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jozelia jane corrente tanaca educação para a mídia televisiva

1. s 76 4 1 TRABALHOS COM PERSPECTIVA EDUCOMUNICATIVA ssssssssssssesssesesesesssesssesesssesesesesssessssss 81 4 2 PEDAGOGIAS PARA LEITURA CR TICA DA M DIA TELEVISIVA reeereametaeeeeeos 85 4 3 EXEMPLOS E RESULTADOS DE UMA PR TICA DE FORMA O DE PROFESSORES 96 5 TELEVIS O NO ENSINO DE 1 A 4 S RIES RECEP O DE ALUNOS E PR TICA DE PROFESSORES iiie einen 102 5 TINIVERSO DA PESQUISA essi cesar ss dotes Essas Tas A E S 102 5 2 AS ESCOLAS INV ES OA DA S a e e a a a a eaa a a ie iiaa 103 5 3 OS ALUNOS PAREPA N Ov rr a a ass cr cera nana aaa s asse n nana ds 106 5 4 OS PROFESSORES PARTICIPANTES ea sipauanro puasa quad uancaa taste do Saga Vad a a dE 118 5 5 A RECEP O DA TV PELOS ALUNOS muton T T ART T 121 5 6 PR TICAS PEDAG GICAS COM A TELEVIS O cccc e ireeererererecereraceseereeaeereracenas 128 CONSIDERA ES FINAIS eee eee 135 REFERENCIAS era ss id sf DL 140 ANE OS acne SS e ENER 152 ANEXO A Ficha para An lise de Programa de Audit rio 153 ANEXO B Roteiro para An lise das Unidades Escolares 155 ANEXO C Termo de Autoriza o para pesquisa nas Escolas ct 158 ANEXO D Termo de Autoriza o para os Pais ireeeereeeeeereerrane 160 ANEXO E Question rio dos Alunos see rreecererereanerenerencerenereaaerantena 162 ANEXO F Termo de Consentimento Esclarecido
2. o M dia televisiva Pr ticas pedag gicas Professores alunos Ensino fundamental TANACA Joz lia Jane Corrente Education for media television teacher s practice in the context of reception of students from 1 until 4 grades of Elementary schools in Londrina 2006 187p Dissertation Master degree of Education Universidade Estadual de Londrina Londrina 2006 ABSTRACT This monograph presents a study about educational practices with television in the context of student s reception It aims to investigate how the speech and the images of television are worked by teachers from first until fourth grade of Elementary School It also checks the reception of television by students from this reality Through a field research in three classrooms of fourth grade two of them from Public Schools and one from Private school in the city of Londrina PR it was developed a comparative study about educational practices and reception of television Interviews with teachers and questionnaires with students from these grades were used as research s instruments The information collected and the bibliographic references shows experiences with television teachers conceptions about communication and education processes established by television and by school as well the influences of television on student s daily routine The Analyses of processes of Teacher Training Courses with television in the context of this research shows experie
3. Brincadeiras com carrinho bonecas bicicleta casinha e escolinha classificadas como outras brincadeiras tamb m s o predominantes nas realidades com menor incid ncia de brinquedos e jogos eletr nicos como favoritos sobretudo entre os alunos da turma da Escola J sendo relevante registrar que jogos eletr nicos de aparelho celular s o citados como brinquedo favorito por alunos da turma da Escola L Perguntamos qual atividade mais fregiente brincar ou ver televis o para investigarmos at que ponto a T V preenche o tempo das brincadeiras o ESCOLA L m ESCOLA K m ESCOLA J Brincar Gr fico 10 Atividade mais Freq ente Os dados revelam que a maioria dos alunos das turmas das Escolas J e L dedica mais tempo televis o do que ao brincar Brincar se destaca como atividade preferida apenas na turma da Escola K sendo o jogo de v deo game computador e outros do g nero as brincadeiras preferidas entre alunos das turmas das Escolas K e L Investigamos sobre o tempo di rio com a televis o e no o dos alunos quanto a pouco ou muito tempo com a tev 115 Mais de 5 horas At 05 horas o ESCOLA L m ESCOLA K At 04 horas m ESCOLA J At 03 horas At 02 horas At 01 hora Gr fico 11 Tempo Di rio com a TV A m dia de tempo dedicada tev pela maioria dos alunos das tr s escolas de tr s a cinco horas por dia fato correspondente ativid
4. Nesta fase ap s tr s anos de trabalho o Canal Educativo lan ou a TV CEM em Revista com tiragem de 5 000 exemplares Foram produzidas pelo CEM 17 edi es com m dia de 25 p ginas em formato 16cm X 25cm com capa e miolo pb anexo I capa de um dos exemplares O Conselho Editorial da Revista e de Programa o e Sinopses composto por professores e uma jornalista levantava temas a serem publicados em cada edi o bimestral As mat rias eram selecionadas com o objetivo de oferecer subs dio aos professores para o trabalho com a televis o e o v deo na sala de aula atualizar formar informar divulgar eventos e trabalhos da Rede Municipal de Ensino A referida revista tinha os seguintes eixos tem ticos e Espa o Aberto acontecimentos atuais solicitados ou n o pela comunidade em geral e Interc mbio experi ncias de sala de aula e opini es de educadores sobre assuntos diversos e Educa o trabalhos e acontecimentos inovadores da Secretaria Municipal de Educa o e Desenrolando a Lingua esclarecimento de d vidas sobre o uso da L ngua Portuguesa e Cidadania temas voltados para a forma o cidad e Psicopedagogia assuntos da educa o com enfoque de psicopedagogos da S M E e Em destaque temas que se destacam na educa o atual como inclus o tecnologias educa o ambiental etc e Entrevista bate papo com educadores Assim as informa es divulgadas no antigo Guia de Programa o foram incorp
5. Segundo Kehl 1995 p 174 s primeiras indaga es subjetivas da crian a a televis o responde com um c digo pretensamente universal A crian a se indaga quem sou eu e esta uma quest o sobre a sua origem e a sua singularidade A tev lhe responde algo do tipo voc aquela que adora comer Danoninho ou voc uma das escolhidas pela Xuxa para usar as sandalinhas dela etc uma resposta que por um lado aplaca a ang stia da crian a mas a remete a um c digo totalmente alheio ao da singularidade Tratando a todos sem diferencia o a autora explica ainda que a televis o exerce papel de companheira que estimula a onipot ncia a partir de uma rela o de sedu o que apela para o princ pio do prazer ou seja a televis o sedutora porque emite c digos da realiza o dos desejos e dos sonhos aqui a diferen a n o existe todos s o onipotentes desejam e consomem as mesmas coisas compartilham do mesmo c digo da mesma l gica a que rege a circula o de mercadorias KEHL 1995 p 175 Para Canclini 1995 p 20 nada existe ou se transforma a n o ser por que os homens se relacionam e constroem significados em sociedade da a import ncia dos mediadores entre os anunciantes e seus produtos com os consumidores atrav s da Educa o para as M dias e da estreita rela o entre M dia e Educa o com a inser o daquela no contexto educacional De acordo com Barbe
6. educa o nos quatro primeiros anos e 0 6 no quinto ano durante a d cada para se atingir um investimento em educa o de no m nimo 7 do PIB Brasileiro MENDON A 2002 Em rela o s reformas no Ensino Fundamental decorrentes do novo PNE na mesma perspectiva de an lise constitui se como relevante a institui o do FUNDEF e estabelecimento dos PCNS atrelados ao SAEB para a promo o de qualidade e autonomia do ensino 48 Sobre o primeiro aspecto apontamos que as reformas quanto ao financiamento do Ensino Fundamental com a aprova o do FUNDEF n o representou amplia o de investimento na educa o b sica ou mudan a cultural no processo de gest o educacional no Brasil O referido programa apenas modificou a forma de distribui o de recursos que j existiam e refor ou a desobriga o do Estado para com o financiamento do ensino Delegou se aos munic pios em parceria com os estados a responsabilidade de financiar o Ensino Fundamental A Uni o a partir da se compromete com a complementa o caso o valor m nimo estipulado por aluno ano n o tenha sido atingido Mendon a 2002 p 47 apresenta a seguinte an lise deste fato Ao compreender gastos p blicos como transfer ncia de responsabilidades para estados e munic pios sem a necess ria contrapartida financeira ficando a Uni o com atribui es de controle e avalia o e apoio subsidi rio e complementar os grupos detentores do p
7. fica com o dinheiro o consolo e a alegria dos perdedores a fama e o prest gio conquistado pelo tempo que permaneceram na casa sob o olhar do p blico s cenas que variam do relacionamento ntimo a humilha es como pre o das conquistas citadas Observando este g nero de programa argumenta Khel 2004 p 172 A modalidade de concorr ncia predat ria nas sociedades capitalistas dominadas pela ind stria da comunica o e da imagem mais opressiva do que a que explorava a for a bra al o esfor o a dedica o ou a compet ncia dos trabalhadores mais opressiva e tamb m mais eficiente porque se ap ia justamente nos anseios de liberdade individual e na produ o de uma superabund ncia que promete a supera o tanto das necessidades vitais quanto dos imperativos do trabalho A ind stria da imagem n o libera os sujeitos da concorr ncia mas estende seu alcance a todos os recantos da vida privada 38 Conforme Hamb rguer 2002 o g nero reality show conta com an lises e repercuss o mundial que exploram o car ter moral e especulativo do programa com no es de p blico e privado a participa o do p blico pelo telefone e internet e manipula o desta participa o por parte dos produtores O formato idealizado pela produtora Endemol da Holanda em 1999 comprado por outros pa ses que determinam o limite do que pode ocorrer na casa Na Holanda e em Portugal o programa exibiu cenas de sexo e agress es
8. o do Ensino Fundamental do estado no cen rio da abertura democr tica uma vez que os rumos da reestrutura o do ensino paranaense refletem os fatos daquela conjuntura Segundo Gorni 2002 o processo de reestrutura o do sistema educacional paranaense iniciado na d cada de 80 evidencia influ ncias das politicas nacionais e internacionais a partir da implanta o do PBQP em 1990 sob iniciativa do governo Federal e CNI Tomou se como ponto de partida o ano de 1985 pelo fato de nele ter sido iniciado no Estado do Paran um processo de reestrutura o do ensino p blico voltado para a democratiza o e eq idade das oportunidades educacionais e embasado na Pedagogia Hist rico Cr tica Este processo ao longo de seu desenvolvimento absorveu por imposi o do processo de globaliza o das economias mundiais e da forma de inser o de nosso Pais neste contexto os ideais da qualidade total que se voltam predominantemente aos ideais do mercado de capital e se sustentam na an lise econ mica GORNI 2002 p 26 O foco de an lise da autora volta se para a quest o da qualidade e avalia o do Ensino Fundamental com o objetivo da moderniza o do sistema de ensino custa da subordina o do Estado aos ditames de pa ses hegem nicos e enfraquecimento da autonomia escolar na gest o do sistema educacional A implanta o do CBA representou nestes termos avan o educacional enquanto solu o para o problema da re
9. p 67 Para Ortiz 2000 p 71 o processo de globaliza o insere todas as identidades numa situa o nova As diferentes identidades n o v o acabar mas elas v o se exprimir dentro deste novo contexto Em alguns momentos ser o express es complementares em outras conflitivas Canclini 1995 explica que uma vasta bibliografia sobre pol ticas culturais tendia a conceber as pol ticas culturais a partir das identidades nacionais ou identidade que caracteriza os habitantes de um territ rio espec fico Por for a dos meios de comunica o a tend ncia futura de pol ticas culturais democr ticas que n o defendam dogmaticamente a exist ncia de uma identidade leg tima para cada cidade ou na o mas a conviv ncia de m ltiplas formas de ser complementa ainda 33 Os repert rios folcl ricos locais tanto aqueles ligados s artes cultas quanto s populares n o desaparecem mas seu peso diminuem em um mercado onde as culturas eletr nicas transnacionais s o hegem nicas quando a vida social urbana se faz cada vez menos nos centros hist ricos e mais nos centros comerciais modernos da periferia quando os passeios se deslocam dos parques caracter sticos de toda cidade para os shoppings que imitam uns aos outros em todo o mundo CANCLINI 1995 p 110 Ou seja a cultura local n o desaparece ela se transforma adquire novos moldes em movimentos de tens o entre global e nacional nacional e local
10. 2002 p 39 Ainda no panorama americano Ren e Hobbes especialista em Educa o para os meios nos Estados Unidos e fundadora da Alliance for media Literate America explica em entrevista to be literate in na age of multi media messages one has to be able to read the languages and images of media in additon to the printed words No Reino Unido a promo o da Educa o para os meios est a cargo da Office Communications entidade que desenvolve estudos pesquisas e trabalhos diversos na 58 Site http www comedu blogspot com 90 rea tendo como base que o conceito de educa o para os meios est voltado aptid o para aceder compreender e criar comunica o em diferentes contextos Portugal um dos pa ses que avan a para a integra o da educa o para a comunica o audiovisual nos curr culos escolares de Pr Escola at o Ensino Secund rio Em 06 de mar o de 2006 realizou se em Santiago de Compostela uma reuni o de Especialistas em Educa o e Comunica o convocada pelo Cons rcio de Audiovisual da Galiza O referido grupo tratou da necessidade de integra o desta rea nos planos de forma o de professores quer na forma o inicial quanto na cont nua Aqueles profissionais t m analisado a situa o do ensino da Comunica o audiovisual na Espanha e medidas para a sua incorpora o no curr culo de forma sistem tica progressiva e global As entidades respons veis est o na fase de a
11. 3 ao uso da comunica o em a es voltadas para cidadania A maioria dos educomunicadores latinos americanos atuam como coordenadores e agentes culturais facilitadores da a o e forma o de professores e alunos e preocupados com a democratiza o do acesso s novas tecnologias quest es ticas e cidad 80 Jelaborar diagn sticos no campo da inter rela o Educa o Comunica o coordenar a es e gest es de processos traduzidos em pol ticas p blicas assessorar os educadores no adequado uso dos recursos da comunica o ou promover ele pr prio quando lhe cabe a tarefa o emprego cada vez mais intenso das tecnologias como instrumentos de express o dos cidad os envolvidos no processo educativo implementar programas de educa o pelo e para aos meios e refletir sobre o novo campo sistematizando informa es que permitam um maior esclarecimento sobre as demandas da sociedade em tudo o que diga respeito inter rela o Comunica o Educa o SOARES 2004 A participa o de Soares no III F rum Estadual de Educomunica o 2006 no Estado do Paran na cidade de Bandeirantes com a fala Educomunica o e Cidadania A constru o de um campo a partir da Leitura Cr tica dos Meios deixa claro que o preconceito m tuo entre educadores e comunicadores em rela o aos processos de educa o com e pela m dia prejudicial forma o dos educandos A falta de di logo e est mulo par
12. Esta rea constitui se de projetos com tr s vertentes distintas vertente moralista atua atrav s de posturas defensivas contra os impactos negativos dos meios de comunica o vertente culturalista busca formas para a realiza o da leitura dos meios na escola e vertente dial tica parte da rela o entre os receptores e os meios levando em conta a realidade social pol tica e cultural dos produtores e receptores de m dias pressup e a produ o midi tica As a es na rea cresceram nos anos noventa com a populariza o do v deo advento da Internet e reforma educacional americana com os estudos e pesquisas sobre o ndice de viol ncia entre crian as e jovens associado influ ncia da m dia Algumas vers es sobre a m dia tamb m tiveram sustenta o te rica em estudos de Piaget Skinner e ainda olhares suspeitos da igreja para com produ o audiovisual Atualmente o movimento em prol da pr tica de educa o para comunica o tem o respaldo de diversas institui es e organismos internacionais como a UNESCO que promove eventos pesquisas e publica es sobre o tema no mundo mostrando dentre outros TT aspectos a import ncia do manuseio e participa o de crian as e jovens na produ o de midias Segundo Silva 1998 os primeiros programas na rea de Educa o para a Comunica o surgiram nos EUA Canad Austr lia e Europa no final dos anos sessenta para alfabetizar crian as e jo
13. Segundo Saviani 1998 p 92 A partir de 1990 a racionalidade financeira a via de realiza o de uma pol tica educacional cujo vetor o ajuste aos des gnios da globaliza o atrav s da redu o dos gastos p blicos e diminui o do tamanho do Estado visando tornar o pa s atraente ao fluxo do capital financeiro internacional grifo do autor 55 Esta a l gica que direciona a es educativas para a perspectiva mercadol gica Nela os resultados e dados de avalia es externas impostas a alunos e professores bastam se perante a vis o dos menos cr ticos e mais conformados para justificar o diagn stico do fracasso educacional pela incompet ncia de professores e inger ncia de seus gestores A este respeito Gentili 1996 p 04 mostra a forma neoliberal de pensar e tra ar pol ticas educacionais A exist ncia de mecanismo de exclus o e discrimina o educacional resulta de forma clara e direta da pr pria inefic cia da escola e da profunda incompet ncia daqueles que nela trabalham Os sistemas educacionais contempor neos n o enfrentam sob a perspectiva neoliberal uma crise de democratiza o mas uma crise gerencial Esta crise promove em determinados contextos certos mecanismos de iniq idade escolar tais como a evas o a repet ncia o analfabetismo funcional etc ou dito de maneira simples a escola funciona mal porque as pessoas n o reconhecem o valor do conhecimento os profes
14. a resumiram se sua paparica o como se ela fosse um objeto ou animal de estima o Brincar com os rg os genitais das crian as era considerado pr tica natural segundo a concep o de inf ncia da poca A falta de afeto familiar fazia com que a morte por asfixia das crian as que dormiam junto de seus pais fosse tolerada aceita e esquecida com a substitui o de uma crian a por outra Tal mentalidade n o considerava a crian a como ser humano pois existindo muitas a perda de algumas era indiferente e at necess ria ao equil brio demogr fico Assim a passagem da crian a pela fam lia foi insignificante para a sua identidade enquanto ser humano uma vez que n o se considerava o carinho e a preocupa o com a transmiss o de conhecimentos valores e consegiiente processo de socializa o e humaniza o A segunda manifesta o em rela o crian a surgiu ainda segundo ries 1981 por parte de eclesi sticos do s culo XVI e moralistas do s culo XVII que passaram a 35 Segundo Leite 2003 o reconhecimento da inf ncia e da crian a nos paradigmas atuais ocorreu a partir de documentos internacionais como a Declara o dos Direitos da crian a de 1959 e Conven o dos Direitos da crian a de 1989 ambos pela ONU O reconhecimento visualizado no Brasil com a aprova o da Constitui o de 1988 especialmente no que se refere seu artigo 277 em rela o aos deveres da fam lia sociedade e Estado para com
15. agora eu li outro livro da Smack que eu n o lembro o nome e um di rio de uma professora que ela conta ela tem uma turma de quarta s rie da sic ela conta uma experi ncia com leitura n sic que o tema que eu estou desenvolvendo na minha monografia na P s ent o to sic lendo bastante a quest o da leitura 7 Voc conhece a atual programa o da televis o e que m dia de tempo voc passa diariamente vendo televis o Eu assisto televis o mais de noite n sic vejo uma novela eu gosto de assistir assim sic o Fant stico gosto de assistir o Globo Rep rter por que tem muita coisa que passa no Globo Rep rter que do tema que a gente est trabalhando principalmente a quest o ambiental n sic sempre est passando alguma coisa 8 Com quem voc conversa sobre as suas praticas pedag gicas Com a supervisora na outra escola tamb m com a orientadora a supervisora com as colegas de trabalho a gente troca id ias principalmente as da quarta s rie a Luzia a S nia e a Cida ta sic sempre trocando id ias o que uma ta fazendo uma levando id ias pra outra sic L na P s Gradua o tamb m tem muitas id ias de leitura principalmente porque eu acho que estou focada nisto por causa da minha monografia n sic ent o tenho trocado muita coisa ent o eu vejo que tem uma defasagem muito grande na sala com leitura sabe est muito fragmentado demais ent o eu tenho buscado tudo o que posso pra ta melh
16. apenas desmorona a sua autoridade especialmente por parte da televis o que se encontra integrada ao cotidiano de grande parte da popula o e de uma forma ou de outra educa e ensina tanto quanto a escola como argumenta Ferr s 1996 p 8 como nas tribos primitivas a televis o como totem gera uma s rie de exig ncias e proibi es Em muitas fam lias condiciona tanto a organiza o do tempo como a do espa o Depende da televis o a hora de deitar de ir ao banheiro de quando ser o feitas as refei es de que forma ser organizado o fim de semana o que consomem at as rela es sexuais ser o s vezes condicionadas pela programa o noturna Pontuando como alta a m dia de tempo que a maioria das pessoas dedica televis o Ferr s 1996 p 9 tamb m aborda o papel da Educa o questionando se uma escola n o ensina a assistir televis o para que mundo ela est educando Ou seja os alunos de todas as classes sociais precisam estar preparados para o exerc cio reflexivo e capacidade seletiva para a atividade qual dedicam grande parte do tempo fora da escola assistir televis o Segundo Baccega 2000 novas tecnologias abrem espa o para novas sensibilidades novos modos de relacionar se de estar junto Novas formas de viv ncia da identidade resultam em um novo sensorium Como explica tamb m Thompson 2002 p 13 o uso dos meios de comunica o implica a cria o
17. discuss o das propostas pedag gicas das reas de ensino por meio de cursos eventos e reuni es com o coletivo dos professores e utiliza o do Portal Dia a Dia Educa o que teve o papel de socializar o saber constituir se como modelo de aprendizagem colaborativa com produ es de professores para o portal A terceira fase 2004 e 2005 a reformula o curricular a partir das reflex es feitas pelos professores nas escolas A quarta fase 2004 e 2005 sistematiza o das propostas curriculares por disciplina a partir dos documentos encaminhados pela SEED s escolas para o estudo pelos professores A quinta fase paralela discuss o curricular a efetiva o e avalia o do Projeto Pol tico Pedag gico das escolas A sexta fase permanente e cont nua corresponde avalia o e acompanhamento das propostas pelos diferentes NRE e SEED PARAN 2005 54 2 3 POL TICAS EDUCACIONAIS amp IDENTIDADE PROFISSIONAL Embora princ pios e diretrizes educacionais sejam explicitados ao longo da hist ria por diferentes leis e reformas educacionais a concretiza o destas tem se constitu do em um entrave De acordo com Saviani 1999 p 191 nem sempre o que est posto nas leis funciona na pr tica exatamente da forma com est na teoria a fun o de mascarar os objetivos reais atrav s dos objetivos proclamados exatamente a marca distintiva da ideologia liberal dada a sua condi o de ideologia t pica do modo de prod
18. e hoje educa o que enquanto os filhos das classes mais altas conseguem interagir com o novo ecossistema informacional e comunicativo a partir da pr pria casa os filhos das classes populares cujas escolas n o t m em sua imensa maioria m nima integra o com o ambiente inform tico sendo que acabam exclu dos do novo espa o laboral e profissional que a cultura tecnol gica configura Da a import ncia estrat gica que assume uma escola capaz hoje de um uso criativo e cr tico dos meios audiovisuais e das tecnologias inform ticas grifo nosso Sem or amento financeiro suficiente para a operacionaliza o dos anseios e necessidades sociais de cada poca a escola tende a perpetuar a luta pela valoriza o e qualifica o de seus profissionais pela amplia o de sua estrutura f sica e consequentemente qualidade de ensino Inserida em um contexto social econ mico pol tico e cultural faz se relevante mencionar ainda que educa o n o se constitui na nica via de melhores condi es de vida e bem estar social conforme referencia Assmann 2001 p 72 Informa o e conhecimento se transformaram no fator produtivo mais relevante no contexto da mundializa o das economias certamente ineg vel que o acesso informa o e ao conhecimento ou seja a transforma o de todos em aprendentes passou a ser uma condi o para participar dos frutos do progresso tecnol gico Por outro lado preci
19. es somaram se s minhas primeiras inquieta es Assim decidi pela investiga o do problema anteriormente referido dentro do Programa de Mestrado em Educa o uma vez que a pr tica at ent o realizada com professores e outras iniciativas de educa o para a m dia televisiva se beneficiariam com os resultados de uma investiga o cient fica A presente investiga o tamb m se faz relevante no sentido de complementar o estudo realizado por F glia 2004 que analisa a Leitura Cr tica de imagens da televis o por parte de estudantes e pr ticas pedag gicas com a televis o no Ensino M dio do Munic pio de Londrina Os dados coletados pela pesquisa de F glia demonstram percep es de professores a respeito das influ ncias da televis o sobre adolescentes assim como a postura pedag gica diante das mesmas Revelam ainda a aus ncia de projetos e planejamentos voltados para a leitura cr tica da televis o nas escolas Assim a divulga o dos dados desta pesquisa representa fator positivo para o processo de reflex o e forma o docente em rela o a esta tem tica tamb m no Ensino Fundamental uma vez que temos como Objetivo geral eInvestigar pr ticas pedag gicas com a m dia televisiva no ensino de primeira a quarta s ries caracterizando a recep o que alunos fazem da televis o Objetivos espec ficos e Identificar concep es sobre a televis o por parte de professores de 1 a 4 s ries e Veri
20. j participou de algum curso espec fico que informasse ou formasse para o uso da televis o na sala de aula Como foi No Normal Superior ele era assim eles falam que n o era a dist ncia mas a gente assistia as aulas na televis o ent o foi um tema assim sic foi bastante falado sobre os recursos udio visual sic por que era assim quase presencial por que os professores ficavam num est dio a gente podia se comunicar com eles n sic ent o foi uma coisa assim que foi bastante ressaltado o uso da televis o eles passavam muitas fitas pra gente sobre a Tv Escola n sic ent o foi onde comecei perceber o valor de estar usando a televis o na sala de aula 13 Comente sobre a import ncia da participa o em cursos nos moldes anteriormente referido Eu acho foi o que falei sic se preparar pra estar usando estes recursos sen o voc acaba usando assim s pra passar tempo fazer por fazer e a n o legal n sic porque tem que ter um objetivo tem que saber o que voc quer levando aquele video pra sala de aula na passar s pra eles assistir n sic 14 Voc percebe influ ncias da programa o da televis o no comportamento das crian as Quais Influ ncias A eu acho sim que os desenhos instigam muita viol ncia eles acabam querendo brincar disso sabe sic nas horas dos intervalos se um desenho de luta que est no auge e eles assistem um comentando com o outro eles querem estar imitando aquel
21. local e estrangeiro Hibridismo cultural o termo empregado por Canclini para que se perceba o que Candau 2002 p 17 explica com as seguintes palavras a globaliza o na esfera cultural n o pode ser necessariamente associada homogeneiza o 1 3 DEMOCRATIZA O DA COMUNICA O PANORAMA BRASILEIRO O final da d cada de oitenta sobretudo d cada de noventa representa no cen rio da hist ria brasileira o marco da abertura democr tica e lutas das classes populares por representatividade social Em contexto permeado por crise econ mica desemprego e viol ncia preceitos constitucionais em rela o educa o sa de e outros direitos n o s o cumpridos por pol ticas p blicas A Comunica o Institucional reflete neste per odo a imagem do poder enquanto articuladora de espa o substituinte sociedade civil manipula a forma como os acontecimentos pol ticos se apresentam na m dia desloca a forma o das opini es da esfera participativa e p blica para a intimidade e faz com que a comunica o midi tica transforme se em substituta da pol tica em que lugar e quem pode tomar decis es quando uma campanha eleitoral custa milh es de d lares e a imagem dos candidatos n o se baseia em programas partid rios mas em adapta es oportunistas sugeridas pelas ag ncias de marketing pol tico At as a es de estiliza o do produto a cirurgia pl stica do candidato a troca de guarda
22. ncias do desaparecimento da inf ncia este autor aponta para a fus o do gosto e estilo de crian as e adultos em rela o ao vestu rio linguagem ao comportamento ndices de viol ncia marginalidade alcoolismo drogas crimes e prostitui o envolvendo crian as imagem e comportamento adultilizado de crian as e adolescentes na televis o e outras m dias incentivo aos profissionais esportivos mirins jogos 2 de comerciais de spray vaginal a debates sobre stripers masculinos de programas preocupados com a apresenta o de bundas e seios a document rios sobre a troca de casais os segredos s o desvendados um a um de uma forma ou de outra POSTMAN 20024 p 106 67 e entretenimento eletr nicos de adultos entre crian as e incid ncia de doen as psicossom ticas de adultos na inf ncia Segundo Bucci 2002 a televis o n o determina de forma isolada o que as pessoas pensam sentem e fazem ela consolida padr es que a sociedade est predisposta a aceitar Sua influ ncia ineg vel mas n o tir nica uma vez que ela depende do retorno e a aceita o do p blico Crian as copiam o que v em na tev porque o que lhes apresentado aparece socialmente consagrado como caminho para o reconhecimento e o sucesso na opini o do autor a situa o da cultura tal como ela posta pela m dia n o premia a originalidade mas a c pia dos med ocres BUCCI 2002 p 12 De acordo com Arlindo
23. o de nibus Na turma da Escola L quatro alunos v o escola a p dois v o de nibus seis de transporte escolar uma quantidade significativamente maior utiliza o ve culo dos pais Dados reveladores de realidade econ mica e social distinta entre os alunos conforme demonstrara o gr fico Investigamos sobre os aparelhos eletr nicos que os alunos t m em casa para obtermos informa es quanto presen a e h bitos relacionados a estes assim como padr o s cio econ mico de cada turma 22 Computador B 2 14 ovo M SESCOLAL Tra caia m 0 E ESCOLAK 1 4 E ESCOLAJ Antena parab lica Em E il 16 V deo game 19 1 10 19 V deo cassete 20 7 25 20 T T T T T 1 0 5 10 15 20 25 30 Gr fico 6 Aparelhos Eletr nicos em Casa O r dio e o telefone aparecem quase que na totalidade das respostas das turmas das Escolas K e L Os alunos da escola J desconhecem o sistema de TV a cabo n o t m acesso televis o paga s o por m os alunos com maior ndice de antena parab lica pela dificuldade de capta o dos sinais de televis o aberta uma vez que a maioria reside em regi o de dif cil acesso e localiza o 112 A quantidade de alunos com aparelho de DVD da turma da Escola J equipara se ao n mero de alunos com v deo cassete e antena parab lica dado revelador da import ncia e presen a de eletr nicos nesta realidade a quantidade de alunos com aparelhos de v deo game se d
24. o gosto porque r Nome do programa Canal Hor rio Eu n o gosto porque 16 Escreva o nome de um programa da tev que passa coisas de verdade Agora escreva o nome de um programa da tev que passa coisas que s o de mentira 17 Seus pais conversam sobre o que voc assiste na televis o marque um X sim n o as vezes 166 18 Com quem voc costuma conversar sobre o que voc assiste na TV pode marcar mais de uma alternativa se precisar com meus pais com meus irm os com a empregada com meus colegas com meus professores com ningu m vizinhos outros 19 Voc j pediu ou pede para os seus pais comprarem coisas por causa dos programas e propagandas da tev Escolha uma resposta e marque um X sempre pe o nunca pe o pe o algumas vezes se voc respondeu SEMPRE PE O ou PE OALGUMAS VEZES que tipo de coisas s o essas Voc pode escolher mais de uma alternativa se precisar brinquedos carta jogos tazos bonecas hominhos comidas chips bolacha chocolates balas doces refrigerantes roupas com desenhos de personagens dos programas cal ados tamancos botas t nis de alguma marca acess rios cintos bijuteria materiais escolares com personagens outras coisas 20 Escreva o nome de um programa que passa coisas ruins e erradas Escreva o nome de um programa que passa coisas boas e certas
25. o gr fica e narra o em off Temas produzidos A Princesa do Castelo Alegria A rvore Solit ria Quero Casa com Janela O saci O coelho e as Cenouras Gente que se importa O Natal Hist ria de Londrina O descobrimento do Brasil 2 Hist rias da Vov dura o 10 Atriz Dalva Gomes de Sousa id ia original e realiza o Canal Educativo Municipal Finaliza o PBW Finalizadora Parceiros Caapsml Codel Cestas e Cia Protagonizado por uma vov o programa contemplou o resgate da figura do contador de hist rias Objetivou a divulga o de hist rias cl ssicas e populares Temas produzidos Jo o e Maria A Bela Adormecida O Pequeno Polegar O Menino e o Lobo Cinderela Os Tr s Porquinhos Branca de Neve e os Sete An es 3 Vinhetas dura o 30 95 id ia original e realiza o Canal Educativo Municipal e William Barbini Finaliza o PBW Finalizadora Chamadas e informes de programa o bem como vinhetas para veicula o nos intervalos dos programas entre elas logo do CEM CAAPSML SERCOMEL A Noite O Barquinho Brincando de Amarelinha Primavera Arco ris 4 Clip Musical dura o 05 id ia original e realiza o Canal Educativo Municipal Finaliza o PBW Finalizadora Parceiros Escola Municipal Pedro Vergara Correa Coral composto pelos alunos da Escola Municipal Pedro Vergara Correa que interpretaram a m sica Construa a Paz e Esperan a 5 Clip Musical Hino a Lo
26. o que ela desempenha no seio das rela es pol ticas econ micas e sociais O que significa dizer o conhecimento da comunica o n o est isento do revestimento ideol gico e de condicionamentos de toda ordem FRAN A 2002 p 48 A este respeito Ramonet 2003 indica o fim das fronteiras entre o mundo da m dia da comunica o da cultura de massas e da publicidade ou seja a comunica o n o se estabelece mais unicamente no sentido da comunh o e troca de informa o a fus o de diferentes t cnicas e a unifica o da informa o cultura de massa e comunica o institucional levaram ao surgimento de conglomerados e imp rios globais de m dia que competem entre si para administr los A informa o assume o posto de mercadoria que se converte em lucro circulando a velocidade luz antes pod amos dizer que uma empresa jornal stica vendia informa o aos cidad os Era a sua forma normal enquanto hoje uma empresa midi tica vende consumidores a seus anunciantes Quer dizer a AOL Time Warner por exemplo vende a seus anunciantes Nike Ford General Motors o n mero de consumidores que possui Essa a rela o dominante RAMONET 2003 p 248 12 Considerando a constru o da teoria da Comunica o um processo complexo e heterog neo associado h historicidade Fran a 2002 pontua os seguintes fatos sobre Teoria da Comunica o a preocupa o h mais de dois mil anos com o exerc cio
27. sob a tica de leis e diretrizes educacionais Contemplamos a quest o da inser o das TIC nas escolas sob o ponto de vista das atuais pol ticas educacionais e realidade vivida pelos professores Analisamos em que circunst ncia situa se o desenvolvimento de pr ticas com os meios de comunica o e qual o reflexo das diretrizes educacionais no cotidiano profissional e pessoal de professores 42 2 PROCESSOS MODERNOS DA EDUCA O A Educa o reconhecida por diferenciar o modo de ser social e cultural dos seres humanos do modo de existir de outros seres vivos Enquanto pr tica social ela est sujeita a mudan as de forma e conte do segundo a organiza o da vida material humana em diferentes momentos hist ricos ou seja Educa o um processo permanente por m n o imut vel BRINHOSA 2001 Freire 2000 p 120 reitera a for a desta assertiva com as seguintes palavras a educa o embora fen meno humano universal varia de tempo espa o a tempo espa o A educa o tem historicidade O que se fez na Gr cia antiga n o exatamente o que se fez na Roma tamb m antiga Assim tamb m n o poderia ter sido repetido no medievo europeu o que se fez com a Arete her ica na velha Gr cia Freire evidencia que constituindo se de a es permanentes pela eterna esperan a do ser humano em busca de sua completude e necessidade de inser o em seu mundo os processos educacionais precisam estar voltados ao seu temp
28. www eca usp br nucleos nce perfil ismar html gt Acesso em 24 set 2004 SOARES Ismar de Oliveira Gest o Comunicativa e educa o caminhos da educomunica o Comunica o e Educa o S o Paulo ano 8 p 16 25 jan abr 2002 Ecossistemas comunicativos 2004 Dispon vel em lt http www usp br nce educomunicacao saibamais textos gt Acesso em 29 maio 2005 Educomunica o e cidadania a constru o de um campo a partir da pr tica da leitura critica dos meios In F RUM ESTADUAL DE EDUCOMUNICA O DO PARAN Leitura Cr tica da M dia 3 2006 Bandeirantes Palestra SOARES Magda Novas pr ticas de leitura e escrita letramento na cibercultura Educa o e Sociedade Campinas v 23 n 81 Dec 2002 Dispon vel em lt http Awww scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73302002008100008 gt Acesso em 5 jul 2004 SPINK M J P MENEGON V M A Pesquisa como Pr tica Discursiva superando os horrores metodol gicos In SPINK Mary Jane Org Pr ticas discursivas e produ o de sentidos no cotidiano aproxima es te ricas e metodol gicas S o Paulo Cortez 1999 v 1 p 63 92 TEIXEIRA Beatriz de Bastos O Ensino Fundamental no Plano Nacional de Educa o In TEIXEIRA Lucia Helena G Org LDB e PNE desdobramentos na pol tica brasileira S o Bernardo do Campo UMESP 2002 p 67 82 151 THOMPSON John B A m dia e a modernidade uma teoria social da m dia Trad
29. 21 A sua professora costuma usar a televis o ou o v deo nas as aulas sim Jn o Jas vezes Se ela utiliza o que voc s costumam fazer depois de ver a tev ou o v deo 167 22 Escreva sobre o voc acha da sua professora trazer um dos programas de televis o que voc assiste em casa para ser estudado na escola 23 Fa a um desenho do que voc gosta na TELEVISAS Fa a um desenho do que voc N O gosta na TELEVISAS ANEXO F Termo de Consentimento Esclarecido e Entrevistas Transcritas 168 169 ANEXO F Termo de Consentimento Esclarecido e Entrevistas Transcritas Declaro estar ciente que as informa es prestadas por mim ir o servir apenas e somente como subsidio para Disserta o de Mestrado em Educa o de Joz lia Jane C Tanaca e que as mesmas gravadas e depois transcritas poder o vir a se tornar p blicas sendo a preserva o de minha identidade um compromisso da autora do referido trabalho Nome Assinatura Londrina JS Ciente Joz lia Jane Corrente Tanaca Professora ESCOLA J Sexo feminino Faixa et ria 30 a 35 l Quala sua Forma o Profissional Eu fiz magist rio depois cursei Servi o Social na UEL e Normal Superior mais recente e agora estou fazendo P s em Gest o Supervis o e Orienta o Escolar 2 Quanto tempo de atua o no magist rio 11 anos 3 Quanto tempo de trabalho com crian as Eu comecei em sala de aula ent o faz 12 anos sempre eu trabalhei a
30. Eu gosto de Senhora do Destino porque ele sic um programa que transmite divers o Anima o e felicidade Eu n o gosto de Xuxa no mundo da imagina o n o um programa apropriado para minha idade As prefer ncias e n o prefer ncias nesta turma tamb m n o se relacionam s concep es de certo e errado na tev uma vez que 11 alunos afirmaram desconhecer programas que passam coisas certas e boas e 09 desconhecem sobre programas que passam coisas ruins e erradas Embora n o tenha se constitu do em hip tese investigamos sobre as percep es dos alunos quanto ao trabalho com a televis o na escola Perguntamos se a professora utiliza a televis o nas aulas como utiliza e o que eles pensam sobre estudar a televis o que eles assistem em casa na escola Na turma da Escola J 16 alunos disseram que a professora utiliza televis o s vezes 08 alunos que ela utiliza sempre e 02 alunos que n o utiliza Sobre como utiliza 14 alunos disseram que fazem resumos perguntas no caderno textos desenhos e escrevem depois que a professora usa a televis o 09 alunos disseram que eles conversam estudam e fazem prova 01 aluno disse que televis o s para distrair Sobre o trabalho com a televis o comercial 24 alunos s o favor veis em assistir na escola programas que eles assistem em casa 01 aluno contra Os argumentos dos alunos favor veis relacionam se a aprender estudar mais e divers o co
31. Formatos da intimidade Comunica o e Educa o S o Paulo ano 8 n 24 p 82 86 maio ago 2002 KAERCHER Gl dis E CRAIDY Carmem Educa o Infantil pra que te quero Porto Alegre Artmed 2001 KEHL Maria Rita Imagin rio e Pensamento In SOUZA Mauro Wilton de Sujeito o lado oculto do receptor S o Paulo Brasiliense 1995 p 169 179 Tr s observa es sobre os reality shows In BUCCI Eug nio KHEL Maria Rita Org Videologias ensaios sobre televis o S o Paulo Boitempo 2004 p 165 173 Cole o Estado de S tio KELLNER Douglas Lendo imagens criticamente em dire o a uma pedagogia p s moderna In SILVA Tomaz Tadeu da Org Alien genas em sala de aula uma introdu o aos estudos culturais em educa o Petr polis Vozes 2001 p 104 131 LAZAR Judith M dia e Aprendizagem In BRASIL Minist rio da Educa o Mediatamente televis o cultura e educa o Bras lia SEED 1999 p 91 108 LE O Silvana Uma sociedade desconfigurada Folha de Londrina Londrina 21 nov 2004 Caderno 1 p 9 146 Silvana Escolas Municipais antecipam as aulas Folha de Londrina Londrina 17 jan 2006 Caderno Cidades p 01 LEITE Sandra Regina Mantovani A crian a a rua e a escola uma an lise do Projeto Viva Vida no munic pio de Londrina 2003 Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Estadual de Londrina LONDRINA C mara Municipal Lei n 6 010 de 28
32. Machado a televis o e ser aquilo que fizermos dela ou seja suas influ ncias relacionam se s atitudes e ao comportamento da sociedade em rela o a ela Nem ela nem qualquer outro meio est o predestinados a ser qualquer coisa fixa Ao decidir o que vamos ver ou fazer na televis o ao eleger as experi ncias que v o merecer a nossa aten o e o nosso esfor o de interpreta o ao discutir apoiar ou rejeitar determinadas pol ticas de comunica o estamos na verdade contribuindo para a constru o de um conceito e uma pr tica de televis o O que esse meio ou deixa de ser n o portanto uma quest o indiferente s nossas atitudes com rela o a ele MACHADO 2000 p 12 Para Machado a televis o n o a nica respons vel por transforma es culturais que caminham com outros processos que colaboram para este fato Segundo Barbero 1999 p 22 a desordem cultural que a televis o introduz se insere na desorganiza o m ltipla que atravessa o mundo familiar ou seja a televis o n o pode ser culpada pelo desaparecimento da inf ncia com exclusividade Estudos e ensaios sobre a televis o por ticas antag nicas que privilegiam um nico prisma de an lise acabam excluindo se por considerarem os extremos da quest o Costa 2005 capa explica que uma crian a que n o vivencia a inf ncia deixa de viver comportamentos pr prios de sua idade Segundo ele os progra
33. a viv ncia a constitui o hist rica e social de cada telespectador Segundo Novaes apud NASCIMENTO 2004 a exposi o em excesso a estas imagens 72 impede a constru o de uma pessoa criativa e saudavelmente sonhadora a TV n o destr i a imagina o mas poupa a imagina o Ela j d tudo mastigado N o proporciona a mesma imagina o de quando se escuta uma r dio novela ou um jogo de futebol ou se est lendo por exemplo Uma contradi o observada entretanto que enquanto as influ ncias das imagens e mensagens passam despercebidas e ignoradas pela escola e pela popula o por desconhecimento ou acomoda o a midia aperfei oa e multiplica suas t cnicas de persuas o Assim passamos reflex o sobre a inser o e questionamento destas quest es na escola assim como a disponibilidade de outras formas de alimento do imagin rio al m da televis o 3 4 TELEVIS O E ESCOLA DISCURSOS EM CONFLITO A an lise dos processos de Comunica o e Educa o estabelecidos pela escola e pela televis o sob a tica da competi o dificulta a promo o da leitura da realidade para o resignificado do modo de pensar e agir sobre o mundo e coisas do mundo especialmente sobre a televis o Segundo Freire 1994 p 11 a leitura do mundo precede a leitura da palavra da que a posterior leitura desta n o possa prescindir da continuidade da leitura daquela ou seja anterior leitura es
