SUSANA DE AZEREDO EXPRESSÕES ANUNCIADORAS
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1. 212 d Amostra de parte de um arquivo alinhado portugu s insl s do manual B lt Ll S 1 gt CHAPTER 4 lt L2 S 1 gt CAP TULO 4 lt Ll S 2 gt CHEMICAL EQUILIBRIUM lt L2 S 2 gt EQUIL BRIO QU MICO lt l L1 S 3 gt 4 1 lt L2 S 3 gt 4 1 lt Ll S 4 gt In this chapter we shall explore the consequences of the fact that chemical reactions are reversible and that in closed chemical systems there eventually occurs a state of equilibrium between reactants and products In so doing we will be starting to develop concepts that will lead us eventually to a quantitative expression of chemical reactivity The concentrations that exist when a chemical system reaches equilibrium reflect the intrinsic tendency of the atoms to exist either as reactant or product molecules Thus by learning to describe the equilibrium state quantitatively we will be able to replace qualitative statements about the tendency of a reaction to go with definite numerical expressions of the extent that reactants are converted to products 8 lt L2 S 4 gt Neste cap tulo estudaremos as consequ ncias da reversibilidade das rea es qu micas e tamb m o fato de que em sistemas qu micos fechados ocorre finalmente um estado de equil brio entre reagentes e produtos Assim come aremos a desenvolver conceitos que nos levar o a uma express o quantitativa da reatividade qu mica As concentra2. formula isto um acr scimo de energia potencial s poss vel custa de uma diminui o equivalente de energia cin tica vice versa cf lan amento de um proj til p ndulo Esta constata o constitui o princ pio da conserva o da energia mec nica que de certa forma encontrava se impl cito nos trabalhos de Galileu 1564 1642 e de Newton 1642 1726 b Amostra de parte de um arquivo do CC2 lt REFER NCIA BIBLIOGR FICA Eliane Cristina Vidotti Maria do Carmo E Rollemberg Algas da economia nos ambientes aqu ticos bioremedia o e qu mica anal tica IN Revista Qu mica Nova n 1 2004 gt lt ANO 2004 gt lt C DIGO DO ARQUIVO AQNDb gt 216 lt L NGUA Portugu s gt lt G NERO Paper gt lt AUTOR ES Eliane Cristina Vidotti Maria do Carmo E Rollemberg Departamento de Qu mica Universidade Estadual de Maring Av Colombo 5790 87020 900 Maring PR gt lt TOKENS gt lt TYPES gt lt T TULO DO ARTIGO Algas da economia nos ambientes aqu ticos bioremedia o e qu mica anal tica gt Algas da economia nos ambientes aqu ticos bioremedia o e qu mica anal tica ALGAS DA ECONOMIA NOS AMBIENTES AQU TICOS BIOREMEDIA O E QU MICA ANAL TICA Eliane Cristina Vidotti Maria do Carmo E Rollemberg Departamento de Qu mica Universidade Estadual de Maring Av Colombo 5790 87020 900 Maring PR ALGAE FROM AQUATIC ENVIR
3. 8 00 6 00 4 00 2 00 vosve 3nco 0 00 EQ El Legenda EQ Equil brio Qu mico El Equil brio I nico LQ Liga o Qu mica TR Termodin mica LQ TR s Manual A s Manual B Diferente do gr fico 1 que de acordo com o Total Bruto no tema LQ h mais EAP no manual A aqui podemos ver que no tema LQ o manual B que mais faz uso de EAP Al m disso outra diferen a que no manual B h maior presen a de EAP no tema Equil brio Qu mico e n o no tema Termodin mica como aparecia no gr fico anterior com o Total Bruto 73 sr i A er E No gr fico 2 vemos dois extremos quanto presen a de EAP em Termodin mica parece ser mais necess rio retomar ou explicitar o conte do De modo oposto em Liga o Qu mica vemos uma poss vel menor necessidade desse mesmo recurso 126 Dessa forma temos segundo o Total por dez mil Quadro XVII Ranking de EAP por tema com base no Total por dez mil Temas que mais apresentam EAP Temas que mais apresentam EAP Manual A Manual B Equil brio Qu mico Termodin mica Termodin mica Equil brio I nico Equil brio I nico Equil brio Qu mico Liga o Qu mica Liga o Qu mica Um maior uso de EAP em determinado tema pode indicar que esse tema considerado pelo autor da obra como um tema de dif cil compreens o necessitando mais reformula es para que a informa o fique clara
4. representam pois no discurso cient fico apenas aspectos bastante superficiais sendo ilus ria a cren a na n o interfer ncia da subjetividade emotiva no tra ado do discurso A intui o e a imagina o aliam se pois como componentes b sicos do processo cient fico o que torna imposs vel Embora discurso possa ser entendido de muitas formas diferentes para Guimar es 2001 discurso entendido como texto 17 Subjetividade entendida pela autora como a capacidade do enunciador de se propor como sujeito p 68 39 a isen o total do pesquisador enquanto ser emotivo Imposs vel por conseguinte no plano ling stico a aus ncia dos modalizadores p 75 Esse trabalho de Guimar es conforme entendemos procurou ressaltar que o discurso cient fico teria uma maneira peculiar de dizer as coisas Seu estudo procurou evidenciar que por mais objetivo que um texto cient fico possa ser e normalmente isso que se almeja na produ o de um texto cient fico sempre haver marcas nesse caso a presen a de modalizadores de subjetividade Segundo a autora alguns textos cient ficos apresentariam tais marcas em maior grau outros em menor o que talvez possa permitir diferenciar uma variedade de textos cient ficos Por exemplo o paper acad mico e o manual acad mico cient fico did tico seriam textos cient ficos Embora ambos busquem ser objetivos h caracter sticas que os diferen
5. TAGNIN Stella GUIMAR ES Elisa D 2004 Ling stica de Corpus e tradu o t cnica relato da montagem de um corpus multivarietal de culin ria In Tradterm 10 p 313 358 VAN DIJK Teun A 1984 Texto y contexto semantica y pragmatica del discurso 2 ed Madrid Catedra 1984 VAN DIJK Teun A 1985 Chapter 7 Semantic Discourse Analysis In Handbook of Discourse Analysis Dimensions of Discourse Vol 2 Academic Press London VAN DIJK Teun A January 2001 Specialized Discourse and Knowledge First draft of a paper on genetic discourse and knowledge examples in Spanish Edwiges Maria Morato Anna Christina Bentes amp Maria Luisa Cunha Lima Eds Homenagem a Ingedore Koch Cadernos de Estudos Ling sticos Unicamp Campinas Brasil 44 pp 21 55 WU STER Eugen 1998 Introducci n a la teoria general de la terminolog a y a la lexicograf a terminol gica Institut Universitari de Ling stica Aplicada Universitat Pompeu Fabra Respons vel pela edi o M Teresa Cabr 194 ANEXO I Amostra Nosso objetivo neste Anexo I trazer uma amostra organizada e mais did tica dos contextos observados neste trabalho e uma amostra do corpus de estudo e dos corpora de contraste Visto que os arquivos do corpus de estudo e dos corpora de contraste s o muito extensos colocamos aqui apenas uma parte do arquivo Os arquivos completos dos contextos bem como dos corpora podem ser acessados no A
6. p 83 Para o autor a terminologia apenas um dos tra os mais salientes das linguagens especializadas mas n o o nico tra o que pode caracterizar essa linguagem Enquanto os estudos da tradi o Wiisteriana procuravam estabelecer uma terminologia que fosse un voca homog nea Hoffmann as percebia como tentativas de homogeneizar uma terminologia intervencionistas sobre a produ o e desenvolvimento que s o espont neos da terminologia p 86 Para o autor qualquer tentativa de normatizar a terminologia de uma rea mostrava um desejo regulador de interferir sobre a linguagem Nesse sentido afirmava instrumento e ao mesmo tempo resultado da atividade comunicativa exercida em rela o a uma atividade especializada s cio produtiva Comp e uma unidade estrutural e funcional um todo formado por um conjunto finito e ordenado de ora es sint tica sem ntica e pragmaticamente coerentes textema ou por unidades de valor frasal que correspondem na condi o de signos ling sticos complexos a enunciados complexos do conhecimento humano e a circunst ncias complexas da realidade objetiva p 87 O texto especializado segundo o autor possui uma estrutura que depende de alguns fatores Dentre eles o autor do texto seus objetivos e sua estrat gia de comunica o Al m disso tem peculiaridades que aparecer o na macroestrutura na rela o de coer ncia e de coes o estabelecidas entre os elementos lin
7. 17 lt L1 S 9 gt What Do We Need to Know Already 18 lt L2 S 9 gt O que precisamos conhecer previamente 19 lt Ll S 10 gt This chapter develops the ideas in Chapters 9 and 10 and applies them to equilibria involving ions in aqueous solution To prepare for the sections on titrations EO 208 review Section L For the discussion of solubility equilibria review Sections 1 8 14 and 8 15 The material on Lewis acids and bases is based on Section 2 13 20 lt L2 S 10 gt Esse cap tulo desenvolve as id ias dos Cap tulos 9 e 10 e as aplica em equil brios envolvendo ons em solu o aquosa Para se preparar para as se es sobre titula es revise a Se o L Para a discuss o de equil brios de solubilidade revise as Se es I 8 14 e 8 15 O material referente a cidos e bases de Lewis baseia se na Se o 2 13 21 lt Ll S 11 gt Aqueous Equilibria 22 lt L2 S 11 gt Equil brios em Fase Aquosa 23 lt L1 S 12 gt The pH of aqueous solutions blood plasma seawater detergents sap and reaction mixtures is controlled by the transfer of protons between water molecules and other molecules and ions In Chapter 10 we learned about the properties of acids and bases In this chapter we see how to use solutions of weak acids or bases and their salts to maintain a desired pH We also see how to identify the stoichiometric points of titrations Finally we meet the solubility equilibria that are
8. atrav s do trabalho de Goethe Schopenhauer Matthew Arnold Paul Val ry Ezra Pound I A Richards Benedetto Croce Walter Benjamin e Ortega y Gasset 59 rea de estudos especialmente dedicada tradu o vis vel por exemplo na publica o de revistas especializadas Arrojo 1998 p 423 454 4 O quarto per odo caracteriza se por uma reflex o sobre a teoria e a pr tica da tradu o Essa reflex o se transforma num ponto de contato entre disciplinas estabelecidas e emergentes como a filologia cl ssica a literatura comparada a psicologia a antropologia a sociologia a etnoling stica a socioling stica dentre outras interessadas no ato tradut rio e no processo da vida entre l nguas Steigner 1975 apud Arrojo 1998 o que contribui para que a tradu o seja uma disciplina interdisciplinar Durante esses quatro per odos mencionados por Steigner surgiram diferentes vis es e teorias sobre a tradu o Algumas focalizavam a tradu o como um produto outras focalizavam a tradu o como um processo Como produto a tradu o focaliza o texto e a l ngua de trabalho do tradutor Por outro lado como processo a tradu o focaliza o tradutor como um produtor de texto com uma interpreta o particular do texto original determinada por fatores externos que dar o um sentido particular ao texto Mittmann 2003 em seu trabalho Notas do Tradutor e Processo Tradut rio faz uma retomada das
9. f rmula 8 1 Ou seja a equa o 8 1 n o representa apenas um fato experimental isolado ela o resultado da aplica o das leis da termodin mica e das propriedades dos gases e das solu es ideais Al m disso mostraremos como podemos associar uma grandeza chamada energia livre padr o por mol com cada elemento e composto e observaremos que a constante de equil brio de qualquer rea o pode ser expressa em fun o das energias livres dos reagentes e dos produtos Portanto a termodin mica relaciona os valores das constantes de equil brio s propriedades individuais dos reagentes e dos produtos puros Esta caracter stica j seria suficiente para justificar o estudo da termodin mica pelos qu micos 8 1 SISTEMAS ESTADOS E FUN ES DE ESTADO Quando realizamos um experimento selecionamos a parte do universo de interesse e tentamos isol la de quaisquer dist rbios n o controlados Este objeto cujas propriedades desejamos estudar denominado sistema Todas as demais partes do universo cujas propriedades n o s o de interesse imediato s o denominadas vizinhan as A vizinhan a pode influenciar as propriedades do sistema por exemplo determinando sua temperatura e sua press o Por m em um experimento cuidadosamente planejado tais influ ncias dever o ser controladas e mensur veis Alguns destes experimentos foram discutidos no cap tulo 3 ESTADOS DE EQUIL BRIO A termodin mica est interessada nos estados
10. maior quantidade de EAP menor quantidade de EAP 4 Os itens A B C De E referem se respectivamente a Item A corpus de estudo x CCI manuais acad micos de Qu mica originalmente escritos em portugu s Item B corpus de estudo x CC2 artigos cient ficos de Qu mica Item C corpus de estudo x CC3 textos de populariza o de ci ncias Item D corpus de estudo x CC4 artigos cient ficos de Inform tica Item E corpus de estudo x CC5 amostra do Banco de Portugu s 155 O corpus de estudo apresenta maior quantidade de EAP no item B no item D e no item E A seguir os dados dos quadros acima foram organizados em um ranking O quadro a esquerda apresenta o ranking dos corpora que mais apresentam EAP de acordo com o Total Bruto direita o ranking dos corpora que mais apresentam EAP segundo o Total por dez mil Quadro XXXII Ranking dos corpora Corpora por quantidade de EAP Corpora por quantidade de EAP segundo Total Bruto segundo Total por dez mil O corpus de estudo n o o que mais apresenta EAP O Total por dez mil confirma que o corpus de estudo o terceiro corpus no ranking Antes dele h o CC1 textos de manuais did ticos de Qu mica originalmente escritos em portugu s e o CC3 textos de populariza o da Revista SuperInteressante Um fator a considerar a diferen a entre o corpus de estudo e o CC4 No corpus de estudo h 5 917 EAP a cada dez mil palavras enquanto no CC4 h 5 298 u
11. o 167 Uma outra tend ncia observada no estudo comparativo dos manuais original tradu o foi a de inclus es de EAP no texto traduzido H 32 inclus es de EAP no texto traduzido agregadas por conta do tradutor sem correspond ncia no texto em ingl s Nem todas as inclus es s o problemas pois uma inclus o de EAP pode ser um recurso utilizado pelo tradutor para auxiliar a compreens o do texto As inclus es nos permitem ver a voz do tradutor no texto bom lembrar que os manuais que comp e o corpus de estudo t m uma peculiaridade quanto aos seus tradutores s o todos profissionais da rea de Qu mica Quando o tradutor de um manual acad mico did tico um profissional da rea a forma o profissional e a autoridade na rea desse tradutor permitem a possibilidade de uma maior ou menor interfer ncia no texto Se uma informa o n o est bem clara o tradutor que tamb m um profissional da rea com o seu conhecimento e com a sua autoridade nessa rea pode ampliar ou redizer uma informa o para torn la mais clara Para rediz la o tradutor poder fazer uso de ferramentas da l ngua que introduzam redizeres entre elas conectores reformulativos como por exemplo as EAP podem ser um recurso Um exemplo disso est no contexto abaixo Contexto I Inclus o de informa o L1 The Hf for gaseous Br2 and I2 correspond to their heats of evaporation or sublimination at 25 C For solids with several poss
12. possibilidade da descoberta de fatos novos ou mesmo da contesta o de opini es e cren as estabelecidas p 85 S o muitos os corpora e as ferramentas que est o dispon veis on line disposi o dos pesquisadores Alguns corpora ou partes de corpora e ferramentas s o oferecidos gratuitamente na internet Outros s podem ser consultados mediante pagamento Por exemplo parte do banco de portugu s um corpus do portugu s brasileiro escrito e falado com 233 milh es de palavras est dispon vel para consulta on line no site 80 http www pucsp br pos lael Ali poss vel fazer consultas gratuitamente utilizando as ferramentas dispon veis para consulta no pr prio site H tamb m o WEBCORP a Web como um corpus dispon vel no site http www webcorp org uk Utilizando toda a internet como um grande corpus poss vel fazer buscas utilizando as ferramentas dispon veis on line gratuitamente Al m disso um recurso muito til para an lise de corpus um programa que possa fazer essa tarefa Um deles o WordSmith Tools WSTOOLS um programa de computador que auxilia a descri o da linguagem com corpus Atrav s do WSTOOLS poss vel obter listas de concord ncias listas de frequ ncia de palavras em ordem alfab tica e num rica listas de Keywords dados estat sticos sobre o corpus poss vel tamb m alinhar texto original com texto traduzido dentre outras ferramentas que permitem a
13. SOLU ES MISTAS E TAMP ES Muitas discuss es nesse cap tulo dependem de um nico tipo de c lculo Vimos na Se o 10 10 como avaliar o pH de uma solu o de um cido fraco Agora supomos que algum sal do cido tamb m est present investigamos como aquele sal afeta o pH Veremos que essas solu es mistas nas quais um cido e seu sal est o presentes s o exatamente o que n s nossos corpos precisamos para estabilizar o pH 11 1 SOLU ES MISTAS Suponha que queremos encontrar o pH de uma solu o que contenha concentra es apreci veis de um cido e sua base conjugada Se o cido forte sua base conjugada extremamente fraca e n o tem efeito mensur vel sobre o pH Por exemplo o pH de uma solu o de HCl aqg 0 10 M ser mesmo se 0 10 mol de NaCl for adicionado a um litro da solu o Entretanto a base conjugada de um cido fraco mais forte do que a base conjugada de um cido fort realmente afeta o pH Conseqguentemente podemos prever qualitativamente que se adicionando ons acetato como acetato de s dio para a solu o de cido ac tico aumentar o pH da solu o Similarmente suponha que temos uma solu o de am nia e adicionamos a ela cloreto de am nio O on am nio um cido consegiuentemente podemos prever qualitativamente que adicionando se ons am nio como cloreto de am nio por exemplo a uma solu o de am nia o pH da solu o ir dimi
14. es de um sistema qu mico que atinge o equil brio refletem a tend ncia intr nseca dos tomos a existirem seja como reagentes seja como produtos Portanto se aprendermos a descrever quantitativamente o estado de equil brio seremos capazes de substituir enunciados qualitativos sobre a tend ncia da rea o se efetivar por express es num ricas bem definidas da extens o com que os reagentes s o convertidos em produtos 9 lt Ll S 5 gt 4 1 The Nature of Chemical Equilibrium 10 lt L2 S 5 gt A Natureza do Equil brio Qu mico 11 lt L1 S 6 gt In Chapter 3 we found that the existence of a characteristic equilibrium vapor pressure for a condensed phase is a consequence of the fact that the evaporation process is reversible A liquid or solid that has been vaporized can by an appropriate change in conditions be recondensed Both evaporation and condensation can occur and for each substance there is a set of conditions particular values of temperature and vapor pressure at which evaporation and condensation occur at equal rates Under these conditions both phases remain indefinitely and we say that the system is at equilibrium 12 lt L2 S 6 gt Vimos no Cap tulo 3 que a exist ncia de um equil brio caracter stico da press o de vapor para uma fase condensada deve se a um processo de evapora o revers vel Um l quido ou um s lido vaporizados podem mediante urna mudan a nas condi es ser recondensados T
15. igual ao trabalho perdido wr w isto f rmulas Da Eq 7 15 tem se que f rmulas de modo que o trabalho perdido num processo isot rmico e isob rico e igual ao trabalho el trico que deixou de ser produzido na rea o espont nea ou seja f rmula Assim na rea o analisada f rmula Contexto 4 CCI Embora permane a inalterada a energia interna de um sistema num dado estado termodin mico a energia de cada mol cula que constitui o sistema varia de instante a instante devido permuta de energia entre as part culas Em outras palavras o conte do total de energia do sistema distribui se entre as part culas de maneira diversa em cada momento 137 O objetivo nos corpora de contraste n o foi render um estudo exaustivo sobre o uso das EAP nos CC mas perceber algumas peculiaridades e diferen as no emprego das EAP No contexto 1 por exemplo temos 4 EAP uma ap s a outra o que faz com que o texto tenha reformula es pr ximas uma da outra Al m disso em alguns dos contextos antes citados h EAP introdutores de f rmula como por exemplo nos contextos 2 e 3 Parece uma tentativa de introduzir o leitor na linguagem de f rmulas da Qu mica A presen a de EAP no CC1 e no corpus de estudo um fator que diferencia esses textos sendo a EAP neste contraste um elemento que se acentua no manual de Qu mica originalmente escrito em portugu s A seguir descreveremos os dados encontrados na compara
16. lo A diferen a est no fato de que o tradutor n o limitado somente pela gram tica pelos padr es lexicais da sua l ngua e pela sua habilidade como textualizador mas sofre tamb m restri es impostas pelo texto preexistente pelo seu tom e conte do com os quais ele pode n o estar de acordo assim como impostas pela organiza o textual ainda que em outro c digo Costa 2005 traz tona uma quest o crucial para os estudos da tradu o a no o de equival ncia A equival ncia parece ocorrer em dois n veis um que se limita ora o e outro que se limita ao n vel textual Ambos est o interligados 57 A no o de equival ncia conforme Costa leva ao pensamento de que o texto traduzido seria sempre inferior ao texto original sendo o tradutor o causador dessa diferen a Costa 2005 declara que Naturalmente esse preconceito tem uma forte base pragm tica j que a tend ncia se escolher bons textos para serem traduzidos mas nem sempre poss vel achar ou pagar um bom tradutor muito menos um tradutor com a mesma capacidade e at mesmo com o tempo dispon vel que o autor original Se compararmos as tradu es que aparecem nas embalagens de produtos industrializados em alguns pa ses n o ser dif cil perceber que o problema relativo qualidade das tradu es est amplamente disseminado Por outro lado um tradutor pode ser melhor textualizador que o escritor original como j foi demonstr
17. o das EAP nos mostrou que h fundamenta o no que tange ao uso das EAP para reclama o As causas de reclama o n o se resumem ao fato de que algumas EAP encontradas n o s o de fato EAP mas que assumem uma outra condi o H outros fatores a considerar naturalmente O uso das EAP um fator que contribui para esparsas e constantes queixas de compreens o de leitura Foi poss vel atrav s deste trabalho refor ar a cren a de que um texto independente do g nero textual complexo e multifacetado E que em um texto as palavras podem assumir uma condi o diferente da prevista Um estudo emp rico pode revelar que tudo que se pensava que determinado elemento ling stico na verdade n o porque ele pode estar sendo usado de um modo inusitado A partir da observa o das EAP irradiam se in meros outros pontos de interesse Tanto para o estudo de quest es de ensino aprendizagem de Qu mica quanto para o estudo do texto cient fico did tico em l ngua portuguesa com suporte informatizado Por exemplo seria interessante saber se as tr s EAP tratadas aqui s o sin nimas ou se h padr es de uso que as diferenciam Quest es como essa e muitas outras que surgiram durante o exame dos contextos n o puderam ser respondidas aqui No entanto merecem uma aten o Fato que nos motiva no futuro a n o abandonar o tema Nosso objetivo continuar o estudo das EAP em um corpus mais extenso Reconhecemos que a dime
18. o de oxig nio molecular dispon vel no planeta a partir da fotoss ntese Habitando guas doces ou salgadas solos midos ou troncos estes organismos podem tamb m estabelecer rela es de mutualismo com outros seres vivos como os fungos formando os liquens As algas verdes acumulam amido no interior de suas c lulas e cont m os pigmentos clorofilas a e b carotenos e xantofilas a presen a de clorofilas a e b sustenta a id ia de que as algas verdes tenham sido as ancestrais das plantas por serem estas possuidoras destes tipos de clorofila Filo Rhodophyta composto pelas algas vermelhas quase que exclusivamente pluricelulares e marinhas mais comuns em mares quentes que vivem fixadas em um substrato a principal caracter stica a presen a do pigmento ficoeritrina em suas c lulas respons vel pela colora o avermelhada destes organismos As algas vermelhas possuem clorofilas a e d e caroten ides e armazenam amido como material de reserva Filo Phaeophyta composto pelas algas pardas organismos pluricelulares predominantemente marinhos mais comuns em mares frios vivendo fixados em um 218 substrato ou flutuando formando imensas florestas submersas As algas pardas s o as maiores existentes podendo atingir mais de 25 m Nestes organismos s o encontrados os pigmentos fucoxantina clorofilas a e c e caroten ides e como subst ncias de reserva leos e polissacar deo laminarina As algas s o organismos capazes
19. 5 um interesse em uma estrutura de g neros textuais 6 o reconhecimento de que h uma dupla capacidade gerativa de g neros estabelecer objetivos ret ricos e incentivar sua realiza o Tendo apreciado o que se entende por g nero nas quatro reas acima mencionadas Swales 1990 procura cunhar uma defini o pr pria de g nero Essa defini o frisava tinha de ser apropriada para prop sitos aplicados Swales 1990 p 45 Sua caracteriza o de g nero tem cinco itens S o eles Swales deixa claro que espera criar uma caracteriza o de g nero que possa ser utilizada por outros mas que tamb m possa ser modificada e at mesmo rejeitada por alguns Swales 1990 p 45 44 1 g nero uma classe de eventos comunicativos Um evento comunicativo aquele em que a linguagem desempenha um papel significante e indispens vel 2 o principal crit rio que transforma um grupo de eventos comunicativos em um g nero em particular a exist ncia de prop sitos comunicativos em comum 3 os exemplares de g neros variam em sua prototipicidade o prop sito comunicativo foi nomeado como a propriedade privilegiada de um g nero Outras propriedades como forma estrutura e audi ncia operam para identificar at que ponto um exemplar protot pico de um determinado g nero Swales 1990 p 49 4 a l gica subjacente a um g nero estabelece restri es a poss veis contribui es em termos d
20. O corpus de estudo descrito a seguir nos ajudar a dar contra da primeira parte deste estudo Os textos escolhidos para constituir o corpus de estudo desta disserta o representam uma amostra do corpus do projeto TextQuim o qual inclui entre outros textos manuais acad micos de Qu mica Geral A seguir ent o indicamos primeiro os manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral que fazem parte do projeto TextQuim e logo ap s a amostra que escolhemos para utilizar como corpus de estudo no nosso trabalho bem como os crit rios que guiaram a nossa escolha O corpus de manuais acad micos did ticos do acervo TextQuim composto por cinco manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral em portugu s Foram selecionados a partir de uma pesquisa desenvolvida pela AEQ Atrav s de entrevistas com professores de Qu mica e de uma busca na biblioteca de Qu mica da UFRGS chegou se aos manuais mais indicados por professores em sala de aula e aos mais retirados na biblioteca pelos alunos Silva Eichler Del Pino 2003 Os livros encontrados foram cinco todos frutos de tradu o do ingl s para o portugu s S o eles A ATKINS Peter amp Jones Loretta Princ pios de Qu mica questionando a vida moderna e o meio ambiente 1 ed Porto Alegre Artmed 2002 914p B BRADY James E amp HUMISTON Gerard E Qu mica Geral 2 ed vol 2 Rio de Janeiro Livros T cnicos e Cient ficos 1986 662p C MAHAN Bruce M amp
21. Qu mica nas suas diferentes nfases Os livros mais indicados foram cinco todos frutos de tradu o do ingl s para o portugu s S o eles A ATKINS Peter amp Jones Loretta Princ pios de Qu mica questionando a vida moderna e o meio ambiente 1 ed Porto Alegre Artmed 2002 914p B BRADY James E amp HUMISTON Gerard E Qu mica Geral 2 ed vol 2 Rio de Janeiro Livros T cnicos e Cient ficos 1986 662p C MAHAN Bruce M amp MYERS Rollie J Qu mica um curso universit rio 4 ed S o Paulo Edgard Bl cher 1995 582p D MASTERTON William L SLOWINSKI Emil J amp STANTTSKI Conrad L Princ pios de Qu mica 6 ed Livros T cnicos e Cient ficos 1990 681p E RUSSEL John B Qu mica Geral 2 ed vol 2 S o Paulo Makron 1994 1268p Desses livros era necess rio decidir quais cap tulos seriam estudados Os cap tulos selecionados foram tamb m indicados pelos professores entrevistados como associados aos temas mais importantes e de maior converg ncia conceitual para um entendimento global de Qu mica Geral S o eles Equil brio Qu mico Equil brio I nico Liga o Qu mica e Termodin mica Assim foi configurado o corpus de estudo da pesquisa da qual tomei parte O estudo desses textos envolveu a descrever e comparar diferentes formula es textuais nos diferentes temas do conhecimento qu mico b observar condi es de tradu o que poderiam interferir na formula o te
22. The key idea in this chapter is that dynamic equilibria are responsive to changes in the conditions In other words a dynamic equilibrium is a responsive living equilibrium L2 Esse cap tulo mostra como aplicar as mesmas id ias s mudan as qu micas Tamb m mostrado como discutir o equil brio quantitativamente o que coloca em nossas m os um enorme poder o poder de controlar a dire o de uma rea o e o rendimento dos produtos A id ia central neste cap tulo que os equil brios din micos s o suscept veis s mudan as nas condi es da rea o um equil brio din mico na realidade um equil brio vivo e muito suscet vel CONTEXTO 6 L1 When the solution is very dilute the change in solvent concentration due to the reaction is insignificant In such cases the solvent is treated as a pure substance and ignored when writing K In other words For a nearly pure solvent a solvent 1 198 The activities of pure liquids and solids are 1 the activity of a solvent in a dilute solution is approximately 1 L2 Quando a solu o muito dilu da a mudan a na concentra o do solvente devido rea o insignificante Em tais casos o solvente tratado como uma subst ncia pura e ignorado quando escrevemos K Em outras palavras Para um solvente quase puro a solvente 1 As atividades dos l quidos e s lidos puros 1 a atividade de um solvente em uma solu o dilu da aproximadamente 1 C
23. a process produces maximum work if it takes place reversibly so Wrev is more negative than Wirrev L2 Essa rela o sempre verdadeira um processo produz o m ximo trabalho se ele ocorre reversivelmente ou seja Wrev mais negativo que Wirrev Ao corresponder um conector de conclus o por uma EAP o tradutor faz com que uma id ia de conclus o ou de consegii ncia que est presente no texto original seja introduzida por uma EAP que seria uma express o que antecederia uma reformula o e n o uma conclus o Contextos como os acima podem criar dificuldades de compreens o de leitura comprometendo a coes o do texto No manual B por outro lado h uma diferen a a ressaltar H pouca incid ncia de conectores de finaliza o de explica o ou de conclus o traduzidos por EAP Os dados evidenciam no manual B uma grande quantidade de inclus es de EAP na tradu o cerca de 30 Em alguns casos a inclus o de uma EAP onde n o havia no original pode at auxiliar a compreens o do leitor Entretanto em outros casos ser um complicador para a apreens o do sentido A seguir dois exemplos modelares retirados do manual B que ilustram a inclus o de EAP no texto traduzido Contexto 1 manual B Inclus o L1 Each ion in aqueous solution is hydrated by a number of water molecules For ions such as Be2 Mg2 and AIH there are four or six close water molecules The proton is unique among ions in that it has no elect
24. conforme defendemos podem indicar uma poss vel origem das dificuldades de compreens o 21 de leitura dos textos Obviamente eventuais dificuldades n o se resumem nas EAP H muitos outros elementos que podem indicar caminhos para o entendimento dos embara os de relacionamento entre leitores e os textos sob exame Quest es de pesquisa e hip teses Na tradi o dos estudos sobre texto e sobre textos especializados tem sido usual o reconhecimento de que haveria em tese um modus dicendi que caracterizaria a forma como um determinado conhecimento compartilhando em uma rea Isso significa que h uma forma peculiar de dizer as coisas em cada campo de conhecimento H tamb m um reconhecimento de que em uma dada rea de conhecimento os seus textos teriam caracter sticas tais macro e microestruturais que permitiriam um reconhecimento de diferentes g neros textuais Estudos em Educa o Qu mica tamb m t m reconhecido a exist ncia de um modus dicendi pr prio da rea da Qu mica Al m disso t m reconhecido peculiaridades na linguagem utilizada no manual acad mico did tico de Qu mica ao mesmo tempo em que relacionam esse tipo de material a uma imagem de dificuldade de compreens o da linguagem A partir dessas suposi es de que h uma maneira de dizer e diferentes g neros que a realizam buscamos em um estudo emp rico baseado no uso ind cios que possam confirmar ou refutar essas pr suposi es
25. em mais aten o e dediquem maior cuidado com a tradu o e revis o desses manuais Auxiliar os tradutores a conhecerem os poss veis padr es de uso das EAP para que saibam como utilizar determinadas EAP E conseqientemente beneficiar os futuros leitores dessas obras 186 CONSIDERA ES FINAIS Como uma pondera o final acreditamos que este estudo contribui para oferecer uma via alternativa para que se possa perceber em melhores condi es a linguagem da Qu mica em seus usos e funcionamentos em diferentes situa es de comunica o Nossos resultados evidenciam que compara o entre texto do manual did tico em portugu s e o texto original ainda que restrita interface da EAP capaz de desvelar a origem de algumas inconsist ncias da elabora o desses materiais inconsist ncias que pelo que verificamos vinculam se a algumas queixas de compreens o de leitura Assim cabe a sugest o para as editoras respons veis pela publica o desses manuais S o materiais amplamente utilizados em universidades brasileiras e por isso j merecem cuidado e aten o no momento de serem traduzidos revisados e publicados aqui que salientamos justamente a import ncia de um trabalho conjunto entre o tradutor lingiista e profissional da Educa o Qu mica Os materiais de Qu mica Geral observados neste estudo foram traduzidos por qu micos N o h men o de um tradutor profissional do texto ou com forma o e
26. m disso segundo a autora poss vel perceber conex es nas e entre as senten as conex es que nos permitem identificar um texto Algumas dessas conex es segundo Baker 1992 s o 1 as que s o estabelecidas no arranjo de informa es em cada frase e a forma como elas relacionam as informa es com frases anteriores e posteriores 2 as da superf cie que estabelecem inter rela es entre pessoas e eventos 11 S e 42s a 2 Temos conhecimento da discuss o proposta por Charolles 2002 de que a id ia de n o texto controversa uma vez que seria dif cil encontrar algo que n o seja texto pois sempre haver um esfor o do leitor para compreender o sentido de um texto por mais estranho que este possa parecer em um primeiro momento 30 3 as conex es sem nticas subjacentes que nos permitem dar sentido a um texto caracterizando o como uma unidade de significado bem verdade que os textos se diferenciam no uso das rela es coesivas propostas por Halliday e Hasan 1976 assim como tamb m podem variar com respeito aos padr es de textualidade propostos por Beaugrande 1981 uma vez que os textos se diferenciam quanto sua intencionalidade quanto ao n vel de informatividade quanto sua situacionalidade dntre outros fatores Al m disso os textos tamb m possuem diferentes caracter sticas sem nticas e pragm ticas diferentes macro e microestruturas conforme proposto por Van Dijk 1984 e podem cont
27. ncia de diferentes g neros Swales trata de descrever o modo pelo qual existem diferentes g neros Todavia algo em comum entre Bakhtin e Swales que ambos diferenciam g nero do que se costuma chamar de tipo textual Nessa oposi o Possamai 2004 por exemplo ao tratar de tipos e g neros textuais menciona que o tipo textual refere se a uma classifica o cient fica dos textos p 22 A denomina o tipo textual corresponde a uma 45 tentativa de organizar a variedade de tipos textuais existentes Segundo Marcuschi 2002 a express o tipo textual designaria uma esp cie de constru o te rica definida pela natureza ling stica de sua composi o aspectos lexicais sint ticos tempos verbais rela es l gicas Em geral os tipos textuais abrangem cerca de meia d zia de categorias conhecidas como narra o argumenta o exposi o descri o injun o p 22 Estabelecer tipos textuais e reduzi los a meia d zia de categorias pareceria ser um pouco limitador frente a um universo t o rico e diversificado Assim um texto em tese dificilmente se constituiria de um tipo textual puro normalmente se esperaria que em um texto houvesse segmentos de v rios outros tipos de texto Assim um determinado g nero poderia conter um ou mais tipos de texto em sua composi o Por exemplo o texto did tico poderia conter elementos narrativos descritivos argumentativos etc Ci
28. ncia de diferentes graus de identidade entre a par frase e o que ela retoma Leeman 1973 Pet fi 1978 Fuchs 1987 Alguns estudos chegam a duvidar da exist ncia de par frases uma vez que utilizando se palavras diferentes jamais se dir a mesma coisa N o nosso objetivo determinar o grau de identidade de equival ncia ou de semelhan a necess rio para que se possa reconhecer uma par frase Antes disso entendemos apenas que a par frase consiste em uma rela o de identifica o entre uma seqii ncia X e Y e que h um n sem ntico que permite conectar a reformula o com um dito anterior Nesse contexto a EAP um recurso dessa conex o Feitas essas afirma es trataremos agora de Terminologia No que diz respeito Terminologia como j se p de antever adotamos os princ pios da escola textualista de Teminologia N o tratamos de apenas termos mas sim de um texto com termos Essa uma perspectiva que se caracteriza por ser comunicativa e por levar em conta quem diz o que se diz e como se diz Assim entendemos que entre as frases h 53 Al m dos conectores expressos verbalizados por unidades l xicas sinais gr ficos tamb m podem introduzir uma par frase Exemplos desses sinais s o o travess o a v rgula o par nteses dentre outros Aqui neste trabalho n o focalizaremos tais sinais gr ficos somente conectores que sejam unidades l xicas 54 Conforme j mencionado a EAP parece ser quase u
29. nica Outras formas de trabalho foram reconhecidas al m do mec nico trabalho el trico magn tico e o calor foi inclu do ao lado do trabalho como forma de energia dando origem Termodin mica Esta desenvolveu se d in cio em torno da tecnologia da m quina a vapor mas os seus princ pios foram estendidos s transforma es decorrentes das varia es das coordenadas termodin micas dos sistemas temperatura press o composi o etc que como se sabe constituem manifesta es do estado interno dos sistemas Considerar se inicialmente a conserva o do trabalho sob forma de energia mec nica para tratar em seguida do princ pio da conserva o da energia em sua forma mais ampla e das suas consegi ncias no campo das transforma es termodin micas 5 2 Convers o de trabalho em energia mec nica Imagine se um sistema cuja massa m esteja concentrada num ponto O sendo F uma for a aplicada a este ponto O trabalho realizado pela for a F que imprime ao ponto O um deslocamento dx na dire o Ox definido pelo produto escalar dos vetores F e dx ou seja f rmula ou f rmula onde f a componente da for a F na dire o do deslocamento V se que o trabalho realizado pela for a F ser positivo sempre que o ngulo entre as dire es da for a do deslocamento for inferior a 90 como no caso representado na Fig 5 1 mas ser negativo quando gt 90 porque ent o cos lt O e a component
30. nitrogen has a strong triple bond and a correspondingly high bond enthalpy 944 kJ mol 1 L2 O fato das rea es qu micas tenderem ao equil brio pode ter importantes consegii ncias econ micas e sociais Por exemplo Haber estava procurando uma forma de fixar nitrog nio ENT O transformar o nitrog nio atmosf rico o qual livre e abundante em compostos teis No entanto o nitrog nio tem uma forte liga o tripla e uma entalpia de liga o correspondentemente alta 944 kJ mol 1 Como f cil perceber a permuta torna o segmento no m nimo estranho Assim podemos afirmar que o conector SO n o uma EAP N o um recurso ling stico utilizado para auxiliar o leitor a entender melhor o que foi dito antes Conectores como SO THEREFORE HENCE t m uma fun o diferente N o eliminamos neste trabalho a possibilidade de haver em outros corpora uma EAP como OU SEJA ISTO ou EM OUTRAS PALAVRAS significando um introdutor de conclus o de uma forma adequada Acreditamos nesta possibilidade No entanto gostar amos de deixar claro que no corpus que estamos analisando no qual h um texto original que pr existe e que exibe uma rela o de consegii ncia com SO a tradu o por OU SEJA tende a mudar a rela o original Essa mudan a com certeza implica alguma dificuldade de compreens o O texto original e suas fei es de sentido em alguns momentos como o caso aqui limitam algumas escolhas de tradu
31. nos remeteu para SO e para SOMEHOW No verbete SO h uma indica o de que em algum momento essas express es s o equivalentes quando funcionam como conectores de conseq ncia isso fica claro na primeira acep o de SO No verbete SOMEHOW n o h uma defini o de THEREFORE mas comparando os dois conectores a obra mostra que THEREFORE faz uma refer ncia s raz es dadas na senten a anterior o que o caracteriza como um conector de conseq ncia De qualquer forma n o parece haver refer ncias a THEREFORE como introdutor de par frase No Dicion rio Cambridge on line THEREFORE definido como um adv rbio utilizado como for that reason HENCE explicado como that is the reason or explanation for No DLW 1986 o verbete do conector HENCE remete ao conector thus que est assim definido Thus and hence are used to indicate a logical conclusion They are more or less confined to formal prose In informal conversation SO would be more usual Parece ficar claro que HENCE um conector que introduz uma conclus o de um assunto e n o um redizer 162 Essa busca nos ajudou a ver que SO THEREFORE e HENCE n o s o conectores utilizados para introduzir uma par frase mas s o conectores que introduzem uma id ia de conclus o de consequ ncia ou de finaliza o da id ia anterior S o conectores que d o seguimento ao texto Algu m poderia ponderar que assim como os conectores acima mencionados uma EAP
32. o ao texto original e objetivos espec ficos em rela o ao leitor da tradu o Dessa forma o tradutor passa a ser um agente um elemento ativo produtor de texto de discursos O tradutor assim junto com o autor um enunciador A concep o tradut ria de R nai e a concep o de tradutor de Aubert parecem as mais adequadas para guiar a observa o do nosso objeto o manual acad mico did tico traduzido uma vez que entendemos a tradu o n o como uma atividade de transfer ncia ou substitui o pois parece ser imposs vel uma transfer ncia ou substitui o de significados est veis Acreditamos na necessidade de reformular da melhor forma poss vel a mensagem original utilizando os recursos ling sticos e os recursos de organiza o textual dispon veis no idioma para o qual o texto ser traduzido Nessa reformula o estudos de Baker 1993 t m mostrado que uma das caracter sticas do texto traduzido na grande maioria das vezes o maior n mero de palavras do que o texto original Concordamos que a essa reformula o seja inerente certa medida de adapta o pois o objetivo principal da tradu o o de tornar a mensagem clara para o leitor As necessidades do leitor ser o o fator norteador do trabalho do tradutor Tra ando uma linha imagin ria podemos dizer que nossa vis o de tradu o est entre a concep o de tradu o como transfer ncia e a de adapta o propriamente dita Conform
33. o das EAP com ajuda do referencial da LdC nos ajudou a identificar o uso real das EAP em um corpus de manuais acad micos traduzidos de Qu mica Geral Trata se de um elemento poli drico Foi poss vel comprovar pressupostos com rela o ao uso das EAP tanto como um recurso did tico quanto como um recurso de tradu o Al m disso ficou claro com a nossa observa o que a EAP sim um conector h brido pois n o se limita apenas a auxiliar na progress o do texto mas tamb m permite um movimento de retroa o e progress o no texto Comprovamos tamb m 179 que a EAP um recurso did tico que quando bem utilizado ou bem traduzido contribui a favor da clareza do texto mesmo que esse texto n o seja did tico Para al m desse fato ficou claro tamb m que a EAP um recurso utilizado na tradu o tanto o manual A quanto o manual B apresentam maior quantidade de EAP no texto traduzido As v rias inclus es de EAP no texto traduzido atestam que o tradutor fez uso desses elementos para esclarecer ampliar ou deixar uma informa o mais clara ainda que n o exista no original No corpus de estudo as EAP nem sempre assumem a condi o de uma EAP stricto sensu Vimos em alguns contextos que algumas EAP principalmente OU SEJA podem assumir a fun o de um ENT O Quando isso ocorre o leitor desses textos que um aluno de in cio de curso de gradua o precisar entender que as EAP que ele encontrar talvez n o indiqu
34. o de EAP atrav s de um contraponto entre texto original ingl s e texto traduzido portugu s Outro objetivo desta investiga o contrastar manuais de Qu mica e outros g neros textuais via observa o da presen a de EAP a fim de avaliar o quanto a presen a de EAP pode caracterizar um g nero textual Nesse sentido s o examinados outros cinco corpora os quais s o compostos de 1 manual de Qu mica originalmente escrito em portugu s 2 papers de Qu mica 3 textos de populariza o sobre Qu mica 4 papers de Inform tica e 5 textos de linguagem geral O trabalho re ne referenciais te ricos de Terminologia de Ling stica Textual de Tradu o de Estudos de G nero Textual e de Ling stica de Corpus Os resultados do trabalho mostram a presen a de tr s EAP nos manuais de Qu mica OU SEJA ISTO e EM OUTRAS PALAVRAS A observa o dos seus usos mostrou que a EAP tem um car ter poli drico n o um tra o de identidade exclusivo do manual acad mico de Qu mica Geral e em alguns casos est relacionada com problemas de coes o e de coer ncia desses textos N o objetivo deste trabalho fazer um estudo exaustivo da linguagem e do texto de Qu mica mas sim apontar um caminho que auxilie a entender melhor as dificuldades de compreens o de leitura de um material t o amplamente usado por alunos de Qu mica nas universidades ABSTRACT This thesis deals with the presence and the use of EAP Express es Anunc
35. o entre corpus de estudo e CC2 Item B Passamos ao contraste corpus de estudo e CC2 Esse composto por textos de g nero textual diferente o artigo cient fico de Qu mica O objetivo observar se a presen a de EAP no corpus de estudo em compara o com o CC2 suficientemente significativa a ponto de caracterizar a EAP como uma peculiaridade do corpus de estudo O foco uma compara o dos g neros manual acad mico did tico traduzido de Qu mica e artigos cient ficos de Qu mica O levantamento quantitativo nos mostra que o corpus de estudo apresenta mais EAP do que o CC2 conforme o quadro a seguir Quadro XXII Quantidade de EAP Corpus de estudo em portugu s x CC2 Ou seja Isto Em TOTAL Total Total outras BRUTO porcem por dez palavras mil CC2 81 39 4 124 0 028 2 899 Corpus de estudo 55 37 18 110 0 059 5 917 Considerando o total por cem e o total por dez mil que levam em conta o total bruto em rela o ao universo total de palavras do CC2 427 632 tokens descobrimos que apesar de apresentar um total bruto maior que o corpus de estudo o CC2 utiliza menos EAP a cada 138 dez mil palavras do CC2 cerca de 2 s o EAP enquanto no corpus de estudo de cada dez mil cerca de 5 s o EAP A diferen a de resultados consider vel Apesar dos n meros serem baixos o corpus de estudo utiliza o dobro de EAP do que o artigo cient fico Considerando a EAP como um recurso did tico espera se que um tex
36. o no in cio do curso de gradua o e que portanto n o t m conhecimentos qu micos muito elaborados seria de se esperar alguma dificuldade de compreens o em contextos como o acima Um outro exemplo de SO traduzido por OU SEJA um exemplo citado no cap tulo 5 deste trabalho reproduzido abaixo Contexto 1 SO x OU SEJA L1 For instance we saw in Section 6 7 that the maximum expansion work is achieved if the expansion is carried out reversibly by matching the external pressure to the pressure of the system at every stage That relation is always true a process produces maximum work if it takes place reversibly SO Wrev is more negative than Wirrev However because the internal energy is a state function AU is the same for any path between the same two states L2 Por exemplo vimos na Se o 6 7 que o trabalho m ximo de expans o atingido se a expans o ocorre reversivelmente igualando a press o externa press o do sistema em cada est gio Essa rela o sempre verdadeira um processo produz o m ximo trabalho se ele ocorre reversivelmente OU SEJA wrev mais negativo que wirrev Entretanto como a energia interna uma fun o de estado AU a mesma para qualquer caminho entre os mesmos dois estados No contexto acima em L1 temos o conector SO que estabelece uma rela o de consegii ncia Chamamos a aten o para a palavra RELATION em azul Essa palavra explicita que h uma rela o entre uma coisa e
37. por sua pequena exig ncia nutricional capacidade de realizar fotoss ntese e aproveitar o nitrog nio atmosf rico Os organismos do reino protista s o unicelulares embora existam formas pluricelulares de organiza o simples aut trofos ou heter trofos dependem de outros seres para se alimentarem e suas c lulas apresentam envolt rio nuclear e organelas membranosas organismos eucariontes s o organismos de grande simplicidade e constituem o primeiro grupo onde ocorrem mitoc ndrias cloroplastos ret culo endoplasm tico e complexo de Golgi bem desenvolvidos apresentando em geral um nico n cleo As algas pertencentes ao reino protista apresentam pigmentos clorofilas carotenos e xantofilas organizados em organelas denominadas plastos que permitem a fotoss ntese Suas principais caracter sticas podem assim ser apresentadas Filo Euglenophyta composto por organismos denominados euglenas presentes quase que exclusivamente em guas doces possuem uma nica c lula com uma pel cula externa de constitui o prot ica As euglenas podem ser heter trofas ou aut trofas e estas apresentam muitos plastos contendo clorofilas a e b e carotenos e armazenam leos e polissacar deos como reserva Filo Pyrrophyta composto pelos organismos dinoflagelados apresentam dois flagelos dispostos em sulcos perpendiculares fitoplanct nicos e predominantemente marinhos S o organismos aut trofos que apresentam clorofilas a e c ca
38. pria 2 uma unidade formada por um ou mais elementos 3 guia os leitores na descodifica o de um discurso 4 orienta os leitores para uma conclus o apropriadas e 5 82 conecta um enunciado sem ntica e pragmaticamente a um elemento que forma parte do contexto Nessa concep o sobre conector h aqueles que introduzem uma reformula o chamados por Bach 2002 de conectores de reformula o e que se caracterizam por seu valor anaf rico Para ela um conector de reformula o uma unidade l xica formada por um ou mais morfemas atrav s da qual veiculado um movimento de reformula o do discurso Os conectores reformulativos estabelecem rela es sem nticas entre os enunciados conectados de forma din mica medida que avan a o discurso p 70 tradu o minha Os conectores reformulativos s o assim em tese elementos que organizam a estrutura de um texto e tem um papel importante na argumenta o textual Al m disso s o um mecanismo da l ngua utilizado para veicular a reformula o Bach 2002 citando Fuchs 1994 mostra que embora os enunciados unidos por um conector de reformula o n o sejam totalmente equivalentes sempre h uma equival ncia m nima o que permite que o segundo enunciado possa ser apresentado como uma reformula o do primeiro Oliveira 2001 outro autor que tratou desses elementos Explica que conectores como isto e ou seja s o denominados p
39. resultante do trabalho eletrost tico de transferir um grupo polar de um ambiente solvatado representado por uma constante diel trica alta para o interior da prote na representado por uma constante diel trica baixa Contexto 4 CC2 Em prote nas cada um dos M grupos ioniz veis pode ocorrer em pelo menos dois estados de protona o diferentes ou mais para grupos com diferentes taut meros como a histidina Em outras palavras a determina o de propriedades dependentes do pH em uma prote na requer o c lculo das energias eletrost ticas para todos os poss veis estados de protona o do sistema e subsegiiente avalia o dos valores m dios destas propriedades baseada na distribui o de Boltzmann No entanto o n mero de poss ve No contexto 1 por exemplo a frase t o extensa que fica dif cil de compreender a id ia principal O redizer tamb m longo Nos contextos 2 e 3 h redizeres que s o bem 139 extensos Um redizer extenso algumas vezes pode causar dificuldade de compreens o pois o leitor pode n o conseguir mais retomar o que foi dito antes da EAP sendo necess ria a releitura de toda a frase novamente A presen a de EAP no contraste corpus de estudo e CC2 tamb m tem se mostrado um fator que diferencia esses textos sendo a EAP aqui um fator proeminente nos manuais de Qu mica traduzidos Algo diferente ocorre nos contextos de EAP no CC3 Na se o seguinte descrevemos os dados do contras
40. 6 Encontro Nacional de Ensino de Qu mica e 1 Encontro Sudeste de Ensino de Qu mica 13 17 de Julho de 1992 USP S o Paulo LOPES C KR GER V amp DEL PINO J C 2000 Educa o continuada de profesores de Qu mica no Rio Grande do Sul Brasil Educacion Qu mica 11 2 214 219 MACIEL Anna Maria B 2005 Novos horizontes para o ensino do l xico In Revist L ngua e Literatura v 6 e 7 n 10 11 p 123 130 Frederico Westphalen MAHAN Bruce M amp MYERS Rollie J 1995 Qu mica um curso universit rio 4 ed S o Paulo Edgard Bliicher 582p MAHAN Bruce M MYERS Rollie J 1987 University Chemistry Forth Edition United States of America World Student Series Edition MAILLOT J 1969 La Traduction Scientifique et Technique ditions Eyroles Paris Tradu o para o portugu s de Paulo R nai A Tradu o Cient fica e T cnica Editora Universidade de Bras lia e Editora McGraw Hill do Brasil Ltda 1975 MARCUSCHI L A 2002 G neros Textuais defini o e funcionalidade In Dion sio A Machado A e Bezerra M orgs G neros Textuais e Ensino Rio de janeiro Lucerna MARTINS I et al 2001 An lise do processo re elabora o discursiva de um texto de divulga o cient fica para um texto did tico MASTERTON William L SLOWINSKI Emil J amp STANITSKI Conrad L Princ pios de Qu mica 6 ed Livros T cnicos e Cient ficos 1990 681p MITTMANN solange 2003 Notas do t
41. A escolha do texto de Qu mica pelos pesquisadores envolvidos no projeto antes mencionado deu se em fun o da sua import ncia e da sua vincula o desse tipo de texto com impress es de dificuldade de compreens o de linguagem comumente associadas complexidade conceitual da ci ncia Por parte dos educadores qu micos proponentes da iniciativa o interesse pela problem tica do texto e da linguagem ligava se a outra faceta do objeto textual a pressuposi o de que provavelmente dificuldades de compreens o de leitura estariam associadas maneira pela qual o conhecimento cient fico estava representado em seus textos did ticos Assim sendo instaurou se o texto did tico mais especificamente o manual acad mico did tico de Qu mica Geral utilizado no n vel superior como um t pico de estudos O objetivo geral da pesquisa era ent o descrever interpretar e analisar a linguagem qu mica no universo de textos did ticos traduzidos presentes na forma o do futuro profissional em 15 Qu mica Para decidir quais os livros que seriam utilizados no estudo os professores da AEQ fizeram uma pesquisa atrav s de entrevistas com professores de Qu mica na UFRGS para saber quais os manuais acad micos mais utilizados pelos professores de Qu mica Geral Silva Eichler Del Pino 2003 Al m disso na biblioteca de Qu mica da UFRGS fizeram uma busca para verificar quais os manuais acad micos did ticos mais retirados pelos alunos de
42. An lise Multidimensional menciona e demonstra em seu livro Corpus Linguistics Investigating Language Structure and Use que a metodologia baseada em corpus pode ser utilizada em uma ampla variedade de t picos Por exemplo Biber menciona que uma abordagem baseada em corpus tem sido muito utilizada atualmente na lexicografia H algum tempo os lexic grafos limitavam suas tarefas a identificar os poss veis significados das palavras Hoje com a ajuda da LdC poss vel incluir informa es como usos mais comuns fregii ncia da palavra e de palavras relacionadas com o verbete al m dos contextos reais em que as palavras s o mais frequentemente encontradas Outros campos de estudo segundo Biber com os quais a LdC tem contribu do s o a s cio lingu stica a aquisi o de linguagem os estudos de estilo de g nero textual ensino entre outros Esse di logo da LdC com outras reas n o tem deixado de fora a Terminologia e a Tradu o Segundo Finatto 2007 A Ling stica de Corpus vem dialogando com a Terminologia que trata do texto especializado sobretudo fora do Brasil Essa aproxima o em meio a tantas outras ocorre porque a Terminologia al m de ser uma 44 A An lise Multidimensional uma abordagem para an lise de corpus que usa procedimentos estat sticos principalmente an lise fatorial visando ao mapeamento das associa es entre um conjunto variado de caracter sticas ling sticas dent
43. No planejamento racional de um novo medicamento os qu micos come am com o tumor ou organismo que se intenciona erradicar com a droga CONTEXTO 9 L1 A molecule of an ideal gas has zero potential energy because it does not matter how close it is to any of the other molecules in the sample Therefore compressing or expanding an ideal gas does not change the potential energy of the molecules from O so for an ideal gas the internal energy is Independent of the volume A molecule in a liquid or solid however does interact with its neighbors and the potential energy is an important contribution to the internal energy L2 A mol cula de um g s ideal tem energia potencial nula porque n o importa quanto as mol culas estejam perto umas das outras na amostra Portanto compress o e expans o de um g s ideal n o modifica a energia potencial das mol culas ou seja para um g s ideal a energia interna independente do volume Uma mol cula em um l quido ou em um s lido entretanto interage com seus vizinhos e a energia potencial traz uma importante contribui o para a energia interna 199 CONTEXTO 10 L1 SOLUTION We substitute the data and solve for the specific heat capacity of the metal Note that the temperature of the iron falls from 90 2 C to 23 2 C or by 67 0 C and the temperature of the water rises from 20 0 C to 23 2 C or by 3 2 C Therefore FORMULA FORMULA L2 Solu o Substitu mos os dados e resolvem
44. Os autores n o consideram o texto acad mico como um texto t cnico Excluem dos textos t cnicos por exemplo a tese a disserta o a monografia dentre outros Azenha op cit usou como corpus em sua tese os seguintes textos prospecto informativo sobre fitas de gravador prospecto informativo e proposta de ades o a cart o de cr dito manual informativo para aplica o de fungicida bula de medicamento instru es para prepara o e aplica o de tintura de cabelo e manual do propriet rio do autom vel tipo UNO da empresa FIAT Na sua investiga o Azenha p de constatar que poss vel evidenciar a import ncia de problemas de interculturalidade na tradu o de textos t cnicos A partir do seu corpus apontou diferen as que confirmam o envolvimento dos textos com uma realidade extralingii stica Essas diferen as se localizam n o apenas no l xico e na sintaxe mas tamb m em todos os n veis de organiza o textual O autor frisa que a tradu o de um texto t cnico envolve tantas ou mais dificuldades que a tradu o de um texto liter rio por exemplo Segundo Azenha op cit p 2 h uma opini o geral de que o texto t cnico apresenta univocidade Parece se acreditar que assim entre outras coisas o texto t cnico n o estaria 37 sujeito a varia es culturais e que suas dificuldades se resumem quase que exclusivamente ao n vel lexical terminol gico Essa id ia segundo o autor colocaria os textos
45. Pb Zn podem reduzir a fotoss ntese causando dano estrutural aos cloroplastos quantidades tra os de cobre por exemplo acima da capacidade de complexa o do meio inibem por completo a fixa o de N reduzindo o processo de eutrofiza o Entretanto este processo torna se favorecido devido ao aumento do consumo de oxig nio decorrente da biodegrada o das algas mortas Intera es algas luz o fitoplancton necessita da energia solar para a fotoss ntese entretanto muitas esp cies n o toleram n veis mais elevados de luz UV ou VIS sendo rapidamente afetadas pela a o da radia o e a fim de evitar o excesso de radia o algumas esp cies migram na coluna d gua6 Estas intera es que variam entre esp cies diferentes podem resultar em mudan as nas esp cies dominantes de algas em um sistema aqu tico particular afetando todo o ecossistema 220 c Amostra de parte de um arquivo do CC3 lt REFER NCIA BIBLIOGR FICA Dito e Feito Bendito Al vio IN Revista SuperInteressante junho 2000 gt lt ANO 2000 gt lt C DIGO DO ARQUIVO SUPjun00 2 gt lt L NGUA Portugu s gt lt G NERO Texto de populariza o gt lt AUTOR ES Desconhecido gt lt TOKENS gt lt TYPES gt lt T TULO DO ARTIGO Dito e Feito Bendito Al vio gt Dito e Feito Bendito al vio A efic cia da aspirina a droga feita de cido acetilsalic lico que o antit rmico e analg sico mais popular do mundo foi descob
46. Pela respira o s o catalisados processos redox e o equil brio restaurado O balan o entre fotoss ntese e respira o respons vel pelo controle da concentra o de oxig nio na gua e estes dois processos s o importantes na purifica o das guas naturais dist rbios temporais ou localizados deste estado estacion rio levam a altera es biol gicas e qu micas que refletem polui oS As comunidades de algas s o controladas por muitos fatores ambientais bi ticos e abi ticos os quais podem por sua vez ser afetados por esp cies qu micas estranhas ao meio contaminantes produzindo mudan as na estrutura e no funcionamento da comunidade As algas podem sofrer efeitos diretos em curtos tempos e tamb m efeitos indiretos sendo estes resultantes dos efeitos diretos sobre outros organismos no meio Alguns exemplos podem ser apresentados evidenciando a ntima rela o entre uma comunidade de algas e o ambiente em que se encontram Intera es algas macr fitas h muita discuss o sobre o papel das macr fitas esp cies de vegetais adaptados ao ambiente aqu tico ao longo do seu processo evolutivo mas uma hip tese parece ser que elas absorvem N e P inorg nicos dissolvidos competindo com as algas pelos nutrientes O impacto direto dos contaminantes sobre as macr fitas pode produzir efeitos diversos sobre a comunidade de algas A morte das macr fitas pode em certas condi es potencializar um aumento dos nutrien
