Home

acessar - Universidade Federal Fluminense

1. Primeiro Treinamento de Professores para a Inclus o cuja constru o contou com a participa o de Solane Leonor Carvalho de Lima graduada em Letras membro do Conselho Consultivo do Centro de Vida Independente de Niter i Diretora da Associa o Brasileira de S ndrome P s P lio Membro do Conselho Consultivo do Instituto Invel de Tecnologia e Pesquisa e de Roberto dos Santos Pinto psic logo Representante do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Defici ncia junto com a coordenadora do NAIS UFF ell Semin rios sobre Inclus o de Pessoas com Neces sidades Especiais no Ensino Superior na UFF 2007 e 2008 6 Acessibilidade arquitet nica e urban stica Coloca o de piso t til na Biblioteca Central do Gragoat desde a entrada at os balc es de atendimento e espa o onde se encontram os computadores lupa eletr nica e impressora Braille Assessoria dos professores de arquitetura Sergio Rodrigues Bahia e Edna Florentino integrantes do NAIS UFF na constru o de cal ada acess vel nos moldes do desenho universal desde a entrada do campus do Gragoat ligando todos os pr dios e a BCG trabalhando em conjunto com a Superintend ncia de Arquitetura Engenharia e Patrim nio da UFF Em nove de fevereiro de 2012 me afastei definitivamente do NAIS UFF mas n o do tema Defici ncia Em 2013 o NAIS UFF se transformou na Divis o de Acessibilidade e Inclus o Sensibiliza UFF 219 Partic
2. Nesse caso o homem quis me assustar provavelmente como uma puni o por eu estar brincando com uma situa o como aquela Eu gritei por cima dos ombros N o sou realmente Isso aqui uma atividade universit ria Experimentamos tamb m coment rios c micos advindos de 198 uma tentativa de entender o porqu de terem pessoa andando com vendas coloridas no rosto bengalas e acompanhantes J o terceiro cego que eu vejo hoje Deve ter acontecido alguma cirurgia Outros j entenderam de antem o o que estava ocorrendo ali E dif cil n o E isso a parab ns e boa sorte e outros nos questionaram e n s tivemos a oportunidade de explicar em que consistia nossa atividade Chegando ao Niter i Shopping compartilhamos com outras pessoas do grupo os epis dios e pudemos ver que a viv ncia acrescentou percep es diferentes e algumas iguais s diferentes duplas Por exemplo o Rafael que fez o trajeto na cadeira de rodas enfatizou como foi penoso andar nas cal adas do Centro Ele inclusive chegou ao shopping com uma bolha na m o O Igor que estava empurrando a cadeira de rodas disse que por pouco n o desistiu que foi um trabalho muito penoso mas que ficou satisfeito de perceber como as pessoas os ajudaram e n o foram poucas Na minha opini o a viv ncia foi extremamente construtiva pois 1 permitiu que v ssemos na pr tica a dificuldade de locomo o de um cadeirante e de um
3. os surdos deveriam usar apenas a fala e leitura labial para se comunicarem como se fossem ouvintes as crian as com sequela de poliomielite nos membros inferiores passarem por diversas cirurgias para alongar o membro afetado A defici ncia era percebida enquanto doen a Este modelo usava o diagn stico m dico para classificar as PCD Como j foi dito pessoas com o mesmo diagn stico podem apresentar n veis completamente diferentes de funcionalidade e inclusive de risco para condi es secund rias Al m do mais ver as dificuldades puramente como problemas do indiv duo pode 34 ignorar as quest es estruturais que contribuem para o estado de sa de como pobreza ambiente inacess vel e exclus o social Shakespeare et al 2009 Como resultado da organiza o e luta das PCD para que seus direitos fossem atendidos agora como protagonistas de suas vidas o Modelo M dico foi substitu do pelo Modelo Social que chama a aten o para as barreiras e pelo preconceito que excluem as pessoas com defici ncia A PCD deixa de ser vista com o foco m dico como se doente fosse e passa a ser vista enquanto cidad com direitos e deveres a quem deve ser assegurado o acesso sa de educa o trabalho lazer transporte e outros O problema n o mais visto como estando na pessoa mas no ambiente f sico e social Assim a ele as a es deveriam ser dirigidas A PCD passa a ser vista como fazendo parte da diversidad
4. O IBC fez parte dos campos visitados pelos alunos do grupo de TCSI B a partir do segundo semestre de 2004 Inicialmente apenas uma visita institui o por sugest o de uma aluna do 1 semestre de 2008 foram organizadas viv ncias com o aux lio dos professores de orienta o e mobilidade de atividades da vida di ria e pr braille 131 Aluna Bruna dos Santos Fernandes do 1 semestre de 2008 vendada dobrando uma camiseta sobre a cama na casa utilizada na orienta o para atividades da vida di ria AVD no Instituto Benjamin Constant Tr s alunos do 2 semestre de 2008 vendados em atividade de discrimina o t til no Instituto Benjamin Constant 132 Aluno do 1 semestre de 2008 lavando lou a vendado Grupo de TCSI B do 1 semestre de 2013 com o fisioterapeuta Thiago Sardenberg no Instituto Benjamin Constant ap s assistir treino de goalball 133 Relat rios de campo Aluno Rodrigo Gonzalez Tubio Machado 2 semestre 2010 Achei este campo mais uma vez muito til Nas duas vezes em que fomos l nos dias 5 e 7 de outubro tivemos a oportunidade de ter bastante contato com as pessoas com defici ncia visual acompanhando todas as suas dificuldades Contudo o que mais me impressionou foi a capacidade de supera o dessas pessoas que mesmo sem a vis o ou parte dela conseguem fazer coisas que eu enxergando n o conseguiria Uma destas foi o tempo em que fiquei na parte de educa o f sic
5. o de alarme multim dia e calculadora Logo depois fomos ao setor de braille O setor j tem um ponto muito interessante que ter uma professora cega O ensino n o pode ser melhor j que ela tem anos de experi ncia no que faz L encontramos um mural indicativo com letras e acentos e 118 recebemos as instru es que mostram que escrever em braille muito mais complexo do que parece N o s a frase precisa ser escrita ao contr rio no papel como as letras tamb m Cada letra sinalizada dentro dos 6 pontinhos que podem representar dentro do quadrado na r gua Ela nos ensinou a maneira correta de segurar o pun o e no in cio achei muito dif cil escrever daquela forma porque perfurar o papel com o pun o n o uma quest o de for a mas sim de jeito Quando virei a folha vi que v rias vezes n o marquei o papel suficiente e parecia que a letra estava incompleta ou que era outra letra Depois de aprender um pouco testamos escrever de olhos fechados e acabei quase me machucando duas vezes com o pun o por n o ter uma no o muito clara de onde come ava o quadrado ao lado A professora possui uma m quina de escrever em braille que oferece a grande vantagem de n o ter que escrever de tr s para frente e por poupar o esfor o que feito durante a escrita com pun o que acaba sendo um pouco cansativo O ltimo setor visitado foi o de pr teses onde vimos que existem pr teses e lentes esclerais A lente e
6. 8 542 544 2009 Halls Hollins S Changing medical students attitudes to learning disability Psychiatric Bulletin 20 7 429 430 1996 Harrison TR Org Medicina Interna 15 ed Rio de Janeiro MacGraw Hill 2002 Henley LD A home visit programme to teach medical students about children with special needs Med Educ 33 10 749 52 1999 lezzoni LI Going beyond disease to address disability The New England Journal 355 10 976 979 2006 Targeting health care improvement for persons with disabilities International Journal for Quality in Health Care 15 4 279 81 2008 Instituto Nacional de Educa o de Surdos N cleo de Orienta o a Sa de do Surdo Sinalizando a Preven o das DST AIDS Rio de Janeiro INES 2008 28p Jain S Care of Patients with Disabilities An important and often ignored aspect of Family Medicine Teaching Family Medicine 38 1 13 15 2006 Khan P Teaching Tomorrow s Docs New Mobility 9 45 48 2008 Kuno K Disability Equality training DET Potentials and challenges 270 in practice in developing countries Asia Pacific Disability Rehabilitation Journal 20 1 41 51 2009 Leenox N Diggens J Knowledge skills and attitudes Medical schools coverage of an ideal curriculum on intellectual disability Journal of Intellectual amp Developmental Disability 24 4 341 347 1999 Long Bellil LM Robey KL Graham CL Minihan PM Smeltzer SC Khan P Teaching Medical S
7. ACADEMY AWARD NOMINEE BEST DOCUMENTARY FEATURE Towerful Iinsghaful Fnorionsliy Wien ovo Cartaz do filme Cartaz do filme Al m da Luz Sound and Fury Cartaz do filme dei Pc dm O Milagre de HE EMEA Anne Sullivan 200 Cartaz do filme Do Luto Luta SEAN PENN MICHER O PFEIEFER E Cartaz do filme AULA Li o Amor Me Uma Li o de Amor Cartaz do filme Mundo Alas 202 Apresenta es finais da disciplina Semin rios Grupo do 2 semestre de 2009 antes da apresenta o do semin rio Aluna do 1 semestre de 2011 em apresenta o no semin rio 203 204 Apresenta o de p ster Caio Vasconcellos e Raquel Filgueiras alunos do 2 semestre de 2012 apresentando p ster a representantes dos outros grupos Todos em p sob o pilotis no Campus do Gragoat Roda de conversa gatha Evelin Campelo Silva de Lima e Lucas Rodrigues da Cunha Paes Leme alunos do 2 semestre de 2014 em p em frente ao p ster do grupo iniciando a Roda de Conversa com os representantes dos outros grupos sentados em c rculo Disciplina Sa de e Sociedade III De 2007 a 2010 na disciplina Sa de e Sociedade III dirigida a estudantes do terceiro per odo do curso m dico da UFF foi inclu do o tema Comunica o Competente com pacientes com defici ncia Essa disciplina com o conte do central Aconselhamento em Sa de inserido no contexto da integralidade articulava o conheci
8. Entretanto quando se trata de um paciente n o verbal cuja nica possibilidade de 30 se expressar piscando os olhos ou emitindo sons e se n o h dispon vel prancha de comunica o ou outro recurso esse deve ser o m todo para coletar a hist ria do paciente Acessibilidade metodol gica tamb m deve estar presente ao exame f sico Por exemplo o m todo de aferir a press o arterial sist mica envolvendo o bra o do paciente com o manguito No caso de pacientes que n o possuem bra os como aferi la Acessibilidade Atitudinal Atitude significa a disposi o a reagir de forma favor vel ou desfavor vel a algo ou a algu m Acessibilidade atitudinal representa a aus ncia de pr conceitos em rela o s pessoas com defici ncia que por sua vez podem levar discrimina o negativa O preconceito seria uma atitude negativa no plano cognitivo e ou afetivo enquanto discrimina o negativa representa um comportamento negativo Mas toda discrimina o n o seria negativa Ana Paula Crosara de Resende 2008 cita Celso Ant nio Bandeira de Mello quando escreve que No direito sempre se diz que a igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades cuidando para que n o haja desequipara es fortuitas ou injustificadas p 34 A discrimina o positiva a o afirmativa distingue as PCD para que suas necessidades espec ficas sejam atendidas J a di
9. No dia 25 de Outubro de 2011 o grupo de TCS de Defici ncia foi visitar a Pestalozzi uma institui o que como v rias outras que visitamos durante toda a disciplina no primeiro semestre trabalha em cima do conceito de reabilita o recebendo todos os dias v rios pacientes com as mais variadas defici ncias e possibilitando a eles um tratamento que vise integr los ao conv vio social reduzindo as dificuldades impostas por suas defici ncias Depois de uma longa conversa com uma das respons veis pelo local fomos conhecer os locais da institui o Inicialmente passamos por uma esp cie de refeit rio onde algumas crian as encontravam se numa ocasi o festiva Obviamente nossa presen a em meio ao momento em que as crian as estavam entretidas dificultou bastante o contato principalmente ao ter de abord las Em seguida passamos pela rea de reabilita o infantil onde crian as na faixa dos quatro aos oito anos s o atendidas principalmente por fisioterapeutas A Pestalozzi apresenta uma estrutura e uma organiza o de diferentes reas da sa de muito semelhante AFR o que invariavelmente torna as compara es inevit veis Entre as semelhan as a presen a de uma equipe multidisciplinar a oficina de pr teses e rteses e a estrutura da rea de fisioterapia em que os locais s o divididos em v rios compartimentos para um tratamento mais individualizado me fizeram perceber que entidades que trabalham com reabil
10. o Sa de das Pessoas com Defi CIENCIA SARRO RE PRI RISE RS SPREAD E DOR ADE 23 Etiqueta no Atendimento a Pessoas com Defici ncia 32 Diferentes Formas de Perceber a Defici ncia 34 Hiabilna o READIMA aO aaaiasesapideesinis ineo is ad ia 38 Parte II Aten o Sa de das Pessoas com Defici ncia nos Cursos de ils 0 6 q DARRADRRNDE RPPN RS ARE DERA RR RP ER ER 43 Parte III Projeto de Extens o Sensibiliza UFF 215 Participa o de estudantes em projetos de extens o e pesquisa 220 Parte IV A inclus o da Aten o Integral Sa de das Pessoas com De fici ncia no Curr culo M dico da Universidade Federal Fluminense na vis o dos estudantes Carolina Andrade Vitoi Raquel de Sousa Filgueiras e Isadora Almeida FOME sap ea iiaia da a e a 259 Refer ncias aerea 266 10 Pref cio O tema das pessoas com defici ncias tem mobilizado nossa sociedade por v rias raz es Podemos listar algumas Primeiro pelo grande n mero de pessoas com defici ncia produzido pela viol ncia dos centros urbanos e rurais Agress es criminosas e acidentes de tr nsito ceifam muitas vidas em nosso pa s e deixam uma enormidade de v timas com s rias sequelas demandando os servi os de sa de para reabilita o de suas vidas numa perspectiva de aten o integral em sa de Segundo pelo processo de envelhecimento de nossa popula o Aceler
11. s 14h da tarde no Plaza Shopping Primeiro falarei um pouco das minhas expectativas antes de a atividade come ar Eu estava ansiosa e no fundo sentia uma preocupa o porque sempre fui muito independente e sabia que n o conseguiria andar sozinha de olhos vendados ou de cadeira de rodas sem que algu m me ajudasse Eu iria depender muito da ajuda de algu m e precisaria confiar bastante nessa pessoa Tamb m fiquei meio apreensiva pensando em como as pessoas que eu conhecia reagiriam caso me encontrassem durante a atividade Mas nenhum dos meus receios superava a vontade de saber quais sensa es eu sentiria Comecei pela venda nos olhos Quem me ajudou a caminhar foi o Gustavo Foi incr vel como fechar os olhos me fez abrir os 195 ouvidos e o nariz Conhe o muito bem o Plaza por ser um dos shoppings que mais frequento sendo assim eu me localizava pela m sica que costuma tocar em determinada loja o cheiro da comida o cheiro da roupa S n o imaginava que pequenos ladrilhos no ch o do shopping poderiam ser obst culos t o grandes para algu m que n o enxerga eu sempre me assustava com eles O Gustavo era um guia muito atencioso me deixava ciente de cada detalhe e me passava bastante confian a O momento mais dif cil foi na hora da escada rolante mas ele soube me avisar com precis o o momento certo de entrar e de sair Aventurei me tomando sorvete e obviamente me lambuzei bastante Por fim chegou a vez de passar a venda par
12. teria valido a pena para mim Felizmente meu choque inicial foi logo substitu do por um conforto agrad vel Para isso contribuiu a casa da Virg nia extremamente bem decorada como ela mesma fez quest o de salientar n o por que ela cega que a casa n o deve ser bem decorada confort vel e principalmente pela naturalidade incr vel com que a Virg nia come ou e conduziu toda a conversa 159 Ela realmente conseguiu fazer com que todos nos sent ssemos vontade o que tornou o campo extremamente leve praticamente uma conversa despretensiosa Inicialmente a conversa rodou um pouco mais ao redor do Quim muito mais pelo interesse do grupo do que por qualquer outro motivo Acredito que o grupo ficou um pouco fascinado por ele ser m dico como se f ssemos todos membros de um grupo seleto ele por ter feito e n s por fazermos faculdade de medicina Vejo isso acontecer quase sempre quando estudantes de medicina encontram m dicos Entretanto apesar do Quim se mostrar prestativo responder nossas perguntas e ainda tecer coment rios realmente contundentes sobre as dificuldades encontradas pelos cegos na vida cotidiana senti e acredito que todos tamb m tenham sentido certo pessimismo nele Parecia para mim que ele ainda estava de algum modo de luto pela perda da vis o que para ele foi s bita e representou a perda de toda a vida que ele levava antes Ele mesmo disse que perdeu a maioria dos amigos que ti
13. atendimento m dico visita a estruturas m dico sociais e outros campos de est gio principalmente em medicina ambulatorial Al m disso que os comportamentos principalmente em rela o a pessoas com defici ncia dependem tamb m da frequ ncia de contatos que reduzem o car ter n o habitual da situa o Se a atitude em rela o PCD a princ pio uma quest o de conceitos de conscientiza o dos mecanismos de preconceito e de pr julgamento social esse ensino deve ent o descobrir seu lugar no corpo das ci ncias humanas e de inicia o tica discuss o dos modelos m dico e social de defici ncia paralela a outras formas de preconceito reflex o sobre a influ ncia das atitudes nas decis es m dicas p 666 36 O grupo da Universidade de Bristol considera que o curso de p s gradua o em incapacidades e reabilita o da Flinders Univertity no sul da Austr lia n o desafia o suficiente as atitudes dos estudantes nem os leva a examinar seus pr prios preconceitos A escolha de um grupo de professores predominantemente m dicos teria como resultado uma nfase na abordagem do modelo m dico de defici ncia O curso que vem sendo oferecido desde 1993 pela Universidade de Bristol Reino Unido que perpassa os cinco anos se baseia no modelo social do conceito de defici ncia e se dirige forma o e mudan a de atitudes E ministrado segundo eles pelas melhores pessoas para educar os estudantes
14. e de sua fam lia desde o seu nascimento p 7 O livro de Semiologia Pedi trica ainda cita o termo mongolismo entre par nteses quando associa a microtia S ndrome de Down O Manual Ilustrado de Pediatria refere se exist ncia na 226 Inglaterra e Pa s de Gales de leis que asseguram s crian as com defici ncia sua inclus o na escola regular informa o que os m dicos devem ter Avalia o relacionada Baixa vis o Cegueira Todos os livros analisados apontam em maior ou menor extens o as diversas causas de cegueira ou baixa vis o gen ticas pr peri e p s natais Encontramos duas refer ncias no livro de Obstetr cia uma quanto ao per odo cr tico dos efeitos teratog nicos dos medicamentos na forma o dos olhos e outra que as gr vidas que apresentam glaucoma insipiente podem apresentar um agravamento do quadro provavelmente devido ao aumento de corticoster ides durante a gravidez Quanto preven o apenas nos livros de Semiologia Pedi trica e Cl nica n o h refer ncia A preven o indicada antes da gravidez como a vacina o contra a rub ola durante a mesma pelo diagn stico precoce e tratamento por exemplo da toxoplasmose e ap s o nascimento como uso de equipamentos adequados para administra o de oxig nio e orienta o quanto aos cuidados ao manter os olhos dos rec m nascidos fechados durante fototerapia Em rela o ao risco de cegueira e baixa vis o e
15. o legal Decreto No 5 296 de 2 de dezembro de 2004 conhecido como Decreto de Acessibilidade enfatiza a falta considerando pessoa com defici ncia a que possui limita o ou incapacidade para o desempenho de atividades enquadradas nas seguintes categorias a Defici ncia f sica altera o completa ou parcial de um 15 ou mais segmentos do corpo humano acarretando o comprometimento da fun o f sica apresentando se sob a forma de paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputa o ou aus ncia de membro paralisia cerebral nanismo membros com deformidade cong nita ou adquirida exceto as deformidades est ticas e as que n o produzam dificuldades para o desempenho de fun es b Defici ncia auditiva perda bilateral parcial ou total de quarenta e um decib is dB ou mais aferida por audiograma nas frequ ncias de 500 Hz 1 000 Hz 2 000 Hz e 3 000 Hz c Defici ncia visual cegueira na qual a acuidade visual igual ou menor que 0 05 no melhor olho com a melhor corre o ptica baixa vis o que significa acuidade visual entre 0 3 e 0 05 no melhor olho com a melhor corre o ptica os casos nos quais a somat ria da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60 ou a ocorr ncia simult nea de quaisquer das condi es anteriores d Defici ncia mental funcionamento intelectual sign
16. papel de m dico Mesmo com o que hav amos aprendido em aulas anteriores foi muito dif cil a comunica o e uma pergunta muito f cil se tornou algo complicado que no final n o foi respondido como deveria Lembrei me do artigo que resenhei na aula anterior que falava sobre a dificuldade de uma pessoa com defici ncia acessar o sistema de sa de e como isso pode prejudicar a sa de dela A falha de comunica o que tivemos no teatro poderia acarretar s rias consequ ncias se ocorresse na vida real Tamb m simulamos uma consulta com a presen a do int rprete que foi bem mais f cil por m aprendemos que quando isso acontecer na nossa vida profissional devemos prestar aten o para sempre olhar para o paciente afinal mesmo escutando a voz do int rprete a consulta com o paciente e ele merece aten o Depois do teatro n s conversamos com uma fonoaudi loga e com a coordenadora do N cleo de Orienta o Sa de do Surdo do INES A fonoaudi loga nos contou como o treinamento da voz dos surdos e como eles percebem pelo movimento da boca e pela vibra o como s o os sons para formar uma palavra Elas tamb m nos contaram sobre a educa o dada no INES quest es ligadas a HIV e adolesc ncia tipos de surdez como o desenvolvimento de crian as ouvintes em uma fam lia surda e tamb m responderam nossas curiosidades 182 Al m disso tiramos muitas d vidas com a Vanessa ela nos falou sobre a vida dela sobre o tr
17. pelo fato de algu m usar cadeira de rodas ou vendas e bengala por um determinado per odo isto daria a ela a no o do que ter uma incapacidade No m ximo afirma simularia a instala o de uma incapacidade quando as pessoas ainda n o desenvolveram estrat gias para lidar com a nova situa o A autora que apresenta defici ncia visual diz que tanto ela quanto seus amigos com a mesma defici ncia n o consideram dif cil encher um copo com gua ou se locomover Ainda mais a simula o n o daria conta da experi ncia real por exemplo de uma tetraplegia com a falta de equil brio perda de sensibilidade e disfun o urin ria nem das dificuldades sociais e psicol gicas pelas quais as PCD passam como o efeito da pobreza desemprego falta de acesso a educa o de qualidade e barreiras atitudinais V rias das estrat gias apresentadas acima contam de forma cada vez mais frequente com a participa o de pessoas com defici ncia seus familiares e cuidadores Participa o de Pessoas com Defici ncia na forma o de futuros m dicos As PCD seus familiares e cuidadores v m participando de atividades de ensino variadas palestras pain is oficinas aulas e experi ncias pr ticas discuss es em pequenos grupos e avalia o do impacto dessas atividades nos conhecimentos habilidades e atitudes de estudantes de medicina em rela o as PCD atrav s da simula o de anamnese e exame f sico No final da d cada de
18. postura tica respeitosa e destreza t cnica na inspe o apalpa o ausculta e percuss o com precis o na aplica o das manobras e procedimentos do exame f sico geral e espec fico considerando a hist ria cl nica a diversidade tnico racial de g nero de orienta o sexual lingu stico cultural e de pessoas com defici ncia 46 CAP TULO III DOS CONTE DOS CURRICULARES E DO PROJETO PEDAGOGICO DO CURSO DE GRADUA AO EM MEDICINA Art 23 Os conte dos fundamentais para o Curso de Gradua o em Medicina devem estar relacionados com todo o processo sa de doen a do cidad o da fam lia e da comunidade e referenciados na realidade epidemiol gica e profissional proporcionando a integralidade das a es do cuidar em sa de contemplando VII abordagem de temas transversais no curr culo que envolvam conhecimentos viv ncias e reflex es sistematizadas acerca dos direitos humanos e de pessoas com defici ncia educa o ambiental ensino de Libras L ngua Brasileira de Sinais educa o das rela es tnico raciais e hist ria da cultura afro brasileira e ind gena Sem d vida essas inclus es representam um avan o para a inclus o do tema Defici ncia nos cursos de gradua o em medicina A Inclus o da Aten o Sa de das Pessoas com Defici ncia nos Cursos de Medicina Atrav s da Pesquisa A Inclus o da Aten o Sa de das Pessoas com Defici ncia nos Curr culos de Medicina foi tra ado
19. rio que os pais surdos chamem algu m que saiba a Libras L ngua Brasileira de Sinais ou familiares para acompanh los portanto n o tem acessibilidade comunicacional A Libras a l ngua materna da popula o surda brasileira e sei muito bem que pouqu ssimas pessoas sabem esta l ngua afinal s foi reconhecida oficialmente em 2002 sob a lei 10 436 como a segunda l ngua oficial do pa s embora j existisse h s culos Dependendo do m dico eu sou obrigada a chamar minha m e ou minha sogra para me acompanhar e traduzir o que o m dico fala contudo com alguns m dicos me viro sozinha pois j estou acostumada com a sua articula o e tenho boa habilidade de leitura labial mas vale lembrar que essa habilidade n o acontece com todos os sujeitos surdos Por exemplo ir ao consult rio de ginecologia vou sozinha numa boa porque a comunica o entre eu e a m dica boa no caso de n o conseguir me comunicar muito constrangedor que algu m me acompanhe numa situa o onde me exponho falando de coisas ntimas e muito pessoais A Conven o Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia que est acima de qualquer lei exige que tenha acessibilidade para todos e em todas as reas inclusive na sa de Ent o as a es que o Instituto de Sa de Coletiva ISC executa em parceria com o N cleo de Orienta o Sa de do Surdo NOSS do Instituto Nacional de Educa o de Surdos INES v o ao encontro dos princ
20. vis o antiga vis o atual de perceber as pessoas com defici ncia e comparar os resultados das an lises procurando identificar se ocorreram diferen as significativas Participaram da investiga o 57 estudantes do segundo per odo da disciplina Trabalho de Campo Supervisionado B TCSI B sendo 36 do primeiro semestre de 2005 e 21 do segundo semestre e 79 estudantes do quarto per odo da disciplina Psicologia M dica Il sendo 28 do segundo semestre 240 letivo de 2005 e 51 do primeiro semestre de 2006 A inclus o do tema Defici ncia na disciplina Psicologia M dica Il ficou restrita a esses dois semestres Descri o das atividades apresentadas por disciplina em cada semestre letivo Trabalho de Campo Supervisionado B 2005 1 semin rio de conclus o da disciplina com dura o em torno de quarenta e cinco minutos Forma de apresenta o exposi o oral com aux lio de slides em Power Point v deo editado pelo grupo respons vel pela apresenta o com imagens de pessoas com defici ncia em v rias atividades v deo produzido pelo grupo demonstrando posturas positivas e negativas da sociedade que interferem com o dia a dia das pessoas com defici ncia Conte do esporte adaptado tecnologia a servi o das pessoas com defici ncia arte e defici ncia acessibilidade legisla o espec fica dados estat sticos reabilita o verdades e mitos doen as que podem levar a defici ncias tipos e custo de pr teses
21. 80 S C Duckworth 1988 acreditava que alguns profissionais poderiam se sentir amea ados com as propostas de engajar PCD na educa o m dica acerca de aspectos n o m dicos ou psicossociais da incapacidade mas que esses problemas precisariam ser solucionados Paula M Minihan e cols acreditam que os programas de treinamento devem incluir um contato positivo substancial entre os estudantes e PCD percebidas como capazes e agrad veis para que 52 atitudes negativas em rela o a PCD profundamente arraigadas sejam afetas de modo significativo Minhan et al 2011 Participa o de Pessoas com Defici ncia como palestrantes ou coordenadores de oficinas O Departamento de Psiquiatria da St George s Hospital Medical School Universidade de Londres desde o in cio da d cada de 80 tem como parceira a Strathcona Theatre Company formada por atores com defici ncia intelectual principalmente com S ndrome de Down Atores desta Companhia coordenam oficina com t cnicas para quebrar o gelo e m micas Hall amp Hollins 1996 Na Escola M dica da Universidade da Carolina do Sul Graham et al 2009 desde 2006 realizam um nico encontro com noventa minutos de dura o dirigida a todos os estudantes do terceiro ano no internato em Medicina da Fam lia Os semin rios focam a incapacidade como uma caracter stica demogr fica condi es m dicas e considera es secund rias em consultas t picas em aten o prim ria Abordam l
22. Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF v 0 n 0 p 5 dez 2004 Se o 1 Lei n 12 764 de 27 de dezembro de 2012 Di rio Oficial da Uni o Bras lia DF 28 de Dezembro de 2012 P g 2 Se o 1 Lei no 11 126 de 27 de junho de 2005 Di rio Oficial da Uni o Bras lia DF 28 de junho de 2005 p 1 Dispon vel em HTTP legislacao planalto gov br legisla legislacao nsf Viw Identificacao lei 2011 126 2005 0penDocument Acesso em 19 de maio de 2015 Minist rio do Desenvolvimento Social Benef cio de Presta o Continuada Dispon vel em www mds gov br assistenciasocial beneficiosassistenciais bpc beneficio de prestacao continuada bpc Acessado em 23 05 2015 Minist rio da Educa o Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Gradua o em Medicina Resolu o CNE CES 3 2014 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 23 de junho de 2014 Se o 1 pp 8 11 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Aten o B sica PMAQ Dispon vel em http dab saude gov br portaldab cidadao pmag2 php conteudo entenda pmag Acessado em 23 05 2015 Minist rio da Sa de Sa de sem Limite Manual de Ambi ncia dos Centros Especializados em Reabilita o CER e das Oficinas Ortop dicas Orienta es para Elabora o de Projetos 266 Constru o Reforma e Amplia o 2013 Dispon vel em
23. Eu tenho essa cadeirante em vez de ela vir ao posto a gente tem essa possibilidade como m dico de fam lia de ir casa dela Se ela precisa de algum material ou fazer algum curativo a gente procura ir casa dela pra gente tentar suprir essa dificuldade que ela tem de sair de casa A gente tem um outro paciente que tem doen a neurol gica que tamb m cadeirante e a gente sempre vai casa dele Quando precisa coletar sangue a auxiliar vai casa dele A gente tenta evitar o deslocamento dele porque s vezes um idoso ou n o tem algu m pra trazer Nossos pacientes surdos mudos e cegos a maioria das coisas eles entendem porque a gente tenta falar devagar alguns deles escrevem tem um que sabe escrever e ficam apontando A gente tenta estabelecer alguma comunica o E quando tem algum familiar m e irm o primo ele vem junto pra tentar ajudar a gente Eu tentei usar gestos mas se tivesse um curso pra aprender Libras seria melhor De repente se tivesse um int rprete em cada unidade Os m dicos entrevistados conhecem os seguintes centros de reabilita o Instituto Pestalozzi 5 Associa o de Pais e Amigos dos Excepcionais 2 Associa o Fluminense de Reabilita o 6 Associa o Brasileira Beneficente de Reabilita o 2 Rede Sara 1 Instituto Oscar Clark 1 Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos 1 Quatro m dicos informaram j ter encaminhado pacientes a centros de r
24. L ngua de Sinais adotando uma posi o claramente oralista referindo se apenas a pr teses auditivas e ao implante coclear No Manual Ilustrado consta que a fam lia deve receber orienta o sobre os benef cios aos quais t m direito institui es volunt rias de apoio etc Essa orienta o s poder ser posta em 230 pr tica se o estudante conhecer a legisla o pertinente do seu pa s centros de reabilita o e as institui es que trabalham no apoio a este grupo de pessoas Estas informa es poderiam chegar aos m dicos durante sua gradua o o que nem sempre ocorre O tratado de Pediatria traz outras contribui es a este tema 1 a influ ncia de fatores como intelig ncia condi o cl nica ou f sica incluindo s ndromes associadas apoio da fam lia idade de in cio e idade na poca do diagn stico e dilig ncia da interven o afetam o impacto da surdez sobre a crian a 2 o risco de n o identifica o da defici ncia auditiva em crian as que respondem a sons ambientais 3 que o tratamento auditivo e as escolhas sobre o modo de comunica o e educa o para crian as com defici ncia auditiva devem ser individualizados pelo fato dessas crian as n o constitu rem um grupo homog neo O livro de Otorrino dentro ainda da vis o oralista de d cadas atr s informa que o professor da escola especial quem ensinaria a crian a a fazer a leitura labial e a se oralizar Isto acontecia quando as profe
25. Sinais no segundo semestre de 2014 no encontro anterior ao que o grupo teria com Luciane dois int rpretes da UFF tamb m simularam anamnese com os alunos traduzindo para Libras o que eles queriam perguntar ao paciente Ao final do encontro os estudantes fizeram perguntas sobre a profiss o de int rprete 186 Treinamento com simula o de consulta Mauro de Oliveira int rprete de Libras faz o papel de paciente surdo e a aluna de TCSI B do 2 semestre de 2014 Agatha Evelin Campelo Silva de Lima o papel da m dica enquanto os outros alunos e Jaqueline S Ferreira tamb m int rprete da UFF observam Aluna Giovanna Rodrigues Teixeira de Oliveira 2 semestre de 2014 Em sala discutimos e aprendemos sobre a surdez em seus aspectos gerais mas demos nfase ao atendimento m dico de pessoas surdas e ao uso de Libras Desse modo treinamos uma s rie de sinais para que posteriormente simul ssemos atendimentos m dicos Recebemos a visita de dois int rpretes da UFF a Jaqueline e o Mauro que simularam consultas m dicas nas quais atend amos pacientes surdos A atividade foi enriquecedora e tamb m complicada mas com o passar do tempo e em novas simula es fomos nos sentindo mais confort veis com a situa o e preparados para tentar entender e nos comunicar melhor fosse pela Libras ou por m mica Percebi que os int rpretes faziam os sinais mais devagar para que pud ssemos tentar entender o que diziam mas
26. a ades o de postagem dos novos alunos de TCSI B e mesmo de alguns alunos do grupo que o criou Disciplina Trabalho de Campo Supervisionado B A disciplina se constr i na busca da diversifica o de cen rios de ensino aprendizagem a partir de articula es com as disciplinas te ricas dos dois primeiros per odos com o campo de pr tica das profiss es da rea da sa de e com o desafio de tecer uma rede de saberes centrada no aprendizado te rico pr tico Objetivos Promover o contato com espa os de viv ncias do ato de cuidar destacando se as dimens es humanas culturais sociais e pol ticas Observar como a integralidade da aten o sa de se realiza em cada campo cotidiano saberes e pr ticas do cuidado acolhimento e responsabiliza o v nculo interinstitucionalidade autonomia do usu rio e resolutividade Ementa Dimens o humana do ato de cuidar Constru o de redes sociais solidariedade A es de solidariedade em sa de Humaniza o da atua o em sa de Experi ncias singulares de integralidade da aten o sa de Tema do grupo Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia Preceptora Luiza Santos Moreira da Costa Objetivo que ao longo do semestre os estudantes tenham 110 Apreendido os sentidos de integralidade Ruben Mattos e sejam capazes de aplic los em rela o aten o da pessoa com defici ncia Valorizado o cuidado na promo o da qualidade de v
27. a roda da cadeira travasse e exigia sempre um esfor o maior do cadeirante J a falta de rampas tirava o direito da pessoa com 194 defici ncia de se locomover sozinha necessitando sempre de aux lio para subir e descer as cal adas Mas algo realmente marcante foi o olhar e a disponibilidade das pessoas em ajudar Enquanto a J ssica andava de cadeira de rodas combinei de ficar de longe apenas observando e percebi que chamou muito aten o o fato de ser uma jovem na cadeira de rodas Todos paravam o que faziam e olhavam No momento em que ela entrou em uma loja percebi que uma vendedora que provavelmente estava na vez de atender passou para outro cliente e n o deu aten o a cadeirante Mas no geral todos foram prestativos Enquanto andei pelas ruas de Niter i na cadeira de rodas sempre as pessoas se ofereciam para ajudar a subir e descer das cal adas mas elas n o sabem a melhor maneira de fazer isso Todos sentiam inseguran a na maneira de conduzir a cadeira e n o deixar o cadeirante cair Portanto essa viv ncia foi importante para sentirmos na pele as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com defici ncia e olharmos de maneira mais cr tica a pequenos detalhes que fazem a diferen a na vida dessas pessoas como rampas nas cal adas e sinaliza es sonoras ou no ch o Aluna Dayanna de Oliveira Quintanilha 1 semestre de 2011 No dia 24 de mar o de 2011 nosso grupo de TCS teve sua primeira Viv ncia Ela ocorreu
28. a sa da de v rios profissionais surdos do NOSS e eu deixar de ministrar aulas nessa disciplina tentamos desenvolver a mesma atividade nos grupos de TCSI o que se mostrou invi vel Entretanto no 2 semestre de 2013 ao inv s de Luciane quem participou da atividade foi Vanessa Miro Pinheiro do N cleo de 180 Orienta o Sa de do Surdo do INES acompanhada da professora Regina C lia do Nascimento Almeida Essa atividade foi realizada em conjunto com outros grupos da disciplina Trabalho de Campo Supervisionado l Vanessa e a professora Regina C lia com o aluno Igor Melo de Almeida preparando a simula o de atendimento m dico para o grupo de TCSIB do 2 semestre de 2013 181 Relat rio de campo Aluna Isadora Almeida Ferreira 2 Semestre de 2013 Na quinta feira passada conhecemos um pouco mais sobre defici ncia auditiva com a presen a da Vanessa que perdeu a audi o por ter tido meningite ainda beb e representante do INES Instituto Nacional de Educa o de Surdos Partilhamos essa experi ncia com os grupos de HIV AIDS e Adolesc ncia e al m disso contamos com a participa o de dois int rpretes que nos ajudaram com a comunica o em libras com a Vanessa Fizemos uma dramatiza o que achei muito interessante Simulamos uma consulta entre um m dico que n o sabe libras e um paciente surdo a Vanessa fez o papel da paciente surda querendo saber como prevenir uma gravidez e alguns de n s o
29. aspectos da vida Acesso em igualdade de oportunidades com as demais pessoas ao meio f sico ao transporte informa o e comunica o inclusive aos sistemas de tecnologias da informa o e comunica o bem como a outros servi os e instala es abertos ao p blico e de uso p blico tanto na zona urbana como na rural Resende e Vital 2008 p 138 Cabe aqui um par nteses No Brasil na rea da Defici ncia considerada com autonomia a pessoa que consegue realizar atividades sem o aux lio de terceiros embora 23 ainda sujeita cria o de condi es pelo meio ambiente e contexto social e de independente aquela que toma decis es sobre sua vida sem pedir autoriza o a algu m ou a alguma institui o Paula 2008 Uma pessoa pode ter muito pouca autonomia para se alimentar mas independ ncia para decidir quando onde e o que comer Assim embora o Artigo 9 da Conven o fale em viver de forma independente deve se ler aut noma Esta troca de significados vem de encontro aos princ pios dos Centros de Vida Independente Sassaki 2004 p 4 24 1 As PCD que sabem quais s o as suas necessidades para terem uma melhor qualidade de vida 2 Suas necessidades s o vari veis como as de qualquer ser humano e por isso s podem ser atendidas por uma variedade de servi os e equipamentos 3 A autonomia a condi o de dom nio da pessoa sobre o ambiente f sico e humano 4 A tecno
30. at o Niter i Shopping O trajeto n o curto s o algumas quadras sem contar que as condi es das cal adas n o s o boas e no dia fazia muito calor Isto podemos dizer que conseguimos mimetizar um dia de condi es adversas para simularmos como a locomo o de cegos e cadeirantes na cidade Dividimos as duplas ainda no Plaza e iniciamos a viv ncia Eu fui com a Isadora e comecei a atividade guiando enquanto ela andava vendada Logo nos primeiros passos percebi como importante que a pessoa que est guiando passe a sensa o de seguran a e d as informa es detalhadas pois not vel o conforto da pessoa que est sendo guiada quando isso ocorre Durante nosso trajeto n o passamos despercebidas foram as mais variadas rea es A primeira intera o foi com um 197 vendedor ambulante que veio ao nosso encontro falando Ah olha aceguinha tadinha Vem c ceguinha segura essa tartaruguinha Ele levou at a m o da Isa uma tartaruguinha e nesse momento pude ver uma rea o de total desespero por parte da Isa ela repetia N o n o n o Eu tenho medo Por mais que eu dissesse pra ela ficar calma ela estava bem agitada e tirou a venda Esse epis dio foi interessante pois representou com muita verdade a vulnerabilidade que se instaura quando se perde o sentido da vis o Quando explicamos para o senhor que ela n o era cega e que aquilo se tratava de uma atividade da faculdade ele demonstr
31. com seu filho e estimular para que essa fam lia aprenda a l ngua de sinais pois muito dif cil para a crian a crescer em um ambiente ouvinte e n o conseguir se comunicar Outro ponto digno de ser ressaltado a import ncia de um trabalho multiprofissional pois algumas pessoas encaram a pessoa com defici ncia como se fosse um doente e precisasse apenas de m dico mas sabemos da n o veracidade desse pensamento Tais pessoas precisam de professores terapeutas terapeutas ocupacionais psic logos e v rios outros profissionais capazes de contribuir para sua independ ncia e autonomia 76 Juntamente a esse fato sabemos da import ncia desses profissionais serem capacitados Isso ficou evidente no INES Fiquei impressionado com o fato da maioria dos profissionais saber a l ngua de sinais Seria il gico tamb m que profissionais que prestam servi os a pessoas com defici ncia auditiva n o soubessem se comunicar com eles mas infelizmente sabemos que isso acontece e pude verificar isso na minha pr pria cidade Achei tamb m interessante o fato de sempre ter uma pessoa com defici ncia auditiva acompanhando as aulas para apontar os pontos fr geis da comunica o do professor com os alunos pois ningu m melhor que eles pr prios para falarem os pontos a serem mudados uma vez que a primeira maneira de se comunicar dos professores em sua maioria atrav s l ngua oral Por fim volto a salientar que o importante para consegui
32. das visitas programadas promovendo contato com os profissionais acad micos e a clientela poss vel observar a transforma o do olhar de cada aluno quando em contato com uma realidade completamente diferente aos olhos at ent o insens veis Quando ent o se constata pelo relato ao t rmino das visitas um discurso sens vel e verdadeiro e construtor de um aprendizado para al m da t cnica um ensinamento de vida Com certeza o trabalho desenvolvido ao longo desses anos produziu muitos frutos de sensibiliza o quanto ao olhar da defici ncia e a qualidade da aten o da assist ncia prestada a essa popula o Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos Relat rios do campo Aluna Patr cia Cristina Magalh es 1 Semestre de 2011 Ter a feira dia 29 de mar o foi nossa visita a AFAC 117 Foi feita uma divis o de pequenos grupos para iniciar a visita aos setores da associa o Meu grupo teve como primeiro setor a Cozinha onde exercitado o que se chama de atividades de vida di ria Acompanhamos a sess o de um paciente que ficou cego h tr s anos Antes de perder completamente a vis o ainda foi submetido a tr s cirurgias mas por causa das complica es por ser diab tico acabou ficando totalmente cego Ele sempre gostou de cozinhar em casa e isso se tornou bastante complicado depois da defici ncia visual Durante a sess o ele estava sendo ensinado a fatiar verduras sem se cortar No setor da cozinha o paciente
33. de 2006 interagindo com os atores N o foi feito registro fotogr fico ou relat rio destas atividades Por mudan a no local e hor rio de ensaio deste grupo estes acabaram coincidindo com outras aulas dos alunos A foto abaixo registra uma participa o de parte do grupo ap s o t rmino do per odo letivo A aluna Maria Clara Sim es da Motta Telles Ribeiro do grupo do 2 semestre de 2013 participa de ensaio com Pedro Petrucio M Azevedo Rita de C ssia Crispim de Azeredo Bruno Gomes da Silva atores do Grupo Teatro Novo Coment rio de Rubens Emerick Gripp diretor do Teatro Novo O Grupo Teatro Novo um grupo de teatro formado por atores com defici ncia intelectual em sua maioria pessoas com a S ndrome de Down que na fun o de atores e produtores de cultura exercem influ ncias significativas no imagin rio coletivo dos espectadores A compreens o da trajet ria do Grupo vem sensibilizando o p blico sobre o potencial das pessoas com defici ncia intelectual atrav s do teatro o que tem gerado uma mudan a de olhar sobre 149 este ator deficiente intelectual e sua capacidade de fazer arte quebrando o estigma de que pouco se pode fazer ou de que nada h que se aprender com ele Amor solidariedade e Arte s o palavras chaves que ficam na compreens o do p blico ap s assistirem ao trabalho do Grupo Teatro Novo Seu diretor Rubens Emerick Gripp criou o Grupo Teatro Novo em 1999 depois de uma experi ncia de mai
34. de medicina as pr prias pessoas com defici ncia A experi ncia de Wells e cols 2002 indica que quando a PCD participa dos cursos enquanto professor a os alunos reconhecem o que vem a ser expertise da PCD e a ideia de parceria Esse ensino passou a se chamar Estudos sobre Defici ncia Explora o impacto da defici ncia na autoimagem acesso desigual ao poder e recursos Leva os estudantes a compreender que a defici ncia interpretada atrav s das lentes de um corpo vivo que est inserido e moldado por for as culturais ontol gicas e econ micas Campbell 2009 Os Modelos M dico e Social embora conflitantes n o s o opostos Cada um atende uma dimens o diferente de um objetivo comum assegurar tima funcionalidade e qualidade de vida para as PCD Couser 2011 Hoje fala se do Modelo Biopsicossocial que reconhece que as PCD podem se beneficiar do cuidado m dico da reabilita o e outros servi os correlacionados assim como a acessibilidade em todos os seus dom nios deve ser garantida O Modelo das Minorias uma variante do paradigma social sugere que algumas diferen as patol gicas na apar ncia deveriam ser aceitas como v lidas Um exemplo seria o dos Surdos que se consideram minoria lingu stica Estudos sobre Defici ncia Estudos sobre Defici ncia seria a tradu o no ensino m dico do Modelo Social de Defici ncia N o se trata de um treinamento 37 em sensibiliza o ou em ser politicam
35. dimento com a participa o de atores com defici ncia por exem plo no 7 e 8 per odos visitas a campos antes do 6 per odo Os conte dos foram agrupados nas categorias Conhecimentos Habilidades e Atitudes Esta foi a quest o de maior dificuldade na pesquisa pois muitas propostas se confundiam e se encaixavam em mais de uma categoria Mas atrav s de discuss es e com base em artigos pesquisados foi poss vel uma adequada separa o e organiza o 1 Conhecimento Introdu o L ngua Brasileira de Sinais Mecanismos fisiol gicos peculiaridades das PCDs Quest es psicol gicas como dar a not cia motiva o superprote o da fam lia defici ncia e psiquiatria Aspectos cl nicos e cir rgicos da aten o sa de das PCDs Particularidades do tratamento de PCDs Acessibilidade Papel dos profissionais n o m dicos fisioterapeutas terapeutas ocupacionais fonoaudi logos e outros na equipe de sa de Conte dos que aprenderam em TCSI A e TCSI B Comunica o alternativa Inclus o das PCDs na sociedade Reabilita o Informa o sobre surdocegueira e pacientes ostomizados Pr natal de mulheres com defici ncia motora T cnicas de detec o precoce de c ncer de mama em cadeirantes Diagn stico e manejo de infec o urin ria em pessoas com defici ncia motora Diferen a entre pessoas que apresentam uma defici ncia h muito ou pouco tempo Os v rios tipos de defici ncia Conhecer os Centros de
36. e c ncer em pessoas com defici ncia intelectual WHO 2011 O diagn stico de doen as presentes na popula o em geral pode ser mais dif cil em pessoas com les o medular devido destrui o das vias aferentes para dor na medula espinhal podendo os sintomas habituais associados a doen as cl nicas estar ausentes Promo o da Sa de Preven o de Doen as em Pessoas com Defici ncia Presun es sobre defici ncia s o com frequ ncia perigosas podendo amea ar a sa de Isto presumindo que as PCD n o s o sexualmente ativas os m dicos podem exclu las da informa o sobre sa de ou screening para doen as sexualmente transmiss veis c ncer c rvico uterino e HIV Shakespeare et al 2009 Estudo nacional realizado nos Estados Unidos WHO 2011 mostrou que os cl nicos perguntavam com menos frequ ncia a mulheres com limita es funcionais sobre uso de contraceptivos Mulheres com defici ncia realizam menos exames para detec o de c ncer de mama e c rvico uterino quando comparadas com mulheres sem defici ncia e homens com defici ncia menos exames para detec o de c ncer de pr stata WHO 2011 O mesmo relat rio cita uma investiga o do Reino Unido que observou que pessoas com defici ncia intelectual e diabetes t m seu peso checado com frequ ncia inferior aquelas apenas com diabetes 20 d Considerar a expertise da pessoa que convive h tempos com sua defici ncia De acordo com
37. http portalsaude saude gov br index php oministerio principal secretarias sas saude da pessoa com deficiencia Acessado em 28 de maio de 2015 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes de aten o reabilita o da pessoa com traumatismo cranioencef lico Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2018 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes de Aten o Pessoa com Paralisia Cerebral Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2013 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes de Aten o Reabilita o da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2018 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes de A
38. imagens que tentem traduzir situa es foi uma das primeiras coisas que passou pela minha cabe a Mas isso se torna muito complicado Escrever palavras tamb m pois a alfabetiza o de pessoas com defici ncia auditiva ainda soa um pouco estranho pra mim Fico pensando em como deve ser dif cil saber distinguir os fonemas sem ouvir os sons Mas pra isso surgiu a Libras que em minha opini o a melhor forma de comunica o entre essas pessoas Infelizmente posso dizer que tive pouqu ssimo contato com essa l ngua Quando era pequena tinha uma amiga cuja av era uma pessoa com defici ncia auditiva Aprendi alguns s mbolos e o alfabeto Por m havia esquecido praticamente tudo quando tivemos o primeiro contato com a l ngua nas aulas E somente n o esqueci dessa forma de comunica o porque em alguns instantes na televis o aparece o quadrinho com a tradu o simult nea para Libras O que pensando agora depois dessa viv ncia deveria ser obrigat rio 96 Mesmo com os aparelhos de televis o podendo mostrar legendas do que est acontecendo nem sempre essas pessoas sabem o portugu s Pior ainda quando n o tem legendas j que a leitura labial al m de haver menos pessoas que possuem essa capacidade se torna inacess vel em algumas cenas onde n o aparecem os l bios das pessoas Nunca havia pensado na possibilidade de uma pessoa com defici ncia auditiva gostar de cinema e n o gostar de teatro Nunca havia passado pel
39. lt lt rA Kow Ap a PAN DV Inclus o no curso m dico 4 a Aten o Integral Sa de q das Pessoas com Defici ncia na Inclus o no curso m dico Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia Luiza Santos Moreira da Costa Rio de Janeiro 2015 E H P Comunica o Editora FICHA CATALOGR FICA Inclus o no curso m dico Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia COSTA Luiza Santos Moreira da Rio de Janeiro outubro de 2015 278 p ginas HP Comunica o Editora ISBN 7576 Medicina e Sa de CDD 610 COPYRIGHT Luiza Santos Moreira da Costa luiza costa psi o gmail com Editor Paulo Fran a Ilustra o da capa tape aria Renascer de Virg nia Vendramini ISBN 978 85 7576 201 1 CONSELHO EDITORIAL Dr Jos Pedro Sarmento de Rebocho Lopes Universidade do Porto Dr Jorge Fran a M otta Centro Universit rio Augusto M otta Dr Maria Jos Carvalho Universidade do Porto Dr Roberto Ferreira dos Santos Universidade Salgado de Oliveira E Direitos desta edi o reservados autora conforme contrato com a Editora E proibida a reprodu o total ou parcial desta obra sem autoriza o expressa da mesma Inclus o no curso m dico Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia Rio DE JANEIRO OUTUBRO DE 2015 HP Comunica o EDITORA TEL 0 xx 21 3393 4212 97202 6940 jornalocorreio20100 gmail com N o foi poss vel obte
40. na forma o destes alunos e no conhecimento dos mesmos em rela o s pessoas com defici ncia pois a Dra lone uma profissional do mais alto gabarito e com larga experi ncia neste campo Esta pr tica deveria ser realizada por todas as Universidades e em todos os cursos de ci ncias humanas pois traria um ganho excepcional na forma o dos formandos Gostar amos que as visitas fossem mais constantes e se poss vel durassem o dia inteiro pois os alunos poderiam acompanhar nosso trabalho e vivenciar experi ncias de relacionamento com PCDs durante todo o per odo e inclusive no hor rio de almo o 126 Instituto Nacional de Educa o de Surdos Grupo de alunos do 2 semestre de 2007 no Instituto Nacional de Educa o de Surdos com Paulo Andr Martins de Bulh es e Renata Carvalho Rocha do N cleo de Orienta o Sa de do Surdo Todos fazendo o sinal do n mero cinco Grupo de alunos na frente das escadarias do INES com a fonoaudi loga T nia no 1 semestre de 2006 127 Aluna Danielle Calil de Sousa 1 semestre 2011 No dia 14 de abril o meu grupo do Trabalho de Campo Supervisionado visitou o INES Instituto Nacional de Educa o de Surdos no Rio de Janeiro O objetivo da visita era compreender e observar o trabalho desempenhado pelos profissionais de sa de para reabilita o de pessoas com surdez O INES foi um campo interessante para mim a partir do momento que pude notar modos de reabili
