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FilipaMagalhaesFINAL- 17-01-2013 - RUN

1. essencial manter pelo menos duas c pias de preserva o digital e usar c pias adicionais para acesso quando apropriado As c pias de preserva o devem ser mantidas em diferentes localiza es sempre que poss vel Sch ller 2005 9 bit amplitude resolution are standard For analogue originals IASA recommends a minimum digital resolution of 48 kHz sampling rate at 24 bit word length Nossa tradu o 20 Formato que codifica apenas as frequ ncias sonoras captadas pelo ouvido humano 21 Rach digital copy produced for archival purposes must be checked against the imported file verification be free of uncorrectable errors and have the lowest possible number of correctable errors An error status report has to be produced and kept for future monitoring Digital recordings entering the archive from outside sources may however contain uncorrectable errors again an error status report including the position of such errors must be retained Each carrier containing digital recordings must be checked at regular intervals for data integrity Digital content must be copied to a new carrier whenever the number of errors increases significantly at any rate before uncorrectable errors occur refreshment Digital content must be copied before the old carriers formats and or hardware becomes obsolete migration It is essential to keep at least two digital preservation copies and to use addit
2. Discurso Tardio 1975 1978 Uma obra com dura o de sete minutos composta para Tenor Obo T mpanos Percuss o Piano Harpa Guitarra e Fita Magn tica Esta obra foi apresentada pela primeira vez em 1978 na sequ ncia dos 2 s Encontros Gulbenkian de M sica Contempor nea no Grande Audit rio da Funda o Calouste Gulbenkian com interpreta es do tenor Fernando Serafim e do GMCL Grupo de M sica Contempor nea de Lisboa Em Discurso Tardio mem ria de Jos Dias Coelho ouve se a declama o de um poema de Eug nio de Andrade interpretada por Fernando Serafim Rosa comenta que a prepara o do suporte eletr nico foi feita previamente e que v rias fitas foram gravadas no seguimento dessas experi ncias Nesta cole o h pelo menos cinco fitas com o t tulo Discurso Tardio sendo que numa o conte do desconhecido contendo bandas sonoras que seriam reproduzidas durante a 69 Estas fitas de Clotilde Rosa mostram uma fase experimental do seu percurso como compositora refletem a sua entrada no dom nio da m sica eletroac stica caracterizando tamb m o seu lado vision rio Rosa refere que as recolhas dos coros alentejanos de Michael Giacometti e Fernando Lopes Gra a foram muito importantes para o processo criativo na composi o desta obra 66 performance ao vivo Na partitura original de Discurso Tardio esta indicado na primeira pauta a palavra Grava o trata se da indica o da entrada do supo
3. Diretor da Emiss o e Arquivo da RTP Neste encontro p de compreender se a hist ria e estrutura do Arquivo que de acordo com o Dr Leite se relaciona diretamente com a introdu o da Fita Magn tica em Portugal inicialmente ligado R dio Difus o Portuguesa e posteriormente impelido por uma inten o de se proceder a um trabalho de arquivamento dos suportes originais mais valiosos Eduardo Leite fez uma breve descri o hist rica de como come aram as grava es em fita magn tica na d cada de 50 que coexistiam com as grava es em disco Referiu que em 1972 foi criado o Arquivo Hist rico e que antes dos anos 70 existia uma fonoteca que se responsabilizava por manter as fitas organizando as de modo a que as pessoas as pudessem requisitar analogamente ao que se faz hoje com os livros em bibliotecas as fitas eram requisitadas temporariamente e devolvidas novamente fonoteca Segundo o Dr Leite quando havia necessidade de se fazer uma grava o por exemplo de uma entrevista e n o havendo dispon veis fitas brancas ou sem conte do gravado utilizavam se fitas que continham conte do o que prova que muita informa o deve ter sido perdida por n o haver ainda uma preocupa o com a preserva o destes conte dos Para evitar tal pr tica cria se o Arquivo Hist rico com o intuito de preservar as grava es mais valiosas Da em diante as fitas passaram a ter prote o e eram designadas por fitas magn ticas permanentes
4. Figura 10 Exemplos de emendas corretas A fita leader tem como fun o proteger a fita e conferir tempo para a entrada do sinal durante a reprodu o Assim quando se inicia a reprodu o a fita corre ainda um pouco sem sinal e s depois o sinal come a a ser transmitido Com o desgaste por vezes necess rio proceder substitui o das antigas fitas leader em papel ou pl stico por 49 Ibidem p 6 7 50 Imagens extra das a partir das seguintes fontes eletr nicas lt http www jazzpoparkisto net audio gt e Phonogrammarchiv Austrian Academy of Sciences lt www pha oeaw ac at gt acedido em 17 01 2012 5 As antigas fitas leader de papel podem conter acidez causando a deforma o da fita por outro lado as fitas antigas leader de pl stico podem acumular cargas el tricas que podem ser descarregadas durante a reprodu o E importante refor ar que a repara o e substitui o de fitas leader 50 novas fitas preferencialmente sem acidez A fita leader em papel inerte a cargas el tricas Por recomenda se que ap s estes processos de restauro f sico da fita esta seja lentamente bobinada para uma flange de metal limpa Restauro Qu mico No que respeita ao restauro qu mico as fitas pegajosas afetadas pela degrada o do ligante SSS podem ser novamente reproduzidas quando s o tratadas por baking no entanto tal como foi referido em III 3 2 este tipo de tratamento apenas pode reverter a degrada
5. No primeiro cap tulo feita uma breve exposi o deste projecto sendo descritas nomeadamente as metodologias usadas no contacto com v rias institui es e entidades que contribu ram na recolha e invent rio de esp lios de fitas magn ticas portugueses Tais invent rios cedidos pelas diversas institui es e entidades constam dos documentos apresentados em anexo e s o resumidamente apresentados no primeiro cap tulo Neste cap tulo encontraremos ainda alguns coment rios pertinentes no contexto deste trabalho dos v rios intervenientes No segundo cap tulo s o enumeradas as estrat gias b sicas e princ pios ticos que pretendem apoiar a preserva o de suportes udio originais sendo referidas as quest es centrais da preserva o levantadas por parte dos arquivistas dentro dos arquivos audiovisuais Faz se ainda refer ncia necessidade de preserva o dos suportes descrevem se os v rios tipos de suportes que podemos encontrar num arquivo as finalidades da preserva o e as principais dificuldades da mesma No terceiro cap tulo s o expostas t cnicas e pr ticas essenciais ao processo de recupera o do sinal a partir da fita magn tica anal gica a fim de se transferir o conte do da fita para um novo suporte Mas antes de se passar a explicar esse processo come amos por identificar as principais caracter sticas das fitas magn ticas anal gicas nomeadamente tipos de fitas composi o e deforma es t pi
6. explica es mais detalhadas dos pressupostos te ricos avan ados pelo IASA TC 03 II 2 Dificuldades na preserva o dos suportes 1 2 1 Problem ticas gerais Este subcap tulo dedica se identifica o de problemas de aquisi o documenta o condi es de manuseamento e armazenamento bem como acesso ao conte do dos suportes mais concretamente problemas que se imp em ao processo de preserva o udio A fim de se poderem solucionar tais problemas s o propostas recomenda es pr ticas com vista a serem usadas pelos arquivos audiovisuais e que possam responder quest o colocada acima pela comunidade arquiv stica e pelos membros da IASA de como salvaguardar o patrim nio udio 11 Terceira vers o de 2005 preparada por um grupo de especialistas constitu do por George Boston George Brock Nannestad Lars Gaustad Albrecht H fner Dietrich Sch ller e Tommy Sj berg 24 Refletiremos assim sobre os princ pios estabelecidos no IASA TC 03 pois estes podem apontar solu es v lidas para assegurar a preserva o das heran as udio O primeiro princ pio definido no IASA TC 03 prende se com considera es de car cter tico que resultam de aspectos t cnicos da grava o preserva o e acesso aos documentos sonoros atrav s da tecnologia que dispomos atualmente Segundo os autores do IASA TC 03 h quatro tarefas elementares que os arquivos devem considerar a aquisi o a documenta o
7. armazenamento de acesso e arquiv stico no dom nio digital De modo a ter uma no o objetiva do n mero de suportes existentes em Portugal e que preciso conservar foi feito um levantamento das fitas magn ticas existentes que ser apresentado sob forma de uma lista no fim deste cap tulo Para fazer este levantamento v rias iniciativas foram tomadas nomeadamente contactos de forma a reunir o maior n mero poss vel de esp lios N o tendo sido poss vel ir al m dos esp lios indicados entre os anexos 1 e 18 e tendo consci ncia que n o se trata da totalidade deles acreditamos que tenham sido inventariados os esp lios mais relevantes e consideramos que a recolha efetuada revela dados suficientes que demonstram que existe um grande n mero de suportes de fita magn tica que n o se encontram abrangidos por estrat gias de preserva o estimando se ainda que em muitos casos j n o seja poss vel recuperar a totalidade ou parte do conte do sonoro neles contido I 2 Trabalhos de preserva o efetuados em Portugal A fim de se proceder ao levantamento dos esp lios em fita magn tica existentes em Portugal come ou por se fazer uma lista a partir de bases de dados disponibilizadas na Internet das v rias entidades que pelas suas caracter sticas pudessem deter suportes em fita magn tica desde museus arquivos bibliotecas escolas de m sica teatros editoras est dios compositores Estas entidades foram posteriormente
8. direita uma fita pegajosa que liberta res duos superficiais de sujidade que ficam colados s guias e cabe as da m quina exibindo um derramamento do xido em casos severos as sujidades provenientes da fita podem at interromper a passagem da mesma Al m disso a sujidade do ligante da fita resultante da sua deteriora o provoca bloqueios na cabe a apresentando dropouts aquando da reprodu o de uma VHS e ru dos no caso das fitas udio isto porque a fita se agarra soltando se da cabe a de reprodu o Wallaszkovits aconselha a bobinar a fita algumas vezes a fim de verificar se existem sinais de viscosidade que podem ser reconhecidos atrav s do entupimento das cabe as e derramamento do xido da fita tanto nas cabe as como nas guias da m quina Auditivamente tamb m poss vel identificar se este tipo de degrada o pois durante a reprodu o da fita pode ouvir se um assobio 42 No entanto a especialista sugere que o efeito da hidr lise poder ser temporariamente revertido atrav s de um baking O Baking consiste num tratamento que contribui para melhorar a integridade do ligante tornando as fitas pegajosas reproduz veis permitindo a recupera o do seu conte do Alguns especialistas na rea incluindo Hess e Wallaszkovits aconselham alguma prud ncia no uso deste tipo de procedimento Relatam casos de fitas sujeitas a um tratamento prolongado que acabaram por revelar o efeito oposto e a deteriora
9. in db Magazine pp 2 2005 52 ser verificadas e ajustadas idealmente uma vez por semana assim como o alinhamento do n vel de reprodu o e resposta de frequ ncia de um sinal de udio No que concerne limpeza do gravador Wallaszkovits diz que devemos dar especial aten o aos orif cios que existem entre a fita e as cabe as estes costumam ser estreitos e tendem a acumular detritos de sujidade no uso regular do equipamento caso n o sejam cuidadosamente limpos estes podem causar a perda do sinal reproduzido visto contribu rem para uma redu o do contacto da fita com as cabe as contacto esse que deve ser muito pr ximo a fim de se obter boa qualidade sonora Mesmo quando o equipamento n o usado regularmente h acumula o de fragmentos de p este dever ser limpo antes de ser utilizado A acumula o de part culas transportadas pelo ar e que se depositam entre as cabe as e a fita se n o forem removidas podem provocar dropouts gt A prop sito da limpeza do equipamento Nadja Wallaszkovits recomenda o uso de lcool isopropanol para limpar todo o percurso por onde passa a fita Defende tamb m que este procedimento seja repetido a cada quatro horas de utiliza o ou se necess rio com mais frequ ncia No percurso por onde passa a fita podem haver guias fixas ou rotativas conforme a m quina seguidas de uma cabe a de apagamento uma de grava o e uma de reprodu o todos estes mecanismos podem ser l
10. ltimos anos a maioria dos fabricantes deixaram de produzir m quinas anal gicas ou pe as sobressalentes Atualmente apenas um pequeno n mero de novas m quinas requerem uma pessoa experiente caso contr rio incorremos no erro de destruir algo que n o podemos n o conseguir recuperar 51 profissionais se encontra dispon vel no mercado A ltima gera o de equipamento desenvolvido por volta dos anos 90 introduzia menos distor es no sinal que as anteriores e permitia uma melhor qualidade do sinal Nadja Wallaszkovits aconselha o uso de m quinas de reprodu o mais modernas e profissionais para as transfer ncias No entanto a m quina deve ser compat vel com os par metros espec ficos de formatos da fita original que vai ser reproduzida devendo haver o m ximo de compatibilidade poss vel a n vel do di metro da bobine da velocidade original do formato das pistas e da equaliza o A maioria dos especialistas recomenda uma manuten o regular do equipamento de reprodu o para evitar a perda de qualidade no processo de transfer ncia e prevenir danos na fita devido ao desalinhamento mec nico da m quina Al m de uma rotina a n vel da limpeza descrita adiante para evitar a distor o do sinal devido a estruturas magnetizadas as cabe as as guias da m quina e todo o percurso por onde passa a fita devem ser regularmente desmagnetizados usando um desmagnetizador Wallaszkovits sugere que este procedimento seja
11. o n o s persistiu como ainda se agravou Para evitar tal retrocesso conveniente repetir se o tratamento com regularidade Mas mesmo assim Wallaszkovits recomenda que se digitalize o sinal quanto antes e se armazene a fita sob uma temperatura com baixa humidade durante um per odo de seis meses at se repetir novamente o processo Perda de Lubrificante LoL ou Loss of Lubricant Como foi referido em III 1 a adi o de lubrificantes camada de xido para facilitar o transporte da fita usual nas fitas de poli ster No entanto a adi o do lubrificante pode suscitar um outro tipo de degrada o severa designada por perda de lubrificante que semelhan a do que sucede com o SSS tamb m provocada pelo processo de hidr lise Em FACET Format Characteristics and Preservation Problems Mike Casey d exemplos de fitas magn ticas de poli ster por exemplo da Ampex e Scotch que s o suscept veis a este tipo de degrada o Por vezes parte do lubrificante migra para a superf cie da fita e pega se s guias e cabe as do gravador Existem tamb m lubrificantes l quidos oleosos vol teis que progressivamente se v o evaporando Outros s o sujeitos degrada o por hidr lise e oxida o e ao longo do tempo v o perdendo as suas fun es essenciais de lubrificadores da fita Auditivamente este tipo de degrada o percet vel pois as fitas emitem um assobio 44 Baking um tratamento t rmico usado
12. o deficiente ou mau funcionamento dos equipamentos Se um suporte se danifica devido a um armazenamento feito em condi es deficientes ou por um manuseio incorreto a informa o pode perder se A seguir ser o referidas as condi es em que devem ser mantidos os v rios suportes udio revista por todo o Comit T cnico da IASA 25 Condi es de Armazenamento No que respeita s condi es de armazenamento h alguns cuidados a ter nomeadamente o controlo das varia es dos n veis de humidade e temperatura A humidade pode ter influ ncia directa nos suportes udio provocando fen menos de hidr lise ou oxida o 3 Na segunda parte de Audio and Video Carriers 4 Schiiller esclarece que excep o de alguns discos que cont m gelatina como por exemplo os discos instantaneos gt dado que a gelatina um tipo de material que nem sempre imediatamente identific vel e n o pode contactar com a gua por ser altamente higrosc pio podendo sofrer altera es consider veis quando exposto a humidade ou em contacto direto com gua a maioria dos suportes se acidentalmente contactarem com gua n o ficam imediatamente danificados caso sejam prontamente assistidos procedendo a uma secagem n o correm riscos Quando existe uma biodegrada o provocada directamente por gua esta pode ser diagnosticada pela presen a de fungos no suporte As oscila es de temperatura t m igualmente implica es f sica
13. o dos dados de uma forma clara organizada e acess vel A disposi o dos elementos na mesma procura facilitar a identifica o dos principais problemas que a fita apresenta dando a perceber quais as que se encontram em pior condi o e precisam de uma interven o urgente atrav s de estrat gias de preserva o Tratando se de uma tabela que n o visa apresentar sumariamente a ou as cole es s quais aplicada mas os detalhes de cada fita integrada numa cole o ser apresentada uma para cada fita 74 Tal como foi acima referido a tabela de diagn stico que a seguir se apresenta fundamenta se na fase de diagn stico correspondente inspe o visual de cada fita A compila o dos problemas analis veis atrav s da inspec o visual incluem como foi j referido o estado de deteriora o f sica identificando problemas que derivam das varia es da temperatura e humidade ou associados m qualidade da bobinagem da fita velocidade e tens o Podem observar se ainda a n vel da deteriora o qu mica alguns danos motivados por um d bil armazenamento por exemplo devido ao processo de hidr lise Propomos assim a Tabela de Diagn stico seguindo se uma explica o dos campos relativos mesma Tabela de Diagn stico para a Preserva o de Fita Magn tica Marca e modelo N da fita Conte do Deteriora o F sica Deteriora o Qu mica Composi o da Fita Espessura da Fi
14. o el trica No mesmo documento a equaliza o em grava es descrita como sendo a aplica o de uma frequ ncia dependente do impulso ou corte do sinal antes de ser gravado e o inverso corte ou impulso na reprodu o Bradley 2009 44 Na mesa redonda de mar o de 20016 j referida em III 4 1 os especialistas defendem que a cadeia de reprodu o deve ter uma curva de equaliza o coincidente 58 50 Hz na Europa e 60 Hz nos EUA 59 Fonte Bradley 2009 57 60 Equalisation in recording is the application of a frequency dependant boost or cut to the signal before it is recorded and the inverse cut or boost on replay Nossa tradu o 61 A mesa redonda teve lugar em Washington D C tendo sido discutidas quest es dedicadas s t cnicas de captura do sinal udio O encontro foi encomendado e apoiado pela National Recording Preservation Board of the Library Congress Os principais temas abordados nestas discuss es foram os ficheiros de arquivo digital e os programas de metadata 55 com a da grava o original A fim de determinar a curva de reprodu o adequada o t cnico deve anotar todos os registos inscritos logo no in cio da fita ou na caixa da fita que correspondem aos tons de refer ncia da equaliza o e us los para alinhar a equaliza o apenas em fitas profissionais pois as de uso dom stico geralmente n o possuem inscri es Na aus ncia de qualquer informa o o t cnico
15. 3 De acordo com Miguel Sobral Cid4 o arquivo da Funda o Calouste Gulbenkian encontra se presentemente em reavalia o com vista a uma interven o no sentido de acautelar a sua preserva o pelo que a informa o contida no invent rio da Funda o em anexo corresponde a uma primeira aproxima o ao real conte do do arquivo pois o mesmo n o foi ainda verificado de forma pr tica Segundo Sobral Cid o 2 Investigador do Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa 3 Comunicado por escrito via correio eletr nico mensagem recebida em 16 02 2012 4 Diretor Adjunto do Servi o de M sica da Funda o Calouste Gulbenkian 11 invent rio foi realizado com base em elementos como etiquetas ou fichas cuja correspond ncia ao fonograma ainda n o foi confirmada Contudo estes projetos apesar da sua ineg vel import ncia s o como j foi acima referido pontuais e n o se estendem a outras institui es que integram tamb m esp lios de fita magn tica I3 Levantamento de Esp lios de Fita Magn tica em Portugal 1 3 1 Metodologias A fim de proceder a um levantamento dos esp lios existentes em Portugal foi necess rio estabelecer contacto com as institui es que poderia ser detentoras deste tipo de material O primeiro contacto fez se atrav s da Internet tanto com as institui es como com pessoas particulares tendo esta abordagem na maioria dos casos facilitado a tarefa de comunica o Para o efe
16. Gerhard BELL Frank MUNZNER Wulf Zeitschichten Magnetbandtechnik als Kulturtriiger Erfinder Biographien und Erfindungen Chronologie der Magnetbandtechnik und ihr Einsatz in der H rfunk Fernseh Musik Film und Videoproduktion Zweite Ausgabe 2010 KOFLER Birgit Legal questions facing audiovisual archives Paris UNESCO 1991 HESS Richard L 2008 Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life ARSC Journal 39 2 240 274 LARGE Andrew Empowering Information Professionals A Training Programme on Information and Communication Technology Module 9 Intellectual Property Rights in the Digital Age Teacher s Guide Bangkok UNESCO Bangkok 2007 LEWINSKI Silke von Certain Legal Problems Related To The Making Available Of Literary And Artistic Works And Other Protected Subject Matter Through Digital Networks 1 Paris UNESCO 2005 MCKNIGHT John G Choosing and Using MRL Calibration Tapes for Audio Tape Recorder Standardization MRL Magnetic Research Laboratories Inc Publication Choo amp U Ver5 72001 10 25 2001 internet online http www flash net 7Emrltapes choo amp u pdf accessed 10 Feb 2004 MCKNIGHT John G 1969 Flux and Flux frequency Measurements and Standardization in Magnetic Recording Journal of the SMPTE 78 457 547 OSAKI H 1993 Role of Surface Asperities on Durability of Metal Evaporated Magnetic Tapes in IEEE Trans on Magnetics 29 1 SCHULLER Di
17. Richard Hess 3 adverte que numa an lise das componentes da fita magn tica dever o observar se as tr s principais camadas cujas componentes podem variar sendo elas o ligante camada superior ou magn tica o substrato e o back coating camada inferior O ligante o que mant m a coes o das part culas de xido como o seu nome indica o que as liga fazendo com que estas aderiram ao substrato Hess define o ligante como a cola ou a matriz que segura as part culas de xido ao substrato 4 O ligante respons vel pelo registo do sinal udio sobre a fita e proporciona uma superf cie lisa facilitando o transporte da fita atrav s do gravador H ainda outros componentes que podem ser adicionados ao ligante e que contribuem para auxiliar o transporte da fita como os lubrificantes asssm a camada de xido pode ter tamb m adi o de lubrificantes que ajudam a reduzir a fric o atenuam a tens o e previnem o desgaste da fita O substrato consiste numa pel cula de base que pode ser composta por acetato de celulose PVC cloreto de polivinila papel ou poli ster e tem como fun o suportar todos os outros componentes que completam a fita sendo necess rio para sustentar a camada magn tica que cont m a grava o conferindo integridade fita O back coating ou camada inferior de revestimento facultativo por m ajuda a reduzir a fric o e a dissipar cargas eletro est ticas propiciando uma montagem mais unifor
