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A Divulgação Científica em Ciência Hoje - Museu da Vida

1. A se o de contextualiza o cont m informa es que s o usadas para situar o leitor no contexto em que est inserido o tema central do texto Na apresenta o do estudo h dados sobre o s estudo s enfocado s Em metodologia s o apresentadas informa es sobre o m todo de trabalho Na se o resultados s o expostos os resultados de estudos conclu dos ou resultados parciais ou predi es no caso de as pesquisas ainda estarem em desenvolvimento Em ponto de vista vem expresso explicita ou implicitamente o ponto de vista do autor sobre o assunto tratado 73 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Bem mais simples do que a superestutura dos informes experimentais esse esquema tem como caracter stica a realiza o de todas as categorias ou se es Note se no entanto que pode haver altera o na sequ ncia como tamb m o desdobramento das categorias Ou seja determinadas se es podem aparecer em v rios pontos do texto o que ocorre com certa fregii ncia com ponto de vista e contextualiza o 3 1 1 Contextualiza o N o se pode negar que em termos de estrutura os ADC publicados em Ci ncia Hoje guardam muitos tra os dos artigos cient ficos A se o contextualiza o por exemplo uma esp cie de introdu o ao estudo e costuma trazer informa es que nos artigos cient ficos estariam sob ep grafes como justificativa coloca o do problem
2. No artigo Pantanal os primeiros passos da pr hist ria C10 a extensa contextualiza o que envolve cerca de 18 par grafos pautada na descri o da paisagem do Pantanal onde foi realizado o estudo enfocado no artigo e em informa es sobre grupos ind genas que habitaram a regi o A descri o da paisagem contempla a fauna da regi o e aspectos geogr ficos Ressalte se que as informa es sobre as popula es do pantanal v m sempre relacionadas a aspectos geogr ficos como pode ser observado no exemplo a seguir 2 Os Guarani Como vimos o ambiente alagado e da floresta oferecem o m ximo de seus recursos na mesma esta o a das chuvas que corresponde ao ver o Com a enchente toda a riqueza potencial de alimentos torna se acess vel ao homem Nessa ocasi o tamb m a floresta da encosta se favorece o cultivo de plantas tropicais Mesmo sendo o espa o pequeno a instalou se um grupo Guarani do qual foram estudados 23 s tios Essa instala o ocorreu em parte na mesma poca que a dos ceramistas do alagado isso demonstrado pela presen a de cacos de cer mica de um grupo nos assentamentos do outro Par grafo 35 O ambiente da encosta muito diferente do alagado a terra f rtil a floresta cont nua os c rregos de gua cristalina s o perenes Com frequ ncia mesmo durante o per odo seco a encosta fica coberta por neblina que pode se transformar em garoa quando sopra o vento fr
3. 33 Neste trabalho consideramos como especializados todos os termos espec ficos da s rea s do conhecimento abordada s nos textos analisados ainda que tais termos sejam conhecidos ou j estejam inseridos no vocabul rio corrente de n o especialistas A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje 129 Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Tabela 2 Ocorr ncia de termos especializados em textos de cientistas Total de palavras Quantidade de Um termo TEXTO do texto termos especializado especializados ocorre a cada C1 Estamos sozinhos no universo 3510 222 15 81 palavras C2 Lasers sem cavidades 760 75 10 13 palavras C3 Ecos de corrente desafios a f sica 1029 55 18 70 palavras experimental C4 Produtos n o poluentes contra a incrusta o 4127 358 13 20 palavras C5 Aranhas venenosas no Brasil 2270 130 17 46 palavras C6 O papagaio char o em perigo 1712 29 59 03 palavras C7 Plantas brasileiras alternativa no tratamento 2692 227 11 85 palavras da mal ria C 8 Os riscos da doen a da vaca louca 643 50 12 86 palavras C 9 Brasil testa vacina anti AIDS 1928 65 29 66 palavras C10 Pantanal os primeiros passos da pr 3744 25 149 76 palavras hist ria C11 Como ensinar a ler a quem j sabe ler 2587 22 117 59 palavras C12 A antiguidade dos povos Tapaj s 1486 51 29 13 palavras M dia 41 34 palavras Tabela 3 Ocorr ncia de termos especializados em textos de j
4. Para ela outro meio de romper a endogenia manejar constantemente as popula es intercambiando animais entre grupos e reintroduzir na natureza os exemplares obtidos em cativeiro Par grafo 10 Texto J6 Em 109 mostramos o primeiro e o ltimo par grafos do texto J6 O mico le o sobe a serra No primeiro um d tico e um hiper nimo desses primatas s o usados para retomar o referente micos ledes dourados Leontopithecus rosalia No ltimo par grafo endogenia funciona como mecanismo coesivo ao remeter a consangiiinidade Para tanto ocorre uma ressemantiza o do item lexical endogenia pois se no in cio do par grafo h refer ncia sugest o da pesquisadora de translocar grupos de animais para evitar as elevadas taxas de consangiiinidade quando se informa que o manejo constante 148 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes das popula es seria outro meio de romper a endogenia percebe se que o autor est usando endogenia e consangiinidade no mesmo sentido E importante ter presente portanto que aqui a significa o lexical essencialmente contextualizada ratificando assim a afirma o de Koch amp Marcuschi 1998b 177 o l xico uma fonte til para as opera es de designa o mas n o simplesmente um estoque de etiquetas Isto faz com que seja mais importante identificar o conjunto
5. 192 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 191 Em seis meses uma nova vacina contra a Aids poder estar sendo modelada em laborat rios europeus Se at l os testes forem bem sucedidos a vacina promete ser eficaz contra v rios tipos de HIV v rus causador da doen a Par grafo 1 Texto J9 Neste t pico verificamos que no cotidiano da divulga o cient fica a met fora est presente em textos de autores cientistas e de autores jornalistas embora ao contr rio do que imagin vamos no corpus o uso desse recurso tenha sido parcimonioso Por outro lado os dados apontam para um aspecto muito curioso a met fora desempenha pap is diferentes nos ADC e nas MDC Nos ADC os termos utilizados metaforicamente s o empregados principalmente com prop sito explicativo J nas MDC embora existam alguns casos em que a met fora tem uma fun o explicativa a maior parte das ocorr ncias indica que ao usar express es metaf ricas o jornalista tem fundamentalmente o prop sito de ornamentar o texto buscando uma caracteriza o pitoresca dos elementos aos quais se refere Isso revela uma grande preocupa o dos jornalistas com o envolvimento do leitor Com o que vimos podemos concluir que pelo menos em parte conseguimos comprovar a hip tese 3 Nos textos de divulga o cient fica produzidos por autores jornalistas observa se o uso de estrat gias textuais discursivas
6. groups of people engaged in activities that have the same goals our attention was drawn to the different kinds of events present in CH the Science Communication Articles that take place in the community of researchers and the Science Communication Story that take place in the community of journalists Due to the great range of the questions studied here we opted for an encompassing theoretical scope including perspectives from Sociolinguistics Textual Linguistics Discourse Analysis and Communication Studies In our analysis we verified that 1 there are at least two textual discursive strategies in CH a the author researcher s and b the author journalist s 2 the science communication texts produced by author researchers tend to reproduce the superstructure of scientific texts 3 the author researcher uses many technical scientific terms and is not always concerned in making them clear to the non specialist reader 4 the author journalists tend to use textual discursive strategies to facilitate comprehension and seduce the non specialist reader 5 in the scientific press texts author researchers prefer the argumentative value of quotations whereas authors journalists use specialist quotations as a recourse to authority 6 the function of metaphor in the scientific stories is essentially ornamental and in the scientific articles it is explicative RESUMEN Este estudio tuvo como objetivo central identificar caracter s
7. suficiente para a produ o de textos preciso que haja intera o entre a linguagem e o contexto A linguagem disp e de estrat gias que possibilitam a escolha de regras especificando as ou adaptando as ao contexto Para Beaugrande 1997 essa necessidade de intera o ocorre porque a sociedade usa a l ngua para compreender e se apropriar do mundo Certamente ser necess rio muito esfor o para fazer uma revis o profunda nas formas de olhar a linguagem tanto no senso comum quanto na ci ncia com o objetivo de 1 reintegrar a linguagem cogni o e sociedade 2 admitir sua cont nua evolu o 3 atribuir as v rias vers es da linguagem s diferentes situa es ou aos diferentes falantes 4 reconsiderar o equil brio entre a liberdade da linguagem do usu rio e as conven es da linguagem da comunidade Beaugrande 1997 12 Na concep o de Beaugrande 1997 quando percebemos a rela o entre texto cogni o e sociedade damo nos conta de que at textos m nimos a exemplo de nome de pessoas ou textos esparsos como cat logos telef nicos permitem um processamento bastante rico E isso s ocorre porque quem abre o cat logo procura de algum endere o A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 42 ou n mero de telefone conhece as conven es para a inser o dos nomes n meros e endere os A esse respeito diz Marcuschi sda 12 Quando af
8. EL le Se o Se o C7 Plantas brasileiras 127 abr 97 7 Reidratantes caseiros n o 119 abr 96 alternativas no tratamento da Artigo Capa t m efeito Ci ncia em mal ria Dia C8 0s riscos da doen a da 119 abr 96 J 8 Contra a doen a de Chagas 111 jul 95 vaca louca Bom Saber Ci ncia em Dia C9 Brasil testa vacina anti 117 jan J 9 Driblando o v rus da Aids 102 ago 94 Aids fev 96 Ci ncia em Bom Saber Dia Quadro 13 Area Ci ncias Humanas a E O EO Se o Se o C10 Pantanal os primeiros 129 jul 97 J 10 Sa de na pr hist ria 108 abr 95 passos da pr hist ria Artigo Capa Ci ncia em Dia Cll Como ensinar a quem j 119 abr 96 J 11 ndios Ofai lutam para 111 jul 95 sabe ler Bom Saber sobreviver Ci ncia em Dia C12 A antiguidade dos povos 119 abr 96 J 2 Arqueologia brasileira 97 jan Tapaj s Bom Saber fev 94 Ci ncia em Dia Neste ponto achamos oportuno esclarecer que em julho de 1998 a revista Ci ncia Hoje inaugurou um novo projeto gr fico prometendo reformula es arrojadas tamb m em sua linha editorial No editorial da edi o 140 Uma Nova Ci ncia Hoje 1998 que marcou o in cio dessa nova fase reconhecia se que tornar a linguagem mais simples e did tica e apresentar um projeto gr fico mais gil e moderno eram mudan as necess rias para facilitar a leitura da revista e em consegii ncia ampliar o seu p blico 64 A divulga o
9. a perspectiva did tica aflorando mais uma vez no ADC Ao contr rio de C5 no artigo O papagaio char o em perigo C6 a contextualiza o feita de forma sucinta A descri o concisa da situa o das aves amea adas de extin o com destaque para o papagaio char o parece ser suficiente para contextualizar o objeto de estudo Observem se os dois par grafos que cont m a se o contextualiza o exemplo 4 4 De acordo com estimativas da Birdlife International 11 das cerca de 9 500 esp cies de aves da Terra est o amea adas de extin o e cerca de 100 entre as esp cies que habitam o Brasil encontram se em perigo imediato Os psitac deos fam lia que inclui araras papagaios e periquitos representam um dos grupos mais afetados no continente americano com 38 esp cies em situa o preocupante Par grafo 1 O papagaio char o figura 1 nome popular da esp cie Amazona pretei uma das aves amea adas na Am rica do Sul H cerca de 50 anos a esp cie era encontrada do Rio Grande do Sul at S o Paulo no Brasil e ainda em regi es lim trofes do nordeste da Argentina e do sudeste do Paraguai Sua popula o atingia centenas de milhares de indiv duos Outros registros mostram que nos anos 70 cerca de 30 mil char es fregientavam a Esta o Ecol gica de Aracur no munic pio de Esmeralda RS Par grafo 2 Texto C6 No quadro 22 a esquematiza o t pica Quadro 22 Se o de contextualiza
10. enunciado mas tamb m a confian a na verdade do que expresso Usados para enfatizar ou para atenuar o certo que em qualquer uma das situa es as part culas adverbiais modalizadoras revelam o envolvimento dos cientistas com o conte do exposto Das marcas apontadas por Chafe 1984 como indicadores de auto envolvimento o uso da primeira pessoa do plural foi a nica encontrada no corpus e a incid ncia nos textos 159 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes jornal sticos foi insignificante apenas uma Vejam se a seguir alguns exemplos extra dos dos ADC 131 De forma a explicar a exist ncia de mecanismo de oscila o sem a utiliza o de espelhos o efeito de realimenta o n o ressonante poderia ocorrer utilizando a poeira c smica como meio espalhador com a mesma fun o do p de TiO utilizado no nosso trabalho Par grafo 8 Texto C2 132 Nosso grupo intensificou a pesquisa de novos esquinzonticidas sangii neos a partir de produtos naturais nos anos 80 Par grafo 11 Texto C7 133 Um pouco mais para o sul da rea que pesquisamos os jesu tas criaram em meados do s culo XVII quatro redu es mission rias com ndios Guarani semelhantes aos que foram objeto de nosso levantamento ent o eram conhecidos como Itatim Par grafo 39 Texto C10 134 Neste artigo divulgamos alguns procedimentos did ticos adotados Par grafo 4
11. iludir os lagartos arrancando as patas da aranha para que ela se parecesse com um cupim Quando se aproximavam do animal eles logo percebiam a estrat gia e se afastavam relata o pesquisador Ele acredita que T ammobates tenha em sua pele subst ncias t xicas aos lagartos Rocha n o sabe ainda quais s o os predadores da nova esp cie nem tem informa es sobre seus h bitos alimentares T ammobates vista durante todo o ano em Barra de Maric embora seja mais ativa nos per odos midos entre outubro e abril At agora n o foi encontrada em outras restingas o que sugere que seja end mica da regi o Quando presente facilmente localiz vel Maric abriga outra esp cie end mica a lagartixa da areia encontrada apenas no estado do Rio de Janeiro Preservar reas na qual h endemismo de esp cies muito importante alerta Carlos Rocha preocupado com a preserva o da Barra de Maric que segundo ele tem um grau de biodiversidade mais elevado do que outras restingas e ainda est pouco afetada pelo homem Rocha lembra que muitas esp cies de animais ainda s o desconhecidas Se essa aranha que ativa e abundante ainda n o tinha sido identificada imagine quantas esp cies de animais raros e que vivem reclusos ainda est o por ser descobertas sup e Luisa Massarani Ci ncia Hoje 125 p 75 277 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J6
12. invas o dos marcianos nas telas do cinema At a informa o de que a data da chegada da sonda Marte 4 de julho quando se comemora a independ ncia dos Estados Unidos havia sido estrategicamente prevista pela Nasa contribui para refor ar os tra os de fic o da narrativa pois parece mesmo alguma t tica de guerra Evidentemente a narrativa incompleta mas suficiente para convidar especialistas e n o especialistas leitura 44 Apesar de suas cores fortes e de seu comportamento ativo uma aranha encontrada em grande n mero nas restingas da Barra de Maric no Rio de Janeiro vinha passando despercebida aos olhos dos cientistas Depois de capturada e estudada pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ e do Museu Americano de Hist ria Natural anunciaram tratar se de uma nova esp cie De corpo negro e patas vermelhas a aranha caminha ativamente pelas areias brancas da restinga o que lhe valeu o nome de Trachelopachys ammobates que em grego quer dizer andarilha da areia Ela tem cerca de dois cent metros um cent metro de corpo diurna e n o faz teias Par grafo 1 Texto J5 Na abertura do texto J5 exemplo 44 o relato apresenta as personagens um animalzinho ativo uma aranha Trachelopachys ammobates e um grupo de pesquisadores e algumas se es da narrativa a orienta o restingas de Barra de Maric 114 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria d
13. o da esp cie garante a bi loga Para ela outro meio de romper a endogenia manejar constantemente as popula es intercambiando animais entre grupos e reintroduzir na natureza os exemplares obtidos em cativeiro Roberto Barros de Carvalho Ci ncia Hoje 99 pp 61 62 279 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J7 Reidratantes caseiros n o t m efeito Ch s de plantas usados para combater diarr ias n o rep em sais minerais perdidos As esp cies de plantas mais usadas no tratamento da diarr ia infantil pela popula o de algumas regi es brasileiras s o ineficazes como reidratantes Os teores de s dio pot ssio cloreto glicose e citrato presentes nas amostras dos ch s caseiros s o insuficientes para repor os sais minerais perdidos pelo organismo na diarr ia A partir de determinado est gio da desidrata o a simples ingest o de l quidos n o resolve preciso repor sais minerais com dosagens bem superiores s contidas nos ch s explica Magda Moreira Pinto que conferiu o teor dos componentes recomendados pela OMS em pesquisa realizada como tese de mestrado no Departamento de Qu mica da Universidade Federal de Minas Gerais A desidrata o provocada pela diarr ia ainda a maior causa da mortalidade infantil no pa s Para combater o problema os centros p blicos de sa de distribuem uma mistura de sais considerada eficaz pela Organiza o Mu
14. o deste curso A todos aqueles que torceram por mim e injustamente n o foram citados RESUMO Este estudo teve como objetivo central identificar caracter sticas dos textos de divulga o cient fica DC publicados na revista Ci ncia Hoje CH apontando as diferen as e semelhan as de estruturas textuais e estrat gias discursivas entre os textos produzidos por jornalistas e os produzidos por cientistas Para desenvolv lo trabalhamos a partir de um universo constitu do por trinta e oito edi es de CH publicadas entre janeiro de 1994 e dezembro de 1997 das quais foram escolhidos 24 textos sendo 12 de autores pesquisadores e 12 de autores jornalistas Partindo da posi o de que textos s o eventos realizados em comunidades de pr ticas conjuntos de pessoas engajadas em torno de atividades que tenham objetivos comuns nossa aten o se voltou para dois diferentes eventos presentes em CH os Artigos de Divulga o Cient fica ADC que se realizam na comunidade de cientistas e as Mat rias de Divulga o Cient fica MDC realizadas na comunidade de jornalistas Devido abrang ncia das quest es aqui tratadas utilizamos um recorte te rico muito amplo Buscamos apoio na Socioling stica na Ling stica de Texto na An lise do Discurso e tamb m em estudos que tratam da DC na perspectiva da Comunica o Em nossa an lise verificamos que 1 na revista CH h pelo menos duas estrat gias textuais discursivas
15. Gomes 1995 12 Tal observa o e o conhecimento da rotina de trabalho de jornalistas nos levam a acreditar que a quase totalidade de discursos relatados presentes nas MDC do corpus teve origem em entrevistas tamb m com base nas pr ticas profissionais que se pode supor que as inser es de discurso relatado nos ADC t m origem em fontes bibliogr ficas Conv m notar ainda a predomin ncia do estilo indireto nos ADC No corpus apenas um texto de cientista C77 traz casos de discurso relatado na forma direta exibidos z no exemplo 169 Note se contudo que em uma das ocorr ncias o dono da fala identificado nos moldes da refer ncia acad mica Leitura ensino e pedagogia Campinas Ed Pontes 1989 169 O leitor transporta para o ato de ler seu acervo de experi ncias de tal forma que existe uma leitura para cada leitor num mesmo momento e uma leitura diferente para o mesmo leitor em momentos diversos como observa Angela Kleiman Leitura ensino e pedagogia Campinas Ed Pontes 1989 Par grafo 13 A recomenda o de Kleiman em rela o ao ensino de leitura para crian as perfeitamente v lida para adultos ensin los a utilizar seus conhecimentos ling sticos e de outra natureza para resolver problemas de compreens o de texto ressaltando sempre que as palavras n o podem ser encaradas isoladamente pois s t m valor na medida que contribuem para o significado global Par
16. Par grafo 9 Texto J4 166 A partir de determinado est gio da desidrata o a simples ingest o de l quidos n o resolve preciso repor sais minerais com dosagens bem superiores s contidas nos ch s explica Magda Moreira Pinto que conferiu o teor dos componentes recomendados pela OMS em pesquisa realizada como tese de mestrado no Departamento de Qu mica da Universidade Federal de Minas Gerais Par grafo 1 Texto J7 167 Verificamos que os animais produziram anticorpos e que a infec o do HIV foi neutralizada explicou o m dico John Erik Stig Hansen Par grafo 3 Neste momento estamos desenvolvendo testes em macacos na Su cia e os resultados ir o determinar se deveremos ou n o prosseguir com os testes em humanos explica o pesquisador Par grafo 4 Texto J9 176 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 168 O s tio precisava ser escavado por completo at a sua base rochosa o que os dois m todos convencionais n o exigiam na pr tica de escava o explica Par grafo 3 Texto J10 A maioria das mat rias publicadas na imprensa tem nas entrevistas sua principal fonte No caso da divulga o cient fica por exemplo a fun o da entrevista de extrema relev ncia pois o fato de os assuntos abordados serem muito diversos e na maioria das vezes bastante complexos torna a fundamental para a compreens o do rep rter
17. manuseado ou perturbado evid ncia circunstancial de um poss vel papel defensivo Testes com os dois produtos indicaram que 4 glacialis mant m sua superf cie limpa de antiincrustantes por outros mecanismos e n o por defesas qu micas embora estas atuem contra peixes predadores Isso mostra que a aus ncia de incrustantes sobre um determinado organismo n o implica a exist ncia de defesas qu micas antiincrusta o embora a maioria das pesquisas parta dessa hip tese V rios pesquisadores acreditam que a produ o e libera o de subst ncias potentes seja a defesa antiincrusta o mais importante em esponjas mas na verdade esses animais podem proteger se de outras maneiras pela renova o peri dica do tecido de superf cie por exemplo Os corais Os octocorais filo Cnidaria subclasse Octocorallia est o entre os invertebrados marinhos s sseis mais abundantes em ambientes tropicais e subtropicais Ao contr rio dos hexacorais subclasse Hexacorallia que t m esqueleto externo de carbonato de c lcio os octocorais apresentam corpo flex vel em fun o da perda da prote o f sica da calcifica o Dentre as seis ordens de octocorais os corais moles verdadeiros ordem Alcyonacea e as gorg nias ou leques do mar ordem Gorgonacea s o os mais conhecidos tendo ampla distribui o Uma das raz es para o sucesso evolutivo desses grupos provavelmente a grande quantidade e variedade de metab litos secund rios ativ
18. o cient fica feita por especialistas e por n o especialistas Em linguagem esquem tica 6 De acordo com Calvo Hernando 1992 20 quando o ve culo de difus o s o os meios informativos falamos de jornalismo cient fico 12 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Figura 1 Quadro Conceitual DIFUS O CIENT FICA Dissemina o Cient fica Divulga o Cient fica Divulga o cient fica feita DOE DES Divulga o cient fica feita por n o especialistas no caso de ser feita por jornalistas chamada de Jornalismo Cient fico Dissemina o cient fica divulga o cient fica e jornalismo cient fico breve hist rico Burkett 1990 1929 situa no in cio do s culo XVI o surgimento da difus o cient fica Na poca a tradi o oral era vital para a comunica o de assuntos cient ficos pois os cientistas tinham suas atividades censuradas pela igreja e pelo estado S no s culo XVII quando floresceram as primeiras sociedades cient ficas essa comunica o passou a ser feita por meio da escrita inicialmente atrav s de cartas monografias e livros em latim e depois em peri dicos cient ficos Em mar o de 1665 foi publicado o peri dico ingl s Philosophical Transactions da Royal Society for the Improvement of Natural Knowledge 13 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes A
19. o momento demonstrar a presen a nessas part culas de cidos nucl icos constituintes b sicos da vida Na esp cie humana os prions causam encefalopatias como as doen as de Creutzfeld Jacob e de Gerstmann Streussler Scheinker e a ins nia familiar fatal transmitidas basicamente por hereditariedade Comprovou se ainda que a doen a denominada kuru restrita aos nativos da Nova Guin tamb m causada por prions mas a epidemiologia dessa doen a revelou que a transmiss o decorria do h bito tribal de comer o c rebro dos antepassados As pesquisas sobre os prions apontaram que estes s o geneticamente codificados e permitiram isolar e caracterizar o gene correspondente em humanos e em roedores Animas sadios apresentam a prote na pri nica normal que est localizada na membrana celular cuja fun o ainda desconhecida Curiosamente n o h diferen as de seq ncia de amino cidos entre a forma infecciosa e a forma celular normal da prote na em uma mesma esp cie animal A nica diferen a encontrada entre as duas formas uma altera o conformacional a prote na normal rica em certo tipo de estrutura chamada de alfa h lice enquanto a forma infecciosa rica em outro tipo estrutura beta pregueada O emprego de animais knock out camundongos sem o gene respons vel pela produ o do prion permitiu esclarecer a etiopatogenia causa da doen a Verificou se que tais camundongos s o absolutamente resistentes in
20. o texto C6 O papagaio char o em perigo T pico Desenvolvimento do T pico e Amea a de extin o Aves Situa o atual das aves e Papagaio char o Comportamento Decl nio populacional Em C8 Os riscos da doen a da vaca louca o autor exp e estudos sobre a atividade cz pri nica e visando a introduzir o assunto a contextualiza o parte de uma no o J 82 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes conhecida pelo leitor a doen a da vaca louca cujo agente infeccioso justamente o prion Observem se no quadro 23 o esquema t pico da se o contextualiza o do artigo CS Quadro 23 Se o de contextualiza o texto C8 Os riscos da doen a da vaca louca T pico Desenvolvimento do T pico Prion e Agente infeccioso da doen a da Vaca Louca e Agente infeccioso que provoca outras doen as em animais em seres humanas S o dois os t picos presentes na se o contextualiza o do artigo Brasil testa vacina anti AIDS texto C9 e as informa es v o das bem gerais s mais espec ficas No quadro 24 o esquema t pico da se o Quadro 24 Se o de contextualiza o texto C9 Brasil testa vacina anti AIDS T picos Desenvolvimento do T pico DST s e Avan o da ci ncia Controle e Causa e Preven o Aids A es n o vacinais A es vacinais e Mutabilidade do v rus A contextuali
21. participantes Dessa forma a entrevista jornal stica os interrogat rios realizados em tribunais e as entrevistas efetuadas em consult rios m dicos ou departamentos de pessoal de empresas constituem diferentes tipos de atividade pois cada uma dessas entrevistas tem objetivos distintos O jornalista quer obter informa es novas para satisfazer a curiosidade do p blico ou dar um furo nos concorrentes No tribunal o advogado de defesa quer provar a inoc ncia do r u enquanto o promotor a sua culpa O m dico quer chegar a um diagn stico O funcion rio do departamento de pessoal quer selecionar o candidato mais adequado ao posto E o prop sito de cada um desses eventos ou atividades repercute em sua estrutura Numa entrevista jornal stica em que se pretende cavar a confiss o de algu m a maneira de perguntar de esperar a resposta de prosseguir com novas quest es bem diferente de quando se quer apenas obter uma informa o factual Ao tomar como suporte a no o de evento de fala ou evento comunicativo para tentar esbo ar uma tipologia das revistas especializadas em ci ncia importa observar principalmente os objetivos os participantes e a forma das mensagens Ou seja interessa saber qual is o s objetivo s quem participa do evento produtores e p blico alvo e tamb m a forma como s o elaborados os textos a linguagem utilizada Para finalizar este t pico retomaremos brevemente uma quest o
22. 147 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Al m do mais no primeiro par grafo do texto o autor havia explicitado que o sulfato de cobre vinha sendo despejado no lago do Parano h mais de 10 anos 108 A id ia usar peda os da capa que recobre o v rus para induzir a produ o de anticorpos espec ficos contra a doen a Essas por es do envelope viral s o chamadas carboidratos mol cula formada por tomo de carbono hidrog nio e oxig nio Par grafo 2 Texto J9 No fragmento exibido em 108 temos um caso em que a coes o funciona como um procedimento explicativo O autor inicialmente insere a explica o de envelope viral e s depois introduz esse termo precedido de essas por es O interessante que a forma como esses dois per odos foram constru dos permite ao leitor inferir com certa facilidade que essas por es est fazendo refer ncia a peda os e portanto envelope viral seria a capa que recobre o v rus 109 Restam apenas 559 micos le es dourados Leontopithecus rosalia na natureza Alarmante o n mero resulta da mais rigorosa estimativa j feita sobre a popula o desses primatas um dos mais amados e mais amea ados da fauna brasileira Par grafo 1 Para evitar as elevadas taxas de consangiiinidade ela sugere a transloca o dos 12 pequenos grupos espalhados ao longo das matas para uma rea comum
23. 41 revelando boas novas em rela o a uma vacina contra a Aids e 42 divulgando um projeto que pode ser decisivo para a sobreviv ncia de uma comunidade ind gena Abertura Narrativizada Conforme defende Virtanen 1992 a narrativa um tipo b sico de texto Talvez por isso o ato de contar hist rias seja uma das formas mais atraentes de seduzir o leitor O poder de sedu o da narrativa algumas vezes explorado nas MDC o que na interpreta o de Zamboni 1997 145 serve para intercalar momentos de densidade quando toma voz a ci ncia com momentos de rarefa o de leveza quando se d voz ao cotidiano das pessoas As narrativas s o caracterizadas pelas refer ncias temporal e local e por verbos que indicam a o Segundo Labov amp Waletsky 1967 e Labov 1972 as narrativas em geral obedecem a uma organiza o denominada de estrutura da narrativa Para esses autores as narrativas completas apresentam o Resumo esp cie de sum rio que geralmente vem antes do in cio da hist ria a Orienta o d pistas sobre o contexto em que a hist ria ocorreu identificando o tempo o lugar as pessoas e suas atividades ou situa o a Complica o o fato o que aconteceu a Avalia o indica o ponto de interesse da narrativa a Resolu o o desfecho da hist ria e a Coda traz o ouvinte leitor de volta ao tempo presente ao ponto em que estava quando iniciou a hist ria Longe de terem toda
24. A regi o do rio Tapaj s era densamente povoada nos s culos XVI e XVII segundo exploradores e viajantes da poca como Carvalhal e Acufia Do ponto de vista arqueol gico essa regi o bem conhecida pela exist ncia da Cultura Santar m caracterizada por cer mica profusamente decorada de formas variadas vasos de gargalo ta as com p s de cari tides estatuetas cachimbos e outras Todas as pe as desse per odo t m numerosos ap ndices zoomorfos em forma de animais ou antropomorfos em forma de seres humanos A riqueza da decora o e das formas tornou a Cultura Santar m conhecida como o barroco da pr hist ria brasileira figura 1 Apesar desse reconhecimento os per odos mais recuados do Tapaj s foram pouco estudados at recentemente Hoje pesquisas ainda em andamento ressaltam a import ncia desses povoamentos antigos Entre elas as pesquisas da arque loga Anna C Roosevelt do Field Museum de Chicago Estados Unidos que n o s confirmaram a densidade demogr fica do povoamento antes da chegada dos europeus como comprovaram que se tratava de povoamento estabelecido h muito tempo Espessas camadas de estratifica o que conservam material arqueol gico e res duos biol gicos como testemunhas da presen a de assentamentos permanentes tornaram isso poss vel Roosevelt e sua equipe estabeleceram uma segii ncia de ocupa es para o Baixo Amazonas que cobre desde as culturas paleoind genas passando pela forma
25. Estamos certos de que os falantes que usam caracter sticas lingii sticas para se identificar com um grupo ou se diferenciar dele lan am m o de outras caracter sticas tais como social cultural pol tica tnica s para citar algumas Wardhaugh 1986 114 Embora a no o de comunidade de fala seja fundamental na Ling stica s vezes dif cil aplic la a muitos dos estudos desenvolvidos na rea Para adapt la a esta investiga o por exemplo comunidade de fala deveria ser entendida como algo muito pr ximo ao que Maingueneau 1993 53 denomina de comunidade discursiva referindo se 29 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes ao grupo ou organiza o de grupos no interior dos quais s o produzidos gerados os textos que dependem da forma o discursiva 5 Mas existe um outro conceito que apesar de apresentar uma grande similaridade com o de comunidade de fala ajusta se melhor aos interesses deste trabalho Trata se de comunidade de pr ticas introduzido h poucos anos no vocabul rio da Socioling stica Esse tipo de comunidade definido por Lave amp Wenger apud Holmes amp Meyerhoof 1999 como um conjunto de pessoas engajadas em torno de atividades ou empreendimentos que tenham objetivos comuns Maneiras de agir e de falar cren as valores rela es de poder em suma pr ticas emergem no curso desse m tuo interesse Como um constru
26. Mas como bem afirma Possenti sda 157 se se aceita a id ia de que o discurso basicamente interdiscurso ent o deve se aceitar que falar em grande parte deixar falar grifo nosso Pelo que foi verificado no corpus essa a grande estrat gia adotada pelos jornalistas especializados em ci ncia Vejam se os exemplos a seguir 158 Para Ara jo o principal objetivo das duas pesquisas que contam com o suporte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico PADCT j foi atingido Estamos introduzindo uma nova tecnologia no pa s e gerando em conseq ncia m o de obra altamente especializada comemora Par grafo 9 Texto J2 Em 158 mostramos do texto Alta tecnologia em comunica es J2 um caso de cita es justapostas A primeira delas reportada no estilo indireto justaposta segunda introduzida como uma cita o textual 159 Isso permite sonhar mais alto diz Stumpf citando a hip tese que ainda parece fict cia de usar o magneto em implantes cerebrais Segundo ele j se pensa na possibilidade de implantar chips constru dos base de magnetos no c rebro de pessoas com problemas de perda de mem ria e os magnetos moleculares por serem biocompat veis poderiam tornar mais vi vel a conex o dos chips com os neur nios Mas isso s ocorreria a longo prazo pois a ci ncia que estuda as rea es qu micas dos organismos vivos ainda est engatinhado rec
27. O mico le o sobe a serra Bi loga vasculha habitat tradicional do mico le o dourado e confirma riscos de extin o da esp cie Restam apenas 559 micos ledes dourados Leontopithecus rosalia na natureza Alarmante o n mero resulta da mais rigorosa estimativa j feita sobre a popula o desses primatas um dos mais amados e mais amea ados da fauna brasileira A situa o dos micos grav ssima reconhece a bi loga Cec lia Kierulff autora do recenseamento ao constatar que 269 deles vivem em reas particulares sem qualquer prote o Nesses locais nem o desmatamento nem a ca a s o fiscalizados aumentando o risco de extin o da esp cie De janeiro de 1991 a julho de 1992 Cec lia Kierulff percorreu as manchas da Mata Atl ntica que se estendem de Mangaratiba RJ a Cachoeiro do Itapemirim sul do ES em busca de informa es sobre o mico le o dourado Ao final de sua maratona Kierulff contou 199 animais em tr s popula es isoladas duas no litoral uma com 29 outra com 36 indiv duos e uma com 74 indiv duos na Serra do Mar al m de 60 animais distribu dos em 12 grupos isolados A reserva federal de Po o das Antas de 5 5 mil hectares localizada no munic pio de Silva Jardim a 130 km do Rio de Janeiro abriga 290 animais outros 70 foram avistados nas reas adjacentes reserva Portanto sem considerar os que vivem no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro h precisamente 559 micos le es dourados e
28. Pedro Lisboa Al cia Dur n Coirolo Museu Paraense Em lio Goeldi Ci ncia Hoje 119 pp 62 65 1 268 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes ANEXO III Textos de Jornalistas TEXTO J1 A Terra contra ataca Depois do filme Marte os terr queos invadem o planeta vermelho Depois do cinematogr fico ataque de marte Terra com direito a grandes estrelas de Hollywood e criaturas marcianas bizarras chegou a vez de a Terra invadir o planeta vermelho Ap s uma viagem de sete meses e 497 milh es de quil metros a sonda Pathfinder aterrissou em Marte a 4 de julho dia em que se comemora a independ ncia dos Estados Unidos como havia sido estrategicamente previsto pela Nasa ag ncia espacial norte americana a mando do governo Clinton A opera o inaugurou uma nova era espacial enterrando megaprojetos multimilion rios custou US 196 milh es um quinto da fracassada miss o Observer que perdeu contato depois de passar pr ximo a Marte em 1993 e um d cimo do programa Viking o primeiro a enviar imagens do planeta em 1976 A justificativa para a realiza o da opera o Pathfinder foi testar uma nova tecnologia de pouso e avaliar as condi es da atmosfera em Marte Mas o objetivo principal da miss o n o deixou d vidas levantar qualquer vest gio de vida atual ou passada no planeta vizinho As primeiras imagens registradas pelo rob Sojourner um carrinho de seis
29. Tem se ent o que nos ADC o valor argumentativo da cita o primordial o que nos leva a comprovar parte de nossa hip tese 4 nos textos de divulga o cient fica autores jornalistas e autores pesquisadores citam especialistas com uma diferen a 180 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes essencial os autores jornalistas citam como argumento de autoridade os autores pesquisadores como estrat gia para desenvolver seus pr prios argumentos Sabemos que o uso do discurso reportado muito freqiiente nos textos jornal sticos de um modo geral No caso espec fico daqueles que visam divulga o de informa es cient ficas e tecnol gicas como as mat rias do corpus desta investiga o a utiliza o desse recurso se acentua como j mostramos em v rios exemplos ao longo deste t pico Julgamos que a principal raz o que leva o jornalista a usar com tanta frequ ncia o discurso de especialistas a fun o ret rica De acordo com van Dijk 1990 as cita es s o mais confi veis que as descri es do fato por parte dos rep rteres e tamb m convertem o texto jornal stico em algo mais vivo A confiabilidade a que refere van Dijk parece estar inserida no que se conhece como argumento de autoridade ou recurso autoridade mecanismo que segundo Copi 1968 81 consiste em recorrer Jao sentimento de respeito que as pessoas alimentam pelos indiv duos famosos para granj
30. Texto C11 135 Sobre esse material confeccionado em madeira t o dif cil de ser obtido em s tios arqueol gicos da Amaz nia aprofundamos nosso estudo Par grafo 12 Texto C12 N o foram encontradas no corpus desta investiga o marcas ling sticas que indicassem o envolvimento com o leitor a partir do modelo proposto por Chafe 1984 Ao que parece a vis o de Chafe 1984 em rela o escrita caracterizada como a linguagem do distanciamento levou o a propor como marcas do envolvimento com o ouvinte as que s o bem mais caracter sticas de intera es orais Por aceitarmos a perspectiva dial gica da linguagem acreditamos na exist ncia de outras marcas que tamb m podem indicar o envolvimento na escrita pois como bem afirma Marcuschi 1998 1 essencial ter presente que quando se escreve escreve se para algu m e este algu m o outro o interlocutor est presente no horizonte 160 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes do escrevente Isto em ess ncia equivale ao princ pio do dialogismo como fen meno universal em todos os usos da l ngua seja na fala ou na escrita Este aspecto diz respeito ao princ pio da interlocu o presente tamb m na escrita A propriedade de interatividade um aspecto inerente pr pria l ngua e comprova a tese geral do dialogismo grifos do autor Para Marcuschi 1998 a interatividade na escrita o movimento t
31. Uso de CA O pd sina stand fans eia si GS aa Sloan Pad su asd ass aa 156 122 Uso decitacahO NERD DURAND RO CORRER RD e EDER CR RR ERR VR 156 123 Uso de epioio Lia ro 0 ae NRDRNERRN PEDRNRIC DER RERRR ESQU RIR DEDE RES DR PURO VERRERE ERR DEUES REIS DER RD 156 124 Uso de modalizador assegura apena saiiaa eeni eae Faia aaa eoa EE Ea Ea dado 156 T25 Uso demadali cad aneneen O a a i 156 126 Uso de modal O deina OI RS A a 156 27 pode modal a td a e a e Dea a e a ad o 158 128 Uso de modalizador asa veta adaga iesin dada sedeada asa a RUA Va dana E 158 129 Uso de modalizador se vhsrs saci iosiDaLSaMDE ENE Luna hua a Eidos LDL EA da Una sua acido sina EEK EEE 158 TU Usode modalizador suasinsas alas sito ds pes sda eire eano a E da ass gala EE re nt 158 131 Uso de primeira pessoa ERP RENO RD RN RA RENAN NERD RR RD RE RU RED RDNS NERD RR RP 159 132 Uso de primeira pessoa esses esiusstn dei seen saia ia seibesun cai ns sda decie anca dna sdn set nasua saia sda ua sadd 159 133 Uso de primeira pessoa iso aiii o d 159 134 Usode primeira DESSE ee r A A A E ni 159 T o ONO de primeira DENSO agreia E E E E E E AE AE AEEA 159 136 Us deperpunt S sira a A a Aa AEE aa aa A Ta ARR RNA 162 xviii A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 137 Uso de perguntas airan A A E E A R A RORA 162 138 Uso de percas sis ongs bossa ies ia a iaa Eaa Eaa VEE Ea EaR EEEa Eaa 162 139 Uso de Der Mini orei ieii aE E E
32. a dist ncia que a luz percorre em um ano e a busca de ind cios de vida com a identifica o atrav s de t cnicas sofisticadas da presen a de g s carb nico CO2 gua H20 e oz nio 03 em suas atmosferas 34 Esse observat rio espacial ter interfer metros infravermelhos acoplados a quatro ou cinco 35 telesc pios h duas vers es em estudo separados por uma base de 50 m e dever ser posto em rbita do Sol a uma dist ncia de 4 U A entre Marte e J piter Segundo as primeiras estimativas Darwin poder estudar uma centena de estrelas G K e indicar ou n o a presen a de atividades vitais identificando as mol culas que representam a assinatura da vida Os telesc pios de Darwin tamb m poder o estudar pequenos corpos do sistema solar aster ides distantes e certos fen menos verificados em muitas estrelas consideradas est veis semelhan a do Sol 36 No pr ximo s culo a procura de sinais de vida no universo ser certamente o tema central da astronomia Para os cientistas que atuam nesse campo a profus o de descobertas e o acelerado desenvolvimento tecnol gico dos ltimos anos permitem algum otimismo Parece estar se aproximando a resposta a uma indaga o que desafia a humanidade o que ocorreu em nosso planeta depois de sua forma o foi algo singular ou temos vizinhos l fora Sugest es para leitura OWEN T Strategies for the search of life in the universe Rei
33. and Oral Literature In Tanner D org Spoken and Written Language advances in discourse processes Norwood Ablex pp 35 53 CHAFE W L 1985 Linguistic Differences Produced by Differences Between Speaking and Writing In Olson D Torrance N amp Hildyard A eds Literacy Language and Learning the nature and consequences of reading and writing Cambridge Cambridge University Press pp 105 123 CHAPARRO M C 1993 Jornalismo Cient fico Vive Fase de Contradi o no Brasil S o Paulo mimeo 18 p CI NCIA HOJE Secretaria de Reda o sda Instru es para Autores Rio de Janeiro mimeo 3p 203 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes CI NCIA HOJE Secretaria de Reda o sdb Instru es para Autores Prepara o de originais Artigos Rio de Janeiro mimeo 3p CI NCIA HOJE Secretaria de Reda o sdc Instru es para Autores Prepara o de originais Se es Rio de Janeiro mimeo 4p COPI I M 1968 Introdu o L gica S o Paulo Mestre Jou CORACINI M J 1991a An lise de Discurso em busca de uma metodologia Delta vol 7 no l pp 333 355 CORACINI M J 1991b Um Fazer Persuasivo O discurso subjetivo da ci ncia S o Paulo Pontes COSTA V L et al 1992 Ci ncia Hoje Faz 10 Anos Ci ncia Hoje 82 34 39 CRYSTAL D 1999 The Penguin Dictionary of Language London Penguin CUNHA D A C 1992a Discours Rapp
34. as evid ncias de envolvimento est o bem mais presentes que nos textos noticiosos Evidentemente h determinados g neros textuais em que raro encontrar determinadas marcas como os marcadores conversacionais caracter sticos de intera es orais que podem at aparecer em bilhetes ou cartas pessoais mas dificilmente ser o encontrados em textos jornal sticos por exemplo Embora bem menor em rela o a entrevistas orais que analisamos em estudos anteriores Gomes 1995 e 1999 no corpus a ocorr ncia de marcas de envolvimento foi observada tanto nos textos de cientistas quanto nos de jornalistas Nos dois grupos de textos ADC e MDC aquelas que indicam o envolvimento com o conte do s o as mais incidentes Entre elas destacam se o discurso direto o presente hist rico e os adv rbios sendo as duas primeiras recorrentes nos textos jornal sticos que em geral apresentam o discurso direto seguido pelo presente hist rico de um verbo dicendi o que se pode verificar nos exemplos abaixo 119 a 122 119 O amplificador um aparelho capaz de ampliar um sinal por meio de uma fonte de bombeamento que gera energia No eletr nico o bombeamento feito eletricamente e o elemento amplificador um trans stor no ptico uma fibra ptica dopada com terras raras rbio amplifica as mensagens e o bombeador o laser de diodo explica Par grafo 4 Texto J2 120 Eles chegaram ali empurrados pelo desmata
35. dico na substitui o das estruturas cerebrais respons veis pela mem ria e em v rias reas tecnol gicas O uso em exames de diagn stico baseados em contrastes como a tomografia computadorizada t cnica que capta a 111 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes resson ncia magn tica nuclear de certas subst ncias injetadas na corrente sang nea uma das possibilidades Par grafo 1 Texto J3 39 Produtos qu micos poder o dar lugar a peixes na dif cil tarefa de tornar o lago Parano em Bras lia menos polu do Carpas prateadas est reis v o substituir o sulfato de cobre um metal pesado que h mais de 10 anos vem sendo lan ado no lago para impedir a prolifera o descontrolada da alga Microcystis aeruginosa As carpas est o sendo estudadas por uma equipe da companhia de guas e Esgotos de Bras lia Caesb e se tudo der certo ser a primeira experi ncia desse tipo de biomanipula o numa regi o tropical Par grafo 1 Texto J4 40 Subst ncia capaz de interferir no ciclo vital do Trypanosoma cruzi causador da doen a de Chagas poder impedir que ele afete o homem ainda na fase inicial da infec o O trabalho est sendo realizado por pesquisadores do Instituto de F sica de S o Carlos IFSC da Universidade de S o Paulo juntamente com diversas institui es Par grafo 1 Texto J8 41 Em seis meses uma nova vacina contra a Aids poder estar sen
36. do processo de forma o e a diversidade dos sistemas planet rios 16 Um disco de g s e poeira que poderia ser o resto da nebulosa primitiva foi detectado em 1984 em torno da estrela Beta Pictoris constela o do Cavalete do Pintor Desde ent o esse objeto tem sido intensamente estudado em particular pelo telesc pio espacial Hubble com resultados surpreendentes como no exemplo do disco de mat ria em torno da estrela figura 5 Analisando o espectro de Beta Pictoris os astr nomos descobriram ind cios da exist ncia de mat ria caindo da estrela figura 5 216 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 17 Na interpreta o de R Ferlet do Instituto de Astrof sica de Paris Fran a tais observa es significam que pequenos corpos provavelmente cometas caem de tempos em tempos na estrela Ao se aproximarem s o gradativamente volatizados e o g s liberado detectado no espectro Essa hip tese combina com a detec o no mesmo espectro de mon xido de carbono CO mol cula presente nas comas comet rias envolt rio gasoso que circunda o n cleo dos cometas 18 J o buraco central existente no disco de g s e poeira interpretado como decorrente da presen a de um planeta gigante o planeta ao varrer determinada rea do disco retira a poeira deixando o buraco que tamb m levaria tor o do plano de simetria do disco Ao reanalis
37. em produtos naturais ver Antimal ricos de uso popular na Amaz nia em Ci ncia Hoje n 78 1991 Dentro dessas pesquisas importante definir que tipo de produto antimal rico est sendo buscado pois as drogas que agem contra a doen a s o em geral espec ficas para cada um dos est gios da vida dos parasitas ver Os plasm dios Par grafo 4 Texto C7 163 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 142 Estudo interessante sobre o assunto a Hist ria ind gena do alto e m dio Amazonas S culos XVI a XVIII de A Porro inclu do em Hist ria dos ndios no Brasil Ed Cia das Letras SP 1992 Sobre esse material confeccionado em madeira t o dif cil de ser obtido em s tios arqueol gicos da Amaz nia aprofundamos nosso estudo fornecendo aqui informa es mais detalhadas sobre a origem do material Par grafo 12 Texto C12 143 Sem entrar na rbita de Marte a nave experimentou um tipo in dito de aterrissagem ver figura usando p ra quedas e retropropulsores para diminuir sua velocidade e airbags bal es infl veis para proteg la do impacto do pouso no terreno acidentado e das tempestades de poeira comuns no planeta Par grafo 4 Texto J1 144 A import ncia da descoberta feita em conjunto com outros pesquisadores no laborat rio de qu mica inorg nica daquela universidade foi reconhecida na poca pela revista Science que publicou o t
38. es Para explicar o problema s o levantadas hip teses e surgem expectativas predi es Somente com o resultado dos testes experimentais podem se comprovar as expectativas e chegar s conclus es Levando se em conta que os experimentos cient ficos cumprem exig ncias comuns Van Dijk 1989 lembra que nos textos cient ficos tamb m est o inclu das as categorias estrutura o do experimento execu o resultados discuss o dos resultados com base na conclus o ou conclus es que se podem confirmar ou n o as hip teses e demonstrar se foi encontrada uma explica o adequada solu o s observa es originais O autor ilustra seu ponto de vista tomando como modelo o informe experimental artigo que divulga os resultados de experimentos e cuja estrutura convencional bastante comum Para ele o informe experimental teria uma estrutura hier rquica mais ou menos como o esquema exibido na figura 2 Figura 2 Superestrutura do Informe Experimental 71 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes INFORME EXPERIMENTAL Coloca o do Problema TInformantes FONTE Van Dijk 1989 164 Acredita Van Dik 1989 que no informe experimental al m das fun es argumentativas importante observar as conven es cient ficas do ritual experimental que tem prescrita uma s rie de a es a seguir para que a a o experimental global tenha xito Para ele outro
39. es do hidrog nio com ons e mol culas em solu o favorecendo a forma o de macromol culas com radicais do tipo OH CO e COOH e n o com radicais do tipo CH e CH3 A gua tem outra vantagem em rela o a solventes como lcool ou amon aco a luz ultravioleta pode dissociar as macromol culas mas no caso da gua os produtos da decomposi o oxig nio 02 e oz nio 03 sobem para a alta atmosfera e absorvem esse tipo de radia o diminuindo e at eliminando a foto dissocia o Assim a gua l quida favorece o desenvolvimento de formas de vida que t m macromol culas como suporte qu mico da informa o Par grafo 30 Texto C1 98 Uma radia o monocrom tica foi obtida bombeando se opticamente a mistura de Rhodamina Perchlorato 2x102M com esferas de di xido de tit nio de 250nm de di metro e uma concentra o de 1010cm em uma c lula de quartzo utilizando o segundo harm nico 532nm de um laser de Nd YAG dois tipos de laser foram usados para o bombeamento um emitindo pulsos de 10ns e outro emitindo pulsos de 100ps Par grafo 4 Texto C2 99 Um exemplo est na varia o ao longo do ano e em diferentes partes do talo do teor de lanosol lcool 2 3 debromo 4 5 dihidroxibenzil principal bromofenol encontrado na alga R larix Existe uma rela o entre per odos de alta produ o de lanosol e redu o da epifitiza o assim como entre as diferentes partes da alga a produ o de lanosol dec
40. expostos preda o ou incrusta o Os estudos sobre a ecologia qu mica das asc dias enfocam principalmente as defesas contra preda o embora tais organismos produzam metab litos secund rios caracter sticos como as eudistominas ou as tambjaminas que podem desempenhar tamb m fun es alelop ticas ou antiincrustantes Inicialmente medi es de acidez pH das t nicas das asc dias e da concentra o de van dio em seus tecidos combinada com observa es da incrusta o mostraram forte correla o entre alta acidez pH baixo da t nica e aus ncia de incrustantes descartando a hip tese de que esta aus ncia estaria ligada concentra o de van dio Outros estudos apontavam uma associa o entre colonialidade e aus ncia de epibiontes Embora as evid ncias ainda n o fossem conclusivas adimitia se que a acidez da t nica al m de ser importante uma defesa qu mica contra predadores podia evitar tamb m a fixa o e a sobreviv ncia de bioincrustantes Trabalhos mais recentes inspirados pelas diferentes suscetibilidades incrusta o de asc dias de mesmo g nero Eudistoma olivaceum e E capsulatum fam lia Polycitoridae que ocorrem no mesmo habitat levaram pesquisadores a rejeitar a hip tese da acidez como defesa antiincrustante Ambas as esp cies possuem alta concentra o de van dio e t nica cida propostos como os mecanismos que evitariam a incrusta o mas E capsulatum que apresenta alta acidez
41. informa es preparat rias para a apresenta o de uma outra pesquisa realizada pelo pr prio autor do texto consideramos como parte da contextualiza o 3 1 2 Apresenta o do Estudo A se o apresenta o do estudo consiste num breve relato sobre uma pesquisa uma experi ncia ou uma nova t cnica j desenvolvida ou em desenvolvimento Na maioria das vezes o autor relata trabalhos em que teve participa o direta Mas tamb m h relatos de estudos de outros pesquisadores Nessa se o em geral encontram se respostas para as perguntas chave quem para qu o qu quando que dizem respeito aos participantes aos objetivos ao assunto e ao per odo de realiza o ou previs o de t rmino O artigo O papagaio char o em perigo C6 um dos casos em que a apresenta o do estudo consegue responder com clareza a todas as perguntas chave conforme pode ser observado no exemplo a seguir 6 As evid ncias de um forte decl nio populacional levaram o Museu de Ci ncias e Tecnologia da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul quem a iniciar em 1992 quando em conv nio com a Birdlife International Cambridge Inglaterra e com o aux lio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq quem um estudo sobre a ecologia e a conserva o da esp cie o qu A pesquisa tinha como objetivo apurar as causas da redu o da popula o da ave e elaborar um plano de a o
42. livros cd s e Jogos eletr nicos de fic o cient fica 16 Mem ria constitu da por textos sobre fatos e personalidades do mundo cient fico 17 O Leitor Pergunta traz d vidas de leitores respondidas por cientistas 18 Opini o apresenta textos com cerca de 80 linhas que expressam a opini o de pesquisadores brasileiros sobre temas cient ficos ou de pol tica cient fica e tecnol gica analisando todos os aspectos relevantes da quest o abordada 19 Perfil cont m textos sobre a atua o pioneira de renomados cientistas 20 Ponto de Vista constitu da por textos entre 200 e 400 linhas que expressam a opini o de pesquisadores brasileiros sobre temas cient ficos ou de pol tica cient fica e tecnol gica Nesta se o s o abordados fatos 52 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes circunstanciais apresentados de maneira gen rica e mais leve do que na se o Opini o 21 Recherche encarte com textos traduzidos da revista francesa La Recherche 22 Reportagem constitu da por textos jornal sticos longos que discorrem sobre fatos cient ficos tecnol gicos ou ambientais No per odo analisado h um artigo de pesquisador inclu do nesta se o 23 Resenha Na Estante traz avalia es e sinopses de lan amentos editoriais de interesse cient fico ligados s mais diversas reas do conhecimento 24 TeCHnologia encarte sobre tecnologia com t
43. ncia s o corrugados e pintados como os dos Guarani dos tr s estados meridionais do Brasil Estes eram agricultores bastante eficientes no cultivo do milho mandioca feij es amendoim batata doce morangas algod o e fumo todas plantas das Am ricas Hoje nos mesmos terra os da encosta encontram se ch caras de moradores da cidade ou os terrenos concedidos a colonos sem terra 39 Um pouco ao sul da rea que pesquisamos os jesu tas criaram quatro redu es mission rias em meados do s culo XVII com ndios Guarani semelhantes aos que foram objeto de nosso levantamento ent o conhecidos como Itatim As redu es ap s v rios ataques dos bandeirantes paulistas foram transferidas para perto de Assun o no Paraguai onde prosperaram e se transformaram em cidades 259 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Os outros grupos ind genas 40 Um dos nossos ltimos achados foi o local da miss o de Nossa Senhora do Bom Conselho 41 organizada e coordenada pelo frade capuchinho Mariano Bagnaia e estabelecida na localidade de Mato Grande perto da vila de Albuquerque Da miss o que existiu de 1849 a 1859 e teria reunido 3 mil ndios Guan Chan quase nada restou na mata fechada sobrou um grande cruzeiro de pau de aroeira e nas ro as de soja do Assentamento do Mato Grande existem espalhados milhares de fragmentos de cer mica artesanal e telha canoa junto com lou a cacos de
44. ncia de 2 U A e com per odo de 5 8 anos e tamb m suspeita se que um segundo corpo esteja presente com per odo de 30 anos e massa desconhecida Par grafo 10 Texto C1 A que correspondem as unidades Mj e U A E o que significa per odo nesse contexto As informa es contidas nesse fragmento extra do de texto redigido por cientista permitir o ao leitor n o especialista saber apenas que Mj diz respeito a massa e U A a dist ncia 65 Amplifica o de Luz por Emiss o Estimulada de Radia o cujas iniciais do ingl s geram o acr nimo LASER um processo qu ntico relativamente bem entendido por todos O instrumento que utiliza este processo o oscilador laser comumente conhecido como laser consiste de uma cavidade formada por dois espelhos um meio ativo que geralmente empresta o nome ao tipo de laser e alguma forma de bombeamento geralmente el trico ou ptico Par grafo 1 O avan o no entendimento do processo de emiss o de laser possibilitou a gera o de pulsos hipercurtos 6x 10s extremamente til no estudo de fen menos ultra r pidos ou a gera o de radia o com alta pureza espectral largura de fregii ncia 1kHz pr pria para aplica es em metrologia Par grafo 2 Texto C2 at prov vel que leitores leigos tenham no o das possibilidades de aplica o do laser mas n o do processo em si Dessa forma infere se que o enunciado um processo qu ntico relativamente bem
45. ncias antiincrustantes n o poluentes e o desenvolvimento de tintas apropriadas s caracter sticas de tais subst ncias podem evitar ou minimizar os problemas decorrentes do uso no ambiente marinho de tintas altamente t xicas figura 8 A intera o entre a gorg nia L virgulata e o gastr podo Neosimnia uniplicata predador especialista a ela associado levou ao isolamento dos dipertenos pucalido e epoxipucalido em ambas as esp cies Testados em laborat rio atrav s da fixa o de larvas de B Amphitrite e em campo os dois produtos revelaram forte atividade inibit ria nas duas condi es indicando que 231 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 34 35 36 37 38 podem desempenhar ao lado de outros compostos uma importante fun o na prote o de octocorais contra organismos incrustantes j que s o encontradas tamb m em outras esp cies de gorgon ceos alcion ceos e penatul ceos As asc dias Os tunicados ou asc dias classe Ascidiacea s o organismos s sseis solit rios ou coloniais que vivem em grande variedade de habitats e microhabitats caracterizados pela habilidade de concentrar van dio e pela presen a de uma t nica de celulose Diversas esp cies apresentam t nicas espessas ou esp culas estruturas em forma de agulha que comp em o esqueleto enquanto outras especialmente as que formam col nias t m seus tecidos relativamente desprotegidos
46. ncias mais vis veis foram a morte de milhares de peixes e um mau cheiro que contaminou Bras lia por alguns dias Par grafo 3 Texto J4 O segundo par grafo de J4 traz a conceitua o e a descri o do funcionamento da t cnica de biomanipula o al m informar o objetivo do uso da t cnica no lago do Parano em Bras lia No par grafo seguinte o relato de uma situa o de desastre ambiental ocorrida 116 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes naquele lago parece ser usado para justificar a import ncia das experi ncias de biomanipula o realizadas no local Na mat ria Reidratantes caseiros n o t m efeito J7 que divulga o resultado de uma pesquisa que constatou a inefic cia dos ch s caseiros usados como reidratantes a contextualiza o traz informa es sobre a causa da desidrata o sua repercuss o nos ndices de mortalidade infantil e as medidas governamentais para combat la Essa se o tamb m justifica a realiza o do estudo quando aponta que h falhas na distribui o do soro caseiro o que leva a popula o de baixa renda a consumir os ch s vegetais exemplo 48 48 A desidrata o provocada pela diarr ia ainda a maior causa da mortalidade infantil no pa s Para combater o problema os centros p blicos de sa de distribuem uma mistura de sais considerada eficaz pela Organiza o Mundial de Sa de OMS para a reidrata o oral e o gove
47. nica das prote nas do veneno Os anticorpos que reagem com ela aparecem primeiro e ocorrem em maior quantidade 20 Como o Instituto Butant ao preparar o soro antiaracn deo que neutraliza os venenos da 21 armadeira e da loxosceles utiliza os venenos da L gaucho e da P nigriventer armadeira tornou se necess rio verificar se o soro seria tamb m eficaz para outras esp cies do g nero Loxosceles L laeta e L intermedia A an lise comparativa do veneno de L gaucho com os de L laeta e L intermedia comuns no sul do pa s indicou a presen a de numerosos componentes comuns inclusive a mol cula de 35 mil d ltons sugerindo que o soro produzido pelo Instituto Butant neutraliza a a o t xica dos venenos destas outras esp cies o que ficou plenamente demonstrado em testes As mol culas das prote nas inclusive aquelas encontradas no veneno loxosc lico s o formadas por sequ ncias de amino cidos No momento O Butant est iniciando em colabora o com o Centro Brasileiro de Seqienciamento de Prote nas da Universidade de Bras lia estudos sobre a estrutura bioqu mica do veneno loxosc lico Conseguimos determinar os 35 primeiros amino cidos do segmento aminoterminal do principal componente ativo do veneno a prote na de 35 mil d ltons das tr s esp cies do g nero Loxosceles que est o sendo estudadas L gaucho L laeta e L intermedia As pesquisas por m continuam na tentativa de obter mais conhecimen
48. o em Peri gonnen eane n ne a anha Ee oe eo EEO ENE R ETEEN EEEa EEEE E nisnahada 238 TEXTO C Teraa ET ATE AAI D IATE RINA EATI I ARAS 241 Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria ssssesseeeeseseeseeeeesseresssrresserressreesssere 241 TEXTO CS isa boneca penar anos DONALDS ra E RSA RASA RATE RSS Ara ERAS A ROSES an 247 Ostiscos daidoen a da vaca louca iie eaei So ralb R so LAN E a aa CL o SORb E EN 247 PEXTO CO rrenan cas contam A R IER A ARR ER INAR 249 Brasil festa vacina antizAIDS usa ques e ees erae E ee os canas Eep ee e EEEE ETE EE aa Papa dada Ea N S 249 TEXTO CI a A A A A AA 253 Pantanal os primeiros passos da pr hist ria eeeeseseeeseeeseeeresertssrtssrrsrrssrirsteseteseresereseresreesereee 253 TEXTO C Pieres ATA I AAT ATRI AINAT RA T A TRIAT ARA IATA 260 Como ensinar a ler a quem j sabe ler erre TEESE ESELS ETAO ataa 260 TEXTO CI sas donas dora ba o do E SER RD ROLA USEI DONA NADA RASA US SAL IDOSO A SUA Da da ANS 265 A antiguidade dos povos Tapaj s err a a E N R a a a 265 ANEXO III Textos de Jornalistas seesseeseeseesoeseeeeeeserorsoeseeeeeesorsoeeceeseesorsereeeesersorseeeeee 268 PEAT O T ees I ER TI IN I AREARE A AER RRR 268 A Terra contra ataca sessao seios ae E Re Erie r Ra NET Ea AES Tar T RAAE Es Duas RPA DAS Ea Sa E A S nike 268 TER TO T oa AA E E A AE ni don A EA E AOA RNA 270 Alta tecnologia em comunica es rr err
49. o pp 147 155 HOFFNAGEL J C 1998 Papel da Modalidade Epist mica na Constru o de Sentido Investiga es 8 2 165 180 205 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes HOLMES J amp MEYERHOFF M 1999 The Community of Practice theories and methodologies in language and gender research Language in Society 28 173 183 HYMES D 1964 Language in Culture and Society A Reader in Linguistics and Anthropology New York Haper amp Row HYMES D 1986 1972 Models of Interaction of Language and Social Life In Gumperz J amp Hymes D eds Directions in Sociolinguistics The Ethnography of Communication Oxford New York Basil Blackwell KOCH I V 1994 A Coes o Textual S o Paulo Contexto KOCH I V 1995 A Intera o pela Linguagem S o Paulo Contexto KOCH I V 1996 Argumenta o e Linguagem S o Paulo Cortez KOCH I V amp MARCUSCHI L A 1998a Estrat gias de Referencia o e Progress o Referencial na L ngua Falada Recife Campinas mimeo 18p KOCH I V amp MARCUSCHI L A 1998b Processos de Referencia o na Produ o Discursiva Delta 14 169 190 KOCH I V amp TRAVAGLIA L C 1995a Texto e Coer ncia S o Paulo Cortez KOCH I V amp TRAVAGLIA L C 1995b 1990 A Coer ncia Textual S o Paulo Contexto LABOV W amp WALETZKY J 1967 Narrative Analysis oral versions of personal experience In Helm J ed Ess
50. o bem diferentes das dos laborat rios 84 cont m esse elemento e apenas oito cont m sil cio Outro fato importante o aumento da velocidade das rea es qu micas entre macromol culas se estas se encontram em solu o Entre os solventes poss veis a gua ocupa lugar privilegiado suas propriedades como isolante quando pura possibilitam a ioniza o de in meros sais e as liga es do hidrog nio com ons e mol culas em solu o favorecendo a forma o de macromol culas com radicais do tipo OH CO e COOH e n o com radicais do tipo CH e CHs A gua tem outra 31 218 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes vantagem em rela o a solventes como lcool ou amon aco a luz ultravioleta pode dissociar as macromol culas mas no caso da gua os produtos da decomposi o oxig nio 02 e oz nio 03 sobem para a alta atmosfera e absorvem esse tipo de radia o diminuindo e at eliminando a fotodissocia o Assim a gua l quida favorece o desenvolvimento de formas de vida que t m macromol culas como suporte qu mico da informa o Combinando todas essas caracter sticas poss vel imaginar que a zona habit vel em torno de uma estrela seria a regi o orbital onde planetas fisicamente semelhantes Terra com a gravidade adequada possuem gua l quida na superf cie figura 6 Esse conceito indica que os planetas extra solares j detectados do tipo jupiteria
51. o do problema ou mesmo das hip teses dos textos cient ficos A apresenta o do estudo em geral traz informa es b sicas sobre a 100 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes pesquisa abordada no artigo sobre o que trata o estudo quem ou quais as institui es envolvidas qual o objetivo quando foi realizado Verificamos que nenhum dos ADC deixou de apresentar pelo menos um aspecto metodol gico Em metodologia alguns autores destacam as principais etapas da investiga o outros d o relev ncia s t cnicas e s condi es dos experimentos outros ainda aos informantes A se o Resultados descreve o que se alcan ou na pesquisa seja em est gios intermedi rios ou na etapa final No entanto h casos em que s o informados resultados alcan ados e resultados esperados quando a pesquisa ainda est em andamento ou somente os resultados esperados geralmente em investiga es rec m iniciadas Constatamos ent o que sob a perspectiva da estrutura ou esquema textual h uma certa correspond ncia entre os artigos cient ficos e os artigos de divulga o cient fica Assim podemos afirmar que os textos de divulga o cient fica produzidos por autores pesquisadores tendem a reproduzir a superestrutura dos textos cient ficos que preservada mesmo ap s a edi o realizada pelos jornalistas o que comprova ent o a nossa hip tese 1 3 2 Estrutura de mat rias d
52. o ser a interfer ncia do eu que vai extinguir a presen a do outro Pelo menos o que ocorre nas MDC analisadas em que foi observado por exemplo que com raras exce es o discurso da ci ncia e n o o discurso vulgarizado que se mostra nas vozes dos especialistas Essa afirma o encontra respaldo n o apenas nos exemplos que seguem mas em v rios outros distribu dos ao longo deste cap tulo 178 Trata se de um composto de tipo catenano raro em qu mica afirma Stumpf Par grafo 3 Eles apresentam pequenas modifica es qu micas que os tornam um composto reprodut vel e n o uma descoberta fortuita o que aumenta a chance de avan os nessa linha de pesquisa afirma o qu mico Par grafo 6 Texto J3 179 Se existem varia es na cin tica de liga o porque h diferen as estruturais entre a enzima do parasita e a do homem garante Oliva Par grafo 7 Isso significa que a quantidade da droga a ser usada para inibir a enzima do parasita muito menor que a necess ria para afetar significativamente a enzima humana afirma Oliva Par grafo 9 Texto J8 180 Os sinais de anemia e os baixos ndices de ferro sangii neo no grupo Cabe uda podem ser uma prote o do organismo hiperexposi o fregiiente a doen as infecciosas exemplifica a pesquisadora Par grafo 9 Texto J10 E dif cil imaginar situa es em que n o especialistas use
53. pH 1 2 significativamente mais recoberta por organismos incrustantes que E olivaceum com pH quase neutro 6 A diferen a na incrusta o portanto n o pode ser relacionada acidez Para verificar se E olivaceum se protegeria contra a incrusta o com metab litos secund rios extratos das duas esp cies foram usados em testes de atividade microbiana citot xica e antiviral al m de experimentos de fixa o de larvas de B neritina O extrato de E olivaceum apresentou forte atividade antimicrobiana enquanto o de E capsulatum teve efeito reduzido resultado que se repetiu no ensaio de fixa o de B neritina As evid ncias experimentais sugeriram que E olivaceum mant m sua superf cie livre de incrustantes pela produ o de defesas qu micas provavelmente um ou mais dos 20 alcal ides eudistominas isolados a partir da esp cie Posteriormente atrav s da purifica o guiada por bioensaios com B neritina a atividade antiincrustante foi atribu da s eudistominas G e H que aparentemente inibem a fixa o pela toxicidade s larvas O mecanismo antiincrusta o de Polysyncraton lacazei fam lia Didemnidae tunicado que apresenta a superf cie quase livre de outros organismos tamb m foi objeto de pesquisas envolvendo a avalia o de hip teses como migra o de muco superficial secre o cont nua de muco descama o da epiderme defesas f sicas pH superficial e defesas qu micas Observou se mais uma vez
54. presen a de adultos da mesma esp cie quimiorrecep o das unidades de perpetua o esporos e larvas e outros Pesquisas recentes parecem indicar que a quimiorrecep o das larvas atra o ou rejei o pelas caracter sticas qu micas do substrato tem grande import ncia na sucess o na estrutura das comunidades e nas intera es entre as esp cies Par grafo 3 Tr s modelos ecol gicos tentam explicar a substitui o ou sucess o das esp cies ao longo do tempo a facilita o altera o das condi es por colonizadores prim rios ou microincrustantes auxiliando a fixa o de colonizadores tardios a inibi o a mesma altera o agora prejudicando a invas o posterior e a toler ncia aus ncia de interfer ncia na coloniza o posterior Par grafo 4 Texto C4 No exemplo 67 o autor conceitua tr s modelos ecol gicos facilita o inibi o e toler ncia Mas ser que as conceitua es dadas propiciam o entendimento do leitor n o especialista Anteriormente no terceiro par grafo do texto C4 sugeriu se que colonizadores prim rios seriam biofilmes No entanto at o ponto em que extraimos os fragmentos exibidos neste exemplo n o havia qualquer refer ncia a colonizadores tardios ou invas o posterior 68 A primaquina droga artificial com estrutura qu mica baseada no anel quinolina da quinina o nico medicamento dispon vel hoje para promover a cura radical da ter benigna causad
55. que a acidez superficial n o tem atua o antiincrustante Para avaliar o papel das defesas qu micas extratos de P lacazei em diferentes solventes e suas fra es semipurificadas foram testados contra bact rias do fundo do mar fungos marinhos microalgas e larvas do ouri o Paracentrotus lividus Fra es distintas afetaram um ou mais organismos embora uma mesma fra o n o tenha mostrado forte atividade sobre v rios organismos Os autores da pesquisa 232 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 39 40 41 42 43 44 45 46 47 conclu ram que P lacazei evita a incrusta o atrav s da descama o peri dica da epiderme e de defesas qu micas mas estas ainda precisam ser melhor estudadas em ensaios espec ficos Conclus es A tentativa de relacionar a a o contra pat genos humanos de v rios produtos do metabolismo secund rio de invertebrados marinhos com um poss vel papel ecol gico dessas subst ncias na defesa antiincrusta o biol gica n o trouxe o resultado esperado Embora uma grande quantidade desses produtos tenha mostrado ter efeito sobre bact rias e outros pat genos humanos apenas alguns revelaram se ativos contra microorganismos marinhos Os organismos mais estudados como produtores de subst ncias antiincrustantes s o sem d vida os octorais A atividade antiincrustante foi observada com maior fregii ncia em dipertenos em especial
56. 20 em setembro de 1998 a revista passou por uma grande reformula o al m do t tulo mudaram o formato e o projeto gr fico Luiz Henrique Fruet diretor de reda o da revista justifica a raz o das mudan as Por meio de conversas informais e depois pesquisas com leitores publicit rios e anunciantes chegamos conclus o de que a palavra ci ncia no t tulo assustava muitos leitores em potencial que mesmo sem conhecer o conte do da revista achavam que ela era dirigida a cientistas ou a estudantes de f sica qu mica ci ncias exatas 1 Apesar das altera es na embalagem a proposta editorial de Galileu basicamente a original de Globo Ci ncia acrescida de uma maior fregii ncia de mat rias de inform tica e comportamento A diferen a entre as duas revistas basicamente de edi o com um visual mais aberto e mais ilustra es Mudou a forma mas o conte do o mesmo Apenas a linguagem visual sofreu altera o o texto obedece ao mesmo modelo do in cio Embora as mudan as tenham sido elaboradas como uma estrat gia para elevar o n vel de vendas a revista Galileu perdeu cerca de 10 mil assinantes Mas na opini o de Fruet numa poca de crise como a que o pa s tem enfrentado esse n mero menor do que a m dia de queda do mercado de revistas Talvez devido ao car ter comercial e superficialidade dos textos Superinteressante e Galileu sejam vistas com algum descr dito pela c
57. Divulga o Cient fica n 110 38 Abertura Epist mica Mat ria de Divulga o Cientifica soeces 110 xvi A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 39 Abertura Epist mica Mat ria de Divulga o Cient fica 111 40 Abertura Epist mica Mat ria de Divulga o Cient fica 111 41 Abertura Epist mica Mat ria de Divulga o Cient fica 111 42 Abertura Epist mica Mat ria de Divulga o Cient fica 111 43 Abertura Narrativizada Mat ria de Divulga o Cient fica sseeeeeeensseeeeeeeeen 113 44 Abertura Narrativizada Mat ria de Divulga o Cient fica s 113 45 Contextualiza o Mat ria de Divulga o Cient fica 114 46 Contextualiza o Mat ria de Divulga o Cient fica 115 47 Contextualiza o Mat ria de Divulga o Cient fica 115 48 Contextualiza o Mat ria de Divulga o Cient fica 116 49 Contextualiza o Mat ria de Divulga o Cient fica 116 50 Metodologia Mat ria de Divulga o Cient fica rrenan 117 51 Metodologia Mat ria de Divulga o Cient fica erre 117 52 Metodologia Mat ria de Divulga o Cient fica erre 118 53 Metodologia Mat ria de Divulga o Cient fica erre 1118 54 Metodologia Mat ria de Divulga o Cient fica erre 1118 55 Metodologia Mat ria de Divulga o Cient fica erre 1119 56 Perspectivas Mat ria de Divulga o Cient
58. Estrago no agreste pernambucano Essas evid ncias indicam que a alimenta o dos indiv duos de Furna do Estrago era equilibrada e em quantidade suficiente na maior parte do ano Os traumatismos sseos sugerem que eles se deslocavam com fregii ncia por reas acidentadas ou se arriscavam na captura de alimentos ou de material para o trabalho Segundo Sheila Mendon a coordenadora da pesquisa comum encontrar nos sepultamentos resqu cios de frutos e folhas de coqueiros e outras rvores usados na fabrica o de artefatos e adornos Escalar rvores era provavelmente a causa de um grande n mero de acidentes com fratura sup e a pesquisadora A an lise do grupo litor neo sugere uma dieta rica em prote nas de origem marinha moluscos peixes crust ceas etc mas que n o exclu a outros alimentos A fartura propiciada pelo mar fazia com que eles se deslocassem pouco Com mobilidade restrita clima quente e mido a popula o tinha maior possibilidade de cont gio de doen as infecciosas Esse quadro se agravava com as condi es sanit rias nos sambaquis as moradias eram constru das sobre montes de restos de alimentos conchas ossos e pedras o que ajudava a prolifera o de insetos e outros transmissores A alimenta o hiperprot ica rica em prote nas do litoral n o era uma garantia de sa de Segundo Sheila Mendon a esse tipo de comida n o evita doen as e pode mesmo ser t xica causando diarr ias cr nicas
59. G neros Opinativos no Jornalismo Brasileiro S o Paulo Eca USP tese de livre doc ncia 241 p MEYERHOFF M 1999 Sorry in the Pacific defining communities defining practices Language in Society 28 225 238 PERELMAN C amp OLBRECHTS TYTECA L 1996 Tratado da Argumenta o a nova ret rica S o Paulo Martins Fontes POSSENTI S sda Discurso Sujeito e o Trabalho de Escrita In Possenti S O Sujeito fora do Arquivo mimeo S o Paulo 179 p pp 150 160 POSSENTI S sdb O Eu no Discurso do Outro ou a Subjetividade Mostrada In Possenti S O Sujeito fora do Arquivo S o Paulo mimeo 179 p pp 27 40 POSSENTI S 1993 Discurso Estilo e Subjetividade S o Paulo Martins Fontes RAJAGOPALAN K 1991 Pref cio In Coracini M J 1991 Um Fazer Persuasivo o discurso subjetivo da ci ncia S o Paulo Pontes RICHARDS I A 1950 The Philosophy of Rhetoric New York Oxford University Press 207 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes RICOEUR P 1992 1978 O Processo Metaf rico como Cogni o Imagina o e Sentimento In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 145 160 QUINE W V 1992 1978 Reflex es Posteriores sobre a Met fora In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 161 162 SABATTINI R 1991 Anais do 3 Congresso Brasileiro de Jornalismo Cient fico S o Paulo pp 21 22 SANCHES C A 1998 Onde Est
60. Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Departamento de Mat ria Condensada e F sica Estat stica Centro Brasileiro de Pesquisas F sicas Ci ncia Hoje 130 pp 58 59 1 225 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C4 Produtos n o poluentes contra a incrusta o Fabricados com subst ncias de alta toxidez as tintas especiais utilizadas atualmente para evitar a fixa o de cracas algas e outros organismos marinhos em estruturas submersas de diversos tipos de cascos de navios a plataformas de petr leo t m efeitos dr sticos em todo o ambiente marinho O preju zo ecol gico que j levou restri o do uso dessas tintas em alguns pa ses torna urgente o desenvolvimento de alternativas n o poluentes de combate incrusta o biol gica Entre as subst ncias que v m sendo pesquisadas com essa finalidade destacam se os produtos naturais de organismos marinhos muitos deles integrantes da pr pria comunidade incrustante como as algas os corais e as esponjas Estudos indicam que v rias subst ncias sintetizadas por tais organismos s o potenciais aditivos para novas tintas capazes de controlar eficazmente a incrusta o sem agredir o meio ambiente Embarca es plataformas de petr leo e outras estruturas submersas constru das pelo homem sofrem a a o de diferentes processos f sicos qu micos e biol gicos de origem marinha com s rios preju zos a diversa