41. nem por isso a atividade se 187 tornava mais f cil Vimos que apesar da comunica o por Libras ser importante para estabelecer um di logo com os surdos ela n o fundamental uma vez que nem todos que possuem essa defici ncia a utilizam As pessoas com surdez s o diferentes entre si podendo haver surdos oralizados os que se comunicam por Libras analfabetos entre tantas outras diferen as em rela o comunica o Desse modo ramos incentivados a tentar atender aqueles pacientes com os recursos que t nhamos tarefa nem sempre f cil Os int rpretes tamb m nos contaram um pouco sobre suas experi ncias profissionais na rea e sobre os obst culos que as pessoas com surdez enfrentam destacando sobretudo situa es de atendimento m dico Com muita paci ncia nos ensinaram novos sinais e nos proporcionaram uma prazerosa pr tica Essa atividade al m de divertida e enriquecedora nos deu uma melhor vis o sobre a realidade dos surdos suas necessidades e sobre como devemos proceder diante de tal situa o Al m de nos mostrar a necessidade da Libras para muitos surdos nos ensinou que o importante tentar a comunica o e di logo pelo m todo que fosse buscando sempre uma escuta ativa para melhor ajuda los Atividades que ocorreram em apenas em um semestre Evento Eu e o Outro no Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro No dia 18 de maio de 2010 o grupo de alunos de TCSI B particip
42. o dos Direitos da Pessoa com Defici ncia apresenta os princ pios do Desenho Universal Brasil 2015 p 7 e 8 Equipara o nas possibilidades de uso o desenho til e comercializ vel para as pessoas com habilidades diferenciadas Flexibilidade no uso o desenho atende a uma ampla gama de indiv duos prefer ncias e habilidades Uso simples e intuitivo o uso do desenho de f cil compreens o independentemente de experi ncia n vel de forma o conhecimento do idioma ou da capacidade de concentra o do usu rio Capta o da informa o o desenho comunica eficazmente ao usu rio as informa es necess rias independentemente de sua capacidade sensorial ou das condi es ambientais Toler ncia ao erro o desenho minimiza o risco e as consequ ncias adversas de a es involunt rias ou imprevistas M nimo esfor o f sico o desenho pode ser utilizado com um m nimo de esfor o de forma eficiente e confort vel Dimens o e espa o para uso e intera o o desenho oferece espa os e dimens es apropriados para intera o alcance manipula o e uso independentemente de tamanho postura ou mobilidade do usu rio 25 Hoje pessoas cegas que utilizam tecnologia assistiva n o dependem mais de ledores para que tenham acesso informa o Programas ledores de tela permitem o uso aut nomo de computadores Outros programas transformam textos escaneados em edit veis que podem ter
43. o ensino de Libras para os estudantes de medicina deveria existir como at mesmo uma mat ria semestral Aluna Mariana Moura da Silva 1 Semestre de 2013 Dia 27 de junho a turma de TCS recebeu a visita da Luciane uma mulher surda e seu int rprete Ela revisou o alfabeto na forma dos sinais que a professora havia nos ensinados e se apresentou e fez com que a gente nos apresentasse em Libras L ngua Brasileira de Sinais este foi o in cio da nossa dificuldade de comunica o A Luciane explicou a import ncia da comunica o para uma rela o saud vel entre m dico e paciente dando exemplos das consequ ncias da falha da comunica o sendo esses negativos Ela nos ensinou alguns sinais importantes da rea de sa de fazendo nos perceber que sem esse conhecimento provavelmente poder amos falhar ao consultar uma pessoa com defici ncia Al m disso ela me fez lembrar o TCS de envelhecimento porque assim como o idoso a pessoa com defici ncia n o quer depender de algu m para ir ao m dico logo o m dico deve perguntar ao surdo se ele quer a presen a do acompanhante e na hora do atendimento tentar explicar o mais claro poss vel sobre a doen a para a pessoa poder prevenir e se tratar adequadamente Ao final da conversa ela fez uma din mica com a turma na qual ela era a paciente com surdez e cada hora um aluno simulava ser o m dico Na minha vez me senti culpada por n o saber libras porque percebi que poderia n o tr
44. o p blico Sem cerim nia alguma pedi o telefone dele para que entr ssemos em contato e ele afirmou 136 que seremos muito bem recebidos Para fechar o dia ainda conversamos um pouco com os residentes do local que disseram ter inveja da nossa boa vida de universit rios Pode isso Depois de tudo o que eu vie vivi nesse dia n o tinha como n o ficar encantada com o trabalho realizado no Instituto Benjamin Constant Por m dificuldades e empecilhos sempre existem Ao chegar em casa pesquisei um pouco mais a respeito dos rumores que ouvimos sobre o fechamento da escola pelo MEC que o grande mantenedor do instituto Vi que realmente uma das diretoras do MEC havia feito um pronunciamento essa semana dizendo que as verbas seriam redirecionadas em prol da inclus o desses alunos em escolas regulares O pouco que conhe o do Benjamin est limitado a uma tarde de visitas e um pouco de pesquisas na internet mas bvio que as escolas regulares n o apresentam estrutura nem profissionais capacitados para receber essas crian as Fica atriste impress o de que o nosso governo est despreparado para lidar com a Educa o e que est for ando uma inclus o que necess ria mas que precisa ser constru da n o imposta Felizmente soube que o MEC voltou atr s em sua decis o mas ser que algo ser feito no sentido de preparar as escolas regulares para a inclus o Fica no ar a quest o Associa o de Pais e Amigos dos Deficient
45. o progressivamente nos sonhos Ele disse que seus sonhos iam ficando cada vez mais escuros as formas imprecisas as pessoas sem rostos A Virg nia que perdeu a vis o muito mais cedo e h muitos anos j n o sonha mais com imagens De acordo com ela todos os seus sonhos se d o como seu cotidiano s com sons tato cheiros Isto indica que os sonhos s o gerados tendo como molde as experi ncias tidas enquanto desperto o que bem revelador sobre a natureza dos sonhos Afinal nessas condi es os sonhos seriam claramente simula es que usam como mat ria prima a mem ria do indiv duo mas n o teria acesso s mem rias mais antigas pois a Virg nia tem ainda mem rias de quando tinha vis o s n o sonha com elas ou ent o perdem os detalhes na mesma medida que as mem rias perdem por n o serem reativadas afinal o Quim ainda sonha com imagens mas como sua mem ria visual n o mais ativada por est mulos visuais ela est se deteriorando e seus sonhos ficando sem imagens por isso Essa segunda hip tese ainda nos deixaria afirmar que os est mulos simulados pelo c rebro durante o sonho n o s o capazes de ativar as redes neurais como est mulos reais e portanto n o servem para consolidar a mem ria como a repeti o de est mulos reais serve afinal se os sonhos servissem para manter a mem ria ativa nenhum dos dois teria perdido nem a mem ria visual nem a nitidez das imagens nos sonhos Al m dis
46. o tamanho da fonte alterado ajust vel s necessidades de uma pessoa com baixa vis o Uma pessoa parapl gica tetrapl gica ou que n o tenha os bra os pode dirigir um carro adaptado Pessoas surdas que n o foram oralizadas podem se comunicar com outros surdos e com ouvintes a dist ncia atrav s da Internet ou de mensagens pelo celular Adultos com defici ncia intelectual que at relativamente pouco tempo eram segregados em institui es ou em escolas especiais agora estudam em escolas regulares trabalham namoram e se casam algo impens vel tempos atr s E h os que n o se casam por op o Cadeirantes que n o dirigem por n o ter recursos para a compra de um carro ou porque n o conseguem tocar a pr pria cadeira de rodas Assegurar a igualdade de oportunidades s pessoas com defici ncia significa ir al m da preven o de riscos geradores de doen as e morte implementando a acessibilidade Romeu Kazumi Sassaki 2005 aponta seis dimens es da acessibilidade que devem existir em todos os ambientes internos e externos onde qualquer pessoa com ou sem defici ncia tem o direito de circular Acessibilidade Arquitet nica Urban stica Qual seria a interfer ncia da acessibilidade arquitet nica urban stica na aten o sa de das PCD O local de resid ncia em terreno plano ou acidentado n o urbanizado pode dificultar e muito um cadeirante uma pessoa idosa cega ou com baixa vis o a buscar um servi o de s
47. ortop dicas preconceito Trabalho de Campo Supervisionado B 2005 2 semin rio de conclus o da disciplina com dura o aproximada de uma hora e trinta minutos Forma de apresenta o introdu o do trabalho por dois alunos um deles interpretando em Libras L ngua brasileira de sinais o que era falado pelo outro din mica com os presentes em sala estudantes e preceptores para a identifica o do que conheciam e desconheciam sobre pessoas com defici ncia seguindo se as respostas corretas apresenta o do Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos das Pessoas Portadoras de Defici ncia IBDD por seu coordenador de esportes cadeirante Exibi o de judocas medalhistas cegos e com baixa vis o Debate e simula o de luta entre os atletas e aluna da turma apresenta o da Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos ANDEF por sua presidente tamb m cadeirante exibi o do grupo de dan a inclusiva Corpo em Movimento da ANDEF Conte do terminologia correta atividades desenvolvidas por 241 pessoas com defici ncia L ngua Brasileira de Sinais esporte adaptado dan a adaptada Psicologia M dica I 2005 2 atividade com dura o de cerca de tr s horas Forma de apresenta o exposi o de document rios em v deo 1 Do Luto Luta sobre S ndrome de Down 2 Arte da Inclus o entrevista com os artistas pl sticos Marcelo Cunha e Virg nia Vendramini 3 Janela da Alma sele o das entrevista
48. parte do governo que infelizmente n o contribui com a manuten o das atividades Al m disso nos esclareceu sobre as dificuldades enfrentadas pelos alunos que recebem qualifica o na APAE mas que ainda enfrentam muita dificuldade para sua inser o no mercado de trabalho Eles recebem uma bolsa de aux lio financeiro mas se conseguirem um emprego perdem o direito a esta bolsa e como muito dif cil de consegui la eles preferem muitas vezes n o trabalhar j que em v nculo empregat cio n o h estabilidade garantida podendo ser mandados embora a qualquer momento ou simplesmente trabalhar informalmente abrindo m o de seus direitos trabalhistas Infelizmente o m dico que trabalha na institui o n o estava e por isso n o pudemos conhecer melhor seu trabalho Depois do lanche fiquei num outro setor tamb m de artesanato ali eles trabalhavam com reciclagem e acompanhei um homem que estava fazendo el sticos para o cabelo Ele tinha 142 muita dificuldade falava pouco e era quase imposs vel entender o que ele falava Uma coisa curiosa era a compuls o dele por pulseiras al m de ele ter v rias ficava repetindo a palavra pulseira sempre Ent o resolvi ajuda lo e ficamos fazendo juntos o el stico Foi muito gostoso poder participar um pouco do dia deste aluno Neste mesmo lugar outro aluno fazia um cesto muito bonito com jornal Ele era um pouco t mido e falava pouco mas se pux ssemos papo ele respondia e conse
49. passa por v rias etapas desde o reconhecimento do local at mexer no fog o O progresso dele vem acontecendo com rapidez segundo a terapeuta ocupacional j que ele j possu a alguma atividade na cozinha antes de perder a vis o Fizemos o experimento de descascar alimentos de olhos vendados O Fabr cio ficou respons vel por descascar uma cebola Gustavo por descascar uma batata e eu por descascar uma abobrinha Gustavo e eu utilizamos a faca japonesa uma faca muito recomendada para pessoas com defici ncia visual j que o risco de se machucar durante um procedimento desses menor Aterapeuta ainda contou que a maioria dos pacientes sai de l apta a cozinhar sozinha mas que muitas vezes a fam lia tem medo e acaba reprimindo este tipo de atividade em casa No caso daquele paciente a preocupa o maior era morar com os netos que s o pequenos e o medo de que um deles pudesse se machucar O segundo setor que visitamos foi a inform tica onde tivemos acesso ao programa DosVox que se comunica com o usu rio por voz Atrav s dele poss vel acessar qualquer arquivo do computador criar textos jogar e v rias op es de agenda Existe tamb m uma fun o pr pria para treinar o usu rio com o teclado trabalhando com a composi o de palavras No teclado o usu rio deve guiar se pelas teclas f e j que possuem um pequeno relevo como marca o e a partir da identificar as teclas pr ximas O programa tamb m possui fun
50. pios gerais desta conven o divulgando informa o a respeito da Pessoa Surda e aos poucos conscientizado os futuros m dicos Ressalto os princ pios gerais que norteiam a Conven o citados no artigo n 3 a O respeito pela dignidade inerente a autonomia individual inclusive a liberdade de fazer as pr prias escolhas e a independ ncia das pessoas b A n o discrimina o c A plena e efetiva participa o e inclus o na sociedade 185 d O respeito pela diferen a e pela aceita o das pessoas com defici ncia como parte da diversidade humana e da humanidade e A igualdade de oportunidades f A acessibilidade 9 Aigualdade entre o homem e a mulher h O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crian as com defici ncia e pelo direito das crian as com defici ncia de preservar sua identidade Parabenizo a Dra Luiza Costa pelo lindo trabalho que fez ao se preocupar com a acessibilidade de cada deficiente Tor o muito para que esse trabalho cres a bastante e que os profissionais de sa de sejam conscientes das dificuldades e potencialidades da pessoa surda que chega ao seu ambulat rio ou consult rio Uma frase que vi em algum evento me marcou muito A defici ncia n o est nas pessoas e sim nos espa os Atividade com int rpretes tradutores de Libras da Universidade Federal Fluminense Para melhor preparar os alunos para o encontro com Luciane al m da aula sobre Introdu o L ngua de
51. que prefere ir ao m dico acompanhado de sua m e e n o relatou problemas em alguma consulta apenas a situa o do m dico querer conversar com sua m e ao inv s de conversar com ele 100 N o posso me esquecer de comentar que ele professor Sensacional Fiquei encantada com ele tivemos um papo super divertido engra ado Ele muito de bem com a vida e me contagiou Rimos quando ele nos contou que tirava vantagem de sua defici ncia para poder colar em provas e ainda completou falando que tinha que tirar algo bom disso Foi muito legal encontrar com ele mesmo Espero que ele tenha gostado de conversar com a gente tamb m O encontro com o Thiago me mostrou mais uma vez a facilidade que as pessoas t m quando querem se superar quando n o deixam a defici ncia abat las e buscam sempre melhorar o que quer que seja para que sua vida seja tranquila leve e divertida Parabenizo ele pelo seu jeito e principalmente por fazer doutorado em f sica Espero que ele alcance muitas coisas em sua vida tanto pessoal quanto profissional um vencedor e merece isso Aluno Matheus Nascimento da Silva 2 semestre de 2012 Bom eu sou suspeito para falar de qualquer campo ou de qualquer contato com pessoas que n s tivemos porque eu sempre saio muito impactado com tudo o que acontece O primeiro impacto que eu tive foi quando eu vi o carro chegando e eu percebi pelas caracter sticas dele ainda dentro do carro que n s conversar a
52. que queiramos que outros saibam Fernanda realmente algu m fora do normal Foi incr vel saber que a S ndrome de Down n o limitou Fernanda mas Fernanda limitou a S ndrome Foi ela que n o permitiu isso at porque n s bem sabemos que h pessoas e pessoas e Fernanda n o seguiu o padr o que normalmente encontramos pessoas que n o possuem for a de vontade suficiente para superar problemas Eu fiquei impressionado com o vigor f sico as atividades que ela desenvolve At comentei com algu m que eu comecei a fazer exerc cios f sicos nata o especificamente como a Fernanda e o esfor o f sico me ocasionou queda da press o arterial mais de uma vez logo parei com a pr tica do mesmo Isso prova que n o a Fernanda que n o normal eu que n o sou Ela faz coisas que eu n o fa o e isso me serviu para quebrar uma barreira uma grande barreira a barreira do eu que sou o normal porque n o tenho uma limita o de sa de como ela mas a normalidade definitivamente n o pode ser definida dessa maneira Ouvir a m e da Fernanda tamb m foi importante exatamente nos aspectos que tive d vidas enquanto discut amos sobre a SD em sala de aula O aspecto da not cia foi um deles Hoje entendo que como estudante de medicina posso dizer que a nossa forma o deficiente nesse aspecto eu sei que na nossa carga hor ria tem uma disciplina de Psicologia M dica exatamente com o intuito de nos ajudar nessa re
53. ram com a certeza sobre a n o necessidade de invalidez de um portador de paralisia cerebral sendo essas pessoas capazes de produzir elementos importantes para a sociedade basta muitas vezes dar as condi es espec ficas para exercer sua cidadania Encontro com a advogada Patr cia Vaitsman dos Santos Atrav s do Programa Especial conheci a advogada Patr cia Vaitsman dos Santos que havia lan ado em 2001 o livro O Cotidiano de um D Eficiente perguntas e respostas Interessei me pelo livro e fui at sua casa Durante dois semestre a Dra Patr cia se encontrou com alunos de TCSI B para conversar sobre a vida de uma pessoa tetrapl gica e problemas apresentados por quem possui les o medular H alguns anos a Dra Patr cia se mudou para Minas Gerais havendo descontinuidade desse campo 173 174 Encontro do grupo de alunos do 2 semestre de 2006 com Patr cia Vaitsman Grupo do 2 semestre de 2007 em encontro com a Dra Patr cia Vaitsman Desenvolvimento de habilidades de comunica o com pessoas surdas Em uma aula os alunos aprendem que existem m ltiplas formas de comunica o por pessoas surdas leitura labial e fala l ngua de sinais ambas no caso de surdos bil ngues ou m mica e express o facial e corporal no caso de surdos que n o aprenderam o portugu s nem a l ngua de sinais do seu pa s Assistem a entrevistas com pessoas surdas oralizadas em DVD gravadas em pesquisa realizada pela prec
54. rela o pessoa cega uma obstetra informou que dependendo do caso poderia ter alguma dificuldade no atendimento a cegos Na verdade as pessoas cegas s o as que menos requerem uma maior habilidade por parte dos m dicos durante o atendimento No caso da refer ncia a surdos mudos este um termo inadequado uma vez que as pessoas surdas n o s o mudas Elas s o capazes de falar tanto quanto as ouvintes A diferen a que os ouvintes aprendem a falar ouvindo os surdos sentindo atrav s do trabalho realizado por fonoaudi logos N o encaminhamento do paciente a centros de reabilita o ou encaminhamento inadequado porque os m dicos embora tenham ouvido falar n o conhecem de perto os centros de reabilita o e escolas especiais Considerando a aten o integral pessoa com defici ncia o m dico desconhece as particularidades que diferenciam o corpo com e sem defici ncia para a preven o de riscos 252 de surgimento de problemas de sa de evit veis de procedimentos inadequados que podem levar os pacientes com defici ncia at a morte como a disreflexia auton mica no caso de pacientes com les o medular A falta de informa o a respeito da PCD se traduz em repostas vagas e s vezes evitando uma posi o que consideram discriminat ria de olhar a PCD como diferente negam essa diferen a Quando perguntadas se conheciam alguma especificidade do pr natal de mulheres com defici ncia as ob
55. respeito que todo cidad o merece isso a sua obriga o O fato dele dar aulas muito me impressiona porque n s tivemos dificuldades para entend lo e eu imagino alunos tendo aula de f sica que n o nada f cil Contudo acho digno que os alunos dele tenham essa experi ncia Talvez a partir de ent o passem a ter um respeito diferente pelas pessoas com defici ncia possam quebrar a grande barreira imposta por eles mesmos em rela o a essas pessoas E talvez entendam que o fato dele ter uma defici ncia n o o faz ser menos respeitado por isso Ele um professor e est ali exercendo sua profiss o como qualquer profissional N s falamos em sa de e sociedade se eu n o me engano sobre a terapia g nica capacidade de gerar filhos perfeitos em laborat rio Pela minha vis o religiosa isso seria uma afronta vontade de Deus desculpe por usar meu discurso religioso mas por que n o podem nascer pessoas com defici ncia O mundo n o feito de pessoas perfeitas N s mesmos sem defici ncias n o somos perfeitos Ou melhor n s temos defici ncias sim outros tipos que n o comprometem as fun es que a sociedade quer que tenhamos Outra opini o minha que o governo de alguma maneira devia limitar os abusos por parte das ind strias em produzirem material acess vel a pessoas com defici ncia O pre o das cadeiras motorizadas bastante elevado mas ser mesmo que o pre o elevado porque a tecnologia c
56. se a intercalar visitas ao IBC e AFAC ATO Neila ensina aluna do 2 semestre de 2012 vendada a cortar fatia de berinjela 67 Aluno do 2 semestre de 2012 vendado usando bengala de Hoover Relat rio de campo Aluna Ma ra Oliveira Moraes 2 Semestre 2011 Uma das visitas que mais gostei at hoje do TCS foi a visita AFAC Gostei muito do fato da AFAC buscar devolver a autonomia pessoa com defici ncia visual Muitas vezes imaginamos que uma pessoa cega n o capaz de fazer diversas coisas por m na AFAC n s descobrimos que a quantidade de coisas poss veis de serem realizadas por um cego vai muito al m daquilo que antes pens vamos por exemplo na parte da viv ncia na cozinha percebemos que uma pessoa cega capaz de comer e cortar o seu alimento sozinha que ela 68 capaz de descascar uma batata sozinha e capaz at de cozinhar o que nunca imaginei que fosse poss vel ser realizado por uma pessoa com defici ncia sem auxilio de outra pessoa Tanto a parte de Braille e a de Inform tica tamb m s o muito interessantes Elas s o coordenadas por irm os que s o cegos e nesses setores aprendi muitas coisas novas Antes da visita eu s tinha uma ideia b sica do que era Braille mas n o sabia nada de como funcionava esse sistema de leitura para cegos Agora depois de visitar a AFAC eu entendo mesmo que pouco como esse sistema como feita a escrita e como uma m quina de escrever e
57. sica todo mundo ficava perplexo A minha m e teve a mesma rea o e no final ela me disse estou sentindo vergonha Porque ela s tem o Ensino M dio Em termos legais eu fiquei muito curioso sobre a atitude da UFF garantia acessibilidade para ele dentro dos limites da UFF mas fora n o levava em considera o a dificuldade de locomo o at a universidade Isso meio absurdo D o seu jeito para chegar at aqui e aqui n s faremos o que pudermos por voc mais ou menos isso Sim eu sei que faltam recursos MAS ainda assim absurdo Vou confessar o meu sentimento do mal que eu tenho quando vejo uma situa o dessas hoje me d vontade de rir do governo quando se depara com a obriga o de garantir apoio a pessoas com defici ncia Est claro que eles n o d o muita import ncia para isso e eu digo com certeza tomar atitudes a favor dessas pessoas um peso para eles Eles n o o fazem com prazer eles fazem por obriga o errado Claro Eles s o obrigados a garantir igualdade a todos os cidad os Mas convenhamos eles n o querem se deparar com esse tipo de situa o O sentimento que eu tenho do tipo Agora eu quero ver voc s se virarem E aqui eu incluo Thiago passou em um concurso p blico capacitado intelectualmente com certeza ele Governo d o seu jeito de garantir o acesso dele ao local de trabalho 102 adapte o ambiente de trabalho dele para que ele o possa fazer dignamente e com o
58. taquicardia O fator desencadeante pode ser distens o vesical ou intestinal infec o urin ria ou lcera de dec bito abaixo do n vel da les o medular e surgir durante o trabalho de parto Em geral o tratamento consiste na remo o dos est mulos desencadeadores Harisson 2002 A disreflexia auton mica comum no fim da gesta o desencadeada pelo movimento do beb Os sintomas da disreflexia s o os mesmos da eclampsia embora as medidas terap uticas a serem tomadas sejam diferentes A gestante tetrapl gica durante o pr natal deve realizar exames de urina com mais frequ ncia pois as infec es urin rias s o as complica es mais comuns nesse grupo seguida pelas lceras de press o devendo o ganho de peso ser controlado Medicamentos contra dores e espasticidades normalmente consumidos por pessoas que apresentam les o medular devem ter seu uso interrompido por serem teratog nicos Gisele 2008 p 38 Crian as com S ndrome de Down s o 19 hipersens veis atropina assim como a outros medicamentos anticolin rgicos pela defici ncia extrema de acetilcolina em seus organismos Colhone 2011 No caso de pacientes com defici ncia al m dos fatores de risco comuns a todas as pessoas existem as condi es secund rias como osteoporose e trombose venosa profunda em pessoas com les o medular J na comorbidade n o existe essa rela o uma condi o independente Por exemplo hipertens o arterial
59. tipo de recurso que possuir fazer m mica falar articulando bem as palavras escrever de modo simples usar figuras para que possa passar a mensagem de modo adequado necessidade do paciente A ideia de levar surdos para a aula excelente porque imaginar o que o m dico deve fazer durante uma anamnese com um surdo pode ser uma tarefa simples mas ter a oportunidade de praticar isso essencial para uma boa forma o m dica Com as dramatiza es mais do que novas informa es fomos desafiados a aplicar o que hav amos discutido ou o que pens vamos saber Dessa forma fomos obrigados a criar outros mecanismos de comunica o quando o que conhec amos n o foi suficiente situa o esta que acontecer no cotidiano da pr tica m dica Gostei de saber tamb m que n o todo surdo que faz leitura labial Antes pensava que todos eram capazes de faz lo Uma simples consulta m dica sem a devida comunica o acaba sendo desrespeitosa ao paciente al m de ser prejudicial 209 no caso de indica o de como usar o medicamento poder ser entendida da maneira errada Fico feliz por Sa de e Sociedade ter trazido para dentro da sala pessoas reais com problemas verdadeiros ao inv s de propor uma f cil din mica de teatrinho fantoches m mica ou jogo de tabuleiro para imitar o que inevitavelmente ter amos cara a cara Eu nunca tinha tido a oportunidade de debater esses temas diret
60. um panorama dessa inclus o em diversos pa ses Nos Estados Unidos e no Reino Unido as pr ticas tornaram se mais frequentes a partir da d cada de 90 Em 1990 foi lan ado o Americans with Disabilities Act apud Pendo 2010 Em 1998 foi apresentado documento pelo General Medical Council Education Committee que destaca a incapacidade defici ncia e reabilita o como um tema curricular espec fico no ensino m dico da mesma forma que sa de p blica homem em sociedade habilidades de comunica o e outros temas mais cl nicos uma caracter stica constante da condi o humana e para a qual os m dicos deveriam saber atender Costa amp Koifman no prelo Muito mais do que antes as PCD est o vivendo por mais tempo e com uma vida normal Possuem planos de sa de e s o pacientes em potencial de cl nicos gerais e especialistas Entretanto muitos estudantes de medicina ainda 47 se formam com pouca informa o sobre quest es relativas defici ncia e provalvemente um tempo ainda menor interagindo com PCD Long Bellil et al 2011 b Visando alterar o cen rio at aqui apresentado vem crescendo o n mero de experi ncias interessantes nas escolas m dicas australianas americanas do Reino Unido da Africa do Sul e da Cro cia dentre outras buscando incluir temas ligados defici ncia nos curr culos m dicos Em maior frequ ncia eram propostas pontuais situadas em variados per odos do curso Na Univer
61. uma grande capacita o profissional 75 Em nossas discuss es n s at j t nhamos falado sobre aquela pessoa que surda e cega mas eu n o conseguia imaginar nenhuma maneira de estabelecer um contato com aquela pessoa como ensinar qualquer coisa que seja ela por m l pude ter uma ideia melhor de como deve acontecer o contato principalmente dessa crian a que n o pode ver nem falar com o meio externo com a m e e familiares e descobrir que para se comunicar eles precisam sentir usar o tato para ler os sinais que a outra pessoa est fazendo coisa que eu nunca havia imaginado Gostei muito da visita ao INES e fiquei maravilhada com a estrutura que eles possuem e com a organiza o Aluno Bruno da Silva Santiago 2 Semestre de 2011 Nessa ltima quinta feira visitamos o INES Instituto Nacional de Educa o de Surdos e gostaria de salientar tr s pontos interessantes novamente a import ncia do preparo da fam lia para saber como lidar com a pessoa com defici ncia de um trabalho multiprofissional para potencializar os resultados e de profissionais capacitados Ficou claro em todas nossas visitas que a fam lia deve ser orientada diante do fato de um familiar com defici ncia pois perante tal situa o eles ficam perdidos e n o sabem como procurar ajuda ou como lidar com uma pessoa assim No INES n o foi diferente Achei interessante que o primeiro passo deles orientar a m e das crian as como proceder
62. uma pessoa com S ndrome de Down SD ir influenciar na percep o que os pais construir o da crian a que est sendo gerada Por se tratar de literatura estrangeira diz que os pais dever o ent o decidir se levam ou n o a gesta o a termo Embora no Brasil o abortamento nesse caso n o seja permitido por lei sabe se de um n mero significativo deles frente ao diagn stico de SD Quando o diagn stico dado ap s o nascimento apontada a import ncia de grupos de apoio Al m das orienta es acima o Manual Ilustrado de Pediatria acrescenta o cuidado de n o dar um diagn stico falso positivo de SD esperando se a confirma o da suspeita e o aux lio da psicoterapia para que os pais possam lidar com seus sentimentos de decep o dio ou culpa Apenas o Manual Ilustrado de Pediatria em seu cap tulo 26 A Crian a com Necessidades Especiais no item O Servi o Multidisciplinar para o Desenvolvimento Infantil faz men o reabilita o da crian a com defici ncia incluindo a crian a com SD Em 2014 o Movimento Down em parceria com o Observat rio de Favelas do Rio de Janeiro e com o Movimento de A o e Inova o Social lan ou o guia para m es e pais de crian as com S ndrome de Down Tr s vivas para o beb Essa excelente publica o disponibilizada na p gina www movimentodown org br destaca que O acesso informa o faz toda a diferen a na vida de uma pessoa com S ndrome de Down
63. 08 Na Ben Gurion University Faculty of Medicine em Beer Sheva Israel no final do primeiro ano de curso durante uma semana grupos de cinco estudantes se engajaram em diversas atividades aulas e discuss o para embasamento quanto a aspectos m dicos conversas brincandeiras e entrevistas com PCS supervis o encontro com familiares de PCD e viv ncias usando vendas e cadeiras de rodas Cada grupo de estudantes desenvolveu essas atividades em rela o a um tipo de incapacidade cegueira surdez defici ncia intelectual em adultos ou incapacidades na inf ncia No ltimo dia cada grupo apresentou um resumo do que aprendeu em rela o ao tipo de incapacidade Essa atividade tamb m contou com palestrantes com defici ncia Galil Margolis amp Glick 1995 Durante o primeiro ano do programa da University of Buffalo School of Medicine com o objetivo de ensinar estudantes de medicina a cuidar de pessoas com incapacidades foram realizados semin rios em pequenos grupos com pacientes com defici ncia e seus familiares ap s uma aula sobre a hist ria das defici ncias e a sociedade na disciplina Medicina Cl nica Symons et al 2009 Na Tulane University School of Medicine in New Orleans em Louisiana pessoas cegas surdas com defici ncia motora incapacidades ocultas e o pai de uma crian a com defici ncia intelectual participaram como palestrantes O interessante dessa experi ncia que os palestrantes ocuparam as duas fileir
64. Ana foi o contr rio a persist ncia e perseveran a de uma pessoa que conhece seus direitos e quer lutar por eles As din micas de aprendizado no toque da cadeira uma segunda viv ncia como cegos e o desmonte das cadeiras de rodas foram v lidas como experi ncias pr ticas da dificuldade do dia a dia do cadeirante e de uma pessoa que o acompanha O desmonte da cadeira de rodas possibilitou a percep o da variedade de articula o das cadeiras estrutura e forma na ocupa o do espa o salientando a necessidade desse conhecimento para por exemplo auxiliar um cadeirante a guard la seja no carro seja em casa A forma o em pedagogia e seus livros s o as provas que as pessoas com defici ncia s o capazes de desenvolver suas potencialidades e isso ficou bem claro na conversa com Ana 85 Apesar de todos os desafios o reconhecimento da limita o e de sua capacidade intr nseca de transpor obst culos caracterizam sua motiva o O que consegui observar na conversa e visita foi que existe uma grande necessidade por parte de Ana de ser a voz ativa de um mundo t o negligenciado pela sociedade em parte acredito por ser uma caracter stica pessoal comportamento de um individuo perante a sociedade em parte por ela pr pria fazer parte deste grupo e seu entendimento de que diante do desafio n o incomum que a pessoa esmore a e se abstenha do conv vio social Aluno Bruno da Silva Santiago 2 Semestre de 2011 Na nos
65. De mess poverty ht mspradorst Mt cones pues ea a A ENR Cartaz do filme Adam Cartaz do filme Murderball Paix o e Gl ria 104 HIST RIA DO MOVIMENTO POL TICO DAS PESSOAS COM DEFICI NCIA no BRASII Capa do livro Hist ria do Movimento Pol tico das Pessoas com Defici ncia no Brasil Document rio dispon vel em https www youtube com watch v oxscY K9Xr4M Viv ncias nas ruas e estabelecimentos comerciais da cidade de Niter i RJ No primeiro semestre de 2007 o grupo de TCSI A sugeriu realizarmos viv ncias pelo centro de Niter i usando vendas e cadeira de rodas Os alunos sa ram s ruas avaliando a acessibilidade arquitet nica urban stica e atitudinal Em um shopping usaram bengalas e culos escuros para avaliar a rea o dos funcion rios e a habilidade em atender uma pessoa cega Antes de sa rem da loja os alunos revelavam que n o eram cegos parabenizavam a atua o dos profissionais e entregaram um folder com orienta es para quando encontrar uma pessoa com defici ncia Outra aluna simulou ser surda e entrou em uma lanchonete para pedir um sorvete Essas viv ncias foram incorporadas a cada nova turma de TCSI A e TCSI B inclusive usando vendas nos olhos Infelizmente n o temos registro fotogr fico das viv ncias de alunos de TCSIA 105 Relat rios de campo Aluno Raphael Phillip Spercazechi Ramalho de Campos 2 semestre de 2011 Viv ncia processo psicol
66. J em palestra no Workshop com o grupo do 2 semestre de 2009 191 Viv ncia nas ruas e shoppings de Niter i Foto de aluno de TCSI B no 1 semestre de 2010 em cadeira de rodas tentando pegar uma caixa de suco no supermercado 16 03 2010 Foto de aluna de TCSI B no 1 semestre de 2010 em cadeira de rodas na rua tentando descer uma rampa em rua de Niter i 192 cd Foto do grupo de alunos de TCSI B no 2 semestre de 2013 em shopping Um dos alunos sentado na cadeira de rodas e os outros sua volta Outra aluna segura bengalas usadas na viv ncia Foto de aluna do 1 semestre de 2010 em cadeira de rodas avaliando a acessibilidade de caixa eletr nico de banco Junto a ela a professora Ana Karine Brum da Escola de Enfermagem da UFF que acompanhou nosso trabalho nesse semestre 193 Aluno Bruno da Silva Santiago 2 semestre 2011 Nessa nossa ltima viv ncia pude perceber v rios pontos que me chamaram aten o desde a indigna o da popula o em rela o acessibilidade das pessoas com defici ncia at a sensa o de perder outros sentidos al m da vis o quando vendado Logo de in cio enquanto fazia a viv ncia como uma pessoa com defici ncia visual fomos parados por uma senhora muito indignada com a falta de sinaliza o sonora rampas e outros meios que facilitariam a vida das pessoas com defici ncia Isso me mostrou que realmente a popula o est revoltada com a falta de cal a
67. Problemas de sa de e comportamentais mais comuns em 48 defici ncia intelectual gt Impacto da defici ncia intelectual no indiv duo e em sua fam lia gt Recursos da comunidade servi os e locais para encaminhamento m dico e para outros profissionais Habilidades gt Relativas comunica o com pessoas com defici ncia intelectual e com suas fam lias gt Exame avalia o e diagn stico de pacientes com defici ncia intelectual gt Encaminhamento adequado para e capacidade de acessar e se articular com organiza es da comunidade e especialistas gt Coleta de informa es de cuidadores e outras fontes Atitudes gt Tratar as pessoas com defici ncia intelectual como iguais gt Ver al m da defici ncia e ver primeiro a pessoa gt Respeitar e valorizar a igualdade de direitos das pessoas com defici ncia intelectual gt Estar aberto a para examinar suas pr prias atitudes gt Respeitar as informa es e opini es dos cuidadores gt Respeitar os desejos e cren as das pessoas com defici ncia intelectual e suas fam lias Essa lista foi organizada por oito profissionais de sa de com extensa experi ncia cl nica e de ensino no campo da defici ncia intelectual tr s psiquiatras tr s pediatras um cl nico e um psic logo Os autores informaram no artigo que a consulta a 49 pessoas com defici ncia intelectual familiares e outros profissionais que trabalham com es
68. Provavelmente a maior parte dos docentes n o tenha visto conte dos de aten o sa de da pessoa com defici ncia na gradua o e resid ncia m dica Entretanto estariam esses conte dos presentes nos livros da bibliografia indicada em suas disciplinas Em 2006 duas ex alunas da disciplina Trabalho de Campo B Izabela Vieira Botelho e Luana Sardinha de Souza demonstraram interesse em participar da busca por essa resposta Os resultados da pesquisa Abordagem do Tema Defici ncia na Literatura M dica foram apresentados no 46 Congresso Brasileiro de Educa o M dica Salvador 2008 pelas alunas bolsistas da FAPERJ Costa et al 2008 O roteiro de an lise dos livros foi elaborado a partir de conversas informais com m dicos que trabalham diretamente com pessoas com defici ncia Foram analisados os livros dispon veis poca na Biblioteca da Faculdade de Medicina da UFF no total doze volumes nas reas de Pediatria Cl nica M dica Oftalmologia Otorrinolaringologia Semiologia Pedi trica e Semiologia Cl nica Radiologia e Obstetr cia T nhamos como objetivos 1 Identificar se e como o tema defici ncia estava presente nos livros indicados nas disciplinas do quinto ao oitavo per odos do curso m dico da Universidade Federal Fluminense atrav s da busca por t picos sobre preven o de les o medular traum tica defici ncia auditiva surdez defici ncia visual cegueira nas diversas fases da vida e S ndr
69. Reabilita o em Niter i Condi es secund rias 2 Habilidades Etiqueta Comunica o com pessoas com diferentes tipos de defici ncia Exame f sico de pessoas com defici ncia motora incluindo transfer ncia da cadeira de rodas para a mesa de exame Entuba o orotraqueal de pessoas com 263 nanismo acondropl sico e traumatismo raquimedular Como lidar com a hiperreflexia auton mica Como encaminhar PCDs a centros de reabilita o 3 Atitudes Habilidades das PCDs Viv ncia em cadeira de rodas Direitos das PCDs Rela o m dico paciente com defici ncia O interessante da t cnica de grupo focal foi perceber como os alunos mesmo os que j tinham passado pelo TCS h bastante tempo como os do d cimo per odo ainda continuavam a perceber a import ncia do tema relatando que se atentavam mais as necessidades de uma pessoa com defici ncia durante o curso Tamb m pudemos perceber que propostas similares foram levantadas em mais de um grupo como a cria o de mat ria optativa e inser o em determinadas disciplinas Apesar de j termos conhecimento sobre conte dos e estrat gias adotados em outras universidades em nenhum momento apresentamos essas experi ncias durante os encontros tomando o cuidado de n o influenciar as sugest es dos estudantes O fato de todos os grupos contribufrem com pelo menos uma sugest o in dita nos deixou bastante impressionadas e satisfeitas por termos reunido cada grupo se
70. a Identificamos como caracter sticas de um atendimento integral entre outros a Perceber a pessoa al m da defici ncia Como exemplo de atendimento que foge ao conceito de integralidade cito o caso apresentado por Lisa lezzoni 2006 de um homem idoso hospitalizado por trombose venosa profunda que recebeu orienta es escritas sobre a forma de auto aplicar medicamentos injet veis em casa Esse homem era cego Avalio que tenha ocorrido porque embora o profissional que prescreveu a auto aplicacacao de medicamentos injet veis tivesse pleno conhecimento da cegueira do paciente n o imaginava que uma pessoa cega tivesse autonomia para morar sozinha b Saber distinguir doen a de defici ncia evitando medicalizar a defici ncia Mudar o paradigma de pessoa com defici ncia como algu m doente para o de algu m que apresenta limita es maiores ou menores dependendo do n vel de acessibilidade arquitet nica urban stica comunicacional instrumental metodol gica program tica ou atitudinal faz toda a diferen a para uma pessoa com defici ncia inclusive no encontro com profissionais de sa de Muitas PCD particularmente quando sua situa o de sa de cong nita ou de longo tempo n o necessariamente percebem sua defici ncia como um problema ou patologia Ter uma defici ncia n o incompat vel com estar saud vel e n o deve ser presumido que a queixa da consulta esteja relacionada com a defici ncia Shakespe
71. a poca trazia muitas restri es e cega conseguiu fazer uma faculdade e se formar Ela professora de Portugu s e Literatura e durante muitos anos se deslocou pela cidade do Rio de Janeiro para dar aulas Al m de professora uma excelente artista pl stica e escritora 88 Virg nia nos contou coisas muito importantes sobre como lidar com uma pessoa cega principalmente para n s futuros m dicos Coisas simples como perguntar se a pessoa precisa de ajuda na rua ao inv s de lev la para onde se pensa que ela quer ir j que ela falou que a pessoa cega n o vai se incomodar se voc perguntar esse tipo de coisa pra ela pelo contr rio Disse tamb m sobre como tratar um paciente cego em um consult rio que uma coisa que depois que ela disse pareceu meio bvia mas na hora me fez pensar nossa verdade Como por exemplo quando for o momento de aferir a press o tem que avisar ao paciente que voc vai fazer aquilo pois como ele n o pode ver o que voc est fazendo claro que ele vai tomar um susto se voc chegar do nada e pegar no bra o dele sem avisar o que est acontecendo As esculturas e os tapetes da Virg nia s o simplesmente lindos Os tapetes s o super coloridos com linhas geom tricas e desenhos o que me impressionou muito Como ela faz isso Esse trabalho segundo ela fruto de muita dedica o e for a de vontade muita vontade Como a cegueira dela do tipo que ela v constantemen
72. a Al m da Luz pessoas cegas O Milagre de Anna Sullivan sobre inf ncia de Helen Keller Sound and Fury implante coclear e cultura surda Do Luto Luta S ndrome de Down Mundo Alas trupe argentina de artistas com defici ncia em turn e do filme Uma Li o de Amor defici ncia intelectual Cada grupo assiste a tr s desses filmes por semestre 112 Avalia o Ap s cada atividade de campo os estudantes escreveram relat rios contendo suas reflex es sobre o que viram e aprenderam e escreveram resenhas No final do semestre cada grupo apresentou para sua turma o que considerou mais significativo At o segundo semestre de 2011 as apresenta es tinham o formato de semin rio Depois a apresenta o passou a ser dirigida a pequenos grupos que rodavam em cada esta o onde um a dois alunos faziam um relato do que vivenciaram no semestre em frente ao p ster elaborado para este evento A partir do segundo semestre de 2014 essas apresenta es ainda contando com o p ster tomaram a forma de Rodas de Conversa onde ao inv s de apresenta o oral cada representante do grupo em quest o provocava o grupo que assistia com perguntas para desencadear um debate Grupo de TCS I B do segundo semestre de 2004 Associa o Fluminense de Reabilita o No segundo semestre de 2014 o grupo de TCSI B pediu uma terceira visita para acompanhar o atendimento em outros setores no que foram atendidas pela AFR 113 Grupo de alun
73. a de SS O tipo de terreno onde se encontra o SS traz a mesma dificuldade Facilitam o acesso o transporte acess vel transporte ponto a ponto para pessoas com defici ncia m ltipla s ria piso podot til cal adas niveladas e com rebaixamento para o n vel da rua e sinais sonoros Atrasos e demoras afetam todos entretanto pessoas que dependem de transporte como Ponto a Ponto para pessoas com defici ncia 26 ou transporte p blico acess vel podem perder a consulta ou chegar atrasadas lezzoni 2003 Uma vez no SS as PCD devem encontrar uma constru o acess vel sem degraus com rampa de acesso piso podot til portas com largura suficiente para passar uma cadeira de rodas balc es de atendimento com altura acess vel a cadeirantes e pessoas com nanismo toaletes de acordo com as normas da ABNT Dentro dos consult rios e salas de exame espa o suficiente para entrada de cadeira de rodas assim como mesas de exame com altura regul vel para facilitar a transfer ncia da cadeira para a mesa e retorno cadeira A mesa padr o de exame n o ajust vel muito alta para transfer ncia segura Tamb m s mesas falta alguma forma de estabilidade ou apoio como grades tiras travesseiros compridos ou apoios de p para que os pacientes se mantenham seguros e confort veis As cadeiras de exame usadas por dentistas e oftalmologistas n o ajust veis trazem o mesmo problema das mesas de exame Em 2011 foi criado o Programa Naci
74. a crian a surda para a vida auxiliando a no desenvolvimento de aptid es o que me fez entender o qu o importante a exist ncia desse tipo de Organiza o Aluna Annelise Passos Bispos Wanderley 1 semestre de 2012 A APADA foi uma experi ncia ainda mais surpreendente A gentileza e o carinho com que fomos recebidos foi s um dos aspectos positivos da visita A institui o muito mais simples e humilde do que o INES mas me pareceu mais rica na esfera social A creche que deveria ser para crian as surdas predominantemente composta por ouvintes Isso porque as vagas existem e n o s o completadas por surdos A raz o para isso n o ainda precisa mas conclu mos que se deve em parte pela diminui o do n mero de crian as surdas Isso por m n o diminui o trabalho da APADA que vai muito al m do formalmente estabelecido L n o s o apenas crian as dentro da faixa et ria de creche que frequentam o local A creche d apoio a ex alunos surdos que est o em outras escolas mas n o conseguem acompanhar 138 o estudo Essa maior prova de que n o se faz o trabalho apenas formalmente mas h uma profunda preocupa o com o desenvolvimento integral do surdo O contato que o grupo teve com essas crian as foi o auge da visita A alegria delas nos contagiou e a aten o que n s lhes dedicamos foi tomada como surpresa Conversando com a Prof Sara a respons vel pelo refor o escolar n s soubemos que aque
75. a crian as com S ndrome de Down desde o nascimento inclui orienta o sobre o posicionamento adequado do beb durante a amamenta o evitando desordens estruturais e ou funcionais como palato duro alto ogival protrus o de l ngua perdas auditivas de leves a moderadas 41 infec es cr nicas do trato respirat rio superior respira o bucal postura de boca aberta e impress o de que a l ngua maior que sua boca Rosenfeld Johnson 1997 Notas Aqui a surdocegueira ainda era considerada como defici ncia m ltipla Atualmente considerada um tipo de defici ncia sensorial Indiv duos surdocegos devem ser definidos como aqueles que t m uma perda substancial de vis o e audi o de tal forma que a combina o das duas defici ncias cause extrema dificuldade na conquista de metas educacionais vocacionais de laser e sociais Monteiro 1996 2 rteses s o aparelhos ou acess rios ortop dicos de uso externo destinados a alinhar prevenir ou corrigir deformidades melhorando as fun es das partes m veis do corpo como coletes calhas e colar cervical Pr teses s o pe as ou dispositivos artificiais que substituem um membro rg o ou parte dele Tecnologia Assistiva uma rea do conhecimento de caracter stica interdisciplinar que engloba produtos recursos metodologias estrat gias pr ticas e servi os que objetivam promover a funcionalidade relacionada atividade e participa o de pesso
76. a de not cias mas algo importante demais Se n s queremos ser m dicos mais humanistas por que not cia n o tem sido dada tanta import ncia O que eu sei que professores est o acostumados a jogar o pepino nas m os dos estudantes de modo que eles tenham de se virar V l e d a not cia aos familiares Como dar uma not cia se eu n o fui preparado para isso Ou fui mal preparado Como uma m e com suas peculiaridades a m e de Fernanda preferia que a m dica tivesse dito a ela qual era o problema de sua filha mas pode haver m es que pensem de um modo diferente Como agir O que fazer 93 Ser mesmo que eu vou aprender isso no decorrer da faculdade Ou ser que desenvolverei um m todo falho e ocasionarei crises de choros nas m es porque estou fazendo de maneira errada Confesso que ouvir a m e da Fernanda me esclareceu que o processo falho e me deixou com mais medo ainda do que eu posso vir a fazer Ao mesmo tempo mesmo sabendo que o Servi o P blico de Sa de do Brasil falho grande parte dos resultados positivos que vemos hoje em Fernanda foram consequ ncias da for a de vontade da m e de correr atr s sempre do melhor para a filha mesmo que algumas vezes ela tenha tido que bancar do pr prio bolso Ser ent o que o que vemos hoje crian as com SD e que n o se desenvolvem normalmente culpa do sistema de sa de dos pais ou dos dois Outro aspecto abordado pela m e de Fernanda e q
77. a e objetiva a descri o no livro de Cl nica M dica das complica es cl nicas que podem surgir por sequela de TRM e suas particularidades Embora esse conte do esteja presente em grande parte no item Reabilita o cl nica dos dist rbios da medula espinhal refer ncias s o encontradas nos cap tulos relativos a infec es do trato urin rio dist rbios da peristalse e doen as vasculares dos membros Chama a aten o para a poss vel aus ncia de sintomas habituais associados a doen as cl nicas devido destrui o das vias aferentes para dor na medula espinhal O livro de Semiologia Cl nica no cap tulo sobre Sensibilidade cita que a les o medular completa se caracteriza por perda de todas as formas de sensibilidade abaixo do n vel da les o decorrente entre outras de TRM No cap tulo Sistema Nervoso Vegetativo em rela o a paraplegias traum ticas diz que inicialmente na fase de choque medular encontra se uma bexiga at nica de reeduca o imposs vel sendo necess ria a abordagem de urg ncia p 1057 Aspectos relativos redu o da vulnerabilidade foram abordados apenas pelo livro de Cl nica M dica Orienta tratamento medicamentoso para a disfun o vesical al m do uso de cateterismo intermitente ou cateter condom no homem e sonda vesical permanente em mulheres Complementa que a profilaxia de infec o urin ria com antiss pticos ou antibi ticos tem pouco valor Fala da necessida
78. a ele Guiar sem d vida mais confort vel do que ser guiado Por m algumas situa es s o bastante constrangedoras Enquanto eu estava vendada ficava imaginando o que as pessoas estariam pensando e como estariam me olhando Em certos momentos cheguei a perguntar ao Gustavo a respeito disso Quando eu o estava guiando pude encarar o olhar das pessoas que era um misto de curiosidade piedade e impaci ncia principalmente quando a gente estava obstruindo a passagem Certa hora o vendedor de uma loja nos parou e perguntou o que estava acontecendo expliquei a atividade Ele disse que achou que ramos um grupo de pessoas que tinham acabado de ficar cegas e estavam em treinamento Cada um pensa o que quer cada um inventa uma vers o para o que est vendo mas ficou bem claro para mim que um simples olhar pode machucar Essa constata o foi ainda mais forte no momento em que sentei na cadeira de rodas Fui fulminada por olhares piedosos Eu fazia quest o de encar los as pessoas logo desviavam Al m dos olhares tamb m me chamou muito a aten o o fato de eu estar em um plano diferente de altura Pude observar decora es que antes eu nem imaginava que existiam e me incomodava bastante ter que falar com algu m que estivesse de p o pesco o do a Quando sentei na cadeira mudei de dupla e o William passou a me guiar Ele tamb m foi atencioso me ouvia e me ajudava Curioso foi que na hora de trocar e sentar na cadeira ele fo
79. a fam lia com suas expectativas Em ginecologia a quest o da acessibilidade instrumental e preven o de c ncer de mama em mulheres cadeirantes e com outros tipos de defici ncia Tamb m houve a proposta de continuar com o grupo de TCS IB que atualmente a disciplina com maior disponibilidade em abordar o tema Nomes de professores que na opini o dos alunos se mostrariam mais suscet veis a abra ar o projeto foram citados 2 Divis o de carga hor ria com outras disciplinas segun do os alunos algumas disciplinas possuem uma alta carga ho r ria para o conte do ministrado e poderiam ter parte dessa carga hor ria disponibilizada para aulas sobre Aten o Integral Sa de da Pessoa com Defici ncia 3 Cria o de disciplina optativa Essa op o foi sugerida de diversas formas aulas te ricas palestras com convidados e o ensino de Libras Sugeriram haver altern ncia de hor rios para que as turmas de cada per odo A e B possam se inscrever e at mesmo acria o de uma disciplina para alunos do primeiro ao quarto per odo e outra a partir do quinto per odo com focos diferentes 262 4 Projetos projetos de Monitoria e Inicia o Cient fica com temas ligados sa de da pessoa com defici ncia como a import ncia do trabalho da equipe multiprofissional e t cnicas de tratamento 5 Outros filmes e semin rios sobre defici ncia cria o de um ambulat rio para atendimento de PCDs simula o de aten
80. a limita o pelo contato com o paciente pela depend ncia do familiar e pelo fato de n o conseguir passar tudo para o paciente ou ele n o conseguir passar o que quer para o m dico 249 250 dif cil saber do que essas pessoas precisam al m de consulta de pediatria Para onde encaminhar para que tipo de profissionais encaminhar Sempre encaminho para a Pestalozzi onde eles avaliam melhor e sabem do que esse paciente precisa Fazem terapia ocupacional fisioterapia Acho que dependendo do caso poderia ter alguma dificuldade no atendimento aos cegos Um m dico informou n o ter tido dificuldade quando o paciente surdo veio com acompanhante quando teve dificuldade chamou algu m pr ximo para ajudar Quando foram perguntados sobe o que poderia ser feito para reduzir essas dificuldades responderam Eu tenho um surdo que fala mas n o quer mais falar Eu fico falando olha voc precisa falar se voc falar voc vai conseguir as coisas mais f cil um emprego uma coisa assim Ele abandonou a fala a quando eu perturbo um pouco mais ele fala alguma coisa ent o ele sabe falar ele tem surdez progressiva Agora est praticamente s por sinais Agora se ele chegar aqui eu n o vou saber Ele ficou me ensinando alguns gestos De repente se tivesse um int rprete em cada unidade A gente ajuda eles mas o ideal seria que eles fizessem tudo sozinhos A gente tenta suprir isso