18. Washington D C lt http www clir org pubs reports pub137 pub137 pdf gt acedido em 02 01 2012 49 igualmente um problema dif cil de resolver no restauro das fitas magn ticas anal gicas Wallaszkovits d exemplos de casos em que se podem encontrar espa os entre as extremidades das fitas o adesivo fica exposto e uma camada da fita encontra se colada camada adjacente Se a fita apresentar uma boa condi o f sica estando lisa h grandes probabilidades de a transfer ncia vir a ser feita em melhores condi es Restauro F sico Relativamente ao processo de restauro f sico da fita magn tica os especialistas recomendam que antes de se efetuar a transfer ncia se substituam flanges bobines contaminadas ou quebradas assim como emendas antigas Por m numa mesa redonda realizada em Mar o de 2006 em que participaram diversos especialistas neste dom nio e onde foram discutidas as pr ticas relativas ao processo de transfer ncia de discos e fitas magn ticas anal gicas para um outro suporte admitiu se que a pr tica de substitui o frequente das emendas podia representar riscos para as fitas nomeadamente aquando da remo o do adesivo Assim recomendou se o uso de nafta l quida ou lcool isopropanol para remover res duos de adesivos das fitas de pl stico ou poli ster importante n o utilizar lcool em fitas de acetato porque estas podem dissolver se BOTTOM S 7 5 PO do No O SIDE
19. al m de servir de conversor ADC conversor anal gico digital sendo o software de captura o Logic Pro 8 Para concluir o processo as cinco das fitas do esp lio de Clotilde Rosa foram digitalizadas para um dom nio digital a partir do qual se p de gravar para um suporte tico o CD Segue se uma breve descri o do conte do sonoro das fitas magn ticas do esp lio de Clotilde Rosa e uma exposi o das condi es em que o som se encontrava durante a reprodu o A primeira obra a ser digitalizada foi Jogo Projectado II a fita n 4 Trata se de uma fita BASF extremamente fr gil que n o aguenta grandes tens es nomeadamente quando temos que a parar Ao ser reproduzida rebentou devido ao estado de fragilidade e de deteriora o em que se encontrava Quebrou numa zona de sil ncio por isso n o houve perda efetiva de informa o A fita dever ser submetida a um trabalho de restauro devendo ser colada com uma fita adesiva pr pria splice tape Houve uma tentativa de colar a fita de imediato contudo como a fita adesiva n o aderiu convenientemente n o p de prosseguir se com a tarefa A partir da j n o foi poss vel reproduzir mais a fita esta n o demonstrou ter for a suficiente para resistir a paragens bruscas extremamente suscet vel quebra devido sua d bil condi o f sica Em circunst ncias normais uma fita corre sem quaisquer problemas mas esta fita pela sua condi o de deteriora o pode es
20. avaliar as condi es de cada fita individualmente de modo a poderem ser identificados os seus principais problemas Esta tabela de diagn stico dever servir de modelo metodol gico pata o tratamento de outras cole es sinalizadas para fins de preserva o 91 Para garantir uma preserva o a longo prazo da informa o contida em cada suporte necess rio copiar o seu conte do S a partir dessa transcri o ser poss vel dar continuidade ao processo de preserva o mesmo que o suporte original tenha sido perdido como afirma Richard Hess Se o conte do importante e n o deve ser perdido copie o agora Hess 2008 267 Concluiu se assim das diversas experi ncias que deram origem a este trabalho que a c pia do conte do sonoro fundamental para assegurar a preserva o mas outros recursos s o igualmente requeridos nomeadamente fundos que facilitem a aquisi o do equipamento ferramentas treino e pessoas especializadas para realizar o trabalho Ao observar se a realidade portuguesa depreendeu se que grande parte deste trabalho se encontra por fazer ou ent o numa fase muito embrion ria Nas v rias institui es contactadas desde o Museu da M sica Teatro Nacional de S o Carlos Funda o Calouste Gulbenkian Museu do Fado Casa Verdades de Faria Museu do Montijo Arquivo da RTP Arquivo Hist rico do Orfe o Universit rio do Porto Banda da GNR particulares e outras pequenas e m dias institui e
21. janeiro de 1979 na Aula Magna Reitoria da Universidade de Lisboa pelo Grupo de M sica Contempor nea de Lisboa A compositora comenta que a prepara o do dispositivo eletr nico de Diapas o se baseou numa pe a do grupo The Beatles intitulada A Day in the Life do lbum Sargent Pepper s Lonely Hearts Club Band lan ado em 1967 e numa outra banda de rock brit nica os Jethro Tull formada em 1967 Rosa transfere diretamente para o seu suporte eletr nico o glissando presente em A Day in the Life assim como um acorde de piano sustentado que surge na parte final desta pe a A seguir podem ouvir se sons aleat rios cantados por Maria Jo o Serr o posteriormente manipulados a n vel da 70 Rosa conta que apreciava muito a banda The Beatles e por isso desejava homenage los 67 velocidade Podem tamb m ouvir se sons de guitarra interpreta o de Lopes e Silva e de percuss o interpretada por Catarina Latino Todos os sons s o previamente gravados e tratados eletronicamente antes de serem introduzidos na obra o som destes instrumentos passa por um sintetizador produzindo variad ssimos efeitos sonoros Finalmente nesta obra podem ser ouvidos coros um lit rgico e um ortodoxo Segundo a compositora a obra Diapas o havia sido inicialmente pensada para trio com uma componente teatral e Rosa ainda experimentou fazer uma grava o com esse objectivo O violino e o violoncelo afinavam pelo L do diapas o e depois ent
22. o HD DVD e o disco Blu ray A diversidade de formatos e de tipos de suportes constitui uma grande preocupa o para a comunidade arquiv stica sobretudo porque devido ao r pido desenvolvimento tecnol gico que leva ao surgimento de novos suportes os anteriores rapidamente se tornam obsoletos Alguns suportes anal gicos encontram se quase erradicados do mercado A diminui o da produ o aliada falta de apoio t cnico e ainda o facto de os suportes udio que subsistem n o se encontrarem conservados sob 22 as melhores condi es leva a uma curta expetativa de vida Neste contexto e apesar do mercado tecnol gico estar em constante expans o importante continuar a fazer se a manuten o do equipamento mais antigo para que os diferentes formatos dos suportes udio mesmo os mais raros e antigos possam ser reproduzidos e o seu conte do recuperado e salvaguardado 1 1 2 Finalidade da preserva o Numa esfera cada vez mais digital membros da IASA e das comunidades arquivistas t m se questionado sobre como se poder salvaguardar a heran a audiovisual Sch ller 2005 2 A justifica o para a cria o de um arquivo de fonogr fico prende se sobretudo com o uso que este faz dos seus pertences Um arquivo deve portanto n o apenas colecionar preservar e catalogar as suas cole es sonoras mas tamb m proporcionar o acesso s mesmas Uma condi o indispens vel e necess ria para uma acessibilidade cont
23. A fita n o possui fita leader nas pontas 86 Comentario Adicional a grava o da fita n 7 foi igualmente observada atrav s do Acousmographe Nesta an lise morfol gica da fita n 7 percebeu se claramente que esta muito semelhante fita n 6 Em princ pio trata se de uma r plica c pia da fita n 6 isto porque os riscos observados a partir da an lise morfol gica coincidem e encontram se exatamente nas mesmas posi es tanto a n vel horizontal como vertical Por m ambas podem ser distinguidas pela qualidade do som a fita n 7 tem uma qualidade sonora bastante inferior em compara o com a fita n 6 demonstrando assim a possibilidade de se tratar de uma r plica 87 Tabela 8 Fita 8 Sonhava de uma Marinheiro Figura 20 Fita 8 Sonhava de um Marinheiro Marca e modelo EMI 274 Fita 8 Conte do Sonhava de um Marinheiro 1980 para solista e orquestra ensemble e ou coro conjunto vocal com eletroac stica sobre suporte Deteriora o F sica A fita exibe v rias irregularidades tais como popped strands wide slots no centro e windowing aberturas janelas entre as camadas da fita Deteriora o Qu mica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Composi o da Fita Fita preta opaca em poli ster Espessura da Fita Long Play 25 4 um 1 0 mil de base sendo a espessura total de 35 um 1 38 mils Atrav s da audi o verifica se que
24. Fado cedidas por Lina 6 7 Embaixador portugu s no Jap o 19 Soares e Ercilia Costa Gabinete de Educa o Grava es de Festivais e Coros Infantis oe 28 7 Artistica do Funchal entre outros Arquivo Hist rico do a 2 a A E SPA Grava es de espet culos art stico Orfe o Universit rio do 180 ee ape 8 musicais e recolhas etnogr ficas Porto Grava es das suas composi es de Jo o Pedro Oliveira 10 m sica electroc stica sobre suporte em 9 fita magn tica poe Grava es de obras sob a dire o do niversi li Ro irermdade Colocado 20 Maestro Manuel Ivo Cruz A 10 Porto f N 2 inventaria o ainda est em decurso Registos de est dio e de exterior de m sicas instrumentais m sicas vocais sonoplastia misturas de m sicas diversas Valentim de Carvalho 5000 em multi pistas espet culos concertos e 11 Teatro de Revista entrevistas ensaios de interpreta o e execu o de m sicas excertos de missas Banda da GNR 82 Grava es de v rios concertos da banda 12 Grava es de recolhas etnogr ficas para Centro de Lingu stica da 953 um Atlas Lingu stico Etnogr fico de 13 Universidade de Lisboa Portugal e Galiza sob a dire o do Professor Lindley Cintra Obras apresentadas em 1 audi o no 4 e x x 5 Encontros Gulbenkian de M sica Maria Jo o Serr o 12 x 2 14 Contempor nea no Grande Audit rio Gulbenkian
25. Gulbenkian de M sica Contempor nea estreou em Lisboa em 1981 sob a 71 Timpanos Vibrafone Sinos temple Block Prato Supenso 68 direc o Alvaro Salazar A grava o pr via da parte electr nica em fita magn tica esteve a cargo de Lu s Cilia e com imagens projetadas em slides criadas por Jo o de S Machado Lu s C lia comenta que naquela poca finais da d cada de 70 j possu a alguns meios que permitiam trabalhar o som n o tinha propriamente um est dio mas tinha uma m quina da Revox de bobine aberta e utilizava sintetizadores tais como o Minimoog e o Roland que permitiram criar os efeitos sonoros desejados por Clotilde Rosa Reflexus 2000 Composta Mem ria de Jorge Peixinho esta obra foi escrita inicialmente para Saxofone Solo e Eletroac stica sobre Suporte Posteriormente a pedido do saxofonista Daniel Kientzy feita uma vers o para 5 Saxofones e Electroac stica sobre Suporte com dura o de sete minutos e dez segundos Kientzy o nico int rprete que toca em tempo real sobre o suporte eletr nico pois cada parte dos quatro restantes saxofones foi individual e previamente gravada por Kientzy no dispositivo eletr nico que ser apresentado na performance ao vivo Esta obra teve a sua estreia em Paris no ano de 2001 Densidade 2003 Obra escrita para Violino Solo e Fita Magn tica Sobre esta obra Clotilde Rosa esclarece Duo para violino e grava o eletroac stica
26. List 2000 lt http www aes org aeshc docs 3mtape aorintr1 html gt e de lt http www aes org aeshc docs 3mtape aorprod2 html gt acedido em 28 01 2012 31 Fonte Casey 2007b 6 32 As fontes consultadas revelam incoer ncia relativamente a esta data Casey Mike FACET Format Characteristics and Preservation Problems Bloomington Indiana University Press 2007 Hess Richard L 2008 Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life ARSC Journal 39 2 240 274 documentos de apoio pedag gico facultados por Wallaszkovits 33 ofa BASF and IG Farben Audio Open Reel Tapes lt http www aes org aeshc docs basftape basftapes html gt acedido em 02 01 2012 36 Farben ap s a destrui o da linha de produ o da fita de acetato em 1943 na Alemanha uma fita homog nea uma fita an loga foi produzida entre 1949 1954 pela BASF igualmente homog nea e designa se por Typ L extra modelo L extra Segundo o autor a designa o L refere se ao substrato Luvitherm o nome comercial utilizado pela IG Farben para mencionar as suas PVC A partir de 1945 a BASF produziu fitas PVC com um revestimento inferior back coating e a 3M introduziu a fita Type 311 modelo 311 em 1960 Hess assegura n o ter tido qualquer experi ncia nem mesmo conhecimento de casos de degrada o do revestimento inferior back coating das fitas PVC A fita magn tica designada Magnetophonband
27. Registos de teatro radiof nico literatura personalidades vozes entrevistas Estado RTP ca 30000 Novo 25 de Abril Democracia 15 reportagem m sica e m sica comercialmente gravada e Grava es em fita magn tica de obras de Arquivo Municipal do avas La map Montiio 67 m sica electroc stica sobre suporte e de 16 J obras instrumentais de Jorge Peixinho Grava es de diversos concertos Hot Club de Portugal 500 celebra es de festas sobretudo no mbito 17 do repert rio de Jazz Obra composta durante um Ateli no Ant ni Di 1 ar 1 Foo EROSA as UPICS intitulada Mise en Page Vis o Natureza c 3 00 e Momentos Jos Mesquita Lopes 1 de Cor c de 5 00 possui apenas uma 18 das bobines Circulo Cultural 2 Fitas magn ticas com a banda sonora de 18 8 UPIC Unit Polyagogique Informatique CEMAMU Trata se de uma ferramenta de composi o musical informatizada concebida pelo compositor Iannis Xenakis 20 Scalabitano algumas pe as de teatro talvez dos anos 70 e 90 do s c XX Grava es e composi es do esp lio de Jorge Peixinho 4 Jos Machado 45 Esta recolha foi particularmente til ao nosso projecto na medida em que foi poss vel determinar o n mero aproximado de fitas magn ticas que dever o ser abrangidas por estrat gias de preserva o sobretudo pela import ncia do seu conte do Apesar de n o ter sido poss vel chegar a um n mer
28. assess the needs of its users both current and future and to balance those needs against the condition of the archive and its contents Nossa tradu o 23 A comunidade arquivistica em geral tem se questionado sobre as metodologias mais adequadas para salvaguardar o patrim nio audiovisual Na tentativa de responder a essa quest o em 2001 o Comit T cnico da IASA Associa o Internacional de Arquivos Sonoros e Audiovisuais prop s se criar um documento com normas gerais e de orienta o para auxiliar os arquivistas Esse documento IASA TC 03 tem como objectivo central identificar problemas e recomendar t cnicas a que os arquivos audiovisuais podem recorrer o documento procura utilizar uma linguagem clara de modo a facilitar a compreens o dos pressupostos nele descritos Dietrich Schiiller Consultor no Arquivo Fonogr fico de Viena e respons vel pela sec o de Projetos de Preserva o Especiais editor e autor do documento juntamente o restante Comit T cnico esclarece no pr prio IASA TC 03 que este documento se dedica sobretudo aos princ pios gerais consistindo numa esp cie de C digo de tica sobre todos os aspetos dos arquivos fonogr ficos Em 2004 publicado um documento intitulado IASA TC 04 Guidelines on the Production and Preservation of Digital Audio Objects que visa proporcionar aos arquivos audiovisuais orienta es para uma abordagem profissional preserva o de suportes udio tecendo
29. caeseeseecnseseeseees 38 II 3 Deforma es da Fita Magn tica csssssccssssesssssssscsesssssssessessssessesessesssssssessesssssssessesesseres 38 1 3 1 Degrada o do Ligante em Fitas de Poli ster PET 41 1 3 2 Outras degrada es da Fita Magn tica eeeeceseseecsereeceeeeecaeceeesecaeceeeeeeeeeaees 44 HI 4 O Processo de transfer ncia do conte do sonoro cereereseenecrsnesesessenesesnesecessenesesos 46 1 4 1 Prepara o da Fita Magn tica rir reererereracaee eae anne ra caneenaracenanaa 46 1 4 2 Prepara o do Equipamento de Reprodug40 Gravagao seeceeeeceseceeeceseeeecneeeeeeaees 51 3 II 5 Duas Ferramentas de Diagn stico para a Preserva o dos Suportes Audio 57 IV Apresenta o cicscscecscsavssacsecsesoascassaeasvonesssasconseianescseceessdaued aesestsedeessocseccsadeupsccbacseaceusensacsacasassace 62 IV 2 Clotilde Rosa breve nota sobre o percurso musical sessessescosoesossescesoossesoesoesessossesossesso 63 IV 2 1 Apresenta o da Compositora es eesesecsseceesecseceseeeesecseesecneesecnaeesseecaeesecseeseeneseeeaees 63 IV 2 2 A M sica Eletroac stica de Clotilde Rosa cccccccccesscessscssscesssseceseeeesceceeeeeseecsesenaeees 65 IV 3 Caracteriza o do Conte do do Esp lio de Fitas Magn ticas de Clotilde Rosa 66 IV 4 Processo de Digitaliza o de fitas de Clotilde Rosa scscessessssssessessec
30. de um pano de limpeza especial sint tico n o lubrificante e n o abrasivo como o Pellon desenvolvido nos anos 30 pela ind stria de vestu rio Para uma limpeza completa da fita devem limpar se ambos os lados da fita udio e se justificar pode ainda efetuar se uma limpeza com o Pellon numa bobinagem lenta Se a fita est molhada deve ser enxaguada com gua destilada e colocada de imediato ao ar a secar a seguir deve aspirar se e limpar se com o Pellon Para limpar emendas coladas ou res duos de adesivo embora se recomende o uso de nafta l quida um derivado do petr leo esta n o aconselh vel numa limpeza completa da fita por poder corroer a fita importante advertir que tanto a gua destilada como outras solu es qu micas devem utilizar se apenas se o material constituinte da fita as conseguir tolerar Restauro da Fita No que respeita ao restauro de uma fita Nadja Wallaszkovits considera o decisivo por este ter implica es diretas no processo da transfer ncia do conte do sonoro para os novos suportes A especialista previne que por vezes encontram se fitas com bordas t o deformadas que a repara o se torna muito dif cil e mesmo sendo bobinadas lentamente a qualidade da transfer ncia afetada As emendas deterioradas s o 48 Capturing Analog Sound for Digital Preservation Report of a Roundtable Discussion of Best Practices for Transferring Analog Discs and Tapes p 8 realizada em Mar o de 2006 em
31. exatamente sob as mesmas condi es n o Varia es an logas foram observadas nas medidas de acidez das fitas antes e durante a prepara o Al m disso o n vel de acidez permaneceu consistentemente baixo mesmo depois de uma longa incuba o a uma temperatura elevada e apesar do aumento significativo da hidr lise do ligante como foi determinado pelo teste da extra o de acetona Isto mostra a dificuldade em se poder desenvolver uma simples ferramenta de diagn stico para a preserva o de cole es de fita magn tica pela inconsist ncia dos dados Este estudo proporcionou informa es teis no campo da preserva o das fitas magn ticas As respostas das institui es envolvidas nesta pesquisa demonstraram que grande parte das cole es em fita magn tica n o s o orientadas por estrat gias de preserva o e apenas um pequeno n mero de cole es beneficiavam de armazenamento espec fico Este projeto relevou aspetos importantes sobre a preserva o das fitas concretamente a necessidade de conhecer o tipo de suportes que as colec es integram como preservar esses suportes como decidir quais as colec es que necessitam de uma interven o mais urgente O relat rio revelou ainda que houve uma grande aus ncia de informa o a n vel de dados quantitativos sobre o estado de preserva o dos acervos de fita magn tica por parte das institui es participantes A inspe o visual a limpeza da m quina de reprodu
32. fita Tal como foi referido anteriormente os ligantes constitu dos por poli ster poliuretano s o particularmente suscept veis degrada o por hidr lise A degrada o do ligante fomentada pelo processo de hidr lise pode desencadear duas formas de deteriora o 43 Wallaszkovits explica de uma forma clara em que consiste o processo de hidr lise Segundo a especialista a gua est omnipresente em forma de humidade no ar provocando essa rea o qu mica logo os pol meros que ligam as part culas magn ticas ao back coating num revestimento homog neo quebram Deste modo o ligante perde as suas propriedades f sicas essenciais 41 Sticky Shed Syndrome SSS O Sticky Shed Syndrome corresponde a uma deteriora o qu mica comum nas fitas de poli ster ocasionada pelo processo de hidr lise Trata se de uma reac o qu mica incitada pela humidade em combina o com elevadas temperaturas A presen a de gua em forma de humidade no ar origina esta rea o que se manifesta atrav s da perda das part culas de xido isto os pol meros que ligam as part culas magn ticas e a camada inferior num revestimento homog neo come am a quebrar e o ligante vai se perdendo Conforme se pode ver na imagem a seguir esta forma de degrada o provoca o entupimento da cabe a e o derramamento do xido Figura 6 Sticky Shed Syndome Entupimento da cabe a e derramamento de xido Na imagem podemos observar
33. is officially recommended by the Technical Committee Currently A D converters providing 192 kHz sampling rate and 24 29 A generalidade dos arquivistas tende a ser c ticos quanto ao recurso a formatos de compress o de dados baseados em codifica es perceptivas uma vez que a compress o induz perda de parte da informa o prim ria O IASA TC 03 refere se tamb m aos princ pios a seguir no arquivamento digital advertindo que devem ser adotadas as seguintes condutas Cada c pia digital produzida para fins de arquivamento verifica o deve ser verificada em compara o com o ficheiro importado estar livre de erros incorrig veis e ter o menor n mero poss vel de erros corrig veis Um relat rio de erro tem que ser produzido e mantido para monitoriza o futura As grava es digitais que entram no arquivo a partir de fontes externas devem contudo conter erros incorrig veis mais uma vez um relat rio de erro incluindo a posi o de tais erros deve ser guardado Cada suporte que cont m grava es digitais deve ser verificado em intervalos regulares para a integridade dos dados O conte do digital dever ser copiado para um novo suporte sempre que o n mero de erros aumente significativamente a qualquer varia o antes que ocorram erros incorrig veis refreshment O conte do digital dever ser copiado antes que os suportes antigos formatos ou hardware se tornem obsoletos migra o
