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1. C D REVISTA M S SDs jpe DAE 12VE17 VEJA Outubro 07 72 99 13VE27 VEJA Novembro 07 100 107 19VE38 VEJA Mar o 08 108 111 20VE48 VEJA Mar o 08 112 151 21VE58 VEJA Abril 08 152 155 23VE68 VEJA Maio 08 156 163 24VE78 VEJA Maio 08 164 172 27VE78 VEJA Setembro 08 173 180 28VE88 VEJA Setembro 08 181 184 32VE98 VEJA Novembro 08 185 188 116 SDs 23 4SU17 SUPERINTERESSANTE Maio 07 189 211 5SU27 SUPERINTERESSANTE Julho 07 212 241 8SU37 SUPERINTERESSANTE Agosto 07 242 247 15SU57 SUPERINTERESSANTE Dezembro 07 248 253 16SU67 SUPERINTERESSANTE Dezembro 07 254 269 34SU78 SUPERINTERESSANTE Dezembro 08 270 272 35SU88 SUPERINTERESSANTE Dezembro 08 273 278 89 sdS 17 14EX37 EXAME Dezembro 07 279 333 17EX48 EXAME Janeiro 08 334 344 18EX58 EXAME Mar o 08 345 380 25EX68 EXAME Julho 08 381 421 31EX78 EXAME Outubro 08 422 483 33EX88 EXAME Dezembro 08 484 492 213 SDs 42 1NG17 NATIONAL GEOGR BR Janeiro 07 493 528 3NG27 NATIONAL GEOGR BR Maio 07 529 530 11NG37 NATIONAL GEOGR BR Outubro 07 531 546 26NG58 NATIONAL GEOGR BR Setembro 08 547 554 61 SDs 12 29VS18 VIDA SIMPLES Setembro 08 555 557 30VS28 VIDA SIMPLES Outubro 08 558 574 36VS38 VIDA SIMPLES Dezembro 08 575 581 37VS48 VIDA SIMPLES Dezembro 08 582 583 28 SDs 6 TOTAL 512 SDs 100 C digo da edi o da revista no conjunto da amostra N
2. 119 S ntese Dom nio 5 VIDA SIMPLES ooien eeen 124 S ntese para o lugar discursivo ssessssssssererrereererssessesrs 127 Elabora o a partir das no es conceito secsseeses eee 128 SEN A E E E SE 129 Sintese PS2 resi aee eie Sede pis a S GAL sue pise AEREN A 131 Sintese PS Sreo epe a ca o E Dr cp nada 132 S ntese PSA Lusesaadporas ninnisin o a Enn Das asi ias E E eii erais 133 Sintes PS 5 osese niasa doriai a aro E AES 133 Marcas associadas aos lugares acionados e projetados nas TEDPONA ENS rieira TE ERE E Enio e a A TS 136 ILUSTRA O 1 ILUSTRA O 2 ILUSTRA O 3 ILUSTRA O 4 ILUSTRA O 5 ILUSTRA O 6 ILUSTRA O 7 ILUSTRA O 8 ILUSTRA O 9 ILUSTRA O 10 ILUSTRA O 11 ILUSTRA O 12 ILUSTRA O 13 ILUSTRA O 14 ILUSTRA O 15 ILUSTRA O 16 LISTA DE ILUSTRA ES Quadrinhos dos anos 10 Andr Dhamer 33 Encontro Anual dos Donos do Mundo Andr Dhamer 33 Capas de edi es de The Ecologist 2001 Superinteressante 2001 Scientific American Brasil 2005 Galileu 2005 Caros Amigos Especial 2005 Galileu 2006 e Superinteressante 2006 ccii erre 80 Capas de Edi es Verdes pelo mundo 80 Joe Rosenthal Associated Press 1945 marines americanos na ilha de Iwo Jima Jap o cccisciii insira 82 Edi es Verdes de poca em 2006 2007 2008 2009 e 2010
3. Os bons neg cios acontecem na medida em que o cliente percebe que esse banco pensa de um jeito diferente diz Teixeira 14EX37sd314 Uma pesquisa feita em julho pelo Ibope com 1500 entrevistados mostrou que 53 dos consumidores brasileiros abandonariam seu fornecedor preferencial de um produto ou servi o se ele causasse algum preju zo socioambiental 14EX37sd315 Pesquisas feitas fora do Brasil tamb m apontam oportunidades Um levantamento do The Climate Group organiza o que estuda o processo de mudan as clim ticas mostra que a maioria dos consumidores 69 da Inglaterra e 74 nos Estados Unidos incapaz de relacionar o nome de uma nica marca ao conceito de desenvolvimento sustent vel 14EX37sd316 Companhias de todos os setores est o chegando conclus o de que a quest o ambiental fundamental para seu crescimento diz Marilena Lavorato diretora executiva da consultoria paulista Mais Projetos Corporativos Os favoritos dos departamentos de marketing s o os projetos de reflorestamento e neutraliza o das emiss es 14EX37sd317 Ocupar esse espa o uma tarefa rdua sobretudo para empresas cuja natureza do neg cio n o nada sustent vel como as petroqu micas 14EX37sd318 Alvo de cr ticas ferozes dos ambientalistas as multinacionais do setor resolveram adotar uma estrat gia baseada em entretenimento para se aproximar dos consumidores e melhorar a pr pria imagem 14EX37sd319 A mensagem clara
4. N o sabemos a dimens o do impacto ambiental da pecu ria na regi o mas a ideia corrigir o que est errado diz Luciano Vacari superintendente da Acrimat Os dados levantados tamb m v o ajudar a associa o a tentar se proteger das cr ticas que o setor recebe diariamente Estamos na linha de tiro e por isso precisamos nos defender afirma Vacari 31EX785d459 No Brasil pelo trabalho de coleta os catadores recebem em m dia 500 reais por m s e fazem o trabalho em lugares como escolas casas condom nios e empresas 31EX78sd460 No caso da Gerdau a forma o de redes de cooperados em diversos pa ses n o se resume a uma atitude para diminuir o impacto ambiental ou ampliar a pr pria atua o social mas representa parte fundamental do neg cio 31EX78sd461 Para mudar a imagem de vil s ambientais as grandes ind strias do setor qu mico investem no desenvolvimento de produtos mais limpos e na ecoefici ncia de suas f bricas 31EX785d462 Durante d cadas a ind stria qu mica foi considerada por especialistas uma das maiores vil s ambientais do planeta Recentemente por m o setor comecou a ensaiar uma rea o 31EX785d463 A tarefa penosa e complexa sobretudo por se tratar de um mercado muito associado polui o e a acidentes traum ticos como o vazamento de um g s t xico na f brica da Union Carbide em Bhopal na India 31EX78sd464 Outro objetivo da DuPont adicionar a seu faturamento anual ao
5. Nesse campo as empresas e os setores mais modernos da economia t m tr s interesses principais todos leg timos aprimorar suas pr ticas ganhar dinheiro e melhorar sua imagem diz Eduardo Carlos Ricardo diretor da Patri Pol ticas P blicas que presta consultoria a entidades como a Associa o Brasileira da Ind stria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosm ticos 18EX58sd361 A discuss o acalorada 18EX58sd362 De acordo com a ONG Compromisso Empresarial para a Reciclagem que re ne empresas como a Ambev e Unilever o pa s recicla atualmente 18 do lixo urbano seco empregando cerca de 1 milh o de catadores de papel e latas de alum nio Apesar disso boa parte das companhias enxerga o tratamento de lixo mais como fardo do que como oportunidade de neg cios A resist ncia antiga Desde 1993 quando o primeiro projeto de lei sobre o tema de autoria do ent o deputado F bio Feldman chegou ao Congresso entidades empresariais atuam em Bras lia para evitar que a reciclagem dos res duos s lidos onere as empresas No Brasil grande parte da ind stria ainda se op e ao conceito da responsabilidade p s consumo que j uma realidade na Europa diz Feldmann 18EX58sd363 Considerados refer ncia mundial em termos de lobby os Estados Unidos t m os mais poderosos grupos de press o no setor ambiental sejam eles formados por ONGs ou advogados especializados no tema Segundo uma recente reportagem da revista Newsweek por cau
6. O Brasil que Queremos Ser ter sido al m de especial hist rico 27VE78sd51 Para nossa enorme satisfa o VEJA continua sendo a maior a mais influente e a mais prestigiada revista brasileira Atribu mos isso ao compromisso permanente da revista com os seus mais de 5 milh es de leitores e com o Brasil 28VE88sd52 apresentar semanalmente n o apenas um grande leque de informa es confi veis mas tamb m o contexto e a an lise que permitem colocar os fatos em perspectiva e entend los melhor 28VE88sd53 fundamental para isso que a revista seja independente isenta inteligente e respons vel Que busque a objetividade E que esteja comprometida sempre com a liberdade e a verdade 28VE88sd54 preciso reunir centenas de competentes jornalistas trein los motiv los lider los com sensibilidade imagina o e talento VEJA tem conseguido fazer isso ao longo desses anos 28VE88sd55 reiterar o compromisso permanente de VEJA com a transforma o do importante em interessante com a isen o e agir Era uma aposta no efeito multiplicador das boas ideias 35SUB8sd66 A tese se mostrou acertada T o certada que a pr pria editora foi a primeira a sentir seu impacto E o resultado que 2008 acaba como um ano transformador para a Abril que deu importantes passos sustent veis 35SU88sd67 as mudan as foram motivadas pelo desej
7. enuncia o editorial independentemente das op es editorais de um medium espec fico sabemos reconhecer um discurso jornal stico por um conjunto de tra os empiricamente verific veis organiza o do discurso estilo intencionalidade etc Por outro lado a enuncia o jornal stica implica sempre uma pretens o de validade determinante que constitui uma das suas diferen as a pretens o de verdade a rela o com o estado de coisas e as pessoas do mundo objectivo CORREIA 2009 p 27 Esta pretens o de validade uma das caracter sticas que permite distinguir as processualidades do jornalismo de outros discursos sua inscri o em um processo de regula o e enquadramento no objetivo de tornar compreens vel o imprevis vel ocupando se em integrar o novo ao j existente RODRIGUES 1999 Desta forma diante dos produtos 33 Legitimidade que o jornalismo faz quest o de trazer tona regularmente Debaterei tal quest o no relato dos resultados da an lise 52 jornal sticos a recorrente pergunta por que as not cias s o como s o TRAQUINA 2004 desdobra se via AD em como apareceu determinado discurso e n o outro em seu lugar NAVARRO 2006 p 76 O discurso jornal stico assim como todo discurso dirigido por vontades outras da ordem da enuncia o anteriores ao dizer Nele est o presentes express es objetivas sobre a realidade e que trazem coladas como sustenta o um processo imag
8. preciso repensar a arquitetura das cidades e prepar las para o pior 355U88sd277 A boa not cia que muita coisa j saiu do papel principalmente nos pa ses mais desenvolvidos onde evid ncias de riscos no horizonte j est o rendendo iniciativas pr ticas 35SU88sd278 196 C D REVISTA EXAME A amea a do aquecimento global elevou definitivamente a sustentabilidade ao centro do debate p blico em 14EX37 todo o mundo Nunca se falou tanto sobre o assunto como neste ano seja na esfera pol tica seja dentro das empresas O tema entrou tamb m para a agenda do cidad o comum mundo afora 14EX37sd279 at mesmo bandas de rock como Coldplay e Pearl Jam anunciaram a neutraliza o das emiss es de carbono de suas turn s mundiais com o plantio de rvores parte os modismos o barulho ajuda a amadurecer uma discuss o que come ou nos anos 80 com o surgimento do movimento ambientalista 14EX37sd280 Mais recentemente a discuss o convergiu para o conceito de sustentabilidade criado pelo ingl s John Elkington fundador da consultoria SustainAbility uma das mais conceituadas do mundo nessa rea Para Elkington e para todos os seus seguidores nenhuma empresa capaz de levar em considera o tr s aspectos ambiental social e econ mico financeiro algo que ficou conhecido como triple bottom line 14EX375d281 mostra que a presta o de contas das metas sociais e ambientais assim com
9. preciso ainda ter em mente a preocupa o de residir em reas que respeitem a legisla o ambiental 37VS48sd583 A presen a de verbos no imperativo deixa ver o uso da confian a em poder enunciar tra o que permeia o di logo da revista com o leitor nos espa os editoriais para al m de apresentar os conte dos da edi o Ao mesmo tempo as tem ticas do bem estar fortalecem a 125 perspectiva de que a pr tica discursiva jornal stica reveste se de um car ter did tico ou pedag gico porque discurs viza sobre escolhas para as quais chamam especialistas SD59 A identidade de um parceiro de d vidas no que se refere aos comportamentos adequados ao tempo presente emergem da vontade de di logo e a reitera o de uma partilha entre os n s sujeitos da situa o discursiva SD54 e delineiam no entendimento desta reflex o um lugar de proximidade de reciprocidade e cumplicidade a partir do qual VIDA SIMPLES vai operar seu dizer sobre meio ambiente 4 2 Lugares e posi es sujeito no interior do dizer Dado o car ter de proximidade buscado pelas revistas com seu leitor elemento inerente ao contrato que marca a rela o de ambos as marcas presentes no discurso das revistas em especial nos textos editoriais podem ser entendidas pela perspectiva das m ximas conversacionais de Grice 1982 por exemplo reunidas pelo autor sob o Princ pio da Coopera o Cada publica o assume se cooperante com s
10. 15 p 13 28 2008 BENETTI Marcia HAGEN Sean Jornalismo e imagem de si o discurso institucional das revistas semanais Estudos em Jornalismo e M dia UFSC Florian polis v 7 p 123 135 2010 BENSON Rodney NEVEU Erik Introduction Field Theory as a work in progress In BENSON Rodney NEVEU Erik Bourdieu and the journalistic field Cambridge Polity Press 2005 pp 30 47 BERGER Christa Campos em confronto a terra e o texto Porto Alegre Editora da Universidade UFRGS 1998 150 BOBBIO Norberto A era dos direitos Rio de Janeiro Campus 1992 BOURDIEU Pierre O poder simb lico Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1996 BOURDIEU Pierre The political field the social science field and the journalistic field In BENSON Rodney NEVEU Erik Bourdieu and the journalistic field Cambridge Polity Press 2005 pp 30 47 BRAND O Helena Nagamine Introdu o An lise do Discurso 8 ed Campinas Editora da Unicamp 2004 BREED Warren Controlo social na reda o uma an lise funcional In TRAQUINA Nelson org Jornalismo quest es teorias e est rias 2 ed Lisboa Vega 1999 pp 152 166 CAPORAL Francisco Roberto COSTABEBER Jos Ant nio Agroecologia e Sustentabilidade Base Conceptual Para Uma Nova Extens o Rural Dispon vel em lt http www ufsm br desenvolvimentorural textos 13 pdf gt Acesso em 3 fev 2010 CAPORAL Francisco Roberto COSTABEBER Jos Ant nio Agroeco
11. 157 RUBIM Ant nio C A contemporaneidade como idade m dia Interface Comunica o Sa de Educa o v 4 n 7 p 25 36 2000 RUSCHEINSKY Alo sio No conflito das interpreta es o enredo da sustentabilidade In RUSCHEINSKY Alo sio org Sustentabilidade uma paix o em movimento Porto Alegre Sulina 2004 SANTAMARINA CAMPOS Beatriz Ecolog a y poder el discurso medioambiental como mercanc a Madrid Catarata 2006 SANTOS Boaventura de Sousa Pela m o de Alice o social e o pol tico na p s modernidade 5 ed S o Paulo Cortez 1999 SANTOS Milton A natureza do espa o t cnica e tempo raz o e emo o S o Paulo Editora Universidade de S o Paulo 2002 SCALZO Mar lia Jornalismo de revista S o Paulo Contexto 2004 SCHERER WARREN Ilse ONG s na Am rica Latina trajet rias e perfil In VIOLA Eduardo et al Meio Ambiente desenvolvimento e cidadania desafios para as ci ncias sociais S o Paulo Cortez 1995 pp 161 180 SCHMIDT Lu sa Ambiente no Ecr emiss es e demiss es no servi o p blico televisivo Lisboa Imprensa de Ci ncias Sociais 2003 SCHWAASB Reges A sustentabilidade na pauta apontamentos para a leitura deste discurso Conex o Caxias do Sul v 7 p 73 95 2008 SCHWAAB Reges Edi es verdes da revista poca gram ticas ecol gicas no jornalismo contempor neo Intexto UFRGS Porto Alegre v 2 n 23 p 202 219 jul dez 2010 SCHWAAB Re
12. Dispon vel em http www assineabril com br Acesso em 29 jul 2010 38 Dispon vel em http www njovem com br Acesso em 29 jul 2010 3 Por perpassarem diferentes t tulos dentro da arquitetura da Abril estes materiais solicitariam um olhar espec fico exigindo abordagens outras de forma a dar conta da sua complexidade a NUCLEAR Esse vil o pode salvar a Terra A incrivel hist ria de como o inimigon 1 dos ecologistas virou a maior esperan a da ci ncia Como uma igreja do interior dos EUA se tornou uma m quina de atrair fi is e agora cms INTERESS 4 contra o aquecimento global Por Rodrigo cavalcante JEM GaNHAcUMa INDE ANE RESTA EELE SQUE SEJA VERDE o EL TRICO QUE TORRE ERNANI A LTIMA CHANCE DE SALVAR A A TERRA doum mea 108 CIDADES E SE N O ARQUESLOGIA POR QUE A EXISTISSE NL MONOGAMIA DE LIXO ERR ANTO ERMEER ADPUNDODO CHATO MAR HEROES DA VIDA REAL AARMA QUE MAIS MATA NO MUNDO AQUECIMENTO ECOL GICO CHERNOBYL MARCAS OR TRAG DIA a GLOBAL RTICO DEGABEIRA OLUN ESPACIAL A Edi o 241 jul 2007 AGORAPESCUTA IVOCE DEVE DESCONFIAR DE TUDO OU UASE TUDO QUE OUVE E IL SOBRE 0 AQUECIMENTO Nosso quintal Mas a parte mais legal da hist ria vem agora Quando a Abril lan ou o projeto Planeta Susten t vel em 2007 imaginava que n o poderia dar contribui o melhor ao ambiente do que coloc lo em debate nas re
13. O relat rio de 2007 expressa o consenso cient fico em torno da evid ncia do aquecimento do sistema clim tico global e a respeito da vulnerabilidade de todo o planeta ao fen meno A gravidade das proje es alertou o mundo para a urg ncia da mitiga o das mudan as clim ticas ado o de medidas que atenuem o efeito estufa nos pr ximos anos e d cadas antes da ocorr ncia de impactos praticamente irrevers veis para o retorno situa o original CORTIZO 2007 362 Al m de ampla aten o jornal stica a ltima edi o do Painel Intergovernamental de Mudan as Clim ticas conquistou notoriedade ao receber o Nobel da Paz em outubro de 20072 A distin o foi dividida com o ex vice presidente dos Estados Unidos Al Gore pelo trabalho como protagonista e divulgador do document rio Uma verdade inconveniente GUGGENHEIM 2006 um dos principais respons veis pela maior populariza o da problem tica das mudan as clim ticas a partir do final de 2006 tamb m premiado com Oscar na categoria de document rio O filme versa principalmente sobre a influ ncia humana na constru o do aquecimento global apresentando dados e progn sticos al m de enumerar a es esperadas da esfera governamental e privada dos indiv duos enquanto sociedade na minimiza o do problema A busca da sustentabilidade deve ser meta sugere O cen rio que se abre de conflitos em torno da enuncia o dos novos e mais ef
14. Sob tal tica os problemas ambientais interessam n o na aura de novidade mas sobretudo no aspecto em que s o efetivamente novos na din mica social que adquiriram e onde se inscrevem SCHMIDT 2003 din mica para qual contribuiu um elemento decisivo a mediatiza o do ambiente No tensionamento de estudos que tratam do bin mio jornalismo e ambiente considerando trabalhos acad micos brasileiros e portugueses Barros e Sousa mostram a virada trazida pelas evid ncias das mudan as clim ticas ao produzir agendas nacionais em torno do verde por m conectadas ao problema planet rio Al m disso tanto em Barros e Sousa 2010 como em Pereira Rosa 2006 tratada a transforma o no terreno das fontes de informa o em especial pelo fato de que as entidades e organiza es n o governamentais em especial as de atua o internacional deixaram de ser apenas promotoras de protestos para se tornarem refer ncia em levantamentos diagn sticos e an lises sobre oa 26 quest es governamentais e cient ficas O estudo de Pereira Rosa 2006 permeado pela discuss o sobre a consolida o de fontes n o oficiais como vozes de refer ncia que ao passarem a ofertar dados embasados se tornaram fontes para o jornalismo As transforma es do movimento ambientalista fizeram desses agentes fontes dotadas de credibilidade em especial portadoras de mensagens mais simplificadas mais consum veis segundo o autor em oposi
15. diversidade de suas atividades a Ge hoje o exemplo mais elouquente dos desafios que uma empresa enfrenta ao colocar em pr tica uma estrat gia verde 18EX58sd349 H cinco anos a companhia famosa pelo foco em resultados e pela meritocracia levada s ltimas consegu ncias nem sequer contabilizava seu impacto ambiental 18EX58sd350 O crescimento dos neg cios do Ecoimagination em mercados emergentes sugere que os resultados da empresa devem melhora afirmou a analista Deane Dray do Goldman Sachs em seu relat rio Como prega Immelt o que parece o green est come ando a se transformar em green 18EX585d351 Criar condi es b sicas para atrair empresas como a Sadia foi fundamental para que Lucas desse um passo para o projeto de se transformar na mais verde das cidades brasileiras Em 2006 por meio de parcerias com a iniciativa privada e com a ONG americana The Nature Conservancy TNC a cidade lan ou um projeto 200 socioambiental que hoje a projeta como refer ncia no Brasil e no exterior Batizado de Lucas do Rio Verde Legal o programa tem dois objetivos O primeiro deles recuperar as reas de nascentes desmatadas irregularmente nas ltimas d cadas cumprindo a lei federal que determina que cada fazendeiro mantenha a mata nativa em 35 da rea de sua propriedade 18EX585d352 Ao optar por pol ticas socialmente respons veis Lucas tenta garantir a pr pria sustenta o da sua economia 18EX58sd
16. o complexidade do movimento que as proferia Ao mesmo tempo afirma o funcionamento de um notici rio televisivo n o se compadece com movimentos com diversos pontos de vista Exige porta Cuja discuss o parte da cl ssica abordagem de J rgen Habermas e considera ainda o car ter multifatorial do ambientalismo 2 Nos trabalhos que investigam o tema percept vel a discuss o em torno de agendas midiaticamente partilhadas sobre a quest o ambiental assim como acerca das disputas de sentido entre diferentes Campos Sociais para sua conforma o conforme relatado em texto anterior em co autoria produzido no mbito do Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental UFRGS CNPq Nos encontros da Associa o Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo SBPJor encontramos 19 trabalhos apresentados entre 2005 e 2009 A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunica o Intercom j promoveu dois encontros tendo comunica o e meio ambiente como tema central em 1992 e 2008 os eventos da entidade somam dezenas de artigos sobre desdobramentos do tema A Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental j realizou tr s edi es do Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental dois deles com sess es de trabalhos cient ficos 2007 e 2010 Guardadas as especificidades a maior parte dos trabalhos preocupa se com o tipo de aten o jornal stica dada quest o sugerindo superar a fragmenta o de abordagem e a descontinuida
17. o Sus iaurnesia Vim tamobim pod Corre cata aommanho mmm lo bas rato semn be Pra a Victor Cita Las pes pesso de capo Abed em porcema cora a Protrsara Sbami qual do S o Podi markasi ramo ima cortam tado paia Pbs Ne ppo comem de hem poer educa o r ruirera Gim narima maluca aqranber mbe eumd ddai Pr mio Planota CASA Dede DEL a arista CASA CALDA diosta ponian atra prada boade se mnes e que ibe ambncacdmes n ammine Opera es industras A Catha Mov hh ampas mdb din ao pars enkat e raciomslam o Squa ds uuw sigo ss m s mixu de heme Maares qualque Lgu do eiu m cos pn tua me Erres projetos o ostras a es ds Abri como s coleta sebelia om poss dopens ncias s compro de papel contifcado originbio de reficenalamento para rert pabi CS DS petot CONTANTO Must klara iha wwe planetas e Conhe a man rebre entar ige bom sen ogra erahe made r CPFL ENERGIA O Espa o Cultural CPFL convidou compositores para stormar C em acordes o ver o outona o inverno e a primavera do s culo XX As Quatro Esta es de Vivaldi e Parrots P s Moderridadeo Ta CPFL ENERGIA 172 Exemplos de M dias do Planeta Sustent vel conclus o A Ari pan toma tas hrga Coutos gand paira 4 rge bos de cabe a mo popeo PLANETA SUSTENT AVEL O que ero wona bns biis viona qualidado voos sa crsstiad inda doado ddail Leste ade napia seot sw comprando de mude ma o pulo porveree b gt
18. o especial de um dos maiores especialistas no assunto Luiz Augusto Horta Nogueira engenheiro mec nico e doutor pela Universidade Estadual de Campinas 19VE38sd111 SD7 Onde est a verdade A reportagem de VEJA que come a aqui tenta responder a essa indaga o 20VE48s5d113 SD8 A quest o mesmo complexa e multifacetada mas esperamos que o leitor saia destas 22 p ginas com um conhecimento bem mais objetivo da Amaz nia A reportagem foi dividida em seis cap tulos e se ap ia em um conjunto de gr ficos extaordin rios produzidos pela equipe da editora Andreia Caires 20VE48sd114 SD9 Ainda presistem diverg ncias acerca do tamanho do impacto sobre a vida humana As solu es tamb m s o controversas VEJA listou 50 perguntas e respostas que v o ao centro da quest o 23VE68sd156 SD06 Para colocar a quest o do etanol na perspectiva correta VEJA organizou o question rio das p ginas a seguintes S o setenta perguntas e respostas que cobrem todas as principais quest es levantadas pela entrada do etanol no foco dos holofotes Nessa tarefa VEJA valeu se de in meras fontes e teve o privil gio de contar com a dedica o especial de um dos maiores especialistas no assunto Luiz Augusto Horta Nogueira engenheiro mec nico e doutor pela Universidade Estadual de Campinas 19VE38sd111 SD10 Entre os especialistas consultados por VEJA na elabora o deste question rio destacam se alguns integrantes do Painel Intergovernamen
19. 27 Meio amp Meio amp 6 340 0 17 6 673 18 Mensagem _ Mensagem Total 3 755 976 3675 754 675 754 Fonte IVC Instituto Verificador de Circula o Total Geral Revistas Pagas M dia por o pm Publica o ET Todas as publica es Exclu das edi es especiais 1 M dia jan a ago 2008 3 M dia jan a ago 2008 2 M dia jan a fev 2008 4 M dia jana a jun 2008 Dispon vel em http www aner org br Conteudo 1 artigo42424 1 asp Acesso em 20 fev 2009 166 ANEXO C Maiores circula es Revistas Mensais Janeiro a Outubro de 2008 x Janeiro a Outubro de 2007 CIRCULA O PART CIRCULA O PART M DIA MERCADO M DIA MERCADO T TULO EDITORA Jan a Out 08 Jan a Out 08 Jan a Out 07 Jan a Out 07 Nova Escola EEE 453 838 4 70 410 562 5 19 Cl udia _ Abril 409 962 4 25 40897 897 ar 07 Sele es do Reader s 399 254 4 14 o 927 95 Reader s Digest _ Digest Superinteressante Abril 355 972 3 69 7 726 4 oo o a Nova Abril 230 680 2 39 oomo O2 Mangeuim Abril 211 915 2 20 203 257 2 51 Playboy Abril 210 094 2 18 226 187 2 86 Boa Forma Abril 210 048 2 18 194 374 2 46 Voc S A Abril 193 232 2 00 183 516 2 32 Quatro Rodas Abril 192 359 1 99 169 233 2 14 Casa Cl udia _ Abril 183 559 1 90 177 577 2 25 2 Sa de Abril 181 062 1 88 172 840 2 19 Marie Claire Globo 170 583 1 77 172 302 2 18 Guia Astral Alto
20. Em sintonia com as demandas da atualidade o car ter do ambientalismo como movimento social hist rico esvaziado e d lugar ao pensamento racional n o ideologizado ou n o dogm tico O ambientalismo v lido o que mudou de opini o o apagamento do car ter pol tico se d no esfor o de deslegitima o do ambientalismo tratado de forma generalista como espa o no qual n o h saber sobre as solu es exceto nos discursos adaptados ao tempo presente em identifica o ideol gica com a vontade de verdade das revistas O lugar do novo ambientalismo est em rela o com o lugar do leitor que n o deve crer no arcaico Inserem se nesta posi o as indica es de um espa o para os ativismos atomizados sem radicalismos respeitoso com as liberdades individuais pois o horizonte de solu es depende de outros atores As SDs reproduzidas a seguir contextualizam esta posi o no interior do discurso das revistas Os movimentos parafr sticos identificados s o exemplificados por uma ou mais SDs QUADRO 8 S ntese PS1 Dom nio 1 Em VEJA o ambientalismo lugar de agir deslocado do tempo hist rico Em ader ncia da revista ao discurso pol tico o movimento por estabelecer que o ambientalismo lugar contaminado e n o leg timo diante das problem ticas ecol gicas porque aglutina uma luta contaminada ideologicamente SD62 ir nico que o ambientalismo enquanto instrumento pol tico seja hoje associad
21. O jornalista acredita que o modo como discursiviza objetivo e isento esquecendo se que para al m dos procedimentos normativos da cultura jornal stica h escolhas outras como as da ordem da linguagem porque o que mostrado jamais deixar de ser apenas um enquadramento poss vel do acontecimento BENETTI 2007 p 12 Estas opera es est o se no encadeamento que d origem ao discurso na atua o das forma es imagin rias ideol gicas e discursivas no contexto de uma dada forma o social Tais no es s o explicitadas a seguir uma vez que t m car ter operat rio no relato do gesto de an lise no cap tulo seguinte 3 2 Pensar o discurso Para a investiga o a mec nica da AD pressup e algumas premissas de a o como levar em conta a afirma o de Orlandi 2001 acerca do foco de interesse do analista n o s o as marcas em si mas o seu funcionamento no discurso Por ser desenvolvida no mbito da it is the site of actions and reactions performed by social agents endowed with permanent dispositions partly acquired in their experience of these social fields The agents react to these relations of forces to these structures they construct them perceive them form an ideia of them represent them to themselves BOURDIEU 2005 p 30 Na discursiviza o das rela es entre e com os demais Campos BENSON e NEVEU 2005 65 Comunica o como rea primeira considerando as
22. VEIGA 2005 p 29 no o correlata ideia de progresso ou crescimento econ mico Os pa ses que buscam alcan ar patamares de desenvolvimento tal qual o de pa ses do chamado primeiro mundo t m sido protagonistas de Dispon vel em http www cdproject net Acesso em 3 fev 2010 l Dispon vel em http www bovespa com br Acesso em 3 fev 2010 Na vis o de Giddens 1991 os impactos do industrialismo n o s o limitado esfera de produ o eles afetam muitos aspectos da vida cotidiana bem como influenciam o car ter gen rico da intera o humana com o meio ambiente 37 fen menos como o mimetismo tecnol gico e a transposi o de padr es de consumo processos produtivos e modos de vida vigentes no capitalismo avan ado N o o verdadeiro desenvolvimento conforme defini o de Furtado 2002 uma vez que ele deve se caracterizar por um projeto social norteador Outro autor Latouche 2004 prop e sair do desenvolvimento defendendo a morte deste conceito em benef cio da humanidade Para ele deve se falar em decrescimento sustent vel uma vez que s a diminui o do ritmo e do volume de produ o e consumo pode garantir melhores condi es de vida e uma real vida sustent vel A escassez de resultados sociais e os problemas de degrada o do sistema natural t m impulsionado diversas propostas para substituir conceitos da vis o economicista denunciando o reducionismo econ
23. desde que exista equil brio com outras fontes de energia o uso do petr leo n o t o prejudicial assim 14EX37sd320 A iniciativa da FedEx um exemplo do fen meno batizado nos Estados Unidos de greenwash O termo se refere a empresas que alardeiam fervorosamente um engajamento ambiental mas n o conseguem transformar o discurso em pr tica 14EX37sd321 Apesar disso menos de 8 das vendas do grupo s o atualmente geradas por produtos verdes Adaptar se a esses novos tempos n o tem sido uma tarefa f cil O desafio cresce na mesma propor o das exig ncias de uma sociedade cada vez mais informada e preocupada 14EX37sd322 Uma pesquisa do Ibope com 1500 entrevistados mostra que os brasileiros est o cada vez mais atentos ao que as empresas fazem quando o assunto sustentabilidade 14EX37sd323 O caminho at a venda de cr ditos de carbono pode ser longo exaustivo e caro Um projeto leva de dois a quatro anos para ser conclu do por uma grande empresa 14EX37sd324 O esfor o vale a pena O valor da venda de cr ditos pode superar em at tr s vezes o investimento para sua realiza o 14EX37sd325 O choque de gest o do programa acabou despertando o esp rito empreendedor dos cooperados Al m de aumentar a produtividade eles come aram a pensar na evolu o do pr prio neg cio 14EX37sd326 Passadas duas d cadas as empresas n o s descrevem seu relacionamento com empregados como tamb m fornecedores meio ambiente c
24. es impressas das revistas a partir dos exemplares selecionados para compor a amostra porque al m de interessar a manifesta o editorial do lugar das revistas o objetivo era trabalhar com os mesmos textos que chegam ao leitor Outros textos s o acionados para contextualizar informa es e dados a partir das demandas do objeto Na defini o dispon vel no Portal a Abril nomeia o Movimento como uma iniciativa pelo planeta No trecho destacado a seguir T4 poss vel perceber uma imagem acerca da atua o das revistas e das tarefas que assumem para si ao estampar o verde em suas p ginas 7 Dispon vel em http www planetasustentavel com br Acesso em 19 jul 2010 96 T4 Agir de maneira sustent vel atender as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as futuras gera es atenderem as suas pr prias necessidades Para ser sustent vel qualquer empreendimento humano deve ser ecologicamente correto economicamente vi vel socialmente justo e culturalmente aceito Acreditamos que discutir informar e produzir conhecimento sobre SUSTENTABILIDADE essencial para informar e qualificar as a es que levar o constru o de um mundo melhor Para cumprir essa miss o de ampliar o conhecimento sobre o tema criamos o PLANETA SUSTENT VEL Os aspectos cognitivos do informar merecem destaque como a t nica do trabalho desenvolvido pelas revistas al m dos sites da Editora eventos e outras pla
25. especial V de bicicleta Faz bem para a sa de para o tr nsito e para o meio ambiente Mosaico 5 no qual a bicicleta como alternativa de transporte e lazer o mote No espa o editorial deste n mero VIDA SIMPLES demarca lugares para si e para seus leitores estabelecendo uma intimidade entre revista e p blico Ambos t m d vidas semelhantes Todavia cabe revista respond las Em rela o a outros lugares os governos os revolucion rios SD 54 h tamb m uma busca por distin o na qual fala a imagem de uma abordagem equilibrada simples SD54 E para que essa hist ria n o fique s nas m os dos governos ou dos revolucion rios nesta edi o especial de VIDA SIMPLES tentamos responder aos principais anseios e d vidas de pessoas comuns como n s e voc e dar dicas Dispon vel em http publicidade abril com br Acesso em 9 dez 2010 124 essenciais para quem quer come ar a ser um ciclista urbano ou at um cicloturista 30VS28sd58 Estes esfor os marcam para Tavares 2009 o ethos de VIDA SIMPLES A seguir assinalo as demais marcas extra das de textos editoriais relacionadas com os dizeres das reportagens da revista QUADRO 5 S ntese Dom nio 5 VIDA SIMPLES O QUE A REVISTA DIZ FAZER COMO A REVISTA FAZ edi o especial tentamos responder aos principais anseios e d vidas para que essa hist ria n o fique s nas m os dos governos ou dos revolucion
26. hoje legisla o recursos tecnol gicos e vigil ncia remota suficientes para permitir a ocupa o da Amaz nia sem alterar de forma destrutiva seu metabolismo O dilema brasileiro usar todo esse mecanismo de maneira eficiente de forma a criar uma economia pr spera e a exemplo de seus ministros do Meio Ambiente com direito a selo verde 24VE78sd172 27VE78 O Brasil ainda africano nessa rea 27VE78sd173 Entregar a tarefa iniciativa privada por meio de concess es uma sa da 27VE78sd174 O avan o da fronteira do boi e da soja derruba oito de cada dez rvores das florestas de clima da Amaz nia 27VE78sd175 Recuperar custa o dobro do que simplesmente desmatar Subsidiar a recupera o de reas degradadas a abordagem econ mica mais racional 27VE78sd176 exemplar o sucesso do programa ICMS Verde adotado no Paran para premiar munic pios com desempenho acima da m dia no tratamento de lixo 27VE78sd177 O emaranhado legal provoca inseguran a jur dica dificulta a fiscaliza o e cria oportunidades para corrup o Leis mais amplas s o sempre mais eficientes 27VE78sd178 O governo paga aventureiros para derrubar a Floresta Amaz nica dando lhes cr dito destinado atividade agr cola Isso n o se faz por maldade mas por ignor ncia sobre quais s o as reas ar veis do territ rio nacional e quais s o preserv veis 27VE78sd179 Para eles o discurso e consci ncia ecol gica n o funcion
27. o Estas quest es instigam a pensar tamb m o tema desta pesquisa pela tica proposta por Thompson 1995 p 176 qual seja dos significados incorporados nas formas simb licas que inclui a es manifesta es verbais e objetos significativos de v rios tipos em virtude dos quais os indiv duos comunicam se entre si e partilham suas experi ncias concep es e cren as O cen rio contempor neo o da preocupa o com o impacto ambiental de estilos de vida e consumo das sociedades uma vez que a rela o entre consumo e ambiente vem ganhando centralidade nas propostas de pol tica ambiental PORTILHO 2005 p 65 Caso de produ es recentes como O dia depois de amanh The day after tomorrow 2004 apocal ptico e p s apocal ptico dirigido por Roland Emmerich Retrata os efeitos catastr ficos do aquecimento global e do esfriamento global Dispon vel em http www foxhome com dayaftertomorrow Acesso em 12 dez 2010 e 2012 2009 pico que narra um cataclisma global devastador que teria sido previsto pela civiliza o Maia datando o fim do mundo para dezembro de 2012 Al m de mostrar cenas de destrui o em diversas partes do mundo ocasionadas por terremotos ondas gigantes e uma glacia o mostra meandros pol ticos que permeiam a sobreviv ncia de parte dos humanos Dispon vel em http www sonypictures com movies 2012 Acesso em 12 dez 2010 31 Est sublinhada novament
28. o marcados no discurso tal discute P cheux 1995 nos esquecimentos 1 e 2 assim como na conceitua o de forma es imagin rias conforme apresentado no Cap tulo 3 N o indicam contudo posi o passiva na cena discursiva 138 Nas democracias o jornalismo objeto abstrato tornou se o espa o p blico dos confrontos discursivos que interessam cultura e aos processos sociais na constru o do presente Ao sucesso de tais conflitos e por causa do seu pr prio sucesso a linguagem jornal stica oferece a regra da confiabilidade o distanciamento cr tico da independ ncia e o balizamento das raz es ticas CHAPARRO 2001 p 16 Al m disso na express o de Fran a 1998 o jornalismo n o fala simplesmente para a sociedade mas constitui de certa forma uma fala da sociedade ao mesmo tempo em que d a ver o seu lugar permite que o leitor tenha lugar a partir do momento em que ele aceita fazer parte da comunidade imaginada dentro da ordem da revista Do mesmo modo o discurso jornal stico ao tomar a si mesmo como objeto reitera que sempre vai destacar aqueles fatos que mais revelam os valores e cren as da sociedade naquele momento hist rico SILVA 2006 p 94 Em se tratando das revistas tal processo ganhou contornos ainda mais evidentes Moretzshon 2007 vai afirmar a partir de Ranci re que vivemos em uma sociedade incansavelmente ocupada na tarefa de autointerpretar se na busca ininterrupta por aco
29. radioativos o mundo passou a sofrer com o g s carb nico emitido pelas fontes tradicionais de energia como o petr leo e as usinas termoel tricas a carv o 5SU27sd215 Num mundo em que o aquecimento global o grande problema especialistas em energia est o fazendo perguntas inc modas para muitos ecologistas ser que a energia nuclear apesar de todos os riscos e dos res duos at micos n o teria sido uma alternativa menos danosa ao meio ambiente do que as fontes que liberam gases causadores do efeito estufa e que colocam em risco todo o planeta E mais ser que a Terra tem tempo para esperar por fontes alternativas como a solar e a e lica 5SU27sd216 N o diz o cientista brit nico James Lovelok professor da Universidade de Oxford considerado o pai do movimento ambientalista por ter criado a Hip tese Gaia teoria que inspirou milhares de ecologistas e cientistas na d cada de 1970 com a ideia de que a Terra um organismo vivo Em seu ltimo livro A vingan a de Gaia esse senhor de 87 anos defende abertamente a expans o da energia nuclear para evitar que o impacto do aquecimento global seja ainda mais devastador 5SU27sd217 Por ser velho o bastante posso notar uma forte semelhan a entre a atitude de mais de 60 anos atr s diante da amea a da 2 Guerra e hoje em face da amea a do aquecimento global escreveu Lovelok De acordo com ele assim como a Inglaterra demorou para agir diante das investidas de Hitler em 19
30. reportagens sessessesessssssssrers 184 SUM RIO INTRODU O a a rra EEE EE rrer ren rreran 14 A EMERG NCIA DO VERDE iim 24 Meio ambiente e contemporaneidade sssssseessrrrrerreserrerreserereresee 26 Sustentabilidade como valor para o dizer cciiiiiicisi iris 31 A constitui o de uma ecosfera cana cnedesa nas dan ngenTa asno saca eua ra a 39 LER DE PERTO O JORNALISMO a 49 Pensar o jornalismo de revista als 2asspucanios Aquaapi damas Epa PIS Rss toa pu capas cais 52 PENSADO CISCRISO s posiesie niretu EEE E A ER Saad cla ENS 64 NO ES oper t riaS ess aerae eaa ee ee naa E aE EAA E EEE AT Ea aa aai ma MAPA DO DISCURSO a aos asa e aa usa a za 78 Dos quadros e condi es de produ o iiciiciii cc DO Lugares e posi es sujeito no interior do dizer iii 125 CONSIDERA ES FINAIS o ae GU aa pan gua sedes U a agua atas 141 REFER NCIAS sas cositas LED Pa N 149 ANEXOS sainte se a Ur as ade as spa ais da a rep 160 1 Introdu o O DISCURSO JORNAL STICO sobre meio ambiente o tema motivador deste trabalho empiricamente apoiado em um estudo que parte das reportagens de capa de cinco revistas da Editoral Abril VEJA SUPERINTERESSANTE EXAME NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL e VIDA SIMPLES todas de circula o nacional publicadas entre 2007 e 2008 A reflex o constru da resultado do tensionamento de uma dupla emerg ncia da quest o ambiental
31. tal pretende sugerir SD90 N o deixa de ser curioso que a Fran a cujos cidad os s o conhecidos pela ferrenha for a de suas posi es pol ticas seja o pa s em que a energia nuclear encontra menos resist ncia na opini o p blica Pouca gente que visita as tranquilas cidades medievais no interior do pa s costuma se dar conta de que a energia el trica produzida l tem origem em reatores nucleares 5SU27sd237 SD91 A boa not cia que muita coisa j saiu do papel principalmente nos pa ses mais desenvolvidos onde evid ncias de riscos no horizonte j est o rendendo iniciativas pr ticas 355U88sd278 e PS 5 Conservacionismo como valor No terreno da natureza e seus recursos Mesmo diante de um contexto social altamente tecnologizado os valores de preserva o e conserva o aparecem demarcados no dizer das revistas acionando um ideal rom ntico de riqueza natural e biodiversa da ordem do encantamento com o ecossistema Ele emerge em especial nas abordagens sobre a floresta Amaz nica como espa o priorit rio de preserva o QUADRO 12 S ntese PS5 Dom nio 1 Em VEJA que diz do seu lugar como espa o contr rio aos dogmatismos e a f cega nas religi es seculares met foras religiosas s o acionadas na constru o de um percurso de reportagem que pretende levar o leitor ao contexto de sa das vi veis para os problemas da floresta sagrada mas amea ada SD92 Diante da ab
32. uma mem ria interdiscursiva acerca do ambiente como quest o ou objeto de interesse do dizer Nela cabem in meros desdobramentos e tematiza es como a dimens o da sustentabilidade eixo que adquiriu status central na conceitua o do verde nas ltimas d cadas Trata se de uma exterioridade constitutiva do discurso mas n o por estar fora e sim por ser poder ser mobilizada no dizer por meio dos diferentes discursos que comp em cada texto Ao mesmo tempo o objeto de interesse do presente trabalho evidenciou um valor do verde que se materializa como marca no discurso jornal stico Para iniciar a discuss o neste cap tulo busco tornar expl cito um dos poss veis conjuntos hist ricos que formam parte do potencial de ser dito acerca da quest o N o se compara ao empreendimento arqueol gico de Foucault 2005 mas assumo a ideia expressa por ele sobre a inten o n o de buscar a origem mas come os relativos A emerg ncia da quest o ambiental se d na constitui o de uma idade m dia nos termos de Rubim 2000 da incid ncia da comunica o na sociabilidade e das modalidades de sua conex o com a contemporaneidade Al m disso como pensa Schmidt 2003 houve uma paulatina politiza o da quest o ambiental ocasionada por duas raz es A mais imediata que n o poss vel conhecer as representa es do ambiente sem integrar nelas o pr prio discurso que as tornou t o politicamente relevantes que passaram a mer
33. 50 quil metros do centro da cidade a Alcoa segue o primeiro plano de sustentabilidade do setor de minera o na Amaz nia 25EX685d384 Na base de pico do projeto a Alcoa emprega 8 000 funcion rios dos quais 80 s o paraenses No come o eu n o gostava dessa hist ria de mina porque achava que os gringos s queriam roubar nossa riqueza diz o l der comunit rio Jo o Gomes do Nascimento de 53 anos Mas agora quando penso no futuro dos meus filhos quero que eles arrumem emprego na Alcoa 25EX68sd385 O projeto da Alcoa em Juriti e os efeitos que j produz na cidade diz respeito aos desafios do futuro da Amaz nia uma regi o cujo potencial de gera o de riqueza t o vasto como sua pr pria imensid o correspondente a 61 do territ rio nacional A explora o da regi o se imp e tanto do ponto de vista econ mico quanto do interesse da popula o que precisa de renda educa o e sa de 25EX68sd386 A pobreza extrema e a falta de alternativas econ micas s o os maiores predadores da Amaz nia Para esses brasileiros sejam eles gente da regi o ou migrantes vindos do Maranh o ou do Piau a motoserra um ganha p o 25EX685d387 Quando o dinheiro acaba liga se de novo a motoserra 25EX68sd388 Mas a hist ria pode ser diferente Trilh es de d lares est o ocultos na regi o espera de projetos que combinem a for a motriz do capital com a vis o de que a regi o requer tratamento especial dada
34. 6 68 Aqui emerge o imagin rio institucional que perpassa o Grupo e toca as revistas e seu dizer sobre si sombra da rvore que simboliza a Abril Ilustra o 9 nos dois textos a informa o mobilizada em atributos de aprender de uma maneira inovadora e de esperan a em ideias f rteis Ambos os textos partem de um mesmo gesto de convocar para o Grupo a vis o de futuro Em T1I2 a Abril suplanta velhas f rmulas e semeia saber onde nada crescia por meio do seu segmento educativo cartilhas livros Antevendo o futuro em T2 a figura do fundador segue com suas sementes informativas e marca o gesto de dizer se nos dois momentos distintos ambos de celebra o editorial T2 extra do do texto editorial da Edi o de Anivers rio de 40 anos da revista CL UDIA cuja comemora o se d pela publica o da sua primeira Edi o Verde T1 de 1976 veiculado em an ncio Ilustra o 19 do Grupo em publica o especial chamada Documento Abril alusiva aos 26 anos da Editora e na qual est o reunidas as melhores reportagens de revistas como REALIDADE QUATRO RODAS VEJA CL UDIA PLACAR e HOMEM No mesmo material na apresenta o da publica o a Editora delineia o car ter hist rico das grandes reportagens jornal sticas estampadas em suas revistas Trinta e um anos depois a marca hist rico continuar adjetivando as revistas do Grupo Reproduzo aqui a 68 A edi o est citada no Anexo A que
35. Clima 2007 A Base das Ci ncias F sicas Painel Intergovernamental sobre mudan a clim tica 2007 Dispon vel em lt http www ipcc ch gt Acesso em 15 jan 2009 44 ressaltado na introdu o deste trabalho h uma dupla emerg ncia da qual preciso dar conta para o debate aqui proposto a do tema meio ambiente na contemporaneidade e de forma paralela a emerg ncia do jornalismo e do jornalismo de revista em espec fico como espa o de discursiviza o sobre o tema O quarto relat rio chamado de Fourth Assessment Relatory AR4 avaliou 577 trabalhos cient ficos descrevendo cerca de 80 000 s ries de dados e totalizando as contribui es de 800 autores de mais de 130 pa ses em seis anos de trabalho O suficiente para sugerir que h consenso geral entre os especialistas acerca da ocorr ncia do fen meno do aquecimento global O aquecimento do sistema clim tico inequ voco como agora evidente pelas observa es de aumento das temperaturas m dias globais do ar e dos oceanos de derretimento generalizado de neve e gelo e de eleva o do n vel do mar CORTIZO 2007 p 360 Os relat rios anteriores s o de 1990 1995 e 2001 A Organiza o Meteorol gica Mundial WMO juntamente com o PNUMA foram os respons veis pela cria o do Painel Intergovernamental de Mudan as Clim ticas a partir do reconhecimento da necessidade de an lises objetivas balanceadas e coordenadas internacionalmente para
36. Crescer projeto sem fins lucrativos que tem por objetivo ampliar o conhecimento da sociedade sobre as principais quest es da educa o brasileira e mobilizar as pessoas em favor de a es concretas e mensur veis na rea A Abril realiza pesquisas anuais sobre o tema reportagens em suas revistas cartilhas para escolhas al m de manter um portal online de not cias espec fico do projeto Dispon vel em http www educarparacrescer com br Acesso em 177 dez 2010 http www grupoabril com br arquivo inventarioanobase pdf 97 central de um movimento em prol da causa empreendida pela Abril O logotipo fornece mais pistas para ajudar a compor um primeiro quadro qual seja o esfor o de constitui o de uma comunidade de sentido discursiva partilhada em torno da quest o do verde conforme abordo no decorrer do cap tulo Entendo quadro no mbito deste trabalho como um conjunto de demarca es que s o parte do texto das revistas cores design imagens certo que o grande foco aqui est no texto verbal dos editoriais e reportagens O sentido do discurso das revistas contudo depende dos quadros que englobam o dizer RODRIGUES 2009 e s o parte das condi es de produ o do discurso no espa o e tempo do seu aparecimento parte da cena de enuncia o como prop e Maingueneau 2008 que acontece em um espa o definido pelo g nero do discurso o jornal stico BENETTI 2008 mas tamb m sobre a dimens
37. Cultura e segmenta o um olhar atrav s das revistas In SILVA Ana Am lia da CHAIA Miguel orgs Sociedade cultura e pol tica ensaios cr ticos S o Paulo EDUC 2004 MIRA Maria C O leitor e a banca de revistas a segmenta o da cultura no s culo XX S o Paulo Olho D Agua 1999 MOLINA Mat as Os melhores jornais do mundo uma vis o da imprensa internacional S o Paulo Globo 2007 MONTIBELLER FILHO Gilberto O mito do desenvolvimento sustent vel meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias 2 ed rev Florian polis Editora UFSC 2004 155 MORETZSOHN Sylvia Pensando contra os fatos jornalismo e cotidiano do senso comum ao senso cr tico Rio de Janeiro Revan 2007 MORIN Edgar Complexidade e liberdade In MORIN Edgar PRIGOGINE Ilya orgs A sociedade em busca de valores Para fugir alternativa entre o cepticismo e o dogmatismo Lisboa Instituto Piaget 1998 pp 239 254 Epistemologia e Sociedade 85 MORIN Edgar Terra P tria Porto Alegre Sulina 2002 MORIN Edgar HULOT Nicolas El a o I de la era ecol gica la Tierra que depende del hombre que depende de la Tierra Barcelona Paid s 2008 MOUSINHO Patr cia Gloss rio In TRIGUEIRO Andr org Meio ambiente no s culo 21 21 especialistas falam da quest o nas suas reas de conhecimento Rio de Janeiro Sextante 2003 NASCIMENTO Patr cia Ceolin Jornalismo em revistas no Brasil u
38. EXAME de Sustentabilidade tamb m acompanhe esses movimentos Neste ano a publica o se prop s a realizar uma das tarefas mais desafiadoras de sua hist ria Na nona edi o o Guia EXAME de Sustentabilidade destaca pela primeira vez uma de suas 20 empresas modelo como a Empresa Sustent vel do Ano 31EX78sd423 O destaque que se reflete numa reportagem longa e aprofundada nesta edi o permite descrever em mais detalhes essa trajet ria 31EX78sd424 O que elas formam o melhor retrato das grandes companhias brasileiras que est o conseguindo adaptar seus neg cios aos novos tempos 31EX78sd425 Para a escolha das 20 empresas modelo o Guia EXAME de Sustentabilidade segue pelo segundo ano consecutivo a metodologia elaborada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade Gvces da Funda o Get lio Vargas de S o Paulo respons vel tamb m pelo ndice de Sustentabilidade Empresarial ISE da Bovespa 31EX78sd426 Num momento em que se discute exaustivamente o aquecimento global conceber novas maneiras de cuidar do meio ambiente virou obsess o de grandes companhias mundo afora A pesquisa realizada para o Guia EXAME de Sustentabilidade 2008 mostra que as empresas brasileiras n o fogem a essa tend ncia 31EX78sd427 A evolu o dos crit rios ambientais mais importantes como consumo de gua e energia e emiss es de gases revela que as empresas brasileiras come am a ter a es mais claras para reduzir o impacto de suas at
39. JO rotobodos painiporm de progama qe mu praras em todos o mada bandare O aame b bean amban s ipeo de conto aba naiita pela Abad e poore LETRAS DE LUZ per cia 3 mumay cum kana So ade penia tn nsise dinb de arre o Tio gt banisi Na CAMPANHA DE OESAPSLAMEN PO INFANTIL F n amas do baimgonbe ho cada pus arista adast O baa ain de anmai lara 4 o rirani do par ea tacni di Dal o Y E saman em a o PROJETO ENTORNO singe prodemoms gt lies de aa de escolas pita com a forma o de cds K sedum dra o de beme r o parra ape o de rotemadrue dia enpema PP att am araisa de mrana adada com omaan de has Dinap Ea c e Educa o coltura informa o e entretenimento Po y s o a bane do carto neg os Fazer com que sejam ferramentas para 4 cOntina O de um imundo mais saudivel mais justo mais ffr o nosso nfesl 169 Exemplos de M dias do Planeta Sustent vel Po abri pera PLANETA PLANETA sustent ve Como plantar um futuro sustent vel fornecer alimentos 3 crescente popula o global um dos principais objetivos do mil nio Para a Bunge melhoras a vita das pessoas aprimerando a cadeia global de alimentos eo agroneg cio a larma de dar sua contribui o mdd que 3 popula o madd comem m basi 3 decras teas mwa naa vaias cean urbes n rempumrsaiuial atos dee cado do pab pagau da Dord Fnuwei mem unbe o dena do pawa lain sa Cao para a Ae e re rwd o n v sn
40. Merecem nfase ainda os Guias EXAME de Sustentabilidade Mosaico 3 C e D publicados anualmente pela revista Neles fala um importante capital simb lico da for a metodol gica e avaliativa da publica o capaz de propor um ranqueamento das empresas mais verdes do pa s baseado em pesquisa pr pria por m levada a cabo pela parceria da revista com outras institui es detentoras de capital simb lico perante seu p blico leitor e que avalizam a proposta dos Guias EXAME destaca nos Guias as empresas brasileiras que apresentam atitudes diferenciadas de responsabilidade corporativa selecionadas com base em uma metodologia desenvolvida em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Funda o Get lio Vargas GVces e com a Bolsa de Valores de S o Paulo A pesquisa engloba estrat gias compromissos e pr ticas nas dimens es ambiental econ mico financeira e social Nas capas dos Guias assim como nas demais edi es aqui analisadas s o recorrentes as figuras de sucesso como elemento de destaque empres rios de setores que t m incorporado vari veis ecol gicas em seus processos cuja experi ncia trabalhada nas reportagens como exemplo a ser seguido autorizadas a dizerem junto com o EXAME acerca do valor do verde n o apenas como ideal Disponivel em http exame abril com br Acesso em 17 out 2010 2 Segundo dados do Instituto Verificador de Circula o Ver Anexo C Dispon vel em http publ
41. S o narrativas produzidas por montagem por escolhas orientadas nas quais mem ria e esquecimento s o acionadas O discurso abriga sempre uma s rie de outros discursos atravessado e constitu do por eles mesmo que estes se submetam regras que n o eram pr prias de sua origem Trata se de um espa o para o confronto e a sobreposi o de vozes onde se cruzam o novo e o velho mostrando que os sentidos est o sempre deriva no entanto podem ser compreendidos porque atualizam isto estabilizam desestabilizam a mem ria discursiva GREGOLIN 2007 p 180 Apesar disso os sentidos n o s o transparentes nem estanques A mem ria discursiva participa da produ o de sentidos como aquilo que fala antes em outro lugar ORLANDI 2001 p 31 que revela a interdiscursividade o j dito o repet vel que est na base do diz vel de onde o jornalista busca elementos para resignificar e determinar deslocamentos de sentido A historicidade tamb m participa entendida nesse vi s como o saber discursivo que se foi constituindo ao longo da hist ria e foi produzindo dizeres a mem ria que tornou poss vel esse dizer para esses sujeitos num determinado momento e que representa o eixo de sua constitui o interdiscurso ORLANDI 2001 p 33 Volta tona a proposta de Maingueneau 2007 de um primado do interdiscurso da heterogeneidade e dos outros poss veis na intrincada constitui o dos sentidos
42. SIMPLES As demais publica es da Abril foram consideradas na discuss o sobre os quadros gerais em especial o institucional que envolvem o dizer sobre meio ambiente Diferentes textos sobre jornalismo e discurso estimularam o recorte eleito para a presente reflex o No es conceito da An lise do Discurso AD dentro da tradi o que hegemonicamente foi nomeada como de Linha Francesa s o mobilizadas para constru o da tese A filia o tem a inten o de sublinhar no es conceito que possam contribuir nos estudos do discurso jornal stico como a discuss o apresentada acerca do lugar discursivo do jornalismo tomada aqui a partir de um di logo com outras pesquisas de outros Campos como categoria central para dar conta das quest es desencadeadas pelo objeto de estudo Isso 18 porque n o interessam as marcas discursivas em si mas o seu funcionamento no discurso em quest o A proposta metodol gica pensar o lugar das pr ticas jornal sticas nos quadros que seus pr prios discursos buscam instalar quadro ou cena que depende de forma integrada do que o jornalismo diz fazer e de como faz nesse entremeio que a investiga o torna se poss vel O jornalismo movido por um impulso de dominar o acontecimento aleat rio dos discursos no mundo ao mesmo tempo em que deles que se nutre A est tamb m a ecologia do jornalismo um texto jornal stico a promo o das intera es pelo dito pelo silenciam
43. Si el lector encuentra en la noticia una fotograf a de la realidad el reportaje le aporta una radiograf a de la misma una posibilidad de diagn stico sobre el origen y las causas de lo que ocurre y sus posibles repercusiones futuras Tal entendimento abre espa o para um trabalho jornal stico em cima de processos e tend ncias defende esta autora o que coloca novamente em cena uma possibilidade de funcionamento tem tico nos quais os referentes s o inseridos e processados seguindo t cnicas que marcam o fazer period stico No atual mercado editorial das revistas jornal sticas brasileiras mesmo nas revistas semanais a presen a tem tica bastante relevante Os mapeamentos realizados por Augusti 2005 e por Vaz e Fran a 2009 servem de exemplo O primeiro 2005 estuda o per odo compreendido entre setembro de 2003 a setembro de 2004 constatando que num total de 52 semanas a revista VEJA trouxe 22 capas voltadas para a quest o do comportamento sem considerar a outros universos como sa de alimenta o etc J o segundo 2009 aponta que dentre as 51 edi es de VEJA no ano de 2001 apenas 10 trouxeram mat rias de capa referentes a acontecimentos leg timos sendo as outras 41 referentes a mat rias voltadas para quest es tem ticas chamadas pelos autores de acontecimentos legitimados Nas revistas especializadas isso ainda mais concreto havendo publica es que nascem e vivem em vista de uma s tem ti
44. Simples N cleo Jovem Almanaque Abril Aventuras na Hist ria Capricho Guia do Estudante Loveteen Mundo Estranho Superinteressante N cleo Infantil Atividades Disney Recreio N cleo Homem Men s Health Playboy Vip N cleo Casa e Constru o Arquitetura e Constru o Casa Cl udia N cleo Celebridades Bravo Contigo Minha Novela Tititi N cleo Motor Esportes Frota S A Placar Quatro Rodas N cleo Turismo Guias Quatro Rodas National Geographic Viagem e Turismo Funda o Victor Civita Nova Escola Dados dispon veis em http www abril com br quemsomos Acesso em 17 out 2010 92 adotada pela Abril que indica a exist ncia dentro da editora de um jornalismo tem tico no qual os temas imprimem certos arranjos editoriais A partir dos nomes dos N cleos por exemplo movimentos jornal sticos acabam por ser coordenados dentro de nichos mercadologicamente explor veis e ao mesmo tempo constituem dom nios discursivos para a produ o jornal stica desde onde se fala e para quem onde se fala Neg cios Tecnologia Informa o Consumo Comportamento Semanais de Comportamento Bem Estar Jovem Infantil Homem Casa e Constru o Celebridades Motor Esportes e Turismo As revistas da Abril apesar de aut nomas com faturamento e reda es pr prias compartilham l gicas da institui o que as envolve Jornalisticamente acabam por discursivizar em suas p ginas aspectos institucionais sejam elementos
45. Sr Burns 5SU27sd241 8SU37 O jornal disse que vai ser uma das maravilhas do mundo arriscou o jovem professor Zhang LI de 28 anos membro do Partido Comunista e morador de Chongming ilha no delta do rio Yang Tse onde ser constru da Dongtan 88SU37sd242 E o que faz de uma cidade uma ecocidade Basicamente seguir o caminho inverso de Xangai Pequim Shenzhen Guangzhou Chengdu e outras metr poles chinesas Ignorando a obsess o local em vencer a corrida pela constru o da torre mais alta do mundo a cidade verde ter pr dios com 3 a 6 andares que evitam o uso de elevadores e bombas d gua Ou seja usam menos energia 8SU37sd243 Tamb m ser abolido o velho centr o das grandes cidades Dongtan ser na verdade uma rede de n cleos urbanos compactos e auto suficientes separados por planta es parque ecol gico campo de golfe e de hipismo Cada n cleo ser composto de vilas pequenas o bastante para voc chegar do centro a qualquer ponto numa caminhada de 10 minutos 8SU37sd244 Quase nada vai se perder por l 8SU37sd245 A maior parte das propostas para Dongtan simples mas como qualquer altera o no ecossistema seus efeitos v o longe Com o com rcio lovcal num bairro compacto n o ser necess rio pegar carro nem pata fazer compras Sem carros haver menos polui o sonora sem polui o sonora n o ser necess rio fechar a janela em dias mais quentes de janelas abertas n o ser necess rio
46. VEIGA Jos Eli Desenvolvimento Sustent vel o desafio do s culo XXI Rio de Janeiro Garamound 2005 VIDAL BENEYTO Jos El espacio publico de referencia dominante In IMBERT G rard VIDAL BENEYTO Jos coord El Pa s o la referencia dominante Barcelona Editorial Mitre 1986 pp 17 24 VILAS BOAS S rgio O Estilo Magazine o texto em revista S o Paulo Editora Summus 1996 VIOLA Eduardo LEIS H ctor O ambientalismo multisetorial no Brasil para al m da Rio 92 o desafio de uma estrat gia globalista vi vel In VIOLA Eduardo et al Meio Ambiente Desenvolvimento e Cidadania desafios para as Ci ncias Sociais S o Paulo Cortez 1995 pp 134 160 VOESE Ingo O movimento dos sem terra na imprensa um exerc cio de an lise do discurso Iju RS Editora UNIJUI 1997 Ci ncias Sociais WALDMAN Maur cio Natureza e Sociedade como Espa o de Cidadania In PINSKY Jaime PINSKY Carla Bassanezi orgs Hist ria da Cidadania S o Paulo Contexto 2003 Y DICE George A conveni ncia da cultura usos da cultura na era global Belo Horizonte Editora da UFMG 2004 ANEXOS 161 ANEXO A QUADRO A Amostra selecionada revistas da Abril ES J Rensta EA OI E 162 continua o QUADRO A Amostra selecionada REVISTA DADOS MANCHETES 163 continua o QUADRO A Amostra selecionada REVISTA DADOS MANCHETES 164 conclus o QUADRO A Amostra selecionada EA ED
47. ambientalista 24VE78sd167 No cargo de ministra por m mostrou pouca intimidade com a burocracia a come ar pela montagem da equipe Seus principais assessores eram quase todos militantes de organiza es dogm ticas que viviam em atrito permanente com setores do pr prio governo 24VE78sd168 Enquanto Marina se mostrou apenas um cone Minc um ambientalista que se adequou s pol ticas de desenvolvimento Nos dezessete meses em que ocupou a secretaria ele emitiu licen as para obras complexas e delicadas sob o ponto de vista ambiental 24VE78sd169 A postura de Marina Silva era de preserva o incondicional da Amaz nia admitindo apenas ilhas de 190 agricultura de subsist ncia e de prote o de pequenas comunidades como a de seringueiros e castanheiros um discurso eficiente na teoria e para conquistar a simpatia internacional mas que bateu de frente com as necessidades pr ticas do pa s como a constru o de estradas a minera o a gera o de energia el trica a agricultura e a pecu ria 24VE78sd170 At recentemente quando demarcava lotes para os sem terra na Amaz nia o Incra exigia a derrubada da mata para que o assentado justificasse a posse O Brasil j n o pode seguir esse caminho 24VE78sd171 Ao contr rio do que ocorre nas florestas temperadas do Jap o e da Alemanha com poucas esp cies de rvores uma vez destru da a biodiversidade tropical n o pode ser recriada pelo reflorestamento Existem
48. analista na busca por construir seu corpus discursivo A tr ade composta pelas no es de universo discursivo campo discursivo e espa o discursivo a partir dos quais iniciei os recortes verticais para o presente estudo levando em conta que a tica da AD n o a da exaustividade horizontal No desenho do dispositivo te rico metodol gico ilustrado nas p ginas seguintes o universo discursivo definido pelo conjunto de Forma es Discursivas e a intera o delas em dada conjuntura O autor ressalta a grande exten o do conceito constituindo apenas um horizonte a partir do qual ser o constru dos dom nios suscet veis de serem estudados os campos discursivos Os campos discursivos por sua vez s o um conjunto de forma es discursivas em concorr ncia delimitando se reciprocamente em uma regi o determinada do universo discursivo MAINGUENEAU 2007 p 35 A concorr ncia aqui deve ser entendida de 86 forma ampla Abrange o enfrentamento aberto assim como a alian a e a indiferen a aparente entre discursos que possuem a mesma fun o social por m divergem quanto maneira de exerc la algo muito presente nos conflitos que envolvem o dizer acerca da sustentabilidade S o exemplos de campos discursivos o pol tico o pedag gico o filos fico ou subconjuntos desses que comporiam dentro desses campos maiores uma configura o relativamente aut noma J os espa os discursivos consistem nos subconju
49. ano deve semear uma competi o na ind stria 18EX58sd371 Um grupo de empreendedores brasileiros j v nos neg cios verdes uma via de inova o de aproxima o com um mercado nascente e crescente uma realiza o ideol gica e sobretudo um modo de fazer dinheiro 18EX58sd372 Com receitas da venda de petr leo Abu Dhabi vai erguer a cidade mais ecol gica do mundo 18EX58sd373 Abu Dhabi por sua vez quer se tornar um modelo e centro de desenvolvimento de projetos de sustentabilidade no Golfo P rsico O que poderia ser melhor do que investir o faturamento de nossa ind stria de petr leo e g s em algo que pode nos garantir a lideran a em energia tamb m no futuro perguntou num pronunciamento oficial o sult o Ahmed Al Jaber presidente da Abu Dhabi Future Energy empresa formada pelo governo para desenvolver projetos sustent veis e tecnologias de energias renov veis 18EX58sd374 Se depender dos xeques a paisagem do deserto deve mudar radicalmente nas pr ximas d cadas 18EX58sd375 A jornada verde do ex exterminador do futuro j registrou algumas conquistas como uma legisla o para impor limites emiss o de gases de efeito estufa e os primeiros resultados de um programa de mudan a da matriz energ tica do estado da Calif rnia 18EX58sd376 Um do maiores m ritos do discurso do governador at agora tem sido o efeito multiplicador e a capacidade de levar o debate a todo o pa s 18EX58sd377 O cientista pol t
50. ao eleger publica es semanais e mensais como objeto emp rico de interesse mas na temporalidade particular que o tema do meio ambiente sugere em sua complexidade como tratarei a seguir antes de trabalhar uma discuss o sobre jornalismo revistas e discurso Ap s esta Introdu o o texto que segue composto de outros quatro cap tulos No segundo A emerg ncia do verde busco dar conta de alguns fios da trama de dizeres sobre a sustentabilidade como demanda do pr prio corpus em conson ncia com tem ticas presentes nas p ginas das revistas Nomino alguns marcos hist ricos que reiterados discursivamente trazem em si o que entendo como valores do discurso em quest o A discuss o ambiental apresentada em seus conflitos e na busca pelo saber sobre as solu es para as problem ticas 22 ecol gicas contempor neas A sustentabilidade tomada como eixo central motivadora do pr prio projeto implantado pela Abril No cap tulo localizo tamb m o primeiro dos acontecimentos discursivos levados em conta na discuss o aqui apresentada o lan amento do quarto relat rio do IPCC considerando que seus efeitos servem de pistas ao gesto de an lise como um todo O Cap tulo 3 Ler de perto o jornalismo traz reflex es sobre jornalismo e discurso e situa o jornalismo de revista Tomo a atua o do jornalismo de revista dentro das l gicas midi ticas sinalizando para a necessidade de considerar a manifesta o da
