de instalar uma democracia no pa s essa n o aceita o do debate que pr prio do homem pol tico de um pa s on de muito rala a vontade de produzir um projeto nacional a sorte que haja pobres Sorte nossa de todos n s Num mundo on de a informa o pode se tornar comunica o a comunica o vem de baixo pra cima cadernos metr pole 19 a informa o que vem de cima pra baixo A informa o ela transporta os vetores da racionalidade do pragmatismo ela exclui a emo o e por conseguinte ela retarda a produ o das id ias enquanto que a comu nica o resulta das temporalidades diversas m ltiplas que marcam a exist ncia de cada um de n s Quanto mais diversas as tem poralidades pr ticas dos indiv duos quanto mais diferentes eles forem tanto maior a riqueza da produ o de id ias sobre a vida num lugar Ora e a h uma enorme vantagem pa ra a cidade de Terceiro Mundo em rela o cidade de Primeiro Mundo Por v rias ra z es Uma dessas raz es que as dist ncias entre as pessoas muito maior em toda na tureza a dist ncia econ mica e sobretudo a dist ncia cultural que vem da impossibi lidade de ser moderno Essa impossibilida de de ser mod
551. rnos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 tem limites espaciais n o tem cor forma ou odor Berist in 1998 Entre os conceitos existentes para o ru do t m se um conjunto de sons sem harmonia um conjunto confuso de sons qualquer sensa o auditiva desagrad vel ou que incomoda Esses conceitos sempre denotam o sentido de um som indesej vel que perturba o homem em qualquer uma de suas atividades O conceito de ru do levanta discuss es sobre as suas propriedades Segundo Stansfeld admitir que o ru do seja algo dis tinto de um som de m sica ou fala admitir consequentemente a presen a de compo nentes psicol gicos o ru do visto como um som indesejado implicando a determina o dele ser ou n o indesejado um processo subjetivo e de ordem psicol gica Stansfeld et al 1993 Ao ru do pode ser atribu do um compo nente psicol gico no qual seu significado par ticular e o contexto em que ele acontece s o relevantes na determina o de seus efeitos Cohen et al 1981 Sendo assim na medi o da intensidade do ru do deve se consi derar como de grande relev ncia a sua qua lidade e seu significado subjetivo As caracte r sticas pessoais culturais e sociais tamb m s o fatores importantes na defini o de um som que venha a ser qualificado como ru do Quanto ao aspecto da legisla o tanto nacional como internacional consideram se ru dos todos os sons vocais musica
552. rnos subnacionais Em muitos pa ses federais a redemocrati za o a descentraliza o e as novas Consti tui es mudaram o papel dos entes federa tivos O Brasil um exemplo em que todos esses fatores ocorreram simultaneamente Segundo Castro Alvarenga e Magalh es J nior 2005 a Constitui o de 1988 pp 165 190 1 sem 2008 167 168 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo seguindo a tend ncia de descentraliza o regulamentou pr ticas de gest o participati va delegando aos munic pios um papel im portante na gest o p blica Essa nova forma de governan a apresenta algumas virtudes uma vez que os munic pios se constituem na esfera privilegiada para o entendimento das demandas cotidianas dos cidad os Por sua vez Costa e Pacheco 2006 entendem que a Constitui o de 1988 deu for a ao re surgimento da autonomia mu nicipal em parte como conseg ncia do movimento pela democratiza o como fun damento do sistema federativo Segundo es ses autores o fato que hoje h toda uma experi ncia de gest o local baseada tanto na id ia de participa o quanto na ideolo gia do planejamento estrat gico esta ltima voltada para a inser o das localidades por meio da competi o em uma economia glo balizada e dominada pelas leis de mercado Ambas as tend ncias por mais positivas que possam ser em rela o ao planejamento e gest o locais
553. roblema EPeitos do ru do de tr fego urbano A dificuldade de comprova o do ru do ur bano como causa de uma doen a espec fica tem dificultado a conclus o e a generaliza o dos resultados obtidos em estudos j realizados A invisibilidade a temporalidade e o comportamento n o uniforme carac ter stico do ru do talvez sejam fatores que contribuam para essa situa o Burns 1969 classificou os efeitos do ru do urbano em duas categorias as que podem ocorrer de forma direta e aquelas cadernos metr pole 19 que podem ocorrer de forma indireta sobre os indiv duos Os efeitos diretos envolvem aspectos da percep o do pr prio ru do e das consequ ncias subjetivas imediatas e in cluem o fen meno da sensa o da altura do som a sensa o e a percep o da presen a do ru do interfer ncia imediata na compre ens o de uma fala Os efeitos indiretos in cluem a interfer ncia em dormir ou descan sar O inc modo interfer ncias em ativida des tais como trabalho e lazer e os poss veis efeitos na sa de Os efeitos diretos seriam os fen menos prim rios e os efeitos indi retos s o as consequ ncias da perman ncia do ru do De acordo com Paz et al 2005 o n vel equivalente de ru do de 65 dB A considerado o limiar do conforto ac stico Exposi o cont nua a valores acima desse limite pode causar dist rbios psico fisiol gi cos diversos independentemente da idade tais como dist rbios do
554. rojetada para melhorar a efici ncia das viagens de nibus como cor redores de nibus para evitar os congestio namentos causados pelo excesso de carros Um bom exemplo a diferen a de tempo entre as viagens de Simone e Ana Simone gasta aproximadamente 1h45 para chegar ao trabalho de nibus enquanto Ana gasta apenas 56 minutos de carro No entanto o trabalho de Ana dez quil metros mais dis tante que o de Simone Simone gasta quase o dobro de tempo para cobrir uma dist ncia menor que Ana Motivo das viagens Em rela o aos motivos das viagens trabalho e estudo s o respons veis por 83 96 de viagens enquanto compras lazer e alimen ta o contabilizam apenas 3 10 Esses n meros tamb m variam muito de acordo com a renda Geralmente pessoas de baixa renda Viajam menos para fazer compras e lazer restringindo suas op es ao que est dispon vel em seus pr prios bairros Realmente um das reclama es principais dos moradores das cidades sat lites a falta de op es de lazer nas suas comunidades As participantes desta pesquisa viajam menos durante fins de semana Ana reclamou da falta de op es de entretenimento em Ceil ndia o que a obriga a viajar para Taguatinga e Bras lia Simone tamb m reclamou da falta de op es de la zer em Ceil ndia e restringe suas viagens no fim de semana igreja Os dados de mobilidade para Bras lia indicam uma forte rela o entre pobreza e exclus o social
555. ronmental conflicts in an urban context Finally this paper systematizes the main urban environmental problems emphasizing their connectivity Keywords urban environmental problems public policies slums metropolises urban growth pp 27 47 1 sem 2008 28 lucia sousa e silva e luciana travassos Introdu o A rela o intr nseca que existe entre os as sentamentos urbanos e o seu suporte f sico sempre provocou impactos negativos ou positivos As mudan as nos padr es produ tivos e nas din micas populacionais alteram a natureza desses impactos e consequen temente as condi es socioambientais das aglomera es urbanas A Revolu o Indus trial por exemplo gerou mudan as sig nificativas nesses padr es pontuando um momento no qual a capacidade humana de altera o do meio e de utiliza o dos recur sos naturais aumentou vertiginosamente Se por um lado esse aumento possibilitou um crescimento expressivo da popula o mundial em raz o de uma maior abund ncia de recursos por outro foi respons vel pela diminui o progressiva da capacidade de re sili ncia dos ecossistemas Nesse processo conflitos antigos foram acirrados e novos foram constitu dos tornando cada vez mais complexa a rela o entre os assentamentos urbanos e sua base f sica Embora os problemas ambientais ur banos n o sejam recentes somente nas l timas d cadas come aram a fazer parte da consci ncia p blica sob
556. roveniente do tr fego urbano est o re lacionadas diretamente com a percep o e est o tamb m associadas s especificida des do perfil do indiv duo como sexo idade cadernos metr pole 19 tempo de moradia e prefer ncias do lugar onde moram Quanto cidade de Bras lia embora possa ser considerada uma cidade nova inaugurada h apenas quarenta anos ela j apresenta problemas de car ter ambien tal pr ximos aos das grandes metr poles brasileiras O plano de Bras lia seguindo as ver tentes do urbanismo modernista oferece hoje popula o uma boa qualidade de vida Entretanto identificam se algumas reas residenciais urbanas comprometidas pela polui o sonora em fun o de a prioridade de fluxos cont nuos na circula o de ve culos estar caracterizada na proposta do plano ur ban stico da cidade A pesquisa se limitou rea de resid n cias das superquadras 104 107 em ambas as Asas Entretanto h ainda em Bras lia as quadras de uso residencial 200 400 e 700 que s o dispostas lindeiras s vias Ei xo L Via L2 e Via W3 respectivamente repetindo a situa o analisada neste estudo que se caracterizam por apresentarem um fluxo cont nuo de tr fego serem corredores de transporte coletivo e terem hor rios de pico definidos Essa situa o permite prever que o problema de polui o sonora na cida de seja bem maior e abrangente conside rando se o seu alcance em toda a dimens
557. rquia com autonomia administrativa e financeira enquanto que a AAGISA 8 tamb m era uma autarquia mas especial dotada de autonomia administra tiva e financeira e apresentava se em face da sua natureza jur dica com mais ampla descentraliza o de suas atividades do que a AESA 2 a AESA apresenta uma forte subordi na o hier rquica e maior concentra o de fun es enfeixadas na esfera do executivo 3 a sua Estrutura Organizacional B sica na Dire o Superior mais flex vel do que a Diretoria Colegiada da AAGISA 2 isto os Dirigentes da AESA s o exonerados de acor do com o entendimento do chefe do Executi vo diferentemente da exonera o prevista na AAGISA quando previa textualmente que o dirigente da Ag ncia ap s 6 seis meses de mandato apenas poderia perd lo em de corr ncia de ren ncia de condena o judicial transitada em julgado ou de decis o definiti va em processo administrativo disciplinar 4 a AESA uma autarquia que amplia a capacidade de autonomia gerencial or ament ria e financeira do governo Ao se interpretar extensivamente a Lei 7 779 05 e as proposituras de mudan as da legisla o h drica percebe se que o governo com a cria o dessa institui o torna se mais for talecido na rea de recursos h dricos Por outro lado a sociedade civil organizada per de poder no processo decis rio nas tomadas de decis o O risco de se adotar uma Ag ncia Executiva incumbi
558. rritorial planning or from the formal or de facto lack of these instruments This paper aims to point out the necessary complementarity between specific instruments of the water resources management system and both the classic instruments devised to control urban land use and the new ones included in the Brazilian Statute of the City bringing together empirical and theoretical elements to improve the substantiation of the principles of integrate water resources management Keywords urban planning integrate water resources management instruments for land use control water resources management urban water basins pp 165 190 1 sem 2008 166 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo Introdu o A divis o do espa o em zonas de usos pre ferenciais o instrumento cl ssico de plane jamento para o ordenamento do territ rio Entre as tentativas recentes de estabelecer zoneamentos de abrang ncia nacional pode mos citar o Zoneamento Econ mico Ecol gi co coordenado pelo Minist rio do Meio Am biente MMA por interm dio da Comiss o Coordenadora do Zoneamento Ecol gico Econ mico do Territ rio Nacional CCZEE estabelecida mediante o Decreto 99 540 90 o Zoneamento Agroecol gico ZAE dispos to no artigo 19 da Lei Federal 8 171 91 que trata da pol tica agr cola visando disciplinar a ocupa o do territ rio pelas diversas ativi dades produtivas e o Zoneame
559. rte e Quadras onde foram realizadas a pesquisa e a medi o de ru do Sule 17 gt Norte Orienta o Oeste Leste cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df maior fluxo de ve culos e nibus por prover acesso s quadras 100 300 que s o mais densamente ocupadas O Eixo W situa se ao longo de todo o sentido transversal da cida de indo do in cio da Asa Norte at o final da Asa Sul e apresenta ao longo de toda sua extens o uma zona residencial multifamiliar Figura 2 A numera o das quadras resi denciais inicia se pr xima zona central com o n mero 102 em ambos os sentidos da via norte e sul sendo de car ter cres cente at atingir as quadras de n mero 116 Sule Norte Foi realizada an lise do volume e do comportamento do tr fego ao longo do dia para defini o do trecho da via mais ade quado para o desenvolvimento do presente trabalho tendo sido constatado um maior fluxo de ve culos nas quadras residenciais mais pr ximas zona central Foram sele cionadas dez quadras residenciais pr ximas ao centro cinco quadras na Asa Sul SQSs 104 105 106 107 e 108 e cinco quadras na Asa Norte SQNs 104 105 106 107 e 108 como refer ncia para a aplica o da pesquisa Os blocos selecionados t m suas fachadas principais que compreendem os c modos de sala e quartos paralelas e lindeiras
560. s Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 97 cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 Reflex es sobre o Futuro da sustentabilidade urbana com base em um enPoque socioambiental Resumo Este artigo tem como objetivos apresentar pro postas para planejamento gest o e execu o de interven es em reas urbanas e periurba nas com a aplica o de princ pios de desenvolvi mento sustent vel como forma de aproxima o com novos paradigmas para o desenvolvimento humano que enfrentem de maneira integra da os desafios sociais e ambientais colocados para o mundo contempor neo Com base em pesquisas e atividades profissionais realizadas sobretudo entre 1999 e 2007 procurar se apresentar a causalidade das formas de cons tru o de nossas cidades em rela o crise am biental crise social identifica o dos atores pol ticos sociais constrangimentos tecnol gicos e econ micos envolvidos e propostas de mu dan as para o desafio de se alcan ar a justi a social e a qualidade ambiental Palavras chave gest o urbana e ambien tal bacias hidrogr ficas habita o e meio am biente adapta o mudan as clim ticas meio ambiente urbano cadernos metr pole 19 Laura Machado de Mello Bueno Abstract This paper aims to present proposals for the planning management and implementation of projects in urban and peripheral areas based on sustainable development in order to undertake new para