34. assistindo s vezes voc pega o come o de um filme mas tamb m da o sono e eu vou dormir ent o n o aquela prioridade assim pra televis o sic como eu tenho muitas atividades e as minhas crian as tamb m a gente acaba ficando mais fora de casa do que dentro de casa rs 08 Com quem voc conversa sobre as suas praticas pedag gicas Eu converso bastante com a supervisora aqui da escola com as colegas que trabalham a gente est sempre comentando uma com a outra sic o que acontece e com a diretora tamb m a K ela participa bastante assim ela est sempre participando tamb m da nossa pratica pedag gica ent o mais assim com as pessoas que est o aqui na escola no hor rio de trabalho ou quando a gente sai assim a B faz muscula o l a gente encontra a Beth e conversa alguma coisa ent o s vezes fora tamb m mas muito eventualmente 09 Que m dia de tempo a escola costuma destinar para planejamento e discuss es pedag gicas Por exemplo com a mudan a dos grupos de estudo eu achei assim que ficou bem defasado ent o a gente tem assim sic no ano umas seis pr ticas assim que a gente tem para realmente pra sic falar sobre a pratica pedag gica sic E fora isso nas nossas conversas assim informais digamos que surgem assim sic no hor rio de recreio ou hor rio de perman ncia muitas vezes eu e a V fazemos o hor rio de perman ncia juntas ent o s o nestes momentos Voc falou em seis pr ticas elas co
35. com a inser o das quest es tratadas ao longo deste estudo em processos de forma o de professores de 1 a 4 s ries A Educomunica o pode ser definida como campo de trabalho e pesquisa voltado para a inter rela o das reas de Educa o e Comunica o em diferentes ambientes 18 O quinto cap tulo dedicado ao tratamento dos dados coletados pela investiga o de campo Apontamos atrav s dos instrumentos de pesquisa as concep es e pr ticas pedag gicas com a televis o e caracterizamos a recep o desta por alunos O trabalho busca a compreens o das interfaces que comp em os campos da Comunica o e da Educa o exerc cio fundamental para a an lise da recep o e desenvolvimento de pr ticas de educa o para e com a televis o De acordo com Barbero 1999 p 17 por mais escandaloso que possa parecer um fato que as massas latino americanas est o se incorporando modernidade n o atrav s do livro mas a partir dos discursos e das narrativas dos conhecimentos e da linguagem da Ind stria e da experi ncia do Audiovisual Entendemos que necess rio reduzir a resist ncia entre professores contra a introdu o de outras formas de comunica o e dissemina o de conhecimento na escola ainda segundo Barbero 1999 p 28 A atitude defensiva da escola e do sistema educacional os leva a desconhecer ou fingir que desconhecem que o problema real est no desafio imposto por
36. com e para as TIC requer a determina o de tempo para reflex o sobre as contradi es vividas e suas implica es com o presente A nova proposta curricular para o Ensino Fundamental no Paran tem no momento a oportunidade de inovar em rela o leitura produ o de audiovisuais e forma o de professores para estas pr ticas As transforma es e caracter sticas das tecnologias da Comunica o e Informa o no atual contexto apontam como necessidade a operacionaliza o de a es em torno da intera o dos meios de comunica o pela educa o e vice versa Procurando cumprir os objetivos deste estudo apresentamos no pr ximo cap tulo an lises das influ ncias da televis o na educa o de forma geral seu valor e import ncia no imagin rio e cotidiano infantil resgatar quest es que envolvem a Educa o para a Comunica o e aspectos relacionados produ o recep o e for a dos meios de Comunica o especialmente por parte da televis o 3 Burnout em portugu s algo como perder o fogo perder a energia ou queimar para fora completamente numa tradu o mais direta O trabalhador perde o sentido da sua rela o com o trabalho de forma que as coisas j n o lhe importam mais e qualquer esfor o lhe parece ser in til Esta s ndrome afeta principalmente profissionais da rea de servi os em contato direto com seus usu rios Os profissionais da educa o e sa de policiais e a
37. com faca Big Brother Brasil e Casa dos Artistas transmitidas pela Rede Globo de Televis o e Sistema Brasileiro de televis o respectivamente correspondem vers o brasileira do formato holand s do programa 63 A telenovela Celebridade dentre outras enfocou atrav s das personagens vividas pelas atrizes D bora Secco Juliana Paes e Cl udia Abreu o fasc nio pelo estrelismo poder fama e dinheiro s custas de rela es amorosas por interesse o que resultou em personagens ricas por m com mentes doentias dentro de uma postura narcisista explicada por Belloni 2001 p 61 da seguinte maneira a personalidade narcisista est relacionada a certos tra os da sociedade contempor nea medo de envelhecer fasc nio pela celebridade medo de competi o e consegiiente decl nio do esp rito de jogo e deteriora o das rela es homem e mulher A educa o sob esta tica representa o meio de cristaliza o de tais princ pios utilizando se de pr ticas que priorizam o treinamento o dom nio de t cnicas e o culto ao sucesso pela competi o entre as pessoas segundo Ghiraldelli 2002 p 39 A escola dos tempos neoliberais ent o a jun o dessas duas necessidades Ei la a academia de gin stica A boa escola a academia n o a real mas aquela da novela Malha o da Rede Globo Nesta novela a vida dos jovens ocorre em torno do que acontece na academia a escola do futuro Nesta escol
38. com o programa Cidad o 21 O objetivo central focar o jovem brasileiro como perspectiva de mudan a e progresso para o futuro O programa de Educa o pela Comunica o um dos projetos executados pelo programa atrav s dele foi criada uma Rede de Educa o pela Comunica o chamada Reducom que re ne organiza es entidades que Site http www usp br nce aeducomunicacao saibamais textos 83 atuam com a m dia para trabalharem a produ o midi tica com as crian as e os jovens que frequentam este instituto Em entrevista a Bizoni 2005 Soares explica que n o existem n cleos que fornecem diploma em Educomunica o mas n cleos de experimenta o O NCE ECA USP desenvolve a es neste sentido forma especialistas na rela o Comunica o Educa o desde 1990 atrav s cursos Ainda de acordo com Ismar Soares 2002 o F rum sobre M dia e Educa o realizado em S o Paulo no ano de 1999 recomenda que universidades passem a formar profissionais em Educomunica o uma vez que o desenvolvimento tecnol gico cria e exige o novo campo de atua o O meio acad mico tanto em uma rea quanto na outra recebeu este novo campo com suspeitas preconceitos e restri es mas hoje reconhece que ele existe para somar esfor os e conhecimento das duas reas Longe de preconceitos muitos estudos voltam se ao novo campo somente na ECA USP desenvolveram se nos ltimos cinco anos cinquenta teses sobre o assunto seg
39. contexto das novas tecnologias e reflex es acerca das pol ticas p blicas voltadas ao Ensino Fundamental Analisamos os reflexos da implementa o do Plano Nacional de Educa o e diretrizes para o Ensino Fundamental no Paran na d cada de noventa no que tange aos seus aspectos te rico e pr tico sobre a identidade e conduta profissional de educadores neste contexto Abordamos no cap tulo tr s a respeito das rela es que se estabelecem entre inf ncia educa o e televis o com revis o acerca da inf ncia e da educa o enquanto constru o hist rica determinada por fatos e contextos sociais diversos Analisamos as influ ncias da televis o no preenchimento do imagin rio o desaparecimento da linha divis ria entre a inf ncia e a idade adulta por influ ncia da exposi o ilimitada m dia televisiva a partir dos estudos de Postman 20024 Apresentamos tamb m neste cap tulo rela es entre o discurso da televis o e da escola pelo di logo com estudiosos do campo da Comunica o e tamb m da Educa o que apontam para a necessidade de revis o da pr xis educativa no contexto das TIC Tratamos no quarto cap tulo das refer ncias em torno da Educomunica o trabalhos com sua perspectiva e estudos que tra am o perfil das reas e dos profissionais que o comp em Apresentamos projetos de forma o de professores para o trabalho pedag gico com a televis o realizados pela Rede Municipal de Ensino de Londrina
40. da Anita eu tive que fazer uma reuni o com os pais pois j que eles permitem os filhos assistir sic eles t m que estar explicando o que est acontecendo eles chegam na escola e conversam com os colegas esclarecimento real eles n o t m Segundo Sanchez 1999 p 71 A predisposi o a acreditar nas mensagens dos meios depende dos crit rios que o receptor tiver n o em rela o aos conte dos propriamente ditos mas em rela o aos meios e de sua capacidade de analis los Isso somado dificuldade de ter uma opini o elaborada e formada sobre os conte dos oferecidos conduz a uma aceita o desses conte dos como corretos A professora acredita que o livro did tico que trata de publicidade leva os alunos a pensarem nas propagandas da televis o neste livro deste ano tem bastante 131 propaganda no livro mesmo impresso da sic a gente analisa e da sic eles come am a comparar com as coisas que eles est o vendo na televis o Para a professora o desenvolvimento de criticidade em rela o tev necess rio mas tem que ser planejado e constar na forma o dos professores Eu n o acho dif cil voc tem que se preparar e eu acho importante porque voc est trabalhando a consci ncia da crian a eles passam mais tempo em frente da televis o do que aqui com a gente e vai saber o que eles est o assistindo A professora reconhece a viol ncia nas brinca
41. da informa o No caso recomend vel implementar as pr ticas da Educomunica o a partir da introdu o da linguagem audiovisual na educa o SOARES 2004 Em resumo rea de Gest o de Processos Comunicativos aquela que reconhecendo a import ncia dos campos anteriormente citados planeja como utiliz los em determinado contexto que esteja com problema como por exemplo escolas com ambiente permeado de viol ncia e indisciplina Neste campo deve ocorrer gest o democr tica dos recursos atrav s de rela o dial gica e participativa rea de Reflex o Epistemol gica constitu da pelos estudos sobre a natureza do fen meno em si atrav s das diversas pesquisas cient ficas e investiga es que pontuam para a identidade unidade e evolu o do novo campo Ainda segundo pesquisa de Soares 2004 tais campos n o se caracterizam como excludentes A autoria do termo Educomunica o atribu da ao uruguaio Mario Kapl n que o utiliza como sin nimo de educacion a los m dios Contribui es de Celestine Freinet e Paulo Freire autores com perspectivas cr ticas e criativas na inter rela o Comunica o e Educa o assim como de J sus Martin Barbero tamb m exercem significativa influ ncia nas investiga es da rea e colaboram para a constitui o do novo campo Com a inten o de abranger todas as a es advindas da rela o entre Comunica o e Educa o Soares 2004 resignifica o termo pois e
42. das empresas do setor de comunica o com perspectiva democr tica uma vez que tal Conselho foi implantado somente em 2002 A sans o final dos servi os de televis o a cabo ocorreu em 6 01 1995 pela Lei Federal n 1977 O Conselho de Comunica o fica apenas com a fun o de emitir pareceres sem maiores poderes e sem a participa o da sociedade civil Os servi os do setor ficam submissos ag ncia de controle p blico de Comunica o com a distribui o de canais de cabo difus o ainda para grupos empresariais afinados com a pol tica ao contr rio do que reza a Constitui o Nacional Os conflitos entre o poder da Comunica o Institucional e poder da Comunica o Social foram mediados por algumas a es que levaram proposi o e inclus o na lei da Concess o de Canais de Utilidade P blica conforme explicita Meksenas 2002 p 204 Ao mediar o conflito sem produzir ruptura o FNDC contribuiu para uma vit ria significativa a inclus o na Lei dos Canais do Canais de Utilidade P blica O artigo 23 determina que todos os assinantes do servi o de cabo difus o tenham garantido o acesso gratuito a tr s canais legislativos um educativo um universit rio e um comunit rio Com essa prerrogativa legal foi poss vel que setores da sociedade civil assumissem as gest es p blicas das TVs comunit rias 17 Sobre a primeira gest o do Conselho de 2002 a 2004 explica Rold o 2005 p 21 O conselho de Comu
43. de si mesmos de sua hist ria e daquilo que desconhecem FISCHER 1993 p 32 Para a Semiologia o mito tratado mais por uma linguagem reveladora que oculta por m uma ideologia Para a Filosofia o mito garante a sobreviv ncia da cultura Assim como a sociedade primitiva com seus ritos e mitos a sociedade atual encontra nas narrativas da televis o quest es relacionadas sua origem seus conflitos diante da vida e da morte como se tais narrativas cumprissem o papel de aliviar os medos incertezas e ang stias trazendo respostas e exemplos para a vida real Eco 1976 indica posturas apocal pticas e integradas em rela o televis o que se op em uma vez que os apocal pticos sobrevivem confeccionando teoria sobre a decad ncia provocada pelo fasc nio cultura disseminada pelos produtos da ind stria cultural e os integrados defendem e ap iam tais produtos e cultura sem reflex o 4 Eco 1976 analisa a narrativa e a cultura de massa com origem na era industrial entre outros aspectos pelo esquema iterativo em que os programas e filmes repetem um esquema de narra o com dramas semelhantes para que o telespectador possa se identificar com o esquema e consequentemente com o programa ou filme Tal processo o da reitera o ou repeti o pr prio da inf ncia pois as crian as de forma geral solicitam v rias vezes a repeti o de uma mesma hist rica 69 As mensagens televisivas dizem respeito eter
44. de tanto mostrarem os caminhos de tanto obrigarem s caminhadas sempre se antecipando escolha pessoal do aluno e s vezes opondo se a ela criam dependentes como drogas t xicas e aumentam sempre o que o fil sofo Nietzsche chamava de o rebanho aquela parte da humanidade que nunca criar caminhos novos pois s sabe seguir algu m ou obedecer a ordens espontane smos invertebrados escondem a debilidade de um professor in firmus ou as degrada es pelas quais um sistema de ensino passou MORAIS 1986 p 54 An lises que corroboram com esta reflex o s o encontradas em Codo 1999 que ap s uma ampla investiga o do saber e o saber fazer do professor os xitos e os trope os da profiss o que navegam pela prec ria infra estrutura das escolas p blicas dos sentimentos angustiantes dos professores das marcas espec ficas do trabalho de educar e das rela es entre trabalho e afeto culminando com crise de identidade do educador na idade moderna conclui Atualmente os educadores est o experimentando uma crise de identidade De forma mais ou menos direta o conjunto de fatores que ingressam na configura o dessa crise apontam a um questionamento do saber e saber fazer dos educadores da sua compet ncia para lidar com as exig ncias crescentes do mundo atual em mat ria educativa e com uma realidade social cada vez mais deteriorada que imp e impasses constantes atividade dos profissionais CODO 199
45. debate envolvendo representantes da sociedade civil para a elabora o de um plano de educa o a partir das necessidades sociais tenha caracterizado o per odo de aprova o do atual PNE prevaleceu a vers o apresentada pelo MEC e elaborada pelo INEP Diversos autores demonstram as diferen as ideol gicas entre os dois planos Para Valente 2002 p 100 O PNE da Sociedade Brasileira reivindicava o fortalecimento da escola P blica estatal e a plena democratiza o da gest o educacional como eixo de esfor o para se universalizar a educa o b sica O PNE do governo insistia na perman ncia da atual pol tica educacional e nos seus dois pilares fundamentais m xima centraliza o particularmente na esfera federal da formula o e da gest o pol tica educacional com o progressivo abandono pelo Estado das tarefas de manter e desenvolver o ensino transferindo as sempre que poss vel para a sociedade Sobre as cr ticas em rela o ao plano aprovado pontuam se o desprezo ao debate realizado pela sociedade em detrimento das id ias dos que estavam alinhados com as pol ticas do governo comprometido com os organismos que financiariam a reforma da educa o e tamb m a natureza dos nove vetos ao plano pelo presidente da rep blica que impediram que o plano se materializasse como fator de supera o dos d ficits educacionais Dentre os referidos vetos destaca se a amplia o de 0 5 do valor da verba que era destinada
46. e Entrevistas Transcritas 168 ANEXO G Prefer ncia pelos Programas Desenho de Alunos 180 ANEXO H Fic o e Realidade Identifica o Desenho de Alunos 182 ANEXO I Capa exemplar TV CEM em ReVista sans a ns Sd 184 ANEXO Capa exemiplar Cemzinho cassar puinovis fins saniaa ia eres pnton sab avab inss an ana 186 13 INTRODU O PROBLEMATIZA O Caracterizada como sociedade da imagem a era atual encontra se cercada de imagens por todos os lados a ilustra o a gravura e a pintura nascidas em outros s culos se juntaram fotografia ao cinema ao r dio depois ao cinema falado e televis o recebendo o nome de audiovisuais De acordo com Melo 1999 em termos quantitativos a televis o o meio audiovisual que monopoliza aten o hoje em dia Sua expans o se deve facilidade de acesso poder de penetra o social e apelo multissensorial Ainda segundo Melo 1999 p 42 no caso brasileiro as crian as consomem 4 12 horas di rias de televis o os jovens 3 01 horas e os adultos 3 27 horas Para Moran 2004 a informa o e a forma de ver o mundo predominante no Brasil prov m fundamentalmente da televis o Ela alimenta e atualiza o universo sensorial afetivo e tico que crian as jovens e grande parte dos adultos leva para a sala de aula Atrav s das rela es estabelecidas com a fam lia outras institui es e e
47. eL Identifica o Perguntamos se os alunos gostariam de ser como algu m da televis o e se costumam imitar personagens ou coisas que v em na tev A identifica o nas tr s escolas proporcional ao n mero de horas dedicadas tev Alunos da turma da Escola J passam mais tempo assistindo s o os que mais t m o costume de imitar personagens e situa es mostradas na televis o Alunos que se dedicam mais ao brincar mesmo com brinquedos eletr nicos caso da turma das Escola K s o os que menos querem ser ou imitar o que e aparece na televis o Beleza fama poder popularidade for a e riqueza dos personagens s o citados como fatores que levam identifica o e imita o por todas as crian as 122 Na turma da Escola J 14 alunos assumem a vontade de ser como algu m da tev e 18 alunos afirmam que imitam personagens da televis o S A P aluno que n o tem televis o Jet Lee porque ele luta bem e eu queria ser que nem sic ele W D Eu queria ser a Eliana Ang lica eu queria ser toda as mulher sic da tv eu gosto de cantar e dan ar e desfilar com os outros que pasa sic na televis o PV S C Eu queria ser emgual e sic cabe o da malha o que ele muito engrasado sic a malha o passa 5 30 acaba 6 00 Na turma da Escola K 17 alunos n o gostariam de ser como algu m da tev e n o imitam personagens 09 alunos afirmaram o contr rio Dentr
48. entre as reas de Educa o e Comunica o nos processos de forma o docente permite o entendimento de que a TV representa aprendizagem acerca do que se passa no mundo mas tal posi o n o a isenta da manipula o por parte dos que lutam pelo monop lio dos meios de comunica o que tratam a imagem e a informa o como produtos mercantilizados Neste sentido a educa o para a m dia televisiva representa sin nimo de educa o para o consumo e a cidadania e proporciona o desenvolvimento da capacidade cr tica e seletiva em rela o programa o O atual contexto carece de tal forma o comprometida tanto com a an lise do uso que se tem feito da televis o e consegii ncias deste uso como das possibilidades da televis o em si distantes da manipula o direcionada para os valores de quem a produz A proposta de forma o de educadores para pr ticas pedag gicas com a m dia televisiva detectada no contexto desta pesquisa representa o in cio deste processo Seus avan os dependem da forma o continuada sistematizada a toda rede educacional uma vez que as iniciativas atuais s o trabalhadas atrav s de projetos espor dicos Os referidos projetos contemplam a vertente culturalista da perspectiva educomunicativa de trabalho A inova o nas a es voltadas para a educomunica o nesta realidade poderia partir de projetos segundo caracter sticas e conceitos da vertente dial tica da Educa o para Comunica o que pr
49. entre munic pios e estados s o fatores que levam cria o do Fundo de Investimento na educa o B sica FUNDEB Dispon vel em lt http tvebrasil com br salto boletins2004 feb text3 htm gt 28 Conforme manchete no jornal Folha de Londrina 13 04 05 o governo define pelo FUNDEB mas n o sabe se ter dinheiro 50 O estudo ainda aponta que o detalhamento de a es no interior do documento n o indica apenas par metros educacionais de ensino mas um padr o detalhado e uniforme de conduta quanto ao conte do objetivo metodologia e avalia o educacional sendo tal procedimento incoerente em um pa s com tamanha diversidade pluralidade educacional e cultural O documento visto assim como burocratizante e uniformizador das a es escolares Havendo a necessidade de tal curr culo como poderiam seus idealizadores ter desconsiderado a voz dos professores e as diferen as culturais entre os alunos Em rela o s TIC os referidos par metros proclamam a import ncia de sua inser o nas pr ticas de ensino no Ensino Fundamental Algumas tecnologias informais como livros jornais e revistas j fazem parte da escola h muito tempo Mas para a grande maioria das escolas brasileiras meios eletr nicos de comunica o e informa o ainda constituem se como novidades embora socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados BRASIL 1998c p 56 Tais refer ncias no entanto permanece
50. fala e mostra coisas e jovens e adolecente sic Eu n o gosto de Jornal Nacional porque m o sic passa coisa importante Assim n o pelo crit rio de certo e errado que os alunos revelam suas prefer ncias pelos programas Na turma da Escola L desenhando sobre o que gostam de ver na televis o os alunos indicaram o Desenho Animado como programa preferido Escrevendo sobre o que mais gostam 07 alunos citaram o Programa de Audit rio infantil TV Globinho e 10 alunos a Telenovela Senhora do Destino Sobre o que os alunos menos gostam de ver 16 alunos citaram tanto nas respostas escritas quanto nas desenhadas o programa de audit rio Xuxa no Mundo da 2 A E 7 no AN82 Imagina o que na opini o dos alunos bebez rico ou para beb s L P Eu gosto de Senhora do Destino porque uma hist ria ver dica Eu n o gosto do programa Xuxa de nenemzinho sic e a Xuxa muito falsa G B 8 Desenho animado exibido pela Rede Globo no Programa da Xuxa no per odo da manh e outros canais de televis o a cabo 81 Programa de audit rio infantil exibido pela Rede Globo diariamente no hor rio das 10 00 horas 82 Informa o que corrobora com os dados fornecidos pela professora desta escola na p gina 117 126 Eu gosto da Tv Globinho passa muitos desenhos Eu n o gosto da Xuxa s para beb s e muito infantil e n o pra sic minha idade J N F B
51. irm os e madrasta Na turma da Escola K 62 ou 16 alunos moram com a fam lia 05 alunos moram com a m e quatro alunos com os pais e os parentes e o restante que representa a minoria mora somente com o pai Na turma da Escola L o ndice de alunos que mora com a fam lia maior 80 ou seja vinte alunos moram com a fam lia dois alunos moram com a m e outros dois com a m e e parentes e um aluno mora com os av s Para saber sobre o acompanhamento dos alunos pelos pais perguntamos com quem eles ficam diariamente 73 RE P E a Consideramos a fam lia nesta pesquisa aquela constitu da pelo pai pela m e e pelos irm os 109 Irm os ou parentes Empregada Irm os N 6 o ESCOLA L 3 m ESCOLA K Sozinhos E 3 m ESCOLA J Av s 6 Pai E M e e parentes Gr fico 3 Acompanhamento Familiar Na turma da Escola J 08 alunos ficam acompanhados durante o dia pela m e 06 alunos pelos irm os 03 ficam com parentes ou a m e tr s deles ficam sozinhos o restante fica com o pai Na turma da Escola K sete alunos ficam com a m e durante o dia a mesma quantia fica sozinha em casa seis alunos ficam acompanhados pelos av s cinco por irm os e um aluno pelo pai Na turma da Escola L relevante registrar que embora seja a turma com o maior ndice de alunos que mora com a fam lia a que menos recebe o acompanhamento da mesma Quinze alunos ficam acompanhados
52. levam cren a em fantasias existe a parte ben fica porque n s temos v rios programas de televis o que mostram bastante cultura e n s temos o lado tamb m que prejudica porque muita viol ncia a parte afetiva que eles trabalham na televis o que muitas vezes n o condiz com a realidade das crian as fantasioso De acordo com ela os pais n o limitam o tempo dos filhos com a televis o e para jogos com o computador e videogame pelas conversas que a gente tem na sala de aula eles n o t m o limite do tanto de como que eu posso falar sic eles n o t m o limite da quantidade de tempo ou da qualidade de programas que eles assistem a maioria dos pais trabalha e a crian a fica em casa na tev ou no v deo game ou no computador Tal depoimento corrobora com os dados expressos anteriormente pelos gr ficos A professora apresenta em partes clareza quanto aos processos de Comunica o e Educa o estabelecidos pela televis o e pela escola percebe diferen as e estabelece rela es entre eles mas seleciona para sua pr tica pedag gica apenas v deos educativos sem a leitura cr tica das imagens que os alunos assistem fora do ambiente escolar A professora da Escola L para ela o processo de comunica o da televis o o inverso da escola e os alunos acreditam mais na primeira do que na segunda aqui n s temos um discurso quando eles chegam em casa eles passam a maior parte n
53. linguagem do apresentador 2 A condu o das entrevistas 3 Caracter sticas do cen rio 4 Tipo de merchandising e publicidade 5 Erotismo sensualidade banaliza o do sexo 6 A vida privada como espet culo 7 Perfil dos participantes e convidados 8 A recep o da plat ia 9 Sensacionalismo de not cias 10 Conte dos e valores morais 11 Imagem da emissora ANEXO B Roteiro para An lise das Unidades Escolares 155 ANEXO B Roteiro para An lise das Unidades Escolares Linha de Pesquisa 2 Perspectivas Hist ricas Filos ficas e Pol ticas da Educa o Universidade Estadual de Londrina Centro de Educa o Comunica o e Artes Programa de Mestrado em Educa o Orientador Prof Dr Eduardo Judas Barros Mestranda Joz lia Jane Corrente Tanaca 1 Nome da Escola 2 Endere o 3 Dist ncia do centro da cidade 4 Metragem rea f sica constru da 5 Tipo de constru o Jalvenaria madeira mista 6 Entidade Mantenedora Em caso de particular o valor da mensalidade para as s ries do EF 7 Descri o das depend ncias f sicas 156 DEPEND NCIA QUANTIDADE OBSERVA ES salas de aula cozinha refeit rio banheiros M e F laborat rios de Ci ncias laborat rio de Inform tica quadra de esportes almoxarifado biblioteca audit rio sala de profess
54. na periferia est o sendo designadas pela letra J a professora a escola e a turma de bairro pela letra K a professora a escola e a turma do centro da cidade pela letra L Os dados analisados a seguir enfocam o atendimento o funcionamento a estrutura e os recursos did tico pedag gicos das escolas 6 De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educa o ao Jornal Folha de Londrina Folha cidades de 17 01 2006 Dados obtidos em janeiro de 2006 pelo site http home londrina pr gov br planejamento perfil perfil2004 cap tulos 2 2 htm 104 Escola J Localiza se na regi o Sul h 7 km do centro de Londrina Atende 05 bairros de popula o carente considerando a renda familiar e o percentual de participa o desta em programas assistenciais 90 dos alunos participa dos Programas Bolsa Escola Municipal Federal e PETI Na regi o esta escola refer ncia na promo o de esportes lazer e cultura mantida por parceria entre Rede Municipal e Estadual de Ensino em rea til de 4 68124 m atende 480 alunos divididos em 19 turmas de Educa o Infantil e Ensino Fundamental no per odo diurno e EJA no noturno Os 96 alunos atendidos na s rie investigada frequentam o per odo matutino Diferentes modalidades esportivas s o incentivadas por projetos oferecidos no contra turno escolar em parceria com institui es externas que promovem campeonatos e revelam atletas Oficinas voltadas para cultura e tra
55. o Enquanto este fato ocorrer a tecnologia ser um recurso auxiliar que apenas ocupar um espa o A perspectiva Educomunicativa chega com a proposta de revolucionar este espa o atrav s de a es voltadas para a pr tica comunicativa no ambiente educativo Educomunica o colabora no meio educativo para o reconhecimento da import ncia da Comunica o na vida da sociedade contempor nea incluindo os espa os prop cios para a sua pr tica Al m desta perspectiva ela favorece o desenvolvimento das m ltiplas intelig ncias por trabalhar com conceitos e pr ticas al m das que s o geralmente estabelecidas nos curr culos Sobre a forma o de professores para as novas tecnologias Soares apud MERCADO 1999 p 53 explica que o uso da m dia pela m dia n o representa proposta educomunicativa o fundamental levar professores a se apropriarem criticamente 85 dessas tecnologias descobrindo as possibilidades de utiliza o que elas colocam a disposi o da aprendizagem do aluno favorecendo dessa forma repensar o pr prio ato de ensinar 4 2 PEDAGOGIAS PARA LEITURA CR TICA DA M DIA TELEVISIVA A inten o de pedagogia para a leitura e an lise de imagens e mensagens da m dia na escola compartilhada por diversos autores cada qual com sua perspectiva Revisaremos id ias de autores brasileiros com o objetivo de contribuir para a reflex o sobre esta tem tica Moran 1991 p 87 prop e din micas de an
56. o e Leitura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 p 39 47 MENDON A Erasto Fortes O plano nacional de educa o desdobramentos na pol tica educacional In TEIXEIRA L cia Helena Org LDB e PNE desdobramentos na pol tica educacional brasileira S o Bernardo do Campo 2002 v 1 p 13 54 MERCADO Luiz Paulo Leopoldo Forma o continuada de professores e novas tecnologias Macei Edufal 1999 MINAYO Maria Cec lia de Souza Org Pesquisa social teoria m todo e criatividade Petr polis Vozes 1999 MORAIS Regis de O que ensinar S o Paulo Editora Pedag gica Universit ria 1986 MORAN Jos Manuel Desafios da televis o e do v deo escola 2004 Dispon vel em lt http www eca usp br prof moran desafio htm gt Acesso em 24 set 2004 Como ver televis o leitura cr tica dos meios de comunica o S o Paulo Paulinas 1991 Ensino e Aprendizagens Inovadores com Tecnologias Audiovisuais e Telem ticas In MORAN Jos Manuel MASSETO Marcos T BEHRENS Marilda Aparecida Org Novas Tecnologias e media o pedag gica Campinas Papirus 2000 p 11 64 MOREIRA Antonio Fl vio Barbosa Os par metros Curriculares Nacionais em quest o Educa o e Realidade v 21 n 1 p 9 21 jan jun 1996 NASCIMENTO Ana Paula O grande defensor da imagina o Folha de Londrina Londrina 18 jul 2004 Folha 2 NASCIMENTO NETO Antenor A Roda Global Veja S o Paulo A
57. ou a gente entra no site eu fico assim sic maravilhada pra mim uma inje o de animo pra voc sic continuar o trabalho no magist rio eu gosto muito A proposta e o nome Pueridomus significa Casa dos Pequeninos um livro de S o Paulo s o seis unidades em S o Paulo e a dona sic ela resolveu montar ela trabalhava j sic com crian as e tal ela resolveu montar uma proposta ela juntou v rios escritores de S o Paulo renomados e tal sic e montou os livros e a gente aqui na escola adotou esta proposta inovadora uma proposta diferenciada e gostoso trabalhar com a Pueridomus N o apostilado como a gente v em outros s o livros por que eles vem sic anual n o vem em fasc culos s o livros que a crian a usa o ano inteiro estes livros sic eu gosto muito de trabalhar com esta proposta 23 Qual a sua jornada de trabalho di ria Aqui na escola eu trabalho das sete n sic em dois per odos de manh ent o saio s seis horas da tarde dois per odos a noite n o 24 Quais atividades voc normalmente realiza fora do hor rio de trabalho Ai atividades risos Eu fico em casa n sic n o tenho muita atividade n o porque n o d muito tempo n sic que eu chego em casa muito tarde ent o nos finais de semana eu costumo alugar um filme quando d tempo e posso sic 25 Voc conhece a atual programa o da televis o e que m dia de tempo voc passa diariamente vendo telev
58. ou seja 100 do territ rio nacional O n mero de aparelhos de televis o superou a marca dos 53 milh es em 37 milh es de domic lios Nas TVs por assinatura encontramos apenas duas distribuidoras a NET Organiza es Globo e a TVA grupo Abril com 2 5 milh es de assinantes A for a do movimento resultou entre outros fatores na refer ncia constitucional contraposi o ao monop lio pol tico da comunica o institucional tratado no Artigo 220 5 do cap tulo V da Constitui o Brasileira BRASIL 1997 p 113 os meios de comunica o social n o podem direta ou indiretamente ser objeto de monop lio ou oligop lio Tal cap tulo inclui a cria o de um Conselho de Comunica o Social que atrav s de debates p blicos teria o papel de revelar a transpar ncia das a es voltadas Comunica o Institucional O movimento pela democratiza o da Comunica o no Brasil descrito por Meksenas 2002 como conflituoso e fragmentado em tr s cenas A primeira caracteriza se pelos questionamentos de estudantes e professores na d cada de oitenta ao monop lio e poder institucional dos meios de comunica o A cria o do FNPDC em 1984 passa a defender o direito comunica o pela sociedade civil numa atitude de democratiza o uma vez que lutas para a extens o de outros direitos sociais s o fortalecidas pelo acesso aos meios de comunica o A segunda cena caracteriza se pela luta das emissoras de radiodi
59. para a apropria o cr tica da TV digital interativa Dentre os exerc cios com alunos prop e a autora utiliza o de imagem sem som produ o de roteiro para grava o ou dramatiza o em que s o utilizados jogo de luz sonoplastia figurino etc Em rela o ao cen rio internacional Feilitzen e Carlsson 2002 apresentam o panorama dos estudos sobre m dia no cen rio mundial reunindo estudos reflex es resultados de pesquisas e experi ncias de especialistas e educadores de pa ses como frica Austr lia Canad Estados Unidos Inglaterra ndia Jap o China Su cia Finl ndia Alemanha Brasil e outros 5 TV digital interativa uma integra o do sistema cl ssico da TV com o mundo das telecomunica es da inform tica permitindo o acesso Internet e informa o facilitando a interatividade Assim pela televis o pode se ter acesso a servi os como bancos lojas supermercados revistas grades de programas etc O telespectador passa a ter o controle maior de como e o que quer assistir em que hor rio quer interagir com os programas A grande novidade a disponibiliza o NEVES 2005 p 89 89 Tais estudos tratam da forma o cr tica para reeduca o da m dia da participa o da crian a na m dia com declara es e resolu es internacionais e regionais sobre crian a e m dia e apresenta o de organiza es e redes on line preocupadas com a rela o crian a amp m dia As aut
60. que assistem na tev sobretudo nas turmas das Escolas K e L Portanto o entendimento sobre o que eles assistem baseia se mais no di logo que estes estabelecem com as pessoas de seu c rculo de conviv ncia ou seja os amigos irm os vizinhos parentes do que com os pais ou professores 5 4 OS PROFESSORES PARTICIPANTES Consideramos a investiga o com os professores dos alunos que participaram da fase anterior da pesquisa de extrema import ncia e significado para a an lise de dados comuns nos instrumentos tanto dos alunos como dos professores Por este motivo e por perceber os profissionais de educa o como um universo extremamente amplo para a pesquisa a que nos propusemos restringimos as entrevistas aos tr s professores das escolas descritas De car ter semi estruturado com roteiro de dezenove perguntas a entrevista com os professores analisou o trabalho desenvolvido com a televis o a forma o e 119 atualiza o profissional o tempo de atua o no magist rio a jornada de trabalho di ria atividades fora desta jornada o conhecimento da programa o da televis o o tempo para planejamento e troca de experi ncias pedag gicas anexo F A faixa et ria das professoras das turmas das Escolas J e K de 30 a 35 anos e da turma da Escola L de 25 a 30 anos Sobre a atua o no magist rio e com crian as a professora da turma da Escola J trabalha h 12 anos com crian as a professora da turma da Escola K tem 1
61. que eles v o trazer as consequ ncias A no final que drogado e n o d mais sic a e que a tev vai mostrar o outro lado Enquanto isso a gente est batalhando que n o ela fica uma semana ou at mais s mostrando que legal usar drogas e no finalzinho da novela que ele vai se arrepender que n o legal usar drogas aqui agente mostra que n o legal de uma vez s Na teve n o mostra primeiramente que bom como pegar um carro sem ter carta umas coisas assim que dificulta sic 34 Voc considera a tev um ve culo prejudicial ou ben fico para a forma o das crian as Voc poderia justificar a sua resposta RESPONDEU ANTERIORMENTE 35 Como voc analisa os processos de Comunica o e Educa o estabelecidos hoje pela televis o e tamb m pela escola Acho assim quanto a n s aqui na escola temos uma vis o de educa o mostrar tudo o que legal pra sic sociedade o que n o a gente coloca os alunos assim Nos educamos de uma forma que aqui eles passam quatro horas aqui sic no caso s o cinco horas conosco aqui e n s temos um discurso n o fa am isso olha aconteceu isso e tal sic pode prejudicar Quando eles chegam em casa 179 eles passam a maior parte do tempo na frente da tev e a tev distorce tudo a professora fez isso na escola aconteceu na escola levou uma advert ncia mas aqui n o olha ele se saiu bem na turma Eu vejo que eles se colocam muito em pro
62. rigor o nosso sistema cognitivo est sempre pronto para alterar o foco de sua aten o na ocorr ncia de est mulo que o provoque 121 5 5 A RECEP O DA TV PELOS ALUNOS Hip tese 01 A televis o influ ncia crian as a consumir produtos A identifica o ocorre segundo o contexto s cio econ mico e cultural destas Consumo 62 dos 76 alunos investigados afirmam pedir produtos por causa de an ncios da televis o Os pedidos por produtos de primeira necessidade t m prioridade entre os alunos da escola de menor condi o social entre os demais prevalece o pedido por brinquedos e produtos sup rfluos Evidencia se portanto que a televis o influencia o comportamento de consumo dos alunos CANCLINI 1995 Na turma da Escola J 92 dos alunos assume desejo de consumir produtos que v em na tev prevalecendo pedido por roupas cal ados comida e brinquedos Na turma da Escola K 90 dos alunos afirma querer comprar produtos anunciados pela tev Dentre os mais pedidos em ordem de prioridade est o brinquedos cal ados e comidas Na turma da Escola L 89 afirma que os pedidos s o tamb m em ordem de prioridade por brinquedos comida e cal ados anunciados na tev Os alunos que n o tem televis o nas turmas das Escolas J e K pedem os mesmos produtos anunciados que os demais O telefone m vel celular citado como acess rio e entretenimento por uma parcela significativa dos alunos das turmas das Escolas K
63. roupa e o pre o pago pelos comunic logos que os aconselham s o divulgados pela imprensa e televis o como parte distante do espet culo eleitoral CANCLINI 1995 p 241 34 Meksenas 2002 evidencia que os meios de comunica o induzem a condu o e interpreta o de fatos do cen rio pol tico segundo o desejo dos que monopolizam o poder na pol tica e na comunica o institucional citando acontecimentos da d cada de noventa O primeiro refere se forma irreverente como a m dia tratou a quest o da compra de votos de parlamentares brasileiros para a reelei o do ent o presidente Fernando Henrique Cardoso den ncia que partiu da oposi o a este governo O segundo fato refere se relev ncia atribu da pela m dia den ncia de irregularidades no processo de privatiza o da Petrobr s feita por pol ticos da base aliada a este mesmo governo na poca Nas palavras de Meksenas 2002 p 183 a sele o de grande parte do que tende a ser opini o p blica efetiva processada no interior do poder institucional da comunica o Segundo este autor a manipula o e edi o das imagens do debate realizado entre os candidatos presid ncia da rep blica Fernando Henrique Cardoso e Luiz In cio Lula da Silva em 1989 pela Rede Globo de Televis o foi fator decisivo para a mobiliza o intensiva de movimentos sociais em prol da democratiza o da Comunica o no Brasil De acordo com Pretto 1996 espec
64. televis o e tamb m pela escola Ah hoje em dia parece que as crian as acreditam mais na televis o do que no que a gente fala na escola sic a escola n o est preparada para trabalhar com os meios de comunica o muitos usam como passatempo enquanto corrigem provas a prefer ncia por aula pronta ou v deos relacionados aos conte dos curriculares dependendo de como assistida se n o houver a orienta o de um adulto a crian a tira suas pr prias conclus es e fica por isso mesmo na sala de aula a televis o um recurso interessante que pode ser utilizado de v rias formas 19 Como voc v a posi o das fam lias hoje em rela o a leitura de imagens da televis o pelas crian as Pela minha experi ncia vejo que t m pais preocupados e t m pais que n o est o nem a sic isto um problema porque eles t m que conversar sobre o que as crian as assistem eles t m que assistir tamb m e a maioria n o tem tempo para fazer isto sic Professora ESCOLA K Sexo feminino Faixa et ria 30 a 35 01 Qual a sua Forma o Profissional Gradua o em Letras Vern culas e P s Gradua o em Piaget 02 Quanto tempo voc atua no magist rio H 19 anos 03 Quanto tempo voc trabalha com crian as Nos 19 anos sempre trabalhei com crian as em sala de aula como regente ou auxiliar 04 Quais os eventos ou cursos de aperfei oamento fizeram diferen a para sua atua o nos ltimos dois anos Ec
65. um ecossistema comunicativo no qual emerge uma outra cultura ou outro modo de ver e ler de pensar e aprender A atitude defensiva limita se a identificar com o livro o melhor do modelo pedag gico tradicional Martin Barbero 1995 e a rotular o mundo audiovisual como o mundo da frivolidade da aliena o e da manipula o a fazer do livro o mbito da reflex o da an lise e da argumenta o diante de um mundo de imagens sin nimas de emotividade e sedu o grifo do autor PERCURSO METODOL GICO Segundo Ludke e Andr 2003 a escolha do m todo se faz em fun o do tipo de problema estudado Assim optamos pelo estudo comparativo por amostragem para a an lise das pr ticas educacionais de professores e da recep o da televis o pelos alunos Para Andrade 2003 p 134 o m todo comparativo realiza compara es com a finalidade de verificar semelhan as e explicar diverg ncias O m todo comparativo usado tanto para compara es de grupos no presente no passado ou entre os existentes e os do passado quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes est gios de desenvolvimento 19 Realizamos uma pesquisa qualitativa que segundo Minayo 1999 p 240 se caracteriza como aquela em que seus autores n o se preocupam em quantificar mas sim em compreender e explicar a din mica das rela es sociais que por sua vez s o deposit rias de cren as valores atitudes e h bitos grifos n
66. 12 1994 Cria na Secretaria Municipal de Educa o canal especial de televis o e d outras provid ncias Londrina 1994 LONDRINA C mara Municipal Decreto n 332 de 22 05 1995 Regulamenta a Lei n 6 010 de 28 12 1994 Londrina 1995 LONDRINA Prefeitura de Londrina Secretaria Municipal de Educa o Projeto CEM Canal Educativo Municipal Londrina 2000 L DKE Menga ANDR Marli Pesquisa em Educa o abordagens qualitativas S o Paulo Ed Pedag gica Universit ria 2003 MACHADO Arlindo A Televis o levada a s rio S o Paulo SENAC 2000 MARCONDES FILHO Ciro Televis o a vida pelo v deo S o Paulo Moderna 1998 MARCONI Eva Maria T cnicas de pesquisa 2 ed S o Paulo Atlas 1990 MARINHO Luzia Fonseca MORAES Elody Nunes BRANCO Gra a L ngua Portuguesa ensino fundamental S o Paulo Moderna 2001 MATTELART Armand A globaliza o da comunica o Trad Laureano Pelegrin Bauru S o Paulo EDUSC 2002 MATTOS Laura Ap s curso jovens criticam JN e baixaria Folha de S o Paulo S o Paulo 12 dez 2004a Caderno E p 4 Laura Crian a n o deve ver televis o sozinha Folha de S o Paulo S o Paulo 12 dez 2004b Caderno E p 3 147 MEKSENAS Paulo Cidadania poder e Comunica o S o Paulo Cortez 2002 MELO Jos Marques de Est mulos Midi ticos aos h bitos de Leitura In BARZOTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa
67. 9 p 60 grifo nosso Na esteira dos aspectos relacionados s crises este mesmo autor analisa as seguintes quest es a expans o do ensino sem o cuidado com a infra estrutura das escolas a aus ncia de recursos de apoio ao ensino e promo o de melhores condi es de trabalho a falta de seguran a sobre o que ensinar e como ensinar a fragilidade dos processos de forma o docente que n o formam para a realidade e natureza do trabalho enfrentado nas escolas a influ ncia negativa da m dia sobre a auto imagem e identidade do professor a viol ncia nas escolas o valor do trabalho e m o de obra do educador seu poder de compra e a aliena o pelo trabalho 58 Codo 1999 utiliza o termo Burnout para definir o estado de des nimo do quadro de trabalhadores da educa o diante da realidade citada Em rela o aos professores o autor traz lembran a a pera rock The Wal em que crian as s o adestradas em uma linha produtiva por professores sem criatividade fato que passou a ser analisado cientificamente a partir da d cada de setenta sendo tr s os aspectos constatados a exaust o emocional a despersonaliza o e a falta de envolvimento pessoal no trabalho Segundo Morais 1986 o ponto de equil brio pode ser alcan ado atrav s do di logo sobre rela es pedag gicas e participa o pol tico social aliada ao princ pio de disciplina A constru o de um novo fazer especialmente em rela o educa o
68. 9 anos de atua o com crian as e a professora da turma da Escola L tem 15 anos de trabalho tamb m com crian as Sobre a forma o acad mica a professora da turma da Escola J graduou se em Servi o Social fez o Curso Normal Superior e est terminando P s Gradua o em Gest o Supervis o e Orienta o Escolar A professora da turma da Escola K graduada em Letras com especializa o enfocando estudos de Piaget A professora da turma da escola L graduou se em Ci ncias Sociais Sobre a forma o nos ltimos dois anos a professora da turma da Escola J referiu se palestras e semin rios promovidos pela Rede Municipal de Ensino e reuni es pedag gicas nas escolas que trabalha A professora da turma da Escola K citou um curso sobre crian as hiper ativas e grupos de estudos na escola A professora da turma da Escola L falou de cursos de atualiza o com o Sistema de Ensino Pueridomus adotado por sua escola e palestras proferidas pelo professor Dr Jos Pacheco de Portugal Sobre o tempo da escola para planejamento e discuss es pedag gicas a professora da turma da Escola J planeja aulas em casa porque sente necessidade de pesquisar v rios livros O hor rio de perman ncia e hora atividade restringe se aos 40 minutos das aulas de Educa o F sica duas vezes por semana e 40 minutos da Hora do Conto tr s vezes por semana As reuni es para planejamento em equipe ocorrem poucas vezes s o utilizadas para comun
69. ELIA JANE CORRENTE TANACA EDUCA O PARA A M DIA TELEVISIVA PR TICA DE PROFESSORES NO CONTEXTO DA RECEP O DE ALUNOS DE 1 A 4 S RIES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE LONDRINA BANCA EXAMINADORA Prof Dr Ismar de Oliveira Soares Universidade Estadual de S o Paulo Profa Dra Marilia Faria de Miranda Universidade Estadual de Londrina Prof Dr Eduardo Judas Barros Universidade Estadual de Londrina SUPLENTES Prof Dr Louren o Zancanaro Universidade Estadual de Londrina Prof Dr Levino Bertan UNOESTE Londrina 25 de Maio de 2006 DEDICAT RIA Aos meus pais Mercedes Navarro e S rgio Corrente exemplos de bravura e dignidade Ao meu irm o Antonio Ginez fonte de luz e paz Ao meu esposo Jony meu incentivador constante Aos meus filhos Diego e Bruno motivos de perseveran a AGRADECIMENTOS Agrade o a Deus por iluminar meus pensamentos e aben oar meus passos nesta trajet ria Ao Programa de Mestrado em Educa o pela oportunidade de pesquisa atrav s do processo de sele o Ao Sandro secret rio do Programa de Mestrado pela valiosa aten o e oportunas interven es Ao professor Dr Eduardo Judas Barros pela confian a e conduta tica com que sempre me orientou Aos professores e amigos do Programa de Mestrado em Educa o especialmente de minha linha de pesquisa pelos bons momentos e conhecimentos compartilhados Aos professores da Banca Examinadora pelas contribui es para a f
70. KUPSTAS M rcia Org Comunica o em debate S o Paulo Ed Moderna 1997 p 93 109 ECO Umberto Apocal pticos e integrados S o Paulo Perspectiva 1976 FEILITZEN Cec lia Von CARLSSON Ulla Org A crian a e a m dia imagem educa o e participa o S o Paulo Cortez 2002 144 FERR S Joan Televis o e Educa o Porto Alegre Artmed 1996 FISCHER Rosa Maria Bueno O mito na sala de janta discurso infanto juvenil sobre televis o Porto Alegre Movimento 1993 F GLIA Eliane Um olhar sobre a TV percep es de professores sobre leitura cr tica de Imagens no Ensino M dio de Londrina Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Estadual de Londrina 2004 FRAN A Vera Veiga O objeto da Comunica o A Comunica o como objeto In MARTINO Antonio Hohlfeldt Luiz C Org Teorias da Comunica o conceitos escolas e tend ncias Rio de Janeiro Vozes 2002 p 39 60 FREIRE Paulo Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 1987 A import ncia do ato de ler S o Paulo Cortez 1994 Pedagogia da indigna o cartas pedag gicas e outros escritos S o Paulo UNESP 2000 FRIGOTTO Gaud ncio A produtividade da escola improdutiva S o Paulo Cortez 2001 FUNDA O PADRE ANCHIETA Epis dio O imagin rio no s culo XX Produ o executiva de Renato Ganhito S o Paulo Realiza o CDN Companhia de Not cias Secretaria de Estado da Cultura 2000 S rie O
71. Localiza se em um bairro da regi o Sul que contempla pra as arborizadas campo de futebol com pista para caminhada e casas de boa infra estrutura Atende 191 alunos de 06 a 12 anos moradores de 06 bairros vizinhos divididos em 02 turmas de Educa o Infantil e 05 turmas de Ensino Fundamental que se revezam nos turnos matutino e vespertino mantida pela Rede Municipal de Ensino e promo es da Associa o de Pais e Mestres Os dados foram coletados na nica turma de quarta s rie ofertada no per odo matutino Composta por 04 salas de aula cozinha amplo refeit rio quatro banheiros biblioteca secretaria e sala de professores a escola funciona com estrutura e mobili rios em bom estado de conserva o disp e de um p tio para recrea o por m sem quadra para aulas de Educa o F sica ministradas em pra a arborizada Sobre os recursos did tico pedag gicos possui 02 r dios 01 mime grafo 01 m quina de x rox 01 retroprojetor 02 computadores para uso da secretaria 01 antena parab lica para a capta o do projeto TV Escola e tamb m uma televis o e um v deo em cada sala de aula que recebia o projeto TV CEM pela rede de tev a cabo Atualmente escola n o conta com este projeto n o capta os sinais da programa o comercial e nem televis o a cabo Escola L Localizada na regi o central a escola L atende alunos do centro e de diversas regi es da cidade caracterizando se de acordo com seus diretores como ref
72. OLA L m ESCOLA K m ESCOLA J Quarto da crian a Uso coletivo Gr fico 8 Disposi o da TV na Casa not vel que a turma da Escola K a que possuem a maior quantia de alunos com televis o no quarto A quantia de alunos com televis o no quarto na turma da Escola L menor que na turma da Escola K por m maior que na turma da Escola J O ndice de aparelhos de televis o no quarto dos pais alto nas tr s realidades investigadas Perguntamos sobre as brincadeiras preferidas dos alunos das tr s turmas Outras Jogos computador o ESCOLAL Jogos v deo game E ESCOLAK E ESCOLAJ Brincadeiras esportivas Brincadeiras folcl ricas Gr fico 9 Brincadeiras Preferidas Os lugares reservados queles que habitam um domic lio est o sendo invadidos pelos meios com o consentimento e apoio de seus moradores Da sala passam ao quarto e at ao banheiro N o h lugar na casa onde os meios n o estejam presentes SANCHEZ 1999 p 66 114 Brincadeiras folcl ricas como esconde esconde e pega pega aparecem dentre as preferidas nas turmas das Escolas J e K brincadeiras com bola destacam se na mesma propor o nas tr s realidades investigadas Jogo de v deo game dispara na prefer ncia dos alunos da turma da Escola K relacionamos este gosto predomin ncia de meninos na turma e ao n mero de alunos com televis o no quarto e que tamb m possuem aparelhos de v deo game
73. P blica Estadual de Ensino trabalha com a linguagem e imagens da m dia televisiva com alunos de 5 a 8 s ries de forma criativa e questionadora despertando a reflex o e o gosto pela leitura cr tica de diferentes imagens e mensagens Candau 2001 menciona inova es educacionais na Am rica Latina propondo a reinven o da escola baseada na valida o de ecossistemas educativos A constata o da valoriza o do saber escolarizado por um lado e sinais de desconforto e conflito escolar por outro fazem com que esta autora tamb m reconhe a que a aquisi o da informa o e do conhecimento ocorre al m do espa o escolar se est esgotando um determinado paradigma de se conceber e realizar a escolariza o A necessidade de reinventar a escola surge como projeto e caminho a ser constru do CANDAU 2001 p 10 Enquanto espa o socialmente eleito para o processo ensino aprendizagem a escola precisa ser pensada como uma constru o social que deve reavaliar seus saberes suas pr ticas valores projeto de sociedade e humanidade com a proposi o de a es que correspondam aos atuais anseios e necessidades sociais 2 Segundo Castanho 2001 p 34 O Brasil tem hoje nos umbrais do s culo XXI um n mero absoluto maior de analfabetos do que tinha cem anos antes no in cio do s culo XX Al m disso a escolariza o das crian as em idade pr pria nas s ries iniciais do ensino fundamental ainda n o se
74. TV na escola e os desafios de hoje curso de extens o para professores do Ensino Fundamental e M dio da Rede P blica UniRede e SEED MEC 3 ed Bras lia UNB 2000 CARRATO ngela Quem tem medo da TV p blica In SEMIN RIO INTERNACIONAL LATINO AMERICANO DE PESQUISA DA COMUNICA O 3 S o Paulo 2005 Caderno S o Paulo USP 2005 p 22 CASTANHO S rgio Globaliza o redefini o do estado nacional e seus impactos In LOMBARDI Jos Claudinei Org Globaliza o p s modernidade e educa o hist ria filosofia e temas transversais Campinas Autores Associados 2001 p 13 35 CEREJA William Roberto MAGALH ES Thereza An lia Cochar Portugu s linguagens S o Paulo Atual 1998 CODO Wanderley Org Educa o carinho e trabalho Petr polis Vozes 1999 COELHO Teixeira O que Ind stria Cultural S o Paulo Brasiliense 1988 COSTA Moacir Os riscos da erotiza o infantil Folha de Londrina Londrina 16 jan 2005 Caderno 01 p 2 C PULA MUNDIAL DE M DIA PARA CRIAN AS E ADOLESCENTES M dia de todos M dia para todos 4 Rio de Janeiro 2004 Dispon vel em lt http riosummit2004 com br noticias full asp id noticias 545 amp idioma por amp fo gt Acesso em 20 abr 2004 DEBORD Guy A sociedade do Espet culo Rio de Janeiro Contraponto 2002 DEMO Pedro Desafios Modernos da Educa o Rio de Janeiro Vozes 2001 DUPAS Heloisa N s e a sociedade da Informa o In
75. Universidade Estadual de Londrina JOZELIA JANE CORRENTE TANACA EDUCA O PARA A M DIA TELEVISIVA PR TICA DE PROFESSORES NO CONTEXTO DA RECEP O DE ALUNOS DE 1 A 4 S RIES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE LONDRINA Londrina 2006 JOZELIA JANE CORRENTE TANACA EDUCA O PARA A M DIA TELEVISIVA PR TICA DE PROFESSORES NO CONTEXTO DA RECEP O DE ALUNOS DE 1 A 4 S RIES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE LONDRINA Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Estadual de Londrina como requisito parcial obten o do t tulo de Mestre em Educa o Orientador Prof Dr Eduardo Judas Barros Londrina 2006 Cataloga o na publica o elaborada pela Bibliotec ria Neide Maria Jardinette Zaninelli CRB 9 884 Dados Internacionais de Cataloga o na Publica o CIP Ti6le Tanaca Jozelia Jane Corrente Educa o para a m dia televisiva pr tica de professores no contexto da recep o de alunos de 1 a 4 s ries do Ensino Fundamental de Londrina Joz lia Jane Corrente Tanaca Londrina UEL 2006 170 f Orientador Prof Dr Eduardo Judas Barros Disserta o Mestrado Universidade Estadual de Londrina Bibliografia f 135 Inclui anexos 1 Educa o e Comunica o Tese 2 Ensino Fundamental Tese 3 Educomunica o Tese 4 Pr ticas pedag gicas Tese I Barros Eduardo Judas II Universidade Estadual de Londrina CDU 371 68 JOZ
76. V Escola Bras lia 1996 BRINHOSA M rio C sar A fun o Social e P blica da Educa o na Sociedade Contempor nea In LOMBARDI Jos Claudinei Org Globaliza o p s modernidade e educa o hist ria filosofia e temas transversais Campinas HISTEDBR 2001 p 39 58 BRITTOS Val rio Cruz BOLANO C sar Ricardo Siqueira Democratizar a comunica o uma tarefa pendente 2005 Dispon vel em lt http www eca usp br alaic cally 20for 20papers htm gt Acesso em 17 mar 2005 BUCCI Fug nio A crian a como ser mitol gico Revista Nova Escola S o Paulo n 148 p 24 dez 2001 As tristes c pias do med ocre Revista Nova Escola S o Paulo n 149 p 12 jan fev 2002 BUCCI Fug nio Videologias ensaios sobre televis o In BUCCI Eug nio KHEL Maria Rita S o Paulo Boitempo 2004 Cole o Estado de S tio CANCLINI Nestor Garcia Consumidores e Cidad os conflitos multiculturais da globaliza o Rio de Janeiro UFRJ 1995 A Globaliza o Imaginada Tradu o S rgio Molina S o Paulo Iluminuras 2003 CANDAU Vera Maria Construir Ecossistemas Educativos Reinventar a Escola In Reinventar a escola Rio de Janeiro Vozes 2001 p 11 16 CANDAU Vera Maria Org Nas Teias da Globaliza o In Sociedade Educa o e Culturas quest es e propostas Rio de Janeiro Vozes 2002 p 13 29 Reinventar a escola Rio de Janeiro Vozes 2001 143 CARNEIRO V nia Lucia Q
77. a os tempos neoliberais prometem fazer voltar e acontecer tudo que a filosofia social cr tica dizia n o existir ou n o existir mais o sujeito a crian a a liberdade N o toa o neoliberalismo empolga muitos grifo do autor Tal pensamento demonstra que inst ncia econ mica predomina sobre a social e que o sistema midi tico aparato ideol gico da globaliza o e da sociedade neoliberal medida que de acordo com Ramonet 2003 p 246 a imprensa diz a televis o repete o r dio repete n o apenas nos notici rios mas tamb m nas fic es na interpreta o de um modelo de vida que deve se apresentar Por possibilitar a leitura da heterogeneidade discursiva do diferente de forma prazerosa e sedutora a m dia televisiva se constitui em rica fonte de aprendizagem e ao mesmo tempo em desafio para a forma o de novos leitores no Ensino Fundamental Segundo Freire 2000 p 125 39 Telenovela Celebridade exibida pela Rede Globo de Televis o no hor rio das 20 00 de fevereiro a agosto de 2004 Valladares 2005 p 103 105 explica que o programa Malha o veiculado pela Rede Globo de televis o no hor rio das 17 00 horas passou por modifica es pelo desgaste e satura o do p blico ao formato do programa com cen rio restrito a uma academia de gin stica O ponto forte da trama continua sendo a amizade e o romance entre adolescentes em meio a temas pol micos como aborto gravidez na adolesc ncia e
78. a K ou seja as duas professoras identificam as influ ncias da tev sobre o comportamento das crian as mas citam falta de planejamento como justificativa da aus ncia de trabalho cr tico com imagens da tev A professora da turma da Escola L falou sobre diversas situa es que evidenciam as influ ncias da televis o em seus alunos t m alunos que estudam a tarde e querem vir de manh por n o estarem assistindo Malha o tive o caso de um aluno que deixou de sair a nota dele teve queda a m e veio me procurar porque ele estava fissurado em um programa da tarde descobri que l no programa os meninos meio gordinhos se 132 davam bem ent o ele se identificava porque na escola as meninas n o se interessavam por ele vejo influ ncia da propaganda de t nis roupa rel gios bon s esta ltima fase eles estavam muito ligados sic naquele lanche do Mc Donalds que ganhava um cachorrinho n sic e passava na tev A professora referiu se ao hor rio impr prio que os alunos assistem tev e neglig ncia dos pais apontou a diferen a entre a linguagem da televis o e a linguagem da escola como a causa da dificuldade de trabalho com a tev Seria segundo ela como se a tev deseducasse com facilidade o que a escola tenta educar com dificuldade as crian as assistem programas depois da meia noite sabe sic programas que eu falo pra sic eles gente voc s n o v o aprender nada com is
79. a crian a e o adolescente e sobretudo pela aprova o do Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA pela Lei 8069 90 em 13 07 90 que passa a compreender como crian a a pessoa at 12 anos e adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos de idade enquanto sujeitos com prioridade social absoluta A nova compreens o acerca da situa o social infanto juvenil consagra entretanto prote o integral a estes somente nas letras das leis pelas pol ticas sociais que n o d o conta do n mero de crian as moradoras de rua ou exploradas por trabalho e prostitui o infantil 60 recusar tal concep o ao considerar a crian a como fr gil cria o de Deus que necessitava de disciplina e consequentemente de escola A fam lia inserida em tal contexto acompanhou esta tend ncia de socializa o e a escola passou a transmitir valores e saberes sem distin o entre a crian a e o adulto Segundo Postman 2002a n o havia o reconhecimento da escolariza o associada s fases do desenvolvimento infantil a leitura era restrita e dominada por poucos adultos pois a hegemonia exercida pela religi o cat lica estimulava a alfabetiza o corporativa e intimidava a alfabetiza o social As crian as deixavam de ser crian as por volta dos sete anos quando dominavam a oralidade praticada pelos adultos e passavam a agir como adulto em miniatura do vestu rio ao comportamento Sobre o vestu rio ries 1981 p 70 explica que a crian a di
80. a escola Ja p Jde nibus de moto taxi de Van Jmoto dos pais Jcarro dos pais 6 Marque um X na alternativa sobre at quando seus pais estudaram MEU PAT da 1 a 4 s rie at a 8 s rie at o 3 colegial Curso Superior Des MINHA M E Qu da 1 a 4 s rie at a 8 s rie at o 3 colegial Curso Superior 164 0 7 O que seus pais costumam fazer quando n o est o ocupados com o trabalho 8 Voc tem televis o na sua casa Onde ela s fica m 9 Quanto tempo por dia voc passa assistindo televis o Voc acha que este tempo pouco ou muito Por qu 10 Qual destes outros aparelhos eletr nicos voc tem em casa marque um X NET R dio Jv deo game Antena Parab lica V deo Cassete Jcomputador internet DVD Computador 11 Do que voc gosta de brincar 12 O que voc mais faz brincar ou ver tev 13 Voc tem vontade de ser como algu m da tev Se voc respondeu sim com quem 14 Voc tem o costume de imitar algum personagem ou coisas da tev O que e por qu 165 15 Fale sobre dois programas que voc gosta de ver na Televis o completando essas linhas Nome do programa Canal Hor rio Eu gosto dele porque Nome do programa Canal Hor rio Eu gosto dele porque Agora fale sobre dois programas que voc N O gosta de ver na Televis o Nome do programa Canal Hor rio Eu n
81. a express o comunicativa dos membros da comunidade educativa O que se percebe que os conceitos e as defini es voltados Educomunica o est o em forma o transformam se e solidificam se a medida que os trabalhos com esta perspectiva apresentam resultados para a constru o de um ambiente melhor entre grupos aprimoramento da comunica o capacidade de leitura cr tica e discernimento em rela o aos produtos da ind stria cultural e novas tecnologias O perfil do Educomunicador tamb m foi analisado por Ismar Soares 2002 que o caracteriza como o profissional que atua no campo da Educomunica o com as seguintes capacidades profissionais com idade entre 40 e 50 anos 5 do sexo feminino com forma o superior predominando os p s graduados nas reas de pesquisa em educa o para comunica o media o tecnol gica na educa o gest o da comunica o no espa o educativo produ o cultural e uso dos meios na educa o para cidadania 50 dos 178 especialistas participantes da pesquisa dedicam se rea dos estudos epistemol gicos da inter rela o Comunica o Educa o A maioria atua em educa o para os meios e uso das TIC no ensino 47 16 dedica se a projetos de educa o para a comunica o 30 dedica se ao uso das tecnologias na educa o 19 gest o da comunica o no espa o educativo 4 dedica se rea da comunica o cultural com nfase na utiliza o das linguagens art sticas
82. a for a a ambival ncia e os sentidos da pr tica comunicativa esclarecendo a origem etimol gica da palavra comunica o que no s culo XII derivou se do latim relacionada comunh o e a partilha O segundo sentido manifesto no s culo XVI relaciona se transmiss o e difus o associadas ao desenvolvimento das t cnicas de comunica o estando a imprensa entre as primeiras Segundo Wolton 1997 p 37 Foi para comunicar melhor para conseguir uma melhor compreens o que essas t cnicas foram desenvolvidas mesmo se rapidamente os interesses econ micos pol ticos e ideol gicos desnaturaram esse ideal que continua a ser no entanto a refer ncia comum grifo do autor 26 Para Fran a 2002 a modernidade transformou a Comunica o em problema ao levantar quest es e concep es em torno de uma pr tica at ent o natural Estudos se multiplicaram na busca de conhecimentos cient ficos sobre suas pr ticas com a convers o de diferentes vis es para um tema que atravessa fronteiras e promove migra o de conceitos no contexto de novas formas e meios de comunica o A muta o da natureza da pr tica comunicativa assim como a possibilidade de m ltiplos olhares dificultou em alguns momentos a teoriza o da Comunica o Cumpre registrar ainda o papel desempenhado pela comunica o na nova ordem social segundo a autora o poder de que se reveste a comunica o na sociedade contempor nea a fun
83. a frente da tev e a tev distorce tudo eu vejo que eles se colocam muito em programas de jovens fora da faixa et ria deles mas l na Malha o n o acontece isso ent o quer dizer eles colocam a televis o como a realidade da vida deles eles se projetam na tev temos que mostrar que aquilo n o real que a realidade o que estamos passando 134 A professora considera a televis o e o computador importantes para educa o de crian as percebe a necessidade de acompanhamento dos pais e professores pois a falta de limites em casa se constitui em um problema Eles assistem o que eles querem e hoje pior que a tev tem a Internet eles comentam a fam lia deixa muito a vontade n sic n o v o que a crian a est assistindo A professora apresenta no o cr tica em rela o m dia televisiva e outras m dias o trabalho de leitura de imagens da televis o limita se por m ao discurso sem a inser o das imagens e mensagens da tev na escola 135 CONSIDERA ES FINAIS Ao reconhecermos a televis o como importante instrumento de educa o e a escola como espa o institucionalizado para pr ticas de informa o e forma o educacional o objetivo principal deste trabalho foi investigar como professores de primeira at quarta s ries trabalham com o discurso e as imagens da m dia televisiva e como os alunos fazem a recep o da televis o Os questionamentos e as an lises
84. a o trabalho com as m dias e a tecnologia distancia a vida da escola da vida dos alunos e dos assuntos que eles comentam no dia a dia Ainda Soares 2006 aponta para a dificuldade de manter a legitimidade e a ess ncia da proposta educomunicativa em projetos e a es que se intitulam como tal o trabalho com esta perspectiva representa ren ncia aos paradigmas educacionais iluministas e a prioridade para os espa os de comunica o entre os sujeitos midi ticos aqueles que produzem e consomem m dia A distribui o de cargos e poder nas escolas uma das estruturas que imp em resist ncia a projetos educomunicativos As a es educativas educomunicativas partem de processos colaborativos em que todos os sujeitos sociais tomam decis es e influem para a constru o do conhecimento a produ o e an lise cr tica de audiovisuais e m dias em geral Educomunica o reconhecida por estes conceitos procedimentos e pelo resultado dos trabalhos descritos a seguir 81 4 1 TRABALHOS COM PERSPECTIVA EDUCOMUNICATIVA O Projeto de Lei 556 02 da C mara Municipal de S o Paulo aprovou as a es realizadas desde 2001 com o Projeto Educom r dio Educomunica o pelas ondas do r dio atrav s da Secretaria de Educa o do munic pio de S o Paulo sob coordena o do NCE ECA USP O projeto visa capacitar docentes para trabalho uso e produ o dos meios de comunica o e informa o nas atividades escolares utilizando esta es i
85. abalho com a televis o nas escolas de forma geral Olha eu acho que aqui nesta escola eu vejo assim que n s temos muita facilidade porque n s temos uma televis o em cada sala e um v deo em cada sala ent o esta facilidade em termos de material sic n s temos ent o eu acho que seria mais em rela o a planejamento mesmo voc planejar para estar trabalhando determinados conte dos em cima sic deste tema que seria a televis o pra desenvolver esta parte cr tica nas crian as sic 17 Voc considera a tev um ve culo prejudicial ou ben fico para a forma o das crian as Voc poderia justificar a sua resposta Eu vejo pelos dois pontos existe a parte ben fica porque n s temos v rios programas de televis o que mostram bastante a cultura e n s temos o lado que prejudica porque muita viol ncia a parte afetiva que eles trabalham na televis o que muitas vezes n o condiz com a realidade das crian as n o sempre um repente sic que a gente tem na nossa vida n sic ent o eles passam algumas coisas assim sic que n o vem assim sic a nossa realidade muito assim como eu posso dizer fantasioso sic 18 Como voc analisa os processos de Comunica o e Educa o estabelecidos hoje pela televis o e tamb m pela escola Eu acredito assim que a gente consegue fazer esta parceria entre professor e televis o por que quando sic eu n o sei se seria bem parceria sic bom se
86. acional de Educa o vem da d cada de trinta com o Manifesto dos Pioneiros da Educa o e ideais escolanovistas A Constitui o brasileira de 1943 previu a elabora o de um plano Duas vis es entram em conflito entre 1946 1964 a primeira defendia o nacionalismo desenvolvimentista em que cabe Estado a tarefa de desenvolvimento do pa s a segunda caracteriza se pelo monop lio do Estado e sua inger ncia A Lei 5692 71 determina um Plano Setorial de Educa o e Cultura em que a subordina o do Minist rio da Educa o ao Minist rio do Planejamento fica evidente De 1932 1962 o plano visto como instrumento de introdu o de racionalidade cient fica na educa o No per odo de 1962 1985 o novo plano caracteriza se por introduzir a racionalidade tecnocr tica de acordo com vis o tecnicista de educa o 47 O atual Plano Nacional de Educa o segue ideais do Plano Decenal de Educa o para todos de 1993 que teve como base a Declara o Mundial de Educa o para todos realizada na Tail ndia em 1990 sob coordena o da UNESCO UNICEF e Banco Mundial onde os governos presentes incluindo o Brasil assumiram compromisso de reduzir o analfabetismo e universalizar a educa o b sica at o in cio do s culo XXI O resultado a focaliza o por parte das pol ticas educacionais no Ensino Fundamental com metas em tese voltadas para o cumprimento daqueles compromissos ROMERO 2002 Embora um amplo
87. ade da tev tem investido nesta perspectiva A cobertura das guerras pelos telejornais na eterna luta do bem contra o mal o erotismo a sensualidade e a viol ncia tamb m s o na opini o deste autor amplamente infantilizados e banalizados pelos programas da televis o A infantiliza o de ideais e valores adultos nos diferentes i E PEN di anos Pass A programas fator definidor dos tra os caracter sticos da inf ncia crian as contempor neas gostam de programas adultos porque os programas adultos s o todos infantilizados mas n o estamos falando de uma infantiliza o idealizada com estilingues buc licos e suspens rios tra ados a l pis de cor Falamos de uma infantiliza o tardia caduca que p e os v cios da fase adulta na aus ncia de limites t pica do mundo infantil Nana telespectador que o Bin Laden vem pegar a televis o a nega o da utopia de Drumond a can o que faz acordar as crian as eletrizar as crian as e adormecer entorpecer os homens BUCCI 2001 p 24 Diante deste contexto Postman 2002a alerta para o desaparecimento da linha divis ria entre a inf ncia e a idade adulta em consegii ncia da exposi o irrestrita das crian as programa o da televis o uma vez que tudo para todos A televis o destr i a linha divis ria entre a inf ncia e a idade adulta de tr s maneiras todas relacionadas com sua acessibilidade indiferenciada primeiro porque n o reque
88. ade de maior frequ ncia dos alunos nas tr s escolas considerando tamb m o uso da televis o para jogos de v deo game na turma da Escola K A m dia de alunos que dedica acima de duas horas televis o diariamente considera este tempo com a tev muito relacionando esta no o dificuldade de levantar cedo pois eles assistem programa o noturna e da madrugada incluindo o aluno da turma da Escola J que n o tem televis o em casa Argumentos quanto ao pouco tempo com a televis o est o associados entre os alunos que dedicam se mais de tr s horas televis o rapidez com que o tempo passa quando eles assistem tev Na turma da Escola L a no o de muito tempo com a televis o associa se ao fato dos alunos n o terem outra atividade ao cansa o da vista e subutiliza o do tempo Nesta turma a no o de pouco com a tev entre os que ficam mais de tr s horas com a televis o por dia associa se compara o de tempo maior que colegas irm os parentes e pais dedicam televis o e compara o com o tempo dedicado Internet Assistir pouco tempo televis o pela necessidade de fazer outras atividades aparece como argumento em n mero inexpressivo de respostas Verifica se portanto que a maioria dos alunos passa muito tempo com a televis o incluindo os alunos que n o t m tev em casa sobretudo no hor rio noturno A 116 fam lia desempenha papel tanto positivo quanto negativo em rela o ao tem
89. ara a expans o dos mercados para a distin o entre os seres humanos comprar objetos pendur los ou distribu los pela casa assinalar lhes um lugar em uma ordem atribuir lhes fun es na comunica o com os outros s o os recursos para se pensar o pr prio corpo a inst vel ordem social e as intera es incertas com os demais consumir tornar mais intelig vel um mundo onde o s lido se evapora CANCLINI 1995 p 59 Postman 2002b p 40 cita Par bola da Pessoa portadora de Mau H lito a Par bola do Investidor Bronco a Par bola do Cheque de Viagem Perdido a Par bola do Homem que Corre pelos Aeroportos e a maioria das centenas de outras que fazem parte da educa o religiosa de nossa juventude 40 As corpora es de m dia funcionam como inst ncias de socializa o elas educam e fornecem referenciais culturais para a identidade Dentro desta realidade quem n o fizer parte do consumo n o cidad o ou cidad o de segunda classe ORTIZ 2000 p 76 Desta forma conceitos de autonomia democracia e cidadania perpassam pela quest o do consumo De acordo com Kehl 1995 muitos dos questionamentos sobre a identidade e os direitos sobretudo das crian as s o respondidos pela m dia especialmente pela publicidade televisiva que condiciona a satisfa o dos desejos e car ncias infantis cren a e ao consumo de produtos valores e personagens que anuncia em seus programas
90. aria Aparecida Novas Tecnologias novas sensibilidades Comunica o e Educa o S o Paulo n 18 p 7 14 maio ago 2000 Meios de Comunica o na Escola Comunica o e Educa o S o Paulo ano 09 p 7 12 set dez 2002a Televis o e Educa o A escola e o livro Comunica o e Educa o S o Paulo ano 8 p 7 12 maio ago 2002b BARBERO Jes s Martin Dos meios s media es comunica o cultura e hegemonia Rio de Janeiro UFRJ 1997 Novos regimes de visualidade e descentraliza es culturais In BRASIL Minist rio da Educa o Mediatamente Televis o Cultura e Educa o Bras lia SEED 1999 p 17 40 141 Desafios culturais da Comunica o Educa o Comunica o e Educa o S o Paulo n 18 p 51 61 maio ago 2000 Globaliza o Comunicacional e transforma o cultural In MORAES Denis de Org Por uma outra comunica o m dia mundializa o cultural e poder Rio de Janeiro Record 2003 p 57 85 BARROS FILHO Cl vis de Mundos poss veis e mundos agendados um estudo do uso da m dia na sala de aula In BARZOTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa o e Leitura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 BARZOTTO Valdir Heitor A participa o do leitor na defini o da forma do objeto portador de textos um projeto educativo In BARZOTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa o e Le
91. as guerrinhas aqueles golpes que eles est o assistindo l e acaba machucando de verdade Ent o mais em rela o viol ncia que a gente percebe Em rela o ao sexo tamb m as novelas andam muito assim eles assistem n sic na poca daquela miniss rie da Anita ent o as crian as comentavam demais e eu tive que fazer uma reuni o com os pais pra j que eles permitem que os filhos assistam esses tipos de programa o eles t m que estar do lado da crian a e eles t m que estar explicando o que est acontecendo conversando se voc deixar assistir e n o ter coragem de falar com seu filho sobre sexo n o adianta n o Eles v o criando uma imagem do que eles est o vendo l eles tiram as pr prias conclus es e eles chegam na escola conversam com os colegas cada um fala o que acha e muitas vezes como eu falei o lado negativo pode ser muito n sic do que o outro lado positivo esclarecimento real eles n o t m 15 Voc acha importante trabalhar com as imagens da televis o aberta com crian as na escola Por qu Tem muitas coisas que aparecem na televis o que eles vem comentando ah Porque eu vi isso porque eu vi aquilo sic ent o eu sempre falo pra eles a gente n o pode acreditar em tudo que a gente v sic da ent o a gente come a a analisar o que est querendo por tr s disso n igual propaganda assim nesse livro deste ano tem bastante propaganda assim mais sic no livro mesmo i
92. at gias para que se desenvolva a compet ncia de an lise compreens o e interpreta o cr tica da avalanche de imagens qual estamos expostos diariamente De acordo com Garcez 2005 p 107 a imagem est em nossa vida faz parte do nosso dia a dia e necessitamos dela como forma especial de compreens o e de conhecimento do mundo que nos cerca Mas precisamos de uma educa o para o conv vio com a imagem Explica ainda a autora que todo material audiovisual pode ser considerado um texto permite leitura e an lise da linguagem utilizada Com o audiovisual o professor tem possibilidades m ltiplas e flex veis de trabalho Material audiovisual possibilita a an lise do tema e da estrutura da linguagem Atrav s dele desenvolve se compet ncias e habilidades m ltiplas como ouvir falar ler escrever e analisar a l ngua em diversas situa es Estudiosa desta quest o a autora prop e diversas a es a serem desenvolvidas com alunos Enquanto a maioria levanta propostas de pr ticas pedag gicas com a programa o a partir do atual modelo de televis o e programa o Neves 2005 destaca o processo de introdu o da TV Digital no Brasil Mudan as neste sentido ainda n o ocorreram mas segundo a autora os educadores devem refletir sobre a import ncia da TV digital interativa analisar o modelo em quest o a passagem de receptor para produtor de ouvinte para autor A preocupa o recai sobretudo no preparo
93. atisfaz desejos A televis o representa para o imagin rio sobretudo infantil uma m e que nunca se ausenta se cala ou abandona ela oferece op o variada para iludir o t dio e a solid o Referindo se h quinze minutos com a televis o explica a autora Durante esse curto per odo e muitos outros como esse a crian a esteve diante da massa de informa es diversificadas e indiferenciadas como se estivesse diante do c digo que rege o mundo em que ela est se preparando para viver Como a substituta de uma fun o materna a televis o lhe diz o que ela deve fazer para ser amada aceita admirada Nomeia o desejo e indica os modos de satisfaz lo KEHL 1995 p 172 FREIRE 1987 p 137 em cr ticas ao uso que se faz dos meios de comunica o n o ao meio em si explica que diversos mitos s o criados para oprimir eles s o levados s classes oprimidas pela propaganda bem organizada pelos slogans cujos ve culos s o sempre os chamados meios de comunica o de massa 47 Ind stria Cultural meios de comunica o de massa e cultura de massa surgem como fen menos da industrializa o a ind stria cultural concretiza se apenas numa segunda fase dessa sociedade o que pode ser descrita como a do capitalismo de organiza o ou monopolista ou ainda como sendo a sociedade de consumo conforme Coelho 1988 p 29 70 Sendo as imagens e narrativas da televis o formas de representa o
94. aviani enriquecida pela rela o dial gica sobre figuras e cones presentes no meio social proposta pela pedagogia de Paulo Freire 86 Tal pr tica segundo a autora poderia operacionalizar se uma vez que os profissionais de educa o tivessem a compreens o e a redefini o de seu papel e do car ter pol tico da educa o Para V nia L cia Quint o Carneiro a rela o entre educa o e televis o precisa ser considerada sob tr s perspectivas complementares educa o para a televis o desenvolvimento da leitura cr tica das linguagens do entendimento das condi es de produ o e recep o dos programas educa o com a televis o baseia se na utiliza o de programas e v deos para despertar interesse problematizar temas e informar educa o pela televis o que necessita do comprometimento de emissoras para com a forma o de jovens e crian as pela oferta de programas de qualidade em maior quantidade O que se percebe que nesta perspectiva a concep o de educativo amplia se uma vez que nas pr prias palavras da autora a educa o deve abrir se para o mundo da televis o tom la como objeto de estudo conhec la analis la e incorpor la ao contexto pedag gico Deve se estudar a rela o educa o e televis o de tr s perspectivas diferentes e complementares educa o para uso seletivo da TV educa o com a TV e educa o pela TV CARNEIRO 2000 p 20 Carn
95. b m s o influenciadas mas n o de forma homog nea o que representa nas palavras de Thompson 2002 p 156 que atrav s de processos de apropria o localizada os produtos da m dia s o transplantados para os conjuntos de pr ticas que modelam e alteram seus significados Pe Avan os e transforma es tecnol gicas possibilitam a intera o mediada realizada atrav s de meios como cartas telefone etc e a quase intera o mediada estabelecida pelos meios de comunica o de massa como livros jornais r dio televis o etc Estes processos caracterizam se pela comunica o e interc mbio atrav s de formas simb licas entre pessoas distantes fisicamente que recebem e podem ou n o criar la os de empatia amizade afeto e lealdade com o outro a rela o que os receptores t m com elas bem diferente dos tipos de rela es formadas na intera o face a face Para os receptores os produtores s o personalidades com as quais eles podem simpatizar ou antipatizar de quem eles podem gostar ou desgostar que eles podem detestar ou reverenciar mas os tra os destas personalidades normalmente n o podem ser retocados ou controvertidos pelo tipo de intera o dial gica caracter stica da intera o face a face Por isso as personalidades da TV podem adquirir uma aura que se sustenta em parte pela dist ncia que os separa dos receptores THOMPSON 2002 p 91 grifo do autor De acordo com Barbe
96. balho tamb m s o oferecidas com a utiliza o de crit rios sociais para a participa o como alunos de risco ndice de desenvolvimento humano abaixo da pobreza e filhos de m es que trabalham Cozinha refeit rio doze banheiros laborat rio de inform tica biblioteca videoteca audit rio e sala dos professores tamb m fazem parte da estrutura f sica da escola em alvenaria e bom estado de conserva o O que desperta aten o na estrutura desta escola o fato desta possuir um circuito interno de televis o com um aparelho de tev em cada sala de aula para a recep o de programa o pr pria duas vezes por semana exceto tr s salas de Educa o Infantil que contam com uma televis o m vel O trabalho com este circuito de televis o consiste na utiliza o de uma filmadora e uma ilha de edi o para grava o de programas com temas estudados na sala de aula e participa o dos alunos Com apoio e incentivo da dire o da escola uma professora da Bolsa Escola programa que utiliza a educa o como ferramenta para o combate pobreza e exclus o social consiste no pagamento de renda s m es com filhos em idade escolar O programa Bolsa Escola Federal repassa o valor de R 100 00 por fam lia e o Bolsa Escola Municipal repassa R 15 00 por filho at 03 filhos por fam lia com a condi o de que estes permane am na escola sem a obriga o do trabalho para ajudar no or amento familiar O PETI Progra
97. c o nome dela vaga banda W D Eu gosto de Senhora do Destino e Alegrifes e Rabujos porque muito legal e muito inportante sic para mim Eu n o gosto do Ratinho porque fala muita bestera sic e ent o porisso sic que eu n o gosto dede sic programa Telenovela exibida pelo Sistema Brasileiro de Televis o no hor rio das 19 00 horas 78 Telenovela exibida pela Rede Globo agosto de 2004 a fevereiro de 2005 no hor rio das 20 00 horas Telenovela em forma de seriado exibida pela Rede Globo diariamente no hor rio das 17 00 horas 125 Na turma da Escola K o Telejornal citado como programa que passa coisas verdadeiras boas e certas n o aparece entre os preferidos mas como o programa que os alunos menos gostam de assistir tanto na resposta escrita como desenhada O Desenho Animado e a Telenovela s o os programas que os alunos mais gostam de ver 11 alunos mencionaram o Desenho com o personagem Bob Esponja pela resposta desenhada e 18 alunos a Telenovela Malha o pela resposta escrita CM A Eu gosto de Malha o e sic legal porque eu vejo como se fosse adolecente sic e Senhora do Destino porque eu gosto da Dayana e da Maria do Carmo L E Y Eu n o gosto do Ratinho porque ele me xingou que sic os japoneses s o um filho de uma p sic que ele acha que eles s o espertos e eu sou japon s ARC Eu gosto de Malha o porque legal porque
98. cam assim acho que a maioria dos pais trabalham sic fora e a crian a fica em casa praticamente ou na teve ou no v deo game ou no computador Ent o uma forma assim de estar passando o tempo sic Professora ESCOLA L Sexo feminino Faixa et ria 30 a 35 19 Qual a sua Forma o Profissional Eu sou formada em Ci ncias Sociais 20 Quanto tempo voc atua no magist rio H 15 anos 21 Quanto tempo voc trabalha com crian as Eu trabalhei tr s anos com adolescentes de 5 a 8 e com uma turma de 2 Grau mas foi s seis meses sic o resto foi tudo com crian as praticamente 15 anos 22 Quais os eventos ou cursos de aperfei oamento fizeram diferen a para sua atua o nos ltimos dois anos Aqui na escola nos temos v rios cursos n sic e todo ano n s vamos pra sic S o Paulo n s fazemos com a apostila da Pueridomus e eles d o cursos pra gente l sic d o palestras Um assim que me ajudou e fez eu repensar minhas pr ticas esse ano foi um encontro que n s tivemos aqui em Londrina mesmo com o Jos Pacheco da Escola da Ponte de Portugal eu j fui em duas palestras dele assim sic a maneira que ele mostra a escola faz a gente repensar muito a maneira que a gente atua em sala n sic Ent o n o sei se voc j conhece a proposta da Escola da Ponte mas uma proposta assim maravilhosa n sic ent o a gente fica repensado a gente fica sonhando e toda vez que eu ou o ou leio o livro dele
99. cerca do papel da educa o voltam se assim para a concilia o dos ideais educacionais liberais humanistas e exig ncias do mundo tecnol gico Para Ghiraldell 2002 p 20 a escola torna se de direito o lugar da inf ncia mas n o o seu lugar de fato ou seja o Estado interfere em prol dos direitos das crian as por meio de leis e reformas educacionais que n o operacionalizam sua defesa uma vez que a escola segue ideais da classe burguesa que desconsideram as necessidades dos filhos da classe trabalhadora o que resulta em problemas de evas o repet ncia desist ncia e exclus o escolar Surgem ent o discuss es que combatem o ensino livresco descontextualizado do mundo do trabalho com a proposi o de projetos e reformas educacionais para a acelera o da crian a e do jovem na escola o que nos leva a relacionar os problemas citados forma como a escola acolhia as crian as e n o suposta aus ncia de capital cultural destes hip tese defendida por muitos O advento da sociedade neoliberal estruturada nos moldes de produ o capitalista que privilegia o consumo e o lucro trazem consigo a concep o de crian a como cliente que precisa da escola para transformar se em capital humano A educa o concebida como um produto de mercado ou seja quem pode pagar mais consegue as melhores escolas uma vez que a educa o p blica sofre com o sucateamento de suas instala es e qualidade de ensino Neste con