51. boa parte do continente sul americano 25EX685d403 O recado dos cientistas n o poderia ser mais claro o avan o do desmatamento vai reduzir drasticamente o volume de chuvas no centro sul do pa s diz o ecologista Philipe Fearnside do Inpa O resultado pode levar a racionamentos e perdas para o agroneg cio Da a necessidade de que se pague para manter a floresta em p Um dos caminhos mais promissores o mercado de cr ditos de carbono que deve explodir na pr xima d cada diz o bi logo americano Thomas Lovejoy uma das maiores autoridades mundiais sobre a regi o 25EX685d404 Um dos maiores problemas da Amaz nia o caos fundi rio At hoje o governo ignora a quem pertencem 710 000 quil metros quadrados de florestas mas desconfia que boa parte desse territ rio esteja nas m os de grileiros 23EX68sd405 Como se v em qualquer tipo de atividade econ mica em se tratando de floresta Amaz nica a natureza j fez sua parte dotando a de um patrim nio mpar Agora cabe ao pa s ter a vis o o talento e o empenho necess rios para criar um novo tipo de capitalismo selvagem no bom sentido do termo contra o ronco predat rio da motosserra 25EX68sd406 O estado det m a maior m dia de produtividade do Brasil nessa cultura equivalente ao n vel alcan ado pelos plantadores de soja americanos os mais eficientes do mundo 25EX68sd407 Clima muito favor vel solo que facilita a mecaniza o uso da mel
52. cada vez maior de companhias em todo o mundo vem se empenhando para dar choque de ecoefici ncia sua gest o 14EX37sd289 e a crescente demanda da sociedade por uma atitude mais respons vel criaram um novo e desafiador cen rio para as empresas 14EX37sd290 Segundo ele no mundo atual com a internet e a constante troca de informa es as empresas n o podem mais ignorar cr ticas e ataques p blicos Nem se distanciar dos seus stakeholders As contr rio A melhor receita aproximar se de cada um deles e procurar o entendimento 14EX37sd291 Dessa maneira todas as unidades da Coca Cola conseguem listar as pr ticas que os stakeholders aprovam e as atitudes que eles gostaria que a empresa adotasse diz Shireman 14EX37sd292 O mercado de energias alternativas envolve cada vez mais empresas no pa s e deve movimentar quase 1 8 bilh o de reais em 2010 14EX37sd293 Aos poucos por m a empresa foi aprendendo a aproveitar as oportunidades do novo cen rio Hoje mais de um quarto do consumo de energia da Telef nica vem de usinas movidas a baga o de cana de a car 14EX37sd294 As empresas brasileiras do agroneg cio nunca estiveram t o expostas a cobran as ambientais e sociais e agora se mexem para transformar o risco em oportunidades 14EX37sd295 O agroneg cio brasileiro ganhou um prest gio sem precedentes nos ltimos anos Alta produtividade competitividade e tecnologia tornaram se marcas de um segmento vita
53. catastrofistas e c ticos ambientalistas e agroneg cio No seio de uma ecosfera contempor nea a comunidade discursiva alimentada pelas revistas faz ver um espa o parcial revestido de um efeito de totalidade entretanto porque produzido por um sistema perito confi vel isento e comprometido com a verdade O valor do verde torna se pass vel de ser operado quando h um discurso ideal ao qual poss vel acessar pelo lugar discursivo constitu do por cada uma das publica es na rela o com seus leitores Demarcar um projeto editorial permite essa opera o O respeito ao sistema natural passa a ser admitido enquanto qualidade urgente do processo de interven o humana baseado em ndices e normatiza es dentro do que pode ser classificado como uma vis o ecotecnocr tica da sustentabilidade elevado ao grau de eixo norteador de todo e qualquer projeto no mbito pol tico e econ mico como se a pr pria tem tica da sustentabilidade n o encerrasse em si um feixe de contradi es no que se refere ao seu entendimento enquanto conceito e ideal bem como na aplicabilidade pensando um vi s pragm tico O jornalismo de revista realiza se em uma definitiva finaliza o de algo que sempre ir retornar como novo As edi es n o se esgotam todo o ano haver um novo Guia uma nova edi o verde O tema n o se esgota porque o desdobramento tem tico a partir da institui o de um projeto editorial espec fico s faz aumentar e
54. cientistas a ascensoristas se convenceram de que se o homem n o parar de castigar o planeta o apocalipse vir em forma de inunda es furac es eoutras pragas Ser que esse consenso t o absoluto assim RS PERO BURGOS tos RBVCIO MANDA 1 spi NESE AMRS NOGUEIRA marmore com rj seno pat mtas d Empresa e de pessoas de qualquer grau e msr o Parte da culpa do ex Ingl s dios No es Uia que eu centistas e pol ticos de 116 na es para analisar o tema com base em 5 anos de pesquisa oque quase raposa na citei ur Sonsenso Pelo menos sas cias o plc O DICIONARIO DO IPCC 109 Entre 2007 e 2008 SUPERINTERESSANTE publicou oito capas sobre meio ambiente duas delas nas Edi es Verdes Nelas em especial os textos editoriais invocaram imagens institucionais da iniciativa Planeta Sustent vel e da identidade imaginada para a revista perante os leitores Torna se significativo na interlocu o proposta pela revista o estabelecimento de uma edi o extra que passaria a chegar ao p blico todos os anos celebrada em sua qualidade de espa o hist rico e fruto de um amplo exerc cio jornal stico e de aten o ao verde A pr tica discursiva jornal stica delimitada por rituais enunciativos espec ficos e determinada por sua inscri o ideol gica cuja evid ncia a narrativa busca apagar A objetividade e credibilidade convocada para funcionar na discursiviza o de si das revistas ndice do
55. coisas nas almas Misturam se as vidas e eis como as pessoas e as coisas misturadas saem cada uma das suas esferas e se misturam o que precisamente o contrato e a troca Marcel Mauss Ensaio sobre a D diva Karla M ller orientadora registro aqui minha gratid o pela confian a ininterrupta pelo afeto por todas as oportunidades proporcionadas e pela dedica o para tudo ser cumprido sempre da melhor forma Programa de P s Gradua o em Comunica o e Informa o pela aposta no projeto muito especialmente professoras Maria Helena Weber e S nia Caregnato da Comiss o Coordenadora pelo di logo aberto Da mesma forma Marco Fronchetti e Josi Lima que n o foram apenas secret rios atentos mas incentivadores e amigos Um conjunto singular de professores teve participa o efetiva para que este ciclo fosse completo Ilza Girardi parceira generosa de muitos trabalhos Fernando Resende Maria Cristina Leandro Ferreira Marcia Benetti Maria Helena Weber Christa Berger Virginia Fonseca Nara Magalh es Nilda Jacks Miriam Rossini Meu sincero obrigado pelos momentos em sala de aula bancas semin rios grupos de pesquisa conversas Colegas e amigos foram importante presen a Fred Tavares Carine Massierer e Eloisa Loose agrade o pela troca de ideias e a possibilidade de produ o conjunta Maria Patr cia T llez Garz n Marcia Veiga Angelo Adami Lourdes Silva Marcia Anselmo Ivan Bomfim Pereira Karine Moura Vi
56. como o segundo grupo mais bem posicionado diante da relev ncia do tema Os profissionais entrevistados colocam se Que implica em responsabilidades partilhadas na busca de uma sociedade sustent vel um convite modifica o de modos de vida WALDMAN 2003 Dispon vel em lt lt http www iser org br gt gt Acesso em 16 jul 2010 Duzentos e dez entrevistados de onze estados brasileiros 43 como aprendizes sobre ambiente reconhecem um papel de forma o e conscientiza o por parte do jornalismo mas se qualificam por m como ref ns da l gica do notici rio que se alimenta de novidades e de eventos dram ticos Ainda assim a maioria dos entrevistados se sente pessoalmente mobilizada e acredita que a problem tica vem ganhando cada vez mais espa o no setor tend ncia que dever perdurar Acreditam ainda que do mesmo modo com que surgiu um jornalismo especializado em quest es ambientais o mesmo dever ocorrer com mudan as clim ticas CRESPO e VILELLA 2008 p 8 A quest o aparece ainda em recente levantamento encomendado pela TV BBC World Os dados trazem a popula o brasileira como a mais preocupada 87 com a mudan a clim tica em um conjunto de 21 pa ses algo que a Revista Imprensa 2009 em edi o especial sobre a cobertura do tema no Brasil atribui ao trabalho jornal stico No contexto da ecosfera proposta por Barros e Sousa 2010 e tomando em paralelo o panorama his
57. como um dos eixos centrais da contemporaneidade assim percebida na abordagem jornal stica e a emerg ncia do jornalismo em espec fico o jornalismo de revista nesse cen rio O jornalismo que fala de meio ambiente e fala de si perante quest es ecol gicas fundamentalmente o interesse central de investiga o A Abril grupo de comunica o brasileiro com hegemonia em termos de tiragem e diversidade de publica es mant m um projeto institucional dedicado ao tema o Movimento Planeta Sustent vel MPS Este interessa aqui em sua manifesta o nas p ginas das revistas semanais e mensais da Editora nas afeta es do dizer jornal stico alavancando diversas edi es em que a quest o ambiental foi manchete principal ou assunto de n meros especiais as chamadas Edi es Verdes nestas ocupando a totalidade ou a maior parte do espa o As reportagens publicadas no contexto citado forneceram os recortes para forma o do corpus discursivo para a an lise A ecologia adquire especial sentido no trabalho Entendo que a quest o deve estar de forma transversal no centro das discuss es atuais Consoante ela serve como met fora para a necessidade de pensar o discurso pelas rela es estabelecidas e que emergem da materialidade textual A ecologia torna se inspira o para a reflex o portanto J a quest o do verde presente nestas publica es tomada aqui para designar e explorar as perspectivas de enuncia o do tema
58. consumo no pa s QUATRO RODAS coincidiu com o crescimento da ind stria automobil stica e do turismo VEJA e Dispon vel em http www abril com br arquivo presskitabril2008 pdf Acesso em 19 jul 2010 Dispon vel em http www aner org br Conteudo 1 artigo42418 1 asp Acesso em 10 jan 2011 91 REALIDADE acabaram por assumir um papel politico ideol gico na vida do p blico leitor reflete a autora As publica es podem ser tomadas como marco da segmenta o do mercado de revistas no Brasil servindo inclusive como propulsoras do fechamento de antigas publica es de sucesso no pa s de outras editoras ou para a cria o de um regime real de concorr ncia mercadol gica Al m disso a partir delas houve a moderniza o da ind stria gr fica e o surgimento de novas condi es de se trabalhar com a publicidade importante para o setor Mesmo baseadas em modelos estrangeiros tais publica es nasceram com o intuito de mostrar o Brasil aos brasileiros MIRA 1999 O processo por elas inaugurado institucionalizou uma l gica empresarial mais ampla e profissional para a Editora Abril que teve papel na estrutura o de mercado e na introdu o de uma s rie de aspectos jornal sticos no universo das publica es peri dicas segmentadas no pa s As d cadas seguintes serviram para o lan amento de outras publica es deixando mostra o processo na rela o entre Editora e socieda
59. criando uma epistemologia e uma psicologia compartilhadas dado seu car ter de regula o social Tomo estes axiomas como centrais para refletir sobre a significa o dos discursos acerca da quest o ambiental acolhidos e trabalhados pelo jornalismo Destaco dois deles o primeiro e o quarto O primeiro axioma refere se hegemonia que a racionalidade cient fica assumiu ao transformar os problemas ticos e pol ticos em problemas t cnicos Ainda segundo Santos 1999 p 321 se tal transforma o n o poss vel uma solu o intermedi ria buscada a transforma o dos problemas ticos e pol ticos em problemas jur dicos J o outro axioma sublinha a cren a no progresso traduzido como um desenvolvimento infinito alimentado pelo crescimento econ mico pela amplia o das rela es e pelo desenvolvimento tecnol gico SANTOS 1999 p 321 grafia original Esses axiomas est o tamb m na base dos problemas ambientais e na discuss o das solu es alimentando disputas de sentido neste terreno Eles levam a pensar por exemplo sobre uma importante movimenta o operada dentro do universo ambiental na transfer ncia de responsabilidade da esfera da produ o para a do consumo no mbito de comportamentos e escolhas o que em parte retira do setor produtivo ind stria agricultura o peso nico diante do cen rio de problemas como a polui o e desequil brios clim ticos Para Harvey 1996 p 25
60. de sentido demarcados como fruto da consolida o de uma preocupa o partilhada com a quest o ecol gica A pesquisa aqui relatada sintetiza movimentos de um percurso composto de muitas vari veis a principal delas a dimens o da forma o para a investiga o de modo a poder percorrer outros caminhos Dar por completo um ciclo marcar um lugar para a dispers o para buscar al m Finalizar portanto vira escolher um ponto de ruptura com a linha que vinha desenhada uma ruptura por uma nova dire o Nela falar n o apenas o que aqui se materializou mas o que adv m das leituras do texto que nem mais o que foi escrito outro tomaram curso diferentes sentidos Movimento Incessante O conjunto de p ginas revestiu se de intervalo necess rio quando a etapa recebeu o ponto final Abriu se um lugar para avistar tudo de novo o mesmo e diferente tendo em mente que o universo da pesquisa tessitura com muitas partes sempre por completar S depois de termos conhecido a superf cie das coisas conclui n s podemos aventurar a procurar O que est por baixo Mas a superf cie das coisas inesgot vel talo Calvino O senhor Palomar REFER NCIAS ALI Fatima A arte de editar revistas S o Paulo Companhia Editora Nacional 2009 ALTHUSSER Louis Aparelhos ideol gicos do estado 2 ed Rio de Janeiro Graal 1985 ALTHUSSER Louis Um processo sem sujeito nem fim In Posi es v 1 Rio de Janeiro Graa
61. de alimentos Sadia e pela Sui a Syngenta uma das maiores produtoras de sementes do mundo O programa pretende tornar o munic pio mato grossense de Lucas do Rio Verde que tem cerca de 600 propriedades rurais concentra 1 de toda a soja produzida no pa s o primeiro livre de passivos ambientais e trabalhistas do Brasil Na fase inicial do projeto organizado pela ONG americana The Nature Conservancy foram mapeadas via sat lite todas as fazendas da cidade e verificadas se as suas reservas est o em conformidade com a legisla o que prev uma rea de vegeta o nativa equivalente a uma faixa entre 20 e 80 da propriedade 14EX37sd311 Apesar das iniciativas uma caracter stica inerente ao agroneg cio pode colocar em risco o fortalecimento desse movimento A produ o agropecu ria gera commodities e poucas s o as empresas rurais que fortalecem suas marcas o que impede o consumidor de saber afinal quem quem no mercado Essa justamente a dificuldade que o setor exportador de carne vive no pa s As fazendas de gado s o campe s na chamada lista suja do Minist rio do Trabalho que denuncie a ocorr ncia de situa o semelhante escravid o 14EX375d312 Em outubro a insitui o lan ou o Seguro Carbono Neutro seu primeiro produto ambientalmente correto A iniciativa prev que todos os clientes que comprarem ap lices recebam um certificado de neutraliza o de g s 198 carb nico 14EX378d313
62. de modo a completar o percentual necess rio de reserva legal 1NG17sd521 a maior parte da soja produzida no Mato Grosso transportada em comboios movidos a diesel que precisam percorrer 1930 trai oeiros quil metros at os congestionados portos no Sudeste do pa s 1NG17sd522 Como j sabem de maneira intuitiva os ndios os benef cios proporcionados pela Amaz nia s o de valor 211 incalcul vel a circula o da gua a floresta produz n o s metade de todas as suas precipita es mas tamb m grande parte da chuva que cai ao sul da Amaz nia e a leste dos Andes o seq estro de carbono ao reter e absorver o di xido de carbono a floresta ameniza o aquecimento global e limpa a atmosfera e a manuten o de uma biodiversidade rara Mas o mercado ainda tem de atribuir um valor preserva o atualmente muito mais lucrativo derrubar a mata para ali desenvolver atividades pecu rias e agr colas do que mant la intocada 1NG17sd523 Para a Cargil um conglomerado de alimentos sediado em Minnesota a maior prioridade fazer com que as sementes de soja cheguem ao mercado da maneira mais barata poss vel 1NG17sd524 Desde o in cio as opera es da Cargill na Amaz nia foram pol micas Procuradores federais est o processando a companhia por seu suposto fracasso em realizar um estudo adequado do impacto ambiental do porto E a constru o de uma f brica para lavagem e secagem da soja deixou furiosos os ambient
63. de preserva o da fauna e flora ou de redu o de emiss es de alguns poluentes espec ficos sem a atua o efetiva desses grupos 16SU67sd266 Para os p s ambientalistas o foco deve ser investir no barateamento das energias renov veis 16SU67sd267 J Paul Watson ativista ambiental h quase 40 anos e fundador do Sea Shepard movimento contra a pesca predat ria nos oceanos discorda que os ecologistas estejam nos dias de hoje usando estrat gias ultrapassadas na miss o de salvar o planeta A maior parte do progresso do movimento ambientalista foi conseguida por indiv duos e grupos focando objetivos espec ficos o sucesso acumulativo desses objetivos que faz o movimento diz 16SU67sd268 Por outro lado tem muito ambientalista por a revendo seus conceitos o caso de Carl Pope diretor executivo do Sierra Club a mais antiga organiza o ambientalista do mundo fundada em 1892 nos EUA e que hoje conta com 600 mil membros ativos A tarefa do ambientalismo no s culo 21 totalmente diferente da que definiu o pr prio movimento no s culo 20 Por 100 anos aqueles que se chamavam primeiro de conservacionistas e depois ambientalistas definiram sua tarefa como sendo de limitar e depois limpar a ordem industrial existente Para os pr ximos 100 anos nossa tarefa dar forma desenhar e acelerar a chegada de uma nova e sustent vel ordem econ mica Que assim seja 165U67sd269 34SU78 Dar lugar pros gringo entr
64. de sentido Uma FD portanto heterog nea a ela pr pria o fechamento de uma FD fundamentalmente inst vel ela n o consiste em um limite tra ado de forma 12 definitiva separando um exterior e um interior mas se inscreve entre diversas FDs como uma fronteira que se desloca em fun o dos embates da luta ideol gica BRAND O 2002 p 50 Descrevendo acontecimentos contornando temas e problem ticas o jornalismo assume a tarefa de desambiguizar o mundo Ao dizer o jornalismo oferta modelos de compreens o da realidade MARIANI 1999 p 112 constituindo e reiterando pela sua pr tica um sistema de ordem cuja autonomia forte por m relativa Al m disso o esfor o de fechamento de sentidos fundamentalmente uma tentativa de preenchimento de todos os espa os de n o dar margem a furos de buscar apagar leituras outras que n o as imaginadas pelos sujeitos por meio da rela o ideol gica que permite ou n o determinados discursos entre os poss veis A atitude te rica da AD a de considerar tais esfor os uma ilus o caracter stica do processo discursivo h um outro nesta rela o o leitor que por sua vez ressignificar o que lhe chega A significa o dos discursos depende de movimentos de resgate da mem ria Assim tamb m com o discurso jornal stico seus efeitos de sentido s o constitu dos ao fazer circular narrativas sobre o presente permeadas por signos historicamente constitu dos
65. de um espa o de opini o de argumenta o historicamente dedicado ao ponto de vista do meio J na revista o car ter de apresenta o da publica o a regra Tanto que na maior parte das publica es em circula o no pa s assim como nas cinco revistas aqui debatidas o espa o correspondente ao editorial do jornal impresso recebe outros t tulos Carta ao Leitor VEJA EXAME VIDA SIMPLES Agora escuta SUPERINTERESSANTE Do Editor NATIONAL GEOGRAPHIC Os dizeres editoriais procuram dar a ver uma transpar ncia da revista seus atos e intens es para com o leitor Aos olhos do leitor o sujeito enunciador quer ser dotado de coer ncia em sua abordagem 2 Pela via da linguagem preciso ter em mente que o editorial terreno de contradi es Como lembra Melo 2003 p 104 seu discurso constitui uma teia de articula es pol ticas e por isso representa um exerc cio permamente de equil brio sem ntico Sua voca o apreender e conciliar os diferentes interesses que perpassam sua opera o cotidiana Dirigido a uma coletividade comum ao texto editorial integrar uma fala que acomode as pol ticas da empresa e os interesses corporativos que defende Nos jornais o car ter pol tico faz com que o texto geralmente n o seja assinado diferente das revistas nas quais cabe ao editor o di logo com o conjunto de leitores Por todas essas raz es entendi aqui os textos editoriais como c
66. debatido no mbito de uma ecologia do jornalismo no estudo das inter rela es que sustentam seu dizer e ao mesmo tempo na atualiza o que o jornalismo faz sobre o assunto ou seja qual o verde que a sua ecologia prop e O tema abordado pelas revistas serve para compreender o jornalismo enquanto pr tica discursiva Meio ambiente uma quest o complexa Diz lo vontade de diferentes esferas da sociedade economia pol tica ci ncia sociedade civil organizada para citar lugares que as reportagens das revistas nomeiam por exemplo Em que pese a trama que estes diferentes dizeres costuram no jornalismo todavia que os sentidos s o atualizados de forma amplificada Ao tomar parte no discurso sobre o verde o jornalismo de revista desdobra o tematicamente algo que entendo se refere ao funcionamento e opera o das revistas no 16 modo a partir da qual as publica es assumem o verde em seu projeto editoral e como escolhem discursiviz lo Na materialidade de suas p ginas as publica es da Abril elevam o tema aos patamares de uma celebra o editorial nas amplas reportagens especiais e no advento das Edi es Verdes Do mesmo modo t m a o peculiar em rela o ao conflito que sustenta o seu poder saber como discutirei no desenrolar do texto Reportagens especiais e investigativas guias de indicadores e comportamento reiteram que a entrada no universo verde n o apenas pautada por referentes factua
67. devastou New Orleans nos EUA em agosto de 2005 O resultado foi um cen rio apocal ptico 0 a 50 como o Katrina ou chuvas e e mais de mil mortos Com a intensifica o de fen menos secas intensas eventos clim ticos passaram ser discursivizados de distintas maneiras entre elas pelo vi s da f ria da natureza um forte inimigo a ser enfrentado A tradi o militar estadounidense tamb m fala na op o da imagem que embasa a montagem estampada na capa da mais prestigiada revista mundial Outro elemento de peso nesta capa a troca da cor da tradicional moldura vermelha por uma verde uma atitude repleta de simbolismo llustra o 5 Joe Rosenthal Associated Press 1945 marines americanos na ilha de Iwo Jima Jap o FURTADO 2008 Entre as revistas semanais brasileiras POCA da Editora Globo segunda em circula o no pa s ver Anexo B foi a primeira a lan ar Edi es Verdes anuais Em trabalho anterior SCHWAAB 2010 apresentei uma an lise sobre as reportagens de capa das tr s primeiras Edi es Verdes da publica o Ao buscar regularidades enunciativas percebi um trip no qual a revista assentava seu discurso cotidiano neg cios e ci ncia adotando um vi s de otimismo em rela o transforma o de comportamentos principalmente de consumo e mostrando que uma tend ncia aderir ao ecol gico TIME um dos objetos de interesse da tese de Silva 2005 que discute o discurso sob
68. do acontecimento IPCC O jornalismo coloca se n o s como espa o de realiza o da complexidade inerente ao debate ecol gico mas promete mais pelo lugar que intenta ocupar A complexidade chega at a revista que atuar como um prisma Revestida por sua imagem de agente legitimado far a desestrutura o dessa mesma complexidade do ponto de vista da aplicabilidade de caminhos para equacionar os problemas tematizando os na esfera dos comportamentos atitutes 146 solu es adequadas Na outra via na estrutura o do que seria a atual experi ncia de estar no mundo onde a perspectiva urbana e tecnol gica hegem nica sem que deixe de falar via alinhamento deslocamento de sentido ou silenciamento uma s rie de dizeres hist ricos advindos de uma experi ncia tradicional de natureza da ordem do encantamento com o mundo uma mem ria em torno do discurso ecol gico que irrompe pelo valor discursivo e mercadol gico que tem e por isso acionado Na leitura das reportagens acerca do tema ecol gico foi poss vel identificar que os campos sem nticos constru dos constituem esquemas de classifica o ofertados enquanto modos de vivenciar a experi ncia e a constru o de um saber atento aos valores sociais vigentes tal como foi discutido aqui o ideal de preocupa o ecol gica Do confronto com os textos das revistas emergiram movimentos parafr sticos sobre um conflito por exemplo entre ci ncia e ambientalismo
69. do painel da ONU que de resto se tornou a maior religi o urbana de alcance planet rio de que se tem not cia Esses dissidentes do clima s o chamados genericamente de c ticos 12VE17sd75 Uma demonstra o de que os terr queos ainda n o chegaram ao consenso definitivo de que a Terra vai acabar nos moldes propostos por Al Gore a enorme repercuss o do rec m lan ado Cool It cujo subt tulo O guia do Ambientalista C tico para o Aquecimento Global O autor do best seller o estat stico dinamarqu s Bjorn Lomborg foi eleito pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo 12VE17sd76 O IPCC afirma que a causa principal a emiss o de di xido de carbono CO2 e outros gases resultantes da queima de combust veis f sseis que lan ados na atmosfera aumentaram o efeito estufa Os c ticos consideram que s parte do aquecimento global pode ser atribu da a o humana 12VE17sd77 O IPCC diz que o primeiro passo reduzir as emiss es de CO2 para a atmosfera A seguir preciso aumentar a efici ncia no uso de energia para queimar menos combust veis f sseis Os c ticos argumentam que n o h como frear o processo de aquecimento global nas pr ximas d cadas 12VE17sd78 O IPCC diz que os primeiros sinais j est o presentes no aumento de enchentes secas prolongadas e maior frequ ncia de grandes furac es Os c ticos estimam que os primeiros efeitos s ser o percept veis dentro de 50 a 100 anos 12VE17
70. e educadores para compreender e transmitir a dimens o da Confer ncia Aos poucos mais jornalistas passaram a se ocupar da tem tica fazendo surgir cadernos programas ou editorias espec ficas de meio ambiente 5 Conjunto de resolu es e a es planejadas visando a sustentabilidade a serem implementadas em qualquer mbito de uma resid ncia empresa cidade at um pa s ou conjunto de na es Aumento da temperatura nas camadas mais baixas da atmosfera resultado do ac mulo de gases que apesar de permitirem a entrada dos raios solares interditam a sa da de calor Os gases s o di xido de carbono metano xido de nitrog nio clorofluorcarbonos oz nio e vapor d gua Naturalmente o fen meno mant m um equil bio da temperatura terrestre O aumento substancial da emiss o dos gases todavia amplia o efeito e torna o nocivo com consequ ncias como o aquecimento global MOUSINHO 2003 35 ratificou o Protocolo Outro ponto importante do acordo foi o princ pio da responsabilidade compartilhada e diferenciada pelo aquecimento global recomendando que tecnologias limpas n o poluentes fossem desenvolvidas pelos pa ses mais industrializados e transferidas para aqueles em desenvolvimento Goldemberg 2003 ressalta um terceiro ponto o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL prevendo que as redu es de emiss o de gases conseguidas com projetos de desenvolvimento sustent vel possam ser contabilizadas por pa ses d
71. em um espa o pequeno e sem produzir nenhum g s do efeito estufa A quest o da seguran a avan ou bastante improv vel hoje que aconte am acidentes como o que atingiu Chernobyl em 1987 mas o maior problema ainda o que fazer com o lixo at mico altamente radioativo 16SU67sd262 poss vel que com tanto dinheiro sendo investido e a necessidade de gera o limpa de energia uma tecnologia de fato inovadora venha tona e mude os paradigmas 16SU67sd263 Muito bem ent o devemos ficar com a consci ncia tranquila e esperar algu m inventar uma solu o tecnol gica milagrosa Gera es anteriores pensaram assim e como podemos ver agora o resultado n o foi muito bom L gico que n o se deve deixar a responsabilidade somente nas m os do governo e empresas 195 Cada um tem que fazer a sua parte mas ser que faz mesmo N o que falte vontade 16SU67 sd264 O melhor jeito de mobilizar as pessoas para colaborar com o ambiente elaborar um jeito de atingi las individualmente Nada adianta apelar ao senso de coletividade 16SU67sd265 parece evidente que as estrat gias usadas pelos ambientalistas atuais precisam ser revistas ineg vel que o movimento verde de organiza es como o pr prio Greenpeace a WWF e outras foi important ssimo no avan o da conscientiza o da sociedade em rela o aos problemas da Terra um tanto dif cil imaginar a aprova o de leis universais e imprescind veis como as
72. em um direito reconhecido institucionalmente quest o primordial para o pensamento que norteia o presente trabalho Dada a exist ncia desse lugar sobre o qual demarcarei outras quest es a seguir no item 3 3 a produ o do discurso sempre controlada selecionada organizada e redistribu da por procedimentos que visam a determinar aquilo que pode ser dito Adentrar a trama tecida pela pr tica discursiva requer pensar uma interrela o entre as quatro no es de forma o que caracterizam a AD social ideol gica imagin ria discursiva no es que remetem aos tr s Campos de conhecimento entrela ados pelo empreendimento de Michel P cheux Forma o social e forma es ideol gicas expressam a influ ncia h pouco referida do materialismo hist rico da psican lise em di logo com a lingu stica emergem entendimentos acerca das forma es imagin rias forma es discurvivas por sua vez refletem os tr s Campos articulados A forma o social congrega as trocas sociais delimitadora do conjunto de pr ticas normas tradi es e regras que organizam determinado grupo e seu espa o de intera o A fica estabelecida uma rela o de percep o que permeia os processos discursivos do sujeito o real afeta o dizer por sua condi o de reger os espa os sociais o exterior que se tece no interior do discurso no processo de assujeitamento via forma o discursiva P CHEUX 1995 As fo
73. emas pres e w elde we weno de ene wr vo a roda oi wma oa comes a o 3 Sur pan menar Seau sms Smeru tand sigam das o bagas orki vene mas Ann uo dopoto praias mus oriectie equeris didain de ws emim qam is embers wm qua deirdre spirda s nahana Ve oriu sunda sewan wua sem a perdadi e apna anpa uyr deqendica a a e NAGO EA N EID EDA o ms DO amsamrs Nia de Ainge unbes procuramos de longo paso ormo forem de cer o sommo Capes a mma pare Core 10 um de waira empresa ETTE L cho ques ace tera b devemos aamen m san ah Atuar hoj 170 continua o www planetasustentavel com br No mas com di rs do qias coment pis oi e bap do ms com os mM no amanh Anv o vor owa plamana antmntgvas com be on a mm ts Aa Abt pata recem eta ros Abril Cm 008 veem tom e aqua carte Um s culo de iniciativas sociais Vo bt arindio me aue e seara pubis irae prepara Empi hiara qe ehna at on a dd aM sama e DO pae mamm aa vt maba rm arm temeio de rim aisem N do damaie pas porto ore da mas Pilea da mem eno paporu fim ag A abas dos Anda qu dc cross a ds do cus mi ab ade imesti emetimai s bm wione s et ps core do Diese Sadee hrg mkate predi o copifica que em m do S amem na eme oc de 10 pr hm da fma Lat tm qa s do hina Monera d tem d usb ca gt do abs bom mem redes da maia polis qua ando WA praca embuste a pane Perg Bam Haims Menge ami silica abrem da Moro Sentia atum trato abs com Geciaim do amiei soen s
74. enuncia o perspectivas para um narrador jornalista In LEMOS Andr BARBOSA Marialva BERGER Christa orgs Narrativas midi ticas contempor neas Porto Alegre Meridional 2006 p 160 180 RESENDE Fernando Aus ncias na comunica o social e no jornalismo a l gica da rua Oficina do Ces Coimbra Portugal n 197 p 01 29 2003 Dispon vel em lt http www ces uc pt publicacoes oficina 197 197 pdf gt Acesso em 13 jun 2010 RODRIGUES Adriano Comunica o e Cultura a experi ncia cultural na era da informa o 2 ed Lisboa Presen a 1999 RODRIGUES Adriano Delimita o natureza e fun es do discurso midi tico In MOUILLAUD Maurice PORTO S rgio Dayrell org O jornal da forma ao sentido 2 ed Bras lia Editora Universidade de Bras lia 2002 pp 217 233 Comunica o 2 RODRIGUES Adriano O acontecimento In TRAQUINA Nelson org Jornalismo quest es teorias e est rias Lisboa Vega 1993 pp 91 100 RODRIGUES Adriano Semin rio Campo e discurso dos media Apontamentos de aula Lisboa Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa 2009 ROM O Luc lia Maria Sousa Forma o discursiva e movimentos do sujeito de como o cortador de cana falado na m dia In BARONAS Roberto Leises org An lise do discurso apontamentos para uma hist ria da no o conceito de forma o discursiva S o Carlos Pedro amp Jo o Editores 2007 pp 143 154
75. especificidades do Campo Jornal stico tamb m ponto de partida o entendimento de que o discurso n o uma das fun es entre outras da institui o midi tica o seu principal produto e o resultado final do seu funcionamento A m dia produz discursos como os pintores pintam telas os m sicos comp em m sicas os arquitetos projetam edif cios claro que a m dia desempenha tamb m outras fun es mas todas elas t m no discurso o seu objetivo e a sua express o final RODRIGUES 2002 p 217 Operacionalizar a vis o defendida por Rodrigues entretanto depende da mobiliza o dos mecanismos da An lise do Discurso o que se d via constru o do dispositivo te rico metodol gico e pelo manuseio das no es conceito no interior do corpus discursivo Desse modo apresento as no es centrais convocadas pelo presente estudo para adentrar o dizer das revistas O discurso jornal stico ao mesmo tempo aquele constru do dentro do produto jornal stico como tamb m aquele constru do pelos demais discursos profissionais e sociais e como prop e Berger 1998 p 188 um espa o de produ o e proposi o de sentidos e assim constru o de determinado registro hist rico Essa compreens o filia se ao car ter essencialmente dial gico da linguagem e assim de todo dizer como postulou Bakhtin 1998 p 86 como forma particular de composi o do discurso todo discurso concreto enuncia o encontra aq
76. estampa logo abaixo do logotipo na capa Essencial mais 34 A quest o nos remete ao trabalho do editor em VEJA e sua busca por uma voz homog nea como debate Furtado 2000 35 Dispon vel em http super abril com br Acesso em 29 jul 2010 3 Dados do Instituto Verificador de Circula o Ver Anexo C 107 recentemente substitu do por Enxergue Super Nos dois anos da amostra os conte dos apareciam divididos nas edi es em cinco se es fixas Superpapo Supernovas Superrespostas Superfetiche e Supermanual Aos leitores e futuros assinantes a publica o vem definida como T7 Surpreendente din mica bem humorada SUPERINTERESSANTE aborda grande diversidade de assuntos como comportamento sa de tecnologia futuro hist ria aventura ci ncia Tudo de um modo simples claro ilustrado e divertido Uma revista para ler pesquisar e guardar O amor por revistas algo que perpassa as marcas assinaladas e reiterado por exemplo no di logo de um dos editores com os leitores em sua despedida da revista Juntos os excertos d o a ver uma cena que acolhe leitores e SUPER nos atributos de prazer proporcionado pela informa o e pelo produto em si SD12 Vou resgatar um dos grandes prazeres da minha juventude esperar todo m s a revista da moldura vermelha sem saber o que tem l dentro 8SU37sd14 SD13 Tenho raz es para acreditar que essa espera mensal vai valer a pena a revista d sin
77. fam lia e a sugest o da partilha de um mundo tico em torno dos valores que movem a publica o do di logo da conversa e da experimenta o Agora trago o funcionamento das marcas do lugar de NATIONAL a partir dos textos editoriais em rela o ao identificado nas reportagens O Quadro 4 ajuda a dar conta da correla o nos dois espa os QUADRO 4 Sintese Dom nio 4 NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL O QUE A REVISTA DIZ FAZER COMO A REVISTA FAZ di logo equilibrado SD46 Nem todos os ambientalistas t m uma opini o completamente negativa a respeito de Maggi 1NG17sd514 SD47 Desde os cientistas at os moradores das vilas quase todos ao contr rio de Maggi se mostram alarmados com a quantidade de agrot xicos que se est infiltrando na bacia fluvial Comunidades ind genas como a dos enawen naw s em Mato Grosso queixam se do envenenamento da gua e das mortandades de peixes 1NG17sd518 SD48 Por outro lado os ambientalistas temem que o aumento dos pre os de ambos os produtos acabe levando os agricultores a cultivar cerca de 14 milh es de hectares de terras 11NG37sd535 SD49 Mesmo assim a perspectiva de ondas douradas de planta es de combust vel atraente demais para ser ignorada sobretudo diante do exemplo do Brasil 11NG375d536 SD50 Quando chegamos fazenda subimos por entre a o conscienciosa pastos cercados e penetramos na escurid o da floresta seguindo por uma estrada prec ria aberta p
78. fatos viver as mesmas aventuras enriquecer a sua experi ncia de vida atrav s do texto que leu e das fotos que viu a sim teremos uma grande reportagem No seio da arquitetura empresarial e editorial da Abril que surge oficialmente em maio de 2007 a iniciativa Planeta Sustent vel O Movimento parte de um tema atual o ecol gico mas ultrapassa uma poss vel primeira orienta o para uma classifica o segmentada de abordagem jornal stica Meio ambiente sob o mote da sustentabilidade ganhar espa o em revistas dos mais diversos n cleos da empresa de forma transversal Algo que n o s pelo vi s mercadol gico mas tamb m jornal stico coloca a pr tica tem tica da Editora em evid ncia O Movimento Planeta Sustent vel MPS capitaneado pela Abril re ne iniciativas em torno de tem ticas ambientais nas p ginas de suas revistas e fora delas No mbito do presente estudo a sua manifesta o editorial entretanto que interessa Desde a cria o do MPS a Abril mant m um portal na internet para reunir todo o conte do sobre meio ambiente produzido pelo Grupo permitindo por exemplo acesso gratuito a todas as mat rias sobre meio ambiente veiculadas nas publica es Al m desses materiais o portal congrega blogs assinados por rep rteres editores e colunistas todos com abordagens em sintonia com a proposta editorial do Movimento Ressalto todavia que o presente estudo considerou o material publicado nas edi
79. foi primoroso 4SU17sd5 Fazer revista boa tem dessas coisas tamb m Existe inquietude constante para n o satisfazer com nada menos do que a perfei o 4SU17sd6 A SUPER ali s nasceu naquele mesmo 1987 N o toa a primeira grande revista do Brasil a levar a s rio temas ambientais Nos ltimos 20 anos a SUPER inaugurou no pa s boa parte das discuss es sobre a devasta o do planeta Nada mais natural que sejamos os primeiros a mostrar que est na hora de olhar a energia nuclear com outros olhos 5SU27sd11 por isso que na papel com a miss o de faz la prosperar um dos maiores desafios que um editor pode ter E com a ideia do guia nas m os sa mos em busca de modelos internacionais que pudessem nos indicar caminhos Logo descobrimos que esses modelos n o existiam e que precisar amos come ar tudo do zero da metodologia durante anos baseada nos indicadores do Instituto Ethos ao modelo de inscri o do conte do das reportagens aos crit rios de premia o 14EX37sd19 E foi dessa vontade da reda o de fazer algo completamente novo que o guia nasceu E foi da certeza de que a atitude respons vel das empresas n o era como os c ticos afirmavam mero modismo que ele cresceu e se consolidou nestes ltimos oito anos como a mais importante publica o sobre o assunto no pa s 14EX37sd20 tentamos acompanhar a tremenda evolu o da responsabilida
80. foi lido na materialidade das reportagens Este gesto constituiu a base emp rica para debater o lugar discursivo das revistas e seu trabalho sobre o tema nos dois primeiros anos do Movimento Planeta Sustent vel e sua manifesta o editorial nas p ginas das publica es A sele o dos t tulos da Abril produziu uma amostra inicial de 41 exemplares de nove publica es diferentes por m em quantidades d spares Foram exclu das do conjunto as publica es REVISTA MTV e REVISTA DA SEMANA uma vez que os t tulos foram Os nove t tulos CL UDIA 1 edi o EXAME 6 edi es GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE 2 edi es NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL 5 edi es NOVA ESCOLA 1 edi o SUPERINTERESSANTE 8 edi es VEJA 9 edi es VIDA SIMPLES 4 edi es REVISTA MTV 1 edi o e REVISTA DA SEMANA 2 edi es 87 extintos no primeiro ano da coleta Entre 37 exemplares Anexo A dos sete t tulos restantes foi feito um novo recorte uma vez que interessava ver nestas revistas 1 como diziam sobre si a revista e a institui o e 2 como diziam o tema conforme expresso nos objetivos da tese Passaram a ser foco portanto os dizeres editoriais e as reportagens de capa como espa o privilegiado e ampliado de abordagem Cruzei ent o dois crit rios para fechamento da amostra O primeiro a men o nos textos editoriais ao tema ambiental trabalho da revista ou postura institucional da Editora Abri
81. futuro 31EX78sd59 Isso nada tem a ver com o fim do capitalismo Ao contr rio a senha pra sua sobreviv ncia como o melhor sistema econ mico criado at hoje 31EX78sd60 Nesta nona edi o do Guia EXAME de Sustentabilidade apresentamos 20 exemplos de empresas brasileiras que t m buscado no dia a dia de seus neg cios um equil brio entre as necessidades do presente e as perspectivas do futuro Isso n o envolve apenas o respeito ao meio ambiente quase um modismo em nosso dias 31EX78sd61 Nosso objetivo que esse reconhecimento sirva sobretudo de inspira o para a constru o de empresas mais respons veis mais eficiantes e mais duradouras 31EX78sd63 ANEXO I Sequ ncias discursivas reportagens 184 185 C D REVISTA VEJA vale a pena conhecer a lista de prioridades dos cientistas c ticos aqueles que desconfiam de previs es 12VE17 catastr ficas 12VE17sd72 Em que planeta vivemos Se for no planeta Al Gore estamos em apuros 12VE17sd73 O que se chama aqui de planeta Al Gore aquele que o pol tico americano descreveu em seu document rio Uma verdade Inconveniente cuja dramaticidade lhe rendeu dois dos pr mios mais cobi ados que existem 12VE17sd74 Mas ser que a Terra s tem como futuro se transformar no planeta Al Gore Talvez n o Um grupo de cientistas em reduzido n mero mas respeit vel e influente discorda da ideia central de Al Gore e
82. homem natureza criticando as tentativas de subordinar a natureza atrav s do chamado esverdeamento da economia O CONNOR 1994 apud CAPORAL COSTABEBER s d p 4 Os distintos modos de vida e as diferentes culturas devem ser mantidas favorecendo a biodiversidade N o se descarta a necessidade de planejamento ou a influ ncia de governos e pol ticas no 39 controle das imperfei es do mercado o que seria necess rio para dar conta dos impactos gerados pela industrializa o em larga escala no mbito de uma economia liberal e acelerada A heterogeneidade do conceito ponto fundamental para abarcar o panorama sugerido na discursiviza o do ambiental pelo jornalismo dentro dos objetivos desenvolvidos neste trabalho Em pesquisa anterior SCCHWAAB 2007 a dicotomia entre as duas vis es de sustentabilidade representadas pelas duas correntes te ricas h pouco referidas foi abordada na tica de duas diferentes Forma es Discursivas em aten o ao observado na pesquisa desenvolvida Em artigo posterior SCHWAAB 2009 foi sugerido um primeiro deslocamento da abordagem em dire o ao car ter heterog neo da sustentabilidade como discurso tal como agora trabalhado no presente texto considerando as peculiaridades das revistas da Abril e o gesto de leitura empreendido A proposta discute um esfor o de desambiguiza o empreendido pelo jornalismo em seu movimento de manter o valor central da ideia de sustentabilida
83. institui o no interior dos textos trabalhados No entrela amento destas quest es e das tem ticas do Cap tulo 2 poss vel avan ar na delimita o dos quadros de percep o e tensionar alguns aspectos das condi es de produ o para pensar o verde nas revistas e ao mesmo tempo o lugar das cinco publica es estudadas no discurso sobre meio ambiente na contemporaneidade No Cap tulo seguinte o quarto trato da emerg ncia da Editora Abril no tema ambiental com a cria o do Movimento Planeta Sustent vel Depois no seu segundo ponto entra em cena o discurso das revistas sobre o tema e seus desdobramentos O dizer das revistas sobre si e as posi es assumidas ao discursivizar o verde s o convocadas no gesto de leitura do corpus discursivo que teve origem em recortes extra dos de textos editoriais e das reportagens considerando cada um dos dom nios constru dos a partir das cinco revistas i 4 selecionadas O movimento anal tico apoiado na reflex o te rica permite alguns cruzamentos finais Em uma via a tentativa de compreender como o jornalismo diz o tema em outra o que este dizer nos informa sobre o pr prio jornalismo Est presente a mais uma vez a ideia de uma ecologia do jornalismo do estudo das suas intera es como elemento fundamental da trama discursiva que ele prop e e por tal caracter stica o reconhecimento de que a ecologia apresentada uma ecologia sua incluindo o interesse de diz l
84. instituir a partilha de um mundo tico atestado na figura de um fiador e que implica ele mesmo um mundo do qual s o parte pregnante e ao qual d o acesso O projeto editorial tal como assumido jornalisticamente no inteiror das revistas constitui se em um lugar discursivo que est em estreita vincula o com o lugar da compet ncia evidenciado pelas marcas recorrentes no dizer das publica es O lugar da compet ncia aparece autorizado pelo poder dizer que marca a identidade do discurso jornal stico na qual falam um contrato e um capital social imaginariamente partilhado na forma o social que congrega institui o sujeitos jornalistas leitores e agentes de outros Campos Valendo se do poder dizer as revistas passam a acionar na discursiviza o da quest o ambiental ndices de precis o no efeito pretendido de um lugar perito para assim constituir se em lugar de saber dizer como elemento simb lico do contrato ecol gico que tamb m assumem diante de um compromisso universal partilhado de perseguir solu es para as problem ticas ambientais em sintonia com a atualidade O ecol gico como esp rito do presente aparece apreendido na dimens o de um valor inerente para dizer o verde O valor adquire muitas matizes Jornalisticamente remete ao valor not cia que torna o tema pauta O valor est ainda na institucionaliza o da quest o na arquitetura empresarial do grupo colocando o no interior da proposta edito
85. leitor formar sua opini o decidir como agir Era uma aposta no efeito multiplicador das boas ideias 35SU88sd66 SUPERINTERESSANTE identifica no dizer do produto revista a precis o SD14 de reportagem que caracteriza outras publica es e que nela fruto de um trabalho rduo SD16 e confi vel Na SD18 a tradi o da revista convocada para atuar como efeito diante de uma vontade de consenso perante uma tem tica pol mica Nesta SD os 20 anos de abordagem s ria de temas ambientais funcionam em conex o com energia nuclear assunto controverso que os olhos antecipat rios da revista sugerem ter de ser visto por uma tica positiva considerando que os tempos hoje s o outros E na SD19 o leitor aparece como dotado de liberdade e capacidade de construir seu modo de agir avalizado pela pluralidade dos conte dos da revista remetendo ao contrato de confian a partilhado por meio e p blico A seguir no Quadro 2 apresento as correspond ncias constru das entre as marcas dos dizeres editoriais de SUPERINTERESSANTE e algumas das marcas nos enunciados extra dos dos espa os de reportagem QUADRO 2 Sintese Dom nio 2 SUPERINTERESSANTE O QUE A REVISTA DIZ FAZER COMO A REVISTA FAZ revista boa SD20 Calder um dos principais personagens do os primeiros a mostrar document rio The Great Global Warning Swindle A grande farsa do Aquecimento Global in dito no Brasil mas que voc v no sit
86. lucrar com a floresta Desde que executados de forma sustent vel tais projetos cumprem um papel vital na forma o da economia levando tamb m servi os b sicos a comunidades carentes diz o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc 25EX685d392 Dona dos maiores estoques de biodiversidade madeira e gua doce do mundo a Amaz nia uma riqueza cujos significado e valor financeiro n o t m sido corretamente avaliados Estimativas colhidas por EXAME mostram que apenas os recursos minerais e florestais somam por baixo 24 trilh es de d lares 25EX68sd393 Mas tudo leva a crer que a mata esconda mais tesouros 25EX68sd394 Deflagrada no governo JK a primeira onda de coloniza o da regi o aconteceu antes do surgimento do conceito de sustentabilidade 25EX68sd395 Assim como o restante do pa s a Amaz nia marcada pela desigualdade e por m o de obra desqualificada A conjun o do baixo n vel educacional e econ mico com um ambiente in spito ao empreendedorismo impede que as cidades amaz nicas sejam centros de presta o de servi os e de excel ncia biotecnol gica uma voca o bvia da regi o 25EX685d396 Maior instituto de biologia tropical do mundo o Inpa n o disp e de conex o de internet banda larga A maior parte de seu corpo cient fico j passou dos 50 anos e n o h verba para contratar jovens doutores 25EX68sd397 A corrida cient fica tamb m esquenta em Cingapura onde o laborat rio sui o Novartis inve
87. mais de dez anos na regi o 20VE48sd 128 A estrutura de fiscaliza o dos estado prec ria e muitos de seus agentes aceitam propina para fazer vista grossa s infra es 20VE48sd129 No v cuo criado pela aus ncia do estado na Amaz nia as regras de preserva o acabam funcionando como um incentivo ilegalidade 20VE48sd130 Outro tipo de fraude envolve funcion rios dos rg os ambientais que vendem os documentos diretamente a despachantes e madeireiros 20VE48sd131 O SENSO COMUM a devasta o e os conflitos s o causados pela gan ncia dos fazendeiros A VERDADE v rios fatores contribuem para o caos mas muito do estrago causado pelo pr prio governo 20VE48sd132 O diagn stico do ambientalista Paulo Ad rio coordenador internacional do Greenpeace Amaz nia H uma grande esquizofrenia na a o do governo Enquanto o Ibama e o Servi o Florestal Brasileiro criam regras e normas elogi veis melhoram o sistema de monitoramento para empresas e comunidades outro rg o do mesmo governo o Incra promove assentamentos dos sem terra no meio da floresta Sem conseguirem sobreviver com a lida da terra os assentados acabam por desmatar tudo 20VE48sd133 Apesar de frequentemente esquecida na quest o amaz nica a a o do Incra responde sozinha por 20 de todo o desmatamento registrado na regi o 20VE48sd134 Com a impunidade assegurada assentados e grupos de sem terra s o atualmente os maiores fornecedores d
88. mandantes de seu assassinato o fazendeiro Bida foi inocentado em maio deste ano No funeral de Dorothy comovido um homem do povo sussurrou junto ao corpo Est tudo bem irm Dorothy N o estamos enterrando voc Estamos plantando uma semente 29VS18sd556 O consumidor deve ficar atento para distinguir entre uma certifica o conferida por um organismo independente e os selos autodeclarat rios que s o colocados nos produtos pelos pr prios fabricantes 29VS18sd557 30VS28 Mundialmente conhecido como World Naked Bike Ride o protesto aconteceu em junho em diversas cidades como Madri e Toronto sempre com apoio do poder p blico Por aqui n o durou uma hora e terminou dispersado pela pol cia que usou spray de pimenta e prendeu um dos ciclistas que estava como veio ao mundo Mas nada disso deve impedir que o movimento se repita e com mais adeptos Porque em tempos de aquecimento global indecente a nossa exagerada depend ncia do carro 30VS28sd558 Saiba o que tem sido feito para dar mais conforto e seguran a queles que decidem cruzar as cidades de bicicleta 30VS28sd559 Quer desfazer mais um mito A bicicleta pode ser mais r pida que o carro 30VS28sd560 Ent o vire a p gina e descubra o que tem sido feito para que cada vez mais brasileiros saiam de casa pedalando 30VS28sd561 Por aqui tem se aliado o cicloativismo a es de pessoas comuns em prol do uso da bicicleta ao di logo com as au
89. menos 2 bilh es de d lares em vendas de produtos mais eficiantes no consumo de energia e que reduzam substancialmente as emiss es de gases de efeito estufa 31EX785d465 Na estrat gia de sustentabilidade das principais empresas qu micas as mudan as clim ticas ocupam posi o de destaque 31EX78sd466 Da redu o do consumo de gua e energia nas f bricas ao aumento do uso de insumos renov veis as industrias qu micas buscam atenuar o impacto ambiental de sua atividade 31EX785d467 Procuram reduzir a quantidade de mat ria prima gua energia nas f bricas aumentar o uso de insumos renov veis eliminar ou diminuir subst ncias com alto risco t xico para seres humanos e o meio ambiente atenuar os potenciais impactos sobre ecossistemas sens veis reduzir a gera o de lixo e res duos perigosos e desenvolver biocombust veis Uma das iniciativas nesse sentido um inusitado programa de reciclagem de coletes prova de bala lan ado em agosto pela DuPont Com a fibra de aramida dos coletes a empresa vai 207 produzir uma polpa para a fabrica o de pastilhas de freio na ind stria automotiva 31EX78sd468 O Brasil parte importante desse movimento verde n o apenas pelo tamanho do seu mercado consumidor mas tamb m porque um celeiro de recursos renov veis A ind stria qu mica vem atuando intensamente no ramo de energias alternativas tanto na pesquisa de op es mais baratas ao sil cio para as c lulas solare
90. mercadol gicos o que demonstra a fragilidade da pluralidade prometida no contrato com os leitores Destramar o discurso jornal stico depende ainda de cotejar os quadros a partir dos quais este dizer materializado S o as suas condi es de aparecimento no contexto de um dispositivo material impresso formatado que buscam limitar a dispers o de sentidos e o apresentam como dotado de credibilidade dentro do conjunto de discursos poss veis Ler o discurso jornal stico portanto trabalhar em busca de efeitos pretendidos no modo de encadeamento mobilizando as marcas e seu funcionamento nos dom nios discursivos estudados 143 No desenho te rico metodol gico da investiga o a no o de lugar surge como operador que permite ler mais de perto as diferentes situa es que envolvem o dizer jornal stico Remete ecologia ao estudo da inter rela o Lugar em an lise do discurso parte do entendimento de que todo dizer se instala por uma rela o de lugares As no es de lugar social lugar discursivo trabalhadas de forma relacional porque interdependentes foram mobilizadas na pesquisa para cercar os textos das revistas e deles extrair as rela es que os conformam Lugar no o mais espec fica porque est no processo discursivo e no caso aqui observado de um jornalismo que se pretende estruturador de gram ticas ecol gicas aplic veis ofertadas como efeito da vontade de ser visto como agente de um dizer p
91. mico como correspons vel pela gera o dos problemas ecol gicos e sociais As escolas econ micas tamb m passaram a ser questionadas principalmente pelo seu perfil antropoc ntrico fazendo com que do ponto de vista ambiental a natureza seja vista na condi o de simples recurso para a produ o de bens MONTIBELLER FILHO 2004 p 45 Mesmo havendo desempenho positivo da economia com a multiplica o de produtos e do consumo bem como a ocorr ncia de avan os tecnol gicos do lado oposto tamb m se acentuaram os problemas ambientais em quase todos os mbitos da vida em sociedade Quando se toma como refer ncia o ambiental ou o ecossistema a sustentabilidade est ligada base f sica do processo produtivo e da vida social apontando para a conserva o do estoque dos recursos naturais necess rio para o dito processo LEIS 1999 p 154 Al m desta para o autor h tamb m a sustentabilidade social do desenvolvimento difundida pelas Na es Unidas e que remete qualidade de vida das popula es sa de educa o satisfa o das necessidades culturais e espirituais bem como a sustentabilidade econ mica do desenvolvimento colocada como crescimento econ mico cont nuo sobre bases n o predat rias tanto para eliminar a pobreza causa importante da degrada o ambiental e fazer os investimentos que permitam uma mudan a do modelo produtivo para tecnologias mais sofisticadas e apropriadas LE
92. mundo ficam evidentes nesta primeira edi o especial de 2008 Em mais de 30 p ginas as jornalistas coordenadas pela editora executiva Crsitiane Correa tra am um panorama realista anal tico e por vezes cr tico dessa que uma das maiores tend ncias dos neg cios A editora Cristiane Mano entrevistou com exclusividade Jeff Immelt presidente mundial da GE e l der de um dos mais arrojados processos de cria o de tecnologias verdes do planeta Ele resume sua filosofia em tr s palavras Green is green uma refer ncia cor do d lar 18EX58sd36 Depois de Lucas do Rio Verde Angela voltou a Bras lia para destrinchar o lobby verde que atua no Congresso A rep rter Ana Luiza Herzog garimpou exemplos de empreendedores brasileiros que buscam a fortuna em produtos inovadores e sustent veis 18EX58sd37 Suas li es que envolvem humildade e extrema disciplina valem para qualquer pessoa que lidere um neg cio n o importa onde ela esteja 18EX58sd38 Nos ltimos dois meses EXAME visitou oito cidades de dois estados Amazonas e Par e ouviu dezenas de cientistas e especialistas ligados a institui es l deres em pesquisas sobre climatologia economia 181 ecol gica engenharia florestal agronomia geologia e biotecnologia em busca de respostas para a Amaz nia 25EX68sd45 EU EDITOR Vou resgatar um dos grandes prazeres da minha juventude espera
93. n o oficial nas not cias de ambiente Porto Porto Editora 2006 PEUCER Tobias Os relatos jornal sticos Estudos em Jornalismo e M dia UFSC Florian polis v 1 n 2 p 13 30 2004 156 PONTE Cristina Para entender as not cias linhas de an lise do discurso jornal stico Florian polis Insular 2005 PORTILHO F tima Sustentabilidade ambiental consumo e cidadania S o Paulo Cortez 2005 PRADO Jos Luiz Aidar O perfil dos vencedores em Veja Revista Fronteiras estudos midi ticos Unisinos v 5 n 2 2003 PRADO Jos Luiz Aidar Palavras de ordem na m dia performativa Anais do Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo 3 Florian polis UFSC 2005 PRIGOGINE Ilya O fim das certezas tempo caos e leis da natureza S o Paulo Editora da Unesp 1996 RAMOS Cleonice Ethos da revista Exame e labirintos dos g neros constituintes Disserta o mestrado Universidade de S o Paulo Programa de P s Gradua o em Semi tica e Lingu stica Geral 2006 REGINATO Gisele Dotto AMARAL M rcia Franz A constru o discursiva da sustentabilidade na revista Vida Simples tensionamento entre simplicidade e consumo Intexto UFRGS Porto Alegre v 1 n 22 p 49 64 jan jun 2010 REGINATO Gisele Dotto AMARAL M rcia Franz Em busca da complexa simplicidade dispositivos pedag gicos na revista Vida Simples Animus UFSM Santa Maria v 2 p 1 2009 RESENDE Fernando O jornalismo e a
94. n vel de emiss es de carbono dos autom veis O governo da Fran a por exemplo endureceu drasticamente as regras 18EX58sd367 O Brasil tornou se um dos pioneiros no etanol feito base de cana de a car N o acredito em um rem dio que resolver sozinho a substitui o do petr leo mas em um conjunto de muitas tecnologias afirma o alem o Peter Schreyer diretor de design da coreana Hyundai e cuja fun o imaginar exatamente como poder o ser as m quinas nas pr ximas d cadas Agassi e seus s cios acreditam que o sistema criado por eles ser a grande estrela entre as solu es 18EX58sd368 Apesar dos conflitos hist ricos o Wal Mart tem se aproximado de algumas ONGs No Brasil uma das mais pr ximas a Imaflora dedicada promo o do uso sustent vel da madeira e de outros ativos naturais com a ajuda dela que o Wal Mart tem incentivado seus fornecedores a trocar o papel das embalagens e a madeira usada em muitos de seus produtos antes sem garantia de proced ncia pela mat ria prima certificada segundo os padr es do Conselho de Manejo Florestal na sigla em ingl s FSC o mais respeitado mundialmente 18EX58sd369 estamos convencidos de que a quest o ambiental vale o esfor o 18EX58sd370 Em tempos de disputa cada vez mais acirrada por um espa o de destaque nas g ndolas a conclus o bvia que a estrat gia de diferencia o verde do Wal Mart a ser replicada em todas as lojas at o fim deste
95. nas SDs percebo um atrelamento a fatores da gram tica empresarial neoliberal a meritocracia a efici ncia e a efic cia o olhar criterioso assim como a justeza a objetividade e a comunica o de resultados reveladores de uma inscri o em uma imagem de olhar met dico por vezes cient fico at 2 A a o jornal stica impulsionada por referentes de alto valor como o rigor metodol gico do jornalismo e da pesquisa acionados por EXAME mas no qual fala um esfor o de simula o de polif nia de vozes A leitura das reportagens mostra que ele mascara um discurso monof nico um discurso de moderniza o valorizador da compet ncia da excel ncia do pioneirismo nas tend ncias e que instala o discurso da sustentabilidade por 117 uma evidente necessidade de crescimento econ mico para supera o dos problemas por m localizando solu es em sua dimens o t cnica mensur vel na esfera privada do capital O quadro acerca do lugar do dizer de EXAME delineado por marcas como inova o modelos capacidade de indicar guiar e iluminar quest es confirmando a busca por uma identidade como agente de an lise lugar a partir do qual operar a discursiviza o do ecol gico d Dom nio 4 NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL A investiga o jornal stica e a aura da reportagem desbravadora de lugares e fronteiras permeia a a o de NATIONAL GEOGRAPHIC Criada h 120 anos nos Estados Unidos surgiu para ampliar e
96. no tema tamb m de forma editorialmente intencional Nesse movimento cabe tensionar seu dizer sobre uma atualidade como superf cie organizada mas sob a qual fervilha um mundo contradit rio imperfeito CHAPARRO 2001 p 26 Por pertencer a la sensibilidad de los tiempos DEL REY MORATO 1988 p 50 o discurso jornal stico permeado por ofertas de leituras sobre modos espec ficos de vivenciar situa es num tempo presente Desta forma assume se como um discurso imbricado na contemporaneidade n o apenas como lugar do atual mas especialmente de compartilhamento sobre o que importa saber agora e como deve agir o sujeito do seu tempo A atualidade portanto n o apenas caracter stica patol gica do jornalismo mas deve ser pensada como resultado da constru o informativa inscrita em um espa o temporal uma vez que el sentimiento del tiempo del habitante de las sociedades industrializadas del occidente no es ajeno a la actividad period stica y a su producto final la actualidad DEL REY MORATO 1988 p 57 Assim o jornalismo n o apenas uma pr tica imbricada na atualidade mas produtora simb lica desta Nas revistas esta atualidade transpassa os temas abordados e lhes confere um estatuto atual ao mesmo tempo que mostra leituras poss veis para a percep o desses temas Nas not cias Del Rey Morato enxerga uma ilus o a de estar informado de estar a la ltima J na reportagem das revis
97. o carregamento dos gr os que seriam destinados Europa As opera es da empresa ficaram paradas por menos de 4 horas mas os estragos j estavam feitos Logo depois do epis dio da Cargill uma campanha organizada pelo Greenpeace chamada Comendo a Amaz nia mobilizou redes de supermercados e fast food entre elas o McDonald s que passaram a pressionar a ind stria de soja a n o comprar gr os da regi o amaz nica O resultado que as imposi es dos importadores aumentaram e as processadoras tiveram de dar respostas sociedade 14EX37sd307 Precisamos admitir que existe um passivo ambiental no setor e transform lo em um ativo ambiental no futuro diz Carlo Lovatelli presidente da Associa o Brasileira do Agroneg cio 14EX37sd308 A mensagem dos compradores foi clara Eles n o v o adquirir soja da regi o amaz nica diz Lovatelli A Bunge outra gigante do processamento de soja criou regras r gidas nos quesitos social e ambiental para seus cerca de 70 000 fornecedores de gr os no pa s 14EX37sd309 N o mais suficiente produzir bem e a um baixo custo O importante se a produ o sustent vel no longo prazo diz Adalgiso Telles diretor de comunica o corporativa da Bunge 14EX37sd310 H algumas iniciativas pontuais em que empresas ligadas cadeia da soja come am a se unir para criar um movimento que acabe com essa imagem o caso do projeto Lucas do Rio Verde Legal patrocinado pela fabricante
98. o construtiva do discurso que enquanto objeto instaura um espa o para si Institucionalmente o MPS apresentado aos leitores das revistas por meio de Manifestos e M dias da Sustentabilidade ver imagens nos Anexos Fe G Em 2007 primeiro ano do projeto a Abril trabalhou esses materiais em 55 revistas ocupando mais de mil p ginas para difus o das ideias debatidas no mbito do projeto al m de m dias dos patrocinadores nomeados como parceiros poca Bunge Petrobr s Sabesp CPFL Energia e a pr pria Abril a quem s o dedicados espa os espec ficos para divulga o de suas a es na rea ambiental em causas pertinentes ao tema O Planeta Sustent vel conta com Conselho Consultivo que se re ne mensalmente conforme informa o do site do projeto O grupo de especialistas denominado de pessoas not veis participa da elabora o dos Manifestos al m de orientar o desenvolvimento de programas e a es do MPS servindo por vezes como consultores em reportagens das revistas Todo esse contexto institucional interessa aqui pela sua for a nos contornos editoriais e do que manifesto no dizer das publica es encaminhada por esta via a perspectiva de constru o de um lugar para o jornalismo diante do tema debatida agora a partir do aparecimento do discurso sobre si e sobre quest es ambientais nos cinco dom nios eleitos para o estudo Sublinhados elementos da institui o Abril que afe
99. o o olhar para coletivos identit rios que se tornaram vis veis com os movimentos pol ticos e culturais das ltimas d cadas do s culo XX A segmenta o estrat gica no contexto das publica es considerando que os consumidores t m necessidades diferentes cujo atendimento por produtos espec ficos pode ser dependendo do caso mais lucrativo do que a atua o s cegas no mercado de massas MIRA 2004 p 248 No mesmo passo as revistas atentam para uma pol tica das identidades que est ligada formula o por grupos sociais distintos de um conjunto de valores que lhes permite ajuizar sobre suas escolhas e identifica es o que tamb m se refletir mercadologicamente Entre as l gicas presentes em uma editora ou em uma revista espec fica considerando tamb m a inser o invis vel da primeira na segunda ganha import ncia o plano ou projeto editorial Como aponta Scalzo 2004 p 61 o plano editorial que vai alimentar o plano de neg cios e por consequ ncia deve representar a vis o exata da reda o sobre a publica o e sua rela o com o leitor O plano estabelece os objetivos e a f rmula editorial no que diz 61 respeito a uma publica o espec fica diz de um referencial que ajudar a revista a posicionar se objetivamente em rela o ao leitor e ao mercado Um projeto editorial nesse sentido pode ser visto n o s como representante de uma quest o jornal stica