34. nua a sobreviv ncia do conte do sonoro dos suportes sobre os quais as grava es s o colocadas que s o inerentemente inst veis e que podem prematuramente deixar de existir Por este motivo a preserva o a fun o principal de um arquivo De um modo geral todas as outras atividades de um arquivo dependem da mesma O conceito de preserva o pode ser ainda clarificado na seguinte afirma o A preserva o permite nos oferecer aos nossos sucessores com tanta da informa o contida nas nossas cole es quanto poss vel alcan ar no nosso ambiente de trabalho profissional da responsabilidade de um arquivo avaliar as necessidades dos seus utilizadores ambos atuais e futuros e equilibrar essas necessidades diante das condi es do arquivo e seus conte dos Sch ller 2005 3 In an increasingly digital environment members of IASA and the archival community at large have been asking how to safeguard the audiovisual heritage in Schiiller Dietrich ed IASA TC 03 2005 The Safeguarding of the Audio Heritage Ethics Principles and Preservation Strategy International Association of Sound and Audiovisual Archives IASA Technical Committee Version 3 September 2005 Nossa tradu o 10 Preservation enables us to provide our successors with as much of the information contained in our holdings as it is possible to achieve in our professional working environment It is the responsibility of an archive to
35. realizado no mbito do Mestrado em Artes Musicais surge A presente disserta o visa desenvolver descrever e relacionar algumas problem ticas que refletem sobre os v rios aspetos relativos preserva o de suportes udio em fita magn tica sendo ainda propostas estrat gias de preven o que visam evitar a degrada o prematura dos suportes magn ticos pois sabe se que a longo prazo a sua recupera o ser cada vez mais delicada O objetivo sugerir estrat gias a aplicar s colec es de maior risco ainda que num contexto te rico e para isso importante definir os principais fatores de risco que conduzem compreens o do estado de degrada o das fitas A aplica o de tais solu es a uma pequena colec o ser oportunamente feita neste estudo Neste estudo pretendo propor uma metodologia de trabalho que possa vir a tornar se padr o e que possa ser aplicada a todas as fitas que n o se encontrem no seu melhor estado de conserva o Proponho centrar me no diagn stico das fitas e apresentar propostas para a sua preserva o Come ar por identificar e classificar o tipo de fita avaliar as necessidades para poder determinar os princ pios b sicos necess rios manuten o das mesmas adequando os a cada caso espec fico Embora uma quest o principal neste trabalho salientada desde o t tulo seja o levantamento de esp lios fonogr ficos em fita magn tica a aus ncia de documenta o levou me a fazer uma busca d
36. repetido a cada oito horas de utiliza o do equipamento e que a m quina seja ligada pelo menos uma hora antes de ser usada para que os componentes eletr nicos tenham tempo de estabilizar No artigo Demagnetizing A Tape Recorder 2 escrito por John G McKnight em que se discute a desmagnetiza o de uma m quina de grava o de fita magn tica levantada a seguinte quest o O que fica magnetizado numa m quina de grava o de fita gt 3 Em resposta McKnight esclarece que tudo o que cont m ferro n quel ou cobalto materiais potencialmente ferro magn ticos costuma ficar magnetizado Por outro lado o autor afirma que o campo magn tico diminui rapidamente no espa amento entre a fita e a cabe a de modo que a nossa preocupa o com a magnetiza o limita se quilo que contacta diretamente com a fita cabe as guias e eixo do cabrestante Wallaszkovits recomenda que as propriedades mec nicas da m quina de reprodu o como o bin rio de travagem a tens o da fita e a press o do rolete devem 52 Este artigo foi originalmente publicado na Revista db Vol 21 Nr 4 pp 41 43 1 1987 07 08 A vers o atual uma muito ligeira reedi o a partir da vers o originalmente publicada Typo corrigido and PS adicionado 2005 02 lt http home comcast net mrltapes mcknight demag pdf gt acedido em 06 02 2012 53 What Gets Magnetized In A Tape Recorder Mcknight John G Demagnetizing A Tape Recorder
37. vel que as m quinas abranjam o maior n mero de formatos poss vel Configura o das pistas Neste campo deve registar se a configura o da pista Esta pode ser identificada atrav s de 1 uma escuta atenta 2 um magnetosc pio ou Magnetic Viewer usado para examinar o n mero de faixas que torna o sinal magn tico da fita vis vel permitindo ainda identificar a posi o e o alinhamento das cabe as Velocidade de grava o Neste campo deve registar se a velocidade da grava o que se depreende no momento da audi o Contudo de um modo geral a velocidade designada na embalagem 7 5 in s 7 4 polegadas por segundo in s ou ips a velocidade mais comum em grava es de armazenamento arquiv stico e do uso dom stico mas tamb m frequente encontrarmos grava es com a velocidade de 3 75 in s 3 3 4 79 Nos EUA a espessura mede se em polegadas inch e indicada atrav s das designa es Long Play Double Play e Triple Play ou pelo n mero de produto e a medida refere se apenas ao revestimento de base em mils No resto do mundo a espessura mede se em micr metros referindo se espessura total da fita incluindo o revestimento de base o ligante e a camada inferior de revestimento quando este existe 80 Arnold B 1022 Exemplo de um Magnetic Viewer Fonte Casey 2007b 17 81 Polegadas 190 5 mil metros 76 Sound Field Neste campo deve registar se 0 campo sonoro Embora este pos
38. 8um 12um 9um 50um 18um 26um 32um E topcoat E Substrate T Back coat optional Figura 2 Esquema representativo das espessuras das Fitas Analdgicas2 II 2 Caracter sticas da Fita Magn tica 1 2 1 Fitas com Base de Acetato de Celulose No que respeita s fitas com base de acetato de celusose em FACET Format Characteristics and Preservation Problems Mike Casey refere v rios componentes usados no fabrico deste tipo de fitas que pelas suas caracter sticas podem influir na estabilidade das mesmas Acrescenta ainda que a base de acetato era amplamente utilizada como suporte para um certo n mero de formatos incluindo filme microfilme negativo fotogr fico e fita udio As fitas com base de acetato de celulose foram fabricadas entre 1946 a 196429 aproximadamente Segundo Casey nos EUA as primeiras fitas 3M3 com base de 26 Fonte documentos de apoio pedag gico facultados por Wallaszkovits 27 Casey Mike FACET Format Characteristics and Preservation Problems Bloomington Indiana University Press 2007 28 Professor e Diretor Associado dos Servi os de Preserva o de Media da Universidade de Indiana em Bloomington O seu foco de interesse e profissional relaciona se com duas as reas engenharia udio e arquiv stica do som 29 Australian Network for Information on Cellulose Acetate ANICA Cellulose Acetate Project Stage One Final Report August 2000 in Canberra National Library of Austral
39. A funda o do Arquivo Hist rico publicava tamb m o Boletim da Emissora que visava participar o agendamento das grava es fazendo refer ncia ao que estava gravado O arquivo foi recebendo cole es ao longo do tempo e compreende ainda hoje o maior n mero de esp lios de fita magn tica que se conhece em Portugal 14 O Dr Leite fez men o a outras cole es de fita magn tica chamando a aten o para o j referido Projeto do Hot Clube de Portugal tendo sido ele pr prio respons vel pela transcri o da cole o de Villas Boas e do restante acervo do Hot Clube Portugal referindo ainda a exist ncia do esp lio de fita magn tica da Banda da GNR e do Professor Lindley Cintra doado ao Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa CLUL Reuni es com particulares No dia 2 de Dezembro de 2011 realizou se a reuni o em casa do violinista Jos Machado em cuja resid ncia se encontra armazenada uma outra parte da cole o do compositor Jorge Peixinho O esp lio deste compositor relevante pois Peixinho por volta dos anos 70 foi um dos compositores portugueses pioneiros na realiza o de m sica eletroac stica sobre suporte Assim cerca de 45 bobines da cole o de Peixinho encontram se sob a tutela de Jos Machado Verificou se que as fitas s o mantidas temperatura ambiente Jos Machado referiu ainda que por possuir uma m quina da Revox re ne todas as condi es para poder reproduzir as fitas com algu
40. ASA Journal 32 acedido em 28 de setembro 2011 a partir de lt http www iasa web org iasa journal gt Image Permanence Institute Rochester Institute of Technology 2012 acedido em 03 de janeiro de 2012 a partir de lt https www imagepermanenceinstitute org gt MIC Centro de Investiga o amp Informa o da M sica Portuguesa 2012 acedido em 05 de Janeiro 2012 a partir de lt www mic pt gt UNESCO 1995 2012 Convention for the Safeguarding of Intangible Cultural Heritage acedido em 22 de setembro 2011 a partir de lt http www unesco org culture ich index php pg 00006 gt 96 ANEXOS 97
41. Hess comenta que os arquivos s poder o confiar na hist ria generalista e no conhecimento dos v rios modelos de fita magn tica que existem O autor considera essencial redefinir as estrat gias da preserva o atribuindo prioridades s cole es que 64 Metadata a informa o descritiva sobre um conjunto de dados espec ficos objetos ou fontes incluindo a sua formata o quando e por quem foram colecionados A informa o de metadata pode referir se a fontes eletr nicas ou f sicas Pode ainda ser criada automaticamente usando um software ou manualmente 65 Registar e editar uma ampla variedade de metadata t cnicos e estruturais para objetos udio Registar e editar avalia es de objectos udio para auxiliar o rastreamento f sico e a degrada o auditiva ao longo do tempo Analisar ficheiros udio para automaticamente recolher os metadata mais relevantes Gerar informa o de c lculo de verifica o MDS Registar e editar a informa o sobre rela es de parentesco para objectos udio Ver rela es de parentesco de objectos udio em Diagramas em rvore Registar a informa o da hist ria do processamento proveni ncia digital para acontecimentos relacionados com os objetos udio Exportar modelos da linguagem XML complacentes com os objectos udio e a hist ria do processamento Armazenar dados em bases de dados Oracle para apoiar a organiza o da preserva o da e pesquisa em colec es ATM a longo pr
42. Typ L modelo L da IG Farben pode apresentar as seguintes formas de deteriora o r pido desgaste com o uso o xido de ferro dissocia se do ligante assemelhando se a uma fita que foi picada com uma agulha as emendas que apanham a borda das restantes camadas adjacentes da fita podem ocasionar rasgos na diagonal Quanto ao armazenamento se estas fitas forem armazenadas sem qualquer prote o isto fora das bobines e respetivas caixas podem oxidar na parte superior As fitas PVC que ainda subsistem t m pelo menos 30 anos as mais antigas podem atingir os 60 anos Hess refere que uma fita PVC armazenada de acordo com as boas pr ticas 4 preconizadas pelos especialistas pode ser classificada com baixa prioridade no que concerne transfer ncia devido sua grande resist ncia 1 2 3 Fitas com Base de Papel As fitas com base de papel tiveram o seu per odo de maior produ o entre 1947 e 195335 aproximadamente Casey apoiando se em descri es emp ricas tanto de engenheiros de preserva o como de arquivistas refere que este tipo de fita quimicamente mais est vel Todavia estas fitas s o propensas a problemas mec nicos pelo facto de possu rem um revestimento muito fr gil e os especialistas relatam que muito comum durante a reprodu o a fita plissar 34 Bigourdan J L Vinegar Syndrome An Action Plan Rochester NY Image Permanence Institute ND lt http www imagepermanenceinstitute org sh
43. UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIENCIAS MUSICAIS Ana Filipa Gon alves de Magalh es LEVANTAMENTO DE ESP LIOS FONOGR FICOS EM FITA MAGN TICA Avalia o do Estado de Conserva o das Fitas Disserta o no mbito do Mestrado em Artes Musicais Estudos em M sica e Tecnologias Orientadora Professora Doutora Isabel Maria Pires LISBOA ANO UNIVERSIT RIO DE 2011 2012 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer o especial contributo oferecido por Professora Doutora Isabel Maria Pires Dr Susana Belchior Compositora Clotilde Rosa Mestre Nadja Wallaszkovits Sr Richard Hess Compositor Lu s C lia Dr Eduardo Leite e todas as pessoas e institui es que contribu ram de forma relevante para a elabora o do presente trabalho INDICE INTRODU O cassis as aca eat cesta bade cud sin xed peated RENO I ESPOLIOS FONOGRAFICOS PORTUGUESES EM FITA MAGNETICA gaitas sas ns eles sets ea nad aca ee I 1 Nota introdut ria oaren E E E seca aaa sa ana 9 I 2 Trabalhos de preserva o efetuados em Portugal sessessessossesossesoossossesoossesossossessossesossee 10 I 3 Levantamento de Esp lios de Fita Magn tica em Portugal cscesssscssessssssesssssesssees 12 1 3 1 Metodologias asas esmas sp eutesdiiaietinst e E E dives wo A e E r ivaeouats 12 1 3 2 Preocupa es Gerais cus lee aes BO Eaten Hae Maid 16 1 3 3 Bspolios Recolhidossii isioscatis a bas t
44. a es s o indesejadas para os suportes magn ticos na medida em que podem originar a diminui o das propriedades magn ticas culminando na perda do sinal Utilizando a Tabela de Diagn stico para a Preserva o da Fita Magn tica acima proposta procederemos agora an lise de cada uma das fitas desta cole o Iniciaremos essa an lise com a fita de Discurso Tardio 77 Tabela 1 Fita 1 Discurso Tardio Figura 13 Fita 1 Discurso Tardio para vozes femininas 1975 1978 78 Marca e modelo TDK Tape 150 Type 150 3 Fita 1 Contetido Discurso Tardio 1975 1978 para vozes femininas Indicio de slotting hubs exist ncia de um ou mais entalhes de largura extra sobre o eixo das duas flanges que sustentam o Deteriora o Fisica suporte de fita e popped strands tiras que emergem da face lateral da montagem de uma fita bobinada acontece porque algumas voltas da fita bobinada se deslocam da maioria Deteriora o Quimica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Fita com base em poli ster lubrificada com silicone para melhorar Composi o da Fita a performance na reprodu o pigmento magn tico FeCr ou CrO2 xido F rrico e Di xido de Cr mio Type III an logo s cassetes Espessura da Fita Double play 12 7 um 0 5 mil de base Configura o da Pista 2 camadas fita gravada em duas direcdes82 Velocidade da 3 ou 3 75 in s 9 5 cm s nota sobre a veloci
45. a do ambiente de armazenamento 2 apoio de novas iniciativas para sistemas de transfer ncia automatizados 3 cria o de uma ferramenta de diagn stico que estabele a prioridades entre as colec es que necessitam de uma r pida interven o e que estas sejam transferidas quanto antes No mesmo relat rio o IPI refere que os laborat rios apoiados por um equipamento de an lise adequado estar o certamente habilitados a explorar novas abordagens que permitir o a cria o da t o pretendida e necess ria ferramenta de diagn stico de preserva o das fitas magn ticas anal gicas E neste enquadramento e na sequ ncia deste estudo que ser o desenvolvidas as duas ferramentas em seguida apresentadas Em 2007 investigadores da Universidade de Indiana desenvolveram o ATCM um software que apoia a cole o e a gera o de metadata do suporte udio original isto a informa o detalhada relativa a todo o processo da transfer ncia de preserva o do suporte original para um outro suporte documentada e registada neste software assim os arquivos digitais criados resultam do processo completo da digitaliza o Em ATCM Mike Casey refere que a avalia o de uma grava o individual ou grupo de grava es de udio pode ocorrer em v rias etapas durante o processo de transfer ncia desde a entrada do suporte no arquivo at ao processo final de preserva o e cataloga o Num arquivo a c pia de um dado suporte udi
46. a fez amos ouvindo experimentando ela dava instru es eu tentava concretizar os sons que ela imaginava a partir desses desenhos e das instru es verbais 75 As obras Reflexus e Densidade n o s o abrangidas neste estudo de caso uma vez que n o foi poss vel aceder ao suporte f sico IV 4 Processo de Digitaliza o de fitas de Clotilde Rosa Como j foi referido acima Clotilde Rosa deixa se influenciar pela corrente est tica da m sica eletroac stica a partir de meados dos anos 70 mas ao iniciar se neste dom nio depara se com algumas condicionantes ocasionadas por falta de meios para p r as suas ideias composicionais em pr tica Como j se disse acima Lu s C lia um dos compositores que auxilia Rosa na cria o da parte eletr nica de uma das suas pe as Jogo Projectado II A compositora considerou relevante que se contactasse C lia para saber mais pormenores do trabalho 74 Fonte eletr nica lt www mic pt gt acedido em 20 04 2012 75 Comunicado por escrito via correio eletr nico mensagem recebida em 30 05 2012 76 neste contexto que no dia 5 de junho de 2012 por voltas das 14 00 horas decorre meu encontro com Lu s C lia na sua resid ncia Inicialmente estava previsto digitalizar se apenas a fita em que C lia havia colaborado com Clotilde Rosa na prepara o da componente eletr nica da pe a intitulada Jogo Projetado II C lia comenta que apenas tentou materializar os sons que R
47. amento de grava o por parte dos t cnicos O IASA TC 03 determina que todos os par metros e procedimentos utilizados durante o processo de transfer ncia de um suporte original para um novo suporte sejam anotados de forma clara e sistem tica a fim de que a consulta da documenta o a respeito desta grava o seja simples e n o deixe d vidas quanto ao processo adotado na transfer ncia Pode ler se no documento citado Contudo embora a possibilidade de uma re transfer ncia no futuro seja considerada todas as transfer ncias devem ser realizadas com 28 os mais elevados padr es poss veis no momento da transfer ncia Elas podem no futuro tornar se a ltima transfer ncia a partir dos originais 8 Sch ller 2005 7 1 2 2 Armazenamento Digital de udio O armazenamento digital de udio consiste no m todo de arquivar organizar e disponibilizar arquivos udio Poder ser considerado como um sistema organizado de documentos udio para facilitar a busca recupera o e torn los dispon veis em diferentes formatos eletr nicos desde formatos Wav a MP3 No arquivo qualquer documento udio pode ser pesquisado recuperado e facilmente aberto podendo ainda ser substitu do ou eliminado com facilidade conforme as necessidades do utilizador No entanto h alguns princ pios a ser observados no arquivamento digital Para fins de preserva o de documenta o udio em formatos digitais o IASA TC 03 aconselha q
48. apresentam os principais esp lios e na maioria dos casos pode mesmo ter se conhecimento do conte do das fitas magn ticas como foi referido anteriormente Assim esta recolha representa o n mero aproximado de bobines que fazem parte de cada institui o colaborador e s o representativos da extens o do patrim nio udio portugu s em fita magn tica Listagem Geral dos Esp lios de Fita Magn tica N de Bobines Conte do Anexo Institui o Particular Grava es em fita magn tica de obras de Clotilde Rosa 9 m sica eletroc stica sobre suporte e de 1 obras instrumentais Grava es de programas de educa o de adultos sobre tem ticas diversas Registos familiares Museu da M sica 1179 Programas de r dio 2 Programas de m sica cl ssica Recolhas ao vivo de espet culos homenagens Grava es de discos e ensaios da orquestra concertos da orquestra m sica Funda o Calouste 1345 de suporte a bailados encontros de m sica 3 Gulbenkian contempor nea m sica antiga recolha etnogr fica discursos de personalidades confer ncias entre outros Grava es de recolhas etnogr ficas que Museu da M sica 177 pertencem aos fundos particulares de 4 Portuguesa Michel Giacometti Fernando Lopes Gra a e Martins Janeira Teatro Nacional de S o 63 Grava es de diversas peras cerca de 24 5 Carlos fitas magn ticas n o identificadas Museu do Fado 7 Grava es de
49. ara as fitas de acetato Ainda em Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life Hess relata uma hist ria da oralidade em que se conta que uma fita que foi colocada perto de um forno a lenha durante varios invernos se tornou irreproduzivel A largura da fita tinha diminuido cerca de 20 e um dos lados da fita fundiu esta deixou de ser transl cida al m das suas extremidades terem ficado coladas camada por camada Relativamente s fitas de acetato o autor recomenda que sejam armazenadas em locais frios e secos Hess refere tamb m destas fitas as que representam maior risco de degrada o s o as IG Farben Magnetophonband Typ C Kodak qualquer fita armazenada em latas de metal ou em sacos de pl sticos selados todas as fitas de acetato que libertem odor a vinagre HI 3 1 Degrada o do Ligante em Fitas de Poli ster PET Nos anos 70 de modo a melhorar as propriedades da fita a maioria dos fabricantes de fitas udio substituiu a camada de base das fitas de acetato e PVC por uma camada que possu a um ligante com um componente de poli ster poliuretano por este ser mais resistente a altera es do revestimento de xido sendo no entanto mais inst vel Mike Casey salienta que a partir de ent o a maioria das fitas passa a ser em poli ster O back coating ou camada inferior corresponde a um revestimento preto constitu do por poli ster poliuretano e carbono negro que colocado na parte de tr s da
50. as fitas quebrou durante a reprodu o Quaisquer tentativas de reproduzir fitas sem um tratamento pr vio podem colocar em risco n o s a fita como tamb m os mecanismos envolvidos na reprodu o Certos danos que ocorrem pela aus ncia de uma avalia o do estado de conserva o da fita e eventual tratamento podem em ltima inst ncia ser irrevers veis ocasionando a perda total de informa o sonora No que respeita s fitas de Clotilde Rosa foi feita uma inspe o visual das mesmas que revelou problemas relacionados com o armazenamento originados pelo facto de as fitas estarem guardadas na horizontal fazendo com que as v rias camadas desca ssem umas sobre as outras al m de haver ainda fitas com bastantes emendas que necessitavam de se ser substitu das por m a falta de meios n o permitiu que se procedesse a um tratamento pr vio antes da reprodu o Mediantes estes factos aconselh vel que as fitas desta cole o sejam submetidas a um processo de limpeza restauradas reproduzidas a uma velocidade lenta armazenadas num ambiente apropriado e mantidas na vertical para a sua preserva o IV 5 A Tabela de Diagn stico A tabela proposta em seguida aplicada a este estudo de caso designada como Tabela de Diagn stico para a Preserva o de Fita Magn tica exp e de forma sistem tica os v rios elementos que caracterizam o estado de uma fita magn tica anal gica Esta tabela surge da necessidade de compila
51. as pr ticas exercidas na Europa e no mundo a n vel da preserva o Por isso dedicarei uma parte deste trabalho a algumas das experi ncias desenvolvidas num est gio realizado no Arquivo Fonogr fico de Viena entre os dias 25 de Agosto e 2 de Setembro de 2011 sob a orienta o de Nadja Wallaszkovits atual respons vel T cnica do Departamento Nadja Wallaszkovits a atual Vice presidente da Europa Central da Audio Engineering Society AES Como membro da AES desde h muitos anos ela preside a sec o austr aca e est ativa na SC 03 Subcomiss o de Preserva o e Restaura o de Grava o de udio Partindo do lado da produ o de udio como engenheiro de som a sua carreira tornou se mais e mais especializada em arquivamento de udio e restaura o Nossa tradu o lt http www aes org aes nadjawallaszkovits gt consulta em 15 09 2011 6 de Audio assim como a descri o de outras experi ncias relevantes no dom nio da conserva o de suportes magn tico Realizarei ainda uma reflex o de como esta experi ncia pode aplicar se realidade fonogr fica portuguesa O nosso estudo ser assim orientado para a pr tica arquiv stica nomeadamente a curadoria sendo sugerida uma pr tica de caracteriza o das obras a partir da contextualiza o das t cnicas da tecnologia do contexto de cria o as quais devem ser a base da informa o gerada sobre qualquer colec o de suportes Plano de Trabalho