100. cia ao hor rio noturno e m dia de tempo revelada com a televis o pelos alunos O que se percebe o predom nio da cultura do vis vel a audi ncia predomina nos mesmos programas pela falta de acesso a outras formas de lazer e atividades o que resulta na massifica o cultural e ado o dos mesmos padr es de consumo e h bitos de acordo com os dados fornecidos pelos alunos e pelos professores A investiga o de campo ratifica a investiga o bibliogr fica e vice versa em rela o atenua o da linha divis ria entre a inf ncia e a idade adulta A exposi o ilimitada televis o faz com que crian as entrem em contato com diversas realidades e representa es culturais precocemente mas por outro lado impossibilitam as rela es com outras pessoas o experimento de sensa es f sicas a troca de id ias e a comunica o social Buscando apoio nas palavras de Melo 1999 afirmamos que a tev atua em duas dimens es da vida humana o real e o imagin rio A consci ncia entre os professores quanto a este fator un nime Eles percebem que alunos t m dificuldade em distinguir fic o de realidade na tev que o consumismo voltado aos apelos televisivos intenso Entendem que o poder exercido pela televis o n o absoluto se analisado de forma cr tica e que a pr tica reflexiva sobre a programa o importante para a postura seletiva Entretanto o discurso e a pr tica com a televis o nas realidades educac
101. cional frica Brasil sobre igualdade racial como desafio para a m dia o que ocorreu em S o Paulo Segundo Soares os participantes desenvolveram todo o trabalho atrav s de metodologia que privilegiou a participa o coletiva no processo de produ o e veicula o de informa es De acordo com Ismar Soares 2002 constituem se como a es importantes para a investiga o e a implanta o de pol ticas educacionais efetivas sobre o novo campo a aprova o do ECA na Venezuela garantindo direito de voz popula o e necessidade de pedagogia espec fica para a recep o dos meios de comunica o a implementa o pela Congrega o Salesiana de pr ticas de Gest o Comunicativa na Am rica Latina No Brasil a capacita o de docentes para uso dos meios de comunica o e informa o na escola em S o Paulo representou um marco Ainda segundo o autor a nova LDB abre espa o para este campo nos Curr culos Escolares os PCN citam a necessidade de aproxima o entre Educa o e Comunica o mas o que se presencia s o dificuldades pela falta de forma o espec fica de educadores e operacionaliza o de reformas efetivas no que tange aos aspectos humano f sico e financeiro dos sistemas de ensino para a inser o de tecnologias nas escolas Para Soares 2006 os trabalhos com as novas tecnologias nas escolas ainda s o desenvolvidos em sua maioria a partir de par metros iluministas e perspectiva funcionalista da Comunica
102. cipou de algum curso espec fico que informasse ou formasse para o uso da televis o na sala de aula Como foi N o eu nunca participei deste curso n o por que parece que falaram que voc veio n sic aqui na escola mas voc deve ter vindo eeh por que faz dois anos que estou nesta escola n ent o cursos assim direto pra sic televis o n o sic 13 Comente sobre a import ncia de sua participa o em cursos anteriormente referidos Eu acho eu acho assim sic que qualquer curso contribui assim com a nossa forma o ent o pra mim todos os cursos s o muito v lidos sempre tem alguma coisa que a gente aprende que contribui na nossa pr tica pedag gica sic 14 Voc percebe influ ncias da programa o da televis o no comportamento das crian as Quais Olha eu percebo bastante pelo nosso recreio ent o como a gente est aqui tem esta janela grande voc est observando o que esta acontecendo l e gente percebe muito as crian as brincando assim de lutinha sic mas essas brincadeiras de lutas de agressividade que a gente algumas vezes sic eu pego 174 alguns desenhos n sic de relance na televis o e gente v assim sic que s o de lutas Um agredindo o outro dando chute no outro esse tipo de brincadeira eu j percebi no nosso recreio agora em sala de aula com alguma express o que eles tenham eles falam e que viram em algum programa de televis o ai isso n o agora em termos assim de consu
103. coisa no Fant stico o dia que saiu a reportagem sobre os professores o que os alunos pensam sobre os professores hoje o que os alunos v o comentar at eu j vim preparada entrei na internet pra sic ver um pouco mais sobre a reportagem por eles querem falar comentar s vezes eu lembro que alguns anos atr s o coment rio era sobre novela As crian as passavam o dia comentado de novela quando tinha algum assunto muito na novela Hoje eles n o comentam muito eles at assistem mas eles n o se ligam muito sic eu n o consigo entender a novela se eles acham que aquilo n o real que eles n o se ligam muito sic ou quando tem alguma coisa que chama muito aten o sic na novela que est comentando eles comentam O que dificulta ou facilita na sua opini o o trabalho com a televis o nas escolas de forma geral Eu acho o que facilita esta parte da gente poder estar analisando deixar a crian a a par do que passa na tev acho que o que dificulta s o estes programas que tudo que a gente faz aqui na sala a gente comenta que n o legal fazer e s vezes nos programas passa como uma coisa normal uma coisa que tudo mundo faz Ent o o que facilita mostrar pro sic aluno que aquilo n o interessante mas pro sic outro lado a tev passa abertamente que legal Primeiro a tev mostra vou dar um exemplo as drogas mostram eles comprando sic se achando o m ximo usando n o sei o que depois
104. colarizada ocorre a percep o e leitura dos elementos que comp em a realidade por pr ticas diversas da leitura impressa Enquanto considerar ler e entender imagens do cotidiano superficialmente a escola estar em atraso quanto ao estudo da imagem conforme explica Ferr s 1996 p 9 o estudo da imagem continua ausente da maioria das institui es de ensino deixando manifesta a defasagem da escola Novas formas de aprendizagem e conhecimento s o apropriadas pela sociedade sem a transforma o no modo de ensinar e aprender da escola Vivencia se ent o o conv vio dificil entre diferentes modos de ler De acordo com Magda Soares 2002 48 Nascimento 2004 discorre sobre O menino sem imagina o obra de Carlos Eduardo Novaes adaptada para o teatro por Mauricio Arruda Mendon a apresentada no teatro Marista Londrina em julho de 2004 que retrata a hist ria de um menino que perde a capacidade criativa e de imagina o de coisas do dia a dia por ocupar todo seu tempo livre assistindo televis o 173 A televis o e o computador s o novas linguagens ent o devem ser tratados como tais papel da escola desenvolver pr ticas que d em conta de suas leituras a televis o por exemplo o aluno deve aprender a ser um leitor cr tico Da mesma forma que a gente desenvolve habilidades para leitura do texto no papel preciso desenvolver habilidades para leitura do texto e imagens na tela De acordo
105. com Moran 2000 Educa o com vis o da totalidade fundamental para o rompimento de paradigmas de ensino A totalidade pressup e corpo mente esp rito psiquismo aspectos sensorial e racional concreto e abstrato social e individual A constru o do conhecimento nesta vis o n o um processo fragmentado conhecer captar todas as dimens es da realidade Ainda de acordo com Moran que se dedica ao entendimento dos audiovisuais a efic cia e for a dos meios de comunica o sobretudo da televis o ocorre pela superposi o e combina o de linguagens por analogia oposi o e contraste entre imagem fala m sica e escrita Estes elementos comp em uma narrativa flu dica e l gica pouco delimitada atrav s de imagens est ticas e din micas reais e gravadas que mesclam presente com passado para criarem normalmente um novo significado com componentes que atingem os sentidos e as sensa es A for a da linguagem audiovisual est no fato de ela conseguir dizer muito mais do que captamos de ela chegar simultaneamente por muitos mais caminhos do que conscientemente percebemos e encontrar dentro de n s uma repercuss o em imagens b sicas centrais simb licas arquet picas com as quais nos identificamos ou que se relacionam conosco de alguma forma MORAN 2000 p 34 Tanto a televis o quanto o v deo trabalham com m ltiplos recortes da realidade utilizando se de diversificados planos ritmos visuais e efe
106. continuam sem biblioteca laborat rio e sobretudo pesquisa DEMO 2001 p 26 Na esteira deste panorama acentuam se cr ticas s pol ticas educacionais que priorizam educa o e ensino somente no discurso e letras das leis uma vez que o Sistema P blico de Ensino encontra se em d ficit em rela o universaliza o do Ensino B sico Reiteram se frequentemente os problemas de superlota o das salas de aula desempenho inexpressivo da maioria dos alunos quadro de profissional insatisfeito por remunera o insuficiente com poucas chances de qualifica o e ainda investimentos aqu m das necessidades das institui es que s o constantemente conclamadas a atender e servir de 44 suporte para projetos sociais A situa o de descaso para com a educa o sobretudo p blica vista com normalidade por grande parte da popula o Por m n o podemos nos deixar levar tanto pelas informa es divulgadas pela m dia em rela o aos investimentos em educa o quanto pelo pensamento educacional fatalista H de se considerar a produ o daqueles que lutam para a revers o do atual quadro e desenvolvem a es pedag gicas dignas de reconhecimento e valoriza o Em rela o inser o da m dia televisiva na escola apontamos enquanto experi ncia vivenciada no contexto educacional local o trabalho de Resende Sousa e Lima 2000 que abordam como Dulce Moura Le o professora de uma escola de Ensino Fundamental da Rede
107. de Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental como proposta de base educacional comum atrelado ao SAEB para a garantia de qualidade do ensino b sico uma manobra que faz parte de uma tend ncia internacional de pol tica educacional Neste processo o curr culo tem o papel de promover a estrutura de funcionamento do sistema nacional de avalia o enquanto mecanismo de controle das a es educacionais O Dossi da Faculdade de Educa o da UFRGS 1996 p 231 sobre os PCNS aponta as estrat gias de poder para a implanta o dos par metros argumentando que a quest o da melhoria da qualidade e determina o de identidade cultural s o fatores injustific veis para implanta o de par metros educacionais nacionais uma vez que o fracasso escolar parte de um padr o mais amplo de distribui o desigual e injusta de recursos materiais e simb licos Neste sentido parece certo que uma pol tica econ mica e social dirigida diretamente para a modifica o desse padr o teria mais efeito do que uma pol tica de uniformiza o curricular 27 O fato do FUNDEF n o romper com os problemas da universaliza o do Ensino Fundamental e erradica o do analfabetismo uma vez que as demais etapas da educa o b sica EJA Educa o Infantil Ensino M dio s o exclu dos do repasse de verbas ou seja a desonera o da Uni o de seu compromisso de aplica o parcial no Ensino Fundamental e a parceria deficit ria
108. de cada programa elaborava se a Grade Tr fego de Programa o e o Guia de Programa o bimestralmente encaminhado s escolas para acompanhar e trabalhar com a TV CEM O referido Guia de Programa o objetivou estimular o trabalho pedag gico trazendo as sinopses dos programas veiculados datas e hor rios de veicula o e dicas de temas que poderiam ser trabalhados com cada programa al m de textos voltados para o uso da televis o na sala de aula A partir de 1996 o Canal Educativo passou a trabalhar tamb m com a grava o e divulga o do projeto TV Escola elaborando e encaminhando para as escolas sinopses daquela programa o e Apostilas com atividades para trabalho pedag gico com os programas da TV Escola Tal atividade estendeu se tamb m programa o do CEM que executava ainda a digita o e arte gr fica das Apostilas e Guias de Programa o As referidas apostilas eram elaboradas em papel tamanho of cio e reproduzidas para escolas da Rede Municipal 93 Pelo interesse e falta de conhecimento dos professores que recebiam a programa o da TV CEM na sala de aula a equipe do Canal Educativo identificou a necessidade de forma o de professores para uso da programa o Assim um grupo de professores que atuava no CEM passou a atuar em oficinas de leitura cr tica e uso da programa o veiculada pelo referido canal e tamb m a pedido dos professores das escolas com a programa o veiculada pela TV comercial
109. de de argumenta o eu procuro alguma coisa que est ligada ao conte do eu acho que um caminho para eles estarem fixando o conte do estarem melhorando a capacidade argumentativa deles que eles possam usar n o s o livro A professora afirmou nunca ter analisado programas que os alunos assistem em casa Sua pr tica pedag gica com esta programa o restringe se a coment rios ela n o se sente segura para o trabalho sem planejamento espec fico uma vez que segundo ela os alunos acreditam em tudo o que v em para assistir aqui n o mas s vezes por exemplo a gente esta discutindo um assunto e Ah Passou no Ratinho tal coisa e a gente entra na discuss o sabe aproveita para estar alertando estar falando para eles eu n o tenho certeza n o sic acho que a gente tem que preparar bem antes por que eles t m a capacidade de argumentar e nem sempre eles observam o lado positivo Vale apontar que o livro did tico de L ngua Portuguesa utilizado pela professora que prop e uma unidade de estudo sobre publicidade impressa MARINHO MORAES BRANCO 2001 A professora da turma da Escola K procura associar v deos aos conte dos curriculares se eu estou trabalhando com ecologia procuro ver alguns v deos que trabalham em cima sic se estou trabalhando a parte de reprodu o a gente procura ver v deos em cima sic desse conte do Ela tamb m afirma nunca ter feito leitura de i
110. de novas formas de a o e de Conforme FERREIRO apud PELLEGRINI 2001 p 14 usamos esses mesmos verbos na Gr cia cl ssica na Idade M dia na Revolu o Industrial ou na era da Internet Por isso temos a impress o de que designam a mesma coisa O real significado no entanto vem se modificando Ambos t m a ver com marcas visuais mas o que se espera do leitor determinado socialmente numa certa poca ou cultura Na antiguidade cl ssica n o se esperava o mesmo que no s culo XVII nem o que se espera agora 23 intera o no mundo social novos tipos de rela es sociais e novas maneiras de relacionamento do indiv duo com os outros e consigo mesmo Neste contexto a televis o se constitui como espa o de socializa o de decis o e espa o p blico atrav s dela os fatos sociais incluindo a pol tica tomam exist ncia e difundem se A vis o de Educa o centrada nos livros restrita sala de aula sofre profundas mudan as o olhar do educador precisa voltar se realidade cerceada pela cultura tecnol gica conforme indica Pretto 1996 p 102 o sistema formal de educa o incluindo as escolas do pr escolar p s gradua o est o experimentando uma invas o da cultura tecnol gica seja por uma press o direta da Ind stria Cultural de equipamentos entretenimento e Comunica o seja pela press o exercida pelos pr prios alunos crian as e jovens que pela conviv nc
111. deiras e o erotismo precoce como influ ncias da tev mas o trabalho com estas quest es n o ocorre segundo ela pela falta de planejamento e estudo pr vio Segundo a professora da turma da Escola K a agressividade nas brincadeiras de recreio s o consequ ncias das lutas dos Desenhos Animados da tev e o consumismo de roupas cal ados e materiais escolares determinado pela programa o da televis o eu pego alguns desenhos n sic de relance na televis o e a gente v um agredindo o outro dando chute no outro esse tipo de brincadeira eu j percebi no nosso recreio em termos assim de consumismo a gente percebe em rela o n o s ao material escolar mas tamb m o vestu rio deles A professora v com interesse o trabalho de leitura das imagens da tev seria interessante trabalhar esta parte cr tica em rela o s propagandas o que eles mostram a hiperatividade com que eles colocam na propaganda mandando fazer e mesmo assim sic algumas cenas de novelas que a gente percebe que s o muito violentas Ela aponta para a facilidade do trabalho pelos recursos dispon veis em sua sala de aula por m admite n o inseri los pela falta de planejamento n s temos uma televis o e um v deo em cada sala ent o sic esta facilidade em termos de material n s temos ent o sic eu acho que seria mais em rela o a planejamento mesmo A situa o encontrada na escola J repete se na Escol
112. deseja obter Realizamos tr s encontros em cada escola com alunos e professores para a observa o e a coleta dos dados para a investiga o Aplicamos primeiramente um question rio do tipo aberto com setenta e seis alunos de tr s quartas s ries em tr s escolas com perfil social e cultural distintos O question rio contemplou em uma das quest es o desenho como resposta por se constituir como forma de express o significativa e prazerosa para a popula o investigada 7 Segundo Ludke e Andr 2003 p 39 Os documentos constituem tamb m uma fonte poderosa de onde podem ser retiradas evid ncias que fundamentam afirma es e declara es do pesquisador Representam ainda uma fonte natural de informa o N o s o apenas uma fonte de informa o contextualizada mas surgem num determinado contexto e fornecem informa es sobre esse mesmo contexto 8 De acordo com Richardson 1999 p 189 a informa o obtida por meio de question rios permite observar as caracter sticas de um indiv duo ou grupo 20 A seguir aplicamos uma entrevista semi estruturada com os tr s professores das respectivas 4 s ries Tivemos a vis o do universo de pesquisa atrav s de uma rela o de escolas municipais fornecida pela SME Utilizamos como crit rio para a composi o da amostra de pesquisa a distin o entre os aspectos s cio econ mico e cultural das escolas as falas foram registradas por grava o e transcri es a
113. do mundo e das coisas do mundo o problema se instala medida que as imagens se transformam em realidade e os telespectadores dedicam maior parte do tempo representa o do que a realidade A apar ncia se sobrep e ess ncia medida que se considera a ilus o sagrada e a verdade profana De acordo com Debord 2002 p 13 a seus olhos o sagrado aumenta medida que a verdade decresce e a ilus o cresce a tal ponto que para ele o c mulo da ilus o fica sendo o c mulo da sagrado Tal id ia conceituada por Khel 2004 p 91 como viol ncia do imagin rio uma vez que o prazer incompat vel com o pensamento por corresponder a pausa da atividade ps quica o funcionamento do imagin rio dispensa o pensamento Isso n o quer dizer que as pessoas parem de pensar para sempre por efeito desse gozo imagin rio mas que diante do fluxo de imagens paramos de pensar E quanto mais o fluxo de imagens ocupa o espa o na nossa vida real e na nossa vida ps quica menos convocado o pensamento grifo do autor Considerando a exposi o ilimitada aos programas de televis o e a grande carga de informa o despejada diariamente na popula o o v deo documento Oficinas Culturais na TV epis dio O imagin rio no S culo XX produzido pela Funda o Padre Anchieta explica que o imagin rio vem sendo preenchido no atual contexto pelas imagens da m dia Tal document rio deixa evidente a id ia de qu
114. dou esta e outras quest es O evento constituiu se de nove grupos de discuss o sobre as politicas p blicas de comunica o na Am rica Latina e otimiza o das TIC para a democratiza o da Comunica o Brittos e Bola o 2005 participando do referido evento indicam que a luta em prol da democratiza o da comunica o continua em perspectiva ampla A situa o das comunica es no pa s n o hoje menos tr gica do que era h 20 anos atr s ainda durante o per odo de ditadura militar Permanece o mercado oligopolizado embora a Globo j n o mantenha os mesmos indices de audi ncia que alcan ava Em compensa o desde 1988 o Brasil conta com sistemas de televis o por assinatura depois de muita oposi o da pr pria Globo temerosa de que a entrada das novas tecnologias de transmiss o televisiva representasse a oportunidade de ingresso de novos agentes No entanto apesar de novos entrantes efetivamente terem passado a participar do neg cio brasileiro de TV como o tradicional grupo editorial nacional Abril e corpora es transnacionais a exemplo da Warner e Sony a Globo conquistou a lideran a tamb m deste mercado na programa o e na distribui o onde est refluindo sua participa o devido crise econ mica do conglomerado al m de ter avan ado sobre outros neg cios como Internet e cinema atrav s de iniciativas pr prias de associa es A democracia na m dia sob o ponto de vista da par
115. e informa o e ainda quanto natureza da a o pedag gica frente s mudan as e impactos provocados por estes Discutindo sobre os c digos da modernidade para a Educa o resumidos pelo chileno Martin Hopenhayn em formar recursos humanos para uma nova realidade construir cidad os e desenvolver sujeitos aut nomos Barbero 1999 explica sobre o papel e a natureza da pr xis escolar afirmando que a Educa o n o pode ignorar as transforma es do mundo do trabalho A escola precisa incorporar em suas pr ticas o que proposto pelas inova es nas formas de produ o em rela o s novas linguagens e saberes A constru o da cidadania tem a ver com o preparo para a leitura do mundo com mentalidade questionadora e cr tica A Educa o se constituir moderna medida que suas pr ticas sejam capazes de desenvolver sujeitos aut nomos no modo de pensar e agir frente ao seu contexto social Tal realidade n o pode ser conduzida por meio de posturas modernosas definidas nas palavras de Demo 2001 como posturas que equivalem s pr ticas com apar ncia e verniz moderno para disfar ar e perpetuar paradigmas educativos tradicionalmente estabelecidos Segundo este a educa o moderna n o deve ceder tenta o do modernoso porque decairia em imita o canhestra do que se diz moderno permanecendo na farsa h universidades modernosas que ostentam pr dios modernos e campi imponentes mas
116. e a arte do discurso entre os Sofistas Plat o e Arist teles teorizando sobre ret rica e discurso estudos sobre os meios de comunica o no in cio do s c XX com a urbaniza o capitalismo industrial e sociedade de consumo o nascimento da Teoria da Comunica o nos EUA com mass communication research em 1930 no contexto da I e II Guerra os meios de comunica o exercendo papel de persuas o sendo a propaganda de Joseph Goebbels na Alemanha Nazista e as t cnicas de comunica o na Guerra Fria exemplos expressivos de manipula o para fins pol tico ideol gicos os estudos da Escola de Chicago nos EUA voltados para a perspectiva interacionista que se op e concep o persuasiva da comunica o a Escola de Frankfurt com a Teoria Cr tica no in cio da d cada de trinta na Europa promovendo vis o cr tica sobre a manipula o ideol gica e mercantiliza o cultural pelos meios de comunica o Os estudos da d cada de setenta na Am rica Latina que discutem teses sobre o imperialismo cultural pelos meios de comunica o Completando se o quadro com estudos culturais sobre a media o da comunica o na d cada de noventa 2T A Comunica o no contexto da Globaliza o freq entemente caracterizada como processo de unifica o e aproxima o entre os povos pelo desenvolvimento de sistemas de comunica o que rompem com barreiras de tempo espa o e permitem a democratiza o da informa o Segundo Candau 2002 a
117. e a pr pria m dia televisiva alerta que a televis o controla rela es sociais e familiares ocupa o tempo que as fam lias teriam para dialogar e estar juntos Sobre a possibilidade de viver sem a televis o algumas pessoas entrevistadas durante o programa declararam 1 minha tv quebrou a fiquei louca no outro dia j foi pro sic conserto E igual comida comida n o pode faltar 2 Eu gosto de copi o que eles fais sic entendeu pro que eu sic gosto di copia o qui eis fais sic eu gostaria de ser talvez algum atores de filme sic 71 Revelando o valor da televis o no cotidiano o programa apresenta dentre outros o profissional de jornalismo Luiz Gleiser diretor de programa o da Funda o Padre Anchieta explicando que n o existe imparcialidade na produ o de not cias e imagens midi ticas segundo ele N o existe imparcialidade n s fazemos constructos n s constru mos vis es da realidade dentro de padr es est ticos mais ou menos firmes mais ou menos v lidos num determinado momento da sociedade mas s o constru es da realidade grifo nosso Ainda no mesmo programa o jornalista Gilberto Dimenstein explica que o jornalismo mais ou menos uma m dia do que a gente acha que seja do interesse coletivo e o direcionamento dado pelos produtores de tev ao noticiarem um fato Rubem Edwald Filho outro jornalista participante do programa d
118. e necessidades sociais atuais expressam inseguran a e desconforto em rela o ao trabalho com meios de comunica o na escola Sobre a iniciativa dos projetos de forma o para os meios dissertados neste estudo apontamos como positiva a supera o das dificuldades e inseguran a dos docentes assim como a eleva o do n vel da auto estima de alunos professores e comunidade em geral que trabalham com as diferentes reas da perspectiva educomunicativa A pesquisa demonstra que na realidade investigadas a Educomunica o pode se tornar uma das metodologias de ensino e aprendizagem mais poderosas para atender as necessidades sociais atuais em rela o aos meios de comunica o por considerar priorit rios os espa os e os produtos dos meios a leitura cr tica e a produ o midi tica e a comunica o por parte daqueles que est o cercados pela cultura midi tica A Educomunica o campo emergente de pesquisa e atua o proporciona o empoderamento comunicativo dos sujeitos sociais mas necessita do fortalecimento dos processos de forma o de educadores Mais do que do que ensinar com tecnologia necess rio promover o desenvolvimento de pensamento questionador sobre o que nela est posto e como est posto Compreendemos finalmente que o tema tratado por este estudo a partir dos conceitos desenvolvidos pela Educomunica o retoma as premissas de Freire 2000 e 139 demonstra que utilizar a televis o para e
119. e os depoimentos da minoria que gostaria de ser e tem o costume de imitar o que v na tev apontamos J R A S aluno sem televis o em casa sim flash ARC Sim Avril Lavign emitar sic senas sic de novelas com primos e tamem sic de filmes de carro ou moto A P M B sim Gisele B tchem sic a Gisele B tchem sic disfilando sic Na turma da Escola L 13 alunos n o gostariam de ser como personagens da tev e 12 alunos gostariam de ser como algu m da tev Sobre imitar personagem 14 alunos n o t m este costume 10 alunos afirmaram o contr rio D C s s ser como Juliana paz a Jiselle Binchen sic imitar o comercial da SKOL porque legal M C M Cantora americana de m sica pop 7 Top model internacional 123 ser como o personagem neo sic do filme matrix porque ele rico B A V Sim como a Carolina Digma sic porque ela muito bonita imitar a propia sic Carolina Digma sic Hip tese 02 Crian as n o distinguem fic o de realidade Expressam segundo sua no o de certo e errado na televis o a prefer ncia pelos programas Para identificarmos percep es quanto fic o e realidade perguntamos na linguagem dos alunos quais programas passam coisas de verdade e quais programas passam coisas de mentira Percep o fic o e realidade Na turma da Escola J Tel
120. e trabalho do Canal Educativo Municipal no per odo de 1995 at 2000 92 parcerias com a Funda o Mokiti Okada SP TV Educativa do Paran e Emater Londrina PR Bonneville Communications e produ o pr pria Veiculando programa o diariamente pelo canal 36 e depois canal 16 de TV a cabo das 7h30min s 21h30 min a TV CEM manteve conv nio com a NET Londrina e SERCOMTEL que garantiram aparelhos de TV e cabeamento para vinte e tr s escolas que recebiam a programa o na sala de aula A grade de programa o era definida com os seguintes princ pios e prefer ncia e finalidades educativa art stica cultural e informativa visando a integra o da comunidade e respeito aos valores ticos e sociais da pessoa e da fam lia favorecendo a integra o de membros da comunidade e n o discrimina o de ra a religi o sexo convic es pol ticas ideol gicas e partid rias e condi o social nas rela es comunit rias Os objetivos propostos o conte do educativo e cultural dos programas a faixa et ria do p blico alvo em sua maioria alunos e professores o hor rio de funcionamento das escolas a comunidade atendida o formato e a dura o dos programas tamb m representavam crit rios para a defini o da programa o A grade de programa o era formada por filmes clipes musicais reportagens debates telejornais document rios desenho animado e outras grava es Ap s a reda o de sinopse e minutagem
121. eatle E U A mostrando que as crian as que assistem muita TV sofrem problemas de desaten o por France Presse Alimentos gordurosos s o os mais anunciados pela TV por Ag ncia Brasil MP ingressa com a o contra Gugu Liberato sobre a banaliza o da viol ncia e apologia ao crime em programa de audit rio por Ag ncia Estado 15 Cabe aqui nossa reflex o e investiga o quanto ao papel e trabalho que as escolas v m desenvolvendo com as TIC atrav s dos seguintes questionamentos quais pr ticas professores de 1 a 4 s ries de Redes P blica e P blica Privada t m adotado em rela o televis o Como a recep o que crian as destas realidades fazem da televis o De acordo com Moran 1991 p 24 O processo ideal consiste em ter uma pol tica ampla e efetiva de colocar a quest o da comunica o como uma quest o importante dentro da escola De um lado utilizando os meios de comunica o para dinamizar as aulas educando os alunos para uma compreens o mais ampla dos meios de comunica o e ajudando os a integrar as linguagens convencionais e as audiovisuais N o se pretende transformar a educa o para a comunica o na quest o central mas tir la da condi o marginal grifo do autor Minha atua o como professora do Ensino Fundamental de 1990 at 1994 na Rede P blica Municipal e com adolescentes de 5 a 8 s ries na Rede P blica Estadual de Ensino com a Disciplina de Lingua I
122. eee sic eu fiz um que eu achei que contribuiu bastante sobre crian as ah Me fugiu o termo crian as muito agitadas tem um termo nossa fugiu o termo hiperativas isso com crian as hiperativas porque eu tenho uma crian a hiperativa na minha sala eu achei assim que este curso me ajudou me ajudou bastante sic E esses cursos que a gente faz tamb m de grupos de estudos que sempre a supervisora convida algumas pessoas para falarem sobre alguns temas como dificuldades de aprendizagem ent o todos estes cursos foram validos 05 Qual a sua jornada de trabalho di ria Quatro horas 06 Quais atividades voc normalmente realiza fora do hor rio de trabalho Fora do hor rio de trabalho eu tarde levo as crian as ao col gio depois disso pago alguns t tulos da empresa do meu marido nos bancos e de lazer tamb m Fa o massagem duas vezes na semana fa o aulas de muscula o fa o aulas de gin stica localizada por recomenda o m dica sic 07 Voc conhece a atual programa o da televis o e que m dia de tempo voc passa diariamente vendo televis o Olha a programa o que passa sic da maioria eu tenho conhecimento agora o tempo que fico na televis o e s de noite ainda que n o fico assistindo que eu sento para assistir e aquele tempo assim enquanto voc est jantando a televis o est ligada voc acaba vendo sic geralmente na novela das 173 oito voc esta ali
123. efine o imagin rio como uma realidade fict cia indicando as trilhas musicais de televis o e cinema os programas de audit rio e outros de fic o como os que preenchem o imagin rio hoje A m dia televisiva apontada como o sustento da necessidade em se acreditar em mitos imagens e produtos constru dos pela publicidade que faz como ningu m com que estes se apresentem milagrosos redentores de problemas frustra es e fracassos Tais depoimentos revelam que de imagens pr fabricadas que a popula o vem preenchendo o imagin rio e formando a vis o a cerca da realidade Estudos de Baccega 20024 corroboram para o entendimento desta constata o Para a autora o resultado da edi o que preenche o imagin rio sobre o desconhecido sobre os valores de outras culturas Editar construir uma realidade outra a partir de supress es ou acr scimos em um acontecimento Ou muitas vezes apenas pelo destaque de uma parte em detrimento de outra Editar portanto reconfigurar alguma coisa dando lhe novo significado atendendo a determinado interesse buscando um determinado objetivo fazendo valer um determinado ponto de vista BACCEGA 2002a p 10 Esta an lise revela que a televis o n o reflete os fatos tal como eles se apresentam na realidade captados dentro de uma tica e plano eles s o trabalhados normalmente dentro de uma outra vis o com o reconhecimento e valor sem ntico determinado de acordo com
124. eiro uma das consultoras e colaboradoras do Curso de Extens o TV na Escola e os Desafios de Hoje idealizado e realizado pela UniREDE UNB SEED MELC CARNEIRO 2000 com o objetivo de capacitar profissionais de institui es p blicas de Ensino Fundamental e M dio para uso das TIC no cotidiano escolar especialmente a programa o do projeto TV Escola O curso organizado em tr s m dulos de estudo de sessenta horas apresenta perspectivas atuais de educa o com tecnologias atrav s do uso de v deos material impresso rar 55 e outras m dias Sanch z 1999 p 83 87 tamb m indica tr s objetivos diferenciados quanto ao ensino e a rela o entre televis o e escola formar para os meios formar com os meios e formar a partir dos meios grifo do autor Conforme o guia do curso SEED MEC e UniRede CARNEIRO 2000 os impressos especialmente elaborados para o curso s o Guia do Curso TV na Escola e os Desafios de Hoje M dulo 1 Tecnologias e educa o desafios e a TV Escola M dulo 2 Usos da TV e do v deo na escola M dulo 3 Experimenta o planejando produzindo analisando e v deos veiculados pela TV Escola 87 Cada m dulo traz atividades para o refor o da aprendizagem e avalia o do desempenho dos participantes que ao final apresentam aos tutores de ensino um memorial de estudo com atividades e um trabalho de conclus o de curso com proposta de utiliza o de audiovisuais com alunos Enq
125. ejornais s o considerados pela maioria dos alunos como programas que passam coisas de verdade ou realidade Os Desenhos Animados s o considerados programas que passam coisas de mentira ou fic o Na turma da Escola K Os Telejornais tamb m s o citados como programas que retratam coisas de verdade ou realidade Os Desenhos Animados seguidos das Telenovelas s o considerados programas que passam coisas de mentira ou fic o Na turma da Escola L a maioria tamb m considerou os Telejornais como programas que retratam a realidade A Telenovela como programa que passa coisas de mentira Os alunos apresentam no o de fic o e realidade na tev quando falam sobre os programas que passam coisas de verdade e coisas de mentira mas confundem atores e atrizes com personagens interpretados especialmente em Telenovelas Desenhos Animados e Filmes conforme desenhos feitos pelos alunos anexo H Nenhum aluno pronunciou se a respeito de edi es cortes ou produ o nos programas de televis o De acordo com a professora da turma da Escola L os alunos se projetam nos personagens e v em a representa o como a sua realidade prefer ncia expressa segundo a no o de certo e errado na tev Quanto no o de certo e errado perguntamos tamb m na linguagem dos alunos quais programas passam coisas ruins e erradas e quais programa passam coisas boas e 124 certas Analisamos ent o se os programas preferidos pela maioria s
126. em 1988 de 15 estados a serem complementados pelas previs es do MEC somente 08 o foram em 2002 e 2003 a quantia caiu para 04 Informa o dispon vel em http tvebrasil com br salto boletins2004 feb text3 htm Discurso proferido pelo Ministro da Educa o Paulo Renato de Souza BRASIL MEC TV Executiva compacto do programa TV Executiva MEC transmitido em 23 05 97 sobre LDB coordena o Geral Assessoria de Comunica o Social com apoio da RADIOBRAS e EMBRATEL dura o 115 00 son color veiculada em 01 08 97 Informa o dispon vel em lt http tvebrasil com br salto boletins2004 feb text3 htm gt 49 Por m ao assumir os aspectos problem ticos do FUNDEF como o n o cumprimento de seus objetivos b sicos inst ncias sociais e pol ticas discutem atualmente a transposi o do FUNDEF para o FUNDEB Este teria a fun o de ampliar o financiamento existente a toda educa o b sica no entanto a omiss o e desrespeito da Uni o ao compromisso de suplementa o de recursos e fixa o de ndice por aluno abaixo do valor legal calculado e poss vel impacto com a amplia o dos gastos s o fatores que levam a questionar quanto possibilidade de concretiza o de tal proposta Considerando que o entendimento das diferentes reas do conhecimento dos Par metros Curriculares Nacionais demanda estudo espec fico passamos a compreens o do processo de implanta o dos PCNS Para Teixeira 2002 o estabelecimento
127. em o filme por prazer pra sic assistir a eles fazem uma vota o pra ver qual filme eles querem assistir a n s avaliamos o filme classificamos o filme sic se sic com dia fazemos tudo aquilo e avaliamos o filme se valeu a pena ter assistido a eles j vem no final do trimestre mais cr ticos pra sic assistir o filme Ent o feito este trabalho eles sempre querem trazer filme se deixar toda semana eles trazem um DVD Acho que faz tr s anos que estou na escola trabalhando com Periodomus e ainda n o assistir por assistir Ainda n o aconteceu na minha aula s mais did tico mesmo com objetivo educativo ou com um filme que tem haver com o conte do que a gente est trabalhando com ci ncias algum filme da biblioteca quando voc fala filme do que voc est falando Alguns s o filmes mesmo s o longa metragem mesmo outros s o document rios mas hoje como tem a internet s vezes a gente at esquece de pegar estes filmes que tem na videoteca pra sic gente estar trabalhando a gente vai falar sobre o universo uma coisa assim sic s vezes tem um filme na videoteca que fala sobre mas com a Internet a gente nem assiste s vezes uma aula de internet visual sic d uma pesquisada na internet e v os movimentos sic Ent o a gente n o utiliza muito mas n s temos bastante filmes pra sic ajudar no conte do n sic 29 Voc j levou para a sala de aula algum programa da tev aberta para ser anal
128. endo que a professora da turma da Escola L trabalha o dia todo em uma escola e a professora da turma da Escola J trabalha em escolas diferentes A professora da turma da Escola K trabalha 4 horas por dia A professora da turma da Escola J passa maior parte do tempo em casa pesquisando e estudando seu lazer ver televis o ela conhece os programas do hor rio noturno referiu se s Telenovelas e Document rios como os programas preferidos A professora da turma da Escola K passa o tempo livre cuidando dos filhos auxilia o marido no trabalho e pratica atividades esportivas e recreativas Ela afirma conhecer a programa o mesmo que o tempo com a televis o esteja restrito ao per odo noturno e o ato de assistir tev esteja associado a outras atividades A professora da turma da Escola L afirma que seu conhecimento sobre a programa o restringe se tamb m ao hor rio noturno sendo relevante o fato de que s vezes ela liga a tev para n o se sentir s e que ela n o assiste aos programas ela ouve e realiza outras atividades ao mesmo tempo assim como a professora da turma da Escola K De acordo com Barros Filho 1999 p 20 n o raro receptores usam a m dia como pano de fundo para outras atividades Por exemplo ouvir r dio lavando lou a assistir TV cortando unhas folhear jornal tomando caf Para Donohew Nair e Finn 1980 poder amos comparar este tipo de receptor ao piloto autom tico de um avi o A
129. er ncia em educa o L tem 405 alunos matriculados de 02 a 10 anos nos turnos matutino e G Certifica o de Escola Legal recebido pelo SINEPE Sindicato das Escolas Particulares do Paran que realiza a campanha Escola Legal visando fiscalizar e orientar as escolas particulares que trabalham dentro dos padr es da legisla o e das normas estabelecidas pelo sindicato Mant m parceria com o Sistema de Ensino Pueri Domus Escolas associadas que agrega cerca de 150 escolas com projeto pedag gico que valoriza a constru o do conhecimento S o caracter sticas deste sistema parceria pioneirismo programa composto por projetos ousadia e seguran a seriedade e transpar ncia foco na aprendizagem e n o no ensino educa o para a vida e n o para o vestibular forma o integral aprendizagem significativa e n o mecanicista 106 vespertino divididos em 26 turmas de Educa o Infantil e Ensino Fundamental de 1 at 4 s rie com gradativa expans o da 5 at 8 s ries A escola atende 53 alunos na s rie investigada divididos em duas turmas sendo os participantes desta pesquisa do per odo vespertino de car ter privado constru da em alvenaria em rea til de 1 500 m composta por 14 salas de aula cozinha refeit rio 10 banheiros laborat rio de Ci ncias laborat rio de Inform tica quadra de esportes biblioteca p tio para recrea o e sala de professores A escola e seus mobili rios encontram
130. esas norte americanas ficam com 55 do total as europ ias com 25 a sia com 15 e os pa ses ibero americanos com 5 Para Canclini Globaliza o no atual est gio pode ser definida como Objeto Cultural n o Identificado OCND pois a integra o monet ria prevalece sobre a social e deixa de considerar a quest o cultural Renato Ortiz refere se s transforma es resultantes da globaliza o com a seguinte id ia no fundo o processo de Globaliza o n o o fim das fronteiras o fim de determinadas fronteiras e a abertura de novas t o interessante isso que na Fran a eles criaram um termo chama se bresiliennization brasilianiza o este termo significa o seguinte olhem para o Brasil se n s n o tomarmos cuidado ficaremos como eles ORTIZ 2000 p 77 grifo do autor Consideramos neste sentido oportuna a reflex o de Canclini em rela o integra o atrav s de disputas que levam ao desemprego migra o em busca de melhores condi es de vida que resultam em conflitos tnicos culturais para os exclu dos do capital embora pol ticos e empres rios interpretem a globaliza o como a converg ncia da humanidade rumo a um futuro solid rio CANCLINI 2003 p 08 Sob este ngulo questionamos at que ponto o entendimento entre as na es em plena era das TIC que tornam irrestrita e globalizada a comunica o contribui para o progresso da humanidade considerando o con
131. esdobramentos na pol tica brasileira S o Bernardo do Campo UMESP 2002 RUDIO Franz Victor Introdu o ao Projeto de Pesquisa Cient fica 30 ed Petr polis Vozes 2002 SANCHEZ Francisco Martinez Os meios de Comunica o e a sociedade In BRASIL Minist rio da Educa o Mediatamente Televis o Cultura e Educa o Bras lia SEED 1999 p 55 87 SAVIANI Demerval Da nova LDB ao Novo Plano Nacional de Educa o por uma outra pol tica educacional Campinas Autores Associados 1998 A nova lei da educa o trajet ria limites e perspectivas Campinas Autores Associados 1999 150 SEMIN RIO INTERNACIONAL LATINO AMERICANO DE PESQUISA DA COMUNICA O 3 S o Paulo 2005 Democratizar a Comunica o uma tarefa pendente Dispon vel em lt http www eca usp br alaic cally20 for 20papers htm gt Acesso em 17 mar 2005 SILVA Ezequiel Teodoro da Revaloriza o do livro diante de novas m dias tema 4 Produ o do Minist rio de Tradu o e Cultura Bras lia 2003 TV Escola Salto para o futuro S rie Pedagogia de projetos e integra o de M dias 1 videocassete 60 min VHS son color SILVA Magno Medeiros da Educa o face m dia interacionismo e media es Comunica o e Informa o Goi nia v 1 n 2 p 266 282 jul dez 1998 SOARES Ismar de Oliveira Comunica o Educa o emerg ncia de um novo campo e o perfil de seus profissionais 1998 Dispon vel em lt http
132. essup e a produ o midi tica e ainda reas de Express o Comunicativa atrav s das artes e Gest o Comunicativa 138 Os depoimentos de professores que participaram dos projetos de forma o para pr ticas com a tev corroboram para o fato de que a restri o da leitura escolar a textos e imagens impressas n o se deve exclusivamente a uma tradi o ou resist ncia ao uso da televis o na escola mas a falta de forma o espec fica Apontamos que tanto a opini o dos profissionais participantes de tais projetos quanto dos professores entrevistados por esta pesquisa volta se para a necessidade do trabalho de leitura cr tica da m dia televisiva com alunos no ensino de 1 a 4 s ries A presente investiga o revela ainda que as pol ticas e reformas educacionais brasileiras pouco tem contribu do para a efetiva o de pr ticas escolares com a televis o e outras m dias Os Par metros Curriculares Nacionais defendem apenas em tese os pressupostos que inter relacionam os conceitos de Educa o e Comunica o na escola Os esfor os partem de a es isoladas conforme demonstra o panorama educacional no estado do Paran estado de S o Paulo e outros As consegi ncias das pol ticas educacionais da d cada de noventa caracterizadas pela qualidade com o m nimo de investimento nas escolas e seus profissionais recaem sobre o modo de pensar e agir de professores que despreparados para pr ticas que correspondam aos anseios