81. a m dia final Participaram dois tipos de PP com defici ncia um com les o medular outro com defici ncia intelectual al m de uma pessoa simulando ser o cuidador Graham et al 2009 Brown et al 2010 Estudantes do terceiro ano da New Jersey Medical School se 56 engajaram em um exerc cio com PP onde tiveram a oportunidade de praticar usando o m todo de pergunta sim n o para colher informa es cl nicas de PPs com sequela de paralisia cerebral n o verbais treinados para retratar um quadro de apendicite otite m dia ou de outras doen as comuns Perceberam que o resultado desse exerc cio com PP aumentou os n veis de conforto dos estudantes frente a esse grupo de pacientes Na Universidade de Londres apesar de usarem o termo paciente simulado atores da Strathcona Theatre Company participam como pacientes padronizados junto a estudantes do segundo per odo do curso em pr tica de anamnese e de orienta o ao paciente sobre suas condi es de sa de Os atores tiveram papel ativo no desenho das caracter sticas dos pacientes que retratariam suas hist rias de vida e hist ria m dica Os PP podiam permitir ou n o que os estudantes os tocassem ou pedir que falassem mais alto Thacker et al 2012 Apresentaram algumas dificuldades que os atores tiveram como n o pedir para os estudantes explicarem termos m dicos e abreviaturas Essa postura de aceita o ou de n o questionamento est associada seg
82. a minha cabe a que pra que ela assista pe a deve ter uma tradu o simult nea a n o ser que a pe a seja realmente muda E o tradutor deve estar de frente para ela caso contr rio ela n o conseguir assistir cena s ir olhar para o tradutor Nunca ouvi falar de pe as com tradu o simult nea e triste de se pensar o qu o limitada a acessibilidade dessas pessoas Ao assistir os v deos dos depoimentos de surdos achei incr vel a velocidade com que as m os se movem para formar as palavras e frases Acaba saindo muito mais r pido que a comunica o oral O que impressiona ainda mais s o as pessoas surdas oralizadas Uma das mo as entrevistadas falava perfeitamente como qualquer outra pessoa ouvinte chegando a ter dificuldade de se comunicar s vezes pois as outras pessoas se esquecem de sua condi o e falam de costas etc impedindo que ela fa a a leitura labial Isso realmente acaba com a ideia dos surdos mudos Por coincid ncia no dia seguinte tivemos em Neurobiologia uma aula sobre audi o e o professor um neurologista falou da conex o entre fala e audi o e citou o exemplo que todo surdo mudo Isso reflete como a dissemina o de certas informa es ainda muito pequena e que as pessoas acabam criando estere tipos e se fechando para uma realidade que n o existe Uma das coisas que abriu mais ainda minha cabe a para essa nova realidade foi o site do dicion rio de Libras Ao entr
83. a mudan as porque acha que algu m vai precisar um dia que as mudan as s ocorrem quando chega algu m e eles s o obrigados a tomar alguma atitude Com o aumento da acessibilidade a vida de Thiago na faculdade foi ficando mais f cil Hoje tem mais autonomia vai sozinho para a UFF inclusive Ao saber que ele professor perguntamos como ele fazia para dar aula disse nos que usa retroprojetor e conta com a ajuda de um monitor que escreve no quadro Thiago tamb m sabe digitar o que facilita sua comunica o Sua cadeira motorizada ele a carrega durante a noite para poder usar durante todo o dia Ele sai bastante sozinho mas disse que ainda tem dificuldade para ir ao m dico sozinho Um absurdo pensar que at os m dicos por falta de informa o talvez confundem defici ncias e acabam se dirigindo sempre ao acompanhante deixando o real paciente em segundo plano Ao ser indagado sobre o que mais o incomoda Thiago prontamente respondeu que acharem que ele retardado ou olharem para ele como um coitadinho Dif cil acreditar que Thiago teve que ir a um neurologista para que este lhe desse um laudo dizendo que ele n o iria morrer Isso para conseguir o financiamento de seu apartamento Thiago faz quase tudo sozinho toma banho se alimenta coloca roupa vai ao shopping Perguntamos ainda sobre sua vida sentimental Thiago com um sorriso no rosto nos disse que adora namorar e beijar na boca no momento namora uma mo a t
84. a news unconvention en Acessado em 13 de ago 2012 274 Luiza Santos Moreira da Costa nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1954 Graduou se em 1977 pela Faculdade de Medicina de Petr polis Em 1982 obteve o t tulo de Master of Public Health pela Escola de Higiene e Sa de P blica da Universidade Johns Hopkins Em 1984 ingressa na Universidade Federal Fluminense por concurso p blico tendo ministrado aulas nos cursos de Medicina Enfermagem e Educa o F sica Em 1995 coordenou o Curso de Especializa o em Educa o em Sa de P blica Obteve o grau de Doutora em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2003 Coordenou o N cleo de Acessibilidade e Inclus o Sensibiliza UFF desde sua cria o em 2008 at 2011 A partir de 2004 tem se dedicado extens o ensino e pesquisa em Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia 275 H P Comunica o Editora ISBN 978 85 7576 2 HU
85. a onde vi e conheci um dos jogos para deficientes visuais o golball aprendendo sobre tal modalidade e fiquei impressionado com a capacidade das jogadoras Outro esporte que acompanhei de longe foi a nata o que me surpreendeu mais uma vez com a capacidade dos atletas de conseguirem se manter est veis na gua e nadarem bem No segundo dia tive a oportunidade de ficar na sala de m sica No come o n o gostei muito da ideia pois achei que seria uma coisa mon tona Por m ao ficar l fiquei encantado com as pessoas e com o professor A sua paci ncia com os alunos e a paix o pela m sica fazia com que os alunos ficassem a vontade na aula tendo vontade de cantar e cada vez querer aprimorar mais seu canto al m do coral ser maravilhoso Ainda neste dia tivemos uma conversa com um dos fisioterapeutas que nos contou bastante sobre o trabalho deles na reabilita o destas pessoas o que foi bastante interessante Tamb m foi bastante legal aquela menina que foi falar com a gente sobre o que ela fazia no IBC sendo muito engra ada e encantadora Portanto este campo foi muito interessante mesmo pois ele conseguiu mostrar me uma realidade que eu n o entendia muito bem que a das pessoas com defici ncia visual e como eles t m uma capacidade de supera o impressionante Al m disso achei o trabalho do IBC bastante importante tamb m tendo grande colabora o para que essas pessoas retomem suas vidas o mais normal poss vel 134 Alu
86. a para tirar d vidas pessoais sobre esse grande campo de estudo que a oftalmologia Bom acho v lido comentar aqui o meu questionamento em particular Perguntei a ela sobre a possibilidade de num tratamento com raio laser num descolamento de retina por exemplo a retina ser lesada a ponto de causar cegueira ou o pr prio cristalino a ponto de causar catarata por exemplo Conversa vai e conversa vem o tempo passou num estalo e n s nem percebemos Sa mos com a oftalmologia j fechando a AFAC em mais um dia de expediente tanto que s est vamos n s e alguns funcion rios no pr dio Sem d vida foi uma experi ncia e tanto que gostaria de lembrar sempre que puder 122 Visita Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos Grupo do 1 semestre de 2005 em frente sede da ANDEF Relat rios do campo Aluno Gustavo Monteiro Cuquetto 1 Semestre de 2011 A oportunidade de conhecer a associa o e ter contato com a sele o brasileira de rugbi paral mpica foi em minha opini o um dos campos mais interessantes pois o filme Murderball havia me chamado a aten o Ficou clara nessa visita a forma com que o esporte levado a s rio sendo altamente competitivo e muitas vezes agressivo Um ponto curioso durante a experi ncia foi a constata o da irrever ncia com que os atletas lidam com sua condi o de defici ncia referindo a si pr prios muitas vezes como aleijados o que constrangeu um pouc
87. abalho com os pacientes No gin sio pacientes de todas as idades realizavam os mais diferentes trabalhos fisioter picos inclusive respirat rios para pacientes que tinham dificuldade de subir at o andar da fisioterapia respirat ria Na terceira visita fomos no programa Reintegrar na terapia ocupacional e na fonoaudiologia neuroinfantil No Reintegrar feito um trabalho com os pacientes que receberam alta por terem alcan ado os objetivos Muitas vezes os objetivos poss veis n o s o os mesmo que o paciente desejaria e o programa trabalha desde a aceita o do paciente de seus resultados at a estimula o do m ximo de independ ncia poss vel Na terapia ocupacional os pacientes faziam trabalhos desenhos pinturas massinha de modelar para estimular coordena o pensamento e outras reas Na fonoaudiologia neuroinfantil s recebem as crian as em que a quest o motora acrescida de uma neurol gica Trabalham os mais diversos pontos de cada 115 paciente Desde mastiga o at estimula o da fala AAFR sem d vida um dos melhores locais para tratamento de pacientes com defici ncia Eles conseguem abranger todas as reas necess rias e fazem com que o paciente possa fazer diversas partes do tratamento em um mesmo dia sem precisar ficar se deslocando v rias vezes durante a semana Durante os acompanhamentos deu pra perceber que atrapalhamos alguns pacientes que eram mais t midos e paravam de fazer os exerc ci
88. abalho e como n o escutar absolutamente nada Achei interessante ela dizer que pensa em libras pois em outras aulas t nhamos nos questionado sobre como um surdo pensa j que muitas vezes o nosso pensamento vem atrav s de frases e de vozes que os surdos n o sabem como Achei interessante ela dizer que j teve oportunidade de fazer um implante coclear mas se sente bem do jeito que e prefere continuar assim Gostei dessa aula por integrar outros grupos do TCS na discuss o e assim relacionar outros temas com o nosso Al m do mais tivemos a oportunidade de perguntar diretamente para a pessoa com defici ncia saber o que ela sente e qual a opini o dela sobre os assuntos abordados Espero que tenhamos mais encontros assim Coment rio das professoras Regina C lia Nascimento de Almeida e Maria de F tima Ferrari coordenadora e vice coordenadora do NOSS INES Em 2005 por uma iniciativa da Prof Dr Luiza Costa proposta uma parceria entre UFF Instituto de Sa de Coletiva ISC e o INES com o objetivo de minimizar as barreiras comunicativas entre paciente surdo e os profissionais da sa de O N cleo de Orienta o Sa de do Surdo NOSS um programa de educa o em sa de do INES que vem ao longo desses 10 anos desenvolvendo oficinas e palestras ministradas pelos profissionais surdos do n cleo Este trabalho que visa a acessibilidade dos surdos na sa de para inclu los de fato enquanto cidad os uma a o pion
89. aceitou a parceria Al m da coordenadora do NOSS a professora Regina C lia Nascimento de Almeida dois profissionais surdos Paulo Andr Martins de Bulh es e Vanessa Miro Pinheiro foram fundamentais nas entrevistas com surdos que usam Libras e bil ngues assim como na transcri o dessas entrevistas Os objetivos dessa pesquisa foram 1 Conhecer como as pessoas Surdas oralizadas avaliam a acessibilidade aos servi os de sa de 2 Conhecer como as pessoas Surdas que s se comunicam atrav s da Libras avaliam a acessibilidade aos ser vi os de sa de 3 Identificar as sugest es das pessoas Surdas oralizadas para a redu o das barreiras apontadas 4 Identifi car as sugest es das pessoas Surdas que s se comunicam atrav s da Libras para a redu o das barreiras apontadas e 5 Elaborar um produto que vise melhorar a qualidade do aten dimento a pessoas surdas nos servi os de sa de 255 Da esquerda para a direita Renata Carvalho Rocha Vanessa Miro Pinheiro e Maria de F tima Ferrari vice coordenadora do NOSS Mariana Cristina Mayworn e Pedro Thiago Figueiredo Alves Foram realizadas entrevistas individuais em L ngua Brasilei ra de Sinais Libras quando se tratava de surdos que se comu nicam atrav s dessa l ngua e surdos bil ngues e em portugu s falado no caso de surdos oralizados A entrevistadora em Libras foi uma das autoras que surda bil ngue Todas as entrevistas foram gravadas em v deo e as fita
90. ado se comparado aos dos pa ses europeus al m da longevidade traz consigo segmentos importantes da popula o apresentando defici ncias decorrentes de complica es de adoecimentos cr nicos como a hipertens o arterial o diabetes melito e as doen as steo articulares Terceiro pelas mobiliza es de movimentos pela inclus o social ou reafirma o dos direitos de cidadania das popula es com defici ncias e suas fam lias em nossa sociedade S estas tr s raz es j justificariam um olhar diferenciado por parte de governantes profissionais e cidad os de um modo geral sobre a problem tica da defici ncia na formula o implementa o e avalia o de pol ticas setoriais visando seu enfrentamento Muitas iniciativas t m sido desenvolvidas entretanto pensamos que os espa os de forma o de profissionais e dos pr prios servi os de sa de ainda carecem de aporte tem tico que possibilite conhecimentos e pr ticas diferenciadas neste mbito Este livro re ne o esfor o da Profa Luiza Costa e do Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal Fluminense na inclus o e desenvolvimento do tema da aten o integral sa de das pessoas com defici ncia na agenda de ensino pesquisa e extens o universit ria daquela institui o A oportunidade de um trabalho cotidiano junto aos alunos 11 de gradua o em Medicina e a articula o com os diversos profissionais dedicados ao tema da reabilita o na rede p
91. ado pela distra o do lugar pois at ent o tudo era novo pra mim assim como a maioria das coisas que encontrei por aqui nesses poucos meses de faculdade uma vez que venho do outro lado do Brasil fomos nos achegando aos poucos Primeiro nos limitamos a ficar na entrada do pr dio Conversamos um pouco e trocamos algumas ideias sobre assuntos referentes s pessoas com defici ncia Logo em seguida j est vamos na recep o na qual me peguei examinando algumas pessoas que estavam sentadas espera de atendimento em alguns momentos sorri inclusive para algumas das quais tive rea o similar observei cartazes alguns com lindas poesias sobre o nosso tema quadros avisos Constatei tamb m logo de in cio outras duas coisas uma limpeza e uma paz de ambiente fant sticas n o sei se isso se fazia cotidiano ou era porque a energia el trica estava inst vel naquele dia mas aquela aus ncia de barulho e vozearia naquele ambiente de semipenumbra me deixavam um tanto confort vel Ap s esse per odo de contempla o na sala de espera fomos encaminhados a uma sala na qual s poder amos entrar descal os ou de meias S l dentro j devidamente acomodado juntamente com meus amigos descobri que se tratava da sala de estimula o precoce A sala de estimula o a uma primeira observa o era um ambiente que me remetia muito minha inf ncia com brinquedos empilhados e guardados em caixas mesinhas e cadeirinhas
92. ado tanto quanto linguagem utilizada quanto s mensagens que devem incluir as pessoas com defici ncia e suas particularidades O N cleo de Orienta o Sa de dos Surdos do Instituto Nacional de Educa o de Surdos com equipe formada por profissionais surdos e ouvintes produz materiais educativos inclusive em DST AIDS 2008 A comunica o virtual facilita a marca o de consultas de pessoas surdas No caso de pacientes cegos que t m acesso internet receitas pedidos de exame e outros podem ser enviados por e mail Acessibilidade Program tica Diz respeito s normas regulamentos leis e decretos como a Lei no 11 126 de 27 de junho de 2005 que disp e sobre o direito da pessoa cega ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo inclusive em SS acompanhada de c o guia Os regulamentos que tratam da organiza o dos servi os tamb m devem garantir a acessibilidade por exemplo ampliando o tempo de dura o das consultas a pacientes n o verbais ou que apresentem disartria Brasil 2015 J foram citados alguns exemplos quando foi apresentado o segundo sentido de Integralidade Acessibilidade Metodol gica Trata da adequa o de m todos e t cnicas para atender as PCD Por exemplo t cnica de anamnese Em geral as perguntas em uma anamnese devem ser elaboradas de forma que levem o paciente a expressar seu sofrimento devendo se evitar perguntas que resultem em uma s rie de sins e n os
93. ados deveriam caminhar at Ana Cristina que os orientava 210 para que se desviassem de obst culos colocados no ch o Diferente da experi ncia com o grupo do INES o di logo entre a turma e a convidada permeou todo o per odo que durou a atividade Durante as duas horas de atividade ela coordenou cada momento A participa o da turma tamb m nesse dia foi total Dois alunos da turma do primeiro semestre de 2008 transferem outro simulando tetraplegia de uma cadeira de rodas para outra ap s orienta o de Ana Cristina Aluna do 2 semestre de 2007 auxiliando Ana Cristina a trocar de cadeira de rodas 211 Ana Cristina com a ajuda de um aluno do 1 semestre de 2009 mostra como organiza sua mochila para que outra pessoa encontre com facilidade o que ela precisar Participa o de Ana Cristina na turma do 2 semestre de E 2007 212 Exemplos de avalia o da atividade pelos estudantes Ana Cristina faz um trabalho muito importante e foi muito feliz ao dizer que Voc s s o especiais por estarem recebendo esta viv ncia pois eu concordo plenamente com ela A aula de hoje em que pudemos conhecer um pouco mais sobre a vida de um deficiente com paralisia cerebral foi muito enriquecedora N o tinha no o de como era a vida necessidades e desejos dessas pessoas A partir deste contato com a A C pudemos perceber que as possibilidades de uma pessoa com paralisia cerebral s o mui
94. ais apurados e permitam que a pessoa se identifique com a vida e com o mundo em que ela vive Nessa brincadeira vi que realmente pela forma somos capazes de visualizar o objeto em nossa mente o que de certa forma faz com que enxerguemos a partir do toque Muitos foram os motivos que me impressionaram ela se exercita todos os dias e cuida tanto de sua alimenta o e sa de o fato de que ela n o s sente as coisas com as m os mas que o uso de outras partes do corpo tamb m ajuda a se manter situada no espa o como as pernas pra sentir a altura do sof e dos bancos a mem ria dela em saber onde ela deixou cada coisa exatamente isso inclusive se torna uma forma de driblar a falta de vis o pois pela ordem em que ela guarda os objetos ela sabe com precis o o que e onde est Com uma aten o especial mais do que merecida cito aqui com toda minha admira o as artes criadas por dona Virg nia Al m de muito bonitas esteticamente elas carregam todo um valor que se estende pelo mbito do que ser um humano em sentimentos e a es Por suas esculturas quadros poesias 165 tapetes ela transmite ao mundo o que ela v em sua mente o que ela traz de sentimentos dentro de si e o que ela capaz de ver mesmo que sem a vis o propriamente dita Afirmo que n o tem como n o se surpreender com toda a arte que a cerca que ao mesmo tempo em que ela d vida s formas essas formas tamb m d o vida dona Virginia P
95. amb m cadeirante Esse campo juntamente com o de Ana Cristina me ajudou a quebrar preconceitos e descobri que nem sempre quem apresenta defici ncia motora apresenta defici ncia cognitiva pelo contr rio como no caso de Thiago e Ana que s o duas pessoas incr veis super inteligentes e capazes 170 Aluna Auanna Raquel Neves Rodrigues 1 semestre de 2014 No dia 07 de agosto de 2014 realizamos a atividade de campo no Plaza Shopping em que pudemos conversar um pouco com Thiago Lacerda um f sico que apresenta sequelas de paralisia cerebral Ao chegar em sua cadeira de rodas motorizada Thiago me causou grande impacto por suas limita es na fala e nos movimentos A medida que as pessoas iam lhe fazendo perguntas ele se apresentava e falava um pouco de algumas quest es da sua vida Ao mesmo tempo o meu inc modo crescia ainda mais principalmente no momento em que o seu celular tocou e ele n o conseguia atender imediatamente Confesso que fiquei t o aflita que senti vontade de ajud lo a atender o telefone Nesse momento percebi o quanto alguns preconceitos ainda est o enraizados em mim mesmo com todas as experi ncias vividas e discuss es levantadas ao longo desta disciplina Dei me conta de que inconscientemente eu estava associando a defici ncia de Thiago a uma limita o cognitiva o que uma postura bastante comum entre as pessoas n o esclarecidas como foi relatado pela Ana Cristina Para provar exatament
96. amente com pessoas que representam esses futuros pacientes e isso faz toda a diferen a E um aprendizado mais s lido consistente e proveitoso se comparado a meras discuss es sobre o tema sem que haja a participa o de pessoas representantes do grupo enfocado no caso os surdos Atendimento ao paciente com sequela motora de encefalopatia cr nica da inf ncia Ana Cristina Lima Ferreira vice presidente do CVI Niter i cadeirante apresenta disartria devido a sequela de encefalopatia n o progressiva al m de falta de coordena o motora dos membros superiores e inferiores Ana sugeriu al m da encena o de anamnese que alguns alunos pudessem passar por algumas das dificuldades enfrentadas por cadeirantes e cegos A atividade foi dividida em tr s momentos no primeiro estudantes se revezaram no papel de m dicos e acompanhantes enquanto a convidada assumia o papel de paciente Ao final a convidada avaliou o desempenho dos m dicos orientando os a se dirigirem sempre ao paciente em primeiro lugar Em seguida desafiou os estudantes a dobrarem desmontarem e desdobrarem remontarem dois tipos diferentes de cadeira de rodas e ensinou os a transferir de uma cadeira a outra pessoas parapl gicas tetrapl gicas e aquelas com sequela semelhante a sua No terceiro momento da atividade os estudantes foram convidados a se movimentar em cadeira de rodas enfrentando pequenos obst culos Outros estudantes com os olhos vend
97. amou aten o no encontro com a Virg nia foi a sua organiza o Ela mora sozinha e incr vel como sua casa organizada e ela sabe onde est tudo Tr s fatos me chamaram aten o O primeiro foi quando ela mostrou a caixinha de rem dios dela Ela sabia exatamente quais eram todos os rem dios e qual era de qual hor rio isso tudo pela posi o de cada um na caixinha O segundo foi quando ela pediu que pegassem pilhas na gaveta Mesmo sendo vidente Luiza n o conseguiu achar as pilhas e ent o a Virg nia teve que ir l e peg las Incr vel E o terceiro foi quando ela nos mostrou como ela guarda dinheiro em sua carteira cada nota tem uma dobradura diferente para ela saber diferenciar e as notas de valores mais altos s o guardadas separadas das de valores mais baixos Sem d vida a visita casa da Virg nia foi sensacional Acho que por ter sido o primeiro campo e tamb m pela pessoa fant stica que ela Tirei v rias d vidas e sai de l com um pensamento diferente em rela o a vida das pessoas cegas Encontro com Fernanda Honorato Conheci Fernanda Honorato a primeira rep rter com S ndrome de Down nas apresenta es do Teatro Novo Representante da primeira gera o das pessoas com S ndrome de Down com independ ncia que trabalha pratica esportes dan a modelo de passarela namora dif cil acompanhar o ritmo da Fernanda 90 Foto do grupo de alunos de TCSI A no 2 semestre de 2012 com Fer
98. an as que apresentam o globo ocular e o nervo pticos intactos e ainda n o se sabe ao certo a causa da defici ncia Ap s um tempo de conversa sa mos para conhecer algumas salas e setores de perto O primeiro lugar em que passamos foi uma sala de aula de massoterapia A professora que tinha defici ncia visual e era formada em fisioterapia dava aula de teoria da massagem Fomos apresentados turma que nos recebeu muito bem Na sala havia dois esqueletos e o Thiago nos mostrou um livro de anatomia todo em braile Vimos tamb m alguns recursos n o pticos para pessoas com baixa vis o como uma r gua de contraste e um livro usado por eles com letras em fonte 26 Esse momento no curso de massoterapia me fez avaliar o quanto as 135 pessoas com defici ncia visual t m deixado para tr s o estere tipo de limita o e o quanto a vis o paternalista para o cuidado destas ultrapassada Caminhando pelo exterior do Benjamin vimos uma academia com alguns atletas correndo uma biblioteca braile e at mesmo uma galera treinando nata o debaixo de chuva na maior anima o Vale destacar que achei muito interessante a ideia de usar uma vara para avisar ao atleta que a borda da piscina estava pr xima e que ele deveria virar E um exemplo de dificuldade que para um vidente at dif cil de imaginar que exista mas que eles contornaram de forma muito simples e criativa Depois de nos molharmos muito e de percebermos o quanto o instit
99. ando esses 13 conseguem os ndices para os grandes eventos esportivos Um fato que n o ficou completamente claro na hora pelas palavras do presidente a forma como a Andef consegue angariar fundos e ser autossustent vel pois ele disse que todos os s cios n o pagam mensalidades que o atendimento popula o feito de forma gratuita e sem utiliza o de verbas do SUS Aparentemente essa verba proveniente dos conv nios de trabalho que empregam pessoas com defici ncia encaminhadas pela Andef a diversas empresas e rg os p blicos Seu isolamento do centro da cidade um problema para as pessoas com defici ncia mais carentes e com dificuldades de locomo o N o tivemos a oportunidade de assistir nenhum atendimento do setor de reabilita o para que pud ssemos comparar com a AFR A Andef tem diversos servi os prestados por seus departamentos por exemplo educa o das pessoas com defici ncia acerca de seus direitos inclusive com informa es em seu site Esse um dos servi os que n o vimos em outras entidades mas que infelizmente parece ser um pouco ofuscado pela quest o esportiva Seria muito interessante se pud ssemos comparar a quantidade de verbas e a quantidade e qualidade dos atendimentos feitos pela Pestalozzi pela Andef e pela AFR A atua o no campo esportivo da associa o importante mas vendo as dificuldades financeiras que outras entidades passam e que em minha opini o pessoal real
100. ando grande qualidade e conserva o O alojamento dos atletas merece um destaque ele muito bem planejado e tem uma grande atmosfera de tranquilidade que deve ser fundamental na prepara o para as competi es Como a Andef ser um das concentra es durante as paralimp adas no Rio em 2016 ela ir aumentar a quantidade de leitos nesse alojamento A sala de confer ncia e o lounge para os atletas tamb m s o muito bonitos e equipados A Andef aparenta ter uma excelente situa o financeira o que foi inclusive destacado como um dos pontos pelo presidente da mesma ao nos contar que ela era cadastrada para vender as antigas fichas de telefones p blicos indicando que sua grande capacidade de realizar acordos para captar renda n o algo novo A compra da nova sede tamb m foi feita com apoio do governo do estado do Rio de Janeiro e do BNDES A associa o realmente apresenta uma grande intera o com alguns rg os p blicos sendo que alguns de seus membros fazem parte da prefeitura de Niter i atualmente Seu trabalho no campo do esporte de alto rendimento com os atletas paral mpicos realmente impressionante Ela o campo de treino oficial da sele o brasileira de futebol de 5 uma modalidade paral mpica em que a sele o possui grande destaque Al m disso segundo seu presidente ela concentra boa parte dos atletas paral mpicos medalhistas Descobrimos que o governo s fornece aux lio financeiro para os atletas qu
101. anhante e PNEs s podem ter acompanhante como sin nimo de cuidador integral e absoluto A trajet ria escolar foi um ponto bem perguntado na roda de estudantes A conversa come ava com curiosidades desde 172 adapta es necess rias para suprir minha impossibilidade de escrever at minha rela o com os professores e terminava com processo avaliativo que na escola acontecia no computador da secretaria do Col gio Estadual Melch ades Pican o e na Universidade Federal Fluminense UFF era feita oral com transcritor via tutoria acad mica por serem provas extensas com necessidade de documentos escritos a m o e relatos de cola Falava de cola n o como vangl ria mas sim para mostrar que como a esmagadora maioria dos estudantes j usou alguma vez esse recurso eu s seria mais um No final com o avan o da intimidade e da observa o que era algu m sem tabus as quest es sempre se debandavam para o pessoal namoro e sexo Sobre isso procurava tirar a ideia de que pessoas com defici ncia n o podem ter vida emocional Verdade que seja algo complicado talvez seja mais dif cil pela pr pria rela o amorosa e sexual de se verem como algu m capaz de dar carinho e gerar prazer seja entre deficientes ou um deficiente com um n o deficiente Por m demonstrei com as respostas que mesmo tendo paralisia cerebral buscava e tinha relacionamentos Enfim os encontros foram bem produtivos pois acho que pelo menos aqueles grupos sa
102. ante descontra o Ademais teve se a informa o de que a escola direcionada principalmente aos surdos mas por n o se completar todas as vagas h tamb m matr cula de alunos ouvintes Essa n o completude das vagas muitas vezes se d por desconhecimento dos pais sobre a surdez de seus filhos que s o muito pequenos ainda 1 ou 2 anos por exemplo dificultando o diagn stico de surdez A visita portanto foi mais uma oportunidade de se destacar a import ncia de inclus o do indiv duo surdo na sociedade e como futuros m dicos de sermos capazes de oferecer servi os de qualidade a eles Aluna Maria Barreto Oliveira Campos 1 Semestre de 2012 A visita APADA foi em sua maior parte pr tica O fato da fundadora da sede ser m e de uma pessoa surda muito interessante visto que o trabalho partiu de uma experi ncia 80 pessoal mas prosseguiu A sede conta com o trabalho de profissionais de diversas reas que atuam no desenvolvimento das crian as tanto surdas quanto carentes o que passou a ser um projeto desde quando sobraram vagas que deveriam ser ocupadas por surdos Esse fato tamb m chama a aten o porque n o necessariamente indicativo de diminui o de casos de surdez No decorrer da andan a pela APADA pudemos ver toda a aparelhagem de exames e conversamos com as profissionais que nos explicaram os procedimentos O melhor momento foi quando fomos a uma sala de aula conhecer as crian as Tiramos a a
103. ao NAIS UFF 218 Recep o dos calouros com defici ncia quando eram disponibilizados os contatos do NAIS UFF para que este pudesse atender s necessidades desses estudantes ao longo do curso Reuni es com o coordenador do curso o aluno com defici ncia e coordenadora do N cleo para levantar as necessidades dos estudantes informar aos coordenadores sobre os direitos desses estudantes e providenciar os recursos necess rios Cria o de bolsas para alunos ledores e copistas 4 Aquisi o de tecnologia assistiva e aumentativa Aquisi o de impressora Braille instalada na Biblioteca Central do Gragoat BCG no Campus do Gragoat Niter i programas FineReader tornam edit veis texto escaneados lupas eletr nicas incluindo as tipo mouse impressoras notebooks scanners regletes pun es sorob s e itens para realizar viv ncias de sensibiliza o como cadeira de rodas vendas bengalas de Hoover e muletas canadenses 5 Informa o e sensibiliza o Elabora o de folders sobre defici ncia dislexia e transtornos do desenvolvimento altas habilidades Participa o no Acolhimento Estudantil evento organizado pela pr reitoria de assuntos acad micos com palestras viv ncias e distribui o de folders elaborados pela equipe do NAIS UFF Constru o de p gina na Internet www proac uff br sensibiliza Organiza o de encontros mesas redondas e viv ncias durante a semana da Agenda Acad mica
104. ar no site www acessobrasil org br fiquei espantada com o vocabul rio que t o extenso quanto o da l ngua portuguesa Conhecer essa p gina foi fundamental para come ar a compreender um pouco o universo de quem usa Libras Mas a 97 melhor parte sem d vida foi conhecer Luciane Ela foi marcante porque foi o primeiro contato com uma pessoa surda Tamb m foi a primeira anamnese que realizamos na faculdade al m de ser em Libras o que dificultou muito as coisas Mesmo tendo uma no o muito pequena do vocabul rio e sabendo que era s uma encena o pudemos sentir como dif cil haver a comunica o quando uma das partes n o compreende totalmente a outra Ainda mais se tratando de um assunto s rio como a sa de Um pequeno gesto diferente pode levar a uma interpreta o errada e a consequente tomada de atitudes que n o foram as intencionadas Isso pode acabar com o tratamento e at levar o paciente uma situa o mais grave Uma das esferas que achei interessante foia anamnese com o surdo oralizado Falando assim parece que f cil N o chega a ser t o complicado quanto em Libras mas simples n o Mesmo sabendo fazer a leitura labial algumas coisas n o s o compreendidas pela pessoa o que pode levar a enganos Caso o m dico n o tenha paci ncia ou o tempo necess rio para estender a consulta as consequ ncias podem ser graves Em minha opini o como disse Luciane uma pessoa surda s deve ir ao
105. ara ou a ind stria est mais uma vez se aproveitando da situa o Acho que a segunda op o e isso precisa ser limitado Fui eu que levantei a quest o da cola porque eu pensei nele como professor que tem que lidar com esse meio ilegal usado pelos alunos e ao mesmo tempo eu sei que Thiago passou por todas as etapas dos estudos mas v rias vezes eu discuti com as meninas se a minha pergunta seria ofensiva porque na minha cabe a era imposs vel ele colar mas ao mesmo tempo eu temia que ele alguma vez tivesse se aproveitado da defici ncia para colar Acabou que a Larissa tomou coragem e perguntou e a resposta dele me impressionou A resposta me impressionou 103 porque ali eu cheguei conclus o de que ele muito bem resolvido com a defici ncia dele muito mesmo porque se ele n o fosse ele n o se aproveitaria da situa o dele para tirar vantagens Concluindo a conversa foi muito proveitosa serviu para que eu quebrasse barreiras foi bom saber que ele nunca foi destratado por nenhum m dico mas ao mesmo tempo parece que n s vamos entrevistar pessoas sempre querendo que elas digam algo ruim em rela o ao atendimento m dico Eu acho que a tend ncia melhorar essa rela o da sociedade em rela o defici ncia se a sociedade n o melhorar pelo menos o nosso grupo de TCS vai Filme e Document rios secos Gn nn n na n f 4 utu i l Es o E ua Cs Rrsmertriog Orestes 3 mou RIGOR ti AIPE Que M
106. are et al 2009 Medicaliza o diz respeito a declarar como objeto de tratamento uma varia o que funcionalmente n o gera danos como o uso de horm nio do crescimento para tratar estatura muito baixa em crian as que n o apresentam nenhuma patologia subjacente Couser 2011 18 c Identificar se a queixa trazida est ou n o relacionada defici ncia isto se representa uma condi o secund ria A condi o secund ria est relacionada a uma condi o prim ria S o exemplos de condi o secund ria les o medular condi o prim ria escaras infec es urin rias trombose venosa profunda e osteoporose e h rnia de disco em pessoas com nanismo acondropl sico entre outras A instabilidade atlanto axial ou instabilidade das primeiras duas v rtebras cervicais pode ser encontrada em crian as com acondroplasia e tamb m com S ndrome de Down podendo ocorrer les o medular se houver movimenta o excessiva Assim crian as com essa instabilidade devem evitar acrobacia mergulho e futebol Nelson 2002 Algumas pessoas com defici ncia apresentam envelhecimento prematuro aos 40 ou 50 anos de idade Em pessoas com S ndrome de Down maior a incid ncia de doen as de Alzheimer A hiperreflexia ou disreflexia auton mica parox stica pode ocorrer ap s les o acima da sexta v rtebra tor cica caracterizada por cefaleia rubor e sudorese acima do n vel da les o e hipertens o com bradicardia ou
107. as com defici ncia incapacidades ou mobilidade reduzida visando sua autonomia independ ncia qualidade de vida e inclus o social Comit de Ajudas T cnicas da Subsecretaria Nacional de Promo o dos Direitos da Pessoa com Defici ncia Essas defini es est o previstas no Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa Ferreira 1975 aut nomo diz se de qualquer ato vital ou movimento que se realiza sem interven o de for as ou agentes externos e independente que senhor das pr prias decis es A Comunica o Alternativa inclui a l ngua de sinais o uso de gestos express es faciais pranchas de alfabeto ou s mbolos pictogr ficos e voz sintetizada 42 Parte II Aten o sa de das pessoas com defici ncia nos cursos de Medicina No Brasil a Pol tica Nacional de Sa de das Pessoas com Defici ncia prop e na sua diretriz Capacita o de Recursos Humanos e Responsabilidades Institucionais dentre outras Aponta como priorit ria a disponibilidade de recursos humanos capacitados para o desenvolvimento das a es decorrentes da Pol tica Nacional de Sa de das Pessoas com Defici ncia Indicam nesse texto que os programas de forma o e treinamento seriam promovidos junto aos diferentes rg os envolvidos com a quest o tanto dos n veis federal quanto estadual e municipal os quais buscariam o engajamento das institui es p blicas n o estatais neste trabalho Ao lado disso seria
108. as PCD que participaram do estudo de Bowers e cols 20083 expertise existe apenas se o profissional respeita o paciente e oferece oportunidades para que o ltimo ou seu representante colabore nas decis es sobre cuidado e tratamento Apontaram tr s reas de expertise M dica T cnica compet ncia m dica e conhecimento sobre sa de e doen a M dica Biogr fica conhecimento sobre a interse o entre a doen a e ou defici ncia e a vida do indiv duo e Expertise dos Sistemas conhecimento e habilidade relacionados a acessar usar e gerenciar v rios provedores e ou servi os como os de sa de sociais e de transporte simultaneamente Ainda relacionado a este sentido de integralidade importante que o m dico n o se restrinja queixa do paciente a demanda expl cita mas que seja capaz de reduzir fatores de risco Duas quest es emergem o conhecimento dos fatores de risco ligados defici ncia as condi es secund rias e o atendimento a pessoas n o verbais incluindo pessoas surdas e com defici ncia motora 2 Sentido na organiza o do trabalho nos servi os de sa de Os servi os devem estar organizados e as equipes deveriam pensar suas pr ticas a partir do horizonte da popula o que atendem e das suas necessidades Na Associa o Fluminense de Reabilita o AFR localizada no munic pio de Niter i RJ participam da primeira consulta do paciente um profissional de cada rea de atua o
109. as da plateia e ficaram at o final da atividade que teve a dura o de tr s horas Quando surgia a sua vez de se apresentar os presentes podiam ver como os palestrantes com v rias incapacidades se locomoviam seja manobrando a cadeira de rodas ou usando a bengala de Hoover e tamb m como as pessoas surdas tinham acesso ao que estava sendo dito pela presen a de int rpretes de l ngua de sinais americana durante todo o evento Saketkoo et al 2004 54 Pacientes Simulados O termo original paciente programado foi alterado para paciente simulado Barrows 1993 usa o termo paciente simulado para descrever uma pessoa saud vel que ap s treinamento estaria apta a retratar um paciente com uma enfermidade baseada em um caso real No Medical College of Wisconsin Milwaukee um fisioterapeuta sem incapacidades retratou um paciente com hemiplegia direita numa atividade de avalia o de oficina de treinamento em posicionar e mover PCDs no leito ou na cadeira de rodas durante internato de Cl nica M dica Os estudantes deveriam virar o paciente simulado para o lado E no leito e depois retorn lo posi o supina ap s examinar suas costas Um professor avaliava o desempenho dos alunos preenchendo uma lista com 7 itens no formato Sim ou N o Durante o exame f sico quando virou o paciente para o lado e retornou posi o supina o estudante 1 Evitou puxar o paciente pelo bra o comprometido durant
110. as de rugby do 125 document rio Murderball que havia relatado que havia feito coisas muito mais importantes quando j apresentava a defici ncia motora do que em rela o a antes Com a visita Andef pude refletir como a exist ncia de associa es como essa importante visto que oferecem a pr tica esportiva para pessoas com defici ncia O esporte na minha opini o pode ser considerado para essas pessoas com defici ncia um s mbolo de que a defici ncia nem sempre representa a limita o Por esse motivo creio que associa es como a Andef devam ser incentivadas a fim de oferecer uma maior qualidade e um novo olhar de vida a essas pessoas com defici ncia Coment rio do presidente da Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos Sr Guilherme Ramalho Consideramos de suma import ncia a visita dos alunos de t o importante Universidade a nossa Associa o porque al m de conhecerem nossas instala es nosso trabalho e nossa luta em prol das pessoas com defici ncia um enriquecimento na forma o profissional de futuros cidad os atuantes no mercado de trabalho nas mais diversas reas de nossa economia Quanto mais parcerias e mais alunos nos visitarem mais chance teremos de conscientiz los sobre acessibilidade inclus o enfim respeito ao ser humano qualquer que seja sua condi o ou classe social Com o acompanhamento de nossa psic loga lone Ayres serviu de experi ncia important ssima
111. as dificuldades semelhantes enfrentadas por esses pais que v o desde exames pr natais que n o eram obrigat rios antes de 1988 e que contribu ram com a surpresa da not cia da defici ncia intelectual logo ap s o parto at as dificuldades oriundas do preconceito da sociedade para com esses pais e com os pr prios filhos Uma das m es relatou diversas situa es nas quais sofreu preconceito como por exemplo motoristas de nibus que se recusavam a parar no ponto para que a m e e o filho com defici ncia pudessem entrar ou quando esses motoristas reclamavam da entrada deles no nibus Relatou tamb m o preconceito sofrido por pessoas nas ruas que agiam com muita indelicadeza diretamente com ela em rela o sua filha Devido a essas dificuldades aliadas s dificuldades econ micas nos contou sobre as duas vezes em que tentou se suicidar revelando a ang stia de n o conseguir sequer uma ajuda de alguma institui o Os seus problemas come aram a se resolver quando conseguiu a ajuda da Pestalozzi e da APAE onde a sua filha com S ndrome de Down 146 pode desenvolver atividades motoras que lhe proporcionaram autonomia em diversos mbitos da sua vida Isso mostra a import ncia fundamental de pol ticas que atendam esses anseios e que consigam acolher n o s as pessoas com defici ncia como tamb m as suas fam lias as quais tamb m precisam de orienta es e acompanhamento psicol gico para que o trabalho exercido nas in
112. aso e levo a Ana Cristina como uma verdadeira inspira o pra minha vida Devo me preocupar muito menos com as pessoas pequenas e aproveitar tudo de bom que eu tenho e principalmente minha fam lia que me d apoio e amor sempre Aluna Leticia Roberta Rodrigues 2 semestre de 2013 Era uma ter a feira ensolarada e marcamos de encontrar nossa preceptora Luiza direto na casa de sua amiga Ana Cris Cheguei ao pr dio e o porteiro me indicou para onde ir cheguei no local e as pessoas do meu grupo de Tcs estavam sentados em circulo logo pude ver Ana Cris sentada sorridente em sua cadeira de rodas Assim que sentei a Luiza me deu um crach com meu nome e percebi que todos estavam de crach achei muito legal O encontro foi extremamente produtivo a Ana Cris nos contou sua historia Ela teve encefalopatia cr nica n o progressiva mais conhecida como paralisia cerebral por m os m dicos n o conseguiram fazer o diagnostico e a fam lia acabou pensando que ela n o tinha a intelig ncia normal Ana Cris foi colocada na APAE e sofreu muito com essa situa o mas conseguiu mostrar que entendia tudo e que podia aprender Depois disso sua historia cheia de lutas para conquistar seu lugar na sociedade e mostrar todo seu potencial Depois que nos contou sua historia ela nos ensinou algumas coisas importantes como por exemplo a melhor forma de trocar o cadeirante de uma cadeira de rodas para outra e nos deu tamb m algumas dicas para nossa
113. assist ncia integral sa de preven o de defici ncias amplia o e fortalecimento dos mecanismos de informa o organiza o e funcionamento dos servi os de aten o sa de da pessoa com defici ncia e capacita o de recursos humanos Incorporando a es voltadas preven o e outras voltadas assist ncia esta Pol tica atenderia ao sentido de integralidade Infelizmente o panorama de assist ncia sa de desse segmento existente antes da cria o do SUS vem se mantendo Othero amp Dalmaso 2009 Vieira et al 2008 A Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa com Defici ncia contempla a es dirigidas preven o de agravos diagn stico precoce e controle de doen as que podem levar defici ncia como glaucoma hipertens o arterial diabetes e acidentes de tr nsito Prev tamb m a oferta de rteses e pr teses assim como outros itens b sicos de tecnologia assistiva e bolsas coletoras para pessoas com urostomia e colostomia Destaca que s PCD deve ser assegurado o atendimento na rede de servi os nos diversos n veis de complexidade e especialidades m dicas Outras pol ticas p blicas com reflexo na sa de incluem o Benef cio de Presta o Continuada da Pol tica de Assist ncia 22 Social que integra a Prote o Social B sica no mbito do Sistema Unico de Assist ncia Social E um benef cio individual n o vital cio e intransfer vel que assegura a transfer ncia mensal de um
114. atar um paciente pelo problema de comunica o Percebi que s vezes damos import ncia para tantas mat rias e n o nos preocupamos com a comunica o como vamos tratar pacientes que n o nos entendem todo nosso conhecimento nesta hora n o vale nada Acho que um conhecimento b sico da l ngua de sinais deveria ser obrigat rio na faculdade pois mais um instrumento para auxiliar a salvar vidas al m de podermos minimizar o sentimento dos surdos de serem um estrangeiro em seu pr prio pa s assim como disse a Luciane 178 Aluno Antonio Dourado Cavalcanti Neto 1 Semestre de 2014 No encontro realizado no dia 22 07 2014 realizamos uma roda de conversa entre os alunos Luciane Renato e Joaquim 3 indiv duos surdos int rpretes e alguns grupos de TCS cujos temos se relacionavam direta ou indiretamente surdez Al m de contar nos um pouco atrav s dos int rpretes sobre a experi ncia pessoal e de como a surdez afetou e afeta o dia a dia de cada um tamb m conversamos sobre aspectos relacionados com um poss vel atendimento que possamos vir a realizar no futuro Na minha opini o este encontro foi o campo mais proveitoso no sentido de aprendizado pr tico Ap s uma conversa inicial nos propuseram um treinamento no qual representar amos o papel de um m dico que tivesse na frente um indiv duo surdo necessitando de atendimento Na medida em que pudemos treinar e por em pr tica nossa criatividade com o i
115. ato seria presumir que Jung se enganou e essas representa es n o s o inerentes psique humana mas sim aprendidas por experi ncias comuns a todos que sonham com elas Enfim essas foram duas ideias que me ocorreram durante a conversa sobre sonhos naquela tarde Talvez eu esteja simplesmente fazendo dedu es absurdas mas realmente achei interessante tudo isso Da conversa em si acredito ter escrito tudo o que mais me interessava escrever Contudo sobre escrita eu n o poderia esquecer me de falar dos in meros livros que a Virg nia nos mostrou Ela tem uma cole o imensa de livros digitalizados pois l atualmente usando um programa de computador Basicamente ela escaneia o livro com um scanner espec fico para isso e usa um programa especial que l o livro escaneado em voz alta al m de permitir a armazenagem a organiza o e o controle de todos os livros j escaneados Ela deu a entender que passou a ler assim por n o haver todos os livros que ela queria ler em Braille que 163 acho bastante plaus vel Infelizmente por mais que a imprensa em Braille tenha crescido bastante ela ainda bem limitada Acho que nem todos do grupo viram a cole o de livros da Virg nia e os que viram a maioria n o se interessou tanto quanto eu Ali s ela s mostrou a cole o porque eu perguntei para ela como ela lia todos os livros que ela disse para mim que lia sendo que n o h todos eles em Braille Ou seja o interesse n
116. bilidade f sica extremamente l cida e inteligente Foi uma palestra bem diferente e que me surpreendeu positivamente pois assim que a vi pensei que ir amos conversar principalmente com sua acompanhante ou familiar e n o imaginei que seria t o perspicaz e alegre Ana Cristina se mostrou extremamente forte e consciente de suas dificuldades e capacidades tanto que lutou para estudar se formar e conseguir um diploma Ela nos contou sobre os desafios ao pegar nibus ao ir ao m dico e dentista Momentos normais e simples para n s mas que para ela se tornam extremamente dif ceis devido aos seus espasmos dificuldades com a fala e deslocamento Isso me fez refletir um pouco j que s vezes esquecemos que pessoas com defici ncia necessitam dos mesmos cuidados e atendimento que todos n s Ainda achei muito interessante ela ter falado que n o gosta quando os m dicos se referem a ela no diminutivo e na maioria das vezes a ignoram olhando principalmente para seu acompanhante Isso serviu como um conselho para n s futuros m dicos n o agirmos dessa forma Ana Cristina em sua palestra n o teve vergonha em expor para n s suas dificuldades e ainda tentou nos incluir na sua realidade Ela realizou algumas brincadeiras conosco como colocar vendas nos olhos de uma pessoa e fazer com que outras andassem em suas cadeiras de rodas E ainda Ana Cristina nos mostrou como funcionam basicamente as suas cadeiras de rodas nos pedindo para d
117. bilizados sorob s utilizados por pessoas cegas para efetuar c lculos Apoio comiss o de sele o ao mestrado em Educa o para garantir a acessibilidade a candidatas cegas Uma delas fez a prova te rica usando o pr prio notebook em sala reservada na presen a de uma professora Como preferiu ler a prova de l nguas em Braille orientamos a presidente da comiss o de sele o a entrar em contato com estagi ria da Biblioteca Central do Gragoat respons vel pela impress o em Braille Assessoria a bancas de sele o do curso de mestrado em Educa o para garantir a acessibilidade e outros direitos de candidatas cegas realiza o de provas usando o computador e impress o de prova de l ngua estrangeira em Braille Reuni o pr via com a presidente da comiss o da sele o da candidata e da coordenadora do NAIS UFF estabeleciam a melhor forma de atender s candidatas 2 Censos l Censo de Estudantes com Defici ncia dos cursos de gradua o e p s gradua o considerando todos os campi de Niter i e do interior l Censo de Professores com Defici ncia da UFF 217 3 Acessibilidade para os estudantes durante sua vida universit ria O NAIS UFF atendia n o apenas aos estudantes do munic pio de Niter i mas tamb m aqueles das Unidades do interior A Unidade de Campos dos Goytacazes mesmo antes da cria o do GT Sensibiliza j possu a setor de apoio aos estudantes com defici ncia que se uniu
118. blemas contados me chamou muito a aten o o de pessoas com surdez no momento em que frequentam consult rios m dicos A professora do INES nos contou que muito dos rem dios escritos na receita n o s o compreendidos 128 quanto a forma de usar uma vez que nem todo vocabul rio da lingua portuguesa tem uma correspond ncia com o vocabul rio da libras Creio que informa es como esta s o cruciais n o s para a minha futura profiss o como m dica mas tamb m para realizar o meu pr prio dever como cidad Afinal as pessoas com surdez apesar de muitas vezes n o serem consideradas s o parte da nossa sociedade de modo que n o somente em uma consulta m dica o local onde irei interagir socialmente com elas Um fato contado pelos funcion rios que me entristeceu muito foi o do MEC pretender fechar a escola destinada para pessoas com surdez presente no INES assim como deseja fazer com a escola existente no Instituto Benjamin Constant Afinal como at mesmo havia dito em um relat rio anterior tais escolas n o apenas s o criadas de acordo com as necessidades espec ficas dessas pessoas com defici ncia mas tamb m s o constitu das por funcion rios que conhecem o potencial e as limita es existentes nessa tal defici ncia Como foi dito por um funcion rio do INES ao inv s de colocar tais indiv duos com defici ncia nas escolas p blicas dever se ia realizar uma inclus o social inversa na qual as pessoas sem
119. blica de sa de faz desta obra mais que um relato de experi ncias uma a o reflexiva sobre as pr ticas de sa de e a necess ria adequa o delas nova realidade que d voz aos direitos daqueles cidad os com defici ncias Para n s do Instituto de Sa de Coletiva estas experi ncias foram a centelha que p s em marcha nossos desejos e a es na amplia o e institucionaliza o daquela tem tica como motiva o de reflex es e possibilidades de a o Esperamos que voc leitor tamb m possa se sensibilizar e se juntar a este movimento Alu sio Gomes da Silva Junior Diretor do Instituto de Sa de Coletiva UFF 12 Apresenta o O que me levou a esse tema foi ter conhecido o Programa Especial veiculado na antiga TVE hoje Rede Brasil sobre inclus o social das pessoas com defici ncia Para integrar o grupo de preceptores da disciplina Trabalho de Campo Supervisionado l deveria escolher um tema para meu grupo escolhi Necessidades Especiais t tulo alterado mais tarde A partir da o envolvimento com esse tema tomou conta da minha vida profissional somando projetos de pesquisa e extens o e da vida pessoal com novas e grandes amizades com pessoas com e sem defici ncia que encontrei nesse percurso A proposta de disponibilizar gratuitamente esta publica o na p gina do Instituto de Sa de Coletiva UFF e do Observat rio LIDAR COM projeto em parceria com a Associa o Fluminense de Reabilita o sur
120. ca de Niter i RJ usando cadeira de rodas 247 Detalhe do p do aluno sobre piso t til A partir da leitura do texto da Pol tica Nacional de Sa de das Pessoas com Defici ncia 2002 o grupo teve a ideia de verificar como estava se dando a aten o sa de das pessoas com defici ncia em servi os de baixa m dia e alta complexidade do munic pio de Niter i RJ e em diversas reas m dicas assim como a acessibilidade desses servi os Os estudantes utilizaram cadeira de rodas para avaliar na pr tica a acessibilidade arquitet nica do servi o em quest o Foram entrevistados dez m dicos sendo dois pediatras no hospital e um na Policl nica dois obstetras no hospital e um na Policl nica e um neurocirurgi o no hospital um cl nica na Policl nica e duas m dicas de fam lia no Polo O tempo de formado variou de seis meses a vinte e nove anos seis com menos de dez anos Tr s estudaram em universidades p blicas brasileiras uma em curso na Col mbia e no Equador e os demais em institui es particulares localizadas no Estado do Rio de Janeiro 70 dos entrevistados j tiveram contato com pessoas com defici ncia em sua vida pessoal 248 Todos os entrevistados j haviam atendido pessoas com algum tipo de defici ncia Motora 10 Visual 6 Intelectual 7 Auditiva 5 Nenhum dos m dicos conhece a Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa com Defici ncia Apenas quatro m dicos informaram ter ti