47. States of America Ed Freeman 1998 Manual Bro MAHAN Bruce M MYERS Rollie J University Chemistry Forth Edition United States of America World Student Series Edition 1987 Nossa escolha do corpus tamb m foi movida por alguns fatores entre eles dois principais 1 o fato de serem esses dois manuais as duas obras mais resenhadas na rea de Qu mica e 2 o fato de a sele o do nosso corpus de estudo possibilitar um estudo contrastivo ingl s portugu s Esse estudo contrastivo n o seria poss vel considerando a totalidade do corpus de manuais acad micos do TextQuim os cinco manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral previamente selecionados uma vez que s possu mos os textos originas de 5 61 dois dos cinco manuais A decis o de utilizar apenas uma parte de um corpus maior parece contrariar o princ pio da representatividade um dos principais princ pios da Ling stica de Corpus Todavia a representatividade est relacionada com a extens o do corpus e segundo esse princ pio para ser representativo um corpus deve ser o mais extenso poss vel Segundo Berber Sardinha 2004 A caracter stica mais facilmente associada representatividade justamente a extens o do corpus o que significa em termos simples que para ter representatividade o corpus deve ser o maior poss vel p 22 Por isso decidimos nos certificar de que o corpus fosse representativo para nossa pesquisa E de conhec
48. a a o de um tamp o cido considerando o modelo do comportamento do soluto que constru mos no Cap tulo 10 Um cido fraco e sua base conjugada est o em equil brio din mico em meio aquoso F RMULA Suponha que um cido forte adicionado a uma solu o contendo ons CH3C0O2 de mol culas de CH3C000H em concentra es aproximadamente iguais Os ons H30 rec m chegados transferem pr tons para os ons CH3C02 para formar mol culas de CH3C00H e H20 Fig 11 1 Como resultado os ons hidr nio adicionados s o efetivamente removidos pelos ons acetatos e o pH mantido quase inalterado Se ao contr rio uma pequena quantidade de base forte for adicionada os ons OH dessa base removem pr tons das mol culas CH3C00H para produzir ons CH3C02 e mol culas de H20 Como resultado a concentra o de ons OH permanece quase inalterada Consegiientemente a concentra o de H30 e o pH tamb m mantida quase constante 207 b Amostra de parte de um arquivo alinhado portugu s insl s do manual A lt Ll S 1 gt CHAPTER 11 lt L2 S 1 gt CAP TULO 11 lt Ll S 2 gt Aqueous Equilibria lt L2 S 2 gt Equil brios em Fase Aquosa lt L1 S 3 gt Mixed Solutions and Buffers 11 1 Mixed Solutions 11 2 Buffer Action 11 3 Designing a Buffer 11 4 Buffer Capacity 6 lt L2 S 3 gt Solu es mistas e tamp es 11 1 Solu es mistas
49. a dimens o cultural dos estudos de Baker No entanto neste trabalho n o entraremos em discuss es sobre cultura tampouco objetivaremos defini la aqui 5 Temos conhecimento da discuss o proposta por Charolles 2002 de que a id ia de n o texto controversa uma vez que seria dif cil encontrar algo que n o seja texto pois sempre haver um esfor o do leitor para compreender o sentido de um texto por mais estranho que esse possa parecer em um primeiro momento 86 somente o que se diz em um texto mas tamb m o como se diz Para explicar o que o texto diz e o como ele diz ser preciso considerar duas dimens es interconectadas 1 a do texto como objeto de significa o preciso olhar para a organiza o e estrutura interna do texto reconhecendo a exist ncia de mecanismos ling sticos que permitem a produ o e a recep o do texto 2 a dimens o do texto como objeto de comunica o preciso considerar uma estrutura externa do texto reconhecendo que o texto est inserido em uma sociedade que determinado por padr es ideol gicos espec ficos e que precisa ser observado a partir de um determinado contexto s cio hist rico que lhe atribuir sentido Assim em s ntese reconhecemos que um texto linguagem em uso e realizado em fun o de diferentes sujeitos produtores e de diferentes situa es comunicativas Um texto organizado e estabelecido por determinadas estruturas e padr es os quais s o definidos por
50. al 2002 trabalho de Qu micos j nos adianta que os textos desses livros parecem exibir uma maneira de dizer peculiar Os autores apontam que entre algumas caracter sticas pr prias do livro did tico tamb m est o uso de gravuras de gr ficos de diagramas entre outros recursos visuais Todos esses recursos n o est o colocados aleatoriamente em um livro did tico mas t m o objetivo de construir o olhar de quem os I p 186 Ao considerar um livro did tico de 8 s rie Aprendendo Ci ncia de Dem trio Gowdak e Neide S de Mattos da Editora FTD de SP editado em 1992 o trabalho dos autores aponta algumas caracter sticas antecipa o de conte dos do ensino m dio abordagem resumida e esquem tica dos conte dos de qu mica e f sica os exerc cios t m rela o apenas com o texto imediatamente anterior sem rela o com outros conte dos abordados no pr prio livro reduzindo se a exerc cios essencialmente de memoriza o Logu rcio et al 2002 p 187 H tamb m ainda a utiliza o de uma linguagem t cnica sem uma refer ncia origem e ao significado espec ficos da terminologia cient fica de modo que a linguagem dos textos essencialmente pertencente a um universo cient fico distante da linguagem coloquial dos utilizadores do texto op cit Oliveira 1991 em um outro estudo sobre o ensino de Qu mica e F sica menciona que estudantes brasileiros mostram f
51. an lise devem ser independentes Isso significa que o pesquisador n o pode alterar resultados para a sua conveni ncia mas deve deixar que os dados falem por si mesmo que os padr es revelados pelos dados sejam diferentes do que o pesquisador imaginava Outro princ pio da Ling stica de Corpus conforme Stubbs o de que dados repetidos s o significantes visto que uma das principais tarefas da Ling stica de Corpus descrever o que usual e t pico Os aspectos quantitativos em uma pesquisa podem nos dizer muita coisa como por exemplo os padr es mais usuais as tend ncias de uso de determinadas palavras o que comum e o que raro etc sendo necess rio determinar antes de tudo o que raro e o que comum com rela o ao que o pesquisador est analisando Todavia preciso ir al m do aspecto quantitativo para tentar entender o que realmente acontece no uso da linguagem preciso assim observar o aspecto qualitativo da pesquisa o que significa observar os contextos em que uma determinada caracter stica ling stica observada ocorre A an lise qualitativa como uma lente de aumento aplicada an lise quantitativa pois atrav s da observa o dos contextos ampliamos e damos significado aos dados quantitativos coletados A an lise quantitativa pode ser o primeiro passo para uma pesquisa e a partir dela uma an lise qualitativa poder ampliar os resultados bem como dar significado aos dados quantitativos encont
52. censanet com br mecanelaQuenf br Abstract Concerning the wide use of the Internet in Education it becomes clear the great importance of the development of evaluation methodologies upon educational sites This article presents an evaluation methodology and its application in educational sites regarding only the Chemistry and Physics subject areas The aim is to verify up to which level its structures are adquate to the Internet The evaluation accomplished showed that the majority of the sites studied present a structure strongly linked to the press environment without making the best use of the characteristics belonging to the electronic sphere Resumo O uso amplo da Internet na educa o torna importante a cria o de 221 metodologias de avalia o de sites educacionais Este artigo apresenta uma metodologia de avalia o e sua aplica o em sites educacionais nas reas de Qu mica e F sica com o intuito de verificar at que ponto suas estruturas est o adequadas a Internet A avalia o realizada mostrou que a maioria dos sites apresenta uma estrutura fortemente ligada ao meio impresso sem um real aproveitamento das caracter sticas inerentes ao meio eletr nico 1 Introdu o A Era da Informa o da Sociedade em Rede traz in meras transforma es que atingem todos os setores da sociedade E um dos mais afetados por essa inova o tecnol gica a educa o Muito tem sido feito para incluir as novas tecnologias em sala de
53. cient fico de texto did tico e de texto traduzido conforme ilustramos na figura a seguir Discursos s o compreendidos grosso modo aqui como textos 52 Tradutor ou tradutores uma vez que a tradu o de muitos manuais acad micos did ticos devido ao seu tamanho e consegiientemente grande volume de trabalho tende a ser dividida entre v rios tradutores Assim a tradu o de manuais acad micos did ticos pode ser em muitos casos uma tradu o feita por v rias m os 88 Texto did tico o cient fico Texto cient fico traduzido Texto cient fico Texto traduzido Texto did tico Texto did tico traduzido Desenho 2 Representa o da heterogeneidade do manual acad mico did tico de Qu mica Utilizando a nomenclatura de Swales acreditamos que uma comunidade discursiva seja equivalente a um grupo de pessoas um grupo social cultural acad mico ou n o que estabelece que define e que de comum acordo decide regras conven es macro e microestruturais padr es de escrita necess rios para que um texto possa ser reconhecido como um determinado g nero textual Essa comunidade discursiva conforme entendemos n o uma comunidade que luta por um poder Uma tal comunidade discursiva composta por profissionais qu micos enquanto produtores receptores e tradutores de manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral modela consensualmente conven es e padr es textuais que nos perm
54. computador com a finalidade de propiciar resultados v rios e teis para a descri o e an lise Berber Sardinha 2004 p 18 Observar a linguagem atrav s de um corpus torna poss vel estudar o uso de caracter sticas da linguagem considerando padr es de associa o Assim poss vel observar o que real e o que mais comum ou seja o que usado ou o que as pessoas realmente falam O surgimento do computador proporcionou a an lise de grandes quantidades de texto com uma margem m nima de erro Segundo Berber Sardinha 2004 A populariza o dos computadores possibilitou o acesso de mais pesquisadores ao processamento de linguagem natural enquanto a sofistica o do equipamento permitiu a consecu o de tarefas mais complexas de forma mais eficiente j que o aumento da capacidade de armazenamento e a introdu o de novas m dias fitas magn ticas em vez de cart es hollerith perfurados etc facilitaram a cria o e manuten o de corpora em maior n mero p 4 5 Com isso a Ling stica de Corpus conforme Berber Sardinha ocupa se da coleta e da explora o de corpora com o prop sito de servirem para a pesquisa de uma l ngua ou variedade ling stica dedica se explora o da linguagem por meio de evid ncias emp ricas extra das por computador p 3 Segundo Maciel 2005 Ling stica de Corpus a rea de estudos ling sticos que analisa os padr es de uso r
55. conseqgii ncia mantida na primeira frase em que SO traduzido por ENT O Na segunda frase por m SO traduzido por OU SEJA A introdu o de OU SEJA em L2 assinala uma reformula o explicativa ou definit ria do que foi dito antes as mol culas t m acesso um n mero maior de n veis de energia No entanto de acordo com o texto original o que est ap s o OU SEJA W cresce e a entropia cresce tamb m n o uma reformula o mas uma consegii ncia 164 Em casos como o contexto acima o conector OU SEJA deveria ser entendido como um ENT O Mas para que isso aconte a preciso que o leitor primeiro identifique que o que est ap s a EAP n o uma reformula o Um leitor mais adiantado em conhecimentos qu micos talvez perceba isso Mas ser que um aluno no in cio do curso de gradua o conseguir perceber que o OU SEJA n o est introduzindo um redizer mas sim uma consegii ncia do que leu antes Parece que o entendimento de contextos tal como o acima citado n o depende somente do conhecimento ling stico do leitor Ser preciso um conhecimento de Qu mica para entender a rela o existente entre o dito e sua reformula o ou poss vel reformula o Um leitor expert da rea entende essa rela o mas n o pelo seu conhecimento ling stico pelo seu conhecimento de Qu mica Considerando que o corpus de estudo composto por manuais did ticos de Qu mica Geral para alunos que est
56. culturais na produ o e radu o de textos t cnicos de instru o alem o portugu s teoria e pr tica S o Paulo USP 244p Tese Doutorado L ngua e Literatura Alem Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Universidade de S o Paulo 1994 AZEREDO S Eichler M L Finatto M J B 2003 Caracteriza o coesiva e enunciativa do manual de Qu mica Geral um estudo interdisciplinar de um corpus textual In II Anais do II Encontro Nacional de Ensino de L nguas e XVII Semana de Letras Caxias do Sul EDUCS BACH Carme 2002 Els connectors reformulatius catalans An lisi i proposta d aplicaci lexicogr fica Universitat Pompeu Fabra Tese Doctora en Ling stica Institut Universitari de Ling stica Aplicada IULA Universitat Pompeu Fabra Barcelona BARROS Diana L P 2000 Teoria Semi tica do Texto S rie Fundamentos 4 edi o Editora Parma BARROS L dia Almeida 2006 Aspectos epistemol gicos e perspectivas cient ficas da terminologia Cienc Cult Apr June 2006 vol 58 no 2 p 22 26 ISSN 0009 6725 BAKER Mona 1992 In other words a coursebook on translation J amp L Composition Ltd Filey North Yorkshire 304p BAKER M et al Eds 1993 Corpus Linguistics and translation studies In Text and Technology in honour of John Sinclair Amsterdam amp Philadelphia John Benjamins BAKHTIN M M 1997 Est tica da Cria o Verbal 2 ed S o Paulo Martins Fontes 190 BE
57. da energia livre do equil brio f rmula Conclu mos que o estado de equil brio definido pela constante de equil brio corresponde ao estado de menor energia livre ou seja G 0 Agora vamos testar este crit rio utilizando uma simples mudan a de fase a evapora o da gua formando seu vapor 1 atm de press o A varia o de energia livre representada por f rmula 8 31 No contexto 1 temos o conector hence um conector de conclus o traduzido por OU SEJA H assim no texto traduzido uma id ia de conclus o introduzida por uma EAP J nos exemplos 2 e 3 temos exemplos de inclus es no texto traduzido Essas inclus es introduzem um redizer onde n o havia Isso significa que no texto traduzido embora haja uma EAP n o h um redizer de algo que j foi dito No contexto 4 temos a palavra where traduzida por uma EAP preciso reconhecer que where n o uma EAP Quando traduzida com uma EAP no texto em L2 estabelece se uma rela o textual bem diferente da que est no texto em L1 causando uma dificuldade de leitura Sintetizando os dados do manual A e B s o 110 contextos que apresentam EAP no corpus de estudo em portugu s Desses 110 55 s o OU SEJA 37 s o ISTO e 18 s o EM OUTRAS PALAVRAS Os correspondentes dessas EAP em ingl s mostram que e dos 55 OU SEJA em portugu s 11 s o EAP That is 30 s o inclus es e 14 s o outro tipo de conector e dos 37 ISTO em portugu s 35 s
58. de Hist ria Americana e de Ecologia apresentam maneiras peculiares de dizer as coisas assim tamb m deve acontecer com manuais acad micos de diferentes ci ncias Embora tenham padr es macro e microestruturais que os identifiquem como tais a forma de dizer ou de explicar as coisas nos manuais de Gen tica por exemplo ser diferente da forma de dizer e de explicar nos manuais de Qu mica Textos de diferentes reas se caracterizam n o s por uma terminologia pr pria mas tamb m por um estilo pr prio por um padr o de argumenta o peculiar pela quantidade de 53 informa o expl cita e impl cita pela intencionalidade pelo uso que fazem ou n o das rela es coesivas dentre outros fatores Sendo v lidas as percep es de Biber e de Van Dijk o manual acad mico did tico de Qu mica Geral foco do nosso estudo tamb m deve possuir um modus dicendi que lhe pr prio J h algum tempo o texto de Qu mica tem sido objeto de estudo do grupo TextQuim na Universidade Federal do Rio Grande do Sul O objetivo do grupo tem sido tra ar um perfil da linguagem utilizada em textos de Qu mica entre eles o manual acad mico did tico Observa es realizadas t m mostrado que o manual acad mico did tico de Qu mica tem alguns tra os espec ficos Uma das suas peculiaridades a adjetiva o Finatto amp Huang 2005 fizeram um estudo contrastando textos de manuais acad micos did ticos traduzidos de Qu mica Geral e
59. de conte do pref cio agradecimentos cap tulos com exerc cios gloss rios Embora nem todos os manuais apresentem um gloss rio h subdivis es em cap tulos tabela de conte do e pref cio A tabela de conte dos geralmente deveria permitir ao leitor entender como a rea de estudo est organizada e do que ela se ocupa enquanto o pref cio normalmente deveria indicar ao leitor 55 o porqu o estudo daquela rea relevante e qual o lugar que esta rea ocupa dentro das ci ncias Uma das caracter sticas do manual acad mico did tico ser texto traduzido Na rea da Qu mica Geral por exemplo muitos manuais acad micos s o textos traduzidos Um texto traduzido pode corresponder a um macrog nero textual Nesse macrog nero o manual acad mico did tico cient fico traduzido equivale um g nero textual espec fico produzido por uma determinada comunidade discursiva a qual incluiria o tradutor sendo ele profissional ou n o da rea de conhecimento Esse tradutor em tese um dos respons veis por escolhas que caracterizar o o texto traduzido em portugu s Assim um texto traduzido como por exemplo o texto de um manual de Qu mica uma soma de caracter sticas do texto did tico do texto cient fico e do texto traduzido Baker 1993 comenta que o texto traduzido tende a apresentar mais palavras do que o texto original Dessa forma o texto traduzido se diferenciaria do texto original para al m das d
60. de equil brio dos sistemas Um estado de equil brio um estado no qual as propriedades macrosc picas do sistema tais como temperatura densidade e composi o qu mica s o bem definidas e n o se alteram com o passar do tempo Assim a termodin mica n o se preocupa com a velocidade com a qual os processos qu micos e f sicos T 211 ocorrem nem se preocupa em descrever os sistemas enquanto alguma transforma o estiver ocorrendo O racioc nio termodin mico pode ser utilizado simplesmente para nos dizer se ou n o poss vel alcan armos um estado particular dos produtos partindo se de um estado qualquer dos reagentes Entretanto ele n o pode nos dizer se aquela transforma o pode ser conseguida num curto intervalo de tempo ou num intervalo de tempo equivalente vida de uma pessoa Esta informa o parece ser limitada mas mesmo assim muito importante Se a termodin mica nos mostrar que uma dada rea o imposs vel perda de tempo tentar Por outro lado se a termodin mica nos mostrar que uma rea o poss vel em princ pio vale a pena os esfor os na tentativa de efetu la na pr tica A termodin mica foi aplicada com sucesso durante as tentativas de s ntese do diamante a partir da grafite Muitos esfor os foram infrut feros mas a termodin mica mostrava que a rea o seria poss vel sob condi es de alta temperatura e press o Esta certeza
61. de ocupar todos os meios que lhes ofere am luz e umidade suficientes tempor rias ou permanentes assim s o encontradas em guas doces na gua do mar sobre os solos midos ou mesmo sobre a neve Quer sejam uni ou pluricelulares as algas retiram todos os nutrientes que precisam do meio onde est o solu o ou umidade e portanto s o organismos fundamentalmente aqu ticos Entretanto apesar da simplicidade aparente destes organismos algumas algas possuem sistemas internos que s s o encontrados nos vegetais superiores Algumas esp cies de algas encontram uso na avalia o da qualidade dos sistemas aqu ticos para os quais inclusive j foi sugerido um ndice de polui o baseado nos g neros de algas presentes quanto menos diversificada a popula o maior a polui o do sistema2 Um outro aspecto est relacionado capacidade em retirar do meio aquoso elementos qu micos o que sugere a utiliza o de algumas esp cies de algas na recupera o de sistemas aqu ticos em especial quanto presen a de ons met licos e de alguns compostos org nicos Finalmente mais recentemente tem sido avaliado o uso das algas como reagentes qu micos em processos de pr concentra o na qu mica anal tica Nos sistemas aqu ticos as algas incorporam energia solar em biomassa produzem o oxig nio que dissolvido na gua e usado pelos demais organismos aqu ticos atuam na mineraliza o e no ciclo dos elementos qu mi
62. de texto t cnico cient ficos estudar uso e distribui o de uma terminologia determinar padr es de recursos terminol gicos e coesivos em textos entre outros Al m disso conforme resume Finatto 2007 a informatiza o mediada pela LC mostra para a Terminologia que a melhor observa o da linguagem sim a extensiva Pela lente de aumento gerada pela observa o extensiva evidenciam se fortes caracter sticas do texto cient fico colocadas por alguns elementos na sua superf cie gramatical mas que s ser o percebidos se formos capazes de extrapolar a fronteira do que seja estritamente terminol gico Com a observa o extensiva em grandes corpora de textos t cnico cient ficos poss vel identificar padr es desvios fraseologias combina es varia es terminol gicas contextos reais freq ncia de palavras conceitualmente relevantes caracter sticas coesivas dos textos t cnico cient ficos dentre tantos outros elementos As informa es obtidas s o teis n o s para trabalhos terminol gicos stricto sensu que visam produ o de gloss rios mas tamb m para trabalhos terminol gicos com enfoque textualista que procuram descrever ou tra ar perfis da linguagem utilizada em uma determinada rea de conhecimento Um exemplo de um estudo terminol gico com enfoque textualista o projeto COMET dispon vel no site http www fflch usp br dlm comet da Faculdade de Filosofia Letras e
63. de tokens do CC2 de 427 632 tokens J o CC 3 o corpus SUPERINTERESSANTE composto por textos da rea de Qu mica encontrados na revista SuperInteressante Esses textos foram coletados do CD lan ado em comemora o aos 15 anos da revista SuperInteressante que inclui as revistas publicadas desde o lan amento da revista no ano de 1987 at junho de 2002 Nosso objetivo ao utilizar o CC 3 contrastar manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral e textos de revista de populariza o e tentar observar se a presen a de EAP uma caracter stica da linguagem did tica da Qu mica frente a linguagem de populariza o O total de tokens do CC3 59 585 tokens 108 O CC 4 o corpus POSSAMAI composto por 333 artigos cient ficos apresentados nos Congressos da Sociedade Brasileira de Computa o nos anos de 2002 e 2003 Foi coletado e utilizado por Possamai 2004 na sua disserta o sobre marcadores textuais do artigo cient fico de Inform tica em compara o ingl s portugu s O trabalho de Possamai foi desenvolvido sob a perspectiva da tradu o Por isso a autora coletou um corpus paralelo portugu s ingl s No entanto para fins da nossa pesquisa utilizamos somente o corpus em portugu s Gentilmente cedido pela autora para uso no TextQuim e no nosso trabalho esse corpus re ne 1 287 260 tokens O contraste do CC 4 e o corpus de manuais did ticos de Qu mica Geral objetiva ver se a presen a de EAP nos manuais did
64. diz como se diz e para quem se diz na linguagem cient fica e e A Ling stica de Corpus uma das fontes orientadoras do nosso trabalho pois concordamos com a necessidade de uma abordagem empirista da linguagem para melhor entender seu uso real Acreditamos na observa o extensiva de um corpus composto por textos naturais suficientemente representativos pois a observa o extensiva tem o potencial de revelar coisas que de outra forma muitas vezes n o s o percebidas A linguagem conforme pensamos um sistema probabil stico Por fim entendemos a necessidade de entender os dados como realmente aparecem mesmo que os resultados da empiria sejam diferentes do que gostar amos que fossem Nossa inten o neste cap tulo foi tentar amalgamar bases te ricas diversas para construir um ponto de vista que sabemos est longe de ser perfeito Optamos por privilegiar algumas perspectivas frente a outras para observar tamb m em que elas resultam N o obstante ressaltamos que n o desconsideramos nem descartamos as vis es que embora expostas nesse trabalho n o foram utilizadas Entendemos a sua import ncia e relev ncia para os estudos da linguagem 97 Um objeto pode ser visto por diferentes ngulos Escolhemos olhar para o nosso objeto atrav s de UM ngulo e reconhecemos que esse n o O nico poss vel Nosso posicionamento al m de ter sido metodologicamente direcionado tem como principal objetivo contribu
65. e compara es com corpora de contraste Isso nos permitir definir se o uso de express es anunciadoras de par frase em manuais acad micos de Qu mica uma caracter stica desse g nero textual ou n o Assim esta disserta o conforme j mencionado n o se caracteriza por ser um estudo de Tradu o nem de terminologias stricto sensu Ao reconhecer um estudo terminol gico como um estudo do texto especializado e conceber a tradu o como um produto com peculiaridades que merecem ser observadas convocamos a Ling stica de Corpus como uma forte escolha metodol gica e de an lise Em resumo o nosso posicionamento te rico que guiar a priori nossa metodologia de observa o do corpus o seguinte e Entendemos que texto seja uma inst ncia da linguagem em uso em que itens lexicais e estruturas gramaticais t m um potencial de significa o que s se realiza verdadeiramente em um texto Al m disso reconhecemos que um estudo do texto envolve descrever n o s o que se diz mas o como se diz Baker 1992 Barros 2000 e Acreditamos que o texto did tico seja um macrog nero textual que inclui diferentes g neros textuais did ticos cada qual com caracter sticas pr prias que os diferenciam e com caracter sticas em comum que ao mesmo tempo os identificam como did tico O manual acad mico did tico de Qu mica traduzido um g nero textual que inclu mos no macrog nero texto did tico e Cremos na exist ncia d
66. e fique bem entendida Ap s essa observa o quantitativa das EAP fizemos a leitura de cada um dos 110 contextos encontrados no corpus de estudo em portugu s Em muitos desses contextos encontramos EAP que superficialmente parecem conectores que vinculam um dito e um redito como os exemplos a seguir Contexto 1 manual B A teoria cin tica dos gases e os experimentos realizados demonstram que a energia de um g s ideal independe do volume portanto o processo de expans o n o faz diminuir a energia do sistema O processo inverso ou seja a contra o espont nea ou compress o das mol culas gasosas permitida pela primeira lei da termodin mica mas nunca ocorre Analogamente observamos que o calor flui espontaneamente de um corpo mais quente para um mais frio Contexto 2 manual B As solu es dilu das devem ter um baixo valor de i e as solu es concentradas acima de 1 m um alto valor de fil N o podemos supor que i seja proporcional molaridade exceto no caso de solu es dilu das pois geralmente trabalhamos com solu es reais ou seja solu es que apresentam um comportamento n o ideal Anteriormente definimos uma fator de corre o denominado coeficiente de atividade Al como f rmula As EAP nos contextos anteriores desempenham sua fun o de introduzir um redizer retomando algo j mencionado No entanto a leitura de outros contextos revelou alguns contextos de dif cil compreens o Para
67. encorajou os pesquisadores a continuarem seus esfor os os quais foram coroados de sucesso FUN ES DE ESTADO A descri o dos sistemas termodin micos feita por meio de certas grandezas denominadas fun es de estado Uma fun o de estado uma propriedade do sistema caracterizada por um valor num rico bem definido para cada estado independente da maneira pela qual o estado alcan ado Press o volume e temperatura s o fun es de estado e al m destas existem mais cinco fun es de estado importantes para a termodin mica As fun es de estado possuem duas propriedades fundamentais Primeiro atribuindo se os valores para algumas poucas fun es de estado normalmente duas ou tr s automaticamente os valores para as demais fun es se tornam constantes e definidos Segundo quando o estado de um sistema modificado as altera es dependem somente dos estados iniciais e finais dos sistemas e n o da maneira como as transforma es foram efetuadas Vamos analisar a consegii ncia de se atribuir valores para o volume Ve a temperatura T de um mol de um g s ideal como uma ilustra o da primeira propriedade das fun es de estado Sabemos que a press o P RT V Ent o o valor da fun o de estado P foi automaticamente determinado pela defini o do volume e da temperatura do g s Todas as demais fun es de estado assumem valores definidos embora a rela o alg brica entre elas e o volume e a temperatura possam
68. energia potencial de atra o entre o el tron no orbital e todos os n cleos a energia cin tica do el tron e a energia resultante da intera o deste el tron com os demais el trons na mol cula 4 A primeira caracter stica do estado de equil brio ser din mico trata se de uma situa o permanente mantida pela igualdade das velocidades de duas rea es qu micas opostas Isto quando o sistema formado por CaCO3 CaO e CO atinge o equil brio com rela o rea o f rmula dizemos que o CaCO3 continua a ser convertido em CaO e CO2 e que o CO2 e o CaO continuam a formar CaCO3 5 Qual ser o efeito da adi o de uma pequena quantidade de uma solu o concentrada de Na2S04 Essa adi o causa um imediato e acentuado aumento na concentra o do on sulfato e portanto uma tens o que desloca o sistema do equil brio Partindo do princ pio de Le Ch telier prevemos uma rea o na dire o que minimiza os efeitos dessa tens o isto uma rea o que retira da solu o alguns dos ons sulfato adicionados Consegientemente a adi o de urna solu o de Na2S04 deve provocar a precipita o do BASO4 Vejamos como se pode fazer a mesma previs o utilizando a express o da constante de equil brio 201 6 Para a primeira rea o temos f rmula enquanto que a constante de equil brio para a rea o inversa f rmula Comparando as duas express es teremos f rmula Ou seja as constantes de equil brio pa
69. entender um determinado conceito pode inclusive gerar dificuldades para a forma o dos futuros profissionais Se no come o do curso o aluno tem dificuldades de entender a linguagem que lhe explica os conceitos b sicos essenciais na sua forma o futuramente talvez ele tenha dificuldades para entender outros conceitos que dependem do pleno entendimento desses primeiros conceitos Temos assim um problema H queixas difusas sobre a compreens o desse tipo de texto Todavia alguns estudos em Educa o Qu mica t m mostrado uma relativa dificuldade de professores em dominar a linguagem qu mica Lopes Kr ger e Del Pino 2000 Em maior Em uma das atividades de pesquisa durante a IC fizemos uma visita a editora respons vel pela tradu o do manual A O objetivo foi mostrar alguns dos dados encontrados no estudo Nesse encontro foi nos relatado que h reclama es esparsas mas constantes por parte dos consumidores desse tipo de obra 19 ou menor grau os professores do ensino m dio apresentam dificuldades em a descrever os objetos da Qu mica suas propriedades e seu comportamento em um dado sistema b descrever e explicar os fen menos e os processos da Qu mica c desenvolver os assuntos sob um encadeamento l gico baseado nas necessidades e na sufici ncia dos conceitos relacionados a tais descri es e explica es Uma vez que os manuais acad mico did ticos s o produzidos por professores universit
70. espec fico integrada por diversos pesquisadores e grupos de pesquisa que reconhecem que o texto o habitat natural das terminologias Krieger amp Finatto 2004 p 106 Aqueles que n o focalizam apenas o termo mas que reconhecem que seu objetivo principal um texto com termos compartilham princ pios dessa escola Nessa perspectiva entende se que entre as frases h elementos da l ngua que s se consegue entender dentro de um texto como por exemplo an foras express es anunciadoras de par frase fraseologias etc Estendendo a primazia do texto os mais variados elementos que circundam os termos tamb m merecem aten o em um estudo terminol gico Tal como na TCT isso implica considerar adjetivos adv rbios conectores verbos macro e microestrutura do texto em estudo etc O ponto de partida portanto um todo textual Al m disso uma peculiaridade da escola textualista de Terminologia que reconhece a necessidade de levar em conta que diferentes reas t m diferentes realiza es textuais Por exemplo h o manual did tico o paper o texto de populariza o o texto de divulga o dentre outros tipos de texto Por causa dessa diversidade n o se acredita que fazer uma lista de termos desses textos seja suficiente para fazer um reconhecimento terminol gico de uma TU rea de conhecimento Um termo x usado em um determinado tipo de texto com um 70 sentido espec fico Em outro t
71. esse texto como um texto did tico cient fico E J 8 Site www ufrgs br textquim TextQuim uma sigla para pesquisa que se ocupa do estudo de Textos de Qu mica As autoras procuraram selecionar textos utilizados para o mesmo prop sito Assim tanto os manuais de Medicina quanto os de Qu mica utilizados no estudo eram livros traduzidos indicados para alunos no primeiro semestre do curso de gradua o 54 did tico no sentido de que seu objetivo ensinar um conhecimento para algu m que ainda n o o tenha Seu enfoque mais direcionado para o ensino do que para uma investiga o ou uma comprova o de dados por exemplo Por outro lado o manual acad mico did tico tamb m texto cient fico pois produz e reproduz o conhecimento de um campo do saber sendo resultado da comunica o realizada no interior das linguagens especializadas Afirmar que o manual acad mico did tico um texto did tico cient fico nos permite inclu lo entre textos especializados e ao mesmo tempo diferenci lo de textos como artigos cient ficos resenhas textos de populariza o entre outros os quais talvez se caracterizem por excesso ou falta total de didatismo Com rela o ao n vel terminol gico de um manual acad mico did tico espera se que tamb m seja diferente do encontrado em um artigo cient fico uma vez que o manual acad mico produzido para alunos que est o iniciando em um campo cient fico e que em tese ainda
72. fico com caracter sticas peculiares produzido por e para uma comunidade cient fica espec fica Segundo Guimar es op cit o discurso cient fico busca alcan ar um consenso de opini o de uma determinada comunidade cient fica na qual est inserido Tal comunidade mant m os m todos e os padr es cient ficos desse discurso e longe de ser pac fica domina a mat ria e o conte do do que recebe n o sendo composta de leitores leigos Dentre algumas caracter sticas do texto cient fico Guimar es 2001 menciona Constata se o seu car ter altamente argumentativo no tra ado do objetivo prec puo que ele tem em mira ou seja convencer o interlocutor da validade ou melhor da verdade daquilo que diz e proceder ret rica e lingi isticamente conforme esse objetivo p 67 Sabendo da relut ncia entre os cientistas que produzem textos cient ficos em reconhecerem a subjetividade como integrante do seu discurso a autora fez um estudo da modaliza o em textos cient ficos de Biologia Entendeu modalizadores como todos os elementos ling sticos que funcionam como indicadores das inten es dos sentimentos e das atitudes do enunciador no que diz respeito a seu discurso p 68 Atrav s desse enfoque revelou nos que embora se postule o texto cient fico como falto de subjetividade como um texto que prioriza a objetividade e a racionalidade que tanto se deseja na ci ncia a objetividade e a imparcialidade
73. g s carb nico e minerais para o crescimento e a manuten o da vida Cada organismo possui um modo especial de atender s suas necessidades mas apesar da grande varia o de cor tamanho forma e tipo de reprodu o todas as algas t m em comum o fato de produzirem seu pr prio alimento atrav s da fotoss ntese pois todas possuem clorofila As algas retiram do meio o que necessitam atrav s de toda a superf cie do corpo e portanto n o necessitam de tecidos especiais para transporte dos nutrientes no interior das suas c lulas Mas a vida no ambiente aqu tico apresenta algumas dificuldades como a penetra o da luz j que a partir de uma certa profundidade n o h luz suficiente para a fotoss ntese a escassez de minerais tornando o meio muitas vezes limitante em rela o a um mineral ou ainda a presen a do g s carb nico que n o circula de modo t o simples quanto na atmosfera4 A VIDA EM SOCIEDADE OU AS RELA ES ENTRE ALGAS E AMBIENTE 219 Os organismos aqu ticos influenciam a concentra o de muitas subst ncias diretamente por capta o metab lica transforma o armazenamento e libera o sendo portanto importante conhecer a intera o entre os organismos e o ambiente para melhor compreens o da qu mica de um habitat aqu tico Os processos primordiais s o a fotoss ntese e a respira o como resultado da fotoss ntese s o produzidas liga es ricas em energia que alteram o equil brio termodin mico
74. grande maioria dos assuntos estudados em Qu mica Geral ser revisitada de uma forma mais profunda ao longo do curso superior de Qu mica Segundo os autores essa disciplina tamb m visa refor ar a motiva o dos calouros em continuar se dedicando ao estudo da rea que eles escolheram para se profissionalizar Assim visto que a disciplina de Qu mica Geral uma das bases nos cursos de Qu mica e constitui se uma disciplina alicerce para os alunos que ingressam em um curso 99 superior de Qu mica decidimos fazer nossa pesquisa apenas com manuais acad micos did ticos dedicados a esse tema A escolha pelo texto did tico de Qu mica Geral especificamente o manual acad mico did tico de Qu mica Geral foi influenciada pelo fato de que parece haver uma vincula o dos textos dessas obras com uma imagem de certo impacto de dificuldade de compreens o da linguagem Algumas editoras inclusive reconhecem a exist ncia de reclama es por parte dos usu rios desse tipo de material sobre dificuldades com a linguagem Al m disso conforme j mencionado na Introdu o deste trabalho estudos em Educa o Qu mica t m mostrado que os produtores de manuais acad micos de Qu mica professores universit rios e pesquisadores renomados da rea apresentam certa dificuldade em descrever os objetos os fen menos e os processos da Qu mica Esses autores t m dificuldades em desenvolver os assuntos sob um encadeamento
75. m ajudado tradutores a produzir textos melhores Segundo Berber Sardinha 2004 pros dia sem ntica uma associa o recorrente entre itens lexicais e um campo sem ntico indicando uma certa conota o negativa positiva ou neutra ou inst ncia avaliativa p 236 Um exemplo de estudo de pros dia sem ntica dado por Berber Sardinha o estudo de Partington 1998 Esse trabalho explorou os usos das palavras impressive impressionante e rife cheio de Impressive normalmente aparece com palavras como achievement realiza o talent talento dignity dignidade palavras que indicam uma certa conota o positiva Assim a palavra impressive parece ter uma pros dia sem ntica positiva Rife por outro lado tende a aparecer com palavras como crime crime misery mis ria disease doen a palavras com conota o negativa A palavra rife parece ser considerada ent o uma palavra de pros dia sem ntica negativa Berber Sardinha 2004 salienta que a pros dia sem ntica em geral n o uma caracter stica indicada nos dicion rios Assim um tradutor pode utilizar a pros dia sem ntica inadequada sem saber ao empregar termos que s o tidos como equivalentes p 236 Um outro exemplo dado pelo autor o caso de impressionante no italiano que tem pros dia sem ntica negativa enquanto em ingl s impressive impressionante como vimos tem pros dia sem ntica positiva Um tradutor do italiano para o ing
76. m disso o artigo cient fico acad mico um texto escrito de especialistas para especialistas e n o de especialista para leigo ou para iniciante em uma rea Isso autoriza os autores desses textos a usarem mais a terminologia pr pria do campo de conhecimento sem precisar explicar ou tornar claro atrav s de redizeres o que se est falando pois os leitores a priori dominam o conte do abordado Dentro desse contexto o CC2 faz pouco uso de EAP cerca da metade do que aparece no corpus de estudo No entanto nos surpreende a quantidade de EAP encontrada no CC4 H quase a mesma quantidade de EAP no CC4 e no corpus de estudo Considerando que o corpus de estudo composto por textos did ticos surpreende que em um paper acad mico de Inform tica haja tantas EAP quanto h em um texto did tico de Qu mica Geral Esperar amos a priori que o CC4 apresentasse bem menos EAP do que o corpus de estudo pois embora possa apresentar tra os did ticos e isso fica claro com a presen a de EAP no corpus o artigo cient fico n o um texto did tico A presen a de EAP no CC4 aponta para uma preocupa o com o leitor desses textos H uma preocupa o de que a informa o esteja clara Na compara o CC2 x CC4 percebemos um g nero textual que o paper acad mico com caracter sticas pr prias desse g nero textual Al m dessas caracter sticas que permitem a identifica o de um paper como tal h em cada rea de conhecimen
77. o da qualidade da informa o em sites educacionais notadamente os direcionados para educa o a dist ncia A import ncia dessas metodologias se d pelo fato de que entre todos os tipos de materiais did ticos utilizados na escola o site educacional o nico que n o possui uma ou v rias etapas pr vias de avalia o Portanto se por um lado as novas tecnologias s o cada vez mais importantes e necess rias para a educa o por outro a sua pouca idade faz com que ainda n o se tenha mecanismos de sele o e avalia o Essa diferen a torna se mais evidente se compararmos tr s modelos distintos de material did tico o livro did tico o software educativo e o site educacional O livro did tico por ser dos tr s o mais antigo e presente em sala de aula o que possui a rede mais ampla de avalia o Essa rede come a na sele o de originais na editora at a escolha do livro pelo professor passando no caso de escolas p blicas por uma rigorosa avalia o do governo o Programa Nacional do Livro Did tico PNLD Costa 2000
78. o objetivo de restabelecer sistemas aqu ticos as aplica es nos processos de biorremedia o e na Qu mica anal tica al m dos usos industriais das algas s o destacados Certamente muitos outros deixar o de ser mencionados mas propomos o despertar de interesses pelo estudo destes organismos sob suas m ltiplas possibilidades Ao longo de todo a sua exist ncia o homem sempre manteve rela es pr ximas com o imenso mundo vivo mas apenas a partir do s culo XX tornou se poss vel identificar e classificar os principais grupos de seres vivos existentes Na Gr cia antiga rica em pensadores e naturalistas houve uma primeira tentativa de reunir os seres vivos segundo as semelhan as que apresentavam entre si sendo reconhecidos os grupos animal e vegetal Mas foi com Charles Darwin 1809 1882 que o sistema de classifica o dos seres vivos ganhou um enfoque evolutivo e as esp cies passaram a ser classificadas de acordo com a origem ou a ancestralidade comum isto refletindo rela es evolutivas Em 1969 R H Whittaker prop s um sistema de classifica o das esp cies em cinco reinos As algas s o consideradas em tr s diferentes reinos monera protista e plantae As algas azuis ou cianobact rias organismos do reino monera s o unicelulares procariontes aus ncia de envolt rio nuclear e aut trofos produzem seu pr prio alimento habitam v rios ambientes 217 desde que haja umidade e atuam como esp cies pioneiras
79. o portugu s ingl s um estudo sob a perspectiva da tradu o Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Letras da UFRGS 2004 121p Disserta o de Mestrado REY A 1977 La Lexique images et mod les du dictionnaire la lexicologie Paris Armand Colin 1977 REY A 1979 La terminologie Nom set notions Paris Presses Universitaires de France Que sais je RODRIGUES Cristina C 2000 Tradu o e diferen a S o Paulo Editora Unesp Cole o Prismas R NAI Paulo 1987 Escola de Tradutores 5 ed rev ampl Rio de Janeiro 5 ed Nova Fronteira INL R NAI Paulo 1981 A tradu o vivida 2 ed rev aum Rio de Janeiro Nova Fronteira 210 p RUSSEL John B Qu mica Geral 2 ed vol 2 S o Paulo Makron 1994 1268p SILVA S M EICHLER M L DEL PINO J C 2003 As percep es dos professores de qu mica geral sobre a sele o e a organiza o conceitual em sua disciplina Qu mica Nova Ago 2003 v 26 n 4 p 585 594 SILVA Jane Quintiliano G 1999 G nero discursivo e tipo textual In Revista Scripta v 2 n 4 1 semestre de 1999 208p STUBBS Michael 2001 Words and Phrases Corpus Studies of Lexical Semantics Oxford Blackwell SWALES John M 1990 Genre analysis English in academic and research settings Cambridge University Press TAGNIN Stella E 0 2005 O jeito que a gente diz express es convencionais e idiom ticas S o Paulo Disal
80. observado a partir da rea o global Tendo isto em mente podemos reescrever a Eq 5 3 de forma exata Ag CO CI 202 onde Co a molaridade da solu o de AgNO3 ou seja igual a concentra o inicial de ons Ag antes da dissolu o do AgCI A partir desta rela o estequiom trica e da express o do produto de solubilidade temos que Contexto 2 L1 While we are not sure of the exact state of H in aqueous solution we are sure it is not a free proton To emphasize the hydration of the proton we shall represent it in this chapter by H30 ag which indicates H30 with an undetermined number of water molecules attached to it This notation has a disadvantage however because it tends to clutter chemical equations with extra molecules of water L2 Apesar de n o conhecermos o estado exato em que se encontra o on H em solu o aquosa temos a certeza de que ele n o um pr ton livre Neste cap tulo para enfatizarmos a hidrata o do pr ton ele ser representado como H30 ag ou seja um on hidr nio com um n mero indeterminado de mol culas de gua associadas a ele Entretanto esta nota o tem a desvantagem de congestionar as equa es qu micas devido presen a de mol culas de gua em excesso Contexto 3 L1 You should not forget that all the weak acid constants in Table 5 2 are for solutions in water Appreciable amounts of these weak acids and their conjugate weak bases can be dissolv
81. outra Para apreender melhor as diferentes rela es estabelecidas por esses dois tipos de conectores vejamos a situa o de forma invertida Seria poss vel traduzir uma EAP no texto 166 original por um ENT O no texto traduzido em portugu s O contexto a seguir representa um bom uso da EAP ISTO L1 That chemical reactions tend toward equilibrium can have profoundly important economic and social consequences For instance Haber was looking for a way to fix nitrogen THAT IS to turn atmospheric nitrogen which is free and abundant into badly needed compounds However nitrogen has a strong triple bond and a correspondingly high bond enthalpy 944 kJ mol 1 L2 O fato das rea es qu micas tenderem ao equil brio pode ter importantes consegii ncias econ micas e sociais Por exemplo Haber estava procurando uma forma de fixar nitrog nio ISTO transformar o nitrog nio atmosf rico o qual livre e abundante em compostos teis No entanto o nitrog nio tem uma forte liga o tripla e uma entalpia de liga o correspondentemente alta 944 kJ mol 1 Vejamos agora como fica a troca de ISTO no contexto acima por um ENT O L1 That chemical reactions tend toward equilibrium can have profoundly important economic and social consequences For instance Haber was looking for a way to fix nitrogen THAT IS to turn atmospheric nitrogen which is free and abundant into badly needed compounds However
82. para a investiga o 2 comum o texto estar dividido em cap tulos e que ao final de cada cap tulo h exerc cios com o objetivo de fixar o conhecimento 3 preciso conhecer o p blico alvo seu tipo de conhecimento seus interesses e seus objetivos a fim de adequar a linguagem e o estilo utilizados 4 a organiza o do texto tem que levar em conta que o objetivo ensinar conhecimento especializado para aqueles que ainda n o o t m 28 A concep o de discurso para Van Dijk nos pareceu confusa pois em alguns textos como Texto Y Contexto 1984 discurso algo que subjaz ao texto Em outros textos discurso parece ser algo que se sobrep em ao texto Assim explicitamos aqui a concep o de discurso desse autor mas n o a adotamos neste trabalho 51 Os universit rios que l em um manual did tico provavelmente j t m um conhecimento elementar da rea Para Van Dijk o manual acad mico did tico n o tem como objetivo transformar os acad micos em especialistas mas tem sim o objetivo de mostrar a organiza o do conhecimento a partir da vis o de um especialista da rea indicando como o aluno de gradua o poder organizar e ampliar seu conhecimento sobre a rea Para Van Dijk 2001 alguns dos objetivos do manual acad mico did tico seriam 1 introduzir uma rea de conhecimento e suas disciplinas 2 relacionar a nova rea com outras reas 3 indicar por que o estudo da rea em foco
83. pois ele espera que a informa o seja reformulada de alguma outra forma mais simples para sua compreens o Uma EAP em um texto de certa forma um aviso para o leitor Aten o leitor A informa o ser repetida dita de outra forma para que voc entenda melhor Por outro lado quanto o leitor encontra um ENT O SO ele n o espera uma reformula o pois n o isso o que esse conector indica para o leitor Ap s um ENT O esperam se id ias de conclus o de consegii ncia ou de finaliza o do que foi dito antes 83 Para uma maior confiabilidade desse resultado seria interessante um levantamento no corpus BNC a fim de observar o uso das EAP nesse corpus 163 Assim quando conectores como SO THEREFORE e HENCE s o traduzidos por OU SEJA ou por outra EAP tem se por exemplo uma id ia de conclus o que a id ia que est ap s o SO no texto original sendo anunciada por uma EAP um conector que introduz uma reformula o Com isso o leitor ter uma conclus o uma consequ ncia ou uma finaliza o como a reformula o de algo dito anteriormente O leitor vai tentar atribuir a uma id ia de conclus o ou de finaliza o a fun o de uma explica o ou de uma defini o do que foi dito antes prov vel que haja dificuldades de compreens o pois o que est ap s a EAP n o ser um redizer Assim uma rela o de X ocorre por causa de Y passa a ser X Y Contextos como o aba
84. por cem e por dez mil que representam a frequ ncia relativa das unidades permitem uma vis o mais real da presen a de EAP nos textos Assim esta s ntese levar em conta apenas a frequ ncia relativa No corpus de estudo em portugu s os dados mostram maior quantidade de EAP no manual B cerca de 6 a cada dez mil palavras do texto com prefer ncia pelo uso de OU SEJA Das 6 EAP 5 365 s o OU SEJA No manual A h menos EAP do que no manual B cerca de 5 a cada dez mil palavras Diferente do que acontece no manual B no manual A h prefer ncia pelo uso de ISTO Das 5 EAP a cada dez mil palavras no manual A 2 837 s o ISTO Reunindo os resultados do manual A e do manual B temos um quadro s ntese da quantidade de EAP presente no corpus de estudo como um todo 149 Quadro XXIX EAP no corpus de estudo manual A B Total Bruto Total Total por dez Percentual mil Ou seja 55 0 029 2 958 Isto 37 0 020 1 990 Em outras 18 0 010 0 968 palavras TOTAL 110 0 059 5 916 Esse quadro deixa clara a prefer ncia pelo uso de OU SEJA 2 958 a cada dez mil palavras do corpus A EAP EM OUTRAS PALAVRAS por outro lado a EAP que exibe menor presen a no corpus de estudo n o chegando nem a 1 uma ocorr ncia a cada dez mil palavras Reconhecendo a EAP como um recurso did tico textual supomos que quantidade de EAP seria diretamente proporcional exist ncia de um texto claro e coeso Quanto mais EAP houvesse em um texto em
85. reas percebemos que h diferen a entre eles O paper de Qu mica e o paper de Inform tica integram um mesmo g nero textual o paper acad mico No entanto n o s o iguais porque cada rea tem um modus dicendi pr prio para expressar conhecimento A maneira como a Qu mica argumenta explica exp e diferente da Inform tica A compara o das presen as de EAP no paper de Qu mica e de Inform tica confirma isso Nos papers de Inform tica rediz se muito mais do que nos papers de Qu mica rea em que redizeres s o menos frequentes Em papers de Qu mica parece haver um n vel de pressuposi o maior do que em Inform tica O que defendemos que em um mesmo g nero textual em diferentes reas haver diferen as Uma dessas diferen as not veis o uso de EAP G neros nascem a partir de conven es estabelecidas de comum acordo por determinada comunidade discursiva produtora e receptora desses textos Essa comunidade estabelece conven es para que os textos possam operar e ser entendidos dentro de uma determinada rea Swales 1990 Assim os textos examinados se assemelham em caracter sticas que permitem identific los como pertencentes a um determinado macrog nero Em um macrog nero h diferentes g neros textuais 182 c Mais um passo para melhor apreender a linguagem qu mica utilizada nos manuais acad micos traduzidos e melhor perceber reclama es sobre compreens o do texto dessas obras A observa
86. recomendados por professores e por alunos no in cio da gradua o em Qu mica bem como os manuais mais retirados pelos alunos na biblioteca da nossa Universidade Essa pesquisa chegou a um total de cinco manuais de Qu mica Geral Desses manuais selecionamos dois para nosso estudo Ambos se caracterizam por serem as obras mais resenhadas na rea de Qu mica Utilizamos os textos em portugu s desses manuais e seus textos originais em ingl s A descri o do nosso corpus de estudo bem como os crit rios para escolh los est o no item 3 2 deste trabalho De cada um dos dois manuais foram selecionados quatro temas de estudo Equil brio Qu mico Equil brio I nico Liga o Qu mica e Termodin mica O texto com cada um dos 111 temas tanto em portugu s quanto em ingl s foi escaneado revisado e devidamente armazenado em arquivos formato doc e txt a fim de poderem ser alinhados e processados pelo programa WordSmith Tools Com o corpus alinhado seria poss vel fazer uma observa o do nosso foco de estudo as EAP tanto no texto em portugu s quanto no texto em ingl s A escolha por estudar EAP partiu da id ia de que o manual did tico por ser um texto explicativo faria uso de express es que introduzissem redizeres retomadas explica es uma vez que um texto did tico procura fazer com que o conhecimento seja o mais claro e compreens vel poss vel E as EAP s o um recurso da l ngua para redizer explicar de outra fo
87. s o estudos de car ter estritamente lingi stico Todavia apontam que na linguagem dos textos de Qu mica h peculiaridades H uma forma espec fica de apresentar o conhecimento Por exemplo embora seja visto por Lopes como um obst culo percebe se que a linguagem Qu mica animista realista faz uso de met foras para melhor explicar um determinado fen meno Tais caracter sticas s o pr prias da linguagem qu mica did tica e em tese diferenciam esses textos de outros como o artigo cient fico de Qu mica o texto de populariza o dentre outros Al m disso a linguagem utilizada na Qu mica talvez se diferencie da utilizada em outras reas A palavra espont neo por exemplo citada por Lopes talvez n o tenha o mesmo sentido em F sica Assim a linguagem Qu mica em textos did ticos estabelece uma forma peculiar de apresentar o conhecimento Lopes 1992 p 5 Uma conota o animista implicaria atribuir caracter sticas animadas a objetos inanimados Por exemplo representa es de tomos como bonecos seria um recurso an mico Segundo Lopes 1992 esse recurso teria como objetivo construir uma ponte entre conhecimento comum e conhecimento cient fico p 6 No entanto o autor salienta que essa ponte apenas ret m o aluno no j conhecido n o permitindo a compreens o do conhecimento cient fico apenas sua operacionaliza o p 6 49 Da mesma forma os livros did ticos de Qu mi
88. ser complicadas Simplesmente precisamos considerar uma mudan a no estado de um g s ideal de P1 1 atm V1 22 4 L T1 273 K para um estado final no qual P2 10 atm V2 4 48 L e T2 546 K para demonstrarmos a segunda propriedade das fun es de estado A varia o de press o NOTA DE RODAP O s mbolo A sempre indica uma diferen a entre as fun es de estado final e inicial Assim AP Pf Pi P2 P1 f rmula A varia o de volume f rmula A varia o de temperatura f rmula Isto as varia es em cada uma das fun es de estado dependem somente d seus valores nos estados inicial e final e n o dependem da maneira como as transforma es foram efetuadas N o importa que a press o tenha sido elevada para 100 atm e o volume tenha diminu do para 0 224 L durante as transforma es As varia es nas fun es de estado s o determinadas apenas pelos estados inicial e final do sistema e n o pelo caminho percorrido entre eles Esta propriedade das fun es de estado n o trivial embora possa parecer bvia Grandezas cujos valores s o dependentes de como as transforma es ocorrem n o s o fun es de estado Por exemplo a diferen a de longitude entre dois pontos na superf cie da Terra uma constante que depend somente das coordenadas dos dois pontos Por outro lado a dist ncia percorrida entre os dois pontos depende do caminho seguido T
89. show that if a reaction is exothermic that is if L H lt O its equilibrium constant decreases as temperature increases From the point of view of Le Ch telier s principle an increase of temperature is a stress that is partially relieved by the occurrence of a net reaction that proceeds with absorption of heat by the system L2 Portanto se a temperatura de um sistema inicialmente em equil brio for alterada alguma rea o efetiva dever ocorrer para que o sistema atinja o equil brio na nova temperatura Experimentos mostram que se uma rea o for exot rmica isto se AH lt 0 sua constante de equil brio diminuir medida que a temperatura aumentar Do ponto de vista do princ pio de Le Ch telier um aumento de temperatura uma tens o parcialmente atenuada pela ocorr ncia de uma rea o efetiva que se desenvolve com absor o de calor pelo sistema CONTEXTO 8 L1 In the two molecular orbitals shown in Eqs 11 2 and 11 3 the electrons are free to move from one atom to the other If we place two electrons in these orbitals both electrons appear free to move independently hence their motion is not correlated In bonded H2 for example these molecular orbitals allow both electrons with paired spins to be on the same atom L2 Nos dois orbitais moleculares descritos pelas Egs 11 2 e 11 3 os el trons s o livres para irem de um tomo para outro Se colocarmos dois el trons nestes orbitais ambos os el trons pode
90. t pica express o anunciadora de par frase Sim Em alguns casos a EAP assume a condi o de um conector de conclus o Observamos alguns contextos em que OU SEJA a escolha de tradu o de conectores como SO THEREFORE e HENCE Embora uma EAP seja stricto sensu um conector que introduz uma reformula o em alguns contextos analisados esses conectores est o sendo usados como um recurso introdutor de conclus o de explica o defini o ou de finaliza o de uma id ia anterior 176 Apesar de isso ser poss vel e de fato ocorrer no nosso corpus de estudo n o significa que seja adequado Alguns contextos do corpus evidenciam que quando SO traduzido por OU SEJA o leitor pode ter dificuldade de entender o segmento ap s o OU SEJA 7 2 Retomada das hip teses Passamos agora s hip teses de investiga o lan adas no come o deste trabalho 1 A presen a de EAP uma caracter stica marcante do g nero manual acad mico did tico de Qu mica traduzido frente a outros g neros textuais de Qu mica N o confirmada A presen a de EAP n o uma caracter stica exclusiva do manual acad mico de Qu mica Geral traduzido Quando comparamos os resultados encontrados nos textos desses manuais com os resultados encontrados em outros textos observamos que manual acad mico did tico de Qu mica originalmente escrito em portugu s e o texto de populariza o de ci ncias na Revista Superlnteressante apresentam mais
91. tem que ser zero 0 ou pr ximo de zero 0 Isso indicar um corpus equilibrado As tabelas abaixo mostram o valor do desvio encontrado indicando um equil brio no nosso corpus de estudo Quadro XIII C lculo Desvio no manual A EAP C lculo Desvio Ou seja 0 01 Isto 0 03 Em outras palavras 0 01 Quadro XIV C lculo Desvio no manual B EAP Fregii ncia esperada Ou seja 0 05 Isto 0 01 Em outras palavras 0 02 Ap s os testes de confiabilidade fizemos uma observa o das EAP por cada um dos temas tratados nos textos O objetivo era saber em qual dos temas analisados mais se faz uso de EAP Primeiro fizemos um levantamento do total bruto da quantidade de EAP por tema O gr fico a seguir busca ilustrar essa informa o 124 Gr fico 1 Frequ ncia Absoluta Quantidade de EAP por temas estudados Corpus de estudo Q u a n t i d a d e EQ El LQ TR Temas Legenda 9 Manual A Manual B EQ Equil brio Qu mico El Equil brio I nico LQ Liga o Qu mica TR Termodin mica Observando o gr fico percebemos que segundo o Total bruto comum uma maior presen a de EAP no tema Termodin mica em ambos os manuais Al m disso o tema em que h menor presen a de EAP no manual A Equil brio I nico cap tulo em que h um n mero maior de EAP no manual B Al m disso no cap tulo que trata sobre Equil brio Qu mico h menor presen a de EA
92. terminologia stricto sensu Um estudo como o nosso sobre express es anunciadoras de par frase em textos did tico cient ficos traduzidos torna se um estudo terminol gico que interessa Terminologia Isso porque contribuir para caracterizar uma variedade de texto especializado no caso o texto de Qu mica Geral e a linguagem nele posta 1 6 Ling stica de Corpus Nesta j longa revis o bibliogr fica tendo percorrido os estudos de texto de Tradu o e de Terminologia chegamos Ling stica de Corpus que nos fornece um ponto de partida para o estudo do texto de Qu mica 71 1 6 1 Breve introdu o Ling stica de Corpus Dito de uma forma bem ampla Ling stica de Corpus a rea de estudos ling sticos que analisa os padr es de uso real da l ngua em grandes conjuntos de texto reais observando empiricamente quais as formas gramaticais poss veis e prov veis de serem ditas por falantes reais e n o por falantes idealizados Segundo Douglas Biber 1998 os estudos de linguagem podem ser divididos em duas grandes reas estudos de estrutura e estudos de uso Os estudos de estrutura s o mais tradicionais e buscam identificar unidades estruturais e classes gramaticais Segundo essa perspectiva focaliza se uma determinada caracter stica ling stica e investigam se as formas em que estruturas similares ocorrem em diferentes contextos e como elas servem para diferentes fun es Uma an lise estrut