133. estabelecidos pela escola e pela tev mas n o estabelecem rela es entre eles A an lise apresentada a seguir revela o lugar ocupado pela televis o no cotidiano de alunos e professores nos planejamentos e pr tica pedag gica do Ensino Fundamental de 1 a 4 s ries das Redes P blica Municipal e Privada de Ensino em Londrina 102 5 TELEVIS O NO ENSINO DE 1 A 4 S RIES RECEP O DE ALUNOS E PR TICA DE PROFESSORES 5 1 UNIVERSO DA PESQUISA Optamos pela coleta dos dados na cidade de Londrina estado do Paran pelo amplo campo de investiga o educacional O munic pio de Londrina conta com popula o estimada pelo senso de 2004 de 480 822 habitantes sendo 51 70 o percentual da popula o economicamente ativa O munic pio foi instalado em 10 de dezembro de 1 934 pelo Decreto Estadual n 2 519 de 03 de dezembro de 1 934 Situa se a 380 Km de Curitiba capital do estado Paran com latitude entre 23 08 47 e 23 55 46 de Latitude Sul e entre 50 52 23 e 51 1911 a Oeste de Greenwich e ocupa segundo o IBGE 1 724 7 Km cerca de 1 da rea total do Estado do Paran figura 1 A densidade demogr fica do Munic pio de 259 07 hab Km IBGE 2000 Figura 1 Localiza o do munic pio de Londrina A cidade conta com 188 estabelecimentos de Ensino Fundamental A Rede Municipal de Ensino possui 4 221 alunos matriculados nos Centros Municipais de Educa o 103 Infantil e pr escola 29 320 al
134. estaca o computador o eletr nico de menor incid ncia nesta realidade Na turma da Escola K destacamos a presen a do v deo cassete e do v deo game o n mero de alunos com aparelhos de DVD e computador maior que da turma da Escola J por m menor que da turma da Escola L que possui o maior ndice de alunos com televis o a cabo dentre as tr s escolas investigadas assim como de alunos com computador sendo que os alunos das turmas das escolas K e L mencionaram acesso Internet Considerando o tema de interesse perguntamos sobre o n mero de aparelho de televis o em casa 07 aparelhos 13 04 aparelhos 1 BD ESCOLA L 5 03 aparelhos E 8 E ESCOLA K 2 E ESCOLA J 02 aparelhos O 4 Aapee e 15 N o tem P 0 5 10 15 20 Gr fico 7 Aparelhos de TV na Casa Apenas 02 alunos um da turma da Escola J e um da turma da Escola K n o possuem televis o em casa O n mero de aparelhos de televis o por fam lia nas turmas das Escolas K e L maior em compara o turma da Escola J com m dia de um aparelho por resid ncia A m dia da maioria dos alunos da turma da Escola K de dois aparelhos e da turma da Escola L quatro aparelhos sendo relevante um dos alunos da turma da Escola L mencionar sete aparelhos de tev em casa Perguntamos sobre a disposi o dos aparelhos nas casas para identificarmos o ndice de alunos com televis o no quarto 113 Quarto dos pais o ESC
135. evis o fruto de sua hist ria pol tica econ mica e cultural Discuss es em torno do controle dos meios de comunica o mais especificamente em torno da televis o s o necess rias Neste sentido preciso que se pense em pol ticas p blicas de comunica o e inclus o digital como partes de um projeto maior de inclus o social e de expans o da cidadania uma vez que grande parcela da sociedade desconhece a estrutura do monop lio dos meios de comunica o 1 4 EDUCA O PARA M DIA amp M DIA E EDUCA O CONSUMO E CIDADANIA A mudan a na forma de consumir ditada pelas m dias especialmente televisiva alterou a forma o da identidade e exerc cio da cidadania que passa a ter forte rela o com a capacidade de compra e uso fruto de bens materiais e culturais que a m dia veicula Para Canclini 1995 p 15 atualmente as identidades configuram se no consumo dependem daquilo que se possui ou daquilo que se pode chegar a possuir Apresentando an lises que corroboram com esta vis o Debord 2002 explica que o predom nio da economia sobre a vida social resulta na evidente degrada o do ser para o ter ou seja a realiza o humana ocorre pelo consumo e ac mulo de bens 39 materiais em que as pr ticas sociais regidas pela economia resultam no deslizamento do ter para o parecer O parecer ser resulta em prest gio poder e aceita o social onde o que importa n o o ser em si mas o
136. ferenciou se a partir do s c XVII ela agora tinha um traje reservado sua idade que a distinguia dos adultos Esse fato essencial aparece logo ao primeiro olhar lan ado s numerosas representa es de crian as no in cio do s culo XVII Ainda conforme Postman a reorganiza o social da vida moderna decorrente da inven o da Prensa de Gutenberg foi fator determinante para o surgimento da inf ncia Em outras palavras houve a separa o da crian a do mundo adulto com as mudan as na tecnologia da comunica o que alteram a estrutura de interesses o car ter dos s mbolos e a natureza da comunidade que naquela poca determinou a participa o das crian as no mundo adulto pelo dom nio da leitura Da a necessidade de reorganiza o da escola e surgimento da inf ncia associada aprendizagem dos c digos da leitura que conviveu por um longo per odo com pr ticas educacionais que n o consideraram o desenvolvimento cognitivo biol gico e afetivo de crian as no processo ensino aprendizagem Os princ pios educacionais determinados por Montaigne Locke e Rousseau tamb m foram decisivos para a caracteriza o da inf ncia no in cio da Idade Moderna Disseminados no per odo de expans o do humanismo liberal cl ssico estes representaram o 3 Alfabetiza o social ou socializada a maioria das pessoas pode e t m o direito de ler Alfabetiza o corporativa a leitura ensinada e praticada estritamente e
137. ficar a pr tica pedag gica com a televis o em escolas de 1 a 4 s ries e Investigar a recep o que alunos de 1 a 4 s ries fazem da televis o e Verificar influ ncias da televis o sobre alunos de 1 a 4 s ries Partimos de uma revis o bibliogr fica abrangendo estudos que contemplam as interfaces entre Comunica o e Educa o inseridas em contextos constru dos pelas rela es sociais econ micas e pol ticas em diferentes momentos da hist ria incluindo o cen rio atual regido pelas pol ticas neoliberais sob a gide do sistema capitalista de governo 17 Tecemos no primeiro cap tulo considera es acerca da rela o Educa o amp Comunica o e evidenciamos os sentidos de que se reveste a comunica o no contexto da globaliza o Explicitamos que a globaliza o comunicacional resulta em uma hibridiza o cultural que n o contempla por via de regra na homogeneiza o pela recep o passiva dos produtos simb licos veiculados pela ind stria cultural como defendiam te ricos da Escola de Frankfurt Tra amos breve panorama dos movimentos em prol da democratiza o dos meios de comunica o no Brasil e analisamos o papel da educa o para a m dia como uma quest o de forma o para a cidadania voltada ao consumo que no atual contexto tem se configurado como pr tica que influencia a forma o da identidade Pontuamos no segundo cap tulo considera es sobre o papel da educa o no
138. ficinas Culturais na TV 1 videocassete 30min VHS son color GADOTTI Moacir Hist ria das id ias pedag gicas S o Paulo tica 2003 GENTILI Pablo Neoliberalismo e educa o manual do usu rio In SILVA Tomaz Tadeu da GENTILI Pablo Escola S A quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Bras lia CNTE 1996 GENTILI Pablo A SILVA Tomaz Tadeu da Org Neoliberalismo qualidade total e educa o vis es cr ticas Petr polis Vozes 2002 GARCEZ Luc lia Helena do Carmo A Leitura da Imagem In BRASIL Secretaria de Educa o a Dist ncia Integra o das Tecnologias na Educa o Bras lia 2005 p 107 111 145 GHILARDI Maria In s M dia Poder Educa o e Leitura In BARZOTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa o e Leitura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 p 103 112 GHIRALDELLI JUNIOR Paulo Pedagogia e inf ncia em tempos neoliberais In Inf ncia educa o e neoliberalismo S o Paulo Cortez 2002 p 11 41 Filosofia e Hist ria da Educa o Brasileira S o Paulo Manole 2003 GORNI Doralice Ap Paranzini Sistema Estadual de Educa o do Paran qualidade e avalia o 1999 Tese Doutorado Universidade Estadual Paulista Mar lia A reestrutura o do Ensino Fundamental do Paran ap s a abertura democr tica do Brasil retrospectiva e perspectivas Londrina Ed UEL 2002 HAMBURGUER Esther
139. fus o pela regulamenta o e democratiza o do r dio com a cria o em 1992 da ARLESP e ARLIVRE que fazem parte da ALEC Paralelamente segue a defesa da regulamenta o do v deo popular com a cria o da ABPV que entre outras a es atua na cria o de leis que regulamentam o servi o de televis o a cabo A terceira cena traz tona a expans o de televis es alternativas representadas por setores religiosos que come am a disputar espa o pela comunica o atrav s de ONGs e f runs como Encontro Nacional de Imprensa Cat lica Encontros do setor de Comunica o Social da CNBB e da Uni o Cat lica Brasileira de Comunica o 1 Segundo o autor os dados foram obtidos em NOVAES 1999 36 A ltima cena marcada por debates e lutas em prol da implementa o de Canais Comunit rios de Televis o sendo pioneira a experi ncia da TV Porto Alegre que entrou em funcionamento com sinais emitidos por cabo difus o em 1996 sob a coordena o de movimentos e institui es sociais Tal fato desperta o interesse de corpora es de m dia pela explora o comercial deste setor privilegiadas pela regulamenta o governamental que estabelece como condi o para o funcionamento daquelas a difus o de programas via sat lite A regulamenta o do Conselho de Comunica o Social em 1991 pela Lei Federal 8389 91 representou um avan o tardio em rela o ao que prescrevera a Constitui o para a fiscaliza o e promo o
140. gentes penitenci rios entre outros s o apontados como clientela de risco Schaufeli et al 1994 apud CODO 1999 chegaram a afirmar que este o principal problema dos profissionais de educa o A sindrome burnout definida por Maslach e Jackson 1981 apud CODO 1999 como uma rea o tens o emocional cr nica gerada a partir do contato direto e excessivo com outros seres humanos particularmente quando estes est o preocupados ou com problemas Cuidar exige tens o emocional e cada gesto no trabalho O trabalho se envolve afetivamente com os seus clientes se desgasta e num extremo desiste n o ag enta mais entra em burnout CODO 1999 p 238 59 3 EDUCA O PARA VIS O CR TICA DA TELEVIS O 3 1 INF NCIA E EDUCA O CONSTRU O SOCIAL E HIST RICA De acordo com Postman 20024 a concep o de crian a tal como a conhecemos hoje inexistia at o final da Idade M dia pela aus ncia de educa o escolarizada alfabetiza o e conceito de pudor uma vez que as crian as n o eram privadas de aspectos exclusivos do mundo adulto Elas viviam emboladas com as intimidades sexuais necessidades biol gicas e outras situa es que n o consideravam conceitos de higiene sa de e limpeza condizentes aos atuais padr es e concep o de inf ncia Estudos de ries 1981 considerando a mentalidade e as atitudes para com a inf ncia do s c XVI ao s c XVIII revelam que as primeiras manifesta es em rela o crian
141. gramas de jovens fora da faixa et ria que eles assistem mas l na Malha o n o acontece isso ent o quer dizer eles colocam a televis o como a realidade da vida deles eles se projetam na tev l n o aconteceu isso e na escola temos que mostrar que l n o a realidade que aquilo n o real que a realidade aqui o agora que estamos passando sic 36 Como voc v a posi o das fam lias hoje em rela o a leitura de imagens da televis o pelas crian as RESPONDEU ANTERIORMENTE ANEXO G Prefer ncia pelos Programas Desenho de Alunos 180 181 ANEXO G Prefer ncia pelos Programas Desenho de Alunos eU SA Ter E Lado CO eb ita men ANEXO H Fic o e Realidade Identifica o Desenho de Alunos 182 183 ANEXO H Fic o e Realidade Identifica o Desenho de Alunos ANEXO I Capa exemplar TV CEM em Revista 184 ANEXO I Capa exemplar TV CEM em Revista 185 ANEXO J Capa exemplar CEMZINHO 186 187 ANEXO J Capa exemplar CEMZINHO OL AMIGUINHO VAMOS CUIDAR DO AMBIENTE PARA GARANTIRMOS UMA VIDA SAUD VEL CANAL 16 NET ESPECIALMENTE PRA VOC I IRTE PAPEL OU TECIDO E Ch NAS BANDEIRINHAS SA ms
142. horas por escola tornaram se insuficientes diante do interesse desconhecimento e d vidas dos professores especialmente com a proposta de leitura dos programas da televis o comercial 6 De acordo com nota do Jornal de Londrina 28 01 2006 informe JL a reativa o da emissora municipal est sob a coordena o do diretor de marketing da SERCOMTEL Celular Bernardo Pellegrini quando estiver no ar o CEM ser retransmitido pelo Canal 16 da NET amp Entendemos conforme indica Soares apud MATTOS 2004b que a diferen a entre televis o comercial e educativa perde o sentido quando se percebe que a m dia de forma geral desempenha papel educativo Por m se faz necess rio esclarecer quando nos referimos a programas educativos que tratamos da programa o do Projeto TV Escola MEC BRASIL 1996 97 A partir de 2001 o trabalho de forma o de professores foi incorporado pela Ger ncia de N cleo de Audiovisual Diretoria de Tecnologia e Apoio Educacional da Secretaria Municipal de Educa o Entre os anos de 2001 e 2002 participaram dos encontros de forma o 353 professores que em sua maioria viam o uso da televis o e do v deo apenas como mais um recurso de ensino Iniciou se ent o a pr tica de desconstru o e leitura cr tica dos elementos e da t cnica da televis o para transmiss o das mensagens e ideologias subjacentes s imagens A partir de 2003 o trabalho alcan ou amplitude pela execu o de projeto
143. humanidade deve aos meios de comunica o a possibilidade de acesso a todo tipo de conhecimento por m a universaliza o do acesso e uso dos meios marcada por desigualdades O monop lio dos meios de comunica o por corpora es de m dia representa fator comprometedor da democracia e exerc cio da cidadania por parte dos grupos sociais minorit rios Embora associe o desenvolvimento e expans o dos meios de comunica o democratiza o da informa o Barbero 2003 tamb m aponta para o fosso existente entre as classes sociais sobretudo no contexto latino em rela o s oportunidades de acesso e usos das novas tecnologias da comunica o e informa o De acordo com Canclini 2003 p 146 A parcela dos 20 mais ricos monopoliza 93 3 dos acessos Internet e disp e quando l em ingl s de 70 dos portais de informa o que em espanhol n o chegam a 2 Tal contexto abre as portas por outro lado para conflitos sociais e culturais crises de autonomia e poder do Estado que a partir da d cada de noventa passa a entregar os seus meios de produ o corpora es transnacionais tornando fr geis e ineficientes as pol ticas em rela o comunica o e outras reas Sob este ngulo a globaliza o vista por muitos como um est gio avan ado do capitalismo ou uma vers o moderna do mercantilismo com a diferen a de que naquele processo o papel do Estado era forte e neste fr gil e insipiente dian
144. ia nesse mundo impregnado desses novos valores levam para a escola todos os seus elementos Este autor esclarece que pr ticas educacionais com os novos meios de comunica o enquanto parte integrante de um processo de comunica o de id ias e valores n o tem sentido se estiverem voltadas para o encantamento pelas t cnicas ou que por outro lado temam a presen a das mesmas Inserir audiovisuais e meios de comunica o na escola com uso meramente instrumental anula as possibilidades de forma o e uso cr tico para e com estes meios Novos meios com velhas pr ticas matam e esvaziam as in meras possibilidades por eles proporcionados e fazem com que a escola fique sem futuro Conforme argumenta Postman 2002b a era da informa o exige educa o questionadora quanto s diferen as na forma simb lica de representa o da informa o ou seja a diferen a entre a pintura a fotografia a palavra e a letra entre o livro a televis o o r dio e a Internet as mudan as em rela o velocidade e quantia de informa o veiculada por cada uma destas tecnologias o modo de pensar e agir diante delas Educa o tecnol gica n o representa a t cnica pela t cnica mas aprofundamento quanto aos usos e efeitos sociais das novas tecnologias educa o tecnol gica n o implica uma atitude negativa para com a tecnologia Implica sim uma atitude cr tica Ser contra a tecnologia n o faz mais sentido do que ser con
145. ialmente os pa ses mais pobres sofrem com o contexto contradit rio de democratiza o das m dias H diversas possibilidades e facilidade de comunica o com as modernas tecnologias por um lado e por outro concentra o dos meios de comunica o nas m os de uma minoria fazendo com que cada vez menos a sociedade participe e tenha voz nos meios de comunica o No Brasil a situa o preocupante uma vez que apenas quatro fam lias det m noventa por cento dos meios de comunica o eletr nica no pa s O que existe hoje no Brasil nesta mat ria um imenso anacronismo Na verdade mais do que propriedade sobre os meios de comunica o temos propriedade privada da informa o PRETTO 1996 p 50 Em busca de espa o e afirma o o poder popular da Comunica o atrav s de organismos como a FNPDC procura a revers o do monop lio da m dia sob tutela de parlamentares da rep blica especialmente a m dia televisiva que se configura da seguinte forma de acordo com Meksenas 2002 p 184 5 A revista Veja apresenta a capa destacando a manchete Pol tico Artificial PEREIRA 2005 35 No Brasil contempor neo o poder institucional da comunica o se fortalece medida que concentra a m dia audiovisual sobretudo a televis o Em 1999 apenas seis redes nacionais de televis o com sinal aberto controlavam 356 emissoras no pa s A cobertura geogr fica dessas redes cobria 4 974 munic pios
146. ica esp cie de arapuca atraente em que facilmente ca mos Como enfrentar o extraordin rio poder da m dia da linguagem da televis o de sua sintaxe que reduz a um mesmo plano o passado e o presente e sugere que o que ainda n o h j est feito Mais ainda que diversifica tem ticas no notici rio sem que haja tempo para a reflex o sobre os variados assuntos 75 O analfabetismo quanto leitura de imagens apontado por Walter Benjamin nos anos cinq enta para as pr ximas d cadas lembrado por Pretto 1996 e Rezende 2005 resulta na postura competitiva e conflituosa por parte da escola em rela o ao discurso da televis o Silva 2003 em v deo explica que o professor n o pode inverter a rela o de autoridade com o livro did tico ou seja ele n o pode deixar o livro did tico adot lo a integra o das midias na escola sem a competi o destas entre si ou com o livro poss vel e necess ria Este complementa n o existe incompatibilidade ao se entender que juntos eles comp em um rico jogo de informa es que interagem entre si Enquanto educadores e pesquisadores consideramos tal quest o no mesmo patamar de import ncia de outras pr ticas educacionais Apresentamos assim no pr ximo cap tulo refer ncias que tratam da possibilidade de leitura da m dia televisiva na escola e processos de forma o de professores Dentre os estudos em evid ncia sobre esta quest o in
147. icados da dire o e supervis o escolar A professora da turma da Escola K citou seis encontros anuais de quatro horas para estudos e discuss es pedag gicas fora do hor rio escolar Ela troca id ias com outros professores nos hor rio de recreio e de perman ncia correspondente aos hor rios das aulas de Educa o F sica tempo que considera insuficiente A professora da turma da Escola L participa nas manh s de s bado de reuni es pedag gicas palestras estudos e leituras para planejamento e troca de id ias entre todos da escola Sobre cursos enfocando o uso da televis o na sala de aula A professora da turma da Escola J disse ter visto no Curso Normal Superior a import ncia do trabalho com 120 fitas de v deo e outros audiovisuais e sente se preparada para utilizar os recursos com objetivos educativos n o apenas por lazer A professora da turma da Escola K nunca participou de cursos sobre esta tem tica embora considere importante A professora da turma da Escola L tamb m nunca participou deste tipo de forma o De acordo com ela a televis o censurada por algumas fam lias e totalmente liberada por outras assim a escola precisa na saber lidar com estas situa es Sobre a jornada de trabalho atividades fora do hor rio de trabalho m dia de tempo dedicado televis o e conhecimento sobre a programa o da televis o comercial As professoras das turmas das Escolas J e L trabalham 08 horas por dia s
148. idades discernimento e an lise de programas que nossos alunos v em Penso em aplicar na minha oficina visto que trabalho com tica cidadania e democracia b aprendi a assistir televis o s vezes a gente assiste por assistir e n o p ra para analisar o que assiste e poder trabalhar com as crian as sobre isto c do encontro passado falei muito da propaganda com os meus alunos da escolaridade apliquei o conte do e foi um sucesso Tamb m aprendi analisar os programas e as propagandas Conforme publica o do Jornal de Londrina 12 11 02 caderno capa e p gina 4 A do caderno Cidade com a Manchete Bom ou ruim Influ ncia da TV avaliada nas escolas 9 Conforme mat ria do telejornal Primeira hora da televis o Tarob apresentada por S rgio Vrena veiculada em 15 10 04 s 7h30min e entrevista veiculada pela R dio Globo no programa Globo Cidade realizada pela jornalista Keity Alaver em 16 10 04 s 17h00 100 d achava que ia fazer um curso sobre como usar o v deo e a tev mas o como era outro A vis o cr tica enriqueceu me e foi o melhor curso que j fiz na prefeitura me abriu os olhos para a utiliza o da TV e do v deo de maneira al m de minhas expectativas f nos deu uma vis o melhor da import ncia de trabalhar com a TV e o v deo em sala de aula n o s como um momento de lazer mas sim levar os a
149. igo tem eles querem tamb m 33 Voc acha importante trabalhar com as imagens da televis o aberta com crian as na escola Por qu Comentar alguns programas eu acho importante estar falando prevenindo porque tem alguns programas que eu vejo que as crian as assistem programas que passam depois da meia noite sabe programas que eu falo pra sic eles gente voc s n o v o aprender nada com isso porque isso eles falam eu falo sempre falo comento com eles voc s escolhem Assim como a gente tem o controle da tev na m o n o deixar a tev controlar a gente se o controle est al a gente controla e hoje a maioria tem canal fechado que o canal pago eles procurarem l um canal interessante que vai somar o que eles est o vendo sic claro que tem a parte do prazer tamb m assistir por assistir mais sempre procurar alguma coisa interessante pra sic ajudar nas nossas aulas mas s vezes a m e a fam lia deixa muito vontade n sic n o v o que a crian a est assistindo Eu vejo os meus alunos eles ficam em casa com a empregada ou sozinhos ent o eles est o liberados eles assistem o que eles querem e hoje pior que a televis o a Internet a que eles fazem o que eles fazem o querem sic tamb m acho que eles est o mais na internet do que na tev Tem alunos que trazem falam sobre os programas comentam hoje por exemplo at sei qual o coment rio n sic porque sempre que sai alguma
150. inaliza o deste trabalho As escolas aos professores e alunos que gentilmente colaboraram para a viabiliza o desta investiga o Secretaria de Educa o de Londrina Diretoria de Tecnologia Educacional em especial gerente do N cleo de Audiovisual Rosilene Bassetto Cardoso Aos companheiros de trabalho do udio pela for a nas horas que precisei especialmente aos amigos Dulce Moura Le o Silene Godoy Takashe e Francisco Rodrigues Pereira Biblioteca do Professor SME DTI GNA pelas contribui es e aten o para com este trabalho e para com todos os professores que a procuram Margareth Alves Santos pelos conhecimentos em inform tica compartilhados Aos amigos Rubin a Lopes e Claudinei Stachetti pelo incentivo e espiritualidade A minha fam lia sobretudo meus pais M rcia e Marsileni tia Herc lia Adriana pelo amparo nos per odos de trope o A todas as pessoas que embora n o tenham sido mencionadas fazem parte do meu viver colaboraram e hoje vibram com o resultado deste trabalho meu sincero e eterno OBRIGADA S o ser inacabado mas que chega a saber se inacabado faz a hist ria em que socialmente se faz e se refaz Paulo Freire TANACA Joz lia Jane Corrente Educa o para a m dia televisiva pr tica de professores no contexto da recep o de alunos de 1 a 4 s ries do Ensino Fundamental de Londrina 2006 187f Disserta o Mestrado em Educa o Uni
151. informa es Cargo fun o Assinatura carimbo ANEXO C Termo de Autoriza o para Pesquisa nas Escolas 158 159 ANEXO C Termo de Autoriza o para Pesquisa nas Escolas Eu Joz lia Jane Corrente Tanaca aluna regular do Programa de Mestrado em Educa o da Universidade Estadual de Londrina venho solicitar a autoriza o aos dirigentes desta institui o para realizar uma pesquisa junto aos alunos e professores de uma 4 s rie do Ensino Fundamental sob a orienta o do professor Dr Eduardo Judas Barros A investiga o objetiva conhecer as concep es dos professores em rela o aos processos de Comunica o e Educa o estabelecidos pela televis o suas pr ticas com o tema assim como verificar as influ ncias e a recep o da televis o pelos alunos Para isso ser necess rio o contato com o professor de uma 4 s rie no sentido da concess o de uma entrevista sobre a tem tica acima exposta e tamb m a coleta de informa es sobre o tema televis o com os alunos da mesma s rie atrav s de um question rio Informamos que pelo rigor tico da pesquisa as informa es referentes identidade dos colaboradores professores e alunos assim como desta institui o ser preservada por volta da an lise e tratamento escrito dos dados coletados Acreditando que a presente investiga o possibilitar reflex es que contribuir o para o ensino da leitura cr tica da m dia televisiva com crian as conta
152. io GNA Ger ncia de N cleo de Audiovisual INEP Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa LDBN Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional MEC Minist rio da Educa o e Cultura NCE N cleo de Comunica o e Educa o NET Rede de Canais de Televis o por Assinatura NRE N cleo Regional de Educa o OCNI Objeto Cultural N o Identificado ONG Organiza o N o Governamental ONU Organiza o das Na es Unidas PCNS Par metros Curriculares Nacionais PETI Programa de Erradica o do Trabalho Infantil PIB Produto Interno Bruto PNE Plano Nacional de Educa o PBQP Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade PQE Programa de Qualidade no Ensino P blico do Paran RADIOBRAS Empresa Brasileira de Radiodifus o SAEB Sistema de Avalia o do Ensino B sico SEED Secretaria Estadual de Educa o SERCOMTEL Servi o de Telecomunica o de Londrina SINEPE Sindicato das Escolas Particulares do Paran SME Secretaria Municipal de Educa o TIC Tecnologia da Informa o e Comunica o TVCEM Televis o Canal Educativo Municipal UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UNESCO Organiza o das Na es Unidas para Educa o Ci ncia e Cultura UNICEF Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia UNIREDE UNB Universidade Virtual P blica Universidade de Bras lia do Brasil UNOPAR Un
153. ionais investigadas n o se encontram em sintonia uma vez que a falta de tempo para o planejamento e a aus ncia de conhecimentos t cnicos s o apontados como fatores que impedem a operacionaliza o de pr ticas diferenciadas das realizadas at ent o voltadas para v deos educativos relacionados a conte dos curriculares 137 Compreendemos que a fam lia a escola e outras institui es ao permanecerem caladas consentem com o alto ndice de crian as educadas diariamente pela televis o Consideramos que televis o n o representa um meio menor em si ela veicula valores e situa es que fazem parte de uma organiza o social Ela representa um meio de transmiss o cultural O conte do e a t cnica utilizada pela m dia televisiva podem ser trabalhados em pr ticas pedag gicas desde a inf ncia com a condi o de que a forma o de professores anteceda a forma o dos alunos pois atrav s das entrevistas e projetos de forma o de professores analisados detectamos inseguran a dos docentes sobre o que e como ensinar fragilidade nos processos de forma o continuada desconhecimento de pr ticas de leitura de desconstru o e produ o de programas de televis o Entendemos que assim como os alunos os professores est o sujeitos s influ ncias da m dia e que toda e qualquer a o voltada para um novo ecossistema comunicativo com alunos requer forma o voltada primeiramente aos professores A inter rela o
154. is o S o noturno s vezes eu chego em casa e como eu fico sozinha ent o eu ligo a teve o meu pra dar sic impress o que tem algu m em casa mas eu s escuto porque eu n o fico muito tempo assistindo eu escuto os programas na verdade 26 Com quem voc conversa sobre as suas praticas pedag gicas Com minhas colegas de trabalho n sic os professores que trabalham comigo e s vezes com a fam lia 27 Que m dia de tempo a escola costuma destinar para planejamento e discuss es pedag gicas Aqui n s trabalhamos todos os s bados os s bados s o sic as reuni es pedag gicas acontecem no s bado nos trabalhamos das oito a onze e meia sic no s bado com cursos palestras livros Agora n s estamos vendo alguns livro estudos de livros s vezes aos s bados tamb m pra sic psic logos que vem conversar com a gente e tal alguns outros profissionais de outras reas fonoaudi logas mas a maiorias dos s bados pra sic fazer planejamento e trocar id ias 28 Voc utiliza a televis o e o v deo em suas aulas No inicio do trimestre n s falamos sobre cinema na apostila de portugu s a n s utilizamos v rios v deos filmes pra analisar com as crian as ver o que interessante naquele filme As crian as conhecem toda a proposta do cinema desde a hist ria Ent o eles trazem pra sic sala v rios tipos de filmes de v rias pocas n sic Depois no final do trimestre eles escolh
155. isa de errado ocorre com as pessoas que assistem e fazem TV e n o com o aparelho grifos do autor Se de um lado a televis o abre a possibilidade para o desconhecido por outro estabelece par metros de moda beleza cria estere tipos estimula o consumo veicula ideologias e valores de quem ela est a servi o Desta forma den ncias sociais das influ ncias da m dia televisiva s o constantes sobretudo em rela o s crian as visto que em fase de experimenta o muitas passam grande parte do tempo aprendendo contemplando e se projetando nos programas e personagens favoritos da tev sem acompanhamento de adultos De acordo com Morais 1986 e Moran 1991 muitas fam lias situadas em meio s transforma es provocadas pelo desenvolvimento tecnol gico e sociedade industrial apresentam postura de desequil brio e impot ncia frente tarefa de educa o dos filhos Por excesso de trabalho e falta de tempo os pais deixam de participar de suas prefer ncias e experi ncias di rias A maioria deles fica sob a responsabilidade de terceiros que tamb m ocupados com os afazeres dom sticos deixam as crian as seguras e educadas pela tev devido viol ncia e perigos que as impedem de brincar e participar de atividades l dicas na rua e no limite do espa o de onde moram Muitos tamb m passam a maior parte do tempo sozinhos cuidando de irm os mais novos Ocorre que uma vez dentro de casa esses pe
156. isado com os alunos Voc sente se preparada para esta pr tica O que eu trabalhei este ano foi o S tio do Pica Pau Amarelo como n s temos as fitas antigas aqui na escola n s fizemos a compara o de como passava antigamente e a nova vers o o que mudou o que eles acharam porque as compara es que eu falei pra sic eles Na minha poca a gente chegava em casa corria pra sic assistir o S tio que era uma coisa assim Nossa sic Quem perdia o S tio estava por fora sic de tudo e coloquei pra sic eles assim e eles hoje n o se interessam pelas hist rias do s tio H enquete na minha sala que eles acham as hist rias bobas n o sei se pelo tamanho dos personagens que s o coisas de criancinhas de bebezinhos Ent o eles n o se ligaram muito sic alguns assistem mas a maioria Ah Eu estou sentindo as crian as um pouco precoces assim sabe sic elas amadurecem muito r pido ent o tudo pra sic eles de beb sabe to sic sentindo assim eles Ah isso coisa de beb aquele que gosta beb mesmo que ele gosta e assiste ele fala que n o assiste ele sabe que assiste quando tem alguma coisa eles ah sic eu ouvi porque minha irm que assiste Ent o acho que eles perdem um pouco o interesse Ent o n o sei dizer por que acontece isso voc est preparada pra sic analisar criticamente com as crian as novelas e propagandas N s analisamos uma este ano no inicio do ano n o me lembro a poca
157. itos sonoros que evocam lembran as criam expectativas e provocam rea es tamb m m ltiplas Ambos combinam comunica o sensorial sinest sica a intui o com a raz o a l gica com a emo o A ret rica e narrativa destes atingem diretamente os sentidos da a credibilidade por parte do p blico A televis o n o aprofunda temas explora ngulos emocionais com informa es variadas e din micas que n o exigem esfor o para o seu entendimento O jovem l o que pode visualizar precisa ver para compreender Toda a sua fala mais sensorial visual do que racional e abstrata L vendo MORAN 2000 p 39 74 An lises de Baccega 2002b sobre a rela o televis o educa o escola e livro apontam para a televis o como a primeira alfabetiza o pela avalanche de informa o e diversificada vis o de mundo proporcionada pela cultura tecnol gica que n o pode ser vista como inimiga pelo fato de sua comunica o se processar com linguagem diversa da escola Aos alunos carece o estudo da linguagem dos programas que v em em casa tanto quanto aos professores o entendimento das formas de se aprender com a televis o A escola precisa aprender a trabalhar as novas sensibilidades dos alunos criados num ecossistema comunicativo que n o se restringe utiliza o de imagens ilustrativas ou da televis o e do v deo como complementos Caso contr rio v o ficando cada vez mais distantes as experi ncias cult
158. itura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 p 139 150 BARZOTTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa o e Leitura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 BELLONI Maria Luiza O que m dia educa o Campinas Autores Associados 2001 BERGAMO Giuliana Quando aquele dia chega Veja S o Paulo ano 37 n 43 p 60 62 out 2004 BIZONI Alessandra Moura Educomunica o uma revolu o na sala de aula 2005 Dispon vel em lt http www usp br nce gt Acesso em 16 jan 2006 BOGDAN R C BIKLEN S K Investiga o Qualitativa em Educa o Porto Porto Editora 1994 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1988 16 ed S o Paulo Saraiva 1997 BRASIL Lei n 9394 96 20 de dezembro de 1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB Bras lia Editora do Brasil 1997 BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto INEP Plano Nacional de Educa o Proposta do Executivo ao Congresso Nacional Bras lia 1998a 142 BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Educa o a Dist ncia Trama do olhar Bras lia 1998b BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais Bras lia 1998c BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Educa o a Dist ncia Projeto T
159. iversidade Norte do Paran SUM RIO INTRODU O ss SRS DOSES 13 PROBLEMATIZA O musas dass SO IS a aii 13 PERCURSO METODOL GICO ienes 18 1 EDUCA O E COMUNICA O iene eee 21 1 1 COMUNICA O NO CONTEXTO DA GLOBALIZA O s ssssssssrerreeeseeeerereesreerererererereeerererereses 25 1 2 GLOBALIZA O COMUNICACIONAL E TRANSFORMA O CULTURAL 29 1 3 DEMOCRATIZA O DA COMUNICA O PANORAMA BRASILEIRO cies 33 1 4 EDUCA O PARA M DIA amp M DIA E EDUCA O CONSUMO E CIDADANIA cces 38 2 PROCESSOS MODERNOS DA EDUCA O ANA E RR DDR PEN RE O 42 2 1 ENSINO FUNDAMENTAL A PARTIR DO LTIMO PLANO NACIONAL DE EDUCA O 46 2 2 ENSINO FUNDAMENTAL NO PARAN ssssesssssssssssereessssssereretsesssserrreestssssesrrereesessssrrrreesessssene 51 2 3 POL TICAS EDUCACIONAIS amp IDENTIDADE PROFISSIONAL ceseerereresmeatteeeeeos 54 3 EDUCA O PARA VIS O CR TICA DA TELEVIS O 59 3 1 INF NCIA E EDUCA O CONSTRU O SOCIAL E HIST RICA sssssesssseseessssssssereesessssrrrrers 59 3 2 A TELEVIS O E O DESAPARECIMENTO DA INF NCIA icccccieasaeteeeerereseeaaeaereerereraasa 64 3 3 IMAGIN RIO PENSAMENTO E TELEVIS O ossssessssesssssereesssessssereesesssssserertesssssserreesessssererers 68 3 4 TELEVIS O E ESCOLA DISCURSOS EM CONFLITO sssssssssssesssesessseresererererererererererererrrererene 72 4 EDUCOMUNICA O CONCEITOS E PROCEDIMENTO
160. ivo mostrou os programas da Funda o Padre Anchieta Cocoric Castelo R Tim Bum e da TV Escola com nfase para a aplica o de atividades elaboradas para a programa o da Tv Escola no sentido de enriquecimento das aulas pois com linguagem acess vel a maioria dos programas e atividades possibilita abordagem interdisciplinar As docentes do N cleo de Audiovisual realizaram tamb m no ano de 2002 um encontro de duas horas para vinte e cinco pais da Escola Municipal Cec lia Herm nia localizada no Jardim Sabar Londrina Os temas tratados foram O fasc nio da tev e o Desenho Animado Vinte e um dos presentes avaliaram o encontro como timo tr s pais 6 Animismo e Antropomorfismo s o t picos do pensamento infantil A crian a conversa com os objetos os brinquedos e as plantas atribuindo a eles atitudes pr prias dos seres humanos como correr ou falar Chega at a brigar com eles se n o corresponderem as suas expectativas O mesmo ocorre quando brinca com os animais 65 Os textos selecionados para o estudo com os professores fazem parte em sua maioria da cole o de livros de L ngua Portuguesa Portugu s Linguagens De William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalh es Editora Atual 99 como bom um pai n o gostou alguns sugeriram que fossem realizados mais encontros sobre o assunto e que os mesmos pudessem abranger maior n mero de pais O trabalho com a tem tica em 2004 foi excl
161. justifica o termo citado pelos alunos desta escola sobre os programas que eles n o gostam de assistir no hor rio matutino bebez ricos ou de beb s e corroboram com o que explica POSTMAN 2002a sobre o desaparecimento da linha divis ria entre inf ncia e vida adulta Esta professora sente se preparada para o trabalho de leitura cr tica n s fomos conversar sobre as propostas daquela propaganda e tal sic ser que era interessante realmente experimentar como tinha crian a com vontade de tomar cerveja n s fomos trabalhar a quest o a sic eles viram a for a que a propaganda tem sobre as pessoas A professora comentou sobre um outro trabalho com propaganda mas percebemos que a an lise desvinculada das imagens ou seja dos elementos trabalhados pela televis o para persuas o e consumo a do sab o em p sic eles acham um absurdo lavar aquele monte sic de meias com uma caixa de sab o mas imposs vel uma propaganda enganosa A an lise feita a partir dos depoimentos nos permite indicar que o uso da tev na escola p blica municipal e privada limita se ao aspecto instrumental uma vez que o trabalho n o contempla a inser o e leitura cr tica da m dia que os alunos assistem em casa na escola Os professores referiram se exclusivamente a v deos e programas educativos 8 Material integrante da proposta Pueri Domus 130 Barzotto e Ghilardi 1999 p 07 explicam que a leit
162. la prioriza o ao desenvolvimento de compet ncias e habilidades a conviv ncia de uma miscel nea de propostas educacionais no interior das escolas e indefini o de propostas pedag gicas por parte da pr pria SEED A proposta inicial do Curr culo B sico de 1990 foi se desfigurando emergindo a necessidade de adequa o dos conte dos curriculares ao atual momento 31 O PQE Projeto de Qualidade no Ensino P blico do Paran tinha como objetivo a melhoria do rendimento escolar no ensino fundamental pela disponibiliza o de materiais pedag gicos forma o para a efici ncia dos docentes espa o f sico adequado para novas a es pedag gicas forma o espec fica para gestores escolares igualdade de recursos entre as esferas estadual e municipal a es respaldadas pela tica da qualidade total seguida pelo Banco Mundial agente financiador deste processo GORNI 2002 53 hist rico Ainda segundo este documento a proposta de reformula o conta com seis fases que culminar o com a proposi o de um curr culo com as seguintes caracter sticas a base disciplinar ou seja a nfase nos conte dos cient ficos nos saberes escolares das disciplinas que comp em a grade curricular e n o em compet ncias e habilidades como era anteriormente PARAN 2005 Tal cita o aponta que o teor da nova pol tica educacional est voltado para a aquisi o de saber e conhecimento cient fico sistematizado embora
163. lho anteriormente descritos no final do ano de 2000 A prefeitura do Munic pio atrav s da Secretaria Municipal de Educa o Diretoria de Tecnologia e Apoio Educacional em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura estuda atualmente a reestrutura o do trabalho do Canal Educativo Municipal e investimentos em equipamentos para produ o de grade pr pria de programa o em parceria com escolas municipais e outros segmentos da sociedade londrinense 2 Os projetos de forma o de educadores para leitura cr tica da m dia televisiva nas escolas e uso de v deos que tamb m eram desenvolvidos pelo Canal Educativo Municipal est o sob a responsabilidade da GNA DTAE SME atualmente A din mica e resultados deste trabalho ser o descritos a seguir 4 3 EXEMPLOS E RESULTADOS DE UMA PR TICA DE FORMA O DE PROFESSORES A forma o de professores para a leitura cr tica e uso da televis o e do v deo na sala de aula na cidade de Londrina foi iniciativa do Canal Educativo Municipal Atrav s de estudos a TV CEM desenvolveu pr ticas pedag gicas com a programa o veiculada pela televis o comercial e ainda o uso de v deos e programa o educativa do CEM com professores do Ensino Fundamental As pr ticas de forma o eram a princ pio realizadas nas pr prias escolas municipais em grupos de estudos para subsidiar o trabalho com a TV CEM A organiza o do trabalho modificou se medida que os encontros de duas a quatro
164. lise de programas de televis o e v deos pela escola denominando este trabalho de leitura cr tica dos meios de comunica o ou Educa o para a Comunica o Para ele imagem um texto din mico com caracter sticas diversas do texto impresso A dificuldade da escola em lidar com imagens da televis o ocorre porque a imagem tida como alimento do universo sensorial afetivo e est tico Isto feito de forma despretensiosa e sedutora ao passo que a maioria das escolas pauta seu discurso em pr ticas coercitivas n o muito sedutoras e prazerosas A rela o com a m dia eletr nica prazerosa ningu m obriga que ela ocorra uma rela o feita atrav s da sedu o da emo o da explora o sensorial da narrativa aprendemos vendo as hist rias dos outros e as hist rias que os outros nos contam Mesmo durante o per odo escolar a m dia mostra o mundo de outra forma mais f cil agrad vel compacta sem precisar fazer esfor o Ela fala do cotidiano do sentimento das novidades A m dia continua educando como contraponto educa o convencional educa enquanto estamos entretidos MORAN 2000 p 33 Penteado 1999 analisa a rela o entre televis o e escola sob ponto de vista semelhante indicando o enfrentamento do desafio de m ltiplas linguagens na escola com a proposi o da Pedagogia da Comunica o que em sua ess ncia engloba a Pedagogia Transformadora de Demerval S
165. lunos ao senso cr tico de tudo o que v em na TV Pontos negativos Opini es foram un nimes quanto a pouco tempo para o estudo b n o existem pontos negativos Sugest es a mais grupos de estudo como esse pois nos faz refletir sobre o que os nossos alunos assistem e consomem b mais cursos mais materiais para que possamos trabalhar com as crian as de pr a quarta s rie c an lise do big brother aprofundar sobre mensagens subliminares d foi de grande import ncia para minha forma o como educadora deveria estender para todos os professores da rede e que o m dulo sobre novela seja acrescentado e no nosso caso essa aula seja dada para completar o curso f abrir esse curso para todos os professores porque muito importante para as crian as As concep es opini es e entendimento apresentados por estes professores em rela o inf ncia produ o recep o da televis o e pr ticas pedag gicas com a televis o fazem parte da constitui o de cada um que por sua vez faz parte da uma constru o hist rica e contexto social condicionado pela organiza o e rela es sociais estabelecidas em tempo e espa o distintos 101 Entendemos que os trabalhos desenvolvidos atrav s dos referidos encontros voltaram se para a supera o da i