100. opini o SD26 Um conjunto espec fico de marcadores do lugar de SUPER se delineia na dispers o do seu dizer precis o inquietude busca capacidade de antecipar perfei o adjetivos de um fazer apto a dar respostas advindo de um lugar da descoberta do desvelar o osbcuro mundo e descartar opini es n o avalizadas 112 c Dom nio 3 EXAME EXAME apresentada como a revista de neg cios mais lida e respeitada por quem um 1 toma decis o no pa s instalando a promessa de selecionar e organizar todas as informa es que o leitor precisa saber para se atualizar e acompanhar o mercado o que j delimita uma comunidade pretendida de interlocutores nomeadamente ligados aos setores financeiros empresariais e governamentais Sua tiragem m dia de 208 600 exemplares por edi o mais da metade dela dedicada aos assinantes EXAME surgiu como caderno especial de economia finan as e administra o em 1968 tornando se publica o aut noma em 1971 poca em que era denominada a revista do executivo Atualmente conforme informa o institucional EXAME lida por 91 dos executivos das 500 maiores empresas do Brasil Al m de publicar edi es verdes com reportagens ampliadas sobre ambiente Ilustra o 14 Mosaico 3 A a seguir e reportagens especiais dedicadas ao tema Mosaico 3 B EXAME criou em 2007 uma editoria fixa para Sustentabilidade em sua edi o impressa
101. prioridades a humanidade deve ter na rela o custo benef cio O chamado Consenso de Genebra como ficou conhecido o grupo colocou a conten o do aquecimento global atr s de 9 outros desafios priorit rios como diminui o da fome e o combate mal ria na frica 4SU17sd210 E para que possamos chegar a solu es sensatas preciso questionar as verdades impostas 4SU17sd211 192 5SU27 Os ambientalistas erraram e o Sr Burns dono da usina nuclear de Springfield de Os Simpsons um her i Em vez de energia solar e lica ou hidroel trica a for a que vai nos salvar do aquecimento global quem diria a energia nuclear 5SU27sd212 Sem energia os pre os ficam mais caros os investimentos escasseiam e os pobres ficam continuam pobres 5SU27sd213 Apesar de hoje se saber que o acidente foi provocado por falhas humanas grosseiras nos procedimentos b sicos de seguran a Chernobyl fez a energia nuclear virar sin nimo de desastre e destrui o Grupos ambientalistas fizeram dela seu principal inimigo A energia nuclear ficou t o associada ao mal que poucos anos depois de Chernobyl quando o desenhista Matt Groening criou o personagem Sr Burns o vil o de Os Simpsons deu a ele o trabalho mais odioso da poca dono de uma usina de energia nuclear da cidade de Springfield 5SU27sd214 Mas os tempos mudaram Enquanto as usinas nucleares avan aram em seguran a e controle dos res duos
102. que busca reiterar uma institui o inscrita em um conjunto de tra os que lhe garantem uma identidade est vel enquanto sujeito de seu discurso porque inteligente e respons vel SD3 Ao mesmo tempo mobiliza uma mem ria em torno da identidade do discurso jornal stico do fazer objetivo isento que resulta na verdade sobre os fatos e temas fazer no qual a compet ncia SD4 precisa se sobrepor para apagar o car ter subjetivo das escolhas dos sujeitos apesar de todo dizer ser permeado e constitu do por elas escolhas e vontades Compromisso o elo que VEJA estende para projetar a rela o que de seu lugar ela mant m com dois outros lugares emp ricos o do leitor SD1 ao qual fiel e do Brasil SD1 e SD5 a quem defende sendo que o pa s tamb m abarca o leitor Assim o que diz VEJA enuncia apoiada neste elo de comprometimento SD4 com a liberdade a sua e a verdade qual Lembrando Foucault 2006 p 12 a verdade est circularmente ligada a sistemas de poder que a produzem e apoiam e a efeitos de poder que ela induz e que a reproduzem A compet ncia de VEJA pressup e o compromisso a quem a revista fiel e defende estando portanto sancionada para operar em mostrar a verdade Discursivamente a verdade entendida aqui enquanto uma dire o de sentido uma interpreta o que lugares legitimados intentam impor como natural leg timo produto do trabalho da ideologia no processo discurs
103. quest o a segunda raz o a impulsionar a lig stica reversa Nos ltimos meses v rios pa ses t m buscado endurecer a legisla o referente a quest es ambientais 17EX48sd342 Para colocar em marcha esse novo processo por m o ponto de partida convencer os consumidores a devolver os aparelhos velhos em vez de jog los no lixo 17EX485d343 Nos pr ximos anos quase certo que muitas outras empresas dos mais diferentes setores sigam a mesma trilha 17EX485d344 18EX58 deveriam se engajar na cria o de produtos ambientalmente corretos 18EX58sd345 A convic o de que aquele era o caminho certo a ser seguido parte do mesmo princ pio que norteou a companhia em mais de um s culo de hist ria a busca pelo lucro O pragmatismo de Immelt resumido Green is green que faz uma rela o de causa e efeito direta entre produtos sustent veis e d lares 18EX58sd346 Passados pouco mais de tr s anos Immelt est frente da mais arrojada estrat gia de lan amento de produtos verdes do mundo 18EX58sd347 Mesmo n o sendo pioneiro de um movimento cada vez menos exc ntrico e quase mandat rio para grandes companhias Immelt construiu um imp rio de produtos verdes que supera o de algumas das companhias que partiram para esse caminho h mais tempo como a ind stria qu mica americana DuPont que come ou a desenvolver seus produtos verdes h mais de uma d cada 18EX585d348 Gra as sua propor o e
104. se no terreno mais solto e mido dos zai 3NG27sd550 A agricultura responde por mais de um oitavo da produ o humana de gases associados ao efeito estufa O cultivo intenso da terra libera di xido de carbono ao expor mat ria org nica antes no subsolo 3NG27sd551 A terra cuida de n s enquanto cuidamos dela diz 3NG27sd552 At pouco tempo atr s as teorias mais aceitas defendiam a ideia de que o ambiente da floresta era demasiado hostil ao desenvolvimento de grupos humanos Assim o amaz nida pr hist rico viveria de coleta ca a e pesca num nomadismo que ignorava a agricultura Nesse contexto os grupos ind genas seriam pequenos e culturalmente pobres A presen a dos grandes espa os de terra preta derruba tais teorias Extensos s tios arqueol gicos datados em torno de 2 5 mil anos atestam que j existiam grupos sedent rios que se fixavam num mesmo local por per odos longos o suficiente pelo menos para alterar a composi o do solo E eram grupos de grandes propor es com milhares de pessoas 3NG27sd553 Eu queria que toda a Amaz nia fosse f rtil como aqui E o mundo tamb m diz Novamente a ci ncia concorda com ele 3NG27sd554 213 C D REVISTA VIDA SIMPLES 29VS18 Ela vivia h quase 40 anos na regi o mida e sufocante de Anapu Para Dorothy Stang ali morava seu povo Hospedava se na casa dos agricultores assim como mantinha suas portas abertas para eles 29VS185d555 Um dos
105. ser tomado no valor de face como hoje Se voc chega em determinadas rodas e fala que o aquecimento global talvez n o seja comprovado como se defendesse o nazismo O leitor sabe que n o vamos embarcar nas ondas dos coletivismos maiores A defini o de ambientalismo n o objeto de consenso Mesmo assim no discurso de VEJA assim como em outras publica es o ambientalismo marcado genericamente definido como lugar de atraso composto por indiv duos de posi es arcaicas e recorrentemente associado um aspecto religioso de uma f cega e presa a dogmas conservadores em rela o a este lugar gen rico que as demais posi es no jogo em saber dizer o verde s o marcadas pela revista muito especialmente na diferencia o de outro lugar o da ci ncia como mostrado nas an lises que seguem interessante lembrar que como afirmam Barros e Sousa 2010 o ambientalismo multifacetado objeto de diverg ncias e converg ncias de atores variados Na ocorr ncia da express o nas revistas entretanto ambientalismo nomeia recorrentemente a faceta de movimento social ou o conjunto de pessoas personalidades organiza es ou institui es da sociedade civil mesmo que heterog neas que lutam pela causa ecol gica marcadas no discurso das public es como demasiado ideol gicas ou mero reflexo de um modismo acendido pela onda catastrofista em torno das mudan as ambientais por exemplo A men o figu
106. seu lugar discursivo O que sempre se espera do jornalismo que diga a verdade Segundo Rom o 2007 p 148 um discurso capturado pela evid ncia de objetividade o que deve ser entendido como um efeito de objetividade Ao debate tamb m se soma Chaparro 2001 p 15 No uso da aptid o que lhe d efic cia o jornalismo sustenta a expectativa social da qual depende o seu sucesso a do relato veraz Deste lugar portanto poss vel que o Jornalismo apresente certezas e construa estabilidade para o que se mostra ca tico contradit rio e conflituoso na realidade cristalizando um modo de dizer MARIANI 1998 e contribuindo para estabilizar um sentido natural para o que enuncia conforme abordo no pr ximo cap tulo tensionando os dizeres dos cinco dom nios estudados 4 Mapa do discurso 79 A EMERG NCIA DA PAUTA AMBIENTAL principalmente pela necessidade de abordagem acerca das mudan as ambientais globais acabou por multiplicar e depois de certo tempo ajudou a tornar regular planejada e editorialmente intencional a publica o de mat rias com enfoque no ecol gico O mote da sustentabilidade adquiriu especial relevo ao aglutinar o esp rito da luta ambiental em um ideal desdobrado enquanto conceito e aspectos pragm ticos um valor do verde portanto pass vel de ser acionado Apesar de uma demarca o do material jornal stico analisado aqui as revistas da Editora Abril com reportagens de capa no
107. simb licos de seu capital como empresa jornal stica sejam os previstos por projetos editoriais mais amplos Dos diversos temas que perpassam as publica es e que ao mesmo tempo norteiam os n cleos pode se dizer que a segmenta o que a se apresenta confirma desde um p blico e de conte dos periodicamente renov veis mas ao mesmo tempo cont nuos de um ponto de vista editorial a intera o entre o car ter identit rio e tem tico que o mercado busca abarcar No caso do Grupo Abril suas revistas a partir de seus n cleos materializam a tentativa de dar conta de um todo social oferecendo produtos a certas demandas coletivas e ao mesmo tempo criando as E o processo que a se configura faz com que cada publica o crie exig ncias pr prias para uma coer ncia editorial por m mantendo vivos certos la os institucionais e a alma de uma proposta comum que as une algo anterior mas que continua falando em cada um dos textos e no modo como o jornalismo organiza sua media o acerca dos temas que elege O imagin rio institucional pode ser pensado pelas marcas materializadas nos seguintes textos 7 O site do Curso Abril de Jornalismo que seleciona rec m graduados em Comunica o para o quadro de profissionais da Editora utiliza a express o Ver http cursoabril abril com br servico ideias Acesso em 17 out 2010 AE bri Ilustra o 9 Logotipo Editora Abril Ilustra o 10 Abril An ncio insti
108. sua import ncia mundial 25EX68sd389 Hoje a Amaz nia uma ben o natural transformada em usina de problemas Eles v o do catastrofismo de certas ONGS antidesenvolvimento devasta o da falta de controle que a transforma em terra de ningu m ao sistema p blico que permite que beb s morram como moscas em maternidades e crian as sejam misturadas a bandidos em cadeias 25EX68sd390 No total cerca de 20 dela j foi devastada boa parte em atividades de baixo resultado econ mico como pecu ria extensiva e corte ilegal de madeira 25EX68sd391 Em tempos de mudan a clim tica aos olhos da opini o p blica mundial a Amaz nia est para o Brasil assim como o Tibete est para a China A destrui o da mata acarretaria uma severa condena o internacional manchando a imagem do pa s e a reputa o de empresas como Petrobr s Vale e Embraer que le lan am ao mercado externo Por isso vital o Brasil virar o jogo deixar de ser visto como predador e mostrar que est no caminho da explora o sustent vel e rent vel 25EX68sd392 A principal conclus o que o desenvolvimento da regi o passa necessariamente pasmem por empreendimentos de grande escala sejam p los de minera o hidroel tricas ou explora o florestal Esque a as pequenas iniciativas para ajudar comunidades ribeirinhas Quem busca uma efetiva solu o deve antes de tudo mirar grandes obras que sejam tocadas por empresas de porte e com objetivo de
109. tico fazer decolar o projeto MT Legal 25EX68sd418 O modelo a ser replicado o de Lucas do Rio Verde Respons vel por 1 da produ o nacional de soja a cidade conseguiu mapear a situa o ambiental de seus 360 000 hectares num trabalho de parceria entre prefeitura ONGs e empresas privadas A cidade tem agora as condi es b sicas para corrigir erros cometidos no passado N o h nada mais crucial para Mato Grosso hoje do que se livrar dessa nuvem negra diz Pivetta O MT Legal est sendo apoiado por Maggi Para o governador por m o grande desafio hoje outro Precisamos tornar a nossa pecu ria mais moderna e eficiente diz ele 25EX68sd419 Com o desenvolvimento da pecu ria mais reas poder o ser destinadas agricultura e a press o para o desmate diminuir afirma Maggi 23EX68sd420 Os ltimos dados do Inpe relativos a maio mostram que Mato Grosso continua a liderar o desmatamento na Amaz nia O governador pode estar certo de que o mundo est de olho para saber se ele ir cumprir sua palavra 25EX68sd421 31EX78 Poucos temas dentro das empresas hoje s o t o abrangentes e controversos quanto a sustentabilidade Ser sustent vel uma proposi o que envolve desde a preocupa o com o impacto ambiental at a responsabilidade de uma companhia perante os funcion rios consumidores fornecedores e investidores 31EX78sd422 A complexidade e o dinamismo do tema exigem que o Guia
110. um discurso mas o espa o de trocas entre os v rios discursos Na perspectiva da AD todavia n o poss vel nomear o interdiscurso Ele s aparece em termos de rela es no acontecimento discursivo no encontro de uma historicidade com uma atualidade Por isso n o se deixa ver como um todo O que se materializa o efeito da interdiscursividade o sentido constru do pelo trabalho da mem ria e dos demais efeitos do interdiscurso no recorte feito via forma o discursiva S o elas que abrir o espa o para que se visualize as rela es entre imagin rio ideologia e linguagem possibilitando acessar a constitui o do sentido e do sujeito atravessados pelas forma es imagin rias 3 3 No es operat rias O trabalho de Maingueneau 1993 1997 2007 2008 consolida um interesse por apreender o discurso como intrinca o de um texto e de um lugar social Seu objeto visto dessa maneira n o nem a organiza o textual nem a situa o de comunica o mas o que os amarra atrav s de um modo espec fico de enuncia o Com essa proposta Maingueneau diz que no dispositivo enunciativo est ao mesmo tempo o verbal e o institucional A inscri o 74 das condi es de possibilidade no dizer delineiam a filia o dos discursos em forma es discursivas que por sua vez sustentam os saberes em circula o numa determinada poca o que j faz Foucault 2005 ao estabelecer as rela es entre os dizeres e os faz
111. usar tanto ar condicionado sem ar condicionado ser gasta menos energia el trica e com a economia de energia ser cada vez menos necess rio o uso de combust veis f sseis E se Dongtan der certo a China poder dizer que seu crescimento sim sustent vel 85U37sd246 194 E agora um pouco do nosso futuro depende do que acontecer nesse p ntano do outro lado do mundo no nebuloso delta do Yang Tse 8SU37sd247 15SU57 medida que o homem ficou preocupado com a higiene mateiriais descart veis viraram obsess o da sociedade E por custar pouco at 80 menos que o papel pardo o material ganhou a prefer ncia dos comerciantes Como a consci ncia ecol gica fen meno recente s agora as leis restritivas come am a ganhar for a Isso n o significa que o pl stico v sumir da sua vida Afinal ningu m vai querer misturar peixe com goiabada na sacola de compras de pano uma das alternativas 15SU57sd248 Parece bom mas n o t o barato e a decomposi o do pl stico tamb m libera g s carb nico na atmosfera algo pouco desej vel 15SU57sd249 A ci ncia j sabe de onde viemos E quem leu a SUPER de novembro tamb m Mas e agora Onde o Universo vai parar Quem viver n o ver O breu vai ser total 15SU57sd250 Um t cnico americano de beisebol Yogi Berra sintetizou tudo duro fazer predi es especialmente quando s o sobre o futuro Diante da veracidade dessa afirma o os cientista
112. 0 Andr Dhamer Fonte http www malvados com br Acesso em 15 set 2010 Encontro Anual im PRE bio do ae o slo an gumo Gary Mas mudando o Mundo voc de patr o entre os pobres mundo juntos Mun enganar um segmento i maior de mercado Ilustra o 2 Encontro Anual dos Donos do Mundo Andr Dhamer Fonte http www malvados com br Acesso em 15 set 2010 34 A incorpora o de um discurso ecol gico nas esferas empresariais quest o recente Em 1990 o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustent vel BCSD lan ou um relat rio chamado Mudando o Rumo Changing Course fixando uma posi o empresarial para um desenvolvimento sustent vel ao afirmar que o eixo do desenvolvimento sustent vel encontra se na capacidade de auto regula o das ind strias multinacionais Enfatizando o papel do livre mercado o BCSD acredita que as pr prias ind strias sejam mais eficazes do que as regulamenta es estatais para promover mudan as que aumentem a efici ncia ecol gica global LEIS 1999 p 157 Posicionamentos como este assim como parte das discuss es dos grandes eventos internacionais sobre meio ambiente mostram a capilariza o da tem tica ecol gica potencializada logo em seguida pela repercuss o da segunda Confer ncia Mundial sobre Meio Ambiente a Eco 92 ou Rio 92 4 a mais representativa reuni o sobre Meio Ambiente j promovida 100 chefes de Estado e representa es de
113. 00 outros produtores 1NG17sd510 Ruivo e corpulento Maggi 50 anos ainda guarda um ar de menino que contrasta com sua reputa o de inimigo da floresta A imagem de obstinado e realizador tornou o muito popular em seu estado natal e uma estrela ascendente no cen rio pol tico nacional ele n o descarta a possibilidade de um dia candidatar se Presid ncia do pa s Descendente de italianos Maggi herdou terras e a habilidade para os neg cios de seu pai Andr que come ou vendendo sementes aos fazendeiros do Paran depois mudou se para o norte participando da abertura da fronteira agr cola no Mato Grosso onde fundou um imp rio no setor do agroneg cio 1NG17sd511 A ascens o econ mica de Blairo Maggi foi concomitante acelera o do desmatamento no Brasil e sua emerg ncia como uma pot ncia agr cola global 1NG17sd512 O que ele acha do objetivo de Dorothy Stang de estabelecer comunidades de lavradores que exploram a terra de maneira sustent vel Equivocado diz acrescentando que sem subs dios proibitivos tais projetos v o em sentido contr rio ao da hist ria e est o condenados ao fracasso 1NG17sd513 Nem todos os ambientalistas t m uma opini o completamente negativa a respeito de Maggi 1NG17sd514 Instigado por Nepstad e outros Maggi passou a defender a certifica o da soja cultivada de acordo com crit rios ambientais e sociais que ainda precisam ser definidos 1NG17sd515 Somos muito cuidado
114. 01 Quando chegamos fazenda subimos por entre pastos cercados e penetramos na escurid o da floresta seguindo por uma estrada prec ria aberta pelos grileiros Cruzamos um riacho de guas t o l mpidas que paramos para nos refrescar Enquanto contemplava a catedral verde que se erguia a nossa volta tive a sensa o de estarmos em um lugar sagrado que em outras circunst ncias s poderia ser alcan ado ap s semanas de caminhada Uma borboleta azul esvoa ou perto de n s uma maravilha entre incont veis outras ainda preservadas Por quanto tempo Lembrando me do caldo espesso em que se transformaram os c rregos j circundados por terras de cultivo mais ao sul estimei que seria quest o de meses n o mais que um ano para que essas sombras profundas e misteriosas fossem expostas causticante luz do Sol e para que a gua fresca j n o mais pudesse ser bebida 1NG17sd502 Depois de sacolejar por profundas trilhas escavadas por pneus de repente sa mos em uma estrada mais larga e recentemente nivelada Isso n o foi feito por gente pobre diz Jos Rosa S o os grileiros E eles t m muito dinheiro Se me encontrarem por aqui sozinho acabam comigo 1NG17sd503 A sensa o de impunidade tanta que os invasores ergueram uma porteira e fecharam a estrada A partir dali seguimos a p Tibaldi fez um sinal para que fiz ssemos sil ncio enquanto tirava uma pistola Beretta de sua bolsa Em seguida cheg vamos a uma clar
115. 1 A preserva o das florestas que restam no mundo requer di logo equilibrado e a o conscienciosa Em nenhuma outra parte isso t o importante quanto na Amaz nia brasileira Espero que a reportagem de capa contribua para esse debate 1NG17sd3 SD42 Sempre fico curioso para saber como ele reconciliava seu amor pela floresta com o fato de ter derrubado parte dela Ele certamente deve ter refletido sobre essa quest o poss vel at que hoje se tornasse um conservacionista e lutasse pelas rvores que amava 1NG17sd2 SD43 A entrada de minha fam lia no mundo dos biocombust veis come ou quando minha mulher Elizabeth e duas de suas amigas Rose e Ellen decidiram comprar carros pequenos movidos a diesel 11NG37sd16 SD44 Agora os combust veis alternativos s o tema de conversa em nossa mesa 11NG37sd17 119 SD45 O biodisel resposta para os desafios energ ticos e ambientais que enfrentamos N o por si s Mas um passo certo quando associado a outras solu es inovadoras Al m disso abastecer o carro com biodiesel rende boas conversas familiares 11NG375d18 O tom dos textos editoriais traz tamb m alguns tra os em comum com a pr tica do editor de SUPERINTERESSANTE mostrada h pouco Em NATIONAL contudo a principal diferen a est na men o mais pontual ao trabalho da publica o em si O que prevalece um ar de naturalidade do tema abordado no contexto da vida das pessoas a come ar pelo editor sua
116. 170 pa ses O encontro chamou a aten o para uma quest o nova na poca a necessidade de compreens o de que os problemas ambientais do planeta est o intimamente ligados s condi es econ micas e Justi a social MOUSINHO 2003 p 363 Na Rio 92 foi trabalhada uma vis o que integrasse aspectos socioambientais pregando o desenvolvimento sustent vel como meta para o local o nacional e o global com a cria o dos programas de Agenda 21 E Uma das resolu es da Confer ncia foi a Conven o do Clima influenciada pelo primeiro relat rio do Painel Intergovernamental sobre Mudan as Clim ticas IPCC publicado em 1990 Ele destacou as consequ ncias do aumento dos gases que multiplicam o efeito estufa e os reflexos da tend ncia de aquecimento global A Conven o do Clima reconheceu a gravidade do problema que o efeito estufa exercia no clima e fez recomenda es no sentido de reduzir essas emiss es de gases danosos Cotas foram negociadas e os pa ses em desenvolvimento foram isentados delas Os pa ses mais industrializados por sua vez deveriam reduzir em 8 suas emiss es estimativa n o cumprida O maior emissor de gases do efeito estufa os Estados Unidos n o BCSD sigla em ingl s para Business Council for Sustainable Development formado por v rias dezenas de l deres empresariais mundiais LEIS 1999 p 157 Nessa poca alguns meios de comunica o tiveram que contar com a ajuda de bi logos
117. 2000 quando este argumenta que Althusser v a ideologia como uma estrutura inconsciente um objeto cultural que atua sobre os homens mediante um processo que lhes escapa J Orlandi 2001 p 48 ressalta que a ideologia aparece como efeito da rela o necess ria do sujeito com a l ngua e com a hist ria para que haja sentido A ideologia n o desta maneira deformadora mas possibilitadora de sentidos geradora de efeitos de verdade Castro G mez 2000 reconhece o estranhamento que causa em muitos a men o a Althusser O faz por m com a advert ncia que suas considera es s o de extrema relev ncia para pensar o cen rio da comunica o e dos estudos culturais Igual import ncia merece Althusser no campo da AD uma vez que o conceito de ideologia sempre presente na constitui o do discurso e seu papel lembrando sempre das forma es ideol gicas precisa ser considerado Marcada a exist ncia de uma posi o social n o subjetiva no interior da disputa de for as entre elementos antag nicos que caracterizam a forma o social P CHEUX 1993 bem como a qualidade de estrutura o de um discurso sobre outros pr vios poss vel avan ar na rela o entre falante e ouvinte a partir de imagens que transcendem o ser emp rico S o elas que d o os contornos do interlocutor na situa o do discurso em quest o para o analista preenchendo os lugares constitu dos pela interven o do imagin rio Conforme Ferr
118. 2007 pp 23 34 THOMPSON John B A m dia e a modernidade uma teoria social da m dia 3 ed Petr polis Vozes 1998 THOMPSON John B Ideologia e cultura moderna Teoria social cr tica na era dos meios de comunica o de massa 3 ed Petr polis Vozes 1995 TRAQUINA Nelson Teorias do Jornalismo porque as not cias s o como s o Florian polis Insular 2004 TRIGUEIRO Andr coord Meio ambiente no s culo 21 Rio de Janeiro Sextante 2003 TUCHMAN Gaye A objectividade como ritual estrat gico uma an lise das no es de objectividade dos jornalistas In TRAQUINA Nelson Jornalismo quest es teorias e est rias 2 ed Lisboa Veja 1999 pp 74 90 TUCHMAN Gaye La producci n de la noticia estudio sobre la construcci n de la realidad Barcelona Ediciones Gustavo Gili 1983 UNEP e WMO Intergovernamental Panel on Climate Change 16 Years of Scientific Assessment in Support of the Climate Convention 2004 Dispon vel em lt http www ipcc ch gt Acesso em 22 fev 2010 159 VARGAS Paulo Rog rio O insustent vel discurso do Desenvolvimento Sustent vel In BECKER Dinizar Fermiano org Desenvolvimento sustent vel necessidade e ou possibilidade 3 ed Santa Cruz do Sul Edunisc 2001 pp 226 VAZ Paulo B F FRAN A Renn O Entre o leg timo e o legitimado a explos o dos acontecimentos nas capas de Veja In Anais do XVIII Encontro Anual da Comp s Belo Horizonte PUC MG 2009
119. 353 No come o de 2005 a ONG Greenpeace agraciou o governador do Mato Grosso Blairo Maggi com o sarc stico trof u motoserra de ouro numa alus o ao desmatamento da floresta Um ano depois o porto da multinacional americana Cargil em Santar n seria fechado em outro protesto do Greenpeace 18EX58sd354 A prefeitura contratou a empresa paranaense Senografia especializada em mapeamento por sat lite para radiografar cada palmo dos 3 600 quadrados do munc pio revelando as reas a ser reflorestadas 18EX58sd355 Os produtores locais lembram que no in cio do desbravamento das terras eles cumpriam ordens do ex rcito que trazia colonos sulistas para ocupar o Centro Oeste e a Amaz nia A orienta o dos coron is era desmatar usando dois tratores ligados por correntes diz o ga cho Helmut Klawisch produtor de soja na regi o h mais de duas d cadas 18EX58sd356 Tem muita ONG baderneira por a e eu n o ia acreditar numa coisa s porque tem a palavra legal no nome diz ele Cl vis Cortezia produtor de soja Foi s depois de ver as imagens por sat lite de sua propriedade e de ser informado sobre os benef cios que o reflorestamento traria para a preserva o dos mananciais que Cortezia aderiu 18EX58sd357 O sucesso de Lucas um exemplo a ser seguido n o apenas no Brasil mas tamb m pelos produtores de soja do Paraguai do Uruguai e da Argentina afirma o economista Goldsmith que j visitou o Mato
120. 37sd300 Al m de aliviar as press es essas empresas est o melhorando os pr prios resultados ao adotar pol ticas ais sustent veis 14EX37sd301 Os resultados dessas empresas devem motivar a ades o de outras diz Marcos Jank presidente da Uni o das Ind strias de Cana de A car de S o Paulo 14EX37sd302 Solu o Grandes exportadores como Bunge e Maggi criaram recentemente normas ambientais e sociais para seus fornecedores de gr os Quem n o se submeter a elas n o conseguir mais vender a essas companhias 14EX37sd303 Para os produtores de soja reverter os efeitos dessa crescente press o ambiental e social exige um esfor o ainda maior 14EX37sd304 Um dos maiores celeiros de gr os do mundo o Brasil fechar 2007 com uma safra de 58 milh es de toneladas de soja produ o que dobrou na ltima d cada E medida que o mercado consumidor aumenta a cultura avan a sobre o bioma da Amaz nia regi o que compreende uma rea de 367 milh es de hectares 14EX37sd305 Trata se de uma equa o complexa que acabou tornando a soja uma esp cie de inimigo n mero 1 da floresta Amaz nica Para conter a invas o os ativistas t m mirado nas grandes empresas exportadoras e em alguns casos tamb m em seus clientes 14EX37sd306 Em maio de 2006 por exemplo a Cargill uma das maiores esmagadoras de soja do mundo teve seu porto em Santar m no estado do Par bloqueado pelo Greenpeace na tentativa de impedir
121. 38 boa parte do mundo continua acreditando em tratados como o Protocolo de Kyoto compromisso de v rios pa ses para reduzirem suas emiss es de carbono que segundo Lovelok n o passa de uma forma pol tica de os governantes ganharem tempo enquanto n o sentem na pele a verdadeira dimens o do problema 5SU27sd218 Lovelok acha que est na hora de aperfei oar a revolu o energ tica ocorrida h cerca de 250 anos que mais tarde serua conhecida pelo nome de Revolu o Industrial 5SU27sd219 James Watt aperfei oou a m quina a vapor e o resto da hist ria voc j sabe entramos na era industrial 5SU27sd220 Acontece que h pelo menos 3 d cadas os cientistas sabem que os gases liberados por essa queima como o di xido de carbono est o mudando o clima do planeta Para muitos ambientalistas e climatologistas j passou da hora de quebrar esse ciclo de queima de combust veis f sseis Quaisquer que sejam as incertezas sobre o clima do futuro n o h d vida de que tanto os gases de estufa como as temperaturas est o aumentando diz Lovelok 5SU27sd221 Ele n o o nico a virar a casaca e pular para o lado das usinas at micas 5SU27sd222 O Instituto de Tecnologia de Massachusetts MIT em Cambridge EUA recomendou a expans o da energia nuclear por acreditar que essa tecnologia apesar dos desafios que enfrenta uma alternativa importante para os EUA e para o mundo prover suas necessidades 5SU27sd223 O qu
122. 62 Esta vis o justap e se ao que Santos 1999 denomina como uma das perplexidades ou desafios da contemporaneidade o regresso do indiv duo na revaloriza o das pr ticas e dos processos e de quem os protagoniza O indiv duo contudo aparece hoje menos individual do que nunca Sua liberdade diz nunca foi t o derivada de escolhas feitas por outros antes dele principalmente em se tratando de consumo e estilos de vida assim como nas significa es que os mesmos assumem Sobre este cen rio Lipovetsky 1989 afirma que a autoconsci ncia substitui a consci ncia de classe diluindo a J Sennet 1989 faz refer ncia ao mesmo fen meno na tese do decl nio do homem p blico argumentando pela eros o dos pap is sociais que cresce no contexto recente O cidad o estaria empurrado ao culto particularizado da personalidade estabelecendo no que se pretende refletir aqui uma dicotomia de interesses e responsabilidades entre indiv duo privado versus meio ambiente social p blico natural 29 Este contexto envolve o aumento das propostas voltadas ao respeito ambiental fruto dos alertas dos movimentos ambientalistas organizados e da classe cient fica atuante nesta rea O pensamento ecol gico tenta difundir a compreens o da inter rela o entre tudo que h no planeta e a inevit vel rea o s a es humanas no meio natural Conforme Soares 2003 p 35 a ecologia um saber das rela es interconex es interd
123. 7 a contemporaneidade a era da acelera o do tempo de giro na produ o na troca e no consumo Acentuaram se a volatilidade e a efemeridade de modas produtos t cnicas de produ o processos de trabalho ideias valores e pr ticas No dom nio da produ o de mercadorias o efeito prim rio foi a nfase nos valores e virtudes da instantaneidade alimentos instant neos comodidades e da descartabilidade utens lios pratos copos embalagens guardanapos roupas pl sticos etc a din mica da sociedade do descarte Ela significa mais do que jogar fora bens produzidos criando o exponencial problema do lixo significa tamb m ser capaz de despir e vestir novos valores estilos de vida relacionamentos lugares pessoas e modos adquiridos de agir e ser Por interm dio desses mecanismos os indiv duos s o convidados a lidar com outra temporalidade imediata Lembrando por m as palavras de Santos 1999 p 321 sobre os demais axiomas O segundo axioma o da legitimidade da propriedade privada independente da legitimidade do uso da propriedade e o terceiro o axioma da soberania dos Estados e da obriga o pol tica vertica dos cidad os perente o Estado 27 como s ntese do atual tempo hist rico fruto da novidade permanente e das perspectivas de obsolesc ncia quase instant nea Esquizofr nica o adjetivo de Jameson 1997a para esta mentalidade na qual potencializa se a inte
124. 84 Capas de Sustenta Aquecimento Global M e Terra e P gina 22 casi o nan EEEE edi ni EU IS arg 84 Dispositivo anal tico sus sanrenissgss te ndsdaporbAsios go sds danada 89 LorotipoA br canas assnoL ias usp ass Essen sabio Sra on ER 93 Abril An ncio institucional 1976 c c cce 93 Logotipo Planeta Sustent vel iiii iii 96 Mosaico 1 O verde em VEJA i c ii 102 Mosaico 2 O verde em SUPERINTERESSANTE 108 Mosaico 3 O verde em EXAME eioeeo enero 113 Mosaico 4 O verde em NATIONAL GEOGRAPHIC 118 Mosaico 5 O verde em VIDA SIMPLES 122 ANEXO A ANEXO B ANEXO C ANEXO D ANEXO E ANEXO F ANEXO G ANEXO H ANEXO I LISTA DE ANEXOS Amostra selecionada Revistas Abril 161 Maiores circula es Revistas Semanais cis 165 Maiores circula es Revistas Mensais 166 Revistas e sequ ncias discursivas recortadas Editoriais Quadro B Participa o das revistas no percentual total de sequ ncias discursivas Editorias Quadro C 167 Revistas e sequ ncias discursivas recortadas Reportagens 168 Exemplos de M dias do Planeta Sustent vel 169 Exemplos de Manifestos do Planeta Sustent vel 173 Sequ ncias discursivas textos editoriais c c ccio 177 Sequ ncias discursivas
125. 8sd141 Que governo esse que quer acabar com o desmatamento mas n o faz o menor esfor o para garantir o cumprimento da lei e evitar a destrui o da Amaz nia questiona Guimar es 20VE48sd142 LONGE DO FAROESTE Lavoura de soja em Mato Grosso os fazendeiros agora querem valorizar seus produtos com aval ambientalista 20VE48sd143 O governador do estado Blairo Maggi diz que essa informa o se baseia em um levantamento fajuto mas o argumento n o ofusca uma verdade irrefut vel o desmatamento na por o mato grossense da Amaz nia j extrapolou todos os limites 20VE48sd144 Essa situa o ficou evidente nos sobrev os feitos por VEJA no m s passado ao longo de v rios trechos Em lugar de clareiras abertas no meio da floresta o que se v do alto s o pequenas ilhas de mata espalhadas ao longo de imensas reas de pasto e de planta es de soja 20VE48sd145 Ao contr rio do que se v no Par a ocupa o da por o amaz nica do Mato Grosso est longe de ocorrer em clima de faroeste Ela resultado da expans o da fronteira agr cola 20VE48sd146 O sotaque os cabelos loiros e os olhos azuis os sobrenomes de origem alem e italiana s o marcas da coloniza o sulina Ao contr rio do que aconteceu no Par onde a devasta o se deu mais na marra com invas es e grilagens de terras p blicas a maior parte dessa regi o foi ocupada por meio de projetos de coloniza o desenvolvidos a partir da d cada de 1970
126. AMAZ NIA Argentinos v o entregar Por que os grandes v gt o poder a outra mulher criadores valem coro 1 ID IA TRIUNFOU Milit ncia ecol gica dos verdes aos radicais do planeta sem gente O que pensam os poucos e honestos cientistas c ticos 4 40 PROPOSTAS PARAO BRASIL A VERDADE SOBRE AS POR QUE A EXPLORA O As id ias do semin rio de VEJA sobre e economia QUEIMADAS E O RITMO ECON MICA N O PRECISA DO DESMATAMENTO SER CRIMINOSA imprensa democracia pobreza e megal poles Capas edi es A 2031 ano 40 n 42 out 07 B 2053 ano 41 n 12 mar o 08 e C 2077 ano 41 n 36 set 08 de Veja o 50 PERGUNTAS E RESPOSTAS e E E rji ai O SOBRE O AQUECIMENTO GLO tratos nos aeroportos Era ABAR h sian 2059 av 41 18 T de malo de 2008 dois n meros o melhor indicador de que a bus ca por combust veis alternativos deixou de ser barril de petr leo bateu em 109 d lares na se mana passada O consumo mundial chegou a 1000 barris por segundo A combina o desses uma atividade pitoresca para se elevar ao centro das aten es das empresas dos governos e das institui es interna cionais Entre todos os combust veis alternativos o mais vi vel atualmente do ponto de vista econ mico e am biental o etanol Entre todos os tipos de etanol o de ca na de a car o que tem maiores chances de participar substancialmente da matriz energ tica planet ria E
127. Abril Este n o um estudo de m dia mas sim um estudo do J Furtado 2000 debate a jun o dos tipos pedag gico e autorit rio conforme classifica o de Orlandi 1996 para classificar o discurso jornal stico dada a forma pela qual constru do O autorit rio estaria na aus ncia do referente oculto pelo dizer A autora considera que h nfase em um agente exclusivo o que resulta na polissemia contida FURTADO 2000 p 121 Sobre esta ltima quest o acredito que h um esfor o de conter a dispers o fundador da pr pria vontade de verdade do jornalismo excludente por natureza 35 O conceito de objetividade debatido por Soloski 1999 Tuchman 1999 Hackett 1999 e Moretzsohn 2007 Descreve uma norma jornal stica e liga se rela o existente entre as declara es jornal sticas e a realidade KUNCZIK 1997 p 223 Tuchman 1999 considera a objetividade como um ritual estrat gico invocado pelos jornalistas para eximir se dos riscos da profiss o A objetividade assegurada por procedimentos estabelecidos pelos jornalistas por exemplo citar declara es de entrevistados sobrepostas a uma f simples nos fatos Da mesma forma Soloski 1999 p 96 a v como um modo eminentemente pr tico e aparentemente altamente bem sucedido de lidar com as complexas necessidades dos jornalistas das organiza es jornal sticas e dos p blicos Para o autor a objetividade exigida dos jornal
128. Astral 168 552 1 75 128 266 1 62 aaae SEa e Revista Monet __ Globo 160 791 1 67 183 169 2 32 Info Exame Abril 133 714 1 39 132 123 1 67 Revista Gloss Abril 129 314 1 34 119 168 flo 8 Galileu Globo 126 607 1 31 130 089 1 65 19 Estilo de Vida _ Abril 125 544 1 30 122 084 1 54 20 M nica _ Panini 121 745 1 26 e 238 il EEE 21 Arquitetura amp Abril 120 017 1 24 491 49 Constru o Men s Health _ Abril 118 453 1 23 we 732 il DR 3 Cebolinha _ Panini 109 661 1 14 Ro 24 Magali _ Panini 101 172 1 05 89 333 1 13 25 Chico Bento _ Panini 100 906 1 05 87 684 1 11 Guia da Cozinha __Alto Astral 100 802 1 04 Casc o Panini 98 516 1 02 86 126 1 09 28 Criativa _ Globo 96 928 1 00 82 279 1 04 29 Astral Dia a Dia _Alto Astral 95 184 0 99 0 Casa amp Jardim __ Globo 88 000 0 91 76 263 0 96 Total 3 755 976 3 675 754 Fonte IVC Instituto Verificador de Circula o Total Geral Revistas Pagas M dia por edi o Publica o Principal Todas as publica es Exclu das edi es especiais Dispon vel em http www aner org br Conteudo 1 artigo42424 1 asp Acesso em 20 fev 2009 ANEXO D QUADRO B Revistas e sequ ncias discursivas recortadas Editoriais C D REVISTA M S QTD SDs SDs 1 1NG17 NATIONAL GEOGRAPHIC Janeiro 07 3 1 3 2 4S
129. Ciclistas est o desprotegido no tr ne to diane dos autom ves Havia dezenas de ciclistas comple tamente mus na avenida Paulista mas apenas Andr foi detido A pol cia pensou que eu fosse o lider mas ela ostava enganada O movimento era horizontal diz ele Enquasto isso Thiago participava do mesmo movimento que o amigo n que em Portland nos Fatados U dom Ninguem foi preso nem agredi do Os americanos ficaram varpresos ao saberem que houve uma prisdo por made no Brasil conta Para ele o is portante meumo demes emenvimen s o os encontros O encontro al miles mas muito potente onde Pessoas trocam se conhecem e eaer cem o livre pentamento URBANA H BRIDA RECLINADA Conesa INFANTIL C Aspecto interno da edi o 123 e 98 2 Em espa o institucional a revista assim apresentada T8 VIDA SIMPLES uma publica o para pessoas que querem cada vez mais descomplicar o dia a dia trabalhar com mais alegria cuidar da apar ncia sem descuidar da ess ncia Com leveza e bom humor trata da simplicidade na vida com padr o gr fico diferenciado na apresenta o das reportagens T8 deixa ver a imagem de proximidade com os aspectos mais corriqueiros da vida do indiv duo Para Reginato e Amaral 2009 2010 a inten o da revista enquadra se no conceito de dispositivo pedag gico da m dia tal como desenvolvido por Fischer 2001 2002a 2002b a partir de estudos sobre telev
130. Due Ave em val o outro vas atr s ou a0 lada Aa 35 amon Renata hoye unanimo de ativismo em duas renken Jornal atleta produtora e videverepirter ela nal ma frente Pao a deixar o car em 1974 Na poca a ent o phe de arquiteto quest o de ir pura dade Eu exceto 0 mundo at morrendo de fome voc vem balar de cl To 6 ento que ela percebeu que pre cora agradar dar era chique glmonro Puno cm Neg Biken em IA corderado ergamizado do Beal Adivinha que Salava so wou lada Como gua dom por pentes Arturo car e que edrecia seguran a ora Passo Enquarto Renta veta na O pesa queria e diverti mus eu pesava em proposta efetivas pata ncudeta w tornar malmente um me EQUIPAMENTOS E que mais importante que o m mero de marchas o que cu as oferecem Antes de ir a uma loja de preten atesalimento feto por especialistas dar biciceta Ela vai servir par Ou ser que voc pretende fazer lor finalidades existe u pas tipos de Iicicleta seus diferenciais e par ESTRADEIRA La os de fam lia de transporte seguro Fu queria dincu ir a qualidade das bacicletas prosetom a tanas Jem ele que ironicamente vem de uma faria de auto rilitas ec pas o quem troua on primeros bu pues pars o Ben atacava pelo Nikon eu tia dos motoristas de ca te de babe nos Anum quem sabe es passariam a trspetar an Dic diz Se voc n o pode deixar o car cana catio ajude quem pode Respeite o idista
131. F rum Econ mico Mundial um alinhamento das pr ticas empresarias com valores universais nas reas de direitos humanos trabalho meio ambiente batizado de Pacto Global Depois da Rio 10 realizada em 2002 outros tr s marcos chamam aten o O primeiro deles o Princ pio do Equador redigido em 2003 quando o Banco Mundial e a International Finance Corporation IFC estabeleceram em conjunto com uma s rie de bancos privados ES Es E i 19 crit rios de an lise de risco socioambiental no financiamento de projetos Ainda em 2003 l Dispon vel em http www sustainability indexes com Acesso em 3 fev 2010 8 Dispon vel em http www pactoglobal org br Acesso em 3 fev 2010 O Dispon vel em http www equator principles com Acesso em 3 fev 2010 36 surgiu o Carbon Disclosure Project requerimento coletivo formulado por investidores institucionais sobre o posicionamento das maiores empresas com a es negociadas em bolsa em rela o s mudan as clim ticas e gases do efeito estufa Dois anos depois a Bolsa de Valores de S o Paulo Bovespa lan ou o seu pr prio ndice de Sustentabilidade Empresarial E interessante perceber estes movimentos num cen rio de mudan as ecol gicas reais ou potenciais que afetam todo o planeta As proposi es de Giddens 1991 s o relevantes nesta discuss o principalmente quando este sublinha que as cat strofes naturais e trag dias anunciadas como res
132. Grosso em duas ocasi es A grande maioria dos produtores desses pa ses sabe como plantar e colher gr os mas tem uma grande li o de casa frente seja no campo ambiental seja no trabalhista 18EX58sd358 Lan ada h um ano no Congresso Nacional com o apoio da subsidi ria brasileira da Coca Cola e de organiza es n o governamentais como a SOS Mata Atl ntica a Frente Parlamentar Ambientalista se prop e a combater o aquecimento global e a promover o avan o das leis ambientais brasileiras Com 323 senadores e deputados a frente exibe uma not vel diversidade ideol gica No grupo h desde militantes verdes hist ricos como o deputado Fernando Gabeira at parlamentares rec m convertidos causa ecol gica como Clodovil Paulo Maluf e Fernando Collor Quer pelo tamanho quer pelo ecletismo a composi o da frente uma demonstra o inequ voca da for a e do alcance da bandeira ambiental no Parlamento Foi se o tempo em que as discuss es se restringiam a temas quase cl ssicos como a preserva o da Amaz nia 18EX58sd359 Em raz o do maior interesse p blico em meio ambiente estamos assistindo a uma intensifica o desse lobby no Congresso diz o deputado Fernando Gabeira 18EX58sd360 Operando principalmente por meio de entidades de classe como a Federa o das Ind stria do Estado de S o Paulo Fiesp e em parceria com ONGs o lobby verde corporativo busca influenciar os parlamentares e o governo como um todo
133. IS 1999 p 155 Estes autores argumentam que no discurso sobre sustentabilidade poss vel encontrar varia es de acordo com interesses e posicionamentos Ruscheinsky 2004 destaca estas ambiguidades ao dizer que sustent vel e sustentabilidade s o como palavras m gicas 2 Por n o considerar as demais dimens es da realidade enfocando somente a produ o e a produtividade econ micas No plano pr tico implica na concep o de pol ticas de desenvolvimento embasadas apenas no crescimento financeiro MONTIBELLER FILHO 2004 38 estrat gicas em projetos econ micos para angariar fundos conquistar mercados O autor sugere a busca empreendida por empresas para melhorar sua imagem diante do p blico consumidor aderindo a mecanismos atestadores de qualidade com ndices e rankings Os valores da magia acabam em folders propagandas cartazes relat rios e material de m dia n o atestando o conceito na pr tica cotidiana Para Ruscheinsky h uma controv rsia at no significado puro e simples da palavra sustent vel como o que sustenta algu m ou alguma coisa Segundo ele talvez esteja a a raiz da leviandade com que ele vem sendo aplicado a todo tipo de discurso e de projeto inclusive aos casos mais obscuros e controvertidos RUSCHEINSKY 2004 p 17 A vis o deste autor congrega a no o de sustentabilidade como sustenta o da biodiversidade sem perdas a longo prazo Cita o exemplo das atividade
134. Os ndios roubavam seu gado e a fuma a das queimadas provocadas pelos produtores para colocar a floresta abaixo era t o constante e forte que durante o dia era imposs vel enxergar um palmo frente do nariz Passei a ter dio dos ndios ladr es e dos idiotas que estavam botando fogo naquela mata maravilhosa afirma Para resolver a quest o ele foi at a tribo amea ar os ndios L viu crian as famintas e adultos jogados na marginalidade pela pobreza A preserva o da cultura xavante era quase uma obra de fic o bonita no papel feia na realidade Carter decidiu ent o se aproximar dos ndios e de outros pecuaristas Percebi que eles eram pessoas trabalhadoras que tinham vindo de longe ganhar a vida ali diz ele Este n o um estado dominado por bandidos Hoje Carter o homem frente da Alian a da Terra ONG sediada em gua Boa cidade da regi o realizado o maior leil o de gado de corte do estado A Alian a da Terra tenta convencer pecuaristas e agricultores a adotar crit rios socioambientais na gest o de suas reas Para isso uma equipe de engenheiros ambientais e t cnicos agricolas recebe dos donos a permiss o para entrar nas propriedades e 204 fazer um diagn stico meticuloso de seus problemas ambientais 25EX68sd414 H mais de dez anos na regi o Carter est convencido de que a pol tica de repress o adotada pelo governo est fadada ao fracasso Comparo o Ibama a um gru
135. S E OE E 165 ANEXO B Maiores circula es Revistas Semanais Janeiro a Outubro de 2008 x Janeiro a Outubro de 2007 E rom CIRCULA O PART CIRCULA O PART T TULO EDITORA MEDIA MERCADO MEDIA MERCADO Jan a Out 08 Jan a Out 08 JanaOut07 JanaOut07 1 Veja Abi 1 089 041 28 99 1 102 064 29 98 2 poca 418 927 11 15 419 743 11 42 3 Isto Tr s 354 750 9 44 345 766 9 41 4 Caras Caras 284 649 7 58 286 874 7 80 5 Ana Maria _ Abril 200 350 5 33 168 214 4 58 6 Viva Mais _ Abril 188 730 5 02 170 303 4 63 7 Contigo _ Abril 145 309 3 87 140 580 3 82 8 Tititi Abril 124 603 3 32 125 458 3 41 9 Malu _ Alto Astral 110 059 2 93 95 396 2 60 10 Minha Novela Abril 106 527 2 84 103 826 2 82 11 Recreio Abril 102 533 2 13 77 002 2 09 12 Quem _ Globo 86 574 2 30 92 392 2 51 13 Isto Dinheiro Tr s 69 966 1 86 67 859 1 85 14 Isto Gente Tr s 60 827 1 62 61 562 1 67 15 TV Brasil Escala 54 072 1 44 68 240 1 86 16 Sou Eu Abril 50 441 1 34 51 410 1 40 17 Guia da TV Alto Astral 50 128 1 33 54 612 1 49 18 TV Novelas _ Escala 43 142 1 15 IM 754 1 ERES 19 Revista da Abril 40 387 1 08 Semana 20 Chega Mais S mbolo 33 494 0 89 E 382 il ERES 21 Sete dias com Escala 32 655 0 87 272 ESENE n a 4 RB CotaMais Esca 3258 os ae 08 23 Carta Capital Confan a 29600 0O79 32497 08 o 25 Geos AbAstal 9592 00 8a og
136. TIONAL buscam com o leitor dando a ver a processualidade da busca pelos temas no trabalho de reportagem NATIONAL traz uma peculiaridade em rela o aos demais dom nios que o espa o ampliado das reportagens que estampa pelo investimento em fotos e narrativas mais estendidas permitindo diferentes elabora es e fazendo quest o da demarca o da figura do rep rter como testemunha Em VEJA e EXAME este tra o tamb m aparece quando a Amaz nia a pauta buscando sublinhar a presen a do jornalista como atestadora do dizer ofertado A leitura das marcas acerca do lugar de NATIONAL correspondem na reflex o aqui desenvolvida a um lugar de observa o no qual falam uma vontade de equil brio de a o conscienciosa e no intuito de dar contribui o ao debate estabelecendo um quadro de a o jornal stica cuidadosa e Dom nio 5 Vida Simples VIDA SIMPLES surgiu em 2002 como edi o especial da revista Superinteressante Desde setembro de 2003 circula mensalmente como publica o aut noma com perfil editorial e equipe de reda o pr pria Sua tiragem m dia circula em torno de 87 000 exemplares sendo 21 200 edi es voltadas para assinantes e tem uma estimativa de 129 000 121 leitores a cada m s O p blico alvo da revista bem estabelecido urbano classe m dia alta com elevado n vel cultural a maioria com Ensino Superior completo Segundo o editor da revista Leandro Sarmatz em entrevista concedida a T
137. U17 SUPERINTERESSANTE Maio 07 3 4 6 3 5SU27 SUPERINTERESSANTE Julho 07 1 7 13 4 8SU37 SUPERINTERESSANTE Agosto 07 2 14 15 5 11NG37 NATIONAL GEOGR BR Outubro 07 3 16 18 8 14EX37 EXAME Dezembro 07 11 19 29 6 15SU57 SUPERINTERESSANTE Dezembro 07 1 30 1 16SU67 SUPERINTERESSANTE Dezembro 07 5 31 35 9 18EX58 EXAME Mar o 08 3 36 38 10 20VE48 VEJA Mar o 08 6 39 44 11 25EX68 EXAME Julho 07 3 45 47 12 27VE78 VEJA Setembro 08 4 48 51 13 28VE88 VEJA Setembro 08 6 52 57 14 30VS28 VIDA SIMPES Setembro 08 1 58 15 31EX78 EXAME Outubro 08 6 59 63 16 35SUB8 SUPERINTERESSANTE Dezembro 08 1 64 71 TOTAL 71 SDs C digo da edi o da revista no conjunto da amostra Quantidade de sequ ncias discursivas recortadas na edi o Numera o atribu da s sequ ncias discursivas recortadas QUADRO C Participa o das revistas no percentual total de sequ ncias discursivas Editoriais REVISTA QTDADE QTD SDs ot VEJA 3 16 SDs 23 SUPERINTERESSANTE 5 25 SDs 35 EXAME 4 23 SDs 33 NATIONAL GEOGR BR 2 6 SDs 8 VIDA SIMPLES 1 1SD 1 TOTAL 71 100 Quantidade considerando as 16 edi es que forneceram recorte Quantidade de sequ ncias discursivas de cada revista Percentual considerando o total de 71 sequ ncias dicursivas 167 ANEXO E QUADRO D Revistas e sequ ncias discursivas recortadas Reportagens
138. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICA O PROGRAMA DE P S GRADUA O EM COMUNICA O E INFORMA O REGES SCHWAAB UMA ECOLOGIA DO JORNALISMO o valor do verde no saber dizer das revistas da Abril Tese de Doutorado Porto Alegre RS 2011 REGES SCHWAAB UMA ECOLOGIA DO JORNALISMO o valor do verde no saber dizer das revistas da Abril Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Comunica o e Informa o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul PPGCOM UFRGS como requisito parcial para obten o do grau de Doutor em Comunica o e Informa o Orienta o Professora doutora Karla Maria Miiller Porto Alegre RS 2011 4 UFRGS PROGRAMA DE P S COMUNICA O E INFORMA O ATA N 02 2011 DEFESA DE TESE DE DOUTORADO Aos dezoito dias do m s de mar o do ano de dois mil e onze s quatorze horas no audit ro 2 da FABICO ocorreu em sess o p blica a defesa da Tese de REGES TONI SCHWAASB intitulada UMA ECOLOGIA DO JORNALISMO o valor do verde no saber dizer das revistas da Abril como um dos requisitos ao grau de Doutor em Comunica o e Informa o A sess o foi presidida pela orientadora Prof Dra Karla M Miiller A Banca Examinadora foi integrada pelos professores Dr Fernando Rezende UFF Dra Christa Berger UNISINOS Dra Maria Cristina Leandro Ferreira PPGLetras UFRGS e Dra Ilza Maria Tourinho Girardi UFRGS Ap s a
139. a influ ncia que aos meios parece pass vel de ser medida numericamente em tiragens e de ser trabalhada simbolicamente como atrativa aos anunciantes e a potenciais leitores H um velho modelo jornal stico de coletor de fatos e espelho social Agora todavia a informa o jornal stica aparece como ajuda na hora de processar a informa o dispon vel Acionados os valores jornal sticos e do verde a informa o processada sugere o acesso ao not vel do tempo presente Busquei problematizar aqui o Jornalismo como lugar de realiza o dos conflitos em torno da quest o ecol gica explorando o para a apreens o da disputa de sentido que envolve uma racionalidade ambiental para o enfrentamento da realidade contempor nea disputa essa na qual as revistas procuram estabelecer um papel lugar para si Seu movimento sobre as pr prias bases epistemol gicas da vida social da produ o cient fica e da valida o de comportamentos um dizer cuja ordem marcada pela vontade de estabelecer um saber ambiental adaptado aos novos tempos ao qual as pessoas devem aderir e para isso precisam saber como aderir A gram tica do verde nas revistas local de express o das ambival ncias do contempor neo em torno da quest o ecol gica fundamentalmente no que se refere ao universo das solu es v lidas ou n o diante de um cen rio de problemas globais e de mudan as ambientais que adquirem outro status discursivo a contar
140. a es esperadas para aquele t tulo para cada editoria Ainda sobre o suporte o papel garante a continuidade no tempo e mais do que isso a possibilidade da volta do manuseio leitura posterior guardar revistas colecionar o que produz por sua vez novos efeitos de sentido Os efeitos de sentido no texto das revistas ainda requer a aten o sobre outro elemento j citado a proximidade com o leitor A rela o de intimidade com o p blico resulta em uma produ o em ess ncia centrada no indiv duo uma rela o feita de confian a credibilidade expectativas idealiza es erros pedidos de desculpas acertos elogios brigas reconcilia es SCALZO 2004 p 12 O jornalismo de revista chama a subjetividade de cada leitor e prop e no contexto liberal capitalista em que vivemos a tematiza o do mundo trazendo o social para o privado o coletivo para o individual e neste terreno oferecendo orienta es sobre os temas que julga importantes para o contexto social de seus leitores Cabe sublinhar mais uma vez a rela o inerente do discurso jornal stico com os demais Campos Sociais mediando aspectos da vida contempor nea pelos seus recortes tem ticos atualizando os mesmos temas ao tempo em que se vive reJjalimentando interdiscursivamente os sentidos acerca da vida social Ponte 2005 p 99 pensa a quest o na perspectiva de que os campos sem nticos constru dos pela linguagem constituem esquemas de clas
141. a o ou de um projeto editorial Lendo a proposta de Mira 2004 poss vel ver que nessa prioriza o tem tica h o reflexo de um fen meno hist rico um dos tra os mais marcantes da produ o cultural do s culo XX a segmenta o Em pa ses que presenciaram ao longo do s culo passado uma intensa moderniza o da imprensa o n mero de publica es especializadas ou tem ticas voltadas para segmentos espec ficos de p blico est diretamente ligada ao movimento de crescimento de Grupos Editoriais espec ficos e da compreens o por parte destes das l gicas da segmenta o mercadol gica baseada nas mudan as sociais Apoiada em Renato Ortiz que afirma que a diferencia o entre massa e segmento falsa havendo a apenas uma diferencia o de grau de padroniza o Mira 2004 chama a aten o para como no ltimo s culo foram se constituindo grupos distintos na sociedade com identidades pr prias mas com caracter sticas compartilhadas entre os indiv duos que os comp em Desse contexto pode se pensar uma ideia atualizada de padroniza o conceito desenvolvido por Adorno e Horkheimer em sua teoria sobre a ind stria cultural que diria respeito a uma produ o cultural midi tica que baseada no consumo e no mercado atenta a l gicas identit rias e culturais mais amplas ao mesmo tempo em que as determina O xito de determinados nichos editoriais no mercado de revistas teve como motiva
142. a as iniciativas mais relevantes t m brotado de a es pessoais e da energia da sociedade civil No sempre pol mico debate Latour 2006 traz hip teses em torno de uma sa da pol tica para os problemas ambientais Segundo o pesquisador h inadequa es nos modos de entender separar e aproximar ecologia e pol tica E elas geram disputas como a d vida sobre a salva o se via uma ecologia cient fica ou uma ecologia pol tica diferentes entre si e justapostas a outras categorias como o ec logo e o ecologista militante Latour defende que a ecologia pol tica n o saberia conservar a natureza sozinha mas seu esp rito deve ser mantido como uma esp cie de estado de guerra a ser acoplado ao fazer cient fico uma vez que ele n o est interessado em distinguir os prop sitos de conserva o ambiental de cada um e sim numa uni o que garanta a primazia do ecol gico como guia L gico desenha se uma disputa de saberes em torno da tem tica ecol gica e tal como discute Leff 2006 a humanidade vive a constru o de uma racionalidade ambiental adaptada aos novos contextos A preciso ultrapassar a imediata conclus o de que o jornalismo entra nesta orienta o O esfor o deve ser explorar os conflitos no discurso ineg vel todavia que a necessidade de constru o de uma racionalidade ambiental campo potencial para as revistas Quando Leff 2006 estabelece a no o de racionalidade fala de um sis
143. a desgosto dos ambientalistas 13VE27sd105 Num mundo em que as roupas e os acess rios servem para demonstrar a que tribo se pertence n o basta tomar gua mineral preciso escolher a marca certa Os famosos de Hollywood j elegeram a sua 13VE27sd106 Com a multiplica o das guas minerais chiques j sugiram especialistas em degust las os sommeliers de H20 presentes em alguns restaurantes americanos de luxo A gua mineral ser amanh o que o vinho hoje diz Michael Mascha fundador de um site dedicado a avaliar guas mnerais de todo o planeta 13VE27sd107 19VE38 busca por combust veis alternativos deixou de ser uma atividade pitoresca para se elevar ao centro das aten es das empresas dos governos e das institui es internacionais Entre todos os combust veis alternativos o mais vi vel atualmente do ponto de vista econ mico e ambiental o etanol 19VE38sd108 Entre todos os tipos de etanol o de cana de a car o que tem maiores chances de participar substancialmente da matriz energ tica planet ria Entre todos os pa ses produtores de etanol o Brasil aquele que apresenta as melhores condi es geogr ficas clim ticas culturais econ micas e tecnol gicas para liderar a produ o do etanol nome pelo qual mais chamado hoje no planeta o lcool combust vel 187 velho conhecido dos brasileiros desde a iniciativa pioneira dos anos 70 desencadeada pela
144. a s com reportagens que antecipam e explicam as grandes quest es do Brasil e do mundo Er pedes Alc ntara diretor editorial de VEJA em entrevista Revista Imprensa O C REBRO DA VEJA 2009 afirmou que a publica o uma experi ncia muito maior que um r tulo e um conte do vetando a express o produto para definir VEJA conforme recomenda o do atual editor da Abril Roberto Civita Nas palavras do pr prio Civita reproduzidas em espa o institucional T5 VEJA dita como a maior e mais respeitada revista do Brasil delineando como sua miss o T5 Ser a principal publica o brasileira em todos os sentidos N o apenas em circula o faturamento publicit rio assinantes qualidade compet ncia jornal stica mas tamb m em sua insist ncia na necessidade de consertar reformular repensar e reformar o Brasil Essa a miss o da revista Ela existe para que os leitores entendam melhor o mundo em que vivemos 80 79 Para marcar a data VEJA lan ou duas edi es concomitantes em 10 de setembro de 2008 A primeira uma Edi o Especial Ano 41 ed 2077 de retrospectiva dos principais fatos da hist ria recente do Brasil e do Mundo e de que forma eles figuraram em VEJA A segunda uma edi o normal Ano 41 ed 2077 n 36 por m tendo como principal assunto as 40 propostas para o Brasil que Veja reuniu a partir de um Semin rio O Brasil que queremos ser com convidados dos campos pol ti
145. a Groel ndia pr prias para a agricultura 12VE17sd92 Segundo os c ticos com metade dos 150 bilh es de d lares anuais que as metas do Protocolo de Kioto custariam aos pa ses signat rios seria poss vel dotar essas na es da infra estrutura necess ria para combater os desastres naturais 12VE17sd93 Muitos cr ticos olham com cautela as previs es do IPCC devido estrutura do painel da ONU O infectologista ingl s Paul Reiter do Instituto Pauster de Paris disse a VEJA Ouvimos falar que os relat rios do IPCC s o fruto do trabalho de 2 500 dos maiores cientistas do mundo N o bem assim Nem todos os autores dos estudos s o selecionados por suas contribui es ci ncia Em muitos casos prevalecem crit rios pol ticos Reiter pediu para retirar seu nome do terceiro relat rio do IPCC por discordar da associa o feita entre alta temperatura e o aumento do risco de doen as como a mal ria 12VE17sd94 A sele o do IPCC n o distingue se os autores dos relat rios s o autoridades cient ficas no assunto ou apenas burocratas e isso em certos casos pode atrapalhar o resultado diz o climatologista Jos Marengo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que n o fecha com os c ticos e j representou tanto o Brasil quanto os Estados Unidos nas reuni es do IPCC 12VE17sd95 Caso todas as ressalvas dos c ticos se provem equivocadas pelo menos se deve creditar a eles o m rito de reafirmar com toda nfase a nece
146. a assim explorando o que o jornalismo p e em curso ao dizer sobre o tema no cen rio contempor neo que reflito sobre o pr prio lugar do jornalismo que se potencializa na reitera o do valor do verde enquadrado nas revistas e nas l gicas contempor neas Abordo as converg ncias e especificidades das tem ticas proponderantes e das posi es sujeito identificadas no corpus momento tamb m de debater o verde que emerge da pr tica discursiva das revistas construindo considera es acerca das suas opera es tem ticas como eixo de atua o A rela o lugar O percurso de recortes para constitui o do corpus discursivo est explicitado na parte inicial do cap tulo 4 23 social lugar discursivo e projeto editorial retomada e debatida na esteira dos resultados das an lises Nas Considera es Finais retomo os eixos do trabalho para tensionar o jornalismo e seus estatutos de funcionamento diante de um tema central da contemporaneidade cuja abordagem n o depende nas revistas de mobilizadores factuais mas operada a partir de estatutos editoriais e institucionais nas potencialidades de desdobramento do tema explorando seus diferentes valores Nesta s ntese final ainda t m espa o novas quest es que o trabalho acabou por desencadear 2 A emerg ncia do verde 25 NA PERSPECTIVA DO DISCURSO a discuss o apresentada neste cap tulo busca dar relev ncia ao cen rio amplo que conceitualmente
147. a dom nio aqui estudado h peculiaridades em torno da determina o que o lugar do jornalismo imprime no dizer das publica es Como o foco deste trabalho esteve nas revistas tratei cada publica o como enunciador do discurso que veicula Isso porque as mat rias de cada n mero s o resultado de um trabalho combinado de reportagem e processos de edi o que buscam dar ao conjunto de textos veiculados um aspecto de homogeneidade que tem a ver com as pol ticas editoriais institucionais com os enquadramentos que balizam a atua o de cada revista sua miss o sua vis o Al m disso no caso de abordagens especiais e dado o car ter institucional e editorial do MPS exceto por algumas cita es espec ficas h um esfor o em marcar o papel de cada publica o nas abordagens que promove seu car ter hist rico ou inovador no tratamento de problem ticas ecol gicas Considerando o que o trabalho com o corpus discursivo evidenciou o efeito de compet ncia do discurso jornal stico tecido por diferentes marcas lembrando que uma pr tica discursiva definida n o pelo seu comprometimento ideol gico com o discurso dominante mas o que a pr tica constr i como seu sustent culo VOESE 1997 p 142 Apoiado no funcionamento de marcas de compet ncia instalando as no interior das reportagens em conson ncia com os quadros sinalizados nos dizeres editorias e o investimento visual diferenciado na presen a do verde nas capas e di
148. a la especializaci n FONTCUBERTA 1993 p 53 Tematizar inclu do por Fontcuberta 1993 entre as fun es sociais dos meios A reportagem por sua vez talvez seja o espa o de excel ncia dessa fun o al m de ter um status privilegiado ao ser exercida na revista pelo car ter ou anseio de aprofundamento sobre o que trata Segundo a autora a reportagem no contexto dos g neros jornal sticos poderia ser classificada juntamente com a not cia e a cr nica como um g nero textual informativo sendo o exemplo por excel ncia das manifesta es do tema no jornalismo j que ela n o apenas acompanha a tematiza o determinada por um ve culo ou se o mas ultrapassa discursivamente o car ter puramente noticioso no sentido de uma informa o r pida e datada podendo cumprir e exercer um car ter de aprofundamento sobre as tem ticas de que trata como tamb m defende Echeverr a Llombart 2004 p 23 reportaje es el texto period stico fruto de una investigaci n profunda mediante la cual el periodista describe explica informa relata analiza compara e interpreta 62 Antecedentes contextualizaci n an lisis reacciones e interpretaciones son esenciales en este g nero la consulta y contraste de m ltiples fuentes el empleo de diversas estructuras textuales as como una amplia libertad de recursos expresivos ling sticos y formales convirtieran a este g nero en un texto de autor generalmente firmado
149. a nas revistas Veja Time e The Economist 2005 Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Comunica o 2005 SILVERSTONE Roger Por que estudar a m dia S o Paulo Edi es Loyola 1999 SOLOSKY John O jornalismo e o profissionalismo Alguns constrangimentos no trabalho jornal stico In TRAQUINA Nelson org Jornalismo quest es teorias e est rias 2 ed Lisboa Vega 1999 pp 91 100 SOARES Andr Geraldo A natureza a cultura e eu ambientalismo e transforma o social Blumenau Edifurb Itaja Editora da Univali 2003 SODR Nelson Werneck Hist ria da imprensa no Brasil 2 ed Rio de Janeiro Graal 1977 SOUSA Jorge Pedro A reac o da imprensa de refer ncia portuguesa ao Golpe de Estado de Julho de 2003 em S o Tom e Pr ncipe 2003 Dispon vel em lt lt http www bocc ubi pt pag sousa jorge imprensa golpe estado pdf gt gt Acesso em Jan 2010 TAVARES Frederico de Mello Brand o Do ethos revista o trajetos de uma pesquisa em desenvolvimento E COM Uni BH v 2 p 1 17 2009 TAVARES Frederico de M B BERGER Christa Revista verbete In MARCONDES FILHO Ciro org Dicion rio da Comunica o S o Paulo Paulus 2009 pp 310 311 TEIXEIRA Tattiana Gon alves O Segredo da Pir mide 20 anos depois In M rcia Amaral org Olhares sobre o jornalismo a contribui o de Adelmo Genro Filho Santa Maria FACOS UFSM