93. the basis of qualitative analysis the identification of the ions present in a sample 24 lt L2 S 12 gt O pH de solu es aquosas plasma sang neo gua do mar detergentes seiva e misturas reacionais controlado pela transfer ncia de pr tons entre as mol culas da gua e outras mol culas e ons No Cap tulo 10 aprendemos sobre as propriedades de cidos e bases Nesse cap tulo veremos como usar solu es de cidos ou bases fracas e seus sais para manter um pH desejado Tamb m veremos como identificar os pontos estequiom tricos de titula o Finalmente conheceremos os equil brios de solubilidade que s o a base da an lise qualitativa a identifica o dos ons presentes em uma amostra 25 lt L1 S 13 gt Mixed Solutions and Buffers 26 lt L2 S 13 gt Solu es mistas e tamp es 27 lt Ll S 14 gt A lot of the discussion in this chapter depends on a single kind of calculation We saw in Section 10 10 how to estimate the pH of a solution of a weak acid Now we suppose that some salt of the acid is also present and investigate how that salt affects the pH We shall see that these mixed solutions in which an acid and its salt are both present are exactly what we and our bodies need to stabilize the pH 28 lt L2 S 14 gt Muitas discuss es nesse cap tulo dependem de um nico tipo de c lculo Vimos na Se o 10 10 como avaliar o pH de uma solu o de um cido fraco Agora supomos
94. ticos uma caracter stica da linguagem did tica e Qu mica frente a linguagem especializada da Computa o O ltimo corpus que escolhemos para fazer um contraste com o nosso corpus de manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral o CC 5 composto por uma parte do Banco do Portugu s Uma amostra do Banco do Portugu s est dispon vel gratuitamente para pesquisas no site do CEPRIL Centro de Pesquisa Recursos e Informa o em Linguagem o qual est ligado ao Programa de P s Gradua o em Ling stica Aplicada e Estudos da Linguagem LAEL fundado em 1983 na Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo A amostra do Banco de Portugu s dispon vel gratuitamente on line inclui registros como por exemplo registro acad mico que abrange teses e disserta es registro de neg cios comerciais e t cnicos registros falados de imprensa e da literatura Todos esses registros totalizam 1 182 993 tokens Das amostras de texto oferecidas no site do Banco de Portugu s optamos por utilizar as seguintes cartas comerciais cartas de pedido de emprego editais fax comerciais relat rios anuais de neg cios jornal di rio impresso e literatura de fic o As outras amostras n o nos interessaram primeiro por serem corpora de l ngua falada e nosso foco a l ngua escrita Segundo por serem corpora compostos por manuais mesmo g nero textual do nosso corpus de estudo Assim o total de tokens do CCS5 de 585 560 toke
95. todo simples e eficaz para o c lculo aproximado das energias dos orbitais moleculares O m todo de Hiickel tem sido utilizado para muitos tipos 2 de liga o mas mais comumente aplicado no caso de mol culas com orbitais Y deslocalizados ou seja hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas H muitas 169 mol culas nas quais existem liga es simples e duplas alternadas que formam liga es duplas conjugadas O leitor que tivesse em m os apenas o texto traduzido o que comum e at esper vel ao ler o trecho antes citado em portugu s entende que hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas uma reformula o definit ria ou explicativa para mol culas com orbtais Y deslocalizados Isso fica evidente a partir da leitura do texto em L2 No entanto o contexto em L1 nos fornece outro sentido Primeiro n o temos uma EAP no texto em L1 Segundo n o h em L1 uma reformula o de uma informa o nem nada que nos indique isso Em L1 hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas n o uma reformula o de mol culas com orbtais deslocalizados Terceiro ocorreu uma troca do conector IN na L1 pela EAP OU SEJA na L2 o que mudou consideravelmente a informa o presente em L1 uma vez que IN neste caso um conector que indica lugar Uma sugest o para aperfei oar a tradu o seria Sugest o de tradu o do contexto III O m todo de Hiickel tem sido utilizado para m
96. uma determinada cultura e por uma determinada comunidade em que este texto est inserido Tais estruturas e padr es quando combinados estabelecem um sentido e comunicam conhecimento de uma determinada forma e n o de outra Uma entre tantas maneiras de fazer um reconhecimento desses padr es e estruturas a observa o emp rica de textos feita atrav s de um corpus devidamente organizado Concordamos que textos podem se realizar de diferentes modos em fun o de in meros fatores Sua heterogeneidade constitutiva e conformativa implica pensar a exist ncia de diferentes g neros e entre tantos g neros textuais tem se classificado o texto did tico como um deles No entanto o texto did tico parece ser mais do que um g nero textual parece ser em um primeiro plano um macrog nero textual o qual abriga diferentes g neros textuais Afinal poss vel por exemplo que uma bula de rem dio uma receita de bolo uma reportagem de jornal sejam todos textos com caracter sticas did ticas poss vel ponderar que o que chamamos aqui de macrog nero seja o que alguns chamam g nero discursivo Um g nero discursivo se caracterizaria por ser mais amplo do que um g nero textual podendo ser comparado a um guarda chuva Essa imagem torna poss vel visualizarmos o g nero discursivo como algo maior que abarca diferentes g neros textuais Silva 1999 H autores que se referem ao nosso macrog nero did tico como send
97. 11 2 A o do tamp o 11 3 Planejando um tamp o 11 4 A capacidade tamponante 7 lt Ll S 4 gt Titrations 11 5 Strong Acid Strong Base Titrations 11 6 Strong Acid Weak Base and Weak Acid Strong Base Titrations 11 7 Acid Base Indicators 8 lt L2 S 4 gt Titula es 11 5 As titula es de cido forte base forte 11 6 As titula es de cido forte base fraca e cido fraco base forte 11 7 Indicadores cido base 9 lt Ll S 5 gt Polyprotic Acid Titrations 11 8 Stoichiometry of Polyprotic Acid Titrations 11 9 pH Changes During Titration 10 lt L2 S 5 gt Titula es de licidos polipr ticos 11 8 A estequiometria de titula es de cidos polipr ticos 11 9 As mudan as no pH durante a titula o 11 lt Ll S 6 gt Solubility Equilibria 11 10 The Solubility Product 11 11 The Common lon Effect 11 12 Predicting Precipitation 11 13 Selective Precipitation 11 14 Dissolving Precipitates 11 15 Complex Ion Formation 11 16 Qualitative Analysis 12 lt L2 S 6 gt Equil brios de solubilidade 11 10 O produto de solubilidade 11 11 O efeito on comum 11 12 Prevendo a precipita o 11 13 A precipita o seletiva 11 14 Dissolvendo precipitados 11 15 A forma o de on complexo 11 16 An lise qualitativa 13 lt Ll S 7 gt These Iceland poppies contain a number of organic dye molecules a fragment of one of which is shown in the insert Many such dyes respond to the presence of acids and bases by changing color and s
98. 52 Paulo R nai 1987 ressalta que o n vel da tradu o t cnico cient fica seria mais elevado do que o da tradu o liter ria pois Um erro na vers o de uma pe a de Shakespeare quando muito indignar um cr tico mas na de uma bula de rem dio ou de um formul rio de materiais de constru o pode ter consegii ncias imprevis veis Al m disso n o raro ouvir que a tradu o t cnico cient fica torna se mais f cil uma vez dominada a terminologia de determinada rea No entanto ainda que um tradutor supere todos os problemas da terminologia s conseguir fazer um trabalho satisfat rio se manusear eficientemente os termos n o t cnicos como verbos adjetivos adv rbios etc Barros 2006 concorda com essa id ia quando comenta que um tradutor t cnico para bem realizar sua tarefa deve conhecer a rea do texto que traduz e ter dom nio das l nguas de partida e de chegada Assim a tradu o t cnico cient fica n o se resume ao dom nio de uma terminologia nem apenas ao dom nio do conhecimento ling stico da l ngua fonte e da l ngua alvo uma uni o das duas coisas Ao chamar a polissemia de enfermidade da linguagem R nai op cit comenta que essa infeta o dom nio da terminologia cient fica o conhecimento ling stico que ajudar o tradutor a lidar com a polissemia Por outro lado n o basta apenas conhecer as palavras preciso conhecer as coisas a que o texto se refere Nesse caso o conhe
99. A Calcule o pH de uma solu o CH3NH2 ag 0 300 M e CH3NH3CL aq 0 146 M Da Tabela 10 2 Kb do CH3NH2 3 6x10 4 Resposta 10 87 AUTOTESTE 11 1B Calcule o pH de uma solu o HClO aqg 0 010 M e NaClO ag 2 0x10 4 M 11 2 A A O DO TAMP O O tipo de solu o mista mais importante um tamp o uma solu o na qual o pH resiste mudan a quando cidos ou bases fortes s o adicionadas Tamp es os quais consistem de solu es mistas de cido fraco e sal ou de base fraca e sal exatamente como aquelas discutidas na se o anterior s o usados para calibrar pH metros em culturas de bact rias para controlar o pH de solu es nas quais est o correndo rea es qu micas S o tamb m administrados na forma intravenosa em pacientes gravemente doentes Nosso plasma sang neo tamponado a pH 7 4 o oceano tamponado em tomo de pH 8 4 por um processo tamponante complexo que depende da presen a de carbonatos cidos e silicatos Um tamp o cido consiste de um cido fraco e sua base conjugada fornecida como um sal Ele tampona solu es no lado cido da neutralidade em pH lt 7 Um exemplo de um tamp o cido uma solu o de cido ac tico e acetato de s dio Um tamp o b sico consiste de uma base fraca e seu cido conjugado fornecido como um sal Ele tampona solu es no lado b sico da neutralidade em pH gt 7 Um exemplo de um tamp o b sico uma solu o de am nia e cloreto de am nio Podemos entender
100. CC2 Estes modelos descrevem matematicamente por meio de regress o linear n o linear ou linear m ltipla 3 4 as rela es entre a estrutura e a bioatividade de compostos qu micos e como neste estudo os descritores estruturais utilizados em sua maioria s o relacionados s varia es lineares de energia livre isto derivam de constantes de equil brio ou de velocidade surgiram sin nimos para a An lise de Hansch como M todo de Energia Livre Linear M todo Extratermodin mico e mais recentemente QSAR 2D j que o estudo considera apenas duas dimens es ou seja atividade biol gica em fun o de propriedades f sico qu micas Contexto CC4 Nesta situa o os professores alunos assumiam uma postura de ensinantes e aprendentes uns dos outros Com isso a intera o compartilhada de troca de experi ncias sentimentos e de reflex es ganha uma nova dimens o isto a intera o passa a agregar uma atitude de 2 comprometimento com o aprendizado do outro O mais interessante que na rede colaborativa esta atitude de comprometido a medida em que desenvolvida ela expande nas v rias situa es e meios de intera o Embora nosso objetivo n o tenha sido o de fazer uma an lise de cada contexto encontrado nos CC fizemos uma leitura descompromissada de alguns deles especialmente dos dois acima citados em que foi poss vel observar algumas peculiaridades Comparando os contextos acima CC2 x CC4 percebemos q
101. CO2 remain indefinitely When pure CaCO3 is in a closed vessel it begins to decompose according to reaction 4 1 As the CO2 accumulates its pressure increases and eventually reaction 4 2 begins to occur at a noticeable rate a rate that increases as the pressure of CO2 increases Finally the rates of the decomposition reaction and its reverse become equal and the pressure of carbon dioxide remains constant The system has reached equilibrium This is called an equilibrium state 26 lt L2 S 13 gt Este sistema qu mico rigorosamente an logo ao sistema f sico que consiste em uma fase condensada e seu vapor Assim como um l quido e seu vapor atingem o equil brio num recipiente fechado h certos valores de temperatura e press o para CO2em que CACO3 CaO e CO2 permanecem como tais indefinidamente Quando se tem CACO3 puro num frasco fechado ele come a a se decompor de acordo com a rea o 4 1 A medida que o CO 2se acumula sua press o aumenta e finalmente a rea o 4 2 come a a ocorrer numa velo cidade percept vel que aumenta medida que se eleva a press o de CO Por fim as velocidades da rea o de decomposi o e da rea o inversa tomam se iguais e a press o do di xido de carbono permanece constante O sistema atingiu o equil brio Esse fen meno conhecido como estado de equil brio 27 lt Ll S 14 gt Dynamic Nature In the discussion of phase equilibrium in Chapter 3 we used liquid vapor equili
102. Ci ncias Humanas da Universidade de S o Paulo E um corpus eletr nico que tem por 76 objetivo servir de suporte a pesquisas ling sticas principalmente nas reas de tradu o terminologia e ensino de l nguas O COMET composto por tr s subcorpora Um deles o CORTEC Corpus T cnico Cient fico que um corpus eletr nico compar vel de textos t cnicos e ou cient ficos originalmente escritos em portugu s brasileiro e em ingl s Este corpus privilegia quatro reas Direito Comercial Inform tica Ortodontia e Meio Ambiente O objetivo n o a produ o de um gloss rio mas a partir de um reconhecimento de elementos terminol gicos e de recursos ling sticos utilizados nos textos t cnico cient ficos observados tentar identificar caracter sticas da enuncia o cient fica H tamb m o projeto TextQuim desenvolvido pelo Instituto de Letras e pela rea de Educa o Qu mica na UFRGS Atrav s de um corpus composto por diferentes g neros textuais em Qu mica manuais acad micos artigos cient ficos e textos de populariza o procuram se evid ncias para tra ar o perfil da linguagem qu mica e caracterizar os diferentes textos envolvidos na pesquisa qu mica Esse estudo poss vel atrav s da observa o extensiva da linguagem Os estudos de Terminologia centrados mais em termos do que em textos t m como principal objetivo a produ o de um gloss rio ou dicion rio Esses estudos quando baseados em co
103. E frente aos objetivos dessa pesquisa buscamos respostas para as seguintes quest es de pesquisa 1 Quantas e quais EAP aparecem no manual de Qu mica Geral traduzido 2 A presen a de EAP um fator diferenciador do g nero manual acad mico did tico de Qu mica Geral traduzido frente a outros g neros textuais 3 A EAP estaria desempenhando uma outra fun o que n o a de ser uma t pica express o anunciadora de reformula o 3 Alguns desses estudos s o Silva Eichler e Del Pino 2003 Lopes 1992 Logu rcio Del Pino e Souza 2002 Embora o foco principal de tais trabalhos n o seja a linguagem uma vez que n o s o pesquisas de cunho ling stico reconhecem a exist ncia de estruturas macro e microestuturais peculiares de textos de Qu mica 22 Essas quest es acima n o foram aleatoriamente escolhidas Foram elaboradas de forma que suas respostas possam revelar caracter sticas sobre o uso e a fun o das EAP em um determinado texto Das respostas poderemos baseados na observa o da linguagem em uso apreender em melhores condi es a exist ncia de 1 um modus dicendi da rea de Qu mica 2 tra os estruturais constitutivos da tessitura do manual acad mico did tico de Qu mica A partir das quest es de pesquisa colocadas acima e relacionadas com elas nossa investiga o visa verificar o alcance de duas hip teses 1 a presen a de EAP uma caracter stica marcante do g nero manual aca
104. EAP do que o manual acad mico did tico de Qu mica Geral traduzido Esse resultado mostra que o texto do manual acad mico de Qu mica Geral traduzido n o o nico g nero textual em que h presen a de EAP O fato de ser did tico e traduzido n o garante que a presen a de EAP seja uma peculiaridade nica desses textos Outros textos tamb m did ticos como por exemplo o CCI apresentam mais EAP do que o corpus de estudo Al m disso o contraste corpus de estudo x corpora de contraste revelou que at mesmo em textos como paper de Inform tica CC4 h tantas EAP quanto h nos manuais acad micos de Qu mica traduzidos Embora o paper seja considerado em tese um texto pouco did tico no caso do CC4 a presen a de EAP revela que esses textos tamb m podem ter tra os did ticos 2 H diferentes tipos de emprego para as EAP no texto acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral empregos que extrapolam a fun o de nexo de reformula o Confirmada A EAP tem sido usada como um introdutor de conclus o em alguns contextos O estudo contrastivo L1 x L2 do corpus de estudo mostrou que algumas EAP no 177 texto em portugu s s o a tradu o de conectores de conclus o Entre esses conectores de conclus o est o SO THEREFORE HENCE A observa o contrastiva entre texto original e texto traduzido do corpus de estudo revelou que principalmente a EAP ou seja muitas vezes a tradu o de um conector de conc
105. EJA O modo como esses conectores est o sendo usados nesses textos que nos chamou aten o pois notamos que alguns desses conectores pareciam estar desempenhando uma outra fun o que n o a de introdutores de par frase Para entender melhor o que de come o era uma impress o fizemos a compara o entre texto original e texto traduzido Observamos em alguns contextos a express o ou seja como a escolha de tradu o de so hence e therefore Isso relevante principalmente no manual A em que das 12 OU SEJA encontradas 9 s o tradu o desses conectores Essas escolhas levantaram a quest o Ser que esses conectores So Therefore e Hence podem ser entendidos em ingl s como ou seja Para respond la fizemos uma busca dos conectores so hence e therefore em tr s obras dois dicion rios e uma gram tica 1 Dictionary of Link Words in English Discourse 1986 de W J Ball doravante DLW 2 Cambridge Dictionaries On line dispon vel em http dictionary cambridge org e 3 A grammar of contemporary English 1978 de Randolph Quirk Sidney Greenbaum Geoffrey Leech e Jan Svatvik A priori SO em ingl s considerado como um conector de conclus o N o um elemento que introduz um redizer No DLW a palavra SO aparece com quatro acep es as quais indicam esse conector como um conector de consegii ncia ou de conclus o As quatro acep es s o as seguintes A Like for that reason and therefore it functio
106. GIA 110 4 1 Introdu o 110 4 2 Escolha do objeto e foco da pesquisa 110 4 3 Procedimentos para coleta e observa o dos dados corpus de estudo 111 4 4 Procedimentos para coleta e observa o dos dados corpora de contraste 116 5 DESCRI O DOS DADOS 118 5 1 Primeira etapa corpus de estudo 118 11 5 1 1 Descri o das EAP do texto em portugu s 118 5 1 2 Descri o das EAP L1 x L2 128 5 2 Segunda etapa corpus de estudo x corpora de contraste 134 6 S NTESE DESCRITIVA 148 6 1 Primeira etapa Regularidades e especificidades 148 6 2 Segunda etapa Regularidades e especificidades 153 7 DISCUSS O 158 7 1 Retomada das quest es de pesquisa 174 7 2 Retomada das hip teses 176 CONCLUS ES 178 PERSPECTIVAS FUTURAS 183 CONSIDERA ES FINAIS 186 REFER NCIAS 189 ANEXO I Amostra 194 ANEXO II CD ROM 12 13 INTRODU O Antecedentes Este trabalho tem origem na minha experi ncia como bolsista de Inicia o Cient fica IC do CNPq no Instituto de Qu mica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS durante os anos de 2003 at 2005 Nesse per odo participei de uma pesquisa integrada que envolveu o projeto TextQuim do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a rea de Educa o Qu mica doravante AEQ do Instituto de Qu mica da mesma universidade Essa pesquisa iniciada em 2001 intitulava se An lise conceitual e ling stica de manuais did ticos de Qu mica utilizado
107. L2 S 11 gt Equil brios em Fase Aquosa 23 lt L1 S 12 gt The pH of aqueous solutions blood plasma seawater detergents sap and reaction mixtures is controlled by the transfer of protons between water molecules and other molecules and ions In Chapter 10 we learned about the properties of acids and bases In this chapter we see how to use solutions of weak acids or bases and their salts to maintain a desired pH We also see how to identify the stoichiometric points of titrations Finally we meet the solubility equilibria that are the basis of qualitative analysis the identification of the ions present in a sample 24 lt L2 S 12 gt O pH de solu es aquosas plasma sang neo gua do mar detergentes seiva e misturas reacionais controlado pela transfer ncia de pr tons entre as mol culas da gua e outras mol culas e ons No Cap tulo 10 aprendemos sobre as propriedades de cidos e bases Nesse cap tulo veremos como usar solu es de cidos ou bases fracas e seus sais para manter um pH desejado Tamb m veremos como identificar os pontos estequiom tricos de titula o Finalmente conheceremos os equil brios de solubilidade que s o a base da an lise qualitativa a identifica o dos ons presentes em uma amostra Ap s esses est gios de prepara o do corpus utilizamos a ferramenta Concordance do software Wordsmith Tools para o in cio da nossa coleta de dados que inicialmente limitou se somen
108. MYERS Rollie J Qu mica um curso universit rio 4 ed S o Paulo Edgard Bl cher 1995 582p D MASTERTON William L SLOWINSKI Emil J amp STANTTSKI Conrad L Princ pios de Qu mica 6 ed Livros T cnicos e Cient ficos 1990 681p E RUSSEL John B Qu mica Geral 2 ed vol 2 S o Paulo Makron 1994 1268p Desses cinco dois est o entre as obras mais resenhadas do g nero na rea de Qu mica S o eles o manual A e o manual C A partir desse destaque uma das tarefas do 57 O corpus do projeto TextQuim n o composto nica e exclusivamente de manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral H tamb m textos de artigos cient ficos textos de populariza o entre outros todos relacionados com Qu mica No entanto aqui neste item tratamos e descrevemos apenas a parte do corpus TextQuim que est relacionada com manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos 58 As resenhas s o resumos de obras maiores tendo ao final indica es de recomenda o da obra s o normalmente publicadas em peri dicos reconhecidos em uma rea de conhecimento 102 projeto TextQuim foi buscar os seus textos originais a fim de organizar um corpus paralelo e alinhado portugu s ingl s Os originais localizados est o descritos abaixo como manuais A ro 59 e Cro Manual A ro ATKINS Peter JONES Loretta Chemical Principles The Quest for Insight First Printing United States of America Ed Free
109. O3 to CaO can be effected On the other hand it is well known that CaO reacts with cal and if the pressure of CO2 is high enough the oxide can be completely converted to the carbonate 18 lt L2 S 9 gt Quando essa rea o realizada num recipiente aberto que permite a elimina o de CO2 h uma total convers o do CACO2 em CaO Por outro lado sabe se que o CaO reage com co2 e se a press o deste ltimo for suficientemente alta o xido poder ser inteiramente convertido em carbonato 19 lt l L1 S 10 gt CaO s CO2 g gt CaCO3 s 4 2 20 lt L2 S 10 gt CaO s CO2 g CaCO3 s 4 2 21 lt Ll S 11 gt This is of course just the reverse of reaction 4 1 Thus we must look on reactions 4 1 and 4 2 as reversible chemical processes a fact that we denote by the following notation 2a lt L2 S 11 gt claro que isto o inverso da rea o 4 1 Assim devemos considerar as rea es 4 1 e 4 2 como processos qu micos revers veis um fato que indicamos com a seguinte nota o 23 lt L1 S 12 gt CaCO3 s CaO s CO2 g 24 lt L2 S 12 gt CaCO3 S gt CaO s COZ g 25 lt Ll S 13 gt This chemical system is closely analogous to the physical system consisting of a condensed phase and its vapor Just as a liquid and its vapor come to equilibrium in a closed container there are certain values of the temperature and pressure of CO2 at which CaCO3 CaO and
110. ONMENT ECONOMY TO BIOREMEDIATION AND ANALYTICAL CHEMISTRY Algae constitute a large group of many different organisms essentially aquatic and able to live in all systems giving them sufficient light and humidity Some algae species have been used in the evaluation or in the bioremediation of aquatic systems More recently algae have been suggested as interesting tools in the field of analytical chemistry In this work the most important aspects related to the different uses of algae are presented with a brief discussion KEYWORDS algae bioremediation analytical chemistry INTRODU O OU O QUE S O ALGAS Vivemos em um planeta coberto por grandes extens es de guas doces ou marinhas cuja heran a obriga nos a preservar Nesta imensa solu o destacamos a diversidade de organismos de certa forma relacionada diversidade das comunidades de algas Cabe a estas a estabilidade dos ecossistemas naturais pois um maior n mero de esp cies equivalentes funcionalmente mas com diferentes capacidades de toler ncia aos in meros fatores ambientais resiste melhor a altera es no meio aqu tico inclusive a altera es decorrentes da atividade humana Neste contexto pela import ncia que o tema apresenta sob a tica econ mica neste novo mil nio e sendo o Brasil um pa s continente rico em recursos aqu ticos apresentamos alguns aspectos relacionados s algas Neste artigo as intera es entre algas e o ambiente o uso destes organismos com
111. ONTEXTO 7 L1 The 4 80 in the definition of the debye arises from an earlier system of untits used for electric charge The SI unit of dipole moment is 1 C m 1 coulomb meter It is the dipole moment of a charge of 1 C separated from a charge of 1 C by a distance of 1 m 1D 3 336 X 10 30 C m Linus Pauling defined electronegativity in a different way but the two definitions lead to similar numerical values L2 O 4 80 na defini o de debye vem de um antigo sistema de unidades usado para cargas el tricas A unidade SI para momento de dipolo 1C m coulomb metro Isto o momento de dipolo de uma carga de 1 C separada de uma carga de 1C por uma dist ncia de 1 m 1 D 3 336 X 10 30 Cm Linus Pauling definiu a eletronegatividade de uma maneira diferente mas as duas defini es levam a valores num ricos similares CONTEXTO 8 L1 At that point synthetic work can begin The chemist can identify compounds in the material that have medicinal value and find a way to synthesize or make them in the laboratory so that they can be made available in large quantities In rational drug design the chemist begins with the tumor or organism the drug is intended to eradicate L2 Neste ponto inicia se o trabalho de s ntese O qu mico pode identificar compostos no material que contenham valores medicinais e encontrar uma maneira de sintetiz los ou seja faz los no laborat rio de forma a estarem dispon veis em grandes quantidades
112. P no manual B Al m disso observamos pelo Total bruto que nos temas EQ e LQ o manual A apresenta maior presen a de EAP do que o manual B Dessa forma temos segundo o Total Bruto Quadro XV Ranking das EAP por tema com base no Total Bruto Temas que mais apresentam EAP Temas que mais apresentam EAP Manual A Manual B Termodin mica Termodin mica Liga o Qu mica e Equil brio Qu mico Equil brio I nico Equil brio I nico Liga o Qu mica Equil brio Qu mico No entanto como j vimos anteriormente o Total bruto n o muito significativo Assim para um resultado mais real levamos em considera o o total de tokens de cada tema cap tulo e aplicamos uma regra de tr s simples nos resultados encontrados para obter a quantidade de EAP a cada dez mil palavras em cada tema O total de tokens de cada cap tulo est descrito a seguir 125 Quadro XVI Total de tokens por cap tulo nos manuais A e B Manual A EQ 13 351 tokens EI 16 884 tokens LQ 37 454 tokens TR 38 053 tokens 105 742 Manual B EQ 11 397 tokens EI 21 102 tokens LQ 29 288 tokens TR 18 358 tokens 80 145 A partir desses totais foi poss vel fazer um novo gr fico que mostra quantas EAP a cada dez mil palavras h em cada um dos temas EQ EI LQ e TR O resultado est a seguir no gr fico 2 Gr fico 2 Freq ncia Relativa Quantidade de EAP por temas estudados Total por dez mil 14 00 12 00 10 00
113. Programa de P s Gradua o em Ling stica Aplicada e Estudos da Linguagem O site do CEPRIL http www pucsp br pos lael Ali poss vel ter acesso a uma amostra do Banco do Portugu s clicando na op o CORPORA 118 5 DESCRI O DOS DADOS 5 1 Primeira etapa corpus de estudo 5 1 1 Descri o das EAP do texto em portugu s Ao iniciar a etapa da descri o de dados focalizamos a presen a de EAP no corpus de estudo em portugu s As EAP observadas s o OU SEJA ISTO e EM OUTRAS PALAVRAS e os temas observados Equil brio Qu mico Equil brio I nico Liga o Qu mica e Termodin mica Para identificar a quantidade total de EAP no corpus de estudo em portugu s fizemos uma busca geral sem distin o entre as tr s EAP observados com a ajuda da ferramenta concordance do software Wordsmith Essa busca revelou a exist ncia de 55 EAP no manual A em um universo de 105 742 tokens e 55 no manual B em um universo de 80 145 tokens conforme o quadro abaixo 71 Conforme j mencionado fizemos uma busca no corpus de estudo de um conjunto de EAP sugerido nos estudos de Koch 2001 p 52 Entre as EAP sugeridas pela autora estavam express es tais como isto ou seja quer dizer ou melhor em outras palavras em s ntese em resumo De todo esse conjunto encontramos somente OU SEJA ISTO e EM OUTRAS PALAVRAS Assim os resultados encontrados no corpus guiaram a nossa pesquisa e nosso estudo limi
114. Qu mica questionando a vida moderna e o meio ambiente 1 ed Porto Alegre Artmed 2002 914p Tradutores Ignez Caracelli Departamento de Qu mica da UFSCar Julio Zukerman Schpector Departamento de Qu mica da UFSCar Robinson L Camillo Departamento de Qu mica da UFSCar Francisco C D Lemos Departamento de Qu mica da UFSCar Regina Helena de Almeida Santos Instituto de Qu mica de S o Carlos USP Maria Teresa do Prado Gambardella Instituto de Qu mica de S o Carlos USP Paulo Celso Isolani gt To uma abrevia o de Texto Original To 6 A totalidade parecia um impedimento pois os textos n o estavam em formato digital Considerar a totalidade envolveria escanear e revisar a digitaliza o de todas as obras Assim foi uma necessidade fazer uma escolha de alguns cap tulos que nos serviram de amostra da totalidade da obra 103 Instituto de Qu mica USP Ana Rita de Ara jo Nogueira EMBRAPA Elma Neide V M Carilho EMBRAPA Manual B MAHAN Bruce M amp MYERS Rollie J Qu mica um curso universit rio 4 ed S o Paulo Edgard Bliicher 1995 582p Tradutores Koiti Araki Prof Dr Instituto de Qu mica da USP Denise de Oliveira Silva Prof Dr Instituto de Qu mica da USP Fl vio Massao Matsumoto Pesquisador Dr Instituto de Qu mica USP Em ingl s texto original To Manual A ro ATKINS Peter JONES Loretta Chemical Principles The Quest for Insight First Printing United
115. RADECIMENTOS 3 RESUMO ABSTRACT LISTA DE QUADROS E TABELAS 7 LISTA DE ABREVIATURAS 9 INTRODU O 13 Antecedentes 13 A pesquisa de Inicia o Cient fica 14 Problema de pesquisa 18 Objetivos 20 Quest es de pesquisa e hip teses 21 Encaminhamento do trabalho 22 1 REVIS O DA LITERATURA 24 1 1 Ling stica Textual 25 1 1 1 Ling stica textual o que texto 26 1 1 2 Ling stica do Texto Especializado 30 1 2 O texto t cnico cient fico 33 1 2 1 O texto t cnico 35 1 2 2 O texto cient fico 38 1 3 O texto did tico 40 1 3 1 O texto did tico como um macrog nero textual 40 1 3 2 Do texto did tico de ci ncias ao texto de Qu mica 46 1 3 3 O manual did tico para o n vel superior algumas caracter sticas 49 1 4 O texto traduzido e algumas reflex es 56 1 4 1 Tradu o Processo e Produto 58 1 4 2 Tradu o t cnico cient fica 61 1 5 A Terminologia como rea de conhecimento 62 1 5 1 Novas perspectivas terminol gicas 66 1 5 2 A Perspectiva textualista da Terminologia 69 1 6 Ling stica de Corpus 70 1 6 1 Breve introdu o Ling stica de Corpus 71 1 6 2 Ling stica de Corpus Terminologia e Tradu o 74 1 6 3 Ling stica de Corpus e ferramentas para reconhecimento da linguagem 78 1 7 Os reformuladores textuais 80 2 POSICIONAMENTO DO TRABALHO 85 3 DOS OBJETOS DE AN LISE E DA SUA SELE O 98 3 1 Nosso objeto de estudo 98 3 2 Delimita o do corpus de estudo 101 3 3 Dos objetos para contraste 106 4 METODOLO
116. RAS Sabemos que a Ling stica de Corpus entre diferentes quest es procura entender por que muitas vezes h na linguagem m ltiplas estruturas que s o t o similares em significado e fun o gramatical Segundo Biber 1998 palavras sin nimas s o tipicamente usadas de forma muito diferente tradu o minha Assim h padr es t picos que nos fazem usar determinada express o em um contexto espec fico e n o em outro No caso das EAP a escolha pelo uso de uma e n o outra pode ser que nem sempre seja aleat ria Uma observa o das EAP pode nos revelar padr es t picos de uso desses elementos nos manuais acad micos de Qu mica Uma observa o desse porte nos ajudaria perseguir respostas para perguntas tais como 1 Embora sejam consideradas sin nimas h alguma diferen a t nue entre elas que faz com que em alguns contextos se use determinada EAP e n o outra 2 As EAP podem ser usadas aleatoriamente nos manuais acad micos de Qu mica 3 H prefer ncias de uso para cada uma dessas EAP 4 H diferentes padr es de uso das EAP em diferentes g neros textuais 88 No original synonymous words are tipically used in very different ways 184 Estudos como esse s o extremamente teis para tradutores O tradutor busca um texto que n o tenha ru dos para o leitor busca encontrar o jeito de dizer as coisas em determinada rea para que ele possa adequar a sua tradu o a um modus di
117. RBER SARDINHA Tony 2000 Lingii stica de Corpus hist rico e problem tica DELTA 16 2 p 323 367 S o Paulo BERBER SARDINHA Tony 2004 Lingii stica de Corpus Barueri SP Manole BIBER Douglas 1998 Corpus Linguistics Investigating language Structure and Use Cambridge UK Cambridge University Press 301 p BRADY James E amp HUMISTON Gerard E Qu mica Geral 2 ed vol 2 Rio de Janeiro Livros T cnicos e Cient ficos 1986 662p CABR M T 2001 Sumario de principios que configuran la nueva propuesta te rica y consecuencias metodol gicas En Cabr M T Feliu J Ed La terminolog a cient fico t cnica reconocimiento an lisis y extracci n de informaci n formal y sem ntica Informe DGES PB 96 0293 Barcelona Universitat Pompeu Fabra Institut Universitari de Ling stica Aplicada p 17 25 CABR M T 2001a Consecuencias te ricas de la propuesta metodol gica En Cabr M T Feliu J Ed La terminolog a cient fico t cnica reconocimiento an lisis y extracci n de informaci n formal y sem ntica Informe DGES PB 96 0293 Barcelona Universitat Pompeu Fabra Institut Universitari de Ling stica Aplicada p 27 36 CAMBRIDGE DICTIONARIES ON LINE dispon vel em http dictionary cambridge org CANO Waldenice M 2001 Teoria e Pr xis de um dicion rio escolar de ci ncias Araraquara Universidade Estadual Paulista 271p Tese Doutorado Ling sti
118. SUSANA DE AZEREDO EXPRESS ES ANUNCIADORAS DE PAR FRASE EM MANUAIS ACADEMICOS DE QUIMICA UM ESTUDO BASEADO EM CORPUS PORTO ALEGRE 2007 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM LETRAS REA TEORIAS DO TEXTO E DO DISCURSO LINHA DE PESQUISA LEXICOGRAFIA E TERMINOLOGIA RELA ES TEXTUAIS EXPRESS ES ANUNCIADORAS DE PAR FRASE EM MANUAIS ACADEMICOS DE QUIMICA UM ESTUDO BASEADO EM CORPUS SUSANA DE AZEREDO ORIENTADORA PROF DR MARIA JOS B FINATTO Disserta o de Mestrado em Teorias do Texto e do Discurso apresentada como requisito parcial para a obten o do t tulo de Mestre pelo Programa de P s Gradua o em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul PORTO ALEGRE 2007 AGRADECIMENTOS Durante esses dois anos muitas pessoas foram importantes para que eu pudesse concluir esta caminhada Mas antes de agradecer a essas pessoas gostaria de agradecer ao CNPq Primeiro pela bolsa concedida durante o mestrado que me permitiu dedica o exclusiva a este trabalho Segundo e principalmente pela bolsa de Inicia o Cient fica durante a gradua o Foi com ela que pude descobrir a tarefa apaixonante de fazer pesquisa cient fica s ria o que alimentou meu desejo de prosseguir durante o mestrado e que me fez chegar at aqui Agrade o especialmente minha orientadora Prof Maria Jos B Finatto que desde a Inicia o Cient fica
119. a amostra da l ngua portuguesa em uso Nossa inten o n o contrastar diferentes g neros textuais mas sim verificar em que medida o uso de EAP uma caracter stica da l ngua portuguesa em uso em rela o linguagem did tico cient fica Portanto esse contraponto entre corpus de estudo e CCS5 limita se a um contraste quantitativo Os exemplos selecionados do CC5 foram colhidos apenas como uma amostra Fizemos uma busca com a ajuda da ferramenta de Concord ncia dispon vel no pr prio site do Banco de Portugu s O resultado est no quadro abaixo Quadro XXVII Compara o quantidade EAP Corpus de estudo X CC5 Ou Isto Em TOTAL Total Total seja outras BRUTO por por palavras cem dez mil CCcs 28 0 2 30 0 005 0 512 Corpus de estudo 55 37 18 110 0 059 5 917 O total por cem e o total por dez mil atestam uma grande diferen a no uso de EAP enquanto no corpus de estudo h quase 6 EAP a cada dez mil palavras o resultado no CC5 n o chega a 1 EAP H assim uma baixa presen a de EAP no CC5 em rela o ao nosso corpus de estudo Abaixo alguns contextos retirados do CC5 Foram escolhidos aleatoriamente 1 a tiragem de Supermercado Moderno cresceu 9 8 ou seja de 17 300 para 19 000 exemplares E at 7 Os textos utilizados do Banco de Portugu s s o Cartas comerciais cartas de pedido de emprego editais fax comerciais relat rios anuais de neg cios jornal di rio impresso e literatura de fi
120. a poder contribuir para mostrar a import ncia de se atentar para a linguagem al m de privilegiar o vi s comunicativo do processo e produto tradut rios O profissional de Educa o Qu mica quem melhor pode avaliar o valor conceitual e did tico dos materiais utilizados para ensino Muitas vezes est al m dele julgar a adequa o de como a linguagem est sendo usada tamb m nesse sentido que vemos a necessidade de um profissional especialista em texto envolvido na tradu o A esse profissional dedicamos esta disserta o um profissional que n o se det m somente em correspond ncias de terminologia entre duas l nguas ou que presta aten o apenas em infra es gramaticais como erros de pontua o grafia acentua o etc Ele entende que o texto como um todo de sentido n o se resume a isso Sabe que necess rio ir al m disso e dar aten o a outros aspectos do texto como por exemplo o emprego das EAP de adv rbios adjetivos prefer ncia por determinados verbos ou conectores atrav s do conjunto desses elementos integrados que compreende o todo de sentido e de significa o que um texto Ainda assim o trabalho isolado do profissional de texto e linguagem n o suficiente o di logo entre o profissional de Qu mica e o tradutor lingi ista que tornar poss vel produzir um texto de qualidade Da porque acreditamos importante levar a cabo trabalhos como esta disserta o e lev l
121. a investiga o ou outra atividade t cnico cient fica Os artigos cient ficos ou papers s o publicados em peri dicos anais de eventos e tamb m em sites da internet 19 Possamai 2004 fez um estudo contrastivo emp rico baseado em um corpus paralelo de artigos cient ficos de Inform tica ingl s portugu s composto de mais de um milh o de palavras O foco do estudo foi o uso de marcadores textuais elementos do texto que lhe d o coes o o organizam e o fazem ser um g nero textual Nesse estudo a autora fez uma compara o entre os marcadores textuais utilizados no artigo cient fico de Inform tica em portugu s e os utilizados no artigo cient fico de Inform tica em ingl s Possamai p de comprovar que embora o artigo cient fico seja um g nero internacional da grande comunidade cient fica a maneira como seus elementos textuais protot picos se realizam no texto dependem da l ngua em que ocorrem e da sua cultura de escrita p 156 H assim segundo a autora uma forma peculiar de cada texto que depende da l ngua e da cultura em que esse texto produzido 40 instru o de procedimentos obrigat rios Inclui textos que acompanham produtos como por exemplo bula de rem dio manuais de eletrodom sticos textos institucionais e oficiais como por exemplo contratos de uma empresa ou coment rios a leis Azenha 1994 tamb m reconhece que o texto t cnico traz uma forma peculiar de dizer forma essa que o dife
122. a quando o redizer parecia complicar o entendimento do contexto quando n o consegu amos identificar o que estava sendo redito como um redizer do que fora mencionado antes da EAP 129 O esquema 1 traz as EAP encontradas em portugu s e seus correspondentes originais encontrados no texto original Dois elementos nos chamaram aten o Primeiro o fato de conectores como so e therefore terem sido traduzidos por OU SEJA Segundo a exist ncia de inclus o de EAP no texto em portugu s quando n o havia no texto original A partir do esquema 2 temos o quadro abaixo Quadro XVIII Quantidade de EAP Freqii ncia absoluta Texto traduzido x texto original MANUAL A Texto original Texto traduzido MANUAL A ro MANUAL A Ou seja 0 12 Isto 28 30 Em outras palavras 13 13 TOTAL 41 55 Cruzando os dados do esquema 1 com o quadro XVIII temos e 12 OU SEJA no texto traduzido Os correspondentes mostram que desses 12 11 n o s o EAP mas outros conectores e em 1 contexto h uma inclus o de EAP no texto traduzido Portanto h zero EAP no texto original o que representa uma correspond ncia de 09 e 30 ISTO no texto traduzido Os correspondentes encontrados mostram que desses 30 28 s o EAP no texto original That is 1 n o EAP It is e em 1 contexto h uma inclus o no texto traduzido e e 13 EM OUTRAS PALAVRAS no texto traduzido Os correspondentes mostram que h 13 EAP no texto original o que representa 100 de
123. aca e n o tem efeito mensur vel sobre o pH Por exemplo o pH 209 de uma solu o de HCl ag 0 10 M ser 1 0 mesmo se 0 10 mol de NaCl for adicionado a um litro da solu o Entretanto a base conjugada de um cido fraco mais forte do que a base conjugada de um cido forte e realmente afeta o pH Conseqiuentemente podemos prever qualitativamente que se adicionando ons acetato como acetato de s dio para a solu o de cido ac tico aumentar o pH da solu o Similarmente suponha que temos uma solu o de am nia e adicionamos a ela cloreto de am nio O on am nio um cido consequentemente podemos prever qualitativamente que adicionando se ons am nio como cloreto de am nio por exemplo a uma solu o de am nia o pH da solu o ir diminuir 33 lt Ll S 17 gt To predict the pH of mixtures of weak acids or bases and their salts quantitatively we set up an equilibrium table as described in Toolbox 10 1 Then we use the acidity or basicity constant to calculate the concentration of hydronium ions present in the solution The only difference is that now the conjugate acid and base are both present initially so the first line of the table must have their initial concentrations For instance in the mixed acetic acid sodium acetate solution both acetic acid and its conjugate base acetate ions are present initially In the ammonia ammonium chloride solution both the base ammonia and its conjugate acid
124. acad mico de Qu mica 2 Quando utilizamos a express o em tese ao longo desta disserta o salientamos que o estudo mencionado n o empiricamente validado em um estudo baseado em corpus 46 1 3 2 Do texto did tico de Ci ncias ao texto de Qu mica Os tra os estruturais juntamente com o conte do e estilo permitem ao usu rio reconhecer um g nero nome lo e empreg lo Possamai 2004 p 27 Assim nesta se o nossa inten o identificar alguns tra os do texto cient fico did tico frente a outras categorias de texto Um estudo realizado por Logu rcio et al 2002 sobre educa o e livros did ticos de Qu mica revela uma tend ncia em compreender que as ci ncias entendidas como exatas ou duras est o constitu das no senso comum como aquelas em que as subjetividades est o ausentes e a objetividade uma constante o que se expressa na exist ncia de um m todo e de uma linguagem a matem tica p 183 Essa linguagem matem tica que expressa a Qu mica conforme os autores est presente em livros did ticos de Qu mica sejam direcionados para ensino fundamental m dio ou superior Tal linguagem far com que muitas vezes tais materiais sejam reconhecidos como duros de ler O texto did tico a priori uma ferramenta utilizada pelo professor em sala de aula muitas vezes segundo Logu rcio et al op cit define o trabalho docente No entanto parece que o livro did t
125. acilidade em expor princ pios cient ficos No entanto esses mesmos estudantes t m dificuldades em relacionar tais princ pios com as atividades do dia a dia Considerando esse paradoxo Oliveira afirma de forma incisiva que se o conte do n o compreendido porque os meios pelos quais foi veiculado s o falhos Um dos meios usados para transmitir conhecimento o livro did tico p 86 Em cr ticas que tece ao verbalismo e ao experimentalismo no ensino de Qu mica e F sica esse autor examina o livro O Curso de Qu mica de Cotton e Lynch obra da d cada de 70 Um livro norte americano traduzido por um grupo de professores Conforme o autor entre tantos aspectos h uma tentativa de mostrar a Qu mica como uma ci ncia observacional Por isso h um amplo apelo s ilustra es de cunho humor stico e s met foras Oliveira 1991 p 87 as quais se caracterizam por uma conota o animista 24 O verbalismo conforme Oliveira a tend ncia em ministrar aulas centradas na exposi o verbal O experimentalismo por outro lado seria a tend ncia em ministrar aulas centradas em atividades experimentais 5 Animismo se caracteriza pelo privil gio concedido ao corpo humano e aos fen menos vitais conferindo lhes um valor superior na hierarquia fenomenol gica fazendo a vida transcender ao dom nio que lhe pr prio 48 Conota es animistas o que Lopes 1992 p 5 aponta como um d
126. acterizar um g nero textual Utilizamos no nosso estudo cinco corpora de contraste CC os quais s o identificados como CCI CC2 CC3 CC4 e CC5 A seguir descrevemos cada um e os crit rios de sua sele o O CC 1 o corpus PILLA Constitui se do cap tulo de Termodin mica de um manual acad mico did tico de F sico Qu mica originalmente escrito em portugu s E ele CC 1 PILLA L 1979 F sico Qu mica 1 ed vol 1 Livros T cnicos e Cient ficos Esse manual foi escolhido por ser um texto de Qu mica originalmente escrito em portugu s e por tratar de um tema F sico Qu mica diferente de Qu mica Geral O contraste entre presen a de EAP em manuais traduzidos e em manuais originalmente escritos em portugu s tem como objetivo observar se o uso de EAP uma caracter stica dos manuais traduzidos frente aos manuais originalmente escritos em portugu s O total de tokens do CCI de 53 100 tokens O CC 2 o corpus QU MICA NOVA composto por artigos cient ficos publicados no ano de 2004 da Revista Qu mica Nova um peri dico nacional produzido pela sociedade Brasileira de Qu mica e direcionado para profissionais da rea da Qu mica O contraste entre manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral e artigos cient ficos de Qu mica nos ajudar a observar se a presen a de EAP uma peculiaridade do texto did tico de Qu mica frente a outro g nero textual no caso o artigo cient fico de Qu mica O total
127. ado por Baudelaire ao traduzir Poe Somente um exame minucioso usando ferramentas anal ticas apropriadas pode localizar as boas solu es que o tradutor achou para os problemas apresentados no texto original e tamb m aquelas que n o s o t o boas assim Assim conforme j mencionamos brevemente um texto traduzido pode ser entendido como a uni o de duas enuncia es a do autor e a do tradutor O tradutor se deparar ao longo de uma tradu o com in meras possibilidades de escolhas de formula o de frases e de texto para tornar o texto que produz acess vel ao leitor alvo Algumas escolhas de tradu o auxiliam o entendimento do texto traduzido Outras escolhas podem prejudicar e at comprometer um bom entendimento do texto traduzido Segundo Rodrigues 2000 o texto traduzido outro texto que mant m outro tipo de rela o entre os elementos exatamente porque as coer es impostas pelas l nguas levam a diferentes possibilidades de contextualiza es de remiss es de encadeamentos de atribui es de valores entre os elementos p 205 Essa vis o nos poderia levar a pensar que a tradu o algo imposs vel de ser realizado Todavia imposs vel n o a tradu o mas a no o de que um texto traduzido uma equival ncia perfeita do original O que a autora salienta que o texto traduzido tem caracter sticas pr prias condicionadas n o s pela l ngua de chegada mas pela cultura de chegada Talv
128. agem cient fica e a linguagem did tica da linguagem geral CC5 Essa diferencia o se d devidos as diferentes quantidades de EAP em cada corpus N o seria um fator diferenciador se todos os corpora observados apresentassem a mesma quantidade de EAP No entanto acontece o contr rio h diferentes quantidades de EAP nos corpora observados o que diferencia e tamb m contribui para caracterizar um g nero textual Por outro lado a presen a de EAP n o uma peculiaridade exclusiva do manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral como pens vamos no in cio Outros g neros textuais apresentam maior presen a de EAP do que os manuais did ticos traduzidos de Qu mica Geral N o uma caracter stica que s aparece nos manuais de Qu mica traduzidos por serem did ticos e traduzidos H EAP em outros g neros textuais o que mostra que um recurso did tico utilizado em favor da clareza do texto mesmo que o texto n o seja did tico A partir do item seguinte consideramos nossas quest es de pesquisa nossas hip teses e apontamos perspectivas futuras para este trabalho 7 1 Retomada das quest es de pesquisa Nesta se o retomamos nossas quest es de pesquisa e apresentamos as respostas que pudemos depreender das observa es do corpus 175 1 Quantas e quais EAP aparecem no manual de Qu mica Geral traduzido Ap s uma busca por v rias EAP nesse corpus como por exemplo dito de outro modo ou seja
129. ais em ingl s Cechin Finatto e Del Pino 2006 relatam a ocorr ncia de apagamentos e de inser es no texto traduzido Segundo os autores Entre os aspectos enunciativos e epistemol gicos destacam se aqueles ligados interven o do tradutor no texto evidenciada pela ocorr ncia de apagamentos e inser es de palavras frases ou mesmo par grafos com informa es ou retomadas conforme os exemplos abaixo ambos extra dos do manual de Mahan 1987 e 1995 onde o s mbolo representa um apagamento L1 We can consider water as being formed from combining the radical H with the radical OH Since molecules consist of both electrons and nuclei we are separating both electrons and nuclei when we form radicals The radicals we will consider as important are those that possess an odd number of electrons L2 Podemos considerar a gua como sendo formada pela combina o do radical H com o radical OH Os radicais que consideramos importantes s o os que apresentam um n mero mpar de el trons p 102 Os autores tamb m relatam apagamentos de par grafos inteiros no texto traduzido 56 Um estudo contrastivo entre texto original e texto traduzido de manuais acad mico did ticos abre a possibilidade para melhor compreender as escolhas as condi es de tradu o e o papel do tradutor nesse tipo de material que amplamente utilizado em universidades brasileiras A seguir revisamos ainda alguns estudos que se ocupam do est
130. al temos uma dimens o total aproximada de 400 710 tokens A amostra de 20 do total desse universo seria o equivalente a cerca de 80 mil tokens A dimens o do corpus do manual B de 80 145 tokens o que inclui o corpus do manual B no par metro de representatividade O mesmo ocorre para o corpus dos manuais A ro B ro O total de tokens do corpus de estudo em portugu s de 185 887 tokens manuais A B enquanto em ingl s o total do tokens de 183 350 manuais A ro Brro conforme as tabelas a seguir mostram Quadro I Dimens o Do Corpus Em portugu s MANUAIS TOKENS Manual A 105 742 Manual B 80 145 TOTAL 185 887 daquela 3 casa 4 5 uma 6 janela 7 de 8 madeira 9 No entanto tenho 8 types A 1 janela 2 daquela 3 casa 4 5 uma 6 janela 2 de 7 madeira 8 A palavra janela se repete e portanto n o contada duplamente no n mero de types pois esse valor se refere ao n mero de formas diferentes 105 Quadro II Dimens o Do Corpus Em ingl s MANUAIS TOKENS Manual Acto 105 299 Manual Bcro 78 051 TOTAL 183 350 x Quanto tipologia do corpus de estudo apoiamo nos em Berber Sardinha 2004 Essa tipologia com respeito ao modo tempo sele o conte do autoria disposi o interna e finalidade respectivamente Escrito Sincr nico uma vez que os dois manuais s o publica es de pocas bastantes pr ximas De amostragem composto por por es de texto dos
131. amos nossas quest es de pesquisa e nossas hip teses e indicamos algumas perspectivas futuras de investiga o H uma aproxima o evidente entre os estudos enunciativos e os estudos baseados em Ling stica de Corpus que buscam depreender individualidades na formula o dos textos um modo de dizer 24 1 REVIS O DA LITERATURA Uma vez que nosso objeto de estudo o texto de Qu mica fazemos inicialmente nesta se o uma revis o das diferentes defini es de texto presentes formuladas basilarmente pela Ling stica Textual e seus cong neres te ricos De Beaugrande e Dressler 1981 ed rev 2002 Halliday e Hasan 1976 Van Dijk 1984 1985 2001 Barros 2000 Depois revisamos trabalhos que tomam o texto especializado Hoffmann 2004 como um foco de estudo Na seq ncia visto que nosso objeto de estudo uma variante de texto cient fico sendo tamb m did tico e traduzido fazemos uma revis o de estudos sobre texto t cnico cient fico R nai 1987 Krieger e Finatto 2004 Kocourek 1991 diferenciando o texto t cnico do texto cient fico Azenha 1994 Na segii ncia trazemos diferentes vis es sobre texto did tico e o texto did tico como um g nero textual Swales 1990 Bakhtin 1997 e o texto did tico de ci ncias Qu mica Logu rcio Del Pino Souza 2002 Lopes 1992 e o texto did tico do n vel superior Cano 2001 Van Dijk 2001 Finatto Eichler e Azeredo 2003 7 Adm
132. ante Ano 59 585 tokens 1987 2002 CC4 Possamai Artigos cient ficos de Inform tica apresentados nos Congressos da 1 287 260 tokens Sociedade Brasileira de Computa o em 2002 e 2003 CC5 Banco de Uma amostra do Banco de Portugu s Portugu s dispon vel on line 585 560 tokens 135 Dividimos esta se o em cinco itens que abordam o contraste entre corpus de estudo e CC e Item A Corpus de estudo x CC1 e Item B Corpus de estudo x CC2 e ItemC Corpus de estudo x CC3 e Item D Corpus de estudo x CC4 e Item E Corpus de estudo x CC5 O levantamento dos dados se limitou a uma observa o quantitativa Por isso n o coletamos todos os contextos nos corpora de contraste nem os examinamos um a um Em cada item selecionamos aleatoriamente alguns contextos de cada CC a t tulo de exemplo Item A O primeiro contraste focaliza o manual de Qu mica traduzido corpus de estudo e manual de Qu mica originalmente escrito em portugu s CC1 O corpus de estudo composto por manuais acad micos n o s did ticos mas tamb m traduzidos O contraste busca observar se a presen a de EAP no corpus de estudo seria suficiente para caracterizar esse elemento como uma peculiaridade n o s do manual did tico de Qu mica mas tamb m do manual did tico traduzido A princ pio visto o CC1 ser tamb m um manual acad mico did tico e por tamb m ser da rea de Qu mica poder amos pensar que a presen a de EAP nesse texto seria
133. anto a evapora o quanto a condensa o podem ocorrer e para cada subst ncia h um conjunto de condi es valores espec ficos de temperatura e press o de vapor em que esses dois fen menos ocorrem em velocidades iguais Sob estas condi es ambas as fases permanecem como tais indefinidamente Dizemos ent o que o sistema est em equil brio 13 lt L1 S 7 gt Equilibrium State Chemical reactions like phase changes are reversible As a consequence there are conditions of concentration and temperature under which reactants and products exist together at equilibrium To illustrate our point and to emphasize the close connection between phase equilibria and chemical equilibria we consider the thermal decomposition of calcium carbonate 14 lt L2 S 7 gt Estado de Equil brio As rea es qu micas assim como as mudan as de fases s o revers veis Consegiientemente ha ver condi es de concentra o e IAN UA BORN 213 temperatura sob as quais reagentes e produtos coexistem em equil brio Para ilustrar a quest o e enfatizar a ntima conex o entre equil brios de fase e equil brios qu micos consideremos a decomposi o t rmica do carbonato de c lcio 15 lt Ll S 8 gt CaCO3 s gt CaO s COZ g 4 1 16 lt L2 S 8 gt CaCO3 s CaO s COZ g 4 1 17 lt l L1 S 9 gt By carrying out this reaction in an open vessel that allows CO2 to be swept away complete conversion of CaC
134. ar sempre Salete Cechin que tornou poss vel o corpus alinhado deste trabalho tarefa rdua Obrigada Salete A Edna e ao Elisandro pelas longas conversas sobre Express es Anunciadoras de Par frase Por me terem proporcionado a alegria de ver uma continua o do trabalho sobre EAP A Edna principalmente por ter me ajudado com alguns c lculos estat sticos A querida Prof Anna Maria Becker Maciel que me ensinou tanto sobre Ling stica de Corpus Por me emprestar os livros de que precisei por trocar id ias sobre os trabalhos durante o mestrado A todos os professores do P s Gradua o que repartiram comigo um pouquinho do seu conhecimento e que contribu ram para o meu crescimento Enfim agrade o a todos aqueles que estiveram perto de mim durante esses dois anos e que de alguma forma contribu ram para que eu pudesse realizar este trabalho Muito obrigada RESUMO Este trabalho trata da presen a e do uso de express es anunciadoras de par frase EAP em manuais acad micos de Qu mica Seu objetivo gerar subs dios que permitam identificar causas de dificuldades de compreens o desse tipo de texto e tamb m mensurar o papel da EAP nessa problem tica O trabalho descreve em um primeiro momento a incid ncia e a distribui o de EAP em um corpus composto por dois manuais acad micos traduzidos de Qu mica Geral ATKINS 1998 e MAHAN 1987 Depois s o descritas algumas das condi es de tradu
135. arece ser mais did tico do que um livro tamb m did tico que a tradu o de uma obra produzida fora do Brasil Ent o mesmo sendo did ticos esses textos teriam caracter sticas diferentes Sim Anteriormente neste trabalho citamos que o texto did tico parece n o ser apenas um g nero textual mas um macrog nero textual que inclui diferentes g neros textuais Isso significa que o macrog nero texto did tico seria um grande r tulo uma grande categoria na qual incluir amos v rios textos que s o denominados did ticos livro did tico para ensino fundamental e m dio manual acad mico did tico originalmente escrito em portugu s manual acad mico did tico traduzido texto de populariza o did tico Todos esses textos t m caracter sticas que permitem identific los como did ticos Mas ao mesmo tempo cada um tem peculiaridades que permitem que sejam g neros textuais nicos diferentes um do outro embora sejam todos did ticos A compara o CC1 e corpus de estudo comprova isso Tanto os manuais de Qu mica originalmente escritos em portugu s quanto os manuais de Qu mica traduzidos s o textos did ticos pertencentes ao macrog nero texto did tico No entanto cada texto tem caracter sticas pr prias um manual originalmente escrito em portugu s ter caracter sticas que talvez o manual traduzido n o tenha o caso da presen a de EAP O manual acad mico de Qu mica traduzido apesar de fazer uso de EAP at
136. as de um g s ocupam somente uns poucos n veis de energia ent o W pequeno e a entropia baixa medida que a temperatura aumenta as mol culas t m acesso a um n mero maior de n veis de energia Fig 7 9 ou seja W cresce e a entropia cresce tamb m Poder amos dizer que a densidade de estados cresce CONTEXTO 13 L1 Suppose that 1 mol H20 freezes in the system and that the system is at constant pressure The change in enthalpy of the sample the system is 6 0 kJ so 6 0 kJ of heat flows out of the system into the surroundings and we can write qsurr 6 0 kJ In general if the enthalpy change of the system is AH then for heat transfers at constant pressure qsurr AH We can now use Eq 1 to write FORMULA 200 L2 Suponha que 1 mol de H2O congele no sistema e que o sistema esteja press o constante A varia o de entalpia da amostra sistema 6 0 kJ ou seja 6 0 kJ de calor fluem do sistema para as vizinhan as e podemos escrever qviz 6 0 kJ Em geral se a varia o de entalpia do sistema AH ent o para o calor transferido press o constante qviz AH Podemos agora usar a Eq 1 para escrever F RMULA c Amostra dos contextos em portugu s do manual B 1 Se quisermos facilmente podemos encontrar o valor para NH3 0 a quantidade estequiom trica de NH3 que deve ser adicionado solu o de modo a obtermos qualquer ponto ao longo das curvas de distribui o da Fig 5 2 Primeiro calc
137. as diferen as entre texto t cnico e outros textos como por exemplo o texto cient fico Neste estudo adotaremos a mesma concep o adotada por Azenha com rela o ao texto t cnico Entendemos que um texto n o acad mico que envolve a comunica o entre especialistas e leigos e em geral o texto institucional operativo que acompanha produtos e textos institucionais e oficiais Inclu mos nessa categoria textos institucionais e oficiais Conforme j mencionado o corpus utilizado por Azenha excluiu disserta es e teses acad micas artigos cient ficos resenhas acad micas textos did ticos acad micos entre outros Todavia cabe mencionar que alguns estudos t m considerado esses textos como propriamente cient ficos com caracter sticas distintas do texto t cnico No item seguinte faremos uma revis o de alguns estudos que procuram definir e focalizar justamente o texto cient fico 38 1 2 2 O texto cient fico Elisa Guimar es 2001 conceitua o texto cient fico de duas formas em sentido amplo mant m as caracter sticas dos textos em geral e pode ser conceituado como uma unidade significativa que se constr i numa situa o de intera o comunicativa em sentido restrito ele assume as caracter sticas do texto cient fico propriamente dito e pode ser conceituado como a manifesta o do processo da constru o do conhecimento p 66 7 Para a autora o texto cient fico seria um texto espec
138. as mostram a probabilidade de ocorr ncia de cada EAP no corpus de estudo em cada um dos manuais Quadro IX Probabilidade de Ocorr ncia das EAP encontradas no manual A EAP Probabilidade de Ocorr ncia Ou seja 21 8 Isto 81 0 Em outras palavras 72 2 Quadro X Probabilidade de Ocorr ncia das EAP encontradas no manual B EAP Probabilidade de Ocorr ncia Ou seja 78 1 Isto 18 9 Em outras palavras 27 1 Freq ncia esperada Abaixo considerando o valor da probabilidade de ocorr ncia de cada EAP e o Total Bruto de cada EAP no corpus de estudo temos as tabelas que mostram a freq ncia esperada das EAP Quadro XI Freq ncia esperada das EAP encontradas no manual A EAP Freq ncia esperada Ou seja 11 99 Isto 29 97 Em outras palavras 12 99 Quadro XII Freq ncia esperada das EAP encontradas no manual B EAP Freq ncia esperada Ou seja 42 95 Isto 6 99 Em outras palavras 4 98 l 123 Comparando o valor encontrado na Fregii ncia esperada com os resultados encontrados por n s no corpus percebemos que a diferen a m nima Isso indica que a fregii ncia de EAP que encontramos no corpus est dentro do esperado para um corpus da dimens o do nosso C lculo de Desvio O c lculo de desvio considera o Total Bruto de ocorr ncia de cada EAP em cada um dos manuais e a frequ ncia esperada A diferen a entre esses dois valores
139. as se dirigem a leigos atrav s de textos escritos tamb m chamada de comunica o indireta Segundo os autores tomados como refer ncia por Azenha a comunica o indireta compreende todas as situa es nas quais especialistas dirigem se a leigos atrav s de textos escritos Paralelamente a textos endere ados a pessoas por exemplo confirma o de pedido or amento trata se aqui sobretudo de textos que acompanham produtos e que ocorrem em grande n mero bem como textos institucionais e oficiais por exemplo instru es de opera o e de uso para produtos t cnicos bulas de rem dios folhetos explicativos para uso de filmes fotogr ficos e similares tabelas de hor rios de empresas p blicas de transporte condi es contratuais de seguros de sa de seguros contra acidentes e similares termos contratuais gerais de institui es financeiras normas de uso para o servi o de telecomunica es coment rios a textos legais impressos e formul rios dos mais variados tipos para a comunica o entre o cidad o e as autoridades p blicas Tais textos servem aos mais diferentes prop sitos da informa o sem compromisso passando pela instru o necess ria at a intima o a instru o ou os procedimentos obrigat rios M hn e Pelka 1984 p 152 grifo dos autores Apud Azenha 1994 M hn e Pelka op cit reconhecem que textos t cnicos s o aqueles que acompanham produtos e textos institucionais e oficiais