52. av s da cria o de cat logos das diversas cole es udio de modo que possam ser ouvidas e apreciadas pelo p blico estudantes professores m sicos investigadores mel manos entre outros profissionais criando assim uma din mica de acesso aos conte dos para que o patrim nio al m de ser preservado esteja ao alcance de todos Assim conclu mos que a defini o de estrat gias de preserva o no mbito da conserva o das fitas magn ticas revela se fundamental e urgente Espero que o presente trabalho venha a ser til e possa auxiliar todas as institui es em Portugal que acolhem suportes de fita magn tica proponho mais que as pr ticas aqui recomendadas venham a ser postas em pr tica 93 BIBLIOGRAFIA ALBERT Marie Theres et al eds Training Strategies for World Heritage Bonn Deutsche UNESCO Kommission 2007 BOSTON George amp KEYNES Milton Memory of the World Programme Safeguarding the Documentary Heritage UK United Nations Educational Scientific and Cultural Organization 1998 BIGOURDAN J L Stability of Acetate Film Base Accelerated Aging Data Revisited in Journal of Imaging Science and Technology Vol 50 No 5 September October 2006 pp 494 501 BRADLEY Kevin ed IASA TC 04 Guidelines on the Production and Preservation of Digital Audio Objects Standards Recommended Practices and Strategies International Association of Sound and Audiovisual Archives IASA Technica
53. azo Nossa Tradu o Enter and edit a wide variety of technical and structural metadata for audio objects Enter and edit audio object evaluations to support tracking physical and aural degradation over time Parse audio files to automatically collect relevant metadata Generate MD5 checksum information Enter and edit parent child relationship information for audio objects View audio object relationships in tree like diagrams Enter and edit processing history digital provenance information for events undertaken with audio objects Export standards compliant XML for audio objects and processing history Store data in an Oracle database to support preservation management of and research in ATM collections over time There is also a local only version that writes files to a local folder in CASEY Mike Sound Directions Appendix 1 Technical Metadata Elements Bloomington Indiana University Press 2007 Nossa tradu o 66 FACET The Field Audio Collection Evaluation Tool criado por Mike Casey sendo o software desenvolvido por Jim Halliday Programador de Som Programa da Biblioteca Digital da Universidade de Indiana 60 apresentam maior risco de degrada o Hess sugere que o FACET se revela uma ferramenta til para o estabelecimento dessas prioridades e as fontes s o limitadas escolher preservar uma parte de uma cole o significa preservar poucas cole es ou partes delas em risco O FACET deveria ser usado para proporciona
54. bem como a limpeza da fita e do equipamento inclusivamente de todo o percurso por onde a fita passa s o pr ticas elementares que devemos efetuar de forma sistem tica Apresentamos em seguida os principais procedimentos a adoptar de modo a garantir a transfer ncia dos conte dos de fitas magn ticas para outros suportes em boas condi es 46 Inspe o Visual A inspe o visual consiste na observa o da fita magn tica a fim de se avaliar a sua condi o f sica este deve ser o primeiro procedimento a executar O resultado desta primeira an lise ajuda a compreender quais s o as principais vulnerabilidades do suporte e a partir da podemos decidir quais os procedimentos que devemos adotar Wallaszkovits considera que a inspe o visual da fita original um primeiro passo importante na medida em que esta observa o pode revelar nos problemas f sicos e qu micos que precisam de tratamento pr vio antes de se efectuar qualquer grava o tanto para proteger a fita como para fazer a melhor capta o do sinal A fita pode apresentar casos severos de degrada o imediatamente identific veis no ato da inspe o visual a qual essencial antes de se reproduzir e efetuar qualquer c pia a partir de uma fita original A aus ncia de uma inspe o visual pode constituir um risco para o suporte original no momento da reprodu o Numa inspec o visual devemos come ar por abrir a caixa devendo ter especial cui
55. cas das mesmas No segundo subcap tulo s o descritos os procedimentos necess rios e que precedem a transfer ncia do conte do sonoro da fita magn tica original para um novo suporte tamb m descrito como feito o diagn stico das condi es da fita a inspe o visual e ainda t cnicas de limpeza e restauro neste tipo de suporte Segue se ainda a descri o da prepara o da m quina tamb m antes da transfer ncia Por ltimo num outro subcap tulo dedicado documenta o dos suportes udio s o comparados duas ferramentas softwares que visam apoiar as cole es de udio que se encontram em maior risco de degrada o No mbito deste trabalho proponho ainda concentrar me no diagn stico das fitas magn ticas de uma cole o espec fica e apresentar propostas para a sua preserva o identificando classificando e avaliando as condi es de cada fita a fim de poder determinar os princ pios b sicos necess rios conserva o das mesmas Assim o quarto cap tulo apresenta um estudo de caso que analisa uma pequena colec o de fitas magn ticas As fitas pertencem ao esp lio da compositora Clotilde Rosa proposta uma tabela de diagn stico para fitas magn ticas que avalia individualmente o estado de cada fita Esta tabela pretende vir a constituir um modelo da metodologia de trabalho centrado nas fitas magn ticas que possa aplicar se a outros esp lios Faz ainda parte deste cap tulo a descri o do proce
56. certa autonomia 72 Aquando da reprodu o de Diapasdo a fita n 9 logo no in cio teve se a sensa o auditiva de que a velocidade n o correspondia original devido audi o de uma voz extremamente acelerada e distorcida que n o parecia ser coincidente com a est tica da pe a em si Por isso conveniente tentar encontrar a velocidade usada na grava o original velocidade essa que deve ser usada diretamente na m quina de reprodu o para que se consiga compreender o conte do da fita Na audi o desta fita poss vel reconhecer que se trata do suporte eletr nico sobre o qual os instrumentos ac sticos v o tocar A grava o do suporte eletr nico cont m um excerto original da obra dos Beatles com o t tulo A Day in the Life na qual se ouve um grande glissando e um acorde de piano sustentado que surge na parte final da pe a como j se referiu anteriormente relativamente aos sons usados na obra A seguir pode ouvir se uma voz que reproduz sons aleat rios manipulados na velocidade Ouvem se ainda sons de uma guitarra e de percuss o que passaram por um sintetizador Por fim s o ouvidos excertos de um coro lit rgico seguido de um ortodoxo Finalmente foi digitalizada a fita N 5 tamb m intitulada Discurso Tardio Trata se da grava o da estreia desta obra com apresenta o na Funda o Calouste Gulbenkian Na partitura original h uma indica o que diz respeito ao momento da entrada da grava o supo
57. co com o intuito de a serem depositadas e preservadas as cole es de maior relevo Este arquivo recebia grava es n o apenas da radiodifus o mas tamb m de r dios regionais e locais outras institui es como universidades museus e particulares que pretendiam doar os seus esp lios Na Europa e no mundo existem in meros arquivos fonogr ficos que se dedicam inteiramente preserva o do seu pr prio legado udio Em Portugal existem igualmente diversas cole es de fitas magn ticas que precisam de ser preservadas no entanto n o existe nenhuma institui o vocacionada para acolher arquivar e conservar esse esp lio para que possam ser ouvidos e tratados dando seguimento mem ria que neles est gravada A necessidade da cria o de um arquivo fonogr fico em Portugal destinado preserva o de suportes udio por isso premente E neste contexto que consideramos essencial saber como armazenar e cuidar adequadamente das fitas magn ticas de forma a aumentar a sua expectativa de vida assim como o saber fazer a transcri o sonora dos meios antigos para novos meios sendo este o caminho que proporemos para garantir a salvaguarda do legado sonoro que nosso patrim nio cultural portanto na sequ ncia da lacuna que se observa em Portugal a n vel de estrat gias de preserva o que visam salvaguardar os esp lios de fitas magn ticas durante um per odo de tempo mais alongado que este trabalho de projeto
58. contactadas a fim de corroborar ou n o a exist ncia de tais esp lios Foram igualmente consideradas as institui es cuja exist ncia de acervos conhecida como a Funda o Calouste Gulbenkian o Arquivo da RTP o Teatro Nacional de S o Carlos e a Valentim de Carvalho Ao longo do processo de contacto com estas institui es foi sendo facilitado o acesso a outros invent rios de esp lios tais como o esp lio da Banda da GNR o acervo de bobines do Hot Clube de Portugal e o esp lio de bobines da cole o do Professor Lindley Cintra Este caso tem uma peculiaridade interessante pelo facto de ser um esp lio que se baseia em recolhas para um Atlas Lingu stico Etnogr fico de Portugal e da Galiza n o tratando apenas de conte do musical mas sim no contexto da lingu stica Algumas institui es portuguesas estiveram j envolvidas em projetos de de preserva o pontuais como o caso do Hot Clube de Portugal HCP Trata se de uma colabora o que surge no seguimento de um projeto sobre o acervo do HCP em que se fez trabalho de inventaria o cataloga o e conserva o preventiva dos registos audiovisuais discos fitas magn ticas cassetes v deo e filme A esse respeito Miguel Louren o respons vel pelo N cleo Museol gico do Hot Clube de Portugal atrav s de uma comunica o pessoal escrita explica que existe um projeto de investiga o em 10 parceria entre o HCP e o INET MD da FCSH UNL intitulado Jazz in P
59. corresponde a uma grava o em Ronnenra o da Pista multipistas Quarter Track ou 1 4 Track velueade da 71 2 ou 7 5 in s 19 05 cm s velocidade mais comum Grava o Campo Sonoro Mono identificado na embalagem Observa es Esta fita apresenta diversas emendas mal aplicadas As emendas em m s condi es devem ser removidas e substitu das por especialistas 88 Tabela 9 Fita 9 Diapas o Figura 21 Fita 9 Diapas o Marca e modelo Agfa Gaevert Fita 9 Conte do Diapas o 1979 2 e 3 grava o Deteriora o F sica Exibe pequenos sinais do efeito stepped pack al m de m ltiplas emendas de v rias cores Deteriora o Qu mica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Composi o da Fita PET ou poli ster o revestimento magn tico consiste numa laca especial que cont m part culas de xido f rrico min sculas Espessura da Fita N o se pode determinar por falta de informa o e instrumentos apropriados para medir Atrav s da audi o verifica se que corresponde a uma grava o em Connenra ao da Pista multipistas Quarter Track ou 1 4 Track yetpeidade d 71 2 ou 7 5 in s 19 05 cm s velocidade mais comum Grava o Campo Sonoro Z E necess rio recorrer a um magnetosc pio para analisar o campo sonoro a fim de verificar se a grava o em multipistas Quarter Track ou 4 Track mon
60. dade da fita escrita Grava o na embalagem N mero de pistas ou Mono identificado na embalagem Campo Sonoro A fita apresenta caracter sticas de uma m bobinagem Possivelmente a tens o da montagem da fita durante a bobinagem foi feita de forma demasiado lenta fazendo com que as camadas das fitas escorregassem umas sobre as outras originando popped strands Esta fita extremamente sens vel dever ser bobinada lentamente e com baixa tens o preferencialmente no modo library wind existente na m quina uma vez que pode facilmente distender e ficar deformada Observa es Tabela 2 Fita 2 Discurso Tardio 82 Por vezes podem encontrar se fitas que foram gravadas em duas dire es isto acontece devido cabe a de grava o do equipamento 19 Figura 14 Fita 2 Discurso Tardio para coro masculino 1975 1978 Fita 2 Marca e modelo TDK Tape 150 Type 150 3 Contetido Discurso Tardio 1975 1978 para coro masculino Deteriora o F sica Ind cios de slotting hubs e popped strands Deteriora o Qu mica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Composi o da Fita Fita com base em poli ster lubrificada com silicone para melhorar a performance na reprodu o pigmento magn tico FeCr ou CrO2 xido F rrico e Di xido de Cr mio Type III an logo s cassetes Espessura da Fita Double play 12 7 um 0 5 mil de base Con
61. dado para n o deixar cair o suporte importante examinar os n veis de fungicidade tanto no interior da caixa como nas orlas da fita Se as fitas apresentarem cor amarela ou mostarda poder indicar presen a de fungos logo essa fita deve ser isolada e tratada por especialistas competentes Al m disso caso a fita apresente qualquer ind cio de bolor ou cheiro a vinagre a caixa deve ser imediatamente fechada importante salientar que a exposi o do t cnico a qualquer contamina o deste tipo pode representar risco de sa de e deve ser evitada Nalguns documentos em que se discute sobre este assunto os especialistas recomendam expressamente o uso de bata luvas m scara e culos nomeadamente em pessoas propensas a alergias Se o suporte n o exibir nenhum dos danos acima descritos a inspe o pode prosseguir No in cio da inspe o visual da fita Wallaszkovits sugere que procuremos por danos mec nicos e f sicos para identificarmos eventuais problemas no suporte geralmente relacionados com uma bobinagem ou armazenamento inadequados leafing folheamento blocking bloqueio provocado pela ades o de camadas sucessivas da fita ribbing nervuras popped strands O suporte da fita pode ter camadas individuais de fita desalinhadas umas com as outras logo algumas camadas salientam 47 se umas das outras 4 pack slip deslizamento do suporte cinching enrugamento da fita curling cupping curvatura transversal em t
62. de fundo pr prio da corrente el trica Na fita n 6 ouve se o j referido ru do produzido pela corrente el trica Segue se a digitaliza o da fita n 7 igualmente intitulada Discurso Tardio semelhan a do que sucedeu fita na anterior percebe se uma falta de sinal no in cio As vozes ouvidas passaram por filtros O ru do de fundo da corrente el trica persiste Ouve se uma outra voz que foi manipulada ao n vel da velocidade a qual al m de ter sido distorcida parece ter sido acelerada sendo tamb m demasiado aguda A fita n 7 foi digitalizada sem quaisquer problemas mas tal como nas fitas anteriores apresenta uma alguma fragilidade Na fita n 8 intitulada Sonhava de um Marinheiro podemos encontrar bastantes emendas deficientes dificultando a bobinagem da fita Tais emendas dever o ser oportunamente removidas e substitu das trata se de um trabalho delicado devendo ser feito por especialistas da rea do restauro Esta fita corresponde parte eletr nica da obra que foi usada durante o concerto tendo sido previamente manipulada Durante a grava o da fita foram ainda identificados efeitos caracter sticos do uso do sintetizador Minimoog A fita encontra se bastante debilitada nomeadamente pela quantidade de emendas que possui 78 Este software permite fazer todo o trabalho de manipula o sonora prescindindo de quaisquer misturadoras exteriores pois tem as suas pr prias ferramentas permitindo lhe uma
63. de texto sincronizadas podendo ser estudada a amplitude e o espectro do som 85 Tabela 7 Fita 7 Discurso Tardio Figura 19 Fita 7 Discurso Tardio Marca e modelo CBS com base em acetato Fita 7 Conte do Discurso Tardio 1975 1978 Bande magn tique attach la partition 1 choeur populaire portugais Alentejo 2 voix de femme synth tiseur 224b Deteriora o Fisica Manifesta ocorr ncia de flange pack A montagem da fita bobinada contra um dos flanges da bobine da fita em vez de ficar suspenso pelo meio As bordas da fita apresentam danos possivelmente causados pela raspagem da fita num dos flanges uma vez que esta foi desenrolada de uma forma n o uniforme e entrou em contacto com o flange do rolo Deteriora o Qu mica Verificam se alguns ind cios de deteriora o qu mica nomeadamente bolor Composi o da Fita Espessura da Fita Fita de acetato Standard play tapes com 38 1 um 1 5 mil substrato e espessura total da fita de 52 um 2 05 mils Atrav s da audi o verifica se que a corresponde a uma grava o RonnenrA o da Pista em multipistas Quarter Track ou 1 4 Track Velcade 7 1 2 ou 7 5 in s 19 05 cm s velocidade mais comum Grava o Campo Sonoro E necess rio recorrer a um magnetosc pio para analisar o campo sonoro a fim de verificar se a grava o em multipistas Quarter Track mono ou stereo Observa es
64. e o visual por si s pode revelar problemas de deteriora o f sica ou qu mica que precisam de ser tratados antes do processo de transfer ncia do conte do sonoro da fita original para um outro suporte Assim sobretudo na pr tica da prepara o da fita original antes da transfer ncia que se centra este estudo de caso Foi inclu do neste estudo alguma informa o complementar na rea da curadoria sendo feita uma caracteriza o da obra a partir da contextualiza o das t cnicas da tecnologia e do contexto da sua cria o 2 O principal objetivo deste estudo de caso atrav s de uma avalia o das condi es das fitas compreender o seu estado de deteriora o e assinalar se as fitas 62 precisam ou n o de ser copiadas o mais brevemente poss vel Outra da informa o aqui inclu da est geralmente inscrita na caixa das fitas magn ticas originais nomeadamente o t tulo da obra a data da grava o os int rpretes a marca e o modelo da fita a velocidade usada na grava o original e tamb m o campo sonoro sound field ou seja neste caso se a grava o original mono ou stereo Os resultados desta an lise visual ser o apresentados numa tabela de diagn stico para fitas magn ticas que avalia a condi o de cada fita individualmente identificando as fitas que se encontram em maior risco de degrada o sinalizando as para que seja proposta a realiza o urgente de c pia Pretende se que es
65. e tornou p blico em 2006 foi dirigido ao National Endowment for the Humanities NEH nomeadamente Divis o de Preserva o e Acesso que em 2003 anuiu um apoio financeiro ao Image Permanence Institute IPI do Instituto de Tecnologia de Rochester em Nova Iorque para que o estudo fosse iniciado O objetivo deste estudo que envolveu dezassete institui es e se estendeu ao longo de tr s anos foi identificar os principais problemas para a preserva o da integridade f sica das cole es de fita magn tica com o intuito de vir a desenvolver uma ferramenta de diagn stico n o destrutiva para as ditas cole es O IPI centrou a sua pesquisa observando tr s indicativos da degrada o da fita que envolveram a avalia o das condi es da fita usando tr s procedimentos de teste de laborat rio acidez extra o de acetona e teste de fric o A pesquisa foi projetada como um primeiro passo para o desenvolvimento de uma simples ferramenta de diagn stico Como resultado o teste de acidez e o da extra o de acetona confirmaram que a temperatura e a humidade promoviam altera es significativas das propriedades das fitas Por outro o lado o teste de fric o n o revelou quaisquer altera es das propriedades As fitas revelaram comportamentos dissemelhantes entre si perante circunst ncias id nticas por exemplo algumas fitas apresentaram altera es na 57 percentagem de acetona extraida enquanto outras tratadas
66. e cederem os seus invent rios Tal imposi o resultou numa s rie de reuni es que ser o a seguir descritas Reuni es em Institui es No dia 21 de setembro de 2011 teve lugar a visita ao Museu da M sica a rece o foi feita pelo Dr Victor Palma Foi me facilitado o acesso sala onde se encontravam depositadas as bobines Segundo o Dr Palma existem cerca de 1179 fitas magn ticas no local estas encontram se armazenadas em prateleiras na horizontal e do conte do fazem parte grava es de programas educativos para adultos com diversas tem ticas grava es de programas de r dio e programas de m sica cl ssica grava es familiares recolhas de espet culos e homenagens ao vivo O Museu do Fado foi visitado no dia 4 de novembro de 2011 A reuni o foi conduzida pela Dr Susana Costa A Dr Costa apresentou nos duas pequenas cole es uma doada por Lina Soares gt e outra cole o oferecida por Erc lia Costa O conte do destas cole es de fita magn tica prende se maioritariamente com repert rio no mbito do fado n o se sabendo exatamente o estado de degrada o em que as fitas se encontram O encontro na Funda o Calouste Gulbenkian decorreu no dia 9 de novembro de 2011 O Diretor Adjunto o Dr Miguel Sobral Cid referiu que parte do esp lio da Funda o n o se encontra depositado no local onde esta se insere Assim uma eventual visita ao Arquivo Musical da mesma a fim de se poder conhecer o estado de de
67. em acompanhar os suportes No processo de transcri o j efetuado as fitas magn ticas pertencentes ao arquivo hist rico da RTP foram praticamente todas migradas para DAT Digital a partir dos anos 80 por ser um suporte mais compactado 17 facilitando o armazenamento Este at hoje o m todo utilizado no Arquivo da RTP para a transcri o dos suportes de fita magn tica anal gica Por outro lado referiu se que nestas transcri es n o existe uma preocupa o no sentido da preserva o arquiv stica sendo o nico objetivo satisfazer as necessidades de recorrer a grava es hist ricas com o intuito de estas virem a ser transmitidas via r dio principalmente por raz es comerciais P de testemunhar se que o Arquivo da RTP possu a todos os meios para se proceder digitaliza o das fitas magn ticas todavia o Dr Leite afirmou que por vezes surgiam dificuldades em lidar com certos tipos de problemas nas fitas Fez por exemplo refer ncia a uma cole o de fitas integralmente da marca Ampex que apresenta um tipo de deteriora o qu mica resultante da hidr lise do aglutinante que explicaremos mais frente afetando sobretudo o ligante Al m de problemas de deteriora o qu mica foram mencionados casos em que se observa a presen a de fungos embora as fitas continuem a ser reproduzidas e gravadas sem passar por quaisquer processos de limpeza sendo diretamente reproduzidas No que concerne s entidades part