121. cebendo elogios Com tantos pontos positivos e a conscientiza o que esse projeto promover nos estudantes refletindo na vida de seus futuros pacientes esperamos ver logo as implanta es das propostas e quem sabe o surgimento de novas de acordo com a demanda dos alunos Sabemos que as barreiras a serem quebradas para que as pessoas com defici ncia tenham uma aten o sa de de qualidade ainda s o muitas por m come ar com a capacita o dos futuros m dicos j um grande passo 265 Refer ncias Amosun SL Volmink L amp Rosin R Perceived images of disability the reflections of two undergraduate medical students in a university in South Africa on life in a wheelchair Disability Rehabilitation 27 16 961 966 2005 Barrows HS An Overview of the Use of Standardized Patients for Teaching and Evaluating Clinical skills Academic medicine 68 6 443 451 1993 Bowers B Esmond S Lutz B Jacobson N Improving Primary Care for Persons with Disabilities The nature of expertise Disability amp Society 18 4 443 455 2003 Brasil Decreto No 5 296 de 2 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis nos 10 048 de 8 de novembro de 2000 que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica e 10 098 de 19 de dezembro de 2000 que estabelece normas gerais e crit rios b sicos para a promo o da acessibilidade das pessoas portadoras de defici ncia ou com mobilidade reduzida e d outras provid ncias
122. ceber as diversas necessidades de uma pessoa com defici ncia e n o somente as necessidades bvias a import ncia de institui es oferecerem servi os multidisciplinares que englobam essas diversas necessidades e tamb m a constru o de pol ticas p blicas mais integrais generalistas ao contr rio de pol ticas muito espec ficas 147 Visita ao Instituto Brasileiro de Defesa das Pessoas com Defici ncia IBDD Foi realizada visita do grupo de TCSI B s instala es do IBDD em 2005 Grupo do 1 semestre de 2005 na entrada do IBDD junto com a professora Luiza Participa o em ensaios do grupo Teatro Novo O trabalho do grupo Teatro Novo dirigido pelo psic logo Rubens Emerick Gripp tamb m conheci na mostra Arte diversidade e inclus o sociocultural no Centro Cultural Banco do Brasil em maio de 2005 onde apresentaram O Aleijadinho O menino e Momentos de Fam lia cria o coletiva deste grupo formado por atores com defici ncia intelectual Acompanho o trabalho do Teatro Novo desde ent o sendo testemunha do desenvolvimento pessoal e art stico dos atores que s o excelentes J se apresentaram na Faculdade de Nutri o e em evento do Departamento de Recursos Humanos da UFF Fizeram parte das atividades dirigidas aos calouros de medicina da UFF em 2005 e em duas outras oportunidades 2006 e 2013 o grupo de TCSI 148 B participou de alguns de seus ensaios a partir do primeiro semestre
123. cego podendo assim sermos mais compreensivos e mais criativos quando cuidarmos de um paciente assim 2 nos ensinou como guiar uma pessoa cega de maneira que possamos fazer isso quando virmos um cego precisando de ajuda na rua inclusive uma das alunas do grupo a Maria j colocou esse aprendizado em pr tica dias depois da viv ncia e 3 evidenciou como andam p ssimas as quest es de acessibilidade no Centro de Niter i e com certeza na grande maioria das reas p blicas demonstrando que por mais que haja uma legisla o maravilhosa para as pessoas com defici ncia ela em muito negligenciada Por fim eu gostaria de fazer um link com a visita Associa o Fluminense de Reabilita o AFR Lembro que nesse campo a assistente social nos disse que um dos problemas de abandono de tratamento na institui o por conta da locomo o Agora posso ver com toda clareza que uma pessoa que abandona um tratamento por dificuldade de acessibilidade n o o faz por m vontade mas sim por dificuldades extremas reais e fact veis Sendo assim faz se necess rio que encaremos essas quest es urbanas como de sa de p blica e quando em nosso alcance batalharmos por melhor acessibilidade e por 199 maior amparo s pessoas que precisam fazer essa locomo o penosa Quando digo amparo imagino por exemplo um sistema em que vans na AFR possam pegar esses pacientes em casa para as consultas Filmes utilizados ao longo desses anos
124. cente Sa de da Mulher Sa de Mental e Racionalidades M dicas No primeiro semestre de 2007 e do segundo de 2011 ao segundo de 2012 Defici ncia como Quest o de Direitos Humanos foi oferecida a um grupo de TCSIA e desde 2004 exceto os semestres anteriormente citados na disciplina na disciplina TCSI B Ao todo j participaram desses grupos 288 estudantes Os programas dos grupos tanto em TCSIA quanto em TCSI B foram constru dos ao longo desses anos em um processo cont nuo de avalia o onde os estudantes t m papel fundamental sendo incorporados novos campos e novas formas de inser o nos campos Por exemplo algumas visitas se transformaram em viv ncias como ocorreu no Instituto Benjamin Constant e na Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos Na Associa o Fluminense de Reabilita o institui o parceira do Instituto de Sa de Coletiva UFF ao inv s de uma visita passaram a ser 60 realizadas tr s sendo que em duas os estudantes t m a oportunidade de acompanhar de perto os atendimentos em setores como de Neurologia Infantil Terapia Ocupacional Fisioterapia Respirat ria e atendimento a crian as com defici ncia intelectual e com transtornos do espectro do autismo A proposta de trabalho do grupo sobre Defici ncia em ambos os per odos foi orientada pelos seguintes pressupostos Y Yv Modelo biopsicossocial de perceber a defici ncia Respeito pela diferen a e aceita o das pessoas com
125. cia livros apresentando estat sticas relacionadas a outros pa ses Quanto preven o apontam a vacina o infantil com a tr plice viral monitora o dos n veis s ricos em face do uso de antibi ticos potencialmente otot xicos assim como evitar exposi o cr nica a ru dos altos e usar prote o dos ouvidos Nelson apresenta como poss vel sequela de baixo peso ao nascer les es neurossensoriais Existem cap tulos espec ficos que tratam de prematuridade e de infec es cong nitas e a import ncia de evit las Os livros de Pediatria e Otorrino chamam a aten o para a import ncia do diagn stico precoce Tanto o livro de Semiologia Pedi trica quanto o de Otorrino n o fazem refer ncia ao teste de Emiss o Otoac stica em rec m nascidos Referem se apenas a testes simples como o reflexo de Moro e o reflexo cocleopalpebral que refletiriam normalidade do nervo auditivo 229 al m da mudan a de posi o da cabe a e sorriso diante da voz dos pais situados fora do campo visual da crian a O Manual Ilustrado de Pediatria apresenta tabela com respostas auditivas e visuais da crian a esperadas desde o nascimento at os quatro anos de idade e uma figura com lista de confer ncia da audi o para os pais desde o nascimento at os 12 meses O livro de Semiologia Pedi trica cnama a aten o para ouvirmos a opini o da m e sobre a capacidade auditiva do filho Como algumas crian as com defici ncia auditiva n
126. com Defici ncia e o Sistema Unico de Sa de Bras lia Minist rio da Sa de 2006 Minist rio da Sa de Secretaria Executiva N cleo T cnico da Pol tica Nacional de Humaniza o HumanizaSUS pol tica nacional de humaniza o documento base N cleo T cnico da Pol tica Nacional de Humaniza o S rie B Textos B sicos de Sa de Bras lia Minist rio da Sa de 2004 Minist rio da Sa de Portaria MS n 1 060 de 5 de junho de 2002 Aprova na forma de anexo desta Portaria a Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa com Defici ncia Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia D F v 0 n 0 p 21 jun 2002 Se o 1 Secretaria de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica SDH PR Secretaria Nacional de Promo o dos Direitos da Pessoa com Defici ncia SNPD DEFICIENCIA Viver sem Limite Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com VIVER SEM LIMITE Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Defici ncia SDH PR SNPD 2013 Secretaria Nacional de Promo o dos Direitos da pessoa com Defici ncia Capacita o em Acessibilidade Dispon vel em www pessoacomdeficiencia org br app acessibilidade conteudo para capacitacao em acessibilidade Acesso em 24 de maio de 2015 Subsecretaria Nacional de Promo o dos Direitos da Pessoa com Defici ncia Comit de Ajudas T cnicas Tecnologia Assistiva Bras lia CORDE 2009 138p Brown RS Graham CL Richeson N Wu J McD
127. com uma das respons veis cujo nome j n o me lembro e ela muito sol cita se disponibilizou a tirar algumas de nossas d vidas O que mais havia me suscitado a curiosidade durante esse campo havia sido a quest o da surdocegueira em termos de desenvolvimento da linguagem e expectativas para um doente Nesse sentido a visita n o modificou muito a impress o dolorosa que eu particularmente possu a dessa defici ncia dupla mas clareou alguns aspectos como a possibilidade de comunica o t til e a intera o com o mundo ao redor Em um segundo momento fomos parte de esportes conversamos com um professor da institui o que nos colocou a par dos problemas enfrentados quanto ao fechamento e as pol micas envolvendo a integra o de alunos com defici ncia em escolas p blicas convencionais E realmente muito complexa a quest o de assimila o por parte dessas escolas p blicas dos alunos com defici ncia e a perda da tima infraestrutura do INES ser prejudicial aos alunos No setor de fonoaudiologia conhecemos o trabalho desenvolvido no sentido da oraliza o das pessoas com defici ncia auditiva um processo demorado que depende principalmente da estimula o precoce mas que pode alcan ar sucessos significantes para o conv vio social e o desenvolvimento das atividades cotidianas Al m disso nos foi apresentado um material desenvolvido por pesquisadoras professoras da casa no intuito de auxiliar esse processo como os DVD
128. cores vivas para todo lugar que se olhasse desenhos e gravuras nas paredes enfim um lugar m gico no qual uma crian a sem defici ncia visual alguma poderia passar horas e horas brincando Ok mas havia algo a mais naquele lugar Os brinquedos as gravuras as cores quase tudo ali tinha um papel estrat gico na estimula o motora cognitiva e social de crian as com defici ncia 120 visual parcial e total de modo que houvesse uma provoca o excita o dos demais sentidos e ou do res duo visual Nessa mesma sala fomos recebidos por uma fisioterapeuta uma fonoaudi loga e uma terapeuta ocupacional as quais tiveram toda a aten o de nos explicar as suas fun es desempenhadas ali bem como um pouco da hist ria da institui o e o seu papel na sociedade Todas foram muito simp ticas e revezaram muito bem em suas coloca es mostrando inclusive muita integralidade e parceria coisa realmente dif cil de se ver sem criar hierarquiza es evidentes de poder e conhecimento Elas tiraram tamb m algumas d vidas e nos mostraram o funcionamento de alguns materiais l dicos Fiquei muito satisfeito com o que vi e ouvi pois pode at parecer piegas o trabalho que elas desempenham ali o de trazer ao mundo mais esperan a s crian as que necessitam de um cuidado especial e conforto ao cora o das m es fam lias que depositam a sua confian a nesse mister Ap s a conversa na sala de estimula o fomos levados sala de f
129. da educa o pois nos deu a oportunidade de observar o desconhecimento dos profissionais da sa de quanto ao o que ser surdo e como se relacionar com este sujeito sem discrimina o e reconhecendo as suas reais possibilidades Em um trabalho conjunto com a participa o direta da comunidade surda e seus profissionais estamos elaborando estrat gias que possam oferecer equidade no acesso do surdo sa de no que diz respeito preven o de doen as promo o da sa de e a assist ncia m dica Este trabalho vem despertando a curiosidade fora do pa s como na educa o de surdos em Portugal e na Federa o Internacional de Surdos A professora de LIBRAS da equipe do NOSS Vanessa Pinheiro relata sua viv ncia neste trabalho Coment rio da professora de Libras Vanessa Miro Pinheiro NOSS INES Eu Vanessa Pinheiro surda h 36 anos ao adquirir meningite quando era beb hoje sou formada em Arquitetura e Urbanismo e Letras Libras e sei a tamanha dificuldade encontrada pelos surdos devido s barreiras comunicacionais em volta da Pessoa Surda pois h tanta variedade na identidade surda que sempre haver barreiras 184 Sou m e de dois meninos e como m e meu dever educar sustentar estimular mant los saud veis f sica e emocionalmente No caso da crian a estar doente ou seja uma rotina de pediatria quando os pais surdos levam seu filho ao m dico diferente de pais ouvintes que n o dependem de ningu m necess
130. da grupo apresentou para sua turma o que considerou mais significativo 63 Associa o Fluminense de Reabilita o Na Associa o Fluminense de Reabilita o os alunos aprendem muito e sempre um dos campos mais elogiados pelo carinho e compet ncia com que os profissionais atendem os pacientes Os grupos come aram fazendo uma visita para conhecer todos os setores de atendimento Grupo do 1 semestre de 2012 com a professora Luiza Costa e com Val ria Coelho coordenadora do N cleo de Ensino e Pesquisa da AFR 64 Relat rio de campo Aluno Luiz Augusto V P Albuquerque 2 Semestre de 2012 A visita AFR foi muito enriquecedora pois logo de cara fica bvio o carinho e a aten o que os profissionais da rea da sa de de l t m com os pacientes e tamb m com os familiares Para mim outra grande surpresa foi saber que a AFR est em sua maioria relacionada com o SUS algo que na minha vis o antes era imposs vel uma vez que associava o SUS com hospitais e lugares em p ssimas condi es e com poucos profissionais que ainda por cima vivem estressados Primeiramente ao entrar na AFR duas coisas j me despertaram a aten o o sorriso e a boa vontade no rosto do recepcionista e a recep o que era ampla e com muitas cadeiras confort veis Posteriormente na conversa com os profissionais de sa de de l tanto o sorriso e a boa vontade permaneceram bem n tidos Essas conversas tamb m foram muito importante
131. das mais uniformes de sinaliza o e todos os meios que tornariam o ambiente acess vel a qualquer tipo de pessoa mas n o sabem com quem devem reclamar At achei interessante o pedido que ela nos fez Pediu nos que lev ssemos esse trabalho at o prefeito ou rg o respons vel para exigir atitudes concretas Ainda na viv ncia como uma pessoa com defici ncia visual tive a impress o de perder a audi o a deformidade das cal adas a falta de sinaliza es no ch o e a sensa o de inseguran a Essa impress o de perder a audi o foi porque havia sempre a necessidade de direcionar o ouvido em dire o a boca de quem falava A deformidade das cal adas prejudicava o caminhar com a bengala pois sempre prendia e batia na barriga J a falta de sinaliza o no ch o foi percept vel no shopping Niter i perto do extintor de inc ndio e tamb m na rua pr xima a uma caixa de energia Nessas duas situa es a pessoa que n o enxerga poderia bater e se machucar Por fim existia a sensa o de que sempre ir amos bater a cabe a ou o corpo em outro lugar e foi isso que denominei por inseguran a A bengala ajudava em uma parte a reduzir tal sensa o mas n o deixava de existir Na viv ncia de cadeira de rodas alguns fatos me chamaram a aten o dentre eles novamente a irregularidade das cal adas a falta de rampas o olhar das pessoas e a vontade que elas tinham de ajudar A irregularidade das cal adas fazia com que sempre
132. de funcionalidade por exemplo O que foi apresentado no primeiro sentido de Integralidade em rela o a como o profissional de sa de deve ver o paciente se aplica aqui A sensa o de desconforto na presen a de uma PCD pode levar alguns m dicos a apresentar atitudes negativas adicionais em rela o a doen as cr nicas incapacitantes pelo fato de serem frequentemente incur veis S o vistas como fracassos terap uticos como no caso do oftalmologista que considera a cegueira um fracasso da oftalmologia Ningu m gosta do fracasso menos ainda um profissional acostumado ao papel daquele que cura Wainapel SF 1987 Etiqueta no atendimento a pessoas com defici ncia Alguns pontos sobre etiqueta que devem ser observados no atendimento a pacientes com defici ncia Jain 2006 a Use a terminologia adequada pessoa com defici ncia pessoas surdas cegos pessoas cegas cadeirantes pessoas com nanismo para ou tetrapl gicas Pode parecer discuss o desnecess ria mas a ado o de termos corretos legitima os avan os da humanidade em dire o a uma sociedade que busca superar seus pr prios preconceitos SENAI 2008 b Esforce se para apertar a m o do paciente como cumprimento mesmo quando se trata de pacientes que usam 32 pr tese ou apresentam restri o de movimentos de membros superiores como durante a fase de recupera o de um acidente vascular encef lico ou paciente tetrapl gico Adie pergunta
133. de de esquemas intestinais e desimpacta o para assegurar pelo menos duas evacua es por semana e evitar distens o ou obstru o do colon Para evitar o risco aumentado de trombose venosa e embolia pulmonar em pacientes com les o aguda da medula espinhal indicam o uso durante as primeiras duas semanas de dispositivos de compress o das panturrilhas e a anticoagula o com heparina Orienta ainda medidas profil ticas contra lceras de dec bito e exerc cios de alongamento para manter a mobilidade das articula es O mesmo livro apresenta num quadro as fun es neurol gicas esperadas ap s les es completas da medula 234 espinhal de acordo com o n vel da les o Esse quadro muito interessante pois n o s usa a palavra esperada em seu t tulo como apresenta aspectos como depend ncia independ ncia auto cuidados e transfer ncias e mobilidade m xima No in cio do texto diz que mesmo les es completas da medula cervical superior podem ser compat veis com a vida produtiva ou seja chama aten o n o apenas para os aspectos biol gicos do TRM mas sociais e econ micos Apenas o Manual Ilustrado de Pediatria orienta em termos gerais sobre a melhor forma de dar a not cia de defici ncia O Tratado de Pediatria ao final do item sobre TRM comenta que outra medida terap utica de aten o crian a com TRM al m da cirurgia tra o e imobiliza o e tratamento das perturba es vesicais e gastrintes
134. de gradua o e resid ncias m dicas no sentido de se desencorajar a perpetua o de tais estere tipos Amosun et al 2005 Pesquisadores australianos Martin HL et al 2005 Mitchell KR et al 1984 ingleses Duckworth SC 1988 Byron M etal 2005 e 238 sul africanos Amosun SL e cols 2005 v m analisando mudan as de atitude dos estudantes de medicina em rela o a pessoas com defici ncia ap s atividades como apresenta es de v deos simula es e contato direto com pessoas com defici ncia N o foi encontrada nenhuma publica o brasileira no tema Martin e cols 2005 observaram que o videotape Entendendo a Paralisia Cerebral Understanding Cerebral Palsy foi eficaz no aumento do conhecimento dos estudantes do pen ltimo ano do curso m dico mas n o na mudan a de atitudes em rela o s pessoas com defici ncia J Mitchell e cols 1984 perceberam atitudes mais positivas por parte de estudantes do quarto ano do curso em rela o s atitudes dos estudantes do primeiro ano de uma escola m dica que mudou seu curr culo permitindo o contato com pacientes desde o in cio do curso Estudo semelhante foi realizado por Duckworth numa faculdade de medicina com curr culo tradicional n o observando nenhuma diferen a entre as atitudes dos estudantes do primeiro e do quarto ano Na pesquisa de Byron e cols 2005 atrav s da livre associa o de ideias palavra defici ncia foram identificadas as pa
135. defici ncia como parte da diversidade humana Conceito de defici ncia apresentado no texto da Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Pessoas com defici ncia s o aquelas que t m impedimentos de longo prazo de natureza f sica mental intelectual ou sensorial os quais em intera o com diversas barreiras podem obstruir sua participa o plena e efetiva na sociedade em igualdade de condi es com as demais pessoas As pessoas com defici ncia devendo ser vistas como pessoas inteiras no contexto de suas fam lias e comunidades Dimens es do cuidado da sa de de qualidade medicina centrada no paciente seguran a efic cia efici ncia e equidade Nada sobre n s sem n s que significa aqui que as pessoas com defici ncia devem participar dos projetos desde seu planejamento at a avalia o inclusive como professores palestrantes ou coordenadores de oficinas As pessoas com defici ncia que participam das atividades em TCSlo fazem de forma volunt ria n o sendo remuneradas por seu trabalho uma vez que a disciplina n o possui verba para tal Disciplina Trabalho de Campo Supervisionado A Objetivos Refletir sobre as dimens es socioculturais do processo sa de doen a 61 Estimular a constru o de um olhar complexo sobre o usu rio dos servi os de sa de a partir do eixo de cidadania Perceber a sa de como um direito Ementa Pol ticas P blicas de Sa de Diver
136. defici ncia ingressassem nas escolas que possuem infraestrutura e um rg o docente qualificado para promover uma educa o s pessoas com defici ncia Com a visita ao INES pude refletir o quanto importante conhecer os problemas enfrentados por partes da sociedade como por exemplo as pessoas com defici ncia auditiva Afinal conhecendo tais problemas poderei evitar caus los tanto na minha profiss o quanto na minha vida como cidad Al m disso importante que a sociedade conhe a tais problemas a fim de que se possa formular medidas eficientes que promovam uma maior inclus o social dessas pessoas com defici ncia auditiva Aluno Gustavo Monteiro Cuquetto 1 Semestre 2011 A experi ncia foi muito proveitosa pois apesar de o pr dio estar em obra de manuten o e adequa o p de se ter uma ideia de sua estrutura f sica um espa o privilegiado com recursos e corpo profissional competente 129 No N cleo de Orienta o Sa de do Surdo tivemos contato com a Vanessa professora respons vel por um trabalho de informa o e educa o com as pessoas com defici ncia auditiva que tem como foco quest es como sexualidade e DSTs que muitas vezes n o chegam de forma clara a essas pessoas A oportunidade de conhec la foi tima pois demonstrou simpatia e boa capacidade de comunica o provando a possibilidade de ruptura da dist ncia imposta pelo problema auditivo No departamento de atendimento conversamos
137. defici ncia que ser o atendidos desde a marca o da consulta para que suas necessidades sejam atendidas Diferentes formas de perceber a defici ncia Pessoa com defici ncia Quando ouvem esse termo as pessoas ainda costumam pensar logo na falta de algo de uma parte do corpo de uma fun o ou de alguns cent metros na altura Essa era a regra do pensar at bem pouco tempo Aos aleijados retardados inv lidos deficientes nossa compaix o Dizia se que algu m ou o filho de algu m tinha um problema Esse problema j foi visto como castigo e tamb m como dom Frente a essa pessoa diferente ao longo da hist ria a sociedade decretava o destino que lhe seria reservado exterm nio segrega o integra o inclus o social Tendemos a acreditar que se trata de uma evolu o a civiliza o antiga exterminava enquanto n s inclu mos N o bem assim Afrescos nas paredes dos t mulos e estatuetas sugerem que no Egito Antigo o n mero de pessoas com nanismo era elevado e estes jamais foram olhados como seres marginalizados ou inferiores aos outros homens Silva 1987 p 88 Foi denominado Modelo M dico aquele que reduzia a defici ncia ao d ficit individual podendo legitimar o paternalismo m dico Como o problema era situado nas pessoas com defici ncia era nelas que as a es deveriam ser dirigidas com o objetivo de tornar seus corpos o mais pr ximo poss vel de um corpo considerado normal Isto
138. do algum tipo de dificuldades no atendimento normalmente eles v m com algum acompanhante Mas n o sei se sozinhos Eu tenho uma paciente que ficou cega h pouco tempo e sempre vem com acompanhante E normalmente como vem algum acompanhante junto quando a gente n o entende ele tenta ajudar a maioria dos surdos sabe leitura labial mas a gente n o recebeu nenhum treinamento pra isso e aqui no posto n o tem nenhum tradutor de libras nem material educativo pra surdos e cegos A maior dificuldade pesar o cadeirante normalmente a gente pesa a gente e depois pega ele no colo e a diferen a o peso do cadeirante mas o adulto fica dif cil a gente faz isso com um adolescente N o tem balan a pr pria Eu fiquei um ano em Jurujuba e eu tinha uma paciente que era surda e muda e estava gestante o marido alco latra usu rio de drogas e era muito complicado porque eles estavam com s filis e era dif cil explicar que os dois precisavam de tratamento Ent o era s com gestos ela n o sabia escrever tamb m Mas ela conseguia conversar com a gente Agente fez o pr natal era tudo por gestos ela ia consulta s vezes faltava mas a gente ia atr s dela Era tudo com gestos Com o cadeirante a gente fazia atendimento domiciliar Ele fazia reabilita o l naquele lugar a AFR Tinha que chamar a ambul ncia do programa pra levar ele mas nem sempre estava dispon vel Acabou que ele parou de ir Pel
139. dular deixando de mencionar como poss vel intercorr ncia durante o parto a hiperreflexia auton mica parox stica Em rela o defici ncia cita apenas que anomalias da coluna vertebral podem criar problemas obst tricos por deforma o ou desnivelamento da bacia resultantes de perturba es da marcha e obstru o total o parcial do estreito superior Nenhum dos livros analisados considerou a pessoa com defici ncia como um paciente que chegue ao consult rio como outro paciente qualquer Nem o livro de Medicina Interna em seu cap tulo inicial A Pr tica da Medicina que inclui itens como rela o m dico paciente e princ pios da assist ncia ao paciente menciona por exemplo a comunica o com pessoas surdas ou com defici ncia intelectual 236 Coment rios Encontramos muito mais conte dos relacionados defici ncia do que esper vamos encontrar uma grata surpresa Entretanto isso n o garante que as informa es preciosas que a se encontram cheguem aos estudantes indispens vel que temas como preven o de sequelas reabilita o aten o e abordagem das pessoas com defici ncia fa am parte dos conte dos das diversas disciplinas cl nicas e cir rgicas assim como das atividades pr ticas dos estudantes o que n o vem acontecendo para que uma vez m dicos possam prestar um atendimento com qualidade pessoa com defici ncia Livros analisados 1 Harrison TR Org Medicina Int
140. e As sugest es dadas foram anotadas no quadro divididas em duas categorias conte do e estrat gias de inclus o discutidas entre os alunos presentes A proximidade entre os participantes e o interesse pelo tema fizeram com que as conversas sempre fossem descontra das e amig veis Os alunos interagiram bastante e discutiram as opini es dadas por outros alunos ressaltando pontos positivos e negativos das propostas Os encontros foram coordenados 261 inicialmente pela nossa orientadora e posteriormente fomos conseguindo coordenar as demais reuni es Ap s a realiza o de todos os grupos focais come amos o trabalho de an lise dos dados Organizamos as sugest es referentes a estrat gias de inclus o em cinco categorias 1 Inclus o do tema nas disciplinas obrigat rias j existentes no curr culo 2 Divis o de carga hor ria com outras disciplinas 3 Cria o de disciplina optativa 4 Projetos projetos de Monitoria e Inicia o Cient fica 5 Atendimento ambulatorial filmes semin rios campos 1 Inclus o do tema nas disciplinas obrigat rias j existentes no curr culo Anatomia m dico cir rgica Neurologia Etica m dica Fisiologia Anestesiologia Pediatria Patologia e Cardiologia entre outras Por exemplo em Pediatria em que j falado um pouco sobre defici ncia foi sugerido que houvesse a discuss o de como comunicar aos pais que seu sua filho a apresenta uma defici ncia e como lidar com
141. e a virada 2 Sustentou o bra o comprometido 3 Ajudou o paciente a dobrar o joelho ou cruzar os calcanhares 4 Na posi o em dec bito lateral manteve o bra o comprometido numa posi o com apoio 5 Voltando posi o supina ajeitou o travesseiro para conforto e alinhamento do paciente 6 Posicionou o bra o sem for a em alinhamento neutro 7 Colocou o apoio de m o de volta ao lugar Consideram que em uma era de uso crescente de tecnologia m dica tais habilidades b sicas como posicionamento e movimenta o do paciente podem parecer sem import ncia o que n o verdade Sabharwal et al 2000 Sabharwal amp Brownell 2001 Na Tulane University School of Medicine New Orleans uma dupla paciente simulando hemiplegia cuidador participou de atividade de avalia o de oficina dirigida a estudantes do 4 ano durante o internato interdisciplinar Saketkoo et al 2004 55 Pacientes Padronizados H S Barrows foi o criador da primeira inclus o no curr culo com participa o de Pacientes Padronizados Long Bellil et al 2011a Geoff Norman Apud Barrows 1993 usa o termo paciente padronizado PP ao inv s de paciente simulado para destacar a principal vantagem desta t cnica em que o problema representado n o ir variar de estudante para estudante J Barrows usa o termo paciente padronizado como um guarda chuva tanto para pacientes simulados como padronizados que s o pacientes reais qu
142. e com dificuldade de articula o da fala relato de experi ncias Nat lia Chilinque Zamb o da Silva ap s ter vivenciado as atividades na disciplina Sa de e Sociedade Ill se interessou em registrar e divulgar essa experi ncia Desenvolvendo habilidades de comunica o dos estudantes de medicina com pessoas surdas e com dificuldade de articula o da fala relato de experi ncias foi apresentado na forma de p ster no Il Congresso de Educa o M dica da Regional RJ ES no Rio de Janeiro e como apresenta o oral no 46 Congresso Brasileiro de Educa o M dica em Salvador BA em 2008 Silva amp Costa 2008 Em 2012 publicamos no peri dico Interface Comunica o Sa de Educa o o artigo Desenvolvendo atitudes conhecimentos e habilidades dos estudantes de medicina na aten o em sa de de pessoas surdas Costa amp Silva 2012 222 DA i Nat lia e a professora Luiza junto ao p ster apresentado no Il Congresso de Educa o M dica da Regional RJ ES Nat lia em sua apresenta o oral no 46 Congresso Brasileiro de Educa o M dica 223 Abordagem do Tema Defici ncia na Literatura M dica Para atender s Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Gradua o em Medicina 2014 no que diz respeito s pessoas com defici ncia preciso n o apenas a incorpora o dessa diretriz nos cursos da rea da sa de mas tamb m a capacita o dos seus professores para atender a essa demanda
143. e das Pessoas com Defici ncia no Curr culo M dico da Universidade Federal Fluminense na vis o dos estudantes Carolina Andrade Vitoi Raquel de Sousa Filgueiras Isadora Almeida Ferreira A experi ncia das autoras em rela o pessoa com defici ncia come ou logo no primeiro per odo do curso de medicina da Universidade Federal Fluminense UFF Para Carolina Vitoi atrav s da disciplina Trabalho de Campo Supervisionado IA TCSIA no grupo Defici ncia como Quest o de Direitos Humanos e para Raquel Filgueiras e Isadora Ferreira no segundo per odo na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado B TCSI B no grupo Aten o Integral a Sa de das Pessoas com Defici ncia Com essas disciplinas conhecemos uma realidade negligenciada por grande parte da sociedade a dificuldade encontrada pelas pessoas com defici ncia em receber uma assist ncia em sa de de forma qualificada e universal Passamos a questionar desde Essa rampa adequada para a passagem de uma cadeira de rodas at Como se faz um parto de uma mulher tetrapl gica Perguntas distintas mas que impactam todos os dias a vida de uma parcela significativa e crescente da popula o Segundo o Censo realizado em 2010 existem no Brasil 45 606 048 pessoas com algum tipo de defici ncia 23 9 da popula o brasileira total Percebemos o quanto falho o ensino m dico em rela o s pessoas com defici ncia PCD s e conversando com os col
144. e foram treinados para apresentar sua pr pria enfermidade de uma forma padronizada e invari vel A Universidade de Massachusetts foi pioneira na cria o de um programa com a participa o de pacientes padronizados com defici ncia em 1993 Minihan et al 2004 Os estudantes realizavam anamnese e exame f sico focado com dois PP um com esclerose m ltipla e outro com tetraplegia registravam o diagn stico diferencial e plano de tratamento Os casos foram escritos para cada um com base em sua pr pria hist ria m dica Infelizmente este programa foi descontinuado por falta de verba inclusive porque geralmente os PP s o pagos por sua participa o inclusive durante a fase de treinamento Apud ibid Rick Rader criou na University of Tennessee College of Medicine um programa envolvendo adolescentes e adultos jovens com diversos transtornos do comportamento incluindo defici ncia intelectual como pacientes padronizados Long Bellil et al 2011 a Na University of South Carolina School of Medicine organizaram um Exame Cl nico Objetivo Estruturado Objective Structured Clinical Exam OSCE com PP com defici ncia retratando um paciente que procurou atendimento com uma queixa m dica ou doen a comum Desta forma avaliaram a habilidade dos estudantes em cuidar de PCD fora do contexto de sua defici ncia No lugar do preceptor os PP d o retorno direto aos estudantes Suas avalia es e retornos s o levados em conta para calcular
145. e humana outras formas de estar no mundo Exemplos n o faltam de pessoas que escrevem com os p s comunicam se por gestos ou express es faciais comunicam se pela leitura labial ou por meio de recursos ou t cnicas espec ficos enxergam com as m os ou com instrumentos como a bengala ou se deslocam usando cadeiras de rodas Martins LP 2008 Shakespeare e cols 2009 refletem que as condi es que n o podem ser curadas ou normatizadas de acordo com as normas sociais padr o podem ser especialmente desafiadoras para profissionais de sa de em forma o O Modelo Social situando se no extremo oposto ao Modelo M dico recha ava qualquer a o sobre as PCD A verdadeira natureza da defici ncia n o s o nem as meras limita es funcionais do indiv duo nem as dificuldades do desempenho que surgem diretamente de tais limita es Defici ncia a opress o discrimina o exclus o social e restri o da participa o Kuno 2009 O primeiro coorte de pesquisadores ingleses em estudos sobre a defici ncia era um pouco hostil medicina A maior parte deste era formada por pessoas parapl gicas que n o necessitavam de muita aten o m dica ou benef cios Suas vidas estavam limitadas mais por obst culos sociais e culturais que por sua impossibilidade de andar A principal preocupa o desse 35 grupo era com a garantia de direitos acesso vida p blica e oportunidade econ mica Da sua f
146. e nos fazer entender o m ximo poss vel tendo em vista os limites evidentes a vida das pessoas cegas e o universo da cegueira como um todo Por isso n o usou eufemismos nem nada que n o fosse a mais simples verdade a vida com cegueira mais dif cil do que sem tem limita es e acaba fazendo com que quem vive assim tenha sua liberdade limitada e sua autonomia diminu da Entretanto isso n o significa que uma vida ruim e triste sem op es e fadada marginaliza o Ela mesma serve de exemplo de como uma pessoa cega pode muito bem ter uma vida plena produtiva e feliz mesmo com as limita es impostas pela aus ncia da vis o Acredito que o relato dela sobre a cegueira foi o mais sincero que pode existir sem idealiza es nega es lugares comuns do politicamente correto nem preconceitos Foi realmente uma experi ncia nica ouvir o que ela tinha para falar sobre isso e nesse momento com essa sinceridade chocante que ela quebrou totalmente as inibi es de todos sobre perguntar o que quisessem e conquistou definitivamente nossas aten es Depois disso continuando a conversa muitas perguntas interessantes come aram a surgir sobre os mais variados assuntos e detalhes Desde as perguntas sobre o cotidiano sobre a infraestrutura das cidades ser ou n o adequada infeliz e obviamente n o at as mais subjetivas todos os tipos de perguntas foram feitos Sinceramente as subjetivas foram as que tiveram as
147. e o contr rio Thiago nos contou que entrou na Faculdade de F sica da UFF h 10 anos e hoje est cursando doutorado e dando aulas em sua rea Para isso conta com a utiliza o de um projetor e de um monitor caso seja necess rio escrever algo no quadro Esse fato especificamente me chamou bastante a aten o Como naquele breve momento de conversa eu estava conseguindo entender muito pouco do que o Thiago estava falando fiquei me perguntando se os seus alunos sentem ou n o mais dificuldade em compreender as mat rias por ele explicadas dadas as suas limita es de fala Por fim Thiago comentou que os m dicos s vezes acabam rotulando as pessoas com defici ncia o que refor a a discuss o levantada ao longo da disciplina de que cada paciente com defici ncia ou n o apresenta as suas peculiaridades e por isso deve ser assistido de forma integral 171 Coment rio de Thiago Lacerda Sa de Mora no oculto do intelecto das pessoas fora da conviv ncia dos portadores de necessidade especificas PNE e sem a devida informa o a interliga o preconceituosa que todo individuo com alguma defici ncia que exclua do padr o normal da sociedade obrigatoriamente doente ou deficiente mental Ao contrario podem ser mais saud veis que muitos A busca por um padr o social onde a pessoa anda enxerga ouve e se expressa com desenvoltura exclui a possibilidade de algu m viver e contribuir para o mundo apesar d
148. e possuir caracter sticas dificultosas nos mbitos citados Logo minha fala nos encontros com os estudantes de medicina foi na linha de ser portador de encefalopatia cr nica n o evolutiva da inf ncia ou paralisia cerebral com acentuado comprometimento motor o qual me condiciona a me locomover em cadeira de rodas e fala embargada e mostrar que tinha uma rotina de trabalho estudo e vida como a maioria da popula o se n o tem ao menos deseja ter Uma primeira a ser questionada a posi o do m dico de forma geral ao se deparar com um PNE em seu consult rio A reclama o da maioria dos colegas de lutas por reconhecimento e acesso que pelo preconceito de interliga o descrito o profissional tende a assumir o papel dos demais integrantes sociais e se volta para a sua an lise cl nica atrav s da consulta exclusiva do acompanhante tomando como base o ide rio de que a pessoa com defici ncia n o teria capacidade de descrever o que est sentindo mesmo se tratando as vezes de um cego ou de um cadeirante Contei nos encontros que esse evento j aconteceu em v rias consultas e a maneira combinada com meu acompanhante normalmente minha m e para driblar a situa o procurar ser eu o primeiro a falar com o doutor ou que ela fale O Thiago que pode te explicar melhor seus sintomas Parece que nessa fantasia dos profissionais de sa de existe a seguinte rela o pessoas sem defici ncias aparentes podem ter acomp
149. e rugby e o grupo de dan a A partir disso fiquei tamb m refletindo acerca das outras modalidades muito interessante ver todos esses tipos de modalidade esportiva e cultural mas o que fico pensando como e por que isso n o muito divulgado na m dia Se pararmos pra pensar at mesmo as paralimp adas s o muito menos divulgadas do que as olimp adas Creio que essa pequena divulga o da m dia acerca desse assunto acaba sendo prejudicial tanto para sociedade quanto para essas pessoas com defici ncia Afinal a m dia ao divulgar pouco faz com que os indiv duos n o abram seus olhos para o universo de pessoas com defici ncia que tamb m fazem parte da sua sociedade e as pessoas com defici ncia tenham uma maior dificuldade de saber aonde e como podem achar associa es como a Andef Depois de assistir ao filme Murderball seria muito estranho se a parte que mais gostasse do campo n o fosse ver o treino de rugby Como muitas pessoas com defici ncia pensam que a defici ncia vai limitar completamente a sua vida considero incr vel como um esporte pode oferecer uma esperan a e um novo olhar de vida para elas Conversando com a fisioterapeuta do time de rugby ela mesmo havia dito que um dos atletas comentava que o rugby era sua vida Realmente penso que a defici ncia apesar de n o ser algo que algu m queira apresentar n o deva ser tratada como o fim do mundo Esse fato at mesmo foi justificado por um dos atlet
150. eabilita o Pestalozzi ABBR AFR e Sara Dois dos que encaminharam Pestalozzi nunca estiveram l O neurocirurgi o que j encaminhou pacientes AFR tamb m nunca esteve l embora trabalhe a apenas alguns quarteir es desse Centro de Reabilita o Como grande a procura da Policl nica por surdos para a obten o de preservativos e como a distribui o dos mesmos est vinculada participa o em palestra do grupo de Planejamento Familiar os funcion rios sentiram necessidade de aprender Libras A Unidade solicitou aux lio Associa o de Pais e Amigos dos Deficientes da Audi o Niter i Foi programado um curso de quatro aulas sendo que n o houve a ltima aula Os funcion rios avaliaram negativamente a experi ncia uma vez que havia muita informa o para pouco tempo 251 Coment rios Todos os m dicos entrevistados j haviam atendido PCDs sem que tivessem recebido orienta es sobre a aten o a PCDs durante sua forma o O resultado Maior desgaste na consulta por exemplo de surdos at descobrir uma forma de se comunicar Risco de n o compreens o das orienta es m dicas inclusive no que diz respeito ao uso de medicamentos Falta de participa o ativa do paciente durante a consulta uma vez que h o risco do di logo se dar entre o m dico e o acompanhante Equ vocos na abordagem da PCD N o h necessidade de falar devagar ao se dirigir pessoa cega Ainda em
151. eduz o isolamento da crian a A assist ncia espec fica em rela o defici ncia atrav s de a es de reabilita o deve ter uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar garantindo tanto a sua qualidade quanto o princ pio de integralidade O projeto terap utico dever ser individualizado para atender s necessidades demandas e interesses de cada paciente e de seus familiares As a es b sicas de reabilita o s o desempenhadas por profissionais especializados como fisioterapeutas terapeutas ocupacionais e fonoaudi logos incluindo a avalia o e o acompanhamento do uso de rteses e pr teses A partir de 2012 o Minist rio da Sa de lan ou diretrizes de aten o reabilita o de pessoas com defici ncia Diretrizes de Aten o da Triagem Auditiva Neonatal 2012 Diretrizes de Aten o Pessoa com S ndrome de Down 2012 Diretrizes de Aten o Pessoa com Les o Medular 2012 Diretrizes de 40 Aten o Pessoa Amputada 2012 Diretrizes de Aten o Pessoa com Paralisia Cerebral 2013 Diretrizes de Aten o Reabilita o de Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo 2013 e Diretrizes de Aten o Pessoa com Traumatismo Cranioencef lico 2013 At 2014 estava prevista a publica o das diretrizes terap uticas sobre defici ncia intelectual e defici ncia visual o que ainda n o ocorreu Publica es da maior import ncia essas diretrizes foram criadas com o objet
152. egas vimos que esse pensamento n o era s nosso 259 Como futuras profissionais de sa de acreditamos que nosso dever fazer o poss vel para melhorar a vida dessas pessoas mas infelizmente outro dado que logo percebemos que a maioria dos profissionais de sa de n o est preparada para lidar com esses pacientes desde o n vel prim rio de aten o sa de seja pela falta de comunica o eficaz com surdos a acessibilidade prec ria ou ausente em cl nicas e unidades b sicas seja pela falta de conhecimento no diagn stico de quadros que se apresentam com sinais e ou sintomas distintos em pessoas com e sem defici ncia No n vel terci rio a falta de orienta o quanto aos procedimentos cir rgicos que envolvem t cnicas diferentes para pessoas com defici ncia Esse despreparo se deve principalmente a falta de ensino sobre pessoas com defici ncia nos cursos relacionados a rea de sa de At mesmo na UFF pioneira no assunto onde o Instituto de Sa de Coletiva vem trabalhando desde 2004 pela inclus o do tema no curso m dico em atividades de ensino em pesquisas cient ficas que geram publica es de artigos e projetos de extens o a abordagem deste tema fica restrita a apenas um per odo do curso e limitado a um pequeno n mero de alunos sendo quase ausente sua inclus o em outras disciplinas Para tentar mudar esse cen rio nos sentimos na obriga o de repassar o conhecimento adquirido para colegas e out
153. ei a falar em l ngua de sinais mas a comunica o n o flu a pois eles sabiam o b sico ent o o volunt rio come ou a pedir ajuda aos colegas da turma Todos tiveram a mesma experi ncia um por um e alguns conseguiam se comunicar usando recursos visuais gestos e express es faciais e corporais O que mais percebi foi a rea o que os alunos tiveram dessa experi ncia pois eles ficaram apavorados eles n o estavam preocupados somente com os sinais eles estavam preocupados com o di logo com a comunica o Esta atividade foi muito boa pois despertou o interesse dos futuros profissionais conscientizando e preparando os para lidar com o paciente surdo compreendendo suas especificidades lingu sticas sabendo que a comunica o pode acontecer de diversas formas e nem sempre se dar atrav s da Libras pois nem todos s o usu rios dessa l ngua E desmistificou a ideia de que todos os surdos sabem l ngua portuguesa Simula o de atendimento m dico a pessoas surdas com a participa o de int rpretes da UFF e de profissionais do N cleo de Orienta o Sa de do Surdo NOSS do Instituto Nacional de Educa o de Surdos A atividade de simular uma consulta m dica com pacientes surdos que se comunicam atrav s de v rias formas foi planejada por profissionais surdos e ouvintes do NOSS e dirigida inicialmente a todos os alunos da turma do terceiro per odo do curso na disciplina Sa de e Sociedade III de 2007 a 2010 Com
154. eira de rodas da Ana para subir um degrau O problema foi que ele inclinou demais a cadeira e na hora que ele fez isso ela soltou um grito muito alto o que nos assustou e assustou muito ele Depois tudo terminou bem e ningu m ficou machucado mas admito que fiquei muito nervosa na hora Depois ela continuou contando hist ria e nos explicando como fazer determinadas atividades do dia a dia como ir ao dentista Tive um pouco de dificuldade para entender o que ela estava falando mas nada muito grave Fiquei impressionada com a energia e o senso de humor dela que foram realmente inspiradores AAna nos contou que ela consegue usar o computador digitando com a l ngua e n s vimos no cartaz ela fazendo isso Entretanto o momento mais emocionante foi o discurso que ela fez no final Ela falou que era feliz sim que gostava de viver que tinha dificuldades mas como ela tinha pai m e e uma irm que a amava muito vivia muito bem Falou que quando ficava 154 triste pensava que tinha pessoas em situa o pior que a dela Esse foi um dos maiores tapas na cara que eu recebi na vida porque ouvir de uma pessoa com paralisia cerebral que precisa de ajuda para realizar a maioria das atividades que apesar das dificuldades ela vive bem e feliz fez eu me sentir muito pequena pelas preocupa es que tenho no meu dia a dia Esse momento me deu muita vontade de chorar mas consegui me controlar Fui marcada mesmo por esse encontro mesmo com o atr
155. eira desenvolvida por este instituto que enquanto centro de refer ncia na rea da surdez dissemina experi ncias bem sucedidas para todo o pa s A parceria com o ISC nos trouxe maior visibilidade na rea da sa de e a oportunidade de difus o do conhecimento das implica es sociais e educacionais da surdez bem como o potencial lingu stico do surdo voltado para os profissionais da sa de Uma das a es que desenvolvemos junto aos estudantes de medicina da UFF nas disciplinas Sa de e Sociedade III e Trabalho de Campo Supervisionado a apresenta o de esquetes 183 representados pelos surdos da equipe do NOSS na qual eles representam a diversidade de ser surdo os diferentes tipos de comunica o utilizados por eles e as dificuldades que surgem na rela o m dico paciente surdo implicando muitas vezes numa anamnese confusa e diagn stico e tratamento errados Os diferentes olhares e o discurso entre o surdo o professor especializado e o m dico levantou dados apresentados numa pesquisa que apontou para algumas medidas simples pr ticas e muito vi veis por n o onerar qualquer das partes Surgiram iniciativas como a produ o de um gloss rio em LIBRAS L ngua Brasileira de Sinais com termos m dicos e relacionados a sintomas sinais e doen as e tamb m a oferta de um curso b sico de LIBRAS voltado para os profissionais da sa de A experi ncia desta parceria educa o e sa de foi muito positiva para os profissionais
156. ente correto Questiona e contesta a domina o da expertise profissional sobre a expertise de quem vive com defici ncia Couser 2011 E um campo de estudo cr tico que emergiu do movimento pelos direitos das PCD em desafio medicaliza o das vidas dessas pessoas aceitando as v rias formas de ser e que fogem de um padr o tradicional O curso Estudos sobre Defici ncia oferecido na escola de Educa o Sa de e Servi os Humanos da Hofstra University em Hempstead Nova York aborda as incapacidades enquanto t pico amplo e complexo a partir de v rias disciplinas Literatura representa o cultural Hist ria descri o da experi ncia do tratamento ou mau tratamento dirigido a PCD Filosofia interroga a no o crucial do normal Etica quest es de justi a e Pol tica quest es atuais como bem estar eutan sia e abortamento No curso m dico da Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey existe h muitos anos um trabalho junto aos estudantes do terceiro ano de medicina voltado ao ensino das necessidades e capacidades de pessoas com transtornos do desenvolvimento O foco compat vel com a no o de multiculturalismo insurgente em compet ncia cultural na medicina O multiculturalismo insurgente desloca a quest o do foco em grupos minorit rios n o hegem nicos para estudar como alguns grupos e n o outros adquirem e mant m recursos incluindo as pol ticas atitudes e protocolos de in
157. ento por estarmos andando mais devagar e 108 muitas vezes congestionando a via A nica exce o foi uma pessoa que acabou batendo com a bolsa na pessoa guiada ao tentar desviar apressadamente em uma cal ada estreita Em rela o travessia de ruas a maioria dos motoristas permitiu nossa passagem mesmo com o sinal aberto para eles Na compra do produto notamos a dificuldade para se utilizar a m quina de cart es que n o apresentava sinais t teis bem percept veis apenas colora o diferente nos bot es A atendente da loja pareceu um pouco chateada pela pessoa guiada estar realizando todo o processo de compra mesmo com um guia ao lado j que um processo consideravelmente mais demorado A utiliza o de um guia foi fundamental nesse processo n o teria seguran a em realizar essa tarefa sem um Dadas as condi es percebidas acredito que isso seja um problema para a maioria das pessoas cegas que tem sua autonomia prejudicada Apresenta o final da disciplina Foto de aluna de TCST Ano 1 semestre de 2007 apresentando semin rio Outros integrantes do grupo est o sentados assistindo a apresenta o Um dan arino do grupo Corpo e Movimento Andef cadeirante que apresentou um n mero de dan a ao final da exposi o do grupo tamb m assiste 109 Contribui o Os alunos de TCSI A do segundo semestre de 2012 criaram no Facebook o grupo TCS TEMA DEFICIENCIA 212 A cada semestre esse grupo cresce com
158. eptora Costa et al 2009 S o apresentados L ngua de Sinais variedade de l ngua de sinais de acordo com o pa s de origem regionalismo composi o dos sinais datilologia configura es de m o Nesse mesmo dia s o ensinados alguns sinais de uso comum e outros usados na rea da sa de como exame de sangue RX v mito gravidez preven o diabetes e outros Em outra aula os alunos t m a oportunidade de treinar o que aprenderam com dois int rpretes da UFF antes do encontro com pessoas surdas quando simulam uma consulta m dica onde os estudantes devem colher a hist ria cl nica e prestar orienta es importante salientar que n o se espera que os alunos fa am uma anamnese e diagn stico perfeitos porque est o no primeiro ano do curso e s ir o desenvolver essas habilidades a partir do quinto per odo O objetivo do exerc cio a comunica o com a pessoa surda e o aprendizado de sinais para quando encontrarem um paciente surdo Layla Couto Ara jo do 1 semestre de 2013 com a prof e Luciane Rangel 175 Simula o de atendimento m dico a pessoas surdas com a participa o de dois int rpretes da UFF e de Joaquim Amado da Silva Junior Simula o de uma consulta m dica em sala de aula A aluna Aim e Denzeler Baptista no papel de m dica sentada em frente ao paciente representado por Joaquim Os demais alunos do 2 semestre de 2014 observam Relat rios do campo Aluna Bruna Dan
159. ermott S Evaluation of Medical Student Performance on Objective Structured Clinical Exams With Standardized Patients With and Without Disabilities Academic Medicine 85 11 1766 1771 2010 Byron M Cockshott Z Brownett H amp Ramkalawa T What does disability mean for medical students An Exploration of the words medical students associate with the term disability Medical Education 39 2 176 183 2005 Byron M Dieppe P Educating health professionals abut disability attitudes attitudes attitudes J R Soc med 93 8 397 8 2000 Campbell F K Medical Education and Disability Studies Journal of Medical Humanities 39 4 221 235 2009 268 Colhone CV Medicamentos proibidos para pessoas com S ndrome de Down Dispon vel em lt www ceesd org br pesquisa gt Acesso em 22 de jan 2011 Col mbia Ministerio de Tecnologias de La Informaci n y las Comunicaciones Servicio de Interpretaci n en L nea Centro de Relevo tecnolog as para la inclusi n Dispon vel em ww w y o u t u b e c om 4 results search _query centro de relevo colombia Acessado em 01 07 2015 Congresso Europeu sobre Defici ncia Declara o de Madri Madri 2002 Tradu o de Romeu Kazumi Sassaki Dispon vel em http saci org br modulo akemi amp parametro 2490 Acessado em 30 07 2006 Conill A Living with disability a proposal for medical education J Am Med Assoc 279 1 83 1998 Costa LSM Koifma