561. s O Gr fico 3 representa uma mostra dos diferentes setores que podem existir num governo e cada um obedece a sua pr pria l gica dotado de uma agenda espec fi ca aut noma e s vezes ou muitas vezes em competi o no seio do governo Falta uma conex o ou seja uma agenda comum compartilhada por diferentes setores sobre diferentes temas e pol ticas de interesse co mum Os pilares representam tamb m uma estrutura bastante hierarquizada e vertical de administra o O exemplo mais recente e marcante que pode estabelecer uma mudan a impor tante no campo da transectoriza o das pol ticas p blicas notadamente o Granel do Meio Ambiente realizado no m s de outubro de 2007 em Paris O fato de ter sido organizado por um governo de direita pode gerar uma certa desconfian a e falta Gr fico 3 Os pilares setoriais do Governo E Ek a os A 8 S O E O ER D ER UU Sa de Educa o Pol ticas Sociais Agricultura Ind stria e Com rico K Ss E E BS D a S o D gt lt cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 91 92 gustavo tavares da silva de credibilidade No entanto n o se pode negar que se trata de uma experi ncia ino vadora que vai al m das pr ticas tradicio nais da direita conservadora O encontro re ne os membros de diferentes setores do governo quadros dos movimentos so ciais empres rios organiza es sociais inclusive ex militantes do p
562. s Todavia as estat sticas que apontam essa correla o s o pouco substanciadas As altas de pre o le vam a uma diminui o do consumo durante alguns meses mais tarde os usu rios reto mam seus padr es de consumo Uma dimi nui o de consumo mais estrutural pode ser atribu da utiliza o de equipamentos do m sticos poupadores de gua substituindo antigos equipamentos Um outro fator um controle mais apurado de vazamentos e per das nos diferentes setores dos sistemas de abastecimento assim como os impasses da crise econ mica sobre atividades produtivas fortemente consumidoras de gua que ten dem a se retrair Barraqu 2006 Vale lembrar que essa discuss o per tinente no contexto da Europa onde os ser vi os se encontram universalizados e onde essa universaliza o se fez com base em importantes investimentos p blicos a fundo perdido No caso das metr poles brasileiras onde os d ficits no acesso aos servi os ainda s o importantes a situa o mais comple xa A perspectiva de universaliza o dos ser vi os e extens o dos sistemas depende dos financiamentos p blicos o que coloca em quest o uma l gica de gest o baseada ex clusivamente no princ pio de que as receitas devem cobrir os investimentos necess rios extens o dos sistemas No contexto das nossas metr poles as maiores demandas por investimentos em sistemas de abaste cimento de gua e esgotamento sanit rio encontram
563. s de gest o est o de fato adotando os novos paradigmas Entendemos os indicadores como in forma es pontuais no tempo e no espa o cuja integra o e evolu o permitem o acompanhamento din mico da realidade sendo instrumentos b sicos de planejamen to monitoramento de tend ncias e medi o no alcance de metas Eles permitem a avalia o de a es de gest o das guas em reas urbanas e servem de subs dio para um siste ma de governan a da gua A no o de governan a da gua em reas metropolitanas est ligada a um pro cesso de complexifica o da a o p blica isto a busca de um novo modo de a o p blica capaz de coordenar diferentes ato res para atingir objetivos definidos coleti vamente Essa governan a pressup e que sejam superados conflitos e estabelecidos compromissos ela deve superar a fragmen ta o das institui es e uma tend ncia a de senvolver pol ticas setoriais com baixo grau de integra o A governan a da gua repou sa portanto sobre um quadro regulamen tar e legislativo bem estruturado e sobre um modo de gest o participativo e integrado envolvendo diretamente a coopera o entre atores p blicos e a sociedade civil de ma neira a ampliar a efic cia da a o p blica Britto e Formiga Johnosson 2008 discutindo gest o sustent vel da gua em reas metropolitanas no Brasil O trabalho visa assim discutir indica dores que permitam avaliar a quest
564. s a risco ambiental Muito embora a tend ncia quanto conjuga o de pobreza e degrada o j fosse esperada este estudo avan ou em termos estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba da espacializa o do fen meno podendo identificar as reas de poss vel interven o de pol ticas p blicas Quanto quantifica o mais precisa das pessoas envolvidas h ain da a necessidade de se fazer um estudo mais aprofundado no que se refere ao cruzamen to das vari veis selecionadas mas no n vel das reas aqui j identificadas Dado que a metodologia aqui desen volvida de f cil assimila o ela pode Marley Deschamps ser empregada para outras reas com caracter sticas de aglomera es urba nas na identifica o de reas de vulne rabilidade socioambiental podendo n o se restringir ao risco aqui analisado mas ser aplicada para as popula es re sidentes pr ximas a fontes poluidoras lix es em reas com risco de desliza mento podendo at haver sobreposi o de riscos Economista pela Universidade Federal do Paran doutora em Meio Ambiente e Desenvolvi mento pela Universidade Federal do Paran Dem grafa do Centro Latinoamericano de Demo grafia em Santiago Chile Pesquisadora do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econ mico e Social e professora de Gest o e Planejamento Regional e Municipal na Universidade do Contestado Santa Catarina Bras
565. s and of the executive agencies in the power relations balance that pervades the administration of the State s right to water resources handling technologies Keywords environmental law history of water resources public power pp 245 269 1 sem 2008 246 catarina de oliveira buriti erivaldo moreira barbosa e jos ot vio aguiar Chegou a hora de deixar de permitir que essas leis humanas se acumulem tanto mais quando elas reflitam principalmente uma cultura e uma abordagem espec ficas a cultura e a abordagem dos senhores da tecnologia Primeiras palavras Este artigo parte de um di logo entre his toriadores e juristas dedicados an lise das rela es entre as institui es de gest o dos recursos h dricos brasileiros e as demandas democr ticas por autonomia surgidas no seio da sociedade do Nordeste nas ltimas duas d cadas Nosso trabalho ser o de identificar e contextualizar os caminhos de mudan a do modelo de gest o de recursos h dricos da Para ba a partir de meados da d cada de 1990 do s culo XX especifica mente em suas dimens es jur dicas insti tucionais e culturais Assim articulando as contribui es te rico metodol gicas prove nientes desse di logo procuraremos explici tar algumas informa es do arcabou o jur dico institucional federal e principalmente paraibano analisando em simultaneidade as estrat gias desenvolvidas pelo estado no processo de manipula
566. s centros comerciais A exig ncia de separa o e reciclagem dentro do processo produtivo funda mental para criar condi es econ micas de comercializa o dos materiais recicl veis como mat ria prima diminuindo a press o sobre o recursos naturais n o renov veis gt Para isso preciso que o pa s crie uma pol tica de garantia de pre os para os reciclado res fazendo com que a mat ria prima reci cadernos metr pole 19 clada seja mais barata para o industrial que a retirada da natureza pela primeira vez Conforme se analisa na Figura 4 ve rifica se a necessidade de engajamento de todo o sistema socioecon mico na reorga niza o do metabolismo urbano industrial atrav s de incorpora o de sistemas econo micamente vi veis de reparo remanufatura e reciclagem O esquema explicita as oportunidades existentes para a aplica o da pol tica de redu o de retirada de mat rias primas do meio natural e aumento do ciclo de vida dos produtos Atrav s dele podem se tamb m observar as fases que proporcionam ativi dades a um maior n mero de trabalhadores de n vel m dio ou de pouca qualifica o em contraste com a automa o industrial Quanto ao lixo dom stico as solu es de tratamento adequado dos res duos s li dos org nicos para produ o de gases trans formados em energia el trica para consumo urbano industrial j s o aceitas no Mecanis mo de Desenvolvimento Limpo MDL 18 Mas
567. s com a admi nistra o municipal sujeitando as secretaria aos ciclos permanentes de descontinuidade a cada mudan a de comando nas prefeituras O caso mais cr tico o de Mesquita tendo em vista que na ocasi o da pesquisa ne nhum funcion rio da pasta possu a v nculo permanente com a secretaria de meio am biente o que pode estar relacionado ao fato de Mesquita ter se emancipado do munic pio de Nova Igua u muito recentemente e ainda n o ter realizado concursos p blicos para a estrutura o dos seus quadros t cnicos Chama a aten o o fato de apenas quatro dos sete munic pios terem assinado conv nios e acordos administrativos com r g os p blicos o que denota baixa articula o institucional das prefeituras com o governo estadual em mat ria ambiental Somente os munic pios do Rio de Janeiro e S o Jo o de Meriti firmaram acordos administrativos que implicam transfer ncia de atribui es na rea ambiental por parte do estado mesmo assim no caso do Rio de Janeiro restrito a gest o florestal no caso de S o Jo o de Meriti a pesquisa n o especifica a finalidade do acordo firmado Em rela o realiza o de conv nios com outros agentes n o p blicos destacam se Nova Igua u iniciativa privada ONG e ins titui o internacional e Rio de Janeiro ini ciativa privada e institui o internacional Um dos pr requisitos para a efetiva participa o do munic pio no Sistema Nacio nal de Mei
568. s da capacidade de resposta a riscos naturais e sociais Habitat condi es habitacionais e ambientais tipo de moradia saneamento infra estrutura urba na equipamentos riscos de origem ambien tal Capital Humano vari veis como anos de escolaridade alfabetiza o assist ncia esco lar sa de desnutri o aus ncia de capaci dade experi ncia de trabalho Econ mica inser o de trabalho e renda Prote o So cial cotiza o a sistema de aposentadoria cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 cobertura de seguros sociais e outros Capi tal Social participa o pol tica associativis mo inser o em redes de apoio O aprofundamento das problem ticas urbanas habita o demandas infra estrutu rais e acesso a servi os e recursos urbanos decorrentes do processo de urbaniza o demanda a defini o de pol ticas p blicas que assegurem a melhoria da qualidade de vida nas cidades O ndice de Qualidade de Vida Urbana ao mensurar a oferta de servi os e recursos urbanos bem como o acesso da popula o aos mesmos constitui um ndice essencial mente urban stico Enquanto que o ndice de Vulnerabilidade Social ao caracterizar sob v rios aspectos a popula o do lugar constitui um ndice essencialmente popula cional A conjuga o desses ndices permite qualificar e quantificar as demandas sociais de modo a subsidiar o planejamento urbano no processo de tomada de decis es A ef
569. s de coleta de lixo sendo que o restante necessariamente d uma destina o inadequada ao lixo produ cadernos metr pole 19 zido queima ou disposi o de res duos em terrenos baldios e cursos d gua s o alguns dos procedimentos adotados Dentre os re s duos que s o devidamente coletados veri fica se que 47 1 era destinado a aterros sanit rios 22 3 a aterros controlados e 30 5 ainda s o dispostos em lix es Como aponta Chaffun 1997 a ado o dos lix es como solu o para a disposi o final dos res duos s lidos representa s rios riscos ambientais e preju zos sa de pelo fato de n o receberem qualquer tipo de tratamento os lix es produzem gases e subst ncias t xicas que provocam a polui o do ar do solo dos rios e aqu fe ros subterr neos e superficiais al m disso Os lix es se concentram principalmente nos bairros perif ricos onde vive a parcela mais pobre da popula o Outro problema atinente s grandes ci dades se refere escassez de reas verdes e pp 27 47 1 sem 2008 39 lucia sousa e silva e luciana travassos Fotos 3 e 4 APluente do Rio Aricanduva na Zona Leste de S o Paulo em 1997 Fonte Luciana Travassos excessiva impermeabiliza o do solo com reflexos diretos no aumento da temperatu ra das reas urbanas e na agudiza o das enchentes Enquanto a presen a de reas verdes em centros urbanos contribui para o equil brio
570. s eles est o implicados nessa busca de solu es que nessa fase eram en t o vistas como solu es de Estado Talvez voc s se lembrem de Josu de Castro grande pernambucano que desco briu ao mesmo tempo a fome e o consumo Foi o primeiro especialista evidentemente que tinha que ser um ge grafo a descobrir essa no o que iria revolucionar o entendi mento do processo hist rico na metade do s culo XX o futuro das megacidades dualidade entre o poder e a pobreza A fome era localizada N o era essa fo me generalizada que h hoje E os pobres co me aram a ser chamados de marginais Eles n o eram inclu dos eles n o eram exclu dos Havia uma vergonha de se ter pobres e os especialistas os chamavam de marginais com o protesto de alguns que por isso mes mo n o eram escutados porque af come a o momento em que para ser escutado o in telectual tem que estar de acordo com quem manda de uma forma ou de outra A n s chegamos fase atual que a da pobreza estrutural globalizada Fase na qual h uma produ o globalizada da po breza Uma produ o cient fica da pobreza com ajuda desses chamados intelectuais De modo que a pobreza passa a ser vista como tamb m um resultado de um sistema de a o deliberado Para retomar Weber interpretado por Habermas e tam b m por muita gente mais uma produ o volunt ria da pobreza uma decis o de criar a pobreza resultado de um fen meno que n
571. s fora do pa s mas que t m repercuss es dentro do pa s entre elas a produ o da pobreza Isso tamb m v li do para o Primeiro Mundo Todos os tipos de capital podem se ins talar na cidade Todos os tipos de trabalho o futuro das megacidades dualidade entre o poder e a pobreza tamb m se instalam na cidade E por isso que a cidade resiste globaliza o O campo n o pode resistir A cidade n o tem outra forma n o tem outro rem dio se n o o de resistir globaliza o E a vale a pena at agradecer aos generais que governaram porque a produ o de pobres que eles co me aram tornou se um dado fundamental dessa descoberta poss vel do futuro na cida de isto a presen a de imigrantes O imigrante n o tem h bitos ele traz h bitos que n o se adaptam realidade Ele obrigado a pensar e n s outros que somos velhos moradores urbanos estamos acostumados cidade por conseguinte o nosso pensamento sobre ela frequente mente pobre N o sei se o IBGE j decidiu suprimir aquela classifica o curios ssima dos imi grantes que tinham mais de dez anos dos imigrantes que tinham menos de dez anos como se fossem est pidos Porque imigrante era est pido N o O imigrante o pobre que descobre a cidade porque ele obriga do a conviver com ela segundo normas que estabelecem todos os dias Enquanto que n s outros das classes m dias das classes abastadas estabelecemos no