61. J piter 6 6 Mj e 10 Mj respectivamente entrando no conjunto obscuro j mencionado Novas Perspectivas 14 A descoberta de planetas gigantes pr ximos de suas estrelas como em 51 Pegasi a 0 05 U A e Tau Bootis a 0 0462 U A foi inesperada figura 4 As hip teses atuais para a forma o de sistemas planet rios n o admitem facilmente tal possibilidade No caso do candidato detectado em 51 Pegasi as temperaturas estimadas para sua rbita na nebulosa que originou o sistema seriam elevadas demais para a condensa o e a agrega o das part culas Al m disso o corpo em forma o estaria sujeito a intensas for as de mar atra o gravitacional vari vel como a da Lua sobre os oceanos o que dificultaria a acres o da mat ria necess ria para formar um planeta gigante 15 Astr nomos como D N Lin e J C Papaloizou imaginaram um cen rio mais complexo para explicar o planeta 51 Pegasi Ele teria se formado a uma dist ncia de cerca de 3 U A e em seguida processos din micos pr prios da nebulosa o fizeram migrar para regi es mais internas Em uma segunda possibilidade o planeta gigante seria constitu do essencialmente por hidrog nio e h lio tendo grande n cleo rochosos Existe uma terceira hip tese a de um planeta gigante semelhante Terra no aspecto f sico formado a partir da acres o de pequenos aster ides De qualquer modo a detec o desses planetas extra solares mostra a banalidade
62. Met foras Funcionam uma resposta a Donald Davidson In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 183 193 202 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes BLOOMFIELD L 1933 Language New York Henry Holt BOOTH W C 1992 1978 A Met fora como Ret rica o problema da avalia o In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 53 75 BUENO W da C 1984 Jornalismo Cient fico no Brasil os compromissos de uma pr tica dependente Tese de Doutorado Eca USP 365p BURKETT W 1990 1929 Jornalismo Cient fico como escrever sobre ci ncia medicina e alta tecnologia para os meios de comunica o Rio de Janeiro Forense Universit ria BRASIL Minist rio da Ci ncia e Tecnologia 1997 CNPq Manual do Usu rio Bras lia BRASIL Secretaria Especial de Ci ncia e Tecnologia 1989 Guia Pr tico para Camel s e Bailarinas debate sobre Jornalismo Cient fico Bras lia CALVO HERNANDO M 1982 Civilizaci n Tecnologia e Informaci n El periodismo Cient fico missiones y objetivos Barcelona Editorial Mitre CALVO HERNANDO M 1992 Periodismo Cient fico Madrid Editorial Paraninfo CARVALHO A P 1996 O Concreto e o Abstrato no Jornalismo Cient fico Brasileiro Superinteressante e Globo Ci ncia Anais do 5 Congresso Brasileiro de Jornalismo Cient fico Belo Horizonte pp 43 47 CHAFE W L 1984 Integration and Involvement in Speaking Writing
63. No es b sicas para uma tipologia ccescccerererereerersereresererenerossecoreneroseseessseresanes 26 1 2 Revistas especializadas em Ci ncia amp Tecnologia ccccceceeesserereererecerssssrreeceereresssos 36 1 3 O texto como evento comunicativo e essoessssossessoosessoosssssocssssocssssoessssoosesssoesessossssssesse 40 2 08 CAMINHOS DA PESQUISA csueainicaesenircrnetess casrenia came teadtaca cad nte tear casaca isspiss 46 2 1 O objeto d estudo s ecesecsesiisrssmpeseasessiesinotinetan eita renetametimsenastneteuer en iarasonsten enem eiandsado 46 2 1 1 Ci ncia Hoje uma hist ria de lutas rrrrreerearacereacerancaranaeeanacenacereacerancaranacenana 46 22O CORPUS costas nda tica citei ca asa sh LOSS eaa SS on aa NdU ces Cs datas ond ar ee e aa ae aer Eeee ETE 48 2 2 1 A escolha das se es de an lise er cereecereaceraneaennaceaacereacarancaranacenaaceraceraacarana 50 2 2 2 Sele o do corpus de an lise i n a EE aE EE EE E na cen ace aas 59 2 3 O trabalho com 0 COrDUS sesesessrecessspniectiasiras ooeateoasnsintataiutd aco severa cec ssanbdecadasssssoinenicoss sabado 64 3 A PROP SITO DAS SUPERESTRUTURAS eeeeeeeeseserererereeeseesesesesenea 68 3 1 Estrutura de artigos de divulga o cient fica ceeccesccceresererererereecereerereserossecesenereses 70 3 1 1 ContextualiZza o pi spesimpsvade sal E E AER DN son E pie Rana E SEL dada pa ada 13 3 1 2 Apresenta o do
64. Nuclear do CBPF demonstrou teoricamente que um fen meno semelhante aos ecos de spin pode ocorrer com a corrente el trica que percorre um condutor seja ele um g s um l quido ou um s lido A base desse resultado est na simples compara o entre as equa es de Bloch e as que descrevem o comportamento da corrente el trica sob a a o dos campos magn ticos A partir dessas equa es foi poss vel deduzir que aplicando uma onda eletromagn tica na forma de pulsos a um sistema condutor percorrido por uma corrente el trica esta pode como a RMN absorver energia de modo ressonante e dar origem a um efeito batizado de ecos de corrente A observa o dos ecos de corrente representaria um avan o para o estudo experimental das propriedades de transporte em meios condutores Em princ pio isso permitiria obter com grau de precis o em geral inacess vel s t cnicas convencionais informa es microsc picas detalhadas sobre os transportadores de corrente nesses meios e suas intera es entre si e com o meio As aplica es tecnol gicas podem incluir desde o desenvolvimento de m todos ressonantes da separa o isot pica de part culas em feixes at o controle de corrente em circuitos el tricos um campo novo e inexplorado que se abre Embora as perspectivas pare am otimistas por enquanto os ecos de corrente s o apenas uma abstra o em uma linguagem mais t cnica s o solu es de uma equa o diferencial A princ
65. Oxford University Press pp 17 26 YRIART M 1990 La Divulgaci n de las Ciencias como Problema Comunicacional Arbor 534 535 163 177 ZAMBONI L M S 1996 An lise de Ci ncia Hoje para Crian as Anais do 5 Congresso Brasileiro de Jornalismo Cient fico Belo Horizonte pp 87 92 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje ANEXOS 212 Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes ANEXO I T tulos das Vers es Originais dos Artigos de Divulga o Cient fica VERS O ORIGINAL VERS O EDITADA CO 1 Procura de vida al m do sistema solar desafio da astronomia para o pr ximo s culo CljEstamos sozinhos no universo CO2 Semt tulo C2 Laser sem cavidades CO3 Ecos de Corrente novos desafios f sica experimental C3 Ecos de Corrente desafios f sica experimental CO4 Produtos naturais de organismos marinhos uma alternativa anti incrustante n o poluente C4 Produtos contra a incrusta o n o poluentes CO5JAs aranhas estas companheiras t o distantes e diferentes C5 Aranhas venenosas no Brasil C06 Preservando o papagaio charr o C6 O papagaio char o em perigo CO7 Atividade antimal rica de plantas brasileiras a o seletiva sobre os diferentes est gios de desenvolvimento dos plasm dios C7 Plantas brasileiras alternativas tratamento da mal ria no CO8 Sem t tulo C8 0s riscos da doen a da vaca louca C0O9 0 Brasil se prepara para tes
66. a avalia o de proposta de vacina experimentada com relativo xito nos Estados Unidos e testada tamb m na China O desenvolvimento de vacina complexo demorado e caro Da a necessidade de parcerias entre pesquisadores de v rias institui es do pa s e do exterior entre o Minist rio da Sa de e a OMS e sobretudo entre cientistas e volunt rios de testes A compreens o geral da sociedade tamb m necess ria para evitar resist ncias que possam prejudicar o pr prio avan o cient fico 250 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 12 13 14 Condi es para verificar a efic cia de uma vacina 1 Compromisso de uma institui o e vontade pol tica cient fica do governo Ao decidir entrar no clube da vacina de testagem de produtos o Brasil criou o Programa Nacional de Vacinas ligado ao Programa Nacional de DST AIDS do Minist rio da Sa de Isso ajudou a concretizar os entendimentos com a OMS para os testes e a escolha de tr s cidades Rio de Janeiro S o Paulo e Belo Horizonte como centros de pesquisa Com a exclus o de S o Paulo a Fiocruz e a Universidade Federal de Minas Gerais UFMG comprometeram se a realizar as pesquisas 2 Apoio da sociedade civil associa es de classe sindicatos conselhos e outras de entidades n o governamentais e da imprensa jornais revistas e emissoras de televis o e r dio 3 Cria o de infra estr
67. apar ncia de leveza e descontra o ao texto 187 O rob deixou suas pegadas as marcas da roda em solo marciano Par grafo 5 Os cientistas t m pouco mais de uma d cada para vencer as dificuldades que a explora o do planeta vermelho imp e Enquanto as tecnologias necess rias ao ataque dos terr queos n o s o desenvolvidas parece dif cil responder com precis o se estamos ou n o acompanhados por qualquer tra o de vida no universo Mesmo depois de caminhar pela superf cie vermelha podemos n o encontrar a resposta para uma das quest es mais antigas da humanidade Par grafo 8 Texto JI 188 Ela um carro aleg rico andando agilmente em uma areia muito branca diz Rocha Par grafo 2 NE Ele tentou iludir os lagartos arrancando as patas da aranha para que ela se parecesse com um cupim Par grafo 3 Texto J5 189 A distribui o e o recenseamento cuidadoso desse min sculo primata que mede 60 cm pesa pouco mais de 600 g e ocupa exclusivamente uma faixa de 10 mil km pr xima ao litoral do Rio de Janeiro foi um alvo obsessivamente perseguido pela pesquisadora que acabou lhe rendendo o t tulo de mestre em conserva o e manejo da fauna Par grafo 6 Texto J6 190 Outro resultado derruba um mito A gua de coco verde usada sobretudo no Nordeste brasileiro como substituto do soro de reidrata o oral tamb m n o tem o efeito imaginado Par grafo 6 Texto J7
68. assunto e na constru o composicional fortes condicionantes Zamboni 1997 130 A revista Ci ncia Hoje pelo menos teoricamente tem como prop sito difundir o conhecimento cient fico para um p blico que vai al m da comunidade cient fica No entanto o fato de os textos veiculados nessa revista serem oriundos de diferentes comunidades de pr ticas cientistas e jornalistas resulta em dois tipos de discurso de divulga o cient fica cada um dos quais apresenta caracter sticas pr prias muitas delas presentes na superf cie textual Em parte nossa observa o vai de encontro id ia da exist ncia de um nico Jg nero discursivo para abranger as diferentes manifesta es pelas quais a ci ncia se d a conhecer ao p blico leigo postulada por Zamboni 1997 118 Concordamos com essa autora quanto ao fato de o discurso de divulga o cient fica de modo geral constituir um g nero particular no conjunto dos demais discursos 127 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes das diferentes reas de funcionamento da linguagem Isso n o significa todavia que dentro do que ela chama de g nero divulga o cient fica n o se possam distinguir subg neros agrupados a partir de estrat gias discursivo textuais distintas usadas pelos diferentes grupos produtores desse discurso Embora todos os textos do nosso corpus tenham sido extra dos de um mesmo supo
69. assuntos que Artigos ampliando as chances de formar os grupos de textos mencionados no in cio deste cap tulo Por outro lado a escolha de Artigos significaria incluir no corpus textos que foram tema de capa de CH Diante disso pareceu nos pertinente tamb m selecionar Bom Saber e Artigos como se es alvo deste estudo 2 2 2 Sele o do corpus de an lise Definidas as se es alvo passamos sele o do corpus propriamente dito que envolveu duas etapas nomeadas de Pr Sele o e Sele o Final a Pr Sele o Nessa primeira etapa foi realizada a leitura dos textos das se es alvo Bom Saber Artigos e Ci ncia em Dia no intuito de encontrar exemplares de ADC e de MDC 60 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes que tivessem em comum no m nimo a grande rea do conhecimento com o objetivo de formar os grupos de textos j referidos anteriormente N o foram raros os casos em que mais de uma MDC apresentava condi es de ser agrupada a um mesmo ADC Isso aconteceu principalmente com os textos de Ci ncias Biol gicas e Ci ncias da Sa de Em outras reas como Ci ncias Sociais Aplicadas praticamente n o foram encontrados textos que atendessem aos crit rios de sele o Uma das maiores dificuldades nessa etapa de pr sele o foi identificar a rea do conhecimento em que deveria classificar os textos pois muitos deles enfocavam estudos int
70. at ser vagas mas parecem satisfazer a necessidade conceitual da m dia dos usu rios de computadores Conv m notar ainda que n o raro observarmos o emprego da terminologia de uma dada rea do conhecimento usada metaforicamente em outra como o caso das neuroci ncias que se apropriaram da terminologia da inform tica para explicar fen menos cerebrais Na concep o de Coracini 1991b os conceitos metaf ricos est o de tal modo arraigados a nossa cultura que estruturam nossas atividades di rias e cient ficas sem que percebamos Se da vida cotidiana ci ncia a presen a da met fora algo que n o se pode ignorar o que podemos dizer do uso da met fora na divulga o cient fica Ao iniciarmos este trabalho acredit vamos que o uso da met fora deveria ser muito expressivo nos textos de divulga o cient fica especialmente nos de autores jornalistas Para nossa surpresa o exame do corpus revelou que o uso de tal recurso existe mas parcimonioso tanto nas MDC quanto nos ADC No corpus os termos utilizados metaforicamente pertencem a diferentes recortes do mundo real e parece n o haver uma regra geral que sistematize seu uso de acordo com a rea do conhecimento abordada no texto ou com a fun o pretendida Em 181 e 182 por exemplo mostramos termos do universo da cogni o empregados em ADC que abordam pesquisas das reas de ci ncias da sa de e de ci ncias humanas 181 A AIDS o maior
71. cient fica que propunha a cria o de um ve culo que divulgasse material cient fico s lido rejeitasse a mitifica o da ci ncia e dos cientistas e destacasse o trabalho realizado no Brasil Guimar es Filho 1992 40 O documento foi submetido ao crivo de Jos Reis pioneiro da divulga o cient fica no Brasil que apesar de se mostrar confiante e incentivar a id ia fez ressalvas em rela o a algumas dificuldades que poderiam ser enfrentadas entre as quais o pre o o p blico a colabora o permanente de cientistas a concorr ncia desleal de capas apelativas de outras publica es e a distribui o Reis apud Costa et al 1992 34 disse ainda que a capacidade de concis o dos cientistas poderia ser um problema e alertou para os poss veis conflitos entre jornalistas que necessariamente teriam que reescrever os artigos e seus autores os cientistas Ap s o parecer de Jos Reis foram implementadas v rias a es para a obten o de financiamento Mas os resultados negativos fizeram com que o projeto estacionasse por quase tr s anos at que em maio de 1980 a diretoria da SBPC ent o presidida por Jos Goldemberg formou uma comiss o para estudar a cria o da revista O grupo retomou contatos com editoras e rg os de financiamento mas s no in cio de 1982 surgiram condi es favor veis concretiza o do projeto que recebeu apoio do CNPq Conselho Nacional de Pesquisa e da Finep Financiad
72. cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Esse fato nos deu uma estranha sensa o que misturava satisfa o e ang stia O sentimento de satisfa o foi provocado pela lucidez dos profissionais que fazem CH ao propor reformula es t o pertinentes A ang stia foi gerada pela d vida em rela o inclus o de textos dessa nova fase uma vez que quela altura o corpus estava selecionado e j t nhamos alguns textos analisados Ap s muitos conflitos e profundas reflex es decidimos ignorar os textos da nova fase pois na realidade o nosso prop sito era identificar semelhan as e diferen as entre textos de divulga o cient fica produzidos por autores cientistas e autores jornalistas e n o a revista em si Al m do mais se inclu ssemos esses novos textos correr amos o risco de analisar materiais editados a partir de orienta es bem distintas e muito provavelmente os ADC publicados nessa nova fase n o seriam t o fi is aos originais dos pesquisadores como ocorreu com os que hav amos selecionado 2 3 O trabalho com o corpus Antes de iniciar propriamente a an lise do corpus foi realizada uma breve compara o entre duas vers es dos textos de cientistas o texto original e o publicado em CH O objetivo desse procedimento foi verificar a amplitude das altera es efetuadas pelos editores nos textos originais dos cientistas para ent o redimensionar aspectos metodol gicos da an lise Para
73. completas e tinham preservados os sedimentos internos constitu dos por ossos pulverizados e misturados terra que as envolvia O material org nico coletado no interior dessas urnas a de n meros 1 e 4 foi enviado aos EUA para an lises radiocarb nicas Os resultados indicaram que os da n 1 podiam ser de 1 350 a 110 anos antes do presente e os da n 4 de 1 470 a 115 anos antes do presente A partir dessas data es deduziu se que o s tio cemit rio foi ocupado de modo continuado por quase dois s culos 266 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 12 13 14 O material l tico de pedra coletado no mesmo s tio consiste na maioria em l minas de machado polidas em diab sio em perfeito estado de conserva o As l minas foram encontradas junto s urnas o que faz pensar em acompanhamento funer rio Por ocasi o do salvamento a equipe do Museu Goeldi soube da exist ncia de outros s tios arqueol gicos na regi o com dimens es m dias de 500 por 300 m e localizados s margens do Tapaj s e de seus afluentes os rios Capitua Laranjal Passa tudo Mutururi e o igarap do Rato Sendo a regi o de Itaituba zona de garimpagem de ouro s o muitas as informa es sobre cole es de objetos arqueol gicos recolhidas em garimpos como o do Creporizinho e o do Patroc nio No s tio de Pirina situado no igarap do Rato a dois quil metros de sua conflu ncia co
74. correspond ncia total Algumas categorias por exemplo embora tenham a mesma denomina o nos dois tipos de evento apresentam caracter sticas bem espec ficas em cada um deles 3 2 1 Abertura As aberturas das MDC costumam informar de que tratam os estudos a serem abordados quem s o os respons veis os resultados alcan ados ou esperados ou os efeitos desses resultados Por outras palavras essa se o pode conter al m de informa es b sicas que respondem a algumas das perguntas propostas pelos c nones do jornalismo o qu quem quando onde como por qu conclus es das pesquisas ou aplica es de seus resultados no cotidiano das pessoas obedecendo dessa forma 28 Mesmo tendo sido considerado como categoria integrante das MDC devido a crit rios metodol gicos explicitados em 2 3 a categoria t tulo n o ser objeto de an lise 106 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes estrutura de relev ncia mencionada anteriormente Em suma as aberturas das MDC comportam dados que nos ADC localizam se nas se es apresenta o do estudo e resultados Conv m esclarecer no entanto que informa es complementares sobre os estudos e os resultados tamb m podem vir na contextualiza o Para o jornalista fundamental fisgar o leitor logo no primeiro par grafo Essa a raz o de em geral os resultados das pesquisas virem na abertura j que
75. da pesquisa o f sico Anderson Le nidas Gomes Par grafo 2 Texto J2 152 A situa o dos micos grav ssima reconhece a bi loga Cec lia Kierulff autora do recenseamento ao constatar que 269 deles vivem em reas particulares sem qualquer prote o Par grafo 1 Os levantamentos feitos at agora apresentavam n meros que variavam muito atesta o zo logo Anthony Rylands que orientou a bi loga em seus trabalhos de campo e na elabora o de sua tese Popula es silvestres de mico le o dourado defendida na Universidade Federal de Minas Gerais Par grafo 5 Texto J6 153 Como somos relacionados evolucionariamente ao T cruzi de uma forma distante as enzimas do parasita s o parecidas com as nossas mas n o id nticas afirma Glaucius Oliva coordenador do trabalho Par grafo 5 Texto J8 Em 151 152 e 153 exemplos em que a identifica o dos donos das falas traz o nome completo do especialista e informa es relacionadas atividade ou fun o que desempenha Note se que essa forma mais completa de identifica o s ocorre na primeira vez em que determinado especialista aparece no texto Se voltar a ser citado passar a ser 168 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes identificado pela atividade pesquisador antrop logo professor pela fun o coordenador respons vel ou apenas pelo nome como ilustram os exem
76. de personalidade que se sobrep em ao fator cognitivo de risco Nesse campo o programa desenvolve projeto pioneiro de busca de determinadas vari veis que conjuntamente ou preponderantemente impulsionem o indiv duo a n o levar em conta seus riscos de contamina o Se for comprovada a presen a de tais vari veis nas pr ticas de sexo sem prote o isso poder servir futuramente para tra ar novas interven es de preven o Por quest es culturais o brasileiro resiste s advert ncias sobre os riscos do sexo desprotegido e teme participar de experi ncias cient ficas O conhecimento de pr ticas sexuais e as a es preventivas dentro do contexto social permitem aprimorar as a es n o vacinais Os estudos em andamento debatem essas quest es com volunt rios inscritos e v em as a es preventivas como quest o central Grande desafio do programa de testes o de mudar a opini o p blica em rela o participa o em experi ncias cient ficas sobretudo no Rio de Janeiro A vis o preconceituosa do volunt rio como cobaia motivou atitudes obscurantistas por parte de setores cient ficos desinformados e de entidades que lidam com portadores do HIV Mas esses preconceitos est o sendo desfeitos pela a o eficiente e correta junto m dia das institui es envolvidas nos testes particularmente a 252 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 21 22 23 24 Fiocr
77. e chegar a 30 cm de comprimento total pesando at 60 g e pelo aspecto amea ador Sua picada no entanto muito rara e seu veneno inofensivo para o homem O nico perigo que oferecem est em outra forma de defesa e captura de alimento pois ao atritarem as patas traseiras no abdome lan am uma nuvem de p los capaz de provocar irrita es al rgicas na pele e nas vias respirat rias S o excelentes predadoras de insetos e algumas ca am at roedores e p ssaros Vivem no solo em madeira em decomposi o e nas rvores Constr em teias de ref gio e podem eventualmente entrar em casas escondendo se em locais escuros e midos Os venenos das aranhas ainda s o pouco estudados exceto no caso das armadeiras e das vi vas negras reconhecidas como problema de sa de p blica h mais tempo As loxosceles entretanto s passaram a ser consideradas perigosas ap s os trabalhos pioneiros de Gast o Rosenfeld tamb m pesquisador do Instituto Butant nos anos 50 No momento o Butant est investigando as propriedades biol gicas e bioqu micas do veneno dessas aranhas para aperfei oar o soro contra a sua picada produzido pelo Instituto A import ncia dessa pesquisa pode ser demonstrada por surtos como os identificados a partir de 1986 com mais de 1 000 casos em 1992 na regi o metropolitana de Curitiba causados provavelmente por desmatamento e pela extin o de predadores naturais O veneno utilizado na pesquisa obtido com a a
78. e desenvolver argumentos Observem se os exemplos 176 Alguns astr nomos em particular Alexander Wolscsan interpretam as modula es observadas nos sinais emitidos por pulsares estrelas de n utrons como resultantes de perturba es gravitacionais causadas por planetas Assim no caso do Pulsar 1257 12 Wolscsan sugere a presen a de tr s planetas com massas 179 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes nesse caso com rela o massa da Terra de 0 015 3 4 e 2 8 Apesar do ambiente hostil a exist ncia de planetas em torno de pulsares n o pode ser descartada Entretanto a explica o mais aceita hoje a de que tais modula es s o produzidas pela precess o da estrela de n utrons a precess o de forma simplificada o movimento ou a inclina o do eixo de rota o de um objeto que est girando como o balan o que um pi o de brinquedo apresenta enquanto gira Par grafo 11 Texto C1 177 Estudos epidemiol gicos sugerem que o aparecimento da doen a em bovinos deveu se inclus o em sua alimenta o de suprimentos prot icos derivados de ovelhas contaminadas scrapie Entretanto n o h dados experimentais que provem essa teoria A proibi o do uso desses produtos na ra o do gado na Inglaterra deve contribuir para o esclarecimento dessa hip tese Par grafo 6 Por outro lado estudos mostraram que camundongos que produzem a prote na p
79. e tem sua regenera o impedida pelo uso intenso para a cria o de gado A coleta do pinh o em escala comercial associada ao corte do pinheiro para aproveitamento da madeira na ind stria de m veis e na constru o civil tamb m contribuiu para diminuir a disponibilidade de alimento no inverno Par grafo 8 O estudo recomenda ainda a cria o de mais reas protegidas o manejo adequado das existentes a efetiva implanta o do Parque Nacional da Serra Geral e dos Parques Estaduais do Podocarpus e do Ibiriti que n o sa ram do papel e a melhoria da estrutura or ament ria e humana do Parque Nacional dos Aparados da Serra e do Parque Estadual do Espig o Alto Par grafo 13 Texto C6 92 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes A poca e os per odos de ocupa o do Pantanal al m dos grupos que povoaram a regi o incluindo o comportamento e tipos de atividades desenvolvidas por esses povoadores foram os principais resultados apresentadas ao longo do artigo Pantanal os primeiros passos da pr hist ria C10 Em 20 exibimos alguns trechos da se o resultados 20 A ocupa o do Pantanal da regi o de Corumb mais antiga do que inicialmente se imaginava Com as 13 datas de carbono 14 processados pela Beta Analytic Inc de Miami a partir da radioatividade remanescente em cascas de moluscos consumidos pelas popula es de cinco dos s tios estudados tem se u
80. e vice versa Costa et al 1992 36 De acordo com Chaparro 1993 alguns dos textos publicados em CH especialmente os artigos redigidos por pesquisadores d o revista um perfil de publica o que se destina a divulgar ci ncia para um p blico de n vel superior do qual o principal segmento talvez sejam os pr prios cientistas O autor afirma que CH n o um produto jornal stico E argumenta As se es perif ricas notas resenhas entrevistas e comunica es escritas pelos profissionais da reda o t m textos claros redigidos com t cnica jornal stica Mas os artigos assinados pelos cientistas colaboradores fregiientemente afundam sob o peso de informa es 11 Informa o obtida via e mail em 25 de mar o de 1999 21 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes t cnicas ou reflex es te ricas sem cuidados de depura o e clareza Apesar do esfor o que o Conselho Editorial e a Reda o fazem na orienta o dos articulistas para que sejam claros o uso da linguagem especializada fregiiente exigindo leitores tamb m especializados Chaparro 1993 15 Del Vechio 1994 tamb m aponta a linguagem herm tica como um dos fatores que t m impedido CH de alcan ar integralmente o objetivo da divulga o cient fica A autora diz que a revista cada vez mais se distancia de seu objetivo limitando se a um p blico cada vez mais espec fico e cada vez mais espec
81. entanto a viabilidade de todas as aplica es m dicas e tecnol gicas s existir quando for poss vel obter as propriedades magn ticas moleculares a temperaturas mais pr ximas da ambiental o primeiro composto s funciona como magneto a 250 C Para buscar uma mol cula magn tica ainda mais pr xima da biocompatibilidade o qu mico liderou ainda em 1993 ao voltar ao Brasil a cria o de um grupo de pesquisa voltado para essa rea no Departamento de Qu mica da UFMG No in cio do corrente ano sua equipe sintetizou dois novos compostos tamb m de estrutura tridimensional com an is entrela ados semelhantes ao obtido na Fran a Eles apresentam pequenas modifica es qu micas que os tornam um composto 273 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes reprodut vel e n o uma descoberta fortuita o que aumenta a chance de avan os nessa linha de pesquisa afirma o qu mico Nos ltimos meses o grupo obteve outros compostos a que denominou magnetos moleculares duros com grande capacidade de armazenar informa es se usados em chips de mem ria Eles apresentam propriedades pticas interessantes comprovadas em experimentos feitos em parceria com o Departamento de F sica da UFMG um dos magnetos obtido na forma de cristal azul mostra birrefring ncia refra o em dois n veis e dicro smo polariza o da luz branca nesta propriedade a luz branca que norma
82. espa o recife de coral acirradamente disputado Essa seria outra indica o clara de resposta defensiva aos incrustantes provavelmente um tipo de competi o por interfer ncia em um espa o recife de coral acirradamente disputado Par grafo 26 Possivelmente esses compostos atuam como antiincrustantes em M fruticosa pela inibi o das etapas iniciais do processo bact rias e microalgas Par grafo 27 Texto C4 125 A import ncia dessa pesquisa pode ser demonstrada por surtos como os identificados a partir de 1986 com mais de 1 000 casos em 1992 na regi o metropolitana de Curitiba causados provavelmente por desmatamento e pela extin o de predadores naturais Par grafo 15 Texto C5 126 A escava o forneceu dados suficientes para confirmar nossa hip tese de que se tratava do estabelecimento central de um grupo que conforme a esta o acampava em outros lugares provavelmente nos campos alagados Par grafo 27 Texto C10 157 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Como se pode observar nos exemplos 123 a 126 os adv rbios s o usados como mecanismo para atenuar o que expresso nos enunciados indicando que o sujeito do discurso que nesses casos espec ficos s o cientistas n o t m certeza absoluta ou n o querem se comprometer com o que dito Mas tomando por base algumas discuss es de Coracini 1991b sobre o discurso cient fico poss v
83. f meas causa acidentes pois os machos em fun o do pequeno tamanho de suas quel ceras n o conseguem injetar o veneno As f meas s vezes matam os machos ap s o acasalamento 236 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 13 14 15 16 17 18 caracter stica que somada cor negra com manchas vermelhas no abdome deu origem a seu nome Vivem em ambientes semelhantes aos das loxosceles Pouco agressiva a vi va negra normalmente deixa se cair da teia e finge estar morta ao ser perturbada e sua picada s ocorre quando prensada ou muito acossada No Brasil ocorrem surtos espor dicos de picadas relacionadas com as flutua es em sua popula o causadas por desequil brios ecol gicos mais sic ainda assim sua participa o no total de picados no pa s cerca de 0 21 a maioria dos casos no Nordeste O veneno da vi va negra provoca contra es musculares sudorese arritmia card aca reten o urin ria e em alguns casos parada respirat ria Uma das toxinas da vi va negra denominada latrotoxina uma prote na de 130 mil d ltons O veneno induz a libera o da acetilcolina nas termina es neuromusculares N o h produ o de soro contra esse veneno no Brasil Outras aranhas existentes no pa s s o apontadas erradamente como muito venenosas o caso da caranguejeiras figura 6 temidas pelo seu tamanho podem alcan ar at 10 cm de corpo
84. fase de edi o conforme j foi justificado no cap tulo 2 No entanto 75 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes desenvolvido a partir da informa o sobre a exist ncia de diferentes processos f sicos qu micos e biol gicos de origem marinha que agem sobre as estruturas submersas destacando se a incrusta o biol gica ou biofouling Entrecortados por opini es outros trechos contextualizadores fazem refer ncia s conseq ncias da incrusta o e primeiras tentativas de combate ao problema Essas informa es funcionam como uma introdu o ao tema central do artigo que trata de pesquisas realizadas com produtos naturais de organismos marinhos para o desenvolvimento de subst ncias que impe am ou diminuam a incrusta o biol gica Como o texto C4 relata v rios estudos com quatro esp cies de organismos algas esponjas corais e asc dias a se o contextualiza o volta a aparecer sempre que introduzido um novo estudo Tem se nesses pontos o desenvolvimento do segundo t pico Em 1 alguns trechos desse t pico 1 As algas As algas marinhas figura 5 produzem grande n mero de metab litos secund rios incluindo hidrocarbonetos e v rios terpen ides menoterpenos sesquiterpenos e diterpenos muitos deles bioativos Mas s recentemente a import ncia ecol gica dos metab litos secund rios tem sido investigada em trabalhos que enfatizam a media o qu
85. garrafas de vidro escuro e algumas ferramentas de metal Popula es ind genas sobreviveram na rea at o fim do s culo XIX quando por ocasi o da guerra do Brasil com o Paraguai elas se desestruturam completamente Em Corumb ainda existem alguns ndios de diversas origens especialmente Guat e Guan Alguns est o encostados em bairros pobres da cidade outros conseguiram terras em assentamentos de colonos mas tamb m h fazendeiros que progrediram 42 O objetivo do projeto Corumb justamente o de estudar a hist ria cont nua das primeiras levas de popula es ind genas que chegaram ao Pantanal em torno de 6 mil a C e tamb m de todos os que vieram mais tarde e seus descendentes 43 A hip tese de que o Pantanal condicionava as popula es que nele se instalavam a um determinado tipo de adapta o n o corresponde realidade Foram registrados grupos de canoeiros que deveriam ter sido basicamente ca adores coletores e pescadores como os dos mont culos pesquisados Tamb m encontramos agricultores estabilizados como os Guarani da encosta da morraria e os Guan Chan de reas mais ao norte tamb m os Guaicuru cavaleiros que mantinham sob dom nio e exploravam os Guan Chan e finalmente os Xaray que chegavam a um n vel mais elevado de organiza o conhecida pelos antrop logos como chefia 44 As popula es do Pantanal tampouco s o do mesmo tronco ling stico ou biol gico uma vez que par
86. gicas envolvendo inclusive os demais conceitos A extens o do conceito permite abranger os peri dicos especializados os bancos de dados os sistemas de informa o acoplados aos institutos e centros de pesquisa os servi os de alerta das bibliotecas as reuni es cient ficas congressos simp sios semin rios as se es especializadas das publica es de car ter geral as p ginas de ci ncia e tecnologia dos jornais e revistas os programas de r dio e televis o dedicados ci ncia e tecnologia o cinema dito cient fico e at os chamados col gios invis veis Bueno 1984 14 15 2 2 Segundo Bueno 1984 89 os col gios invis veis se constituem em canais informais de comunica o cient fica e tecnol gica Estudos t m demonstrado que mais do que os canais formais publica es e centros ou servi os de informa o documenta o e bibliotecas eles influenciam na gera o de novas id ias e na diminui o do tempo de transfer ncia de informa o Os col gios invis veis operam por modalidades diversas de interc mbio interpessoal incluindo conversas correspond ncias telefonemas e reuni es de car ter restrito 5 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Ainda na perspectiva de Bueno 1984 pode haver duas formas de dissemina o a intrapares e a extrapares A primeira seria a Jcircula o de informa es cient ficas e tecnol gicas entre especia
87. grafo 20 Texto C11 A incid ncia do discurso relatado indireto embora maior que o direto tamb m baixa nos textos de cientistas chegando a ser praticamente insignificante comparando se 177 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes aos textos de jornalistas o que vem ratificar o que j tinham apontado Bastos amp Pereira 1995 em estudo que identifica caracter sticas do que denominam artigo acad mico de vulgariza o e artigo acad mico Entre os casos encontrados h exemplos de refer ncias gen ricas como se v em 170 e 171 de refer ncias institucionais 172 e 173 e de refer ncias nominais 174 e 175 De acordo com Coracini 1991b as refer ncias gen ricas n o revelam com precis o a origem efetiva do pensamento exposto e ora s o mais ora menos expl citas Em 170 por exemplo tem se um caso de refer ncia gen rica mais expl cita do que em 171 pois embora os autores n o identifiquem precisamente a quais estudos se referem situam a origem dos mesmos 170 Os estudos nos anos 70 pela equipe de Lethokov sugeriam a constru o de padr es pticos de fregii ncia e comprimento utilizando meios ativos adequados enquanto especula es mais recentes prop em sua utiliza o na remo o de tatuagens e na terapia fotodin mica para c ncer Par grafo 7 Texto C2 171 Estudos epidemiol gicos sugerem que o aparecimento da doen a em bovinos deveu se
88. inclus o em sua alimenta o de suprimentos prot icos derivados de ovelhas contaminadas scrapie Par grafo 6 Texto C8 Os exemplos 172 e 173 s o casos de refer ncias institucionais pois apesar do tom gen rico das refer ncias de acordo com estimativas segundo estudos h de fato institui es definidas que pelo menos em tese poderiam assumir as informa es dadas 172 De acordo com estimativas da Birdlife International 11 das cerca de 9 500 esp cies de aves da Terra est o amea adas de extin o e cerca de 100 entre as esp cies que habitam o Brasil encontram se em perigo imediato Par grafo 1 Texto C6 178 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 173 Segundo estudos da Organiza o Mundial de Sa de OMS a r pida e intensa deteriora o socioecon mica de grande parte da popula o migrante fez com que os focos de mal ria existentes na regi o se expandissem rapidamente e a doen a assumisse propor es alarmantes na ltima d cada figura 1 Par grafo 2 Texto C7 De acordo com Coracini 1991b as refer ncias nominais manifestam uma aparente atitude de distanciamento do sujeito do discurso refor ada pelo uso exclusivo da 3 pessoa e uso frequente dos tempos passados como mostram os exemplos 174 e 175 174 Astr nomos como D N Lin e J C Papaloizou imaginaram um cen rio mais complexo para explicar o planeta 51 Pega
89. individual encontrada s vezes nos alunos mais inteligentes e aplicados Na verdade como n o existe na escola orienta o sistem tica em mat ria de leitura os raros bons leitores que na verdade foram formados pela fam lia acabam parecendo ter mais m rito do que os outros N o faltar quem levante uma hip tese socioecon mica para explicar o fen meno da minoria competente e da maioria incapaz os ricos l em melhor os pobres t m s rias dificuldades de compreens o No entanto n o h rela o causal entre os dois fen menos e essa correla o poderia ser alterada se a qualidade do ensino fosse diferente Ali s mais comum os professores queixarem se da dificuldade dos alunos com a produ o de textos do que com a leitura Enquanto a escrita tem presen a material vis vel e inc moda a leitura permanece um mist rio At porque os maus leitores a maioria nos cursos universit rios inclusive na p s gradua o tentam esconder suas dificuldades e raramente pedem ajuda aos professores Contudo os professores continuam a agir como se todos estivessem preparados para usar a leitura como instrumento privilegiado de acesso ao conhecimento Marlene Carvalho Faculdade de Educa o UFRJ Maur cio da Silva Faculdade de Letras UFF Ci ncia Hoje 119 pp 68 72 265 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C12 A antiguidade dos povos Tapaj s
90. lidos Habituados a ler para resumir os alunos sentem muita dificuldade em ler para aprender confrontar id ias tirar conclus es Mas a leitura reflexiva e cr tica que vale a pena e por isso preciso insistir no fato de que o relat rio outro tipo de trabalho 264 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 34 35 36 37 38 Para orientar o aluno proponha que ele responda em rela o a cada texto lido algumas perguntas chave sobre o conte do e o modo de ler O que o autor do texto lhe diz O que voc diz ao autor do texto O texto tem rela o com alguma coisa que voc j leu Especifique Voc formulou perguntas ao autor antes de iniciar a leitura Quais Obteve respostas Que d vidas persistiram Achou a tarefa f cil ou trabalhosa Como resolveu as dificuldades que surgiram As perguntas surgir o de acordo com a natureza da disciplina e o grau de compet ncia dos alunos Conclus o O professor universit rio tanto de gradua o quanto de p s gradua o respons vel pelo desenvolvimento da compet ncia dos alunos em leitura Muitos colegas discordar o desta afirma o alegando que o ensino da leitura tarefa do Primeiro Grau No entanto medida que o indiv duo tem acesso a novos saberes ele amplia a capacidade de compreender e produzir textos que come ou a desenvolver na inf ncia Outros argumentar o que ler e gostar de ler aptid o
91. loga Cec lia Kierulff autora do recenseamento ao constatar que 269 deles vivem em reas particulares sem qualquer prote o Nesses locais nem o desmatamento nem a ca a s o fiscalizados aumentando o risco de extin o da esp cie Par grafo 1 Texto J O primeiro per odo do texto J6 O mico le o sobe a serra uma asser o que chama a aten o para a prec ria conserva o dos micos ledes dourados o realce afirma o realizado pelo verbo restar pelo operador argumentativo apenas e pelo dado num rico 559 Observe se que o efeito de sentido seria totalmente diferente se a ora o tivesse outro tipo de constru o como por exemplo Existem 559 micos le es dourados Leontopithecus rosalia na natureza Tamb m se destacam nessa abertura o uso de express es superlativas mais rigorosa estimativa j feita mais amados mais amea ados grav ssima e o emprego da preposi o sem sem qualquer prote o e da conjun o nem nem o desmatamento nem a ca a s o fiscalizados para indicar o desleixo com a preserva o desses animais 109 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 34 As esp cies de plantas mais usadas no tratamento da diarr ia infantil pela popula o de algumas regi es brasileiras s o ineficazes como reidratantes Os teores de s dio pot ssio cloreto glicose e citrato presentes
92. mais de um estudo como em Ecos de Corrente C3 e Aranhas venenosas no Brasil C5 Em C3 uma das pesquisas foi conclu da recentemente e a outra que provavelmente d continuidade primeira est em andamento exemplo 9 9 86 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Em um trabalho recente quando o Grupo de Resson ncia Magn tica Nuclear do CBPF quem demonstrou teoricamente que um fen meno semelhante aos ecos de spin pode ocorrer com a corrente el trica que percorre um condutor seja este um g s um l quido ou um s lido o qu Par grafo 9 Os grupos de RMN e Magnetometria do CBPF quem est o trabalhando em conjunto para tentar detectar esse novo fen meno de resson ncia em amostras de filmes finos com espessuras da ordem de 1000 angstrons ou 0 00001 cm feitos a partir de metais com alta condutividade el trica como cobre prata e ouro qu para qu Par grafo 12 Texto C3 Em C5 os dois estudos apresentados ainda n o foram conclu dos mas um deles o que analisa a estrutura bioqu mica do veneno contra a Loxosceles encontra se na fase inicial exemplo 10 10 No momento quando o Butant quem est investigando as propriedades biol gicas e bioqu micas do veneno dessas aranhas qu para aperfei oar o soro contra a sua picada produzido pelo Instituto para qu Par grafo 15 No momento quando O Butant que
93. mica entre herb voros e macro algas ver O arsenal qu mico das algas Ci ncia Hoje n 96 1993 Par grafo 10 As esponjas Entre todos os invertebrados marinhos as esponjas figura 7 s o os que sintetizam produtos naturais em maior quantidade e diversidade Sua larga produ o inclui compostos qu micos como derivados de dibromotirosina alcal ides sesquiterpenos diterpenos e ester is Esses animais revelam grande riqueza em defesas qu micas provavelmente em fun o de suas caracter sticas t m tecidos moles relativamente desprotegidos e modo de vida s ssil Muitas atividades farmacol gicas de metab litos de esponjas j foram estudadas mas poucos estudos visaram determinar o papel dessas subst ncias no ambiente natural Par grafo 17 Os corais Os octocorais filo Cnidaria subclasse Octocorallia est o entre os invertebrados marinhos s sseis mais abundantes em ambientes tropicais e subtropicais Ao contr rio dos hexacorais subclasse Hexacorallia que t m esqueleto externo de carbonato de c lcio os octocorais apresentam corpo flex vel em fun o da perda da prote o f sica da calcifica o Dentre as seis ordens de octocorais os corais moles verdadeiros ordem poder o ser teis para quem deseja pesquisar o resumir 25 Os trechos exibidos nos exemplos ser o identificados pela numera o dos par grafos o que facilita sua localiza o nos anexos II e II 76 A divulga o
94. n o s a popula o de baixa renda faz uso de ch s no Brasil onde cresce o n mero de pessoas de outras camadas sociais que optam por rem dios caseiros para restringir o uso da alopatia A determina o dos teores dos sais minerais nas amostras de ch s caseiros foi feita com base em quatro t cnicas anal ticas ativa o neur nica absor o at mica fotometria de chama e potenciometria direta permitindo compara es entre os resultados O estudo confirmou a suspeita de que o sal de cozinha vendido no pa s de baixa qualidade no que se refere ao teor de pot ssio As quatro marcas comerciais de sal estudadas continham apenas 0 2 mmol do elemento por litro mmol 1 quando o Minist rio da Sa de recomenda 20 mmol l Outro resultado derruba um mito A gua de coco verde usada sobretudo no Nordeste brasileiro como substituto do soro de reidrata o oral tamb m n o tem o efeito imaginado Ela cont m baixos teores dos elementos considerados eficazes no controle da desidrata o provocada pela diarr ia embora esses teores sejam maiores do que os encontrados nos ch s de plantas Ana Rita Ara jo Ci ncia Hoje 119 pp 72 73 280 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J8 Contra a Doen a de Chagas Pesquisa b sica pode levar a nova droga contra a doen a Subst ncia capaz de interferir no ciclo vital do Trypanosoma cruzi causador da doen a de Chagas poder im
95. ncia dos ecos de corrente fen meno de resson ncia semelhante aos ecos de spin que entre outras aplica es levaram cria o dos tom grafos de resson ncia magn tica nuclear usados na medicina Par grafo 13 Texto C3 Entre os artigos que cont m resultados alcan ados e resultados esperados destacamos Aranhas venenosas no Brasil C5 Aqui s o apresentados resultados de tr s etapas de um mesmo estudo De in cio s o informadas as propriedades biol gicas e bioqu micas do veneno das esp cies Loxosceles gaucho L laeta e L intermedia que correspondem primeira fase da pesquisa Logo em seguida s o comunicados os resultados das an lises sobre a estrutura bioqu mica do veneno loxosc lico e por fim revelado o que ainda se pretende obter com a continua o da pesquisa Vejam se em 23 os par grafos que cont m os resultados 23 A an lise comprovou que o veneno da aranha possui no m nimo nove prote nas algumas das quais com atividade enzim tica com massas moleculares entre 67 mil e 14 mil d ltons e que a mol cula da prote na que aparece em maior quantidade tem cerca de 35 mil d ltons A pesquisa verificou em seguida que essa prote na mais abundante tamb m a principal respons vel pela les o dermonecr tica Em camundongos inoculados com as diversas fra es prot icas do veneno em doses correspondentes dose letal do veneno completo apenas a fra o que continha a prote na de 35 mil d ltons
96. ngua e suas subdivis es como dialeto variedade e registro Norms Refere s regras que governam as intera es Genre S o categorias de textos poesia carta serm o prov rbio ora o entrevista chamada telef nica etc Para Hymes 1986 1972 os g neros coincidem com os eventos de fala embora analiticamente possam ser tratados de forma independente Fonte Hymes 1986 1972 Salienta Hymes 1986 1972 que a an lise formal do modelo proposto Speaking instrumento indispens vel para compreender os prop sitos necessidades e satisfa es humanas mas ele adverte que esse apenas um instrumento e n o a compreens o em si O objetivo desse modelo n o apenas descrever os eventos mas dar certa ordem na diversidade desses eventos e assim facilitar o entendimento e explicar o funcionamento da linguagem na intera o e consegiientemente na vida social Uma no o equivalente a evento de fala tipo de atividade que se aplica a qualquer atividade reconhecida culturalmente Introduzida por Levinson 1979 a no o envolve os mais variados tipos de evento que podem englobar desde conversa es informais a eventos visuais como uma exposi o fotogr fica De acordo com Levinson o 33 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes essencial e que vai definir o tipo de atividade a inten o ou seja o objetivo de seus
97. o M todo Cient fico M dia F rum 8 7 SCHMID H J amp UNGERER F 1996 An Introduction to Cognitive Linguistics London New York Longman SEARLE J 1995 1979 Express o e Significado estudo dos atos de fala S o Paulo Martins Fontes SWEETSER E amp FAUCONNIER G 1996 Cognitive Links and Domains basic aspects of mental space theory In Sweetser E amp Fauconnier G eds Space Worlds and Grammar Chicago London The University of Chicago Press TANNEN D 1989 Talking Voices repetition dialogue and imagery in conversational discourse Cambridge Cambridge University Press TOOLAN M 1988 Narrative A Critical Linguistic Introduction London New Yok Routledge UMA Nova Ci ncia Hoje 1998 Ci ncia Hoje 140 1 VAN DIJK T A 1985 Structures of News in Press In Van Dijk T A ed Discourse and Communication new approaches to the analysis of mass media discourse and communication Berlin De Gruyter pp 69 93 VAN DIJK T A 1989 La Ciencia del Texto Barcelona Paid s Comunicacci n VAN DIJK T A 1990 La Noticia como Discurso compreensi n estructura y producci n de la informaci n Barcelona Paid s Comunicacci n VAN DIJK T A 1992 Cogni o Discurso e Intera o S o Paulo Contexto VIEIRA C L 1992 A Responsabilidade de Divulgar Ci ncia Ci ncia Hoje 82 45 208 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes VIEIRA
98. o de insetos e outros transmissores Par grafo 5 As observa es paleopatol gicas sobre anemia associadas a pesquisas m dicas recentes ajudaram a rever o conceito de normalidade dos n veis de ferro no sangue Par grafo 9 Texto J10 136 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes No exemplo 74 o termo sambaqui utilizado sem explica o na primeira vez em que mencionado no segundo par grafo do texto J10 S na segunda vez em que a palavra aparece no quinto par grafo h possibilidade de o leitor calcular o seu sentido Mesmo assim a constru o do texto torna o enunciado amb giio Esse quadro se agravava com as condi es sanit rias nos sambaquis as moradias eram constru das sobre montes de restos de alimentos conchas ossos e pedras e sambaquis pode ser interpretado como moradias ou como montes de restos de alimentos conchas ossos e pedras No nono par grafo usado o termo paleopatol gicas Embora n o haja no corpo do texto qualquer explica o para a express o a mat ria traz um box intitulado Exames de esqueletos e sepulturas explicando que a paleopatologia estuda doen as les es ou anomalias diagnosticadas pelo exame de partes do corpo humano encontradas em s tios arqueol gicos A an lise do corpus tamb m mostrou nos dois grupos de textos procedimentos explicativos satisfat rios que em geral fazem pa
99. o do termo magneto molecular no primeiro par grafo conseguimos sem muita dificuldade estabelecer a conex o entre os dois par grafos A partir do nosso conhecimento enciclop dico juntamente com o contexto e o cotexto percebemos que o pesquisador brasileiro e o qu mico Humberto Os rio Stumpf do Instituto de Ci ncias Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais s o uma nica pessoa e que magneto molecular uma mol cula com propriedades magn ticas No corpus muitos dos recursos utilizados como mecanismos coesivos s o comuns aos ADC e s MDC No entanto verificamos que o emprego de designa es hiperon micas sinon micas gen ricas e parafraseantes ocorre com mais fregii ncia nas MDC pois al m de atuarem como recursos coesivos s o uma alternativa para explicar termos t cnicos e evitar repeti es lexicais Por outro lado observamos que na coes o segiiencial os operadores argumentativos s o usados com mais fregii ncia nos ADC revelando uma preocupa o maior dos cientistas com a concatena o dos argumentos Por fim percebemos que nos ADC a progress o tem tica se faz num encadeamento linear com o rema de um enunciado funcionando como tema do enunciado seguinte ao passo que nas MDC a progress o ocorre pela justaposi o de per odos ou de par grafos do que pelo uso de elos entre eles 4 3 Do envolvimento interatividade De acordo com Chafe 1984 1985 o fato de a escrita
100. os encontrados nas esp cies pertencentes s ordens Gorgonacea e Pennatulacea Os penatul ceos no entanto t m sido negligenciados em pesquisas sobre defesas qu micas em octocorais embora v rios dipertenos com forte atividade tenham sido isolados a partir da esp cie R reniformis Esponjas figura 9 tamb m parecem ser boas fontes de antiincrustantes embora os produtos desses animais dipertenos sesquipertenos e ester is revelem se menos potentes que os inibidores de fixa o de organismos incrustantes extra dos de octocorais As subst ncias ou fra es ativas de esponjas no entanto s o t xicas para as larvas dos animais antiincrustantes o que n o ocorre com as de octocorais cuja atua o provavelmente se d pela altera o das caracter sticas originais do substrato Os metab litos secund rios de origem marinha com atividade antiincrustante atuam principalmente de duas maneiras a Pela modifica o das caracter sticas originais do substrato tornando o repelente fixa o das larvas de invertebrados provavelmente alterando os mecanismos de quimiorrecep o do substrato comuns na fase larval prefixa o modo de a o verificado especialmente em metab litos de octocorais b Pela toxicidade s larvas observado principalmente em subst ncias isoladas e esponjas asc dias Ainda que essas formas de a o apontem uma tend ncia geral os mecanismos de a o dessas subst ncias parecem ser altamene espec
101. p blico alvo os especialistas e os produzidos por jornalistas tenham como leitores endere ados os n o especialistas Essas id ias podem ser sistematizadas em um quadro tipol gico das revistas especializadas em ci ncia e tecnologia v quadro 3 ser ampliado pois consideraremos tamb m as intera es por meio da escrita e portanto escritores e leitores 39 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 3 Tipologia de revistas especializadas em C amp T REVISTAS ESPECIALIZADAS EM CI NCIA amp TECNOLOGIA Objetivo fr Linguagem E ss pass Revistas de dissemina o cient fica Dif undir a Revistas ci ncia com o Cientistas prop sito de convencer o p blico da validade das pesquisas relatadas e gerar mais conhecimento Revistas de divulga o cient fica P blico alvo P blico alvo Acad mica especialistas especialistas Acess vel apenas cient ficas a especialistas Difundir a P blico alvo P blico alvo J ornal stica A f nao nao 7 Si Revistas ciencia com 0 J ornalistas especialistas especialistas RAR nao 7 Ac especialistas jornal sticas prop sito de informar P blico alvo Parte do J ornal stica E especialistas P blico alvo 3 Difundir a Ro Soy Acess vel a n o ci ncia como J ornalistas esPecitistas especialistas especialistas prop sito de Revistas h bridas informar co
102. para reverter essa tend ncia garantindo sua sobreviv ncia para qu Par grafo 3 Texto C6 Outro texto em que tamb m s o respondidas as quatro perguntas chave o C10 Pantanal os primeiros passos da pr hist ria Saliente se no entanto que essas respostas s o encontradas em diferentes pontos do texto reproduzidos no exemplo 7 No quarto par grafo s o mencionados os participantes no quinto quando o estudo foi iniciado no 85 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes sexto par grafo o autor resume em que consiste o projeto e finalmente no quadrag simo segundo par grafo explicitado o objetivo central do estudo 7 O interesse pela ecologia e a necessidade de estudar e monitorar ambientes preservados puseram em destaque o Pantanal Da nasceu paralelamente a estudos ecol gicos e de aproveitamento o Projeto Corumb primeiro estudo arqueol gico amplo na regi o executado por um grupo de jovens pesquisadores do Instituto Anchietano de Pesquisas Unisinos e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul UFMS Jos Luis Peixoto Jairo H Rogge Marcus Vin cius Beber Andr O Rosa Jorge E de Oliveira Rodrigo Lavina e Maribel Girelli entre outros sob a coordena o de Pedro Ign cio Schmitz e Maria Ang lica de Oliveira Bezerra quem Par grafo 4 O projeto iniciado em 1990 quando visou estudar as jazidas arqueol gicas encontradas em uma rea
103. parecem indicar que a quimiorrecep o das larvas atra o ou rejei o pelas caracter sticas qu micas do substrato tem grande import ncia na sucess o na estrutura das comunidades e nas intera es entre as esp cies Tr s modelos ecol gicos tentam explicar a substitui o ou sucess o das esp cies ao longo do tempo a facilita o altera o das condi es por colonizadores prim rios ou microincrustantes auxiliando a fixa o de colonizadores tardios a inibi o a mesma altera o agora prejudicando a invas o posterior e a toler ncia aus ncia de interfer ncia na coloniza o posterior Evid ncias 226 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes suficientes comprovam a facilita o e a inibi o mas aparentemente os tr s modelos ocorrem no desenvolvimento de comunidades incrustantes Os problemas decorrentes da incrusta o s o variados O processo torna irregular e rugosa a superf cie dos cascos das embarca es aumentando o arrasto e reduzindo a velocidade figura 2 Um acr scimo de 10 m crons 1 1 milion simo do metro por exemplo na rugosidade m dia do casco de um barco eleva de 0 3 a 1 o consumo de combust vel Plataformas de petr leo e outras instala es fixas sofrem corros o aumento de massa da instala o e distor es em sua configura o Em instala es flutuantes e b ias de navega o o peso elevado e a flutuabilidade reduzid
104. pequenos restos de alimentos ossos de ca a pesca e coleta desde ossos de mam feros anta cervo do pantanal veado capivara porco do mato paca tatu pre rato do mato jaguatirica ariranha quaiaquica at de r pteis jacar lagarto lagarto e serpentes aves ema ou tuiui e outros animais peixes grandes m dios e pequenos moluscos terrestres e aqu ticos Em n veis mais recentes havia grande quantidade de pequenos fragmentos de cer mica da tradi o Pantanal Todo o material estava espalhado com indica o de forte pisoteio e dispers o uniforme restando preservada apenas uma pequena fogueira com pedras e uma panela quebrada al m de raros buracos para dep sito de lixo com conchas de moluscos N o foi encontrada qualquer organiza o de material que pudesse ser interpretada como fundo de cabanas separ veis muito menos remanescentes de paredes ou coberturas de moradias A mesma falta de estruturas constru das com materiais duradouros foi observada nas duas dezenas de interven es em outros s tios A nica estrutura descoberta foi o conjunto de sepultamentos na proximidade do rio no limite do que deveria ser o espa o das choupanas pois ali o terreno inclinava se mais fortemente e no final do pequeno cemit rio estava marcado o limite das enchentes mais altas A escava o atingiu s parte dos sepultamentos encontrando restos de cerca de 25 indiv duos Alguns corpos foram sepultados inteiros estavam esten
105. pico e expl cito de quem escreve direcionado a um leitor pretendido Com o prop sito de mostrar que o texto escrito tamb m apresenta tra os de interatividade o autor prop e que sejam observados outros indicadores os quais denomina de ind cios de interatividade Esses indicadores constitu dos por express es ou formas ling sticas que subtendem a presen a de um leitor ao qual o escrevente est se referindo de maneira clara e inamb gua naquele momento p 3 est o relacionados a seguir 1 2 3 Ind cios de orienta o diretiva para um interlocutor determinado S o os casos de refer ncia ao leitor com marcas que estabelecem rela es imediatas Nesse tipo de indicador incluem se as perguntas diretas Ind cios de premoni o face a leitores definidos Trata se de a es dial gicas em que o escritor envolve seus interlocutores diretamente na constru o de seu argumento Podem incluir a proposta de uma tese a ser defendida a defesa ou explica o da proposta a antevis o de obje es a resposta s obje es Ind cios de suposi o de partilhamento ou de convite ao partilhamento Ocorrem quando o escritor sup e um leitor com conhecimentos espec ficos com quem possa dialogar As marcas de suposi o desse partilhamento s o verbos epist micos do tipo sabemos compreendemos achamos julgamos etc e mais frequentemente os adv rbios caracter stic
106. podem ilustrar a interatividade dos textos analisados o caso das cita es diretas exemplos 119 a 122 tra o marcante nas MDC que poderiam ser classificadas como Ind cios de fala de um interlocutor com o qual se dialoga e dos adv rbios modais exemplos 123 a 130 estes com maior incid ncia nos ADC que estariam na categoria Ind cios de suposi o de partilhamento ou de convite ao partilhamento H tamb m Ind cios de orienta o diretiva para um interlocutor determinado que se realizam por meio de perguntas diretas muitas vezes de car ter ret rico Casos desse tipo de indicador podem ser observados nos exemplos 136 a 139 162 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 136 Diante dessas descobertas qual a estrat gia a seguir para detectar novos planetas em particular os do tipo terrestre onde maior a possibilidade da exist ncia da vida Par grafo 19 Texto CI 137 A presen a tanto em esponjas quanto em octocorais e numa mesma esp cie de subst ncias inibit rias ou estimulantes da fixa o de larvas de craca gera algumas d vidas Esses compostos desempenham ou n o um papel de defesa para os seus produtores A atividade antiincrustante observada em laborat rio ocasional sem um papel ecol gico de resposta a um tipo de press o ou estresse provocado pela incrusta o Par grafo 49 Texto C2 138 Em vez dessa recomenda o melhor seria aju
107. prim rio e sim em um sistema de secre o que daria alga vermelha que o possui uma vantagem ambiental seletiva Um exemplo est na varia o ao longo do ano e em diferentes partes do talo do teor de lanosol lcool 2 3 debromo 4 5 dihidroxibenzil principal bromofenol encontrado na alga R larix Existe uma rela o entre per odos de alta produ o de lanosol e redu o da epifitiza o assim como entre as diferentes partes da alga a produ o de lanosol decresce das por es mais ramificadas e mais jovens do talo para as mais velhas e mais pr ximas da base e a epifitiza o as partes mais velhas s o as mais recobertas Essas evid ncias apontam para uma poss vel atua o de lanosol de comprovada atividade antif ngica e bactericida como antiepif tico O monoterpeno halogenado cloromertenseno extra do da alga vermelha Plocamium hamatum provoca necrose de contato no coral alcion ceo Sinularia cruciata Para testar se o efeito era realmente causado pelo cloromertenseno talos sint ticos embebidos em cloromertenseno na concentra o natural encontrada na alga e talos controle embebidos apenas em solvente foram expostos em ambiente natural Ap s 48 horas os talos sem cloromertenseno foram reduzidos em tamanho por preda o e recobertos por ep fitas e pequenos invertebrados enquanto os tratados com a subst ncia n o foram predados ou incrustados mesmo ap s duas semanas Assim o cloromertenseno parece desempenhar u
108. primeiro volume de Progress in Quantum Eletronics Pergamon Press 1970 com o t tulo Non Resonant Feedback in Lasers Esses lasers sem espelhos podem ter como origem f sica da emiss o coerente o mecanismo conhecido como realimenta o n o ressonante Algumas caracter sticas da radia o emitida ainda ser o analisadas em particular a distribui o espacial e as propriedades estat sticas da luz emitida Mesmo assim v rias aplica es para este novo tipo de laser j est o sendo sugeridas Os estudos nos anos 70 pela equipe de Lethokov sugeriam a constru o de padr es pticos de fregii ncia e comprimento utilizando meios ativos adequados enquanto especula es mais recentes prop em sua utiliza o na remo o de tatuagens e na terapia fotodin mica para c ncer O estudo desses lasers pode tamb m ser vantajoso para o entendimento de numerosos processos de n o equil brio que ocorrem na natureza particularmente no espa o interestelar A discuss o de modelos de amplificadores lasers c smicos em mol culas de OH existe desde 1966 De forma a explicar a exist ncia de mecanismo de oscila o sem a utiliza o de espelhos o efeito de realimenta o n o ressonante poderia ocorrer utilizando a poeira c smica como meio espalhador com a mesma fun o do p de T O utilizado no nosso trabalho Uma leitura mais detalhada dos resultados com o laser paint oferecida no artigo Laser Action in Strongly Scattering
109. que os alunos comentem o material lido e comparem suas impress es S assim ser poss vel que comprovem a superioridade da leitura ativa sobre a leitura linear Par grafo 26 Texto C11 3 1 4 Resultados Nos ADC observamos que a se o resultados pode ser constitu da pelos resultados alcan ados ou resultados esperados Evidentemente quando o artigo aborda trabalhos j conclu dos s o informados os resultados alcan ados e quando enfoca pesquisas rec m iniciadas os resultados esperados No caso de o estudo ainda estar em andamento em geral s o apresentados os resultados parciais e o que se espera alcan ar Na maior parte dos ADC analisados observamos que a se o resultados traz informa es sobre o que foi conseguido nos estudos seja em est gio intermedi rio ou final O restante revela o que se espera alcan ar ou combina resultados alcan ados com resultados esperados 91 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Em Brasil testa vacina anti AIDS C9 um caso em que constam apenas os resultados esperados No exemplo 18 mostramos os trechos em que o autor exp e o que espera ocorrer tanto em rela o atua o da vacina no organismo quanto em decorr ncia do acompanhamento dos volunt rios 18 Espera se que a vacina possa induzir o sistema imunol gico a produzir anticorpos e ativar a resposta imune celular Os testes de laborat rio dir o se a resposta imunol gi
110. rodas do tamanho de um forno de microondas e movido a energia solar mostraram uma nova face de Marte uma superf cie coberta de pedras com algumas montanhas grandes crateras e leitos secos que teriam sido rios torrenciais ou oceanos A topografia indica que h bilh es de anos a gua correu em grande volume pelo planalto condi o essencial para a exist ncia de vida afirmaram os respons veis pelo projeto As fotografias at ent o dispon veis obtidas pelas sondas Viking 1 e 2 em 1976 s serviram para fazer um mapeamento do planeta Foi o Soujourner munido de um microlaborat rio a bordo que examinou pela primeira vez o solo marciano A miss o Pathfinder foi a primeira de oito viagens interplanet rias n o tripuladas que acontecer o a cada 26 meses para responder d vidas dos cientistas da Nasa e testar novas tecnologias antes de o homem explorar a superf cie marciana em 2010 Sem entrar na rbita de Marte a nave experimentou um tipo in dito de aterrissagem ver figura usando p ra quedas e retropropulsores para diminuir sua velocidade e airbags bal es infl veis para proteg la do impacto do pouso no terreno acidentado e das tempestades de poeira comuns no planeta Apesar das dificuldades um airbag n o desinflou como planejado e bloqueou a rampa pela qual o jipe rob desceria superf cie a sonda passou no teste E o Sojourner depois de contornados os primeiros problemas no desembarque e na comunic
111. ser uma atividade tipicamente solit ria em contraste com a fala que geralmente ocorre em um ambiente de intera o 154 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes social gera o que ele denomina de distanciamento da escrita e envolvimento da fala Afirma o autor que o distanciamento evidenciado por exemplo no uso da voz passiva no emprego de partic pios nas nominaliza es nas perguntas e cita es indiretas nas sequ ncias de frases proposicionais Ao afirmar que o envolvimento um componente b sico das conversa es Chafe 1985 117 assinala que esse fen meno pode dar se de tr s modos Jenvolvimento do falante com ele mesmo auto envolvimento envolvimento do falante com o ouvinte concernente din mica da intera o com o outro e envolvimento do falante com o conte do um compromisso pessoal com o assunto abordado O primeiro deles caracterizado principalmente pelo uso de pronomes pessoais e possessivos em 1 pessoa de express es como eu acho eu n o sei eu digo O segundo modo evidenciado pelo emprego da 2 pessoa refer ncia ao nome do ouvinte respostas a quest es do interlocutor e uso de marcadores conversacionais como forma de pedir confirma o do que dito J o terceiro modo demonstrado por dispositivos que expressem o interesse do falante pelo conte do abordado S o as hip rboles as exclama es as repeti es
112. ser vista como algo que entra em uma s rie de sistemas de diferentes esferas Considerando que as fun es da fala devem ser derivadas diretamente dos prop sitos e necessidades dos seres humanos engajados em a es sociais Hymes 1986 1972 prop e um conjunto de oito vari veis chave que permitiriam classificar e descrever diferentes eventos de fala de acordo com determinadas caracter sticas Cada uma dessas vari veis iniciada com uma das letras da palavra inglesa speaking uma designa o com fun o meramente mnem nica sem nenhum significado te rico 32 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 2 Speaking modelo de Hymes Setting Situa o Engloba as circunst ncias f sicas e psicol gicas do evento Participants S o os participantes do evento falante ouvinte escritor leitor emissor receptor Ends S o os prop sitos do evento do ponto de vista cultural como tamb m os objetivos individuais dos participantes do evento Act Sequence a forma como dito e o conte do o que dito da mensagem Para Hymes o modo como algo dito faz parte do que dito i e em linhas gerais a forma repercute no conte do Key Equivale maneira de express o ao estilo enf tico s rio polido solene jovial Instrumentalities Envolve a sele o do canal oral escrito visual e o c digo utilizado a l
113. social ou instrumental partilhado Nada a dizer sobre manuten o ou S o mantidos limites mas n o des constru o de limites entre categorias necessariamente s o definidos em contraste com grupos externos Aquisi o de normas Processo social de aprendizagem Fonte Holmes amp Meyerhoof 1999 31 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Acreditamos que os dois grupos de autores dos textos que comp em o corpus deste trabalho jornalistas e cientistas adotam pr ticas diferentes o que concorre para que dentro de cada grupo seus membros compartilhem os mesmos interesses partilhem em grande parte um mesmo repert rio e ainda tenham conhecimentos de mundo bastante similares Nessa perspectiva poder amos afirmar que jornalistas e cientistas pertencem a comunidades de pr ticas distintas o que pode repercutir nas estrat gias ling sticas empregadas para a constru o de textos de divulga o cient fica Passemos ao conceito de evento de fala ou evento comunicativo que diz respeito a atividades ou aspectos de atividades governados por regras ou normas de uso da fala Na opini o de Hymes 1986 1972 53 Jos eventos de fala t m propriedades que n o podem ser reduzidas compet ncia individual Tal compet ncia entretanto subjaz conduta comunicativa n o somente dentro das comunidades mas tamb m entre comunidades A compet ncia individual pode
114. tais como a explica o de termos t cnico cient ficos a utiliza o de analogias e met foras ou a sele o de informa es acess veis a n o especialistas que tendem a facilitar o envolvimento com o leitor mais acentuadamente do que naqueles produzidos por autores pesquisadores 193 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes CONCLUS ES H alguns anos vimos nos dedicando divulga o da ci ncia e da tecnologia experi ncia que nos tem levado ao sistem tico estudo de aspectos ling sticos envolvidos nos fazeres cient fico e jornal stico Neste trabalho quer amos saber como se dava a divulga o cient fica realizada por cientistas e por jornalistas quais os pontos de converg ncia e diverg ncia entre esses dois tipos de atividade Com essa id ia na cabe a e um corpus formado por 24 textos procuramos identificar algumas caracter sticas dos textos de divulga o cient fica publicados na revista Ci ncia Hoje apontando as diferen as e semelhan as de estruturas textuais e estrat gias discursivas entre os textos produzidos por jornalistas e os produzidos por pesquisadores Aqui assumimos a posi o de que textos s o eventos realizados em comunidades de pr ticas Julgamos que autores jornalistas e autores cientistas pertencem a comunidades de pr ticas distintas uma vez que dentro cada grupo seus membros compartilham os mesmos interesses partilham em grande pa
115. tanto escolhemos aleatoriamente em cada uma das grandes reas do conhecimento inclu das nesta pesquisa um exemplar do grupo de textos de cientistas que foi cotejada com sua vers o original no que se refere aos n veis superestrutural lexical gramatical e informacional 65 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes A compara o revelou certo escr pulo dos jornalistas ao editar textos assinados por pesquisadores 2 A superestrutura dos textos por exemplo permanece inalterada e s o poucos os casos de acr scimo informacional e substitui o de itens lexicais A maior parte das altera es se restringe corre o gramatical O cotejo entre exemplares originais e suas vers es editadas levou nos a tr s constata es a todos os t tulos sugeridos pelos cientistas s o reformulados pelos editores b os textos que foram tema de capa receberam um par grafo inicial nomeado no jarg o jornal stico de lid o uma esp cie de grande subt tulo que costuma vir destacado do restante do texto por meio de recursos gr ficos seja o tipo de fonte o tamanho do corpo ou o estilo de letra diferente seja pela sua inser o sobre um fundo colorido c excetuando os t tulos e os subt tulos neste caso espec fico os lid es em geral h muito pudor dos editores no que se refere reformula o dos textos de cientistas Na realidade as altera es realizadas correspondem ao
116. teias de ref gio em forma de len ol usadas como abrigo Par grafo 10 Texto C5 145 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes No corpus n o foram raros os casos em que encontramos d iticos de lugar funcionando como mecanismo de coes o textual E o que mostramos nos exemplos 104 a 106 104 A incrusta o em qualquer substrato submerso como rochas figura 1 ou mesmo outros organismos vivos come a com a ader ncia a uma superf cie de mol culas aglomeradas biopol meros presentes na gua Estas por processos qu micos atraem bact rias que aderem superf cie de modo revers vel ou irrevers vel nesse caso fixam se por fibrilas macromoleculares Par grafo 2 Texto C4 Aqui a conex o com o referente mol culas aglomeradas biopol meros feita por meio do d itico estas Note se ainda que nesse caso remete a modo irrevers vel 105 No Brasil a resist ncia cultural a debates sobre a sexualidade limita os efeitos das campanhas p blicas de educa o e multiplica o n mero de casos Isto afeta particularmente a popula o mais carente e desinformada Par grafo 2 Texto C9 Em 105 verifica se que isto ao operar como d itico discursivo remete a todo o per odo anterior No Brasil a resist ncia cultural a debates sobre a sexualidade limita os efeitos das campanhas p blicas de educa o e multiplica o n mero de cas
117. tipo de publica o a falta de defini o de p blico e consegiientemente a falta de defini o da linha editorial Com o tempo Globo Ci ncia ajustou se a um p blico adulto de classe m dia alta informado com bom poder aquisitivo consumidor de informa o tecnologia conhecimento e lazer A circula o m dia de Globo Ci ncia em 1998 quando passou a se chamar Galileu era de 180 mil exemplares cerca de 90 dos quais vendidos a assinantes segundo informou o diretor de reda o da revista Luiz Henrique Fruet De acordo com Chaparro 1993 2 entre os crit rios editoriais adotados por Globo Ci ncia estavam Jo favorecimento oportunista de temas relacionados com a atualidade 8 Informa o obtida via e mail em 14 de agosto de 1999 18 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes do mercado ou que agitam o cotidiano da classe m dia tratando de assuntos que correspondem a curiosidade e emo es comuns do p blico leitor de jornais e revistas O mesmo autor tamb m afirma que com estrat gias distintas Globo Ci ncia e Superinteressante tiravam proveito do crescente interesse que os p blicos de n veis m dio e superior t m por informa es cient ficas Para o autor por meio do adulto chefe de fam lia Globo Ci ncia pretendia alcan ar tamb m o jovem estudante Em Superinteressante a estrat gia exatamente a oposta os jovens s o o p blico alvo do cont
118. trazem dados novos ou desconhecidos Mas acreditamos que a constru o discursivo textual da se o tamb m determinante para motivar ou afastar do texto o leitor Por isso pareceu nos pertinente identificar a principal caracter stica de cada uma das aberturas das MDC para uma posterior categoriza o Na an lise foram identificadas tr s categorias abertura al tica abertura epist mica e abertura narrativizada Z E conveniente esclarecer desde logo que o fato de essas nomea es apontarem para recortes te ricos distintos resulta de uma op o metodol gica baseada na observa o dos tra os que mais se evidenciavam nos par grafos de abertura analisados em especial nos primeiros per odos desses par grafos Como os dois primeiros tipos de abertura foram inspirados em estudos sobre modalidade v lido tra ar um breve panorama sobre o assunto O conceito de modaliza o ou modalidade serve segundo Dubois 1983 1973 para a an lise dos meios utilizados para traduzir o processo de enuncia o a modalidade que vai informar ao interlocutor o grau de ades o do falante escritor a seu discurso estando portanto presente em qualquer enunciado de forma impl cita ou expl cita 107 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Os estudos sobre o assunto enfocam v rios tipos de modalidade entre os quais se destacam a modalidade al tica a de ntica e a epist mica A pri
119. urgente a busca de produtos alternativos que associem propriedades antiincrustantes e compatibilidade ambiental Uma possibilidade interessante nessa rea de pesquisa surge da observa o de que alguns organismos integrantes da pr pria comunidade incrustante certas algas esponjas corais e asc dias geralmente n o t m sua superf cie colonizada pelos demais Isso significa que as subst ncias indiscriminadamente t xicas para a maricultura e tamb m para o homem talvez possam ser substitu das por produtos do chamado metabolismo secund rio n o ligado diretamente s fun es vitais desses organismos que revelem atividade alelop tica nociva a outros organismos pela libera o de subst ncias t xicas no meio ambiente ou antiepibi tica capaz de impedir a fixa o de um organismo sobre outro Os organismos marinhos frequentemente cont m subst ncias qu micas caracter sticas e ou nicas Derivadas do metabolismo secund rio tais subst ncias s o objeto de muitos estudos de ecologia qu mica marinha ci ncia que abrange uma interface entre a biologia e a qu mica Muito do interesse recente em ecologia qu mica marinha nasceu da curiosidade sobre a qu mica de produtos naturais e da busca por subst ncias biologicamente ativas ainda desconhecidas ver Di logo qu mico dos mares Ci ncia Hoje n 46 1988 Entre os diferentes campos de estudo dessa ci ncia destacam se as defesas contra predadores as rela es en
120. ver Uma proposta de trabalho Assim enquanto ajuda a elucidar quest es b sicas como o real papel dos metab litos secund rios na competi o por espa o e no recobrimento de uma esp cie por outras a ecologia qu mica marinha ainda pode fornecer novas solu es para o velho problema da incrusta o biol gica Sugest es para leitura PAUL VJ Ecological roles of marine natural products Cornell University Press Nova York 1992 PAWLIK J R Chemical ecology of the settlement of benthic marine invertebrates Oceanography and Marine Biologycal Annual Review vol 30 1992 Bernardo Ant nio Perez da Gama Renato Crespo Pereira Instituto de Biologia Universidade Federal Fluminense Ci ncia Hoje 114 pp 18 25 234 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C5 Aranhas venenosas no Brasil Fatos e mitos sobre o perigo que esses animais oferecem popula o Os invertebrados constituem a grande maioria dos animais tanto em esp cies 95 das existentes no reino animal quanto em indiv duos por esp cie S o mais de um milh o de esp cies descritas entre as quais destacam se por sua quantidade em torno de 800 mil as classificadas no filo Arthropoda Esse imenso grupo inclui as aranhas que com escorpi es e carrapatos formam a classe Arachnida ao lado de insetos classe Insecta camar es lagostas e caranguejos classe Crustacea centop ias classe Ch