150. a pelo jornalismo que reiteradamente invoca sua identidade em poder dizer como sustent culo para instalar a sua ordem em outros espa os e na constru o de sentidos para outros lugares sociais de como eles podem dizer e ser ditos no interior dos textos jornal sticos 135 No mbito das reportagens lidas aqui a partir das posi es sujeito ocupadas pela inscri o no lugar discursivo do verde o jornalismo opera por generaliza es de lugares socialmente marcados para instituir as validades e os dizeres inapropriados Assim busca demarcar um lugar para os lugares discursivizados por ele compondo um mapa invis vel que oferta aos leitores Objetivando ver tal trajeto de quem cabe nos espa os das revistas proponho a visualiza o do Quadro a seguir Considerando as 512 SDs recortadas dos textos das reportagens constru a rela o de lugares demarcados pelas publica es Eles devem ser tomados por uma l gica dicot mica ou seja cada lugar acionado em rela o a outro com o qual est em concorr ncia ou alian a como ci ncia versus ambientalismo por exemplo e assim que a leitura do quadro a seguir Quadro 13 deve ser feita Quadro 13 Marcas associadas aos lugares acionados e projetados nas reportagens 1 VEJA 2 SUPER 3 EXAME 4 NATIONAL 5 VIDA SIMP Cientistas c ticos desconfia dados concretos temem respeit vel consenso abrandar os alarmados influente comunidade discu
151. a salvar rvores p ssaros baleias mas seres humanos 33EX885d492 209 C D REVISTA NATIONAL GEOGRAPHIC As for as do mercado globalizado est o invadindo a Amaz nia acelerando a destrui o Nas ltimas tr s 1NG17 d cadas conta se s centenas as pessoas que morreram em conflitos por terras um n mero incont vel de outras vive sob o imp rio do medo e da incerteza com as vidas amea adas 1NG17sd493 Nessa fronteira agr cola sem lei e dominada por armas motoserras e tratores os funcion rios e agentes do governo podem ser corruptos e ineficazes ou ent o mal equipados e desprovidos de recursos 1NG17sd494 Agora produtores de soja est o se juntando a madeireiros e aos criadores de gado intensificando o desmatamento e fragmentando ainda mais a imensa floresta tropical 1NG17sd495 Os cientistas temem que outros 20 das rvores sejam eliminados nas pr ximas duas d cadas Ser o in cio do colapso ecol gico da floresta 1NG17sd495 Podemos chegar a um ponto em que as rvores remanescentes v o morrer por falta de umidade Se tal processo foi intensificado pelo aquecimento global secas violentas ir o abrir as portas a inc ndios capazes de consumir ainda mais a floresta 1NG17sd496 o pa s tornou se um dos maiores emissores em todo o mundo de gases que contribuem para o efeito estufa Os sinais da trag dia j s o vis veis por toda a parte 1NG17sd497 quase todas as estradas da regi o s o cland
152. abe makhazin a raiz que tamb m deu origem ao substantivo magazine em portugu s apesar da popularidade do termo revista que se mant m at hoje ALI 2008 Este associado ao verbo revistar no sentido de examinar natural ao teor interpretativo do universo das revistas CARDOSO 2008 p 1553 em seu vi s de proporcionar n o a informa o imediata do acontecimento mas o esclarecimento dos principais fatos que merecem o interesse do p blico auxiliando em sua reflex o As diferencia es em rela o ao jornal impresso no olhar panor mico e na oferta de conte do diversificado tiveram papel na forma o de uma identidade de produto e de fazer Tamb m foram importantes a busca por uma conversa pr xima ao leitor bem como a preocupa o com o apuro est tico Desde a origem as revistas t m trabalhado com um p blico mais reduzido o que tamb m possibilitou a sua especializa o podendo explorar determinados temas ou fazer deles sua linha de atua o Al m disso o formato o suporte e a periodicidade d o tons diferenciados ao seu discurso um olhar distinto sobre o mundo e uma particular diferen a no seu pr prio fazer 36 TTi otari a gt ot fa E Historicamente poss vel perceber uma distin o da revista em seu crescimento como produto de mercado dos magazines liter rios em uma dimens o mais tradicional de formato por exemplo 57 Algumas defini es na literatura nacional d o conta justamente
153. abilidade como elemento central de debate bem como a intensifica o do trabalho e dos alertas do Painel Intergovernamental sobre Mudan as Clim ticas s o os elementos mais fortes da consolida o de um modelo midiac ntrico para o tema BARROS E SOUSA 2010 Esse modelo est ancorado em documentos oficiais fatos e acordos emblem ticos e alinhado a um movimento de reorienta o do ambientalismo tal dizem os autores com novas formas de pautar as quest es ecol gicas A ltima d cada do s culo XX foi pontuada por uma s rie de acontecimentos que trouxe importantes modifica es no modo de percep o da problem tica ecol gica Mesmo assim o jornalismo em geral demorou a assumir a problem tica do clima Certezas e 80 incertezas PRIGOGINE 1996 iam sendo mescladas at o assunto come ar a ser manifestado de forma mais recorrente nas manchetes No in cio do s culo XXI estas ainda refletiam uma primeira agenda constru da internacionalmente em torno das principais urg ncias planet rias e cujo foco central estava nas altera es ambientais Creio que o conjunto de capas reproduzidas a seguir Ilustra o 3 publicadas por diferentes revistas entre os anos de 2001 a 2006 fornece uma imagem do per odo um quadro que ali s trouxe as primeiras interroga es de pesquisa acerca do papel que o pr prio jornalismo poderia construir para si no cen rio que ia se desenhando Mudan as Clim ticas hora de ag
154. abu ums o Tas Pregrema Mm ope Vida A dr demo mando cacos 0 amd para e stats b da ds mas do om Ap near Lamb am comendas erbes de ge A imunes Respeito ao meio ambiente Ages Ememp o Prnradato pur s o merede nanea bd am ms comentem mis aro 0 WA de qpe corda Mias da t A de marpa co qmdo um du iraa mao ao Lato aE a ais rs epa do CO an Daen indo are ida do o ara ds Comarca o e ma ca an apena com armario do combo mm dm Desde mulato que muro ds be ade de poher cad Mes do DM mihana dren ongea Ra nispem de cho rame daml nnm m qua 4 de mam mnan de D a fios EA os ism sto Agta b lm miano do ma el rm nim n a Baena o maio A tap cer 4 oi eara do om dios 8 pesa eaa pao Auta Ad is paia de Mas Nidia sa Caa DO Armi wO Gapa 5O miron de dm esda Mah um al Mas do E ni panam emdee eam dreba cquiata spaim a om Rep Epson entendo de Mnn Canan Solo Silo Ls ata B NGE DO CAMPO SUA MESA 171 Exemplos de M dias do Planeta Sustent vel continua o v planetasustentavel com bDi Aa do ageda sms papel pap pedea warada kieme e nnr a Mel m ah core om adik emn va o do moo astiaa s da pikis de cola do panana preats peros que csa mhrem pari pom f L A j plantar um futuro verde Cixkamore ds US Mas Alea Inseto aape Aba Disda sas cria o no ano mge de usin die Nibmuias y ali s JIN qt he cr o l lis e ml che der rm Smam em 9 mudos do Bessi a parta da coluboca
155. ais de que est entrando num per odo muito legal Em todo esse tempo aqui nunca vi uma equipe t o afinada t o empolgada t o desprovida de arrog ncia e cheia de potencial 8SU37sd15 SUPERINTERESSANTE faz parte do N cleo Jovem bra o da Abril que coordena conte dos do segmento de publica es para jovens adultos e adolescentes Seu vi s de mercado fator de peso na defini o de conte dos para al m do material jornal stico em especial pela publica o de espa os pagos dentro do que Dahlgren apud ESTEVES 2005 classifica como infomercial ou infotaiment constitutivos de um tipo especial de discurso no qual as linhas de distin o de g neros d spares como not cia entretenimento e publicidade tendem a uma dilui o Depois do surgimento do MPS uma s rie de conte dos foram produzidos por SUPER em sintonia com tem ticas trabalhadas nas reportagens a maioria em temas controversos O N cleo Jovem apresenta tais espa os como projetos costumizados produzidos por quem sabe falar com o jovem e tem habilidade para produ o de conte do e adequa o de linguagem a qualquer p blico Al m disso diz da especialidade do N cleo como sendo de um jornalismo com capacidade para seduzir o leitor com uma hist ria muito atraente com a marca do anunciante Patrocinados a informa o aparece destacada os espa os figuram nas p ginas de SUPER formatados na linguagem da revista
156. al do Rio Grande do Sul 2005 Dispon vel em lt http www biblioteca ufrgs br bibliotecadigital gt GRUPO DE TRABALHO I Mudan a do Clima 2007 A Base das Ci ncias F sicas Painel Intergovernamental sobre mudan a clim tica 2007 Dispon vel em lt http www ipcc ch gt Acesso em 3 fev 2010 GUGGENHEIM Davis Uma verdade inconveniente Los Angeles Paramount Classics UIP 2006 1 DVD 100 minutos HACKETT Robert Decl nio de um paradigma A parcialidade e a objetividade nos estudos dos media noticiosos In TRAQUINA Nelson org Jornalismo quest es teorias e est rias 2 ed Lisboa Vega 1999 pp 101 130 HANNIGAN John Sociologia ambiental Rio de Janeiro Vozes 2009 Sociologia HARVEY David Condi o p s moderna S o Paulo Loyola 1996 HOBSBAWN Eric A era dos extremos S o Paulo Companhia das Letras 1995 IMBERT G rard El discurso de la representaci n In IMBERT G rard VIDAL BENEYTO Jos coord El Pa s o la referencia dominante Barcelona Editorial Mitre 1986 pp 25 52 INDURSKY Freda Da interpreta o falha no ritual a trajet ria te rica da no o de forma o discursiva In BARONAS Roberto Leises org An lise do discurso apontamentos para uma hist ria da no o conceito de forma o discursiva S o Carlos Pedro amp Jo o Editores 2007 pp 75 87 JAMESON Frederic As sementes do tempo S o Paulo tica 1997b JAMESON Frederic P s moderni
157. alistas Para evitar a deteriora o as sementes de soja precisam ser lavadas antes do transporte e s com a instala o do equipamento os fazendeiros nas proximidades de Santar m passaram a ter comprador para a sua soja e incentivo para produzir Mas isso provocou um dram tico aumento do desmatamento 1NG17sd525 A sa de de todos os seres foi amea ada diz Auric lia Pessoas ca ram doentes Os animais come aram a morrer 1NG17sd526 Quatro anos atr s seu pai vendeu o local para um forasteiro Logo em seguida surgiram trabalhadores que abateram todas as rvores Em 30 segundos diz ele eles conseguiram destruir mais do que um pequeno agricultor que ali vive por 30 anos 1NG17sd527 Em seguida cobre o rosto com as m os e come a a chorar Era t o bonito por aqui Voc tinha que ver 1NG17sd528 Everaldo Pimentel agricultor Belterra Par 3NG27 um paradoxo a regi o aparentemente mais preservada do Brasil aquela onde o homem vive h mais tempo e de forma permanente H mais de 400 gera es e para alguns autores h mais de de 2 mil anos diversos grupos humanos ocupam disputam exploram e transformam os territ rios amaz nicos Os ca adores coletores n mades se espalharam na Amaz nia desde o fim do Pleistoceno estabelecendo sua soberania sem contesta o ou conflitos 3NG27sd529 Ao longo dos mil nios esses povos transformaram as florestas e de certa forma co evolu ram Seu c
158. am Eles precisam de medidas que tornem mais vantajoso preservar do que destruir 27VE78sd180 28VE88 A primeira reportagem de VEJA sobre o aquecimento global data de 1983 Catorze anos depois foi assinado o Protocolo de Kioto 28VE88sd181 Kioto pode ter fracassado em seus objetivos mas proporcionou que o aquecimento global deixasse de ser um assunto restrito s rodas acad micas e diplom ticas O temor agora mundial 28VE88sd 182 Agora a natureza est mandando a conta O efeito mais apocal ptico o aquecimento global 28VE88sd183 Prevalece entre os cientistas a previs o de que se nada for feito para reduzir as emiss es de gases poluentes a temperatura m dia da Terra at o fim deste s culo estar 4 graus acima da atual 28VE88sd184 32VE98 Diante da abund ncia de riquezas proporcionada pela natureza sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgot vel Essa vis o foi reformulada 32VE98sd185 Um relat rio publicado na semana passada pela ONG World Wildlife Fund d a dimens o de como a explora o dos recursos da Terra saiu do controle e das consequ ncias que isso pode ter no futuro O estudo mostra que o atual padr o de consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30 a capacidade do planeta de recuper los Ou seja a natureza n o mais d conta de repor tudo que o bicho homem tira dela 32VE98sd186 Se todos os habitantes do planeta tivessem o mesmo padr o de vida dos american
159. anos 33EX88sd492 Dom nio 4 Na tem tica da Amaz nia os valores conservacionistas s o recorrentemente acionados por NATIONAL marcando a a o do rep rter na observa o e relato da experi ncia in loco SD98 Quando chegamos fazenda subimos por entre pastos cercados e penetramos na escurid o da floresta seguindo por uma estrada prec ria aberta pelos grileiros Cruzamos um riacho de guas t o l mpidas que paramos para nos refrescar Enquanto contemplava a catedral verde que se erguia a nossa volta tive a sensa o de estarmos em um lugar sagrado que em outras circunst ncias s poderia ser alcan ado ap s semanas de caminhada Uma borboleta azul esvoa ou perto de n s uma maravilha entre incont veis outras ainda preservadas Por quanto tempo Lembrando me do caldo espesso em que se transformaram os c rregos j circundados por terras de cultivo mais ao sul estimei que seria quest o de meses n o mais que um ano para que essas sombras profundas e misteriosas fossem expostas causticante luz do Sol e para que a gua fresca j n o mais pudesse ser bebida 1NG17sd502 x k x 134 No entendimento de Voese 1997 p 142 quando um discurso produzido ele desconstr i outros para construir um futuro com eles impondo reproduzindo no tempo futuro o que hegem nico no presente mas que est sendo posto sob crise pelos discursos n o hegem nicos Essa a autoridade buscad
160. ar como tocava o Raul uma das maiores lendas urbanas sobre a Amaz nia A ideia de que v o vender a floresta existe h d cadas E ganhou for a de 2000 para c Coincid ncia ou n o foi depois que ongs ambientalistas dos EUA e da Europa come aram a comprar terrenos de floresta pelo mundo para impedir o desmatamento 34SU78sd270 Nesse cen rio doido em que o mapa do Brasil perderia sua Regi o Norte o mais dif cil seria encontrar um comprador disposto a pagar o justo As estimativas do governo afinal de que existam pelo menos US 15 trilh es em reservas minerais e US 5 trilh es em madeira sustent vel ou seja que pode ser cortada vendida e replantada Ainda n o entrou no c lculo a maior riqueza da regi o metade das esp cies vegetais e animais do planeta Curas de doen as como a aids e o c ncer podem estar escondidos em uma planta desconhecida por exemplo e como a densidade de plantas l e a maior do Universo conhecido trata se de um belo campo de pesquisas 34SU78sd271 Por outro lado uma Amaz nia internacional at que ficaria bonitinha depois de receber uma enxurrada de investimentos J o Brasil coitado poderia acabar realmente mal Olha l 34SU78sd272 35SU88 Enquanto n o enxergarmos o que acontece nos oceanos n o vamos proteg los 358U88sd273 Os bacalhaus da regi o de Grand Banks a leste do Coanad no oceano Atl ntico n o est o conseguindo regenerar sua popula o me
161. ar e dar a conhecer ao mesmo tempo em que esfor am se em apagar os controles que instalam como fruto de seu agir marcado por uma vontade de verdade muito pr pria S o elementos que aparecem no tensionamento do discurso das publica es da Abril apresentado no Cap tulo 4 Conforme sinalizado anteriormente em Foucault a defini o de lugar social ponto de ancoragem para a constitui o da pr tica discursiva As posi es de sujeito se definem igualmente pela situa o que lhe poss vel ocupar em rela o aos diversos dom nios ou grupos de objetos FOUCAULT 2005 p 59 neste entremeio que se configura o discurso jornal stico devendo se considerar ainda o papel do jornalista num contexto que congrega elementos como a organiza o empresa a rela o com as fontes de informa o e o horizonte do p blico um outro fundamental neste processo um conjunto de quest es que segundo Resende 2006 p 179 precedem e ao mesmo tempo constituem as condi es epistemol gicas que de limitam o campo de reflex o e as pr ticas jornal sticas v lido ter presente a concep o de jornalismo como constru o social tomando o processo de produ o em seu todo de maneira contextual n o apenas o da organiza o de trabalho mas tamb m aquele que a circunda e nela interfere significativamente O entendimento das not cias como constru es sociais traz consigo a compreens o de que elas s o narrativas marcad
162. ara outra baseada em m tricas e mudan as pr ticas um fen meno que pode ser observado em todo o mundo 14EX37sd287 SD34 Um grupo cada vez maior de companhias em todo o mundo vem se empenhando para dar choque de ecoefici ncia sua gest o 14EX37sd289 SD35 Em tempos de sustentabilidade conceber novas maneiras de cuidar do meio ambiente virou obsess o de praticamente todas as grandes companhias do mundo 17EX485d340 SD36 A complexidade e o dinamismo do tema exigem que o Guia EXAME de Sustentabilidade tamb m acompanhe esses movimentos Neste ano a publica o se prop s a realizar uma das tarefas mais desafiadoras de sua hist ria Na nona edi o o Guia com informa es an lises conceitos e exemplos aferi o jornal stica trabalho jornal stico primoroso deixar evidente um caminho guia com seus exemplos panorama realista anal tico e por vezes cr tico aferi o jornal stica ouviu dezenas de cientistas e especialistas ligados a institui es l deres em busca de respostas EXAME de Sustentabilidade destaca pela primeira vez uma de suas 20 empresas modelo como a Empresa Sustent vel do Ano 31EX78sd423 SD37 O destaque que se reflete numa reportagem longa e aprofundada nesta edi o permite descrever em mais detalhes essa trajet ria 31EX78sd424 SD38 O que elas formam o melhor retrato das grandes companhias brasileiras que est o conseguindo adaptar seus neg cios aos novos te
163. arg i o os examinadores se reuniram para avaliar a Tese considerando a APROVADA com conceito final resultado dos conceitos atribu dos pelos examinadores especificamente Dr Fernando Rezende conceito Dra Christa Berger conceito Ro Dra Maria Cristina Leandro Ferreira conceito A e Dra Ilza Maria Tourinho Girardi conceito A A concess o do t tulo de doutor s estar em plena validade ap s terem sido preenchidos todos os demais requisitos para a concess o do t tulo no prazo de noventa dias conforme previsto no regimento do curso e na legisla o superior pertinente e a homologa o da presente tese pela Comiss o de P s Gradua o Nada mais havendo a tratar a sess o foi encerrada s dezoito horas sendo lavrada a presente ata que ap s lida e aprovada foi assinada pela orientadora e pelos integrantes da Banca Examinadora aa fa wng i nal i Prof Dra Karla M M ller Prof Dr Fernando Rezende hl Juli Imo Yem Prof Dra Chr kaa Berger Prof Dra Maria Cristina Leandro Ferreira dhat f Prof Dra Ilza Maria og Girardi UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICA O Rua Ramiro Barcelos 2705 2 andar Bairro Santana 90035 007 Porto Alegre RS Telefones 51 3316 5116 33165379 Fone fax 3316 5368 http www ppgcom ufrgs br e mail ppgcomQufrgs br AGRADECIMENTOS No fundo s o misturas Misturam se as almas nas coisas misturam se as
164. as S uma coisa n o mudou desde ent o nossa cren a de que a sustentabilidade s poss vel com boas pr ticas financeiras ambientais e sociais 14EX37sd21 Culpar o capitalismo talvez seja a sa da mais bvia mas certamente n o a mais s bia O problema n o est necessariamente no seu fim a busca do 183 que o homem n o lia revistas n o andava de carro e n o amea ava a natureza Tem gente que acredita que esse o melhor caminho Mas depois de tudo que lemos ouvimos e apuramos nos ltimos meses eu me convenci de que o maior desafio do movimento ecol gico hoje n o somente estimular as pessoas a abandonar as revistas ou ent o concordar em receb las amassadas por n o terem sido embaladas A verdadeira revolu o verde est em encontrar tecnologias que nos permitam produzir em agredir o ambiente 16SU67sd33 S o termos meio chatos eu sei esses esgotamento da capacidade e constru o sustent vel 16SU67sd35 lucro como atalho para o desenvolvimento mas nos meios utilizados por um n mero surpreendentemente grande de empresas para chegar at ele em momentos cr ticos como este que a sustentabilidade deixa de ser um conceito abstrato ou um instrumento de marketing e passa a ser o limite entre companhias feitas para durar e neg cios passageiros Ser sustent vel em poucas palavras pensar e agir com olhos no
165. as pela cultura jornal stica e pela cultura em geral Assim ao produzir seu dizer o jornalista estabelece uma s rie de rela es seja com as fontes com a sociedade ou com os membros da comunidade profissional Para cumprir sua fun o ele se faz valer das t cnicas g neros formatos e processos de edi o por meio dos quais poss vel escolher excluir ou acentuar determinados aspectos dos acontecimentos no discurso E o faz interpelado ideologicamente recortando seus dizeres do interdiscurso a partir das forma es discursivas com as quais se identifica e nas quais se inscreve A aproxima o com os dispositivos te rico metodol gicos da An lise do Discurso tomando os como balizadores para o estudo do Jornalismo revela que todos esses processos descritos aqui s o na verdade desprendidos do pr prio texto da trama do discurso ao se buscar compreender o que dito como dito e como isto significa O lugar discursivo portanto constitutivo do dizer Mesmo sendo visto como um processo da exterioridade seus efeitos se d o no texto Os sentidos emergem deste imbricamento indissoci vel entre 77 texto e contexto e n o est o fora mas colados no texto no conjunto de filia es identific veis e pelas quais os sentidos fazem sentido ORLANDI 2001 Estas s o quest es constitutivas do lugar percebido para o jornalismo dentro de uma forma o social na qual tamb m se inscrevem elementos que contornam o
166. atural em ano 52 ou 12 edi es por exemplo trazendo um efeito de relev ncia simb lica da ocorr ncia daquele n mero extra e dos aspectos que a revista julga mais importantes naquele eixo tem tico A imbrica o do discurso jornal stico na atualidade DEL REY MORATO 1988 FRANCISCATO 2005 confere a ele um ar de novidade e de liga o entre diferentes atores sociais n o limitado a um aspecto espacial f sico mas de compartilhamento de sentidos de orienta o sobre formas de a o social O discurso jornal stico traz um efeito de recorte natural l gico e poss vel sobre o tema que apresenta Ao mesmo tempo merece aten o o fato de que a abordagem do mesmo nas p ginas de uma revista reitera a relev ncia p blica deste que convertido em mat ria jornal stica assume o efeito de indispens vel ao cotidiano do leitor uma vez que este mesmo tema adv m das pr prias demandas contempor neas da vida social enquanto provedor do dizer das revistas e sua qualidade de abordagem importante interpretativa e completa Lustosa 1996 destaca que as revistas n o trabalham com base em dados fortuitos acidentais mas ligadas a uma cadeia de acontecimentos inerentes ao fato ou tema em quest o e com a investiga o e o estabelecimento de rela es de um acontecimento com outros hist ricos a revista constr i um texto redondo express o usada nas reda es para indicar uma mat ria em que n o falta nada para o leito
167. ava na pintura dos carros estava debaixo dos cap s 17EX48sd337 Isso ao que tudo indica uma das poucas certezas com rela es ao carro do futuro A redu o das emiss es ter solu es diferentes em cada regi o em cada pa s diz Paulo Cardamone N o existe uma nica resposta para esse problema O Brasil est na privilegiada situa o de contar com o clima ideal e s culos de experi ncia com a cana de a car hoje ainda a melhor fonte para gerar etanol 17EX485d338 Como se n o bastasse o desafio de criar o carro do futuro as montadoras ter o de se virar para criar um novo carro do presente 17EX48sd339 Em tempos de sustentabilidade conceber novas maneiras de cuidar do meio ambiente virou obsess o de praticamente todas as grandes companhias do mundo 17EX48sd340 Trata se de uma mudan a radical na maneira como as empresas t m de pensar seu neg cio At agora as companhias se limitavam a assegurar que seus produtos chegassem s prateleiras O que o consumidor fazia com eles n o lhes dizia respeito Hoje elas come am a trilhar o caminho inverso o do consumidor de volta empresa num movimento conhecido como log stica reversa Esse esfor o foi iniciado por duas principais raz es A primeira a crescente press o das ONGs que defendem a redu o da produ o de lixo do planeta especialmente o gerado pelo consumo de equipamentos eletr nicos 17EX485d341 Tamb m os governos est o mais atentos
168. avares 2009 VIDA SIMPLES passou por tr s momentos desde que foi lan ada Na sua cria o era mais alternativa tanto que conforme o relato publicit rios da Abril n o sabiam para quem poderiam oferecer as p ginas para an ncios Num segundo momento a publica o passou a adotar tem ticas de bem estar e qualidade de vida que n o faziam parte do discurso vigente e tratando as como novidade construiu sua distin o perante outras publica es ou cadernos de jornais estes com um recorte mais direcionado para sa de Sarmatz in REGINATO e AMARAL 2010 p 3 afirma contudo que a op o acabou se tornando um pouco viciosa at ser iniciada uma nova fase que permanece at hoje dos grandes e eternos temas amor culpa felicidade tempo dinheiro Para o editor Tinha gente saturada de ouvir falar sobre bem estar esse discurso de que bom trabalhar mas bom ficar com os amigos comer bem comer direito com calma e delicadeza A gente percebeu que falar de coisas n o associadas sa de e ao bem estar propriamente dito mas que fazem parte de todo um corpus de bem estar poderia dar pano pra manga Ent o a gente n o bateu o p mais naquele radicalismo macrobi tico org nico yoga medita o esse tipo de coisa O terceiro momento de VIDA SIMPLES adjetivado por Sarmatz como Em busca da gentileza perdida REGINATO e AMARAL 2010 p 3 Segundo ele o leitor da revista urbano e por
169. azer perante as tem ticas verdes Investigar como o jornalismo coloca a quest o ambiental a servi o do tempo e da ordem em que vivemos entender os mecanismos de funcionamento do seu trabalho da oferta de gram ticas acerca dos mais variados temas e nos quais se encontra em comum as l gicas da contemporaneidade O caso em quest o suscitou uma articula o do fazer das revistas pelo valor que o verde empresta ao modo como nomeiam sua pr tica e a quem nela emerge como modelo H ainda um aspecto de valor que se entrela a nas diferentes posi es percebidas no dizer das revistas um jornalismo que se constitui ao dizer se e constitui o social no que diz no que autoriza ter lugar e a partir de determinados quadros que prop e para emoldurar os textos que oferta Nos desdobramentos tem ticos que perpassam as p ginas analisadas encontrei elementos que sugerem um modo de opera o que alimenta a pr tica discursiva das revistas Sua discursividade ultrapassa uma a o em torno de factualidades Antes est no modo de colocar emerg ncias e tend ncias dentro de temas e tem ticas que operam seu funcionamento no contorno dos produtos que ofertam Assim esse jornalismo apresenta ao leitor de forma intencional conex es para o que no mundo s o conjuntos de irrup es de uma dada historicidade Na superf cie de suas p ginas ao ordenar e tematizar o mundo as revistas exercem e reiteram o principal estatuto de seu fazer como um sis
170. ca e outras que partindo de um nicho editorial classe social faixa et ria ou g nero elencam uma s rie de temas respeitando algumas l gicas da segmenta o cultural MIRA 1999 O texto da reportagem enquanto produto jornal stico carrega um tra o inerente de instituir se como not vel BENETTI 2007 no universo de enquadramentos poss veis ou dentro da discuss o apresentada aqui fazendo as tem ticas aparecerem em seu aspecto de atualidade de algo realiz vel ou em desenvolvimento ofertando dizeres intencionais sempre produto de escolhas v rias da ordem da linguagem e de car ter editorial Toda emerg ncia materializada nas p ginas das revistas est inscrita na ordem do discurso RODRIGUES 1993 Por esse vi s entendo que o mesmo ocorre em rela o aos temas inseridos pela revista como algo particular ao leitor aplic vel em sua vida Na constru o do que importa e de como importa o ambiental reparte se em diferentes perspectivas tem ticas economia pol tica comportamento consumo sem deixar de ser o tema original em quest o Mantidas as especificidades esta vis o assemelha se ao que Genro Filho 1989 p 163 identifica no trabalho de sele o do jornalismo discursiva no caso do presente trabalho apoiado nas categorias hegelianas do universal particular e 63 singular trazidas pelo autor em sua teoriza o sobre o modo de conhecimento produzido socialmente pelo jornali
171. ca por entend lo enquanto um objeto lingu stico hist rico e de como ele realiza a discursividade que o constitui Para que isso aconte a o trabalho de AD deve considerar o primado do interdiscurso associado aos seus pr prios efeitos e ao trabalho da mem ria bem como ao conceito de forma o discursiva definidos no cap tulo anterior de modo a nortear as an lises dos dizeres sobre o tema do meio ambiente nas revistas Reitero que a no o de lugar discursivo tomada como categoria de an lise tal como prop e Grigoletto 2005 Em um di logo te rico com seu estudo desloquei a no o da sua abordagem original para discutir n o a figura do jornalista mas das revistas em si Isso porque avalio que h um movimento que anterior ao dizer das reportagens que coloca em processo os quadros nos quais o dizer das revistas acerca da quest o ambiental reveste se de sentido ou dito de outra forma quadros que s o parte essencial dos efeitos de sentido desejados e que necessitam ser apreendidos conceitualmente Fica a ressalva acerca do uso da express o anterior porque todas as condi es de produ o est o manifestas no texto Por isso o dizer das revistas tomado em sintonia com a imagem que elas pr prias buscam ofertar e da qual seu conte do n o pode ser descolado como discuto nos itens subsequentes 6 As sequ ncias discursivas referentes aos textos editoriais est o no Anexo H P ginas institucionais de publi
172. ca um custo ambiental enorme pois o passeio que o produto faz antes de chegar ao nosso prato muito grande afirma o engenheiro agr nomo Paulo S rgio Tagliari Mas as implica es n o param no meio ambiente 36VS38sd576 Quem compra alimentos org nicos j sabe que a disponibilidade dos produtos varia muito de m s a m s 36VS38sd577 Um org nico que vem de outro pais ou de muito longe pode n o ter agrot xicos mas est desrespeitando o ambiente por causa das longas dist ncias percorridas afirma o agr nomo 36VS38sd578 Apesar de o supermercado oferecer praticidades o consumidor precisa reservar um tempo para ir feira ao mercado conhecer novos produtos falar com os feirantes e produtores 36VS38sd579 O resultado de tanta facilidade foi a perda da sensibilidade na hora de selecionar o que levar para casa 36VS38sd580 Al m dos conselhos dos especialistas preparamos uma lista com simples informa es que podem ajud lo nas primeiras compras como um novo consumidor que respeita os ciclos naturais da terra 36VS38sd581 37VS48 Al m de curtir a natureza exuberante outra dica aproveitar as conversas de p de ouvido para entender como essas comunidades chegaram t o perto da sustentabilidade 37VS48sd582 Para ele preciso ainda ter em mente a preocupa o de residir em reas que respeitem a legisla o ambiental 37VS485d583
173. camente constru do no qual fatores como a credibilidade e o compromisso informativo atuam como fortes marcas identit rias Nas revistas o compromisso informativo tem a adi o de outros componentes Como afirma Scalzo 2004 p 13 essas publica es cobrem fun es mais complexas que a simples transmiss o de not cias entret m trazem an lise reflex o concentra o e experi ncia de leitura Tavares e Berger 2009 p 310 ressaltam o papel de veicular conte dos que armazenam informa es mais substanciosas e menos pontuais At por isso e n o s pela periodicidade diferenciada do jornal nas revistas o texto e seus referentes s o tramados por diferentes regimes de tempo e de pr tica No primeiro aspecto a temporalidade a revista opera por l gicas diferenciadas de produ o e circula o Ao tomar nas m os um exemplar o leitor n o tem apenas aquela edi o diante de si mas tem as refer ncias de um passado no qual se inserem os n meros anteriores e um futuro uma sobrevida pr pria da perman ncia da revista como documento ademais da sequ ncia de n meros posteriores a serem publicados Os conte dos por mais ligados que estejam a fatos ocorridos em dias pr ximos data de publica o como no caso 37 A l ngua portuguesa mant m o significado de armaz m na palavra magazine 58 das semanais discursivamente trazem la os com quest es pr prias daquela revista conform
174. car mais eros o no solo do que qualquer outra cultura agr cola 11NG37sd534 Por outro lado os ambientalistas temem que o aumento dos pre os de ambos os produtos acabe levando os agricultores a cultivar cerca de 14 milh es de hectares de terras 11NG37sd535 Mesmo assim a perspectiva de ondas douradas de planta es de combust vel atraente demais para ser ignorada sobretudo diante do exemplo do Brasil 11NG37sd536 H o risco de produzirmos etanol de maneira incrivelmente burra diz Nathanael Greene do Conselho de Defesa dos Recursos Nacionais dos Estados Unidos 11NG37sd537 Os entusiastas do etanol lembram que o setor petroleiro se beneficiou de subs dios imensos durante d cadas incluindo bilh es de d lares por ano de ren ncia fiscal assim como dezenas de bilh es de d lares empregados todos os anos na defesa dos campos petrol feros 11NG37sd538 Eles esperam tornar mais vantajosos o aproveitamento energ tico e a neutraliza o do efeito estufa por meio 212 de um sistema de circuito fechado 11NG37sd539 f cil perder a f nos biocombust veis quando se conhece apenas o etanol de milho Um quadro mais animador encontra se na cidade de S o Paulo onde milh es de motoristas passam horas em congestionamentos com o motor de seus carros movidos pelo lcool produzido nos canaviais do interior do pa s 11NG37sd540 O lcool um combust vel limpo mas sua produ o suja basta ver as queimadas
175. caso das revistas quando quem diz toma a si pr prio como objeto com interesse no efeito da sua imagem sobre o que diz para quem l Os editoriais das revistas muito especialmente contribuem para afirmar os quadros que envolvem o que vai se encontrar naquela edi o Ou seja n o basta dizer preciso contornar o que se diz em determinados atributos como de relev ncia Reitero que o foco da an lise instala se no texto verbal das revistas sendo os demais aspectos trazidos na descri o do corpus sempre que necess rio Optei aqui por chamar de textos editoriais o espa o assinado nas primeiras p ginas dedicado ao di logo editor publica o com os leitores apresentando a edi o fun o diversa do espa o da reportagem tamb m analisado Para a discuss o do lugar discursivo que faz parte da constitui o do discurso jornal stico sobre meio ambiente nas revistas assim como das distintas posi es sujeito que os lugares identificados compreendem divido a apresenta o em diferentes recortes e blocos conforme as regularidades discursivas interpretadas a partir das marcas identificadas no gesto de leitura do corpus lembrando que AD interessa o funcionamento dessas marcas no interior do discurso Minha interpreta o considera o funcionamento da marcas como proje o de lugares que a ordem do discurso jornal stico atribui a si aos outros e sua pr tica dentro do objetivo de debater como o jornalismo dota de sentido seu
176. ciat rio coenunciador e este por sua vez como imagem reflexiva daquele torna se igualmente construtor do discurso Para ela criam o sentido numa rela o de interdepend ncia e de complementaridade com a totalidade integral e legitimam o discurso da revista Exame Por meio da constata o de certa homogeneidade discursiva fundada na heterogeneidade constitutiva emerge o sujeito como efeito de identidade 115 atividade laboriosa e inventiva de exerc cio da cr tica embasada podendo ser tomado como guia SD29 Tirar uma ideia da cabe a e coloc la no papel com a miss o de faz la prosperar um dos maiores desafios que um editor pode ter E com a ideia do guia nas m os sa mos em busca de modelos internacionais que pudessem nos indicar caminhos Logo descobrimos que esses modelos n o existiam e que precisar amos come ar tudo do zero da metodologia durante anos baseada nos indicadores do Instituto Ethos ao modelo de inscri o do conte do das reportagens aos crit rios de premia o 14EX37sd19 SD30 Os enormes obst culos e as oportunidades que a onda verde representa para os neg cios no Brasil e no mundo ficam evidentes nesta primeira edi o especial de 2008 Em mais de 30 p ginas as jornalistas coordenadas pela editora executiva Crsitiane Correa tra am um panorama realista anal tico e por vezes cr tico dessa que uma das maiores tend ncias dos neg cios A editora Cristiane Mano entrevistou com excl
177. cidade sobre o Movimento Planeta Sustent vel Ver Anexos F e G 8 As sequ ncias discursivas extra das das reportagens est o no Anexo I 59 ar gt F Os Anexos D e E apresentam a quantidade e percetuais de sequ ncias extra das de cada dom nio Em sua tese de Doutorado O discurso de divulga o cient fica um espa o discursivo intervalar a autora desenvolve estudo sobre jornalismo e ci ncia no discurso de divulga o cient fica das revistas Superinteressante e Ci ncia Hoje 90 4 1 Dos quadros e condi es de produ o A atua o do Grupo Abril hoje um dos maiores grupos de comunica o da Am rica Latina teve in cio em 1950 Na sua composi o h diversas empresas a come ar pela Editora Abril revistas a Abril Digital Abril com e Abril no celular canais de TV segmentados MTV FIZ TV Canal Ideal e um pago TVA em parceria com a Telef nica Internet provedores UOL BOL e Ajato e no segmento de livros as Editoras Abril tica e Scipione do bra o Abril Educa o No ano de 2008 na rea de impressos quando do encerramento de coleta do material para a amostra a Abril publicou mais de 300 t tulos em 2009 foram 378 atingindo uma circula o de 180 milh es de exemplares em um universo de mais de 28 61 Em 2008 sete das dez revistas mensais mais milh es de leitores e 4 milh es de assinaturas lidas do pa s eram da Abril dado que se manteve em 2010 conforme aferi o do Insti
178. cion rios nesta edi o especial de VIDA SIMPLES tentamos responder aos principais anseios e d vidas de pessoas comuns como n s e voc e dar dicas essenciais para quem quer come ar a ser um ciclista urbano ou at um cicloturista 30VS28sd58 SD69 Por aqui tem se aliado o ciclioativismo a es de pessoas comuns em prol do uso da bicicleta ao di logo com as autoridades O importante dizem os ativistas que essas duas partes s o parceiras 30VS28sd562 SD70 O consumidor deve ficar atento para distinguir entre uma certifica o conferida por um organismo independente e os selos autodeclarat rios que s o colocados nos produtos pelos pr prios fabricantes 29VS18sd557 b PS 2 Salva o tecnol gica Na elabora o acerca da emerg ncia do verde no contempor neo os axiomas da p s modernidade definidos por Santos 1999 conforme abordado no Cap tulo 2 estabelecem a centralidade das solu es t cnicas com menor relev ncia ao questionamento de padr es de consumo e produ o estabelecidos A evolu o tecnol gica na dire o da efic cia e efici ncia dos processos traduz a preocupa o da sustentabilidade como objetivo de reduzir o uso dos recursos O debate conforme sinalizado no levantamento te rico empreendido acaba tamb m por sintetizar uma das perspectivas de discursiviza o do verde na qual a t cnica sobrep e se ao coletivismo e a uma dimens o tica dos problema
179. co econ mico art stico e acad mico S o trabalhadas ideias aplic veis pelo pa s em diferentes temas entre elas ambiente Fonte Publicidade Abril Dispon vel em http publicidade abril com br Acesso em 4 Jan 2011 78 Dispon vel em http www assineabril com br assinar revista veja origem sr veja rodape Acesso em 10 dez 2010 7 IMPRENSA S o Paulo Imprensa Editorial Ano 22 n 242 Jan Fev 2009 Dispon vel em http publicidade abril com br marcas veja revista informacoes gerais Acesso em 4 Jan 2011 100 Na referida entrevista de Eur pedes Alc ntara localizo um excerto que mant m estreita vincula o com as forma es ideol gicas que interpelam o discurso sobre meio ambiente presente nas reportagens de VEJA Nele a quest o do ambientalismo emerge em uma proposi o de tom negativo al m de estar associado ao contrato da revista com os leitores T6 Quais s o as cl usulas essenciais do contrato invis vel de Veja com seus leitores Estou h 28 anos na Veja e isso nunca foi mexido S o as bases da sociedade aberta no sentido que o fil sofo Karl Popper definiu S o pessoas que n o querem abrir m o de sua responsabilidade individual que querem ter liberdade de pensamento que resista s religi es seculares aos modismos alguns muito arraigados como por exemplo o marxismo uma doen a A Veja sempre olha isso com um p atr s Outra coisa o ambientalismo que n o pode
180. como uma grade de onde emergem l gicas de uma publica o ou editora mas tamb m como dispositivo estrat gico no ambiente formado na circularidade existente entre meio de comunica o e sociedade No caso da revista se visto a partir de temas e segmentos o projeto editorial torna se sob essa tica um potente e potencial objeto de estudo para se pensar sob um outro vi s as rela es do jornalismo com uma empresa ou meio de comunica o Mais do que isso se observados os projetos editoriais desde os lugares de sua materializa o os produtos e as estruturas editoriais onde est o inseridos e n o a partir de sua influ ncia sobre rotinas produtivas ou aspectos estruturais da informa o fontes lead etc ganham relevo tanto o escopo do que se diz nestes projetos e de como isso se discursiviza nas publica es quanto a maneira como se formatam em n cleos tem ticos Fontcuberta 1993 mesmo referindo se ao p blico e aos novos meios surgidos com os avan os tecnol gicos afirma de forma assertiva que quando se habla de especializaci n no hay que referirse al tipo de medio o de audiencia sino a los contenidos FONTCUBERTA 1993 p 50 grifo no original E enfatiza hay que repetir que no son los medios los que especializan sino los contenidos En todo caso los nuevos medios facilitan la difusi n de los contenidos especializados aunque hoy por hoy es la prensa la que ha llevado m s lejos la tendencia
181. compreens o dos efeitos da crescente concentra o de gases estufa no clima global e as maneiras pelas quais tais mudan as poderiam impactar nos padr es socioecon micos UNEP e WMO 2004 p 2 Desde ent o o IPCC avalia uma extensa base de trabalhos internacionais j publicados e avalizados por algum crivo cient fico A entidade n o conduz pesquisas acerca do tema nem monitora dados relacionados ao clima O modelo o de um corpo cient fico cujos relat rios devem refletir uma esp cie de m dia ponderada dos pontos de vista da comunidade cient fica Justo sobre esta estrutura poss vel encontrar cr ticas nas revistas onde emerge um vi s pol tico que a entidade tamb m assumiria em suas negocia es principalmente na constitui o final dos textos dos relat rios divulgados O relat rio discursivizado na figura do IPCC como autor permanece sendo chamado nas reportagens durante o per odo abarcado por esta proposta de pesquisa n o em todas edi es selecionadas mas em bom n mero delas ora citado favoravelmente ora questionado o que pede uma aten o no como se d esta discursiviza o O coletivo de cientistas afirma que suas conclus es s o baseadas em grandes quantidades de dados novos e mais abrangentes an lises mais sofisticadas dos dados melhor compreens o dos processos e sua simula o em modelos e uma an lise mais ampla das faixas 45 de incerteza GRUPO DE TRABALHO I 2007 p 3
182. da de e entenda por que ela fundamental para uma vida melhor PRECISO FAZER ALGO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER J Abril BANCO REAL cprL B NGE Fale Conosco planetasustentavel abril com br 174 Exemplos de Manifestos do Planeta Sustent vel continua o ACONTECENDO E FAZI www planetasustentavel com br PLANETA sustent vel s e e o futuro a gente faz agora Cas Severas j ret Qual a rela o entre o aumento da biodiversidade em torno dos icebergs e o uso racional da gua A import ncia de entender a sustentabilidade De acordo com a ONU cerca de 3 5 bilh es de pessoas podem enfrentar dificuldades para encontrar gua at o ano de 2025 Previs es indicam que com a seca de aq feros redu o de rios e aumento de reas ridas o acesso gua pot vel se tornar um s rio problema Confira a seguir mais um exemplo de sustentabilidade e entenda por que ela fundamental para uma vida melhor PRECISO FAZER ALGO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER J SE ori O BANCOREAL cpr B NGE id ias inovadoras em ambiente energia negocios urbanism ynsumo lixo desenvolvimento sa de e educa o Exemplos de Manifestos do Planeta Sustent vel www planetasustentavel com br sustent vel e lutero a goste tos agues Neste dia milh es de motoristas v o deixar o carro na garagem e se locomover a p de bicicleta ou atrav s do transporte p blico O q
183. dade sua estrat gia de neg cios e ganhar dinheiro continuamente com isso 31EX785d439 A falta de gua est criando um mercado bilion rio que atrai grandes empresas como GE Siemens e Dow 31EX78sd440 Em diversas regi es do planeta a escassez de gua est se tornando uma das maiores preocupa es n o s para ambientalistas como tamb m para pol ticos empres rios e executivos 31EX785d441 Gra as a esse cen rio o fornecimento de gua limpa tem se tornado um desafio e um neg cio bilion rio para grandes empresas 31EX78sd442 O presidente da gigante americana qu mica Dow Andrew Liveris afirmou que a gua o petr leo deste s culo Como o petr leo a gua um combust vel fundamental da economia global e vem se tornando mercadoria valiosa 31EX78sd443 Um dos neg cios mais pr speros o da dessaliniza o 31EX78sd444 Existem neg cios milion rios tamb m no reaproveitamento de gua usada O processo de reciclagem assim como o dessaliniza o tamb m era mais caro e de uso restrito at pouco tempo atr s Na ltima d cada por m houve um r pido desenvolvimento de tecnologias de ponta que permitem a aplica o em larga escala 31EX78sd445 Para avan ar nesses novos mercados preciso investir e muito em novas tecnologias 31EX78sd446 A gua o neg cio do futuro afirma Alfredo Lorenzo da Siemens Water Technologies E ainda h muito o que avan ar nos pr ximos ano
184. de de codetermina o de novos nichos editoriais e novos p blicos Desse cen rio hist rico de configura o de publica es e ou de projetos editoriais um certo saber sobre o fazer revistas foi formado pela Abril SCCHWAAB e TAVARES 2010 Uma das manifesta es desse saber fazer est na arquitetura que organiza as publica es do Grupo Abril Conforme os expedientes das revistas e o site da Editora os mais de cinquenta t tulos atualmente editados est o organizados em quinze diferentes N cleos mais a Funda o Victor Civita mantida pelo Grupo onde est alocada a revista NOVA ESCOLA O primeiro N cleo abarca as publica es do segmento VEJA a partir da principal revista do grupo Os demais N cleos permitem ententer que cartografia esta amp Sobre REALIDADE ver FARO 1999 6 Espa o com dados institucionais do grupo e espec ficos daquela publica o Edi es de 2008 2 amp Dispon vel em http www abril com br quemsomos Acesso em 17 out 2010 S o eles N cleo Veja Veja Veja S o Paulo Veja Rio Vejas Regionais N cleo Neg cios Exame Exame PME Voc S A N cleo Tecnologia Info Info Corporate N cleo Informa o Revista da Semana N cleo Consumo Boa Forma Elle Estilo Manequim Revista A N cleo Comportamento Cl udia Gloss Nova N cleo Semanais de Comportamento Ana Maria Fa a e Venda Sou Mais Eu Viva Mais N cleo Bem Estar Bons Fluidos Sa de Vida
185. de EXAME promovem o leitor a uma posi o privilegiada de p blico especial a quem a revista apresenta resultados condizentes com o grau de exig ncia desse p blico SD27 SD28 SD27 E foi dessa vontade da reda o de fazer algo completamente novo que o guia nasceu E foi da certeza de que a atitude respons vel das empresas n o era como os c ticos afirmavam mero modismo que ele cresceu e se consolidou nestes ltimos oito anos como a mais importante publica o sobre o assunto no pa s 14EX37sd20 SD28 Empresas sempre ser o empresas Nasceram para dar lucro e assim assegurar seu futuro Mas hoje est claro que esse lucro n o ser alcan ado no longo prazo se seus impactos na sociedade e no meio ambiente n o forem administrados Mostrar isso com informa es an lises conceitos e exemplos o objetivo deste guia e ele cumprido de maneira especial nesta edi o de 2007 Trata se de um trabalho jornal stico primoroso 14EX37sd22 Al m disso a revista desenhada como portadora de um dizer homog neo e marcadamente identificado com uma imagem ideal de jornalismo Assim como neste recorte anterior as sequ ncias a seguir indicam uma preocupa o com a imagem que o leitor faz sobre a confiabilidade do trabalho de EXAME O jornalismo dito ent o como uma Em seu estudo sobre o ethos de Exame Ramos 2006 argumenta que o enunciador da revista sujeito sempre pressuposto ao enunciado produz o texto para o enun
186. de da cobertura GIRARDI et al 2010 p 2 28 Como o caso da organiza o Greenpeace por diversas vezes referida no contexto das reportagens analisadas pelo presente trabalho O Greenpeace Brasil por exemplo lan a relat rios de base cr tica sobre assuntos emergentes e pauta sua comunica o por informa es cient ficas e dados constru dos em torno dos principais temas da agenda ecol gica muito especialmente nos casos mais recentes na tem tica das mudan as clim ticas e fontes limpas de energia Dispon vel em http www greenpeace org brasil Acesso em 16 jul 2010 42 vozes rostos aceit veis perante as c meras fluidez de discurso e sobretudo continuidade PEREIRA ROSA 2006 p 136 As conflu ncias de perspectivas e filia es te ricas em parelelo aos fen menos de midiatiza o do ecol gico com a forma o de uma esfera p blica verde favorece ainda questionamentos Com a institucionaliza o dos discursos destes outros atores acentua se o car ter negativo da formata o do discurso oficial governamental pouco atuante nas causas do problema com enfoque flutuante em ideais de bem comum sa de e bem estar sem reflexo pr tico efetivo exceto na ancoragem por normatiza es como escape para suas neglig ncias Isso abre espa o ainda para que a esfera privada coloque se como caminho de solu es como o gesto de an lise das revistas evidencia No contexto da entrada do s culo XXI a ofer
187. de pad alad de vade des prosas e da meremeta bror mes fmre Somar for as para multiplicar id ias e atitudes em favor de um futuro melhor Uma grande a o de comunica o Pae cmpdior o coonstncio mior devemeulviomeo mmniet ecomtemao mad cubearal e sabene Pora Solar com mdan de presen em tado o pas gt Pos rebar SS revintam e J aian Abeil ne peuba o de comenabos Svern ma com o de vma bibbomca mbr o manto ae promo o de f rums debeta Uma boa a o por uma causa planet ria Desde o lem amenas do pregna quem 400 p ginas de mitu meh de 100 mabi ran okain dimrmmasado conhecimento e propondo 4 efas E nes mmr custas outra apra apena manha de liee foros ikuwa guiicos s cores mnterias sd und pendard Tado jao com on d dioa yir niss de kaoson onduen provas o srianan e img bina or cond amn dades s fatos o nu pare vm comara o de um planeta mementird chame oct homens o ndo permepa E qeentred fomos rum e deora fome 173 ANEXO G Exemplos de Manifestos do Planeta Sustent vel www planetasustentavel com br PLANETA sustent vel o futuro a gente faz agora Por que devemos aprender a consumir produtos que duram mais Para promover a sustentabilidade Ao preferir o consumo de produtos locais e mais dur veis voc contribui para o bem estar do planeta geran do menos COz a causa principal do aquecimento global Confira nas p ginas a seguir mais um exemplo de sustentabili
188. de sempre presente operando diferentes posi es sujeito assumidas nas reportagens no contexto de uma Forma o Discursiva da Ecologia Contempor nea conforme demonstrado no Cap tulo 4 2 3 A constitui o de uma ecosfera Barros e Sousa 2010 consideram a Rio 92 um evento emblem tico como o in cio de um modelo mediac ntrico fruto de uma reorienta o do ambientalismo nos seus modos de a o para pautar a quest o ambiental Passa a ter espa o um ambientalismo nos moldes defendidos por Bobbio 1992 no mbito dos chamados direitos de terceira gera o nos quais o sujeito a pr pria humanidade Fala em um conjunto de movimentos em defesa da natureza cujo espectro contempla a defesa dos direitos humanos incluindo liberdades individuais e direitos pol ticos e sociais A perspectiva completada por Hobsbawn 1995 ao identificar com o ambientalismo reivindica es por mudan as estruturais na sociedade cuja ades o buscada de car ter generalizado n o de pessoas isoladas incluindo manifesta es em prol da qualidade de vida da alteridade e da paz A capilaridade e a amplitude do ambientalismo como movimento debatida por Barros e Sousa 2010 a partir dos argumentos de Scherer Warren 1996 como respons veis pelo surgimento de um campo simb lico permeado por novos c digos A luta ecol gica delineou ao longo dos anos uma comunidade idealizada pela centralidade da tica e cidadania globais operando por ma
189. de social corporativa no Brasil e no mundo Muitas das ideias iniciais foram reformuladas S uma coisa n o mudou desde ent o nossa cren a de que a mundo requer di logo equilibrado e a o conscienciosa Em nenhuma outra parte isso t o importante quanto na Amaz nia brasileira Espero que a reportagem de capa contribua para esse debate 1NG17sd3 s nas m os dos governos ou dos revolucion rios nesta edi o especial de VIDA SIMPLES tentamos responder aos principais anseios e d vidas de pessoas comuns como n s e voc e dar dicas essenciais para quem quer come ar a ser um ciclista urbano ou at um cicloturista 30VS28sd58 178 dividiu em seis pain is Educa o Meio Ambiente Economia Imprensa Democracia Ra a e Pobreza e Megacidades Os debates deram origem s 40 propostas que se encontram nas pr ximas p ginas Elas n o pretendem ser uma receita final de pa s mas o come o de uma discuss o racional suprapartid ria e realista a respeito dos entraves que ainda impedem o Brasil de atingir seu potencial pleno de progresso 27VE78sd48 VEJA n o considera encerrado o trabalho a que se prop s com o Semin rio O Brasil que Queremos Ser cujos melhores momentos podem ser vistos no site www veja40anos com b r Tamb m no site a discuss o se manter acesa e voc leitor est convidado a continuar participando 27VE78sd50 Nos pr
190. der quest o da constitui o do corpus construir montagens discursivas que obede am a crit rios que decorrem de princ pios te ricos da an lise do discurso face aos objetivos da an lise e que permitam chegar sua compreens o Esses objetivos em conson ncia com o m todo e os procedimentos n o visa a denonstra o mas a mostrar como um discurso funciona produzindo efeitos de sentidos 89 Por esta orienta o e a partir das hip teses e objetivos da pesquisa trabalhei inicialmente com 71 sequ ncias discursivas SDs recortadas dos textos editoriais em uma primeira perspectiva de lugar presente no interior dos textos antes de chegar na discuss o sobre a rela o entre lugar social lugar discursivo Depois considerei as sequ ncias discursivas extra das das reportagens sobre meio ambiente que tiveram manchete de capa bem como as indicadas como pertencentes ao mbito do MPS seja por meio de selos de identifica o ou publicadas em p ginas posteriores aos Manifestos e M dias de divulga o do Movimento tamb m caracterizadores da sua vincula o ao MPS Este segundo movimento de an lise tomando em conta o quadro fornecido pelo primeiro foi baseado em 512 SDs trabalhadas em suas regularidades e contradi es Ao total o corpus discursivo foi composto portanto por 583 SDs pertencentes aos cinco dom nios de an lise A inten o metodol gica resumida pelo embate com o texto na bus
191. destes aspectos ao cercar a revista como publica o peri dica de formato e tem tica variados NASCIMENTO 2002 diferente do jornal pelo tratamento visual e textual em outro patamar de imediatismo mais anal tico O car ter da revista o de um produto um neg cio uma marca um objeto um conjunto de servi os SCALZO 2004 p 11 J Sodr 1977 p 40 nomeia as revistas como extens o da imprensa di ria voltadas a coment rios e opini es e como respons veis por aprofundar os temas Vilas Boas 1996 por sua vez centra se no aspecto informacional sugerindo que as revistas devem ocupar os vazios informativos deixados pela cobertura di ria Ao mesmo tempo define a revista pelo seu texto inscrito e condicionado segundo o autor pela matriz constitu da pela revista e fundamentada no contrato comunicativo bem como na possibilidade de dialogar com um p blico espec fico e as demandas deste O contrato de comunica o CHARAUDEAU 2006 permite um trabalho de homogeneiza o do sujeito num determinado tempo hist rico Da ordem das Forma es imagin rias o contrato um acordo t cito entre os sujeitos o que escreve e o que l sobre as regras daquele texto segundo os dispositivos de enuncia o definidos tamb m pelo suporte em que esse texto produz sentidos BENETTI 2007 p 38 Trata se de um contrato temporalmente anterior que define um g nero discursivo o g nero do discurso jornal stico histori
192. difundir conhecimento sobre os mais diferentes aspectos da vida na Terra A edi o brasileira come ou a circular no ano 2000 e tem tiragem mensal atual na casa dos 68 000 exemplares Desde 2006 em sintonia com o esp rito da atualidade NATIONAL adota a seguinte miss o Inspirar o mundo sobre todas as maravilhas da natureza explorando o princ pio das a es humanas e nossa cont nua jornada celebrando 3 E E E 6 diferentes culturas o passado e o presente para inspirar as pessoas a cuidar do planeta Em NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL a dimens o da reportagem tomada pelo relato do jornalista observador explorador A partilha da experi ncia da verifica o in loco s o tra os caracter sticos do formato da revista seguindo o padr o internacional da publica o Nos dois primeiros anos do Movimento Planeta Sustent vel a presen a do tema em NATIONAL teve o acr scimo de p ginas institucionais do MPS comuns a todas as demais publica es por m sem edi es especiais verdes Mesmo assim o tema passou a receber a etiqueta de Especial nas edi es em que foi trabalhado Mosaico 4 Em NATIONAL parte dos conte dos da edi o s o comuns ao conjunto de edi es nacionais espalhadas pelo mundo material produzido pela matriz nos EUA Nos n meros inclu dos na amostra da pesquisa os temas de capa recebem al m do texto e fotos originais da matriz p ginas espec ficas focalizando o mesmo assunto no Bra
193. ditora o maior n mero de ocorr ncias entre as publica es de abrang ncia mais geral ou segmentada mas n o especializadas unicamente no tema Ademais exceto pela semanal POCA da Editora Globo primeira publica o brasileira a lan ar Edi es Verdes a Abril foi a primeira empresa de comunica o com atua o no segmento a lan ar um projeto editorial e institucional totalmente dedicado ao tema ambiental focado na discuss o acerca da sustentabilidade Por essa raz o trabalhar com publica es ao Al m do formato impresso que circula mensalmente P gina 22 disponibiliza todo seu conte do gratuitamente na internet Dispon vel em http pagina22 com br Acesso em 27 nov 2010 3 Aqui me refiro a revistas dedicadas unicamente ao tema como SUSTENTA M E TERRA e AQUECIMENTO GLOBAL por exemplo Sobre este segmento e suas estrat gias discursivas ver trabalhos de Loose 2009 2010 85 longo dos dois anos permitiu debater a constru o desse lugar para o jornalismo dentro do tema a partir do advento do Movimento Planeta Sustent vel Ao mesmo tempo interessava trabalhar com a imprensa de refer ncia pensando as revistas na mesma categoria aplicada por exemplo aos jornais de refer ncia A ideia de jornais de refer ncia considera que num contexto comunicativo nacional e internacional h publica es peri dicas que adquirem tr s fun es b sicas como argumenta Vidal Beneyto 1986 ser imprescind v
194. dizer ao tratar da quest o ambiental e construir respostas aos questionamentos norteadores sobre o tema nas revistas jornalismo de revista e sobre as publica es da Abril Apresento um primeiro panorama dos lugares dos cinco dom nios para a seguir debater os lugares outros discursivizados pelas revistas 99 a Dom nio 1 VEJA VEJA surgiu em 1968 Atualmente a revista l der no mercado brasileiro em termos de circula o e tiragem carro chefe da editora Abril posto mantido e reiterado de forma estrat gica na comemora o dos seus 40 anos em 2008 No mbito internacional passou de quarta 2008 para terceira maior revista semanal de informa o depois de TIME e NEWSWEEK e a maior fora dos Estados Unidos 2010 Semanalmente VEJA imprime 1 2 milh o de exemplares sendo mais de 925 mil dedicados aos seus assinantes Tais n meros projetam uma estimativa de 7 9 milh es de leitores por edi o 62 deles com idades entre 20 e 49 anos Tal posi o faz com que a veicula o de an ncio publicit rio de uma p gina em apenas uma edi o saia por R 254 200 00 custo que reflexo tamb m do perfil econ mico dos leitores atingidos por VEJA conforme levantamento da Abril tr s quartos deles est o situados nas faixas A 28 e B 46 com grande potencial de consumo VEJA apresentada aos assinantes e interessados em assin la como uma revista investigativa e esclarecedora que repercute em todo o p
195. duca o militariza o ainda persiste em v rios pa ses no entanto frequentemente pontuado questionado e redefinido por micronarrativas de filmes televis o m sica e outras formas de express o que permitem que a modernidade seja reescrita A pista de Appadurai trazida para o panaroma da discuss o ambiental ajuda a pensar a sua capilaridade para al m do movimento e da entrada de novos atores desencadeada por elementos recentes envolvendo as mudan as do clima por exemplo A rela o utopia pragmatismo contempla no espa o entre elas outros matizes que encontram eco em um certo n mero de produtos midi ticos que se alimenta e realimenta o imagin rio acerca das cat strofes naturais GIL CALVO 2003 por exemplo A hip tese de Barros e Sousa 2010 que o campo simb lico em torno do ambientalismo fez surgir novos c digos acerca do tema comunidades idealizadas e uma disputa multissetorial na aglutina o de diferentes for as sociais ao longo do tempo Morin 1998 2002 e Morin e Hulot 2008 procuram na complexidade cultural da sociedade contempor nea as explica es para a emerg ncia de um pensamento ecol gico inclusive no processo de rupturas e ressignifica es que v o se promovendo na quest o fruto de uma alian a entre pol tica e ci ncia a seu ver As rupturas assumem o papel de desvios inovadores e criam a ambi ncia inicial para uma transforma o que pode eventualmente aprofundar se ou n
196. e tem dois horizontes imagin rios pois reflete sobre si e sobre o outro 2 2 J conhecido que a no o de forma o discursiva FD tal definida por P cheux 1995 a partir do tamb m franc s Foucault 2005 aquilo que numa forma o ideol gica dada isto a partir de uma posi o dada numa conjuntura dada determina o que pode e deve ser dito P CHEUX 1995 p 160 grifo no original Fica prevista aqui tamb m uma incumb ncia do analista da remiss o de todo texto a uma Forma o Ideol gica dado que o efeito de sentido definido por essa rela o A identifica o das FDs perfaz a rela o das marcas formais que aparecem no dizer com o ideol gico O percurso inverso tamb m v lido ir do ideol gico para as marcas formais Toda FD heterog nea por natureza e organiza blocos discursivos como fam lias mas com fronteiras perme veis esse o entendimento que guia a leitura do discurso sobre sustentabilidade no decorrer do trabalho Todo discurso produzido mediante uma FD E para Maingueneau 1993 p 115 toda forma o discursiva associada a uma mem ria discursiva constitu da de formula es que repetem recusam e transformam outras formula es Conforme o autor esse um processo de reconfigura o incessante no qual uma forma o discursiva levada a 46 at N o apenas o que se entende por contexto imediato o entorno mas tudo que afeta aque
197. e 1998 a 2004 Hoje professor titular do Insti tuto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajub e consultor para bivenergias de diversos rg os internacionais entre eles o Banco Mundial a FAO a divis o de agricultura alimen ta o das Na es Unidas E Abertura da reportagem 70 quest es da edi o 2059 ano 41 n 18 maio 08 de Veja Ilustra o 12 Mosaico 1 O verde em VEJA 103 Meio Ambiente foi manchete de capa em nove edi es de VEJA em 2007 e 2008 Mosaico 1 A A primeira delas cinco meses depois do lan amento oficial do MPS em outubro de 2007 sob o t tulo Salvar a Terra Como essa id ia triunfou Nela VEJA estabelece j na manchete e linha de apoio um conflito da ordem do saber enunciar caminhos em torno das problem ticas ambientais assentando suas chamadas na dicotomia entre verdes versus ambientalistas radicais e cientistas cr dulos versus c ticos No in cio de 2008 em mar o VEJA publicou seu Especial Amaz nia Mosaico 1 B edi o tradicional na qual a imagem da capa traz parte da floresta derrubada e queimada formando um cifr o com as bordas em chamas A selva que parece impenetr vel ser desbravada pelos testemunhos dos rep rteres em e sua busca pela verdade acerca da Amaz nia Al m destas na edi o dos 40 anos da revista ambiente esteve entre os assuntos para os quais VEJA trouxe sugest es aplic veis fruto de um semin rio o
198. e Beira Interior 2009 CLIMA deriva Imprensa S o Paulo ano 23 n 252 dez 2009 CORTIZO Sergio O IPCC e as mudan as clim ticas In RICARDO Beto e CAMPANILLI Maura orgs Almanaque Brasil Socioambiental uma nova perspectiva para entender a situa o do Brasil e a nossa contribui o para a crise planet ria S o Paulo ISA 2007 pp 360 362 151 COURTINE Jean Jaques Metamorfoses do discurso pol tico derivas da fala p blica S o Carlos SP Claraluz Editora 2006 CRESPO Samyra Uma vis o sobre a evolu o da consci ncia ambiental no Brasil nos anos 1990 In TRIGUEIRO Andr coord Meio ambiente no s culo 21 Rio de Janeiro Sextante 2003 CRESPO Samyra VILELLA Maria Rita O que as lideran as brasileiras pensam sobre mudan as clim ticas e o engajamento do Brasil Relat rio de divulga o Rio de Janeiro Instituto de Estudos da Religi o 2008 Dispon vel em lt lt http www iser org br site sites default files RELATORIODIVULGACAOISERPESQUIS A MUDCLIMATICAS2 pdf gt gt Acesso em 18 jun 2010 DEL REY MORATO Javier Cr tica de la raz n period stica Madrid Universidad Complutense 1998 DOCUMENTO ABRIL ESPECIAL Grandes Reportagens S o Paulo Abril Maio 1976 ECHEVERR A LLOMBART Bego a Las W s del reportaje Valencia Universidad Cardenal Herrera Funcaci n Universitaria San Pablo 2004 ESTEVES Jo o Pissarra O espa o p blico e os media sobre a comunica o e
199. e Ferdinand Saussere 67 mobilizadas de forma encadeada permitem pensar diversos pontos basilares do olhar investigativo para cada analista O primeiro de que o discurso uma pr tica que prov m da forma o dos saberes e que se articula com outras pr ticas n o discursivas E a no o de pr tica discursiva assim precisada N o podemos confundi la com a opera o expressiva pela qual um indiv duo formula uma ideia um desejo uma imagem nem com a atividade racional que pode ser acionada em um sistema de infer ncia nem com a lt lt compet ncia gt gt de um sujeito falante quando constr i frases gramaticais um conjunto de regras an nimas hist ricas sempre determinadas no tempo e no espa o que definiram em uma dada poca e para uma determinada rea social econ mica geogr fica ou lingu stica as condi es de exerc cio da fun o enunciativa FOUCAULT 2005 p 136 grifo do original No contexto das pr ticas os dizeres e fazeres inserem se em forma es discursivas cujos elementos s o regidos por determinadas regras de forma o A todo dizer inerente um estatuto hist rico de encontro de uma atualidade e de uma mem ria Assim o discurso sempre um jogo estrat gico e pol mico por meio do qual constituem se os saberes em uma dada temporalidade Ainda segundo Foucault as regras determinam que o discurso o espa o em que saber e poder se articulam quem fala fala de algum lugar baseado