572. s j existentes construir co munidades completas com foco nos centros locais das cidades oferecendo popula o maiores oportunidades para trabalhar com prar e ter acesso a servi os mais perto dos lugares onde mora e aumentar as escolhas de transporte para reduzir a depend ncia de circula o ao carro individual encorajando alternativas cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 Uma das formas de impedir a expan s o dos loteamentos irregulares pr ximos s unidades de conserva o al m da fisca liza o eficaz e justa a cria o da oferta de resid ncias mais acess veis pr ximas a atividades de emprego e renda com pou cos gastos em transporte urbano ou seja ao centro urbano que trataremos adiante Nesses projetos as atividades de participa o e educa o sanit ria e ambiental s o in tegradas e associadas a informa es sobre direitos e deveres dos moradores usu rios comerciantes e do poder p blico As reas periurbanas das cidades m dias grandes e das metr poles t m trans formado seu papel na explora o capitalis ta As estradas e avenidas s o voltadas ao autom vel individual e ao transporte de mercadorias just in time o que dificulta a circula o do sistema de transporte coletivo dos pedestres e ciclistas Os acostamentos defensas e taludes de estradas viadutos e passarelas s o projetados sem considerar sua exist ncia As reas rurais de produ o agr col
573. s n o protegidos constru o de vilas caminhos e trilhas que concentram o escoamento constru o de reservat rios impactos nas margens e a jusante reas de solo nu solos sem horizontes superficiais fei es erosivas lineares sul cos ravinas bo orocas dep sitos de sedimentos meia encosta asseroamento de fundo de vales quedas de moradias des trui o de ruas e equipa mentos urbanos perda de solo agricult vel soterra mento de estradas e de planta es de v rzeas im pactos diversos nos recursos h dricos polui o perda de volume armazenado etc 65 plan cie ou baixadas com presen a de solos moles continentais ou marinhos Subsid ncia por adensamento obras com funda es ina dequadas escava es sem conten o apropriada re baixamento n o controlado no len ol fre tico super explora o de gua subter r nea inclina o de pr dios desnivelamento acentuado entre estruturas e os terre nos adjacentes trincas no terreno em pavimentos e edifica es inutiliza o de constru es devido a recalques exces sivos ou mesmo rupturas rompimento de galerias encanamentos e tubos sub terr neos vazamentos presen a de solos que apre sentam recalques importan tes quando saturados e sub metidos a sobrecargas Colapso de solos obras que provocam a sa tura o dos solos de funda o rompimento de dutos idem acima afundamentos e fo
574. s olhares sobre a fundamen ta o conceitual da legisla o produzida para orientar controlar a ocupa o das montanhas e margens dos cursos d gua da cidade Trata se de tema emergente tendo em vista o intenso debate em mbito federal e munici pal sobre o destino das reas de preserva o permanente em meio urbano as quais abran gem as montanhas e rios Essa contribui o pretende fornecer subs dios para a elabora o de pol ticas p blicas que aproximem as quest es urbana e ambiental e tenham como foco a prote o de paisagens Palavras chave paisagem legisla o mon tanhas e rios floresta cidade reas de preser va o permanente espa os livres cadernos metr pole 19 municipal 1937 2007 M nica Bahia Schlee Vera Regina T ngari Abstract The main purpose of this paper is to disseminate a discussion on the limits between urbanization and environmental preservation in the mountains of Rio de Janeiro The paper provides a critical analysis of environmental and urban planning legislation established in the municipal level between 1937 and 2007 The purpose is to encourage new analyses of the conceptual framework that supports the legislation produced to orient and control occupation in the mountains and margins of the city s rivers This emergent subject has provoked intense debates in the national and municipal spheres on the destiny of the Permanent Preservation Areas APPs which include m
575. s planos diretores de ordenamento urbano Obviamente a pretens o desse arti go n o dar respostas conclusivas a essas quest es Ao contr rio busca se aqui trazer o tema da gest o integrada dos recursos h dricos para o debate focando a discuss o nas quest es relativas integra o da ges t o dos recursos h dricos com o planejamen to do uso do solo urbano Parte se da hip tese da exist ncia de uma zona de sombra na gest o de recursos h dricos no que concerne s interfaces com os aspectos relacionados s pol ticas urbanas de gest o do territ rio particularmente em bacias urbanas ou em bacias cuja quest o central para os recursos h dricos resida nas press es de natureza urbana como o caso das regi es metropolitanas brasileiras papel do governo municipal proceder interlocu o com a sociedade visando re gular as a es coletivas e individuais p blicas e privadas que ocorrem no territ rio Nesse sentido deve se admitir que os instrumen tos legais disciplinadores do uso do solo pa ra terem xito t m que estar incorporados na rotina decis ria da burocracia municipal e pactuados com o conjunto da sociedade Em outras palavras essas diretrizes teriam que ser parte dos procedimentos licenciado res e de gest o do territ rio e integradas o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas as legisla es que tratam de loteamentos constru
576. s por lote e a taxa de impermeabiliza o correspondente rea de terreno n o edific vel e n o pavimentada para reduzir a vaz o de guas pluviais sobre o sistema de drenagem entre outros Esses par metros s o definidos em rela o a cada zona como mencionado mas tamb m em rela o ao ti po de uso permitido podendo ser diferen tes para usos comerciais e residenciais por exemplo A taxa de impermeabiliza o de uso recente j um par metro urban stico que incorpora preocupa es com a quest o da gest o da gua no caso aquelas relativas drenagem urbana e Parcelamento do solo define se por um conjunto de normas relativas aos pro cessos de loteamento desmembramento ou remembramento de terrenos Os par metros mais usuais s o o tamanho m ni mo do lote em fun o da zona as reas de doa o obrigat rias para equipamentos p blicos para reas verdes para sistema vi rio as dimens es m nimas de ruas e a infra estrutura a ser implantada obrigato riamente pelo loteador A legisla o local foi regida at 1999 pela lei 6 766 79 que estabelecia alguns par metros b sicos como lote m nimo de 125 m e rea de doa o de pp 165 190 1 sem 2008 175 176 paulo roberto ferreira carneiro adauto L cio cardoso e jos paulo soares de azevedo 35 A Lei Federal 9785 1999 modificou alguns dos artigos da 6 766 deixando aos munic pios a responsabilidade pela fixa o
577. s recursos h dricos no Brasil rea de coopera o com o Banco Mundial Bras lia Banco Mundial DEPARTMENT OF ENVIRONMENT TRANSPORT AND REGIONS DERT A better quality of life a strategy for sustainable development for the United Kingdom Londres 1999 DI PIETRO M S Z 2004 Direito administrativo 17 ed S o Paulo Atlas DOWBOR L 2005 Economia da gua In Administrando a gua como se fosse importante gest o ambiental e sustentabilidade S o Paulo Senac cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 days interfaces entre a environmental history e o direito ambiental FALC O R B 2000 Hermen utica S o Paulo Malheiros FERREIRA A B de H 1999 Novo dicion rio da l ngua portuguesa 3 ed Rio de Janeiro Nova Fronteira FIORILLO C A P 2003 Curso de direito ambiental brasileiro 4 ed S o Paulo Saraiva 2004 Princ pios do processo ambiental S o Paulo Saraiva GRANZIERA M L M 2001 Direito de guas disciplina jur dica das guas doces S o Paulo Atlas H BERLE P 1997 Hermen utica constitucional e sociedade aberta dos int rpretes da consti tui o contribui o para a interpreta o pluralista e procedimental da constitui o Trad Gilmar Ferreira Mendes Porto Alegre Fabris LANNA A E 2001 Instrumentos econ micos de gest o das guas aplica es no Brasil Bra s lia Minist rio do Meio Ambiente LANNA A E PEREIRA J S
578. sen a comum na cidade para obter se uma avalia o mais abrangente e referencial do ru do de tr fego urbano co mo polui o Diante dessas premissas foi seleciona da a cidade de Bras lia Figura 1 Bras lia foi fundada em 1960 e caracteriza se por seu plano urban stico que incorpora id ias modernistas fundamentais e apresenta um planejamento pr vio de uso e ocupa o do solo urbano de toda a rea prevista Hoje a cidade de Bras lia tombada pela Unesco como patrim nio hist rico da humanidade representando os ideais e as vertentes do urbanismo modernista Segundo proje o a cidade teria 200 000 mil habitantes em 2006 e todo o Distrito Federal cerca de 2 300 000 habitantes A considera o de toda a popula o do DF importante pois Bras lia tem um papel centralizador das ati vidades administrativas levando a uma cir cula o de pessoas em suas vias bem supe rior da pr pria cidade Um cruzamento axial entre dois eixos vi rios norte sul e leste oeste define a rea de desenvolvimento urbano como mostram as Figuras 1 e 2 Os edif cios p blicos s o dispostos ao longo do eixo dire o leste oeste Eixo Monumental Figura 2 Cidade de Bras lia DF Asas Sul e Norte cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 322 monica nunes e helena ribeiro As zonas residenciais s o dispostas ao longo dos eixos rodovi rios na dire o nor te sul e sul norte Fi
579. side h um tempo razo vel na rea e se diz acostuma da com o ru do do tr fego nas proximidades de sua resid ncia n o demonstrando ser afetada quando ocorrem varia es bruscas de ru do proveniente do tr fego local Esse comportamento revela se mais evidente nos homens pois as mulheres ainda se assustam bastante interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df Quadro 2 Caracteriza o da amostra quanto sensibilidade e percep o do ru do do tr Pego urbano Tempo Op es de respostas Frequ ncia moradia Tempo de perman ncia di ria horas 4 6 62 2 7 10 20 2 gt 10 17 6 lt IDADE FEM x 21 21 bi HA df 4 p 0 00 df 2 p 0 03 Tempo de perman ncia final de semana horas 4 6 7 10 gt 10 N vel de sensibilidade ao ru do alta m dia baixa Avalia o do apartamento muito barulhento FEM 7 9 81 df 2 p 0 007 barulhento moderado silencioso lt IDADE x 4 79 df 1 p 0 03 Assusta se com o barulho FEM 331 x 6 8 df 1 p 0 009 Mant m as janelas fechadas lt IDADE Incomoda lt IDADE 2 16 2 df 2 p 0 00 N vel de inc modo nenhum pouco lt IDADE x 11 9 df 2 p 0 002 m dio muito Costume FEM x 4 78 df 1 p 0 03 revela uma tend ncia n o significante estatisticamente associa o estatisticamente sig
580. sono diminui o da performance laboral hipertens o e agrava mento de doen as cardiovasculares Admitindo se ser o tr fego urbano a maior fonte de ru do urbano limites v m sendo estabelecidos atrav s de legisla o em todos os pa ses que buscam cada vez mais reduzir a intensidade de ru dos produ zidos pelos ve culos O Brasil tem adotado alguns dos proce dimentos da legisla o e dos limites estabe lecidos pelos pa ses europeus Os principais s o dados pelas normas NBR 10151 e NBR 10152 da Associa o Brasileira de Normas T cnicas e pelas resolu es 001 de 11 2 93 Conselho Nacional de Meio Ambiente Co nama 1993 e 002 Conama 1990 En tretanto o poder de controle do problema pelo governo continua limitado diante da dimens o do n vel de polui o sonora pre sente nas cidades pp 319 338 1 sem 2008 327 328 monica nunes e helena ribeiro V rios estudos localizados t m de monstrado que o problema se apresenta em cidades de diferentes portes e tem afetado com maior ou menor intensidade diferentes grupos populacionais de operadores de tr fego que est o diretamente expostos a seus efeitos Murta et al 2004 a estudantes de v rios n veis de ensino que mesmo em am biente escolar convivem com n veis de ru do de tr fego de avi es carros de passeio caminh es carros de propaganda motoci cletas nibus dentre outros que excedem limites recomendados pela legisla
581. sos h dricos a prote o dos ma nanciais e a qualidade de vida dos habitan tes que hoje ali est o associam se direta e prioritariamente garantia do pleno abas tecimento de gua para a metr pole o que requer um servi o constante de saneamento ambiental seja com coleta e tratamento de esgotos seja com drenagem coleta e trata mento de res duos Este artigo parte das reflex es de pesquisa em andamento busca analisar as interfaces e os conflitos entre os instrumen cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 tos ambientais e urbanos que incidem sobre as reas protegidas Tal reflex o tem como ponto de partida os instrumentos que en volvem atualmente as reas de prote o dos mananciais na RMSP em seus poss veis des dobramentos e articula es com as pol ticas regionais e urbanas A partir da an lise do caso da sub bacia Guarapiranga discute se acerca dos limites e das possibilidades de aplica o de novos instrumentos de ges t o ambiental e urbana institu dos a partir da Constitui o Federal de 1988 fundados em conceitos contempor neos que incidem sobre a flexibiliza o de normas sobre a compensa o ambiental e a recupera o do ambiente urbano com base em arranjos ins titucionais considerados inovadores Gest o de bacia hidrogr Pica um caminho em dire o gest o integrada do territ rio A gua um dos recursos naturais mais im portantes no territ rio representand
582. spon vel em lt http Avww sigrh sp gov br sigrh basecon lrh2000 1rh2000 htm gt Acesso em 27 fev 2008 Lei Estadual n 12 233 de 17 de janeiro de 2006 Dispon vel em lt http Avww ma nanciais org br upload lei estadual 12233 06 lei guarapiranga pdf gt Acesso em 14 abr 2007 SMA COBRAPE 2006 A Lei Espec fica e os planos diretores municipais Relat rio Parcial 1 CD rom Contrato SMA CPLEA n 03 06 SANT ANNA D B de 2007 Cidade das guas Usos de rios c rregos bicas e chafarizes em S o Paulo 1822 1901 S o Paulo Editora Senac cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 163 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato SARAIVA M da G A 1999 O rio como paisagem gest o de corredores fluviais no quadro do ordenamento do territ rio Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian SILVA R T 2002 Gest o Integrada de Bacias Hidrogr ficas densamente urbanizadas In FONSECA R B org Livro Verde desafios para a gest o da Regi o Metropolitana de Campinas Campinas SP Unicamp E pp 451 484 Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 164 cadernos metr pole 19 pp 143 164 1 sem 2008 O planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas o caso da bacia dos rios Igua u Sarapu Resumo A lei 9 433 97 e seus textos regulamentares asseguraram a participa o dos munic pios no sistema de gest o de rec