140. ase ficasse melhor formulada Em 66 dos 110 contextos n o tivemos dificuldades de compreens o Mas em 44 dos 110 contextos tivemos algumas dificuldades Isso mostra o esquema a seguir 74 Os 110 contextos alinhados portugu s ingl s est o na ntegra no anexo II Uma amostra deles pode ser observada no Anexo I 128 Total de 66 contextos sem contextos dificuldades de 60 que apresentam compreens o textual EAP no corpus 110 de estudo em 44 contextos com portugu s dificuldades de 40 compreens o textual Esquema 1 Contextos que representam dificuldade de compreens o Essas impress es e dificuldades de compreens o do texto em portugu s em torno de 40 dos contextos causaram nos uma inquieta o em torno da tradu o Assim o pr ximo item traz o contraste das EAP entre texto traduzido e original 5 1 2 Descri o das EAP L1 x L2 A partir dos contextos com EAP alinhados no manual A que possibilita ver a EAP em portugu s e seus equivalentes no texto original chegamos aos dados do esquema a seguir ESQUEMA 2 Correspond ncias das EAP no corpus de estudo alinhado Manual A OU SEJA 12 ISTO 30 0 Inclus o 1 That is 28 Inclus o 1 Therefore 1 is 1 Therefore 1 It is 1 That is 0 To put it another way 0 EM OUTRAS PALAVRAS 13 In other words 13 Inclus o 0 75 A dificuldade de compreens o que mencionamos aqui ocorri
141. atuto do texto traduzido 1 4 O texto traduzido e algumas reflex es Visto que o manual acad mico de Qu mica utilizado no Brasil em sua grande maioria texto traduzido imp em se a necessidade de rever algumas vis es sobre o texto traduzido Em um primeiro momento preciso reconhecer que o texto traduzido diferencia se de um texto comum Para escrever um texto na sua l ngua materna o autor procurar organizar um conjunto de palavras ora es e par grafos de acordo com suas inten es e habilidades que dependem de fatores como a mem ria de textos anteriores e normas culturais internalizadas Um texto traduzido por outro lado apesar de ser um novo texto frente ao texto original depende desse texto anterior O que o tradutor produz baseado numa mensagem que j existe em forma de texto em uma outra l ngua Assim o texto original poder ser um limitador do texto do tradutor atuando de diferentes formas A forma mais evidente o fato de que o texto do tradutor deve ter um alto grau de semelhan a com o seu correspondente original para que seja reconhecido como uma tradu o Costa 2005 Segundo Costa 2005 Diferentemente do escritor do texto original o tradutor aquele tipo especial de escritor que cria o texto n o a partir do seu pr prio ideacional mas a partir de outro texto Consegiientemente ele se comporta quase como um editor ou como um escritor de um texto original que resolve reescrev
142. aula No entanto alguns problemas como resist ncia dos professores falta de conhecimento e falta de infra estrutura t m tornado esse processo lento Al m desses problemas de ordem externa temos um de ordem interna qual seja de que forma selecionar organizar e estruturar o conte do nos sites A Internet tornou se uma importante fonte de informa o e ambiente alternativo para o processo de ensino aprendizagem onde s o muitas as tecnologias dispon veis salas de aula virtuais plataformas de aprendizagem cursos on line e a dist ncia sites bibliotecas museus etc As tecnologias envolvidas em todas essas ferramentas educacionais est o bem desenvolvidas e dominadas pelos profissionais da computa o No entanto um problema ainda persiste em todas elas de que forma deve se dispor o conte do na Internet Roger Chartier afirma em A aventura do livro do leitor ao navegador Um romance de Balzac pode ser diferente sem que uma linha do texto tenha mudado caso ele seja publicado em um folhetim em um livro para gabinetes de leitura ou junto com outros romances inclu do em um volume de obras completas Chartier 1999 p 138 Mais adiante ele complementa Efetivamente mesmo que seja exatamente a mesma mat ria editorial a fornecida eletronicamente a organiza o e a estrutura da recep o s o diferentes na medida em que a pagina o do objeto impresso diversa da organiza o permitida pela con
143. brium to illustrate four characteristics of all equilibrium situations Let us review each of these characteristics and see how they are exemplified by chemical equilibria 214 AMOSTRA DOS CORPORA DE CONTRASTE a Amostra de parte de um arquivo do CC1 lt REFER NCIA BIBLIOGR FICA PILLA Luiz F sico Qu mica I Livros T cnicos e Cient ficos RJ 1979 gt lt ANO 1976 gt lt C DIGO DO ARQUIVO PTREQ gt lt L NGUA Portugu s gt lt G NERO Manual Did tico gt lt AUTOR Luiz Pilla gt lt ASSUNTO Termodin mica gt lt PARA QUEM Alunos de Gradua o gt lt TOKENS SEM STOPLIST 53 100 gt lt TYPES SEM STOPLIST 3 427 gt lt CAP TULO 5 6 7 e 8 gt lt T TULO CAP TULO 5 0 primeiro princ pio da Termodin mica Energia Interna e Entalpia gt lt T TULO CAP TULO 6 A Termoqu mica gt lt T TULO CAP TULO 7 O segundo e o terceiro princ pios da Termodin mica Entropia gt lt T TULO CAP TULO 8 Energia Livre Espontaneidade e Equil brio Potencial Qu mico Regra das Fases gt 5 O Primeiro Princ pio da Termodin mica Energia Interna e Entalpia 5 1 Mec nica e Termodin mica A Mec nica trata exclusivamente de fen menos decorrentes das varia es das chamadas coordenadas mec nicas ou externas dos sistemas posi o velocidade acelera o A observa o dos fen menos mec nicos deu origem aos conceitos de for a trabalho e energia assim como ao princ pio da conserva o da energia mec
144. c o 78 O corpus de estudo tem um total de 185 887 tokens O CC5 tem um total de 585 560 tokens http www Jael pucsp br corpora bp index htm 146 2 este ltimo par grafo se repetiu por uma semana ou seja liguei todos os dias durante uma semana pe 3 lcan ou em valores corrigidos Cr 173 9 bilh es ou seja quase quatro vezes o lucro l quido do exe 4 mecanismo para trazer os consumidores do produto ou seja os empregadores para mais perto das esco 5 s treinandos s aprendem o que lhes necess rio ou seja conte dos com aplicabilidade imediata no Os dados obtidos revelam que a EAP um recurso pouco utilizado na L ngua Portuguesa em compara o com a linguagem did tico cient fica pois o corpus de estudo tem maior presen a de EAP Dessa forma nesse contraponto a presen a de EAP um fator diferenciador que se acentua muito no corpus de estudo Observando os resultados acima vemos que em tese a EAP n o uma caracter stica relevante da L ngua Portuguesa em seu uso n o especializado Esse resultado fica mais claro quando comparamos o resultado do CC5 com os resultados obtidos nos outros corpora de contraste O quadro a seguir mostra esses dados Quadro XXVIII Compara o quantidade EAP EAP nos Corpora de Contraste TOTAL Total por Total por BRUTO cem dez mil CC 1 86 0 161 16 195 CC2 124 0 028 2 899 CC3 45 0 075 7 552 CC4 682 0 052 5 298 cCcC5 30 0 005 0 512 O CC5 o corpus em qu
145. ca e L ngua Portuguesa Faculdade de ci ncias e letras de Araraquara da Universidade Estadual Paulista 2001 CHAROLLES Michel 2002 Introdu o aos problemas da coer ncia dos textos Abordagem te rica e estudo das pr ticas pedag gicas p 39 90 In Galves Charlotte Orlandi Eni Otoni Paulo orgs O Texto leitura e escrita Campinas Pontes CIAPUSCIO Guiomar Elena 2003 Textos Especializados y Terminologia Barcelona Instituto Universit rio de Ling stica Aplicada TULA COSTA Walter C 2005 O texto traduzido como re textualiza o In site da PGET P s Gradua o em Estudos de Tradu o UFSC http www pget ufsc br publicacoes professores php autor 14 Acessado em 10 05 2006 DE BEAUGRANDE R amp Dressler W 1981 ed rev 2002 Introduction to Text Linguistics In http beaugrande com introduction to text linguistics hntm Acessado em 17 05 2006 DICTIONARY OF LINK WORDS IN ENGLISH DISCOURSE 1986 de W J Ball Macmillan Publishers FERREIRA Jo o Martins 2005 Contribui es da Estat stica matem tica e inform tica em an lises ling sticas e semi ticas In A l ngua portuguesa no computador Tony berber Sardinha org Campinas SP Mercado das Letras S o Paulo Fapesp Cole o As faces da Ling stica Aplicada P 249 268 FINATTO Maria Jos Bocorny Defini o terminol gica fundamentos te rico metodol gicos para sua descri o e explica o Porto Aleg
146. ca utilizados em n vel superior tamb m tendem a apresentar caracter sticas pr prias tanto em sentido macro quanto microestrutural A seguir apresentamos alguns estudos que focalizam o manual acad mico did tico utilizado no ensino superior bem como algumas de suas caracter sticas 1 3 3 O manual did tico para n vel superior algumas caracter sticas O manual acad mico did tico cient fico nosso objeto de estudo tomado aqui como um g nero textual possui caracter sticas que em tese permitem identific lo como tal Cano 2001 em sua tese de doutoramento que apresenta a constru o de uma metodologia para a constru o de um dicion rio escolar de Ci ncias para o ensino fundamental faz uma considera o sobre manuais did ticos de Ci ncias Coloca que um manual did tico um texto que produz um conhecimento de uma determinada ci ncia Portanto al m de ser um texto did tico tamb m um texto cient fico resultado da comunica o efetuada no interior das linguagens especializadas Al m disso a autora op cit acrescenta que em textos especializados o grau de especializa o n o absoluto mas depende do n vel de abstra o do tema tratado e do conhecimento compartilhado pelos interlocutores p 36 Dessa forma poss vel distinguir graus diferentes de especialidade Citando Domenech 1999 mostra que h textos altamente ou medianamente especializados que s o aqueles destinados a especialis
147. cada rea de conhecimento traz uma express o pr pria Assim a maneira de dizer as coisas em Gen tica seria diferente da maneira de dizer as coisas em Qu mica que seria diferente da de Ling stica e de outras especialidades Nessa dire o a fim de comprovar que reas de conhecimento diferentes possuem formas de dizer diferentes mesmo que o g nero textual selecionado para veicular o conhecimento seja o mesmo Biber 1998 o Ling ista de Corpus que mais se destaca nos Estados Unidos e que impulsiona o estudo em corpus atrav s da An lise Multidimensional realizou um estudo com um corpus de artigos cient ficos de Hist ria Americana e de Ecologia Nesse estudo observou que textos de Hist ria s o muito mais narrativos do que textos de Ecologia Al m disso textos de Hist ria tendem a mencionar os fatos no passado enquanto os textos de Ecologia tendem a enfatizar processos e achados Embora os textos de Hist ria e de Ecologia apresentem um alto n vel de impessoalidade a pesquisa de Biber 1998 mostrou que os textos de Ecologia s o bem mais impessoais do que os textos de Hist ria Ainda que o foco de estudo de Biber o artigo cient fico seja bem diferente do foco do estudo de Van Dijk o manual acad mico de Gen tica e do nosso o manual de Qu mica o estudo de Biber evidencia que reas de conhecimento diferentes podem explicar definir argumentar de forma diferente Portanto assim como artigos
148. cendi Assim como h na linguagem comum uma certa convencionalidade que caracteriza a forma peculiar de express o numa dada l ngua ou comunidade Tagnin 2005 h tamb m uma convencionalidade que caracteriza uma forma peculiar de dizer as coisas em uma determinada ci ncia O tradutor busca dominar esse jeito de dizer as coisas em um dom nio como por exemplo a Qu mica Assim saber atrav s da comprova o concreta em corpus o que e como mais comum dizer auxiliar o tradutor a produzir um texto com melhor qualidade medida que n o causa estranhamento para o leitor Segundo enfoque Reconhecemos que em tese h outras formas de introduzir uma par frase em um corpus Por exemplo atrav s de travess es v rgulas par nteses dentre outros Para identificar essas outras formas de anunciar uma par frase seria conveniente fazer o processo inverso ao que fizemos neste trabalho primeiro assinalar as par frases em um corpus para somente depois saber como s o introduzidas Dessa forma podemos observar quais s o todos os reais introdutores de par frase em um corpus Ap s isso poss vel fazer um levantamento dos mais utilizados Para dar conta dessa tarefa seria necess rio uma ferramenta que permitisse identificar as poss veis par frases em um corpus J h ferramentas que conseguem identificar poss veis met foras Acreditamos ser poss vel criar uma ferramenta que permita tamb m identificar poss veis pa
149. ciam e que os tornam peculiares O estudo de Guimar es op cit assim como o de Azenha 1994 abriu um espa o importante para entendermos o texto cient fico como algo peculiar um texto produzido no meio cient fico no meio acad mico independentemente da rea de conhecimento Ao compararmos o estudo de Guimar es 2001 com o estudo de Azenha 1994 percebemos com clareza que texto cient fico e texto t cnico n o s o a mesma coisa Com base no estudo de Guimar es 2001 o texto cient fico entendido como o texto produzido no meio acad mico Inclui textos produzidos por especialistas ou iniciantes em uma especialidade e s o direcionados tamb m para especialistas ou iniciantes em uma rea de conhecimento Seriam exemplos de textos cient ficos o paper acad mico a resenha acad mica a monografia a disserta o a tese Ademais o texto cient fico assim como outros textos segundo seu estudo tem em tese um modus dicendi peculiar O texto t cnico por sua vez conforme Azenha 1994 entendido como o texto produzido fora do meio cient fico acad mico Embora tamb m seja produzido por especialistas de uma determinada rea de conhecimento o texto t cnico produzido para leigos e serve para os mais diferentes prop sitos desde a informa o descompromissada at a 18 Paper um termo em ingl s que se refere a um artigo cient fico um g nero textual consagrado um texto que apresenta uma pesquisa um
150. cimento da terminologia da rea que auxiliar o tradutor t cnico cient fico 1 5 A Terminologia como rea de conhecimento O termo terminologia poliss mico Pode significar tanto os termos t cnico cient ficos de uma rea quanto um campo de estudo com uma dimens o aplicada que pode se 63 refletir entre tantas atividades na produ o de dicion rios e gloss rios t cnicos Krieger amp Finatto 2004 p 13 Assim aderimos aqui a distin o entre terminologia com t min sculo correspondente a conjunto de termos de um campo de conhecimento e Terminologia com T mai sculo que se refere a um campo de estudos ou uma disciplina A Terminologia geralmente compreendida como uma especialidade ou rea de estudos que lida com termo Todavia reconhecemos que h muitas defini es do que seja termo na Terminologia Por exemplo a Teoria Comunicativa da Terminologia TCT apresentada por Cabr 2001 concebe termo como unidades que forman parte del lenguaje natural y de la gram tica que describe cada lengua y que dentro de esta gram tica no se conciben como unidades aut nomas que constituyen um l xico especializado diferenciado sino que se describen como m dulos de rasgos asociados a las unidades l xicas que no son inicialmente ni palabras ni t rminos sino solo potencialmente t rminos o no t rminos Su car cter de t rmino que como hemos dicho se activa em funci n de su uso em um context
151. co de estudos te ricos sobre texto e principalmente de estudos de tradu o O texto liter rio tal como o romance e a poesia encanta os estudiosos da tradu o com suas duas dimens es o traduz vel e o intraduz vel Colocados margem de quaisquer encantamentos o texto chamado t cnico cient fico foi considerado por muito tempo como a sombra do texto liter rio Colocado em segundo plano presumia se que um texto t cnico cient fico frente a um liter rio fosse infinitamente mais simples Sua tradu o portanto seria uma atividade bem menos complexa capaz de ser desempenhada por qualquer profissional 62 Apesar dessa cren a Paulo R nai 1987 previu que devido a dificuldades e problemas de ensino de l ngua estrangeira no Brasil um dia tradutores de textos t cnico cient ficos formariam uma classe considerada e bem remunerada devido imprescindibilidade de seu trabalho op cit p 73 Al m disso para espanto de muitos afirmava que era engano considerar a tradu o liter ria e t cnica como dois dom nios t o opostos ou separados R nai 1987 Jean Maillot 1969 comenta que a certo que a tradu o t cnico cient fica n o de modo algum um exerc cio liter rio mas sendo o estilo na verdade a maneira de exprimir o pensamento com o aux lio dos recursos da l ngua os mesmos problemas h o de surgir sempre qualquer que seja o dom nio no qual se exerce a atividade do tradutor p
152. como por exemplo estilos diferentes padr es de argumenta o distintos diferentes n veis de pressuposi o dentre outros fatores Al m disso considera que preciso entender o contexto para saber o discurso preciso ter em conta quem usar o texto quando onde com quem com qual objetivo etc A considera o desses fatores exigir para Van Dijk 2001 diferentes estruturas de texto diferentes padr es de entona o diferentes formas de polidez de estilo etc Nessa concep o frisamos o manual acad mico did tico tamb m n o se caracteriza apenas por possuir um determinado perfil terminol gico Possui uma estrutura uma organiza o textual uma forma de dizer elementos que s o peculiares ao g nero textual e que conforme o autor permitem identific lo como tal Ao examinar manuais acad micos did ticos de Gen tica Van Dijk op cit mostra que seus textos possuem determinadas condi es que precisam ser levadas em conta no momento da sua elabora o sen o pode se produzir um texto que at pode ser did tico mas n o ser identificado como um manual acad mico did tico cient fico Em um primeiro momento a fim de estar apto a escrever um manual did tico adequado para sua rea de especialidade Van Dijk op cit salienta que entre outros fatores o especialista autor precisar entender que 1 bem diferente de um artigo cient fico por exemplo preciso um enfoque mais voltado para o ensino do que
153. contradas pareciam mais funcionar como conectores de conclus o ou de finalidade e n o propriamente como elementos que estavam introduzindo uma par frase Essa inquieta o quanto fun o de algumas EAP com que nos deparamos nos levou a pensar sobre a origem dos contextos encontrados em portugu s Buscamos ent o os contextos correspondentes no texto original em ingl s Para isso utilizando o corpus alinhado identificamos os contextos originais de todos os contextos coletados em portugu s Esse procedimento permitiu fazer uma an lise quantitativa das EAP e uma aprecia o das suas condi es de tradu o A observa o do corpus de estudo corresponde primeira etapa deste trabalho que visa a tentar compreender se a presen a de EAP tem contribu do para a dificuldade de compreens o dos textos dos manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral e b verificar atrav s da observa o das EAP no corpus alinhado se as suas tradu es contribuem em maior ou menor grau para a dificuldade de compreens o desses textos A segunda etapa do trabalho envolve um contraste entre corpus de estudo e corpora de contraste No pr ximo item descrevemos como foi procedida 116 4 4 Procedimentos para coleta e observa o dos dados corpora de contraste Trata se aqui de um estudo contrastivo entre o nosso corpus de estudo e alguns corpora de contraste Esses corpora de contraste s o corpora compostos de g neros textuais diferent
154. correspond ncia Os resultados desse levantamento quantitativo chamam a aten o Todavia uma an lise quantitativa n o suficiente para entender algumas escolhas de tradu o Assim passamos leitura de cada um dos 557 contextos alinhados portugu s ingl s no manual A A seguir alguns exemplos escolhidos aleatoriamente entre esses contextos 7 Todos 55 contextos alinhados portugu s ingl s do manual A est o no Ap ndice II Uma amostra deles pode ser observada no Anexo I 130 Contexto 1 Alinhado Manual A L1 A molecule of an ideal gas has zero potential energy because it does not matter how close it is to any of the other molecules in the sample Therefore compressing or expanding an ideal gas does not change the potential energy of the molecules from 0 so for an ideal gas the internal energy is Independent of the volume A molecule in a liquid or solid however does interact with its neighbors and the potential energy is an important contribution to the internal energy L2 A mol cula de um g s ideal tem energia potencial nula porque n o importa quanto as mol culas estejam perto umas das outras na amostra Portanto compress o e expans o de um g s ideal n o modifica a energia potencial das mol culas ou seja para um g s ideal a energia interna independente do volume Uma mol cula em um l quido ou em um s lido entretanto interage com seus vizinhos e a energia potencial traz uma importante co
155. cos e servem como alimento para animais herb voros e on voros Ao morrerem seus constituintes qu micos sofrem transforma es nos sedimentos s o solubilizados e reciclados na gua Estas diferentes fun es desempenhadas pelas algas nos sistemas aqu ticos dependem da temperatura da intensidade da radia o solar da concentra o de nutrientes na gua e da alimenta o dos animais presentes no sistema As altera es naturais ou antropog nicas no sistema aqu tico podem alterar o balan o destes fatores controladores e causar mudan as na composi o da comunidade de algas nas taxas de produtividade na biomassa e na qu mica da gua importante perceber que tanto a inibi o como a estimula o do crescimento dos organismos s o igualmente indesej veis pois qualquer altera o na produtividade das algas ou na composi o da comunidade em rela o ao usual para aquele sistema em particular pode amea ar todo o equil brio do ecossistema3 Como esp cies representativas do n vel tr fico inferior as algas s o organismos ecologicamente importantes porque servem como fonte de alimento fundamental para outras esp cies aqu ticas e ocupam assim uma posi o nica entre os produtores prim rios s o um elo importante na cadeia alimentar e essenciais economia dos ambientes aqu ticos como alimento Assim como os outros vegetais aqu ticos e terrestres pouco ou muito evolu dos as algas necessitam de gua luz
156. d mico did tico de Qu mica traduzido frente a outros g neros textuais de Qu mica e 2 h diferentes tipos de emprego para as EAP no texto acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral empregos que extrapolam a fun o de nexo de reformula o A fei o de nossas hip teses origina se da cren a de que atrav s da observa o detalhada do uso da linguagem no texto que compreenderemos melhor o quanto a presen a de EAP pode realmente contribuir para caracterizar um g nero textual e o quanto pode ser um fator associado a dificuldades de compreens o de leitura De outro lado h a pressuposi o de que as EAP podem auxiliar a distinguir diferentes g neros da produ o textual cient fica de Qu mica A confirma o ou n o de nossas hip teses n o traz todas as respostas sobre g neros textuais tampouco sobre dificuldades de compreens o Por m mostra um caminho para entender um entre tantos aspectos da estrutura o desses textos Encaminhamento do trabalho Nossa primeira situa o problema a dificuldade de compreens o de leitura dos textos sob exame Acreditamos que as EAP bem como suas condi es de tradu o sejam nela intervenientes Entretanto salientamos de antem o que a op o de abordagem te rica deste trabalho n o incluir quaisquer referenciais de leitura nem de educa o Isto porque nosso foco uma an lise estrutural mais especificamente microestrutural do texto como um 23 prod
157. da pr tica do tradutor Steigner 1975 apud Arrojo 1998 Segundo Steigner textos te ricos desse per odo como por exemplo De interpretatione recta de Leonardo Bruni de 1420 e De optimo genere interpretandi de Pierre Daniel Huet publicado em Paris em 1680 t m como caracter stica comum seu foco imediatamente emp rico op cit 2 O segundo per odo teria como caracter stica uma indaga o te rica e hermen utica examinada inicialmente por Schleiermacher e retomada em seguida por A W Schlegel e Humboldt Steigner 1975 apud Arrojo 1998 Apesar de haver nesse per odo uma liga o entre teoria e necessidade pr tica o foco agora n o eram as quest es levantadas pela pr tica A tradu o come a a ter um status metodol gico pr prio e passa a ser examinada dentro de um contexto mais geral de teorias da linguagem e da mente 3 O terceiro per odo Steigner op cit chama de corrente moderna Durante esse per odo surgem os trabalhos sobre tradu o mec nica os quais foram divulgados no final dos anos 1940 Surge a aplica o de teorias ling sticas e estat sticas tradu o Esse per odo se caracterizou tamb m pelo in cio de uma conscientiza o profissional mais pronunciada expressa na organiza o de associa es e pelo delineamento ainda que incipiente de uma 33 Segundo Arrojo 1998 os trabalhos que interligavam a teoria e a necessidade pr tica continuaram
158. dade de EAP encontrada no CC4 aproxima se da quantidade de EAP encontrada no manual B O quadro a seguir mostra esse resultado Quadro XXV Quantidade de EAP Manual Ae B x CC4 Ou seja Isto Em TOTAL Total Total outras BRUTO porcem por dez palavras mil CC4 470 188 24 682 0 052 5 298 Manual 12 30 13 55 0 052 5 201 A Manual 43 7 5 55 0 068 6 862 B O CC4 apresenta cerca de 5 EAP a cada dez mil palavras enquanto o manual B apresenta at mais A seguir selecionamos quatro contextos que ilustram a presen a de EAP em CC4 Contexto 1 CC4 Aqui proposta a associa o da unifica o ao m todo dos tableaux sem criar depend ncia entre os seus ramos e sem necessidade de gera o de mais de uma rvore de refuta o durante o procedimento de prova mantendo desta forma a caracter stica b sica do procedimento isto a gera o de uma rvore de refuta o a partir de um tableau inicial atrav s da aplica o de regras O refinamento altera tamb m o processo de constru o do tableau inicial onde a fun o de inicializa o realiza uma renomea o de vari veis de modo que vari veis sob escopo de quantificadores diferentes possam ser mais facilmente identificadas Contexto 2 CC4 Este m todo requer um cuidado maior na prepara o do processo de elucida o por m pode apresentar resultados melhores que os demais m todos devido natureza qualitativa presente que tende a diminuir a quantidade de erros
159. dar um texto e descrever n o apenas o que se diz em um determinado texto mas como se diz e o que esse como implica Possibilita verificar que determinadas estruturas t m um potencial de significa o que s se realiza em um texto e de uma determinada forma Para n s isso significa que determinadas estruturas como por exemplo as EAP podem assumir uma condi o em uma determinada situa o Assim uma determinada estrutura n o algo mas est algo dentro de um determinado texto Ao perceber isso poss vel entender que uma EAP por exemplo poderia assumir uma outra fun o que n o a de introduzir uma par frase Se isso adequado ou n o se isso seria bem entendido ou n o uma outra etapa de estudo 159 Nesta disserta o procuramos observar a presen a e o uso das EAP em manuais acad micos de Qu mica Geral para melhor entender que condi o as EAP est o assumindo dentro dos manuais acad micos de Qu mica e se essa condi o adequada ou n o dentro desses textos Relatamos anteriormente neste trabalho a exist ncia de algumas reclama es escassas mas constantes sobre dificuldades de compreens o desses textos A nossa observa o das EAP n o pretende resolver tal problema mas pretende apontar um caminho para melhor entender algumas origens dessas reclama es Os dados mostraram a exist ncia de EAP no manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral apontando uma prefer ncia pelo uso de OU S
160. de Medicina Esse estudo mostrou que os manuais de Medicina apresentam mais adjetivos em compara o com os manuais de Qu mica Para cada adjetivo encontrado em Qu mica h quatro em Medicina o que significa cerca de cinco vezes mais adjetivos em Medicina Por outro lado um estudo enfocando adv rbios terminados em mente em manuais acad micos de Qu mica Geral Finatto Eichler e Azeredo 2003 mostrou que A quantidade dos adv rbios terminados em mente t o grande que temos a impress o que no texto de Qu mica os autores tendem a transformar qualquer palavra em adv rbio terminado em mente op cit Nessa explora o evidenciou se uma significativa variedade de adv rbios terminados em mente em manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral E na compara o com uma amostra similar de manuais de Medicina notou se uma variedade bem menor de adv rbios terminados em mente A propor o foi de um 1 adv rbio nos textos de Medicina para quatro 4 nos textos de Qu mica Comparando os dois estudos percebe se maior tend ncia adjetiva o em Medicina e menor em Qu mica Por outro lado salienta se a adverbializa o terminada em mente nos manuais de Qu mica frente aos de Medicina Estudos como esses e como os de Van Dijk 2001 que focalizam o texto did tico universit rio servem como base para quem objetive tentar tra ar um perfil de linguagem Em um primeiro momento j se pode reconhecer
161. de e Dressler 1981 ed rev 2002 n o foi definir as unidades e os padr es de um texto mas sim tentar mostrar as opera es que governam e manipulam unidades e padr es durante a utiliza o da linguagem sendo o texto um resultado concreto dessas opera es Al m disso os autores tamb m salientaram que um texto nunca ser algo isolado Normalmente produzido e recebido por leitores totalmente envolvidos em um contexto s ciocultural o que permitir a exist ncia de in meras rela es que levar o a um entendimento plenamente natural do texto Assim propuseram que o texto fosse visto com um 27 sistema em que um conjunto de elementos funciona junto e que esses elementos dependem uns dos outros para a forma o de um todo de sentido Halliday e Hasan 1976 em sua obra Cohesion in English t m uma outra concep o de texto A obra desses autores sem d vida pioneira na hist ria da Ling stica Textual Halliday e Hasan 1976 frisam que um texto vai al m da frase N o uma unidade gramatical como a senten a e n o pode ser definido pelo tamanho Esses autores definem texto como n o somente um conjunto de senten as N o simplesmente uma unidade gramatical maior algo semelhante a uma senten a mas difere dessa em tamanho um tipo de super senten a uma unidade sem ntica 1976 tradu o minha Assim texto para Halliday e Hasan op cit uma unidade sem ntica uma unidad
162. desqualificamos em momento algum os estudos sobre processo tradut rio Tendo assumido tais posi es abordaremos agora as express es anunciadoras de par frase nosso objeto de estudo Entendemos que tais elementos s o conectores ling sticos Referendamos Halliday e Hasan 1976 no sentido de que reconhecemos que tais elementos podem expressar o tipo de rela o sem ntica e sint tica existente entre enunciados que est o conectados Concordamos tamb m com a vis o de Bach 2002 de que um conector reformulativo uma unidade l xica formada por um ou mais morfemas atrav s da qual veiculado um movimento de reformula o do discurso Conectores reformulativos estabelecem rela es sem nticas entre os enunciados conectados de forma din mica A nosso ver entretanto os conectores reformulativos entre eles as EAP s o um pouco mais do que conectores Caracterizam se por serem recursos did ticos que conforme Oliveira 2004 colocam se a servi o da clareza do texto Usar uma EAP revela uma motiva o do usu rio da l ngua em esclarecer seu pr prio pensamento para outrem parafraseando o numa esp cie de atitude did tica mesmo que o texto n o perten a ao dom nio discursivo did tico op cit A EAP conforme nos parece utilizada como um marcador de alerta no texto Uma vez que a encontramos parece que o redator nos avisa Aten o leitor Vou repetir a informa o para que voc possa entend
163. dois manuais n o pretendemos dar conta de todos os textos que comp em as duas obras Especializado e Multiling e pois s o textos de um g nero e rea espec ficos o did tico cient fico de Qu mica Geral e inclui mais de um idioma De l ngua nativa uma vez que os textos originais foram escritos por falantes nativos de ingl s e os textos traduzidos foram traduzidos por falantes nativos do portugu s Paralelo e Alinhado pois o corpus composto de manuais acad micos traduzidos e seus originais e a tradu o aparece logo abaixo de cada linha do original e De estudo uma vez que o corpus que se pretende descrever A seguir tratamos dos corpora de contraste e de sua sele o 106 3 3 Dos objetos para contraste A segunda parte desta disserta o procura fazer um contraste entre o corpus de estudo e corpora de diferentes g neros textuais a fim de observar se a presen a de EAP pode caracterizar um g nero textual Antes de passar para a descri o propriamente dita justificamos nossa escolha de chamar os corpora de contraste de corpora de contraste e n o de corpora de refer ncia como os princ pios da LdC orientam Para que um corpus seja chamado de corpus de refer ncia preciso que seja possuidor de algumas caracter sticas S o elas 1 um corpus de refer ncia tem que ser utilizados como um recurso de compara o para an lise Berber Sardinha 2004 p 97 2 sua fun o compreende fo
164. dos em uma linguagem t cnico cient fica e nem poderia Por m dentro do que prop s a normatiza o seus objetivos come aram a ser alcan ados e foram a base para que novas teorias terminol gicas e novas vis es surgissem Da TGT temos a funda o do Comit de Terminologia do Instituto ISO e a preocupa o institucionalizada com a linguagem das ci ncias e t cnicas 1 5 1 Novas perspectivas terminol gicas Em meados da d cada de 80 surge a Escola Canadense de Terminologia tamb m chamada de S cio Terminologia Seu principal princ pio que a diversidade e variabilidade s o inerentes linguagem t cnico cient fica Diferentemente da TGT prop e que a varia o terminol gica n o pode ser desprezada Segundo Pierre Auger Esta nova atitude que visa abrir a Terminologia varia o como sendo o objeto que precisa se adaptar s condi es do tempo do espa o do objeto a ser definido e sobretudo do locutor usu rio fundou uma nova disciplina que chamamos agora de S cio terminologia AUGER Pierre 1993 e Assim se um dado termo mesmo que recomendado para uso n o amplamente usado porque deve haver um motivo Torna se importante saber qual o motivo a fim de entender a terminologia que est sendo empregada em detrimento de outra Esse um dos focos dessa escola de vi s acentuadamente descritivo oposto normatiza o estrita Al m disso para a Escola Canadense n o h terminologias som
165. dus dicendi que caracteriza o texto t cnico cient fico de cada rea prefer ncias por determinadas estruturas frasais pelo uso de determinados verbos e por determinadas classes de palavras e n o de outras dentre outros recursos Isso implica que o nome texto t cnico cient fico pode ser entendido como uma designa o que abrange diferentes categorias de textos Nesta disserta o privilegiaremos as rela es entre o texto t cnico cient fico especialmente o texto cient fico did tico e a tradu o H ainda uma diferencia o usual na literatura entre texto t cnico e texto cient fico E dessa distin o que tratamos a seguir 1 2 1 O texto t cnico Azenha 1994 em sua tese de doutoramento intitulada Aspectos culturais na produ o e tradu o de textos t cnicos de instru o alem o portugu s teoria e pr tica fez uma an lise do texto t cnico Mostrou que diferentemente do que muitos pensam trata se de uma unidade estrutural funcional complexa comprometida com uma realidade sociocultural Seu trabalho nos indicou que o tradutor desses textos precisa levar em conta a necessidade de 36 montar e desmontar sentidos estabelecer rela es n o apenas entre duas l nguas mas tamb m entre duas culturas Em seu estudo Azenha enfocou o texto t cnico partindo da concep o de M hn e Pelka 1984 apud Azenha 1994 Desse modo considerou que um texto t cnico envolve a comunica o em que especialist
166. e de significado em contexto realizada na forma de senten as unidas Al m disso um texto possui caracter sticas que permitem ou n o a unidade total do texto Essas caracter sticas s o definidas pelas rela es coesivas tamb m chamadas de coes o textual de um texto que Halliday e Hasan 1976 dividem em cinco categorias a refer ncia a substitui o a elipse a conjun o e a coes o lexical A coes o textual ocorre quando a interpreta o de um elemento dentro do texto depende de outro elemento Assim ela funciona como a costura de um texto o que permite que uma id ia esteja ligada pr xima ou anterior sem causar estranhamento durante a leitura uma vez que em um texto com exce o da primeira senten a toda senten a apresenta uma liga o com a anterior e com a pr xima Halliday e Hasan 1976 Al m disso Halliday e Hasan mencionam que a exist ncia das rela es coesivas em um texto resulta na textura do texto que o estado de ser um texto p 2 A textura o que permite que um texto seja um todo de sentido e n o um conjunto de frases desconexas Assim nas frases As almofadas est o fora do lugar Coloque as em cima do sof a coes o o resultado de haver dois elementos almofadas e o pronome as e esses dois elementos fazerem refer ncia um ao outro enquanto a textura o resultado da rela o coesiva entre esses dois elementos A coes o e a textura permitem
167. e entender dentro de um texto como por exemplo an foras express es anunciadoras de par frase fraseologias etc Os elementos que circundam os termos tamb m merecem aten o em um estudo terminol gico o que inclui considerar adjetivos adv rbios conectores verbos macro e microestrutura do texto em estudo etc Dentre tantos aspectos que devem ser considerados em um estudo terminol gico com uma vis o comunicativa est o fato de as fraseologias serem uma caracter stica inerente do texto t cnico uma vez que as palavras n o andam sozinhas e no momento em que escolhemos usar uma determinada palavra acabamos direcionando a escolha da palavra que vir a seguir Assim n o s o apenas os termos os elementos importantes em um reconhecimento terminol gico ainda que sejam o ponto de partida de quaisquer estudos Um dos princ pios da TCT Las unidades retenidas em los textos como representativas del conocimiento especializado pueden ser t rminos nominales verbales adjetivales o unidades m s amplias combinaciones frecuentes en un determinado mbito de especialidad Estas combinaciones pueden ser terminol gicas unidades polilexem ticas denominativas de un concepto fraseol gicas sintagmas no aut nomos comunicativamente que contienen por lo menos un t rmino habitualmente verbales frecuente y espec ficamente usados en una materia o combinaciones aun m s vastas que constituyen unidades oracionales propias de un r
168. e comprovou que a EAP n o uma peculiaridade do manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral Outros g neros textuais tamb m fazem uso de EAP at mesmo em quantidade muito maior do que a encontrada no corpus de estudo como ficou provado ao compararmos corpus de estudo e CC3 textos de populariza o de ci ncias Os dados mostram que o manual did tico de Qu mica originalmente escrito em 180 portugu s quando comparado com o manual did tico de Qu mica traduzido apresenta muito mais EAP do que o manual de Qu mica traduzido Essa informa o prova que a EAP um recurso did tico O desenho abaixo mostra essa compara o Manual acad mico de Manual acad mico de Qu mica originalmente Qu mica traduzido escrito em portugu s MENOS EAP MAIS EAP Desenho 3 Compara o n mero de EAP entre manual acad mico de Qu mica originalmente escrito em portugu s e manual acad mico de Qu mica traduzido Por m a EAP n o s isso pois quando comparamos manual de Qu mica traduzido com seu texto original percebemos que maior quantidade de EAP no texto traduzido conforme desenho a seguir Texto original Manual acad mico de Qu mica traduzido MAIS EAP do que texto original Desenho 4 Compara o n mero de EAP entre manual acad mico de Qu
169. e conte do posicionamento e forma 5 a nomenclatura usada para os g neros por uma comunidade discursiva uma importante fonte de insight A partir dessas cinco caracter sticas Swales 1990 define g nero como uma classe de eventos comunicativos cujos membros compartilham um conjunto de prop sitos comunicativos Esses prop sitos s o reconhecidos pelos membros da comunidade discursiva que trabalha com eles e portanto constituem a l gica subjacente aos g neros Essa l gica molda a estrutura esquem tica do discurso e influencia e restringe a escolha do conte do e do estilo Al m do prop sito os exemplares de um g nero exibem v rios padr es de similaridade em termos de estrutura estilo conte do e p blico alvo SWALES 1990 p 58 Swales ao aliar comunidades discursivas e g nero indica que um conceito depende do outro N o parece vincular o conceito de comunidades discursivas a quaisquer necessidades de poder ou lutas de classes nas quais algu m estabeleceria padr es coercitivos Para Swales um g nero textual um resultado de conven es estabelecidas consensualmente sem conflito por uma comunidade discursiva Bakhtin de modo diferente parece associar a exist ncia de um g nero textual a uma rela o de poder Assim um g nero implicaria o resultado da imposi o de um molde por parte de algu m que tenha poder para tanto Parece que enquanto Bakhtin procura explicar o por qu da exist
170. e entendemos o tradutor passa a ser um intermediador entre texto original e o leitor N o mero transportador de mensagens Ele o canal que tornar poss vel que um leitor possa ter acesso a um texto em l ngua estrangeira mesmo desconhecendo tal idioma A interfer ncia do tradutor assim inerente ao processo tradut rio No entanto entendemos 91 que essa interfer ncia n o livre ela se modela em fun o das cren as do tradutor e das necessidades que ele reconhece como sendo as do p blico alvo do texto Nosso estudo embora n o se caracterize por ser um estudo de tradu o stricto sensu lida com texto traduzido Nessa dire o aderimos concep o do texto traduzido como um produto Mas ao optar aqui por conceber a tradu o como um produto n o desconsideramos a exist ncia do processo tradut rio H sim uma impossibilidade de separar processo e produto pois o processo gera modela e constitui o produto N o obstante temos plena consci ncia de que em alguns momentos deste trabalho muitas das quest es que abordaremos s poder o ser plenamente entendidas sob a tica de um processo tradut rio Os estudos sobre processo tradut rio s o t o importantes para os estudos de tradu o quanto s o os de Bakhtin para os estudos de g nero textual Embora privilegiemos o texto traduzido como um produto uma escolha metodologicamente condicionada visto que nosso objetivo descritivo e anal tico n o
171. e f ter dire o oposta ao deslocamento dx Figura 5 1 Na express o 5 2 a for a f suposta constante durante o deslocamento infinitesimal dx mas ela pode variar ao longo do percurso Ox Por isso o 215 trabalho realizado pela for a vari vel f x ao deslocar o seu ponto de aplica o entre os pontos x 1 e x 2 ser dado pela integral f rmula Uma unidade de trabalho deve ser definida nos termos da Eg 5 2 Tem se assim f rmula Considere se agora um sistema de massa m que passa de um estado 1 de posi o x1 h1 e velocidade v1 a um estado 2 de posi o x2 h2 e velocidade v2 movido por uma for a livre de atritos no campo da gravidade Fig 5 2 Embora a for a aplicada ao m vel possa variar de intensidade e dire o entre os estados 1 e 2 demonstra se que o trabalho realizado pela for a entre estes dois pontos ser f rmula onde g a acelera o da gravidade A quantidade f rmulaj a energia potencial do sistema W Rankine 1653 Figura 5 2 Por isso a Eg 5 4 pode ser escrita sob a forma f rmula ou f rmula Este resultado leva nos s conclus es apresentadas a seguir 1 O trabalho aplicado ao sistema conservado sob forma de um acr scimo de energia mec nica cin tica potencial 2 O acr scimo de energia cin tica representa trabalho armazenado no sistema por efeito de um acr
172. e g neros textuais que nascem por conven es estabelecidas de comum acordo por comunidades discursivas produtoras e receptoras de textos 96 Um g nero textual possui padr es determinadas estruturas e um modo de dizer peculiar que permitem que seja identificado como tal e Com rela o tradu o concebemos o tradutor como um intermediador que faz uma interpreta o pr pria do texto e que tem um objetivo espec fico com rela o ao seu poss vel leitor A tradu o uma reformula o ou uma adapta o da mensagem original da melhor forma atrav s do uso de recursos ling sticos e de organiza o textual dispon vel no idioma para qual o texto ser traduzido R nai 1981 Aubert 1989 Apesar disso nosso estudo n o um estudo de tradu o stricto sensu Lida com texto traduzido e seu foco o texto como produto e Entendemos que as EAP s o conectores que se caracterizam por serem reformulativos e mais do que isso como um recurso did tico e de tradu o S o conectores h bridos que se aproximam de marcadores metatextuais pois sinalizam uma parada no texto que permite uma retroa o a um enunciado anterior Ao mesmo tempo permitem a progress o textual pois indicam ao leitor que a seguir encontrar uma reformula o e Adotamos aqui os princ pios da Terminologia Textualista que focaliza o texto com termos e n o termos em textos Al m disso comunicativa e preocupa se com o que se diz quem
173. e h menor uso de EAP Contrastando com o CCI manuais did ticos de Qu mica originalmente escritos em portugu s por exemplo observa se que h 30 vezes mais EAP no CC1 Mesmo quando comparado com o CC2 que o corpus que menos apresenta EAP depois do CC5 h uma diferen a de 5 vezes mais EAP no CC2 Assim comparando a L ngua Portuguesa em uso no CC5 com a linguagem did tica e cient fica nos outros corpora de contraste pode se dizer que a EAP n o uma caracter stica da L ngua Portuguesa em uso 80 x x doaa 0 E preciso lembrar entretanto que na amostra do Banco de Portugu s selecionada aqui n o h textos did ticos 147 No cap tulo seguinte fazemos uma s ntese dos resultados descritos aqui com algumas considera es qualitativas Isso naturalmente uma imposi o em virtude da amplitude dos dados levantados at aqui 148 6 S NTESE DESCRITIVA Este cap tulo visa sintetizar os resultados descritos no cap tulo anterior Primeiro s o resumidos os dados do corpus de estudo Depois segue se um resumo da compara o entre os corpora de contraste e o corpus de estudo O procedimento se justifica na medida em que as observa es foram variadas e incidiram sobre diferentes pontos H algumas breves reflex es sobre os resultados obtidos as quais ser o desenvolvidas no cap tulo seguinte 6 1 Primeira etapa regularidades e especificidades A descri o dos dados deixa claro que os totais
174. e interpretativa de Stanley Fish 1980 43 3 o uso de mecanismos de participa o para prover informa es e feedback 4 o dom nio e a utiliza o de um ou mais g neros para o encaminhamento de seus objetivos 5 o desenvolvimento de um l xico espec fico 6 a admiss o de novos membros dotados do n vel apropriado de conhecimento relevante e de habilidade discursiva Tendo conceituado comunidades discursivas e entendendo que essas comunidades s o geradoras de g neros textuais Swales prop e uma defini o preliminar de g nero De uma forma ampla hoje g nero normalmente utilizado para se referir a uma categoria distinta de discurso de qualquer tipo falado ou escrito com ou sem aspira es liter rias Swales 1990 p 33 tradu o minha Mas antes de propor uma defini o mais acabada Swales 1990 faz uma revis o de como esse termo utilizado e entendido em quatro reas o folclore a literatura a ling stica e a ret rica O autor percebeu que h algo em comum na maneira como essas quatro reas lidam com a no o de g nero Apontou ent o os aspectos em comum 1 uma classifica o duvidosa dos g neros 2 um entendimento de que g nero importante na integra o de passado e presente 3 os g neros est o situados em comunidades discursivas em que as cren as e as pr ticas dos participantes t m relev ncia 4 uma nfase no prop sito comunicativo e na a o social
175. e no Total Bruto Quadro XVI Total de tokens por cap tulo nos manuais A e B P gina 82 88 104 104 108 117 118 119 119 120 120 121 121 121 121 122 122 123 123 124 Gr fico 2 Frequ ncia Relativa Quantidade de EAP por tema estudado Total por dez mil Quadro XVII Ranking de EAP por tema com base no Total por dez mil Esquema 1 Contextos que representam dificuldade de compreens o Esquema 2 Correspond ncias das EAP no corpus de estudo alinhado Manual A Quadro XVIII Quantidade de EAP Freq ncia absoluta Texto traduzido x texto original Manual A Esquema 3 Correspond ncias das EAP no corpus de estudo alinhado Manual B Quadro XIX Quantidade de EAP Texto traduzido x texto original Manual B Quadro XX Corpora de contraste Quadro XXI Quantidade de EAP Corpus de estudo em portugu s x CCI Quadro XXII Quantidade de EAP Corpus de estudo em Portugu s x CC2 Quadro XXIII Compara o quantidade EAP Corpus de estudo em Portugu s x CC3 Quadro XXIV Quantidade de EAP Corpus de estudo em Portugu s x CC4 Quadro XXV Quantidade de EAP Manual A e B x CC4 Quadro XXVI Quantidade de EAP CC2 x CC4 Quadro XXVII Compara o quantidade EAP Corpus de estudo X CC5 Quadro XXVIII Compara o quantidade EAP EAP nos Corpora de Contraste Quadro XXIX EAP no corpus de estudo manual A B Quadro XXX Texto traduzido x texto original MANUAL A B Quadro s ntese Quantidades de EAP I Corpus de estudo
176. e que representa a totalidade de recursos ling sticos utilizados em um texto Esses recursos segundo Hoffmann podem ser divididos em duas partes uma que co ocorre em diversas sublinguagens aquilo que comum a diferentes reas de conhecimento e outra peculiar que especifica e que pr pria da linguagem de um determinado campo de conhecimento A linguagem especializada conforme percebia o autor o conjunto de todos os recursos ling sticos que s o utilizados em um mbito comunicativo delimitado por uma especialidade para garantir a compreens o entre as pessoas que nela trabalham op cit p 81 A linguagem especializada assim diferentemente da sublinguagem que um recorte de elementos ling sticos une l xico determinadas categorias gramaticais constru es sint ticas e estruturas textuais Dito de outro modo a linguagem especializada representa um todo que especifica um modus dicendi t pico de uma determinada rea de especialidade O vocabul rio especializado segundo Hoffmann representa as unidades lexicais das linguagens especializadas de uma maneira direta ou indireta num sentido mais estrito comp e um subsistema do sistema l xico global quer dizer um subconjunto do vocabul rio total de uma l ngua op cit p 83 Para o autor as unidades l xicas presentes em um texto especializado podem ser gerais cient ficas gerais e de vocabul rio especializado Ressaltamos a
177. e uma ou outra aleat ria ou determinada por esses padr es de uso Assim ao inv s de colocarmos todas as EAP dentro de uma sacola com um r tulo Express es Anunciadoras de Par frase e uma defini o podemos com a ajuda do referencial da LdC distinguir diferentes usos de um grupo dessas express es que a priori sejam consideradas sin nimas A LdC nos ajuda a entender que a linguagem um sistema probabil stico Isso significa reconhecer que aquilo que poss vel teoricamente talvez n o seja prov vel de ocorrer Assim o que teoricamente poss vel pode n o se concretizar na observa o do uso de um elemento em um determinado corpus Dessa forma preciso observar os dados como realmente aparecem o que pode em alguns casos causar algumas surpresas No caso das EAP por exemplo pode ser poss vel verificar se realmente s o um recurso muito ou pouco utilizado em textos traduzidos se s o um recurso exclusivo de textos did ticos ou se aparecem em outros textos Se sim quanto e como No cap tulo seguinte a partir da nossa revis o bibliogr fica fazemos uma sele o de algumas vis es que achamos relevantes a fim de estabelecer a nossa perspectiva para a investiga o 85 2 POSICIONAMENTO DO TRABALHO No cap tulo anterior revisamos um panorama com diversos estudos que tratam sobre texto e suas caracter sticas Os estudos relacionados ajudam nos a refor ar a percep o do texto como um objeto c
178. ea espec fica Existen tambi n locuciones de valor terminol gico compuestas de preposici n y sintagma nominal que son sem nticamente espec ficas de un mbito tem tico y funcionan habitualmente como complemento de verbo o de nombre deverbal Cabr 2001a p 27 36 Grifo meu 69 Amplia se assim a vis o em Terminologia para al m do termo Estudar a terminologia de uma rea implica tamb m ir mais al m implica observar e estudar as terminologias inseridas em textos Afinal o texto o habitat natural das terminologias Krieger amp Finatto 2004 p 106 1 5 2 A perspectiva textualista da Terminologia Durante muito tempo a Terminologia wiisteriana focalizou normas termos siglas nomenclaturas sem considerar que tudo isto estava em um texto Esquecia se que uma linguagem especializada n o se resume aos termos mas que seus termos est o em textos Partindo desse princ pio Leicik 1993 p 97 mostra que h duas formas de observar o texto cient fico a partindo do termo para observar o texto ou b partindo do texto para observar os termos Esses termos salienta s o uma das caracter sticas do texto cient fico e n o a sua nica caracter stica Nesse novo contexto tamb m se reconhece que h palavras que est o termos palavras que adquirem um significado terminol gico dependendo da rea de conhecimento e da situa o comunicativa A Escola Textualista de Terminologia n o est vinculada a um autor
179. eal da l ngua em grandes conjuntos de textos reais observando empiricamente quais as formas gramaticais poss veis e prov veis de serem ditas pelos falantes de carne e osso e n o por potenciais falantes idealizados p 124 125 Grifo meu A Ling stica de Corpus traz algo novo para os estudos de linguagem que o uso de computador para a extra o de dados e resultados Embora muitos desacreditem que o 73 computador possa ser uma ferramenta til ele tem se mostrado pr tico e confi vel para a an lise de textos Segundo Stubbs 2001 para realizar uma pesquisa em LdC preciso reconhecer alguns princ pios Por exemplo a pesquisa em LdC tem que 1 ser emp rica pois observa os padr es de uso em textos naturais 2 utilizar uma grande cole o de textos naturais 3 fazer uso de computador 4 depender de t cnicas de an lise quantitativa e qualitativa 5 explorar os resultados quantitativos para aprender sobre os padr es de uso 6 encarar a linguagem como um sistema probabil sico o que significa que embora muitos tra os ling sticos sejam poss veis teoricamente n o ocorrem com a mesma fregii ncia H uma correla o entre caracter sticas ling sticas e situacionais Em outras palavras a varia o n o aleat ria Biber 1998 Al m disso segundo Stubbs 2001 aquele que deseja fazer pesquisa ling stica baseada em corpus n o deve se deixar influenciar por aquilo que observa pois os dados e a
180. ecido na pr pria universidade em que eu estava Comecei a perceber que esses materiais tinham caracter sticas pr prias e que estabeleciam uma maneira de dizer peculiar dentro daquela rea de conhecimento independente de essa maneira contribuir em maior ou menor grau para a compreens o do que era lido Al m da experi ncia como aluna o interesse por querer aprofundar a pesquisa com textos de Qu mica aumentou pelo fato de ter em minha fam lia um estudante universit rio de Qu mica consumidor de textos did ticos dessa rea os quais conforme relatava eram bastante dispendiosos manuais did ticos de Qu mica para ensino superior N o eram raras as d vidas de meu primo sobre estruturas frasais utilizadas nos livros que comprava A leitura dos textos muitas vezes parecia ser uma leitura truncada exigindo v rias leituras de uma mesma senten a para que ele conseguisse entender uma determinada id ia Assim ao testemunhar a dificuldade de compreens o do conhecimento frente ao investimento financeiro com os livros surgiu uma inquieta o e uma curiosidade Passei a querer entender o que ocorria nesse tipo de texto e que os tornava um pouco duros de ler Nessas condi es em 2003 ofereci me como bolsista volunt ria no projeto An lise conceitual e lingii stica de manuais did ticos de Qu mica utilizados na forma o inicial de professores representa es do conhecimento qu mico A pesquisa de Inicia o Cient fica
181. ed in water in a molecular form that is not dissociated into ions The designation aq would normally be used for all of the undissociated forms of these acids and bases in solution L2 Voc n o deve se esquecer de que todas as constantes dos cidos fracos contidos na Tabela 5 2 s o para solu es aquosas Uma quantidade apreci vel destes cidos fracos e de suas bases conjugadas pode ser dissolvida em gua na sua forma molecular ou seja n o dissociada em seus respectivos ons A designa o ag seria v lida para todas as esp cies em suas formas n o dissociadas em solu o Contexto 4 L1 To obtain it we recognize that the ionization equilibrium constant is small and that consequently very little H30 and Ac can exist in equilibrium with undissociated HAc This suggests that to a good approximation the equilibrium concentration of HAc is the same as CO the concentration that would be present if no H Ac dissociated Therefore as our second assumption we have formula L2 Esta pode ser obtida admitindo se que a constante do equil brio de dissocia o pequena Logo deve existir em equil brio com o cido n o dissociado HAc apenas uma pequena quantidade de H30 e Ac Isto sugere que a concentra o de HAc aproximadamente igual a CO no estado de equil brio ou seja a concentra o de Hac que deveria estar presente se nenhuma mol cula dissociasse Assim temos que formula Contexto 5 L1 The net reaction for a
182. em ntica trata das rela es de conex o que dar o sentido ao texto abrange rela es de coer ncia que s o as rela es estabelecidas entre as frases e que caracterizam a cria o de sentido de um texto permitindo que seja entendido como um todo de significado A rela o pragm tica inclui os contextos em que os discursos ocorrem e vai dar conta de mostrar que h diferentes tipos de discurso Mais tarde em 1985 Van Dijk 1985 mencionar que texto uma segii ncia de senten as que expressam uma segii ncia de proposi es Ele busca compreender como o significado de senten as se relaciona para formar um todo de significado Para Van Dijk 1985 discurso uma sequ ncia ordenada com limites convencionais e em uma ordem poss vel que d sentido e construa certas estruturas Em geral a seqii ncia de proposi es que permeia o discurso deve satisfazer v rias condi es do que chamado coer ncia Segundo Van Dijk 1985 as express es utilizadas a superf cie sint tica a estrutura lexical das senten as devem apontar essa coer ncia Exemplos disso seriam a ordem das palavras a ordem das senten as o uso de conectores o tempo verbal utilizado os pronome usados etc Assim Van Dijk considera que h caracter sticas e estruturas que permitem que um texto seja considerado um todo de sentido Em 2001 Van Dijk coloca que o conhecimento tem um papel vital na produ o e compreens o do tex
183. em uma reformula o mas sinalizam uma conclus o ou uma consegii ncia Quando iniciamos esta pesquisa ao ler os contextos apenas em L2 encontr vamos dificuldades em alguns contextos mas n o imagin vamos o motivo dessa dificuldade um SO traduzido por OU SEJA Ser que um aluno de gradua o imaginaria o motivo da dificuldade de compreens o que talvez tenha Acho dif cil afirmar que sim Por isso defendemos que OU SEJA n o uma tradu o adequada para um conector como SO Talvez outras escolhas sejam mais apropriadas Aceitamos que realmente existe a EAP OU SEJA assumindo a condi o de ENT O Todavia n o cabe pensar que essa correspond ncia seja a melhor poss vel Afinal nem sempre contribui para a clareza do texto Al m disso percebemos que as EAP ISTO e EM OUTRAS PALAVRAS n o apresentam tantos problemas quanto a EAP ou seja N o encontramos ISTO nem EM OUTRAS PALAVRAS como tradu es de elementos de conclus o O que acontece com o OU SEJA n o ocorre com ISTO nem com EM OUTRAS PALAVRAS H uma correspond ncia maior desses dois ltimos conectores quando comparados com os textos originais e traduzidos H sim v rias inclus es de ISTO algumas ajudam na compreens o do texto outras n o b Atrav s do contraste corpus de estudo x corpora de contraste foi poss vel observar que esses elementos n o s o um tra o de identidade exclusivo do manual acad mico traduzido de Qu mica Geral Esse contrast
184. ente um bolsista do projeto TextQuim procurou atrav s de uma ferramenta de busca dispon vel no pr prio CD artigos relacionados com o assunto Qu mica Foi necess rio obviamente fazer uma sele o dos artigos retornados pois o CD cont m muitos artigos que inclu am segmentos como por exemplo a qu mica do amor Esses artigos foram exclu dos e foram selecionados apenas os que tinham rela o com a Qu mica como uma rea de conhecimento Ap s a sele o os arquivos tamb m foram transformados do formato pdf para formato doc e logo ap s foram devidamente revisados e transformados para o formato txt O CC4 corpus Possamai j estava devidamente coletado e pronto para uso A autora gentilmente ofereceu o corpus para uso na nossa pesquisa 117 O CC5 Banco de Portugu s foi consultado diretamente no site do CEPRIL Fizemos uma sele o dos textos que usar amos e utilizamos a ferramenta Concordanciador no pr prio site Ali colocamos as EAP que busc vamos e a informa o nos era retornada em poucos segundos Os resultados eram armazenados em tabelas para posterior an lise O CC5 foi o nico corpus de contraste que n o foi submetido ao programa WordSmith Tools pois a ferramenta de concord ncia estava dispon vel on line Ap s esses est gios de prepara o dos corpora de contraste tal como fizemos no corpus de estudo utilizamos a ferramenta Concordance do software Wordsmith Tools para o in cio da cole
185. ente nas reas de conhecimento cient fico H terminologias tamb m quando n o h forma o escolar livreiro a ougueiro etc A S cio Terminologia em s ntese defendeu que qualquer varia o terminol gica deve ser levada em conta sendo respeitada como um objeto de estudo Isso faz que tamb m a polissemia e a sinon mia mere am ser foco de estudo em Terminologia Ainda segundo Pierre Auger Na verdade esta atitude a s cio terminol gica voltou a admitir fen menos como a polissemia e a sinon mia tradicionalmente considerados como aberrantes ou de qualquer modo interferentes no discurso de LSP AUGER Pierre 1993 7 A Escola Canadense considerada uma heran a da Escola Francesa representada pelos trabalhos de Alan Rey 1977 1979 1985 38 Tradu o de Helena Meneghello Notas de aula N o publicado 67 Oposta Escola de Viena termin logos canadenses n o estabelecem uma diferen a entre l ngua natural e linguagem t cnica Afinal a linguagem t cnica tamb m l ngua natural dif cil de ser controlada assim com acontece com a l ngua natural Ao sintetizarem o modo de a o dos termin logos canadenses Krieger e Finatto 2004 p 106 assinalam que eles postulam o exame do comportamento das unidades terminol gicas em seu real contexto de ocorr ncia compreendendo que essas unidades aparecem de maneira natural no discurso n o constituindo uma l ngua parte como in