200. e a explora o dos cortadores de cana 11NG37sd541 Nesse deserto verde os produtores conseguem realizar sete colheitas antes do replantio e as usinas reciclam e transformam em fertilizantes a gua que utilizam Como a maioria das usinas brasileiras a S o Martinho n o usa combust vel f ssil enm eletricidade da rede convencional todas as suas necessidades energ ticas s o preenchidas com a queima do que resta da cana o baga o At mesmo os caminh es que transportam cana e m quinas agr colas s o movidos por uma mistura de diesel e etanol e o mais utilizado avi o pulverizador de colheitas o pequeno modelo Ipanema a primeira aeronave de asa fixa projetada para voar com lcool puro A efici ncia a nossa obsess o diz o diretor da usina Agenor Cunha Pavan 11NG37sd542 De acordo com um recente relat rio da Organiza o das Na es Unidas ONU ainda que seus benef cios sejam grandes a explos o dos biocombust veis poder reduzir a oferta de alimentos e aumentar o pre o da comida num mundo em que 25 mil pessoas morrem de fome a cada dia quase todas elas crian as com menos de 5 anos de idade 11NG37sd543 N o h nenhuma planta m gica capaz de resolver os nossos problemas energ ticos sem prejudicar o ambiente segundo a maioria dos cientistas que se debru am sobre a quest o 11NG37sd544 Na natureza existem processos que j foram aperfei oados que evolu ram no decorrer do tempo Podemos muito bem aprov
201. e a potencialidade da a o individual tamb m exaltada pelo jornalismo que se insere tanto quanto poss vel nesta perspectiva H uma crescente atribui o de for a pol tica ao ato de consumo da possibilidade de uma a o verde Pode surgir a todavia o argumento de uma destitui o do interesse social em uma discuss o macro pelas escolhas de modelos produtivos A a o individual acabou se mostrando potencial para o mercado com o alargamento da oferta de produtos verdes nos quais muitas vezes o simb lico que a quest o da sustentabilidade carrega em si o elemento mais forte 2 2 Sustentabilidade como valor para o dizer A multiplica o na segunda metade do s culo XX dos problemas relacionados explora o desenfreada dos elementos da natureza e a degrada o ambiental com car ter global intensificaram o debate ecol gico e deram origem ao movimento ambientalista Neste percurso em propor es globais alguns marcos e eventos merecem aten o uma vez que s o fundamentais no entendimento daquilo que reatualizado pelo discurso jornal stico ao dizer o verde E nesse dizer a sustentabilidade figura como tra o singular para as abordagens 2 Veiga 2005 p 14 afirma que a sustentabilidade um dos mais generosos ideais surgidos no s culo XX s compar vel talvez bem mais antiga ideia de justi a social Encerra em si uma s rie de interpreta es principalmente quanto ao seu emprego em disc
202. e concordam 23VE68sd161 Os impactos s o principalmente negativos pois perturbam um sistema j equilibrado Mas h alguns positivos sim como o incremento agricultura em lugares hoje muito frios e a diminui o na m dia mundial na frequ ncia de noites muito frias o que trar benef cios sa de humana 23VE68sd162 Entre os especialistas consultados por VEJA na elabora o deste question rio destacam se alguns integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudan a Clim tica S o eles os cientistas Carlos Nobre Jos Marengo Roberto Schaeffer e Suzana Kahn Ribeiro que colaboraram na revis o das respostas 23VE68sd163 24VE78 O Brasil tem um desafio conciliar desenvolvimento com preserva o O desmatamento desenfreado da Amaz nia a maior floresta tropical do planeta n o pode continuar 24VE78sd164 debate central para o futuro como conciliar o crescimento econ mico com a prote o ambiental sobretudo na regi o amaz nica que abrange mais da metade do territ rio nacional 24VE78sd165 Para dar o salto econ mico de que necessita o Brasil n o pode abrir m o de seu potencial agropecu rio ou de investir na gera o de energia Tamb m pouco pode destruir um bioma que ao mesmo tempo um patrim nio nacional a ser preservado e um foco de interesse internacional 24VE785d166 Marina Silva nunca passou de um cone uma pe a de marketing exibida pelo governo Lula para mostrar uma suposta voca o
203. e da Nici esada correspondente brasileiro do movimento Critical Mass surgido pos Estados Unidos em 1992 A id ia do movimento nuatamente promover um encontro de pescas para ocupar o espa o p blico em bicicletas s o passeios asto orpanizados indepen dentes Geralmente apenas o local de encotro a dia e o hor ria s o defini dos N o h uma lideran a e por imo que Andr e Thiago n o est o Dessa posi o Memo sem ocuparem nenhum tipo de cargo a dupla est sempre pre verte mas bicacletadas paulistanas Em comum al m da tm um meumo instrumento de div a o da causas a internet T ue conta com mais de 800 v J Andr aproveito wua pro analista de sistemas para criar Cackobr outro sucesso da rede A Capa Edi o 5 out 2008 B Aspecto interno da edi o Ilustra o 16 Mosaico 5 O verde em VIDA SIMPLES 99 A Incichetada um pacto em que o perticapantes se articulam diz Am dr que h mais de quatro anos abra com o cicloutiviumo Desde que parti cipou de mus primeira bicscietada em 2004 ele passou a freientar da Associa o Nacional de Transpor NTP a apresentar pro Em junho passada Andr fica co nhecido ao ser preso na manifesta o Worki Naked Bike Ride O protesto de vrigem norte americana prop e que os participantes saiam mus sobre as bicicletas para chamar a aten o principalmente dos motoristas O ubvetivo abert os sobre o quando os
204. e da SUPER 4SU17sd209 inquietude constante SD21 E para que possamos chegar a solu es sensatas preciso questionar as verdades impostas 4SU17sd211 precis o da reportagem SD22 Os ambientalistas erraram e o Sr Burns dono os primeiros a escrever sobre o que est da usina nuclear de Springfield de Os Simpsons um acontecendo her i Em vez de energia solar e lica ou hidroel trica a n o nos metemos com futurologia for a que vai nos salvar do aquecimento global quem diria a energia nuclear 5SU27sd212 a primeira grande revista do Brasil a levar a s rio temas ambientais inaugurou no pa s boa parte das discuss es sobre a devasta o do planeta antecipar tend ncias SD23 O que leva pesquisadores s rios a defender um antigo vil o da ecologia que nos ltimos anos essa tecnologia se mostrou muito mais segura e pac fica do que a opini o p blica imagina 5SU27sd224 SD24 A ci ncia j sabe de onde viemos E quem leu a SUPER de novembro tamb m Mas e agora Onde o Universo vai parar Quem viver n o ver O breu vai ser total 15SU57sd250 SD25 Se o mundo est entrando em colapso como afirmam v rios cientistas mais alarmistas ent o por que voc n o faz a sua parte E ser que mesmo se n o mudarmos os h bitos dramaticamente o planeta tem salva o Sim at tem o que voc vai descobrir a partir de agora 165U67sd257 SD26 Por outro lado tem muito amb
205. e de desambiguiza o MARIANI 1998 faz com que as publica es utilizem os valores que comp em a mem ria do dizer sobre meio ambiente para passar em revista a quest o ecol gica e inseri la naquilo que cabe na sua ordem institucional editorial mercadol gica propondo uma gram tica verde adequada ao tempo presente ou seja uma ecologia das revistas O quadro a seguir sintetiza o panorama da leitura desenvolvida Quadro 7 Elabora o a partir das no es conceito NO O CONCEITO NO GESTO DE LEITURA DA TESE Lugar social do jornalismo de poder dizer rumo ao saber dizer Lugar discursivo do verde projeto editorial Movimento Planeta Sustent vel Forma o Discursiva da Ecologia Contempor nea Forma sujeito Sustentabilidade como matriz de saber a sociedade sustent vel aquela que capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as chances de sobreviv ncia das gera es futuras Posi es sujeito PS 1 Novo ambientalismo PS 2 Salva o tecnol gica PS 3 Capitalismo Sustent vel PS 4 Inefici ncia brasileira efici ncia estrangeira PS 5 Conservacionismo como valor Compreendo que esta FD da Ecologia Contempor nea marcada pela quest o da sustentabilidade como discurso ideal matriz propulsora como principal valor e que permite operar ader ncias e refuta es Inscritas nesta FD operando a partir de seu lugar discursivo do verde as revistas per
206. e encontra eco em P cheux 1995 designa o embate que demarca as perspectivas te rico anal ticas da AD aqui empregada para dizer que ler consiste em ponto fundamental na AD ao intervir sobre o papel dos interlocutores de um discurso e sobre o objeto do seu dizer E sendo o discurso jornal stico o interesse deste texto conv m sublinhar que ele enquanto sistema organizado traz em si a marca de ser disseminador de leituras para o mundo mas obedecendo um contexto muito pr prio de produ o As leituras que o Jornalismo oferta como resultado legitimado de seu fazer necessitam ser re lidas por meio de dispositivos muito pr ximos do foco de interesse constru dos pelo analista de forma a permitir o tensionamento do texto enquanto superf cie de emerg ncia FOUCAULT 2005 express o que n o deve ser tomada na superficialidade que eventualmente possa sugerir mas sim na perspectiva de que adentr la d acesso trama discursiva e permite ver o funcionamento do discurso A processualidade manifesta no texto aparece pela desconstru o da rela o entre marcas condi es de produ o e lugar social de onde prov m o dizer E mais ainda como os pr prios sujeitos constroem a si pr prios nesse dizer o que considero fundamental na leitura do discurso jornal stico uma vez que A enuncia o jornal stica implica um determinado conjunto de op es mais gerais e abstractas que se fazem sentir como regras em rela o
207. e leva pesquisadores s rios a defender um antigo vil o da ecologia que nos ltimos anos essa tencologia se mostrou muito mais segura e pac fica do que a opini o p blica imagina 5SU27sd224 dif cil negar que nenhuma estrat gia de marketing pode ser t o ruim para uma tecnologia como as bombas que cairam nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945 Mas repudiar a energia nuclear pelo seu passado negro talvez seja t o absurdo quanto banir os avi es pelo simples fato de que eles tamb m s i usados para as guerras 5SU27sd225 Acontece que apesar de graves os acidentes nucleares s o muito mais raros e causam bem menos mortes do que se imagina A ind stria nuclear se gaba de ser um dos setores mais seguros para trabalhar 5SU27sd226 Isso porque a tecnologia atual permite que os novos reatores sejam bem mais seguros do que os constru dos no passado 5SU27sd227 OS procedimentos de seguran a da energia nuclear seguem protocolos r gidos que s o alterados descoberta de qualquer vulnerabilidade 5SU27sd228 Como exemplo tente imaginar como seria a rea o p blica brasileira e mundial caso o acidente na plataforma 193 de petr leo da Petrobr s P 36 que matou 11 pessoas e afundou R 1 bilh o no oceano Atl ntico em 2001 tivesse ocorrido nas Usinas de Angra ou Il Dif cil acreditar que a rea o p blica teria sido a mesma n o 5SU27sd229 Mas ainda resta uma pergunta por que n o inves
208. e lugares contudo n o s o cria es livres Antes dependem de um sistema de lugares j existente o que faz retornar uma co exist ncia necess ria da no o de lugar com a de forma es imagin rias O lugar discursivo a partir da elabora o de Grigolleto 2005 um espa o que se configura no interior do discurso e da ordem da sua constitui o A forma o discursiva compreende o espa o discursivo te rico que por sua vez abriga o lugar discursivo que se relaciona tanto com a forma sujeito quanto com as diferentes posi es sujeito que operam no discurso a partir dele GRIGOLETTO 2005 p 161 acr scimo meu Esse lugar discursivo n o sin nimo de posi o j que em seu interior pode abrigar diferentes e at contradit rias posi es sujeito Cada lugar discursivo representa diferentes modos de se relacionar n o s com a forma sujeito mas tamb m com as diferentes posi es sujeito que ele pode abrigar Ambos lugar social e lugar discursivo se constituem mutuamente de forma complementar e relacionada ordem da constitui o do discurso O lugar social s se legitima pela pr tica discursiva pela inscri o do sujeito num lugar discursivo O lugar discursivo da 75 mesma forma s existe discursivamente porque h uma determina o do lugar social que imp e a sua inscri o em determinado discurso No caso das revistas da Abril e seu discurso sobre meio ambiente e sobre sua pr pria
209. e madeira retirada da floresta sem autoriza o dos rg os ambientais 20VE48sd135 Em raz o de um ran o ideol gico dos anos 60 o Incra persegue os agricultores que deixam a floresta em p 20VE485d136 O SENSO COMUM a nica forma de salvar a floresta proibir qualquer explora o econ mica por l A VERDADE existem bons planos para aliar explora o econ mica preserva o 20VE48sd137 Alguns pa ses criaram um sistema de remunera o para tornar vantajoso conservar a floresta em p Isso ocorre tamb m em pequena escala no Amazonas onde o governo oferece uma bolsa floresta para os pequenos produtores manterem intacta parte da mata em seus terrenos 20VE48sd138 S o F lix lidera h sete anos o ranking nacional de desmatamento e se depender da vontade da maioria dos moradores o que resta de floresta vai abaixo quanto antes abrindo espa o ao pasto necess rio para a expans o do rebanho bovino 20VE48sd139 Ele se queixa de que a cidade s aparece na imprensa como m not cia J perdi a oportunidade de vender uma rea por causa de reportagens negativas Assim como as terras que vende o peda o da Amaz nia que Ara jo chama de seu n o garantido por nenhum documento de propriedade 20VE48sd140 Uma aus ncia chama aten o na cidade que mais desmata no Brasil a do Ibama A representa o mais pr xima do rg o federal respons vel pela fiscaliza o ambiental est a 250 quil metros dali 20VE4
210. e se produz a irrup o de uma ordem pr pria que a ordem do meio DEL REY MORATO 1988 O jornalismo opera por um princ pio ordenador e a partir de seus esquemas e estrat gias ganham contornos o imprevis vel o inusitado o inesperado tudo que encontra seu lugar preciso no discurso jornal stico Considerando a no o de Campo Jornal stico poss vel pensar que dentro dele os diferentes atores constroem a sua posi o Ou seja operam por l gicas que s o pr prias do Campo e do que o constitui como tal mas tamb m buscam construir um lugar para si dentro do conjunto de atores Falando em espec fico sobre o Jornalismo Bourdieu 2005 p 30 tradu o minha lembra que este Campo o local de a es e rea es realizadas por agentes sociais dotados de disposi es permanentes em parte adquiridas em sua experi ncia nesses Relationibus Novellis tese defendida por Tobias Peucer na Universidade de Leipzig Alemanha em 1690 esp cie de marco fundador do Jornalismo como disciplina cient fica PEUCER 2004 SOUSA 2004 4 Conforme proposta de Maingueneau 2008 Ao falar da exist ncia de um texto das l gicas Resende 2002 argumenta por um princ pio ordenador do discurso jornal stico que visa ao acolhimento das perspectivas te ricas dominantes A contrapartida seria a l gica do texto tomando a narrativa enquanto lugar de produ o de conhecimento 64 Campos Sociais Os agentes reagem a essas r
211. ebeu que poderia trocar motoboys por bikeboys para distribuir convites Ou o Daniel Fernandes engenheiro na gr fica que desenvolveu um pro cesso para reutilizar a gua com solvente que so bra das impress es Reginaldo Tiossi do setor de transportes levantou suas emiss es de CO Depois come ou a reduzi las Hoje ele faz entregas em S o Paulo com uma frota leve movida a g s Era tanta gente se mexendo que da nasceu um grupo batizado de Agenda Ambiental Ali est o pessoas que fazem porque querem n o porque o chefe mandou A id ia da Agenda trocar id ias Edepois tentar implement las Valem a es sim ples como melhorar a coleta recicl vel no pr dio da Abril Ou ousadas como encontrar um jeito de embalar as revistas com pl stico biodegrad vel inspirador saber que pessoas assim circulam pelos corredores desta empresa Talvez voc pos sa fazer o mesmo no seu trabalho na faculdade Porque 2009 est logo ali E tomara que voc tam b m fa a dele um ano transformador Quase metade desta edi o de reportagens sobre sustentabilidade Este selo identifica quais s o elas S rgio Gwercman Redator chete sgwercman amp abrilcom br Liesaad ais 2 Dois D Texto editorial da Edi o Verde Edi o 260 dez 2008 E Abertura de reportagem Aquecimento global Ed 239 maio 2007 Ilustra o 13 Mosaico 2 O verde em SUPERINTERESSANTE S se fala nas tais mudan as clim ticas Todos de
212. ecer aten o SCHMIDT 2003 p 393 Ainda segundo a autora o registro pol tico do discurso ambiental organizou outros referentes que acabaram por formar o mbito global do tema que reflete sua acolhida nas esferas pol tica e empresarial por exemplo inclusive como resultado da atua o social de movimentos em prol do verde e das evid ncias cient ficas acerca da degrada o ambiental suas causas e consequ ncias Pensar o ecol gico nos tempos recentes imp e a necessidade de localizar certos n s agentes e acontecimentos que tornam poss veis os diferentes efeitos de sentido que um texto sobre quest es ambientais pode adquirir no contexto de uma ecoesfera contempor nea como debatido ao final do cap tulo na qual os meios de comunica o e informa o tamb m desenham para si uma tarefa como agentes r 5 a Es Contemporaneidade usada para dar corpo a uma percep o da atualidade sem o uso de uma nica classifica o conceitual como modernidade tardia ou p s modernidade uma vez que essas express es n o s o objeto de consenso Elas aparecer o de forma expl cita quando inseridas no contexto de cita es ou reflex es de autores 26 2 1 Meio Ambiente e contemporaneidade Uma ancoragem para a discuss o sobre o verde na atualidade est nos quatro axiomas sugeridos por Santos 1999 para pensar os atuais contextos axiomas que moldaram a sociedade e a subjetividade contempor neas
213. ecer sobre as coisas do mundo Para tanto recorre a vozes consideradas autorizadas onde se incluem professores especialistas em reas espec ficas universidades institutos de pesquisa A estes s o aliados dados comprobat rios e estat sticos Apesar disso sublinha Nascimento 2002 p 174 explicar pr prio de quem julga deter um saber De forma complementar Prado 2005 a partir de um estudo sobre os vencedores em VEJA prop e que a revista quem especifica onde est a verdade para o leitor jamais as fontes Mesmo quando reproduzidas afirma VEJA resume a fala das fontes a poucas frases encaixadas no enquadramento pr constru do da revista PRADO 2003 p 91 Est ofertado neste modo de funcionamento o manual para uso do leitor argumenta A quest o tamb m aparece em estudo de Benetti 2007 p 42 sobre a ironia em VEJA que demonstra o esfor o da publica o em manter uma forte imagem de legitimidade para proferir saber frente a um suposto n o saber dos leitores da popula o em geral e em certos momentos das pr prias fontes A ironia em VEJA reveste crit rios de relev ncia sobre o que vale a pena saber comenta a autora como reflexo do poder de dizer aos outros por exemplo o que imoral grotesco ou simplesmente rid culo Nesse movimento pensar diferente de VEJA torna as pessoas imorais grotescas ou rid culas conclui 102 O dossi para intimidar a oposi o veja
214. eira Adriana Moraginski Luciano Correia Renn Fran a Vera Raddatz Janaine dos Santos Melissa Bonotto Crist v o Almeida e Joel Guindani obrigado pelo privil gio do conv vio Fam lia o incentivo permanente foi de grande valor sou muito grato Colegas de N cleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul pela possibilidade de ser parte Uma das riquezas da experi ncia como bolsista de Doutorado foi o contato com alunos da Gradua o em Comunica o na FABICO UFRGS seja em est gios de doc ncia em bancas de monografia ou em palestras Obrigado pela oportunidade de di logo Luiz Carlos Damasceno J nior meu reconhecimento pela confian a e pela troca instigante e motivadora durante a co orienta o do seu trabalho monogr fico em Jornalismo Cruzando o Atl ntico professor Adriano Rodrigues por sua acolhida fraterna quando do Est gio na Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa Portugal Gon alo Pereira Rosa e Lu sa Schmidt pesquisadores pelo di logo sobre suas investiga es na rea de jornalismo e ambiente Renato Mendes colega na UNL e jornalista brasileiro amigo que ficou em Portugal obrigado Durante o per odo de pesquisa outras palavras foram de grande import ncia A literatura abriu se como universo a ser experimentado de perto Por isso Ana Pompermayer Lehgau Z Qarvalho Camila Cornutti e Marco de Menezes s o nomes que merecem men o especial tamb m aqui Ang
215. eira M 2005 p 16 na antecipa o que o emissor projeta acerca do receptor moldam se estrat gias discursivas uma vez que o lugar de onde fala o sujeito determina as rela es 70 de for a no discurso enquanto as rela es de sentido pressup em que n o h discurso que n o se relacione com outros O mecanismo das forma es imagin rias respons vel por um jogo de imagens dos sujeitos entre si e destes com os lugares que ocupam na forma o social e dos discursos j ditos com os poss veis e imaginados O trabalho das forma es imagin rias designa o lugar que destinador e destinat rio atribuem a si e ao outro como uma imagem que fazem do seu pr prio lugar e do lugar do outro Dessa forma em todo processo discursivo o emissor pode antecipar as representa es do receptor e de acordo com essa antevis o do imagin rio do outro fundar estrat gias de discurso BRAND O 2002 p 36 O discurso jornal stico por sua vez existe tamb m em fun o da estrat gia discursiva de situar se no lugar do p blico um mecanismo que est assentado no que P cheux 1995 denomina antecipa o sobre o qual se funda a estrat gia do discurso de natureza argumentativa Vale lembrar ainda que h sempre um leitor virtual inscrito no texto Tendo as condi es de produ o dos discursos papel fundamental uma vez que o lugar a partir do qual o sujeito fala constitutivo do que ele di o sujeito ter sempr
216. eira onde havia uma prec ria tenda de lona alarajada capaz de abrigar uma d zia de homens Sobuma mesa uma caixa com suprimentos a car farinha caf Eles fugiram de n s diz ele Tudo estava silencioso exceto pelos gritos de um par de tucanos na copa das rvores O dia esta chegando ao fim nuvens escuras se acumulavam a leste e nenhum de n s tinha vontade de permanecer ali durante a noite 1NG17sd504 Evidentemente algu m havia alertado os grileilos Jos Rosa ficou furioso Da pr xima vez ele tentaria obter ajuda da Pol cia Federal cujos agentes n o s o da regi o Essa a nica maneira de n o serem avisados diz com voz baixa e de olho no policial do lugarejo Mas n o se pode dizer isso s claras Para sobreviver aqui a gente tem de calar a boca e se fazer de desentendido 1NG17sd505 O resultado foi um confronto sangrento entre as poderosas elites absente stas que devastam para implantar 210 projetos de grande porte e os pequenos lavradores que embora destruindo trechos restritos para cultivo continuam a depender da floresta em torno para sua subsist ncia 1NG17sd506 O que est acontecendo hoje na Amaz nia um choque de dois modelos de desenvolvimento explica Fel cio Pontes membro de uma nova gera o de procuradores do Estado empenhados no combate contra a grilagem e crimes ambientais N s est vamos visitando um cemit rio simulado com 820 cruzes representativo do cu
217. eitar esses processos torn los mais r pidos e mais eficientes e extrair energia deles 11NG37sd545 O fasc nio pelos combust veis vegetais parece ter chegado aos desertos ricos em petr leo do Oriente M dio Os Emirados rabes Unidos destinaram 250 milh es de d lares a um programa de pesquisa de energia renov vel que inclui os biocombust veis talvez um sinal de que at os xeques come am a se dar conta de que a era do petr leo n o vai durar para sempre 11NG37sd546 26NG58 Nos pa ses em desenvolvimento uma extens o cada vez maior de terras ar veis est sendo eliminada pela eros o e desertifica o de origem humana numa tend ncia que p e em risco a exist ncia de 250 milh es de pessoas 3NG27sd547 Em todo o mundo por m pesquisadores e agricultores est o descobrindo que at mesmo as terras mais deterioradas podem ser recuperadas A vantagem disso estaria na possibilidade n o s de se combater a fome mas tamb m de se enfrentar quest es como escassez de gua ou aquecimento global que poderia ser reduzido de modo significativo por meio do emprego de vastas reservas de carbono na reengenharia dos terrenos ruins do mundo 3NG27sd548 No fim os moradores locais se convenceram de que teriam de proteger o ecossistema o que significa proteger o solo 3NG27sd549 Em cada um desses buracos Sawadogo plantou rvores Sem rvore n o h fertilidade no solo resume ele E elas desenvolveram
218. el para os outros meios de comunica o possibilitar a presen a e a express o de grandes l deres pol ticos de institui es sociais e associa es representativas e servir externamente de refer ncia sobre a realidade do pa s S o qualificadores que n o est o restritos portanto tiragem e ou circula o apesar de sua relev ncia como dado Antes est o ligados aos jornais que mais influ ncia t m sobre a opini o p blica de seus pa ses diz Molina 2007 p 10 Para o autor o jornalismo de refer ncia encerra algumas caracter sticas centrais a relev ncia a hierarquia da informa o a diagrama o cosmopolita o consumo por uma elite formadora de opini o nem sempre vinculada ao governo e o respeito ao leitor Tamb m relacionando refer ncia qualidade e elite os jornais de refer ncia s o associados especializa o an lise e investiga o Sousa 2003 p 8 fala do potencial de transformar o jornalismo de refer ncia nos regimes democr ticos num novo espa o p blico ou numa nova arena p blica Imbert 1986 da mesma forma enquadra a imprensa de refer ncia como um novo espa o p blico part cipe da socializa o e cidadania que permite aos discursos p blicos exclu dos do cen rio pol tico emergir Outros apoios te ricos foram pensados para efetivar as escolhas Lembrando Maingueneau 2007 h uma tr ade a ser pensada no trabalho com o discurso e que explicita o percurso do
219. ela es de for as essas estruturas as constroem as percebem formam uma ideia sobre elas criam para si representa es sobre elas Campo jornal tico portanto tem seu funcionamento alavancado pelo acolhimento e media o das for as advindas da tens o entre os demais Campos Sociais tomados enquanto espa os de rela es objetivas entidades abstratas detentoras de for as espec ficas mas dotadas de legitimidade no que fazem ou pretendem com certo grau de autonomia mas articuladas BOURDIEU 1996 p 53 Quando tais no es s o pensadas na tica discursiva surge a rela o com um conjunto de no es conceito na vis o deste trabalho que se articulam para a constitui o do lugar social discursivo do jornalismo A partir de Tuchman 1983 e Fishman 1983 Del Rey Morato 1988 p 64 reflete que as institui es jornal sticas emiten un flujo informativo que tiene una primera consecuencia social esas instituciones quedan legitimadas como emisoras de las not cias que conforman el mundo ajeno a la experiencia directa de los hombres constituindo se assim em uma ideologia Do ponto de vista do discurso a perceberia como parte das forma es imagin rias que circundam o lugar da pr tica jornal stica A posi o que os sujeitos do Campo ocupam em uma dada forma o social condiciona as condi es de produ o discursivas definindo o lugar por eles ocupado no discurso FERREIRA J 2005 p 16
220. ela Zamin a fundamental dualidade Meu carinho e meu obrigado pela possibilidade da trajet ria partilhada pela cumplicidade por fazer tudo ser pleno de sentido O que andas a fazer com um caderno escreves o qu Nem sei pai Escrevo conforme vou sonhando E algu m vai ler isso Talvez Mia Couto Terra Son mbula A pesquisa que deu origem a esta Tese teve financiamento da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES por meio de bolsa de Doutorado O est gio no exterior na Universidade Nova de Lisboa foi realizado com bolsa CAPES PDEE Processo 2310 09 0 RESUMO A credibilidade em poder dizer atribu da ao Jornalismo assumida no interior das pr ticas do Campo como elemento que autoriza um lugar de compet ncia diante de problem ticas centrais da contemporaneidade como a quest o ambiental No jornalismo de revista enquanto manifesta o perita do sistema jornal stico explorar desdobramentos tem ticos de um assunto conflituoso ofertando dizeres utilit rios torna se produtivo do ponto de vista editorial As imagens institucionais e de si acionadas no interior dos textos entrela am projetos de mercado reportagens especiais Edi es Verdes Guias A base emp rica da presente investiga o est no gesto de leitura de recortes extra dos de reportagens e textos editoriais de cinco revistas da Editora Abril publicadas nos anos de 2007 e 2008 e que sob a ma
221. elos contribua para o debate grileiros Cruzamos um riacho de guas t o l mpidas que paramos para nos refrescar Enquanto boas conversas familiares contemplava a catedral verde que se erguia a nossa volta tive a sensa o de estarmos em um lugar sagrado que em outras circunst ncias s poderia ser alcan ado ap s semanas de caminhada Uma borboleta azul esvoa ou perto de n s uma maravilha entre incont veis outras ainda 120 preservadas Por quanto tempo Lembrando me do caldo espesso em que se transformaram os c rregos j circundados por terras de cultivo mais ao sul estimei que seria quest o de meses n o mais que um ano para que essas sombras profundas e misteriosas fossem expostas causticante luz do Sol e para que a gua fresca j n o mais pudesse ser bebida 1NG17sd502 SD51 Depois de sacolejar por profundas trilhas escavadas por pneus de repente sa mos em uma estrada mais larga e recentemente nivelada Isso n o foi feito por gente pobre diz Jos Rosa S o os grileiros E eles t m muito dinheiro Se me encontrarem por aqui sozinho acabam comigo 1NG17sd503 SD52 Em seguida cobre o rosto com as m os e come a a chorar Era t o bonito por aqui Voc tinha que ver 1NG17sd528 Everaldo agricultor Belterra Par SD53 A terra cuida de n s enquanto cuidamos dela diz 3NG27sd552 As SDs 50 e 51 s o ilustrativas da proximidade que os sujeitos de NA
222. em 1968 quando especialistas de v rias reas discutiram a crise ambiental e o futuro da humanidade diante do crescimento econ mico e demogr fico Em 1972 em Estocolmo na Su cia a Organiza o das Na es Unidas ONU promoveu a primeira confer ncia da entidade sobre meio ambiente Foi quando o Secret rio Geral do evento Maurice Strong empregou a express o ecodesenvolvimento pela primeira vez para definir uma proposta de desenvolvimento ecologicamente orientado LEIS 1999 p 146 O encontro foi palco da cria o do Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente PNUMA No mesmo ano uma equipe de especialistas de v rios pa ses publicou o relat rio Os Limites do Crescimento com estudos sobre como o crescimento populacional associado ao incremento do uso dos recursos naturais impunha limites para o crescimento industrial Capra 2002 por sua vez entende que o conceito b sico de sustentabilidade foi criado no come o da d cada de 1980 por Lester Brown fundador do Instituto Worldwatch quando este definiu a sociedade sustent vel como aquela que capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as chances de sobreviv ncia das gera es futuras O uso da express o sustentabilidade intensificou se em mbito mundial a partir da segunda metade da d cada de 1980 Cinco anos depois de ser criada a Comiss o Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU UNICED presidida pela ent o primeira m
223. em suas conclus es a necessidade da busca por solu es da ado o de comportamentos para a minimiza o dos problemas ambientais e ressaltou a sustentabilidade como objetivo a ser alcan ado em todas as escalas no cen rio instalado pela divulga o do Relat rio que se d a cria o do Movimento Planeta Sustent vel pela Abril cuja proposta assenta se em um engajamento da Editora na causa Jornalismo aparecer com inicial mai scula quando em refer ncia ao Campo Jornal stico Em min scula indicando sua dimens o pr tica seu fazer de forma gen rica ou especificamente nas revistas Sigla para Intergovernmental Panel on Climate Change GRUPO DE TRABALHO I Mudan a do Clima 2007 A Base das Ci ncias F sicas Painel Intergovernamental sobre mudan a clim tica 2007 Dispon vel em lt http www ipcc ch gt Acesso em 15 jan 2010 ecol gica Jornalisticamente a ades o significa a abordagem sistem tica do tema nas p ginas de suas publica es Assim ambos os acontecimentos acabaram por multiplicar e dar outro status veicula o de reportagens com enfoque ecol gico nas revistas do Grupo como debaterei ao longo do trabalho O desafio assumido por este estudo foi o de contornar tanto quanto poss vel um fen meno em processo refletindo a partir de um quadro te rico metodol gico sobre as manifesta es do jornalismo diante das problem ticas ecol gicas contempor neas Por essa raz o pareceu adeq
224. emais revistas do conjunto Empunhando n o mais a bandeira dos Estados Unidos tal como ficou registrado historicamente a partir da foto de Joe Rosenthal Ilustra o 5 a seguir soldados agora se esfor am para recolocar em p uma rvore Uma luta em prol do verde que estrat gica e desafiadora tal como reitera a manchete How to win The War on Global Warning Como 48 Conforme Furtado 2008 p 10 durante a Segunda Guerra Mundial a fotografia de guerra foi usada para fins propagand sticos exemplar a fotografia de Joe Rosenthal da Associated Press em que marines americanos colocam uma bandeira no alto da ilha de Iwo Jima em 23 de fevereiro de 1945 Imediatamente o registro tornou se elemento simb lico de propaganda acredita se que na poca foram impressos 3 5 milh o de p sters e 175 mil cart es da fotografia capaz de representar a coragem o esp rito de liberdade e a bravura do ex rcito americano A imagem original apresentava um mastro e uma bandeira bem menores em rela o fotografia encenada depois e que entrou para a hist ria 82 vencer a guerra contra o Aquecimento Global se h guerra h um inimigo a derrotar Saber como com que armas crucial Assim como algumas das capas de publica es brasileiras h pouco referidas Ilustra o 3 a Edi o Verde da TIME ainda traz o eco de apreens o por causa de acontecimentos naturais de grande devasta o como foi o furac o Katrina que
225. eneidade e a contradi o nas FDs Trabalhar com uma FD dotada de tais caracter sticas coloca o analista de discurso face agita o e tens o dos sentidos de um dom nio de saber e seu gesto de individualiza o de uma FD consiste j em um gesto de interpreta o anal tica INDURSKY 2007 p 170 por esse movimento de interpreta o anal tica que a AD constitui se tamb m em gesto metodol gico Al m disso fica muito evidente a produtividade da no o conceito de forma o discursiva na investiga o sobre Jornalismo em especial acerca dos efeitos de sentido que permeiam sua pr tica de media o entre diferentes Campos e atores sociais bem como sua permiss o para ofertar significa o sobre determinada realidade Ainda sobre a no o de FD Courtine 1981 apud BRAND O 2002 inaugura outro marcador a FD n o uma nica linguagem para todos nem para cada um a sua linguagem o seu discurso deve ser pensada como v rias linguagens em uma nica v rios discursos em um s A contradi o apontada por Courtine como elemento constitutivo a toda FD A inspira o do autor Foucault analisar o discurso fazer desaparecer e reaparecer a contradi o N o se trata mais de um complexo de FDs com uma em posi o de domin ncia em rela o s demais mas de uma FD heterog nea em rela o a si pr pria com fronteiras porosas onde h espa o para o diferente e o contradit rio para diferentes efeitos
226. entais que fundamentaram ao longo dos anos por exemplo uma s rie de preconceitos em torno das pequenas l gicas dos saberes e cultura tradicionais O bom exemplo recorrente vir sempre de fora QUADRO 11 S ntese PS4 Dom nio 1 Em VEJA n o h espa o para a tradicional ocupa o da Amaz nia A imagem do estrangeiro o ideal para fazer o melhor uso do espa o em especial nas disputas em torno das atividades do agroneg cio na rea Promovendo as oposi es o discurso jornal stico busca determinados efeitos de sentido no acionamento de marcas hist ricas e de uma mem ria em torno de elementos que culturalmente s o sublinhados de forma negativa pela ordem hegem nica SD88 O sotaque os cabelos loiros e os olhos azuis os sobrenomes de origem alem e italiana s o marcas da coloniza o sulina Ao contr rio do que aconteceu no Par onde a devasta o se deu mais na marra com invas es e grilagens de terras p blicas a maior parte dessa regi o foi ocupada por meio de projetos de coloniza o desenvolvidos a partir da d cada de 1970 por cinco grandes empresas privadas 20VE48sd147 SD89 O Brasil ainda africano nessa rea 27VE78sd173 Dom nio 2 Os assuntos controversos na esteira do dizer de SUPER s o discursivizados pelo acionamento de um imagin rio de primeiro mundo como local de esclarecimento para fechamento dos sentidos em torno da mudan a de estatuto de temas pol micos
227. ento pelas vontades de apagamento construindo um efeito de totalidade e resposta aplic vel A materialidade discursiva o ecossistema a ser analisado no tensionamento das condi es de produ o que emergem dele de forma a destramar o dizer ofertado pelas revistas Com este conjunto de marcadores em m os e a ader ncia institucional da Abril ao verde manifestada na cria o do Movimento Planeta Sustent vel na dimens o de uma discuss o sobre meio ambiente e sustentabilidade como eixo editorial a pesquisa foi norteada pelo encadeamento das seguintes quest es Como as revistas inscrevem se no discurso sobre meio ambiente Como o tema afeta a sua pr tica O que permeia a discursiviza o do lugar do jornalismo diante do tema e dos demais lugares acionados no dizer O que o gesto de an lise pode apontar a sobre as revistas da Abril e sobre o jornalismo de revista b sobre o verde na abordagem jornal stica O objetivo geral do trabalho debater como o jornalismo dota de sentido sua pr tica ao tratar da quest o ambiental De forma interligada a investiga o permeada por tr s objetivos espec ficos a Compreender o jornalismo enquanto pr tica discursiva seus modos e estrat gias de opera o b Tensionar a no o de lugar discursivo e sua aplica o aos estudos em jornalismo em especial no caso do jornalismo de revista 19 c Entender como as revistas constroem sua inser o e seu f
228. entos abre espa o para novas pr ticas e a revista prop e um engajamento otimista SD81 V rias empresas est o fazendo sua parte especialmente agora que a mudan a para um comportamento sustent vel n o s bom para publicidade mas pode reduzir custos 16SU67sd260 SD82 Por outro lado tem muito ambientalista por a revendo seus conceitos E o caso de Carl Pope diretor executivo do Sierra Club a mais antiga organiza o ambientalista do mundo fundada em 1892 nos EUA e que hoje conta com 600 mil membros ativos A tarefa do ambientalismo no s culo 21 totalmente diferente da que definiu o pr prio movimento no s culo 20 Por 100 anos aqueles que se chamavam primeiro de conservacionistas e depois ambientalistas definiram sua tarefa como sendo de limitar e depois limpar a ordem industrial existente Para os pr ximos 100 anos nossa tarefa dar forma desenhar e acelerar a chegada de uma nova e sustent vel ordem econ mica Que assim seja 16SU67sd269 Dom nio 3 A simbiose constitutiva do discurso de EXAME de ader ncia e identifica o ao discurso econ mico faz a revista operar pelo controle da disper o em torno do universo de solu es atrelando as a um contexto em que o dinheiro ainda mais verde e ajuda a desenhar uma perspectiva vi vel aos problemas que se apresesentam fortemente marcada todavia por uma vontade de controle das poss veis incongru ncias do cen rio O dizer circunda as nova
229. eol gica no interior de uma dada forma o social heran a das considera es de Althusser 1985 em Aparelhos Ideol gicos do Estado no qual o 69 autor partilha a rela o entre processos produtivos e ideologia uma vincula o que leva o sujeito a ocupar um lugar espec fico em um dos lados das classes antag nicas no modo de produ o capitalista Pensando a l ngua e sua inscri o inerente na forma o social para os te ricos da AD est desenhada a articula o que faz os processos discursivos carregarem o social a linguagem permeada pelo ideol gico o que permite avan ar para os demais mecanismos implicados no dizer O conjunto de conceitos inaugurados por P cheux principalmente a partir da d cada de 70 do s culo XX pressup e que n o h discurso sem sujeito e n o h sujeito sem ideologia a partir de entendimentos buscados em Althusser 1985 para quem todo indiv duo se torna sujeito ao ser interpelado pela ideologia sem consider lo agente da hist ria mas agente na hist ria ALTHUSSER 1978 ou seja suas constru es se d o a partir de determinadas condi es e do que lhes permitido avan ar P cheux 1995 ressignifica este pensamento a partir da linguagem e n o sociologicamente tendo a ideologia como conjunto de representa es como vis o de mundo ou como oculta o da realidade Atualmente merecem ser consideradas para tratar o conceito as leituras de Castro G mez
230. epend ncias e interc mbios de tudo com tudo em todos os pontos e em todos os momentos Nada est tico ou isolado do restante Uma vis o mais abrangente das quest es ambientais come a a ser difundida na transposi o dos anos 1970 para os 80 dentro do que Leis 1999 denomina de quinta fase e atual da ecologia caracterizada pela inclus o do ser humano na biosfera e levando em considera o problemas sociais econ micos e pol ticos junto aos ambientais fortalecendo o elo com as Ci ncias Sociais e Humanas diversamente do que se defendia em 1950 na primeira fase do pensamento ecol gico mais calcado no ecossistema sem a inser o do homem como mais um dos elementos no cen rio natural A ambientaliza o ou ecologiza o pode ser vista como um fen meno paradoxal ao alto grau de consumo hoje observado cujo crescimento se deu nas ltimas quatro d cadas Os par metros de uma vida sustent vel tendo em vista a necessidade de mudan a de padr es comportam diferentes modos de v la O consumo n o desaparece ele adjetivado de outras maneiras fruto de uma estrat gia do pr prio mercado o que mexe com uma ampla gama de significa es em torno de um nico sentido a cristaliza o de um car ter verde s propostas das empresas produtos e servi os nos quais a sustentabilidade ou desenvolvimento sustent vel aparecem como mote apropriado em diversos discursos medida mesmo que a tem tica se imp e e o m
231. eres isto as pr ticas discursivas materializam as a es dos sujeitos na hist ria A discursividade tem pois uma espessura hist rica e analisar discursos significa tentar compreender a maneira como as verdades s o produzidas e enunciadas Lugar diz respeito idendidade dos parceiros do discurso Para P cheux 1993 a AD deve evidenciar as rela es complexas entre lugares e forma es imagin rias O franc s op e o lugar que se refere aos estatutos socioecon micos de tra os caracter sticos e objetivos s forma es imagin rias ou seja imagem que os participantes do discurso fazem do seu pr prio lugar e do lugar do outro A sustenta o das forma es imagin rias dada por quest es impl citas afirma Quem sou eu para lhe falar assim Quem ele para eu lhe falar assim Quem ele para me falar assim p 83 A no o de lugar tamb m aparece em Flahault 1978 p 58 apud MAINGUENEU 1997 p 68 designando de forma geral os pap is institu dos no discurso e que devem ser pensados como rela o de lugares N h palavras que n o sejam emitidas a partir de um lugar e que n o convoquem o interlocutor para um lugar correlativo Na rela o de lugares os sujeitos demarcam o lugar que pretendem ocupar e ao mesmo tempo o lugar atribu do ao outro lembrando que as situa es de intera o ser o sempre caracterizadas por uma negocia o do lugar de cada um As rela es d
232. es por ano se todos os pa ses participassem e cumprissem suas promessas 14EX37sd331 O cientista pol tico usa dados concretos para abrandar os discursos alarmistas 14EX37sd332 Precisamos relembrar que o objetivo final n o reduzir as emiss es de gases do aquecimento global em si mas melhorar a qualidade de vida e do meio ambiente afirma 14EX37sd333 199 17EX48 A ind stria automobil stica aperta os cintos de seguran a e se prepara para a maior transforma o de sua hist ria Pressionadas pela depend ncia do petr leo pela amea a da mudan a clim tica e pelos novos h bitos dos consumidores as montadoras e uma nova gera o de empreendedores abrem uma era de inova es tecnol gicas que podem transformar o motor de combust o numa pe a de museu 17EX48s5d334 Queimar petr leo perde glamour com uma velocidade assustadora A ind stria automobil stica gigante que movimenta 2 5 trilh es de d lares e emprega 50 milh es de pessoas em todo o mundo hoje d os primeiros passos na maior transforma o de sua hist ria 17EX48sd335 As montadoras n o ganham dinheiro vendendo gasolina Elas vendem mobilidade Nunca se viu um esfor o t o grande para abandonar ou pelo menos manter sob controle o v cio do petr leo 17EX48sd336 Sinais inequ vocos dessa transforma o foram vistos no Sal o de Detroit a pompa anual das montadoras americanas no in cio de janeiro O verde foi a cor dominante e ele n o est
233. esenvolvidos para compensar as suas emiss es As dificuldades de ado o das resolu es da Rio 92 incluindo a n o ades o de grandes poluidores ao Protocolo de Kyoto foram pauta da C pula Mundial sobre Desenvolvimento Sustent vel a Rio 10 em 2002 Estiveram reunidos em Johannesburgo na frica 104 chefes de Estado Organiza es N o Governamentais ONGs setor empresarial e outros segmentos A quest o central foi at que ponto o mundo capaz de mudar o curso para atingir um futuro sustent vel MOUSINHO 2003 p 362 As a es necess rias foram compiladas em um Plano de Implementa o Mundial de dez cap tulos com regras metas e cronogramas para a o sustent vel mas de aplica o n o verificada depois No intervalo entre as duas C pulas a de 1992 e a de 2002 v rios acontecimentos merecem ser destacados Eles d o conta em especial de movimenta es da esfera econ mica em torno da tem tica ambiental incorporando a em seu discurso Essas a es s o importantes para pensar a perspectiva dos dizeres que hoje as revistas que analiso passaram a estampar Tirando seu car ter protocolar todos s o acontecimentos que contribuem na constru o de sentidos acerca da sustentabilidade Em 1999 surgiu o primeiro ndice global que acompanha o desempenho em sustentabilidade das companhias com pap is negociados na Bolsa de Nova York o ndice Dow Jones de Sustentabilidade No mesmo ano a ONU prop s no
234. estinas H quase 170 mil quil metros desses caminhos em sua maioria abertos sem autoriza o por madeireiras em busca de mogno e outras madeiras nobres que alcan am altos pre os no exterior 1NG17sd498 No Brasil as consequ ncias da explora o da madeira quase sempre s o mais danosas que a pr pria extra o Uma vez que as rvores s o derrubadas e os madeireiros seguem adiante as estradas proporcionam acesso a uma explosiva mistura de posseiros especuladores fazendeiros lavradores e invariavelmente pistoleiros Os a ambarcadores de terras seguem at o interior da floresta antes impenetr vel e ali devastam imensas reas a fim de lhes dar uma apar ncia de propriedade leg tima A apropria o ilegal de terras possibilitada por corrup o t ticas violentas e escritas forjadas uma pr tica t o comum que tem um nome espec fico grilagem Tal nome deve se ao fato de no passado os grileiros colocarem falsos t tulos de propriedade em uma gaveta onde grilos famintos ro am o papel fazendo com que parecesse antigo 1NG17sd499 o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis Contando com apenas alguns fiscais para monitorar um territ rio que se estende por milhares de quil metros quadrados o respons vel pelo escrit rio M rcio da Costa pouco pode fazer 1NG17sd500 A fim de reduzir as fraudes as autoridades pretendem implantar um cadastro eletr nico das licen as florestais 1NG17sd5
235. eu leitor pelas m ximas de quantidade no que requerido naquele dado momento qualidade o locutor tem suficientes raz es para dizer o que diz relev ncia o foco da conversa v lido e ordem o discurso que apresenta supostamente ordenado claro e dentro do esperado Na perspectiva da AD estamos no terreno das forma es imagin rias pois quem fala obrigatoriamente tem tr s horizontes a considerar O trabalho das forma es imagin rias designa o lugar que destinador e destinat rio atribuem a si e ao outro como uma imagem que fazem do seu pr prio lugar e do lugar do outro Por isso explorar os referentes mobilizados no funcionamento do discurso das revistas tensionar a historicidade de suas condi es de produ o os pap is do destinador e destinat rio e o terceiro elemento dessa combina o do que se fala o objeto do discurso aqui pensado na tica do tema e seus desdobramentos tem ticos Pela autorreferencialidade as revistas buscam se constituir enquanto agentes do Campo Jornal stico ou seja pretendem sinalizar o seu lugar e o lugar da sua pr tica em uma dada forma o social Tomando como exemplo a sociedade brasileira urbana e leitora de revistas h elementos anteriores ao dizer como o que j se espera que o jornalismo fa a Jornalista e leitor assimilam historicamente uma isen o simb lica natural esquecendo se Conforme visto no decorrer do trabalho a forma o social rep
236. evista com os seus mais de 5 milh es de leitores e com o Brasil 28VE88sd52 SD2 apresentar semanalmente n o apenas um grande leque de informa es confi veis mas tamb m o contexto e a an lise que permitem colocar os fatos em perspectiva e entend los melhor 28VE88sd53 82 VEJA publica especiais Amaz nia desde 1970 Lan ou em 2007 seu 14 n mero com capa dedicada aos problemas da floresta tropical Dispon vel em http veja abril com br arquivo veja amazonia floresta desmatamento preservacao chico mendes serra pelada jari villas boas shtml Acesso em 15 ago 2010 83 O conjunto das 71 SDs referentes aos cinco dom nios est reproduzido no Anexo H 104 SD3 fundamental para isso que a revista seja independente isenta inteligente e respons vel Que busque a objetividade E que esteja comprometida sempre com a liberdade e a verdade 28VE88sd54 SD4 preciso reunir centenas de competentes jornalistas trein los motiv los lider los com sensibilidade imagina o e talento VEJA tem conseguido fazer isso ao longo desses anos 28VE88sd55 SD5 reiterar o compromisso permanente de VEJA com a transforma o do importante em interessante com a isen o e responsabilidade jornal stica e com a defesa intransigente dos interesses do Brasil 28VE88sd56 Neste conjundo de sequ ncias VEJA enuncia de um lugar historicamente constitu do As marcas assinaladas nas SDs s o acionadas por uma fala
237. ez mais no contexto cotidiano dos indiv duos A amplia o todavia n o exclui a possibilidade de conflitos e disputas Antes potencializa uma concorr ncia de vozes em torno do ato de nomear e validar o verde a es pol ticas e opini es em especial pela controversa convers o verde de muitos atores at ent o avessos preserva o Al m do peso na constru o da agenda da sustentabilidade a Rio 92 foi um evento emblem tico para o jornalismo brasileiro A an lise do conjunto de estudos brasileiros sobre jornalismo e ambiente feita por Barros e Sousa 2010 aponta o evento internacional como marco de uma reorienta o tanto do movimento ambientalista como da imprensa de refer ncia N o havia dizem os autores uma agenda ambiental precisa e sistematizada quest o tamb m levantada por Trigueiro 2003 ao comentar que a Rio 92 evidenciou a falta de preparo jornal stico para lidar com o tema inaugurando depois novos espa os para a ecologia nos meios brasileiros Tal movimento acabou por dar ao ecol gico a centralidade hoje consolidada como problem tica global e como prop e o presente texto do verde como objeto do jornalismo a partir do momento em que ele institucionalizado pelas pr ticas do Campo S o reflexos diretos da constitui o do que Barros e Sousa 2010 denominam de 41 2 24 e esfera p blica verde ou ecosfera fundamentada pelas intera es mediadas pela comunica o
238. ferentes espa os no 104 Esta ideia est sugerida em Schwaab e Tavares 2009 em texto que prop e pensar o tema como um operador de sentidos no jornalismo de revista no contexto das pesquisas dos autores 140 interior das revistas as publica es estabelecem via projeto editorial um lugar discursivo verde para si autorizado pelos efeitos do seu lugar social e produtivo na tarefa de media o que cabe a elas pela rela o com os discursos outros dos quais se alimentam para dar conta da circula o dos dizeres que nomeiam a atualidade Assim o jornalismo de revista utiliza se de uma problem tica central da contemporaneidade para assentar se como lugar de saber dizer Ao explorar desdobramentos tem ticos de um assunto conflituoso como a quest o ambiental ofertar dizeres utilit rios torna se produtivo do ponto de vista jornal stico O fator institucional tamb m adquire peso e a for a da tem tica entrela a a es de mercado edi es especiais verdes e guias Neles os capitais simb licos do Campo Jornal stico credibilidade e legitimidade s o acionados como avalizadores da pr tica discursiva mesmo sendo esta fortemente marcada por um sistema de ordem como procurei debater teoricamente e na s ntese das an lises Est em curso no fazer jornal stico dos dom nios discursivos estudados a busca de um efeito de unidade mesmo diante das paradoxos da contemporaneidade um desejo de consenso sobre as incertezas O
239. ga e rege a vida em todas as suas formas Art 3 Dispon vel em http www planalto gov br ccivil_03 Leis L6938 htm 33 da qualidade ambiental prop cia vida visando a assegurar no pa s condi es ao desenvolvimento socioecon mico demonstrando o reflexo tamb m no Brasil das discuss es internacionais travadas neste campo Al m disso como afirma Montibeller Filho 2004 a partir dos anos 1990 o setor empresarial passou a se aproveitar de um emergente mercado verde que valoriza o cuidado ambiental Para o autor trata se de um comportamento que reflexo direto do ambientalismo e da postura da ci ncia mas revela um movimento da esfera econ mica em dire o ao desenvolvimento sustent vel Ao mesmo tempo o discurso ambiental incorporado para agregar valor KUNSCH 2009 BALDISSERA 2009 vira mercadoria SANTAMARINA CAMPOS 2006 para conquistar mercados ou at maquiar pr ticas antiecol gicas tal nos faz pensar a ironia de algumas tiras da s rie Quadrinhos dos anos 10 do cartunista Andr Dhamer Ilustra es 1 e 2 na qual o autor busca fazer pensar acerca da primeira d cada do s culo XXI em suas ambival ncias e contradi es tendo o mundo empresarial como um dos principais alvos e deixando ver sua vontade de constru o discursiva do mundo E A SAUD VEL VENDIA COMIDA QUE A LIFE ERA UMA MOTO A MARCA DA PETROL FERA CAUSAVA PRESS O ALTA E Dad Ilustra o 1 Quadrinhos dos anos 1
240. ges O discurso jornal stico da sustentabilidade em programas de r dio sobre meio ambiente uma an lise do quadro Mundo Sustent vel e do programa Gua ba Ecologia Disserta o mestrado Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Comunica o e Informa o 2007 Dispon vel em lt http www biblioteca ufrgs br bibliotecadigital gt SCHWAASB Reges TAVARES Frederico de Mello Brand o Los proyectos editoriales y sus temas en la configuraci n de estrategias period sticas y mercadol gicas en el periodismo de revista In Anais do Congreso Internacional de la Asociaci n Espa ola de Investigadores de la Comunicaci n 2 2010 M laga Cuaderno de Abstracts M laga Asociaci n Espa ola de Investigadores de la Comunicaci n y Universidad de M laga 2010 pp 140 141 SCHWAAB Reges TAVARES Frederico de Mello Brand o O tema como operador de sentidos no jornalismo de revista Revista Gal xia S o Paulo n 18 pp 180 193 dez 2009 SENNET Richard O decl nio do homem p blico As tiranias da intimidade S o Paulo Companhia das letras 1989 SILVA Gislene Problem tica metodol gica em jornalismo impresso Rumores ECA USP S o Paulo v 1 s p 2008 SILVA Marconi Oliveira da Imagem da verdade jornalismo linguagem e realidade S o Paulo Annablume 2006 158 SILVA Maria Cristina Vi as Gomes da Estudo comparado do enquadramento e do discurso jornal stico sobre a Amaz ni
241. gicas No decorrer dos dois anos iniciais desta investiga o 2007 e 2008 acompanhei as publica es de abrang ncia nacional construindo uma amostra de mais de 100 diferentes n meros nos quais o tema meio ambiente figurou em ampliado espa o a come ar pela manchete de capa A dissemina o do espa o em revistas tradicionais produto de diferentes editoras nacionalmente reconhecidas foi acompanhada por uma profus o de novos t tulos surgidos na ambi ncia criada pela discuss o em torno das mudan as ambientais 84 globais oferecendo conte do espec fico sobre meio ambiente geralmente em n meros mensais por m de tiragem e circula o mais restritas algumas j extintas S o exemplos t tulos como SUSTENTA AQUECIMENTO GLOBAL e M E TERRA e de outro lado P GINA 22 editada desde 2006 pela Funda o Get lio Vargas t tulo que consolidou um tipo de abordagem sobre sustentabilidade do ponto de vista s cio econ mico Ilustra o 7 ELA AGUENTA PERENS S O dinheiro que d em rvores ta me e RR A parte que faita no as an Ilustra o 7 Capas de Sustenta Aquecimento Global M e Terra e P gina 22 Findado o per odo temporal de coleta de posse de todo o material mencionado realizei sucessivos recortes at a escolha final pelas publica es da Editora Abril como material a ser trabalhado nas etapas seguintes Dois elementos foram considerados na op o no conjunto coletado eram da E
242. hecido pelo leitor No caso do discurso jornal stico em especial no observado aqui ele pode funcionar como produtor de um distanciamento e na proje o de uma imagem de observador imparcial que relata o que comprovou ou na estrat gia de enquadramento do grau de especializa o que embasa as escolhas feitas no trabalho de reportagem Diante da complexidade social contempor nea e da emerg ncia dos conflitos em torno das solu es para as quest es ambientais a pr tica jornal stica oferta sua media o em mapas de temporalidades espacialidades e dizeres utilit rios cujo efeito responder n o a quest es propriamente factuais mas a uma conjuntura Os funcionamentos observados indicam um agendamento que permeia as revistas fruto da sua identidade mediadora da miss o que constitui os mecanismos imagin rios institui o o jornalismo que faz sua periodicidade e a manifesta o editorial do que relevante ser dito A processualidade midi tica definida por Esteves 2005 como a de gest o de bens escassos o tempo e a aten o inclusive como consequ ncia do significado democr tico socialmente atribu do aos meios Vem tona mais uma vez o patamar das forma es imagin rias que d o cor ao Campo Jornal stico efic cia legitimidade equil brio emergem como atributos naturais e inerentes ao discurso em quest o 103 pa E E Reiterando que receptor e leitor servem para determinar que seus lugares est
243. his investigation is set in the reading of excerpts taken from feature stories and editorial texts from five of Editora Abril s magazines published in the years 2007 and 2008 and that under the label Movimento Planeta Sustent vel Sustainable Planet Movement presented the environmental theme as a front page headline The apprehension is of a double emergence of the theme in the magazine pages and of journalism in the theme Publication wise the willing to legitimate an intervallic mediation with the effect of resolving ambivalences is communicated In the texts the magazines activate a relation of places their own of readers of other Social Fields in such a way as to enunciate solutions The study approaches an ecology of journalism based on concept notions from Discourse Analysis and Journalism Theories discussing the discursive inscription of Abril s magazines concerning the green value to the constitution of a place of knowing to say in tune with nowadays spirit Keywords Journalism Magazines Discourse Environment Editora Abril QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5 QUADRO 6 QUADRO 7 QUADRO 8 QUADRO 9 QUADRO 10 QUADRO 11 QUADRO 12 QUADRO 13 LISTA DE QUADROS S ntese Dom nio 1 VEJA sms A SG Usa PEA GU Da salada 105 S ntese Dom nio 2 SUPERINTERESSANTE 110 S ntese Dom nio 3 EXAME esssssssssssssssssssssersrrereerrersee 115 S ntese Dom nio 4 NATIONAL GEOGRAPHIC
244. hor tecnologia dispon vel e sobretudo uma massa de produtores muit ssimo preparados para fazer uso desse conhecimento afirma Andr Pessoa diretor da Agroconsult especializada em agroneg cio 25EX68sd408 N meros e bate boca a parte por m o que parece que ficou claro para o governador de Mato Grosso assim como para deputados associa es de produtores cientistas ongueiros e outros formadores de opini o da regi o que o estado n o pode aceitar ou ignorar o estigma de destruidor da Amaz nia 23EX68sd409 exatamente por isso que talvez essa regi o seja o maior desafio ambiental brasileiro 25EX68sd410 A hist ria do desmatamento no Estado tem um enredo muito mais complexo que o notici rio costuma mostrar Seu principal fio condutor uma legisla o que muda ao sabor das press es e das ideologias dos governos de plant o Hoje vistos como impiedosos destruidores de rvores os agricultores matogrossenses j foram considerados desbravadores fundamentais para a soberania nacional 25EX68sd411 Ningu m veio para c catar coquinho N o temos a cultura extrativista em nossas veias E isso n o vai mudar Blairo Maggi governador do Mato Grosso 25EX68sd4 12 Os ambientalistas festejaram a medida Mas as pessoas como o pecuarista americano John Carter dono de terras em Mato Grosso ainda enxergam com ceticismo Ela contraproducente e de certa forma instiga a desobedi ncia civil diz ele 25EX68sd413
245. i n Madrid Alianza Editorial 2003 GIL Fernando Media es Lisboa Imprensa Nacional Casa da Moeda 2001 GIRARDI Ilza Maria Tourinho MASSIERER Carine LOOSE Eloisa Belling Loose SCHWAASB Reges Jornalismo Ambiental caminhos e descaminhos Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo 8 SBPJor S o Luis UFMA 2010 GIRARDI Ilza SCHWAAB Reges orgs Jornalismo Ambiental desafios e reflex es Porto Alegre Editora Dom Quixote 2008 GOLDEMBERSG Jos O caminho at Joanesburgo In TRIGUEIRO Andr org Meio Ambiente no S culo 21 21 especialistas falam da quest o nas suas reas de conhecimento Rio de Janeiro Sextante 2003 pp 171 181 GON ALVES Elias Machado Tr s pressupostos para que o estudo do jornalismo seja levado a s rio Uma cr tica a Taking Journalism seriously de Barbie Zelizer Pauta Geral v 8 p 155 172 2006 GREGOLIN Maria do Ros rio Forma o discursiva m dia e identidades In INDURSKY Freda e FERREIRA Maria Cristina Leandro An lise do Discurso no Brasil mapeando conceitos confrontando limites S o Carlos Claraluz 2007 GRICE Paul L gica e conversa o In DASCAL Marcelo org Fundamentos Metodol gicos da Lingu stica v IV Campinas Unicamp 1982 153 GRIGOLETTO Evandra O discurso de divulga o cient fica um espa o intervalar Tese de Doutorado Programa de P s Gradua o em Letras Porto Alegre Universidade Feder
246. ia o ao discurso que permeia todos os aspectos te rico metodol gicos da tese considero a heterogeneidade constitutiva de toda forma o discursiva como elemento para trabalhar as diferentes posi es assumidas pelo discurso jornal stico assim que o discurso sobre o verde em especial na tem tica da sustentabilidade ser debatido no decorrer do trabalho na qualidade inerente ao dizer jornal stico de ser um discurso sobre no qual diferentes posi es sujeito est o em intera o operadas de um lugar discursivo constru do para dissolver as ambiguidades No encadeamento das marcas hegem nicas que d o corpo aos movimentos parafr sticos localizados no gesto de leitura sustento parte da discuss o sobre o valor do verde reiterado pelo discurso jornal stico Marcas espec ficas tamb m s o apoiadoras da estrat gia das revistas em nominar seu jornalismo e sua a o diante dos desafios da quest o 21 ecol gica no mundo contempor neo concretizando suas opera es em sintonia com o esp rito da atualidade e sobre o qual precisam dar conta Analisar o dizer sobre meio ambiente pressup e considerar uma ininterrupta dimens o de conflito Nela se desenha outra hip tese da tese a de que o jornalismo ao discursivizar a quest o ambiental situa se entre as disputas dos Campos pelo dom nio de uma racionalidade ambiental para solu o de problemas porque passa a constituir um lugar para si no tema Por isso falo n
247. icazes caminhos para as problem ticas ecol gicas de forma a dar conta dos riscos de uma cat strofe clim tica de forma mais efetiva O acontecimento discursivo que inaugura a linha de entendimento que guiou a presente pesquisa sugere uma nova frente de opera o em termos de dicotomias produtivas para o jornalismo Dizer o que funciona exige que os conflitos sejam encenados abrindo espa o para as oposi es que logo adiante v o figurar nas p ginas das revistas cientistas versus ambientalistas c ticos versus dogm ticos ambientalistas versus governos por exemplo Ao debater uma dimens o pol tica para o enfrentamento das mudan as clim ticas Giddens 2010 defende uma a o contundente e multisetorial Por mais que fique claro para o pensador um cen rio de crise ambiental Giddens n o opta pelo catastrofismo ao qual faz s rias ressalvas Prefere sublinhar o aspecto paradoxal da quest o contornando o desenho pessimista com a perspectiva do risco que demanda um agir combinado por m de dif cil Entre as mais importantes repercuss es de cunho pol tico as informa es elencadas pelo Quarto Relat rio nortearam as discuss es da Confer ncia das Na es Unidas sobre a Mudan a Clim tica em Bali em dezembro de 2007 Essa c pula internacional teve representa es de mais de 180 pa ses e firmou as bases das negocia es para o estabelecimento de um novo acordo at o final de 2009 para substituir o Protocolo de Ky
248. icidade abril com br marcas exame revista informacoes gerais Acesso em 18 agosto 2010 ExcLusivo Como Jeff Immeit presidente mundial da GE conseguiu transformar sustentabilidade em muito lucro j INOVA O Os empreendedores brasileiros que buscam a fortuna na onda verde DESENVOLVIMENTO A cidade brasileira que une crescimento chin s e ambientalismo n rdico TEND NCIA O lobby dos neg cios verdes ganha for a em Bras lia Ecoefici ncia Areceitadas Pressionado ermpresasque porativistas de se tornaram e pelo mercado refer nciaem internacional economia de o setor procura guaconergia se reinventar verde social corporativa noBrasil C Guia Exame dez 2007 Ilustra o 14 Mosaico 3 O verde em EXAME EXCLUSIVO ESPECIAL EM BUSCA DO CARRO DO FUTURO A ind stria automobil stica mundial vive o maior desafio de sua hist ria livrar se do caro e poluente petr leo 20 empresas modelo Natura D Guia Exame out 2008 113 Na media o que prop e EXAME o lugar da revista est equiparado autoridade do Campo ao qual potencialmente se dirige o Campo Econ mico Empresarial O lugar do jornalismo de EXAME delineado por prop sitos de orienta o dos atores empresariais seus leitores A imagem jornal stica passa a ser pontuada por referentes de um discurso de efic cia de aferi o e legitimidade em nomear pr ticas corretas ou n o em