121. 1992 Segundo Van Dijk os textos diferenciam se entre si n o apenas por suas diferentes fun es comunicativas e sociais mas tamb m porque possuem diversos tipos de constru o que caracterizam as diferentes superestruturas Koch amp Travaglia 1995b 60 concordam com essa perspectiva quando dizem que esquemas textuais s o o conjunto de conhecimentos sobre os diversos tipos de textos que v o sendo 69 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes adquiridos propor o que temos contato com esses tipos e fazemos compara es entre eles De acordo com essa tica os textos t m uma organiza o esquem tica convencional que os usu rios de uma l ngua aprendem durante a socializa o Vale destacar ainda que na percep o de Van Dijk as superestruturas apresentam duas caracter sticas b sicas funcionam como arcabou os ou esquemas vazios de conte do que s s o preenchidos quando de sua realiza o concreta e n o s o esquemas r gidos ou seja n o exigem a realiza o de todas as categorias A validade da teoria das superestruturas textuais defendida por Yriart amp Marro 1991 ao relatarem sua aplica o na forma o de jornalistas especializados em ci ncia no Centro de Divulgaci n Cient fica da Universidad de Buenos Aires Segundo esses autores a superestrutura can nica em que se organizam os conte dos do informe cient fico em vez de ser uma
122. 2 CALVO HERNANDO M 1990 El periodismo del IN milenio Arbor 534 535 59 71 CALVO HERNANDO M 1998 Comunicaci n P blica de la Ciencia Chasqui 63 76 77 CARBOU D amp FAYARD P eds 1995 Fusion Chaude Innovations pour la Communication Publique des Sciences Poitiers L Actualit Poitou Charentes Ministere de L Enseignement Superieur et de la Recherche CARVALHO A P 1996 A Ci ncia em Revista um estudo dos casos de Globo Ci ncia e Superinteressante S o Bernardo do Campo IMS Disserta o de Mestrado 178p CHALMERS A F 1993 1976 Qu Es esa Cosa Llamada Ciencia Madrid Siglo Veintiuno CHALMERS A F 1994 1990 A Fabrica o da Ci ncia S o Paulo Unesp CHASSOT A 1994 A Ci ncia atrav s dos Tempos S o Paulo Moderna DAVIDSON D 1992 1978 O que as Met foras Significam In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 35 51 EHRLICH S 1999 Communities of Practice Gender and Representation of Sexual Assault Language in Society 28 239 256 ELVIRA M R 1990 Las Fuentes de la Noticia en Ciencia Arbor 534 535 93 102 210 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes ESCALONA A F 1998 Periodistas Cient ficos Profesionales Especializados Chasqui 63 73 75 FAHNESTOCK J 1993 Accommodating Science the rethorical n MCRAE M W ed Perspectives in Popular Scientific Writing Athens Georgia The University of Georgia
123. 286 NDICES A Quadros Quadro 1 Diferen as entre Comunidade de Fala e Comunidade de Pr ticas 30 Quadro 2 Speaking modelo de Hymes eee eeeerrereraneaaaana 32 Quadro 3 Tipologia de revistas especializadas em C amp T i 39 Quadro 4 Tipologia de textos em Ci ncia Hoje iiiireeeeeereeerererarenaaanea 44 Quadro 5 Fregii ncia das se es de Ci ncia Hoje 1994 53 Quadro 6 Freq ncia das se es de Ci ncia Hoje 1995 54 Quadro 7 Freq ncia das se es de Ci ncia Hoje 1996 55 Quadro 8 Freq ncia das se es de Ci ncia Hoje 1997 56 Quadro 9 Freq ncia das se es pr selecionadas 1994 1997 sesssssseesseessssssssssses 58 Quadro 10 rea Ci ncias Exatas e da Terra 62 Quadro 11 rea Ci ncias Biol gicas 62 Quadro 12 rea Ci ncias da Sa de essas TO sa 63 Quadro 13 rea Ci ncias Humanas iirreerirreeeereeeneaereeeeereseraraernda 63 Quadro 14 T tulos dos textos do corpus iieeeeeeeeererererererereerereeerereeeeseresesss 66 Quadro 15 Se o de contextualiza o texto CT rrenan 74 Quadro 16 Se o de contextualiza o texto C4 rrenan 76 Quadro 17 Se o de contextualiza o texto C7 errar T11 Quadro 18 Se o de contextualiza o texto CIO rrenan 78 Quadro 19 Se o de contextualiz
124. 6 Figura 6 Esquema textual da Mat ria de Divulga o Cient fica T TULO ABERTURA i CONTEXTUALIZA O METODOLOGI A PERSPECTIVAS EE H Acreditamos que o evento aqui designado como MDC tenha como estrutura b sica as categorias t tulo abertura contextualiza o metodologia perspectivas e ponto de vista A se o t tulo que inclui o t tulo e o subt tulo da MDC resume a informa o que na vis o 105 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes do jornalista a mais relevante do texto 8 A abertura cont m dados b sicos que situam o estudo a ser tratado Na contextualiza o aparecem as mais variadas informa es sobre o contexto em que se insere a pesquisa abordada ou seu objeto de estudo A metodologia traz dados sobre os materiais ou m todos utilizados no trabalho Em perspectivas s o abordados os horizontes da pesquisa Por fim ponto de vista caracteriza os momentos em que aparece explicita ou implicitamente a opini o do autor E v lido destacar que como ocorre nos ADC as categorias ou se es das MDC nem sempre seguem a mesma seqi ncia do modelo aqui apresentado com exce o do t tulo e da abertura uma s categoria pode aparecer em mais de um ponto do texto Como se pode observar esse modelo e o que propusemos para os ADC t m pontos em comum Mas evidente que a semelhan a de determinados aspectos n o significa
125. 67 168 os modalizadores epist micos tomam v rias formas ling sticas incluindo verbos parent ticos auxiliares modais adv rbios sintagmas preposicionados em fun o adverbial e adjetivos Nas aberturas das MDC a modalidade epist mica realizada unicamente com o uso do modal poder Nos casos analisados a modalidade parece indicar uma certa cautela dos jornalistas com rela o informa o anunciada Essa observa o vem de certa forma contrariar o estere tipo dessa categoria profissional incluindo os jornalistas cient ficos conhecida pela avidez na busca de informa es que cativem o p blico pelo sensacionalismo Vejam se os exemplos 37 Pesquisas feitas por f sicos do Laborat rio de ptica N o linear da Universidade Federal de Pernambuco UFPE podem significar a entrada do Brasil num mercado dominado por um restrito n mero de empresas americanas inglesas e japonesas Os prot tipos de moduladores e amplificadores compat veis com a tecnologia de fibras pticas s o a ltima palavra em telecomunica es e o seu repasse iniciativa privada brasileira representa a participa o do pa s no mercado em plena expans o das TVs a cabo telefonia celular e redes locais de computadores Par grafo 1 Texto J2 38 Mol culas com propriedade magn ticas e compat veis com sistemas biol gicos isoladas por um pesquisador brasileiro poder o ter no futuro importantes aplica es no diagn stico m
126. A E A E E E aai 162 140 Remiss o a figuras ou a outras leituras ccccceeeererererenenerenenenenenananananananananananaa 162 141 Remiss o a figuras ou a outras leituras cccccceeerereeeeeeeeeaaeanenananananananaaaaaaaaananas 162 142 Remiss o a figuras ou a outras leituras ccccceceeerererereeeeenenenenenenananananaaanananananas 163 143 Remiss o a figuras ou a outras leituras ccccccceeeeeeeeeeeaeeenenanananananananaaaaaaaaananaa 163 144 Remiss o a figuras ou a outras leituras cccccecereeeeeeeeeeeneaenenenenenananananaaanaaanananaa 163 145 Remiss o a figuras ou a outras leituras cccccccererereeeeeeererenenenanananananaaaaaaaaaaaaaaaa 163 146 Inten es ODJE ES a quina ia O SI di ne RE 163 147 Inten es ODJec ES canais usam shares ia pansga neie pagas HU oa aqua Sos do ipa ce e Nit 163 148 Inten es Obje es sas UU CEA a Ca CEE RUI cassada 164 149 Inten es Obje es iss aapesasaiesato sia sasaita Conidasea rasa ntaInenta sea DEAN da tacatadsabeaNa a dna tada pad 164 SUS de CACO ros a e E E E E E O Sd 168 ISI Uso AC CLICA irado aan in a a a a aa CSN DDD AR A AR 168 T32 Usode cta Carn ni PNR CN INR POUR De 9 DADA JOS PR CREA OO CACAU E GER A A EA 168 153 Uso de CA O anri said gana dd AE dada EE panda aaa ta did adaga 168 DS USO de cachos asa sia a Esta CS IRIS S pe east 168 DIS Uso de MA O ssa inais Epis bos Sas pudaas pegada das data pico pila nada nas nanda SA audaci
127. A Par frase Ling stica Equival ncia sinon mia ou reformula o Cadernos de Estudos Lingii sticos 8 129 134 GARGUREVICH J 1982 Generos Periodisticos Quito Bel n GOFFMAN E 1998 1979 Footing In Ribeiro B T amp Garcez P M orgs Socioling stica Interacional Antropologia Ling stica e Sociologia em An lise do Discurso Porto Alegre AGE pp 70 97 GOMES I M A M 1995 Dos Laborat rios aos Jornais um estudo sobre jornalismo cient fico Disserta o de Mestrado UFPE mimeo 219p GOMES I M A M 1999 O Envolvimento como Estrat gia para Assegurar a Compreens o Bras lia mimeo 12 p Texto apresentado no IV Encontro Nacional de Intera o em Linguagem Verbal e N o Verbal realizado na UnB em abril de 1999 GOODMAN Nelson 1992 1978 A Met fora como Trabalho Adicional In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 177 181 GUIMAR ES FILHO A P 1992 A Pr Hist ria Hoje Ci ncia Hoje 82 40 HARVEY A 1997 El Discurso Reformulado de Divulgaci n Cient fica La Plata mimeo 15 p HOFFNAGEL J C 1996 Modalidades Epist mica e De nticas ma Fala e na Escrita como Express o de Comprometimento ou Distanciamento Subprojeto de pesquisa apresentado ao Cnpq Recife mimeo 17 p HOFFNAGEL J C 1997 A Modaliza o Epist mica no Processamento Textual da Fala In Koch I V amp Barros K S M T picos em Ling stica de Texto e An lise da Conversa
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129. C L 1993 Memorando CH CLV Rio de Janeiro mimeo 5p VIEIRA C L 1998 Pequeno Manual de Divulga o Cient fica Dicas para cientistas e divulgadores de Ci ncia S o Paulo CCS USP VIRTANEN Tuija 1992 Issues of Text Typology Narrative a basic type of text Text 12 2 293 310 WARDHAUGH R 1986 An Introduction to Sociolinguistics Oxford New York Basil Blackwell Ltda YRIART M amp MARRO M 1991 Las Superestruturas Textuales de la Noticia y del Informe de Investigaci n como Barrera Comunicacional Anais do 3 Congresso Brasileiro de Jornalismo Cient fico S o Paulo pp 43 47 ZAMBONI L M S 1997 Heterogeneidade e Subjetividade no Discurso da Divulga o Cient fica Campinas IEL Unicamp Tese de doutorado 200p 209 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes OUTRAS FONTES CONSULTADAS ASIMOV I 1992 1973 Cien Preguntas B sicas sobre la Ciencia Madrid Alianza Editorial AUTHIER J 1981 Paroles Tenues Distance In Conein B et al 1981 Mat rialit s Discursives Actes du Colloque des 24 26 avril 1980 Paris X Nanterre Presses Universitaires de Lille pp 127 142 AUTHIER J 1982 La Mise en Sc ne de la Communication dans des Discours de Vulgarisation Scientifique In Langue Fran aise 53 Paris Larousse pp 34 47 BUNGE M 1990 La Opini n P blica y el Desarollo Cient fico y T cnico en una Sociedad Democr tica Arbor 534 535 13 4
130. Estud es ansiosas Sn Gan eal NTAS a sine sa E EA 84 Solid MetodolOgiA sis rias rir sena MU A RD puta E LD su EU a REQ Sa ROLE Sa 6 q SEA EU E A 87 31 4 Resultados ses spi netas reinar a a Edo Lee Dani a ca edentoa Dela peceie dar ia adia 90 Sid Ponto de VISTA sete sie AON Tb NADO VA TRA TURNO E PALESTRA ES ES PARE EO 95 3 2 Estrutura de mat rias de divulga o cient fica ceecccesesereresererserereserereseessserereneros 100 O PRO NV 9 6 1 RSRSRS RU RR ORAR SS RREO ERGUER SORO 105 3 2 2 CONtexUANIZA O o sit assar alada CRU sda a ao ai EUR o od SC a EL a LU DAR ao UU a CO GU a Sat 114 3 2 3 MetodolOgIA senet a R N e a e UNICO Ca SD A OS pas DeRa a ita 117 3 24 Perspectivas oroe exi igor estado do eds o ho do falsa oa ua ooo aaa Teo api dba a dl nO da ea a aaa oa 119 3 2 3 Ponto de Vista assess aer N aii caio pena Oia vendas Tee E sanada tas gde A area 121 4 UM OLHAR SOBRE O TEXTO E SEU DISCURSO cccccsc secs esses serrerrreraeaaaes 126 4 1 Explicar Pr cisO EE is cs Sirso ade cedocessecossdnises pess cesso sa toc lada sons sssdne Ba cas 127 4 2 Os mecanismos coesivos na constru o de sentidos cesecccecereeserrerseserersersereoso 143 xii A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 4 3 Do envolvimento interatividade e ssseesesoroeseroesoeseroesersesoeseroeeoeseroesoeserorsorseeoeseeseeose 153 4 4 As voz s do d SCUFSOssessissessessscs
131. Explica o por descri o quando o elemento explicativo constitu do por uma descri o do objeto da explica o exemplo 96 96 As primeiras imagens registradas pelo rob Sojourner um carrinho de seis rodas do tamanho de um forno de microondas e movido a energia solar mostraram uma nova face de Marte Par grafo 6 Texto J1 A an lise do emprego de terminologia especializada no corpus nos possibilita afirmar ainda que cientistas desprezam com muita fregi ncia o crit rio da situacionalidade que segundo Beaugrande amp Dressler 1981 configura se na adequa o do texto situa o comunicativa Nos textos de cientistas grande a concentra o de valores das express es o enunciador pode momentaneamente consider las como semanticamente 141 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes jarg o especializado em determinados trechos mais um dado que aponta para o fato de esses autores n o levarem em considera o que CH uma revista direcionada a um p blico constitu do por leitores especialistas e leitores n o especialistas Observem se os exemplos 97 Outro fato importante o aumento da velocidade das rea es qu micas entre macromol culas se estas se encontram em solu o Entre os solventes poss veis a gua ocupa lugar privilegiado suas propriedades como isolante quando pura possibilitam a ioniza o de in meros sais e as liga
132. FMS e se deslocaria por terra evitando os riscos dos pequenos avi es e a imprevisibilidade das guas Quase todas as outras reas do Pantanal exigiram a instala o de uma infra estrutura dispendiosa totalmente fora do alcance da equipe O estudo proposto uma pesquisa regional que busca entender como os s tios arqueol gicos est o distribu dos pelos ambientes como as popula es se adaptaram diversidade local e como evolu ram ou se sucederam no espa o Al m das popula es pr hist ricas foram estudados os grupos ind genas coloniais o que fez surgir uma hist ria ind gena cont nua dos primeiros aos ltimos povoadores O modo de vida das tribos do per odo colonial tamb m proporciona sugest es para entender os antigos que podem ser seus antepassados Um estudo regional em terreno completamente desconhecido e sem nenhuma pesquisa em rea pr xima no Brasil na Bol via ou no Paraguai que possibilite levantar hip teses n o r pido nem f cil em especial quando os recursos dispon veis s o muito escassos Com isso o primeiro ano de trabalho 1990 representou um tatear no escuro com os pesquisadores o territ rio conversando com pessoas e praticando a criatividade Em consegii ncia em tr s semanas foram descobertos alguns s tios representativos de todas as culturas arqueol gicas locais expedi o de 1990 sucederam se outras sete com dura o entre tr s e quatro semanas que resultaram no encontr
133. Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes mais agressivo dos Kadiw u Em 1985 fugiram de Bodoquena e se instalaram na bacia do rio Paran de onde foram novamente transferidos para a rea que ocupam atualmente s margens do rio Verde Par grafo 3 Em breve por m eles ter o de se mudar novamente pois a rea de apenas 40ha que ocupam ser inundada pelo lago da Barragem Porto Primavera Na luta para conseguir uma terra onde possam morar e plantar os Ofai perceberam que poderiam ter mais oportunidades de conquistar suas reivindica es se fossem alfabetizados Com isso seriam menos enganados nas negocia es com os brancos Par grafo 4 Texto J11 3 2 3 Metodologia A se o metodologia das MDC apresenta sumariamente aspectos relacionados aos materiais ou m todos utilizados para o desenvolvimento do estudo abordado No corpus a 2 maioria das MDC analisadas enfoca o m todo Esse o caso dos exemplos 50 e 51 extra dos respectivamente de Peixes antipolui o J4 e Reidratantes caseiros n o t m efeito J7 50 Espera se que a conjuga o de duas estrat gias a remo o de til pias pela libera o da pesca e a introdu o controlada de carpas ver Pesca como solu o possa diminuir a popula o de algas e eliminar o uso de sulfato de cobre Par grafo 11 Texto J4 51 A determina o dos teores dos sais minerais nas amostras de ch s caseiros foi feita com base em qua
134. Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Como se pode verificar h tr s momentos no texto C8 em que o autor menciona estudos realizados sem precisar qual deles seria o mote de seu artigo S ap s uma observa o mais atenta que se consegue inferir que o enfoque central do texto s o as pesquisas sobre os prions codifica o gen tica e caracteriza o do gene correspondente em humanos e em roedores Os demais estudos mencionados s o usados como estrat gia argumentativa para dar maior credibilidade tese exposta em coment rio ao final do texto 3 1 3 Metodologia A se o metodologia consiste no relato dos procedimentos metodol gicos utilizados para o desenvolvimento do estudo apresentado Em alguns artigos do corpus h uma grande preocupa o com a exposi o de todas ou quase todas as etapas da investiga o incluindo a descri o dos materiais utilizados No texto C5 Aranhas venenosas no Brasil por exemplo a se o metodologia iniciada com informa es sobre a origem dos venenos usados nos experimentos passando em seguida descri o das v rias etapas dos testes como pode ser verificado no exemplo 12 12 O veneno utilizado na pesquisa obtido com a aplica o de choques el tricos de cerca de 12 volts no cefalot rax da aranha figura 7 Como a maioria das aranhas morre com o choque a quantidade de veneno extra da muito pequena e dispendiosa Ap s a inocula o em coelhos su
135. MG Tudo isso dar popula o brasileira prioridade no acesso aos resultados da pesquisa mundial ou seja poss vel vacina eficaz Participando da pesquisa o Brasil adquire condi es privilegiadas tanto em termos de pre os menores quanto de maiores quantidades S essas condi es sem contar os avan os cient ficos e sociais j justificariam os testes pioneiros desenvolvidos no pa s para reduzir o impacto e talvez controlar futuramente o v rus que mudou radicalmente a vida humana s v speras do s culo XXI Frits Sutmoller N cleo de Epidemiologia Hospital Evandro Chagas Funda o Oswaldo Cruz Mariza Gon alves Morgado e Vera Bomgertz Departamento de Imunologia Funda o Oswaldo Cruz Ci ncia Hoje 117 pp 62 64 1 253 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C10 Pantanal os primeiros passos da pr hist ria Os mist rios do Pantanal mato grossense com sua natureza deslumbrante e praticamente virgem t m despertado grande interesse nos habitantes das cidades Imagens de novelas de televis o divulgaram ainda mais as paisagens dessa regi o central do pa s No entanto al m da riqueza natural o Pantanal tamb m guarda jazidas arqueol gicas que muito podem revelar sobre os povos que habitaram a rea no passado Os resultados dos primeiros levantamentos realizados nesses s tios por pesquisadores do Instituto Anchietano de Pesquisa
136. Marte tratada como opera o opera o Pathfinder e miss o Note se tamb m que miss o remete a programa no trecho em que a jornalista compara a miss o Pathfinder com duas outras realizadas anteriormente a Observer e a Vicking J o 39 66 planeta Marte referido como Marte planeta vermelho e planeta vizinho 149 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes A coes o tamb m estabelecida por meio de operadores argumentativos tendo se assim a coes o segiiencial Mais do que meros elementos de liga o esses operadores funcionam como orientadores discursivos operando numa interface entre a superf cie do texto e a argumentatividade Nesse sentido plenamente justific vel o fato de ter sido observada maior incid ncia do uso de conectores funcionando como operadores argumentativos nos ADC do que nas MDC Nos textos de cientistas o compromisso com a fundamenta o e com a concatena o dos argumentos em si leva o autor a envolver se muito mais com o assunto tratado e esses operadores s o essenciais para apresentar id ias critic las confront las com outros dados e assim construir a argumenta o necess ria em favor do seu ponto de vista J para os jornalistas o compromisso maior com a natureza expositiva de seu texto visando ao interesse e ao entendimento do leitor De acordo com Koch 1995 os operadores argumentativ
137. Media por N M Lawandy R M Balanchandran A S L Gomes e E Sauvain publicado pela revista Nature de 31 de mar o de 1994 vol 368 pp 436 438 Anderson Gomes Departamento de F sica Universidade Federal de Pernambuco Ci ncia Hoje 107 pp 68 69 1 222 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C3 Ecos de corrente desafios f sica experimental Os princ pios b sicos do fen meno f sico denominado resson ncia magn tica nuclear RMN e sua mais espetacular aplica o pr tica a obten o de imagens do interior do corpo humano em funcionamento s o conhecidos h bastante tempo ver Tomografia por resson ncia magn tica nuclear novas imagens do corpo em Ci ncia Hoje n 20 1985 As aplica es da RMN em diferentes sistemas f sicos t m sido estudadas desde sua descoberta em 1950 No Brasil um dos grupos dedicados pesquisa b sica nesse campo atua no Centro Brasileiro de Pesquisas F sicas CBPF no Rio de Janeiro No ano passado esse grupo publicou na revista Physical Review Letters n 77 a descri o te rica de um novo fen meno de resson ncia similar RMN envolvendo a corrente el trica que percorre um meio condutor O que resson ncia Fen menos de resson ncia s o comuns no dia a dia Ocorrem com objetos que se movem periodicamente no tempo e envolvem sempre um processo de absor o de energia Exemplo familiar o de um adu
138. Ofai a pedido dos pr prios ndios O problema que n o existem estudos sobre a l ngua Ofai e apenas os ndios mais velhos da tribo ainda a usam Atualmente os coordenadores do projeto procuram a colabora o de especialistas em antropologia e ling stica de outras institui es A luta pela sobreviv ncia dos povos ind genas foi um dos assuntos mais discutidos na Reuni o Especial da SBPC em Cuiab A quest o foi debatida pelos pr prios ndios no II Encontro de Povos Ind genas de Mato Grosso e em confer ncias e mesas redondas No Encontro representantes de nove na es ind genas pediram que a SBPC apoiasse suas reivindica es especialmente as relativas quest o educacional Eles querem que as universidades reservem vagas especiais para os representantes ind genas considerando os como alunos de outro idioma Dessa forma os ndios teriam tratamento semelhante ao recebido por estudantes estrangeiros que s o acolhidos em universidades brasileiras atrav s de conv nios internacionais Margareth Marmori Ci ncia Hoje 111 pp 58 59 286 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J12 Arqueologia brasileira Pesquisadora pernambucana desenvolve nova t cnica de escava o arqueol gica que d muitos resultados A arque loga pernambucana Patr cia Pinheiro de Melo da Universidade Federal de Alagoas desenvolveu uma nova t cnica de escava o arqueol gic
139. Ou seja indica como no decorrer de mil nios os sedimentos foram se depositando no local J o m todo de Gourhan apesar de utilizado para escavar grandes reas raramente conserva a estratigrafia As escava es realizadas durante 10 anos revelaram fatos esclarecedores sobre o homem pr hist rico da regi o a come ar pelo painel onde se observa uma mistura de estilos na pintura Segundo a pesquisadora cada tradi o tem caracter sticas marcantes As pinturas rupestres encontradas nos s tios pr hist ricos do Nordeste brasileiro s o classificadas como da Tradi o Agreste Mas no painel encontrado no Baix o do Perna poss vel identificar tanto caracter sticas da Tradi o Agreste quanto da Tradi o Nordeste com formas menores e mais elaboradas Exemplares da ind stria l tica instrumentos de pedra lascada encontrados no s tio revelam que os seus feitores j dominavam uma aprimorada t cnica de lascamento destaca a arque loga Outra descoberta que a maior parte desses instrumentos foi confeccionado com material trazido de regi es distantes O fato prova que h cerca de 10 5 mil anos o homem preocupava se com a qualidade dos instrumentos que utilizava para atividades como a ca a e a pesca Os vest gios encontrados nas escava es indicam ainda que o s tio foi ocupado por homens que tinham profundo conhecimento da natureza Orientados pelo instinto de sobreviv ncia eles demonstravam extrema pr
140. Par e no nordeste de Rond nia cerca de oito mil pessoas entre nativos e migrantes o que resultou em 41 esp cies vegetais citadas como de uso contra mal ria e ou seus principais sintomas febre e altera es hep ticas Com a ajuda de informantes locais amostras das esp cies mais usadas foram coletadas visando a prepara o de exsicatas amostras secas para correta identifica o bot nica e de extratos brutos para os testes antimal ricos Os primeiros resultados dos testes de plantas tidas como medicinais em camundongos infectados com P berghei foram encorajadores confirmando o acerto da triagem orientada De 23 plantas testadas na forma de extratos brutos cinco apresentaram atividade antimal rica Acanthospermum australe Asteraceae Esenbeckia febrifuga Rutaceae Lisianthus speciosus e Tachia guianensis Gentianaceae e mais recentemente Bidens pilosa Asteraceae As esp cies B pilosa e Bidens bipinnatus conhecidas como pic o e usadas popularmente na forma de infus o como auxiliar no tratamento de mol stias do f gado s o de grande interesse pois ocorrem em todo o Brasil figura 6 Os extratos brutos em etanol e clorof rmio dessa 244 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 18 planta foram ativos nas culturas P falciparum destruindo o parasita em baixas concentra es A an lise qu mica por HPLC cromatografia l quida de alt
141. Par grafo 22 Texto C5 J no artigo Como ensinar a ler a quem j sabe ler C11 a metodologia empregada em experi ncias realizadas na Faculdade de Educa o da UFRJ e na Faculdade 90 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes de Letras da UFF exposta em forma de sugest o de procedimentos did ticos e n o como um m todo j testado No exemplo 17 mostramos alguns fragmentos da se o metodologia extra dos de C11 17 2 Leitura linear x leitura ativa proponha uma compara o entre dois modos de ler o mesmo texto Pode ser not cia de jornal artigo acad mico texto de interesse para o ensino Para que o exerc cio possa ser feito em sala o material n o deve ser muito extenso Divida a turma em dois grupos O primeiro far uma leitura linear do material sem instru es do professor Depois cada um far um balan o do que aprendeu com a leitura e das conclus es a que chegou Par grafo 24 O segundo grupo ser orientado a fazer uma leitura ativa come ando pela varredura A partir das informa es colhidas tema t tulos subt tulos etc os alunos apresentar o ap s a leitura perguntas que gostariam de ver respondidas perguntas individuais n o aquelas que o professor faria para verificar a compreens o do texto A seguir far o uma leitura ativa orientada para responder as perguntas formuladas Par grafo 25 Terminadas as tarefas dos dois grupos deixe
142. Para que esse exerc cio seja v lido necess rio que num primeiro momento a t tulo de exemplifica o e fixa o da t cnica o professor relacione o exerc cio de extra o das id ias principais aos objetivos da leitura Por exemplo ele pode mostrar que se o objetivo for encontrar a defini o de um conceito a id ia principal estar na parte que define tal conceito se o objetivo for descobrir em que perspectiva o assunto est sendo tratado a id ia principal estar na parte do texto que trata de tal perspectiva e assim por diante Se n o entendeu o texto leia de novo Leia e releia at compreend lo N o adianta ler e reler automaticamente Ao contr rio at pior Em vez dessa recomenda o melhor seria ajudar o aluno a compreender os motivos de sua dificuldade Ser que lhe falta conhecimento ling stico A organiza o sint tica do texto n o lhe familiar Talvez ele desconhe a as formas comuns de estrutura o do discurso acad mico ou o pr prio tema que est sendo tratado Neste ltimo caso seria prefer vel recomendar lhe textos mais simples introdut rios ao tema como um patamar de acesso ao texto mais dif cil Se n o entendeu o texto seu problema de vocabul rio Procure no dicion rio todas as palavras desconhecidas Sem d vida o dicion rio pode em determinados casos auxiliar o leitor mas tamb m verdade que este pode e deve guiar se pelo sentido global do texto para infer
143. Press FAYARD P 1993 Sciences aux Cotidiens Nice Z ditions FAYARD P 1995 Exceso de informaci n o ceguera estrat gica Consideraciones sobre la inteligencia y el conocimiento Telos Cuadernos de Comunicaci n Tecnologia y Sociedad 44 11 14 GONZALES M I 1992 A Divulga o Cient fica uma vis o do seu p blico leitor Rio de Janeiro Disserta o de Mestrado UFRJ mimeo 143 p GRECO M amp MEDINA C orgs 1993 Do Hemisf rio Sol O Discurso Fragmentalista da Ci ncia S o Paulo ECA USP CNPg HARRIES K 1992 1978 A Met fora e a Transcend ncia In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 77 93 HARRIES K 1992 1978 O M ltiplo Uso da Met fora In Sacks S org Da Met fora S o Paulo Pontes pp 167 173 KOCH I V 1994b O Funcionamento Polif nico da Argumenta o Investiga es 4 31 36 KOCH I V sda Coes o e Coer ncia verso e reverso mimeo 9 p KOCH I V sdb Cogni o e Processamento Textual mimeo 6 p MARCUSCHI L A 1988 Manifesta es de Poder em Formas Assim tricas de Intera o Investiga es 1 51 61 MEDEIROS R P 1996 Ci ncia e Imprensa a fus o a frio em jornais brasileiros S o Paulo Disserta o de Mestrado USP mimeo 205 p MORRISON K 1995 Estabelecendo o Texto a institucionaliza o do conhecimento por meio das formas hist ricas e filos ficas de argumenta o In Bott ro J et al Cultura Pensamen
144. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICA O PROGRAMA DE P S GRADUA O EM LETRAS A Divulga o Cient fica em Ci ncia Hoje caracter sticas discursivo textuais Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Letras da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obten o do Grau de Doutor em Ling stica Orientador Prof Dr Luiz Ant nio Marcuschi Co orientador Prof Dra Maria da Piedade Moreira de S Recife mar o de 2000 EXAMINADORES A ci ncia hoje a religi o do homem moderno que se considera iluminado Enquanto a tecnologia lhe fornece incessantemente novos inventos e engenhos milagrosos a fic o cient fica mant m acesa a promessa de perspectivas cada vez melhores e mais incr veis e a chamada literatura de divulga o cada vez mais proeminente nos jornais e revistas de consumo de massa cumpre a sua miss o de levar aos quatro cantos do mundo a palavra da raz o cient fica Kanavilll Rajagopalan Aos meus pais Jos e Joanita e a Cl udio Rafaella e Camilla com muito carinho AGRADECIMENTOS Ao professores Luiz Ant nio Marcuschi e Maria da Piedade Moreira de S eternos orientador e co orientadora o meu carinho e a minha gratid o pelas produtivas discuss es pela dedica o e pela lucidez e seguran a com que me conduziram durante a realiza o deste trab
145. a es diretas uso de adv rbios modais uso de informa es entre par nteses que remetem a figuras ou boxes tentativa de envolver o leitor em seus argumentos e Discurso relatado gt alta ocorr ncia predom nio do discurso direto usado principalmente como argumento de autoridade e Met foras funcionam como recursos explicativo e principalmente ornamental A nosso ver os perfis dos ADC e das MDC que acabamos de delinear resultantes desta investiga o apontam para o que em geral ocorre nos textos de divulga o cient fica escritos por cientistas e por jornalistas Julgamos que os aspectos aqui analisados foram suficientes para atender aos objetivos deste trabalho mas tamb m indicam novos caminhos que poder o ser explorados em outras investiga es como por exemplo a verdadeira fun o da met fora no Jornalismo impresso radiof nico televisivo ou digital ou mesmo a observa o das pr ticas editoriais das revistas cient ficas e das revistas de divulga o cient fica Outra quest o que merece ser investigada s o as pr ticas discursivas em revistas de divulga o cient fica puramente jornal sticas como Galileu e Superinteressante At que ponto tais publica es tratam os fatos cient ficos como curiosidades Como as revistas de 200 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes divulga o cient fica feitas apenas por jornalistas podem conquistar a c
146. a o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 127 J a detec o de planetas por m todos astrom tricos requer necessariamente o uso de ve culos espaciais como no projeto Global Astrometric Interferometer for Astrophysics conhecido pela sigla GAIA Par grafo 20 No pr ximo s culo a procura de sinais de vida no universo ser certamente o tema central da astronomia Par grafo 36 Texto C1 128 A prova de que os prions s o realmente a causa das encefalopatias heredit rias humanas Creutzfeld Jacob Gerstmann Streussler Scheinker e ins nia familiar fatal veio da demonstra o Par grafo 2 Texto C8 129 Em torno do s culo XVI moravam no Pantanal paraguaio diversos grupos de canoeiros que viviam de ca a pesca coleta Alguns talvez efetuassem culturas agr colas certamente colhiam em quantidade sementes de determinadas plantas como o arroz nativo das grandes lagoas Par grafo 18 Texto C10 130 A recomenda o de Kleiman em rela o ao ensino de leitura para crian as perfeitamente v lida para adultos Par grafo 20 L Se adquirirem o h bito de praticar a varrredura ter o mais facilidade para selecionar o material de seu interesse e certamente iniciar o a leitura mais preparados para interagir com o autor Par grafo 23 Texto C11 Julgamos que nessa seq ncia de exemplos est claro n o apenas o comprometimento dos autores com o que
147. a o com a Terra tamb m foi bem sucedido O primeiro ve culo a andar sobre outro planeta fez seu passeio por uma rea irregular do tamanho de um campo de futebol e forneceu flagrantes de Marte que serviram para compor imagens tridimensionais uma realidade virtual de sua superf cie A an lise de algumas rochas batizadas com nomes de personagens de desenhos animados e hist rias em quadrinhos ajudou a montar um perfil geol gico do vizinho mais pr ximo O rob deixou suas pegadas as marcas da roda em solo marciano A Pathfinder foi rebatizada para homenagear o astr nomo Carl Sagan conhecido pelo p blico como apresentador da s rie televisiva Cosmos morto aos 62 anos em dezembro do ano passado A sonda que voltar Terra passou a se chamar Esta o Memorial Carl Sagan 269 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes As futuras miss es dever o resolver v rias quest es antes de preparar o terreno marciano para a real invas o humana Encontrar respostas para pelo menos duas perguntas b sico para tornar o projeto vi vel teria o homem condi es de se adaptar a diferentes situa es gravitacionais lembrando que a gravidade de Marte quase nula Seu corpo mesmo protegido com trajes especiais suportaria a a o dos raios c smicos Os cientistas t m pouco mais de uma d cada para vencer as dificuldades que a explora o do planeta vermelho imp e Enquanto as tecnolo
148. a o texto C2 rrenan 78 Quadro 20 Se o de contextualiza o texto C3 erre 79 Quadro 21 Se o de contextualiza o texto CS ssessssssseesereessssssserereeesssssserreeesssssseee 80 Quadro 22 Se o de contextualiza o texto C sessssssseeseeeesssssseeereessssssserrreeessssseee 81 Quadro 23 Se o de contextualiza o texto CE rrenan 82 Quadro 24 Se o de contextualiza o texto CO rrenan 82 Quadro 25 Se o de contextualiza o texto CIT erre 83 Quadro 26 Se o de contextualiza o texto C12 rrenan 83 Quadro 27 Perfil das se es analisadas santos nda lab reina apa ara ra 125 B Figuras Fig ra 1 Quadro Conceltial screener teten RINS NG ANN O ESD SESE ESSE GS SS 12 Figura 2 Superestrutura do Informe Experimental ssssseeesseessssssseeereesssssssserrreess 70 Figura 3 Esquema textual do Artigo de Divulga o Cient fica ii 12 Fig ra 4 Pir mide Inyeftida ersi ire EROE E 101 Figura 5 Superestrutura da Not cia Jornal stica sesssseseeeeeeeesssssseeereeesssssseesreeess 102 Figura 6 Esquema textual da Mat ria de Divulga o Cient fica aeeeeeeeeeeeeeeeeereeeeee 104 XV A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes C Tabelas Tabela 1 Quantidade de originais das se es Artigos e Bom Saber as 61 Tab
149. a Com ela a pesquisadora catalogou vest gios de 121 fogueiras 10 769 instrumentos de pedra lascada al m de um painel completo de pinturas rupestres no s tio Toca do Baix o do Perna no Parque Nacional da Serra da Capivara sert o do Piau O m todo denominado t cnica em xadrez consiste na escava o em quadrados cont giios e alternados e foi desenvolvido em fun o das especificidades do s tio Toca do Baix o do Perna localizado no munic pio de S o Raimundo Nonato A t cnica leva em conta tanto a estratigrafia quanto a disposi o dos vest gios na rea total do s tio Patr cia Melo credita t cnica do xadrez os bons resultados obtidos em seu trabalho Segundo ela a rea j havia sido explorada anteriormente mas os resultados obtidos n o corresponderam ao potencial da regi o O s tio precisava ser escavado por completo at a sua base rochosa o que os dois m todos convencionais n o exigiam na pr tica de escava o explica O m todo desenvolvido por Patr cia Melo foi criado a partir de outros dois j existentes As t cnicas que a pesquisadora tomou como ponto de partida foram a do ingl s Mortimer Wheeler criada na d cada de 30 e a do franc s Andr Leroi Gourhan desenvolvida nos anos 60 O m todo de Wheller um sistema de escava o em caixas destinado a explorar pequenas reas em compartimentos Essa t cnica deixa testemunhos paredes de muros de terra que representam a estratigrafia
150. a Espacial Norte Americana Nasa prov vel que a nica ocorr ncia de discurso citado no texto exemplo 150 tenha sido retirada de material fornecido por ag ncias de not cias 38 Releases ou Press Releases s o textos jornal sticos produzidos em assessorias de imprensa p blicas ou privadas enviadas aos ve culos de comunica o ou diretamente a jornalistas Folha de S Paulo 1984 167 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 150 A topografia indica que h bilh es de anos a gua correu em grande volume pelo planalto condi o essencial para a exist ncia de vida afirmaram os respons veis pelo projeto Par grafo 3 Texto J1 Excetuando os dois casos mencionados nos demais textos de jornalistas destaca se principalmente a presen a do estilo direto A inser o da voz do outro costuma obedecer sequ ncia X verbo dicendi identifica o nome atividade fun o e institui o a que est vinculado o especialista entrevistado e permeia todo o texto Note se ainda que pelo fato de a maioria das mat rias analisadas enfocar uma nica pesquisa cada uma delas traz falas de um ou no m ximo dois especialistas respons veis diretos pela investiga o ou experi ncia Para ilustrar a forma de inser o do discurso direto alguns exemplos 151 Essa performance se deve s fibras especiais utilizadas em sua confec o relata o coordenador
151. a orif cios ou tubula es entopem e mecanismos m veis como distorcedores de correntes s o afetados figura 6 Os efeitos na transmiss o de sons a destrui o de tintas e a corros o e preenchimento da malha de redes e telas usadas na aquacultura marinha provocam outros preju zos Em tubula es mar timas como as de resfriamento de usinas nucleares a incrusta o altera o hidrodinamismo maximizando o desgaste pela eros o O primeiro registro de tentativas de combate ao problema remonta ao ano de 462 a C e descreve o uso de uma mistura de ars nico e enxofre Atrav s dos s culos barcos de madeira foram protegidos por misturas contendo sebo enxofre ou breu ou por placas de cobre ou chumbo pregadas aos cascos Novos m todos de controle desenvolveram se rapidamente desde a Segunda Guerra destacando se o uso de tintas antiincrustantes contendo subst ncias t xicas Tais subst ncias previnem inicialmente a incrusta o mas com o tempo o efeito diminui at desaparecer exigindo solu es onerosas e nem sempre eficazes periodicamente os navios precisam ser docados a seco raspados e repintados e as instala es fixas tamb m t m que ser raspadas por mergulhadores O uso em tintas desse tipo de subst ncias de alta toxicidade como ocorre hoje com os organoestanhos tem efeitos altamente nocivos n o s na comunidade mas tamb m em outras formas de vida marinhas ver Veneno no mar O dano ecol gico resultante torna
152. a Pantanal Vasilhames semelhantes foram encontrados no Chaco paraguaio e argentino mas n o existem em qualquer outro lugar do Brasil As datas indicam que o Pantanal que parecia s ter sido ocupado recentemente foi povoado ao mesmo tempo que o Planalto brasileiro figura 5 Em torno do s culo XVI moravam no Pantanal paraguaio diversos grupos de canoeiros que viviam de ca a pesca coleta Alguns talvez efetuassem culturas agr colas certamente colhiam em quantidade sementes de determinadas plantas como o arroz nativo das grandes lagoas Dos 256 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 19 20 21 22 23 24 29 Paiagu ndios canoeiros sabe se que viviam em ilhas e que barravam a passagem dos exploradores e mission rios espanh is matando os sem miseric rdia Muito combatidos pelos espanh is e depois pelos brasileiros os ltimos representantes do grupo morreram neste s culo Os Guajarapo formam outro grupo citado com frequ ncia embora n o se conhe a praticamente nada a seu respeito Os Guat que viviam ao norte da rea pesquisada ocupavam mont culos semelhantes aos cap es de Corumb durante as cheias e barrancas de rio e de lagoas na vazante Eles fornecem um modelo no qual podemos nos inspirar para entender os s tios arqueol gicos descobertos Esses grupos devem ter muitos elementos em comum com os habitantes pr hist ricos porque exploram o m
153. a Sa de As aranhas armadeiras figura 3 que n o constr em teia de captura e podem ser reconhecidas pelas quel ceras avermelhadas s o agressivas e irrit veis ao contr rio da maioria das aranhas Alcan am at 3 cm de corpo com as patas at 15 cm As sentirem se amea adas colocam se em posi o de defesa levantando as patas dianteiras e muitas vezes avan am sobre o atacante Essa agressividade as torna respons veis no Brasil por cerca de 60 das picadas em seres humanos As armadeiras ca am durante a noite e de dia escondem se em tocas sob folhagens entre tijolos e pilhas de madeira atr s de m veis e ainda dentro de sapatos e botas Por isso a maioria das v timas humanas picada nos p s Sua picada causa apenas dor intensa em 90 dos casos exigindo a aplica o local de analg sicos Em pessoas mais suscet veis por m o veneno pode provocar arritmias card acas palpita es hipertens o arterial v mitos sonol ncia e alucina es sendo aconselh vel a aplica o do soro antiaracn deo O veneno da aranha armadeira cont m diversos polipept deos b sicos com massa molecular entre 5 mil e 6 mil d ltons unidade de massa at mica O veneno atua sobre os canais de s dio causando a despolariza o das fibras musculares e das termina es nervosas sensitivas motoras e do sistema nervoso aut nomo com libera o de neurotransmissores como as catecolaminas e acetilcolina Todas as esp cies Loxosce
154. a ali conflu ram popula es do Chaco da Amaz nia e do Sul O Projeto Corumb n o fez mais do que levantar os primeiros dados que j podem ser teis para cientistas de outros setores para compreender preservar e utilizar os s tios e dar aos moradores atuais a certeza de que eles n o s o os primeiros a tentar a sobreviv ncia nesse ambiente rico e de ciclos imprevis veis Sugest es para leitura GIRELLI Maribel Lajedos com gravuras na regi o de Corumb MS Disserta o de Mestrado UNISINOS 1994 OLICEIRA Jorge E de Os Argonautas Guat Disserta o de Mestrado PUCRS Porto Alegre 1995 PEIXOTO Jos Luis A ocupa o Tupi Guarani na borda oeste do Pantanal sul matogrossense maci o do Urucum Disserta o de Mestrado PUCRS Porto Alegre 1995 ROGGE Jairo Henrique amp SCHMITZ Pedro Ign cio Projeto Corumb a ocupa o pelos grupos ceramistas pr coloniais Revista de Arqueologia vol 8 n 2 169 180 1994 95 SCHUCH Maria Eunice Jardim Xaray e Chan ndios frente expans o espanhola e portuguesa no Alto Paraguai Disserta o de Mestrado UNISINOS S o Leopoldo 1995 Pedro Ign cio Schmitz Instituto Anchietano de Pesquisas Universidade do Vale do Rio dos Sinos S o Leopoldo RS Ci ncia Hoje 129 pp 36 45 260 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C11 Como ensinar a ler a quem j sabe ler Leu mas n o entendeu Um problema que co
155. a e hip teses Mas sem o rigor estrutural dos textos cient ficos alguns autores preferem ignorar algumas dessas etapas e se deter em informa es que supostamente n o s o conhecidas pelos leitores Nessa se o que em alguns casos ocupa diversos par grafos aparecem as mais variadas informa es s vezes excessivamente detalhadas sobre o contexto da pesquisa ou o objeto do estudo enfocado no texto s o conceitos caracter sticas dados hist ricos situa o atual etc Ao que parece a inten o dos autores destacar a relev ncia e fundamentar o estudo apresentado No corpus foram observadas extensas se es de contextualiza o nos textos que foram tema de capa da edi o em que foram publicados CI C4 C7 e C10 Na 24 Esses mesmos textos trazem par grafos resumo uma esp cie de subt tulo ampliado ou lid o inseridos por jornalistas na fase de edi o Localizados logo ap s o t tulo esses par grafos resumo que aparecem em fonte estilo ou corpo diferente n o s o considerados na an lise por n o terem sido escritos pelos autores 74 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes contextualiza o de C1 Estamos sozinhos no universo h um minucioso hist rico relacionado ao estudo dos planetas incluindo informa es sobre a evolu o de instrumentos de observa o um espectr grafo de alta resolu o instalado no Observat rio de Haute Provence u
156. a efici ncia dos extratos ativos da raiz B pilosa mostrou a presen a de fenilacetilenos nos dois extratos e de flavon ides metoxilados no extrato em etanol Como os flavon ides s o subst ncias antioxidantes tem sido sugerido que sua presen a nos extratos ativos de B pilosa estabiliza os compostos acetil nicos de f cil oxida o Refor ando essa hip tese foi demonstrado recentemente que a a o antimal rica da artemisinina chinesa potencializada por flavon ides metoxilados Extratos de outras esp cies do g nero Bidens incluindo B bipinnatus amplamente distribu da na Amaz nia foram testados em culturas de P falciparum e v rios mostraram se muito ativos Verificou se que todas as esp cies ativas cont m algum tipo de acetileno a nica do grupo sem essa subst ncia B parviflora n o apresentou atividade antimal rica Tais resultados refor am a id ia de que todos os acetilenos s o os principais respons veis pela atividade antimal rica das esp cies do g nero e abrem a possibilidade do desenvolvimento de novos medicamentos Para isso ser necess rio estabelecer uma prepara o est vel de B pilosa para avaliar sua toxicidade e efic cia inicialmente em primatas n o humanos como o macaco de cheiro Saimiri sciureus bom modelo de infec o com plasm dios humanos e depois em triagens cl nicas Avalia o da cerveja de ndio 19 20 21 22 O cip Ampelozizyphus amazonicus Rhamn
157. a forma assume uma posi o de reconhecimento da autoridade do especialista Essa constata o vem refor ar a id ia de que a presen a do eu tamb m denunciada pela sele o do verbo dicendi Vejam se aos exemplos 164 a 168 164 O amplificador um aparelho capaz de ampliar um sinal por meio de uma fonte de bombeamento que gera energia No eletr nico o bombeamento feito eletricamente e o elemento amplificador um trans stor no ptico uma fibra ptica dopada com terras raras rbio amplifica as mensagens e o bombeador o laser de diodo explica o pesquisador Par grafo 3 Como explica Cid Bartolomeu de Ara jo coordenador da equipe que toca esse projeto os moduladores s o guias de ondas capazes de controlar o feixe de luz atrav s de fibras pticas Par grafo 5 Mas h outros materiais que tamb m podem dar bons resultados como o vidro dopado com pequenos cristais semi condutores ou contendo metais pesados como o ni bio e o tit nio explica Ara jo Par grafo 6 Texto J2 165 Se retiramos ou introduzimos determinadas esp cies de peixes temos condi es de melhorar essa qualidade explica o bi logo Fernando Starling respons vel pelo projeto Par grafo 2 Ao liberar o f sforo sol vel as til pias aceleram seu ciclo natural tornando o dispon vel para as algas que se multiplicam com muito mais facilidade explica Fernando Starling
158. a por P vivax comum no pa s Par grafo 8 Os extratos brutos em etanol e clorof rmio dessa planta foram ativos nas culturas P falciparum destruindo o parasita em baixas concentra es A an lise qu mica por HPLC cromatografia l quida de alta efici ncia Par grafo 17 Texto C7 133 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Em 68 o autor tamb m cientista procura explicar o que a primaquina valendo se de termos t o especializados quanto o alvo da conceitua o estrutura qu mica baseada no anel quinolina da quinina o que n o facilita o entendimento do n o especialista Tamb m faz refer ncia cromatografia l quida sem nenhum tipo de explica o 69 A doen a da vaca louca como conhecida a encefalopatia espongiforme em forma de esponja bovina transmitida por estranho agente infeccioso o prion tamb m envolvido na doen a de caprinos chamada scrapie e em outra encefalopatia que ataca alces Par grafo 1 Comprovou se ainda que a doen a denominada kuru restrita aos nativos da Nova Guin tamb m causada por prions mas a epidemiologia dessa doen a revelou que a transmiss o decorria do h bito tribal de comer o c rebro dos antepassados Par grafo 2 Portanto as mol culas conformacionais alteradas prions infecciosos interagem com as sintetizadas pela c lula alvo ap s a introdu
159. aceae empregado em algumas reas da Amaz nia para prevenir a mal ria uso profil tico De acordo com o folclore a raiz fresca ou armazenada deve ser raspada misturada gua e tomada diariamente antes do banho Como a planta possui alto teor de saponinas o produto final espumoso o que gerou o nome popular cerveja de ndio figura 7 O laborat rio do C P Ren Rachou estuda h anos a atividade antimal rica dessa planta avaliando sua a o contra os v rios est gios do ciclo de vida do parasita Os esquinzonticidas sangi neos como a cloroquina usados entre os anos 50 e 70 como profil ticos agem suprimindo a infec o sangii nea Por isso e pela maior simplicidade de execu o os primeiros testes coordenados por Antoniana U Krettli buscaram esclarecer se a cerveja de ndio teria esse tipo de a o Usando o modelo da mal ria de roedores P berghei verificou se que a infus o o extrato bruto e fra es semipurificadas das ra zes do A amazonicus s o inativos contra as formas sangii neas do parasita A partir desse resultado investigou se a poss vel a o da planta contra as formas teciduais iniciais ou tardias do parasita agora usando a mal ria de aves como modelo Z Testar esquizonticidas teciduais mais dif cil que testar esquizonticidas sang neos Os modelos animais dispon veis s o inespec ficos o ciclo do parasita nos tecidos diferente do observado no hom
160. ada A heterogeneidade mostrada se manifesta atrav s das formas de modaliza o auton mica nas quais estaria inserido o discurso relatado tanto na forma direta quando o locutor se torna um porta voz das palavras do outro quanto indireta quando o locutor usa suas pr prias palavras i e parafraseia o outro atuando assim como um tradutor Vale registrar que para a gram tica tradicional o estilo direto reproduz textualmente as palavras enunciadas sem a interfer ncia daquele que a usou Essa perspectiva refutada por v rios autores entre os quais Ducrot 1987 187 que avalia o discurso direto como um caso particular de dupla enuncia o o estilo direto implica fazer falar um outro atribuir lhe a responsabilidade das falas isto n o implica que sua verdade tenha uma correspond ncia literal termo a termo Tannen 1989 99 por sua vez argumenta que mesmo na cita o direta o di logo introduzido na realidade di logo constru do Nessa mesma linha tamb m se manifestam Maingueneau 1993 Marcuschi 1993 e Cunha 1992a 1992b 166 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Neste t pico a aten o se volta justamente para o discurso relatado o discurso no discurso a enuncia o na enuncia o mas ao mesmo tempo um discurso sobre o discurso uma enuncia o sobre a enuncia o Bakhtin 1995 1929 144 Esse olhar m
161. ade de compreender e produzir textos que come ou a desenvolver na inf ncia Par grafo 35 164 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes N o faltar quem levante uma hip tese socioecon mica para explicar o fen meno da minoria competente e da maioria incapaz os ricos l em melhor os pobres t m s rias dificuldades de compreens o Par grafo 37 Texto C11 148 Os cientistas t m pouco mais de uma d cada para vencer as dificuldades que a explora o do planeta vermelho imp e Enquanto as tecnologias necess rias ao ataque dos terr queos n o s o desenvolvidas parece dif cil responder com precis o se estamos ou n o acompanhados por qualquer tra o de vida no universo Mesmo depois de caminhar pela superf cie vermelha podemos n o encontrar a resposta para uma das quest es mais antigas da humanidade Par grafo 8 Texto J1 149 Resta agora saber se as imagens tridimensionais da enzima e do inibidor obtidas pelos pesquisadores de S o Carlos correspondem realidade Se tudo correr bem essa d vida ser tirada em breve j que eles est o prestes a obter a estrutura real da enzima do parasita Par grafo 10 Texto J8 Considerando o que foi exposto podemos afirmar que a exemplo das conversa es eventos escritos tamb m apresentam marcas de interatividade mesmo aqueles mais formais como os textos do corpus o que permite ratificar a afirma o de Marcusc
162. adores citam especialistas com uma diferen a essencial os autores jornalistas citam como argumento de autoridade os autores pesquisadores como estrat gia para desenvolver seus pr prios argumentos De acordo com os dados analisados os autores cientistas priorizam o valor argumentativo das cita es ao passo que os autores jornalistas utilizam cita es de especialistas como recurso autoridade Deve se assinalar no entanto que em boa parte das vezes esse recurso tem um significado que vai al m de uma simples figura ret rica uma vez que tamb m revela que o jornalista reconhece no especialista a compet ncia explicativa Como vimos os dados aqui examinados nos permitem confirmar plenamente as hip teses 1 2 e 4 e apenas parcialmente a hip tese 3 O fato de n o termos comprovado totalmente a H3 n o impede contudo a confirma o da hip tese central desta investiga o na revista Ci ncia Hoje h pelo menos duas estrat gias textuais discursivas de divulga o cient fica a a dos autores pesquisadores e b a dos autores jornalistas Para dar uma vis o geral das estrat gias textuais discursivas utilizadas em textos de autores cientistas e de autores jornalistas resumimos a seguir as principais caracter sticas observadas em i Artigos de Divulga o Cient fica e ii Mat rias de Divulga o Cient fica 197 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 1 Artigos
163. ados comp em a dieta de A pretrei No ver o o fruto do pinheiro bravo Podocarpus lambertii um dos itens alimentares mais importantes da esp cie Como o n mero de plantas que frutifica no inverno pequeno nessa esta o a ave alimenta se quase exclusivamente do pinh o da arauc ria recurso compartilhado com muitas outras esp cies de animais silvestres e ainda com o homem O interesse humano torna esse alimento escasso cerca de 3 400 toneladas de pinh es s o coletadas e comercializadas todos os anos no Sul do pa s O estudo detectou que entre os fatores que amea am a sobreviv ncia da esp cie a retirada de filhotes dos ninhos para comercializa o e a destrui o ou degrada o dos habitats de floresta s o os mais importantes A principal causa do decl nio da popula o de A pretrei no passado parece ter sido a devasta o de mais de 90 das reas de floresta do Rio Grande do Sul A derrubada das rvores de grande porte certamente reduziu a disponibilidade de locais de nidifica o Al m disso a maior parte dos remanescentes de floresta est fortemente degradada e tem sua regenera o impedida pelo uso intenso para a cria o de gado A coleta do pinh o em escala comercial associada ao corte do pinheiro para aproveitamento da madeira na ind stria de m veis e na constru o civil tamb m contribuiu para diminuir a disponibilidade de alimento no inverno A manuten o de papagaios e periquitos em cativeiro a
164. aguai onde as guas da enchente se tornam muito profundas Suas camadas internas aparecem nas escava es comp em se sobretudo de valvas de moluscos gastr podos ossos de peixes cinza e h mus o que torna tais s tios semelhantes a pequenos sambaquis S o poucos os instrumentos em osso e pedra mas nos mais recentes grande a quantidade de cacos de cer mica S foram encontrados sepultamentos em dois locais que no passado podem ter sido aldeias centrais No tempo das guas altas o ambiente oferece recursos abundant ssimos os moluscos multiplicam se nos campos alagados os peixes abandonam as guas profundas dos rios e v o para as guas rasas dos campos e lagoas o espa o natural das capivaras dos jacar s das aves aqu ticas Quando as guas baixam os recursos concentram se ainda mais nas lagoas tempor rias onde os peixes ficam presos e aparecem milhares de jacar s No entanto depois que as guas descem completamente os cap es agora no meio dos campos t m pouco a oferecer Torna se necess rio levantar acampamento antes que as canoas encalhem e buscar a beira de um rio de um canal ou de uma lagoa permanente esperando nova subida das guas A ocupa o do Pantanal da regi o de Corumb mais antiga do que inicialmente se imaginava Com as 13 datas de carbono 14 processados pela Beta Analytic Inc de Miami a partir da radioatividade remanescente em cascas de moluscos consumidos pelas popula es de cinco do
165. ais atento para esse tipo de manifesta o de heterogeneidade foi motivado n o por perceb lo como uma marca que caracteriza o discurso de divulga o cient fica uma vez que o discurso relatado est presente em praticamente todas as produ es discursivas mas porque sua maior ou menor incid ncia e a forma como introduzido nos dois grupos de textos do corpus desta investiga o indicam perspectivas distintas das comunidades produtoras desses textos O tra o que mais chama a aten o no corpus a alta incid ncia do discurso relatado no grupo de textos de jornalistas Das 12 mat rias analisadas h apenas uma sem qualquer marca de discurso relatado texto J11 ndios Ofai lutam para sobreviver e outra em que h apenas uma inser o texto JI A Terra contra ataca A rarefa o desse tipo de heterogeneidade mostrada no textos citados pode ser reputada a causas distintas O texto J11 resultado da cobertura de uma Reuni o Especial da SBPC e em eventos como esses nem sempre poss vel entrevistar todos os expositores Muitas vezes o rep rter assiste apresenta o do trabalho e sem a possibilidade de entrevistar o s expositor res retira as informa es complementares dos anais do evento ou de releases distribu dos pela assessoria de imprensa Para a produ o do texto JIJ uma mat ria de origem internacional certamente n o se deve ter tido acesso s principais fontes altos funcion rios da Ag nci
166. al m do uso de vocabul rio expressivo do presente hist rico de cita es diretas ou de part culas adverbiais modalizadoras 37 Contrapondo a id ia de que a escrita marcada pelo distanciamento Melo C 1993 avalia que os tipos de envolvimento propostos por Chafe tamb m podem ser encontrados na escrita Defendendo essa mesma posi o Gomes 1995 29 afirma Podemos at encontrar maior predomin ncia do envolvimento na fala do que na escrita 36 Atualmente com o advento da Internet e em consegii ncia dos novos ambientes interativos em que se d a comunica o escrita certamente n o se pode mais afirmar que a escrita uma atividade tipicamente solit ria 37 Estudos sobre modalidade incluem alguns adv rbios como justamente realmente e certamente na classe dos modalizadores epist micos por serem utilizados pelo falante escritor para marcar seu grau de engajamento com o enunciado produzido Hoffnagel 1997 1998 Koch 1996 155 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Julgamos contudo que este n o um fen meno espec fico da produ o oral N o raro encontramos nos textos jornal sticos impressos por exemplo dispositivos apontados por Chafe como caracter sticos do envolvimento em especial as cita es diretas e o presente hist rico A autora lembra ainda que nos textos jornal sticos opinativos como os artigos e os editoriais
167. ale Asteraceae Esenbeckia febrifuga Rutaceae Lisianthus speciosus e Tachia guianensis Gentianaceae e mais recentemente Bidens pilosa Asteraceae Par grafo 16 Texto C7 O d cimo par grafo foi extra do da se o contextualiza o o d cimo quarto de apresenta o do estudo e o d cimo sexto de resultados Mas a estrat gia de marcar uma posi o de distanciamento praticamente a mesma Ao usar as express es tidas como e tidas na medicina popular brasileira como e ao aspear medicinais o autor informa que n o quer se comprometer com as informa es relacionadas efic cia do uso de plantas no tratamento da mal ria curioso notar que o distanciamento marcado at mesmo no 16 par grafo quando s o informados os resultados positivos dos primeiros testes realizados com plantas antimal ricas Acreditamos que os exemplos aqui exibidos s o suficientemente ilustrativos para mostrar que a se o ponto de vista nos ADC pode ser observada em v rios momentos do texto seja quando a opini o vem expressa em coment rios avaliativos seja quando est inserida em trechos aparentemente objetivos Nossa an lise mostrou que al m de ponto de vista o esquema textual dos ADC constitu do por contextualiza o apresenta o do estudo metodologia e resultados Funcionando como uma introdu o a contextualiza o n o chega a reproduzir mas conserva alguns tra os da justificativa da coloca
168. alho Aos professores D ris Carneiro da Cunha e Francisco Gomes de Matos pelas valiosas sugest es no Exame de Qualifica o A Alicia Ivanissevich juntamente com a equipe da revista Ci ncia Hoje e a Luiz Henrique Fruet da revista Galileu pela colabora o durante a coleta de dados s professoras Ingedore Vila a Koch e Nelly de Carvalho pelo carinho e incentivo Aos professores Fab ola Imaculada de Oliveira Judith Chambliss Hoffnagel Jos Marques de Melo e Wilson da Costa Bueno pela aten o e presteza sempre que os solicitei As amigas e tamb m companheiras do Grupo de Pesquisa em Comunica o e Discurso Cristina Teixeira Vieira de Melo e Wilma Morais pelas cr ticas pertinentes pelo incentivo e pela amizade movida a gordas gargalhadas Aos amigos Alfredo Cordiviola ngela Freire Prysthon Ant nio Carlos Xavier Dilma Tavares Luciano Fabiane Gon alves Cavalcanti Mariane Carvalho Paulo Carneiro da Cunha Filho R mulo C sar Pinto Tan zia Vieira Esp rito Santo Thereza Alves e Virg nia Colares pela ajuda e pelas palavras de incentivo Pr Reitoria de Pesquisa Propesq da Universidade Federal de Pernambuco UFPE pelo apoio Ao Programa de P s gradua o em Letras e Ling stica da UFPE extensivo aos professores e funcion rios pela oportunidade de realizar este curso Ao Departamento de Comunica o Social da UFPE pela redu o de minha carga hor ria durante a realiza
169. almente concentramos os testes em extratos e fra es isoladas de plantas tidas na medicina popular brasileira como antit rmicas e ou antimal ricas A triagem emp rica de plantas foi substitu da pela orientada por v rios motivos Primeiro a baixa produtividade obtida com a primeira abordagem apenas duas plantas revelaram se ativas em cerca de 300 extratos testados Segundo o fato hist rico de que um n mero consider vel de drogas eficientes originou se de produtos isolados de plantas conhecidas como medicinais caso da quinina e da artemisinina A quinina isolada da casca da quina Cinchona spp rvore da fam lia Rubiaceae usada como antimal rico desde o s culo XVI e continua sendo a droga escolhida para tratar pacientes com mal ria grave por P falciparum resistente cloroquina A artemisinina isolada de uma planta Artemisia annua fam lia Asteraceae usada h dois mil anos na China contra a febre um potente esquizonticida sangii neo e v rios derivados semi sint ticos mais ativos j foram desenvolvidos a partir de sua mol cula Terceiro a Amaz nia brasileira onde a mal ria exibe uma exuberante flora e um rico folclore local a serem adequadamente explorados figura 5 O levantamento das plantas antimal ricas e ou antit rmicas iniciado a partir das cita es da literatura cient fica teve segii ncia atrav s de inqu ritos junto s popula es da regi o amaz nica Foram entrevistados no sul do
170. amente todo o texto Para identificar os trechos de ponto de vista observamos o conte do em si e as marcas ling sticas que indicam a presen a da subjetividade como os modais as perguntas ret ricas os quantificadores os superlativos e alguns verbos e adv rbios Para tanto tomamos por base algumas id ias de Coracini 1991b e a no o de avalia o proposta por Laboy amp Waletsky 1967 e Labov 1972 identificada por marcas ling sticas que a nosso ver s o teis para caracterizar em textos de divulga o cient fica os momentos em que o ponto de vista do autor em rela o ao conte do abordado informado ao leitor Para ilustrar a se o ponto de vista dos ADC mostraremos inicialmente exemplos em que a opini o do autor est expl cita Em 25 O papagaio char o em perigo 26 96 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria e 27 Os riscos da doen a da vaca louca por exemplo nem necess rio calcular o sentido impl cito pois a opini o do autor revelada com muita clareza 25 As evid ncias que fazem de Amazona pretrei uma esp cie amea ada tornam indispens vel a cria o de programas especiais de prote o O plano de a o tra ado se posto em pr tica poder reverter a situa o do papagaio char o ajudando tamb m na melhoria da imagem do Brasil hoje visto no exterior como um d
171. aminadas pelo uso de extratos hipofis rios de cad veres para corre o de nanismo e por transplante de c rnea Estudos epidemiol gicos sugerem que o aparecimento da doen a em bovinos deveu se inclus o em sua alimenta o de suprimentos prot icos derivados de ovelhas contaminadas scrapie Entretanto n o h dados experimentais que provem essa teoria A proibi o do uso 248 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes desses produtos na ra o do gado na Inglaterra deve contribuir para o esclarecimento dessa hip tese Por outro lado estudos mostraram que camundongos que produzem a prote na pri nica humana normal apresentam resist ncia infec o pelo agente infeccioso da encefalopatia espongiforme bovina Essa resist ncia existia mesmo quando o agente infeccioso era inoculado diretamente no c rebro normalmente 100 mil vezes mais eficiente que a inocula o por via oral Portanto a detec o de alguns casos de Creutzfeld Jacob em pessoas mais jovens do que os pacientes geralmente afetados n o permite associa o direta e exclusiva entre a doen a e o consumo de carne bovina Dessa forma os riscos decorrentes da doen a da vaca louca devem ser analisados criteriosamente para que n o sejam grosseiramente superestimados Ricardo Bretani Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o C ncer Vilma Martins Funda o Ant nio Prudente SP Ci ncia Hoje 119 p 69 249 A div
172. an ada em novembro do ano passado pela ag ncia espacial dos Estados Unidos Nasa poder trazer novas respostas a essas quest es figura 2 Ela dever chegar ao quarto planeta do sistema solar em setembro deste ano Se os primeiros astr nomos utilizavam apenas telesc pios pticos simples e r sticos o desenvolvimento tecnol gico dos ltimos anos deu aos cientistas que atuam nesse campo instrumentos de trabalho cada vez mais sofisticados Al m de poderosos telesc pios s o usados hoje outros aparelhos em especial os que registram em detalhes v rios tipos de radia o emitidos por astros distantes e t cnicas que permitem amplificar essas mensagens do espa o e corrigir eventuais distor es ocorridas durante a longa viagem at a Terra Os registros obtidos e sua 214 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 an lise feita com a ajuda de grandes computadores fornecem amplo leque de informa es sobre os objetos visados Gra as a um desses novos instrumentos um espectr grafo de alta resolu o instalado no Observat rio de Haute Provence Fran a Michel Mayor e Didier Queloz foram os primeiros a detectar a presen a de um planeta fora do sistema solar orbitando a estrela 51 Pegasi Na realidade n o se trata de detec o direta o espectr grafo separa os diversos componentes da radia o emitida pela estrela o que permite determinar muitas de suas c
173. antes deslocamentos Em 1976 foram levados pelo antigo Servi o de Prote o ao ndio para a regi o de Bodoquena MS onde se viram for ados a conviver com os ndios Kadiw u O per odo vivido em Bodoquena quase levou os Ofai extin o Conhecidos como povo do mel pelo fato de falar baixo e usar gestos suaves eles n o conseguiram se acostumar aos h bitos e ao comportamento mais agressivo dos Kadiw u Em 1985 fugiram de Bodoquena e se instalaram na bacia do rio Paran de onde foram novamente transferidos para a rea que ocupam atualmente s margens do rio Verde Em breve por m eles ter o de se mudar novamente pois a rea de apenas 40ha que ocupam ser inundada pelo lago da Barragem Porto Primavera Na luta para conseguir uma terra onde possam morar e plantar os Ofai perceberam que poderiam ter mais oportunidades de conquistar suas reivindica es se fossem alfabetizados Com isso seriam menos enganados nas negocia es com os brancos Com o apoio da Funai da Secretaria de Educa o de Mato Grosso do Sul e da prefeitura de Brasil ndia a UFMS come ou a executar o projeto de alfabetiza o ind gena uma aluna do Departamento de Ci ncias Humanas da Universidade d aulas a 11 crian as e adolescentes Ofai numa escola constru da pelos pr prios ndios Embora n o contem ainda com a participa o de ling istas os pesquisadores da UFMS tentam desenvolver o ensino biling e Portugu s e na l ngua
174. apagado a n o ser por uma manobra lingii stica que o defina apenas como o outro do outro Possenti sdb 31 Neste ponto achamos oportuno trazer tona a no o de subjetividade mostrada postulada por Possenti sdb que diz respeito constru o de textos a partir de modelos j estereotipados deixando vis veis o discurso do outro e tamb m o trabalho do eu Segundo o autor s o v rias as situa es em que a a o do sujeito pode ser detectada mas 2 nos casos da subjetividade mostrada sua presen a indisfar vel Entre os v rios 172 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes exemplos usados para ilustrar sua an lise Possenti cita o enunciado templo dinheiro do colunista Jos Sim o da Folha de S Paulo em que altera o prov rbio tempo dinheiro para criticar o Bispo Edir Macedo Embora constru do sobre um discurso conhecido o enunciado explicita tamb m a a o do colunista na renova o do clich evidente que nos casos de discurso relatado dos textos de divulga o cient fica a presen a do eu no discurso do outro ocorre de maneira bastante distinta mas sem d vida h marcas que apesar de menos expl citas tamb m denunciam a presen a do eu como por exemplo fazem os verbos dicendi Por essa raz o tomamos de empr stimo a no o elaborada por Possenti para a partir da propor que os verbos q
175. apud Feyerabend 1977 que refuta a id ia de que o progresso cient fico ocorra cumulativa e linearmente o certo que ao longo dos s culos diversas civiliza es deram sua parcela de contribui o para o desenvolvimento da ci ncia e da tecnologia poss vel que o fato de atualmente os avan os cient ficos e tecnol gicos se fazerem cada vez mais r pido tenha levado a sociedade contempor nea a depositar nas ci ncias a esperan a de uma vida melhor O homem espera que os cientistas possibilitem a melhoria da qualidade de vida no planeta Para tanto torna se necess rio n o apenas investigar explorar experimentar compreender descobrir mas tamb m utilizar o saber cient fico como instrumento para alcan ar o bem estar social Nesse contexto tamb m essencial que as informa es sobre ci ncia e tecnologia sejam divulgadas o que possibilita transformar 2 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes esse saber especializado em bem comum A divulga o cient fica desempenha ent o uma importante fun o social pois contribui para diminuir o fosso existente entre o homem comun e a elite cient fica e tecnol gica Na opini o de Bizzo 1998 com os avan os cient ficos e tecnol gicos do mundo atual o cidad o comum se depara cotidianamente com situa es que requerem conhecimentos sofisticados e a falta desses conhecimentos pode trazer conseq ncias muito mais
176. ar Dos oito vizinhos da Terra cinco Merc rio V nus Marte J piter e Saturno s o conhecidos desde a antig idade e mesmo antes que Isaac Newton 1642 1727 descobrisse a lei da gravita o universal muitos astr nomos tentaram entender seus movimentos Tais estudos levaram ap s a descoberta casual de Urano em 1781 localiza o de Netuno em 1846 e Plut o em 1930 ver Netuno 150 anos de hist ria e ci ncia em Ci ncia Hoje n 125 Se o tema predominante nos ltimos s culos foi a din mica do sistema solar o estudo f sico dos planetas desenvolveu se no atual sobretudo atrav s das in meras miss es espaciais Embora a preocupa o principal dos astr nomos tenha sido nas ltimas d cadas estudar a constitui o f sica dos planetas vizinhos a quest o da presen a ou n o de vida nesses astros sempre esteve presente gerando controv rsias acompanhadas com aten o pela opini o p blica O interesse pelas pesquisas sobre o assunto foi reativado h poucos meses com a descoberta em um meteorito que teria vindo de Marte de ind cios de que naquele planeta h alguns bilh es de anos poderia ter havido atividade org nica ligada a algum tipo de vida bacteriana figura 1 An lises posteriores no entanto colocam em d vida essa interpreta o sugerindo que as estruturas observadas s o na realidade de origem mineral gica A sonda de explora o de Marte chamada Mars Global Surveyor l
177. ar dados fotom tricos de 1981 a equipe de Ferlet encontrou uma s bita varia o do brilho de Beta Pictoris que se interpretada como efeito da passagem do planeta diante da estrela permite deduzir que o mesmo tem tamanho semelhante ao de J piter como foi estimado Assim Beta Pictoris seria mais um sistema onde de forma indireta sugerida a presen a de um planeta imerso parcialmente em um disco de g s e poeira poss vel resto da nebulosa que lhe deu origem 19 Diante dessas descobertas qual a estrat gia a seguir para detectar novos planetas em particular 2 os do tipo terrestre onde maior a possibilidade da exist ncia da vida A detec o indireta atrav s do efeito Doppler exige grande aumento na precis o das medidas de velocidade radial Hoje o limite de medi o est em torno de 50 m s no caso de 51 Pegasi a velocidade medida foi de 56 m s Para detectar um planeta com a massa da Terra na mesma rbita seria preciso medir velocidades de 40 cm s uma tarefa dif cil mas n o imposs vel As melhorias previstas para breve no espectr grafo que descobriu o primeiro candidato a planeta em Haute Provence permitir o medir velocidades de alguns m s A evolu o tecnol gica nesse campo indica ainda que velocidades de alguns cm s poder o ser medidas daqui a cinco ou sete anos 20 J a detec o de planetas por m todos astrom tricos requer necessariamente o uso de ve culos 21 espaciais como no pr
178. ar o verbo acreditar na forma impessoal por exemplo j um sinal de que o autor n o quer se comprometer talvez por n o compartilhar totalmente das predi es sobre o uso dos ecos de corrente pois Jsua observa o experimental por enquanto um desafio para a f sica experimental 29 Acredita se que os ecos de corrente tamb m possam ter v rias aplica es mas sua observa o experimental por enquanto um desafio para a f sica experimental Par grafo 13 Texto C3 De acordo com Labov 1972 o uso de cita es uma estrat gia que d for a dram tica avalia o Essa dramaticidade pode ser observada no exemplo 30 extra do do texto CI Como ensinar a ler a quem j sabe ler em que a cita o refor a a posi o contr ria do autor a um determinado pressuposto Note se ainda que a cita o nesse exemplo n o creditada a um sujeito determinado mas ao que parece reproduz um discurso recorrente entre os pares do autor 30 Outro falso pressuposto revela se quando o professor afirma Aluno de faculdade j tem ou deveria ter experi ncia escolar suficiente para abordar qualquer tipo de texto Quem ainda n o sabe ler burro ou n o tem dom para a leitura e portanto nada se pode fazer por ele Esse pressuposto apenas um desdobramento do anterior mas merece coment rio parte Par grafo 8 Texto C11 98 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Aze
179. aracter sticas f sicas e qu micas e seu movimento em torno do centro de massa do sistema com base no efeito Doppler Tal efeito definido de forma simplificada a varia o que ocorre na frequ ncia da radia o quando a fonte que a emite se move em rela o ao observador No caso de uma estrela distante em movimento no espa o o espectro registrado permite deduzir se est se afastando ou se aproximando do observador na Terra e em que velocidade Analisando movimentos diferen as de brilho e outras caracter sticas de uma estrela poss vel descobrir interfer ncias causadas por corpos celestes pr ximos prov veis planetas O espectr grafo de Haute Provence consegue medir velocidades de at 50m s o que permite a detec o de planetas gigantes O planeta detectado em 51 Pegasi tem massa compar vel de J piter 318 vezes maior que a Terra mas seu per odo orbital ou seja o tempo que leva para dar uma volta completa em torno da estrela de apenas 4 23 dias o de J piter de 11 86 anos Logo ap s a descoberta francesa G Marcy e P Butler astr nomos da Universidade da Calif rnia em S o Francisco anunciaram a exist ncia de dois novos planetas orbitando as estrelas 47 Ursae Majoris e 70 Virginis Gra as ao esfor o dessas equipes quase uma dezena de planetas extra solares foi detectada de forma indireta at 1996 figura 3 Uma an lise r pida das informa es sobre os oito candidatos a planeta m
180. as poss vel ter uma id ia da dimens o dessa amea a Seis ca adores entrevistados em 1993 afirmaram realizar capturas em pelo menos 10 ninhos por ano o que resulta em no m nimo 60 ninhos atacados anualmente e 180 filhotes a m dia de tr s por ninho que deixam de participar da reprodu o da esp cie rara em cativeiro Como a popula o total est pr xima de nove mil aves apenas esses seis homens capturam 2 dos papagaios existentes e n o se sabe quantos s o os ca adores profissionais As informa es obtidas nos ltimos anos serviram de base para um plano de a o que visa a conserva o de Amazona pretrei combatendo a captura e o com rcio de filhotes e preservando reas de floresta nativa adequadas alimenta o e nidifica o A meta a curto prazo a de estabilizar a popula o e a longo prazo a de assegurar a recupera o natural da esp cie com o 240 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 13 14 15 16 P4 aumento da popula o e a reocupa o de regi es onde n o mais vista O plano envolve programas de educa o ambiental e a es de fiscaliza o e prote o dos habitats As campanhas educativas espec ficas para cada setor da comunidade devem alertar sobre a amea a que o desmatamento representa para a preserva o do char o e da vida silvestre em geral e sobre a ilegalidade da compra e transporte da fauna sil
181. as consecutivos 200 mg di rios por quilo durante oito dias Esse esquema de tratamento relativamente longo assemelha se ao indicado no folclore para prevenir a doen a o preparado com as ra zes da planta deve ser tomado todos os dias O mesmo lote da cerveja de ndio com atividade antimal rica comprovada pelo C P Ren Rachou foi usado para o estudo qu mico da planta tese de doutorado de Maria das Gra as L Brand o na UFMG que identificou v rias saponinas algumas desconhecidas de estrutura qu mica ainda n o descrita Aparentemente no entanto as saponinas n o s o respons veis pela atividade antimal rica j que fra es semipurificadas do extrato com elevadas concentra es dessas subst ncias revelaram se inativas contra esporozo tas e ou esquizontes teciduais no modelo da mal ria das aves Os resultados obtidos com a cerveja de ndio em aves ser o de grande import ncia se puderem ser repetidos em mam feros porque hoje apenas uma droga a primaquina est dispon vel como esquizonticida tecidual Conclus es 27 28 Muitas das plantas em que foi constatada a atividade antimal rica s o promissoras no desenvolvimento de novos medicamentos especialmente B pilosa atividade esquizonticida sangii nea amplamente distribu da no Brasil e A amazonicus a o profil tica na fase inicial de desenvolvimento do parasita encontrada em algumas regi es da Amaz nia Entretanto h u