160. erna 15 ed Rio de Janeiro MacGraw Hill 2002 2 Hungria H Otorrinolaringologia 8 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 3 Lissauer T amp Clayden G Manual ilustrado de Pediatria 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 4 Lopes M amp Laurentys Medeiros J de Semiologia M dica as bases do diagn stico cl nico 4 ed Vol e Vol Il Rio de Janeiro Revinter 1999 5 Pernetta C Semiologia Pedi trica 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1990 6 Rezende J Obstetr cia 8 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1998 7 Sutton D The Text Book of Radiology and Imaging 6 ed London Livingstone 1998 8 Nelson WE Org Tratado de Pediatria 16 ed Rio de Janei ro Guanabara Koogan 2002 Volume nico 9 Nelson WE Org Tratado de Pediatria 15 ed Rio de Janei ro Guanabara Koogan 1997 Volume 1 10 Nelson WE Org Tratado de Pediatria 15 ed Rio de Ja neiro Guanabara Koogan 1997 Volume Il 11 Vaughan D Asbury T amp Riordan Eva P Oftalmologia Geral 4 ed S o Paulo Atheneu 1997 12 Vaughan D amp Asbury T Oftalmologia Geral 3 ed S o Paulo Atheneu 1990 237 Abordagens de ensino e atitudes de estudantes de medicina em rela o a pessoas com defici ncia Em 2006 foi apresentado no 44 Congresso Brasileiro de Educa o M dica realizado no per odo de 24 a 27 de setembro de 2006 na cidade de Gramado RS sob a forma de p ster o trabalho Abordagens de ensino e at
161. ersal n o se restringindo a pessoas com defici ncia A Conven o dos Direitos das Pessoas com Defici ncia em seu Artigo 1 inclui na defini o de Pessoa com Defici ncia o papel do ambiente influenciando a limita o funcional Pessoas com Defici ncia s o aquelas que t m impedimentos de longo prazo de natureza f sica mental intelectual ou sensorial os quais em intera o com diversas barreiras podem obstruir sua participa o plena e efetiva na sociedade em igualdade de condi es com as demais pessoas ONU 2006 Se o ambiente for acess vel seu impacto sobre a limita o funcional ser pequeno ou at mesmo nulo se n o o for a limita o funcional ser perversamente acentuada Destaco a inclus o de pessoas com transtorno mental nesse grupo E importante lembrar que pessoas com a mesma defici ncia n o possuem necessariamente as mesmas necessidades A defici ncia n o define as pessoas nem as iguala Nem toda pessoa cega l em Braille nem toda pessoa surda se comunica em l ngua de sinais t tulo do artigo dos pesquisadores Anahi Gomes de Mello Elisabeth F tima Torres e Alberto Angel Mazzoni 2007 exp e essa diferen a Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia Do que se trata Ruben Mattos 2001 apresenta tr s sentidos para Integralidade que aplicaremos sa de das PCD 17 1 Sentido no encontro entre profissionais de sa de e pacientes com defici nci
162. es o medular e defici ncia intelectual Um dos instrutores apresenta les o medular e outro pai de uma crian a com defici ncia intelectual Ap s essa atividade observaram que os estudantes se sentiram menos desconfort veis e n o mais com pena das PCD Introduziram um exerc cio com pacientes padronizados para avaliar as respostas dos estudantes a esse encontro Brown et al 2010 No Centre of Developmental Disability Health Victoria Monash University em Melbourne Austr lia pessoas com defici ncia intelectual no papel de tutores alguns tamb m com defici ncia motora ou sensorial participaram da sess o de treinamento em habilidades de comunica o com dura o total de tr s horas Num primeiro momento grupos de cinco a seis estudantes do quarto ano trabalham com um tutor cada coletando a hist ria social depois prestando informa es ao tutor sobre uma condi o m dica corriqueira p ex resfriado estresse ou diabetes discutindo sua condi o de sa de e explorando o entendimento Depois todo o grupo os seis tutores e todos os estudantes se reuniu para discutir suas experi ncias no exerc cio Foi solicitado 53 aos tutores que compartilhassem suas experi ncias pessoais em cen rios de aten o sa de As autoras conclu ram que mesmo uma sess o te rica de curta dura o combinada com a oportunidade de interagir com PCD pode ter impacto nas atitudes dos estudantes de medicina Tracy amp lacono 20
163. es da Audi o APADA Niter i Aluna Ariane Arruda de Moura 1 semestre de 2012 No dia 12 de Abril de 2012 visitamos a APADA Associa o de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos A primeira atividade foi uma conversa com a Presidente da Institui o em que ela relatou sua experi ncia pessoal sua filha que surda esclareceu nos sobre as causas da Surdez Otite Meningite Rub ola S filis uso de antibi ticos e Toxoplasmose e nos explicou como funciona o trabalho realizado na APADA Conhecemos as salas de aula assistimos a uma apresenta o de fantoches visitamos os Departamentos de 137 Assist ncia Social de Psicologia os Centros de Exames para Diagn stico de Surdez Audiometria tonal vocal e Impedanciometria Vectoeletronistagmografia BERA OEA Teste da orelhinha e Campo livre de audiometria visitamos a sala de portugu s para crian as surdas al m dos gabinetes de Fonoaudiologia e Pedagogia Particularmente foi a visita que mais gostei pois pude perceber a dedica o da Presidente Institui o e o suporte oferecido s crian as O contato com as crian as surdas a receptividade o carinho delas com nosso grupo foram gratificantes Fiquei surpresa como o aparato de exames para detec o precoce de Surdez e mais ainda em saber que muitas vezes os testes s o realizados gratuitamente Os atendimentos psicol gico pedag gico e em fonoaudiologia s o individualizados e visam educar e preparar
164. es de estudantes de medicina em rela o a pessoas com defici ncia In Congresso Brasileiro de Educa o M dica 44 2006 Gramado 269 Anais Revista Brasileira de Educa o M dica Gramado ABEM 2006 p 382 Couser GT What disability studies has to offer Medical Education Journal of Medical Humanities 32 1 21 30 2011 Duckworth SC The effect of medical education on the attitudes of medical students towards disabled people Medical Education 22 6 5001 505 1988 Duggan A Bradshaw Y Altman W What can learn from this interaction A qualitative analysis of medical student self reflection and learning in a standardized patient exercise about disability Journal of Health Communication International Perspectives 14 8 797 811 2010 Eddey GE Robey KL Considering the Culture of Disability in Cultural Competence Education Academic Medicine v 80 n 7 p 706 712 2005 Ferreira AB de H Novo dicion rio da L ngua Portuguesa 1 ed Rio de Janeiro Nova Fronteira 1975 French S Simulation Exercises in Disability Awareness Training a critique Disability Handicap amp Society 7 3 257 266 1992 Galil A Margolis CZ Glick S The Disabled in the Community Academic Medicine 70 5 437 438 1995 Gisele C Gravidez Segura Revista Sentidos n 44 dezembro 2007 janeiro 2008 Graham CL Brown RS Zhen H McDermott S Teaching Medical Students About Disability in Family Medicine Family medicine 41
165. esidente Miriam Rangel Tiveram contato com crian as surdas da creche em um semestre com uma turma de crian as maiores tendo aula de refor o em outro com os beb s do ber rio e tamb m conversaram com adolescentes surdos atividade esta em conjunto com o grupo de HIV AIDS Foto de professora da APADA contando hist ria para uma plateia de crian as e alguns adultos que est o de costas na foto 19 Relat rios de campo Aluno Roger Domingos Almeida 1 Semestre de 2012 A APADA conta com diversos servi os entre os quais atendimento psicol gico por meio da ajuda profissional de psic logos que oferecem seu apoio aos surdos e seus familiares alfabetiza o para surdos adultos curso de Libras e cursos profissionalizantes que capacitam seus alunos surdos para o mercado de trabalho de forma que possam competir em situa o de igualdade com outros profissionais No dia da visita foi mostrada a rea da fonoaudiologia e houve tamb m uma conversa com a diretora m e da Luciane que nos visitou esta n o nasceu surda mas ficou na inf ncia que explicou sobre a necessidade de ajudar as fam lias a ingressarem seus filhos surdos e com defici ncia auditiva na sociedade de modo que promova o conv vio social entre as crian as e as ensine a lidar com as situa es di rias Al m disso houve o momento de encontro com as crian as o que possibilitou a tentativa de comunica o com elas tratando se de uma ocasi o de bast
166. esmont las e tamb m para transferi la de uma cadeira para outra Com isso experimentamos um pouco como devemos manusear e interagir com uma pessoa com paralisia cerebral 84 Aluna Fabiana Bello Leite Pinto 2 Semestre de 2011 A visita a Ana Cristina foi pessoalmente uma experi ncia diferenciada Apesar de fisioterapeuta foi a primeira vez que tive contato com uma pessoa com encefalopatia cr nica da inf ncia adulta Inicialmente me chamou a aten o o pr prio termo usado que foi exatamente explicado pela pr pria Ana que apontou o erro de se referirem a defici ncias cong nitas ou adquiridas durante o parto como paralisia cerebral Por tantos anos chamados de PCs esta denomina o foi tida como depreciativa por trazer uma mensagem impl cita de que tais pessoas seriam limitadas no desenvolvimento de habilidades f sicas e intelectuais como uma perspectiva est tica de incapacidade A conversa com Ana permitiu o entendimento de algumas quest es que nos passam despercebidas enquanto andantes O primeiro ponto foi a pr pria rampa de acesso ao pr dio e sua inclina o que dificultava o tr nsito dos cadeirantes que residem no pr dio sendo necess rio discuss es e debates com a ger ncia do condom nio com outras prioridades de investimento no pr dio Tal fato pode desencadear um desgaste emocional pelo descaso com a causa da pessoa com defici ncia que se sente sem voz ativa e desencorajada Mas o sentimento passado por
167. essoa At aquele instante muito se falou em humaniza o integralidade for a de vontade autoestima etc Foram t picos muito relevantes e proveitosos Mas para o fim da visita a sala da oftalmologista e seus assuntos CDFcistas bem como os humanistas ainda nos aguardava sou muito suspeito para falar pois amo em particular a vis o mais cientificista das coisas J na sala da oftalmo uma m dica muito acolhedora por sinal nos acomodamos em cadeiras para ouvir um pouco sobre o trabalho de um m dico especialista no campo da cegueira seja ela total ou parcial A conversa foi muito proveitosa aprendi que termos do cotidiano como porcentagem de vis o s o usados de forma err nea e que existe um jarg o m dico espec fico para isso Falou se tamb m sobre o conceito de cego legal muito interessante pois at ent o eu n o fazia ideia do que se tratava Ela comentou tamb m devido a algumas d vidas levantadas por n s sobre algumas doen as relacionadas rea da cegueira como catarata doen as maculares retinopatia diab tica e glaucoma Foi sem d vida uma aula para mim e meus colegas Outro momento interessante foi a parte dos culos especiais para o caso de pacientes que n o se adequem tradicional cadeira de exame de vista eu e meus amigos inclusive ao fim da conversa fomos pessoalmente experiment la J quase no fim da visita eu Sacre e Igor permanecemos na sala com a oftalmologist
168. funcion ria da APAE O que a intelig ncia Ela mesma exemplificou uma forma de intelig ncia que era uma cadeira de madeira resultado de um trabalho desempenhado por um dos alunos da APAE Concordo muito com o ponto de vista dela pois afinal muitas pessoas pensam que intelig ncia voc ser excelente em uma disciplina e no entanto intelig ncia voc ser capaz de desempenhar algum trabalho podendo este ser um projeto artesanal uma m sica ou uma solu o de um problema matem tico Essa reflex o essencial visto que desconstr i o preconceito que pessoas com defici ncia intelectual n o s o inteligentes No final do campo n s nos reunimos com a funcion ria da APAE e discutimos acerca de alguns assuntos que envolvem o universo da pessoa com defici ncia intelectual Dentre os t picos da discuss o acho v lido destacar a pol mica sobre se a pessoa com defici ncia intelectual deve ou n o ingressar em uma escola especial ou em uma escola regular A funcion ria da APAE demonstrou a opini o acerca desse t pico dizendo achar importante que as pessoas com defici ncia intelectual fossem para as escolas regulares com o intuito de promover uma inclus o social e de diminuir o preconceito social que surge de acordo com aquilo que desconhecido pelas pessoas Ap s isso a pessoa com defici ncia intelectual poderia ir para a APAE a fim de adquirir o aprendizado preciso para sua vida no seu tempo necess rio Antes de
169. gico consciente no qual o indiv duo adota uma posi o valorizante sint tica que n o apenas passiva e emocional pois inclui tamb m uma participa o intelectual ativa Este significado da palavra viv ncia resume de forma muito sucinta a experi ncia vivida na ultima ter a feira dia 13 de setembro Novas sensa es formas diferentes de se sentir incluso na sociedade foi poss vel sentir durante esta atividade Utilizar uma cadeira de rodas ou necessitar de uma bengala para se locomover pelas ruas de Niter i contrasta de forma violenta com o nosso dia a dia geralmente corrido Ter a necessidade de esperar algu m para conseguir passar por uma rampa que teoricamente est ali para facilitar a passagem de cadeirantes mostra o quanto dura e dif cil a vida de uma pessoa com defici ncia Cal adas desniveladas com obst culos pessoas apressadas tornam praticamente imposs vel a locomo o de uma pessoa cega por essas ruas A utiliza o de bengalas para estas pessoas com defici ncia se coloca como um atributo extremamente necess rio visto que sem elas ficaria praticamente imposs vel andar por cal adas t o mal planejadas No entanto apesar de todos estes empecilhos algumas boas atitudes nos fazem pensar sobre a popula o em geral Ao tentar passar por uma rampa minha cadeira de rodas ficou presa e por alguns minutos ficamos eu e o Weslley tentando passar por aquela rampa e subir na cal ada Algum tempo depois u
170. giu do desejo de compartilhar minha experi ncia nesses onze anos de trabalho de inclus o da Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia na Universidade Federal Fluminense e experi ncias em outras escolas m dicas Dirige se principalmente aos profissionais da sa de professores e estudantes de cursos dessa rea A primeira parte traz temas ligados defici ncia como Acessibilidade Etiqueta e Modelos de percep o da defici ncia Na segunda parte s o apresentados exemplos de inclus o do tema Defici ncia nos cursos m dicos h mais de duas d cadas Segue se a descri o das disciplinas Trabalho de Campo Supervisionado A Trabalho de Campo Supervisionado B e Sa de e Sociedade Ill com seus objetivos conte dos e atividades desenvolvidas Relat rios dos estudantes e coment rios de pessoas e representantes de institui es avaliam as atividades de campo Fotos ilustram o trabalho realizado Projetos de pesquisa e extens o nesse tema dos quais participaram estudantes que tiveram contato com o tema 13 Defici ncia em uma das tr s disciplinas acima citadas s o apresentados na terceira parte A quarta e ltima parte foi reservada ao texto elaborado por tr s alunas de Inicia o Cient fica fruto de pesquisa A inclus o da Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia no Curr culo M dico da Universidade Federal Fluminense na vis o das estudantes O processo de produ o deste livro f
171. guia se articular bem melhor que a maioria dos outros que estavam neste setor Neste dia tiramos muitas fotos com os alunos brincamos muito com alguns deles filmamos as meninas dan ando Foi uma tarde muito gostosa e pelo menos para mim muito enriquecedora Na segunda visita n o est vamos acompanhados pela professora a pessoa que no recebeu da primeira vez n o estava l e fomos recebidos por outra pessoa Confesso que neste dia fiquei um pouco decepcionada pois a mo a que nos recebeu e que estava como respons vel pela institui o naquele dia n o nos deu muita aten o Senti uma grande diferen a quando comparei a forma como fomos recebidos ali e na AFR quando a professora n o estava conosco Infelizmente a APAE estava mais vazia e n o era poss vel acompanhar muitas atividades Tentei ficar no setor de pintura mas n o havia alunos ali fui no setor de pedagogia e eles estavam simulando uma elei o est vamos perto do primeiro turno participei da elei o votando e essa foi uma atividade legal daquele dia Como n o havia muitas atividades que eu pudesse acompanhar acabei ficando novamente no setor de reciclagem e fiquei com aquele mesmo aluno ajudando o a fazer outro el stico que ele estava fazendo Apesar de a segunda visita APAE n o ter sido t o empolgante para mim como foi a primeira gostei muito de conhecer a institui o e entender como o setor profissionalizante importante para a inclus o deles na s
172. i bem resistente porque achava estranho uma mulher empurrando um homem Fiquei pensando se seria 196 inc modo para ele viver essa experi ncia por alguns minutos como seria ent o para um homem viver isso em sua rotina E foram questionamentos desse tipo que permearam minha mente Percebi o quanto a experi ncia foi importante pois a partir dela consegui me colocar no lugar do paciente Pude sentir o quanto importante para ele ganhar sua autonomia e vi que detalhes que para alguns podem ser insignificantes como os ladrilhos podem ser muito inc modos para outros Al m disso nunca fiquei t o feliz por existirem elevadores Imagina encarar escada rolante na cadeira de rodas Vi tamb m que com pequenas a es posso ajudar bastante Da pr xima vez que encontrar um cadeirante certamente vou procurar um ngulo favor vel para me comunicar com ele Enfim essas viv ncias nos levam a refletir tanto a respeito de mudan as de infraestrutura quanto de atitudes sutis Tudo isso nos deixa cada vez mais perto de enxergar o paciente como uma pessoa e atender suas necessidades de forma integral Aluna Lia Martins Corr a 2 semestre 2013 No dia 30 de janeiro de 2014 junto do meu grupo de Trabalho de Campo Supervisionado e da preceptora Luiza fui ao Centro de Niter i realizar uma viv ncia A viv ncia constitu a em irmos vendados sendo acompanhados por um colega e amparados pela bengala ou na cadeira de rodas do Plaza Shopping
173. ial e do respeito s diferen as O contato estabelecido com a Professora Luiza Santos Moreira da Costa quando da sua visita aos ensaios do Grupo Teatro Novo onde os alunos da Faculdade de Medicina da UFF puderam contracenar e participar das atividades dos atores do Grupo muito deve ter contribu do para diminuir a dist ncia entre o que normal e anormal doente e sadio desfazendo um pouco do imagin rio coletivo para com as pessoas com defici ncia intelectual Vimos no encontro dos alunos da UFF que passaram a ser os pacientes dos atores com a S ndrome de Down m dicos um gesto de ternura e simpatia no estar junto A experi ncia com os atores do Teatro Novo se traduz numa grande cerim nia onde o imagin rio coletivo expresso Uma maneira de revelar nossas formas de estar no mundo ou de enunciar e expressar que podem existir outras maneiras de se fazer teatro ou que outras pessoas s o tamb m capazes de fazer teatro O impacto que o Grupo Teatro Novo provoca nas pessoas surpreende pela determina o e coragem dos atores com 151 defici ncia em cima do palco Inclus o do Grupo Teatro Novo se d com a possibilidade de formar p blico para os seus trabalhos Para aceitar este ator como ele Um exerc cio de cidadania aprendizado e mais do que isso poder sentir empatia Sendo assim O mundo pode ser de todos e para todos Encontro com Ana Cristina de Lima Ferreira Simula o de consulta com Ana Cr
174. ida em condi es sem possibilidade de cura Reconhecido a import ncia da garantia da acessibilidade em seus seis dom nios ao cuidado em sa de das PCD Desenvolvido habilidades de comunica o com pessoas com diferentes tipos de defici ncia Conhecido o papel dos profissionais de sa de na aten o integral sa de das PCD Ter derrubado mitos Conhecido a Pol tica Nacional de Sa de das Pessoas com Defici ncia Utilizado a terminologia correta para se referir s PCD Conte do Conceitos de Defici ncia Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Hist ria do Movimento de Luta das Pessoas com Defici ncia Pol tica Nacional de Sa de das Pessoas com Defici ncia Condi es prim rias secund rias e co morbidade Causas mais frequentes de defici ncia Integralidade na aten o a pessoas com defici ncia Expertise dos pacientes com defici ncia A Pessoa com Defici ncia por ela mesma Comunica o com pessoas surdas n o verbais ou com defici ncia motora comprometendo a fala Comunica o alternativa Introdu o Libras e ao sistema Braille Modelo M dico Social e Biopsicossocial de Defici ncia Habilita o Reabilita o motora sensorial e intelectual Terminologia T cnicas de transfer ncia entre cadeiras de rodas Independ ncia e Autonomia Desenho Universal Tecnologia Assistiva Discrimina o positiva e negativa Acessibilidade Atividades Todas as atividades buscaram promove
175. idades junto com os alunos da APAE nas diversas oficinas Tiveram a oportunidade de conversar com a assistente social com a psic loga e com o m dico sobre problemas enfrentados por pessoas com defici ncia intelectual inclusive quando procuram servi os de sa de Duas alunas de TCSI B no 2 semestre de 2009 com dois alunos da APAE e com o instrutor de panifica o na rea de padaria do N cleo Profissionalizante 141 Relat rios de campo Aluna Michele Schobinger Ronqui 2 Semestre de 2010 Fizemos duas visitas unidade profissionalizante da APAE um local que para mim sempre foi encantador e que mais uma vez assim se mostrou para mim Na primeira visita pudemos acompanhar mais atividades todos os setores estavam com alunos Ap s uma breve visita pelos setores da institui o fiquei na sala de inform tica e artesanato Ali havia alunos que estavam fazendo aula de computa o um refor o que complementava muito o trabalho do setor de pedagogia Havia tamb m um grupo de alunos que estava fazendo tape aria Ficamos ali acompanhando as atividades por bastante tempo conversando com os alunos tiramos foto deles e quando eles come aram a descer para a hora do lanche descemos tamb m para uma conversa com uma profissional da institui o Durante a conversa com esta profissional pudemos tirar nossas d vidas e conhecer um pouco melhor a intui o Ela nos esclareceu sobre alguns aspectos como a falta de ajuda por
176. iele de Souza Ramalho 2 semestre de 2014 Visita dos Int rpretes de Libras da Luciane e do Joaquim Com a visita e treino que fizemos com os int rpretes primeiramente pude realmente perceber como estamos totalmente despreparados para atender uma pessoa com defici ncia seja ela qual for principalmente a surda que foi o caso treinado Foi muito dif cil para todos compreender o que eles queriam falar eles falam Libras muito r pido o que dificulta muitas vezes o nosso entendimento Voltamos essa visita para o lado m dico com simula es de atendimentos o que foi muito dif cil pois n o est vamos preparados e vimos que realmente uma aten o maior para 176 esses atendimentos necess ria Observei ent o alguns pontos que devo futuramente usar em meus atendimentos com pessoas com defici ncia como Observar se no prontu rio est escrito se a pessoa surda e cham la de maneira adequada Se apresentar e perguntar se essa pessoa sabe usar a Libras pois observei tamb m que nem todos os surdos v o saber se comunicar assim Se sim falar que eu sei um pouco e que vou tentar me virar Se n o tentar usar os objetos do local para ajudar fazer m micas Tentar entender ao m ximo o que ela quer dizer e sempre perguntar antes de fazer qualquer exame Explicar sempre tudo o que for passado comprimidos quantidade frequ ncia Essa experi ncia foi muito til e necess ria pois aprendemos diver
177. ificativamente inferior m dia com manifesta o antes dos dezoito anos e limita es associadas a duas ou mais reas de habilidades adaptativas tais como 1 Comunica o 2 Cuidado pessoal 3 Habilidades sociais 4 Utiliza o dos recursos da comunidade 5 Sa de e seguran a 6 Habilidades acad micas 7 Lazer e 8 Trabalho e Defici ncia m ltipla associa o de duas ou mais defici ncias Em 27 de dezembro de 2012 foi institu da a Pol tica Nacional de Prote o dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista atrav s da Lei n 12 764 incluindo as pessoas com esses transtornos no grupo de pessoas com defici ncia para todos os efeitos legais Esses conceitos baseados no diagn stico trazem alguns problemas o primeiro deles a irreal uniformidade dentro de 16 cada diagn stico Isto duas ou tr s pessoas com o mesmo diagn stico de tetraplegia por traumatismo raquimedular podem apresentar n veis de funcionalidade bem diferentes uma pode ser capaz de tocar a pr pria cadeira de rodas e dirigir um autom vel enquanto outra n o necessitando de uma cadeira motorizada para se locomover sozinha Uma pessoa surda pode se comunicar atrav s da fala e da leitura labial enquanto outra atrav s da l ngua de sinais Na pr tica a classifica o presente no Decreto no 5 296 vem sendo substitu da pela Classifica o Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Sa de de aplica o univ
178. inda participa de eventos em empresas como Petrobras Light Sulam rica Ampla Ceg Furnas Eletronuclear Aga Sebrae Coca Cola entre muitas outras Atualmente desenvolve oficinas de teatro gratuitas para 60 alunos com defici ncia localizadas no Teatro Cacilda Becker no Largo do Machado no Rio de Janeiro e na cidade de Niter i no Aero Clube Charitas Esses espa os configuram se como 150 n cleos de teatro escola para pessoas com defici ncia intelectual O Grupo Teatro Novo vem se caracterizando ao longo do tempo como um trabalho pioneiro em seu processo de forma o e desenvolvimento estabelecendo com seus atores uma cumplicidade mpar Tal est tica se d atrav s de um estado de paix o um grande gesto de amor entre todos entendendo que a arte desperta e possibilita formas simp ticas de estar junto e de ver o outro As a es do Grupo Teatro Novo t m como objetivo Discutir temas sociais e urbanos como educa o no tr nsito empreendedorismo sustentabilidade acessibilidade empregabilidade inclus o reciclagem ecologia economia empresarial rela es familiares e profissionais seguran a no trabalho sa de meio ambiente inova o enfermagem responsabilidade social S o assuntos tratados em suas pe as teatrais Retirar as pessoas com defici ncia Intelectual da situa o de simples espectadores para que na posi o de atores possam conscientizar a sociedade sobre a import ncia da inclus o soc
179. informar e educar seus pacientes familiares e comunidade em rela o promo o da sa de preven o tratamento e reabilita o das doen as usando t cnicas apropriadas de comunica o Sugest o ao Item IV usando t cnicas apropriadas de comunica o e informa o em formato acess vel 45 A C mara de Educa o Superior do Conselho Nacional de Educa o Minist rio da Educa o em sua Resolu o N 3 de 20 de junho de 2014 incluiu nas Diretrizes Nacionais Curriculares para o Ensino de Gradua o em Medicina CAP TULO I DAS DIRETRIZES Se o Da Aten o Sa de Art 5 Na Aten o Sa de o graduando ser formado para considerar sempre as dimens es da diversidade biol gica subjetiva tnico racial de g nero orienta o sexual socioecon mica pol tica ambiental cultural tica e demais aspectos que comp em o espectro da diversidade humana que singularizam cada pessoa ou cada grupo social no sentido de concretizar X Promo o da equidade no cuidado adequado e eficiente das pessoas com defici ncia compreendendo os diferentes modos de adoecer nas suas especificidades CAP TULO II DAS REAS DE COMPET NCIA DA PR TICA M DICA Subse o Da Aten o s Necessidades Individuais de Sa de Art 12 Aa o chave Identifica o de Necessidades de Sa de comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores Il Realiza o do Exame F sico c
180. into per odo sob responsabilidade de outra professora e essas atividades pr ticas foram levadas para a disciplina Trabalho de Campo Supervisionado l 214 Parte III Projeto de Extens o Sensibiliza UFF Em 2005 criei o projeto de extens o Sensibiliza o dos Professores do Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense para Preven o de Incapacidades Inclus o social Aten o e Abordagem da Pessoa com Defici ncia t tulo reduzido para simplesmente Sensibiliza 2006 por sugest o da professora Rosa Benevento respons vel pelo Laborat rio de Livre Cria o do Instituto de Artes e Comunica o Social IACS Quando solicitei apoio da pr reitoria de assuntos acad micos no ano seguinte para este projeto foi sugerida a cria o de um grupo de trabalho convidando professores do curso de pedagogia que tamb m coordenavam projetos de extens o na rea da defici ncia e t cnicos da universidade como duas arquitetas da Superintend ncia de Arquitetura Engenharia e Patrim nio da UFF Aos poucos o GT Sensibiliza foi recebendo mais participantes incluindo representantes de entidades ligadas defici ncia como o Conselho Municipal da Pessoa com Defici ncia de Niter i o Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos das Pessoas com Defici ncia IBDD A partir da divulga o dos trabalhos desse grupo junto comunidade acad mica alunos com defici ncia se juntaram a n s A participa o desses alunos dent
181. ipa o de estudantes em projetos de extens o e pesquisa Projetos de extens o Aluno Rafael Oliveira bolsista de extens o a frente do p ster do Projeto Sensibiliza 2006 V Pr mio de Extens o Josu de Castro 1 lugar na rea Tem tica Comunica o pelo trabalho Projeto de Extens o Sensibiliza concedido em 30 de novembro de 2007 coordenadora e a Raphaela Costa Cabreira bolsista de extens o 220 Programa de Acolhimento Estudantil 2007 Participa o do Projeto Sensibiliza UFF na divulga o dos servi os prestados a estudantes com defici ncia pm Jovina M de B Bruno diretora do DAC Thiago C Lacerda Vanessa Ildefonso Rafael Oliveira Luiza Costa e Gilvan C de M Filho do Conselho Municipal das Pessoas com Defici ncia de Niter i Semana da Agenda Acad mica Orientando viv ncias no restaurante universit rio do Campus do Gragoat Atividade no restaurante universit rio 221 Projetos de pesquisa Diversos estudantes que tiveram contato anterior com o tema na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado IA Trabalho de Campo Supervisionado B ou em Sa de e Sociedade III participaram de projetos de pesquisa em Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia As produ es geradas a partir dessas foram publicadas e ou apresentadas em congressos de educa o m dica Desenvolvendo habilidades de comunica o dos estudantes de medicina com pessoas surdas
182. irson R Teaching about disability Involving patients with disabilities as medical educators Disab Stud Quart 24 4 2004 Dispon vel em http www dsq sds org article view 887 1062 Acesso em 18 ago 2004 Mitchell KR HAYES M Gordon J amp Wallis B An investigation of the attitudes of medical students to physically disabled people Medical Education 18 1 21 23 1984 Monteiro MA Surdez Cegueira Revista Benjamin Constant n 3 p 2 9 1996 Nelson WE Org Tratado de Pediatria 16 ed volume nico Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2002 Othero MB Dalmaso ASW Pessoas com defici ncia na aten o 271 prim ria discurso e pr tica de profissionais em um centro de sa de escola Interface Comunica o Sa de Educa o Botucatu v 13 n 28 Se o Espa o Aberto 2009 Dispon vel em lt www scielo br gt Acesso em 6 de jan 2011 Paula AR Coment rio ao Artigo 3 da Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia In A Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Comentada Bras lia Coordenadoria Nacional para Integra o da Pessoa com Defici ncia 2008 p 30 32 Pendo E Reducing Disparities through Health Care Reform Disability and Accessible Medical Equipment Legal Studies Research Paper Series Saint Louis University School of Law p 1057 1083 2010 Dispon vel em http ssrn com abstract 1876072 Acesso em 1 de janeiro de 2014 Resende APC Vital FMP C
183. isioterapia outro ambiente colorido e cheio de brinquedos brinquedos a uma primeira olhada instrumentos de trabalho para os profissionais da rea e gravuras Entretanto infelizmente ficamos pouco tempo Achei que f ssemos conversar com a fisioterapeuta em particular mas nada aconteceu ali Em seguida fomos at a sala que mais me chamou a aten o durante toda a visita a sala das pr teses oculares Para mim um trabalho digno de premia o Nobel etc Ali quem nos recebeu foi um simp tico terapeuta ocupacional o qual segundo ele tamb m trabalha no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia INTO que com todo entusiasmo do mundo nos falou um pouco do seu trabalho e de como era recompensador aquele of cio nos mostrou uma caixa cheia de todas as pr teses poss veis tamanhos espessuras e cores diferentes ao passo que nos contava relatos de antigos pacientes Um deles emocionou n o tenho d vidas a todos os que estavam naquele recinto Era a hist ria de um senhor que ap s perder parte do globo ocular devido a um c ncer assim que recebeu suas pr teses oculares com muita satisfa o exclamou afrase agora sim j posso arranjar uma namorada para mim Logo isso s mostra que as pr teses v o muito al m da est tica ou da vaidade elas possuem um valor inestim vel de 121 amor pr prio por parte de quem as recebe E saber disso naquele dia foi fant stico Indubitavelmente sa daquela sala outra p
184. istina Ishor Melo de Almeida no papel do m dico e Let cia Roberta Rodrigues no papel de acompanhante A aluna Lia Martins Correa observa Grupo de TCSI B do 2 semestre de 2013 152 N Ta Lia e Ighor transferem Lucas Caroli Cruz de uma cadeira de rodas para outra sendo observados por Ana Cristina Rafael Carvalho Sacre e Beatriz Rodrigues de Mello 2 semestre de 2013 153 Relat rios do campo Aluna Ana Carolina Benchimol 1 semestre de 2015 Est vamos todos muito ansiosos para a palestra com a Ana Cristina Eu estava em especial porque havia tido pouco contato com pessoas com paralisia cerebral e o contato que tive foicom pessoas que estavam altamente comprometidas e n o falavam Infelizmente muito infelizmente mesmo eu cheguei atrasada a ponte Rio Niter i estava engarrafada como sempre Como cheguei atrasada chamei aten o da Ana Cristina e ela foi muito receptiva e logo me convidou para sentar na roda Logo ap s minha chegada come aram a fazer a din mica de trocar a cadeira de rodas dela N o me ofereci porque senti muita responsabilidade e como eu n o tenho for a fiquei com medo de n o aguent la ou fazer algo errado Senti que todos estavam com esse mesmo sentimento mas dois volunt rios foram ajud la e realizaram a troca da cadeira O momento mais preocupante do campo foi quando o Othon que n o do nosso grupo de TCS mas que faz defici ncias com a outra professora foi inclinou a cad
185. ita o s o bastante similares Por m em rela o AFR a Pestalozzi acrescida de um setor educacional infanto juvenil por conta do qual recebe muitas crian as sendo estas a grande maioria de seus pacientes Esse acr scimo ao meu parecer uma caracter stica que favorece os profissionais de ambas as reas tanto Sa de como Educa o pois trabalham com a crian a de forma integrada permitindo a elas acompanhar o desenvolvimento tanto educacional como psicomotor da crian a Uma das coisas negativas presentes na visita foi a informa o que nos foi passada de que o Setor Acad mico que forma fisioterapeutas dentre outros profissionais de Reabilita o estava sendo fechado com o cancelamento da forma o de turmas pois a Pestalozzi j n o tem mais a estrutura 70 para manter o curso e a demanda por alunos estava caindo consideravelmente nos ltimos anos Pra mim a conversa com Marinete foi o pice de toda a visita Seu trabalho com crian as tanto autistas como as com S ndrome de Down Logo no inicio da conversa os relatos de Marinete sobre a menina que foi sexualmente abusada e do garoto violentado pelo pai com uma mangueira foram chocantes e me fizeram refletir sobre fatores sociais extr nsecos ao tema defici ncia durante todo o tcs falamos sobre as quest es relacionadas a defici ncia sobre as dificuldades impostas pessoa com defici ncia em rela o aus ncia da Acessibilidade aos pr
186. itudes de estudantes de medicina em rela o a pessoas com defici ncia Este trabalho contou com a coautoria de alunos da disciplina TCS IB O objetivo foi investigar de que modo as diferentes formas de inserir o tema Defici ncia nas disciplinas interferem nas atitudes dos estudantes em rela o s pessoas com defici ncia Costa et al 2006 Atitudes negativas s o definidas como aquelas onde as pessoas com uma defici ncia em particular s o vistas como sendo diferentes dos outros n o apenas no que se refere defici ncia real mas tamb m em outras reas Hordon 1994 apud Martin et al 2005 As atitudes negativas frente a pessoas com defici ncia incluem vis es estereotipadas que carregam a desvaloriza o das mesmas podendo ser resultado da n o compreens o ou falta de conhecimento acerca das defici ncias Martin et al 2005 e produto n o apenas de cren as individuais mas tamb m das pr ticas da sociedade e das organiza es De acordo com Wainapel 1999 apud Amosun et al 2005 os m dicos veem a defici ncia como sin nimo de incapacidade Logo estas atitudes negativas quando presentes nos m dicos podem levar a implica es lesivas ao cuidado das pessoas com defici ncia uma vez que desempenham papel importante em orientar os estilos de vida e nos pap is que as pessoas com defici ncia s o encorajadas a desempenhar na sociedade fundamental que este risco seja reconhecido e trabalhado nos curr culos
187. ivo de oferecer orienta es s equipes multiprofissionais para o cuidado sa de das pessoas s quais se dirigem e seus familiares Indicam que todo o projeto terap utico dever ser individualizado para atender s necessidades demandas e interesses de cada paciente e de seus familiares O Programa Viver sem Limite tem implantado Centros Especializados em Reabilita o CRE para ampliar o acesso e a qualidade dos servi os de sa de prestados O CER um ponto de aten o ambulatorial especializada em reabilita o que realiza diagn stico avalia o orienta o estimula o precoce e atendimento especializado em reabilita o concess o adapta o e manuten o de tecnologia assistiva constituindo se em refer ncia para a rede de aten o sa de no territ rio e poder ser organizado das seguintes formas CER Il composto por duas modalidades de reabilita o CER III composto por tr s modalidades de reabilita o e CER IV composto por quatro modalidades de reabilita o Brasil Sa de sem Limite 2013 Enquanto o termo interven o precoce refere se a iniciar o processo de habilita o reabilita o o mais r pido poss vel estimula o precoce uma t cnica terap utica que pretende abordar de forma elaborada diversos est mulos que podem intervir na matura o de crian as por exemplo prematuras Exemplo de interven o precoce a atua o de fonoaudi logos junto
188. izam um trabalho mais abrangente e cr tico para o desenvolvimento das pessoas com defici ncia como por exemplo o trabalho de estimula o precoce e de educa o realizado pela Pestalozzi seria interessante se essas pudessem trabalhar com uma maior sinergia visando uma cobertura quase plena das diferentes necessidades das pessoas com defici ncia Instituto Nacional de Educa o de Surdos A coordenadora do Programa de Extens o Rompendo Barreiras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2005 sugeriu que entrasse em contato com a professora Regina C lia Nascimento de Almeida coordenadora do N cleo de 74 Orienta o Sa de do Surdo do INES O contato foi feito e a partir de 2006 alunos de TCSI passaram a visitar este instituto conhecendo al m do NOSS o setor de atendimento a crian as com defici ncia m ltipla e surdocegas de fonoaudiologia o Col gio de Aplica o do INES e outros Grupo de alunos do 2 semestre de 2011 e a professora Luiza Costa nas escadarias do INES Relat rios de campo Aluna Ma ra Oliveira Moraes 2 Semestre de 2011 A visita ao INES foi bem interessante Normalmente n s achamos que ser surdo muito mais f cil do que ser cego ou tetrapl gico por exemplo mas n o bem assim No Instituto Nacional de Educa o de Surdos pude presenciar como acontece o processo de educa o dessas pessoas e vimos que n o algo t o simples que necess ria toda uma estrutura e
189. la mencionar esse fato achava que as pessoas com defici ncia intelectual deveriam ir apenas para escolas especiais visto que elas forneceriam um maior preparo educacional No entanto ap s ela mencionar essa linha de pensamento mudei minha ideia acerca desse t pico visto que os argumentos eram muito v lidos 145 Aluno Hugo Andr Santos de Mendon a 1 semestre 2013 Na ter a feira 20 08 visitamos a Associa o de Pais e Amigos dos Excepcionais de Niter i e foi o nosso primeiro encontro com pessoas que apresentam defici ncia intelectual e m ltipla O nosso encontro come ou na quadra de esportes onde estava acontecendo uma atividade recreativa com m sicas e jogos E not vel a grande receptividade e a facilidade de relacionamento com que v rias pessoas com defici ncia intelectual tiveram com o nosso grupo Assim que entramos na quadra v rias pessoas vieram at n s se apresentar e nos conhecer Estavam interessados em saber o nome de cada um e se mostraram extremamente animados com a nossa visita E muito importante esse trabalho recreativo que a APAE organiza em alguns dias j que muitos n o possuem tais recrea es em casa seja por causa de situa o socioecon mica seja por causa das fam lias que n o possuem esse costume Em seguida nos reunimos com algumas m es as quais contaram hist rias sobre seus filhos que apresentam defici ncias intelectuais diversas Foram relatos emocionantes e nos mostraram v ri
190. la significa Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos Ela uma grande entidade que atua em diversos setores mas tem como foco predominante o esporte e atividades sociais de inclus o com a comunidade A pr tica esportiva encarada de maneira profissional e s ria pela associa o Fomos recebidos pelo presidente da associa o que nos deu uma pequena palestra sobre a funda o da Andef em 1981 e sua jornada at os dias de hoje Ele nos contou sobre as reuni es iniciais que ocorriam na casa dos fundadores muitas vezes com poucas condi es de espa o para todas as pessoas at a compra da sede atual em 2002 Logo ap s iniciamos nossa visita por suas instala es 12 Visitamos a sala da diretoria uma quadra de futebol de sal o coberta os alojamentos dos atletas a piscina semiol mpica e a piscina aquecida pista de atletismo e uma sala de confer ncia e reuni es Por fim visitamos o campo de futebol de cinco onde a sele o brasileira se encontrava e conversamos um pouco com o t cnico que nos explicou algumas das particularidades do esporte A entidade se autoproclama como maior associa o de pessoas com defici ncia do Brasil e pelo menos no aspecto de suas instala es f sicas ocorre uma corrobora o desse fato A sede da institui o muito ampla junto com a Pestalozzi a maior de todas que visitamos sendo mais de quarenta mil metros quadrados de rea As instala es s o modernas apresent
191. las crian as n o costumam ter a aten o de seus familiares e comumente a linguagem familiar a da for a No breve tempo que estivemos ali por m n o tivemos nem ind cio de agressividade As crian as foram meigas e nos deram uma aula pr tica de LIBRAS Al m da conviv ncia a APADA nos ofereceu uma visita parte m dica do local onde pudemos conversar com os profissionais e descobrir mais detalhes sobre a surdez e seu acompanhamento Tanto o INES quanto a APADA foram oportunidades singulares e acrescentaram a viv ncia que nos faltava na discuss o do tema A surdez um tema que n o se esgota facilmente e que conta com o cuidado e o amor que poucos t m A conclus o geral que chegamos foi que a capacita o importante mas secund ria nesse trabalho E ainda que os bons resultados do INES s o gra as for a de vontade dos profissionais de l e que o sucesso da APADA se deve ao amor de m e que construiu a base da institui o Relato da professora Luciane Rangel Rodrigues APADA Tive a oportunidade de conhecer a professora Dra Luiza h muito tempo atr s em uma visita dela na APADA quando eu era diretora da creche Ela levou alunos de medicina da UFF para conhecer o espa o e seu trabalho era admir vel sendo uma profissional maravilhosa e respeit vel principalmente por ser da rea da medicina pois n o comum este interesse sendo mais comum nos cursos de pedagogia e educa o especial O convite foi
192. lavras que os estudantes de medicina associaram com o termo defici ncia antes e ap s um curso formal sobre defici ncia com quatro horas de dura o Antes do curso as palavras denotando cones visuais da defici ncia e perdas foram as mais frequentes correspondendo a 85 das palavras enquanto 74 das palavras descrevendo atributos pessoais foram negativas Ap s o curso houve uma redu o no uso de palavras representando cones visuais com aumento das palavras denotando efici ncia daquelas relativas ao modelo social de defici ncia e dos atributos pessoais positivos Na frica do Sul Amosun et al 2005 dois alunos participaram do m dulo de estudos especiais intitulado Imagens da Defici ncia onde tiveram que usar cadeiras de rodas na escola m dica durante cinco dias registrando suas impress es Os alunos conclu ram que a experi ncia resultou em um maior respeito pelas pessoas com defici ncia e na percep o que as pessoas com defici ncia s o como as outras no sentido de terem objetivos de vida sonhos e ambi es n o seriam deficientes mas eficientes de uma forma diferente 239 Segundo Block 1974 apud Duckworth 1988 o contato com as pessoas com defici ncia de igual para igual al m da educa o informativa tem mostrado ser efetiva na mudan a de atitudes em rela o s pessoas com defici ncia O relat rio intitulado Integrando um Conceito Positivo de Defici ncia nos Curr culo
193. lidades que encontram quando procuram os servi os de sa de e como se comunicam com seus filhos ouvintes Simula o de consulta com a participa o de Marcia Cristina Paulo dos Santos agente educacional do INES e aluna da disciplina Sa de e Sociedade II 207 Palestra de Paulo Andr Martins de Bulh es agente educacional do INES em Libras na disciplina Sa de e Sociedade III Participa o da int rprete de Libras Gildete Amorim na simula o de consulta a Paulo Andr Participa o de aluna da disciplina Sa de e Sociedade III 208 Exemplos de avalia o da atividade pelos estudantes A aula foi importante para quebrar a premissa de que os surdos s o coitados ou dignos de pena O que pudemos ver que eles s o pessoas normais que levam uma vida normal mas apresentam uma limita o que muitas vezes n o respeitada pela sociedade Na simula o n o tive ajuda para me expressar e me vinuma situa o semelhante a que a pessoa surda tem em meio aos ouvintes tentar me comunicar me expressar e n o conseguir De imediato fiquei muito surpresa com o tema pois nunca tinha atentado para as necessidades da pessoa surda Al m disso n o havia pensado que teria que me comunicar com essas pessoas Aprendi que o profissional de sa de n o precisa dominar a l ngua de sinais para que consiga se comunicar com o paciente Basta que este se empennhe seja paciente e utilize todo
194. logia assistiva pode significar a diferen a entre a autonomia e a n o autonomia em determinadas situa es 5 As PCD devem viver com dignidade e inclu das na comunidade 6 A cidadania n o depende tanto do que uma pessoa capaz de fazer fisicamente quanto das decis es que ela puder tomar 7 A autodetermina o a autoajuda e a ajuda m tua constituem processos que liberam as PCD para controlar sua vida 8 A intera o social entre pessoas com defici ncia facilita a intera o social entre pessoas com defici ncia e pessoas sem defici ncia 9 Vida independente um processo que cada usu rio ajuda a moldar e n o um produto pronto para ser consumido indistintamente por todos os usu rios 10 A PCD que deve ter o controle da sua situa o e da sua vida 11 O empoderamento o processo pelo qual uma pessoa ou um grupo de pessoas utiliza o poder pessoal inerente a sua condi o por exemplo defici ncia f sica intelectual visual auditiva e ou m ltipla para fazer escolhas decidir por si mesma e assumir o controle de sua vida Hoje quando se fala em acessibilidade deve se pensar em Desenho Universal que significa que todos os produtos os produtos ambientes programas e servi os devem ser concebidos at onde for poss vel para que todas as pessoas possam us los sem necessidade de adapta o ou projeto espec fico O Manual de Capacita o em Acessibilidade da Secretaria Nacional de Promo
195. m dico com um acompanhante ouvinte que saiba pelo menos um pouco de Libras ou um tradutor Em caso de m dicos j conhecidos que tenham paci ncia e saibam lidar com o paciente e quando a pessoa sabe fazer leitura labial e oralizada pode se ir ao m dico sem acompanhante Caso contr rio deve se evitar pois o sistema de sa de n o est preparado para lidar com esse tipo de atendimento n o se tem tradutores dispon veis em todos os hospitais muito menos em todos os consult rios e cl nicas E pode se afirmar que s o pouqu ssimos os m dicos que sabem Libras em um n vel que torne a consulta simples Como conclus o afirmo que novos projetos de inclus o devem ser lan ados como tradu o simult nea na televis o e no teatro mas principalmente uma conscientiza o da popula o com uma maior dissemina o de Libras Essa l ngua deveria ser ensinada pelo menos para os professores e profissionais de sa de n o s m dicos mas psic logos 98 enfermeiros etc O ideal mesmo seria que fosse ensinada na escola como uma mat ria extra uma l ngua estrangeira Mas como isso parece distante deve se come ar com pequenos passos como a viv ncia que estamos tendo em TCSI Todos os estudantes de medicina deveriam parar para refletir sobre isso E essa reflex o realmente s acontecer quando passarem por uma situa o semelhante que passamos Encontro com Thiago Correa Lacerda Conheci Thiago no dia 8 de no
196. m Braille e n o sei se porque tudo era muito novo mas achei bem dif cil A parte de inform tica tamb m me acrescentou muito porque eu nunca tinha visto como funcionava o sistema de leitura de tela achava meio que surreal por m agora eu entendi como funciona basicamente esse programa e que ele realmente funciona Tem como vc escrever novos textos usar calculadora jogar alguns jogos ler textos e at livros que estejam digitalizados e ler tamb m algumas p ginas de internet Al m disso tudo gostei tamb m do setor em que se estimula o tato tanto em crian as quanto em pessoas com baixa vis o que possam vir a perder a vis o completamente e pessoas que acabaram de ficar cegas Esse trabalho muito importante pois como a pessoa cega n o tem a vis o ela ir utilizar o tato para reconhecer objetos e extremamente importante que esse sentido seja explorado para facilitar esse processo Concluindo posso dizer que a visita AFAC foi muito especial e me acrescentou muito al m de ampliar meus horizontes quanto quantidade de coisas que uma pessoa cega pode fazer Instituto Pestalozzi Niter i Apenas um grupo visitou o Instituto Pestalozzi de Niter i no primeiro semestre de 2012 Al m da escola especial para alunos com defici ncia intelectual possui uma oficina de rteses e pr teses um setor de fisioterapia e uma brinquedoteca entre outros Aluno A cio C sar da Silva Filho 2 Semestre 2011 69
197. m adultos citam a preven o de acidentes de trabalho entre outros e controle do n vel glic mico O que mais nos chamou a aten o foi que no cap tulo do livro de Oftalmologia 3 ed denominado Preven o de Doen as Metab licas e Gen ticas os autores se refiram cegueira como uma desgra a Os pacientes com hist ria de diabetes infantil retinite pigmentar casamentos consangu neos hemofilia etc precisam de aconselhamento para evitar uma desgra a a seus descendentes p 387 Felizmente na edi o seguinte esse trecho foi alterado para Pacientes com hist ria de diabetes retinose pigmentar casamentos consangu neos retinoblastoma neurofibromatose etc precisam de consultores gen ticos para prevenir problemas para seus descendentes p 385 O Tratado de Oftalmologia apresenta um cap tulo bastante interessante ampliado em sua quarta edi o denominado Oftalmologia Preventiva 227 Todos os livros de Pediatria Semiologia e Cl nica avaliados n o apenas apontaram a import ncia da realiza o do diagn stico precoce e citaram os testes que devem ser realizados mas explicaram como s o realizados Apenas o Manual Ilustrado de Pediatria fora o Tratado de Oftalmologia abordou o tema Reabilita o de uma forma mais completa No entanto como esses livros s o publica es estrangeiras citaram o trabalho realizado nos centros de reabilita o em cegueira e baixa vis o fora do Brasil O Tratad
198. m alunos do 2 semestre de 2013 Na parede acima do sof pode se ver uma das tape arias criadas e produzidas pela artista pl stica 157 Alunos do 1 semestre de 2015 na sala do apartamento de Virgina Vendramini sentados no sof e Virg nia em p Al m da tape aria podem ser vistas algumas esculturas criadas pela artista em cima de um pequeno m vel Relat rios do campo Aluno Igor Melo de Almeida 2 semestre 2013 Eu nunca convivi com pessoas cegas e n o sei dizer exatamente o porqu disto Estudei com uma garota surda durante dois anos do ensino fundamental conhe o algumas pessoas com defici ncias f sicas tenho um primo com defici ncia intelectual em suma acho que j tive algum conv vio com pessoas com defici ncia Menos com cegos Definitivamente j conheci alguns os vi passar por mim na rua ou qualquer coisa do tipo mas nunca havia realmente convivido com um cego antes Sequer uma conversa acredito eu nunca tive Isto at a ltima quinta feira Talvez seja por isso que pela 158 primeira vez neste semestre senti realmente alguma estranheza ao interagir com as pessoas no campo A sensa o a qual estou me referindo ocorreu logo no in cio quando fomos apresentados Virg nia e ao Quim acredito que se escreva assim afinal deve ser um apelido para Joaquim N o nenhuma novidade para mim que eu me sinta desconfort vel ao conhecer gente nova Na realidade t o comum que se tornou com
199. mas pessoas que passavam por ali notaram as nossas frustradas tentativas e rapidamente vieram nos ajudar Mais de quatro pessoas se prontificaram em me levantar e depois dessa ajuda conseguimos enfim passar pela rampa O olhar dessas pessoas estampava a pena que elas sentiam por eu estar ali levando a entender que elas pensavam em mim como um coitado que estava condenado s limita es intr nsecas nas mentes deles por ser um cadeirante Na experi ncia como cego n o foi poss vel observar visualmente nada mas apenas poder escutar os coment rios e 106 os alertas que as pessoas d o Fica evidenciado que a popula o enxerga pessoas com defici ncia com um certo receio sobre o que pode acontecer com elas nas ruas Por fim esta viv ncia para mim foi muito interessante visto que ela possibilitou na mais vaga das hip teses saber como s o as limita es que pessoas com este tipo de defici ncia encontram ao se locomoverem pelas ruas de Niter i Apenas vivenciando essas dificuldades que poderemos dar mais valor s reivindica es e lutas junto com as pessoas com defici ncia para garantir melhores condi es de vida Aluno Rodrigo Pereira Martins 2 semestre de 2011 Atividades As atividades da viv ncia contemplam tarefas que visam representar a realidade encontrada por pessoas com defici ncia visual e f sica Os acess rios utilizados nesse processo foram Vendas Cadeira de rodas Bengala Pessoa atuand