249. icipou junto com o ex vice presidente americano Al Gore da elabora o do selo Energy Star criado pelo governo dos Estados Unidos no in cio da d cada de 90 33EX885d489 Ao adotar o discurso verde por m Michel Dell n o atrai a aten o apenas de potenciais clientes Chama para si tamb m a cobran a mais intensa de ambientalistas e quiser ser a empresa mais verde do planeta ela tem de reduzir mais fortemente suas emiss es em vez de apenas comprar cr ditos de carbono afirma Tom Dowal coordenador do Greenpeace para assuntos de tecnologia e um dos respons veis pelo nico ranking que compara fabricantes de eletr nicos no aspecto ambiental At setembro a Dell liderava entre os fabricantes de computador 33EX88sd490 A tarefa de colocar uma empresa no caminho da responsabilidade ambiental n o simples uma transforma o dessas tem de incorporar os v rios elos da cadeia de neg cios Tudo ainda muito novo nessa rea e dif cil encontrar fornecedores qualificados afirma Vinicius Arosi respons vel pela f brica da Dell em Hortol ndia 33EX88sd491 No mesmo mural um cartaz propagandeia uma competi o para funcion rios quem apresentar tr s contas de gua que mostrem redu o do consumo em casa ganha um jantar para duas pessoas Queremos que os conceitos de prote o ambiental sejam praticados no dia a dia das pessoas n o s dentro da empresa afirma Arosi E provar que meio ambiente n o signific
250. ico dinamarqu s Bjorn Lomborg costuma provocar arrepio nos ambientalistas mais ortodoxos 18EX58sd378 A obra uma esp cie de libelo contra a tese vigente de que as emiss es de carbono devem ser reduzidas a qualquer custo em prol da sobreviv ncia do planeta Lomborg n o nega o aquecimento global Questiona por m se empresas e governos deveriam mesmo gastar bilh es de d lares para combat lo quando tantos problemas prementes como fome e doen as tropicais ainda assolam o mundo 18EX58sd379 Uma das etapas mais cr ticas para fazer a estrat gia verde dar certo uma preocupa o absolutamente in dita para essas fabricantes convencer os consumidores a devolver os aparelhos em vez de eles simplesmente coloc los na gaveta ou jog los no lixo 18EX58sd380 25EX68 Capitalismo a salva o para a Amaz nia 25EX68sd381 S o desenvolvimento econ mico pode eliminar o principal predador da floresta a pobreza extrema 25EX68sd382 202 H tr s anos motivada pela escalada do pre o do alum nio a americana Alcoa chegou a Juriti para investir 1 3 bilh o de reais na instala o de uma mina Desde ent o a cidade com 35 000 habitantes vive um frenesi Brotaram ali dezenas de novos empreendimentos como hot is restaurantes e at mesmo uma filial da rede de lojas de cosm ticos O Botic rio 25EX68sd383 Para arrancar a bauxita escondida debaixo da floresta a rea de lavra situa se na mata virgem a
251. idade inova o mercado nascente preocupa o emprega bem sucedidos 136 137 Ao abordar a quest o ambiental jornalistas e editores est o interpelados por saberes diversos fruto das din micas desse dizer entre os demais Campos Sociais Ao inscreverem se em um lugar discursivo h uma determina o de diferentes ordens permeada por rela es de poder saber e poder dizer Diante de temas da complexidade contempor nea o jornalismo de revista almeja n o somente poder dizer Acionando as imagens identit rias que revestem seu lugar h um esfor o de montagem de quadros espec ficos cujo efeito seja o reconhecimento de um saber dizer de agente de informa o especializada coerente e correta Ao mesmo tempo a constitui o do lugar discursivo das revistas depende da exist ncia de um espa o para as pr ticas discursivas do cotidiano observada na ader ncia ao discurso do senso comum de forma a abarcar o leitor no interior do dizer Como sinalizado no quadro te rico os discursos sobre s o discursos intermedi rios falam sobre um discurso de origem situando se entre este e o receptor Como reflete Mariani 1998 de um modo geral os discursos sobre representam lugares de autoridade em que se efetua algum tipo de transmiss o de conhecimento O falar sobre orbita entre o descrever acontecimentos e singularidades e estabelecer a rela o destas com um campo de saber j recon
252. idade cient fica receiam que o bombardeio de an ncios apocal pticos que inicialmente seria positivo por chamar a aten o da popula o para o problema possa acarretar insensibilidade por superexposi o 4SU17sd205 Um dos 4 brasileiros a participar do painel da ONU o climatologista Carlos Nobre tamb m do INPE n o desaprova o escarc u midi tico 45U17sd206 Discord ncias e incertezas na ci ncia s o normais e saud veis afinal isso que move as descobertas Mas alguns defendem que no caso do aquecimento global h mais em jogo que simples pontos de vista Muito se falou n o raro com raz o que a ind stria do petr leo financiava os c ticos 48U17sd207 O jornal The New York Times descobriu a tram ia e os c ticos come aram a ser vistos com desconfian a Por outro lado seria injusti a dizer que todos os negacionistas sejam vendidos como os tacha a maioria dos cientistas que defendem a hip tese antropog nica Aquecimento global virou uma religi o Falar algo contra a corrente dominante virou uma heresia afirma Nigel Calder ex editor da revista New Scientist ele mesmo um herege assumido 4SU17sd208 Calder um dos principais personagens do document rio The Great Global Warning Swindle A grande farsa do Aquecimento Global in dito no Brasil mas que voc v no site da SUPER 45U17sd209 Mas um dream team de economistas alguns Pr mios Nobel se reuniu h 3 anos com o desafio de eleger quais
253. ientalista por a revendo seus conceitos o caso de Carl Pope diretor executivo do Sierra Club a mais antiga organiza o ambientalista do mundo fundada em 1892 nos EUA e que hoje conta com 600 mil membros ativos A tarefa do ambientalismo no s culo 21 totalmente diferente da que definiu o pr prio movimento no s culo 20 Por 100 anos aqueles que se chamavam primeiro de conservacionistas e depois ambientalistas definiram sua tarefa como sendo de limitar e depois limpar a ordem industrial existente Para os pr ximos 100 anos nossa tarefa dar forma desenhar e acelerar a chegada de uma nova e sustent vel ordem econ mica Que assim seja 16SU67sd269 111 Uma vez que o lugar de SUPERINTERESSANTE estabelecido na rela o com o discurso da ci ncia isso ser determinante na imagem do leitor e de outros lugares que a revista autoriza a poderem dizer o tema meio ambiente O discurso do cotidiano ser o contraponto para demarcar o grau de especializa o encontrado em SUPER estabelecendo a precis o do dizer proposto em suas p ginas em compara o com um saber n o legitimado como por exemplo representado pela generaliza o ambientalistas que no discurso da revista aparece em uma zona de sombra eles erraram SD22 em situa o oposta ao lugar da luz os cientistas s rios SD 23 assim como os sujeitos de SUPER materializado pela ci ncia pelos que mudaram de
254. ilus o do que real Como elemento constitutivo do discurso P cheux 1993 associa forma o social no o de condi es de produ o chamando para o espa o no qual rela es de for a antag nicas se relacionam e remetendo diretamente ao espa o emp rico no qual est o mergulhados os interlocutores O discurso acontece sempre a partir de condi es de produ o dadas como uma parte de um mecanismo em funcionamento isto como pertencente a um sistema de normas nem puramente individuais nem globalmente universais mas que derivam da estrutura de uma ideologia pol tica correspondendo pois a certo lugar no interior de uma forma o social dada p 77 Sublinha assim a necessidade de remeter o dizer s rela es de sentido nas quais produzido relembrando que um processo discursivo n o tem in cio no momento observado naquele acontecimento espec fico mas conjugado sob elementos pr vios uma mat ria prima sempre pass vel de retorno recortada e dita da maneira que pelas condi es compartilhadas pelos sujeitos Isso implica portanto que o falante experimente o lugar de ouvinte a partir do seu pr prio lugar em uma antecipa o imagin ria que constitutiva do discurso como amplia a no o de forma es imagin rias importante para pensar a pr tica jornal stica Debater a posi o que o locutor atribui a si depende da explicita o que trazem as demais no es Pensar a materialidade id
255. imento a partir do pr prio texto considerando que no processo de produ o de sentidos interv m o sujeito e sua historicidade bem como as rela es entre sujeito a L ngua e 66 a Ideologia tudo isso dimensionado no tempo e no espa o O discurso como objeto da AD n o fechado em si mesmo e nem dom nio exclusivo do locutor Como afirma Orlandi 2001 aquilo que se diz significa em rela o ao que n o se diz ao lugar social do qual se diz para quem se diz em rela o outros discursos Ainda nas defini es sobre AD Brand o 2004 fala de uma teoria cr tica da linguagem que luta contra qualquer forma de cristaliza o do conhecimento contra a territorializa o o esquadrinhamento a delimita o dos dom nios do saber A AD procura apreender como no lingu stico inscrevem se as condi es s cio hist rias A inst ncia da linguagem a do discurso considerando a linguagem como intera o e um modo de produ o social ela n o neutra e nem natural sendo assim um lugar de manifesta o da ideologia Tr s nomes fundamentalmente est o no horizonte da An lise do Discurso derivada do franc s Michel P cheux e v o influenciar suas propostas Althusser com sua releitura das teses marxistas Foucault com a no o de forma o discursiva da qual derivam v rios outros conceitos interdiscurso mem ria discursiva pr ticas discursivas etc Lacan em sua leitura das teses de Freud sobre o inc
256. in rio e ideol gico de cujos efeitos de sentido dependem de uma complexa rede Os produtos jornal sticos t m um car ter poliss mico essencial s o linguagem Mesmo assim o lugar institucional e profissional do jornalismo ainda resguarda e retrabalha constantemente um estatuto simb lico de objetividade e imparcialidade como a pr pria an lise discursiva aqui desenvolvida procurar trabalhar Esse esfor o se traduz em regras procedimentos de apura o pr prios ao Campo incorporados ao imagin rio sobre o Jornalismo Discurso processo em curso n o cabendo pens lo como um conjunto de textos O que o caracteriza ser uma pr tica uma forma de interven o no mundo A afirma o de Maingueneau 2007 reflete sobre uma vis o conceitual tomada de empr stimo de Foucault 2005 que sublinha a necessidade de articula o das perspectivas do dizer com o funcionamento de grupos que as gerem Desse modo h um intrincamento entre discurso e lugar ou discurso e institui o para seguir na esteira de Foucault 3 1 Pensar o jornalismo de revista Para explorar o discurso jornal stico cabe ainda uma particularidade Na especificidade deste estudo pens lo pela sua inser o nas l gicas midi ticas no mercado formado pelo conjunto dos meios de comunica o preciso considerar o discurso jornal stico das revistas pela sua vincula o a uma editora institui o que as mant m organiza e define a Editora
257. inistra da Noruega Gro Harlem Brundtland lan ou em 1987 um documento chamado Nosso Futuro Comum conhecido tamb m como Relat rio Brundtland O documento popularizou uma defini o para desenvolvimento sustent vel como aquele que atende s necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as futuras gera es atenderem s suas pr prias necessidades Desde ent o nos encontros internacionais sobre meio ambiente a operacionaliza o do conceito tem sido o centro das discuss es No Brasil o movimento ambientalista acolheu o conceito de desenvolvimento sustent vel expresso no Relat rio Brundtland na busca por abordar prote o ambiental na sua rela o com quest es pol ticas e econ micas A pr pria legisla o brasileira j havia incorporado esta dimens o Em 1981 a Lei 6 938 em seu artigo 2 estabeleceu que a Pol tica Nacional de Meio Ambiente teria por objetivo a preserva o melhoria e recupera o fi a s n 7 Organiza o internacional voltada para pesquisas sobre o ecossistema Dispon vel em www worldwatch org br Lester Brown foi entrevistado pela revista VEJA em 2001 quando defendeu a puni o econ mica aos poluidores Dispon vel em http www worldwatch org br lb amarelas veja htm 12 A Lei 6 938 artigo 2 de 31 de agosto de 1981 considera meio ambiente o conjunto de condi es leis influ ncias e intera es de ordem f sica qu mica e biol gica que permite abri
258. ir Como salvar a Terra O planeta no limite Terra manual do usu rio Terra em transe Pense verde Aquecimento global muito pior do que voc imagina muito pior O fim do mundo come ou foram as manchetes SCIENTIFIC SER e AMERICAN S Salileu A DR B LE do dem fo ido a o os esp 5 Ai mova Face das doen as o Font VOCE j SIWE KUUL 70 p gices sobre y mus possivel farer j p ra DIGA ADEUS SUA PRIVACIDADE _ qua i E a SALVAR O PLANETA 5 PIOR DO QUE VOC o O IMAGINA MUITO PIOR Ilustra o 3 Capas de edi es de The Ecologist 2001 Superinteressante 2001 Scientific American Brasil 2005 Galileu 2005 Caros Amigos Especial 2005 Galileu 2006 e Superinteressante 2006 Aa Llifestyle Gr ner leben Ilustra o 4 Capas de Edi es Verdes pelo mundo 81 O teor catastr fico sintetiza o in cio de uma virada para uma maior aten o ao tema com o come o de uma incorpora o mais efetiva de quest es ecol gicas ao cotidiano de abordagem dos meios mas ainda n o assumidas institucionalmente como pol tica editorial e mercadol gica Com o andar dos anos 2000 passada a primeira metade da d cada meio ambiente passou a figurar como preocupa o mais presente em t tulos de diversas editoras Uma aten o multifacetada come a a se estabelecer em rela o ao tema trazendo novos marcos para o debate Da
259. is H tamb m um vi s estrat gico de enquadramento do pr prio Campo Jornal stico e de seu valor na oferta simb lica dos produtos e saberes mais adequados atualidade assim que o presente trabalho pensa o discurso sobre meio ambiente nas revistas da Abril dizeres em rela o com o seu acontecimento hist rico e suas condi es de produ o portadores de um determinado estatuto de leitura pelo espa o onde t m ocorr ncia Estudar o jornalismo como pr tica discursiva pressup e considerar propriedades que emergem da soma de condi es peculiares de fazer bem como da natureza de media o que o move O material emp rico que deu origem amostra e depois ao corpus discursivo para a pesquisa teve como recorte temporal os anos de 2007 e 2008 os dois primeiros anos do Movimento Planeta Sustent vel O per odo abarcou a consolida o de uma agenda global mais ampla das quest es ambientais assim como um esfor o em partilh la Para a investiga o como marcadores iniciais considerei dois acontecimentos discursivos a publica o do quarto relat rio do Painel Intergovernamental sobre Mudan as Clim ticas IPCC rg o vinculado s Na es Unidas e a cria o pela Abril do Movimento De forma mais contundente que informes anteriores o mais recente Relat rio produzido pelo IPCC evidenciou cientificamente a contribui o antropog nica para o fen meno das altera es clim ticas globais Sublinhou
260. is o na medida em que os meios produzem sentidos dirigidos educa o das pessoas acerca dos modos de ser e estar na cultura mobilizados por um dizer que toca no aprendizado cotidiano sobre os pap is sociais e atitudes que cabem a cada pessoa Na perspectiva de Fischer a estrat gia discursiva destes discursos o de ensinar como fazer na oferta de dicas especializadas nas quais fala o poder de verdade de ci ncia de seriedade dos espa os jornal sticos Em linha similar Scalzo 2008 p 45 identifica nas revistas um espa o potencial para a vontade de contornar comportamentos e dotar de sentido as pr ticas sociais em especial pela tica da sustentabilidade como faz VIDA SIMPLES Se de um lado as compras e os cat logos est o em alta essa mesma sociedade seduzida pelo consumo ou pelo menos a parte dela que n o se rende a ele est gerando um mercado crescente para revistas que pregam exatamente o contr rio uma vida mais simples com nfase no consumo consciente O foco desvia se do consumismo desenfreado para o que seriam as necessidades essenciais das pessoas e para uma filosofia ecol gica de prote o do planeta SCALZO 2008 p 45 O consumo sugerido portanto reveste se da qualidade de ser o essencial para a vida melhor que nomeia a promessa da publica o Entre as edi es de VIDA SIMPLES selecionadas na amostra que forneceram recortes para o corpus discursivo est o n mero
261. ise do Discurso refor aram a vigil ncia em torno do poder de influ ncia O sentido regra n o est nem nos sujeitos mas em um espa o gerado entre eles e o dizer em quest o Perspectivas dos Estudos Culturais de igual forma solicitam que se pense na atividade de leitura e interpreta o como ativas portanto plenas de possibilidades Mesmo assim o discurso existe por filia es inscri es ideol gicas e opera es imagin rias que sintetizadas contornam o dizer como resultado de vontades de escolhas para e por condi es hist ricas de apari o dos textos Na ordem do discurso jornal stico marcada por uma rela o com a verdade evidente da informa o deve ser pensada tamb m a rela o referencial da linguagem evidenciada pelo jornalismo por uma identidade imagem historicamente constitu da de fazer objetivo isento e confi vel O imagin rio do car ter p blico de relev ncia e de mobilizador plural de vozes no ambiente democr tico sublinham a necessidade de n o apenas observar o que diz o jornalismo necess rio congregar uma compreens o dos discursos que o jornalismo traz sobre si como mecanismos de estrutura o do Campo e suas pr ticas estas levadas a cabo em um exerc cio de autonomia marcadamente reduzida Al m da inscri o ideol gica dos sujeitos na l ngua as condi es de produ o do discurso jornal stico s emergem depois de uma concilia o dos marcadores editoriais institucionais e
262. istas n o significa a observa o imparcial dos acontecimentos mas um relato imparcial e equilibrado 53 jornalismo como parte do universo midi tico Interessam portanto suas peculiaridades sem desconsiderar os v nculos diversos que o sustentam Fa o esse apontamento apoiado em Silverstone 1999 para quem estudar a m dia problematizar a sua experi ncia nas realidades cotidianas Em termos metodol gicos Silverstone at desloca o olhar da produ o para a rela o produ o consumo e para as particularidades desse consumo Sugere considerar como a m dia constr i tamb m o seu consumo tensionando todos os aspectos da participa o dela na vida contempor nea este o espa o que fundamenta o estudo de um produto da m dia no mundo mundano que ela opera de maneira mais significativa Ela filtra e molda regularidades cotidianas por meio de suas representa es singulares e m ltiplas fornecendo crit rios refer ncias para a condu o da vida di ria para a produ o e manuten o do senso comum SILVERSTONE 1999 p 20 Para o autor esse senso comum significa o compartilhada e pela sua for a pelo seu car ter naturalizado invis vel Desse senso partilhado que depende a m dia Al m disso pelo senso comum que os cidad os tornam se aptos a partilhar suas vidas com os outros e distingui las umas das outras A discuss o de Silverstone faz pensar sobre o papel do jornali
263. it ria 2006 152 FOUNTCUBERTA Mar de La not cia Barcelona Ediciones Paid s 1993 FRANCA Vera R V Jornalismo e vida social a historia amena de um jornal mineiro Belo Horizonte Editora UFMG 1998 FRANCISCATO Carlos E A fabrica o do presente como o jornalismo reformulou a experi ncia do tempo nas sociedades ocidentais S o Crist v o Editora UFS 2005 FURTADO Orle es Alan Mendon a O discurso do fotojornalismo independente na guerra do Iraque Disserta o mestrado Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de P s Gradua o em Ci ncias da Comunica o 2008 259 f FURTADO Celso Os desafios da nova gera o Revista de Economia Pol tica v 24 n 4 96 out dez 2002 FURTADO Tha s As lacunas de sentido no discurso jornalisto do rep rter ao editor da revista Veja Disserta o mestrado Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Letras 2000 132 f GARCIA CANCLINI N stor Consumidores e cidad os conflitos multiculturais da globaliza o 3 ed Rio de Janeiro Editora UFRJ 1997 GENRO FILHO Adelmo O segredo da pir mide para uma teoria marxista do jornalismo Porto Alegre Ortiz 1989 GIDDENS Anthony A pol tica da mudan a clim tica Rio de Janeiro Zahar 2010 GIDDENS Anthony As consequ ncias da modernidade S o Paulo Editora Unesp 1991 GIL CALVO Enrique El medio es el mensaje riesgo incertidumbre y medios de comunicac
264. italista liberal O verde muda atualiza se mas seu valor o ideal do conceito de sustentabilidade permanece acionado discursivamente fala nas diferentes posi es assumidas O novo precisa ser integrado ao j existente reformulando o Assim o verde passado em revista porque hora de coloc lo para funcionar no tempo presente aplic vel pragm tico mensur vel Como procurei pontuar ao longo da recupera o da quest o ambiental a transforma o at o verde que emerge nas p ginas das revistas foi fruto de um largo processo 144 de reivindica es por parte do movimento ecologista aos poucos institucionalizado em espa os oficiais documentos eventos internacionais e mais recentemente acolhido e reprocessado no interior do sistema produtivo e pelos pr prios atores que historicamente estiveram do outro lado o dos causadores da degrada o ecol gica A generaliza o de conceitos e da terminologia ambiental ganhou impulso com os eventos internacionais em torno do tema e com o advento dos relat rios acerca das mudan as ambientais globais seu uso passou a se dar em escala planet ria De forma paralela a quest o da sustentabilidade como ideal a ser perseguido fez parte das reconfigura es constantes que acabaram por tornar a preocupa o ecol gica um dos eixos centrais da atualidade seja pela gravidade dos problemas ainda sem solu o seja pelo efeito da institucionaliza o h pouco referida q
265. ividades diz Roberta Simonetti coordenadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Funda o Get lio Vargas de S o Paulo parceira da EXAME na elabora o da metodologia do question rio 31EX78sd428 Uma das fronteiras na busca por uma opera o com menos impacto no meio ambiente a redu o das 205 emiss es de gases do efeito estufa 31EX785d429 Para Ot vio Costa gerente para a Am rica do Sul da DNV empressa especializada em auditar as emiss es de gases o movimento para reduzir os lan amentos de gases do efeito estufa est apenas come ando a fazer parte do rol de prioridades das companhias brasileiras mas deve crescer muito nos pr ximos anos O compromisso de reduzir as emiss es pode se tornar obrigat rio em pa ses emergentes a partir de 2012 com a revis o do protocolo de Kyoto afirma Costa Quem esperar at l vai ficar para tr s 31EX78sd430 Os resultados da pesquisa realizada por EXAME apontam que 39 das empresas brasileiras j t m metas para reduzir suas emiss es de carbono ante 32 das empresas participantes do levantamento de 2007 31EX785d431 Metas para reduzir o impacto ambiental n o trazem apenas redu o de custos Podem se transformar tamb m em fontes de receita A maior parte das empresas que responderam ao question rio 66 adota crit rios ambientais para o desenvolvimento de novos produtos ou servi os 31EX785d432 No rec m lan ado livro O Verde Q
266. ivo Ainda para Foucault 2008 p 224 apesar de o jornalismo ter sido uma inven o fundamental do s culo XIX ele foi conformado por um car ter ut pico da pol tica do olhar constitutivo da sua natureza de vigilante democr tico e no caso de VEJA com atributos hist ricos de compet ncia e prest gio em quem os demais lugares podem devem confiar Cabe tamb m ver o funcionamento destas marcas em rela o s identificadas nas reportagens O Quadro 1 evidencia a correla o nos dois espa os QUADRO 1 S ntese Dom nio 1 VEJA O QUE A REVISTA DIZ FAZER COMO A REVISTA FAZ competentes jornalistas informa es confi veis o contexto e a an lise confi vel explicitar o que h de confi vel e verdadeiro transforma o do importante em interessante contribua efetivamente competentes jornalistas objetividade explicitar o que h de confi vel e verdadeiro isen o e responsabilidade jornal stica informa es confi veis o contexto e a an lise fatos em perspectiva entend los melhor a maior a mais influente e a mais prestigiada revista brasileira SD6 Para colocar a quest o do etanol na perspectiva correta VEJA organizou o question rio das p ginas seguintes S o setenta perguntas e respostas que cobrem todas as principais quest es levantadas pela entrada do etanol no foco dos holofotes Nessa tarefa VEJA valeu se de in meras fontes e teve o privil gio de contar com a dedica
267. jornalismo de revista imprime em seus textos a vontade de legitimar sua media o no entremeio das disputas de sentido empreendidas pelos diferentes Campos materializando em seus textos os efeitos do lugar discursivo institu do e a partir do qual opera no qual o jornalismo deixa falar o valor da sustentabilidade como elemento central do esp rito do presente e acionando esse valor autoriza se a enunciar solu es aos leitores como resposta ambival ncia da quest o ambiental O lugar discursivo do verde ocupado pelas revistas da Abril est em estreita rela o com a imagem do lugar social do jornalismo e das publica es E como fruto ainda da produtiva explora o do pr prio contrato de comunica o Estar entre por m n o significa estar fora SANTOS 2002 apesar de estarem em um lugar espec fico que buscam legitimar para si 5 Considera es finais 142 NA MOTIVA O PARA ESTE TRABALHO falava a indaga o sobre como pensar o papel que o jornalismo de refer ncia assumiria na emerg ncia do ecol gico como problem tica inerente ao contempor neo dada a sua qualidade conflituosa e ambivalente Se por um lado o discurso jornal stico dito em muitos estudos como uma forma de manuten o do poder de atuar na ordem do cotidiano pois agenda assuntos sobre os quais se deve pensar organizando leituras para tais assuntos as buscas te rico metodol gicas que iniciara um pouco antes em especial no terreno da An l
268. l 1978 APPADURAIL Arjun Modernity at large cultural dimensions of globalization Minneapolis University of Minnesota Press 1996 AUGUSTI Alexandre R Jornalismo e comportamento os valores presentes no discurso da revista Veja Disserta o mestrado Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Comunica o e Informa o 2005 BAKHTIN Mikhail Quest es de literatura e de est tica a teoria do romance S o Paulo HUCITEC 1998 BALDISSERA Rudimar A comunica o re tecendo a cultura da sustentabilidade em sociedades complexas In KUNSCH Margarida M K OLIVEIRA Ivone L orgs A comunica o na gest o da sustentabilidade das organiza es S o Caetano do Sul SP Difus o Editora 2009 pp 33 55 BARROS Ant nio Teixeira de SOUSA Jorge Pedro Jornalismo e ambiente an lise de investiga es realizadas no Brasil e em Portugal Porto Edi es Universidade Fernando Pessoa 2010 BAUMAN Zygmunt A sociedade individualizada vidas contadas e hist rias vividas Rio de Janeiro Zahar 2008a BAUMAN Zygmunt Modernidade l quida Rio de Janeiro Zahar 2001 BAUMAN Zygmunt Vida para consumo Rio de Janeiro Zahar 2008b BECK Ulrich La sociedad del riesgo global Madrid Siglo XXI 2009 BENETTI Marcia A ironia como estrat gia discursiva da Revista Veja L bero ano X n 20 2007 BENETTI Marcia O jornalismo como g nero discursivo Gal xia PUCSP S o Paulo v
269. l O segundo a abordagem do tema no per odo temporal considerado ou seja a ocorr ncia de n meros dedicados ao tema ao longo dos anos de 2007 e 2008 Ao final restaram 31 n meros de cinco t tulos diferentes VEJA SUPERINTERESSANTE EXAME NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL e VIDA SIMPLES As publica es CL UDIA e NOVA ESCOLA tiveram cada uma apenas um exemplar no qual a quest o ambiental foi manchete de capa n o sendo inclu das no recorte final Definidas as cinco revistas ficaram estabelecidos os dom nios discursivos principais para a an lise cinco ao total cada um representado por uma das publica es Ilustra o 8 Cada dom nio foi objeto de suscessivas leituras de modo a realizar a extra o das sequ ncias que originaram o corpus discursivo gt Da edi o 553 de CL UDIA de Outubro de 2007 foi extra do apenas um recorte com refer ncia Editora Abril e seu fundador utilizado aqui na contextualia o da instititui o 88 Ilustra o 8 Dispositivo anal tico Para Courtine 2006 a constitui o de um corpus discursivo congrega uma opera o de realizar por meio de um dispositivo material as hip teses que comp em os objetivos da pesquisa De forma semelhante Orlandi 2001 p 63 coloca que em An lise do Discurso a constru o do corpus j implica em decidir acerca de propriedades discursivas a melhor maneira de aten
270. l da economia que responde hoje por 92 do saldo da balan a comercial brasileira 14EX37sd296 Hoje organiza es n o governamentais clientes e sobretudo pa ses concorrentes dos produtores brasileiros denunciam a pr tica de desmatamento ilegal escravid o e uso do trabalho infantil Embora a maioria das quase 6 milh es de propriedades rurais brasileiras opere dentro da lei epis dios criminosos como esses prejudicam a imagem de todo o setor 14EX37sd297 O resultado que a vigil ncia sobre produtores de soja usinas de cana e criadores de gado nunca foi t o 197 grande At o etanol tido como a grande alternativa aos combust veis f sseis colocado em xeque pelo risco de inflacionar o pre o dos alimentos Um grupo cada vez mais relevante de empresas come a agora a tentar reverter essa amea a e a transform la numa boa oportunidade de neg cios 14EX37sd298 A sustentabilidade entrou no planejamento estrat gico das empresas do agroneg cio e quem n o fizer isso ter problemas no futuro afirma Pedro Jaeyr Bongiolo presidente do grupo Andr Maggi um dos maiores produtores de soja do Brasil 14EX37sd299 A empresa est come ando a certificar suas fazendas com o ISSO 14001 selo de garantia de boas pr ticas ambientais J existem produtos que est o tendo dificuldade em obter as melhores condi es de cr dito porque n o investem em pr ticas sociais e ambientais corretas diz Bongiolo 14EX
271. l que circunda a pr tica jornal stica Nela situarei um panorama para a compreens o do jornalismo de revista naquilo que objetivo da pesquisa Tensionar a discursiviza o da imagem do Campo e suas pr ticas nos textos jornal sticos permite debater melhor o que as revistas analisadas tomam para si como tarefa Para tanto poss vel considerar o que diz Del Rey Morato 1988 p 16 acerca do sujeito ocidental o homo actualis diante da onipresen a da informa o jornal stica para ele um sujeito imerso en la atualidad y acaso no sabe lo que esto supone Sabe lo que pasa pero no sabe qu es lo que pasa Conoce lo que acontece pero no conoce qu es lo que acontece ni ha reparado en el hecho de que lo que acontece le implica porque es parte de ese acontecer Cabe entender por m que justamente nisso que o autor diz escapar da compreens o do p blico que inicia a funda o de um jornalismo que responda a esta falta Nasce a um contrato ou uma promessa tal entende Correia 2009 e que estar presente na ideia de revista e na constru o de um lugar para o seu jornalismo Est presente ainda o efeito da fun o social do Campo assim descrita por Franciscato 2005 p 167 Como institui o social o jornalismo cumpre um papel social espec fico n o executado por outras institui es A institui o jornal stica conquistou historicamente uma legitimidade social para produzir para um p blico amplo disper
272. laborar um jeito de atingi las individualmente Nada adianta apelar ao senso de coletividade 165U67sd265 Dom nio 3 Na discursiviza o do verde no Campo Econ mico o ambientalismo discursivizado como lugar oposto s pr ticas empresariais mesmo as sustent veis EXAME busca atrelar ao ambientalismo a imagem de posturas contr rias aos novos entendimentos acerca do verde SD66 Alvo de cr ticas ferozes dos ambientalistas as multinacionais do setor resolveram adotar uma estrat gia baseada em entretenimento para se aproximar dos consumidores e melhorar a pr pria imagem 14EX37sd319 SD67 O cientista pol tico dinamarqu s Bjorn Lomborg costuma provocar arrepio nos ambientalistas mais ortodoxos 18EX58sd378 Dom nio 4 NATIONAL tamb m aciona o ambientalismo como espa o da posi o contr ria ao sistema produtivo por m demarcando conflitos neste lugar n o tomado essencialmente como uniforme SD68 Nem todos os ambientalistas t m uma opini o completamente negativa a respeito de Maggi 1NG17sd514 Dom nio 5 Em VIDA SIMPLES a a o ecologicamente correta n o depende somente dos atores oficiais institu dos O discurso de VIDA SIMPLES traz uma vontade de instalar se na ordem do cotidiano do leitor projetando nele a imagem de agente pelas atitudes de consumo que toma n o necessariamente vinculadas politicamente SD54 E para que essa hist ria n o fique s nas m os dos governos ou dos revolu
273. le determinado lugar do dizer como o aspecto organizacional bem como os efeitos do interdiscurso naquele enunciado 71 incorporar elementos pr constru dos produzidos fora dela com eles provocando sua redefini o e redirecionamento suscitando igualmente o chamamento de seus pr prios elementos para organizar sua repeti o mas tamb m provocando eventualmente o apagamento o esquecimento ou mesmo a denega o de determinados elementos 1993 p 115 Cabe ainda assinalar neste mapeamento que P cheux ao longo do tempo produziu deslocamentos no conceito de FD Tais deslocamentos abriram perspectivas para considerar as inerentes redes de mem ria os trajetos sociais dos sentidos as materialidades discursivas enfim a articula o entre FD mem ria e hist ria GREGOLIN 2007 p 173 Levo em conta aqui a proposta que d corpo a chamada terceira fase da AD a partir de 1983 com o texto O Discurso estrutura ou acontecimento Nele Pech ux revela a incorpora o da ideia de heterogeneidade discursiva de Authier R vuz a articula o entre discurso e mem ria discursiva Courtine e Foucault e as rela es entre discurso e hist ria especialmente as abordagens da Nova Hist ria A terceira poca da AD revela o primado do outro do diferente sobre o mesmo a m quina discursiva da primeira poca se apaga Ao introduzir a diferen a como caracter stica da ideologia P cheux 2006 revela a heterog
274. leno tal percebido no movimento das revistas em valorar sua pr tica e seu dizer Da inten o inicial surgiu um direcionamento poss vel falar de jornalismo falando de ecologia Findado este percurso na perspectiva de que todo estudo ser sempre um exerc cio potencial por m limitado a principal resposta ao est mulo do mote referido de que poss vel pensar em uma ecologia do jornalismo foi assim que o caminho do presente trabalho se construiu O jornalismo espa o privilegiado de materializa o da rela o interdiscursiva que estrutura a identidade dos diversos discursos e de como s o ideologicamente acolhidos ou confrontados O dizer jornal stico devedor da primordial rela o com os discursos outros que ele aciona e dos quais se serve inclusive para nomear a relev ncia da sua pr pria pr tica como lugar de verdade uma verdade que n o est em si mesmo essencialmente mas no efeito que produz Se h a necessidade de uma racionalidade ambiental o jornalismo emerge propondo um tipo de racionalidade no entremeio de outras e incluindo a si pr prio nela As revistas passam a ser impressas em papel de fontes certificadas plantam rvores para compensar a emiss o de gases estufa em seus processos de feitura e impress o Al m acolhem e abrem espa o privilegiado ao tema Nas reportagens h um anseio de apresentar as melhores explica es pass veis de surtirem efeito sem afetar contudo a l gica cap
275. linguagem como caminho de interpreta o e apreens o do objeto de interesse da pesquisa aqui relatada Est em movimento no Campo portanto um esfor o necess rio de produ o de um sistema conceitual GON ALVES 2006 para dar conta das peculiaridades do jornalismo enquanto pr tica discursiva e com o qual o presente texto busca dialogar no decorrer de seu percurso considerando que ler os objetos equivale a reinclu los no conjunto das condi es relacionais SANTOS 2002 p 97 demarcado neste trabalho que o jornalismo discutido enquanto pr tica discursiva A constitui o do corpus discursivo portanto considera as contribui es da An lise do Discurso AD na chamada linha francesa debatidas a partir de um lugar de fala que o Campo do Jornalismo como ambi ncia primeira de origem Mesmo assim sublinho a AD 51 n o est aqui como m todo tomado de empr stimo Seus procedimentos d o suporte para a leitura proposta nos objetivos apresentados h pouco A atitude que defendo todavia da AD como uma matriz ampla que perpassa o todo o dispositivo te rico metodol gico inclusive Por tal caracter stica essencial que as no es operat rias sejam postas em atua o no espectro do trabalho e que dessa rela o algo seja extra do ao final tamb m como resultado que diga da historicidade da investiga o e seus apontamentos A express o der de perto que adv m de Althusser 1978
276. lista a amostra coletada Utilizarei T seguido de n mero para indicar trechos convocados de outros espa os que n o os fornecedores dos recortes que comp em o corpus discursivo Estes por sua vez est o identificados por SD sequ ncia discursiva e a respectiva numera o para apresenta o no texto da tese aparecendo a partir do pr ximo item do cap tulo Ambos aparecem em fonte distinta de modo a diferenci los de cita es bibliogr ficas As marcas principais est o em negrito O c digo ao final das SDs refere se identifica o no interior do corpus indicando o n mero da revista na amostra a revista ano de origem e a numera o recebida no conjunto de SDs extra das 95 parte inicial do texto de 1976 verificando nele uma proximidade com o que as revistas dizem atualmente sobre seu fazer de uma inscri o ideol gica e imagin ria sobre jornalismo cujas marcas permanecem falando na materialidade dos textos do corpus discursivo permitindo operar diferentes abordagens sob o apoio da relev ncia do seu lugar social T3 uma reportagem precisa ir al m da abordagem de um tema atual de forma clara e objetiva Porque t o importante quanto estes ingredientes o talento a sensibilidade e a capacidade de comunica o dos jornalistas que chegam onde as coisas est o acontecendo no momento e na hora exata Se souberem transmitir tudo o que viram e sentiram a ponto de emocionar e marcar o leitor fazendo o participar dos
277. litos e sobre dilemas da participa o In Horizontes antropol gicos UFRGS IFCH Programa de P s gradua o em Antropologia Social ano 12 n 25 2006 Porto Alegre PPGAS 2006 LUSTOSA Elcias O texto da not cia Bras lia Editora UnB 1996 MAINGUENEAU Dominique A prop sito do ethos In MOTTA Ana Raquel SALGADO Luciana orgs Ethos discursivo S o Paulo Contexto 2008 pp 11 29 MAINGUENEAU Dominique G nese dos discursos Curitiba Criar Edi es 2007 MAINGUENEAU Dominique Os termos chave da An lise do Discurso Lisboa Gradiva 1997 MAINGUENEAU Dominique Novas tend ncias em an lise do discurso Campinas Pontes Editora da Unicamp 1993 MARIANI Bethania O PCB e a Imprensa os comunistas no imagin rio dos jornais 1922 1989 Campinas SP Unicamp 1998 MARIANI Bethania A Revolu o de 30 In INDURSKY Freda e FERREIRA Maria Cristina Leandro Os m ltiplos territ rios da An lise do Discurso Porto Alegre Sagra Luzzatto 1999 MAZIERE Francine An lise do discurso hist ria e pr ticas S o Paulo Par bola Editorial 2007 MEDITSCH Eduardo O Jornalismo uma Forma de Conhecimento In BOCC Biblioteca On Line de Ci ncias da Comunica o 1997 Dispon vel em lt http www bocc ubi pt gt Acesso em 15 jan 2010 MELO Jos Marques de Jornalismo Opinativo g neros opinativos no jornalismo brasileiro 3 ed Campos do Jord o Editora Mantiqueira 2003 MIRA Maria C
278. logia e Desenvolvimento Rural Sustent vel perspectivas para uma nova Extens o Rural Emater RS Revista Extens o Rural v 1 n 1 jan mar 2000 CAPRA Fritjof As conex es ocultas ci ncias para uma vida sustent vel S o Paulo Editora Cultrix 2002 CAPRA Fritjof O ponto de muta o S o Paulo Cultrix 1982 CARDOSO Carla Rodrigues Contributos para a hist ria das newsmagazines In MARTINS Mois s de Lemos PINTO Manuel orgs Actas do Congresso da Associa o Portuguesa de Ci ncias da Comunica o 5 Braga Centro de Estudos de Comunica o e Sociedade Universidade do Minho 2008 Dispon vel em lt http www Jasics uminho pt ojs index php 5sopcom article viewFile 142 138 gt CARSON Rachel Silent Spring Greenwich Fawcett 1962 CASTRO G MEZ Santiago Althusser los estudios culturales y el concepto de ideolog a 2000 Dispon vel em lt http www oei es salactsi castro3 htm gt Acesso em 23 abr 2010 CHAMPAGNE Patrick The double dependency the journalistic field between politics and markets In BENSON Rodney NEVEU Erik Bourdieu and the journalistic field Cambridge Polity Press 2005 pp 48 63 CHAPARRO Manuel Linguagem dos conflitos Coimbra Minerva 2001 CHARAUDEAU Patrick Discurso das m dias S o Paulo Contexto 2006 CORREIA Jo o Carlos Teoria cr tica do discurso noticioso notas sobre jornalismo e representa es sociais Covilh Portugal Labcom Universidad
279. m estudo das constru es discursivas em Veja e Manchete S o Paulo Anablume 2002 NAVARRO Pedro O pesquisador da m dia entre a aventura do discurso e os desafios do dispositivo de interpreta o da AD In Estudos do texto e do discurso S o Carlos Claraluz 2006 pp 67 92 O C REBRO DA VEJA Imprensa S o Paulo ano 22 n 242 jan fev 2009 ORLANDI Eni Pulccinelli A interpreta o autoria leitura e efeitos do trabalho simb lico Petr polis RJ Vozes 1996 ORLANDI Eni Pulccinelli An lise de Discurso princ pios e procedimentos 3 ed Campinas Pontes 2001 PARK Robert A not cia como forma de conhecimento um cap tulo dentro da sociologia do conhecimento In BERGER Christa MAROCCO Beatriz orgs A era glacial do jornalismo teorias da imprensa v 2 Porto Alegre Sulina 2008 pp 51 70 PARRATT Sonia Medios de comunicaci n y medio ambiente Madrid Editorial Fragua 2006 P CHEUX Michel An lise autom tica do discurso AAD 69 In GADET Fran oise HAK Tony Por uma an lise autom tica do discurso uma introdu o a obra de Michel P cheux Campinas SP Unicamp 1993 pp 61 161 P CHEUX Michel O discurso estrutura ou acontecimento 4 ed Campinas SP Pontes 2006 P CHEUX Michel Sem ntica e discurso uma cr tica a afirma o do bvio 2 ed Campinas Editora da Unicamp 1995 PEREIRA ROSA Gon alo Pereira A Quercus nas not cias a consolida o de uma fonte
280. ma de monitoramento por sat lite da Amaz nia uma refer ncia internacional de qualidade mas nesse caso havia bons argumentos para a contesta o 20VE48sd122 S existe uma tradu o poss vel a atividade predat ria aumentou na Amaz nia 20VE48sd123 OS governos militares distribu ram terras e subs dios a quem se dispusesse a se embrenhar na floresta 20VE48sd124 Surge a uma quest o quanto aceit vel desmatar para dar lugar ao agroneg cio Ningu m sabe porque nenhum governo produziu um plano de longo prazo para a ocupa o da Amaz nia Mas uma coisa certa os fazendeiros estabelecidos na regi o n o s o criminosos porque derrubam parte da floresta para tocar seu neg cio Eles contribuem com o desenvolvimento da Amaz nia criam empregos e somam pontos ao PIB do pa s O que precisa ser combatido o desmatamento selvagem feito sombra dos rg os ambientais muitas vezes por grileiros de terras p blicas que n o hesitam em sacar da pistola contra quem se op e a seus interesses 20VE48sd125 o desmatamento n o proibido em nenhum dos nove estados que formam a Amaz nia 20VE48sd126 redobrou a vigil ncia da propriedade por causa de vizinhos encrenqueiros como ladr es de gado ind genas e sem terra a espera de desapropria es 20VE48sd127 Isso aqui uma terra sem lei Por a o ou po omiss o o pr prio governo nos deixa sitiados desabafa 188 fazendeiro americano h
281. metade da d cada em diante os pa ses iniciam um processo de formula o de agendas em torno da sustentabilidade como importante eixo de discursiviza o sobre meio ambiente A motiva o para isso passa muito fortemente pela altera o do estatuto cient fico acerca das mudan as ambientais globais que est o em curso em especial no debate de tem ticas como aquecimento global e caminhos de resolu o para tal desafio como o pr prio material emp rico analisado demonstra Al m disso a inser o da discuss o no mbito das pr ticas e comportamentos na inten o de nomear o que ou n o ecol gico adquire maior for a A entrada do Campo Econ mico em especial do setor empresarial e corporativo teve peso significativo tamb m Saber enunciar solu es e nomear a sustentabilidade temperam o conflito que o discurso jornal stico procura contornar e resolver Um tema global obviamente reflete em publica es de v rios pa ses Ilustra o 4 Revistas informativas semanais e segmentadas de periodicidade ampliada come aram a lan ar n meros especiais dando origem s chamadas edi es verdes como o fizeram em 2006 por exemplo VANITY FAIR Estados Unidos FOCUS Alemanha NEWSWEEK Estados Unidos VIS O Portugal em 2007 e TIME Estados Unidos em 2008 Na capa da TIME em circula o desde 1923 uma imagem que destoa do conjunto de representa es de fam lias ou de pessoas engajadas na causa verde das d
282. mitem se dizer a partir de diferentes posi es mais ou menos identificadas com uma forma sujeito ideal dada pelo enunciado do conceito de 102 sustentabilidade cuja dimens o te rico conceitual n o aparece nunca questionada ou negada Seu aspecto pragm tico porque em aberto a fonte e chave da disputa de sentidos 101 Segundo Grigoletto 2005 p 164 Quando temos o movimento do sujeito com a forma sujeito atrav s da categoria do lugar discursivo estamos na ordem da constitui o do discurso e no movimento do sujeito com as posi es estamos na ordem da formula o 102 Conforme apresentado no Cap tulo 2 em especial no item 2 2 129 travada nos textos e materializada nas escolhas das revistas ao dizer o tema A ecologia das revistas portanto fundamentalmente pragm tica Amparadas na imagem de locutor comprometido eficaz e respons vel para citar algumas das marcas evidenciadas na apresenta o dos dom nios o discurso das revistas traz uma vontade de instalar se na sugest o do que correto ou n o Do qu e de quem assim como elas verde afinal No gesto de leitura do corpus discursivo levando em conta as regularidades presentes nos cinco dom nios foram identificadas cinco posi es sujeito PS assumidas no interior de uma FD da Ecologia Contempor nea As PS est o apresentadas na sequ ncia ilustradas com alguns exemplos de cada um dos dom nios a PS 1 Novo ambientalismo
283. mpos 31EX78sd425 SD39 Para a escolha das 20 empresas modelo o Guia EXAME de Sustentabilidade segue pelo segundo ano consecutivo a metodologia elaborada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade Gvces da Funda o Get lio Vargas de S o Paulo respons vel tamb m pelo ndice de Sustentabilidade Empresarial ISE da Bovespa 31EX78sd426 SD40 Num momento em que se discute exaustivamente o aquecimento global conceber novas maneiras de cuidar do meio ambiente virou obsess o de grandes 116 companhias mundo afora A pesquisa realizada para o Guia EXAME de Sustentabilidade 2008 mostra que as empresas brasileiras n o fogem a essa tend ncia 31EX78sd427 Ao assumir em suas p ginas as tem ticas ecol gicas EXAME quer ultrapassar uma vis o corriqueira do jornalismo para atuar como espa o de categoriza o por saber dizer de dimens es que transcendem o interesse somente jornal stico e mesclam se com o universo coorporativo em simbiose A revista como produto resulta de um cruzamento de crit rios que ultrapassam referentes originais porque a aferi o jornal stica citada n o apenas a da checagem da apura o para a constru o da reportagem EXAME hierarquiza as pr ticas das empresas estuda e cria crit rios classificat rios para a sustentabilidade O pr mio possibilitado aos que demonstram boas pr ticas figurar em espa o privilegiado na capa e interior do Guia publicado Nas marcas destacadas
284. na 73 materialidade discursiva de forma a interpretar o estatuto hist rico dos discursos A exist ncia de um discurso pressup e um eixo da constitui o dos sentidos o j dito e o que poder vir a ser Qualquer discurso traz em si outros algo que acess vel pela mem ria discursiva Os sentidos constru dos historicamente s o convocados nas novas formula es e t m um efeito sobre o discurso que est sendo constru do no agora o sujeito quem recorta dizeres do interdiscurso para constituir o que primeira vista parece um discurso de sua autoria E o faz a partir de determinada FD uma vez que os processos discursivos n o t m sua origem neste sujeito mas na FD com a qual ele inconsciente e imaginariamente se identifica O discurso aparece para Maingueneau 1993 p 187 como um objeto de investimento associado s condi es de produ o dos enunciados e estas condi es est o vinculadas a um dispositivo local uma institui o que regula uma atividade suscet vel de mobilizar for as atrav s de sua enuncia o Os textos por sua vez aparecem como enunciados obedecendo a certas condi es de organiza o uma vez que s o formulados em um contexto institucional que estabelece as balizas para a sua enuncia o vinculados a g neros de discurso Segundo argumenta Maingueneau 2007 o interdiscurso tem preced ncia sobre o discurso No refinamento do processo de an lise pode se chegar a investigar n o
285. ncedor para os c ticos 4S5U17sd199 E a discuss o esquenta ainda mais quando o lobby c tico saca da manga ind cios de que um per odo de aquecimento global na Idade M dia por volta do ano 1000 foi mais severo que o de hoje 45U17sd200 Paulo Artuxo climatologista da USP que participou do relat rio do IPCC joga gua fria nos argumentos ardentes dos c ticos 45U17sd201 Mas tudo que contribui para a mudan a da temperatura foi pesado e atribu do no relat rio e passado por um escrut nio enorme e rigoros ssimo 45U17sd202 Jornais e revistas trouxeram montagens com grandes cidades debaixo d gua n mero de pessoas afetadas pela seca e fome esp cies de animais em extin o e todo tipo de cen rio apocal ptico 4SU17sd203 Entretanto uma leitura atenta do levantamento da ONU mostra que ele cauteloso ao trazer uma escala de confiabilidade de cada proje o al m de considerar diversos cen rios poss veis Ningu m ler no relat rio que um n mero espec fico de esp cies ser extinto como chegou a ser dito na imprensa Sobre isso o AR4 diz que aproximadamente de 20 a 30 das esp cies de animais 48U17sd204 Acho que o p blico e a imprensa j est o frente da ci ncia em termos de previs es catastr ficas fazendo conex es que ainda n o est o nos dados afirmou o brit nico Martin Parry co presidente do grupo de trabalho que apresentou a segunda parte do relat rio do IPCC Parry e boa parte da comun
286. ncia por sat lites complementada com extensiva a o policial punitiva aos desmatadores 20VE48sd115 O SENSO COMUM a Floresta Amaz nica o pulm o do planeta Se ela desaparecer o aquecimento global vai se acelerar de forma dram tica A VERDADE as pesquisas mais recentes mostram que o efeito mais vis vel do desaparecimento da Amaz nia seria o desequil brio das chuvas 20VE48sd116 Basta listar algumas das caracter sticas da Amaz nia para concluir que sua extin o seria uma trag dia para a humanidade 20VE48sd117 N o se sabe ao certo em que medida o desaparecimento desse extraordin rio bioma afetaria o aquecimento global 20VE48sd118 A escalada no desmatamento not cia que mexe com o brio dos brasileiros Equivale derrota do pa s numa competi o esportiva no exterior Afinal a Amaz nia um patrim nio nacional a ser preservado 20VE485d119 O governo incentivou todo mundo a desmatar e agora est nos empurrando para a ilegalidade reclama agricultor paraense 20VE48sd120 O SENSO COMUM o governo garantiu que o desmatamento est sob controle A VERDADE o desmatamento aumentou seu ritmo em 30 nos ltimos meses 20VE48sd121 O an ncio causou consterna o no governo federal que vinha alardeando queda do desmatamento nos ltimos tr s anos Por sua vez o governador de Mato Grosso Blairo Maggi mandou realizar estudos para desmentir a afirma o de que seu estado foi aquele que mais desmatou O siste
287. ntalista o oficial o empresarial o do cotidiano em posi es de ader ncia incorpora o distin o O lugar discursivo enquanto categoria de an lise serve para mostrar o movimento dos sujeitos do discurso jornal stico entre a forma sujeito hist rica ideal representada pelo eixo da sustentabilidade como valor e as posi es sujeito assumidas de modo a produzir efeitos de sentido Quando o jornalismo discursiviza um lugar para si obrigatoriamente se posiciona em rela o a outros lugares Construir um lugar de saber dizer refor ado pela tr plice base do 145 MPS institucional editorial e mercadol gica indica que a vontade de verdade das revistas n o est apenas no entrela amento democr tico das vozes mas no reconhecimento da configura o de um ator competente a enunciar solu es avalia categoriza edita guias abarca a totalidade estampa a verdade A manifesta o editorial de um projeto como o Movimento Planeta Sustent vel o acionamento do valor do discurso do verde como valor para o jornalismo que produz o conjunto de publica es Ilusoriamente o jornalismo d a ver sua autonomia em dizer o que diz como busquei evidencar no trabalho de leitura dos cinco dom nios e das marcas discursivas que emergem no dizer das revistas A recorrente reafirma o do seu lugar refunda a ideia de que o produto midi tico mais importante a identidade como voz autorizada na funda o de uma comunidade discursiv
288. nte milh es de d lares para garantir a seguran a dos res duos armazenados na maioria dos casos em dep sitos das pr prias usinas como o caso de Angra e Angra Il no Brasil 5SU27sd235 gra as fiscaliza o r gida dos reatores a energia at mica e ecol gica j realidade 5SU27sd236 N o deixa de ser curioso que a Fran a cujos cidad os s o conhecidos pela ferrenha for a de suas posi es pol ticas seja o pa s em que a energia nuclear encontra menos resist ncia na opini o p blica Puca gente que visita as tranquilas cidades medievais no interior do pa s costuma se dar conta de que a energia el trica produzida k tem origem em reatores nucleares 5SU27sd237 O visitante que procurar informa es tur sticas na cidade encontrar l informa es detalhadas da tecnologia de ltima gera o de sua usina nuclear 5SU27sd238 Hoje tanto a esquerda quanto a direita aceitam a energia nuclear com naturalidade e o pa s conta com quase 60 usinas espalhadas em seu territ rio chegando a exportar energia para os vizinhos sem nenhum acidente com v timas h d cadas 5SU27sd239 n o podemos descartar o know how que temos da tecnologia nuclear 5SU27sd240 amea a do aquecimento global tem tornado imprudente tratar o tema de forma caricaturada At mesmo porque dependendo do quato a Terra aquecer nos pr ximos anos a fisionomia do planeta pode se tornar bem mais feia do que a cara enrugada do
289. ntecimentos e sintomas a decifrar ideia que condiz com o que poss vel observar nas revistas quando o tema ecol gico passa da cobertura de acontecimentos para uma a o jornal stica planejada e intencional No caso da Abril a emerg ncia de um movimento editorial nico que pulveriza o ecol gico nos diferentes dom nios da arquitetura do Grupo torna evidente e regular essa necessidade de oferecer sociedade uma interpreta o do contexto contempor neo atrav s de um tema central da atualidade e de seus desdobramentos poss veis inseridos em publica es variadas O Movimento Planeta Sustent vel perpassa os diferentes N cleos da Editora Abril e imprime ao tema um car ter de compromisso editorial e jornal stico No vi s institucional demarcador de uma proposi o tamb m mercadol gico gera parcerias e a es de visibilidade do grupo no mercado e de empresas que aderem proposta afeta quest es editoriais ao instalar o tema como eixo para as publica es do Grupo abordagem a cumprir Pelo fato do jornalismo colocar se em causa pela sua rela o com a verdade importante tom lo enquanto forma de conhecimento Um conhecimento parcial mas em progress o para a verdade que notoriamente se situa entre o rigor sistem tico e anal tico inerente s ci ncias e ao senso comum no qual Gil 2001 reconhece uma epistemologia impl cita Um conhecimento de interpreta o produzido pelo jornalismo para ser re prod
290. ntos de Forma es Discursivas cuja inter rela o o analista julga pertinente analisar Trata se portanto de um recorte resultante de hip teses fundadas no conhecimento dos textos e da hist ria destes O ponto de partida desta forma foi um universo discursivo muito amplo que abarca em seu interior o Campo Jornal stico assim como os demais Campos em especial os acionados no dizer jornal stico O Campo por sua vez composto de diferentes espa os discursivos sendo que aqui interessa o espa o do discurso sobre meio ambiente no eixo da sustentabilidade e seu aparecimento nas revistas Um recorte vertical estabeleceu a escolha de quais revistas da Editora Abril constituiriam os dom nios dos quais foram extra das as sequ ncias discursivas SDs para a constitui o do corpus discursivo para an lise conforme explicito a seguir No contexto do presente trabalho dom nios discursivos designam uma esfera ou inst ncia de produ o discursiva N o s o textos ou discursos mas propiciam o acontecimento de discursos espec ficos ou seja o espa o escolhido para operar a leitura proposta O gesto de leitura do discurso das publica es foi pensado levando em considera o os quadros fornecidos pelo pr prio dispositivo revista em termos de formato e a es especiais sobre o ecol gico assim como os quadros que adv m do dizer das publica es sobre si e sobre suas pr ticas que emergem nos editoriais em rela o com o que
291. ntre todos os pa ses produtores de etanol o Brasil aque Je que apresenta ax melhores condi es geogr ficas clim ticas culturais econ micas e tecnol gicas pa ra liderar a produ o do etanol nome pelo qual tiva correta VEJA organi mais chamado hoje no planeta o lcool combust 70u o question rio das p ginas vel velho conhecido dos brasileiros desde a ini seguintes S o setenta perguntas e res ciativa pioneira dos anos 70 desencadeada pela postas que cobrem todas as principais quest es levanta primeira crise du petr leo das pela entrada do etanol no foco dos holofotes Nessa Desde seu ressurgimento mete rico no ce tarefa VEJA valeu se de in meras fontes c teve o privil gio n rio mundial o lcool etanoi tornou se alvo de contar com a dedica o especial de um dos maiores espe de todo tipo de especula o sendo motivo cialistas no assunto Luiz Augusto Horta Nogueira engenhei de proje es nacionalistas gloriosas Foi motivo tamb m de outro tipo de especula o muito mais pessimista para manter a frota global de carros rodando o plane ta seria obrigado a abandonar o cultivo de alimentos para plantar cana de a car e produzir etanol Para colo car a quest o do etanol na perspec to mec nico e doutor pela Universidade Estadual de Campi nas Nogueira pioneiro nos estudos que levaram cria o da rea de biocombust veis da Ag ncia Nacional do Petr leo da qual foi diretor d
292. ntre a normatividade e a facticidade Lisboa Edi es Colibri FCSH UNL 2005 FARO Jos Salvador Revista Realidade 1966 1968 tempo da reportagem na imprensa brasileira Canoas Editora da Ulbra AGE 1999 FERREIRA Jairo M dia jornalismo e sociedade a heran a normalizada de Bourdieu Estudos em Jornalismo e M dia UFSC Florian polis v 2 n 1 p 35 44 2005 FERREIRA Maria Cristina L org Gloss rio de Termos do Discurso Porto Alegre UFRGS Instituto de Letras 2005 FISCHER Rosa Maria O dispositivo pedag gico da m dia modos de educar na e pela TV Educa o e Pesquisa S o Paulo v 28 n 1 p 152 162 jan jul 2002b FISCHER Rosa Maria Bueno Televis o amp educa o fruir e pensar a TV Belo Horizonte Aut ntica 2001 FISCHER Rosa Maria Bueno Uma an lise foucaultiana da TV das estrat gias de subjetiva o da cultura Curr culo sem fronteiras Porto Alegre 2002a FISHMAN Mark La fabricaci n de la noticia Buenos Aires Ediciones Tres Tiempos 1983 FOUCAULT Michel Arqueologia das ci ncias e hist ria dos sistemas de pensamento Rio de Janeiro Forense Universit ria 2000 FOUCAULT Michel A arqueologia do saber 4 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2005 FOUCAULT Michel A ordem do discurso S o Paulo Loyola 1996 FOUCAULT Michel Estrat gia de poder saber Organiza o e sele o de textos de Manuel Barros da Motta 2 ed Rio de Janeiro Forense Univers
293. o avenida Rebou as uma das regi es de maior tr fego na capital paulista Andar de bicicleta nas imedia es uma aventura arriscada tanto pelo intenso movimento de carros caminh es e motocicletas quanto pelas condi es inadequadas do asfalto e pela aus ncia de ciclovias na regi o 31EX78sd480 Por essa raz o come a a surgir uma d vida entre especialistas at que ponto as certifica es comprovam que as empresas est o adotando medidas capazes de reduzir de fato o impacto ambiental e beneficiar a sociedade Afinal as exig ncias para obter os selos de maior credibilidade s o estabelecidas com base na realidade de outros pa ses e nem sempre s o as mais adequadas s condi es do Brasil 31EX78sd481 Parte da busca obsessiva por selos verdes pode ser explicada pelos ganhos de imagem que eles trazem para as empresas certificadas Mas os especialistas recomendam cautela 31EX78sd482 Para que a certifica o n o se torne apenas um atestado para enfeitar a parede com poucos resultados concretos preciso que a empresa saiba claramente para que serve o selo e porque deseja obt lo caso contr rio corre se o risco de acabar com outros biciclet rios vazios por a 31EX78sd483 33EX88 Computadores que consomem menos energia usam menos mat ria prima e economizam espa o h nora de transportar para Michael Dell o verde do meio ambiente combina com o das notas de d lar 33EX885d484 o
294. o ao pensamento de esquerda No passado era o contr rio Os comunistas donos das f bricas mais poluentes do mundo consideravam a preocupa o com o ambiente um mero capricho burgu s S depois que o comunismo virou poeira com a queda do Muro de Berlim os rf os do marxismo viram na defesa do ambiente uma forma de desafiar o capitalismo O risco de dogmatismo no combate ao aquecimento global o de retirar as quest es do verdadeiro dom nio a que pertencem o debate cient fico 12VE17sd85 Dom nio 2 A generaliza o ambientalistas designa em SUPER lugar n o autorizado porque contr rio aos avan os tecnol gicos em prol do ambiente Apoiada na verdade da ci ncia a revista busca estabilizar um consenso em torno SD63 Os ambientalistas erraram e o Sr Burns dono da usina nuclear de Springfield de Os Simpsons um her i Em vez de energia solar e lica ou hidroel trica a for a que vai nos salvar do aquecimento global quem diria a energia nuclear 5SU27sd212 SD64 Ele n o o nico a virar a casaca e pular para o lado das usinas at micas 5SU27sd222 130 das controv rias em temas pol micos A a o pol tica marca hist rica do ambientalismo aqui mobilizada negativamente E preciso modificar posi es arraigadas e ultrapassadas e deixar de lado a dimens o de coletividade e luta SD65 o melhor jeito de mobilizar as pessoas para colaborar com o ambiente e
295. o das financeiras das empresas uma tend ncia irrevers vel 14EX37sd282 O levantamento desta edi o aponta que essa uma tend ncia inexor vel embora ainda exista um longo caminho a ser percorrido 114EX37sd283 Uma das mudan as mais emblem ticas da disposi o das empresas em elevar o tema ao mesmo patamar de relev ncia das informa es financeiras a liga o entre os indicadores relacionados a aspectos ambientais e sociais e a remunera o dos executivos 14EX37sd284 Um dos maiores especialistas em estrat gia empresarial da atualidade Porter defende que o conceito de sustentabilidade que se ap ia nos aspectos ambiental social e econ mico financeiro deve ser visto como uma oportunidade de neg cio e ser levada ao centro da estrat gia das companhias 14EX37sd285 As empresas tamb m apresentam metas cada vez mais ambiciosas no quesito ecoefici ncia sobretudo no que se refere ao consumo de gua e energia 15EX1207sd17 Neste ano a empresa come ou a evitar auditores a seus fornecedores para verificar as condi es de trabalho dos funcion rios 14EX37sd286 A transi o de uma abordagem te rica para outra baseada em m tricas e mudan as pr ticas um fen meno que pode ser observado em todo o mundo 14EX37sd287 Para todas as empresas tamb m uma demonstra o de que prestar contas das metas sociais e ambientais assim como das financeiras uma tend ncia irrevers vel 14EX37sd288 Um grupo
296. o de mudar n o de fazer propaganda 35SU88sd68 Tamb m est a certifica o de que o papel utilizado pela gr fica vem de florestas sustent veis 35SU88sd69 exemplos ajude a iluminar essa reflex o 14EX37sd24 Em sua oitava edi o o Guia EXAME de Sustentabilidade apresenta a maior mudan a metodol gica de sua hist ria em parceria com a FGV SP 14EX37sd25 Uma lista de 32 empresas foi submetida a uma aferi o jornal stica na qual foram verificadas as respostas ao question rio A an lise estat stica e a aferi o jornal stica foram as bases para a decis o dos oito membros do Conselho Consultivo que elegeram as 20 empresas modelo desta edi o N o se trata de uma lista de empresas perfeitas mas sim dos melhores exemplos de grandes companhias brasileiras que est o conseguindo adaptar seus neg cios aos novos tempos Em todas elas a sustentabilidade tratada como algo a ser constantemente aprimorado 14EX37sd27 Elas nunca estiveram t o expostas 14EX37sd28 EXAME selecionou tr s casos de empresas internacionais que se tornaram refer ncia no assunto embora ainda estejam distantes do chamado impacto zero 14EX37sd29 Os enormes obst culos e as oportunidades que a onda verde representa 180 responsabilidade jornal stica e com a defesa intransigente dos interesses do Brasil 28VE88sd56 para os neg cios no Brasil e no
297. oi s ent o que ela percebeu que precisava agradar as elites mostrar que pedalar era chique glamuroso 30VS28sd569 Dedicando se ao ativismo 24 horas por dia Lobo que era designer e programador visual hoje comanda seu site chamado Transporte Ativo e procura trazer para c boas id ias que d o certo em outros pa ses 30VS28sd570 Com tudo isso ela ainda dedica no m nimo 20 horas semanais para as articula es pol ticas normalmente entre ONGs do mundo inteiro com que tem contato 30VS28sd571 D para dizer que o cicloativismo do engenheiro carioca radicado em Bras lia Maur cio Machado Gon alves nasceu de duas raz es fortes ou melhor de dois problemas sociais desigualdade econ mica e acidentes de tr nsito 30VS28sd572 Sempre que poss vel ande de nibus ou bicicleta combine caronas e caminhe Saia da caixa 30VS28sd573 Da pr xima vez que voc for despachar uma encomenda lembre se de que uma moto polui em m dia sete vezes mais que um carro E priorize os mercados farm cias e padarias do seu bairro que realizam entregas em domic lio a pedaladas 30VS28sd574 214 36VS38 Com bancos r sticos de madeira s o lugares para descansar contemplar e refletir sobre como atitudes como a cria o desse bosque que deixam o mundo menos duro 36VS38sd575 Por causa dos transportes hoje encontramos uma grande diversidade de produtos o ano inteiro Mas estamos come ando a questionar o que isso implica Impli
298. oloc la no florestas que restam no hist ria n o fique explicitar o que h de confi vel e verdadeiro em meio selva de n meros e an lises conflitantes que s o divulgados frequentemente sobre o estado de conserva o da mais extraordin ria malha de vida vegetal e animal da Terra 20VE48sd40 Os rep rteres de VEJA levaram em conta esses contrastes entre glebas amaz nicas com solo rico em nutrientes prop cias ocupa o humana e outras de terreno arenoso cuja voca o natural nica ser para sempre floresta Sem essa distin o as reportagens sobre a Amaz nia tendem a ser t o impenetr veis quanto a pr pria mata 20VE48sd41 VEJA espera que esta grande reportagem contribua efetivamente para que a Amaz nia continue despertando temor e admira o para sempre 20VE48sd42 Ideias contam Ao longo de 40 anos que se completam nesta quinta feira dia 11 de setembro VEJA foi movida por essa convic o Na ter a feira passada a cren a nas ideias norteou a realiza o do semin rio O Brasil que Queremos Ser que se olho nas melhores publica es que existem N s aqui na SUPER assinamos v rias revistas do mundo todo e como adoramos revistas passamos horas admirando a qualidade do texto a precis o da reportagem o brilho das an lises a for a do design E aprendemos com tudo isso 4SU17sd4 O Dewa passou uns 20 dias trabalhando duro na imagem e o resultado
299. om o ambiente um mero capricho burgu s S depois que o comunismo virou poeira com a queda do Muro de Berlim os rf os do marxismo viram na defesa do ambiente uma forma de desafiar o capitalismo O risco de dogmatismo no combate ao aquecimento global o de retirar as quest es do verdadeiro dom nio a que pertencem o debate cient fico 12VE17sd85 H nesse campo muitas d vidas 12VE17sd86 O Protocolo de Kioto hoje desacreditado pretende frear o aquecimento global com cortes substanciais nas emiss es de CO2 Os ambientalistas dogm ticos consideram suas metas t midas Os c ticos as v em como invi veis devido ao custo para a economia de cada pa s signat rio 12VE17sd87 O que os c ticos t m a dizer sobre economia o seguinte reduzir os gases do efeito estufa seria muito caro e ineficiente Melhor seria utilizar o dinheiro para preparar melhor o mundo para os efeitos inevit veis das mudan as clim ticas 12VE17sd88 um argumento central dos c ticos o de que as previs es catastr ficas feitas pelo IPCC n o merecem confian a O problema estaria na metodologia 12VE17sd89 O geof sico Paulo Artaxo tamb m da USP admite que em climatologia as margens de d vida s o grandes 12VE17sd90 186 H nas palavras de Ad Saber uma hip tese que surpreende o aquecimento global pode ter consequ ncias positivas 12VE17sd91 O aquecimento que se prev para este s culo deve tornar vastas reas do Canad R ssia e d
300. omponentes do quadro que engloba o dizer das reportagens e que na estrat gia da autorreferencialidade est uma matriz para se trabalhar a imagem buscada 127 para a pr tica jornal stica perante os leitores Estes textos p em em marcha os lugares do jornalismo das revistas de quem pode falar em seu espa o e nesta rede o lugar do leitor Considerando o quadro te rico mobilizado pela investiga o assim como a primeira leitura do dizer das revistas apresento a s ntese do lugar demarcado para si pelas publica es Cada um dos dom nios deixa entrever a imagem que permeia a sua rela o com os discursos outros dos quais se alimenta bem como a imagem que estabele para si perante os demais lugares acionados no interior das reportagens apresentados a seguir Estas marcas falam do lugar social de cada publica o no contexto do Campo Jornal stico como enunciadores de um discurso competente e al m disso marcados por valora es que adv m da confiabilidade do esp rito de descoberta da capacidade de avalia o e an lise da qualidade de observa o e relato bem como de agente do di logo pr ximo e aberto Estas imagens de lugares sociais se imp em pelo acionamento da identidade do discurso jornal stico e permitem a inscri o nos discursos outros como o ambiental revestindo de verde a enuncia o ofertada S o estes lugares ocupados pelas revistas que determinam o efeito do lugar discursivo do verde para que elas o
301. omunidades nas quais suas opera es est o inseridas investidores e rg os de governo um calhama o de informa es que pode alcan ar 200 p ginas e hoje mais conhecido como relat rio de sustentabilidade 14EX37sd327 Apesar dos avan os o GRI n o est imune s cr ticas dos especialistas Uma delas a que como modelo pressup e adequa o volunt ria n o existe obrigatoriedade de as empresas reportagem todos os indicadores Com isso algumas companhias deixaram de lado aspectos cr ticos ou delicados 14EX37sd328 Como ele ser cada vez mais usado para complementar a an lise financeira das empresas natural que sua elabora o seja menos encabe ada pela comunica o e mais por reas estrat gicas das companhias afirma Gl ucia 14EX37sd329 Nem mesmo o dinamarqu s Bjorn Lomborg conhecido por contradizer as previs es ambientais mais catastr ficas duvida que o aumento dos n veis atmosf ricos de di xido de carbono vem causando mudan as clim ticas O aquecimento global real e foi causado pela humanidade diz ele em seu novo livro Cool lt The Skeptical Environmentalists Guide to Global Warning em portugu s algo como Calma l o guia do ambientalista c tico para o aquecimento global 14EX37sd330 Lomborg por m questiona o que chama de histeria e o gasto excessivo em programas de redu o das emiss es de gases de efeito estufa Segundo ele o Protocolo de Kyoto custaria 180 bilh es de d lar
302. onhecimento sobre os usos das plantas levou a favorecer algumas Frutos coletados eram enterrados escondidos e disseminados A distribui o e a densidade dos castanhais no Par parece ter origem no cuidadoso e permanente trabalho de sele o e dissemina o dessa rvore N o foi um capricho da natureza que decidiu criar castanhais nesse estado 3NG27sd530 11NG37 Produzir combust veis a partir de plantas pode ajudar o planeta mas falta superar obst culos 11NG37sd531 febre que agora se espalha pelo mundo 11NG37sd532 A ado o desse combust vel pelos competidores na corrida de Indian polis apenas mais um sinal do estouro da boiada em dire o aos biocombust veis substitutos da gasolina e do leo diesel que s o extra dos de plantas como milho soja e cana de a car Para os entusiastas tais fontes renov veis de energia poderiam reanimar a economia rural diminuir a preocupante depend ncia de petr leo e o melhor de tudo reduzir a quantidade cada vez maior de di xido de carbono que lan amos no ar 11NG37sd533 O termo crucial aqui poderia Os biocombust veis tais como s o produzidos hoje nos Estados Unidos v m beneficiando sobretudo alguns poucos fazendeiros e gigantes do agroneg cio como a Archer Daniels Midland e a Cargill mas n o se pode dizer o mesmo quanto ao ambiente O cultivo de milho requer grandes quantidades de herbicidas e fertilizantes base de nitrog nio e pode provo
303. onsciente Desse modo a AD estruturada MAZIERE 2007 em graus variados pelas rela es estabelecidas entre o sujeito assujeitado falado por seu discurso Foucault Althusser e Lacan a historicidade de todo enunciado Foucault e a materialidade das formas de l ngua Saussure Harris e Chomsky O discurso leva em conta o enunciado e analisa como uma discursividade datada estabelece sentido e ainda como uma interdiscursividade pode afetar o seu sentido Ao considerar as condi es de produ o a AD d relevo ao papel das condi es hist ricas e pol ticas e as intera es subjetivas para produzir seus resultados de leitura uma interpreta o como tamb m argumenta Orlandi 1996 elemento primordial de toda a o do analista porque parte da exist ncia humana Assim sendo consiste em gesto dotado de singularidade para cada sujeito da l ngua em cada momento haver uma interpreta o Em Foucault 2005 fundamentalmente na obra A arqueologia do saber originalmente publicada em 1969 est o no es determinantes para a constru o da An lise do Discurso Nesse livro Foucault reflete sobre os seus trabalhos anteriores e sistematiza uma s rie de conceitos determinantes para a abordagem do discurso Por ter esse car ter de revis o te rico anal tica o texto de Foucault instala um potencial campo de quest es que Lembrando que a no o de valor aqui trabalhada j aparece nos escritos d
304. or econ mico adquirido em fun o da troca mercado isto os bens simb licos que podem ser comprados e vendidos onde entra fortemente o tom prescritivo que t m assumido os textos jornal sticos ao falar por exemplo de produtos que teriam car ter ecol gico ou de sustentabilidade um combust vel para o autom vel uma bolsa uma roupa um alimento um papel para imprimir seus documentos lembrando a afirma o de Garc a Canclini 1997 p 59 de que o consumo um processo em que os desejos se transformam em demandas e em atos socialmente regulados Em provoca o por uma via oposta Bauman 2001 2008a afirma que tal movimento privilegia a individualiza o que tem entre suas caracter sticas mais fortes a corros o e desintegra o da cidadania al m da incapacidade de exist ncia das decis es tomadas de forma coletiva Na vis o de Y dice 2004 a contemporaneidade comporta a produtividade da cultura como eixo de uma nova estrutura na qual a ideologia e as normas sociais s o absorvidas por uma racionalidade econ mica de tal forma que afetam o gerenciamento a conserva o e o 28 acesso O processo contudo n o est acabado Mas mudou a rapidez com que as coisas s o e deixam de ser com a efemeridade e liquidez de pr ticas nomes e usos como tamb m prop e Bauman 2001 2008b O jogo afirma Y dice o de negociar os dom nios pelos usos da cultura e suas significa es em todos
305. os seriam necess rias quatro Terras e meia para suprir suas necessidades 32VE98sd187 Como mostra o relat rio da World Wildlife Fund preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza capaz de repor 32VE98sd188 191 C D REVISTA SUPERINTERESSANTE O aquecimento global estamos falando do assunto n o do fen meno clim tico saiu h mais de duas 4SU17 d cadas dos fechados c rculos acad micos para ganhar a aten o de ativistas da imprensa e de pessoas de qualquer grau de instru o 4SU17sd189 Ele criou com base em 5 anos de pesquisa o que quase imposs vel na ci ncia um consenso Pelo menos aos olhos do p blico 45U17sd190 Com que virtualmente todo mundo concorda 4SU17sd191 O que exatamente est fazendo o planeta aquecer tanto Qual o impacto real das a es humanas 4SU17sd192 O problema dizem os cientistas 45U17sd193 As tais emiss es antropog nicas nome que os cientistas d o 4SU17sd 194 Mas h um grupo de cientistas conhecidos genericamente por c ticos que desconfia da tese que aponta o homem como principal vil o 45U17sd195 SAS Partes por milh o como o nome diz coisa pouca em rela o ao todo Na pr tica a polui o humana mexeu em menos de meio por cento da composi o atmosf rica nesses 150 anos 45U17sd196 Para os c ticos 4SU17sd197 Do outro lado os cientistas do consenso 4SU17sd 198 Mas esse n o um argumento ve
306. os n veis e dentro de contextos globalizados Os pa ses mais industrializados foram os primeiros a experimentar uma din mica de modifica o do horizonte de solu es para as demandas sociais cada vez mais localizado e privatizado Agora a tend ncia crescente em todo globo Altera se o entendimento do papel do Estado s o criadas novas regula es e repassadas fun es ao indiv duo elevando o patamar de responsabilidade das suas escolhas de consumo A perda de centralidade institucional e de efic cia reguladora dos Estados Nacionais seria um dos obst culos mais resistentes busca de solu es globais com compromissos partilhados em justa escala Assim como prop e Jameson 1997b o capitalismo hoje menos um modo de produ o que um modo de vida no qual o individualismo e o consumismo transferem muitas quest es para a esfera privada Merece considera o todavia a observa o defendida por ele de que nessa esfera que os indiv duos identificam melhor os seus interesses e o que lhes traz satisfa o Ao mesmo tempo o fim do modernismo vem acompanhado n o apenas do p s modernismo mas tamb m do retorno da consci ncia da natureza em ambos os sentidos ecologicamente nas condi es deplor veis em que a busca tecnol gica de lucro deixou o planeta e humanamente numa desilus o com a capacidade dos povos de mudar agir ou conseguir qualquer coisa substantiva em termos de uma pr xis coletiva JAMESON 1997b p
307. oto na meta de redu o dos gases causadores das mudan as ambientais globais Dispon vel em http nobelprize org Acesso em 3 fev 2010 46 equa o englobar indiv duos empresas organiza es e setor p blico Giddens considera o Estado um ator fundamental de quem esperado um protagonismo na converg ncia por solu es Seu diagn stico entretanto de que muito pouco ou nada foi feito para alterar h bitos e modelos que originam previs es de cat strofes clim ticas e sociais de propor es picas dada a aus ncia de pol ticas concretas e de an lises bem desenvolvidas sobre a problem tica das mudan as ambientais seja em mbitos nacionais ou internacionais A principal cr tica do autor ingl s aos pa ses desenvolvidos historicamente os que mais contribuiram para o aumento da polui o e dos quais se esperava nas tentativas de acordos de redu o de emiss es como o Protocolo de Kioto assinado em 1997 um corte mais dr stico da produ o de gases nocivos bem como na promo o de pol ticas claras de efici ncia energ tica sustentabilidade e converg ncia pol tica E apesar de defender que as sociedades liberais favoreceram o desenvolvimento cient fico por exemplo o autor categ rico ao conclamar um maior intervencionismo do estado pelo fracasso da desregulamenta o e a predile o pelo curto prazo GIDDENS 2010 p 125 A an lise apresentada em seu recente livro evidencia que por or
308. ovamente de uma ecologia do jornalismo em sua fun o de passar o verde em revista A a o remete a um duplo trabalho da trama discursiva Um primeiro vi s de costurar seu dizer dentro do que cabe na revista o segundo de alinhavar a trama que se quer tecer dentro do que a partir do seu lugar discursivo as revistas entendem como demanda do tempo presente isto qual o verde que cabe na contemporaneidade o verde que tem valor e que portanto pode ser dito Se h necessidade de constru o de uma racionalidade ambiental de forma a enfrentar a realidade a que o jornalismo pretende se colocar como agente Ele institucionaliza em seus espa os o que considera til como forma de concilia o entre interesses variados incluindo os seus manifestos em discursos advindos de diferentes Campos Sociais nem todos legitimados de igual maneira Esta uma quest o que j vem sendo discutida ao longo do tempo pelos estudos que se ocupam com a problematiza o acerca de enquadramentos tend ncias e processos de edi o escolhas jornal sticas A hip tese de uma processualidade tema tem ticas no mbito das revistas assumida e sugerida aqui como elemento para pensar este jornalismo que ultrapassa o referente dos fatos di rios cotidianos e para debater uma abordagem que sirva ao tensionamento sobre a pr tica discursiva diferenciada das revistas O foco est no trabalho com recortes e temporalidades outras n o apenas
309. ovimento avan a os empreendedores eles pr prios causadores principais da degrada o ambiental tamb m se apropriam da cr tica sua atua o e procuram us la a seu favor O campo empresarial passa a dividir se entre o p lo da acumula o primitiva ambiental e o p lo da apropria o da cr tica da responsabilidade ambiental e mesmo da produ o voltada para a viabiliza o da produ o limpa e ambientalmente correta acompanhada de novos lucros materiais e simb licos LOPES 2006 p 32 grifo no original O interessante que num cen rio de potencializa o das ambival ncias sobre qualquer aspecto da pol tica economia e todos os sistemas simb licos as sociedades que 7 Lembrando das quatro leis informais da ecologia em Commoner 1992 Tudo se conecta com tudo o mais tudo precisa ir a algum lugar a natureza sempre tem raz o e nada vem do nada 8 Como prop e Capra 1982 em O Ponto de Muta o ao apresentar o pensamento ecol gico enquanto filosofia Problemas como crimes polui o infla o enfermidades controle da informa o poder nuclear e amea as energ ticas est o para ele intimamente relacionados 30 passaram de um desenho mais ut pico para a exacerba o do pragm tico exigem solu es em menor tempo no imediato Para Appadurai 1996 p 10 o grande discurso acerca da modernidade desenvolvimentista crescimento econ mico alta tecnologia neg cios agr rios e
310. pelo ao consumo sustent vel para posteriormente tematizar os desafios de uma matriz energ tica mais limpa Por fim na edi o mais recente um reflexo do processo de maior visibilidade do tema e suas consequ ncias pr ticas em termos financeiros seja no valor da natureza e no aspecto lucrativo de proteg la seja abordando exemplos de sucesso como modelos empresariais Uma curiosidade gr fica que POCA foi a primeira revista semanal brasileira a alterar a cor do seu logotipo modificando o para verde na edi o especial de 2008 Em editorial citou o engajamento profundo na causa ecol gica como o motivo Isso aconteceu duas semanas antes da americana TIME Ilustra o 4 fazer o mesmo Em publica es da Editora Abril isto pode ser observado nas Edi es Verdes da SUPERINTERESSANTE publicadas em dezembro de 2007 e dezembro de 2008 bem como na Edi o Especial Neg cios e Sustentabilidade da revista EXAME de julho de 2007 As peculiaridades das revistas da Abril ser o tratadas adiante Assim como POCA da Editora Globo diversas outras revistas brasileiras rapidamente acolheram e trabalharam em suas p ginas modos de ver estes tempos quentes o que ressaltou sua escolha como espa o de observa o Permanecia latente o questionamento sobre o papel que o jornalismo e o jornalismo de revista desenharia para si diante da recorr ncia da abordagem e da amplia o de um debate internacional acerca das problem ticas ecol
311. perem um efeito de validade e efic cia do que dizem Quadro 6 S ntese para o lugar das revistas REVISTA MARCAS LUGAR Verdade Isen o VEJA Raz o Confiabilidade Independ ncia Intelig ncia Precis o Inquietude SUPERINTERESSANTE Busca Descoberta Antecipar Perfei o Inova o Modelo EXAME Indicar An lise An lise Guia Iluminar Equil brio NATIONAL Consci ncia Observa o Contribuir N s VIDA SIMPLES Responder Dialogar Proximidade Dicas Tais marcas evidenciam a imagem que o lugar discursivo faz funcionar como modo de se relacionar com a forma sujeito hist rica do discurso ambiental em especial no vi s da sustentabilidade e intervir na media o dos diferentes dizeres de saberes distintos acerca das 128 quest es ambientais Diante das ambiguidades inerentes ao tema o esfor o estrat gico est em acionar discursivamente reiteradas vezes o capital que simbolicamente reveste o lugar social do jornalismo e o lugar espec fico do jornalismo de cada revista De igual modo o lugar discursivo possibilita o relacionamento com as diferentes posi es sujeito a serem ocupadas A partir do mesmo lugar discursivo as revistas ocupam diferentes posi es em suas abordagens inscritos em uma forma o discursiva FD que materializa a ideia de uma Ecologia Contempor nea A natureza do discurso sobre que caracteriza o jornalismo impulsionado por uma vontad
312. po terrorista diz Al m disso o instituto n o oferece nenhuma ajuda para que os produtores mantenham intactas e protegidas suas reas reas de reserva 25EX68sd415 Em agosto do ano passado a floresta de Carter foi v tima de um inc ndio criminoso e ardeu durante dias Ele pediu socorro ao Incra e Sema Nada foi feito Num sobrevoo realizado por EXAME ao longo da reserva queimada foi poss vel ver algumas clareiras e pequenas cabanas S o grileiros diz Carter Est o invadindo minhas terras mas n o h nada que eu possa fazer para tir los de l Tamanha impot ncia explica porque do alto comum ver outras reas de reserva completamente isoladas no meio de uma lavoura intermin vel de soja Sob a l gica ambiental o ideal seria que elas estivessem conectadas s reas verdes dos vizinhos formando assim corredores que fomentariam a biodiversidade Sob a l gica de um lugar onde o Estado ausente o mais seguro deix las ali mesmo isoladas na lavoura 25EX68sd416 Nunca na hist ria do planeta um pa s conseguiu implantar uma legisla o ambiental t o rigorosa numa extens o florestal t o gigante afirma o ambientalista Nepstad 25EX68sd417 Carter n o o nico empenhado em tirar o Mato Grosso da linha de tiro na qual ele se encontra Um dos mais bem sucedidos empres rios do estado o ga cho Otaviano Pivetta que tamb m deputado estadual afirma que sua miss o mais importante hoje como pol
313. por cinco grandes empresas privadas 20VE48sd147 A regi o concentra nove dos dez munic pios com maior ndice de desenvolvimento humano IDH da Amaz nia E ali tamb m que o PIB mais cresce 20VE48sd148 Em compensa o se que se pode falar assim quando o assunto desmatamento s o cidades bem estruturadas com ruas asfaltadas e uma ampla rede de servi os que nada ficam a dever s localizadas no 189 Sul e Sudeste do pa s 20VE48sd149 O munic pio de Sapezal um bom exemplo do desenvolvimento obtido a partir da substitui o da floresta por planta es de soja Planejada a sede do munic pio sim trica e quase toda asfaltada Esgoto sanit rio e gua tratada chegam a todas as casas A cidade disp e tamb m de ampla rede de telefonia de fribra tica Na zona rural as planta es de soja milho e algod o asseguram que o munic pio seja um dos que mais recolhem impostos no estado 20VE48sd150 Trata se de uma situa o impens vel em outras partes da Amaz nia como no Par 20VE48sd151 21VE58 O fil sofo grego Plat o no di logo Fedro diz que o campo e as rvores nada podem lhe ensinar ao contr rio dos homens da cidade E uma afirma o exagerada mas que mostra o princ pio b sico pelo qual os seres humanos habitam as reas urbanas 21VE58sd152 Uma pesquisa com americanos mostrou que 83 dos entrevistados preferem morar distante e depender do carro a viver em uma regi o central e usar
314. posta da natureza inserem se em um conjunto de fen menos que fazem parte do imagin rio coletivo humano S o perigos emanados da natureza Na modernidade todavia os perigos n o derivariam somente do mundo da natureza e seu principal estatuto o de que os riscos podem ser em princ pio avaliados pelo conhecimento cient fico Consolida se segundo o autor a confian a em sistemas abstratos criando uma condi o do distanciamento tempo espa o e das grandes reas de seguran a na vida cotidiana que as institui es modernas oferecem em compara o com o mundo tradicional GIDDENS 1991 p 116 A humanidade sempre buscou novas maneiras de explorar os elementos naturais mas o fez conforme Giddens 1991 dentro das dimens es institucionais da modernidade o capitalismo com a acumula o de capital no contexto de trabalho e mercados de produtos competitivos a vigil ncia no controle da informa o e supervis o social o poder militar com controle dos meios de viol ncia no contexto da industrializa o da guerra e o industrialismo gerador de transforma es da natureza e desenvolvimento do ambiente criado Cabem outros apontamentos sobre estas quest es Pelo forte peso da vari vel econ mica o termo desenvolvimento entendido como a difus o dos padr es de consumo observ veis hoje nos pa ses altamente industrializados nas grandes massas de popula o em r pida expans o que formam a periferia
315. pr tica a opera o de percorrer a via pela qual a ordem do discurso se materializa na estrutura o do texto ORLANDI 1998 p 60 debatendo as maneiras espec ficas que permeiam a pr tica discursiva jornal stica na oferta de seus gestos de interpreta o Neste mesmo dizer ofertado busco as vontades de regula o sobre o que se interpreta quem o faz e em que condi es Para operacionalizar a proposta de debater como o jornalismo dota de sentido sua pr tica ao tratar do verde que a quest o do lugar aqui convocada pensada e depois instalada na reflex o sobre a pr tica discursiva das revistas sob a tica da no o conceito de lugar discursivo por m deslocada da abordagem original feita em estudo de Grigoletto 2005 acerca do lugar discursivo do jornalista no discurso de divulga o cient fica Minha proposta pensar as revistas e uma rela o de lugares marcados pelo dizer destas diante do tema do meio ambiente de como elas nele emergem dizem do seu lugar dos demais Campos dos leitores No seio de uma pr tica discursiva sob efeito de um mesmo lugar social o sujeito pode ocupar lugares discursivos diferentes sob os quais pode assumir diferentes posi es sujeito Logo o jornalista pode a partir desse lugar social assumir o lugar discursivo de jornalista de pol tica e ocupar se comprometer se com o discurso sobre pol tica ou de jornalista de economia ou de meio ambiente etc O lugar discursi
316. pretenso equil brio que adjetiva o imagin rio acerca do jornalismo O lugar social do qual depende o lugar discursivo buscado aqui est inscrito simbolicamente nestas condi es de produ o Nas revistas segmentadas esta quest o ainda deve ser pensada na soma de outros elementos Neste segundo dom nio a revista SUPERINTERESSANTE o lugar do jornalismo o da divulga o cient fica no qual a ci ncia enquanto pr tica social e ideol gica forte referencial Separar a verdade do mito o importante do irrelevante o novo do velho o que diz SUPER em texto institucional acionando uma ader ncia a uma identidade pr pria da ci ncia do esclarecimento e da verdade definidora da sua a o perante a comunidade discursiva que busca alimentar Estas express es marcam os dizeres jornal sticos tra ando paralelos entre a imagem projetada no discurso publicit rio em outros espa os e no modo como em suas pr prias p ginas a revista diz do seu jornalismo Como prop e Grigoletto 2005 necess rio pensar o movimento dos diferentes sujeitos desse discurso o jornalista o cientista e o leitor via interpela o tanto pelo poder verdade da ci ncia quanto pelo poder verdade do jornalismo Para falar sobre meio ambiente SUPER convoca imagens da compet ncia jornal stica aliadas a determinadas marcas que remetem ao universo cient fico SD14 Para fazer revista boa obrigat rio ficar de olho nas melhores p
317. primeira crise do petr leo 19VE38sd109 Desde seu ressurgimento mete rico no cen rio mundial o lcool etanol tornou se alvo de todo tipo de especula o sendo motivo de proje es nacionalistas gloriosas 19VE38sd110 Para colocar a quest o do etanol na perspectiva correta VEJA organizou o question rio das p ginas a seguintes S o setenta perguntas e respostas que cobrem todas as principais quest es levantadas pela entrada do etanol no foco dos holofotes Nessa tarefa VEJA valeu se de in meras fontes e teve o privil gio de contar com a dedica o especial de um dos maiores especialistas no assunto Luiz Augusto Horta Nogueira engenheiro mec nico e doutor pela Universidade Estadual de Campinas 19VE38sd111 20VE48sd Amaz nia A verdade sobre a sa de da floresta 20VE48sd112 Onde est a verdade A reportagem de VEJA que come a aqui tenta responder a essa indaga o 20VE48sd113 A quest o mesmo complexa e multifacetada mas esperamos que o leitor saia destas 22 p ginas com um conhecimento bem mais objetivo da Amaz nia A reportagem foi dividida em seis cap tulos e se ap ia em um conjunto de gr ficos extraordin rios produzidos pela equipe da editora Andreia Caires 20VE48sd114 Existem leis saber cient fico e vigil ncia remota suficientes para permitir a ocupa o econ mica da Amaz nia sem alterar seu metabolismo mas para isso vital que as leis sejam cumpridas a ci ncia aplicada e a vigil
318. produto diferenciado por reduzir o impacto ambiental de variadas formas na menor quantidade de energia que ser consumida durante a sua vida til na redu o de materiais que o comp em e at na embalagem que 95 recicl vel 33EX88sd485 208 Nossa miss o come a com o design passa pela f brica e pela distribui o do produto e s termina depois que ele descartado ap s anos de uso nas empresas ou nas casas de nosso clientes afirmou Dell a EXAME em seu escrit rio em Austin capital do Texas onde fica a sede da empresa que criou 33EX88sd486 durante as celebra es do Dia Mundial do Meio Ambiente anunciou o objetivo de transformar a empresa na companhia de tecnologia mais verde do planeta em suas palavras Na poca a meta de Dell foi interpretada por analistas como uma jogada de marketing para conquistar clientes que valorizam a prote o ambiental Afinal a companhia luta para voltar ao topo dos maiores fabricantes de computadores do mundo posi o que permaneceu at 2006 quando foi desbancada pela rival HP 33EX88sd487 Os novos projetos tamb m s o avaliados segundo o crit rio ambiental passando pelo crivo de uma diretoria respons vel por garantir que os produtos sigam normas internacionais de engenharia e responsabilidade ambiental 33EX88sd488 O respons vel ppr orquestrar as a es ambientais nas v rias reas da empresa o qu mico e bi logo David Lear que part
319. quado estiver na dire o dizia Em janeiro comtiva de cistas da Campanha pela Viadicar do ent o pesdente Fer Henvique Cardo o comprime novo Codigo de Trami Br Os ds reclamam da peconceiem que obras a vids na po enaren detida e n o de cama Arturo que curta ve fo de Dicces entregar dm docunto numa mubinacioa e lido de weu pai Foi barrado meta este de cura ur Aalment kanata e Arturo tro Ham pamen oo programa Mike Repor ber da idin Eldorado Elos do mas Paubo E Am dedica se a uma nova pndndos asier pes ondar dr Elia neu ame poranne rr pes na o idade avandia perde pedalando romeno dir Com que magrela eu vou TENDO Se voc decidiu entrar para a turma dos cid pena conhecer alguns modelos que existem no mercado Escolher 4 bike que suas necemidados exige certos cuislados A primeira coisa a fazer trocar uma lda com cicintas experientes e informar se sobre os diversos tipos modelos de bikes Tamb m recomendado testar v rias beclchetas Voc vai descobrir por exemplo que h um tamanho certo de bec cleta para cada ciclista e comprar uma bi vale precis o que reventamem os princi que s o flicadas Bicicleteiros com Eles n o s o l deres Ni comes n o chefam absolutamente nada Quem s o eles afinal Chamum que acreditam que v mus cidade para melhor Participa o bem diferente de palavra lida que ele det o qualquer outro r tulo dupla tem fun damento Eles fazem part
320. quais se alimenta Al m disso foi interesse trabalhar com os mesmos textos que chegam ao leitor por m empreendendo um movimento de destecer para tornar vis vel a discursividade ali materializada Nesta atitude n o est desconsiderado o processo jornal stico porque conforme sinaliza Silva 2008 em um nico ponto do circuito escolhido como objeto de trabalho podemos localizar informa es que mostrem os demais SILVA 2008 p 07 O trabalho de descri o do discurso e suas condi es de produ o deve partir das inscri es do texto desprendendo dele as pistas acerca das determina es sociais e da atividade do sujeito N o se trata de um exerc cio linear ou unidirecional por m num ir e vir do plano do analista com sua teoria para o texto e vice versa que as pistas s o localizadas e trabalhadas VOESE 1997 p 11 Milton Santos defende que todo per odo hist rico abarca um conjunto correspondente de t cnicas que o caracterizam Do mesmo modo haveria uma fam lia correspondente de objetos Novos sistemas de objetos sincronicamente tamb m respondem ao surgimento de cada novo sistema de t cnicas O andar do tempo acomoda o arranjo de objetos diferentes Em realidade n o h apenas novos objetos novos padr es mas igualmente novas formas de a o SANTOS 2002 p 96 algo que tenho visto no interesse crescente pela reflex o acerca das pr ticas jornal sticas em especial pelo vi s da
321. r entender tudo o que existe em torno do assunto LUSTOSA 1996 p 105 Os discursos sobre s o discursos intermedi rios falam sobre um discurso de origem situando se entre este e o receptor Como reflete Mariani 1998 de um modo geral os discursos sobre representam lugares de autoridade em que se efetua algum tipo de transmiss o de conhecimento O falar sobre orbita pela rela o entre o descrever acontecimentos e singularidades e estabelecer a rela o destas com um campo de saber j reconhecido pelo leitor No caso do discurso jornal stico em especial no observado aqui pode funcionar como produtor de um distanciamento e na proje o de uma imagem de observador imparcial que relata o que comprovou ou como comum nos textos que foram objeto da presente investiga o na estrat gia de enquadramento do grau de especializa o que embasa as escolhas feitas no trabalho de reportagem 38 agi j A R e n Utilizarei receptor e leitor para determinar que seus lugares est o marcados no discurso tal discute P cheux 1995 nos esquecimentos 1 e 2 assim como na conceitua o de forma es imagin rias N o indicam contudo posi o passiva na interlocu o 60 A elabora o que d corpo ao jornalismo de revista a partir de temporalidades mais amplas faz com que os fragmentos do mundo apare am principalmente inseridas no interior de tem ticas pr prias da configura o de determinada public
322. r no contexto o cidad o pode acionar estes significados midiatizados e recontados em sua rotina 54 Nossa jornada di ria implica movimento pelos diferentes espa os midi ticos e para dentro e fora do espa o da m dia A m dia nos oferece estruturas para o dia pontos de refer ncia pontos de parada pontos para o olhar de relance e para a contempla o pontos de engajamento e oportunidades de desengajamento SILVERSTONE 1999 p 24 Os produtos midi ticos por efeito s o nosso cotidiano e ao mesmo tempo uma alternativa a ele SILVERSTONE 1999 p 25 Permitem que as vidas sejam administr veis na medida em que ofertam um m nimo de ordem no global ordem suficiente para fornecer seguran as que possibilitem atravessar a exist ncia E entrando no pormenor acolhendo a vida do seu leitor mesmo que de forma imagin ria que o jornalismo discursivamente o interpela e interpelado por ele um entrela amento que interfere em seu conte do e em sua forma A onipresen a dos meios nas sociedades ocidentais e sua imbrica o na percep o do cotidiano em especial pela atua o do jornalismo di rio tem sido um dos focos hegem nicos de reflex o conceitual e emp rica sobre jornalismo no meio acad mico Como demarcado interessa aqui uma temporalidade ampliada do jornalismo a temporalidade e a atualidade manifesta nas revistas Antes de debat las em espec fico cabe ampliar a discuss o sobre um contexto mais gera
323. r todo m s a revista da moldura vermelha sem saber o que tem l dentro 8SU37sd14 Tenho raz es para acreditar que essa espera mensal vai valer a pena a revista d sinais de que est entrando num per odo muito legal Em todo esse tempo aqui nunca vi uma equipe t o afinada t o empolgada t o desprovida de arrog ncia e cheia de potencial 8SU37sd15 Sempre fico curioso para saber como ele reconciliava seu amor pela floresta com o fato de ter derrubado parte dela Ele certamente deve ter refletido sobre essa quest o poss vel at que hoje se tornasse um conservacionista e lutasse pelas rvores que amava 1NG17sd2 A entrada de minha fam lia no mundo dos biocombust veis come ou quando minha mulher Elizabeth e duas de suas amigas Rose e Ellen decidiram comprar carros pequenos movidos a diesel 11NG37sd16 Agora os combust veis alternativos s o tema de conversa em nossa mesa 11NG37sd17 O biodisel resposta para os desafios energ ticos e ambientais que enfrentamos N o por si s Mas um passo certo quando associado a outras solu es inovadoras Al m disso abastecer o carro com biodiesel rende boas conversas familiares 11NG37sd18 As not cias sobre a Amaz nia que chegam aos olhos e Dona dos maiores estoques de biodiversidade madeira 182 OS OUTROS ouvidos dos brasileiros s o por natureza fragmentadas e muitas veze
324. ra a maior transforma o de sua hist ria Pressionadas pela depend ncia do petr leo pela amea a da mudan a clim tica e pelos novos h bitos dos consumidores as montadoras e uma nova gera o de empreendedores abrem uma era de inova es tecnol gicas que podem transformar o motor de combust o numa pe a de museu 17EX485d334 SD76 A ado o desse combust vel pelos competidores na corrida de Indian polis apenas mais um sinal do estouro da boiada em dire o aos biocombust veis substitutos da gasolina e do leo diesel que s o extra dos de plantas como milho soja e cana de a car Para os entusiastas tais fontes renov veis de energia poderiam reanimar a economia rural diminuir a preocupante depend ncia de petr leo e o melhor de tudo reduzir a quantidade cada vez maior de di xido de carbono que lan amos no ar 11NG37sd533 SD77 Outro objetivo da DuPont adicionar a seu faturamento anual ao menos 2 bilh es de d lares em vendas de produtos mais eficientes no consumo de energia e que reduzam substancialmente as emiss es de gases de efeito estufa 31EX78sd465 SD78 Da redu o do consumo de gua e energia nas f bricas ao aumento do uso de insumos renov veis as industrias qu micas buscam atenuar o impacto ambiental de sua atividade 31EX78sd467 c PS 3 Capitalismo sustent vel Nas pr prias l gicas do sistema econ mico a preocupa o ecol gica passa a ser absorvida em uma ordem similar ao rela
325. ra do leitor no enunciado destacado diz de um elemento que permeia o contrato de leitura de VEJA com a comunidade discursiva que ela imagina representar uma comunidade idealizada e constru da pela busca em gerar identifica o ao que a revista reitera 3 y y x im 81 editorialmente ao enunciar o que diz fazer espa os editoriais e como faz reportagens no modo de estrutura o e funcionamento do seu lugar perante as problem ticas que aborda e 31 Este foi o mote para pensar as marcas do discurso em todos os cinco dom nios analisados 101 perante o leitor que tamb m ter sempre seu lugar social idealizado no texto A rela o de lugares da ordem das forma es imagin rias conforme debatido anteriormente e quando o diretor diz O leitor sabe que n o vamos embarcar nas ondas dos coletivismos maiores projeta no interlocutor de VEJA a comunh o nos valores descritos de algu m que espera a liberdade de pensamento indicada como caracter stica da publica o VEJA tem na cobertura de pol tica e economia seu principal eixo reiterando seu trabalho de selecionar prioridades de mostrar o que realmente importa e excluir o que chama de formas erradas A hegemonia de mercado estimula ainda diferentes estudos acerca de seu discurso e suas estrat gias Para Nascimento 2002 por exemplo uma das caracter sticas principais do discurso de VEJA pretender se explicativo dar aos leitores um par
326. rca do Movimento Planeta Sustent vel apresentaram o tema meio ambiente como manchete de capa A apreens o de uma dupla emerg ncia do tema nas p ginas das revistas e do jornalismo no tema Na ordem das publica es fala a vontade de legitimar uma media o de entremeio cujo efeito seja a resolu o das ambival ncias Em seus textos as revistas acionam uma rela o de lugares os seus dos leitores dos demais Campos Sociais de forma a enunciar solu es O estudo aborda uma ecologia do jornalismo a partir de no es conceito da An lise do Discurso e das Teorias do Jornalismo debatendo a inscri o discursiva das revistas da Abril no valor do verde para a constitui o do seu lugar de saber dizer em sintonia com o esp rito da atualidade Palavras Chave Jornalismo Revistas Discurso Meio Ambiente Editora Abril ABSTRACT The credibility of giving accounts attributed to Journalism is claimed within the practices of the Field as an element that warrants a place of competence in face of contemporaneity central problems such as the environmental issue In magazine journalism as an expert expression of the journalistic system to explore thematic deployments of conflictual issues offering utilitarian words becomes productive from the editorial point of view Institutional images and images of the magazine itself operated within texts intertwine market projects special reports Green Editions Guides The empirical base for t
327. re a Amaz nia nesta publica o em VEJA e em THE ECONOMIST O Brasil registrou pela primeira vez em mar o de 2004 a devasta o provocada por um ciclone tropical formado no sul do oceano Atl ntico Catarina como informalmente ficou conhecido trouxe tempestades e ventos de 120 km h atingindo em especial localidades litor neas do Rio Grande do Sul l Ali 2009 lembra que a TIME l der no g nero informativo em todo o mundo com circula o semanal m dia de mais de quatro milh es de exemplares A f rmula consagrada foi modelo para concorrentes diretas bem como para a alem DER SPIEGEL a francesa L EXPRESS e a brasileira Veja da Abril 83 O gesto de leitura mostrou uma discursiviza o em torno do modo de exercitar socialmente um papel c vico cada vez mais circunscrito esfera do consumo o que me levou a nomear diferentes posi es sujeito que poca assumia no interior de uma forma o discursiva ecol gica contempor nea a engajamento otimista b consumidor cidad o e c verde como neg cio A sequ ncia de capas dos n meros lan ados anualmente por POCA desde 2006 Ilustra o 6 a seguir s o uma representa o temporal dos modos de dizer a quest o ambiental A revista inaugurou as Edi es Verdes nomeando a necessidade de mudan a de atitude diante de novos cen rios passando a seguir pela abordagem de previs es de cat strofes naturais na esteira dos relat rios do IPCC avan ou no a
328. rela o sustentabilidade 114 A leitura de EXAME permite contato com um vi s particular de funcionamento de mundo especialmente o universo dos neg cios palco para uma elite empresarial brasileira e seu poder de editar pol ticas tecnologias pr ticas ao impulsionar o desenvolvimento do pa s Ao mesmo tempo a tradi o editorial declara v nculos e compromissos com a ideologia empresarial e a mentalidade e cultura organizacional Do ponto de vista jornal stico necess rio pontuar que a publica o dos Guias de Sustentabilidade ultrapassa a dimens o da reportagem e imprime uma din mica de poder avaliativo e institui o de notoriedade por parte da revista pela autoriza o de figurar nas p ginas de EXAME Em seu discurso a revista materializa uma inten o em rela o ao seu interlocutor assentada na preocupa o em evocar os compromissos que EXAME tem com a veracidade e a relev ncia dos conte dos publicados O discurso autoelogioso refor a tra os da historicidade e identidade do t tulo pioneirismo mentalidade empreendedora e compromisso com um ide rio desenvolvimentista e de moderniza o do pa s Recordando P cheux 1993 lugar diz respeito identidade dos parceiros do discurso e pode referir se ao status s cio econ mico do locutor ou referir se s forma es imagin rias s imagens que os interlocutores fazem de seu pr prio lugar e do lugar do outro e assim que os dizeres editoriais
329. repercute no desenvolvimento e aplica o dos conhecimentos A ideia do esp rito a que faz refer ncia Latour 2006 merece ser destacada pois h algo de valor nessa no o algo de valor discursivo mais precisamente que fornece fios ao dizer jornal stico acerca do ecol gico Pensar a acolhida e a opera o desse esp rito dentro do discurso jornal stico caminho para seguir no relato da pesquisa O espa o aberto pela necessidade de uma racionalidade ambiental passa a ser aproveitado pelo Campo Jornal stico para tamb m atualizar a sua a o e seu dizer Um discurso que apesar de marcado por afeta es institucionais e mercadol gicas traz em si um efeito do esp rito do verde em especial ao eleger o eixo da sustentabilidade na abordagem Antes de avan ar neste ponto espec fico contudo preciso situar adequadamente o Jornalismo e as no es mobilizadas para adentrar a trama discursiva 3 Ler de perto o jornalismo 50 O DISCURSO JORNAL STICO o objeto te rico deste trabalho cuja dimens o emp rica dada por textos editoriais e reportagens de capa das revistas que comp em a amostra analisada conforme apresento no cap tulo seguinte Busco cercar os textos jornal sticos em seus esfor os de tocar o leitor ao situar lugares sejam emp ricos do ponto de vista de uma pr tica que parte de um lugar social em uma dada forma o social sejam imagin rios da ordem do discurso e sua rela o com os referentes dos
330. resenta as rela es das diversas posi es ideol gicas e que mant m entre si la os de alian a antagonismo ou domina o em dado momento hist rico BRAND O 2004 100 Ver os esquecimentos em P cheux 1995 p 173 126 de que para al m dos procedimentos normativos da cultura jornal stica h escolhas outras como as da ordem da linguagem do encadeamento que d origem ao discurso na atua o das forma es imagin rias e da inscri o ideol gica em uma forma o discursiva As forma es imagin rias como visto no item 3 2 Cap tulo 3 dependem de uma rela o com as condi es de produ o do discurso remetendo a lugares determinados na estrutura da forma o social Elas s o constru das a partir do lugar social que cada sujeito envolvido na constitui o do discurso ocupa atribui a si e ao outro As forma es ideol gicas est o relacionadas s forma es sociais j que no interior destas que o ideol gico se institui determinando pelo vi s da FD os lugares emp ricos que cada sujeito pode ocupar bem como estabelecendo imagens que representam tais lugares A imagem de quem diz jornalista editor revista ou o campo profissional denominador fundamental no contrato de comunica o E apesar do capital simb lico do Campo Jornal stico ao qual os agentes buscam atrelar se reafirmar cren a e confian a um exerc cio cont nuo No caso dos editoriais de um jornal o leitor est diante
331. rganizado pela publica o com nomes destacados em cada uma das reas para as quais desenvolveu debates Para al m da tradicional formata o na apresenta o de reportagens em dois n meros a revista utilizou o formato de perguntas e respostas Mosaico 1 D e E que traz em si uma vontade de fechamento dos sentidos em torno dos dois assuntos combust veis etanol e aquecimento global nos quais parece julgar que o n mero de quest es respondidas oferece tudo que h por saber nas tem ticas abordadas Tal vontade sinaliza um gesto que permeia as edi es de instalarem se como definitivas mesmo que no n mero seguinte este efeito precise ser novamente exalado como atrativo de resposta atualidade dada pelo produto ofertado Partindo dos textos editoriais do primeiro dom nio a imagem do lugar da revista aparece discursivizada no contexto de uma rela o social de lugares com os quais interage falas de quem media e que atributos teria sua pr tica A primeira regularidade que aponta para a busca de constru o de um lugar para si no tema do verde est na demarca o da singularidade da revista e do seu jornalismo em esfor o de mostrar o valor de sustenta o do jornalismo como enunciador leg timo Eis alguns exemplos desse recorte SD1 Para nossa enorme satisfa o VEJA continua sendo a maior a mais influente e a mais prestigiada revista brasileira Atribu mos isso ao compromisso permanente da r
332. ria refuncionalizar a racionalidade econ mica sobrepondo se ao irracional degrada o permitindo desconstruir e re construir a partir de pluralidades uma racionalidade substantiva processos sociais fundados na id ia de desenvolvimento ecologicamente sustent vel uma cultura ecol gica e democr tica uma racionalidade te rica produ o conceitual orientada nos princ pios ambientais tendo em vista um novo paradigma de produ o cient fica cultural e tecnol gica diversidade integra o diferentes forma es ambientais uma racionalidade t cnica ou instrumental internalizar os custos ecol gicos planejamento e gest o ambiental que possam unir ecol gico social cultural uma racionalidade cultural valores culturais impl citos pr ticas e saberes tradicionais tendo valor na media o sociedade natureza A emerg ncia da quest o ambiental como elemento a ser assimilado na contemporaneidade como problem tica social e ecol gica pede um m todo e um pensamento de complexidade A quest o do verde enquanto ponto de partida deveria induzir efeitos de transforma o de diferentes disciplinas e paradigmas cient ficos e na produ o e integra o de conhecimentos Como saber o ambiental n o um saber tudo sobre o ambiente mas incorpora o de diversidades Ele tem uma posi o de externalidade ao desenvolvimento das 48 ci ncias e gera uma demanda de saber que
333. rial do conjunto das revistas bem como deixando o ser assumido nas particularidades de cada publica o conforme suas especificidades de abordagem e tematiza o O valor tamb m mercadol gico porque estabelece uma rede de interesses que se expande inclusive na alian a com apoiadores 148 externos como citado na apresenta o do MPS no caso dos parceiros que patrocinam e no Conselho Consultivo de not veis que estabeleceria diretrizes gerais do Movimento A dimens o da publicidade n o foi o foco aqui mas crescente a presen a de an ncios dos mais diversos setores empresariais e governamentais nos quais o verde e a sustentabilidade s o eixo tem tico O valor tamb m discursivo como procurei evidenciar nas marcas que remetem ao ideal do dizer a sustentabilidade para a salva o do planeta O valor do verde permite uma promessa que se soma ao contrato j existente e que mant m poss vel o funcionamento da ordem das revistas O lugar discursivo operacionaliza o valor identit rio do Projeto no seio da pr tica jornal stica para que seja poss vel operar no entremeio dos diferentes discursos e operar as posi es que se assume no interior dos textos sob efeito de um apagamento ilus rio por m buscado da vontade de verdade que fundamenta o dizer de cada publica o Ter a identifica o e a ader ncia do leitor pelo valor do verde permite que cada revista evidencie o saber que faz circular gerando efeitos
334. rios pessoas comuns como n s e voc dar dicas essenciais SD55 Ent o vire a p gina e descubra o que tem sido feito para que cada vez mais brasileiros saiam de casa pedalando 30VS28sd561 SD56 Muito mais que um cicloativista o holand s Luud Schimmelpennink sempre foi um homem da contracultura Preocupado com o meio ambiente e com o crescimento desenfreado da sociedade de consumo ele chamou alguns amigos e juntos formaram o grupo Provo origin rio da palavra provoca o nos idos da d cada de 1960 A ideia deles era provocar a aten o das autoridades sem o uso de nenhuma viol ncia e se poss vel com uma dose de bom humor 30VS28sd567 SD57 Sempre que poss vel ande de nibus ou bicicleta combine caronas e caminhe Saia da caixa 30VS28sd573 SD58 Da pr xima vez que voc for despachar uma encomenda lembre se de que uma moto polui em m dia sete vezes mais que um carro E priorize os mercados farm cias e padarias do seu bairro que realizam entregas em domic lio a pedaladas 30V828sdo74 SD59 Al m dos conselhos dos especialistas preparamos uma lista com simples informa es que podem ajud lo nas primeiras compras como um novo consumidor que respeita os ciclos naturais da terra 36VS38sd581 SD60 Al m de curtir a natureza exuberante outra dica aproveitar as conversas de p de ouvido para entender como essas comunidades chegaram t o perto da sustentabilidade 37VS48sd582 SD61 Para ele
335. rma es sociais s o trazidas para o discurso pelo mecanismo de assujeitamento Cabe pontuar que em se tratando de discurso n o h dentro e fora 68 que pressup e a pr exist ncia de saberes e estruturas recortadas do interdiscurso e acolhidas em determinada FD presentificando a ideologia no dito uma vez que traduz a complexidade inerente ao contexto de cada forma o social das lutas pelo poder em especial o poder dizer Tais estruturas encadeadas d o suporte aos efeitos de sentido e aos acontecimentos discursivos uma vez que a realidade social como mat ria potencial a ser apreendida resultado das rela es imagin rias cujos pontos s o tecidos pelas tr s ordens do real o inconsciente a l ngua e os processos s cio hist ricos tal entende a AD poss vel determinar uma dada forma o social pela constitui o de espa os est veis e pela percep o de lugares sociais especificamente formatados para serem ocupados como espa o de discursiviza o E desta forma que pensar uma estabilidade em torno do lugar do jornalismo e seu gesto de dizer 29 o mundo abre se como possibilidade assim como o ler a rela o permitida mas absolutamente necess ria ao jornalismo de quem pode junto com ele saber sobre o mundo e ofertar o que a atualidade O que se v materializado no discurso s o efeitos de processos desencadeados pelas forma es sociais soma daquilo que organizam e que permite a
336. rsos proeminente receiam alarmistas saber s rios fortalecer precisos orgulhar especialistas conceber teorias previs o capazes Ambientalistas catastr ficos erraram denunciam temem contracultura dogm ticos morte do campanha ativismo dram ticos ambientalismo pressionar plantando doutrin rios p s cr ticas ferozes uma semente ambientalistas catastr ficas pessoas revendo seus hist ricos comuns conceitos rec m conservacionistas convertidos incomodados bandeira agir ambiental individualmente temas quase cl ssicos manifesta es press o ortodoxos tenta convencer Governo fraude n o s o os nicos mais atentos corruptos e pol cia esquizofrenia respons veis ineficazes prendeu aus ncia mal ran o equipados e ideol gico desprovidos marketing de recursos suposta regularizar voca o Agroneg cio n o s o prest gio tomar criminosos selo de garantia consci ncia vigilantes impiedosos responde por valorizar destruidores gases do desbravadores efeito esfuta fundamentais Empresas aten o fazendo sua parte relev ncia devasta o investimentos estrat gia tecnologia ecoefici ncia n o s o as nicos empenhando respons veis aprendendo adapta o novo cen rio expostas resultados esfor o transforma o produtos verdes supera interesses oportun
337. rven o ativa na produ o da volatilidade como padr o de gosto e opini o a constru o de novos sistemas de signos e imagens um aspecto importante da condi o p s moderna que precisa ser considerada de v rios ngulos distintos Os discursos informativos junto com a publicidade e o entretenimento passaram a ter um papel muito mais integrado nas pr ticas culturais pois assumem maior for a na din mica de crescimento do capitalismo Voltam se cada vez mais para a abordagem dos desejos escolhas comportamentos atitudes uma vez que segundo Harvey 1996 a preocupa o do capitalismo n o est na mercadoria em si exclusivamente mas na produ o de signos e imagens sentidos que possam ser compartilhados comprados Estes signos e imagens s o material produtivo que fez nascer conforme Thompson 1998 p 154 um novo tipo de eixo simb lico caracterizado como eixo da difus o globalizada e da apropria o localizada dando origem a diferentes maneiras de significar as pr ticas socioculturais nas quais est o inclu dos os estilos de vida e os h bitos de consumo Cresce portanto o espa o para o compartilhamento de modelos ofertados aos indiv duos ansiosos em cumprir seus contratos no mbito social SANTOS 1999 O discurso sobre pr ticas e produtos ambientalmente corretos ou n o fruto de processos de valora o que articulam o valor simb lico a maneira como s o apreciadas pelas pessoas e o val
338. s 31EX78sd447 Uma nova gera o engajada A crescente press o sobre produtores brasileiros est provocando uma mudan a na maneira tradicional de fazer neg cios no setor 31EX785d448 O projeto dever consumir 1 2 bilh o de d lares e poder se tornar um dos maiores p los de etanol do estado 31EX78sd449 Quest es como manejo socioambiental prote o de recursos h dricos e conserva o de ecossistemas de engenharia da estrutura industrial da nova unidade de empresa Mais que investir em boas pr ticas 206 socioambientais a Usina Ang lica foi concebida para atender a regras de sustentabilidade que ainda existem no setor mas que podem ser estabelecidas no futuro 31EX785d450 Integrante da terceira gera o de produtores de caf e cana no interior de Minas Gerais Vieira um dos exemplos de uma nova gera o de empres rios do agroneg cio que levam em conta demandas sustent veis na hora de arquitetar a expans o de suas empresas 31EX785d451 Esse novo grupo entendeu a mudan a e agora prega que as boas pr ticas socioambientais s o o principal passaporte para conquistar investidores clientes em outros pa ses e at mesmo valorizar suas marcas dentro do mercado local Trata se de uma gera o que passou a ver a sustentabilidade sobretudo como uma forma de gest o de risco 31EX78sd452 Um dos principais redutos do agroneg cio em que poss vel encontrar empres rios voltados para os lucros da susten
339. s QUADRO 9 S ntese PS2 131 Dom nio 2 Mesmo com o protagonismo das solu es tecnol gicas o discurso de salva o do planeta encerra uma dimens o de valor do verde acionado em justaposi o ao que prop e SUPER sugere como caminho a tecnologia A SD71 O que leva pesquisadores s rios a defender um antigo vil o da ecologia que nos ltimos anos essa tecnologia se mostrou muito mais segura e pac fica do que a opini o p blica imagina 5SU27sd224 SD72 Separar o lixo economizar gua deixar o carro em casa Tudo isso ajuda Mas o que vai salvar mesmo o planeta do aquecimento tem nome tecnologia 16SU67sd255 salva o que remete ao discurso religioso mostra o ideal ecol gico SD73 A nova receita para salvar o mundo dizem Nordhaus e acionado Schellenberger investir com vontade em novas tecnologias 16SU67sd259 Dom nio 3 Em EXAME a ader ncia ao discurso empresarial torna central a op o por acionar marcadores de efici ncia conseguidos por modifica es tecnol gicas A l gica produtiva n o se altera O horizonte de solu es passa por ndices mensur veis mesmo que aplicados por exemplo em ind strias nomeadamente poluidoras SD74 As empresas tamb m apresentam metas cada vez mais ambiciosas no quesito ecoefici ncia sobretudo no que se refere ao consumo de gua e energia 15EX1207sd17 SD75 A ind stria automobil stica aperta os cintos de seguran a e se prepara pa
340. s como no desenvolvimento de biocombust veis 31EX78sd469 Apear de enormes desafios tecnol gicos pela frente os bilh es de d lares que as empresas do setor v m investindo no desenvolvimento de produtos inovadores mostram que a qu mica verde mais do que um modismo passageiro e pode dar uma valiosa colabora o a outros setores da economia que correm contra o tempo para tornar sua produ o mais limpa 31EX78sd470 Quando vou fazer compras levo em considera o o aspecto ambiental mas preciso que o produto tenha qualidade e o pre o seja honesto diz 31EX78sd471 Um dado revelador dessa falta de divulga o o baixo n mero de mercas citadas espontaneamente pelos entrevistados quando o assunto o meio ambiente apenas nove marcas foram lembradas e a mais citada foi a fabricante de cosm ticos Natura mencionada por 18 dos entrevistados 31EX78sd472 Segundo especialistas no Brasil a dissemina o do consumo consciente depende sobretudo do aumento do poder aquisitivo da Classe C Essa camada da popula o est encantada com o poder de consumo rec m adquirido 31EX78sd473 N o surte efeito algum falar em sustentabilidade quando o que as pessoas querem no momento realizar o sonho de ter um carro na garagem diz Lopes 31EX78sd474 Entre os principais motivos citados por esses consumidores para a compra de produtos com apelo ecol gico est o a preserva o da natureza e a preocupa o com o f
341. s contradit rias 20VE48sd43 e gua doce do mundo a Amaz nia uma riqueza cujos significado e valor financeiro n o t m sido corretamente avaliados Estimativas colhidas por EXAME mostram que apenas os recursos minerais e florestais somam por baixo 24 trilh es de d lares 25EX68sd46 A hist ria do desmatamento no Estado tem um enredo muito mais complexo que o notici rio costuma mostrar 25EX68sd47 QUEM PODE QUEM DIZ CONOSCO Foi um dia especial No palco dezenove especialistas debateram 27VE78sd49 Pela primeira vez desde o nascimento do guia a EXAME contou com um parceiro do mundo acad mico o Centro de Estudos de Sustentabilidade da Funda o Get lio Vargas na tarefa de avaliar a atua o financeiro social ambiental de 140 das maiores empresas brasileiras 14EX37sd23 O TEMA A floresta um templo 20VE48sd39 1987 O maior vil o do mundo era a energia at mica 5SU27sd7 Energia nuclear era t o ruim que quando um cartunista americano chamado Matt Groening resolveu inventar um vil o terr vel para a anima o que estava criando n o pensou duas vezes o Sr Burns seria o dono de uma usina at mica 5SU27sd9 Vinte anos se passaram e a hist ria mudou 5SU27sdio Houve um tempo em tentamos acompanhar a tremenda evolu o da responsabilidade social corporativa no Brasil e no mundo Muitas das ideias iniciais foram reformulad
342. s SDs 9 e 10 avalizadas por um conjunto de vozes igualmente competentes na solu o das controv rsias Verdade isen o raz o independ ncia e intelig ncia s o marcas operadas por VEJA e que demonstram a vontade de ser visto como agente confi vel para dizer o que diz b Dom nio 2 SUPERINTERESSANTE SUPERINTERESSANTE chega mensalmente s bancas desde outubro de 1987 L der no segmento de divulga o cient fica no pa s SUPER se intitula como a maior revista de assuntos cient ficos para o p blico jovem projetanto mais de tr s milh es de leitores Em 2008 era a quarta revista mensal brasileira em circula o ultrapassando a m dia de 355 970 exemplares impressos por edi o Entre os t tulos da Abril figurava em terceiro lugar atr s apenas de NOVA ESCOLA e CL UDIA Por estar inscrita no espa o da divulga o cient fica SUPER sustenta uma imagem social positiva de preocupa o com o ecol gico em um permanente jogo entre o discurso da ci ncia e o discurso do cotidiano de forma a incluir o leitor em seu dizer Na esteira da preocupa o com o verde que SUPER disse da mudan a da cor do seu logotipo al m da sua tradicional moldura vermelha para o verde quando foi a primeira revista mensal do pa s a publicar uma Edi o Verde anual lan ada sempre ao final do ano a primeira em 2007 SUPER demarca em seus editoriais uma posi o de agente dos grandes temas o que se reflete tamb m no slogan que
343. s anos de 2007 e 2008 o discurso que ali se materializa consolidado por elementos anteriores diversos O mercado brasileiro de revistas considerando o conjunto de publica es de express o nacional vem trabalhando de forma crescente o tema ambiental Como discuti no Cap tulo 2 trata se de um tema complexo conflituoso marcado por disputas de sentido que afetam tamb m o dizer jornal stico mais fortemente depois da s rie de eventos internacionais que aos poucos alteraram o estatuto do assunto de pauta para tema necess rio hoje obrigat rio mercadologicamente falando Como tentei recuperar a cobertura sobre meio ambiente tem liga o com determinados marcos internacionais eventos ou acontecimentos com poder de mobiliza o discursiva estimulada pelo advento de uma agenda ambiental global no contexto da ecosfera contempor nea Entre os fatos mais recentes considerando as ltimas d cadas uma forte lembran a a influ ncia da Confer ncia das Na es Unidas realizada em 1992 no Rio de Janeiro em especial pelos seus efeitos no pa s Segue se a Rio 5 em 1997 quando acontece a assinatura do acordo de redu o das emiss es de gases estufa o Protocolo de Kyoto Estes e os acontecimentos subsequentes sintetizam a multissetorialidade do tema reflexo do hist rico de lutas sociais e da entrada de novos atores na disputa por nomear o ser verde A realiza o da Rio 10 na frica do Sul em 2002 com a sustent
344. s extrativistas nas quais a sustentabilidade seja medida pelo n o empobrecimento do patrim nio natural poss vel pensar o contradit rio abrigado pela sustentabilidade por uma linha conceitual j trabalhada por Caporal e Costabeber 2000 numa divis o em duas correntes ecotecnocr tica e ecossocial A corrente ecotecnocr tica tem como principal base o chamado Relat rio Brundtland de 1987 que analisa problemas socioecon micos e ecol gicos em escala global sublinhando a interliga o entre economia tecnologia sociedade e pol tica VARGAS 2001 p 221 Nesta corrente tem nfase uma equa o entre crescimento sociedade e natureza mediante a ado o de um otimismo tecnol gico e de artif cios econ micos As solu es para os problemas passam pela ado o de mecanismos de mercado como a cobran a de taxas pela utiliza o de recursos naturais e o investimento no potencial produtivo buscando ampli lo pela l gica de efic cia e efici ncia Exemplos est o na agricultura com o incentivo ao uso de insumos e em tecnologias industriais de ponta para o aumento da produtividade A corrente ecossocial cuja origem foi ligada ao movimento ambientalista de contracultura principalmente da d cada de 1970 enfatiza o cuidado com duas dimens es a solidariedade diacr nica respeito s futuras gera es e a solidariedade sincr nica gera es presentes H nfase na cultura como inst ncia fundamental da rela o
345. s maneiras de agir atentas aos anseios sociais SD83 As empresas tamb m apresentam metas cada vez mais ambiciosas no quesito ecoefici ncia sobretudo no que se refere ao consumo de gua e energia 15EX1207sd17 SD84 A transi o de uma abordagem te rica para outra baseada em m tricas e mudan as pr ticas um fen meno que pode ser observado em todo o mundo 14EX37sd287 SD85 Em tempos de sustentabilidade conceber novas maneiras de cuidar do meio ambiente virou obsess o de praticamente todas as grandes companhias do mundo 17EX48sd340 SD86 S o desenvolvimento econ mico pode eliminar o principal predador da floresta a pobreza extrema 25EX68sd382 SD87 A evolu o dos crit rios ambientais mais importantes como consumo de gua e energia e emiss es de gases revela que as empresas brasileiras come am a ter a es mais claras para reduzir o impacto de suas atividades diz Roberta Simonetti coordenadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Funda o Get lio Vargas de S o Paulo parceira da EXAME na elabora o da metodologia do question rio 31EX78sd428 d PS 4 Inefici ncia brasileira efici ncia estrangeira Diz da reiterada op o das revistas por operar em uma dicotomia entre atrasados e adiantados localizando os lugares do avan o em torno da quest o ambiental e quais n o merecem cr dito Deixa ver ainda uma 133 vontade de verdade inscrita nos padr es ocid
346. s t m muito do que se orgulhar A duras penas conseguiram conceber teorias f sicas que n o s foram capazes de dizer como o Universo progrediu desde seu surgimento como tamb m permitiram extrapolar de maneira razo vel como o Universo ir se desenvolver daqui para os pr ximos zilh es de anos 15SU57sd251 A maior bomba nuclear que temos por perto est bem a no seu nariz o sol E ela vai detonar 15SU57sd252 em mais de 1 bilh o de anos a alegria da Terra vai acabar as rea es nucleares que acendem o astro estar o mais intensas E o calor por aqui vai ser tamanho que far com que todos os oceanos terrestres evaporem o efeito se acentue de maneira radical e o planeta inteiro seja esterelizado 15SU57sd253 16SU67 Tecnologia A p lula que salva 16SU67sd254 Separar o lixo economizar gua deixar o carro em casa Tudo isso ajuda Mas o que vai salvar mesmo o planeta do aquecimento tem nome tecnologia 16SU67 sd255 Apesar de voc n o aguentar mais ouvir falar que em pouco tempo sua vida ficar cada dia mais infernal diga a verdade voc diminuiu o tempo do seu banho por causa do consumo de eletricidade Trocou o carro pela bicicleta para reduzir a polui o Parou de comprar produtos de empresas vinculadas ao desmatamento Doou dinheiro a alguma sociedade de prote o natureza e aos animais Parou de comer carne 16SU67sd256 Se o mundo est entrando em colapso como afirmam v rios cientistas mais alarmi
347. sa do lobby da ind stria petrol fera e dos pecuaristas que o estado do Texas se tornou o mais polu do do pa s Tal t tulo deve ser atribu do influ ncia de empresas como a Exxon Mobil sediada em Houston que tem feito lobbies bem sucedidos at mesmo contra programas estaduais de incentivo instala o de pain is de energia solar em resid ncias O maior problema de movimentos como o da Exxon que cada vez mais as empresas que se mostram contr rias a medidas ambientalmente respons veis ganham a antipatia dos consumidores um efeito colateral que pode jogar por 201 terra o trabalho de qualquer lobista 18EX58sd364 Essa preocupa o ambiental contaminou at mesmo ecoc ticos de carteirinha como o americano Robert Lutz vice presidente mundial da General Motors Anos atr s Lutz afirmou publicamente que os autom veis n o poluem o planeta tanto assim Ele anunciou no come o de 2008 que a maior montadora do mundo se prepara para lan ar o Volt um carro movido a eletricidade O petr leo continuar a ser dominante nos pr ximos 20 anos mas certo que outras tecnologias como a dos motores h bridos a do biocombust vel e a eletricidade ser o cada vez mais numerosas disse Lutz a EXAME 18EX58sd365 O Greenpeace fez manifesta es nas quais acusava os carros fabricados pela Porsche de emporcalhar o meio ambiente 18EX58sd366 A press o de ONGs e de consumidores est mudando as leis que regem o
348. sd79 O IPCC acha que as cat strofes naturais ser o frequentes e devastadoras Para os c ticos os desatres ser o poucos N o ser dif cil para o homem se adaptar a essas altera es do clima 12VE17sd80 Por um lado previs es catastr ficas claramente infladas para fins propagandistas s o um tiro que a ortodoxia ambientalista d no pr prio p H duas semanas a Alta Corte da Inglaterra determinou que ao exibirem o filme de Al Gore nas escolas do pa s os professores avisem aos alunos que ele tendencioso e cont m nove erros flagrantes 12VE17sd81 O que Lomborg pretende demonstrar a capacidade humana de se adaptar s mudan as naturais e encontrar solu es tecnol gicas para os desastres anunciados 12VE17sd82 Diante da imposi o de combater o aquecimento global as a es individuais nessa dire o se tornaram uma mania Todo mundo quer fazer a sua parte para salvar o planeta ou pelo menos manter a consci ncia limpa de que n o est ajudando a piorar a situa o 12VE17sd83 Ao se tornar uma doutrina a luta contra o aquecimento global tamb m se tornou um instrumento nas m os dos pol ticos 12VE17sd84 outro c tico proeminente o economista Deepak Lal da Universidade da Calif rnia ir nico que o ambientalismo enquanto instrumento pol tico seja hoje associado ao pensamento de esquerda No passado era o contr rio Os comunistas donos das f bricas mais poluentes do mundo consideravam a preocupa o c