186. entes da exist ncia de uma diferencia o entre o que seja um g nero textual e um tipo textual acreditamos neste trabalho que o texto did tico de Qu mica caracteriza se por ser o que chamamos aqui de macrog nero textual o macrog nero did tico Esse macrog nero did tico pode ser comparado a uma grande sacola em que h uma grande variedade de textos did ticos Por exemplo integra o macrog nero did tico uma receita de bolo did tica um artigo de revista ou jornal did tico um texto did tico um texto acad mico did tico cient fico Cada um desses textos representa um g nero textual que em tese possui caracter sticas pr prias que os diferenciam dos outros textos tamb m did ticos e que ao mesmo tempo possui caracter sticas comuns que os tornam did ticos Ao tomarmos o texto did tico como um macrog nero textual reconhecemos tanto o texto did tico de ci ncias para ensino fundamental e m dio quanto o manual acad mico cient fico did tico de Qu mica como um g nero textual espec fico produzido por uma determinada comunidade discursiva que compartilha prop sitos comunicativos semelhantes S o textos em tese com caracter sticas pr prias No pr ximo item apresentamos uma revis o de estudos que focalizam caracter sticas do texto did tico de ci ncias ao texto de Qu mica textos estes direcionados para ensino fundamental e m dio A seguir fazemos uma revis o de estudos que tem como foco o manual
187. er preciso pagar a licen a de uso O WordSmith Tools pode ser baixado no endere o www lexically net 48 Para obter uma lista de Keyword preciso uma lista de fregi ncia de palavras de um corpus de estudo e de uma lista de freqii ncia de palavras de um corpus de refer ncia Uma compara o entre essas duas listas aponta as palavras que t m fregii ncias estatisticamente diferentes no corpus de estudo e no corpus de refer ncia Essas palavras estatisticamente diferentes entre os dois corpora formam a lista de Keywords 81 nosso objetivo n o seja fazer um estudo exaustivo sobre reformula o queremos revisar o que se tem entendido como tal Para Bach 2002 p 71 a reformula o caracteriza se como um processo de reinterpreta o textual Nele um determinado locutor retoma algum elemento discursivo anterior com o objetivo de apresent lo de uma outra maneira o que vem a garantir a coes o e a progress o textual Valendo isso de uma forma ampla pode se dizer que na reformula o tem se um mesmo conte do sem ntico apresentado sob formas estruturais diferentes Para Bach 2002 essa reformula o pode ser total ou parcial Embora reconhe a que em uma reformula o dif cil haver uma equival ncia total entre X e Y Bach entende por total a reformula o que a grande maioria de elementos do enunciado anterior X retomada e por parcial quando no segundo enunciado Y se retoma um ou mais elementos X mas nunca a
188. er 1995 gt lt ANO 1995 gt lt C DIGO DO ARQUIVO MHTRP gt lt L NGUA Portugu s gt lt G NERO Manual Did tico gt lt AUTOR Bruce Mahan amp Rollie J Myers gt lt ASSUNTO Termodin mica gt lt PARA QUEM Alunos de Gradua o gt lt TOKENS SEM STOPLIST 18 358 gt lt TYPES SEM STOPLIST 2 145 gt lt CAP TULO 08 gt lt T TULO Termodin mica Qu mica gt CAP TULO 8 TERMODIN MICA QU MICA Nos tr s cap tulos anteriores tratamos da descri o quantitativa de sistemas qu micos Encontramos duas maneiras equivalentes d xpressar a tend ncia dos reagentes de se transformarem em produtos por meio da constante de equil brio K e do potencial padr o AE0 da rea o Assim podemos descrever o qu o deslocada est uma rea o no sentido da forma o 210 dos produtos mas temos apenas uma vaga id ia do por qu das constantes serem grandes para algumas rea es pequenas para outras O estudo da termodin mica qu mica nos permitir ter uma melhor compreens o da reatividade qu mica pois correlaciona as constantes de equil brio com as propriedades individuais dos reagentes e dos produtos O papel da termodin mica para a compreens o das rea es qu micas pode ser ilustrado utilizando se o diagrama abaixo figura Note que a termodin mica relaciona apenas as propriedades macrosc picas da mat ria com seu comportamento nos processos f sicos e qu micos E a poss
189. er diferentes tipos de conhecimento conforme Van Dijk 2001 e Koch 2001 Assim podemos dizer que dentro do universo do texto como um evento comunicativo que contribui para um discurso e como um produto desse evento De Beaugrande e Dressler 1981 h diferentes textos desde a receita de bolo at o contrato jur dico desde o bilhete at o romance a poesia o texto jornal stico did tico cient fico etc Cada um ter suas pr prias caracter sticas Adiante nesta Revis o da Literatura retomamos alguns estudos que focalizam as tem ticas do texto t cnico cient fico do texto did tico e do texto traduzido Por m antes revisamos trabalhos que trataram do texto especializado de uma forma mais ampla sem terem considerado com nfase suas variedades 1 1 2 Lingii stica do Texto Especializado A Ling stica do Texto Especializado ocupou se de descrever e explicar textos produzidos e utilizados em uma determinada rea de conhecimento seja esse conhecimento t cnico ou cient fico O texto especializado em tese teria um modo pr prio de estrutura o o que corresponde a uma forma peculiar de expressar o conhecimento Um dos objetivos da Ling stica do Texto Especializado foi sistematizar as caracter sticas desses textos contribuindo para que se pudesse melhor entender o que diferenciaria um texto especializado 13 de um texto n o especializado 2 O termo Ling stica do Texto Especializado corresponde a
190. er melhor O leitor por sua vez cria uma expectativa de encontrar no pr prio texto a informa o que ele talvez n o tenha entendido reformulada de 92 uma forma mais clara O uso de uma EAP em um texto indica uma preocupa o de se fazer entender da melhor forma poss vel Assim a EAP uma marca dos g neros did ticos Conforme j dissemos a EAP um conector singular visto que atrav s dele poss vel fazer um movimento de ida e volta na microestrutura do texto A EAP permite que uma express o j dita seja retomada para ser mais bem entendida e somente ap s esse movimento torna se poss vel o in cio de um novo assunto A EAP um conector h brido ao interligar antecedente e conseq ente estabelece entre eles uma rela o que simultaneamente de retroa o e progress o Al m disso pode ser um fator associado ao texto did tico comunicando e significando a A vis o de Halliday e Hasan 1976 de Bach 2002 e de Oliveira 2004 contribuem para formar o todo de nossa concep o de EAP uma vez que acreditamos que tais elementos sejam conectores que estabelecem uma rela o sem ntica e sint tica Halliday e Hasan 1976 Mas al m disso s o conectores que veiculam um movimento de reformula o no texto Bach 2002 e indo mais al m caracterizam se por serem recursos did ticos Oliveira 2004 H in meros estudos que tratam sobre par frase revelando a dificuldade de defini la e a exist
191. er observado atrav s do sum rio presente em todos os manuais Devido a isso comum que livros da mesma disciplina Qu mica Geral mas de diferentes autores possuam os mesmos temas organizados de forma diferente Entre algumas caracter sticas microestruturais percebemos que h manuais que apresentam par grafos menores Outros cultivam par grafos um pouco mais longos Mas independente da dimens o dos par grafos evidente a tend ncia de frases curtas Algo que comum a todos os manuais a presen a de grande quantidade de f rmulas tanto matem ticas quanto qu micas Essas f rmulas aparecem ou no interior dos par grafos ou entre eles em caixas de textos que as salientam Essas ltimas s o na maioria das vezes maiores As caracter sticas macro e microestruturais do manual acad mico did tico de Qu mica Geral permitem que o identifiquemos com um material acad mico Obviamente esses textos t m muitas outras caracter sticas macro e microestruturais que mereceriam estudos aprofundados Limitamos nos aqui a mencionar apenas algumas mais salientes Na pr xima se o descreveremos nosso corpus de estudo composto por manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos e como foram selecionados Logo ap s apresentamos os corpora de contraste que ser o utilizados no estudo 101 3 2 Delimita o do corpus de estudo Conforme dito na Introdu o deste trabalho nossa pesquisa se divide em duas partes
192. ermos 65 Um dos pioneiros no estudo sistem tico das terminologias Eugen Wiister engenheiro de forma o e considerado o fundador da Terminologia concebida como uma disciplina aut noma Os estudos de Wiister nos anos 30 criaram a chamada Escola Cl ssica de Terminologia ou tamb m chamada Escola de Viena Eugen Wiister foi um dos primeiros a oferecer uma disciplina de Terminologia em um curso de forma o de engenheiros Acreditava na necessidade de os profissionais de uma rea conhecerem e dominarem uma terminologia pr pria E Wiister em obra p stuma nos legou a sua Teoria Geral da Terminologia TGT a qual teve um objetivo espec fico Esse objetivo de Wiister foi o de estabelecer uma comunica o t cnico cient fica que n o desse espa o para ambigiiidade variedade polissemia A Escola Cl ssica de Terminologia assim buscou a padroniza o e seguiu uma tend ncia reguladora intervencionista da linguagem N o se tratava de negar a varia o mas sim de optar por n o se preocupar com ela Nessa concep o a linguagem t cnico cient fica separa se da l ngua natural conforme o pr prio Wiister declara Las diferencias que existen entre l teoria general de la terminologia y la ciencia de la lengua general tienen su origen en la actitud que adoptan una y outra ante el estado y la evoluci n de la lengua Wuster 1998 p 21 Wiister partiu da l gica conceitual cl ssica para criar sua pr pria teoria metodolo
193. erta por acaso Em 1870 qu micos da companhia Bayer na Alemanha sintetizaram o cido salic lico para us lo como anti s ptico pois dentro do organismo humano ele produz o lcool fenol que esteriliza as bact rias Aos poucos entretanto deram se conta de que al m de combater infec es o cido diminu a a febre e as dores dos pacientes embora causando forte mal estar no est mago Ningu m deu import ncia ao fato at outra coincid ncia acontecer Em Munique o qu mico da Bayer Felix Hoffmann 1868 1946 que estava aflito com as dores reum ticas do pai prestou aten o e resolveu pesquisar Viu que agregando a subst ncia acetil facilitadora da a o do cido eliminava a febre e as dores mais rapidamente e diminu a os efeitos colaterais Com o acetil seu pai melhorou da noite para o dia Em 1899 Hoffmann registrou em seu di rio a f rmula pura da aspirina Ela alivia dores de cabe a e febres at hoje d Amostra de parte de um arquivo do CC4 Avalia o de sites educacionais de Qu mica e F sica um estudo comparativo Val ria Machado da Costa Clevi Elena Rapkiewicz M rio Galv o de Queir s Filho Maria Cristina Canela Laborat rio de Estudos em Educa o e Linguagem CCH Laborat rio de Engenharia de Produ o CCT Laborat rio de Ci ncias Qu micas CCT Universidade Estadual do Norte Fluminense Av Alberto Lamego 2000 Campos dos Goytacazes RJ 28013 600 costavm Quenf br clevi Quenf br mgtx O
194. es com os contextos encontrados no CC3 composto de textos de populariza o de Qu mica Aqui no CC4 as EAP tamb m parecem ser anunciadores de s ntese Nos contextos 1 e 2 por exemplo h uma explica o extensa e logo ap s a EAP temos uma s ntese ou um redizer bem menor para facilitar a compreens o do que est sendo dito Parece haver uma preocupa o em que a informa o seja bem entendida seja de forma extensa ou de forma sintetizada A seguir temos uma tabela que mostra uma compara o dos dados encontrados no CC2 e no CC4 g nero artigo cient fico de Qu mica e de Inform tica respectivamente Os dados mostram que em CC4 h maior presen a de EAP do que no CC2 O resultado est a seguir Quadro XXVI Quantidade de EAP Artigo cient fico de Qu mica CC2 x Artigo cient fico de Inform tica CC4 Ou seja Isto Em TOTAL Total Total outras BRUTO porcem por dez palavras mil CC4 470 188 24 682 0 052 5 298 CC2 81 39 4 124 0 028 2 899 De cada dez mil palavras no CC4 cerca de 5 s o EAP enquanto no CC2 de cada dez mil palavras tem se por volta de 2 EAP Apesar do CC2 e do CC4 serem corpora do mesmo g nero textual o artigo cient fico os dados revelam que o CC4 faz mais uso quase o dobro de um recurso ling stico que em tese contribui para a clareza do texto o que torna o texto mais amig vel para o leitor Abaixo temos um contexto com EAP no CC2 e um contexto no CC4 144 Contexto
195. es do g nero manual acad mico did tico cient fico os corpora de contraste foram descritos no item 3 3 deste trabalho O objetivo do contraste observar se a presen a de EAP maior ou menor pode caracterizar o g nero textual em foco O CC1 manual acad mico did tico de F sico Qu mica originalmente escrito em portugu s foi escaneado corrigido e transformado de arquivo doc para arquivo txt para que pudesse ser lido pelo programa Wordsmith Tools O arquivo do CC1 recebeu um cabe alho com a refer ncia bibliogr fica o ano do texto o c digo do arquivo a l ngua o g nero o autor o assunto o p blico alvo tokens types e n mero e t tulo do cap tulo observado Essas informa es permitiam identificar o arquivo e facilitaram a consulta em qualquer momento da pesquisa O CC2 artigos cient ficos de Qu mica foi coletado a partir do site da revista Qu mica Nova Os artigos est o dispon veis no formato pdf Foi necess rio assim transformar os artigos de pdf para formato doc Depois disso foram retiradas as figuras e as tabelas de cada texto com a devida indica o da supress o E em seguida foi feita a revis o dos arquivos Os arquivos foram salvos e transformados em arquivo txt O CC3 artigos da revista Superlnteressante foi coletado do CD lan ado em comemora o aos 15 anos da revista Superinteressante que inclui as revistas publicadas desde o lan amento da revista no ano de 1987 at junho de 2002 Manualm
196. ety of bonding situations but it is most commonly used for the delocalized y orbitals in hydrocarbons with conjugated double bonds In the simple valence structures of a wide variety of molecules there are alternating single and double bonds that form conjugated double bonds L2 Em 1921 E Hiickel sugeriu um m todo simples e eficaz para o c lculo aproximado das energias dos orbitais moleculares O m todo de Hiickel tem sido utilizado para muitos tipos de liga o mas mais comumente aplicado no caso de mol culas com orbitais deslocalizados ou seja hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas H muitas mol culas nas quais existem liga es simples e duplas alternadas que formam liga es duplas conjugadas A inclus o da EAP OU SEJA no contexto 1 parece ser um recurso para auxiliar No contexto 2 por m a inclus o da EAP parece oferecer um sentido diferente do original chegando at mesmo a alterar a informa o presente no texto fonte Observando os dados comparativos do corpus de estudo em L1 com o texto em L2 poss vel resumir duas diferen as b sica entre o uso de EAP no manual A e no manual B 1 no texto traduzido do manual A h tradu es de elementos que n o s o introdutores de par frase por EAP e 2 no texto traduzido do manual B h tend ncia de inclus es de EAP Um outro fator que merece destaque a presen a de EAP em cada um dos temas observados Equil brio Qu mico Equil bri
197. eu como um pronome demonstrativo O total por dez mil um c lculo estat stico linear uma proje o de que a cada dez mil palavras h uma determinada quantidade de EAP No entanto visto que linear assume se que a quantidade de EAP prevista n o est uniformemente distribu da mas sim aleatoriamente distribu da Isso significa que se separarmos uma amostra de 10 000 palavras do corpus h a possibilidade de n o haver nenhuma EAP No entanto em uma outra amostra de 10 000 palavras do mesmo corpus poss vel encontrar mais do que o previsto para dez mil palavras 114 Ap s obtermos esses valores considerando o Total Bruto e o n mero de tokens do corpus fizemos alguns testes de confiabilidade Ferreira 2005 que nos permitiram verificar frente ao que t nhamos a a probabilidade de ocorr ncia esse teste de confiabilidade permite ver qual a probabilidade de uma EAP como OU SEJA ocorrer no corpus de estudo Foi realizado da seguinte forma No manual A Total Bruto da EAP no manual A p Total Bruto da EAP no corpus de estudo P x 100 probabilidade de ocorr ncia O mesmo c lculo era feito tamb m para cada EAP no manual B b a freq ncia esperada considerando a probabilidade de ocorr ncia foi poss vel saber qual seria a freq ncia esperada de EAP no corpus de estudo O c lculo foi feito da seguinte forma No manual A Total Bruto da EAP no corpus de estudo X probabilidade de ocorr
198. exemplo h 8 SO e 1 THEREFORE traduzidos por OU SEJA Considerando que no manual A h 12 OU SEJA e desses 12 9 s o tradu o de conectores como SO e THEREFORE esse resultado parece significativo A seguir dois exemplos aleatoriamente escolhidos de SO traduzido por OU SEJA no manual A Esses dois exemplos servem como um resumo para as evid ncias colhidas Contexto 1 manual A SO traduzido por OU SEJA L1 A molecule of an ideal gas has zero potential energy because it does not matter how close it is to any of the other molecules in the sample Therefore compressing or expanding an ideal gas does not change the potential energy of the molecules from 0 so for an ideal gas the internal energy is Independent of the volume A molecule in a liquid or solid however does interact with its neighbors and the potential energy is an important contribution to the internal energy L2 A mol cula de um g s ideal tem energia potencial nula porque n o importa quanto as mol culas estejam perto umas das outras na amostra Portanto compress o e expans o de um g s ideal n o modifica a energia potencial das mol culas ou seja para um g s ideal a energia interna independente do volume Uma mol cula em um l quido ou em um s lido entretanto interage com seus vizinhos e a energia potencial traz uma importante contribui o para a energia interna 151 Contexto 2 manual A SO traduzido por OU SEJA L1 That relation is always true
199. exist ncia de outros trabalhos que adotam um enfoque textualista das terminologias como por exemplo os trabalhos de Guiomar Ciapuscio 2003 e Jennifer Pearson 1998 No entanto nos limitamos nesta disserta o a revisar o trabalho de Hoffmann por ser um dos primeiros autores a mencionar uma ling stica do texto especializado 5 O autor emprega o termo ling stica das linguagens especializadas para designar os estudos ling sticos que se ocupavam dos fen menos da comunica o cient fica e t cnica Como na poca estava bastante desenvolvido um enfoque de base conceitual e normativa da tradi o wiisteriana dos estudos de terminologias a oposi o assinalava uma diferen a que vemos hoje entre Terminologia wiisteriana e Terminologia Ling stica 32 Esse vocabul rio especializado pode ser identificado por tr s formas 1 coleta pura 2 compila o sistem tica e 3 an lises estat sticas Os estudos estat sticos de Hoffmann revelaram que 60 do vocabul rio especializado de um texto tende a ser representado por substantivos e adjetivos Al m disso tal como ocorre na linguagem comum ele salientava que o vocabul rio especializado tamb m se vale de empr stimos decalques met foras e meton mias forma o de palavras etc A terminologia para Hoffmann corresponde ao conjunto de todos os termos de um sistema Termos s o apenas as palavras cujo conte do seja determinado por meio de uma defini o normativa
200. explicar determinados processos uma vez que atrav s de met foras poss vel aproximar o tema talvez complexo realidade do estudante universit rio 7 Estudos t m mostrado que fregiente o uso de met foras em textos t cnico cient ficos Um estudo que mostrou o uso de met foras em textos t cnico cient ficos o estudo de Huang 2005 A met fora no texto cient fico de medicina um estudo terminol gico da linguagem sobre aids Outro estudo o de Martin J e Harr R com o t tulo Metaphors in Science Metaphors Problems and Perspectives H ainda o estudo de Stambuk A Metaphor in Scientific Communication dispon vel na revista Delta 1998 vol 43 n 3 52 Embora a observa o de Van Dijk tenha sido restrita a manuais acad micos did ticos de Gen tica reconhece se que esse tipo de texto o manual acad mico a priori tem caracter sticas pr prias uma vez que tem um p blico e um objetivo espec ficos H peculiaridades tanto na macro quanto na microestrutura que identificam o manual acad mico did tico como um g nero textual diferenciando o por exemplo do livro did tico para ensino fundamental e m dio do paper acad mico ou do texto de populariza o de ci ncias para leigos que sejam curiosos comuns Outro aspecto considerado por Van Dijk 2001 que diferentes tipos de conhecimento teriam impactos diferentes no processo e na estrutura de um discurso cient fico Isso reitera que
201. ez seja preciso a explica o de uma palavra o redizer de uma express o a contextualiza o de uma frase etc a fim de que o leitor possa compreender a informa o Conforme j mencionamos anteriormente Mona Baker 1992 salienta que uma caracter stica do texto traduzido que tende a ter mais palavras que o texto original Assim o texto traduzido se diferenciaria do texto original em alguns aspectos bem pontuais que caracterizam um comportamento ling stico peculiar 58 Assim um texto traduzido n o ser nem a equival ncia perfeita do original nem um texto completamente aut nomo Um texto traduzido um texto dependente com caracter sticas pr prias que o revelam at mesmo como um g nero textual espec fico 1 4 1 Tradu o Processo e Produto A tradu o n o uma pr tica recente e ao longo dos anos tem sido vista de diferentes formas Arrojo 1998 por exemplo uma autora brasileira bastante destacada no tratamento do tema Ela faz uma observa o da obra de Steigner 1975 intitulada After Babel Aspects of Language and Translation Esse autor divide os estudos de tradu o em quatro per odos conforme a seguir 1 O primeiro per odo teria in cio com o princ pio de C cero de que n o se deve traduzir verbum pro verbo A principal caracter stica desse per odo seria um tr fico direto da pr tica para a reflex o em que an lises e declara es seminais se originam diretamente
202. fica que embora muitos tra os ling sticos sejam poss veis teoricamente os seus diferentes tra os n o ocorrer o com a mesma frequ ncia e a varia o do uso da l ngua pode ser sistem tica Alguns tra os ling sticos variam de uma forma sistem tica de acordo com textos t picos de determinado contexto comunicativo e essencial no trabalho extensivo o uso de computador e de t cnicas de an lise quantitativa e qualitativa 56 E POE ANAs RE AEE E Acreditamos e consideramos a import ncia e relev ncia deste princ pio para a Ling stica de Corpus No entanto por motivos t cnicos n o o estamos seguindo 100 Afinal o corpus de estudo utilizado aqui mereceria ser mais extenso 95 e h a necessidade de deixar os dados falarem por si mesmo que os padr es revelados sejam diferentes do que imagin vamos e e a observa o extensiva revela dados que de outra forma n o seriam percebidos Seguindo essas premissas nossa pesquisa em um primeiro momento ter um car ter quantitativo e em um segundo momento um car ter qualitativo Na parte quantitativa utilizaremos m todos estat sticos propostos pela Ling stica de Corpus a fim de identificar as express es anunciadoras de par frase e determinar o que relevante e o que n o relevante no corpus de estudo e nos corpora de contraste Na parte qualitativa produziremos linhas de concord ncia que s o linhas de contextos localizadas no corpus
203. g sticos do texto na utiliza o de determinadas estruturas sint ticas lexicais e morfol gicas Essas peculiaridades podem conforme apontava realizar se de diferentes maneiras em cada texto A Ling stica do Texto Especializado aqui brevemente representada pelas percep es de Hoffmann postula que a linguagem se realiza por meio de textos Por esse motivo o texto deve ser o principal foco de estudo pois atrav s dele como um todo que se poder melhor explicar a prefer ncia por determinados recursos ling sticos em rela o a outros a prefer ncia por uma determinada macroestrutura outra dentre tantos outros elementos 33 Dessa forma o todo do texto especializado a via principal para entendermos as peculiaridades da linguagem Pelo texto poss vel descrever e tra ar um perfil das caracter sticas que comp em o texto especializado caracter sticas que extrapolam a terminologia A partir do item seguinte trazemos alguns estudos que focalizam as caracter sticas e as peculiaridades do texto t cnico cient fico 1 2 O texto t cnico cient fico Durante muito tempo o texto liter rio foi um dos principais itens de estudos te ricos sobre texto e principalmente dos estudos de tradu o O texto chamado t cnico cient fico foi considerado por muito tempo como se fosse uma sombra do texto liter rio sempre colocado em segundo plano Presumia se que um texto t cnico cient fico frente a um liter ri
204. ge slightly with temperature we could solve for T where DG 0 L2 A varia o de energia livre positiva porque a rea o espont nea da direita para a esquerda ou seja no sentido oposto ao da rea o descrita acima O AG diminui a medida que a temperatura aumenta 133 Contexto 3 Alinhado Manual B L1 In this section we shall use our understanding of the second law to deduce the limiting efficiency with which heat can be converted to work in cyclical or repetitive processes such as occur in practical engines L2 Nesta sec o utilizaremos nossos conhecimentos sobre a segunda lei da termodin mica para deduzirmos a efici ncia limite de convers o de calor em trabalho num processo c clico ou seja num processo an logo ao que ocorre nos motores a explos o Contexto 4 Alinhado Manual B L1 In Chapter 4 we presented a practical demonstration of these principles We showed a graph of the free energy of the equilibrium formula constant P and T From this graph we found that the equilibrium state as defined by the equilibrium quotient expression and the equilibrium constant corresponded to the minimum in free energy where G 0 Let us also test this criterion on a simple phase change the evaporation of water to form vapor at 1 atm of pressure The free energy change is given by formula formula 8 31 L2 No Cap 4 apresentamos um exemplo da aplica o daqueles princ pios mostramos o gr fico
205. gia de desenvolvimento e inova o da terminologia com uma contribui o para a comunica o sem ambigiiidade Assim para Wiister os termos n o eram da l ngua natural mas estavam mediados por outras rela es Embora os ling istas dos anos 50 60 contempor neos de Wiister dissessem que n o havia como controlar a linguagem Wiister defendia que a terminologia n o era propriamente um item da linguagem natural Portanto seria poss vel de ser padronizada a fim de proporcionar uma univocidade na comunica o cient fica como se Wiister defendesse a exist ncia por exemplo de um quimiqu s uma l ngua muito diferente do portugu s O foco da TGT que concebia a linguagem t cnica ou cient fica como uma l ngua parte estava no termo e em seus conceitos Sua prefer ncia reca a nos substantivos Conforme Wiister deveriam ser privilegiados a linguagem escrita os termos recomendados ao inv s dos banidos e uma situa o formal de comunica o O foco principal dirigia se para o termo e para as rela es por ele estabelecidas N o eram levados em conta aspectos sociais ling sticos ou aspectos textuais que pudessem estar envolvidos na comunica o cient fica 66 Os princ pios defendidos pela TGT hoje muitas vezes percebidos como radicais e imposs veis de serem aplicados n o devem ser encarados como pontos negativos do trabalho de Wiister Na verdade ele n o se prop s dar conta de todos os aspectos envolvi
206. grosseiros isto valores muito diferentes dos corretos Para a quantifica o da rede Bayesiana apresentada neste artigo foi utilizada a especifica o direta de probabilidades utilizando tabelas preenchidas pelo m dico especialista a partir de sua experi ncia profissional e dados bibliogr ficos Contexto 3 CC4 O que devo digitar para acessar a aula de cada uma das cinco disciplinas do Curso quer no hor rio oficial quer no alternativo quer nas atividades s ncronas quer nas ass ncronas A d vida muito gen rica ou seja o aluno n o soube explicitar suas dificuldades de forma que o suporte possa atend lo prontamente H a necessidade de retomar o contato com o 143 aluno e auxilia lo a elaborar melhor a sua pr pria pergunta para que suas d vidas possam finalmente ser esclarecidas Contexto 4 CC4 Podemos classificar o S30 da seguinte maneira Linha de pesquisa O S30 realiza a aprendizagem conceitual que o caracteriza como uma ferramenta de an lise te rica sobre conjuntos de dados Principal paradigma da aprendizagem de m quina utilizado O paradigma da aprendizagem inerente ao S30 a aquisi o de conceitos simb licos ou seja a aprendizagem a partir de exemplos Representa o do conhecimento No S30 o conhecimento representado pelas conven es utilizadas nas TSE Apesar de o CC4 ser composto por artigos acad micos de Inform tica percebemos que os contextos acima s o muito semelhant
207. he authority of interpretive communities Cambridge Massachussets amp London Harvard University Press FUCHS Catherine et alii 1987 Elements pour une approche nonciative de la paraphrase dans les brouillons La g nese du texte l s models linguistiques Paris Editions du Centre National de la Recherche Scientifique GALV O Maria C B 2004 A linguagem de especialidade e o texto t cnico cient fico notas conceituais In Transinforma o Campinas p 241 251 Setembro Dezembro GUIMAR ES Elisa 2000 A articula o do texto S rie Princ pios 8 ed Editora tica S o Paulo GUIMAR ES Elisa 2001 Express o modalizadora no discurso de divulga o cient fica In Educa o e Linguagem ano 4 n 5 65 77 Jan Dez HALLIDAY M A K amp HASAN R 1976 Cohesion in English London Longman HOFFMANN Lothar 2004 Conceitos B sicos da Ling stica das Linguagens Especializadas T tulo Original Grundbegriffe der Frachsprachenlinguistik 1988 In Cadernos de Tradu o Porto Alegre n 17 outubro dezembro p 79 90 HUANG C 2005 A met fora no texto cient fico de medicina um estudo terminol gico da linguagem sobre AIDS Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Letras da UFRGS 2005 422p Disserta o de Mestrado HURTADO ALBIR Amparo 2001 La traduci n de textos especializados In HURTADO ALBIR A Traducci n y traductolog a introducci
208. iadoras de Par frase paraphrase introducing expressions in Chemistry academic manuals The aim is to provide support to identify factors that contribute to comprehension difficulties of this kind of text and to measure the role of EAP in such a problem First this research describes the frequency and distribution of EAP in a corpus formed by two General Chemistry academic manuals translated into Portuguese ATKINS 1998 and MAHAN 1987 Afterwards the translation of EAP is discussed by comparing the original text in English to the translated text in Portuguese This research also compares Chemistry manuals to other textual genres by analyzing the presence of EAP aiming to evaluate how much the presence of EAP characterizes a textual genre With such an objective five other corpora are observed These corpora comprise 1 a Chemistry manual originally written in Portuguese 2 academic papers in Chemistry 3 texts of scientific diffusion in Chemistry 4 academic papers in Computer Sciences and 5 general language texts This study comprises theoretical background of Terminology Textual Linguistics Translation Textual Genre and Corpus Linguistics Studies The results show the presence of three Portuguese EAP in Chemistry manuals OU SEJA ISTO and EM OUTRAS PALAVRAS The analysis of the use of EAP showed that they have a polyhedral character which is not exclusive to General Chemistry academic manuals and in some cases it is related to textua
209. iam a realiza o da l ngua sendo usados em toda e em qualquer esfera das in meras atividades humanas Al m disso o enunciado reflete as condi es espec ficas e as finalidades de cada uma dessas esferas n o s por seu conte do tem tico e por seu estilo verbal ou seja pela sele o operada nos recursos da l ngua recurso lexicais 41 fraseol gicos e gramaticais mas tamb m e sobretudo por sua constru o composicional Bakhtin 1997 p 279 Bakhtin 1997 p 280 j mencionava esferas das atividades humanas entendendo as como todos os eventos nos quais o homem participa sendo todos eles relacionados com a l ngua Para esse autor cada uma dessas esferas de atividade desenvolve tipos relativamente est veis de enunciados que passam a ser associados a elas S o esses tipos de enunciado que Bakhtin denominou g neros do discurso Assim se a utiliza o da l ngua se d em forma de enunciados e se cada esfera de atividade elabora tipos consideravelmente est veis deles toda utiliza o da l ngua segundo o autor d se por meio de g neros Para Bakhtin seria imposs vel comunicarmo nos a n o ser por algum g nero Al m disso segundo sua percep o a variedade de g neros segue a l gica espa o tempo sendo os g neros definidos social e historicamente e refletores das caracter sticas da sociedade e da cultura que representam A legitima o de um g nero textual ocorre natu
210. ibilidade de se obter as informa es acima descritas valendo se apenas das propriedades macrosc picas observ veis da mat ria sem se fazer quaisquer suposi es acerca da estrutura molecular da mat ria transforma a termodin mica num poderoso instrumento nas m os dos qu micos tanto em fun o da sua generalidade quanto de sua confiabilidade O racioc nio termodin mico se baseia em tr s leis Duas delas s o do conhecimento de todos A energia do universo constante A entropia do universo est aumentando Estas leis n o foram deduzidas Elas sintetizam duas propriedades universais que foram inferidas a partir das observa es experimentais relativas ao comportamento da mat ria Sua generalidade tem sido demonstrada com frequ ncia e acreditamos que as conclus es fundamentadas nas leis termodin micas se mantenham v lidas para quaisquer experimentos que venham a ser realizados Devemos antes de utilizar as leis da termodin mica conhecer o que s o energia e entropia como s o medidos e como est o relacionados s outras propriedades da mat ria Se o requisito acima for satisfeito seremos capazes de mostrar como uma s rie de propriedades que consider vamos at ent o independentes por exemplo fatos emp ricos podem ser deduzidas a partir das leis mais fundamentais da termodin mica Seremos capazes por exemplo de provar que a rea o geral entre reagentes ideais f rmula dever ocorrer at que o quociente
211. ible arrangements of atoms called allotropic forms only one form can be chosen as its standard state This is generally the most stable form at 25 C and 1 atm L2 Assim o H f para o Br2 e o I2 gasosos ser o iguais aos calores de vaporiza o e sublima o respectivamente a 250C No caso de compostos que apresentam v rias formas alotr picas OU SEJA compostos que possuem duas ou mais estruturas cristalinas nas quais o arranjo tridimensional das mol culas no s lido s o diferentes somente uma delas pode ser tomada como sendo seu estado padr o Geralmente esta a forma mais est vel a 25 C e l atm Percebemos que a frase em negrito em que h presen a de EAP n o est presente no texto original O tradutor resolveu dar um ajuda ao leitor e ampliou a informa o do texto original incluindo uma EAP H tamb m exemplos de inclus es que s o ben ficas para o texto Abaixo trazemos um exemplo de inclus o de EAP que foi ben fica 84 Esse resultado que assinala inser o de palavras no texto vem ao encontro do estudo de Baker 1993 A autora afirma que h uma tend ncia do texto traduzido ser maior do que o texto original Um dos elementos que permite a concretiza o dessa tend ncia a inclus o de EAP O uso de recursos para tornar mais clara uma informa o do texto original apontado pela autora como uma caracter stica do comportamento tradut rio 168 Contexto II Inclus o de EAP no texto tradu
212. icialmente se julgava Consequentemente os termos sofrem os efeitos de todos os mecanismos sintagm ticos e paradigm ticos das cadeias discursivas que d o suporte comunica o especializada p 106 Grifo meu Isso significa dizer que a varia o a sinon mia a polissemia s o fatores pr prios da l ngua natural e tamb m seriam inerentes linguagem t cnica Reconhecer tais fen menos como inerentes linguagem t cnica n o implica segundo a Escola Canadense em uma postura de que cada um fala o que quer Entende se que h a necessidade de normatizar a fim de tentar estabelecer uma comunica o mais un voca Entretanto reconhece se que a varia o tamb m importante porque natural e principalmente porque n o h como ser deixada de lado em um trabalho descritivo Assim h uma norma mas apesar dessa norma reconhece se que h outras formas de se dizer Ainda nos anos 90 os estudos de Terminologia trazem uma outra perspectiva mais aberta igualmente descritiva Essa perspectiva inaugurada por Maria Teresa Cabr e seus colegas atrav s da Teoria Comunicativa da Terminologia TCT A TCT n o um modelo te rico acabado que possa ser aplicado para analisar e descrever uma determinada caracter stica da linguagem especializada sim uma perspectiva de acordo com a qual pode se estudar a linguagem especializada Nela se reconhece que a linguagem t cnico cient fica tem caracter sticas como polissemia si
213. ico tem ido al m da condi o de ferramenta did tica Tem sido reconhecido como um produto comercial que tem portanto uma inten o de lucro no seu fabrico op cit Essa inten o de lucro poderia levar a uma necessidade de produ o que poderia focalizar mais quantidade em detrimento da qualidade Isso poderia segundo Logu rcio et al 2002 implicar em livros mal produzidos inclusive mal traduzidos quando esse for o caso ou at mal revisados Por ser um produto antes de chegar ao p blico alvo o livro did tico passa pela sele o da editora dos governos dos professores o que faria segundo esses autores com que esse material se distanciasse do contexto escolar Assim a maneira como esses livros est o organizados e a influ ncia que exercem em sala de aula s o parte de uma intrincada rede de rela es entre interesses sociais pol ticos e econ micos produzidos na cultura Logu rcio et al 2002 p 185 Em termos de lucro financeiro os autores ressaltam ainda que parece ser mais f cil e mais lucrativo manter um livro com poucas revis es e reedi es no mercado do que investir na produ o de materiais melhores e mais atualizados Talvez seja um dos motivos para haver livros did ticos desatualizados venda 47 Em uma pesquisa ling stica n o s o aspecto mercandol gico do livro did tico de Qu mica que merece ser destacado Passemos agora a linguagem O estudo de Logu rcio et
214. ido a isso uma das cr ticas mais contundentes a esses trabalhos era que n o eram confi veis uma vez que se fazia o reconhecimento manual de corpora enormes Esse reconhecimento geralmente era bastante heterog neo Com a inven o do computador foi poss vel contrapor essa cr tica visto que um computador poderia processar grandes corpora e grandes quantidades de dados com uma margem m nima de erro Assim nos anos de 1960 os computadores mainframe passaram a equipar centros de pesquisa universit rios e foram aproveitados para a pesquisa em linguagem A populariza o dos computadores possibilitou o acesso de mais pesquisadores ao processamento de linguagem natural enquanto a sofistica o do equipamento permitiu a consecu o de tarefas mais complexas de forma mais eficiente j que a capacidade de armazenamento e a introdu o de novas m dias fitas magn ticas em vez de cart es hollerith 46 O corpus de Thorndike possu a 18 milh es de palavras Berber Sardinha 2004 79 perfurados etc facilitaram a cria o e manuten o de corpora em maior n mero Berber Sardinha 2004 p 4 5 O surgimento do computador tem possibilitado a populariza o tanto de corpora quanto de ferramentas que processem tais corpora Al m disso com o avan o da tecnologia tem surgido computadores com cada vez mais capacidade o que permite o armazenamento de corpora cada vez maiores e de ferramentas cada vez mais sofisticadas E
215. ient fico Atrav s do uso de uma terminologia poss vel segundo Kocourek 1991 p 74 5 perceber a dinamicidade de uma rea de conhecimento uma vez que o avan o ou a estabiliza o dessa reflete se na terminologia empregada nos textos Indo al m o autor menciona que os termos n o s o somente elementos do sistema mas ocorr ncias do texto t cnico cient fico e que o n vel terminol gico de um texto tamb m pode definir sua intelectualidade e seu grau de particularidade Sendo assim segundo entende a presen a de uma terminologia pr pria de uma rea de conhecimento um dos fatores que identifica o texto t cnico cient fico como tal Lothar Hoffmann 1987 apud Finatto 2004 por sua vez j defendia a id ia de que os textos t cnico cient ficos s o objetos lingii stico comunicativos fundamentais e complexos poca de 1987 o autor indicava que a presen a de termos um dentre tantos elementos presentes no universo textual t cnico cient fico Citando Hoffman 1998 Barros 2006 menciona que o autor j propunha uma classifica o do texto t cnico cient fico baseada em dois eixos um eixo horizontal que corresponde a diferentes reas cient ficas ou t cnicas e um eixo vertical que corresponde densidade terminol gica de um texto o que indicaria textos mais ou menos especializados 35 No entanto seria adotar uma vis o reducionista dizer que um texto t cnico cient fico se caracteriza apenas p
216. iferen as de l nguas em alguns aspectos bem pontuais que caracterizam um comportamento ling stico peculiar Por exemplo quando o tradutor um profissional da mesma rea de conhecimento do manual did tico que est sendo traduzido h possibilidades de maior ou menor interfer ncia no texto uma vez que o tradutor entendendo que determinado conte do n o est suficientemente claro poderia ent o vir a incluir informa es Por outro lado ao achar que determinadas informa es n o s o relevantes poderia vir a resumi las ou retir las do texto Esse tipo de tradutor normalmente um profissional de grande reconhecimento na rea A sua autoridade na rea falar mais alto do que o seu papel de tradutor ao ponto de essa autoridade permitir que tome determinadas decis es que talvez venham a interferir no texto ou n o 30 rea de Educa o Qu mica do Instituto de Qu mica da UFRGS realizou uma pesquisa para saber quais os manuais acad micos de Qu mica Geral mais indicados pelos professores em sala de aula e quais os mais retirados pelos alunos na biblioteca A pesquisa apontou cinco obras Todas elas eram fruto de tradu o 31 Texto traduzido a soma de duas enuncia es a do autor e a do tradutor Na pr xima se o abordaremos mais esse tema 2 Isso realmente acontece Em um estudo contrastivo sobre as condi es de tradu o de manuais acad micos de Qu mica em portugu s e seus respectivos origin
217. iferentes verbos Ficou claro por exemplo que rea es qu micas na maioria das vezes est acompanhada do verbo ocorrer A princ pio essa informa o pode parecer simples No entanto para um tradutor muito importante saber que rea es qu micas ocorrem e n o acontecem por exemplo Saber o verbo correto a ser utilizado ap s rea es qu mica evita ru dos no texto traduzido e torna o texto adequado a um modus dicendi 11 profissional da rea se identificar com o texto produzido O leitor da tradu o n o estranhar o que l Tagnin e Guimar es 2004 mostram que a Ling stica de Corpus tem exercido um papel incontest vel na evolu o dos estudos tradutol gicos e terminol gicos por insistir na no o de linguagem enquanto objeto de pesquisa cujos fen menos s podem ser observados em textos aut nticos produzidos naturalmente sejam eles escritos ou falados p 315 A Ling stica de Corpus tem muito a contribuir para os estudos de Terminologia e de Tradu o Tanto que Baker 1995 apud Tagnin e Guimar es 2004 menciona que a terminologia baseada em corpus atualmente n o a exce o mas sim a regra p 316 Os estudos de Tradu o com o apoio da LdC t m aumentado e t m se tornado um rea de pesquisa representativa principalmente em estudos que procuram fazer an lises comparativas de padr es entre duas l nguas Estudos de pros dia sem ntica t m merecido destaque e t
218. ilustrar essa dificuldade trazemos abaixo cinco exemplos Neles percebemos que as express es OU SEJA e ISTO parecem ter uma outra fun o n o parecem estar introduzindo uma par frase 127 Contexto I manual B Assim despenderemos a maior parte deste cap tulo no estudo de equil brios cido base No terceiro n vel trataremos de sistemas que apresentam v rios equil brios simult neos ou seja cidos polipr ticos fracos forma o de complexos met licos i nicos e sais pouco sol veis A habilidade de resolver problemas envolvendo equil brios o resultado da compreens o dos princ pios f sicos e de uma intui o que somente pode ser adquirida com a experi ncia Contexto II manual A Suponha que mol de H20 congele no sistema e que o sistema esteja press o constante A varia o de entalpia da amostra sistema 6 0 kJ ou seja 6 0 kJ de calor fluem do sistema para as vizinhan as e podemos escrever gviz 6 0 kJ Em geral se a varia o de entalpia do sistema AH ent o para o calor transferido press o constante qviz AH Contexto II manual A O enfoque de Lewis tamb m falha na descri o do composto diborano B H um g s incolor que em contato com o ar se inflama O problema que o diborano tem somente 12 el trons de val ncia 3 de cada tomo de B e l de cada tomo de H mas para uma estrutura de Lewis seriam necess rias 7 liga es ou seja 14 el trons para ligar os 8 to
219. imento comum que para ser representativo um corpus teria de representar 20 do total de tokens de um universo maior No nosso caso esse universo 6l Nossos objetivos futuros incluem aumentar o nosso corpus de estudo para torn lo mais representativo Esse aumento significa ter como o corpus todos os textos dos manuais A e C em portugu s e seus textos originais em um corpus alinhado 92 Tokens o n mero de itens de um texto Types o n mero de formas diferentes Berber Sardinha 2004 p 94 Por exemplo na frase A janela daquela casa uma janela de madeira eu tenho 9 tokens A 1 janela 2 104 maior seria o total de tokens do manual acad mico did tico de Qu mica Geral como um todo O corpus de estudo teria que representar 20 do total geral de tokens de cada manual Como n o t nhamos esse total geral de cada manual manual A e B fizemos uma proje o estat stica A m dia de tokens dos cap tulos que observamos no manual A de 26 435 tokens Sendo que a obra tem 19 cap tulos isto nos d uma dimens o aproximada de cerca de 502 mil tokens no todo Uma amostra de 20 do universo total do manual A seria em torno de 100 mil tokens A dimens o do corpus do manual A de 105 742 tokens o que nos coloca dentro de um par metro de representatividade estat stica A mesma proje o estat stica se aplica ao manual B a m dia de tokens nos cap tulos do manual B de 20 035 tokens Visto que a obra tem 20 cap tulos no tot
220. ipo de texto o mesmo sentido pode ser expresso por um termo x o que mostra que a terminologia tem faces diferentes dependentes do tipo de texto Para a Escola Textualista o objetivo prim rio fazer um reconhecimento de como a linguagem t cnica se apresenta em uma determinada rea atrav s de estudos pontuais como de observa es de adv rbios adjetivos conectores palavras chave etc Em um primeiro momento o foco n o a produ o de gloss rios pois o gloss rio encarado como uma consegii ncia do reconhecimento da linguagem Um gloss rio de base textualista mostrar AEE 660 99 que uma palavra x funciona em um contexto y mas tamb m pode aparecer em um 1 e funcionar de forma diferente contexto y Portanto a pesquisa terminol gica guiada por princ pios textualistas tentar mostrar a estrutura textual e o modus dicendi de uma determinada rea de conhecimento considerando al m dos termos outros elementos que podem funcionar como mecanismos coesivos Conforme resume Finatto 2007 Primeiro h um todo de texto depois um modo de dizer que o faz espec fico Nessa perspectiva a dimens o do um vocabul rio mais ou menos marcado apenas mais um dos v rios integrantes de um modo de dizer macro e microestruturas tipos de frases adjetiva o fraseologias padr es ret ricos adverbializa o combinat rias e outras tantas caracter sticas s o tamb m foco de aten o al m da
221. ir para atrav s da observa o do manual acad mico did tico de Qu mica Geral uma melhor compreens o sobre os modos como o conhecimento qu mico tem sido representado atrav s da l ngua em uso 98 3 DOS OBJETOS DE AN LISE E DE SUA SELE O 3 1 Nosso objeto de estudo Entendemos que antes de tratar do manual acad mico did tico de Qu mica Geral nosso objeto de estudo aqui preciso justificar o motivo que nos levou a escolher a Qu mica Geral e n o a F sico Qu mica a Bioqu mica ou outra rea qualquer preciso tamb m justificar a sele o do g nero textual pois poder amos ter escolhido o paper o relat rio a nota t cnica dentre outros Ap s essas justificativas descreveremos algumas caracter sticas gerais da macro e da microestrutura do nosso objeto Uma pesquisa da AEQ Silva Eichler Del Pino 2003 do Instituto de Qu mica da UFRGS abordou as percep es dos professores de Qu mica Geral sobre a sele o e a organiza o conceitual da sua disciplina Esse estudo mostrou que essa a primeira disciplina oferecida aos alunos que ingressam em um curso de Qu mica em qualquer universidade Como o nome parece indicar tem um car ter mais abrangente Qu mica Geral n o inclui assuntos da Qu mica de uma forma espec fica O objetivo dar conta de um conjunto de assuntos que abrange muitos dos aspectos da Qu mica ainda que superficialmente Silva Fichler Del Pino 2003 A
222. isa ser bem utilizada para que um determinado conhecimento venha a ser constru do No caso da Qu mica n o de hoje que parece haver uma associa o dos textos dos manuais acad micos did ticos com uma imagem de dificuldade de compreens o de leitura N o s o raras as reclama es e indigna es entre alunos quanto aos textos dos livros de estudo Dif ceis de ler e entender tornam muitas vezes necess rias v rias retomadas de uma mesma senten a ou de um mesmo par grafo para se chegar compreens o At mesmo as editoras de alguns manuais reconhecem que h reclama es constantes com rela o a esse tipo de material sobretudo em casos de tradu es Ali s os alunos que dominam o idioma do texto original chegam a preferir a leitura do texto original uma vez que a leitura do original mesmo que possa parecer um pouco mais dif cil devido pouca compet ncia que o aluno talvez tenha em l ngua estrangeira seria ainda assim mais fluente Mas em meio a isso os que n o t m compet ncia para ler no idioma do texto original se deparam com um problema tentar entender da melhor forma o texto que t m em m os Assim apreender um determinado conceito qu mico que por si s j complexo devido complexidade inerente ci ncia pode em alguns casos parecer bem mais trabalhoso devido inadequa o da linguagem utilizada O fato de a linguagem n o ser clara o suficiente para que o leitor aluno possa
223. isto em outras palavras ou melhor quer dizer dito de outra maneira melhor dizendo encontramos a presen a de tr s EAP S o elas ou seja isto e em outras palavras Foram encontradas 110 EAP sendo 55 ou seja 37 isto e 18 em outras palavras Essas 110 EAP representam 0 05 do total de palavras do corpus 185 887 tokens 2 A presen a de EAP um fator diferenciador do g nero manual acad mico de Qu mica Geral traduzido frente a outros g neros textuais Sim Pelo que foi poss vel observar a EAP um fator diferenciador de g neros textuais O contraste entre corpus de estudo e corpora de contraste evidenciou que diferentes g neros textuais t m presen a diferenciada de EAP O manual acad mico de Qu mica originalmente escrito em portugu s emprega bem mais EAP do que o manual acad mico de Qu mica Geral traduzido O texto de populariza o de ci ncias da revista SuperInteressante por sua vez traz menos EAP do que o manual acad mico did tico originalmente escrito em portugu s e mais do que o manual de Qu mica Geral traduzido Al m disso vimos que h uma maior presen a de EAP entre um texto originalmente escrito em portugu s e um traduzido do Ingl s Em s ntese esses resultados revelam que diferentes g neros textuais fazem uso diferenciado de EAP sendo essa um fator que distingue e ao mesmo tempo os caracterizam como g neros 3 A EAP estaria desempenhando uma outra fun o que n o a de ser uma
224. item identificar um manual acad mico did tico A concep o de g nero textual de Swales mostra se como uma boa op o para o nosso trabalho tamb m e principalmente porque o autor direciona seu olhar para a escrita acad mica fazendo dessa o seu t pico de pesquisa O recorte feito por n s neste estudo tamb m focaliza uma forma de escrita acad mica o texto did tico cient fico de Qu mica Dessa forma as concep es de Swales guiam direcionam e acrescentam se ao nosso estudo N o adotaremos diretamente a concep o de Bakhtin No entanto reconhecemos que os estudos desse autor s o um ponto de partida fundante para muitas pesquisas inclusive as de Swales Nossa escolha por Swales deve se a alguns fatores Em Bakhtin a no o de g nero textual pode ser associada a uma id ia de Assim o estabelecimento de um g nero textual passaria a implicar uma rela o coercitiva Aqueles que 89 legitimam um modelo de texto uma pessoa ou um grupo de pessoas podem associar se a um grupo de poder Os escritos de Bakhtin inseridos na filosofia da linguagem estabelecem o estudo de g neros textuais como uma via para um estudo social ideol gico Afastamo nos dessas concep es medida que reconhecemos um melhor enquadramento das id ias de Swales em rela o aos nossos objetivos de estudo Entretanto Swales tamb m mostra que h um algu m que legitima um texto uma comunidade discursiva que estabelece conven es e pad
225. itimos que fazemos aqui uma simplifica o te rica do grande quadro da Ling stica Textual Os trabalhos de Barros possuem uma afinidade te rica com os estudos da Ling stica Textual No entanto sabemos que seus estudos n o podem ser enquadrados na Ling stica Textual tal como os trabalhos de De Beaugrande e Dressler Halliday e Hasan eVan Dijk 25 Na etapa seguinte revisamos trabalhos de autores que abordaram o texto t cnico cient fico traduzido Costa 2005 e reflex es que contrap em as percep es da tradu o como produto e como processo Mittmann 2003 Uma revis o dos estudos de Terminologia tamb m integra esta Revis o da Literatura W ster 1998 Auger 1993 Cabr 2001 Afinal um estudo de Terminologia tamb m envolve um estudo do texto t cnico cient fico Krieger amp Finatto 2004 Hoffmann 2004 A seguir trazemos uma revis o sobre nosso t pico de estudo as EAP com trabalhos que j abordaram o tema Bach 2002 Oliveira 2001 e vinculamos o estudo de EAP aos estudos de Terminologia Por fim trazemos uma revis o sobre os estudos da Ling stica de Corpus representados aqui pelos trabalhos de Biber 1998 e Berber Sardinha 2000 e 2004 1 1 Ling stica Textual Enquanto falantes nativos de uma l ngua conseguimos intuitivamente identificar diferentes tipos de texto Considerando texto de uma forma bem ampla como um enunciado qualquer oral ou escrito longo ou breve antigo ou modern
226. iveira e o fato de o corpus utilizado neste trabalho ser composto de textos did ticos parece que as EAP podem ter uma fun o importante e peculiar al m de contribuir para uma boa compreens o do texto guiando o leitor Conforme entendemos um estudo de EAP em um texto cient fico tamb m um estudo terminol gico embora alguns possam estranhar essa afirma o A Terminologia de car ter textualista vis o adotada por n s nesta pesquisa reconhece que o termo n o o nico 84 foco da Terminologia H elementos que caracterizam textos que circundam termos e que por isso merecem um estudo individualizado Atrav s da Ling stica de Corpus acreditamos ser poss vel confirmar ou n o alguns pressupostos ou alguns questionamentos sobre o uso de EAP Al m disso poss vel observar n o s o uso mas a fun o real da EAP em determinados textos O uso do computador tem permitido a observa o de contextos de todas as ocorr ncias de EAP em um corpus Isso torna poss vel n o s o reconhecimento da quantidade car ter quantitativo de EAP presente em um texto mas como a EAP utilizada car ter qualitativo Permite se observar n o s o que uma EAP mas como uma EAP est funcionando em um determinado texto e o que isso significa dentro desse texto Uma pondera o mais detalhada sobre resultados quantitativos e sobre os contextos de uso das EAP pode ajudar a depreender padr es de uso e depreender se a escolha d
227. ixo mostram essa troca de rela o Contexto 1 SO x OU SEJA L1 At low temperatures the molecules of a gas can occupy only a few of the energy levels so W is small and the entropy is low As the temperature is raised the molecules have access to larger numbers of energy levels Fig 7 9 so W rises and the entropy increases too We could say that the density of states increases L2 A baixas temperaturas as mol culas de um g s ocupam somente uns poucos n veis de energia ent o W pequeno e a entropia baixa medida que a temperatura aumenta as mol culas t m acesso a um n mero maior de n veis de energia Fig 7 9 ou seja W cresce e a entropia cresce tamb m Poder amos dizer que a densidade de estados cresce No contexto acima em L1 temos duas vezes o conector SO Na primeira vez em que aparece em azul SO foi traduzido por ENT O Na segunda vez em que aparece em vermelho SO traduzido por OU SEJA Se observarmos as duas frases em L1 veremos que h entre elas uma mesma rela o de consegii ncia uma coisa s ocorre por causa de outra Na primeira frase em L1 W s pequeno e a ENTROPIA s baixa porque baixas temperaturas as mol culas de um g s ocupam poucos n veis de energia Na segunda frase em L1 temos que o crescimento de W e da ENTROPIA s ocorre porque a temperatura aumenta e as mol culas t m acesso a um maior n mero de n veis de energia No contexto em L2 essa rela o de
228. l gico baseado nas necessidades e na sufici ncia dos conceitos relacionados a tais descri es e explica es Lopes Kr ger e Del Pino 2000 Essa dificuldade um fator que naturalmente se reflete na linguagem utilizada Um outro fator influenciou nossa escolha pelo manual acad mico did tico de Qu mica Geral h muitos estudos sobre livros did ticos de ci ncias utilizados como recurso para ensino no n vel m dio e fundamental No entanto h poucos trabalhos sobre o material did tico do ensino superior o qual tamb m um recurso utilizado para auxiliar a forma o de futuros professores e profissionais qu micos Se por um lado h poucos estudos sobre esse tipo de material por outro h constantes reclama es sobre esses textos Assim o manual acad mico did tico de Qu mica justifica e merece um estudo aprofundado tanto para contribuir com a literatura cr tica sobre este tipo de material quanto para trazer algumas luzes sobre as alegadas dificuldades de compreens o de leitura dos textos nesses manuais Em que pesem as nossas escolhas importante tamb m caracterizar ainda que preliminarmente o nosso objeto Os manuais acad micos did ticos possuem algumas caracter sticas macro e microestruturais que em tese nos permitem reconhec los No n vel macroestrutural esses manuais na sua grande maioria livros traduzidos s o livros grandes e pesados t m entre 600 e 900 p ginas Alguns chegam a
229. l s n o poderia utilizar impressive como um equivalente para impressionante No entanto muitos tradutores ing nuos 78 podem cair nessa armadilha e gerar tradu es com ru dos de comunica o ou at mesmo inadequadas Estudos em Terminologia e em Tradu o com a parceria da LdC t m ampliado seus focos de interesse Com a lente de aumento resultado da observa o extensiva revelam se dados at ent o n o notados 1 6 3 Lingii stica de Corpus e ferramentas para reconhecimento da linguagem Dito de uma forma bem simples quase ing nua a LdC uma rea de pesquisa que lida com corpora computadorizados A no o de corpus n o algo novo Segundo Berber Sardinha 2004 muito antes do surgimento do computador j havia diversos corpora Entre eles o autor cita o Corpus Helen stico definido por Alexandre o Grande na Gr cia e corpora de cita es da B blia Al m disso muitos estudos que objetivavam descrever a linguagem foram desenvolvidos durante o s culo XX sem a ajuda de computadores Berber Sardinha cita duas diferen as fundamentais entre os estudos de corpora atuais e os mais antigos A primeira obviamente que os corpora n o eram eletr nicos ou seja eram coletados mantidos e analisados manualmente A segunda que a nfase desses trabalhos era em geral o ensino de l nguas p 3 Durante muito tempo pesquisas baseadas em grandes corpora foram feitas sem a ajuda do computador Dev
230. l cohesion and coherence issues The aim is not to carry out an exhaustive study of Chemistry language and text but to provide a means of gaining a better understanding of reading comprehension difficulties of a didactical material largely used by academic students of Chemistry LISTA DE QUADROS E TABELAS Desenho 1 Representa o do movimento de EAP Desenho 2 Representa o da heterogeneidade do manual acad mico de Qu mica Quadro I Dimens o do Corpus em portugu s Quadro II Dimens o do Corpus em ingl s Quadro III Corpora de Contraste CC e suas Dimens es Quadro IV EAP no corpus de estudo em portugu s Frequ ncia absoluta Quadro IVa EAP no corpus de estudo em portugu s Fregii ncia relativa Quadro V EAP no manual A Frequ ncia absoluta e frequ ncia relativa Quadro VI EAP no manual B Freqii ncia absoluta e freqii ncia relativa Quadro VII EAP no corpus de estudo manual A B Quadro VIII Total Bruto de cada EAP no corpus de estudo Quadro IX Probabilidade de Ocorr ncia das EAP encontradas no manual A Quadro X Probabilidade de Ocorr ncia das EAP encontradas no manual B Quadro XI Frequ ncia esperada das EAP encontradas no manual A Quadro XII Fregii ncia esperada das EAP encontradas no manual B Quadro XIII C lculo Desvio no manual A Quadro XIV C lculo Desvio no manual B Gr fico 1 Frequ ncia Absoluta Quantidade de EAP por temas estudados Corpus de estudo Quadro XV Ranking das EAP por tema com bas