200. mente n o vi nenhuma conseguir realizar atividades f sicas peri dicas manter um conv vio social bacana entre outras situa es pra mim foram um exemplo de independ ncia e boa vontade Afinal ela poderia estar na casa de algum parente sem realizar nenhuma atividade produtiva totalmente dependente e no entanto ela est ali mostrando que capaz de realizar muito mais do que na maioria das vezes se espera de um cego Coment rio de Virg nia Vendramini Em dias que n o v o muito longe as pessoas com defici ncia viviam confinadas em suas casas ou institui es quase sempre meros abrigos Em fins da primeira metade do s culo XX com o t rmino da Segunda Guerra Mundial um grande n mero de mutilados de guerra passou a fazer parte de uma sociedade totalmente despreparada para conviver com esse novo contingente de pessoas demandando educa o trabalho e lazer Era o come o de uma longa batalha dessa gente 167 forte com necessidades especiais por seus direitos e em especial pela elimina o de arraigados preconceitos relativos as diversas defici ncias Hoje quando a palavra inclus o est na ordem do dia urge que um trabalho intenso seja feito no sentido de preparar cada segmento da sociedade para um conv vio mais f cil e harmonioso com essas pessoas ditas especiais que estudam trabalham viajam e merecem como todo mundo um tratamento adequado e digno Sou uma pessoa cega e h d cadas moro so
201. mento a ser adquirido em Sa de e Sociedade Ill com o apresentado no segundo per odo Aten o Integral Sa de na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado e com as disciplinas Epidemiologia e Trabalho de Campo Supervisionado II terceiro per odo e como conhecimento complementar ao M dulo de Semiologia da disciplina Medicina Integral do Adulto e do Idoso oferecida no quinto per odo do curso Objetivo da disciplina Instrumentalizar os estudantes para avalia o e pr tica do Aconselhamento em Sa de inserido no contexto da integralidade Ementa Aconselhamento em sa de conceito objetivos diretrizes Aconselhamento no contexto da Integralidade Comunica o competente com pacientes idosos surdos com defici ncia intelectual com os que apresentam disartria ou n o verbais definitiva ou temporariamente Orienta es consulta de pacientes cegos ou com baixa vis o L ngua Brasileira de Sinais Comunica o alternativa Determinantes prim rios do comportamento Nos sete semestres 553 estudantes participaram dessas atividades O tema Comunica o com o paciente surdo ocupou duas aulas com dura o de tr s horas cada uma uma te rica e outra pr tica Mais uma aula com tr s horas de dura o foi dedicada ao atendimento ao paciente com disartria Uma das encena es foi planejada pelas coordenadoras do N cleo de Orienta o Sa de do Surdo NOSS Instituto 205 Nacional de Educa o de Su
202. mos com ele Preconceito sim acho que eu posso dizer eu sempre tive muita dificuldade de falar com pessoas com defici ncia eu tenho um primo que tem paralisia cerebral mas ele tamb m tem defici ncia intelectual em um n vel avan ado e meus pais nunca me ensinaram a lidar com isso como eu deveria trat lo Eu sei que ele reconhece s as pessoas que s o muito pr ximas a ele mas as vezes eu me arrependo de n o ter tido contato com ele porque meu primo meu sangue e hoje eu tenho at vergonha de tentar me aproximar porque ele n o sabe quem sou eu Ent o eu pensei em tudo isso s em ver o Thiago e eu fiquei muito tenso antes 101 dessa experi ncia porque na minha cabe a eu n o conseguiria lidar com a situa o O fato que Thiago uma pessoa incr vel mas eu continuo a me questionar por que quando eu vejo algu m com defici ncia no n vel da defici ncia do Thiago eu n o consigo pensar que mesmo limitada pelo corpo aquela pessoa pode ter uma mente brilhante pode estar terminando o doutorado muito injusto pensar dessa maneira O interessante que todo mundo da sala com quem eu falava que conversamos com algu m com paralisia cerebral ficava assustado e me perguntavam como E a minha vontade era de perguntar por que voc est me perguntando como Ele n o poderia falar Mas eu n o podia fazer isso porque eu pensava da mesma maneira e quando eu dizia s pessoas que ele estava terminando o doutorado em f
203. mpreender e observar as atividades f sicas e culturais que s o desempenhadas por profissionais de sa de para pessoas com defici ncia A Andef foi um campo muito interessante para mim visto que pude ver um universo que al m de apresentar uma infra estrutura muito boa para pessoas com defici ncia n o muito divulgado na m dia atual Ap s visitar esse campo penso que a forma o de institui es como esta deveriam ser incentivadas devido ao fato de oferecerem esperan a e um novo olhar da vida para essas pessoas com defici ncia Enquanto passe vamos pela Andef vimos que pessoas que n o apresentam defici ncia estavam realizando aulas de 124 nata o na Andef e lembro que hav amos achado estranho pois afinal de contas aquela associa o era dedicada a pessoas com defici ncia Conversando com uma funcion ria da Associa o ela nos explicou que essa medida era uma forma de promover uma esp cie de inclus o social invertida em que faziam as pessoas sem defici ncia participarem de um lugar dedicado para pessoas com defici ncia Eu achei essa medida muito inteligente pois permite que essas pessoas considerem uma normalidade o fato de haver pessoas com defici ncia e n o uma fatalidade Penso que medidas como essa poderiam ser incentivadas pois dessa forma grande parte do preconceito presente na sociedade em rela o a essas pessoas com defici ncia poderia ser atenuado Visitamos na Andef por exemplo o time d
204. n as normais sendo tratadas como crian as normais que est o privadas de um nico sentido e por isso t m explorados ao m ximo os outros de modo que supram essa falta sem maiores complica es no mundo visual da sociedade moderna D ficit esse que n o as depreciam em praticamente nada S o totalmente capazes de fazer tudo recebendo o estimulo correto H tamb m no instituto o aspecto cl nico onde h pessoas e instrumentos especializados para realizarem exames e diagn sticos necess rios ao entendimento da situa o de forma individual podendo desta forma atender melhor a necessidade j que esta especifica de cada um Mas sobre esse aspecto n o posso me estender j que n o foi poss vel o acesso a esta rea do Benjamin Sucintamente foi isso que observei na visita 78 a institui o no qual vi crian as serem acolhidas de modo a buscar o melhoramento de sentidos existentes e minimizar a aus ncia de um sentido E o que vi me deixou satisfeito pois o que vi foram crian as felizes e el tricas como qualquer crian a Associa o de Pais e Amigos dos Deficientes da Audi o APADA Niter i A primeira visita APADA foi em 2005 Criada por Miriam Rangel m e da professora Luciane Rangel que na poca da primeira visita do grupo dirigia a creche que recebia crian as surdas e seus irm os Os alunos conheceram as instala es da APADA conversaram com psic logos fonoaudi logos professores e tamb m com a pr
205. n L O ensino sobre defici ncia a estudantes de medicina o que existe no mundo Revista Brasileira de Educa o M dica no prelo Costa LSM Vitoi CA Filgueiras RS Ferreira A 10 Anos de Hist ria 52 Congresso Brasileiro de Educa o M dica Joinville 2014 a Costa LSM Vitoi CA Filgueiras RS Perdig o BQ Ferreira IA A Inclus o da Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia no Curr culo M dico da Universidade Federal Fluminense na vis o dos estudantes 52 Congresso Brasileiro de Educa o M dica Joinville 2014 b Costa LSM Silva NCZ Desenvolvendo atitudes conhecimentos e habilidades dos estudantes de medicina na aten o em sa de de pessoas surdas Interface Comunica o Sa de Educa o 16 43 1107 1116 2012 ALVES PTF MAYWORN MC et al O atendimento em sa de atrav s do olhar da pessoa surda avalia o e propostas Revista Brasileira de Cl nica M dica S o Paulo v 7 n 3 p 166 170 2009 BOTELHO Izabela Vieira SOUZA Luana Sardinha de Abordagem do tema defici ncia na literatura m dica In Congresso Brasileiro de Educa o M dica 46 2008 Salvador Anais Revista Brasileira de Educa o M dica Salvador ABEM 2008 p 246 LEAL Juliana Martins MARTINELLI Mariana Bof CHELINI Patr cia Rocha NASCIMENTO Rafael Oliveira do CARDONI Tha s da Silva SILVA Michele Rodrigues AMIN Bruno de Oliveira SOUZA Pedro Mendes Tavares de Abordagens de ensino e atitud
206. na Dayanna de Oliveira Quintanilha 1 semestre de 2011 No dia 31 de mar o partimos da UFF rumo ao Instituto Benjamin Constant Fomos divididos em grupos sendo o meu o da parada do Thiago Assim que chegamos seguimos para a sala onde o encontrar amos Enquanto ele n o aparecia esperamos no p tio do Instituto Esse foi para mim um dos momentos mais interessantes da visita porque pude observar um pouco da vida das crian as internas de l Albinos cegos autistas cegos que corriam muito cegos que falavam sozinhos cegos que apenas passavam havia muita variedade do que visto como diferente pela sociedade Por m apesar de qualquer dificuldade eram apenas crian as como todas as outras que brincam choram brigam e inclusive matam aula como revelou o grito da professora atr s do seu aluno que perambulava pelo p tio Enfim apareceu o Thiago fisioterapeuta da institui o e nos convidou para entrar J acomodados come amos uma conversa muito interessante a respeito do trabalho dele no Benjamin O que um fisioterapeuta faria em uma escola para cegos Ele nos explicou a respeito da estimula o precoce e como isso pode influenciar positivamente na postura da crian a desde cedo al m de no es de lateralidade organiza o e estrutura o espaciais e na orienta o e identifica o dos objetos e pessoas Comentou tamb m que a rea da neuroftalmologia ainda pouco explorada na medicina dando o exemplo de cri
207. na Xavier Sim o 1 semestre de 2015 Na quinta feira dia vinte e seis de mar o fomos casa da dona Virg nia uma senhora muito simp tica e acolhedora Desde o come o esse campo j me chamou aten o porque logo depois de fazermos a viv ncia na rua e no shopping nos 164 arredores do Valonguinho conhecer a casa e um pouco da rotina de quem realmente convive com uma defici ncia d progress o ao nosso trabalho e tamb m s nossas reflex es Antes ao imaginar a dona Virg nia pensava eu em uma mulher mais jovem talvez pelo fato de que quando se mais velho a nossa tend ncia natural precisar mais do aux lio de outras pessoas para realizarmos nossas atividades rotineiras Mas ao entrarmos vendadas pela voz dela percebi que se tratava sim de uma mulher de mais idade e isso me chamou mais a aten o pois muito pelo contr rio ela mora sozinha e embora realmente precise de ajuda por conta da cegueira ela super ativa em suas atividades e dentro de sua casa Com a brincadeira de adivinhar pela textura e forma os objetos que nos foram dados j pudemos refletir o quanto as pessoas que t m algum tipo de defici ncia na vis o conseguem perceber o mundo de outra forma Elas criam o mundo e os objetos pelo tato cheiro e gosto A vis o um sentido que n o existe para elas mas que n o as impede de viverem o mundo com o que ele tem a oferecer O fato de um sentido estar ausente faz com que os outros sejam m
208. nanda Honorato primeira rep rter com S ndrome de Down Relat rios do campo Aluna Nayra Helena Moraes 2 semestre 2013 Novamente sa mos em trabalho de campo desta vez fomos ao lar da pr pria professora Luiza o que foi muito bom para fugir do ambiente sala de aula no qual estamos acostumados eu particularmente gosto muito at porque pra mim essas sa das s o como um passeio Na casa da professora que muito bonita e aconchegante sem querer ser puxa saco ficamos esperando a chegada de Fernanda Honorato a primeira e nica rep rter com s ndrome de Down no mundo como ela mesma afirma e sua m e De cara ela j ganhou todo o grupo esbanjando simpatia chegou chegando segundo a professora Luiza Fernanda nos contou sobre sua rotina semanal sua agenda lotada e seu hist rico de feitos art sticos ela faz nata o dan a 91 teatro rep rter entrevistou cantores e atores famosos est estrelando um filme j participou de uma miniss rie viajou pra v rios lugares do pa s com a companhia de teatro foi entrevistada pelo J tem um F Clube at na It lia e sonha participar de uma novela Realmente uma listagem assim n o pra qualquer um ela realmente uma artista A m e de Fernanda nos contou sobre como recebeu a not cia sobre sua filha ter s ndrome de Down segundo ela o melhor a fazer informar logo aos pais de que a crian a tem a s ndrome ou o que for para que n o
209. nco dias consecutivos dentro do hor rio e do espa o da faculdade Seyi L Amosum Lauren Volmink e Rainer Rosin descrevem essa atividade inserida no m dulo Imagens da Incapacidade que teve por objetivo promover o desenvolvimento de atitudes positivas em rela o a pessoas com incapacidade f sica A professora Alicia Conill procurou ampliar e aprofundar as viv ncias que geralmente duravam tr s ou quatro horas no m ximo com limitada variedade de incapacidades vivenciadas e sem foco nos cuidadores em seu projeto piloto Sete duplas de alunos ficaram 24 horas no papel de pessoas com incapacidade usando cadeira de rodas andadores muletas ou bengalas enquanto outros sete desempenharam o papel de cuidadores No outro dia aprenderam o que incapacidade o que acomoda o razo vel quais s o as quest es que surgem relativas a trabalho finan as din mica familiar e identidade da pessoa com defici ncia Sally French 1992 apresenta um olhar cr tico em rela o a exerc cios de simula o quando s o usados para promover atitudes positivas em rela o a PCD Considera que os exerc cios de simula o individualizam e medicalizam a defici ncia focando excessivamente nos problemas e nas 51 dificuldades al m de gerar informa o falsa e equivocada promovendo n o as atitudes positivas mas as negativas Na verdade o que esta autora critica s o programas que utilizam essas simula es considerando que
210. ndido logo ap s o trauma com o objetivo de garantir sua sobrevida e evitar maiores complica es reabilita o subaguda ainda durante a interna o com o 39 objetivo de reduzir os preju zos do TCE aumentar a independ ncia f sica cognitiva e psicossocial compensar a defici ncia e minimizar o sofrimento reabilita o ambulatorial na fase cr nica que al m de dar continuidade aos objetivos estabelecidos na fase subaguda no contexto fora do hospital tem como foco reintegrar a pessoa na comunidade e manter a qualidade de vida O Relat rio Mundial sobre Incapacidades apresenta alguns exemplos que ilustram diferentes medidas de reabilita o A reabilita o de uma mulher de meia idade com diabetes avan ado deveria incluir recupera o da for a ap s hospitaliza o por coma diab tico oferta de uma pr tese e treinamento de marcha ap s amputa o do membro e oferta de software ledor de tela para permitir lhe caso tenha perdido a vis o para continuar no seu emprego como contadora Pais professores de crian a surdascegas fisioterapeutas terapeutas ocupacionais e outros especialistas em orienta o e mobilidade deveriam trabalhar juntos para planejar espa os acess veis e estimulantes para encorajar o desenvolvimento Os cuidadores precisam trabalhar junto com a crian a para desenvolver m todos apropriados de comunica o t til A educa o individualizada com apoio cuidadoso ajuda na aprendizagem e r
211. nessa institui o medicina fisioterapia terapia ocupacional servi o social psicologia e outros para evitar a revitimiza o isto que o paciente conte diversas vezes sua hist ria revivendo o sofrimento estabelecido um projeto terap utico singular para cada paciente e suas consultas agendadas sequencialmente nos mesmos dias reduzindo o n mero de idas AFR Atrav s reuni es sistem ticas da equipe com o paciente e membros da fam lia avaliada sua evolu o O servi o de terapia ocupacional transdisciplinar atua tamb m na Oficina de 21 rteses e Pr teses na dispensa o de equipamentos e orienta es quanto ao uso e manuten o 3 Sentido na constru o de pol ticas p blicas Trata de atributos das respostas governamentais a certos problemas de sa de ou s necessidades de certos grupos espec ficos S o incorporadas nas pol ticas a es voltadas preven o e assist ncia Em 2002 foi lan ada a Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa com Defici ncia com o prop sito de reabilitar a pessoa com defici ncia na sua capacidade funcional e desempenho humano de modo a contribuir para a sua inclus o plena em todas as esferas da vida social e proteger a sa de deste segmento populacional bem como prevenir agravos que determinem o aparecimento de defici ncias Brasil 2002 p 10 Esse prop sito seria alcan ado atrav s das diretrizes promo o da qualidade de vida
212. nha largou a profiss o e n o conseguiu ocupar se de nada nem hobbies ou atividades outras o que ele alega ser por medo de perder a aposentadoria que recebe Eu creio que seja por medo e principalmente luto como se ao se ocupar de uma vida nova ele estivesse terminando de enterrar a vida antiga de quando enxergava N o pude evitar no momento tal como n o posso agora me sentir mal por ele at hoje preso no pr prio luto Acredito que este pessimismo dele afastou o do centro da conversa dando lugar Virg nia A Virg nia diferente dele n o me pareceu ter o menor medo de criar uma vida nova para si mesma constantemente Ali s criadora o melhor adjetivo que consigo imaginar para caracteriz la Afinal cnam la s de professora seria ignorar seus lindos tapetes suas belas esculturas al m de seus trabalhos como escritora e poeta e cham la simplesmente de cega seria uma atrocidade Entretanto mesmo ela n o negou que a cegueira seja algo essencialmente limitante e que gera muitas dificuldades A sinceridade com que ela afirmava isso sem rodeios ou eufemismo chegou a me assustar de in cio mas por fim fez sentido Creio que como ela disse no in cio da conversa ela 160 pretendesse falar aberta e claramente sobre qualquer assunto n o tendo nenhum tabu pois essa a melhor postura para se ensinar Nesse sentido ela parecia estar preocupada em fazer daquela conversa um meio de ensino capaz d
213. nhecimento Como a proposta da SUNY n o se restringia defici ncia intelectual essa palavra foi suprimida embora Symons e cols n o tenham sido citados J Wells e cols da Universidade de Bristol Reino Unido 2002 apresentam quadro detalhado com conte do diferenciado O quadro apresentado por Long Bellile cols 2011a da Tufts University School of Medicine de Boston Massachusetts resultou n o apenas da revis o bibliogr fica realizada pelos autores mas tamb m de suas experi ncias ensinando estudantes de medicina sobre as necessidades dos pacientes com incapacidades e vale a pena ser 50 consultado As experi ncias que se estenderam ao longo do curso foram iniciativas dos Departamentos de Sa de da Fam lia Sa de Coletiva Medicina F sica e de Reabilita o Psiquiatria e Pediatria Estrat gicas educacionais Diversas estrat gias educacionais foram utilizadas na inclus o de temas relacionados a incapacidades aulas semin rios pain is oficinas anamneses visitas a pessoas com defici ncia em seus domic lios e servi os que atendem pessoas deste grupo Henley 1999 assim como exerc cios de simula o ou viv ncias onde os estudantes eram desafiados a realizar atividades usando cadeiras de rodas Amosum et al 2005 muletas e vendas nos olhos Conill 1998 Na Escola M dica da Universidade da Cidade do Cabo na frica do Sul dois estudantes de medicina se locomoveram em cadeiras de rodas por ci
214. nos anos iniciais As propostas condizem com o que vem ocorrendo em v rios outros pa ses mas com ainda mais sugest es Elas mostram como o vivenciado na disciplina de TCSI pelos alunos foi importante em suas forma es As ideias expostas poder o certamente ser inclu das no curr culo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense algumas a curto e outras a m dio e longo prazo O relat rio com os resultados da pesquisa foi enviado Coordena o do Curso de Gradua o de Medicina Faculdade de Medicina ao Instituto Biom dico Instituto de Biologia Instituto de Sa de Coletiva e ao N cleo Docente Estruturante da Universidade Federal Fluminense Sublinhamos o interesse dos alunos E importante destacar que mesmo os alunos que n o fizeram parte do grupo de Aten o Integral Sa de da Pessoa com Defici ncia ou Defici ncia como Quest o de Direitos Humanos quando defrontados sobre seus conhecimentos sobre o assunto e ao escutar relatos dos alunos pertencentes ao grupo do TCS mostram se interessados e percebem a import ncia de saber lidar com esses pacientes Al m disso este e outros projetos relacionados ao cuidado da pessoa com defici ncia dos alunos da UFF geraram a publica o de artigos e a apresenta o de trabalhos em congressos como recentemente no Congresso Brasileiro de Educa o M dica realizado em 2014 em Joinville e no Congresso de Sa de Coletiva da ABRASCO em Goi nia em 2015 re
215. ntuito de tentar ajudar o paciente sem a utiliza o de LIBRAS ou de int rpretes considero este encontro de vital import ncia porque nos pusemos em contato com uma realidade poss vel na qual poucos m dicos sabem como se conduzir Aprendemos pontos chaves aos quais se deve prestar aten o numa futura consulta para que a transfer ncia e a contratransfer ncia seja realizada e entendida por ambas as partes de maneira correta Para concluir aprendi que necess rio que o m dico como em todas as situa es tenha seu cora o aberto para escutar e utilize da criatividade para desenvolver caminhos que n o ofendam e que sejam aceitos por cada paciente uma vez que mesmo sendo surdos cada um possui seu pequeno universo interior Coment rio de Luciane Rangel Rodrigues mestranda de Curso do Mestrado Profissional de Diversidade e Inclus o da UFF e professora auxiliar de Libras de UFRRJ Foi combinado com a Luiza de preparar uma pequena palestra sobre os diferentes tipos de comunica o e uma atividade de simula o de consulta m dica com os futuros 179 profissionais os alunos fariam um atendimento com uma paciente no caso eu onde a comunica o seria somente em l ngua de sinais Na aula os alunos se entreolhavam nervosos porque eles sabiam muito pouco de Libras L ngua Brasileira de Sinais foi um desafio grande para eles e para mim tamb m Depois de decidirem quem seria o primeiro veio um volunt rio e eu comec
216. o de Pediatria diz apenas de forma vaga que as necessidades educacionais especiais sociais e emocionais inerentes devem ser satisfeitas O Tratado de Oftalmologia em sua terceira edi o apresentava apenas um item relativo a cl nicas de vis o subnormal transformado em cap tulo na quarta edi o Mais um exemplo da radical transforma o da vis o do cego apresentada nesse livro da terceira para a quarta edi o na terceira edi o o cap tulo intitulado Cegueira iniciava com a frase Neste cap tulo trataremos da cegueira como um problema de Sa de P blica universal com enfoque nas formas preven veis deste terr vel flagelo humano p 389 que passou para Neste cap tulo discutiremos a cegueira como um problema de sa de mundial sumariando informa es acerca da sua epidemiologia enfatizando o valor da comunidade baseada em m todos para prevenir ou tratar suas causas e real ar recursos dispon veis em pa ses mais desenvolvidos para reabilita o do cego Na terceira edi o a cegueira definida como a perda de vis o suficiente para impedir de ser autossuficiente em uma ocupa o tornando o indiv duo dependente de outro de ag ncia ou organiza o para que possa viver p 389 J na quarta edi o afirma que a cegueira n o necessariamente implica desamparo e que o ajuste individual varia com a idade no come o da perda da vis o temperamento educa o recursos econ micos e outr
217. o dos 35 anos de idade nos EUA os acidentes em geral colis es de ve culos motorizados s o a principal causa de morte e mais de 70 deles incluem traumatismo craniano Como os traumatismos raquimedulares TRM muitas vezes acompanham o traumatismo craniano considera ambos no contexto de traumatismo do sistema nervoso No cap tulo Princ pios da Preven o de Doen as Vol Cap 10 cita os acidentes automobil sticos e a viol ncia na fam lia e na comunidade como 1 e 2 causas respectivamente de traumatismos n o intencionais nos EUA tendo seu risco potencializado pelo uso de lcool e drogas il citas J o Tratado de Pediatria cita um leque maior de causas de TRM na inf ncia partos p lvicos traum ticos maus tratos f sicos acidentes automobil sticos e de mergulho quedas em equipamentos de playgrounds e de defeitos cong nitos como a anormalidade vertebral na S ndrome de Down Em rela o preven o o livro de Cl nica M dica extremamente feliz quando fala da import ncia da participa o dos m dicos na preven o de traumatismos seja mostrando ao paciente a rela o entre uso de lcool e outras drogas e traumatismos e viol ncia seja recomendando enfaticamente o uso do cinto de seguran a e de capacete para motociclistas Cita haver evid ncias mostrando maior probabilidade do uso desses equipamentos entre pacientes que receberam esses conselhos No cap tulo Afogamento e Quase afogamento lembra q
218. o alguns alunos mas que na minha opini o apenas enfatiza o desafio associado ao jovem e demonstra que n o sentem pena de si pr prios A ideia transmitida de juventude ativa certamente constitui um exemplo para aqueles que veem na defici ncia o fim da vida 123 O esporte nesse caso pode dar novo sentido s expectativas do futuro e torna se uma v lvula de escape para a problem tica emocional enfrentada A estrutura f sica da ANDEF mostrou se excelente com alojamento para atletas piscina rea para esportes lazer e acima de tudo tem o intuito de atender tanto as delega es atl ticas como a popula o gerando oportunidades e constituindo um local que atende diversos tipos de defici ncias Foi especialmente interessante notar a presen a de pessoas com Paralisia Cerebral algumas com a coordena o motora bem comprometida que mesmo assim participam dos jogos E de se imaginar que o conv vio social sem esse tipo de atividade ficaria bastante comprometido o que enfatiza a import ncia da organiza o em sua vida Mais uma vez a visita foi tima permitiu que observ ssemos com outros olhos a juventude com defici ncia o que enriquece nossa bagagem como estudantes Relat rios do campo Aluna Danielle Calil de Sousa 1 semestre de 2011 Nos dia 7 de abril o meu grupo do Trabalho de Campo Supervisionado visitou a Andef Associa o Niteroiense de Deficientes F sicos em Niter i O objetivo da visita era co
219. o atendem aos crit rios de risco muitos centros defendem a triagem de todos os rec m nascidos segundo o Tratado de Pediatria Destaca tamb m que os m dicos de assist ncia prim ria ou o pediatra devem estar atentos para os sinais e sintomas de defici ncia auditiva na inf ncia com o devido encaminhamento a um audiologista cl nico Crian as com surdez cong nita por heran a autoss mica recessiva ou infec o cong nita subcl nica frequentemente s s o identificadas ap s o segundo ou terceiro ano de vida retardando sua habilita o Outra informa o importante o fato de terem identificado que a preocupa o dos pais geralmente precede a identifica o formal e o diagn stico de defici ncia auditiva em seis meses a um ano e que os m dicos de assist ncia prim ria s o os nicos capazes de responder s preocupa es dos pais e de monitorar o desenvolvimento da fala e da linguagem Apresenta um quadro com os crit rios de encaminhamento para avalia o audiol gica onde descrito o desenvolvimento normal em rela o audi o do nascimento aos 24 meses de idade Apenas o livro de Semiologia Pedi trica n o trouxe informa es sobre habilita o reabilita o O mais completo nesse assunto foi o Manual Ilustrado de Pediatria O ltimo cap tulo se dirige especificamente crian a com necessidades especiais Quanto ao aspecto da habilita o reabilita o importante ressaltar que nenhum livro menciona a
220. o com os seus alunos na realiza o de breves visitas as Institui es de Reabilita o tendo na AFR o enfoque na defici ncia f sica que possibilitou aos alunos vivenciarem 116 ativamente a aprendizagem como constru o de conhecimento por meio da reflex o sobre suas pr prias experi ncias A AFR um Centro de Reabilita o pioneiro no Brasil na aplica o de t cnicas Multi e Interdisciplinares de terapias de Reabilita o e Medicina F sica e recentemente na Reabilita o da Defici ncia Intelectual E uma institui o que desde sua funda o empreende e dedica esfor os por mais espa o por mais recursos por mais qualidade Nos ltimos anos a AFR vem desbravando novas fronteiras em diagn sticos m todos padronizados de avalia o e terap uticas de Reabilita o ao mesmo tempo em que forma novas alian as para o futuro A AFR tem a proposta clara e definida de oferecer est gios e cursos de aperfei oamento aos futuros profissionais pois acredita que o futuro depende do esfor o e investimento depositados nos atuais estudantes Pois consta na sua miss o institucional a participa o decisiva na forma o e capacita o de estudante e profissionais das mais diversas reas da Reabilita o Com toda essa expertise a AFR acolheu a proposta do Trabalho de Campo Supervisionado por acreditar que educa o e sa de s o espa os de produ o e aplica o de saberes destinados ao desenvolvimento humano Atrav s
221. o como guia Inicialmente o grupo se reuniu na Pra a do Rink onde foram distribu dos os acess rios e formados pares Cada par se dirigiu para um local na seguinte configura o uma pessoa vendada e usando uma bengala para determinar obst culos no ch o enquanto outra servia como guia A pessoa vendada segurava no guia em seu bra o perto do cotovelo O guia andava alguns passos frente para permitir a detec o de obst culos Na volta os membros da dupla trocavam de fun o Ap s o passeio inicial seguimos para outro local para testar duas situa es a dificuldade de uma pessoa com defici ncia visual para comprar um alimento em um shopping da cidade e a poss vel modifica o da rea o das pessoas ao n o utilizarmos a venda dando maior veracidade situa o 107 Resultados e conclus es A n o utiliza o da vis o inicialmente bastante complicada e transmite uma grande sensa o de inseguran a O papel de guia tamb m se mostrou interessante constantemente tentando planejar um caminho mais f cil para a pessoa guiada A utiliza o da bengala n o pareceu complicada e ap s alguns minutos o ato da movimenta o lateral era quase instintivo Apesar disso seu uso um pouco mais prolongado pode causar certo desconforto nos pulsos especialmente no in cio da tarefa quando a segurava com um pouco mais de for a Em rela o urbaniza o da cidade alguns problemas foram encontrados Em respeito ao
222. o entre os alunos Participaram 31 alunos de sete per odos N o foram realizadas reuni es com o primeiro segundo quinto oitavo d cimo e d cimo segundo per odos O primeiro porque atualmente o tema oferecido apenas no segundo per odo em TCS IB O grupo do segundo per odo ainda n o havia conclu do TCSI B nessa etapa da pesquisa Quando a turma do quinto per odo na etapa de coleta de dados cursou o segundo per odo o tema Defici ncia deixou de ser oferecido em TCSI B e passou para o primeiro per odo TCSIA Portanto nenhum grupo dessa turma teve contato com o tema Ao tentarmos marcar a reuni o com o oitavo per odo n o conseguimos a confirma o de n mero suficiente de alunos para a realiza o da t cnica de grupo focal Muitos n o apresentavam disponibilidade de hor rio e outros n o se manifestaram O mesmo ocorreu com os alunos do d cimo segundo per odo Na reuni o do d cimo per odo compareceu somente um aluno e portanto apesar de termos conversado e ele ter exposto v rias ideias n o foi v lido para o estudo por n o ter se tratado de um grupo focal Por isso o resultado desse encontro n o foi inclu do no estudo Cada per odo se encontrou separadamente em uma das salas do Hospital Universit rio Ant nio Pedro HUAP As reuni es foram guiadas pela pergunta Considerando os semestres que voc j cursou que possibilidades de inclus o do tema defici ncia no curr culo m dico da UFF voc suger
223. o lado do aluno quando no papel de paciente Luciane com seu bom humor traz leveza atividade contando situa es pelas quais passou e ao final da aula batizando cada aluno com um sinal Os estudantes t m a oportunidade de conhecer um pouco da vida de uma pessoa surda e os recursos de acessibilidade comunicacional de que disp e Luciane Rangel ensina sinal em Libras para Matheus Nascimento da Silva aluno de TCSI A 2 semestre de 2013 durante uma simula o de consulta m dica 95 Relat rio do campo Aluna Paula Daltro Sim es Monteiro Campos 2 Semestre 2013 A comunica o uma das esferas mais importantes do conhecimento atual Nada que se adquire pode ser passado adiante sem a comunica o Ela serve como instrumento de integra o troca instru o e desenvolvimento entre as pessoas Foi ela um dos fatores que permitiu a diferencia o da humanidade em rela o aos demais seres no planeta sendo a ferramenta mais importante no processo de expans o das organiza es em todo o mundo Vivemos atualmente num mundo repleto de formas de comunica o que expressam situa es pessoais interpessoais grupais e sociais A maior forma de intera o entre as pessoas por meio da fala Mas e as pessoas que n o conseguem usar essa forma de intera o Como elas ir o interagir com as outras dif cil imaginar como se dar a comunica o entre pessoas com defici ncia auditiva O uso de desenhos e
224. o paciente surdo e se referindo diretamente a ele quando um int rprete tradutor de libras estiver presente facilitando a leitura labial de surdos oralizados escrevendo portugu s simples no caso de surdos bil ngues Costa et al 2009 No caso de pacientes que n o conhecem leitura labial a comunica o pode ser estabelecida atrav s de m mica express o facial e demonstra es com objetos concretos Na Col mbia o Minist rio de Tecnologias da Informa o e das Comunica es criou o Servi o de Interpreta o Online que pode ser utilizado inclusive em servi os de sa de Col mbia 2015 No caso de pessoas n o verbais por exemplo por sequela de paralisia cerebral ou transtornos do espectro do autismo os pacientes podem se expressar atrav s de pranchas de comunica o ou sintetizadores de voz No atendimento a surdos oralizados deve se articular bem as palavras estar com o rosto iluminado e falar olhando para o paciente Costa et al 2009 Receitas m dicas orienta es terap uticas gerais e pedidos de exame devem estar em formato acess vel No caso de paciente com baixa vis o deve se escrever com caneta preta 29 de ponta grossa com letra grande para que ele possa ler sem precisar da ajuda de terceiros Em conson ncia com o conceito de desenho universal os materiais educativos em sa de impressos ou n o devem ser acess veis tamb m a pessoas com defici ncia sensorial e intelectual devendo haver o cuid
225. o para a Confer ncia Municipal da Pessoa com Defici ncia Niter i 23 24 de julho 2005 Vida independente na era da sociedade inclusiva S o Paulo RNR 2004 212 Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de Alagoas Guia Alagoas inclusiva orienta es para empregadores e Profissionais de recursos humanos SENAI AL Macei SENAI AL 2008 Shakespeare T lezzoni LI Groce NE Disability and the training of health professionals The Lancet 374 9704 1815 1816 2009 Silva NCZ Costa LSM Desenvolvendo habilidades de comunica o dos estudantes de medicina com pessoas surdas e com dificuldade de articula o da fala relato de experi ncias In Congresso Brasileiro de Educa o M dica 46 2008 Salvador Anais Revista Brasileira de Educa o M dica Salvador ABEM 2008 p 64 Silva OM da A Epopeia Ignorada a Pessoas Deficiente na Hist ria do Mundo de Ontem e de Hoje S o Paulo CEDAS 1987 Symons AB McGuigan D Akl EA A curriculum to teach medical students to care for people with disabilities development and initial implementation BMC Med Educ 9 78 2009 Dispon vel em http www biomedcentral com 1472 6920 9 78 Acesso em 13 jul 2011 Thacker A Perez W Crabble N McCluskey C Hollins S Raji O The Contribution of Actors with Intellectual Disabilities to the Training of Medical Students Dispon vel em lt hrrp www intellectualdisability info how to the contrib
226. o pesco o a intuba o se necess ria deve ser realizada por t cnica nasotraqueal s cegas ou com o aux lio de um endosc pio As causas revers veis e preven veis de compress o da medula espinhal devem ser detectadas e reduzidas cirurgicamente Em rela o aos indiv duos com S ndrome de Down em risco de TRM pela instabilidade atlanto axial e consequente compress o da medula espinhal sugerida a solicita o de radiografias laterais do pesco o nas posi es neutra em flex o e em extens o aos 5 8 anos 10 12 e 18 anos pois a instabilidade atlanto axial pode surgir durante per odos de crescimento As crian as com diagn stico de instabilidade atlanto axial devem evitar esportes arriscados como acrobacia e mergulho Tamb m devem ser solicitadas radiografias do pesco o antes de procedimentos cir rgicos ou programas terap uticos que envolvam movimentos ou manipula o cervical ativa Pais e m dicos devem conhecer os sinais e sintomas de compress o da medula espinhal dor cervical incontin ncia urin ria e fecal inclina o da cabe a anormalidades da marcha ataxia hiperreflexia fraqueza espasticidade e tetraplegia para que seja iniciada investiga o imediata e interven o cir rgica em pacientes com sinais de mielopatia Quanto 233 ao TRM por acidentes indica o uso de colar cervical ou mesmo sacos de areia para se conseguir a estabiliza o e imobiliza o da coluna no local do acidente Complet
227. o seu artigo 25 sobre Sa de a Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia WHO 2006 aponta que os Estados Partes oferecer o s pessoas com defici ncia programas e aten o sa de gratuitos ou a custos acess veis da mesma qualidade variedade e padr o que s o oferecidos s demais pessoas inclusive na rea de sa de p blica destinados popula o em geral Tamb m exigir o dos profissionais de sa de que dispensem s pessoas com defici ncia a mesma qualidade de servi os dispensados s demais pessoas e principalmente que obtenham o consentimento livre e esclarecido das pessoas com defici ncia concernentes Para esse fim os Estados Partes realizar o atividades de forma o e definir o regras ticas para os setores de sa de p blico e privado de modo a conscientizar os profissionais de sa de acerca dos direitos humanos da dignidade autonomia e das necessidades das pessoas com defici ncia O programa LIDAR COM uma parceria entre o Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal Fluminense e a Associa o Fluminense de Reabilita o atrav s de um de seus projetos solicitou no final de 2013 apoio pol tico do Minist rio da Educa o para a inclus o de complementos que contemplassem especificamente o cuidado s pessoas com defici ncia nas Diretrizes Nacionais Curriculares dos cursos de gradua o da rea da sa de Proposta encaminhada ao MEC Sugerimos as seguintes al
228. o suas impress es acerca da atividade A coordenadora da disciplina Psicologia M dica ll entregou aos estudantes folha contendo tr s perguntas orientadoras do relato Para a turma do segundo semestre de 242 2005 1 O que mais lhe chamou a aten o nos filmes 2 O que voc achou da rela o m dico paciente 3 Voc gostaria de fazer algum outro coment rio Para a turma do primeiro semestre de 2006 1 O que mais lhe chamou a aten o 2 De que modo deve ocorrer a rela o m dico paciente com uma pessoa com defici ncia 3 Voc gostaria de fazer algum outro coment rio Utilizamos como referencial para a an lise tem tica dos relatos o par metro conceitual para a constru o de uma sociedade inclusiva presente na Declara o de Madri Congresso Europeu Sobre Defici ncia 2002 A diferen a dos resultados entre os grupos de acordo com a abordagem foi avaliada atrav s de testes estat sticos Ap s leitura de todos os relatos iniciou se a identifica o de temas e categoriza o das percep es das pessoas com defici ncia segundo o par vis o antiga vis o atual presente na Declara o de Madri Exemplos de relatos denotando vis o antiga Pacientes Doentes Os filmes serviram para mostrar que as pessoas portadoras de algum tipo de defici ncia s o capazes de levar uma vida normal apesar do estigma que a doen a traz Tamb m chamou minha aten o a imensa dedica o dos familiares com seu
229. oblemas da pessoa com defici ncia no atendimento m dico mas pouco chegamos a discutir a quest o da viol ncia claro que como eu disse esse um fato ao qual todas as crian as est o suscet veis apresentem ou n o defici ncia mas se pararmos pra avaliar a presen a da defici ncia torna o gesto ainda mais covarde se isso poss vel pois diminui as chances de a crian a apresentar alguma rea o ou relatar o ocorrido fam lia A coniv ncia da fam lia algo ainda t o ou mais impressionante o que me faz concluir que h no mundo pais e m es que n o merecem ser cnamados assim Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos ANDEF A Andef possui um complexo que conjuga atendimento em reabilita o academia de dan a piscina quadra poliesportiva campo de futebol e de atletismo al m de alojamentos onde hospeda atletas paral mpicos de alta performance A Dra T nia Rodrigues neurologista formada pela UFF uma das fundadoras da ANDEF atualmente deputada estadual e sua equipe sempre nos receberam muito bem Al m de ter como carro chefe o esporte a ANDEF realiza o que chamam de inclus o ao contr rio abrindo as portas da associa o para a comunidade de Rio do Ouro sem defici ncia 71 2d Sele o brasileira de futebol de cinco em treinamento na quadra na ANDEF Relat rio de campo Aluno Rodrigo Pereira Martins Grupo TCSIA 2 Semestre de 2011 Nesse campo visitamos a Andef cuja sig
230. ociedade Al m disso vimos como as coisas que os alunos aprendem na institui o s o teis para a vida deles em casa pois eles aprendem a mexer na cozinha limpar coisas aprendem higiene pessoal enfim atividades que aumentam sua independ ncia e trazem mais qualidade de vida 143 Aluna Danielle Calil de Sousa 1 semestre 2011 No dia 7 de junho o meu grupo do Trabalho de Campo Supervisionado visitou a APAE Associa o de Pais e Amigos Excepcionais em Niter i O objetivo da visita era compreender e observar o trabalho desempenhado pelos profissionais de sa de no tratamento de pessoas com defici ncia intelectual A APAE foi um bom campo na minha opini o devido ao simples fato de entender como funcionava esse tratamento que at ent o desconhecia Ap s visitar esse campo pude adquirir conhecimento sobre um dos objetivos dessa associa o como al m de promover uma maior autonomia desse indiv duo fazer com que ele possa se inserir no mercado de trabalho Primeiramente eu e meu grupo visitamos os setores de atividades presentes na APAE A funcion ria da APAE nos explicou que os alunos da APAE antes de ingressarem nessa associa o s o escolhidos como alunos espec ficos de cada setor Essa escolha de acordo com o que o neurologista ou psiquiatra se eu n o me engano consideram que seja melhor para o desenvolvimento daquela pessoa com defici ncia Mesmo sendo aluno espec fico de um setor ele circula d
231. oi extremamente prazeroso Pude reviver os encontros com os alunos queridos que deixaram saudades ao final de cada semestre 14 Parte I Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia Atender s necessidades espec ficas de pessoas com defici ncia PCD pode parecer para muitos um custo desproporcional em rela o ao n mero de beneficiados A estimativa da Organiza o Mundial da Sa de de que as pessoas que apresentam incapacidades representariam 10 da popula o mundial na d cada de 70 fora de per odos de guerra subiu hoje para 15 WHO 2011 Considerando que a presen a dessa defici ncia repercute de forma negativa n o s na pessoa acometida mas tamb m em sua fam lia atingiria pelo menos 25 de toda a popula o O n mero de pessoas com defici ncia vem aumentando rapidamente pelo crescimento populacional e especificamente de idosos doen as cr nicas desnutri o minas terrestres guerras viol ncia em especial a dom stica AIDS degrada o ambiental acidentes de tr nsito dom sticos em atividades recreativas ou de trabalho doen as transmiss veis e condi es habitacionais inseguras desastres naturais e redu o das taxas de letalidade em CTIs neonatais O European Disability Forum estima que nos pr ximos 30 anos a popula o com defici ncia nos pa ses em desenvolvimento aumentar em 120 WHO 2011 Quem considerada Pessoa com Defici ncia No Brasil a defini
232. olegas que tenham 235 experi ncia nesse campo Apontam ainda o papel dos profissionais de sa de junto s crian as com defici ncia e suas fam lias mesmo que n o haja um tratamento curativo Voltemos s complica es s quais as pessoas com TRM est o mais suscet veis Sabe se que as infec es do trato urin rio ITU s o comuns durante a gravidez e que a maior incid ncia de lactentes de baixo peso ao nascer parto prematuro e morte neonatal resulta de ITU durante a gravidez principalmente as que acometem o trato superior Tamb m a incid ncia de trombose venosa aumenta durante a gravidez particularmente no terceiro trimestre e no primeiro m s p s parto Considerando que tanto a ITU quanto a trombose venosa s o complica es identificadas em pessoas com TRM Harrison 2002 seria de se esperar que o livro de Obstetr cia fizesse men o a mulheres gr vidas com les o medular uma vez que a princ pio essas complica es poderiam se apresentar com mais frequ ncia No entanto isto n o ocorre No item Doen a tromboemb lica venosa o livro aponta condi es que levem estase venosa mencionando en passant imobilidade antes e depois do parto Quanto sintomatologia e exame cl nico destaca a dor sintoma ausente ou raro em pessoas com les o medular No cap tulo Dist cias Acidentes e Complica es da Parturi o destaca o parto da mulher obesa e da gestante idosa mas n o da gestante com les o me
233. ome de Down 2 Se o diagn stico e orienta o aos pacientes inclu am particularidades das pessoas com defici ncia 3 Se constavam orienta es reabilita o do paciente frente defici ncia 4 Como 224 eram apresentados os progn sticos com refer ncia defici ncia e 5 Se existia orienta o quanto forma de transmitir a not cia de uma defici ncia definitiva fam lia ou pr pria pessoa Avalia o relacionada S ndrome de Down O livro de Obstetr cia faz men o rela o entre S ndrome de Down SD em apenas um dos extremos da idade materna primigestas a partir dos 40 anos de idade O Tratado de Pediatria no Cap tulo sobre Gen tica diz que Devem se realizar estudos cromoss micos em todos os indiv duos com SD Se for identificada uma transloca o devem se obter estudos dos pais a fim de identificar os indiv duos normais que s o portadores de transloca o com um alto risco de recorr ncia de um filho cromossomicamente anormal e que tamb m podem ter outros familiares sob risco p 365 Todos os livros inclusive o de Radiologia citam em cap tulos variados problemas de sa de mais frequentemente observados em crian as e adultos com SD Dentre eles maior tend ncia a doen a do ouvido m dio a doen as periodontais e infec o urin ria dificuldade de aprendizado comprometimento visual por catarata e opacidade de cristalino estrabismo risco de instabilidade atlanto a
234. onal de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Aten o B sica PMAQ AB com o objetivo de incentivar os gestores a melhorar a qualidade dos servi os de sa de oferecidos aos cidad os nas Unidades B sicas de Sa de UBS por meio das equipes de Aten o B sica Sa de Inclui a avalia o da infraestrutura das Unidades B sicas de Sa de os equipamentos a disponibiliza o de medicamentos e a satisfa o do cidad o A cheklistde avalia o da acessibilidade na Unidade de Sa de deixou de fora aspectos arquitet nicos como altura do balc o de atendimento e de mesas para o exame do paciente com defici ncia f sica N o levou em conta tamb m acessibilidade comunicacional face a face e capacita o de recursos humanos para o atendimento a pacientes com defici ncia Brasil 2015 Acessibilidade Instrumental S o exemplos de aux lios para a realiza o de atividades da vida di ria lupas bengalas muletas softwares ledores de tela pr teses e rteses cadeira de rodas e dispositivos que auxiliam o desempenho de tarefas de auto cuidado Dentre as ajudas 21 t cnicas previstas para concess o pelo Decreto no 3 298 1999 na aten o sa de tamb m foram inclu dos elementos especiais para facilitar a comunica o a informa o e a sinaliza o para a pessoa com defici ncia e bolsas coletoras para as que possuem colostomia ou urostomia Brasil 2009 Quando apropriadas aos usu rios e seus ambientes as tecnologia
235. oord A Conven o sobre Direitos das Pessoas com Defici ncia Comentada Bras lia Secretaria Especial dos Direitos Humanos Coordenadoria Nacional para Integra o da Pessoa Portadora de Defici ncia 2008 Richard Compain V Mouillie JM Ad s F Garnier F Dubas F Saint Andr JP Evaluation de l attitude vis vis des personnes handicap es des tudiants em medicine de 3e et 4e ann e par Le questionnaire Annales de r adaptation et de medicine physique 48 9 662 667 2005 Rosenfeld Johnson S Os Mitos da Motricidade Orofacial na S ndrome de Down Publicado na Advance Magazine em 04 08 2007 Texto traduzido e divulgado pela fonoaudi loga Claudia Pietrobon no Portal Fonoaudiologia Dispon vel em fono audiologia blogspot com br search label Motricidade 200rofacial Acesso em 05 de fevereiro de 2012 Sabharwal S Brownell AM Objective assessment and structured teaching of disability etiquette Acad Med 76 5 509 2001 Sabharwal S Sebastian JL Lanouette M An educational intervention to teach medical students about examining disabled patients J Am Med Assoc 284 9 1080 1 2000 Saketkoo L Anderson D Rice J Rogan A Lazarus CJ Effects of a Disability Awareness and Skills Training Workshop on Senior Medical Students as Assessed with Self Ratings and Performance on a Standardized Patient Case Reaching and Learning in Medicine 16 4 345 354 2004 Sassaki RK Conceito de Acessibilidade Texto elaborad
236. or fim esse campo foi muito incr vel n o tenho outra palavra que descreva t o bem Estou alegre em escrever esse relat rio e por pensar que existem pessoas como a Virg nia que s o inspiradoras Fico grata pelo TCS que p de me proporcionar essa reflex o e nova vis o de mundo a cada aula Nome Mariana Silva Alves 1 semestre de 2015 No dia 26 03 2015 eu e algumas colegas fomos casa de Virg nia uma senhora que perdeu a vis o aos nove anos Ao chegar ao local j fomos vendadas e assim subimos as escadas para o apartamento Chegando l ainda vendadas fizemos algumas adivinha es com objetos e comidas o bolo estava timo Nessa parte da atividade consegui reconhecer a maioria dos objetos que me foram dados mas tive dificuldades em alguns interessante lembrar tamb m que quando ainda estava vendada tive uma no o espacial principalmente pelo som das pessoas desse modo pude perceber o quanto um sinal sonoro importante na vida de uma pessoa com defici ncia visual assim como por analogia sinais visuais tamb m s o extremamente importantes para melhorar a acessibilidade comunicacional de pessoas com defici ncia auditiva como o exemplo citado hoje na aula da distribui o de senhas em consultas m dicas Al m disso enquanto estava vendada tamb m pude perceber o quanto a orienta o espacial que se d a uma pessoa cega importante e por muitas vezes dada de forma precipitada por n s
237. orno muito positivo o que faz com que o tratamento surta mais efeito Al m disso a integra o entre os setores tamb m bastante positiva O paciente n o precisa ficar contando a hist ria do acidente ou da doen a mais de uma vez o que dependendo da pessoa pode ser encarado como muito traum tico e poderia inibi la Dessa forma ele fica mais confort vel Essa preocupa o tamb m observada entre os hor rios do paciente ao inv s de marc lo em cada dia diferente para cada setor os profissionais tentam conciliar as consultas de maneira que o paciente s v um dia para a AFR e portanto tenha menos transtornos com a locomo o Mesmo no pr prio dia os profissionais se esfor am para que os pacientes esperem o menor tempo poss vel entre as consultas A integra o tamb m ocorre entre os pr prios pacientes Eles se ajudam muito como ficou claro no depoimento de uma profissional de TO que falou conosco ela disse que um paciente queria usar o computador mas n o tinha condi o motora para realizar essa tarefa e a ela teve uma ideia que envolvia um pequeno peda o de um cabo de vassoura por m naquele exato momento n o conseguiriam cortar foi ent o que um outro paciente aposentado que antes era marceneiro disse que poderia fazer essa tarefa Outra coisa que ficou evidente foi a paci ncia que os fisioterapeutas fonoaudi logos e outros t m com os pacientes Em outros lugares eles s o quase sempre maltratados ou a
238. orte prefer ncia pelo modelo social em rela o ao Modelo M dico que caracterizavam como normalizador e marginalizante E naquela poca d cada de 70 a pr tica m dica era bem paternalista Couser 2011 Esses dois modelos influenciaram tamb m o ensino m dico A Medicina F sica e de Reabilita o Oftalmologia e Otorrinolaringologia por exemplo com uma orienta o basicamente cl nica e funcional utilizando hospitais como campo de est gio e discuss o de casos cl nicos refletiria o Modelo M dico Como os pacientes hospitalizados est o numa situa o em que ainda n o adquiriram autonomia de fragilidade e ainda passando pela fase de luto por exemplo pela perda de membro ou fun o era essa a representa o de uma PCD que ficava para os estudantes Richard et al 2005 A defici ncia era considerada uma trag dia m dica pessoal Campbell 2009 e os profissionais de sa de treinados nesse modelo costumavam achar dif cil lidar com pessoas com defici ncia Byron amp Dieppe 2000 Richard e cols 2005 avaliando mudan as de atitudes de estudantes do quarto ano ap s um m dulo te rico e est gio em defici ncia perceberam que o m todo de ensino aulas te ricas e est gio em um servi o de medicina f sica e de reabilita o foi o maior respons vel pelos resultados negativos Concluem que seriam mais adequadas outras modalidades pedag gicas como dramatiza es encontros com PCD fora de um contexto de