583. ssoais de vido a circunst ncias econ micas Se uma pessoa n o consegue acessar oportunidades de trabalho ou atividades educacionais as suas oportunidades de melhorar sua condi o econ mica s o extremamente reduzi das Como a absoluta maioria da popula o pobre depende do transporte p blico e do n o motorizado as suas tarifas precisam pp 293 317 Io sem 2008 297 298 carolina pescatori candido da silva e caru bowns estar de acordo com o poder aquisitivo des tas camadas sociais Tamb m n o socialmente sustent vel que pessoas que podem pagar pelo trans porte privado gastem proporcionalmente menos de sua renda que as pessoas que de pendem do transporte p blico Se concor damos que o transporte p blico mais am bientalmente sustent vel do que o privado e que as paisagens urbanas que s o planejadas para o carro s o prejudiciais urbanidade e vitalidade social esse privil gio n o est de acordo com a sustentabilidade social no transporte Os dados incluem an lises do percentual da renda mensal gasto com transporte e o custo da tarifa do transporte p blico com parado ao sal rio m nimo Mobilidade Como a mobilidade depende da performan ce dos sistemas de transporte e das caracte r sticas individuais dos usu rios o n vel de mobilidade um bom crit rio para avaliar equidade no transporte O n vel de mobilida de o n mero de viagens feitas por dia por uma pessoa exclu
584. st ncia de estoques de terras livres a aus ncia de infra estrutura instalada a precariedade de servi os p blicos a longa dist ncia dos cen tros urbanos a baixa qualidade dos lotea mentos e a clandestinidade generalizada rebaixam o seu valor no mercado imobili rio e possibilitam o seu acesso por parte da po pula o de menores recursos A conjuga o de determinadas circunst ncias dentre as quais a aus ncia sistem tica do poder p blico na provis o de pol ticas p blicas habi tacionais de interesse social fez com que o ent o denominado modelo de expans o pe rif rica prevalecesse no contexto brasileiro desde a d cada de 1950 e se transformasse em uma das formas de acesso habitacional mais significativa do pa s pp 27 47 1 sem 2008 33 34 lucia sousa e silva e luciana travassos Al m do movimento de periferiza o das cidades observa se a partir da d cada de 1980 um processo crescente de fave liza o nas regi es metropolitanas brasi leiras Durante a referida d cada os dados do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica apontam ndices de crescimento da ordem de 118 33 em rela o popu la o residente em favelas e de 133 19 no tangente aos domic lios situados em fa velas destacando se o crescimento nas re gi es de Bel m Recife Curitiba e S o Paulo Grostein 2001 Via de regra a expans o de reas peri f ricas e a ocupa o de reas i
585. st moderne Paris LGD DEFARGES P M 2003 La gouvernance Paris PUF Collection Que sais je DREYFUS F e EYMERI J M sous la direction de 2006 Science politique de l administration Une approche comparative Paris Economica DURAN P 2006 Gen se de l analyse des politiques publiques In BOUSSAGUET L JACQUOT S e RAVINET P sous la direction de Dictionnaire des politiques publiques Paris Presses de la Fondation Nationale des Sciences Politiques pp 234 244 ELLWOOD J W 1996 Political Science In KETTL D F e MILWARD H B edited by The State of Public Management Baltimore and London The John Hopkins University Press pp 51 74 GROSSMAN E 2006 Acteur In BOUSSAGUET L JACQUOT S e RAVINET P sous la direction de Dictionnaire des politiques publiques Paris Presses de la Fondation Natio nale des Sciences Politiques pp 25 31 GU RARD S sous la coordinations de 2004 Crise et mutation de la d mocratie locale En Anglaterre en France et en Allemagne Paris L Harmattan HIRST P 1992 A democracia representativa e seus limites Rio de Janeiro Jorge Zahar HOFFMANN MARTINOT V e SORBETS C sous la direction de 2003 D mocracies locales en changement Paris Pedone KETTL D F 1996 Introduction In KETTL D F e MILWARD H B edited by The State of Public Management Baltimore and London The John Hopkins University Press
586. sta ditada pela falta de alternativas de habita o para as camadas de baixa ren da 2003 O problema grave e de dif cil solu o pois est diretamente ligado situ a o de pobreza cr nica em que vive parte importante da popula o que n o consegue aceder moradia dentro do mercado formal de habita o e inexist ncia de pol ticas de provis o de habita o popular para a po pula o de baixa renda Recoloca se aqui a quest o da estrat gia da sociedade com re la o ao bin mio necessidade limites Uma estrat gia claramente definida o primeiro passo para encontrar uma solu o para o conflito entre a prote o de mananciais e a necessidade de morar dos grupos exclu dos do mercado formal da habita o Com rela o quest o da prote o das faixas marginais aos rios e lagoas conside ramos importantes alguns aspectos e revisar os par metros estabelecidos na legisla o federal e estadual relativa s fai xas marginais de forma que esta se adegue a uma nova realidade marcada pelo cres cimento urbano intenso e pelo aumento da demanda por habita o Nesse sentido deve se pensar na possibilidade de redu o das faixas de prote o determinadas na lei federal e estadual com base em crit rios de vaz o de cursos de gua e desenvolver propostas para o uso racio nal desses espa os que conciliem a formas de uso urbano com as fun es de preser va o da qualidade ambiental tais como am
587. studa na Ceil ndia Suas faculdades est o situadas no Plano Piloto ou em Ta guatinga o que acrescenta desafios s suas rotinas como mais tempo e dinheiro gastos em transporte e seguran a Mobilidade Outro aspecto analisado pelos crit rios o n vel de mobilidade O n vel de mobilidade m dio para Bras lia 1 4 viagens por pes soa por dia incluindo se viagens a p com mais de 15 minutos de dura o Quando as viagens a p s o exclu das a mobilidade m dia cai para 1 02 N o surpreendentemente h grandes diferen as entre as reas mais ricas e mais pobres Por exemplo o n vel de mobilidade de moradores do Plano Piloto 1 86 enquanto em Planaltina de apenas 1 08 As pessoas com rendas mais baixas viajam menos limitando suas viagens ao m nimo necess rio Os n meros do crit rio de motivos de viagem confirmam esse fato A divis o modal do transporte viagens por modo de transporte em Bras lia se melhante a outras cidades brasileiras e cida des em outros pa ses em desenvolvimento com altas porcentagens de viagens feitas por transporte p blico e a p especialmente quando comparadas a pa ses desenvolvidos Em Bras lia o transporte p blico respon de por 33 das viagens o transporte pri vado por 37 viagens a p por 28 e pp 293 317 1 sem 2008 311 312 carolina pescatori candido da silva e caru bowns as bicicletas e motocicletas respondem por apenas 2 Os modos ma
588. suas margens e solos fr geis s o apropria dos de forma indevida por popula o sem op o de moradia evidenciando situa es simult neas de incompatibilidade e ilegalida de da ocupa o urbana ou mesmo atua es desarticuladas entre os setores ligados aos recursos h dricos e outras pol ticas setoriais relativas ao uso do territ rio Alvim 2007 Para Alvim ibid a gua um dos recursos ambientais que mais deixam vis veis as rela es de conflito entre socieda de territ rio e desenvolvimento Alcan ar o desenvolvimento sustent vel adotando a bacia hidrogr fica como uma unidade de planejamento e gest o significa estabelecer rela es equilibradas entre os diversos com ponentes desse territ rio entre eles a so ciedade o desenvolvimento econ mico e o meio ambiente As recoloca es constantes das ques t es ambientais no mundo contempor neo e as diferentes experi ncias e perspectivas de gest o dos recursos h dricos como um cadernos metr pole 19 componente estrat gico do meio ambiente remetem de maneira expl cita no o de desenvolvimento sustent vel Importante ressaltar que essa no o hoje ampla e indiscriminadamente utilizada revela conforme Costa 1999 p 55 mais imprecis o do que clareza em torno de seu significado e comporta uma gama vari vel de discursos pr ticas e interlocutores Munhoz 2000 pontua que a propos ta de desenvolvimento sustent vel quando inc
589. sultados das medi es dos ndices de ru do realizadas na rea de estudo mos traram valores dos n veis de ru do com as janelas abertas 68 dbA a 71 dbA supe riores em at 15 db A aos limites reco mendados para o per odo diurno 55 dbA e noturno 50 dbA Os n veis de ru do ob tidos com as janelas fechadas 53 dbA a 62 dbA mostraram se tamb m superiores aos recomendados para ambos os per odos ul trapassando os em at 7 db A Considerando que o ru do se compor ta em uma escala logar tmica os n veis de ru do detectados significam a ocorr ncia de uma intensidade muito grande e bem acima dos n veis recomendados nas resid ncias Esses n veis comprometem as condi es de qualidade ambiental e portanto verifica se que o problema de polui o sonora existe na zona residencial lindeira ao eixo RW Conclui se ent o que os ndices de ru do detectados tanto na rea externa como nas resid ncias caracterizam uma situa o problem tica de polui o sonora na rea de estudo Diante das caracter sticas do plano urban stico de Bras lia pode se prever que esse problema atinja a cidade em maior es cala pois h uma grande oferta residencial 1 sem 2008 interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df multifamiliar ao longo de todo o eixo rodo vi rio W oeste e tamb m ao longo do eixo rodovi rio L leste Qualidade ambiental da
590. t nua neglig ncia relacionada s necessi dades b sicas dos pobres somada aos cres centes problemas ambientais apresenta um grande peso sobre a sa de urbana e a pro dutividade e faz com que a diminui o da pobreza seja uma condi o essencial para a redu o dos riscos ambientais Nessa mes ma linha Grostein 1999 argumenta que num territ rio urbanizado onde prevalece a cadernos metr pole 19 escassez de terra adequada para o assen tamento das popula es de baixa renda ou a urbanifica o insuficiente do territ rio associada implanta o dos assentamentos populares em um quadro de exclus o e po breza os problemas ambientais dificilmente ser o equacionados sem a formula o de uma pol tica habitacional adequada Parece claro que os problemas am bientais urbanos n o se resumem somente aqueles diretamente associados pobreza urbana A polui o do ar decorrente da pro du o industrial e do aumento da circula o de ve culos ou o aumento do tr fego e do congestionamento das vias p blicas por exemplo problemas frequentes nos pa ses do primeiro mundo mas n o restritos aos mesmos relacionam se principalmente com as op es de desenvolvimento econ mi co adotadas e atingem indiscriminadamente o conjunto da popula o urbana Nos pa ses em desenvolvimento contudo a rela o en tre pobreza desenvolvimento econ mico e meio ambiente atributo marcante do pro cesso de desenvolvim
591. t o muito al m da capaci dade de seu equacionamento Conhecer e compreender tais quest es e suas sobreposi es essencial para subsidiar a constru o de pol ticas p blicas integradas que atuem nas m ltiplas causas dos proble mas socioambientais urbanos Nesse sentido o artigo que ora se apresenta se subdivide em tr s partes Na primeira procurou se mostrar a institucionaliza o da quest o am biental urbana por meio da observa o da incorpora o do meio ambiente urbano em agendas e documentos Na segunda parte s o analisadas as causas dos conflitos socioam bientais urbanos contempor neos com en foque nos processos de produ o do espa o urbano Por fim faz se um retrato da situa o atual dos problemas ambientais urbanos estabelecendo as rela es intr nsecas entre problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas esses e suas m ltiplas causas evidenciando que as a es do poder p blico visando o seu enfrentamento n o podem ser setoriais ou reativas mas integradas e proativas A institucionaliza o da quest o ambiental urbana Muito embora a produ o do espa o urba no ao longo das ltimas d cadas esteja as sociada a um acirramento dos problemas ambientais urbanos observa se uma pau latina amplia o da consci ncia p blica a respeito desses problemas bem como um reconhecimento cada vez mais profundo da dimens o ambiental subjace
592. t vel e de sustentabilidade faz com que cada vez que fazemos refer ncia a eles seja necess rio nos situarmos dentro desse campo discursivo cadernos metr pole 19 op 123 142 1 sem 2008 125 126 ana l cia britto e bernard barraqu Reconhecendo a perspectiva do cam po discursivo e a dificuldade de constru o de uma defini o consensual consideramos que a no o de sustentabilidade implica uma id ia de justi a justi a entre os membros da mesma gera o intrageracional entre ge ra es intergeracional e justi a com rela o natureza A essa id ia de justi a agre ga se a discuss o de padr es de consumo que se orienta em uma dupla perspectiva a universaliza o do atendimento de necessi dades b sicas e a redu o do desperd cio o que implica necessariamente uma reflex o sobre padr es de demanda e modalidades de oferta de bens e servi os De fato a partir dessa id ia de justi a que se constr i na Europa uma estrat gia voltada para a constru o da sustentabilida de baseada em tr s termos efic cia rela o custo benef cio adequada equidade justa distribui o de recursos a todos os segmen tos da popula o e integridade ecossist mi ca a preserva o de processos ecol gicos Vlachos e Braga 2001 Essa estrat gia deu origem a uma s rie de estudos voltados para a produ o de indicadores que permitissem avaliar as dimens es da sustentabilidade on
593. ta Trabalho resultado de Tese de Doutorado Faculdade de Sa de P blica da Universidade de S o Paulo Refer ncias ABNT Associa o Brasileira de Normas T cnicas 1997 NBR 10152 12 1997 Esta norma fixa os n veis de ru do compat veis com o conforto ac stico em ambientes diversos Rio de Ja neiro available to http www abnt org br servi os htm 14 10 2008 2000 NBR 10151 06 2000 Esta norma fixa condi es para avalia o da aceitabilida de do ru do em comunidades Especifica um m todo para a medi o de ru do e aplica o de corre es nos n veis medidos Atualizada Julho de 2000 available to http www abnt org br servi os htm 8 9 2000 cadernos metr pole 19 pp 319 338 1 sem 2008 interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df AGUERRI S P e CELMA C J 1993 Effects of noise on the citizen and its repercussions on municipal management In Sixth International Congress on Noise as a Public Health 1993 jul 5 9 Nice France Michel Vallet v 2 pp 323 5 BERIST IN S 1998 El ru do es un serio contaminante In 1 Congresso Iberoamericano de Ac stica abril 4 8 Florian polis Brasil Fabio Francisco Nunes pp 135 46 BURNS W 1969 Noise and man Londres J B Lippincott Company COHEN S GLASS D C e SINGER J E 1973 Apartment noise auditory discrimination and reading ability in children J Exp Soc Psycho