231. le entender o que constitui e como funciona um determinado g nero textual o primeiro passo para desenvolvermos uma compet ncia 42 comunicativa nesse g nero textual Sua abordagem assim bastante associada s quest es de ensino de produ o textual e ensino de l nguas para prop sitos espec ficos Esse autor procurou mostrar que a an lise de g neros seria uma forma de estudar o discurso escrito e falado para fins aplicados e que al m disso uma abordagem centrada no estudo do g nero ofereceria um caminho pr tico para entender e ensinar a compet ncia comunicativa acad mica Para tanto desenvolveu e empregou tr s conceitos comunidade discursiva g nero e atividades de aprendizado da linguagem Desses tr s daremos nfase aqui a apenas dois comunidade discursiva e g nero Para apreender o conceito de g nero proposto por Swales preciso primeiro retomar o que o autor entende por comunidades discursivas Swales define que comunidades discursivas s o redes s cio ret ricas que se formam a fim de atuar em favor de um conjunto de objetivos comuns Uma das caracter sticas que os membros estabelecidos dessas comunidades possuem a familiaridade com g neros particulares que s o usados nas causas comunicativas desse conjunto de objetivos Em conseq ncia g neros s o propriedades de comunidades discursivas o que quer dizer que g neros pertencem a comunidades discursivas n o a indiv duos a ou
232. lidade do sal original decresce e ele precipita Fig 11 17 Podemos concluir que a adi o de mais ons hidr xido gua deveria precipitar mais ons dos metais pesados A diminui o da solubilidade causada pela presen a de um on comum chamada de efeito on comum CONTEXTO 4 L1 Calculate the value of OH required for each salt to recipitate by writing the expression for Ksp for each salt and then use the data provided to determine OH The values of Ksp are found in Table 11 5 SOLUTION For Ca OH z Ksp 5 5 X 10 6 Ca2 0OH f Therefore formula In other words a hydroxide ion concentration of 0 023 mol L 1 is required for calcium hydroxide to precipitate For Mg OHh Ksp 1 1 X 10 11 Mg2 0H 2 L2 Calcule o valor de OH requerido para cada sal precipitar escrevendo a express o para Kps para cada sal e ent o use os dados fornecidos para determinar OH Os valores de Kps est o na Tabela 11 5 SOLU O Para Ca OH 2 Kps 5 5 x 10 6 Ca2 0H 2 Com isso f rmula Em outras palavras uma concentra o de 0 023 mol L 1 de on hidr xido necess ria para que o hidr xido de c lcio precipite Para Mg OH 2 Kps 1 1 x 10 11 Mg2 0H 2 CONTEXTO 5 L1 This chapter shows how to apply the same ideas to chemical changes It also shows how to discuss equilibria quantitatively which puts enormous power into our hands the power to control the direction of a reaction and the yield of products
233. lus o Por exemplo das 12 EAP OU SEJA encontradas no manual A 8 s o tradu o do conector SO e 1 tradu o de THEREFORE Conforme observamos em alguns contextos traduzir um conector de conclus o por uma EAP faz com que essa EAP introduza uma id ia de conclus o que est presente no texto original e n o um redizer como o leitor aluno esperaria ao encontrar uma EAP Essa troca de fun o da EAP de introdutor de redizer para introdutor de conclus o causa problemas de encadeamento parafr stico 178 CONCLUS ES Os resultados deste trabalho confirmam o qu o produtiva pode ser uma investiga o sobre EAP com suporte informatizado adotando se uma metodologia estat stico lexical Esse t pico de investiga o pode beneficiar tanto os estudos do texto quanto os estudos de Terminologia de Tradu o e de Lingii stica de Corpus Os dados obtidos permitem a identificar um car ter poli drico das EAP utilizadas no corpus de estudo b observar atrav s do contraste corpus de estudo x corpora de contraste que esses elementos n o s o um tra o de identidade exclusivo do manual acad mico traduzido de Qu mica Geral e c dar mais um passo para melhor apreender a linguagem qu mica utilizada nos manuais acad micos traduzidos e para melhor perceber as reclama es sobre compreens o do texto dessas obras Analisemos os indicativos acima um a um a Car ter poli drico das EAP utilizadas no corpus A observa
234. m Letras entre os membros da equipe editorial principal tal como vemos a seguir Quadro XXXIV Equipe de tradu o do Manual A Tradutores Ignez Caracelli Departamento de Qu mica da UFSCar Julio Zukerman Schpector Departamento de Qu mica da UFSCar Robinson L Camillo Departamento de Qu mica da UFSCar Francisco C D Lemos Departamento de Qu mica da UFSCar Regina Helena de Almeida Santos Instituto de Qu mica de S o Carlos USP Maria Teresa do Prado Gambardella Instituto de Qu mica de S o Carlos USP Paulo Celso Isolani Instituto de Qu mica USP 187 Ana Rita de Ara jo Nogueira EMBRAPA Elma Neide V M Carilho EMBRAPA Coordena o de tradu o Ignez Caracelli e Julio Zukerman Schpector Supervis o de Reimpress o Paulo S rgio Santos Diretor do Instituto de Qu mica da USP Revis o Denise Weber Novaczyk Quadro XXXV Equipe de tradu o do Manual B Tradutores Koiti Araki Prof Dr Instituto de Qu mica da USP Denise de Oliveira Silva Prof Dr Instituto de Qu mica da USP Fl vio Massao Matsumoto Pesquisador Dr Instituto de Qu mica USP Coordena o de tradu o Supervis o de Reimpress o Revis o Os tradutores envolvidos s o todos sem exce o qu micos ou profissionais de reas afins Uma verifica o r pida em outros manuais traduzidos como por exemplo os de F sico Qu mica confirma essa tend ncia Parece ser nor
235. m marcador metatextual pois sinaliza uma parada e logo ap s permite que o texto continue de uma forma mais clara 5 Para Bach 2002 a par frase um processo de reinterpreta o textual em que um determinado locutor representa algum elemento anterior de uma outra forma 93 elementos cuja funcionalidade s conseguimos entender dentro de um texto Uma pesquisa terminol gica tal como a nossa guiada por princ pios textualistas tenta mostrar o modus dicendi de uma determinada rea de conhecimento considerando al m dos termos outros elementos que podem funcionar como mecanismos coesivos E convenhamos n o h nada mais distante de um termo de Qu mica do que um OU SEJA As bases te ricas da Terminologia Textual est o mais fundamentadas em uma Ling stica do Texto do que nos princ pios de uma Terminologia de termos stricto sensu Nessa via nos permitimos imaginar que a atividade da Terminologia Textual seja essencialmente uma tarefa de an lise de corpora textuais Assim a Terminologia em que acreditamos e comunicativa e social D aten o ao que se diz quem diz como se diz e para quem se diz e n o desvinculada do texto Suas aplica es s o aplica es textuais e ela deve vir dos textos para melhor retornar a eles e nos textos como um todo produzidos e utilizados por comunidades de especialistas que encontramos grande parte dos conhecimentos compartilhados por essa comunidade Assim pel
236. m por n s como comunidades sejam elas grupos sociais ou acad micos que estabelecem conven es para que seus discursos possam operar e ser entendidos A concep o de Swales de que os g neros nascem a partir das conven es estabelecidas por determinadas comunidades discursivas parece ser a mais adequada para nos auxiliar a melhor entender a natureza do nosso objeto de estudo Acreditamos que o g nero manual acad mico de Qu mica Geral possui padr es determinadas estruturas que s o reiteradas varia es constitutivas e um modo de dizer peculiar os quais s o definidos e modelados por sua comunidade discursiva produtora e receptora de tais textos no caso qu micos Al m disso compartilhamos a cren a de que o manual did tico em foco enquanto g nero um objeto perpassado por diferentes condicionamentos Um desses a condi o de texto traduzido Algumas caracter sticas dos manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos principalmente as microestruturais parecem ser estabelecidas pelo tradutor o que o torna uma jun o entre texto did tico cient fico e traduzido o tradutor que de certa forma estabelece a maneira como os par grafos ser o apresentados na l ngua de chegada de modo que o texto a soma de duas enuncia es a do autor e a do tradutor Em s ntese o manual acad mico did tico cient fico de Qu mica traduzido um texto heterog neo e singular pois uma jun o de texto
237. m rela o ao universo total do corpus de estudo 185 887 tokens 121 Quadro VII EAP no corpus de estudo manual A B Total Bruto Total Total por dez Percentual mil Ou seja 55 0 029 2 958 Isto 37 0 020 1 990 Em outras 18 0 010 0 968 palavras TOTAL 110 0 059 5 916 Considerando o corpus de estudo a cada dez mil palavras h quase 6 EAP Al m disso a EAP que mais aparece no corpus de estudo a OU SEJA a cada dez mil palavras do corpus 2 958 logo ap s ISTO com 1 990 a cada dez mil palavras e por ltimo a EAP EM OUTRAS PALAVRAS que a menos utilizada n o havendo nem 1 EAP a cada dez mil palavras do corpus de estudo Em seguida fizemos testes de confiabilidade para saber a probabilidade de ocorr ncia das EAP no corpus de estudo a fregii ncia esperada das EAP no corpus de estudo e o c lculo de desvio para verificar se t nhamos um corpus equilibrado Para encontrar esses valores foi preciso considerar o Total Bruto de cada EAP em cada um dos manuais do corpus e o Total Bruto de cada EAP no corpus de estudo manual A manual B Partimos assim da tabela Quadro VIII Total Bruto de cada EAP no corpus de estudo Total no Total no Total no Manual A Manual B Corpus de estudo Ouseja 12 43 55 Isto 30 7 37 13 Em outras 5 18 palavras Total geral 55 55 110 122 Probabilidade de ocorr ncia Abaixo as tabel
238. m se mover independentemente um do outro ou seja seus movimentos n o est o correlacionados Por exemplo estes orbitais moleculares permitem que ambos os el trons com spins emparelhados estejam num mesmo tomo na mol cula de H2 CONTEXTO 9 L1 The Hf for gaseous Br2 and I2 correspond to their heats of evaporation or sublimination at 25 C For solids with several possible arrangements of atoms called allotropic forms only one form can be chosen as its standard state This is generally the most stable form at 25 C and l atm L2 Assim o H f para o Br2 e o I2 gasosos ser o iguais aos calores de vaporiza o e sublima o respectivamente a 250C No caso de compostos que apresentam v rias formas alotr picas ou seja compostos que possuem duas ou mais estruturas cristalinas nas quais o 204 arranjo tridimensional das mol culas no s lido s o diferentes somente uma delas pode ser tomada como sendo seu estado padr o Geralmente esta a forma mais est vel a 25 C e 1 atm AMOSTRA DO CORPUS DE ESTUDO a Amostra de parte de um arquivo do manual A lt REFER NCIA BIBLIOGR FICA ATKINS Peter amp Jones Loretta Princ pios de Qu mica questionando a vida moderna e o meio ambiente 1 ed Porto Alegre Artmed 2002 gt lt ANO 2002 gt lt C DIGO DO ARQUIVO AEIP gt lt L NGUA Portugu s gt lt G NERO Manual Did tico gt lt AUTOR Peter Atkins amp Loretta Jones gt lt ASSUNTO Equil brio I nic
239. ma as editoras optarem por contratar tradutores que sejam qu micos pois provavelmente sup em que por dominarem o assunto tenham mais facilidade para traduzir No entanto compet ncia em um assunto espec fico n o implica obrigatoriamente um bom tradutor O bom tradutor o profissional que tem conhecimento sobre a natureza e a t cnica b sica de tradu o sobre o padr o culto da L ngua Portuguesa e sobre o padr o de express o da comunidade cient fica em quest o Ele tamb m domina o idioma estrangeiro a terminologia da rea e capaz de conjugar todos os conhecimentos citados em n veis suficientes homog neos e harm nicos de modo que possa produzir um bom texto No manual A h o nome de um revisor profissional da rea da linguagem No B n o h men o de revisores o que nos leva a questionar se houve realmente uma revis o do texto por parte de um profissional de texto ou de linguagem antes da publica o Dada a import ncia do material desejamos ter havido alguma revis o se n o da tradu o pelo menos do texto final N o defendemos que um qu mico n o possa participar dessa tradu o ou de outras etapas do processo editorial Ao contr rio queremos chamar a aten o para a necessidade de um trabalho conjunto entre o qu mico que foi preparado para privilegiar a parte conceitual e 188 did tica do texto e o profissional da linguagem Esse ao ter estudado a l ngua e as estruturas textuais da re
240. ma diferen a pequena de apenas 0 619 Quando consideramos que o CC4 composto por artigos cient ficos de Inform tica esse resultado nos surpreendeu pois esses textos em tese tendem a ser pouco did tico Al m disso comparando os resultados do CC4 com os resultados do CC2 tamb m composto por artigos cient ficos mas da rea da Qu mica fica claro que o CC4 apresenta quase duas vezes mais EAP do que o CC2 Esse resultado indica que o artigo cient fico de Inform tica retoma elementos de informa o bem mais do que o artigo cient fico de Qu mica Seria de se esperar que os contextos do CC4 e do CC2 fossem parecidos No entanto uma observa o descompromissada dos contextos revela que s o bem diferentes Os contextos no CC4 parecem ser inclusive mais semelhantes com os contextos do CC3 Revista SuperInteressante do que com os contextos do CC2 A seguir trazemos um 82 Embora o corpus de estudo apresenta maior presen a de EAP do que o CC4 a diferen a bem pequena 156 contexto exemplo de cada corpora CC2 artigos de Qu mica CC3 Revista SuperInteressante e CC4 artigos de Inform tica Contexto 1 CC2 Para uma chamin que emite o poluente continuamente a pluma cont nua fuma a que sai da chamin pode ser aproximada como uma superposi o de puffs Isto a pluma vista como resultado da adi o de um n mero infinito de puffs m dios superpostos carregados ao longo de um eixo x pelo ven
241. ma terceira rea de estudos da linguagem entre as que o autor aponta Essa terceira rea bem poderia ser aproximada quelas que tratam a l ngua como um objeto mental ao Quando menciono que os estudos de estrutura s o mais tradicionais refiro me ao fato de serem mais comuns e n o de serem antigos e desatualizados Por outro lado quando menciono estudos de uso refiro me a uma maneira diferente de ver a linguagem Isso n o significa que essa maneira seja a melhor ou a mais recente Acredito que as duas vis es sobre a linguagem se complementam Eu espero que eu v Eu espero ir Eu espero que eu possa ir 2 H que se considerar ainda uma diferen a entre objeto observacional e objeto te rico 712 tal estrutura usada nessa perspectiva de estudos de uso da l ngua que se encontra a Ling stica de Corpus LdC A pesquisa sobre o uso da linguagem pode ser feita atrav s da observa o da linguagem atual em textos naturais Biber 1998 atrav s da coleta de um nico texto ou de um conjunto de textos o que chamado de corpus Segundo Berber Sardinha 2004 citando Sanchez Cantos e Cumbre 1996 p 8 9 uma defini o completa de corpus seria Conjunto de dados ling sticos pertencentes ao uso oral ou escrito da l ngua ou a ambos sistematizados segundo determinados crit rios suficientemente extensos de maneira que sejam representativos do uso ling stico dispostos de tal modo que possam ser processados por
242. man 1998 Manual Ciro MAHAN Bruce M MYERS Rollie J University Chemistry Forth Edition United States of America World Student Series Edition 1987 Desses manuais tanto em portugu s como em ingl s era necess rio selecionar os cap tulos que seriam estudados visto que a totalidade do texto parecia um impedimento em obras com at 1 200 p ginas Os cap tulos selecionados foram apontados pelos professores entrevistados em pesquisa da AEQ Silva Eichler Del Pino 2003 como os temas mais importantes e de maior converg ncia conceitual para o entendimento de Qu mica Geral S o eles Equil brio Qu mico Equil brio I nico Liga o Qu mica e Termodin mica A partir desse corpus selecionamos os manuais com os quais trabalhar amos nesta disserta o Partindo do corpus TextQuim definimos o nosso corpus Decidimos utilizar somente os manuais A e C doravante manuais A e B e seus textos originais doravante manuais A ro manual Bro Assim foi poss vel constituir um corpus de estudo paralelo e alinhado portugu s ingl s de cap tulos de manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral Os cap tulos s o os mesmos j citados O manuais e B em portugu s bem como seus textos originais os manuais A ro Bero em ingl s est o respectivamente descritos abaixo e constituem o corpus de estudo nessa disserta o Em portugu s Manual A ATKINS Peter amp Jones Loretta Princ pios de
243. me guiou pela m o por um caminho firme e seguro em todos os momentos Por me ensinar e al m disso me fazer gostar da pesquisa cient fica e principalmente por me permitir seguir pelos caminhos de que eu gostava Por me ensinar que pesquisa cient fica n o algo frio e impessoal mas que algo que tem que tocar o cora o Pela amizade sempre constante e pelo exemplo de honestidade e humildade em tudo o que faz Obrigada Ao Del Pino querido meu orientador eterno Por me dar a oportunidade de trabalhar na rea de Educa o Qu mica um lugar t o especial e do qual me lembrarei para sempre Por me passar um pouquinho de todo o seu conhecimento Por me mostrar que o verdadeiro valor est em ser simples e humilde Por ser alegre descontra do e ao mesmo tempo firme quando necess rio Aos meus pais que me abriram todas as portas e me proporcionaram todas as oportunidades sadias para que eu pudesse chegar at aqui que me guiaram e permitiram que eu seguisse meu caminho que me deram todas as orienta es seguras para que eu pudesse fazer as escolhas certas Ao meu pai que me ajudou a ver a necessidade de desenvolver sabedoria pr tica A minha m e que me ajudou a ver a praticidade e a alegria constantes da vida Obrigada Ao meu esposo querido M rio que faz toda a diferen a na minha vida Pelo amor incondicional por estar ao meu lado sempre por se interessar e reconhecer meu trabalho e por me incentivar a continu
244. mesmo incluindo esses elementos no texto traduzido onde n o havia no texto original n o apresenta tantas EAP quanto um manual acad mico de Qu mica que foi originalmente escrito em portugu s Um g nero textual n o 85 Caracter sticas macroestruturais diferenciam g neros textuais Por exemplo no cap tulo 3 deste trabalho mostramos algumas caracter sticas macroestruturais do manual acad mico did tico de Qu mica Geral A grande maioria dos manuais segue aquela macroestrutura No entanto essa estrutura n o seguida por um texto de populariza o did tico e isso n o significa que ele n o seja did tico 173 seria ent o o texto did tico Um g nero textual seria o manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral Outro seria o manual acad mico did tico originalmente escrito em portugu s Ambos pertencendo ao macrog nero texto did tico pois embora ambos os textos sejam did ticos h peculiaridades que os distinguem definindo assim um modus dicendi de cada texto uma forma peculiar de dizer as coisas Um outro fator que nos chamou aten o na compara o corpus de estudo x corpora de contraste a compara o entre corpus de estudo x CC2 e CC4 e entre CC2 x CCA Se o texto cient fico segundo Krieger amp Finatto 2004 mesmo o habitat das terminologias deve ter uma densidade terminol gica muito maior em um artigo cient fico do que em um manual acad mico did tico por exemplo Al
245. mica traduzido e seu texto original Esse dado fortalece nossa id ia de que uma EAP al m de ser um recurso did tico tamb m um recurso de tradu o Portanto defendemos que a EAP n o uma peculiaridade exclusiva do manual acad mico de Qu mica traduzido nem do manual acad mico originalmente escrito em portugu s uma vez que ela n o s uma marca identificadora de 181 tradu o mas tamb m constitui um recurso did tico que pode ser utilizado em diferentes textos Ademais o contraste corpus de estudo e corpora de contraste nos permitiu identificar a exist ncia de um macrog nero de textos did ticos e de um modus dicendi que modela a maneira como o conhecimento expresso em diferentes reas No macrog nero de textos did ticos h v rios textos com caracter sticas em comum que permitem que sejam identificados como tal Ao mesmo tempo cada um desses textos tem caracter sticas pr prias que os diferenciam dos outros textos did ticos e que permitem que sejam associados a um determinado g nero did tico Isso ficou claro quando comparamos o manual acad mico did tico de Qu mica traduzido e o originalmente escrito em portugu s Ambos s o textos did ticos e portanto pertencentes ao macrog nero de texto did ticos Mas com rela o s EAP por exemplo h diferen a no seu uso o que caracteriza e diferencia cada texto como um g nero textual espec fico Ao comparar um mesmo g nero textual em diferentes
246. momento fizemos levantamentos quantitativos para observar em que medida esse tipo de conector era utilizado e que tipos de usos havia Utilizando uma sugest o de Koch 2001 p 52 procuramos a presen a de diversas EAP QUERO DIZER MELHOR 3 y s 3 A pesquisa sobre EAP n o pretendeu ser um estudo sobre par frase Ficamos margem dela tomando a EAP apenas como uma ponte coesiva entre um dito e sua reformula o 17 DIZENDO DITO DE OUTRO MODO NOUTROS TERMOS dentre outras Entretanto havia apenas tr s EAP diferentes S o elas OU SEJA ISTO e EM OUTRAS PALAVRAS A observa o dessas tr s express es em contextos revelou segmentos que para um estudante de Letras pareciam um pouco dif ceis de compreender Algumas EAP pareciam desempenhar um outro papel na frase diferente de um conector de reformula o Alguns casos pareciam ser semelhantes a nexos de conclus o ou de finaliza o Em fun o disso e considerando que os manuais acad micos did ticos eram todos traduzidos do ingl s para o portugu s empreendemos um contraponto inicial entre texto original e texto traduzido a fim de tentar perceber a origem desses elementos coesivos cujo comportamento parecia estranho Esse contraponto por motivos de tempo e de um foco amplo n o p de ser muito aprofundado nas minhas atividades de IC No entanto os resultados preliminares j mostravam algumas peculiaridades e diferen as na tradu o das tr s EAP obse
247. mos O diborano um exemplo de um composto deficiente em el trons um composto com muito poucos el trons de val ncia para ser representado por uma estrutura de Lewis v lida Contexto IV manual A Para um sistema completamente isolado como o da Figura 7 14 q O para qualquer processo que ocorra dentro dele Segue da Eq 12 que AS gt O para qualquer um desses processos Isto mostramos que a entropia n o pode diminuir em um sistema isolado Esse outro enunciado da segunda lei da termodin mica Isto nos diz na realidade que como resultado de todos os processos que ocorrem nossa volta a entropia do universo est crescendo continuamente Contexto V manual B Primeiro precisamos obter a equa o diferencial da equa o acima para deduzirmos o crit rio de espontaneidade em fun o de G Assim temos que f rmula Vamos restringir nossa discuss o para as condi es mais comuns em processos qu micos ou seja temperatura e press o constantes Nestas circunst ncias f rmula Mas pela defini o de entropia TdS dgrev portanto f rmula Nos contextos 1 e 5 a EAP parece introduzir um exemplo No contexto 2 temos a impress o de que OU SEJA anuncia uma conclus o ou uma explica o No contexto 3 a EAP parece introduzir uma consegu ncia um resultado do que foi dito anteriormente No contexto 4 nossa impress o era de que a express o ISTO poderia ser substitu da pelo conector assim para que a fr
248. n lise do corpus Apesar de o computador ser um recurso que facilita a observa o da linguagem e em alguns momentos ser mais confi vel do que o olho humano preciso reconhecer que o computador n o substituir a percep o do pesquisador sobre a linguagem Em alguns momentos preciso analisar manualmente o texto observado a fim de complementar o servi o prestado pela m quina O computador fornece informa es quantitativas No entanto uma an lise qualitativa depende da mente do pesquisador 1 7 Os reformuladores textuais Para finalizar a nossa revis o bibliogr fica ap s a retomada de estudos que enfocam o texto seja o texto t cnico o cient fico o did tico ou o traduzido trazemos agora alguns estudos que t m como t pico os reformuladores textuais Esses reformuladores dito de uma forma bem ampla n o deixam de ser um recurso coesivo Reformuladores textuais n o deixam de ser conectores e como o pr prio nome indica em tese est o relacionados com uma reformula o Assim antes de apresentar uma defini o de reformuladores textuais parece ser conveniente saber o que se entende por conector e por reformula o Embora a reformula o n o seja objeto de estudo nesta pesquisa ela est presente e permeia os reformuladores textuais como por exemplo as EAP Assim embora 47 O usu rio n o precisa pagar para utilizar a vers o demonstrativa Mas se ele quiser utilizar a vers o completa do programa s
249. n o dominam a terminologia empregada na rea A densidade terminol gica de um artigo cient fico por outro lado seria tamb m em tese maior do que a encontrada em um manual acad mico pois embora alunos de gradua o tamb m leiam artigos cient ficos o leitor principal desses textos o especialista pesquisador da rea que j domina a terminologia empregada Assim no caso do manual acad mico did tico de se esperar o uso de uma linguagem que ajude o leitor a entender algumas no es b sicas da rea sem uso de ampla terminologia mas ao mesmo tempo n o deixando de utiliz la uma vez que precisa ser introduzida aos poucos didaticamente As caracter sticas de um manual acad mico did tico v o al m do n vel terminol gico No n vel microestrutural por exemplo cada texto teria sua maneira de dizer que poderia ser reconhecida pela observa o de diferentes caracter sticas ling sticas que se mostram peculiares de determinado g nero textual como por exemplo a observa o de determinadas estruturas frasais a observa o de tempos verbais utilizados a observa o de conectores etc A microestrutura do texto pode ser correspondida ao par grafo do texto tomado como unidade A macroestrutura por sua vez tamb m deve exibir alguns padr es que nos permitiriam identificar o texto e diferenci lo de outros Parece haver uma tend ncia de os manuais did ticos estarem em tese divididos em itens como tabelas
250. n a la traductolog a Madrid C tedra 2001 p 59 61 KOCH Ingedore G V 2001 A coes o Textual S o Paulo Contexto KOCOUREK Rostilav 1991 Textes et Termes In Meta vol 36 n l Mars Num ro Sp cial La Termonologie dans le monde orientations et recherches p 71 76 322p KRIEGER M G amp FINATTO M J 2004 Introdu o terminologia teoria e pr tica S o Paulo Contexto KRIEGER M G 1999 Terminologia t cnico cient fica seu papel no mercosul Dispon vel in http www unb br abralin index php id 8 amp boletim 24 Acessado em 18 06 2006 LAVOISIER Antoinelements of Chemistry with a new introduction by Douglas Mckie 15 7 64 Translated from the French Trait l mentaire de Chimie 1789 by Robert Kerr William Creech Edinburg 1790 Ed fac s mile Dover Publications New York 1965 511p inclui anexos de ilustra es LEICIK V M 1993 Peculiarities of term function in texts In Selected Readings in Russian Terminology Research International Network for Terminology Vienna Wien Termnet Internat Network for Terminology LEEMAN Danielle 1973 Les paraphrases Langages Paris Didier Larousse 8 29 43 54 mars LOGUERCIO R Q DEL PINO J C SOUZA D O G 2002 A Educa o e o livro did tico In Educa o Porto Alegre Ano XXV n 48 p 183 193 PUCRS 192 LOPES Alice R C 1992 Livros did ticos obst culos ao aprendizdo da Qu mica Artigo Publicado nos Anais do
251. ncia da EAP no manual A Freq ncia esperada O mesmo c lculo foi realizado para cada EAP no manual B C o c lculo de desvio o teste do desvio permite verificar se o nosso corpus um corpus equilibrado ou n o Esse teste leva em conta o Total Bruto e o resultado obtido no c lculo de Freq ncia esperada O resultado do C lculo de Desvio tem que ser zero 0 ou pr ximo de zero 0 Resultados nessa faixa indicam um corpus equilibrado Abaixo a forma como realizamos o c lculo 115 No manual A Total Bruto da EAP no manual A Fregii ncia Esperada da EAP no manual A Ah C lculo desvio A coleta dos contextos seguiu alguns crit rios Levamos em conta que nosso enfoque textual e que a EAP um conector que permite um movimento de retroa o e progress o no texto Assim nosso contexto n o compreendia somente a frase em que se encontrava a EAP Estabelecemos que todos os nossos contextos deveriam incluir a frase anterior e a frase posterior frase em que estava presente a EAP Isso foi necess rio uma vez que muitas vezes para entendermos a frase em que havia a presen a de EAP era preciso ter a informa o da frase anterior Assim estabelecemos que nossos contextos seriam compostos pela frase em que havia EAP mais a frase anterior e a posterior Ap s a coleta dos dados em portugu s cada um dos contextos foi lido Foi poss vel observar que alguns deles eram dif ceis de entender que algumas das EAP en
252. ncid ncia e a distribui o de EAP em manuais acad micos de Qu mica Geral traduzidos do ingl s para o portugu s O objetivo verificar quantas e quais s o as EAP que aparecem nesse tipo de texto A partir da descri o em portugu s observaremos as condi es de tradu o das EAP atrav s de um contraste entre texto traduzido e texto original Nosso intuito entretanto n o averiguar a qualidade de tradu o desses textos mas mostrar algumas das condi es de tradu o desse tipo de material did tico e o quanto essa tradu o poder interferir sobre o texto em portugu s Al m disso buscamos uma caracteriza o de g nero textual Portanto interessa nos descrever em que medida a presen a maior ou menor de EAP contribuiria para caracterizar o g nero manual acad mico did tico de Qu mica Geral traduzido frente a outros g neros produzidos e utilizados no ensino superior Assim embu da esta disserta o se divide em duas grandes partes A primeira parte procura fazer 1 uma observa o de EAP em manuais acad micos did ticos de portugu s e 2 um contraponto entre o texto traduzido e texto original em ingl s a fim de observar a origem das EAP em portugu s A segunda parte da disserta o oferece um contraste entre manuais did ticos de Qu mica e outros g neros textuais tamb m via observa o da presen a de EAP Descrever a presen a das EAP e suas condi es de tradu o relevante uma vez que
253. ndimento pois o leitor ter de entender que 1 o que est ap s a EAP n o uma reformula o o que exige um conhecimento espec fico da rea e 2 a EAP n o uma EAP mas um conector de conclus o Tudo isso para um leitor que um aluno no in cio de um curso de gradua o adaptando se a um texto novo com um conhecimento e uma linguagem nova poss vel argumentar que n o h par frases perfeitas pois dificilmente dizemos a mesma coisa em outras palavras Sempre haver uma altera o no que se diz Al m disso cabe propor diferentes n veis de similaridade entre um dito e sua reformula o Reconhecendo isso se aceitaria que uma reformula o n o fosse bem uma reformula o mas que pudesse ser uma conclus o um fechamento de um dito anterior Reconhecemos que h diferentes graus de similaridade entre um dito e sua reformula o podendo uma reformula o ser total ou parcial como alguns autores t m proposto No entanto entendemos que a presen a de uma EAP em um texto anuncia uma reformula o e independente de ser total ou parcial reconhecemos a necessidade de haver um n sem ntico que permita ao leitor identificar essa reformula o com um dito anterior Quando isso acontece a EAP tem a fun o de conector de reformula o e de um recurso did tico Um conector como SO n o estabelece esse tipo de rela o Conectores como SO estabelecem outro tipo de rela o no texto a de que uma informa o depende de
254. nexo II em CD ROM Dividiremos esta se o em tr s grandes partes 1 Amostra dos contextos 2 Amostra do corpus de estudo e 3 Amostra dos corpora de contraste No item 1 teremos a Amostra dos contextos em portugu s do manual A b Amostra dos contextos alinhados portugu s ingl s do manual A c Amostra dos contextos em portugu s do manual B e d Amostra dos contextos alinhados portugu s ingl s do manual B Em seguida no item 2 teremos a Amostra de parte de um arquivo do manual A b Amostra de parte de um arquivo alinhado portugu s ingl s do manual A c Amostra de parte de um arquivo do manual B e d Amostra de parte de um arquivo alinhado portugu s ingl s do manual B Por fim no item 3 trazemos uma amostra de parte de um arquivo do a CC1 b CC2 c CC3 e d CC4 Os contextos selecionados para amostragem aqui foram escolhidos aleatoriamente O mesmo ocorreu com a amostra dos corpus de estudo e dos corpora de contraste 195 AMOSTRA DOS CONTEXTOS a Amostra dos contextos em portugu s do manual A 1 A baixas temperaturas as mol culas de um g s ocupam somente uns poucos n veis de energia ent o W pequeno e a entropia baixa medida que a temperatura aumenta as mol culas t m acesso a um n mero maior de n veis de energia Fig 7 9 ou seja W cresce e a entropia cresce tamb m Poder amos dizer que a densidade de estados cresce Os n veis de energia de uma part cula em uma caixa
255. non mia varia o e que n o s o somente os termos os nicos elementos importantes para se descrever a linguagem de uma rea A varia o a polissemia a sinon mia as fraseologias os textos tamb m s o constitutivas das linguagens especializadas Para a TCT com exce o das taxonomias nomes qu micos e bot nicos um termo antes de ser um termo uma palavra da l ngua Dependendo do contexto essa palavra adquirir ou n o o estatuto de termo 68 Segundo Cabr 2001 a Teoria Comunicativa da Terminologia se fundamenta em duas bases Se fundamenta em dos pilares la perspectiva ling stica desde la que se aborda el an lisis de las unidades y el texto como encuadre natural de las unidades especializadas en el marco de la comunicaci n natural La perspectiva ling stica de la que parte concibe el lenguaje como sistema gramatical de significaci n y denominaci n y al mismo tiempo como sistema de cognici n y de comunicaci n anclado en una realidad sociocultural Cabr 2001 p 22 Assim a TCT reconhece los t rminos como unidades singulares y a la vez similares a otras unidades de comunicaci n dentro de um esquema global de representaci n de la realidad admitiendo la variaci n conceptual cognitiva y representativa y denominativa teniendo em cuenta la dimensi n textual y dscursiva de los t rminos p 22 Al m disso para a TCT entre as frases h elementos da l ngua que s se consegu
256. ns Nosso objetivo com o CC 5 contrastar linguagem geral e linguagem did tica cient fica presente no corpus de estudo deste trabalho A seguir apresentamos uma s ntese das dimens es dos cinco corpora de contraste 6t O LAEL encontra se no seguinte site http www pucsp br pos lael 65 Ao nos referirmos a linguagem geral nos referimos linguagem cotidiana n o marcada por uma determinada situa o de comunica o t cnica ou cient fica Quadro III Corpora de Contraste CC e Suas Dimens es 109 Corpus Total de Tokens CC 1 Pilla 53 100 CC 2 Qu mica Nova 427 632 CC 3 SuperInteressante 59 585 CC 4 Possamai 1 287 260 CC 5 Banco de Portugu s 585 560 A pr xima se o deste trabalho apresenta a metodologia constru da para conduzir a nossa investiga o 110 4 METODOLOGIA 4 1 Introdu o A metodologia de observa o de dados e verifica o de hip teses est dividida de modo a tratar 1 De como escolhemos nosso objeto e foco de pesquisa 2 Dos procedimentos para coleta e observa o dos dados e 3 Dos m todos utilizados para fazer as observa es contrastivas 4 2 Escolha do objeto e foco da pesquisa A escolha do nosso objeto de estudo manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos como j mencionamos foi guiada por uma pesquisa realizada pela AEQ que identificou os manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral mais
257. ns o do corpus de estudo poderia ser maior Infelizmente n o tivemos tempo para ampli lo tanto quanto gostar amos Independente da dimens o do corpus percebemos que quando se adentra ao verdadeiro universo de tessituras e de significa es que um texto compreende se o quanto importante n o isolar nem seus constituintes nem seus sujeitos ou a interlocu o instaurada tampouco valores e contextos mais amplos que os delimitados pelo o que est concretamente posto nas palavras do texto Percebemos que importante observar o qu ocorre em um texto mas mais do que isso preciso observar como isso ocorre Acreditamos assim em s ntese que o estudo de um elemento primeira vista singelo merece ser ampliado e al ado categoria de t pico merit rio de investiga o no universo do texto cient fico Nossos resultados sustentam essa posi o H assim muito mais coisas no texto de Qu mica do que a sua terminologia 183 PERSPECTIVAS FUTURAS Entre nossas perspectivas futuras de investiga o est a de dar prosseguimento a estudos sobre EAP Esta disserta o irradia in meras outras quest es sobre essas express es N o foi poss vel abordar todas aqui Por isso j colocamos alguns objetivos futuros que gostar amos de alcan ar de agora em diante A seguir elencamos alguns Primeiro objetivo Este estudo nos revelou tr s tipos de EAP nos manuais de Qu mica em foco OU SEJA ISTO e EM OUTRAS PALAV
258. ns as a link word of consequences The reason have been given The consequence now follows B So is used as a recall signal We may for instance have spent time on a digression irrelevancies or just 160 lenghty argument So then brings us back to the business in hand C It is widely used as an inferential link word From what you have said I infer that D Finally so has a summarising function Em nenhuma dessas acep es percebemos SO como uma EAP mas como um conector de conclus o de consegii ncia ou de finaliza o No Dicion rio Cambridge on line SO tem 8 acep es utilizado nos seguintes casos 1 no sentido de very 2 indicando same way 3 utilizado no come o de ora es para recuperar algo que fora dito anteriormente Exemplo So just to finish what I was saying earlier 4 utilizado como in order that 5 usado como therefore 6 recurso para evitar repetir a frase anterior ou para dar certeza de que o que foi dito correto 7 indicando in this way e 8 como adjetivo indicando tidy Em A grammar of contemporary English as express es SO THEREFORE e HENCE s o colocadas no item 10 27 como conjuncts to introduce a sentence expressing the consequence or result of what was said before p 669 Al m disso uma observa o sobre SO nesse mesmo item menciona Sometimes so seems to have lost all result force and introduces a summing up or even links sentences that a
259. nsamento parafraseando o numa esp cie de atitude did tica mesmo que o texto n o perten a ao dom nio discursivo did tico op cit p 231 Nosso objeto de estudo nesta disserta o s o as express es anunciadoras de par frase Podem ser inclu das entre os conectores de reformula o pois s o elementos ling sticos que teriam a fun o de ajudar o leitor a perceber que um determinado enunciado a reformula o do enunciado anterior ou de parte dele A EAP a ponte que permite a liga o entre um enunciado X e um enunciado Y Para que essa liga o seja poss vel preciso que haja um n sem ntico entre os dois enunciados que permita ao leitor identificar o enunciado Y como uma reformula o do enunciado X A EAP teria assim em tese uma dupla fun o a de retroa o e a de progress o Essa condi o torna a um conector h brido conforme buscamos representar no desenho abaixo Desenho 1 Representa o do movimento de EAP LE iz H retroa o porque se permite que o leitor volte ao enunciado anterior pois a EAP seria um aviso de que o que foi lido ser reformulado H progress o porque se conduz o leitor reformula o seu prosseguimento Como conector de reformula o a EAP equivale a um sinal de alerta no texto quase um conector metatextual que marca para o leitor qual ser o pr ximo passo no caso uma reformula o Levando em conta a observa o de Ol
260. nt fico representado Assim em s ntese h um pr problema para a nossa pesquisa dificuldades de compreens o de leitura que se estendem aos textos dos manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos H relatos esparsos mas constantes de dificuldades de compreens o de leitura dos textos de Qu mica por estudantes do ensino superior Desse problema difuso instaura se uma situa o problema que enseja a nossa pesquisa a car ncia de descri es sistem ticas sobre a configura o estrutural do texto de Qu mica em l ngua portuguesa especialmente do texto da forma o universit ria 20 Objetivos Face ao pr problema e situa o problema antes citados um dos objetivos deste trabalho gerar condi es para um melhor entendimento das origens das dificuldades de compreens o de leitura dos textos did ticos de Qu mica Nossa inten o n o fazer um estudo exaustivo da linguagem qu mica ou do texto mas obter elementos que possam auxiliar para uma melhor apreens o do problema Provavelmente h v rios fatores que determinam dificuldades de compreens o desses textos Dentre uma centena de elementos a considerar entendemos que a descri o das EAP e de suas condi es de tradu o pode desvelar uma das facetas importantes dessa situa o Afinal consider vel a presen a de tradu es no universo dos textos desse g nero consumidos no Brasil Buscando uma tal compreens o descreveremos a i
261. ntada a concentra o do outro decresce para manter um valor constante de Kps a Os c tions rosa e os nions verde em solu o b Quando mais nions s o adicionados junto com seus ons acompanhantes que n o participam os quais n o s o mostrados a concentra o de c tions decresce palavras a solubilidade do composto original reduzida pela presen a de um on comum 11 11 O EFEITO DO ON COMUM s vezes temos que precipitar ons de um sal pouco sol vel Por exemplo ons de metais pesados tais como o chumbo e o merc rio podem ser removidos das guas residuais por precipita o na forma de hidr xidos 8 3 1 O MODELO VSEPR Para podermos explicar os ngulos das liga es e as formas das mol culas necess rio apenas a adi o de um item ao modelo de liga o de Lewis regi es de alta concentra o eletr nica se repelem Em outras palavras el trons ligantes e pares isolados se posicionam ti longe quanto poss vel um do outro para minimizar a repuls o Esta id ia foi primeiramente explorada p los qu micos brit nicos Nevil Sidgwick e Herbert Powell sendo a seguir desenvolvida pelo qu mico canadense Ronald Giilespic 9 Podemos imaginar o aquecimento gerado por uma rea o exot rmica como ajuda para a compensa o do abaixamento da temperatura Similarmente podemos imaginar o calor absorvido em uma rea o endot rmica como sendo uma ajuda para compensar um aumento na temperatura Em outras palav
262. ntestadora 60 l ngua A e organiz los de acordo com a estrutura da l ngua B Al m disso segundo ele embora o tradutor n o tenha como evitar um certo grau de envolvimento com o texto preciso que ele minimize ao m ximo suas interven es Erwin Theodor 1983 apud Mittmann 2000 por outro lado mostra a tradu o como uma transfer ncia do conte do de um texto com os meios pr prios de outra l ngua Sua concep o enfatiza a necessidade de adequa o da mensagem considerando se que o tradutor seja respons vel por transmitir uma mensagem que seja a mais aproximada poss vel do texto original Para Theodor o tradutor precisa ir al m do sentido da mensagem e adequar tamb m as conota es culturais e civilizat rias Paulo R nai 1981 por sua vez entende a tradu o como uma reformula o reformula o de uma mensagem num idioma diferente daquele em que foi concebida Salienta a necessidade de considerar o contexto no sentido de contexto textual o que inclui as palavras as frases os par grafos antecedentes e procedentes que ajudam a evitar a ambigiiidade Fica evidente que esses tr s autores de modo preponderante concebem a tradu o como um produto Tomam como ponto de partida o texto e a l ngua de trabalho do tradutor O tradutor deve se debru ar sobre essas ferramentas para buscar as solu es necess rias J a segunda perspectiva apontada por Mitmann b a perspectiva contestadora Con
263. ntidade de EAP Texto traduzido x texto original MANUAL B Texto original Texto traduzido MANUAL Bro MANUAL B Ou seja 11 43 Isto 7 7 Em outras palavras 4 5 TOTAL 2223 55 Considerando e comparando os dados encontrados no esquema e no quadro vemos e 43 OU SEJA no texto traduzido Os correspondentes encontrados mostram apenas 11 EAP no texto original 3 contextos em que n o h uma EAP mas outro tipo de conector e 29 inclus es de EAP no texto traduzido e 7 ISTO no texto traduzido Os correspondentes mostram 7 EAP no texto original uma equival ncia de 100 e e 5 EM OUTRAS PALAVRAS no texto traduzido Nos correspondentes temos 4 EAP no texto original e 1 inclus o Abaixo selecionamos tamb m aleatoriamente alguns contextos que representam algumas das escolhas de tradu o dos 55 contextos identificados no manual B Contexto 1 Alinhado Manual B L1 If we place two electrons in these orbitals both electrons appear free to move independently hence their motion is not correlated L2 Se colocarmos dois el trons nestes orbitais ambos os el trons podem se mover independentemente um do outro ou seja seus movimentos n o est o correlacionados Contexto 2 Alinhado Manual B L1 The free energy change quantity is positive because this reaction is spontaneous from right to left and not from left to right as written As the temperature increases DG decreases in value if DH and DS did not chan
264. ntribui o para a energia interna Contexto 2 Alinhado Manual A L1 For instance we saw in Section 6 7 that the maximum expansion work is achieved if the expansion is carried out reversibly by matching the externali pressure to the pressure of the system at every stage That relation is always true a process produces maximum work if it takes place reversibly so Wrev is more negative than Wirrev However because the internal energy is a state function AU is the same for any path between the same two states L2 Por exemplo vimos na Se o 6 7 que o trabalho m ximo de expans o atingido se a expans o ocorre reversivelmente igualando a press o externa press o do sistema em cada est gio Essa rela o sempre verdadeira um processo produz o m ximo trabalho se ele ocorre reversivelmente ou seja wrev mais negativo que wirrev Entretanto como a energia interna uma fun o de estado AU a mesma para qualquer caminho entre os mesmos dois estados Contexto 3 Alinhado Manual A L1 The Lewis approach also fails for the compound diborane B Hg a colorless gas that bursts into flame on contact with air The problem is that diborane has only 12 valence electrons 3 from each B atom 1 from each H atom but for a Lewis structure it needs at least 7 bonds and therefore 14 electrons to bind the 8 atoms together Diborane is an example of an electron deficient compound a compound with too few valence electr
265. nuir Para prever o pH de misturas de cidos ou bases fracas e seus sais quantitativamente constru mos uma tabela de equil brio como a que est descrita na Caixa de ferramentas 10 1 Ent o usamos a constante de acidez ou basicidade para calcular a concentra o de ons hidr nio presentes na solu o A nica diferen a que agora o cido e a base conjugada est o presentes inicialmente assim a primeira linha da tabela deve conter suas concentra es iniciais Por exemplo na solu o mista de cido ac tico acetato de s dio o cido ac tico e sua base conjugada ons acetato est o presentes inicialmente Na solu o de am nia cloreto de am nio a base am nia e seu cido conjugado os ons am nio est o inicialmente presentes O pH de uma solu o de um cido fraco aumenta quando um sal contendo sua base conjugada adicionado O pH de uma solu o de uma base fraca diminui quando um sal contendo seu cido conjugado adicionado EXEMPLO 11 1 CALCULANDO O pH DE UMA SOLU O DE UM CIDO FRACO E SEU SAL Calcule o pH de uma solu o que HNO2 ag 0 500 M e KNO2 ag 0 100 M Da Tabela 10 1 Ka 4 3X10 4 para HNO2 ESTRAT GIA A solu o cont m NO2 uma base assim esperamos que o pH seja maior do que o do cido nitroso sozinho O on K n o tem pr tons para doar e n o pode aceitar um pr ton assim ele n o tem efeito mensur vel sobre o pH da solu o Identifique o equil brio de transfer ncia de p
266. o Guimar es 2000 p 14 admitimos que o conhecimento que possu mos do nosso idioma nos permite distinguir o que uma poesia uma narra o uma bula de rem dio uma receita de bolo uma piada entre outros tipos textuais No entanto neste trabalho nosso objetivo ir um pouco al m do que um falante nativo consegue diferenciar como um tipo de texto preciso observar o texto did tico de Qu mica mais especificamente o manual acad mico did tico de Qu mica Geral foco deste estudo indo al m da nossa intui o como falantes nativos e refletindo um pouco sobre o que realmente texto e que tipo de texto esse a fim de descrever nosso objeto de estudo visando contribuir para uma an lise cr tica desse tipo de material amplamente utilizado em universidades brasileiras Assim em um primeiro momento percorreremos algumas diferentes vis es te ricas de texto e como elas procuram tratar o que n s falantes nativos de um idioma entendemos como diferentes tipos de texto 26 1 1 1 Lingii stica textual o que texto Segundo De Beaugrande e Dressler 1981 ed rev 2002 uma ci ncia do texto deveria estar apta para descrever tanto as caracter sticas que tornam os textos semelhantes entre si quanto as caracter sticas que os diferem e que tornam poss vel a exist ncia de diferentes tipos de texto como por exemplo uma placa de tr nsito uma not cia de jornal um texto did tico um bilhete uma receita de b
267. o fosse infinitamente muito mais singelo Afinal conforme era usual entender sua dificuldade limitava se a uma terminologia O processo da economia globalizada o acelerado desenvolvimento cient fico a organiza o e a velocidade da divulga o da informa o bem como as condi es que favorecem o com rcio e as rela es internacionais t m feito hoje com que aumente o crescimento de tradu es de textos t cnico cient ficos a ponto de ser essa na maioria das vezes a principal atividade de tradutores Foi tamanho o crescimento que segundo Krieger 1999 a tradu o t cnica representa nos dias atuais cerca de 70 da demanda tradut ria da Am rica Latina Aubert 1991 em comunica o pessoal Apud Azenha 1994 p 3 declara que os textos t cnicos representam o subgrupo mais numeroso em termos de laudas traduzidas por dia em escala planet ria O texto t cnico cient fico passa ent o em fun o da demanda de trabalho de menosprezado para foco de estudo principalmente pela via dos estudos de Tradu o Tornado foco de aten o e de estudo tornou se preciso ent o entender o que um texto t cnico cient fico e quais seriam suas peculiaridades a fim de melhor compreend lo e traduzi lo ou vert lo Por isso importa trazer aqui algumas vis es que exploram o texto t cnico cient fico ainda que extrapolem um interesse tradutol gico Galv o 2004 por exemplo declara que Algumas semana
268. o um dom nio discursivo did tico o qual incluiria diferentes textos did ticos Oliveira 2004 H assim a exist ncia de diferentes denomina es cada uma com suas peculiaridades para o que chamamos aqui de macrog nero textual o que para alguns g nero discursivo para outros pode ser dom nio discursivo Essas diferentes vis es podem assemelhar se em alguns aspectos e diferenciar se em outros Reconhecemos assim a exist ncia de uma grande discuss o em torno desse assunto 87 Neste trabalho n o objetivamos discutir exaustivamente sobre g nero discursivo e g nero textual nem pretendemos resolver a quest o No entanto optamos aqui por entender o texto did tico como um macrog nero textual macro no sentido que inclui diferentes possibilidades de textos did ticos Nesse universo o manual acad mico did tico cient fico de Qu mica Geral acreditamos apenas uma variedade de texto did tico Assim pensando no manual acad mico Qu mica como um g nero textual pertencente ao macrog nero texto did tico concordamos com Swales 1990 p 58 quando define g nero com um evento comunicativo cujos membros compartilham um conjunto de prop sitos comunicativos Esses prop sitos s o reconhecidos pelos membros especializados da comunidade discursiva e dessa forma passam a construir o fundamento do g nero Swales associa a no o de g nero a uma comunidade discursiva entendida por ele e tamb
269. o EAP 01 inclus o e 01 outro tipo de conector e e dos 18 EM OUTRAS PALAVRAS 17 s o EAP e 01 inclus o 134 A EAP OU SEJA a que menos apresenta correspond ncia com o texto original As EAP EM OUTRAS PALAVRAS e ISTO apresentam maior equival ncia entre as EAP encontradas no texto em ingl s Isso revela que parece haver um problema concentrado nos usos de OU SEJA No cap tulo seguinte cap tulo 6 faremos uma s ntese dos resultados apresentados aqui juntamente com algumas considera es qualitativas Passamos agora para a observa o de EAP nos corpora de contraste 5 2 Segunda etapa corpus de estudo x corpora de contraste Observamos aqui os dados encontrados nos cinco corpora de contraste CC comparando os com os dados encontrados no nosso corpus de estudo Como j dissemos o contraponto tem como objetivo verificar se a presen a de EAP caracteriza o g nero textual do manual acad mico de Qu mica traduzido Embora j tenham sido descritos anteriormente retomamos aqui os cinco CC no quadro a seguir Quadro XX Corpora de contraste Corpus Especifica o Dimens o CC1 Pilla Cap tulo de Termodin mica de um manual de F sico Qu mica 53 100 tokens originalmente escrito em portugu s 1979 CC2 Qu mica Nova Artigos cient ficos de Qu mica retirados da revista Qu mica 427 632 tokens Nova ano 2004 Cc3 Textos de populariza o retirados SuperInteressante da revista SuperInteress
270. o I nico Liga o Qu mica e Termodin mica Em tese uma maior presen a de EAP em um tema poderia indicar uma suposi o por parte do autor do texto de que aquele tema seria mais complexo mais dif cil de ser entendido do que outros temas Por isso as informa es precisariam ser mais reiteradas ou retomadas A EAP assinala essa imposi o Os dados encontrados no corpus de estudo deixam claro que o tema em que h maior presen a de EAP no manual A EQ Por outro lado no manual B o tema em que h maior quantidade de EAP TR Em ambos os manuais h baixa presen a de EAP no tema LQ Enquanto para um autor h maior necessidade de redizer em EQ para outro a maior necessidade de redizer est no tema TR Esses dados podem indicar que para um determinado autor no caso o do manual A o tema EQ visto como mais dif cil ou complexo para o leitor em foco e portanto precisaria de mais reformula es como de fato ocorre Todavia para o autor do manual B o tema TR parece ser o mais dif cil necessitando que algumas informa es fossem mais reiteradas do que nos outros temas A EAP um recurso did tico 153 que em tese pode auxiliar nesse processo de buscar garantir compreens o Pode introduzir tanto uma reformula o definit ria ou explicativa de um conceito novo com o qual o leitor precisa se familiarizar quanto a reformula o de uma informa o j conhecida mas que precisa ser reiterada ou enfatizada A
271. o act as indicators for detecting acidic and basic solutions 14 lt L2 S 7 gt Essas papoulas da Isl ndia cont m um certo n mero de mol culas de pigmentos org nicos mostrado um desses fragmentos no detalhe Muitos desses pigmentos respondem presen a de cidos e bases com a mudan a de cor agindo assim como indicadores para detec o de solu es cidas e b sicas 15 lt L1 S 8 gt Why Do We Need to Know This Material The techniques described here provide the tools we need to analyze and control the concentrations of ions in solution The ionic compounds released into waterways by individuals industry and agriculture can impair the quality of our water supplies and hazardous ions must be identified and removed Aqueous equilibria govern the stabilization of the pH in blood seawater and other solutions encountered in biology medicine and the environment 16 lt L2 S 8 gt Por que precisamos conhecer este assunto As t cnicas descritas aqui fornecem as ferramentas que precisamos para analisar e controlar as concentra es de ons em solu o Os compostos i nicos liberados em vias h dricos pelo homem pela ind stria e pela agricultura podem prejudicar a qualidade da gua que nos fornecida e ons perigosos devem ser identificados e removidos Equil brios aquosos governam a estabiliza o do pH do sangue da gua do mar e de outras solu es encontradas na biologia na medicina e no meio ambiente
272. o cient fico did tico a fim de entender a linguagem qu mica e 3 os estudos de Swales refletem um enfoque estrutural de observar a l ngua e nossa pesquisa tamb m procura olhar para a linguagem qu mica atrav s de um olhar estrutural Ap s um tal comprometimento te rico tratamos agora da tradu o Afinal nosso objeto de estudo envolve tradu o Ao tratar do manual acad mico traduzido nosso principal 90 interesse descritivo e anal tico N o pretendemos julgar a tradu o dos textos sob observa o mas identificar alguns aspectos tradutol gicos envolvidos para poder fazer uma aprecia o das suas condi es de tradu o e avaliar o quanto dessas condi es podem ter repercutido sobre a fei o das express es anunciadoras de par frase em portugu s Compartilhamos as cren as de R nai 1981 e de Aubert 1989 De R nai utilizaremos a concep o de tradu o como reformula o de uma mensagem num idioma diferente daquele em que foi concebida e de que a tradu o n o uma atividade mec nica de substituir palavras isoladas Afinal as palavras n o possuem sentido isoladamente mas dentro de um contexto preciso entender esse contexto para entender a mensagem e poder reformul la com o m nimo de estranhamento para o leitor De Aubert 1989 endossamos a concep o de tradutor O tradutor visto como um intermediador um leitor especial que tem uma interpreta o pr pria em rela
273. o em portugu s Entretanto os resultados n o confirmaram isso Mostraram que o CC1 composto por manuais did ticos de Qu mica originalmente escritos em portugu s apresenta muito mais EAP do que o corpus de estudo composto de manuais traduzidos Al m disso de todos os corpora observados neste trabalho o CCI o que mais apresenta EAP A utiliza o desse recurso no CC1 pode ser um ndice de uma preocupa o do autor com o leitor pois ele retoma reitera para fixar 172 Mas ser que esse resultado indica que o manual acad mico de Qu mica traduzido n o utiliza a EAP como um recurso de tradu o A resposta n o Se observarmos os dados veremos que h muitas inclus es de EAP no texto traduzido Independente das inclus es terem efeito positivo ou n o isso reflete que o tradutor tem utilizado a EAP como um recurso ling stico para reformular ampliar esclarecer melhorar uma id ia Esse fato evidencia que a tradu o dessas obras n o est sendo uma mera transfer ncia ou substitui o autom tica de palavras h sim retextualiza o Reflete a tentativa de reformula o da mensagem original utilizando recursos da l ngua que permitem isso O tradutor desses textos assume o papel de intermediador Atrav s de sua leitura e nova formula o procura fazer com que o leitor tenha um acesso melhor ao texto O fato de o CC1 apresentar mais EAP do que o corpus de estudo evidencia que um livro produzido no Brasil p
274. o em uma sociedade de classes e determinado por forma es ideol gicas espec ficas Nesse caso o texto precisa ser examinado quanto ao contexto s cio hist rico que o envolve e que em ltima inst ncia lhe atribui sentido p 7 Assim para a TST a fim de tentar dar conta do que o texto diz e de como ele diz preciso uma an lise de seus mecanismos internos os procedimentos de estrutura o e organiza o textual e de seus mecanismos externos os fatores contextuais os mecanismos enunciativos de produ o e recep o do texto Uma outra defini o de texto distante da Ling stica do Texto a de Mona Baker 1992 Para essa autora estudiosa da tradu o texto a representa o verbal de um evento comunicativo uma inst ncia da linguagem em uso ao inv s de ser a linguagem como um sistema abstrato de significados e rela es Itens lexicais e estruturas gramaticais s o parte de um sistema de linguagem No entanto esses elementos t m um potencial de significado que s se realiza em um texto Al m do mais para Baker 1992 o texto tem caracter sticas de organiza o espec ficas da linguagem e da cultura que o distinguem de um n o texto que seria uma cole o aleat ria de senten as e par grafos Cada comunidade ling stica tem prefer ncias para organizar essas caracter sticas de organiza o e dar origem a diferentes textos Essas caracter sticas nos permitem identificar um texto como um texto Al
275. o gt lt PARA QUEM Alunos de Gradua o gt lt TOKENS SEM STOPLIST 16 884 gt lt TYPES SEM STOPLIST 1 807 gt lt CAP TULO 11 gt lt T TULO Equil brios em Fase Aquosa gt CAP TULO 11 EQUIL BRIOS EM FASE AQUOSA SOLU ES MISTAS E TAMP ES 11 1 Solu es mistas 11 2 A A o do tamp o 11 3 Planejando um tamp o 11 4 A capacidade tamponante TITULA ES 11 5 As titula es de cido forte base forte 11 6 As titula es de cido forte base fraca e cido fraco base forte 11 7 Indicadores cido base TITULA ES DE CIDOS POLIPR TICOS 11 8 A estequiometria de titula es de cidos polipr ticos 11 9 As mudan as no pH durante a titula o EQUIL BRIOS DE SOLUBILIDADE 11 10 O produto de solubilidade 11 11 O efeito on comum 11 12 Prevendo a precipita o 11 13 A precipita o seletiva 11 14 Dissolvendo precipitados 11 15 A forma o de on complexo 11 16 An lise qualitativa FOTO LEGENDA Essas papoulas da Isl ndia cont m um certo n mero de mol culas de pigmentos org nicos mostrado um desses fragmentos no detalhe Muitos desses pigmentos respondem presen a de cidos e bases com a mudan a de cor agindo assim como indicadores para detec o de solu es cidas e b sicas POR QUE PRECISAMOS CONHECER ESTE ASSUNTO As t cnicas descritas aqui fornecem as ferramentas que precisamos para analisar e controlar as concentra es de ons em solu o Os compostos i nicos liberad
276. o sil cio de alta pureza Nos contextos 1 2 e 3 h exemplos dos conectores so e therefore sendo traduzidos por OU SEJA no texto em portugu s Nesses contextos no texto original h uma id ia de conclus o introduzida por um conector de conclus o No texto traduzido temos assim uma id ia de conclus o introduzida por uma EAP Assim o leitor n o ter um redito ap s a EAP o que causar uma dificuldade No contexto 4 h um exemplo de inclus o de EAP no texto traduzido No texto traduzido temos uma reformula o sendo que esta reformula o n o existe no texto original Com rela o ao manual B o mesmo procedimento foi realizado Primeiro buscamos os 55 equivalentes das EAP observando os contextos alinhados Os dados obtidos podem ser visualizados no esquema a seguir ESQUEMA 3 Correspond ncias das EAP no corpus de estudo alinhado Manual B OU SEJA 43 R stoEo 1 Inclus o 29 29 That is That is 7 Inclus o Inclus o 0 It is 0 tiso Em Thatis AN Thatis AN 11 To put it another way 1 EM OUTRAS PALAVRAS 5 In other words 3 Inclus o 1 Aqui chama a aten o o conector hence traduzido por OU SEJA e uma grande quantidade de inclus es de EAP no texto traduzido Das 55 EAP encontradas no texto traduzido 30 s o inclus es o que representa mais de 50 A partir desse esquema foi poss vel elaborar o quadro a seguir 132 Quadro XIX Qua