239. os Apenas no Manual Ilustrado de Pediatria existe a preocupa o em orientar o m dico na forma de dar a not cia de defici n cia definitiva aos familiares Apresenta uma figura com os prin cipais t picos desdobrados sobre como os pais desejariam ser 228 informados sobre o diagn stico de uma doen a amea adora vida Em v rios momentos fala em geral em rela o s m s not cias ou em rela o a uma doen a amea adora vida Es sas orienta es podem ser utilizadas em rela o defici ncia assim como no item sobre Alta hospitalar No Cap tulo A Crian a com Necessidades Especiais no item Rea o dos pais defici ncia fala de forma espec fica Muito bom tamb m o texto que aponta as rea es iniciais dos pais not cia que seu filho possa ter um dist rbio incapacitante Apenas o livro de Oftalmo logia comenta sobre o momento de dar aos pais a not cia de cegueira ou baixa vis o Avalia o relacionada Surdez Defici ncia Auditiva Todos os livros de Pediatria Semiologia Pedi trica o de cl nica e o de Otorrinolaringologia apontam as condi es que podem levar surdez ou defici ncia auditiva tanto na fase pr peri quanto p s natal heran a gen tica embriopatias infec es p s natais doen as autoimunes metab licas vasculares ru dos press o e outras digno de nota que apenas um dos livros seja de autor nacional Logo os estudantes t m a seu dispor com maior frequ n
240. os de encontrar pessoas em cadeira de rodas em v rios lugares no entanto n o faz amos ideia do tamanho da dificuldade Eu imaginava que n o era f cil mas n o t o dif cil A Ana alegre e contagiou a todos com seus desafios afinal s na pr tica para sentirmos a realidade dos parapl gicos tetrapl gicos pessoas com dificuldade motora e visual em geral Uma li o que ela passou que apesar de j termos visto nessa disciplina serviu para refor ar foi que um m dico n o pode se basear em receita de bolo tem que olhar cada paciente como pessoas nicas n o d para seguir modelos de atendimento mas sim saber ouvir e pensar naquela situa o Professores j nos passaram essa ideia entretanto quando algu m de fora fala parece que mais forte mais real Gostaria de v la mais vezes e que as pr ximas turmas tamb m Os estudantes apontaram ainda a import ncia das viv ncias n o apenas em sua forma o profissional mas tamb m pessoal Silva e cols 2005 destacaram que o atendimento de pacientes com defici ncia no n vel de gradua o em odontologia proporciona durante a forma o do profissional mais do que apenas t cnicas para os atendimentos preventivos e curativos mas tamb m experi ncias com outras ci ncias como a das rela es interpessoais servindo para a forma o do aluno como indiv duo A partir de 2010 o conte do da disciplina Sa de e Sociedade Ill foi transferido para o qu
241. os do 1 semestre de 2008 reunidos no audit rio com Marcos Soares Coordenador do N cleo de Estudos e Pesquisa e a fisioterapeuta Val ria Coelho Assessora do N cleo de Estudos e Pesquisa da AFR 4 i Alunos no 2 semestre de 2014 com a fisioterapeuta Val ria Coelho na frente da oficina de Orteses e Pr teses da AFR 114 Relat rio do campo Aluno Ighor de Barros Rezende 2 Semestre de 2010 Foram feitas tr s visitas de campo Associa o Fluminense de Reabilita o AFR uma institui o filantr pica que atua em diversos setores visando a melhora na qualidade de vida de crian as adolescentes e adultos que possuem necessidades motoras Na primeira visita foi feito um apanhado geral e visita em toda a rea f sica da AFR Eles possuem setores de fonoaudiologia terapia ocupacional psicologia fisioterapia departamento m dico dentre outros Al m disso possuem uma oficina ortop dica que produz rteses e pr teses para os pacientes Sendo que muitas s o bancadas pelo SUS Na segunda visita podemos permanecer um tempo e ver o trabalho com os pacientes nos setores de fisioterapia pedi trica e fisioterapia respirat ria Al m de visitarmos o gin sio onde s o realizados exerc cios com os pacientes Na fisioterapia pedi trica percebe se que as crian as em maioria possuem problemas neurol gicos Na fisioterapia respirat ria obtivemos demonstra o de v rios aparelhos e explica es bem amplas do tr
242. os livros era primordialmente meu o que explica os outros n o terem dado tanta import ncia Acho que al m de mim s o Lucas e a Lia realmente se interessaram pela cole o dela e pararam para discutir sobre os livros os autores e tudo mais Entretanto nenhum de n s conseguiu realmente conversar sobre tantos livros e autores diferentes pois n o conhec amos a maioria deles por isso ficamos mais ouvindo as dicas de livros e opini es sobre eles que ela tinha para nos dar A propriedade com que ela falava de cada um deles os detalhes da hist ria da estil stica do autor e das ideias por tr s do livro era realmente impressionante e s fez aumentar mais a minha admira o por ela Ainda tenho algumas das dicas dela sobre autores hispano hablantes e latino americanos em geral anotadas as quais vou rever nas pr ximas f rias para escolher algumas leituras No fim das contas o que mais me impressionou no campo definitivamente foi a Virg nia sua capacidade criativa e todo o conhecimento que ela tem No fim da conversa com ela pouco antes de recebermos os livros dela de presente eu j havia me esquecido completamente que tinha ido visit la para tratar do assunto cegueira Poderia muito bem ser para tratar de literatura de artes em geral de vida em geral essa impress o que eu vou guardar sobre este campo acima de todas as outras e por isso eu afirmo que este foi o melhor campo que tivemos at agora Aluna Caroli
243. os o que nos levava a ir a outro paciente Em geral impressionante toda a log stica da associa o Al m de trabalharem toda a reabilita o do paciente ainda constroem rteses e pr teses para uso deles E o mais bacana de tudo que o SUS banca os gastos da AFR em diversos casos Durante o campo n o houve como n o ocorrer sensibiliza o com a causa S o lutas dignas de m ritos diante de tantas dificuldades que passam os pacientes com defici ncia Percebe se tamb m que n o em v o a ideia de integralidade um dos princ pios do SUS Ela pode ser respons vel por evitar que um paciente precise passar por todo esse processo de reabilita o as vezes por iatrogenia por exemplo Coment rio da assessora do N cleo de Ensino e Pesquisa da AFR Val ria de F tima Soares Marques Coelho O atual cen rio nacional aponta uma s rie de desafios no que se refere s quest es da forma o dos profissionais da sa de por ac mulos de dificuldades principalmente no campo da educa o e que se somaram ao longo dos anos Diante dessa realidade surgiram algumas iniciativas buscando superar os desafios relativos aos dois campos Sa de e Educa o Podemos destacar uma grande lacuna no que diz respeito a forma o de profissionais da sa de no mbito da Aten o Sa de da PcD Nesse sentido o ISC UFF e AFR estabeleceram uma parceria h 10 anos atrav s da iniciativa da Prof Luiza Costa no Trabalho de Campo Supervisionad
244. ou muito interesse e chamou uma colega que trabalhava ao seu lado dizendo que ela era cega Ela veio falar com a gente e de fato n o possu a um olho Apreciou muito a atividade e insistiu na afirma o de que ela conseguia viver muito bem sem aquela vista Deparamo nos ent o com v rias duplas do grupo retornando por conta de um assalto ou algo do tipo que estava ocorrendo adiante Nessa hora todos tiramos as vendas e andamos apressados para evitar que fic ssemos perto de qualquer situa o perigosa O contraste entre nossa possibilidade de tirar as vendas e a condi o permanente de uma pessoa cega chocante e mostra que com todas as dificuldades que experimentamos na viv ncia uma compara o nfima com a realidade da locomo o dos cegos Na minha vez de andar vendada senti muita dificuldade inclusive tive a impress o que foi muito mais dif cil eu andar vendada do que a Isa Toda hora eu pedia informa es para a Isa a todo momento pedia pra ela andar mais devagar perguntava o que tinha por perto onde estavam os postes se passava algu m por n s Foi bem angustiante e o medo me dominou em v rios momentos principalmente ao precisar atravessar uma rua Continuaram as mais diversas abordagens Olha o buraco Tem um buraco enorme na sua frente voc vai cair nisso eu parei perguntei Isa onde estava esse buraco e ela me acalmou dizendo que n o havia buraco algum Voc n o cega que nada
245. ou de viv ncia planejada pelos mesmos junto a funcion rios do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro Este evento foi realizado a convite da Escola de Administra o Judici ria do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro 188 Grupo de estudantes Ana Cristina de Lima Ferreira Professora Luciana Ruiz o int rprete de Libras da APADA e a diretora da Escola de Administra o Judici ria Angela Cardoso Pingitore Aluna A sha Horta Vassem Oliveira e participante da viv ncia 189 Visita Mostra Arte Diversidade e Inclus o Sociocultural Centro Cultural do Banco Brasil O grupo de alunos de TCSI B visitou a mostra Arte diversidade e inclus o sociocultural no Centro Cultural Banco do Brasil em maio de 2005 Essa Mostra reuniu obras de artistas pl sticos nacionais e estrangeiros apresenta es de dan a teatro e m sica Artistas como Virg nia Vendramini Marcelo Cunha Evgen Bavcar Cia de Dan a Portadores da Alegria Grupo Teatro Novo e O M gico de Oz apresentado pelo Grupo de Teatro Benjamin Constant Grupo do 1 semestre de 2005 190 Workshop A Situa o das Pessoas com Defici ncia no Brasil Alunos do segundo semestre de 2009 participaram do workshop promovido pelo N cleo de Acessibilidade e Inclus o Sensibiliza UFF e pela Faculdade de Economia da UFF Dr Geraldo Marcos Nogueira Pinto presidente da Comiss o de Defesa dos Direitos das Pessoas com Defici ncia da OAB R
246. papel do paciente como valiosa fonte de conhecimento Algumas caracter sticas n o podem ser simuladas Um indiv duo com uma defici ncia real pode ter tra os f sicos maneirismos ou outras caracter sticas que uma pessoa sem defici ncia n o conseguiria retratar de forma realista Os estudantes valorizam o encontro com pacientes padronizados com defici ncias reais dando veracidade experi ncia Os PP se sentem gratificados pela mudan a positiva que observam nos estudantes Muitos PP com defici ncia tiveram experi ncias dif ceis com m dicos e consideram bem vinda a oportunidade para contribu rem para a forma o de m dicos mais sens veis e preparados Os PP ficam satisfeitos com a valoriza o com o reconhecimento que recebem por parte dos estudantes e dos professores e pela oportunidade de colaborar com pessoas talentosas e dedicadas em melhorar a aten o m dica Pacientes Padronizados Educadores Na Tufts University School of Medicine em Boston Massachusetts foi criado um programa onde cada estudante no internato em Medicina da Fam lia simula uma consulta com um 58 paciente padronizado educador apresentando uma defici ncia f sica cadeirantes e muletantes ou visual cegos que usam bengala ou c o guia Quando os estudantes entravam na sala de consulta n o sabiam que encontrariam um paciente com defici ncia nem que seria uma simula o para que a intera o fosse mais realista e para que os e
247. paradamente Em meio s reuni es alguns alunos mais velhos relataram a import ncia desse tema por j terem vivenciado na pr tica o encontro com pacientes com defici ncia e ent o conseguirem lidar com a situa o por terem aprendido nas disciplinas Trabalho de Campo Supervisionado A e B o que nos fez pensar em como ser ben fico quando conseguirmos incluir o tema mais profundamente no curr culo Como os nomes de professores foram citados nos grupos focais contatamos os mesmos e conversamos com alguns pessoalmente sobre o projeto e a disponibilidade de incluir o tema na disciplina Eles se mostraram receptivos nos parabenizando pela atitude e pelo projeto Isso demonstra como a inclus o pode ocorrer de fato e que h tempo e disponibilidade nas disciplinas do curr culo Um fato que me chamou aten o foi a queixa dos alunos quanto a disciplinas com tempo ocioso onde poderia ser inclu da uma palestra treinamento ou atividade sobre o Cuidado com a Pessoa com Defici ncia Avaliamos que os estudantes dos 264 primeiros per odos seriam beneficiados com essas mudan as j que as aulas s o em sua maioria te ricas se distanciando da nossa idealiza o de faculdade de medicina em que imaginamos poder desde o in cio acompanhar consultas a pacientes e ver como funciona na pr tica a vida de um m dico Essa seria uma tima oportunidade tanto para trazer conhecimento quanto suprir essa falta de atividades pr ticas
248. pelo comprometimento apresentado pelo paciente mas pela inabilidade do m dico Unidades de Sa de acess veis s o aquelas que disp em n o apenas de acessibilidade f sica e adapta es ambientais adequadas pessoa com defici ncia mas que n o apresentem obst culos comunica o de pessoas surdas ou com dificuldade de fala permitindo que usufruam os espa os com mais seguran a confian a e comodidade 206 Atendimento ao paciente surdo Foram previstos tr s momentos apresenta o do INES e do NOSS simula o de anamnese e debate A simula o se prop s a demonstrar a diversidade de formas de comunica o de pessoas surdas Apresentou um paciente surdo oralizado que desconhece a Libras um surdo pr lingu stico que s se comunica atrav s da Libras acompanhado de um int rprete outro id ntico sem a presen a de int rprete e por ltimo uma paciente que nasceu surda n o foi oralizada e que desconhece a Libras e a l ngua portuguesa Contamos com a presen a da int rprete tradutora de Libras Gildete Amorim Os estudantes participaram da atividade como m dicos Essa participa o foi volunt ria Os que n o se envolveram diretamente observaram as dificuldades apresentadas pelos colegas s vezes trazendo sugest es Findas as simula es era aberto debate entre os convidados e os estudantes que puderam conhecer um pouco sobre a vida dessas pessoas as causas de sua surdez as dificuldades e faci
249. piso a falta de uniformidade gritante com modifica es constantes na mesma cal ada A utiliza o de pedras portuguesas e pisos em mosaico se mostra uma grande dificuldade com a bengala ficando constantemente presa entre os v os O piso de concreto apresenta uma resposta t til muito mais agrad vel evitando a maioria dos trancos dos outros pisos O problema nesse piso a falta de manuten o o que acarreta o aparecimento de buracos que tamb m prendem a bengala A altura demasiada do meio fio tamb m um problema podendo ocasionar quedas e les es Caso n o estiv ssemos em dupla ter amos grande dificuldade em atravessar a cal ada ao lado da pra a em dire o ao Plaza Em alguns lugares a cal ada muito estreita fato agravado pela presen a de postes Nesses n o foi poss vel manter a estrutura de par original Formamos uma fila com o guia na frente e a pessoa vendada atr s segurando no ombro do guia A atitude das pessoas tamb m apresentou grandes varia es No passeio inicial com venda as rea es eram mais de curiosidade e espanto Dois grupos de pessoas vieram nos perguntar sobre o que se tratava a viv ncia No segundo passeio sem venda as pessoas apresentavam um semblante mais austero quase de pena V rias pessoas chegavam a prestar aten o e acompanhar nosso trajeto ou ao passarem por n s viraram o pesco o para observar melhor A maioria n o demonstrou de forma expl cita algum descontentam
250. pletamente esperado por isso manej vel N o dif cil basta olhar a pessoa nos olhos pessoas gostam de ser olhadas nos olhos n o entendo o porqu e estender a m o esperando que ela segure a para um aperto de m os Simples a n o ser neste caso Olhar nos olhos deles n o foi problema algum mas hesitei um tanto ao estender a m o para o Quim que cumprimentei primeiro Eu sabia que ele n o tinha como saber onde estava minha m o para segur la a n o ser que eu mostrasse para ele de algum jeito Mesmo assim demorei alguns segundos talvez um pouco menos mas me pareceu muito mais de hesita o com a m o parada no ar antes de segurar a m o dele Sinceramente apesar de ningu m ter reparado de t o r pido que foi senti me um tanto est pido por isso se n o envergonhado Afinal era s ter segurado a m o dele Tentei n o pensar nisso durante o campo pois realmente havia me incomodado apesar de parecer algo trivial Entretanto depois sozinho eu n o consegui n o pensar e repensar o assunto Eu tentava explicar para mim mesmo tanto o motivo de eu n o ter sabido o que fazer quanto o porqu disto ter me causado tanto inc modo Agora acredito que meu despreparo se deva a eu nunca ter convivido antes com cegos e que a estranheza gerada foi exatamente por essa falta de contato Acredito tamb m que este campo ajudou muito a resolver essa falta Por isso se n o por tudo que aconteceu depois esse campo j
251. pr tica m dica Eu consegui conversar com a Ana Cris normalmente e at experimentei sua cadeira de rodas acho que j estou conseguindo lidar com pessoas com defici ncia de igual para igual e fico muito satisfeita com isso 155 Depois de termos conversado bastante eu e Lia subimos para levar a Ana Cris em sue apartamento e tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais do dia a dia dela Seu quarto era como qualquer outro s tinha umas adapta es para facilitar sua passagem da cadeira para a cama Ana Cris nos mostrou tudo super entusiasmada e at passou da cadeira para cama para que pud ssemos ver Eu fiquei muito admirada com sua for a e com a forma que ela busca conquistar sua independ ncia mesmo dentro de suas limita es Eu achei que a rela o dela com a m e estava um pouco desgastada sento que sua m e a infantilizou um pouco e que Ana Cris n o tinha muita paci ncia com isso Essas situa es s o muito complexas Deve ser muito dif cil para as duas lidar com isso Eu e Lia nos despedimos e eu queria ter dado um abra o na Ana Cris mas infelizmente n o vi uma forma de fazer isso fiquei com medo de abra la de um jeito errado No elevador a Lia me entregou o livro escrito pela Ana Cris que eu estava morrendo de vontade de ler minha preceptora comprou e mandou ela me entregar Eu fiquei muito feliz e agradecida e agora vou poder conhecer mais um pouquinho a Ana Cris e levar sua obra para Minas Gerais para que ou
252. promovido o desenvolvimento de a es conjuntas com o Minist rio da Educa o e as institui es de ensino superior tendo em vista a necessidade de que sejam incorporados disciplinas e conte dos de reabilita o e aten o sa de das pessoas com defici ncia nos curr culos de gradua o da rea da sa de A parceria entre o Minist rio da Sa de e o Minist rio da Educa o buscaria a difus o junto s institui es de ensino e da comunidade escolar de informa es relacionadas s defici ncias preven o e limita o das incapacidades de modo a contribuir para a qualidade de vida desse segmento populacional Mais ainda a reavalia o e adequa o de curr culos metodologias e material did tico de forma o de profissionais na rea da sa de visando ao atendimento das diretrizes fixadas nesta pol tica e a inclus o nos curr culos dos cursos de gradua o da rea da sa de de conte dos relacionados reabilita o 43 Na verdade essa inclus o n o deve se restringir reabilita o mas ao cuidado em geral e direitos j garantidos inclusive pela Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia da qual o Brasil signat rio O prop sito desta Conven o promover proteger e assegurar o exerc cio pleno e equitativo de todos os diretos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com defici ncia e promover o respeito pela sua dignidade inerente N
253. r atingir os objetivos de maior independ ncia e autonomia das pessoas com defici ncia preciso a conscientiza o da fam lia um trabalho multiprofissional e com profissionais capacitados Instituto Benjamin Constant Grupo de alunos do 1 semestre de 2012 no IBC T11 Relat rio de campo Aluno Danilo Sendem 1 semestre de 2012 Muito interessante e esclarecedora a visita ao Instituto Benjamin Constant Foi desta forma que interpretei a visita ao IBC Local belo limpo e at onde pude observar gerenciado com maestria pela senhora cega de idade avan ada de extremo bom humor e carisma As crian as s o assessoradas de perto por profissionais especializados os quais sabem a forma de obter o melhor desenvolvimento dos alunos para que estes tenham uma vida posterior plena e independente Percebi tamb m em breve conversa com uma destas profissionais que apesar de suas diferen as e limita es ali h crian as e estas s o tratadas acima de tudo como crian as em forma o mesmo como n o podia deixar de ser com todas as nuances e peculiaridades que isto implica Mau humor euforia desconhecimento precipita o descontrole alegria e por a adiante Recebem alimenta o adequada e possuem locais para um merecido descanso reparador S o orientados e educados a tratarem a higiene pessoal como fator de grande import ncia Escovam os dentes invariavelmente ap s as refei es Ou seja ali vi cria
254. r autoriza es de todas as pessoas que aparecem nas fotos e de todos os alunos autores dos relat rios aqui apresentados A autora n o poupou esfor os no sentido de localizar os titulares dos direitos autorais patrimoniais das obras e ou imagens utilizadas neste site Os direitos autorais patrimoniais n o obtidos est o devidamente reservados aos seus titulares Agrade o a todas as organiza es governamentais e n o governamentais onde estivemos e a seus funcion rios que nos receberam t o bem s pessoas com e sem defici ncia que se dispuseram a conversar com os alunos do curso de gradua o em Medicina da Universidade Federal Fluminense compartilhando suas experi ncias aos estudantes que contribu ram para o aprimoramento das disciplinas Trabalho de Campo Supervisionado I A Trabalho de Campo Supervisionado IB e Sa de e Sociedade III ao professor Dr Alu sio Gomes da Silva Junior diretor do Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal Fluminense que sempre apoiou essa e outras iniciativas visando a forma o de profissionais da rea da Sa de aptos a prestarem uma aten o de qualidade s pessoas com defici ncia professora Lilian Koifman coordenadora da disciplina Trabalho de Campo Supervisionado I por todo apoio e incentivo e professora Carla Ribeiro Guedes pelas sugest es SUM RIO Parte I Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia 15 Acessibilidade na Aten
255. r conhecimentos desenvolver habilidades e atitudes positivas para o cuidado de pacientes com defici ncia 111 Leitura e discuss o de textos Visitas a institui es Associa o Fluminense de Reabilita o com acompanhamento de atendimentos Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos viv ncia Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos onde em um semestre os alunos encontraram a sele o brasileira de rugby em cadeira de rodas Instituto Nacional de Educa o de Surdos Instituto Benjamin Constant Associa o de Pais e Amigos dos Deficientes da Audi o APADA Niter i Instituto Oscar Clark Centro Integrado de Aten o ao Deficiente CIAD Mestre Candeia Associa o de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE Niter i Instituto Brasileiro de Defesa das Pessoas com Defici ncia IBDD e Teatro Novo Encontros com pessoas com defici ncia Ana Cristina de Lima Ferreira Virg nia Vendramini Thiago Correa Lacerda Dra Patr cia Vaitsman Aula de introdu o L ngua Brasileira de Sinais e ao sistema Braille Desenvolvimento de habilidades de comunica o com pessoas surdas com a participa o de dois int rpretes da UFF e pessoas surdas Viv ncia no centro de Niter i utilizando cadeira de rodas vendas e bengalas de Hoover Apresenta o e discuss o de document rios Autism The Musical Hist ria do Movimento Pol tico das Pessoas com Defici ncia no Brasil Murderball paix o e gl ri
256. raille a comunica o t til os caracteres ampliados os dispositivos de multim dia acess vel assim como a linguagem simples escrita e oral os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizada e os modos meios e formatos aumentativos e alternativos de comunica o inclusive a tecnologia da 28 informa o e comunica o acess veis Artigo 2 da Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia E importante valorizar o paciente como fonte de informa o devendo os profissionais de sa de apresentar habilidades para se comunicar com pacientes que n o ouvem que apresentam qualquer tipo de dist rbio da fala incluindo os que n o falam e aqueles com defici ncia intelectual Eddey amp Robey 2005 No encontro com pessoas surdas comunica o face a face importante saber a forma de comunica o que as deixa mais confort veis Al m do que j foi dito importante lembrar que h tamb m surdos que n o aprenderam libras portugu s e nem a fazer leitura labial e falar A necessidade de acessibilidade da pessoa surda n o levada em conta da mesma forma e frequ ncia daquela das pessoas com defici ncia f sica Quando algu m ouve a palavra acessibilidade pensa logo em rampas ou banheiros acess veis para cadeirantes Os m dicos devem ser capazes de se comunicar com pacientes surdos seja atrav s da l ngua de sinais no nosso caso a l ngua brasileira de sinais libras mantendo contato visual com
257. ram registradas em foto 87 Relat rios do campo Aluno Caio Cesar Alves Vasconcellos 2 Semestre 2012 A visita artista pl stica Virg nia Vendramini foi muito esclarecedora visto que quebrou v rias ideias preconcebidas Acreditava que era praticamente imposs vel uma vida independente para pessoa com uma limita o que me parecia enorme Virg nia me mostrou o contrario demonstrou que e perfeitamente poss vel manter a independ ncia tanto financeira quanto pessoal mostrou que leva uma vida perfeitamente normal dentro de suas limita es Alguns pontos me chamaram a aten o O fato de sua casa n o possuir marcas de m os nas paredes a organiza o perfeita e como tal organiza o primordial para o posicionamento espacial da pessoa cega a forma despreocupada com a qual ela contou sua hist ria de vida como de fato um cego enxerga sua vida e o mais impressionante como um cego sem mem rias de imagens sonha o que considerei o ponto alto da visita Em suma foi uma visita extremamente rica e esclarecedora Al m de ser uma pessoa extremamente am vel simp tica e acolhedora possui um senso de humor mpar Foi maravilhoso Aluna B rbara Queiroz Perdig o 2 Semestre 2012 Logo que chegamos casa da Virg nia pude perceber como ela um exemplo de vida de luta e supera o Ela come ou a contar a sua hist ria de vida disse que ficou cega aos 16 anos e mesmo assim sendo mulher o que naquel
258. ransmitir um comunicado verbal mas quem garante que ele n o entende tudo Relato de experi ncia pr pria falta de experi ncia do anestesista j era um m dico maduro Como realizar um exame oftalmol gico O que pode ocorrer se a pessoa com tetraplegia senta em cima de objetos cal ar e tiver algum corpo estranho Corpo reage Experimentar a cadeira de rodas mostrar a realiza o de transfer ncia de uma cadeira para outra Falar sobre dificuldades de transfer ncia da cadeira para a mesa ginecol gica Mostrar minha bolsa mochila Como nela cada reparti o tem uma fita de cor diferente assim oriento como mexer Indicando que a acessibilidade n o apenas na arquitetura os pequenos detalhes fazem as diferen as Espa o de perguntas dos alunos Grupo de TCSI A 2 Semestre 2011 com Ana Cristina e a professora Amanda Ornela Hyppolito do Instituto de Sa de Coletiva que acompanhou nosso grupo nesse semestre Pedro Eug nio de Ara jo e Fabiana Bello Leite Pinto aprendendo a desmontar dois tipos de cadeira de rodas com orienta o de Ana Cristina 83 Relat rio da visita Aluna J ssica Lara Stein 1 Semestre de 2011 Na ter a feira 20 de setembro de 2011 o nosso grupo do trabalho de campo supervisionado TCS teve uma conversa muito agrad vel com Ana Cristina uma senhora que nasceu com paralisia cerebral e atua como porta voz das pessoas com defici ncia j que apesar da sua de
259. rdos as professoras Regina C lia Nascimento de Almeida e Maria de F tima Ferrari e de surdos ligados a esse N cleo Vanessa Miro Pinheiro Paulo Andr Martins de Bulh es Marcia Cristina Paulo dos Santos e L cio Lug o em rela o ao atendimento ao paciente surdo A outra sobre o atendimento ao paciente com disartria foi planejada e coordenada pela pedagoga Ana Cristina de Lima Ferreira que apresenta sequela de encefalopatia cr nica da inf ncia As atividades de car ter l dico mostraram pessoas com defici ncia enquanto detentoras de um saber a ser partilhado com os futuros m dicos Os estudantes perceberam a necessidade de estabelecer formas de comunica o claras como de fundamental import ncia em sua forma o Esta experi ncia veio chamar a aten o para o impacto da participa o de pessoas com dificuldades reais de comunica o orientando os estudantes sobre a melhor forma de se comunicar com pessoas surdas e com dificuldade de articula o ou aus ncia da fala Al m disso o contato entre estudantes de medicina e pessoas com defici ncia criado na disciplina Sa de e Sociedade Ill buscou a redu o do preconceito em rela o a pessoas com defici ncia a constru o e o fortalecimento da cidadania por meio do relacionamento entre os indiv duos diferentes entre si previsto na sociedade inclusiva Minist rio da Sa de 2006 Os estudantes perceberam que a comunica o pode ser dificultada n o apenas
260. re eles Thiago Correa Lacerda F sica Rachel Maria Campos Menezes de Moraes Letras Vanessa Ildefonso Qu mica Industrial e Renan Prestes Muros Gen sio Ci ncias Sociais foi fundamental para conhecermos as dificuldades que encontraram durante o vestibular e as que continuavam enfrentando No vestibular apontaram a falta de qualifica o dos ledores os candidatos com defici ncia n o tinham o setor de provas escolhido de acordo com o local de 215 resid ncia mas de acordo com o tipo de defici ncia Isto aqueles com defici ncia motora realizavam as provas no Hospital Universit rio Antonio Pedro e os candidatos cegos ou com baixa vis o eram dirigidos ao Instituto Benjamin Constant no munic pio do Rio de Janeiro A falta de acessibilidade urban stica nos campi dificultava o deslocamento em cadeira de rodas manual e dificultava o uso da bengala de Hoover que ficava presa entre os paralelep pedos Dentro do GT Sensibiliza surgiu a ideia de criar um N cleo de Acessibilidade com dois objetivos atender a estudantes professores e funcion rios t cnico administrativos da UFF no que diz respeito acessibilidade e incluir o tema Defici ncia nos cursos de gradua o e p s gradua o com o prop sito de formar profissionais treinados e sensibilizados para a preven o de defici ncias inclus o social aten o e abordagem adequada da pessoa com defici ncia Em 2008 foi criado o N cleo de Acessibilidade e Incl
261. rebral seus movimentos s o bem comprometidos e h dificuldade em sua fala super inteligente est fazendo doutorado em f sica e muito simp tico Amei a conversa com ele Assim que ele chegou o que me surpreendeu foi a sua cadeira de rodas Muito tecnol gica e com certeza facilita muito sua vida Ele nos disse que essa ele comprou com seu pr prio dinheiro mas outras duas que ele teve anteriormente foram compradas com dinheiro de campanhas entre seus amigos vizinhos e familiares Isso me deixou feliz pois mostrou que quando as pessoas se juntam para algo bom o que bom realmente acontece Ele nos contou um pouco sobre sua vida Disse que faz bastante coisas sozinho se alimenta vai ao banheiro toma banho s precisa de ajuda mesmo para colocar o t nis Disse que gosta de viajar com as pessoas de sua igreja e que adora ir ao cinema e ao teatro Relatou algumas dificuldades de locomo o como por exemplo um local que n o tenha rampa para subir com sua cadeira mas lidou muito bem com o fato de que se n o houver a rampa algum funcion rio o pegue no colo e leve sua cadeira para que ele possa entrar no local Sua fala um pouco prejudicada mas como no caso da Luciane se tivermos paci ncia d para entender perfeitamente o que ele diz Ele nos disse que j foi fonoaudi loga e que teve alta por n o haver mais chances de progresso e tamb m nos contou que faz fisioterapia em casa para evitar atrofia muscular Disse
262. respostas mais interessantes para mim pois foram nicas Dados e estudos objetivos e pragm ticos podem dar uma boa ideia de o qu o n o acess veis s o as cidades que vivemos e tudo mais mas nunca vi estudos dizerem qual a cor da cegueira Sobre isso achei muito interessante a cegueira da Virg nia ser colorida e inconstante mudando sempre as cores como um caleidosc pio diferente da est tica e negra cegueira do Quim Se a vida fosse um livro e Deus um autor que gosta de usar s mbolos eu n o duvidaria que isto seria um reflexo da postura de cada um deles perante a cegueira e a vida em si a Virg nia ativa e criadora estaria sempre vendo lindas cores 161 enquanto o Quim veria tudo negro como se seus olhos ainda vestissem luto luto por terem perdido a vis o Infelizmente a vida n o assim t o simb lica Entretanto um fato interessante que a cegueira colorida dela tenha desempenhado um papel importante na sua capacidade art stica pois n o a permitiu esquecer as cores e como elas se harmonizam umas com as outras Essa capacidade essencial para as artes visuais como as esculturas e tapetes que ela faz Ainda mais interessante do que a pequena conversa sobre as cores da cegueira foi a r pida discuss o iniciada pela pergunta da Lia sobre como cegos sonham O Quim talvez por ter perdido sua vis o muito tardiamente h menos de dez anos ainda sonhava com imagens mas admitia estar perdendo a vis
263. ros profissionais al m de buscar outras formas de construir um ensino m dico considerando tamb m as pessoas com defici ncia Assim durante os anos de 2013 e 2014 junto com a aluna B rbara Queiroz Perdig o que participou apenas da etapa de coleta de dados desenvolvemos o projeto de pesquisa A Inclus o da Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia no Curr culo M dico da Universidade Federal Fluminense na Vis o dos Estudantes O objetivo geral era levantar subs dios para a constru o de propostas fact veis em curto m dio e longo prazo de inser o de forma transversal o tema Defici ncia no curr culo da Faculdade de Medicina da UFF Desta forma qualificar os alunos aqui formados tornando os mais conscientes e h beis na forma de lidar com a sa de deste grupo da popula o Ao entrar no projeto t nhamos em mente alcan ar o objetivo de inserir o tema no curr culo da UFF al m de publicar um trabalho que pudesse expandir essa ideia 260 para outras institui es de ensino A revis o da literatura trouxe nos exemplos de projetos de ensino buscando desenvolver habilidades levar conhecimento e promover atitudes positivas dos estudantes de medicina em rela o a pessoas com defici ncia em diversas universidades como Universidade de Bristol de Queensland de Londres e Tufts entre muitas outras A t cnica escolhida para coleta de dados foi grupo focal com o objetivo de estimular a discuss
264. s transcritas pelos pesquisadores surdos quando em Libras e ouvintes quando em portugu s falado O local de realiza o das entrevistas foi o Instituto Nacional de Educa o de Surdos na cidade do Rio de Janeiro em 2008 Por sugest o da equipe do NOSS foram confeccionados cartazes afixados nos corredores do INES convidando os surdos participa o neste estudo Como atendeu ao chamado apenas uma profissional surda oralizada dessa institui o o convite aos demais se deu atrav s do c rculo de conhecimento de uma das pesquisadoras O artigo produto dessa pesquisa foi publicado na Revista Brasileira de Cl nica M dica Costa et al 2009 256 o Voce liere e 4 Pa UM ABIT A DERA DA AL i gt COTE PRE CA Cori CO Ta Todos cada doc Ze U j Vama t n pon priii Ps Paulo Andr entrevista Vanessa Pinheiro 257 10 anos de hist ria As alunas Carolina Andrade Vitoi Isadora Almeida Ferreira e Raquel de Sousa Filgueiras apresentaram dois trabalhos no 52 Congresso Brasileiro de Educa o M dica em Joinville SC 10 anos de Hist ria Costa et al 2014 e A Inclus o da Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia no Curr culo da Universidade Federal Fluminense na vis o dos estu dantes Costa et al 2014b Raquel de Sousa Filgueiras E Isadora Almeida Ferreira e Carolina Andrade Vitoi direita 258 Parte IV A Inclus o da Aten o Integral Sa d
265. s para mudarmos o conceito do que consideramos vital para o paciente Isso porque ao pensar por exemplo em uma pessoa que est numa cadeira de rodas eu pensava que o maior sonho dessa pessoa seria voltar a caminhar mas para muitos nessa situa o o maior desejo cortar as unhas algo inimagin vel para mim porque algo t o banal e t o pequeno para quem consegue mexer todos os membros que nem passaria pela minha cabe a um desejo desse porte Lembro de uma fala de um desses profissionais que disse que l pequenas conquistas eram muito celebradas e vistas como algo grandioso Outro exemplo que me marcou foi o fato de um autista conseguir usar o vaso sanit rio para poder defecar e que assim que ele conseguiu a m e ligou para a AFR e agradeceu chorando aos profissionais de l ou seja mais uma vez algo banal para muitos extremamente dif cil para algumas pessoas que v o para a AFR e por isso merece toda essa comemora o e essa emo o Vale destacar tamb m a terapia ocupacional que antes da visita era vista pelo menos por mim como algo menor com menos import ncia No entanto durante a visita pude observar 65 a necessidade desse atendimento Nesse sentido a TO d uma autonomia muito grande ao paciente Os profissionais dessa rea al m de uma criatividade fora do comum fazem com que os pacientes se adaptem ao mundo e respeitam as limita es impostas pelas suas doen as Assim eles s o estimulados e d o um ret
266. s Profissionais Kings Fund 1987 apud ibid indica que abordagens inovadoras envolvendo pessoas com defici ncia no treinamento dos profissionais seriam de grande ajuda e que estas deveriam ser estimuladas desde o in cio do curso antes do surgimento das barreiras de defesa Na Universidade Federal Fluminense at o momento este tema foi inclu do na forma de atividade espec fica nas disciplinas 1 Trabalho de Campo Supervisionado A primeiro per odo do curso 2 Trabalho de Campo Supervisionado B segundo per odo 3 Psicologia M dica Il quarto per odo e 4 Sa de e Sociedade Ill terceiro per odo A forma de apresenta o do tema Defici ncia variou de acordo com as disciplinas e na mesma disciplina segundo a poca em que ocorreram Ao final das apresenta es o a coordenador a de cada disciplina solicitou aos alunos que escrevessem suas impress es sobre a atividade A forma da solicita o tamb m variou entre os coordenadores A leitura desses relatos levantou a seguinte quest o a forma de apresenta o do tema poderia interferir de forma diferenciada nas atitudes desses estudantes de medicina em rela o s pessoas com defici ncia A presente investiga o procurou responder a esta pergunta Buscamos identificar atrav s dos relatos as atitudes dos estudantes em rela o s pessoas com defici ncia segundo o per odo do curso e tipo de atividade da qual participaram analisar os relatos a partir do par
267. s assistivas t m se mostrado ferramentas poderosas para aumentar a autonomia e a participa o das PCD WHO 2011 Acessibilidade instrumental tamb m diz respeito a equipamentos como mam grafos que podem ser usados por mulheres que n o ficam em p e culos para aferi o de grau no caso de pacientes tetrapl gicos aqueles com sequela de paralisia cerebral com espasticidade e movimentos incoordenados entre outras condi es que impossibilitem o exame na cadeira do oftalmologista e balan as para pesagem de cadeirantes Elizabeth Pendo da Saint Louis School of Law sugere que da mesma maneira que existem normas t cnicas para orientar a acessibilidade arquitet nica e urban stica tamb m deveria haver para os equipamentos m dicos 2010 A partir de 2009 o Centro M dico Beth Israel Deaconess um hospital universit rio afiliado Universidade de Harvard e dois outros o Hospital Geral de Massachusetts e o Brigham and Women s Hospital come aram a usar parte dos seus recursos para tornar os consult rios acess veis e disponibilizar equipamento para exame e tratamento incluindo mesas de exame acess veis unidades de mamografia m quinas de RX e balan as Pendo 2010 No Brasil j come aram a ser utilizados mam grafos que descem a bandeja a uma altura que permite o exame de mulheres cadeirantes ou que apresentem nanismo Acessibilidade Comunicacional Comunica o abrange as l nguas a visualiza o de textos o B
268. s da Audi o APADA Niter i Partidas do Campeonato de Futebol de Cinco paralisados cerebrais organizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos das Pessoas com Defici ncia Instituto Municipal de Medicina F sica e Reabilita o Oscar Clark Centro Integrado de Aten o ao Deficiente CIAD Mestre Candeia Encontros com pessoas com defici ncia Ana Cristina de Lima Ferreira pedagoga com sequela de encefalopatia cr nica da inf ncia paralisia cerebral Virg nia Vendramini artista pl stica e poetisa cega em sua casa Fernanda Honorato primeira rep rter com S ndrome de Down Luciane Rangel pedagoga surda Thiago Correa Lacerda na poca doutorando do instituto de F sica da UFF Apresenta o e discuss o de filmes Adam Sfndrome de Asperger document rios Hist ria do Movimento Pol tico das Pessoas com Defici ncia no Brasil Murderball paix o e gl ria atletas da sele o ol mpica americana e canadense Avalia o da acessibilidade arquitet nica e urban stica no bairro de Caramujo na zona norte de Niter i e no Hospital Universit rio Antonio Pedro Introdu o L ngua Brasileira de Sinais e ao sistema Braille Viv ncia no centro de Niter i utilizando cadeira de rodas vendas e bengalas de Hoover Avalia o Ap s cada atividade de campo os estudantes escreveram relat rios onde deveriam refletir sobre o que viram e aprenderam e constru ram resenhas No final do semestre ca
269. s de Arnaldo Godoy diretor do grupo de teatro do Instituto S o Rafael Belo Horizonte MG e de Virg nia Vendramini e 4 Virg nia Tapetes sobre os tapetes e sua criadora debate coordenado pela respons vel pela disciplina Conte do arte e defici ncia cotidiano de uma pessoa cega sexualidade da mulher cega momento da not cia a pais de crian as com S ndrome de Down sexualidade de jovens com S ndrome de Down trabalho e atividades de esporte e lazer Psicologia M dica 2006 1 atividade com dura o de duas horas Forma de apresenta o exposi o de document rios em v deo 1 Janela da Alma sele o da entrevista de Virg nia Vendramini 2 Virg nia Tapetes sobre os tapetes e sua criadora presen a da artista pl stica Virg nia Vendramini que levou para a atividade dois de seus tapetes duas esculturas e livros de poesia de sua autoria Palestra seguida de debate Conte do arte e defici ncia visual o cotidiano de uma pessoa cega abordagem de pessoas com defici ncia trabalho educa o fam lia preconceito autonomia empoderamento erros cometidos e cuidados que o m dico deve ter na orienta o de terap utica medicamentosa efeitos colaterais e apresenta es frente a pacientes cegos O instrumento de coleta dos dados foi o relato escrito dos estudantes para os quais as atividades foram dirigidas As coordenadoras das duas disciplinas solicitaram aos estudantes presentes que relatassem por escrit
270. s de trinta anos de teatro com pessoas defici ncia Grupo Sol Apresentaram se nos Estados Unidos Col mbia e em mais de 15 capitais brasileiras al m de espa os de cultura como Centro Cultural Banco do Brasil o Teatro Municipal de Niter i o Espa o Cultural Mario Quintana em Porto Alegre o Teatro Mar lia de Belo Horizonte o Teatro SESC S o Carlos o Teatro SESC Campinas o Teatro Glauce Rocha entre outras salas de espet culo Fez tamb m apresenta es nas cidades de Londrina Pouso Alegre Maring Aracaj Macei S o Paulo Bauru S o Louren o Juiz de Fora Valen a Friburgo Cabo Frio Petr polis etc Em 20120 Grupo Teatro Novo recebeu o Pr mio Rio S cio cultural 2011 da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro Em 2006 o Pr mio Al m dos Limites da Funarte com apoio da Caixa Econ mica Federal Em 2005 desenvolveu o Projeto Realizar Faz a Diferen a uma pe a sobre educa o no tr nsito para estudantes universit rios apresentada em 30 Faculdades em parceria com a Secretaria de Tr nsito de Niter i com o apoio da CEG Em setembro de 2011 o Grupo esteve em Maca a convite daquela prefeitura sensibilizando motoristas e pedestres para as regras da dire o defensiva Em 2004 o grupo foi convidado para apresentar se na abertura do Ano Ibero americano de Defici ncia em Bras lia com a presen a de Ministros de Estado e do Presidente da Rep blica O Grupo Teatro Novo participou e a
271. s direitos das mesmas como fornecer rampas de acesso aos cadeirantes como implantado no Circo Voador e sinaliza o para cegos ou surdos O grupo tamb m demonstrou muito bem como a nossa sociedade n o est adaptada s pessoas que possuem necessidades especiais E apesar de passar ali todos os dias ainda n o tinha percebido e o grupo me fez reparar que n o h como um cadeirante estudar medicina na Universidade X Como chegar no Valonguinho Como descer no Anat mico Infelizmente n o h estrutura alguma para inclus o dos deficientes Como detentores de direitos A rampa de acesso a cadeirantes rec m criada no Circo Voador no Rio de Janeiro foi um bom exemplo de respeito aos direitos dos portadores de defici ncia permitindo lhes usufruir o acesso cultura popular como qualquer cidad o brasileiro nfase nas habilidades Pela exposi o do grupo fica claro que uma defici ncia n o representa incapacidade os deficientes quando t m suas necessidades especiais atendidas e com o 244 apoio da sociedade e da fam lia amigos somados pr pria for a de vontade podem realizar as mais diversas atividades levando uma vida digna e normal Empoderamento S o pessoas capazes de tomar decis es e principalmente capazes de executar tarefas comuns e superar seus pr prios limites A frequ ncia percentual de distribui o das categorias das quatro turmas foi a seguinte Ca
272. s educativos Nesse setor ficou muito clara a dedica o empregada pelos profissionais envolvidos que empenham muito tempo de suas vidas voltando a aten o para um objetivo altru sta Posteriormente fomos a um local de cursos profissionalizantes 130 e de confec o de artesanatos cujos objetivos s o a poss vel integra o da pessoa com defici ncia no mercado de trabalho Nesse setor pudemos ouvir o relato da profissional respons vel acerca da inser o dos surdos em empresas e os absurdos muitas vezes associados a essas inser es profissionais irrespons veis Os empregadores desconhecem muitas vezes a realidade tratada e prop em tarefas incab veis sua condi o Por fim pudemos assistir a dan a de duas surdas que nos brindaram com seu bom humor e nos deixaram sua mensagem de otimismo ao final da visita Concluindo posso dizer que me marcou muito a quest o da aliena o do surdo frente a realidade em que ele est inserido fato que eu desconhecia completamente e a partir da pude compreender a terr vel defici ncia que a surdez representa mesmo diante do senso comum que tende a minimiza la frente as outras defici ncias Creio que seja essa a polpa da experi ncia obtida por mim em particular a vis o que eu tinha mudou definitivamente e agora vejo em concreto a import ncia das vivencias pelas quais estamos passando No mais n o poderia deixar de ser grato a voc professora Instituto Benjamin Constant
273. s filhos portadores de S ndrome de Down Com isto estes pacientes t m maiores chances de se desenvolverem com qualidade de vida e alegria Os normais n s normais Fica claro que os especiais n o s o alienados do que ocorre ao seu redor eles percebem pequenos gestos de preconceito que n s pessoas normais deixamos escapar sem querer O trabalho feito por ela esculturas tapetes mostra que a pessoa com defici ncia t o capaz quanto uma pessoa normal algumas vezes ela at mais capaz por desenvolver suas habilidades 243 Tend ncia a disfar ar negar as limita es as pessoas que apareceram nos filmes n o apresentam nenhum tipo de defici ncia pelo contr rio s o pessoas com capacidades muito bem desenvolvidas e que realizam as a es s vezes muito 1 melhor do que as pessoas ditas normais Supera o de barreiras existentes O que mais me chamou aten o em ambos os filmes foi a for a de vontade das pessoas portadoras de defici ncia Todos elas relataram uma certa dificuldade principalmente em rela o aceita o das outras pessoas Mas com persist ncia e f conseguiram superar os obst culos e exercer diversas atividades como pintura dan a enfim arte em geral Exemplos de relatos denotando vis o atual Necessidade de promo o de ambientes acess veis o grupo criou v deos onde foi poss vel observar o respeito ao
274. s pessoas t m pouca calma enquanto na AFR ocorre justamente o oposto A oficina chama bastante aten o tamb m Isso porque produz os mais variados itens e tudo muito b sico mas com muita qualidade e efici ncia Essa oficina t o boa que pacientes de outras institui es e estados encomendam pr teses e rteses l Por ltimo mais como curiosidade o nosso grupo conheceu um ramo da fisioterapia muito interessante Esse ramo o da 66 fisioterapia uroginecol gica que um tratamento que faz a reeduca o do per neo prevenindo e tratando casos como o de incontin ncia urin ria e fecal e o de p s cirurgia de pr stata Infelizmente esse trabalho faz parte da pequena parte da AFR que particular Cabe ressaltar a consci ncia dos profissionais da AFR Eles sabem os limites de quem est o atendendo e por isso n o imp em metas inalcan veis Eles procuram dar o maior suporte poss vel e ao mesmo tempo a maior independ ncia O maior reconhecimento vem sem d vida das respostas dos pacientes aos tratamentos do carinho que os pacientes t m com eles e tamb m da recusa infelicidade de grande parte dos pacientes quando percebem que n o est o mais evoluindo e portanto ter o que sair da AFR Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos Em 2004 a AFAC estava instalada em uma casa bem antiga no bairro de Santa Rosa quando o grupo de TCSI B a conheceu Depois da mudan a para a nova sede no Ponto Cem R is passou
275. s sobre a defici ncia at que tenha sido estabelecida uma rela o m dico paciente terap utica porque alguns pacientes podem ainda n o se sentir confort veis para falar sobre ela a menos que seja indispens vel Pe a permiss o antes de examinar um paciente com defici ncia e ent o siga as instru es dadas pelo paciente qual seria a melhor forma de faz lo N o use a cadeira de rodas como apoio a cadeira a extens o do espa o pessoal do cadeirante Sente se quando falar por mais que alguns minutos com um paciente em cadeira de rodas E mais confort vel para o paciente n o deixa a impress o do m dico estar com pressa e a dire o do contato visual se d no mesmo n vel Compreenda quando o paciente demora a falar ou para desempenhar tarefas simples Sempre que poss vel fale diretamente com o paciente com defici ncia Mesmo prestando aten o se n o tiver entendido o que um paciente com disartria disse pe a para repetir ao inv s de fingir que entendeu Saiba como se comunicar com pessoas surdas em suas diversas formas de comunica o Quando o paciente for cego apresente se quando entrar no consult rio sala de exame e avise quando sair quando se dirigir a outra pessoa ou for examin lo Preste um cuidado culturalmente eficaz a pacientes com defici ncia considere sua cultura cren as rituais e costumes quando discutir o plano de tratamento 33 m Sinalize os pacientes com
276. sa conversa com a Ana Cristina eu destaco alguns fatos que me chamaram a aten o s o eles a maneira como ela lida com a sua limita o e a maneira como a fam lia e outras pessoas lidam com a defici ncia dela e as dificuldades enfrentadas por uma pessoa com defici ncia Ana Cristina transmitiu ser uma pessoa que lida de maneira tranquila com sua limita o e tenta facilitar ao m ximo seu cotidiano atrav s de adapta es que n o s a ajudam mas tamb m coopera com o trabalho da sua acompanhante pois como ela mesma disse a acompanhante passa mais de 8 horas por dia trabalhando e isso desgastante Al m do mais tais adapta es conferem certa autonomia a ela Ficou evidente tamb m a dificuldade que para conseguir adapta es tanto dentro do ambiente familiar quanto em ambientes comuns do condom nio Percebi certo receio dela de falar sobre os problemas enfrentados com seus pais no sentido de convenc los a adaptar a casa para facilitar a sua vida Se existe essa barreira at no seio familiar imagine na nossa sociedade individualista Tamb m nos relatou a dificuldade para conseguir adapta es no seu pr prio condom nio mesmo morando dois cadeirantes nesse pr dio Para conseguir a constru o de uma simples rampa talvez seja necess ria uma briga judicial 86 Outro fato marcante dessa visita foram as barreiras encontradas por Ana Cristina para estudar e conseguir ser reconhecida e o pr prio reconhecimento de
277. sal rio m nimo ao idoso com 65 anos ou mais e pessoa com defici ncia de qualquer idade com impedimentos de longo prazo de natureza f sica mental intelectual ou sensorial 2015 A partir de 1992 o Sistema Unico de Sa de SUS padronizou a primeira tabela de concess o de ajudas t cnicas Tecnologias Assistivas universalizando esse procedimento A assist ncia pessoa com defici ncia foi retirada da rea da filantropia e inserida na rede regular de sa de Desde ent o baseados nos princ pios de universalidade a rede vem se instalando de maneira gradual e se aperfei oando na busca da padroniza o de produtos e servi os mantendo se o SUS como o agente principal na concess o Brasil Comit de Ajudas T cnicas 2009 p 71 A lista detalhada de elementos de Tecnologia Assistiva concedidos pelo SUS pode ser conferida na publica o Tecnologia Assistiva lan ada pelo Comit de Ajudas T cnicas O custo da reabilita o pode ser uma barreira para as PCD tanto em pa ses pobres como ricos Mesmo quando h recursos dos governos seguradoras ou ONGs estes podem n o cobrir todos os custos com a reabilita o WHO 2011 Acessibilidade na Aten o Sa de das Pessoas com Defici ncia A Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia no Artigo 9 refere se Acessibilidade como ferramenta para que as pessoas com defici ncia possam viver de forma independente e participar plenamente de todos os
278. sas coisas que com certeza iremos usar no futuro com uma pessoa com defici ncia Usamo la tamb m no dia em que a Luciane foi nos visitar e tamb m simular um atendimento m dico E realmente foi muito dif cil por mais que ach ssemos que sab amos algumas coisas o nervosismo da hora e as informa es especificas foram de dif cil entendimento Eu particularmente percebi que aprendi bastante pois consegui distinguir e entender muitas coisas Luciane tamb m disse um pouco sobre os surdos na sociedade brasileira mostrando que a surdez uma defici ncia que passa despercebida diferentemente das outras e isso realmente acontece e claro os surdos devem sofrer bastante com isso Ela tamb m deu sua opini o sobre o atendimento m dico dos surdos dizendo que o m dico tem que saber entender o que est acontecendo com o paciente tendo paci ncia aten o e se empenhando na comunica o Disse tamb m que alguns surdos se incomodam com a presen a de int rpretes na consulta pois perdem um pouco da privacidade e que isso pode ser mudado com o ensinamento da Libras para os m dicos Eu gostei muito dessa experi ncia foi muito enriquecedora isso muito bom para a nossa forma o realmente um diferencial pois muitos ir o se formar sem nunca terem pensado no atendimento m dico para as pessoas com defici ncia e 177 como seria poss vel melhorar esse atendimento para uma melhor compreens o Eu gostei bastante e acho que