594. tada ou pelo contato f sico com guas polu das De acordo com Hogan 1995 essas doen as de maior gravidade nas regi es mais pobres tamb m matam nas periferias das grandes cidades Confirmando as observa es do autor dados do ltimo re lat rio da UN Habitat 2005 mostram que problemas ambientais urbanos desafios para a elabora o de pol ticas p blicas integradas Figura 1 Taxa de mortalidade de crian as menores de cinco anos em cidades selecionadas 100 80 60 Mortes por mil nascimentos Total ER Urbano CC Urbano Prec rio Fonte UN Habitat 2005 Programa de Indicadores Urbanos Fase Il apud Un Habitat 2006 as condi es de sa de dos pobres urbanos compar vel e por vezes pior que aquelas auferidas nas regi es rurais de seus pa ses como pode ser observado na Figura 1 Complementarmente a disposi o de res duos s lidos e efluentes dom sticos em cursos d gua apresenta um papel preponde rante na contamina o de guas superficiais e subterr neas muitas vezes tornando as indispon veis ao abastecimento p blico assim como no processo de assoreamento dos rios agravando sobremaneira o pro blema das enchentes urbanas Os res duos s lidos dom sticos tam b m s o um problema que pode ser trans formado em amea a ambiental De acordo com dados do Censo Demogr fico de 2000 76 4 dos domic lios urbanos brasileiros s o cobertos por servi o
595. tas foram compiladas e con vertidas em valores num ricos para serem tabuladas e analisadas Medi o do ru do do tr Pego A etapa de medi o do ru do do tr fego ur bano foi efetuada no mesmo semestre em que foram aplicados os question rios Foram utilizados dois equipamentos para as medi es um medidor de n vel de press o sonora anal gico marca Entel bra ETB 42A s rie AM134 sendo o ou tro um medidor de n vel de press o sono ra dos metro digital que fornece a m dia temporal dos v rios n veis de ru do marca Rionco NL 04 JISC 1505 1900 IEC 651 1979 Type 2 IEC 804 1985 Type 2 A utiliza o do equipamento anal gico seguiu as recomenda es preconizadas pela Com panhia de Tecnologia de Saneamento Am biental SP Cetesb Os dois equipamentos estavam devidamente calibrados interfer ncias do ru do do tr fego urbano na qualidade de vida zona residencial de brar lia df As medi es foram feitas em dois pon tos na Asa Sul e dois na Asa Norte nas res pectivas quadras de n meros 104 e 108 Os dados foram coletados nos hor rios entre 7 horas e 8 horas da manh e entre 17h45min e 19 horas da noite com medi es feitas nos per odos de pico de tr fego Na rea externa as medi es foram feitas pr ximas s fontes a 1 30 m da via e no n vel t rreo dos blocos Nos apartamen tos as medi es foram feitas no primeiro terceiro e sexto andares com as janelas fe chad
596. te og W i KOCH Zoe EL 99 00 0 z8 L8 EC 98 06 Es eg 00 6 Kei 800 ON SEU SOP 9sof S OldPIUNIN p Jojeys SEUU SOp got 085 KO 96 08 rel Hub 99 98 CH DACH 1976 OU 7S L9 85 08 Sg RK LS S6 SOU 2010 KD 9 96 LL L6 DH t0 06 SO L00 09 SIeyUIg SOP asof S oldpiunIA ap 19PAS SEU SOp 9so OLS Sr og IEN 90 6S suis 09 96 K EE 99 BO Get 9 t6 DA SC 9 8 18 95 6 E6 SL L8E 0 Es p6 tr s6 IK DCH 188 LC 900 AV SIeyuIa SOP asof S oldpiunIA ap IIPS SIEUU SOp 950 OBS 69 99 06 LL LUC Bad 09 56 6t LL tis LS S6 S tz 8E 68 EE Les EC CR LL 96 0 0L 8610 oz z6 S0 L6 Ger 18 18 S CH ECK ECKE SieyUld Sop 3s0f ORS 1 sem 2008 pp 191 219 cadernos metr pole 19 Urbaniza o em reas de mananciais h dricos estudo de caso em Piraquara Paran Resumo Diante da tem tica cidade e meio ambiente o trabalho integra aspectos relacionados ao uso do solo e qualidade h drica adotando o mu nic pio de Piraquara Paran como estudo de caso Partindo se do estabelecimento do refe rencial te rico sobre o tema analisada a evo lu o do uso e ocupa o do solo e dos padr es qualitativos da gua por meio do ndice de Qualidade das guas IQA constatando se que as sub bacias com melhores resultados corres pondem quelas com baixa interfer ncia antr pica Dessa forma conclui se que a ado o de crit rios adequados para o ordenamento ter ritorial cons
597. teriori e ou a priori com sans o dirigir seguir apreciar avaliar os resultados Fonte dados elaborados a partir da Tabela de Bartoli 2005 p 211 cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 88 gustavo tavares da silva reformas de tentar aproximar o Estado dos cidad os atrav s da implementa o de novas metodologias como a democracia partici pativa no n vel local e a configura o de um sistema de parcerias de contratos com redes que ligam o setor p blico ao mundo privado As reformas v o nesse sentido as leis tamb m assim como os contratos insti tucionalizados e a gest o das pol ticas No que diz respeito coordena o mul tisetorial uma das experi ncias mais signifi cativas e inovadoras a cria o do Secreta riado Geral dos Assuntos Europeus SGAE na Fran a para coordenar as pol ticas de diferentes setores do governo ante a Euro pa Gr fico 1 O SGAE revelador de uma nova metodologia de defini o das pol ticas comuns intersetoriais Esse modelo pode ser adaptado para outros n veis de administra o nos n veis municipal metropolitano es tadual e federal O modelo de tomada de decis es fran c s muito centralizado sendo assim o SGAE representa uma mudan a importante no que diz respeito transversalidade e co ordena o de pol ticas p blicas de diferentes setores da administra o ou comunidade administrativa em rede Lanceron 2006
598. terreno degraus de abatimento postes r vores e muros inclinados ou tombados queda ruptura e soterra mentos bruscos de constru es moradias estradas etc soterramento e morte de pessoas plan cie de inunda o rup turas de declive terra os bermas patamares etc reas de baixadas cabe ceiras de drenagem len ol fre tico pr ximo supert cie mar s altas bacias de forma circular alta densida de de drenagem da bacia baixa capacidade de escoa mento assoreamento Inunda es e alagamentos elimina o da cobertura vegetal uso do solo que propicia o aumento do es coamento superficial estran gulamento da drenagem constru o de reservat rios impactos a montante marcas de inunda o r vores barrancos e constru es reas midas ou com ac mulo de gua mesmo sem chuvas solos hidro m rficos sedimentos atuais cobrindo o terreno original solapamento de margens destrui o de moradias obras e planta es mor te de pessoas morte de animais danos sanit rios doen as leptospirose solos arenosos e siltosos pouco coesivos inclina es acentuadas dos terrenos concentra o do escoamen to d gua de superf cie e subsuperf cie piping chu vas intensas e mal distribu das no espa o e no tempo Eros o h drica elimina o da cobertura vegetal lan amento con centrado e n o dissipado de guas servidas e de chuvas cortes e aterro
599. th on Assas Professor Adjunto do Departamento de Hist ria da Universidade Federal da Para ba Professor colaborador do Programa de P s Gradua o em Hist ria da Universidade Federal da Para ba Assessor para Pol ticas P blicas do Munic pio de Jo o Pessoa Para ba Brasil gtsproQWuol com br cadernos metr pole 19 pp 8l 97 1 sem 2008 pol ticas p blicas e intersetorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado Refer ncias BARTOLI A 2005 Le management dans les organisations publiques Paris Dunod BARUCH M O e BEZES P 2006 G n alogies de la r forme de l tat R F A P n 120 pp 625 633 BRAUD P 2006 Politiques publiques et sociologie politique In BOUSSAGUET L JAC QUOT S e RAVINET P sous la direction de Dictionnaire des politiques publiques Paris Presses de la Fondation Nationale des Sciences Politiques pp 335 341 BRYSON J M CROSBY B C e STONE M M 2006 The design and the implementation of cross sector collaborations propositions from the literature Public Administration Review v 66 december pp 44 55 CAULLIRAUX H e YUKI M orgs 2004 Gest o p blica e reforma administrativa Rio de Janeiro Lucerna pp 28 57 CHEVALLIER J 1998 La r forme d tat et la conception fran aise du service public R former les Administrations Le dilemme entre l unit et diversit Paris La Documentation Fran aise 2004 L tat po
600. tidiano b Ciclo de vida As fam lias que se encontram nas eta pas finais do ciclo por restri es biol gicas e nas etapas iniciais pela falta de experi n cia tenderiam a apresentar maiores dificul dade para dispor de ativos No caso das fa m lias de forma o recente as dificuldades seriam para manter e ou manejar os ativos e no caso das fam lias nas etapas finais de seu ciclo pelo esgotamento das reservas ou pela perda de habilidade No caso dos chefes de fam lia adoles centes ou muito jovens o grau de vulnera bilidade pode ser variado dependendo do motivo da chefatura se por paternidade se por sa da espont nea da resid ncia dos pais ou ainda por uma sa da passageira por motivos de estudo por exemplo J a condi o de chefes idosos pode estar relacionada transi o demogr fica assim reas com grande percentagem de idosos tendem a ter mais lares chefiados por idosos e a renda desses chefes pode ter n veis superiores m dia pois estariam colhendo frutos de uma trajet ria laboral pr via Nesse sentido Rocha 2003 afirma que no Brasil existem suficientes evid ncias emp ricas de que os idosos se beneficiam de uma s rie de me canismos pol ticos que permitem que como grupo et rio seja aquele para o qual a inci d ncia de pobreza baixa c Aspectos demogr ficos tradicionais O tamanho da fam lia n mero de mem bros seria um indicativo de vulnerabilidade pois fam lias
601. titui importante ferramenta para o processo de planejamento e gest o urba na regional e ambiental em especial para a conserva o de reas de mananciais h dricos de abastecimento p blico Palavras chave uso e ocupa o do solo qualidade da gua mananciais h dricos plane jamento e gest o urbana e regional Piraquara Paran cadernos metr pole 19 Patr cia Costa Pellizzaro Let cia Peret Antunes Hardt Harry Alberto Bollmann Carlos Hardt Abstract Within the theme city and environment this research study approaches aspects related to land use and water quality adopting the municipal district of Piraquara state of Paran as a case study Based on the establishment of a theoretical framework about the subject the evolution of land use and occupation and of qualitative standards of water are analysed by means of the Water Quality Index WQI It was found that the sub basins with better results are the ones characterized by low anthropic interference The conclusion was that the adoption of adequate criteria for territorial structuring is an important tool for urban regional and environmental planning and management especially for the conservation of water source areas for public supply Keywords land use and occupation water quality water sources urban and regional planning and management Piraquara Paran pp 221 243 1 sem 2008 222 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antun
602. to a qualifica o como ag ncia executiva ser realizada por decreto Todavia os Decretos anteriormente mencionados se reportam s ag ncias exe cutivas no plano federal Por sua vez os Estados podem adotar procedimentos simi lares Para isso devem produzir suas pr prias normas Diante disto a Para ba assim procedeu ao editar a Lei n 7 779 de 8 de julho de 2005 que cria a Ag ncia das guas do Es tado AESA e o Decreto n 26 234 de 14 de setembro de 2005 que disp e sobre o regulamento e a estrutura b sica da Ag ncia Executiva das guas do Estado da Para ba AESA e determina outras provid ncias cadernos metr pole 19 pp 245 269 Ag ncia de Gest o das guas do Estado da Para ba AESA aspectos jur dico institucionais Aprofundar se no desnudamento da nature za da Ag ncia Executiva das guas da Para ba AESA exige a percep o das sutilezas engendradas desde o processo de desmonte da Ag ncia de guas Irriga o e Saneamen to do Estado AAGISA at o advento re centemente da AESA Assim preliminarmente apresentar se a institui o AAGISA 17 n o de forma minuciosa mas expondo um quadro com parativo entre a AAGISA Lei n 7 033 de 29 de novembro de 2001 e a AESA Lei n 7 779 de 7 de julho de 2005 com o ob Jjetivo de colher mais informa es e assim descobrir os reais interesses dessa mudan a promovida pelo governo estadual Inicialmente
603. to Andr Santos S o Jo o de Meriti S o Paulo Secretaria do Meio Am biente do ESP Vit ria e Volta Redonda Para associar se a cidade tem que apresentar uma avalia o das emiss es re lacionadas s mudan as clim ticas geradas pela cidade diferenciando se o setor produ tivo privado os rg os e servi os p blicos notadamente res duos s lidos e transporte Deve tamb m propor a es para reduzir emiss es de GEE como a implementa o de programas do ICLEI como aquisi es p bli cas sustent veis praticar efici ncia energ tica gest o integrada de res duos s lidos transporte sustent vel Macedo 2004 A estrutura de gest o p blica geral mente presente no espa o urbano central atrav s das sedes de gest o e presta o de servi os p blicos edifica es hist ricas transformadas em escrit rios museus e locais tur sticos tem grandes possibilida des de diminui o do impacto ambiental do centro poss vel quantificar e revisar o uso da energia el trica para ilumina o dos edif cios e espa os p blicos diminuir o uso da gua 2 modificar a matriz energ ti ca de equipamentos e introduzir elementos de arquitetura e urbanismo bioclim ticos tamb m chamados green architecture e eco urbanismo tamb m considerada a reorienta o das compras de bens e servi os para fornecedores que apresentem pro du o sustent vel pp 99 121 1 sem 2008 117 118 laura macha