166. m apenas nas letras e proclames como demonstra a realidade investigada em rela o inser o e forma o profissional e pr ticas com TIC nas escolas descrita no cap tulo cinco deste estudo Os par metros caracterizam se nesta perspectiva por car ter tecnocr tico pelo estabelecimento de objetivos unificados controle burocr tico e restri o da autonomia escolar A divis o do trabalho pedag gico tamb m um aspecto negativo uma vez que a concep o e a execu o do processo n o partem da mesma inst ncia A relev ncia destinada avalia o quantitativa que privilegia o resultado e n o o processo e ainda a utiliza o de t cnicas e din micas no processo de gest o educacional s o reflexos da redefini o do papel do Estado Na o De acordo com Afonso 2001 As pol ticas educacionais expressavam autonomia do estado ainda que por meio de rela es autorit rias complexas As transforma es do Estado e Na o quanto sua natureza configura o e fun o no contexto neoliberal levaram o Estado a substituir seu papel de provedor para regulador das a es sociais No campo educacional esta redefini o se concretiza segundo o autor atrav s da articula o dos conceitos Estado avaliador e quase mercado 51 2 2 ENSINO FUNDAMENTAL NO PARAN Os reflexos do contexto exposto no Sistema Educacional do Estado do Paran s o tratados por Gorni 1999 2002 que analisa o processo de Reestrutura
167. ma reprodutor ent o sempre que posso eu procuro alguma coisa que esta ligada ao conte do eu acho que um caminho pra eles estarem fixando o conte do estarem melhorando a capacidade argumentativa deles n sic que eles possam usar n o s o livro por que eu acho muito restrito n sic eu acho que foge do tradicional voc pegar um v deo e passar e voc estar mostrando para eles tamb m que eles podem estar selecionando o que eles est o assistindo sic por exemplo eles assistem Ratinho estes programas que n o ensinam muita coisa pra eles n o traz nada assim pra escola sic 11 Voc j levou para a sala de aula algum programa da tev aberta para ser analisado com os alunos Voc sente se preparado para esta pr tica N o pra assistir aqui n o mas s vezes por exemplo a gente t sic discutindo um assunto e ah sic passou no Ratinho tal coisa e a gente entra na discuss o sabe aproveita pra estar alertando estar falando pra eles sic N o tenho muita pr tica n o acho que a gente tem que preparar bem antes por que eles t m a capacidade de argumentar muito grande principalmente a favor deles e nem sempre o lado que eles est o observando o lado positivo que est ressaltando sic ent o a gente tem que preparar se for fazer uma aula assim tem que preparar muito bem pr isso que eu falo assim usar o recurso e um recurso muito bom s que tem que saber usar saber aproveitar 171 12 Voc
168. ma de Erradica o do Trabalho Infantil consiste em um aux lio de R 15 00 por alunos para fam lias carentes com filhos em idade escolar a participa o neste impede o recebimento do programa Bolsa Escola Lei de Incentivo Cultura Lei 5 305 de 23 12 1992 Funda o de Esportes de Londrina criada atrav s da Lei Municipal n 7941 em 23 de novembro de 1999 Tem a finalidade de fomentar o esporte escolar universit rio comunit rio de competi o e de alto rendimento a recrea o o lazer a atividade f sica os programas sociais e a promo o de eventos Lei de Incentivo Cultura Lei 5 305 de 23 12 1992 Funda o de Esportes de Londrina criada atrav s da Lei Municipal n 7941 em 23 de novembro de 1999 Tem a finalidade de fomentar o esporte escolar universit rio comunit rio de competi o e de alto rendimento a recrea o o lazer a atividade f sica os programas sociais e a promo o de eventos 105 Rede Municipal executa a filmagem edi o e veicula o da programa o O objetivo elevar a auto estima valorizar o trabalho discente e docente A escola conta tamb m com 08 r dios 14 v deos cassete 01 aparelho de DVD 02 mime grafos 01 m quina de x rox 02 retroprojetores e uma antena parab lica para a capta o dos sinais da programa o do projeto TV Escola em desuso por furto recente A escola n o recebe canais de televis o pagos e n o capta sinal de tev s comerciais Escola K
169. magens da programa o que seus alunos assistem por falta de planejamento pr vio Ela acredita que com planejamento 129 n o teria dificuldade eu nunca planejei alguma coisa assim de ligar a tev e ver o que est passando bom eu acho dif cil fazer isso se eu tiver um planejamento para a gente refletir junto com as crian as ah to sic achando chato este programa educativo tem muita viol ncia seria mais uma parte de eu me planejar sic A professora da turma da Escola L cita o material de L ngua Portuguesa que ela trabalha durante um trimestre analisam v rios v deos filmes estudo da hist ria do cinema e culmin ncia dos trabalhos com v deos e filmes indicados e classificados pelos alunos n s avaliamos o filme classificamos se com dia fazemos tudo aquilo e avaliamos se valeu a pena ter assistido eles sempre querem trazer DVD mas n o assistimos por assistir s mais did tico mesmo com objetivo educativo ou filme que tem haver com conte dol Sobre a televis o que os alunos assistem em casa trabalhei com o S tio do Pica pau amarelo fizemos a compara o com o que passava antigamente eles hoje n o se interessam pelas hist rias do s tio Ah eu estou sentindo as crian as um pouco precoces assim sabe J sic elas amadurecem muito r pido ent o tudo para eles de beb mesmo que ele gosta de assistir ele fala que n o assiste sic Este dado
170. mas de televis o t m apelado para a erotiza o do corpo inclusive na programa o infantil percebe se que a preocupa o valorizar gestos cujo foco a sensualidade Isso acaba interferindo no comportamento emocional e afetivo da crian a fazendo com que ela pule etapas importantes de seu desenvolvimento Crian as n o podem ser jogadas num mundo de adulto que agressivo e competitivo 68 entendemos que a amplitude do fen meno televis o necessita de an lises amplas que n o an 44 tenham necessariamente que excluir se 3 3 IMAGIN RIO PENSAMENTO E TELEVIS O Para Fischer 1993 a viv ncia eletr nica do mito atrav s das narrativas dos diferentes programas de televis o garante a audi ncia As narrativas m ticas da cultura de todos os povos relacionam se aos fatos que a humanidade volta a contar de forma diferenciada O mito segundo Fischer 1993 entendido como narrativas transmitidas por diversos meios desde a comunica o oral at a televis o N o a televis o em si que transforma as narrativas em hist rias de car ter mitol gico mas a pr pria sociedade sua condi o de vida e sobreviv ncia Tais narrativas s o express es simb licas presentes em todas as culturas Ainda segundo esta autora tanto do ponto de vista Antropol gico quanto Semiol gico e Filos fico o mito tratado como produ o simb lica Para a Antropologia sua fun o social fazer dos grupos humanos senhores
171. mbios entre o centro e a periferia Os discursos da d cada de oitenta e noventa retomam ideologias da d cada de cingiienta sobre as virtudes democr ticas da tecnologia com o objetivo de mascarar a luta pelo controle das redes de comunica o O contexto da guerra globalizada caracteriza se pela competi o e manipula o de imagens como por exemplo a da Guerra do Golfo com utiliza o de modernas tecnologias de comunica o e informa o especialmente por parte da televis o Segundo Thompson 2002 p 106 ao levar as imagens e as informa es para os indiv duos situados nos mais distantes contextos a m dia modela e 31 influencia o curso dos acontecimentos cria acontecimentos que poderiam n o ter existido em sua aus ncia Utilizando se dos termos difus o globalizada e apropria o localizada Thompson 2002 explica que a apropria o dos produtos da m dia difundidos globalmente varia da interpreta o e compara o cr tica da cultura e realidade local s imagens recebidas at a cria o de formas de depend ncia e cren a do local no global Este fato caracteriza a recep o como processo subjetivo e conflituoso em que os meios de comunica o podem tanto desafiar e enfraquecer cren as e valores como expandi los e consolid los Refuta se assim a tese de homogeneiza o cultural uma vez que tradi es s o deslocadas e remodeladas pelas rela es sociais que por aquelas tam
172. mo sic Sim em termos de consumismo a gente percebe em rela o de estojo em rela o s mochilas mesmo l pis n sic porque o consumismo em rela o a todo tipo de material escolar e n o s o material escolar mas tamb m o vestu rio deles sic Ent o a sand lia aparece bastante estes tipos de sand lias que s o divulgadas nas propagandas e que tem v rias crian as que aparecem aqui agora como de brinquedos e n s estamos numa quarta s rie ele deram uma paradinha sic de trazer determinados brinquedos pra sic sala ent o em termo de brinquedos n o tenho esta observa o n o 15 Voc acha importante trabalhar com as imagens da televis o aberta com crian as na escola Por qu Eu acho que seria interessante sim e um exemplo seriam as propagandas n sic pra voc trabalhar esta parte cr tica em rela o as propagandas o que eles mostram a hiperatividade sic com que eles colocam na propaganda mandando fazer pra ent o que as crian as mesmo poderem assim tem que fazer sic Ent o eu acho que seria muito interessante esta parte de propaganda e mesmo assim algumas cenas de novelas que a gente percebe que s o muito violentas pra sic poder trabalhar esta parte cr tica pras sic crian as mesmo come arem aaaa Como que eu posso falar n o sei se seria a palavra certa discernir entre o que interessante ser visto e o que n o sic 16 O que dificulta ou facilita na sua opini o o tr
173. mo uma institui o em crises com professores e alunos desestimulados desempenhando papel de reprodu o das desigualdades sociais ainda segundo ela educa o para as m dias condi o sine qua non da educa o para a cidadania sendo um instrumento fundamental de democratiza o das oportunidades educacionais do acesso ao saber e portanto de redu o das desigualdades sociais Belloni 1991 e 1995 neste sentido que defendo esta perspectiva como essencial para o desenvolvimento de pr ticas educacionais mais democratizadoras incluindo a forma o de professores plenamente atualizados e em sintonia com as aspira es e modos de ser das novas gera es BELLONI 2001 p 11 56 O programa constitui se de um Kit pedag gico para professores e alunos composto por uma fita de v deo com sete li es com dura o de 11 a 7 minutos um livro que trata das li es do v deo para cada aluno e um manual para o professor com informa es b sicas sobre o Programa e sugest es de uso Representa de acordo com a autora uma proposta inovadora flex vel e aberta ao uso e leitura da televis o na escola baseado em pesquisas sociol gicas e semiol gicas sobre a televis o e sua rela o com crian as 88 Analisando o processo de leitura de imagens dos audiovisuais Garcez 2005 destaca procedimentos comuns em rela o an lise do texto e da imagem e prop e a elabora o nas diversas reas do conhecimento de estr
174. mos com a sua valiosa colabora o para a coleta dos dados mencionados Atenciosamente Prof Dr Eduardo Judas Barros Joz lia Jane Corrente Tanaca ANEXO D Termo de Autoriza o para os Pais 160 161 ANEXO D Termo de Autoriza o para os Pais Senhores pais ou respons veis Informar que durante esta semana seu filho a estar respondendo um question rio que faz parte de uma pesquisa sobre as influ ncias da televis o sobre as crian as e a utiliza o da televis o pela escola A referida pesquisa servir de instrumento para a disserta o de Mestrado da professora Joz lia Jane Corrente Tanaca desenvolvida na Universidade Estadual de Londrina O trabalho est sendo realizado com a aprova o da dire o e dos professores que trabalham com a 4 s rie a identidade dos participantes ser preservada Para participa o necess rio que os senhores pais ou respons veis tomem ci ncia deste comunicado devolvendo o preenchido e assinado o mais breve poss vel atrav s de seu filho a Agradecemos a sua colabora o Londrina de de 2004 Nome do aluno Nome do pai m e ou respons vel Assinatura Data ANEXO E Question rio dos Alunos 162 163 ANEXO E Question rio dos Alunos Voc vai responder marcando X ou completando as frases ok DATA 1 4 1 Seu nome 3 Voc mora com 4 Quem fica com voc em casa durante o dia 5 Como voc vem para
175. mpresso Da a gente analisa e da eles come am a comparar com as coisas que eles est o vendo na televis o sic igual essas Melissinhas n o sei o que da Xuxa a todo mundo compra um disco ganha uma Melissa compra uma Melissa e ganha um disco a voc v toda crian ada com isso no p sic 16 O que dificulta ou facilita na sua opini o o trabalho com a televis o nas escolas de forma geral Eu n o acho dif cil voc tem que preparar e eu acho importante porque voc est trabalhando a consci ncia da crian a ela recebe est mulo eles passam mais tempo em frente da televis o do que aqui com a gente e vai saber o que eles est o assistindo sic A gente tem que saber o que est acontecendo em casa que tipo de programa ele est assistindo como ele est processando estas informa es eu acho importante neste sentido mas dif cil eu n o acho porqu tudo o que a gente quer a gente consegue basta n sic estar buscando sic 17 Voc considera a tev um ve culo prejudicial ou ben fico para a forma o das crian as Voc poderia justificar a sua resposta 172 Bom eu acho que tudo que demais faz mal ent o se ficar s com a televis o e n o fizer outras coisas prejudica sim tamb m tem que considerar que muita coisa boa se aprende na televis o uma quest o de saber dosar o quanto e o que se assiste 18 Como voc analisa os processos de Comunica o e Educa o estabelecidos hoje pela
176. munica o nas pr ticas sociais A dimens o normativa se origina de um lado pela valoriza o individual e liberdade de express o e por outro pelos ideais de igualdade do s culo XVIII a dimens o funcional relaciona se s reivindica es ao direito de express o e intera o com papel significativo para o quadro da democracia de massas o que representa A comunica o generaliza se em nome de valores de compreens o m tua e da democracia para satisfazer na realidade quer as necessidades narc sicas da sociedade individualista quer os interesses de uma economia mundial que s pode sobreviver com a ajuda de sistemas de comunica o r pidos eficazes e globais esta a dupla h lice da comunica o WOLTON 1997 p 33 Tais palavras apontam para exist ncia de movimentos amb guos em rela o Comunica o um a favor da liberdade individual em que a Comunica o exerce a fun o de organiza o de uma sociedade livre implementada por t cnicas de comunica o o outro com organiza o favor vel para a economia mundial atribuindo se aos meios de comunica o o poder de transforma o social Nesta ltima inst ncia revela se o poder de controle exercido pelos meios e da ideologia da t cnica que leva rela es de trabalho em educa o sa de e outras reas a organizarem se em torno de t cnicas de comunica o com a substitui o em muitos casos de seres humanos por m quinas Wolton discute sobre
177. n lise das propostas No Brasil iniciativas e aplica o dos conceitos de Educomunica o se expandem dia a dia Os estudos e trabalhos referenciados na realidade paulistana s o referenciados internacionalmente As pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Santa Catarina publicadas no endere o eletr nico http Awww aurora ufsc br tratando sobre crian a m dia e imagina o assim como do Centro Brasileiro de M dia para Crian as e Adolescentes co organizador da Quarta C pula Mundial de M dia para Crian as e Adolescentes no endere o eletr nico http www midiativa org br oferecem contribui es queles que desejam investigar experi ncias e desenvolver estudos como tema O Congresso Nacional brasileiro tamb m discute a quest o da m dia e seus impactos atrav s de boletins on line que informam dentro de perspectiva moralista os ltimos estudos pesquisas e ensaios com a m dia televisiva A campanha Quem Financia a Baixaria Contra a Cidadania uma iniciativa da Comiss o de Direitos Humanos da C mara dos Deputados com entidades da sociedade civil destinada a promover o respeito aos direitos humanos e dignidade nos programas da televis o H o acompanhamento constante dos programas para a indica o daqueles que desrespeitam conven es internacionais assinadas pelo Brasil princ pios constitucionais e legisla o em vigor que protege os direitos humanos e a cidadania Tanto o Congresso Nacional qua
178. na incompletude do ser humano permitem a viv ncia por identifica o ou proje o das situa es mais diversas desde aquelas que falam dos prim rdios da humanidade at as que remetem a sonhos e expectativas em rela o ao futuro Enfim as narrativas televisivas falam a linguagem do mito e por isso tem uma fun o real na vida das pessoas FISCHER 1993 p 83 A autora prop e a efetiva o de um projeto pedag gico para a forma o de telespectadores que usufruam criativamente das narrativas da televis o com capacidade de exerc cio cr tico dos valores por esta disseminados uma vez que narrativas m ticas s o utilizadas para dirigir a opini o p blica de acordo com o interesse de seus emissores O desenvolvimento de vis o cr tica quanto aos produtos resultantes da Ind stria Cultural tamb m defendido por Dupas 1997 uma vez que os meios de comunica o produzem necessidades de consumo sendo a aquisi o de produtos anunciados a satisfa o de desejos e necessidades criadas Satisfaz se assim tamb m o interesse do cliente dos meios de comunica o que vender o produto anunciado seja ele uma determinada massa de tomate ou determinado candidato DUPAS 1997 p 97 Para Kehl 1995 a rela o dos sujeitos com o real atrav s da media o do discurso televisivo imagin ria e tamb m regida pela realiza o de desejos A narrativa televisiva especialmente publicit ria formula e s
179. nces that consider the area of education to critical reception of media in the cultural vertent according to the concepts developed by a field of study and work devoted to the interaction of the areas of Education and Communication appointed as Educomunication Keywords Education Television media Educational practices Teachers students Elementary school LISTA DE GR FICOS Gr fico 1 Composi o das Turmas sssssasaasiaaseaisual aeliaas fas diapra da Janddn a andas tuts ida 107 Gr fico 2 Composi o Familiar s apa nagadr qua arara ida Big doq a ea 108 Gr fico 3 Acompanhamento Familiar ierereererereeeererereraeearerenereneraos 109 Gr fico 4 Escolaridade dos Pais a passas jap aaa ng nao Rad ESSAS Ta ge 110 Gr fico 5 Meio de Transporte para Escola sesssnsseseeseoseesoseosseseesessestesessesesseseesessesee 110 Gr fico 6 Aparelhos Eletr nicos em Casa ssesseseesesseseoseesososeseestssestesesseesessesseseesesse 111 Gr fico 7 Aparelhos de TV na Casa s ssesensessesesssesesesseseoseesossssstestssestesessosressesrenessesee 112 Gr fico 8 Disposi o da TV na Casa s senseeseseeeseeseseoseesosressessessssestesesseseesessrenssseseesesse 113 Gr fico 9 Brincadeiras Preleridas ss da A a 113 Gr fico 10 Atividade mais Frequentes srta sA ia Mao dE nal da ada 114 Gr fico 11 Tempo Di rio com a EV aa assi A la 115 Gr fico 12 Atividades no Tempo Livre dos Pais
180. ndrina dura o 3 id ia original e realiza o Canal Educativo Municipal Finaliza o V deo Graphic Destacou imagens dos pontos tur sticos da cidade de Londrina durante a execu o do hino interpretado por uma cantora local veiculado no in cio e final da programa o do CEM 6 4 Clip Musical A PAZ dura o 05 id ia original e realiza o Canal Educativo Municipal Finaliza o PBW Finalizadora Parceiros Escola Estadual Prof Vani Ruiz Viessi Desenhos produzidos pelos alunos da Escola Estadual Prof Vani Ruiz Viessi em um trabalho interdisciplinar As ilustra es foram editadas em v deo utilizando se recursos da computa o gr fica e apresentavam a mensagem da can o Imagine de John Lennon O Canal tamb m registrou em v deo eventos da administra o p blica e SME como Confer ncia Municipal de Educa o Semana da P tria Eventos em Escolas Municipais Audi ncias P blicas Cursos de Forma o Continuada e Palestras Em resumo as atividades na primeira fase de atua o do CEM caracterizaram se pelo trabalho com diferentes m dias 96 A necessidade da troca dos equipamentos anal gicos por digitais problemas financeiros que impediram iniciativas empreendedoras como aquisi o de sede pr pria para produ o gera o de imagens aquisi o de meio de transporte de equipamentos eletr nicos de primeira gera o e outros levaram desativa o do CEM nos moldes de traba
181. nexos Por cuidados ticos os participantes firmaram um termo de consentimento esclarecido em que nos comprometemos a utilizar letras do alfabeto para nos referirmos s escolas e aos professores investigados As falas dos alunos s o indicadas pelas iniciais de seus nomes Apontamos finalmente que as informa es obtidas e dados coletados pela investiga o assim como a valida o ou n o das hip teses levantadas no in cio do trabalho foram abordados dialeticamente Os resultados referem se exclusivamente amostra de pesquisa selecionada o tempo determinado para este estudo n o nos permite a generaliza o dos resultados ao universo educacional do EF da cidade investigada Confrontamos o referencial te rico dos cap tulos iniciais com os apontamentos e reflex es finais que de antem o n o consideramos como conclusivos ou definitivos uma vez que o problema de pesquisa proposto acompanha a din mica das rela es social cultural e econ mica de seres hist ricos podendo ser analisado por diferentes abordagens e outras reas do conhecimento Segundo Ludke e Andr 2003 p 34 As informa es que se quer obter e os informantes que se quer contatar em geral professores diretores orientadores alunos e pais s o mais convenientemente abord veis atrav s de um instrumento mais flex vel 10 De acordo com Spink e Menegon 1999 p 90 92 no que se refere rela o entre o pesquisador e participantes pa
182. nforme segue JM S s Muito legal e gostoso eriamos sic se sic divertir muito IC s Eu acho muito legal e bom porque divertido M N F Eu acho que mais inportante estudar do que ver porkaria sic Na turma da Escola K 20 alunos afirmaram que a professora utiliza a televis o e o v deo s vezes 04 alunos que ela n o utiliza e 01 aluno que utiliza sempre Sobre 127 como utiliza 07 alunos disseram que eles estudam o assunto 12 alunos disseram que eles respondem perguntas no caderno 03 alunos disseram que eles escrevem e 03 alunos falaram que eles fazem exerc cios e conversam Sobre assistir na escola televis o que assistem em casa 21 alunos concordam e 05 alunos discordam LA S C muito chato por que a gente perde aula V E S M Ruim porque a professora ensinando no quadro melhor JKK S C Entere ante sic porque depois n s vamos estudar JRA S Bom porque o filme pode ser legal Na turma da Escola L 24 alunos disseram que a professora utiliza a televis o e o v deo s vezes e 01 aluno que utiliza sempre Sobre como utiliza 16 alunos disseram que eles fazem relat rios trabalhos desenhos e provas 09 alunos disseram que a professora comenta e eles estudam Sobre o trabalho com a televis o comercial 23 alunos gostariam de assistir na escola aos programas que eles assistem em casa 02 alunos n o go
183. nglesa de 1991 at 2001 em escolas de Londrina aliada oportunidade de atua o na fun o de dire o auxiliar por dois anos despertou me a aten o e observa o para estas quest es O interesse de crian as e adolescentes por atividades com a televis o na escola sempre foi intenso Entretanto pelas atividades de sala de aula percebia que estes n o desenvolviam leitura cr tica e seletiva da mesma Em reuni es e grupos de discuss o pedag gica observava que alguns professores se posicionavam quanto necessidade mas n o sabiam como abordar a quest o outros utilizavam programas apenas como recurso pedag gico e ainda um grupo que n o se interessava pelo tema j que o mesmo n o era previsto no planejamento projetos e curr culo escolar Com a oportunidade de atuar no Canal Educativo Municipal de Londrina por processo de sele o realizado em 1996 tive a possibilidade de participar de cursos de leitura cr tica e reflex o sobre a televis o enquanto ve culo de informa o e forma o Inserida em uma equipe passei a atuar em pr ticas pedag gicas relacionadas utiliza o da televis o projeto TV Escola e v deos na sala de aula para Forma o em Letras Anglo Portuguesa UEL Especializa o em Metodologia do Ensino de L ngua Estrangeira Fac S o Luiz Jaboticabal Especializa o em Dire o Orienta o e Supervis o Escolar UNOPAR 16 professores do Ensino Fundamental Novas quest
184. nica o Social aprovado na Constitui o Federal de 1988 tem como papel discutir e apresentar pareceres sobre diversos temas referentes Comunica o Este controle p blico uma antiga reivindica o da sociedade visando a democratiza o do setor O rg o composto por treze membros titulares Durante esses dois anos o Conselho esteve reunido em 23 oportunidades Nessas reuni es prevaleceram os debates em torno das r dio comunit rias TV a cabo concentra o da m dia implanta o da TV digital e da regionaliza o e qualidade da programa o 37 Sobre esta quest o consideramos relevante a refer ncia experi ncia vivenciada pela TV CEM Canal Educativo Municipal de Londrina que na primeira fase de suas atividades 1995 2003 teve dificuldades em cumprir com os objetivos que lhe deram origem veicular programa o com nfase na educa o cultura e cidadania em conseq ncia de problemas comuns enfrentados por este tipo de emissora que se resumem de acordo com Carrato 2005 p 22 em ordenamento jur dico compativel com sua miss o grade de programa o voltada para a sua finalidade e financiamento de suas atividades Tendo como tema a democratiza o da comunica o em tempos de globaliza o e revolu o tecnol gica da informa o o III Semin rio Internacional Latino Americano de Pesquisa da Comunica o promovido pela ALAIC em parceria com Programa de P s Gradua o da ECA USP abor
185. nnssseseosessoseosseseesesseseeseosesseesessesresesse 116 Gr fico 13 Di logo Familiar sobre TV s o sessesensseeeesesseseoseesosesssessesessessesrosrssessessesresesse 117 Gr fico 14 Di logo dos Alunos sobre TV e reeeeeeereracerererereeeeeaeaaas 118 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABPV Associa o Brasileira de V deo Popular ALAIC Associa o Latino Americana de Investiga o da Comunica o ALEC Associa o Latino Americana de Educa o Radiof nica ARLESP Associa o de R dios Livres do Estado de S o Paulo ARLIVRE Associa o de R dios Livres do Estado do Rio de Janeiro CAAPSML Fundo de Assist ncia e Aposentadoria dos Funcion rios Municipais CBA Ciclo B sico de Alfabetiza o CNBB Confer ncia Nacional dos Bispos do Brasil CEM Canal Educativo Municipal de Londrina CNI Confedera o Nacional das Ind strias DTI Diretoria de Tecnologia Educacional ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA USP Escola de Comunica o e Artes Universidade Estadual de S o Paulo EF Ensino Fundamental EJA Educa o de Jovens e Adultos EMBRATEL Empresa Brasileira de Telecomunica o EUA Estados Unidos da Am rica FNPDC Frente Nacional por pol ticas Democr ticas de Comunica o FUNDEB Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica FUNDEF Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valoriza o do Magist r
186. no 29 n 14 p 80 89 abr 1996 148 NEVES Carmen Moreira de Castro Pr xima atra o a TV que vem ai In BRASIL Secretaria de Educa o a Dist ncia Integra o das Tecnologias na Educa o Bras lia 2005 p 89 91 NOVAES A Et al Org Rede Imagin ria televis o e democracia S o Paulo Companhia das Letras 1999 ORTIZ Renato Identidades Culturais no contexto da Globaliza o Comunica o e Educa o S o Paulo n 18 p 68 80 maio ago 2000 PARAN Secretaria de Estado da Educa o Curr culo B sico para a escola P blica do Estado do Paran Curitiba 1990 PARAN Secretaria de Estado da Educa o Diretrizes Curriculares da Educa o Fundamental da Rede de Educa o B sica vers o preliminar Curitiba 2005 PAVANI Cec lia G C Considera es sobre Imprensa Educa o e Transforma o Social In BARZOTO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa o e Leitura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 p 113 120 PELLEGRINI Denise O ato de ler evolui Revista Nova Escola Bras lia ano 16 n 143 p 13 15 jun ul 2001 PENTEADO Heloisa Dupas Televis o e escola conflito ou coopera o Cortez S o Paulo 1999 PEREIRA Camila O marketing e a corrup o Veja S o Paulo ano 38 n 35 p 40 54 ago 2005 POSTMAN Neil O desaparecimento da inf ncia Tradu o de Suzana Menescal de Alencar Carvalho e Jos Laurenio de Melo Rio de Janei
187. nsagens midi ticas e resgate de conte do cient fico que transita nos meios de comunica o exercitando a compreens o da media o tecnol gica o presente curso ap ia se em textos motivadores e outros subs dios produzidos por docentes da Universidade de S o Paulo tendo como material de refer ncia os manuais do projeto TV na Escola e os Desafios de Hoje da UniRede assim como as produ es videogr ficas da TV Escola j disponibilizados pelo Minist rio da Educa o e pela Secretaria de Educa o do Estado de S o Paulo http www educomtv see inf br apresentacao asp Segundo pesquisa avaliativa os participantes do referido curso apontam para a contribui o dos conhecimentos adquiridos para a melhoria do ensino nas 1 024 escolas onde trabalham Ao mesmo tempo em que conhecem a teoria sobre Educomunica o e audiovisual na sala de aula os cursistas aplicam na entre seus alunos A implanta o de trabalho educomunicativo tamb m ocorre em S o Jos dos Campos SP A partir do curso sobre planejamento educomunicativo 21 unidades deste munic pio trabalham atrav s de projetos com diferentes m dias seguindo a assessoria do NCE USP R dio Comunit ria Blogs Folhetim Cultural s o algumas das formas escolhidas para o desenvolvimento de a es que privilegiam a express o comunicativa de crian as jovens e adultos desta cidade O Instituto Ayrton Senna em parceria com a EMBRATEL trabalha desde 1999
188. nseguran a profissional a viv ncia por parte de educadores de pr ticas educativas com os conhecimentos e as informa es advindas de outras formas de aprender A abordagem foi questionadora e cr tica valorizou o papel do professor que aplicou e documentou as atividades e possibilidades que vivenciou com seus alunos As pr ticas pedag gicas e concep es de professores quanto programa o da televis o assim como a rela o que os alunos estabelecem com esta programa o s o os pr ximos temas abordados por este estudo Os dados apresentados foram coletados na pesquisa de campo e buscam os objetivos propostos no in cio do trabalho e a verifica o das seguintes hip teses Hip tese 01 A televis o influ ncia crian as a consumir produtos A identifica o com os personagens ocorre segundo o contexto s cio econ mico e cultural destas Hip tese 02 Crian as n o distinguem fic o de realidade Expressam segundo sua no o de certo e errado na televis o suas prefer ncias pelos programas Hip tese 03 O uso da televis o pelos professores de 1 a 4 s ries limita se ao aspecto instrumental tanto nas escolas P blica quanto nas escolas Privada Hip tese 04 Os professores reconhecem as influ ncias da televis o sobre o comportamento dos alunos mas n o disp em de conhecimento para a leitura cr tica das mesmas Hip tese 05 Os professores demonstram clareza quanto aos processos de Comunica o e Educa o
189. nsinar educar e formar processo inverso de ser ensinado educado e formado por ela Sobre estas bases a Educa o e a Comunica o podem cumprir com o processo necess rio para a conquista da autonomia e maior idade moral descritos por Kant em rela o m dia televisiva e outros meios de comunica o especialmente entre professores e alunos no contexto de 1 a 4 s ries do Ensino Fundamental 140 REFER NCIAS AFONSO Almerindo Janela Reforma do Estado e Pol ticas Educacionais entre a crise do Estado Na o e a Emerg ncia da Regula o Supranacional Educa o e Sociedade S o Paulo v 11 n 75 p 15 32 ago 2001 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php Script sci arttext amp pid gt Acesso em 02 ago 2004 Estado Mercado Comunidade e avalia o esbo o para uma rearticula o cr tica Educa o e Sociedade S o Paulo v 20 n 69 p 139 164 Dez 1999 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid gt Acesso em 02 ago 2004 ALVES Alda Judith O planejamento de pesquisas qualitativas em educa o Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 77 p 53 61 1991 ANDRADE Maria Margarida de Introdu o metodologia do trabalho cientifico S o Paulo Atlas 2003 ARIES Philipe Hist ria social da crian a e da fam lia Rio de Janeiro LTC 1981 ASSMAN Hugo Reencantar a Educa o rumo sociedade aprendente Petr polis Vozes 2001 BACCEGA M
190. nsistem em quanto tempo Quatro horas cada pr tica Cada encontro de quatro horas a gente faz fora a gente faz de s bado ou sen o num sic hor rio noite 10 Voc utiliza a televis o e o v deo em suas aulas A televis o n o mais o v deo eu utilizo dentro do conte do que eu tenho que trabalhar eu procuro conciliar os v deos se estou trabalhando com ecologia procuro ver alguns v deos que trabalham em cima sic se estou trabalhando a parte de reprodu o a gente procura ver alguns v deos cima desse conte do mais os v deos educativos que eu utilizo dentro da sala de aula sic 11 Voc j levou para a sala de aula algum programa da tev aberta para ser analisado com os alunos Voc sente se preparado para esta pr tica N o Ligar a televis o e ver alguma coisa n o Porque como a gente faz umas aulas planejadas ent o eu nunca planejei alguma coisa assim de ligar a teve e ver o que est passando sic Bom eu acho dif cil fazer isso Olha pra sic mim eu teria que ter um planejamento em cima se eu tiver um planejamento em cima sic do que eu quero ligar a televis o e ver o que est passando pra tipo assim sic a gente refletir junto com as crian as ah to sic achando chato este programa educativo tem muita viol ncia ent o seria assim sic acho mais uma parte de eu me planejar de fazer alguma coisa assim em cima de um programa livre que voc ligue e esteja passando l sic 12 Voc j parti
191. ntende que o conjunto das a es realizadas no mbito de cada uma destas reas forma na atualidade o corpo do campo denominado Educomunica o definido como toda a o comunicativa no espa o 79 educativo realizada com o objetivo de produzir e desenvolver ecossistemas comunicativos grifo do autor Em Evento promovido pela Faculdade de Educa o da Universidade de S o Paulo e Mestrado em Comunica o pela Universidade Anhembi Morumbi em novembro de 2001 Soares indica que a Educomunica o um campo de converg ncia n o s da Educa o e da Comunica o mas de todas as reas da Ci ncia Humana ou seja a es educomunicativas podem desenvolvem se em qualquer ambiente O reconceito do termo no Brasil surgiu no contexto de lutas sociais em busca de melhores qualidade e ambiente de vida Diversos organismos institui es e membros se empenham para atingir este objetivo Comunicadores ao lado de educadores e de outros profissionais t m papel importante neste processo Estes grupos podem atrav s dos meios de comunica o buscar a conquista da cidadania autonomia e participa o de grupos minorit rios na m dia Os objetivos principais do novo campo resumem se em promover o acesso democr tico dos cidad os produ o e difus o de informa o identificar como o mundo editado nos meios de comunica o facilitar o processo ensino aprendizagem atrav s do uso criativo dos meios e promover
192. nternas de r dio em 450 escolas p blicas Com o objetivo de reduzir ndices de viol ncia e otimizar ambiente e espa os de comunica o e paz o projeto congrega alunos professores e membros da comunidade em aulas que desenvolvem consumidores e produtores cr ticos de m dia em processos de educa o Al m das escolas municipais paulistanas o NCE USP implementou projetos de Educomunica o em mil col gios do Estado de S o Paulo com expans o para escolas em Mato Grosso do Sul e Goi s Em Mato Grosso do Sul o Educom radio coordenado pela Superintend ncia de Ensino e Curr culo em parceria com o NCE ECA USP O objetivo introduzir o conceito e os procedimentos da Educomunica o nos espa os educativos de vinte escolas de Ensino M dio atrav s de um laborat rio de produ o radiof nica Composto por oficinas e semin rios o trabalho desenvolve atividades de sistematiza o do conhecimento e experimenta o da pr tica radiof nica com resultados no ndice de auto estima de professores alunos al m da forma o de professores educomunicadores e alunos comunicadores A UFRJ tamb m trabalha com a perspectiva Educomunicativa atrav s de curso de extens o nesta rea este faz parte do Projeto M o na M dia e oferece capacita o a estudantes do Curso de Pedagogia Comunica o e Magist rio al m de atender professores de 1 a 4 s ries para o desenvolvimento de atividades em Educomunica o 5l Matto
193. nto de ecossistemas educativos atrav s de planos programas e projetos de interven o social no espa o da inter rela o Comunica o Educa o e Cultura Ocorrem tanto na escola quanto em outras institui es atrav s da utiliza o de emissoras de r dio televis o editoras centros culturais educa o dist ncia etc Conforme Silva 1998 p 266 282 o conceito de media es m ltiplas de grande import ncia para a interpreta o dos processos de recep o da m dia formulado pelo estudioso mexicano Guillermo Orozco G mez que faz parte deste paradigma 78 De acordo com Ismar Soares 2004 considerando a necessidade e os esfor os para o relacionamento equilibrado entre seres humanos e natureza a Educomunica o parte para a cria o de espa os educativos que promovem a sa de e o fluxo das rela es entre grupos sociais e pessoas com oportunidade de ao acesso s TIC Complementa ainda o ecossistema comunicativo estar sempre e necessariamente em constru o Seu aperfei oamento depende da forma como o tema introduzido importante por exemplo no in cio evitar rejei es e conflitos com os educadores e agentes sociais que defendem concep es mais tradicionais de rela es humanas nos espa os educativos Para tanto interessante come ar a partir dos pontos de consenso como por exemplo necessidade de melhorar as habilidades de professores e alunos no manejo das tecnologias
194. nto o F rum Catarinense atrav s da Comiss o de Educa o da Assembl ia Legislativa de Santa Catarina no estado do Rio Grande do Sul disponibilizam cartilha instrutiva sobre a leitura cr tica da televis o Sobre panorama americano e europeu http www comedu blogspot com 6 Site http www eticanatv org br 91 No Estado do Paran a Prefeitura de Bandeirantes promoveu de 23 a 25 de mar o de 2006 o II F rum Estadual de Educomunica o com a participa o de estudantes pesquisadores autoridades estaduais e ONGs de diversas regi es brasileiras O evento teve como objetivo consolidar na Rede Municipal de Ensino desta cidade a implanta o da disciplina de Leitura Cr tica da M dia na grade curricular do Ensino Infantil e Fundamental A iniciativa parte da prefeitura atrav s do Departamento de Comunica o Social Secretaria da Educa o e Cultura Projeto Conviver e Projeto Bandeirante Mirim Foram realizadas durante o referido evento palestras e oficinas de Comunica o a proposta educomunicativa foi amplamente debatida entre educadores O in cio da discuss o deu se em junho de 2005 objetivando instruir os educadores e comunicadores quanto aos resultados sociais e educacionais alcan ados pela nova proposta pedag gica S o cerca de quatro mil educandos com a oportunidade de desenvolver e interpretar o mundo da m dia al m deles cerca de cento e cinquenta idosos tiveram aulas de audiovisual O resultado foi a p
195. ntre os cl rigos e escribas POSTMAN 2002a 37 De acordo com Ghiraldelli 2002 os conceitos cient ficos de inf ncia s o definidos na primeira metade do s culo XX seus gostos interesses forma de pensar emo es etc s o apresentados pela Psicologia Sociologia pela Medicina pela Puericultura Kaersher e Craidy 2001 considerando as teorias sociointeracionistas de aprendizagem citam as contribui es de Jean Piaget Levy Vygotsky e Henry Wallon que apontam o desenvolvimento infantil como um processo din mico que n o considera a crian a como um ser passivo mero receptor de informa es O contato com as coisas do ambiente a intera o com outras crian as e adultos e destes com aquela levam ao desenvolvimento da afetividade da sensibilidade auto estima racioc nio pensamento e linguagem com a articula o entre os n veis de desenvolvimento motor afetivo e cognitivo ocorrendo de forma simult nea e integrada 61 reconhecimento da inf ncia e posteriormente a organiza o da escola para disciplinar e instruir sem as intromiss es dos pais e da sociedade desinformados das necessidades das crian as e da inf ncia segundo o pensamento da poca A reorganiza o social e familiar provocada pela Revolu o Industrial resultou entre outras consequ ncias na redefini o do papel da escola no final do s c XIX e in cio do s c XX chamada a atender as necessidades da sociedade tecnol gica e do trabalho Os debates a
196. o Assim o desenvolvimento dos meios de comunica o tem peso relevante nos projetos e a es pedag gicas uma vez que estes transformaram a organiza o espacial temporal e social com novas formas de a o e intera o incluindo o processo de produ o e interc mbio de bens e materiais simb licos conforme explicita Thompson 2002 p 12 O desenvolvimento dos meios de comunica o se entrela ou de maneira complexa com um n mero de outros processos de desenvolvimento que considerados em sua totalidade se constitu ram naquilo que hoje chamamos de modernidade Por isso se quisermos entender a natureza da modernidade isto as caracter sticas institucionais das sociedades modernas e as condi es de vida criadas por elas devemos dar um lugar central ao desenvolvimento dos meios de comunica o e seu impacto grifo nosso Dar lugar central aos meios de comunica o e seu impacto nos processos modernos da educa o representa considerar o desenvolvimento tecnol gico atrelado recep o das mat rias simb licas globais atrav s das TIC permeadas de valores e cren as ou 43 seja considerar o que os receptores fazem delas como as entendem como as incorporam em suas rotinas e pr ticas da vida cotidiana THOMPSON 2002 p 147 Neste contexto os processos modernos de educa o est o permeados de questionamentos quanto ao papel da educa o diante dos novos meios de comunica o
197. o documento fa a refer ncias para a reformula o curricular com as seguintes orienta es o compromisso com a redu o das desigualdades sociais a articula o das propostas educacionais com o desenvolvimento econ mico social pol tico e cultural da sociedade a defesa da educa o b sica e da escola p blica gratuita de qualidade como direito fundamental do cidad o a articula o de todos os n veis e modalidades de ensino e a compreens o dos profissionais da educa o como sujeitos epist micos PARAN 2005 Reiteramos a id ia de que para ser operacionalizada com a mesma prioridade com que proclamada nas leis e reformas a educa o carece sobretudo de or amento financeiro compat vel com reajustes salariais dignos aos trabalhadores de sua categoria Or amento suficiente necess rio para a gest o de pr ticas e projetos distantes do verniz de reformas educacionais modernosas que n o cumprem com os preceitos legais de universaliza o do Ensino B sico erradica o do analfabetismo melhoria da qualidade de ensino que se encontra aqu m do desej vel pela falta de recursos e controle excessivo dos processos de gest o educacional 32 A primeira fase 2003 discuss o e levantamento da situa o das diretrizes curriculares da Rede Estadual de Ensino atrav s de semin rios e produ o de documentos referenciais com avalia o da conjuntura nacional da educa o A segunda fase 2003 e 2004
198. o dom stico e uso do computador o que indica as diferen as nos h bitos e costumes Assim conclu mos que o acompanhamento dos filhos 117 pelos pais n o aparece como frequente nas horas de folga o computador ocupa o tempo de lazer de uma parcela razo vel de pais de alunos da turma da Escola L Pedimos aos alunos que indicassem a fregii ncia com que os pais conversam sobre o que eles assistem na televis o N o conversa D ESCOLAL m ESCOLAK m ESCOLAJ Conversa s vezes Gr fico 13 Di logo Familiar sobre TV Identificamos que o di logo dos pais com os filhos e vice versa sobre a televis o n o frequente nem mesmo entre os alunos das turmas das Escolas J e K que ficam acompanhados pela m e conforme os dados anteriores sobre acompanhamento di rio dos alunos Perguntamos ainda com quem eles conversam sobre o que v em na televis o uma vez que investigamos sobre as pr ticas pedag gicas e media o da televis o 118 Ningu m Professores Parentes o ESCOLA L m ESCOLA K Vizinhos m ESCOLA J Irm os Amigos Gr fico 14 Di logo dos Alunos sobre TV Identificamos que o indice de alunos que conversa com a professora nas turmas das Escolas J e L consideravelmente superior em rela o turma da Escola K dados que condizem com as informa es fornecidas pelas professoras durante as entrevistas Poucos alunos n o conversam com ningu m sobre o