182. as sem o tradicional lead 103 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes alto i e resumem o t pico principal da not cia O relato jornal stico desdobra se em epis dio e coment rios ou seja os fatos reportados e sua interpreta o Os eventos e as consegii ncias constituem a categoria epis dio A categoria rea es verbais inclu da nas consegii ncias corresponde s cita es de personagens entrevistados para a mat ria jornal stica O evento principal a not cia propriamente dita A categoria background desmembrada em circunst ncias e hist ria deve dominar aquelas por es do texto em que se d informa o que n o parte dos eventos noticiosos enquanto tal mas fornece o contexto social pol tico ou hist rico geral ou as condi es desses eventos Van Dijk 1985 87 A categoria circunst ncias formada pelos eventos pr vios que podem ser tomados como causa ou condi o direta do evento principal e pelo contexto que informa sobre a situa o atual Os coment rios cont m conclus es expectativas especula es e outras informa es em geral do jornalista a respeito do fato noticiado correspondendo ao que denominamos de ponto de vista Observa se no modelo proposto por Van Dijk que as categorias coment rios e rea es verbais encontram se em pontos espec ficos da mat ria jornal stica Mas na realidade n o existe um local d
183. ase I envolvem 30 volunt rios 15 no Rio de Janeiro e 15 em Belo Horizonte O produto em experi ncia na Fiocruz Hospital Evandro Chagas e Departamento de Imunologia e da UFMG composto sint tico pept deo monovalente 251 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 15 16 17 18 19 20 MN e j foi testado nos Estados Unidos China Austr lia e Tail ndia com resultados que atendem s expectativas segundo revistas m dicas conceituadas e informa es da empresa Os ensaios cl nicos das fases I e II com vacina experimental t m como objetivo inicial estabelecer a seguran a rea es adversas e a imunogenicidade rea es imunit rias humoral ou celular espec ficas de um produto Espera se que a vacina possa induzir o sistema imunol gico a produzir anticorpos e ativar a resposta imune celular Os testes de laborat rio dir o se a resposta imunol gica foi bastante forte para neutralizar o HIV quanto dura essa resposta e se sua a o suficientemente ampla para cobrir as variantes do HIV predominantes no Brasil Os volunt rios dos testes Escolhidos em criteriosa triagem m dico psicol gica os 30 participantes dos testes s o cidad os conscientes saud veis entre 18 e 50 anos que receberam todas as informa es sobre a pesquisa assinaram termo de consentimento e est o fortemente motivados Todos aceitaram os procedimentos indispens veis pesquisa e apre
184. avs ads ada gare pesito aguda 135 74 Uso de terminologia especializada c crie aeeeererereneaaaaaaerarreeraanaa 135 75 Uso de terminologia especializada iiirrrrereeeceeerrrereneaaaaaaeeaarerraaaaa 137 76 Uso de terminologia especializada ierreeeeeeeeeerrererereneaaaaaearererenanaa 137 77 Uso de terminologia especializada rir aaeeeereereeneaaaaaaeaarereraanaa 137 78 Uso de terminologia especializada iris a A RIR RARA A GERA A 137 79 Uso de terminologia especializada iirrereeeereecererererareeaaaaeearererenanaa 137 80 Uso de terminologia especializada asse re res ie GS q Pete ais dsdiTa Porra 138 61 Uso de terminologia especializada ieeeeeerrrrreerereaanecererrerraanaaana 138 82 Uso de terminologia especializada irireeeeeceeererrerareeaaaaaaararereraanananca 138 83 Uso de terminologia especializada irirreeeeeeererereaeeaaaaaaeaarrereaanananda 138 84 Uso de terminologia especializada sadias sas na iaeeas fa ARS epa des Aa a e E 138 85 Uso de terminologia especializada ieeeeeeeeeererereareeaaaeaearererraanaaana 138 86 Uso de terminologia especializada sacas ssa amas da E a AE SR ARUR SGA ATAN AS SaG MAGO AS Rana aa 139 87 Uso de terminologia especializada aura assinantes raniiatas asteca reatar dada 139 xvii A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 88 Uso de terminologia especiali
185. ays on the Verbal and Visual Arts Seattle University of Washington Press LABOV W 1972 Language in the Inner City Oxford Basil Blackwell LAKOFF G amp JOHNSON M 1991 Metaforas de la Vida Cotidiana Madrid Catedra LEVINSON S 1979 Activity Types and Language Linguistics 17 365 399 KNELLER G F 1980 A Ci ncia como Atividade Humana Rio de Janeiro S o Paulo Zahar Edusp MAINGUENEAU D 1993 Novas Tend ncias em An lise do Discurso Campinas Pontes 206 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes MARCUSCHI L A sda Aspectos Ling sticos Sociais e Cognitivos na Produ o de Sentido Recife mimeo 17p MARCUSCHI L A 1983 Lingii stica de Texto o que e como se faz Recife UFPE Mestrado em Letras e Ling stica MARCUSCHI L A 1991 A A o dos Verbos Introdutores de Opini o Revista Brasileira de Comunica o 64 74 92 MARCUSCHI L A 1993 Da Fala para a Escrita Recife mimeo 26 p MARCUSCHI L A 1998 Marcas de Interatividade no Processo de Textualiza o na Escrita Recife mimeo 14p MARCUSCHI L A 1999 1978 A Prop sito da Met fora Recife mimeo 16p MARASCHIN J C 1982 Quem Tem Medo da Tecnologia Comunica o e Sociedade Revista Semestral de Estudos em Comunica o 07 05 07 MELO C T V 1993 As Revistas Semanais o Esopo Moderno Recife Disserta o de Mestrado UFPE mimeo 157 p MELO J M 1983
186. az la mesmo que lhe pare a bvio Verificar com surpresa que a maioria n o tem h bito de examinar primeiro capa contracapa orelhas ficha bibliogr fica ndice de cap tulos e apresenta o ou introdu o Deixe seus alunos realizarem esse exerc cio em sala de aula Assim eles poder o criar expectativas sobre o que est escrito formular hip teses sobre o conte do do texto presumir o grau de dificuldade que ter na leitura o primeiro passo para abandonar a atitude passiva que caracteriza os maus leitores Se adquirirem o h bito de praticar a varrredura ter o mais facilidade para selecionar o material de seu interesse e certamente iniciar o a leitura mais preparados para interagir com o autor 2 Leitura linear x leitura ativa proponha uma compara o entre dois modos de ler o mesmo texto Pode ser not cia de jornal artigo acad mico texto de interesse para o ensino Para que o 263 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 25 26 27 28 29 30 31 32 33 exerc cio possa ser feito em sala o material n o deve ser muito extenso Divida a turma em dois grupos O primeiro far uma leitura linear do material sem instru es do professor Depois cada um far um balan o do que aprendeu com a leitura e das conclus es a que chegou O segundo grupo ser orientado a fazer uma leitura ativa come ando pela varredura A partir das info
187. bodurna e os propulsores foram examinados no Laborat rio de Anatomia do Museu Goeldi para identifica o das esp cies vegetais Para isso fizeram se cortes histol gicos de diminutas amostras de madeira retiradas das pe as de acordo com a t cnica padr o para estudos anat micos de madeiras Primeiro ferveram se as amostras em gua por duas horas para amolecerem Delas foram feitos ent o cortes nos sentidos transversal e longitudinal orientados em dois planos tangencial e radial A seguir os cortes foram submetidos a classifica o com gua sanit ria depois passados em s rie alco lica de diversas propor es para desidrata o e finalmente corados com safranina hidroalco lica e montados com b lsamo do canad entre l minas e lam nulas Par grafo 13 Texto C12 O artigo O papagaio char o em perigo C6 um dos poucos casos do corpus em que a metodologia apresentada de forma extremamente concisa Observe se no exemplo 14 que o autor se limita a informar a dura o das expedi es as regi es estudadas e as t cnicas utilizadas para se obterem os dados visados 14 Durante tr s anos foram realizadas expedi es a todas as regi es do Rio Grande do Sul e ao sul de Santa Catarina para detectar a presen a do char o e sua captura ilegal estudar as caracter sticas dos habitats em que este faz ninhos se alimenta e dorme e estimar o tamanho da popula o atrav s de observa o direta e de entrevistas com a p
188. bombeamento um emitindo pulsos de 10ns e outro emitindo pulsos de 100ps Par grafo 4 Para caracterizar a intensa luz emitida em 620nm um segundo pico menos intenso foi observado em 640 nm foram analisadas a intensidade a largura espectral e a largura temporal dessa radia o em fun o da pot ncia de bombeamento A forma dessas curvas que devem demonstrar uma pot ncia cr tica thresbold a partir da qual a emiss o cresce rapidamente uma redu o abrupta na largura espectral e na largura temporal s o condi es necess rias para classificar a emiss o tipo laser Par grafo 5 Texto C2 No corpus observamos dois casos em que a metodologia foge ao padr o dos demais ADC Em Pantanal os primeiros passos da pr hist ria C5 por exemplo a se o envolve uma justificativa relacionada s raz es para a escolha do local das escava es al m de informar sobre os anos das escava es as dimens es das reas escavadas e os instrumentos utilizados na coleta dos materiais Veja se no exemplo 16 um trecho dessa se o 16 Dois lugares foram escavados o primeiro 24m pr ximo ao rio onde t nhamos encontrado sepultamentos em 1994 o segundo 8m no ponto mais alto da jazida Os materiais foram expostos com aux lio de colher de pedreiro e pincel de cabelo em n veis de 10cm em 10cm mapeados e os sedimentos peneirados em malha de 3 mm para recuperar pequenos fragmentos sobretudo testemunhos de alimenta o
189. ca 1992 discutem o papel do interlocutor audit rio na constru o da argumenta o Segundo eles o orador est sempre voltado a de alguma forma influenciar buscar a ades o do audit rio sendo portanto necess rio lev lo sempre em conta Em geral cada orador tem em mente aqueles que deseja influenciar Isso o ajuda a construir o perfil do audit rio presumido 1 e um audit rio ao qual seus discursos s o dirigidos O audit rio presumido sempre para quem argumenta uma constru o mais ou menos sistematizada A argumenta o efetiva tem de conceber o audit rio presumido t o pr ximo quanto poss vel da 35 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes realidade Uma imagem inadequada do audit rio resultante da ignor ncia ou de um concurso imprevisto de circunst ncias pode ter as mais desagrad veis conseq ncias Perelman amp Olbrechts Tyteca 1992 22 Evidentemente se o audit rio presumido for constru do equivocadamente corre se o risco de usar inadequadamente os recursos ling sticos dispon veis e provocar incompreens o ou rejei o ao discurso E til lembrar que os audit rios muitas vezes s o heterog neos Nessas situa es devem se buscar pontos de interesse comuns aos m ltiplos grupos sociais culturais profissionais etc representados no audit rio Nesse sentido parece que os jornalistas s o muito h beis pois mesmo quando se di
190. ca foi bastante forte para neutralizar o HIV quanto dura essa resposta e se sua a o suficientemente ampla para cobrir as variantes do HIV predominantes no Brasil Par grafo 15 PA O acompanhamento regular de um grupo de pessoas com comportamento de risco volunt rios em potencial de outros testes de vacina nas fases I e III produzir dados sobre o n mero de infec es novas pelo HIV e rea es imunol gicas em certo per odo Par grafo 18 Texto C9 J o artigo O papagaio char o em perigo C6 trata de um estudo j conclu do Em resultados apresenta dados referentes situa o do papagaio char o popula o comportamento migrat rio reprodu o informa quem s o seus ca adores e ainda prop e um plano de a o elaborado com base nesses resultados que visa preserva o da esp cie No exemplo 19 dois trechos extra dos dessa se o 19 O estudo detectou que entre os fatores que amea am a sobreviv ncia da esp cie a retirada de filhotes dos ninhos para comercializa o e a destrui o ou degrada o dos habitats de floresta s o os mais importantes A principal causa do decl nio da popula o de A pretrei no passado parece ter sido a devasta o de mais de 90 das reas de floresta do Rio Grande do Sul A derrubada das rvores de grande porte certamente reduziu a disponibilidade de locais de nidifica o Al m disso a maior parte dos remanescentes de floresta est fortemente degradada
191. cas afirma Glaucius Oliva coordenador do trabalho Para descobrir essas diferen as os pesquisadores de S o Carlos procuram obter a imagem tridimensional da mol cula Isso poss vel com a cristalografia de raios X t cnica que j valeu 11 pr mios Nobel associada modelagem molecular A enzima escolhida para estudo foi a gliceralde do 3 fosfato desidrogenase GAPDH Esta depende de uma mol cula a NAD nicotinamida adenina dinucleot deo que se associa a ela para catalisar a rea o desprendendo se em seguida No parasita isso feito rapidamente enquanto no homem as duas mol culas permanecem ligadas por mais tempo Se existem varia es na cin tica de liga o porque h diferen as estruturais entre a enzima do parasita e a do homem garante Oliva O canadense R Read da Universidade de Alberta Canad obteve a estrutura da GAPDH humana J os pesquisadores de S o Carlos conseguiram por meio de t cnicas computacionais um modelo de enzima Com base nessa estrutura eles ajustaram algumas mol culas capazes de se encaixar com complementariedade qu mica e espacial ao s tio de liga o do NAD o que indica que elas podem ser inibidores da via glicol tica Ensaios preliminares do efeito desses inibidores sobre a atividade das enzimas do T brucei e do homem realizados no laborat rio de Opperdoes mostraram que uma dessas m leculas tinha uma afinidade 45 vezes maior GAPDH do parasita que a do ho
192. ceos as renillafoulinas A B e C inibidores eficazes da fixa o de cracas Verificou se tamb m que a renillafoulina A n o apresenta qualquer a o antibacteriana ou antivir tica atestando a inexist ncia da rela o entre atividade farmacol gica e atividade antiincrustante defendida por alguns pesquisadores e contestada por outros Outros testes utilizando larvas de B amphitrite e do briozo rio Bugula neritina comprovaram que os extratos dos octocorais L virgulata e R reniformis cont m subst ncias eficazes contra a fixa o de cracas e briozo rios Mas verificou se que subst ncias antibriozo rios s o ineficazes contra cracas e que subst ncias anticracas n o t m efeito sobre briozo rios as propriedades cromatogr ficas dessas subst ncias s o diferentes Embora preliminares esses resultados sugerem uma alta especificidade de atua o para os metab litos antiincrustantes de octocorais Os pucalidos compostos isolados de R reniformes t m potente atividade antiincrustante e talvez possam tornar se substitutos para organoestanhos embora sofram fot lise e degrada o qu mica no meio marinho Para evitar essa degrada o e assegurar uma libera o gradativa na gua esses pucalidos foram incorporados a uma tinta atrav s da encapsula o em microestruturas cil ndricas o que intensificou sua atividade antiincrustante comparada adi o convencional em tintas Esse resultado confirma que a descoberta de subst
193. ceraereneacereacerenceraneaean s EK s EESE 270 TERTON ESETEI RIA RO CRE RE CIR RR RR PR DE PESC RR RR CR I CR NIE RR ARIAT SINE 272 m s DIOGO palCIS ss 2 stoit nico e E bois a oo Se ADE ad SE srt al o FETO so ga SR renren res 272 TEKTO TA ea donno dando n is an denis ando ROS ando d a don USAR o ENO ROSANA Udo do ROS AR do aU E ER 274 Peixes ANTIPOIVI O E eaast E E E gene MEN DE A CELL AE MERECE E E EI RACE OUR dA E PURA ORAR 274 TEXTO 5 sara ER aa dan ion is Salto Rui cabe nos nda sie R 276 Andarilha da arera ss saem atenta Tadss ERA BANS TATA GNL A en ODE Ran E OSS RR NEC oa A T TATE 276 TEX TOJE a A A AE doa A A A ASA 277 O mico le o sobe a E n K A E A EA AE A E nabo nai iaa ana o 277 TEAT OTE ATE ATEI ATEA ITI A RR AIA INTIA TIATIA IE 279 Reidratantes caseiros n o t m efeito ice ereeeecereeeaanerenacaaeeeeanereeeacarenananoa 279 TEXTOS a a A A A A A A A AA OAA 280 Contrara D en a de ChagaSi omisioen eiie e na E O A o nua ati o Sonho E NO 280 PERTO E aE aA EAE A T A ARR 282 Driblando o v rus da A S a a eaa E E E EE E N E Eana ea 282 xiii A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes OE DAKOA LO auto ms EAE A a o o AE NE 283 Sa de na pr hist ria ei a a e Ter a eari 283 TEXTO A U PAEA EA A A ESE EE E E EE E 285 ndios Ofai lutam para Sobreviver nasua as adere e 285 TEX TOJI Z anya aga a a a a EO Sa a a a a 286 Arqueologia Brasileita nesini a erior esere aesae
194. cess rios quatro laborat rios aparelhados com uma grande variedade de equipamentos sofisticados Em todo o mundo no m ximo dez empresas a maioria de pequeno porte s o respons veis pela produ o de moduladores O processo de constru o de um modulador ptico exige o cumprimento de sete etapas que se iniciam com o corte do vidro ou cristal seguindo se da evapora o quando um filme de alum nio inserido no substrato Depois o filme cortado e encaminhado para a fotolitografia onde definido o formato do modulador Em seguida o substrato mergulhado num recipiente com sal cido para que o cristal ou o vidro seja modificado nas regi es n o protegidas pelo alum nio formando se o guia de onda O procedimento final a caracteriza o el trica do dispositivo Ainda n o h empresas interessadas na comercializa o do modulador ptico mas os pesquisadores esperam que ele tenha o mesmo caminho do amplificador Para Ara jo o principal objetivo das duas pesquisas que contam com o suporte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico PADCT j foi atingido Estamos introduzindo uma nova tecnologia no pa s e gerando em conseq ncia m o de obra altamente especializada comemora Jorge Costa Ci ncia Hoje 107 pp 75 76 212 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J3 Im s biocompat veis Isoladas mol culas magn ticas qu
195. cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Alcyonacea e as gorg nias ou leques do mar ordem Gorgonanexoacea s o os mais conhecidos tendo ampla distribui o Uma das raz es para o sucesso evolutivo desses grupos provavelmente a grande quantidade e variedade de metab litos secund rios ativos encontrados em seus tecidos e usados com defesa contra seus predadores Par grafo 24 As asc dias Os tunicados ou asc dias classe Ascidiacea s o organismos s sseis solit rios ou coloniais que vivem em grande variedade de habitats e microhabitats caracterizados pela habilidade de concentrar van dio e pela presen a de uma t nica de celulose Diversas esp cies apresentam t nicas espessas ou esp culas estruturas em forma de agulha que comp em o esqueleto enquanto outras especialmente as que formam col nias t m seus tecidos relativamente desprotegidos expostos preda o ou incrusta o Os estudos sobre a ecologia qu mica das asc dias enfocam principalmente as defesas contra preda o embora tais organismos produzam metab litos secund rios caracter sticos como as eudistominas ou as tambjaminas que podem desempenhar tamb m fun es alelop ticas ou antiincrustantes Par grafo 34 Texto C4 Os t picos enfocados nos mais de dez par grafos de contextualiza o do texto C4 est o esquematizados no quadro 16 Quadro 16 Se o de contextualiza o texto C4 Produtos n o p
196. cionalidade aceitabilidade informatividade situcionalidade e intertextualidade que funcionam como princ pios constitutivos do texto no sentido de que a falta de realiza o de uma ou outra comprometeria o sucesso comunicativo Beaugrande amp Dressler 1981 Koch 1994 Koch amp Travaglia 1995a 1995b Marcuschi 1983 43 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Beaugrande interpreta a textualidade e seus princ pios constitutivos como condi es para operar a intera o entre falante escritor e ouvinte leitor Para o autor a textualidade n o ocorre independentemente de quem produz o texto e de quem o recebe nem das conven es sociais A reifica o do texto ou seja a cren a de que ele uma entidade auto suficiente absoluta que encerra um nico significado vem sendo desconstru da pela An lise Cr tica do Discurso que prefere conceber o texto como evento comunicativo Beaugrande 1997 Dessa forma as propriedades da textualidade podem ajudar a fazer m ltiplas conex es dentro do texto e entre o texto e os contextos sociais em que ocorrem como tamb m determinar as conex es relevantes Entendemos que textualidade n o somente uma propriedade ou caracter stica lingii stica ou um conjunto dessas coisas mas um modo m ltiplo de conectividade ativado sempre que ocorrem eventos comunicativos Somos impelidos a restaurar a conex o social do texto ao contex
197. como a ONU Organiza o das Na es Unidas a OEA Organiza o dos Estados Americanos a Unesco Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura e associa es profissionais E segundo Calvo Hernando 1992 22 23 mesmo que pudesse troc la n o seria f cil encontrar outro termo que encerrasse o significado pretendido Outras denomina es propostas t m o inconveniente de n o ser um nome mas uma defini o como Divulga o Cient fica nos meios informativos Al m do mais divulgador de ci ncia e tecnologia e jornalista cient fico n o s o express es equivalentes j que a divulga o pode ser feita por outras vias al m dos meios de comunica o de massa e o jornalista cient fico n o nem deveria ser um mero divulgador Outro ponto merece ser esclarecido ao contr rio do que prop e Calvo Hernando 1992 n o s o os ve culos por meio dos quais s o transmitidas as mensagens que v o 5 O conceito apresentado por Bueno uma adapta o da defini o de Jornalismo proposta por Melo J 1983 24 o jornalismo concebido como um processo social que se articula a partir da rela o peri dica oportuna entre organiza es formais editoras emissoras e a coletividade p blicos receptores atrav s de canais de difus o jornal revista r dio televis o cinema que asseguram a transmiss o de informa es atuais em fun o de interesses e expe
198. compreens o de textos n o se d apenas pela simples decodifica o do l xico No entanto sabemos que a sele o lexical exerce um papel fundamental no estabelecimento da coer ncia Quanto mais familiar forem as palavras utilizadas maior ser a possibilidade de que um texto seja compreendido O uso de terminologia cient fica em Ci ncia Hoje n o causa surpresa por ser um tra o constitutivo das revistas de divulga o cient fica Nos dois grupos de textos que comp em o corpus desta investiga o esse uso generalizado Observa se no entanto que nos textos de autores cientistas o uso de termos especializados bem maior do que nos textos de autores jornalistas Ao realizarmos um primeiro levantamento dos termos t cnico cient ficos do corpus verificamos que o n mero de palavras que constituem esses termos era significativamente maior nos ADC do que nas MDC No entanto percebemos que a quest o era bem mais complexa pois um termo especializado pode conter mais de uma palavra Assim um c lculo que tomasse por base todas as palavras usadas na constru o dos termos especializadas poderia resultar num falseamento Para chegarmos a um resultado real julgamos que o caminho mais acertado seria calcular o n mero de ocorr ncias de termos especializados considerados como um todo independente de ser constitu do por uma ou mais palavras Nas tabelas 2 e 3 apresentamos a ocorr ncia desses termos nos textos analisados
199. ctativas universos culturais ou ideol gicos 11 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes imprimir o car ter jornal stico da informa o de ci ncia e tecnologia Se assim fosse ter amos que considerar os artigos de cientistas publicados em Ci ncia Hoje objeto desta pesquisa como textos jornal sticos o que seria absurdo Esse entendimento tem o respaldo de Melo J 1983 24 quando procura esclarecer a confus o que se instala entre o jornalismo e os canais atrav s dos quais essa atividade de comunica o coletiva se manifesta O jornal assim como a revista o r dio e a televis o constitui instrumento indispens vel para o exerc cio do Jornalismo mas n o exclusivamente poss vel encontrar um jornal que contenha apenas mat rias jornal sticas Mas poss vel tamb m encontrar jornais que s contenham an ncios propaganda e nenhuma mat ria vinculada ao universo de informa o da atualidade Logo o Jornalismo articula se necessariamente aos ve culos que tornam p blicas suas mensagens sem que isso signifique dizer que todas as mensagens ali contidas s o de natureza jornal stica Tudo o que foi exposto neste t pico leva a uma percep o clara do quadro conceitual em que se insere a divulga o cient fica Assim a difus o cient fica figura como um g nero que comporta as esp cies dissemina o cient fica e divulga o cient fica subdividida em divulga
200. ctiva do dialogismo bakhtiniano Bakhtin 1995 1929 1993 1975 e 1992 1979 que considera o meio social que envolve o sujeito o centro organizador de qualquer enuncia o O falante tende a orientar o seu discurso com o seu c rculo determinante para o c rculo alheio de quem compreende entrando em rela o dial gica com os aspectos deste mbito O locutor penetra no horizonte alheio de seu ouvinte constr i sua enuncia o no territ rio de 3 As tradu es de cita es de textos em l ngua estrangeira que constam da bibliografia deste trabalho s o de nossa responsabilidade 7 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes outrem sobre o fundo aperceptivo do seu ouvinte Bakhtin 1993 1975 91 O entendimento da natureza social da enuncia o originado no pensamento de Bakhtin ratificado por Zamboni 1997 27 que deixa expl cita sua ades o a essa perspectiva te rica Mudados os agentes da produ o e da recep o vai mudar por conseguinte o referente o que pode provocar uma altera o na forma de transmiss o do conte do No caso do discurso da divulga o cient fica pensado contrastivamente em rela o ao discurso cient fico pode se dizer que a linguagem do cientista passa por um processo de facilita o de modo a adequar se ao fundo aperceptivo do ouvinte e favorecer a compreens o do assunto por parte do interlocutor real ou imagi
201. cto social a Comunidade de Pr ticas diferente da tradicional comunidade principalmente porque definida simultaneamente pela filia o dos membros a um grupo e pelas pr ticas nas quais esses membros est o envolvidos Lave amp Wenger apud Holmes amp Meyerhoof 1999 174 Essas pr ticas envolvem a estrutura da linguagem os aspectos discursivos e os padr es interacionais O fato de a no o de comunidade de pr ticas relacionar comunidade a pr ticas sociais independentemente da variedade ling stica de seus membros torna a adequada para explicar a forma o dos grupos de profissionais enfocados neste trabalho jornalistas e cientistas 15 A no o de forma o discursiva se refere a um conjunto de regras an nimas hist ricas sempre determinadas no tempo e no espa o que definiram em poca dada e para uma rea social econ mica geogr fica ou ling stica dada as condi es de exerc cio da fun o enunciativa Foucault apud Maingueneau 1993 14 Nessa perspectiva os textos n o s o tomados em sua singularidade i e produzidos por um determinado sujeito Trata se de considerar sua enuncia o como o correlato de uma certa posi o s cio hist rica na qual os enunciadores se revelam substitu veis Maingueneau 1993 14 30 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes O conceito tamb m leva em conta o engajamento dos filiados um empreendime
202. da pela OMS como variante B sic Mas ainda preciso mapear a evolu o no tempo das variantes do HIV em circula o no pa s e sua distribui o por regi o e por comportamentos de risco Ser preciso tamb m avaliar o impacto dessas diferentes formas do v rus na resposta imunol gica de pessoas infectadas dado fundamental para a defini o de imun genos mais adequado s condi es brasileiras Finalmente as pesquisas preliminares compreendem a verifica o de incid ncia n mero de casos novos por ano e a avalia o prospectiva das pessoas infectadas recentemente resposta imunol gica infec o natural pelo v rus As investiga es sobre incid ncia exige o recrutamento de volunt rios dentro de coortes O acompanhamento regular desse grupo produzir dados sobre a incid ncia do HIV n mero de infec es novas durante um per odo no pa s A incid ncia do HIV em pessoas com comportamento de risco ser essencial para determinar o n mero de volunt rios tamanho da amostra nos futuros ensaios da efic cia fase IIT A verifica o da incid ncia do HIV entre homens que fazem sexo com outros homens est em andamento desde 1994 em estudo multic ntrico entre S o Paulo Belo Horizonte e Rio de Janeiro com apoio financeiro do Programa Nacional DST AIDS e da OMS Para iniciar o programa o Minist rio da Sa de aprovou o projeto de teste do produtoV 108 da United Biomedical Inc Os testes em andamento ainda na f
203. dar o aluno a compreender os motivos de sua dificuldade Ser que lhe falta conhecimento ling stico A organiza o sint tica do texto n o lhe familiar Talvez ele desconhe a as formas comuns de estrutura o do discurso acad mico ou o pr prio tema que est sendo tratado Par grafo 18 Texto C11 139 Encontrar respostas para pelo menos duas perguntas b sico para tornar o projeto vi vel teria o homem condi es de se adaptar a diferentes situa es gravitacionais lembrando que a gravidade de Marte quase nula Seu corpo mesmo protegido com trajes especiais suportaria a a o dos raios c smicos Par grafo 7 Texto J1 A complementa o de informa es por meio de notas entre par nteses que remetem a figuras ou boxes ou a uma outra leitura tamb m foi observada no corpus Seguindo a perspectiva de Marcuschi 1998 essas notas estariam inclu das entre os Ind cios de oferta de orienta o e seletividade Nos exemplos a seguir casos desse tipo de indicador extra dos de ADC e MDC 140 As aranhas expelem por rg os situados na parte posterior do abdome uma prote na que endurece rapidamente em contato com o ar formando um fio de v rios tipos e espessuras usado na constru o de diferentes teias figura 2 tocas casulos e bolsas de ovos ooteca ou como linha de suspens o Par grafo 4 Texto C4 141 No Brasil estudos t m sido conduzidos por v rios grupos incluindo o nosso
204. de cerca de 100Km por 50Km nas proximidades de Corumb e Lad rio junto fronteira com a Bol via figura 1 Par grafo 5 O estudo proposto uma pesquisa regional que busca entender como os s tios arqueol gicos est o distribu dos pelos ambientes como as popula es se adaptaram diversidade local e como evolu ram ou se sucederam no espa o Al m das popula es pr hist ricas foram estudados ao mesmo tempo os grupos ind genas coloniais o que fez surgir uma hist ria ind gena cont nua dos primeiros aos ltimos povoadores o qu Par grafo 6 O objetivo do projeto Corumb justamente o de estudar a hist ria cont nua das primeiras levas de popula es ind genas que chegaram ao Pantanal em torno de 6 mil a C e tamb m de todos os que vieram mais tarde e seus descendentes para qu Par grafo 42 Texto C10 H ainda os casos em que nem todas as perguntas chave s o respondidas como no artigo Como ensinar a ler a quem j sabe ler C11 com respostas para o quem o qu e o para qu exemplo 8 8 Neste artigo divulgamos alguns procedimentos did ticos adotados qu na Faculdade de Educa o da UFRJ e na Faculdade de Letras da UFF quem em cursos de gradua o e de p s gradua o que t m se mostrado teis para melhorar a compet ncia de nossos alunos na leitura de textos acad micos para qu Par grafo 3 Texto C11 No corpus foram identificados textos que apresentam
205. de Divulga o Cient fica Objetivo difundir a ci ncia com o prop sito de gerar mais conhecimento Esquema textual b sico gt Contextualiza o corresponde ao que nos artigos cient ficos estaria sob as ep grafes justificativa coloca o do problema e das hip teses Apresenta o do estudo informa sobre o que trata o estudo quem participa qual o objetivo e quando foi realizado Metodologia enfoca algum aspecto metodol gico u Resultados informa o que se alcan ou ou o que se espera alcan ar na pesquisa Ponto de Vista trechos em que se pode identificar a opini o do autor que pode estar explicitada em passagens avaliativas ou embutida em outras se es Ocorr ncia m dia de terminologia especializada um termo t cnico cient fico a cada 41 34 palavras Alta concentra o de termos especilizados nos par grafos E comum encontrarem se termos especializados sem explica o ou com explica es n o satisfat rias Mecanismos coesivos caracter sticos conectores que funcionam como operadores argumentativos progress o tem tica linear Marcas de interatividade mais recorrentes uso de perguntas diretas em geral de car ter ret rico uso de informa es entre par nteses que remetem a figuras ou a uma outra leitura tentativa de envolver o leitor em seus argumentos 198 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes e Discurso re
206. de divulga o cient fica a a dos autores pesquisadores e b a dos autores jornalistas 2 os textos de divulga o cient fica produzidos por autores pesquisadores tendem a reproduzir a superestrutura dos textos cient ficos 3 os autores pesquisadores utilizam muitos termos t cnico cient ficos e nem sempre se preocupam em torn los compreens veis ao leitor n o especialista 4 os autores jornalistas tendem a utilizar estrat gias textuais discursivas para a facilitar a compreens o e envolver o leitor n o especialista 5 nos textos de divulga o cient fica autores pesquisadores priorizam o valor argumentativo das cita es ao passo que os autores jornalistas utilizam cita es de especialistas como argumento de autoridade 6 a fun o da met fora nas MDC essencialmente ornamental e nos ADC explicativa ABSTRACT The main purpose this thesis is its to identify characteristics and attributes of science communication texts published by the magazine Ci ncia Hoje CH pointing out the differences and similarities of textual structures and discursive strategies between texts produced by journalists and produced by scientists To achieve this objective we analyzed thirty eight issues of CH published between January 1994 and December 1997 from which were chosen 24 texts 12 written by the researchers themselves and 12 by journalists Starting from the assertion that texts are events that take place in communities of practices
207. de estrat gias que tornam a referencia o poss vel no discurso e atrav s do discurso do que simplesmente montar um sistema de correspond ncias lexicais adequadas 110 Depois do cinematogr fico ataque de Marte Terra com direito a grandes estrelas de Hollywood e criaturas marcianas bizarras chegou a vez de a Terra invadir o planeta vermelho Ap s uma viagem de sete meses e 497 milh es de quil metros a sonda Pathfinder aterrissou em Marte a 4 de julho dia em que se comemora a independ ncia dos Estados Unidos como havia sido estrategicamente previsto pela Nasa ag ncia espacial norte americana a mando do governo Clinton Par grafo 1 A opera o inaugurou uma nova era espacial enterrando megaprojetos multimilion rios custou US 196 milh es um quinto da fracassada miss o Observer que perdeu contato depois de passar pr ximo a Marte em 1993 e um d cimo do programa Viking o primeiro a enviar imagens do planeta em 1976 A Justificativa para a realiza o da opera o Pathfinder foi testar uma nova tecnologia de pouso e avaliar as condi es da atmosfera em Marte Mas o objetivo principal da miss o n o deixou d vidas levantar qualquer vest gio de vida atual ou passada no planeta vizinho Par grafo 2 Texto J1 Em 110 temos outro caso ilustrativo de coes o referencial em que a equival ncia conceitual dos elementos lexicais utilizados operada dentro do contexto Aqui a viagem da sonda Pathfinder a
208. de veicula o de informa es de ci ncia e tecnologia pela imprensa No entanto parece claro que a divulga o cient fica deve ser entendida como algo muito mais amplo e que o jornalismo cient fico constitui apenas uma das formas utilizadas para se divulgar informa es sobre ci ncia e tecnologia como explica Bueno 1984 19 importante frisar que a divulga o cient fica n o se restringe s ao campo da imprensa Inclui os jornais e revistas mas tamb m os livros did ticos as aulas de ci ncias do 2 grau os cursos de extens o para n o especialistas as est rias em quadrinhos os suplementos infantis muitos dos folhetins utilizados na pr tica de extens o rural ou em campanhas de educa o voltadas por exemplo para as reas de higiene e sa de os fasc culos produzidos pelas grandes editoras document rios programas especiais de r dio e televis o etc O fato de Bueno incluir procedimentos did ticos no campo da divulga o cient fica apontado por Zamboni 1997 94 95 como inadequado Segundo a autora Jelegendo se como elemento de diferencia o as condi es de produ o implicadas no discurso da divulga o cient fica do jornalismo cient fico e do discurso did tico temos de fazer algumas observa es quanto ao fato de constarem em sua rela o materiais did ticos correto incluir no g nero da divulga o cient fica os manuais de ensino os livros did ticos e as apostilas escola
209. del 1980 KASTING J F et al Habitable zones around mais sequence stars in Icarus vol 101 108 1993 MARIOTTI J M Le projet Darwin in Interferometrie visible et IR dans l espace edi es CNRS 1996 219 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes LINDEGREN amp PERRYMAN The Gaia concept in Interferometrie visible et IR dans l espace edi es CNRS 1996 J A de Freitas Pacheco Observatoire de la C te d Azur Nice Fran a Ci ncia Hoje 119 pp 38 45 1 220 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C2 Lasers sem cavidades Pesquisas ampliam as possibilidades de utiliza o do laser Desde a sua primeira demonstra o em 1960 os raios laser t m sido a mola propulsora da pesquisa em ptica Amplifica o de Luz por Emiss o Estimulada de Radia o cujas iniciais do ingl s geram o acr nimo LASER um processo qu ntico relativamente bem entendido por todos O instrumento que utiliza este processo o oscilador laser comumente conhecido como laser consiste de uma cavidade formada por dois espelhos um meio ativo que geralmente empresta o nome ao tipo de laser e alguma forma de bombeamento geralmente el trico ou ptico Devido s caracter sticas peculiares radia o laser como emiss o direcional e largura espectral reduzida os diversos tipos de laser dispon veis come
210. dia e outros de noite e em lugar das antenas apresentam outros ap ndices quel ceras e os pedipalpos figura 1 As pin as ou garras existentes nas quel ceras atuam na captura das presas e no caso das aranhas na inje o do veneno Os pedipalpos al m de manipular e despeda ar as presas s o usados tamb m para o acasalamento As aranhas expelem por rg os situados na parte posterior do abdome uma prote na que endurece rapidamente em contato com o ar formando um fio de v rios tipos e espessuras usado na constru o de diferentes teias figura 2 tocas casulos e bolsas de ovos ooteca ou como linha de suspens o As teias servem para aprisionar insetos principal alimento desses animais Como s consomem l quidos injetam enzimas digestivas nas presas para dilu las e as sugam com seu est mago que funciona como uma bomba de suc o Muitas aranhas por m ca am ativamente as suas presas e algumas sequer constr em teias de captura aranhas errantes Como grandes predadoras de insetos as aranhas desempenham papel importante no equil brio ecol gico Estudos realizados na Gr Bretanha conclu ram que elas devoram por ano uma quantidade de insetos superior em peso a toda popula o daquela ilha No Brasil pa s tropical muito mais rico em insetos e aranhas essa rela o pode ser bem maior Em geral para reprodu o o macho normalmente menor que a f mea tece uma min scula teia e ali deposita uma g
211. didos deitados de costas a cabe a sobre o ombro um ao lado do outro como em uma cova coletiva figura 7 Na maioria dos casos entretanto s haviam sido enterrados ossos descarnados figura 8 Em algumas covas tais restos eram de apenas um 257 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 26 27 28 29 30 31 32 indiv duo mas predominavam ossos misturados ou sobrepostos de at quatro indiv duos adultos jovens ou crian as Os ossos muito fragmentados estavam dentro de uma concre o dif cil de remover Alguns dos sepultamentos com ossos descarnados s o com toda certeza do per odo ceramista Os demais n o podem ser atribu dos a um per odo determinado por n o trazerem qualquer acompanhamento esclarecedor Os que foram enterrados com o corpo articulado devem ter morrido no acampamento local Os conjuntos compreendendo quase sempre o cr nio alguns ossos longos e algumas costelas ou pequenos ossos das extremidades talvez pertencessem a mortos em outros acampamentos cujos restos seriam trazidos para sepultamento definitivo em jazigo da fam lia ou do grupo A escava o forneceu dados suficientes para confirmar nossa hip tese de que se tratava do estabelecimento central de um grupo que conforme a esta o acampava em outros lugares provavelmente nos campos alagados Petroglifos na encosta do planalto O outro ambiente um planalto residual conhecid
212. divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes reconhecida como oficial Ultrapassando o limite das intera es face a face e aplicando essas no es aos ve culos de comunica o poder amos dizer que o p blico alvo de determinado programa revista jornal etc equivaleria ao que Goffman denomina de participante ratificado De acordo com Goffman 1998 1979 o participante ratificado pode ser endere ado e n o endere ado pois em algum momento de sua fala o falante endere a suas observa es a um ouvinte em especial evidente que para aplicar essa no o s revistas de divulga o cient fica n o poss vel identificar trechos de um mesmo texto endere ado a um determinado leitor como nas intera es face a face No entanto observando se alguns aspectos da linguagem utilizada como o vocabul rio empregado o estilo a constru o sint tica pode se perceber que alguns textos s o endere ados a apenas uma parcela dos participantes ratificados Seguindo esse racioc nio acreditamos que embora as revistas h bridas sejam dirigidas a um p blico alvo leitores ratificados constitu do por leitores especialistas e n o especialistas cont m textos que n o s o endere ados totalidade desse p blico Partindo do pressuposto de que o leitor endere ado quem vai orientar a produ o dos textos presumimos que os textos produzidos por pesquisadores sejam endere ados a uma parcela de
213. do modelada em laborat rios europeus Se at l os testes forem bem sucedidos a vacina promete ser eficaz contra v rios tipos de HIV v rus causador da doen a Par grafo 1 Texto J9 42 Um dos pain is apresentados na Reuni o Especial da SBPC exp s um projeto que pode ser decisivo para a sobreviv ncia f sica e cultural de um povo ind gena Apresentado pelo Departamento de Ci ncias Humanas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS o trabalho mostrou uma experi ncia de alfabetiza o de crian as e adolescentes da tribo Ofai grupo que na d cada de 70 fora considerado extinto pelo antrop logo Darcy Ribeiro Par grafo 1 Texto J11 Apesar de os modalizadores utilizados nos exemplos 37 a 42 afastarem a possibilidade de sensacionalismo das mat rias amenizando o impacto do que anunciado n o se pode dizer que essas aberturas n o atraiam a aten o do leitor at mesmo porque muitas das informa es podem afetar a vida de um grande n mero de pessoas o caso de 37 indicando a possibilidade de o Brasil disputar um mercado restrito ao primeiro mundo 38 apresentando uma novidade tecnol gica que possibilitar avan os na medicina 39 mostrando a perspectiva de substituir produtos qu micos por agentes biol gicos no controle da polui o 40 informando sobre uma subst ncia que poder deter a doen a de Chagas 112 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes
214. do no exemplo 217 21 A id ia do contrato de leitura inspirada na pedagogia do educador C lestin Freinet 1896 1966 tem sido utilizada com alunos de p s gradua o em Educa o na UFRJ A princ pio receosos pois est o habituados a cumprir tarefas determinadas e n o a fazer escolhas pessoais eles acabaram gostando da id ia Muitos at ultrapassaram os limites previstos no contrato A fregii ncia biblioteca aumentou e eles passaram a trazer livros revistas e artigos etc para trocar com os colegas Par grafo 30 Texto C11 93 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes H artigos que relatam diversos estudos apresentando resultados referentes a cada um deles como o caso de Ecos de corrente desafios f sica experimental C3 O primeiro dos trabalhos realizado pelo Grupo de Resson ncia Magn tica Nuclear RMN do CBPF tem os resultados revelados juntamente apresenta o do estudo Ao final do texto s o informados os resultados dos estudos te ricos de uma segunda pesquisa Observem se no exemplo 22 os dois trechos de resultados 22 Em um trabalho recente o Grupo de Resson ncia Magn tica Nuclear do CBPF demonstrou teoricamente que um fen meno semelhante aos ecos de spin pode ocorrer com a corrente el trica que percorre um condutor seja ele um g s um l quido ou um s lido Par grafo 9 Resumindo estudos te ricos apontam para a exist
215. e do mais importante mas os pais que pagam pela revista sempre encontram alguns conte dos que lhes interessam Numa an lise de Superinteressante Dieguez 1996 29 observa que a proposta da revista revelar a ci ncia onde h d vida mist rio e curiosidade apresentando ao mesmo tempo a ci ncia como a aventura do conhecimento O car ter de aventura presente nessa revista tamb m confirmado por Carvalho 1996 A autora acrescenta que entre as caracter sticas de Superinteressante destacam se ainda o uso da infografia ilustra es informativas utilizadas para facilitar a compreens o e atrair a aten o do leitor e o grande n mero de mat rias de origem internacional J Globo Ci ncia segundo Carvalho estimula o leitor a pensar e complementar o conhecimento em outras fontes n o explora muito o aspecto visual procurando manter o equil brio entre texto e ilustra o e prioriza a publica o de mat rias de origem nacional A autora conclui que embora Superinteressante e Globo Ci ncia possuam caracter sticas distintas evidente que as duas valorizam o aspecto comercial da informa o Informa o obtida via e mail em 25 de mar o de 1999 19 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Atualmente Galileu antiga Globo Ci ncia apresenta um projeto gr fico mais parecido com o de Superinteressante Com a expectativa de aumentar as vendas em cerca de
216. e Azevedo Mello Gomes a complica o a captura e o estudo desse animal e a resolu o o an ncio dos pesquisadores 3 2 2 Contextualiza o Como ocorre nos ADC a se o contextualiza o das MDC tamb m cont m informa es variadas sobre a pesquisa abordada ou seu objeto de estudo Contudo pela brevidade das observa es inseridas na se o percebemos que nos ADC esse ponto bem mais complexo A contextualiza o das MDC muito mais concisa e as informa es s o apresentadas de forma mais simplificada do que nos ADC Breves relatos sobre o panorama de uma determinada situa o para ressaltar a import ncia do trabalho enfocado conceitua es e descri es do objeto de estudo s o alguns dos t picos presentes na contextualiza o das MDC Em 45 mostramos um trecho de A Terra contra ataca J1 que compara os custos da opera o Pathfinder com outras miss es espaciais empreendidas pela ag ncia espacial norte americana Nasa Observe se que ao mesmo tempo em que d informa es contextualizadoras o jornalista tamb m exp e seu ponto de vista deixando evidente sua avalia o positiva sobre o atual projeto 45 A opera o inaugurou uma nova era espacial enterrando megaprojetos multimilion rios custou US 196 milh es um quinto da fracassada miss o Observer que perdeu contato depois de passar pr ximo a Marte em 1993 e um d cimo do programa Viking o primeiro a enviar imagens do planeta em 1976 Pa
217. e de popula es pr hist ricas brasileiras A asser o inicial marcada pelo uso de superlativos e comparativos mais fraturas do que menos problemas do que e maior No ltimo per odo do par grafo a afirma o relacionada aos alimentos de origem marinha amenizada com o uso de modalizadores epist micos supostamente n o evitava doen as e podia mesmo ser t xico mas o valor de verdade do que est enunciado nos dois primeiros per odos que chama a aten o 36 A arque loga pernambucana Patr cia Pinheiro de Melo da Universidade Federal de Alagoas desenvolveu uma nova t cnica de escava o arqueol gica Com ela a pesquisadora catalogou vest gios de 121 fogueiras 10 769 instrumentos de pedra lascada al m de um painel completo de pinturas rupestres no 110 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes s tio Toca do Baix o do Perna no Parque Nacional da Serra da Capivara sert o do Piau Par grafo 1 Texto J12 Na abertura do texto J12 as asser es destacam a nova t cnica de escava o arqueol gica desenvolvida pela pesquisadora pernambucana Note se que aqui mais uma vez s o utilizados dados num ricos dessa feita para comprovar a efic cia da t cnica Abertura Epist mica Foram agrupadas como epist micas as aberturas iniciadas com um enunciado em que se observa o emprego de modais epist micos De acordo com Hoffnagel 1998 1
218. e divulga o cient fica Nos textos jornal sticos a ordem sem ntica n o determinada pela segii ncia dos fatos mas pela coer ncia funcional baseada na relev ncia A partir da idealiza o de um estere tipo do p blico alvo o jornalista procura intuitivamente identificar o que relevante para o leitor e da inicia a produ o de seu texto Assim o que tido como mais relevante ou interessante vem no in cio seguido pelas informa es secund rias e detalhes tamb m inseridos por ordem decrescente de import ncia Essa estrutura denominada por 101 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Van Dijk 1985 1990 1992 de estrutura de relev ncia que corresponde ao que os jornalistas conhecem por pir mide invertida figura 4 Figura 4 Pir mide Invertida Informa o mais importante Lead ou abertura Informa es de sustenta o Detalhes interessantes Meros pormenores FONTE Gargurevich 1982 50 O texto jornal stico n o segue portanto uma ordem cronol gica de acontecimentos mas uma segii ncia de prioridades De acordo com os c nones do jornalismo no lead ou abertura da mat ria que deve estar a informa o mais relevante No jornalismo cient fico procura se a relev ncia nas conclus es das pesquisas e na aplica o de seus resultados no cotidiano das pessoas N o s o priorit rias ao jornalista por exemplo as observa es q
219. e outros problemas A cole o de Cabe uda com cerca de quatro mil anos tem 317 esqueletos alguns incompletos O material de Furna do Estrago data de dois mil anos e re ne aproximadamente 80 indiv duos entre adultos e crian as Estamos tra ando um painel de como eram as condi es de vida e sa de desses grupos considerando o estresse a alimenta o a regi o habitada as atividades f sicas a disponibilidade de comida e a capacidade de explora o desses recursos afirma a antrop loga A pesquisa mostra ainda que mesmo em uma rea aparentemente desprovida de alimentos como o semi rido um grupo pode se desenvolver satisfatoriamente e com boa sa de quando explora adequadamente os recursos naturais diz a coordenadora A maior oferta de alimento prot ico no litoral n o garante boas condi es de sa de As observa es paleopatol gicas sobre anemia associadas a pesquisas m dicas recentes ajudaram a rever o conceito de normalidade dos n veis de ferro no sangue Hoje por exemplo j se admite que o leve tra o de anemia dos rec m nascidos seja um fator de adaptabilidade ao meio ambiente Os sinais de anemia e os baixos ndices de ferro sangii neo no grupo Cabe uda podem 284 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 ser uma prote o do organismo hiperexposi o freq ente a doen as infecciosas exemplifica a pesquisadora O fa
220. e poder o ter aplica es m dicas e tecnol gicas Mol culas com propriedade magn ticas e compat veis com sistemas biol gicos isoladas por um pesquisador brasileiro poder o ter no futuro importantes aplica es no diagn stico m dico na substitui o das estruturas cerebrais respons veis pela mem ria e em v rias reas tecnol gicas O uso em exames de diagn stico baseados em contrastes como a tomografia computadorizada t cnica que capta a resson ncia magn tica nuclear de certas subst ncias injetadas na corrente sang nea uma das possibilidades O primeiro magneto molecular foi isolado h alguns anos pelo qu mico Humberto Os rio Stumpf do Instituto de Ci ncias Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais quando desenvolvia sua tese de doutorado na Universidade de Paris Sul Fran a A import ncia da descoberta feita em conjunto com outros pesquisadores no laborat rio de qu mica inorg nica daquela universidade foi reconhecida na poca pela revista Science que publicou o trabalho v 261 23 7 1993 reproduzindo na capa a imagem do magneto A pesquisa comprovou que o magneto capaz de imitar enzimas e prote nas emite sinais mais intensos que os das subst ncias paramagn ticas usadas hoje para contraste nos exames tomogr ficos Isso significa que poderia ser utilizado em quantidade menor minimizando efeitos colaterais A mol cula exibe ainda caracter sticas importantes como solubilidade leveza e tran
221. ear a anu ncia a uma determinada conclus o Nesse tipo de mecanismo o mais comum que as autoridades invocadas sejam certas categorias de homens os cientistas os m dicos os jornalistas os professores de institui es p blicas ou pessoas designadas pelo nome Mas n o se deve perder de vista que nem sempre a cita o de uma autoridade um argumento de autoridade O recurso autoridade classificado por Copi 1968 na categoria Fal cias de Relev ncia No entanto ele pr prio reconhece que esse argumento Jnem sempre rigorosamente falacioso pois a refer ncia a uma reconhecida autoridade no campo especial de sua compet ncia pode dar maior peso a uma opini o e constituir uma prova relevante p 81 Na percep o de Perelman amp Olbrechts Tyteca 1992 na maioria das 181 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes vezes em vez de constituir a nica prova o argumento de autoridade vem apenas completar uma rica argumenta o Para Zamboni 1997 142 a inser o das falas dos especialistas assume o car ter de argumentos de autoridade no discurso vulgarizado menos pela forma de dizer e mais pela possibilidade de revelar a ancoragem que lhe confere a autoridade do discurso da ci ncia Concordamos que o recurso autoridade seria uma primeira motiva o para a alta incid ncia de cita es de especialistas nas MDC Por n o terem co
222. efer ncia a leitores especialistas e n o especialistas estar se considerando que especialistas em um campo s o n o especialistas em quase todos os demais 23 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Hip teses Corol rio HI Os textos de divulga o cient fica produzidos por autores pesquisadores tendem a reproduzir a superestrutura dos textos cient ficos que preservada mesmo ap s a edi o realizada pelos jornalistas H2 Quando produzem textos de divulga o cient fica os autores pesquisadores utilizam muitos termos t cnico cient ficos e nem sempre se preocupam em torn los compreens veis ao leitor n o especialista o que um ind cio de que escrevem para seus pares H3 Nos textos de divulga o cient fica produzidos por autores jornalistas observa se o uso de estrat gias textuais discursivas tais como a explica o de termos t cnico cient ficos a utiliza o de analogias e met foras ou a sele o de informa es acess veis a n o especialistas que tendem a facilitar o envolvimento com o leitor mais acentuadamente do que naqueles produzidos por autores pesquisadores H4 Nos textos de divulga o cient fica autores jornalistas e autores pesquisadores citam especialistas com uma diferen a essencial os autores jornalistas citam como argumento de autoridade os autores pesquisadores como estrat gia para desenvolver seus pr prios argument
223. egii ncia das se es de Ci ncia Hoje 1994 oo ox rm ro re poe A Pesquisa no Brasil po EE E E O O O Ci ncia em Dia Debate Bom Saber ERR Re QUILO Entrevista SE DE Co tt EE EESTI oromon E O Opini o Perfil Ponto de Vista Recherche Reportagem Resenha Na Estante TeCHnologia Tome Ci ncia Um Mundo de Ci ncia 54 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 6 Fregii ncia das se es de Ci ncia Hoje 1995 Do ppe ep e e roon S S a r LOO Artigos Cartas Carta ao Leitor Editorial CH Servi os Ci ncia em Dia Cr nica Debate Documento Bom Saber Em Foco Entrevista Fic o Mem ria O Leitor Pergunta Opini o Perfil Ponto de Vista Recherche Reportagem Resenha Na Estante TeCHnologia Tome Ci ncia Um Mundo de Ci ncia 55 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 7 Fregii ncia das se es de Ci ncia Hoje 1996 DD ppp ee rea EE pooo ew aos CET eron owo pooo peso EI mre E O O O O emo f f o Mem ria SEI EC Nil a ii nm mm Re AME d E em Em Recherche Reportagem pon Resenha Na Estante ES TeCHnologia Tome Ci ncia ET Um Mundo de Ci ncia E 56 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 8 Fregii ncia das se es de Ci ncia Hoje 1997 A P
224. el pensar em mais uma raz o para as atenua es observadas nos ADC De acordo com a autora a modalidade presente em textos cient ficos pode ser ditada pelas normas do trabalho cient fico servindo assim express o da convencionalidade Sobre esse aspecto Coracini 1991b 130 relata o coment rio de um de seus informantes Jsegundo ele n o permitido ao pesquisador nem expressar afetividade com rela o ao seu objeto de pesquisa nem ao menos afirmar categoricamente as pr prias conclus es nesse sentido o uso de palavras como talvez parece prov vel obedeceria ao padr o vigente do trabalho cient fico Z E poss vel que haja nos ADC atenua es determinadas pelo mesmo padr o que orienta o trabalho cient fico Por outro lado conv m destacar que os adv rbios modais n o s o usados apenas para atenuar Nos ADC foram encontrados exemplos de uso de adv rbios categ ricos contrariando n o s o estere tipo de prud ncia dos pesquisadores mas tamb m a observa o de Chafe 1984 relacionada s diferentes atitudes do falante e do escritor Para esse autor na fala a preocupa o com verdade e falsidade menor que na escrita o falante manifesta maior confian a no que diz e mostra se categ rico J o escritor mais cauteloso e costuma empregar express es como possivelmente e talvez As passagens a seguir contrariam a posi o de Chafe 158 A divulg
225. ela 2 Ocorr ncia de termos especializados em textos de cientistas 129 Tabela 3 Ocorr ncia de termos especializados em textos de jornalistas 129 Tabela 4 Ocorr ncia de termos especializados por rea do conhecimento 130 D Exemplos 1 Contextualiza o Artigo de Divulga o Cient fica ira 75 2 Contextualiza o Artigo de Divulga o Cient fica 77 3 Contextualiza o Artigo de Divulga o Cient fica 79 4 Contextualiza o Artigo de Divulga o Cient fica erre 881 5 Contextualiza o Artigo de Divulga o Cient fica 82 6 Apresenta o do Estudo Artigo de Divulga o Cient fica 84 7 Apresenta o do Estudo Artigo de Divulga o Cient fica 85 8 Apresenta o do Estudo Artigo de Divulga o Cient fica 85 9 Apresenta o do Estudo Artigo de Divulga o Cient fica 86 10 Apresenta o do Estudo Artigo de Divulga o Cient fica 86 11 Apresenta o do Estudo Artigo de Divulga o Cient fica 86 12 Metodologia Artigo de Divulga o Cient fica ierrreeeeeeaaes 877 13 Metodologia Artigo de Divulga o Cient fica irerreeeeeereres 88 14 Metodologia Artigo de Divulga o Cient fica ieereeeeeeeree 88 15 Metodologia Artigo de Divulga o Cient fica ierrreeeeeeerees 89 16 Metodologia Artigo de Divulga o Cient fica eereeeeeeeeaee 89 17 Metodolo
226. elho pode suportar at 2 5 gigabits ou 2 5 bilh es de informa es por segundo Essa performance se deve s fibras especiais utilizadas em sua confec o relata o coordenador da pesquisa o f sico Anderson Le nidas Gomes Foram desenvolvidos dois prot tipos um para circuitos de 1 3 m crons tendo por base o prasiod mio outro para circuitos de 1 5 m crons utilizando o rbio Z O amplificador um aparelho capaz de ampliar um sinal por meio de uma fonte de bombeamento que gera energia No eletr nico o bombeamento feito eletricamente e o elemento amplificador um trans stor no ptico uma fibra ptica dopada com terras raras rbio amplifica as mensagens e o bombeador o laser de diodo explica o pesquisador Mas os amplificadores pticos apresentam ainda vantagens adicionais enquanto os equipamentos eletr nicos t m vida til limitada e manuten o complicada os pticos duram muito e quase n o requerem manuten o apesar de estarem frequentemente instalados em ambientes hostis sob gua e terra Al m disso s o compat veis com qualquer circuito de comunica o at mesmo com os que n o utilizam a fibra ptica como linha de transmiss o A pesquisa do amplificador eletr nico iniciada pela equipe em 1992 est chegando fase final O pr ximo passo ser o repasse da tecnologia iniciativa privada A FAT Tecnologia Eletr nica Ltda sediada em Recife dever produzir e comercializar
227. em ou pouco vi veis economicamente o caso do modelo da mal ria de primatas do velho mundo causada por P cynomolgi parasita que induz uma infec o semelhante do P vivax no homem incluindo reca das por hipnozo tas Um modelo promissor utilizando a mal ria de aves mas com boa correla o com o modelo do P cynomolgi em macacos foi descrito nos anos 80 no Instituto Nacional de Sa de dos Estados Unidos Os autores sugeriram que os gamet citos presentes no sangue do hospedeiro vertebrado e que s evoluem no mosquito vetor e as formas latentes do f gado hipnozo tas poderiam apresentar sensibilidade semelhante s drogas O teste baseado na habilidade da droga de afetar irreversivelmente a infectividade de gamet citos no sangue das aves impedindo posterior desenvolvimento no mosquito vetor Tal a o foi facilmente evidenciada pela interfer ncia da primaquina e de outros esquizonticidas no ciclo 245 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 23 24 25 26 esporog nico de mosquitos alimentados em aves pr tratadas com tais drogas Portanto a inibi o do ciclo esporog nico fornece evid ncia indireta de a o hipnozo ta de novas drogas O laborat rio do C P Rachou mant m h anos o ciclo completo do plasm dio das aves P gallinaceum usando a galinha dom stica e o mosquito Aedes fluvatilis o que permitiu padronizar e executar o teste Utilizand
228. entendido por todos seja dirigido a especialistas na rea Outros dois termos usados na defini o de oscilador laser meio ativo e bombeamento podem ser desconhecidos por n o especialistas Mais adiante as refer ncias entre par nteses sobre pulsos hipercurtos e radia o com alta pureza espectral s o inintelig veis para quem n o atua na rea Nesse exemplo portanto fica muito claro que os destinat rios do texto C2 s o os pares do autor os cientistas 132 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 66 A base desse resultado est na simples compara o entre as equa es de Bloch e as que descrevem o comportamento da corrente el trica sob a a o dos campos magn ticos A partir dessas equa es foi poss vel deduzir que aplicando uma onda eletromagn tica na forma de pulsos a um sistema condutor percorrido por uma corrente el trica esta pode como a RMN absorver energia de modo ressonante e dar origem a um efeito batizado de ecos de corrente Par grafo 9 Texto C3 Em 66 a simples refer ncia s equa es de Bloch e equa es que descrevem o comportamento da corrente el trica sob a a o dos campos magn ticos em nada ajuda a compreens o do leitor n o especialista 67 A fixa o dos organismos incrustantes depende de fatores como tipo e rugosidade do substrato intensidade de luz exist ncia de colonizadores prim rios biofilme
229. ento do parasita ou seja destruindo o em doses compat veis s dos antimal ricos quinina e cloroquina cerca de 40 nanogramas ml Para identificar entre os compostos qu micos presentes na planta o respons vel ou os respons veis o laborat rio de qu mica do Centro de Pesquisas Ren Rachou da Funda o Oswaldo Cruz em trabalho conduzido por T nia M A Alves e Carlos L Zani realizou o funcionamento cromatogr fico biomonitorado do extrato V brasiliana Descrito pela primeira vez o fracionamento do extrato das partes a reas da planta galhos e folhas forneceu uma fra o principal ativa contra culturas de P falciparum Essa fra o mostrou ser constitu da por uma mistura de triterpenos identificados como lupeol beta amirina e germanicol O constituinte majorit rio lupeol foi parcialmente ativo contra o P falciparum inibindo em 50 o crescimento do parasita in vitro na concentra o de 25 microgramas ml enquanto a mistura beta amirina e germanicol revelou se inativa Tais resultados sugerem que as subst ncias mais ativas dessa fra o uma ou mais foram alteradas por condi es experimentais ar atmosf rico luz e ou calor j que o produto do primeiro fracionamento mostrou se mais potente que as subst ncias identificadas posteriormente Esse extrato est sendo reinvestigado em condi es controladas para o isolamento das subst ncias e a caracteriza o da atividade de cada uma contra o parasita Atu
230. entosa como produto final situa o que precisa ser repensada Sugest es para leitura CARVALHO L H amp KRETTLI A U Antimalarial chemotherapy with natural products and chemically defined modeluces in Mem rias do Instituto Oswaldo Cruz n 86 Suplemento II pp 181 184 1991 CARVALHO L H BRAND O M G L SANTOS FILHO D LOPES J L C amp KRETTLI A U Antimalarial activity of crude extracts from brazilian plants studied in vivo in Plasmodium berghei infected mice and in vitro against Plasmodium falciparum in culture in Brazilian Journal of Medical and Biological Research vol 24 11 pp1 113 1 123 1991 Luiza Helena Carvalho Wanessa M Silva Ferrari Maria das Gra as Lins Brand o Antoniana Ursine Krettli Centro de Pesquisas Ren Rachou Funda o Instituto Oswaldo Cruz Faculdade de Farm cia Universidade Federal de Minas Gerais Ci ncia Hoje 127 pp 62 68 1 247 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C8 Os riscos da doen a da vaca louca A doen a da vaca louca como conhecida a encefalopatia espongiforme em forma de esponja bovina transmitida por estranho agente infeccioso o prion tamb m envolvido na doen a de caprinos chamada scrapie e em outra encefalopatia que ataca alces A estranheza decorre do fato de os prions serem part culas de natureza puramente prot ica e n o organismos vivos n o foi poss vel at
231. entre esses conceitos uma rela o de complementaridade ou seja cada qual mant m com os demais uma rela o estreita de g nero esp cie p 13 Bueno tamb m ressalta a dificuldade de se delimitar esses conceitos observando que a bibliografia lNeste trabalho os termos cientista e pesquisador s o usados como sin nimos 4 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes brasileira e a internacional est o orientadas antes para aspectos t cnicos operacionais do que para a dimens o taxion mica Dentre os poucos autores que compartilham da mesma preocupa o destaca se Pasquali apud Bueno 1984 um dos primeiros a distinguir esses conceitos Na vis o de Pasquali a difus o e a divulga o t m em mira um p blico universal enquanto a dissemina o objetiva exclusivamente o contato entre especialistas Ou seja a dissemina o cient fica refere se transfer ncia de mensagens elaboradas em linguagem especializada a receptores seletos e restritos ao passo que a difus o e a divulga o cient ficas t m um p blico formado tanto por especialistas quanto por n o especialistas e por isso mesmo as mensagens s o elaboradas em uma linguagem de f cil compreens o Bueno 1984 por sua vez atribui difus o cient fica um car ter abrangente entendendo a como todo e qualquer processo ou recurso utilizado para a veicula o de informa es cient ficas e tecnol
232. eocupa o com a preserva o do meio ambiente n o consumindo plantas jovens nem animais em poca de procria o 287 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Os resultados da pesquisa M todos e T cnicas de Escava o Arqueol gica forneceram Patr cia Melo dados para a sua disserta o defendida em 1992 no Mestrado em Hist ria da Universidade Federal de Pernambuco UFPE Jorge Costa Ci ncia Hoje 97 pp 74 75
233. er 1980 268 tamb m havia ressaltado a import ncia da divulga o da ci ncia e da tecnologia Devemos comunicar os resultados dos estudos sobre as consegii ncias reais e potenciais da tecnologia ao p blico mais vasto poss vel e em termos facilmente entendidos pelo cidad o comum As descobertas importantes devem ser analisadas e discutidas em termos cr ticos atrav s de todos os meios dispon veis de comunica o Se quisermos que a tecnologia seja usada criativamente para o benef cio da humanidade como um todo precisaremos de um p blico esclarecido e apto a avali la imparcialmente algo que n o temos atualmente Ainda sobre a import ncia da divulga o cient fica Vieira 1998 12 afirma que uma forma de prestar contas sociedade mostrando como e onde as verbas p blicas s o usadas pois em geral essa presta o de contas se limita a relat rios financeiros ou de atividade que comumente acabam engavetados em rg os financiadores 7 A opini o de S rgio Prenafeta foi extra da de um debate entre jornalistas e cientistas publicado em Brasil 1989 A publica o fruto do 1 Curso de Especializa o em Divulga o Cient fica realizado na Universidade de Bras lia UnB no segundo semestre de 1988 16 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Sintonizado no interesse do p blico o mercado editorial brasileiro deu um grande impulso ao Jornalismo Cien
234. erdisciplinares Observando o crit rio de coincid ncia das grandes reas do conhecimento foram selecionados previamente 80 textos 40 ADC e 40 MDC No entanto a sele o final do corpus s seria poss vel depois que tiv ssemos acesso s vers es originais dos textos dos pesquisadores O passo seguinte foi tentar conseguir esses originais junto reda o de CH b Sele o Final Apesar do empenho dos profissionais que fazem CH n o foi poss vel obter todo o material solicitado Devido a problemas relacionados ao arquivamento dos originais mais antigos foram conseguidos apenas 21 textos quantidade que embora bem inferior a que hav amos solicitado n o inviabilizava a pesquisa Os originais dos ADC foram classificados de acordo com as grandes reas do conhecimento ver tabela 1 61 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Tabela 1 Quantidade de originais das se es Artigos e Bom Saber Se o ARTIGOS BOM SABER Grande rea do Conhecimento Ci ncias Exatas e da Terra 01 02 Ci ncias Biol gicas 02 05 Engenharias e Ci ncias da Computa o 00 00 Ci ncias da Sa de 02 02 Ci ncias Agr rias 00 02 Ci ncias Sociais Aplicadas 00 00 Ci ncias Humanas 01 04 Ling stica Letras e Artes 00 00 Os dados quantitativos resultantes dessa classifica o serviram de base para a sele o de quatro grandes reas do conheciment
235. es des ensembles de personnes engag es autour d activit s avec des buts communs et notre attention s est tourn vers deux v nements diff rents pr sents dans CH les Articles de Vulgarisation Scientifique realis s dans la communaut des scientifiques et les Reportages de Vulgarisation Scientifique realis s dans la communaut des journalistes L ampleur des questions trait es ici nous a oblig employer un vaste cadre th orique nous avons fait appel la Sociolinguistique la Linguistique Textuelle l Analyse de Discours mais aussi aux tudes sur la vulgarisation scientifique dans la perspective de la Communication Nous croyons que notre analyse permet de comprendre 1 dans le magazine CH il y a au moins deux strat gies textuelles discoursives de vulgarisation ou divulgation scientifique a celle des auteurs chercheurs et b celle des auteurs journalistes 2 les textes de divulgation scientifique r produisent en g n ral la superstructure des textes scientifiques 3 les auteurs chercheurs utilisent beaucoup les termes tecno scientifiques et souvent oublient de les rendre compr hensibles aux lecteurs non specialis s 4 par contre les auteurs journalistes utilisent souvent des strat gies textuelles discoursives pour faciliter la compr hension e Iadh sion des lecteurs non sp cialis s 5 dans les textes de vulgarisation scientifique les auteurs chercheurs utilisent plut t la valeurs argumentative des ci
236. es evolutivas ou ecol gicas A partir de extratos de outras algas pardas Undaria pinnatifida e Costaria costata foram isoladas as subst ncias galactosil diacilglicerol e sulfoquinovosil diacilglicerol Em ensaio laboratorial de comportamento de repel ncia ao mexilh o azul Mytilus edulis ambas as subst ncias revelaram se ativas Embora esse seja considerado um teste para poss veis subst ncias antiincrustantes a repel ncia ao mexilh o em laborat rio n o significa que o mesmo ocorra em condi es naturais ou que outros organismos incrustantes respondam da mesma forma Al m disso poucos invertebrados marinhos s sseis selecionam e mudam de substrato ap s a fixa o larval como acontece com M edulis na maioria a fixa o das larvas definitiva As algas vermelhas classe Rhodophyceae s o as nicas algas produtoras de subst ncias halogenadas halometab litos entre elas monoterpenos em esp cies do g nero Plocamium por exemplo sesquiterpenos em esp cies do g nero Laurencia e bromofen is em Rhodomela larix Como v rias dessas subst ncias t m atividade biol gica ou desempenham papel importante na competi o por alelopatia seu lan amento no meio ambiente pode ser de grande utilidade para as algas atuando no controle da preda o da epifitiza o fixa o de uma alga sobre outra ou da incrusta o por microorganismos ou invertebrados Tais produtos portanto n o estariam envolvidos no metabolismo
237. esmo ambiente mas n o se sabe se algum deles ocupou os s tios pesquisados O cemit rio e outras estruturas Em julho de 1996 a equipe escavou mais 28m do s tio mais antigo do Pantanal onde dois anos antes havia encontrado o primeiro cemit rio figura 6 Situado sobre dique fluvial da margem direita do rio Verde na vila de Albuquerque o s tio n o coberto pelas guas nem mesmo nas enchentes mais altas quando todos os campos vizinhos ficam alagados Assim por estar beira do rio poderia ser ocupado durante o ano todo principalmente na poca da vazante As camadas geol gicas mostram dois per odos de ocupa o como a maioria dos s tios do Pantanal um de ca adores coletores pr cer micos e um de ceramistas talvez com algum cultivo Ainda n o poss vel afirmar que se trata da evolu o local de uma mesma popula o ou da sobreposi o de duas popula es diferentes Dois lugares foram escavados o primeiro 24m pr ximo ao rio onde t nhamos encontrado sepultamentos em 1994 o segundo 8m no ponto mais alto da jazida Os materiais foram expostos com aux lio de colher de pedreiro e pincel de cabelo em n veis de 10cm em 10cm mapeados e os sedimentos peneirados em malha de 3 mm para recuperar pequenos fragmentos sobretudo testemunhos de alimenta o Os resultados revelaram se muito positivos Em todos os n veis at 100cm de profundidade onde come ava uma concre o irremov vel foram recolhidos
238. esquisa no Brasil 4 ER hATRNIE EE Ei EO EP the E A E T ds SE PROD E a mM Entrevista Te e EE A O A A a A O Leitor Pergunta E A Opini o Perfil Ponto de Vista Recherche Reportagem Resenha Na Estante TeCHnologia Tome Ci ncia Um Mundo de Ci ncia 57 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes presente investiga o n o interessavam cartas textos de servi o entrevistas perfis textos opinativos no sentido estrito informes resumos ou tradu es de textos publicados em revistas estrangeiras Ao examinar as se es de CH observamos que nem todas continham textos que satisfizessem aos objetivos do estudo Assim foram eliminadas inicialmente dezesseis se es A Pesquisa no Brasil Agenda Cartas CH Servi os Cr nica Debate Editorial Carta ao Leitor Em Foco Entrevista Fic o O Leitor Pergunta Opini o Perfil Ponto de Vista Resenha Na Estante e Um Mundo de Ci ncia al m dos encartes Recherche e TeCHnologia Restaram portanto sete se es Artigos Ci ncia em Dia Documento Bom Saber Mem ria Reportagem e Tome Ci ncia Para verificar a representatividade dessas se es no per odo analisado foi realizado um levantamento da frequ ncia de cada uma delas v quadro 9 Com base nesse levantamento tamb m foram descartadas Documento Mem ria e Reportagem com respectivamente 11 2 e 6 ocorr ncias num universo de 38 edi es Ficara
239. ess o ou estresse provocado pela incrusta o Esp cies tropicais parecem produzir mais subst ncias com atividade antiincrustante que esp cies de latitudes mais altas mas isso pode resultar da maior quantidade de estudos envolvendo esp cies tropicais e n o de diferen as naturais entre esp cies de diferentes latitudes Tamb m n o existe rela o direta entre atividade antimicrobiana e atividade antiincrustante Aparentemente nem a estrutura qu mica nem a atividade farmacol gica de uma subst ncia servem para prever seu papel ecol gico no ambiente natural como chegou a ser postulado para defesas qu micas de algas contra herb voros Metab litos secund rios por m podem desempenhar um papel multifuncional para o organismo produtor atuando por exemplo como agentes alelop ticos e antiincrustantes Embora o verdadeiro papel ecol gico das subst ncias com atividade antiincrustante ainda seja discut vel a import ncia destas para a tecnologia marinha evidente V rios organismos marinhos parecem ter defesas antiincrustantes provavelmente desenvolvidas em resposta a fortes press es seletivas como as desvantagens inerentes da presen a de incrusta o A identifica o dos agentes ativos que contribuem para essa atividade pode indicar alternativas ambientalmente compat veis para antiincrustantes comerciais baseados em subst ncias altamente t xicas mas para isso ser necess rio um amplo estudo dividido em v rias etapas
240. esse a alimenta o a regi o habitada as atividades f sicas a disponibilidade de comida e a capacidade de explora o desses recursos afirma a antrop loga Par grafo 7 Texto J10 119 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Em 54 extra do de J10 Sa de na pr hist ria um exemplo da se o metodologia em que a preocupa o do jornalista foi dar informa es sobre o material analisado no estudo a origem a constitui o e a idade das cole es 55 De janeiro de 1991 a julho de 1992 Cec lia Kierulff percorreu as manchas da Mata Atl ntica que se estendem de Mangaratiba RJ a Cachoeiro do Itapemirim sul do ES em busca de informa es sobre o mico le o dourado Par grafo 2 Texto J6 Em 55 retirado do texto J6 O mico le o sobe a serra temos um caso em que a metodologia se restringe a informar o per odo em que foi desenvolvido o trabalho de campo e o trecho investigado 3 2 4 Perspectivas Nesta se o s o informadas principalmente as perspectivas positivas mas tamb m problemas relacionados pesquisa em si ou aplica o dos resultados Em 56 por exemplo apresentamos trechos de um mesmo texto em que se observam essas duas diferentes perspectivas 56 A pesquisa do amplificador eletr nico iniciada pela equipe em 1992 est chegando fase final O pr ximo passo ser o repasse da tecnologia iniciativa privada A FAT Tecnolog
241. essseseieseseseserseesesressotroeseviesvorsotrocssess ot voes ersero et ro roes issver 164 4 5 As met foras no cotidiano da divulga o cient fica sooesooesosesocsssosssosssosesocsssesssose 183 CONCLUS ES neiitran ESE VEEE TS TS 193 FONTES DE REFER NCIA seesessssesseccsssscossscossecossscossscossscoosscoosseooseecossecossseossecosseeesseeess 201 OUTRAS FONTES CONSULTADAS seessssosssssoessssoosessoocssssocssssocsessoosesssosesssosssssoesesssse 209 ANEXOS onies nres Ap a US Do EEES aaa aa essa 212 ANEXO I T tulos das Vers es Originais dos Artigos de Divulga o Cient fica 212 ANEXO II Textos de Cientistas s ssesesrsasaseisicsesadentsantsanioavavssipainaviaiv iria navinavisan s into saipandatas 213 PEATONES 213 Estamos sozinhos no UNIVErSO eee ereer ee aeaaee eE aeaa EE O EE A E aT Ee S N S e 213 TEXTO C ari E E E A A A A A 220 Lasers sem cavidades aonn A E a E E A A E 220 FEXTO CS RAA IA ATAT AEA A IAA ARIAT 222 Ecos de corrente desafios f sica experimental ssessesssereseeeesseeesseetesstrresstessseressreressrreesreress 222 TEXTO CA el E A A TDT a A A Road S SA E OSS sa Sad SE dO 225 Produtos n o poluentes contra a incrusta o e erreereecereecenaeeneacereaceraanaena 225 PERTOT E E AE IE TA R leads no a Nie as NAM DOS sa A IA AMBOS AA 234 Aranhas venenosas No Brasilera oraes rE eS aS E eS E E EA S S aS 234 TEXTOTA E E AA AA A OAA A AA sas 238 O papagai char
242. estaque se que embora tais termos tenham sido inseridos numa cita o direta a voz do cientista n o dispensam explica es 73 Em geral a quebra da glicose tamb m chamada glic lise ocorre no citoplasma da c lula J no T brucei causador da doen a do sono e no T cruzi ela feita no glicossomo uma organela dentro da c lula que tem concentra es altas das enzimas respons veis pela glic lise aumentando a efici ncia do processo Par grafo 3 Isso poss vel com a cristalografia de raios X t cnica que j valeu 11 pr mios Nobel associada modelagem molecular Par grafo 6 Texto J8 Os termos organela e enzimas observados no exemplo 73 s o utilizados na defini o de slicossomo Embora possa ser alegado que o uso de enzima n o seja t o incomum no repert rio de n o especialistas o mesmo n o ocorre com rela o organela Tamb m mereceria alguma explica o a express o modelagem molecular empregada como informa o complementar relacionada t cnica cristalografia de raios X 74 Parte do material arqueol gico usado no estudo do Museu Nacional do Rio de Janeiro uma cole o proveniente de um sambaqui de Cabe uda em Santa Catarina Par grafo 2 Esse quadro se agravava com as condi es sanit rias nos sambaquis as moradias eram constru das sobre montes de restos de alimentos conchas ossos e pedras o que ajudava a prolifera