604. toricamente elaborando suas significa es imagin rias de forma criativa e inde terminada Justamente porque as coisas n o est o dadas e n o t m necessariamente que ser de uma forma imut vel uma mes ma sociedade pode fazer escolhas diversas optar democraticamente por aquilo que cadernos metr pole 19 por consenso ou maioria seja considerado melhor Longe de permanecerem as mes mas as sociedades como sugere a analo gia heraclitiana do rio em cujas guas n o se banha um homem duas vezes est o o tempo todo em transforma o permanente e auto institu da Essa capacidade de escolha preservada pelos sujeitos nos faz para al m de meros fantoches agentes de transforma o aut noma de auto institui o do mundo social e hist rico Talvez nessa afirma o de uma deliberada autonomia sobre as diversas pos sibilidades de heteronomia resida algo do que se tira de melhor do debate entre as reflex es te rico metodol gicas que privile giam a perman ncia estrutural e aquelas que s o mais atentas s iniciativas individuais ou coletivas de transforma o pol tica Cornelius Castoriadis famoso fil sofo da hist ria nascido em Istambul mas for mado sob a tradi o hermen utica e cultural da tradi o filos fica grega denunciava a democracia liberal burguesa e representa tiva como um espa o a mais para a cons tru o ideol gica de um engodo de partici pa o Criando o simulacro de autonomia
605. tos de licenciamento principalmente nas grandes cidades re querem a passagem da documenta o por v rios rg os diferentes da administra o cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 municipal quando n o necess rio consultar inst ncias estaduais e federais o que acontece usualmente em casos de reas de interesse ambiental ou de preserva o do patrim nio A simplifica o dos processos de aprova o de projetos hoje uma tare fa fundamental para garantir a efic cia da legisla o Do acima exposto conclui se que as municipalidades em princ pio disporiam de um conjunto importante de instrumen tos que podem atuar de forma integrada e preventiva ampliando de forma substantiva a efic cia na gest o dos recursos h dricos No entanto esses instrumentos carecem de maior efetividade nos munic pios analisados no mbito deste trabalho pela incapacidade das administra es locais em fazer valerem as normas institu das A Constitui o de 1988 e o Estatuto da Cidade redefiniram as compet ncias lo cais do ponto de vista da normativa urbana criando novos instrumentos de interven o fundados no princ pio da fun o social da propriedade trazendo expectativas de que o quadro acima apontado venha a se modifi car O Estatuto reconhece a import ncia da considera o de quest es de natureza am biental ao definir diretrizes para a pol tica urbana garantindo o direito a cidades
606. tos negativos Palavras chave ru do qualidade ambien tal urbana efeitos na sa de humana tr fego urbano cadernos metr pole 19 Monica Nunes Helena Ribeiro Abstract Aim To evaluate traffic noise and its effects on quality of life and health in a residential area of Bras lia Methods A structured questionnaire about urban quality perception sensibility and effects related to noise traffic exposure was administered to residents Noise level was measured on the streets and inside the apartments with closed and opened windows Results Major findings are the noise problem exists in the area the level of noise disturbs the local population and interferes in daily activities youngsters and women are most affected people who dislike the area and qualify negatively the environmental quality of the place are the most sensitive and feel the negative effects of traffic noise Keywords noise urban environment quality health effects urban traffic pp 319 338 1 sem 2008 320 monica nunes e helena ribeiro Introdu o A pesquisa aborda a qualidade ambiental da cidade de Bras lia inserindo uma an lise espec fica sobre o ru do do tr fego urba no como problema indicador da qualidade ambiental da cidade e causador de poss veis efeitos sobre a sa de da popula o O es tudo consistiu em uma avalia o ambiental em campo que envolveu o comportamento humano em suas atividades di rias O de senvo
607. tos ou arruamentos de iniciativa particular A ZE 1 passou a com preender no entanto as reas acima da cota 60 apenas nos morros do P o de A car Urca Tel grafos e Serra do Engenho Novo Nos demais morros e serras do mu nic pio foi institu da a partir da cota 100 As reas situadas em ZE 1 permaneceram non aedificandi Desmembramentos em lotes com testada para logradouro p blico reconhecido com testada e rea m nima correspondentes a lotes com testada m ni ma de 50m e rea m nima 10 000m con tinuaram sendo permitidos A conserva o e manuten o da cobertura florestal exis tente nessas reas constitu ram obriga o dos respectivos propriet rios Na pr tica entretanto a restri o ocupa o das en costas sofreu uma retra o consider vel correspondente aos primeiros quarenta metros do degrau estrutural zona de ruptura de gradiente que deveria estar integralmente protegido GEOHECO UFRJ SMAC PCRJ 2000 Schlee 2002 Ao longo da d cada de 1980 consoli daram se diversos instrumentos de preser va o ambiental em mbito municipal A promulga o da Pol tica Nacional do Meio Ambiente estabelecida em 1981 teve cadernos metr pole 19 importantes desdobramentos no mbito da legisla o municipal do Rio de Janeiro A le gisla o ambiental estabelecida na cidade foi pioneira ao criar e regulamentar as primei ras reas de prote o a APA de Santa Te resa Lei 495 1984
608. tra fase que coin cide com a transi o entre esse primeiro momento e o atual fase em que o Terceiro cadernos metr pole 19 pp 15 25 1 sem 2008 Mundo buscava equivocadamente imitar o Primeiro Mundo E a pobreza aparece como a doen a da civiliza o produzida dizem alguns com o processo econ mico dizem outros pelo processo econ mico no qual ao que havia at ent o se agregam o com ponente consumo o componente circula o o componente informa o que n o eram presentes na fase anterior e se es tabelece uma pobreza relativa Relativa em rela o ao desej vel assim como em rela o a outros E a come a a grande farra dos ndices de pobreza As pessoas incumbidas de estudar a pobreza se deleitavam com a apresenta o de ndices Os mais bem aven turados corriam o mundo catando ndices de pobreza para exibir para sua promo o nas suas Faculdades Nesse per odo que o segundo da nos sa periodiza o os governos se preocupa vam ainda com a pobreza porque era feio ter pobres Quantos de n s escond amos dos visitantes as favelas e os sinais de pobreza E as sociedades nacionais Quando eu falo em sociedades nacionais e esta uma pala vra usada de maneira abusiva com frequ n cia nas lideran as pol ticas econ micas e intelectuais no papel dos intelectuais e eu vou insistir nisto refiro me a algo muito importante quando se discute a quest o da pobreza poi
609. tradicionais histori camente dominados pelo clientelismo e o patrimonialismo esse processo se increve no paradigma institucional que vai al m da democracia representativa pol ticas p blicas e interretorialidade uma discuss o sobre a democratiza o do estado Na Fran a as experi ncias de partici pa o popular na gest o p blica sobretu do nas cidades permanecem ainda com um papel marginal sem um peso pol tico sig nificativo Matuszewikz 2004 Hoffmann Martinot e Sorbets 2003 Quando as pol ticas multisetoriais ou intersetoriais existem isso acontece no n vel local Em contraparti da a administra o francesa se ap ia num modelo tradicional tecnocrata ou seja o papel dos t cnicos e dos partidos pol ticos no poder dominante marcado pelo direito formal e institucional e por uma interven o muito forte do Estado sobretudo do poder Executivo em todas as reas A hip tese inicial consiste em afirmar que as pol ticas p blicas de um modo geral na Fran a como no Brasil s o fortemente setorizadas por uma esp cie de pilares setoriais que podem estar em competi o entre eles e produzir a es superpostas ou simplesmente n o produzir devido falta de uma defini o de quem seja a prerroga tiva de resolver tal ou tal problema Haveria assim um d ficit de pol tica transversal e isso um dos problemas comuns dos mo delos burocr ticos tradicionais dos pa ses ocidentai
610. trica e Ibam Instituto Brasileiro de Administra o Municipal 20 A Sabesp desenvolve para institui es p blicas o PURA Programa de uso racional da gua com ganhos econ micos efetivos para os consumidores atrav s de defini o de re forma de instala es e troca de equipamentos cadernos metr pole 19 pp 99 121 1 sem 2008 120 laura machado de mello bueno Refer ncias AB SABER A ROMANO R SEVCENKO N et alii 2004 Ecologia urbana ensaios S o Paulo Lazuli ANDRADE L M S e ROMERO M A B 2005 Agenda verde X Agenda marrom um dilema para a reabilita o ambiental das cidades I Semin rio Nacional sobre Regenera o das cidades guas Urbanas CD Rom Anais Rio de Janeiro BUENO L M M 2005a A gua no ambiente urbano Bioikos v 19 n 1 e 2 pp 51 55 janeiro dezembro 2005b O tratamento especial de fundos de vale em projetos de urbaniza o de assentamentos prec rios como estrat gia de recupera o das guas urbanas Semin rio Nacional sobre Regenera o Ambiental das Cidades guas Urbanas CD Rom Anais Rio de Janeiro 5 a 8 de dezembro Dispon vel em ftp ftp acd puc campinas edu br pub professores ceatec laurab 2007 O enfoque socioambiental caminho para a sustentabilidade urbana ELECS Encontro Latino Americano sobre Constru o e Comunidades Sustent veis organizado pela ANTAC BUENO L M M e FREITAS E 2007 Plano integrado
611. trole do uso do solo foi um fator fundamental para a determina o de um padr o satisfat rio de qualidade am biental ainda que com suas limita es e obst culos em rela o a sua efic cia Considera es importantes Podemos destacar a partir do contexto aqui apresentado e nas experi ncias em curso em diversas cidades brasileiras que a coletivida de vem exercendo seu dever de preserva o do meio ambiente sobretudo atrav s de sua participa o Mas ressalta se que a participa o da popula o na defesa do meio ambiente no plano da interven o imediata est intrinsecamente relacionada ao proces so decis rio do Estado configurando se ora como direito ora como dever 8 Al m disso a cidade tem na perspectiva da media o entre o Direito e o Urbanismo um campo para compreender em seu espa o culturalmente rico e diversificado e que pertence a todos os seus habitantes o direito destes de encontrar nela condi es necess rias para sua realiza o pol tica social e eco l gica assumindo deveres de solidariedade pp 67 79 1 sem 2008 73 74 elo ra carvalho de ara jo Elo sa Carvalho de Ara jo Arquiteta e urbanista pelo Instituto Metodista Bennett Doutora em Urbanismo e Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Professora da Faculdade de Arqui tetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pesquisadora associada do Programa de P s Grad
612. tru das e pela impermeabiliza o do so lo Essa ocupa o desordenada do solo re sultou na perda de qualidade de vida urbana com o surgimento das favelas polui o das guas e do ar enchentes desmoronamen tos viol ncia e epidemias Maricato 2002 Essa situa o tamb m pode ser obser vada no espa o urbano de Piraquara que vem se modificando continuamente espe cialmente no que diz respeito a ocupa es irregulares das quais o exemplo mais no t vel ocorre na regi o do Guarituba Em bora n o seja ambientalmente adequada ocupa o ante a fragilidade da situa o do munic pio essa regi o abriga grande parte da popula o o que resulta entre outros fatores numa paisagem degradada e em desconformidade com a situa o planejada a partir da implanta o da UTP do Guarituba apresentando reflexos ambientais sob a for ma de impactos tanto no meio bi tico como no ambiente f sico especialmente sobre a qualidade da gua O Guarituba concentra aproximada mente 81 das invas es existentes no mu nic pio Comec 1999 Atualmente segun do dados da Comec 2005 h nessa regi o cerca de 5 000 unidades irregulares o que corresponde a aproximadamente 20 000 habitantes cerca da metade da popula o dessa regi o e quase a quarta parte do con tingente municipal em condi es de baixa renda sem infra estrutura e saneamento b sico desencadeando problemas socioam bientais diversos como polui o h
613. tu da pela AESA que uma ag ncia centralizadora no processo da gest o h drica O comportamento do processo de ges t o realizado pela AESA tamb m fora anali sado pelos professores especialistas da rea de recursos h dricos da Universidade Federal de Campina Grande UFCG Considerando o segundo p blico entre vistado professores da UFCG observou se que quatro defici ncias foram citadas acerca da entidade gestora dos recursos h dricos da Para ba Dentre essas destacaram se a de fici ncia institucional do modelo pol tico de cadernos metr pole 19 pp 245 269 1 sem 2008 gest o h drica corpo t cnico da entidade in suficiente e necessitando de capacita o am bas como o mesmo percentual de 75 No tocante defici ncia institucional do modelo pol tico de gest o h drica verificou se que as institui es s o modificadas de acordo com os interesses dos governantes Eis porque se extinguiu a AAGISA e criou se a AESA isto modificou se n o apenas a Sigla mas a natureza jur dico institucional da institui o Aquela era uma autarquia especial mais r gida em estrutura organi zacional e seus dirigentes n o perdiam seus mandatos sem motiva o prevista em lei conforme a Lei revogada n 7 033 2001 em seu art 4 8 1 j explicitada ante riormente Esta uma autarquia mais fle x vel com autonomia administrativa e fi nanceira do governo de acordo com a Lei n 77 779 20
614. turas significam desvantagens sociais ou seja condi es sociais que afe tam negativamente o desempenho de co munidades lares e pessoas Implica menos acessos conhecimento e ou disponibilidade e menos capacidade de gest o dos recursos e das oportunidades que a sociedade entre ga para o desenvolvimento de seus mem bros A desvantagem social pode expressar se por meio da desigualdade socioecon mi ca em que a pobreza constitui um fator de desvantagem justamente pelas limita es que ela imp e aos indiv duos considerando tamb m que a pobreza pode ser resultado de tais desvantagens Em n vel de fam lias a vulnerabilida de est vinculada capacidade de resposta e ajustes ante condi es adversas do meio ou seja a capacidade que as fam lias t m de mobilizar ativos escassos ou n o para enfrentar as adversidades As fam lias ou pessoas com pouco capital humano com ativos produtivos escassos pouco acesso informa o e s habilidades sociais b sicas cadernos metr pole 19 com falta de rela es pessoais e com pouca capacidade para manejar seus recursos es t o em condi es de vulnerabilidade diante de qualquer mudan a ocorrida em seu en torno imediato Para Rodriguez 2000 existe um conjunto de caracter sticas demogr ficas que est o ligadas capacidade das pessoas e ou fam lias de mobilizar ativos tomadas por isso como desvantagens sociais A esse conjunto de caracter sticas d