349. sifica o que permitem a acumula o da experi ncia A oferta de esquemas de classifica o para diferenciar os objetos constitui uma esp cie de acervo social de conhecimento Diversos trabalhos t m mostrado que o jornalismo de revista assume uma entona o disciplinar e performativa PRADO 2005 na tentativa de moldar o que normal desej vel e aceit vel O pr prio ritmo de fechamento de uma revista possibilita um planejamento de suas pautas e investimento na investiga o sem contar a rede discursiva que um mesmo n mero pode mobilizar aliando flexibilidade de constru o textual colunistas e design gr fico S o grandes quantidades de informa o estruturada repetida e coerente elabora o permitida pelo intervalo de circula o A periodicidade semanal ou mensal deve ser colocada em perspectiva no aspecto da sua visibilidade anual no entanto este o espa o de organiza o da revista sua atua o ao longo de mais um ano de bancas suas capas suas edi es especiais o que ocorre por exemplo nas Edi es Verdes guias n meros tem ticos que se repetem Na tematiza o da quest o ambiental no contempor neo h mecanismos que o tema aciona a ponto de estruturar 59 uma editoria espec fica um projeto editorial e institucional os n meros extras as reportagens especiais a presen a para al m do factual Al m disso a edi o de n meros especiais extrapola seu regime temporal n
350. sil como na edi o que tratou sobre Combust veis do futuro Mosaico 4 B gt Dispon vel em http publicidade abril com br Acesso em 20 ago 2010 Dispon vel em http publicidade abril com br Acesso em 20 ago 2010 118 VOS N CEDETTE NONNE ANONN GEOGRAPHIC HE GFOGRAPHIC BRASIL 3 BRASIL Wi E AFIONESTAVIRA FAZENDA P STE M FITORO Sirva Combust veis 4 5 s O NOVO PAPEL DOS INDIOS do futuro cana de a car o milho as algas marinhas podem salvar a Terra do aquecimento global Os 50 anos da conquista do espa o Piratas modernos atacam na Indon sia Otanto das baleias jubarte Ata aaos t sglros n Eslov nia ii A Edi o 82 ano 7 jan 2007 B Edi o 91 ano 7 out 2007 Ilustra o 15 Mosaico 4 O verde em NATIONAL A peculiaridade que come a a aparecer neste dom nio e segue no pr ximo VIDA SIMPLES um posicionamento mais proximo do editor da publica o e uma inscri o em um discurso do cotidiano al m de uma experi ncia pessoal partilhada acerca do tema da principal reportagem da edi o em circula o Em NATIONAL este um tra o da linha editorial padr o respons vel pelo car ter mundial da publica o Na primeira SD 41 est o as marcas da imagem pretendida pela revista seguidas pelas marcas do discurso de um sujeito editor em conversa com seus leitores nas quais as tem ticas da revista misturam se ao dizer do cotidiano SD4
351. smo A ideia de conhecimento do jornalismo aponta para a quest o de um tipo de saber como objeto de seu interesse e como oferta Apoiado na filosofia Genro Filho defende o jornalismo como nova modalidade social de conhecimento sua categoria central o singular tal como o universal a da ci ncia e o particular a das artes O autor recupera o escrito de Robert Park 2008 que faz pondera es ao texto acerca da not cia como forma de conhecimento e os apontamentos sobre a import ncia dos fatos singulares feitos por Tobias Peucer 2004 em Os relatos jornal sticos original de 1690 O conhecimento do jornalismo portanto cristalizar se ia no singular N o se trata no caso de uma busca pelo singular A constru o do dizer acerca da realidade no jornalismo estaria na capacidade de contextualizar adequadamente TEIXEIRA 2007 no modo de perceber dialeticamente o mundo a perspectiva da cr tica aparece a realidade se recria e se diferencia dela mesma GENRO FILHO 1989 Quando Del Rey Morato 1988 afirma que n o h sentido a atualidade o sentido ele fornece a pista para fixar que os efeitos de sentido do discurso jornal stico est o nos quadros que o envolvem ou seja nos efeitos do lugar discursivo e sua capacidade de congregar contratos ethos condi es de produ o Tamb m porque o tempo em curso doador de sentido na mesma medida que ele produto dos discursos sobre seu car ter O resultado qu
352. smo a l gica cultural do capitalismo tardio S o Paulo tica 1997a KUNCZIK Michael Conceitos de jornalismo Norte e Sul S o Paulo USP 1997 KUNSCH Margarida M K A comunica o para a sustentabilidade das organiza es na sociedade global In KUNSCH Margarida M K OLIVEIRA Ivone de Lourdes orgs A comunica o na gest o da sustentabilidade das organiza es S o Caetano do Sul SP Difus o Editora 2009 pp 57 81 LATOUR Bruno Pol ticas da natureza como fazer ci ncia na democracia Bauru SP Edusc 2006 LATOUCHE Serge Sobrevivir al desarrollo Barcelona Ic ria Editorial 2004 LEFF Enrique Epistemologia Ambiental 4 ed S o Paulo Cortez 2006 LEIS H ctor Ricardo A modernidade insustent vel as cr ticas do ambientalismo sociedade contempor nea Petr polis RJ Vozes Santa Catarina UFSC 1999 LIPOVETSKY Giles A era do vazio ensaio sobre o individualismo contempor neo Lisboa Rel gio d Agua 1989 154 LOOSE Eloisa Jornalista ambiental em revista das estrat gias aos sentidos Disserta o mestrado Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de P s Gradua o em Comunica o e Informa o 2010 LOOSE Eloisa Revistas especializadas em Meio Ambiente A presen a da Est tica da Repeti o e o refor o dos Estere tipos Matteria Primma Faculdades COC v 3 p 38 49 2009 LOPES Jos S rgio Leite Sobre processos de ambientaliza o dos conf
353. smo ao apontar sa das poss veis para os temas cuja relev ncia constr i em seu dizer nos movimentos que estabelece no espa o e no tempo de forma a entender os meios como resultado de uma processualidade discursiva social e hist rica portanto As imbrica es s o v rias uma vez que a compreens o da pr pria contemporaneidade como aponta Garc a Canclini 1997 depende do estudo da comunica o N o s porque os meios criaram uma esfera p blica de discuss o de quest es que outora a maioria das pessoas n o teria acesso mas por produzirem uma leitura do mundo e do tempo presente fundamentada na ilus o de abarcar a complexidade da realidade E por essas possibilidades que tamb m se modifica o tipo de rela o que as pessoas estabelecem para sua vida no contexto social Justo pela atua o dos meios afirma o autor que poss vel reconhecer e acalmar as tens es que emergem no social Nessa processualidade tanto a estrutura quanto o conte do das narrativas jornal sticas e das narrativas dos discursos cotidianos permitem moldar e avaliar a experi ncia Um vai e vem em que o p blico e o privado se entrela am narrativamente misturando se e operando trocas de significados uma esfera acaba por influir na compreens o da outra um aspecto fundamental do contempor neo tempo no qual os dispositivos midi ticos permitem essa mobilidade entre espa os individuais e coletivos espa os globais e locais Para se situa
354. smo com o fim da pesca comercial Mais pl stico se acumula no est mago dos albatrozes e as 175 esp cies ex ticas j instaladas na rea que mais sofre com esse problema no mundo a baia de S o Francisco nos EUA causam preju zos bilion rios 358U88sd274 O bom senso pede que tentemos salvar com urg ncia esse mundo invis vel Mas ele mostra que n o veio com manual de conserto ningu m sabe bem o que ainda est a tempo de ser salvo 358U88sd275 N o vai ter escapat ria Em seu mais recente relat rio o Painel Intergovernamental sobre Mudan as Clim ticas IPCC na sigla em ingl s afirmou pela primeira vez sem meias palavras que o aquecimento global um fato e que a culpa toda nossa As empresas podem plantar florestas para compensar as chamin s as pessoas podem trocar as l mpadas convencionais por modelos mais econ micos voc pode substituir o carro pela bicicleta Podemos at formar fila para ver o filme do Al Gore Tudo isso lindo e precisa ser feito Mas n o h como escapar das consequ ncias do aquecimento que j produzimos e que v o mostrar as garras nas pr ximas d cadas 35SU88sd276 A palavra de ordem dos engenheiros e arquitetos adapta o principalmente quando se trata de locais mais vulner veis Segundo o IPCC adapta o nesse contexto s o ajustes nos sistemas humanos e naturais possibilitando a reposta s mudan as clim ticas e abrangendo seus preju zos Em outras palavras
355. so e diferenciado uma reconstru o discursiva do mundo com base em um sentido de fidelidade entre o relato jornal stico e as ocorr ncias cotidianas 55 Esta promessa recobre a diferen a simb lica percebida nas revistas ao dizerem sobre si sobre seu fazer algo que este trabalho observou ao procurar dar conta de um jornalismo diferente do que chega por exemplo ao leitor das p ginas de um jornal di rio e na compreens o de not cia Fica estabelecida assim a perspectiva por meio da qual o jornalismo tratado aqui a da vincula o a uma atualidade alargada que ultrapassa uma factualidade cotidiana como refer ncia primordial Desta forma a perspectiva da reportagem que interessa a esta investiga o Os aspectos que envolvem a not cia n o s o desconsiderados Exploro no entanto o que h no sistema de ordem diferenciado do jornalismo de revista levando em conta a tarefa que o jornalismo assume de desambiguizar o mundo ao construir modelos de compreens o da realidade MARIANI 1999 p 112 considerando o modo como as revistas apresentam o seu discurso no contexto atual assumindo se diante de complexos temas da contemporaneidade como o caso da quest o ambiental O verde como tema nas revistas resulta da dupla emerg ncia j mencionada indicadora de pistas para perceber as quest es que aqui interessam Ao mesmo tempo em que o tema consolida uma centralidade no contexto contempor neo o jornalismo coloca se
356. sos em termos ambientais e sociais diz Maggi ao iniciarmos uma visita Fazenda Tanguro Fazemos tudo dentro da lei 1NG17sd516 Sob a chuva insistente com a caminhonete derrapando na lama tomamos uma estrada reta margem de planta o de soja verde amarelada De um lado intermin veis fileiras de plantas com meio metro de altura configuram perfeita imagem da moderna agricultura mecanizada Um observador leigo talvez ficasse impressionado com o lustro esverdeado das plantas sem se dar conta da mistura t xica necess ria para obter tal efeito 1NG17sd517 Desde os cientistas at os moradores das vilas quase todos ao contr rio de Maggi se mostram alarmados com a quantidade de agrot xicos que se est infiltrando na bacia fluvial Comunidades ind genas como a dos enawen naw s em Mato Grosso queixam se do envenenamento da gua e das mortandades de peixes 1NG175d518 Ele ben fico para o ambiente avalia ele fitando me nos olhos Por aqui a terra pobre demais Sem medidas corretivas n o d para produzir 1NG17sd520 Aparentemente os propriet rios de terras est o come ando a tomar consci ncia de que podem ser punidos Com as medidas implantadas ap s o assassinato da irm Dorothy os fazendeiros que j haviam ultrapassado o limite de desmatamento passaram a buscar maneiras de regularizar a situa o Disposto a ajud los o governador Maggi vem permitindo que comprem reas n o cont guas de floresta
357. ssidade de usar com parcim nia os recursos naturais da Terra 12VE17sd95 Ser c tico n o ser contr rio ao ambiente zelar pelo ambientalismo de forma coerente disse a VEJA Chris de Freitas professor de ci ncia ambiental na Universidade de Auckland na Nova Zel ndia 12VE17sd97 O maior perigo imediato representado pelo aquecimento global parece ser de outra ordem ter colocado em segundo plano nas preocupa es mundiais uma s rie de tarefas urgentes se queremos salvar o planeta 12VE17sd98 ir nico mas a obsess o em torno das mudan as clim ticas pode estar se transformando na forma errada de salvar o planeta 12VE17sd99 13VE27 A guerra contra a gua mineral 13VE27sd100 O novo vil o dos ambientalistas n o o l quido mas o pl stico das embalagens 13VE27sd101 Muitas entidades ambientalistas t m promovido campanhas de conscientiza o para esclarecer 13VE27sd102 As campanhas t m dado resultado nos lugares onde a preocupa o ambiental j ganhou a ades o das multid es e os moradores confiam na gua encanada 13VE27sd103 A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente que no Terceiro Mundo com vastas regi es nas quais n o recomend vel consumir gua diretamente da torneira quem tem poder aquisitivo para comprar gua mineral precisa faz lo por quest o de seguran a 13VE27sd104 Hoje com o culto sa de na ordem do dia a m stica em torno das guas minerais se mant m Par
358. stas ent o por que voc n o faz a sua parte E ser que mesmo se n o mudarmos os h bitos dramaticamente o planeta tem salva o Sim at tem E o que voc vai descobrir a partir de agora 16SU67sd257 A tese vem de Ted Nordhaus e Michel Schellenberger chamados p s ambientalistas americanos Os dois sacudiram o mundo dos ecologistas em outubro passado com o livro Break Through From the Death of Environmentalism to the Politics of Possibility Break Through Da morte do ambientalismo para a Pol tica da Possibilidade sem edi o em portugu s Em outras palavras N o que voc vai deixar de andar de carro que daqui a alguns anos ele vai rodar com lcool produzido a partir de uma planta qualquer de maneira mais eficiente que a cana de a car ou a eletricidade 16SU67 sd258 A nova receita para salvar o mundo dizem Nordhaus e Schellenberger investir com vontade em novas tecnologias 16SU67sd259 V rias empresas est o fazendo sua parte especialmente agora que a mudan a para um comportamento sustent vel n o s bom para publicidade mas pode reduzir custos 165SU67sd260 Esses avan os tecnol gicos pontuais s o louv veis mas para o rumo do planeta mudar preciso fazer investimentos mais ambiciosos 16SU67sd261 As usinas nucleares que por quase 20 anos foram demonizadas pelos ambientalistas come am a ser novamente vistas com bons olhos pelos governos basicamente porque conseguem gerar muita energia
359. ste 880 milh es de d lares num complexo de laborat rios para estudar princ pios ativos subst ncias naturais como veneno de cobra e enzimas vegetais com potencial de produ o de drogas e cosm ticos provenientes das florestas 203 asi ticas N o fosse a xenofobia brasileira o que se passa em Cingapura poderia estar ocorrendo em Manaus 25EX68sd398 Recentemente a Academia Brasileira de Ci ncias prop s ao governo um plano para fortalecer os centros de pesquisa existentes contratar jovens doutores e criar novas universidades ao custo de 1 bilh o de reais por ano O governo ainda n o respondeu 25EX68sd399 Sempre que o desmatamento da Amaz nia cresce o Brasil acusado de devastar um bem indispens vel ao planeta Invariavelmente a reposta do governo brasileiro usa o bord o A Amaz nia nossa 25EX685d400 Mas a Amaz nia n o est sob ataque alien gena Adoraria dizer que os gringos est o devastando a Amaz nia mas isso n o verdade diz o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc Os grandes respons veis pela destrui o s o grileiros pecuaristas e madeireiros ilegais que abastecem o mercado interno Quanto biopirataria os riscos tamb m s o pequenos 25EX68sd401 Caso o setor madeireiro se modernize ele contar com uma tremenda janela de oportunidade 25EX68sd402 Al m de abastecer o pr prio ecossistema a umidade amaz nica cumpre papel vital na regula o clim tica de
360. sto humano dos conflitos fundi rios no Par por ocasi o do primeiro anivers rio da morte de Dorothy Stang O primeiro modelo foi implantado durante a ditadura e baseava se na extra o de madeira e na cria o de gado predat rio pois provoca destrui o n o sustent vel e devasta a floresta O modelo alternativo defendido pela freira chamado por Pontes de ambientalismo social O primeiro modelo concentra riqueza ao passo que o segundo sup e sua dispers o em cooperativas agroflorestais de pequena escala 1NG17sd507 Embora os agricultores pobres tamb m prejudiquem a floresta a freira acreditava que poderiam aprender a manejar a terra de modo sustent vel por uma quest o de autopreserva o A morte da floresta o fim de nossas vidas costumava dizer a seus seguidores 1NG17sd508 Blairo Maggi governador reeleito do Mato Grosso considerado pelo movimento ambientalista um garoto propaganda da mentalidade predat ria Conhecido como o rei da soja ele o maior produtor mundial da leguminosa Em 2005 Maggi recebeu outro t tulo bem menos honroso o Motoserra de Ouro concedido pelo Greenpeace pelo fato de o Mato Grosso ter sido o campe o de desmatamento no Brasil pelo terceiro ano seguido bem no per odo em que ocupou o pal cio do governo 1NG17sd509 Propriedades gigantescas e v rias outras menores totalizando mais de 400 mil hectares Maggi fornece cr dito e adquire soja de cerca de 9
361. t rico recente os anos de 2006 e 2007 foram per odo de reorganiza es discursivas em torno de temas centrais e um fato em especial tomado aqui em sua dimens o de acontecimento discursivo o quarto relat rio de trabalho do Painel Intergonvernamental sobre Mudan as Clim ticas o IPCC mantido pela Organiza o das Na es Unidas O coletivo de cientistas passou a assistir a uma maior repercuss o do seu trabalho a contar da divulga o do quarto relat rio sendo delimitador para o presente estudo O car ter de acontecimento discursivo est no fato de inaugurar novas formas de dizer re atualizando sentidos mas principalmente estabelecendo um marco de onde uma nova rede de dizeres poss veis ir emergir FERREIRA M 2005 p 11 um coletivo internacional de cientistas lan a o mais contundente relat rio acerca das mudan as ambientais globais Nele sugerem a constru o de solu es que evitem um poss vel cen rio de riscos O verde discurso e cor perpassa com mais for a o texto das reportagens de parte significativa das revistas brasileiras e chega at a vestir o seu maior cone enquanto produto a capa Colocados assim de forma sint tica estes elementos parecem sugerir uma equa o simples Ambos os movimentos por m s o fruto de processos hist ricos e sua observa o pelo vi s do discurso sugere uma maneira de tension los em sua complexidade Como 3 GRUPO DE TRABALHO I Mudan a do
362. ta de informa o ambiental desconexa come a a ser alvo de forma mais efetiva de argumentos em torno da urg ncia de uma vis o interligada de causas e consequ ncias da degrada o que d origem aos graves problemas socioambientais A informa o adquire centralidade nos objetivos de constru o de uma cidadania ambiental Nos estudos acad micos em jornalismo recorrente considerar que a divulga o das not cias ambientais possibilita novas percep es sobre os impactos sentidos no dia a dia e serve como motiva o para a busca de alternativas Trata se de uma quest o de natureza processual cumulativa tal como v m demonstrando as pesquisas do Instituto de Estudos da Religi o ISER em conjunto com o Minist rio do Meio Ambiente denominadas O que o brasileiro pensa do Meio Ambiente 1997 2002 2005 As estat sticas sugerem um aumento percentual da conscientiza o sobre a complexidade dos problemas ecol gicos Isso no entanto n o reduz a preocupa o dos pr prios coordenadores da sondagem ao enfatizar que solu es pragm ticas t m apelo consider vel assim como a es pontuais E persiste para muitos a ideia de ecologia como sin nimo de fauna e flora CRESPO 2003 Em outro levantamento ISER 2008 apresentada a opini o de lideran as brasileiras sobre mudan as clim ticas e o engajamento do Brasil no assunto Jornalistas de ve culos de express o nacional TV r dio e impressos aparecem
363. tabilidade o de caf s especiais 31EX78sd453 Aos poucos essa nova maneira de pensar no agroneg cio come a a se espalhar por v rias regi es do pa s Um exemplo um grupo de pequenos produtores ga chos de arroz que seguem um conjunto de regras para que a lavoura tenha o menor impacto ambiental poss vel Tradicionalmente o cultivo de arroz um voraz consumidor de recursos h dricos No passado recente eram necess rios 3 litros de gua para produzir cada quilo do gr o Hoje essa equa o est mais equilibrada 1 litro para cada quilo colhido Os arrozeiros do litoral norte ga cho querem ir al m 31EX78sd454 O selo avaliar apenas a qualidade final do gr o mas o processo de cultivo traz impl citas caracter sticas ambientais que podem garantir um atrativo extra ao produto hoje vendido apenas no mercado interno 31EX78sd455 A experi ncia dos produtores de arroz do litoral norte ga cho derruba um mito a agricultura sustent vel sempre envolve mais altos custos que a tradicional 31EX78sd456 Temos a qualidade e valor ambiental para vender afirma 31EX78sd457 O agroneg cio cada vez mais desperta para a necessidade de vender suas qualidades ambientais Existem muitas a es fragmentadas nos mais diversos segmentos mas importante articular e mostrar essas iniciativas diz Meire Ferreira superintendente do Instituto para o Agroneg cio Sustent vel Ares entidade fundada h cerca de um ano 31EX78sd458
364. tado em rela o tecnologia em dire o a um discurso ecol gico hegem nico e adaptado s din micas da esfera privada da produ o operando por vari veis de aferi o de ecoefici ncia e pela oferta cada vez mais abundante de produtos verdes ao mercado consumidor A defini o de uma crise ambiental como um problema relativo a estilos de vida e op es de consumo abre um importante campo estrat gico As empresas devem aproveitar a nova percep o e a emerg ncia da preocupa o com um futuro sustent vel Outras quest es tamb m constituem este n cleo de sentidos identificado conforme os exemplos a seguir QUADRO 10 S ntese PS3 132 Dom nio 1 Uma outra dimens o do valor do verde se desenha tendo por base a lucratividade da quest o em termos de saber dizer e operar o horizonte de solu es para os problemas que se apresentem Al m disso tamb m aparece em VEJA o dizer sobre a compensa o econ mica como caminho para frear a degrada o na preponder ncia de uma racionalidade econ mica vigente no contexto liberal ocidental SD79 Entregar a tarefa iniciativa privada por meio de concess es uma sa da 27VE78sd174 SD80 Para eles o discurso e consci ncia ecol gica n o funcionam Eles precisam de medidas que tornem mais vantajoso preservar do que destruir 27VE785d180 Dom nio 2 SUPER localiza deslocamentos em torno de uma nova ordem A modifica o de comportam
365. taformas sobre sustentabilidade Conforme outro dizer institucional do Grupo o objetivo com o MPS ampliar o conhecimento produzir refer ncias e comunicar se permanentemente com 15 dn A A d o Fa 3 milh es de leitores impulsionando a mobiliza o e consci ncia sobre o tema fun o atribuida ao Movimento e ao que este prop e desenvolver perpassa tamb m o logotipo Ilustra o 11 que o identifica PLANETA sustent vel Ilustra o 11 Logotipo Planeta Sustent vel O material sintetiza o car ter de educa o de guia para atitudes sustent veis em especial no simbolismo que pode ser lido no gesto do adulto que toma uma crian a pela m o e conduz seu olhar e o do leior para as folhas verdes estilizadas que traz em sua m o chamando aten o para o meio ambiente e a sustentabilidade Remete ainda ao enunciado chave que define a ideia de desenvolvimento sustent vel da solidariedade diacr nica tomada como limite para a satisfa o dos interesses das atuais gera es com respeito ao direito das futuras realizarem os seus Ao redor das duas figuras o anel azul representa n o s a gua mas um car ter de dinamismo de entorno envolvente e ao mesmo tempo de engajamento quest o 7l Dispon vel em http planetasustentavel abril com br movimento Acesso em 19 jul 2010 72 Al m da rea ambiental a educa o tamb m objeto de um movimento institucional da Abril O Educar para
366. tal sobre Mudan a Clim tica S o eles os cientistas Carlos Nobre Jos Marengo Roberto Schaeffer e Suzana Kahn Ribeiro que colaboraram na revis o das respostas 23VE68sd163 SD11 A primeira reportagem de VEJA sobre o aquecimento global data de 1983 Catorze anos depois foi assinado o Protocolo de Kioto 28VE88sd181 105 VEJA reitera uma vontade de enquadramento da abordagem ofertada e faz ressoar no interior de suas reportagens as marcas constitutivas da sua figura no contrato com os leitores 106 a imagem de quem diz A sua constitui o como agente nico de discurso homog neo constr i se na correla o entre o dito sobre a pr tica no espa o editorial e como faz no espa o da reportagem o que diz fazer para dizer o tema a revista convoca elementos da ordem das forma es imagin rias acionando o lugar do jornalismo o lugar do seu jornalismo a institui o que a sustenta e por fim que lugar tem o seu discurso acerca das problem ticas trabalhadas Os atributos do enunciador VEJA funcionam no contexto de esclarecimento dos temas abordados E o efeito de naturaliza o das suas posi es enunciativas depende do esfor o que come a no texto editorial e prossegue na ordem da reportagem para que a heterogeneidade da pr tica jornal stica durante o seu processo de produ o resulte em imagem de uma enuncia o homogeneizada no produto final sob o prisma de um discurso competente e como demonstram a
367. tam os dom nios constitu dos a partir das revistas selecionadas come o a apresentar o gesto de leitura do corpus discursivo 74 Concordando com Voese 1997 p 174 a no o de pista deve sempre lembrar que ela s pode apontar para algo quando observada e cotejada com outras H na no o de pista sempre uma id ia de precariedade Dispon vel em http planetasustentavel abril com br conselho Acesso em 15 fev 2009 98 A interpreta o se deu pela rela o entre os recortes advindos dos dizeres editoriais e os recortes extra dos das reportagens Primeiro mostrarei como cada revista nomeia o seu lugar A seguir qual a rela o de lugares que instalam no discurso sobre o verde Para apresenta o dos resultados de an lise trabalho no dedobramentos do tema maior meio ambiente cujo mote editorial o da sustentabilidade como valor para o dizer fundamentalmente em fun o da cria o do Movimento Planeta Sustent vel conforme indicado Os quadros que englobam o tratamento editorial diferenciado do tema meio ambiente ser o descritos pela sua manifesta o gr fica ou sob o prisma de reportagens especiais guias e nas chamadas Edi es Verdes O ponto de partida est no funcionamento da autorreferencialidade nos espa os editoriais para coloc la depois em rela o com os referentes que permeiam as reportagens Pensar a autorreferencialidade destramar o dizer do locutor sobre si sobre sua pr tica no
368. tanto vive com a exig ncia e a urg ncia impostas pelo ritmo acelerado de vida nas cidades Esse leitor muitas vezes sonha com um mundo pastoral e para a revista importante ponderar que muito bom viver no campo mas se a nossa vida na cidade ent o vamos tornar a vida aqui uma coisa um pouquinho mais pot vel que nos permita viver experi ncias mais genu nas mais bacanas REGINATO e AMARAL 2010 p 3 Com base nesse prop sito VIDA SIMPLES operou mudan as a come ar pelo seu slogan Para quem quer viver mais e melhor As tem ticas tamb m sofreram altera es conforme sinalizam as autoras pr ticas de como adotar a coleta seletiva no condom nio ou juntar pessoas para alguma atitude local de car ter s cio ambiental passaram a ser recorrentes na tica de promover uma transforma o de parte dos comportamentos sociais Dispon vel em http vidasimples abril com br Acesso em 11 dez 2010 122 vida simples V DE BICICLETA Z BEM PARA A SA DE PARA O TR NSITO E PARA O MDO AMBIENTE A INCICLETA NO BRASI NO MUNDO MANUAL DE SEGURAN A NAS RUAS PREPARE O CORPO PARA PEDALAR GUIA DE MANUTEN O ATIVISTAS DA EKE VIAGEM DE BICICLETA COMO ESCOLHER A MAGRELA E SEUS ACESS RIOS PERSONAGENS Renata falem e Arturo Alcorta n o samente pie tante Sabe aquela colas primo do primo do primo Pois Man ma vida real eles s o coma irm os de ungur cresceram m pedalar um at
369. tas vejo o efeito de como encaixar as ltimas na atualidade percebida 56 tematicamente Al m disso o discurso jornal stico produz a atualidade justamente pelo que cabe em sua ordem Del Rey Morato 1988 p 61 ainda lembra que o emergir de un nuevo orden entre el plano de los referentes y la sociedad no supone caos Por el contrario si hay un mundo ordenado ese es el de la actualidad No hay caos en l sino apariencia talvez a principal caracter stica da temporalidade complexa FRANCISCATO 2005 na qual estamos imersos Demarcada a vis o te rica geral sobre jornalismo cabe considerando a avan ar na inser o da revista como meio produto e dispositivo do campo e como lugar onde a pr tica discursiva de interesse do presente trabalho tem lugar Como produto e meio de comunica o a revista tem origem na explos o tipogr fica do s culo XIX na Europa e nos Estados Unidos Emerge como dispositivo importante no crescente mercado de publica es sobre o cotidiano Em sua origem as magazines traziam la os estreitos com a literatura caracter stica que as acompanhou at o in cio do s culo XX TAVARES e BERGER 2009 Aos poucos a constitui o de um mercado editorial e a for a da ind stria cultural expandiram as diferen as em rela o a outros peri dicos impressos e impulsionaram o afinamento das peculiaridades de linguagem e de circula o Magazine no ingl s e magasin em franc s t m fios no r
370. tas p X stes da Abril v o matar desses lenes om protendidade criar um espa o de disiogo que nos mude a laser deste um mundo melho ecologicamente Correm econgemucamente vid vel sOCasimenta puto UUB Tente acto PRECISO FAZER ALGO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER J www planetasustentavel com br Mber ceruD aNUa UM EMI eim erpa segita stesi conpoma ai Ceper vmonna apucdo educa o ap a Qono ax once www planetasustentavel com br sustent vel a tanara a gonto fas agora O que o consumo de milh es de sacolinhas pl sticas tem a ver com a extin o do sapo dourado da Costa Rica import ncia de pensar na sustentabilidade Todo ano sho produzidos no pa s cerca de 200 mil toneladas de pl stico filme utilizado een saquinhos de supermercados Dessa total aperas 17 reciclada Os saquinhos de p sstico levam centenas de anos para sa decompor e dificul tam a compacta o do lixo Confira nas p ginas seguir mais uma discuss o de sustentabilidade entends por que eta fundamental para uma vida melhor PRECISO FAZER ALGO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER J Exemplos de Manifestos do Planeta Sustent vel AE CUM pl phios a quente F PLANETA E sustent vel A Superinteressante participa do Planeta Sustent vel Pi Este e outros 35 titulos da Editora Abril tamb m fazem parte do movimento que busca solu es e inova es para um futuro melhor www planetasusten
371. tavel com br 176 conclus o VEJA O QUE EST ACONTECENDO E O QUE VOC www planetasustentavel com br PODE FAZER EM By S v 3 3 q A 8 e s F D PLANETA ma b sustent vel li co Crsj so o futuro a gente faz agora sidade no noS po Vo rela o entre os criat rios de camar o no nordeste 0 Brasil e a preserva o dos tigres de Bengala import ncia de entender a sustentabilidade as est o se transformando e em mui casos degrad a irrevers vel O crescimento da popula o mundial e exagerado aumentaram a demanda por recursos natu pe diretamente as diversas formas de vida no planeta o ae ap mais um exemplo de sustentabilidade rais afe e entenda por que ela fundamental para uma vida melhor q PRECISO GO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER J cprL B NGE Rustent veal en mto Sujeira e gua n o combinam Um ter o da polui o do rio Tiet em S o Paulo tem origem no lixo jogado nas ruas N s podemos mudar essa situa o O primeiro passo depositar o lixo no lugar certo ANEXO H Sequ ncias discursivas textos editoriais 177 A REVISTA NOSSO JORNALISMO 1 2 3 4 5 VEJA SUFERINTERESSANTE E EXAME NATIONAL GEOGR VIDA SIMPLES A reportagem de Para fazer revista boa Tirar uma ideia da A preserva o das E para que essa VEJA se prop e a obrigat rio ficar de cabe a e c
372. tema de regras de pensamento e comportamento dos atores sociais para certos fins por meios socialmente constru dos car ter estrutural Este conceito trabalhado a partir 47 de Max Weber por um vi s tr plice a racionalidade formal e te rica b racionalidade instrumental e c racionalidade substantiva Importante pensar esta no o em seus reflexos nos processos discursivos ideol gicos e institucionais que orientam e legitimam A proposta de Leff de que a racionalidade ambiental permitiria sintetizar os princ pios materiais e axiol gicos do discurso ambientalista desconstru o da racionalidade puramente econ mica e transforma o dos aparelhos ideol gicos um amplo questionamento da racionalidade moderna Assim ela n o a express o de uma l gica mas efeito de um conjunto de pr ticas diversas e heterog neas que d o sentido e organizam os processos sociais LEFF 2006 p 125 Inclui a forma o de uma consci ncia ambiental a democratiza o do estado e participa o social uma dial tica de transforma o do conhecimento e das bases materiais dos processos produtivos debatida como um conceito heur stico din mico e flex vel para analisar e orientar os processos e as a es ambientalistas Al m disso til para sistematizar os enunciados te ricos do discurso ambiental analisar sua coer ncia Seu peso como categoria indica para o autor que a racionalidade ambiental pode
373. tema perito da natureza intr nseca de um agir dotado da credibilidade inerente ao Campo Jornal stico enquanto campo mediador Falo neste trabalho de uma realidade que referente n o somente por elementos factuais mas por elementos tem ticos Para as revistas h l gicas pr prias de refer ncia e de valor que operam em seu dizer algo que entendo ao me deparar com a institucionaliza o de um tema dentro do qual h um eixo conceitual de grande valor no contempor neo a sustentabilidade que elevado da cobertura eventual categoria de pauta tema programado intencional E sobre os valores do pr prio tema calcifica se uma sustenta o para a ordem que organiza o dizer das publica es Na ecologia proposta o lugar e os valores desse verde como marcas de sentido mostram a simbiose constitutiva do discurso jornal stico e permitem pensar sobre o jornalismo seu papel tematizador e de que forma constru da a sua emerg ncia em um dos principais temas da atualidade 20 As escolhas jornal sticas s o feitas com aten o ao valor do discurso verde sem esquecer que a reitera o em novos quadros que cria o valor na rela o mem ria e atualidade inerente ao dizer E o efeito de totalidade do discurso jornal stico est no investimento discursivo em valores historicamente reiterados em alian as mesmo que os contextos sejam diversos No processo discursivo que se materializa nos textos analisados as revistas
374. tes pontos de vista mostrar os fatos produzir edi es como esta SUPER verde dedicada sustentabilidade E assim permitir a voc leitor formar sua opini o decidir como sustentabilidade s poss vel com boas pr ticas financeiras ambientais e sociais 14EX37sd21 Empresas sempre ser o empresas Nasceram para dar lucro e assim assegurar seu futuro Mas hoje est claro que esse lucro n o ser alcan ado no longo prazo se seus impactos na sociedade e no meio ambiente n o forem administrados Mostrar isso com informa es an lises conceitos e exemplos o objetivo deste guia e ele cumprido de maneira especial nesta edi o de 2007 Trata se de um trabalho jornal stico primoroso 14EX37sd22 Ap s oito anos tamb m decidimos mudar o nome da publica o rebatizando a de Guia EXAME de Sustentabilidade N o se trata de uma quest o sem ntica Com a mudan a queremos deixar evidente um caminho que sempre trilhamos mesmo quando sustentabilidade era um termo estrangeiro ao mundo dos neg cios e estamos aperfei oando A edi o 2007 chega em um momento de profunda reflex o das empresas pressionadas pelas amea as do aquecimento global pela escassez cada vez maior de recursos naturais e pela necessidade brutal de atrair os melhores talentos e se posicionar perante a sociedade Esperamos que este guia com seus 179 o dia do semin rio
375. tir em fontes de energia renov veis como a energia solar e lica e hidr ulica que n o emitem carbono nem produzem lixo radioativo Essa a grande quest o para os opositores da energia nuclear Para o Greenpeace todo o discurso em prol do renascimento at mico n o passa de oportunismo do setor para lucrar com o medo em torno do aquecimento global 5SU27sd229 Rebeca Lerer coordenadora da Campanha de Energia do Greenpeace no Brasil O movimento de retorno energia nuclear vai na contram o da hist ria tanto no resto do mundo quanto principalmente no Brasil que conta com muitas outras fontes alternativas limpas 5SU27sd230 Por isso a maioria dos engenheiros acha loucura sustentar a matriz energ tica de um pa s em sistemas e licos ou solares como o Greenpeace prop e 5SU27sd231 Veja o caso da energia solar Como armazenar eletricidade caro e exige baterias imensas cheias de metais pesados os pain is voltaicos s produzem com sol batendo noite ou durante longos dias sem sol nada de chuveiro quente l mpadas acesas ou hospitais funcionando 5SU27sd232 Ah claro ainda seria preciso torcer para que fizesse sol em todos esses campos 5SU27sd233 J as usinas nucleares produzem quanto os t cnicos desejarem e na hora que eles quiserem H o limte da quantidade de ur nio dispon vel mas ele n o deve acabar nos pr ximos s culos 5SU27sd234 At l a maioria dos pa ses usam energia nuclear gastar anualme
376. toridades O importante dizem os ativistas que essas duas partes s o parceiras 30VS28sd562 Comparado Europa pouco 30VS28sd563 A sa da mais bvia do que parece seguran a no tr nsito 30VS28sd564 Mais uma vez como na maior parte dos problemas do pa s ca mos na quest o da educa o 30VS28sd565 N o seriam necess rios muitos artif cios para estimular o uso das magrelas se nos conscientiz ssemos do quanto elas podem tornar as ruas mais apraz veis Elas fazem parte da tend ncia de reumanizar as cidades T m uma escala muito mais humana que o autom vel a velocidade mais baixa e voc est aberto com contato com as coisas e as pessoas Ent o pegue a sua bicicleta e v para a rua convicto de que est contribuindo para que tamb m nossas cidades voltem a ser quintais cheios de vida 30VS28sd566 Muito mais que um cicloativista o holand s Luud Schimmelpennink sempre foi um homem da contracultura Preocupado com o meio ambiente e com o crescimento desenfreado da sociedade de consumo ele chamou alguns amigos e juntos formaram o grupo Provo origin rio da palavra provoca o nos idos da d cada de 1960 A ideia deles era provocar a aten o das autoridades sem o uso de nenhuma viol ncia e se poss vel com uma dose de bom humor 30VS28sd567 Aos 55 anos Renata hoje sin nimo de ativismo em duas rodas 30VS28sd568 Eu escutava o mundo est morrendo de fome e voc vem me falar de bicicleta F
377. torna regular a sua profus o as tem ticas aparecer o sempre e novamente Na sua reitera o por mais atual ou in dita que possa parecer est presente um valor de sustenta o do dizer em especial o do jornalismo e sua vontade de verdade e no caso do dizer sobre o meio ambiente do ideal da sustentabilidade Mesmo nas exclus es ilus rias no apagamento de vozes os dizeres sobre 147 meio ambiente mant m na trama o fio de um valor que ser sua grande arma como efeito de ader ncia para o leitor Assim poss vel pensar o jornalismo de revista e sua abordagem sobre meio ambiente como uma pr tica tem tica baseada na explora o discursiva do valor dos temas que aborda a ponto dele configurar uma vontade editorial e institucional de ser verde e por isso ser competente para enunciar A atualidade no jornalismo de revista portanto est n o s no modo como este lida com quest es do presente mas como torna atuais por meio de esfor os tem ticos determinados enquadramentos pertinentes ao esp rito do tempo em que vivemos Justaposto as revistas enquadram sua pr pria produ o num jogo entre oportunidade e demanda mercado e anseio social Assim a Editora Abril constituiu um primeiro quadro necess rio para compreender o discurso do verde presente nas reportagens das revistas estudadas VEJA SUPERINTERESSANTE EXAME NATIONAL GEOGRAPHIC e VIDA SIMPLES Isso porque ao darem a ver no dizer o seu lugar buscam
378. transporte p blico 21VE58sd153 Dificuldades pr prias da pobreza como as favelas s o mais agudas no Terceiro Mundo 21VE58sd 154 O homem quer tanto viver em cidades que as constr i at no deserto 21VE58sd155 23VE68 Ainda persistem diverg ncias acerca do tamanho do impacto sobre a vida humana As solu es tamb m s o controversas VEJA listou 50 perguntas e respostas que v o ao centro da quest o 23VE68sd156 Existe alguma d vida cient fica incontest vel de que o planeta est se aquecendo N o Nem os cientistas mais c ticos colocam esse fato em d vida 23VE68sd157 Os sinais do aquecimento global n o s o produto de modelos de computador mas de medi es por instrumentos precisos 23VE68sd158 O cen rio mais pessimista projetado pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudan a Clim tica IPCC que re ne as maiores autoridades do mundo nesse ramo da pesquisa E um cen rio catastr fico mas ele s ocorrer na avalia o dos cientistas se nada for feito 23VE68sd159 Todos concordam que o mundo est mesmo aquecendo As principais diverg ncias s o sobre a extens o da influ ncia humana e em especial sobre se vale a pena ainda buscar a qualquer custo a redu o dr stica das emiss es de gases do efeito estufa 23VE68sd160 H risco de aumento de doen as como mal ria febre amarela ou dengue por exemplo Esse um ponto controverso Os que discordam s o em n mero muito maior do que os qu
379. trizes do aceit vel e do n o aceit vel sob diferentes 40 estrat gias parcerias e press es diante de assuntos pol micos O movimento ecol gico no Brasil deve ser entendido como um movimento multissetorial VIOLA e LEIS 1995 fruto da aglutina o de for as e pelo seu potencial transformador uma vez que ultrapassa uma esfera material e traz ao centro do debate tem ticas cuja principal for a est no conte do simb lico imaterial e intang vel embora o car ter econ mico n o seja exclu do argumentam Barros e Sousa 2010 p 20 Abarca ainda a amplia o dos focos de interesse sobre ecologia para al m da ideia de um movimento difuso de entidades e organiza es n o governamentais Tais focos s o potencializados pela entrada dos governos e do empresariado na arena do verde fundamentalmente quando passam a incluir o crit rio do desenvolvimento sustent vel no sistema produtivo Adquirem mais visibilidade grupos e institui es cient ficas que pesquisam problem ticas ambientais e em paralelo come a a se tornar mais efetiva a cria o de rg os e institui es governamentais para a prote o ambiental fiscaliza o e certifica o ecol gica Com isso as ditas barreiras ideol gicas atreladas ao hist rico de protestos do ambientalismo estariam por ser rompidas n o s dando pano para a transversalidade dos ideais do verde como tornando a ecologia um tema de interesse geral implicado cada v
380. tucional 1976 Fonte Documento Abril Especial Grandes Reportagens 93 94 T1 Nada como aprender sombra de uma rvore Hoje alguns milh es a mais de pessoas podem ler esta revista E n s nos orgulhamos disso A Abril tem uma Divis o intema que s cuida de Educa o Ela edita livros e manuais de alfabetiza o e educa o continuada livros did ticos fasc culos para acompanhamento de cursos atrav s de televis o e r dio Nesta Divis o s o feitas cartilhas especiais para educar o agricultor ou para ensinar a muita gente como prevenir se de doen as A Abril est trabalhando para transformar aquelas cansativas li es do passado em material de ensino atualizado atraente bonito e interessante E al m disso a um pre o acess vel para todos Plantamos nossa arvorezinha com muito entusiasmo e confian a Ela cresceu e floresceu O campo da Educa o n o era t o rido como muitos pensavam Mas ainda n o tempo de descansar Muitos milh es de pessoas ainda n o podem ler esta mensagem Por isso estamos plantando mais e mais rvores para que sombra delas todos possam aprender Documento Abril Especial Grandes Reportagens 1976 T2 Quando Victor Civita carinhosamente chamado de seu Victor pelos que o conheceram fundou a Abril h 57 anos mostrou se um vision rio Escolheu como s mbolo da empresa uma rvore significando a fertilidade e verde como a esperan a CL UDIA ed 553 out 2007 p
381. tuto Verificador de Circula o Em seu dizer sobre si a Abril entende ter inaugurado uma cultura jornal stica brasileira em texto fotografia edi o e produ o As primeiras publica es da Abril foram revistas em quadrinhos HQs de Walt Disney uma novidade no Brasil da metade do s culo XX Seus fundadores de origem italiana mas vindos dos Estados Unidos chegaram ao pa s com os direitos autorais das HQs e com experi ncia editorial familiar Desde o come o as revistas tiveram boa aceita o e os quadrinhos Disney permitiram o crescimento gradual da empresa servindo de apoio para novos lan amentos O segundo xito editorial deu se com a publica o em 1952 da revista CAPRICHO de fotonovelas Na mesma d cada ainda vieram outros t tulos do g nero bem como outras revistas de personagens Disney Mas foi a partir da d cada de 1960 que a Editora passou a estar marcada por caracter sticas jornal sticas e lan ou revistas que ainda hoje est o em circula o Mira 1999 afirma que quatro revistas nascidas neste per odo QUATRO RODAS 1960 dedicada ao segmento automobil stico CL UDIA 1961 direcionada ao p blico feminino e as revistas REALIDADE 1966 1976 e VEJA 1968 voltadas para informa es em geral podem ser diretamente associadas a um ou mais aspectos da moderniza o da sociedade brasileira naquele per odo CL UDIA se desenvolveu no processo de forma o da chamada sociedade de
382. uado pensar o jornalismo em uma periodicidade mais ampliada e em espa os nos quais pudesse ser acolhida uma abordagem de f lego sobre o verde Desse modo elegi a reportagem em sua dimens o ideal de tomar o mundo como objeto n o somente motivada por uma agenda factual A reportagem ainda o carro chefe do jornalismo de revista possibilitando um espa o adequado para se debater a atualidade da quest o ambiental absorvida e processada pelo discurso jornal stico De posse desse crit rio empreendi os movimentos de observa o de publica es de circula o nacional de diferentes segmentos e grupos para construir os crit rios at a escolha final do material aqui analisado Dentro de um acompanhamento das publica es ofertadas pelo mercado editorial nacional realizei um recorte vertical para o desenvolvimento do estudo delimitando as revistas da Editora Abril como amostra Entre as raz es para a escolha contextualizadas no quarto cap tulo est o lan amento do Movimento Planeta Sustent vel em 2007 quando o meio ambiente passou a ser eixo recorrente das publica es da Abril fen meno repetido por outras revistas de circula o nacional Dos 37 diferentes n meros de revistas da Abril selecionados em dois anos de observa o todos com a problem tica do verde em suas capas cinco constitu ram os dom nios eleitos para a investiga o a semanal VEJA e as mensais EXAME SUPERINTERESSANTE NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL e VIDA
383. ublica es que existem N s aqui na SUPER assinamos v rias revistas do mundo todo e como adoramos revistas passamos horas admirando a qualidade do texto a precis o da reportagem o brilho das an lises a for a do design E aprendemos com tudo isso 4SU17sd4 SD15 Fazer revista boa tem dessas coisas tamb m Existe inquietude constante para n o satisfazer com nada menos do que a perfei o 4SU17sd6 Dispon vel em http publicidade abril com br marcas superinteressante revista informacoes gerais Acesso em 27 nov 2010 110 SD16 O Dewa passou uns 20 dias trabalhando duro na imagem e o resultado foi primoroso 4SU17sd5 SD17 por isso que na SUPER n o nos metemos com futurologia ao falar de tecnologia O que n s fazemos antecipar tend ncias Queremos ser os primeiros a escrever sobre o que est acontecendo E n o sobre o que vai acontecer porque previs es quase nunca se realizam 15SU57sd30 SD18 A SUPER ali s nasceu naquele mesmo 1987 N o toa a primeira grande revista do Brasil a levar a s rio temas ambientais Nos ltimos 20 anos a SUPER inaugurou no pa s boa parte das discuss es sobre a devasta o do planeta Nada mais natural que sejamos os primeiros a mostrar que est na hora de olhar a energia nuclear com outros olhos 5SU27sd11 SD19 Apresentar diferentes pontos de vista mostrar os fatos produzir edi es como esta SUPER verde dedicada sustentabilidade E assim permitir a voc
384. ue Vale Ouro eles afirmam que tradicionais vantagens competitivas como terceiriza o e acesso a mat ria prima de baixo custo j est o dispon veis para qualquer empresa 31EX78sd433 Quem quiser sobreviver deve encontrar novas maneiras de se diferenciar 31EX78sd434 Os resultados da pesquisa apontam que a postura sustent vel das companhias estende se cada vez mais cadeira de fornecedores Das participantes da pesquisa EXAME 67 j monitoram o impacto ambiental de seus fornecedores 31EX78sd435 Desde ent o crit rios internacionalmente reconhecidos de sustentabilidade norteiam as principais decis es dos executivos da empresa 31EX78sd436 Nem sempre as informa es precisam aparecer em relat rios caprichados com capa dura e papel especial Elas podem ser divulgadas por meio de iniciativas mais simples A Natura por exemplo come ou a estampar uma tabela ambiental na embalagem de seus produtos Em poucas linhas revela a natureza dos ingredientes se s o de fontes renov veis ou n o e de embalagem que pode ou n o ser feita de material reciclado 31EX78sd437 Quanto antes as empresas se deram conta maiores as chances de competirem nesse novo cen rio que se imp e 31EX78sd438 As p ginas a seguir mostram os desafios que empresas de todo o planeta est o enfrentando em raz o de uma nova ordem mundial Mais que colocar em pr tica a es socioambientais essas companhias t m a miss o de incorporar a sustentabili
385. ue isso tem a ver comascondi es detrabalho nasf bricas chinesas import ncia de pensar na sustentabilidade PRECISO FAZER ALGO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER J BANCO REAL ci B NGE sustent vel a foros a quote tai opare Qual a rela o entre os criat rios de camar o no nordeste do Brasil e a preserva o dos tigres de Bengala A import ncia de entender a sustentabilidade est o se transformando o am muitos casos degrada imeversivel O crescimento da popula o mundial e exagerado aumentaram a demanda por recursos natu diretamente es diversas formas de vida no planeta seguir mais um exemplo de sustentabilidade que ela fundamental para uma vida melhor ALGO POSS VEL FAZER MUITO E DEVEMOS FAZER JA PE abri P OAICO REAL com B NGE 175 continua o r sempre 0 feremos a flo re s soubermos o 4 cuidar dela AM sustent vel atenas a pois tur egora preciso Preserva o Ehorsdecriar Qestado O futuro da conhec la modo condi es deve ser mais Amarna meber comr ro de para uma nova presente depende para que prosperidade economa da com politicas tamb m da ela seya Preservar floresta que p blicas qualidade de respetada tum valores sua fazendo valer vida que sus amada e requsno do biodiversidade a legisla o popula o produtva deservolnmento unca forestal tem agora Agoa mesmo e so longo dos pr mmos meses 85 revn
386. ue remete a um processo normativo muitos atores buscam instalar modos corretos de pensar Da din mica entre normaliza o institucionaliza o e resist ncia que frutifica a necessidade de prestar aten o a como se articula o meio ambiente atrav s de pr ticas e institui es nos diversos mapas ofertados para a aventura di ria Mapas que est o nos discursos e que incluem a todos que t m acesso a ele porque em algum lugar daquele mapa texto estaremos discursivizados Um complexo de sentidos do ecol gico e do n o ecol gico dicotomia perfeita para que o jornalismo se coloque no jogo Na disputa de interpreta o sobre o verde as marcas da autorreferencialidade fazem pensar a opera o lugar social lugar discursivo que na materialidade ofertada pelas revistas d a ver um controle relevante no jornalismo que interfere nos textos como uma forma de ordem e de unidade A assinatura das revistas como sujeitos agentes competentes emerge da press o em revelarem se por menos ind cios de autoria para passar ao texto a sua autoridade Em seu sentido foucaultiano essa autoridade pode ser percebida principalmente na linha editorial de um ve culo que se reflete por exemplo no seu tipo idealizado de leitor As revistas ao se inscreverem como lugar de saber dizer produzindo um discurso que o jornal stico p em em evid ncia outras formas de discurso pela rela o com outros lugares o discurso cient fico o discurso ambie
387. uele objeto para o qual est voltado sempre por assim dizer desacreditato contestato avaliado envolvido por sua n voa escura ou pelo contr rio iluminado pelos discursos de outrem que j falaram sobre ele O objeto est amarrado e penetrado por ideias gerais por pontos de vista por aprecia es de outros e por entona es Orientado para seu objeto o discurso penetra neste meio dialogicamente perturbado e tenso de discursos de outrem de julgamentos e de entona es Ele se entrela a com eles em intera es complexas fundindo se com uns isolando se de outros cruzando com terceiros e tudo isso pode formar substancialmente o discurso penetrar em todos os seus estratos sem nticos tornar complexa a sua express o influenciar todo o seu aspecto estil stico Sob a tica da AD todavia a leitura ser no entorno da contradi o e n o exatamente da intera o tal postula Bakhtin Olhar para o jornalismo pelo vi s da linguagem portanto ser pens lo enquanto formador de redes interdiscursivas por meio de retomadas r plicas atualiza es e deslocamentos de outros tantos j ditos de dizeres oriundos de campos diversos Essa processualidade marcada pela posi o que os sujeitos do campo jornal stico ocupam condicionando as condi es de produ o discursivas e definindo o quadro enunciativo que engloba o seu dizer A AD busca responder como um texto significa Para dar conta de tal questionamento produz conhec
388. umera o atribuida s sequ ncias discursivas recortadas da edi o Total de sequ ncias discursivas recortadas da revista Percentual considerando o total de 512 sequ ncias dicursivas recortadas das reportagens 168 ANEXO F Exemplos de M dias do Planeta Sustent vel au Auseulabilidade Gude pasinganis enem eme irao aana te empreses ae endase ns Contra o MA Cong ugi Cirat ajto iamas na o out o Dune e o setor so Besni para que sm iove om costa Tara o Banco keak ehig pera renina mom moment de innia nossa ota T O ere o s Programa be Sorimeiiidado se Comire o Cwi E dera derunt Vem com agent BANCO FEA www planetasustentavel com br Abril e aE Aber ce vihor puta o mando consegue su or amengan aribor orem s ur pipah m samme A Ail aerea meaa e ementa na podas de comur do de qafaiais Ma aso n o que sa de Alim de pubike coma de sinke do nrinn ferem cedo es o miw ponnu LLEDIE Gs amiben e ka c rna o Grupe ixt qomtde de sra em fyror du bams di ndaci ho do annen p meio de peiie que migos peet bateie e porra seron muda ma dora be ca polora Estimular o gosto pela leitura promover a reciclagem de id ias e de alternativas para a sustentabilidade O pojas REVISTECA d am debe consumo ma dica o de mrina em bemo de opam de ann cm db nne de bara memos awoii de rodo piia de mdm A pasie REVISTRCA fes irado om X04 me Cedo Sis Pab e demde recia mam do
389. und ncia de riquezas proporcionada pela natureza sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgot vel Essa vis o foi reformulada 32VE98sd185 SD93 A floresta um templo 20VE48s5d39 Dom nio 2 As met foras religiosas aparecem no discurso de SUPER apesar de seu dizer ser essencialmente materializado por uma ader ncia ao poder verdade da ci ncia SD94 Tecnologia A p lula que salva 16SU67sd254 Dom nio 3 Em EXAME o discurso da conserva o tamb m emerge por um deslocamento contornando a ideia de pr ticas ecol gicas no cotidiano SD95 estamos convencidos de que a quest o ambiental vale o esfor o 18EX58sd370 SD96 Como se v em qualquer tipo de atividade econ mica em se tratando de floresta Amaz nica a natureza j fez sua parte dotando a de um patrom nio mpar Agora cabe ao pa s ter a vis o o talento e o empenho necess rios para criar um novo tipo de capitalismo selvagem no bom sentido do termo contra o ronco predat rio da motosserra 25EX68sd406 SD97 No mesmo mural um cartaz propagandeia uma competi o para funcion rios quem apresentar tr s contas de gua que mostrem redu o do consumo em casa ganha um jantar para duas pessoas Queremos que os conceitos de prote o ambiental sejam praticados no dia a dia das pessoas n o s dentro da empresa afirma Arosi E provar que meio ambiente n o significa salvar rvores p ssaros baleias mas seres hum
390. usividade Jeff Immelt presidente mundial da GE e l der de um dos mais arrojados processos de cria o de tecnologias verdes do planeta Ele resume sua filosofia em tr s palavras Green is green uma refer ncia cor do d lar 18EX58sd36 SD31 Depois de Lucas do Rio Verde Angela voltou a Bras lia para destrinchar o lobby verde que atua no Congresso A rep rter Ana Luiza Herzog garimpou exemplos de empreendedores brasileiros que buscam a fortuna em produtos inovadores e sustent veis 18EX58sd37 SD32 Nos ltimos dois meses EXAME visitou oito cidades de dois estados Amazonas e Par e ouviu dezenas de cientistas e especialistas ligados a institui es l deres em pesquisas sobre climatologia economia ecol gica engenharia florestal agronomia geologia e biotecnologia em busca de respostas para a Amaz nia 25EX68sd45 No Quadro 3 sintetizo a correspond ncia que o gesto de an lise mostrou entre as marcas editoriais do lugar de EXAME e o funcionamento desta imagem no interior das reportagens conforme exemplificado pelo conjunto de SDs reproduzidas a seguir QUADRO 3 S ntese Dom nio 3 EXAME O QUE A REVISTA DIZ FAZER COMO A REVISTA FAZ em busca de modelos internacionais indicar caminhos fazer algo completamente novo acompanhar a tremenda evolu o cresceu e se consolidou a mais importante publica o sobre o assunto no pa s ajude a iluminar SD33 A transi o de uma abordagem te rica p
391. uss es que envolvem desenvolvimento geralmente associado a crescimento econ mico nas quais o adjetivo sustent vel surge na busca por qualificar processos que n o prejudicariam em demasia o ecossistema A defini o n o consensual mas mostra um conjunto de esfor os de lapida o em escala mundial e que ainda reverberam nas atuais discuss es o caso da repercuss o de Primavera silenciosa Silent Spring livro lan ado em 1962 por Rachel Carson no qual proposto um debate sobre as inter rela es entre economia meio ambiente e quest es sociais Depois no in cio dos anos 1970 Paul Ehrlich e Barry Commoner dois bi logos americanos tamb m deram uma contribui o ao debate Ehrlich discutia o crescimento populacional e os problemas ambientais prevendo fome caso esse crescimento n o fosse freado LEIS 1999 Commoner situava se em outro polo abordando os efeitos da radia o nuclear produzidos pelos testes com bombas convicto de que a principal causa da degrada o do meio ambiente se devia ao impacto destrutivo da 10 Primeira obra a detalhar os efeitos adversos da utiliza o dos pesticidas e inseticidas qu micos sint ticos no ambiente e o custo dessa contamina o para a sociedade humana Segundo a autora a utiliza o dos agrot xicos estava interferindo nas defesas natural do pr prio ambiente CARSON 1962 32 tecnologia LEIS 1999 p 81 Estas discuss es dominaram o Clube de Roma
392. uturo da pr xima gera o 31EX78sd475 medida que aumenta a conscientiza o o consumidor leva em conta essas iniciativas na sua decis o de compra 31EX78sd476 S agora depois que toda a burocracia envolvendo a obten o de licen as para a recupera o da rea foi resolvida que as primeiras obras v o de fato come ar 31EX78sd477 Apesar da legisla o brasileira exigir apenas o m nimo as partes interessadas no assunto como acionistas clientes e funcion rios exercem press o suficiente sobre o setor para as empresas se organizarem espontaneamente diz a consultora Maria Sulema Nenhuma delas mais quer ser vista como vil 31EX78sd478 Inaugurado pela construtora Gafisa em dezembro de 2007 o edif cio Eldorado Business Tower localizado em S o Paulo nasceu com a ambi o de ser considerado verde Por isso enquanto erguia o pr dio a Gafisa entrou com um pedido de certifica o americana Leed Leadership in Energy and Environmental Design concedida pelo Green Building Council Brasil GBCB a edif cios sustent veis 31EX78sd479 No caso da Gafisa uma das escolhas foi ter um biciclet rio para que os usu rios do condom nio deixassem o carro em casa e optassem por um meio de transporte menos poluente Na teoria a proposta parecia tima Mas passado quase um ano de sua inaugura o o biciclet rio vive s moscas A explica o simples o pr dio fica em pela marginal Pinheiros pr xim
393. uzido no espa o p blico A edi o e organiza o s o processos legitimados pelo car ter de ordem necess ria para a coer ncia e compreens o como referencial para o consumo 139 dos textos jornal sticos O conhecimento do jornalismo marcado imaginariamente pelo que Fontcuberta 1983 considera serem as suas bases tradicionais realidade veracidade e atualidade como ndices de noticiabilidade nos quais a sele o e interpreta o s o naturalizadas para que n o tenham um efeito de escolha parcial no que dito O tema no contexto de um projeto editorial coloca se para al m de um conte do a ser 104 buscado Cabe ao jornalismo de revista observar e mapear o que n o se traduz por factual e extraordin rio e inversamente l gica can nica jornal stica falar sobre temas inerentes sociedade contempor nea buscando dar conta de suas tramas e ao mesmo tempo estando relativamente sujeito capacidade geradora que os envolve A resposta a essa provoca o se d pela configura o de caracter sticas espec ficas ao jornalismo de revista sinalizadas no decorrer do presente texto e ao mesmo tempo de vontades de enquadramento jornal stico aos temas abordados Sob a tica de uma orienta o editorial as condi es de produ o do discurso das revistas passam a ser regidas por outros referentes que n o apenas a necessidade de fazer frente ao cotidiano de acontecimentos do mundo Em cad
394. validam um tom para esse verde reatualizando sentidos historicamente constitu dos e procurando desambiguiz los no contexto atual como discutirei no andamento do texto Considero que intr nseca ao jornalismo uma vontade de verdade excludente porque sua mat ria prima a linguagem Logo media o modo de percep o e apreens o do mundo Tudo nele de todas as formas s o escolhas atravessadas por diferentes motiva es Cada palavra em um texto existe em fun o de uma filia o e adquire sentido dependendo das condi es implicadas em seu aparecimento Por isso para chegar a debater os efeitos de sentido das reportagens no interior de uma revista preciso antes passar pelos quadros que englobam esse discurso ou seja a institui o e a pr pria revista Cabe portanto tomar o jornalismo enquanto pr tica discursiva produto de linguagem e de um processo hist rico para poder apreender em seu funcionamento pela an lise da circula o dos enunciados as posi es de sujeito nele presentes as materialidades que d o corpo aos sentidos e as articula es que esses enunciados estabelecem com outros dizeres com a hist ria e a mem ria Por essas raz es para dar conta de forma mais abrangente da discursividade jornal stica julgo produtivo considerar que as peculiaridades desse dizer devem ser marcadas pelo tensionamento da rela o lugar social lugar discursivo que emerge dos textos Al m disso com a fil
395. vistas da casa Apresentar dife rentes pontos de vista mostrar os fatos produzir edi es como esta SUPER verde dedicada sus tentabilidade E assim permitir a voc leitor formar sua opini o decidir como agir Era uma aposta no efeito multiplicador das boas id ias Atese se mostrou acertada T o acertada que a pr pria editora foi a primeira a sentir seu impac to E o resultado que 2008 acaba como um ano transformador para a Abril que deu novos e im portantes passos sustent veis Talvez voc a de fora n o tenha percebido mas esta primeira boa not cia as mudan as foram motivadas pelo dese jo de mudar n o de fazer propaganda O que fa zemos fazemos por convic o diz Sidnei Basile vice presidente de Rela es Institucionais Na lis ta dessas convic es est a assinatura do GHG Protocol documento firmado por corpora es que se comprometem a mapear e reduzir suas emiss es de gases de efeito estufa Tamb m est a certifi ca o de que o papel utilizado pela gr fica vem de florestas sustent veis E a inaugura o da pra a victor Civita que revitalizou uma rea paulistana onde antes funcionava um lix o t xico 14 SUPER DEZEMBRO 2008 Enquanto a dire o da Abril se movimentava com a es que vinham l do alto funcion rios faziam o movimento inverso E se perguntavam o que fazer para tornar seu trabalho sustent vel Gente como a Georgia Barcellos que organiza eventos e perc
396. vo de jornalista traz as marcas do lugar social de onde ele prov m Se pensado em rela o figura do jornalista por meio de conven es do Campo como por exemplo constru o do texto em terceira pessoa ele pretende apagar os resqu cios desse lugar social e promover um autodescolamento daquilo que por ele constru do Essa uma preocupa o do Campo Jornal stico defendida sob os ideais de imparcialidade e objetividade inerentes profissionaliza o do Jornalismo O apagamento do lugar social defendido pelos jornalistas por m ilus rio O sujeito acredita que poss vel produzir um apagamento do seu lugar social e simula isso em sua discursiviza o Tal apagamento entretanto somente efeito j que sua inscri o em um determinado lugar discursivo implica sempre uma determina o do lugar social S o exemplares deste processo as normas profissionais que s o de dois tipos as normas t cnicas envolvem as opera es de recolha escrita e prepara o das not cias as normas ticas dizem respeito obriga o do jornalista para com os leitores e para com a sua profiss o a imparcialidade a exatid o o fair play e a objetividade BREED 1999 p 152 grifo no original 76 No caso das revistas tomadas enquanto agentes no Campo esse apagamento precisa ser subvertido Outros elementos estrat gicos aparecem em cena As revistas fazem quest o de sublinhar sua atua o e seu saber inform
397. ximos meses VEJA levar os pain is com os temas e as conclus es do semin rio debates em diversas universidades brasileiras A revista vai conferir periodicamente por meio de reportagens e entrevistas o grau de aceita o de cada uma das 40 propostas submetendo as a um teste de realidade avaliando sua viabilidade e progresso e quem sabe dando como efetivamente implantadas algumas delas Se isso ocorrer SUPER n o nos metemos com futurologia ao falar de tecnologia O que n s fazemos antecipar tend ncias Queremos ser os primeiros a escrever sobre o que est acontecendo E n o sobre o que vai acontecer porque previs es quase nunca se realizam 15SU57sd30 a maior contribui o que um ve culo jornal stico pode dar estimular o debate fazer circular ideias ajudar na concientiza o nesse campo que temos bola para realmente fazer a diferen a E por isso que decidimos fazer desta uma edi o hist rica em que pela primeira vez a SUPER trocou sua tradicional moldura vermelha pelo verde que voc viu na capa para fazer barulho mesmo Queremos que mais gente leia a SUPER Queremos ampliar o n mero de pessoas atingidas por esta mensagem 16SU67sd34 Quando a Abril lan ou o projeto Planeta Sustent vel em 2007 imaginava que n o poderia dar contribui o melhor ao ambiente do que coloc lo em debate nas revistas da casa 35SU88sd65 Apresentar diferen

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