243. et ncia explicativa da maioria dos cientistas para comunicar sua ci ncia a leigos O contraste entre a opini o de Sabattini 1991 e as de Chaparro 1993 e Del Vechio 1994 traz tona essa antiga discuss o que envolve a compet ncia de cientistas e jornalistas para a divulga o da ci ncia para n o especialistas Especialmente sedutor o tema costuma acirrar debates em encontros que re nem jornalistas cient ficos e pesquisadores O fato de publicar sistematicamente textos desses dois grupos de profissionais torna a revista Ci ncia Hoje um excelente objeto de estudo para investigar essa quest o O problema e as hip teses Com base neste pano de fundo conceitual e hist rico delimitamos o seguinte problema de pesquisa que caracter sticas discursivo textuais poderiam indicar que em Ci ncia Hoje os textos produzidos por jornalistas visam principalmente ao leitor n o especialista enquanto os redigidos por pesquisadores visam apenas ao leitor especialista mesmo considerando que os textos de pesquisadores sofrem a edi o do jornalista Essa indaga o nos levou a formular uma hip tese central e quatro hip teses corol rio que procuraremos comprovar ao longo desta investiga o Hip tese Central Na revista Ci ncia Hoje h pelo menos duas estrat gias textuais discursivas de divulga o cient fica a a dos autores pesquisadores e b a dos autores jornalistas 12 Neste trabalho sempre que se fizer r
244. ete o ponto de vista dos jornalistas em rela o ao entrevistado ou ao depoimento em si A alta incid ncia de cita es diretas ou indiretas nas MDC assunto que iremos abordar em 4 4 outro aspecto bastante significativo pois a introdu o do discurso reportado serve muitas vezes para revelar a opini o de quem o reporta O curioso que um dos fatores que levam o jornalista o usar em grande medida o recurso das cita es a busca da imparcialidade No entanto esse um recurso que ao contr rio do que muitos imaginam pode camuflar a opini o do jornalista pois quando o rep rter seleciona os 124 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes depoimentos ele est consciente ou inconscientemente estruturando o texto consoante com seu ponto de vista De acordo com nossa an lise al m de ponto de vista as MDC comportam em seu esquema textual as se es abertura contextualiza o metodologia e perspectivas A abertura obedece mesma estrutura de relev ncia dos textos jornal sticos em geral Por isso comum encontrarmos nessa se o informa es sobre as conclus es das pesquisas ou sobre as aplica es de seus resultados Al m disso a abertura comporta dados que nos ADC localizam se na se o apresenta o do estudo A an lise possibilitou ainda a classifica o das aberturas das MDC em tr s categorias al tica epist mica e narrativizada Breves
245. eterminado para uma ou outra categoria podendo as mesmas perpassarem todo o texto Os coment rios por exemplo podem estar presentes desde o t tulo at o final do texto jornal stico tanto de forma expl cita quanto impl cita atrav s da sele o lexical tempos e formas verbais entre outros recursos ling sticos 21T tulo a s ntese precisa da informa o mais importante do texto que deve despertar o interesse do leitor para o tema O antet tulo tamb m conhecido por sobret tulo ou chap u um pequeno texto localizado acima do t tulo Subt tulo ou suti vem abaixo do t tulo e usado para complementar ou acrescentar informa es ao mesmo 104 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes O pr prio autor reconhece que dif cil encontrar na pr tica a realiza o de todas essas categorias se falamos com propriedade s o t tulo e os eventos principais s o encontrados obrigatoriamente em um discurso jornal stico minimamente bem constru do categorias como background rea es verbais e coment rios s o opcionais Van Dijk 1990 87 88 Ao que parece a dificuldade de encontrar essas categorias nos textos jornal sticos se deve ao excesso de detalhes que o esquema comporta Essa a principal raz o por que consideramos pertinente reformular o esquema do texto jornal stico proposto por Van Dijk e apresentar neste t pico um modelo adaptado s MDC figura
246. ever entidades sociais mais que ling sticas Para o autor compartilhar apenas as regras gramaticais n o condi o suficiente para se caracterizar uma comunidade Justamente por atribuir uma maior amplitude ao conceito Hymes 1986 1972 54 discorda dos que tentaram limitar seu espectro No passado Bloomfield 1933 e alguns outros reduziram a no o de comunidade de fala no o de l ngua variedade ling stica Aqueles que falassem a mesma l ngua ou a mesma primeira l ngua ou l ngua padr o eram definidos como membros de uma mesma comunidade de fala 4 Essa linha de racioc nio desconsidera um aspecto que segundo Fasold 1990 essencial para a discuss o desse conceito a sobreposi o de comunidades de fala pois em geral as pessoas pertencem a v rias comunidades ao mesmo tempo As pessoas alteram suas normas de fala para se adequar a determinada comunidade de fala acrescentando subtraindo e substituindo regras do comportamento comunicativo Fasold 1990 42 Um cientista por exemplo pode pertencer ao mesmo tempo a diferentes comunidades de fala acad mica religiosa tnica pol tica etc Esse entendimento tamb m compartilhado por Zamboni 1997 ao observar que cada cientista individualmente membro de diversos grupos sociais interligados entre si A autora tamb m lembra a exist ncia de diversos grupos dentro do que denomina de comunidade cient fica Pode se perceber a equipe experimen
247. experi ncia desse tipo de biomanipula o numa regi o tropical A biomanipula o uma t cnica que aproveita a capacidade que os peixes t m de interferir na qualidade da gua Se retiramos ou introduzimos determinadas esp cies de peixes temos condi es de melhorar essa qualidade explica o bi logo Fernando Starling respons vel pelo projeto No caso espec fico do lago Parano pretende se reduzir a popula o de til pias Tilapia rendalli respons veis pelo aumento da quantidade de f sforo dispon vel na gua e introduzir carpas prateadas Hypophthalmichthys molitrix que se alimentam de algas Aparentemente simples a id ia j consumiu seis anos de pesquisa e s dever ser colocada em pr tica no final de 1996 se os resultados forem positivos Tantos estudos tentam evitar a repeti o de um desastre ambiental ocorrido em 1978 quando a superpopula o de algas alcan ou seu auge Na regi o sul do Parano parte mais polu da do lago as algas formaram uma crosta que cobriu o espelho d gua impedindo a passagem da luz e a entrada de oxig nio As conseq ncias mais vis veis foram a morte de milhares de peixes e um mau cheiro que contaminou Bras lia por alguns dias A partir da a Caesb passou a despejar toneladas de sulfato de cobre no lago sempre que a quantidade de algas chegava a um n vel cr tico S em 1992 foram aplicadas 10 2 toneladas do produto Essas quantidades s foram reduzidas gra as a u
248. extos e o car ter polif nico das enuncia es observando mais detidamente o discurso relatado Durante o trabalho cada um dos dois grupos de textos foi analisado separadamente pois o objetivo aqui n o era comparar mas identificar os tra os mais recorrentes em cada um deles o que permitiria delinear um perfil das caracter sticas discursivo textuais das MDC e dos ADC publicados em Ci ncia Hoje 68 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 3 A PROP SITO DAS SUPERESTRUTURAS Os dois grupos de textos que constituem o corpus desta investiga o apresentam caracter sticas pr prias ditadas pela natureza do evento Entre essas caracter sticas est o a estrutura do evento em quest o e o estilo no qual ele conduzido Levinson 1979 369 A estrutura inclui subpartes ou epis dios com sequ ncias pr estabelecidas baseadas em conven es Levinson 1979 cita como exemplos um semin rio que envolve inicialmente uma apresenta o seguida por uma discuss o e um julgamento num tribunal de j ri que come a com a apresenta o do caso passa para os depoimentos e termina com a senten a Em outras palavras cada tipo de evento tem uma organiza o interna pr pria que visa consecu o do objetivo central A estrutura do evento a que se refere Levinson se aproxima do conceito de superestrutura ou esquema textual proposto posteriormente por Van Dijk 1985 1989 1990
249. extos produzidos por jornalistas e pesquisadores 25 Tome Ci ncia cont m textos que exp em resultados de pesquisas realizadas no pa s e descrevem sucintamente a metodologia utilizada Esses textos t m o car ter de comunica o cient fica Nesta se o que objetiva manter o leitor a par das atividades de pesquisa desenvolvidas no pa s h textos redigidos por pesquisadores e por jornalistas mas muitos v m sem identifica o 26 Um Mundo de Ci ncia comporta entrevistas com personalidades internacionais do mundo cient fico textos que informam resultados de pesquisas incluindo metodologia utilizada e resumos de not cias origin rias de revistas cient ficas internacionais Objetiva manter o leitor a par de pesquisas realizadas no exterior No per odo analisado as se es Artigos e Carta ao Leitor Editorial tiveram presen a constante em CH Ci ncia em Dia Bom Saber Tome Ci ncia e Um Mundo de Ci ncia muito raramente deixaram de ser publicadas J Entrevista Debate Documento Mem ria e Perfil apareceram assistematicamente dependendo da ocasi o e da conveni ncia de destacar determinadas personalidades ou abordar certos assuntos Os quadros 5 6 7 e 8 53 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes d o uma vis o mais precisa da freq ncia de publica o de cada uma das se es de CH nas 38 edi es que comp em o universo da pesquisa Quadro 5 Fr
250. fec o por prions infecciosos A introdu o nesses animais de um transgene de prion proveniente de hamster os torna suscet veis infec o por prions infecciosos de hamster Portanto as mol culas conformacionais alteradas prions infecciosos interagem com as sintetizadas pela c lula alvo ap s a introdu o do transgene provocando a mudan a de sua forma e levando forma o de uma estrutura insol vel empilhamento prot ico e morte dos neur nios A experi ncia confirmou tamb m a especificidade da infec o por prions o tempo de lat ncia da doen a em camundongos diferente se a infec o for causada por prions dessa esp cie ou de hamster 75 e 500 dias respectivamente Dessa forma a barreira interesp cie tem se mostrado bastante importante na apresenta o da doen a A infec o de animais com prions infecciosos de outra esp cie sempre muito menos eficiente que a produzida com agentes da mesma esp cie A prova de que os prions s o realmente a causa das encefalopatias heredit rias humanas Creutzfeld Jacob Gerstmann Streussler Scheinker e ins nia familiar fatal veio da demonstra o de muta es no gene do prion nos indiv duos afetados Tais muta es levam s ntese de mol culas ricas em estruturas beta pregueadas respons veis pelos efeitos danosos sobre os neur nios Embora sejam heredit rias j foi provada a transmiss o da doen a Creutzfeld Jacob entre humanos atrav s de pr teses cont
251. fica irreais 119 57 Perspectivas Mat ria de Divulga o Cient fica rrenan 120 58 Perspectivas Mat ria de Divulga o Cient fica erre 120 59 Perspectivas Mat ria de Divulga o Cient fica 12121 60 Perspectivas Mat ria de Divulga o Cient fica 121 61 Ponto de Vista Mat ria de Divulga o Cient fica 122 62 Ponto de Vista Mat ria de Divulga o Cient fica 123 63 Ponto de Vista Mat ria de Divulga o Cient fica 123 64 Uso de terminologia especializada assina sites sie Pics S qu Pets dad pardo 131 65 Uso de terminologia especializada s uses tenparicass papagenera vicia essi sda naaaca areas as na nica 131 66 Uso de terminologia especializada ic iiiieeeeeererererereeeaaaecaearereerananananca 132 67 Uso de terminologia especializada irireeeeeeeeeerrrrrareaaaaaaeaareerannnananca 132 68 Uso de terminologia especializada iiiieereeererrererareaaacacararerrrananaaanca 132 69 Uso de terminologia especializada cirireeeeeceeerrererareaaaaaaaaarereraanaaaaca 133 70 Uso de terminologia especializada ja erse uata rasga E qaNds Seara nad aquando REGA aU a qaa danca nsiag ganda 133 71 Uso de terminologia especializada irrerserereecerereeerareeaaaaaearerereaanna 134 72 Uso de terminologia especializada ssa eiiasais tantas fassa us faca sd dra ps dros abade as aa 135 73 Uso de terminologia especializada se sstasasenipo pelada ne pads mo fina go as ha g
252. ficos eventualmente inibindo a fixa o de uma esp cie e estimulando a de outra ou inibindo a fixa o de duas esp cies de formas diferentes Uma mesma esp cie tamb m pode produzir subst ncias com atividade espec fica sobre v rios invertebrados Ainda n o existe a certeza de que tais subst ncias realmente regulam ou inibam a fixa o de larvas de bioincrustantes Isso exigiria a comprova o de que os metab litos ocorrem pr ximo superf cie dos organismos em quantidade suficiente para serem eficazes de que as larvas de invertebrados e esporos de algas na natureza respondem da mesma forma que em laborat rio levando em conta as rela es entre as esp cies e os fatores abi ticos e de que os produtos desses organismos n o se alteram durante os procedimentos de coleta armazenamento extra o e isolamento Deve ser levada em conta a possibilidade de as subst ncias serem geradas pelo pr prio processo de extra o usado e n o terem bioatividade no ecossistema marinho Mesmo em experimentos bem delineados a atividade de produtos fra es ou homogenatos em laborat rio n o indica necessariamente que o mesmo ocorra em condi es naturais Testar em campo os metab litos secund rios como antiincrustantes envolve v rios problemas metodol gicos entre eles o grande volume de extratos ou produtos necess rios a obten o de uma concentra o de exposi o e ou libera o do produto na superf cie dos pain is de teste semel
253. fo 11 Texto C5 91 O emprego de animais knock out camundongos sem o gene respons vel pela produ o do prion permitiu esclarecer a etiopatogenia causa da doen a Par grafo 4 Texto C8 92 Restam apenas 559 micos le es dourados Leontopithecus rosalia na natureza Par grafo 1 Texto J6 34 Neste trabalho tomamos como sin nimas express es Jmutuamentente substitu veis numa situa o de comunica o dada considerados o contexto lingii stico e a situa o extra lingii stica que filtram alguns 140 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes c Explica o por analogia quando pressupondo conhecimentos j sistematizados pelo leitor usa se a analogia como elemento explicativo o que ocorre nos exemplos 93 e 94 93 O Riftia pachyptila chega a crescer 85 cm por ano e pode atingir cerca de 2m Seu sangue se assim podemos chamar transporta enxofre e n o oxig nio Par grafo 27 Texto C1 94 A subst ncia tem estrutura tridimensional com v rios an is entrela ados como uma corrente Par grafo 3 Texto J3 d Explica o por generaliza o quando o elemento explicativo generaliza o objeto da explica o como o caso dos hiper nimos exemplo 95 95 Carpas prateadas est reis v o substituir o sulfato de cobre um metal pesado que h mais de 10 anos vem sendo lan ado no lago Par grafo 1 Texto J4 e
254. gia Artigo de Divulga o Cient fica ieereeeeeeeeee 90 18 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica erereeereeeeaaeeeaeees 91 19 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica erererereeeeaaareraees 91 20 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica e eerererrreraaanea 92 21 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica ii eerrrerrrreaaaanea 92 22 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica eerrererareraaanea 93 23 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica ii eerrreerrreraanana 93 24 Resultados Artigo de Divulga o Cient fica errrererrreaaaanea 94 25 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica serrana 96 26 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica rrenan 96 27 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica serrana 96 28 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica 96 29 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica rrenan 97 30 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica 97 31 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica erre 98 32 Ponto de Vista Artigo de Divulga o Cient fica 98 33 Abertura Al tica Mat ria de Divulga o Cient fica 108 34 Abertura Al tica Mat ria de Divulga o Cient fica 109 35 Abertura Al tica Mat ria de Divulga o Cient fica 1099 36 Abertura Al tica Mat ria de Divulga o Cient fica 109 37 Abertura Epist mica Mat ria de
255. gias necess rias ao ataque dos terr queos n o s o desenvolvidas parece dif cil responder com precis o se estamos ou n o acompanhados por qualquer tra o de vida no universo Mesmo depois de caminhar pela superf cie vermelha podemos n o encontrar a resposta para uma das quest es mais antigas da humanidade Alicia Ivanissevich Ci ncia Hoje 130 pp 46 47 1 270 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J2 Alta tecnologia em comunica es Pesquisadores pernambucanos desenvolvem aparelhos de tecnologia avan ada compat veis com o sistema de fibras pticas Pesquisas feitas por f sicos do Laborat rio de ptica N o linear da Universidade Federal de Pernambuco UFPE podem significar a entrada do Brasil num mercado dominado por um restrito n mero de empresas americanas inglesas e japonesas Os prot tipos de moduladores e amplificadores compat veis com a tecnologia de fibras pticas s o a ltima palavra em telecomunica es e o seu repasse iniciativa privada brasileira representa a participa o do pa s no mercado em plena expans o das T Vs a cabo telefonia celular e redes locais de computadores Os amplificadores pticos ou eletr nicos s o imprescind veis nas linhas de transmiss o superiores a 100 Km No caso dos amplificadores pticos objeto de pesquisa do grupo da UFPE as transmiss es de som e imagem s o mais velozes e de melhor qualidade O apar
256. gos especializados a um p blico seleto formado por especialistas Bueno 1984 15 16 As opini es coincidentes de Pasquali e Bueno se repetem em rela o ao conceito de divulga o cient fica 6 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes a divulga o cient fica o envio de mensagens elaboradas mediante recodifica o de linguagens cr ticas a linguagens omnicompreens veis totalidade do p blico receptor dispon vel Pasquali apud Bueno 1984 18 a divulga o cient fica pressup e um processo de recodifica o isto a transposi o de uma linguagem especializada para uma linguagem n o especializada com o objetivo de tornar o conte do acess vel a uma vasta audi ncia Bueno 1984 19 Ao discutir o conceito de divulga o cient fica Calvo Hernando 1992 19 tamb m toma como base o p blico alvo e a linguagem utilizada Jconsiste em transmitir na linguagem de todos conhecimentos elaborados na linguagem de uns poucos O peso dado ao p blico alvo na formula o desse quadro conceitual se justifica pelo fato de o p blico ser determinante para a defini o da linguagem a ser utilizada na constru o dos mais variados textos n o podendo ser ignorado especialmente quando se prop e a divulgar a ci ncia e a tecnologia O enfoque no p blico e na linguagem para constru o de uma tipologia da difus o cient fica pode ser explicado pela perspe
257. graves do que tempos atr s O autor ilustra seu ponto de vista lembrando o tr gico epis dio do C sio 137 ocorrido em Goi nia em setembro de 1987 O acidente causou quatro mortes no espa o de trinta dias contamina o de cerca de 250 pessoas e de uma dezena de localidades Todas essas pessoas foram v timas da falta de informa o e de conhecimentos cient ficos necess rios para viver em um mundo que re ne avan os cient ficos e tecnol gicos not veis ao lado de graves defici ncias na forma o intelectual dos cidad os Bizzo 1998 11 A nosso ver o exemplo mencionado por Bizzo um argumento bastante forte para se afirmar que o homem contempor neo n o apenas quer ele necessita obter explica es sobre tudo aquilo que em algum momento possa influenciar sua vida ou fazer parte dela Espera se que essas explica es abordem n o somente as vantagens mas tamb m os preju zos que os avan os cient ficos e tecnol gicos podem acarretar Segundo Sanches 1998 a sociedade atual est muito mais preocupada com as consequ ncias do mau uso da ci ncia e da tecnologia do que em usufruir suas benesses e suas virtudes A degrada o ambiental a clonagem e a invas o da vida privada pelos computadores s o apenas exemplos dos questionamentos mais comuns impostos pela sociedade Sanches 1998 7 3 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes A demanda do p blico pelo
258. hante existente na superf cie dos organismos vivos a manuten o e mensura o dessa concentra o 233 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 48 49 50 51 52 de exposi o e ou libera o ao longo do tempo e a utiliza o de um painel ou substrato para testes com caracter sticas f sicas rugosidade microvilosidades semelhantes s do organismo ou adequadas para o teste Em conseqii ncia a grande maioria dos trabalhos nessa rea efetua apenas testes em laborat rio em detrimento de uma avalia o mais real stica da atua o dos produtos Al m disso a observa o de aus ncia de incrusta o biol gica sobre determinado organismo n o implica necessariamente a exist ncia de defesas qu micas espec ficas embora a maioria dos trabalhos tome por base essa hip tese Outras adapta es antiincrustantes podem estar presentes tais como secre o cont nua de muco descama o cont nua ou peri dica do tecido superficial defesas f sicas ou uma combina o de dois ou mais desses mecanismos A presen a tanto em esponjas quanto em octocorais e numa mesma esp cie de subst ncias inibit rias ou estimulantes da fixa o de larvas de craca gera algumas d vidas Esses compostos desempenham ou n o um papel de defesa para os seus produtores A atividade antiincrustante observada em laborat rio ocasional sem um papel ecol gico de resposta a um tipo de pr
259. hi 1998 13 na posi o aqui defendida fica impl cito que formalidade quest o de estilo n o necessariamente acarreta distanciamento do interlocutor nem elimina as marcas de interatividade grifo do autor 4 4 As vozes do discurso De acordo com Bakhtin 1993 1975 1995 1929 a orienta o dial gica um fen meno pr prio do discurso Para o autor o que falamos apenas o conte do do discurso o tema de nossas palavras O discurso de outrem mais do que o tema do discurso ele pode entrar no discurso e na sua constitui o sint tica como uma unidade integral da constru o A dialogicidade expressa n o apenas pela presen a de marcas 165 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes alheias em toda a estrutura do discurso mas tamb m pelo fato de o enunciador do discurso visar a um interlocutor seja em di logos ou em mon logos a partir do princ pio dial gico postulado pelo c rculo de Bakhtin e pela teoria psicanal tica de Lacan que Authier Revuz 1982 fundamenta suas reflex es sobre o que designa de heterogeneidade constitutiva e heterogeneidade mostrada Embora n o esteja nitidamente delimitada nem seja pass vel de descri o ling stica a heterogeneidade constitutiva consiste segundo a autora na inevit vel presen a do outro no discurso p 99 A heterogeneidade mostrada ao contr rio pode ser materialmente identific
260. ia uma peculiaridade dos v rus e permite que eles se adaptem ao meio em que se encontram Ao contr rio de v rias partes da capa viral esses carboidratos anormais como Hansen os denomina n o sofrem tanta altera o j que sua produ o n o comandada pelo c digo gen tico do v rus C ssio Leite Vieira Ci ncia Hoje 102 p 71 283 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J10 Sa de na pr hist ria Popula es pr hist ricas do interior do Brasil apresentavam mais fraturas sseas que seus vizinhos do litoral tinham menos problemas na forma o de dentes e maior resist ncia a doen as infecciosas Com estilo de vida diferente os grupos litor neos sofriam com mais frequ ncia de anemia e infec es sseas O alimento vindo do mar apesar de rico em prote nas supostamente n o evitava doen as e podia mesmo ser t xico causando diarr ias cr nicas e outros problemas Esses dados revelados agora por pesquisadores da Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz no Rio de Janeiro s o o resultado de dois anos de trabalho sobre doen as relacionadas ao ambiente e ao estilo de vida dessas popula es Parte do material arqueol gico usado no estudo do Museu Nacional do Rio de Janeiro uma cole o proveniente de um sambaqui de Cabe uda em Santa Catarina A outra cole o da Universidade Cat lica de Pernambuco e vem do s tio arqueol gico Furna do
261. ia Eletr nica Ltda sediada em Recife dever produzir e comercializar o aparelho que no mercado internacional custa entre 10 e 20 mil d lares e produzido por apenas cinco empresas Par grafo 4 Ainda n o h empresas interessadas na comercializa o do modulador ptico mas os pesquisadores esperam que ele tenha o mesmo caminho do amplificador Par grafo 9 Texto J2 No texto J2 Alta tecnologia em comunica es foram apresentados dois estudos realizados por pesquisadores de um mesmo laborat rio que resultaram no desenvolvimento do amplificador ptico e do modulador ptico Na se o perspectivas anunciada a 120 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes perspectiva favor vel referente comercializa o do primeiro equipamento e o clima de expectativa dos pesquisadores em rela o ao modulador 57 Apesar do resultado promissor Hansen acrescenta alguns por ns Para ele ser importante verificar se os carboidratos purificados conseguir o induzir em primatas concentra es de anticorpos em quantidade suficiente para neutralizar a a o do HIV Neste momento estamos desenvolvendo testes em macacos na Su cia e os resultados ir o determinar se deveremos ou n o prosseguir com os testes em humanos explica o pesquisador Segundo ele se tudo correr bem e as concentra es de anticorpos se mostrarem suficientes os testes em humanos dever o co
262. ial no telesc pio espacial Hubble em 2002 abrindo amplas perspectivas para a primeira detec o direta de um planeta Mesmo com as dificuldades atuais existe uma corrida entre norte americanos e europeus visando a primeira detec o direta a partir do solo atrav s da interferometria em 10 m crons envolvendo o telesc pio Keck no Hava e o telesc pio que o observat rio austral europeu ESO de European Southern Observatory vai instalar nos Andes chilenos e que dever estar operando a partir do pr ximo s culo A busca da vida no universo Diante da esperan a de detectar um consider vel n mero de planetas extra solares nas pr ximas d cadas natural que a quest o da exist ncia de formas de vida nesses mundos seja colocada Como uma visita in situ uma possibilidade ainda remota resta a teledetec o como meio de investiga o A pergunta chave ent o o que procurar Inicialmente preciso formular conceitos que n o sejam a priori baseados nas formas de vida mais comuns na Terra As concep es que a ci ncia teve e tem sobre a vida t m sido frequentemente questionadas Um exemplo da diversidade dos seres vivos e de sua presen a mesmo em condi es adversas extremas o Riftia pachyptila verme gigante das profundezas abissais estudado por pesquisadores franceses O Riftia pachyptila chega a crescer 85 cm por ano e pode atingir cerca de 2m Seu sangue se assim podemos chamar transporta enxof
263. ializado Se de um lado o hermetismo de CH parece ter como principal causa o fato de a maioria de seus textos serem produzidos por pesquisadores h quem acredite que ningu m mais capacitado para vulgarizar a ci ncia do que os pr prios cientistas Sabattini 1991 21 por exemplo afirma a divulga o de assuntos t cnicos e cient ficos que interessam ao p blico leigo como o caso da inform tica interesse esse despertado e incentivado em grande parte pela ampla dissemina o dos computadores pessoais parece atingir um bom grau de qualidade e efici ncia quando o divulgador um cientista especializado que tenha facilidade para escrever de forma clara objetiva e comunicativa para esse mesmo p blico e que a vis o do futuro e dos impactos sociais das novas tecnologias discutidos de forma leve mas segura s o os assuntos que parecem despertar mais interesse por parte dos leitores Z E certo que um especialista em determinada rea domina melhor do que os jornalistas assuntos de seu campo de atua o Mas exatamente por conhecer muito bem o jarg o os m todos e as t cnicas at que ponto ele consegue selecionar informa es que interessem ao leitor n o especialista ou se preocupa com a tradu o da linguagem 22 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Imp e se ent o distinguir saber ci ncia de saber comunicar essa ci ncia Qual a comp
264. iam com o corte do vidro ou cristal seguindo se da evapora o quando um filme de alum nio inserido no substrato Depois o filme cortado e encaminhado para a fotolitografia onde definido o formato do modulador Em seguida o substrato mergulhado num recipiente com sal cido para que o cristal ou o vidro seja modificado nas regi es n o protegidas pelo alum nio formando se o guia de onda O procedimento final a caracteriza o el trica do dispositivo Par grafo 8 Texto J2 No fragmento exibido em 53 o jornalista descreve as etapas necess rias para a constru o de um modulador ptico incluindo a discrimina o do material utilizado Note se que apesar de ser mais detalhada do que as metodologias das demais MDC as informa es s o apresentadas de forma bastante concisa 54 Parte do material arqueol gico usado no estudo do Museu Nacional do Rio de Janeiro uma cole o proveniente de um sambaqui de Cabe uda em Santa Catarina A outra cole o da Universidade Cat lica de Pernambuco e vem do s tio arqueol gico Furna do Estrago no agreste pernambucano Par grafo 2 A cole o de Cabe uda com cerca de quatro mil anos tem 317 esqueletos alguns incompletos O material de Furna do Estrago data de dois mil anos e re ne aproximadamente 80 indiv duos entre adultos e crian as Estamos tra ando um painel de como eram as condi es de vida e sa de desses grupos considerando o estr
265. ias condi es biol gicas 275 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes internas do lago as raz es para o fen meno A observa o das til pias encontradas em abund ncia no Parano indicou que elas contribuem para manter os altos n veis de f sforo O paladar pouco exigente das til pias explica a origem do problema que causam Elas s o on voras isto comem quase tudo desde aguap s fitopl ncton basicamente algas zoopl ncton e larvas de insetos at a mat ria org nica encontrada nos sedimentos depositados no fundo do lago Ao se alimentar de todos esses recursos as til pias absorvem f sforo das mais diversas fontes excretando o na forma de ortofosfato ou f sforo sol vel de que as algas se nutrem Ao liberar o f sforo sol vel as til pias aceleram seu ciclo natural tornando o dispon vel para as algas que se multiplicam com muito mais facilidade explica Fernando Starling Ao inv s de entrar num processo natural de imobiliza o quando sedimentado no fundo do lago o f sforo novamente lan ado pelas til pias no ciclo biol gico 10 J as carpas se alimentam exclusivamente de fitopl ncton e zoopl ncton Como ser o bem 11 menos populosas que as til pias liberar o uma quantidade menor de f sforo sol vel Testes em reas isoladas do lago mostraram que a redu o da quantidade de til pias e a introdu o de carpas tornam a qualidade da gua me
266. icas de metab litos de esponjas j foram estudadas mas poucos estudos visaram determinar o papel dessas subst ncias no ambiente natural Ensaios em laborat rio sobre atividade antimicrobiana e sobre inibi o da fixa o ou da metamorfose de larvas do briozo rio Phidolophora pacifica subclasse Ectoprocta do verme marinho Salmacina tribranchiata classe Polychaeta e do molusco Haliotis rufescens classe Gastropoda entre outros trabalhos levaram ao isolamento de v rios produtos naturais Destacam se entre esses a aerotionina e a homoaerotionina derivados da didibromotirosina encontradas em Alplysina fistularis o diterpeno ambliol A e o sesquiterpeno pallescesina A em Dysidea amblia o sesterpeno linear idiadiona e os sesterpenos tetrac clicos heteronemia 12 epi desoxoscalarina desacetil 12 18 diepiscalaradiol e scalafurano em Leiosella idia sulfatos de ester is em Toxadocia zumi isonitilas e isotiocianatos sesquiterp nicos em Axinella sp e algumas misturas desconhecidas extra das de Haliclona cinerea e Pachychlina lunisimilis O molusco H rufescens mostrou se extremamente sens vel a esses produtos sofrendo inibi o na metamorfose larval Os dois metab litos antimicrobianos da esponja A fistularis ordem Verongida s o liberados na gua do mar em taxas avaliadas em laborat rio e em campo A esp cie responde a danos f sicos aumentando entre 10 e 1000 vezes a quantidade do produto que libera normalmente Para
267. icas para quem trabalha com ci ncia no Brasil ex como e onde conseguir apoio para pesquisas 51 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 7 Ci ncia em Dia apresenta textos com informa es sobre pesquisas cient ficas recentes Perfil de mat ria jornal stica A quase absoluta maioria dos textos de autoria de jornalistas 8 Cr nica traz textos leves sobre experi ncias pessoais de pesquisadores 9 Debate cont m importantes fatos em pol tica cient fica e tecnol gica discutidos por personalidades do mundo cient fico acad mico pol tico 10 Documento constitu da por textos de pesquisadores que em geral tratam de pol tica cient fica e tecnol gica 11 Bom Saber comporta textos sobre o impacto na sociedade de atividades de pesquisa cient fica A maioria dos textos artigos curtos de autoria de pesquisadores mas nesta se o podem ser encontrados eventualmente mat rias jornal sticas Os textos d o conta de fatos recentes ligados pol tica nacional de ci ncia e tecnologia ou ao desenvolvimento cient fico com repercuss o social 13 Em foco s o pequenas notas sobre assuntos variados novidades cient ficas desastres ecol gicos etc 14 Entrevista cont m entrevistas com personalidades do mundo cient fico que analisam temas cient ficos relevantes 15 Fic o traz informa es sobre os ltimos lan amentos em filmes v deos
268. idades civis Essa op o vi vel mas de resultado demorado e caro considerada insuficiente pela Organiza o Mundial de Sa de OMS diante da gravidade da epidemia no mundo e em especial nos pa ses em desenvolvimento A es vacinais em fase de desenvolvimento que s a longo prazo poder o chegar popula o O reconhecimento de que a AIDS n o ser controlada sem a obten o de vacina anti HIV exige variadas pesquisas com produtos capazes de neutralizar o v rus no momento h no mundo cerca de 20 produtos candidatos a vacinas norte americanos e europeus No controle de doen as infecto contagiosas a vacina tem a melhor rela o custo benef cio O Brasil precisa dela com a m xima urg ncia A participa o brasileira em ensaios vacinais come ou a ser definida quando a OMS apontou em 1991 quatro pa ses em desenvolvimento que por raz es sociais ou cient ficas poderiam sediar tais ensaios Brasil Tail ndia Uganda e Ruanda todos com posi o de destaque no ranking mundial de AIDS Tais pa ses receberiam ajuda da OMS a fim de preparar se para futuros estudos de efic cia da vacina fase III as fases I e II exigidas de toda proposta de vacina envolvem avalia es de seguran a e de imunogenicidade estudos de rea es imunizantes em n vel humoral ou celular O Brasil por m exibia condi es especiais al m de ter comprovada capacidade t cnica e cient fica j negociava com a United Biomedical Inc
269. idas parece dif cil responder com precis o se estamos ou n o acompanhados por qualquer tra o de vida no universo Mesmo depois de caminhar pela superf cie vermelha podemos n o encontrar a resposta para uma das quest es mais antigas da humanidade Par grafo 8 Texto JI 30Conv m salientar no entanto que alguns desses manuais j n o imp em a imparcialidade como uma camisa de for a Esse o caso do manual de reda o da Folha de S Paulo 1984 31A pauta consiste nas orienta es que o rep rter recebe sobre o fato que dever cobrir 32 A altern ncia entre o passado e o presente hist rico tamb m pode ser um indicativo de subjetividade De acordo com Schiffrin apud Toolan 1988 168 o presente hist rico permite que o narrador apresente os acontecimentos de modo que o ouvinte pode perceber por si pr prio o que aconteceu e pode interpretar por si pr prio a signific ncia desses acontecimento Significa dizer que o uso do presente hist rico em lugar do passado tem a fun o de focalizar determinada por o do texto que merece ser assinalada 123 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Nas demais MDC analisadas a avalia o vem impl cita principalmente nos modais e na sele o dos verbos dicendi como se pode observar nos exemplos 62 e 63 62 Segundo ele j se pensa na possibilidade de implantar chips constru dos base de magnetos no c rebro de pessoas co
270. ila es que a estrutura n o resistiu Par grafo 4 Com a RMN acontece algo parecido Quando postos sob a a o de um campo magn tico est tico os n cleos at micos movem se periodicamente em torno da dire o do campo Tal movimento semelhante precess o de um girosc pio ou de um pi o de brinquedo em torno do campo gravitacional da Terra precess o o deslocamento causado por uma for a externa do eixo de rota o de um objeto em movimento girat rio Se uma onda eletromagn tica incide sobre um conjunto de n cleos at micos que apresentam precess o tais n cleos absorver o energia da onda quando esta estiver em resson ncia com o sistema Par grafo 5 Texto C3 Antes de informar sobre a descoberta dos ecos de corrente pelo Grupo de Resson ncia Magn tica Nuclear do CBPF o autor exp e nos dois primeiros par grafos a principal aplica o da Resson ncia Magn tica RMN explica o fen meno par grafos 3 4 e 5 e relata os passos de sua descoberta par grafos 6 e7 como esquematizamos no quadro 20 Quadro 20 Se o de contextualiza o texto C3 Ecos de corrente desafios f sica experimental T picos Desenvolvimento do T pico e Aplica o RMN e O que e Hist rico 80 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Z E interessante observar que embora n o tenha sido tema de capa em CH a contextualiza o do artigo Ara
271. ilopoda piolhos de cobra classe Diplopoda e outros organismos menos conhecidos Todos os artr podes t m como caracter sticas b sicas a presen a de patas e de um revestimento duro e imperme vel Essa armadura constitu da por uma subst ncia denominada quitina funciona como um esqueleto externo exoesqueleto e precisa ser trocado de tempos em tempos para que o animal possa crescer O corpo divide se geralmente em cabe a t rax e abdome mas em alguns deles como nas aranhas ocorre a fus o da cabe a e do t rax constituindo o cefalot rax Como as patas tamb m s o revestidas pela quitina a locomo o requer juntas m veis nas quais a armadura mais fina e flex vel e por isso o filo foi batizado de Arthropoda patas articuladas em grego Esses animais t m ainda ap ndices antenas palpos ou quel ceras aparelhos terminados em pin as ou garrras Excetuando os crust ceos os demais artr podos principalmente os aracn deos s o em geral confundidos com os insetos Existem entretanto v rias diferen as entre aracn deos e insetos As mais f ceis de identificar est o no n mero de patas tr s pares nos insetos e quatro pares nos aracn deos e nos segmentos do corpo os insetos exibem os tr s segmentos b sicos mas nos aracn deos cabe a e t rax est o unidos no cefalot rax Al m disso os aracn deos n o t m asas em nenhuma fase da vida possuem at oito olhos podem usar alguns de
272. inga doRio de Janeiro Apesar de suas cores fortes e de seu comportamento ativo uma aranha encontrada em grande n mero nas restingas da Barra de Maric no Rio de Janeiro vinha passando despercebida aos olhos dos cientistas Depois de capturada e estudada pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ e do Museu Americano de Hist ria Natural anunciaram tratar se de uma nova esp cie De corpo negro e patas vermelhas a aranha caminha ativamente pelas areias brancas da restinga o que lhe valeu o nome de Trachelopachys ammobates que em grego quer dizer andarilha da areia Ela tem cerca de dois cent metros um cent metro de corpo diurna e n o faz teias Carlos Frederico Duarte da Rocha pesquisador do Setor de Ecologia da UERJ que estuda os vertebrados da regi o desde 1984 ficou curioso com o comportamento da aranha Ela um carro aleg rico andando agilmente em uma areia muito branca diz Rocha que por n o ser taxionomista de aranhas n o tinha notado a descoberta A import ncia do achado s foi percebida por Norman Platnik do Museu Americano de Hist ria Natural para quem Rocha enviou exemplares do animal Um detalhe que chamou a aten o de Rocha o fato de essa aranha muito vistosa sobreviver em uma regi o de muitos lagartos os principais predadores de aracn deos Em experimentos de laborat rio o pesquisador da UERJ observou que os lagartos se recusam a comer T ammobates Ele tentou
273. io do sul proporcionando umidade tamb m durante o inverno Nessas condi es era poss vel aos Guarani cultivar suas ro as nos patamares da encosta pr ximo aos c rregos onde ficavam suas aldeias Par grafo 36 Texto C10 78 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes No quadro 18 apresentamos o esquema t pico do texto C10 Quadro 18 Se o de contextualiza o texto CIO Pantanal os primeiros passos da pr hist ria T picos Desenvolvimento do T pico e Fauna A paisagem do Pantanal e Vegeta o e Topografia e Hidrografia e Paiagu e Guajarapo As popula es do Pantanal e Guat e Guarani e Guan Chan e Xaray As extensas se es de contextualiza o dos ADC que foram tema de capa de CH geralmente s o desenvolvidas a partir de informa es gen ricas at chegar s mais espec ficas e o n vel de detalhamento chega a ser exagerado Por outro lado na maior parte dos textos publicados em Bom Saber essa se o um pouco mais compacta o que pode ser observado em C2 Lasers sem cavidades com a contextualiza o concentrada nos tr s primeiros par grafos Neles o autor discorre sobre o laser incluindo dados que v o desde a sua primeira demonstra o passando pela conceitua o caracter sticas da radia o at as aplica es No quadro 19 o esquema t pico da contextualiza o de C2 Quadro 19 Se o de c
274. ipal dificuldade para a observa o experimental do fen meno exatamente a sua curta dura o Calcula se que a dura o de um eco de corrente em um metal como o cobre por exemplo seja uma fra o de nanossegundo 1 nano segundo a bilion sima parte do segundo ou seja Ins 0 000000001 s Para detect lo portanto s o necess rios equipamentos eletr nicos muito r pidos e condi es experimentais muito espec ficas Os grupos de RMN e Magnetometria do CBPF est o trabalhando em conjunto para tentar detectar esse novo fen meno de resson ncia em amostras de filmes finos com espessuras da ordem de 1000 angstrons ou 0 00001 cm feitos a partir de metais com alta condutividade el trica como cobre prata e ouro Os experimentos s o realizados temperatura do h lio l quido ou 4 2 graus Kelvin para maximizar a condutividade do material j que o aumento desta prolonga a dura o do eco de corrente Resumindo estudos te ricos apontam para a exist ncia dos ecos de corrente fen meno de resson ncia semelhante aos ecos de spin que entre outras aplica es levaram cria o dos tom grafos de resson ncia magn tica nuclear usados na medicina Acredita se que os ecos de corrente tamb m possam ter v rias aplica es mas sua observa o experimental por enquanto um desafio para a f sica experimental Ivan S Oliveira Grupo de Resson ncia Magn tica Nuclear 224 A divulga o cient fica em Ci ncia
275. ir o significado de certos termos ou pelo menos ser capaz de discernir as palavras cuja compreens o precisa n o indispens vel Neste jogo de predi o que consiste em inferir significados o leitor deve ficar atento para verificar o acerto ou erro de suas hip teses O pr prio leitor pode corrigir se A recomenda o de Kleiman em rela o ao ensino de leitura para crian as perfeitamente v lida para adultos ensin los a utilizar seus conhecimentos ling sticos e de outra natureza para resolver problemas de compreens o de texto ressaltando sempre que as palavras n o podem ser encaradas isoladamente pois s t m valor na medida que contribuem para o significado global Em rela o quest o do vocabul rio do texto o professor deveria desenvolver sistematicamente a estrat gia de infer ncia lexical significado das palavras no contexto mostrando aos alunos que junto com seu conhecimento de mundo ela permite chegar ao significado mesmo que aproximado das palavras ver Pistas para as palavras Sugest es did ticas 1 Bons leitores n o mergulham na leitura sem antes examinar o material Em geral realizam certos procedimentos explorat rios para ter uma id ia da extens o e estrutura do texto para saber se ele lhes interessa se atende aos objetivos que t m em mente se o estilo lhes agrada se tem rela o com outros textos que conhecem etc o que chamamos de varredura Ensine seus alunos a f
276. irecionalidade uma vez que esse laser paint emite em todas as dire es Uma radia o monocrom tica foi obtida bombeando se opticamente a mistura de Rhodamina Perchlorato 2x10M com esferas de di xido de tit nio de 250nm de di metro e uma concentra o de 1010cm em uma c lula de quartzo utilizando o segundo harm nico 532nm de um laser de Nd YAG dois tipos de laser foram usados para o bombeamento um emitindo pulsos de 10ns e outro emitindo pulsos de 100ps Para caracterizar a intensa luz emitida em 620nm um segundo pico menos intenso foi observado em 640 nm foram analisadas a intensidade a largura espectral e a largura temporal dessa radia o em fun o da pot ncia de bombeamento A forma dessas curvas que devem demonstrar uma pot ncia cr tica thresbold a partir da qual a emiss o cresce rapidamente uma redu o abrupta na largura espectral e na largura temporal s o condi es necess rias para classificar a emiss o tipo laser A figura 1 mostra o comportamento da radia o emitida com rela o forma bem como a redu o na largura de linha e na dura o temporal do pulso emitido em fun o da energia incidente Lasers com caracter sticas qualitativamente similares s demonstradas nesse trabalho realizado na Brown University haviam sido previstos em 1970 por Valdimir Lethokov N G Basov 221 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes e colaboradores constando do
277. irmei que as escolhas reais no processo de produ o de sentido na constru o de um texto eram oriundas de um sistema virtual a l ngua para formarem o sistema real do texto e que estas escolhas reais eram condicionadas e emergentes tinha em mente a pr tica usual do uso di rio da l ngua Somos intuitivamente competentes nessa atividade sem que nos demos ao trabalho de muita elocubra o Suponhamos que desejo me comunicar com um amigo que se acha distante e h muito n o o vejo Para tanto escrevo lhe uma carta ou dou lhe um telefonema que s o g neros estabilizados com certas estruturas e condi es de organiza o seria uma escolha bem diversa n o s no g nero textual como em tudo o mais se eu tivesse que escrever um artigo cient fico ou uma not cia jornal stica ou seja l o que for O conhecimento de mundo e da sociedade fundamental portanto para a constru o da textualidade que segundo Beaugrande 1997 13 uma qualidade essencial a todos os textos mas tamb m um empreendimento humano sempre que um texto textualizado 1 e sempre que um artefato de sons ou marcas escritas s o produzidas ou recebidas como um texto grifos do autor 17 O termo textualidade refere uma das primeiras no es concebidas nos anos 70 pela ent o emergente Ling stica de Texto A textualidade consiste em um conjunto de propriedades ou caracter sticas coes o coer ncia inten
278. ismo coesivo o encadeamento entre o final e o in cio dos per odos e sobretudo dos par grafos Ou seja quando h uma progress o tem tica linear quando o rema de um enunciado passa a tema do enunciado seguinte o rema deste a tema do seguinte e assim sucessivamente Koch 1994 58 Assim o autor constr i o seu texto criando elos entre cada assunto abordado No corpus esse tipo de recurso que apresentou maior incid ncia em textos de cientistas vem em geral aliado 151 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes repeti o de itens lexicais Vejam se nos fragmentos exibidos de 113 a 116 alguns trechos retirados de ADC que exemplificam esse mecanismo 113 Recentemente participamos com pesquisadores da Brown University Provence Rhode Island EUA de um experimento em que a a o laser em uma mistura de corante Rhodamina e micropart culas de di xido de tit nio TiO o ingrediente que usado em tintas foi demonstrada Par grafo 3 Essa mistura produz uma esp cie de pasta que se comporta como um meio fortemente espalhador artificial e surpreendentemente amplifica a luz da mesma forma que qualquer laser tradicional Par grafo 4 Texto C2 114 A partir dessas equa es foi poss vel deduzir que aplicando uma onda eletromagn tica na forma de pulsos a um sistema condutor percorrido por uma corrente el trica esta pode como a RMN absorver ene
279. item mais radia o infravermelha n o vis vel estimada entre a estrela e o planeta detectado seria de 12 8 vezes condi es mais favor veis para obter imagens embora isso ainda exija imenso esfor o tecnol gico 22 Recentemente no Observat rio dos Alpes Mar timos Observatoire de la C te d Azur na Fran a foi desenvolvido por Jean Gay um novo de conceito de coron grafo que talvez seja a solu o coron grafos s o instrumentos que ocultam o corpo da estrela permitindo a observa o apenas de um anel externo a coroa 23 Atrav s de t cnicas interferom tricas o novo aparelho apaga a estrela permitindo que um planeta situado fora do eixo tico apagado seja diretamente detectado A atmosfera terrestre 217 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 24 25 26 27 28 29 30 limita a efici ncia do processo mas os recursos atuais de ptica adaptativa podem melhorar a performance os primeiros testes realizados do solo permitiram observar um contraste de 5 magnitudes entre astros situados no mapa celeste visto da Terra a uma dist ncia de dois m crons um equivale milion sima parte do metro Tal precis o nunca foi atingida antes A performance prevista teoricamente s poder ser obtida se os efeitos atmosf ricos forem eliminados Por isso vem sendo estudada a possibilidade de instalar o coron grafo interferenc
280. ivulgaci n cient fica producidos por autores investigadores tienden a reproducir la superestructura de los textos cient ficos 3 los autores investigadores utilizan muchos t rminos t cnico cient ficos y no siempre se preocupan por tornarlos comprensibles al lector no especializado 4 los autores periodistas tienden a utilizar estrategias textuales discursivas para facilitar la comprensi n e involucrar al lector no especializado 5 en los textos de divulgaci n cient fica autores investigadores dan prioridad al valor argumentativo de las citaciones mientras que los autores periodistas utilizan citaciones de especialistas como argumento de autoridad 6 la funci n de la met fora en las MDC es esencialmente ornamental y en los ADC explicativa RESUM L objectif de cette th se est l identification de quelques aspects des textes de vulgarisation scientifique publi s dans le magazine br silien Ci ncia Hoje CH Nous pr sentons les diff rences et les ressemblances des structures textuelles et des strat gies discoursives entre les textes produits par des journalistes et ceux produits par des scientifiques Pour ce faire nous avons travaill un corpus constitu de 38 ditions de CH publi es de janvier 1994 d cembre 1997 ou nous avons isol 24 textes soit 12 sign s par des journalistes et 12 sign s par des chercheurs Nous partons d un apriori les textes sont des v nements r alis s dans des communaut s de pratiqu
281. janeiro e fevereiro e tamb m nos meses de maio a agosto a ave re ne se em grandes bandos para dormir Durante a pesquisa foram localizados 18 locais de dormit rios dos quais 15 ainda em uso um deles j abrigou mais de sete mil papagaios em certas ocasi es interessante destacar que os papagaios usam como dormit rios na maioria dos casos planta es de v rias esp cies dos g neros Eucalyptus ou Pinus localizadas em propriedades privadas em vez de reas de mata nativa Diferentes locais s o usados ao longo do ano e ocasionalmente as aves escolhem novos locais como aconteceu na Esta o Ecol gica de Aracur A mata ali existente caracterizada pela presen a de Araucaria angustifolia foi abandonada em anos recentes e os papagaios t m se reunido para dormir em uma planta o de eucaliptos pr xima Como a maioria dos papagaios o char o prefere fazer ninhos em ocos de rvores velhas e de grande porte particularmente v rias esp cies de canelas g neros Nectandra e Ocotea camboat 239 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 12 Cupania vernalis e v rias esp cies de branquilhos g nero Sebastianina Entretanto em contraste com a maioria dos papagaios do g nero Amazona o char o tende a escolher locais relativamente baixos geralmente entre cinco e oito metros do solo o que facilita a a o dos pedradores Sementes flores e frutos vari
282. je Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes essa caracter stica das MDC se deva preocupa o com a economia de palavras e com a concis o inerente aos profissionais do jornalismo 117 O primeiro ve culo a andar sobre outro planeta fez seu passeio por uma rea irregular do tamanho de um campo de futebol e forneceu flagrantes de Marte que serviram para compor imagens tridimensionais uma realidade virtual de sua superf cie JA an lise de algumas rochas batizadas com nomes de personagens de desenhos animados e hist rias em quadrinhos ajudou a montar um perfil geol gico do vizinho mais pr ximo O rob deixou suas pegadas as marcas da roda em solo marciano Par grafo 5 Texto J1 Em 117 h um t pico exemplo de progress o textual a partir da justaposi o Cada um desses tr s per odos traz uma informa o aparentemente desconectada O primeiro informa que o ve culo a sonda Pathfinder forneceu imagens da superf cie de Marte O seguinte que a an lise das rochas ajudou a montar o perfil do vizinho mais pr ximo Marte E o ltimo que o rob deixou suas pegadas em solo marciano Para o leitor n o dif cil encontrar a conex o entre esses per odos a an lise das rochas foi realizada a partir das imagens tridimensionais captadas pelo ve culo um rob que deixou as marcas de suas rodas na superf cie marciana 118 Mol culas com propriedade magn ticas e compat veis com sistemas biol gicos iso
283. l 1992 38 A tiragem da revista alcan ou em 1985 55 mil exemplares Em 1987 atingiu a marca de 80 mil exemplares m s mas atualmente circula com tiragens mensais que oscilam 17 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes em torno de t midos 15 mil exemplares conforme informa o da editora de CH Alicia Ivanissevich Apesar de n o ser exemplo de sucesso editorial essa revista abriu espa o no mercado brasileiro para outras publica es do g nero Em 1987 surgiu Superinteressante da editora Abril que segundo Chaparro 1993 embora tenha como p blico alvo jovens estudantes dos n veis m dio e superior tamb m procura atender curiosidade dos pais que pagam a assinatura ou compram mensalmente a revista nas bancas De acordo com Chaparro em seis anos essa revista alcan ou uma tiragem em torno de 280 mil exemplares mensais tendo se tornado o maior sucesso editorial brasileiro dos ltimos vinte anos fato que vem comprovar a exist ncia de uma demanda bastante significativa pela informa o cient fica tratada em linguagem jornal stica A potencialidade do mercado proporcionou tamb m o lan amento em 1991 de Globo Ci ncia No entanto o sucesso da primeira edi o 120 mil exemplares n o se sustentou O fato deveu se segundo Chaparro 1993 a tr s fatores a crise econ mica que reduziu dramaticamente a renda da classe m dia brasileira onde est o os compradores desse
284. l para conquistar a credibilidade da opini o p blica Ocorre no entanto que essa pretensa imparcialidade n o existe Desde o momento em que se define a pauta priorizando um fato em detrimento de outros at a etapa final de reda o e edi o do texto jornal stico quaisquer que sejam os crit rios utilizados pelo pauteiro pelo rep rter ou pelo editor implicam subjetividade pois a pr pria escolha de crit rios j subjetiva De qualquer forma para manter a ilus o de imparcialidade o mais comum que nos textos jornal sticos a opini o do autor n o venha expressa muito claramente mas embutida em determinadas palavras nos verbos dicendi selecionados nos intensificadores nos modalizadores etc Em se tratando de MDC a explicita o da opini o do jornalista ainda menos comum Mesmo assim no corpus foi encontrado um texto em que a avalia o vem muito clara como pode ser observado nos trechos exibidos em 61 61 A justificativa para a realiza o da opera o Pathfinder foi testar uma nova tecnologia de pouso e avaliar as condi es da atmosfera em Marte Mas o objetivo principal da miss o n o deixou d vidas levantar qualquer vest gio de vida atual ou passada no planeta vizinho Par grafo 2 Os cientistas t m pouco mais de uma d cada para vencer as dificuldades que a explora o do planeta vermelho imp e Enquanto as tecnologias necess rias ao ataque dos terr queos n o s o desenvolv
285. la o ci ncia Calvo Hernando 1990 considera que o nascimento do jornalismo cient fico s tenha ocorrido na segunda d cada do s culo XX e se difundiu rapidamente como consegii ncia da populariza o da imprensa escrita e da explos o t cnico cient fica O per odo entre guerras tamb m contribuiu para aumentar o interesse do p blico pelas descobertas cient ficas De 14 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes acordo com Burkett 1990 1929 o desenvolvimento das armas utilizadas nas I e HI Guerras Mundiais chamou a aten o da imprensa para as descobertas cient ficas No per odo entre guerras v rias empresas jornal sticas colocaram profissionais voltados em tempo integral para assuntos cient ficos Foi o caso do The New York Times do Herald Tribune da Scripps Howard Newspapers da United Press do Science News e da Associated Press Com o tempo os jornalistas especializados em temas cient ficos sentiram a necessidade de se organizarem em associa es para defenderem seus interesses entre os quais sensibilizar os cientistas e propriet rios de ve culos de comunica o da import ncia da informa o cient fica para o desenvolvimento e bem estar dos pa ses Assim foi criada em 1934 a National Association of Science Writers NASW Atualmente s o v rias as associa es que re nem jornalistas cient ficos como a Associa o Brasileira de Jornalismo Cient fico a As
286. ladas por um pesquisador brasileiro poder o ter no futuro importantes aplica es no diagn stico m dico na substitui o das estruturas cerebrais respons veis pela mem ria e em v rias reas tecnol gicas O uso em exames de diagn stico baseados em contrastes como a tomografia computadorizada t cnica que capta a resson ncia magn tica nuclear de certas subst ncias injetadas na corrente sangii nea uma das possibilidades Par grafo 1 O primeiro magneto molecular foi isolado h alguns anos pelo qu mico Humberto Os rio Stumpf do Instituto de Ci ncias Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais quando desenvolvia sua tese de doutorado na Universidade de Paris Sul Fran a A import ncia da descoberta feita em conjunto com outros pesquisadores no laborat rio de qu mica inorg nica daquela universidade foi reconhecida na poca pela revista Science que publicou o trabalho v 261 23 7 1993 reproduzindo na capa a imagem do magneto Par grafo 2 Texto J3 Em 118 verificamos outro caso em que a progress o textual se d pela justaposi o No primeiro par grafo s o anunciadas as poss veis aplica es para certas 153 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes mol culas com propriedades magn ticas No segundo passa se ao relato da descoberta do magneto molecular Embora possam parecer dois blocos de informa es desvinculadas por n o haver men
287. latado baixa ocorr ncia predom nio do discurso indireto usado principalmente como forma de desenvolver novos argumentos e Met foras funcionam principalmente como recurso explicativo ii Mat rias de Divulga o Cient fica e Objetivo difundir a ci ncia com o prop sito de informar e Esquema textual b sico Abertura informa sobre o que trata o estudo quem participa qual o objetivo quando foi realizado quais os resultados e quais suas aplica es Contextualiza o cont m informa es variadas sobre o objeto de estudo ou a pesquisa como um todo Metodologia enfoca algum aspecto metodol gico Perspectivas informa sobre as expectativas ou os problemas relacionados pesquisa Ponto de Vista trechos em que se pode identificar a opini o do autor que em geral n o est expl cita e Ocorr ncia m dia de terminologia especializada um termo t cnico cient fico a cada 70 60 palavras e Baixa concentra o de termos especilizados nos par grafos e Em geral os termos especializados v m explicados e Mecanismos coesivos caracter sticos 199 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes designa es hiperon micas sinon micas gen ricas e parafraseantes para explicar ou substituir o referente progress o tem tica a partir da justaposi o de per odos e par grafos e Marcas de interatividade mais recorrentes uso de cit
288. les s o pequenas at 1 cm de corpo e 3 cm com as patas t m patas finas e longas e sua cor varia do marrom amarelado ao castanho figura 4 Mais ativas noite de apar ncia fr gil e n o agressivas em geral n o causam medo Gostam de esconderijos secos quentes e escuros cascas de rvores palhas entulhos e dentro das casas vivem em cantos de paredes atr s de m veis e outros locais construindo teias de ref gio em forma de len ol usadas como abrigo Usam o veneno raramente como meio de defesa Suas picadas em seres humanos representam 21 dos casos no pa s e ocorrem geralmente quando s o prensadas contra o corpo no ato de se vestir por exemplo Na grande maioria parte dos casos sic o veneno atua somente no local da picada inicialmente indolor S ap s algumas horas surge ard ncia seguida de coceira edema incha o e eritema vermelhid o at a forma o em poucos dias de uma ferida que pode levar de seis a oito semanas para cicatrizar dermonecrose Pessoas sens veis podem apresentar febre fraqueza n useas v mitos e raramente insufici ncia renal aguda Aplicado a tempo o soro evita a maioria dos efeitos t xicos As vi vas negras figura 5 com ampla distribui o nas zonas tropical e temperada e veneno de alta toxidade s o pequenas a f mea mede cerca de 1 5 cm de corpo at 3cm com as partas e o macho apenas 2 ou 3mm de corpo Essas aranhas tecem teias tridimensionais e somente as
289. lguns casos em que as explica es n o s o satisfat rias h uma maior preocupa o com o esclarecimento da terminologia empregada Esse quadro vem portanto confirmar a hip tese 2 quando produzem textos de divulga o cient fica os autores pesquisadores utilizam muitos termos t cnico cient ficos e nem sempre se preocupam em torn los compreens veis ao leitor n o especialista o que um ind cio de que escrevem 143 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes para seus pares e parte da hip tese 3 nos textos de divulga o cient fica produzidos por autores jornalistas observa se o uso de estrat gias textuais discursivas tais como a explica o de termos t cnico cient ficos 4 2 Os mecanismos coesivos na constru o de sentidos Segundo Koch 1994 h determinados mecanismos da l ngua que t m a fun o de estabelecer rela es textuais Trata se dos recursos de coes o textual que v o assegurar a conex o ling stica entre os elementos na superf cie textual estabelecendo assim rela es de sentido Para a autora mesmo n o sendo a coes o condi o necess ria nem suficiente para a textualidade visto que h textos destitu dos de recursos coesivos mas cuja continuidade se d no n vel da coer ncia desej vel o uso desses mecanismos nos mais variados textos sejam eles cient ficos did ticos ou jornal sticos pois aumenta a legibilidade Pro
290. lhor em v rios aspectos transpar ncia redu o dos n veis de am nia e f sforo e diminui o da popula o de algas Espera se que a conjuga o de duas estrat gias a remo o de til pias pela libera o da pesca e a introdu o controlada de carpas ver Pesca como solu o possa diminuir a popula o de algas e eliminar o uso de sulfato de cobre Os testes finais para comprovar a efic cia dessas t cnicas dever o estar conclu dos at o final do ano Starling espera finalizar a an lise dos resultados da experi ncia at meados de 1996 para que a biomanipula o possa ser efetivamente empregada no Parano 12 A id ia lan ar cerca de 1 000 peixes por hectare Numa primeira etapa calcula se que nas 13 reas mais polu das ser o lan ados 500 mil O bi logo n o teme o risco de uma superpopula o com vida m dia de 10 anos as carpas n o se reproduzem em condi es naturais demandando que sejam feitos repovoamentos peri dicos A biomanipula o bem mais barata do que o controle qu mico das algas 1 000 alevinos de carpas custam apenas R 40 00 e se houver necessidade a Caesb poder fazer criadouros para garantir peixes para o repovoamento Margareth Marmori Ci ncia Hoje 112 p 54 276 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J5 Andarilha da areia Nova esp cie de aranha abundante e de cores fortes descoberta em rest
291. licerina Hahn observou que quando a onda eletromagn tica era aplicada ao sistema de n cleos na forma de pulsos de curta dura o e n o continuamente a absor o de energia originava um fen meno at ent o n o observado E descobriu que o mesmo podia ser detectado na forma de um sinal el trico de curta dura o induzido em uma bobina pelo processo de absor o de energia pelos n cleos Hahn percebeu que ap s uma segii ncia de dois pulsos separados por intervalo de tempo conhecido o sinal el trico surgia em um instante igual a duas vezes o tempo entre os pulsos Ele 223 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 12 13 batizou o efeito de ecos de spin A descoberta de Hahn fundou a RMN pulsada revolucionando a tecnologia em v rios campos e os m todos experimentais de qu mica e f sica Os tom grafos de RMN usados na medicina por exemplo s o espectr metros de parafina ou glicerina s o detectados os ecos de pr tons presentes nas mol culas de gua do corpo Como a concentra o de gua diferente em cada tecido s o obtidas imagens detalhadas do interior do corpo Hahn no entanto foi muito al m da simples observa o experimental dos ecos de spin Ele tamb m mostrou que o fen meno estava previsto teoricamente nas equa es publicadas por Bloch em 1946 Os ecos de corrente Em um trabalho recente o Grupo de Resson ncia Magn tica
292. limita o para a compreens o do jornalista antes um guia que permite identificar corretamente dados e proposi es e eleger as rotinas produtivas apropriadas para uma situa o e um contexto dados Embora os modelos de superestrutura propostos por Van Dijk 1985 1989 1990 1992 n o sejam aceitos como universalmente v lidos quando aplicados a todos os g neros a no o de superestrutura textual pode ser produtiva para descrever a estrutura dos dois tipos de eventos que constituem o corpus deste estudo Neste cap tulo nosso interesse analisar e descrever as superestruturas dos ADC e das MDC publicados em Ci ncia Hoje e produzidos respectivamente por cientistas e por jornalistas 70 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 3 1 Estrutura de artigos de divulga o cient fica Segundo Van Dijk 1989 o texto cient fico uma variante do texto argumentativo pois como os cientistas objetivam convencer o p blico da validade da pesquisa relatada sempre partem de uma justificativa at chegarem conclus o O autor observa que a estrutura b sica do texto cient fico possui al m de uma justificativa e uma conclus o a coloca o do problema e uma solu o Para ele al m da fun o argumentativa existe no texto cient fico todo um ritual experimental i e convencionalmente o problema de pesquisa surge a partir de uma observa o ou um conjunto de observa
293. lise posterior de 20 outros pares incrustados e n o incrustados de mesma esp cie tomando se col nias de v rias esp cies de alcion ceos n o revelou outros exemplos de diferen as qu micas associadas incrusta o Evid ncias semelhantes permitiram o isolamento em corais da ordem Gorgonacea de quatro novas subst ncias Na costa da Calif rnia Estados Unidos a gorg nia Muricea californica o mais abundante exemplar do g nero mas outra esp cie quase id ntica M fruticosa divide o 230 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 28 29 30 31 32 33 mesmo ambiente e consideravelmente menos suscet vel incrusta o A composi o qu mica das duas esp cies muito semelhante incluindo triglicer deos ester is e cidos graxos mas M fruticosa cont m al m disso quatro saponinas as muricinas 1 2 3 e 4 Antes dessa descoberta as saponinas eram conhecidas somente em pepinos do mar e estrelas do mar ambos do filo Echinodermata Ao contr rio das demais saponinas as muricinas 1 a 4 n o s o t xicas para peixes nem t m atividade antibi tica mas inibiram o crescimento da microalga Phaeodactylum tricornutum concentra o de 100 partes por milh o Possivelmente esses compostos atuam como antiincrustantes em M fruticosa pela inibi o das etapas iniciais do processo bact rias e microalgas A avalia o do papel das muricinas na defesa antii
294. listas de uma rea ou de reas conexas tendo como caracter sticas o p blico especializado o conte do espec fico e o c digo fechado p 16 Os peri dicos cient ficos seriam por exemplo um caso de dissemina o intrapares Na dissemina o extrapares estariam inclu dos os casos em que s o disseminadas informa es especializadas para p blicos tamb m especializados mas em outro dom nio espec fico o caso de um curso de especializa o em homeopatia endere ado a m dicos alopatas ou de energia alternativa voltado para ge logos f sicos qu micos ou engenheiros p 18 Como se pode perceber Bueno 1984 discorda de Pasquali em rela o ao conceito de difus o cient fica pois o entende como um hiper nimo que incorpora a dissemina o cient fica difus o para especialistas e a divulga o cient fica difus o para o p blico em geral ao passo que Pasquali v difus o como sin nimo de divulga o No que se refere s caracter sticas gerais da dissemina o e da divulga o esses dois autores t m posi es semelhantes Ambos tomam a linguagem e o p blico alvo como par metros b sicos para suas conceitua es sobre dissemina o cient fica a dissemina o cient fica objetiva exclusivamente o contato entre especialistas Pasquali apud Bueno 1984 13 a dissemina o cient fica pressup e a transfer ncia de informa es cient ficas e tecnol gicas transcritas em c di
295. lmente se propaga em todas as dire es passa a deslocar se em um feixe de apenas uma dire o ao atravessar o cristal O efeito do dicro smo pode ser vizualizado quando se cruzam dois polarizadores girando os at que seus eixos pticos fiquem a 90 graus um do outro figura 2 Os magnetos sintetizados no Brasil podem vir a ser utilizados com maior efici ncia em discos magneto pticos por sua elevada capacidade de estocar informa o Al m disso apresentam temperatura cr tica na qual ocorre magnetismo mais elevada que a do primeiro composto em torno de 37 Kelvin 236 C mais pr ximo do nitrog nio l quido 77 Kelvin ou 196 C o que j representa uma vantagem quanto a poss veis aplica es Marise Muniz Ci ncia Hoje 129 pp 71 72 274 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J4 Peixes antipolui o Carpas poder o substituir sulfato de cobre no controle de algas no lago Parano em Bras lia Produtos qu micos poder o dar lugar a peixes na dif cil tarefa de tornar o lago Parano em Bras lia menos polu do Carpas prateadas est reis v o substituir o sulfato de cobre um metal pesado que h mais de 10 anos vem sendo lan ado no lago para impedir a prolifera o descontrolada da alga Microcystis aeruginosa As carpas est o sendo estudadas por uma equipe da companhia de guas e Esgotos de Bras lia Caesb e se tudo der certo ser a primeira
296. lo Gomes Nos exemplos 162 e 163 mais casos da estrat gia de justapor os discursos direto e indireto 162 Magda Pinto acredita que assim em vez de apenas condenar o uso dos ch s seria dada aos usu rios uma f rmula que otimiza o ch e o soro caseiro Ela lembra que n o s a popula o de baixa renda faz uso de ch s no Brasil onde cresce o n mero de pessoas de outras camadas sociais que optam por rem dios caseiros para restringir o uso da alopatia Par grafo 5 Texto J7 163 Segundo Sheila Mendon a coordenadora da pesquisa comum encontrar nos sepultamentos resqu cios de frutos e folhas de coqueiros e outras rvores usados na fabrica o de artefatos e adornos Escalar rvores era provavelmente a causa de um grande n mero de acidentes com fratura sup e a pesquisadora Par grafo 4 Texto J10 A nosso ver muito mais do que a elevada incid ncia do discurso relatado nas MDC a estrat gia de justapor cita es pode levar percep o equivocada do apagamento do sujeito do discurso em trechos constru dos base da fala do outro Mas importante n o perder de vista que embora o papel do outro seja crucial na constru o de textos jornal sticos n o se pode admitir a anula o a inexist ncia do eu a presen a do outro n o suficiente para apagar a do eu apenas suficiente para mostrar que o eu n o est s Isto que o ego n o pode ser simplesmente
297. lto empurrando uma crian a em um balan o Quando o movimento do adulto est em resson ncia com o do balan o o empurr o levar a crian a mais alto e com menor esfor o famoso o caso da ponte Tacoma Narrows nos Estados Unidos que desabou em julho de 1940 quatro meses ap s a inaugura o Em certo momento o movimento do vento tornou se ressonante Com a resson ncia a ponte absorveu parte da energia do vento isso ampliou tanto as oscila es que a estrutura n o resistiu Com a RMN acontece algo parecido Quando postos sob a a o de um campo magn tico est tico os n cleos at micos movem se periodicamente em torno da dire o do campo Tal movimento semelhante precess o de um girosc pio ou de um pi o de brinquedo em torno do campo gravitacional da Terra precess o o deslocamento causado por uma for a externa do eixo de rota o de um objeto em movimento girat rio Se uma onda eletromagn tica incide sobre um conjunto de n cleos at micos que apresentam precess o tais n cleos absorver o energia da onda quando esta estiver em resson ncia com o sistema A descoberta da RMN A base te rica da RMN foi formulada por Felix Bloch William W Hansen e Martin Packhard em trabalho publicado em 1946 Physical Review vols 69 e 70 Quatro anos depois um f sico norte americano rec m doutorado Erwin Hahn fez uma descoberta surpreendente Usando em seus experimentos os pr tons presentes na parafina e na g
298. m est iniciando qu em colabora o com o Centro Brasileiro de Seqienciamento de Prote nas da Universidade de Bras lia quem estudos sobre a estrutura bioqu mica do veneno loxosc lico qu Par grafo 21 Texto C5 Tamb m observamos casos em que a apresenta o do estudo n o suficientemente clara Isso ocorre especialmente quando s o abordados trabalhos alheios apenas como estrat gia argumentativa para fundamentar determinada tese do autor do texto Para tanto s o enfocadas v rias pesquisas sem no entanto dar informa es precisas sobre quando foram realizadas ou quem s o os respons veis Ou seja a apresenta o do estudo feita de forma bastante gen rica como o caso de Os riscos da doen a da vaca louca CS que mostramos no exemplo 11 11 As pesquisas sobre os prions apontaram que estes s o geneticamente codificados e permitiram isolar e caracterizar o gene correspondente em humanos e em roedores Par grafo 3 Estudos epidemiol gicos sugerem que o aparecimento da doen a em bovinos deveu se inclus o em sua alimenta o de suprimentos prot icos derivados de ovelhas contaminadas scrapie Par grafo 6 Por outro lado estudos mostraram que camundongos que produzem a prote na pri nica humana normal apresentam resist ncia infec o pelo agente infeccioso da encefalopatia espongiforme bovina Par grafo 7 Texto C8 87 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje
299. m ent o Artigos com 38 ocorr ncias Ci ncia em Dia com 37 Bom Saber com 34 e Tome Ci ncia com 29 Nas se es Artigos e Bom Saber o tipo de evento textual caracter stico o Artigo de Divulga o Cient fica ADC Na se o Ci ncia em Dia a Mat ria de Divulga o Cient fica MDC E em Tome Ci ncia embora possam ser encontrados os dois tipos de eventos observa se o predom nio de ADC 58 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 9 Freqii ncia das se es pr selecionadas 1994 1997 59 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes As se es Artigos Bom Saber Ci ncia em Dia e Tome Ci ncia foram observadas detalhadamente para finalmente elegermos aquelas de onde seria extra do o corpus desta investiga o Devido ao fato de ser a nica dessas quatro se es em que predominavam textos de jornalistas Ci ncia em Dia foi escolhida sem maiores dilemas Faltava nos decidir qual is das se es restantes representaria m os ADC Se essa sele o tivesse sido pautada pela freqii ncia a escolha recairia apenas em Artigos Mas Bom Saber reunia caracter sticas que poderiam otimizar o desenvolvimento da pesquisa uma vez que os textos publicados nessa se o eram os que mais se aproximavam em extens o n mero de linhas dos de Ci ncia em Dia Al m disso apresentava uma maior diversidade de
300. m longo caminho at a obten o do prot tipo de um medicamento um produto com atividade farmacol gica desej vel para estudos toxicol gicos e de metabolismo O Brasil necessita de uma pol tica de desenvolvimento que incentive a transforma o do conhecimento produzido por grupos de pesquisa em produtos finais como ocorre em pa ses desenvolvidos e mesmo em outras na es em crescimento Bom exemplo a experi ncia chinesa na descoberta de potentes antimal ricos como a artemisnina e seus derivados usados hoje em praticamente todos os continentes onde existe a doen a humana A descoberta resultou da decis o do governo da China de investir a partir de 1967 no estudo sistem tico de plantas usadas na 246 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes medicina tradicional Tal investimento permitiu tamb m a descoberta de drogas com a o contra outras doen as parasit rias como esquistossomose ascarid ase tricomon ase e ten ase 29 No Brasil por m muitos projetos de pesquisa de produtos naturais s o interrompidos por falta de financiamento cont nuo e de pessoal adequado em geral s o desenvolvidos por estudantes de p s gradua o com tempo de participa o predeterminado Sem uma pol tica que estimule o desenvolvimento de medicamentos o pa s permanecer no lament vel ciclo vicioso de fornecer mat ria prima para ind strias estrangeiras e reimportar a base medicam
301. m Ci ncia Hoje n 78 1991 Dentro dessas pesquisas importante definir que tipo de produto antimal rico est sendo buscado pois as drogas que agem contra a doen a s o em geral espec ficas para cada um dos est gios da vida dos parasitas ver Os plasm dios 242 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Efeitos das drogas antimal ricas 5 N o conhecida qualquer droga que mate o parasita causador da mal ria em todos os est gios do seu desenvolvimento no hospedeiro humano esporozo tas hipnozo tas trofozo tas e esquinzontes sang neos e gamet citos A a o dos antimal ricos atuais descritos a seguir seletiva destruindo o Plasmodium em apenas uma ou duas dessas fases Os esquizonticidas sang neos s o drogas com a o sobre as formas assexuadas do parasita trofozo tas e esquizontes presentes no sangue respons veis pelas manifesta es cl nicas da doen a figura 3 Essa categoria inclui a grande maioria dos antimal ricos dispon veis como cloroquina amodiaquina quinina pirimetamina pura ou associada a sulfonamidas ou sulfonas mefloquina halofantrina e a droga chinesa ginghaosu artesimina Medicamentos com a o no est gio inicial da infec o quando trofozo tas e esquizontes ainda encontram se no f gado s o denominados de esquizonticidas teciduais ou profil ticos causais como o proguanil que inibe a dihitrofolato redutase enzima d
302. m com naturalidade express es como composto de tipo catenano composto reprodut vel ou varia es na cin tica de liga o muito menos tecendo coment rios sobre assuntos especializados Assim como essa segii ncia de exemplos 178 a 180 na maior parte das cita es utilizadas 183 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes nos textos de autores jornalistas aqui analisados n o preciso muito esfor o para reconhecer o discurso da ci ncia nas cita es de especialistas O que vimos nos leva a confirmar portanto que nos textos de autores jornalistas os especialistas s o citados como argumento de autoridade conforme j hav amos previsto na hip tese 4 A utiliza o desse recurso revela que o jornalista reconhece no especialista a autoridade competente para dar credibilidade a grande parte das informa es presentes nas MDC 4 5 As met foras no cotidiano da divulga o cient fica Desde a Antiguidade a met fora um dos temas que mais t m despertado o interesse de estudiosos o que deu origem a uma vasta bibliografia e tamb m a muitas teorias e a diversas conceitua es Tradicionalmente seu conceito est relacionado s no es de substitui o e de compara o entre os sentidos literal e figurado de uma express o Esse modelo comparatista privilegia o estudo da met fora dos pontos de vista sem ntico e sint tico A perspectiva sem n