615. ua es de risco potencial A o sobre as consequ ncias A o sobre os processos A o sobre processos e consegi ncias eliminar o risco conviver com o lte isca indalado evitar instala o de novas situa es instalado risco instalado de risco eliminar e evitar Ea evitar evitar reduzir SS SN consegu ncias d See evitar ocorr ncia consegu ncias der consegi ncias ocorr ncia magnitude ak sociais e Si do processo sociais e Re sociais do processo do processo SE econ micas econ micas relocar a planos o 8 E urbaniza o e obras subsidiar a expans o e o ocupa o para preventivos para DENIS E de estabiliza o adensamento da ocupa o local seguro escorregamentos Fonte Brasil 2006 p 96 cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 Preserva o ambiental de cidades uma tradu o jur dica e urban stica Resumo O presente artigo atrav s de uma vis o refle xiva e cr tica aborda a tem tica do direito ci dades sustent veis introduzida no Estatuto da Cidade e sua influ ncia na an lise de impactos A import ncia da tem tica da paisagem tam b m considerada seja na perspectiva simb lica seja enquanto elemento de harmonia nas rela es e intera es do habitat Ressaltam se as qualidades do meio ambiente mais favor vel qualidade de vida Esta an lise se por um lado permite nos defrontarmos na perspecti va do local com as possibilidades do
616. ua o em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Brasil eloisa araujoOgmail com Notas Artigo parte integrante da pesquisa desenvolvida no mbito do Programa em Urbanismo _ PROURB FAU UFRJ que resultou em tese de doutorado em Urbanismo defendida em abril de 2006 pela autora 1 Lei 10 257 de 10 de julho de 2001 veio regulamentar o cap tulo da pol tica urbana da Constitui o Federal arts 182 e 183 estabelecendo suas diretrizes e regulamentando a aplica o de importantes instrumentos de gest o e reforma urbana dentre os quais se des tacam o Plano Diretor e o Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV 2 Consideramos que dentre os objetivos do Estatuto da Cidade tr s podem ser considerados os mais importantes a promover a reforma urbana e o combate especula o imobili ria b promover a ordena o do uso e ocupa o do solo urbano c promover a gest o demo cr tica da cidade 3 Tal afirma o conduz para o fato de ficar negligenciado o papel do discurso na identifi ca o de problemas na prescri o e delimita o da esfera de participa o p blica em busca de solu es Como sugerem Guerra e Cunha 2001 ndices como o IDH ndice de Desenvolvimento Humano devem tamb m ser considerados na aferi o da qualidade de vida mas com certa cautela pois refletem no es m dias nas quais as contradi es de nossa sociedade tendem a desaparecer A esse fator dever
617. ui o de novos instrumentos urbanos e ambientais volta dos principalmente para o equacionamento da problem tica h drica vem introduzindo um processo de planejamento e gest o das bacias hidrogr ficas que tem como princ pio fundamental a integra o sist mica e o en volvimento de um processo negociado e par tilhado entre os principais atores e institui es Trata se da implementa o de um no vo olhar sobre as reas de preserva o dos mananciais de gua da RMSP o qual busca aliar a es de preserva o e de recupera o das sub bacias num processo de di logo per manente com os principais atores e institui es regionais e locais Alvim 2007 Desde meados da d cada de 1970 aproximadamente 53 do territ rio metropolitano que envolve os reservat rios que integram o sistema metropolitano de cadernos metr pole 19 abastecimento de gua encontra se prote gido pela Legisla o de Prote o aos Manan ciais da Regi o Metropolitana de S o Paulo Leis Estaduais 898 1975 1 172 1976 Decreto Estadual n 9 714 1977 Entre tanto a institui o dessa legisla o ao im por severas restri es relacionadas ao uso e ocupa o do solo acabou por acentuar ainda mais a expans o desordenada dos lo teamentos irregulares e das favelas contri buindo inclusive para a desvaloriza o das terras naquela regi o Ancona 2002 A pouca efetividade dessa legisla o culminou num movimento cr tico de
618. um lado europeu de outro Lanceron 2006 p 28 A coordena o assume assim um papel burocr tico tradicional instrumen tal N o se trata de coordenar agendas das pol ticas multisetoriais pois esse papel con tinua sendo reservado em tese ao Primei ro ministro que deve concentrar a miss o de dar conta de diferentes assuntos de ca da setor do governo No entanto depois da elei o de N Sarkozy parece que o pr prio Presidente quem assume esse papel O desenho institucional da coordena o multisetorial poderia ser utilizado na gest o das pol ticas metropolitanas convergindo interesses e organizando uma agenda co mum multisetorial e transversal sobre os diferentes temas que dizem respeito re gi o Comiss es de diferentes secretarias poderiam criar uma agenda comum e cons truir parcerias para gerir projetos Esse tipo Gr fico 2 Modelo Tradicional de Gest o Governamental Setorial Poder Executivo cadernos metr pole 19 pp 81 97 1 sem 2008 89 90 gustavo tavares da silva de organiza o depende eminentemente de uma vontade pol tica de superar as barreiras das pol ticas partid rias em torno do desen volvimento local dur vel sustent vel Isso representa um avan o na supera o da seto riza o da a o do Estado onde prevalece a superposi o de pol ticas p blicas de acordo com um modelo tradicional de gest o con forme ilustra o Gr fico 2 Ao estudar
619. uma atividade t pica do Estado normativa por meio da qual o governo modifica ou altera o com portamento do mercado exigindo atrav s do poder de imperium que disp e deter minadas condutas dos agentes econ micos enfim uma interven o indireta do Es tado na economia por via de coordena o e disciplina da atividade privada econ mica em outras palavras o Estado n o atua na economia de forma direta e sim de forma subsidi ria A consequ ncia da indaga o proposta no par grafo anterior facilitar a exposi o da express o ag ncias reguladoras Di Pietro 2004 mostra que a reforma do Estado brasileiro em meados de 1990 atrav s dos par metros neoliberais vai se valer desse modelo institucional 2 que ali s n o genu no nem totalmente novo mas por outro lado apresenta caracter sticas ino vadoras que paulatinamente foram implanta das no ordenamento jur dico brasileiro A posi o majorit ria da doutrina jur dica a de n o elaborar um conceito estrito sobre as ag ncias reguladoras Assim so mente por interm dio da hermen utica aco lhem se caracter sticas semelhantes entre os diversos tipos de ag ncias reguladoras vigentes no pa s da podendo ser produzido um conceito relativamente est vel As ag ncias reguladoras no pris ma jur dico s o focadas geralmente pelo legislador como autarquias especiais quer days interfaces entre a environmental history e o direito
620. unic pio essen cial Tomaram se ent o as reas de Expan s o da Amostra IBGE que s o unidades geogr ficas formadas por um agrupamento mutuamente exclusivo de setores censit rios como unidade geogr fica m nima de estudo dentro da RMC num total de 112 sendo 59 no munic pio de Curitiba outras 36 distribu das em sete munic pios do en torno de Curitiba e outras 17 conforman do cada uma um munic pio distinto aqueles mais distantes do p lo Figura 1 A identifica o espacial das reas de concentra o de pessoas e ou fam lias em situa o de vulnerabilidade socioambiental foi poss vel atrav s do georreferenciamento da vulnerabilidade pela combina o de dois mapeamentos O primeiro correspondente ao mapeamento da vulnerabilidade ambien tal destaca as reas sujeitas inunda o ou Seja para o munic pio de Curitiba utilizam se as informa es das reas que sofreram inunda o satura o h drica no per odo 1987 2002 combinando as informa es dispon veis em alguns rg os estaduais Como essas informa es s estavam dispo n veis para aquele munic pio para os demais se utilizam informa es sobre reas de v r zea as quais quando n o submetidas a um sistema adequado de drenagem s o sujeitas Figura 1 reas de expans o da amostra no centro metropolitano da RMC 2000 ww Y ALMIRANTE CAMPO LARGO 40 G Ki g ARAUC RIA FAZENDA PD RIO GRANDE Fonte IBGE
621. ura solos expostos e outras tipologias observada uma diminui o de aproxima damente 10 entre 1994 e 2000 sendo reduzidas em quase 65 no ano de 2006 Quando analisada essa redu o em detalhe verifica se que muitas dessas reas foram substitu das principalmente pela classe de florestas e reflorestamentos ou em outras situa es por regi es urbanizadas como no caso do extremo do ponto AI39 rio do Meio onde tais regi es representavam em 1994 cerca de 13 da rea total da sub bacia correspondendo em 2006 a aproxi madamente 48 Quanto an lise das reas urbanizadas observa se crescente grau de urbaniza o no per odo estudado por m entre os anos de 1994 e 2000 esse fen meno mais in tenso Figura 8 Figura 8 Gr Pico de propor o de reas urbanizadas no munic pio de Piraquara 1994 2000 e 2006 EI AO Al o Al17 AA W A22 B Al48 E A139 D Al43 m P03 T 1994 2000 Fonte Elaborada a partir dos dados da evolu o do uso e ocupa o do solo cadernos metr pole 19 pp 221 243 1 sem 2008 235 236 patr cia costa pellizzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt Tabela 2 S ntese das altera es do uso do solo no munic pio de Piraquara no per odo entre 1994 e 2006 Usos do solo Forma es anal Anos Campos Florestas pioneiras de e gricultura reas sais d
622. uras de oportunidades Estudios sobre las ra ces de la vulnerabilidad social en el Uruguay Montevideo Oficina del Programa de las Nacio nes Unidas para el Desarrollo PNUD Oficina de la CEPAL en Montevideo 1999 MENDON A F 2002 Aspectos da problem tica ambiental urbana da cidade de Curitiba PR e o mito da Capital Ecol gica GEOUSP Espa o e Tempo S o Paulo n 12 MOURA R 2001 Os riscos da cidade modelo In ACSELRAD H org A dura o das cida des sustentabilidade e risco nas pol ticas urbanas Rio de Janeiro DP amp A pp 203 237 RODR GUEZ J 2000 Vulnerabilidad demogr fica una faceta de las desventajas sociales S rie Poblaci n y desarrollo Santiago Chile n 5 Comisi n Econ mica para Am rica Latina y el Caribe CEPAL 2001 Vulnerabilidad y grupos vulnerables un marco de referencia conceptual mirando a los j venes Serie Poblaci n y desarrollo Santiago Chile n 7 Cepal Celade ROCHA S 2003 Pobreza no Brasil Afinal de que se trata Rio de Janeiro FGV TORRES H 1997 Desigualdade ambiental na cidade de S o Paulo Tese de Doutorado Cam pinas Unicamp Recebido em mar 2008 Aprovado em maio 2008 cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 215 marley deschamps ZC Ip 6L 86 10 88 8 16 00
623. urbanas representando menos de 300 milh es de habitantes em 1997 essa cifra atingiu o patamar de 47 da po pula o total aproximadamente 1 3 bilh o de habitantes BIRD 1997 Brasil MMA Ibama e Cons rcio Parceria 21 2000 Em 2005 os dados apontam que havia 3 16 bilh es de pessoas vivendo em reas urba nas de um total de 6 5 bilh es de pessoas O ano de 2008 marcar o momento em que a popula o urbana mundial ultrapassar os 50 e a previs o que em 2030 essa po pula o atinja os 4 9 bilh es de habitantes de um total de 8 1 bilh es de pessoas Dentre os continentes somente a frica e a sia ainda n o t m suas popu la es eminentemente urbanas no entanto exatamente a que a popula es urbanas e rurais v m crescendo s mais altas taxas UNPD 2007 Os dados da Divis o de Popula o da ONU mostram que no per o do compreendido entre 2000 e 2005 a popula o urbana mundial cresceu a uma taxa de 2 07 ao ano contudo enquanto nos pa ses considerados mais desenvolvidos essa taxa foi de 0 61 nos pa ses em de senvolvimento a popula o urbana cresceu 2 68 a cada ano No continente africano a mesma taxa ficou em 3 31 e na China cadernos metr pole 19 pp 27 47 1 sem 2008 a taxa oficial foi de 3 1 ao ano A mais al ta taxa vem do conjunto de pa ses da frica Subsariana 4 58 7 Esses n meros ilustram uma quest o j bem conhecida de que as cidades cujas popula
624. ursos h dricos na con di o de usu rios Permanecem entretanto indefini es quanto ao papel fundamental do munic pio como formulador e implementador de pol ticas urbanas de impacto nos recursos h dricos quer atrav s de determina es con tidas nos instrumentos pr prios de ordena mento territorial quer pela aus ncia formal ou de fato desses instrumentos Neste texto buscar se demonstrar a necess ria comple mentaridade dos instrumentos espec ficos do sistema de gest o dos recursos h dricos com os instrumentos cl ssicos de controle do uso do solo urbano e os recentes instrumentos previstos no Estatuto das Cidades trazendo elementos emp ricos e te ricos para uma me lhor fundamenta o dos princ pios de gest o integrada dos recursos h dricos Palavras chave planejamento urbano gest o integrada de recursos h dricos instrumentos de controle do uso do solo gerenciamento dos re cursos h dricos bacias urbanas cadernos metr pole 19 na Baixada Fluminense Paulo Roberto Ferreira Carneiro Adauto L cio Cardoso Jos Paulo Soares de Azevedo Abstract Law 9 433 97 and its regulatory texts assure municipalities participation in the water resources management system as bulk water users However some uncertainties remain as to the fundamental role of municipalities as urban policy makers regarding water resources These uncertainties derive either from the very text of the instruments related to te
625. usas Segundo a pesquisa todos os sete mu nic pios inseridos na bacia dos rios Igua u Sarapu possuem secretaria municipal de meio ambiente sendo que as de Mesquita Nova Igua u Nil polis e S o Jo o de Meriti acumulam outras fun es al m do meio am biente Em rela o s duas ltimas identi fica se uma prov vel zona de conflito uma vez que convivem numa mesma secretaria duas fun es substancialmente distintas a execu o de obras e a regula o e o controle ambiental Essas fun es por serem concor rentes deveriam estar separadas sob pena de coopta o e captura devido despro por o do peso pol tico e econ mico do seg mento obras em rela o ao meio ambiente Al m disso merece destaque o arranjo institucional implementado pelo munic pio de Nova Igua u que vincula as pastas de meio ambiente e planejamento urbano Tal arranjo pode ser prof cuo se considerarmos que o planejamento do uso do solo a prin cipal arma dos munic pios para o controle da degrada o ambiental Sem d vida uma das principais fragili dades dos munic pios na busca de autonomia o planejamento do uso do solo urbano e a gest o de bacias hidrogr ficas e maior participa o nas quest es ambientais a aus ncia de um corpo t cnico permanente e tecnicamente qualificado Observa se pela pesquisa que um contingente expressivo de funcion rios contratados pelos sete munic pios n o possui v nculos formai