68. ente do est gio realizado no Arquivo Fonogr fico de Viena cuja finalidade foi observar as principais pr ticas utilizadas internacionalmente no campo da preserva o dos suportes udio com especial nfase nas fitas magn ticas al m de terem sido recolhidas importantes fontes bibliogr ficas no contexto da preserva o das fitas Deste est gio dos materiais analisados e da pr tica realizada durante a realiza o deste projecto conclui se que na estrat gia para a implementa o de um arquivo e para a preserva o dos esp lios em fita magn tica fundamental ter uma no o do n mero de suportes que precisam de ser abrangidos por tais estrat gias de preserva o Assim optou se por se estabelecer um contacto com institui es que pudessem ter sob a sua guarda esp lios de fita magn tica Pudemos assim ter consci ncia em termos quantitativos da necessidade de criar uma ferramenta de diagn stico para identificar e preservar as fitas magn ticas a longo prazo havendo uma avalia o que permitisse estabelecer prioridades relativamente s cole es que apresentam maior risco de degrada o O aprofundamento e verifica o da proposta de ferramenta de diagn stico foram realizados atrav s do tratamento do esp lio da compositora Clotilde Rosa como apresentado no estudo de caso Para esta an lise foi usada uma tabela de diagn stico para a preserva o da fita magn tica por n s proposta que permite de uma forma r pida
69. entos apropriados de medi o Configura o da Pista Velocidade da Grava o N o se pode determinar por falta de informa o e meios de reprodu o e grava o N o existem quaisquer refer ncias velocidade logo esta s poder ser determinada durante a audi o Campo Sonoro N o poss vel determinar por falta de meios s poder ser analisado durante a audi o Observa es semelhan a do que j foi descrito nas fitas 1 e 2 a presente fita apresenta caracter sticas de uma m bobinagem exibindo camadas da fita que deslizam umas sobre as outras dando origem a popped strands 82 Tabela 5 Fita 5 Discurso Tardio Figura 17 Fita 5 Discurso Tardio Marca e modelo BASF Fita 5 Conte do Discurso Tardio 1975 1978 Deteriora o Fisica Exibe um efeito de wide slots in hubs e stepped pack sao evidenciadas faixas de largura no eixo das duas flanges provavelmente a fita foi sujeita a uma tens o e al m disso exibe m ltiplas camadas desalinhadas Deteriora o Qu mica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Composi o da Fita Fita com base em poli ster As part culas magn ticas das fitas BASF por volta dos anos 70 altura eram compostas por CrO2 Espessura da Fita Standard play tapes com 38 1 um 1 5 mil substrato e espessura total da fita de 52 um 2 05 mils Atrav s da audi o verifica se
70. erramenta de software em fonte aberta baseada em pontos que classifica cole es no campo do udio com base na condi o de preserva o o n vel de deteriora o que elas exibem e o grau de risco que elas transmitem Nossa tradu o FACET is a point based open source software tool that ranks audio field collections based on preservation condition the level of deterioration they exhibit and the degree of risk they carry Casey 2008 1 61 IV ESTUDO DE CASO IV 1 Apresentacao Durante o levantamento de esp lios em fita magn tica em Portugal descrito em 1 3 j havia a inten o de procurar uma pequena cole o de fitas magn ticas sobre a qual se iria fazer um estudo mais aprofundado Neste contexto pareceu me apropriada a colec o de fitas da compositora Clotilde Rosa as quais foram disponibilizadas para a realiza o do presente estudo de caso No total a colec o constitu da por nove fitas Trata se de uma pequena colec o mas diversificada Existem duas fitas em acetato da marca CSB quatro fitas BASF em poli ster com caracter sticas muito semelhantes entre si embora com uma pequena varia o de tamanho uma fita Agfa Gaevert em poli ster uma fita Long Play da EMI preta e duas fitas em poli ster TDK Sem ferramentas t cnicas ao dispor o estudo deste esp lio foi limitado primeira fase do processo de diagn stico a inspe o visual j descrita em III 4 1 Como a foi referido a insp
71. es tais diferen as relacionam se diretamente com as varia es de temperatura e humidade 37 Cupping Curling The transverse warping of magnetic tape sometimes called cupping most commonly seen on acetate based tapes This can cause poor contact between the tape playback head resulting in signal loss It may manifest as edge curling or the entire tape may exhibit cupping Nossa tradu o 38 Fonte eletr nica lt http www jazzpoparkisto net audio gt acedido em 15 01 2012 39 Hess acentua que a quest o do encolhimento aparentemente mais frequente n o linear e faz refer ncia a uma descri o de Steve Smolian onde demonstrado que as fitas de acetato quando s o expostas a um aumento da humidade de aproximadamente 60 podem sofrer um alongamento de cerca de 0 6 relativamente ao seu tamanho inicial S ndrome de Vinagre A S ndrome do Vinagre consiste num tipo de degrada o que sucede ao n vel do revestimento de base e ocorre medida que o acetato se decomp e quimicamente e vai produzindo cido ac tico S o v rios os fatores que contribuem para acelerar esta forma de deteriora o nomeadamente uma acentuada varia o dos n veis de humidade e temperatura assim como a aus ncia de uma ventila o adequada no local de armazenamento Trata se de um tipo de deteriora o irrevers vel que apenas pode ser atenuada Num estudo realizado ao longo de dez anos e publicado em 200640 abo
72. especificamente em fitas de poli ster afetadas pela hidr lise Equivale a uma secagem controlada em que a humidade evaporada As fitas s o colocadas num aparelho pr prio e s o submetidas a uma secagem Wallaszkovits realizou esta experi ncia durante o est gio assistido e pegando numas fitas afetadas por este tipo de degrada o adotou os seguintes procedimentos preparou a m quina aquecendo a previamente at estabiliza o da temperatura cerca de uma hora colocou as fitas no recipiente a temperatura inicial de 45 C n o sendo suficiente podia ser gradualmente aumentada at um m ximo de 50 C A temperatura n o deve exceder estes valores visto que os componentes do ligante da fita se tornam vol teis resultando numa quebra total do ligante A dura o do tratamento depende do n vel da degrada o do material e do tamanho do suporte 43 durante a reprodu o e colam se s cabe as e guias do gravador embora n o se verifique derramamento de xido As fitas que s o diagnosticadas como LoL ou perda de lubrificante t m um nico tratamento poss vel que consiste na relubrifica o Este tratamento deve ser feito por pessoas experientes pois a relubrifica o excessiva pode converter se em sujidade aumentando assim o espa amento entre a cabe a de leitura e a fita provocando perda de sinal e dropouts 1 3 2 Outras degrada es da Fita Magn tica Citaremos aqui os tipos de degrada o mais comuns causados po
73. etrich ed IASA TC 03 2005 The Safeguarding of the Audio Heritage Ethics Principles and Preservation Strategy International Association of Sound and Audiovisual Archives IASA Technical Committee Version 3 September 2005 SCULLER Dietrich Audio and video carriers Recording principles storage and handling maintenance of equipment format and equipment obsolescence Amsterdam European Commission on Preservation and Access 2007 SMOLIAN S Preservation Deterioration and Restoration of Recording Tape in ARSC J 1987 UNESCO World Heritage Centre Basic Texts of the 1972 World Heritage Convention Paris United Nations Educational Scientific and Cultural Organization 2005 Bibliografia a partir de Fontes Eletr nicas 95 Audio Engineering Society 2011 acedido em 17 de setembro de 2011 a partir de lt http www aes org gt Deggeller K Borgatta J and all 2009 Recommendations SON La sauvegarde de documents sonores acedido em 25 de Outubro 2011 a partir de lt http fr memoriav ch audio recommendations default aspx gt Henriksson J amp Wallaszkovits 2010 Audio Tape Digitization Workflow acedido em 15 de Setembro 2011 a partir de lt http www jazzpoparkisto net audio gt Hess Richard L Audio Tape Restoration 1997 2011 acedido em 2 de outubo 2011 a partir de lt http www richardhess com gt IASA Executive Board 2009 Great number of T amp E related publications in the I
74. figura o da Pista 2 camadas fita gravada em duas dire es Velocidade da 3 ou 3 75 in s 9 5 cm s nota sobre a velocidade da fita escrita Grava o na embalagem Campo Sonoro Mono identificado na embalagem Observa es A fita apresenta caracter sticas de uma m bobinagem Possivelmente a tens o da montagem da fita durante a bobinagem foi feita de forma demasiado lenta fazendo com que as camadas das fitas escorregassem umas sobre as outras originando popped strands Esta fita extremamente sens vel dever ser bobinada lentamente e com baixa tens o preferencialmente no modo library wind existente na m quina uma vez que pode facilmente distender e ficar deformada 80 Tabela 3 Fita 3 Conte do Desconhecido Figura 15 Fita 3 Conte do Desconhecido Fita 3 Marca e modelo BASF Deteriora o F sica Conte do Desconhecido Apresenta ind cios de flange pack significa que a fita foi mais bobinada para um lado do flange acontece frequentemente quando um gravador mal alinhado ou simplesmente se deslocou para um lado do flange Deteriora o Qu mica Observam se sinais de deteriora o qu mica nomeadamente bolor uma esp cie de n voa branca na bobine Composi o da Fita Espessura da Fita Fita com base em poli ster As part culas magn ticas das fitas BASF por volta dos anos 70 altura eram compostas por CrO2 N o se pode determinar p
75. gens extra das de lt www pha oeaw ac at gt acedido em 06 01 2012 Nossa tradu o 47 Windowing A gap in the tape pack caused by obvious pack deformation You can actually see through the pack like looking through a window because of the separation of tape layers Fontes Casey 2007b 23 e imagens extra das de lt www pha oeaw ac at gt acedido em 06 01 2012 Para aprofundar mais o assunto poder consultar Casey 2007b 21 26 Nossa tradu o 48 sujidades ou subst ncias fluidos produtos qu micos entre outros durante o armazenamento ou devido a um manuseamento inadequado implica necessariamente a limpeza da fita A especialista defende que a limpeza dever fazer se sempre que necess rio e imediatamente antes de se efetuar qualquer transfer ncia para que a grava o seja de qualidade e sem perdas de sinal As fitas expostas a n veis de humidade elevados podem desenvolver fungos estas devem ser isoladas e tratadas t o breve quanto poss vel por profissionais experientes Os m todos de limpeza devem ser n o destrutivos e secos Visto as fitas magn ticas poderem conter bolores ou outras part culas potencialmente perigosas sempre que poss vel e necess rio devem ser aspiradas com um filtro especial isto ajuda a evitar que contaminantes sejam libertados para o meio ambiente reduzindo os riscos para a sa de assim como a potencial contamina o de outros suportes Para limpar as fitas recomenda se o uso
76. grada o das fitas magn ticas tornou se inexequ vel No entanto o Dr Sobral Cid manifestou uma preocupa o em preservar o conte do destas fitas expressando que est o a diligenciar para que o processo de transfer ncia das fitas magn ticas anal gicas para o dom nio digital venha a acontecer dentro da Funda o uma vez que esta possui todos os mecanismos como equipamento engenheiros de som e espa o adequados para a realiza o do trabalho 5 Cantora de fado e de m sica popular portuguesa 6 Erc lia Costa 1902 1985 foi uma conceituada fadista portuguesa tendo sido a primeira a ter proje o internacional junto das comunidades emigrantes 13 No dia 4 de janeiro de 2012 teve lugar a reuni o com o Dr Francisco Correia respons vel pelo Arquivo Municipal do Montijo que alberga parte da cole o de Jorge Peixinho cerca de 67 bobines As bobines encontram se em condi es de armazenamento apropriadas O arquivo possui tr s salas de dep sito uma sala t cnica e um arquivo fotogr fico Estas s o salas espa osas e adequadamente climatizadas os n veis de temperatura e humidade podem ser regulados consoante as necessidades possuem um sistema detetor de inc ndios e de alarme contra a intrus o importante referir que este arquivo tem tamb m condi es para conservar outras cole es de fitas magn ticas A visita ao Arquivo da RTP sucedeu no dia 12 de janeiro de 2012 Esta foi guiada pelo Dr Eduardo Leite
77. ia 2000 lt http www nla gov au anica cellulose pdf gt acedido em 23 11 2011 35 acetato Scotch 111 come aram a ser fabricadas por volta de 1948 A Scotch 201 foi introduzida no mercado em 1962 e ambas prevaleceram at cerca de 1973 Casey salienta que a fita de acetato se degrada facilmente quando permanece em locais h midos porque as part culas de acetato s o particularmente suscet veis hidr lise Estas fitas quebram facilmente quando est o sob tens o Geralmente s o castanhas ou douradas raramente pretas e normalmente s o transl cidas quando vistas em contraluz Figura 3 Fita de acetato transl cida 1 2 2 Fitas com Base de PVC Cloreto de Polivinil As fitas PVC foram fabricadas de 1943 a 196932 aproximadamente sendo o principal fabricante a BASF 3 sendo menos comuns que as fitas de acetato ou poli ster As fitas PVC n o s o sens veis humidade e resistem ao rompimento a fita distende muito antes de partir O substrato liso raramente possuem back coating e s o extremamente sens veis ao calor Nadja Wallaszkovits comenta que raro encontrar se este tipo de fitas em arquivos Richard Hess refere que as fitas PVC podem deteriorar de v rias formas A Magnetophonband Typ L a primeira fita PVC a ser fabricada entre 1943 47 pela IG 30 3M information was obtained from the 3M Audio Open Reel Tapes table linked to Delos A Eilers Introduction to 3M Audio Open Reel Tape
78. icas recomendadas nomeadamente pela IASA e pelos diversos arquivos internacionais que t m a mesma preocupa o sejam aplicadas um tipo de trabalho que requer equipas multidisciplinares especializadas em arquivamento de udio conserva o e restauro arquivamento digital e engenharia de som essencial serem concebidas salas apropriadas para o acondicionamento dos suportes udio adquirir todo o equipamento obrigat rio que envolve a sua transfer ncia do suporte original para um novo suporte como software de captura e outros utens lios necess rios an lise de determinadas caracter sticas dos suportes e ainda formas de tratamento poss veis Para que sejam identificados os problemas da fita e se encontrem as solu es para resolver o problema com a convic o de que a integridade f sica da fita e do sinal transcrito sejam garantidas igualmente importante que haja um vasto conhecimento a n vel das t cnicas ferramentas e equipamento de reprodu o grava o de modo a n o danificar a fita original Assim urgente especializar pessoas curadores que estudam a obra em si assim como as t cnicas a tecnologia o contexto da cria o art stica ou da grava o sonora t cnicos de conserva o e restauro engenheiros de udio e todas as especificidades que ajudam edifica o de um arquivo audiovisual nacional Por fim ser tamb m pertinente que a informa o sobre os conte dos seja divulgada atr
79. iculares nomeadamente os compositores constata se que a maioria guarda as suas fitas na sua resid ncia onde est o armazenadas sob temperatura ambiente alguns possuem m quinas para poder reproduzir as suas fitas mas n o existe uma preocupa o efetiva quanto a estrat gias de preserva o instituindo um problema dado que a degrada o provocada por um armazenamento deficiente pode p r em risco o seu conte do De um modo geral verifica se que quer institui es quer entidades particulares apresentam problemas a n vel de estrat gias de preserva o e tal demonstra que o nosso legado fonogr fico em fita magn tica se encontra amplamente vulner vel aos efeitos da degrada o Esta evidente aus ncia de estrat gias e de entendimento global sobre a quest o da preserva o deve ser contrariada logo essencial que as institui es passem a ter voz ativa no que concerne preserva o das suas cole es udio Tais estrat gias devem ser claras eficazes e organizadas dentro de um programa a longo prazo que se centralize particularmente no suporte udio original de modo a ser poss vel projet lo torn lo aud vel e por conseguinte acess vel a todos 18 1 3 3 Espolios Recolhidos A tabela que se segue apresenta uma s ntese das institui es entidades ou particulares contactados que colaboraram na nossa inventaria o dos esp lios de fitas magn ticas nacionais Os invent rios de cada institui o em anexo
80. impos com isopropanol As pe as que requerem maior aten o e que n o podem de todo ser limpas com isopropanol s o o eixo do cabrestante e o rolo de aperto rubber pinch rollers s o pe as de borracha e corroem muito facilmente em alternativa deve usar se gua purificada Em casos de sujidade severa poder o adicionar se algumas gotas de detergente l quido embora devamos analisar cada caso em particular N o devem ser utilizadas ferramentas Escolha do Formato da Cabe a do Gravador Wallaszkovits refere que as dimens es das cabe as s o especificadas de diferentes maneiras e variam conforme os padr es usados na Europa e EUA A especialista aconselha a dar especial aten o escolha do formato da cabe a sendo que conveniente verificar se sempre se o alinhamento geral da cabe a de reprodu o do 54 Dropout a perda ou redu o moment nea do sinal udio Estas perdas podem ser ocasionadas por um bloqueio da fita sujidades ou outras caracter sticas que suscitem um aumento do espa amento entre a cabe a fita 53 gravador est em conformidade com a posi o da faixa gravada na fita porque o resultado de um alinhamento incorreto traduz se numa fraca rela o sinal ru do ou ent o pode ocasionar um cruzamento de sinais crosstalk Uma fita reproduzida com uma cabe a com largura de reprodu o menor do que a largura da pista gravada atual ir exibir uma resposta de frequ ncia baixa conhecida como o efeit
81. ional copies for access as appropriate The preservation copies should be kept in different locations whenever possible Nossa tradu o 30 As estrat gias de preserva o institu das num arquivo devem ter em conta as especificidades de cada colec o e por isso importante que qualquer tomada de decis o seja eficaz pois a gest o de um arquivo implica muitos custos igualmente decisivo saber avaliar cada situa o a fim de se estabelecerem prioridades Por exemplo suportes udio destacados para armazenamento a longo prazo pela relev ncia do seu conte do sonoro e outros que se encontrem em estado avan ado de degrada o s o priorit rios e devem ser transferidos para reposit rios de armazenamento digital t o brevemente quanto poss vel Outros suportes cujo equipamento de reprodu o ou grava o seja obsoleto e n o tenha apoio comercial sendo a sua manuten o praticamente inexequ vel instituem tamb m uma prioridade Um arquivo de som depende n o s do equipamento mas tamb m de todos os outros processos envolvidos na preserva o dos suportes que est o ao seu cuidado tendo como fun o promover o estudo a salvaguarda e a divulga o do patrim nio sonoro devendo ainda torn lo acess vel ao p blico portanto uma exig ncia que o arquivo trabalhe no sentido de se equipar com as compet ncias e conhecimentos essenciais para que possa responder s necessidades dos seus objetos no contexto da prese
82. ito foi redigido um texto padr o que seguiu por correio eletr nico acompanhado pelo documento emitido pela FCSH UNL a explicar o fundamento da investiga o Numa primeira inst ncia pretendia saber se se as institui es contactadas possu am ou n o cole es de fitas magn ticas A PORBASE Base Nacional de Dados Bibliogr ficos sendo um diret rio de bibliotecas ao receber este pedido estabeleceu um contacto com todos os seus cooperantes dando a conhecer o motivo da minha pesquisa solicitando ainda que me fosse dada uma resposta Foram recebidas v rias respostas na sua maioria negativas concluindo se por exemplo que n o se encontram guardados esp lios de fita magn tica na maioria das bibliotecas incluindo a Biblioteca Nacional e a Dire o Geral de Arquivos DGARQ A DGARQ concedeu no entanto um conjunto de informa es teis disponibilizadas pela Rede Portuguesa de Arquivos facilitando assim o contacto com os v rios arquivos do Pa s Em consequ ncia desses contactos houve uma resposta favor vel por parte do Arquivo Municipal do Montijo Outras institui es e sobretudo entidades particulares foram contactadas por telefone Esta procura de informa o proporcionou uma rede de contactos e informa es relevantes para o desenvolvimento do nosso trabalho 12 A maior parte da informa o recolhida chegou por correio eletr nico contudo certas institui es e compositores solicitaram um contacto presencial a fim d
83. l Committee Second edition 2009 BRADLEY Kevin Memory of the World Programme Sub Committee on Technology Risks Associated with the Use of Recordable CDs and DVDs as Reliable Storage Media in Archival Collections Strategies and Alternatives Paris UNESCO 2006 CALAS Marie France amp FONTAINE Jean Marc La Conservation des documents sonores Paris CNRS ditions Minist re de la culture 1996 CASEY Mike FACET the Field Audio Collection Evaluation Tool Bloomington Indiana University Press 2008 CASEY Mike FACET Format Characteristics and Preservation Problems Bloomington Indiana University Press 2007 CASEY Mike Sound Directions Appendix 1 Technical Metadata Elements Bloomington Indiana University Press 2007 CASEY Mike amp GORDON Bruce Sound Directions Best Practices for Audio Preservation Bloomington amp Harvard Indiana University Press amp Harvard University 2007 CHAPMAN Patricia Guidelines on preservation and conservation policies in the archives and libraries heritage Paris United Nations Educational Scientific and Cultural Organization 1990 COPELAND Peter Manual of Analogue Sound Restoration Techniques British Library London 2008 94 EDMONDSON Ray Audiovisual Archiving Philosophy and Principles Paris United Nations Educational Scientific and Cultural Organization 2004 ENGEL Friedrich Schallspeicherung auf Magnetband Munich Agfa Gevaert 1975 ENGEL Friedrich KUPER
84. ma frequ ncia Seguiu se a reuni o com a compositora Clotilde Rosa no dia 3 de Dezembro de 2011 A compositora possui um esp lio de fitas magn ticas contendo grava es originais das suas obras e experi ncias no mbito das suas composi es de m sica eletroac stica sobre suporte As fitas encontram se armazenadas em casa da compositora e temperatura ambiente No dia 7 de Dezembro de 2012 decorreu o encontro com a Doutora Maria Jo o Serr o a prop sito do esp lio de Constan a Capdevile Dada a proximidade entre Serr o e Janine Moura detentora do esp lio da compositora Constan a Capdeville Serr o ofereceu se para facilitar o primeiro contacto com Moura de modo a que pudesse saber quais as condi es de conserva o em que se encontravam as fitas magn ticas da cole o de Capdeville Apesar do encontro presencial com Moura n o ter sido poss vel realizou se uma conversa telef nica tendo a tido conhecimento de que todo o legado de Capdeville seria brevemente doado Biblioteca Nacional incluindo as fitas magn ticas nele compreendidas Segundo Moura estas fitas encontram se no momento em condi es muito degradadas corroborando ainda que algumas delas dificilmente se iriam recuperar 15 A Doutora Serr o colaborou ainda atrav s da ced ncia de um documento pessoal em que s o apresentados alguns t tulos que correspondem ao conte do das fitas magn ticas que a pr pria investigadora acolhe em sua casa Esta