277. o texto que se deve come ar uma an lise e tem por tarefa a descri o de estruturas lexicais e frasais em textos especializados que t m como UMA e n o A de suas caracter sticas a presen a de palavras conceitualmente relevantes e e compreende o especialista como um parceiro do ling ista contribuindo para validar as descri es feitas pelo lingiista termin logo Considerando essa posi o entendemos que os elementos que circundam os termos tamb m merecem aten o em um estudo terminol gico o que inclui express es anunciadoras de par frase Assim entendemos que esta disserta o tamb m um estudo terminol gico A Terminologia de perspectiva textualista nos acompanha como uma das bases te ricas deste trabalho No entanto n o realizaremos aqui um estudo de termos Para al m de observarmos as EAP n o faremos um reconhecimento da terminologia presente no nosso corpus N o obstante reconhecemos que em um texto cient fico did tico como por exemplo os manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral h palavras conceitualmente relevantes unidades de conhecimento chamadas por n s de palavras termo Finatto 2001 94 Esta n o a primeira vez que se realiza um trabalho de mestrado com esse perfil de cren as Possamai 2004 em sua disserta o de mestrado considerando perspectivas da Tradu o e apoiada pelos pressupostos da Ret rica Contrastiva fez um estudo do que ela denominou marcadores te
278. o y situaci n adecuados p 33 Nosso estudo por m n o pretende dar conta de definir termo nem pretendemos adotar nenhuma posi o te rica neste respeito Reconhecemos que em determinados textos o contexto permite que determinadas palavras assumam um car ter terminol gico diferenciando as em significado das palavras utilizadas na linguagem cotidiana As primeiras preocupa es que nos levaram a instaurar a Terminologia surgem no momento em que se estabelece que o primeiro passo para que uma rea de conhecimento seja reconhecida como ci ncia ter uma terminologia pr pria Cada ci ncia se estabelece como tal medida que fixa sua terminologia Um exemplo de estabelecimento cient fico e terminol gico o Tratado de Qu mica de Lavoisier Lavoisier 1743 1794 auxiliou a inaugurar uma rea de conhecimento que se qualificava como cient fica E isso conforme defendia s se daria mediante a ruptura com os conhecimentos alqu micos e com a sua terminologia heterog nea O Tratado de Qu mica marca assim uma transposi o de conhecimentos em prol de um projeto de ci ncia H no Tratado de Qu mica al m da apresenta o de uma Qu mica Moderna oposta a Alchemia a substitui o de muitos termos alqu micos por termos mais modernos Um exemplo dessa substitui o citado por Finatto 2001 36 E n SA E 3 bs iS N o seria correto dizer que a Qu mica tenha se formado unicamente a partir de Lavoi
279. oa sai um gosto de canela Contexto 3 CC3 Parte da luz com a trombada difunde se em outras dire es E uma parte dessa luz desviada sofre modifica o de frequ ncia ou seja muda de cor Com essas t cnicas poss vel ir mapeando uma chama ver quais s o as reas mais quentes e mais frias por exemplo Contexto 4 CC3 Agora imagine que voc t o pequeno que consegue identificar cada mol cula dos objetos ao seu redor isto os tijolinhos que comp em tudo o que existe Uma gota de gua se apresentar aos seus olhos como um mosaico enorme composto por unidades de dois tomos de hidrog nio e um de oxig nio Comparando os contextos acima com os contextos coletados do CC2 chama aten o que as frases com EAP no CC3 t m uma dimens o menor do que as frases com EAP coletadas no CC2 Diferentemente do CC2 as EAP aqui parecem um anunciador de s ntese No contexto 3 por exemplo a EAP introduz um fechamento do que foi dito anteriormente O mesmo acontece no contexto 4 em que a EAP ISTO introduz uma s ntese de um dito anterior 141 Al m disso parece que a EAP introduz uma pequena explica o de uma linguagem t cnica Isso fica evidente nos contextos 2 e 3 em que h uma explica o mais elaborada e em seguida uma EAP introduzindo um redizer em uma linguagem mais simples Os dados desse contraste mostram que a presen a de EAP aqui tamb m um ndice que diferencia os textos observados sendo maio
280. oleta e observa o dos dados seguindo esses momentos 6 Para um reconhecimento de par frases antecedidas por sinais de pontua o como por exemplo v rgula e travess o seria necess rio uma ferramenta informatizada que fizesse primeiro o reconhecimento da par frase em corpus A partir da par frase localizada poder amos encontrar todos os elementos que as introduzissem entre elas os sinais de pontua o Visto n o dispormos ainda deste tipo de ferramenta nos limitamos aqui a observar as par frases introduzidas pelas EAP ISTO OU SEJA e EM OUTRAS PALAVRAS que foram as encontradas no nosso corpus de estudo 112 No primeiro momento o corpus em portugu s precisava estar devidamente preparado para que pudesse ser lido pelo programa Wordsmith Tools Isso exigiu que os textos fossem escaneados corrigidos e transformados de arquivo doc para arquivo txt Al m disso tamb m foi necess rio retirar tabelas figuras e suas legendas f rmulas que ficavam em caixas de texto separadas do pr prio texto e a lista de exerc cios que figura ao final de cada cap tulo No caso das tabelas quando retiradas colocamos a palavra tabela entre par nteses tabela o mesmo foi feito com as figuras e com as f rmulas Indicamos no local figura e f rmula Essa marca o permite visualizar no caso dos contextos coletados no WordSmith Tools onde estavam originalmente esses itens Cada arquivo tamb m recebeu um cabe alho com as seguinte
281. olo entre outros preciso entender segundo os autores quais os padr es exigidos por determinados textos al m de saber que pessoas os ler o e com quais objetivos No entanto antes de descrever as caracter sticas e os padr es de um texto entendemos que preciso definir o que texto Para De Beaugrande e Dressler 1981 ed rev 2002 texto um evento comunicativo que contribui para um discurso que uma segii ncia de textos relevantes Um texto definido por sua ocorr ncia natural em um contexto de comunica o Como um evento comunicativo os autores apontam que um texto possui sete padr es de textualidade que permitem que seja comunicativo Esses sete padr es s o coes o coer ncia intencionalidade aceitabilidade informatividade situacionalidade e intertextualidade De Beaugrande e Dressler 1981 ed rev 2002 Dessa forma podemos dizer que De Beaugrande e Dressler 1981 ed rev 2002 definem texto como sendo um processo Al m disso para que o texto possa ocorrer em um contexto de comunica o os autores mostram que h alguns princ pios que controlam a comunica o textual S o eles a efici ncia de um texto que depende do seu uso em uma situa o de comunica o a efetividade de um texto que depende de causar uma boa impress o e atingir seu objetivo e a apropria o que depende da uni o entre o contexto e as formas pelas quais a textualidade mantida O objetivo de Beaugran
282. omplexo e multifacetado A partir desse quadro percebemos a necessidade de fazer recortes te ricos com o objetivo de precisar nosso posicionamento e a partir dele poder abordar nosso objeto de estudo estabelecendo um ponto de vista para a nossa investiga o Dessa forma neste cap tulo validamos as perspectivas que consideramos as mais relevantes em fun o dos nossos objetivos Essas perspectivas orientar o a sele o a descri o e a an lise de dados desta pesquisa Na revis o da literatura trouxemos id ias de Baker 1992 e de Barros 2000 sobre texto Com a primeira autora concordamos que texto uma representa o verbal de um evento comunicativo Trata se de uma inst ncia da linguagem em uso na qual itens lexicais e estruturas gramaticais t m um potencial de significado Esse potencial s se realiza no texto Al m do mais acreditamos que o texto tem caracter sticas de organiza o espec ficas da l ngua da linguagem e da cultura e que tem conex es que o distinguem de um n o texto uma cole o aleat ria de senten as e par grafos A partir da segunda autora sem entrar em quaisquer discuss es sobre o estatuto semi tico do texto reconhecemos que v lida a id ia de que um texto como um todo de sentido s pode ser concebido na dualidade que o define um objeto de significa o e um objeto de comunica o Aderimos ao seu reconhecimento da necessidade de se descrever n o 4 Reconhecemos
283. ons to be assigned a valid Lewis structure L2 O enfoque de Lewis tamb m falha na descri o do composto diborano B H um g s incolor que em contato com o ar se inflama O problema que o diborano tem somente 12 el trons de val ncia 3 de cada tomo de B e de cada tomo de H mas para uma estrutura de Lewis seriam necess rias 7 liga es ou seja 14 el trons para ligar os 8 tomos O diborano um exemplo de um composto deficiente em el trons um composto com muito poucos el trons de val ncia para ser representado por uma estrutura de Lewis v lida Contexto 4 Alinhado Manual A L1 The ability of a semiconductor to carry an electric current can also be enhanced by adding electrons to the conduction band or removing some from the valence band This modification is carried out chemically by doping the solid or spreading small amounts of impurities through it In an n type semiconductor a minute amount of a Group 15 element such as arsenic is added to very pure silicon L2 A capacidade de um semicondutor de transportar corrente el trica pode tamb m ser ampliada com a adi o de el trons na banda de condu o ou a remo o de el trons da banda de val ncia Esta modifica o feita quimicamente pela dopagem do s lido ou seja 131 espalhando se pequenas quantidades de impurezas atrav s dele Em um semicondutor tipo n uma quantidade m nima de elementos do Grupo 15 tal como ars nio adicionada a
284. or alguns gram ticos conjun es explicativas p 229 O autor mostra que as gram ticas n o t m dado o devido tratamento para esses itens classificando os apenas como conectores explicativos e colocando os no mesmo grupo de conectores como por exemplo pois porque e que Para Oliveira e para n s express es como isto ou seja em outras palavras apresentam um comportamento pr prio e precisam ser observadas em seu uso com a devida aten o Para Oliveira tais express es tamb m s o denominadas conectores reformulativos Essa denomina o se deve ao fato de que quando falamos ou escrevemos administramos todo o tempo a produ o do nosso texto numa esp cie de gest o passo a passo s vezes nos equivocamos e retificamos radicalmente o que hav amos dito s vezes achamos que o leitor ou ouvinte poder p r em d vida nossas palavras e as ratificamos outras vezes julgamos que o destinat rio poder n o nos entender e parafraseamos trechos do texto para torn los mais claros outras vezes consideramos inexato o que acabamos de dizer e o retificamos parcialmente em termos a nosso ver mais exatos Outras ainda damos exemplos para ilustrar o que acabamos de dizer p 230 Grifo do original Muitas vezes tais conectores colocam se a servi o da clareza do texto Segundo o autor o que motiva o usu rio da l ngua a empregar esse tipo de express o seu desejo 83 de esclarecer o pr prio pe
285. or uma terminologia afinal o texto especializado em fun o das elevadas exig ncias de precis o de sua informa o distingue se por particularidades de sua macroestrutura articula o por rela es de coer ncia entre seus elementos e pela utiliza o de unidades sint ticas lexicais morfol gicas e gr fico fon ticas Isso se realiza de modo variado para cada tipo de texto por exemplo manuais acad micos pareceres artigos de peri dicos orienta es pr ticas recens es resumos escrituras de patente contratos boletins m dicos indica es de uso determina es de seguran a do trabalho etc Hofmann 1988 p 88 Dessa forma reiteramos uma terminologia pr pria n o seria a nica caracter stica de um texto t cnico cient fico mas uma dentre tantas outras Ottoni 1998 p 92 95 parece apoiar essa id ia ao mencionar que se a tradu o de um texto t cnico cient fico exige do tradutor um conhecimento da terminologia da rea tamb m exige um conhecimento dos termos n o t cnicos um conhecimento do idioma Quando menciona a necessidade de se ter conhecimento dos termos n o t cnicos o autor declara que o texto t cnico cient fico n o se resume a uma terminologia espec fica e nem essa a sua nica caracter stica Assim o texto t cnico cient fico produz um conhecimento e esse conhecimento reproduzido e exposto de uma forma peculiar em cada campo de saber Haveria de tal sorte em tese um mo
286. os em conjunto com outros tantos trabalhos ao conhecimento dos tradutores em forma o nas nossas universidades e tamb m ao conhecimento de associa es de pesquisa e de trabalho organizadas em torno da tradu o t cnica Fica aqui ent o por derradeiro a recomenda o de dar mais aten o tradu o de Qu mica e ao seu estudo nos cursos que formam tradutores redatores e revisores de textos cient ficos e t cnicos 189 REFER NCIAS A GRAMMAR OF CONTEMPORARY ENGLISH 1978 Quirk Randolph Greenbaum Sidney Leech Geoffrey Svartvik Jan Longman ARROJO Rosemary 1998 Translation studies as an independent area of research dilemmas and illusions of a discipline in de construction DELTA online vol 14 no 2 cited 2007 01 24 pp 423 454 Available from lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0102 44501998000200007 amp Ing en amp nrm iso gt ATKINS Peter amp Jones Loretta 2002 Princ pios de Qu mica questionando a vida moderna e o meio ambiente 1 ed Porto Alegre Artmed 2002 914p ATKINS Peter JONES Loretta 1998 Chemical Principles The Quest for Insight First Printing United States of America Ed Freeman AUGER Pierre 1993 Pour un modele variationniste de l implantation terminologique dans les entreprises au Qu bec In Les actes du colloque sur la probl matique de lam nagement linguistique enjeux th oriques et pratiques AZENHA J 1994 Aspectos
287. os origina pr tons livres No contexto em L1 a express o 10 13 cm est entre v rgulas uma explica o da express o anterior the nuclear radius No contexto em L2 ao inv s de deixar a express o 10 13 cm entre v rgulas o tradutor optou por introduzir uma EAP entre as duas express es a fim de lig las A EAP vincula as duas informa es e assinala para o leitor que 10 13 cm seria uma defini o de raio nuclear Isso equivale a dizer raio nuclear de um outro modo Essa inclus o n o altera o sentido do texto original mas at ajuda na compreens o do texto O mesmo acontece com o segundo OU SEJA presente no contexto Por outro lado em alguns contextos como j mencionamos a inclus o de uma EAP onde n o havia no original pode criar problemas Abaixo colocamos um exemplo de inclus o de EAP que na nossa opini o causa problemas e at comprometimento da informa o Contexto III Inclus o de EAP no texto traduzido L1 In 1931 E Hiickel suggested an easy effective method for calculating approximate molecular orbitals The Hiickel method has been used for a variety of bonding situations but it is most commonly used for the delocalized orbitals in hydrocarbons with conjugated double bonds In the simple valence structures of a wide variety of molecules there are alternating single and double bonds that form conjugated double bonds L2 Em 1921 E Hiickel sugeriu um m
288. os em vias h dricas pelo homem pela ind stria e pela agricultura podem prejudicar a qualidade da gua que nos fornecida e ons perigosos devem ser identificados e removidos Equil brios aquosos governam a estabiliza o do pH do sangue da gua do mar e de outras solu es encontradas na biologia na medicina e no meio ambiente O QUE PRECISAMOS CONHECER PREVIAMENTE 205 Esse cap tulo desenvolve as id ias dos Cap tulos 9 e 10 e as aplica em equil brios envolvendo ons em solu o aquosa Para se preparar para as se es sobre titula es revise a Se o L Para a discuss o de equil brios de solubilidade revise as Se es I 8 14 e 8 15 O material referente a cidos bases de Lewis baseia se na Se o 2 13 EQUIL BRIOS EM FASE AQUOSA O pH de solu es aquosas plasma sang neo gua do mar detergentes seiva e misturas reacionais controlado pela transfer ncia de pr tons entre as mol culas da gua e outras mol culas e ons No Cap tulo 10 aprendemos sobre as propriedades de cidos bases Nesse cap tulo veremos como usar solu es de cidos ou bases fracas e seus sais para manter um pH desejado Tamb m veremos como identificar os pontos estequiom tricos de titula o Finalmente conheceremos os equil brios de solubilidade que s o a base da an lise qualitativa a identifica o dos ons presentes em uma amostra
289. os obst culo ao ensino de Qu mica Esse autor aponta quatro obst culos 1 obst culos animistas 2 obst culos realistas 3 obst culos verbais e 4 obst culos substancialistas Desses quatro obst culos damos uma aten o especial ao que o autor explicita sobre o obst culo verbal visto estar relacionado com a linguagem Conforme o autor a linguagem cient fica est em constante evolu o Essa evolu o permite que alguns termos adquiram novos sentidos ou deixem de ser utilizados em uma determinada rea de conhecimento Assim uma das dificuldades da linguagem cient fica a desaten o e o descaso para com os novos sentidos dos termos nos limites da nova teoria constitui se por si s em obst culo p 7 Como exemplo de obst culo verbal Lopes cita o tratamento a palavra espontaneidade em textos de Qu mica Para o senso comum espont neo sin nimo daquilo que ocorre naturalmente Na ci ncia a partir do desenvolvimento da termodin mica uma rea o espont nea a que possui energia livre menor que zero ou seja aquela que possui Kc maior que 1 p 7 grifo nosso Segundo Lopes muitos textos did ticos n o abordam essa diferencia o o que causa uma dificuldade para que o aluno possa compreender conceitos qu micos futuros O obst culo verbal evidencia se pelo n o entendimento da altera o do significado cient fico do termo espont neo Estudos como o de Lopes e o de Oliveira acima citados n o
290. os para obter a capacidade calor fica espec fica do metal Observe que a temperatura do ferro cai de 90 2 C para 23 2 C ou seja 67 0 C e a temperatura da gua aumenta de 20 0 C para 23 2 C ou seja 3 2 C Portanto F RMULA F RMULA CONTEXTO 11 L1 At this stage we use the expression for expansion work Eq 9 w Pex AV to write FORMULA Finally because the system is open to the atmosphere the pressure of the system is the same as the external pressure so Pex P and the last two terms cancel to leave At constant pressure AH q When we transfer energy to a constant pressure system as heat the enthalpy of the system increases L2 Nesse ponto usamos a express o para trabalho de expans o Eq 9 w P A V para escrever F RMULA Finalmente como o sistema aberto atmosfera a press o a mesma que a press o externa ext P os ltimos dois termos se cancelam e a equa o fica A press o constante H q Quando transferimos energia a um sistema press o constante como calor a entalpia do sistema aumenta CONTEXTO 12 L1 At low temperatures the molecules of a gas can occupy on y a few of the energy levels so W is small and the entropy is low As the temperature is raised the molecules have access to larger numbers of energy levels Fig 7 9 so W rises and the entropy increases too We could say that the density of states increases L2 A baixas temperaturas as mol cul
291. outra That relation is always true Qual rela o A de que um processo produz o m ximo de trabalho se ocorrer reversivelmente e dessa forma Wrev ser mais negativo do que Wirrev Essa rela o de consequ ncia fica bem entendida no contexto em L1 com o uso do conector SO 165 Em L2 por m temos o conector SO traduzido por OU SEJA Temos tamb m a palavra RELA O em azul que explicita que h uma rela o entre duas coisas Entretanto no contexto em L2 n o fica claro qual essa rela o porque ao inv s de termos um conector como ENT O ou DESSA FORMA que faria isso temos uma EAP que indica ao leitor que ele encontrar uma reformula o do que foi dito e n o uma rela o de consequ ncia como h no texto original Essa reformula o n o existe no texto original e portanto n o existe no texto traduzido Novamente o leitor ter de entender que o OU SEJA lido na verdade um ENT O Os dois exemplos citados acima mostram a EAP OU SEJA assumindo a fun o de SO ENT O Reconhecendo que a EAP al m de ser um conector reformulativo tamb m um recurso did tico que auxilia a compreens o de um antecedente podemos dizer que quando OU SEJA significa SO ENT O ele perde o seu car ter did tico Isso ocorre porque a EAP n o estaria mais sendo empregada em favor da clareza do texto reformulando definindo ou explicando um antecedente Nesses casos a EAP pode ser at mesmo um fator complicador para o ente
292. principais teorias da tradu o Algumas tomam a tradu o como produto outras como processo Uma vez que nosso trabalho utiliza como corpus textos traduzidos achamos relevante rever algumas dessas teorias tal como caracterizadas pela autora A autora divide as concep es te ricas de tradu o em duas grandes categorias a a perspectiva tradicional cuja caracter stica principal considerar a tradu o como transporte de sentidos e o tradutor como instrumento desse transporte p16 Alguns autores que representam essa perspectiva s o arrolados por Mittmann Eugene A Nida Erwin Theodor e Paulo R nai Para esses conforme a autora a tradu o baseia se na possibilidade de decodifica o e recodifica o do pensamento do autor em uma outra l ngua Nessa concep o como se o texto e a l ngua fossem ba s capazes de guardar o sentido a mensagem o conte do ou a informa o E como se o sentido fosse universal poss vel de ser transferido de uma l ngua para outra de um texto para outro p 23 Nida 1974 p 99 por exemplo considerava a tradu o como um mecanismo de transfer ncia em que o tradutor precisa encontrar na l ngua B s mbolos equivalentes ao da 34 E r A as e H que se considerar que a obra de Paulo R nai insere se entre os modernos pensadores da tradu o especialmente no Brasil Desse modo tamb m poderia figurar entre os autores que perfazem a perspectiva co
293. problemas para o encadeamento parafr stico propriamente dito pois ao ler somente o contexto em L2 o leitor n o tem dificuldade alguma de compreens o do texto Todavia ao ler o contexto em L1 se percebe problemas de precis o conceitual nos contextos o que seria um outro tipo de problema um problema de inadequa o de tradu o Nesse caso uma tradu o que altera o sentido do que est no texto original pode ser tamb m um problema de encadeamento parafr stico Em que sentido No sentido de que ao entender um conceito de forma equivocada o leitor aluno n o conseguir entender conceitos que venham depois O texto ficar sem sentido para o leitor podendo em alguns momentos at parecer contradit rio O leitor pode se perguntar Mas l no in cio n o dizia x Como que agora diz y Esse um problema de encadeamento parafr stico Os exemplos de EAP observados no corpus de estudo mostram que 1 Uma EAP at pode assumir a condi o de por exemplo um conector de conclus o ou de finaliza o ou de consegii ncia Entretanto essa troca no nosso corpus de estudo pode causar problemas para o leitor e 171 2 Inclus es de EAP podem ampliar a clareza do texto Por m uma inclus o de EAP pode tamb m alterar o sentido do texto original o que vem a ser um problema de encadeamento parafr stico Passemos agora a uma breve discuss o sobre os dados encontrados na parte da compara o corpus de est
294. proximadamente a uma deriva o da Ling stica do Texto iniciada nos anos 70 5 A oposi o especializado versus n o especializado naturalmente complexa na medida em que comporta uma grada o A Ling stica do Texto Especializado abrigou tipologias de textos t cnicos e cient ficos opondo as principalmente ao texto liter rio e ao texto jornal stico 31 Lothar Hoffmann um dos grandes nomes da Ling stica do Texto Especializado da tradi o da Ling stica Textual germ nica Segundo ele 2004 de in cio uma ling stica das linguagens especializadas focalizava apenas o vocabul rio especializado Com o tempo no entanto o interesse foi sendo cada vez mais o texto especializado e n o somente seu vocabul rio mais espec fico Para o autor a lingii stica das linguagens especializadas lidava com alguns conceitos b sicos Dentre eles os de sublinguagem linguagem especializada vocabul rio especializado terminologia e texto especializado Embora alguns desses elementos parecessem ser sobrepostos Hoffmann diferenciava os entre si As sublinguagens s o apresentadas pelo autor como um sistema parcial ou subsistema da linguagem que se atualiza nos textos dos mbitos comunicativos especializados op cit p 80 Nessa tica a sublinguagem passa a ser um recorte de elementos ling sticos postos na linguagem de uma determinada rea N o se limita apenas ao l xico da rea mas compreende um recort
295. que a leitura de um texto flua tornando o tanto coeso como coerente Um texto que n o faz uso das rela es coesivas corre o risco de poder parecer um aglomerado de frases desconexas que far o pouco sentido durante a leitura Outra defini o de texto temos na obra de Teun A van Dijk 1984 Esse autor reconhece que embora alguns estudiosos da linguagem insistam que a ora o seja o foco dos Halliday e Hasan frisam a diferen a entre frase e texto pois se contrap em perspectiva te rica que replica a descri o da frase para o texto No original not just a string of sentences It is not simply a large grammatical unit something of the same kind as a sentence but differing from it in size a sort of supersentence a semantic unit 1976 p 291 28 estudos ling sticos preciso considerar uma unidade maior que o texto pois o significado de ora es pode depender do significado de outras ora es op cit Ao supor o texto como unidade de discurso mais extensa Van Dijk tenta transpor as no es gerativistas de estrutura profunda e estrutura superficial para o dom nio textual estabelecendo as no es de macro e microestrutura sendo a macroestrutura relacionada com o n vel mais global do texto e a microestrutura relacionada com a organiza o interna do texto Al m disso Van Dijk 1984 salienta que o texto d conta de duas rela es a sem ntica e a pragm tica A rela o s
296. que algum sal do cido tamb m est presente e investigamos como aquele sal afeta o pH Veremos que essas solu es mistas nas quais um cido e seu sal est o presentes s o exatamente o que n s e nossos corpos precisamos para estabilizar o pH 29 lt Ll S 15 gt 11 1 Mixed Solutions 30 lt L2 S 15 gt 11 1 Solu es mistas 31 lt Ll S 16 gt Suppose we want to find the pH of a solution that contains appreciable concentrations of both an acid and its conjugate base If the acid is strong its conjugate base is extremely weak and has no measurable effect on pH For instance the pH of a 0 10 M HCl ag solution will be 1 0 even if 0 10 mol NaCI is added to a liter of the solution However the conjugate base of a weak acid is stronger than the conjugate base of a strong acid and does affect the pH Therefore we can predict qualitatively that adding acetate ions as sodium acetate to a solution of acetic acid will increase the pH of the solution Similarly suppose we have a solution of ammonia and add ammonium chloride to it The ammonium ion is an acid therefore we can predict qualitatively that adding ammonium ions as ammonium chloride for instance to a solution of ammonia will lower the pH of the solution 32 lt L2 S 16 gt Suponha que queremos encontrar o pH de uma solu o que contenha concentra es apreci veis de um cido e sua base conjugada Se o cido forte sua base conjugada extremamente fr
297. r produzido pelas interpreta es e pelas leituras feitas por esse leitor sob determinadas situa es o que faz com que sua leitura se vincule hist ria e s circunst ncias Assim o tradutor passa a ser visto como um tradutor autor produtor de significados os quais ser o determinados pela comunidade em que o tradutor est inserido e para quem ele escreve Hermans 1998 apud Mitmann 2003 por sua vez defende que em uma tradu o h uma pluralidade de vozes a voz do autor do original e a voz do tradutor n o havendo uma coincid ncia entre as duas A tradu o assim o resultado de uma imagem criada pelo tradutor Para ele as decis es e as escolhas feitas pelo tradutor tamb m dependem do grupo social e da cultura em que o tradutor est inserido As diferen as entre a perspectiva tradicional e a contestadora tal como colocadas por Mittmann 2003 est o no papel do tradutor Al m disso h uma tend ncia de a perspectiva tradicional tratar a tradu o como um produto enquanto a perspectiva contestadora enfatiza a tradu o como um processo Essas diferentes vis es de tradu o ao tratarem do papel do tradutor e ao definirem tradu o reconhecem que um determinado texto quando traduzido assume caracter sticas diferentes das do texto original tornando o assim um texto peculiar diferenciado dos demais 1 4 2 Tradu o t cnico cient fica Durante muito tempo o texto liter rio foi o principal fo
298. r es que precisam ser seguidos para que um g nero textual seja reconhecido como tal No entanto embora em algum momento possa se depreender uma rela o de poder entre a comunidade discursiva e aqueles que seguem os seus padr es Swales n o vincula essa rela o de poder a uma luta Para ele conforme entendemos parece que a comunidade discursiva de comum acordo decide como se escrever em determinadas situa es H um compartilhamento harm nico de id ias o que faz com que a comunidade discursiva n o tenha um perfil de poder Assim diferentemente da tica de Bakhtin acreditamos segundo Swales que o g nero textual fruto n o de uma rela o de poder mas antes s existe por causa das conven es estabelecidas pela comunidade discursiva Al m disso o estudo de g neros textuais torna se uma via para o reconhecimento de estruturas da l ngua caracterizando se assim um andamento estruturalista Os estudos de Swales s o os mais afinados com o tipo de investiga o deste trabalho Algumas das nossas principais raz es para essa escolha 1 nossa pesquisa focaliza o estudo de um g nero textual que tamb m foi privilegiado pelos estudos de Swales o texto cient fico 2 quando trata de g nero textual Swales procura observar um g nero para entender a l ngua e n o para entender as rela es de poder existentes na sociedade Da mesma forma nossa pesquisa procura observar um g nero textual o manual acad mic
299. r frases Temos uma perspectiva futura de apontar o que necess rio para o desenvolvimento de uma ferramenta como essa Para cumprirmos com esses objetivos e para uma maior corre o metodol gica com rela o aos princ pios da Ling stica de Corpus acreditamos ser til ampliar nosso corpus de estudo Atualmente o corpus de estudo de extens o pequeno m dio Queremos que o corpus de estudo chegue a uma extens o m dio grande Para isso seria preciso escanear n o s alguns cap tulos dos manuais A e B mas sim a totalidade das obras Com isso chegar amos a cerca de 1 milh o de palavras o que j nos daria um corpus da dimens o desejada Assim entre nossos objetivos futuros est o de ampliar o corpus de estudo 89 Essa ferramenta est dispon vel no site do CEPRIL Centro de Pesquisa Recursos e Informa o em Linguagem http www2 Jael pucsp br corpora index htm Professor Tony Berber Sardinha Isso inclui os textos originais dos manuais A e B 185 O estudo desta disserta o foi UM passo para melhor entender a linguagem qu mica utilizada nos manuais acad micos de Qu mica Geral H muitos outros fatores que podem ser observados Saliento aqui a necessidade de dar continuidade ao estudo sobre a linguagem utilizada nessas obras uma vez que s o livros amplamente utilizados nas universidades brasileiras A continuidade deste trabalho contribuir de diferentes formas Cooperar para que as editoras d
300. r tons e use o para encontrar o pH por meio de uma tabela de equil brio Considere a molaridade inicial de HNO2 antes da rea o com gua igual a 0 500 mol L 1 Como ons nitrito tamb m foram adicionados solu o considere suas molaridades iniciais igual a molaridade do sal adicionado cada f rmula unit ria de KNO2 fornece um nion NO2 Procede se ent o como descrito na 206 Caixa de ferramentas 10 1 Como as concentra es dos ons adicionados s o maiores do que 10 7 mol L 1 assumimos que podemos ignorar a contribui o ao pH proveniente da autoprot lise da gua SOLU O O equil brio de transfer ncia de pr ton a ser considerado f rmula A tabela de equil brio com todas as concentra es em mols por litro TABELA F RMULA Assumindo que x menor do que 5 de 0 100 e portanto tamb m menor do que 5 de 0 500 escrevemos F RMULA A solu o dessa equa o X 2 2x10 3 o qual apenas 2 2 de 0 100 e somente 0 44 de 0 500 As aproxima es s o v lidas e a molaridade dos ons H30 no equil brio 2 2x10 3 mol L 1 Essa concentra o muito maior do que a contribui o pela autoprot lise da gua portanto tamb m v lido desconsiderar a autoprot lise da gua Segue que o pH da solu o F RMULA ou em torno de 2 7 O pH de HNO2 ag 0 500 M sozinho 1 8 assim como esperado o pH da solu o mista maior AUTOTESTE 11 1
301. r a presen a do CC3 Passamos agora ao contraste com corpus de estudo e CC4 Item D Este item tem dois momentos a contraste corpus de estudo e CC4 com o objetivo de averiguar se a presen a de EAP no corpus de estudo frente ao CC4 um fator que diferencia os g neros textuais manual did tico traduzido e artigo cient fico de Inform tica b contraste entre CC2 e CC4 visando contrastar a presen a de EAP em um mesmo g nero textual mas em diferentes reas de conhecimento Qu mica e Inform tica A compara o corpus de estudo e CC4 mostra que o CC4 faz mais uso de EAP do que o corpus de estudo O resultado dessa busca est no quadro a seguir Quadro XXIV Quantidade de EAP Corpus de estudo em portugu s x CC4 Ou seja Isto Em TOTAL Total Total outras BRUTO porcem por dez palavras mil Cc4 470 188 24 682 0 052 5 298 Corpus de estudo 55 37 18 110 0 059 5 917 O total por cem e o total por dez mil revelam que a diferen a entre esses dois corpora n o t o grande quanto parece ser no total bruto O CC4 utiliza sim mais EAP do que o corpus de contraste mas essa diferen a n o a maior at agora Considerando a EAP como recurso did tico e considerando que o artigo cient fico muitas vezes reconhecido como um texto pouco did tico esperar amos que o CC4 142 apresentasse uma presen a menor de EAP Se compararmos o CC4 com o corpus de estudo dividido em manual A e manual B vemos que a quanti
302. ra uma rea o e sua inversa s o rec procas uma da outra Poder amos ter obtido esse resultado seguindo a regra anterior isto multiplicando a rea o direta por 1 e elevando Ka l Geralmente preciso juntar duas rea es para obter uma terceira A constante de equil brio desta ltima est relacionada s constantes de equil brio das duas rea es constituintes conforme ilustra o seguinte exemplo f rmula 7 O pr ton o nico on que n o possui el trons Conseqientemente o raio de H igual ao seu raio nuclear ou seja 10 13 cm o qual muito menor do que 10 8 cm ou seja o raio aproximado dos demais ons Portanto o pr ton deve ser capaz de se aproximar e interagir com a nuvem eletr nica da mol cula do solvente de maneira muito mais efetiva do que qualquer outro on Em outras palavras comparando se os ons de uma maneira geral o pr ton deve ser aquele capaz de se ligar mais intimamente ao solvente Assim incorreto imaginarmos que a dissocia o dos cidos origina pr tons livres 8 Visto que cada tomo que est ligado ao tomo central tem exatamente um par de el trons S em sua liga o precisamos contar apenas quantos tomos existem ao redor deste Esse n mero muitas vezes chamado de n mero de simetria NS Para o CO2 NS 2 para o H2CO NS 3 Em outras palavras f rmula PERGUNTA Que geometria poderia ser prevista para a seguinte mol cula formula Esse caso requer um octeto e
303. rados Afinados com esta tica temos para estudo nesta pesquisa um corpus de Qu mica e n o um texto em isolado Uma vez que lidamos com um corpus procuramos por palavras por 43 Textos naturais s o textos produzidos em situa es reais e naturais de escrita ou fala e n o textos produzidos artificialmente como por exemplo textos produzidos pelo computador 74 padr es de combina o entre elas por probabilidades de ocorr ncia Assim n o focalizamos termos a priori mas sim palavras que nesse corpus podem ser relevantes e diferenciadas por terem uma maior ou menor ocorr ncia e por se caracterizarem ou n o como palavras chave no corpus O fato de essas palavras serem especiais para a rea da Qu mica de serem conceitualmente relevantes uma peculiaridade sua no corpus de Qu mica frente a outros corpora de outras reas de conhecimento especializado os quais tamb m ter o palavras chave que os caracterizar o Basicamente entendemos que o estatuto de termo ou n o termo algo que ser depreendido ap s a observa o do corpus e n o antes 1 6 2 Lingii stica de Corpus Terminologia e Tradu o Stubbs 2001 destaca que o modelo probabil stico de uso da linguagem utilizado pela Ling stica de Corpus LdC pode ser utilizado por v rias reas que se dedicam ao estudo da l ngua Biber 1998 um dos ling istas de corpus que mais se destaca nos EUA e que desenvolve um estudo da linguagem atrav s de
304. radutor e processo tradut rio an lise sob o ponto de vista discursivo Porto Alegre Ed Da UFRGS NIDA E 1974 The theory and practice of translation Leiden United Bible OLIVEIRA Renato J de 1991 A cr tica ao verbalismo e ao experimentalismo no ensino de Qu mica e F sica In Revista Qu mica Nova 15 1 p 86 89 OLIVEIRA Hel nio Fonseca de 2001 Descri o do portugu s luz da lingii stica do texto Rio de Janeiro UFRJ CEP p 63 106 OLIVEIRA H F 2004 Ensino do emprego de conjun es e itens lexicais afins as conjun es opositivas e os conectores reformulativos Cadernos da Abf Rio de Janeiro v 5 p 74 83 OLIVEIRA Hel nio F 2004 Os conectores reformulativos In Revista Scripta v 4 n 9 Puc Minas OTTONI P 1998 A forma o do tradutor cient fico e t cnico necess ria e imposs vel Texto apresentado como comunica o no Semin rio de Tradu o T cnica e Cient fica em L ngua Portuguesa em Lisboa Portugal no dia 26 de novembro de 1998 Publicado nas Actas do Semin rio p 92 5 PEARSON Jennifer 1998 Terms in Contexts Vol 1 John Benjamins Publishing Company Amsterdan Philadelphia PETOFI Janos BERRIO A Garcia 1978 Ling stica del texto y cr tica literaria Madrid Comunicaci n PILLA L 1979 F sico Qu mica 1 ed vol 1 Livros T cnicos e Cient ficos 193 POSSAMAI Viviane 2004 Marcadores textuais do artigo cient fico em compara
305. ralmente de acordo com as necessidades comunicativas da sociedade e sua ideologia Bakhtin reconhece a variedade de g neros quando menciona que a riqueza e a variedade dos g neros do discurso s o infinitas pois a variedade virtual da atividade humana inesgot vel e cada esfera dessa atividade comporta um repert rio de g neros do discurso que vai diferenciando se e ampliando se Bakhtin 1997 p 279 Para explicar a variedade de g neros e as especificidades de determinados textos o autor introduziu a id ia de g neros prim rios os quais se constituiriam em circunst ncias de uma comunica o verbal mais espont nea e g neros secund rios os quais se constituiriam em circunst ncias de uma comunica o cultural mais complexa e mais evolu da Os g neros secund rios para o autor abrangem os g neros prim rios os quais se transformam dentro dos secund rios e adquirem caracter sticas peculiares Essa inter rela o entre g neros prim rios e secund rios e o processo s cio hist rico define a natureza do enunciado e permite explicar a possibilidade da variedade de g neros existentes Para al m dessas id ias o nome de John M Swales uma refer ncia atual bastante presente na bibliografia dos estudos do texto Swales 1990 visou oferecer uma abordagem para o ensino do ingl s utilizado na escrita acad mica atrav s de uma abordagem centrada na an lise de um g nero textual determinado Para e
306. ras aumentando a temperatura de uma rea o o equil brio se deslocar na dire o da rea o endot mica A explica o da observa o todavia dever ser encontrada no fato de que a constante de equil brio de uma rea o varia com a temperatura b Amostra dos contextos alinhados portugu s ingl s do manual A CONTEXTO 1 L1 The proton transfer equilibrium is HA aq H20 D _ H30 aq A aq Ka H30 A HA If we rearrange the expression for Ka into H30 Ka X HA A and take the negative logarithm of both sides we obtain log H30 logKa 10g n That is pH pKa log A pKa log HA The values of HA and A in this expression are the equilibrium molarities of acid and base in the solution L2 O equil brio de transfer ncia de pr ton HA aq H20 H30 aq A ag Ka H30 A HA Se rearranjarmos a express o para Ka em H30 Ka x HA A e aplicarmos o logaritmo em ambos os lados multiplicando por 1 obtemos log H30 logKa log HAJ A Isto pH pKa log HAJ A pKa log A HA Os valores de HA e A nessa express o representam as molaridades de equil brio do cido e da base na solu o CONTEXTO 2 L1 As in the derivation of the Henderson Hasselbalch equation we can write pH pKa og CH3COOH 4 75 og 0 020 5 45 CH3CO2 or about 5 4 That is the pH of the solution changes from about 4 4 to about 5 4 The small change is the resul
307. re UFRGS 2001 395p Tese Doutorado em Estudos da Linguagem _ Instituto de Letras Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2001 FINATTO M J AZEREDO S EICHLER M L DEL PINO J C 2004 Funcionalidade de express es anunciadoras de par frase em um corpus de textos did ticos de qu mica Revista Virtual de Estudos da Linguagem ReVEL Ano 2 n 3 www revelhp cjb net FINATTO M J B 2004 Terminologia e ling stica de corpus da perspectiva enunciativa aos novos enfoques do texto t cnico cient fico Letras de Hoje Porto Alegre v 39 n n 4 p 97 106 191 FINATTO M J B HUANG C 2005 Da adjetiva o em Qu mica e Medicina algumas implica es para os estudos do l xico e de textos t cnico cient ficos Revista L ngua e Literatura Frederico Westphalen RS v 6 e 7 n 2004 2005 p 45 56 2005 FINATTO M J EICHLER M L AZEREDO S 2003 Caracteriza o coesiva e enunciativa do manual de Qu mica Geral um estudo interdisciplinar de um corpus textual Trabalho publicado nos Anais do II Encontro Nacional de Ensino de L nguas e XVII Semana de Letras da UCS de 8 a 11 de setembro de 2003 UCS Caxias do Sul Editora da UCS EDUCS CD ROM FINATTO M J 2007 Explora o terminol gica com apoio informatizado perspectivas desafios e limites In Ci ncias do L xico vol III publica o da Univ Federal de Uberl ndia UFU NO PRELO FISH Stanley 1980 Is there a text in this class T
308. re chronologically related eg She went and asked for some apples So he said Which kind do you want p 669 Al m dessas informa es fizemos um levantamento no corpus de estudo para verificar como SO era traduzido Em um levantamento de tradu o de SO em contextos em que ele n o havia sido traduzido por uma EAP notou se que SO foi traduzido por ENT O na maioria das vezes em que aparece 46 vezes O quadro abaixo mostra como SO traduzido no nosso corpus 161 uadro XXXIII N mero de ocorr ncia de SO corpus de estudo N mero de Ocorr ncias de So no corpus de estudo gt Equivalente de So Quantidade no Equivalente de So Quantidade no corpus corpus Ent o 46 At agora so far 2 De modo que 15 Tanto 2 De forma que 8 De tal forma que 2 Portanto 8 At aqui so far 1 Logo 8 Para isso 1 E 7 E ent o l Ou seja 7 De forma a l Exclus o de so 7 Sendo assim 1 T o 7 Na qual l Por isso 6 Assim por diante 1 Assim 6 De tal modo que 1 Muito 3 medida que 1 Conector de 3 At agora so far 1 Recupera o Segundo os dados encontrados no nosso corpus de manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral a palavra ENT O parece ser a tradu o can nica para SO seguida de DE MODO QUE Essas duas express es n o s o introdutores de par frase mas conectores de conclus o ou finaliza o Quanto a THEREFORE uma pesquisa no DLW 1986
309. realizar trabalho empurrando as paredes como se fossem um pist o Isto um sistema mantido a volume constante n o pode realizar trabalho de expans o Vamos supor que o sistema n o pode realizar outros tipos de trabalhos por exemplo a rea o n o ocorre dentro de uma c lula el trica de forma que n o podemos ter qualquer trabalho el trico 5 Como podemos nos livrar dos ons remanescentes Podemos usar o princ pio de Le Chatelier como um guia Esse princ pio nos diz que se adicionamos um segundo sal ou cido que forne a um dos ons um on comum a uma solu o saturada ent o esta tender ao equil brio por diminui o da concentra o dos ons adicionados Isto a solubilidade do sal original decresce e ele precipita Fig 11 17 Podemos concluir que a adi o de mais ons hidr xido gua deveria precipitar mais ons dos metais pesados 6 ESTRAT GIA A rea o torna se espont nea quando a energia livre de rea o AGr AHr TASr torna se negativa Uma rea o endot rmica torna se portanto espont nea em temperaturas acima das quais AGr 0 isto a rea o torna se espont nea para temperaturas acima das quais AHr TASr 0 A energia livre de rea o muda de sinal em f rmula Calcule a entalpia padr o de rea o e entropia usando os dados do Ap ndice 2A assumindo que n o h mudan as apreci veis com a temperatura 196 7 Se a concentra o de um dos ons em solu o aume
310. relevante 4 mostrar a inser o da rea de conhecimento no mbito das diferentes ci ncias Fazer isso segundo o autor n o exige o uso de ampla terminologia da rea mas demanda uma linguagem que ajude o graduando a entender algumas informa es b sicas Aos poucos a nova terminologia vai sendo introduzida e explicada Entre outras caracter sticas dos manuais acad micos did ticos observados por Van Dijk h o fato de serem textos traduzidos na grande maioria das vezes por profissionais da rea Al m disso a macro e a microestrutura apresentam alguns padr es A partir de manuais de Gen tica o autor cita que a macroestrutura composta normalmente por tabelas de conte do pref cio agradecimento cap tulos e em alguns manuais h um gloss rio no final do livro J a microestrutura relacionada com a estrutura dos cap tulos apresenta em um primeiro momento uma vis o geral do tema que ser tratado Logo ap s h um sum rio em seguida um mapa de conceitos e por fim exerc cios que ajudam a fixar o conte do Esse padr o conforme verificamos tamb m vale para os nossos manuais acad micos traduzidos de Qu mica Geral Uma vez que o conhecimento de Biologia normalmente relacionado com processos e processos geralmente s o dif ceis de serem descritos explicados e representados em esquemas e figuras Van Dijk 2001 salienta que uma peculiaridade do manual de Gen tica o uso de met foras para
311. rencia de outros textos Nesta disserta o com base nos estudos de Azenha op cit e Guimar es op cit referendamos a diferencia o entre texto t cnico e texto cient fico conforme colocada acima A seguir faremos uma revis o de alguns estudos que focalizam uma outra variedade textual o texto did tico 1 3 O texto did tico Dividiremos esta se o em tr s itens que abordar o e o texto did tico como um macrog nero textual e do texto did tico de ci ncias ao texto de Qu mica e o texto did tico do manual para n vel superior 1 3 1 O texto did tico como um macrog nero textual O t tulo desta se o implica a no o de g neros textuais e que o texto did tico concretizado em manuais acad micos did ticos corresponderia a um macrog nero Entretanto antes de qualquer pondera o sobre um estatuto de macrog nero ou de g neros mais ou menos did ticos vale fazer uma revis o sobre os fundamentos das concep es de g nero textual Ao reconhecermos a exist ncia de uma ampla discuss o que envolve diferenciar tipo de g nero textual achamos tamb m conveniente fazer aqui uma breve incurs o a essa diferencia o Segundo Possamai 2004 a express o g nero textual tem seu fundamento atribu do principalmente a conceitualiza o de g nero discursivo na obra de Bakhtin Est tica da Cria o Verbal 1997 Para esse autor os enunciados em uma l ngua tanto os orais quanto os escritos ser
312. rios evidencia se ent o a necessidade de um estudo mais profundo sobre a linguagem empregada em textos did ticos utilizados em n vel superior de modo que o futuro professor de escola tenha boas fontes de informa o Ao percebermos a inter rela o entre conhecimento e linguagem e para entendermos o problema da dificuldade de compreens o de leitura dos textos de manuais acad mico did ticos preciso observar determinadas caracter sticas ling sticas que podem ser pr prias desse tipo de texto Uma vez que em sua grande maioria esses textos s o frutos de tradu o do ingl s para o portugu s a continuidade do estudo sobre as EAP contribui para entendermos tal problema Nessas condi es temos uma pesquisa relevante tanto para a comunidade de Letras preocupada com quest es de texto e de linguagem quanto para a comunidade de Qu mica preocupada com o ensino e a representa o do conhecimento Este estudo pretende contribuir para que se observe at que ponto a linguagem utilizada em textos acad mico did ticos espelha a complexidade da ci ncia o que naturalmente tem implica es para a aprendizagem Para a comunidade preocupada com quest es de Educa o Qu mica h naturalmente um interesse pelo estudo da linguagem utilizada em textos did ticos Afinal h uma pressuposi o de que provavelmente algumas dificuldades de ensino aprendizagem da ci ncia estariam associadas maneira pela qual o conhecimento cie
313. rma tornar mais claro o que foi dito Com essa id ia em mente fizemos uma busca no corpus para verificar a exist ncia dessas express es Partindo de sugest es de Koch 2001 p 52 buscamos diversas express es que ela indica como elementos introdutores de par frase Entre eles buscamos isto ou seja quer dizer ou melhor em outras palavras em s ntese em resumo e melhor dizendo Dessa indica o obtivemos resultados somente com ISTO OU SEJA e EM OUTRAS PALAVRAS Dessa forma nossa observa o guiada e direcionada pelo corpus passou ent o a tratar somente dessas tr s express es como foco de nosso estudo Em que pese a redu o de foco a tr s EAP as nicas do g nero presentes no corpus vale ressaltar a possibilidade da exist ncia de par frases sem conectores ling sticos que as anunciem par frases antecedidas por sinais de pontua o Nosso foco n o a par frase mas sim o conector que a introduz Dessa forma limitamo nos a contextos em que par frases sejam antecedidas pelos tr s conectores mencionados acima 4 3 Procedimentos para coleta e observa o dos dados corpus de estudo A coleta e a observa o dos dados no corpus de estudo teve dois momentos em um primeiro momento foi feita a coleta e a observa o dos dados somente nos textos em portugu s No segundo momento foi procedia a coleta e a observa o dos dados no corpus alinhado portugu s ingl s A seguir descrevemos como se deu a c
314. rnecer uma norma com a qual se far a compara o das freqii ncias do corpus de estudo Berber Sardinha 2004 p 97 3 o corpus de refer ncia n o pode conter o corpus de estudo e 4 o corpus de refer ncia deve ser bem maior do que o corpus de estudo Segundo Berber Sardinha 2004 Os tamanhos cr ticos de corpora de refer ncia s o 2 3 e 5 vezes o tamanho do corpus de estudo Corpus de refer ncia com essas dimens es retornam significativamente mais palavras chave do que corpora de tamanhos menores p 97 A partir dessas informa es entendemos que os corpora que utilizaremos aqui n o se enquadram como corpora de refer ncia propriamente ditos Embora eles tenham como objetivo ser um recurso para compara o e n o contenham nosso corpus de estudo a dimens o dos corpora utilizados aqui pequena alguns com dimens o at menor do que 63 nosso corpus de estudo Isso ocorre porque da mesma forma que o corpus de estudo os corpora de contraste utilizados aqui j estavam previamente selecionados pelo projeto TextQuim Assim preferimos chamar de corpora de contraste os corpora que utilizaremos aqui para a compara o de resultados com o corpus de estudo Esse contraste tem contribu do para 63 Apenas um dos corpora de contraste poderia ser chamado de fato de corpus de refer ncia o CC4 107 darmos conta da segunda etapa do nosso estudo que busca observar se a presen a de EAP pode car
315. ro do corpus de estudo Tamb m usa procedimentos autom ticos e semi autom ticos para an lise do corpus tais como etiquetagem morfossint tica Berber Sardinha 2004 p 300 75 transdisciplina cada vez mais se aproxima de uma das voca es da Ling stica de Corpus doravante LC o processamento extensivo de grandes corpora com o fim de identificar usos reais de l ngua A autora argumenta que Terminologia e LdC t m mantido um di logo em torno do texto t cnico cient fico e de seu l xico embora no Brasil esse di logo ainda seja pequeno Isso porque via de regra para termin logos o termo uma unidade a priori dentro de um texto possuindo estatuto diferenciado em rela o s palavras comuns De outro lado para os ling istas de corpus uma palavra s ter um estatuto diferenciado medida que houver uma comprova o concreta e extensiva da sua diferencia o em um corpus Ademais como os pr prios termin logos reconhecem nem sempre os termos exibem caracter sticas expl citas que os diferenciem de uma palavra qualquer da l ngua Al m disso as freq ncias dos termos nem sempre s o altas o suficiente para diferenci los em uma perspectiva estat stica das demais palavras de um texto Fora esse diferen a entre termin logos e ling istas de corpus a LdC tem contribu do muito para os estudos de Terminologia no sentido de colher evid ncias para caracterizar diferentes tipos
316. rons Consequently the radius of H is just the nuclear radius 10 13 cm which is considerably smaller than 10 8 cm the approximate radius of other ions Therefore the proton should be able to approach and incorporate itself in the electronic system of a solvent molecule to a degree far exceeding that of any other ion In other words if ordinary ions are hydrated the proton should be even more intimately bound to the solvent so it is not legitimate to think of acid dissociation as producing free protons L2 Cada on em meio aquoso hidratado por v rias mol culas de gua H quatro ou seis mol culas de gua para cada on Be2 Mg2 e A3 O pr ton o nico on que n o possui el trons Consegiientemente o raio de H igual ao seu raio nuclear ou seja 10 13 cm o qual muito menor do que 10 8 cm ou seja o raio aproximado dos demais ons Portanto o pr ton deve ser capaz de se aproximar e interagir com a nuvem eletr nica da mol cula do solvente de maneira muito mais efetiva do que qualquer outro on Em outras palavras comparando se os ons de uma maneira geral o pr ton deve ser aquele capaz de se ligar mais intimamente ao solvente Assim incorreto imaginarmos que a dissocia o dos cidos origina pr tons livres 152 Contexto 2 manual B Inclus o L1 In 1931 E Hiickel suggested an easy effective method for calculating approximate molecular orbitals The Hiickel method has been used for a vari
317. roteno e peridinina pigmento exclusivo do grupo e armazenam amidos e leos como subst ncias de reserva a presen a de carotenos e de peridinina confere a tonalidade amarelada aos dinoflagelados A reprodu o exagerada de dinoflagelados no mar pode levar ao fen meno conhecido como mar vermelha denomina o esta relacionada mudan a da cor da superf cie do mar que se torna amarela ou laranja a superpopula o de dinoflagelados consome grande parte dos nutrientes dispon veis e libera toxinas na gua capazes de envenenar ou matar outros animais Filo Chrysophyta composto pelas algas douradas e organismos denominados diatom ceas vivem em ambientes aqu ticos marinhos ou de gua doce participando da composi o do fitopl ncton ou aderidas a um substrato em guas pouco profundas S o organismos aut trofos que apresentam clorofilas a e c caroteno e xantofilas armazenando leos como reserva As diatom ceas s o revestidas por uma parede celular formada por s lica e ao morrerem contribuem para a forma o do sedimento denominado terra de diatom ceas utilizado em ind strias No reino plantae s o encontrados organismos pluricelulares eucariontes e aut trofos cujas principais caracter sticas s o Filo Chlorophyta composto pelas algas verdes extremamente abundantes nos ambientes aqu ticos onde um dos mais importantes componentes do fitopl ncton as algas verdes s o respons veis pela maior parte da produ
318. rpora tendem a ser de grande ajuda para tradutores por exemplo pois n o se limitam a definir de um termo mas apresentam tamb m dados sobre seu uso Um tradutor que normalmente n o um especialista da rea de conhecimento para a qual traduz precisa mais do que saber o sentido de um termo Precisa muitas vezes de informa o sobre a sua fregii ncia e co ocorr ncias de modo que possa escolher entre o uso de um ou de outro que pare a sin nimo O tradutor precisa fundamentalmente de um contexto que mostre quando um dado termo utilizado Precisa saber tamb m que um termo mais frequente quando acompanhado por um verbo x e n o quando pelo verbo A Assim como h na linguagem comum uma certa convencionalidade que caracteriza a forma peculiar de express o numa dada l ngua ou comunidade Tagnin 2005 h tamb m uma convencionalidade que caracteriza uma forma peculiar de dizer as coisas em uma determinada ci ncia O tradutor busca dominar esse jeito de dizer as coisas em um determinado dom nio Nessa busca gloss rios baseados em corpus podem refletir esse jeito de dizer auxiliando o a produzir um texto com melhor qualidade uma vez que o leitor 45 Azeredo 2004 atrav s da observa o extensiva em um corpus composto de manuais acad mico did ticos de Qu mica notou que a express o transforma o qu mica e rea o qu mica palavras consideradas sin nimas no contexto da qu mica combinam se com d
319. rvadas Com esses resultados em m os e percebendo que n o havia um registro aprofundado sobre esse tipo de express es em manuais did ticos de Qu mica decidi ingressar no mestrado A continuidade do estudo aqui concretizada deu se por acreditarmos que a EAP uma caracter stica importante para entender a fei o da linguagem da Qu mica nesse tipo de situa o comunicativa Nosso estudo ampliado pretende cotejar n o s texto original e texto traduzido mas ir al m e contrastar tamb m 1 manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral e papers 2 manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos e manuais acad micos did ticos de Qu mica originalmente escritos em portugu s 3 manuais acad micos did ticos de Qu mica e textos de populariza o de ci ncias e 4 linguagem cient fica e linguagem cotidiana Essa amplia o de contrastes e de corpora imaginamos permitir verificar se a presen a de EAP nos manuais did ticos de Qu mica Geral seria um tra o de um g nero textual espec fico o g nero manual acad mico cient fico did tico traduzido de Qu mica Geral 18 Problema de pesquisa O relacionamento dos universit rios com a linguagem did tica do ensino superior aparentemente problem tico N o obstante tal linguagem merece ser melhor conhecida uma vez que se revela como orientadora de a es formadoras de futuros profissionais e base para a constru o do conhecimento Prec
320. s o err nea o CC3 apresenta bem menos EAP do que o corpus de estudo 140 O total por cem e o total por dez mil considerando o total de tokens de cada corpus mostra que o CC3 apresenta mais EAP do que o corpus de estudo cerca de 7 a cada dez mil palavras enquanto o corpus de estudo apresenta cerca de 5 a cada dez mil palavras Embora o CC3 n o seja composto por textos did ticos propriamente ditos o uso de EAP parece ser um recurso bem utilizado no texto de populariza o pois o texto da SuperInteressante apresenta mais EAP do que os manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral traduzidos nos quais se espera presen a de EAP A seguir trazemos aleatoriamente quatro contextos que ilustram o uso de EAP no ces Contexto 1 CC3 Por isso todas as tentativas de realiz la em laborat rio gastaram bem mais energia do que a obtida com a experi ncia Ou seja n o teria sentido usar o processo na vida real A fus o acontece quando dois n cleos de tomos leves se juntam para formar um terceiro mais pesado mas cuja massa menor do que a soma dos elementos originais Contexto 2 CC3 Simplesmente fica mais barato para o fabricante O qu mico aromista pega a am ndoa isola a subst ncia desejada e a submete a uma rea o de oxida o Ou seja acrescenta oxig nio sua estrutura molecular O resultado uma mudan a nas suas propriedades entre as quais o gosto e o aroma como voc v nos exemplos ao lado Da am nd
321. s ap s a aprova o no vestibular grosso modo o graduando se v mergulhado nas bibliografias especializadas indicadas nas disciplinas de seu curso Este primeiro contato com o texto t cnico cient fico marcante 34 pois quase sempre o texto a ser lido foi elaborado numa l ngua conhecida do graduando l ngua portuguesa por exemplo mas que emprega termos e estruturas bem diferentes das palavras e constru es usadas no cotidiano p 242 Ao lan ar seu olhar para o texto cient fico de uso acad mico Galv o op cit salienta que esse texto parece ter algumas caracter sticas que o diferenciam de outros textos Dentre essas caracter sticas a autora menciona em primeiro lugar a exist ncia de termos diferentes das palavras usadas no cotidiano A presen a de uma linguagem especializada uma terminologia pr pria parece segundo a autora ser uma das caracter sticas do texto t cnico cient fico Kocourek 1991 p 71 72 tamb m salienta a exist ncia de uma terminologia pr pria no texto t cnico cient fico Defende que a terminologia e o texto t cnico s o complementares e que juntos constituem a linguagem especializada pr pria desse texto Al m disso conforme explica nesses textos h nomes de pesquisadores nomes de teorias nomes de organismos e de ferramentas abrevia es unidades de medida siglas s mbolos etc Esses itens quando presentes podem constituir uma peculiaridade de um texto t cnico c
322. s informa es refer ncia bibliogr fica ano c digo do arquivo l ngua g nero autor assunto p blico alvo tokens types n mero e t tulo do cap tulo observado Essas informa es permitem identificar o texto e facilitam a consulta em qualquer momento da pesquisa No segundo momento foi necess rio alinhar o corpus em portugu s com o corpus em ingl s Isso exigiu que os textos originais em ingl s tamb m fossem escaneados corrigidos e transformados de arquivo doc para txt Os arquivos dos textos originais tamb m receberam cabe alhos com as mesmas informa es dos cabe alhos dos textos em portugu s mencionadas acima Ap s esse procedimento foi poss vel alinhar texto traduzido em portugu s com texto original em ingl s par grafo a par grafo com a ajuda da ferramenta Aligner do software Wordsmith Tools A seguir um exemplo de como ficou o texto alinhado 9 O alinhamento dos textos foi feito pela bolsista Salete Moncai Cechin e foi feito por blocos de texto A ferramenta Aligner do WordSmith Tools foi til at certo ponto pois at uma determinada altura do texto a ferramenta conseguia alinhar o texto perfeitamente No entanto a partir de uma determinada parte do texto era preciso fazer o alinhamento manualmente dentro da ferramenta Aligner Em alguns momentos optamos por fazer o alinhamento no pr prio Word pois parecia ser mais pr tico 113 21 lt L1 S 11 gt Aqueous Equilibria 22 lt