303. m novo conceito de coron grafo desenvolvido no Observat rio dos Alpes Mar timos e resultados de alguns estudos a detec o de um planeta fora do sistema solar a descoberta da exist ncia de dois novos planetas orbitando as estrelas 47 Ursae Majoris e 70 Virginis a observa o de um disco de g s e poeira em torno da estrela Beta Pictoris etc Todas as informa es dadas entrecortadas por opini es do autor preparam a apresenta o do Projeto Darwin uma sonda espacial da ag ncia espacial europ ia ESA que visa a detec o de sistemas planet rios em estrelas K K situadas a at 65 2 anos luz do Sol e a busca de ind cios de vida em suas atmosferas Ressalte se que nesse texto a contextualiza o se distribui ao longo de 22 par grafos n o cont guos entremeados por trechos opinativos No quadro 15 apresentamos um esquema geral do texto CI que inclui o t pico e o seu desenvolvimento Quadro 15 Se o de contextualiza o texto C1 Estamos sozinhos no universo T pico Desenvolvimento do T pico e Hist rico e Focos de interesse Estudos de planetas e Instrumentos de observa o e Hip teses e Descobertas No texto C4 Produtos n o poluentes contra a incrusta o h na contextualiza o dois t picos centrais um deles aborda a quest o da incrusta o o outro os organismos marinhos com caracter sticas anti incrustantes O primeiro t pico dos artigos mas acrescentados na
304. m o Tapaj s foi encontrado farto material arqueol gico A aldeia ind gena ocupava ambas as margens do igarap percebendo se na superf cie desmatada uma mancha de terra preta de v rios hectares A espessura dessa camada varia entre 80 cm e um metro mas o material arqueol gico s vezes aparece bem abaixo dessa camada Foram encontrados material cer mico como panelas vasos de diversos tamanhos e formas urnas funer rias material l tico sobretudo l minas de machado de diab sio e basalto amoladores e machados manuais em basalto figura 3 um proj til de forma c nica em rocha gnea e m os de pil o em diab sio e lascas de rocha gnea al m de material lenhoso madeira pouco fregiente em estudos arqueol gicos na regi o amaz nica Foram coletadas armas em madeira propulsores borduna lan a em perfeito estado figura 4 bem como pe as antropomorfas quebradas com uma depress o ventral e restos de pigmentos de pintura Esse material em madeira indica que os grupos pr hist ricos eram ca adores coletores A regi o do m dio Tapaj s seria grande savana entre 8000 e 6000 anos atr s Animais de m dio e grande porte eram abundantes e as armas eram usadas para ca ar veados porcos do mato pacas etc Al m desse material em madeira os ca adores coletores possu am artefatos em pedra lascada por percuss o raspadores facas cinz is e perfuradores usados para corte raspagem e tritura o A cer mica e o material l
305. m papel multifuncional para P hamatum al m da a o alelop tica prevenindo o recobrimento por S cruciata e a expans o desse coral dominante no mesmo habitat parece ter efeitos antidepreda o e antiincrusta o Embora sejam grandes produtores de metab litos secund rios as algas marinhas t m sido negligenciadas em estudos sobre defesas qu micas antiincrustantes figura 6 Para avaliar a signific ncia ecol gica desses metab litos como antiincrustantes seria necess rio conhecer melhor onde e como s o armazenados nas algas e se s o liberados em sua superf cie Mas n o existem at 228 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 17 18 19 20 o momento estudos que determinem rigorosamente a quantidade e a fregii ncia da libera o de produtos secund rios em condi es naturais embora haja evid ncias de que isso ocorre e as concentra es destes nas proximidades das algas As esponjas Entre todos os invertebrados marinhos as esponjas figura 77 s o os que sintetizam produtos naturais em maior quantidade e diversidade Sua larga produ o inclui compostos qu micos como derivados de dibromotirosina alcal ides sesquiterpenos diterpenos e ester is Esses animais revelam grande riqueza em defesas qu micas provavelmente em fun o de suas caracter sticas t m tecidos moles relativamente desprotegidos e modo de vida s ssil Muitas atividades farmacol g
306. m problemas de perda de mem ria e os magnetos moleculares por serem biocompat veis poderiam tornar mais vi vel a conex o dos chips com os neur nios Mas isso s ocorreria a longo prazo pois a ci ncia que estuda as rea es qu micas dos organismos vivos ainda est engatinhado reconhece Par grafo 2 Texto J3 63 Preservar reas na qual h endemismo de esp cies muito importante alerta Carlos Rocha preocupado com a preserva o da Barra de Maric que segundo ele tem um grau de biodiversidade mais elevado do que outras restingas e ainda est pouco afetada pelo homem Rocha lembra que muitas esp cies de animais 4 ainda s o desconhecidas Se essa aranha que ativa e abundante ainda n o tinha sido identificada imagine quantas esp cies de animais raros e que vivem reclusos ainda est o por ser descobertas sup e Par grafo 5 Trata se de um fator gen tico que somado ao desmatamento e ca a potencializa os riscos de desaparecimento da esp cie Ela n o resistir mais de 100 anos se tudo continuar como est arrisca a bi loga Par grafo 9 Texto J5 Quanto aos exemplos acima poder se ia perguntar por que empregar justamente reconhecer supor e arriscar Ou por que n o usar os verbos dizer ou afirmar Al m da preocupa o corrente entre os profissionais do jornalismo de n o repetir palavras a sele o dos verbos dicendi tamb m refl
307. m programa de despolui o que vem controlando a entrada de novos poluentes no lago No ano passado menos de duas toneladas foram necess rias para o controle das algas Embora a redu o nos n veis de sulfato mostre resultados positivos isso n o significa que o uso do produto possa ser abandonado sem que se adote alguma medida adicional Isso porque o principal fator que determina a prolifera o das algas a presen a de f sforo na gua Apesar de todo o programa de despolui o do lago a concentra o de f sforo embora n o tenha aumentado estabilizou em um n vel que ainda favorece essa prolifera o Quando o programa de despolui o do lago Parano come ou h pouco mais de dois anos esperava se que os n veis de f sforo ca ssem no mesmo n vel que o de subst ncias como o nitrog nio e cuja concentra o m dia foi reduzida 4 5 miligramas litro para 2 miligramas litro ver Os passos da despolui o Como a gua do lago Parano leva em torno de 300 dias para se renovar completamente o per odo de execu o do programa j devia ter surtido efeito Os resultados por m mostram que os n veis de f sforo n o se alteraram muito mantendo uma m dia de 50 microgramas por litro quando o desej vel seria uma concentra o de 25 microgramas por litro J que a entrada de esgotos n o poderia mais ser responsabilizada pela manuten o dos mesmos n veis dessa concentra o os pesquisadores buscaram nas pr pr
308. ma id ia dessa ocupa o Oito dessas datas marcam diversos momentos da ocupa o mais antiga quando a cer mica ainda estava ausente e cinco referem se a ocupa es de ceramistas Par grafo 14 A escava o forneceu dados suficientes para confirmar nossa hip tese de que se tratava do estabelecimento central de um grupo que conforme a esta o acampava em outros lugares provavelmente nos campos alagados Par grafo 27 A hip tese de que o Pantanal condicionava as popula es que nele se instalavam a um determinado tipo de adapta o n o corresponde realidade Foram registrados grupos de canoeiros que deveriam ter sido basicamente ca adores coletores e pescadores como os dos mont culos pesquisados Tamb m encontramos agricultores estabilizados como os Guarani da encosta da morraria e os Guan Chan de reas mais ao norte tamb m os Guaicuru cavaleiros que mantinham sob dom nio e exploravam os Guan Chan e finalmente os Xaray que chegavam a um n vel mais elevado de organiza o conhecida pelos antrop logos como chefia Par grafo 43 Texto C10 Embora o artigo Como ensinar a ler a quem j sabe ler C11 trate de v rios procedimentos utilizados para melhorar a compet ncia de estudantes universit rios na leitura de textos acad micos interessante observar que a se o resultados enfoca somente o que se conseguiu com um desses procedimentos o contrato de leitura o que pode ser observa
309. mb m chamada glic lise Par grafo 3 Texto J8 Outro aspecto relacionado aos procedimentos explicativos diz respeito s estrat gias discursivas utilizadas Ou seja ao tentar explicar os termos especializados o sujeito do discurso destaca o que no seu entender estabelece a melhor rela o de equival ncia No corpus foram identificadas cinco classes de elementos explicativos a conceitual b sinon mica c por analogia d por generaliza o e e por descri o a Explica o conceitual quando o elemento explicativo uma defini o Vejam se os exemplos 83 a 89 83 Um exemplo da diversidade dos seres vivos e de sua presen a mesmo em condi es adversas extremas o Riftia pachyptila verme gigante das profundezas abissais estudado por pesquisadores franceses Par grafo 26 Texto C1 84 Jcom base no efeito Doppler Tal efeito definido de forma simplificada a varia o que ocorre na freqii ncia da radia o quando a fonte que a emite se move em rela o ao observador Par grafo 5 Texto C1 85 Pesquisas recentes parecem indicar que a quimiorrecep o das larvas atra o ou rejei o pelas caracter sticas qu micas do substrato tem grande import ncia na sucess o na estrutura das comunidades e nas intera es entre as esp cies Par grafo 3 Texto C4 139 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 86 Em rela o quest
310. me ar em maio do ano que vem Par grafo 4 Um dos problemas para se obter uma vacina contra a Aids que certas estruturas da capa viral que muitas vezes s o o alvo das vacinas contra a doen a est o em constante muta o Essa estrat gia uma peculiaridade dos v rus e permite que eles se adaptem ao meio em que se encontram Ao contr rio de v rias partes da capa viral esses carboidratos anormais como Hansen os denomina n o sofrem tanta altera o j que sua produ o n o comandada pelo c digo gen tico do v rus Par grafo 5 Texto J9 A se o perspectivas de J9 Driblando o v rus da Aids no exemplo 57 d a entender que o futuro da pesquisa incerto pois sua continuidade ainda depende dos resultados dos testes com macacos Outra informa o que n o aponta para expectativas favor veis diz respeito dificuldade de se obter uma vacina contra a Aids devido mutabilidade de algumas estruturas da capa viral Situa o semelhante foi identificada no texto JS Contra a doen a de Chagas Vejamos o exemplo 58 58 Resta agora saber se as imagens tridimensionais da enzima e do inibidor obtidas pelos pesquisadores de S o Carlos correspondem realidade Se tudo correr bem essa d vida ser tirada em breve j que eles est o prestes a obter a estrutura real da enzima do parasita Par grafo 10 Texto J8 Embora a abertura do texto JS ter de certa forma prometido
311. meira tem rela o com a verdade das coisas Como afirma Hoffnagel 1996 5 a modalidade al tica aquela que diz respeito necessidade e conting ncia da assertiva ou seja aquela que julga sobre o poss vel o necess rio e o imposs vel e suas nuances Essas modalidades ditas al ticas t m suas consegii ncias l gicas na cadeia do discurso pois quando algo dito como necess rio n o pode ser asserido mais adiante como improv vel A modalidade de ntica est relacionada s regras e normas de conduta Trata da atitude do falante escritor sobre o n vel de obriga o referente realiza o de determinadas a es J a modalidade epist mica diz respeito cren a ou ao conhecimento do falante escritor em rela o s significa es contidas em suas proposi es Hoffnagel 1996 salienta que essa modalidade indica as atitudes ou as posi es do falantelescritor em rela o a ele pr prio a seus interlocutores e ao t pico De acordo com Koch 1996 87 s o v rias as possibilidades de lexicalizar as modalidades A autora destaca uma s rie de operadores modais a b c d e P 8 h performativos expl citos eu ordeno eu pro bo eu permito etc auxiliares modais poder dever querer precisar etc predicados cristalizados certo preciso necess rio prov vel etc adv rbios modalizadores provavelmente certamente necessariamente possivelmente etc f
312. mento conclui Par grafo 4 Texto J6 156 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 121 Isso significa que a quantidade da droga a ser usada para inibir a enzima do parasita muito menor que a necess ria para afetar significativamente a enzima humana afirma Oliva Par grafo 9 Texto J8 122 Exemplares da ind stria l tica instrumentos de pedra lascada encontrados no s tio revelam que os seus feitores j dominavam uma aprimorada t cnica de lascamento destaca a arque loga Par grafo 7 Texto J12 J as part culas adverbiais modalizadoras ocorrem com muito mais fregii ncia em textos de cientistas Vejam se alguns exemplos 123 Na interpreta o de R Ferlet do Instituto de Astrof sica de Paris Fran a tais observa es significam que pequenos corpos provavelmente cometas caem de tempos em tempos na estrela Par grafo 7 Texto C1 124 Evid ncias suficientes comprovam a facilita o e a inibi o mas aparentemente os tr s modelos ocorrem no desenvolvimento de comunidades incrustantes Par grafo 4 O resultado sugere que esse diterpeno n o atua na col nia no sentido de prevenir a incrusta o mas produzido possivelmente a partir dos dois outros diterpenos a partir da instala o desta Essa seria outra indica o clara de resposta defensiva aos incrustantes provavelmente um tipo de competi o por interfer ncia em um
313. mergiu da compara o de um g s a um enxame de corp sculos terrivelmente pequenos De t o oportuna a met fora foi literalmente aceita como verdade tornando se de imediato uma met fora morta z A express o ondas de luz outro exemplo de met fora comentado por Quine 1992 1978 161 Na aus ncia do ter n o h subst ncia para que elas se tornem ondas Assim falar de ondas de luz melhor compreendido metaforicamente contanto que onda seja lida de modo tradicional ou podemos liberar onda e matar a met fora Schmid amp Ungerer 1996 dizem que a presen a de met foras na ci ncia tem origem no prop sito explicativo com que foram introduzidas o que parece especialmente relevante na rea de inform tica A interface de v rios programas apresenta uma rela o metaf rica entre o computador e o ambiente de um escrit rio a rea de trabalho denominada de desktop existem pastas folders onde s o guardados os arquivos filing items lixo trash onde s o jogados os itens sup rfluos janelas windows que abrem e fecham etc Schmid e Ungerer lembram que nessa rea al m das met foras baseadas no contexto de 188 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes escrit rio h as que se vinculam a animais como o caso de mouse e a doen as a exemplo de v rus Para esses autores no caso da inform tica as explica es metaf ricas podem
314. mil indiv duos entre adultos e crian as Nos anos 70 e 80 a intensifica o do desenvolvimento da regi o amaz nica acelerou o processo migrat rio atraindo habitantes de outras partes do pa s para projetos de coloniza o e expans o da fronteira agropecu ria constru o de estradas e hidrel tricas extra o de madeira e minera o Segundo estudos da Organiza o Mundial de Sa de OMS a r pida e intensa deteriora o socioecon mica de grande parte da popula o migrante fez com que os focos de mal ria existentes na regi o se expandissem rapidamente e a doen a assumisse propor es alarmantes na ltima d cada figura 1 A situa o da mal ria tanto na Amaz nia quanto em outras partes do mundo agravou se nos ltimos 15 anos porque o parasita respons vel pela forma mais severa da doen a no homem Plasmodium falciparum encontrado nas reas tropicais da terra vem aumentando com rapidez sua resist ncia aos medicamentos existentes Recentemente a resist ncia tamb m foi constatada em infec es por Plasmodium vivax respons vel por um tipo mais brando de mal ria e esp cie prevalente nas Am ricas na Am rica do Sul sia e Oceania Assim a busca de novas drogas antimal ricas que possam substituir ou melhorar as atuais uma prioridade da OMS No Brasil estudos t m sido conduzidos por v rios grupos incluindo o nosso em produtos naturais ver Antimal ricos de uso popular na Amaz nia e
315. mostrou se letal poss vel que esta prote na corresponda esfingomielinase D O soro antiveneno cont m mol culas prot icas denominadas anticorpos que interagem com as toxinas do veneno e neutralizam seus efeitos Durante o curso da imuniza o de coelhos com o veneno para obten o do soro antiveneno foi poss vel verificar utilizando se 94 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes uma t cnica denominada western blotting que a prote na de 35 mil d ltons tamb m a mais imunog nica das prote nas do veneno Os anticorpos que reagem com ela aparecem primeiro e ocorrem em maior quantidade Par grafo 19 Como o Instituto Butant ao preparar o soro antiaracn deo que neutraliza os venenos da armadeira e da loxosceles utiliza os venenos da L gaucho e da P nigriventer armadeira tornou se necess rio verificar se o soro seria tamb m eficaz para outras esp cies do g nero Loxosceles L laeta e L intermedia A an lise comparativa do veneno de L gaucho com os de L laeta e L intermedia comuns no sul do pa s indicou a presen a de numerosos componentes comuns inclusive a mol cula de 35 mil d ltons sugerindo que o soro produzido pelo Instituto Butant neutraliza a a o t xica dos venenos destas outras esp cies o que ficou plenamente demonstrado em testes Par grafo 20 As mol culas das prote nas inclusive aquelas encontradas no veneno loxosc lico s o formadas por
316. mpo preciso ganhar tempo vou reservar um pouco de tempo se me sobrar algum tempo voc pode me dar um tempinho etc Vemos portanto que a valora o do tempo em nossa cultura se reflete nesse uso metaf rico Uma das consegii ncias da proposta de Lakoff amp Johnson a rejei o exist ncia de met foras que por estarem desgastadas pelo uso ou j dicionarizadas s o designadas met foras mortas cristalizadas fossilizadas ou ainda convencionais O fato de considerar uma met fora como parte do sentido literal de determinada palavra vista por Lakoff amp 187 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Turner apud Schmid e Ungerer 1996 como um grande erro pois presume que para ser viva e ativa a met fora deve ser usada conscientemente Para esses autores as met foras mais profundas poderosas e eficientes s o as que s o empregadas de forma autom tica inconscientemente Segundo Booth 1992 1978 54 de qualquer forma que a definamos a met fora parece estar invadindo n o s o mundo dos humanistas como tamb m o das ci ncias sociais e naturais Quine 1992 1978 161 por seu turno afirma que a met fora cresce na prosa descontra da e na arte po tica mas tamb m vital nos crescentes avan os da ci ncia e da tecnologia Para ilustrar sua afirma o o autor relata o racioc nio metaf rico presente na teoria molecular dos gases que segundo ele e
317. n o sejam a priori baseados nas formas de vida mais comuns na Terra As concep es que a ci ncia teve e tem sobre a vida t m sido fregientemente questionadas Par grafo 26 EN No pr ximo s culo a procura de sinais de vida no universo ser certamente o tema central da astronomia Para os cientistas que atuam nesse campo a profus o de descobertas e o acelerado desenvolvimento tecnol gico dos ltimos anos permitem algum otimismo Parece estar se aproximando a resposta a uma indaga o que desafia a humanidade o que ocorreu em nosso planeta depois de sua forma o foi algo singular ou temos vizinhos l fora Par grafo 36 Texto C1 97 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Apesar de afirmar que a preocupa o com o tema seja natural o autor chama a aten o para as falhas da ci ncia preciso formular conceitos que n o sejam a priori baseados nas formas de vida mais comuns na Terra As concep es que a ci ncia teve e tem sobre a vida t m sido fregiientemente questionadas Ressalte se que apesar dos avan os tecnol gicos o otimismo do autor para a perspectiva de encontrar sinais de vida em outros planetas parece n o ser t o grande apenas algum otimismo que pode ser interpretado como quase nenhum O tom de cautela tamb m est presente no exemplo 29 extra do do texto Ecos de corrente desafios f sica experimental C4 O fato de us
318. n rio representado como algu m que daquele t pico cient fico nada sabe entende ou sabe entende pouco Ao que parece quando os especialistas em comunica o destacam o papel do p blico alvo e em conseq ncia da natureza da linguagem na conceitua o de divulga o cient fica e dos correlatos difus o cient fica dissemina o cient fica e jornalismo cient fico est o reconhecendo a fun o de co enunciador do destinat rio o p blico alvo que interfere na produ o do discurso a ele dirigido e portanto na linguagem utilizada Neste trabalho adotaremos a classifica o de Bueno 1984 Assim o termo divulga o cient fica deve ser entendido como a difus o de informa es cient ficas e tecnol gicas para o p blico em geral especialistas e n o especialistas 4 4 Quando usarmos neste trabalho a sigla DC ou o termo vulgariza o cient fica estaremos nos referindo divulga o cient fica No entanto evitaremos o uso de vulgariza o cient fica para n o corrermos o risco de levar a uma interpreta o pejorativa 8 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Encerrada a primeira parte dessa discuss o conceitual resta outra preocupa o relacionada imprecis o no uso dos conceitos divulga o cient fica e jornalismo cient fico O entendimento do primeiro por exemplo geralmente reduzido sendo usado como sin nimo
319. nananarererrrenaa 144 104 Mecanismos COCSIVOS iissisitisaciinissssisiisoc indos cosudbisaciiadassssgddis AA A RA 145 105 Mecanismos COCSIVOS amas hass a siasasecsiosaba alas aecr bas hab sia anecs ioabab alas anacs bass hab sis anais darei 145 106 Mecanis M s COESVO S iieis iniii a das a EE AAE A Gui E a E UEL aaa a Aaaa 145 107 Mecanismos CORSO juliana indo sas asda ca AL oia gabi Las dude ni ain a 146 LOS Mecanismos COCSIVOS a a E ibema crise A aa Sosa an be des da Ie Sa STA Ci ode scans Tea b is dia Siad 147 109 Mecanismos CUESIVO SA arq nNa De o iara dad uq DU EE Pa qa 147 TIO Mecanismos COESO S uia canta c ci ada a cida Cu Cd Ci id aC da a 148 TII Me anismos CORSIVON sede do Dead anda dada dE o OA ada Sa dE ne ia 149 LIZ Mecanismos COBSIVOS arindit deduadan duda a a deduadan ai a a d 150 113 Mecanismos COCSIVOS sat isroracii asus shsasnact io lia S Loro raci insane shsssnact dali S hrs acid su bes hsrand 151 114 Mecanismos COCSIVON iinei cbn sa ec hs asas E cu nu Cast E A udp E cu nu E ud Eaa sa 151 ED Mecanismos COCSIVON esnan a a A ei aids AE A A EA aAa 151 116 Mecanismos COESIVOS sissmin ss sesunesius ssa seosasui eai ne sndsaDasuLeai us sandes DESULESU ne aLEsa DE SUL ES dna aa daa na sd 151 117 MecanisM s GUES IVO NU cien di pd 152 118 Mecanismos COESiVOS aea a a e e a aa E a a aaa t ea aE aeaaea nd nani ai 152 VIERON AENA o E E EE EEE ANE E E E A 155 120 Uso de CA O aaa ssa aaa ado cuia AEK ada EEEN cata qua manda 155 12
320. nas amostras dos ch s caseiros s o insuficientes para repor os sais minerais perdidos pelo organismo na diarr ia A partir de determinado est gio da desidrata o a simples ingest o de l quidos n o resolve preciso repor sais minerais com dosagens bem superiores s contidas nos ch s explica Magda Moreira Pinto que conferiu o teor dos componentes recomendados pela OMS em pesquisa realizada como tese de mestrado no Departamento de Qu mica da Universidade Federal de Minas Gerais Par grafo 1 Texto J7 No exemplo 34 outra abertura que inicia com uma asser o em tom de den ncia Note se que os adjetivos ineficazes e insuficientes contribuem para construir uma imagem negativa das ervas medicinais tidas como inofensivas e usadas por uma ampla parcela da popula o brasileira 35 Popula es pr hist ricas do interior do Brasil apresentavam mais fraturas sseas que seus vizinhos do litoral tinham menos problemas na forma o de dentes e maior resist ncia a doen as infecciosas Com estilo de vida diferente os grupos litor neos sofriam com mais fregii ncia de anemia e infec es sseas O alimento vindo do mar apesar de rico em prote nas supostamente n o evitava doen as e podia mesmo ser t xico causando diarr ias cr nicas e outros problemas Par grafo 1 Texto J10 Em 35 as asser es dos dois primeiros per odos real am o ineditismo de uma descoberta arqueol gica relacionada sa d
321. ncrusta o ainda depende de comprova o experimental em campo A simples evid ncia dessa atividade no entanto dissolve a id ia de uma rela o entre toxidez e atividades antiincrustante que alguns autores j est o abandonando ap s a obten o de resultados similares Fra es de extrato da gorg nia Leptogorgia virgulata mostram tanto inibi o quanto est mulo fixa o de larvas da craca B amphitrite Resultados mais detalhados revelam que a fra o de baixo peso molecular do extrato inclui pelo menos duas subdivis es contendo subst ncias inibit rias Uma fra o afeta o comportamento das larvas e a outra com pelo menos duas subst ncias inibe a fixa o pela toxicidade mas possivelmente interferem na ader ncia das larvas ao substrato Embora normalmente a atividade antiincrustante seja associada toxicidade podem existir mecanismos de a o como a inibi o da metamorfose larval a altera o do estado fisiol gico das larvas e a inibi o do estabelecimento de cracas pela altera o do substrato similar inibi o causada pela ades o de biofilmes bacterianos ao substrato Em testes de fixa o de larvas B amphitrite utilizando produtos do octocoral Renilla reniformis ordem Penatulacea foi observada forte inibi o por subst ncias de baixo peso molecular possivelmente terpenos Em outro estudo com o mesmo coral foram isolados tr s diterpenos semelhantes aos previamente isolados de outros penatul
322. nde 1997 Para ele essencial olhar o texto como um evento comunicativo para onde convergem as a es lingii sticas cognitivas e sociais e n o somente como uma segii ncia de palavras faladas ou escritas p 10 O mesmo autor acredita que o evento texto deve ser visto como um elemento de intera o pois um texto n o existe como texto sem que algu m o esteja processando Na perspectiva de Beaugrande 1997 o texto mais que um artefato um sistema de conex es entre v rios elementos sons palavras significados discurso participantes etc e como esses elementos pertencem a diferentes n veis o texto se torna um multi sistema comportando m ltiplos sistemas interativos Da mesma forma que o texto a l ngua tamb m um sistema embora a l ngua seja um sistema virtual disponibiliza um leque de escolhas 41 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes enquanto o texto um sistema real manifesta as reais escolhas De acordo com Marcuschi sda 12 O sistema virtual tem restri es ou condi es permanentes tais como as regras ditadas pela gram tica da l ngua e o sistema real teria restri es emergentes ditadas por contextos cognitivos ou por situa es espec ficas como a escolha do estilo ou dos elementos mais adequados para um certo efeito grifos do autor O fato de a l ngua dispor de conven es usadas na organiza o de textos n o
323. ndial de Sa de OMS para a reidrata o oral e o governo divulga em campanhas publicit rias a receita simplificada dessa mistura o chamado soro caseiro Como a mistura distribu da pelos postos n o chega maioria da popula o de baixa renda os ch s vegetais s o largamente consumidos A an lise qu mica realizada para verificar a a o diarr ica desses ch s e do soro caseiro revelou que mesmo este incompleto pois n o cont m pot ssio nem citrato Nos ch s de plantas os teores dos cinco elementos variam Algumas t m mais pot ssio outras mais cloreto mas sempre em quantidades muito pequenas Isso mostra a necessidade de difundir uma t cnica capaz de melhorar a efici ncia dos ch s caseiros usada por exemplo na ndia fundir as duas receitas ch e soro para obter uma alternativa melhor A pesquisadora sugere que os ch s de plantas com altos teores de pot ssio como os de carqueja Baccharis sp folha de maracuj Passiflora quadrangularis e poejo Menth pulegium Pulegium vulgare sejam usados para substituir a gua na composi o do soro caseiro que leva ainda por es de sal e a car e que seja acrescentada mistura uma pitada de bicarbonato de s dio Com isso a composi o qu mica ficaria pr xima da estipulada pela OMS Magda Pinto acredita que assim em vez de apenas condenar o uso dos ch s seria dada aos usu rios uma f rmula que otimiza o ch e o soro caseiro Ela lembra que
324. neira de pensar sobre o mundo e n o apenas como um modo de representar id ias De certa forma os elementos metaf ricos mais do que representar reestruturam a realidade criando novas reas de experi ncia que fogem ao indiv duo restrito realidade factual Marcuschi 1999 1978 4 Talvez por isso mesmo a maioria das tentativas de parafrasear met foras n o s o bem sucedidas j que nessas transposi es parte se de compara es entre as realidades metaf rica e literal o que parece ser algo incompat vel o uso metaf rico da linguagem difere de modo significativo de seu uso literal por m ele n o menos compreens vel n o mais rec ndito n o menos pr tico e n o mais independente da verdade ou falsidade do que seu uso literal mas a verdade metaf rica compat vel com a falsidade literal uma senten a falsa quando tomada literalmente pode ser verdadeira quando tomada metaforicamente Goodman 1992 1978 177 Lakoff amp Johnson 1991 tamb m seguem o modelo cognitivo uma vez que percebem as met foras que usamos como resultado do nosso entendimento do mundo Esses autores postulam que as met foras est o presentes no pr prio sistema conceitual de uma cultura fazendo parte do nosso dia a dia n o apenas na linguagem mas tamb m nos pensamentos e nas a es Nossos conceitos estruturam o que percebemos como nos movemos no mundo como nos relacionamos com outras pessoas ssim n
325. nhas venenosas no Brasil texto C5 bem extensa envolvendo cerca de 15 par grafos Antes de mencionar os estudos que v m sendo realizados visando ao desenvolvimento de soro antiaracn deo espec fico para determinado tipo de veneno s o apresentadas informa es sobre os invertebrados em geral e os aracn deos como mostra o quadro 21 Quadro 21 Se o de contextualiza o texto C5 Aranhas venenosas no Brasil T picos Desenvolvimento do T pico Invertebrados e Dados gerais e Esp cie Arthropoda Classes Arachnida Insecta Crustacea Chilopoda Diplopoda Caracter sticas f sicas dos antropodes e Caracter sticas f sicas espec ficas dos aracn deos Aracn deos e Comportamento e Periculosidade veneno G neros Phoneutria as aranhas armadeiras Caracter sticas comportamento efeitos do veneno Loxosceles as aranhas marrons Caracter sticas comportamento efeitos do veneno Latrodectus as vi vas negras Caracter sticas comportamento efeitos do veneno Caranguejeiras Caracter sticas comportamento efeitos do veneno Note se que h uma grande quantidade de informa es pormenorizadas que v o das mais gerais s mais espec ficas da popula o mundial de invertebrados e esp cies 81 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes classificadas no filo Arthropoda at a situa o dos estudos sobre o veneno antiaracn deo
326. nhas venenosas no Brasil J 5 JAndarilha da areia C6 0 papagaio char o em perigo J 6 0 mico le o sobe a serra C7 Plantas brasileiras alternativas no J 7 Reidratantes caseiros n o t m efeito tratamento da mal ria C8 0s riscos da doen a da vaca louca J 8 JContra a doen a de Chagas C9 Brasil testa vacina anti Aids J 9 Driblando o v rus da Aids Cl0 Pantanal os primeiros passos da pr J 10 Sa de na pr hist ria hist ria C11 Como ensinar a quem j sabe ler J 11 ndios Ofai lutam para sobreviver C12 A antiguidade dos povos Tapaj s J 122 Arqueologia brasileira Em cada grupo de textos procuramos identificar caracter sticas discursivo textuais que se destacavam Inicialmente observamos a estrutura caracter stica de cada um dos textos do corpus tomando como base o modelo de superestrutura textual de Van Dijk 1985 1989 1990 1992 Essa observa o tornou poss vel a constru o de esquemas textuais espec ficos para os grupos de textos analisados Posteriormente foram examinados aspectos como a sele o lexical particularmente o uso de termos especializados a progress o textual incluindo os mecanismos coesivos o uso de conectores argumentativos e o processo de referencia o o uso de figuras de 67 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes linguagem e de modalizadores Tamb m analisamos as marcas de interatividade nos dois grupos de t
327. nhecimento espec fico suficiente sobre os assuntos abordados nas mat rias ao contr rio dos cientistas que nos ADC falam sobre algo que dominam mesmo quando relatam estudos alheios pouco prov vel que jornalistas mesmo aqueles especializados na cobertura de assuntos cient ficos e tecnol gicos sintam se vontade para expor sozinhos pesquisas que n o s o suas Por isso buscam na voz do outro a seguran a necess ria para o que pretendem expor A partir da an lise de mat ria publicada na at ent o revista Globo Ci ncia Zamboni 1997 41 avalia primeira impress o parece que grande parte das enuncia es dos jornalistas est o no texto apenas para dar suporte e coes o s entradas da fala do outro os especialistas ou por outra parece que a organiza o das informa es ao longo do texto teve como figura a fala do outro e como fundo a fala do eu Mas essa impress o enganosa porque examinando se detidamente a fala dos especialistas percebe se que n o vigora a o discurso da ci ncia mas um discurso j vulgarizado 182 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 2 E evidente que no processo de constru o do texto o eu jornalista eclode interferindo naturalmente na voz alheia No entanto assim como a presen a do outro n o suficiente para apagar o eu discursivo Possenti sdb tamb m n
328. nicialmente rever algumas no es teis como ponto de partida para se esbo ar uma tipologia das revistas especializadas em ci ncia Partindo do princ pio de que uma teoria geral da intera o da linguagem e da vida social deveria abranger as m ltiplas rela es entre significados ling sticos e sociais Hymes 1986 1972 reflete sobre alguns conceitos vinculados diversidade de fala dentro de comunidades e conduta de indiv duos Entre esses conceitos comunidade de fala speech community e evento de fala speech event s o pertinentes a esta investiga o S o v rias as conceitua es de comunidade de fala e algumas delas bastante divergentes Lyons apud Wardhaugh 1986 113 por exemplo define a como todas as pessoas que usam uma determinada l ngua ou dialeto Na mesma linha Crystal 1999 entende comunidade de fala como um determinado grupo humano que fala a mesma l ngua ou variedade de l ngua Hymes 1986 1972 54 por sua parte afirma que uma comunidade que compartilha regras de conduta e de interpreta o da fala e regras de interpreta o de pelo menos uma variedade ling stica Hymes 1986 1972 utiliza a palavra fala como substituto para todas as formas de linguagem incluindo a escrita 27 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes z Segundo Hymes 1986 1972 comunidade de fala um termo b sico e deve descr
329. niciar em 1992 em conv nio com a Birdlife International Cambridge Inglaterra e com o aux lio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq um estudo sobre a ecologia e a conserva o da esp cie A pesquisa tinha como objetivo apurar as causas da redu o da popula o da ave e elaborar um plano de a o para reverter essa tend ncia garantindo sua sobreviv ncia Durante tr s anos foram realizadas expedi es a todas as regi es do Rio Grande do Sul e ao sul de Santa Catarina para detectar a presen a do char o e sua captura ilegal estudar as caracter sticas dos habitats em que este faz ninhos se alimenta e dorme e estimar o tamanho da popula o atrav s de observa o direta e de entrevistas com a popula o humana especialmente com capturadores e vendedores de papagaios Contagens realizadas desde 1991 evidenciam que o n mero atual de char es de cerca de oito mil aves restritas quase que exclusivamente ao Rio Grande do Sul A maior parte desses papagaios desloca se pela regi o nordeste do estado atingindo s vezes o sudeste de Santa Catarina entre o fim de fevereiro e abril e passa o inverno nos locais em que o pinheiro do paran Araucaria angustifolia mais comum O per odo de reprodu o de A pretrei estende se de setembro a dezembro incluindo o acasalamento a escolha e prepara o dos ninhos e o nascimento e primeiros cuidados com os filhotes Logo em seguida nos meses de
330. nir e comparar o tratamento do mesmo assunto em diferentes autores comparar suas pr prias id ias com as do autor e tirar conclus es aplicar o conhecimento obtido solu o ou discuss o de um problema etc Par grafo 2 Texto C11 No quadro 25 apresentamos o esquema t pico da se o Quadro 25 Se o de contextualiza o texto C11 Como ensinar a ler a quem j sabe ler T picos Desenvolvimento do T pico e Problema Leitura Incompet ncia de leitores inexperientes Responsabilidade do professor universit rio e Discuss o do problema Em A antiguidade dos povos Tapaj s C12 a contextualiza o desenvolvida em tr s t picos conforme mostra o quadro 26 Quadro 26 Se o de contextualiza o texto C12 A antiguidade dos povos Tapaj s T picos Desenvolvimento dos T picos Cultura Santar m e Caracter sticas e Roosevelt Localiza o Metodologia Estudos arqueol gicos Resultados na regi o do Tapaj s e Dur n Coiroloe D Kern Localiza o Metodologia Resultados Material lenhoso e Caracter sticas e Ocorr ncia Conv m notar que no t pico em que s o referidos estudos realizados na regi o o da arque loga Anna C Roosevelt e o da equipe do Museu Goeldi tamb m descrita a 84 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes metodologia e s o apresentados os resultados alcan ados Mas como s o apenas
331. no com atmosferas ricas em hidrog nio e h lio e com estrutura gasosa n o devem ter desenvolvido formas de vida 32 Se considerarmos que o desenvolvimento de processos vitais s ocorre em alguns bilh es de 33 anos podem ser exclu dos os sistemas planet rios de estrelas massivas as que t m massa de oito a dez vezes maior que a do Sol j que nascem e morrem em menos tempo Sistemas ligados a estrelas de a estrelas de baixa massa tamb m n o poderiam conter vida como a rbita habit vel nesse caso bem pr xima efeitos din micos das for as de mar fazem o planeta sincronizar sua rota o e seu movimento orbital Isso significa que como acontece com a Lua em rela o Terra o planeta mostrar sempre a mesma face estrela o lado iluminado provavelmente ser quente demais e o outro frio demais para que exista vida Todas as obje es levaram os astr nomos J F Kasting D P Whitmire e R T Reynolds a apontar as estrelas com tipos espectrais G e K com temperaturas superficiais entre 5 900 K e 3 900 K ou seja entre 6 170 C e 4 170 C como as que re nem as condi es mais prop cias para o desenvolvimento de uma zona habit vel O projeto Darwin da ag ncia espacial europ ia ESA uma consegii ncia direta da evolu o de tais conceitos O objetivo dessa sonda espacial a detec o de sistemas planet rios em estrelas K K situadas a at 65 2 anos luz do Sol ano luz
332. nologia PUC RS Ci ncia Hoje 118 pp 50 52 1 241 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C7 Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria Algumas Plantas brasileiras s o utilizadas na medicina popular para prevenir ou tratar a mal ria doen a que afeta milh es de pessoas em todo o mundo especialmente nas reas tropicais Mas qual a real efic cia desses rem dios caseiros Para responder a essa pergunta pesquisadores da Funda o Oswaldo Cruz e da Universidade Federal de Minas Gerais realizam h anos testes com extratos de uma s rie de vegetais e com subst ncias qu micas identificadas nesses extratos O estudo mostrou que algumas esp cies realmente atuam contra o parasita causador da mal ria em diferentes fases do seu ciclo de vida o que poder permitir o desenvolvimento de novos medicamentos contra a mol stia Infec o causada por protozo rios do g nero Plasmodium a mal ria afeta cerca de 300 milh es de pessoas por ano em todo o mundo Ocorre ainda em outros mam feros macacos e roedores aves e anf bios infetados por diferentes esp cies do parasita a doen a parasit ria predominante em pa ses tropicais onde constitui s rio problema de sa de p blica Na Am rica Latina o maior n mero de casos em torno de 500 mil por ano registrado na Amaz nia brasileira provocando anualmente a morte de seis a 10
333. nt fica 2 Revistas de divulga o cient fica Embora ambas tenham como objetivo primordial a difus o da ci ncia as de dissemina o reproduzem o conhecimento com o intuito de gerar mais conhecimento s o produzidas por pesquisadores dirigidas aos pares e por isso mesmo veiculam textos altamente especializados que provavelmente s ser o compreendidos por profissionais da rea do conhecimento do assunto abordado Esse segmento comporta as centenas de revistas cient ficas peri dicos especializados publicados por universidades institutos de pesquisa e sociedades cient ficas As revistas de divulga o cient fica por outro lado procuram veicular textos com linguagem acess vel a n o especialistas Quando a revista de divulga o cient fica reproduz o conhecimento apenas com o prop sito de informar tem como alvo um p blico n o especializado e publica textos produzidos exclusivamente por autores jornalistas 37 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes denominada revista jornal stica especializada em ci ncia a exemplo de Superinteressante e Galileu Mas quando revista de divulga o cient fica veicula textos de autores jornalistas e autores pesquisadores e tem como p blico alvo especialistas e n o especialistas como Ci ncia Hoje n o se pode falar de revista jornal stica Trata se de uma publica o de natureza h brida porque existem diferentes objetivo
334. nto negociado mutuamente e um repert rio partilhado acumulado ao longo do tempo Esse repert rio segundo Holmes amp Meyerhoof 1999 inclui n o apenas recursos ling sticos como a terminologia especializada mas tamb m rotinas ling sticas Tanto a terminologia especializada quanto as rotinas ling sticas s o adquiridas ao longo do tempo um aprendizado necess rio para que os filiados consigam se firmar diante de sua comunidade Ou como dizem Holmes amp Meyerhoof 1999 174 tornar se membro de uma comunidade de pr ticas exige todo um processo de aprendizagem envolve a aquisi o de compet ncia socioling stica As autoras elaboraram um quadro com tra os que possibilitam caracterizar comunidade de fala identidade social e comunidade de pr ticas que reproduzimos parcialmente pois como aqui o centro de interesse s o os conceitos de comunidade de fala e comunidade de pr ticas o quadro 1 se limita s colunas que dizem respeito a essas duas no es Quadro 1 Diferen as entre Comunidade de Fala e Comunidade de Pr ticas Comunidade de Fala Comunidade de Pr tica Partilha normas e avalia es das normas Partilha pr ticas Os membros podem ser definidos Os membros s o constru dos internamente externamente Nada a dizer sobre a rela o entre um grupo Constru o ativamente dependente das de indiv duos e identidades pessoais identidades pessoal e grupal N o teleol gico Objetivo
335. nto em terra firme como as florestas midas e as campinas secas de areia branca em altitudes que variam do n vel do mar at 1 5000 m Essa rvore alcan a mais de 40 m mas nos ambientes secos e arenosos n o ultrapassa dois metros muito dura e pesada resistente umidade compress o e ao ataque de cupins e outros insetos Por isso as pe as foram encontradas em estado quase perfeito no s tio arqueol gico O estudo confirmou que s o necess rias escava es sucessivas dos s tios arqueol gicos para comprovar a antiguidade das ocupa es pr hist ricas da regi o Amostra de um dos propulsores de madeira foi encaminhada ao Laborat rio de Geocronologia de Cambridge EUA para data o O resultado indicou sua idade em cerca de 4 350 anos antes do presente As caracter sticas das madeiras identificadas explicam a boa conserva o das pe as Informa es fornecidas por ge logos e garimpeiros que trabalham no m dio Tapaj s indicam a exist ncia de material org nico bem conservado entre quatro e cinco metros de profundidade figura 7 No s tio Piririma identificamos antigas ocupa es de horticultores ceramistas nas camadas superiores do solo e ap s uma segunda camada aparentemente est ril restos dos ca adores coletores O estudo ainda est em sua fase inicial mas estamos certos de que a continua o das pesquisas arqueol gicas na regi o de vital import ncia para conhecermos mais a pr hist ria amaz nica
336. nvencer o P blico alvo Parte do Muito pr xima da Fora A E especialistas P blico alvo o A p blico da Cientistas e n o PERO A a validade das especialistas Praticamente inacess vel a n o esquisas e Essa especialistas relatadas e gerar mais conhecimento Assim como o segmento de revistas especializadas em ci ncia e tecnologia constitu do por diferentes eventos comunicativos os textos publicados nas revistas h bridas 40 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes tamb m poderiam ser considerados como eventos distintos Isso porque devido ao fato de serem produzidos por dois diferentes grupos de profissionais apresentam caracter sticas particulares Vale destacar que embora os participantes desses dois grupos de profissionais tenham como objetivo central a transmiss o de conhecimentos de natureza cient fica e tecnol gica os jornalistas visam apenas a informar enquanto para os cientistas a informa o funciona como um instrumento para convencer o p blico da validade da pesquisa relatada e tamb m para gerar novos conhecimentos exatamente por isso que os jornalistas t m em mente leitores n o especialistas e os cientistas muito provavelmente leitores especialistas ou pelo menos j iniciados 1 3 O texto como evento comunicativo A respeito da no o de texto como evento comunicativo produtivo rever algumas id ias de Beaugra
337. o decisivo para marcar uma posi o de rejei o ao que difundido em torno da periculosidade das aranhas Se essas part culas fossem retiradas a informa o em si seria a mesma mas o efeito de sentido bastante diferente pois n o teria a mesma for a argumentativa Em 32 mostramos uma mesma estrat gia usada em tr s fragmentos do texto C7 Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria 32 Em geral as plantas medicinais tidas como antimal ricas s o usadas no tratamento das manifesta es cl nicas da doen a em especial a febre caracter stica por ser intermitente a cada 48 horas no caso das mal rias ter benigna P vivax e ter maligna P falciparum predominantes no Brasil Como os sintomas decorrem das formas sangii neas do parasita tais plantas s o consideradas esquizonticidas sangi neos potenciais Par grafo 10 99 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Atualmente concentramos os testes em extratos e fra es isoladas de plantas tidas na medicina popular brasileira como antit rmicas e ou antimal ricas Par grafo 14 Os primeiros resultados dos testes de plantas tidas como medicinais em camundongos infectados com P berghei foram encorajadores confirmando o acerto da triagem orientada De 23 plantas testadas na forma de extratos brutos cinco apresentaram atividade antimal rica Acanthospermum austr
338. o concentra o de 10 microgramas por mililitro ou maior lug 1 milion simo de grama inibiu a fixa o Todas as larvas foram mortas concentra o de 400 ug ml Em outros ensaios com seis grupos de compostos presentes no extrato separados por cromatografia dois desses grupos n o apresentaram resultados significativos dois inibiram significativamente a fixa o das larvas e os dois restantes estimularam bastante essa fixa o 229 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 21 22 23 24 25 26 27 Embora o extrato bruto seja eficaz a presen a ao mesmo tempo de subst ncias estimulantes e inibit rias da fixa o de incrustantes pode indicar que apesar de a esponja n o sofrer recobrimento em seu habitat essas subst ncias n o s o respons veis pela defesa antiincrusta o n o possuem subst ncias antiincrustantes Independente de seu real papel na natureza por m a pot ncia dos metab litos de L isodictyalis contra a fixa o de cracas pode tornar se til para o desenvolvimento de novas tintas antiincrustantes Popula es da esponja Aplysilla glacialis ordem Dendroceratida coletadas em locais diferentes possuem combina es distintas de produtos secund rios mas predominam na esp cie o diterpeno manool e o endoper xido de colesterol O muco uma fina camada na superf cie dessa esponja libera grande quantidade de endoper xido quando o animal
339. o Ci ncias Exatas e da Terra Ci ncias Biol gicas Ci ncias da Sa de e Ci ncias Humanas enfocadas nos textos do corpus Note se que esse resultado vem ratificar um estudo a respeito de CH Analisando setenta e quatro 74 edi es da revista Del Vechio 1994 14 constatou que tr s s o as reas do conhecimento privilegiadas pela revista Ci ncias Biol gicas 28 Ci ncias Humanas 20 5 e Ci ncias Exatas e da Terra 16 revelando o equil brio inicialmente perseguido por seus editores 20 De posse dos originais e definidas as grandes reas do conhecimento faltava selecionar os ADC e as MDC que iriam formar os conjuntos de textos Essa sele o foi orientada pela coincid ncia da grande rea e quando poss vel tamb m da rea do conhecimento De cada grande rea do conhecimento escolhemos um 01 artigo de capa e 62 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes dois 2 da se o Bom Saber e tr s 03 mat rias jornal sticas da se o Ci ncia em Dia Assim o corpus desta investiga o compreende 12 conjuntos de textos cada um dos quais composto por um ADC e uma MDC perfazendo um total de 24 textos conforme pode ser observado nos quadros 10 Ci ncias Exatas e da Terra 11 Ci ncias Biol gicas 12 Ci ncias da Sa de e 13 Ci ncias Humanas Quadro 10 rea Ci ncias Exatas e da Terra E J Se o Se o C1 Estamos sozinh
340. o recolhendo moluscos nos campos alagados e ca ando O outro um espesso s tio cer mico formando pequena ilha na grande lagoa de Jacadigo nele h uma segii ncia intacta de ocupa es dos grupos ceramistas Os aterros das guas alagadas Viajando por qualquer estrada do Pantanal ou olhando fotos a reas da regi o observam se no meio de vegeta o mais rala pequenas concentra es de mato alto geralmente circulares que os moradores locais chamam cap es Cada um forma um mont culo que pode atingir dois metros de altura por at 100m de di metro e resulta da a o natural e humana combinadas Durante a enchente seu topo destaca se das guas coberto por rvores que crescem em terrenos mais secos e 255 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 12 13 14 15 16 17 18 f rteis e torna se um ref gio para animais de toda esp cie figura 3 Em tempos pr hist ricos acampavam a popula es ind genas em busca dos recurso alimentares dos rios menores das lagoas e dos campos alagados Hoje s o os pontos que permitem a instala o do homem branco que a constr i as casas os currais e as pequenas hortas Em geral esses cap es n o est o isolados formam verdadeiras coroas ao redor de lagoas tempor rias ou permanentes enfileiram se ao longo de c rregos canais e rios secund rios figura 4 Mas quase n o existem nas margens baixas do rio Par
341. o que ele inconscientemente traz para o texto que apresenta ao aluno tudo o que conhece fora mas ao mesmo tempo quer que o aluno compreenda o texto por sua pr pria cabe a O leitor transporta para o ato de ler seu acervo de experi ncias de tal forma que existe uma leitura para cada leitor num mesmo momento e uma leitura diferente para o mesmo leitor em momentos diversos como observa Angela Kleiman Leitura ensino e pedagogia Campinas Ed Pontes 1989 Portanto a homogeneidade de resultados n o alcan ada pelo processo de estudar um nico texto Do ponto de vista did tico muito vantajoso oferecer aos alunos grande variedade de escolhas e de atividades que os levem a construir suas pr prias hist rias de leitura e a atingir n veis maiores de compreens o Negar ao estudante o estatuto de leitor Uma concep o equivocada da natureza da leitura leva a estrat gias equivocadas quando se quer levar os alunos a interpretar textos como Extraia as id ias principais do texto Na hora da discuss o do texto o professor quem decide que id ias principais s o corretas Esta uma forma indireta de dizer ao estudante leitor 262 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 17 18 19 20 21 22 23 24 2 que os nicos sentidos v lidos de um texto s o aqueles atribu dos pelo professor E negar ao estudante o estatuto de leitor Z
342. o 5 Texto J5 Em 160 temos um par grafo inteiro constru do a partir da justaposi o de discursos relatados Note se que logo no primeiro per odo do par grafo j ocorrem duas inser es de discurso relatado uma na forma direta e outra na forma indireta Preservar reas na qual h endemismo de esp cies muito importante alerta Carlos Rocha preocupado com a preserva o da Barra de Maric que segundo ele tem um grau de biodiversidade mais elevado do que outras restingas e ainda est pouco afetada pelo homem A altern ncia entre os discursos indireto e direto prossegue at o final do par grafo Em 161 mostramos dois trechos do texto O mico le o sobe a serra J6 com duas cita es cada um No primeiro ambas est o em estilo direto enquanto no segundo h a justaposi o dos estilos direto e indireto 161 N s o encontramos em reas frias que atingem at 550 m nas bordas da Serra do Mar surpreende se Cec lia Kierulff Eles chegaram ali empurrados pelo desmatamento conclui Par grafo 8 A mata deslumbrante e absolutamente adequada prote o da esp cie garante a bi loga Para ela outro meio de romper a endogenia manejar constantemente as popula es intercambiando animais entre grupos e reintroduzir na natureza os exemplares obtidos em cativeiro Par grafo 10 Texto J6 171 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mel
343. o Gomes A alta concentra o de termos especializados mesmo traduzidos pode reduzir o interesse do leitor n o especialista pelo texto al m de dificultar a compreens o pouco prov vel por exemplo que em uma nica leitura de qualquer um dos exemplos 97 a 100 um n o especialista n o encontre dificuldade de compreens o A prop sito desses ltimos exemplos pertinente citar uma observa o de Perelman amp Olbrechts Tyteca 1992 20 quando enfocam a import ncia do audit rio na constru o do orador Os autores de comunica es ou de mem rias cient ficas costumam pensar que lhes basta relatar certas experi ncias mencionar certos fatos enunciar certo n mero de verdades para suscitar infalivelmente o interesse de seus eventuais ouvintes ou leitores Ponderam Perelman amp Olbrechts Tyteca no entanto que ao tomarem a palavra numa sociedade cient fica ou publicarem um artigo numa revista cient fica esses pesquisadores at podem descuidar dos meios para entrar em contato com seu p blico porque o v nculo entre orador e p blico fornecido pela institui o cient fica Mas o exame do corpus indica que esse descuido extrapola o mbito das publica es cient ficas podendo ser identificado tamb m em ADC No corpus verificamos que a terminologia especializada ocorre nos ADC e nas MDC mas com maior incid ncia em textos de autores cientistas Tamb m observamos que nas MDC apesar de a
344. o antimal ricas s o usadas no tratamento das manifesta es cl nicas da doen a em especial a febre caracter stica por ser intermitente a cada 48 horas no caso das mal rias ter benigna P vivax e ter maligna P falciparum predominantes no Brasil Como os sintomas decorrem das formas sang neas do parasita tais plantas s o consideradas esquizonticidas sang neos potenciais O modelo mais usado para testar esquizonticidas sang neos de baixo custo e f cil manuseio o plasm dio de roedores P berghei em camundongos albinos Para testes in vitro que exigem quantidades muito pequenas das drogas s o utilizadas culturas P falciparum em hem cias humanas Nosso grupo intensificou a pesquisa de novos esquinzonticidas sang neos a partir de produtos naturais nos anos 80 conduzindo durante anos uma triagem emp rica de plantas foram testados centenas de extratos brutos de esp cies vegetais enviados por diferentes grupos de qu micos do pa s quase todos inativos contra as formas sang neas da mal ria de roedor Apenas duas plantas 243 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 12 13 14 15 16 17 apresentaram a o antimal rica significativa nesse modelo Vernonia brasiliana e Eupatorium squalidum Asteraceae O extrato bruto em hexano de V brasiliana tamb m mostrou se muito ativo nas culturas de P falciparum em hem cias inibindo o crescim
345. o aparelho que no mercado internacional custa entre 10 e 20 mil d lares e produzido por apenas cinco empresas As experi ncias com moduladores s o mais recentes mas j apresentam resultados satisfat rios Como explica Cid Bartolomeu de Ara jo coordenador da equipe que toca esse projeto os moduladores s o guias de ondas capazes de controlar o feixe de luz atrav s de fibras pticas Eles funcionam como um interruptor processando uma grande quantidade de informa es e operam com velocidade de interrup o cerca de 1000 vezes superior a dos moduladores Em apenas dois anos de trabalho j foram produzidos quatro modelos de chaves pticas Agora os f sicos da UFPE desenvolvem seis novos tipos dois pticoel tricos dois totalmente pticos e dois com acoplador direcional que permite o direcionamento do feixe de luz A mat ria prima utilizada para a constru o dos moduladores o cristal niobato de l tio Mas h outros materiais que tamb m podem dar bons resultados como o vidro dopado com pequenos cristais semi condutores ou contendo metais pesados como o ni bio e o tit nio explica Ara jo O pre o de um guia de ondas desse tipo oscila entre oito e 10 mil d lares e a maior parte desse Z custo representada pelo alto investimento inicial em equipamentos e pessoal especializado 271 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Segundo o pesquisador s o ne
346. o de mais de 200 s tios arqueol gicos Eles se distribuem mais densamente e foram habitados mais cedo nas reas alagadi as 175 s tios o que representa uma adapta o caracter stica aos recursos das guas S o menos numerosos na borda de floresta do planalto residual indicando uma adapta o posterior muito diferente nas matas de solos favor veis a cultivos tropicais Em cada um desses s tios realizou se algum tipo de trabalho no m nimo caracterizar e documentar o local registr lo na carta geogr fica e recolher o material encontrado na superf cie Com isso p de se ter uma id ia do tipo de estabelecimento tamanho estado de conserva o e ltimos ocupantes Em muitos s tios foram realizadas pequenas escava es controladas de 2m x 2m para registrar a sucess o das camadas geol gicas e das ocupa es humanas recolher amostras de artefatos restos de alimentos de materiais para data o e caracterizar o paleoambiente Havia grande interesse em encontrar sepultamentos que pudessem informar sobre biologia e costumes dos antigos habitantes figura 2 Escava es maiores estavam previstas para uma segunda etapa que come ou em julho de 1996 Por serem mais custosas e demoradas foram programadas em apenas dois s tios o mais antigo dentro da rea alagada no qual havia sido descoberto um cemit rio mostrou como teriam sido os acampamentos b sicos das popula es ind genas que viviam beira dos rios pescand
347. o de nossa hip tese central que ser tratada mais adiante A segunda hip tese H2 circunscrevia se ao aspecto lexical Acredit vamos que ao produzirem textos de divulga o cient fica os autores pesquisadores utilizam muitos termos t cnico cient ficos e nem sempre se preocupam em torn los compreens veis ao leitor n o especialista o que seria um ind cio de que escrevem para seus pares Essa hip tese tamb m foi comprovada ao constatarmos que a terminologia especializada ocorre nos ADC e nas MDC mas com maior incid ncia em textos de autores cientistas e que no geral as MDC revelam uma maior preocupa o dos jornalistas com o esclarecimento da terminologia empregada 195 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Outra hip tese levantada H3 previa que o uso de estrat gias textuais discursivas tais como a explica o de termos t cnico cient ficos a utiliza o de analogias e met foras ou a sele o de informa es acess veis a n o especialistas que tendem a facilitar o envolvimento com o leitor seriam mais observados nos textos de divulga o cient fica produzidos por autores jornalistas do que nos produzidos por autores pesquisadores Essa hip tese foi parcialmente comprovada visto que apesar de os jornalistas tenderem a explicar os termos t cnico cient ficos al m de selecionarem e organizarem informa es de forma a facilitar a compreens o e envolver o leit
348. o de sociedades mais complexas e atingindo os cacicatos ou cheficas chiefsdoms alguns dos quais estavam em pleno desenvolvimento no momento da chegada dos europeus Suas pesquisas na regi o de Santar m no abrigo da Pedra Pintada e no Sambaqui de Taperinha mostraram a antiguidade dos assentamentos de grupos de ceramistas Doze data es feitas com carbono 14 em amostras de carv o conchas e carbono proveniente da cer mica bem como uma data o por termoluminesc ncia de fragmento de cer mica permitiram estabelecer a idade das culturas mais antigas em 6000 a 8000 anos antes do presente Tratava se da cer mica mais antiga encontrada nas Am ricas at hoje O s tio do Sambaqui de Taperinha tem v rios hectares e 6 5 m de espessura de acordo com as pesquisas de Roosevelt em 1992 Naquele ano uma equipe do Museu paraense Em lio Goeldi chefiada pelos arque logos Dur n Coirolo e D Kern realizou um salvamento de emerg ncia na cidade de Itaituba m dio rio Tapaj s resgatando material arqueol gico que havia sido parcialmente depredado pela urbaniza o da cidade A opera o mostrou que Itaituba se assenta sobre antiga aldeia ind gena de grandes propor es O material arqueol gico objetos de cer mica e pedra aflorava superf cie e era encontrado profundidade de cerca de 70 cm Da rua situada a oeste da sede da Prefeitura foram retiradas seis urnas funer rias figura 2 de grandes dimens es Embora quebradas estavam
349. o de tempos em tempos para que o animal possa crescer Par grafo 2 Texto C5 A prop sito das met foras b licas interessante notar que no corpus elas ocorrem principalmente em textos de autores jornalistas Em 185 e 186 mostramos fragmentos dos textos J8 Contra a Doen a de Chagas e J9 Driblando o v rus da Aids em que verificamos que tal como o exemplo da met fora uma discuss o uma guerra usado por Lakoff amp Johnson 1991 nas mat rias que envolvem o desenvolvimento de drogas contra doen as as pesquisas tamb m s o tratadas como uma guerra com o uso de express es como desafio estrat gia ataque alvo e comandado Por pertencerem a um outro contexto tais express es funcionam como recursos precisos no sentido de ressemantizar o que enunciado Note se ainda que os pr prios t tulos dessas duas mat rias apresentam as mol stias abordadas nos textos Contra a Doen a de Chagas e Driblando o v rus da Aids como inimigos que devem ser enfrentados 185 A estrat gia adotada o ataque s enzimas glicol ticas e foi idealizada pelo holand s W Hol da universidade de Washington EUA ap s estudo sobre o T brucei realizado em colabora o com o holand s F Opperdoes do Instituto Internacional de Patologia Celular e Molecular B lgica que descobriu o glicossomo em 1977 Par grafo 4 Texto J8 O desafio no entanto conseguir drogas que bloqueiem as enzimas glicol ticas do pa
350. o discurso da divulga o cient fica ser endere ado a destinat rios bastante definidos por n vel por ano por disciplina etc A nosso ver entretanto n o se pode descartar a possibilidade de materiais de divulga o cient fica como as revistas especializadas em ci ncia serem utilizados como recursos paradid ticos Tem se ent o que na divulga o cient fica feita por n o especialistas inclui se o jornalismo cient fico conceituado por Bueno 1984 22 como um processo social que se articula a partir da rela o peri dica oportuna entre organiza es formais editoras emissoras e a coletividade p blicos receptores atrav s de canais de difus o jornal revista r dio televis o cinema que asseguram a transmiss o de informa es atuais de natureza cient fica e tecnol gica em fun o de 10 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes interesses e expectativas universos culturais ou ideol gicos grifo nosso 5 A prop sito do termo jornalismo cient fico Calvo Hernando 1992 observa que quem se depara pela primeira vez com a express o pode interpret la como o nome de uma disciplina que estuda o jornalismo como ci ncia ou como um conjunto de tecnologias que t m como objetivo final a informa o Apesar de reconhec la como equivocada esse autor diz que j n o se pode troc la pois aceita e adotada por organismos internacionais
351. o do transgene provocando a mudan a de sua forma e levando forma o de uma estrutura insol vel empilhamento prot ico e morte dos neur nios Par grafo 4 Texto C8 Aqui o autor d o significado de espongiforme sem no entanto esclarecer o que encefalopatia E estrutura insol vel definida como empilhamento prot ico que nada esclarece ao n o especialista J o termo epidemiologia por ser muito difundido pela m dia parece estar incorporado ao repert rio de n o especialistas n o havendo portanto necessidade de explica o 70 O subtipo B predomina em cerca de 90 das amostras mas a avalia o da al a V3 do envelope viral regi o descrita como de grande relev ncia na inclus o da imunidade protetora mostra a ocorr ncia no pa s de duas formas virais uma semelhante encontrada nos Estados Unidos e na Europa B e outra tipicamente brasileira reconhecida pela OMS como variante B Par grafo 12 As investiga es sobre incid ncia exige o recrutamento de volunt rios dentro de coortes Par grafo 13 54 Cada um recebeu tr s doses do produto duplo cego aleat ria e controlado por placebo Par grafo 16 Texto C9 Os termos grifados no exemplo 70 v m comprovar mais uma vez que o leitor especialista o alvo de textos de divulga o escritos por autores cientistas Afinal o que 134 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Ma
352. o do vocabul rio do texto o professor deveria desenvolver sistematicamente a estrat gia de infer ncia lexical significado das palavras no contexto mostrando aos alunos que junto com seu conhecimento de mundo ela permite chegar ao significado mesmo que aproximado das palavras Par grafo 21 Texto C11 87 O uso em exames de diagn stico baseados em contrastes como a tomografia computadorizada t cnica que capta a resson ncia magn tica nuclear de certas subst ncias injetadas na corrente sang nea uma das possibilidades Par grafo 1 Texto J3 88 As carpas est o sendo estudadas por uma equipe da companhia de guas e Esgotos de Bras lia Caesb e se tudo der certo ser a primeira experi ncia desse tipo de biomanipula o numa regi o tropical Par grafo 1 A biomanipula o uma t cnica que aproveita a capacidade que os peixes t m de interferir na qualidade da gua Par grafo 2 Texto J4 89 Uma das fontes de energia do T cruzi principalmente logo ap s de sic entrar no homem a cadeia glicol tica processo em que a glicose um a car quebrada por meio de uma s rie de rea es Par grafo 2 Texto J8 b Explica o sinon mica quando o elemento explicativo um sin nimo do termo t cnico cient fico como se pode observar nos exemplos 90 a 92 34 90 S ap s algumas horas surge ard ncia seguida de coceira edema incha o e eritema vermelhid o Par gra
353. o esse modelo demonstramos em trabalho conduzido por Luiza H Carvalho que os extratos ou fra es semipurificadas da cerveja de ndio tamb m n o t m qualquer a o sobre o ciclo esporog nico no mosquito e portanto s o inativos tamb m contra as formas de lat ncia do parasita Como controle positivo foi utilizada a primaquina ativa contra as formas hep ticas do parasita que inibiu completamente o ciclo esporog nico como esperado Admitindo ser verdadeiro o efeito profil tico da cerveja de ndio restava a possibilidade da planta destruir diretamente os esporozo tas formas infectantes inoculadas pelo mosquito e ou seus est gios iniciais de desenvolvimento Para isso uma estudante de p s gradua o do laborat rio Wanessa M S Ferrari avaliou o curso da infec o mal rica induzida por esporozo tas em aves tratadas com diferentes doses de extrato bruto em etanol e ou fra es semipurificadas A a o do extrato avaliada pela redu o do parasitismo tecidual nas aves tratadas em rela o s n o tratadas controles foi confirmada a presen a de esquizontes teciduais foi inibida em n veis compar veis aos obtidos com os antimal ricos sulfadiazina e primaquina usados como controle O resultado justifica o uso popular da planta como preventivo e n o curativo de mal ria A maior atividade inibi o de aproximadamente 70 do parasitismo tecidual foi detectada em aves tratadas por v rios di
354. o gira 12 Ainda n o h consenso entre os astr nomos sobre a classifica o como planetas de todos os objetos da lista A diferen a sutil entre um planeta gigante e uma estrela do tipo an marrom est em sua forma o Um planeta surge atrav s de um processo cont nuo de acres o captura de g s poeira ou ambos enquanto uma estrela forma se pela fragmenta o de uma nuvem de g s interestelar seguida do colapso gravitacional desses fragmentos No colapso a atra o gravitacional torna se t o grande que ocorre a fus o nuclear dos elementos primordiais como hidrog nio e h lio produzindo novos materiais e liberando grande quantidade de energia em forma de luz e calor 13 As consegii ncias dos dois modos de forma o s o not rias As rbitas observadas na maioria dos sistemas estelares duplos em que estrelas giram uma em torno da outra s o exc ntricas enquanto as dos planetas s o quase circulares em fun o das intera es com o material do disco primitivo No entanto um dos candidatos listados na estrela 16 Cygnus tem massa compat vel com a de um planeta gigante 1 5 Mj mas apresenta rbita com 0 67 de excentricidade o valor zero equivale a uma rbita circular o que coloca um problema a mais para as teorias de forma o de sistemas planet rios Os poss veis planetas 70 Virginis e HD 114762 tamb m t m rbitas exc ntricas 0 4 e 0 25 respectivamente mas suas massas s o muito maiores que a de
355. o localmente como morraria com riqu ssimos dep sitos de ferro e mangan s cujos pontos mais altos chegam a 1 060m A encosta baixa e m dia constitu da de terrenos aptos para cultivos tropicais formada por sucessivos patamares cobertos de densas matas ao passo que a encosta alta que sustenta uma chapada com gram neas bastante escarpada A exist ncia de florestas permitiu a instala o de agricultores ind genas ou brancos que durante o per odo de chuvas de ver o se dedicam ao plantio Os moradores do pantanal nunca se apossaram da floresta densa que cobre a encosta desse planalto residual Sua adapta o deveria ser t o especializados que eles n o se interessavam por outro ambiente igualmente rico Pode se fazer conjeturas sobre as raz es disso A utiliza o dos dois ambientes teria de ocorrer ao mesmo tempo no per odo das chuvas Nessa ocasi o o Pantanal rico e tamb m pode se plantar na floresta Uma op o excluiria a outra No sop dessa morraria ocorre um fen meno nico imensas gravuras cobrem cinco grandes lajedos horizontais de min rio de ferro que ocupam 3 300 m figura 9 As gravuras comp em se basicamente de figuras abstratas geometrizantes quase sempre em c rculos conc ntricos mas tamb m pegadas humanas e de diversos animais como on as r s aves Sulcos extensos estendendo se por 200m ligam as figuras ou s o acompanhadas por elas Os sulcos t m de 3 a 5cm de largura e podem atingi
356. o parasita impedindo assim sua multiplica o Tamb m s o chamadas de esquizonticidas teciduais drogas que matam os hipnozo tas formas tamb m assexuadas respons veis pelas reca das nas infec es por P vivax e P ovale o ciclo de P falciparum n o inclui hipnozo tas Nesse caso o termo esquizonticida tecidual n o adequado pois o alvo da terapia que visa a cura radical o hipnozo ta embora a multiplica o deste mais tarde no f gado possa formar esquizontes A primaquina droga artificial com estrutura qu mica baseada no anel quinolina da quinina o nico medicamento dispon vel hoje para promover a cura radical da ter benigna causada por P vivax comum no pa s Outros est gios do ciclo de vida do parasita s o alvos para drogas as gametociticidas afetam irreversivelmente os gamet citos presentes no sangue do hospedeiro vertebrado impedindo seu desenvolvimento no mosquito vetor e algumas t m ainda forte efeito contra hipnozo tas como a primaquina J drogas esporonticidas como a pirimetamina que tamb m destr i esquizontes sangi neos inibem o ciclo do parasita no est mago do mosquito vetor Finalmente drogas esporozoiticidas evitariam a doen a pela destrui o de esporozo tas figura 4 logo ap s sua inocula o no hospedeiro mas at o momento nenhum medicamento com esse tipo de a o conhecido A a o das plantas brasileiras 10 11 Em geral as plantas medicinais tidas com
357. odem ser eles pr prios o relato da forma como o discurso relatado atuou ou deve atuar O autor tamb m distingue sete classes gerais de fun es organizadoras evidenciando que al m de se ocuparem das poss veis interpreta es do dito esses verbos t m uma fun o no texto enquanto estruturadores da argumenta o D daD TD qv V VD VID Verbos indicadores de posi es oficiais e afirma es positivas declarar afirmar comunicar anunciar informar confirmar assegurar Verbos indicadores de for a dos argumentos frisar ressaltar sublinhar acentuar enfatizar destacar garantir Verbos indicadores de emocionalidade circunstancial desabafar gritar vociferar esbravejar apelar ironizar Verbos indicadores de provisoriedade dos argumentos achar julgar acreditar pensar imaginar Verbos organizadores de um momento argumentativo no conjunto do discurso iniciar prosseguir introduzir concluir inferir acrescentar continuar finalizar explicar Verbos indicadores de retomadas opositivas organizadores dos aspectos conflituosos comentar reiterar reafirmar negar discordar temer admitir apartear revidar retrucar resp
358. ofessor alterar as formas de avalia o Em lugar de apenas controlar a realiza o das leituras obrigat rias ele poder ajudar o aluno a tornar se um leitor competente Para isso ser preciso lev lo a refletir sobre o que leu e a maneira como leu e dar lhe mais liberdade na escolha dos textos A id ia do contrato de leitura inspirada na pedagogia do educador C lestin Freinet 1896 1966 tem sido utilizada com alunos de p s gradua o em Educa o na UFRJ A princ pio receosos pois est o habituados a cumprir tarefas determinadas e n o a fazer escolhas pessoais eles acabaram gostando da id ia Muitos at ultrapassaram os limites previstos no contrato A frequ ncia biblioteca aumentou e eles passaram a trazer livros revistas e artigos etc para trocar com os colegas Como negociar o contrato de leitura Da bibliografia fornecida os alunos escolhem o que desejam ler O professor orienta os tamb m para outros t tulos livres relacionados disciplina Como primeiro passo cabe ao aluno apresentar ao professor uma lista do que pretende ler no semestre O professor verifica se a proposta pertinente suficiente ou ambiciosa demais Uma vez aprovada uma c pia fica com o professor outra com o aluno No final do semestre o professor compara o contrato com o relat rio de leitura do qual trataremos a seguir Relat rio de leitura Primeira dificuldade para o aluno o relat rio n o um resumo dos textos
359. oje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes O cruzamento dos crit rios de sele o al m de ter resultado em um universo de estudo bastante extenso tamb m inviabilizou que o corpus fosse coletado distributivamente a cada duas tr s ou quatro edi es do per odo analisado por exemplo Na impossibilidade de encontrar em edi es pr ximas textos que reunissem as condi es exigidas foram selecionados textos em edi es bem distantes ou mais de um texto de uma mesma edi o 2 2 1 A escolha das se es de an lise Para selecionar as se es de CH visando forma o do corpus realizamos primeiramente um exaustivo levantamento nas 38 edi es que comp em o universo desta investiga o Relacionamos a seguir as 25 se es identificadas com uma breve descri o de seus conte dos 1 A Pesquisa no Brasil apresenta informa es sobre a organiza o e o desempenho da pesquisa no Brasil 2 Agenda relaciona os principais eventos cient ficos do ano 3 Artigos est o agrupados nesta rubrica textos de pesquisadores que n o pertenciam a nenhuma se o espec fica de CH mas que tratam de assuntos que foram tema de capa da revista 4 Cartas traz a opini o de leitores sobre artigos e demais textos publicados bem como pedidos de corre es 5 Carta ao Leitor Editorial a opini o da revista Em geral apresenta um panorama do conte do da edi o 6 CH Servi os caderno com informa es pr t
360. ojeto Global Astrometric Interferometer for Astrophysics conhecido pela sigla GAIA Trata se de um interfer metro ptico com base de 3m a ser posto em rbita da Terra interfer metros s o sistemas formados por mais de um observat rio que medem dist ncias com base nos diferentes ngulos de observa o mesmo que sejam fra es m nimas de segundos de grau GAIA poder determinar os movimentos de 50 milh es de estrelas at a magnitude 15 com precis o de 10 microssegundos de arco um usa equivale milion sima parte do segundo de arco e ir procurar planetas em 500 mil estrelas candidatas Acredita se que ser o detectados entre 10 mil a 15 mil novos objetos grandes como J piter mas a precis o do observat rio espacial tamb m permitir achar planetas de menor massa semelhantes Terra nesse caso a detec o esperada de 10 a 100 objetos O grande desafio da astronomia no entanto a detec o direta de planetas a obten o de imagens desses corpos celestes At recentemente o obst culo a vencer era enorme pois os cientistas imaginavam os sistemas extra solares como c pias do nosso Isso significa que para detectar um planeta como J piter situado 5 2 U A do Sol seria preciso medir o brilho de dois corpos com diferen a de magnitude medida pela reflex o de luz vis vel da ordem de 22 8 vezes Mas os planetas se est o situados mais pr ximos da estrela t m temperatura mais elevada e por isso em
361. oluentes contra a incrusta o T picos Desenvolvimento dos T picos e O que e Como ocorre Incrusta o e Por que ocorre e Consegu ncias e M todos de combate Q u micos Biol gicos e Asalgas caracter sticas Organismos marinhos e As esponjas anti incrustantes caracter sticas e Oscorais caracter sticas e As asc dias caracter sticas No artigo Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria C7 as informa es da contextualiza o que abrange nove par grafos v o dos dados mais gerais como regi es de ocorr ncia da mal ria n mero de casos e os grupos brasileiros que t m desenvolvido pesquisas de quimioterapia experimental com nfase em produtos naturais aos espec ficos discorrendo sobre drogas que atuam nos v rios est gios de 11 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes desenvolvimento do parasita causador da mal ria e informando sobre a utiliza o de plantas medicinais nas manifesta es cl nicas da doen a No quadro 17 o esquema t pico da se o Quadro 17 Se o de contextualiza o texto C7 Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria T pico Desenvolvimento do T pico e Ocorr ncia Expans o da doen a na regi o amaz nica perspectiva hist rica Mal ria Q uadro atual e Drogas x parasita Est gios de desenvolvimento do parasita A o dos antimal ricos
362. om safranina hidroalco lica e montados com b lsamo do canad entre l minas e lam nulas Esses testes levaram identifica o da madeira das pe as Os propulsores foram feitos com pau ferro Zollernia paraensis uma leguminosa figura 5 No Brasil as madeiras do g nero Zollernia s o utilizadas em marcenaria de luxo ebanisteria carpintaria e constru o em geral acabamentos internos artigos de esporte tacos e bolas de bilhar esquadrias cabos de ferramenta 267 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 15 16 17 tacos de assoalho pe as torneadas instrumentos musicais A rvore habita as matas de terra firme do Par ao nordeste de Maranh o e Mato Grosso tem grande porte e chamada pau ferro por ter lenho dur ssimo e muito pesado Apesar disso f cil de trabalhar recebendo polimento perfeito e atrativo Resiste bem ao cupim e a outros insetos A borduna e a lan a foram confeccionadas em massaranduba Manilkara aff Bidentata subesp cies surinamensis grupo de madeiras amaz nicas figura 6 dos mais explorados para fins comerciais por sua durabilidade natural A rvore pertence ao g nero tropical Manilkara amplamente distribu do do M xico e Caribe ao Sul do Brasil A subesp cie surinamensis ocorre principalmente na regi o amaz nica Col mbia Venezuela Guiana Suriname Equador e Brasil Medra tanto em reas periodicamente alagadas v rzeas qua