199. o indicados por passar coisas certas e os menos preferidos os programas indicados por passar coisas erradas Na turma da Escola J a prefer ncia pelos programas em partes de acordo com a no o de certo e errado na tev ou seja o Telejornal considerado programa que passa coisas verdadeiras e tamb m certas n o aparece como programa preferido pela maioria Entretanto o Programa do Ratinho indicado como o que passa coisas erradas o que eles n o gostam de assistir Expressando se por meio de desenho o programa preferido o Desenho Animado 11 alunos indicaram prefer ncia por este g nero de programa 08 alunos n o gostam de Desenho Animado ficando claro que a prefer ncia n o pelo g nero de programa mas por certos personagens mais e outros menos anexo G Escrevendo sobre os programas que gostam e que n o gostam de assistir os alunos da turma da Escola J indicaram a Telenovela como programa preferido 11 alunos citaram Alegrifes e Rabujos 06 alunos falaram sobre a telenovela Senhora do Destino e 07 alunos sobre a telenovela Malha o Sobre o que n o gostam de ver 11 alunos indicaram o Programa do Ratinho tanto na resposta escrita quanto desenhada Apresentamos as prefer ncias atrav s de respostas por escrito JAM S Eu gosto de Alegrifes com Rabujos por que tem a Sofia e o acachofre sic R A M Eu gosto de malha o poque sic fala muitas coisas sobre uma banda que si
200. o projeto TV Escola que carece de investimento financeiro e pessoal para sua manuten o expans o e continuidade Voltamos afirmar sobre estas bases que tempo para refletir a pr tica essencial para a constru o de projetos pedag gicos que favore am o resgate de valores que levem participa o humaniza o e constru o de sociedade mais cr tica para quest es pol ticas sociais e ticas Incluindo a leitura cr tica e seletiva da m dia televisiva Esta seria uma alternativa para a revers o da situa o de In firmus qual referiu se Morais 1986 ao analisar as patologias das rela es pedag gicas presentes hoje nas escolas que culminam com crises de identidade e aus ncia de projeto de vida profissional do professor pelo trabalho repetitivo sem a oportunidade necess ria para a reflex o Estas crises passam pela aceita o da imagem de inutilidade condicionada pelas situa es contradit rias do cotidiano e influ ncia da l gica da vida moderna em que ser passa a ter pouco sentido no contexto da sociedade do ter Tal situa o resulta em 33 in firmus do Latim d bil sem firmeza sem muita capacidade de rea o Ora perde se a firmeza quando se perde a no o de equil brio e se vive em extremos perniciosos Morais 1986 p 53 57 condutas de direcionismo autorit rio e ou espontane smo invertebrado que correspondem respectivamente nas palavras deste autor
201. oder de Estado repetem a pol tica de descentraliza o e autonomia pautada pelos ditames neoliberais que preconizam o afastamento do Estado de suas obriga es de financiamento Ali s ao assumir a limita o de recursos com ponto de partida imp e se a l gica econ mica e financeira sobre a l gica social e educacional O FUNDEF representou um avan o categoria ao prever que 60 dos recursos arrecadados na rede municipal e estadual devem ser destinados para o pagamento de professores Estados e munic pios se v em na obriga o ent o de implantar plano de carreira melhoria de sal rios e instituir a hora atividade Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valoriza o do Magist rio criado no governo Fernando Henrique Cardoso com a proposta de Emenda Constitucional n 14 em 1996 regulamentada pela Lei n 9 424 96 e pelo decreto 2 264 97 com validade para dez anos passando a vigorar em 1 de janeiro de 1988 para a garantia da oferta do Ensino Fundamental pelo estabelecimento de um valor m nimo aluno ano estabelecido pelo resultado da soma da arrecada o de todos os estados e munic pios dividido pelo total de alunos matriculados nas escolas p blicas no Ensino Fundamental Em 2004 o valor legal foi de R 864 00 e a m dia decretada de R 537 00 Quando Estado e Munic pio n o arrecadam o suficiente o governo complementa o valor estipulado fato que n o vem sendo cumprido pela Uni o
202. ogias presen a de viol ncia dilu da nos 98 contextos compensat rios e quest es como animismo antropomorfismo no desenho e outras quest es sobre este formato de programa No encontro sobre publicidade discutiu se os elementos que levam persuas o e ao consumo em algumas propagandas levantamento de quest es sobre a imagem o discurso o p blico alvo slogan logomarca custo benef cio do produto anunciado emo es e sensa es provocadas e outros aspectos relacionados apresenta o do produto Estudo de textos tamb m fez parte deste m dulo assim como a an lise de propagandas impressas em revistas O m dulo que tratou dos programas de audit rio possibilitou a an lise de diferentes programas deste g nero Os professores participantes dividiram se em pequenos grupos que analisaram separadamente os programas com o aux lio de uma ficha t cnica anexo A para o registro das impress es sobre os programas e posterior debate no grande grupo No encontro sobre telejornal analisou se uma mesma not cia sob a tica de diferentes telejornais para verificar a diferen a de enfoque entre emissoras e ainda jornais impressos com a mesma not cia da tev Dentre as diversas sugest es de trabalho com jornais e telejornais surgiu a elabora o de um telejornal em grupo seguindo roteiro com trilha sonora cen rio manchetes not cias entrevistas coment rios e depoimentos O m dulo programa educat
203. omo eu trabalho com a faixa et ria de 10 anos como eu te falei os desenhos s o coisas boba sic a Power Rangers n o sei o que sic s o coisas todas bobas sic Eles assistem mas n o querem brincar desta forma n o se interessam mas eles assistem Eu acho que os menores s o mais influenciados com isso voc v quando feito uma festa a fantasia quando pra sic trazer um brinquedo pelo menos na minha turma j na quarta s rie a gente j vai cortando sic um pouco os brinquedos somente na ltima sexta feira do m s eles podem trazer um brinquedo e a eu percebo alguns brinquedos que passam na tev sim S o carrinhos da Hot Weels algumas coisas assim os menores sim pelos brinquedos sic espadas Aqui na escola a gente n o permite este tipo de brinquedo mas pelos hominhos sic sabe aquelas coisas At pelas fantasias que eles v m do homem aranha a necessidade do her i nesta faixa 178 et ria Mas o que eu vejo mesmo influenciado pela propaganda o t nis l sic que corre n o sei o que sic a roupa sabe eu vejo assim eles s o muito ligados assim em t nis rel gios bon s Esta ltima fase eles estavam muito ligados naquele lanche do Mc Donald que ganhava um cachorrinho n sic e passava na tev at um aluno disse tia a maior engana o l na teve a gente v um cachorro enorme e quando compra isso aqui A eles v m me mostrando eles s o cr ticos mas o que o am
204. omo na Idade M dia n o h mais inf ncia uma vez que tabus e valores do mundo adulto s o tratados sem aprofundamento dos aspectos que os contemplam e sem a restri o e categoriza o do p blico A televis o elimina a exclusividade do conhecimento e atenua a linha divis ria entre os adultos e as crian as n o que estas sejam proibidas de acesso s quest es mencionadas a abertura desses assuntos a todos em quaisquer circunst ncias apresenta riscos e em especial torna o futuro da inf ncia problem tico Se n o h mist rios obscuros e fugidios para os adultos ocultarem das crian as e s revelarem quando acharem necess rio seguro e adequado ent o sem d vida a linha divis ria entre adultos e crian as torna se perigosamente t nue POSTMAN 20024 p 101 A exposi o indiscriminada tev torna a crian a um adulto precoce e o adulto infantilizado sem um conceito claro do que significa ser adulto n o pode haver um conceito claro do que significa ser uma crian a POSTMAN 20024 p 112 complementa ainda o autor Mas claro que se despejarmos sobre as crian as uma vasta quantidade de material adulto da pesada a inf ncia n o poder sobreviver Por defini o a idade adulta significa mist rios desvendados e segredos descobertos Se desde o come o as crian as conhecerem os mist rios e os segredos como as distinguiremos de outro grupo POSTMAN 20024 p 102 Dentre as evid
205. oradas pela TV CEM em Revista Com a procura cada vez maior pela revista por parte da comunidade educacional a equipe de trabalho do Canal Educativo criou tamb m o encarte 94 infantil CEMZINHO para crian as em fase de alfabetiza o com tiragem bimestral de 5 000 exemplares para acompanhar a TV CEM em Revista Foram produzidas 05 edi es do encarte impressos em papel sulfite pb preto e branco Este material proporcionou atividades l dicas e educativas sobre a programa o de cada bimestre resgatando valores ticos morais brincadeiras folcl ricas desenvolvimento da lateralidade racioc nio leitura interpreta o produ o escrita coordena o motora e criatividade anexo J capa de um dos exemplares TV CEM em Revista e encarte CEMZINHO foram publica es do Canal Educativo Municipal de 2000 at 2001 Paralelo a este trabalho o CEM idealizou e produziu os seguintes programas de televis o 1 Crian a Tamb m Conta dura o 5 id ia original e realiza o Canal Educativo Municipal e William Barbini Finaliza o PBW Finalizadora Parceiros Escolas da Rede Municipal de Ensino Visou valorizar o trabalho de professores e alunos e resgatar o valor do conto As hist rias e as ilustra es eram criadas por alunos ap s trabalho realizado pelos professores que selecionavam os trabalhos e os encaminham para o CEM para an lise pedag gica Na edi o os personagens das hist rias eram animados por computa
206. orando sic 9 Que m dia de tempo a escola costuma destinar para planejamento e discuss es pedag gicas Planejamento eu sempre fa o em casa dificil fazer aqui n o tem hor rio n sic tem hor rio da Educa o F sica que s o duas vezes por semana que d 40 ou 50 minutos e tamb m a hora do Conto ent o s o tr s dias da semana que a gente tem de 40 a 50 minutos para estar desenvolvendo atividades mas eu n o consigo fazer planejamento aqui porque eu tenho que tirar um monte de livros olhar um monte de coisas procurar sabe sic eu n o consigo fazer isso na escola aqui mais para estar corrigindo as coisas que eles produzem na sala tivemos poucas reuni es n o tiveram muitas n o foram mais assim pra estar passando coisas de cursos e recados sic 10 Voc utiliza a televis o e o v deo em suas aulas Sempre que posso estou utilizando tem aquela tv interna que passa sempre de quinta Hoje mesmo eles assistiram que est falando sobre a higiene do corpo sobre alimenta o tudo n sic o tema que a gente est trabalhando E de segunda feira tamb m al m do hino que toca para eles com a parte visual passa a escrita por exemplo o hino de Londrina e da sic passa v rias cenas de Londrina acho legal mais assim ci ncias eu estou pra trazer pra eles amanh sic acho que n s vamos assistir um filme que chama nove meses vai mostrar todo desenvolvimento do beb que trata sobre o siste
207. oras tratam de programas de educa o para pela e com a m dia abordam a inclus o da tem tica nos curr culos dos pa ses citados a imagem de crian as na m dia a participa o de crian as e adolescentes na produ o midi tica e Programas que abordam na ntegra o tema na escola O Guia de Recursos para a Compreens o da M dia do Minist rio da Educa o de Ont rio publicado em 1989 um dos exemplos dentre v rias propostas de trabalho com m dia Composto de quarenta v deos curtos a maioria document rios o referido material foi planejado para escolas secund rias americanas e tratam de quest es em rela o Educa o para a M dia Os v deos est o agrupados em quatro fitas e s o comercializados com manual para o professor a cole o tornou se muito popular e tem sido sucesso no Canad tamb m vendida nos Estados Unidos e outros pa ses FEILITZEN CARLSSON 2002 p 175 As escolas canadenses tamb m contam com TV a cabo na sala de aula Segundo as autoras a participa o da crian a na nova m dia est desafiando todo ambiente escolar do mundo ocidental onde frequentemente escolas e professores n o oferecem instrumentos de comunica o modernos que s o usados pelas crian as fora da escola As crian as n o devem ser colocadas numa posi o tal que tenham de se adaptar escola a escola que deve estar em dia com as capacidades tecnol gicas de seus alunos FEILITZEN CARLSSON
208. ores 8 Descri o dos Recursos Did tico Pedag gicos RECURSO QUANTIDADE OBSERVA ES Quadro negro Mime grafo Xer x Retroprojetor Computador Impressora Televis o R dio V deo cassete 157 D V D Antena parab lica TV a cabo videoteca 9 Quantidade de funcion rios para administra o servi os gerais 10 Turnos de funcionamento matutino vespertino noturno 11 Membros da Equipe T cnico pedag gica e administrativa Dire o Vice Dire o Supervis o Escolar Orienta o Educacional Coordena o Pedag gica N mero de Professores com curso superior completo com P s Gradua o Especializa o com P s Gradua o Mestrado ou Doutorado 12 Sobre os Alunos quantidade de turmas atendidas em 2004 quantidade de alunos matriculados em 2004 modalidades de ensino ofertadas pela escola educa o infantil educa o b sica 1a4 s rie faixa et ria 5a 8 s rie Ensino M dio quantidade de turmas no Ensino Fundamental b sico quantidade de alunos matriculados nas 4 s ries do Ensino Fundamental quantidade de alunos matriculados nas 3 s ries do Ensino Fundamental quantidade de alunos matriculados nas 2 s ries do Ensino Fundamental quantidade de alunos matriculados nas 1 s ries do Ensino Fundamental Respons vel pelas
209. ossos A Pesquisa de Campo foi eleita para a realiza o do estudo comparativo por amostragem por permitir o contato com o ambiente natural em que se verificam os fen menos de interesse BOGDAN BIKLEN 1994 p 17 Com o objetivo de conhecermos trabalhos j realizados com esta tem tica iniciamos com a revis o de literatura incluindo levantamento de recursos audiovisuais Segundo Marconi 1990 p 75 as fases da pesquisa de campo requerem em primeiro lugar a realiza o de uma pesquisa bibliogr fica sobre o tema em quest o Nesta fase coletamos dados e informa es junto Ger ncia de N cleo de Audiovisual da Secretaria Municipal de Educa o para dissertarmos sobre as experi ncias de forma o de professores para trabalho com a m dia televisiva constantes no cap tulo quatro Analisamos o Curr culo B sico do Paran PARAN 1990 as novas Diretrizes Curriculares do Estado do Paran PARAN 2005 os Par metros Curriculares Nacionais e o Plano Nacional de Educa o por possibilitarem validar as informa es obtidas pela entrevista e question rio segundo Ludke e Andr 2003 p 39 Partimos ent o para a observa o principal t cnica de investiga o na abordagem qualitativa ainda de acordo com Ludke e Andr 2003 p 25 Optamos pela observa o de car ter sistem tico indireto caracterizada segundo Rudio 2002 p 47 por utilizar instrumentos para registrar ou medir a informa o que se
210. pela empregada durante o dia cinco alunos ficam com a m e tr s alunos ficam sozinhos e dois alunos com irm os ou parentes sendo relevante registrar que alguns alunos desta escola referiram se aos seus animais de estima o como companhia di ria Verificamos a escolaridade dos pais dos alunos perguntando at quando o pai e a m e estudaram 110 P s Es 6 Gradua o Ensino 27 Superior 4 o ESCOLA L 14 Ensino M dio B 21 E ESCOLA K a m ESCOLA J Ensino 50 Fundamental 10 Mn 22 1 at 4 s rie Gr fico 4 Escolaridade dos Pais Identificamos que a escolaridade dos pais da turma da Escola J menor comparada aos pais das outras escolas A turma da Escola L possui o maior indice de pais graduados e p s graduados seguida dos pais da Escola K Dados que revelam a diferen a cultural entre os pais e conseq entemente entre os alunos Sobre o meio de transporte at a escola identificamos que i 13 Ve culo dos pais po i 6 Transporte escolar TT DESCOLA L a m ESCOLA K nibus DR mESCOLA J A p i 10 doo C 0 10 15 20 Gr fico 5 Meio de Transporte para Escola 111 Na turma da Escola J dezesseis alunos v o escola a p tr s de nibus e um deles com o ve culo dos pais Na turma da Escola K o n mero de alunos que vai para escola a p e com ve culo dos pais o mesmo tr s alunos utilizam transporte escolar para ir escola e tr s v
211. po que os alunos passam com a televis o considerando o limite a postura e suas atitudes frente a ela A ociosidade faz com que os alunos considerem muito o tempo que eles dedicam tev assistir muito tev aparece ainda associado s consegii ncias negativas deste ato O computador entre os alunos de classe alta aparece como atividade que ocupa tanto tempo quanto a televis o considerando tamb m o acesso Internet Segundo ROLD O 1999 p 69 aliada quest o econ mica que faz com que uma grande parcela da popula o n o tenha acesso a outras formas de lazer entretenimento e cultura a televis o ganha for a como meio de entretenimento Atrav s do levantamento das atividades no tempo livre dos pais analisamos a aten o dispensada pelos pais aos filhos Utiliza o comp Aten o aos filhos D ESCOLAL Lazer descanso m ESCOLAK BESCOLAJ Servi o Dom stico Assistir televis o Gr fico 12 Atividades no Tempo Livre dos Pais A maioria dos pais passa a maior parte do tempo de lazer assistindo televis o sobretudo nas turmas das Escolas J e K chama aten o o fato de que assistir tev aparece associado a dormir em n mero consider vel de respostas das turmas das Escolas J e K o que condiz com o n mero de televisores no quarto dos pais As atividades nos hor rios de lazer dos pais dos alunos das turmas da Escola J e Escola L se op em em rela o ao servi
212. por v deos educativos do tipo aula pronta ou relacionados aos conte dos curriculares dependendo de como assistida se n o houver a orienta o de um adulto a crian a tira suas pr prias conclus es e fica por isso mesmo na sala de aula a televis o um recurso interessante que pode ser utilizado de v rias formas 133 A mesma afirmou que o tempo dispon vel dos pais com os filhos assim como o grau de conhecimento e informa o sobre a programa o da tev s o fatores determinantes para a forma o quanto a vis o sobre a televis o pela minha experi ncia vejo que t m pais preocupados e t m pais que n o est o nem ail A professora da turma da Escola K referiu se a v deos educativos que representam para ela refor o e complemento ao processo ensino aprendizagem com linguagem mais motivadora que da escola esses v deos que s o gravados sic eles s o tirados de um programa de televis o ent o a maioria destes programas a gente s vezes vou falar da TV CEM e aqui na escola n s temos v rias fitas de v deos tamb m de v rios programas ent o eles ajudam bastante na informa o s o programas chamativos e n o fica s aquela aula de voc estar ali expondo n sic A professora considera um lado da programa o comercial ben fico por retratar diferentes aspectos culturais e outro prejudicial por retratar viol ncia com t cnicas que atingem a afetividade e
213. que ela ia sic fazer com aquilo porque o menino estava vidrado E passava tardes e tardes assistindo aquele programa e n o queria sair neste hor rio de jeito nenhum E eu coloquei pra sic ela sentar junto e assistir junto e ver o que ele estava fazendo ali se ele estava vidrado naquele programa a sic eu falei para ela sair mais era uma fam lia que tem condi es a ela come ou levar amigos pra sic dormir l e tal sic Mas o que ajudou mesmo foi que o programa acabou ele contou que ela entrou de f rias o programa acabou a eu perguntei pra sic ele o que tinha neste programa Os meninos ficam paquerando tentando conseguir as meninas ent o era uma coisa que chama aten o porque ele era um pouco gordinho sic e l no Clube da Paquera os meninos meio gordinhos se davam bem sic Ent o ele se identificava porque na escola acho que ningu m n sic as meninas n o se interessavam por ele e l no programa o menino era gordinho e se dava bem ent o acho que ele assistia pra sic pegar algumas dicas eu n o sei porque eu assisti uma vez num feriado pra sic ver o que tinha neste programa A viol ncia n o sei hoje em dia eu vejo nos jornais e telejornais a gente incentivava tanto os alunos a ler jornais pra sic saber not cias saber informa es mas hoje em dia nos jornais t m mais informa es violentas do que nos programas Pelo menos eu n o nunca percebi viol ncia por que ele assiste um desenho C
214. que foi aquela da cerveja experimenta experimenta n sic e tudo pra sic eles que era explicado na boca sic era experimenta experimenta e tal sic e n s fomos conversar sobre as propostas daquela propaganda e tal sic ser que era interessante realmente experimentar como tinha crian a que tinha 177 sic vontade de tomar a cerveja A n s fomos trabalhar a quest o sic a eles viram a for a que a propaganda tem sobre as pessoas a gente tem que assistir mas ao mesmo tempo n o fazer como est pedindo l eles come aram a colocar desta forma e uma tamb m que eles sempre sic quando trata de propaganda eles n o esquecem a do sab o em p que eles acham um absurdo lavar aquelas quantidades enormes de meias com uma caixa de sab o mas imposs vel uma propaganda enganosa ent o eles sabem analisar criticamente ent o voc percebe que eles assistem mas eles t m a percep o que aquilo n o real voc acha uma caixa de sab o da pra sic lavar aquele monte de meias aquelas coisas ent o voc percebe pela opini o como aquela da cerveja que n o real sic 30 Voc j participou de algum curso espec fico que informasse ou formasse para o uso da televis o na sala de aula Como foi N o nunca fui 31 Comente sobre a import ncia de sua participa o em cursos do tipo anteriormente referido Eu acho que importante sim por que a televis o est em tudo a crian a pra
215. quenos seres s o entregues por tardes inteiras aos del rios eletr nicos das tev s e dos videogames menores abandonados e s vezes bem solit rios dentro de suas pr prias casas A fam lia protege mas o faz muito mal em certo sentido MORAIS 1986 p 20 Segundo Moran 1991 p 51 Os meios de comunica o simplificam a realidade atrav s de estere tipos formas de generalizar de maneira superficial e constante as caracter sticas de uma pessoa grupo ou institui o O estere tipo usado para economizar a linguagem comunicar de forma mais f cil Em contrapartida essa simplifica o pode ser compreendida como se fosse a realidade total ou ser manipulada grifos do autor Artigos publicados no jornal Folha de Londrina com os seguintes t tulos Chip permite que pais controlem a TV em casa fala de Lei federal que obriga a instala o de dispositivo em aparelhos de TV sancionada no final daquele ano a organiza o social para produ o de programas de melhor qualidade e programas de educa o para a m dia A banaliza o do sexo pelo m dico e psicoterapeuta Moacir Costa Brasileiros passam mais de 4 horas por dia vendo TV por France Presse TV na cabe a pe a de teatro que conta a est ria de um menino que ficou sem imagina o de tanto ver tv por Ana Paula Nascimento Baixaria na TV pelo contador Antonio Vicente Marcondes Filho TV faz ou n o mal para crian as Sobre estudo em S
216. r treinamento para apreender a sua forma segundo porque n o faz exig ncias complexas nem mente nem ao comportamento e terceiro porque n o segrega seu p blico POSTMAN 2002a p 94 Segundo Postman a influ ncia da difus o da informa o e do conhecimento sobre a inf ncia iniciou se com a inven o do tel grafo da prensa rotativa e outras Werle 2004 p 02 mostra que meninas est o se rendendo vaidade e se produzindo precocemente motivadas pelas estrelas das passarelas m sica e personagens da televis o apesar de ter inspira o pr pria para compor o visual Camila 11 anos revela que j comprou uma cal a igual a usada por Britney Spears em um dos clipes Todavia de Gisele B ndchen que a menina mais gosta Bergamo 2004 p 60 A menarca precoce uma caracter stica da vida moderna Durante o ltimo s culo a idade m dia em que ocorre a primeira menstrua o caiu de 16 para 12 anos Um dos fatores mais importantes para essa redu o o aumento da exposi o das meninas a cenas de erotismo desde muito pequenas O bombardeio de mensagens desse tipo ativa uma regi o do c rebro respons vel pelas emo es e pelos impulsos sexuais a produ o de horm nios sexuais aumenta e com isso acelerada a vinda da primeira menstrua o 66 tecnologias da comunica o eletr nica que reestruturaram a organiza o social e a transmiss o do conhecimento Hoje n o h mais segredos assim c
217. realizadas pela investiga o de campo est o direcionados para as concep es de professores e alunos em rela o televis o A investiga o bibliogr fica procura reunir trabalhos que analisam o papel da Educa o para uso cr tico e seletivo da programa o da tev Apontamos primeiramente que as causas e consequ ncias das transforma es dos meios especialmente da televis o exigem a revis o das pr ticas pedag gicas pois a televis o proporciona novas formas de ler e aprender de representar a informa o e a cultura Entretanto encontramos nas realidades investigadas a leitura da m dia televisiva a margem do curr culo e das pr ticas pedag gicas devido sele o dos pr prios professores que sobretudo pela forma o profissional restringem trabalho com tev a v deos educativos relacionados aos conte dos curriculares O uso da televis o restrito ao aspecto instrumental as pr ticas escolares seguem tend ncias reprodutivistas que n o possibilitam o desenvolvimento da capacidade cr tica seletiva e o enfraquecimento da vulnerabilidade infantil frente aos apelos televisivos Os depoimentos dos professores e dos alunos investigados tanto na escola p blica como na escola privada demonstram que a leitura cr tica das imagens da televis o aberta n o faz parte da pr tica pedag gica Consideramos as concep es dos professores quanto aos processos de comunica o e educa o estabelecidos pela tele
218. ria sim por que geralmente estes v deos que s o gravados eles s o tirados de um programa de televis o ent o a maioria destes programas a gente s vezes sic vou falar da TV CEM e aqui na escola n s temos v rias fitas de v deos tamb m de v rios programas sic ent o eles ajudam bastante na informa o as crian as elas s o sic muito acostumadas a ver televis o ent o chama a aten o sic s o programas bem mais chamativos e n o fica s aquela aula de voc estar ali s expondo n sic n o fica aquela aula cansativa ent o eu acredito sim que esta parceria eu estou sempre assim sic me utilizando destes v deo pra sic poder complementar estas aulas 19 Como voc v a posi o das fam lias hoje em rela o a leitura de imagens da televis o pelas crian as Olha eu percebo assim sic pelo que as crian as falam em sala de aula eles t m esta parte cr tica em rela o ao que acontece mas mesmo eles tendo esta criticidade em rela o viol ncia que a televis o est passando em rela o apela o sexual que tudo esta passando sic pela conversa que a 175 gente tem em sala de aula e ouve as crian as falando eles t m esta parte cr tica ent o isso comentado em sala de aula mas eles n o t m o limite do tanto que sic como que eu posso falar sic eles n o t m o limite da quantidade de tempo ou da qualidade de programas que eles n o sabem n o s o limitados eles fi
219. ro 2000 p 60 1 Segundo Moran 1991 p 50 cada tipo de produto destaca determinados valores que estabelecem novas e exclusivas rela es entre grupos de produtos e grupos de valores A publicidade adapta cada produto a determinados valores 41 A possibilidade de sermos cidad os diretamente proporcional ao desenvolvimento de sujeitos aut nomos isto de gente livre tanto interiormente como em suas tomadas de posi o Gente livre significa gente capaz de saber ler a publicidade e entender para que serve e n o gente que deixa massagear o pr prio c rebro gente que seja capaz de distanciar se da arte que est na moda dos livros que est o na moda gente que pense com sua cabe a e n o com as id ias que circulam ao seu redor Sob a tica dos meios de comunica o e da publicidade o consumo n o visto como um direito mas como um dever A sociedade precisa assumir sua posi o em rela o a esta quest o ela tem o direito de forma o e educa o para a leitura cr tica dos meios de comunica o para o pleno exerc cio de sua cidadania e escolhas A sintonia entre teoria e pr tica educacional constitui se em fator relevante para o desenvolvimento processos educacionais voltadas forma o para uso seletivo e cr tico das TIC tanto de alunos quanto de professores Assim tratamos no cap tulo a seguir da organiza o do Ensino Fundamental inst ncia focada por este estudo e processos educacionais
220. ro 2003 a compreens o das dimens es da globaliza o significa considerar primeiramente as transforma es nos modelos e nos modos da comunica o a presen a das novas tecnologias a n vel global indica um novo sentido 32 para o local e n o completa homogeneiza o cultural por influ ncia dos meios de comunica o A mundializa o cultural n o opera a partir de fora sobre as esferas dotadas de autonomia como seriam o nacional e o local Seria impr prio falar de uma cultura mundo cujo hier rquico estaria situado acima das culturas nacionais ou locais O processo de mundializa o um fen meno social total que para existir deve localizar se enraizar se s pr ticas cotidianas dos homens BARBERO 2003 p 59 grifo do autor O fen meno da globaliza o comunicativa n o pode ser pensado como mero processo de homogeneiza o A globaliza o comunicacional pode potencializar a identidade pr pria e caracterizar a identidade do outro passando os meios de comunica o a fazer parte da forma como reconhecemos o outro reconfigurando a intera o entre as culturas e ditando novas formas de estar juntos Pois os meios de comunica o n o somente descentralizam as formas de transmiss o e circula o do saber mas constituem um mbito decisivo de socializa o de dispositivos de identifica o proje o de pauta de comportamento estilos de vida e padr es de gosto BARBERO 2003
221. ro Graphia 2002a O fim da educa o redefinindo o valor da escola Rio de Janeiro Graphia 2002b PRESSE France Mais de Cem Milh es est o fora da escola Folha de Londrina Londrina 7 nov 2004 Caderno Geral p 7 PRETTO Nelson de Luca Uma escola sem com futuro Campinas Papirus 1996 149 RAMONET Ign cio O poder midi tico In MORAES Denis de Org Por uma outra comunica o Rio de Janeiro Record 2003 p 245 252 RESENDE Lucin ia SOUSA Marta G LIMA Rosimeiry Midori S Leitura Cr tica da M dia Televisiva 2000 Monografia Especializa o em Dire o Orienta o e Supervis o Escolar UNOPAR Londrina 2000 REZENDE Lucinea Aparecida de Leitura e vis o de Mundo pe as de um quebra cabe a Londrina Atrito 2005 RICHARDSON Robert Jarry et al Pesquisa social m todos e t cnicas S o Paulo Atlas 1999 ROLD O Carlos Gilberto Conselho de Comunica o Social tend ncias presentes na primeira gest o Universidade Metodista de S o Paulo In SEMIN RIO INTERNACIONAL LATINO AMERICANO DE PESQUISA DA COMUNICA O 3 S o Paulo 2005 Caderno S o Paulo USP 2005 p 21 ROLD O Ivete Cardoso do Carmo A Imprensa Televisiva In BERZOATO Valdir Heitor GHILARDI Maria In s Org M dia Educa o e Leitura S o Paulo Associa o de Leitura do Brasil 1999 p 69 79 ROMERO Carlos Cortez O Plano Nacional de Educa o e a Reforma do Ensino T cnico LDB e PNE d
222. rodu o do v deo intitulado Faces que conta a hist ria desta cidade Cerca de cento e sessenta crian as carentes tamb m participaram de atividades audiovisuais com a meta de desenvolver uma alternativa profissional para quem est em situa o de risco social Em rela o realidade desta pesquisa faz se relevante o registro da experi ncia desenvolvida pela Secretaria de Educa o de Londrina atrav s da TV CEM Canal Educativo Municipal na sua primeira fase de atua o de 1995 at 2000 e Ger ncia de N cleo de Audiovisual a partir de 2000 As a es da TV CEM estiveram amparadas pela Lei Federal 8 977 95 do servi o de TV a cabo e Lei Municipal 6010 de 28 12 94 regulamentada pelo Decreto Municipal n 332 de 25 05 95 O trabalho desenvolvido pelo Canal Educativo sem fins lucrativos objetivou a constru o de uma pedagogia para a leitura e uso cr tico da m dia entre educadores e profissionais da Comunica o a contribui o para a forma o cidad atrav s da oportunidade de difus o de id ias elementos da cultura tradi es e h bitos sociais a estimula o do lazer da cultura e presta o de servi o de utilidade p blica A programa o b sica era formada por programas di rios semanais quinzenais e mensais atrav s de uma cess o da Funda o Padre Anchieta Projeto TV Escola 6l A Lei o Decreto o Projeto e o Relato de Trabalho descrevem e normatizam as atividades e iniciativas da equipe d
223. ru la mais democr tica onde cada pessoa possa exercer a sua cidadania grifo nosso A 4 C pula Mundial de M dia para Crian as e Adolescentes 2004 realizada no Rio de Janeiro refor a tais id ias afirmando que diante da sociedade midi tica a escola vem ganhando novo significado devido s novas formas de aprender e ensinar O processo de constru o do conhecimento e valores n o linear e hierarquizado mas constitu do em todos os lugares tempos e rela es A respeito da confiabilidade nos produtos da televis o uma pesquisa realizada pela UNESCO entre 1988 e 1999 com jovens do munic pio do Rio de Janeiro divulgada neste evento aponta para os jovens os meios de comunica o est o em terceiro lugar em grau de confiabilidade atr s da igreja e da fam lia ou seja os meios de comunica o especialmente a televis o t m credibilidade do p blico 1 1 COMUNICA O NO CONTEXTO DA GLOBALIZA O A Comunica o processo de produ o e partilha de significados para a vida em sociedade teve papel preponderante para a moderniza o iniciada no s culo pela abertura de fronteiras o surgimento de economia de mercado nova concep o de indiv duo e finalmente ideais democr ticos definidos no s culo XVII 25 Para Wolton 1997 o forte la o entre comunica o e modernidade se expressa pela dupla h lice da comunica o que representa a mistura da dimens o normativa e funcional da co
224. s 2004a p 4 entrevistou estudantes que passaram pelo projeto e apontara diferen as no modo de recep o das diversas m dias a partir da forma o recebida antes achava que tudo era um mar de rosas na tev Agora me pergunto Por que esse programa assim percebo at o jeito de editar Vi que Malha o tem cortes r pidos grifo da autora Depoimento do aluno Jefferson Tom da Silva 14 anos O v deo Hist ria de Jovens Educomunicadores Projeto Educom Radio entre 2001 a 2003 apresentado por Ismar Soares no III F rum de Educomunica o no estado do Paran mostra participantes declarando perspectiva de mudan a de comportamento e atitudes em rela o vida atrav s da participa o no referido projeto 2 Os estudos do NCE s o divulgados atrav s de boletim on line http www usp br nce 82 Educom T V tamb m consiste em a es voltadas ao tema em quest o Trata se de projeto iniciado no segundo semestre do ano de 2002 na cidade de S o Paulo com o objetivo de formar professores para o uso de linguagens audiovisuais em sala de aula na perspectiva educomunicativa na modalidade de Educa o a Dist ncia As atividades caracterizam se por um ambiente virtual de aprendizagem pelo site www educomtv see inf br al m de ferramentas interativas que facilitam o desenvolvimento de capacidades cognitivas e incentivam trocas de experi ncias O curso capacita para o desenvolvimento da leitura adequada das me
225. s acerca da homogeneiza o cultural no final do s culo XIX in cio do s culo XX que consagram publicidade o t tulo de nobreza pela sua import ncia para a condu o dos conflitos de guerra embora a ideologia em rela o comunica o e as primeiras experi ncias com sat lites na corrida espacial da d cada de sessenta segundo os discursos da UNESCO seja o desenvolvimento e moderniza o dos pa ses do 3 mundo para livrar se do subdesenvolvimento para dar arrancada um pa s deve dispor de dez exemplares de jornal cinco aparelhos de r dio dois televisores dois assentos de cinema para cada 100 habitantes Portadores de atitudes modernas os ve culos de comunica o s o vistos como agentes inovadores Mensageiros da revolu o das esperan as crescentes eles propaguem os modelos de consumo e aspira es simbolizadas pelas sociedades que j atingiram uma etapa superior de evolu o MATTELART 2002 p 96 grifos do autor Na d cada de sessenta o processo de globaliza o da comunica o passa pelas fases que substituem o conceito de multinacional por transnacional o que representa o fim do monop lio da informa o pelos estados nacionais com movimento rumo integra o mundial Nos anos 70 a UNESCO surge novamente como palco das principais discuss es sobre as redes internacionais de Comunica o com a tese do imperialismo e depend ncia cultural com origem no desequil brio dos interc
226. s processos escolares faz parte de uma pr tica hist rica relacionada centraliza o do poder advinda do tempo em que o saber leg timo proveniente da B blia o livro sagrado era privil gio daqueles que detinham a informa o e o conhecimento adquirido atrav s da capacidade de leitura e interpreta o que garantia o poder Ao se considerar as novas rela es de ensino aprendizagem na escola o livro n o perde o seu espa o mas ganha uma nova dimens o No tocante forma o cidad este autor levanta a den ncia de que a lentid o com que as tecnologias da comunica o t m sido incorporadas pela Educa o P blica deixa alunos desta realidade em desvantagem aos das classes economicamente mais favorecidas Seja pelas dificuldades dos sistemas de ensino especialmente p blico em gerenciar a inser o das tecnologias em seu cotidiano pelas posturas defensivas do sistema 22 escolar em aceitar novos modos de ver ler aprender e conhecer Barbero 2000 p 57 contribui com a seguinte id ia quanto rela o ensino amp novas tecnologias enquanto o ensino transcorre atrav s do mundo do manual o professor sente se fortalecido mas quando aparece o mundo da imagem o professor perde a estabilidade porque o aluno sabe muito mais e sobretudo porque maneja muito melhor a l ngua da imagem que o professor A desautoriza o do professor sobre o que veiculado pelos meios de comunica o por desconhecimento
227. s voltados para a inter rela o Educa o amp Comunica o O projeto A televis o e o v deo como recursos pedag gicos realizado em 2003 representou avan o na forma o de professores de 1 a 4 s ries por se tratar de forma o acerca da leitura e uso de programas da televis o com reflex es sobre o papel do educador neste processo Participaram 75 professores auxiliares de reg ncia divididos em grupos de 25 pessoas que estudaram realizaram atividades e debates durante cinco encontros de quatro horas sobre os seguintes temas fasc nio exercido pela programa o da televis o desenho animado publicidade programas de audit rio telejornal e v deos educativos Com o tema fasc nio da tev foi analisado o v deo O menino a favela e as tampas de panela produzido pela Funda o Padre Anchieta S o Paulo dirigido por Cao Hamburguer Discutiu se a t cnica e os elementos trabalhados para a transmiss o da mensagem emo es e sensa es provocadas pelo v deo an lise do tempo real e tempo do v deo fic o e realidade cores predominantes sonoriza o sonoplastia figurino e outras quest es Leituras e din micas de grupo tamb m fizeram parte deste m dulo Com o tema desenho animado foram analisados desenhos assistidos pelos alunos em casa como Os Simpsons Tom e Jerry e Pica pau Os professores analisaram a linguagem as imagens as mensagens e ideol
228. scola K de dois a quatro sal rio m nimo um aluno recebe benef cios de programas sociais A escola L declarou n o possuir informa o sobre a m dia salarial familiar entretanto indicou que a profiss o dos pais varia entre empres rios comerciantes funcion rios p blicos professores e profissionais liberais A faixa et ria dos alunos nas tr s 107 turmas investigadas de nove a dez anos n o h discrep ncias quanto adequa o da idade s rie O primeiro dado quantitativo refere se composi o das turmas investigadas ESCOLA L m N DE MENINOS ESCOLA K m N DE MENINAS ESCOLA J Gr fico 1 Composi o das Turmas Conforme demonstra o gr fico somente a turma da Escola J composta por quantidade equilibrada de alunos do sexo feminino e masculino as turmas das escolas K e L possuem n mero maior de meninos do que meninas Investigamos sobre a composi o familiar perguntando com quem os alunos moram 108 av s E 4 2 M e e parentes EI 5 m Escola L Pai mm J E Escola K Pai e madrasta i e eirm os Escol M e e irm os fu 2 E Escola J M e e av m Pais e parentes E M e Faria T T T T l 0 5 10 15 20 25 Gr fico 2 Composi o Familiar Na turma da Escola J dez alunos moram com a fam lia seis moram com a m e 04 com pais e parentes o restante considerado minoria mora com a m e ou pai e av s
229. se em bom estado de conserva o Sobre os recursos did tico pedag gicos L disp e de 01 m quina de x rox 01 retroprojetor 02 aparelhos de televis o 01 v deo cassete 09 r dios e 01 aparelho de DVD quantidade razoavelmente menor em compara o s outras escolas pesquisadas A escola n o recebe canais de televis o paga somente canais da televis o aberta 5 3 OS ALUNOS PARTICIPANTES Os alunos de 4 s rie das tr s escolas investigadas responderam um question rio com vinte e duas quest es sendo doze abertas e as demais de completar ou com alternativas de m ltipla escolha anexo E Apresentamos nesta parte do trabalho dados quantitativos com an lise qualitativa dos 76 alunos das 4 s ries investigadas sendo 25 alunos da escola J 26 alunos da escola K e 25 alunos da escola L O perfil s cio econ mico e cultural foi analisado considerando se o meio de transporte at escola quantia de aparelhos eletr nicos em casa a composi o familiar o acompanhamento e di logo dos alunos com os pais sobre o tema investigado e destes com outras pessoas as atividades de lazer e escolaridade dos pais as brincadeiras preferidas e tempo destinado televis o e ao brincar Informa es sobre m dia salarial familiar foram obtidas com os diretores A renda familiar dos alunos da escola J de um a dois sal rios m nimos incluindo a participa o nos programas sociais anteriormente mencionados A renda das fam lias da e
230. ser um aulista o tempo e o trabalho escolar s o produtivos se limitados s paredes escolares com o m ximo de alunos por sala que revelem atrav s dos exames de avalia o externa notas expressivas em rela o apropria o de conte dos m nimos estabelecidos por par metros e curr culos Resta pouco tempo para conversar trocar experi ncias planejar aulas estudar leis e suas entrelinhas Quando sobra uma oportunidade normalmente se discute os problemas faltando tempo para a proposi o de novas a es Ali s refletir e pensar sobre a pr tica n o s o a es interessantes e importantes sob a tica das grades e curr culos escolares fragmentados que levam exclus o dos que n o se apropriam do capital tanto cultural quanto financeiro dentro de um padr o de qualidade determinado por indiv duos alheios aos processos de produ o do conhecimento tanto na escola como na sociedade BRINHOSA 2001 Em resumo o teor e rumo das pol ticas educacionais refletem no modo de pensar e agir dos professores A forma como tecnologias s o referenciadas na lei nem sempre representam indicativos de como elas s o trabalhadas na pr tica O incentivo utiliza o de v deos do Projeto TV Escola e tamb m programa o da televis o aberta promovidos pelo MEC atrav s do curso TV na Escola e os Desafios de Hoje por exemplo incoerente com as atuais pol ticas de operacionaliza o das TIC no ambiente escolar especialmente
231. so como a gente tem o controle da tev na m o n o deixar a tev controlar a gentel a fam lia deixa muito a vontade n sic meus alunos ficam com a empregada sozinhos ent o eles est o liberados e hoje tem a Internet eu acho que o que o dificulta o trabalho com a televis o s o estes programas que tudo que a gente fala que n o legal fazer nos programas passam como uma coisa normal Nossa hip tese se confirma pois al m a aus ncia de planejamento existe a necessidade de forma o para leitura cr tica da m dia televisiva De acordo com Pavani 1999 a dificuldade de incorpora o dos textos da m dia da leitura da televis o parte da tradi o de trabalho com textos orais e impressos atrav s de livros e mais recentemente jornais e revistas H5 Os professores demonstram clareza quanto aos processos de Comunica o e Educa o estabelecidos pela escola e pela tev mas n o estabelecem rela es entre eles Perguntamos como os professores analisam os processos de Comunica o e Educa o estabelecidos pela televis o e pela escola se consideram a televis o prejudicial ou ben fica e como v em a posi o das fam lias sobre o que os filhos assistem Quanto aos processos de Comunica o e Educa o a professora da turma da Escola J afirmou que a Educa o n o est preparada para trabalhar com os meios de comunica o muitos usam como passatempo enquanto corrigem provas a prefer ncia
232. so alertar que existe uma fal cia na equa o educa o igual a empregabilidade Condi o necess ria a educa o se tornou de modo insofism vel mas para a garantia do bem estar social de todos esta n o uma condi o suficiente grifo do autor Com o objetivo de compreendermos as causas e consegi ncias dos entraves que fazem com que a educa o esteja constantemente correndo atr s de preju zos pontuaremos considera es cr tico reflexivas da inst ncia de ensino focada por esta investiga o luz de pol ticas e reformas educacionais a partir da d cada de noventa 46 2 1 ENSINO FUNDAMENTAL A PARTIR DO NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCA O Considerando os estudos de Tiramontini 2000 a educa o no Brasil assim como em outros pa ses da Am rica Latina passou no final da d cada de oitenta e sobretudo d cada de noventa por reformas com o objetivo de que os Sistemas de Ensino se alinhassem com as pol ticas de ajuste econ mico Tais pol ticas se justificam sob a tica dos organismos internacionais pela necessidade da produ o de capital humano Segundo informes do Banco Mundial apud ROMERO 2002 p 100 a prioridade o investimento na forma o de indiv duos que atendam s exig ncias de um quadro econ mico social e pol tico mundial H que se reduzir forte subven o da educa o superior e dedicar muito mais recursos ao ensino b sico onde o rendimento relati
233. sores trabalham pouco e n o se atualizam s o pregui osos os alunos fingem que estudam quando na realidade perdem tempo Moreira 1996 p 14 denuncia o resultado da implanta o dos Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental como um processo de desqualifica o de professores desqualifica o do professorado tem se associado ao que Apple 1993 chama de intensifica o processo pelo qual o trabalho pedag gico passa a caracterizar se por uma crescente escassez de tempo As demandas burocr ticas que costumam acompanhar a implementa o das propostas de curr culo nacional sobrecarregam os docentes e reduzem o tempo livre para o descanso para o lazer e para o aperfei oamento Deixa de haver tempo para um trabalho de qualidade passa se a fazer somente o essencial O trabalho bem feito termina sendo substitu do pelo trabalho que simplesmente se cumpre A conseq ncia diz Apple que os professores v m a depender mais dos especialistas que lhes dizem o que fazer e acabam desvalorizando o conhecimento que adquiriram ao longo dos tempos grifo do autor N o portanto pelo acaso que tais tem ticas se fazem recorrentes O mal estar que se abate sobre os professores sobretudo de escolas p blicas estaduais prov m da imposi o do projeto de educa o sob a tica das leis e da viv ncia de situa es contradit rias sem chances para reflex o 56 Nesta perspectiva o professor passa a
234. specialmente com este poderoso instrumento de informa o crian as e adultos s o educados diariamente independente da realidade em que estejam inseridos O trabalho de hominiza o desenvolvimento de sentimentos e atitudes de respeito solidariedade e compreens o assim como de pensamento cr tico diante das imagens e mensagens veiculadas pelos meios de comunica o e TIC torna se neste contexto imprescind vel por parte da escola No mundo globalizado as ideologias subjacentes s imagens e mensagens s o tratadas como produtos comerciais veiculadas subliminarmente e incorporadas no modo de pensar e agir da popula o sem que se perceba Para Marcondes Filho 1998 p 8 Se a O termo tecnologia constantemente relacionado s novas tecnologias dentre as quais a inform tica e os audiovisuais Sua exist ncia data por m da inven o e constru o de ferramentas para a sobreviv ncia humana Inven es tecnol gicas fazem parte da hist ria humana o fogo a roda o anzol a lan a at as mais modernas como as TIC Tecnologias de Informa o e Comunica o que fazem parte do momento atual articulando formas de armazenar tratar e difundir informa o Tornaram se midi ticas com a uni o da inform tica telecomunica es e audiovisuais que geram produtos informacionais com a possibilidade de intera o e comunica o 14 TV ocupa hoje nos lares o espa o do bezerro de ouro porque alguma co
235. ssam a ser 3 os cuidados ticos essenciais da pesquisa qualitativa os consentimentos informados a prote o do anonimato e o resguardo do uso abusivo do poder na rela o entre pesquisador e participantes 21 1 EDUCA O E COMUNICA O Partindo do pressuposto de que a Comunica o n o representa apenas um sistema de informa o mas parte constituinte do processo de educa o e forma o humana especialmente no contexto em que a produ o e a recep o do conhecimento se alteram pelo desenvolvimento das TIC tecemos considera es a respeito da rela o entre Educa o e Comunica o Para Barbero 2000 inova es no campo da comunica o trazem desafios que n o podem ser menosprezados pela Educa o Os meios de comunica o precisam estar inseridos na escola para a forma o de cidad os aut nomos cr ticos e atuantes diante de um novo ecossistema comunicativo Assim o ponto de partida para a reflex o sobre a rela o Comunica o e Educa o a centralidade do conhecimento e da informa o na nova realidade a escola deixa de ser o nico lugar de legitima o do saber por existir uma multiplicidade de saberes que circulam por outros canais difusos e descentralizados Essa diversifica o e difus o do saber fora da escola um dos desafios mais fortes que o mundo da comunica o apresenta ao sistema educacional BARBERO 2000 p 55 Barbero tamb m explica que a centralidade do livro no
236. ssim com crian as comecei com jardim I que hoje acho que pr I da sic foi pr II pr III ai eu trabalhei com 4 S rie com 1 S rie agora estou com 4 e com 1 de novo sic 4 Quais eventos ou cursos fizeram diferen a para sua atua o nos ltimos dois anos Ah o nome assim eu n o lembro agora mas sempre que aparece e tenho oportunidade participo daqueles semin rios da prefeitura que tem sic eu estou sempre participando e cursos assim sic palestras reuni es l na escola por que eu trabalho em outra escola que a gente promove eu estou sempre participando no que eu posso agora os nomes dos cursos assim sic eu nunca lembro 5 Qual a sua jornada de trabalho di ria Oito horas quatro horas de manh e quatro horas tarde 6 Quais atividades voc normalmente realiza fora do hor rio de trabalho Atualmente mais as coisas da sala tem que corrigir sic O professor nunca termina o trabalho na escola tem que levar sempre para casa tem que estar pesquisando lendo buscando falei que at vou perder o marido to brincando rs pois foi este ano que comecei trabalhar aqui no J ent o meu marido que fala desse jeito n o d sic s fica em cima dos livros Agora n s temos os momentos de lazer assistir teve ler eu gosto muito de ler estou sempre lendo tudo que a Maria Jose indica 170 bastante livro para gente igual sic Pais Brilhantes Professores Fascinantes que eu li
237. stariam Os argumentos dos alunos favor veis tamb m est o relacionados a aprender estudar mais e divers o Segue abaixo depoimentos que s o a favor e contra o trabalho com televis o aberta na escola LP Eu acho legal pois um aprendizado diferente G A S legal porque voc aprende e se diverte I C M Eu acho uma coisa interessante se tiver coisa sic a ver com o que estamos estudando J N F B Eu acho uma coisa ruim porque normalmente ela pode trazer um filme chato Constata se que as percep es dos alunos sobre o trabalho com televis o associam se a atividades e exerc cios escritos produ o de texto relat rios question rios e 128 avalia o Os alunos relacionam estudo com televis o s atividades copiadas do quadro negro e de livros eles tamb m associam uso da televis o a lazer e descanso 5 6 PR TICAS PEDAG GICAS COM A TELEVIS O H3 O uso da televis o pelos professores de 1 a 4 s ries limita se ao aspecto instrumental tanto na escola p blica quanto na escola privada Perguntamos se as professoras utilizam televis o ou v deos nas aulas e com que objetivos o fazem se analisam programas da televis o que os alunos assistem em casa e sentem se preparadas para esta pr tica A professora da turma da Escola J utiliza a programa o do circuito interno de televis o da escola com objetivos de fixar conte do e desenvolver a capacida
238. tc tratados no ambiente familiar e escolar O folhetim representa um terreno de testes para atores iniciantes da a rotatividade dos mesmos mudar para continuar sempre em forma essa a lei da vida em malha o programa com maior carga de campanha de merchandising social da televis o brasileira Vale apontar ainda que o referido programa um dos preferidos entre os alunos participantes de nossa pesquisa 64 saber que se sabe compondo um universo maior de saberes Saber que n o estranha leg timas perguntas a serem feitas em torno dele em favor de que ou de quem contra que ou contra quem usado Saber que n o se reconhece indiferente tica e pol tica mas n o tica do mercado ou pol tica desta tica Assim preciso que se abra caminho s reflex es acerca da rela o televis o educa o e inf ncia para que a primeira seja trabalhada na escola como fonte de investiga o e questionamento num contexto em que alunos e professores busquem atrav s de questionamento dial tico a compreens o dos diferentes objetivos da m dia 3 2 A TELEVIS O E O DESAPARECIMENTO DA INF NCIA Segundo Kaercher e Craidy 2001 p 139 a audi ncia televis o por crian as menores colabora para o desenvolvimento da linguagem e acesso a repert rio ling stico diversificado embora n o adianta nada deixar as crian as sozinhas na frente de uma tev assistindo a algum programa ou uma fita de
239. te de sua subordina o As palavras de Canclini 2003 p 147 clarificam a dualidade de sentidos em rela o dimens o cultural da globaliza o 13 Nascimento Neto 1996 p 80 89 caracteriza globaliza o como processo de acelera o capitalista onde as mat rias primas s o buscadas onde seja mais barata e melhor a produ o onde a m o de obra possa ser explorada Trocas e interc mbios se fazem presentes deste a pr hist ria atrav s de tecnologias o aperfei oamento dos transportes e das comunica es possibilita esta pr tica com rapidez a economia global interconecta se pelos meios de comunica o a onda de privatiza o n o representa op o ideol gica mas falta de recursos dos governos Com a queda de fronteiras o consumo passa a ser de produtos globais Aqueles que tentam impor barreiras e resistir acabam sem acesso ao capital n o participam do mercado competitivo e perdem a capacidade de produ o e gera o de empregos 28 Do ponto de vista da sofistica o da oferta da amplia o do consumo cultural houve avan os vertiginosos nas duas ltimas d cadas o r dio e a televis o entraram em mais de 90 dos lares teve se acesso por meio do cabo Internet e da prolifera o de empresas e servi os transnacionais a uma riqueza de informa es e entretenimento nunca vista Mas esse modo de nos integrarmos globaliza o acarreta a entrega dos recursos culturais do setor audiovisual as empr
240. ten o escolar nas s ries iniciais Paralelamente implanta o do CBA o Estado participou de um processo de obten o de cr dito educativo que resultou na introdu o em 1995 do PQE Este vigorou 30 O CBA foi implantado inicialmente em um n mero limitado de escolas apenas s duas primeiras s ries do Ensino Fundamental no ano de 1988 mediante o Decreto Governamental n 2545 88 e Resolu o Secretaria n 744 de 22 03 88 posteriormente regulamentada pela Delibera o n 028 89 do Conselho Estadual de Educa o A extens o do CBA s quatro primeiras s ries do Ensino Fundamental ocorreu atrav s da resolu o 617 98 da Secretaria de Estado da Educa o ap s cinco anos de funcionamento do CBA para as duas primeiras s ries e tr s anos ap s a aprova o do Curr culo B sico do Paran O avan o educacional refere se a uma nova concep o de alfabetiza o com a reorganiza o dos conte dos escolares pela prioridade ao processo de apropria o de aquisi o da escrita GORNI 1999 52 at 1999 condicionado extens o do Ciclo B sico de alfabetiza o s quatro primeiras s ries do Ensino Fundamental Para Gorni 2002 as diretrizes do Programa de Qualidade para o ensino determinaram as caracter sticas e rumo das a es da Secretaria de Educa o do Estado do Paran a partir de 1994 que incentivou atrav s de encontros e debates os munic pios paranaenses a adotarem o CBA incluindo o con
241. ter para parecer ser o que n o De acordo com Postman 2002b tal mentalidade se justifica pela exist ncia de deuses ou narrativas que regem as rela es sociais tanto dentro quanto fora da realidade escolar O primeiro deles o deus da utilidade econ mica que prega o ser humano como criatura econ mica com senso de valia e finalidade segundo sua capacidade de acumular bens materiais O deus do Consumo associado quele postula a vida digna a partir da aquisi o de mercadorias e produtos este se relaciona por sua vez ao deus da Tecnologia que ancorado nas tecnologias da comunica o especialmente na televis o exalta por meio da publicidade o consumo A publicidade age de forma semelhante s par bolas religiosas que elaboram suas narrativas com um conceito de pecado e depois mostram o caminho da reden o O que equivale nos comerciais indica o de conflitos cren a e consumo de produtos que t m o poder de resolv los Canclini 1995 p 53 define consumo como conjunto dos processos socioculturais em que se realizam a apropria o e os usos dos produtos Pelo consumo se completa o processo iniciado com a gera o de produtos consumir participar do cen rio de disputas daquilo que a sociedade produz Pelo consumo tamb m se diferenciam as classes sociais O autor explica ainda que o consumo de produtos pelos rituais sociais d sentido aos acontecimentos Ele estimulado p
242. texto tendo como refer ncia os estudos de Antonie Prost e Jean Baudrillard Ghiraldelli explica que a crian a considerada uma consumidora para satisfazer meramente o seu corpo os ideais de felicidade voltam se para o consumo de coisas para e pelo pr prio corpo o ser e estar no mundo t m o significado reduzido a ter diante do consumo de coisas para ter 62 Que coisas s o estas Primeiro coisas que a m dia define como tendo sido feitas para o corpo da crian a Segundo coisas que ela define como sendo pr prias do corpo de crian a Respectivamente por um lado bolachas danoninhos sucos roupas aparatos para jogos etc por outros gestos comportamentos posturas corporais express es etc Ser crian a algo definido pela m dia na medida em que se possui o corpo que consome corpo na medida em que se um corpo que consome corpo GHIRALDELLI 2002 p 38 An lises da programa o da televis o exaltam os valores acima descritos como ideal de felicidade em diversos programas al m da publicidade O g nero televisivo reality show um exemplo desta constata o nele um grupo de pessoas selecionado entre muitos inscritos num pa s convive durante um per odo em uma casa patrocinada pela publicidade competindo por uma quantia em dinheiro com a condi o da elimina o dos componentes do grupo um a um atrav s de provas e gincanas que testam limites f sicos e valores morais O vencedor
243. texto de competi o injusta entre ricos e pobres A globaliza o se inicia com a comunica o seu advento proporciona vantagens por m abre caminhos para desafios uma vez que meios e tecnologias da comunica o atrelam se s esferas pol tica econ mica e de poder 29 1 2 GLOBALIZA O COMUNICACIONAL E TRANSFORMA O CULTURAL A internacionaliza o da Comunica o transita desde o in cio da Idade Moderna em torno das lutas entre as corpora es de m dia para o controle dos dispositivos e normas que regem os sistemas de comunica o com sucessivos debates em torno da transforma o e homogeneiza o cultural existe um contraste flagrante entre o discurso ut pico de promessas de um mundo melhor por meio da t cnica e a realidade das lutas pelo controle dos dispositivos de Comunica o a hegemonia sobre as normas e os sistemas MATTELART 2002 p 46 De acordo com este autor os primeiros ind cios da universaliza o da comunica o ocorreram na rep blica mercantil pela inven o do tel grafo que alterou m todos de coleta tratamento codifica o e import ncia econ mica da informa o O conceito de imperialismo em rela o aos meios de comunica o surgiu com a hegemonia da radiocomunica o por parte dos brit nicos no in cio do s culo XIX com as lutas e concorr ncia para a padroniza o na emiss o de sinais de uso restrito de militares revelando se estreita a liga o entre o desen
244. texto educacional de nossa pesquisa de campo O sistema de avalia o institu do pela Delibera o n 027 85 e aperfei oado em 1987 para alunos professores e gestores escolares estabeleceu as bases de sustenta o deste programa assim como a proposta de Curr culo B sico para a Escola P blica do Paran implantado em 1990 que visou assegurar e fortalecer as a es pedag gicas necess rias para a implanta o do CBA De acordo com o Curr culo B sico do Paran para a operacionaliza o do CBA em grande n mero de escolas foram criadas condi es tanto em n vel de programa o curricular quanto da pr pria organiza o da escola que viessem possibilitar a perman ncia de maior n mero de alunos sem que houvessse interrup o do processo de aprendizagem PARAN 1990 Hoje ap s oito anos de implanta o do CBA e quinze anos de implanta o do Curr culo B sico no Paran a gest o 2003 2006 da SEED articula atrav s dos NREs encontros e debates para uma nova reforma curricular priorizando como linha de a o a discuss o ampla e coletiva das diretrizes curriculares das diferentes reas do conhecimento De acordo com o documento introdut rio da vers o preliminar das Diretrizes Curriculares para as diferentes reas do conhecimento encaminhadas s escolas no in cio de 2005 a Superintend ncia da SEED aponta para a influ ncia da concep o de governo neoliberal nas pol ticas educacionais vigentes pe
245. ticamente ela sic como uma palestra que eu fui a baba eletr nica hoje em dia ent o a gente precisa estar atenta com o que os nossos alunos est o assistindo programas porque s vezes a gente acha que a fam lia que est interferindo e tal sic mas s vezes n o s vezes eles assistem alguns programas ent o seria bom pra sic n s professores saber lidar com isso n sic Alguns programas algumas outras fam lias que por exemplo n o deixam assistir t m alunos que n o podem ir ao cinema n o podem assistir televis o ent o saber lidar com isso por que a televis o est presente em toda sociedade 32 Voc percebe influ ncias da programa o da televis o no comportamento das crian as Quais Eu acho que sim porque eu vejo em alguns alunos meus eles vivem assim sic t m alunos que n o estudam de manh pra sic ver alguns programas que passam de manh T m alunos que estudam tarde por exemplo que querem vir de manh por que n o est o assistindo Malha o ou alguns programas assim sabe sic No semestre passado tive caso de alunos que n o saiam de casa porque ficaram vidrados na tev num programa da Eliana acho que o Clube da Paquera a m e veio conversar comigo se eu tivesse assistido eu n o sic Era num hor rio que era sic tarde Tamb m ele deixou de sair de sair com os amigos a nota dele teve uma queda a m e veio perguntar pra sic mim o que ela faria o
246. ticipa o e imagens de grupos sociais minorit rios foi amplamente debatida uma vez que estes t m sido representados por imagens estereotipadas As camadas populares tamb m se encontram excluidas da pluralidade de programas ofertados pelo sistema de cabo difus o O alto custo ao acesso a esta programa o pela camada da popula o economicamente menos privilegiada aumenta o fosso cultural entre as classes sociais 38 Faz se relevante registrar em rela o realidade focada por esta pesquisa que independente de condi o econ mica a popula o residente na periferia est impossibilitada ao seu acesso porque o sistema de cabo difus o n o alcan a a maioria dos bairros perif ricos A respeito deste contexto complementa Renato Ortiz 2000 p 75 A audi ncia que est fixada essa audi ncia mais popular por um motivo muito simples ela n o tem renda para consumir outro tipo de coisa N o porque eles adoram a TV Globo a Xuxa porque essas pessoas n o t m outra possibilidade de lazer grifo nosso Ainda de acordo com cita es do III Semin rio Internacional Latino Americano de Pesquisa da Comunica o o resultado da tend ncia de se deixar a comunica o ao livre sabor das for as do mercado a concentra o do poder e a exclus o das minorias Nosso atual sistema de comunica o segue o padr o americano ou seja um neg cio que visa lucro como outro qualquer Nosso atual modelo de tel
247. tra comida N o podemos viver sem ambas Mas observar que perigoso comer demais ou comer alimento que n o tem valor nutritivo n o ser anticomida sugerir o que pode ser o melhor uso da alimenta o A educa o tecnol gica visa ensinar aos alunos o que a tecnologia nos ajuda a fazer e o que ela nos impede de fazer demonstra como a tecnologia nos usa para o bem ou para o mal Mostra como a tecnologia cria novas palavras para o bem ou para o mal Postman 2002b p 185 grifo do autor 24 Assim vemos a pr tica educacional dos sistemas de ensino como fator determinante para a compreens o da complexidade e das linguagens das TIC e da id ia de que os meios de comunica o refletem os interesses dos grandes grupos econ micos e pol ticos FERR S 1996 p 64 Apontamos ainda que a rela o entre Comunica o e Educa o n o neutra ela pode se estabelecer tanto pela via da opress o quanto da emancipa o De acordo com Moran 1991 p 6 As principais mensagens se n o estamos atentos escapam nos S o espa os de educa o informal enquanto divertem N o s o todo poderosos nem diab licos S o simples f ceis mas n o ing nuos fascinantes e preocupantes ao mesmo tempo Precisamos estabelecer pontes ente os educadores e os meios de comunica o Educar para a compreens o de seus c digos e mensagens bem como do seu significado dentro da sociedade ajudando assim a const
248. u o capitalista o qual introduziu pela via do fetichismo da mercadoria a opacidade nas rela es sociais grifo nosso Tal situa o tem resultado em um mal estar entre a maioria dos docentes situados entre o paradoxo projeto de escola e educa o sob a perspectiva de leis e reformas subordinadas economia e pol tica e projeto de escola e educa o sob a perspectiva de educadores idealizado sob a l gica dos que lutam pela forma o human stica Assim preciso que se analise a rela o entre o texto e o contexto das leis as ideologias subjacentes s entrelinhas para se compreenda o motivo dos embates e dificuldades no interior das escolas ainda de acordo com Saviani 1999 sem este exerc cio dif cil entender as causas do mal estar que se abate sobre muitos educadores Por meio deste percebemos que muitas das dificuldades s o provenientes das contradit rias pol ticas educacionais com a perspectiva da oferta da educa o enquanto produto que atenda as exig ncias do mercado globalizado muitas vezes custa da efici ncia e esfor os sobre humanos de professores que atuam em meio a uma nebulosa autonomia e democracia escolar Esta din mica resulta no enfraquecimento do poder de decis o das escolas que vivenciam o reflexo do Estado vinculado especialmente na rea educacional aos acordos e parcerias internacionais que fortalecem n o a educa o mas a economia capitalista globalizada e sistema neoliberal
249. u o de Wagner de Oliveira Brand o Rio de Janeiro Vozes 2002 TIRAMONTINI Guillermina Ap s anos 90 novos eixos de discuss o na pol tica educacional da Am rica Latina In KRAWCZYK Nora CAMPOS Maria Malta HADDAD S rgio Org O cen rio educacional latino americano no limiar do s culo XXI reformas em debate Campinas Autores Associados 2000 p 117 139 UFRGS Dossi Par metros Curriculares Nacionais Documento 1 229 241 Educa o e Realidade Porto Alegre v 21 n 1 jan jun 1996 VALENTE Ivan ROMANO Roberto PNE Plano Nacional de Educa o ou carta de inten o Educa o e Sociedade S o Paulo v 23 n 80 p 97 108 2002 VALLADARES Ricardo Um programa bem maduro Veja S o Paulo ano 38 n 1 p 103 105 jan 2005 WERLE Jacira Meninas tentam imitar as m es cada vez mais cedo Folha de Londrina Londrina 31 out 2004 Caderno 2 WOLTON Dominique Comunica o e Modernidade In Pensar a Comunica o Lisboa Difel 1997 p 33 45 ANEXOS 152 ANEXO A Ficha para An lise de Programa de Audit rio 153 154 ANEXO A Ficha para An lise de Programa de Audit rio ATA DA pia ty x SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCA O DIRETORIA DE TECNOLOGIA E APOIO EDUCACIONAL GER NCIA DE N CLEO DE AUDIOVISUAL N Completar a ficha caracterizando os aspectos levantados no programa analisado PROGRAMA DE AUDIT RIO 1 Caracter sticas f sicas personalidade e
250. uanto iniciativa de forma o de profissionais do Ensino B sico para novas tecnologias o curso v lido mas restrito e insuficiente diante da demanda dos professores por n o se constituir como processo cont nuo de forma o Belloni 2001 prop e o programa Forma o do Telespectador em diversas escolas brasileiras tamb m ancorado nas perspectivas cr ticas e criativas de forma o para a recep o da m dia Para ela os caminhos e modos de integra o das TIC aos processos educacionais indicam como necessidade a forma o de professores distante de pr ticas tecnicistas do papel redentor depositado nas novas tecnologias e postura apocal ptica em nome do humanismo devido aus ncia de reflex o pela opress o pol tica e social Vale pontuar que o material do programa Forma o de Telespectadores Belloni 2001 apesar de f cil entendimento e manuseio n o foi amplamente utilizado por educadores o que refutou a hip tese da autora de que professores poderiam trabalhar criticamente com novas linguagens na escola com o aux lio de um kit pedag gico sem forma o pr via espec fica Ainda sobre a dificuldade de inser o dos meios de comunica o na escola explica Belloni 2001 p 88 duas frentes ideol gicas confrontaram se na Hist ria da educa o brasileira de um lado a Ideologia Tecnocr tica e de outro a Ideologia da Pedagogia Tradicional o que tamb m contribui para que a escola se apresente hoje co
251. undo Soares Os frutos dos trabalhos desenvolvidos h quinze anos por Soares atrav s do NCE ECA USP foram reconhecidos a partir 2004 com o Pr mio Luiz Beltr o de Ci ncias da Comunica o outorgado anualmente pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunica o que aponta pessoas equipes e institui es que contribuem para este novo campo do conhecimento As indica es partem da comunidade acad mica da rea que inclui o NCE na categoria de grupo inovador com os seguintes argumentos em parceria com empresas rg os governamentais e institui es da sociedade civil o NCE vem empregando os processos e os meios de comunica o para consolidar projetos no campo da cidadania Dentre suas a es destaca se o Projeto Educom radio cujo objetivo o desenvolver um problema espec fico combater a viol ncia e favorecer cultura de paz num determinado ecossistema educativo Fonte SOARES 2004 O trabalho tamb m foi referenciado pela ex secret ria de Educa o do Munic pio de S o Paulo que indica a redu o da viol ncia nas escolas com os projetos desenvolvidos em parceria com o NCE 84 A vis o sobre a teoria e a pr tica educomunicativa implementada por Soares atrav s do NCE foi defendida em Roma em 16 de mar o de 2006 Nesta oportunidade foram discutidos conceitos com a apresenta o dos resultados da participa o de setenta adolescentes na cobertura do Encontro Interna
252. universalizou a despeito das manifesta es otimistas e altissonantes das autoridades educacionais de Bras lia De acordo com Presse 2004 p 7 O relat rio Monitoramento da Educa o para todos 2005 afirma que a propor o de crian as escolarizadas maior do que nunca Entretanto muitos abandonam a escola antes de chegar quinta s rie do Ensino Fundamental ou terminam seus estudos elementares sem dominar um m nimo de conhecimento Esta situa o se deve principalmente baixa qualidade da educa o e s condi es pouco favor veis tais como excesso de estudantes por curso infra estrutura inadequada professores pouco qualificados e mal remunerados Sobre projetos sociais as escolas p blicas acolhem atualmente os programas Bolsa Escola e PETI Programa de Erradica o do Trabalho Infantil De acordo com Afonso 1999 As pol ticas sociais s o instrumentos de legitima o do Estado uma vez que elas tornam mais aceit veis a explora o capitalista 2 Al m de Candau 2001 o termo ecossistema educativo utilizado por Barbero 2000 e Baccega 2002a 2002b correspondendo ao ambiente comunicacional proporcionado pelas Tecnologias da Informa o e Comunica o 45 Referindo se s novas tecnologias e suas linguagens Barbero 2003 p 62 contribui com a seguinte reflex o em rela o posi o estrat gica e papel atribu do escola hoje O mais grave dos desafios que a comunica o prop
253. unos em Escolas de Ensino Fundamental de 1 a 4 s ries e 4 048 crian as de zero a seis anos matriculadas em 63 centros conveniados amp Em rela o aos meios de comunica o o munic pio conta com 16 emissoras de r dio 06 FM e 10 AM 02 jornais di rios Folha de Londrina e Jornal de Londrina 02 jornais semanais Paran Shumbun e Folha Norte 04 jornais quinzenais Jornal Vestibulando Fatos do Paran O Berro e Uni o 01 jornal mensal Voz rabe A popula o conta ainda com 07 emissoras de televis o TV Cidade TV Coroados RPC TV Independ ncia TV Londrina Tarob TV a cabo MIX Unopar RTV Cultura TV Tropical CNT e 03 distribuidoras de sinais de TV por assinatura NET TV a cabo Direct TV e SKY 5 2 AS ESCOLAS INVESTIGADAS Delimitamos tr s turmas de Ensino Fundamental de 1 a 4 s ries duas de escolas da Rede P blica Municipal e uma de escola da Rede Privada de Ensino 76 alunos e 03 professores das referidas turmas foram os sujeitos que compuseram a amostra da popula o investigada As escolas foram caracterizadas por observa o direta e conversa com os diretores para preenchimento de formul rio espec fico de an lise das depend ncias f sicas e recursos pedag gicos anexo B Pelo compromisso tico firmado utilizamos letras do alfabeto para nos referirmos s escolas e aos professores Os alunos s o referenciados pelas letras iniciais do nome Desta forma a professora a escola e a turma localizada
254. ura na atualidade est relacionada aos diferentes suportes de textos que ocupam lugar no cotidiano dos diferentes segmentos sociais Segundo a Associa o de Leitura do Brasil ALB necess rio que se reconhe a como leitura as pr ticas realizadas fora do meio cultural acad mico assim os professores precisam exercitar a compreens o da converg ncia de duas reas distintas Comunica o e Educa o para que se possa entender e trabalhar com as transforma es culturais resultantes da integra o de textos midi ticos no dia a dia da popula o H4 Os professores reconhecem as influ ncias da televis o sobre o comportamento dos alunos mas n o disp em de conhecimento para a leitura cr tica das mesmas Perguntamos se as professoras percebem influ ncias da programa o da televis o no comportamento dos alunos se consideram importante trabalhar com esta programa o e o que dificulta ou facilita este trabalho Para a professora da turma da Escola J a viol ncia nos Desenhos Animados influencia as brincadeiras nos intervalos de aula As Telenovelas trazem cenas de sexo que precisam ser acompanhadas pelos pais porque os alunos falam sobre elas com os colegas e tiram conclus es nem sempre adequadas se um desenho de luta que est no auge e eles assistem um comentando com o outro eles querem estar imitando aquelas guerrinhas aqueles golpes e acabam se machucando de verdade na poca daquela miniss rie
255. urais de que falam os professores daquela que trazem os alunos na qual eles se banham e da qual aprendem E os discursos caem no vazio BACCEGA 2002b p 11 Trata se de uma nova maneira de ler que n o exclui o papel e import ncia da leitura de textos impressos Embora tal leitura tenha historicamente ocupado lugar aqu m de sua import ncia devido s pr ticas escolarizadas e aos h bitos de leitura voltados para a decodifica o De acordo com Barbero 1999 p 30 ao reivindicar a exist ncia da cultura oral e audiovisual n o estamos ignorando de forma nenhuma a vig ncia da cultura letrada mas sim desmontando sua pretens o de ser a nica cultura digna desse nome e o eixo cultural de nossa sociedade O livro continua e continuar sendo o fundamento para a primeira alfabetiza o essa que em vez de se fechar sobre a cultura letrada deve hoje sedimentar as bases para a segunda alfabetiza o que nos abre para m ltiplas escrituras do mundo audiovisual e inform tica grifo do autor Complementamos ainda que forma o de professores para a segunda alfabetiza o atrav s da leitura e reflex o cr tica precede forma o dos alunos Segundo Freire 2000 p 109 alfabetiza o em televis o n o lutar contra a televis o uma luta sem sentido mas estimular o desenvolvimento da curiosidade e do pensar cr ticos Como desocultar verdades escondidas como desmistificar a farsa ideol g
256. usiva para professores de Oficinas modalidade diferenciada de Ensino na Rede Municipal contemplada com educa o para a Comunica o pelo projeto Oficina de Leitura Cr tica da Televis o Composto por dois encontros de quatro horas o projeto permitiu a participa o de trinta e seis professores em pr ticas de leitura cr tica da televis o aberta enfocando o fasc nio da tev o desenho animado e a publicidade A abordagem caracterizou se pela participa o dos professores que executaram diversas din micas com os programas e recursos audiovisuais utilizados no curso A media o da Televis o nas Pr ticas Educacionais Encontro de Supervisores o pr ximo passo do trabalho que possibilitar a inter rela o Educa o amp Comunica o na escola procurando introduzir conceitos e pr ticas da vertente culturalista da rea de Educa o para a Comunica o que comp e o campo da Educomunica o Este ltimo projeto tem execu o prevista para o primeiro semestre de 2006 e objetiva proporcionar momentos de reflex o quanto ao papel do supervisor educacional na promo o de pr ticas que integrem a televis o na escola e conte dos que abarcam as reas de Comunica o e Educa o Apresentamos pela voz de diferentes professores os pontos positivos pontos negativos e sugest es sobre os projetos j realizados e descritos nesta parte do estudo Pontos positivos a aplica o pr tica das ativ
257. v deo se o adulto n o as acompanha nas incurs es sobre o que est o vendo Pelas palavras das autoras entendemos que crian as estabelecem rela es entre os diferentes conte dos e temas que lhes s o apresentados na tela da televis o algumas aprendem com a fic o das novelas dos desenhos dos filmes e outros programas outras pouco entendem e nem sempre se divertem Conforme alertam Ferr s 1996 Lazar 1999 e outros autores a m dia especialmente televisiva antecipa o processo de socializa o apresenta na tela m ltiplas possibilidades de conv vio e relacionamento que pelo crivo exclusivo de crian as constituem se na realidade Assim a exposi o exagerada programa o faz com que as representa es substituam a experi ncia e o contato com a realidade A aten o o acompanhamento e di logo dos pais para com os filhos s o fatores imprescind veis tanto para a aquisi o da linguagem quanto para a forma o moral e processo de socializa o das mesmas Atenta audi ncia infantil a televis o veicula valores e aspectos do mundo adulto como consumo sexualidade e outros dilu dos em cen rios coloridos alegres enredos 65 envolventes com linguagem cativante Para Bucci 2001 a maioria da programa o da tev adquiriu contornos infantilizados que agradam tanto crian as como adultos Consciente da influ ncia das crian as sobre a opini o dos pais na compra do creme dental ao autom vel a publicid
258. vamente maior o custo p blico do ensino superior pode ser demasiadamente alto principalmente se absorve recursos que deveriam destinar se ao ensino b sico 1991 8 e 14 grifo do autor Seguindo estas perspectivas leis s o idealizadas para a moderniza o da educa o pelos processos de descentraliza o da gest o educacional implementa o de reformas curriculares e sistemas de avalia o Os ideais educacionais ainda sob esta perspectiva exaltam a escola como uma empresa e os alunos como um produto rent vel para o mercado de produ o consumo de bens simb licos e materiais Pela relev ncia dos antecedentes hist ricos necess rio dizer que a id ia de E de aa F 23 um Plano Nacional de Educa o n o recente E Frigotto 2001 p 41 O conceito de capital humano menos ou mais extensivamente de recursos humanos busca traduzir o montante de investimento que uma na o faz ou os indiv duos fazem na forma o profissional na expectativa de retornos adicionais futuros Do ponto de vista macroecon mico o investimento no fator humano passa a significar um dos determinantes b sicos para aumento da produtividade e elemento de supera o da produtividade do atraso econ mico Do ponto de vista microecon mico constitui se no fator explicativo das diferen as individuais e produtividade e de renda e consegientemente de mobilidade social 2 Segundo Saviani 1998 p 75 79 a id ia de Plano N
259. vens sobre a linguagem audiovisual com intuito de defesa quanto s conseq ncias negativas dos meios As experi ncias sistematizadas na Am rica Latina ocorreram nos anos oitenta tendo relev ncia trabalhos desenvolvidas no Chile Peru e Uruguai sob paradigma interacionista que prioriza a interconex o de diversos elementos para o significado de um fen meno rea de Media o Tecnol gica em Espa o Educativo abarca reflex es e procedimentos voltados para a presen a das m ltiplas tecnologias na educa o com expressiva expans o dos sistemas de educa o a dist ncia que delas se utilizam Ismar Soares 2002 explica que esta rea apresenta se em evid ncia no campo da Educomunica o Ela contempla o estudo das mudan as decorrentes das inova es tecnol gicas no cotidiano e desigualdades de acesso s TIC em pa ses do terceiro mundo fato que gera projetos e pol ticas educacionais para a media o destas nas escolas p blicas Area da Express o Comunicativa atrav s das Artes entende que a comunica o se processa com mais sucesso atrav s de artes como dramaturgia pintura m sica dan a etc com reconhecimento por parte da escola do valor destas express es art sticas para educa o Assim a es comunicativas s o associadas s a es educativas Area de Gest o Comunicativa caracterizada pelo planejamento execu o e avalia o de pol ticas educacionais para cria o e desenvolvime
260. versidade Estadual de Londrina Londrina 2006 RESUMO Este trabalho apresenta um estudo das pr ticas pedag gicas com televis o no contexto da recep o de alunos Objetiva investigar como o discurso e as imagens da televis o s o trabalhados por professores de 1 a 4 s rie do Ensino Fundamental Esse tamb m verifica a recep o da televis o por parte de alunos dessa realidade Atrav s de uma pesquisa de campo com alunos e professores de tr s quartas s ries duas de escolas da Rede P blica Municipal e uma da Rede Privada de Ensino na cidade de Londrina PR realiza se um estudo comparativo por amostragem das pr ticas pedag gicas e da recep o da televis o Entrevistas com os professores e question rios com os alunos das s ries indicadas foram utilizados como instrumentos de pesquisa Os dados coletados associados ao referencial bibliogr fico investigado mostram as pr ticas com a televis o as concep es de professores sobre os processos de comunica o e educa o estabelecidos pela televis o e pela escola e influ ncias da televis o na vida de alunos A An lise de processos de forma o de professores no contexto desta pesquisa revela experi ncias com a perspectiva de leitura cr tica da m dia na vertente culturalista segundo conceitos desenvolvidos pelo campo de estudo e trabalho voltado para a inter rela o das reas de Educa o e Comunica o denominado Educomunica o Palavras chave Educa
261. vestigamos sobre a Educomunica o termo designado ao campo de atua o e interven o social defendido por autores organismos nacionais e internacionais que defendem a necessidade da inter rela o entre as reas de Educa o e Comunica o atrav s da participa o ativa dos sujeitos sociais na produ o midi tica em diferentes ambientes 76 4 EDUCOMUNICA O CONCEITOS E PROCEDIMENTOS Os resultados da pesquisa realizada entre 1997 e 1998 atrav s do Diret rio Latino Americano de pesquisadores e especialistas em Comunica o e Educa o demonstram a natureza da inter rela o das duas reas anteriormente mencionadas o perfil dos profissionais que nela atuam e os espa os transdisciplinares que aproximam na teoria e na pr tica os dois campos Neste estudo Ismar Soares 2002 indica que o campo da Educomunica o conquista autonomia tanto como disciplina curricular quanto novo paradigma discursivo de conceitos transdisciplinares que se estrutura pelo di logo entre diversas reas resultando nos seguintes campos de atua o profissional e interven o social Area de Educa o para a Comunica o em que predominam reflex es a respeito da rela o entre os p los do processo de Comunica o pelos programas de forma o de receptores cr ticos e aut nomos Denominada tamb m de Educa o para Comunica o no Brasil Media Education na Inglaterra e Media Literacy nos Estados Unidos
262. vis o e pela escola como um dos fatores que dificulta a inser o da m dia televisiva nas escolas uma vez que para eles a televis o deseduca com facilidade aquilo que a escola educa com dificuldade ou seja a rela o entre o discurso da escola e da televis o pautada sob a tica do conflito e da competi o Tal processo trabalhado nas tr s realidades com postura e discurso moralista que contesta e aconselha aos alunos evitarem e n o assistirem a certos programas em determinados hor rios 136 Conforme os dados coletados pela pesquisa a maioria dos alunos identifica se acredita consome produtos e valores veiculados pela televis o a maioria dedica muito tempo a esta atividade e preenche o imagin rio com a realidade projetada pela m dia televisiva A organiza o social e familiar privilegia a presen a dos eletr nicos nas casas limita as brincadeiras infantis ao espa o dom stico e faz com que os pais n o acompanhem e conversem com os filhos sobre a rotina com a televis o A fam lia e a escola em geral t m consci ncia destes fatores mas se mant m em uma zona de conforto ao n o exercerem o papel de media o para o entendimento do que os alunos v em na tev os coment rios entre eles um dos fatores determinantes da compreens o sobre o que assistem As prefer ncias pelos programas assemelham se nas diferentes realidades investigadas dependem dos personagens interpretados e confirmam a audi n
263. volvimento das tecnologias de comunica o e os conflitos pol ticos Os primeiros g neros escritos da produ o cultural de massas com grandes ag ncias de not cias imprensa cinema e m sica surgiram a partir de 1875 caracterizadas pela restri o e difus o da informa o ao seu pr prio territ rio O ano de 1898 marcou a legitima o da manipula o internacional sensacionalista devido s imagens de uma Guerra que n o existiu em Cuba disseminada por um rep rter americano que cumpria ordens de seus superiores conforme referencia Mattelar 2002 p 50 forne a me os desenhos que eu cuidarei de fazer a guerra A id ia de natureza dos p blicos surgiu com a divis o e lutas sociais 14 as ado PRA De acordo com Thompson 2002 comunica o de massa corresponde disponibilidade do mesmo produto para grande quantia de receptores o que n o os caracteriza como sujeitos passivos uma vez que a constitui o s cio cultural de cada um imprime sentido e valor diversificado ao produto recebido 30 a sociedade divide se cada vez mais em p blicos que se sobrep em divis o religiosa econ mica est tica pol tica em corpora es em seitas em escolas em partidos Em contato com a internacionaliza o esses novos tipos de agrupamento social ficariam ainda mais complexos MATTELART 2002 p 59 Surgem a partir da teorias sobre a influ ncia e for a persuasiva da imprensa com debate

jozelia jane corrente tanaca educação para a mídia televisiva

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