626. ustentabilidade trans porte equidade social Bras lia cadernos metr pole 19 Carolina Pescatori Candido da Silva Caru Bowns Abstract It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable However most developed and developing countries are experiencing increasing rates of automobile ownership with consequential decreases in public transportation ridership bicycling and walking The disconnection between transportation planning and sustainability affects many countries but is more devastating in cities of developing countries Unsustainable transportation systems exacerbate issues of access to urban centers and equality of opportunities and are not socially sustainable This paper explores aspects of social sustainability in transportation in Bras lia Brazil The city of Bras lia was designed under the principles of functionalism in 1956 The paper addresses some of the impacts of transportation on the social landscape and provides an overview of social exclusion in transportation in Bras lia Keywords sustainability transportation social equality Bras lia pp 293 317 1 sem 2008 294 carolina pescatori candido da silva e caru bowns Introdu o A preserva o ambiental e o desenvolvimen to sustent vel est o entre os maiores de safios que a humanidade enfrenta H uma necessidade urgente de desenvolver padr es de vida que coexistam em equil brio com o meio
627. uto do tempo que me foi dado e fi co disposi o para perguntas Debates Nos debates foram ressaltadas a proprie dade da abordagem a precis o da an lise e a validade dos questionamentos quanto perversidade da globaliza o Mais que per guntas os debatedores firmaram posi es algumas das quais foram respondidas ou criticadas posteriormente pelo palestrante Retorna se ent o a palavra ao pales trante em seus coment rios aos debatedo res buscando resgatar a fala destes s quais o Professor Milton Santos faz refer ncia Professor Milton Santos Bom eu pe o mais do que dez minutos porque do contr rio n o posso responder Come o dizendo o seguinte a luz me alum brou Essa a palavra que n s usamos no Nordeste Eu tenho medo de que tenha tam b m queimado meu c rebro risos Porque eu n o entendi certas quest es Nas minhas viagens pela Am rica Latina s no M xico pediram para eu traduzir Tenho a impres s o de que o M rio Kriegger n o entendeu o meu portugu s E eu tenho medo de n o ter entendido seu espanhol Ent o a minha interven o pode padecer dessa coisa Eu n o disse em nenhum momento que o Estado era forte Seria uma estupidez Eu o futuro das megacidades dualidade entre o poder e a pobreza n o posso ser acusado de tal estupidez O que eu disse que ele era necess rio E mos trei por que E ele sobretudo necess rio porque o produtor da geografia do
628. v rios setores da sociedade resultando na d cada de 1990 em propostas de aperfei oamento e modifi ca es dessa legisla o Em 1997 foi aprovada a nova Lei de Prote o e Recupera o dos Mananciais Lei Estadual n 9866 97 estabelecendo as diretrizes e as normas para as reas de prote o dos mananciais de todo o estado atrav s da indica o de cria o de reas de prote o e recupera o dos mananciais as APRMs aliada necessidade de instituir leis espec ficas para cada rea levando em considera o suas especificidades Entre as diretrizes definidas pela nova legisla o Ancona ibid destaca as princi pais 1 a delimita o e gest o das reas de prote o e a recupera o dos mananciais de vem abranger uma ou mais bacias hidrogr ficas consideradas de interesse regional para o abastecimento p blico seguindo os limites adotados pelo SIGRH no mbito do territ rio estadual 2 a delimita o da APRM deve ser proposta pelo Comit e ou Subcomit com delibera o favor vel do CRH ouvido o Consema Conselho Estadual de Meio Am biente para depois serem aprovadas por lei estadual espec fica 3 cada APRM deve pp 143 164 Io sem 2008 153 154 ang lica tanus benatti alvim gilda collet bruna e volia regina costa Kato ter um sistema de gest o constitu do por i rg o colegiado Comit s e Subcomit s das bacias hidrogr ficas ii rg o t cni co a A
629. va e a intensifica o da globaliza o que marcam o ciclo atual de acumula o ca pitalista t m redesenhado e distendido os contornos da problem tica social Quest es referentes sobreposi es entre as desigualdades socioespaciais e as socioecon micas podem ser ilustradas pelo alto d ficit habitacional brasileiro O estrato social com rendimento de at 3 sal rios m nimos concentra mais da metade dos domi c lios com car ncia infra estrutural eviden ciando a sobreposi o da precariedade am biental em rela o insufici ncia de renda Funda o Jo o Pinheiro 2001 O percentual de 83 2 de d ficit habi tacional composto pela faixa de renda fa miliar de at 3 sal rios m nimos e o percen tual de 63 9 corresponde s fam lias com renda de at 2 sal rios m nimos em situa o de co habita o ou vivendo em domic lios prec rios ibid cadernos metr pole 19 pp 49 66 1 sem 2008 Ressalta se que uma parcela expressiva da popula o que est em situa o de ile galidade fundi ria encontra se na faixa de renda de at 3 sal rios m nimos de renda mensal familiar A adequa o do ambiente da moradia est atrelada disponibilidade de energia el trica s condi es de saneamento b sico e densidade de moradores Tais indicado res traduzem as condi es de seguran a e conforto dos im veis sa de dos moradores e o adensamento excessivo quando da in compatibilidade do t
630. valor era superior a cadernos metr pole 19 pp 191 219 1 sem 2008 estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental na regi o metropolitana de curitiba 1 0 retendo se assim somente os fatores que tiveram uma explica o maior do que uma vari vel pode explicar isoladamente As vari veis deram origem a somente dois fatores 3 indicando forte correla o entre elas Os dois fatores retidos explicaram mais de 90 da vari ncia total a partir da di versidade encontrada nas reas estudadas O primeiro fator que possui um autovalor mais de 4 vezes superior ao segundo ex plica aproximadamente 74 da vari ncia total enquanto o segundo explica aproxima damente 17 Tabela 2 A Tabela 3 apresenta a matriz de cor rela o das 19 vari veis com os 2 fatores comuns rotacionados atrav s do m todo Varimax 4 As correla es destacadas nessa tabela indicam as vari veis mais correlacio nadas com cada fator e entre si O fator 1 est correlacionado com as seguintes vari veis fam lias com al ta frequ ncia de filhos fam lias com alta Tabela 2 Autovalores e percentagem da vari ncia L Vari ncia Fator Autovalor Vari ncia Seeler 1 14 07 74 03 74 03 2 3 16 16 64 90 67 Fonte Dados de pesquisa Tabela 3 Correla o das 19 vari veis com os 2 Fatores Vari vel Fator comum 1 2 V2 0 1573 0 9449 V4 0 8260 0 5112 V5 0 8628 0 3866 V 0 3888 0 8150 VZM 0 483
631. vamentos de solicita o sobre quan tidades e qualidade dos recursos existentes inclusive ocorr ncias de inunda es e articula o reguladora com sistemas setoriais n o diretamente usu rios dos re cursos h dricos como habita o e trans porte urbano tendo em vista a cria o de cadernos metr pole 19 op 165 190 1 sem 2008 alternativas reais ao processo de ocupa o das reas de prote o a mananciais e das v rzeas assim como a viabiliza o de pa dr es de desenvolvimento urbano que em seu conjunto n o impliquem agravamento nas condi es de impermeabiliza o do solo urbano e de polui o sobre todo o sistema h drico da bacia parte as reas de prote o aos mananciais de superf cie e articula o com as bacias vizinhas ten do em vista a celebra o de acordos est veis sobre as condi es atuais e futuras de importa o de vaz es e de exporta o de guas utilizadas na bacia O instrumento de regula o propria mente dito do sistema de gest o dos recur sos h dricos a outorga de direito de uso da gua tendo em vista que a cobran a tem se institu do como um pacto entre usu rios j estabelecidos Em tese a outorga poderia ser utilizada para uma melhor compatibiliza o entre os usos da gua inserindo maior racionalidade na forma como a gua utiliza da e na distribui o espacial dos usu rios dos recursos h dricos nas bacias hidrogr ficas Mas o qu
632. vel de qua lidade para o meio Deve se atentar para reas que necessitam de recupera o tanto natural quanto induzida e para a continui dade do processo de planejamento e gest o na sua totalidade para o alcance de resul tados eficazes associando a essas medidas a otimiza o da infra estrutura de sanea mento a promo o de pr ticas conserva cionistas em reas rurais a valoriza o de programas de inclus o social e a reestru tura o de regi es com ocupa es irregu lares al m da efetiva o de programas de conscientiza o e educa o ambiental Lara e Tosin 2003 cadernos metr pole 19 Outros fatores imprescind veis a serem considerados consistem na intera o entre pol ticas e programas nacionais regionais e municipais e na participa o da popula o na elabora o e implanta o das propostas em associa o a um processo constante de avalia o e monitoramento para verifica o da efic cia das a es propostas al m da integra o entre a gest o territorial e o gerenciamento ambiental inclusive entre planos diretores municipais manejo de uni dades de conserva o Agenda 21 e pol ticas de recursos h dricos Hardt e Hardt 2007 Assim os conflitos existentes entre o crescimento urbano e a conserva o h dri ca necessitam de interpreta o sist mica do processo de gest o determinado por amplas rela es em termos espaciais e cro nol gicos envolvendo aspectos cultura
633. vinha sendo ali desenvolvido desde 1994 o Programa de Saneamento Ambiental do Guarapiran ga Alvim 2003 enfatiza que durante es se processo o segmento Estado atuou como o principal mediador entre os interesses dos munic pios de menor porte e o munic pio de S o Paulo Em rela o participa o dos munic pios embora relevante o papel de Ita pecerica da Serra Embu Gua u e S o Paulo que j faziam parte do arranjo institucional do Programa Guarapiranga Neder 2002 aponta que a grande influ ncia e depen d ncia dos munic pios de menor porte em rela o a S o Paulo acabou por transferir solu es para a regi o que s o desenvolvi das com base na pr pria din mica e crise do munic pio de maior porte J a participa o do segmento sociedade civil foi considerada na ocasi o menos expressiva merecendo destaque importantes entidades ambienta listas que atuam na regi o tais como a SOS cadernos metr pole 19 Guarapiranga o Instituto Socioambiental ISA e a Associa o de Mulheres al m dos empres rios da regi o interessados direta mente nas possibilidades de indu o contro le do desenvolvimento urbano regional a se rem definidas pela nova pol tica ambiental Importante ressaltar que embora a ela bora o do projeto de lei dessa sub bacia te nha sido parte de um processo participativo e negociado aprovado entre 2001 e 2002 em todas as inst ncias afins CBH AT CRH e Consema ele s f
634. vistas e tratadas como parte do siste ma de espa os livres do Rio de Janeiro Na tentativa de responder a essas quest es a legisla o aplicada s encostas e aos cursos d gua do Rio de Janeiro est sendo analisada sob o enfoque das seguintes categorias de an lise paisagem e o suporte f sico ambiental guas e faixas marginais pol tica habitacional e sistemas dos espa os livres p blicos no munic pio paisagem e o suporte P sico ambiental O exame dos instrumentos legais implemen tados no Rio de Janeiro entre 1937 e 2007 revela que a paisagem da cidade n o foi o foco de aten o da legisla o municipal pos ta em pr tica no per odo Refer ncias a ela foram esparsas e pontuais Contrariamente e n o por acaso o impacto dos sucessivos instrumentos legais sobre a paisagem cario ca durante esse per odo foi enorme A come ar pelo Decreto 6000 1937 que consolidou o zoneamento como as montanhas e suas guas a paisagem carioca na legisla o municipal 1937 2007 instrumento de planejamento na cidade a preocupa o com o aspecto paisag stico re fletiu se no conjunto de normas que o com punham de forma pontual restrita a medi das para a defesa de alguns pontos panor micos e preserva o de alguns monumentos hist ricos Cabe notar que esse instrumento atri bu a um forte poder discricion rio aos rg os encarregados de licenciar as cons tru es e sua atua o era fortemente in flue
635. x es sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental 11 Com a amplia o dos subs dios para habita o pode haver um grande campo para organi za o de empresas e cooperativas para produ o e comercializa o solid ria de moradia A hist ria registra apenas a exist ncia de experi ncias solid rias para presta o de servi os de projeto e acompanhamento t cnico de obras por assessorias t cnicas organizadas co mo ongs ou osips e mutir o entre os pr prios atendidos Muitos desses grupos tentaram profissionalizar se na rea da constru o civil sem xito 12 Houve um aumento do n mero de atendimentos habitacionais para renda de at 3 sal rios m nimos de 16 para 60 de 2003 para 2006 O FGTS que se encontrava congelado pa ra empr stimos para entidades p blicas de saneamento aumentou seus investimentos em saneamento e infra estrutura de 222 milh es de reais em 2002 para 1 99 bilh o em 2004 Dispon vel em www cidades gov br Secretaria Nacional de Saneamento consultado em junho de 2006 na palestra do eng Abelardo Oliveira Filho Secret rio Nacional de Sanea mento do Minist rio das Cidades na FAU PUC Campinas em 12 de setembro de 2006 13 Essas diretrizes baseiam se na experi ncia canadense em especial Vancouver onde o Li vable Region Strategic Plan vem sendo implantado desde 1997 atrav s do GVRD Greater Vancouver Regional District 14 N o se nega entretanto a n
636. zzaro Let cia peret antunes hardt harry alberto bollmann e carlos hardt destacam se as florestas aluviais e as v r zeas As primeiras aumentam a capacidade de infiltra o de gua no solo e reduzem o escoamento superficial evitando o aporte elevado de gua e sedimentos abruptamen te para os cursos e corpos h dricos As v r zeas constituem reservat rios de conten o de cheias evitando que reas adjacentes sejam atingidas quando os rios extravasam sua calha normal Guerra e Cunha 2000 Guimar es 2000 Diante do exposto destaca se o papel do planejamento urbano como forma de previs o da evolu o de um fen meno ou de simula o dos desdobramentos de um pro cesso com os objetivos de precaver se ade quadamente contra prov veis problemas ou de melhor aproveitar as potencialidades e benef cios existentes Souza 2002 Assim constitui uma ferramenta para controle e correto direcionamento do desenvolvimen to urbano processo que lhe garante a im prescind vel continuidade em cujo contex to ocorram constantes retroalimenta es conferindo lhe o necess rio dinamismo sendo apoiado na multidisciplinaridade base para a devida integra o das reas envolvi das Hardt e Hardt 2004 De acordo com Yori 2004 h cinco vari veis que devem ser consideradas para o desenvolvimento de projetos que visem ao desenvolvimento urbano sustent vel a constru o coletiva e processual pois o planejamento n o

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