363. omo um interruptor processando uma grande quantidade de informa es e operam com velocidade de interrup o cerca de 1000 vezes superior a dos moduladores Par grafo 5 Texto J2 Conv m observar que boa parte da contextualiza o de J2 constitu da por cita es dando a impress o que aqui o uso da voz de especialistas se deve ao fato de o jornalista n o se sentir vontade para conceituar ou descrever o funcionamento de algo que n o conhece suficientemente Em 47 dois trechos da contextualiza o do texto J4 Peixes antipolui o 47 A biomanipula o uma t cnica que aproveita a capacidade que os peixes t m de interferir na qualidade da gua Se retiramos ou introduzimos determinadas esp cies de peixes temos condi es de melhorar essa qualidade explica o bi logo Fernando Starling respons vel pelo projeto No caso espec fico do lago Parano pretende se reduzir a popula o de til pias Tilapia rendalli respons veis pelo aumento da quantidade de f sforo dispon vel na gua e introduzir carpas prateadas Hypophthalmichthys molitrix que se alimentam de algas Par grafo 2 Tantos estudos tentam evitar a repeti o de um desastre ambiental ocorrido em 1978 quando a superpopula o de algas alcan ou seu auge Na regi o sul do Parano parte mais polu da do lago as algas formaram uma crosta que cobriu o espelho d gua impedindo a passagem da luz e a entrada de oxig nio As consegi
364. omunidade cient fica brasileira que exige maior profundidade e precis o nas informa es CH ao contr rio bem aceita pois al m de aprofundar os temas prima pela precis o pelo rigor As mat rias 10 Informa o obtida via e mail em 25 de mar o de 1999 20 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes nela publicadas passam pelo crivo de referees que t m o poder de vet las quando as consideram cientificamente inconsistentes Mas o que considerado como virtude para os cientistas tem sido alvo de cr ticas por parte de jornalistas e professores de jornalismo Isso porque embora originariamente destinada ao p blico em geral a revista reproduz em suas p ginas o discurso da ci ncia O curioso que a proposta da revista era exatamente servir de elo entre a comunidade cient fica brasileira e o grande p blico utilizando uma linguagem simples e acess vel Guimar es Filho 1992 Para os integrantes do primeiro conselho editoral da revista se um editor de f sica n o entendesse o artigo de biologia ent o alguma coisa estava errada Costa et al 1992 36 No entanto dez anos depois de sua cria o em 1992 o jornalista Tales Faria rep rter de CH entre 1983 e 1984 dizia que a revista havia se desvirtuado muito do projeto original tendo se tornado cada vez mais dif cil dirigida aos pares dos autores Segundo ele um f sico n o entende o artigo de um bi logo
365. onder indagar defender reconhecer reconsiderar reagir Verbos interpretativos do car ter ilocutivo do discurso referido aconselhar criticar advertir enaltecer elogiar prometer condenar censurar desaprovar incentivar sugerir exortar admoestar 174 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Reconhece Marcuschi 1991 que nem todos os verbos dicendi aparecem nessa classifica o e explica que a falta do verbo dizer deve se ao fato de o mesmo ser uma esp cie de coringa sem fun o definida exerce uma a o t pica dependendo do contexto e dos tipos de discurso p 90 Na realidade o verbo dizer tido como o mais neutro dos dicendi e por isso mesmo recomendado por manuais de reda o e estilo de empresas jornal sticas No corpus al m de dizer apenas nos textos jornal sticos observa se a presen a de verbos dicendi que podem ser encaixados em todas as classes propostas por Marcuschi Nos ADC os mais recorrentes s o sugerir classe VII e observar classe II com tr s ocorr ncias cada Nas MDC foram nove as inser es de explicar classe V seguido por afirmar classe I com sete dizer com quatro acreditar classe IV e lembrar classe II com tr s A lista de oc
366. onhece Par grafo 4 Stumpf acredita que os novos compostos podem vir a ter aplica es mais fact veis na rea tecnol gica em tintas para xerox no desenvolvimento de novas tecnologias de grava o e estocagem de informa o e no aperfei oamento dos discos magneto pticos Par grafo 5 Texto J3 No exemplo 159 h explicitamente quatro ocorr ncias de discurso relatado alternando o estilo direto e o indireto Note se contudo que uma observa o mais atenta 170 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes da primeira cita o leva nos a perceber um coment rio do jornalista sobre o que foi expresso pelo especialista citando a hip tese que ainda parece fict cia de usar o magneto em implantes cerebrais configurando se numa das variantes do discurso relatado propostas por Bahktin 1995 1929 o discurso direto preparado 160 Preservar reas na qual h endemismo de esp cies muito importante alerta Carlos Rocha preocupado com a preserva o da Barra de Maric que segundo ele tem um grau de biodiversidade mais elevado do que outras restingas e ainda est pouco afetada pelo homem Rocha lembra que muitas esp cies de animais ainda s o desconhecidas Se essa aranha que ativa e abundante ainda n o tinha sido identificada imagine quantas esp cies de animais raros e que vivem reclusos ainda est o por ser descobertas sup e Par graf
367. ontextualiza o texto C2 Lasers sem cavidades T picos Desenvolvimento do T pico e Conceito e Caracter sticas da radia o a laser Raios Laser e Import ncia e Tipos de laser e Aplica es 79 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Em C2 a contextualiza o fornece informa es b sicas para o entendimento do estudo relatado em seguida e estruturada de forma did tica Essa mesma perspectiva did tica tamb m pode ser verificada no texto C3 extra do de Ecos de corrente desafios f sica experimental No fragmento 3 um trecho da contextualiza o de C3 que se destaca pela utiliza o de exemplos e compara es como estrat gia para explicar o fen meno da resson ncia 3 O que resson ncia Fen menos de resson ncia s o comuns no dia a dia Ocorrem com objetos que se movem periodicamente no tempo e envolvem sempre um processo de absor o de energia Exemplo familiar o de um adulto empurrando uma crian a em um balan o Quando o movimento do adulto est em resson ncia com o do balan o o empurr o levar a crian a mais alto e com menor esfor o Par grafo 3 famoso o caso da ponte Tacoma Narrows nos Estados Unidos que desabou em julho de 1940 quatro meses ap s a inaugura o Em certo momento o movimento do vento tornou se ressonante Com a resson ncia a ponte absorveu parte da energia do vento isso ampliou tanto as osc
368. opula o humana especialmente com capturadores e vendedores de papagaios Par grafo 3 Texto C6 2 E interessante observar que principalmente na se o metodologia h uma grande preocupa o dos autores em precisar medidas que para o leitor n o especialista certamente s o inintelig veis o que se observa em Lasers sem cavidades C2 ao descrever como foi demonstrada a a o laser em uma mistura de um determinado corante e micropart culas de 39 66 di xido de tit nio o autor usa por exemplo 250nm de di metro concentra o de 1010 89 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 3 lt AS cm segundo harm nico 532nm de um laser e pulsos de 10ns Observem se os fragmentos exibidos no exemplo 15 15 Essa mistura produz uma esp cie de pasta que se comporta como um meio fortemente espalhador artificial e surpreendentemente amplifica a luz da mesma forma que qualquer laser tradicional A nica diferen a macrosc pica a falta de direcionalidade uma vez que esse laser paint emite em todas as dire es Uma radia o monocrom tica foi obtida bombeando se opticamente a mistura de Rhodamina Perchlorato 2x107 3M com esferas de di xido de tit nio de 250nm de di metro e uma concentra o de 1010cm em uma c lula de quartzo utilizando o segundo harm nico 532nm de um laser de Nd YAG dois tipos de laser foram usados para o
369. or o uso de analogias insignificante nos textos de autores jornalistas e as met foras embora estejam presentes foram usadas com parcim nia Por outro lado foi importante verificar que a met fora tem fun es diferentes nos ADC e nas MDC Observamos que os cientistas empregam express es metaf ricas com um prop sito essencialmente explicativo J para os jornalistas a met fora parece ser muito mais do que um recurso para explicar algo dif cil ou complicado de ser feito literalmente mas uma forma de adornar o texto Com esse prop sito ornamental o jornalista busca caracterizar de forma pitoresca os elementos aos quais se refere e em consegii ncia envolver o leitor n o especialista Tamb m verificamos que para o jornalista fundamental envolver o leitor desde o primeiro par grafo do texto Por isso as aberturas das MDC apresentam uma estrat gia que julgamos extremamente eficaz para o envolvimento do leitor constru es discursivo textuais que t m como base as modalidades de ntica ou epist mica e tamb m a narrativa 196 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes s o usadas para valorizar a inser o de dados novos ou desconhecidos em geral os resultados das pesquisas abordadas A an lise tamb m confirmou nossa quarta hip tese H4 referente ao uso do discurso relatado nos textos de divulga o cient fica autores jornalistas e autores pesquis
370. ora de Estudos e Projetos Desde seu lan amento CH sobrevive basicamente do subs dio governamental CNPq e Finep an ncios de estatais vendas em bancas e assinaturas De acordo com Del Vechio 1994 15 as estrat gias usadas para a venda de seu espa o publicit rio t m como base o prest gio da SBPC e a oportunidade de o anunciante apoiar a ci ncia e a tecnologia nacionais A autora avalia que essas estrat gias restringem sua for a como 48 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes m dia publicit ria afastando clientes que poderiam buscar a revista para a venda de produtos destinados a leitores ligados rea de C amp T Isso n o significa dizer que n o se anunciem produtos na revista mas o n mero de an ncios bastante reduzido Todo esse contexto deixou a revista suscet vel a crises econ micas o que a levou em 1991 beira da extin o Mesmo diante das limita es financeiras CH sempre insistiu na import ncia da divulga o da ci ncia e da tecnologia primando pela qualidade e precis o do conte do veiculado Al m de publicar artigos de autoria de pesquisadores CH possui v rias se es que cont m desde informa es de servi o a mat rias jornal sticas Para serem publicados em CH os artigos de cientistas s o avaliados por editores e especialistas da rea abordada quanto ao m rito cient fico e conveni ncia de sua publica o Com base ne
371. ormas verbais perifr sticas dever poder querer etc infinitivo Modos e tempos verbais imperativo certos empregos de subjuntivo uso do futuro do pret rito com valor de probabilidade hip tese not cia n o confirmada uso do imperfeito do indicativo com valor de irrealidade etc Verbos de atitude proposicional eu creio eu sei eu duvido eu acho etc Entona o que possibilita por exemplo distinguir uma ordem de um pedido na linguagem oral 108 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes i Operadores argumentativos pouco um pouco quase apenas mesmo etc Abertura Al tica A modalidade al tica a caracter stica predominante das aberturas al ticas Aqui as informa es dadas t m o valor de verdade Em geral apresentam um tom de den ncia como se tentassem alertar o leitor para um perigo iminente ou real am o ineditismo de uma determinada t cnica ou descoberta cient fica Saliente se que nesse tipo de abertura comum a inser o de dados num ricos que d o sustenta o s asser es Vejamos a seguir exemplos de aberturas agrupadas nesse segmento 33 Restam apenas 559 micos le es dourados Leontopithecus rosalia na natureza Alarmante o n mero resulta da mais rigorosa estimativa j feita sobre a popula o desses primatas um dos mais amados e mais amea ados da fauna brasileira A situa o dos micos grav ssima reconhece a bi
372. ornalistas Total de palavras Quantidade de Um termo TEXTO do texto termos especializado especializados ocorre a cada J1 A terra contra ataca 662 11 60 18palavras J 2 Alta tecnologia em comunica es 735 43 17 09 palavras J 3 Im s biocompat veis 716 38 18 84 palavras J 4 Peixes antipolui o 917 31 29 58 palavras J 5 Andarilha da areia 436 8 54 50 palavras J6 O mico le o sobe a serra 682 5 136 40 palavras J 7 Reidratantes caseiros n o t m efeito 545 22 24 77 palavras J8 Contra a Doen a de Chagas 541 35 15 45 palavras J 9 Driblando o v rus da Aids 368 20 18 40 palavras J10 Sa de na pr hist ria 661 16 41 31 palavras J 11 ndios Ofai lutam para sobreviver 476 1 476 00 palavras J 12 Arqueologia brasileira 502 8 62 75 palavras M dia 79 60 palavras 130 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Como se pode notar os resultados das tabelas 2 e 3 indicam que a ocorr ncia de terminologia especializada nos ADC um termo a cada 41 34 palavras praticamente o dobro do que nas MDC um termo a cada 70 60 palavras confirmando a primeira parte de nossa hip tese 2 quando produzem textos de divulga o cient fica os autores pesquisadores utilizam muitos termos t cnico cient ficos curioso observar contudo que a leitura dos dados por rea do conhecimento revelou uma significativa altera o nos tex
373. orr ncia desses verbos mais extensa mas n o vale a pena enumer los uma vez que cada um dos demais apareceu apenas uma ou duas vezes Contudo interessante notar que nos textos de jornalistas observamos o uso de verbos dicendi com grande for a ilocut ria que n o s o utilizados por cientistas como o caso de alertar arriscar atestar creditar garantir reconhecer supor entre outros A sele o dos depoimentos sua organiza o dentro do texto e principalmente a escolha de um ou de outro verbo dicendi para introduzir a voz do outro d o margem gera o de diferentes efeitos de sentido Assim mesmo quando parte da voz do outro para construir sua voz a fun o do jornalista como sujeito do discurso preservada A alta 39 O manual do Diario de Pernambuco 1991 por exemplo recomenda que se use preferencialmente o verbo dizer e justifica assim essa orienta o o que melhor se presta ao estilo jornal stico por n o insinuar conceitos subjetivos na introdu o ou finaliza o das falas dos personagens p 33 175 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes incid ncia do verbo explicar nos textos jornal sticos por exemplo parece sugerir que o jornalista reconhece no entrevistado um especialista a compet ncia explicativa a autoridade para elucidar determinada informa o Dess
374. ort et Circulation de la Parole contribution une approche dialogique du discourse d autre Leuven Louvain La Neuve Peeters Louvain La Neuve CUNHA D A C 1992b Uma Leitura da Abordagem Bakhtiniana do Discurso Reportado Investiga es 2 105 117 DEL VECHIO M R 1994 Ci ncia Hoje nas Bancas Anais do 4 Congresso Brasileiro de Jornalismo Cient fico Campinas pp 13 16 DIARIO de Pernambuco 1991 Manual de Reda o Recife Comunicarte DIEGUEZ F P 1996 Superinteressante o desafio de uma revista brasileira de jornalismo cient fico para o grande p blico Anais do 5 Congresso Brasileiro de Jornalismo Cient fico Belo Horizonte pp 29 DUBOIS J et al 1983 1973 Dicion rio de Ling stica S o Paulo Cultrix DUCROT O 1987 Esbo o de uma Teoria Polif nica da Enuncia o In Ducrot O O Dizer e o Dito Campinas Pontes pp 161 218 FAUCONNIER G 1996 Analogical Counterfactual In Sweetser E amp Fauconnier G eds Space Worlds and Grammar Chicago London The University of Chicago Press 204 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes FASOLD R W 1990 The Sociolinguistics of Language Cambridge Basil Blackwell FEYERABEND P 1977 Contra o M todo Rio de Janeiro Francisco Alves FOLHA DE S PAULO 1984 Manual Geral da Reda o S o Paulo F S P FUCHS C 1982 La Paraphrase Paris Presses Universitaires de France FUCHS C 1985
375. ortamento e a reprodu o do char o A cria o em cativeiro para reintrodu o na natureza frequentemente citada entre as alternativas de preserva o de esp cies amea adas No caso do char o a atividade n o recomendada pois ainda existe nas matas um n mero de casais reprodutivos capaz de recompor a popula o Al m disso a reintrodu o exige tempo verbas e pessoal t cnico que poderiam ser melhor empregados na preserva o das aves no ambiente natural Outra iniciativa que pode aumentar as press es para salvar a esp cie e gerar a vontade pol tica necess rias s a es de conserva o seria a ado o do papagaio char o que apresenta as cores da bandeira do Rio Grande do Sul e hoje est praticamente restrito ao territ rio ga cho como ave s mbolo do estado Al m de importante como ferramenta de marketing para a conserva o geral a escolha poderia promover turisticamente o estado As evid ncias que fazem de Amazona pretrei uma esp cie amea ada tornam indispens vel a cria o de programas especiais de prote o O plano de a o tra ado se posto em pr tica poder reverter a situa o do papagaio char o ajudando tamb m na melhoria da imagem do Brasil hoje visto no exterior como um dos pa ses com maior n mero de esp cies amea adas de extin o Nigel Varty Leonan Bernardini Eliseu Vieira Dias Carla Suertegaray Fontana Dem trio Luis Guadagnin Andreas Kindel Museu de Ci ncias e Tec
376. os 106 O professor universit rio tanto de gradua o quanto de p s gradua o respons vel pelo desenvolvimento da compet ncia dos alunos em leitura Muitos colegas discordar o desta afirma o alegando que o ensino da leitura tarefa do Primeiro Grau Par grafo 35 Texto C11 No exemplo 106 o d itico desta e a nominaliza o afirma o formam uma rotula o de for a ilocut ria para a exemplo de 105 tamb m remeter ao per odo anterior O professor universit rio tanto de gradua o quanto de p s gradua o respons vel pelo desenvolvimento da compet ncia dos alunos em leitura 3 Esse processo de rotula es como fen menos coesivos foi observado e analisado em Koch amp Marcuschi 1988a 8 sendo por eles definido como 146 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes recategoriza o da informa o precedente por meio de novas predica es atributivas ajustando o saber dispon vel a respeito do objeto de discurso Trata se de uma opera o dupla referencia o propriamente dita anaf rica aporte de informa o nova por recategoriza o lexical do objeto que pode inclusive levar a uma reinterpreta o daquilo que precede O emprego de designa es hiperon micas sinon micas gen ricas e parafraseantes para explicar ou substituir o referente ocorre com muita frequ ncia nos textos jornal sticos Isso se explica n o apena
377. os A relev ncia do tema nos leva a acreditar que os resultados desta pesquisa poder o contribuir para as discuss es acerca da pr tica da divulga o cient fica por jornalistas e por 24 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes cientistas e tamb m servir como subs dio did tico em programas de forma o de jornalistas cient ficos e de cientistas divulgadores Apresenta o dos cap tulos Al m desta introdu o este trabalho est organizado em mais quatro cap tulos que permitem desenvolver algumas id ias sobre divulga o cient fica e os produtores dessa divulga o No cap tulo 1 esbo amos as tipologias das revistas especializadas em ci ncia e dos textos de divulga o publicados em Ci ncia Hoje Para chegarmos a tais tipologias revemos conceitos como evento Hymes 1986 1972 tipo de atividade Levinson 1979 comunidade de fala Crystal 1999 Wardhaugh 1986 Hymes 1964 1986 1972 e Fasold 1990 e comunidade de pr ticas Holmes amp Meyerhoof 1999 e Meyerhoof 1999 Tamb m s o discutidas neste cap tulo as no es de status de participa o Goffman 1998 1979 e texto como resultado de a es ling sticas cognitivas e sociais Beaugrande 1997 No cap tulo 2 os caminhos da pesquisa s o o enfoque central Para desenvolv lo apresentamos aspectos hist ricos e editoriais do objeto de estudo as raz es e os c
378. os pa ses com maior n mero de esp cies amea adas de extin o Par grafo 16 Texto C6 26 No Brasil por m muitos projetos de pesquisa de produtos naturais s o interrompidos por falta de financiamento cont nuo e de pessoal adequado em geral s o desenvolvidos por estudantes de p s gradua o com tempo de participa o predeterminado Sem uma pol tica que estimule o desenvolvimento de medicamentos o pa s permanecer no lament vel ciclo vicioso de fornecer mat ria prima para ind strias estrangeiras e reimportar a base medicamentosa como produto final situa o que precisa ser repensada Par grafo 29 Texto C7 27 Dessa forma os riscos decorrentes da doen a da vaca louca devem ser analisados criteriosamente para que n o sejam grosseiramente superestimados Par grafo 7 Texto C8 Em 28 mostramos fragmentos do texto CI Estamos sozinhos no universo em que o autor manifesta uma posi o de cautela em rela o a investiga es sobre a exist ncia de outras formas de vida no universo 28 Diante da esperan a de detectar um consider vel n mero de planetas extra solares nas pr ximas d cadas natural que a quest o da exist ncia de formas de vida nesses mundos seja colocada Como uma visita in situ uma possibilidade ainda remota resta a teledetec o como meio de investiga o A pergunta chave ent o o que procurar Par grafo 25 Inicialmente preciso formular conceitos que
379. os de uma modaliza o epist mica que sugere partilhamento de pressupostos ou conhecimentos Marcuschi 1998 9 161 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 4 Ind cios de fala de um interlocutor com o qual se dialoga Sugerem a presen a da alteridade ou prop e a alteridade efetiva Aqui se incluem as cita es diretas 5 Ind cios de oferta de orienta o e seletividade Trata se do uso de d iticos textuais notas de p de p gina f rmulas que se dirigem explicitamente ao leitor etc como ind cios claros de interatividade De acordo com Marcuschi 1998 esses indicadores revelam que as a es do escritor sup em um envolvimento multiorientado Ou seja quem escreve envolve se a com seu interlocutor uma obje o poss vel seria b com seu tema os argumentos para esta tese s o C consigo mesmo meu interesse d com pr ticas sociais espec ficas para contato pessoal usa se carta p 13 Diante do exposto percebe se que de certa forma Marcuschi 1998 reelabora a proposta de Chafe 1984 ampliando a no o de envolvimento a partir de uma vis o mais atual da rela o fala escrita que trata essas duas modalidades n o como algo dicot mico mas como um cont nuo Nessa perspectiva muitos dos exemplos j apresentados neste t pico como caracter sticos de envolvimento com o conte do ou de auto envolvimento tamb m
380. os encontrados em seus tecidos e usados com defesa contra seus predadores O coral mole Sinularia flexibilis ordem Alcyonacea por exemplo n o apresenta incrusta o biol gica em suas col nias e testes de laborat rio indicaram que o diterpeno sinulariolido principal metab lito da esp cie inibe o crescimento de algas Algumas col nias do tamb m alcion ceo Lobophytum pauciflorum da Austr lia raramente est o recobertas por bioincrustantes mas outras col nias da mesma esp cie apresentam sobre sua superf cie v rias esp cies de algas filamentosas A an lise cromatogr fica dos extratos dessas col nias levou ao isolamento de um diterpeno 2 epi sarcofitoxida nas col nias incrustadas e de dois outros diterpenos 14 hidrozicembra 1 3 7 11 tetraenoe 15 hidroxicembra 1 3 7 11 tetraeno nas col nias limpas Em culturas da alga vermelha Ceramium codii inoculada com os v rios diterpenos desse octcoral somente o produto isolado das col nias incrustadas surpreendentemente inibiu de forma significativa o crescimento dessa alga O resultado sugere que esse diterpeno n o atua na col nia no sentido de prevenir a incrusta o mas produzido possivelmente a partir dos dois outros diterpenos a partir da instala o desta Essa seria outra indica o clara de resposta defensiva aos incrustantes provavelmente um tipo de competi o por interfer ncia em um espa o recife de coral acirradamente disputado No entanto a an
381. os no 130 ago 97 J 1 A terra contra ataca 130 ago 97 universo Artigo Capa Ci ncia em Dia C2 Laser sem cavidades 107 mar 95 J2 Alta tecnologia 107 mar 95 Bom Saber comunica o Ci ncia em Dia C3 Ecos de Corrente desafios 130 ago 97 J 3 m s biocompat veis 129 jul 97 f sica experimental Bom Saber Ci ncia em Dia Quadro 11 rea Ci ncias Biol gicas AUTORIA Pesquisador jornalista _ Edi o Edi o Se o Se o C4 Produtos n o poluentes 114 out 95 J 1 Peixes antipolui o 112 ago 95 contra a incrusta o Artigo Capa Ci ncia em Dia C5 Aranhas venenosas no 114 out 95 J 2 Andarilha da areia 125 Brasil Bom Saber novdez 96 Ci ncia em Dia C6 O papagaio char o em 118 mar 96 J 3 0 mico le o sobe a serra 99 abr 94 perigo Bom Saber Ci ncia em Dia 20 O levantamento realizado por Del Vechio 1994 abrangeu do primeiro n mero de Ci ncia Hoje julho de 1982 at o n mero 74 julho de 1991 21Neste estudo os textos s o identificados por uma letra J para os textos de autores jornalistas e C para os de autores pesquisadores referente ao grupo seguidos por n meros do 1 ao 12 No caso de refer ncia s vers es originais dos cientistas como no anexo I s o usadas as letras CO seguidas pelos n meros de 1 a 12 63 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Quadro 12 rea Ci ncias da Sa de
382. os podem por exemplo contrapor argumentos somar argumentos a favor de um mesma conclus o introduzir conte dos pressupostos assinalar argumentos mais fortes orientar para a afirma o ou a nega o total e introduzir a conclus o de enunciados anteriores Em 111 e 112 exemplos de conectores que funcionam como operadores argumentativos 111 Algumas caracter sticas da radia o emitida ainda ser o analisadas em particular a distribui o espacial e as propriedades estat sticas da luz emitida Mesmo assim v rias aplica es para este novo tipo de laser j est o sendo sugeridas Par grafo 7 Texto C2 Aqui os operadores mesmo assim e j orientam o leitor para uma avalia o positiva de um novo tipo de laser chamado de laser paint ou laser sem espelhos Para percebermos a for a argumentativa de tais operadores imaginemos o enunciado v rias aplica es para este novo tipo de laser est o sendo sugeridas Certamente sem os 150 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes operadores o efeito de sentido bastante diferente por n o trazer impl cita a id ia de que esse novo laser t o eficiente que a despeito de algumas de suas caracter sticas ainda n o terem sido analisadas h perspectivas de aplica o 112 Estudos epidemiol gicos sugerem que o aparecimento da doen a em bovinos deveu se inclus o em sua alimenta o de suprimentos pr
383. os que nunca ser o lidos integralmente Em geral o aluno n o est preparado para situar os autores dentro de uma corrente de pensamento ou no contexto hist rico Ignora tudo sobre as condi es de produ o do texto a ideologia do autor suas inten es n o explicitadas Enfim faltam lhe experi ncias e conhecimentos Os professores pensam que s dando muitas leituras obrigat rias melhorar o o n vel Da a exig ncia de apresenta o de fichas resumo a realiza o de falsos semin rios e incans veis sess es de leitura em grupo com parcos resultados A grande ilus o Existe uma grande ilus o pedag gica pensar que tudo que se ensina aprendido e por todos da mesma maneira N o h professor que n o tenha se deixado embalar por essa ilus o No caso da leitura ent o o fato de que o texto est ali nas m os de cada um refor a o engano Por que os alunos deveriam chegar a resultados diferentes Pergunta o professor sem perceber que o sentido do texto se instaura tamb m de modo subjetivo atrav s da hist ria das leituras de cada um Ao lidar constantemente com determinadas quest es o professor especialista constr i no decorrer dos anos um repert rio significativo de conhecimentos em rela o a elas atrav s de sucessivas e sistem ticas leituras das aulas que prepara das discuss es com colegas da rea das confer ncias que faz e que assiste etc Esse processo torna se parte t o integrante do seu cotidian
384. oso asd aaa 168 156 Usode cita CaO ni ernan rr E FR BECE CE a EO URI ERRANTE MERENDA NERI PERITO RE 168 157 Uso de CITA O semanas ans supra ibama nrsaga a E ento as onda nau eaa boina taaie ent 168 1586 Uso de CUA O id i r E NE O i fre 169 159 Uso de Cao nran aaa a A 169 DOU LD CA O ei a E a AS E E dad a A 170 161 Uso de CA O inntian i ari aaia ELEG Ganda ada Seas 170 162 USO decitacao ia a si a E dias non 171 163 Usode citaa Oenonidae dE brasa dadas EE E EE E bn aqu ds sentada 171 164 Uso de citata reina aE a E OE E A E E 175 165 Uso de CITA O iernii ei oeei DEAR CA E T Er SeS 175 160 Uso de CUCA pi oi dn dE 175 TO DESC decitacao ree a E A a AR RARA RS RN DAR RAR 175 DOS PESE NA HO US AR SN AGR ANA A DO NE E A 176 169 Uso de CA O santa sas uau ado ua qualo cada ua cana qua matas 176 7 0 Uso de CA O a sims tar pain aid SS e nas ad Sis adiados Rad 177 IZI Usode citalac pre n a e a e a aa e arre Sis e 177 172 Usode cita CaO airina A EA S E A E EA E 177 173 Uso de CA O irose enera a o a saiba Lda a E a a encara RES 178 TAJU SO DE CUAC O E REE EE NS N A 178 IZI Usode citaci nn en a e A E E E E A A AA Tean 178 TO LO A O aa e a a a a a A a E 178 177 Uso d citac o inssi a da del EE da a EE ES EEE E a asd da 179 178 Uso de citata ennnen E N TAREA ARAE A ERA OE EO AERE RERS 1892 179 Usodecitacao neen i AME o ae a ea aae a RD N Sei 1892 180 Uso de citaa na ea A E AA EEE AEEA STEA BORDER ERES 1898 181 Usode me
385. osso 186 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes sistema conceitual desempenha um papel central na defini o de nossa realidade cotidiana Mas nosso sistema conceitual n o algo do qual normalmente sejamos conscientes Na maior parte das pequenas coisas que fazemos todos os dias simplesmente pensamos e agimos mais ou menos automaticamente Lakoff amp Johnson 1991 39 40 Para ilustrar como as met foras evidenciam determinado sistema conceitual Lakoff amp Johnson 1991 mostram que em nossa cultura uma discuss o encarada como uma guerra pois ainda que n o haja uma batalha f sica h uma batalha verbal vemos como inimigos as pessoas com quem discutimos atacamos suas id ias e defendemos as nossas planejamos e usamos estrat gias ganhamos e perdemos terreno etc Para os referidos autores a met fora uma discuss o uma guerra pois algo que vivemos em nossa cultura e se reflete na estrutura da discuss o ataque defesa contra ataque etc De acordo com Lakoff amp Johnson 1991 as met foras est o de tal modo incorporadas ao nosso dia a dia que dif cil nos darmos conta de quando as estamos usando o que ocorre com certos termos como o de tempo empregado cotidianamente e em geral a partir do conceito metaf rico tempo dinheiro estou perdendo tempo n o tenho tempo n o posso investir meu tempo nisso tenho que calcular o te
386. ostra que cinco est o associados a estrelas com espectros comparados ao do Sol O tipo espectral de uma estrela h sete tipos principais O B A F G K e M indica sua temperatura superficial o Sol por exemplo uma estrela de tipo G G5 V com temperatura efetiva em torno de 5780 K 6 000 C Estrelas do tipo F como as tr s ltimas da lista de planetas r cem descobertos s o ligeiramente mais quentes As estrelas selecionadas no programa de detec o est o dentro de um determinado intervalo de temperatura ou tipo espectral pois acredita se que nelas maior a probabilidade de exist ncia de sistemas planet rios As massas dos planetas 70 Virginis e HD 114762 s o bem mais elevadas que a de J piter Tais objetos fazem parte de um conjunto obscuro de corpos celestes com propriedades f sicas pouco conhecidas que inclui desde os planetas gigantes at as an s marrons estrelas de baixa massa e pouco brilho o caso de Gliese 229 sistema que possui uma an marrom de massa 20 50 Mj Al m de Gliese 229 s o conhecidas hoje outras duas an s marrons descobertas pelo Instituto de Astrof sica das Can rias Espanha Teide 1 e Calar 3 Outro objeto gigantesco parece orbitar a estrela 55 C ncer al m do candidato a planeta j detectado h fortes suspeitas de que exista um segundo corpo com massa aproximada de 5 Mj e per odo orbital entre 15 e 20 anos Todos os poss veis planetas da lista foram detectados a
387. ot cula contendo espermatoz ides guardando a em cavidades de seus pedipaldos bulbo copulador Ao encontrar uma f mea ap s um rito sexual o macho insere esses ap ndices na abertura genital da parceira e em rar ssimos casos morto em seguida por ela Mais 235 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 12 tarde a f mea tece a ooteca onde p e os ovos que carrega consigo ou deixa na teia dependendo da esp cie Os filhotes ap s a eclos o tamb m podem ficar nas teias ou acompanhar a m e presos em seu abdome As aranhas dependem de seu veneno uma mistura de v rias subst ncias de diferentes toxicidades para paralisar as presas e obter alimento mas s vezes o usam para sua defesa Como ficam algum tempo parcialmente desprovidas de veneno ap s a picada elas s o empregam contra atacantes quando se sentem acossadas Por desinforma o por m o perigo que representam comumente aumentado Na verdade apenas uma fam lia com dois g neros n o possui gl ndulas de veneno mas das dezenas de milhares de esp cies existentes menos de 100 s o potencialmente perigosas para o homem No Brasil apenas tr s g neros que abrangem cerca de 14 esp cies t m import ncia m dica Phoneutria as aranhas armadeiras Loxosceles as aranhas marrons e Latrodectus as vi vas negras S o respons veis por cerca de 81 dos acidentes por aranha notificados ao Minist rio d
388. ot icos derivados de ovelhas contaminadas scrapie Entretanto n o h dados experimentais que provem essa teoria A proibi o do uso desses produtos na ra o do gado na Inglaterra deve contribuir para o esclarecimento dessa hip tese Par grafo 6 Por outro lado estudos mostraram que camundongos que produzem a prote na pri nica humana normal apresentam resist ncia infec o pelo agente infeccioso da encefalopatia espongiforme bovina Essa resist ncia existia mesmo quando o agente infeccioso era inoculado diretamente no c rebro normalmente 100 mil vezes mais eficiente que a inocula o por via oral Portanto a detec o de alguns casos de Creutzfeld Jacob em pessoas mais jovens do que os pacientes geralmente afetados n o permite associa o direta e exclusiva entre a doen a e o consumo de carne bovina Dessa forma os riscos decorrentes da doen a da vaca louca devem ser analisados criteriosamente para que n o sejam grosseiramente superestimados Par grafo 7 Texto C8 Em 112 os operadores entretanto por outro lado e mesmo quando s o usados para introduzir ou refor ar argumentos contr rios aos resultados de estudos que sugerem a rela o entre a doen a da vaca louca e suprimentos prot icos contaminados Todo o contexto criado com a ajuda desses operadores conduz a conclus es introduzidas por portanto e dessa forma que refutam aqueles resultados Outro recurso utilizado como mecan
389. p e Koch 1994 que sejam consideradas duas grandes modalidades de coes o a referencial e a segiiencial A primeira seria aquela em que um componente da superf cie do texto faz remiss o a outro s elemento s do universo textual p 30 podendo ser feita por meio de artigos pronomes numerais adv rbios nominaliza es sin nimos hiper nimos ou indicadores de classe nomes gen ricos elipses indicadores de concord ncia etc A remiss o tanto pode ser feita para tr s an fora quanto para frente cat fora e o referente pode ser representado por um nome um fragmento de ora o uma ora o e at mesmo todo um enunciado 144 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes J a coes o segiiencial ou segiiencia o diz respeito aos procedimentos ling sticos por meio dos quais se estabelecem entre segmentos do texto enunciados partes de enunciados par grafos e mesmo seqii ncias textuais diversos tipos de rela es sem nticas e ou pragm ticas medida que se faz o texto progredir Koch 1994 49 Neste t pico reunimos exemplos de alguns dos mecanismos coesivos mais utilizados nos textos ADC e MDC Inicialmente mostramos em 101 e 102 casos de coes o referencial operada por d iticos de pessoa Esse um recurso que aparece com frequ ncia nos dois grupos de textos examinados 101 Os Guat que viviam ao norte da rea pesquisada ocu
390. partir da outras sociedades cient ficas passaram a ter suas publica es fato que ajudou a fortalecer as pesquisas cient ficas na Europa e nos Estados Unidos Embora no s culo XVII peri dicos como Gazette de France 1631 e Journal des Scavants 1664 publicassem textos sobre temas cient ficos a divulga o sistem tica pela imprensa de assuntos sobre ci ncia s veio a ocorrer no s culo XIX Mesmo assim limitava se a publicar na ntegra ou reescrever artigos dos peri dicos cient ficos Nem as grandes inven es daquele s culo como o barco a vapor a locomotiva a vapor o tel grafo o telefone a tra o mec nica a eletroqu mica e o eletromagnetismo motivaram grandes coberturas na imprensa da poca Burkett 1990 1929 Quando come aram a dedicar mais espa o ci ncia no final daquele s culo os ve culos de comunica o abusavam do sensacionalismo e transformavam a ci ncia em pseudoci ncia Os excessos cometidos por alguns jornais deixavam em estado de alerta os cientistas O trauma de ter suas atividades mal representadas foi t o intenso que mesmo d cadas depois e apesar do surgimento de jornalistas cient ficos como profissionais voltados em tempo integral para a ci ncia os cientistas antigos contavam aos rec m chegados os horrores de ter seu trabalho veiculado pelos meios de comunica o de massa Krieghbaum apud Burkett 1990 1929 30 31 Talvez devido aos exageros cometidos pela imprensa em re
391. pavam mont culos semelhantes aos cap es de Corumb durante as cheias e barrancas de rio e de lagoas na vazante Eles fornecem um modelo no qual podemos nos inspirar para entender os s tios arqueol gicos descobertos Par grafo 19 Texto C10 102 Nos ltimos meses o grupo obteve outros compostos a que denominou magnetos moleculares duros com grande capacidade de armazenar informa es se usados em chips de mem ria Eles apresentam propriedades pticas interessantes comprovadas em experimentos feitos em parceria com o Departamento de F sica da UFMG Par grafo 7 Texto J3 Em 103 os indicadores de concord ncia funcionam como o principal recurso de coes o textual Observe se que no d cimo par grafo do texto C5 h v rias ora es que apresentam elipse do sujeito e s o justamente as marcas do plural em ativa e nos verbos 39 GE causar gostar e viver que possibilitam ao leitor a recupera o do referente todas as esp cies Loxosceles 103 Todas as esp cies Loxosceles s o pequenas at 1 cm de corpo e 3 cm com as patas t m patas finas e longas e sua cor varia do marrom amarelado ao castanho figura 4 Mais ativas noite de apar ncia fr gil e n o agressivas em geral n o causam medo Gostam de esconderijos secos quentes e escuros cascas de rvores palhas entulhos e dentro das casas vivem em cantos de paredes atr s de m veis e outros locais construindo
392. pedir que ele afete o homem ainda na fase inicial da infec o O trabalho est sendo realizado por pesquisadores do Instituto de F sica de S o Carlos IFSC da Universidade de S o Paulo juntamente com diversas institui es Uma das fontes de energia do T cruzi principalmente logo ap s de sic entrar no homem a cadeia glicol tica processo em que a glicose um a car quebrada por meio de uma s rie de rea es O resultado disso o armazenamento de energia que pode ser usada posteriormente pelo parasita Em geral a quebra da glicose tamb m chamada glic lise ocorre no citoplasma da c lula J no T brucei causador da doen a do sono e no T cruzi ela feita no glicossomo uma organela dentro da c lula que tem concentra es altas das enzimas respons veis pela glic lise aumentando a efici ncia do processo A estrat gia adotada o ataque s enzimas glicol ticas e foi idealizada pelo holand s W Hol da Universidade de Washington EUA ap s estudo sobre o T brucei realizado em colabora o com o holand s F Opperdoes do Instituto Internacional de Patologia Celular e Molecular B lgica que descobriu o glicossomo em 1977 O desafio no entanto conseguir drogas que bloqueiem as enzimas glicol ticas do parasita sem afetar as equivalentes humanas Como somos relacionados evolucionariamente ao T cruzi de uma forma distante as enzimas do parasita s o parecidas com as nossas mas n o id nti
393. pertinente pois trata da estreita vincula o entre linguagem e p blico alvo A import ncia dessa rela o j era sugerida por Bakhtin 1995 1929 quando mencionava que a enuncia o o produto 34 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes da intera o de indiv duos socialmente organizados mesmo quando n o h um interlocutor real que pode ser substitu do pelo representante m dio Para Bakhtin 1995 1929 112 113 A palavra dirige se a um interlocutor ela fun o da pessoa desse interlocutor variar se se tratar de uma pessoa do mesmo grupo social se estiver ligada ao locutor por la os mais ou menos estreitos pai m e marido etc N o pode haver interlocutor abstrato n o ter amos linguagem comum com tal interlocutor nem no sentido pr prio nem no figurado Essa orienta o da palavra em fun o do interlocutor tem uma import ncia muito grande Na realidade toda palavra comporta duas faces Ela determinada tanto pelo fato de que procede de algu m como pelo fato de que se dirige para algu m Ela constitui justamente o produto da intera o do locutor e do ouvinte A palavra uma esp cie de ponte entre mim e os outros Se ela se ap ia sobre mim numa extremidade na outra ap ia se sobre o meu interlocutor A palavra o territ rio comum do locutor e do interlocutor grifos do autor Numa outra perspectiva Perelman amp Olbrechts Tyte
394. pesar de ilegal comum no Brasil estimulada pela capacidade de algumas dessas aves de imitar a fala humana Isso ocorre com o char o animal de estima o tradicional no Rio Grande do Sul A captura dos filhotes feita imediatamente antes de adquirirem a capacidade de voar o que depende da plumagem acontece em todas as reas onde a esp cie se reproduz facilitada pela baixa altura dos ninhos Em geral s o retirados todos os filhotes 2 a 4 por ninhada e frequentemente o ninho danificado no processo A pesquisa indicou tamb m que cerca de um ter o dos filhotes n o resiste captura morrendo antes da venda Diferentes grupos praticam a captura e a venda do char o Trabalhadores rurais em geral de baixa renda retiram filhotes de um ou dois ninhos e os presenteiam a parentes e amigos ou vendem localmente para suplementar seus ganhos Mas existem ca adores profissionais de papagaios no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina que retiram filhotes de um grande n mero de ninhos todos os anos alguns controlando mais de 25 ninhos em suas reas de atua o Estes comercializam as aves localmente na beira de estradas por exemplo ou para intermedi rios que as revendem em Porto Alegre Santa Maria Florian polis e outras grandes cidades do Sul do pa s dif cil avaliar o impacto da captura dos filhotes sobre a popula o do papagaio char o principalmente porque n o se sabe a fregii ncia da reprodu o de um casal adulto M
395. plica o de choques el tricos de cerca de 12 volts no cefalot rax da aranha figura 7 Como a maioria das aranhas morre com o choque a quantidade de veneno extra da muito pequena e dispendiosa Ap s a inocula o em coelhos surge na pele em duas horas um eritema que torna se maior e mais intenso e a rea adquire uma cor vermelha arroxeada Em 24 horas o local escurece indicando a ocorr ncia de necrose morte das c lulas O estudo microsc pico da les o revela dilata o dos vasos sangii neos edema ac mulo de leuc citos c lulas de defesa do organismo presen a de co gulos nos vasos e hemorragias em todas as camadas da pele e s vezes nos m sculos subjacentes O veneno atua ainda sobre as plaquetas c lulas envolvidas na coagula o do sangue ativando as e causando sua agrega o e sobre os gl bulos vermelhos de algumas esp cies destruindo os hem lise Entre as muitas enzimas presentes no veneno est o a hialuronidase que faz com que a les o desloque se segundo a for a da gravidade adquirindo uma forma retangular e a esfingomielinase D considerada muito importante porque reproduz a les o dermonecr tica e causa morte em animais de laborat rio A composi o bioqu mica do veneno identificada atrav s de m todos de isolamento das mol culas respons veis pelas principais atividades t xicas do veneno figura 9 Aplicando uma t cnica especial de filtra o no veneno da esp cie L gaucho com
396. plos 154 e 155 154 A pesquisa mostra ainda que mesmo em uma rea aparentemente desprovida de alimentos como o semi rido um grupo pode se desenvolver satisfatoriamente e com boa sa de quando explora adequadamente os recursos naturais diz a coordenadora Par grafo 8 Os sinais de anemia e os baixos ndices de ferro sangii neo no grupo Cabe uda podem ser uma prote o do organismo hiperexposi o frequente a doen as infecciosas exemplifica a pesquisadora Par grafo 9 Na Fiocruz temos a vantagem de poder fazer uma ponte entre as doen as do passado e as de popula es atuais Isso nos fornece um contraponto importante e favorece uma troca constante de id ias diz Sheila Mendon a Par grafo 11 Texto J10 155 Exemplares da ind stria l tica instrumentos de pedra lascada encontrados no s tio revelam que os seus feitores j dominavam uma aprimorada t cnica de lascamento destaca a arque loga Par grafo 7 Texto J12 H ainda casos em que essa identifica o dispensada como nos exemplos 156 e 157 Note se que em geral a aus ncia de identifica o nas cita es diretas ocorre quando h em per odos anteriores outras inser es da fala do mesmo especialista 156 Isso permite sonhar mais alto diz Stumpf citando a hip tese que ainda parece fict cia de usar o magneto em implantes cerebrais Segundo ele j se pensa na possibilidade de implanta
397. presentamos no quadro 4 a tipologia dos textos de Ci ncia Hoje Quadro 4 Tipologia de textos em Ci ncia Hoje TEXTOS DA REVISTA CI NCIA HOJE Objetivo Dodo Linguagem Mind aa Difundir a TS t E 3 P blico alvo Parte do aori A Muito pr xima da Artigos ciencia com o Cientistas especialistas p blico alvo RA pr prop sito de e n o especialistas acq Fca de Divulga o convencer especialistas Praticamente Fes pa inacess vel a n o Cient fica ADC p blico da Di lidade d especialistas validade da pesquisa relatada e gerar mais conhecimento E P blico alvo Parte do oti TA ornal stica Mat rias Difundir a J ornalistas sao na J Anri 5 k Acess vel a n o o R ci ncia com o e n o n o ENA de Divulga o prop sito de especialistas especialistas especialistas Cient fica M DC informar 45 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Para a constru o deste quadro foram ignoradas as caracter sticas que distinguem nos discursos jornal stico e cient fico os diversos g neros textuais como o texto noticioso e a reportagem no primeiro e o ensaio e o artigo cient fico prim rio no segundo considerando apenas dois tipos de evento os Artigos de Divulga o Cient fica ADC e as Mat rias de Divulga o Cient fica MDC 46 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Aze
398. quatro seis ou oito meses quando as chuvas h muito terminaram Esta a paisagem predominante Mas se algu m imagina que toda a rea plana e alagadi a engana se Junto ao rio em alguns pontos como perto de Corumb e Lad rio existem restos de plantio com um ambiente completamente diferente que permite outro tipo de instala o humana A pesquisa arqueol gica O interesse pela ecologia e a necessidade de estudar e monitorar ambientes preservados puseram em destaque o Pantanal Da nasceu paralelamente a estudos ecol gicos e de apro veitamento o Projeto Corumb primeiro estudo arqueol gico amplo na regi o executado por um grupo de jovens pesquisadores do Instituto Anchietano de Pesquisas Unisinos e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS Jos Luis Peixoto Jairo H Rogge Marcus Vin cius Beber Andr O Rosa Jorge E de Oliveira Rodrigo Lavina Maribel Girelli entre outros sob a coordena o de Pedro Ign cio Schmitz e Maria Ang lica de Oliveira Bezerra 254 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 O projeto iniciado em 1990 visou estudar as encontradas em uma rea de cerca de 100Km por 50 Km nas proximidades de Corumb e Lad rio junto fronteira com a Bol via figura 1 Raz es de ordem pr tica determinaram a escolha do local a equipe poderia ficar sediada na primeira cidade usando como base de opera es as instala es da U
399. que deveriam ter em comum pelo menos a grande rea do conhecimento 8 Al m disso decidimos trabalhar apenas com ADC a cujas vers es originais pud ssemos ter acesso Essa decis o pautou se no fato de esses artigos serem editados por jornalistas o que poderia ter provocado altera es substanciais nos textos Julgamos naquele momento inicial que antes de dar prosseguimento an lise seria conveniente cotejar as duas vers es para n o corrermos o risco de atribuir erroneamente determinadas caracter sticas a pesquisadores quando poderiam ser decorrentes das interven es dos editores Com a compara o pr via ter amos respaldo para assegurar quais caracter sticas eram pertinentes aos textos de jornalistas e quais aos textos de pesquisadores Os originais dos ADC constitu ram uma esp cie de corpus de controle examinado apenas num momento inicial por raz es que ser o explicadas mais adiante Em linhas gerais portanto o corpus ficou resumido a dois grupos de textos coletados nas edi es de Ci ncia Hoje que comp em o universo desta pesquisa a 12 textos de pesquisadores b 12 mat rias jornal sticas 18A classifica o das Grandes reas e reas do Conhecimento seguiu as orienta es propostas pelo Conselho Nacional de Pesquisa CNPq Brasil 1997 135 19 Os textos do corpus de controle foram coletados nos arquivos da reda o de CH no Rio de Janeiro 50 A divulga o cient fica em Ci ncia H
400. quebra cabe a dos tempos atuais Par grafo 2 Texto C9 189 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 182 Em geral o livro did tico nico adotado na disciplina traduzido pelo professor Par grafo 9 Texto C11 Observe se que a met fora do exemplo 181 parece n o ter uma fun o explicativa tornando se um recurso meramente ornamental mas esse uso raro nos ADC O mais comum o cientista explorar a fun o explicativa da met fora que na maioria das vezes usada justamente quando n o se tem outra forma de dizer aquilo que se quer expor Essa fun o explicativa explorada em 182 com o emprego de traduzido e em 183 com termos de diferentes recortes de mundo utilizados metaforicamente em um mesmo ADC Estamos sozinhos no universo 183 J o buraco central existente no disco de g s e poeira interpretado como decorrente da presen a de um planeta gigante o planeta ao varrer determinada rea do disco retira a poeira deixando o buraco que tamb m levaria tor o do plano de simetria do disco Par grafo 18 Atrav s de t cnicas interferom tricas o novo aparelho apaga a estrela permitindo que um planeta situado fora do eixo tico apagado seja diretamente detectado Par grafo 23 Mesmo com as dificuldades atuais existe uma corrida entre norte americanos e europeus visando a p
401. r grafo 2 Texto JI Informa es sobre os amplificadores e os moduladores pticos resultantes de pesquisas desenvolvidas no Laborat rio de ptica N o linear da Universidade Federal de Pernambuco est o presentes na contextualiza o do texto J2 Alta tecnologia em 115 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes comunica es Note se que al m conceituar e descrever os equipamentos o autor destaca as vantagens de cada um deles Observem se no exemplo 46 trechos dessa se o 46 No caso dos amplificadores pticos objeto de pesquisa do grupo da UFPE as transmiss es de som e imagem s o mais velozes e de melhor qualidade O aparelho pode suportar at 2 5 gigabits ou 2 5 bilh es de informa es por segundo Essa performance se deve s fibras especiais utilizadas em sua confec o relata o coordenador da pesquisa o f sico Anderson Le nidas Gomes Foram desenvolvidos dois prot tipos um para circuitos de 1 3 m crons tendo por base o prasiod mio outro para circuitos de 1 5 m crons utilizando o rbio Par grafo 2 O amplificador um aparelho capaz de ampliar um sinal por meio de uma fonte de bombeamento que gera energia Par grafo 3 Como explica Cid Bartolomeu de Ara jo coordenador da equipe que toca esse projeto os moduladores s o guias de ondas capazes de controlar o feixe de luz atrav s de fibras pticas Eles funcionam c
402. r chips constru dos base de magnetos no c rebro de pessoas com problemas de perda de mem ria e os magnetos moleculares por serem biocompat veis poderiam tornar mais vi vel a conex o dos chips com os neur nios Mas isso s ocorreria a longo prazo pois a ci ncia que estuda as rea es qu micas dos organismos vivos ainda est engatinhado reconhece Par grafo 4 Texto J3 157 N s o encontramos em reas frias que atingem at 550 m nas bordas da Serra do Mar surpreende se Cec lia Kierulff Eles chegaram ali empurrados pelo desmatamento conclui Par grafo 8 Tamb m preocupa a pesquisadora o fato de as popula es serem muito pequenas e estarem isoladas umas das outras Em alguns grupos h 100 de consangiiinidade afirma Par grafo 9 Texto J6 2 Muito comum nos textos jornal sticos a justaposi o de cita es diretas e indiretas H casos no corpus em que a constru o de um ou mais par grafos tem como A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello E 4 suporte unicamente a fala do outro por meio da altern ncia entre os discursos direto e indireto dando a impress o de que o fato de ter deixado falar privou o jornalista de voz transformando o em um simples articulador do texto respons vel pela organiza o pela costura das vozes pela coer ncia pela coes o pela inteligibilidade apagando seu papel de sujeito do discurso
403. r de 4 a 5cm de profundidade Foram abertos por picoteamento atrav s da percuss o de um seixo sobre a superf cie dura do min rio de ferro depois os sulcos foram alisados internamente por raspagem A produ o dessas numerosas e extensas figuras exigiu grande investimento de tempo raz o pela qual n o podem ser atribu das a mero passatempo ou diletantismo O fato de que os cinco lajedos s o cobertos com figuras semelhantes dispostas e organizadas da mesma forma tamb m nos obriga a admitir que estes espa os tinham muita import ncia para seus autores supondo se que correspondessem a lugares de realiza o de rituais p blicos e coletivos As pisadas de on a voltadas uma contra a outra e a disposi o das pegadas humanas lembram muito mais passos de dan a que trilhas de uma caminhada Que significado concreto mitol gico ou ritual teriam essas representa es nas lajes n o temos hoje como saber O emaranhado t pico de c rculos pisadas e longos sulcos sinuosos poderiam muito bem significar o pantanal com seus rios canais lagoas e ilhas aldeias e trilhas ambiente no qual transcorria a vida dessa popula o 258 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 33 Se permitido fantasiar podemos imaginar esses espa os como lugares de reuni o dos grupos dispersos nos cap es durante o per odo da enchente que se congregavam no tempo da vazante na base do planalto para os festejo
404. r nos fragmentos contidos nos exemplos 64 a 71 todos extra dos de textos escritos por cientistas essa compet ncia parece ter sido esquecida O uso de termos especializados que ainda n o fazem parte do vocabul rio corrente de n o especialistas sem qualquer esclarecimento ou com uma conceitua o t o especializada quanto o alvo da explica o parece ser determinado pela idealiza o de leitores especialistas Isso ocorre com muita fregii ncia em textos de autores cientistas Nos textos produzidos por autores jornalistas esse tipo de situa o tamb m ocorre embora com uma incid ncia bem menor Vejam se alguns exemplos 135 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 72 O amplificador um aparelho capaz de ampliar um sinal por meio de uma fonte de bombeamento que gera energia No eletr nico o bombeamento feito eletricamente e o elemento amplificador um trans stor no ptico uma fibra ptica dopada com terras raras rbio amplifica as mensagens e o bombeador o laser de diodo explica o pesquisador Par grafo 3 E O procedimento final a caracteriza o el trica do dispositivo Par grafo 8 Texto J2 No exemplo 72 faz se refer ncia por exemplo a fonte de bombeamento e fibra tica dopada sem qualquer explica o Para que o leitor pudesse apreender com clareza o significado desses termos seriam necess rias outras informa es D
405. rabalho v 261 23 7 1993 reproduzindo na capa a imagem do magneto Par grafo 2 Texto J3 145 Quando o programa de despolui o do lago Parano come ou h pouco mais de dois anos esperava se que os n veis de f sforo ca ssem no mesmo n vel que o de subst ncias como o nitrog nio e cuja concentra o m dia foi reduzida 4 5 miligramas litro para 2 miligramas litro ver Os passos da despolui o Par grafo 6 Espera se que a conjuga o de duas estrat gias a remo o de til pias pela libera o da pesca e a introdu o controlada de carpas ver Pesca como solu o possa diminuir a popula o de algas e eliminar o uso de sulfato de cobre Par grafo 11 Texto J4 No corpus tamb m foram encontradas situa es em que ao expor inten es reconhecer obje es ou justificar determinada posi o o autor envolve o leitor em seus argumentos constituindo os Ind cios de premoni o face a leitores definidos Mostramos alguns desses casos na pr xima sequ ncia de exemplos 146 Embora as perspectivas pare am otimistas por enquanto os ecos de corrente s o apenas uma abstra o em uma linguagem mais t cnica s o solu es de uma equa o diferencial Par grafo 11 Texto C3 147 Muitos colegas discordar o desta afirma o alegando que o ensino da leitura tarefa do Primeiro Grau No entanto medida que o indiv duo tem acesso a novos saberes ele amplia a capacid
406. rasita sem afetar as equivalentes humanas Como somos relacionados evolucionariamente ao T cruzi de uma forma distante as enzimas do parasita s o parecidas com as nossas mas n o id nticas afirma Glaucius Oliva coordenador do trabalho Par grafo 5 Texto J8 186 Um dos problemas para se obter uma vacina contra a Aids que certas estruturas da capa viral que muitas vezes s o o alvo das vacinas contra a doen a est o em constante muta o Essa estrat gia uma peculiaridade dos v rus e permite que eles se adaptem ao meio em que se encontram Ao contr rio de v rias 191 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes partes da capa viral esses carboidratos anormais como Hansen os denomina n o sofrem tanta altera o j que sua produ o n o comandada pelo c digo gen tico do v rus Par grafo 5 Texto J9 Nesses dois ltimos exemplos as express es metaf ricas t m a fun o de facilitar a compreens o de leitores n o especialistas No entanto deve se assinalar que nas MDC verificamos que a fun o da met fora essencialmente ornamental Ou seja muito mais do que procurar explicar algo o jornalista emprega met foras em busca de uma caracteriza o pitoresca do elemento ao qual se est referindo o que se pode observar na pr xima sequ ncia de exemplos em que o uso da met fora tem um valor mais liter rio dando uma
407. rboidratos bloqueiam a infec o do HIV in vitro com uma vantagem adicional evitam a fus o de c lulas infectadas e sadias Do sucesso dessa primeira fase surgiu ent o a perspectiva de se usar esses carboidratos como vacina ou pelo menos como parte dela Para testar essa hip tese os pesquisadores imunizaram coelhos com o carboidrato purificado Verificamos que os animais produziram anticorpos e que a infec o do HIV foi neutralizada explicou o m dico John Erik Stig Hansen em entrevista Ci ncia Hoje Hansen que lidera as tr s equipes trabalha no Laborat rio para Doen as Infecciosas no Hospital de Hvidovre na Dinamarca Apesar do resultado promissor Hansen acrescenta alguns por ns Para ele ser importante verificar se os carboidratos purificados conseguir o induzir em primatas concentra es de anticorpos em quantidade suficiente para neutralizar a a o do HIV Neste momento estamos desenvolvendo testes em macacos na Su cia e os resultados ir o determinar se deveremos ou n o prosseguir com os testes em humanos explica o pesquisador Segundo ele se tudo correr bem e as concentra es de anticorpos se mostrarem suficientes os testes em humanos dever o come ar em maio do ano que vem Um dos problemas para se obter uma vacina contra a Aids que certas estruturas da capa viral que muitas vezes s o o alvo das vacinas contra a doen a est o em constante muta o Essa estrat g
408. rcialmente arg nio h lio ne nio Nd YAG Nitrog nio g s carb nico corantes org nicos etc t m encontrado in meras aplica es que incluem al m das ci ncias b sicas a medicina a odontologia as artes e as comunica es pticas s para citar algumas reas O avan o no entendimento do processo de emiss o de laser possibilitou a gera o de pulsos hipercurtos 6x 10 s extremamente til no estudo de fen menos ultra r pidos ou a gera o de radia o com alta pureza espectral largura de fregu ncia 1kHz pr pria para aplica es em metrologia Lasers que emitem radia o com pot ncias bastante elevadas 10 W s o hoje constru dos em laborat rios de universidades gra as ao avan o na tecnologia de amplifica o de pulsos ultracurtos sem a necessidade de equipamentos de grande porte Todos esses tipos de lasers mencionados t m em comum o fato de oscilarem em uma cavidade ptica composta por espelhos Recentemente participamos com pesquisadores da Brown University Provence Rhode Island EUA de um experimento em que a a o laser em uma mistura de corante Rhodamina e micropart culas de di xido de tit nio TiO o ingrediente que usado em tintas foi demonstrada Essa mistura produz uma esp cie de pasta que se comporta como um meio fortemente espalhador artificial e surpreendentemente amplifica a luz da mesma forma que qualquer laser tradicional A nica diferen a macrosc pica a falta de d
409. re e n o oxig nio O animal vive em guas profundas 2 600m aquecidas por atividade vulc nica Uma bact ria presente em seu sistema circulat rio transforma o g s sulf drico H2S e o g s carb nico CO2 produzidos por vulc es submarinos que o verme extrai da gua diretamente em um carboidrato CH20 dispensando um sistema digestivo De modo geral biof sicos e bioqu micos concordam com os crit rios que definem um sistema com atividade vital 1 deve conter informa es que definam seu estado de desordem 2 deve ser capaz de se reproduzir 3 deve sofrer modifica es em seu potencial de informa o que lhe permitam evoluir atrav s de processo de sele o darwiniano na dire o de formas mais complexas e mais aptas a sobreviver e gerar descend ncia Tais informa es e quanto a isso tamb m existe certo consenso devem estar guardadas em longas cadeias de mol culas ligadas entre si chamadas macromol culas como acontece com o cido desoxirribonucl ico DNA base do c digo gen tico de todos os seres vivos terrestres Ao que tudo indica as macromol culas baseadas na qu mica do carbono seriam a resposta O carbono pode se oxidar CO2 ou se reduzir CH com a mesma facilidade produzindo uma variedade consider vel de esp cies qu micas Uma prova do papel de destaque do carbono est na constata o de que das 112 mol culas j detectadas no meio interestelar onde as condi es f sicas s
410. redibilidade da comunidade cient fica 2 E importante termos claro que saber ci ncia n o implica saber comunicar essa ci ncia Por falta de preparo ou de treinamento h diversas lacunas na forma o de cientistas e de jornalistas impedindo que as informa es sobre a ci ncia e a tecnologia cheguem com clareza aos leitores Os cont nuos e cada vez mais r pidos avan os nas diversas reas da C amp T encontram espa o certo n o apenas na imprensa especializada Contudo nem todos os jornalistas ou cientistas t m compet ncia para informar explicar ou opinar sobre assuntos de ci ncia e de tecnologia para um p blico leigo Uma forma o espec fica em divulga o cient fica necess ria n o s para jornalistas cient ficos mas tamb m talvez principalmente para cientistas divulgadores Esperamos que esta investiga o sirva como orienta o til a cientistas jornalistas estudantes de jornalismo e quem mais se interessar pela divulga o de C amp T Acreditamos que as defici ncias as virtudes enfim as caracter sticas que observamos em textos de jornalistas ou de cientistas poder o ajudar aqueles que lidam com a ci ncia e com a divulga o cient fica a aperfei oar a compet ncia comunicativa nessa rea 201 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes BIBLIOGRAFIA FONTES DE REFER NCIA AUSTIN J L 1990 Quando Dizer Fazer palavras e a o Porto
411. relatos ressaltando a import ncia do trabalho enfocado conceitua es e descri es do objeto de estudo s o alguns dos t picos presentes na contextualiza o das MDC A metodologia por seu turno apresenta dados sobre os materiais ou sobre os m todos utilizados E finalmente a se o perspectivas geralmente aponta para expectativas positivas ou para problemas relacionados pesquisa em si ou aplica o dos resultados J mencionamos que os modelos de esquema textual que propusemos para os ADC e para as MDC t m pontos em comum entre os quais a designa o de algumas categorias Mas o fato de algumas categorias terem nomes id nticos n o significa correspond ncia total como se pode observar no quadro 27 que mostra resumidamente o perfil de cada uma das se es analisadas neste cap tulo A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Quadro 27 Perfil das se es analisadas 125 Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Eventos Se es ou Categorias ADC MDC Abertura Informa sobre o que trata o estudo quem participa qual o objetivo quando foi realizado quais os resultados e quais suas aplica es Contextualiza o Corresponde ao que nos artigos cient ficos estariam sob as ep grafes justificativa coloca o do problema e das hip teses Cont m informa es variadas sobre o objeto de estudo ou a pesquisa como um todo Apresenta o do estudo Informa sobre o que tra
412. res que tratem de ci ncia Tamb m se pode incluir a a imensid o de livros da linha paradid tica E aqueles destinados a um p blico de colegiais e universit rios como os livros da s rie Primeiros Passos O que e outros tantos tamb m se incluem nos materiais de divulga o uma situa o de comunica o 9 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes did tica n o se esgota na depreens o dos tra os superficiais de didaticidade presentes em textos dessa natureza embora n o se lhes tire 2 tal caracteriza o E preciso lembrar as restri es do cen rio educacional onde o discurso did tico se desenvolve O quadro institucional no qual os textos did ticos s o enunciados contribuem fortemente com suas posi es hierarquizadas para definir os lugares e os pap is dos participantes no discurso Assim nem toda simplifica o de um discurso esot rico ainda que comporte tra os de didaticidade entrar no conjunto dos textos did ticos A cr tica de Zamboni v lida principalmente por ponderar que as condi es de produ o dos discursos de divulga o cient fica e did tico s o distintas e considerar que n o seriam alguns tra os de um determinado tipo de discurso que o caracterizaria como um outro tipo de discurso A autora continua sua argumenta o citando Beacco amp Moirand 1995 que lembram o fato de o discurso did tico ao contr rio d
413. resce das por es mais ramificadas e mais jovens do talo para as mais velhas e mais pr ximas da base e a epifitiza o as partes mais velhas s o as mais recobertas Essas evid ncias apontam para uma poss vel atua o de lanosol de comprovada atividade antif ngica e bactericida como antiepif tico Par grafo 14 Texto C4 100 Medicamentos com a o no est gio inicial da infec o quando trofozo tas e esquizontes ainda encontram se no f gado s o denominados de esquizonticidas teciduais ou profil ticos causais como o proguanil que inibe a dihitrofolato redutase enzima do parasita impedindo assim sua multiplica o Par grafo 7 Tamb m s o chamadas de esquizonticidas teciduais drogas que matam os hipnozo tas formas tamb m assexuadas respons veis pelas reca das nas infec es por P vivax e P ovale o ciclo de P falciparum n o inclui hipnozo tas Nesse caso o termo esquizonticida tecidual n o adequado pois o alvo da terapia que visa a cura radical o hipnozo ta embora a multiplica o deste mais tarde no f gado possa formar esquizontes A primaquina droga artificial com estrutura qu mica baseada no anel quinolina da quinina o nico medicamento dispon vel hoje para promover a cura radical da ter benigna causada por P vivax comum no pa s Par grafo 8 Texto C7 id nticas Fuchs 1985 133 142 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mell
414. resultado de uma revis o tradicional A partir das constata es a e b decidimos que t tulos subt tulos ou lid es n o seriam objeto de an lise deste trabalho Com base na constata o c e considerando que assim como os textos de cientistas os dos pr prios jornalistas tamb m passam por um processo de edi o resolvemos ao contr rio do que hav amos imaginado inicialmente ignorar no desenvolvimento desta investiga o as demais altera es efetuadas nos textos originais de cientistas ou seja com exce o dos t tulos subt tulos e lid es que n o foram examinados a an lise do restante dos textos se pautou apenas no material publicado 22Em CH a edi o dos ADC consiste numa revis o de linguagem para adapt los ao estilo da revista 230s t tulos dos ADC em suas vers es original e editada podem ser consultados no anexo I 66 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Iniciamos a an lise do corpus examinando separadamente cada um os grupos de textos cujos t tulos est o exibidos no quadro 14 Quadro 14 T tulos dos textos do corpus ADC MDC C1 Estamos sozinhos no universo J 1 A terra contra ataca C2 Laser sem cavidades J 2 Alta tecnologia em comunica o C3 Ecos de Corrente desafios f sica 3 Im s biocompat veis experimental C4 Produtos n o poluentes contra al 4 Peixes antipolui o incrusta o C5 Ara
415. rge na pele em duas horas um eritema que torna se maior e mais intenso e a rea adquire uma cor vermelha arroxeada Em 24 horas o local escurece indicando a ocorr ncia de necrose morte das c lulas O estudo microsc pico da les o revela dilata o dos vasos sangii neos edema ac mulo de leuc citos c lulas de defesa do organismo presen a de co gulos nos vasos e hemorragias em todas as camadas da pele e s vezes nos m sculos subjacentes Par grafo 16 A composi o bioqu mica do veneno identificada atrav s de m todos de isolamento das mol culas respons veis pelas principais atividades t xicas do veneno figura 9 Aplicando uma t cnica especial de filtra o no veneno da esp cie L gaucho comum em S o Paulo foram isoladas fra es contendo mol culas grandes m dias e pequenas Em seguida as mol culas de cada fra o foram separadas e tiveram sua massa avaliada atrav s de eletroforese t cnica em que as mol culas submetidas a uma corrente el trica percorrem dist ncias diferentes em um meio especial Par grafo 18 Texto C5 88 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Estrutura semelhante observada no artigo A antiguidade dos povos Tapaj s C12 cuja metodologia embora mais concisa que a do exemplo acima traz as a es desenvolvidas em cada etapa incluindo as subst ncias utilizadas nas an lises dos objetos estudados 13 A lan a a
416. rgia de modo ressonante e dar origem a um efeito batizado de ecos de corrente Par grafo 9 A observa o dos ecos de corrente representaria um avan o para o estudo experimental das propriedades de transporte em meios condutores Par grafo 10 Texto C3 115 As aranhas expelem por rg os situados na parte posterior do abdome uma prote na que endurece rapidamente em contato com o ar formando um fio de v rios tipos e espessuras usado na constru o de diferentes teias figura 2 tocas casulos e bolsas de ovos ooteca ou como linha de suspens o As teias servem para aprisionar insetos principal alimento desses animais Par grafo 4 Texto C5 116 Jestudos mostraram que camundongos que produzem a prote na pri nica humana normal apresentam resist ncia infec o pelo agente infeccioso da encefalopatia espongiforme bovina Essa resist ncia existia mesmo quando o agente infeccioso era inoculado diretamente no c rebro normalmente 100 mil vezes mais eficiente que a inocula o por via oral Par grafo Texto C8 Nas MDC a progress o textual ocorre muito mais pela justaposi o de per odos ou de par grafos do que pelo uso de elos entre eles Ou seja n o raro que novos t picos sejam introduzidos sem a utiliza o de operadores argumentativos ou do jogo tema rema tema rema o que no entanto n o inviabiliza interpreta es adequadas Provavelmente 152 A divulga o cient fica em Ci ncia Ho
417. ri nica humana normal apresentam resist ncia infec o pelo agente infeccioso da encefalopatia espongiforme bovina Essa resist ncia existia mesmo quando o agente infeccioso era inoculado diretamente no c rebro normalmente 100 mil vezes mais eficiente que a inocula o por via oral Portanto a detec o de alguns casos de Creutzfeld Jacob em pessoas mais jovens do que os pacientes geralmente afetados n o permite associa o direta e exclusiva entre a doen a e o consumo de carne bovina Dessa forma os riscos decorrentes da doen a da vaca louca devem ser analisados criteriosamente para que n o sejam grosseiramente superestimados Par grafo 7 Texto C8 Afirmam Bastos amp Pereira 1995 que no mundo da ci ncia a argumenta o baseada em evid ncias apoiadas em resultados de pesquisas ou em elabora es te ricas A percep o dessas autoras confirmada em 176 e 177 Como se pode notar os autores cientistas se utilizam do discurso indireto para fazer refer ncia a trabalhos de outros pesquisadores e a partir da aceita o ou refuta o dos seus resultados fundamentar seu posicionamento Em 177 por exemplo o autor rejeita a associa o entre a doen a da vaca louca encefalopatia espongiforme bovina e o consumo de carne bovina Para construir a argumenta o apresenta resultados de estudos que apontam para diferentes dire es inicialmente os que v o de encontro sua posi o e em seguida os que a confirmam
418. ria de Azevedo Mello Gomes significa para o leigo al a V3 do envelope viral E coortes E ainda duplo cego e placebo 71 Doze data es feitas com carbono 14 em amostras de carv o conchas e carbono proveniente da cer mica bem como uma data o por termoluminesc ncia de fragmento de cer mica permitiram estabelecer a idade das culturas mais antigas em 6000 a 8000 anos antes do presente Par grafo 4 O material org nico coletado no interior dessas urnas a de n meros 1 e 4 foi enviado aos EUA para an lises radiocarb nicas Par grafo 6 Para isso fizeram se cortes histol gicos de diminutas amostras de madeira retiradas das pe as de acordo com a t cnica padr o para estudos anat micos de madeiras Par grafo 13 Texto C10 Em 71 novamente constatamos a tend ncia dos autores cientistas de escreverem apenas para seus pares mesmo conscientes de que textos de divulga o cient fica publicados em revistas como CH pelo menos em tese poder o ser lidos tanto por especialistas quanto por n o especialistas Aqui express es como data es feitas com carbono 14 data o por termoluminesc ncia an lises radiocarb nicas e cortes histol gicos s o usados sem cerim nia e sem qualquer tipo de explica o Ter compet ncia explicativa deveria ser um requisito fundamental para quem produz textos de divulga o cient fica Mas como se pode observa
419. rigem a audit rios bastante amplos e heterog neos como os leitores de jornais di rios ou o p blico que assiste a telejornais conseguem em grande medida ades o s suas id ias Em contrapartida o cientista dirige se a certos homens particularmente competentes seus pares que admitem os dados de um sistema bem definido constitu do pela ci ncia em que s o especialistas Contudo esse audit rio t o limitado geralmente considerado pelo cientista n o como um audit rio particular mas como sendo realmente o audit rio universal Perelman amp Olbrechts Tyteca 1992 38 Acreditamos que a maioria dos problemas de ininteligibilidade que encontramos em boa parte dos textos de divulga o cient fica produzidos por autores cientistas decorre justamente do dimensionamento equivocado do audit rio 36 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 1 2 Revistas especializadas em Ci ncia amp Tecnologia Para se chegar a uma tipologia das revistas especializadas em ci ncia e tecnologia fundamental considerar n o apenas o objetivo do evento mas principalmente observar seus participantes produtor locutor orador de um lado e p blico alvo ouvinte audit rio de outro e a linguagem utilizada Partindo dessa perspectiva e tendo como base o quadro conceitual adotado nesta investiga o as referidas revistas podem ser classificadas em dois tipos 1 Revistas de dissemina o cie
420. rimeira detec o direta a partir do solo atrav s da interferometria em 10 m crons envolvendo o telesc pio Keck no Hava e o telesc pio que o observat rio austral europeu ESO de European Southern Observatory vai instalar nos Andes chilenos e que dever estar operando a partir do pr ximo s culo Par grafo 24 Se considerarmos que o desenvolvimento de processos vitais s ocorre em alguns bilh es de anos podem ser exclu dos os sistemas planet rios de estrelas massivas as que t m massa de oito a dez vezes maior que a do Sol j que nascem e morrem em menos tempo Par grafo 32 Texto C1 Em se tratando de um texto que aborda um assunto complexo para n o especialistas aqui as met foras se n o facilitam a compreens o total de determinados conceitos pelo menos d o uma no o geral da id ia que o autor quer passar como ocorre por exemplo com o planeta ao varrer determinada rea o novo aparelho apaga a 190 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes estrela Essa linha explicativa tamb m observada em 184 com o emprego de uma met fora b lica 184 Todos os artr podes t m como caracter sticas b sicas a presen a de patas e de um revestimento duro e imperme vel Essa armadura constitu da por uma subst ncia denominada quitina funciona como um esqueleto externo exoesqueleto e precisa ser trocad
421. rit rios que levaram sele o do corpus desta investiga o e as principais preocupa es durante a an lise desse corpus No cap tulo 3 fazemos uma revis o do conceito de superestrutura textual Van Dijk 1985 1989 1990 1992 tentando encontrar esquemas textuais que possam ser aplicados especificamente aos textos de divulga o cient fica produzidos por autores pesquisadores 3 1 e por autores jornalistas 3 2 25 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes No cap tulo 4 um olhar mais anal tico passa pelos dois grupos de textos que constituem o corpus para identificar suas caracter sticas textuais discursivas Em 4 1 e 4 2 esse olhar se det m no vocabul rio especializado da ci ncia e na progress o textual Em 4 3 4 4 e 4 5 o centro da aten o passa a ser a perspectiva discursiva enfocando as marcas de interatividade discutindo como as vozes do eu e do outro se fazem presentes nos textos analisados e abordando ainda o papel da met fora na constru o desses textos O apoio te rico para esse cap tulo vem de v rias fontes Seguimos pensamentos distintos muitos deles conflitantes mas que ajudaram a explicar alguns dos fen menos encontrados 26 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 1 EVENTO COMUNICATIVO E DIVULGA O CIENT FICA 1 1 No es b sicas para uma tipologia Neste cap tulo pretendemos i
422. rma es colhidas tema t tulos subt tulos etc os alunos apresentar o ap s a leitura perguntas que gostariam de ver respondidas perguntas individuais n o aquelas que o professor faria para verificar a compreens o do texto A seguir far o uma leitura ativa orientada para responder as perguntas formuladas Terminadas as tarefas dos dois grupos deixe que os alunos comentem o material lido e comparem suas impress es S assim ser poss vel que comprovem a superioridade da leitura ativa sobre a leitura linear 3 Contrato de leitura Em geral o professor universit rio fornece aos alunos uma bibliografia b sica da qual extrai um ou mais t tulos de leitura obrigat ria Para saber se foram mesmo lidos passa tarefas do tipo fazer resumos com ou sem aprecia o cr tica ou organizar um semin rio no qual um grupo discorre sobre um tema diante de uma plat ia de colegas mudos e ap ticos Esses falsos semin rios s o quase sempre est reis e pouco acrescentam ao conhecimento dos alunos Seria poss vel e til ensin los a produzir bons resumos mas s o poucos os professores dispostos a investir tempo e esfor o nessa tarefa Al m disso esses resumos parecem ter o nico objetivo de controlar a realiza o da leitura obrigat ria e muitas vezes o professor apenas passa os olhos sobre eles e d lhes uma nota sem mais coment rios Assumir novas posturas em rela o leitura implica tamb m do lado do pr