85. me para a bobinagem da fita A camada pode conter poli ster poliuretano e carbono negro e tem como principal fun o conferir resist ncia fita composto por uma estrutura de poros aberta e higrosc pico absorve a humidade do ar Binder Oxide Lubricant il Back Coating Figura 1 Esquema dos tr s principais componentes que constituem as fitas magn ticas 2 gt 22 Hess Richard L 2008 Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life ARSC Journal 39 2 240 274 23 Especialista no mbito do restauro repara o e masteriza o de fita magn tica udio lt http www richardhess com gt acedido em 24 10 2011 24 The binder is the glue or matrix that holds the oxide particles to the substrate Hess Richard L Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life ARSC Journal Volume 39 No 2 Fall 2008 p 243 Nossa tradu o 25 Hess Richard L 2008 Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life ARSC Journal 39 2 240 274 33 Hess faz refer ncia aos substratos mais comuns que t m vindo a ser usados na composi o das fitas magn ticas anal gicas acetato de celulose 1935 1972 73 PVC 1944 1972 policloreto de vinila tamb m conhecida por Luvitherm papel c 1947 1953 PET 1953 at hoje tereftalato de polietileno igualmente designadas por Mylar Poli ster Tenzar Estes substratos podem apresentar divers
86. mente em fitas muito largas que ao passarem por guias n o devidamente ajustadas sua largura enrugam Segundo Hess acontece frequentemente em fitas com base de papel Remo o do Print Through O Print Through um efeito sonoro que se caracteriza essencialmente pela audi o de pr e p s ecos do sinal principal e pode ser facilmente reconhecido Este fen meno relaciona se com quest es de armazenamento e deve ser atenuado ainda no suporte anal gico original pois a partir do momento que o efeito seja transferido para o dom nio digital dificilmente se consegue eliminar Os sinais impressos s o reduzidos ao bobinar a fita antes de a reproduzir por um processo denominado magnetostrictive action Testes sistem ticos demonstraram que prudente bobinar a fita pelo menos tr s vezes para diminuir o efeito de Print through Tal processo parece neutralizar a altera o do magnetismo No entanto antes de se proceder a uma bobinagem importante garantir que a fita se encontra nas suas melhores condi es f sicas e por precau o deve empregar se a fun o library wind bobinagem lenta quando esta existe na m quina de grava o utilizando uma velocidade e tens o reduzidas sempre que a fita exiba sinais de deforma o Em rela o forma de armazenamento das fitas em Minimising Print through Michael Gerzon refere que t m havido discuss es sobre se a fita deve ser armazenada em oxide in com o revestimento de xid
87. nd s para estudar harpa com Phia Berghout em Amsterd o No ano de 1964 em Paris estuda harpa com Jacqueline Borot e a partir de 1967 em Col nia estuda a realiza o de baixo cifrado com Hans Zingel sendo novamente subsidiada pela Funda o Calouste Gulbenkian No ver o de 1962 Rosa recebe uma proposta de M rio Falc o para tocar Imagens Sonoras uma pe a para duas harpas composta por Jorge Peixinho Este convite facilitou a aproxima o de Clotilde Rosa a Peixinho e ao meio portugu s da m sica contempor nea da poca Essa proximidade assim como os cursos que frequentou em Darmstadt a partir de 1963 foram decisivos para o seu desenvolvimento musical como compositora Por volta de 1970 integra o grupo de m sicos que por iniciativa de Jorge Peixinho d origem ao Grupo de M sica Contempor nea de Lisboa Tendo um grande interesse pela m sica antiga formou no final dos anos setenta com Carlos Franco e Lu sa de Vasconcelos o Trio Antiqua A n vel orquestral fez parte da Orquestra Sinf nica do Porto e da Orquestra Sinf nica Nacional ambas da Emissora Nacional tendo tamb m colaborado com as orquestras do Teatro Nacional de S o Carlos e da Funda o Calouste Gulbenkian Em 1974 a convite de Jorge Peixinho escreve o seu primeiro excerto musical uma obra feita em parceria com Peixinho designada In con sub sequ ncia Mas s a partir de 1976 com a obra Encontro Rosa assume a sua vontade de prosperar com
88. o o global do panorama atual e das condi es em que se encontra a maioria do patrim nio udio portugu s nomeadamente no que respeita a esp lios de fita magn tica De um modo muito geral as v rias institui es descreveram problemas relacionados com armazenamento falta de equipamento ou maquinaria deficit ria aus ncia de pessoas especializadas de documenta o e de financiamentos para se poderem repensar estrat gias de preserva o a longo prazo destes suportes e respetivos conte dos No Museu da M sica a principal preocupa o consiste no facto das fitas magn ticas se encontrarem em condi es de armazenamento deficit rias estando numa 16 sala sob temperatura ambiente logo sujeitas a oscila es clim ticas O Dr Victor Palma refere a exist ncia no Museu de equipamento de reprodu o grava o Outra preocupa o reside na inexist ncia de pessoas competentes para realizar o trabalho de preserva o e restauro deste esp lio No Museu do Fado al m de se encontrarem os mesmos problemas j referidos no Museu da M sica a Dr Susana Costa exibiu uma pequena cole o doada por Lina Soares que cont m uma fita da marca Scotch que pelos seus componentes particularmente suscet vel degrada o a sua transcri o por isso priorit ria no entanto n o existem os meios apropriados O Dr Sobral Cid da Funda o Calouste Gulbenkian refere que a Funda o disp e de todos os meios
89. o acesso e a preserva o dos suportes Um arquivo deve ainda assegurar o acesso informa o armazenada Conforme descrito no IASA TC 03 h dois tipos de informa o a Prim ria que consiste na fonte original e cont m conte do sonoro e a Secund ria que pode assumir diferentes contornos uma vez que vem validar a informa o prim ria A informa o prim ria entretanto j foi transferida um novo suporte Portanto o processo de preserva o requer uma preocupa o a n vel da separa o das fontes da informa o prim ria e secund ria a cria o de c pias de acesso para se poder trabalhar de modo a que o uso de c pias originais seja feito o menos poss vel sendo apesar de tudo essencial preservar o suporte original caso este necessite de ser transcrito novamente Na cria o das c pias de acesso indispens vel para que a informa o prim ria seja devidamente registada num novo formato idealmente num dom nio digital para que o utilizador tenha uma garantia de autenticidade dos dados prim rios no acesso a um determinado documento O IASA TC 03 recomenda a selec o da melhor c pia para efeitos de preserva o do conte do de um suporte udio quando h diversas c pias dispon veis Outro princ pio definido pelo IASA TC 03 diz respeito instabilidade e vulnerabilidade dos suportes udio Os suportes udio s o vulner veis a danos causados por um manuseamento incorrecto ou pouco frequente conserva
90. o compositora Manuel Pedro Ferreira em The New Grove Dictionary of Music and Musicians tece o seguinte coment rio relativamente pr tica composicional de Clotilde Rosa As experimenta es do GMCL que come aram em 1974 o ano da revolu o democr tica Portuguesa levaram Rosa a abra ar a composi o Os anos seguintes estabeleceram a sua reputa o como uma compositora mas um estilo pessoal e maduro n o emergiu antes de 1980 No in cio da d cada de 1980 ela come ou a adoptar materiais pancrom ticos com potenciais associa es tonais e concentrados em t cnicas contrapont sticas e fluidez de texturas Isto habilitou a a criar gestos dram ticos fortes combinados com atmosferas evocativas subtis produzindo m sica de 64 resson ncia emocional profunda e espessura cultural 68 Ferreira in Grove 2001 680 Na Europa a partir da d cada de 50 do s culo XX e com o desenvolvimento tecnol gico diversos compositores come am trabalhar na M sica dita Eletroac stica Os compositores portugueses a d o os primeiros passos entre finais dos anos 60 e in cio dos anos 70 algumas obras combinavam o suporte neste caso a fita magn tica com instrumentos convencionais Clotilde Rosa interessa se pela m sica neste contexto acompanhando a corrente est tica de vanguarda da poca As obras que incluem o suporte de fita magn tica refletem a experi ncia que adquiriu ao frequentar os citados cursos de ver o de Darmstad
91. o da fita virado para o centro da bobine ou em 45 oxide out A maioria dos especialistas s o c ticos quanto quest o do armazenamento em oxide out mas os que o experimentaram admitem que esta pr tica funciona e pode tamb m minimizar o Print Through II 4 O Processo de transfer ncia do conte do sonoro No presente subcap tulo pretende fazer se uma breve descri o do processo que envolve a recupera o do conte do sonoro a partir do suporte original e o processo da transfer ncia deste conte do para um novo suporte Antes de se expor o processo que compreende a convers o do udio anal gico para digital conveniente saber como se prepara o suporte original no caso espec fico a fita magn tica como se prepara e usa equipamento e como s o definidos os par metros para realizar a transfer ncia HI 4 1 Prepara o da Fita Magn tica Na prepara o de uma fita magn tica anal gica devem ser adoptados alguns procedimentos para evitar que ocorram danos no suporte original e para garantir que a transfer ncia seja feita com a maior qualidade poss vel Nadja Wallaszkovits concorda com a maioria dos arquivistas quando defende que a transfer ncia para um novo suporte deve fazer se sempre que poss vel a partir do suporte original Segundo a especialista s o v rias as situa es que podem ocasionar graves danos fita durante a reprodu o por isso a escolha do equipamento e par metros de reprodu o adequada
92. o de novos e antigos padr es deve ser considerada quando s o tomadas decis es sobre as fitas gravadas em momentos de transi o Os padr es de equaliza o mais comuns para a reprodu o da fita magn tica anal gica s o apresentados em tabela no IASA TC 04 62 The signal representation in most analogue audio formats is deliberately not linear in terms of frequency response Correct replay therefore requires appropriate equalization of the frequency responde Nossa tradu o 63 Fonte Para mais informa es deve ser consultada a seguinte refer ncia Bradley 2009 58 59 56 HI 5 Duas Ferramentas de Diagn stico para a Preserva o dos Suportes udio Este subcap tulo apresenta duas ferramentas de diagn stico que visam apoiar a preserva o de cole es de udio ambas desenvolvidas na Universidade de Indiana sendo uma mais orientada para a descri o da informa o de metadata intitulada Audio Technical Metadata Collector ATMC e outra mais vocacionada para a prioriza o de cole es de suportes udio em risco denominada The Field Audio Collection Evaluation Tool FACET importante saber que ambas existem pois atuam como estrat gias de preserva o Iniciaremos no entanto pela apresenta o de um relat rio final baseado num estudo pioneiro sobre a preserva o de cole es de fitas magn ticas intitulado The Preservation Of Magnetic Tape Collections A Perspective Este relat rio que s
93. o e an lises reprodu o foram os procedimentos adotados na conce o deste projeto A abordagem levada a cabo no mesmo projeto foi inconclusiva n o revelando altera es significativas que pudessem auxiliar o desenvolvimento de uma ferramenta de diagn stico eficaz para analisar as condi es das fitas e consequentemente preserv las Os investigadores do projecto conseguiram no entanto demonstrar que as tr s principais raz es que afetam a preserva o do conte do das colec es de fita magn tica anal gica em museus bibliotecas e arquivos s o a deteriora o do suporte atrav s do seu envelhecimento natural a abund ncia de formatos de grava o produzidos ao longo da hist ria da produ o dos suportes magn ticos e que presentemente j n o s o fabricados os constrangimentos financeiros que inviabilizam a forma o de profissionais que possam realizar o trabalho dentro das institui es Os dados recolhidos a partir da abordagem feita pelo IPI o instituto de investiga o respons vel pelo referido estudo e consequente relat rio relativamente 58 preserva o dos suportes de fita magn tica n o revelam propostas concretas quanto expetativa de vida das fitas no entanto podem confirmar que temperatura e humidade elevadas contribuem largamente para a deteriora o das mesmas Neste estudo recomenda se o seguimento de tr s directrizes a fim de se preservarem cole es de fita magn tica 1 melhori
94. o exato atrav s da lista representada podemos confirmar que existem pelo menos cerca de 40 000 fitas magn ticas merit rias de serem envolvidas em estrat gias de preserva o Estas grava es revelam factos importantes da hist ria em geral da hist ria da m sica portuguesa dos v rios g neros musicais vigentes na poca da hist ria da r dio entre outros sendo certamente mais completa se puder acompanhar se dos seus registos sonoros sempre com o intuito de perpetuar a nossa mem ria udio 21 Il ESTRAT GIAS E PRINC PIOS TICOS NA PRESERVA O _ DE SUPORTES _ AUDIO ORIGINAIS II 1 Preserva o dos suportes udio I 1 1 Tipo de suportes Num arquivo fonogr fico existem v rios tipos de suportes udio que conveniente saber distinguir Assim num arquivo podem encontrar se cilindros de cera e de celulose discos de ranhura grossa gramofone e discos de ranhura fina disco de vinil bobines de fio de a o fitas magn ticas nos seus v rios formatos micro cassetes cassetes compactas R DAT formato de cassete de grava o digital mini discos VHS v deo cassete de uso caseiro Existem tamb m suportes pticos nomeadamente o Compact Disc CD o CD Rom e o DVD Entre 2005 e 2006 para poderem acomodar se programas de alta defini o em v deo com o fim de aumentar a capacidade de armazenamento e recorrendo ao uso de lasers de curtos comprimentos de onda o blue laser foram criados dois novos suportes
95. o franja e exibir um sinal ru do mais fraco do que timo gt Bradley 2009 53 O mesmo sucede quando uma fita reproduzida com uma cabe a com largura de reprodu o maior do que a largura da pista gravada atual Figura 11 Diferentes Formatos de Cabe as gt Full Track Mono Half Track Mono Half Track Amateur Stereo Mariposa amp Quarter Track A configura o da pista numa fita pode ser facilmente observada atrav s de um magnetosc pio ou pela aplica o de p de ferro de part cula com tamanho adequado Half track Amateur 1 4 track stereo Full track Half track Figura 12 Largura da pista da fita e posi o da cabe a da fita o alinhamento geral da cabe a da fita deve estar posicionado de acordo com a posi o das pistas gt Escolha da Velocidade de Reprodu o Nadja Wallaszkovits refere que a audi o do conte do da grava o quer se trate de linguagem ou m sica pode ajudar a determinar a velocidade de reprodu o correta 55 A tape replayed with a head with less replay width than the actual recorded track width will exhibit an altered low frequency response known as the fringe effect and show poorer signal to noise than optimum Nossa tradu o 56 Fonte eletr nica lt http www jazzpoparkisto net audio gt acedido em 30 01 2012 57 Fonte eletr nica Phonogrammarchiv Austrian Academy of Sciences lt www pha oeaw ac at gt acedido em 30 01 2012 54 Os g
96. o n o a previne nem a elimina um procedimento tempor rio Este m todo de secagem deve fazer se num incubador apropriado e uma pr tica que se recomenda com especial prud ncia dado que se a fita ficar demasiado seca o ligante pode quebrar por completo e a fita deixa de se poder reproduzir Por isso na supradita mesa redonda os especialistas presentes consideram que mais pesquisas devem ser feitas de modo a encontrar uma solu o alternativa para o tratamento de baking utilizado em fitas de poli ster afetadas pela hidr lise que incide sobre o ligante e que em consequ ncia disso se tornam pegajosas 1 4 2 Prepara o do Equipamento de Reprodu o Grava o Neste subcap tulo ser o abordados os principais procedimentos a seguir para se efetuar uma transfer ncia do sinal de udio a partir de um suporte original de qualidade Dar se especial relevo prepara o do equipamento de reprodu o grava o al m da escolha do gravador anal gico m todos de limpeza do equipamento sele o da cabe a e velocidade da fita e defini o da equaliza o de reprodu o isto porque determinados par metros devem ser seguidos a fim de prevenir eventuais danos nas fitas sobretudo as originais que tanto desejamos preservar da a op o de se incidir sobre a boa manuten o do equipamento anal gico Uso e manuten o do Gravador Anal gico A disponibilidade dos gravadores anal gicos profissionais tem diminu do nos
97. o ou stereo Observa es Esta fita exibe caracter sticas do efeito stepped pack m ltiplas camadas desalinhadas entre si sendo consequ ncia de uma brusca bobinagem da fita ao avan ar ou ao retroceder devendo a fita ser bobinada do in cio ao fim sem parar numa velocidade lenta e controlada As emendas devem ser imediatamente removidas e substitu das por especialistas a fim de evitar a perda do sinal 89 Comentario final ao Estudo de Caso Tratando se de suportes originais como o caso do esp lio de fitas magn ticas desta compositora fundamental n o esquecer que a informa o registada pode perder se por variad ssimas raz es sempre conveniente ter a m xima precau o importante salientar que para efeitos de preserva o o uso de c pias m ltiplas armazenadas em locais separados mantendo o suporte original em arquivo a melhor estrat gia de preven o para evitar a perda de informa o da o conte do das fitas de Rosa ter sido gravado num dom nio digital passando em seguida para um CD Tal como foi acima mencionado as fitas de Rosa n o se encontravam conservadas nas melhores condi es tendo permanecido a uma temperatura ambiente e estando sujeitas a varia es da temperatura durante muito tempo Sabe se tamb m que essas varia es nomeadamente temperatura e humidade elevadas podem acelerar certos tipos de deteriora o Embora as fitas n o apresentem danos realmente se
98. o pode acontecer apenas uma nica vez especialmente porque os arquivos s o compostos por in meras cole es e nem sempre poss vel fazer a c pia dos mesmos suportes quando existem outros que necessitam urgentemente de ser copiados mas ainda assim a c pia representa a melhor oportunidade de preservar a informa o de uma grava o original de udio tanto o conte do sonoro como o conjunto de dados que envolvem grava o original Todas as grava o cuja informa o registada no software ATMC por motivos de preserva o e ou acesso passam por uma avalia o Casey afirma que os elementos 59 metadata no ATMC s o apresentados sob forma de tabelas ou sec es Com este software os utilizadores podem n o s aceder informa o de metadata gerada sobre uma determinada grava o como tamb m realizar tarefas de edi o organizando a informa o j registada Casey salienta que este software est ainda num est gio inicial do seu desenvolvimento por isso alguns elementos metadata poder o sofrer altera es ao longo do tempo Richard Hess em Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life procura fundamentar o uso da ferramenta FACET concebida por Mike Casey Diretor Associado dos Servi os de Grava o da ATM Archives of Traditional Music da Universidade de Indiana em colabora o com alguns membros do arquivo sendo publicado um manual com o apoio do NEH cuja edi o data de 2008
99. oda a superf cie da fita flange pack fita bobinada contra uma das flanges slotted hubs spoking fita sob press o que fica ondulada causando tor es que se alinham radialmente stepped pack camadas da fita desalinhadas windowing Uma abertura na bobine causada pela bvia deforma o do suporte Pode ver na verdade atrav s do suporte como olhar atrav s de uma janela por causa da separa o das camadas da fita 47 Figura 9 Exemplo de problema na fita magn tica windowing e popped strands Richard Hess considera que nos casos em que a simples inspe o da fita n o permite uma avalia o detalhada de modo a identificar o tipo de deteriora o e definir assim uma eventual solu o para a mesma uma an lise das propriedades qu micas e f sicas de amostras degradadas por parte da engenharia qu mica poder ser necess ria e til Abordaremos em seguida algumas pr ticas apontadas pelos especialistas para uma correcta limpeza das fitas magn ticas anal gicas Limpeza da Fita A necessidade de limpeza das fitas acontece especialmente ap s estas terem sido armazenadas em condi es prec rias durante longos per odos de tempo Wallaszkovits recomenda que a exist ncia de quaisquer corpos estranhos tais como p ou outras 46 Popped Strands The tape pack may have individual layers of tape misaligned with each other so that some layers stick up from the others Fontes Casey 2007b 23 e ima
100. or falta de informa o e de instrumentos apropriados para medir Configura o da Pista Velocidade da Grava o N o se pode determinar por falta de informa o e meios de reprodu o N o existem quaisquer refer ncias velocidade logo s poder ser determinada atrav s da reprodu o Campo Sonoro N o poss vel determinar por falta de meios s poder ser analisado durante a reprodu o Observa es A fita esteve armazenada a uma temperatura ambiente exposta a humidade ou elevadas temperaturas apresenta sinais de contamina o por fungos deve ser isolada e tratada por especialistas representa risco para a sa de 81 Tabela 4 Fita 4 Jogo Projectado IT Figura 16 Fita 4 Jogo Projectado II Marca e Modelo BASF Fita 4 Conte do Jogo Projectado II Abril Maio 1981 sobre um poema de Marta Cristina Gulbenkian de Ara jo Voz e grava o de Lu s C lia encomenda da Funda o Calouste Deteriora o F sica Efeito de stepped pack exibindo grupos de camada desalinhadas assemelhando se a cristas dispostas ao longo do suporte Deteriora o Qu mica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Composi o da Fita Fita com base em poli ster As part culas magn ticas das fitas BASF por volta dos anos 70 altura eram compostas por CrO2 Espessura da Fita N o se pode determinar por falta de informa o e instrum
101. ortugal The Legacies of Luiz Villas Boas and the Hot Club of Portugal A semelhan a do HCP o Centro de Lingu stica da Universidade de Lisboa detentor do esp lio do Professor Lindley Cintra tamb m efetuou um trabalho no mbito da preserva o de registos sonoros A prop sito desse trabalho Jo o Saramago exp e que Em 1973 come aram as recolhas para o Atlas Lingu stico Etnogr fico de Portugal e da Galiza sob a dire o do Prof Cintra Todas as recolhas foram gravadas em suporte anal gico bobines e cassetes O per odo de recolha estendeu se at 2004 data do ltimo inqu rito realizado na Galiza H alguns anos foi realizada uma transfer ncia integral de todo esse material para suporte digital N o houve nenhuma interfer ncia de ordem t cnica nessa passagem Trata se de uma c pia bruta Atualmente a equipa faz as transcri es a partir desses discos O material sonoro anal gico encontra se dentro de ficheiros met licos numa sala que n o est preparada para receber esse tipo de material No total ser o cerca de 3500 horas de grava o referentes a 212 inqu ritos lingu sticos realizados pelo espa o continental insular e fronteiri o O principal conte do consiste em respostas a perguntas constantes num question rio de ndole lingu stica e tamb m um pouco etnogr fica As grava es feitas para o atlas foram registadas em 953 bobines e 2057 cassetes de dura o vari vel 60m 90m e 120 m