279. scleral utilizada em pacientes que ainda possuem o globo ocular mas que querem dar um ar est tico mais agrad vel Ela permite a movimenta o e a apar ncia muito boa muito pr xima a um olho de verdade A pr tese utilizada por pacientes que sofreram perda do globo ocular e n o permite a movimenta o no caso parece sempre que a pessoa est olhando para o mesmo lugar Esteticamente tanto a pr tese quando a lente escleral costuma agradar ao paciente por m necess rio que a pessoa tenha uma boa adapta o para n o ter dano Essas lentes s o pintadas m o com um aspecto muito natural depois s o adaptadas num material acr lico A aceita o grande geralmente os pacientes gostam do resultado que d na apar ncia e n o costuma trazer inc modos com o uso Caso incomode infelizmente o uso deve ser suspenso Fomos muito bem recebidos na AFAC tudo pareceu muito organizado e todos os setores que visitamos tinham profissionais preocupados em mostrar e explicar seus respectivos procedimentos 119 Aluno Clelton de Aguiar Monteiro 2 Per odo 2 semestre 2013 Na tarde do dia 26 de novembro de 2013 n s alunos do campo de Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia juntamente com a nossa preceptora profa Luiza Costa tivemos a satisfa o de visitar a Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos AFAC situado na Rua Padre Leandro 18 Fonseca Niter i RJ Ao chegarmos ainda um pouco tom
280. scrimina o negativa deve ser combatida pois revela preconceito negativo Mas h ainda o preconceito positivo e nesse caso a hist ria outra Podemos chamar de preconceito positivo por exemplo considerarmos que as crian as com s ndrome de Down s o mais bonitas que as outras s pelo fato de apresentarem essa s ndrome ou que as pessoas com defici ncia em geral s o sempre gentis honestas Richard e cols 2005 identificou a presen a de preconceito positivo na escala que usaram para avaliar mudan as de atitudes de estudantes de medicina ap s curso sobre defici ncia A afirmativa As pessoas com defici ncia s o geralmente simp ticas receberia tr s pontos se o estudante concordasse completamente com ela enquanto a op o neutra 31 parecesse mais pr xima de uma atitude n o preconceituosa Estere tipos e estigmas associados s incapacidades representam as barreiras mais perniciosas que podem levar as pessoas incluindo os profissionais de sa de a projetar seus pr prios medos e baixas expectativas nas PCD ou a omitir quest es de sa de cr ticas por falta de conhecimento Long Bellil et al 2011b Apesar dos tempos serem outros as pessoas com defici ncia ainda s o vistas como tristes fr geis incapazes dignas de pena A popula o em geral tem a ideia que todos os surdos se comunicam atrav s da l ngua de sinais que surdos s o mudos e que todas as pessoas tetrapl gicas possuem o mesmo n vel
281. se grupo estaria fora do escopo do seu estudo Ser que uma lista elaborada com a participa o de pessoas com defici ncia apresentaria outros conte dos Em artigo publicado dez anos depois propondo um programa para ensinar estudantes de medicina a cuidar de pessoas com defici ncia Andrew Symons Denise McGuigan e Elie A Akl da University at Buffalo School of Medicine and Biomedical Sciences em Buffalo Nova York apresentaram um quadro com os objetivos espec ficos divididos nas mesmas tr s categorias 1 Construir conhecimento geral sobre as incapacidades mais frequentes e esclarecer falsos conceitos e incompreens es 2 Promover atitudes altru sticas e compromisso com o cuidado centrado nas pessoas com incapacidades e 3 Promover as habilidades necess rias para o cuidado centrado na pessoa com defici ncia Informaram que chegaram a esses objetivos atrav s de tr s etapas revis o da literatura e relat rios de ag ncias nacionais e internacionais avalia o de necessidades espec ficas junto a estudantes de medicina e docentes da Universidade do Estado de Nova York SUNY em Buffalo e tamb m com institui es especializadas em servi os de sa de e sociais para PCD al m de discuss es com PCD e suas fam lias Curiosamente apenas um item princ pios e abordagens cl nicas para atender s necessidades das PCD Symons et al 2009 p 4 foi acrescido ao quadro de Lennox e Diggens na categoria relativa ao co
282. se preocupem pensando que seu filho corre risco de vida como aconteceu com ela ao perceber que a m dica que fez o parto lhe escondia algo necess rio tamb m buscar orientar esses pais sobre a estimula o precoce do beb os primeiros cuidados com a amamenta o o acompanhamento com outros profissionais da sa de e a inclus o social principalmente na escola Eu fiquei surpresa ao saber que Fernanda tinha sa do de um col gio por conta das m es dos alunos da classe que n o a queriam l um absurdo realmente como se a s ndrome fosse uma doen a contagiosa o que n o tem nada a ver Achei incr vel conhecer Fernanda Honorato ela linda e sua m e guerreira que a acompanha pra todos os lugares Pude observar tamb m que a professora Luiza estava adorando aquele momento mais do que qualquer outro aluno Foi um privil gio poder participar desse encontro que superou minhas expectativas eu espero que essa fam lia continue servindo de exemplo pra sociedade e que isso contribua para aumentar a inclus o das pessoas com defici ncia no nosso pa s Aluno Matheus Nascimento da Silva 2 semestre 2013 Dessa vez iniciarei meu relat rio de campo de um modo diferente Eu tenho sido extremamente impactado com as experi ncias que temos tido e acho que os que me cercam j 92 tem conhecimento disso talvez n o aguentem mais me ouvir falando do meu TCS mas quando algo tem um efeito positivo sobre n s a tend ncia
283. ser alfabetizada na sua identidade Isso evidencia o quanto nossa sociedade coloca padr es de intelig ncia e normalidade e todo o resto que n o se enquadra a esses padr es s o anormais bastante revoltante saber que uma pessoa precisou procurar a imprensa para conseguir ter o reconhecimento de ser alfabetizada e apenas incapaz de assinar seu nome Por fim ressalto a import ncia desse conv vio pr tico com pessoas com defici ncia J em outros relat rios havia pedido isso e com essa visita refor ou essa ideia Se n o fosse esse nosso contato n o ter amos mais isso durante a gradua o e continuar amos tratando as pessoas com defici ncia como tantos outros profissionais na rea da sa de pegando na pessoa com alguma limita o sem pedir autoriza o falando com o acompanhante ou mesmo usando o diminutivo como foi relatado por ela Encontro com Virg nia Vendramini Em maio de 2005 entrei em contato com o trabalho da artista pl stica e poeta Virg nia Vendramini durante o evento Arte diversidade e inclus o sociocultural no Centro Cultural Banco do Brasil onde exp s seus tapetes e participou como palestrante no F rum Arte educa o e pessoa com defici ncia Em 2006 teve in cio sua participa o em uma aula da disciplina Psicologia M dica Il coordenada pela professora Regina Reis Desde 2012 recebe o grupo de estudantes de Trabalho de Campo Supervisionado l na sua casa As visitas dos alunos de TCSI An o fo
284. sidade Humana Subjetividade Tecnologias leves e cria o de v nculo Tema do grupo Defici ncia como Quest o de Direitos Humanos Preceptora Luiza Santos Moreira da Costa Conte do Conceitos de Defici ncia Direitos das Pessoas com Defici ncia Hist ria do Movimento de Luta das Pessoas com Defici ncia Pol tica Nacional de Sa de das Pessoas com Defici ncia A Pessoa com Defici ncia por ela mesma Comunica o com pessoas surdas ou com defici ncia motora comprometendo a fala Introdu o Libras e ao sistema Braille Modelo M dico Social e Biopsicossocial de Defici ncia Habilita o Reabilita o motora sensorial e intelectual Terminologia T cnicas de transfer ncia entre cadeiras de rodas Independ ncia e Autonomia Acessibilidade Atividades Leitura e discuss o de textos Visitas a institui es Secretaria Municipal de Acessibilidade e Cidadania de Niter i RJ Minist rio P blico Promotoria da Pessoa Idosa e da Pessoa com Defici ncia Associa o Fluminense de Reabilita o com acompanhamento de atendimentos Associa o Fluminense de Amparo aos Cegos viv ncia Instituto Pestalozzi Associa o Niteroiense dos Deficientes F sicos onde observaram treinamento dos jogadores 62 da sele o brasileira de Futebol de Cinco Instituto Nacional de Educa o de Surdos Instituto Benjamin Constant incluindo setor que atende pessoas surdocegas Associa o de Pais e Amigos dos Deficiente
285. sidade de Buffalo a implementa o foi planejada para todos os quatro anos do curr culo Symons McGuigan amp Akl 2009 Em sua maioria abordava apenas um ou no m ximo dois tipos de defici ncia e representava iniciativas isoladas de professores A partir de 2000 surgem relatos de projetos institucionais como na Universidade Tulane em Nova Orleans Saketkoo et al 2004 na Universidade de Bristol Byron amp Dieppe 2000 e na Universidade Tufts Minihan et al 2004 Conte dos O que os estudantes de medicina devem aprender sobre incapacidades Podemos encontrar v rias repostas a essa pergunta dependendo da defini o que esteja sendo usada para incapacidade Long Bellil et al 2011b Lisa lezzoni define incapacidade como a dificuldade para realizar atividades cotidianas e cumprir pap is sociais por defici ncia f sica sensorial emocional ou cognitiva agravadas por barreiras ambientais p 977 2006 Essa defini o semelhante a utilizada no texto da Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Nicholas Lennox e Justine Diggens em artigo publicado em 1999 apresentaram um quadro com os conte dos divididos em tr s categorias Conhecimento Habilidades compet ncias t cnicas ou sociais que se traduzem em a es observ veis e Atitudes em rela o a pessoas com defici ncia intelectual p 343 Conhecimento gt Natureza frequ ncia e causas de defici ncia intelectual gt
286. so de um ponto de vista menos neurofisiol gico e mais psicanal tico algumas outras afirma es podem ser 162 inferidas a partir do relato deles A que me veio de imediato quando eles disseram que uma vez sem imagens claras nos sonhos n o poderia haver representa o dos arqu tipos de Jung neles Isto porque os arqu tipos foram descritos por Jung como essencialmente visuais pois por mais que variem de pessoa para pessoa ainda s o parecidos E foram essas semelhan as visuais entre as imagens de v rios sonhos que ele usou para criar a no o de arqu tipos e de todo inconsciente coletivo Contudo se h sonhos sem imagens logo n o h arqu tipo nesses sonhos e essas pessoas n o teriam portanto inconsciente coletivo o que p e em xeque todo o conceito de inconsciente coletivo Esse foi meu racioc nio no momento e eu sei que ele pode ser criticado facilmente Acredito que a principal cr tica seria dizer que a aus ncia de representa es visuais n o aus ncia de representa es que os arqu tipos poderiam ter representa es por meio de outros sentidos Mas sinceramente como isso se daria eu n o sei Entretanto se algu m conseguisse provar que existem representa es dos arqu tipos Junguianos em sonhos de pessoas cegas acho que essa pessoa teria ent o um firme argumento a favor do extremamente controverso Inconsciente Coletivo Caso n o fosse encontrada representa o alguma deles ent o o mais sens
287. ssoras das crian as surdas eram fonoaudi logas havendo nessa poca uma preocupa o maior em oralizar as crian as que a ensinar lhes o conte do das mat rias a proibi o das l nguas de sinais jogou por terra anos de conquistas educacionais e recolocaram o surdo novamente numa posi o marginalizada j que com o tempo despendido nas tentativas de reabilita o da fala sua educa o propriamente dita resultou escassa e deficiente O surdo que j havia sido por tanto tempo marginalizado por se entender que n o possu a capacidade intelectual agora passava a ser marginalizado por n o ter instru o adequada Barboza amp Mello s d p 57 Ressalta a import ncia do diagn stico precoce da surdez cong nita e indica o uso de pr tese auditiva a partir dos seis meses de idade a fim de criar no beb uma consci ncia sonora Outro ponto positivo a orienta o aos familiares que se comuniquem com a crian a surda familiarizando a com os m nimos acontecimentos da vida cotidiana Nenhum dos livros analisados de Pediatria Cl nica M dica Otorrino e Obstetr cia considera a possibilidade do paciente adulto que chega ao m dico ser surdo ou apresentar qualquer outro 231 problema de comunica o assim como poderem ser surdos os pais de crian as surdas ou ouvintes que chegam ao Pediatra Avalia o relacionada ao Traumatismo Raquimedular Consta do livro de Medicina Cl nica que entre homens abaix
288. stetras responderam Quanto a exames n o conhe o Sei apenas que precisam de maior aten o N o h diferen a no pr natal apenas no parto A gravidez de mulheres com les o medular considerada de alto risco necessitando acompanhamento adequado Dependendo da altura da les o as gestantes com les o medular podem ter parto normal cabe ao m dico a avalia o de cada caso Infec es urin rias de repeti o podem ser frequentes Uma diferen a entre o pr natal convencional a frequ ncia de pedidos de exames de urina para verificar a exist ncia de infec o urin ria H risco de trombose lceras de press o medida que a mulher ganha peso e de disreflexia auton mica comum no fim da gesta o Entretanto cada vez mais mulheres com les o medular optam por engravidar devendo os obstetras estar preparados para o acompanhamento dessa gravidez A acessibilidade arquitet nica deixa a desejar no Polo do Programa M dico de Fam lia e na Policl nica embora os profissionais destas unidades se empenhem para reduzir as barreiras Pareceu nos que a barreira mais forte foi a da comunica o seja face a face com pacientes surdos seja atrav s de materiais educativos que acabam excluindo as pessoas surdas e as cegas Lembrando o texto da Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa com Defici ncia pessoas com 253 defici ncia podem ser acometidas pelos mesmos agravos que as demais e devem receber orien
289. stitui es m dicas Esta abordagem inclui n o apenas a rela o m dico paciente mas tamb m as causas sociais das desigualdades Wear 2003 Habilita o Reabilita o s vezes feita distin o entre habilita o que tem por objetivo ajudar aqueles que nasceram com incapacidades ou as adquiriram em tenra idade a desenvolver ao m ximo a funcionalidade e reabilita o onde s o auxiliados aqueles que adquiriram uma perda funcional a ganhar novamente m xima funcionalidade No cap tulo Reabilita o do Relat rio Mundial de Incapacidades WHO 2011 este termo cobre ambos os tipos de interven o O Artigo 26 da Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia tem como t tulo Habilita o e Reabilita o 38 J o coment rio de Ana Paula Scramin e Wiliam C sar Alves Machado na Cartilha da Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Comentada 2008 traz outro sentido para habilita o campo da organiza o para a inser o profissional no mercado de trabalho no plano dos servi os que asseguram nossos direitos a nos habilitar para aquisi o e condu o de ve culos novos e adaptados na esfera da educa o especial e educa o inclusiva etc p 89 O termo reabilita o se restringiria rea da sa de reabilita o cognitiva f sica auditiva e visual Recentemente o termo reabilitar vem sendo questionado como se tivesse o sentido de vol
290. stitui es seja tamb m estendido at as suas casas AAPAE uma dessas institui es onde s o oferecidos servi os pedag gicos especiais servi os na rea da sa de desde a preven o servi os de habilita o e reabilita o e tamb m de servi o social visando a partir desses trabalhos assegurar uma melhor qualidade de vida para as pessoas com defici ncia intelectual ou m ltipla e consequentemente para as suas fam lias A import ncia dessas institui es de amparo p blicas ou filantr picas se d a partir do momento em que s o em muitos casos refer ncias para v rias fam lias que n o possuem condi es de financiar servi os adequados para parentes com defici ncia Al m disso comum que os diagn sticos sejam feitos nessas institui es j que em alguns casos as fam lias n o recebem sequer o diagn stico de m dicos consultados e se veem desamparadas sem qualquer orienta o sendo que o diagn stico precoce essencial para que haja um in cio r pido de atividades f sicas e pedag gicas possibilitando pessoa com defici ncia uma possibilidade de conquista de autonomias diversas dentro da defici ncia apresentada J no final do encontro muitos alunos da APAE vieram se despedir do nosso grupo mostrando muita alegria pela visita e nos convidando a visit los novamente Esse campo nos possibilitou principalmente observar a import ncia dos 3 sentidos da integralidade a import ncia de se per
291. stre de 2014 No ltimo campo tivemos a oportunidade de conversar com Thiago um rapaz de 29 anos que apresenta sequelas de paralisia cerebral Ele tinha dificuldade na fala no entanto isso em nada lhe inibia Contou nos que j vai fazer 10 anos que est na UFF No in cio ele pensava em prestar vestibular para psicologia mas no final acabou optando por f sica Como n o consegue escrever fez o vestibular oral como o copista n o sabia nada de exatas Thiago com muito bom humor nos disse que teve que ter muita paci ncia para explic lo o que era delta s mbolo matem tico por exemplo Fiquei surpresa ao saber que o seu C R coeficiente de rendimento foi e continua sendo o maior da F sica Antes as pessoas com defici ncia tinham que fazer o vestibular no HUAP Hospital Universit rio Ant nio Pedro A justificativa por incr vel que pare a era de que os vestibulandos poderiam passar 169 mal e seria melhor j estarem no hospital As coisas mudaram hoje a UFF aloca lugares mais pr ximos dos vestibulandos com defici ncia para facilitar o processo Relatou nos que o come o do curso foi muito dif cil pois n o tinha nibus assim ele acabava ficando muito dependente de sua m e e seu pai Gra as ao seu ingresso na Universidade o pr dio da f sica sofreu algumas mudan as visando aumentar a acessibilidade ao aluno rec m ingresso na institui o Uma fala de Thiago me chamou a aten o ele disse que ningu m realiz
292. studantes pudessem ter a oportunidade de se confrontar com suas pr prias rea es em um cen rio que se parece muito com a pr tica real Quando a consulta termina o PPE sai do personagem se apresenta e comenta sobre o desempenho do estudante Depois a vez de outro estudante e do professor que observaram o atendimento darem retorno Os estudantes tamb m discutem seus desempenhos no exerc cio compartilham li es que tenham aprendido e podem perguntar ao PPE sobre sua defici ncia em especial ou sobre sua vida em geral Duggan et al 2010 Minihan et al 2004 Khan 2003 Na Tufts o papel do PPE de um professor Paciente modelo com defici ncia Woodard L J e cols 2012 fazem men o a paciente modelo com defici ncia University of South Florida Health Morsani College of Medicine participando do Disability Related Course dirigido a estudantes do terceiro ano Os pacientes modelo s o orientados a contar suas hist rias e guiar os estudantes em t cnicas adequadas de comunica o e exame Embora n o sejam treinados no n vel de pacientes padronizados recebem do coordenador educacional um resumo completo dos objetivos do programa para que as consultas sejam moderadamente consistentes Na atividade descrita por Woodard e cols cada grupo de dois a quatro estudantes deve em vinte minutos colher a hist ria e fazer um exame f sico resumido do paciente modelo antes de passar para outro paciente modelo Cada es
293. ta o j vistos em outros campos por m neste sendo destinado e especializado a pessoas com surdez Ap s visitar esse campo passei a notar como o governo em certos aspectos n o obt m informa o acerca da import ncia de certos trabalhos existentes nessas institui es destinadas a pessoas com defici ncia como o INES e o Instituto Benjamin Constant Durante o campo conversamos com funcion rios que trabalhavam com pessoas que apresentavam surdocegueira e que nos explicaram como desempenhavam esse trabalho na reabilita o desses indiv duos Essa conversa foi na minha opini o uma das partes mais interessantes do campo pois antes de estar nesse tema do TCS nunca havia parado para pensar em defici ncias como a surdocegueira e muito menos iria imaginar a possibilidade de haver formas de reabilita o Uma das formas de trabalho que me chamou muito a aten o foi o fato do profissional de sa de utilizar v rias formas de copos fazendo com que cada copo corresponda a um tipo de bebida fazendo com que o paciente adquira uma maior autonomia A reabilita o dessas pessoas com surdocegueira torna se imprescind vel a partir do momento que permite que tais indiv duos atinjam uma maior autonomia podendo at por exemplo estudar Quando visitamos uma parte da escola existente no INES conversamos com uma das professoras que nos contou diversas informa es acerca de problemas existentes para pessoas com surdez Dentre os pro
294. ta o quanto a cuidados com a sua sa de Some se a isso o fato das pessoas surdas e as cegas serem m es e pais que precisam de orienta es para o cuidado de seus filhos desde o nascimento Lembramos que se tratou de estudo preliminar embora j tenha indicado a falta de preparo apesar da enorme boa vontade dos m dicos entrevistados para o atendimento a pessoas com defici ncia Pelo interesse demonstrado pelas unidades envolvidas procuramos a Funda o Municipal de Sa de de Niter i no sentido da elabora o de curso de capacita o para o atendimento a pessoas com defici ncia No entanto acreditamos que parte desta capacita o de recursos humanos que j atuam na rede seja necess ria mobiliza o nacional para a inclus o de temas ligados reabilita o e aten o sa de das pessoas com defici ncia nos cursos de gradua o da rea da sa de como previsto na Pol tica Nacional de Aten o Sa de das Pessoas com Defici ncia 254 O atendimento em sa de atrav s do olhar da pessoa surda avalia o e propostas Mariana Cristina Mayworn e Pedro Thiago Figueiredo Alves que cursaram o grupo de Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia em 2006 se interessaram dois anos depois em realizar uma pesquisa sobre a percep o das pessoas com defici ncia sobre a acessibilidade no encontro com profissionais de sa de Procuramos O N cleo de Orienta o Sa de do Surdo NOSS INES que
295. tar atr s tornar ao que era A quest o que se coloca no plano do processo sa de doen a se poss vel voltar atr s tornar ao que era O sujeito marcado por suas experi ncias e sempre muda o entorno de fen menos rela es e condi es hist ricas sempre mudam ent o a no o de reabilitar problem tica Na sa de estaremos sempre desafiados a habilitar um novo sujeito a uma nova realidade biopsicossocial Por m existe o sentido estrito da volta a uma capacidade legal pr existente e por algum motivo perdida e nestes casos o re se aplica Humaniza SUS 2004 p 53 O Relat rio Mundial de Incapacidades define reabilita o como um conjunto de medidas para auxiliar os indiv duos que apresentam ou venham a apresentar incapacidade para que alcancem e mantenham tima funcionalidade em intera o com seu ambiente Pelo Modelo M dico a reabilita o intervinha para melhorar a funcionalidade corporal J no Modelo Biopsicossocial levando em conta a Classifica o Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Sa de a avalia o dos resultados inclui aqueles relativos atividade e participa o WHO 2011 O processo de cuidado e reabilita o por exemplo ap s um traumatismo cranioencef lico TCE geralmente longo e caracterizado por tr s fases Diretrizes de Aten o Pessoa com Traumatismo Cranioencef lico 2013 reabilita o aguda no hospital no qual o indiv duo foi ate
296. te pontos coloridos em movimento isso a ajudou a preservar a mem ria das cores o que facilita a combina o das cores nos tapetes que por sinal muito bonita e harmoniosa J as esculturas s o lindas de se ver com as m os Todas elas t m umas linhas mais arredondadas que d o muita vontade de ficar passando a m o e s o deliciosas ao toque uma sensibilidade art stica incr vel Outra paix o da Virg nia e uma de suas maiores segundo ela s o os livros Leitora ass dua esse h bito foi facilitado pelo programa Dos Vox e por um scanner que ela tem onde coloca o livro aberto na p gina que ela quer e o programa faz a leitura do texto Ela nos mostrou como funciona e caramba muito dif cil de entender a voz robotizada n o h entona o Ela tem um preparo enorme para trabalhar com esses recursos e pra ela j super normal Enquanto ela bota um livro no scanner e deixa o programa lendo ela vai fazer outras coisas e mesmo assim percebe se h algum erro na hora de digitalizar os livros e corrige esses erros impressionante a capacidade da Virg nia de fazer 89 coisas ao mesmo tempo e faz las bem Ela j possui mais de 800 livros digitalizados em sua biblioteca virtual E al m de leitora Virg nia tamb m poetisa Tem alguns livros publicados e seus poemas s o de uma beleza mpar Que ela uma excelente escritora e artista pl stica n s pudemos perceber perfeitamente Mas o que mais me ch
297. tegoria TCSI 2005 1 TCSI 2005 2 PM II 2005 2 PM II 2006 1 Vis o antiga 15 0 7 1 62 1 40 3 Vis o atual 85 0 92 9 37 9 59 7 N o houve diferen a significativa entre a frequ ncia de temas nas categorias vis o antiga vis o atual entre as duas turmas da disciplina TCS embora a forma de apresenta o do tema e conte do tenham sido diferentes com a presen a de pessoas com defici ncia apenas no semin rio da turma do segundo semestre de 2005 A diferen a dos resultados das duas turmas de PM Il foi significativa p lt 0 01 sugerindo influ ncia positiva da presen a de pessoas com defici ncia na atividade em sala de aula A frequ ncia de temas relativos vis o antiga vis o atualdas duas turmas que n o contaram com a presen a de pessoas com defici ncia TCS 1 2005 1 e PM 11 2005 2 diferiu de forma significativa p lt 0 01 com predom nio da vis o atual nos relatos dos estudantes do segundo per odo do curso sugerindo que por Si s a presen a de pessoas com defici ncia n o foi decisiva para a produ o de um maior n mero de temas numa perspectiva de vis o atual da pessoa com defici ncia J quando s o comparadas as frequ ncias das duas turmas onde houve a participa o das pessoas com defici ncia TCS 2005 2 e PM II 2006 1 a diferen a n o se mostrou significativa 245 Outro resultado que nos chamou aten o foi que os termos pacientes ou doentes n o foram utilizados por nenhum dos est
298. ten o da Triagem Auditiva Neonatal Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2012 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes de aten o pessoa com S ndrome de Down Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2012 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes de Aten o Pessoa com Les o Medular Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2012 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas Diretrizes 267 de aten o pessoa amputada Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas e Departamento de Aten o Especializada Bras lia Minist rio da Sa de 2012 Minist rio da Sa de Secretaria de Aten o Sa de Departamento de A es Program ticas Estrat gicas A Pessoa
299. ten o de todos e pudemos tentar nos comunicar Vendo a felicidade das crian as com nosso esfor o para comunicar com elas fiquei ainda mais interessada no aprendizado de libras Outro fato que chamou a aten o foi o teatro adaptado com a int rprete que arrancava risadas de todos Os m todos de ensino tanto de libras quanto na oraliza o s o interessantes visto que incluem maior dificuldade pela aus ncia da audi o que nos ouvintes se constitui como principal meio de aprendizagem Pude perceber por exemplo que em alguns objetos dentro da APADA existiam placas com o sinal que representa o objeto o nome do objeto a figura a letra que d in cio ao seu nome e o sinal dessa letra Tudo isso se associando para construir uma imagem e um conceito novo para os surdos Encontro com Ana Cristina de Lima Ferreira Ana Cristina de Lima Ferreira fazia parte do Conselho Municipal da Pessoa com Defici ncia COMPEDE de Niter i quando a conheci em 2006 Desde 2007 vem participando de debates e din micas que planeja para os alunos de medicina Proposta para o encontro elaborada por Ana Cristina Projeto para palestra UFF Minha apresenta o PC lembrando se que cada um um Apresenta es dos alunos o porqu da escolha de medicina 81 82 Estimular sempre durante as consultas se dirigir pessoa com defici ncia nunca aos acompanhantes s se for o caso de a pessoa n o falar assim mesmo pode n o t
300. tera es complementos s diretrizes de 2001 44 Art 3 O Curso de Gradua o em Medicina tem como perfil do formando egresso profissional m dico com forma o generalista humanista cr tica e reflexiva capacitado a atuar pautado em princ pios ticos no processo de sa de doen a em seus diferentes n veis de aten o com a es de promo o preven o recupera o e reabilita o sa de na perspectiva da integralidade da assist ncia com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania como promotor da sa de integral do ser humano Sugest o como promotor da sa de integral do ser humano em toda sua diversidade Art 5 A forma o do m dico tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exerc cio das seguintes compet ncias e habilidades espec ficas promover estilos de vida saud veis conciliando as necessidades tanto dos seus clientes pacientes quanto as de sua comunidade atuando como agente de transforma o social Il atuar nos diferentes n veis de atendimento sa de com nfase nos atendimentos prim rio e secund rio IIl comunicar se adequadamente com os colegas de trabalho os pacientes e seus familiares Sugest o ao Item III comunicar se adequadamente com os colegas de trabalho os pacientes incluindo aqueles que n o falam apresentam defici ncia intelectual ou que n o ouvem e seus familiares IV
301. tinais assist ncia nutri o e a pele seria um programa de reabilita o multidisciplinar Na verdade as medidas terap uticas excetuando se aquelas tomadas na fase aguda da les o deveriam ser consideradas dentro de um programa de reabilita o que deve ter in cio o mais r pido poss vel O conte do do cap tulo Reabilita o cl nica dos dist rbios da medula espinhal do livro de Medicina Interna como j citado refere se principalmente s complica es cl nicas sua preven o e tratamento Al m disso diz apenas que A elabora o de um plano de reabilita o com expectativas realistas e aten o para as complica es neurol gicas cl nicas e psicol gicas que surgem comumente s o os objetivos terap uticos prim rios p 2585 O Manual Ilustrado de Pediatria apresenta no cap tulo A Crian a com Necessidades Especiais o servi o multidisciplinar para o desenvolvimento infantil apresenta a organiza o deste servi o na Inglaterra e no Pa s de Gales e sua articula o com os servi os sociais autoridades educacionais locais e ag ncias de volunt rios Neste cap tulo no item Rea o dos pais defici ncia os autores destacam um ponto muito importante os preconceitos dos pr prios m dicos em rela o a algumas defici ncias Orientam os m dicos a aprender a lidar com essas emo es ouvindo as fam lias de crian as com defici ncia consultando a literatura sobe o assunto e conversando com c
302. to maiores do que se acredita primeira vista a imagem de uma pessoa em uma cadeira de rodas com dificuldade de fala e controle dos membros choca A inten o sempre de prote o a tal ponto que chega a infantilizar a pessoa Tenho que me policiar quanto a isso Ana Cristina tocou durante a aula em v rios pontos importantes Um deles remonta a comunica o competente e a escuta ativa Saber escutar e ser entendido pelo paciente com defici ncia Ter paci ncia para compreender as dificuldades de fala Uma inje o de nimo para quem acha que tem alguma dificuldade na vida A alegria e vontade de crescer dela nos faz repensar antes de reclamar de qualquer coisa Trazer uma pessoa com paralisia cerebral expandiu as possibilidades de enxergar a realidade de outro ngulo contribuindo na forma o do m dico competente em lidar com esses indiv duos de forma adequada Pontos positivos 1 as din micas propostas que n o apenas tentaram passar o lado desses pacientes mas tamb m nos submeteram a situa es como andar com a cadeira de rodas em um local com obst culos 2 a possibilidade de permitir que a Ana Cristina falasse acostumando nos com sua realidade Pontos negativos 1 faltou 213 um pouco explorar as experi ncias com os m dicos a fim de entendermos como n o se deve agir 2 uma maior participa o da acompanhante A visita da Ana Cristina foi simplesmente fant stica Cansam
303. tras pessoas tenham a oportunidade de conhecer essa hist ria que tem tanto a nos ensinar Coment rio de Ana Cristina de Lima Ferreira As visitas dos alunos sempre foram e ser o uma oportunidade de trocar experi ncias j vivenciadas na rea da medicina e outras reas Passei passo e sei de colegas que enfrentam situa es desnecess rias Se os estudantes de qualquer disciplina qualquer curso tivessem a orienta o que os seus alunos est o tendo j haver amos profissionais mais bem preparados para lidar com o DIFERENTE Ningu m igual Ent o mais um motivo de Cada um nico H muitos pontos a serem destacados Cada visita nica O interessante enquanto n o realizo algo que mostre de concreto que aquela pessoa que se encontra em uma cadeira de rodas realmente CAPAZ Ficam desnorteados Quando come a a atividade se torna outro grupo Percebo que j v o idealizando 156 uma pessoa com paralisia cerebral e quando come o a explicar como realizar e eu mesma orientando como fazer quebra a imagem ou ideia que faziam Noto que entram com uma forma de pensar e saem com outra Tenho vontade de levar os alunos para participar de alguns momentos dentro de casa na rua em consultas Desejaria poder mostrar fotos minhas de crian a Voltar a realizar essa atividade com a turma toda Encontro com Virg nia Vendramini Foto de Virg nia Vendramini e Dr Alkindar na sala do seu apartamento co
304. tudante passa por quatro esta es Um professor monitora a intera o atrav s de uma conex o audiovisual em tempo real Ap s a sess o os pacientes modelo profissionais de sa de estudantes e professores se re nem em um c rculo de aprendizagem para comentar e refletir sobre as quest es e 59 experi ncias vivenciadas Os pacientes modelos apresentavam defici ncias f sicas significativas e s vezes defici ncia intelectual A Inclus o da Aten o Sa de das Pessoas com Defici ncia no Curso de Medicina da UFF A inclus o de temas relacionados Defici ncia no curso m dico da UFF teve in cio no segundo semestre de 2004 na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado coordenada pela professora Lilian Koifman Trata se de disciplina pr tica com carga hor ria de 180 horas semestrais A partir de 2013 foi dividida em TCSIA oferecida a estudantes do primeiro per odo e TCSI B a estudantes do segundo per odo do curso TCSI A tem como eixo Cultura e Cidadania e TCSI B Integralidade na Aten o Sa de A turma dividida em sete ou oito grupos de acordo com o n mero de preceptores cada um com um tema No primeiro semestre de 2015 foram temas dos grupos de TCSIA Alcool e outras Drogas Trabalho Envelhecimento Inf ncias Masculinidades Maternidade Sa de Mental e AIDS TCSI B Doen as Negligenciadas Pessoas com Defici ncia dois grupos Pessoas em Situa o de Viol ncia Sa de do Adoles
305. tudents About Disability The Use of Standardized Patients Academic Medicine 86 9 1163 1170 2011a O Connor DM Robey KL Hahn JE Minihan PM Graham CL Smeltzer SC Commentary Defining Disability in Health Care Education Academic Medicine 86 9 1066 1068 2011b Martin HL Rowell MM Reid SM Marks MK amp Reddihough DS Cerebral palsy what do medical students know and believe Journal of Paediatric Child Health 41 1 2 43 7 2005 Martins LP Artigo 2 Defini es In A Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Comentada Bras lia Coordenadoria Nacional para Integra o da Pessoa com Defici ncia 2008 p 27 29 Mattos RA Os Sentidos da Integralidade algumas reflex es acerca de valores que devem ser defendidos In PINHEIRO R e MATTOS R de A Org Os Sentidos da Integralidade na Aten o e no Cuidado Sa de Rio de Janeiro UERJ IMS ABRASCO 2001 p 39 64 Mello A G TorresEF Mazzoni A A Nem toda pessoa cega l em Braille nem toda pessoa surda se comunica em l ngua de sinais Educa o e Pesquisa S o Paulo 33 2 369 385 2007 Minihan PM Robey KL Long Bellil LM Graham CL Hahn JE Woodard L Eddey GE Desired Educational Outcomes of Disability Related Training for the Generalist Physician Knowledge Attitudes and Skills Academic Medicine 86 9 1171 1178 2011 Minihan PM Bradshaw YS Long LM Altman W Perduta Fulginiti S Ector j Foran KL Johnson L Khan P Sne
306. udantes presentes nas atividades que contaram com a participa o de pessoas com defici ncia Nossa hip tese inicial era que a presen a de pessoas com defici ncia nas atividades em sala de aula seria decisiva na percep o inclusiva dos estudantes sobre pessoas com defici ncia No entanto ap s a an lise dos resultados observou se que esta presen a s se mostrou decisiva quando a participa o das pessoas com defici ncia estava inserida numa proposta mais ampla de discuss o sobre Defici ncia Pessoas com defici ncia Notas As respostas a estas perguntas foram descartadas para a presente an lise uma vez que se referiam especificamente rela o m dico paciente 246 Aten o Integral Sa de da Pessoa com Defici ncia a teoria na pr tica Durante o primeiro semestre de 2008 o grupo Aten o Integral Sa de das Pessoas com Defici ncia de TCSI B realizou uma avalia o da acessibilidade em servi os de sa de em diferentes n veis polo m dico de fam lia policl nica e hospital universit rio O trabalho sob a forma de apresenta o oral foi levado ao 46 Congresso Brasileiro de Educa o M dica em Salvador em 2008 Embora tenha sido elaborado por todos os alunos do grupo o texto final foi elaborado com a participa o de apenas metade do grupo Abaixo o texto revisto que n o chegou a ser publicado Vieira et al 2008 Foto do tronco para baixo de aluno testando acessibilidade de Policl ni
307. ue ap s remover a v tima da gua a cabe a e o pesco o devem ser estabilizados caso haja suspeita de traumatismo No Manual Ilustrado de Pediatria CAP 6 O Ambiente h refer ncia geral sobre acidentes Citam que na Gr Bretanha os acidentes s o a principal causa de morte em crian as maiores de um ano causando incapacidade e sofrimento significativo para as crian as Quanto a acidentes de tr nsito com pedestres consta 232 que embora seja importante conscientizar as crian as do risco a preven o prim ria eficaz estaria mais na modifica o do ambiente que na educa o sobre seguran a no tr nsito No caso de acidentes com passageiros em ve culos chama a aten o para as evid ncias de que os sistemas de conten o de crian as previnem les es e mortes O livro de Medicina Cl nica sublinha ainda que o fator cr tico para a recupera o da fun o ap s les o medular por TRM o tempo decorrido desde a les o at a institui o de qualquer terapia preferencialmente nas primeiras quatro horas Diz ainda que mesmo que se evidencie uma mielopatia transversa completa imediatamente ap s o impacto algumas altera es secund rias e o dano resultante podem ser revers veis Para tal deve ser evitada a extens o ou rota o do pesco o e tor o rota o da coluna tor cica desde o local do acidente e transporte at durante a realiza o do exame f sico e radiol gico A fim de evitar a extens o d
308. ue tamb m me chamou aten o foi saber que h m es que querem que os filhos com SD estudem em escolas inclusivas enquanto h m es que querem que seus filhos estudem em escolas especiais Fernanda foi incentivada a se desenvolver junto com as outras crian as ser que a Fernanda que vemos hoje a 1 rep rter com SD do Mundo n o consequ ncia desse tratamento igualit rio Concluindo mais uma vez repito que essa experi ncia me marcou bastante e depois at viemos refletindo dentro do nibus Agora quando eu tiver um paciente com S ndrome de Down eu tenho uma refer ncia positiva a Fernanda e ter essa bagagem de conhecimento e aprendizado t o pr xima de n s importante para que saibamos que podemos animar uma m e quando tivermos de dar a not cia de que seu beb tem SD ou animarmos uma fam lia com um paciente com SD e que est o desanimados quanto ao desenvolvimento da crian a ou quando n s mesmos estivermos desanimados e nos sentindo limitados e lembrarmos que por muito mais a Fernanda n o se deixou ser limitada 94 Encontro com pessoas surdas Em 2012 convidei a professora Luciane Rangel a primeira professora de Libras da UFF para participar de uma din mica semelhante a que o N cleo de Orienta o Sa de do Surdo do INES criou para a disciplina Sa de e Sociedade Ill restrita ao atendimento ao paciente surdo que s se comunica atrav s da l ngua de sinais Embora costume dificultar bastante
309. uma surpresa pois nunca tive contato com alunos de medicina Outro desafio foi a falta de um gloss rio ou dicion rio espec fico na rea m dica Tinha experi ncia de muitos anos no ensino 139 superior com alunos da gradua o mas foi uma experi ncia nova esse contato com alunos de medicina era minha primeira vez Os alunos nunca tiveram contato com surdos tendo experi ncia somente com professores ouvintes Comigo era muito diferente eu sou surda minha l ngua visual e tenho uma cultura diferente Visita ao Centro Integrado de Aten o ao Deficiente CIAD Mestre Candeia Instituto Oscar Clark O CIAD Mestre Candeia apresenta uma boa estrutura incluindo um apartamento usado para orientar atividades da vida di ria Como os campos do IBC e da AFR estavam indo bem deixamos de visitar esse instituto para evitar mais um deslocamento dos alunos do Rio de Janeiro at Niter i Os relat rios escritos m o foram devolvidos aos alunos Assim n o h registro escrito Grupo de TCSI B do 1 semestre de 2005 na entrada do IBDD no espa o para treinamento de Atividades da Vida Di ria junto com Rosana Alves 140 Associa o de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE Apesar de grupos de TCSI A e TCSI B terem conhecido a sede da APAE em Niter i a maior parte das visitas foi feita no N cleo Profissionalizante localizado no bairro de Cubango desde 2005 De meros observadores os alunos passaram a realizar ativ
310. undo os autores a algumas pessoas com defici ncia intelectual Outra observa o curiosa um dos atores consentiu muito rapidamente por ter gostado do estudante Por outro lado outro ator foi excessivamente cr tico com estudantes de diferente origem tnica Estes PP tamb m ajudaram estudantes do quarto ano a treinar procedimentos de screening de sa de antes de come arem a atender em servi os dirigidos a pessoas com defici ncia intelectual Os atores tamb m ainda participam em atividades de avalia o em exames inclusive os exames finais onde o componente defici ncia intelectual tem o mesmo peso que outros temas de especialidades m dicas Benef cios da participa o de pacientes padronizados com defici ncia Long Bellil et al 2011a Auxilia a transi o para o trabalho com pacientes reais porque oferece aos estudantes oportunidade para praticar suas habilidades e aumentar sua confian a principalmente quando se trata de pacientes com os quais se tenha de 57 levantar quest es delicadas Cen rios com PP criam oportunidade por exemplo dos estudantes realizarem uma anamnese com pacientes n o verbais oportunidade que pode n o surgir com frequ ncia num determinado servi o cl nico Os professores podem controlar o conte do e o n vel de complexidade dos problemas cl nicos apresentados aos estudantes A intera o com um PP com defici ncia que contribui para a consulta cl nica tamb m refor a o
311. urante o dia na associa o dentre os diversos setores existentes Um fato que achei muito interessante foi quando a funcion ria disse que s vezes um espec fico setor nem sempre auxilia no desenvolvimento do aluno Entretanto esse setor permanece sendo importante para o aluno visto que permite a socializa o dele com seus colegas de sala Al m disso achei muito curioso o fato de os alunos da APAE ao contr rio dos alunos de outras escolas odiarem as f rias Nesse contexto a funcion ria da APAE nos disse que tem casos em que a m e vai APAE com o filho a fim de que ele dissipe um pouco essa saudade Mas refletindo melhor sobre essa situa o pude perceber que na APAE aonde eles encontram uma atividade para se distrair um local para socializar e um ambiente para se desenvolver Pensei que tamb m na APAE n o h aquela superprote o dos pais de modo que nessa associa o a pessoa com defici ncia intelectual sinta se mais livre e mais capaz 144 Vale constar finalmente que o setor que mais gostei de ver foi o de Pedagogia A professora e a funcion ria da APAE nos contaram que o ensino para os alunos com defici ncia intelectual realizado de modo diferente quando relacionado ao nosso L eles estudam reas do conhecimento que s o necess rias para atividades rotineiras de uma pessoa como por exemplo o aprendizado com o controle do dinheiro Foi muito legal a pergunta formulada pela
312. us o Sensibiliza UFF NAIS UFF do qual fui coordenadora de junho de 2009 a maio de 2011 Concorremos e ganhamos recursos do Programa Incluir do MEC em 2007 2008 e 2010 O trabalho desse N cleo se desenvolveu atrav s de seis linhas de a o 1 Acessibilidade nos processos de sele o aos cursos de gradua o e p s gradua o 2 Censos 3 Acessibilidade para os estudantes durante sua vida universit ria 4 Aquisi o de tecnologia assistiva e aumentativa 5 Informa o e sensibiliza o 6 Acessibilidade arquitet nica e urban stica Conquistas do NAIS UFF no per odo em que participei at fevereiro de 2012 1 Acessibilidade nos processos de sele o aos cursos de gradua o e p s gradua o Locais de prova em local acess vel pr ximo da resid ncia do candidato Aux lio de ledores selecionados principalmente dentre professores e estudantes da universidade com boa pron ncia em uma l ngua estrangeira A oferta de ledores foi ampliada a 216 candidatos com dislexia Garantia do direito a mais uma hora de prova A Associa o de Pais e Amigos dos Deficientes da Audi o APADA Niter i indicou int rpretes para atuar junto a candidatos surdos que solicitaram esse apoio em Niter i e outras cidades do estado do Rio de Janeiro Os alunos cegos passaram a receber junto com o caderno de provas regletes e pun es para fazerem anota es e escrever a reda o Foram autorizados e disponi
313. ution of actors with intellectual disabilities to the training of medical students gt Acessado em mar o de 2012 Tracy J lacono T People with developmental disabilities teaching medical students does it make a difference J Intellect Dev Disabil 33 4 345 8 2008 Vieira VHR Paix o DMRI Silva ABRL Abrah o SC Fernandes BS Almeida MJ Aten o Integral Sa de da Pessoa com Defici ncia a teoria na pr tica In Congresso Brasileiro de Educa o M dica 46 2008 Salvador Anais Revista Brasileira de Educa o M dica Salvador ABEM 2008 p 65 Wainapel SF The Physically Disabled Physician Journal of the American Medical Association 257 21 2935 2938 1987 Wear D Insurgent multiculturalism rethinking how and why we teach culture in medical education Academic Medicine 78 6 549 554 2003 Wells TPE Byron MA McMullen SHP Birchall MA Disability Teaching for Medical Students disabled people contribute to curriculum development Medical Education 36 8 788 792 2002 Woodard LJ Havercamp SM Zwygart KK Perkins EA An Innovative Clerkship Module Focused on Patients With Disabilities Academic Medicine 87 4 537 542 2012 World Health Organization World Report on Disability 2011 273 Dispon vel em lt www who int gt Acesso em 13 ago 2012 World Health Organization Convention on the Rights of Persons with Disabilities 2006 Dispon vel em www who int disabilities medi
314. uto imenso e bem estruturado entramos novamente e nos despedimos do atencioso Thiago Segui ent o para o centro cir rgico Geralmente estudantes de medicina em in cio de curso t m uma atra o forte por centros cir rgicos e comigo n o diferente Estava muito ansiosa para assistir a cirurgia de catarata Troquei a roupa rapidamente e quando cheguei sala da cirurgia ela j estava quase no final Ou seja n o entendi quase nada do que estava acontecendo S vi os cirurgi es puxando algo parecido com uma lente e dando um ponto no final Confesso que o que eles disseram que era o final para mim n o era o final at porque o olho ainda estava todo aberto Tamb m me surpreendi com o fato de a paciente estar consciente durante toda a cirurgia que me pareceu muito torturante Eu s percebi que ela n o estava dormindo no final quando agradeceu a Deus assim que o m dico encerrou a cirurgia e disse ter feito tudo o que p de Espero entender melhor o que se passou naquela sala nos pr ximos anos Ao sair de l ainda tivemos tempo de conhecer um m dico volunt rio no Benjamin o Doutor Orlando Ele achou que f ssemos residentes e quando explicamos a respeito do TCS se interessou bastante Explicou nos que chamado para realizar cirurgias de risco na institui o e que na verdade trabalha no Hospital de Olhos de Niter i Fomos ent o convidados a conhecer esse hospital para que pud ssemos comparar o servi o privado com
315. v rias vezes na comunica o entre mim e as meninas na casa de Virg nia eu usei o termo est pra l apontando com dedo na dire o desejada no entanto como est vamos todas vendadas de nada adiantava essa minha forma de comunica o Assim 166 nesses pequenos erros que muitas vezes cometemos perante pessoas com defici ncia podemos estar atrapalhando muito o desempenho de atividades por elas realizadas No contato com Virginia pude perceber tamb m o quanto a arte importante para todos mas principalmente o quanto ela pode servir de apoio para pessoas com alguma defici ncia No caso da Virginia ela produz tapetes extremamente complexos de se fazer s o t o bonitos que j at foram transformados em cart es telef nicos al m de produzir diversos quadros e esculturas muito belas e interessantes Vale ressaltar ainda que todas essas atividades auxiliam na forma o de certa autoconfian a na pessoa que apresenta uma defici ncia posto que pessoas capazes de realizar essas atividades tendem a ser muito elogiadas e a conquistar a admira o e o respeito de v rias outras pessoas Dessa forma considero que a visita casa de Virginia foi muito v lida pra mim Ap s sua realiza o fiz muitas reflex es acerca principalmente da normalidade que pode haver na vida de uma pessoa com defici ncia visual O fato de ela morar sozinha em um apartamento sem grandes adapta es para um cego aparente
316. vembro de 2006 na Agenda Acad mico Cient fica da UFF Assistiu a mesa redonda Sensibiliza A Inclus o do Tema Defici ncia na Gradua o e P s gradua o Ao final veio falar comigo e se apresentou Thiago Lacerda N o tinha como eu n o pedir um aut grafo Esse Thiago que a partir desse dia passou a fazer parte do Grupo de Trabalho Sensibiliza e depois do N cleo de Acessibilidade e Inclus o Sensibiliza UFF Atrav s dele e da aluna de gradua o em Letras hoje tamb m doutoranda e professora do Instituto Benjamin Constant Rachel Maria Campos Menezes de Moraes o vestibular da UFF passou a ter uma acessibilidade pr xima do ideal Os candidatos passaram a ter seus direitos garantidos mais tempo de prova a realizar as provas em setor pr ximo de sua resid ncia antes os alunos cegos ou com baixa vis o tinham que se deslocar at o Instituto Benjamin Constant no bairro da Urca independente do local de moradia passaram ater ledores aptos candidatos passaram a receber regletes e pun es junto com o caderno de provas para escreverem a reda o e a usar sorob para as quest es de matem tica Thiago nos recebeu nas depend ncias do Instituto de F sica da UFF mas acabamos n o lembrando de tirar foto 99 Relat rio de campo Aluna Mayana Frott da Costa 2 semestre de 2012 O encontro com o Thiago assim como todos os encontros at agora foi muito construtivo Thiago um jovem de 27 anos que tem paralisia ce
317. xial hipotireoidismo doen a de Alzheimer hipotonia malforma es card acas e leucemia O livro de Otorrinolaringologia no entanto n o menciona crian as com SD mas apenas crian as com fenda palatina como mais predispostas otite serosa secretora uma das causas mais comuns de hipoacusia geralmente bilateral por m forma o do sistema de condu o do som A fonoaudi loga Cl udia Pietrobon divulgou na p gina hitp fono audiologia blogspot com br texto de Sara Rosenfeld Johnson publicado na Advance Magazine em 4 de agosto de 2007 em que apresenta a otite m dia como um dos mitos da motricidade orofacial na S ndrome de Down podendo ser evitada O diagn stico precoce de problemas apresentados por crian as com SD segue a mesma orienta o dirigida s crian as sem a s ndrome embora j exista protocolo de acompanhamento espec fico dessas crian as O Tratado de Pediatria sublinha que 225 a preven o das complica es conhecidas uma prioridade Quanto orienta o sobre como dar a not cia al m do que j foi apresentado em rela o a outros tipos de defici ncia o livro de Medicina Cl nica considera o recebimento da not cia antes do nascimento Sugere v rios encontros com os pais para discutir os tipos e altera es f sicas e emocionais que a crian a pode apresentar incluindo o fornecimento de informa es por escrito Fica claro como n o s o conhecimento sobre a doen a mas como o m dico v
318. zinha A pedido da profa Luiza Santos Moreira da Costa h anos venho recebendo em minha casa seus alunos do curso de medicina O objetivo dessas visitas mostrar bem de perto como vive uma pessoa com limita o Cada encontro traz surpresas e at mesmo espanto pois a grande maioria dos jovens desconhece tudo em rela o realidade de uma pessoa com defici ncia E o que pior traz enraizados preconceitos herdados de pocas muito distantes A descontra o e o ambiente ntimo propiciam uma troca interessante de experi ncias muito ricas perguntas inusitadas e esclarecimento sobre a maneira correta de relacionamento Tento ensinar como ver uma pessoa cega e acabo aprendendo mais um pouco sobre como ela vista Mas ao fim de cada encontro uma alegria perceber que alguns mitos foram destru dos que uma semente foi plantada para que um dia aquele futuro m dico olhe seu paciente como uma pessoa integral dona de sua vontade senhora de sua vida Inclus o n o se faz de um dia para o outro O caminho longo e dif cil A escola ou ao menos deveria ser o elemento facilitador desse caminho Mas n o custa sonhar pois como dizia Oscar Niemeyer Agente tem de sonhar sen o as coisas n o acontecem 168 Encontro com Thiago Correa Lacerda doutor em F sica Grupo de alunos do 1 semestre de 2014 em shopping de Niter i com Thiago Correa Lacerda Aluna Sara Caroline de Carvalho Macedo 1 seme

acessar - Universidade Federal Fluminense

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents