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RELATÓRIO DE ESTÁGIO E MONOGRAFIA Carina Sofia Medeiros

1. 92 ndice de tabelas Tabela 1 Classifica o da qualidade da expetora o Murray e Washington 42 Tabela 2 Principais par metros analisados e respetivo m todo cooconoccnocccnonononncannnnnnnons 50 Tabela 3 Interpreta o de altera es nos eritr citos nono ncnnancnnnnons 56 Tabela 4 Aglutina o dos anticorpos consoante o grupo sangu neo 62 Tabela 5 Valores de INR e respetiva interpreta o coocoocccooncccnoncnononcnononcnonanccnnnnanonnnoss 64 Tabela 6 Par metros analisados no Urisys 24000 e respetivo princ pio do teste 89 10 Resumo O presente trabalho parte integrante do plano de estudos do Mestrado em An lises Cl nicas da Faculdade de Farm cia da Universidade de Lisboa e inclui o relat rio de est gio das val ncias de Microbiologia Hematologia e Bioqu mica realizado no laborat rio Dr Aires Raposo amp Doutora Teresinha Raposo Lda no per odo de 5 de fevereiro a 31 de julho de 2014 Este relat rio teve como objetivo fazer uma apresenta o do local onde decorreu o est gio e descrever a atividade desenvolvida destacando os par metros anal ticos efetuados os equipamentos utilizados o fundamento dos m todos as t cnicas manuais o controlo de qualidade e os aspetos mais relevantes no que diz respeito experi ncia desenvolvida e ao enquadramento dos conhecimentos adquiridos no contexto geral do Laborat r
2. UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE FARM CIA LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA RELAT RIO DE EST GIO E MONOGRAFIA Carina Sofia Medeiros Pav o MESTRADO EM AN LISES CL NICAS Lisboa 2015 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE FARM CIA LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA RELAT RIO DE EST GIO Laborat rio de An lises Cl nicas Dr Jos Aires Raposo amp Dr Teresinha Raposo Lda Orienta o Dr Jos Aires Raposo Carina Sofia Medeiros Pav o MESTRADO EM AN LISES CL NICAS Lisboa 2015 Agradecimentos E com satisfag o que expresso o meu agradecimento a todos os que contribu ram para que chegasse at aqui Aos meus pais Cid lia e Albano pois sem eles nada disto seria poss vel Obrigada por tudo pelos valores transmitidos desde sempre pelo amor e apoio incondicional em todos os sentidos A minha irm Paula a quem devo muita da minha aprendizagem ao longo destes 25 anos A minha fam lia namorado e amigos por me acompanharem aconselharem e incentivarem durante este percurso Aos colegas de mestrado pelos momentos que passamos juntos pela amizade troca de experi ncias e sabedoria Aos professores do Mestrado em An lises cl nicas pela aprendizagem que proporcionaram em especial Dr Cristina Marques pela orienta o na monografia Aos funcion rios do laborat rio onde estagiei em especial ao Dr Jos Aires Raposo e Dr M nica Azevedo pela oportunida
3. o com a pesquisa de catalase e o kit SLIDEX Strepto Plus Na gelose CAN2 verifica se a presen a de col nias azul p lido a azul escuro que s o caracter sticas de Candida albicans Col nias brancas s o reportadas como Candida Spp Na pesquisa orientada de Streptococcus agalactiae nas gr vidas se houver viragem do meio colora o alaranjada o resultado dado como positivo 37 3 4 2 Exsudado uretral 3 4 2 1 Colheita A colheita ideal deve ser feita antes da primeira mic o ou uma hora ap s mic o O utente n o dever ter efetuado qualquer tratamento local nos tr s dias que antecederam a colheita e no pr prio dia n o dever ter efetuado a sua higiene intima O procedimento consiste em gt Limpar cuidadosamente a mucosa circundante com gaze esterilizada gt Introduzir uma zaragatoa com um movimento de rota o cerca de 2 cm dentro da uretra destinada a exame cultural gt Repetir o procedimento com uma segunda zaragatoa destinada a exame direto 3 4 2 2 Procedimento laboratorial Exame direto A amostra dever ficar a 37 C durante 30 minutos ap s a colheita ent o efetuado o exame a fresco para pesquisa de Trichomonas vaginalis e elementos leveduriformes contagem de c lulas epiteliais leuc citos e eritr citos Exame ap s colora o Colora o de Gram Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o a Gelose Chocolate Polyvitex PVX Gelose Columbia 5 de s
4. 4 7 1 1 Fundamento do m todo Na presen a de i es c lcio a tromboplastina tecidular ativa a via extr nseca da coagula o Assim a adi o amostra de um excesso de tromboplastina e i es c lcio vai desencadear a forma o de um co gulo de fibrina Um plasma com defici ncia de um fator de coagula o da via tecidular levar mais tempo que um plasma normal para formar um co gulo O intervalo de coagula o est tamb m aumentado em plasmas cujos fatores dependentes de vitamina K funcional se encontrem diminu dos por administra o de anticoagulantes orais 4 7 1 2 Procedimento Consiste em colocar 100 ul de amostra no po o e incubar 2 minutos a 37 C Adicionar depois 200 ul de tromboplastina e medir o tempo de coagula o 4 7 1 3 Interpreta o dos resultados O resultado expresso em R cio Tempo do doente tempo normal Taxa de protrombina de atividade e INR O INR International Normalized Ratio foi criado de forma a uniformizar os resultados n o havendo influ ncia do reagente ou da t cnica a raz o entre o TP do doente em segundos e o tempo padr o Os valores interpretativos do INR s o descritos na tabela 5 Tabela 5 Valores de INR e respetiva interpreta o INR 1 0 Indiv duos saud veis sem tratamento anticoagulante 2 lt INR lt 3 5 Desej vel sob terap utica anticoagulante INR gt 0u 5 Risco de ocorr ncia de hemorragias INR lt ou 1 5 Menor efic cia da
5. Fonte https pt scribd com doc 223935543 Hemograma Como Fazer e Interpretar gt Dispers o eritrocit ria O ndice de anisocitose denominado RDW largura de distribui o dos GV calculado pelo equipamento a partir do histograma dos gl bulos vermelhos equivalente a um coeficiente de varia o em percentagem obtido a 50 da altura do pico usando a largura de distribui o dos gl bulos vermelhos 51 RDW 100 X SD do histograma dos GV VGM O RDW tem aplica o na classifica o de anemias sendo em geral alto gt 15 em anemias carenciais ferro vitamina B12 e cido f lico gt Hemat crito O Hemat crito o volume ocupado pelos gl bulos vermelhos num dado volume de sangue expresso sob a seguinte f rmula Ht L L GVxVGM 10 gt Hemoglobina globular m dia A HGM avalia a quantidade de hemoglobina presente no gl bulo vermelho expresso em picogramas que se obt m pela seguinte f rmula HGM Hb GV x10 gt Concentra o de hemoglobina globular m dia O CHGM estima a concentra o m dia de Hb presente nos GV expresso em percentagem calculado pela seguinte express o CHGM Hb Ht x100 CHGM traduz conceitos de normocromia e hipocromia referindo se ao conte do dos eritr citos em hemoglobina A CHGM s raramente est aumentada por exemplo em situa es em que h um certo grau de desidrata o do eritr cito como na esferocitose heredit ria 4 2 3 Leucog
6. esteatorreia insufici ncia renal pancreatite sintese deficiente de vitamina D 5 2 13 1 Princ pio do teste Os i es de c lcio reagem com 5 nitro 5 metil BAPTA NM BAPTA em condi es alcalinas e formam um complexo Este complexo reage na segunda etapa com EDTA A altera o da absorv ncia diretamente proporcional concentra o de c lcio e medida fotometricamente 5 2 14 F sforo O f sforo est presente maioritariamente no tecido sseo 80 85 sob a forma de hidroxiapatite As restantes fra es distribuem se nas membranas celulares sob a forma de fosfol pidos nos cidos nucleicos e tamb m sob a forma de adenosina trifosfato ATP que est envolvida na transfer ncia de energia No plasma est presente como fosfato de c lcio portanto o n vel de f sforo plasm tico est intimamente relacionado com os n veis de c lcio apresentando uma rela o de reciprocidade Um aumento num dos componentes geralmente acompanhado por decr scimo do outro A determina o do f sforo no soro e urina est associada dete o de desordens renais sseas e das gl ndulas paratir ides Um aumento do f sforo s rico pode ocorrer na hipervitaminose 78 D hipoparatiroidismo e insufici ncia renal N veis reduzidos s o observados em casos de raquitismo defici ncia em vitamina D hiperparatiroidismo e s ndrome de Fanconi N o se devem realizar determina es de f sforo passadas 24h da colheita
7. o O r cio A G normalmente utilizado como ndice de distribui o das fra es de albumina e de globulinas Podem observar se altera es marcadas deste r cio no caso de cirrose hep tica glomerulonefrite s ndrome nefr tico hepatite aguda l pus eritematoso e ainda em determinadas inflama es agudas e cr nicas 5 2 6 1 Princ pio do teste A determina o das prote nas totais feita por ensaio colorim trico Em solu o alcalina o cobre bivalente reage com as liga es do p ptido proteico e forma o complexo de biureto com o caracter stico tom p rpura O t rtaro s dico pot ssico impede a precipita o do hidr xido de s dio e o iodeto de s dio impede a auto redu o 72 do cobre A intensidade crom tica diretamente proporcional concentrac o de prote nas determinada fotometricamente 5 2 7 Albumina 2 A albumina uma prote na n o glicosilada sintetizada nas c lulas do par nquima hep tico Quantitativamente o componente proteico mais importante gt 50 do plasma LCR e da urina Esta prote na desempenha duas fun es principais no plasma manuten o da press o onc tica e transporte E a prote na mais importante no transporte de subst ncias que apresentam baixa hidrossolubilidade cidos gordos livres bilirrubina i es met licos hormonas e produtos farmac uticos 2 A diminui o dos n veis de albumina no soro causada pela h per hidrata o i
8. o colesterol oxidado pela colesterol oxidase a A colestenona e per xido de hidrog nio Na presen a da peroxidase o per xido de hidrog nio gerado reage com a 4 aminoantipirina e a HSDA S dioN 2 hidroxi 3 sulfopropil 3 5 dimetoxianilina para formar um corante p rpura azulado A intensidade da cor do complexo p rpura formado directamente proporcional concentra o de colesterol e medida fotometricamente 70 5 2 4 Colesterol LDL As lipoprote nas de baixa densidade s o os principais transportadores de steres de colesterol do f gado para os tecidos perif ricos T m um papel determinante na forma o da aterosclerose com especial destaque para a esclerose coron ria As LDL derivam das lipoprote nas de muito baixa densidade VLDL e s o sintetizadas no f gado A elimina o do colesterol LDL do plasma ocorre atrav s das c lulas do par nquima hep tico por meio de receptores espec ficos para LDL As concentra es elevadas de LDL no sangue e o tempo de perman ncia associada a um aumento da taxa de modifica o biol gica resultam na destrui o da fun o endotelial dos vasos sangu neos e numa capta o superior do colesterol LDL pelo sistema mon citos macr fagos e pelas c lulas do m sculo liso nas paredes dos vasos Assim sendo a maioria do colesterol armazenado nas placas ateroscler ticas deriva das LDL Entre todos os par metros isolados o colesterol LDL tem um valor preditivo cl nico
9. 3 10 Exsudados purulentos No laborat rio por vezes requisitada a an lise de pus proveniente de feridas superficiais ou de queimaduras infectadas Os microrganismos mais comuns neste tipo de infe o s o o Staphylococcus aureus Streptococcus pyogenes Enterococcus spp Enterobacteriaceae Escherichia coli Klebsiella spp Pseudomonas aeruginosa Aeromonas spp e microrganismos anaer bios 3 10 1 Amostra 3 10 1 1 Colheita Com uma zaragatoa esterilizada esfregar toda a base da les o 3 10 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto Colora o Gram Exame cultural Utiliza se a Gelose Columbia 5 de sangue de carneiro COS e gelose de chocolate PVX ambas incubadas a 37 C em atmosfera enriquecida em CO durante 24 horas O Caldo Cora o c rebro BHI para enriquecimento incubado a 37 C em aerobiose durante 24 horas e depois repicado para PVX e COS Ap s incuba o observar o crescimento bacteriano e completar a identifica o do ou dos microrganismos isolados com testes complementares No caso de uma cultura positiva a escolha do antibiograma a realizar feita em fun o do microrganismo isolado 47 4 Val ncia de Hematologia 4 1 Introduc o A Hematologia de rotina uma das reas mais requisitadas pelos cl nicos Dentro de um laborat rio esta inclui algumas das an lises mais pedidas hemograma contagem de plaquetas e velocidade de sedimenta o Os resultados obtido
10. A velocidade de hemo sedimenta o VS um exame de rotina pouco espec fico mas econ mico e de f cil execu o que tanto reflete o estado geral de sa de como avalia um poss vel processo inflamat rio e ou infecioso ou serve de bom progn stico terap utica Mant m se assim um exame de utilidade indiscut vel e dos mais requisitados na rotina laboratorial A VS exibe altera es fisiol gicas relacionadas com a idade sexo per odo menstrual gravidez O aumento patol gico est associado a situa es de infe o inflama o anemia leucemias entre outros A diminui o patol gica poder estar associada a situa es de poliglobulia altera es da forma dos eritr citos entre outros 58 4 4 1 Alifax Test 1 BCL A VS consiste em avaliar a sedimentac o dos eritr citos que se encontram em Z suspens o no plasma Neste laborat rio usado um m todo automatizado para a medi o da VS o Alifax Test 1 BCL Figura 10 Figura 10 Alifax Test 1 BCL Trata se um analisador autom tico fechado que determina o valor de VS no tubo prim rio de EDTA tripot ssico por fotometria capilar de fluxo O sangue centrifugado num capilar e a leitura feita por fotometria de infravermelhos a um comprimento de onda de 950 nm Os impulsos el tricos captados por um detetor de fotod odos est o diretamente relacionados com a concentra o de eritr citos no capilar O n mero de impulsos medidos por metade do
11. EDTA Depois de analisadas s o armazenadas a 4 C O hemograma efetuado at 2 horas ap s a colheita para que n o ocorram altera es a n vel da contagem e morfologia celular Os testes de coagula o devem ser realizados em 2 horas quando o plasma mantido temperatura ambiente e em 4 horas se conservado a 4 C Quando uma an lise n o realizada no pr prio dia os soros s o congelados na seroteca As amostras para an lise microbiol gica s o encaminhadas para este setor e dependendo do tipo de produto biol gico o processamento efetuado no momento ou a amostra refrigerada a 4 C at hora da manipula o 17 3 Val ncia de Microbiologia 3 1 Introduc o O fluxo de trabalho no setor da Microbiologia no laborat rio Dr Aires Raposo amp Dr Teresinha Raposo Lda abrange as reas da bacteriologia micologia e parasitologia incidindo principalmente na an lise de urinas coproculturas e an lise de exsudados maioritariamente vaginais As colheitas do material biol gico para an lise microbiol gica s o efetuadas no laborat rio e respetivos postos de colheitas exce o das fezes expetora o das urinas que tamb m s o colhidas nos domic lios doentes com pouca mobilidade e de algumas amostras vindas da Unidade de Sa de da ilha de Santa Maria Todas as amostras s o processadas numa sala isolada para o efeito onde se situam os aparelhos autom ticos da microbiologia zona de co
12. Os meios de cultura utilizados s o gelose de sangue COS gelose de chocolate PVX e caldo de enriquecimento BHD A gelose de sangue e de chocolate s o ambas incubadas durante 24 horas a 37 C em atmosfera rica em CO2 e o caldo de enriquecimento durante o mesmo per odo a 37 C Ap s as 24 horas o produto do caldo BHI semeado em gelose de sangue e de chocolate mediante as mesmas condi es Interpreta o de resultados Verificar o crescimento microbiano na gelose de chocolate Caso se verifique o crescimento de col nias que n o se encontrem na gelose de sangue suspeitar de Haemophilus influenzae Isolar a col nia e proceder identifica o e antibiograma 45 Na gelose de sangue anotar a eventual presen a de hem lises caracter sticas como a hem lise poss vel Streptococcus pneumoniae e P hem lise poss vel Streptococcus pyogenes A identifica o do microrganismo isolado atrav s de testes complementares deve ser seguida de antibiograma no Vitek 3 9 Ouvido A infe o auricular ocorre ao n vel do ouvido externo ou do ouvido m dio As infe es do ouvido m dio s o normalmente causadas por Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis e o diagn stico feito a partir de timpanocentese que consiste na aspira o de l quidos dou ouvido m dio Este procedimento n o realizado neste laborat rio Fazem se normalmente diagn sticos de infe o do ouvido externo que
13. alcalina em todas as formas de colestase em particular na icter cia obstrutiva e doen as que se caracterizam pela forma o aumentada de tecido sseo ou altera o ssea doen a de Paget hiperparatiroidismo raquitismo osteomalacia fraturas e tumores malignos 5 2 22 1 Princ pio do teste A sua determina o feita por ensaio colorim trico Em presen a de i es magn sio e zinco o p nitrofenil fosfato clivado por fosfatases formando fosfato e p nitrofenol O 83 p nitrofenol libertado diretamente proporcional atividade catal tica da ALP determinada medindo o aumento da absorv ncia 5 2 23 Lactato desidrogenase A enzima lactato desidrogenase catalisa a oxida o revers vel do lactato em piruvato e encontra se amplamente distribu da a n vel dos tecidos sendo mais abundante no mioc rdio rins f gado e musculo Os n veis elevados de LDH observam se em doentes com anemia megalobl stica enfarte do mioc rdio carcinoma disseminado leucemia e traumatismos N veis ligeiramente aumentados encontram se em casos de anemias hemol ticas distrofia muscular enfarte pulmonar hepatite sindorma nefr tico e cirrose 5 2 23 1 Princ pio do teste A LDH catalisa a rea o entre piruvato e NADH formando L lactato e NAD A taxa inicial de oxida o de NADH diretamente proporcional atividade catal tica da LDH E determinada medindo a diminui o da absorv ncia 5 2 24 Creatina
14. ao seu metabolismo Estes dist rbios na produ o de insulina podem conduzir a estados de hiperglic mia ou de hipoglic mia A causa mais frequente de hiperglic mia a Diabetes Mellitus originada por um d fice da secre o ou da a o da insulina Outros fatores secund rios contribuem tamb m para a exist ncia de n veis altos de glicose como a pancreatite disfun o da tir ide a insufici ncia renal e hepatopatias A hipoglic mia observada com menos frequ ncia mas s o v rias as patologias que podem originar uma diminui o dos n veis de glicose no sangue o insulinoma o hipopituitarismo e a hipoglic mia induzida por insulina Para al m do soro a glicose poder ser determinada na urina glicos ria procedimento utilizado para o despiste e ou monitoriza o da Diabetes Mellitus e para detetar defeitos tubulares renais 5 2 1 1 Princ pio do teste Para a determina o da glucose utiliza se o m todo enzim tico de refer ncia com hexoquinase A hexoquinase catalisa a fosforila o da glucose em glucose 6 fosfato por ATP A glucose 6 fosfato desidrogenase oxida a glucose 6 fosfato na presen a de NADP em gluconato 6 fosfato Nenhum outro hidrato de carbono oxidado A taxa de forma o de NADPH diretamente proporcional concentra o de glucose sendo determinada fotometricamente 5 2 1 2 Diagn stico da Diabetes Considera se atualmente como um dos crit rios de diagn stico da diabetes a obt
15. cinase A creatina cinase um d mero composto por subunidades derivadas do m sculo M ou do c rebro B Foram identificadas 3 isoenzimas MM MB e BB A CK s rica normal predominantemente a isoenzima CK MM Encontram se n veis s ricos de CK em doen as m sculo esquel ticas particularmente na distrofia muscular A fra o CK MB encontra se principalmente no tecido do mioc rdio e geralmente detetada durante o per odo de 48 horas que se segue ao aparecimento de um enfarte do mioc rdio A utiliza o de CK total e da CK MB no diagn stico de enfarte do mioc rdio a aplica o mais importante desta enzima O seu aumento tamb m est relacionado com a isquemia cerebral doen a vascular cerebral aguda e traumatismo craniano 5 2 24 1 Princ pio do teste Para a determina o da CK utiliza se um teste UV que consiste na dete o de varia es de absorv ncia na zona dos ultra violetas A rea o inicia se com a convers o do fosfato 84 de creatina pela CK e culmina com a determina o de NADPH A taxa de forma o de NADPH diretamente proporcional atividade catal tica da CK e determinada medindo o aumento da absorv ncia 5 2 25 Am lase As a amilases catalizam a degrada o hidrol tica dos hidratos de carbono polim ricos como a amilose a amilopectina e o glicog nio Existem 2 tipos de a amilases a do tipo pancre tico P e a do tipo salivar S Enquanto o tipo P pode ser atribu
16. de KOH a 10 gt Inserir a 3 zaragatoa no caso de haver pesquisa de Streptococcus agalactiae em utentes gr vidas entre as 35 e 37 semanas de gesta o A l mina para o exame corado feita logo ap s a colheita seguida do teste de KOH a 10 para avalia o do cheiro O produto biol gico deve ser conservado a 37 C durante 30 minutos at ao processamento laboratorial 3 4 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto O exame macrosc pico poder orientar no diagn stico P s amarelo suspeita de N gonorrhoeae Corrimento amarelo verde l quido suspeita de Trichomonas vaginalis P s espesso branco suspeita de fungos Corrimento espesso amarelo e inodoro suspeita de Enterobact rias A amostra dever ficar na estufa a 37 C durante 30 minutos ap s a colheita E ent o efetuado o exame a fresco para pesquisa de Trichomonas vaginalis e elementos leveduriformes contagem de c lulas epiteliais leuc citos e eritr citos E ainda feita a observa o e semi quantifica o de Bacilos de Doderlein Lactobacillus spp A colora o de Gram utilizada para semi quantificar Bacilos de Doderlein pesquisar outras bact rias e clue cells c lulas epiteliais recobertas de bact rias com Gram vari vel que poder o ser sugestivas de vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis 36 Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o a Gelose Chocolate Polyvitex PVX Gelose Columbia 5 de sangue de
17. de um servi o de recolha tanto no pr prio laborat rio como em postos de colheitas e ao domic lio e elabora par metros de urg ncia e de qualidade Apresenta instala es amplas e funcionais bem iluminadas e climatizadas de forma a garantir a satisfa o de utentes e funcion rios Encontra se na sua maioria automatizado com tecnologia avan ada e totalmente informatizado O laborat rio encontra se certificado pela Norma NP EN ISO 9001 2008 A Pol tica de qualidade envolve o desenvolvimento e aperfei oamento cont nuo das t cnicas e equipamentos bem como a forma o cont nua dos seus colaboradores por forma a garantir a satisfa o das expetativas e exig ncias dos utentes 12 2 Fase pr anal tica A fase pr anal tica inclui o atendimento ao utente a colheita e identifica o da amostra o transporte conserva o e triagem E a fase mais sujeita a erros sendo por isso importante que os procedimentos envolvidos estejam dotados de rigor para que o resultado final seja clinicamente v lido Durante o est gio tive a oportunidade de elaborar em conjunto com o Dr Gon alo Raposo uma pequena apresenta o em formato PowerPoint sobre a fase pr anal tica a qual apresentamos aos funcion rios do laborat rio como parte do programa de forma o interno 2 1 Atendimento ao utente A primeira etapa da fase pr anal tica no laborat rio o atendimento ao utente Na rece o deste laborat rio encon
18. drogas de abuso Neste laborat rio utilizam se testes r pidos para detetar a presenca de drogas de abuso canabin ides opi ceos coca na e MDMA na urina Os testes baseiam se num imunoensaio cromatogr fico baseado no princ pio de v nculos competitivos Durante o teste a amostra de urina colocada no po o correspondente migra por a o capilar Se a droga n o estiver presente na amostra n o ocorrer a satura o das pontes do anticorpo As part culas revestidas de anticorpo ser o capturadas por conjugado da droga imobilizado e uma linha colorida vis vel aparecer na regi o da linha teste Se a droga estiver presente na amostra n o se formar uma linha vis vel pois ocorrer uma satura o de todas as pontes de anticorpo anti droga Nestes casos o laborat rio congela e guarda a amostra durante 3 meses O teste inv lido se n o surgir a linha de controlo Para a pesquisa de drogas de abuso a amostra obrigatoriamente colhida no laborat rio sempre na presen a de um t cnico Tanto o utente como o t cnico respons vel assinam um documento modelo cadeia de cust dia 5 5 Pesquisa de sangue oculto nas fezes Esta an lise bastante requisitada no laborat rio Normalmente surge o pedido em utentes acima dos 40 anos na suspeita de cancro colo retal CCR O CCR uma das causas de morte mais frequentes por cancro Uma dete o precoce do cancro baseia se na observa o de que o tratamento mais efic
19. l quida Os meios s lidos permitem a observa o de col nias de bact rias ou leveduras que se desenvolvem superf cie da gelose com diferentes aspetos cores e texturas que auxiliam na sua identifica o Os meios de cultura semi s lidos s o usados em estudos de mobilidade bacteriana e para o crescimento de microrganismos anaer bios Os meios de cultura l quidos s o usados para o enriquecimento de produtos biol gicos Neste laborat rio s o utilizados meios de cultura s lidos e l quidos da BioM rieuxQ que s o descritos em seguida gt Gelose CLED O meio de cultura CLED Cystine Lactose Electrolyte Deficient n o seletivo utilizado para o isolamento de microrganismos urin rios Tamb m permite diferenciar os microrganismos que fermentam a lactose dos n o fermentativos As bact rias lactose positivas originam col nias amarelas p lidas e amarelas por acidifica o do meio As lactose negativas originam col nias verdes azuis ou incolores A composi o do meio permite limitar a invas o da gelose por Proteus gt ChromID CPS Agar Este um meio de isolamento e de identificag o que se destina s amostras urin rias Permite efetuar a contagem microbiana da amostra e identifica o da esp cie ou dos g neros bacterianos A cor revelada pelas col nias permite a identifica o das seguintes bact rias Escherichia coli apresenta colora o espont nea rosa a bordeaux Enterococcus apr
20. meios de cultura ao produto biol gico a analisar bem como aos microrganismos patog nicos que possam estar presentes neste mesmo produto biol gico Conhecer a temperatura e atmosfera de incuba o timas para o crescimento dos microrganismos de interesse Selecionar as col nias que requerem re isolamento identifica o e ou antibiograma Os meios de cultura s o escolhidos conforme o protocolo estabelecido pelo laborat rio e podem ser gt N o seletivos sem inibidores de crescimento e com nutrientes permitem o crescimento de qualquer microrganismo encontrado em produtos biol gicos gt Seletivos com antibi ticos antif ngicos ou subst ncias qu micas permitem o crescimento de alguns microrganismos em detrimento de outros cujo crescimento inibido gt Diferenciais com subst ncias qu micas ou corantes que permitem distinguir grupos de microrganismos presentes no mesmo in culo gt De enriquecimento com nutrientes permitem a multiplica o de microrganismos de interesse que se encontram no produto biol gico em baixo in culo gt De transporte mant m a viabilidade dos microrganismos mas inibindo a sua multiplica o gt De identifica o evidenciam caracter sticas bioqu micas de determinadas esp cies permitindo o seu reconhecimento e identifica o gt De conserva o mant m os microrganismos num estado de vida latente 21 Os meios de cultura s o de natureza s lida semi s lida e
21. o de altera es nos eritr citos Altera o Carater sticas Principais causas Tamanho Microcitose Diminui o do tamanho Anemias por defici ncia de ferro e talassemias Macrocitose Aumento do tamanho Anemias megalobl sticas por defeito de vitamina B12 e ou cido f lico Forma Esfer citos Em forma de esfera Esferocitose heredit ria e anemias hemol ticas auto imunes Elipt citos Eritr citos alargados Eliptocitose cong nita Dacri citos Forma de l grima Anemia megalobl stica talassemia minor e mielofibrose Equin citos Cobertos de pequenas Hepatopatias s ndrome hemol tica esp culas ur mica e d fice de piruvatocinase Acant citos Cobertos de esp culas de Abetalipoproteinemia diferentes comprimentos hepatopatias e ap s esplenectomia Querat citos Eritr citos com pares de Anemia hemol tica Esp culas geralmente duas 56 microangiop tica e coagula o intravascular disseminada Esquiz citos Fragmentos de eritr citos Anemias hemol ticas microangiop tica e mec nica Em alvo Colora o aumentada no meio Icter cia obstrutiva talassemias da rea de palidez central doen a hep tica e hemoglobinopatias Estomat citos Apresentam uma fenda Hepatopatia alco lica Inclus es Pontuado bas filo Corpos de Howell Jolly Corp sculos de Pequenas estruturas azuis escuras por toda a rea hemoglobinizada do eritr cito Uma pequena inclus o azul escura de DNA por eri
22. profilaxia risco aumentado de tromboembolismo 4 7 2 Tempo de tromboplastina parcial activada TTPA O TTPA o teste mais utilizado para a explora o dos fatores plasm ticos da via intr nseca da coagula o Explora todos os fatores da via intr nseca pr calicre na o cininog nio de alto peso molecular e os fatores XII XI IX e VII e o tronco comum da coagula o factores X V Il e 1 Utiliza se na dete o de defici ncias cong nitas e adquiridas destes fatores e na monitoriza o terap utica da heparina 64 Este teste recomendado para a monitorizac o da terap utica com heparina mas n o recomendado para a monitoriza o da terap utica com anticoagulantes orais nem sens vel disfun o plaquet ria 4 7 2 1 Fundamento do m todo O reagente fosfolip dico misturado com o plasma para produzir uma activa o uniforme e optimizada da amostra Ap s incuba o a 37 C durante um determinado per odo de tempo a rea o iniciada pela adi o de i es c lcio sendo registado o tempo em segundos necess rio forma o do co gulo de fibrina Um plasma com defici ncia num fator de coagula o da via intr nseca levar mais tempo a formar um co gulo que um plasma normal 4 7 2 2 Procedimento Consiste em colocar 100 ul de amostra no po o e adicionar 100 ul de reagente fosfolip dico incubando 5 minutos a 37 C Adicionar depois 100 ul de cloreto de c lcio pr aqu
23. rea o revela a presen a de nitritos e indiretamente de bact rias Nitritos produtoras de nitritos na urina atrav s de uma colora o rosa vermelha da zona de teste Uma ligeira colora o rosa j indica bacteri ria significativa i O teste baseia se no princ pio do erro proteico de um indicador Prote nas es E qi l de pH A rea o particularmente sens vel albumina A determina o da glucose baseada na rea o espec fica da Glucose l i glucoseoxidase peroxidase m todo GOD POD Corpos iy NA O teste baseia se no princ pio da prova Legal cet nicos Um sal de diaz nio est vel reage quase instantaneamente com Urobilinog nio o urobilinog nio originando um corante az ico vermelho O teste baseia se na liga o da bilirrubina a um sal de Bilirrubina diaz nio Uma colora o ligeiramente cor de rosa j institui um resultado positivo A a o semelhante peroxidase da hemoglobina e da Sangue l a koa mioglobina catalisa especificamente a oxida o do indicador atrav s 89 do peroxido de hidrog nio org nico contido na zona do teste originando uma colorag o azul esverdeada Ap s a passagem pelo sistema autom tico todas as urinas s o centrifugadas a 1500 rpm durante 5 min Este procedimento permite concentrar as part culas s lidas no fundo do tubo para que possam ser observadas ao microsc pio No exame microsc pico valoriza se a presen a de elementos c
24. s o tipicamente causadas por Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococcus aureus 3 9 1 Exsudado auricular 3 9 1 1 Colheita Faz se a inser o da zaragatoa no ouvido externo e com um movimento suave de rota o colhe se o produto O procedimento repetido com outra zaragatoa 3 9 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto Colora o de Gram Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o gelose de sangue COS gelose de chocolate PVX e caldo de enriquecimento BHI A gelose de sangue e de chocolate s o ambas incubadas durante 24 horas a 37 C em atmosfera rica em CO2 e o caldo de enriquecimento durante o mesmo per odo a 37 C Ap s as 24 horas o produto do caldo BHI semeado em gelose de sangue e de chocolate incubados mediante as condi es destinadas a estes meios Interpreta o de resultados 46 Verificar o crescimento microbiano na gelose de chocolate Caso se verifique o crescimento de col nias que n o se encontrem na gelose de sangue com aspeto transparente suspeitar de Haemophilus influenzae ou Moraxella catarrhalis Isolar a col nia e proceder identifica o e antibiograma Na gelose de sangue anotar a eventual presen a de hem lises caracter sticas como a hem lise poss vel Streptococcus pneumoniae e P hem lise poss vel Streptococcus pyogenes A identifica o do microrganismo isolado atrav s de testes complementares deve ser seguida de antibiograma no Vitek
25. uso de capilares com di metros internos extremamente pequenos na faixa de 15 100 um permite uma melhor dissipa o do calor possibilitando uma alta efici ncia de separa o com tempo reduzido de an lise A eletroforese capilar permite separar as prote nas s ricas totais em 5 fra es distintas Albumina Alfa 1 Alfa 2 Beta 87 z e Gamaglobulinas A banda da albumina relativamente homog nea no entanto as restantes s o compostas por uma mistura de diferentes prote nas A determina o dos resultados obtidos requer o conhecimento das varia es fisiopatol gicas destas prote nas e tem de ser complementada com a determina o da concentra o de prote nas totais do soro efetuada no Cobas 6000 5 4 An lise bioqu mica da urina 5 4 1 Urina tipo II A colheita de urina tipo II efetuada pelo pr prio utente e corresponde 1 emiss o da manh por ser a amostra mais concentrada assegurando a dete o de subst ncias qu micas ou de elemento figurados que podem n o estar presentes numa amostra colhida aleatoriamente Deve ser recolhida em frasco fornecido pelo laborat rio ou adquirido numa farm cia e guardada no frigor fico at sua entrega no laborat rio no m ximo 2 horas ap s a recolha A an lise segue 3 passos b sicos avalia o visual da cor e aspeto da amostra de urina a dete o de subst ncias de interesse usando o aparelho Urisys 24008 da Roche e o exame microsc pico do sedim
26. v lidas v rias amostras nomeadamente jato m dio pun o de cateter urin rio alg lia saco coletor crian as sem controlo dos esf ncteres pun o supra p bica drenagem de nefrostomia e pun o renal Deve ser colhida a primeira urina da manh As urinas s o refrigeradas a 4 C e processadas at 24 horas ap s a colheita Chegam ao laborat rio para an lise urinas colhidas por jato m dio saco coletor e pun o de cateter urin rio Na colheita por jato m dio o utente alertado previamente para o seguinte procedimento gt Lavar as m os com gua e sab o gt Usando uma compressa esterilizada embebida em gua e sab o neutro disponibilizada pelo laborat rio lavar na mulher a vulva sempre da frente para tr s e no homem puxar o prep cio e lavar a glande gt Remover o sab o com uma compressa esterilizada embebida em gua e em seguida secar com compressa esterilizada gt Com as m os afastar os grandes l bios ou prep cio mantendo os nessa posi o durante o processo e com a outra m o segurar no recipiente esterilizado pr prio para a recolha de urina gt Rejeitar as primeiras gotas e colher o jato m dio para o recipiente desperdi ando a restante urina No caso das crian as sem controlo dos esf ncteres saco coletor o procedimento consiste em gt Lavar as m os com gua e sab o 32 Colocar o beb numa superf cie plana e retirar a fralda este laborat rio possui
27. 0 2 L na mulher gt Concentra o de hemoglobina O doseamento da hemoglobina g dL til na dete o de anemias avalia o da gravidade da anemia e monitoriza o do seu tratamento A anemia definida como a 50 diminui o da concentra o de hemoglobina no sangue e os valores t picos s o menos que 13g dL no homem adulto e menos que 12 g dL em mulheres adultas No contador hematol gico a amostra dilu da com um reagente que converte a hemoglobina em cianometahemoglobina A leitura colorim trica efetuada por um detetor sendo a concentra o da hemoglobina diretamente proporcional absorv ncia da amostra gt Volume globular m dio O VGM corresponde ao tamanho m dio do gl bulo vermelho e calcula se diretamente a partir do histograma de distribui o de volume dos gl bulos vermelhos Quando o VGM est aumentado gt 96 fL a anemia classificada como macroc tica e quando est diminu do lt 80 fL fala se em microcitose Ap s a determina o do total de gl bulos vermelhos hemoglobina e volume globular m dio o contador hematol gico utiliza estes par metros para a calcular os restantes ndices eritrocit rios Os c lculos de Wintrobe foram introduzidos de forma a ajudar na caracteriza o morfol gica da anemia que pode ser confirmada posteriormente atrav s da visualiza o do esfrega o de sangue perif rico Figura 8 Histograma de dispers o de volume dos eritr citos
28. A presen a de muitos leuc citos bem como de eritr citos faz suspeitar uma infe o A observa o de numerosas c lulas epiteliais escamosas de lactobacilos ou flora mista sugere uma m colheita Para o exame ap s colora o utiliza se a Colora o de Gram 33 Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o a Gelose CLED ou Gelose CPS Pode tamb m semear se a urina no meio CAN2 caso se tenha verificado a presen a de leveduras no exame microsc pico do sedimento Semeia se diretamente a partir da urina com uma ansa calibrada de 10 ul segundo o procedimento seguinte Emergir a ansa verticalmente na urina previamente homogeneizada e descarregar a urina na placa atrav s de um raio vertical seguido de estrias perpendiculares apertadas em toda a superf cie da placa Incubar a 37 C durante 18 a 24 horas Interpretac o de resultados Ap s incuba o observam se as placas de CLED ou CPS e faz se a contagem do n mero col nias O c lculo da concentrag o bacteriana efetuado tendo em conta a densidade das col nias presentes na placa N de UFC ml lt 10 gt Contamina o prov vel N de UFC ml entre 10 e 10 gt A urina deve ser avaliada segundo crit rios cl nicos N de UFC ml gt 10 Prov vel infe o urin ria Considera se contamina o a presen a de 2 ou mais col nias diferentes num N de UFC ml lt 10 No caso de haver uma col nia predominante com um N de UFC ml g
29. Carneiro COS e Gelose chromID IM Candida CAN2 A zaragatoa descarregada em todos os meios e a sementeira feita por quatro quadrantes com recurso a uma ansa por forma a obter col nias isoladas As placas de PVX e COS s o incubadas a 37 C durante 24 horas numa atmosfera enriquecida em CO A gelose CAN2 incubada 24 horas a 37 C em aerobiose e outras 24 horas temperatura ambiente em aerobiose E observada s 24 e s 48 horas Para a pesquisa de Streptococcus agalactiae nas gr vidas utiliza se o Caldo Granada bif sico Granada T A zaragatoa diretamente semeada no caldo previamente hidratado com 3 mL de gua destilada e o meio encubado a 37 C durante 24 horas Ap s a primeira leitura a incuba o prolongada 24 horas suplementares em caso de aus ncia de viragem do meio Interpreta o de resultados Ap s exame direto e observa o dos meios de cultura faz se a identifica o e o respetivo antibiograma de col nias suspeitas no Sistema autom tico VITEKO 2 Compact 15 Col nias pequenas e transparentes no PVX que n o tenham crescido na gelose COS podem indicar a presen a de Neisseria Gonorrhoeae pelo que as placas devem ser cuidadosamente interpretadas A colora o Gram revela diplococos de Gram negativo e o teste da oxidase positivo 2 Na gelose COS a presen a de col nias pequenas com uma zona clara volta sugestiva de P hem lise Deve completar se a identifica
30. Cl HCOs fosfatos e prote nas Os seus valores s o mantidos em n veis relativamente constantes e sobretudo a electroneutralidade pelo que altera es aos valores normais podem indicar situa es patol gicas O objetivo do ionograma quantificar os des presentes numa amostra biol gica sendo que se determinam os i es Na K e CI O s dio o principal cati o do l quido extracelular essencial na manuten o da press o osm tica nos compartimentos extracelulares A hipernatr mia excesso de Na pode resultar de um fornecimento excessivo de s dio por exemplo por ingest o de gua do mar por reten o hiperaldosteronismo s ndrome de Cushing mas em geral reflete uma desidrata o por perda de gua ao n vel gastrointestinal transpira o febre 76 queimaduras A hiponatr mia valor baixo de Na pode ser devida a perdas urin rias dosagem excessiva de diur ticos ou digestivas v mitos diarreia abundante entre outras O pot ssio o principal cati o intracelular que se mant m no interior da c lula pois difunde muito lentamente atrav s da sua membrana ao mesmo tempo que a bomba de S dio pot ssio o transporta no sentido contr rio ao do seu gradiente de concentrag o Esta bomba cr tica para a manuten o e ajuste dos gradientes i nicos dos quais dependem a transmiss o do impulso nervoso e a contractilidade dos m sculos esquel tico e card aco A Hipercali mica excesso de K p
31. T Control line C Visible in all valid results Readtheresultsat Positive Negative e 5 minutes Test line T 7 Visible in positive samples c c Sample well T T For the addition of sample material Invalid Invalid Patient or sample 1D x x For identification purpose Figura 17 Esquema ilustrativo do teste r pido bioNexia FOBplus Biom rieux extra do de http www biomerieux diagnostics com bionexia fobplus A hemoglobina presente na amostra de fezes reage com um anticorpo monoclonal espec fico marcado com ouro O complexo ouro anticorpo hemoglobina migra por ag o capilar pela membrana e atinge a regi o da linha de teste que se encontra pr revestida com anticorpos anti hemoglobina O complexo capturado pelos anticorpos imobi lizados na membrana resultando na forma o de linhas vermelhas 92 A presen a de uma linha vermelha na regi o de teste indica um resultado positivo Se a amostra de fezes n o contiver hemoblogina n o surgir nenhuma linha na regi o da linha de resultado de teste indicando um resultado negativo Tamb m dever aparecer uma linha vermelha na regi o da linha de controlo Esta linha serve de controlo do procedimento e indica se a migra o do teste foi corretamente efetuada 6 Controlo de qualidade 6 1 Controlo de qualidade interno CQD O CQI permite avaliar a precis o variabilidade e reprodutibilidade dos m todos laboratoriais de
32. a o do ferro pelo sistema reticuloendotelial associado a um processo infecioso As eleva es de ferro s rico podem estar associadas destrui o aumentada de eritr citos anemia hemolitica forma o sanguinea diminuida envenenamento por chumbo defici ncia de piridoxina liberta o aumentada de ferro do armazenamento necrose celular hep tica 80 aguda armazenamento defeituoso de ferro anemia perniciosa velocidade aumentada de absorc o hemocromatose e siderose transfusional 5 2 16 1 Princ pio do teste Para determina o do ferro utilizado um ensaio colorim trico Em condi es ac dicas o ferro libertado da transferrina O ascorbato reduz os i es de Fe3 libertados a i es Fe que de seguida reagem com FerroZine e formam um complexo corado A intensidade da cor diretamente proporcional concentra o de ferro sendo determinada fotometricamente 5 2 17 T tulo de antiestreptolisina O TASO A estreptolisina O uma enzima produzida pelos estreptococos do grupo A Streptococcus pyogenes Estes microrganismos t m a capacidade de causar diferentes infe es doen as da pele ou amigdalites que podem ser seguidas de glomerulonefrite endocardite aguda doen a de Sydenham e febre reum tica aguda Estas infe es podem mais tarde dar origem a les es card acas ou renais O diagn stico precoce tratamento e monitoriza o do doente permitem reduzir estes riscos 5 2 17 1 Prin
33. a 94 TECOS O A passa dal A pad a poa dba 95 Do DIDO SRA as ia motion cs lo 96 ndice de figuras Figura 1 Tubos de soro citrato e EDTA ina a 16 Figura 2 Centrifugadora refrigerada e centrifugadora das urinas coooccnocnonononnnannnnnnnnns 16 Figura 3 Col nias na gelose ChromID Candida e respetiva identifica o 23 Figura 4 Kit PASTOREX Y STAPH PLUS cocooccococonicnnonicnnnnoronicnonnononconconennrrnrconcconnnss 26 Figura 5 VITEK 2 Compact ta 28 Figura 6 Cartas de VITEK no respetivo suporte de manuseamento 29 Figura 7 Cell dyn Sapphire da Abbott Diagnosis ociosas 49 Figura 8 Histograma de dispers o de volume dos eritr citos cooconoccnnonnnoccnonnnannnnnnnons 51 Figura 9 Detalhe do sistema de dete o MAPSS da Abbott 54 Figura 10 Alfax Pest BCE moeien ii A A 59 Figura 11 ADAMS Alc HA S lia scades pise naoipoqnesalsaisad da nidn and gd aaan da ganda Zina db aaa 60 Figura 12 Coagul metro ST4 da STAGO e reerrane 63 Figura 13 Cobas 6000 Analyser Series HITACHI Roche8 Diagnostics 66 Figura 14 Proteinogramas eletrofor ticos normal e patol gico 87 Figura 15 MINICAP Sebia electrophoresis nono ncnoncnnnnconnnons 87 Figura 16 Urisys 24000 sscusisaassscatntesspenaagasdo pobgaabinhagadno das 88 Figura 17 Esquema ilustrativo do teste r pido bioNexia Biom rieux
34. aborat rio dever desprezar amostras de saliva ou rinorreia posterior gt Colocar a amostra em recipiente est ril seco de boca larga e tampa de rosca gt A expetora o poder ser induzida atrav s de nebuliza o com soro fisiol gico 3 6 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto Exame ap s colora o Colora o de Gram e Kinyoun Gabett selecionada uma por o purulenta da amostra e efetuado um esfrega o por estiramento entre duas l minas coradas de seguida pelos m todos referidos A colora o de Gram efetuada para avaliar a qualidade da amostra Na objetiva de 10x quantificam se m dia por campo c lulas epiteliais leuc citos c lulas leveduriformes e bact rias O crit rio de aceita o da amostra efetuado segundo a classifica o de Murray e Washington como mostra a tabela 1 Tabela 1 Classifica o da qualidade da expetora o segundo Murray e Washington C lulas epiteliais 10x Leuc citos 10x Grupo 1 25 10 Grupo 2 25 10 25 Grupo 3 25 25 Grupo 4 10 25 25 Grupo 5 lt 10 25 Fonte http www dgs pt upload membro id ficheiros i008546 pdf 42 As amostras pertencentes aos grupos 4 e 5 s o aceites e o diagn stico prossegue As amostras que se enquadrem nos grupos 1 2 e 3 s o rejeitadas e pedida nova amostra A colora o de Kinyoun Gabett utilizada para a pesquisa de M tuberculosis Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o a Gelose Chocolate Po
35. act ria Para estirpes que perderam o polissac rido capsular a bact ria aglutinada pelo fibrinog nio e IgG Os isolados de S aureus s o misturados no l tex com o reagente visualizando se a presen a de aglutina o que indica a presen a de S aureus 25 Figura 4 Kit PASTOREX STAPH PLUS O procedimento consiste em dissolver uma col nia de Staphylococcus spp numa gota de reagente sobre a carta de aglutina o fornecida no kit Uma rea o positiva revelada pelo aparecimento de co gulos A figura 4 mostra a realiza o do teste em col nias suspeitas isoladas da gelose CPS gt SLIDEXO Strepto Plus Permite a grupagem de Streptococcus B hemol ticos dos grupos A B C D Fe G segundo a classifica o de Lancefield Os estreptococos P hemol ticos possuem frequentemente antig nios espec ficos do grupo no qual se inserem que podem ser extra dos e identificados com anti soros Os reagentes s o constitu dos por part culas de l tex sensibilizadas com anticorpos dirigidos contra os antig nios de grupo A presen a de antig nios correspondentes provoca uma aglutina o vis vel das part culas de l tex O procedimento consiste em Depositar numa carta uma gota de cada um dos l tex previamente homogeneizados nos locais correspondentes e colocar uma gota de suspens o da col nia suspeita Utilizando um bastonete fornecido no kit misturar as duas gotas utilizando toda a superf c
36. ade do meio baseia se na presen a de selenito que inibe bact rias Gram positivas e a maioria dos Gram negativos fecais com exce o da Salmonella Ap s a etapa de enriquecimento o caldo deve ser repicado em meios destinados dete o da Salmonella gt Gelose SS um meio de isolamento seletivo e diferencial destinado pesquisa das esp cies de Salmonella e Shigella a partir de fezes O meio permite evidenciar col nias que fermentam a lactose e reduzem o tiossulfato produ o de H2S Os microrganismos que fermentam a lactose Lac originam col nias rosa os outros Lac originam col nias incolores Os microrganismos que produzem H5S originam col nias com centro negro A presen a de col nias incolores ou ligeiramente coloridas com ou sem centro negro representa uma forte possibilidade de Salmonella ou Shigella A inibi o das bact rias Gram positivas obt m se pela mistura de sais biliares e de corantes As condi es de incuba o dos meios de cultura v o variar consoante as necessidades dos microrganismos em pesquisa A temperatura a 37 C fornecida por uma estufa e o meio enriquecido em CO obtido atrav s do sistema de jarra com vela acesa 24 3 2 4 Testes r pidos de identificac o Ap s o isolamento de um microrganismo em meio de cultura procede se sua identifica o baseada nas suas caracter sticas metab licas S o v rios os testes r pidos que auxiliam na identifica o das bact ri
37. angue de Carneiro COS e Gelose chromID IM Candida CAN2 A zaragatoa deve ser descarregada em todos os meios e a sementeira feita por quatro quadrantes com recurso a uma ansa As placas de PVX e COS s o incubadas a 37 C durante 24 horas numa atmosfera rica em CO A gelose CAN2 incubada 24 horas a 37 C em aerobiose e outras 24 horas temperatura ambiente em aerobiose observada s 24 e 48 horas 38 Interpreta o de resultados Ap s exame direto e observa o dos meios de cultura faz se a identifica o e o respetivo antibiograma de col nias suspeitas no Sistema autom tico VITEKO 2 Compact 15 Col nias pequenas que cres am na gelose PVX que n o tenham crescido na gelose COS podem indicar a presen a de Neisseria Gonorrhoeae pelo que as placas devem ser cuidadosamente interpretadas A colora o Gram revela diplococos de Gram negativo e o teste da oxidase positivo Na gelose COS deve verificar se a presen a de hem lises caracter sticas e identificar o microrganismo isolado por testes complementares Na gelose CAN2 verifica se a presen a de col nias azul p lido a azul escuro que s o caracter sticas de Candida albicans Col nias brancas s o reportadas como Candida Spp 3 5 Trato respirat rio superior As infe es do aparelho respirat rio superior s o muito frequentes maioritariamente de etiologia viral A exist ncia de uma flora normal da naso e orofaringe previne a
38. antiestreptolisina O TASO nono ncnnnnos 81 MDA Principio do este tits 81 5 218 Fator reumat ide qa A ea aaa 81 3 2 18 L Princ pio do Tetis reis 81 5 2 19 Aspartato aminoiranierase ais passados it agalsa pasta sos pie pata 82 5 219 T Principio dO A O a 82 5 2 20 Alanina aminotranferase asta 82 5 2 20 1 Princ pio do testenin sse ienai A ERE ERE n TE Aiae 82 5 2 21 Gama glutamil transpeptidase susana pa e a 83 5 22M A e o A 83 AAA A a ER a a 83 J222 A E DE SETE 83 5 2 23 Lactato desidrogenase citando denied 84 5 22 velo a A O EE E E E 84 5 2 24 A ta 84 A A EA 84 5 12 25 AmilaSe nosei EEE E EAE a ASE EEEE EEEE EEE SA delta Den 85 a Principio doiteste iene a a A a e ea 85 5 2 26 a cida seesi A EE aE a mania 85 220 l Princio DOCE iia 86 5 3 Eletroforese das prote nas plasm ticas ooooconocccconcccooncnnnonanononcnonnnnnonnncnnnnncconnnanns 86 IN A O Ra O id 87 5 4 An lise bioqu mica da Urina sidonia iii pulnigensTo a o iio sa Linneo dona dgen strada palio cad 88 A TR 88 5 4 2 Urina a tempo determinado urina de 24 horas 90 5 4 3 Pesquisa de drogas de abuso vivos assada ica rinitis 91 5 5 Pesquisa de sangue oculto nas Tella 91 5 5 1 Colheita da amostanciuniasin li niais iias 92 RO Principio dO MEA A EE EE R E 92 6 Controlo de qualidade ios 93 6 1 Controlo de JUAN O ORAR 93 6 2 Avalia o externa da qualidade iss sa sesemmasasassrstenieripatanta peteastatoassadisa ge donan as
39. as De seguida descrevem se os testes utilizados no decorrer do est gio gt ID color Catalase ID ASE Este teste permite evidenciar a presen a de uma catalase nas bact rias que a possuem detetada nos microrganismos por liberta o de oxig nio a partir de gua oxigenada A enzima desdobra o per xido de hidrog nio em gua e oxig nio 2H202 gt 2H 0 O A presenca de um agente espessante e de um corante azul de Evans facilitam a observac o da emiss o gasosa O procedimento consiste em colocar na l mina uma gota de ID color Catalase e de seguida dispersar uma a duas col nias na gota A rea o positiva traduz se pela emiss o imediata de bolhas de oxig nio O teste utilizado para distinguir Staphylococcus spp catalase positivos observa se a emiss o de bolhas de Streptococcus spp catalase negativos gt PASTOREX STAPH PLUS Este teste foi desenvolvido para dar uma resposta r pida na identifica o de Staphylococcus aureus Consiste num teste de aglutina o em l tex com dete o simult nea do fator de afinidade para o fibrinog nio clumping factor prote na A com afinidade para o fragmento Fc das IgG e polissac ridos capsulares A combina o de fibrinog nio IgG e anticorpos monoclonais anti capsulares no mesmo reagente permite o reconhecimento de estirpes muito e pouco encapsuladas Para estirpes muito encapsuladas os anticorpos contra os polissac ridos capsulares aglutinam a b
40. az quando o cancro detetado mais cedo Os p lipos adenomatosos que t m o potencial de se transformarem em cancro tendem a sangrar com frequ ncia Assim a dete o de sangue oculto nas fezes representa uma ferramenta n o invasiva e bem estabelecida para programas de rastreio do cancro do CCR apesar de um resultado positivo n o estar necessariamente ligado a esta patologia lceras estomacais fissuras infe es e inflama es anais podem causar sangue nas fezes Consequentemente um resultado positivo indica um dist rbio que sem apontar automaticamente para o cancro colorretal deve ser investigado mais aprofundadamente 91 5 5 1 Colheita da amostra A amostra de fezes dever ser colhida durante os 3 dias consecutivos e anteriores an lise s o 3 amostras por paciente para aumentar a probabilidade de encontrar sangue caso exista As amostras de fezes n o devem ser obtidas durante o per odo menstrual ou nos 3 dias imediatamente antes ou depois em casos de sangramento causado por obstipa o hemorr idas ou em caso de administra o retal de determinados medicamentos 5 5 2 Princ pio do m todo Para a determina o da presen a de sangue oculto nas vezes utilizam se testes r pidos da Biom rieux bioNexia FOBplus com uma metodologia imunocromatogr fica em que se identifica a presen a de hemoglobina humana atrav s de rea es a anticorpos espec ficos A bioN xia o BIOM RIEUX T
41. c pio do teste um teste imunoturbidim trico Os anticorpos anti estreptolisina O aglutinam se com part culas de l tex revestidas com antig nios estreptolisina O O precipitado determinado turbidimetricamente 5 2 18 Fator reumat ide Os fatores reumat ides s o um grupo heterog neo de autoanticorpos dirigidos contra as determinantes antig nicas da regi o Fc das mol culas de IgG S o importantes no diagn stico da artrite reumat ide mas tamb m podem ser detetados noutras doen as inflamat rias reum ticas e outras doen as n o reum ticas Tamb m s o encontrados em pessoas saud veis acima dos 60 anos 5 2 18 1 Princ pio do teste A determina o feita atrav s de um ensaio turbidim trico A IgG inativada por calor e ligada a part culas de l tex reage com os anticorpos anti RF na amostra e forma 81 complexos antig nio anticorpo Estes ap s aglutinac o s o determinados por turbidimetria 5 2 19 Aspartato aminotransferase A enzima aspartato aminotransferase AST tamb m conhecida como transaminase glut mica oxaloac tica GOT encontra se amplamente distribu da pelo tecidos principalmente o hep tico card aco muscular esquel tico e renal Encontram se n veis s ricos elevados em doen as que envolvem estes tecidos As doen as hepatobiliares como a cirrose o carcinoma hep tico e a hepatite viral provocam um aumento dos n veis s ricos de AST A seguir a um enfarte do mioc rdi
42. c5018 e o m dulo e5018 Figura 13 Cobas 6000 Analyser Series HITACHI Roche8 Diagnostics 66 A grande maioria dos par metros bioqu micos analisados medida atrav s da t cnica de espectrofotometria colorimetria que se baseia na absor o ou emiss o de radia o electromagn tica por diversas mol culas quando os seus electr es se movimentam entre n veis energ ticos Os testes colorim tricos baseiam se na medi o das varia es de absor o na zona vis vel entre 400 e 700 nm Atrav s do espetrofet metro poss vel medir a absor o ou emiss o e estabelecer uma rela o com a concentra o de uma determinada biomol cula Esta rela o feita aplicando a lei de Lambert Beer Na equa o que expressa esta lei estabelecido um quociente entre a luz incidente e a luz transmitida sendo que o logaritmo deste quociente traduz a absorv ncia O que se verifica que a absorv ncia proporcional concentra o da subst ncia a analisar A absor o de luz tanto maior quanto mais concentrada for a solu o por ela atravessada e tamb m quanto maior for a dist ncia percorrida pelo feixe luminoso atrav s das amostras Para a determina o do ionograma m dulo ISE utiliza se a potenciometria que est inclu da no grupo das t cnicas electroqu micas que envolvem a medi o de corrente ou voltagem gerada pela atividade de 10es A potenciometria a medi o do potencial entre 2 el trodos numa c l
43. cans e identifica o presuntiva de um conjunto de esp cies que agrupa C tropicalis C lusitaniae e C kefyr Col nia rosa C tropicalis C lusitaniae ou C kefyr Col nia azul Candida albicans Figura 3 Col nias na gelose chromID Candida e respetiva identifica o Fonte http www microbiologie medicale fr mycologie identificationchampignons htm A hidr lise espec fica de um substrato cromog nio de hexosaminidase na presen a de um indutor da enzima leva colora o azul das col nias de C albicans A eventual hidr lise de um segundo substrato permite diferenciar as culturas mistas e orientar a identifica o para outras esp cies As col nias que hidrolisam este substrato s o 23 pigmentadas de rosa A mistura de um inibidor permite inibir o crescimento da maior parte das bact rias gt Caldo Granada bif sico Este um meio seletivo utilizado para a dete o e a identifica o de Streptococcus agalactiae nas mulheres gr vidas O caldo constitu do por uma base nutritiva que associa uma peptona piruvato e glucose A presen a de metotrexato soro de cavalo e amido permite a produ o de um pigmento laranja avermelhado espec fico das col nias de estreptococos hemol ticos do grupo B A mistura de antibi ticos que o comp e inibe a maioria das bact rias Gram negativas e leveduras gt Caldo Selenito Destina se ao enriquecimento de Salmonella a partir das fezes A seletivid
44. cas que poder o condicionar o resultado da an lise Algumas delas s o control veis outras n o 14 A hora em que a colheita realizada pode ter influ ncia nas determina es dado que para alguns par metros anal ticos existe varia o circadiana ex cortisol O tempo e a press o imposta pelo garrote assim como o stress do utente no ato da colheita tamb m s o condicionantes A escolha do material de pun o tamb m importante para evitar situa es de hem lise hematomas ou outras complica es O laborat rio disp e do sistema de v cuo sistema de agulha com asas ou borboleta e o sistema cl ssico de agulha e seringa Deve ter se em conta o facto de o utente ser por exemplo atleta de alta competi o vegetariano fumador consumidor de lcool ou drogas ou tomar certos medicamentos Nestes casos o t cnico de colheitas deve conversar com o utente de forma a obter o m ximo de informa o pertinente Esta medida n o s ir facilitar a interpreta o de resultados laboratoriais como ajudar o utente a ultrapassar o momento pois descentra a sua aten o do ato da colheita De acordo com a an lise requisitada o t cnico escolhe os tubos nos quais o sangue ser colhido O sangue pode ser colhido para tubo seco do qual se obt m o soro utilizado para a maioria das determina es anal ticas na rea da bioqu mica imunologia e endocrinologia Para a obten o de plasma o sangue colhido pa
45. coagula o sangu nea condu o neuromuscular na excitabilidade do m sculo esquel tico e card aco s ntese e regula o glandular e na conserva o da integridade e permeabilidade da membrana celular 7 O c lcio no soro existe sob tr s formas diferentes c lcio ionizado ou livre que a forma fisiologicamente ativa e corresponde aproximadamente a 50 do c lcio total 5 est complexado com uma variedade de ani es particularmente fosfato e citrato o restante cerca de 45 est ligado a prote nas principalmente albumina e globulinas A distribui o das tr s formas pode ser alterada por uma mudan a de pH dos fluidos extracelulares ou da concentra o da prote na A acidose promove um aumento do c lcio ionizado enquanto a alcalose acusa o seu decl nio Um aumento das prote nas plasm ticas resulta num aumento do c lcio total que reflete um aumento do c lcio ligado o inverso acontece com a diminui o das prote nas A hormona da paratiroide PTH a calcitonina e a vitamina D controlam os n veis s ricos do c lcio no organismo O aumento do n vel de c lcio hipercalc mia poder estar associado a um aumento da mobiliza o da fra o ssea como no caso da osteoporose ou de neoplasias sseas O c lcio tamb m se apresenta alto no hiperparatiroidismo absor o intestinal aumentada mieloma m ltiplo e em outras doen as neopl sicas A hipocalc mia pode ser observada em casos de hipoparatiroidismo
46. cocos a hemol ticos A optoquina uma substancia que inibe o crescimento de Streptococcus pneumoniae provocando um halo de inibi o na cultura em placa Uma col nia bem isolada semeada numa placa de gelose de sangue com estrias apertadas de forma a gerar col nias confluentes O disco de optoquina colocado no centro da rea semeada e incubado a 37 C durante 24 horas em atmosfera enriquecida com CO Mede se o di metro do halo de inibi o volta do disco Um halo superior ou igual a 15mm indica a eventual presen a de S pneumoniae 3 2 5 Vitek 2 Compact 15 No laborat rio utilizado o sistema autom tico VITEK 2 Compact 15 bioM rieux para a identifica o de microrganismos de interesse e estudo da suscetibilidade a agentes antimicrobianos 27 O aparelho possui uma c mara de enchimento de cartas por v cuo uma zona de selagem das cartas uma zona de incubac o e leitura autom tica de cartas por turbidimetria e colorimetria e um software e base de dados que analisa e interpreta os dados enviados pelo sistema de leitura do aparelho O reconhecimento das cartas de identifica o e de antibiograma feito atrav s de uma unidade de leitura de c digos de barras O software inclui o chamado AES Advanced Expert System o qual cruza a informa o da identifica o e do antibiograma Esta informa o permite a avalia o dos valores de CMI e a identifica o de alguns fen tipos de acordo com os resultad
47. coloniza o do trato respirat rio por microrganismos patog nicos No entanto a flora normal poder tornar se patog nica em situa es de baixa imunol gica ou les o Fazem parte desta flora v rios microrganismos como Streptococcus pneumoniae Streptococcus pyogenes Haemophilus influenza Neisseria meningitidis e gonorrhoeae Klebsiella spp e outras Enterobacteriaceas Staphylococcus aureus Bordetella pertussis leveduras entre outros 3 5 1 Exsudado nasal Utilizado essencialmente para fins epidemiol gicos na dete o de portadores de Staphylococcus aureus No entanto reportam se ao m dico outros microrganismos potencialmente patog nicos encontrados 39 3 5 1 1 Colheita A colheita consiste em inserir uma zaragatoa em cada narina at se encontrar resist ncia Colher o produto em movimentos rotativos suaves contra a mucosa nasal Repetir o procedimento com uma segunda zaragatoa 3 5 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto Colora o Gram para pesquisa de c lulas epiteliais leuc citos e bact rias Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o a Gelose Chocolate Polyvitex PVX e Gelose Columbia 5 de sangue de Carneiro COS Descarrega se a zaragatoa em todos os meios e faz se a sementeira por quatro quadrantes com recurso a uma ansa Os meios s o incubados a 37 C durante 24 horas numa atmosfera enriquecida em CO Interpreta o de resultados Para a dete o de portadores
48. correm aquando da passagem das c lulas resistentes s o detetadas e registadas sob a forma de impulsos A quantidade gerada indicativa do n mero de c lulas que passam pela abertura e a amplitude proporcional ao volume da c lula que o gerou permitindo assim diferenciar pelo tamanho no canal RBC PLT os eritr citos das plaquetas De facto se o impulso gerado est acima do limiar inferior da PLT contado como tal e se o impulso gerado est acima do limiar inferior dos RBC contado como um RBC Al m da imped ncia possivel fazer a dete o por dispers o tica O contador autom tico Cell dyn permite ainda detetar a presen a do marcador monoclonal CD61 espec fico das plaquetas 4 2 5 Reticul citos A determina o deste par metro importante na avalia o da atividade da linhagem eritropoi tica da medula diagnosticando se uma anemia regenerativa reticul citos aumentados ou arregenerativa reticul citos normais ou diminu dos na monitoriza o de doentes renais em tratamentos com eritropoietina e na avalia o da regenera o sangu nea ap s uma perda consider vel de sangue A contagem de reticul citos tamb m efetuada recorrendo citometria de fluxo fluorescente apenas quando solicitada pelo cl nico Neste caso a determina o feita em sistema aberto open tube e com reagente pr prio que apenas utilizado no momento da determina o do par metro O reagente dos reticul cit
49. de S aureus caso se verifique a presen a de halo de f hem lise na gelose de sangue COS procede se identifica o da col nia suspeita atrav s de testes complementares se Catalase positiva gt PASTOREX STAPH PLUS Col nias que cres am na gelose PVX que n o tenham crescido na gelose COS podem indicar a presen a de Haemophylus influenza pelo que as placas devem ser cuidadosamente interpretadas No caso de uma cultura positiva a escolha do antibiograma a realizar feita em fun o do microrganismo isolado 3 5 2 Exsudado far ngeo Neste produto biol gico faz se essencialmente a pesquisa de Streptococcus do grupo A CeG 40 3 5 2 1 Colheita Pedir ao utente que abra a boca afastar a l ngua com recurso a uma esp tula de madeira e colher o produto ao n vel das am gdalas e por o posterior da faringe utilizando uma zaragatoa seca Durante o procedimento deve evitar se o contacto com outras regi es da cavidade oral a fim de minimizar a contamina o 3 5 2 2 Procedimento laboratorial Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o o Caldo Cora o c rebro BHI T para enriquecimento e a Gelose Columbia 5 de sangue de carneiro COS O caldo incubado a 37 C em aerobiose durante 24 horas A gelose de sangue deve ser incubada a 37 C em atmosfera enriquecida com CO durante 24 horas Interpreta o de resultados No caso de se observarem col nias pequenas tra
50. de bolhas de ar e observar ao microsc pio com objetiva de 40x o condensador dever estar em baixo e o diafragma fechado 19 3 2 2 2 Exame ap s colora o O exame microsc pico corado permite precisar as caracter sticas morfol gicas das bact rias forma e afinidade para corantes As t cnicas utilizadas s o feitas sobre esfrega os secos e fixados pelo calor o que faz com que as formas vegetativas morram se tornem imperme veis aos corantes e adiram l mina A observa o feita com a objetiva de imers o 100x com o condensador em cima e o diafragma aberto Utilizam se neste laborat rio a colora o de Gram COLOR GRAM 2 F da Biom rieux e Solu o de Kinyoun Gabett BKK F e BKG F da Biom rieux A colora o de Gram frequentemente utilizada para observa o microsc pica de produtos biol gicos e de col nias isoladas provenientes do exame cultural Esta colora o permite a distin o entre bact rias Gram positivas e Gram negativas A diferen a ente os dois tipos de c lulas est na estrutura da sua parede celular enquanto as bact rias Gram positivas t m uma parede formada por uma camada espessa de peptidoglicano a parede celular das Gram negativas formada por uma fina camada de peptidoglicano rodeada por uma camada externa de lipopolissacar deos e prote nas Diferen as na permeabilidade destas membranas aos reagentes qu micos levam a diferen as de colora o Na t cnica de Gram
51. de de realizar esta fant stica experi ncia e por toda a paci ncia amizade e conhecimentos transmitidos Ao Dr Gon alo Raposo por toda a amizade e disponibilidade Ao Dr Lu s Sequeira Dias do Hospital do Divino Esp rito Santo pelas aulas de hematologia pr tica e Dr Elsa Freitas pelo material disponibilizado para a monografia A todos os meus sinceros agradecimentos ndice R s MO eaka a NO E 11 A oia di past E ER A Ea A a RO o a Ea 11 1 Carateriza o do Laborat rio de Est glO ooooooncononnonooncconononononccnnncconnacononocconnocononocos 12 2 Base pre ana tion 13 A A A AA A a E EAR 13 2 2 Colheita das amostras tit tira cocine leads 13 2 DA A EANTA E E IO 14 2 3 Triagem e conserva o das amostras oocooococcoocccnoncnononanononanonnnccnnnnnnnnnnn cnn nc cnnnnannns 16 3 Valencia de Microbiologid id A 18 e to e 18 32 Ciclo cia pd Ds Sa a a iaa 18 3 21 Normas gerals de Colca iii nsd ninneig 18 22 EXA me MATOS CPI N o 19 3 221 AA A 19 LL Exame O e e e do dd 20 3 2 3 EXame cultural A A asa ss ias da 21 3 2 4 Testes r pidos de identifica o ii Ed AG E q 25 3 2 5 Vitek 2 Compact iia iia 27 3 2 5 1 Identifica o de microrganismos ssesesesssesessseesseesseesseesseeessseessresseesse 28 3 2 5 2 Teste de suscetibilidade aos antibi ticos i iii 29 3 3 Trato UE ARO A A 31 SA A a da a dada 32 SL Colheita aaa 32 3 3 1 2 Procedimento laboratorial isis santdeal p
52. do quase exclusivamente ao p ncreas e por isso espec fica do rg o a de tipo S tem origem em diversos locais al m de se encontrar na saliva existem tamb m nas l grimas no suor no leite materno no l quido amni tico nos pulm es nos test culos e no epit lio das trompas de Fal pio A sua determina o importante no diagn stico das doen as pancre ticas sobretudo no diagn stico e monitoriza o terap utica da pancreatite aguda Al m de ocorrer na pancreatite aguda e na fase inflamat ria da pancreatite cr nica tamb m pode encontrar se o seu aumento em casos de insufici ncia renal inflama o pulmonar doen as das gl ndulas salivares entre outros 5 2 25 1 Princ pio do teste z Para a sua determina o utilizado um ensaio colorim trico enzim tico Oligossacar deos definidos como o 4 6 etilideno G7 p nitrofenil G a D maltohepta sido etilideno G PNP s o separados pela a o catal tica das a amilases Os fragmentos G2PNP G PNP e G PNP assim formados s o completamente hidrolisados em p nitrofenol e glicose pela a glicosidase A intensidade da cor do p nitrofenol formado diretamente proporcional atividade da a amilase determinada medindo o aumento da absorv ncia 5 2 26 Fosfatase cida A fosfatase cida s rica constitu da por 3 isoenzimas produzidas sobretudo pelos eritr citos plaquetas c lulas reticuloendoteliaisdo do ba o e f gado e c lulas epit
53. e o precoce de infe es em pediatria e na avalia o de riscos de doen a coron ria card aca Prote na C reativa de alta sensibilidade ou ultra sens vel Chegou se conclus o de que a medi o da alta sensibilidade da PCR pode ser utilizada como marcador para prever o risco de doen a card aca coron ria em pessoas aparentemente saud veis e como indicador para progn stico de eventos recorrentes 5 2 8 1 Princ pio do teste Trata se de um ensaio imunoturbidim trico com intensifica o da rea o por part culas A PCR humana aglutina se com part culas de l tex revestidas com anticorpos monoclonais anti PCR O precipitado determinado turbidimetricamente 5 2 9 cido rico O cido rico o produto final do metabolismo das purinas no organismo humano A sua s ntese ocorre no f gado e a excre o feita ao n vel dos rins A sua determina o utilizada no diagn stico e tratamento de diversas perturba es renais e metab licas incluindo insufici ncia renal gota psor ase e na monitoriza o de doentes sob terap utica citot xica 5 2 9 1 Princ pio do teste Trata se de um ensaio colorim trico enzim tico A uricase desdobra o cido rico em alanto na e per xido de hidrog nio Na presen a da peroxidase a 4 aminofenazona oxidada pelo per xido de hidrog nio formando um corante quinona diimina A intensidade da cor da quinona diimina formada diretamente proporcional concent
54. ecido destravar o cron metro e medir o tempo de coagula o 4 7 2 3 Express o do resultado O resultado pode ser expresso em segundos ou mediante o r cio Tempo do doente tempo normal 65 5 Val ncia de Bioqu mica 5 1 Introduc o A rea da bioqu mica cl nica uma rea multidisciplinar que tem por objetivo determinar os par metros bioqu micos permitindo a sua utiliza o no diagn stico tratamento monitoriza o ou preven o da doen a No laborat rio Dr Aires Raposo e Dr Teresinha Raposo Lda as amostras para an lise de par metros bioqu micos s o previamente triadas no per odo da manh sendo de seguida encaminhadas para o 1 piso onde s o analisadas Os par metros bioqu micos s o maioritariamente efetuados no aparelho Cobas 6000 Analyser Series HITACHI Roche8 Diagnostics em amostras de soro plasma e urina Al m destas determina es fazem se tamb m a eletroforese de prote nas a an lise bioqu mica da urina e pesquisa de sangue oculto nas fezes Este cap tulo pretende resumir o trabalho efetuado nesta rea 5 2 Cobas 6000 e par metros analisados O Cobas 6000 um analisador autom tico utilizado na determina o espectrofotom trica imunoturbidim trica e potenciom trica de par metros anal ticos O aparelho autom tico conta com 5 unidades hardware uma unidade de controlo uma unidade central core um m dulo ISE e outros dois m dulos distintos o m dulo
55. ede se sua colora o 4 3 2 Colora o de May Griinwald Giemsa Os esfrega os s o corados manualmente atrav s da colora o de May Griinwald Giemsa uma colora o pan tica que combina as vantagens na utiliza o de v rios corantes corando elementos acid filos granula es azur filas e granula es de neutr filos Inicialmente a fixa o do esfrega o efetuada pelo metanol presente na solu o de May Griinwald solu o metan lica de eosinato de azul de metileno Ap s este passo o tamp o de fosfatos dissocia o corante de May Grunwald o eosinato de azul de metileno ao pH conferido pelo tamp o dissocia se em eosina e azul de metileno seguindo se a a o individual dos corantes Segue se a a o da solu o de Giemsa dilu da na qual o eosinato de azul de metileno e o eosinato de azur de metileno presentes s o dissociados pelo tamp o de fosfatos e os tr s corantes eosina azul de metileno e azur de metileno exercem a sua a o A eosina corante cido vai corar os componentes citoplasm ticos b sicos da c lula eosin filos ou acid filos de rosa alaranjado O Azul de metileno corante b sico vai corar o n cleo e componentes citoplasm ticos cidos bas filos de azul arroxeado O Azur de metileno respons vel por corar granula es azur filas de vermelho p rpura A combina o da eosina e azul de metileno cora as granula es neutr filas de rosa 4 4 Velocidade de sedimenta o
56. eliais dos rins ossos e pr stata Num indiv duo do sexo masculino cerca de metade da fosfatase cida total fosfatase cida prost tica produzida maioritariamente mas n o exclusivamente pela pr stata 85 Geralmente os n veis de fosfatase cida total e da fosfatase cida prost tica aumentam na presen a de carcinoma da pr stata progressivo e metast tico Em 80 dos doentes com cancro da pr stata metast tica este aumento depende da fase da doen a Verifica se um aumento dos n veis de fosfatase cida na doen a de Gaucher doen a de Niemann Pick 1 a 2 dias ap s a cirurgia da pr stata bi psia manipula es ou cateteriza o e na presen a de hipertrofia benigna da pr stata prostatite e enfarte prost tico 5 2 26 1 Princ pio do teste Para a determina o da fosfatase cida feito um teste colorim trico O 1 naftol libertado durante a hidr lise enzim tica do 1 naftilfosfato convertido num corante az ico atrav s de acopla o com o fast red TR 2 amino 5 clorotolueno diazotado O tartarato utilizado como inibidor espec fico da fosfatase cida prost tica poss vel determinar diretamente a fosfatase cida prost tica durante a medi o da fosfatase cida total ACP num canal e da fosfatase n o prost tica NPP noutro canal O programa espec fico do equipamento imprime a diferen a entre as duas determina es como fosfatase cida prost tica Atividade FNP Atividade ACP At
57. en o de n veis de glic mia em jejum superiores a 126 mg dL em mais de uma ocasi o No entanto como esta isoladamente n o capaz de detetar todos os casos de diabetes e n o deteta muitos dos casos de diminui o da toler ncia glucose s o muitas vezes pedidas provas de sobrecarga Prova de Toler ncia Oral Glucose em indiv duos com n veis de glucose em jejum entre 110 e 126 mg dL e em indiv duos com toler ncia diminu da sem diagn stico de diabetes Considera se crit rio diagn stico de diabetes a presen a de 68 n veis de glic mia superiores a 200 mg dL numa amostra colhida 2h ap s a sobrecarga de glucose No laborat rio sempre que s o requisitadas PTGO opta se pela realizac o de colheita de amostra em jejum e duas horas ap s ingest o de 75g de glucose nos adultos e 100g de glucose nas gr vidas desde que n o exista informac o cl nica em contr rio No intervalo de tempo entre a ingest o e as restantes colheitas o utente instru do para n o efetuar qualquer esforgo de forma a n o mascarar uma poss vel hiperglic mia por consumo de glucose Nestes casos a determinac o da glucose de um determinado paciente programada manualmente no aparelho de forma a fazer distin o entre os tempos de colheita 5 2 2 Colesterol total O colesterol sintetizado principalmente no f gado e na parede intestinal Cerca de tr s quartos do colesterol s o formados por s ntese e um quarto tem origem na ali
58. ento urin rio O Urisys 2400 Figura 16 um sistema autom tico de an lise de urinas destinado determina o qualitativa ou semi quantitativa de analitos da urina incluindo leuc citos nitritos prote nas glicose cetonas urobilinog nios bilirrubina e eritr citos assim como o pH a densidade espec fica a cor e o aspeto Estes par metros s o indicativos de altera es renais urin rias hep ticas e metab licas Figura 16 Urisys 24008 88 As principais fun es deste analisador incluem o reconhecimento das amostras leitura do c digo de barras distribui o autom tica de tiras teste pipetagem autom tica de amostras e leitura fotom trica em que os resultados dos testes se baseiam na leitura da intensidade de luz refletida pela tira teste Os par metros analisados e o respetivo princ pio do teste est o sumariamente descritos na tabela 6 Tabela 6 Par metros analisados no Urisys 24000 e respetivo princ pio do teste A zona de teste cont m os indicadores vermelho e metilo fenoftale na e azul de bromotimol e reage especificamente com os pH L enade EA i es H Os valores de pH em indiv duos saud veis variam entre 5 e 6 O teste revela a presen a das esterases granulocit rias que Leuc citos decomp em um ster indoxilico em indoxil que por sua vez vai reagir com um sal de diaz nio produzindo um corante violeta O teste baseado no princ pio da prova de Griess A
59. entra o de glucose no sangue A glic mia dos ltimos 30 dias antes do doseamento contribui com 50 da hemoglobina glicada doseada e as glic mias dos ltimos meses 2 a 4 com 25 A determina o final corresponde portanto m dia ponderada dos n veis das glic mias das 6 a 8 ltimas semanas antes da determina o Este doseamento serve para a monitoriza o a longo prazo de doentes diab ticos uma vez que n o afetado pelas varia es di rias de glucose nem pelo exerc cio ou ingest o recente de alimentos 4 5 1 ADAMS Alc HA 8160 O equipamento utilizado exclusivamente para a determina o da hemoglobina glicosilada o ADAMS Alc HA 8160 Figura 8 pela t cnica de Cromatografia L quida de Alta Press o HPLC Figura 11 ADAMS Alc HA 8160 60 A metodologia utiliza uma coluna composta por resina de troca i nica de car cter cati nico de fase reversa A leitura das fra es obtidas realizada a 415 nm e 500 nm Assim nestes comprimentos de onda podemos obter as seguintes fra es HbAlc HbA1 HbF HbA2 e hemoglobinas variantes O aparelho dilui hemolisa e remove a base de Schiff resultado da rea o respons vel pela forma o da hemoglobina glicosilada automaticamente Esta remo o realizada com tetrapolifosfato pH 6 0 durante 2 minutos a 48 C Ap s 4 2 min obt m se o cromatograma Os valores normais variam entre 4 e 6 4 6 T cnicas manuais em imuno hematologia 4 6 1 Grupo sa
60. erentes devidamente identificados com 1 a 2 gramas enviadas ao laborat rio em recipiente pr prio est ril e 43 seco importante n o encher os frascos e evitar contaminac es com urina e papel higi nico Em rec m nascidos e em adultos debilitados a colheita deve ser feita com aux lio de uma zaragatoa rectal inserida at cerca de 2 5 cm acima do esf ncter anal quando n o poss vel a colheita normal O produto deve ser acondicionado a 4 C at ao processamento 3 7 1 2 Procedimento laboratorial Antes da cultura efetua se um exame macrosc pico s fezes para avaliar a consist ncia e a presen a de muco p s ou sangue nas fezes Exame cultural Os meios de cultura utilizados s o o Caldo Selenito F SELENITO F T e a Gelose SS SS O procedimento consiste em Semear as fezes diretamente na gelose SS e simultaneamente semear as fezes no Caldo Selenito F e agitar com a pr pria zaragatoa at desfazer o produto Incubar o Caldo Selenito F e gelose SS na estufa a 37 C durante 24 horas Ap s o per odo de incuba o repicar o produto do Caldo Selenito para Gelose SS e incubar mediante as mesmas condi es Interpreta o de resultados Observar o crescimento na gelose SS Proceder ao isolamento e posterior identifica o e antibiograma Vitek de col nias incolores amarelas p lidas com ou sem centro negro poss vel Salmonella ou col nias incolores rosas p lidas ou alaranjadas sem centr
61. ermelho formado diretamente proporcional concentra o de triglic ridos podendo ser formada fotometricamente 5 2 6 Prote nas totais As prote nas plasm ticas s o sintetizadas sobretudo no f gado c lulas plasm ticas g nglios linf ticos ba o e medula ssea A prote na mais abundante no plasma sangu neo a albumina que contribui para a press o osm tica e respons vel pelo transporte de subst ncias hormonas c lcio cidos gordos livres drogas bilirrubina f rmacos Existem tamb m as prote nas da coagula o e as imunoglobulinas importantes na manuten o da homeostase do organismo para al m de muitas outras existentes em menor quantidade No decorrer de uma patologia tanto a concentra o de prote nas totais como a percentagem representada por fra es individuais pode apresentar desvios significativos dos valores normais A hipoprotein mia pode ser causada por doen as e perturba es como perda de sangue caquexia aftosa s ndrome nefr tico queimaduras graves s ndrome de reten o de sal e Kwashiorkor defici ncia prot ica aguda Pode observar se hiperprotein mia em casos de desidrata o grave e doen as como mieloma m ltiplo As altera es da percentagem relativa de prote nas plasm ticas podem ser provocadas por uma modifica o da percentagem de uma fra o proteica plasm tica Muitas vezes nestes casos a quantidade de prote nas totais n o sofre qualquer tipo de altera
62. esentam colora o espont nea turquesa grupo KESC constitu do por Klebsiella Enterobacter Serratia e Citrobacter apresenta colora o espont nea azul verde a azul cinza e Proteus Providencia e Morganella apresentam colora o espont nea castanha gt Gelose Columbia 5 de sangue de carneiro A gelose cont m uma mistura de peptonas especialmente adaptada cultura dos microrganismos exigentes A presen a de sangue de carneiro permite a express o da hem lise que um crit rio de base para a orienta o da identifica o bacteriana 22 Caracter sticas hemol ticas Sem hem lise o meio n o muda de cor Alfa hem lise presen a de uma zona verde volta da col nia Beta hem lise presen a de uma zona clara volta da col nia gt Gelose Chocolate PolyviteX E um meio de isolamento que se destina mais particularmente ao crescimento das estirpes exigentes como Neisseria e Haemophilus que n o crescem na gelose de sangue A gelose composta por uma base nutritiva enriquecida em fatores X hemina e V NAD fornecidos pela hemoglobina e pelo PolyviteX gt Caldo Cora o c rebro BHD Este caldo n o seletivo e est especificamente adaptado ao crescimento dos microrganismos aer bios exigentes E composto por uma base nutritiva enriquecida gt Gelose chromID TM Candida Destina se ao isolamento seletivo das leveduras identifica o da esp cie C albi
63. esterol das c lulas perif ricas para o f gado No f gado o colesterol transformado em cidos biliares que s o excretados para os intestinos atrav s das vias biliares clinicamente importante monitorizar o colesterol HDL no soro pois existe uma correla o inversa entre as concentra es s ricas de HDL e o risco de doen a ateroscler tica As concentra es elevadas de colesterol HDL protegem contra as cardiopatias coron rias Concentra es reduzidas de colesterol HDL associadas a n veis altos de triglicer deos aumentam o risco cardiovascular Actualmente j existem estrat gias para aumentar o colesterol HDL Torna se assim priorit rio dosear o Colesterol HDL em indiv duos nos quais s o aplicadas estas estrat gias sejam elas alimentares ou medicamentosas 5 2 3 1 Princ pio do teste O colesterol HDL determinado por um m todo colorim trico enzim tico homog neo Na presen a de i es magn sio o sultato de dextrano forma seletivamente complexos hidrossol veis com LDL VLDL e quilomicrons que s o resistentes s enzimas utilizadas modificadas por PEG part culas reativas magneticamente A concentra o do colesterol HDL determinada enzimaticamente pela colesterol esterase e colesterol oxidase acopladas com PEG aos grupos amino Sob a influ ncia da colesterol esterase os steres de colesterol s o quantitativamente decompostos em colesterol livre e cidos gordos Na presen a de oxig nio
64. euc citos fundamental o estudo morfol gico e imunol gico das c lulas A contagem diferencial de gl bulos brancos no analisador inicia se no canal quando o volume fixo de sangue dilu do com o reagente Sheath que mant m a integridade celular dos gl bulos brancos e torna os gl bulos vermelhos invis veis ao detetor uma vez que a press o osm tica dos GV superior press o osm tica do reagente havendo difus o da hemoglobina para fora e de gua para dentro do gl bulo o que faz com que os GV fiquem com o mesmo ndice de refra o do reagente A amostra dilu da sofre focagem hidrodin mica que obriga as c lulas a formarem uma simples fila enquanto passam pela regi o de sensores de forma a serem analisadas uma a uma Com refer ncia tecnologia MAPSS Multi Angle Polarized Scatter Separation s o efetuadas quatro medidas simult neas de dispers o de luz em cada leuc cito para a classifica o diferencial dos WBC O ngulo 0 determina principalmente o tamanho da c lula A dispers o da luz a 10 indica a estrutura ou a complexidade da c lula diferencia os mono dos polinucleares A dispers o da luz a 90 permite a medi o da granularidade interna e lobularidade detetor polarizado 53 dispers o de luz despolarizada a 90 permite separar os eosin filos dos neutr filos e restantes c lulas baseado unicamente nas caracter sticas dos gr nulos que transformam a l
65. exceto se tenha separado previamente o soro dos gl bulos por exemplo por utiliza o de tubos de colheita com gel visto que os eritr citos cont m n veis elevados de steres org nicos que s o hidrolisados a fosfato inorg nico durante o armazenamento do sangue e esse processo ocorre mesmo que se mantenha o soro refrigerado 5 2 14 1 Princ pio do teste O fosfato inorg nico forma um complexo de fosfomolibdato de am nio que tem a f rmula NH4 3 Mo03 12 com molibdato de am nio na presen a de cido sulf rico A concentra o de fosfomolibdato formado diretamente proporcional concentra o de fosfato inorg nico e medida fotometricamente 5 2 15 Magn sio O magn sio desempenha um papel estrutural nos cidos nucleicos e part culas ribossomais necess rio como um ativador para v rias enzimas e participa na fosforila o oxidativa para a produ o de energia O corpo normalmente cont m entre 21 28 g de magn sio dos quais mais de 50 est o complexados com o c lcio e o fosfato no osso Apenas aproximadamente 1 do magn sio total encontrado no l quido extracelular pelo que tende a entrar e sair das c lulas nas mesmas condi es que o pot ssio Aproximadamente 35 do magn sio no plasma est ligado a prote nas principalmente albumina e portanto as altera es na concentra o de albumina podem afetar o magn sio A hipomagnes mia tem como consequ ncia a perturba o da fun o neur
66. formado reduzido por NADH numa reag o catalisada por lactato desidrogenase LDH formando L lactato e NAD A taxa de oxida o de NADH diretamente proporcional atividade catal tica de ALT determinada medindo a diminui o da absorv ncia 5 2 21 Gama glutamiltransferase Esta enzima utilizada no diagn stico e monitoriza o das doen as hepatobiliares e como teste de despistagem para o alcoolismo oculto 5 2 21 1 Princ pio do teste feito um ensaio colorim trico enzim tico no momento da sua determinac o A Gama GT transfere o grupo gama glutamil de L gama glutamil 3 carboxi 4 nitroanilida para glicilglicina A quantidade de 5 amino 2 nitrobenzoato libertada proporcional atividade da Gama GT na amostra determinada medindo o aumento da absorv ncia fotometricamente 5 2 22 Fosfatase alcalina A fosfatase alcalina no soro o conjunto de quatro isoenzimas frag o hep tica frag o ssea fra o placentar e fra o intestinal Est presente nos hepat citos osteoblastos leuc citos rins ba o placenta pr stata e intestino delgado A sua presen a nos osteoblastos motivou a sua utiliza o no diagn stico e monitoriza o de patologias sseas justificando que nas crian as a sua atividade no soro seja superior dos adultos uma vez que estas se encontram em per odo de crescimento assim como em mulheres p s menopausicas devido osteoporose Ocorre um aumento da fosfatase
67. hemol ticos do grupo B de Lancefield Streptococcus agalactiae de modo a prevenir a contamina o maternofetal durante o parto uma vez que este microrganismo respons vel por meningites e pneumonias no rec m nascido Nos homens os agentes comuns de infec es s o Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis que causam doen as como uretrite e epididimite bact rias da fam lia Enterobacteriaceae e Pseudomonas spp s o respons veis por prostatites e orquites As pesquisas de Chlamydia trachomatis e Mycoplasma hominis n o s o realizadas no laborat rio 3 4 1 Exsudado vaginal 3 4 1 1 Colheita Durante o est gio tive a oportunidade de realizar este procedimento que sempre efetuado por profissionais qualificados para o efeito Durante a colheita deve questionar se a utente sobre a presen a de comich o ardor cor do corrimento etc A utente n o dever ter feito qualquer tratamento local nos tr s dias 35 que antecederam a colheita e no pr prio dia n o dever ter efetuado a sua higiene intima O procedimento consiste em gt Na posi o ginecol gica introduzir um esp culo sem lubrificante ou humedecido com soro fisiol gico est ril no endocolo vaginal gt Colher o exsudado das paredes vaginais com recurso a uma zaragatoa seca em movimentos rotativos gt Repetir o procedimento uma vez que a primeira zaragatoa destinada ao exame cultural e a segunda ao exame microsc pico corado e teste
68. idos n o devem encher se para al m dos seus 2 3 de capacidade Utilizar recipientes inquebr veis esterilizados e de encerramento herm tico Cada produto devidamente identificado com c digo de barras no momento da colheita e s o recolhidos dados relevantes para a orienta o do diagn stico como queixas de odor comich o administra o pr via de antibi tico 3 2 2 Exame microsc pico O exame microsc pico a primeira etapa do estudo e identifica o de um microrganismo e inclui o exame a fresco e o exame ap s colora o Nesta fase efetuado o estudo da morfologia que ir variar consoante o microrganismo em quest o Al m disso os microrganismos podem ser acompanhados de elementos celulares cuja presen a pode facilitar o diagn stico Nas situa es em que a flora microbiana mais complexa apenas o exame microsc pico direto pode revelar a predomin ncia de uma ou mais esp cies 3 2 2 1 Exame a fresco O exame microsc pico a fresco permite uma avalia o semi quantitativa de c lulas epiteliais leuc citos eritr citos e microrganismos sendo til na an lise de urinas ass pticas exsudados vaginal e uretral tamb m utilizado no diagn stico parasitol gico em amostras de fezes ou urina e permite a dete o da mobilidade caracter stica de Trichomonas vaginalis O procedimento consiste em colocar o produto no centro de uma l mina cobrir com uma lamela para evitar a forma o
69. ie de cada zona reacional Dar carta um movimento de rota o durante 2 minutos e ler sob luz normal Um resultado positivo indicado pelo aparecimento de uma aglutina o n tida z Se o antig nio estiver presente o reagente l tex correspondente aglutinado Se o antig nio estiver ausente o reagente l tex permanece em suspens o homog nea 26 gt Teste da Oxidase O teste utilizado na diferencia o dos bacilos de Gram negativo com metabolismo oxidativo Pseudomonas spp e Neisseria spp dos Oxidase negativos Enterobacteriaceas Este deteta a presen a da enzima citocromo oxidase a qual catalisa a rea o de oxida o do citocromo C pelo oxig nio molecular e interv m na cadeira respirat ria da bact ria Na presen a de oxig nio na atmosfera e de citocromo C esta enzima oxida o reagente fenilenodiamina para formar um composto colorido violeta o indofenol O cido asc rbico incorporado no reagente age enquanto agente redutor para limitar a auto oxida o e melhorar a estabilidade do reagente O procedimento consiste em distribuir 1 a 2 gotas de reagente num disco impregnado de 6mm e espalhar de seguida a col nia sobre o disco O aparecimento em 10 a 30 segundos de uma colora o violeta indica um teste positivo enquanto rea es tardias e aus ncia de cor indicam um teste negativo gt Teste com Optoquina O teste permite diferenciar Streptococcus pneumoniae de outros estrepto
70. ina o da creatinina n o adequada para detetar a doen a renal numa fase inicial Um teste consideravelmente mais sens vel e que permite obter uma melhor estimativa da taxa de filtra o glomerular TFG o teste da clearance da creatinina que se baseia na concentra o de creatinina na urina no soro ou plasma e na taxa do fluxo urin rio Para este teste necess ria uma amostra de urina obtida em tempo determinado normalmente 24 horas e uma amostra de sangue Os valores de creatinina determinados no sangue e urina s o aplicados equa o seguinte Clearance creatinina mL min Creatinina Urina x Volume urina mL Creatinina Soro Tempo da colheita min 5 2 11 Bilirrubina total e direta O doseamento da bilirrubina um par metro fundamental para o estudo da fun o hep tica A bilirrubina forma se no sistema reticuloendotelial durante a degrada o dos eritr citos envelhecidos A por o heme da hemoglobina e de outras prote nas que cont m heme removida metabolizada em bilirrubina e transportada para o f gado sob a forma de complexo com a albumina s rica No f gado a bilirrubina conjugada com cido glucor nico para solubiliza o e subsequente transporte atrav s do canal biliar e elimina o atrav s do aparelho digestivo Bilirrubina apresenta se sob 3 formas n o conjugada conjugada e ligada albumina com diferente solubilidade em meio aquoso As doen as ou condi es que produzem bi
71. io o seu sistema imunit rio facilmente estimulado produzindo anticorpos na presen a de 61 eritr citos com o antig nio D Em situa es de transfus o podem ocorrer rea es hemol ticas graves ou no caso de uma gravidez doen a hemol tica do rec m nascido Os antig nios utilizados para a grupagem sangu nea ABO e Rh s o anticorpos monoclonais IgM Anti A Anti B Anti AB e Anti D O m todo usado a aglutina o direta e consiste em gt Numa placa de vidro colocar 1 gota dos reagentes em cada po o gt Juntar uma pequena gota de sangue anticoagulado com EDTA a cada reagente gt Com uma vareta misturar o reagente e o sangue uniformemente numa rea de cerca de 20mm de di metro gt Rodar durante alguns segundos gt Observar macroscopicamente a aglutina o Se os antig nios estiverem presentes a rea o ocorre imediatamente Neste laborat rio o procedimento realizado por 2 t cnicos para que haja uma dupla confirma o dos resultados obtidos evitando assim erros na leitura da presen a ou aus ncia de aglutina o Tabela 4 Aglutina o dos anticorpos consoante o grupo sangu neo Grupo Anticorpos Sangu neo Anti A Anti B Anti AB Anti D A A B B AB AB O O E q 7 aglutinou n o aglutinou 62 4 7 Estudo da coagulac o O sangue cont m um gra
72. io e da sua aplica o Cl nica Abstract This work is part of the Master s degree program in Clinical Analyses Pharmacy School University of Lisbon It features the internship report in Microbiology Hematology and Biochemistry clinical areas produced and conducted in the Dr Aires Raposo amp Dr Teresa Raposo laboratory from se February to 31 July 2014 The report addresses the venue where the internship has taken place and describes the respective scientific work In particular it highlights the parameters the types of samples and the equipment used the foundation of the methods employed and the quality control By focusing on these and other most relevant aspects of the conducted experiments the report provides a framework for the application of the acquired knowledge in the general context of laboratory work with an emphasis on its application in the field of clinical medicine 11 1 Caracterizac o do laborat rio de est gio O Laborat rio de An lises Cl nicas Dr Aires Raposo amp Dr Teresinha Raposo Lda situa se na Rua da Miseric rdia no centro de Ponta Delgada A dire o t cnica encontra se a cargo do Dr Jos Aires Raposo farmac utico especialista em an lises cl nicas Com uma capacidade de resposta multidisciplinar este laborat rio interv m na rea da Hematologia e Coagula o Alergologia Urian lise Rastreio pr natal Endocrinologia Bioqu mica Imunologia e Microbiologia Disp e
73. ividade NPP 5 3 Eletroforese das prote nas plasm ticas A utiliza o desta t cnica permite identificar altera es entre as concentra es das principais prote nas plasm ticas podendo elucidar acerca de v rias situa es patol gicas o pico gama monoclonal e policlonal a ponte cirr tica entre outros Por exemplo a figura 14 mostra um perfil eletrofor tico de prote nas normal e o de um doente com cirrose hep tica diminui o da albumina aumento das gamaglobulinas planalto beta gama A raz o albumina globulina tamb m poder alertar para glomerulonefrites inflama es ou s ndrome nefr tico 86 Alb afai afa2 beta gama Proteinograma electrofor tico Anormal Alb alfal alfa beta gama Figura 14 Proteinogramas eletrofor ticos normal e patol gico 5 3 1 Minicap Para esta determina o o laborat rio utiliza o MINICAP Figura 15 um aparelho autom tico com leitura de c digo de barras que faz a separa o das fra es das prote nas no soro usando um sistema de dois capilares eletroforese capilar Figura 15 MINICAP da Sebia electrophoresis Fonte http www sebia com V3 php contenu materiel php id produit 78 A eletroforese capilar definida como o transporte em solu o eletrol tica de compostos carregados eletricamente sob a influ ncia de um campo el trico no qual a separa o entre dois solutos ocorre de acordo com diferen as nas suas mobilidades eletrofor ticas O
74. l eiii 47 A E Sa 48 DL MrOdU O ii iaa 48 A CS 48 421 A A E VR RO ERR aE 49 422 ENO STA Gas RC a Lim Ra T Ria 50 42 3 Leuco gra i iena saidas do dos d ras dad RL KERERE LATERE ER cade soda iai aa on a 52 AAA O AS Sb SG O EAE EGR 54 ADS RetiCUI CIOS iia a Ti to 55 4 3 Estudo morfol gico do sangue perif rico 55 4 3 1 T cnica de execu o do esfrega o toi it lin Consta SE e caga 57 4 3 2 Colora o de MayGrunwald GiemMSa oocoocooccconocccnoncnononanononaconnnacononoconnncnnnnnoss 58 44 Veloodade de clica cap e ai a 58 44 Altas estilo 59 4 5 Hemoglobina glicosilada HbAIC eee eerereaeaa 59 45 1 Adams HA 8160 a eta r A ad EREE A 60 4 6 T cnicas manuais em Imunohematologla ooocccnnocccnoncccnoncncnonnnononcnonnncnnnnnccnnnncn ns 61 A A ae a SEE ROD Us da Saami 61 4 6 1 1 Tipagem IS AAA da ais danada 61 4 7 Estudo da coagula o js sentisse Lestitu ss atan asa isa sesta ida ada dO as Ut antena apa 63 AL Tempo de prottrombMa sero O a 63 4 1 1 1 Fundamento do Me Oti tin 64 ATL Procedimento A QU au aa 64 4 7 1 3 Interpreta o de resultados nit An 64 4 7 2 Tempo de tromboplastina parcial ativada 64 4 1 2 1 Fundamento do m todo suscitada 65 4 1 2 2 Procedimento cesiones lia 65 4 1 2 9 LAPressao do resultado eri AA e 65 5 Valencia de BIOQU MICA saves goes it pao tda a Ag o aa 66 A LOLEK OZO LO LTO LAA EEA EE RE UA E REU SUR E PARR ARRD RE Dos AR RR RR 66 5 2 Cobas 6000 e par met
75. lidade est o principalmente indicados quando o microrganismo pertence a uma esp cie capaz de exibir resist ncia aos antimicrobianos mais frequentemente utilizados O TSA nas cartas do VITEK 2 Compact 15 consiste numa combina o de f rmacos para determinados microrganismos em que o resultado dado como sens vel resistente ou interm dio ao antibi tico Neste laborat rio utilizam se as seguintes cartas de TSA AST N244 Carta para determina o da sensibilidade de bacilos Gram negativos com significado cl nico Cont m os seguintes antibi ticos Amoxicilina cido Clavul nico Ertapenem Ampicilina ESBL f latamases de largo espetro Cefalotina Fosfomicina Cefditoren Gentamicina Cefepime Imipenem Cefotaxima cido nalid xico Cefoxitina Nitrofuranto na Ceftazidima Tobramicina Cefuroxima Trimetoprim Sulfametoxazol 29 Ciprofloxacina AST P586 Carta para a determina o da sensibilidade de Gram positivos nomeadamente Enterococcus spp e S agalactiae Cont m os seguintes antibi ticos Ampicilina Moxifloxacina Ampicilina Sulbactam Nitrofuranto na Benzilpenicilina Quinopristina Dalfopristina Cefuroxima Estreptomicina alta conc Clidamicina Teicoplanina Eritromicina Tetraciclina Gentamicina alta conc Tigeciclina Imipenem Trimetoprim Sulfametoxazol Levofloxacina Vacomicina Linezolide AST P619 Carta para a determina o da sensibilidade de Gram positivo
76. lirrubina mais rapidamente do que o f gado a consegue metabolizar fazem com que os 15 n veis de bilirrubina n o conjugada indireta aumentem na circula o A imaturidade hep tica e v rias outras doen as em que o mecanismo de conjuga o da bilirrubina est alterado provocam eleva es semelhantes da bilirrubina n o conjugada em circula o A obstru o do canal biliar ou as les es da estrutura hepatocelular causam aumentos dos n veis tanto da bilirrubina conjugada direta como da n o conjugada indireta na circula o 5 2 11 1 Princ pio do teste da Bilirrubina total A Bilirrubina total determinada atrav s de um ensaio colorim trico Na presen a de um agente solubilizante apropriado liga se a um 1 o diaz nio em meio cido A intensidade da cor do azo corante vermelho formado diretamente proporcional bilirrubina total e pode ser determinada fotometricamente 5 2 11 2 Principio do teste da Bilirrubina direta A bilirrubina conjugada reage diretamente com sal 3 5 diclorofenil diaz nio em tamp o cido formando a azobilirrubina de cor vermelha A intensidade da cor do azo corante vermelho formado diretamente proporcional concentra o de bilirrubina direta sendo determinada fotometricamente 5 2 12 Ionograma O ionograma determinado por potenciometria j descrita anteriorimente No plasma existem diversos eletr litos positivos como o Na K Ca Mg ou negativos como o
77. lora es e lavagens bancada e estufa para o exame cultural e zona para o exame microsc pico O processamento efetuado no per odo da manh exce o das urinas ass pticas em que o exame microsc pico do sedimento e a sementeira s o feitos no per odo da tarde Na elabora o do relat rio procurou se fazer uma apresenta o geral do trabalho que realizado neste setor e inclui a colheita do produto biol gico o exame microsc pico e cultural os testes de identifica o e de suscetibilidade aos antibi ticos bem como os aparelhos autom ticos utilizados 3 2 Ciclo de diagn stico 3 2 1 Normas gerais de colheita O laborat rio de Microbiologia pode fornecer informa o crucial para o diagn stico e tratamento de doen as infeciosas suspeitas ou confirmadas No entanto s o poder fazer se as amostras forem de boa qualidade em quantidade suficiente colhidas adequadamente e acompanhadas por informa o cl nica pertinente As informa es que se descrevem a seguir de modo geral devem ser respeitadas para que o diagn stico seja bem sucedido 18 gt A colheita deve ser realizada em condi es de assepsia e a amostra colhida deve ser representativa do local da infe o gt A colheita deve ser feita sempre que poss vel antes de se iniciar a terap utica anti microbiana gt Deve colher se produto em quantidade suficiente para os exames requisitados gt Os recipientes para a recolha de produtos l qu
78. lyvitex PVX e Gelose Columbia 5 de sangue de Carneiro COS O procedimento consiste em seleccionar uma por o purulenta da amostra com uma ansa descarregar no meio de cultura e fazer a sementeira por quatro quadrantes Interpreta o de resultados Valorizam se na gelose de sangue as hem lises caracter sticas seguindo se a sua identifica o atrav s de testes complementares No PVX verificar a presen a de col nias que n o cresceram na gelose de sangue As col nias de Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis t m um aspecto transparente Segue se a identifica o atrav s de testes complementares No caso de uma cultura positiva a escolha do antibiograma a realizar feita em fun o do microrganismo isolado 3 7 Trato gastrointestinal As infe es do aparelho gastrointestinal t m uma elevada incid ncia na popula o em geral com grande morbilidade em alguns grupos et rios como as crian as e idosos O sintoma mais comum destas infe es a diarreia isto produ o de fezes l quidas de forma frequente e sem controlo Os microrganismos patog nicos mais frequentemente ligados infe o gastrointestinal s o a Salmonella spp a Shigella spp o Campilobacter spp e a Escherichia coli enteropatog nica No laborat rio faz se o despiste por rotina de Salmonella spp e Shigella spp nas fezes 3 7 1 Coprocultura 3 7 1 1 Colheita A colheita de fezes consiste em 3 amostras de dias dif
79. menta o O seu estudo de interesse n o s como principal componente das membranas celulares e regulador da sua fluidez mas tamb m como precursor de muitas mol culas sinalizadoras incluindo hormonas ester ides progesterona testosterona estrog nios e cortisol A determina o do colesterol total utilizada para o despiste do risco aterog nico e no diagn stico e tratamento de doen as que envolvem n veis elevados de colesterol bem como de perturba es do metabolismo lip dico e lipoprote co A hipercolesterol mia um fator de risco da aterosclerose existindo uma correla o entre o valor de colesterol e a incid ncia de doen as cardiovasculares 5 2 2 1 Princ pio do teste O colesterol total determinado por um m todo colorim trico enzim tico Os steres do colesterol s o clivados atrav s da a o da colesterol esterase e produzem colesterol livre e cidos gordos A colesterol oxidase catalisa a oxida o do colesterol para colest 4 en 3 ona e per xido de hidrog nio Em presen a da peroxidase o per xido de hidrog nio formado afeta o acoplamento oxidativo do fenol e da 4 aminoantipirina formando um corante vermelho de quinona imina A intensidade da cor do corante formado diretamente proporcional concentra o de colesterol determinado medindo o aumento da absorv ncia 69 5 2 3 Colesterol HDL As lipoprote nas de alta densidade s o respons veis pelo transporte inverso do col
80. muito importante em rela o aterosclerose coron ria As estrat gias terap uticas actualmente adoptadas t m por objetivo a redu o lip dica e como principal alvo o colesterol LDL levando a um melhoramento da fun o endotelial e na preven o da aterosclerose reduzindo a sua progress o e evitando a ruptura das placas 5 2 4 1 M todo Colesterol LDL Directo 5 2 5 Triglic ridos Os triglic ridos ou triacilglicer is s o steres de glicerol tri hidratado com 3 cidos gordos de cadeia longa Uma fra o obtida na dieta di ria e outra sintetizada no f gado A avalia o dos triglic ridos utilizada no diagn stico e tratamento de doentes com Diabetes Mellitus obstru o hep tica altera es do metabolismo dos l pidos e outras doen as end crinas No entanto para o diagn stico e monitoriza o de doen as cardiovasculares deve ser feito em conjunto com o colesterol e lipoprote nas 5 2 5 1 Princ pio do teste A determina o deste par metro efetuada por um ensaio colorim trico enzim tico utilizando uma lipoprote na l pase para a hidr lise r pida dos triglic ridos em glicerol seguida de oxida o para fosfato de di hidroxiacetona e per xido de hidrog nio O 71 per xido de hidrog nio reage depois com 4 aminofenazona e 4 clorofenol sob a ag o catal tica da peroxidase para formar um corante vermelho reag o de ponto final de Trinder A intensidade crom tica do corante v
81. narini Diagnostics Division Arkray Inc 2002 Roche Diagnostics GmbH Cobas 6000 User s Manual Mannheim Alemanha Roche Diagnostics 2005 Silva MJ Slides da cadeira de Bioqu mica cl nica II 6 Mestrado em An lises Cl nicas da Faculdade de Farm cia da Universidade de Lisboa 2013 Otta VT Bioqu mica Cl nica para o laborat rio Princ pios e interpreta es 4 ed Porto Alegre Editora M dica Missau S o Paulo Robe editorial EDUCS Caxias do Sul 2003 96
82. nas ao magn sio 5 2 16 Ferro O ferro essencial para a maioria dos organismos vivos e participa numa variedade de processos vitais desde os mecanismos oxidativos celulares at ao transporte de oxig nio O ferro ingerido com a alimenta o sob a forma f rrica Fe3 chegando ao est mago por a o do cido asc rbico cido clor drico e glutati o presentes no suco g strico convertido na forma ferrosa Fe2 que absorvida Nas c lulas das mucosas os i es Fe2 ligam se s mol culas de transporte Antes de passarem para o plasma os i es s o oxidados pela ceruloplasmina a Fe3 e ligados transferrina sob esta forma na forma do complexo transferrina ferro que praticamente todo o ferro s rico transportado no plasma sangu neo Cada mol cula de transferrina tem a capacidade de transportar um m ximo de 2 mol culas de Fe3 Um dos principais destinos do ferro a sua incorpora o na c lula eritr ide a n vel da medula As determina es de ferro s o levadas a cabo para o diagn stico e monitoriza o de anemias microciticas macrociticas normociticas hemoliticas hemoglobinopatias doen as da medula ssea les o t xica da medula ssea doen as cr nicas renais hemocromatose A diminui o de ferro ocorre em associa o com defici ncia generalizada de ferro consequente de uma dieta pobre em ferro absor o inadequada ou perda cr nica como resultado de hemorragia perturba o na libert
83. nde n mero de prote nas plasm ticas entre elas est o os fatores da coagulac o e os seus inibidores que est o implicados numa sequ ncia de intera es muito controlada que resulta na forma o de trombina e posteriormente de fibrina O sistema de coagulac o est dividido em 2 vias a via extr nseca na qual se forma um complexo entre o fator VII o c lcio e o fator tecidular e a via intr nseca na qual 3 prote nas plasm ticas fator XII cininog nio e pre calicre na formam um complexo sobre o colag nio do subendot lio vascular O Coagul metro ST4 da STAGO Figura 12 o equipamento semiautom tico utilizado para o estudo da coagula o nomeadamente do tempo de protrombina TP e do tempo de tromboplastina parcial ativada aPTT Tem como m todo a dete o do co gulo por altera o da densidade tica do meio de rea o m todo tico turbidim trico Os testes da coagula o s o executados em plasma com citrato triss dico numa raz o de 1 9 uma parte de citrato para 9 de sangue Figura 12 Coagul metro ST4 da STAGO 4 7 1 Tempo de protrombina TP Este teste explora principalmente a exist ncia de defeitos na via extr nseca da coagula o protrombina e fatores II V VII e X O tempo de protrombina TP utilizado tr s situa es i monitoriza o da terap utica com anticoagulantes 11 triagem de dist rbios do sistema da coagula o 111 como prova da fun o hep tica 63
84. ngu neo A determina o do grupo sangu neo baseia se na identifica o dos componentes antig nicos presentes na superf cie dos eritr citos e um par metro de elevada import ncia j que est diretamente relacionado com a terap utica transfusional e a preven o de acidentes hemol ticos graves secund rios a ela 4 6 1 1 Tipagem ABO e Rh Os antig nios ABO s o expressos ao n vel da membrana eritrocit ria endotelial e epitelial desempenhando um papel importante como antig nios de histocompatibilidade Existem 4 grupos sangu neos A B AB e O Os ep topos antig nicos s o determinados por hidratos de carbono ligados a polip ptidos ou l pidos formado respetivamente glicoprote nas ou glicol pidos A cada antig nio corresponde uma isoaglutinina Anti A ou Anti B Os indiv duos do tipo A t m antig nios A nos eritr citos e aglutininas naturais no soro contra eritr citos tipo B os do tipo B t m nos eritr citos antig nio B e no soro anticorpos naturais tipo aglutininas contra eritr citos do tipo A o soro dos indiv duos do grupo AB n o cont m anticorpos e o soro dos indiv duos O tem anticorpos tipo aglutininas anti A e tamb m aglutininas anti B A Tipagem Rhesus Rh bastante complexa e por tal os indiv duos s o classificados apenas como Rh positivo ou Rh negativo dependendo da presen a ou aus ncia do antig nio D superf cie do eritr cito Quando um individuo n o possui este antig n
85. nsparentes a opacas e uma P hem lise deve confirmar se a morfologia pela colorag o de Gram cocos Gram positivos em cadeia e se Catalase negativa Neste caso procede se pesquisa dos antig nios dos grupos de Lancefield para a classifica o de Streptococcus spp e ao antibiograma em sistema autom tico Vitek O 3 6 Trato respirat rio inferior Nos indiv duos com infe es do trato respirat rio inferior um sintoma comum a tosse produtiva As infe es ocorrem mais frequentemente em doentes entre os 50 e os 60 anos e com doen as concomitantes cr nicas Os agentes mais comuns s o Staphylococcus aureus Streptococcus pneumoniae Moraxella catarrhalis Haemophilus influenzae Klebsiella pneumoniae Pseudomonas aeruginosa e Legionella pneumophila O exame microbiol gico da expetorag o torna se uma ferramenta essencial para o diagn stico da infe o 3 6 1 Expetora o 3 6 1 1 Colheita 41 O trato respirat rio inferior normalmente est ril No entanto o diagn stico de infe es respirat rias inferiores frequentemente dificultado pela contamina o das amostras por flora comensal da orofaringe durante a colheita O laborat rio deve processar apenas as amostras de boa qualidade O procedimento para uma boa colheita consiste em gt Se poss vel colher a primeira expetora o da manh gt Lavar a boca e gargarejar s com gua antes da colheita gt Colher a expetora o por tosse profunda o l
86. nsufici ncia da s ntese hepatocelular altera es da secre o no espa o intravascular distribui o anormal entre o espa o intra e extravascular catabolismo e perda de albumina rea es de fase aguda e analbuminemia cong nita Quando ocorre excre o diminuta mas an mala de albumina na urina estamos perante um caso de microalbumin ria As suas causas podem ser glomerulares devias a microangiopatia diab tica hipertens o les o glomerular menor tubulares inibi o da reabsor o ou p s renais A albumina tamb m uma prote na que funciona como marcador de v rias formas de protein ria 5 2 7 1 Princ pio do teste A albumina quantificada no soro e urina atrav s de um ensaio imunoturbidim trico Os anticorpos anti albumina reagem com o antig nio na amostra e formam complexos antig nio anticorpo Estes ap s aglutina o s o determinados por turbidimetria 5 2 8 Prote na C reativa A PCR a prote na cl ssica de fase aguda das rea es inflamat rias Sintetizada no f gado constitu da por cinco cadeias polipept dicas id nticas que formam um anel com cinco membros A sua determina o utilizada para detetar processos inflamat rios sist micos avaliar o tratamento de infe es bacterianas com antibi ticos monitorizar terapeuticamente doen as reum ticas e avaliar a terap utica anti 73 inflamat ria As medi es sens veis da PCR foram utilizadas e discutidas para a det
87. nte ao n vel da desidrata o cor e transpar ncia do meio e incubada mediante as respetivas condi es ideais para posterior observa o do desenvolvimento bacteriano 6 2 Avalia o externa da qualidade A avalia o externa da qualidade tamb m denominada por avalia o de desempenho ou controlo da qualidade externo consiste na avalia o do desempenho do laborat rio atrav s da an lise dos resultados obtidos emitidos nos exames de material de controlo realizados nas condi es habituais de funcionamento Na pr tica s o enviadas amostras para o laborat rio por uma entidade externa O conte do das amostras conhecido mas n o revelado ao laborat rio As amostras s o examinadas exatamente da mesma forma que as amostras dos utentes Os resultados obtidos s o depois comparados com os resultados esperados e estatisticamente tratados pela entidade respons vel O laborat rio de An lises Cl nicas Dr Aires Raposo amp Dr Teresinha Raposo Lda participa no programa NEQAS United Kingdom National External Quality Assessment Service 94 7 Conclus o A realizag o do est gio neste laborat rio foi uma experi ncia nova que me possibilitou a aquisi o de novos conhecimentos e aplica o pr tica dos conte dos te ricos adquiridos ao longo do mestrado em an lises cl nicas O est gio nas reas de hematologia microbiologia e bioqu mica permitiu a compreens o do fundamento dos m todos utilizado
88. o negro poss vel Shigella 3 8 Olho As infe es oculares incluem infe es das estruturas externas do olho blefarites conjuntivites e queratites estruturas internas do olho endoftalmites e infe es do sistema lacrimal canaculites dacriocistites dacrioadenites A n vel do saco conjuntival 44 existe uma flora sapr fita constitu da principalmente por Staphylococcus epidermidis Staphylococcus aureus Corynebacterium spp e Propionibacterium acnes Neste laborat rio pesquisam se essencialmente agentes causadores de conjuntivites bacterianas o tipo mais frequente de infe o ocular que pode ocorrer por inocula o direta ou ex gena ou por dissemina o hematog nica a partir de um foco infecioso Os principais agentes de conjuntivite da comunidade s o Staphylococcus aureus Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae Streptococcus pyogenes Neisseria gonorrhoeae e Moraxella catarrhalis No rec m nascido os agentes infecciosos mais frequentes s o Chlamydia trachomatis n o pesquisada no laborat rio Neisseria gonorrhoeae Staphylococcus aureus e Bacilos de Gram negativo 3 8 1 Exsudado ocular 3 8 1 1 Colheita Utilizar uma zaragatoa seca ou com soro fisiol gico e pass la ao longo da conjuntiva tarsal inferior Repetir o procedimento com uma segunda zaragatoa e fazer o esfrega o na altura da colheita 3 8 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto Colora o de Gram Exame cultural
89. o a AST s rica aumenta atingindo o seu pico m ximo dois duas ap s a ocorr ncia A aparente redu o dos n veis s ricos desta enzima pode estar relacionada com a diminui o do fosfato piridoxal o grupo prost tico das AST de onde resulta 5 2 19 1 Princ pio do teste A AST na amostra catalisa a transfer ncia de um grupo amina entre L aspartato e 2 oxoglutarato formando oxaloacetato e L glutamato O oxaloacetato reage ent o com NADH na presen a de malato desidrogenase MDH formando NAD A taxa de oxida o de NADH diretamente proporcional atividade catal tica da AST determinada medindo a diminui o da absorv ncia 5 2 20 Alanina aminotransferase A alanina aminotransferase ou transaminase glut mico pir vica GPT est presente em v rios tecidos mas a sua principal fonte o f gado tornando se um par metro de refer ncia para o diagn stico de doen as hep ticas Os aumentos s ricos da ALT verificam se nas hepatites cirrose icter cia obstrutiva carcinoma hep tico e no abuso cr nico de lcool Apresenta apenas um ligeiro aumento em doentes com enfarte agudo do mioc rdio sem complica es Quando h um comprometimento hep tico tanto a ALT como a AST s ricas ficam elevadas mas a ALT mais espec fica do f gado para al m de que o seu aumento persiste durante mais tempo 5 2 20 1 Princ pio do teste 82 A ALT catalisa a reac o dentre L alanina e 2 oxoglutarato O piruvato
90. ode resultar da diminuig o da excreg o urin ria do pot ssio ou da transfer ncia do pot ssio celular para o plasma A causa mais frequente a insufici ncia renal aguda A Hipocali mia valor baixo de K pode resultar de perdas digestivas v mitos tumores vilosos ou urin rias ingest o de diur ticos Hiperaldosteronismo S ndrome de Cushing O cloro o principal ani o extracelular que juntamente com o s dio representa a maioria dos componentes osmoticamente ativos do plasma Encontra se envolvido na manuten o da distribui o de gua e press o osm tica A hiperclor mia excesso de Cl surge quando h hipernatr mia No entanto o cloro pode estar anormalmente aumentado em situa o de s dio normal para compensar perdas do i o bicarbonato HCO3 no caso de haver perda digestiva de bicarbonatos diarreias abundantes aspira es digestivas A hipoclor mia valor baixo de Cl pode estar associada a uma baixa de s dio mas tamb m pode existir independentemente em situa o de acidose metab lica devido ao aumento de outros ani es ex alcalose metab lica cetoacidose diab tica 5 2 13 C lcio O c lcio o elemento mineral mais abundante no organismo encontrando se principalmente nos ossos 99 sob a forma de hidroxiapatite O restante c lcio est distribu do no fluido extracelular e tecidos em especial no m sculo esquel tico Tem um papel crucial em processos de manuten o da vida como a
91. omo eritr citos leuc citos cristais c lulas epiteliais entre outros 5 4 2 Urina a tempo determinado urina de 24 horas A colheita de urina de 24h constitui uma parte importante do exame e deve ser bem feita Se o volume de urina colhida for muito reduzido necess rio repetir a colheita Antes da colheita o utente instru do para o seguinte procedimento gt O in cio da colheita dever dar se preferencialmente pela manh desprezando se a primeira mic o gt A partir da dever colher a urina de todas as mic es que se seguirem durante as 24 horas se poss vel diretamente para o recipiente sem perder qualquer quantidade de urina gt A ltima mic o dever ser rigorosamente mesma hora em que iniciou a recolha no dia anterior A urina desta ltima mic o deve ser totalmente vertida no recipiente de colheita gt Se verificar que o frasco de 2 litros fornecido n o suficiente para guardar toda a sua urina de 24 horas pode colocar o excesso de urina numa garrafa de gua de 1 5 litros limpa e seca gt Durante o per odo de colheita da urina de 24 horas o s recipiente s dever o ser armazenados no frigor fico Uma das principais indica es para a utiliza o deste tipo de amostra a avalia o da diurese e fun o renal A urina de 24 horas pode ser tamb m utilizada para doseamentos de hormonas metabolitos ou outras subst ncias que s o excretados na urina 90 5 4 3 Pesquisa de
92. omuscular e pode ser causada por diarreia prolongada grave s ndromes de m absor o hiperaldosteronismo e terap utica diur tica A hipermagnes mia foi identificada em casos de insufici ncia renal glomerular e coma diab tico Existe indica o para a sua determina o nos seguintes casos enfarte do mioc rdio arritmia card aca refrat ria alcoolismo hipocali mia hipocalc mia e hiponatr mia refrat rias terap utica com diur ticos intoxica o pela digoxina terap utica com aminoglicosidos e anfotericina B diarreias severas altera o dos eletr litos de causa desconhecida irritabilidade neuromuscular de causa desconhecida principalmente na aus ncia de hipocalc mia terap utica com agentes nefro ou citot xicos pr eclampsia ou eclampsia 19 5 2 15 1 Princ pio do teste O magn sio determinado a partir de um m todo colorim trico com clorofosfonazo III O clorofosfonazo III ZPZ III liga se ao magn sio e causa um aumento da absorv ncia O EGTA cido tetra ac tico etilenebis oxietilenenitrilo utilizado para inibir a liga o do c lcio ao CPZ III As interfer ncias de absorv ncia n o espec ficas s o reduzidas pela adi o de EDTA cido etilenediaminetetra ac tico que remove o magn sio do complexo magn sio CPZ III e possibilita uma medi o exata do branco amostra A diferen a de absorv ncia entre o complexo magn sio CPZ III e o complexo tratado com EDTA a absorv ncia devia ape
93. os mantido a 4 C e na altura da sua utiliza o colocado temperatura ambiente e introduzido no aparelho 4 3 Estudo morfol gico do sangue perif rico Na rotina deste laborat rio os resultados considerados aprovados pelos contadores eletr nicos s o normalmente emitidos sem interfer ncia humana com interface dos resultados para o sistema de processamento de dados 55 Para os hemogramas reprovados ex par metros fora dos valores de refer ncia e outros alarmes emitidos pelo aparelho e solicita es m dicas espec ficas pesquisa de linf citos at picos esfer citos e outros o hemograma poder ser repetido e ou efetuado um esfrega o para observa o microsc pica A an lise microsc pica baseia se na observa o de sangue perif rico tendo em aten o as tr s linhagens Na linhagem eritroc tica poss vel observar as altera es morfol gicas tamanho forma cor inclus es e altera es do estado de matura o Tabela 3 Na leucoc tica observam se as altera es morfol gicas tamanho das c lulas aspeto da cromatina forma do n cleo presen a ou n o de nucl olos rela o n cleo citoplasma exist ncia ou n o de gr nulos bas filia do citoplasma contagem diferencial de leuc citos e as altera es do estado de matura o E na plaquet ria para al m das altera es morfol gicas observam se as altera es num ricas e agregados plaquet rios Tabela 3 Interpreta
94. os obtidos Esta avalia o indica se o resultado do antibiograma consistente com a bact ria identificada Figura 5 VITEK 2 Compact 15 Os microrganismos s o identificados e em seguida s o feitos os seus antibiogramas por este sistema O procedimento executado de acordo com as indica es do fornecedor e consiste em fazer suspens es padronizadas das col nias col nias puras solu o salina de VITEK segundo Mac Farland 3 2 5 1 Identifica o de microrganismos As cartas de identifica o utilizadas possuem po os que cont m substratos bioqu micos desidratados N o s o necess rios reagentes adicionais pelo que se elimina deste modo o risco de omiss o ou erro durante a manipula o No laborat rio foram utilizadas as seguintes cartas de identifica o bacteriana GN Identifica o de bact rias de Gram negativo GP Identifica o de bact rias de Gram positivo 28 Figura 6 Cartas de VITEK no respetivo suporte de manuseamento 3 2 5 2 Teste de suscetibilidade aos antibi ticos O TSA baseia se na determina o da capacidade que um microrganismo tem de se multiplicar in vitro na presen a de diferentes f rmacos Deve realizar se para qualquer microrganismo que seja respons vel por um processo infecioso e que necessite de terap utica antimicrobiana sempre que a suscetibilidade n o puder ser previs vel pelo conhecimento da identidade do microrganismo Os testes de suscetibi
95. pa ats ficado safa iefasasiad 33 3 4 Trato Denial to Nasa aaa SRS Sa TE O AS SS aa 35 3 4 1 A nda 35 SALA Colheita essas pita gua pics 3 3 4 1 2 Procedimento aboratonal ssa rs asa o 36 RT 38 A A CORN RG RR SR DN 38 3 4 2 2 Procedimento laboratorio reo 38 3 5 Trato respirat rio SUperior A son an E ag Uta idea dates ata n is 39 Een EE DoT leE KE I E A EE EA A E Sa Desa dG oa Ieda SEU ada aos da So Taio 39 JS l le Colheita isein i a aie a a i a 40 3 5 1 2 Procedimento laboratorial eseeseeeseseesesresseseresresseseresressessresrensessresres 40 3 3 2 Exsudado faring O snieni a E ecc df ae ta EE 40 Se 2 A E E E E E R 41 3 5 2 2 Procedimento laboratorio ia 41 3 0 Trato respirat rio Inferio senos r na e R 41 3 6 1 Expetora o ii EE E ER E R A AA 41 A 6 1 o 6 bs e n e GN DARE OR e eae RR N E 41 3 6 1 2 Procedimento laboratortal ts dis 42 3 1 Trato gastrointestinal cassia RR inss 43 3 1 1 Coprocultura iria ida aaa E tada Vieira casa eae 43 Saab CONCHA eo ao a E E E A 43 3 10 2 Proc dimento Iaboratonal y ia 44 e e RO LEA DR 44 3 8 1 Exsudado OQUIA euiiii li lord 45 38 Mi AAA ad DA da E 45 3 8 1 2 Procedimento laboratorial asirio not io 45 39 Ouvido saia dos ra io e rea SIA pais da a E a aca a 46 3 9 1 Exs dado auricular ad 46 A A ON 46 3 9 1 2 Procedimento laboratorial it e ido 46 gt 10 Exsudados pomilenos as Ss DS 47 LOL AMOSA asii atlas 47 SA ii AA O A 47 3 10 1 2 Procedimento laboratoria
96. r erros que comprometem os resultados das an lises No per odo da manh realiza se a maior parte da atividade nesta rea As amostras de soro e plasma colhido em citrato s o centrifugadas a 3000 rpm durante 15 minutos numa centrifugadora refrigerada Figura 2 Os volumes de urina a tempo determinado s o medidos As amostras s o rastreadas utilizando o programa inform tico Process Systems Manager PSM da Roche atrav s de uma unidade de leitura do c digo de barras e s o encaminhadas para os respetivos setores juntamente com a folha de trabalho correspondente Figura 2 Centrifugadora refrigerada e centrifugadora das urinas As amostras de soro e urina para an lise bioqu mica e imunol gica s o encaminhadas para estes setores atrav s do elevador existente para o efeito Depois de analisadas s o 16 refrigeradas a 4 C ou congeladas na seroteca 20 C Quando a an lise n o realizada no pr prio dia os soros s o congelados na seroteca e posteriorimente analisados dentro do prazo estipulado recomendado nas bulas dos fornecedores para que mantenham a viabilidade Amostras de urina para exame microsc pico do sedimento urinas tipo II e ass ticas s o centrifugadas em centrifugadora pr pria Figura 2 As amostras para an lise hematol gica s o encaminhadas diretamente para este setor que est equipado com uma unidade inform tica pr pria para a rastreabilidade das amostras de sangue total em
97. ra o de cido rico e determinada medindo o aumento da absorv ncia 5 2 10 Creatinina 2 A creatinina um produto do fosfato de creatina no metabolismo muscular que normalmente gerado no organismo a uma velocidade razoavelmente constante dependente da massa muscular A sua determina o no soro ou plasma constitui o m todo mais utilizado na avalia o da fun o renal uma vez que filtrada livremente pelos glom rulos e em condi es normais n o re absorvida pelos t bulos em quantidades relevantes Tem valor de diagn stico e progn stico nas seguintes situa es nefropatias nefrose por produtos 74 t xicos como Hg e Ag insufici ncia card aca pode existir uma reten o discreta ou moderada de creatinina embora n o exista verdadeira nefropatia e nas obstru es urin rias pr stata bexiga ureter c lculos e an ria reflexa que produzem eleva es da creatinina revers veis com a repara o da obstru o 5 2 10 1 Princ pio do teste A determina o da creatinina feita atrav s de um ensaio colorim trico cin tico baseado no m todo de Jaff Numa solu o alcalina a creatinina forma um complexo amarelo avermelhado com picrato A taxa de forma o do corante proporcional concentra o de creatinina na amostra 5 2 10 2 Clearance da creatinina Como s observado um aumento da creatinina no sangue quando ocorrem les es graves dos nefr nios a determ
98. ra um tubo com anticoagulante que poder ser EDTA ou citrato de s dio salvo raras situa es mais espec ficas O EDTA o anticoagulante mais usado na rotina hematol gica para a execu o do hemograma velocidade de sedimenta o hemoglobinas glicosiladas e grupos de sangue Atua por quela o irrevers vel do c lcio elemento essencial no processo de coagula o do sangue O citrato triss dico tamb m atua por quela o do c lcio mas de forma fraca e revers vel sendo o anticoagulante de refer ncia para o estudo da coagula o na propor o de 9 partes de sangue para 1 parte de anticoagulante Os tubos t m uma marca que indica o limite de enchimento do sangue colhido para que a propor o sangue anticoagulante seja respeitada Se a quantidade de sangue colocada for superior a quantidade de anticoagulante poder n o ser suficiente para exercer a fun o de quelante e neste caso poder o surgir co gulos na amostra Por outro lado se o volume de sangue for inferior quantidade indicada o anticoagulante estar em excesso podendo causar entre outros a altera o da morfologia celular 15 Figura 1 Tubos de soro citrato e EDTA 2 3 Triagem e conservac o das amostras O laborat rio disp e de uma rea f sica para a triagem onde se colocam as amostras colhidas em suportes adequados ao abrigo da luz e de qualquer fonte de calor A triagem uma etapa importante uma vez que dela podem ocorre
99. rama O estudo dos leuc citos baseia se nos seguintes par metros contagem caracter sticas morfol gicas propor es relativas matura o e modifica es na inflama o A contagem normal de leuc citos varia entre 4 3 e 10 8 x 10 L Deste valor 45 a 75 s o neutr filos 16 a 45 linf citos 4 a 10 mon citos O a 7 eosin filos e O a 1 bas filos 52 O aumento do n mero de leuc citos gt 10 8 x 10 L designa se por leucocitose e resulta na maioria dos casos do aumento do n mero de neutr filos neutrofilia As principais causas de leucocitose s o infe o inflama o traumatismo e leucemia linfoma H algumas situa es que s o acompanhadas pelo aumento de um tipo espec fico de leuc cito pelo que a realiza o de um hemograma pode ter particular interesse no seu diagn stico Por exemplo as infe es bacterianas acompanham se frequentemente de neutrofilia as infe es v ricas de linfocitose e as infe es parasit rias e doen as al rgicas de eosinofilia A diminui o do n mero de leuc citos para n veis inferiores a 4 3 x 10 L designa se por leucopenia e resulta geralmente de uma diminui o do n mero de neutr filos neutropenia As principais causas de leucopenia s o o uso de f rmacos que afetam a produ o de leuc citos as terap uticas imunossupressoras e as s ndromes de imunodefici ncia Sobretudo em situa es neopl sicas linfomas e leucemias para al m da contagem dos l
100. realizadas 4 2 Hemograma O hemograma o exame complementar mais solicitado na pr tica cl nica fazendo parte de todas as revis es de sa de Al m de fundamental na triagem de sa de co adjuvante 48 indispens vel no diagn stico e no controle evolutivo das doen as infeciosas das doen as cr nicas em geral das emerg ncias m dicas cir rgicas e traumatol gicas e no acompanhamento de quimioterapia e radioterapia Um hemograma completo inclui v rios par metros gt Contagem de gl bulos vermelhos ou eritr citos com os ndices eritrocit rios gt Contagem de gl bulos brancos gt Contagem de plaquetas gt Morfologia celular 4 2 1 Cell Dyn Saphire Para a determina o do hemograma neste laborat rio o manuseamento do t cnico resume se a colocar as amostras de sangue total em EDTA nas racks do aparelho autom tico realizar a sua manutenc o substituir reagentes e pecas solucionar os alarmes do aparelho e avaliar os resultados obtidos O contador hematol gico utlizado o Cell Dyn Sapphire da Abbott Diagnosis Figura 7 que utiliza como princ pios de an lise a tecnologia laser imped ncia el trica e dispers o de luz de marcadores fluorescentes Figura 7 Cell dyn Sapphire da Abbott Diagnosis A introdug o das amostras pode ser efetuada manualmente em sistema aberto open tube ou automaticamente atrav s uma plataforma transportadora rack Quando 49 colocadas as amos
101. ros analisados c ii eeeeerereeereracana 66 A A cs nad aaa R LR a ARE EET 68 A E Principio JO TENDE AA RISE A a 68 4 2 1 2 Diagn stico da Diabetes id e sa a ga para 68 5 2 2 Colesterol total osuna a cl 69 Dan Rrincipio A NN 69 5 2 3 Colesterol HDL lilas RAS Rak 70 5 2 3 1 Principio de test A A a a Gn 70 3 2 4 Colesterol LDL bina sas dan Beda alga asa d ra A E a EE depende 71 52 Ale A 71 5 29 Do bo Gig 8 8 jo RN SRP RA NR PR a AN a USAR A 71 5 2 N ls Principio A a NA 71 5 2 0 Prote nas totales eiee O E Ea 12 3 2 6 ls Pincipio A a a asa ain aS 72 3 24 AMI ts clds 73 12d BOC dO TESE IA A A aa 73 5 28 e AAA A a Sade 73 5 2 9 1 PRINC PIO LOs ains 74 O e e 74 3 29 1 Princ pio DO TESE aia ii diia sl 74 AA A A II A A KE EEEN 74 2 101 Principio do esten 75 5 2 10 2 Clearance da creatinina iii ia 75 32 11 Bilim bina total e direta url pa srs ad pr ad Sn a 75 5 2 11 1 Princ pio do teste da bilirrubina total oonononnnncnnncnnnnonocanonanconcnannnnnnnno 76 5 2 11 2 Princ pio do teste da bilirrubina dir ta oonooonnncnoncnnnnonocnnonncnonecannnnnnnons 76 AS IONOBTAMA cejaansisas mma n a dada ia TU R E ca da pda NE Pa ati a ada 76 DAS CACO e ni id 77 213 1 Principio do este iii 78 LA OSLO A 78 3 2 14 1 Principio do Leste vin id arenales 79 LIMA ESO A A A A A A 79 5 25 A e a E E 80 52O alo 66 DRA ena a a TE E A T RS 80 9 2 16 1 Princ pio do Leste sesion e a AEE EE aae 81 5 2 17 T tulo de
102. s nomeadamente Staphylococcus spp que ont m os seguintes antibi ticos Benzilpenicilina Linezolide Cefotixina Moxifloxacina Clindamicina Mupirocina Daptomicina Nitrofuranto na Eritromicina Oxacilina Fosfomicina Rifampicina cido fus dico Teicoplanina Gentamicina Tetraciclina Vancomicina Tigeciclina Levofloxacina Trimetoprim Sulfametoxazol AST N222 Carta para a determina o da sensibilidade de Pseudomonas spp que cont m os seguintes antibi ticos Amicacina Minociclina Aztreozam Pefloxacina 30 Cefepima Piperacilina Ceftazidima Piperacilina Tazobactam Ciprofloxacina Rifampicina Colistina Ticarcilina Gentamicina Ticarcilina cido Clavul nico Imipenem Tobramicina Meropenem Trimetoprim Sulfametoxazol 2 Para cada microrganismo isolado testado um painel alargado de antibi ticos dispon veis nas cartas do aparelho autom tico mas o relat rio final entregue ao cl nico inclui apenas alguns antibi ticos que s o selecionados de acordo com as regras estabelecidas pelo laborat rio Por exemplo antibi ticos interm dios no Vitek s o reportados como resistentes Tamb m se consideram casos espec ficos em que a administra o de determinados antibi ticos desaconselhada como os antibi ticos do grupo das quinolonas em gr vidas e crian as pois afetam a cartilagem de crescimento interferindo no desenvolvimento sseo 3 3 Trato urin rio As infe es do trato urin rio s o mui
103. s pelos diferentes analisadores a sua manuten o e correta interpreta o dos resultados obtidos Permitiu ainda que aprendesse a colher sangue e outros produtos biol gicos e que aperfei oasse t cnicas manuais e observa o microsc pica De um modo geral a realiza o deste est gio permitiu me adquirir uma vis o global de um laborat rio de an lises cl nicas e da sua aplicabilidade Clinica Penso que os objetivos propostos inicialmente foram cumpridos e sinto que este est gio real ou o meu lado mais habilidoso competente e humano 95 8 Bibliografia Fonseca AB Lito LM Costa MT Orienta es para a elabora o de um manual de boas pr ticas em bacteriologia Programa Nacional de Controlo da Infec o Instituto Nacional de Sa de Dr Ricardo Jorge Observat rio Nacional da Sa de 2004 Servi o Cliente Biblioteca T cnica bioM rieux Portugal Lda acesso em 28 mar 2014 Dispon vel em http www biomerieux pt servlet srt bio portugal home Murray PR Rosenthal KS Pfaller MA Review of Medical Microbiology 5 ed Philadelphia Elsevier Mosby 2005 Hoffbrand AV Pettit JE Moss PAH Fundamentos em Hematologia 4 edi o Porto Alegre Artmed 2004 Correia L Slides da cadeira de Hematologia II 6 Mestrado em An lises Cl nicas da Faculdade de Farm cia da Universidade de Lisboa 2013 Manual do Operador Test 1 Rev 11 Alifax S P A 2001 ADAMS HA 8160 Operating Manual A Me
104. s revestem se de extrema import ncia especialmente em conjugag o com os resultados provenientes das restantes reas No laborat rio Dr Aires Raposo amp Dr Teresinha Raposo Lda o setor de hematologia encontra se no 1 andar e est equipado com aparelhos autom ticos hemogramas contagem de plaquetas e reticul citos velocidade de sedimenta o hemoglobinas glicosiladas e aparelhos com metodologia semi autom tica para determina es na rea da coagula o S o ainda realizadas t cnicas manuais sobretudo na rea da imuno hematologia No per odo da manh fazem se os hemogramas a velocidade de sedimenta o e as Hemoglobinas glicosiladas em amostras de sangue total com EDTA No caso de haver pedidos de eletroforese de Hemoglobinas estas s o mantidas a 4 C e posteriormente enviadas a um laborat rio de refer ncia subcontratado para o efeito As provas de coagula o s o efetuadas em amostras de sangue total com citrato no mesmo per odo Assim que todos os Hemogramas s o efetuados fazem se os esfrega os das amostras nas quais se detectou anomalia e as colora es s o efetuadas no per odo da tarde assim como o respetivo exame microsc pico t cnicas manuais de imunohematologia e valida o de resultados Este cap tulo descreve a minha experi ncia na rea da hematologia e faz refer ncia aos par metros hematol gicos analisados respetivos aparelhos autom ticos e semi autom ticos e t cnicas
105. t 10 esta dever ser investigada tendo em conta a hist ria cl nica do utente presen a de sintomatologia gravidez etc Al m da densidade das col nias avalia se a cor o cheiro e a textura da col nia A col nia de interesse repicada para um meio cromog nico CPS Se necess rio recorre se a testes de identifica o complementares e Gram Depois feita no sistema autom tico Vitek a identifica o do microrganismo se necess rio e antibiograma 34 3 4 Trato genital A flora normal do trato genital inclui v rios microrganismos dependendo da regi o Na vagina e uretra encontram se Enterobacteriaceas Streptococcus spp Enterococcus spp entre outros Na vagina encontram se ainda Lactobacillus spp O colo do tero normalmente est ril podendo estar contaminado com flora vaginal em pequena quantidade Na mulher os agentes comuns de infe es incluem Neisseria gonorrhoeae associada a cervicites assim como Mycoplasma sp e Chlamydia trachomatis Candida albicans e Trichomonas vaginalis est o associadas a vulvo vaginites que apresentam quadros de leucorreias esbranqui adas e esverdeadas respetivamente acompanhadas de queimaduras vaginais Gardnerella vaginalis o agente causador de vaginose bacteriana e as manifesta es cl nicas passam por leucorreias acinzentadas e mucosas com odor caracter stico Em gr vidas entre as 35 e as 37 semanas de gravidez feita a pesquisa de Streptococcus P
106. te Normalmente a pun o efetuada na veia bas lica cubital mediana ou cef lica mas em situa es mais complicadas poder ser efetuada a partir de outras veias ex veias do bra o m o O procedimento de colheita consiste em VN VV NV V Yv v v gt Reunir o equipamento necess rio Fazer a higieniza o das m os Identificar e preparar o utente Escolher o local para a pun o Aplicar o garrote 4 5 dedos acima do local escolhido para a pun o Pedir ao paciente para que feche a m o de modo a tornar as veias mais proeminentes Cal ar luvas bem ajustadas ao tamanho das m os Desinfetar o local usando lcool isoprop lico a 70 e deixar secar completamente Dar firmeza veia segurando o bra o do paciente e colocar o polegar abaixo do s tio da venopun o Inserir a agulha com um ngulo de 30 Uma vez colhida uma quantidade suficiente de sangue aliviar o garrote antes de retirar a agulha Retirar delicadamente a agulha e colocar algod o seco no local exercendo uma ligeira press o Descartar a agulha usada para um recipiente apropriado res duos n vel IV Etiquetar os tubos e confirmar o n mero com o da requisi o Colocar no recipiente adequado contentor n vel III os objetos dos quais podem gotejar sangue ou l quidos corporais Descartar as luvas e fazer novamente a higieniza o das m os 2 No momento da colheita importante ter em conta as vari veis pr anal ti
107. tempo usado para delinear a curva de sedimenta o para cada amostra e os valores s o convertidos para valores comparados ao m todo de Westergreen Os valores de refer ncia situam se entre os O e os 20 mm h 4 5 Hemoglobina glicosilada HbA c Este par metro encontra se inclu do neste cap tulo pois a sua determina o efetuada no setor de Hematologia uma vez que o tipo de amostra sangue total em K3EDTA o mesmo O doseamento da hemoglobina glicosilada ou glicada um par metro til em doentes diab ticos pois permite obter uma retrospetiva a longo prazo dos n veis de glucose no 59 sangue A HbA c surge por adi o n o enzim tica de res duos de glucose a grupos de amino cidos da hemoglobina A HbA Esta hemoglobina formada por 2 subunidades a e 2 subunidades f e por esta raz o as mol culas de glucose podem ligar se em diferentes locais da hemoglobina produzindo distintas formas de hemoglobinas glicadas As diferentes fra es resultantes do processo de glicosila o da Hb A s o designadas por HbA ja HbA b e HbA c Como a HbA c representa cerca de 80 a sua avalia o reflete com fidelidade o grau de glicosila o da hemoglobina Al m disso a HbA c a nica irreversivelmente glicada e portanto suficientemente est vel para ser utilizada na monitoriza o dos n veis glic micos A glicosila o da hemoglobina ocorre durante os 120 dias de vida dos eritr citos e depende da conc
108. tetando erros aleat rios e permitindo a sua corre o Desta forma o laborat rio garante que os resultados obtidos possam ser utilizados com confian a no diagn stico progn stico e decis o terap utica Durante o est gio nas val ncias de hematologia e bioqu mica pude verificar que o controlo interno efetuado diariamente para todos os par metros antes do processamento das amostras Para an lises quantitativas ex hemograma existem tr s n veis de controlo normal alto e baixo que s o efetuados alternadamente um por dia Para as an lises qualitativas alternam se os controlos positivo e negativo A aceita o dos controlos baseada nas respetivas bulas e interpreta o dos gr ficos de Levey Jennings tendo em conta as regras de Westgard Os limites de aceita o s o de 3SD Quando algum resultado se encontra fora dos limites de aceita o procede se a o corretiva como por exemplo uma calibra o As calibra es s o tamb m efetuadas sempre que h mudan a de lote de reagente O controlo de qualidade interno usado na rea da Microbiologia consiste na utiliza o de duas estirpes padr o Staphylococcus aureus ATCC American Type Culture Collection e Eschericha coli ATCC para testar as cartas de identifica o e de antibiograma do VITEK O 2 Compact 15 93 A avalia o da esterilidade dos meios de cultura feita sempre que se d a abertura de um novo lote A placa avaliada macroscopicame
109. to comuns especialmente em mulheres Calcula se que 10 a 20 das mulheres ter o uma infe o urin ria durante a vida e um n mero significativo apresenta infe es recorrentes z A infe o urin ria aguda normalmente adquirida por via ascendente causada por bact rias da flora intestinal sapr fita atrav s de contamina o fecal As vias hematog nica secund ria a uma septic mia iatrog nica flora comensal ou ex gena introduzida por cateter ou sonda vesical s o menos comuns Os sintomas incluem dor frequ ncia e urg ncia em urinar em pequenas quantidades ainda de referir a bacteri ria assintom tica que geralmente s requer terap utica em situa es especiais nomeadamente gr vidas mulheres que realizaram cirurgia genito urin ria e transplantados de rim 31 Os agentes etiol gicos predominantes nas infe es do trato urin rio s o do grupo Enterobacteriacea com destaque para a Escherichia coli 3 3 1 Urina 3 3 1 1 Colheita A urina um fluido biol gico habitualmente est ril mas a sua passagem atrav s da uretra durante a mic o arrasta os microrganismos que usualmente a colonizam podendo induzir a erros na interpreta o da urocultura A colheita da amostra um passo muito importante para o sucesso do diagn stico uma vez que se n o houver uma boa colheita facilmente esta se contamina e torna se necess ria a sua repeti o Para o diagn stico de infe o do trato urin rio s o
110. tr cito Pequenas inclus es granulares Intoxica o por chumbo talassemia minor anemias megalobl sticas e hemoglobinas inst veis Anemias hemol ticas graves e ap s esplenectomia P s esplenectomia anemia Pappenheimer escuras de hemossiderina hemol tica grave e anemias siderobl sticas Rouleaux Eritr citos que aderem uns Gravidez condi es aos outros dando o aspeto de inflamat rias e discrasias de pilhas de moedas espalhadas c lulas plasm ticas como o mieloma m ltiplo Eritroblastos Precursores dos eritr citos Eritropoiese hiperpl sica ou 4 3 1 T cnica de execuc o do esfregaco Na t cnica para a execuc o do esfregaco utiliza se l mina e lamela Deve limpar se sempre a l mina antes de realizar o esfregaco para evitar a forma o de vac olos de gordura Depois de bem limpa coloca se uma gota de sangue pr xima de uma das extremidades da l mina procedendo se sua extens o com lamela numa inclina o de 45 Retrocede se um pouco a lamela para que haja contacto com a gota de sangue e faz se o estiramento ao longo da lamela num movimento r pido firme e delicado Isto permite que o esfrega o seja liso e homog neo com bordos bem definidos e uma espessura a diminuir gradualmente da cabe a para a cauda Deixa se o esfrega o secar 57 infiltra o da medula ssea completamente antes de ser corado para que a morfologia dos eritr citos n o se altere Identifica se e proc
111. tram se 2 t cnicas administrativas cujas principais fun es desempenhadas s o proceder ao atendimento dos utentes informatizar os dados dos utentes bem como as informa es registadas na ficha do utente pelo t cnico de colheitas efetuar a cobran a do servi o prestado e respetivo controlo imprimir envelopar e arquivar os boletins ap s valida o biopatol gica dos resultados receber e encaminhar visitantes ex fornecedores auditores O atendimento sempre efetuado pela ordem de chegada exce o dos utentes priorit rios como gr vidas crian as pequenas diab ticos deficientes e situa es particulares de utentes com provas funcionais 2 2 Colheita das amostras Durante o est gio tive a oportunidade de aprender e realizar colheitas de sangue e exsudados vaginais bem como interagir com os utentes e explicar lhes como colher corretamente amostras de urina fezes e expetora o Neste cap tulo detalha se a colheita das amostras de sangue efetuada atrav s de pun o venosa A colheita das restantes amostras ser detalhada no seguimento do relat rio 13 2 2 1 Colheita de sangue A colheita de sangue neste laborat rio feita por t cnicos habilitados para o efeito Idealmente o doente dever estar sentado alguns minutos antes da colheita por forma a minimizar varia es na concentra o dos constituintes do sangue A escolha da veia deve permitir a recolha de sangue em quantidade suficien
112. tras nas racks do aparelho o mesmo agita identifica a amostra atrav s da leitura do c digo de barras aspira e dilui a amostra de sangue Tabela 2 Principais par metros analisados e respetivo m todo Par metro M todo Dispers o tica contagem principal M A P P S contagem diferencial Leuc citos Imped ncia contagem secund ria Dete o de marcadores CD3 CD4 CD8 por fluoresc ncia Imped ncia RBCi Eritr citos Dispers o tica RBCo Hemoglobina Cianometahemoglobina modificada espectrofotometria Imped ncia PLTi Plaquetas Dispers o tica PLTO Dete o de marcadores CD61 por fluoresc ncia 4 2 2 Eritrograma O estudo da s rie eritrocit ria inclui a contagem do n mero total de gl bulos vermelhos GV a determina o da hemoglobina Hb do hemat crito Ht e dos ndices eritrocit rios ou globulares que permitem descrever caracter sticas qualitativas m dias e incluem o Volume Globular M dio VGM a Hemoglobina Globular M dia HGM e a Concentra o M dia da Hemoglobina Globular CHGM A avalia o de todos estes par metros permite a dete o de situa es de anemia ou poliglobulias Para a determina o do total de GV a t cnica do aparelho autom tico baseia se no princ pio da imped ncia el trica mas tamb m pode ser utilizado um processo de dete o tica O n mero total de GV deve situar se entre 4 5 e 5 5x102 L no homem e 4 0 e 5 0x1
113. ula eletroqu mica Estes 2 el trodos est o conectados por uma solu o eletrol tica que conduz os i es O el ctrodo consiste num condutor met lico que est em contacto com a solu o e os potenciais el tricos s o gerados pela troca de i es entre o condutor met lico e a solu o necess rio para este tipo de doseamento um el ctrodo de refer ncia onde o potencial gerado por determinado i o constante e servir de compara o ao potencial gerado no el ctrodo de trabalho ou seletivo para aquele i o Aplicando a equa o de Nernst assim posteriormente determinada a concentra o do i o na amostra em estudo Antes das determina es anal ticas do aparelho verifica se a necessidade de calibra o por exemplo pela substitui o de reagente e efetua se o controlo de qualidade interno O aparelho programado e as amostras s o colocadas em racks numeradas e a sua identifica o feita atrav s da leitura do c digo de barras pelo pr prio dispositivo Durante o est gio aprendi a programar os m dulos c501 e ISE e os par metros analisados nestes m dulos s o descritos em seguida 67 5 2 1 Glucose A glucose o principal hidrato de carbono presente no sangue perif rico A sua oxida o a maior fonte de energia celular do organismo O doseamento da glicose indispens vel ao diagn stico e monitoriza o de doen as causadas por produ o an mala de insulina e outras hormonas essenciais
114. um muda fraldas para o efeito Lavar os genitais externos com gua e sab o neutro com aux lio de uma compressa esterilizada Colar o saco coletor em torno do meato urin rio Mudar o saco de 30 em 30 min caso a crian a ainda n o tenha urinado Em indiv duos algaliados a colheita n o efetuada no laborat rio Esta deve ser feita por aspira o no local referenciado para o efeito ou por pun o da alg lia N o aceit vel uma colheita de urina realizada a partir do saco coletor da alg lia O procedimento consiste em gt gt Clampar a alg lia durante 10 minutos imediatamente abaixo da deriva o Desinfetar as m os e colocar luvas esterilizadas Desinfetar o local a puncionar com lcool a 70 uma extens o de 5 10 cm e deixar secar Puncionar com um ngulo de 45 a parte oposta ao l men do bal o utilizando um tubo esterilizado com cido b rico adaptado a uma agulha subcut nea e aspirar a urina Retirar a pin a de clampagem e desinfetar o locar de pun o com lcool a 70 ap s a colheita Homogeneizar a urina invertendo o tubo v rias vezes 3 3 1 2 Procedimento laboratorial Exame direto Para o exame a fresco do sedimento urin rio Efetua se ap s centrifuga o de 10 ml de urina a 1500 2000 rpm durante 5 minutos S o pesquisados e contabilizados m dia campo no sedimento c lulas epiteliais leuc citos eritr citos bact rias elementos leveduriformes e parasitas
115. utiliza se primeiro um corante b sico cristal violeta seguido de um agente fixador iodo que aumenta a afinidade da c lula para o corante Segue se um agente descolorante lcool e acetona que remove o corante e finalmente um segundo corante b sico safranina As c lulas que ret m o primeiro corante s o as Gram positivas coram de roxo e as que descoram e ficam coradas pelo segundo corante s o as Gram negativas coram de vermelho A Solu o de Kinyoun Gabett utilizada na pesquisa de bact rias cido lcool resistentes BAAR o caso de Mycobacterium cuja parede celular resistente colora o A fucsina b sica contida na solu o de Kinyoun cora todas as bact rias sendo a sua a o melhorada pela presen a de fenol O cido sulf rico contido na solu o de Gabett age como descolorante as micobact rias t m a propriedade de n o descorar sob a a o do cido contrariamente maioria dos outros grupos de bact rias O azul de metileno contido na solu o de Gabett age como descolorante de contraste e facilita a observa o microsc pica 20 Os bacilos lcool cido resistentes coram de vermelho pela fucsina pois s o os nicos elementos que resistem a o descorante do lcool cido Para facilitar a sua visualiza o cora se o fundo com azul de metileno ficando assim um contraste n tido 3 2 3 Exame cultural No exame cultural importante gt Adequar os
116. uz ortogonal polarizada em despolarizada Complexidade Feixe de laser Figura 9 Detalhe do sistema de dete o MAPSS da Abbott Fonte https pt scribd com doc 223935543 Hemograma Como Fazer e Interpretar A informa o das quatro medidas interpretada atrav s das altera es na luz dispersa pelas c lulas enquanto passam pelo detetor dando a contagem diferencial para classificar a subpopula o dos WBC 4 2 4 Plaquetas A varia o normal da contagem das plaquetas de 150 400 x 10 L O aumento do n mero de plaquetas designa se por trombocitose e pode ocorrer por exemplo em associa o com doen as mieloproliferativas linfomas e leucemias A diminui o do n mero de plaquetas designa se por trombocitopenia e constitui a anormalidade plaquet ria mais comum Esta condi o pode ter diversas etiologias como hiperesplenismo defici ncia da medula ssea pode ainda ser induzida por drogas ou p s transfusional A contagem de plaquetas no Cell dyn d se no canal RBC PLT A t cnica baseia se no princ pio da imped ncia el trica No canal a suspens o de c lulas consideradas m s condutoras mergulhada numa solu o de condutividade el trica diluente sheath As c lulas s o for adas a passar uma a uma por um orif cio de tamanho conhecido Esse orif cio ladeado por dois el trodos de forma a criar um campo el trico As altera es 54 na corrente existente entre os el trodos que o

RELATÓRIO DE ESTÁGIO E MONOGRAFIA Carina Sofia Medeiros

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