423. rno divulga em campanhas publicit rias a receita simplificada dessa mistura o chamado soro caseiro Como a mistura distribu da pelos postos n o chega maioria da popula o de baixa renda os ch s vegetais s o largamente consumidos Par grafo 2 Texto J7 O texto J11 ndios Ofai lutam para sobreviver aborda uma experi ncia de alfabetiza o realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS com os ndios Ofai A contextualiza o possibilita ao leitor conhecer um pouco da hist ria dessa comunidade ind gena S o tr s par grafos em que o jornalista exp e a situa o dos Ofai relatando os deslocamentos e as dificuldades enfrentadas pela comunidade por quase duas d cadas o que pode ser observado em 49 49 Reduzido a apenas 42 indiv duos os Ofai vivem hoje no munic pio de Brasil ndia a aproximadamente 400 km ao sul de Campo Grande mas h quase 20 anos v m enfrentando constantes deslocamentos Em 1976 foram levados pelo antigo Servi o de Prote o ao ndio para a regi o de Bodoquena MS onde se viram for ados a conviver com os ndios Kadiw u Par grafo 2 O per odo vivido em Bodoquena quase levou os Ofai extin o Conhecidos como povo do mel pelo fato de falar baixo e usar gestos suaves eles n o conseguiram se acostumar aos h bitos e ao comportamento 29A quest o do discurso relatado ser discutida em 4 4 117 A divulga o cient fica em Ci ncia
424. rte a revista Ci ncia Hoje percebe se nitidamente que os dois grupos de produtores idealizam p blicos alvo distintos Isso vai repercutir na constru o do texto e do discurso pois cada escolha sint tica sem ntica ou lexical determinada pela busca da forma mais adequada de se obter o efeito de sentido e a compreensibilidade desejados Essas escolhas v o formar o estilo propriedade essencial do discurso o modo como se relacionam ativamente forma e conte do Possenti 1993 2 Na concep o de Possenti 1993 as escolhas do enunciador podem at ser inconscientes mas n o aleat rias N o toa que se usa um item lexical e n o outro ou se opta por uma dada formula o sint tica ou por uma determinada organiza o textual Por tr s de cada escolha vem embutida a imagem que o enunciador tem de seu destinat rio A pr pria forma o discursiva tamb m pode limitar e orientar essas escolhas A sele o lexical um dos aspectos que evidenciam como as escolhas se concretizam nos discursos de divulga o cient fica produzidos pelas comunidades de jornalistas e de cientistas 4 1 Explicar preciso Defendemos uma posi o te rica que postula que compreender muito mais inferir do que decodificar pois o texto n o um deposit rio de informa es sentidos e objetivos 128 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Acreditamos portanto que a
425. rte um mesmo repert rio e ainda t m conhecimentos de mundo bastante similares Tomando por base esse pressuposto acreditamos que os textos de divulga o cient fica produzidos por jornalistas e por cientistas s o eventos diferentes 194 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Nesta etapa final da investiga o achamos conveniente retomar as hip teses que orientaram nosso estudo para em seguida tecer coment rios mais gerais Nossa primeira hip tese corol rio H1 previa que os textos de divulga o cient fica produzidos por autores pesquisadores tendem a reproduzir a superestrutura dos textos cient ficos que preservada mesmo ap s a edi o realizada pelos jornalistas Para tanto partimos da no o das superestruturas textuais Van Dijk 1985 1989 1990 1992 e identificamos no corpus as superestruturas ou esquemas textuais caracter sticos do que designamos de Artigos de Divulga o Cient fica ADC produzidos por autores cientistas e Mat rias de Divulga o Cient fica MDC produzidas por pesquisadores De acordo com os esquemas textuais encontrados os ADC s o formados por contextualiza o apresenta o do estudo metodologia resultados e ponto de vista e estruturalmente assemelham se aos artigos cient ficos o que nos possibilita comprovar a H1 Vimos tamb m que as MDC apresentam um esquema textual diferente dos ADC apontando assim para a confirma
426. rte de um processo parafr stico Neste ponto conv m esclarecer que tomamos a par frase no sentido que postulado por Fuchs 1982 1985 Juma atividade efetiva de reformula o pela qual o locutor restaura bem ou mal na totalidade ou em parte fielmente ou n o o conte do de um texto fonte sob a forma de um texto segundo A par frase intra l ngua se assemelha aqui tradu o inter l ngua Fuchs 1985 133 grifo da autora O texto fonte dessa reformula o parafr stica s o os enunciados t cnicos de conhecimento restrito a especialistas reconstru dos de forma a serem apreendidos por n o 137 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes especialistas De acordo com Harvey 1997 os elementos explicativos s o assinalados por express es como isto quer dizer ou introduzidos por meio de signos de pontua o No corpus boa parte de tais elementos v m entre par nteses ou entre v rgulas geralmente depois que o termo especializado introduzido Esse o caso dos exemplos 75 76 77 e 78 75 Essa hip tese combina com a detec o no mesmo espectro de mon xido de carbono CO mol cula presente nas comas comet rias envolt rio gasoso que circunda o n cleo dos cometas Par grafo 17 Texto C1 76 Todas as pe as desse per odo t m numerosos ap ndices zoomorfos em forma de animais ou antropomorfos em forma de
427. s Unisinos e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul s o aqui divulgados pela primeira vez O Pantanal mato grossense sempre exerceu um fasc nio secreto no homem da cidade especialmente o da metr pole Isto n o se deve a uma raz o particular mas a um conjunto de elementos entre os quais podemos lembrar a natureza exuberante selvagem e intocada com centenas de jacar s bandos de capivaras revoadas de milhares de papagaios bigu s colhereiros e gar as a soberba pose do tuiui a voracidade de piranhas piranhas piracemas de quil metros de extens o a pescaria do pintado do pacu e do dourados tropas de terneiros mag rrimos chegando no tempo da vazante ou sendo recolhidos s pressas quando a enchente de novo cobre os pastos rA Tudo isto Pantanal mas ainda n o o Pantanal porque s o muitos os pantanais do Nabileque do Miranda do Abobral do Aquidauana da Nhecol ndia dos Paiagu s do Bar o do Megal o do Pocon de C ceres Ao todo eles ocupam 140 000 Km a maior parte nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul S o produto da nfima declividade do terreno e de um estreitamento consider vel das margens do alto Paraguai em um trecho de seu leito que s permite o escoamento muito lento das guas das chuvas de ver o Elas enchem o leito dos rios e espraiam se pelos campos formando lagos tempor rios e canais em uma paisagem diluviana A vazante se produz de acordo com o lugar depois de
428. s reprodu o do conhecimento apenas para informar para convencer o p blico da validade das pesquisas e para gerar mais conhecimento leitores especialistas e n o especialistas autores pesquisadores e jornalistas e em consegii ncia dois tipos de linguagem da quase acad mica jornal stica Neste ponto consideramos oportuno rever uma no o que a nosso ver pode ser aplicada tipologia das revistas de divulga o cient fica Trata se do conceito de status de participa o nas intera es introduzido por Goffman 1998 1979 Para o autor Juma elocu o n o divide o mundo al m do falante em duas partes exatas interlocutores e n o interlocutores mas ao contr rio abre uma vasta gama de possibilidades estruturalmente diferenciadas estabelecendo a estrutura de participa o segundo a qual o falante orientar sua fala p 81 1 Segundo Goffman 1998 1979 h dois tipos b sicos de participa o a n o ratificada e a ratificada Quando a participa o do ouvinte n o oficial ele considerado como n o ratificado e pode acompanhar uma conversa de duas formas socialmente diferentes propositalmente e n o intencionalmente J a participa o ratificada 16 Ao expor as no es relacionadas a participa o Goffman 1998 1979 refere se a falantes e ouvintes e apresenta exemplos t picos das intera es verbais Nesta investiga o entretanto o espectro dessas no es 38 A
429. s s tios estudados tem se uma id ia dessa ocupa o Oito dessas datas marcam diversos momentos da ocupa o mais antiga quando a cer mica ainda estava ausente e cinco referem se a ocupa es de ceramistas O s tio mais antigo 6 mil a C situa se sobre a alta barranca do rio Paraguai no p tio de uma escola da cidade Lad rio e representa um continuado acampamento dedicado pesca coleta de moluscos e um pouco ca a N o temos ainda nenhum s tio com essa idade na rea que se alaga todos os anos o que pode indicar que o Pantanal propriamente dito ainda estaria em forma o e ou a popula o ainda era escassa demais para se aventurar nesse novo mundo Os s tios mais antigos da rea conhecida como Pantanal come am em 2 400 a C quando o ambiente depois de um per odo de intensas chuvas e grande calor assumiria sua fei o atual Em pouco tempo os diques dos rios menores e as bordas das lagoas passam a ser usadas para acampamentos mais ou menos duradouros de grupos que coletam ca am e pescam movendo se de canoa no mundo das guas Em 250 a C as popula es do Pantanal come aram a produzir vasilhames de barro para uso dom stico S o utens lios pequenos geralmente apenas alisados s vezes com decora es pl sticas bem simples que servem para cozinhar servir e conservar alimentos s lidos ou l quidos A cer mica t pica estudada agora pela primeira vez passou a constituir uma nova tradi o denominad
430. s as se es da estrutura narrativa propostas por esses autores as aberturas narrativizadas apresentam pelo menos um tra o que se assemelha a essa estrutura textual o relato de fatos numa segii ncia temporal Outra caracter stica desse tipo de abertura a introdu o de elementos ficcionais num contexto de realidade Embora n o tenha rela o direta com a estrutura narrativa esse aspecto remete literatura ficcional que 113 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes tradicionalmente usa esse g nero textual No corpus foram observados dois casos que poderiam ser agrupados neste segmento 43 Depois do cinematogr fico ataque de marte Terra com direito a grandes estrelas de Hollywood e criaturas marcianas bizarras chegou a vez de a Terra invadir o planeta vermelho Ap s uma viagem de sete meses e 497 milh es de quil metros a sonda Pathfinder aterrissou em Marte a 4 de julho dia em que se comemora a independ ncia dos Estados Unidos como havia sido estrategicamente previsto pela Nasa ag ncia espacial norte americana a mando do governo Clinton Par grafo 1 Texto J1 Em 43 a fic o mistura se realidade evidenciando um conflito entre as personagens terr queos e marcianos Note se que o relato da ida da sonda Pathfinder ao planeta Marte associado a informa es da fic o cinematogr fica A opera o espacial tratada como uma revanche dos terr queos
431. s atividades Entre esses processos um dos mais importantes a incrusta o biol gica biofouling a forma o na superf cie dessas estruturas de uma camada de bact rias algas e invertebrados s sseis que se fixam a um substrato A literatura cient fica j descreveu mais de 1 000 esp cies como integrantes da comunidade incrustante com destaque para algas macroc spicas e diversos invertebrados esponjas corais briozo rios asc dias e cracas A incrusta o em qualquer substrato submerso como rochas figura 1 ou mesmo outros organismos vivos come a com a ader ncia a uma superf cie de mol culas aglomeradas biopol meros presentes na gua Estas por processos qu micos atraem bact rias que aderem superf cie de modo revers vel ou irrevers vel nesse caso fixam se por fibrilas macromoleculares Ao formar col nias as bact rias propiciam nova ader ncia microfouling agora reunindo popula es bacterianas secund rias diatom ceas algas unicelulares protozo rios e material particulado Em seguida ocorre a fixa o de organismos mais complexos larvas de invertebrados ou esporos e prop gulos de algas A fixa o dos organismos incrustantes depende de fatores como tipo e rugosidade do substrato intensidade de luz exist ncia de colonizadores prim rios biofilme presen a de adultos da mesma esp cie quimiorrecep o das unidades de perpetua o esporos e larvas e outros Pesquisas recentes
432. s coletivos e a reafirma o de pertencer a uma mesma etnia como faziam os Guat Nessas oportunidades os grupos ind genas costumam lembrar seus mortos fazer a inicia o social dos jovens celebrar casamentos e viver a festa e a sociabilidade atualizando os mitos atrav s da pr tica de rituais que fundamentam e d o sentido a seu modo de vida Nessas ocasi es tamb m costume convidar os grupos vizinhos para consolidar alian as refor ar identidades e reafirmar limites territoriais As gravuras est o exatamente no limite da mata e na fronteira com a popula o Guarani No tempo da vazante esses locais s o ricos em frutos especialmente o gravat com milhares de grandes cachos de bagos amarelos o amendoim de bugre e os cocos de palmeiras como a bocai va 34 E poss vel que as gravuras tenham come ado a ser produzidas assim que o grupo ainda sem 35 cer mica se estabeleceu no espa o alagadi o De gera o em gera o novas figuras do mesmo estilo teriam sido acrescentadas at formar o conjunto complexo que estudamos no lado brasileiro e que se prolonga para o lado boliviano ao qual n o tivemos acesso Gravuras parecidas existem nas margens do alto Araguaia e do m dio Tocantins mas s o muito mais simples sem o tamanho e a complexidade das do Pantanal tornando dif cil dizer se tinham ou n o o mesmo sentido e fun o Os Guarani Como vimos o ambiente alagado e da floresta oferecem o m ximo de seus recur
433. s literais das compara es e analogias estruturais que fundamentam o insight metaf rico Pensar em Deus como amor e dar o passo adicional de identificar os dois enfaticamente realizar algo mais do que compar los como sendo semelhantes em alguns aspectos Mas o que aquele algo mais permanece torturantemente ilus rio carecemos de uma explica o adequada sobre o pensamento metaf rico Black 1992 1978 193 grifos do autor Um terceiro modelo adotado por autores como Schmid amp Ungerer 1996 Fauconnier 1996 Marcuschi 1999 1978 segue uma postura te rica cognitivista Nesse modelo a met fora percebida como um recurso que atua na cria o de um novo universo cognitivo a met fora essencialmente mais do que uma simples transfer ncia de significado baseada em certos artif cios semanticamente explic veis e muito mais do que uma simples compara o abreviada Na verdade ela pode ser tida como ponto de apoio para uma an lise da capacidade criativa espont nea do indiv duo sendo ent o apenas do ponto de vista 185 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes operacional uma transposi o do significado mas do ponto de vista gen tico e psicol gico ela seria a cria o de novos universos de conhecimento Criaria pois uma realidade nova Marcuschi 1999 1978 3 4 grifos do autor No modelo cognitivo a met fora passa a ser entendida como uma ma
434. s pelo fato de tais designa es funcionarem como recursos coesivos mas tamb m devido a preocupa es bem caracter sticas dos profissionais da imprensa evitar repeti es e explicar termos t cnicos o que se pode verificar nos exemplos a seguir 107 A partir da a Caesb passou a despejar toneladas de sulfato de cobre no lago sempre que a quantidade de algas chegava a um n vel cr tico S em 1992 foram aplicadas 10 2 toneladas do produto Essas quantidades s foram reduzidas gra as a um programa de despolui o que vem controlando a entrada de novos poluentes no lago Par grafo 4 Texto J4 Observe se que aqui a coes o se d por meio de um jogo entre dados precisos e imprecisos Na primeira men o de toneladas especificada a subst ncia quantificada sulfato de cobre mas n o se d o peso exato J na segunda precisa se o peso 10 2 toneladas mas refere se subst ncia de forma gen rica produto Em seguida utiliza se uma designa o tamb m gen rica essas quantidades para referir a toneladas e 10 2 toneladas Apesar desse jogo n o dif cil para o leitor recuperar o referente bem como inferir que a quantidade de sulfato de cobre lan ada no Lago Parano deve ser muito superior a 10 2 toneladas uma vez que esse valor corresponde apenas ao ano de 1992 35 Neste trabalho a no o de for a ilocut ria entendida como em Austin 1990 e Searle 1995
435. s pressupostos correntes no meio universit rio a prop sito de leitura e questionar a maneira pela qual os textos acad micos s o introduzidos e trabalhados na pr tica pedag gica Neste artigo divulgamos alguns procedimentos did ticos adotados na Faculdade de Educa o da UFRJ e na Faculdade de Letras da UFF em cursos de gradua o e de p s gradua o que t m se mostrado teis para melhorar a compet ncia de nossos alunos na leitura de textos acad micos Sobre leitura e leitores Ao comentar as dificuldades da leitura de seus alunos os professores muitas vezes revelam falsos pressupostos sobre o ato de ler como Meus alunos n o gostam de ler n o entendem nada do que l em mas n o problema meu Ensino de leitura problema do Primeiro Grau N o verdade A capacidade comunicativa que permite ao usu rio de uma l ngua compreender e produzir textos surge na inf ncia mas pode deve e tem de ser alargada ao longo da vida Quem acha que tudo o que se pode aprender em leitura se esgota no Primeiro Grau pensa que ler opera o destinada apenas a decodificar signos ling sticos e descobrir um sentido nico para o texto No entanto o leitor n o s recebe sentidos do texto como tamb m lhe atribui sentidos ele dialoga com o autor E mais para interpretar o texto e atribuir lhe significado lan a m o de conhecimentos extralingii sticos do mundo do assunto em quest o de outros textos que contribuem para s
436. s textos cient ficos podem ser distintos sobretudo em disciplinas cient ficas n o experimentais Entretanto ainda que a constru o global esteja claramente modificada a aceitabilidade da pesquisa depende de uma s rie de m todos adequados Contrariamente s argumenta es cotidianas a institucionaliza o da ci ncia requer que os pressupostos sejam expl citos e que se definam todos os conceitos etc Van Dik 1989 165 O modelo do informe experimental proposto por Van Dijk 1989 n o corresponde exatamente ao que ocorre nos ADC publicados em Ci ncia Hoje o que n o causa surpresa porque embora sejam produzidos por um mesmo grupo de profissionais cientistas as condi es de produ o s o distintas resultando eventos tamb m distintos 12 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Por isso neste t pico delineamos um esquema textual que corresponda especificamente aos ADC A desconstru o dos textos de cientistas do corpus tornou poss vel a identifica o de uma prov vel estrutura padr o Tudo indica que a constru o desse tipo de evento comunicativo alicer ada por cinco pilares b sicos contextualiza o apresenta o do estudo metodologia resultados obtidos ou prov veis e ponto de vista figura 3 Figura 3 Esquema textual do Artigo de Divulga o Cient fica CONTEXTUALIZA O APRESENTA O DO ESTUDO METODOLOGIA RESULTADOS ua
437. saber cient fico talvez seja o principal elo entre as atividades cient fica e jornal stica que utilizam metodologias diferentes e apresentam produtos distintos Mas quais os pontos de converg ncia e diverg ncia entre esses dois tipos de atividade quando cientistas e jornalistas est o voltados para a divulga o de informa es cient ficas e tecnol gicas O foco de interesse desta tese s o exatamente os fazeres cient fico e jornal stico no campo da divulga o cient fica Nosso objetivo identificar caracter sticas dos textos de divulga o cient fica publicados na revista Ci ncia Hoje apontando as diferen as e semelhan as de estruturas textuais e estrat gias discursivas entre os textos produzidos por jornalistas e os produzidos por pesquisadores Uma quest o conceitual 2 Antes de seguir necess rio esclarecer o sentido da express o divulga o cient fica Para tanto relacionamos esse conceito a outros correlatos difus o cient fica dissemina o cient fica e jornalismo cient fico pois tais express es s o usadas indiscriminadamente e podem causar alguma confus o conceitual De acordo com Bueno 1984 12 13 Jcada um desses conceitos assume contornos pr prios ainda que se articulem num terreno comum processos estrat gias t cnicas e mecanismos de veicula o de fatos e de informa es que se situam no universo da ci ncia e da tecnologia Para o autor existe
438. sentam baixo risco de contamina o pelo HIV Cada um recebeu tr s doses do produto duplo cego aleat ria e controlado por placebo O preparado j demonstrou em pesquisas anteriores ser capaz de induzir o sistema imunol gico a produzir anticorpos neutralizadores contra o HIV sem gerar rea es adversas Como a pesquisa n o visa verificar a prote o na vida real exige se que os volunt rios n o se exponham a riscos da infec o Ao firmar o termo de compromisso com a Fiocruz ou a UFMG o volunt rio fica ciente das implica es do teste e tem assegurados assist ncia m dica e aconselhamento psicol gico at a avalia o dos resultados o que no Brasil revela novo estilo base de transpar ncia e respeito m tuo na implementa o de pesquisas com seres humanos O acompanhamento regular de um grupo de pessoas com comportamento de risco volunt rios em potencial de outros testes de vacina nas fases I e III produzir dados sobre o n mero de infec es novas pelo HIV e rea es imunol gicas em certo per odo Como enfrentar as resist ncias Mobilizar e conscientizar os grupos mais vulner veis ao v rus fundamental Muitas das a es e programas desenvolvidos nessa rea em v rias partes do mundo evidenciam que certos indiv duos resistem a interven es preventivas continuando a manter pr ticas de sexo desprotegido Poss vel explica o para o fen meno a exist ncia de vari veis psicol gicas e
439. sequ ncias de amino cidos Conseguimos determinar os 35 primeiros amino cidos do segmento aminoterminal do principal componente ativo do veneno a prote na de 35 mil d ltons das tr s esp cies do g nero Loxosceles que est o sendo estudadas L gaucho L laeta e L intermedia As pesquisas por m continuam na tentativa de obter mais conhecimentos sobre a composi o qu mica e sua rela o com os efeitos t xicos do veneno das loxosceles Par grafo 21 Texto C5 Outro caso que contempla as duas perspectivas de resultados o artigo Plantas brasileiras alternativas no tratamento da mal ria C7 Os resultados parciais s o referentes a estudos de v rias esp cies de plantas usadas como antimal ricas e embora o autor afirme que muitas delas em especial a B pilosa e a A amazonicus t m atividade antimal rica e podem ser utilizadas no desenvolvimento de novos medicamentos ressalva que ainda n o se obteve o prot tipo de um medicamento com atividade farmacol gica desej vel para estudos toxicol gicos e de metabolismo o resultado esperado Em 24 um trecho que resume os resultados expostos ao longo do texto 24 Conclus es Muitas das plantas em que foi constatada a atividade antimal rica s o promissoras no desenvolvimento de novos medicamentos especialmente B pilosa atividade esquizonticida sangii nea amplamente distribu da no Brasil e 4 amazonicus a o profil tica na fase inicial de desenvol
440. seres humanos Par grafo 1 Texto C12 77 O aparelho pode suportar at 2 5 gigabits ou 2 5 bilh es de informa es por segundo Par grafo 2 Texto J2 78 A alimenta o hiperprot ica rica em prote nas do litoral n o era uma garantia de sa de Par grafo 6 Texto J10 Embora menos usual uma estrat gia bastante adequada por amenizar o impacto da 2 terminologia especializada a introdu o do elemento explicativo antes do termo cient fico Esse tipo de constru o foi encontrado tanto nos ADC quanto nas MDC o que pode ser visto a seguir exemplos 79 a 82 79 S ap s algumas horas surge ard ncia seguida de coceira edema incha o e eritema vermelhid o at a forma o em poucos dias de uma ferida que pode levar de seis a oito semanas para cicatrizar dermonecrose Par grafo 11 Texto C5 138 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 80 O cip Ampelozizyphus amazonicus Rhamnaceae empregado em algumas reas da Amaz nia para prevenir a mal ria uso profil tico Par grafo 19 Texto C7 81 A pesquisadora sugere que os ch s de plantas com altos teores de pot ssio como os de carqueja Baccharis sp folha de maracuj Passiflora quadrangularis e poejo Menth pulegium Pulegium vulgare sejam usados para substituir a gua na composi o do soro caseiro Par grafo 4 Texto J7 82 Em geral a quebra da glicose ta
441. si Ele teria se formado a uma dist ncia de cerca de 3 U A e em seguida processos din micos pr prios da nebulosa o fizeram migrar para regi es mais internas Em uma segunda possibilidade o planeta gigante seria constitu do essencialmente por hidrog nio e h lio tendo grande n cleo rochosos Par grafo 15 Texto C1 175 Usando em seus experimentos os pr tons presentes na parafina e na glicerina Hahn observou que quando a onda eletromagn tica era aplicada ao sistema de n cleos na forma de pulsos de curta dura o e n o continuamente a absor o de energia originava um fen meno at ent o n o observado Par grafo 6 Hahn percebeu que ap s uma segi ncia de dois pulsos separados por intervalo de tempo conhecido o sinal el trico surgia em um instante igual a duas vezes o tempo entre os pulsos Ele batizou o efeito de ecos de spin Par grafo 7 Texto C3 Coracini 199la e 1991b aponta o discurso relatado como uma estrat gia usada com fregii ncia pelo sujeito dos artigos cient ficos para desenvolver seus argumentos e principalmente para ocultar a subjetividade mantendo assim o estere tipo de objetividade do discurso da ci ncia Mas a baixa incid ncia desse recurso nos ADC revela que especificamente nesse g nero textual os cientistas se exp em como enunciadores Tamb m importante n o perder de vista que nos ADC o discurso reportado serve principalmente como estrat gia para introduzir
442. socia o Iberoamericana de Jornalismo Cient fico a Uni o Europ ia de Associa es de Jornalismo Cient fico constitu da por associa es nacionais de pa ses europeus e a Associa o Internacional de Escritores de Ci ncia O surgimento da imprensa especializada em ci ncia possibilitou que um p blico mais amplo tivesse acesso a informa es antes restritas a cientistas e seus pares Ao transmitir de maneira simples novas id ias conceitos e t cnicas aos quais o grande p blico dificilmente teria acesso o jornalismo cient fico se transformou em instrumento fundamental para a exist ncia de uma sociedade mais democr tica Prenafeta apud Brasil 1989 16 sugere que o jornalista deve estimular orientar e conseguir apoio para colocar o p blico diante da 15 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes grandeza da ci ncia o que o levaria a participar n o apenas com os olhos e ouvidos mas tamb m com sua intelig ncia e talento criador 7 Em entrevista revista Ci ncia Hoje Vieira 1992 45 Roald Hoffmann pr mio Nobel de qu mica de 1981 observa que os cientistas t m um boa raz o para disseminar o conhecimento cient fico quando as pessoas adquirem algum conhecimento cient fico podem compreender melhor as decis es o que fundamental numa sociedade democr tica Caso contr rio poder o se tornar v timas de demagogos e especialistas Anteriormente Knell
443. sos na mesma esta o a das chuvas que corresponde ao ver o Com a enchente toda a riqueza potencial de alimentos torna se acess vel ao homem Nessa ocasi o tamb m a floresta da encosta se favorece o cultivo de plantas tropicais Mesmo sendo o espa o pequeno a instalou se um grupo Guarani do qual foram estudados 23 s tios Essa instala o ocorreu em parte na mesma poca que a dos ceramistas do alagado isso demonstrado pela presen a de cacos de cer mica de um grupo nos assentamentos do outro 36 O ambiente da encosta muito diferente do alagado a terra f rtil a floresta cont nua os c rregos de gua cristalina s o perenes Com freq ncia mesmo durante o per odo seco a encosta fica coberta por neblina que pode se transformar em garoa quando sopra o vento frio do sul proporcionando umidade tamb m durante o inverno Nessas condi es era poss vel aos Guarani cultivar suas ro as nos patamares da encosta pr ximo aos c rregos onde ficavam suas aldeias 37 As aldeias pr coloniais parecem n o ter sido grandes nem duradouras o que explica o n mero 38 bastante elevado de s tios num espa o n o muito amplo Calculamos que a rea atravessada por um c rrego n o comportaria mais que uma pequena aldeia Com isso ter amos para todo o espa o no m ximo entre dois e tr s assentamentos simult neos Os cacos de cer mica reveladores dos assentamentos dos Guarani indicam a sua proced
444. spalhados pelas matas dos munic pios de Silva Jardim Cabo Frio Araruama e Saquarema Os levantamentos feitos at agora apresentavam n meros que variavam muito atesta o zo logo Anthony Rylands que orientou a bi loga em seus trabalhos de campo e na elabora o de sua tese Popula es silvestres de mico le o dourado defendida na Universidade Federal de Minas Gerais Segundo Cec lia Kierulff boa parte das matas que havia na poca em que os pesquisadores Adelmar Coimbra Filho e Augusto Ruschi propuseram sua distribui o foi cortada para dar lugar a pastos e reas de cultivo uma tend ncia que se agrava cada vez mais na regi o A distribui o e o recenseamento cuidadoso desse min sculo primata que mede 60 cm pesa pouco mais de 600 g e ocupa exclusivamente uma faixa de 10 mil km pr xima ao litoral do Rio de Janeiro foi um alvo obsessivamente perseguido pela pesquisadora que acabou lhe rendendo o t tulo de mestre em conserva o e manejo da fauna Uma velha paix o virou objeto de pesquisa revela a pesquisadora que partiu da distribui o proposta originalmente por Coimbra Filho e Ruschi para revistar as matas existentes em uma rea de 14 mil km e realizar nada menos que 618 entrevistas com moradores da regi o atr s de pistas do animal Mapas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica e imagens de sat lite tomadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais indicaram os pontos onde ha
445. spar ncia n o encontradas nos compostos magn ticos cl ssicos xidos de ferro ou ligas met licas usados em motores sistemas el tricos e at fitas de grava o inclusive na inform tica A subst ncia tem estrutura tridimensional com v rios an is entrela ados como uma corrente figura 1 Trata se de um composto de tipo catenano raro em qu mica afirma Stumpf Obtido na forma de cristal verde esmeralda o primeiro magneto molecular associa em sua composi o metais como mangan s e cobre a elementos n o met licos como carbono hidrog nio nitrog nio e oxig nio o que o aproxima dos sistemas biol gicos Isso permite sonhar mais alto diz Stumpf citando a hip tese que ainda parece fict cia de usar o magneto em implantes cerebrais Segundo ele j se pensa na possibilidade de implantar chips constru dos base de magnetos no c rebro de pessoas com problemas de perda de mem ria e os magnetos moleculares por serem biocompat veis poderiam tornar mais vi vel a conex o dos chips com os neur nios Mas isso s ocorreria a longo prazo pois a ci ncia que estuda as rea es qu micas dos organismos vivos ainda est engatinhado reconhece Stumpf acredita que os novos compostos podem vir a ter aplica es mais fact veis na rea tecnol gica em tintas para xerox no desenvolvimento de novas tecnologias de grava o e estocagem de informa o e no aperfei oamento dos discos magneto pticos No
446. spedeiro Isso significa que a quantidade da droga a ser usada para inibir a enzima do parasita muito menor que a necess ria para afetar significativamente a enzima humana afirma Oliva 281 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 Resta agora saber se as imagens tridimensionais da enzima e do inibidor obtidas pelos pesquisadores de S o Carlos correspondem realidade Se tudo correr bem essa d vida ser tirada em breve j que eles est o prestes a obter a estrutura real da enzima do parasita Luisa Massarani Ci ncia Hoje 111 pp 51 52 282 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J9 Driblando o v rus da Aids Dinamarqueses e suecos pesquisam nova vacina contra a doen a Em seis meses uma nova vacina contra a Aids poder estar sendo modelada em laborat rios europeus Se at l os testes forem bem sucedidos a vacina promete ser eficaz contra v rios tipos de HIV v rus causador da doen a A id ia usar peda os da capa que recobre o v rus para induzir a produ o de anticorpos espec ficos contra a doen a Essas por es do envelope viral s o chamadas carboidratos mol cula formada por tomo de carbono hidrog nio e oxig nio O trabalho conjunto desenvolvido ao longo de cinco anos por dois grupos dinamarqueses e uma equipe sueca mostrou que esses anticorpos espec ficos produzidos em resposta a esses ca
447. ssa avalia o o artigo poder ser recusado ou solicitada ao autor uma segunda vers o que submetida ao mesmo processo Se aceito para publica o o texto passa por uma revis o de linguagem para adapt lo ao estilo da revista O texto final submetido novamente ao autor para aprova o das modifica es realizadas Os jornalistas por outro lado recebem ou sugerem pautas definindo se de antem o a quantidade de linhas e o enfoque principal da mat ria Seus textos tamb m passam por um processo de edi o mas na maioria das vezes as altera es se restringem ao aspecto gramatical Ci ncia Hoje sda sdb sdc Vieira 1993 2 2 O corpus Para o desenvolvimento desta investiga o trabalhamos a partir de um universo constitu do por trinta e oito edi es de CH publicadas entre janeiro de 1994 e dezembro de 1997 das quais foram escolhidos textos de autoria de pesquisadores e de jornalistas A 49 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes amplitude desse universo deve se principalmente a dois dos crit rios estabelecidos para a sele o do corpus que visavam a uma relativa uniformiza o do material de an lise O primeiro desses crit rios limitou a apenas duas ou tr s as se es da revista de onde seria coletado o corpus O outro crit rio tomou por base a proximidade dos assuntos abordados para selecionar grupos de textos compostos cada um por um ADC e uma MDC
448. sse trabalho devem levar forma o de um centro mais capacitado para o estudo de doen as Na Fiocruz temos a vantagem de poder fazer uma ponte entre as doen as do passado e as de popula es atuais Isso nos fornece um contraponto importante e favorece uma troca constante de id ias diz Sheila Mendon a Par grafo 11 Texto J10 Nesse exemplo vemos que a se o perspectivas do texto J10 Sa de na pr hist ria extremamente sucinta e aponta para algo cuja concretiza o n o parece estar pr xima pois al m de a informa o estar modalizada n o h qualquer dado mais preciso em rela o cria o do referido centro 3 2 5 Ponto de Vista Esta se o a exemplo de ponto de vista dos ADC tamb m caracteriza os trechos em que a opini o do autor em rela o ao conte do abordado informada ao leitor De acordo com os c nones jornal sticos o ponto de vista do autor n o deveria aparecer nos textos exce o feita aos do g nero opinativo a doutrina da imparcialidade jornal stica adotada pelos americanos no in cio do s culo XX para reagir invas o do sensacionalismo 122 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes na imprensa e que se tornou norma em diversos manuais de reda o e estilo n o apenas nos Estados Unidos da Am rica mas tamb m no Brasil 30 No entender dos seguidores dessa doutrina no jornalismo a imparcialidade fundamenta
449. stuma explodir na universidade Quem vive mergulhando nos livros fica impaciente diante da incompet ncia dos leitores inexperientes Essa dificuldade em geral vem de longe dos primeiros bancos escolares No entanto se o professor universit rio admitir que lhe cabe uma parcela de responsabilidade na forma o do leitor ele aceitar a id ia de refletir sobre o ato de ler e poder ensinar a seus alunos algumas estrat gias de leitura que desenvolveu ao longo da vida A expectativa mais comum e tamb m mais frustrante para o professor universit rio a de que seus alunos sejam capazes de ler para aprender n o importa que o assunto seja matem tica semi tica biologia ou literatura Ler para aprender no entanto tarefa complexa Envolve v rias opera es cognitivas buscar informa es colher dados distinguir o que conceito argumento pressuposto fato opini o ou ju zo de valor verificar se as rela es entre argumentos e conclus es s o pertinentes discernir e comparar o tratamento do mesmo assunto em diferentes autores comparar suas pr prias id ias com as do autor e tirar conclus es aplicar o conhecimento obtido solu o ou discuss o de um problema etc Para adotar uma pol tica de leitura que contemple suas expectativas os professores precisam acreditar que uma pedagogia de leitura para o estudante universit rio poss vel e necess ria Para isso dever fazer uma reflex o cr tica sobre falso
450. t fico durante a d cada de 80 A tend ncia abertura de espa os para a divulga o da ci ncia p de ser verificada tanto no mbito da imprensa di ria quando grandes jornais do pa s como a Folha de S Paulo o Jornal do Brasil o Estado de S Paulo e O Globo criaram se es espec ficas e at mesmo cadernos sobre o assunto quanto em revistas com o lan amento de Ci ncia Hoje CH Globo Ci ncia atual Galileu e Superinteressante Dirigidas a p blicos bem definidos cada uma dessas revistas aborda assuntos que em primeira inst ncia visam a satisfazer os interesses do seu leitor A precursora foi CH publica o da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci ncia SBPC e tida como um excelente instrumento de debate de pol tica cient fica por estimular a reflex o nacional sobre a responsabilidade social da ci ncia Criada em 1982 para divulgar e explicar a ci ncia sociedade a revista teve seus dias de gl ria O primeiro n mero de CH com 15 mil exemplares precisou ser reeditado porque as vendas nas bancas superaram as expectativas Seis meses ap s o lan amento a Ci ncia Hoje j tinha cerca de quatro mil assinantes num per odo em que a SBPC tinha sete mil s cios e o Brasil um total de 15 mil cientistas Ainda no final de 1982 rec m lan ada a CH fatura uma men o honrosa do pr mio J Reis promovido pelo CNPq No ano seguinte a vez de levar o pr mio propriamente dito Costa et a
451. t foras onransa ron e A AA ER O R A RR 1898 I 2 Usode metafora rue ni o o A EE T E R 1899 163 Usode met fora ne aea a A E E SC e E a A ha 1899 TSH Usode metaf Ordea ERE E A A OR AR RR 190 183 Usode met foras ririn a Aa AARE aa aA Ea AER nada 190 XIX A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 186 Uso de met foras sui neaiiisacsia dos ads A didi das A E ais da RRNA 190 157 Uso Ro LA m t f ra REDE NNRDNR ias iar eaa a ae Ea Ea Eaa EEEa EA aa EEES EAA 191 T858 Uso demet fora DENNIS DRE E RD SR ER E RS ER 191 1859 Usode met fora RARO NRNRERDDO BERRO RSREROE E RENA RR RR NERD i RR ERR RR aiaia 191 190 Uso de met fora onenean aA R A A A A E A RATER A 191 191 Uso d emet ford scies e Da o RT a a a o i e a a eia 192 1 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes INTRODU O Afirma Maraschin 1982 que o progresso cient fico no s culo XX foi proporcionalmente maior do que a soma de todas as aquisi es da intelig ncia humana desde os prim rdios da humanidade N o se pode negar que tanto o conhecimento intuitivo desenvolvido da Pr hist ria aos dias atuais quanto o conhecimento cient fico e tecnol gico contribu ram para que hoje a humanidade disponha de recursos antes inimagin veis A despeito das posi es de Karl Popper e Lakatos apud Feyerabend 1977 defensores do car ter cumulativo do saber cient fico e de Thomas Kuhn
452. ta o estudo quem participa qual o objetivo e quando foi realizado Metodologia Enf oca algum aspecto metodol gico Enf oca algum aspecto metodol gico Perspectivas Informa sobre as expectativas ou os problemas relacionados pesquisa Resultados Informa o que se alcan ou ou o que se espera alcan ar na pesquisa Ponto de Vista Trechos em que se pode identificar a opini o do autor que pode estar explicitada em trechos avaliativos ou embutida em outras se es Trechos em que se pode identificar a opini o do autor que em geral n o est expl cita Como se pode observar h em CH pelo menos dois esquemas textuais diferentes que correspondem aos ADC e s MDC o que confirma parte de nossa hip tese central Na revista Ci ncia Hoje h pelo menos duas estrat gias textuais discursivas de divulga o cient fica a a dos autores pesquisadores e b a dos autores jornalistas 126 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 4 UM OLHAR SOBRE O TEXTO E SEU DISCURSO O discurso de divulga o cient fica encontrado nos ve culos de comunica o pode ser produzido por enunciadores de comunidades de pr ticas distintas e ter como p blico alvo diferentes destinat rios estando ent o sujeito a determinadas condi es de produ o que t m na determina o dos p los do enunciador e do destinat rio no tratamento a ser dado ao
453. tal imediata a comunidade nacional e internacional de pessoas que trabalham na mesma especialidade e a comunidade mais ampla de cientistas de diferentes campos e reas do conhecimento as quais mant m entre si uma 14 Hymes faz refer ncia a Bloomfield L 1933 Language New York Henry Holt 28 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes diversidade consider vel de rela es na moeda corrente da ci ncia de sua poca Zamboni 1997 52 A nosso ver o simples fato de um determinado grupo falar uma mesma l ngua ou dialeto n o suficiente para caracteriz lo como comunidade de fala Ao que parece s o principalmente as pr ticas os interesses as finalidades e as motiva es dos diversos grupos sociais que ir o caracterizar as diferentes comunidades Evidentemente os membros de cada comunidade tendem a apresentar comportamentos comunicativos distintos o jarg o utilizado o tipo de cumprimento o conte do das intera es Wardhaugh 1986 tamb m discorda do emprego do termo comunidade de fala para falantes de uma mesma l ngua ou dialeto E justifica Devemos reconhecer que praticamente imposs vel tomar como base apenas o uso de caracter sticas ling sticas para determinar o que e o que n o comunidade de fala pois as pessoas n o sentem necessariamente qualquer rela o entre as caracter sticas lingii sticas A B ou Ce a comunidade ling stica X
454. tations pendant que les auteurs journalistes utilisent surtout les citations des sp cialistes comme argument d autorit 6 la fonction de m taphore dans les Reportages de Vulgarisation Scientifique est essenciellement ornmentale et dans les Articles de Vulgarisation Scientifique plut t explicative ABREVIATURAS ADC Artigo de divulga o cient fica CH Revista Ci ncia Hoje C amp T Ci ncia e tecnologia DC Divulga o cient fica MDC Mat ria de divulga o cient fica SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci ncia SUM RIO RESUMO ste a UT LO DIO SNS Sa EDITE US DSR OSSEO Ena N EOE TOS EEEE SOSER ana vi ABSTRACT cresi evins itani nara as Cabe napen aa nao nan Ene DEUS emana cio entes as aan vii RESUMEN EEEE E E T E T EE EE viii RESUME e En EE EE E E E ON E ARS ix ABREVIATURA S ea naiaiaee ano eianail Aase iari doa aoa ianiai dora nn Eee aesae siorr iooi x INTRODUCA O sra enteado Da dO da A ea DA e e i eA O ER 1 Uma quest o conceitual nsise teres te e s er r SEE EC E EES EEE s EE EESE E E EErEE Ss rors r See 3 Dissemina o cient fica divulga o cient fica e jornalismo cient fico breve hist rico 12 O problema e s hip teses scesseesirenssererinicoesiasventataspentesespentorasseacoss da cotada ta coessndocues isser oos 22 Apresenta o dos cap tulos sssrds o toese essee ree eo so sse erene E o osos es te ontatptneas 24 1 EVENTO COMUNICATIVO E DIVULGA O CIENT FICA 26 1 1
455. tes de vacina anti AI DS C9 Brasil testa vacina anti Aids C010 Pantanal primeiros passos da pr hist ria C10 Pantanal os primeiros passos da pr hist ria CO 11 Pedagogia de leitura para o ensino superior uma proposta pr tica C11 Como Ensinar a quem j sabe ler C012 Implementos ind genas cer micos l ticos e em madeira de 5000 anos de antiguidade indicam antiguidade do povoamento pr hist rico da microrregi o do Tapaj s Par C12 A antiguidade dos povos Tapaj s 213 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes ANEXO II Textos de Cientistas TEXTO C1 Estamos sozinhos no universo Os astr nomos j detectaram de forma indireta atrav s de instrumentos especiais alguns poss veis planetas orbitando estrelas distantes fora do sistema solar Tais objetos revelam que os sistemas planet rios ao contr rio do que a ci ncia acreditava podem ter estrutura muito variada O sistema planet rio do qual a terra faz parte apenas uma das possibilidades As descobertas recentes d o nova dimens o a uma antiga pergunta existe vida em outros planetas Encontrar a resposta o grande desafio da astronomia E novas miss es espaciais est o sendo preparadas justamente para descobrir planetas que apresentem as condi es necess rias e detectar neles sinais de vida O estudo de outros planetas at recentemente estava restrito ao sistema sol
456. tica por exemplo adotada por Ricoeur 1992 1978 para quem a caracter stica decisiva da met fora a inova o sem ntica gra as a qual uma nova pertin ncia uma nova congru ncia estabelecida de tal maneira que o enunciado fa a sentido O significado metaf rico n o consiste em um mero choque sem ntico mas em um novo significado predicativo que surge a partir do colapso do significado literal p 148 Iniciado por Richards 1950 e desenvolvido por Black 1962 o modelo da teoria da intera o postula que a ess ncia da met fora reside na intera o entre a express o 184 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes metaf rica e o contexto no qual usada Embora tamb m d margem compara o esse modelo privilegia uma abordagem mais pragm tica Black 1962 sustenta por exemplo que o significado de uma met fora depende entre outras coisas da inten o do falante da entona o da estrutura verbal etc Em trabalho posterior Black 1992 1978 o autor avalia que a principal fraqueza da teoria da intera o a falta de esclarecimento sobre o que significa dizer que numa met fora uma coisa pensada ou vista como uma outra coisa Aqui se n o estiver enganado deve ser encontrada a raz o primeira pela qual usu rios inveterados de met foras apropriadas podem adequadamente rejeitar qualquer opini o que busque reduzir as met foras a afirma e
457. ticas de los textos de divulgaci n cient fica DC publicados en la revista Ci ncia Hoje CH apuntando las diferencias y semejanzas de estructuras textuales y estrategias discursivas entre los textos producidos por periodistas y los producidos por cientistas Para desarrollarlo trabajamos a partir de un universo constituido por treinta y ocho ediciones de CH publicadas entre enero de 1994 y diciembre de 1997 de las cuales fueron elegidos 24 textos siendo 12 de autores investigadores y 12 de autores periodistas Partiendo de la posici n de que textos son eventos realizados en comunidades de pr cticas conjuntos de personas que participan de actividades que tengan objetivos comunes nuestra aten o se concentr en dos diferentes eventos presentes en CH los Art culos de Divulgaci n Cient fica ADC que se realizan en la comunidad cient fica y las Materias de Divulgaci n Cient fica MDC realizadas en la comunidad de periodistas Debido a la amplitud de los asuntos aqui tratados utilizamos un recorte te rico muy vasto Buscamos apoyo en la Socioling stica en la Ling stica del Texto en el An lisis del Discurso y tambi n en estudios que tratan de la DC en la perspectiva de la Comunicaci n En nuestro an lisis verificamos que 1 en la revista CH hay por lo menos dos estrategias textuales discursivas de divulgaci n cient fica a la de los autores investigadores y b la de los autores periodistas 2 los textos de d
458. tico polido aparecem nas camadas superiores e pertenceriam ao per odo de horticultores datado para o baixo Amazonas entre 2000 e 800 anos antes do presente Material lenhoso semelhante ao achado no s tio Pirima mas de per odos recentes s culos XVI a XVIII mencionado por diversos etno historiadores e antrop logos para a regi o do alto e m dio Amazonas Estudo interessante sobre o assunto a Hist ria ind gena do alto e m dio Amazonas S culos XVI a XVIIV de A Porro inclu do em Hist ria dos ndios no Brasil Ed Cia das Letras SP 1992 Sobre esse material confeccionado em madeira t o dif cil de ser obtido em s tios arqueol gicos da Amaz nia aprofundamos nosso estudo fornecendo aqui informa es mais detalhadas sobre a origem do material A lan a a bodurna e os propulsores foram examinados no Laborat rio de Anatomia do Museu Goeldi para identifica o das esp cies vegetais Para isso fizeram se cortes histol gicos de diminutas amostras de madeira retiradas das pe as de acordo com a t cnica padr o para estudos anat micos de madeiras Primeiro ferveram se as amostras em gua por duas horas para amolecerem Delas foram feitos ent o cortes nos sentidos transversal e longitudinal orientados em dois planos tangencial e radial A seguir os cortes foram submetidos a classifica o com gua sanit ria depois passados em s rie alco lica de diversas propor es para desidrata o e finalmente corados c
459. to de as cole es serem de pocas diferentes n o foi um problema para a pesquisa Segundo a coordenadora o objetivo do grupo da Fiocruz n o era estudar a evolu o da sa de mas o estilo de vida de duas popula es pr hist ricas Os resultados desse trabalho devem levar forma o de um centro mais capacitado para o estudo de doen as Na Fiocruz temos a vantagem de poder fazer uma ponte entre as doen as do passado e as de popula es atuais Isso nos fornece um contraponto importante e favorece uma troca constante de id ias diz Sheila Mendon a Edna Ferreira Ci ncia Hoje 108 pp 81 82 285 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO J11 Indios Ofai lutam para sobreviver Painel revelou projeto de alfabetiza o de ndios considerados extintos Um dos pain is apresentados na Reuni o Especial da SBPC exp s um projeto que pode ser decisivo para a sobreviv ncia f sica e cultural de um povo ind gena Apresentado pelo Departamento de Ci ncias Humanas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS o trabalho mostrou uma experi ncia de alfabetiza o de crian as e adolescentes da tribo Ofai grupo que na d cada de 70 fora considerado extinto pelo antrop logo Darcy Ribeiro Reduzido a apenas 42 indiv duos os Ofai vivem hoje no munic pio de Brasil ndia a aproximadamente 400 km ao sul de Campo Grande mas h quase 20 anos v m enfrentando const
460. to e Escrita S o Paulo tica 211 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes OLIVEIRA F I 1992 Confer ncia Mundial Re ne Jornalistas Cient ficos em T quio S o Paulo mimeo 8p OLIVEIRA F I 1998 Ci ncia e Tecnologia na Comunica o Social de Institui es Governamentais Tese de Doutorado ECA USP 197p OLSON D R 1997 1994 O Mundo no Papel as implica es conceituais e cognitivas da leitura e da escrita S o Paulo tica PARRET H 1988 Para uma teoria enunciativa da par frase a semelhan a e o ato de proximiza o In Enuncia o e pragm tica Campinas Editora da Unicamp POPPER K 1975 A L gica da Pesquisa Cient fica S o Paulo Cultrix Edusp POSSENTI S sdc Notas sobre Linguagem Cient fica e Linguagem Comum Campinas mimeo 15p POSSENTI S 1996 O Sujeito Fora do Arquivo In Magalh es I org As M ltiplas Faces da Linguagem Bras lia Editora UnB pp 37 47 RIBEIRO R M A 1996 Biodiversidade Produ o e Sentido In Magalh es I org As M ltiplas Faces da Linguagem Bras lia Editora UnB pp 347 355 SINCLAIR M 1993 Are Academic Texts Really Descontextualized and Fully Explicit A Pragmatic Perspective on the Role of Context in Written Communication Text 13 4 529 558 TANNE J H 1997 Writing Science for Magazines In Blum Deborah amp Knudson Mary eds A Field Guide for Science Writers New York Oxford
461. to e dos produtores e receptores do texto sociedade formalmente obscurecida por nossa focaliza o no texto individual e no autor Beaugrande 1997 61 Afirma Beaugrande 1997 que poss vel fundir as no es de texto entidade formal e discurso entidade funcional 1 e o evento comunicativo emp rico Para o autor a principal vantagem de conciliar essas duas no es seria integrar a Ling stica de Texto An lise do Discurso Apesar de algumas dificuldades para relacionar texto e discurso por remeter a problemas mais gerais como associar a teoria pr tica o virtual ao real ou situar os sistemas de controle intermedi rio estilo tipo de texto e dom nio discursivo 44 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Beaugrande sugere que prefer vel n o opor esses dois termos mas conect los Um dos resultados concretos dessa conex o seria denominar discurso um conjunto de textos interconectados Aplicando ent o a no o de evento comunicativo ao texto poder amos afirmar que a revista Ci ncia Hoje comporta dois tipos de evento os textos produzidos por autores jornalistas e os produzidos por autores pesquisadores Embora fa am parte de um mesmo dom nio discursivo ci ncia esses textos apresentam dois tipos de discursos o jornal stico e o cient fico A partir dessa perspectiva e com o apoio da no o de status de participa o a
462. tos da rea de Sa de uma vez que ocorre um termo especializado a cada 18 12 palavras nos ADC e a cada 19 54 palavras nas MDC Por outro lado nas demais reas o n mero de ocorr ncias nos ADC continua bem superior ao que observado nas MDC como mostramos na tabela 4 Tabela 4 Ocorr ncia de termos especializados por rea do conhecimento Grande rea do Exatas e da Biol gicas Sa de Humanas Conhecimento Terra Autor Um termo Especializado ocorre a cada Cientistas 14 88 palavras 29 89 palavras 18 12 palavras 98 82 palavras J ornalistas 32 03 palavras 73 46 palavras 19 54 palavras 193 35 palavras Em suma o uso de termos especializados em textos de divulga o cient fica inevit vel O desafio para quem os redige consiste em dar explica es precisas e claras acess veis ao leitor n o especialista Por outras palavras o fato de determinado texto conter termos especializados nem sempre gera problemas de compreens o para o leitor leigo No entanto grande a possibilidade de o texto ou parte dele se tornar incompreens vel se esses termos forem usados sem qualquer tipo de procedimento explicativo ou quando a 131 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes explica o pouco clara Esses dois tipos de situa o podem ser observados nos exemplos a seguir 64 Em torno dessa estrela gira um planeta de massa igual a 0 9 Mj a uma dist
463. tos sobre a composi o qu mica e sua rela o com os efeitos t xicos do veneno das loxosceles Katia Cristina Barbaro Carlos Jared Ivan Mota Instituto Butant Ci ncia Hoje 114 pp 48 52 238 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C6 O papagaio char o em perigo Queda na popula o da esp cie exige medidas urgentes de preserva o De acordo com estimativas da Birdlife International 11 das cerca de 9 500 esp cies de aves da Terra est o amea adas de extin o e cerca de 100 entre as esp cies que habitam o Brasil encontram se em perigo imediato Os psitac deos fam lia que inclui araras papagaios e periquitos representam um dos grupos mais afetados no continente americano com 38 esp cies em situa o preocupante O papagaio char o figura 1 nome popular da esp cie Amazona pretei uma das aves amea adas na Am rica do Sul H cerca de 50 anos a esp cie era encontrada do Rio Grande do Sul at S o Paulo no Brasil e ainda em regi es lim trofes do nordeste da Argentina e do sudeste do Paraguai Sua popula o atingia centenas de milhares de indiv duos Outros registros mostram que nos anos 70 cerca de 30 mil char es fregiientavam a Esta o Ecol gica de Aracur no munic pio de Esmeralda RS As evid ncias de um forte decl nio populacional levaram o Museu de Ci ncias e Tecnologia da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul a i
464. trav s do movimento orbital da estrela calculado com base no efeito Doppler Mas a rbita pode em alguns casos ser definida por observa es astrom tricas como no caso de Lalande HD 95735 na astrometria medi es angulares de precis o feitas por diferentes telesc pios s o combinadas o que permite estabelecer o movimento dos astros Em torno dessa estrela gira um planeta de massa igual a 0 9 Mj a uma dist ncia de 2 U A e com per odo de 5 8 anos e tamb m suspeita se que um segundo corpo esteja presente com per odo de 30 anos e massa desconhecida Alguns astr nomos em particular Alexander Wolscsan interpretam as modula es observadas nos sinais emitidos por pulsares estrelas de n utrons como resultantes de perturba es 215 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes gravitacionais causadas por planetas Assim no caso do Pulsar 1257 12 Wolscsan sugere a presen a de tr s planetas com massas nesse caso com rela o massa da Terra de 0 015 3 4 e 2 8 Apesar do ambiente hostil a exist ncia de planetas em torno de pulsares n o pode ser descartada Entretanto a explica o mais aceita hoje a de que tais modula es s o produzidas pela precess o da estrela de n utrons a precess o de forma simplificada o movimento ou a nclina o do eixo de rota o de um objeto que est girando como o balan o que um pi o de brinquedo apresenta enquant
465. tre hospedeiros t xicos e h spedes a alelopatia na competi o por espa os e as defesas antiincrustantes As algas 10 As algas marinhas figura 5 produzem grande n mero de metab litos secund rios incluindo hidrocarbonetos e v rios terpen ides menoterpenos sesquiterpenos e diterpenos muitos deles bioativos Mas s recentemente a import ncia ecol gica dos metab litos secund rios tem sido 227 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 11 12 13 14 15 16 investigada em trabalhos que enfatizam a media o qu mica entre herb voros e macro algas ver O arsenal qu mico das algas Ci ncia Hoje n 96 1993 Os primeiros trabalhos com atividade marinha antiincrustante de produtos naturais de alga marinha envolveram como nos referentes aos demais organismos marinhos a hip tese geral de que uma subst ncia com atividade antibi tica seria potencialmente um agente antiincrustante Ensaios efetuados com extratos de algas pardas classe Phaeophyceae Sargassum natans Laminaria digitata e Himanthalia elongata geraram zonas de inibi o em culturas de bact rias marinhas e terrestres e a aplica o do extrato de S natans a pain is de madeira submersos inibiu o crescimento de cracas e outras algas Mas outros estudos indicaram que esses resultados de atividade antimicrobiana n o podem ser diretamente extrapolados para o ambiente marinho e aplicados a hip tes
466. tro t cnicas anal ticas ativa o neur nica absor o at mica fotometria de chama e potenciometria direta permitindo compara es entre os resultados Par grafo 6 Texto J7 A metodologia no fragmento 50 se restringe men o das duas t cnicas empregadas no experimento de biomanipula o no lago de Parano Estrat gia semelhante observada em 517 Note se nesse ltimo exemplo que a informa o pode n o ser compreendida por n o especialistas pois a refer ncia s t cnicas feita com termos especializados e sem qualquer explica o 118 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes No texto J9 Driblando o v rus da Aids em 52 o enfoque tamb m o m todo Mas como a pesquisa est rec m iniciada informado apenas como se pretende induzir a produ o de anticorpos contra a Aids 52 A id ia usar peda os da capa que recobre o v rus para induzir a produ o de anticorpos espec ficos contra a doen a Essas por es do envelope viral s o chamadas carboidratos mol cula formada por tomo de carbono hidrog nio e oxig nio Par grafo 2 Texto J9 Ao que parece entre as MDC analisadas o texto J2 Alta tecnologia em comunica es o que apresenta mais detalhes na se o metodologia o que podemos observar no exemplo a seguir 53 O processo de constru o de um modulador ptico exige o cumprimento de sete etapas que se inic
467. ua interpreta o Em suma o leitor torna se mais eficiente medida que l mais de maneira cada vez mais ativa e inguisidora Por isso a tarefa de melhorar a compet ncia em leitura n o se extingue no Primeiro ou no Segundo Graus Outro falso pressuposto revela se quando o professor afirma Aluno de faculdade j tem ou deveria ter experi ncia escolar suficiente para abordar qualquer tipo de texto Quem ainda n o 261 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 11 12 13 14 15 16 sabe ler burro ou n o tem dom para a leitura e portanto nada se pode fazer por ele Esse pressuposto apenas um desdobramento do anterior mas merece coment rio parte H uma ruptura importante na passagem do Segundo para o Terceiro Grau no que se refere s metodologias de ensino e s exig ncias impl citas dos professores No Segundo comum a figura do professor explicador que detalha a mat ria organiza quadros sin pticos prepara apostilas cobra exerc cios Em geral o livro did tico nico adotado na disciplina traduzido pelo professor Na Universidade prevalece o modelo do professor conferencista que espera que o aluno seja capaz de parafrasear interpretar e criticar textos Conforme a natureza do curso textos relativamente complexos s o confiados aos estudantes do ciclo b sico Quase sempre s o cap tulos ou partes de cap tulos de livr
468. ue geraram hip teses ou os materiais e os m todos utilizados no trabalho Geralmente a relev ncia para o jornalista e seu p blico encontra se justamente nos efeitos concretos dos resultados das pesquisas Assim as MDC podem apresentar como priorit ria determinada 102 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes informa o que na vis o do cientista tida como um dos dados de seu trabalho mas n o o mais importante A partir da observa o da estrutura de relev ncia dos textos jornal sticos e tendo como base uma pesquisa emp rica em que analisou 700 mat rias de 250 jornais Van Dijk 1985 1990 1992 prop e um esquema textual da not cia jornal stica figura 5 De acordo com o autor devido a sua natureza convencional esse esquema conhecido pelo menos implicitamente por jornalistas e leitores Figura 5 Superestrutura da Not cia Jornal stica Consegii ncias Rea es FONTE Van Dijk 1985 86 Afirma Van Dijk 1990 que essas categorias s o b sicas mas n o obrigat rias Segundo o autor na categoria sum rio agrupam se o t tulo e o lead que com o apoio do antet tulo do subt tulo e das fotos e legendas expressam as macropoposi es de n vel mais 26 No lead devem ser encontradas respostas s perguntas o qu quem quando onde como por qu No entanto nem sempre o lead responde a todas elas e podem existir inclusive mat ri
469. ue introduzem a fala do outro sejam considerados como uma marca de por que n o subjetividade quase mostrada Sob um v u de neutralidade os verbos dicendi atuam como um importante mecanismo de interfer ncia do eu no discurso do outro Para Marcuschi 1991 75 apresentar ou citar o pensamento de algu m implica al m de uma oferta de informa o tamb m uma certa tomada de posi o diante do exposto Na perspectiva desse autor a introdu o da fala alheia ocorre com mais freq ncia mediante o uso de verbos que funcionam como parafraseantes sint ticos pois resumem em uma s palavra o sentido geral do discurso relatado de nominaliza es de verbos como o caso de Na interpreta o de R Ferlet do Instituto de Astrof sica de Paris A recomenda o de Kleiman e de constru es que devolvem a responsabilidade do que dito ao pr prio autor da opini o como em Segundo Cec lia Kierulff boa parte das matas Para 173 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes Ara jo o principal objetivo das duas pesquisas De acordo com estimativas da Birdlife International Os verbos dicendi t m segundo Marcuschi 1991 83 v rias formas de a o Em primeiro lugar agem diretamente sobre o discurso relatado em segundo lugar atuam sobre a compreens o desse discurso e em terceiro p
470. ulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes TEXTO C9 Brasil testa vacina anti AIDS Por que onde e como entramos nesta luta de vida ou morte A ci ncia avan ou muito na erradica o de epidemias doen as sexualmente transmiss veis DSTs por exemplo j podem ser controladas combinando se o reconhecimento precoce a busca ativa de parceiros e a quimioterapia das infec es Mas o surgimento de novas doen as desse tipo em especial a S ndrome da Imunodefici ncia Adquirida AIDS causada pelo V rus de Imunodefici ncia Humana HIV representa desafio que os pesquisadores precisam enfrentar com intensidade e urg ncia in ditas tanto no meio cient fico como em toda a sociedade A AIDS o maior quebra cabe a dos tempos atuais Ainda n o h rem dios eficazes ou vacina que previna ou amenize a doen a No Brasil a resist ncia cultural a debates sobre a sexualidade limita os efeitos das campanhas p blicas de educa o e multiplica o n mero de casos Isto afeta particularmente a popula o mais carente e desinformada Como se previne a AIDS no Brasil S o duas as formas de preven o da AIDS adotadas em pesquisas desenvolvidas pela Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz e A es n o vacinais campanhas educacionais distribui o de preservativos aconselhamento comportamental e outras realizadas pelo poder p blico postos de sa de e hospitais e pela iniciativa privada empresas e ent
471. um em S o Paulo foram isoladas fra es contendo mol culas grandes m dias e pequenas Em seguida as mol culas de cada fra o foram separadas e tiveram sua massa avaliada atrav s de eletroforese t cnica em que as 19 237 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes mol culas submetidas a uma corrente el trica percorrem dist ncias diferentes em um meio especial A an lise comprovou que o veneno da aranha possui no m nimo nove prote nas algumas das quais com atividade enzim tica com massas moleculares entre 67 mil e 14 mil d ltons e que a mol cula da prote na que aparece em maior quantidade tem cerca de 35 mil d ltons A pesquisa verificou em seguida que essa prote na mais abundante tamb m a principal respons vel pela les o dermonecr tica Em camundongos inoculados com as diversas fra es prot icas do veneno em doses correspondentes dose letal do veneno completo apenas a fra o que continha a prote na de 35 mil d ltons mostrou se letal poss vel que esta prote na corresponda esfingomielinase D O soro antiveneno cont m mol culas prot icas denominadas anticorpos que interagem com as toxinas do veneno e neutralizam seus efeitos Durante o curso da imuniza o de coelhos com o veneno para obten o do soro antiveneno foi poss vel verificar utilizando se uma t cnica denominada western blotting que a prote na de 35 mil d ltons tamb m a mais imunog
472. uma subst ncia com a fun o de impedir que o T cruzi afete o homem se a doen a ainda estiver na fase inicial ver exemplo 40 est claro nesse trecho que h d vidas quanto aos resultados da pesquisa pois falta verificar se as imagens tridimensionais da enzima do Trypanosoma cruzi e do seu inibidor correspondem realidade Em 59 e 60 dois casos da se o perspectivas com expectativas favor veis 121 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 59 Os magnetos sintetizados no Brasil podem vir a ser utilizados com maior efici ncia em discos magneto pticos por sua elevada capacidade de estocar informa o Al m disso apresentam temperatura cr tica na qual ocorre magnetismo mais elevada que a do primeiro composto em torno de 37 Kelvin 236 C mais pr ximo do nitrog nio l quido 77 Kelvin ou 196 C o que j representa uma vantagem quanto a poss veis aplica es Par grafo 8 Texto J3 No fragmento exibido em 59 contendo a se o perspectivas de Im s biocompat veis J13 observa se que tomando por base as vantagens dos magnetos sintetizados no Brasil elevada capacidade de estocar informa o e temperatura mais favor vel ocorr ncia do magnetismo o jornalista aponta para o sucesso das poss veis aplica es do composto desenvolvido por pesquisadores do Departamento de F sica da Universidade Federal de Minas Gerais 60 Os resultados de
473. utura m dico laboratorial para apoiar as pesquisas e capacitar grupos multidisciplinares incluindo a rea sociocomportamental para condu o de ensaios vacinais Como criar as condi es necess rias A opera o requer paci ncia transpar ncia e investimentos de m dio e longo prazos S assim ser poss vel apoiar eventuais decis es do governo quanto amplia o do trabalho e aplica o de vacina anti HIV que atenda s necessidades do pa s Por isso s o importantes as pesquisas preliminares que visam criar condi es m dico cient fico sociais para outros est gios de teste de candidatos a vacina Esse trabalho envolve a amplia o do conhecimento sobre a diversidade gen tica e antig nica das amostras virais que circulam no Brasil e a resposta imunol gica infec o natural pelo HIV ou aos produtos vacinais em teste As pesquisas sobre AIDS s o dificultadas pela mutabilidade do v rus HIV e pela necessidade de identificar os subtipos circulantes para evitar trabalho e gastos in teis Tr s subtipos de HIV 1 B F e C j foram identificados no Brasil al m de formas recombinantes O subtipo B predomina em cerca de 90 das amostras mas a avalia o da al a V3 do envelope viral regi o descrita como de grande relev ncia na inclus o da imunidade protetora mostra a ocorr ncia no pa s de duas formas virais uma semelhante encontrada nos Estados Unidos e na Europa B e outra tipicamente brasileira reconheci
474. uz Os pesquisadores desfizeram malentendidos em foros m dico cient ficos Academia Nacional de Medicina Conselho regional de Medicina e em institui es da sociedade civil Ordem dos Advogados do Brasil Assembl ia Legislativa do Rio de Janeiro Mas persistem resist ncias em alguma reas Urge montar um mapa das vulnerabilidades As resist ncias podem ser resumidas em duas perguntas Por que repetir no Brasil experi ncia realizada no exterior Por que pesquisar produto n o espec fico para os subtipos circulantes no pa s Tais quest es s o irrelevantes O Brasil n o pode deixar de acompanhar as pesquisas sobre a AIDS pois o problema s rio no pa s e n o pode renunciar ao direito conquistado junto a organismos mundiais de participar desse trabalho em condi es m dico cient ficas favor veis Para tanto precisa mapear com urg ncia comportamentos psicol gicos e fatores sociais que tornam mais vulner veis os grupos de risco no pa s Al m disso temos ainda que levantar as respostas imunol gicas ligadas heran a gen tica brasileira Nesse contexto a pesquisa em curso apenas o in cio de um processo mais amplo O Minist rio da Sa de j examina com a OMS poss veis produtores de vacinas que atendam s condi es espec ficas das infec es pelo HIV no Brasil dentro das normas nacionais e internacionais E essas condi es ser o definidas exatamente pelos resultados dos testes da Fiocruz e da UF
475. vedo Mello Gomes 2 OS CAMINHOS DA PESQUISA 2 1 O objeto de estudo O fato de Ci ncia Hoje CH ser uma revista h brida foi decisivo em nossa escolha como objeto de estudo desta investiga o Esssa publica o que no Brasil foi pioneira como revista de divulga o cient fica foi planejada para se tornar um canal de comunica o entre a comunidade cient fica brasileira e o grande p blico primando pela qualidade cient fica dos textos Na perspectiva de seus idealizadores essa qualidade cient fica seria preservada pela participa o de cientistas n o apenas como referees da revista mas tamb m como colaboradores da reda o 2 1 1 Ci ncia Hoje uma hist ria de lutas O lan amento da primeira edi o de CH em julho de 1982 durante a abertura da 34 Reuni o Anual da SBPC realizada em Campinas SP representou um marco para a comunidade cient fica brasileira Dizia se na poca que a revista simbolizava a maioridade dessa comunidade Do projeto concretiza o passaram se quatro anos e muitos obst culos principalmente a falta de apoio financeiro e as press es de membros do governo militar que temiam o nascimento de uma revista da SBPC 47 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes As primeiras discuss es sobre a cria o de uma revista de divulga o cient fica realizadas em 1978 resultaram no documento Ci ncia Hoje uma revista de difus o
476. vedo Mello Gomes A seguir exemplos de ponto de vista inserido em outras se es Do texto CS Aranhas venenosas no Brasil reproduzimos dois fragmentos em que a opini o do autor est presente na contextualiza o exemplo 31 31 As aranhas dependem de seu veneno uma mistura de v rias subst ncias de diferentes toxicidades para paralisar as presas e obter alimento mas s vezes o usam para sua defesa Como ficam algum tempo parcialmente desprovidas de veneno ap s a picada elas s o empregam contra atacantes quando se sentem acossadas Por desinforma o por m o perigo que representam comumente aumentado Par grafo 7 Outras aranhas existentes no pa s s o apontadas erradamente como muito venenosas E o caso da caranguejeiras figura 6 temidas pelo seu tamanho podem alcan ar at 10 cm de corpo e chegar a 30 cm de comprimento total pesando at 60 g e pelo aspecto amea ador Sua picada no entanto muito rara e seu veneno inofensivo para o homem Par grafo 14 Texto C5 Nesses dois par grafos que enfocam a periculosidade do veneno das aranhas percebe se que o autor faz quest o de enfatizar que as aranhas n o s o t o perigosas como se difunde No s timo par grafo por exemplo ele aponta a desinforma o como um fator que concorre para se acreditar que as aranhas s o muito perigosas No d cimo quarto par grafo o uso do adv rbio erradamente e do operador argumentativo no entant
477. verificar se essa libera o tem efeito alelop tico foram repetidos agora usando apenas as subst ncias liberadas e n o extratos das esponjas os testes previamente aplicados a 40 esp cies desses organismos exceto o de atividade antimicrobiana Atrav s de um sistema de fluxo cont nuo em aqu rios a gua dos tanques com a esponja viva foi transferida para tanques de teste observando se a rea o de invertebrados aos compostos presentes nessa gua Nos testes de inibi o da fixa o larval esp cimes vivos de esponja foram mantidos durante uma hora em aqu rios e a gua desses aqu rios com as subst ncias liberadas mostrou se t xica ou inibiu a metamorfose de larvas veliger est gio em que as larvas de moluscos t m uma membrana ciliada para nata o de H rufescens embora n o tenha inibido o estabelecimento de larvas de briozo rios e vermes marinhos Os compostos ainda causaram retra o de ap ndices em v rios invertebrados e morte em nudibr nquios moluscos sem conchas indicando n tida atividade alelop tica ainda que n o especificamente antiincrustante A constata o de que a esponja Lisodendoryx isodictyalis ordem Poecilosclerida raramente recoberta por bioincrustantes levou ao estudo da atividade de seus metab litos secund rios possivelmente terpenos sobre a fixa o de larvas de Balanus amphitrite esp cie de craca cosmopolita e abundante em comunidades incrustantes Os testes revelaram que o extrato brut
478. vestre As a es de fiscaliza o devem coibir o com rcio de aves e outros animais principalmente no per odo reprodutivo e controlar o corte de florestas nativas e seus remanescentes em especial nas reas visitadas pelo papagaio Outros mecanismos de prote o mostram se necess rios como incentivos a propriet rios para que impe am em suas terras a captura de filhotes a coleta de pinh o a derrubada de matas e de rvores importantes no ciclo de vida do char o O estudo recomenda ainda a cria o de mais reas protegidas o manejo adequado das existentes a efetiva implanta o do Parque Nacional da Serra Geral e dos Parques Estaduais do Podocarpus e do Ibiriti que n o sa ram do papel e a melhoria da estrutura or ament ria e humana do Parque Nacional dos Aparados da Serra e do Parque Estadual do Espig o Alto A prote o dos locais de dormit rio um desafio imediato Uma das alternativas sugeridas pelo estudo o est mulo atrav s de compensa es fiscais ou de outro tipo aos propriet rios dos locais usados por papagaios para que transformem tais locais em reservas tempor rias at que as aves as abandonem naturalmente O monitoramento da esp cie regular e freqiiente nos principais locais de dormit rio tamb m apontado como fundamental para acompanhar as flutua es da popula o e avaliar o desempenho do plano de conserva o juntamente com estudos ecol gicos adicionais especialmente sobre o comp
479. via florestas dignas de ser esquadrinhadas Os micos ledes dourados apreciam o clima quente das baixadas do Rio de Janeiro onde se adaptaram e de onde nunca sa ram a n o ser por for a da ca a que j fez deles animais de estima o at da corte de Luiz XV na Fran a Segundo a literatura a altura m xima em que j foram avistados de 300 m N s o encontramos em reas frias que atingem at 550 m nas bordas 278 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 10 da Serra do Mar surpreende se Cec lia Kierulff Eles chegaram ali empurrados pelo desmatamento conclui Tamb m preocupa a pesquisadora o fato de as popula es serem muito pequenas e estarem isoladas umas das outras Em alguns grupos h 100 de consang inidade afirma Trata se de um fator gen tico que somado ao desmatamento e ca a potencializa os riscos de desaparecimento da esp cie Ela n o resistir mais de 100 anos se tudo continuar como est arrisca a bi loga Para evitar as elevadas taxas de consangiiinidade ela sugere a transloca o dos 12 pequenos grupos espalhados ao longo das matas para uma rea comum Nesse sentido recentemente foram iniciados contatos com a Rede Ferrovi ria Federal na tentativa de convencer a empresa da import ncia de abrigar esses animais na reserva pr xima ao munic pio de Rio das Ostras RJ A mata deslumbrante e absolutamente adequada prote
480. vimento do parasita encontrada em algumas regi es da Amaz nia Entretanto h um longo caminho at a obten o do prot tipo de um medicamento um produto com atividade farmacol gica desej vel para estudos toxicol gicos e de metabolismo Par grafo 27 Texto C7 95 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes 3 1 5 Ponto de Vista Ainda hoje muitos s o os que acreditam na imparcialidade da ci ncia e daqueles que a desenvolvem como se os cientistas fossem seres ass pticos sem ideologias e sem opini es pr prias sempre a servi o da chamada objetividade cient fica Em um consistente estudo sobre o discurso cient fico Coracini 1991b joga por terra essa cren a ao analisar a objetividade subjetividade expressa pela linguagem em 70 artigos da rea de ON Ci ncias Biol gicas Segundo a autora a despeito das apar ncias o discurso cient fico altamente argumentativo e revela sub repticiamente a subjetividade inerente atividade pr discursiva elabora o racional de teorias e s diferentes escolhas correspondentes aos diversos momentos que constituem o processo discursivo p 192 A subjetividade tamb m est presente nos ADC e no esquema textual que propusemos localiza se na se o ponto de vista Conv m esclarecer que essa se o pode vir inserida em outras se es muitas vezes de forma impl cita o que a faz permear pratic
481. za o do artigo Como ensinar a ler a quem j sabe ler C11 prepara o leitor para conhecer novas experi ncias did ticas que objetivam melhorar a compet ncia dos alunos na leitura de textos acad micos Sua constru o assemelha se coloca o do problema dos textos cient ficos na medida em que aponta um problema e discute o Um trecho dessa se o exibido no exemplo 5 5 Quem vive mergulhando nos livros fica impaciente diante da incompet ncia dos leitores inexperientes Essa dificuldade em geral vem de longe dos primeiros bancos escolares No entanto se o professor universit rio 83 A divulga o cient fica em Ci ncia Hoje Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes admitir que lhe cabe uma parcela de responsabilidade na forma o do leitor ele aceitar a id ia de refletir sobre o ato de ler e poder ensinar a seus alunos algumas estrat gias de leitura que desenvolveu ao longo da vida Par grafo 1 A expectativa mais comum e tamb m mais frustrante para o professor universit rio a de que seus alunos sejam capazes de ler para aprender n o importa que o assunto seja matem tica semi tica biologia ou literatura Ler para aprender no entanto tarefa complexa Envolve v rias opera es cognitivas buscar informa es colher dados distinguir o que conceito argumento pressuposto fato opini o ou ju zo de valor verificar se as rela es entre argumentos e conclus es s o pertinentes discer
482. zada ieeeeerrererereeeeaaaeererereraanaaana 139 89 Uso de terminologia especializada ss sisena stands pesar dns a sas caa sfass sa 139 90 Uso de terminologia especializada iiiieeeeeeeerrreerareaaaanararerrerananaaanda 139 91 Uso de terminologia especializada iiieeeeererereeraneraaaaeaerarererananaaanca 139 92 Uso de terminologia especializada iireeeeeceeerererrarenaaaaaaearerrerananananoa 139 93 Uso de terminologia especializada usares eizzenninanvi o decr and eaaa aves para a na Am aaa 140 94 Uso de terminologia especializada iiirieeeeeeerarererareaaaaaaaaaererananaaaaca 140 95 Uso de terminologia especializada pipi ETR ERRA RAT 140 96 Uso de terminologia especializada osnnnnnnoeeennnneneeeeeeeeeesssssseeereessssssserrreessssssee 140 97 Uso de terminologia especializada asneira sd Pd 141 98 Uso de terminologia especializada ieeeeeeerrereeeaeneaaaeeerrrreraaanaaana 141 99 Uso de terminologia especializada ii irireeeeeeeerrererreeaaacanerarererananananca 141 100 Uso de terminologia especializada ii errrerereaeeaaaeaeeerererannenaaaaaneaneos 141 101 Mecanismos coesivos ererrreeeraereererereeeaaaea nar a a nar i ia a 144 102 Mecanismos coesivos eeerrrrerereereererereeeaaaeaa ar ererrreeaaaaa ana eeerrreeaaaaaansrererrerenas 144 103 Mecanismos coesivos eeerrreeerreerrererrreeeanaaanarererrreeaanaa nasc ererrreena

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