102. os aan hs eS he 19 II ESTRAT GIAS E PRINC PIOS TICOS NA PRESERVA O DE SUPORTES UDIO ORIGINAIS ssssssssssssssssesssessssssesssessessnccsnecaneescssecssesseesnee 22 II 1 Preserva o dos suportes AUCIO ccscscccsscscssscsessscsscssccscssecsecsessecseesesssessessessesssssessscsers 22 I 1 1 IP O de SUpOrtes m orne n ae E E IR Rear LE ans atesgausene I E 22 1 1 2 Finalidade da preserva o niini ie oa eae oea ia Eaa Rener ETTE iea 23 I 2 Dificuldades na preserva o dos suportes essessesessoesesocsessossooseosoesessossesoessesossesoessoesesossssso 24 1 2 1 Problema ticas gerais aan cri ts ate anak cc art gal pu racial dom Gisa a Gas EEE 24 1 2 2 Armazenamento Digital de udio ccssccssssssssesssssssessessessessssesecsseasecsssssesaneaseessessesseess 29 HI RECUPERA O DO SINAL DA FITA MAGN TICA ANAL GICA 32 TIL 1 Composi o da Fita Magn tica sscssssccssccesseecsssssesssssssessessssessssesseesossssesseessssssessesesseees 32 II 2 Caracter sticas da Fita Magi tica sccccsssccssscssscsccscssccsessecsscsesssssessesscessessessessessesssssoes 35 1 2 1 Fitas com Base de Acetato de Celulose cce eceecereceeeeeenerenanaa 35 1 2 2 Fitas com Base de PVC Cloreto de Polivinil e iecerrereeereernea 36 1 2 3 Fitas com Base de Papelonia eee ee ie ead 37 I 2 4 Fitas com Base PET Poli ster ccccscccsssccssceessecessecesscecseeeeseeceseeessees
103. os tipos de problemas pelas suas diferentes caracter sticas O mesmo sucede com o ligante Hess relata que entre 1947 e 1980 na produ o das fitas 3M pelo menos onze ligantes diferentes foram usados Esta diversidade de materiais deveu se ao facto de um ou v rios dos seus componentes se encontrar esgotado ou simplesmente deixar de existir originando altera es na composi o das fitas de lote para lote ou mesmo dentro de um nico lote Este facto pode gerar alguns problemas na an lise de determinadas fitas nomeadamente no que respeita identifica o dos materiais usados na sua composi o No decorrer do est gio no Arquivo Fonogr fico de Viena Wallaszkovits apresentou um esquema que caracterizava a espessura das tr s principais componentes que comp em as fitas magn ticas anal gicas que variam conforme o uso que se pretende Esse esquema apresentado a seguir mostra que por exemplo as fitas usadas em est dio necessitam de uma maior quantidade de substrato que suporta as diversas componentes da fita e sustenta a camada magn tica do que os restantes tipos de fitas provavelmente por se tratar de fitas de uso profissional e constante precisam de ser mais resistentes Estas espessuras t m como unidade de medida o micr metro 34 Open ree consumer tape Studio Tape back coated Compact Cassette Tape a aa ri hice tda KA la eit 13 pi Double pay Triple play cassette Quadruple Sextuple Play 4 play 1
104. osa idealizava para a organiza o desta obra Para construir esse ambiente C lia diz que recorreu a sintetizadores os sons gerados a partir dos mesmos constitu ram a base sobre a qual se tocavam os instrumentos ac sticos formando assim o todo C lia refere que idealmente a parte eletr nica deveria ser previamente preparada em est dio contudo a manipula o foi feita num ambiente caseiro quase amador e com os meios que dispunha na poca uma bobine aberta Revox no entanto o compositor j n o se recorda exatamente do modelo Para transformar o som C lia recorreu a sintetizadores como o Minimoog e o Roland cujo modelo tamb m n o se recorda mas acrescenta que medida que surgiam novos modelos ia substituindo as suas m quinas e oferecendo as mais antigas 70 que foi feito em Jogo Projectado II Durante o encontro com Lu s Cilia decidiu se que as fitas magn ticas pertencentes a Rosa deveriam ser digitalizadas Foram digitalizadas 5 dessas fitas cujo processo se descreve em seguida O setup para a digitaliza o foi o seguinte a fita foi colocada num gravador leitor anal gico de fita magn tica da marca Tascam 32 com aproximadamente 15 anos e de boa qualidade O gravador encontra se ligado a uma mesa de mistura Yamaha MG 206C USB igualmente anal gica Esta mesa de mistura estava ligada a uma segunda mesa de mistura Unitor 8 MOTU 828 que transporta o udio at ao Macintosh Mac Pro que funciona como output
105. para poder efetuar a transcri o dos seus esp lios de fita magn tica O invent rio facultado encontra se incompleto e cont m erros na informa o descrita Sobral Cid salienta que h incongru ncias relativamente a datas e lacunas a n vel da cataloga o que devem ser corrigidas logo revela problemas relacionados com a documenta o de suportes Durante a visita ao Arquivo Municipal do Montijo p de observar se que o Arquivo possui salas apropriadas para armazenar a sua cole o de fitas magn ticas por m enfrenta problemas relacionados com a falta de equipamento de pessoas especializadas e de financiamentos para se poderem definir as estrat gias de preserva o a longo prazo Relativamente pr tica de conserva o do acervo do Arquivo da RTP o Dr Eduardo Leite esclarece que os suportes n o se encontram nas melhores condi es de armazenamento acreditando que tal se deve a um problema de log stica que persiste por falta de financiamento Refere ainda que n o existe uma objetiva no o de quais os suportes que s o originais havendo muitas c pias de acesso Leite comenta que a RTP possui equipamento espec fico embora obsoleto para o processo de transcri o dos suportes As pessoas que manuseiam as fitas possuem apenas experi ncia emp rica sobre o processo uma pr tica que foi sendo adquirida por meio de observa o sem conhecimentos ou estudos mais aprofundados sobre as caracter sticas e os problemas que pod
106. que corresponde uma grava o em a a multipistas Quarter Track ou 1 4 Track Yancdade ae 71 2 ou 7 5 in s 19 05 cm s velocidade mais comum Gravacao Campo Sonoro E necess rio recorrer a um magnetosc pio para analisar o campo sonoro a fim de verificar se a grava o em multipistas Quarter Track ou 4 Track mono ou stereo Observa es Trata se de uma fita extremamente fr gil que pode facilmente partir apresenta uma distens o e as camadas escorregam umas sobre as outras resultando em slotted hubs e stepped pack 83 Tabela 6 Fita 6 Discurso Tardio Figura 18 Fita 6 Discurso Tardio Marca e modelo CBS com base em acetato Fita 6 Conte do Discurso Tardio 1975 1978 Bande magn tique attach la partition 1 choeur populaire portugais Alentejo 2 voix de femme synth tiseur realizado por Pedro Jacobetty e Vasco Pimentel Deteriora o F sica Apresenta sinais de cupping curling empenamento transversal da fita podendo dificultar o contacto entre a fita e a cabe a de reprodu o resultando numa perda de sinal Exibe ainda o efeito popped strands Deteriora o Qu mica N o apresenta ind cios de deteriora o qu mica Composi o da Fita Fita de acetato Espessura da Fita Standard play tapes com 38 1 um 1 5 mil substrato e espessura total da fita de 52 um 2 05 mils Atrav s da audi o verifica se que corresponde a
107. r dados sobre todas as cole es ou partes de cole es que se encontrem em risco e deveria facilitar a decis o do t cnico avaliador sobre quais as partes de cole es ou cole es a preservar primeiro O FACET permite registar a avalia o dos fatores de risco baseando se em modos de degrada o dos diferentes formatos e vai atribuindo uma pontua o colec o que as ordenar por prioridade de tratamento Esta ferramenta inclui ainda fatores n o t cnicos tais como o valor da pesquisa ou o valor intelectual do conte do da colec o produzindo um ndice de import ncia Este somado proporcionando a nota global que determina a prioridade da colec o Ora no desenvolvimento de uma ferramenta de diagn stico para a preserva o das fitas magn ticas seria til conjugar algumas especificidades de ambos os softwares ATMC e FACET At ao momento ainda n o foi desenvolvida uma ferramenta de diagn stico de registo de dados dedicada unicamente preserva o de fitas magn ticas nesse sentido que procuramos caminhar na tentativa de encontrar uma solu o para preencher esta lacuna Esta aus ncia de estrat gias para a preserva o das fitas magn ticas tende a persistir por isso no pr ximo cap tulo tentaremos desenvolver uma ferramenta de diagn stico para a preserva o das fitas magn ticas a partir de uma pequena cole o que consiste no estudo de caso do presente projeto de disserta o 67 Facet uma f
108. r defeito de fabrico ou por uma bobinagem deficiente da fita Desalinhamento Country laning O desalinhamento consiste numa deforma o em que a fita n o se disp e em linha reta quando desenrolada mas permanece ondulada Tal deteriora o pode resultar de um mau corte durante o fabrico bobinagem incorreta ou bobine defeituosa Figura 7 Deforma o designada por Country laning Deforma o resultante da bobinagem incorreta As fitas magn ticas podem sofrer deforma es provocadas por irregularidades no enrolamento da fita que de um modo geral s o suscitadas por uma bobinagem incorreta fita apertada na cilha cinching presen a de franjas deslize do suporte fita presa flange Hess refere que estas falhas fomentam um mau contacto entre a fita e a cabe a de leitura levando a uma diminui o da qualidade do udio podendo ocasionar a perda de frequ ncias agudas 45 Country laning is tape deformation in which the tape does not lie straight but rather is wavy Hess 2008 245 Nossa tradu o 44 Figura 8 Defeito no enrolamento da fita Cinching fita apertada na cilha Enrugamento da Borda Hess afirma que as certas fitas podem plissar ou perder fragmentos de xido e substrato sendo particularmente vis vel nas bordas da fita O autor esclarece que tal incidente pode resultar de danos mec nicos ou do calor excessivo durante o armazenamento ou reprodu o Este defeito ocorre especial
109. raria o violinista Ant nio Oliveira e Silva que iria ter o seu violino com uma afina o diferente A dado momento todos os instrumentistas tinham um diapas o e assim que produzissem a nota L em un ssono aproximavam o diapas o de um tampo para que o som ecoasse sendo o tampo a caixa de resson ncia para o diapas o por m a compositora Rosa abandonou a ideia inicial e decidiu reescrever a obra para orquestra cordas fita magn tica e multim dia Sonhava de um Marinheiro 1980 Esta obra tem dez minutos de dura o e foi composta para 2 Sopranos Mezzo Soprano 2 Flautas incluindo Flautim 2 Obo s incluindo Corne Ingl s 2 Clarinetes incluindo Clarinete Baixo Trompa Trompete Trombone 2 Tubas Percuss o Harpa e Fita Magn tica Foi uma encomenda da Secretaria de Estado da Cultura e teve a sua estreia mundial a 4 de Junho de 1980 no Grande Audit rio da Funda o Calouste Gulbenkian em Lisboa interpretada pela Orquestra Gulbenkian na sequ ncia dos 5 s Encontros Gulbenkian de M sica Contempor nea sob a direc o do maestro lvaro Salazar Jogo Projectado II 1981 Esta obra escrita sobre um poema de Marta Cristina de Ara jo uma obra de m sica de c mara com multim dia projec o de slides e tem dura o de dez minutos Foi escrita para Soprano Flauta Trompete Harpa Guitarra Viola e Violoncelo T mpanos Percuss o 2 Encomenda da Funda o Calouste Gulbenkian para os 5 s Encontros
110. rava o usados aquando da grava o original Para evitar danos f sicos nos suportes originais deve ajustar se todo o equipamento aos par metros da grava o original Estes geralmente encontram se nos manuais das m quinas Mediante a marca e o modelo do gravador tamb m poss vel encontrar alguma informa o na Internet por m se todas estas possibilidades forem invi veis o recurso auditivo no momento em que a fita reproduzida a solu o mais exequ vel para se poderem definir tais par metros Todos os aspetos especificados acima s o importantes na medida em que se pretende que a gama de frequ ncias do suporte original seja inteiramente transferida para o novo suporte No que respeita s grava es mais antigas comum ouvir se ru do ou distor o resultante das tecnologias de grava o da poca Uma grava o anal gica caracterizada por registar o som da fonte sonora como um sinal cont nuo no tempo sendo por isso captado todo o som envolvente incluindo as distor es produzidas pelo pr prio equipamento Em grava es anal gicas de fita magn tica originais podem ainda ouvir se alguns ru dos no udio provocados por cabe as de grava o desalinhadas tais imprecis es podem ser corrigidas durante a reprodu o da fita original Quando ocorre um erro no Azimuth igualmente comum em grava es de fita magn tica anal gica prov vel que se trate de um problema na manuten o regular do equip
111. ravadores caseiros s o igualmente propensos a apresentar caracter sticas de velocidade imprecisas devido a falhas como aus ncia de alinhamento ou fornecimento de corrente el trica inst vel igualmente til verificar o ru do de fundo produzido pela corrente el tricas com equipamento de teste apropriado pois ajuda a determinar a velocidade correta Embora se possa fazer a corre o da velocidade no dom nio digital tal deve ser evitado Wallaszkovits recomenda que a escolha da velocidade correta se efetue no decorrer do processo de transfer ncia nomeadamente atrav s de uma maior precis o no alinhamento 2 E conveniente salientar que a velocidade pode sofrer varia es ao longo da grava o especialmente em grava es de campo cujo equipamento foi alimentado por baterias ou geradores mais fracos por isso a escolha da velocidade de reprodu o no processo de transfer ncia deve ser registada assim como todas as restantes especifica es selecionadas Em determinadas cole es pode haver necessidade de se reproduzirem v rias fitas em diversas velocidades no entanto uma vez que nenhuma m quina tem capacidade de abranger todos os tipos de velocidades que existem pelo menos uma combina o de duas m quinas distintas conveniente pois permite obter um maior n mero de velocidades Equaliza o da Reprodu o No IASA TC 04 a equaliza o referida como uma necessidade a partir do advento da introdu o da grava
112. rdada a quest o da estabilidade das fitas de acetato o autor Jean Louis Bigourdan defende que o congelamento deste tipo de fitas pode reduzir substancialmente o avan o da s ndrome do vinagre Hess referindo se a este estudo no artigo acima citado considera que as fitas de acetato que tinham sido congeladas n o revelaram quaisquer varia es na acidez enquanto as fitas mantidas a uma temperatura ambiente revelaram n veis de acidez cerca de nove a treze vezes superiores ap s os dez anos Hess comenta Isto suscita uma decis o extremamente dif cil para os conservadores armazene as fitas frias e secas e talvez elas durem algumas d cadas ou congele as arriscando destru las e talvez elas perdurem alguns s culos 42 HESS 2008 248 39 Smolian S Preservation Deterioration and Restoration of Recording Tape in ARSC J 1987 19 2 3 37 53 40 Bigourdan J L Stability of Acetate Film Base Accelerated Aging Data Revisited in Journal of Imaging Science and Technology Vol 50 No 5 September October 2006 pp 494 501 4 Investigador no IPI Image Permanence Institute 42 This creates an extremely difficult decision for conservators store the tapes cool and dry and maybe they will last a few decades or freeze them and risk destroying them and maybe they will last a few centuries Nossa tradu o 40 Armazenamento em ambientes quentes O calor excessivo pode igualmente revelar se pernicioso p
113. reputation as a composer but a personal mature style did not emerge before 1980 In the early 1980 s she started to adopt panchromatic materials with potential tonal associations and concentrated on contrapuntal techniques and textures fluidity This enabled her to create forceful dramatic gestures combined with subtle evocative atmospheres producing music of profound emotional resonance and cultural thickness Nossa tradu o 65 da m sica eletroac stica os efeitos consistem basicamente em sonoridades geradas por sintetizadores em manipula es ou altera es da velocidade com o principal objetivo de obedecer est tica musical de um estilo composicional vigente na poca Podem ouvir se efeitos gerados pelo desfasamento de vozes por exemplo em Discurso Tardio ou manipula es da velocidade da fita uso de sintetizadores filtros ou osciladores A compositora explica que todos os trabalhos compostos neste contexto contaram com a colabora o de alguns dos seus colegas compositores que possu am equipamento adequado Rosa descreve que idealizava os sons e desenhava os num papel em forma de s mbolos os seus colegas produziam os sons tentando ir de encontro s ideias da compositora Rosa levava os assim transforma o de sonoridades at chegar ao resultado pretendido IV 3 Caracteriza o do Conte do do Esp lio de Fitas Magn ticas de Clotilde Rosa Rosa escreveu no total seis obras eletroac sticas sobre suporte
114. ridos para o armazenamento de preserva o s o consideravelmente mais baixos do que os requeridos para o armazenamento de acesso isto pode ser justificado pelo facto de os n veis de temperatura e humidade inferiores ajudarem a conservar os suportes a longo prazo O armazenamento de suportes que necessitam de acesso imediato para prop sitos de reprodu o e acesso ao conte do implicam igualmente uma temperatura e humidade controladas mas n o t o baixas como para os suportes de preserva o O Print Through um fen meno caracter stico das fitas magn ticas anal gicas e tamb m se relaciona com o armazenamento O IASA TC 03 sugere que este efeito seja tratado na reprodu o da fita original antes de se proceder transfer ncia do conte do sonoro para um outro suporte pois a partir do momento em que o efeito passe para o novo suporte quer anal gico quer digital dificilmente poder ser corrigido Condi es do Equipamento A selec o da m quina deve fazer se idealmente atrav s da audi o mais exatamente durante a reprodu o da fita o que permite ainda um ajustamento do n vel de reprodu o 16 O Print Through uma transfer ncia indesejada dos campos magn ticos de uma camada para outra camada adjacente de uma fita magn tica anal gica 27 A recupera o do sinal a partir dos suportes originais pode ser feita num gravador anal gico mais moderno desde que se utilizem os mesmos par metros de g
115. rte eletr nico em seguida entrariam os instrumentos tocando assim sobre o suporte eletr nico Rosa descreve que a obra Discurso Tardio foi escrita Ad Libitum sendo extremamente flex vel temporalmente As fitas que conferem o ambiente de fundo obra cont m um coro popular portugu s coro alentejano vozes femininas vozes masculinas e sons de sintetizador A compositora pretendia criar um desfasamento entre as vozes atrav s da manipula o da velocidade dando a impress o de que a voz havia sido acelerada a compositora pretendia que a interven o fosse pouco percet vel mas com uma colora o atonal serial e por outro lado seriam ouvidos sons gerados por sintetizadores Na cole o encontra se uma fita que inclui a grava o da primeira performance de Discurso Tardio realizada em 1978 mas nessa grava o n o se ouve em nenhum momento a parte eletr nica sobre a qual deveriam tocar os instrumentos trata se de uma vers o ac stica que inclui a declama o do poema e as entradas dos instrumentos Rosa refere que muitas vezes havia limita es t cnicas no momento das performances e quando tal sucedia procurava solucionar se com os meios que dispunham caso isso n o fosse poss vel a performance prosseguia apenas com os instrumentos ac sticos Diapas o 1979 Com dura o de dez minutos esta obra foi composta para Violino Viola Violoncelo Fita Magn tica e Dispositivo Multim dia A sua estreia ocorreu no dia 1 de
116. rte eletr nico que supostamente seria reproduzido em simult neo quase no in cio deveria ouvir se um coro mas medida que continuamos a ouvir verifica se que essa entrada n o acontece aparentemente o suporte eletr nico n o foi usado e o concerto prosseguiu s com a interpreta o ac stica Nota Final Esta digitaliza o serviu sobretudo para demonstrar que as fitas magn ticas agora transcritas pertencentes ao esp lio de Rosa necessitam de cuidados especiais sobretudo no que respeita ao manuseamento para assegurar que a informa o registada seja adequadamente preservada Durante a transfer ncia do conte do das bobines de fitas magn tica de Rosa para o dom nio digital e para que a qualidade do sinal fosse a melhor poss vel foi essencial considerar as seguintes tarefas a inspe o visual a limpeza e o manuseio do suporte anal gico O recurso inspe o visual da fita ajuda a avaliar as condi es em que as fitas se encontram isto aplica se a grava es mais antigas ou mais recentes No caso particular de Rosa e porque as fitas se mantiveram durante muito tempo temperatura ambiente e 13 embora nao se possam identificar todos os problemas inerentes a fita somente atrav s da observa o visual as fitas falharam nalgum dos crit rios de inspe o e revelam estar muito fragilizadas A digitaliza o de algumas das fitas de Rosa veio comprovar aquilo que j poss vel verificar na inspe o visual uma d
117. rva o 31 III RECUPERA O DO SINAL DA FITA MAGN TICA ANAL GICA Neste cap tulo pretende fazer se uma breve contextualiza o das caracter sticas t cnicas e hist ricas das fitas magn ticas anal gicas come ando por se descrever os principais componentes que as constituem seguindo se a identifica o dos v rios tipos de fita e enumera o de alguns modos de deteriora o das fitas sendo ainda sugeridas algumas formas de se poderem solucionar tais problemas sempre que poss vel Ainda neste cap tulo pretende fazer se uma descri o sucinta do processo de transfer ncia do conte do sonoro da fita magn tica anal gica para um novo suporte sendo expostas as principais t cnicas e pr ticas que facilitam a recupera o do sinal da mesma Por fim s o expostas duas ferramentas de diagn stico que procuram apoiar a preserva o dos suportes udio podendo apresentar nos sugest es relevantes para a cria o de uma ferramenta de diagn stico especificamente para as fitas Apresentaremos em seguida as bases mais comuns usadas no fabrico de fitas magn ticas II 1 Composi o da Fita Magn tica Ao procurar analisar se as propriedades das fitas a fim de se poder mais facilmente identific las til come ar por compreender quais s o os tr s principais componentes que as constituem uma vez que estes podem variar bastante de fita para fita 32 Em Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life
118. s verificou se uma indesejada aus ncia de um plano integrado de preserva o Como se sabe as fitas magn ticas s o um suporte extremamente inst vel e t m um tempo de vida limitado Ao longo deste estudo tentou estabelecer se uma metodologia que envolvesse estrat gias de preserva o que pudessem ser aplicadas s v rias cole es em fita magn tica existentes Tal metodologia suscitou o desenvolvimento de uma ferramenta de diagn stico simples que pressup e facilitar o acesso s condi es das fitas individualmente Pretende dar se uma resposta c lere apresentando solu es para que o processo de transcri o que envolve a c pia do conte do sonoro armazenado numa fita original para um outro suporte ocorra sem que haja interfer ncia na qualidade sonora importante salientar que grande parte da nossa heran a udio se encontra gravada em fita magn tica meio de armazenamento inst vel sendo a digitaliza o a nica forma de poder preservar os conte dos fundamental que a tarefa de digitaliza o seja equacionada e consumada quanto antes dentro dos mais elevados padr es de qualidade e procedimentos que promovam a qualidade dessa transfer ncia e a consequente preserva o do som Ao contr rio da maioria dos pa ses da Europa 84 TF the content is important and should not be lost copy it now Nossa tradu o 92 Portugal n o tem um arquivo fonogr fico onde a aplica o das in meras boas pr t
119. s e qu micas nos suportes a n vel f sico provocam altera es na dimens o dos mesmos enquanto a n vel qu mico podem acelerar processos de deteriora o provocando um r pido envelhecimento do suporte e consequente degrada o Estes factos mostram a import ncia de se manterem os n veis de humidade e temperatura est veis e reduzidos Schiiller refere que atualmente s o recomendadas as seguintes condi es de temperatura e humidade para o armazenamento dos suportes de acordo com o objetivo e utilidade dos mesmos 12 A hidr lise corresponde a uma rea o qu mica originada pela humidade do ar que acelerada a temperaturas elevadas 13 Certos componentes dos suportes em contacto com o oxig nio podem oxidar ficando com ferrugem 14 Sciiller Dietrich Audio and video carriers Recording principles storage and handling maintenance of equipment format and equipment obsolescence Amsterdam European Commission on Preservation and Access 2007 15 Trata se de uma variante dos discos de acetato ou goma laca que s o constitu dos por uma extensa variedade de materiais tornando os por isso mais inst veis 26 Niveis de Humidade Tipo de Armazenamento RH N veis de Temperatura C Armazenamento de 25 30 RH 5 8 10 C 1 C Preserva o Armazenamento de Acesso 40 RH 5 20 C 3 C Ao observar se 0 quadro acima pode concluir se que os niveis de humidade e temperatura reque
120. s grava es incluem obras apresentadas em primeira audi o no 4 e 5 Encontros Gulbenkian de M sica Contempor nea gravados no Grande Audit rio cujos int rpretes s o a pr pria Maria Jo o Serr o como cantora e o guitarrista Lopes e Silva entre outros Estabeleceram se ainda liga es com diversas personalidades ligadas m sica portuguesa entres os quais os compositores C ndido Lima Filipe Pires Paulo Brand o Isabel Soveral e Tom s Henriques Todos eles t m em comum o facto de terem composto m sica electroac stica sobre suporte recorrendo fita magn tica isto nos per odos subsequentes aos anos 70 80 e 90 As fitas encontram se sua guarda pessoal e depositadas em casa Brand o refere que al m de possuir a sua pr pria cole o tamb m o seu pai igualmente m sico tinha cerca de cem fitas do seu esp lio pessoal que atualmente se encontram armazenadas numa casa antiga da fam lia 3 2 Preocupa es Gerais O contacto com as diversas institui es e entidades particulares foi muito pertinente para o desenvolvimento deste trabalho na medida em que permitiu determinar as principais preocupa es e problemas com que os deposit rios de esp lios fonogr ficos se defrontam ser o assim expostos alguns coment rios tecidos pelas pessoas que lidam diariamente com a aus ncia de estrat gias de preserva o O trabalho realizado com as institui es que auferem esp lios fonogr ficos propiciou uma n
121. sa ser opcional na medida em est diretamente relacionado coma configura o da pista o campo sonoro pode ser definido como mono ou stereo Observa es O campo de observa es destina se a coment rios adicionais Neste campo devem registar se quaisquer coment rios suplementares que venham inscritos na embalagem da fita ou que n s consideremos pertinentes para facilitar a preserva o do suporte e que venham a ser teis a outros t cnicos IV 6 Diagn stico das Fitas Magn ticas do Esp lio de Clotilde Rosa Neste subcap tulo iremos proceder a uma an lise das fitas magn ticas que comp em o esp lio de Clotilde Rosa As fitas est o numeradas e incluem o t tulo de cada obra ou outra designa o que facilite a identifica o da fita Esta informa o torna se mais relevante quando existem lacunas em termos de inventaria o ou cataloga o das colec es No caso espec fico do esp lio de Clotilde Rosa a maioria das fitas encontram se identificadas na embalagem e incluem algumas informa es a n vel do conte do apenas uma das fitas n o tem identifica o portanto o seu conte do s pode ser identificado durante a reprodu o Quanto ao armazenamento verificou se que as fitas n o se encontravam armazenadas em condi es apropriadas visto permanecerem h mais de duas d cadas sob uma temperatura ambiente em casa da compositora estando sujeitas a oscila es de temperatura e humidade constantes Tais vari
122. sons electr nicos e violino Escrita livre mas de organiza o rigorosa Este duo foi concebido para violino com uma sobreposi o electroac stica estabelecendo um di logo entre si O discurso desta obra vai decorrendo em propostas mel dicas e r tmicas imita es e variantes entre o violino e a grava o Esta pe a foi dedicada ao meu filho Jos Machado que tamb m foi o int rprete da grava o que s foi poss vel dada a solidariedade do nosso compositor e amigo Jo o Pedro Oliveira que executou a minha partitura 72 Temple Block Vibrafone Tam Tam Tri ngulo Cr talos Wind Chime de Vidro Tarola Tom Tom 73 Lu s Cilia foi o primeiro cantor de interven o que no ex lio denunciou a guerra colonial e a falta de liberdade em Portugal lt http www luiscilia com gt acedido em 25 03 2012 Atualmente C lia dedica se composi o 69 encontrando os sons electr nicos por mim desejados e tamb m gravando as interven es do violino componentes intr nsecas desta obra 4 A respeito da prepara o do dispositivo eletr nico para esta obra o compositor Jo o Pedro Oliveira refere que fez muita filtragem especialmente de resson ncias processamento granular e v rios tipos de modula o O compositor escreve o seguinte a respeito da sua colabora o com Rosa A Clotilde tinha um esquema gr fico muito simples dos sons eletr nicos e eu tentei encontrar sons que se adequassem aos desenhos que el
123. ssesescssscsesseesssses 70 IVS A Tabela de Diagn stico esrerss erre crsreseeresmeseeres mese oneseanes ses ne sessao SS 74 IV 6 Diagn stico das Fitas Magn ticas do Esp lio de Clotilde Rosa ssscsssssssscsssseesessseeees 77 CONCLUS O E DIREC ES FUTURAS ccssssssssssesssssesessessesessecscsscseessenceeesssesees OL INTRODUCAO No ano de 1935 o processo de grava o em fita magn tica surge como uma nova tecnologia mas s a partir de 1940 a qualidade deste processo aumenta de uma forma significativa A implementa o da grava o em fita magn tica estabiliza se passando a ser usada como principal m todo de grava o nas seis d cadas subsequentes A fita depois incorporada em cassetes conquista posteriormente novos dom nios no setor audiovisual e mesmo institu da como meio de armazenamento de informa o ou dados em computador Contudo as fitas magn ticas pelas suas caracter sticas degradam se facilmente especialmente se forem utilizadas como meio de armazenamento Estas sofrem de processos de degrada o por vezes irrevers veis podendo originar a sua destrui o e consequente perda de conte do Apesar de um armazenamento em condi es adequadas poder diminuir a degrada o n o a previne indefinidamente Em Portugal entre 1940 e 1950 na R dio Difus o Portuguesa que ocorre a transi o para fita magn tica anal gica A partir dos anos 70 criado o Arquivo Hist ri
124. sso de digitaliza o de algumas das fitas magn ticas originais da compositora que vem sustentar algumas das considera es tecidas durante o diagn stico das mesmas Na conclus o ser o apresentadas propostas que visam estimular um trabalho de investiga o futuro que passa pelo aprofundamento de novas t cnicas que auxiliem a preserva o e previnam a degrada o das fitas magn ticas antes do tempo I ESPOLIOS FONOGRAFICOS PORTUGUESES EM FITA MAGNETICA I 1 Nota introdutoria O meu interesse pessoal no estudo dos esp lios fonogr ficos surgiu na sequ ncia da frequ ncia curricular do curso de mestrado em Artes Musicais Estudos em M sica e Tecnologias Os conte dos abordados num dos semin rios ministrado pela Dr Susana Belchior desde a hist ria da grava o tipologia dos suportes identifica o e necessidade de preserva o dos mesmos despertaram o meu interesse para a problem tica da preserva o dos esp lios fonogr ficos portugueses Foi a partir destes conhecimentos que me interessei pelo trabalho desenvolvido por Nadja Wallaszkovits no Arquivo Fonogr fico de Viena Tendo tido a oportunidade de frequentar uma forma o no Arquivo Fonogr fico de Viena pude observar como se desenvolve o m todo de preserva o dos suportes udio desde a inspe o visual t cnicas de limpeza manuseamento conserva o e restauro do suporte original at transfer ncia do seu conte do para um novo suporte e
125. t onde contactou com compositores como Pierre Boulez Mauricio Kagel Gy rgy Ligeti Bruno Maderna Luciano Berio Stockhausen entre outros No entanto a compositora considera Jorge Peixinho como o seu mentor uma figura fundamental para a progress o da sua carreira embora reconhe a que alcan ou a sua pr pria autonomia a n vel composicional IV 2 2 A M sica Eletroac stica de Clotilde Rosa A import ncia de Clotilde Rosa no contexto da m sica contempor nea em Portugal reconhecida por m sicos compositores e mel manos nesse contexto relevante que o conte do sonoro da sua obra de m sica eletroac stica e grava es originais de outras obras sobre suporte sejam preservadas Estas fitas gravadas na altura em que a compositora fazia experimenta es no campo da m sica eletroac stica encontravam se armazenadas em casa da pr pria compositora h mais de duas d cadas S o composi es originais Algumas fitas correspondem banda sonora preparada para ser apresentada publicamente durante a performance outras s o grava es em fita magn tica de performances ao vivo das obras de Rosa Se quisermos caracterizar muito brevemente as obras desta cole o de fitas podemos referir que todas as grava es s o reveladoras de experi ncias no campo 68 The experiments of the GMCL starting in 1974 the year of the Portuguese democratic revolution led Rosa to embrace composition The following years established her
126. ta Configura o da Pista Velocidade da Grava o Campo Sonoro Sound Field Observa es N da fita marca modelo e conte do Nestes campos devem registar se o n mero da fita a marca o modelo e o conte do da mesma pode tratar se de um ou v rios t tulos assim como outras informa es adicionais Todos os registos inscritos na caixa da fita devem ser anotados Deteriora o F sica Neste campo devem registar se aspetos concernentes s condi es f sicas da fita nomeadamente problemas provocados por uma bobinagem incorreta ou por um armazenamento inadequado conforme descrito em III 3 15 Deteriora o Quimica Neste campo devem registar se todos os problemas que afetam as varias componentes que constituem cada tipo particular de fita tal como ja foi referido em II 3 Composi o da Fita Neste campo deve registar se o tipo de fita no que respeita composi o das suas componentes A composi o da fita um campo relevante e merece ser analisado uma vez que o processo de hidr lise pode manifestar se nas fitas de diversas formas variando conforme a sua constitui o como j foi referido anteriormente Espessura da Fita Neste campo deve registar se a espessura das fitas As fitas de menor espessura s o geralmente menos est veis e vice versa importante saber qual a espessura da fita para se poder ajustar o equipamento densidade da mesma igualmente desej
127. ta tabela estabele a um modelo de metodologia de trabalho focado especificamente nas fitas magn ticas e que a mesma possa ser aplicada a outros esp lios que se encontrem em iguais circunst ncias Este estudo de caso incluiu tamb m a digitaliza o de cinco fitas do esp lio de Clotilde Rosa O trabalho de digitaliza o foi efetuado na resid ncia do compositor Lu s C lia O encontro com C lia aconteceu por sugest o de Rosa porque C lia havia colaborado com Rosa na conce o da obra Jogo Projectado II nomeadamente na prepara o do suporte eletr nico como se poder ler no subcap tulo seguinte IV 2 Clotilde Rosa breve nota sobre o percurso musical IV 2 1 Apresenta o da compositora Clotilde Rosa compositora harpista e professora considerada uma das figuras de relevo tanto na cria o como na divulga o da m sica contempor nea em Portugal iniciou o seu percurso musical no Conservat rio Nacional de Lisboa a terminando quase em paralelo os cursos superiores de piano e harpa A n vel profissional a compositora elegeu a Harpa como instrumento principal tendo mais tarde integrado a mesma institui o como docente da classe de Harpa Como instrumentista atuou no grupo de c mara os Menestr is de Lisboa dirigido por Santiago Kastner com quem estudou baixo cifrado aplicado harpa e interpreta o de m sica antiga 63 De 1960 a 1963 recebeu bolsas da Funda o Calouste Gulbenkian e do governo hola
128. tem duas op es ouvir o conte do sonoro ou recorrer a uma fita de refer ncia em conformidade com a potencial curva de equaliza o e alinhar a equaliza o do deck de reprodu o a essa fita A seguir deve colocar a fita de origem e ajustar o azimuth de modo a coincidir com a fita teste de refer ncia O principal objetivo que a equaliza o da reprodu o coincida com a equaliza o da grava o No IASA TC 04 referido que A representa o do sinal na maioria dos formatos udio anal gicos deliberadamente n o linear em termos de resposta de frequ ncia Reprodu o correta por isso requer uma equaliza o apropriada da resposta de frequ ncia 6 Bradley 2009 66 A forma como o pr prio equipamento constru do propicia a perda de frequ ncias agudas por um lado as part culas magn ticas n o deixam passar as frequ ncias mais agudas e por outro lado o mau contacto da fita com a cabe a de reprodu o origina tamb m a perda das frequ ncias elevadas sendo este o principal problema que se pretende corrigir com a equaliza o De acordo com as normas estabelecidas no IASA TC 04 cr se que as equaliza es t m vindo a ser melhoradas ao longo do tempo devido a aperfei oamentos das formula es e propriedades das fitas As grava es mais antigas devem ser reproduzidas com a aplica o dos par metros de equaliza o que vigoravam no momento em que tais grava es foram feitas A sobreposi
129. ticar se e partir O conte do da fita deveria ser transferido para um novo suporte com a maior brevidade poss vel deveria ainda ter 77 Esta m quina pode ser usada para controlar o som possui canais que cont m compressores filtros equalizadores e outros canais auxiliares a que C lia recorria no passado neste caso n o foi necess rio pois n o houve qualquer manipula o sonora apenas uma grava o em linha reta ou linear 71 emendas convenientemente colocadas para aguentar a bobinagem lenta e idealmente com tens o baixa Apesar de tudo na fita n 4 ainda foi poss vel escutar se um excerto inicial do seu conte do ouvindo se a declama o de um poema cuja voz parece tratada com efeito de eco Durante a audi o comprovou se que a fita havia sido gravada a uma velocidade de entrada 7 5 in s Na grava o existe um ru do de fundo motivado pela corrente el trica ca 50 Hz tal como se designa em linguagem corrente por falta de terra Este ru do muitas vezes um problema de grava o no entanto poss vel melhor lo passando o som por um filtro que elimine as baixas frequ ncias Foi igualmente poss vel escutar um coro com efeitos produzido por osciladores A seguir digitalizou se a fita de Discurso Tardio a fita n 6 que revelou tamb m uma certa fragilidade no que respeita sua condi o f sica por m a digitaliza o decorreu sem problemas at ao fim Nesta grava o ouvia se claramente um ru do
130. tml_sub actionplan pdf gt acedido em 27 12 2011 35 Ampex Tape List lt http www recordist com ampex docs apxtape txt gt acedido em 22 12 2011 37 Figura 4 Fita com base de Papel36 A acidez do papel pode constituir um fator potencial de degrada o no entanto tal n o se tem verificado As fitas de papel s o facilmente reproduz veis quando s o armazenadas em boas condi es HI 2 4 Fitas com Base PET Poli ster As fitas com base PET tereftalato de polietileno geralmente designadas por fitas de poli ster s o as mais frequentes e abundantemente encontradas em arquivos O PET foi introduzido por volta de 1953 e a partir de 1972 tornou se praticamente o nico revestimento a ser produzido pelos fabricantes de fitas magn ticas udio Estas fitas s o predominantemente pretas raramente com superf cie castanha s o particularmente sens veis ao calor e esticam bastante antes de quebrar O PET n o se degrada em condi es normais e um tipo de revestimento considerado est vel higrosc pico e ainda desconhecido de que modo o ligante possa ser afectado III 3 Deforma es da Fita Magn tica As deforma es das fitas magn ticas podem ocorrer por diversos fatores Existem alguns tipos de deforma o caracter sticos das componentes que constituem as fitas magn ticas variando de acordo com o tipo de fita mas h ainda outras raz es que podem levar deforma o das fitas Nadja Wallas
131. ue as linguagens e formatos de codifica o utilizados sejam em fonte aberta open source e refere se ainda que a n o exist ncia de patente uma vantagem Quanto resolu o adoptada do sinal o IASA TC 03 defende que esta seja elevada de modo a aproximar se o mais poss vel da continuidade do sinal anal gico original Em anos recentes armazenar udio em forma de formatos de arquivo tornou se a pr tica dominante e os formatos Wav ou BWF tornaram se de facto padr es Este formato oficialmente recomendado pelo Comit T cnico Atualmente os conversores A D que fornecem 192 KHZ de frequ ncia de amostragem e 24 bits de resolu o de amplitude s o padr es Para originais anal gicos a IASA recomenda uma resolu o digital m nima de 48 kHz de frequ ncia de amostragem para um comprimento de onda de 24 bit Sch ller 2005 8 17 O Azimuth corresponde ao ngulo formado pela abertura de uma cabe a e o eixo longitudinal da fita Um alinhamento deficiente altera a grava o 18 However although the possibility of a re transfer in the future must be considered all transfers must be carried out to the highest standards possible at the time of transfer They may in the future become the last transfer from the originals Nossa tradu o 19 In recent years storing audio in form of file formats has become the dominant practice and the wav or BWF format has become a de facto standard This format
132. uma grava o em a da Piste ninpis Quarter Track ou 1 4 Trach velocidade da 71 2 ou 7 5 in s 19 05 cm s Velocidade mais comum Grava o Campo Sonoro E necess rio recorrer a um magnetosc pio para analisar o campo sonoro a fim de verificar se a grava o em multipistas Quarter Track ou 4 Track mono ou stereo Observa es A fita n o possui fita leader nas pontas Nesta fita observa se uma deforma o transversal nas suas bordas 84 Comentario adicional numa breve an lise morfol gica do som feita atrav s de um Acousmographe na grava o da fita n 6 foi poss vel observarem se v rios riscos na vertical e uma linha cont nua na horizontal representa es impl citas no sinal mas que em princ pio n o fazem parte da grava o original sendo este o tipo de an lise que podemos de facto fazer a partir deste software Al m disso era evidente a presen a do ru do de fundo caracter stico da falta de corrente el trica ou da m coloca o de um cabo durante a grava o Para j trata se de meras suposi es uma an lise mais minuciosa podia ajudar a descobrir novos dados sobre estas grava es 83 O Acousmographe uma ferramenta especialmente utilizada para fazer se a an lise e representa o da m sica eletroac stica e de todos os fen menos de som gravado Surge a partir da necessidade de transcrever m sica que n o est escrita tal como gr ficos e anota es
133. veros como degrada o por fatores qu micos importante real ar que se estas fitas permanecerem expostas a tais oscila es a probabilidade de virem a deteriorar se maior importante n o subestimar eventuais imprevistos que possam ocorrer e assim dificultar o processo por exemplo a fita pode quebrar ficar enrolada durante a bobinagem libertar ou res duos provenientes do processo de hidr lise Este estudo serviu para demonstrar que as fitas do esp lio de Rosa se encontram em condi es de grande fragilidade Este estado de deteriora o pode ser observado logo na pr pria inspe o visual mas torna se ainda mais evidente quando as fitas s o colocadas no leitor Durante a grava o pudemos compreender que o risco de quebrarem enorme e que as fitas s o altamente suscet veis a varia es de tens o e velocidades durante a bobinagem Estas conclus es ter o certamente ecos noutros esp lios que se encontram em circunst ncias semelhantes ou eventualmente mais prec rias e a necessitar de uma linha de a o de preserva o urgente e consequente processo de digitaliza o a fim de se preservar o seu conte do sonoro 90 CONCLUS O E DIREC ES FUTURAS O principal objetivo do presente trabalho foi chamar a aten o para a necessidade de se criarem estrat gias de preserva o para a preserva o das fitas magn ticas que integram o nosso patrim nio udio A conce o deste trabalho derivou essencialm
134. zkovits refere que os principais 36 Fonte Casey 2007b 8 38 fatores que afetam a estabilidade e a recupera o da informa o contida nos suportes magn ticos s o a deforma o mec nica a humidade e temperatura que suscitam a hidr lise sujidade de diversos tipos e dispers o dos campos magn ticos Degrada o das Fitas de Acetato Fragilidade e Secagem Segundo os especialistas as fitas de acetato secam e tornam se fr geis Uma das deforma es t picas o efeito de cupping O enrugamento transversal da fita magn tica por vezes designado arqueamento mais comummente visto em fitas de acetato Isto pode causar fraco contacto entre a fita e a cabe a de reprodu o resultando na perda de sinal Pode manifestar se como uma ondula o ou a fita inteira pode exibir arqueamento 37 Casey 2007b 21 Em casos de cupping severo o tratamento atrav s de um processo de hidrata o poss vel No entanto em Tape Degradation Factors and Challenges in Predicting Tape Life Hess alerta para o facto de este tratamento n o ser totalmente seguro uma vez que a hidrata o pode enfraquecer a camada de base especialmente se o cupping for provocado pelo S ndrome do Vinagre que explicaremos adiante Figura 5 Exemplos de deforma es em fitas de acetato 8 Encolhimento Alongamento As fitas de acetato podem apresentar diferentes tipos de alongamento ou encolhimento devido s propriedades dos seus component

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