323. s na forma o inicial de professores representa es do conhecimento qu mico Congregou pesquisadores de Terminologia Lingi stica Aplicada de Educa o Qu mica e alunos bolsistas de Qu mica e Letras com o objetivo de tra ar um perfil da linguagem utilizada em textos de Qu mica Antes de iniciar como bolsista de Inicia o Cient fica nessa pesquisa j tinha uma curiosidade em rela o aos textos did ticos de Qu mica Durante a gradua o no curso de Bacharelado em Letras habilita o tradutor enquanto aluna das disciplinas de Teoria do Texto e Sintaxe do Texto nossas aulas propunham um estudo do texto principalmente o cient fico e objetivavam fazer os alunos quererem entender o que fazia com que um texto fosse considerado um bom texto A partir da fui percebendo o texto como um jogo de quebra cabe as Se todas as pe as estivessem bem encaixadas poder se ia ter uma boa compreens o do texto E nesse encaixe retomadas e reitera es conforme percebia desempenhavam um papel importante Informa es sobre o projeto TextQuim podem ser encontradas no site www textquim ufrgs br Mais informa es sobre a rea de Educa o Qu mica podem ser encontradas no site www iq ufrgs br aeq 14 Nas aulas muitos dos textos utilizados eram da rea da Qu mica alguns artigos acad micos e outros textos did ticos traduzidos do ingl s para o portugu s todos utilizados no curso de Qu mica ofer
324. s quantidades de cada EAP no manual A 72 PE F gas E as Do ponto de vista estat stico dizer isso parece bvio No entanto apresentaremos essa informa o por uma quest o de didatismo e por considera o aos leitores deste texto lingiistas que nem sempre est o familiarizados com conhecimento estat stico 120 Quadro V EAP no manual A Fregii ncia absoluta e fregii ncia relativa Total Bruto Total Total por dez Percentual mil Ou seja 12 0 011 1 134 Isto 30 0 028 2 837 Em outras 13 0 012 1 229 palavras TOTAL 55 0 052 5 2 No manual A a cada dez mil palavras cerca de 5 s o EAP sendo que h maior presen a da EAP ISTO 2 837 a cada dez mil palavras Al m disso as quantidades das EAP OU SEJA e EM OUTRAS PALAVRAS equilibram se entre si A seguir o quadro VI mostra as quantidades de EAP no manual B Quadro VI EAP no manual B Fregii ncia absoluta e fregii ncia relativa Total Bruto Total Total por dez Percentual mil Ou seja 43 0 053 5 365 Esto 7 0 008 0 873 Em outras 5 0 007 0 624 palavras TOTAL 55 0 068 6 862 No manual B a cada dez mil unidades temos cerca de 6 EAP Diferentemente do manual A no manual B h maior presen a da EAP OU SEJA cerca de 5 a cada dez mil palavras A quantidade de ISTO e EM OUTRAS PALAVRAS bem pequena n o chegando a 1 EAP a cada dez mil palavras Juntando os resultados encontrados no manual A e B temos o quadro a seguir que mostra a presen a de cada EAP e
325. scimo de sua velocidad pode ser devolvido por uma redu o correspondente de velocidade 3 O acr scimo de energia potencial representa trabalho armazenado no sistema por efeito de uma varia o de sua posi o no campo da gravidade e pode ser devolvido pelo retorno do sistema posi o inicial 4 Energia cin tica e energia potencial s o fun es de ponto pois sua varia o entre dois estados do sistema n o depende do caminho ou trajet ria percorrida pelo sistema mas apenas das coordenadas posi o e velocidade que caracterizam estes estados Em resumo energia cin tica e potencial s o propriedades escalares e extensivas dependem da massa e sua soma constitui a energia mec nica do sistema Qualquer trabalho realizado em um sistema conservado sob forma de energia mec nica se o processo se restringir varia o das coordenadas mec nicas desse sistema exclu das quaisquer for as de atrito H dois casos em que a varia o da energia mec nica de um sistema nula isto formula O primeiro se verifica quando o sistema percorre um ciclo de tal sorte que as coordenadas mec nicas posi o e velocidade do estado final s o id nticas s do estado inicial Ent o Ec 0 Ep 0 todo o trabalho armazenado numa etapa do ciclo devolvido ao meio externo na outra etapa O segundo ocorre num sistema isolado de modo a n o haver troca de trabalho com o exterior w 0 Ent o entre dois estados
326. se tornam mais pr ximos medida que o comprimento da caixa aumenta 2 A capacidade de um semicondutor de transportar corrente el trica pode tamb m ser ampliada com a adi o de el trons na banda de condu o ou a remo o de el trons da banda de val ncia Esta modifica o feita quimicamente pela dopagem do s lido ou seja espalhando se pequenas quantidades de impurezas atrav s dele Em um semicondutor tipo n uma quantidade m nima de elementos do Grupo 15 tal como ars nio adicionada ao sil cio de alta pureza 3 Por exemplo vimos na Se o 6 7 que o trabalho m ximo de expans o atingido se a expans o ocorre reversivelmente igualando a press o externa press o do sistema em cada est gio Essa rela o sempre verdadeira um processo produz o m ximo trabalho se ele ocorre reversivelmente ou seja wrev mais negativo que wirrev Entretanto como a energia interna uma fun o de estado AU a mesma para qualquer caminho entre os mesmos dois estados Logo como AU q w segue que grev o calor absorvido durante o caminho revers vel precisa ser mais positivo que o girrev o calor absorvido durante qualquer outro caminho pois somente ent o as somas de q e w ser o as mesmas 4 Podemos pensar em aquecer um pouco de carbonato de c lcio dentro de um recipiente at a decomposi o em xido de c lcio e di xido de carbono Um g s produzido mas como as paredes s o r gidas o sistema n o pode
327. semelhante apresentada no corpus de estudo No entanto os dados encontrados mostram que h muito mais EAP no CC1 do que no corpus de estudo revelando prov vel diferen a em fun o de n o ser texto traduzido Os dados est o no quadro a seguir Quadro XXI Quantidade de EAP Corpus de estudo em portugu s x CCI Ou Isto Em TOTAL Total Total seja outras BRUTO percentual por dez palavras mil CC1 22 58 6 86 0 161 16 195 Corpus de estudo 55 37 18 110 0 059 5 917 136 O CC1 apresenta um total bruto de 86 EAP em um universo de 53 100 tokens menos do que no corpus de estudo 110 EAP Ao examinar o total percentual e o total por dez mil percebemos que na realidade o CC1 faz mais uso de EAP do que o corpus de estudo pois a cada dez mil palavras do CCJ cerca de 16 s o EAP No corpus de estudo por outro lado a cada dez mil palavras cerca de 5 s o EAP Percebemos que em compara o com o corpus de estudo o CC1 emprega quase tr s vezes mais EAP Assim h maior presen a de EAP no manual acad mico de Qu mica originalmente escrito em portugu s do que no manual de Qu mica traduzido Quatro contextos retirados aleatoriamente do CC1 ilustram os usos de EAP Chama aten o em alguns casos a ocorr ncia de v rias EAP em um mesmo segmento de texto Contexto 1 CCI Lord Kelvin 1854 e Max Planck deram ao Segundo Princ pio o seguinte enunciado conhecido como enunciado de Kelvin Planck imposs vel reali
328. sier e que a ci ncia da Qu mica tal qual a conhecemos hoje surgiu exatamente naquela poca Salientamos que o trabalho de Lavoisier foi um marco de uma mudan a de pensamento com rela o qu mica 64 substitui o de um conjunto de termos alqu micos tais como leo de t rtaro para desmaios leo de vitr olo manteiga de ars nio manteiga de artim nio ou flor de zinco por uma nica denomina o moderna o ent o novo termo cido sulf rico p 187 O Tratado em algumas partes conta a hist ria da linguagem e como foram decididos naquela poca determinados nomes modernos A funda o de uma terminologia pr pria n o um processo de exclusividade da Qu mica ao se colocar como uma ci ncia Outros campos de conhecimento fizeram o mesmo acolhendo determinados termos e banindo outros Em alguns casos os termos banidos o foram em virtude de polissemia ou de varia o fen menos n o muito bem aceitos em uma linguagem cient fica A partir dessa rejei o as primeiras e mais remotas pesquisas de Terminologia tem como meta aperfei oar o controle das terminologias das ci ncias e das t cnicas Os primeiros movimentos dessa Terminologia embri tentam estabelecer os termos aprovados como corretos e desaprovar os termos inadequados Impera uma perspectiva normativa tal como na tradi o dos estudos de Gram tica No entanto percebe se que n o h como deixar de usar certos termos banidos N o poss vel con
329. sse desenvolvimento segundo Berber Sardinha 2004 contribuiu decisivamente para o reaparecimento e fortalecimento da pesquisa ling stica baseada em corpus p 5 A partir desses avan os a Ling stica de Corpus tem influenciado cada vez mais a pesquisa ling stica Biber 1998 em seu livro Corpus Linguistics Investigating Language Structure and Use mostra que a LdC pode ser utilizada em diferentes reas de estudo entre elas lexicografia gram tica an lise do discurso varia o ling stica aquisi o da linguagem ling stica hist rica No entanto infelizmente preciso reconhecer que ainda se faz pouco uso do computador em pesquisas ling sticas Berber Sardinha 2004 alista algumas raz es para ISSO Uma das raz es a falta de conhecimento dos instrumentos dispon veis Outra raz o a rejei o do computador e dos modelos de an lise de natureza mais emp rica que ele favorece p 84 Apesar das cr ticas o autor ainda elenca alguns motivos que tornam ben fico o uso de computador na observa o da linguagem Em primeiro lugar s o consistentes Os computadores n o se cansam e assim podem fazer tarefas tediosas como contar palavras identificar todas as ocorr ncias de um termo classificar a ordem dos itens alistados de modo eficiente e confi vel Em segundo lugar permitem maior abrang ncia na quantidade de dados que se pode lidar Uma outra vantagem diz respeito
330. ssim atrav s das quantidades de EAP em cada cap tulo dos manuais e reconhecendo em tese a EAP como um recurso did tico poder amos dizer que entre os quatro temas observados EQ e TR s o considerados pelo autor do manual A como os temas de mais dif cil compreens o para o leitor estudante de gradua o uma vez que nesses cap tulos que h maior incid ncia de EAP no manual A Por outro lado o manual B apresenta uma maior incid ncia de EAP nos temas TR e EI o que talvez indique que esse o tema que o autor do manual B considera ser o de maior dificuldade para o leitor Assim ao observar os dados encontrados no corpus de estudo percebemos que 1 das tr s EAP observadas nesta pesquisa h prefer ncia pelo uso de OU SEJA mas h baixa incid ncia da EAP EM OUTRAS PALAVRAS 2 o texto traduzido apresenta mais EAP do que o texto original 3 h inclus es de EAP no texto traduzido principalmente no manual B e 4 h tradu es de conectores como SO e THEREFORE por OU SEJA Isso pode dar margem para algumas dificuldades de compreens o de leitura A seguir resumimos os dados encontrados na compara o corpus de estudo e corpora de contraste 6 2 Segunda etapa Regularidades e especificidades O objetivo da segunda etapa desta disserta o como j dissemos foi contrastar os dados encontrados no corpus de estudo com os corpora de contraste a fim de observar se a presen a de EAP caracterizaria um g nero text
331. ste e os dados do corpus de estudo revelam que 1 manuais did ticos de Qu mica traduzidos n o s o os textos que mais apresentam EAP 2 manuais did ticos de Qu mica originalmente escritos em portugu s apresentam mais EAP do que os manuais traduzidos do ingl s 157 3 o texto de populariza o apresenta mais EAP do que manuais did ticos de Qu mica traduzidos 4 artigos cient ficos de Inform tica apresentam uma quantidade de EAP similar encontrada nos manuais did ticos traduzidos e 5 h diferentes presen as de EAP em diferentes g neros textuais No cap tulo seguinte ensaiamos algumas discuss es sobre os indicativos obtidos at aqui 158 7 DISCUSS O At a presente etapa observamos o corpus de estudo para verificar o uso e a origem das EAP Logo ap s observamos descrevemos e comparamos os dados do corpus de estudo com os dados dos corpora de contraste Na presente etapa faremos algumas pond era es sobre a descri o obtida a partir do recorte de investiga o proposta Pela ordem trataremos primeiro dos dados encontrados no corpus de estudo Em seguida trataremos sobre as informa es que contrastam corpus de estudo X corpora de contraste Feito isso retomaremos nossas quest es de pesquisa e hip teses a Corpus de estudo Nosso estudo privilegiou a observa o do uso das EAP em manuais acad micos did ticos traduzidos de Qu mica Geral Uma observa o do uso permite nos abor
332. substance that is both an acid and a base is similar to the self ionization of water that we called a disproportionation reaction That is the HCO3 can react with itself HC03 HC03 H2C03 CO 5 29 For this reaction K K2K1 1 1X 10 4 L2 A rea o global de uma subst ncia que se comporta simultaneamente como um cido e como uma base similar rea o de auto ioniza o da gua que denominamos rea o de 203 desproporcionamento Ou seja o HCO3 pode reagir consigo mesmo da maneira que se segue HCO3 HCO3 H2C03 C032 5 29 Para a rea o acima K K2 Kl 1 1x10 4 CONTEXTO 6 L1 Rats the equilibrium constants for a reaction and its reverse are reciprocals of each other We could have obtained this result by following the previous rule that is multiplying the forward reaction by 1 and raising K1 to the 1 power Often it is necessary to add two reactions together to obtain a third reaction L2 Ou seja as constantes de equil brio para uma rea o e sua inversa s o rec procas uma da outra Poder amos ter obtido esse resultado seguindo a regra anterior isto multiplicando a rea o direta por 1 e elevando K a 1 Geralmente preciso juntar duas rea es para obter uma terceira CONTEXTO 7 L1 Therefore if the temperature of a system initially at equilibrium is changed some net reaction must occur in order for the system to reach equilibrium at the new temperature Experiments
333. sulta dos bancos de dados inform ticos Chartier op cit p 138 No entanto muito comum encontrarmos sites educacionais que se limitam a disponibilizar textos impressos na Internet acrescentando links para passar a p gina ou mesmo abrindo arquivos inteiros na forma de texto O especialista em usabilidade que a medida de como um produto f cil e pr tico para usar ISO 9126 1994 Jakob Nielsen em artigo publicado no jornal O Globo Inform tica etc 11 mar 2002 p 1 afirma que boa parte das perdas do e commerce se deve m informa o visual e a concep es err neas da experi ncia que um usu rio tem quando est navegando por um website grifo nosso Esse um problema que atinge todos os tipos de sites mas quando se trata de um site educacional preciso redobrar a aten o pois ele utilizado como um valioso instrumento no processo de ensino aprendizagem A quest o torna se mais delicada com a educa o a dist ncia EaD tend ncia atual onde o processo de aprendizagem aut nomo ficando a cargo do usu rio a constru o do conhecimento Mas de que forma deve se criar avaliar um site educacional de modo que este preencha as necessidades de professores e alunos S o v rias as pesquisas que procuram oferecer metodologias para avalia o e 222 cria o de sites educacionais Segundo Vaz e Campos 2001 h diversos autores que t m buscado levantar atributos para avalia
334. t cnicos em oposi o aos textos liter rios caracterizando os at mesmo como textos menores mais f ceis de serem escritos ou traduzidos Assim dominando se as terminologias n o se teria maior dificuldade Peter A Schmitt 1996 apud Azenha 1994 j declarava que na literatura referente ci ncia da tradu o predomina at hoje a no o de que os textos de reas espec ficas do saber em especial os textos t cnicos s o de um modo geral relativamente f ceis de se traduzir Embora Schmitt tenha feito essa declara o em 1994 hoje parece que n o estamos muito longe dessa id ia No entanto segundo Azenha 1994 p 4 conforme percebem os estudiosos das linguagens t cnicas os textos t cnicos apresentam um estilo t cnico preciso e est o sujeitos a transforma es motivadas por conven es que por sua vez tamb m estariam sujeitas a atualiza es j que seriam culturalmente condicionadas Dessa forma segundo o autor a dificuldade do texto t cnico estaria em conciliar a acuidade terminol gica conceptual e a atualiza o estil stica com os rigores da urg ncia caracter stica marcante do dia a dia dos tradutores t cnicos p 5 O estudo de Azenha 1994 legitimou assim um espa o importante no Brasil para o estudo e o reconhecimento do texto t cnico como um texto diferenciado com caracter sticas e dificuldades pr prias Al m disso demonstrou a import ncia de se estudar
335. t of the buffering action If the solution had originally contained HC at a pH of 4 4 the addition of the NaOH would have raised the pH to 12 8 L2 Como na obten o da equa o de Henderson Hasselbalch podemos escrever pH pKa log CH3CO2 CH3COOH 4 75 log 0 10 0 020 5 45 ou em tomo de 5 4 Isto o pH da solu o muda de aproximadamente 4 4 para algo em torno de 5 4 A pequena mudan a o resultado da a o tamponante Se a solu o contivesse originalmente HC em pH 4 4 a adi o de NaOH teria aumentado o pH para 12 8 197 CONTEXTO 3 L1 We can use Le Chatelier s principle as a guide This principle tells us that if we add a second salt or an acid that supplies one of the same ions a common ion to a saturated solution then the equilibrium will tend to adjust by decreasing the concentration of the added ions That is the solubility of the original salt is decreased and it precipitates 11 17 We can conclude that the addition of more hydroxide ion to the water supply should precipitate more of the heavy metal ions The decrease in solubility caused by the presence of a common ion is c the common ion effect L2 Podemos usar o princ pio de Le Chatelier como um guia Esse princ pio nos diz que se adicionamos um segundo sal ou cido que forne a um dos ons um on comum a uma solu o saturada ent o esta tender ao equil brio por diminui o da concentra o dos ons adicionados Isto a solubi
336. ta de contextos Digit vamos uma das EAP e a ferramenta nos retornava a quantidade de ocorr ncias dessa express o no texto e seus respectivos contextos Em seguida assim como fizemos com o corpus de estudo registr vamos essa informa o quantitativa em tabelas que armazenavam um total bruto um total percentual e um total por dez mil Visto que nosso objetivo com os corpora de contraste era verificar se a presen a de EAP nos manuais acad micos did ticos de Qu mica Geral caracteriza um g nero textual nosso levantamento se limitou a um levantamento quantitativo das EAP Assim n o fizemos uma coleta de cada contexto existente nos corpora de contraste Apenas registramos as quantidades de EAP comparando as com as encontradas no corpus de estudo A partir do pr ximo cap tulo trazemos uma descri o dos dados encontrados no corpus de estudo e nos corpora de contraste Nossa descri o de dados tem duas partes A primeira privilegia a observa o do corpus de estudo para averiguar se a presen a de EAP contribui ou n o para problemas de compreens o e se a tradu o dessas express es contribui para essa dificuldade A segunda parte empreende a compara o entre dados encontrados no corpus de estudo e dados encontrados nos corpora de contraste O objetivo reiteramos averiguar se a presen a de EAP caracteriza um g nero textual 70 CEPRIL o Centro de Pesquisa Recursos e Informa o em Linguagem Est ligado ao LAEL
337. ta se a observa o dessas tr s EAP 119 Quadro IV EAP no corpus de estudo em portugu s Fregii ncia absoluta Total bruto Manual A 55 Manual B 55 TOTAL 110 A princ pio a observa o do total bruto n o diz muito uma vez que esse resultado mostra apenas que ambos os manuais utilizam o mesmo n mero de EAP 55 Guiando nos por esse dado poder amos pensar que n o h diferen a no uso desses elementos entre os manuais Para melhor compreender esse escore aplicamos uma regra de tr s simples para verificar quantas EAP aparecem a cada cem palavras em cada um dos manuais O resultado do total percentual pode ser visto no quadro a seguir Quadro IVa EAP no corpus de estudo em portugu s Fregii ncia relativa Total Total por dez Total Bruto de EAP percentual mil Manual A 55 0 052 5 201 Manual B 55 0 068 6 862 Observa se na terceira coluna o total por dez mil Para obt lo multiplicamos o total percentual por 100 a fim de saber quantas EAP aparecem a cada dez mil palavras do corpus Olhar o resultado dessa maneira como aplicar uma lente de aumento sobre o total bruto encontrado no levantamento inicial de dados Apesar de apresentarem a mesma quantidade bruta de EAP o total por dez mil mostra que o manual B utiliza mais EAP do que o manual A cerca de 6 EAP a cada dez mil palavras Ap s obter esse resultado buscamos observar qual dentre as tr s EAP mais se destacava em cada um dos manuais A seguir o quadro V mostra a
338. tamb m um conector que d seguimento ao texto Sim um conector uma vez que estabelece uma rela o sem ntica e sint tica entre enunciados conectados e d seguimento ao texto Por m al m disso a EAP tem um car ter h brido estabelece um movimento de ida e volta na microestrutura do texto interliga um antecedente e um consegiiente que permite simultaneamente um movimento de retroa o e de progress o no texto A EAP ainda um recurso did tico que permite anunciar e introduzir um esclarecimento uma defini o uma explica o A EAP n o um conector que introduz uma conclus o ou finaliza o da informa o anterior Conectores como SO THEREFORE e HENCE n o t m o car ter h brido e did tico que tem as EAP Tanto so therefore e hence quanto as EAP s o sim conectores No entanto t m caracter sticas e objetivos diferentes O conector ENT O n o OU SEJA S o usados em diferentes situa es dentro de um texto Surge ent o uma d vida h no nosso corpus de estudo conectores como SO THEREFORE e HENCE traduzidos por OU SEJA Poderia esse OU SEJA estar funcionando como SO ent o Sim Tanto que isso ocorre no nosso corpus de estudo A quest o isso seria adequado Sem querer fazer um julgamento das escolhas de tradu o fa amos uma aprecia o de alguns fatores natural que o leitor quando encontra uma EAP espere que a informa o que vem a seguir facilite o entendimento do que est lendo
339. tas da rea como por exemplo o artigo acad mico H tamb m os textos did ticos ou de aprendizagem de uma especializa o que s o os textos destinados a aprendizes de uma rea de conhecimento como por exemplo o manual acad mico de Qu mica J os textos de car ter de divulga o tamb m chamados de textos de populariza o s o direcionados para um p blico geral como por exemplo a revista Super Interessante Cano 2001 d um lugar para o manual did tico diferenciando o do texto de populariza o e do artigo cient fico colocando o entre os textos especializados de se esperar segundo a autora que o n vel terminol gico de um manual acad mico did tico em tese seja diferente do utilizado em um artigo cient fico uma vez que direcionado para iniciantes de uma rea de conhecimento e n o para especialistas Tamb m em tese afirma que as peculiaridades do manual acad mico did tico v o al m do n vel terminol gico utilizado 50 Van Dijk 2001 em um estudo sobre conhecimento e discurso especializado tamb m mostra que h diferentes graus de especialidade dentro do discurso especializado e que devido a esses diferentes n veis de especialidade os textos ter o diferentes faces pois poder o apresentar uso diferenciado da terminologia da rea Entretanto o autor salienta que h outros fatores al m da terminologia empregada que podem contribuir para a caracteriza o do discurso especializado
340. te ao texto em portugu s Com a ajuda da Concordance digit vamos a EAP e a ferramenta nos retornava tanto a quantidade do elemento no texto quanto os contextos em que aparecia Assim registr vamos as ocorr ncias em tabelas para que pudessem ser posteriormente colocadas em gr ficos e armazen vamos os contextos encontrados em um arquivo devidamente identificado As quantidades de EAP encontradas no corpus foram registradas em tabelas que armazenavam o total bruto o total percentual e o total por dez mil O total bruto a quantidade de EAP obtida na busca no programa WordSmith Tools O total percentual corresponde quantidade de EAP a cada 100 palavras do corpus Esse valor obtido atrav s de aplica o de uma regra de tr s simples que leva em conta o total de tokens do corpus e o total de EAP encontrado Por fim temos o total por dez mil Esse valor representa o total de EAP a cada dez mil palavras do corpus Para encontrar esse valor multiplica se o total percentual por 100 68 No caso da EAP ISTO foi necess rio fazer uma limpeza manual dos contextos pois percebemos que nem sempre ISTO era uma EAP Quando coloc vamos a express o ISTO a ferramenta Concordance retornava contextos como ISTO poss vel porque ou ISTO necess rio devido a O ISTO nesses contextos n o considerado uma EAP mas um pronome demonstrativo Por isso retiramos todos os contextos em que o ISTO aparec
341. te corpus de estudo e CC3 Item C O terceiro contraste envolveu o corpus de estudo e o CC3 composto por textos de populariza o de temas de ci ncias O p blico alvo de um texto de populariza o n o o especialista de uma rea de conhecimento espec fico Reconhecemos que o especialista at pode estar entre os leitores do texto de populariza o mas o texto de populariza o um texto direcionado para leitores n o especialistas de um determinado assunto mas que querem de alguma forma compreender determinado tema Embora n o seja a priori um texto did tico o texto de populariza o precisa utilizar uma linguagem acess vel e clara O uso de EAP nesses textos pode ser um recurso utilizado para traduzir express es t cnicas utilizadas entre especialistas de determinada rea para um leitor leigo e que n o domine essa linguagem Ap s um levantamento dos dados feito com a ajuda da ferramenta Concordance do WordSmith Tools foi poss vel comparar os resultados do CC3 e do corpus de estudo conforme quadro a seguir Quadro XXIII Compara o quantidade EAP Corpus de estudo em portugu s x CC3 Ou Isto Em TOTAL Total Total seja outras BRUTO por por dez palavras cem mil Cc3 30 14 1 45 0 075 7 552 Corpus de estudo 55 37 18 110 0 059 5 917 Percebe se uma grande diferen a na quantidade bruta de EAP 45 no CC3 e 110 no corpus de estudo Se nos gui ssemos pela observa o do total bruto chegar amos a uma conclu
342. ter dois volumes cada um com cerca de mil p ginas mas esses n o s o a maioria 100 Normalmente apresentam em seqii ncia o pref cio dirigido aos leitores o sum rio os cap tulos entre 19 e 20 cap tulos e os ap ndices Essa estrutura comum a quase todos os manuais Alguns deles ainda acrescentam uma se o de Fundamentos no in cio da obra com o objetivo de fazer uma revis o de alguns conhecimentos b sicos de Qu mica Trazem tamb m um Gloss rio ao final do livro a fim de familiarizar o leitor com a terminologia da rea Os cap tulos dos manuais s o subdivididos em itens Em cada item h exerc cios numerados com as suas solu es indicadas Alguns manuais caracterizam se por um uso maior de figuras outros apresentam mais texto Na grande maioria ao final de cada cap tulo est dispon vel uma grande quantidade de exerc cios geralmente envolvendo c lculos para que o conte do trabalhado possa ser apreendido e fixado Segundo Silva Eichler e Del Pino 2003 esses manuais em geral s o feitos de uma forma que os assuntos mais fundamentais necess rios para a progress o conceitual estejam no in cio da obra Depois aparecem os conte dos que s o dependentes desses conceitos anteriores H assim uma estrutura que segundo os autores chamada de estrutura linear que reflete o planejamento feito pelos autores Esse planejamento reflete a maneira como o autor entende a disciplina e pode s
343. tes inorg nicos no sistema mas estudos realizados com herbicidas6 eliminando as macr fitas indicaram que este aumento nas quantidades de nitrog nio e de f sforo dispon veis para as algas s ocorre ap s uma grave desoxigena o da gua Outros estudos mostraram que com o aumento do n vel de ilumina o associado ao aumento nos n veis de nutrientes pode ocorrer um crescimento da popula o de algas6 Intera es algas zooplancton as algas s o o alimento principal para os invertebrados aqu ticos e isso pode afetar a popula o de duas maneiras distintas uma taxa de alimenta o moderada pode estimular o crescimento e a produ o de algas aumentando a velocidade de reciclagem de nutrientes uma grande taxa de alimenta o reduz a abund ncia de algas Intera es algas subst ncias org nicas compostos organoclorados agem diretamente sobre as algas inibindo a fotoss ntese compostos organofosforados s o ainda mais t xicos na inibi o da fotoss ntese das algas mas sendo menos persistentes no ambiente n o representam uma amea a cr nica para as comunidades de algas a menos que continuamente introduzidos no sistema aqu tico Herbicidas diminuem a bioss ntese de lip deos nas algas e os lip deos s o elementos estruturais da membrana celular e de v rias organelas controlando o movimento de subst ncias para o interior das c lulas Intera es algas ons met licos ons de metais divalentes Cu Cd Hg
344. tese mais claro ele seria Estendendo a suposi o poder amos dizer que o manual B por apresentar mais EAP seria um texto mais claro e que daria margem a menos dificuldades de compreens o No entanto atrav s da leitura de v rios segmentos de texto com EAP em diferentes manuais percebemos que nem sempre quantidade est relacionada com qualidade A compara o texto traduzido texto original comprovou maior presen a de EAP no texto traduzido No manual A traduzido h 55 EAP enquanto no texto original do manual A encontramos 41 EAP uma diferen a de 14 EAP No manual B traduzido tamb m h 55 EAP No texto original do manual B h 22 EAP uma diferen a de 33 EAP a mais no texto traduzido Considerando o corpus como um todo manual A manual B temos o quadro s ntese texto original texto traduzido que revela 47 EAP a mais no texto traduzido 150 Quadro XXX Texto traduzido x texto original MANUAL A B Texto original Texto traduzido MANUAL Aro B ro MANUAL A B Ou seja 11 55 Isto 35 37 Em outras palavras 17 18 TOTAL 63 110 Vale frisar que o n mero de EAP a mais no texto de chegada nem sempre significa inclus es no texto em L2 O contraste texto original e texto traduzido mostrou que no manual A h poucas inclus es apenas 2 uma inclus o de OU SEJA e uma de ISTO No entanto h a tradu o de elementos considerados como conectores de conclus o de finaliza o ou de explica o por uma EAP Por
345. the ammonium ions are present initially 34 lt L2 S 17 gt Para prever o pH de misturas de cidos ou bases fracas e seus sais quantitativamente constru mos uma tabela de equil brio como a que est descrita na Caixa de ferramentas 10 1 Ent o usamos a constante de acidez ou basicidade para calcular a concentra o de ons hidr nio presentes na solu o A nica diferen a que agora o cido e a base conjugada est o presentes inicialmente assim a primeira linha da tabela deve conter suas concentra es iniciais Por exemplo na solu o mista de cido ac tico acetato de s dio o cido ac tico e sua base conjugada ons acetato est o presentes inicialmente Na solu o de am nia cloreto de am nio a base am nia e seu cido conjugado os ons am nio est o inicialmente presentes 35 lt Ll S 18 gt The pH of a solution of a weak acid increases when a salt containing its conjugate base is added The pH of a solution of a weak base decreases when a salt containing its conjugate acid is added 36 lt L2 S 18 gt O pH de uma solu o de um cido fraco aumenta quando um sal contendo sua base conjugada adicionado O pH de uma solu o de uma base fraca diminui quando um sal contendo seu cido conjugado adicionado c Amostra de parte de um arquivo do manual B lt REFER NCIA BIBLIOGR FICA MAHAN Bruce M amp MYERS Rollie J Qu mica um curso universit rio 4 ed S o Paulo Edgard Bl ch
346. to Durante a pesquisa alguns outros t picos observados a partir da observa o de palavras conceitualmente relevantes foram estruturas frasais verbos recorrentes conjun es presen a de adv rbios terminados em mente dentre outros temas Essa busca ajudou a tra ar um perfil da linguagem qu mica empregada em manuais did ticos utilizados em cursos de gradua o em Qu mica A prefer ncia pelo uso de uma determinada estrutura ou de um determinado tipo verbal identificava que havia sim uma maneira peculiar de se dizer as coisas em Qu mica O desvelar dessa maneira de dizer era o principal objetivo da pesquisa Nesse contexto medida que se esgotavam as observa es das terminologias presentes nos textos coube a mim a tarefa de identificar algum conector frasal ou oracional que parecesse importante em um texto did tico Dentre tantos elementos escolhi observar os que introduzissem um redizer os quais livremente batizamos de Express es Anunciadoras de Par frase doravante EAP Partimos do princ pio de que por ser um texto por natureza explicativo o texto did tico tenderia a apresentar repeti es retomadas explicativas e ou reformula es com o objetivo de tornar mais claro o conhecimento e de vincular um dito e um redito Assim sendo um estudo espec fico para EAP partiu da cren a de que seu uso poderia contribuir para percebermos o didatismo maior ou menor do texto de manuais acad micos de Qu mica Em um primeiro
347. to Texto n o s um conjunto de palavras mas ele mobiliza um conjunto enorme de saberes O autor afirma que apenas uma pequena parte do significado de um texto vis vel A maior parte permanece impl cita podendo ser deduzida devido a uma s rie de conhecimentos adquiridos pelo leitor Dessa forma texto um objeto que cont m muito mais do que apenas palavras mas tamb m inclui um conjunto de saberes constru dos por experi ncias pr prias de cada leitor 10 a se s A concep o de discurso para Van Dijk pareceu nos confusa pois em alguns textos como Texto Y Contexto 1984 discurso algo que subjaz ao texto Em outros textos discurso parece ser algo que se sobrep em ao texto Assim explicitamos aqui a concep o de discurso desse autor mas n o a adotamos neste trabalho 29 Outra vis o de texto mais ou menos afinada com a Ling stica Textual a da Teoria Semi tica do Texto TST Barros 2000 mostra que a TST procura explicar tanto o que o texto diz quanto o como ele diz Assim um texto definido como um objeto com duas faces que se complementam um objeto de significa o e um objeto de comunica o Como objeto de significa o preciso examinar os procedimentos da organiza o textual uma vez que o texto tem uma estrutura uma organiza o e mecanismos internos que o tecem como um todo de sentido Como objeto de comunica o o texto encarado como um objeto cultural inserid
348. to um modus dicendi que modela a maneira de expressar o conhecimento em determinada rea Esse modus dicendi permite diferenciar o paper de Qu mica do paper de Inform tica do paper de outras reas Tanto o CC2 quanto o CC4 s o papers A despeito disso cada um tem uma forma diferente Paper acad mico de Qu mica 87 S bs Paper acad mico de Inform tica 174 de expressar conhecimento H prefer ncias de uso por determinadas estruturas por determinado tempo verbal por determinadas palavras a outras A compara o da presen a de EAP entre esses dois corpora prova que h diferen a na maneira de dizer as coisas em diferentes reas No caso da Inform tica a EAP um recurso utilizado nos papers tanto quanto utilizado em um manual acad mico traduzido de Qu mica No caso da Qu mica a EAP n o um recurso muito utilizado em papers Assim a EAP um fator que diferencia e ao mesmo tempo caracteriza o paper dessas duas reas A compara o corpus de estudo x corpora de contraste neste trabalho tem dois lados Por um lado a presen a de EAP no corpus de estudo e nos corpora de contraste um fator que diferencia g neros textuais Diferencia o manual acad mico traduzido de Qu mica Geral do manual acad mico de Qu mica originalmente escrito em portugu s CC1 do texto de populariza o de ci ncias da revista SuperInteressante CC3 do paper de Qu mica CC2 Al m disso um fator que diferencia a lingu
349. to did tico apresente mais EAP do que um paper Selecionamos aleatoriamente quatro contextos do CC2 Chama aten o a dimens o das frases Contexto 1 CC2 No primeiro tipo est o inclusas as melhorias efetuadas nos leos diesel e lubrificante a utiliza o de aditivos ou de combust veis mistos e ainda o desenvolvimento dos motores dentre os quais podem ser citados o uso da inje o eletr nica o controle do tempo de perman ncia do combust vel na c mara a recircula o dos gases de exaust o e ainda as melhorias na distribui o do combust vel ou seja a maneira como o combust vel introduzido na c mara de combust o como por exemplo a inje o do combust vel em press es elevadas J no outro tipo est o inclusos os filtros para particulados a utiliza o conjunta desses filtros com aditivos do diesel os catalisadores de oxida o e o conversor catal tico para particulados Contexto 2 CC2 2 COMPETI O ENTRE OS MECANISMO DE REDU O ELETROQU MICA DIRETA E INDIRETA DE COMPOSTOS INSATURADOS A efici ncia eletroqu mica da HEC ou seja carga passada para gera o de H vs produto de hidrogena o determinada pela competi o entre a rea o de hidrogena o de um substrato rea o de evolu o de hidrog nio molecular e em alguns casos a redu o direta do substrato Contexto 3 CC2 Contudo este modelo continuou desprezando a energia de desolvata o isto a contribui o
350. to m dio M Contexto 2 CC3 A massa de sab o propriamente dita os fabricantes acrescentam ainda corantes ess ncias de perfume e uma boa dose de leo livre isto que n o passou pela saponifica o Sua fun o besuntar novamente a rea da qual acabou de se tirar o sebo Contexto 3 CC4 A RCC da comunidade um hiperdocumento uma ontologia isto uma rede conceitual sobre a qual os usu rios da CVFT podem fazer anota es ou adicionar novos nodos A RCC assim constru da constitui um corpo de conhecimento coletivo um produto concreto da comunidade capaz de ser facilmente portado e reutilizado em outros contextos No contexto do CC2 a frase em que h EAP bem longa Por outro lado no CC3 e no CC4 a EAP parece funcionar como um conector de s ntese pois o que vem ap s a EAP uma reformula o resumida do que estava antes O uso das EAP no CC4 parece aproximar se do uso que feito no CC3 um conector de s ntese que define em poucas palavras algo mencionado antes Outro fator a baixa quantidade de EAP encontrada no CC5 amostra do Banco do Portugu s n o chega a Ol uma EAP a cada dez mil palavras Isso confirma que em compara o com a linguagem did tico cient fica a presen a de EAP n o parece constituir uma caracter stica da L ngua Portuguesa em uso mas parece sim ser muito mais uma caracter stica da linguagem did tico cient fica em uso Em s ntese os dados dos corpora de contra
351. totalidade Independentemente de ser total ou parcial a reformula o parece ser uma amplia o de um enunciado um recurso utilizado na maioria das vezes para tornar o texto mais claro mais did tico Acrescenta a autora ainda que as reformula es s o normalmente antecedidas por conectores que ajudam o leitor a perceber que o enunciado Y uma reformula o do enunciado X Estabelece se assim uma equival ncia entre dois enunciados Halliday e Hasan 1976 embora n o tratem especificamente de conectores de reformula o mostram em Cohesion in English que elementos vinculadores de conex o est o no n vel da coes o e que atrav s deles pode se expressar o tipo de rela o sem ntica existente entre enunciados que est o vinculados Assim os conectores independentemente da fun o que desempenhem no texto s o fundamentais para a articula o e para a argumenta o textuais Para Bach 2002 um conector uma unidade ling stica com significa o pr pria formada por um ou mais elementos que guia os leitores de um texto na descodifica o do discurso em que se inclui orientando os para uma conclus o determinada e que conecta sem ntica e pragmaticamente um enunciado ou um segmento de enunciados a um elemento ou a uma s rie de elementos que formam parte do contexto p 67 tradu o minha Assim um conector teria cinco caracter sticas 1 uma unidade ling stica com significa o pr
352. trap em se perspectiva tradicional e focaliza o processo tradut rio e as rela es entre elementos e no es que se estabelecem nesse processo op cit p 16 Essa segunda perspectiva pode ser representada por Francis H Aubert Rosemary Arrojo e Theo Hermans Para esses autores a tradu o baseia se num sentido que o resultado de um ato de interpreta o do tradutor Al m disso o tradutor tem um papel ativo e respons vel na tradu o estando presente em todo o texto Para esses autores a invisibilidade do tradutor mera ilus o Nessa segunda perspectiva Aubert 1989 apud Mitmann 2003 entende que a tradu o express o em l ngua de chegada de uma leitura feita em l ngua de partida por um indiv duo sob determinadas condi es de recep o e de produ o p 24 Segundo essa vis o o texto original produz v rias leituras Uma delas ser objeto de tradu o Assim o 35 Seria conveniente na nossa opini o acrescentar como um importante integrante dessa perspectiva o trabalho de Amparo Hurtado Albir 2001 61 tradutor deixa de ser um transportador de mensagens para ser um intermediador um leitor que fez uma interpreta o particular do texto original um produtor de sentido e de texto Rosemary Arrojo 1993 apud Mitmann 2003 por sua vez nos legou uma teoria descontrutivista da tradu o Nessa teoria o tradutor um leitor do texto original e o sentido desse se
353. trolar em absoluto o uso que se faz da linguagem das ci ncias Naturalmente um tal controle tem o objetivo de ajudar a estabelecer uma comunica o un voca entre cientistas e t cnicos Se por um lado houve uma tentativa de controle da linguagem das ci ncias por outro lado na poca da Revolu o Industrial cada vez mais novas tecnologias de produ o come aram a ser implantadas A Revolu o Industrial nos legou a produ o em s rie o que levou a uma necessidade de compra e venda que consegiientemente criou uma comunica o peculiar A necessidade comercial imp s terminologias que precisavam ser dominadas tanto pelos que compravam quanto pelos que vendiam para al m dos cientistas e tecn logos envolvidos na cria o de processos e produtos Surgem ent o gloss rios direcionados para o com rcio com o objetivo de resolver problemas de comunica o entre quem fabrica quem vende e quem compra Assim como ocorreu nas academias de ci ncia do s culo 19 o objetivo era estabelecer uma comunica o sem ru dos un voca A partir do s culo 19 l cito pensar que as primeiras pesquisas em terminologia tenham sido feitas pelos pr prios profissionais das reas principalmente por engenheiros e cientistas te ricos que objetivam tentar controlar e padronizar denomina es de produtos e de processos E por volta dos anos 30 surge a Terminologia como uma rea acad mica auto denominada de uma rea que se ocupa de t
354. tros tipos de grupos ou a vastas comunidades de fala Swales 1990 p 9 Para esse autor o discurso opera dentro de conven es definidas de comum acordo por comunidades sejam essas comunidades disciplinas acad micas ou grupos sociais O autor reconhece que membros de uma comunidade discursiva compartilham o mesmo conjunto de prop sitos comunicativos e que esses prop sitos s o condicionados por essas comunidades como mecanismos de comunica o Uma comunidade discursiva estabeleceria consensualmente conven es e regras para que seus textos possam ser produzidos e compreendidos Com isso em mente Swales 1990 p 24 prop e seis caracter sticas que identificam uma comunidade discursiva S o elas 1 a exist ncia de um conjunto de objetivos p blicos amplamente aceitos 2 a posse de mecanismos de intercomunica o entre seus membros Swales afirma que sem mecanismos de intercomunica o n o h comunidade 1990 p 10 S o exemplos desses mecanismos encontros telecomunica es correspond ncias etc Segundo o autor 1990 p 9 o estudo sobre comunidade discursiva e g nero n o tem como objetivo fazer uma contribui o intelectual ou construir uma vis o cultural O objetivo desenvolver um estudo pragm tico que ajude falantes nativos e n o nativos do ingl s a desenvolver sua compet ncia comunicativa acad mica N o incluiremos nesta Revis o da Literatura a concep o de comunidad
355. ual A seguir temos um quadro s ntese dos resultados encontrados 154 Quadro s ntese de quantidade de EAP I Corpus de estudo x Corpora de contraste Ouseja Isto Em TOTAL Total Total outras BRUTO percentual por dez palavras mil Corpus de 55 37 18 110 0 059 5 917 estudo CC1 22 58 6 86 0 161 16 195 CC2 81 39 4 124 0 028 2 899 CC3 30 14 1 45 0 075 7 552 Cc4 470 188 24 682 0 052 5 298 CS 28 0 2 30 0 005 0 512 Segundo o quadro acima o corpus que apresenta o maior Total Bruto de EAP o CC4 No entanto n o esse o que tem maior presen a de EAP a cada dez mil palavras Reitera se que o Total Bruto n o uma boa medida de compara o Para uma id ia mais objetiva o CC3 pelo Total Bruto um dos corpora em que h menor uso de EAP ficando na frente apenas do CC5 que o corpus em que h o menor n mero de EAP No entanto apesar do CC3 apresentar um Total Bruto baixo esse corpus o segundo em que h mais presen a de EAP a cada dez mil palavras O Total por dez mil ao considerar o universo total de tokens de cada corpus revela um resultado mais real da presen a de EAP no texto Considerando o total por dez mil foi poss vel elaborar o quadro a seguir que ilustra em que pontos o corpus de estudo se destaca com mais EAP Quadro XXXI Corpus de estudo x Corpora de contraste Corpus de estudo Corpora de contraste Item A Item B Item C Item D Item E
356. udo e corpora de contraste b corpus de estudo x corpora de contraste A observa o de EAP no corpus de estudo foi tamb m movida pela pressuposi o de que o manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral como um g nero textual com caracter sticas pr prias apresentaria como uma de suas peculiaridades grande quantidade de EAP Esse pressuposto surgiu por esses textos serem textos did ticos e traduzidos Por serem did ticos supomos que por serem por natureza textos explicativos haveria bastante repeti o reformula o reitera o etc A EAP seria ent o um recurso utilizado para introduzir essas repeti es reformula es e reitera es Por ser traduzido partimos do princ pio de que a EAP poderia ser um recurso utilizado pelo tradutor para deixar algumas informa es mais claras Juntando esses dois fatores a EAP poderia ser uma peculiaridade do manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral Um contraste entre o corpus de estudo e diferentes corpora de contraste permitiu verificar se tal pressuposi o se confirma Esper vamos que os corpora que mais apresentassem EAP fossem aqueles compostos por textos did ticos o corpus de estudo e o CC1 Esper vamos ainda que o corpus de estudo apresentasse mais EAP do que o CC1 uma vez que por ser composto de manuais acad micos did ticos e traduzidos a EAP seria um recurso mais presente no texto traduzido do que no texto originalmente escrit
357. ue no CC2 as EAP est o em frases muito longas Mesmo havendo EAP que retomem o que j foi dito h certa dificuldade para acompanhar o que est sendo dito Por outro lado no CC4 as frases s o menores e as EAP sintetizam o que foi dito facilitando em tese ainda mais a compreens o da frase Apesar de serem compostos de textos do mesmo g nero textual o CC4 por fazer mais uso de EAP parece ser mais claro e at mesmo did tico apesar de ser um artigo cient fico Retomando os dois momentos dessa se o a o contraste corpus de estudo e CC4 revela que a EAP n o um fator que diferencia os g neros textuais envolvidos pois a presen a de EAP nos dois corpora muito semelhante Isso pode indicar que o CC4 artigo cient fico de Inform tica um texto t o did tico quanto o texto do manual acad mico did tico traduzido de Qu mica Geral b o contraste CC2 e CC4 mostra que a EAP um ndice que diferencia o artigo cient fico de Qu mica do artigo cient fico de Inform tica sendo que a maior presen a de EAP est no artigo cient fico de Inform tica 145 A seguir descreveremos os dados encontrados no contraste corpus de estudo e no Cos Item E Iniciamos aqui um contraste que extrapola o fator g nero textual mas que pretende verificar um uso global de EAP em linguagem cotidiana n o especializada Temos aqui um contraste entre corpus de estudo e CC5 composto por parte do Banco de Portugu s um
358. uitos tipos de liga o mas mais comumente aplicado no caso de mol culas com orbitais deslocalizados EM hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas H uma grande diferen a entre dizer orbitais Y deslocalizados EM hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas e dizer orbitais deslocalizados ou seja hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas O contexto III acima permite identificarmos a fun o de uma EAP como um recurso did tico que indica a introdu o de uma reformula o Mesmo n o sendo conceitualmente adequado o que est no contexto III entendemos perfeitamente ao ler apenas em L2 que hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas uma reformula o de mol culas com orbitais Y deslocalizados Isso ocorre porque entendemos a EAP como um introdutor de uma reformula o Somente ao compararmos o texto em L2 com o texto em L1 que percebemos que h uma mudan a no sentido do texto Para o leitor do texto traduzido em portugu s n o h problemas de entender que hidrocarbonetos com liga es duplas conjugadas uma reformula o de mol culas com orbitais Y deslocalizados H no contexto acima um problema conceitual que pode prejudicar o entendimento do leitor aluno de conceitos que sejam apresentados mais adiante no livro que est usando 170 O mesmo acontece com a dupla de contextos a seguir Contexto IV Inclus o de EAP L1 Therefore
359. ulamos o n mero m dio de mols de am nia por mol de Ag em solu o ou seja a f rmula m dia Ag NH3 n de todos os complexos de prata presentes no equil brio formula e formula Vamos aplicar as equa es acima para os valores de concentra o correspondentes ao primeiro ponto de cruzamento 1 A concentra o de Ag proveniente da dissolu o do AgCl deve ser igual concentra o de Cl como pode ser observado a partir da rea o global Tendo isto em mente podemos reescrever a Eq 5 3 de forma exata f rmula 5 3 exata onde Co a molaridade da solu o de AgNO3 ou seja igual a concentra o inicial de ons Ag antes da dissolu o do AgCl A partir desta rela o estequiom trica e da express o do produto de solubilidade temos que f rmula Esta equa o pode ser resolvida para a concentra o de Cl para quaisquer valores de Kps e Co 3 Resolvendo se a equa o de Hartree Fock resultante duas condi es devem ser satisfeitas A primeira condi o satisfeita aplicando se o m todo variacional da mec nica qu ntica na qual as fun es de onda s o modificadas de modo a se obter a energia m nima do sistema Para satisfazer a segunda condi o ou seja a condi o de auto consist ncia as fun es de onda devem produzir potenciais eletr nicos que sejam consistentes com potenciais usados para ger las A energia de cada orbital resultante destes c lculos leva tr s termos em considera o a
360. ural vai descrever as similaridades gramaticais e as diferen as entre por exemplo as senten as I hope that I can go I hope to go I hope I can 41 go Por outro lado os estudos de uso representam uma perspectiva diferente e n o menos importante cuja nfase o uso da linguagem Ao inv s de tentar julgar a gramaticalidade os especialistas que estudam o uso d o aten o a padr es t picos da linguagem Dessa perspectiva pode se investigar como os falantes e escritores usam os recursos da linguagem Uma an lise do uso vai al m da descri o gramatical e procura perguntar por que a l ngua tem tr s estruturas que s o t o similares em significado e em fun o gramatical como por exemplo as senten as I hope that I can go T hope to go I hope I can go citadas acima Os estudos de estrutura e os estudos de uso s o duas perspectivas para ver a linguagem s o maneiras diferentes de observar um mesmo objeto Embora a maneira de olhar seja diferente o objeto continua sendo o mesmo e olhar de uma outra maneira para o mesmo objeto pode ajudar a melhor entender o que observado s o formas diferentes de se olhar para o mesmo objeto Assim essas duas perspectivas n o se excluem mas se complementam uma vez que para observar o uso da linguagem preciso saber em que estrutura o uso est inserido e para observar a estrutura preciso ver em que contextos de uso 3 Pode ser considerado pertinente imaginar e acrescentar u
361. uto e n o como um processo Assim o objeto texto nesta disserta o um ponto de partida uma estrutura de partida que por sua vez instaura um processo Para dar conta de nossos objetivos reunimos as seguintes perspectivas te ricas a a Ling stica Textual uma vez que nosso objeto de pesquisa o texto b a Terminologia Textual c a Tradu o d o G nero Textual e e a Lingi stica de Corpus LdC reconhecendo a validade dos princ pios te ricos da Ling stica de Corpus e n o apenas baseando nosso trabalho em um corpus coletado Este estudo n o tratar da enuncia o cient fica em si em moldes benvenistianos tampouco tomar a par frase como um objeto espec fico de estudo A par frase caracteriza se desde a poca de IC por ser o nosso limite O estudo que encaminhamos aqui focaliza as EAP que permanecem vistas como uma ponte para conectar um dito e um redito e neste estudo limitamo nos a observar essa ponte Naturalmente ao prospectar a ponte prospectamos seus transeuntes e os pontos que por ela s o vinculados Mas esse um efeito da pesquisa n o o seu fim Feitos esses esclarecimentos no pr ximo cap tulo temos a revis o bibliogr fica Nela trazemos os referenciais te ricos utilizados nesta pesquisa Logo ap s faremos uma descri o do corpus utilizado bem como dos corpora de contraste para em seguida descrever nosso objeto de estudo e apresentar nossas an lises e resultados Por fim retom
362. we must be careful to specify the pressure or in general the concentration conditions for which a free energy change is evaluated Hence it is convenient to tabulate the standard molar free energy change AG of a process where AG is the free energy change that accompanies the conversion of reactants in their standard states to products in their standard states for a mole of reaction as written In discussing thermochemical problems we associated a standard enthalpy of formation with each compound in its standard state L2 Portanto devemos ser cuidadosos ao especificar a press o ou as concentra es nas quais a varia o de energia livre foi determinada Toma se assim conveniente compilar as varia es de energia livre padr o por mol das rea es AG OU SEJA a varia o de energia livre por mol de rea o que acompanha a transforma o dos reagentes em produtos ambos nos seus estados padr o Anteriormente associamos uma entalpia padr o de forma o para cada composto nos seus estados padr o para resolvermos alguns problemas termoqu micos No contexto em ingl s WHERE introduz uma defini o de AG Em portugu s temos uma reformula o definit ria explicativa de varia es de energia livre padr o por mol das rea es AG H uma mudan a de foco no contexto em L2 o que pode comprometer o entendimento da informa o poss vel imaginar que a inclus o da EAP no caso dos contextos III e IV n o cause
363. x Corpora de contraste Quadro XXXI Corpus de estudo x Corpora de contraste Quadro XXXII Ranking dos corpora Quadro XXXIII N mero de ocorr ncia de SO corpus de estudo Desenho 3 N mero de EAP entre manual acad mico de Qu mica originalmente escrito em portugu s e manual acad mico de Qu mica traduzido Desenho 4 N mero de EAP entre manual acad mico de Qu mica traduzido e seu texto original Quadro XXXIV Equipe de tradu o do Manual A Quadro XXXV Equipe de tradu o do Manual B 124 125 127 127 128 130 131 133 134 136 138 140 141 142 144 145 148 149 153 153 154 160 179 179 185 186 LISTA DE ABREVIATURAS AEQ rea de Educa o Qu mica CC Corpus de Contraste EAP Express es Anunciadoras de Par frase EI Equil brio I nico EN L ngua Inglesa EQ Equil brio Qu mico FQ F sico Qu mica IC Inicia o Cient fica L1 L ngua do texto original L2 L ngua do texto traduzido LdC Ling stica de Corpus LQ Liga o Qu mica Manual A Manual Atkins Texto Traduzido Manual Ato Manual A Texto Original Manual B Manual Mahan Texto Traduzido Manual Bro Manual B Texto Original PT L ngua Portuguesa QG Qu mica Geral QN Revista Qu mica Nova TCT Teoria Comunicativa da Terminologia TGT Teoria Geral da Terminologia TR Termodin mica TST Teoria Semi tica do Texto 10 SUM RIO P gina AG
364. xpandido para o S por m lembre se que existem duas liga es duplas RESPOSTA 9 O fracasso foi t o bem documentado que atualmente aceito como uma verdade universal e expressa como a lei da conserva o de energia A energia n o pode ser criada nem destru da apenas pode ser transferida ou transformada Consegiientemente podemos concluir que no nosso caso AEb AEa e que as varia es de energia devem ser independentes do caminho percorrido entre os estados a e b Em outras palavras a energia interna uma fun o de estado e a prova mais contundente para se chegar a esta conclus o a ineg vel evid ncia de que a energia conservada Consideremos o efeito da adi o de uma quantidade de calor q ao sistema b Amostra dos contextos alinhados portugu s ingl s do manual B Contexto 1 L1 As we can see from this net reaction the Ag concentration that comes from the solubility must be equal to the total CI concentration in the solution With this in mind we can write the exact form of Eq 5 3 as Ag Co O where Co is the molarity of the AgNO3 solution and is the initial Ag before the AgCI dissolves With this stoichiometric relation and the solubility product expression we obtain Co O DICI Ksp which can be solved for the concentration of CI for any values of Ksp and Co L2 A concentra o de Ag proveniente da dissolu o do AgCI deve ser igual concentra o de CI como pode ser
365. xtuais em um corpus biling e de artigos cient ficos de Inform tica Seu corpus teve mais de um milh o de palavras Buscou n o os termos mas elementos que os circundam e que conforme assinala precisam ser estudados tanto quanto as terminologias Inspirados nesse trabalho mas com um olhar distinto buscamos observar n o os termos de Qu mica mas as express es anunciadoras de par frase que muitas vezes circundam palavras termo e que podem caracterizar a linguagem da Qu mica Por ltimo no que diz respeito Ling stica de Corpus inspirados em Biber 1998 e em Berber Sardinha 2000 2004 nosso trabalho se caracteriza por seguir inconteste os princ pios da Ling stica de Corpus Ao respeitar princ pios te ricos da LdC embora o trabalho seja baseado em um corpus tamb m um estudo que se filia LdC Quanto a esses princ pios te ricos reiteramos que e uma abordagem empirista da linguagem necess ria a fim de poder dar primazia aos dados e observar padr es de uso real em textos naturais e necess ria a utiliza o de uma cole o de textos naturais que seja suficientemente representativa de uma variedade da linguagem no caso aqui a linguagem did tico cient fica de Qu mica Geral Por textos naturais entendemos aqueles textos que tenham sido produzidos em situa es reais e naturais de escrita ou fala e n o textos produzidos artificialmente e a linguagem um sistema probabil stico o que signi
366. xtual desses materiais visto que todos os manuais eram textos traduzidos c apresentar em forma oral e ou escrita o conjunto dessas an lises e debat las com professores de Qu mica do ensino superior e com estudantes de gradua o e p s gradua o de Letras e d sistematizar e disponibilizar o conjunto dessas an lises para pesquisas futuras O estudo em um primeiro momento observava a frequ ncia e a distribui o de um determinado grupo de palavras chave ao longo dos cap tulos selecionados Essas palavras chave eram entendidas como termos conceitualmente relevantes para o entendimento de um 16 determinado tema e eram indicadas pelos professores da AEQ Por exemplo no tema Liga o Qu mica os professores da AEQ indicaram uma lista de 95 express es conceitualmente relevantes para o entendimento do tema O principal trabalho a partir dessa indica o foi verificar suas incid ncia e distribui o no nosso corpus Tomamos como base a Terminologia de car ter textualista que ao inv s de considerar apenas a terminologia isolada privilegia suas rela es em um todo de significa o que o texto A partir dessa ptica buscamos identificar n o s termos mas tamb m estruturas frasais e elementos coesivos recorrentes A observa o das palavras chave foi ent o nosso ponto de partida Dessas express es ora ausentes ora presentes irradiavam se diferentes outros pontos de estudo sobre a configura o do tex
367. zar um perpetuum m bile de segunda esp cie ou seja uma m quina que operando em ciclos tenha como nico efeito a produ o de trabalho custa do calor de uma nica fonte t rmica O Segundo Princ pio representa portanto uma restri o imposta ao Primeiro Princ pio De acordo com este ltimo o trabalho w produzido por um sistema ao cabo de uma transforma o c clica igual ao calor recebido ou seja f rmula Entretanto se o ciclo for monot rmico isto dispondo se de um nico reservat rio ou fonte de calor de temperatura constante torna se imposs vel converter calor em trabalho e a equa o acima s v lida para a convers o de trabalho em calor isto o trabalho recebido pelo sistema igual ao calor fornecido ao meio externo Contexto 2 CCI Isto significa que numa dada temperatura embora variando a press o a atividade de s lidos e l quidos mant m se praticamente igual unidade isto f rmula Como consegii ncia tendo em vista que f rmula conclui se que o potencial qu mico de uma subst ncia pura s lida ou l quida a qualquer press o moderada superior a 1 atm pode ser considerada igual ao potencial qu mico padr o na mesma temperatura ou seja f rmula Contexto 3 CCI Uma propriedade termodin mica derivada da entropia por m de uso mais generalizado em Termodin mica Qu mica a energia livre de Gibbs G cuja diminui o em processos isot rmicos e isob ricos
368. zido L1 Each ion in aqueous solution is hydrated by a number of water molecules For ions such as Be2 Mg2 and AIH there are four or six close water molecules The proton is unique among ions in that it has no electrons Consequently the radius of H is just the nuclear radius 10 13 cm which is considerably smaller than 10 8 cm the approximate radius of other ions Therefore the proton should be able to approach and incorporate itself in the electronic system of a solvent molecule to a degree far exceeding that of any other ion In other words if ordinary ions are hydrated the proton should be even more intimately bound to the solvent so it is not legitimate to think of acid dissociation as producing free protons L2 Cada on em meio aquoso hidratado por v rias mol culas de gua H quatro ou seis mol culas de gua para cada on Be2 Mg2 e A3 O pr ton o nico on que n o possui el trons Consegiientemente o raio de H igual ao seu raio nuclear ou seja 10 13 cm o qual muito menor do que 10 8 cm ou seja o raio aproximado dos demais ons Portanto o pr ton deve ser capaz de se aproximar e interagir com a nuvem eletr nica da mol cula do solvente de maneira muito mais efetiva do que qualquer outro on Em outras palavras comparando se os ons de uma maneira geral o pr ton deve ser aquele capaz de se ligar mais intimamente ao solvente Assim incorreto imaginarmos que a dissocia o dos cid
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